Governo endurece e pega boi no pasto - Coleção Digital de ...

63

Click here to load reader

Transcript of Governo endurece e pega boi no pasto - Coleção Digital de ...

JORNAL DO BRÁS©JORNAL DO BíiASIL S A 1986 Rio de Janeiro — Sexta-feira, 10 de outubro de 1986 Ano XCVI — N° 185 Preço: CzS 4,00

Governo endurece e pega boi no pastoTempoNo Rio e em Niterói nubladoa parcialmente nublado.Temperatura estável. Máxi-ma: 30°, em Realengo e SantaCruz; mínima: 18,4°, no Altoda Boa Vista. Foto do satélitee tempo no mundo, página 16.

LotoNove apostadores acertarama quina — 22, 28, 30,60 e 92 —do concurso 361 da Loto. Acada um caberá Cz$1.882.321,10. (Página 16)

CidadeO metrô volta a funcionar a

partir das 6h de hoje, mas sódepois do meio-dia estarãooperando todas as estações dalinha 1. (Página 1)

Secundaristas fizeram pas-seata para reivindicar meia-passagem nos ônibus. (Pág. 3)

Desembargador cassou li-minar que permitia o funcio-namento de máquinas de vi-deopôquer. (Página 7)

Rubens PaivaO procurador-geral da Repú-bliea, Leite Chaves, autorizouC procurador da Ia AuditoriaMilitar do Rio de Janeiro atomar novo depoimento domédico Amflcar Lobo. LeiteChaves esteve com o presiden-te Sarney. (Página 13)LatifundiárioSuperintendente do Incra/RS,Carlos Freitas, disse que o mi—nistro da Justiça, Paulo Bros-sard, "fala mais como latifun-diário do que como ministro",defendendo seus 2 mil hecta-res e a Farsul (...) sentadinhoao lado de Sarney." (Pág. 8)

O roteiro com os lugares paraver e comprar as flores daprimavera na serra de Petró-polis.

O trem é a forma mais eco-nômica e divertida de conhe-cer a Europa, através do Eu-railpass. Cinco jovens contamcomo fizeram a viagem.

Os preços, escalas e datasde saídas e chegadas dos me-lhores cruzeiros marítimos domundo.

Pére Lachaise, o mais anti-go cemitério de Paris, é umponto de atração turística.

RepressãoReverendo Jaime Wright, co-~autor do projeto Brasil nuncamais, denunciou torturas edesaparecimentos nas dele-gacias policiais de todo opaís. E disse que foi maisfácil defender os direitos hu-manos no governo de Malufem São Paulo do que tem sidocom Montoro. (Página 13)DepostoO TRE da Paraíba depôs osenador biônico Milton Ca-bral, eleito por via indiretapara mandato-tampão de 10meses, em substituição ao go-vernador Wilson Braga e aovice José Carlos Júnior, querenunciaram para disputarcargos eletivos. (Página 4)

Pinochet dialogaO general Pinochet propôs,pessoalmente, o diálogo comoposicionistas que rejeitem omarxismo, passando por cimadas negociações da Junta Mili-tar com a oposição. (Página 15)Reagan em ReilqavikAo chegar em Reikjavik parareunião do final de semanacom Gorbachev, Ronald Rea-gan advertiu que não há ga-rantias de sucesso, pois há di-vergências: "Não podemos ra-biscar acordos às pressas esair falando no espírito deReikjavik." (Página 14)CotaçõesCruzado: 2.697,35 (hoje),2.709,49 (amanhã) e 2.721,68(domingo). Dólar: Cz$ 13,77(compra) e Cz$ 13,84 (venda).Viagem: Cz$ 17,30. UNIF: Cz$199,41 para IPTU e Cz$ 248,55para ISS e taxa de expedien-te. UFERJ: Cz$ 186,99. OTN:Cz$ 106,40. MVR: Cz$ 328,38.Salário mínimo: Cz$ 804,00.

Dois mil bois foram desapro-priados ontem, 21 anos depois deação semelhante do governo Caste-Io Branco, na primeira medida deforça do governo Sarney contra apropriedade privada. A desapro-priação foi em três fazendas degrandes pecuaristas dos Estados deSão Paulo, Mato Grosso do Sul eParaná, e o preço pago foi o docongelamento: Cz$ 215,00 a arroba.

Fomos buscar 2 mil bois etrouxemos 2 mil — disse o ministroda Fazenda, Dilson Funaro, satis-feito com a operação realizada"com bom senso e inteligência". Adesapropriação poderá prosseguiraté o início da safra, em dezembro,dependendo do aumento ou não davenda dos bois gordos aos frigorífi-cos pelo preço do acordo de setem-bro: Cz$ 280,00 a arroba.

O temor de que os peões daFazenda Campeiro, em Mato Gros-so do Sul, tivessem sido armadospara receber o grupo encarregadoda desapropriação levou a PolíciaFederal a montar uma operação quetransformou Campo Grande empraça de guerra. A Polícia Militarreforçou com 20 homens o contin-gente de 30 agentes federais, mas ogrupo foi recebido com cafezinho.

— Estamos pior que no regimeditatorial, pois substituíram o entulhoautoritário pelo entulho demagógico— disse o pecuarista Sérgio Lunar-delli, que teve 700 bois desapropria-dos, em uma de suas fazendas, a Tre-vo. Já o presidente da UDR em SãoPaulo, Roosevelt Roque dos Santos,disse que o governo deveria ter tido"um diálogo de composição". (Págs.17 a 20 e editorial Manada de erros)

Cltrolândia/MS — Foto de Silvio Andrade

". '% HMa<$_ra'1 ••I- *_ '"*¦!_¦ "" r«i ifh -jrjrâiBj>^B^BF>n _J1 ™ Jrí"

FPBjPIBBBBBBIiWBBhBBML '¦ . Iliill'^1':^^^^ ^ ' -. ufc-^ . , *&*Mmtmmmmmw>W ---**Escoltada por viaturas da Polícia Federal e por policiais a cavalo, a botada desapropriada segue para o matadouro

Manágua — Foto da Reuters

irílil1 " ';Ii;|iÉtiilMrtiÍ«.. . ¦

Bk vBjbaik^ -

Âm BB Bkm\ Wm&! -«¦¦BB BflypT'^^'

BwIÍIbTBÍwBM.

BKÉIIÍéíMI BBffij ||bíBgJilBjP^WllWfiii:^ S ¦: ':-h\ fiVit; 'a

BK 1 ¦»'J»:¦ ¦, '¦,-. -JBfa&jIlP'* ',¦'¦'. %;i';.': sraaft '" * 'dPl , , W rau|ajr „,,BB* ^H ¦"

IJHgilil A ,'' W^uííIí^BBe

V, JmmWiím^ ^W Wr m%\ BVb Jm

:i'V'^rfiB raaP ^^^^^*l

liyBMBB BH& afiri ., l 'jV JS

L l 1 *LHfl| I lÉH

''pBBBk^ eBfl JBBB BBrm

Gebauer confessa quefraude tem brasileiro

Antônio Tony Gebauer confessouter fraudado em mais de 6 milhões dedólares o banco do qual era importanteexecutivo, o Morgan Guaranty Trust,através de manipulações nas contasmantidas ali por homens de negóciobrasileiros. Os nomes dos depositantesbrasileiros — Fernando Cicilio Almei-da, Leonidas Borio, Francisco Catão eFernando Muniz de Souza — foramdivulgados ontem, em Nova Iorque,pelo promotor Rudolph Giuliani, queaceitou um compromisso entre Ge-bauer e o Morgan.

Amigo de empresários, políticos ebanqueiros em toda América Latina,ex-negociador da dívida externa brasi-leira, Gebauer admite ter efetuado reti-radas não autorizadas de 4,3 milhões deHasenfus confessou em entrevista

Sobreviventeconfessa queCIA lhe paga funcionamento

Angra vaza masTFR libera seu

O americano Eugene Hasenfus,único sobrevivente dos quatro tripulan-tes do avião derrubado na Nicarágua,revelou ter realizado 10 missões paraabastecer os contras, partindo de ElSalvador e Honduras. Hasenfus afirmouque ganhava três mil dólares por mês e

3ue a operação era supervisionada por

ois cubanos naturalizados norte-ameri-canos, "que trabalhavam para a CIA".

O governo dos EUA não aceitouuma nota de protesto nicaragüense res-ponsabilizando-o pela operação e vol-tou a ameaçar romper relações com aNicarágua se não tiver acesso imediatoa Hasenfus, que poderá ser julgado econdenado a 30 anos de prisão. Oscorpos dos outros dois americanos queestavam no avião já foram entreguesà embaixada em Manágua. (Página 15)

O Tribunal Federal de Recursosliberou o funcionamento da usina nu-clear Angra 1, embora tenha apresenta-do vazamento de água com radioatívida-de — sem contaminar o meio ambiente— no circuito primário de refrigeração,na madrugada de quarta-feira, conformenoticiou o jornal Folha de S. Paulo.Furnas Centrais Elétricas informou quehouve defeito "corriqueiro" numa vál-vula auxiliar durante testes.

Ao correr o boato de que grave aci-dente ocorria, moradores de Angra dosReis e Parati chegaram a fazer as malaspara sair da área. Lideranças ecológicasestiveram na usina, mas nada lhes foi in-formado. O deputado Liszt Vieira (PT)ironizou: "É mais fácil vazar radiação dausina do que informações." (Página 9)

dólares de contas no Morgan sob onome de brasileiros. Parte dessas reti-radas foram encobertas com depósitossob a forma de empréstimos, num totalde 2,9 milhões de dólares, que Gebauerajudou a disfarçar com extratos falsos eoutras falsificações de papéis do banco.Ele se confessou culpado também dasonegação de 1,7 milhões do dólares aofisco americano.

Em compensação, o Morgan —cuja imagem sofreu severamente com arevelação do escândalo, em maio último— desiste de perseguir Gebauer judicial-mente. Em São Paulo, Curitiba, Rio eParis, os brasileiros implicados no casorecusaram-se a falar ou então negaramqualquer tipo de envolvimento, tambémacusando Gebauer de fraude. (Pág. 24)

Acidente deixaem Machline ador dos órfãos

Na casa pobre do tio Cidão, em Itati-ba, Rosana Cristina, 11 anos, e Ricardo, deseis, ainda não entenderam muito bem odrama que vivem. Os primos inventampalhaçadas para fazê-los rir, o que raramen-te conseguem. Há 18 dias, perderam o pai,a mãe e a avó num acidente em que foramos únicos sobreviventes, além do empresa-rio Matias Machline, que bateu com seuMercedes no velho Volkswagen em queviajavam.

Cidão os assumiu como filhos e nãoadmite que ninguém mais os adote. Ricar-do, mais que Cristina, não percebe toda atragédia. Disseram-lhe que o pai está nocéu, mas ele costuma vê-lo à noite.Machline, recuperado de ferimentos leves,atormenta-se com as mortes e os órfãos— e promete ajudá-los, enquanto retomaaos poucos suas atividades. (Página 12)

Fazenda de boigordo não é ade João Durval

O governador da Bahia, João Durval,disse que não é sua a fazenda com boisgordos exibida na televisão pelo programado PMDB. "Minha fazenda não tem pisei-na nem quadra de tênis", ironizou, expli-cando que seus adversários filmaram umapropriedade vizinha, do ex-ministro Ange-Io Calmon de Sá. Durval lembrou aindaque é especializado em pecuária leiteira.

A coligação PFL-PDS-PTB acusou,no horário de propaganda gratuita natelevisão de ontem a noite, o candidato avice-governador da chapa de Waldir Pires,Nilo Coelho, de vender boi gordo comágio a um frigorífico do estado. Comoprova, apresentou uma nota fiscal ondeestá registrado que Nilo Coelho negociou208 bois a Cz$ 245,00 a arroba e não aopreço tabelado de Cz$ 215,00. (Pág. 2)

TRE entrega só5% dos títulose culpa eleitor

O TRE distribuiu até agora só 5%dos 3 milhões 366 mil 410 títulos domunicípio do Rio. O atraso é atribuído àdesinformação dos eleitores, mas o TREhesita em usar parte do horário gratuito daTV para alertar que o prazo de entrega dostítulos termina 10 de novembro. Admite-se que, nesse ritmo, haverá congestiona-mento nos postos de distribuição.

O governador Leonel Brizola, usan-do direito de resposta concedido peloTRE, ocupará hoje dois minutos do ho-rário gratuito do rádio, entre 20h e 21h.Amanhã e domingo, Brizola falará cincominutos pela TV. Ontem, ele ganhou mais15 minutos de rádio. As aparições deBrizola serão para resposta a acusa-ções do candidato a senador Hélio Fer-nandes, do PMDB. (Página 6-A e Cidade)

CASA DO VINHOAGRISUL — Gran-des Promoções no IIAniversário. Apro-veite e antecipe ascompras para o Na-tal. Sacadura Cabral?28. 253-5343.

ATENÇÃO TAPETEPERSA — Associaçãode Colecionadores deTapete Persa/Orientaldo Brasil tem: Avalia-ção/Venda/Comprac/certificado. Conser-ta-Lava 256-2919, 255-2453 Sede-própria Ma-galhães.

MOREV BOOGIE O menor pre-ço do Rio. Aussie 3x580 Morey 140. 3x760. Mach 3x1050.Aceitamos cartões de crédito.CAMPING-TUR Copa 235-5316/ 255-7483. Centro 224-4526 Rio Sul 541-0446.

AUX.ENFEHMAGEM — Comprática injeções endovenosas.Rua Siqueira Campos,43/1.101. Contato somente08/12 horas.

• CAIÇARAS ' GÁVEA " IATECLUBE • COUNTRY CLUB •JOCKEY CLUB • ITANHANGA• CAD. DO MARACANÃ.COMPRA E VENDA — 267-7266 LALAU.

RECEPCIONISTAS — Rapazou senhor, precisa-se p/ traba-lhar estacionamento automáti-co. ótimo salário. Rua Min.Viveiros de Castro 157 Copa-cabana.

COBRA-SUB — Tudo p/mergu-lho pelo menor preço do Rio.Todos os cartões de crédito.CAMPINQ-TUR Copa 235-53167255-7483. Centro 224-4256. Rio Sul 541*446.

MOTORISTA PARTICULAR —Experiência comprovada car-teira mínimo 2 anos famíliatratamento. Idade 40/50. Tra-tar 275-0322 Luiz Freire Hor.Comercial.

ALFA ROMEU 81 E 83 T14 —Comp. revisado a gar. ot. est.ac. troca, fácil. S. F. Xavier,352-B 234-3780.

BRASlUA/75 — Bege t/equi-pado. Vendo barato — NOVATEXAS Rua Frei Caneca. 55 —Tel. 224-8922 — 224-9843.

CHEVETTE LUXO 82 — Gas.branco, super novo. Troco/fin.R. Cde. Bonfim. 753-AT: 288-9991.

ATO ORIGINAL — Ex-posição permanente deObras Contemporâneasde Ceramistas: SkokoSuzuki, Megumi, Yoasaetc. Compre c/ Cartãode Crédito. Av. Arman-do Lombardi, 800 Lj. 65-H Condado de Cascais399-6966.

VOLPI — Tapeçariaautent. 1.40 x 90.Grauben, Bracher, Ro-sina. Construtivos doacervo. KLEE GALE-RIA DE ARTE. Ataulfode Paiva, 135 Loja210. Tel. 259-2394.

VELEIROS OCEÂNI-COS — Clientes da FastYachts colocam à vendaveleiros: FAST-230.Tel.: (011) 521-1944 —Av. Eng° Eusébio Ste-vaus. 1519 — SP, e noRio Tel.: (02D24&4180_ BIP 374 — ELIANE.

IATE CLUBE — CALCARAS — CountryClub—Jockey Club —Gávea-ltanhangá —•Cadeiras do Maracanã.Compro — Vendo —Troco. Tels: 252-4887,232-2637.

JORNAL DO BRÁS©JORNAL DO BRASIL S A 1986 Rio de Janeiro - - Sexta-feira, 10 de outubro de 1986 Ano XCVI — N° 185 Preço: CzS 4,00

Governo endurece e pega boi no pastoTempoNo Rio e em Niterói nubladoa parcialmente nublado.Temperatura estável. Máxi-ma: 30°, em Realengo e SantaCruz; mínima: 18,4°, no Altoda Boa Vista. Foto do satélitee tempo no mundo, página 16.

LotoNove apostadores acertarama quina — 22, 28,30,60 e 92 —do concurso 361 da Loto. Acada um caberá Cz$1.882.321,10. (Página 16)

CidadeO metrô volta a funcionar a

partir das 6h de hoje, mas sódepois do meio-dia estarãooperando todas as estações dalinha 1. (Página 1)

Secundaristas fizeram pas-seata para reivindicar meia-passagem nos ônibus. (Pág. 3)

Desembargador cassou li-minar que permitia o funcio-namento de máquinas de vi-deopôquer. (Página 7)

Rubens PaivaO procurador-geral da Repú-blica, Leite Chaves, autorizouo procurador da Ia AuditoriaMilitar do Rio de Janeiro atomar novo depoimento domédico Amílcar Lobo. LeiteChaves esteve com o presiden-te Sarney. (Página 13)

LatifundiárioSuperintendente do Incra/RS,Carlos Freitas, disse que o mi—nistro da Justiça, Paulo Bros-sard, "fala mais como latifun-diário do que como ministro",defendendo seus 2 mil hecta-res e a Farsul (...) sentadinhoao lado de Sarney." (Pág. 8)

TurismoO roteiro com os lugares pa-

ra ver e comprar as flores daprimavera na serra de Petró-polis.

O trem é a forma mais eco-nômica e divertida de conhe-cer a Europa, através do Eu-railpass. Cinco jovens contamcomo fizeram a viagem.

Os preços, escalas e datasde saídas e chegadas dos me-lhores cruzeiros marítimos domundo.

Pére Lachaise, o mais anti-go cemitério de Paris, é umponto de atração turística.

RepressãoReverendo Jaime Wright, co-autor do projeto Brasil nuncamais, denunciou torturas edesaparecimentos nas dele-gacias policiais de todo opaís. E disse que foi maisfácil defender os direitos hu-manos no governo de Malufem São Paulo do que tem sidocom Montoro. (Página 13)Deposto

Dois mil bois foram desapro-priados ontem, 21 anos depois deação semelhante do governo Caste-Io Branco, na primeira medida deforça do governo Sarney contra a

propriedade privada. A desapro-

priação foi em três fazendas de

grandes pecuaristas dos Estados deSão Paulo, Mato Grosso do Sul eParaná, e o preço pago foi o docongelamento: Cz$ 215,00 a arroba.

— Fomos buscar 2 mil bois etrouxemos 2 mil — disse o ministroda Fazenda, Dilson Funaro, satis-feito com a operação realizada"com bom senso e inteligência". Adesapropriação poderá prosseguiraté o início da safra, em dezembro,dependendo do aumento ou não davenda dos bois gordos aos frigorífi-cos pelo preço do acordo de setem-bro: Cz$ 280,00 a arroba.

O temor de que os peões daFazenda Campeiro, em Mato Gros-so do Sul, tivessem sido armadospara receber o grupo encarregadoda desapropriação levou a PolíciaFederal a montar uma operação quetransformou Campo Grande empraça de guerra. A Polícia Militarreforçou com 20 homens o contin-gente de 30 agentes federais, mas ogrupo foi recebido com cafezinho.

— Estamos pior que no regimeditatorial, pois substituíram o entulhoautoritário pelo entulho demagógico— disse o pecuarista Sérgio Lunar-delli, que teve 700 bois desapropria-dos, em uma de suas fazendas, a Tre-vo. Já o presidente da UDR em SãoPaulo, Roosevelt Roque dos Santos,disse que o governo deveria ter tido"um diálogo de composição". (Págs.17 a 20 e editorial Manada de erros)

Citrolândia/MS — Foto de Silvio Andrade

O TRE da Paraíba depôs osenador biônico Milton Ca-bral, eleito por via indiretapara mandato-tampão de 10meses, em substituição ao go-vérnador Wilson Braga e aovice José Carlos Júnior, querenunciaram para disputarcargos eletivos. (Página 4)

Pinochet dialogaO general Pinochet propôs,pessoalmente, o diálogo comoposicionistas que rejeitem omarxismo, passando por cimadas negociações da Junta Mili-tar com a oposição. (Página 15)Reagan em Reikjavik

: Ao chegar em Reikjavik parareunião do final de semanacom Gorbachev, Ronald Rea-

. gan advertiu que não há ga-rantias de sucesso, pois há di--vergências: "Não podemos ra-biscar acordos às pressas e'sair falando no espírito deReikjavik." (Página 14)

CotaçõesCruzado: 2.697,35 (hoje),2.709,49 (amanhã) e 2.721,68(domingo). Dólar: Cz$ 13,77~ (compra) e Cz$ 13,84 (venda).Viagem: Cz$ 17,30. UNIF: Cz$199,41 para IPTU e Cz$ 248,55para ISS e taxa de expedien-te. UFERJ: Cz$ 186,99. OTN:Cz$ 106,40. MVR: Cz$ 328,38.Salário mínimo: Cz$ 804,00.

IP* Jfc ** JlÉÍ^|

H^I^I BÜ: lL ^ —- '**•- iêamfri ¦* mmWÈfwammit '^atf^ ' ffl^J-*jH^B^y^jffl^-:mmmmmmmaM^

' ' $é$k 4. "* ^ ' ' '¥**&¦'¦'¦ d:

i»UuHL 9L -mm^ Wm\Mm»m^l^M mm\\mmaml mm ^KH HnH JHI^HndllH ^V iMfli h ii f^Mf ,MF ^.jÍshÈJ* ^'aJÉI^SI l^k!.' '''Úla1^amm.mmm\ maW ^^Ifc^H mmW ^HfIí^I H- d WM mmW^mmW' ^^mWmmXm^tÀm-' ÁMK J%% W. "^ '**flâ'

&?mS44rtm\V'3m\WmnmaÍ^ ^B*»i^lyCr^^PtJWlBP^yBB^H^H^Hffibf '^Ür-^^lBwrBEf1^»! ^' ' '.'¦ ^^ L.^'ih-"J- ^|J,t'i*vÍJll&'*Wi^^ff1".^*\V''.1 \1\-n '' 'k' vv'i ;í"\y'il','''V^J'"-' -í;-'^<-i^'- .,' ><*-'.¦¦.*," •'•.-;. ^'rfE£-V-rT.

Escoltada por viaturas da Policia Federal e porpoteiais a çaváloia botodâ^sapropriada segue para o matadouro

Manáqua — Foto da Reuters

¦k Am^m amÊAm ¦*..

L , r^mB,'' flHii st1 '

i''?'W^B

Gebauer confessa quefraude tem brasileiro

Antônio Tony Gebauer confessouter fraudado em mais de 6 milhões dedólares o banco do qual era importanteexecutivo, o Morgan Guaranty Trust,através de manipulações nas contasmantidas ali por homens de negóciobrasileiros. Os nomes dos depositantesbrasileiros — Fernando Ciciho Almei-da, Leônidas Borio, Francisco Catão eFernando Muniz de Souza — foramdivulgados ontem, em Nova Iorque,pelo promotor Rudolph Giuüani, queaceitou um compromisso entre Ge-bauer e o Morgan.

Amigo de empresários, políticos ebanqueiros em toda América Latina,ex-negociador da dívida externa brasi-leira, Gebauer admite ter efetuado reti-radas não autorizadas de 4,3 milhões deHosenfus confessou em entrevista

Sobreviventeconfessa queCIA lhe paga funcionamento

Angra vaza masTFR libera seu

O americano Eugene Hasenfus,único sobrevivente dos quatro tripulan-tes do avião derrubado na Nicarágua,revelou ter realizado 10 missões paraabastecer os contras, partindo de ElSalvador e Honduras. Hasenfus afirmouque ganhava três mil dólares por mês e

3ue a operação era supervisionada por

ois cubanos naturalizados norte-ameri-canos, "que trabalhavam para a CIA".

O governo dos EUA não aceitouuma nota de protesto nicaragüense res-ponsabilizando-o pela operação e vol-tou a ameaçar romper relações com aNicarágua se não tiver acesso imediatoa Hasenfus, que poderá ser julgado econdenado a 30 anos de prisão. Oscorpos dos outros dois americanos queestavam no avião já foram entreguesà embaixada em Manágua. (Página 15)

O Tribunal Federal de Recursosliberou o funcionamento da usina nu-clear Angra 1, embora tenha apresenta-do vazamento de água com radioatiyida-de — sem contaminar o meio ambiente— no circuito primário de refrigeração,na madrugada de quarta-feira, conformenoticiou o jornal Folha de S. Paulo.Furnas Centrais Elétricas informou quehouve defeito "corriqueiro" numa vál-vula auxiliar durante testes.

Ao correr o boato de que grave aci-dente ocorria, moradores de Angra dosReis e Parati chegaram a fazer as malaspara sair da área. Lideranças ecológicasestiveram na usina, mas nada lhes foi in-formado. O deputado Liszt Vieira (PT)ironizou: "É mais fácil vazar radiação dausina do que informações." (Página 9)

dólares de contas no Morgan sob onome de brasileiros. Parte dessas reti-radas foram encobertas com depósitossob a forma de empréstimos, num totalde 2,9 milhões de dólares, que Gebauerajudou a disfarçar com extratos falsos eoutras falsificações de papéis do banco.Ele se confessou culpado também dasonegação de 1,7 milhões de dólares aofisco americano.

Em compensação, o Morgan —cuja imagem sofreu severamente com arevelação do escândalo, em maio último— desiste de perseguir Gebauer judicial-mente. Em São Paulo, Curitiba, Rio eParis, os brasileiros implicados no casorecusaram-se a falar ou então negaramqualquer tipo de envolvimento, tambémacusando Gebauer de fraude. (Pág. 24)

Acidente deixaem Machline ador dos órfãos

Na casa pobre do tio Cidão, em Itati-ba, Rosana Cristina, 11 anos, e Ricardo, deseis, ainda não entenderam muito bem odrama que vivem. Os primos inventampalhaçadas para fazê-los rir, o que raramen-te conseguem. Há 18 dias, perderam o pai,a mãe e a avó num acidente em que foramos únicos sobreviventes, além do empresa-rio Matias Machline, que bateu com seuMercedes no velho Volkswagen em queviajavam.

Cidão os assumiu como filhos e nâoadmite que ninguém mais os adote. Ricar-do, mais que Cristina, não percebe toda atragédia. Disseram-lhe que o pai está nocéu, mas ele costuma vê-lo à noite.Machline, recuperado de ferimentos leves,atormenta-se com as mortes e os órfãos— e promete ajudá-los, enquanto retomaaos poucos suas atividades. (Página 12)

Fazenda de boigordo não é ade João Durval

O governador da Bahia, João Durval,disse que não é sua a fazenda com boisgordos exibida na televisão pelo programado PMDB. "Minha fazenda não tem pisei-na nem quadra de tênis", ironizou, expli-cando que seus adversários filmaram umapropriedade vizinha, do ex-ministro Ange-Io Calmon de Sá. Durval lembrou aindaque é especializado em pecuária leiteira.

A coligação PFL-PDS-PTB acusou,no horário de propaganda gratuita natelevisão de ontem à noite, o candidato avice-governador da chapa de Waldir Pires,Nilo Coelho, de vender boi gordo comágio a um frigorífico do estado. Comoprova, apresentou uma nota fiscal ondeestá registrado que Nilo Coelho negociou208 bois a CzS 245,00 a arroba e não aopreço tabelado de CzS 215,00. (Pág. 2)

TRE entrega só5% dos títulose culpa eleitor

O TRE distribuiu até agora só 5%dos 3 milhões 366 mil 410 títulos domunicípio do Rio. O atraso é atribuído àdesinformação dos eleitores, mas o TREhesita em usar parte do horário gratuito daTV para alertar que o prazo de entrega dostítulos termina 10 de novembro. Admite-se que, nesse ritmo, haverá congestiona-mento nos postos de distribuição.

O governador Leonel Brizola, usan-do direito de resposta concedido peloTRE, ocupará hoje dois minutos do ho-rário gratuito do rádio, entre 20h e 21h.Amanhã e domingo, Brizola falará cincominutos pela TV. Ontem, ele ganhou mais15 minutos de rádio. As aparições deBrizola serão para resposta a acusa-ções do candidato a senador Hélio Fer-nandes, do PMDB. (Cidade, Página 4 )

CAáA DO VINHOAGRISUL — Gran-des Promoções no II

;IAniversário. Apro-veite e antecipe ascompras para o Na-tal. Sacadura CabralJ-23. 253-5343.

ATENÇÃO TAPETEPERSA — Associaçãode Colecionadores deTapete Persa/Orientaldo Brasil tem: Avalia-ção/Venda/Comprac/certificado. Conser-ta-Lava 256-2919, 2552453 Sede-própria Magalhães.

.V."

MOREY BOOGIE O menor pre-oo do Rio. Aussie 3x580 Mo-rey 140. 3x750. Mach 3x1050.Aceitamos cartões de crédito.CAMPING-TUR Copa 235-5316/ 255-7483. Centro 224-4526 Rio Sul 641-0446.

AUX ENFERMAGEM — Comprática injeções ondovenosasRua Siqueira Campos,43/1.101. Contato somente08/12 horas.

• CAIÇARAS • GÁVEA • IATECLUBE ' COUNTRY CLUB •JOCKEY CLUB • ITANHANGÁ• CAD. DO MARACANÃ.COMPRA E VENDA — 267-7266 LALAU.

RECEPCIONISTAS — Rapazou senhor, precisa-se p/ traba-lhar estacionamento automâti-co. ótimo salário. Rua Min.Viveiros de Castro 157 Copa-

«•Mbana.

COBRA-8UB — Tudo p/mergu-lho pelo menor preço do Rio.Todos os cartões de crédito.CAMPINO TUR Copa 235-5316/255-7483. Centro 224-4256. Rio Sul 541-0448.

MOTORISTA PARTICULAR —Experiência comprovada car-teira mínimo 2 anos famíliatratamento. Idade 40/50. Tra-tar 275-0322 Luiz Freire Hor.Comercial. <*,

ALFA ROMEU SI E N TU —Comp. revisado c/ gar. ot. ost.ac. troca, tacil. S. F. Xavier.352-B 234-3780.

BRASlUA/75 — Bege t/equi-pado. Vendo barato — NOVATEXAS Rua Frei Caneca. 55 —Tel. 224-8922 — 224-9843.

CHEVETTE LUXO 82 — Gas.branco, super novo. Troco/fin.R. Cde. Bonfim. 753-AT: 288-9991.

ATO ORIGINAL — Ex-posição permanente deObras Contemporâneasde Ceramistas: SkokoSuzuki, Megumi, Yoasaetc. Compre c/ Cartãode Crédito. Av. Arman-do Lombardi, 800 Lj. 65-H Condado de CascaisÍ99-6966.

VOLPI — Tapeçariaautent. 1.40 x 90.Grauben, Bracher. Ro-sina. Construtivos doacervo. KLEE GALE-RIA DE ARTE. Ataulfode Paiva, 135 Loja210. Tel. 25^2394.

VELEIROS OCEÀNI-COS —Clientes da FastYachts colocam à vendaveleiros: FAST-230.Tel.: (011) 521-1944 —Av. Eng° Eusébio Ste-vaus. 1519 — SP. e noRio Tel.: (021)246-4180— BIP 374 — ELIANE.

IATE CLUBE — CAI-CARAS — CountryClub — Jockey Club —Gávea-ltanhangá —Cadeiras do Maracanã.Compro — Vendo —Troco. Tels: 252-4887,232-2637.

¦ -

¦ ¦

.41 Me"

JORNAL DO BRASIL©JORNAL DO BRASIL S A 1986 Rio de Janeiro — Sexta-feira, 10 de outubro de 1986 Ano XCVI — N° 185 Preço: CzS 4,00

Governo endurece e pega boi no paston^io m;i hnic fnram Hpsanro- — Fomos buscar 2 mil bois O temor de que os peões da — Estamos pior que no regime

TempoNo Rio e em Niterói nublado aparcialmente nublado. Tem-peratura estável. Máxima: 30°em Realengo e Santa Cruz;mínima: 18,4° no Alto da BoaVista. Foto do satélite e tempono mundo, página 16.

LotoNove apostadores acertaram aquina — 22,28,30,60 e 92 — doconcurso 361 da Loto. A cadaum caberá Cz$ 1.882.321,10.(Página 16)MetrôO metrô volta a funcionar apartir das 6h de hoje, mas sódepois do meio-dia estarãooperando todas as estações dalinha 1. (Página 6-B)

Rubens PaivaO procurador-geral da Repú-blica, Leite Chaves, autorizouo procurador da Ia AuditoriaMilitar do Rio de Janeiro atomar novo depoimento domédico Amílcar Lobo. LeiteChaves esteve com o presiden-te Sarney. (Página 13)

LatifundiárioSuperintendente do Incra/RS,Carlos Freitas, disse que o mi-nistro da Justiça, Paulo Bros-sard, fala mais como latifun-diário do que como ministro,defendendo seus 2 mil hecta-re; e a Farsul (...) sentadinhoao lado de Sarney. (Pág. 8)

Dois mil bois foram desapro-

priados ontem, 21 anos depois deação semelhante do governo Caste-lo Branco, na primeira medida deforça do governo Sarney contra a

propriedade privada. A desapro-

priação foi em três fazendas de

grandes pecuaristas dos Estados deSão Paulo, Mato Grosso do Sul eParaná, e o preço pago foi o docongelamento: Cz$ 215,00 a arroba.

MHsnan

TurismoO roteiro com os lugares paraver e comprar as flores daprimavera na serra de Petró-polis.O trem é a forma mais eco-Cômica e divertida de conhe-cer a Europa, através do Eu-railpass. Cinco jovens contamcomo fizeram a viagem.

Os preços, escalas e datasde saídas e checadas dos me-lhores cruzeiros marítimos domundo.

Pére Lachaise, o mais anti-go cemitério de Paris, é umponto ri ?. atração turística.

RepressãoReverendo Jaime Wright, co-autor do projeto Brasil nuncamais, denunciou torturas e de-paparecimentos nas delega-ei.. 3 policiais de todo o país. Edisse que foi mais fácil defen-der os direitos humanos nogoverno de Maluf em São Pau-lo do que tem sido com Monto-ro. (Página 13)

Deposto

— Fomos buscar 2 mil bois etrouxemos 2 mil — disse o ministroda Fazenda, Dilson Funaro, satis-feito com a operação realizada"com bom senso e inteligência". Adesapropriação poderá prosseguiraté o início da safra, em dezembro,dependendo do aumento ou não davenda dos bois gordos aos frigorífi-cos pelo preço do acordo de setem-bro: Cz$ 280,00 a arroba.

O temor de que os peões daFazenda Campeiro, em Mato Gros-so do Sul, tivessem sido armadospara receber o grupo encarregadoda desapropriação levou a PolíciaFederal a montar uma operação quetransformou Campo Grande empraça de guerra. A Polícia Militarreforçou com 20 homens o contin-gente de 30 agentes federais, mas ogrupo foi recebido com cafezinho.

O TRE da Paraíba depôs osenador biônico Milton Ca-bral, eleito por via indiretapara mandato-tampão de 10meses, em substituição ao go-vernador Wilson Braga e aovice José Carlos Júnior, querenunciaram para disputarcargos eletivos. (Página 4)

Reagan em ReikjavikAo chegar em Reikjavik parareunião do final de semanacom Gorbachev, Ronald Rea-gan advertiu que não há ga-rantias de sucesso, pois há di-vergências: "Não podemos ra-biscar acordos às pressas esair falando no espírito deReikjavik". (Página 14)

Greve na ArgentinaGreve decretada pelos sindi-catos peronistas paralisouBuenos Aires, onde 80 mil tra-balhadores fizeram passeatacriticando o governo e exigin-do a suspensão do pagamentoda dívida externa. (Página 15)

Pinochet dialogaO general Pinochet propôs,pessoalmente, o diálogo comoposicionistas que rejeitem omarxismo, passando por cimadas negociações da Junta Mili-tar com a oposição. (Página 15)CotaçõesCruzado: 2.697,35 (hoje),2709,49 (amanhã) e 2.721.68(domingo). Dólar: Cz$ 13,77(compra) e Cz$ 13,84 (venda).Viagem: Cz$ 17,30. Unif: Cz$199,41 para IPTU e Cz$ 248,55para ISS e taxa de expediente.Uferj: Cz$ 186,99. OTN: Cz$106,40. MVR: Cz$ 328,38. Sala-rio mínimo: Cz$ 804.

— Estamos pior que no regimeditatorial, pois substituíram o entulhoautoritário pelo entulho demagógico— disse o pecuarista Sérgio Lunar-delli, que teve 700 bois desapropria-dos, em uma de suas fazendas, a Tre-vo. Já o presidente da UDR em SãoPaulo, Roosevelt Roque dos Santos,disse que o governo deveria ter tido"um diálogo de composição". (Págs.17 a 20 e editorial Manada de erros)

Citrolândia/MS — Foto de Silvio Andrade'A-A.' A"a"'',!;"'sAA . . liSlí!

;.'yy; 4':*.yyyAA :.í%l \'.:. AA/;:, "AAAA:'AA;'#;-' ¦ ÍAAA" A'. -; ¦ t"W' '; -' , "! btíiií "¦¦¦ AA.&! ¦

AAAAAt^v' Av '¦''¦" -AA ..-lil: "AAV A'.': :¦ :...:.;'..v ¦'. ií- ;A-.; A':'\ yVAAA , : A. í/r Aít|s'AA * i :„.,£'AA

^m&W&tkWmwTL ^T _1' ^ÍmHPí* & *ü«á_ *t - .~*J ¦*¦** MMJaBBBBBBBBBBBBBBBBfSí 1 li l_H vJ! ül- á.vLaBwife ^*w«F sH,, ir ¦ é f^j'* ^r. V ^«-1 Mm MmwM f._f_a w àhWmwmm& -TE¦ . . tjfly ^&Ê&^mmmWwÊ ti ül 1l--?<Wml1 líÊ 1-Ãp -;V '¦> ^*

•tm ' V '«gllM^R^ J^- <5?>'^WFaÉHÍ&ffi^ ^]^ÍBB_^PHfl!j7—B_r_^_WJS BH

, ¦ • -A^^JTrWjIliflffl i '• VMBErwOLffwrffllli^^^iJÍaanaMat?^-^-hM—IyffiB»^^: •"^Tfflijtlffij'^ ^H'''"^fljftgX'".:,!^^^^^'^•''^¦BMbIÍHBBBHBS^mffiP^^^'1"1' ""•*"'¦ t,'. '""V'tiv -*-^T:^^^*™tSI__bRbãÍsIÍ_B mw\m MH __h_H

ci4-M.fci.Mw..«.^»i'*^,«.ir,.Sv.. »^aT» VÍlmwm^-i^f^^^^^mafMmW1'.-. *¦•¦'¦• :¦ wteáí'~"'.¦':^'---*:^~. '¦¦;¦; -^-y-Aslwipl-^Sí

filfJ^^HlM^Wt-HK y':'-:' w^mMP- 'A' ^éim -^ a:'vM8B

' ¦' ,^H;'r«S^fiffS^aBBBifii#•trA:''WÍaia!

IIiIMi

Manágua — Foto da Reuters

lííS^Tõr^íaíiímí» da Polícia Federal e por policiai* a cavalo, a boiada desapropriada segue para o matadouro

Fazenda de boigordo não é ade João Durval

Gebauer confessa quefraude tem brasileiro

Hasenfus confessou em entrevista

Sobreviventeconfessa queCIA lhe paga

O americano Eugene Hasenfus,único sobrevivente dos quatro tripulan-tes do avião derrubado na Nicarágua,revelou ter realizado 10 missões paraabastecer os contras, partindo de ElSalvador e Honduras. Hasenfus afirmouque ganhava três mil dólares por mês e

3ue a operação era supervisionada por

ois cubanos naturalizados norte-ameri-canos, "que trabalhavam para a CIA".

O governo dos EUA não aceitouuma nota de protesto nicaragüense res-ponsabilizando-o pela operação e vol-tou a ameaçar romper relações com aNicarágua se não tiver acesso imediatoa Hasenfus, que poderá ser julgado econdenado a 30 anos de prisão. Oscorpos' dos outros dois americanos queestavam no avião já foram entreguesà embaixada em Manágua. (Página 15)

Antônio Tony Gebauer confessouter fraudado em mais de 6 milhões dedólares o banco do qual era importanteexecutivo, o Morgan Guaranty Trust,através de manipulações nas contasmantidas ali por homens de negóciobrasileiros. Os nomes dos depositantesbrasileiros — Fernando Ciciho Almei-da, Leonidas Borio, Francisco Catão eFernando Muniz de Souza — foramdivulgados ontem, em Nova Iorque,pelo promotor Rudolph Giuliani, queaceitou um compromisso entre Ge-bauer e o Morgan.

Amigo de empresários, políticos ebanqueiros em toda América Latina,ex-negociador da dívida externa brasi-leira, Gebauer admite ter efetuado reti-radas não autorizadas de 4,3 milhões de

Angra vaza masTFR libera seufuncionamento

O Tribunal Federal de Recursosliberou o funcionamento da usina nu-clear Angra 1, embora tenha apresenta-do vazamento de água com radioatívida-de — sem contaminar o meio ambiente— no circuito primário de refrigeração,na madrugada de quarta-feira, conformenoticiou o jornal Folha de S. Paulo.Furnas Centrais Elétricas informou quehouve defeito "corriqueiro" numa vál-vula auxiliar durante testes.

Ao correr o boato de que grave aci-dente ocorria, moradores de Angra dosReis e Parati chegaram a fazer as malaspara sair da área. Lideranças ecológicasestiveram na usina, mas nada lhes foi in-formado. O deputado Liszt Vieira (PT)ironizou: "É mais fácil vazar radiação dausina do que informações." (Página 9)

dólares de contas no Morgan sob onome de brasileiros. Parte dessas reti-radas foram encobertas com depósitossob a forma de empréstimos, num totalde 2,9 milhões de dólares, que Gebauerajudou a disfarçar com extratos falsos eoutras falsificações de papéis do banco.Ele se confessou culpado também dasonegação de 1,7 milhões do dólares aofisco americano.

Em compensação, o Morgan —cuja imagem sofreu severamente com arevelação do escândalo, em maio último— desiste de perseguir Gebauer judicial-mente. Em São Paulo, Curitiba, Rio eParis, os brasileiros implicados no casorecusaram-se a falar ou então negaramqualquer tipo de envolvimento, tambémacusando Gebauer de fraude. (Pág. 24)

Acidente deixaem Machline ador dos órfãos

Na casa pobre do tio Cidão, em Itati-ba, Rosana Cristina, 11 anos, e Ricardo, deseis, ainda não entenderam muito bem odrama que vivem. Os primos inventampalhaçadas para fazê-los rir, o que raramen-te conseguem. Há 18 dias, perderam o pai,a mãe e a avó num acidente em que foramos únicos sobreviventes, além do empresa-rio Matias Machline, que bateu com seuMercedes no velho Volkswagen em queviajavam.

Cidão os assumiu como filhos e nãoadmite que ninguém mais os adote. Ricar-do, mais que Cristina, não percebe toda atragédia. Disseram-lhe que o pai está nocéu, mas ele costuma vê-lo à noite.Machline, recuperado de ferimentos leves,atormenta-se com as mortes e os órfãos— e promete ajudá-los, enquanto retomaaos poucos suas atividades. (Página 12)

O governador da Bahia, João Dur-"vai, disse que não é sua a fazenda combois gordos exibida pela televisão noprograma do PMDB. "Minha fazenda'não tem piscina nem quadra de tênis",ironizou, explicando que seus adversa-rios filmaram uma propriedade vizinha,do ex-ministro Ângelo Calmon de Sá.Durval lembrou ainda que é especiali-zado em pecuária leiteira.

O compositor Chico Buarque deHolanda mandou telegrama ao TRE daBahia pedindo que seja proibida autilização da música Boi Voador, de suaautoria, como fundo musical da propa-?ganda da candidatura Josaphat Mari-,nho no horário de propaganda gratuitano rádio e na televisão. A marchinhavinha servindo de trilha sonora para asacusações contra Nilo Coelho. (Pág. 2)

TRE entrega só |5% dos títulos Ie culpa eleitor |

O TRE distribuiu até agora só 5%:]dos 3 milhões 366 mil 410 títulos dcAmunicípio do Rio. O atraso é atribuídoà desinformação dos eleitores, mas o;TRE hesita em usar parte do horário,gratuito da TV para alertar que o prazade entrega dos títulos termina 10 de;novembro. Admite-se que, nesse ritmo,,haverá congestionamento nos postos dedistribuição. jí

O governador Leonel Brizola,"usando direito de resposta concedidopelo TRE, ocupará hoje dois minutosdo horário gratuito do rádio, entre 20he 21h. Amanhã e domingo, Brizola fala-rá cinco minutos pela TV. Ontem, eleganhou mais 15 minutos de rádio. Asaparições de Brizola serão para respostaa acusações do candidato a senador Hé-lio Fernandes, do PMDB. (Página 6-a)

CASA DO VINHOAGRISUL — Gran-des Promoções no IIAniversário. Apro-veite e antecipe ascompras para o Na-tal. Sacadura Cabral228. 253-5343.

ATENÇÃO TAPETEPERSA — Associaçãode Colecionadores deTapete Persa/Orientaldo Brasil tem: Avalia-çâoA/enda/ Comprac/certificado. Conser-ta-Lava 256-2919. 255-2453 Sede-própria Ma-galhães.

MOREV BOOGIE O menor pre-oo do Rio. Aussie 3x580 Mo-rev 140.3x750. Mach 3x1050.Aceitamos cartões de crédito.CAMPING-TUR Copa 235-5316/ 255-7483. Centro 224-4526 Rio Sul 541-0446.

AUX.ENFERMAGEM — Comprática injeções endovenosas.Rua Siqueira Campos,43/1 101. Contato somente08/Í2 horas.

• CAIÇARAS • GÁVEA • IATECLUBE • COUNTRY CLUB •JOCKEY CLUB * ITANHANGÁ• CAD. DO MARACANÃ.COMPRA E VENDA — 267-7266 LALAU.

RECEPCIONISTAS — Rapazou senhor, precisa-se p/ traba-lhar estacionamento autométi-co. Ótimo 3alário. Rua Min.Viveiros de Castro 157 Copa-cabana.

COBRA-SUB — Tudo p/mergu-lho pelo menor preço do Rio.Todos os cartões de crédito.CAMPINQ-TUR Copa 235-5316/255-7483. Centro 224-4256. Rio Sul 541-0446.

MOTORISTA PARTICULAR —Experiência comprovada car-teira mínimo 2 anos famíliatratamento. Idade 40/50. Tra-tar 275-0322 Luiz Freire Hor.Comercial.

ALFA ROMEU 81 E 83 T14 —Comp. revisado c/ gar. ot. est.ac. troca, fácil. S. F. Xavier.352-B 234-3780.

BRASlUA/TS — Bege t/equi-pado. Vendo barato — NOVATEXAS Rua Frei Caneca. 55 —Tel. 224-8922 — 224-8843.

CHEVETTE LUXO 82 — Gas.branco, super novo. Troco/fin.R. Cde. Bonfim. 753-AT: 288-9991.

ATO ORIGINAL — Ex-posição permanente deObras Contemporâneasde Ceramistas: SkokoSuzuki, Megumi, Yoasaetc. Compre d Cartãode Crédito. Av. Arman-do Lombardi, 800 Lj. 65-H Condado de Cascais399-6966.

VOLPI — Tapeçariaautent. 1.40 x 90.Grauben, Bracher, Ro-sina. Construtivos doacervo. KLEE GALE-RIA DE ARTE. Ataulfode Paiva, 135 Loja210. Tel. 259-2394.

VELEIROS OCEANI-COS — Clientes da FastYachts colocam à vendaveleiros: RANGER-22.Tel.. (011) 521-1944 —Av. Eng° Eusébio Ste-vaus. 1519 —SP, e noRio Tel.: (021)2464180— BIP 374 — ELIANE.

IATE CLUBE — CAI-CARAS — CountryClub — Jockey Club -rA:Gávea-ltanhangá -rkiCadeiras do Maracanã.Compro — Vendo -^.Troco. Tels: 252-4887,232-2637.

-ítüfí..».

A T**f

2 ? Io caderno o sexta-feira, 10/10/86 Política JORNAL DO BRASIL

Coluna do Castello

O PMDB paulista

no ganha e perde

A instabilidade do PMDB de São Paulo,principalmente das suas figuras expo-

nenciais, continua a ser o fato dominantedesse período pré-eleitoral. Os líderes re-

presentantivos do partido no estado nãoderam atenção ou subestimaram o traba-lho de formiga do Sr Orestes Querciapara, à maneira de Maluf, conquistar odomínio da convenção partidária. Todoseles sabiam que não havia identidade entreas aspirações do vice-governador e a ima-gem do PMDB paulista, mas não soube-ram fazer com que prevalecesse sua posi-ção no partido desde que o senador Fer-nando Henrique Cardoso perdeu a eleiçãopara prefeito da capital.

A derrota do senador foi a senha paraque o Sr Orestes Quercia se sentisse libe-rado para prosseguir na manipulação dosdiretórios e conquistar de baixo para cimasua indicação como candidato a governa-dor. O Sr Fernando Henrique Cardoso,que parecia ser o grande trunfo pemede-bista para a disputa eleitoral, estava cruci-ficado numa batalha inglória para a qualdera a contribuição da sua inexperiênciaem prélios eleitorais e de sua boa fé nasdisputas majoritárias. Afinal, sua expe-riência resumia-se à conquista da suplênciado Sr Franco Montoro, quando se elegeusenador por São Paulo.

Os principais dirigentes do partido emSão Paulo não se deram conta da extensãoda derrota e da sua repercussão nos desti-nos do PMDB. No fundo, os Srs FrancoMontoro e Ulysses Guimarães terão visto,antes de mais nada, a queima de umeventual competidor na eleição presiden-ciai de 1988 ou 89. Nada fizeram paraimpedir o controle do PMDB paulista pelovice-governador, que escolheu o Sr Almi-no Afonso presidente do partido quando acúpula pretendia situar no posto o senadorSevero Gomes, que não estava envolvidono episódio eleitoral deste ano. O SrAlmino Afonso não somente subiu à che-fia do partido no estado como foi escolhi-do pelo mesmo Quercia seu companheirode chapa, num gesto de desafio aos queaparentemente dominavam a opinião pe-medebista do estado,

í Os baixos índices de aceitação populardo candidato a governador provocaram oafastamento de fato de sua campanha dosdois candidatos ao Senado e de diversos

{jrefeitos que ostensivametne optaram pe-

o candidato do PTB. O Sr Antônio Ermí-rio de Moraes ainda não pensava emcandidatar-se ao Palácio dos Bandeirantesquando observava a amigos do PMDB queeles colaboravam para pôr no governopaulista por mais quatro anos um homemsem importância, que não iria levar apalavra de São Paulo nas decisões daRepública.

Quando se tornou evidente a mcapaci-dade do comando do PMDB de trocar decandidato ou de organizar em torno dele opartido, o ex-ministro Roberto Gusmãoconseguiu o consentimento do empresárioda Votorantim para lançar o seu nome etentar galvanizar a opinião paulista emtorno de alguém representativo, de modoa evitar que São Paulo aparecesse perantea nação governado de novo pelo Sr PauloMaluf ou pelo inexpressivo Sr OrestesQuercia.

A armação política da candidaturaErmírio de Moraes foi extremamente difí-cil. O PFL, que seria o seu leito natural,foi tomado de assalto por malufistas enrus-tidos, e o PTB estava pendente do even-tual interesse do prefeito da capital deintervir no pleito. Mas o PTB foi afinaldominado e assegurada a legenda para ademarragem da campanha. Os líderes doPMDB, que na intimidade estimulavamesse lançamento, se preparavam para do-bradinhas informais com o candidato, que,de saída, se mostrou com alto índice depreferência popular.

O Sr Ulysses Guimarães, por falta dealternativa oficial, e o governador FrancoMontoro, por desejar firmar seu comandosobre o partido, tornaram-se os bastiõesda resistência que iria favorecer, numterceiro tempo, a candidatura do Sr Ores-tes Quercia. O principal objetivo parecealcançado, que é afastar o risco do retornodo Sr Paulo Maluf. E o Sr Antônio Ermí-rio está hoje sob a ameaça de ser crucifica-do pela indecisão e pelo oportunismo doslíderes representativos do pensamento an-timalufista de São Paulo. Os candidatos aoSenado e os grandes eleitores do PMDBhesitam, deixando que prefeitos intimida-dos recuem das suas decisões cívicas.

O candidato Antônio Ermírio conti-nua a liderar as preferências do eleitorado,mas a essa altura, sem espaço na televisãoe sem bases partidárias sólidas, corre orisco de ser tragado pela ascensão do SrOrestes Quercia, símbolo do espírito go-vernista que tradicionalmente se impõe noBrasil aos partidos no poder. Definida acandidatura Quercia como a candidaturadas forças estáveis do poder, dificilmente aopinião independente de São Paulo terávez para enfrentar o grande PMDB, uni-do, coeso e indestrutível no apoio ao seulíder dos momentos de mediocridade.Com isso, São Paulo fica com uma sóopção para disputar a Presidência da Re-pública — o governador Franco Montoro.

Carlos Castello Branco

Sérgio Costa e Silva15.186 - Dep. Estadual

Gov. Moreira- Sen. Nelson

VAMOS MUDAR O ESTADO DO RIO

Chico Buarque não quer66Boi

Voador 9

no ar com

TEREZAFERNANDESPTB •V" *

DEPUTADA ESTADUAL -14.267Tereza Fernandes é um nome

consagrado no rádio e na televisão.Com destacada atuação na área

de educação, Tereza Fernandesé Professora de Filosofia e Sociologia,Docente da Pontifícia UniversidadeCatólica de Petrópolis e Socretáriade Educação e Cultura de Petrópolisna gestão Paulo Gratacós.Vai trabalhar em favor da cultura e de ummelhor nível de educação para todos.Escritório: Av. Graça Aranha, 145804 • Tel.: 021 • 240-86b9 - RJ

.

^jjjjj

i|- -1m . +Vl t ^ u _

\\JJ \S

/Vt, operadora{IlASSICO) turismo evasion Turtamo

TELS.: 287-3390 e 287-6238 TELS.: 235-4262 e 235-4863EMBRATUR 009250041*8 EMBRATUR 0420500»1-0

L" k>u6tt f&HETOS 'EX*UC*nvo4

MÉDICOSConsulte a seção 515

CLASSIFICADOS JB

propaganda de JosaphatSalvador — O compositor Chico Buarque, em tele-

grama ao Tribunal Regional Eleitoral, pediu que sejaproibida a utilização de sua música Boi voador, feita emparceria com Rui Guerra, na propaganda do candidato dacoligação. PFL-PDS-PTB, Josaphat Marinho, pela tele-visão.

Levado ao ar pela primeira vez há uma semana comgrande impacto, o clip consiste num sobrevôo de terras dafazenda do candidato a vice-governador pelo PMDB, NiloCoelho, em Guanambi, onde centenas de bois correm nopasto, tendo como fundo musical a marchinha Boi voador.

Chico Buarque, no telegrama dirigido ao presidentedo TRE, Rui Trindade, afirma ter tomado conhecimentoda "utilização indevida" de sua composição na campanhados candidatos da coligação PFL-PDS-PTB e manifestarepúdio "à utilização de nossa música por parte destessenhores".

Em outro telegrama, encaminhado ao candidato doPMDB a governador, Waldir Pires, Chico Buarque infor-mou sobre o pedido feito ao TRE e reiterou seu apoio aoex-ministro da Previdência. Ele chegou a gravar umdepoimento para a campanha de Waldir, antes da resolu-ção do Tribunal Superior Eleitoral que restringiu aoscandidatos o horário de propaganda gratuita no rádio e naTV.

No telegrama a Waldir, assinado também por RuyGuerra, Chico Buarque diz que se o TRE baiano nãoimpedir que Boi voador continue sendo usada comopropaganda da campanha de Josaphat Marinho, adotará"as providências jurídicas necessárias".

Fazenda filmada peloPMDB não é de Durval

Salvador —"Minha fazenda não tem piscina nem quadra detênis. Eles filmaram outra e mostraram na televisão como se fosseminha". O comentário, em tom irritado, mas irônico, foi feitoontem de manhã pelo governador João Durval (PFL) para algunsassessores, enquanto folheava escrituras e notas ficáis que, emseguida, entregou à agência de propaganda DM-9, para seremusadas no programa do TRE em mais um episódio da batalha do"boi voador" que a coligação PFL-PDS-FTB e o PMDB vêmtravando no vídeo.

"Vamos dar um passeiozinho pelas fazendas de gado daregião de Feira de Santana, quase todas de correligionários doprofessor Josaphat Marinho", dizia o locutor da agência D/ E,contratada pelo PMDB, enquanto a câmara mostrava umapropriedade rural muito bem cuidada, com piscina e quadra detênis, do ex-ministro Ângelo Calmon de Sá, presidente do BancoEconômico.

Logo depois, foi mostrada a Fazenda Nova Esperança,"uma das que o governador João Durval adquiriu durante osúltimos quatro anos", segundo o programa do PMDB. Mesmopara um telespectador atento, a impressão que ficou foi a de que apiscina e a quadra de tênis, junto com "bois gordos escondidos,prontos para a venda no mercado negro", como disse o locutor,estão todos na propriedade do governador.

Richa defende

mandato de seis : •

anos para

Sarney

Recife — O ex-governador do Paraná, José Richa, candidatoao Senado pelo PMDB, disse "não ler dúvidas" de que o próximopresidente da República sairá do PMDB mas fez uma ressalva;afirmou que ainda é cedo para discutir o assunto e defendeu ummandato de seis anos para o presidente Sarney,"sobretudo se elecontinuar com a preferência que tem hoje da opinião pública".

Richa afirmou que o PMDB fará "de 18 a 20 governadores"e citou como nomes capazes de representar o partido no próximopleito presidencial Ulysses Guimarães, Franco Montoro, "PedroSimon e Miguel Arraes. Disse que sua candidatura é "a vontadede alguns amigos" e acrescentou: "Não tenho pensado nisso,' porenquanto. Não sou candidato". Quanto ao mandato de Sarney foienfático:"Embora a Constituinte tenha poder de reduzi-lo, áòhòque o tamanho já estabelecido deve ser mantido'.

ApoioRicha vai participar em Recife de um comício do candidato a

governador Miguel Arraes como parte do esforço nacional doPMDB para reforçar os candidatos da esquerda do partido emPernambuco. No aeroporto, ele foi recebido pelo presidente daCaixa Econômica Federal, Marcos Freire, pelo candidato a vice-governador Carlos Wilson Campos e pelo presidente do partidono estado, advogado Fernando Correia. -

Há um ano, o panorama era diferente quando o mesmoRicha esteve em Recife para uma visita oficial. Como MarcosFreire estava no palanque do candidato oficial do partido'aprefeito, Sérgio Murilo, e do outro lado estava a dissidência'queapoiava Jarbas Vasconcelos, o ex-governador ouviu ós "áòti

grupos mas acabou não fazendo declaração de voto.Ontem, ao lado de todos, Richa disse que a eleiçâò de

Arraes é muito importante para o país: "Arraes é um homem deuma lucidez política admirável e de influência na política nacio-nal. Sua eleição é também essencial pois, como todos osgovernadores eleitos, ele terá grande influência na Constituinte,comandando a equipe de deputados e senadores que representa-rão o PMDB no Congresso".

Sobre a eleição de São Paulo, Richa acredita no favoritismode Orestes Quercia: "Da forma como sua candidatura vemcrescendo, não tenho dúvida de que pode chegar em primeiro". Oex-governador não acredita mais numa aliança entre Quérciá 'eErmírio.

Margarida descobre a

vocação na campanha

UNIVERSIDADE

DA CALIFÓRNIAPresente de pai para filho por apenas USS 30 p /dia

Acomodação em casa de tamlliaamericana por 4 semanasCursos p/todos os niveis (inclusiveprofessores, executivos, etc '3 semanas de curso3 refeições por diaTeste de avaliaçãoLivros

Inscrições até: 15 de novembro de 86Saida em grupo: 02 de janeiro de 87

r

*5^^ 1 1* V

• Seguro pessoal• Transporte à escolaAtividades programadas> Recepção e traslado em Los Angeles

• 15 horas de aulas semanaisLaboratório de língua

Certificado no final do curso

Saidas individuais: em abertoTemos video cassete da universidade á disposição

'EROVAV/AGG/

Solicite nossos folhetos-Tels.: 255-9776 e Z55-9727

EMBRATUR 00009 00 41 JAPAN A IR LINCS

PARITÁRIASElas ó sào raabdaòe no Re. graças àLei ir 8B4 de LUIZ HENRIQUE UMA

12.282

POLÍTICOS

CAMISETASlot«". .icniKi il< • 1 OOOunui.if U".ENTREGA IMEDIATA

221 9191

Direito de greve

Tóxicos

Aborto

Pena de morte

Reforma agrária

Déficit Público

Censura

Direito da mulher

Estatização

Parlamentarismo

I MUITA COISA PODE MUDAR NO BRASIL. OIJ NÃO.

DEPENDE D0 SEII VOTO.

Era 15 de novembro, o Brasil vai elegerseus deputados e senadores constituintes.Eles, com o mandato do povo, vão escrevera nova Constituição Brasileira, a lei maiordo País. Que define os princípios,

za e determina a feiçãodoTBrasil democrático que todosdesejam. Como vai ser este novoPaís, depende do seu voto.

E para votar certo você deve estar beminformado. Ouvindo a programação

ELEIÇÕES 86 da Rádio Jornal do Brasil,você fica sabendo de tudo com todos os

detalhes. Afinal, você tem direitoa apenas um voto.

Mas que podedecidir as novas leis de 130

milhões de brasileiros.

COES

RÁDIO JORNAL DO BRASIL

AM STÉREO 940 KHz

Terezinha Nunes

Recife — "O que passa pela cabeça do MarcoMaciel?" Essa pergunta sem resposta circulou nas rodaspolíticas pernambucanas quando o ministro-chefe do Gabi--nete Civil anunciou, a 5 de agosto desse ano, que osegundo nome do PFL na disputa para o Senado seria atímida professora universitária Margarida Cantarelli, 42anos, casada, dois filhos, jeito de freira e aversão 'á'qualquer tipo de maquilagem. Nem o próprio partido doministro confiou na ousadia e, para evitar surpresas,Maciel teve que presidir em Recife a convenção extraordi-nária do PFL que oficializou a candidatura. Um movimen-to dissidente ameaçava descarregar os votos no senador doPL, Cid Sampaio, que havia proposto uma coligação.

Pernambucano vai dar mais um exemplo de pioneiris-mo ao país, elegendo a primeira senadora da república",repetia sem cessar o ministro aos que buscavam explica-ções. Poucos dias depois receberia más notícias: Margaridasequer aparecia nas pesquisas e, no interior, cresciam osmovimentos dissidentes a favor de Cid. Hoje, dois mesesdepois, a história é outra: várias pesquisas, inclusive asencomendadas pelo PMDB, apontam Margarida como asegunda colocada nas preferências para o Senado. Sóperde para o ex-governador Roberto Magalhães, séücompanheiro de partido, que é tido como favorito desde oinício da campanha.

Mudança"O ministro tem o poder de fazer brotar uma planta

na terra onde coloca a mão," diz um dos coordenadores dacampanha do PFL, Jão Braga, que ao manusear asprimeiras pesquisas, chegou a ficar desolado. Mas isso nãoaconteceu apenas com os assessores de Maciel. A irmã deMargarida, Mariinha, até hoje está surpresa: "Sincera-mente, eu nunca acreditei que chegássemos a tanto;Sempre tive medo de margarida não emplacar".

A candidata confessa que chegou a temer nos primei-ros momentos:"Era uma coisa nova, inovadora e deresultado imprevisível. Fui em frente porque sou mulher emulher, quando decide, vai em frente. De repente, passçia ser conhecida no estado todo. A televisão fez o milagre.As mulheres estão como loucas nos comícios. Me puxam,me levam pra lá e pra cá, como um símbolo, mas aindabem que os homens também me aplaudem e prometemvotos.

Margarida está bem diferente do que era há doismeses — está mais desembaraçada, não despreza a calçajeans e já usa blusas de cores berrantes. O medo de aviáodesapareceu. "Era tanta a correria que, de repente, me*>vejo em pequenos aviões e até em helicópteros e nempenso que já tive pavor de tudo isso". Até subir emcaminhão, colocando um pé no pneu e outro na carroceriaela já faz."Maciel, se você souber qualquer dia que eu voei emasa delta do Morro da Conceição para a Praia de BoaViagem, acredite. É verdade", disse Margarida, na sema-,na passada, ao ministro, de quem é assessora há 20 anos.Para ser candidata, ela teve que se desligar da assessoriaparlamentar do ministro no Palácio do Planalto.

Como o PMDB dedicou-se até agora a combater oex-governador Roberto Magalhães, Margarida passa áolargo da campanha e é a isso que se atribui muito do setisucesso. Ela nega, lembrando que já começou a ser'atacada na televisão até pelas mulheres do PMDB. Umadelas, a deputada federal Cristina Tavares, disse na XV„„que mulher não vota em mulher só porque é do mesmosexo. "Votar em quem sempre trabalhou ao lado da.,mulher, o que não acontece com a candidata ao Senado",recomendou Cristina.

Margarida se defende, alegando que era 1979 já erachefe do Gabinete Civil de Maciel, encarregada de irdescomprimindo o panorama político, recebendo todos os ¦movimentos reivindicatórios que iam desembocar no palá-cio e se aproximando da Igreja, através de dom HélderCâmara, de quem é amiga."Apenas eu fazia um trabalho quase anônimo e nãoiria me promover", afirma. ,

Esse trabalho já valeu a Margarida valiosos apoiosnacionais, como da deputada estadual do PMDB paulista^ >Ruth Escobar, da jogadora de basquete Hortência e do»- •maestro Marlos Nobre. ~~ •

Se tivesse todos os votos das mulheres pemambucá-Tnas, Margarida se elegeria, pois elas somam hoje mais de-50% do eleitorado. Não é isso, porém, que ela eSTf';querendo: "Desejo ser eleita com votos de homens e aemuoeres e talvez o fato de não militar era movimentos '

feministas esteja me valendo muito. De repente, nãorepresento uma ameaça aos homens e defendo um lugar ,para a mulher que não é o do homem, mas outro lugar, amesma oportunidade".

Margarida não se define ideologicamente com facili-dade: "Acho que uma simples palavra não resume o quepensamos. Isso acaba sendo um rótulo. Aqui em Pernam-buco, por exemplo, está tão grande a salada partidária quetem de tudo nos dois maiores partidos. Espero que secriem novos partidos, mais ideológicos, para definir me-lhor. Sou uma pessoa a favor da democracia e de umdesenvolvimento que leve em conta, cm primeiro lugar, asnecessidades básicas do povo, como o direito à saúde,educação e alimento, sobretudo".

D

2 o" Io caderno ? sexta-feira, 10/10/86 a 2o Clichê Política JORNAL DO BRASIL

Coluna do Castello

,'¦•

¦I

O PMDB paulistano ganha e perde

A instabilidade do PMDB de São Paulo,principalmente das suas figuras expo-

nenciais, continua a ser o fato dominantedesse período pré-eleitoral. Os líderes re-presentantivos do partido no estado nãoderam atenção ou subestimaram o traba-lho de formiga do Sr Orestes Querciapara, à maneira de Maluf, conquistar odomínio da convenção partidária. Todoseles sabiam que não havia identidade entreas aspirações do vice-governador e a ima-gem do PMDB paulista, mas não soube-ram fazer com que prevalecesse sua posi-ção no partido desde que o senador Fer-nando Henrique Cardoso perdeu a eleiçãopara prefeito da capital.

A derrota do senador foi a senha paraque o Sr Orestes Quercia se sentisse libe-rado para prosseguir na manipulação dosdiretórios e conquistar de baixo para cimasua indicação como candidato a governa-dor. O Sr Fernando Henrique Cardoso,que parecia ser o grande trunfo pemede-bista para a disputa eleitoral, estava cruci-ficado numa batalha inglória para a qualdera a contribuição da sua inexperiênciaem prélios eleitorais e de sua boa fé nasdisputas majoritárias. Afinal, sua expe-riência resumia-se à conquista da suplênciado Sr Franco Montoro, quando se elegeusenador por São Paulo.

Os principais dirigentes do partido emSão Paulo não se deram conta da extensãoda derrota e da sua repercussão nos desti-nos do PMDB. No fundo, os Srs FrancoMontoro e Ulysses Guimarães terão visto,antes de mais nada, a queima de umeventual competidor na eleição presiden-ciai de 1988 ou 89. Nada fizeram paraimpedir o controlp do PMDB paulista pelovice-governador, que escolheu o Sr Almi-rio Afonso presidente do partido quando acúpula pretendia situar no posto o senadorSevero Gomes, que não estava envolvidono episódio eleitoral deste ano. O SrAlmino Afonso não somente subiu à che-fia do partido no estado como foi escolhi-do pelo mesmo Quercia seu companheirode chapa, num gesto de desafio aos queaparentemente dominavam a opinião pe-medebista do estado. .

Os baixos índices de aceitação populardo candidato a governador provocaram oafastamento de fato de sua campanha dosdois candidatos ao Senado e de diversosprefeitos que ostensivamente optaram pe-Io candidato do PTB. O Sr Antônio Ermí-rio de Moraes ainda não pensava emcandidatar-se ao Palácio dos Bandeirantesquando observava a amigos do PMDB queeles colaboravam para pôr no governopaulista por mais quatro anos um homemsem importância, que não iria levar apalavra de São Paulo nas decisões daRepública.'Quando se tornou evidente a incapaci-dade do comando do PMDB de trocar decandidato ou de organizar em torno dele opartido, o ex-ministro Roberto Gusmãoconseguiu o consentimento do empresárioda Votorantim para lançar o seu nome etentar galvanizar a opinião paulista emtorno de alguém representativo, de modoa evitar que São Paulo aparecesse perantea nação governado de novo pelo Sr PauloMaluf ou pelo inexpressivo Sr Orestes

A armação política da candidaturaErmírio de Moraes foi extremamente difí-cil. O PFL, que seria o seu leito natural,foi tomado de assalto por malufistas enrus-tidos, e o PTB estava pendente do even-tual interesse do prefeito da capital deintervir no pleito. Mas o PTB foi afinal¦dominado e assegurada a legenda para ademarragem da campanha. Os líderes doPMDB, que na intimidade estimulavamesse lançamento, se preparavam para do-bradinhas informais com o candidato, que,de saída, se mostrou com alto índice depreferência popular.

O Sr Ulysses Guimarães, por falta dealternativa oficial, e o governador FrancoMontoro, por desejar firmar seu comandosobre o partido, tornaram-se os bastiõesda resistência que iria favorecer, numterceiro tempo, a candidatura do Sr Ores-tes Quercia. O principal objetivo parecealcançado, que é afastar o risco do retornodo Sr Paulo Maluf. E o Sr Antônio Ermí-rio está hoje sob a ameaça de ser crucifica-do pela indecisão e pelo oportunismo doslíderes representativos do pensamento an-timalufista de São Paulo. Os candidatos aoSenado e os grandes eleitores do PMDBhesitam, deixando que prefeitos intimida-dos recuem das suas decisões cívicas. .

O candidato Antônio Ermírio conti-nua a liderar as preferências do eleitorado,mas a essa altura, sem espaço na televisãoe sem bases partidárias sólidas, corre orisco de ser tragado pela ascensão do SrOrestes Quercia, símbolo do espírito go-vernista que tradicionalmente se impõe noBrasil aos partidos no poder. Definida acandidatura Quercia como a candidaturadas forças estáveis do poder, dificilmente aopinião independente de São Paulo terávez para enfrentar o grande PMDB, uni-do, coeso e indestrutível no apoio ao seulíder dos momentos de mediocridade.Com isso, São Paulo fica com uma sóopção para disputar a Presidência da Re-pública — o governador Franco Montoro.

Carlos Castello Branco

Fazenda com boi gordo não é de Durval

fSâ

Sérgio Costa e Silva15.188 - Dep. Estadual

Gov, Moreira- Sen. Nelson

VAMOS MUDAR O ESTADO DO RIO

TEREZA FERNANDESPTB

DEPUTADA ESTADUAL -14.267 !

Taraza Fernandes é um nomeconsagrado no rádio e na televisão.

Com destacada atuação na áreade educação, Tereza Fernandesé Professora de Filosofia e Sociologia,Docente da Pontifícia UniversidadeCatólica de Petrópolis e Secretáriade Educação e Cultura de Petrópolisna gestão Paulo Gratacós.Vai trabalhar em favor da cultura e ds ummelhor nível de educação para todos.Escritório: Áv. Graça Aranha, 145804 - Tel.: 021 - 240-8659 - RJ li

TELS.: 287-3590 6 287-6238EMBR/UUR 0093300*14

wmm.mm

operadora¦VASMNTurhmo

TELS.: 235-4262 • 235-4863EMBMTU* 0430500*10

Salvador — "Minha fazenda não tem piscina nem quadrade tênis. Eles filmaram outra, mostrando na televisão como sefosse a minha". O comentário, em tom irônico, foi feito ontemde manhã pelo governador João Durval para alguns assesso-res, enquanto folheava escrituras e notas 'fiscais

que emseguida entregaria à agência de propaganda DM-9 para seremusadas no programa do TRE em mais um episódio da batalhado Boi Voador que os governistas e o PMDB vêm travando novídeo."Vamos dar um passeiozinho pelas fazendas de gado daregião de Feira de Santana, quase todas de correligionários doprofessor Josaphat Marinho", dizia o locutor da agência D/E,contratada pelo PMDB, enquanto a câmara mostrava umapropriedade rural muito bem cuidada, dotada "até de piscinae quadra de tênis". Mas a fazenda é do ex-ministro da FazendaÂngelo Calmon de Sá, presidente do Banco Econômico.

Logo depois, passa a ser mostrada a fazenda NovaEsperança, "uma das que o governador João Durval adquiriudurante os últimos quatro anos". Mesmo para um telespecta-dor atento, a impressão é a de que a piscina e a quadra detênis, junto com "bois gordos, escondidos, prontos para avenda no mercado negro", estão todos na propriedade dogovernador.

Coligação acusa vicede Waldir de agiota

Salvador — A coligação PFL-PDS-PTB acusou, noprograma do TRE de ontem à noite, o candidato a vice-governador da chapa encabeçada por Waldir Pires, NiloCoelho, de cobrar ágio na venda de boi gordo ao abatedouroestatal Frisuba — Frigorífico Sul da Bahia.

Na denúncia, a coligação afirma que, antes do PlanoCruzado, Nilo Coelho, um dos maiores pecuaristas do estado,vendia mensalmente ao frigorífico em torno de SOO bois, tendointerrompido completamente as vendas depois do congela-mento de preços.

Segundo a denúncia do programa de televisão do candi-dato Josaphat Marinho, depois de muita insistência do Frisu-ba, Nilo Coelho concordou em vender 208 bois em maio,cobrando Cz$ 245,00 a arroba, ao invés do preço tabelado deCz$ 215,00. Como prova, foi apresentada aos telespectadoresa nota fiscal de número 2660, emitida pelo Frisuba para afirma Nilo Moraes Coelho e Silvio Roberto Moraes Coelho,com os valores mencionados.

O programa da coligação PFL-PDS-PTB terminou fazen-do a seguinte pergunta no ar ao candidato pemedebista agovernador da Bahia, Waldir Pires: "Com que cara o senhorvai enfrentar agora o presidente Sarney?".

Chico Buarque pedeproibição de música

Chico Buarque quer impedir que o Boi Voador continuea ajudar a campanha de Josaphat Marinho ao governo doestado. Em telegrama ao TRE, ele pediu providências urgen-tes no sentido de que seja suspensa a utilização da composiçãode sua autoria, em parceria com Ruy Guerra, como fundomusical de propaganda da coligação governista que vem sendoapresentada no horário gratuito da televisão.

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia,Ruy Trindade, afirmou que vai tirar o sinal da televisão do ar,através do Dentei", se a Rede Globo divulgar no domingo oresultado da pesquisa do Ibope no estado. "Proibimos adivulgação e quem desrespeitá-la se sujeitará à lei", garantiuTrindade. "Vamos oficiar o juiz eleitoral do Rio para quetambém os jornais de lá não publiquem. Se o fizerem,podemos até apreender sua edições".

UNIVERSIDADEDA CALIFÓRNIA

Presente de pai para filho por apenas US$ 30 p/dia

&Ai) /

Acomodação em casa de famíliaamericana por 4 semanasCursos p/todos os níveis (inclusiveprofessores, executivos, etc.)3 semanas de curso3 refeições por diaTeste de avaliaçãoLivrosInscrições ate: 15 de novembro de 86 Saldas individuais: em abertoSalda em grupo: 02 de janeiro de 87 Temos video cassete da universidade à disposição

Solicite nossos folhetos

• Seguro pessoal• Transporte à escolaAtividades programadas

Recepção e traslado em Los Angelesa 15 horas de aulas semanais

Laboratório de línguaCertificado no tinal do curso

Ess á são lealdade no Rio. graças èLei it*884 de LUIZ HENRIQUE UMA

npBr 1i

^rJ '&ROMAV/ACCf

Tels.: 255-9776 e 255-9727EMBAATUR 00009.00.41 0 © UAPAN AIR LINKS -i

POLÍTICOSCAMISETAS

ENTREGA IMEDIATA221 9191

Direito de greveTóxicosAborto

Pena de morteReforma agráriaDéficit Público

CensuraDireito da mulher

EstatizaçãoParlamentarismo

Richa defende -mandato de seisanos para Sarney

Recife — O ex-governador do Paraná, José Richa, candidatoao Senado pelo PMDB, disse "não ter dúvidas" de que o próximopresidente da República sairá do PMDB mas fez uma ressalva:afirmou que ainda é cedo para discutir o assunto e defendeu ummandato de seis anos para o presidente Sarney,"sobretudo se'elecontinuar com a preferência que tem hoje da opinião pública".

Richa afirmou que o PMDB fará "de 18 a 20 governadores"e citou como nomes capazes de representar o partido no próximopleito presidencial Ulysses Guimarães, Franco Montoro, PedroSimon e Miguel Arraes. Disse que sua candidatura é "a vontadede alguns amigos" e acrescentou: "Não tenho pensado nisso, porenquanto. Não sou candidato". Quanto ao mandato de Sarney foienfático: "Embora a Constituinte tenha poder de reduzi-lo, achoque o tamanho já estabelecido deve ser mantido".

ApoioRicha vai participar em Recife de um comício do candidato a

governador Miguel Arraes como parte do esforço nacional doPMDB para reforçar os candidatos da esquerda do partida emPernambuco. No aeroporto, ele foi recebido pelo presidente daCaixa Econômica Federal, Marcos Freire, pelo candidato à vjce-governador Carlos Wilson Campos e pelo presidente do partidono estado, advogado Fernando Correia.

Há um ano, o panorama era diferente quando o mesmoRicha esteve em Recife para uma visita oficial. Como MarcosFreire estava no palanque do candidato oficial do partido aprefeito, Sérgio Murilo, e do outro lado estava a dissidência queapoiava Jarbas Vasconcelos, o. ex-governador ouviu os doisgrupos mas acabou não fazendo declaração de voto.

Ontem, ao lado de todos, Richa disse que a eleição.deArraes é muito importante para o país: "Arraes é um homem deuma lucidez política admirável e de influência na política nacio-nal. Sua eleição é também essencial pois, como todos-osgovernadores eleitos, ele terá grande influência na Constituinte,comandando a equipe de deputados e senadores que representa-rão o PMDB no Congresso".

Sobre a eleição de São Paulo, Richa acredita no favoritismode Orestes Quercia: "Da forma como sua candidatura vemcrescendo, não tenho dúvida de que pode chegar em primeiro": Oex-governador não acredita mais numa aliança entre Quercia e^Ermírio.

Margarida descobre a.vocação na campanha

mJimroMP(HíEMl]lMNOBMSIL.OUNÃO.DEPENDE DO SEU VOTO.

Em 15 de novembro, o Brasil vai elegerseus deputados e senadores constituintes.Eles, com o mandato do povo, vôo escrevera nova Constituição Brasileira, a lei maiordo País. Que define os princípios,organiza e determina a feiçãodo Brasil democrático que todosdesejam. Como vai ser este novoPaís, depende do seu voto.

E para votar certo você deve estar beminformado. Ouvindo a programação

ELEIÇÕES 86 da Rádio Jornal do Brasil,você fica sabendo de tudo com todos os

detalhes. Afinal, você tem direitoa apenas um voto.

Mas que podedecidir as novas leis de 130

milhões de brasileiros.

E L E I COESa jw ~j

RÁDIO JORNAL DO BRASIL

AM STÉREO 940 KHz

Terézinha NunesRecife — "O

que passa pela cabeça do MarcarMaciel?" Essa pergunta sem resposta circulou nas rodaspolíticas pernambucanas quando o ministro-chefe do Gabi-nete Civil anunciou, a 5 de agosto desse ano, que osegundo nome do PFL na disputa para o Senado seria atímida professora universitária Margarida Cantarelli, 42.anos, casada, dois filhos, jeito de freira e aversão a,qualquer tipo de maquilagem. Nem o próprio partido do.ministro confiou na ousadia e, para evitar surpresas,,Maciel teve que presidir em Recife a convenção extraordi-.nária do PFL que oficializou a candidatura. Um movimen-to dissidente ameaçava descarregar os votos no senador da.PL, Cid Sampaio, que havia proposto uma coligação.

— Pernambucano vai dar mais um exemplo de •

pioneirismo ao país, elegendo a primeira senadora da'república", repetia sem cessar o ministro aos que busca-vam explicações. Poucos dias depois receberia más notí-'cias: Margarida sequer aparecia nas pesquisas e, no

• interior, cresciam os movimentos dissidentes a favor dejCid. Hoje, dois meses depois, a história é outra: váriaspesquisas, inclusive as encomendadas pelo PMDB, apon-tam Margarida como a segunda colocada nas preferênciaspara o Senado. Só perde para o ex-governador RobertoMagalhães, seu companheiro de partido, que é tido como •favorito desde o início da campanha.

Mudança"O ministro tem o poder de fazer brotar uma planta.

na terra onde coloca a mão," diz um dos coordenadores dacampanha do PFL, Jão Braga, que ao manusear asprimeiras pesquisas, chegou a ficar desolado. Mas isso nãoaconteceu apenas com os assessores de Maciel. A irmã deMargarida, Mariinha, até hoje está surpresa: "Sincera-

mente, eu nunca acreditei que chegássemos a tanto:Sempre tive medo de margarida não emplacar".

A candidata confessa que chegou a temer nos primei-ros momentos: "Era uma coisa nova, inovadora e de,resultado imprevisível. Fui em frente porque sou mulher emulher, quando decide, vai em frente. De repente, passeia ser conhecida no estado todo. A televisão fez o milagre-, ¦As mulheres estão como loucas nos comícios. Me puxam,me levam pra lá e pra cá, como um símbolo, mas aindabem que os homens também me aplaudem e prometemvotos." "

Margarida está bem diferente do que era há doismeses — está mais desembaraçada, não despreza a calçajeans e já usa blusas de cores berrantes. O medo de aviãodesapareceu. "Era tanta a correria que, de repente, me,vejo em pequenos aviões e até em helicópteros e nem,penso que já tive pavor de tudo isso". Até subir erncaminhão, colocando um pé no pneu e outro na carroceriaela já faz."Maciel, se você souber qualquer dia que eu voei emasa delta do Morro da Conceição para a Praia de Boa'Viagem, acredite. É verdade", disse Margarida, na sema-na passada, ao ministro, de quem é assessora há 20 anos.Para ser candidata, ela teve que se desligar da assessoria'parlamentar do ministro no Palácio do Planalto. """

Como o PMDB dedicou-se até agora a combater o.ex-governador Roberto Magalhães, Margarida passa aolargo da campanha e é a isso que se atribui muito do seusucesso. Ela nega, lembrando que já começou a watacada na televisão até pelas mulheres do PMDB. Umadelas, a deputada federal Cristina Tavares, disse na TVque mulher não vota em mulher só porque é do mesmo',sexo. "Votar em quem sempre trabalhou ao lado da;mulher, o que não acontece com a candidata ao Senado",,recomendou Cristina.

Margarida se defende, alegando que em 1979 já era,chefe do Gabinete Civil de Maciel, encarregada de ir,descomprimindo o panorama político, recebendo todos os,movimentos reivindicatórios que iam desembocar no pala-do e se aproximando da Igreja, através de dom HéldcrCâmara, de quem é amiga. «¦¦"'

"Apenas eu fazia um trabalho quase anônimo e tSSairia me promover", afirma. "*""'

Esse trabalho já valeu a Margarida valiosos apoittsnacionais, como da deputada estadual do PMDB paulistaRuth Escobar, da jogadora de basquete Hortência e domaestro Marlos Nobre.

Se tivesse todos os votos das mulheres pernambuca;nas, Margarida se elegeria, pois elas somam hoje mais de50% do eleitorado. Não é isso, porém, que ela estáquerendo:

"Desejo ser eleita com votos de homens e demulheres e talvez o fato de não militar em movimentosfeministas esteja me valendo muito. De repente, nãorepresento uma ameaça aos homens e defendo um lugarpara a mulher que não é o do homem, mas outro lugar, amesma oportunidade".

Margarida náo se define ideologicamente com facili-dade: "Acho que uma simples palavra não resume o quépensamos. Isso acaba sendo um rótulo. Aqui em Pernam-buco, por exemplo, está tão grande a salada partidária quetem de tudo nos dois maiores partidos".

JORNAL DO BRASIL Política sexta-feira, 10/10/86 ? Io caderno ? 3

Q queuércia achaconfisco de boislhe dá mais votos

Santos (SP) — No primeiro dia do confisco de bois, medidaque vinha defendendo diariamente, o que o ajudou a subir deposição na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, o candidato doPMDB ao governo de São Paulo, Orestes Quercia, anunciou suanova bandeira de campanha: a defesa da manutenção do congela-mento total de preços. Ele prometeu que nos próximos diasentregará ao presidente Sarney um projeto pronto para ser

, encaminhado ao Congresso Nacional, descentralizando a físcali-. zação do congelamento. Pela proposta, explicou, estados e

municípios passam também a fiscalizar os preços, além da Sunab.Quercia escolheu o segundo maior colégio eleitoral do"

estado — a Baixada Santista, com 656 mil eleitores, segunda"rriaior região consumidora de carne de São Paulo — para

capitalizar a defesa que vinha fazendo do confisco de gado,""¦levando centenas de pessoas a acompanhá-lo em passeatas evisitas de campanha.

;""" "É claro que o confisco nos beneficiou eleitoralmente,.'""porque os dois candidatos milionários de São Paulo (referindo-se

à Paulo Maluf e Antônio Ermírio) pressionavam o governo para;'!nao tomar essa atitude, que nós defendíamos. Eles estavam ao

lado dos sonegadores e nós ao lado do povo, e por isso a medidado presidente Sarney nos beneficia", disse.

Acompanhado de candidatos a deputado estadual e federal epolo candidato ao Senado Mario Covas, Quercia só enfrentoumomentos de constrangimento em sua visita a Santos, a maior

ri cidade da Baixada Santista — onde foi recepcionado por cerca de6 cem cabos eleitorais e correligionários — quando ouviu, algumas

vezes, a pergunta: "Cadê o outro?". O "outro" era o senador•: Fernando Henrique Cardoso, também candidato à reeleição, com

quem Quercia tem relações difíceis e que não o acompanhou navisita. Nesses momentos, Quercia limitou-se a responder, inco-modado: "o outro não veio". , „. „...—"¦'.- Em santos, tradicional fortaleza do PMDB e onde a antiga

; oposição nunca perdeu uma eleição durante o período deditadura, sempre atingindo a média de 80% dos votos, Querciaaproveitou também para subir o tom dos seus ataques aosadversários, especialmente ao candidato do PDS, deputado Paulo

-Máluf, com quem está emparelhado na disputa do segundo lugar,de acordo com as últimas pesquisas.

_ ........ Ao comentar a música apresentada na véspera do horário do•PDS no rádio e na TV, cuja letra afirmava que "o lugar de

. -inércia é na cadeia", o candidato do PMDB retrucou: "A cadeia-;*tugar para o Maluf, a vaga é dele e não pretendo ocupar o lugar

de ninguém." Ainda falando sobre Maluf e a sua promessa de que',r*oMado que matar bandido será condecorado, Quercia comparou

; o candidato do PDS a Hitler. "Não pretendo fazer isso. Não•' téflho, é claro, admiração por Hitler, mas ele nunca chegou a

tanto. O Maluf faz essa promessa porque gosta tanto do Hitlerque quer copiá-lo", acusou.

No litoral paulista, onde está projetada a continuação deusinas nucleares, Quercia aproveitou-se habilmente da questão epediu várias vezes ao governo que apure as responsabilidades e' puna com rigor os responsáveis por Angra I e que mantiveram em', segredo o vazamento da usina, "colocando a população em

! risco". Durante toda a tarde, em visita aos jornais de Santos e em; campanha nas ruas e no porto, Quercia disse estar recebendo; denúncias de que vários "tubarões" dos mais diversos setoresI estão se preparando para desrespeitar o congelamento de preços.! i ;-•

Brizola lembra queDarcy assinou a lei

O governador Leonel Brizola procurou capita-lizar para o PDT a determinação do presidente JoséSarney de mandar confiscar os bois de 20 fazendasde São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul,

""dizendo que ele nada mais fez do que

"aplicar umalei criada há mais de 20 anos pelo presidente João'1,'Goulart, da qual Darcy Ribeiro, como integrante do" Gabinete Goulart, é signatário". Em 1962, Jango"'.idealizou

a Lei Delegada n° 4, cuja maior parte dotexto é de autoria de Cibillis Viana, candidato agora

¦ a vice-governador. Darcy à época ocupava o Minis-tério da Educação.

Usando essa argumentação, Brizola afirmou

?ue, ao contrário de prejudicar a campanha do

DT, o ato de Sarney "só vai ajudar". O governa-....dor admitiu que o partido vai usar este fato na

campanha e até mesmo no horário do TRE. MasBrizola, mesmo dizendo que

"em princípio" o PDTsempre apoia a intervenção do Estado em casos dedomínio econômico, não deixou de atacar o go-" verno.

Segundo ele, o presidente Sarney deveria de-mitir sua equipe econômica — "era o que eu faria se

.. .fosse presidente da República" — "a começar peloFunaro e todos aqueles que ao lado das medidasintervencionistas foram responsáveis pela desorga-nização do abastecimento no país". Na opinião do" Governador, essa responsabilidade cabe aos autores

^,do Plano Cruzado, a quem chamou de incompeten-'.. tes e irresponsáveis".

Bl*OSSard — O deputadoJoão Herrmann (PMDB-SP)acusou, após audiência com opresidente José Sarney, o mi-nistro da Justiça, Paulo Bros-sard, de ser o "baluarte dadireita dentro do governo", edisse que pediu ao chefe dogoverno para não permitir queele interfira na questão da re-forma agrária.Ele disse que o ministro Bros-sard está fazendo o "jogo pen-dular" entre os interesses doPMDB e do PFL dentro daAliança Democrática.

VINHOS

jatjassa* f—""-

São Paulo — Foto de Deco Graciano

Tnatlal W. ** Mi âaBtt ^ ^ ^* 1 áaaJ ^——a«a^aaLA-aal _E_aWA 1 ^í.

W WM V A\ AWLaatatatMKsaaTfc ¦w*aw* »w paaw3 mWl^^^^^^^^rWwWr^P^^À' a***!

Mg^ ajr^. ** '"" """""^^^^^J^^"™^^ ' '"^ |j j— f II I J*j Ij^l

m Wk —»J ilii.il ¦¦¦¦ — ¦ s* . _ <r ww aai ¦¦¦ aW *¦ ¦»¦¦¦¦¦¦¦ ¦¦» ^m f •*• I W I I iMii-tl. BWaca ¦'"¦ ¦"¦"¦¦" —ti ¦ri- ..^s^aasaaããal

'=*?»^^lBB»B»B»BBã»a»BSB»B»ã»»r H .*B**4LaB alkW Bi h/'

¦aH ¦H ataHssHHaf^Valii L^LafaV VHL^H'' " r •**kB**ssjajajfj||aaBka***aaalkW aW BW^lf ^^C* ' ¦

K '-L Ia. :ift"'-iiia-W-u- "^""^ff-.iffi,- ¦ -¦'"'»-¦ ¦"""-^¦i"Ji|L,l|,|' '*"*"* """"™l^TOr^^ iiBMaaiãB—¦ i i i tf" JS»a»C£_r^^LB1 ifl—¦ natas» ¦ ¦¦—— »>...... ;¦ •¦*¦"—. ' 1 m **wBpf„,„„„jie^ ¦:*I.JP"- , DMn„A faixa cobre os nomes de Fernando Henrique e Covas, canduiatos ao fMUU

TSE acolhe registro decandidato condenado pordesacato à autoridade

Brasília — O Tribunal Superior Eleitoral aceitou o registroda candidatura a deputado estadual de Jorge Yamazato (PFL-SP), quarto colocado na preferência do eleitorado da BaixadaSantista. O TRE paulista havia negado o registro porque em 1961o candidato foi condenado por desacato à autoridade porquexingou um guarda, após um acidente de trânsito.

Abraçado à esposa Marina e um dos seus três filhos,Yamazato chorou de emoção, alegando que sempre acreditara naJustiça, apenas lamentando a perda de tempo, pois só restam 35dias para a eleição. O prejuízo à candidatura não foi maiorporque ele não interrompeu a campanha na Baixada Santista.Nascido em Itairi, filho de imigrantes japoneses, Yamazato éplantador e exportador de bananas.

O candidato do PFL não conseguiu registro da candidaturano TRE porque foi julgado e condenado à multa de dois milcruzeiros na época, mas não se preocupou em pedir a certiuáo dereabilitação. Os juizes do TSE não foram unânimes em aceitar acandidatura de Yamazato, que conseguiu o registro por quatrovotos a dois.

FESTIVAL- DO CAMARÃO

99

Faixa diz que comitêfoi fechado por obrado "PMDB malufista

São Paulo — "Fomos fechados. Este é um atodo PMDB malufista". Com esses dizeres colocadosnuma extensa faixa, os integrantes do comitê supra-partidário Avanço Democrático, fechado na últimaterça-feira pelo TRE a pedido da comissão executi-va do PMDB, fizeram um ato de protesto contra ainterdição e um apelo aos partidos políticos. Ocomitê apoia o candidato do PTB, Antônio Ermíriode Moraes, e os candidatos ao Senado, FernandoHenrique Cardoso e Mário Covas, do PMDB.

De acordo com a decisão judicial, para que ocomitê tenha funcionamento legal seria necessárioque um partido político o assumisse. O comitê foiorganizado por intelectuais, artistas, empresários epolíticos de vários partidos e seus coordenadores sãoo prefeito de Campinas, José Roberto MagalhãesTeixeira (PMDB), o empresário Paulo Francini, osjornalistas Jucá Kfouri e Osmar Santos e o ator RaulCortez.

Além de culpar o "intolerante e desastrado"presidente regional do PMDB, Almino Afonso, oscoordenadores disseram que a partir de hoje ocomitê seria transformado em associação, cujo re-gistro em cartório será feito segunda-feira. Osintegrantes do comitê não demonstraram qualquerpreferência quanto ao apadrinhamento deste oudaquele partido político.

Ermírio acusa Querciade explorar CruzadoSão Paulo — O candidato do PTB à sucessão

paulista, Antônio Ermírio de Moraes, disse que seuadversário do PMDB, Orestes Quercia, "não temcredibilidade para falar do Plano Cruzado". Emcampanha na favela da Vila Prudente, Ermíriolembrou que no dia de lançamento do cruzado,Quercia tinha dúvidas a respeito da eficácia doplano, chegando a sugerir que o governo tratasseprimeiro da dívida externa.

A investida sobre a candidatura do PMDB fazparte de uma mudança de rumos na campanha deErmírio, que até agora não atacava diretamentenenhum de seus dois principais adversários—PauloMaluf (PDS) e Orestes Quercia. O próprio cândida-to reconheceu que está pensando em alterar suaestratégia.

O candidato petebista voltou a lembrar osfavores que a família Maluf obteve do Banco doBrasil em 1954, para criar a Eucatex. "O meu avôfoi sapateiro e nos tivemos três gerações de trabalhosem nunca termos precisado de banco algum paracrescer", disse Ermírio que começa a dirigir seustorpedos em duas direções.

Ele percorreu o bairro de Vila Prudente —Zona Leste da cidade — e esteve na mais antigafavela da Capital, localizada na região. O candidatoconversou por mais de 40 minutos com o prefeito dafavela, Manoel Francisco Espíndola, de 75 anos deidade. Criticou também a declaração de Maluf —que disse pretender condecorar "os

policiais quematassem bandidos" — afirmando que um cândida-to não deveria estimular a violência.

PROMOÇÃO DO 2o ANIVERSÁRIONas compras entre CzJ 1.500,00 e CzS 2.500,00 o amigo (a) ganharáuma garrafa de Jolymont Sauvignon. Caso o valor ultrapasse os

Cá 2.500,00 o brinde será uma garrafa de Libfrannilch alemão

Conta d» FoucauMKaa Wem

Granja União CabametEacuna RoMctoEacuna Branco

Chateau Chandon RaeervaChateou Chanonn Tlnlo

Duqua da Bragança RiaaangDuque da Bragança Cabemet

Latour JamacCole Oaa Bianc

(Josef Friederich)!

P^çouHrrAp» "%—°CzS 38.20

33.90Cl» 45.00" 37.50" 35.70" 23.50" 23.50" 86.00" 51.00" 51.00" 51.00" 51,00" 51.00

1 31.001 19.90' 19.90' 77.60' 37,90' 40.60

• 40.60¦ 46.80' 46.80

VINHOS

SonnambergChampanha G. Auberl Me» Doce

Champanha Petertonga Meio DoceZahnngers

Chataau Ouvaber TintoAlmadan Chenin Blanc

AJmadem SemillonEaefwatn MoaelEceltoein Rono

Uebrramilch (J. Fnadench)

PREÇOPREÇO UNITAmo

UNITÁRIO ESPECIAL1

33.00' 45.00• 45,00¦ 37.50" 33.00

77.00" 77.00

32.0032.00

' 118.00

24.7042.8041.9027.90' 25,90' 56.20• 56,20' 26.90' 26.90' 93.90

OBS: A promoção acima sarA válida somente para o mès de Outubro de 1986! Gostaríamos de cnlormar que |áestamos trabalhando com o Cartão de Crédito "Credicard".

Durante o mès de aniversário estaremos degustando vários Vinhos de Vinícolas famosas.

Rua Sacadura Cabral, rf 228 Telefone: 253-5343 Rio-RJ

Plebiscito—O presidente José Sarney mostrou-se simpá-tico à idéia de realizar um plebiscito nacional para aprovar anova Constituição, disse o procurador da Justiça Militar esuplente de senador pelo PMDB do Paraná, Leite Chaves,que fez a proposta durante audiência no Palácio do Planalto.Para Leite Chaves, a consulta popular, reduzirá a influênciados lobbies sobre a Constituinte, assegurando ao país umacarta democrática. "Nenhum constituinte terá coragem dedefender privilégios de grupos, mas sim de criar novos direitospara os cidadãos", comentou o Procurador da Justiça Militar.Segundo Leite Chaves, a sucessão em São Paulo também foiabordada na conversa e Sarney declarou que está confiante navitória do candidato do PMDB, Orestes Quercia após a reaçãoque ele vem demonstrando nas pesquisas. "Se o Querciavencer, como espero, não terei problemas em São Paulo",disse Sarney, conforme relato de Leite Chaves.

/wv*^ H°ie/ {^(t (_, _J Sàbadò

RLST/LÍ^NTE \ DomingoRua Barreiros nab Ramos ; ' •. /¦

O SUCESSO DE HOJE E DE SEMPRE

fcaÃSMÒvaoAv. Churchill, 1295? andar-PABX: 240.7634

Camarão ao SafsCamarão à BaianaBobó de Camarão

Camarão à Milanesa c/ArrozCamarão Guisado c/Arroz

VatapáCamarão Grelhado à Grega

Camarão au GratinCamarão à AmericanaStrogonoff de CamarãoGamarão Doré à Grega

Venha aplaudirROSITA

GONZALESHoje

às 22 horasem ponto

**•«•¦****•*•**¦*• + '

Reservas:590-2694 e 280-1335

Lançamento sábado, no Caderno de Classificados

BASIM0VELr

NAO CASTIGUEM 0 NOSSO RIO...

QxjtUcomo retribuição à grande admiração que sempre tivemos pr São Paulo...

A violência em outros estados deverá ser resolvida "in loco" e, casonecessário, estaremos prontos a ajudar.

Somos todos irmãos...O bem estar social e a segurança do povo édever do Estado. Temos absoluta certeza econfiamos na inteligência de nossos irmãosde São Paulo, que haverão de eleger umgovernante que saiba resolver seus própriosproblemas. Já temos muitos poraqui e, Deus querendo, os solu-cionaremos com inteligência e de-cisão.Vamos exportar e nos dar somen-te o que é bom...Acima de tudo nos cabe a defesairrestrita dos lares, das famílias,enfim, do cidadão em todo o país.Unidos chegaremos lá.

BONA"*™DEPUTADOFEDERALN? 2225

PELAMDUSTRIM.IUÇÜO

DO RIOPELA

AGROPECUÁRIA.DO ESTADO

El ^lr *lr ^7^E0SE0 \ jF MÍMICASVOTO .l.|F MtllH",ES'

idosas -: |

V0CEE0SE0

VOTOLEVADOSA SERIO

^T^ Wm;Mm^ãmx^;^;:v¦ vl v;y-.-;-;.¦¦¦¦ = ^i¦ ¦ ¦•¦¦.¦ —^

^*^ _^0*^ '',

FINALMENTEum jornal de combate, um jornal de pressão, um jornal deexplosão, de terça a sábado, em todas as bancas do país,vinte páginas contra o mau humor, a farsa, a azia, aúlcera, o latifúndio, a mentira, os prostituintes, a falta deimaginação, um jornal a favor da gargalhada, da verdade,da tesão, da alegria, da invenção, do novo brasil, do brasilreal. é

BbIbK H I Ha^aa. H H ^sa^aW ^H ¦ bIbBB V*BT^bÍ ^a» ^ 1

V i, "'

• 1M >-

aH?*3 ***^R •¦ \ i \ ^ ^^^B Hlilif |V ^BilNii aH aH l ÍH l^al aBiiiir aff ^K Sat""*fc*'*'**,*-«*_-.

': I¦ I

a nossa turma é da pesada: tarso de castro, joão ubaldoribeiro, luís carlos maciel, valério meinel, renato pompeu,paulo pilla, tom jobim, luís carlos cabral, palmério dória,

paulo caruso, sérgio de sousa, roberto freire, jaguar,peréio, fortuna

UM GRANDE JORNAL

b;*

4 ? Io caderno o sexta-feira, 10/10/86 Política JORNAL DO BRASIL

Itido que o Brasil fizer tem queser em benef ício direto do povo.

Se você pensa assim, vote em DELVI.

.OTHft 1;1 (WÊÊÊÊÊÊÊÊàI - f^itJF ¦'' ¦¦'';"¦'¦'¦¦¦ a», aaaia,

«»«¦¦¦, j^§r: " ^aãirr a^a^lflfl EaaH*^af*^Faafl <- ''^ " *j^

"¦¦•>|t jF^ ... -¦¦¦¦¦*f".lig; ¥'"'¦¦ ji"'., Av ^B ^Hflí

*i

1

Pemedebista pró-Itamaracusa Minascaixa de"empréstimos políticos"

Belo Horizonte — O deputado Manoel Costa (PMDB-MG)ingressou com ação popular na 4a Vara da Fraenda Pública contraa Minascaixa — Caixa Econômica do estado, seus ex-dirigentesRoberto Brant e Romeu Queiroz (candidatos a deputados federale estadual pelo PMDB) e Renato de Freitas e contra o atualpresidente, José Maria da Silva Lopes, acusados de "desvio derecursos, malversação de dinheiro público e realização de emprés-*timos políticos.

Manoel Costa, que apoia o candidato do MDP — Movimen-to Democrático Progressista, Itamar Franco, apresentou há cercade 20 dias as mesmas denúncias durante o horário de propagandagratuita. Decidiu mover a ação popular, porque, como disse "asangria aos recursos da Minascaixa continuou a ser feita •

FRANCISCO MANOEL DE MELLO FRANCO

.«*$&*.

r>*« arai

^fl ^km. BB&iM9P:

*2»

l">;v

iV

tTRABALHO FEITO

PELO RIO» Negociador, junto ao Go-

verno Federal, e a Gover-nos estrangeiros, do Proje-to do Metrô. Coordenadordo Financiamento Orça-mentário da obra, no Go-verno do Estado, e da defi-nição da Linha 1, tal comohoje existe.Criador do Projeto do Mo-notrilho do Rio de Janeiro,com trens elevados sobrepneus, negociado com mis-são japonesa. Linhas para aBaixada e Barra daTijuca. Oprojeto está hoje na Cia. doMetrô, para ser por ela de-senvolvido e explorado.Criador do projeto do Portode Sepetiba, que geroucondições excepcionais pa-ra o desenvolvimento eco-nômico do Estado. Eleito

Kr:

Presidente do ConselhoFiscal da Cia. Docas do Riode Janeiro, desde então.Presidente da Comissão deImplantação do Centro In-ternacional de Comércio,grande projeto para a áreaportuária, e que se destinaa dar ao Rio condições es-peciais como pólo de ex-portação para todo omundo.Criador do projeto do Cen-tro de Feiras e Exposições— Rio Centro —, depoisexecutado pela Prefeiturada Capital.Criador do projeto do Auto-dromo da Barra, e iniciadorda obra concluída depoispela Prefeitura da Capital.Criador do projeto do Cen-tro de Artes do Rio de janei-ro, de maravilhosa concep-ção arquitetônica de OscarNiemeyer, a ser construídono Aterro do Flamengo.Criador da Financiadora deEstudos e Projetos S.A. —FINEP, único grande bancofinanciador de pesquisa edesenvolvimento do pais,com sede no Rio. Foi seu 1oPresidente, por 4 anos.Presidente do Conselho deAdministração do Banco deDesenvolvimento do Esta-do, BD-Rio.

NÃO CHORES PELO PASSADO VAMOSLEVANTAR O ESTADO DO RIO

PARA DEPUTADO ESTADUALADEMAR ALVES

PTB — 14150COM MORI IRA FRANCO

PARA DEPUTADO FEDERAL - PFL - 2533

GRAÇASÀ SUA LUTAVENCEMOS ABATALHA DOS

ROYALTIES

PDT

Bocayuva*1209 CnnhaDEPUTADO FEDERAL

"«•«A CABEÇAC0*l

/DARCY\\CIBILISy

APLIQUE MELHOR0 SEU CRUZADO fíkem?

SUL DO BRASILrSUL D0 BRASIL MARAVILHOSO

8,10,11 e 12 dias.Possível extensão a Montevidéu e Puntadei Este.

Curitiba. Joinville. Blumenau, Cambo-riú, Florianópolis. Itapirubá, Laguna, Tor-res. Porto Alegre. Canela. Bento Gonçal-ves. Garibaldi etc. Hospedagem nos exce-lentes Hotéis Serra Azul em Gramado e Al-fred Palace em Caxias do Sul. Viagens ro-doviárias ou rodo-aéreas.

SUL MISSÕES E IGUAÇU • 10115 dias.Maravilhoso roteiro percorrendo as his-

tóricas Regiões das Missões Argentinas eBrasileiras: Posadas, San Ignácio Mini,Santo Ângelo, Espetáculo Som e Luz emSâo Miguel, Cataratas dei Iguazu, PuertoStroessner (Paraguai), Caxias do Sul, Gra-mado, Canela, Porto Alegre, Torres, Lagu-na, Florianópolis, Blumenau, Curitiba etc.Viagens rodoviárias ou rodo-aéreas.

TRÊS FRONTEIRAS EM FOZ DO IGUAÇU6 e 7 di»

Brasil. Paraguai e Argentina. Passeioàs magníficas Cataratas, visita a Itaipu ecompras em Puerto Stroessner. sem im-postos. Curitiba. Passeio de Trem pela Ser-ra do Mar. Vila Velha, Caldeirões do Infer-no. Maringá. Londrina etc. Viagens rodo-viárias ou rodo-aéreas.PARAGUAI E MARAVILHAS DE FOZ DOIGUAÇU -Se 10dias.

2 dias de passeios e compras em As-£'função; Show Típico Guarani. Viagem peloMjtoral: Costa Verde e Riviera Paulista: Sàoj&ÇájJlo. Norte do Paraná, Cataratas. San§ Bernardino. Lago Ipacaray, Vila Velha. Cal-ídeirões do Inferno, Curitiba, Passeio de* trem pela Serra do Mar etc. Viagens rodo-'viárias ou rodo-aéreas.

)RTEBRASIL

IÈXIJA O SEU PASSÁPOl<*0>>BR/

Norte e NordesteCAMINHOS DA BAHIA -1110 dias.Os litorais do Espirito Santo a Bahia, em maravilhosa se-quència de belezas naturais e marcos históricos. Guarapa-ri. Porto Seguro — Cidade Berço do Brasil —. Santa CruzCabralia. Coroa Vermelha. Região do Cacau. Ilhéus etc. 4noites em Salvador. Viagens rodoviárias e rodo-aéreas.GRANDE CIRCUITO NORTE E NORDESTE - 23 dias.Em ônibus de luxo através de 15 estados brasileiros, de SâcPaulo a Belém do Pará. conhecendo o interior, capitais lito*râneas e praias. Salvador. Maceió. Recife. João Pessoa.Natal. Fortaleza. Gruta de Ubaiara. Taresina. Sâo Luis.Transamazônica. Caldas Novas etc. Possível opcional comregresso aéreo de Manaus.CIRCUITO SOI E MAR - 14 ou 17 dias.Percorrendo, na Sol nave. o pitoresco sertão nordestino, ca*pitais litorâneas e praias até Fortaleza Salvador. Aracaju.Maceió. Reclle. Olinda. Caruaru. Nova Jerusalém. Campi-na Grande. Joio Pessoa. Natal. Mossoró. Fortaleza. Jua-zelro do Norte. Petrollna. Senhor do Bonfim. Vitória da Con-quista etc. Viagens rodoviárias ou aéreas.NORDESTE TROPICAL -13 diasAviáo Rio/Salvador/Rio. Praias tropicais, jangadas, savei-ros. arle popular, originalidade e folclore. Em ônibus porAracaju. Maceió. Recite. Olinda. Caruaru..Nova Jerusalém.João Pessoa. Natal. Fortaleza. Juazeiro do Norte. Petroii-na. Juazeiro da Bahia. Senhor do Bonfim etc

^g^BRASIL

Região Centralf PANTANAL DO MATO GROSSO. BOLÍVIA E PARAGUAI ¦ 13 dias.'

Viagem em ônibus e trem conhecendo, em completa mcur-sao. as exuberantes fauna e tlora do fascinante PantanalCompras em Pedro Juan Caballero (Paraguai) e em PuertoSuarez (Bolívia). Ponta Porá. Campo Grande Corumbá etc

CALDAS NOVAS ESPETACULAR - 5 e 7 dias.Descubra o poder das águas mágicas e as belezas dos arre-dores de Caldas Novas Viagem rodoviária ou aérea ao pa-raiso das Águas Quentes. Hospedagem no Águas Caiien-tes Termas Hotel — reservado pela Soletur para vocô!

BRASÍLIA E CALDAS NOVAS • 10 dias.Quatro excursões em uma só!

Paraty. Angra dos Reis. Ubatuba. Caraguataluba Termasde Araxâ. Triângulo Mineiro. Águas Calientes. Paruue daLagoa Quente. Goiânia. Gruta de Maquino. Belo Horizonte.Ouro Preto. Manana. Congonhas do Campo etc

MINAS COLONIAL 4 dias.Arle. cultura e lazer. Sâo João dei Rey. Tiradentes. Barbacena. Congonhas do Campo. Ouro Preto — Cidade Monumen-lo Cultural da Humanidade —. Sabara. Gruta de MaquinePampulha ele Em Belo Horizonte. Hotel 5 Estrelas.

eXUa o seu PASSAPORTE<*fjp>BR

AMÉRICA DO SULr

BRASIL

J ú .ILHAS TROPICAIS.lígumum IIkuiulI ««rtim. tos domln*», em W*» SAVEIRO

praias paradisíacas. Mmoco incluído.a ilhas I

BUENOS AIRESE BARILOCHE

9 dias.

Viagem aórea. Programação completaem Buenos Aires. Meia pensão em Barilo-che e excursões à Ilha Victôria, CircuitoChico e Cerro Catedral.

4 BANDEIRAS -15 diasCuritiba, Blumenau, Florianópolis,Torres, Porto Alegre, Gramado, Cane-Ia, Punta dei Este, Montevidéu, Rosa-rio, Assunção", San Bernardino, LagoIpacaray, Puerto Stroessner, Foz doIguaçu etc. Buenos Aires em grandedestaque.Não perca o tour do momento!4 BANDEIRAS E BARILOCHE - 22 diasInesquecível viagem através das maisbelas regiões de 4 países. Sul do Bra-sil, Punta dei Este, Montevidéu, Mardei Plata, Valle Encantado, Neuquén,Bahia Blanca, Rosário, Assunção,San Bernardino, Lago Ipacaray, Puer-to Stroessner, Foz do Iguaçu etc. Bue-nos Aires e Bariloche em grande des-taque.ARGENTINA E CHILE-16 dias.

Avião para Buenos Aires. Ônibus porMar dei Plata, Bahia Blanca, Valle do RioNegro, Lagos Andinos, Travessia dos An-des, Santiago, Virta dei Mar, Valparalso,Portillo, Los Caracoles, Mendoza etc.Avião Córdoba/Rio.GRANDE CIRCUITO SUL-AMERICANO27 dias.

A maior excursão rodoviária: Brasil,Uruguai, Argentina, Chile e Paraguai. Suldo Brasil, Punta dei Este, Montevidéu, Bue-nos Aires, Mar dei Plata, Bariloche, LagosAndinos, Travessia dos Andas, PuertoMontt, Pue-to Varas, Valdivia, Talca, San-tiago, Vifia dei Mar, Valparaíso, Portillo,Mendoza, Córdoba, Villa Carlos Paz, As-

. sunçâo, Cataratas do Iguaçu etc.

Arquivo — 16/6/86

.m.MÊÊÊÈÊm BfcaWHwflP tffàatl m^. jB^* ^¦'«t.y^,-»»_ "^ *WM Ml ™

alnV -11 ?' flaMaaaP^aKi JBcJiBtJaaaB JEalf •**»*¦¦ t, JÉÍÈJ-lísjf ' '^ferfl Mal aMl^B lllP 1

H A jjfi ¦ rfí SS B ^^ w^^mt^mi ^^ma^ia^Br

¦ jí , ""*" ¦-**"'''i'riii"iii «.aãMÉBaaMa^^^BaP^BPr^á*^^ Mr Â^aãtfafl atV ***1r^^^a%ã«àalH alaK dki| Haal V' MUT MMY lãmW

No dia da eleição, em junho, abral nao temia surpresa

TRE cassa mandato-tampãode governador da Paraíba

Recife — O TRE da Paraíba acolheu osmandados de segurança impetrados pelo PMB,PT, PL e PMDB e anulou a eleição indireta que,no dia 16 de junho deste ano, colocou nogoverno do estado o senador biônico MiltonCabral para cumprir mandato-tampão de 10meses, em substituição ao governador WilsonBraga e vice, José Carlos da Silva Júnior, querenunciaram para concorrer às próximas elei-ções.

Pela tramitação normal, o relator do proces-so, desembargador Antônio de Paula Maga-lhães, entrega hoje ao presidente do TRE,Josias Pereira do Nascimento, a redação doacórdão da decisão, com a qual poderá comuni-car ao governador seu afastamento do cargo eainda convocará o. presidente do Tribunal deJustiça do estado, Rivando Bezerra Cavalcanti,para reassumir o posto que ocupou por 30 diasantes da eleição de Milton Cabral.

Os advogados do governador afirmaram querecorrerão da sentença e impedirão que o afasta-mento seja consumado. "Poderemos interporembargos de declaração e até requerer a aplica-ção do que fòi determinado pelo TSE quando dacassação da liminar que tentava, ainda emjunho, afastar o governador do cargo", disse oconsultor jurídico do governo, Joas de BritoPereira.

Como foiO TRE tomou a decisão pelo voto de

Minerva do seu presidente, desembargador Jo-sias Pereira do Nascimento. Os mandados desegurança impetrados pelos partidos questiona-vam o artigo da Constituição do estado queprevê a realização de eleições indiretas paragovernador e vice, quando da vacância dospostos nos últimos 12 meses do mandato. Noentendimento dos advogados dos partidos, taldispositivo contraria o que determina a emendaconstitucional n° 25, pela qual toma-se obrigató-ria a realização de eleições diretas em todos osníveis. A decisão do Tribunal, entretanto, levouem conta apenas o fato de a eleição indireta tersido convocada e normatizada pela mesa daAssembléia, ao cotrário do entendimento dosjufzes que entendem ser esta atribuição exclusi-va do próprio TRE.

Votaram pela anulação das eleições e con-vocação de novas eleições indiretas, além dopresidente Josias Nascimento, os desembarga-dores José Ricardo Porto e Ridalvo Costa. Doisoutros juizes — Antônio de Paula Magalhães e

Romero Nóbrega — votaram pela anulação daseleições mas com a convocação de eleiçõesdiretas, enquanto os desembargadores OrlandoJansen e Marcos Novaes votaram contrà'"5concessão da medida de segurança.

O relator do processo, desembargador1 ArV-tônio de Paula Magalhães, prometeu entregarhoje ao presidente do Tribunal o acórdão 3adecisão. O presidente do Tribunal encaminharáà imprensa oficial para publicação, o que permi-,tira que as partes interessadas recorram dadecisão. O advogado da PFL, Nobel Vita,prometeu recorrer e pedir o efeito suspensivo damedida.

— Tenho bons motivos para acreditar que opresidente do Tribunal concederá o efeito sus--pensivo. Afinal, a matéria não é nova. O TSEcm decisão recente assegurou o efeito suspenst-vo como medida capaz de evitar prejuízos irre-paráveis a ocupantes de cargos eletivos —, disse,acrescentando que, caso o presidente do Tribú-nal não acolha seu pedido, recorrerá ao'TSEque, num caso desses, julgará num prazo máxi-mo de 72 horas.

"Reino de impunidade"O candidato a governador da Paraíba pèlò

PMDB, Tarcísio Burity, afirmou que a decisãodo TRE de anular a eleição indireta do governa-dor Milton Cabral demonstra para o país inteiro"a forma ilegal e absurda com que os atuaisocupantes do poder público na Paraíba realiza-ram a eleição".

— A Paraíba — disse Burity — se transfor-mou no reino da impunidade, da ilegalidade, e égovernada por um grupo de homens que nãorespeita lei alguma e se acha dono do mundo.São homens que têm a coragem imoral dedefender as coisas mais absurdas, como a cassa-ção do Tribunal de Contas.

Tarcísio Burity afirmou que a intenção doPMDB, ao impetrar os mandados de segurança,foi "desmascarar as práticas adotadas pelosatuais ocupantes do poder". Ele disse não terilusões quanto à realização de eleições indiretaspara preenchimento do cargo, defendido pro-gramaticamente pelo seu partido."Nossa esperança é de que, como o presi^dente do Tribunal tem 30 dias para realizar áseleições, ele não se apresse e fique no poder atéas eleições, garantindo um mínimo de segurançae de isenção para a campanha", disse Burity,que voltou a denunciar o clima de violência aque estão submetidos seus partidários.

Placa de Itamar é derrubadaContagem (MG) — Três dias depois de ter

sido erguida à frente do comitê central docandidato do Movimento Democrático Progres-sista, Itamar Franco, neste reduto eleitoral docandidato do PMDB, Newton Cardoso, umaplaca de nove metros de comprimento, foiarrancada e danificada na madrugada de ontem.O administrador do comitê, Adson Marinho, doPSB, registrou queixa na delegacia seccionaloeste e acusou cabos eleitorais de Newton.

O deputado Emílio Gallo (PFL), da coorde-nação política da campanha de Itamar, disse que"o PMDB está sentindo a sua queda e a nossa

ascensão e, por isso, se comporta dessa manei-ra". A campanha, em Minas, já registra oficial-mente cinco mortes.

O comitê de Itamar em Contagem fica naAvenida João César de Oliveira, 956, e ocupaum amplo galpão de 400 metros quadrados. Ocandidato a deputado estadual pelo PDT IsmaelPaula, mostrando os caibros de sustentação daplaca rachados, chamou atenção para marcas detinta azul. "Ao

que tudo indica foram deixadaspela carroceria de um caminhão que, dandomarcha à ré, em um local onde manobras sãoimpraticáveis, arrebentou de propósito a placa".

EXPOSIÇÃO DE ARTE.BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA

Campanha MODESTO DA SILVEIRA fará realizar uma exposi-ção de desenhos, esculturas, gravuras e pinturas de artistascontemporâneos, contando com o apoio de: Ana Carolina, AnaLetícia, Augusto Rodrigues, Conceição de Souza, CristinaVillamor, Denira Fayga Õstrower, Fernando Casas, Gianguido:Bonfanti. Haroldo Barroso, Heloísa Pires Ferreira, Kate VoruScherpenberg, Luiz Cláudio Polland, Marilia Krauz, Manlja^Rodrigues, Marlene Hori, Scliar Siomar Oliveira Martins, Suza^,,ne Barras. Tereza Miranda Zaluar e Ziraldo. Obras destes-artistas estarão à disposição dos interessados, até o dia 24 de-outubro, no Hotel Ambassador, Rua Senador Dantas 25.

Grátis à sua disposição,,Jolhetos com os programasacima no seu Agentefiliado a ABAV.

¥f EM TURISMO A N? 1

®letiirEMBRATUR N!' 00942.00.41.3

CENTRO: Rua da Quitanda. 20 • Sobreloia ¦ Tel.: 221-4499COPACABANA: Rua Santa Clara. 70 Sobreloia Tel.: 257-8070TIJUCA: Praça Saens Pefta. 45 • Lo|a 10 L ¦ Tel.: 264-4893IPANEMA: Rua Visconde de Pira,a. 351 • Loia A ¦ Ed Fórum Tel.: 521-1188BARRA • Av. Armando Lombardi. B00 ¦ Loia N • Condado de Cascais Tel.: 3990309

*¦¦ —

=S 1

Vga,nos Classificados,o melhor oresentepara seu filho.noDia da Criança.

Escolha, no Caderno deClassificados, a molduramais parecida com seu filho.

E mande sua men-

SSUÍSoT Classificados(j0^°

JORNAL DO BRASIL

).'.- i

JORNAL DO BRASIL Política sexta-feira, 10/10/86 ? Io caderno Q 5

Família quer Eleição traz desarmonia aosizussannno ?wa campanha cJ^g (Ja política do AmaZOIiaS

Brasflia — O ex-ministroJubas Passarinho confirmou,em sua casa de Brasflia, terabandonado a campanha parao Senado. "A saúde de minhamulher 6 mais importante doque tudo. A família não querque eu deixe a campanha, que,secundo sabemos, até ia muitobem. Mas eu nâo tenho o me-nor estimulo para voltar aoPará."

Passarinho, que é candidatopela coligação PMDB-PDS-PCB-PC do B, saiu de Belémna terça-feira sem ter gravadoo programa da propaganda derádio e televisão, para acompa-nhar, no Rio, uma nova turno-grafia computadorizada — aprimeira, há dois meses, nadadetectou de anormal — feitapelo neurologista Paulo Nie-meyer em dona Ruth Passarí-nho. O resultado do exameconfirmou a reincidência de umcâncer no cérebro que ela ope-rara em abril. Passarinho trou-xe a mulher para Brasflia eaqui, junto com os cinco filhosdo casal, a família, agora, deci-dirá ò que fazer.

Emocionado, Passarinho fa-lou dos 41 anos de casamentocom dona Ruth. "Sempre tive-mos uma vida de amor, enri-quecida pelos filhos. Estamosperto de ter nosso 13° neto.Ruth sou eu, eu sou Ruth.Preciso ficar com ela. Apesarda resistência da família, mequestiono muito sobre voltar,ainda que mais tarde, à campa-nha.no'Pará."

A família espera uma análisedcudr Niemeyer para decidirque caminho tomar. "A gentesabe de casos em que houve aopção por tratamentos difíceis:a radioterapia e a quimeotera-pia sendo usadas com todo osacrifício que impõem ao doen-te, em favor de uma sobrevidade pouco tempo e baixa quali-dade. A gente sabe de quemoptou apenas por esperar oinexorável. Tudo isto gira nestemomento como um turbilhãoem nossas cabeças," disse Pas-sarinho.

Ele contou que só decidiucandidatar-se ao Senado depoisque a tumografia feita em agos-to concluiu que a doença estavacontrolada. "A própria Ruthme incentivou a entrar em cam-panha. Mas tudo mudou agora.Nada mais parece ter o mesmovalor."

Mirian Guaraciaba

Manaus — A família quefaz política unida nem sem-pre permanece unida. NoAmazonas, a campanha de1986 desfez alguns lares,uniu outros e causou peque-nos e grandes prejuízos acandidatos com voto certo.Na família Gilberto Mestri-nho, filho e sobrinho lançam-se no rumo do mentor e atualgovernador. No clã de PlínioCoelho, duas vezes governa-dor do estado e candidato aconstituinte pela Aliança De-mocrática, a política revelouuma ovelha negra que rom-peu com o pai.

Os candidatos em famíliasurgem em dobradinha ouem campanhas isoladas. Asenadora Eunice Michiles,candidata a deputada fede-ral, trabalha com o filho HumbertoMichiles, de 32 anos, mas nem sempreele se beneficia disso. "Tanto financei-ra quanto eleitoralmente, a candidatu-ra da minha mãe me prejudicou. Elatem que fazer acordos com estaduaisem determinados municípios e eu ficoimpedido de visitar esses lugares comela para fazer campanha", queixa-seHumberto, embora admita que, emalgumas cidades, sua mãe é "um exce-lente cartão de visitas".

Em busca da reeleição para a As-sembléia Legislativa, Humberto gosta-ria de saltar em 1986 para a Câmarados Deputados. A senadora seria su-plente do governador Gilberto Mestri-nho, mas este na última hora desistiudo Senado e decidiu permanecer no

3fc» \-/ vS$

governo e Eunice vai disputar a Cama-ra. Humberto não quis competir com amãe.

João Thomé, filho de GilbertoMestrinho, faz questão de não se con-fundir com o pai. O governador porsua vez, raramente pede votos para ofilho que se candidata à reeleição. "Eletem lá suas posições políticas com asquais não concordo, mas também nãointerfiro", diz o conservador Mestri-nho. "Nós nunca discutimos por isso",concorda Thomé, de 35 anos, comunis-ta assumido e declarado.

O governador do Amazonas tam-bém não ajuda o sobrinho Ivan Porto,de 27 anos, dentista e candidato adeputado estadual. "Não recebi umtostão do palácio e apenas cem camise-tas do partido", lamenta Ivan. Mastanto filho quanto sobrinho aprovei-tam quase sempre as viagens de Mes-

trinho ao interior para fazercampanha ao lado do líderpolítico.

Se Ivan Porto tem quei-xas a fazer, o ex-governadorPlínio Coelho enfrenta uma-dissidência doméstica. "Elecriou asas e quer voar atéencontrar o sol, mas vai des-pencar", lamenta Coelho,comparando o filho PlínioCoelho Júnior, de 37 anos,ao ícaro da mitologia gregaque teve suas asas derretidaspelo calor do sol. "O velhofoi a maior decepção da mi-nha vida. Nós lutamos juntoscontra Gilberto Mestrinho eele agora mudou de lado",respondeu Plínio Júnior.

Pai e filho não se falam,nem se visitam. Do lado deJúnior, ficou a mãe, Nazaré,e seus nove irmãos. "Erauma questão de coerência",justifica Júnior, candidato a

deputado estadual pela coligação Mu-da Amazonas, encabeçada pelo depu-tado federal Arthur Virgílio Neto.

A política se desune, também une:"Mãe, vem fazer campanha comigo",convidou o ex-governador José Lindo-so. Amine Lindoso, de 61 anos, suamulher, aceitou e faz dobradinha como marido. Ele é candidato à Consti-tuinte e Amine a Assembléia Legislati-va. "Nossos sete filhos estão longe deManaus. Estamos só os dois em casa emelhor seria trabalharmos juntos", ex-plica a candidata. Em escritórios elei-torais separados — "O José faz muitaconfusão", diz — Amine, que teve suaprimeira experiência com as urnas em1985, quando concorreu à Prefeiturade Manaus e foi a segunda mais vota-da, com 50 mil votos (19% dos elei-tores).

Candidato doPS contestapesquisas

Belo Horizonte — O candi-dato do PS ao governo de Mi-nas, Onaldo Janotti, pretendeentrar, na próxima semana,

com representação contra oIBOPE junto ao Tribunal Re-gional Eleitoral, acusando-ode, depois de ter publicado trêspesquisas, vir recusando-se sis-tematicamente em lhe forneceras informações solicitadas.

Janotti disse que, depois dodebate promovido pela TVGlobo entre os candidatos aogoverno de Minas, foi procura-do por grande número de pes-

ir.-soas que queriam ajudá-lo. An-tes do debate, ele tinha mais de2% do eleitorado e, depois pas-sou a não figurar, "o que é umabsurdo".

O candidato do PS disse queseis pessoas pesquisadas pêloIBOPE, quando manifestavamintenção de voto em Janotti',recebiam do pesquisador a de-claração: '"Janotti náo está napesquisa, não é pesquisado.";

Esclarecimentos sobre Angra 1Tendo em vista notícia veiculada na edição do dia 09/10/86, do jornalFolha de São Paulo, acerca de "vazamento na Usina Nuclear deAngra 1". FURNAS — Centrais Elétricas S.A., vem a público prestaros seguintes esclarecimentos:1. A notícia, tal como publicada, é inverídica, pois caracteriza, deforma distorcida, o aludido vazamento, associando-o a uma condiçãode emergência inexistente, como também a uma possível evacua-:ção da usina que não ocorreu.2. Conforme já esclarecido pela Comissão Nacional de EnergiaNuclear, na própria matéria do jornal, tratou-se de "uma ocorrênciacorriqueira, sem maiores implicações para a segurança da usina e dapopulação".3. No dia 30.09.86, terça-feira, durante as operações normais deaquecimento da unidade, uma válvula auxiliar de pequena dimensão,integrante do sistema primário de refrigeração do reator, apresentoudefeito, ocasionando pequeno vazamento interno'de água para otanque coletor de drenagens. Este sistema, como o próprio nomeindica, foi projetado com a finalidade de reter vazamentos previstosem diversas válvulas, a exemplo da acima mencionada. Vazamentosdessa natureza, além de se constituirem em ocorrências previsíveisem qualquer instalação industrial, ficam confinados em sistemasfechados, dentro da própria contenção. Nesses casos, a válvuladefeituosa é prontamente identificada, isolada e reparada, como foio caso, voltando a usina às operações de rotina.4. Desse modo, eventos tais como o corrido, não se constituemabsolutamente em acidente, mas sim em algo possível de suceder eser sanado de pronto, sem quaisquer outras implicações.5. É importante sublinhar, nesta oportunidade, que o tratamentosensacionalista de fatos considerados comuns só contribuem paraprovocar situações de alarme inteiramente infundadas.

FURNAS - Centrais Elétricas S.A.

V ~ JHMKwia,. , '~ joÍÊfmw ' I

or. furUdo de melo

F^llaCÜA"

Informe JB2? a domingo no 1? Caderno

P»t*'::mmWm HTífíjíl

wJ VJ*m* . '|p%

wJ Br^^P '

ÁW BrW-fW

MWMhíMMEBb^1'*'-' Tal BYT .aWB-BB. B^Bte

VOTE NO TRABALHOCfcnérioVeHoso

Dep. FEDERALn*1543

PMDBGovernador Moreira

1ÈÈÈ . PW \0W fBJBBBKBJfTF \,v~>.v f** .-BBBBjf'.v*BBK*'™^*-"' MtmWw

ei fcr >jf* &¦'¦ ¦ ¦ iBW

^Mm , >%*•:'?- ' ••< ;j/WBB^^

NAPQLEÃDVELIXJSODep. ESTADUAL

xis 15.154

No Fundo FIV Unibanco o seu dinheiro cresce dia após dia, ~i

• t dia.após dia.0 mès todo,o ano todo.a vida toda.t • •s

t»<l«lw>>«»ll»»»«»«lis::n>::u:tnji:aj:t»i::r

uHtitii3:ti]:;:!;K:::K::::::::S:::Es:tmiiis::u:!!:: ::5ãirJ8lHBiawiíMin"ssnj (aittaiiiaiiiu:iiuii:!:iMi _^^^^ <IÍI^iiMi3^^!SISiSHmslSÍHÍglilg§ÍI^BmiÍn M^lmKnlS^iM iüHll»^MIÍÍmÍÍÍM --n*"*^ > :

íIIÍÍÍíÍbihÍ^ üül^iiHlüiüiilsH ^^0^^ \WmW <Jmm\IHPü^^iP ^HRl SBíSESPiltt 1 iiiiSliiffliliii ^***^^ m W !islÍÍÍÍÍiiÍÍÍÍÍÍÍ^ ÍÍíÍlÍ.ͧ§lBljiiyi9ÍI .^f00^^ mtmm\ianmgranjgssKigiWgliggffi^ HitlBiiiSnmnÍRiliaUHt^^ ¦ ¦^BtmamniHroaBiBt»gmigiiara ¦ISaaiKrlâBaiaâlBSlBSSatliHSHl^ SialllMRIImR^H mMMMMMMMMMm '' I^lwMiWi^Mg«iitMtilMiiiMiiiHitil#MlllWtMÍÉiiiM !¦¦ BBltSnIfllfItBlitXll.^LH .^l^l^l^l^l^l^l^l^l^l^l^l^l^l^l^l^l^l^H

liiiiliiillBBiffliii^ m 1 j• JjpHSEBlrlllllrliilriiii VIm\ M^^^^^^^^^^^LwÊÊÊ^^Ê^^^^^^ÊSw^^^^^^^^^^^m mm I H "^ >

H a^r^^^aT^^^^a^^^aB MW MaW. aB aV ¦ ¦¦ ¦m mr m\ ¦ ^m mw^M^MMk. m\ ¦ ¦^B W^r mt MW m\ Mm M\ ^^^ft ^m n ¦¦"9* VVPQSSP a^afl a^a^B ^a^a^ka^a^al a^a^B ^afl aKV ^al aH ^Bm n ^m mm m ^m wj MW H 11 mV aB ^B I ^ai aT^ II II

^m* h wÊÊmm I II I *^ IIII

aB^aB^aB^aB^aB^aB^aB^aB^aB^aB^aB^aB^aB^aB^aB^aHB UME ".H i^P^BH aKV W^Ê aBB I

_____B Bi |^__^__ a^a^L^LW^L^-^-«MH«niiiiiiiiiui.i.ii 11 - •««¦¦{ílI MM1 MB mMMW&^'-<-~'i#isfz

Todo dia é bom para investir no Fundo FIVUnibanco, porque ele é o único em que vocêcomeça a ganhar a partir do momento daaplicação Comece hoje mesmoNo Fundo FIV o seu dinheiro é aplicado emOTNs, LTNs, debêntures e outros papéis que sevalorizam diariamente

Aplique no Fundo FIV e acompanhe ocrescimento do seu dinheiro através de extratose pelos principais jornais do paiaNo Fundo FIV você recebe a experiência daadministração financeira do Unibanco e contacom total isenção de imposto de renda parapessoas físicas Além de liquidez imediata, sendo

que os resgates podem ser feitos até por telefonaProcure uma agência Unibanco ou a UnibancoCorretora de Valores Mobiliários e faça o seudepósito inicial, a partir de CzS 5.000,00. Depois,a partir de CzS 2.000,00, você aplica quantoquiser, quando quiser Fundo FIV UnibancoAqui o dia-a-dia do seu dinheiro tem mais valor

t

Fundo de Renda Fixa ..-, xUNiBiXNCO

x6 ni Io caderno ? sexta-feira, 10/10/86 Política JORNAL DO BRASIL

Informe JB

A experiência particular das Ca-sas Sendas — a maior rede de

supermercados do Rio de Janeirocom 50 lojas de varejo e 2 de

" atacado — é mais um retrato sem1 retoque de que o brasileiro está. tirando a barriga da miséria e con-

¦ sumindo mais depois do Plano Cru-/•ízado.w. No setor de utilidades domésti-'••cas — facas, colheres, abridores de

garrafa, tomadas e centenas de ou-tios produtos — houve, de janeiropra cá, um aumento de vendas

icas de 50%.No setor de discos e fitas, as

vendas foram ainda maiores. Cres-ceu cerca de 200% a procura de

i djscos compactos, 60% de elepês e'fitas cassetes e 120% de fitas vir-

gens.A venda de cigarros cresceu

30% nos supermercados Sendas.?

Apesar de toda esta euforia, oempresário Artur Sendas não en-

. xerga, do alto de sua experiência,nenhuma escassez generalizada deprodutos nas prateleiras dos super-mercados:

A escassez está hoje concen-trada basicamente na carne e nos

: seus sucedâneos: galinha e ovos.

Arraes na cabeçaA safra de pesquisas eleitorais que

££ será colhida neste fim de semana nãojtraz muitas novidades.7". Só em Pernambuco o Ibope fotogra-fou um crescimento ainda maior da.candidatura do deputado Miguel Arraes

ele está agora com mais de 10 pontosna frente do seu adversário José Múcio.

Bom sensoDo general Newton Cruz, em seu

quartel-general de candidato à Consti- '

tuinte pelo PDS: "Os militares no Chileperderam a noção do tempo."

E explicou o que é isso:É quando não se tem mais o

apoio da opinião pública.Citou ó exemplo — e, em seu caso,

. a, experiência pessoal — dos governosl:'uulitares no Brasil.

porque a proibição só é prevista nalegislação para o dia da eleição.

O procurador não explicou a deci-são. Apenas parodiou o estilo JânioQuadros: "Fi-lo porque qui-lo."A volta

O economista André Lara Rezendereassume terça-feira seu posto no Ban-co Central, depois de um mês de férias,disposto a continuar no front Cruzado.

Mas pedindo ajustes no plano.Feira às moscas

Um verdadeiro desastre promocio-nal é o que acontece na Feira do LivroInfanto-Juvenil, que se realiza no Sam-bódromo até o dia 12. Com quase todasas editoras brasileiras expondo e auto-res convidados de outros estados, aFeira está às moscas.

Nos bastidores — entre os paulistase brasilienses convidados — corre ocomentário de que carioca não temmesmo vocação para fazer Feiras.

O outroProblemas da homonímia: Aloísio

Maria Teixeira Filho, deputado esta-dual em 1974 e 1978, federal em 1982 eagora candidato à reeleição peloPMDB, não é sequer parente do outroAloísio Teixeira, economista, tambémmilitante do PMDB e superintendenteda Sunab.

Os concorrentes do Aloísio Teixeiracandidato estão espalhando que ele nãoé mais candidato, por ter assumido aSunab. O deputado teve que alterar oritmo de sua campanha: está agoraexplicando que não é ó Aloísio Teixeirada Sunab.

I ii

Boi de casac o > Aos desavisados: o presidente José

L' Sarney só tem 48 cabeças de gado,n estando, portanto, dispensado da porta-' tia que obriga ao registro do rebanho os" pecuaristas que tenham mais de 500reses.

Segundo informação do porta-vozda Presidência da República, Fernando

| César Mesquita, Samey mantém essegado apenas para criar bezerros. E sua

| fazenda, a 30 quilômetros de Brasília,; está sendo destinada quase que exclusi-| vãmente à plantação de arroz, soja,; milho e feijão.

li Creche" Também as repartições públicas

com mais de 30 funcionárias serão obri-I; gadas a instalar creches.i» A extensão dessa obrigação legal até

o serviço público faz parte do pacote do] Menor, que o presidente José Sarney' lança hoje em Brasília.

II RecuoO presidente José Sarney determi-

; nou mesmo uma mudança no tom da; posição brasileira em relação à dívida! externa.

A partir de agora a ordem é falarj

- mais baixo para ser ouvido melhor.II•;Lei seca

O Promotor de Justiça de Mauriti (aI' 500 km de Fortaleza), Raimundo der Oliveira, estabeleceu ontem, das 7 às

{ 19h, a lei seca no município por causai rde um comício que o candidato doí PMDB, Tasso Jereissati, faria na ci-1 ^dade. .

Os comerciantes não gostaram da'/nedida e o PMDB vai impetrar recurso

Nunca maisEsperançoso, a princípio, o reveren-

do Jaime Wright — co-autor do projeto"Brasil nunca mais", da Arquidiocesede São Paulo — confessou sua descren-ça na apuração da morte do ex-deputado Rubens Paiva nas dependên-cias do Exército, no Rio, depois que ocaso foi transferido para a esfera daJustiça Militar.

— A experiência demonstra que aJustiça Militar não tem interesse ne-nhum em apurar nada — disparou.

Na longa luta desse pastor protes-tante em favor dos direitos humanos,iniciada há 18 anos, não falta umaexperiência dramática: seu irmão, o ex-deputado Paulo Stuart Wright, foi mor-to durante a Operação Bandeirantes,no DOI-CODI, em São Paulo.

Até hoje, os culpados não foramidentificados e punidos.

Torturados falamA SPRJ se encontra em assembléia

extraordinária permanente desde terça-feira. E, finalmente, depois de muitapolêmica subjetiva em torno do que éou não é ético no caso Amilcar Lobo,algumas medidas objetivas foram suge-ridas.

Se aprovadas, as pessoas que foramtorturadas por Amilcar Lobo serão con-vidadas a darem o seu depoimento.

CensuraO controle que a Justiça Eleitoral

resolveu exercer sobre a campanha elei-toral de Pernambuco, para evitar queela descambe até para agressões físicasentre partidários do PMDB e do PFL,está provocando nos meios de comuni-cação o aparecimento de cenas dignasdo tempo em que a censura prévia sefazia de Norte a Sul do país.

Esta semana, no programa doPMDB, o ator Edson Celulari se apre-sentou fazendo mímicas que deixavam aentender o seu apoio a Miguel Arraes.

O Jornal do Comércio do Recifecirculou com uma faixa branca no cantodireito da primeira página onde deve-riam estar pesquisas que a empresa estárealizando pelo telefone. No lugar, ojornal colocou em letras garrafais:"Censurada pela Justiça Eleitoral."

I I. ¦

l?íI '• O jornal Pasquim completa

¦' hoje 900 edições.• Uma medida que vai bene-

¦ficiar os presidiários do Rio• ;de Janeiro. O Inamps e o

[Desipe estudam um acordoj de cooperação que possa le-

, • var uma maior assistênciaJ! médica aos presos do Rio.J! • Com o slogan "Com Jangoi: no coração e Brizola na cabe-

ça, vote Aldo pelo Rio Gran-de", será inaugurado hoje,em São Borja, o comitê presi-

l dente João Goulart, de apoio, j às candidaturas de Aldo Pin-

•! to, aMm de outros candida-<; tos. Entre eks está o filho do>; ex-presidente, João Vicente

'\' Goulart, que cedeu o prédioJ; • onde está instalado o comitê.I i( • Foi realizada ontem a pos-

; se oficial das Diretorias daI í; Federação das Indústrias do' • Estado do Rio de Janeiro

-Lance-Livre-

(Firjan) e do Centro Indus-trial do Rio de Janeiro (Cirj)e também do Conselho Dire-

ISi tordo Cirj.11] • Metrô: um Transporte emIJ í crise é o tema do programal i! Encontro com a Imprensa, na dicos Carlos Alberto Santos,' ' RátSo JORNAL DO BRASIL, Antonio Ivo, Afonsinho e

; às 13h.i • O projeto de arquitetura[ j do 1 restaurante brasileiro;' na Hungria: Kavé Karnaval,

assinado pelas cariocas LauraSimões, e Márcia Campos jáestá nas mãos do Ministériodo Comércio da Hungria.

Chega amanhã a Fortalezao ex-governador do Paraná,José Rkha, para um comidoem favor do PMDB. Dia 16,virá José Reüuüdo Tavares,ministro dos Transportes, e,até o flnál do mês, DUsonFunaro, da Fazenda.

Quarta-feira, às 17hl0min,no comitê do candidato pe-detista é ex-secretário deTransportes Brandão Mon-teiro, que fica na rua Barãode Iguatemi, na Praça daBandeira, o Vw Parati doDETRAN, chapa branca RJ3721, despejava farto mate-rial de campanha eleitoral.

Chico Buarque compôs es-pedatanente para sua filhaSylvia, que vai produzir eencenar a peça As QuatroMeninas, à música: MinhasMeninas.

Hoje, no Centro Psiquiá-tricô Pedro II, debate sobre aquestão da saúde com os mé-

Luis Tenório, às lOh.• Falta água no ParqueGuinle há uma semana. Ale-gam que a bomba quebrou e

os moradores são obrigados apagar Cz$ (00 por um carro-pipa.

Festa músico-ecológicaRock In Mine, hoje, às 23h,no Umuarama Club, Estradada Gávea, 145.

O Gboex, Grêmio Benefl-cente muda hoje seus esta tu-tos em assembléia de associa-dos e apresenta uma curiosi-dade no que se refere aosplanos de pecúlio: vai consi-derar, a partir de agora, sui-cfdlo (de um sódo) como mor-te natural e os beneficiáriosdo plano terão todos os direi-tos que o pecúlio oferece.

Quem for hoje à festa deNelson Carneiro e SebastiãoNéri vai receber, na saída,um coco da Bahia com cacha-ça. A homenagem é da colô-nia baiana que apóia os can-didatos. No Gube Federal,às 21h.

Hoje, nia estação do Metrôde Botafogo, homenagem aoDia Internacional de Solida-rfcdade aos Presos Políticos,com ato-show, às 16h.

Carmem Costa, Nei Lopese Reginaldo Bessa lançamhoje, de 18 às 20h, um discodo Caó, na Cinelândia.

Faltam 36 dias para o Rioeleger seu novo governador.

Junto com Lacerda,

Mauro Magalhães ajudou a

construir o Rio.

Junto com você,

Mauro Magalhães vai

defender o Rio em Brasília.

Mauro Magalhães foi o líder do Governo CarlosLacerda.Obras como o Túnel Rebouças, o Viaduto dosMarinheiros, a Adutora do Guandu, aurbanização do Parque do Flamengo, a criaçãoda Cotei são marcos da administração deCarioe Lacerda e da atuação de MauroMagalhães."Agora, Mauro Magalhães quer o seu voto paraDeputado Federal Constituinte. Fiel aos ideaisde Carioe Lacerda, Mauro Magalhães querlevar para Brasília a mesma competência quetez dele o último líder de Governo do grandeestadista que foi Lacerda.Anoto esto nome: Mauro Magalhães. E estenúmero: 2266.Se você também acha que a obra de CartasLacerda precisa ser continuada, este 6 o seuvoto para Deputado Federal em 15 denovembro.

mmtO /MAGALHÃES

N» 2266 - DEPUTADO FEDERAL - PL 0 RIO PRECISA SER RESPEITADO

PFL gaúcho não obedeee

a determinação do TRR

para retirar "outdoors

Porto Alegre — Apesar do TRE gaúcho ter dado prazoaté ofinal da tarde de ontem para a retirada dos outdoors dcpropaganda eleitoral, o PFL não vai abrir mão de nenhum dos 40painéis que alega ter recebido gratuitamente da Prefeitura,segundo afirmou o advogado do partido, Vilmar Vasconcelos.Mas a procuradora eleitoral Sandra Curreau advertiu que "o'PFLincorrerá em crime de desobediência" e poderá ser punido, se nãoacatar a decisão "IJÜIXXI

Ela disse ter percorrido as ruas da cidade e constatado quehá muitos cartazes do PFL que não correspondem aos espaçosdestinados pela Prefeitura a todos os partidos. "Se o PFL nâoretirar os cartazes, passa a agir por sua conta e risco."

Já o corregedor eleitoral, desembargador Marco Aurélib de'Oliveira, que também percorreu as ruas da cidade, notou que onúmero de outdoors contratados pelos partidos junto às empresasparticulares reduziu-se bastante. Dos 600 inicialmente existentes— e que foram proibidos pelo TRE —, restam cerca de 70. APolícia Federal, a pedido da justiça eleitoral, está fazendo-umlevantamento para ver quais os partidos que não cumpriram adeterminação do TRE.

O problema do PFL com a justiça eleitoral não ps|ávinculado aos 600 outdoors proibidos, mas a outros 400 cedidos*gratuitamente pela Prefeitura de Porto Alegre, divididos igual-mente entre todos os partidos. Vilmar Vasconcelos, advogade do-PFL, acha que os 40 painéis do partido estão na cota permitidaernlei, mas a procuradora eleitoral Sandra Curreau acha que-não:Hoje, o TRE deve se reunir para analisar o cumprimento dé süa-,ordem e punir os infratores.

Três advogados de São Leopoldb, a 34 quilômetro^, dâcapital gaúcha, ingressaram com ações populares contra o prefei-to Waldir Schmidt (PMDB) e os 21 vereadores da Câmara*Municipal para que devolvam aos cofres públicos Cz$ 2,5milhões, mais juros e correção, referentes a aumentos ileg^j? quereceberam durante a atual legislatura, concedidos pela própriaCâmara.

Segundo um dos advogados, José Gressler, o prefeitoteráque devolver cerca de Cz$ 93 mil, mais juros e correção, e cadavereador, Cz$ 117 mil, além de juros e correção. > —

JOÃO RICARDO

% ' * '

FA ¦ -

PARA

DEPUTADO

FEDERAL

2515

Engenheiro civil —. professor — em-preeárlo e escritor

Paraibano de origem, Pernambu-cano de vivência, e carioca de coraçãohá 15 anos. Tornou-se cidadão cario-oa com o titulo oonoedido pela CâmaraMunicipal do Rio — em 30/06/86.

Líder estudantil do ourso Primárioà Universidade, tendo se formado en-genhelro na Escola de Engenharia deRecife em 1966. Alcançou os maisaltos postos na liderança empresarialdo Rio de Janeiro.Por mérito, ganhou Bolsa de Estu-dos para França onde fea pós-graduação, completando sua forma-çAo de engenheiro civil e paralela-mente adquiriu formaç&o humanis-tica.Voltando ao Brasil tornou-se em-presárlo fundando a E8TUB, cuja his-tórla 6 a própria história do seu fun-dador.Trabalhador incansável, o que fezo sucesso de seus empreendimentos,cujo reoonheoimento se expressa nosInúmeros títulos reoebldos:

Msdalha Mauá (Confederação dasAssociações Comerciais do Brasil)

do Mérito Industrial (Fe-deraçio das Indústrias-RJ)

Medalha Pedro Ernesto (CâmaraMunlclpal-RJ)

Titulo de Cidadão Carioca (CâmaraMunlclpal-RJ)Presidente e Diretor de várias organi-aaçóes de classe, engenheiro de for-maçáo, professor por vocação, foi re-conhecido oomo revelação empresa-rial pela visão que demonstrou ao serpioneiro na criação do Distrito Indus-trial da Fasenda Botafogo e por serhomem renovador e progressista.ALIANÇA POPULAR DEMOCRÁTICA — PR

Diariamente das 18 às 04 horas Jantar ao som de piano c/sugestões dom&ttre Anis, tendo Belchior • Duda á testa da cozinha

FEIJOADA AOS DOMINGOSa partir das 12 hs. — Av. Bartolomeu Mitre, 450—Lebkxi — Reservas: 259-

m

ST

Frutos de época selecionadas, (rios surtidos. defumados,. queijosvariados, ovos, pães, bolos, biscoitos, cereais, doces, gemas, mel, sucos,café, chá, chocolate, leite. Estas são algumas das atrações doBreakfast Jumbo, o café da manhã do Demoiselle. aue esperapor você no 3° andar do Aeroporto Internacional do RiaA mais gostosa maneira de começar o dia, para quem vaiviajar ou nãa Faça uma opção inteligente.

Ê assim que secomeca umbom âia.\fenha aproveitar as delíciasdo Breakfast Jumbo do Demoiselle. Das4 às 11 da manhã, este é o seuprograma'mais saudável. E mais gostosa

Breakfast Jumbo do Demoiselle.Ê assim que se começa um bom dia.

3$ CAFÉ CAPITAL

Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro lj3? andar • Setor B • Informações tels.: 398-3516 • 398-3428UM EMPREENDIMENTO DO GRUPO HEUEN S

PARTIDO DA MOBILIZAQAO NACIONAL

P/DEP ESTADUAL

Jf q seu voto £ que vaiiflpi promover e fixar essa.

iWfJf nova l'deran?a politica1-

I ikL

do nosso Estado

VOTE E PROMOVA! J

Para Senador

AFFONSO ARINOS

Aliança Popular :

Democrática

O Rio o chama de volta

ALOÍSIO TEIXEIRA

DEPUTADO FEDERAL CONSTITUINTE

^PPiVT)'|U{' ' •-> rr~ tinr

0' j

""""""

mtL I t&tr<IK/ •*

¦PMDBS^i522

GOV. MOREIRA 15 - SEN. NELSON 151

f f 1 RESnUUNTE • fi/l

i

181 LIVRARIA INTERCIENCIA LTDA

COMUNICAMOS AOS NOSSOS CLIENTESFORNECEDORES E AMIGOS QUE NÃOFUNCIONAREMOS SÁBADO, 11/10/86, ~

A PARTIR DE SEGUNDA FEIRA 13/10/86, ESTAREMOSATENDENDO EM NOSSA NOVA SEDE ONDE

AGUARDAMOS SUA VISITAAV. PRESIDENTE VARGAS 435 — 18° andarTELEFONES: 221-6850 221-0993 252-4973

A DIRETORIA

JORNAL DO BRASIL S A./ t i : .

Jlitwrtin

Ancelmo Gois

Avenida Brasil, 500 — CEP 20949Caixa Postal 23100 — S. Cristóvão — CEP20922 — Rio de JaneiroTelefone — (021) 264-4422Telex — (021) 23 690, (021) 23 262, (021)21558

Os teitot, fotografia! e demais ciia(Aes intelec-tuab publicados neste exemplar nio podem serutilizados, reproduzidos, apropriados ou estocadosem sistema de banco de dados ou processo similar,em qualquer forma ou meio — mecânico, eletrôoi-oo, miciofitmafem, fotocópia, gravafio ele. —lem autorização emita do» titulare, doi direitosautorais.

AFP, Airpress, Ama, AP. AP/Dow Jones, DPA,EFE. Reuters, Sport Press, UP1.

¦asdMa — Aaaaoaas — PariMensal CzJ 292,60Trimestral CzS 831,60.Semestral CzS 1.698,30

Vke-PresJdêncU de Marketing ^^,1,Vkt-rn^éme:Sérgio Rego Monteiro

Áreas de ComercializaçãoS^aUnWi CituM:José Carlos Rodrigues

Luiz. Fernando Pinto VeigaSi|íiMnli«i Co—tM (Sfc faalo)Syhrian MifanoTelefone — (OU) 284-8133Gera* ét \mtm (CMflcados)Nelson Souto MaiorTelefone — (021) 264-3714

Classificados por tefcfooe (021) 580-5522

Outras Praças—8(021) 80^4613 (DDG —Discagem Direta Grátis)

©JORNAL OO BRASIL S A 1986

•—Setor Comercial Sul (SCS)—Quadra I,Bloco K, Edifido Denasa, 2° andar — CEP 70302telefone: (061) 223-5888 — telex: (061) 1 011StePaaia—Avenida Paulista. 1 294,15° andar —CEP 01310 — S. Paulo, SP — telefone: (011) 284-8133 (PBX) — telex: (011) 21 061. (011) 23 038Mlana Gerais — Av. Afonso Pena, 1 500,7° andarCEP 30000 — B. Horizonte. MG — telefone:(031) 222-3955 — telex: (031) 1 262IL G. á» Sal — Rua Tenente-Coronel Correialima, 1 960/Morro Sta. Teresa — CEP 90000 —Porto Alegre, RS — telefone: (0512) 33-3711(PBX) — telex: (0312) 1 017Bahia — Rua Conde Pereira Carneiro, 226 —Salvador — Bahia — CEP 40000 — Tel.: (071)244-3133 — Telex: 1095PtrHabaet — Rua Aurora, 325 — 4° and. sI418/420 — Boa Vista — Recife — Pernambuco —CEP 50000 — Tel.: (08t) 231-5060 — Telex: (081)1247 .Acre. Alagoas, Amazonas, Ceará, Espirito Santo,Goiás. Mato Gtosso, Mato Grosso do Sul, Pará,Paraná, Piauí, Rondônia, Santa Catarina.

Buenos Aires, Paris, Roma, Washington, DC.

BVRJ. The New York Times.Superintendência de CirculaçãoSaperialtadeale: Luiz Antonio CaldeiraAtendimento a AssinantesCoordcaaçto: Maria Alice RodriguesTefcfbae: («21) 2*4-52*2Preços das Assinaturas¦Uadejaatfc*Mensal _..CzS 121,60Trimestral CzS 345,60Semestral Cz$ 652,80MIms Gerais — Espirite Saaia — Sta PaaktMensal CiS 125.40Trimestral Cz$ 356,40Semestral CzS 673,20Trimestral...,. ....Cz$ 437,40Semestral CzS 826.20Trimestral (Somente sábado e domingo)CzS 156,00Semestral (Somente sibado e domingo)CzS 312,00Gottaia—Salvador — norianApoNs — Maccfó —Caridba — Porta Alegre — Mato Groan — MaioMeauJ CzS 153.90Trimestral Cz$ 437,40SemestTal .*.... CzS 826.20Redfc — Fotlalesa — Natal — Joéo Pesna — SèoLaiaMensal CzS 210,00Trimestral CzS 599,40Semestral CzS 1.132.20

TrimestralSemestral ...CiJ 525,00'...CzS 975,00Atendimento a Bancas e Agentes'Tdefòae: (021) 2*4-4740Preços de Venda Avulsa em Banca,-"

Dias úteis Ci$Domingos CzSM. GmH Estrito SaatoI Sèo PaaloDias úteis CzS 4.00Domingos CzS 7,00DF, GO, SE, AL. BA, MT, MS,PK, SC. RSDias úteis CzSDomingos CzS

5,008jCWv- .

Dias úteis CzS .h/XLDomingos CzS 9.0Q,,Mala Gravo c Mato Gnan do SalDias úteis CzJ MMDomingos CzS 10,00MA. CE. PI, RN, PB, PEDias úteis CzS 7,00Domingos CzS 10,00

Dias úteis CzS 8,00Domingos CzS 12,00Droaab EatadoeDias úteis CzS 10,00Domingos CzS 12,00Dias úteis Cz$ 4,00Domingos CzS 6,00

____ Foto de Marcelo Camayal

¦B',j fi if"! Iflfaii' v'SjUlL_id^J^^^^^lHHtiliilltiiiiiE^I6^^^^^*lmi^^F :^^K^il,i f ' V'S^mWil^^^BI l:3'¦V.K ^^^^^^^¦^J»^ii^^Ml^wMil^^^^^KiiiWff'^^i^^^liMl'-Wit, » /iAhV

"I'flPwf^^^^^^HHH'it 9B|mf"' ' fli^^HH

1 ii^bH^^»''' Im^HH

0 TRE 4 a ultima esperanqa das pessoas que procuraram em vao pelo tltulo em todasa^zona^ejettorm^d^tU^^

Foto de Custbdio Coimbra

l^iBWtww!'-

Foto de Marcelo Carnaval

TRE só entregou 5% dos títulos eleitorais no Rio

Oito dias após o início da distribuiçãodos títulos eleitorais, o escoamento nas26 zonas eleitorais do Rio está lento econfuso. O número de títulos entregues

. até agora é tão pequeno que o próprioTribunal Eleitoral se recusa a fornecê-lo,

, alegando que apenas nove zonas apresen-taram suas estatísticas.

Faltando 30 dias para o encerramen-to da entrega nos postos volantes dacidade, estima-se que cerca de apenas 5%dos 3.366.410 títulos do município do Rio(çerca de 150 mil títulos) tenham sido

, . entregues até agora. A desorientação doeleitor é o fator predominante e o TRE

.. hesita em ocupar o horário de que dispõeno rádio e na TV para esclarecer e

... sobretudo apressar a população. A per-manecer esta média, setores do próprioTribunal já admitem um congestiona-mento de proporções imprevisíveis, em

,. todos os postos de distribuição, para omês do novembro.

.;„ Cerca de 500 pessoas por dia têmprocurado a Secretaria de Controle Geral

.,,de Eleitores, no prédio do TRE na Rua• ¦Primeiro de Março. São eleitores que,„;não tendo encontrado seus títulos em

nenhum lugar, são enviados pelos cartó-, rios de suas respectivas zonas em busca

do último recurso,s - Quinze funcionários, supervisiona-' dos pelo diretor de Controle, Otávio de

Matos Leal, se desdobram na tentativa de" localizar o cadastro dos desesperados. eleitores que buscam a seção, acionando

as telas de microfichas.— Esta aqui é a fila da morte —

comenta um funcionário. — Se o nome" não for encontrado aqui, dança. Só vaivotar nas eleições de 88.

Segundo Otávio Leal, cerca de 60%dos freqüentadores da fila da morte,

. embora garantam ter-se recadastrado,não irão mesmo votar em 15 de novem-

. bro próximo, pois seus nomes não foramencontrados nas microfichas.

Geraldo Oliveira Costa, biscateiro,morador de Bangu, não se conformavacom a situação: "Fiz tudo certinho, leveicertidão e dois retratos e no final dá essazebra. O que eu vou dizer pro pessoal doMiro?" Quando perguntado sobre deta-lhes de seu cadastramento, revelou que o

formulário "foi o pessoal lá dentro quepreencheu".

Dona Erlina de Souza Pereira, de 48anos, também moradora de Bangu, teve— assim como o biscateiro — problemasem seu formulário, embora o tivessepreenchido com seu marido, que não tevequalquer problema em achar seu título."É muito estranho, fizemos tudo igual,na mesma hora e o título dele está lá e omeu não. Deve ser porque ele vota noMoreira e eu no Darcy", dizia, semconseguir esconder sua decepção.

Iraci Maria da Silva Neto não tevemelhor sorte. Um erro de seu filho nopreenchimento de seu formulário — elecolocou o nome de solteira da mãe queconstava no antigo tftulo—foi suficientepara alijá-la das eleições. As microfichasdo TRE conseguiram identificar o enga-no mas não foi possível emitir o título eela também terá que se recadastrar denovo no próximo ano.

Nos postos de distribuição da 13*Zona Eleitoral (a maior do Rio, com 339mil 848 eleitores) a situação é tranqüilana Barra da Tijuca, e a média de esperana fila no Centro Administrativo—ondea maioria dos títulos do bairro estãosendo entregues — é de apenas 30 minu-tos. Em Jacarepaguá, ao contrário, amédia de espera nas filas tem-se estendi-do a duas horas e em postos de grandeconcentração, como o Clube RecreativoPortuguês, na Taquara, no horário consi-derado do pico — entre 16h e 21h — asfilas têm chegado a 500 metros, dobrandoo quarteirão.

Os atendentes improvisados no postodo Clube Português, funcionários recru-tados pelo TRE no funcionalismo (Ba-nerj, Metrô, Cedae, Comlurb e atéBNH), reclamam das difíceis condiçõesde trabalho a que estão submetidos, comjornadas ininterruptas de oito horas, semtempo para as refeições. O funcionáriodo Metrô Antônio Machado, improvisa-do como atendente da Justiça Eleitoral,faz uma alerta para que o TRE recrutevoluntários "com a maior urgência", sobpena de haver um colapso no atendimen-to à população "por falta ou estafa defuncionários". Até 10 de novembro todosos postos abrirão aos sábados e domingosem horário integral.

Brizola fala no rádio

hoje e amanhã irá à TV

O governador Leonel Brizola vai àtelevisão amanhã e domingo, entre 8h e9h, para responder aos ataques do candi-dato a senador pelo PMDB Hélio Fer-nandes. Nos dois dias, Brizola abrirá oprograma matutino da Aliança PopularDemocrática na propaganda gratuita, fa-lando cinco minutos no sábado e dois, nodomingo. Ontem, o TRE concedeu mais15 minutos no rádio ao governador paraoutras respostas a Hélio Fernandes.

Hoje, no horário noturno da propa-ganda gratuita, entre 20h e 21h, Brizolacomeça a responder, pelo rádio, às ofen-sas de Hélio durante dois minutos. Ogovernador pode dar respostas diferentespelo rádio e pela TV, segundo decisão docoordenador da propaganda gratuita, juizAlberto Craveiro.

Ontem, Brizola ganhou mais 15 mi-nutos no rádio para responder a outrasofensas de Hélio Fernandes. Ele terádireito a cinco minutos no programa daAliança à tarde e a outros cinco por doisdias seguidos, à noite. O plenário doTRE, por unanimidade, julgou que ogovernador foi injuriado pelo candidato asenador, acompanhando parecer do pro-curador Carlos Roberto Siqueira deCastro.

Os outros dois processos em queBrizola pedia para responder ao depu-tado federal Amaral Neto (PDS), que oacusou de proteger criminosos, o TRE,por unanimidade, julgou que não houveofensa. O procurador considerou que aafirmação de Amaral Neto não era injú-ria "e sim um juízo de valor". Siqueira deCastro argumentou que, sendo favorávelà pena de morte, Amaral Neto consideraque Brizola acoberta criminosos por nãodefender a mesma idéia.

O advogado do PDT, José Leven-thal, avisou que vai entrar com mais cincopedidos de respostas a ofensas dirigidascontra Brizola pelo candidato do PMDBà Constituinte Sebastião Nery, o depu-tado federal que tenta a reeleição AlcidesFonseca (PTB) e novamente Hélio Fer-nandes.

Em Brasília, o advogado do PMDB,Marcos Heusi, vai pedir ao TSE a prisãode Brizola pela utilização de prédio públi-co na campanha do PDT. O advogadonão conseguiu que o TSE concedesseliminar ao mandado de segurança impe-trado por ele, pedindo a suspensão dereunião que o PDT realizará hoje noMaracanãzinho.

Cabos tumultuam caminhadaO que poderia ter sido um corpo-a-

corpo de sucesso do candidato DarcyRibeiro em pleno reduto eleitoral dopemedebista Jorge Leite acabou degene-rando em um empurra-empurra generali-zado no calçadão de madureira. Darcy foibem recebido pelo público, que queria seaproximar dele, beijá-lo e abraçá-lo, mascerca de 30 truculentos cabos eleitoraisacabaram transformando a caminhadaem meia hora de horror.

O repórter da Rádio JORNAL DOBRASIL Augusto Fonseca levou um so-co no rosto do cabo eleitoral conhecidocomo Cartão. Este ameaçou agredir tam-bém jornalista que procurou saber seunome completo. Por pouco, uma meninade cinco anos não foi imprensada contrauma parede e o gerente das Casas Per-nambucanas da Av. Edgar Romero pediua Darcy que não entrasse na loja paracumprimentar os vendedores, temendoque a multidão invadisse o local.

tt-, O vice-prefeito Jó Resende ficou to-,do o tempo atrás de Darcy, dando sem-pre ordens para que os pedetistas deixas-sem "o homem solto" para falar com opovo. Precisou ser enérgico com algunsque queriam levar Darcy a todo custopara os comitês de seus candidatos adèputado. A preocupação dos camelôs —qüe em sua maioria declararam apoio aDarcy — era conseguir manter em pésuas bancas de mercadoria.

Durante a caminhada, várias vezes os 'cabos eleitorais se desentenderam, crian-do um clima de tumulto. Carlão, o maisviolento, recusou-se a ficar perto do can-didato a deputado estadual RenatoGuertzenstein (PDT) que o chamou de"amigo" e ouviu a resposta aos gritos:"Não fico perto de pemedebista, não souseu amigo". Só não agrediu o candidatoporque foi seguro a tempo.

Darcy só conseguiu falar ao públicoquando entrou numa barraca de bijute-rias, pegou um megafone e disse que opovo de Madureira tinha-lhe "lavado aalma".

Pela manhã, Darcy esteve com ogovernador Leonel Brizola em Cascadu-ra, onde inaugurou o Ciep com o nomedo metalúrgico Benedito Cerqueira. Oprefeito Saturnino Braga, seu vice JóResende e o candidato ao Senado Marce-lo Alencar integravam a comitiva.

Mais uma vez, a estrela foi Brizolaque voltou a ironizar a presença de Mo-reira Franco, candidato da Aliança Popu-lar Democrática, no horário gratuito doTRE na televisão: "Aquilo lá parece umjardim zoológico, o gato angorá agorafala com o dedinho levantado para pare-cer enérgico". As pessoas riam das piadasde Brizola e vaiavam sempre que o nomede Moreira era citado.

"Pajelança" une pedetistas

É preciso rasgar a camisa pelo parti-do, lutar para levar Darcy Ribeiro a umavitória fragorosa sobre Moreira Francono dia 15 de novembro. Esta é a idéia queo PDT pretende passar para os mais de 15mil militantes — nas contas do presidentenacional do partido, Doutel de Andrade,— esperados hoje à noite no Maracanãzi-nho, para uma reunião que vai ficando' conhecida (até entre pedetistas) comop^jdança, o exorcismo do veneno verdeda derrota.

O PDT pretende realizar um ato¦ político que, junto com o cadastramentode orientação para o pessoal que traba-

S Ihará na fiscalização e apuração das elei-! ções, terá como fruição principal dar uma

definitiva injeção de ânimo em seus guer-: reiros.! Doutel de Andrade disse que o PDT

, quer colocar um advogado do partido em

—-"•"""''a#O TRE é a última esperança das pessoas que procuraram em vão pelo título em todas

Foto de Custódio Coimbra

i\o caminhada por SOO Ironçaio, moreira acaoou aemru ws um <;««««<; «c Darcy

Moreira conquista São Gonçalo

um conutêntrooreira aca ouaoNa camir

A visita que o candidato da AliançaPopular Democrática (APD) ao governodo estado, Moreira Franco, fez a SãoGonçalo serviu para selar a adesão doprefeito Hairson Monteiro — que rom-peu com o PDS e está sem partido — epara confirmar a boa receptividade deseu nome naquele município, o segundocolégio eleitoral do interior, com 419 mil265 eleitores.

Nas caminhadas que realizou, o ex-prefeito de Niterói passou por várioscomitês eleitorais da Aliança e pôdesentir a tendência do eleitorado gonça-lense. Por onde andou, Moreira foi sau-dado efusivamente por muitos populares— principalmente mulheres de meia-idade —, distribuiu os tradicionais abra-ços e apertos de mão e recolheu váriosenvelopes com pedidos de emprego.

Mas não conseguiu convencer a to-dos. Délsio Carvalho, trocador de ôni-bus, continua indeciso sobre seu voto"apesar de toda a festa". Luís CarlosMuniz, vendedor de madeira, manteve aopção por Darcy Ribeiro: "O Moreira sófaz para os ricos, o Brizola faz para ospobres", explicou.

Na segunda passeata — que começouna praça Zé Garoto e foi até o Rodo deSão Gonçalo, — o senador Nélson Car-

neiro tentou acompanhar o candidato daAliança, mas não resistiu ao ritmo e aocalor. Moreira, o povo e os carros de som

que só anunciavam a presença de doiscandidatos ao Senado, Hélio Ferraz (PL)e Rockefeller de Lima (PFL) — nãotomaram conhecimento do esforço deNélson.

O candidato da Aliança realizou doiscomícios-relâmpago, ambos em comitêseleitorais, para platéias formadas basica-mente por participantes de sua campa-nha. Nos dois discursos Moreira se con-centrou nos elogios ao presidente Sarney

"que teve a coragem de ir buscar osbois nos pastos para colocar na mesa dostrabalhadores" — e nas críticas a DarcyRibeiro — "o Darcy faz-de-conta, que écontra o congelamento, contra o presi-dente e contra o povo".

No Centro de Reabilitação NiúmaGoulart Brandão, da Apae, Moreira ou-viu da diretora Javanira Vieira de Melouma crítica ao governador Leonel Brizo-la: "Ele não fez nada por nós porque nãogosta de excepcionais. Nosso centro estáhá seis meses sem receber merenda." Ocandidato garantiu a ela que "os excep-cionais terão prioridade em seu governo.Do motorista do táxi PN-9466, Da Guia,Moreira ouviu a denúncia de que "Brizo-

la está cobrando juros nas multas detrânsito".

Mas a câmera do Jornal Popular —que acompanhava todos os passos docandidato — deliciou-se mesmo quandoMoreira foi puxado para dentro do dire-tório do PDT, em São Gonçalo, na Av.Feliciano Sodré, por Antônio Carlos Ser-rão França, integrante da diretoria. Lá,sorridente e surpreso, o candidato rece-beu abraços. "O PDT daqui está divididoe tem muita gente apoiando a Aliança",disse Antônio Carlos.

No final, Moreira avaliou como sen-do "muito boa" a sua posição em SãoGonçalo e afirmou que não se consideraeleito — "Prefiro o otimismo moderado"— e que a próxima etapa de sua campa-nha será a realização de grandes comi-cios. Em entrevista, o candidato daAliança criticou o TRE — "que dá aogovernador sete minutos para se defen-der de cada 40 segundos de ofensa" — eos candidatos da Aliança "que não estãoseguindo a orientação do comando paranão partir para o achincalhe e a agressãopessoal".

Hoje, Moreira vai a Brasília levar aopresidente Sarney o apoio "pelo ato decoragem que é a determinação do confis-co" e um panorama de sua candidaturano Rio de Janeiro.

cada uma das juntas apuradoras. "Somosgatos escaldados na fervura da Procon-sult", afirmou Doutel, anunciando para apróxima semana o início de pequenoscursos que serão dados aos militantescom a função de orientá-los para a fiscali-zação.

Além dos candidatos, prefeitos, inte-grantes de zonais e diretórios, o próprioBrizola empenha-se em convocar osadeptos da candidatura Darcy. No fim dodiscurso durante a inauguração de umCiep em Cascadura, o governador cha-mou todos para a reunião de hoje à noite,pedindo que se registrassem como fiscais:"Eles são muito sabidos. São especialis-tas em surrupiar os votos que não ti-reram"

Segundo colégio eleitoral do interior-

Rogério Coelho Neto

São Gonçalo, o segundo maior co-légio eleitoral do interior, com os seus419 mil 265 votos, pende para o candi-dato da Aliança Popular Democráticapor uma razão muito simples: em tornode Wellington Moreira Franco agru-pam-se as mais importantes forças elei-torais do município, lideradas pelodeputado federal Osmar Leitão Rosa, eque têm o seu forte na Prefeitura,muito bem tocada pelo advogado Hair-son Monteiro.

Osmar era originário da Arena,optou pelo PDS na reformulação parti-dária que acabou com o bipartidarismo,e está hoje no PFL. Seu grupo —originário de um forte movimento detransformações sociais criado no muni-cípio pelo ex-prefeito Joaquim Lavou-ra, um dono de botequim que assumiuuma posição tal de liderança que co-mandou absoluto a política local duran-te 25 anos — manteve, no entanto,ramificações no PDS. Assim, o depu-tado federal, que tem a seu lado, alémdo prefeito, os deputados estaduais Jo-sias Ávila e Zeir Porto, controla doispartidos.

Com Moreira está, ainda, o seupróprio partido, o PMDB, que tem noex-deputado federal José Alves Torres,

o Zeca Torres — um político de linha-gem pedessista —, sua principal estrela.Zeca Torres é candidato à AssembléiaNacional Constituinte e tem em Rômu-lo Lima, filho do ex-deputado JoelLima, seu principal adversário dentrodos espaços que o PMDB busca recupe-rar, depois de fortemente abalado pelosresultados negativos das eleições de1982.

Na passagem de Moreira ontem porSão Gonçalo até mesmo um pequenonúcleo de militantes do Pasart, partidocriado pelo ex-senador Aarão Steim-bruch, também candidato a governa-dor, acabou engrossando a caminhadado ex-prefeito de Niterói pelas ruascentrais da cidade. Houve até mesmo,quando a caravana da Aliança passoudefronte a um comitê do PDT, manifes-tações entusiasmadas de pessoas quevestiam camisetas de propaganda doprofessor Darcy Ribeiro.

Nas eleições passadas, quando con-correu pelo PDS contra Leonel Brizolaao governo Fluminense, Moreira foi opreferido por mais de 50% dos eleitoresdo município. À época, São Gonçaloreunia menos de 250 mil votantes. Ci-dade problema, com muitas favelas dealvenaria e bairros que nasceram du-rante uma fase de crescimento desorde-nado dos municípios situados na perife-

ria do Rio, em terras gonçalenses hátodo um clima favorável à política docunho populista.

Populista foi Lavoura, por exem-pio. Só pela maneira como entendeu aimportância do calçamento de uma pe-quena viela ou de um pequeno projetode iluminação pública, combinado compraças públicas que guardavam umapredominância de verde, esse ex-prefeito marcou época na história poli-tica de São Gonçalo. Para uma virada,em alto estilo, no município cativo aMoreira, o governador Leonel Brizolanão definiu, ainda, uma grande estra-tégia.

Faltam, na verdade, a Brizola e aDarcy, seu candidato, um apoio debases. O PDT é fraco em São Gonçalo,a não ser pela liderança permanente dodeputado estadual Aécio Nanei, ummédico benemerente que, depois de umlongo inverno de cassação, se elegeucom uma consagradora votação peloPDS. Os candidatos federais do PDTnão empolgaram ainda, embora estejaentre eles o ex-prefeito Jayme Campos,um conhecido campeão de votos. AAécio, que deverá estar entre os dezdeputados mais votados à Assembléiaestadual, fica confiada a tarefa de en-frentar, quase sozinho, Moreira e suasforças em ascensão.

as zonas eleitorais do Rio

T rabalhador

vai receber

lista negraBrasília — Os deputados Rubçm

Medina (PFL-RJ), Álvaro Valle (PL-RJ), Amaral Netto (PDS-RJ), Edupr-do Galil (PDS-RJ), Saramago Pinheiro(PDS-RJ) e Alair Ferreira (PFL-RJ),condidatos à reeleição, que se cuidem,pois fazem parte de uma lista negraelaborada pelo Departamento Inter-sindical de Assessoria Parlamentar,pronta para ir às ruas na próximasemana. O DIAP os acusa, entre ou-tras coisas, de lutarem contra o avançodas classes trabalhadoras.

O Departamento Intersindical tieAssessoria Parlamentar (DIAP) fün-ciona nos moldes do DepartameritoIntersindical de Estudos e EstatísticasSócio-Econômicas (DIEESE). É mán-tido por sindicatos e federações detrabalhadores e exerce durante a tra-mitação, discussão e votação de proje-tos de interesse da classe, o poder Üolobby.

Segundo o julgamento do DIAP,eles são os representantes do Rio deJaneiro que atuaram contra os interès-ses dos trabalhadores nas votações ÜoCongresso Nacional, nos últimos qi)a-tro anos. E, a partir de segunda-feifa,muita gente vai saber disto: um fascíiu-lo elaborado pelo departamento sobreo comportamento de todos os pada-mentares candidatos à reeleição conie-ça a circular entre sindicatos, igrejas eassociações de moradores. '

É por estadoA publicação faz parte de uina

série preparada pelo DIAP, divididaem fascículos relativos a cada estado,com ela, o órgão pretende alertar!ostrabalhadores para não desperdiçai ovoto em 15 de novembro, ajudanidoquem nunca fez nada por ele, quandopodia. !"O DIAP constatou que grandeparte dos trabalhadores escolhem co-mo seus representantes exatamenteparlamentares que atuam contra josseus interesses", diz a introdução !dofascículo. "Pela nossa avaliação, istoocorre porque os trabalhadores riãosabem como os parlamentares têm; secomportado no Congresso Nacional."

Para esclarecê-los, o DIAP obser-vou quem votou a favor dos decretosde arrocho salarial do regime militar,quem votou contra a emenda das ejei-ções diretas ou contra Tancredo Nevesno Colégio Eleitoral e quem não apro-vou o projeto que proíbe as demissõesimotivadas.

No caso dos representantes do Riode Janeiro, 40 passaram no testei eforam considerados aptos para receberos votos da classe trabalhadora. !Osoutros seis são duramente criticadbs.O deputado Amaral Netto, por exem-pio, é acusado de "usar todos os meiosao seu alcance, inclusive a liderançajdoPDS, para impedir o avanço da classetrabalhadora".

O ex-candidato à Prefeitura cario-ca Rubem Medina caiu na lista negrapor apresentar um projeto que defendeo funcionamento do comércio em fio-rário livre. Mas o atual candidato doPDS ao Governo do estado, AgnaidoTimóteo, se livrou: "Enquanto estavano PDT', diz o documento, "atiloufavorável aos trabalhadores."

O DIAP desembolsou Cz$ 50 piilpara distribuir os fascículos por todo opaís, mas espera que muitos sindicatosmultipliquem seu efeito, reproduzindoos dados para seus associados. Até aConferência Nacional dos Bispos jdoBrasil encomendou fascículos suficitn-tes para enviar a todos os bispos espa-lhados pelo país, para que eles mos-trem a seus fiéis como trabalharam) osrepresentantes que elegeram há quatroanos."Nós sabemos que essas informa-ções ainda não vão conseguir revertero resultado das próximas eleições, queseguramente levarão a uma Consti-tuinte dominada pelo poder econôpii-co", reconhece Àntônio Augusto ;deQueiroz, assessor parlamentar 'doDIAP.

JORNAL DO BRASIL Cidade sexta-feira, 10/10/86 ? 1° caderno d 6 -a

6 lb d Io caderno ? sexta-feira, 10/10/86 Cidade JORNAL DO BRASIL

Justiça manda advogadotirar flamingos, cães etucanos do apartamento

Por unanimidade, a 6" Câmara do Tribunal de AlçadaCível confirmou a sentença do juiz da 37a Vara Cível quecondenou o advogado Paulo Roberto Munhoz da Fontoura aretirar de seu apartamento, no Leblon, dois cães, três araras,três tucanos, um papagaio e dois flamingos rioprazo de 10 dias,sob pena de multa de Cz$ 1 mil por dia de atraso.

Ao prqstar depoimento na vara, o advogado contou que,há cinco anos mantinha, em área de 80 metros ouadrados,animais das mais variadas espécies. Teve um pavão, um jegue,um veado de pequeno porte e nove cachorros. Atribuiu oprocesso contra ele a perseguição do síndico e de algunsmoradores, pois no condomínio há 40 cães e 80 animais devariadas espécies. Mesmo antes da confirmação da sentença,Paulo Roberto e sua fauna deixaram o apartamento do Leblon emudaram-se, para uma casa no Joá.

Barulho è mau cheiroEm julho de 1985, o condomínio Vivenda Onze, na Rua

Engenheiro Cortes Sigaud, 11, entrou com ação para compelir oproprietário e ocupante do apartamento 104 a retirar osanimais. O advogado era acusado de contrariar as normas daboa vizinhança, a convenção e o respeito pelo sossego e saúdedos demais moradores."Ele mantém diversos animais (cães, araras, veados) quenas mais variadas horas do dia, inclusive de madrugada, emitemruídos estridentes. Além disso, o mau cheiro é insuportável. Oproblema é agravado com as suas ausências prolongadas,quando os animais ficam sem alimentação e sem água", diz aação.

<- O advogado, na contestação, afirma que o síndico RobertoRibeiro França "não paga nem condomínio nem despesaalguma" e que não se importa em perder na Justiça. Acusou apéssima administração do síndico, culpando-o pela constantefalta dágua e alegando que, por isso, no terraço onde ficam osanimais há pouquíssima água. Argumenta, porém, que a área élimpa com a água de uma minipiscina.

Afirmou que mantinha no apartamento dois cães — umpoodle toy e um Irish woolfhound — que não latem, três araras,três tucanos, um papagaio, dois flamingos, um gato e quatropassarinhos. Negou que as aves emitam ruídos estridentes demadrugada, porque "nesse período elas dormem".

O morador do apartamento 204, José Brito, disse emdepoimento que seus parentes eram acordados freqüentemente,de madrugada, com o barulho de araras e cães e que o maucheiro do apartamento 104 era insuportável. O médico OsvaldoAbdala Issa, morador do apartamento 303, queixou-se tambémdo barulho e do mau cheiro.

Maria Carmem Ponzo Cruz de Morais, do apartamento404, contou, porém, que mora no prédio há seis anos e nuncaouviu barulho nem sentiu mau cheiro provenientes do aparta-mento do advogado. Nilza da Silva Oliveira Costa afirmou queos animais não a incomodavam, mas revelou que o advogadomanteve um jumento em seu apartamento por uma semana.Cláudia Ribas, do 304, disse que Paulo Roberto já criou noapartamento até uma avestruz e que o papagaio vivia implican-do com as araras, "provocando gritos horríveis".

Azar com cãesO juiz Dauro Inácio da Silva, na sentença que condenou o

advogado, reconheceu que a permanência dos animais prejudi-ca a saúde, o sossego e o bem-estar dos demais moradores, alémde caracterizar mau uso da propriedade.

Ao recorrer da sentença, Paulo Roberto Munhoz daFontoura alegou que o juiz deveria ter-se considerado impedi-do. Explicou que, durante a audiência de julgamento, omagistrado queixou-se de vários incidentes em sua vida provo-cados por cães. E mudou-se de um apartamento de frente para omar, na Barra, por causa dos cães de seus antigos vizinhos;processou civil e criminalmente o dono de um cão que mordeusua mãe; a filha de um amigo contraiu micose na praia por causadas fezes dos cachorros.

Os juizes Luís Eduardo Rabelo, presidente da 6* Câmarado Tribunal de Alçada Cível, Martinho Campos e ArrudaFrança confirmaram a sentença de Dauro Inácio da Silva,considerando-á irretocável: "Com efeito, é inaceitável quealguém pretenda o apoio judicial para manter no seu aparta-mento, como confessa o réu, gatos, cachorros, tucanos, flamin-gos, pavão, veados etc."

Donos de carros retidostêm prazo até hoje paraapresentar documentos

; Um Mercedes Benz 240-D, ano 75, um Alfa RomeuSpider, ano 72 e um Jaguar XJ6, ano 74, continuam retidos no *pátio do Departamento de Polua Federal, na Praça Mauá,aguardando a apresentação da documentação original, princi-palmente a 4a. via, a chamada guia de importação de veículos,proibida desde 1976.

; Os comerciantes que tiveram carros apreendidos na Ope-ração Estrela, desencadeada dia 7 último em todo Rio, têm queapresentar a documentação até hoje. Se não o fizerem respon-derjio a inquérito criminal com base no artigo 334 (contraban-do). Os policiais apreenderam, em situação irregular, 29veículos estrangeiros.

', A operação foi a etapa final das investigações e levanta-mentos em agências de automóveis que comercializam veículosestrangeiros, realizada por 24 agentes da Polícia Federal e seisauditores da Delegacia de Receita Federal. A operação, quenão tem prazo para terminar, visa a apreender veículos estran-geiros que estejam circulando ou expostos à venda no Rio.

Os agentes apreenderam 29 veículos, a maioria da marcaMercedes Benz. Desse total, só três permanecem no pátio daPolícia Federal. Outros veículos foram dispensados da apreen-são,.preferindo os policiais que os comerciantes ficassem comodepositários fiéis até hoje, quando termina o prazo da entregada documentação original de cada um deles. .

Os preçosQuanto custa um Mercedes Benz 280-S, ano 1985 com 1

mil 224 quilômetros rodados? A resposta é muito difícil deconseguir nos principais pontos de compra e venda de veículosimportados — Avenida Princesa Isabel e Avenida Prado Júnior.O preço depende do estado do carro e da cara do freguês.

! Um carro como esse de 1985, branco, pára-choquesreluzentes, estofamentos impecáveis, pneus novos, que sepoderia considerar quase um zero quilômetro, pode chegar àcasa de alguns milhões de cruzados. Para se ter uma idéia, umMercedes Benz 280 SLC, ano 1975, a gasolina custa Cz$ 1milhão 500 mil.

I j A vantagem de se ter um veículo como esse pode estar nopagamento do 1PVA. O dono da loja diz que está em torno deCz$ 18 mil, mas o vendedor revela que paga apenas Cz$ 614,pela tabela. A marca Mercedes Benz é a mais valorizada entreos veículos importados. Um Jaguar XJ6, ano 1974, pode seradquirido por Cz$ 450 mil.

,..— O mercado de carros "importados" não é esse monstroque todos pensam — diz um vendedor que pediu para não seridentificado, pois não queria ver prejudicados os seus negócios.Ele-comercializa carros nacionais também, mas sua loja tempara vender um Mercedes Benz marrom tipo 240D, ano 74, porpouco mais de Cz$ 200 mil e a garantia do IPVA pago em SãoPaulo no valor de Cz$ 48,00. O imposto no Rio seria um poucomais caro, mas não alcançaria Cz$ 100,00, segundo afirmou.

." O vendedor explica que no Brasil formou-se uma idéia deque o carro nacional envelhece em dois anos de uso. "É umaformação psicológica", diz, mostrando os carros estrangeirosem exposição, sem nenhuma ferrugem, com a pintura em bomestado e estofamentos quase novos. Ele concorda, no entanto,que a qualidade dos carros estrangeiros é bem superior aos defabricação nacional, principalmente no que se refere à lataria.

Proibida desde 1976, segundo revelou um vendedor, aimportação de carros tornou o mercado mais restrito. Comoestes veículos chegam ao Brasil? Chegam pelas fontes oficiais,diz o vendedor, através de diplomatas que vão assumir cargosem embaixadas ou consulados.

Foto de Carlos Mesquita

íiiilfi'^ "ií "?u -ií!ii"'.i'-' iflp-nntiiii.-Jtiil j-.r, í-iP ;i-(',^9|B un'»- '¦¦&'•• ''''-^'^^mmmmfWfiW^Êlmm^^^lR- 'Sj£h '* M"'"'* *»»•«" i*"M:irí**«T. .ijjjV": ., i l«; t • . flHf Ia JÊf'""' ^^ià^lfiH^Çiâff^Jft'M

^ •* í • .*> Wi^'»^ ' :4r 4*. ' " Ifamffi' fJÍ&àíiffl&-i4M:ÍÍ! r^"1"" i'j -vi Hf:", '*^m^fmmm^. mSÊkv3mm\.m¥M'^\J\^MmWu_ ..ij », ¦w*,"'.» A-4 nit*',« t li ' 3a nsjmmt 4 'imKWfWtnaUm1 > iSí',,';l'l/ liüV HlOia1;Hnv"a^HaTVaV^BHfEa>alra1IJaBrrr*»!'• .*v-^tr^WL ¦ \*:: fP» •¦! . ¦ ¦¦¦ MLmXiaalÉ?.'< aHtw , i T ^:Am\ mtiiniàml ¦JWI mmvMmw.MtmwSi

¦áwL.' ÊttimWÊ!' l JrSIaW._ ¦ - *¦ ¦Jâamá.^WIW >• mr*f VuKiJ.p, fc-jrlftJB

m' '"''¦ ^í ^^~S^&8MMHÍMa^íii'

Ir'; WÍáè'^íS'*mMmmmmm mwTWÈiWiir ¦.¦¦¦:-',-:v^&m mmmmm mwL

Lite1'' L*;vTri|^ .',, , ¦, '•J MI

IHi/1' i 'i vSism aVMÍ^ÚwnlavaiafaSmmmíMMM^mmS'Smmmmm\ mmE.-* -¦' \^L:?\MRmmmmmmmmmmÊVr^-J \.?mMM mmm^J&^]iTti^*mmmm\

SHhHB&v 'ÍÍui\i!Mmmmm\ BPfc

Estação Central, como as demais das Unhas 1 e 2, ficou fechada durante todo o dia

Greve do Metrô termina e apósas 12h tráfego deve ser normal

A greve que paralisou por 24 horastodo o sistema do Metrô do Rio terminouà zero hora de hoje, quando os funciona-rios da manutenção começaram a repararcomposições para o retorno ao tráfegoainda nesta sexta-feira. A previsão é deque somente após o meio-dia estarãofuncionando todas as estações da linha 1,da Praça Saens Pena a Botafogo.

Os 4 mil empregados do Metrô parti-riparam dá greve, iniciada por eletricistase mecânicos que ficaram parados três diasreivindicando adicional de 30% por insa-lubridade. O presidente do Metrô, Alva-ro Ramos, prometeu por telefone aodirigente do Sindicato dos Metroviários,José Carlos Marins, que hoje pela manhãreceberá os sindicalistas e uma comissãode eletricistas para acertar o pagamentodo adicional de insalubridade e rever apunição que decretara para 112 deles.

Desconfortesi. A paralisação do Metrô trouxe pro-

blemas e desconforto a milhares de pes-soas, obrigadas a enfrentar filas nos pon-

tos de ônibus e aperto nos coletivoscheios. Trinta ônibus e quatro jardineirasda CTC, que deveriam atender aos passa-geiros do Metrô entre a Central e Botafo-go, acabaram trafegando semivazios,porque os letreiros Especial, em vez deCentral ou Botafogo, confundia os passa-geiros.

Já os ônibus das linhas particulares,com pontos em frente à gare D. Pedro II,saíam superlotados, com passageiros aténos pára-choques traseiros. Os 10 solda-dos do 5o BPM, orientados para organi-zar as filas do esquema de emergência,acabaram sendo desviados para os pontosdas empresas particulares, onde era maisnecessária a presença do grupo.

Na Praça Saens Pena e em Botafogo— estações de maior movimento depoisda Central do Brasil — nem parecia que aclasse responsável por um dos mais im-portantes transportes de massa estava emgreve. Ninguém procurava as estações enelas não havia nem mesmo cartazesanunciando o movimento.

Apenas na estação da Central doBrasil havia uma corda isolando o acessoà estação, onde se via também doiscartazes com a mesma frase: Estamos emgreve — trens parados — estações fecha-das. Nesse ponto, quando chegavam ostrens da Companhia Brasileira de TrensUrbanos (CBTU), as filas dos ônibus emfrente à gare engrossavam e, para nãochegarem atrasadas nos locais de traba-lho, algumas pessoas chegavam a viajarpenduradas nas janelas e até mesmo nospára-choques dos ônibus.

Para os soldados da PM que tenta-vam evitar que passageiros viajassem co-mo pingentes, o pior horário foi entre 8he 9h, quando o trânsito em toda a cidadeé lento e os ônibus demoravam a retor-nar. O esquema da CTC — pouco útil aosusuários do metrô — funcionou com 32ônibus, fazendo o percurso do metrôentre a Central e Botafogo. E mais oitoveículos circulavam entre Maria da Graçae a Central do Brasil.

Fotos de Gilson Barreto

a-

vi .^ ti i asai mmm^mmmmWÊmWfaÊIÊImWM BPP? '¦"'^BMHi•[* ~;>ZmiÍL 1B81*'! MP ffij| ^H

IR J*Sl»arJaa1aa^!Sral EL ' >afl Lm JíS ¦ÍKL^: ;':'¦ íkwi¦ktfAmmmit^^vrlÊt, farim mB** mmSÊ

^SHaaHaH jRBK^fiHnJl M I¦¦ -j"jíirSi fl aPl 1 BhaaA^^ I-^m K üsSEBa

m?^ WLmmWmÀ mÊmmUf^^AmlM^'MESyMa%^Pi^a^a^aBaCM»aS'il H^a^^t^aaHaMgllt r* *ftiT S W Vwi awlífc?!

Jr tm mmtmmmmWmMh*^^am ^«V H*^Il<l .>r^'\ JmfSiXXlm^Zíia aaT -- - Jím^VÊtía^mK^^BímmílrtBàiL^- ^W WwmnaatWPHHKal

mmmr á%. - s~vmmmmWm '¦ tf**íiH " ~ -¦•^TÜS-IMi^a» «arL***',Caaaja.<aZ~ > fctiapw¦ m aV/r, 'i:i!LC3!iL#*«''7™WB ¦ LlTTiiWut— iniTjfjrr^mZ^ytHmmmwSmWMB^'^ÍbÍ B9S"*'»íÇ^!'í**flavlBffS Bafcf,F^^2!'"lSí MCE aa^" ™-jWr^WK*]B

mmmf Um^^^^^ ií i •-^mtom7? *W HLi ¦'". j -j!lí it3Li3ÍB I ^Êmm^l^^jSmmm» ^B_H ifllt^Hr _^ãZ'''^mmmS^mia^Jmmmml IfmmmWUCir a - ¦ ínf^ Ti mmr^ i • S Y ÍTiT» BH ànl Br â^aWáVa*aVaTaVM2>a>riàaw YM Wmmmmmm^i^.^Ê^í'kY ism&M*-. ..:«... .A-.nX-.i-rM àEMBr II n iilaTijMrMiiTAs peles levadas ao forno para incineração chegaram ao aeroporto em grandes sacos

Dentista quer Peles apreendidas há setesaber causa da anos no Rio sao queimadasmorte do filho

Quatro meses após a morte de seufilho, com sintomas de dengue hemorrá-gica, o dentista Joel Henrique de Sousaameaça cobrar na Justiça o laudo daautópsia ainda não fornecido pela Sucam.Revoltado e cansado de promessas, Joelacusa a Sucam e o Ministério da Saúde detentarem fazer com que o caso, ocorridoem junho, em Niterói, seja esquecido.

O dentista, que garante estar deposse de parecer de patologistas confir-mando os sintomas de dengue hemorrági-ca, teme que possa haver um surto emNiterói com um tipo de dengue malignacom novas vítimas. Para isso, ele sebaseia também nos resultados divulgadosna época pelo Centro de Controle deDoenças de Atlanta, nos EUA, que con-firmam o diagnóstico de dengue, mas nãoespecificam o tipo.

Ao mesmo tempo em que revelaconversas telefônicas gravadas com auto-ridades do Ministério da Saúde, JoelHenrique se confessa cansado de promes-sas de uma explicação sobre a verdadeiracausa da morte de seu filho, o estudanteJosé de Souza Neto, 17, ocorria no dia 2de junho deste ano.

— Meu filho era um rapaz saudávelque, em cinco dias, morreu com todos ossintomas de dengue homorrágica. Naépoca foram feitos os exames, e patolo-gistas, como os professores Barreto Neto,do Hospital Antônio Pedro, Thales deBrito e Luiz Carlos Gaiotto, da USP, eVenâncio Avancini, me garantiram queos sintomas eram de dengue hemorrá-gica.

O dentista assegura que, após osresultados divulgados pelo Centro deControle de Doenças de Atlanta, quecaracterizaram o caso como dengue, aSucam decidiu dar o assunto por encer-rado.

Dezesseis toneladas de pele de ani-mais, avaliadas em 2 milhões de dólares,foram incineradas nos fornos da Centralde Incineração de Lixo do AeroportoInternacional do Rio de Janeiro. Apreen-didas pelo IBDF (Instituto Brasileiro deDesenvolvimento Florestal) no Rio deJaneiro desde 1979, as pels foram trans-portadas em sacos, em três caminhões.Um fez duas viagens do IBDF ao aero-porto.

A quantidade de peles trazida porcada caminhão levou em média duashoras para ser incinerada e o trabalhoseestendeu até o fim da tarde. Quando oprimeiro caminhão — que chegou aoaeroporto às 10h20min — passava pelaRua General Polidoroem Botafogo, umrapaz na rua sentiu o cheiro forte daspeles, julgamos tratar-se de carne-seca, eacusou o IBDF de estar "segurando acarne".

Solução é queimarO delegado regional do IBDF, José

Fernando Pedrosa, que assumiu o cargono início do ano, não soube dizer por quesó agora foi realizada a queima. Havia 55mil 655 peles inteiras de animais silvestrese 5 mil 240 quilos de pedaços de lagarto,raposa, onça-pintada, lontra, ariranha,jibóia, sucuri, jaguatirica, gato-pintado,veado-maleiro, tamanduá, jacaré e atécasco de tatu.

As peles são procedentes, principal-mente, das reigões Norte e Centro-Oeste. De acordo com José FernandoPedrosa, entram no Estado do Rio, se-manalmente, 10 mil animais vivos, vendi-dos nas 70 feiras-livres, sendo "dificílimorealizar um trabalho repressivo nessecontexto". Ele afirmou que o comérciointernacional de peles tem diminuído de-vido a dois fatores: um acordo entre 88países contra esse tipo de exploração e aatuação de instituições de reflorestamen-to.

Para o delegado regional do IBDF, oleilão das peles, que poderia reverterrecursos para melhorias no instituto, re-presentaria um estímulo indiscriminado àmatança de animais. "A única solução é aqueima, visto que os animais já estãomortos".

A Central de Incineração de Lixo doAeroporto Internacional tem como prin-cipal função impedir que restos de comi-da, principalmente os que sáo trazidosnos lixos de aviões internacionais, disse-minem doenças no país. Inaugurada emjaneiro de 1986, a central tem dois for-nos, cada um com capacidade para quei-mar 30 toneladas de Lixo por dia.

Os fornos possuem três câmaras: naprimeira, o lixo é queimado; na segunda,os gases da queima se misturam como oar; e na terceira, ocorre a combustãocompleta dos gases. O processo de inci-neração tem controle automático, queoferece economia de custos: o própriolixo é aproveitado como elemento decombustão.

As brasas são conduzidas a um fossocom água, onde são extraídas as cinzaspor um transformador de corrente sub-mèrso, que conduz a lama por umarampa, descarregando-a num contalner.Os gases são depurados pelo processo delavagam com exaustão forçada, que re-tém partículas e gases poluentes. Dessaforma, os gases lançados na atmosferapelas chaminés são inofensivos à natu-reza.

A ARSA (Aeroportos do Rio deJaneiro S. A.), empresa responsável pelaadministração e operação do AeroportoInternacional, possui dois caminhõescompactadores, iguais aos da Comlurb,que recolhem o lixo, descarregando-o nacentral. Uma pá mecânica transfere o lixopara o alimentador hidráulico, que oempurra para um dos dois fornos.

Desembargador recua eproíbe funcionamento demáquinas de videopôquer

Durou pouco a alegria das empresas Sogames Aparelhos eDiversões Eletrônicas, Microgames Diversões Eletrônicas eLocadora de Divertimentos Eletrônicos, que tinham conseguidoautorização do desembargador Fernando Celso Guimarães paramanter em funcionamento suas máquinas de videopôquer:ontem, o magistrado reconsiderou a decisão e cassou a liminar 'que havia concedido no mandado de segurança impetrado porelas. ..

O incidente ocorrido há 10 dias, envolvendo um funciona-rio da Funarj, que ganhou Cz$ 999 mil no videopôquer masnada recebeu, foi o principal motivo da revogação da liminar.Segundo o desembargador, trata-se de um fato concreto quedemonstra a utilização das máquinas para jogo de azar. Eleacompanha, assim, decisão da desembargadora Maria StcllaRodrigues, que negou liminar no mandado de segurançaimpetrado pela Intergame Locadora de Máquinas Eletrônicasde Diversões.

Jogo de azarFernando Celso explicou que inicialmente concedeu a

liminar porque não tinha tomado conhecimento de qualquerflagrante de utilização das máquinas como via de exploração dejogo de azar. A Secretaria de Polícia Civil, contra a qual foramimpetrados os mandados de segurança, justificou que haviaapreendido as máquinas para instauração de inquérito.

Ao conceder a liminar, o desembargador ressaltou que ofazia "sem prejuízo, é óbvio, da ação fiscalizadora da autorida-de para impedir o uso das máquinas na exploração de jogo deazar". Quarta-feira passada, o magistrado recebeu informaçõescomplementares do secretário Nilo Batista, "por onde severifica que a ação fiscalizadora das autoridades policiais levouà instauração de inquérito com relação a um fato concreto".

A ampla divulgação do prêmio ganho por Paulo CésarFarah demonstrou que as máquinas não estão sendo usadasapenas para diversão ou divertimento, como dizem as empresasem sua razão social, mas sim para exploração de jogo de azar,proibido por lei. Quanto à Intergame, que impetrou mandadode segurança em separado, desistiu da ação, pois o Departa-mento de Polícia Especializada devolveu as 22 máquinasapreendidas. Ficou provado que as máquinas têm alvará defuncionamento das Delegacias de Diversões Públicas Federal eEstadual.

Prédio da velha TV Tupie do Cassino da JJrca étombado provisoriamente

O prefeito Saturnino Braga assinou ontem decreto detombamento provisório do imóvel situado na Rua João LuísAlves, 13, onde funcionaram o Cassino da Urca e os estúdios daextinta TV Tupi. O decreto é válido por um ano, prazo para queo Departamento Gerai de Patrimônio Cultural do municípioestude o entorno do imóvel de forma a proteger a amurada dapraia e a ponte da Avenida Portugal, detalhando toda a área aser tombada em definitivo.

O decreto tem apenas dois parágrafos: o que define otombamento provisório e o que revoga as disposições emcontrário. Na sua justificativa, o prefeito diz que o imóvel doantigo Cassino da Urca tem importância na topografia do bairroe que sua decisão atende a manifestações comunitárias pedindoa conservação do prédio como memória do bairro e da cidade.Saturnino afirma que o tombamento provisório teve apoiounânime do Conselho Municipal de Proteção do PatrimônioCultural.

Glória e decadênciaConstruído pelo empresário Joaquim Rolla, o mesmo que

fez o Hotel Quitandinha, em Petrópolis, o Cassino da Urcamudou os hábitos da cidade, tirando do Centro e da Lapa ahegemonia boêmia no Rio. As roletas, bacarás e shows docassino atraíram a classe média e os ricos que freqüentavam osteatros Lírico e Municipal, o Assírio e a Praça Tiradentes.

A agitação começava por volta das 21h. Os freqüentadoresjantavam, jogavam, conversavam no grande salão e esperavampelos dois shows noturnos. Foi a grande época de artistas comoCarmem Miranda, Linda e Dircinha Batista, Grande Otelo,Emilinha Borba, Virgínia Lane, Alvarenga e Ranchinho, Triode Ouro (Dalva de Oliveira, Herivelto Martins e Nilo Chagas).Carlos Machado, mais tarde institulado o Rei da noite, era oregente da orquestra.

A decadência chegou em 1946, após 15 anos de sucessoabsoluto. O presidente Eurico Gaspar Dutra proibiu o jogo e,sem o dinheiro das apostas, o esplendor do cassino se apagou.Anos depois foram instalados no prédio os estúdios da TV Tupi,canal 6, a primeira do Rio. Mais uma vez o prédio viveu temposde glória e sucesso, encerrado com a decadência da primeirarede de televisão brasileira.

PolêmicoEm outubro de 83, por unanimidade, a Câmara Municipal

aprovou projeto do vereador Wilson Leite Passos tombando oprédio do Cassino da Urca. No mesmo dia, o então prefeitoJamil Haddad afirmou que vetaria integralmente o projeto porconsiderá-lo inconstitucional, já que o tombamento é atribuiçãoexclusiva do Poder Executivo.

Secundarista vai à rualutar por meia-passageme verbas para escolas

Cerca de 500 secundaristas, gritando slogans como "Éhora, hora, Hora, meia-passagem agora, agora", "Um, dois,três, quatro, cinco mil, está renascendo o movimento estudan- atil" e "Estudante não é bobo, Brizola é demagogo", promove- ...ram uma passeata que engarrafou o trânsito do Largo do ,Machado ao Palácio Guanabara. Reivindicar meia-passagem .nos ônibus, eleição direta para diretor e mais verbas para asescolas eram as principais exigências dos manifestantes.

Organizada pela Associação Metropolitana dos EstudantesSecundaristas (Ames), a passeata, formada basicamente poralunos dos colégios Pedro II, Júlia Kubitschek, Pedro AlvaresCabral, Infante D. Henrique, Amaro Cavalcanti, Leopoldo daSilveira e Prado Júnior, visava chamar a atenção do governoestadual para a atual situação da maioria das escolas e,sobretudo, para o problema de transporte dos secundaristas.

DiscursosEm cima de uma Kombi, cedida pelo Sindicato dos

Bancários, Marco Antônio Miranda, secretário-geral da Asso-ciação, discursava no alto-falante: "O ensino está bom? Ogovernador diz que constrói brizolões, mas na verdade asescolas estão abandonadas. Faltam professores, giz e reformasadequadas". Representantes de diversas escolas lembraram queo governador se comprometeu, durante a campanha política, aautorizar a meia-passagem para os estudantes, tanto do 1°quanto do 2o grau.

Embora a Lei 521, de autoria do vereador Luís HenriqueLima (PDT), tenha sido sancionada pelo prefeito MarceloAlencar, ela não pôde entrar em vigor porque não há compa-nhias municipais de transporte.

Ao chegar no Palácio Guanabara, os estudantes começa-ram a»hamar pelo governador. Diante da ausência de Brizola eda demora da comissão designada para recebê-los, os estudan-tes se sentaram tranqüilamente no chão das duas vias da RuaPinheiro Guimarães e paralisaram o trânsito. Para WiliamAlberto, representante do Colégio Pedro Alvares, "a demorafoi proposital. O interesse era dispersar o pessoal".

Carlos Mine, que foi vice-presidente da Ames em 1967,acompanhou a passeata e salientou que desde aquela época ossecundaristas lutam pela meia-passagem. Só que, durante aditadura a repressão acabava sufocando qualquer reivindica-ção". Também presente à passeata como solidário ao movimen-to dos secundaristas, Wladimir Palmeira, presidente da UNEem 1968, declarou que a "idéia do turno único é, sem dúvida,uma grande conquista. O plano de educação é discutível namedida em que se pode aproveitar melhor as antigas escolas, aoinvés de construir brizolões".

JORNAL DO BRASIL Ciência sexta-feira, 10/10/86 ? Io caderno ? 7

Aparelho livra diabéticodas injeções de insulina

Sáo Paulo — Foto de José Carlos Brasil

Nova Iorque — Os diabéticos, que preci-saffl de injeções diárias de insulina e os pacien-tes que precisam de morfina para combaterdores estão podendo usar um aparelho, desen-volvido pela bioengenharia, para substituir asagulhas e seringas de injeção. O dispositivo,do tamanho de um livro de bolso, é conhecidocoma bomba de infusão e usa a energia de umapequena bateria para bombear medicamentona corrente sangüínea do paciente, através deum» tubo plástico e uma agulha implantadaembaixo da pele.

Segundo o jornal The New Work Times abomba foi usada primeiramente para adminis-trai a droga desferol em pacientes com anemiacrônica. Depois o engenho tornou-se popularentre os diabéticos que usavam um modelomaior e mais pesado do que o tipo agoralançado. Para os médicos o aparelho permite aadministração de remédios durante longosperíodos de tempo sem a necessidade deinjeções freqüentes, reduzindo deste modo oscustos e o desconforto do tratamento.

Um paciente pode programar a bomba deinfusão para administrar a quantidade adequa-da de insulina durante um período de 24 horas,regulando a dosagem para corresponder asatividades diárias e deixando a agulha implan-

tada. Antes da refeição o paciente pode pro-gramar a bomba para fornecer a quantidade deinsulina adicional de que ele precisa parametabolizar os açúcares dos alimentos.

Os engenheiros americanos explicam queos avanços na microeletrônica nos plásticos ena miniaturização de baterias permitiram afabricação de bombas capazes de tratar outrasdoenças de modo mais seguro e barato. "Estasbombas não são magias tecnológicas mas sim-pies tecnologia atual montada de modo novo"— explicou o dr. Vincent Decaprio, diretor depesquisas avançadas da companhia BectonDickinson, que fabrica os aparelhos.

Existem três tipos de bombas de infusão:as bombas pessoais, as para pacientes comdores, e as que são carregadas nas costas. Omodelo padrão, usado por diabéticos, custaem torno de 2 mil e SOO dólares. Os engenhei-ros estão testando agora outros modelos quepoderão ser usados para administrar pequenasquantidades de hormônios em mulheres quesofrem de problemas de ovulacão. Outro tipoesta sendo testado para ver se é capaz deadministrar drogas empregadas no tratamentoquimioterápico do câncer. As bombas pode-riam aumentar a concentração de drogas noslocais específicos dos tumores.

Moléculas de oxigênioprovocam danos ao tecido"'Baltimore, Estados Uni-dós"^ Pesquisadores que es-tudam os danos causados aostecidos durante ataques docoração e derrames cerebraisreuniram evidências de que adestruição celular é causadapor moléculas instáveis deoxigênio que atacam célulascomo-- se fossem lança-chamas.. O, dr Gregory Bulkley,da Escola de Medicina JohnHopkins, revelou que estásmoléculas agressivas prolife-ram quando o sangue retornaa um tecido onde seu fluxofoi bloqueado, queimandotudo que tocam. Existem,entretanto, agentes naturaisque podem servir de extintores de incêndio,anulando as moléculas antes que elas possamcausar danos sérios.

« — Ainda é cedo para que se possa usareste conhecimento como forma de terapia,mas creio que vamos caminhar neste sentidomuito rapidamente — disse Bulkley durantesimpósio promovido pela Associação MédicaAmericana e pela Escola John Hopkins. Opesquisador explicou que as moléculas agressi-vas, também chamadas radicais livres, "pos-suem um número fmpar de elétrons nas con-chás externas de seus átomos, o que as tornaaltamente reativas e instáveis, e existem ape-nas por uma fração de segundo, podendocausar grandes danos quando aparecem emgrande número".

O cientista também explicou que a maiorparte dos danos aos tecidos causados pelaradiação é resultado destes radicais livres,também produzidos por toxinas químicas. Bul-kley também acredita que o processo de enve-lhecimento possa resultar de uma acumulaçãodos danos causados pelos radicais livres. "Acompreensão de como estas moléculas se for-mam e o desenvolvimento de modos paraanulá-las podem nos fornecer meios de comba-ter doenças que nunca fomos capazes detratar" — acrescentou o cientista.

Defesa naturalNormalmente o corpo humano neutraliza

rapidamente os radicais livres através de subs-tâncias chamadas de "devoradoras de radicaislivres" e que se encontram armazenadas naspróprias células. Experiências feitas com ani-mais mostraram que quando o fluxo sangüíneodiminui ou pára e depois recomeça subitamen-te são produzidos mais radicais livres do que os

iiy!rj"* '¦ „

"-- _-Jiia1JwBrtX*'4»' »H t^m^_^fji..—«at^ir ^-raaaaM^iaaaaaaaaaallafjaVaaaaiiaaaaaaaaV«-*^~"^"^^^^MBLwiofwu ^mm ^l\ mnnwm^nrm

j=» ~23»5k£lZ""r~ C^tmmmWky m\

^ í^^^^^-^mmMWmmmmM

sistemas de defesa das células podem cn-frentar.

Um ataque cardíaco é produzido por umsúbito bloqueio do sangue que vai para omúsculo do coração. Já certos tipos de derra-me ocorrem quando o fluxo sangüíneo éinterrompido em uma parte do cérebro. Sem ooxigênio fornecido pelo sangue o tecido mor-re, mas os médicos também descobriram quemesmo que o fluxo sangüíneo seja restabeleci-do rapidamente ocorrem graves danos.

Bulkley e outros cientistas acreditam quenem todo dano é causado pela ausência deoxigênio. Pelo menos parte das lesões iniciaissão causadas por uma liberação maciça deradicais livres. Estes danos poderiam ser com-batidos com uma substância, que destrói radi-cais livres, conhecida como superóxido desmu-Use, ou sod.

Em certas situações, quando os danoscausados pela privação de oxigênio foremmuito extensos, a interrupção da formação deradicais livres pode não ser suficiente. Nãoobstante, o cientista acha que o sod pode sermuito útil no tratamento do cérebro.

Outra área promissora é a dos transplantesde rins porque durante o transplante o fluxo desangue para o rim é interrompido. Em umaexperiência feita com porcos, os rins dosanimais tratados com o sod funcionaram trêsvezes melhor do que aqueles que não haviamrecebido substâncias para combater os radicaislivres. Em Munique, na Alemanha Ocidental,os médicos vão testar a idéia em seres numa-nos, para ver se o superóxido desmutase evitaa formação de radicais livres quando o fluxosangüíneo é restabelecido no órgão transplan-tado.

Antártida traga estação soviéticaA4 União Soviética está realizando buscas

na Antártida para tentar localizar uma estaçãode^jjesquisas que desapareceu na região domar de Weddel. Segundo a agência Novosti abusca esta mobilizando uma grande quantida-de de recursos que incluem um avião detransportes 11-18 e seis navios.

„ A estação de pesquisas, chamada Druzh-naya-1 fica sem tripulação durante o invernoantártico e seu desaparecimento foi anunciadona semana passada, depois que fotografiastiradas por satélites artificiais não mostraramtraços dos prédios.;, A estação foi construída perto da borda de

uma vasta calota de gelo existente entre apenínsula antártica e a Terra da Rainha Mau-de. Partes desta calota se desprenderam for-mando kebergs com 100 quilômetros de largu-ra na semana passada. Os cientistas russosainda não sabem se sua base de pesquisas foicarregada num desses kebergs ou se afundouno mar quando o gelo se partiu.

Druzhnaya-1 foi instalada em 1976 pararealizar estudos físicos e geológicos em umaárea do mar de WeddeU onde se julgamexistirem imensos depósitos de petróleo e gásnatural. Estações de pesquisa inglesas e argen-tinas, na mesma área, aparentemente nãosofreram danos.

Vírus ataca homens e coqueirosCientistas americanos identificaram o co-

digogenético de um vírus responsável por umarara e fatal forma de hepatite, a chamadahepatite delta, também conhecida como hepa-fite assassina. O relatório dos pesquisadores,publicado na revista científica Nature, informaque pvírus tem a estrutura genética semelhan-te à de outro que ataca os coqueiros, o quesurpreendeu os cientistas, pois até agora ne-nhura vírus humano conhecido se parece comos encontrados nas plantas.

Õ trabalho dos cientistas da Universidadeda Califórnia e da Universidade de George-townvcm Washington, deverá facilitar o diag-nóstico da doença e abrir perspectivas para odesenvolvimento de uma vacina. A hepatite

<.aeo% I

delta geralmente ataca viciados em drogas ehomossexuais e tem maior incidência em ai-guns pontos da Europa.

Transplantes na ConstituinteQ médico Abrahão Salomão Filho, que

preside a partir de domingo, em Belo Horizon-te, o 13° Congresso Brasileiro de Nefrologia,defende a inclusão na nova Constituição de umartigo permitindo o uso de órgãos de pessoasmortas para transplantes, sem autorização pré-

via da família. Salomão Filho, que é cirurgiãodo Hospital das Clínicas da Universidade Fe-deral de Minas Gerais, estimou em mais de 2mil o número de pacientes que, por falta dedoadores, aguardam transplante de rins emMinas.

CLASSICARINHO?Dl UM A1Ô,MEU BEM.

^mmm^OSOCXIANUNCKXI

|| ^^mmmmmm

^MjjHjEi ii-ii/ ^HP' >;j:j"jj|^HHBjjydH aHliiiri^Í.HBW iilS raaaBJMiOfe

J

re o sono_ . __ _^v, -^jê

Equipamentos ligados ao paciente fornecem ao pesquisador

Paulistas pesquisam insôniaLuiz Maciel Filho

São Paulo — Tradicionalmente negli-genciadas pelos médicos e por suas pró-prias vítimas, a insônia e a sonolência,duas pragas que envenenam a rotina dealguns milhões de brasileiros, estão sendoinvestigadas de perto por um grupo deneurologistas paulistas, com resultadosanimadores.

O trabalho, pioneiro no Brasil, érealizado desde março pelo Centro dosDistúrbios do Sono do Hospital AlbertEinstein, em São Paulo, com a ajuda deequipamentos modernos que registram ocomportamento detalhado do organismodos pacientes em repouso. Em 90% doscasos, as verdadeiras causas das noitesmal-dormidas são identificadas rápida-mente — artrites, problemas respirató-rios e depressões nervosas são as maiscomuns — e os pacientes passam a tratarda doença original.

No Centro dos Distúrbios do Sono,os clientes passam por duas triagens. Aprimeira encaminha para outros especia-listas os casos cujas origens são identifica-das logo nas consultas preliminares. Asegunda é feita depois da avaliação de ate16 funções vitais do paciente durante umanoite de sono — repousante ou não — nohospital.

Confinado num quarto com isola-mento acústico e ar condicionado, doqual comunica-se com o médico atravésde microfone, o paciente é vigiado emtodos os seus movimentos noturnos pelo

polígrafo, uma máquina de fabricaçãonacional que registra em quilômetros depapel as alterações orgânicas que detecta."Os distúrbios do sono são sempreprovocados por problemas físicos ou psí-quicos e a nossa primeira tarefa é locali-zar esses problemas", explica o neurolo-gista Rubens Reimão, que se especializouem polissonografia clínica — como échamada a nova técnica — nos EstadosUnidos. Reimão passou dois anos noBaptist Memorial Hospital, em Mem-phis, no estado do Tennessee, antes deser convidado para dirigir o primeirocentro dos distúrbios do sono no Brasil.

Segundo Reimão, a insônia — queatinge cerca de 15% da população adultamundial — surge geralmente em períodosde grande tensão emocio m1 e é sustenta-da pelo uso inadequado Ce medicamen-tos. "Os hipnóticos são eficientes induto-res do sono apenas no início. Com otempo, vão perdendo o efeito e levam aspessoas à dependência", observa.

Nos 75 casos ja analisados pela equi-pe de Reimão, não faltam exemplos depessoas que não dormem bem há mais de20 ou 30 anos. Um desses pacientes é umempresário muito ativo, na faixa dos 50anos, que passou a maior parte de suavida dormindo apenas duas ou três horaspor dia. Ele começou a ter insônia numperíodo de ansiedade, tentou resolver oproblema com chás caseiros e leitura elogo passou para os hipnóticos, dos quaisnão se livrou até hoje."Não se conhecem ainda ao certo os

males que a insônia pode causar à saúde.Mas é certo que desempenhos físico eintelectual são afetados pela falta desono", afirma Reimão.

SonolênciaAs conseqüências são semelhantes no

caso de sonolência, mas esta é provoca-da, na maioria das vezes, por problemasrespiratórios. "Quando a passagem do arpela boca ou nariz é dificultada, a pessoatem um sono conturbado, várias vezesinterrompido durante a noite. O roncodenuncia essa dificuldade de respirar,que deve ser corrigida cirurgicamente,removendo-se amígdalas, adenóide ouparte do palato, que obstruem a circula-ção do ar", informa o neurologista. Amoléstia que leva à sonolência e ao roncoé conhecida por apnéia do sono c começaa interessar os otorrinolaringologistas,até hoje raras vezes mobilizados paracirurgias desse tipo.

Dos pacientes atendidos pelo Centrodos Distúrbios do sono do Hospital Al-bert Einstein, cerca de 30% tiveram diag-nóstico de apnéia do sono — que será umdos temas principais do 1* CongressoPan-Americano sobre o Sono, nos dias 17e 18 deste mês em São Paulo.

Rubens Reimão não acredita na efi-cácia de tratamentos alternativos para aapnéia do sono. "Os medicamentos quesão tomados para eliminar o ronco ser-vem, no máximo.para lubriCcar as pare-des internas do aparelho respiratório",adverte.

Doençassexuaisalarmam

Belo Horizonte — A cada 10segundos uma pessoa contraialgum tipo de doença venercano Brasil. Apresentando esta-tísticas alarmantes como esta, oisecretário geral da União Bra-sileira de Saúde, médico Hum-berto Abrão anunciou ontemnesta capital a intenção do.Mi-nistério da Saúde de iniciar;dentro de dois meses progra-mas regionais de combate àsdoenças venéreas.

Humberto Abrão afirmouque será realizado em '¦

BeloHorizonte, no mês que vem, o2o Encontro Nacional Clínico-!Laboratorial das Doenças Se-!xualmente Transmissíveis, du-!rante o qual os programas do'Ministério da Saúde deverão!ser debatidos. '¦• j

Humberto Abrão atribuiu oaumento das doenças venéreas;à precocidade com que os jo-jvens iniciam sua vida sexual;atualmente, principalmente os;mais pobres, que não recebem'informações adequadas nem!têm ainheiro para consultar!médicos. Ele chamou a atenção:para os altos índices de ocor-írenda da clamídia, uma doença!venérea que pode provocar ajesterilidade, tanto do homem'quanto da mulher. - \— A clamídia, apesar.- de}menos conhecida e divulgada,;tem uma ocorrência muito;maior do que a gonorréia c a;sífilis. Nos Estados Unidos sã»tratados cerca de 4 milhões de!casos por ano, ao custo-tíe libilhão de dólares para o país —jrevelou Humherto Abrão.n }

Explicou que no Brasil não',existem estatísticas fidedignas,!porque a notificação das doen-':ças venéreas ao Ministério, da';Saúde pelos Médicos riâo éjobrigatória. Afirmou, porém,jque de 100 pacientes examina-;dos por ele diariamente,:"cercajde 30 a 40 apresentam a cia-mídia.

Humberto Abrão disse que a[clamídia se manifesta, no ho-jmem, por uma queimação. na]uretra e. se não for tratada noiinício, pode provocar a infla-;mação dos testículos e a inferti-jlidade, temporária ou definiti-fva. Se transmitida pelo homem!à mulher, a doença provoca aíobstrução das trompas e a con- jseqüente infertilidade. A.mu-iIher grávida que estiver,.comiclamídia pode, durante q par-|to, transmiti-la ao filho, quejcontrairá conjuntivite, otitè;oujaté pneumonia. '' i

LAGOA DEMARAPENDf

/ ^^ATArtgj^£3_

1984 - NOVA GÁVEA143 lotes8 torres projetadas

l^rnWtJjJFfiuii':' '.-'•'\t'V'.¦-."--

•¦O

M

5

Realização:

^SSZarusa. Besta&a. rZ3FUUK?0N

MarketingPAULA ||||ll|ll||||SOARES

ACCI0LY lllllllllllllInformações: Tel.: 325-6521

tf ComunispondTÉCNICAS DE MOTIVAÇÃO ENEGOCIAÇÃO EM VENDAS

\

Vi

OBJETIVOProporcionar aos profissionais que exerçam funções

nas áreas de vendas a oportunidade de ampliareme exercitarem seus conhecimentos, técnicas e expe-riências.

CURSO DIRIGIDO AProfissionais Supervisores e Encarregados de Ven-

das e Promoção de Vendas, em geral.Profissionais de contatos de vendas especializadas.

TEMAS BÁSICOSA importância do relacionamento interpessoal den-tro e fora da empresa (manejo de conflitos inter-

pessoais).Desenvolvimento de técnicas para o comportamen-

to profissional de vendas.O profissional de vendas como o verdadeiro repre-sentante da empresa.Identificação e análise de oportunidade do merca-

do.

DINÂMICAExercícios individuais e em grupo, simulações, aná-

lises e painéis de debates e troca de experiências,

baseados em palestras e filmes especializados.Completo manual de apoio didático e certificado

de participação.

PROGRAMAÇÃOData: 20 a 31 de outubroHorário: das 18:30 ás 21:30 hCarga Horária: 30 hLocal: Centro de Treinamento ComunispondTaxa de Inscrição: CzS 4.800,00

INSCRIÇÕES

COMUNISPONDTreinamento e DesenvolvimentoRua Uruguaiana, 10 - 29 andar

Telefones: 224-7364 - 242-8900 - 242-5636

sexta-feira. 10/10/86Sào Paulo — Foto Agência Folha

V 8 ? 1° caderno

^^j^j|jjjjj^^^jj^

'A

Nacional JORNAL DO BRASIL

•<n greve no Metrô paulistano dificultou a ida ao trabalho

Ureve de metroviáriosj^í-jf,"-

; congestiona São Paulo

8

|jlf São Paulo — A recusa dos funcioná-rios do Metrô paulista de trabalhar em"áreas de risco de eletricidade", até que acompanhia pague a uma faixa maior deempregados o adicional de periculosida-

r de de 30 por cento, levou ontem àparalisação total desse sistema, que trans-

bt porta diariamente cerca de 1 milhão 700mil passageiros. O movimento foi defla-'f: grado para apressar a publicação de umlaudo da Delegacia Regional do Trabalho

ü'í que reconhece o direito ao adicional deiputros 1 mil 300 trabalhadores.¦SápS Em reunião de conciliação no final dai" Jarde, o Sindicato dos Metroviários não^imcordou com a proposta de volta ao£?j||rabalho a partir da zero hora de hoje e¦£ de cumprimento pela empresa do laudo

. pericial, assim que homologado pelo Mi-u mistério do Trabalho. Segundo o presi-

dente do sindicato, Cláudio Spicciati," "essa proposta não altera a situação dos•. trabalhadores, que defendem a requisi-

ção do laudo para aplicação imediata".Os metroviários decidiram convocar as-'' sèmbléia da classe apenas hoje de manhã,retardando a suspensão da greve.

O adicional de periculosidade, pre-

visto em lei federal de janeiro último, érecebido por 323 funcionários do metrôenvolvidos diretamente na manutençãoda parte elétrica do sistema. O laudo queestende esse benefício a outros 1 mil 300metroviários foi divulgado informalmen-te aos trabalhadores pelo responsávelpela divisão de segurança e medicina dotrabalho da DRT, Mário Bonsiani. Nessemomento, o estudo está nas mãos doministro do Trabalho Almir Pazzianoto,que pode revê-lo.

O presidente do Metrô, Walter Noridisse que não existe a possibilidade de ometrô voltar a funcionar sem a disposiçãototal dos funcionários de entrarem naárea de risco. "Isso comprometeria muitoa segurança dos passageiros, pois a solu-ção dos problemas que enfrentamos commais freqüência durante a operação dostrens exige a descida dos funcionários àUnha eletrificada" — explicou.

Em comunicado de esclarecimento àpopulação, o Sindicato dos Metroviáriosafirmou que a paralisação do metrô de-veu-se "exclusivamente à companhia,que propositalmente estacionou os trensna área de risco, onde sabidamente osfuncionários não entrariam".

Inamps abre

vagas para

menor carenteBrasília — O trabalho de menores

carentes entre 14 e 17 anos será utilizadoa partir de agora pelo Inamps em serviçossimples e remunerados, tais como a re-cepção e entrega de documentos na áreade processos, correspondências externa einterna, e atividades auxiliares e de pro-dução na área. Em convênio firmadoontem em Brasília com a Funabem —órgão também vinculado ao Ministério daPrevidência Social —, o Inamps se com-promete a realizar um trabalho pioneironá formação profissional de 80 menores,durante período inicial de um ano, quepoderá ser prorrogado de acordo com oêxito da experiência.

O convênio, que passa a vigorar apartir deste mês, é no valor de Cz$ 856mil, quantia que será repassada peloInamps à Funabem mediante depósitoem conta-corrente do Banco do Brasil.Os recursos correspondem a pouco maisdo salário mínimo para cada menor, quetrabalhará em horário diurno e por seishoras diárias apenas, com direito a 30minutos de intervalo para lanche.

Ontem, o Inamps liberou parte dosrecursos — Cz$ 277 mil —, mas segundoa presidente da Funabem, Marina Ban-deira, tudo que hoje se faz na área domenor carente é ainda muito insignifican-te em relação às necessidades. Dadosrecentes do IBGE apontam a existênciade pelo menos 36 milhões de menorescarentes no país, enquanto o trabalho daprevidência, através da Funabem, só selimita a atender a 550 mil.

Os menores contratados pelo Inampsa título de estágio profissional remunera-do não receberão o total de seus venci-mentos sob a forma de salário. Elesganharão, em dinheiro, somente meiosalário mínimo e o resto será integraliza-do com o fornecimento semanal de auxí-lio-transporte e auxílio-alimentação.

O Rio de Janeiro, onde está a sede daFunabem, será o primeiro estado a rece-ber 12 unidades de triagem que vão ter,como principal objetivo, segundo a presi-dente da fundação, a meta de empreen-der a formação de recursos humanos naárea do menor carente, associar-se aosmovimentos de defesa e promoção dosdireitos da pessoa e ainda preparar jo-vens delinqüentes para o ingresso em"programa de liberdade vigiada", aindaem fase de elaboração.

Esta nova proposta de trabalho daFunabem já foi apresentada em 34 dos 64municípios do Estado do Rio e até o fimdo mês todos os municípios fluminensesjá terão sido visitados por técnicos doórgão que estão discutindo a experiênciae contam com o apoio do presidente daAssociação de Magistrados do Brasil,Jorge Uchôa de Mendonça, juiz de me-nores de Niterói.

Para o presidente da LBA, MarcosVillaça, embora o governo devesse invés-tir no menor, principalmente na áreaeducativa e social nos primeiros anos devida, "medidas assim já significam algu-ma luz pela frente".

"'•TV; Sarandi (RS) — Foto de Jurandir Silveira

20:00

A HORA

ÉESSA!

èA

HÉRCULES CORRÊA (PCB)X

HÉLIO FERRAZ (PL)

Apresentação: Paulo Branco

Canal 7

Hoje - 8 da Noite <•>

congestionamento quilômetros

Brigada interrompe marcha dos

colonos e força volta à Annoni

Sarandi (RS) — Num impasse que durouquase quatro horas, pelotões da Brigada Mili-tar bloquearam a estrada que liga a cidade deSarandi a Palmeira das Missões e impediram oprosseguimento da marcha dos cerca de 120colonos da fazenda Annoni, iniciada na véspe-ra. Os colonos pretendiam caminhar até omunicípio de Cruz Alta, para invadir áreasdestinadas pelo Incra a reforma agraria masainda em litígio judicial.

Foram horas de muita tensão entre osagricultores e os soldados, que resultou umenorme congestionamento ao Tòrigo da rodo-via RS—569, junto à localidade de Barreiro,onde os sem-terra pretendiam pernoitar. Umachuva intermitente tornava ainda mais dramá-tica a situação dos colonos, muitos delesdescalços e precariamente vestidos. A agrieul-tora Cleci Foss teve uma crise nervosa duranteo cerco policial e foi conduzida ao HospitalMunicipal de Sarandi, onde permanecia inter-nada até a noite.

Ontem à tarde, quando já se verificava oimpasse na RS—569, mais 20 colonos escapa-ram das barreiras que cercam a fazenda Anno-ni para se unirem ao grupo que pretendia ir atéCruz Alta. Entretanto, a Polícia Militar deter-minou que retornassem ao acampamento.

InflexibilidadeOutros grupos estavam preparados igual-

mente para burlar a vigilância na BrigadaMilitar, que os impedia de sair em grupo dolugar. Um dos líderes dos sem-terra, MárioLuiz Lill, que estava na marcha, protestoucontra o bloqueio da estrada, lembrando quena véspera o governador Jair Soares garantiraque eles poderiam prosseguir a caminhada.

— Mais uma vez o governador faltou coma sua palavra, pois nos colocou diante depoliciais armados, quando nós temos comoúnica defesa nossas mãos e o desejo e anecessidade de um pedaço de terra para viver— disse o colono. Ele, junto com outros,tentou negociar com o capitão PM Vieira, do7o Batalhão da Polícia Militar de Palmeira dasMissões, para que ao menos o grupo pudesse

pernoitar em Barreiro, onde toda a populaçãoos aguardava com agasalhos e comida.

As gestões e os apelos dos sem terra paraque chegassem até a cidadezinha (a barreirafoi montada a cerca de 500 metros da entradada vila) foram inúteis. Nem mesmo a interven-ção do vigário Paulo Ceriolli conseguiu demo-ver os oficiais da Brigada da decisão de fazeros colonos retornar ao acampamento. O capi-tão Vieira dizia repetidamente que receberaordens superiores determinando o retorno.

RetornoCom a chegada de mais reforços de pelo-

toes vindos de Passo Fundo, os colonos acaba-ram sendo afastados para meia pista, permitin-do que o fluxo dos veículos, a esta alturacongestionado em quase quatro quilômetros,fosse precariamente regularizado.

Pouco mais tarde, com a determinação doscolonos de permanecerem na rodovia, o co-mandante do 3o Batalhão de Polícia Militar dePasso Fundo, capitão Rui de Araújo Pinto,ordenou que os soldados os empurrassem parao acostamento. Houve um princípio de pânicoe tumulto, mas os colonos acabaram confor-mados com a situação.

Praticamente toda a população de Barrei-ro acorreu, solidarizando-se com os colonos,muitas vezes estimulando-os com cantos epalavras de ordem como "Latifundiário querguerra e nós queremos terra", a mais repetidano acampamento da fazenda Annoni.

Exaustos e certos de que não poderiamcontinuar, eles terminaram por acatar a orien-tação dos PMs, de que utilizassem dois cami-nhões da corporação para voltar ao acampa-mento. O padre Paulo Ceriolli serviu de inter-mediador, exigindo que não houvesse qual-quer tipo de violência física ou psicológica. Ocapitão Rui de Araújo Pinto assegurou quenão haveria represálias, recorrendo até mesmoao testemunho de repórteres, que assinaramum termo de armistício entre soldados e co-lonos.

Secretário reitera proibiçãoPorto Alegre — O secretário de Seguran-

ça, Antônio Mello, informou ter determinadoque a Brigada Militar interrompesse a cami-nhada do grupo de colonos que se dirigia paraCruz Alta e que a proibição será repetida sepor acaso algum grupo de colonos tentar fazera marcha. "A ordem foi de obstacular amarcha dos colonos, tentar convencê-los avoltar para a fazenda, pois queremos impedirincidentes ou desrespeito à lei, como invasõesde terra".

Durante todo o dia, no seu gabinete, emcontatos com o governador Jair Soares, com ocomandante da Brigada Militar, coronel PMNilso Narvaz e com informações do interior, osecretário acompanhou a movimentação doscolonos. Ao saber que a romaria prevista parahoje e que reuniria entre 10 mil e 30 milpessoas — segundo estimativas dos sem terra— fora adiada para o dia 18 devido às chuvas,o secretário disse que manterá, de qualquerforma, o esquema de segurança montado pelaBrigada Militar.

O secretário Antônio Mello foi informado

de que outro grupo de colonos estava sedirigindo do antigo acampamento da Encruzi-lhada Natalino, em Roda Alta, para Sarandi,mas acredita que deve ser um grupo que iriaparticipar da romaria na fazenda Annoni.

Ao confirmar que a Brigada Militar inter-ceptou, ontem, dois grupos de colonos quepretendiam se deslocar até Gruz Alta parainvadir terras desapropriadas, o comandantegeral da Brigada Militar, coronel PM NilsoNarvaz, disse sentir que os sem terra "estãoforçando buscar vítimas".

— Não tenho dúvidas de que querem ummártir, mas vamos fazer o possível para evitaristo.

Segundo o coronel, os 72 colonos (trêscrianças, 10 mulheres e 59 homens) que saíramseparadamente da fazenda Annoni e se encon-traram no Sindicato dos Trabalhadores Ruraisde Sarandi, juntaram-se hoje outros 50 ou 51 eo grupo foi interceptado na localidade deBarra Funda, entre Sarandi e Palmeira dasMissões.

CARLOS IMPERIAL

Dep. Estadual PMDB n? 15141

estará hoje, no programa do TRE, dando a sua mensagem

A mais eficiente >°

de operar matéria legal

Aos 13 anos. já conquistamos a maioridade. Sabemostudo sobre composição eletrônica de atas. balanços, co-municados. editais, etc.

Trabalhamos com a última geração da informática o sis-tema Pro-Lotus 32.000, verdadeiramente profissional emuito mais rápido e eficiente do que qualquer outrosimilar.

Por isso. a LOTUS Propaganda é a agência mais versátilna produção de matéria legal. Porque, para encontrarmelhor do que o'' Pno-Lotus'' vai ser pieciso esperar pelomenos até o Terceiro Milênio.

Lotus Propaganda

—1973-1986.IB

Brossard recebemais críticas\i

Porto Alegre — Numa reu-nião com 20 representantes decolonos sem terra de Cruz Al-ta, o superintendente regionalsubstituto do Incra no RioGrande do Sul, Carlos Freitas,disse que o ministro da Justiça,Paulo Brossard, "fala mais co-mo latifundiário do que cõmoministro". Brossard, disse Car-los Freitas, "está defendendoos seus 2 mil hectares e a Farsul(Federação da Agricultura) eestá lá dentro, sentadinho. aolado do Sarney". -----

Sem saber da presença • deum repórter do jornal ZeroHora na reunião, Carlos Frei-tas disse que as dificuldadespara a aplicação da reformaagrária estão no fato de que,"enquanto os sem terra gritam,os latifundiários cochicham nosouvidos das autoridades!! dasquais "estão mais perto", e até"almoçam juntos".— As coisas não estão, an-dando, pois se passaram.. 18meses do governo Sarney sem adistribuição de nenhum hectareno Rio Grande do Sul -"— co-mentou Freitas com os colo-nos, afirmando ser preciso "aorganização do povo e da lutapara avançar". Ele lembrouque o projeto do governo'eraassentar 35 mil famílias no esta-do em quatro anos, sendo .3 mil800 este ano. "Entretanto",afirmou, "até agora não.se.feznada. Só encaminhamos o pro-blema mtüui

Na conversa com os colonos,diante de uma pergunta sobre aaplicação da reforma agráriaem 55 mil hectares de propriedadedo Exército, Carlos Freitas criticouo ex-superintendente regionalErnani Muller (atual deputadofederal do PMDB) por ter pe-dido, no ano passado, a desa-propriação daquela área: "OMuller conduziu mal o assunto.Ele botou a boca nos microfo-nes, quando deveria encami-nhar o problema para o Incraou para o ministério.

TRT julga

dissídio de

canavieirosRecife — O Tribunal Regio-

nal do Trabalho vai ii..'jàr^o-je, a partir das 14h, o dissídiocoletivo dos 240 mil trabalha-dores rurais da Zona da-Matade Pernambuco, que estão, há13 dias em greve reivindicandomelhores condições de traba-lho e aumento de salário. Emtoda a zona canavieira dó esta-do, os grevistas hoje deixam os

, piquetões, instalados no,come-ço do movimento, e retonam àssuas áreas de trabalhq,,,õndeaguardarão o pagamento da se-mana, mesmo sem trabalho,uma vez que a Lei de Grevedetermina que os patrões..pa-guem os dias parados até oresultado do julgamento.-,.

Em vários municípios, estãomarcadas manifestações para osábado, ou de comemoraçãopelo resultado do julgamentoou para continuar mobilizandoos grevistas para continuaçãodo movimento, caso os patrõesrecorram da decisão e não pa-guem os dias parados.

Durante todo o dia.de._on-tem, a Fetape (Federação dosTrabalhadores na Agriculturade Pernambuco) manteve con-tatos com os delegados sindi-cais para alertá-los sobre o pa-gamento dos dias paradosi'íímavez que sexta-feira é o dia emque os trabalhadores recètjemsuas diárias. No julgamento aser realizado no TribunáOle-gional do Trabalho, todas as 54reivindicações dos trabalhado-res serão analisadas novamen-te. Eles desejam aumenta desalário de Cz$ 901,52 para Cz$1 mil 200, reajuste automáticocada vez que a inflação acumu-lada for igual ou superior a 5%,além de mais 52 reivindicações.

H

rn

¦

ELI

n

ID

JORNAL DO BRASIL Cidade sexta-feira, 10/10/86 ? Io caderno q 9Beatriz

pânico comPopulação entra emnotícia de vazamento em Angra

i 'Angra dos Reis — A população de-Angra dos Reis e Parati entrou era pâni-¦eOfna madrugada de quarta-feira, com a" "notícia de um acidente na usina nuclearAngra 1, que teria espalhado radioativi-daqe na atmosfera. O chefe da centralnuclear, engenheiro Pedro José Lins Fi-guèjredo, confirmou que houve um vaza-mento, mas fez a ressalva: "Não foi um

' Vvazániento propriamente dito, mas umesvaziamento de uma tubulação para umótaSqüe, sem liberação de radioatividade-para o meio ambiente".

iw. ¦. Segundo Pedro Figueiredo, a usinaÍr««atá-em fase de testes para ser religada. A

explicação técnica do engenheiro para oacrtente foi o desgaste de uma das caxe-taSÍ(peça que completa a vedação nas

<** juntas de canalizações) do circuito prima-£TTtfde refrigeração, com liberação de uma¦ quantidade excessiva de água para o

tanque de coleta de dreno.Pedro Figueiredo explicou ainda que

lill caxeta, feita de grafite, no caso deFurnas, "normalmente vaza porque, como tempo, ela se resseca, impedindo avedação total da água". Ele comparou oanel de vedação a uma carrapeta usada

.- em torneiras e disse que a quantidade deágua normalmente liberada para o tan-que é de um a 10 galões por minuto e

; que, no dia 30 de setembro, o volume•¦ chegou a 15 galões por minuto.

Sem aviso"""O fato, noticiado ontem pelo jornal

Folha de S. Paulo, era de conhecimentoda" (população na madrugada de quarta-'"'feira',

provocando pânico. O diretor de .• "Gerações da Defesa Civil, Hele Será-'' *fim7 disse que recebeu 200 telefonemas!'$Wi apenas três horas, e algumas pessoas

estavam de malas prontas para sair de- Angra e Parati.

O prefeito de Angra dos Reis, JoséLuís Reseck, disse que a usina deve

í

comunicar à Prefeitura qualquer acidenteque ocorra, mas "isto não foi feito,porque o que aconteceu não é considera-do um acidente". Hele Serafim afirmouque "houve uma falha de Furnas, porquea usina tem de comunicar à Defesa Civilqualquer evento que esteja ocorrendo emsuas dependências, seja ele um acidenteou não, justamente para que a populaçãoseja informada sobre o que está aconte-cendo".

Para o chefe da Central Nuclear, noentanto, não houve necessidade de acio-nar a Defesa Civil, pois nem mesmo osoperários do canteiro de obras foramretirados da usina. "Nosso esquema in-terno de evacuação não é feito através decartazes, como foi noticiado, mas atravésde sirenes ou mensagens por alto-falantes, o que não ocorreu", afirmou.

Apesar de Pedro Figueiredo ter ga-rantido que não houve vazamento, cida-dâos de Parati denunciaram mortes depeixes. Um pescador, conhecido na cida-de como DWi, contou ter visto criançasno cais "tentando salvar os peixes queestavam meio tontos", além de ter cons-tatado considerável quantidade de goivi-ras boiando.

Uma comissão dos movimentosItaorna Pedra Podre, de Parati, e Hiro-shima Nunca Mais, de Angra dos Reis, eda Sociedade Angrense de Proteção Eco-lógica, esteve ontem no centro de infor-mações da usina, acompanhada pelo can-didato da coligação PT/PV ao governo doestado, Fernando Gabeira, pela atriz Lu-célia Santos e pelo deputado estadualLizt Vieira para obter explicações sobre oque realmente ocorrera na cidade. Nãoconseguiu nenhuma informação oficial.

Vazamentos"É mais fácil vazar radiação da usina

do que informações", ironizou o depu-

tado. Às 19h, a comissão foi às ruas deAngra para denunciar que não há sistemade emergência para a população no casodé uma anormalidade na usina, como jádeclarou a Agência Internacional deEnergia Atômica.

— Embora nada de grave tenhaacontecido, ficou provado que o plano deevacuação da população em caso de aci-dente está longe de ser considerado eficaz— afirmou o presidente da SociedadeAngrense de Proteção Ecológica, PauloDenzi. O secretário da Defesa Civil emBrasília, que está em Angra há duassemanas para fazer o cadastramento eesclarecimento da população como partedo plano de segurança, disse que não temnada a declarar. "Meu caso é com aDefesa Civil e não houve absolutamentenada", defendeu-se. "O que houve foium problema técnico que deve ser escla-recido por Furnas, e não pela DefesaCivil".

O coordenador municipal da DefesaCivil, Carlos Alberto Gibrail Rocha, ad-mitiu que realmente houve pânico nasduas cidades "com o boato de que umacidente teria ocorrido ontem (e não nofinal do mês) e que a radiação estava seespalhando. Por isso mesmo, acredita ocandidato ao governo do estado, Fernan-do Gabeira, "informações como essa têmde ser passadas com toda a rapidez — enem isso está sendo feito". Segundoinformou a Coordenadoria da DefesaCivil, a Condec cuidou de acionar seusdispositivos para verificar o que havia deverdade e de boato na notícia e, atravésdo prefeito, "comunicou à comunidadeque não tinha acontecido nada". Elereconheceu, entretanto, que há necessi-dade de um trabalho de esclarecimentojunto à população. "Este trabalho já estásendo feito", afirmou, "mas não se podeconseguir isto da noite para o dia".

vaso de contenção

pressurizador 1

vaso do reator ?::' 1

\ água /^ __

\ »»1^—*^^^^^^^^agua

y

<§""" Longa revisão não evitou acidente.•A usina nuclear Angra 1 completa isolamento da tubulação com o fecha-

i >ti hoje 277 dias de paralisação para revisão mento da válvula. A água que vazou foicompleta, consertos diversos, troca de armazenada no tanque de drenagem do

üb tubulações e de um terço do combustível próprio sistema, específico para casos de.—dueimado, o que custou US$ 30 milhões, vazamento. Como o primeiro tanque não •¦• - ""* foi suficiente, a água passou para um•além do prejuízo de US$ 55 milhões 400'nüf pelo que deixou de faturar com a

venda de energia elétrica. Neste período,todas as válvulas foram testadas e lubrifi-cadas, garantiu o diretor do Departamen-to de Reatores da Comissão Nacional de

-Energia Nuclear, José Eduardo LemeSalvatore. Mas, quando começaram ostestes a quente, embora o reator aindanão tivesse entrado na fase de fissão

i nuclear, uma delas, no circuito primárioip' do reator), provocou um vazamento

¦¦de-cerca de 1 mil 500 litros de água'Tadioativa no dia 30 de setembro, mate-rial que ficou contido no vaso de conten-" ção: Os três funcionários, que estavam noprédio de coordenação da usina, saíramquando soou o alarme.

Estes vazamentos são consideradosnormais pelo superintendente de geração

¦termonuclear de Furnas Centrais Elétri-cas, Sérgio Guimarães, e é o décimo em

-sole. anos. A válvula, que apresentouproblemas na vedação e acarretou o vaza-mento, custa cerca de US$ 1 mil e já saiudagarantia da Westhinghouse, que não

ü informou se o anel de vedação é seme-ihante ao da Challenger e quais seriam osriscos. A Cnen pediu maiores informa-

. -ções sobre tais anéis à Nuclear Regulato-; ry Comission, entidade licenciadora ame-" rtcana, e aguarda resposta para a próxima

semana.Calor contido

Fumas não sabe a causa do defeito naválvula e nem pretende averiguá-la por-que, segundo Sérgio Guimarães, trata-seum único equipamento, não tendo severificado fainas em uma seqüência de-les. O vazamento durou de 20 a 30minutos, tempo entre o alarme na sala decontrole, a identificação do local e o

u

outro. No circuito primário, circulam 181mil litros de água radioativa, mas ostanques de drenagem têm capacidadepara 306 mil 470 litros e devolvem a águapara o circuito.

O maior acidente que pode ocorrerem uma usina nuclear é justamente aperda da água que refrigera o reator. Semo líquido refrigerante, a temperatura seeleva demasiadamente, provocando a fu-são do núcleo do reator, que penetra ascamadas da terra. É a chamada Sfndromeda China. Na usina de Three Mile Island,nos Estados Unidos, ocorreu vazamentode água refrigerante, seguida de umaseqüência de erros e válvulas do sistemade segurança que não funcionaram quan-do acionadas. Mas a seqüência de aciden-tes acabou sendo controlada antes daperda total do refrigerante.

A válvula de Angra-1 foi consertadae a usina prossegue os testes, executandoagora os do combustível novo. Na quarta-feira, começou a fissão nuclear e a usinapode operar em testes com até 3% de suapotência total de 626 megawatts. Depois,para os testes das turbinas, a potênciasobe para 5%. Se tudo correr bem, aunidade será sincronizada no sistema dedistribuição de energia na próxima sema-na. A potência será elevada gradativa-mente até 100%, passando por testes nosníveis de 30%, 50%, 75% e 90%, comespecíficos licenciamentos da Cnen. To-do este procedimento leva ainda mais 18dias.

Orçada inicialmente em US$ 320 mi-lhões, o custo oficial de Angra-1 está emUS$ 1 bilhão 800 milhões. Desde setem-bro de 1981, quando ocorreu a primeirafissão no núcleo do reator, ela poucofuncionou, embora tenha operado no ano

passado com um fator de carga de 57%,próximo à média mundial de 60%. Osequipamentos começaram a ser testadosem 1977, mas somente em abril de 1982 ausina gerou energia integrada no sistemade distribuição.

Além dos inúmeros problemas comos equipamentos, provocados pelos maisdiversos motivos, desde erros de projetoaté a construção de Angra 2 ao lado,Furnas enfrenta ainda uma discussão coma Westinghouse, empresa projetista, paraque o prazo de garantia seja aumentado.O prazo inicial de um ano já está vencido,mas alguns equipamentos que apresenta-ram defeito ganharam um prazo de doisanos. Neste caso, enquadram-se o gera-dor de vapor, que veio com erro deprojeto, e as bombas de refrigeração dorfeator. Segundo Sérgio Guimarães, Fur-nas não está satisfeita com a garantiafornecida pela Westinghouse, porque nãotem certeza se um ano é suficiente paraverificai o comportamento destes equipa-mentos.

Em Brasília, o Tribunal Federal deRecursos determinou a reabertura dausina por 22 votos contra 4. O TFRacolheu a argumentação apresentada pe-Ia União, de que o fechamento da usina

implicaria em grave prejuízo para aeconomia pública". O ministro Aurelia-no Chaves reagiu à notícia do vazamentoafirmando que "testes são para issomesmo".

A decisão do Tribnal foi tomada nojulgamento do agravo apresentado peloMinistério Público do Rio, através docurador de Justiça, João Batista Peter-sen. O curador havia pedido a reconside-ração do despacho do presidente doTFR, ministro Lauro Leitão, que cassoua liminar concedida pelo juiz de direitode Angra, Cassiano Neto, mandandosuspender o funcionamento do reator dausina até a apresentação de um plano deemergência que garanta a segurança dapopulação.

Erros e vazamentos não são novidade~ . Erros de projeto, vazamentos, corro-são, defeitos em válvulas, nada disso énovidade na usina nuclear de Angra 1,que^ sofreu até com a construção, no"téffèno ao lado, da usina de Angra 2.'"Angra 1 começou a ser construída em"1972, foi declarada oficialmente em ope-ração comercial no dia Io de janeiro de' "798$ è funcionou até o dia 6 de janeiro se" 1986. A partir desse dia, entrou emc-1es?e3';"

Em 1978, a direção de Fumas Cen-- trais Elétricas, empresa proprietária dausina, já pensava em substituir seus con-

. densadores de vapor, que poderiam com-prometer a segurança, porque a liga de* cobre em que foram fabricados é mais

¦ sujeita à corrosão, principalmente quan-dose usa água do mar para a refrigera-Ção. O material também permite aderên-" díâ dè microorganismos que, com o tem-po.acabamformando umacrostaisolan-"té'que diminui a eficiência da refrigera-1 ção e corrói as tubulações. Em 1984,"''Furnas

programava a substituição de'mais de 48 mil tubos no sistema de

condensador de vapor, cheios de cracas,por outros de titânio.

O físico Luiz Pinguelli Rosa, da Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro,advertia em 1981 que, sem a troca datubulação, o funcionamento de Angra 1corria sério risco, especialmente quanto àcontaminação do meio-ambiente, queconsiderava inevitável. Informava queproblemas de fissuras no material datubulação, usada no gerador de vapor, jáhaviam sido constatados na usina suecaRinghals 3, semelhante à do Brasil, etambém construída pela Westinghouse.

O primeiro vazamento sem risco deradiação numa válvula próxima à turbinade que se teve notícia ocorreu em abril de1982, assustando os técnicos que traba-lhavam na usina de Angra. A água—emforma de vapor — escapou pela válvulano momento em que os técnicos aumen-tavam a pressão do vapor para acionar aturbina e iniciar a geração de energiaelétrica. Era então um teste, como agora..

Novo vazamento foi registrado em

nsfstisr. Eletrobrás pede economia de energiaA demora para a entrada em opera-"çãtrda usina nuclear Angra I está provo-¦"' cándo aumento do consumo da água dos

^¦fê&rvatórios das hidrelétricas da Eletro-'"Brás, o que poderá acelerar a decretaçãoindõ racionamento de energia elétrica, ad-"mitiu o presidente da Eletrobrás, Mário

Bhering. "Enquanto Angra I não come-'7 çâr a funcionar, aumenta o risco de se[¦- usar toda a água dos reservatórios e

chegar-se mais rapidamente ao raciona--mento.".'. A situação "ainda não é dramática","acrescenta Bhering. Entretanto, diante"¦' dá"ausência de chuvas no Sudeste, algu-'-" mas chuvas no Sul e o insucesso da

campanha pública de redução de consu-nw. a holding do sistema elétrico estatal"prepara nova ofensiva visando à poupan-ca de energia elétrica, a ser deflagrada"noTprôximos dias.

O presidente da Eletrobrás analisadiariamente os relatórios do nível dosreservatórios e os índices de pluviome-tria. O último informe, de terça-feira,indica que a hidrelétrica de Furnas temapenas 28% de água em seu reservatório.O volume de água armazenada é maiorem outras unidades do Sudeste e a deTrês Marias está com o nível mais eleva-do (59%). Mas a falta de chuvas naregião Sudeste compromete a recupera-ção parcial dos reservatórios. No Sul, aschuvas ocorridas nas últimas semanasmelhoraram o nível: em Passo Fundo, oreservatório está com 54% da capacidadetotal, e, em Salto Santiago, com 45%. Ausina com nível mais alto de água arma-zenada é a de Passo Real (70%), elevan-do a média na região Sul (50%) acima dado Sudeste (39%). Bhering faz uma aná-Use pluviométrica esperançosa. "Este

O sistema de Angra-1

turbina

bòrribà principàfdé arrefecimento do reator

¦ Circuito primário

:i:9l Circuito secundário

gerador elétrico ^'s''

O vazamento—» água radioativa que resfria o reator .~L[ ^V

A válvula

llll»v..i&SS

tanque de drenagempara coletar qualquervazamento /} medidor de

temperatura

a^B aaaK^^laD ^¦Uttl IPv^H ¦H^M ¦bE^bP^»^B»^ ' '¦" ^^H

bBjIbI ^KV^~ "%¦¦ B^aHal aaBBatalV aaBBBB^U

J^BQpV'^| a^a^fla! "¦¦¦ i^aVa^^^ ^^^1 ^^^V aaaaaaaatv^aal

Ma^.." ^"^v"^^. , at^asisW ^*A'£' aaaaãW ./ ^^^^LHaaaaB aaaaV^al La»to%&*if .'"^ •. írv..--v 1 Mi a$F:, ^ini Wr.LMHfc I ^^ ^(KS R^HI afaiVaWv *UHt 'H UW>" ^BaaPlaaV7 ^C^Bp^Lta^aH LbM^bMLbH

hjB5* '•¦'¦<¦'¦-*,¦.''^r ¦" i úr*i ~w~ ?i /***»%» ^^^^^ZSFP^ss^a^B

WsBÊÊr" *"4*.. ''¦''* jttfÊzÈÊÊ I fUa%mmm4 ""•*' wf v ,:í>'; <~|JP jB

^^^4 # ¦ à^BarJatal Haftal WaW \ \\M i^ wÊÊf m ¦ .a^Btl a^KJIIH^H BsiV^B*V O ^ i J*w<( O*

' *mf% ^ À~J afl SaaT^ai H» -tji --Ijáét^, t

-ASM Bl*'l M1 Isi ¦¦ B *» B B(t -À^StSB^a^^HháL'''''1 flB «W^ai 'í «aH Ba*'' 'B

*r*> j*9 ¦*' •"^^•sV *^t^'^Bíà^*^^^È!!^£^*SaV!'^SÊS'9^E8Ba^B^B^^&.^^ÈÈ!!^^*'^^^à\

* "S ^^ ^*mf|SJã af^Wa^^aBaBa^eleaV^^^11^^ áwSm^"^^ aSBFpaV^ .aSaVaTVflH^ lalsW^VMaT aJVVHPVW^Bw' aSf^P ^^

^T^ — ^B4** ™ .. , t tj«aW ¦-*Jp^b J*-

•a**' •¦«a* «k*ar- assiV 2SS' ¦ W «»aW «•¦» ?»••» «¦¦»»¦ — *^Vall ""lit ^*su •» "Z-

....,»,

DEPOIS DO SUCESSO DE NOVA IORCKJE, OS VÔOS DIURNOSDA VARIG ESTRÉIAM EM HOLÜTWOOD.

A partir de 1.' de outubro, entram em cartaz os novos vôos diurnos para Los Angeles. Todas as segundas, via Lima, e

quintas, via Panamá, decola do Rio um DC10 da Varig em direção às luzes de. Hollywood. Você sai daqui pela manhã echega lá ainda a tempo de aproveitar a noite para se divertir. Ou para descansar, antes de mais um dia de trabalho. Mas se

você preferir voar à noite, continuam os vôos noturnos das quartas, sextas e domingos. Os vôosdiurnos para Nova Iorque fizeram sucesso de público e crítica. Não perca a oportunidade de ir para Los Angeles com um

pessoal que trata você como uma estrela. Procure o seu agente de viagens ou uma das lojas Varig/Cruzeiro.Partidas de São Pauto: 2 •• e5" às9:15hs

VARIO.yj^^l

janeiro de 1985 e, então, Furnas admitiater de conviver com esse tipo de proble-ma até novembro, quando substituiria os48 mil tubos dos sistemas de condensadorde vapor. Mas antes disso, em outubro de1983, Furnas anunciara um "acidentehidráulico", que se revelou, em novem-bro, um problema tão grave, que poderiater tido conseqüências dramáticas como ode Three Mile Island, caso a usina nãoestivesse operando com apenas 2% dacapacidade.

Se os 48 mil tubos foram trocados, asvibrações não previstas nas tubulações dosistema primário de aquecimento aindapodem acarretar fissuras nos canos evazamentos de água contaminada para osistema de refrigeração, que não estáprotegido pelo prédio do reator e temcontato com o exterior. Como a informa-ção do novo vazamento de água só foidivulgado extra-oficialmente na quarta-feira, pode-se concluir que o único tipode vazamento que não ocorre em Furnasé o de informações.

ano de 1986 é ruim em termos de chuva.Mas acredito que o próximo terá maischuvas, aumentando o volume de águanos reservatórios."

A campanha de esclarecimento pú-Mico, iniciada pela Eletrobrás e conces-sionárias regionais e estaduais há trêsmeses, não chegou a atingir metade dameta prevista pela holding. A propostaera poupar 5% do consumo da regiãoSudeste, ou seja, conseguir que consumi-dores industriais, comerciais e residen-ciais deixassem de utilizar 1 mil 400megawatts. "Só conseguimos a reduçãode 660 Mw", lamenta Bhering. Ele espe-ra atingir a meta com a entrada emoperação de Angra I, que gera aproxima-damente 600 Mw, além do início dohorário de verão, a partir de 25 deoutubro

SOFTWRRüUÍTIfl QUESTÃO

DE DIREITO.Direito autoral para o software: IMFO de

outubro traz de volta a questão. 5aiba comojuristas, técnicos, empresários e entidades

privadas encaram a sugestão do Conselho(lacional de Informática e Automação(Conin). Conheça também as experiências

de outros países com este problema.Leia tudo sobre a ameaça dos

micros aos CPDs. IMFO ouviu especia-listas e apresenta para você algumassoluções.

E, nos artigos de PC Magazine,detalhes do novo chip da Intel que vai revo-

lucionar o mercado de microcomputadores.Tudo isso e mais atualida-

des, gente, entrevista, livros,agenda e opinião em IMFO.

Mão perca.

¦ *eBB»ePt»\ «láWa»-^^

¦Eií.-.'-.vir;--Vi'v ¦¦•v:í'v. ¦¦¦¦¦¦¦.¦ _jj»J*"*^

iruFofi.iii.jii.i.ii.iiii«.iii.i..i.i'r.i.iii.i

JÁ MAS BAMCA5.

10 ? Io caderno o sexta-feira, 10/10/86

JORNAL DO BRASILFundado em NN1

M. F DO NASCIMENTO BRITO — Diretor Presidem

BBRNARD DA COSTA CAMPOS — Diretor

J A DO NASCIMENTO BRITO — Diretor Executiv,

MAURO GUIMARÃES — Diretor

FERNANDO PEDREIRA — Redator Chefe

MARCOS SA CORRÊA — liilitor

FLÁVlÒ PINHEIRO - Editor Assistente

JOSf SILVEIRA — Secretário Executivo

Ique

Manada de ErrosA

crise aberta no abastecimento de carne entrano seu momento mais crítico com a decisão do

governo de confiscar bois nos pastos. Quaisquerque sejam as justificativas encontradas nos escalõesministeriais e políticos para a medida, seu saldolíquido, seu resultado efetivo é um aumento brutaldo intervencionismo do Estado na ordem econômi-ca, em níveis certamente superiores aos pioresmomentos das duas décadas passadas de regimeautoritário vividas pelo país.

Irá o confisco resolver a crise? Nas aparênciasdo momento, talvez. Açougues poderão, de repen-te, começar a receber dianteiros e traseiros, algunssupermercados serão abastecidos e os mentores doconfisco degustarão as ilusões de que o pior jápassou.

Nada, contudo, será capaz de contestar arealidade da entressafra, ou de que o governoexacerbou a demanda, inflacionou o consumo eperderá a batalha a longo prazo, se desestimular osinvestimentos, pelo medo dos pecuaristas de apli-carem seus recursos num produto de duvidosarentabilidade. Qual o próximo passo, então? Esta-tizar as fazendas?

O que este país vive, hoje, é um desequilíbriocrescente entre a oferta e a procura de alimentos,de bens de consumo e de serviços. O maior e maisprivilegiado consumidor de todos chama-se setorpúblico, cujos desajustes podem ser medidos pelascontas das empresas estatais que se apresentam novermelho, pelas pressões por tarifas e pelas neces-sidades de financiamento do déficit do Tesouro,através do lançamento de títulos públicos estima-dos, em três dezenas de bilhões de cruzados até ofinal do ano, pressionando novamente as taxas dejuros. O consumo de carne é, talvez, a maiorevidência dos desajustes latentes entre a capacida-de do país para investir, aumentando a produção acurto prazo, e a demanda hiperacelerada do outrolado:, A área econômica do governo perdeu-seentre o que é a sua responsabilidade, com arecuperação do mercado consumidor, e o queapenas lhe oferece dividendos políticos imediatos.

°A produção brasileira de carne, que vem deum estacionamento em torno de 2 mil 100 tonela-das desde o início desta década, não tem comoresponder a uma aceleração rápida do consumo,provocada por um aumento real de salários de30%, num ambiente de congelamento de preços.

Querer fugir a essa reaüdade e impor oconfisco é tumultuar ainda mais o quadro econômi-co é d cenário de longo prazo. Não há mágica queseja capaz de apressar matrizes a gerar novilhos emcondição de abate da noite para o dia, quando sereverte bruscamente um quadro de consumo apa-rente de carne, que caiu de 20,6 para 12,1 quilos

per capita, por ano, no último decênio. As vacasnão irão acelerar seus partos por causa do confisco,ou por medo aos agentes da Polícia Federal. E se omedo se espalha entre os pecuaristas, o que dizerdos plantadores de laranja, de feijão ou de batatas?

O que estamos vivendo no abastecimento éuma ciranda de erros que remonta à concentraçãode poderes para administrar essa área numa únicapasta, com um decreto de fevereiro deste ano e acriação do Conselho Interministerial do Abasteci-mento. Para que serviu esse Conselho, senão parareceber e perder poderes, ao se verificar que amáquina burocrática estatal é ineficiente, hipertro-fiada e anda em ziguezagues?

A pecuária sob o regime do confisco não serámelhor do que a mesma pecuária para ondevoaram capitais financeiros especulativos e desnor-teados, nem irá se reajustar adiante se o cinturãode força sobre as atividades produtivas apertar,atendendo a razões políticas e não econômicas.

O que estamos assistindo é a um assalto dedemagogos do PMDB com agentes bem situadosdo governo federal ou fora dele, comprometidoscom campanhas localizadas e nomeadamente a doSr. Orestes Quércia e do governador Franco Mon-toro em São Paulo. A campanha demagógica destecandidato agarrou-se ao confisco e à aplicação daLei Delegada n° 4 como tábua de salvação populis-ta, para evitar um naufrágio na perda de subs-tância.

O confisco é uma vergonhosa arma autoritáriaposta a serviço dos que confundem os sincerosinteresses de toda a nação brasileira em reencon-trar a estabiüdade e o crescimento econômico coma manutenção do poder onde fisiologicamente seenquistaram, sem qualquer escrúpulo, como ja-mais se viu nem mesmo na velha República.

O confisco é a ponta de um iceberg debaixo doqual encontram-se muitas mazelas e manobrasdiversionistas, uma resistência à desestatização daeconomia, uma prioridade sobre a qual o presiden-te José Sarney vem sendo sistematicamente malinformado. Aberta esta grave picada de diretointervencionismo, cede o governo às pressões dedemagogos que poderão aumentar o tom das suasreivindicações populistas. O governo precisa pararde ceder a esse jogo eleitoreiro com o abastecimen-to. A consciência nacional está preparada parareconhecer as dificuldades com que o presidenteJosé Sarney se defronta no esforço de afastar ofantasma da recessão e conduzir o país a umcrescimento sustentado com uma inflação baixa esob rigoroso controle. Que o preço dos pedidos epleitos demagógicos fique por conta apenas daque-Ies que estão no desespero político e, de antemão,já se sabem derrotados.

Relação BásicaDE

uma forma tão freqüente quanto programada,serviços públicos essenciais são paralisados por

movimentos grevistas em ostensivo desafio à lei efrontal desrespeito aos cidadãos. Agora mesmo, é oque acontece com os metrôs do Rio e de São Paulo.Primeiro, a população é surpreendida por suspensõesparciais que, numa segunda etapa, se generalizam eievam ao colapso o uso do transporte vital nas grandescidades.

. E o que acontece? Nada, de prático, em benefí-cio dos usuários. Em favor dos grevistas, contabili-zam-se os dias parados. Os prejuízos são debitadosintegralmente à conta dos contribuintes, que pagampela condução de que não se servem e que respon-dem, também, pelos déficits operacionais em serviçosdessa natureza. Tal situação é, em nosso país, umcírculo vicioso.

Nas metrópoles onde, paradoxalmente, é maioro poder aquisitivo e, portanto, mais elevada a contri-buição de melhoria a que necessariamente estãoobrigados os indivíduos, a qualidade de vida declina eas agressões sofridas pela comunidade se multiplicam.São esses conglomerados urbanos que mais remetemaos consultórios clínicos vítimas da tensa atmosferado cotidiano.

De repente, no Centro do Rio de Janeiro, otumulto e o caos se instalam no trânsito, afetando avida das pessoas. Passeatas de grevistas ou de candi-datos a postos eletivos congestionam por completo aavenida Rio Branco e adjacências, porque seus pro-motores, em flagrante atentado às posturas em vigor,se acham no direito de paralisar o trânsito pelo gostode chamar atenção para seus propósitos.

Bastaria, em casos assim, que policiais de serviçoorientassem para as calçadas a manifestação de modoa garantir o livre curso dos veículos e das pessoas, quenada têm a ver com militantes ou grupos de protestoque gostam de tumultuar. Mas não é o que ocorre.

Af^ZS^. ( m\ Wm.àv-vf''^ '%^s^ Ama ¦¦¦¦W

/ ^^B ¦^'¦w /}! ¦* \A, , mi ÍÊr w " "•

"7 ^&y^.-^Jsy-- ^^^^^ m^mmammm\ mj--''"t^WaamVX ^-^'^ -. v$JÂm _-

QM Jtefl5a»K^..^i Bw jmr>tJ WMfli mÈÉ *-^» mr¦"^¦j

mWtr>^M^Sxi\mam^S^K^^^^^^^M mm ^L '' "'"^

___^________ — I • • J.w ...,:i

——¦——¦—¦—¦ ra

Cartas ZS&—¦ ~~" " ~""rTl Se

Mantenedores da ordem se omitem e deixam deinterferir, portanto ajudam a desorganizar a cidade.

O desrespeito à população se amplia em cadafato que por sua natureza requer intervenção modera-dora, disciplinadora e orientadora da autoridadepública. Por que, como está ocorrendo no túnelRebouças, a obra de construção de mureta não é feitadurante a noite? Durante o dia, é maior o movimentodo tráfego. Tornou-se permanente o engarrafamento.

É como se o poder público — desde o policial ouo gari da Comlurb até a mais alta autoridade — nãotivesse de guardar uma relação básica com a comuni-dade. Faz-se tudo, aparentemente, sem considerar odireito do cidadão a uma vida no mínimo organizadamediante o exercício de deveres e regalias recíprocos.Os procedimentos agressivos, irregulares, lesivos serepetem, a despeito mesmo das reações de intolerân-cia que os cidadãos oferecem nas críticas formais quedirigem aos responsáveis pelos abusos.

Por isso, ainda, é que a sociedade deve exprimircom mais vigor o seu inconformismo com esse estadode desrespeito. Aos cidadãos compete valorizar pelouso os canais de rejeição ao processo de deterioração,sobretudo nas grandes cidades como o Rio de Janeiroe São Paulo. Já é tempo de ir além da indignaçãosilenciosa quando enfrenta o desconforto, a fumaçapoluente dos ônibus, a grosseria de funcionários.

O estágio em que se encontra o exercício dacidadania entre nós é tímido e nem sempre gerapressões sociais suficientemente fortes para alterar,no benefício da coletividade, atitudes ilegítimas, ile-gais ou abusivas. É preciso que cada cidadão procure,por si mesmo, influir para devolver a uma cidadecomo o Rio padrões de civilização e convivênciaameaçados pela degradação em curso. E impor aconsciência de que é fundamental a relação derespeito mútuo entre o poder público e os cidadãos.

AtrasoTópico1

Não é exercício de retórica dizerque interesses eleitorais atravancam oencaminhamento de assuntos e quês-toes , que não perdem importância enem se transferem só porque estamosem campanha eleitoral. Sâo prioritáriospor sua natureza urgente. Um bomexemplo disso é o impasse do ImpostoPredial, Territorial e Urbano.

A cobrança do IPTU permaneceirregular porque o aumento decorreude ato do prefeito e ainda não obtevereferendo dos vereadores. E já estamos-- 'j.-.-nn r~*~. nn ano. Qi.ial é exata-

mente o problema? São os vereadorescontrários ao aumento? Trata-se deaumento? Nada disso. O referendo dizrespeito a um decreto da gestão ante-rior à do Sr. Saturnino Braga, mas acobrança está em curso, como a legisla-ção permite. Trata-se, portanto, de me-ra formalidade legislativa, a não ser quea Câmara Municipal quisesse que aPrefeitura devolvesse o que já arreca-dou até esta altura do exercício fiscal.

Na realidade, a atitude dos verea-dores é típica de um comportamentoprovinciano e eleitoreiro. Deixando defornecer número às sessões e, portanto,impedidos de votar o referendo, osvereadores Que são candidatos ao pleito

do dia 15 na verdade não impedemqualquer aumento e em nada benefi-ciam os contribuintes. Apenas iludem-se e iludem o eleitorado, fazendo equi-vocadamente o contribuinte municipalacreditar que, bloqueando a legitimida-de do aumento, poderão reduzir umDTU, apesar de mais caro, já absorvi-do pela população como um fato consu-mado.

É, portanto, eleitoreira essa simula-ção dos vereadores que são tambémcandidatos. O contribuinte náo serábeneficiado pela manobra. E o regimedemocrático começa a se parecer com acaricatura que dele apresentam os seusinirpipos de sempre.

PsicanáliseEm referência à carta assinada pelo

dr. Leão Cabernite, publicada na ediçãode 6/10/86, afirmando que o dr. HélioPellegrino teria sido convidado a desli-gar-se da Sociedade de Psicanálise IracyDoyle, temos a informar, resgatando averdade, que o dr. Hélio Pellegrino nun-ca foi membro da Sociedade de Psicanãli-se Iracy Doyle e, portanto, nunca poderiater sido "convidado a desligar-se". Asociedade de Psicanálise Iracy Doyle, daqual sou um dos fundadores, orgulha-sede ter recebido o dr. Hélio como confe-rencista, e de ter publicado na sua revistaTempo Psicanalftico, artigo do dr. Héliosobre a contribuição de Lacan à Psicaná-lise (vol. IV, n° 1, 1981). Além disso, odr. Hélio é o coordenador do primeironúmero da série de publicações da edito-ra Vozes, Conscientia, vol. 1 Psicanáliseem Crise, de 1974, no qual publica oartigo O Ego e o Real: primeiras conside-rações. Essa revista teve como corpoeditorial representantes de diversas socie-dades psicanalíticas do Rio de Janeiro eBelo Horizonte. Também o dr. HélioPellegrino é citado no artigo Notes sur Iasituation de Ia psychanalyse au Brésil, porsua contribuição à psicanálise brasileira,na revista Ornicar, n° 17/18, Paris 1979; eno artigo Die Psychoanalyse in Brasilien,de Hans e Jehovanira Füchtenr, publica-do na importante revista de psicanálise daAlemanha Ocidental, Psyche (heft 9 —XXXIV JG. 1980, 812-824), editada emStuttgart, o seu trabalho é mencionado.

Também é autor de Versucht einerNeu-Interpretiucng der Odipusfassage,publicado na revista Psyche, n° 7, 1961,Stuttgart), El mito y ei complexo en Iaobra de Sofocles — una revaluación, pu-blicado na Revista de Psicoanalisis, daAssociación Argentina de Psicoanalisis,vol. 18, 1961, em Buenos Aires, Argenti-na. Pacto edípico e pacto social, apresen-tado este ano no Congreso Franco-Latino-Americano, em Paris. Essas sãoalgumas das publicações que dão ao dr.Hélio Pellegrino todo o reconhecimento,no meio psicanalítico, de sua contribui-ção ao desenvolvimento da Psicanálise noBrasil. Horus Vital Brazil — Rio deJaneiro.

¦O Conselho Deliberativo da Socieda-

de de Psicanálise Iracy Doyle sente-se nodever de esclarecer que, contrariamenteà afirmativa do dr. Leon Cabernite nacarta publicada pelo JB de 6/10/86, o dr.Hélio Pellegrino não é, e nunca foi,considerado "persona non grata" na so-ciedade. Dr. Hélio Pellegrino foi, porvárias vezes, convidado a participar deatividades científicas na SPID, tendo, emagosto de 84, feito parte de uma mesa emsimpósio sobre Psicanálise, Ética e Insti-tuição. Ana Maria de Toledo Piza Rudge,secretária-geral da SPID — Rio de Ja-neiro.

contra o chamado "furo" do concorrente"mais próximo. A nova postura de levan-

tamento de fatos, adotada pelo JB, écorajosa, renovadora e seguramente exi-gente para o setorismo acomodador.

Quanto à matéria do Flamengo, vejomuito mais que o próprio fato, já de siimportante para a imensa torcida doclube que vem sendo traída por dirigentesinescrupulosos. Vejo a quebra de umtabu: todos sabem que a corrupção nofutebol e nos seus resultados existe, masnenhum órgão de imprensa teve coragemde denunciar de frente as arbitragens, sobo pretexto de que o futebol alimentamuita gente, inclusive a própria imprensaesportiva, e o seu descrédito funcionariacomo bola de neve para acabar com amaior atração de massa do país. Vejodiferente. Saneado, o futebol será maisfiel na relação investimento/resultado, eo público voltará aos esvaziados palcosdos espetáculos.

l^ZjO-

Anti-sionistaFiquei perplexo ao ler no JB de

2/10/86, na página 14, a reportagem Rei-tor anti-sionista debate com 40 judeus, naqual o reitor da Universidade Metodista'de Piracicaba (SP), pastor Elias Boaven-tura, foi destratado ao dialogar com osjudeus que lá se encontravam, isto é, nasede da Hebraica-Rio, ao ser "fustigado

por líderes da comunidade judaica, quequeriam esmiuçar suas posições ideológi-cas. Boaventura acabou admitindo que éanti-sionista (o que para ele, não temnada a ver com anti-semitismo)". Isto é oque consta da reportagem. Diante destatomada de posição, um homem idosolevantou-se, irado, perguntando: "O queeste p... está fazendo aqui?". Esse senhoridoso e irado não deve ser brasileiro, masum daqueles judeus que serviram dedegrau para a subida do nazismo aopoder, que por sua vez gerou o anti-semitismo. Digo isto porque o brasileiro,quando recebe visita e se surge durante aconversação assunto que o desagrada,silencia educada e civilizadamente e nãochama a visita de p... Acresce que, trata-va-se de um reitor e não de um qualquer,para debater assuntos que estão sempreno noticiário dos jornais e na televisão.Pelo que li, a Hebraica-Rio deixou adesejar em matéria de polidez. Além domais, o ilustre reitor paulista nada maisfez do que, coerentemente, confirmar ovoto do Brasil na ONU, considerando osionismo como racismo, aprovado pormaioria. O sr. Boaventura é contra osionismo, e daí? Hélio José Alves Hy poli to— Rio de Janeiro.

Escândalo no FlamengoA excelente cobertura do escândalo

no Flamengo é matéria coerente com aperceptível mudança na linha editorial doJB, aparentemente descompromissadacom a mesmice viciada de um dia-a-diaque só protege os órgãos de imprensa

Outro dado importante é que, puxadoo fio dessa teia escabrosa, outros fatospassados virão à luz, desmascarando mui-ta gente que ficou impune diante dosilêncio covarde ditado pela máfia quedomina o futebol. E mais: quem sabe seaté o governo, omisso e tolerante, acordapara essa realidade, modificando a legis-lação para impedir que novos "Abi Che-did" grassem sob a complacência crimi-nosa de quem faz a opinião pública.

Mas é importante que essa renovação,e essa mudança de hábitos, comece pelaimprensa. O JORNAL DO BRASIL,que rompe o tabu com este grande exem-pio, deve continuar. Começando com apunição dos profissionais — torcedoresque distorcem cinicamente seu trabalho,até com textos assinados em que assu-mem suas paixões. Uma vigília sobreesses falsos profissionais — exceção paraSandro Moreyra e para o honestamenteassumido João Saldanha —, exercida atésobre o poder da editoria de esportes,ajudaria o JB a firmar imagem contra acorrupção na informação. Que tal a práti-ca do revesamento permanente na cober-tura dos clubes? Ou, quem sabe, umapauta para levantar a dupla militânciaremunerada (no jornal e no clube?). Hátempos, quem fizesse isso correria o riscoacordar com a boca cheia de formigas. OJB está de parabéns e não deve parar,para ser fiel aos leitores que esperammuito dessa nova linha de orientação.Aurélio Velloso Mendes — Brasília

DiscriminaçãoAproveitando as últimas manifesta-

ções de vários militares no tocante aaumento de vencimentos, no meu casoespecífico, pleiteio, não aumento de ven-cimentos, mas somente que me seja pagoo que, por lei, devo ganhar.

Fui semianistiado em 1979, quando,para efeito de inclusão na reserva, foiconsiderado, pela lei, tempo de serviço,os anos em que fiquei arbitrariamenteafastado da caserna. Em 198S, pelaEmenda Constitucional N° 2f~"v-ftiriwra-mente semianistiado, sendo parcialmentebeneficiado com apenas uma promoção,porém me subtraíram parte do tempo deserviço já adquirido pela "anistia" de1979 (aproximadamente 15 meses). E,mesmo com tal promoção, em vez deaumento nos meus vencimentos, fui puni-do com uma redução de aproximadamen-te CzS 1 mil 500.

O interessante desta história toda éque o Ministério a que pertenço resolveuaplicar a legislação cancelando algumasgratificações a que fazem jus os anistia-dos pela Emenda Constitucional N° 26.Mais uma espécie de castigo. Esta mes-quinharia, entretanto, não foi aplicadaaos demais militares, não atingidos pelos"atos institucionais", que foram para areserva antes de 1982. Os anistiados fo-"ram atingidos por "atos institucionais",também antes desta data.

Por que tanta discriminação, quandoos mandatários da dita Nova Repúblicapedem que desarmemos os espíritos eque, mutuamente, estendamos as mãos?Como fazer isto, se todos os meses, aoreceber meu contracheque, vejo a discri-minação cometida? Tal como uma puni-ção perpétua que já dura mais de 20 anos.

Talvez através da imprensa as nossasautoridades do Executivo entendam quetodos são iguais perante a lei e que os<poderes são harmônicos e independentes,restando ao Executivo, portanto, cumprir.o que determina a Emenda Constitucio-nal N° 26, sem revaiichismos mesqui-nhos. Pedro Ricardo Lamego de Camar-go, coronel-aviador RR — Rio üe Janeiro.

.'tf

Venda de carneObjetivando salvaguardar o nome

desta empresa pública federal, vimos cs-clarecer acerca de informe veiculado em'26/9/86, na coluna Informe JB, sob' otítulo Dica, que transcrevemos: "'Quem

quiser comprar carne à vontade é soprocurar os açougues da Cobal no Hu-maitá. O pedido tem que ser feito pôrtelefone e o pagamento em cruzágio de100%".

É nosso dever esclarecer que existedistinção entre as atividades da Cobal —Companhia Brasileira de Alimentos, e>aCeasa RJ — Centrais de Abastecimento,do Rio de Janeiro. Compete à Ceasaadministrar, sob regime de locação, osboxes dos hortomercados aos comercian-tes para a venda de hortigranjeiros eoutros. Em alguns locais, Humaitá, Cam-,pinho e Irajá, os hortomercados da Ceasa.funcionam em área contígua aos Super-mercados da Cobal, porém sua adminis-tração e operacionalização são distintas.

Nos supermercados da Cobal. as ven-"das de carne se processam de formaregular, obedecendo o tabelamento depreços. Ainda nas filas, os funcionáriosdo supermercado distribuem senhas paraevitar tumultos na entrada de clientes.Cada consumidor pode comprar até trêsquilos de carne, porém nem todos levamtal quantidade. A racionalização de pesotem por objetivo, melhor distribuir oproduto para a população

Com o objetivo de mostrar a opiniãopública, a verdadeira posição da CobalV"solicitamos fazer chegar a população osesclarecimentos necessários sobre a dite-renciação entre boxes de hortomercados,operados por comerciantes independen-tes, locados e administrados pela Ceasa,e supermercados pertencentes a estacompanhia. Fernando José de MedeirosRibeiro, gerente geral, substituto, da Co-bal — Sucursal Rio de Janeiro.

'a

rr»«

•b

Gotas nasais

¦ o

b,3.

3

Com relação à carta da sra. ReginaTeixeira, publicada nesse jornal (22/9/86)na seção Cartas, sob o título Apelo,queremos esclarecer que nosso produtoNasivin náo teve qualquer alteração apóso Plano Cruzado. Continua sendo produ:zido e distribuído em suas duas apresen- -tações: spray nasal e gotas nasais.

Essas duas apresentações são embala-.das em frascos plásticos, sendo que aforma spray nasal leva no batoque inter-no um caminho de plástico que produz anévoa, enquanto que a forma gotas nasaisnão leva este elemento. Portanto, cremosque a leitora, quando adquiriu o nosso'produto, recebeu a forma gotas nasais, e ¦não de spray nasal. Dr. K. G. M. Hupe tGerd Uflerbaeumer, diretores da Merck.S/A Indústrias Químicas — Rio de Ja-neiro.

Assalto e direitosDia 6/10/86, às 19h, quando voltava-

do trabalho para casa fui assaltada porcinco pivetes na esquina da Rua Tonelerocom Rua República do Peru, perto do 19""Batalhão da PM e da 12'' Delegacia de-Polícia. Os pivetes tinham em média -M"anos e eram chefiados por um de cerca "dè

15 anos. Pressenti que seria assaltada masnada pude fazer. O público acudiu eajudou e dois foram agarrados, mas nãoestavam com o produto do roubo. Ochefe tinha fugido com tudo.

Ir à delegacia? Não o fizemos porque,,,da primeira vez que fui assaltada, «delegado, muito educado e gentil, tqe,,explicou de como a lei e a Comissão de..Direitos Humanos protegem o menor., E^a mim? Quem protege? A Constituintetem que mudar as leis brasileiras. Ladrãoé ladrão em qualquer idade e tem que serpreso. O pivete de hoje é o ladrão,assassino e estuprador de amanhã. (...)Enfim, quero ter direito de atravessar-minha rua cm segurança. Quero ver a-geração de meus filhos — em fase adulta,,

como profissionais de bem e não comouma geração de marginais. Quero. Etambém tenho direitos. Rosete R. Rubin

Rio de Janeiro.

As cartas serão selecionadas para publi-cação no todo ou em parte entre as quetiverem assinatura, nome completo e legl-vel • endereço que permita confirmação

prévia.

JORNAL DO BRASIL Opinião sexta-feira, 10/10/86 ? Io caderno a 11

O dorminhoco acordadoJosé Nêumanne Pinto

i < "IV

O reinado do califa Harun-i 1^1 al-Raschid havia em Bagdá

um mercador muito rico, cuja mu-lher era já velha. Tinham um únicofilho, chamado Abu Hassan, de cer-ca de trinta anos, que fora criadocom grande privação de todas ascoisas." Assim começa a História dodorminhoco acordado, que conta co-mo Harun-al-Raschid, com sua ma-nia de se disfarçar de cidadão co-mum, encontrou-se com Abu Has-san nas ruas de Bagdá e realizou seusonho de ser califa por 24 horasapenas para mandar punir a chicota-das o imã (sacerdote muçulmano) deseu bairro, que era austero só naaparência. Harun-al-Raschid tornourealidade, durante dois dias, o sonhode Abu Hassan, mas o filho domercador ficava louco, sempre quevoltava a sua situação de cidadãocomum.

O sonho de Abu Hassan, o maispolítico dos maravilhosos contos fan-tásticos que a bela e virtuosa Shera-zade conta ao sultão das índias paraescapar da morte, é tão magníficoque, na edição francesa de As mil euma noites, ele aparece duas vezes.Este é, afinal, o sonho de qualquercidadão. Quem, porventura, ainda;não sentiu ganas de ocupar, poralgumas horas que fosse, o poderabsoluto, para corrigir injustiças fia-grantes ou para punir inimigos que,na vida real, são mais fortes e menosatingíveis? A democracia é a possibi-lidadede cada um ser Abu Hassan otempo inteiro, só que evidentementesem o poder absoluto que o califa deBagdá tinha. Só é possível formar-seuma república democrática com areunião de milhões desses tipos deinsignificantes filhos de mercadoresque se sentam, por alguns instantes,no trono do califa. A democracia é osonho de Abu Hassan realizado porcada cidadão.

Só que, nas sociedades contem-porâneas, é impossível se ter umsistema minimamente eficiente degoverno sem que se organizem fór-mulas de representação do poder,sistematizando os interesses de gru-pos e os canalizando de forma ade-quada. A política, por definição,seria justamente a técnica de viabili-zar o sonho de Abu Hassan. Só que,na pratica, a teoria é outra. Nosregimes representativos, os políticosse apoderam do trono do califa eusam de todos os estratagemas paradele afastar Abu Hassan.

Quem tiver alguma dúvida jan-to à validade dessa afirmação emrelação ao Brasil, basta acompanharo horário gratuito de propagandaeleitoral nas emissoras de rádio etelevisão. Naquele horário, os polítí-cos pensam em tudo, menos no rida-dão, no honrado e esquecido rida-dão que está do lado de cá do vídeo.Em primeiro lugar, eles impõem suapresença sem pedir licença e semrespeitar as regras do mercado, asúnicas cabíveis para o universo dacomunicação de massas. De forma

autoritária, entram porta adentro, eempurram suas mensagens e idios-sincrasias sem sequer se anunciar.Alegam que o horário gratuito é aúnica forma de se evitar os abusoseconômicos nas eleições. Trata-se deum argumento que só não é idiota,porque revela apenas cinismo. Qual-quer eleitor sabe que a corrupçãoeleitoral é conseqüência natural dovoto proporcional e só há um sistemacapaz de combater a compra devotos: o voto distrital. É possívelcomprar-se um mandato proporrio-nal, mas não se compra um distritointeiro. A prova disso é que, naseleições majoritárias, o povo escolhequase sempre da forma mais adequa-da a seus interesses coletivos, comolembra um dos mais ardorosos de-fensores do voto distrital hoje, o ex-governador do Paraná, José Richa, .candidato ao Senado-Constituintepelo PMDB.

Mas a hipocrisia da defesa dohorário gratuito, em nome da probi-dade eleitoral e do elogio à pobreza,cai mesmo por terra é quando sesabe como é dividido o tal botim. Sealguém teve a ilusão de que os parti-dos pequenos, sem representaçãoparlamentar, teriam acesso, pelomenos, às migalhas do banquete nopalácio de Harun-al-Raschid, estafoi uma ilusão passageira. O tempo,saqueado, é dividido de forma iguali-tária entre os já instalados no podere assim se substitui a força do dinhei-ro (que teoricamente compraria oshorários nas emissoras de rádio etelevisão) pelo poder da inércia. Ouseja, na democracia dos "notáveis",

que fazem leis como a do horárioeleitoral gratuito, defendem-se osinteresses do continuísmo em nomedo combate aos interesses do capita-lismo selvagem. Numa democraciasaudável, os partidos teriam comoarrecadar fundos de seus simpatizan-tes e participar do mercado publiri-tário na proporção de seu poder depersuasão. A doença continuísta im-pede o rodízio no poder e paralisa a

renovação de lideranças. Envelheceprecocemente qualquer regime, de-bilitando-lhe o organismo, de formairremediável.

Na propaganda eleitoral gratui-ta, o poder da persuasão racional ésubstituído pelo descarado apeloemocional, com o interesse direto,imediato, indisfarçável e insaciáveldo voto. Não há nada que denunciemais o caráter casuístico dos políti-cos brasileiros (que, na fórmula deDisraeli, pensam mesmo apenas napróxima eleição e estão se lixandopara a próxima geração) do que ascampanhas que aparecem na propa-ganda eleitoral gratuita no rádio e natelevisão. Não bastasse seu caráterfascistóide e excludente, determina-do pela distribuição do tempo aospartidos de acordo com o tamanhode suas bancadas no Parlamento, asmensagens inseridas neste tempodisponível jamais ocultam seu vezopersonalista, desprovido de quais-quer idéias ou programas e, eviden-temente, despido de qualquer pintu-ra, por mais tênue que seja, deposições ideológicas.

Abu Hassan — o cidadão — estáem último lugar. É como se ele fosseapenas um elástico estômago limita-do a esmagar, fisiologicamente, asnozes podres do emocionalismo maisdeletéria, transformando-as numamassa disforme, neste metabolismorepublicano instável. Por isso é queMesrour, o líder dos eunucos docalifa, está sempre mais perto dotrono do que deveria. Na qualidadede chefe da guarda de Harun-al-Raschid, o eunuco gigante sabe queo caminho mais curto para o golpemilitar é o descrédito do cidadão emrelação àqueles que teoricamente —e apenas teoricamente—o represen-tam. Quem pensa que Abu Hassan éingênuo comete um terrível engano:mesmo quando parece dormir pro-fundamente, o povo está atentamen-te acordado.José Nêumanne Pinto é editor de Política de"O Estado de S. Paulo"

v—v

Eleição pode passarpelo Judiciário

Luiz Orlando Carneiro,

Coisas da política

A pouco mais de um mês das eleições, noemaranhado de pesquisas — todas elas cen-

tradas principalmente nos candidatos aos governosestaduais — têm me-recido destaque aconstante da percen-tagem ainda muitoelevada de indecisose a previsão de queem raríssimos estadoso ..governador eleitoterá a maioria absolu-ta dos votos.' *- Tudo indica queteremos, em 80% do país, governadores escolhidosna base de 1/3 do eleitorado, ou seja, governantesexprimindo a vontade de minorias oscilantes entre25.e 35%, a não ser que, na reta final, ocorra umapolarização dramática — o que não e descartávelem estados como São Paulo, Rio, Pernambuco eaté Minas, onde, segundo a última pesquisa Veja-LPM, os candidatos Newton Cardoso (PMDB) eItamar Franco (PL-PFL) estão empatados em25%, havendo, no entanto, 44% de indecisos.

-¦¦ No calor da campanha, na comemoração ourejeição dos números das pesquisas por candidatose partidos, esqueceu-se uma questão que, abertasas urnas, pode também ser reaberta, e acabar aténo Supremo Tribunal Federal. A hipótese é levan-tada por um ministro aposentado do STF, e ésimples de ser resumida: um candidato derrotadopor pequena margem por um vencedor que nãoatingiu a maioria absoluta pode resolver bater àsportas do Judiciário, exigindo o segundo turno jáconsagrado na Constituição em vigor para a eleiçãopresidencial (Art. 75), sob a alegação de que, àsombra frondosa da Constituição Federal, a elei-cão para governador não se teria completado.Nada o impediria de recorrer ao Judiciário paratentar evitar a diplomação do eleito sem maioriaabsoluta.

A hipótese não é tão irreal como pode parecerà primeira vista. Como se recorda, em abril último,o procurador-geral da República, Sepúlveda Per-tence, deu parecer favorável à consulta feita peloPMDB pela extensão dos dois turnos às eleições degovernadores, batendo na tecla de que, cora oestabelecimento da eleição direta do Presidente daRepública por maioria absoluta, o princípio teriade ser, por extensão, aplicável às eleições diretas

de governadores. Falou-se muito, então, na "verti-calidade da norma jurídica". Miguel Reale pontifi-cou que, se o modelo federal não se estendiaautomaticamente às eleições de prefeitos (caso de1985), devia estender-se, obrigatoriamente, àseleições de governadores.

Está na Constituição vigente, Art. 13: "OsEstados organizar-se-ão pelas Constituições e leisque adotarem, respeitados, dentre outros princí-pios estabelecidos nesta Constituição, os seguintes(...) II — a forma de investidura nos cargos eleti-vos". O Art. 200 dispõe: "As disposições constan-tes desta Constituição ficam incorporadas, no quecouber, ao direito constitucional legislado dosEstados"..

No entanto, no início de maio, o TSE respon-deu negativamente à consulta do PMDB, conside-rando que, se o Congresso não aprovasse emtempo hábil (como não aprovou) os dois turnos, aeleição para governadores de novembro próximoseria (como será) num único turno. O TSE passoua bola para o Legislativo, não entrando no méritoda questão.

Em agosto de 1985, o STF também não se

Brenunciara sobre a interpretação dos Artigos 13,

[ e 200 da Constituição, apesar da representação,tendo em vista as eleições municipais, do procura-dor-geral da República, segundo o qual "acolhidoshoje a maioria absoluta ou o ballotage comocritério da eleição do Presidente da República,esse novo modelo federal, quando não se estendacompulsoriamente à forma de investidura eletivado Executivo local, a ela, no mínimo, há deadmitir-se que seja extensível pela norma compe-tente de adaptação facultativa". O Supremo ale-gou que a apreciação da lei em tese poderiaprejudicar o julgamento de eventual caso con-creto.

Acontece que, abertas as urnas de novembro,um candidato derrotado por pequena margem porum outro que não tenha atingido a maioria absolu-ta pode criar um caso concreto, reabrindo aquestão constitucional, a partir de recurso paratentar impedir a diplomação do eleito por maioriasimples.

Como é melhor prevenir do que remediar,aconselha-se aos candidatos que, no esforço finalda campanha, não lutem apenas para ganhar,ainda que no photochart. Que tenham como metaatingir os 50% dos votos.

Luta Orlando Carneiro é diretor doJORNAL DO BRASIL em Brasília.

•FWú

•jjS o-noi3BS a Bpídsab nowid 'um ap oSepad oprp-uj|ds3 uma jbam as ap siodsp'snb — juiBiflooss — 0891 u"'IJ so|jiq no 'xz.91 w* 'I 3UJícfno 'çççi ui3 'niA snbuuan iojanb ap Bpu3| b uiejejusaui snb(BinbjBjiiqou ossa inpquiBi jbd-ipuiAisj JBUiBqry ?sor zsj snbo mos oppsred oxiAjnbs) jjsbjs jms o snb UIBABSUsd oiueiS3S3|8ui $o °BS3|3ui spunSytrpanuojd esssp sjabjib nsejgop SOJOAJUJB3 sob no3sip 3 'ü-oojjns S33UCIJ op UJ3y\ oquiO[op jouadns ayed :o]o|j|s ,

-/nmtm

IsA\ [%>:& I

A.

o X.

RESPONDA DEPRESSA: é o lado de lá ou o lado de cá, a UDRou o Governo, que, no final, vai apanhar mais do que boi-ladrão?

(resposta ali na virada)

Um golpe pela verdadeiüSÜ

'.•íVt"ob

Wüliam Safire

OUTRO dia, na festa de aniversário de um ex-

conselheiro do Conselho de Segurança Nacional, oporta-voz do Departamento de Estado, Bernard Kalb, nãoestava amistoso como de costume. O problema da "desin-

formação" preocupava-o.Haviam lhe garantido que a controvérsia sobre a

política do governo Reagan de enganar deliberadamente aimprensa norte-americana para desestabilizar o dirigente daLíbia, Coronel Muamar Kadhafi, logo passaria. Era um casode golpe baixo, preocupante para os jornalistas, mas depouco interesse para um público que logo seria inundadocom as reportagens sobre a conferência de cúpula deReagan com Gorbachev.

Kalb concordava com os cálculos sobre o fluxo denotícias e a atenção que atrairiam. Adorava esta oportuni-dade de falar por seu país e a admiração que tinha por seuchefe, George Shultz, parecia intacta. Contudo, na quarta-feira passada, Bernard Kalb renunciou a seu cargo parademonstrar que alguém que fale pelos Estados Unidos nãopode tolerar mentiras oficiais.

Algo que a demissão de Kalb não esclarece, e quetodos estão esperando, é a reação dos altos escalões, maisimportante do que a dos inferiores. Como de costume, nasquestões de estado a ocultação é pior do que o crime.

Neste caso, o erro foi a recomendação do conselheirode segurança nacional Almirante John Poindexter, para quea desinformação — a dexffiformatsiya soviética — fosseadotada para desestabilizar o ditador líbio. Repórtereshabituados a confiar nas palavras do governo norte-americano escreveram artigos levando a desinformaçãoadiante.

Poindexter é um apparatdük dos apparatchlks: foi oprimeiro de sua turma na Academia Naval de Annapolis,excelente aluno de física nuclear, mas talvez tenha deixadode absorver o grande valor que a Academia dá à honra. Porcausa disso, muitos estavam dispostos a conceder ao gover-no o benefício da dúvida: está bem, um almirante há muitotempo atracado numa escrivaninha atrapalhou as coisas aousar a palavra desinformação em um memorando, e algunsauxiliares da Casa Branca ficaram muito entusiasmados coma questão. Nâo houve uma decisão política de enganar aimprensa — foi mais um caso de estupidez do que demaquiavelismo.

Contudo, quando Reagan decidiu endurecer, o queaconteceu? O Presidente e seu Secretário de Estado pare-ciam declarar: enganamos a imprensa por uma boa causa,para confundir nossos inimigos, e faremos isto novamente;eles não publicam informações vazadas?

Num encontro com jornalistas, no teatro da Casa

Branca, Reagan teve cinco oportunidades de abandonaresta política e acabar com o problema. Com muita facilida-de, poderia ter dito: "Esta bem, vamos manter nossosinimigos tentando adivinhar quais são as nossas intenções,mas, quando a fonte de informações for o governo norte-americano, vocês podem acreditar que é a verdade".

Em vez disso, Reagan ficou vacilando e acaboulançando um ataque mesquinho contra Bob Woodward, orepórter que descobriu o memorando incriminador. Reagan ¦'duvidou da veracidade do artigo — que estava correto — em .vez de reafirmar seu compromisso com a verdade, nãoimportando o que alguns de seus auxiliares façam ou digam.Ao negar implausivelmente a existência de um plano de usara imprensa para enganar Kadhafi, Reagan parece estarendeusando a propaganda suja como política.

Inacreditavelmente, o Secretário de Estado embarcounesta canoa. Lembro-me de ter estado com George Shultzcm 1970, nós dois assistindo e ouvindo o filme do ataque daGuarda Nacional contra os universitários de Kent State —surpreso, o ex-fuzileiro naval disse: "Foi uma salva detiros". Pelo som, sabia que havia sido dada uma ordem deatirar contra os estudantes e — como bom soldado dogoverno, mas não alguém capaz de se enganar — nãoaceitou a explicação de que os disparos haviam sidoesporádicos. >

Na questão da desinformação, Shultz não percebeu aimportância da descuidada aceitação por parte do Presiden-te desta técnica totalitária. Algumas raras ocasiões pedemuma mentira—como negar um plano de ataque a terroristaspara salvar reféns, ou desmentir uma provável desvaloriza-ção da moeda — mas tais exceções não formara a base parauma política.

Em vez de afirmar uma das grandes forças dos EstadosUnidos, Shultz falou em "guerra

psicológica" e exumou anecessidade que, durante a guerra, Churchill teve de "uma

guarda-costas de mentiras" para esconder a verdade dosinimigos. Tal erro de julgamento não serve bem ao Presi-dente nem ao país. Distraído pelas críticas à troca de umespião por um refém e os preparativos para a conferência decúpula, Shultz parece não perceber que sua disposição deabandonar a credibilidade tornou-se um ponto baixo em suacondução dos negócios de estado.

Talvez a renúncia de Kalb o desperte, e através dele oPresidente perceba o erro, acordando para os valores dadiplomacia que supostamente deve fazer progredir. Adesinformação é mercadoria de nossos adversários — a'honestidade ainda é nossa melhor política. Em seu últimoato oficial, Kalb ficou acima do "porta-voz do Departamen-to de Estado", para se tornar o porta-voz de todos os norte-americanos que respeitam e exigem a verdade.

William Safire ó colunista do The New York Times

3 ti

03:nq/i

eu

•:'.unq'OE

10300

[03103

137

Missão da Igreja no temporal

itlm

3 O

ífa

Dom José Freire Falcão

ONTEM como hoje, na sociedade do primeiro século

ou do século XX, em qualquer cultura ou civilização,o papel da Igreja é anunciar a pessoa, a vida e a mensagemde Jesus Cristo e instaurar o Reino de Deus no coração dohomem e nas estruturas da sociedade. Missão claramentedefinida por João Paulo II em Carta aos Bispos do Brasil:"transmitir como depositária autêntica da Palavra revelada;anunciar o Absoluto de Deus; pregar o nome, o mistério, apessoa de Jesus Cristo; proclamar as bem-aventuranças e osvalores evangélicos e convidar à conversão; comunicar aoshomens o mistério da Graça de Deus nos sacramentos da fée consolidar esta fé — em uma palavra, evangelizar e,evangelizando construir o Reino de Deus".

Assim a "missão, primária e específica" da Igreja

(João Paulo II, Pronunciamentos no Brasil), sua "missão

própria" (Puebla), é a evangelização: o anúncio da BoaNova, que é Jesus Cristo.

Esta "missão essencialmente religiosa" (João Paulo II,Carta aos Bispos do Brasil) da Igreja significa que é elaindiferente aos problemas do mundo atual, estranha àsquestõesLsociais? Não tem ela uma palavra a dizer ou umpapel a desepipenhar na sociedade moderna? Sua missãoseria a-histórica e não-encarnada nos problemas concretos evitais do homem è da sociedade?

O papa esclarece que esta missão tem uma dupladimensão: "a

perspectiva escatológica que considera ohomem como um ser cuja destinação definitiva é Deus; e aperspectiva histórica que olha este mesmo homem em suasituação concreta, encarnado no mundo de hoje" (JoãoPaulo II, Pronunciamentos). _._

Qual é a perspectiva histórica da Igreja, a incidênciade sua missão na sociedade moderna? Uma resposta naordem dos princípios.

Primeiro, os limites do papel da Igreja no temporal.Retomemos as palavras do papa:

A missão da Igreja "náo é primordialmente a constru-cão de um mundo material perfeito, mas a edificação doReino que começa aqui para manifestar-se plenamente naParusia* (Carta aos Bispos)".

Esta missão não se reduz ao sócio-político. Ademais,"a Igreja como tal não pretende administrar a sociedade,nem ocupar o lugar dos legítimos órgãos de deliberação eação" (Pronunciamentos)."Não tem a pretensão de assumir como função própriaas atividades políticas" (Pronunciamentos). Abstém-se, porisso, das lutas partidárias. Não opta por partidos, grupos esistemas.

"Em sua doutrina social, a Igreja não propõe ummodelo político ou econômico concreto" (Pronuncia-mentos).

Agora, o alcance de sua missão no temporal, nopensamento de João Paulo II. . ,x] 0

A Igreja "pretende apenas servir a todos aqueles que,'/em qualquer nível, assumem as responsabilidades do benffUtJcomum" (Pronunciamentos)."Seu serviço é essencialmente de ordem ética e:i ;preligiosa" (Ibid).

"A sua contribuição específica será a der-gfortalecer as bases espirituais e morais da sociedade, fazen-do o possível para que toda e qualquer atividade no campodo bem comum se processe em sintonia e coerência com as obdiretrizes e exigências de uma ética humana e cristã"(Pronunciamentos). m lFj

Sua colaboração para a construção da sociedade não , '

está em propor modelos alternativos de sociedade, o queestaria fora de sua competência, mas em denunciar evangeli-camente "falsas imagens da sociedade, incompatíveis com avisão evangélica" (Puebla), em indicar caminhos e emapresentar princípios.

"E o faz em função de sua missãoevangelizadora, em função da mensagem evangélica quetem como objetivo o homem em sua dimensão escatológica,mas também no contexto concreto de sua missão histórica,contemporânea" (Pronunciamentos). „ ^0

Se ela não tem a oferecer úm projeto puramente.'' rtemporal, contribui validamente para a edificação da socie-dade, enquanto forma e orienta as consciências, através deseus meios específicos, tendo em vista uma sociedade maisjusta e fraterna (Ver Pronunciamentos), que leve em contaas exigências do Evangelho.

Portanto, a Igreja respeita a autonomia das realidadesterrestres. Cônscia de que o fim a ela determinado peloSenhor "é de ordem religiosa e, ao intervir neste campo (notemporal), não a anima nenhuma intenção de ordempolítica, econômica ou social" (Puebla).

Se esses ensinamentos fossem levados em conta, supmuitos equívocos desapareceriam. De ura lado, não se '-

haveria de recusar a legítima presença da Igreja no tempo--jójral. Presença, seta dúvida, benéfica à sociedade terrena. De ¦'-'-••outro, evitar-se-ia uma indébita ingerência da Igreja nasociedade política, sem vantagens para a cidade humana e ¦'•

com real prejuízo para a cidade de Deus.Não se pode, contudo, desconhecer as dificuldades I

que surgem diante de situações determinadas e concretas,onde nem sempre são claras as fronteiras entre a missão daIgreja e o papel do Estado. ¦> &

—r;blDom José Freire Falcão, arcebispo de Brasília, é membro do

Secretariado Romano para a União dos Cristãos.

Cl

12 ? Io caderno ? sexta-feira, 10/10/86 Nacional JORNAL DO BHASIL

Leia.amanhã

131 Oo m

((¦(I

Sialf/f«Kl

)))»

(((1(1

íit tW#

)))'))

((¦(1

(il(

JORNAL DO BRASIL

Acidente com mortos arrasa Machline

IdéiasO novo suplemento do Jornal do Brasil.

Sônia Carvalho

Matias Machline, o poderoso empre-sário dono da Sharp, não se lembra dequase nada do acidente em que se envol-veu há 18 dias, quando seu automóvelMercedes-Benz 82 destruiu o velhoVolkswagen 1968 do soldador mecânicoJair dos Santos. Além de Jair, morreramsua mulher, Aparecida, e a avó paterna,Ana. Dos destroços do Volkswagen, duascrianças — Rosana Cristina, 11 anos, eRicardo, seis anos — foram retiradas comvida.

Enquanto as crianças foram acomo-dadas na casa de um tio, irmão maisvelho do mecânico, Machline foi hospita-lizado no Sírio Libanês e ficou sob obser-vação, porque se suspeitava de que pu-desse ter tido rompimento da pleura.Durante uma semana, o empresário nãosoube das mortes que causara. Agora,está "mortificado", dizem seus amigos.

¦ ¦ ¦Itatiba (SP) — Não chega a ser de pau a

pique, mas é uma casa tosca, de tijolo, comtelhas à vista. O chão, de cimento vermelho,espelha os poucos móveis da casa de cincocômodos, separados por cortinas de tecidoflorido. Não tem rádio nem televisão. Desdesegunda-feira, é o novo lar de Rosana Cristi-na, 11 anos, e Ricardo, seis anos. O pai, Jairdos Santos, a mãe, Aparecida, e a avó pater-na, Ana, estão mortos. Tudo aconteceu no dia20 de setembro, no momento em que secruzaram, numa estrada deste município a 88quilômetros de São Paulo, o Volkswagen 1968da família do soldador mecânico Jair e oMercedez-Benz 1982 de um dos maiores em-presários brasileiros, Mathias Machline, prin-cipal acionista da Sharp e de outras 26 em-presas.

A gente agora tem outra casa e outros pais— diz, em voz baixa, Rosana, uma meninamorena, de olhos grandes, que carrega ainda,"além do braço engessado na tipóia, conse-qúência do terrível choque entre os dois auto-móveis, uma expressão de tristeza no olhar."Acho que nunca vou deixar de ser triste. Acoisa que eu mais queria no mundo era meupai, minha mãe e minha avó de volta".

Única passageira do Volkswagen a ficarconsciente na hora do acidente ("vi quandoeles morreram"), Rosana, escorada na prega-ção ouvida dominicalmente na Igreja Evangé-lica, chamou a si a responsabilidade de comu-nicar ao irmão caçula a morte dos pais e daavó. "Eles foram para o céu. Estão melhorque a gente". Ricardo, no entanto, ainda nãoacredita muito na história. "Meu pai vem aquime ver toda a noite", acredita ele.

Em busca da alegriaFoi também Rosana quem distribuiu os

papéis na nova família, formada pelo tioAparecido — irmão mais velho de seu pai —,pela tia Angelina e pelos nove primos, dos

3uais quatro também moram na casa do bairro

os Cocais, a três quilômetros do centro deItatiba. "Desde o primeiro dia ela disse que iachamar a gente de pai e mãe", diz Aparecidodos Santos, o seu Cidão, que trabalha à noitecomo vigia noturno na Granja Mara e que fazhoras extras nas suas folgas para aumentar oralo orçamento familiar. Somados, o seu sala-rio e de três filhos, que também trabalham,rendem Cz$ 8 mil (pouco mais do que os Cz$ 7mil 876 que o grupo Sharp faturou, por minutoem 1985), administrados criteriosamente pordona Angelina.

O aperto não fez seu Cidão sequer hesitarem adotar os sobrinhos órfãos de pai e mãe."Eu venci na vida", proclama ele, orgulhosodentro da camisa rasgada e dos sapatos de solasolta, como boca de jacaré.

"Tive treze filhos,criei nove e nunca precisei botar a mão emnada de ninguém para comer. Posso criar maisdois. Amor aqui não falta". Seu Cidão nãoadmite nem pensar na possibilidade, que che-ga a ser cogitada, de os sobrinhos seremadotados pela família Machline. "Imagine sevou deixar eles serem criados em lugar quenão posso nem chegar perto para uma visita.Povo rico é orgulhoso".

Na casa do subúrbio de Itatiba, alugada

por Cz$ 180 mensais, pouco se fala do aciden-te, lembrado mais pelo Volkswagcm destroça-do, coberto por uma lona preta e guardado noquintal. Ao contrário, os esforços da família,agora, voltam-se todos para tentar devolver oriso aos seus dois novos membros. Os filhosmais velhos fantasiam-se de mulher para ar-rançar gargalhadas dos dois priminhos, agorairmãos. Queixa mesmo só na hora da refeição.Acostumado com carne e frutas na casa dospais, que não mais existem, Ricardo faz carafeia diante do prato de feijão, arroz e tomate ereclama que na casa dos tios, mais pobres, nãotem iogurte. Não vê a hora também de reen-contrar a bicicleta e a televisão, distrações queprefere aos dois carrinhos que ganhou depresente de um dos funcionários de Machline,o administrador de seu haras Rosa do Sul,quando estava no hospital. Rosana tambémpouco brinca com o presente que lhe coube, aboneca Bilu-Bilu. " Tenho raiva dele", diz,referindo-se ao motorista do Mercedes.

Remoendo ódiosA atitude não é reforçada pelos seus tios."A gente está sentido, mas não revoltado.

Deus sabe o que faz. Estimo meus filhos,todos os que estão aqui na sala e ele (oempresário Mathias Machline) também", ex-plica Cidão, com a mão esquerda pousadasobre uma edição da Bíblia.

Revolta mesmo só aparece quando comen-ta um boato não confirmado. "Ouvi dizer quena hora ofereceram dinheiro para não fazer aocorrência. Vida de trabalhador não é decachorro, não. Cachorro, urubu come e di-nheiro não leva ninguém para o céu. Seoferecesse para mim, aí sim eu ia processarduro", adianta Cidão, mordiscando uma jabo-ticaba colhida no terreno baldio em frente dacasa, onde dona Angelina planta ainda verdu-ras e bananas, distribuídas aos domingos entrea criançada do bairro.

A família não sabe em que pé está oinquérito sobre o acidente. Colocou-o nasmãos de um advogado de Jundiaí, cidadevizinha, que se apresentou como dr. Haroldo."Ele viu nosso sentimento e prometeu ajudargratuitamente", explica Aparecido da Silva,que não leva o mesmo sobrenome do irmão,por confusão no cartório de Jacarezinho, noParaná, onde nasceu. Na üsta de advogadosque abre o catálogo telefônico de Jundiaí,porém, nào há nenhum advogado com essenome. Também na seção regional da OABninguém conhece qualquer dr. Haroldo. Detodo modo, o homem não apareceu mais nacasa de Aparecido.

Caminhar atrás do processo não é tarefafácil. No Instituto Médico Legal de Jundiaí, asecretária alegou sigilo para «So

"fornecer olaudo cadavérico. Por telefone, o diretor doInstituto, médico Domingos Signorelli, pediuum dia de prazo para esclarecer uma dúvidalevantada pela família. Ana dos Santos nãoestava grávida de três meses, conforme suspei-ta seu cunhado. O laudo médico registra atémesmo o uso de dispositivo intra-uterino.

No instituto de Criminalista, também nawizinha Jundiaí, um perito comentou que oresultado do exame de perícia feito no localpassou por fortes pressões. Assinado pelotécnico Celso Brito, que desde o primeiromomento havia manifestado a intenção de nãodar um parecer conclusivo, o documento dizapenas que

"os peritos se vêem compelidos ao

silêncio quanto à forma e aos motivos quederam causa ao acidente". Argumentam ostécnicos que, quando chegaram ao local —uma hora e quinze minutos após o acidente —,a Polícia Rodoviária, cumprindo a lei, haviadesmontado a cena da colisão para evitarriscos de novas batidas. Além disso, não foramencontradas marcas de frenagem ou derrapa-gem na pista e os possíveis vestígios acabaramapagados pelos outros veículos.

Hoje, o responsável pela Delegacia deItatiba, José Carlos Zuiani, começa a ouvir astestemunhas que viram o empresário passarpelo Centro da cidade em alta velocidade,poucos minutos antes do acidente.

Sem saber desses detalhes, Aparecido daSilva continuava confiante. "Lei é para sercumprida." Da porta da casa, com um sorrisodesdentado, reitera o convite para um almoçodomingueiro ("com carne") e faz recomenda-ção final: "Cuidado com a estrada."

Itatiba (SP) — Fotos de José Carlos Brasil

rmü ^^ ."Si'».-. , d J. ;jw

Bit, ¦ Im HBMIWK?f't?

.:-¦'¦- :!«M|*é,'W'-"! ^^íf^-ft-..;"jÍMmM PfpKP- ¦ '¦¦" !:"t:vi'^''-r-r''!.!-.-^.(ív-;:- ,. _;^,i-.it-íi

vry&^ _r .,.„.. ^*^~**f'-"

-m^my-^mmMm^

&2iiPMarcas do acidente são visíveis em Rosana e Ricardo, em torno de

quem gira o esforço da família para recuperar-lhes o sorriso,tarefa dificultada por marcas não visíveis, como os pesadelos deRicardo, que costuma ver o pai — embora informado de que

"está

no céu" — sempre que a noite cai e se apagam as luzes da casamodesta para que todos tentem dormir

¦•¦'' •Trf* 'i2ateft*i*.*'--"' V**:^i **#. - m^ <"Cidão" mandou recolher o que sobrou do "Fusca" de seu irmãomais novo, após a colisão com o Mercedes-Benz, e arranjou umlugar no quintal para guardá-lo. Para que a memória dascrianças não se avive a todo momento com a visão dos destroços,"Cidão" cobriu o carro com uma grande lona preta, assim como se

faz com os que perdem a vida na rua e atraem curiosos

Rosana e Ricardo têm apoio do empresárioFátima Turci

São Paulo — Passados 18 dias do acidentena Rodovia das Estâncias, no perímetro urba-no de Itatiba, o motorista do Mercedes 500SEC 1982, que, ao colidir com um Volkswa-gen, matou três ocupantes e feriu duas crian-ças, não se lembra de quase nada. O empresa-rio Matias Machline, presidente dos gruposSharp, Sid e Digibanco, não sabe explicarcomo tudo aconteceu. "Foi tudo muito subi-to", disse ele ao JORNAL DOBRASIL em suas primeiras declarações após oacidente. Manifestando "grande tristeza" pe-Ias mortes e preocupação com as crianças,Machline garantiu que vai proporcionar

"todoamparo" aos órfãos. "Coloco no julgamentodas pessoas que me conhecem o meu envolvi-mento no acidente", diz o empresário.

Ao mesmo tempo, sua mulher, Carmem,afastou a idéia que inicialmente lhe ocorreu deadotar as crianças: "Quando soube do aciden-

te, pensei que, caso as crianças não tivessemcom quem ficar, eu poderia adotá-las. Como,em seguida, soube do interesse dos parentesem criá-los, a adoção foi afastada. Mas conti-nuaremos a dar todo o apoio necessário àscrianças."

O vice-presidente do grupo Machline,Adalberto Machado, também garantiu que,desde o primeiro momento, não faltou qual-quer assistência às vítimas. "A primeira preo-cupação foi humana, em fazer tudo que fossepossível. Mas até agora ninguém pensou emvalor material. Apenas tenho a certeza de queas crianças terão todo amparo."

Essa afirmação é reiterada pela assistentesocial do Hospital de Jundiaí, Maria da GraçaCremachi, que cuidou do menino Ricardo, deseis anos. "Durante todo o tempo, a Sharp semostrou muito interessada no caso. A assisten-te do presidente, Magda, ligava diariamente, ea empresa pagou todas as despesas", diz aassistente social. A preocupação maior da

assistente foi com o garoto. "Ao deixar o

hospital, Ricardo ainda não tinha sentido odrama da perda dos pais, o que deverá ocorrersó com o convívio em família", disse Cre-machi.

Outro drama"Pesaroso, triste, mortificado", são as pa-

lavras que amigos e assessores de Machlineencontram para defini-lo hoje. Visivelmenteabatido, o empresário volta gradativamente asuas atividades, mas mesmo nas poucas horaspassadas nos últimos dias no escritório doedificio-sede do grupo, na Alameda Rio Cia-ro, próxima ao centro financeiro da AvenidaPaulista, Machline não esconde o drama quetambém está vivendo. Alguns momentos dasúltimas semanas foram muito difíceis para suavida, até então pontilhada sobretudo por su-cessos.

Uma semana após o acidente, quando ochefe da equipe médica do Hospital SírioLibanês — para onde foi transferido no mes-

mo dia —, dr. Dario Birulin, contou sobre amorte de três pessoas, a reação do empresáriofoi cair num choro incontido por longo tempo.

Ele havia saído de sua casa às 7h30m dedomingo para ir a sua fazenda Haras Rosas doSul, em Itatiba, situada a 88 quilômetros deSão Paulo. As 9h, no perímetro urbano dacidade, após uma curva, o carro chocou-secom um Volkswagen que vinha em direçãooposta, Machline considera um "milagre" es-tar vivo, apenas com fraturas de três costelas eescoriações.

— Tenho convicção de que ele dirigia comcuidado e não estava cm alta velocidade — dizAdalberto Machado, vice-presidente do gru-po.

"Machline preza demais a vida alheia e asua. É muito cuidadoso e moderado." Naterça-feira, retornou ao escritório e tôdòs sedizem empenhados em envolvê-lo ao máximono trabalho, enquanto a família (d. Carmèm eos filhos José Maurício, Sérgio, Carlos Albertoe Paulo Ricardo) tem sido, segundo ele pró-prio reconhece, seu maior ponto de apoio.

CAIXA¦ tcoiômc» H

mMMÊÊÊ Fcociti ¦ ^MMMMMMMMMMMMMMM

VENDA DE IMÓVEISCONCORRÊNCIA N° 010/86

A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL — Filial doRio de Janeiro comunica que venderá no dia28 de outubro de 1986, às 11:00 (onze) horas,pela melhor oferta, no estado em que seencontram, os apartamentos de n°s 502, 503e 701 da Rua General Roca n° 685 — Tijuca —Rio de Janeiro/RJ.PREÇO MÍNIMO PARA CADA APARTAMEN-TO: Cz$ 330.000,00 (TREZENTOS E TRINTAMIL CRUZADOS).Edital e informações: Av. Rio Branco, n° 174

— 24° andarRio de Janeiro/RJ — COMISSÃO PERMA-

NENTE DE LICITAÇÃO — CPL/RJ.

O FORTE DA CAIXA É VOCÊ

PMDBMOREIRA 1(-GOVERNADOR I O

NERYBRIGA

POR VOCÊDER FEDERAL

1527

wíiííimi

SENADORES

Ai

reffl&sPEpSB ESWHÍ4L

15143

HÉLIOFERRAZ

222HÉLIOFERNANDES

153

PROGRAMA NACIONAL DE IRRIGAÇÃO

DEPARTAMENTO NACIONALDE OBRAS DE SANEAMENTO^

AVISO ^EDITAL DE CONCORRÊNCIA

N° 52/86O Chefe do Núcleo Executivo de Licitações-NEL doDepartamento Nacional de Obras de Saneamento-DNOS.comunica, que às 11 (onze) horas do dia 12 de novembrode 1986 na Sede do DNOS, será realizada uma Concor-rência para prestação de serviços de vigilância e seguran--ça ostensiva, interna e externa, do edifício da Sede da 8aDiretoria Regional do DNOS (8a DR), situada à AvenidaBrasil n° 2540, na cidade do Rio de Janeiro-RJ.As firmas interessadas poderão obter informações noNEL e adquirir o Edital com a ESPECIFICAÇÃO n° 52/86na Divisão Financeira, localizados na Sede do DNOS. à Av.Presidente Vargas n° 62, na Cidade do Rio de Janeiro-RJ.ou na Sede da 8a. DR, à Avenida Brasil n° 2540, na Cidadedo Rio de Janeiro-RJ. (a) Albert Amand de BerredoBottentuit (Chefe do Núcleo Executivo de Licitações-Substituto).

JORNAL DO BRASIL Nacional sexta-feira, 10/10/86 ? Io caderno ? 13rT~

Sarney manda cumprir a lei no caso de Rubens Paivà

Brasília — O presidente José Sarney disse ontem aoiprocurador-geral da Justiça Militar, Leite Chaves, que "a leideve .ser cumprida" ao se referir ao caso do ex-deputadoRubens Paiva, seqüestrado em sua residência no Rio de

! Janeiro, em janeiro de 1971. Lei Chaves informou, após. audiência com o chefe do governo, no Palácio do Planalto, que^autorizou o procurador da Ia Auditoria do Exército, no Rio de•Janeiro, a tomar um novo depoimento do médico Amflcar.Lobo, que admitiu ter visto o ex-deputado, agonizante,, nasdependências do I Exército. H

í Durante a audiência, o procurador-geral da Justiça Militarfez aô presidente Sarney um relato sobre a reabertura do casoRubens Paiva. "Ao final de meu relato, ele disse que a lei deve

isèr.dfiAprida", contou Leite Chaves, dizendo que nesse crime!não sé aplica a lei da anistia, porque não ficou caracterizada aexistência de crime conexo: "O deputado, ao ser seqüestrado:cm sua residência, com a família, nào estava cometendonenhum tipo de crime" — explicou.

IndenizaçãoLeite Chaves disse que a viúva do ex-deputado, Eunice

Paiva dispõe dos primeiros indícios de que o crime cometidocontra seu marido foi de responsabilidade da União, uma vezque a polícia se deu por incompetente para apreciar o caso,encaminhando o processo à Justiça Militar, sob a alegação deque os fatos ocorreram em instalações militares. "Esses são os•primeiros indícios, mas o inquérito é que, no final, irá apontaras responsabilidades", afirmou.

A Justiça Militar está agindo "com muita correção" nestecaso, segundo o procurador, que acredita que o inquérito está•tendo"toda a transparência necessária". Leite Chaves disse quea fiscalização da opinião pública está sendo fundamental para oandamento das investigações. "Nesse momento, a JustiçaMilitar está sob os olhos da nação e dos futuros constituintes.que terão poderes até para alterar suas funções, caso esse'episõqio não seja totalmente esclarecido" — disse.

O caso de Rubens Paiva disse Leite Chaves, influiu,inclusive, na comissão constitucional Afonso Arinos que inseriu¦em seu projeto um artigo tornando "imprescritível, inafiançável*¦ não sujeito à anistia" os crimes de tortura. "Os crimes detortura aniquilam uma nação. O Brasil é um país tolerante, masesse'dispositivo deverá ser aprovado pela Assembléia NacionalConstituinte" — afirmou.

Educador lidera movimento

e é punido por

Secretário

Belo Horizonte — Por encabeçar uma açãopopular contra o aumento do subsídio dosvereadores de Paraisópolis, no Sul de Minas, odiretor da principal escola pública local, JoséLima dos Santos, foi demitido do cargo, queocupava há 20 anos, pelo chefe de gabinete daSecretaria de Educação de Minas, GodofredoCaldeira Reis. A demissão provocou protestodos professores e alunos da escola, que segun-da-feira passada fizeram uma passeata queterminou na Câmara Municipal, onde o verea-dor José Manuel Ferreira (PMDB), que piei-teia a direção da escola, foi vaiado.

Os professores da Escola Estadual Anto-nio Eufrásio de Toledo não aceitam que JoséManuel Ferreira, que também é professor,ocupe o cargo. "Ele é um péssimo professor deinglês", afirmou ontem a vice-diretora daescola, Dda Faria Cardoso Dias, que liderou omovimento dos 58 professores. Ela considera,porém, que o afastamento de José Lima dosSantos é definitivo e acredita que "a luta maioragora é impedir que José Manuel ocupe o seulugar e eleger pelo voto direto o novo diretor".

— Eu, na verdade, já pretendia me apo-sentar há dois anos e só não o fiz atendendo aapelo do prefeito, que queria evitar a disputado càrgo por dois pretendentes, um deles overeador José Manuel — contou ontem o ex-diretor José Lima. Ele se disse surpreso peloapoio do prefeito José Asdrúbal de Almeida(PMDB) ao movimento pela sua exoneração,feito pelos oito vereadores do PMDB, que

conseguiram o apoio dos deputados majoritá-rios na região, Rosemburgo Romano e Ronal-do Carvalho, do mesmo partido.

O prefeito, justificando a sua participaçãono episódio, afirmou ao JORNAL DOBRASIL: "Eu preciso da Câmara para gover-nar e fiquei solidário com os vereadores".Esclareceu que o ex-diretor é realmente umapessoa "bem relacionada", sendo ele próprioseu amigo. Não quis julgar o mérito da açãopopular encabeçada por José Lima e subscritapor cerca de SOO cidadãos de Paraisópolis,contra o aumento de Cz$ 400 para Cz$ 3 mil,300 nos subsídios dos vereadores, votados pelaCâmara em fevereiro passado.

A vice-diretora lida Dias revelou que osprofessores e pais de alunos estavam tentandoontem um acordo, através do qual o vereadorreceberia o cargo de vice-diretor (existem doisna escola) até a realização de eleições diretaspara diretor, as quais "José Manuel poderádisputar". Segundo explicou, entretanto, overeador aceitava ser vice-diretor apenas até aeleição de 15 de novembro. José Manuel, quenão foi encontrado pelo JORNAL DOBRASIL, está certo de que o candidato doPMDB, Newton Cardoso, será eleito e que eleserá nomeado definitivamente para o cargo,afirmou lida Dias, embora o governador ve-nha prometendo mandar à Assembléia Legis-lativa projeto de lei para que os diretoressejam eleitos pela comunidade e não maisnomeados pelos políticos.

Vestibular

é afetado

por greveVitória — A greve dos fun-

cionários da Universidade Fe-deral do Espírito Santo estáimpedindo a inscrição dos can-didatos ao vestibular de 1987,que deveria ter começado naterça-feira. A universidadeoferecerá 2 mil 20 vagas nosseus 28 cursos de graduação,mas o vestibular pode não serealizar no dia 4 de janeiro,conforme estava previsto cmcalendário já distribuído.

"Os funcionários encarrega-dos de efetuar as inscriçõesforam impedidos de trabalharpelos piquetes", diz o sub-reitor acadêmico da universi-dade, Kleinger Barbosa. Paraele, o problema pode se agra-var ainda mais porque os pro-fessores da UFES decidiramontem a paralisação de suasatividades a partir do dia 16.

Kleinger Barbosa disse queas inscrições para o vestibularserão encerradas no dia 17,mas ontem não foi feita qual-quer inscrição. "Temos nossopessoal pronto para trabalhar,mas não queremos o con-fronto."

saeado é dia de dbxar o earoo

CORRER NC6 CLASSFICADCS JB

7/ H

\ / 7 /

— A seção Náutica, traz para você,"Iodos os sábados, tudo sobre barcos.

Em Náutica, tem sempre umanovidade a bordo: modelos diferen-tes de lanchas, produtos novos,técnicas modernas, exposições,cursos e regatas.

Para você não se sentir marinhei-ro de primeira viagem, leia Náutica.Sábado, nos seus Classificados JB.

JORNAL DO BRASIL

Classificados

raSSflPORTU-

fflnai M

NOPflLM

MM

I

IfM

FAÇA VOCE MESMO¦¦li 0 ROTEIRO DE SUAHUa VIAGEM.

NÓS FINANCIAMOS TUDO EMATÉ 10 VEZES.

passagens aéreas, hotéis, traslados, enfim tudo para o seu larer e prazer.^^"0 PUNO PASSAPORTE BRASIL NA PALMA DA MÃO

TEM DEZENAS DE ATRAÇÕES TURÍSTICAS QUE VOCÊCOMBINA COMO QUISER.

Aracaju ¦ Belém - Blumenau • Belo Horizonte - Brasília - Campo Grande ¦ Cuiabá• Curitiba ¦ Florianópolis • Fortaleza • Foi do Iguaçu - Goiânia - Joio Pessoa ¦ Ma-ceió - Manaus - Natal - Porto Alegre ¦ Recife - Rio ¦ Salvador - Satarém - Sío Luiz- Sâo Paulo - Vitória.

Agora, com o PASSAPORTE BRASIL,você vai conhecer o p» com assBténca ga-rantida pela Golden Cross e descontos incri-vets em lojas e bubques. Consulte a BEL AIRVIAGENS e aproveite:

informações

<> Av Almirante Barroso. 81 SoDreloja\J Tei (PABX) 292-1212

telex o?i 30919 • Rio cie JaneiroEMBRATUR N" 00906 00 41-7

Vnós não levamos você a qualquer lucar. V

O DESAFIO DO PACTO SOCIAL

CLIMÉRIO VELLOSO

TT ma coisa precisa ficar bem clara,t J quando se pára para pensar na

realidade vivida, hoje em dia, nestenpMO' país: por mais inquietante que seja oatual período, não se pode, sob qualquerpretexto ou desculpa, pensar num retornoao estágio anterior à decretação do Planode"-€stabilização Econômica. O enfrenta-mento das dificuldades vividas pelo conjuntode" nossa sociedade — e elas não sãopoucas — não deve jamais abrir brechas

^pqfa. saudosismo* em relação aquela época,em que imperava a crual ditadura da corre-

_çâo monetária." - É evidente que estamos diante de desa-fios portentosos, notada mente no setor deabastecimento, com a falta de carne e dediversos outros produtos, o que deixa muitagente sobressaltada. O nosso sobressalto,no entanto, deve exprimir a constatação de¦que; pela primeira vez, nos últimos tempos,há uma política social em andamento.

A população está tendo mais recursospara investir na própria sobrevivência — etudo o que fizer, daqui para a frente, deveter o objetivo de consolidar o compromissosocial que despontou com o governo dopresidente José Sarney. Mesmo porque, seestá faltando produtos em muitas mesascomo resultado da escassez provocada poruma demanda exacerbada em alguns cen-tros, para muitos brasileiros, dos rincõesmgi».afastados e dos extratos sociais margi-nalizodos, ela se constitui, ainda, mais numahipótese do que em realidade palpável epalatável.

O Plano Cruzado, para usar uma pala-vra da moda fácil de hoje em dia, pode serdefinido como "instigante".

Agora não se trata apenas de adminis-trar nossos negócios visando otimizar recei-tas, mas, mais do que isso, a qustãopungente que desafia todos os brasileirosconscientes é a de estabelecer neste Brasilque já 6 a oitava economia do mundo,porém ainda luta para ser moderno, estrutu-rãs sociais que atendam à expectativa an-gustiante de estabilização social e, come-quentemente, política. Mesmo porque amodernidade depende da solução desteimpasse.

O Brasil agora deve dar para todomundo e não mais apenas para uns poucosespertalhões, hábeis em jogar na cirandafinanceira ou escorregadios o suficiente parasempre se situar do "lado certo" no jogo dopoder palaciano.

Quando temos que falar da falta degêneros alimentícios que, além de vitimar opovos, ameaça também a manutenção dosnossos negócios, que se articulam principal-mente em torno de uma rede de supermerca-dos, que tem estado com suas prateleirasmuito prejudicadas pelos sucessivos boicotes— costumamos caracterizar esses fato comuma dificuldade setorial. Uma dificuldadeem meio a um conjunto de utras queprecisam ser resolvidas, para que se possafazer desse nosso pais um mercado bemarticulado, organizado com participantesbem situados — e sem ninguém abastardo-do, vivendo das migalhas que venham por-,

ventura a cair das mesas ricas para a cuia dasua miséria.

Como empresários, sentimos que a nossaresponsabilidade de homens produtivos ésomar esforços para que as condições dediálogo entre os diferentes setores se estabe-leça definitivamente e possamos jamais re-cuar no rastro dos amantes do caos, sempreinteressados em ver o circo (e o nosso paiscom ele) pegar fogo. A vontade de acertardos empresários e de todos nós, brasileiros,pode nos capacitar a driblar esses serescatastróficos de uma vez por todas, desdeque tenhamos bem clara em nossas cabeçasa estratégia que guiará nossas ações.

Nesse período pré-eleitoral e pré-constituinte, é com certa preocupação queconstatamos o esvaziamento da discussãoque julgamos tão premente em tomo dessasquestões e, de uma forma mais geral, emtorno de um pacto social que, garantindo oatual período de transição, possa avalizarde vez a definitiva democratização brasi-leira.

Identicados com a proposta levantadainicialmente pelo próprio presidente Sarney,o que nós perguntamos é se não estaremoscorrendo o risco de perder o trem dahistória, ao desconsideraros de forma tãoostensiva a necessidade de dar um desdo-bramento a ela, visando senão atenuar osenflitos, para assegurar que tanto o capitalquanto o trabalho possam estar juntos nopropósito comum da reconstrução nacional.Já que superamos o nefasto período deprivilegiamentos, perseguições e obtusida-

des que marcaram os governos militares, oque nos impede de buscar a perfeiçãodemocrática, senão essa inexplicável inérciadaqueles aos quais caberia puxar o cordão?

O pacto social de que este país precisadeve abordar problemas tais como a imple-mentação de uma efetiva reforma agrária, arevisão das leis trabalhistas, o revigoramen-to do poder judiciário, a revisão do códigotributário, a definição de uma nova políticade industrialização e de aproveitamento do*recursos naturais, como respeito básico aomeio ambiente, para citar apenas alguns dosseus muitos itens. A questão central, porém,deve ser estabelecer uma forma pela qual sesupere os gritantes desníveis que persistemno nosso corpo social. Para uma economiaque se ombreia com as maiores do mundo euma população de mais de 120 milhões debrasileiros, carregamos um peso de aproxi-iradamente 50 milhões de marginalizados,vivendo em condições as mais humilhantes ese constituindo em ameaça permanente aqualquer proposta de estabilidade.

O desafio de incorporar esses brasileirosà modernidade, de tirá-los da influência dapolítica populista desagregadora e da ten-tação esquerdista subversiva, é o desafio aoqual os empresários e todos os homensconscientes deste país tèm que dar umarespota. Tudo mais é eventual, tudo mais épassageiro, enquanto esse desafio não en-contrar sua resposta.

CUMfaUO VlUOSO. «0. t mçrmáno, pnaldtn» do anpo CS(Cana do Bonho) • candidato o dqwtado fsdsrol peto PMDfc-RJ.

TRANSCRITO DA FOLHA DE SÃO PAULO DE 09/10/86.PÁG. 8

.1 O' <

QUEM PERDE 0 JORNAL DO BRASIL

PERDE UM POUCO DO MUNDO

w

Reverendo Wright diz

que presos desaparecem

no Rio e em São PauloBdo Horizonte — Co-autor do projeto Brasil nunca mais, o

reverendo Jaime Wright denunciou ontem, em entrevista nestacapital, o desaparecimento de presos comuns nas delegacias depolicia das grandes cidades brasileiras, especialmente São Pauloe Rio. "Os métodos usados pela repressão contra presospolíticos, durante a ditadura militar, estão sendo utilizadosagora pela Nova República contra presos comuns", afirmou opastor da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil.

Jaime Wright lamentou que em São Paulo, durante o"governo democrático do PMDB" esteja mais difícil se traba-lhar pelos direitos humanos do que durante o governo PauloMaluf, o que significa que os direitos humanos estão sendodesrespeitados com maior freqüência. Segundo ele, somenteeste ano SOO suspeitos de prática de delitos morreram em açõespoliciais em São Paulo. "O que o esquadrão da morte faziaescondido no passado, agora é feito rotineira e abertameniepela polícia. E o que é pior, com aprovação da população",comentou.

A mesma sociedade que nos aplaudia nas denúnciascontra torturadores de presos políticos (formados em 80% pelaclasse média), apóia agora os massacres contra simples suspeitose as torturas contra presos comuns, o que é fruto de políticosque se aproveitam da neurose de violência que tomou conta dapopulação das grandes cidades. Achamos que a tortura, emtodas as suas formas, é lamentável — enfatizou Jaime Wright,que é assessor do cardeal arcebispo de São Paulo, dom PauloEvaristo Arns, e único protestante a integrar a comissãoarquidiocesana da Pastoral dos Direitos Humanos da Arquidio-cese de São Paulo.

Segundo o reverendo, a situação no Rio é tão grave quantoà de São Paulo. Nas duas cidades, foram identificados tortura-dores cujos nomes constara da linha publicada no livro Brasilnunca mais, em vários escalões do governo.O governador Brizola vem, sistematicamente, se recu-sando a destituir de suas funções esses torturadores, que é bmínimo que estamos exigindo, já que a Lei da Anistia proíbeoutro tipo de punição — acusou.

Ele criticou as declarações de Paulo Maluf de que vaicondecorar policiais que matarem bandidos, em seu governo."O próprio sistema militar reconheceu em Maluf o seu candidá-to e o candidato da direita. E o sistema militar sempre viveu daviolência", disse Jaime Wright, que veio a Belo Horizonte parareceber o título de cidadão honorário, conforme projeto deautoria da vereadora Helena Greco (PT), que é presidente daComissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores.

Jaime Wright criticou o Congresso Nacional por não teraprovado o ingresso do Brasil na convenção contra tortura eoutros tratamentos ou castigos cruéis, desumanos e degradan-tes, cujo protocolo de intenção foi assinado pelo presidente JoséSarney no dia 23 de setembro do ano passado, na sede da ONU.

EDITAL

Encontra-se a disposição dos interes-sados no Arsenal de Guerra do Rio àRua Monsenhor Manuel Gomes, 563Caju o Edital acima que trata de loca-ção de um imóvel de 8 as 11 horas atéo dia 15/10/86.

Presidente da Comissão deLicitação do AGR

(baker)

zri

BAKER DENTAL DO BRASILINDUSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

(EM LIQUIDAÇÃO)COMUNICADO A PRAÇA

Jartoas T. Barsanti Ribeiro. Liquidante nomeado pelo M.M.JUÍZO DA 1o VARA ClVEL DA COMARCA DA CIDADE DO RIODE JANEIRO tendo em vista a decretação da dissqluçâo daSociedade entre DENCQ PARTICIPAÇÕES LTDA e ENGE-LHARD DO BRASIL INDUSTRIA E COMÉRCIO, comunica aosinteressados que a firma BAKER DENTAL DO BRASIL INDUS-TRIA E COMÉRCIO LTDA encerrou suas atividades comerciais,estando em processo de Liquidação, sendo sua sede à Estradado Guerengue 2059 (parte)

JARBAS T. BARSANTI RIBEIROLIQUIDANTE

VozfalalnibiçãoCONSULTE O PftOf. SIMON WAJNTRAUS

AULA DC ORATÓRIA BM GRUPO PARA PERDER AINIBIÇÃO j(Salão de Convenções com Palco e Vldeo-Tape) |

CORREÇÃO DOS PROBLEMAS DA VOZ E DA FALAI MATRIZ RJ (021) 2554823,256-4914 e 257-6080. FILIAIS:|BA 221-3321, D F 226-5751, SP, GOIANIA { SALVADOR

18 anos de experiência - Método Próprio ¦

4- L- BANCO CENTRAL DO BRASIL

OFERTA PÚBLICA DE TÍTULOSLETRAS DO TESOURO NACIONALO Departamento de Operações com Títulos e Valo- jres Mobiliários—DEMÒB faz saber às instituições Ifinanceiras e ao público em geral que se encontra à jdisposição dos interessados, na Associação Nacional 'das Instituições do Mercado Aberto (ANDIMA), loca- ¦lizada na Rua do Carmo n° 7, 3o andar, no Rio de iJaneiro e nos departamentos regionais do Banco [Central, nas demais praças, o seguinte comunicado: ;COMUNICADO DEMOB N° 656, DE 09.10.86: ofer-ta pública de LTN, cujas propostas serão recebidasno dia 13.10.86, na forma e nas condições aliestabelecidas. Rio de Janeiro, 09 de outubro de1986. DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES COM ;TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

JORNAL DO BRASIL

Comp«Ma BnsMra d* Tkww UtbanM

IV CBTUMMISTtMO DOS TRANSPORTES R.F.F.8JL

A V I S.OTOMADA D_E PREÇOS N° 020/86 - CLR/CBTUA COMPANHIA BRASILEIRA DE TRENS URBA-

NOS -CBTU torna público, a quantos possa interessar,que serão recebidas propostas para a execução deObras de recuperação da infra-estrutura e renovaçãoda superestrutura ferroviária do subtrecho ENGE-NHO DE DENTRO - MADUREI RA na Superinten-dènciade Trens Urbanos do Rio de Janeiro-STU/RJ.

As propostas deverão ser entregues no dia 04Nov 86, às 10:00 h, na Sala de Licitação no 79 an-dar do n° 77, da Estrada Velha da Tijuca, Usina daTijuca, Rio de Janeiro, RJ.

O Capital Social mínimo exigido aos licitantes,integralizado até a data da entrega das Propostas, éde Cz$ 20.000.000,00 (vinte milhões de cruzados).

O Edital poderá ser obtido no mesmo endereçoacima citado, nos horários das 09:30 às 11:30 h edas 14:00 às 16:30 h, ao preço de Cz$ 2.900,00(dois mil e novecentos cruzados).

Rio de Janeiro., 09 de outubro de 1986.COMISSÃO DE LICITAÇÃO

REI

'E

1

I

[

E

D

14 ? 1° caderno ? sexta-feira. 10/10/86

^Empregados da

família real

temem ter AidsLondres — Pelo menos seis emprega-

dos da Família Real britânica estão empânico, temerosos de ter contraído Aids,afirmou o jornal sensacionalista londrinoSún. Eles mantiveram relações sexuaiscom Stephen Barry, ex-camareiro dopríncipe Charles, que morreu há alguns1 (lias de Aids, disse o tablóide, em matéria

Je.primeira página.' Dois deles já foram submetidos aexame médico mas os outros quatro "pre-ferem não saber". Um ex-motorista da"ftairiha Elizabeth disse ao Sun que Barry

"X- fjtephanie para os íntimos — mudavade namorado constantemente. Barry foi'êhipregado do príncipe Charles durante12 anos (até 1981) e escreveu depois umlivro sobre a vida no Palácio de Buckin-"jgham.

Segundo o ex-motorista, Barry erarum animador de festas gays — entre os•empregados, realizadas no Palácio ime-diatamente depois que a Rainha ia dor-

iinir. O jornal afirma que a Rainha nãoignora que grande parte de seus serviçais

¦6 homossexual, mas só intervém quandoalgum deles se comporta de forma dema-siadamente feminina. "Uma vez ela re-preendeu um camareiro porque ele tinhafeito permanente no cabelo", contou o

.çx-motorista.a" Descendente de Maomé

A Rainha Elizabeth é descendente(íireta do profeta Maomé, revelou um dosmaiores especialistas em genealogia, Ha-róld Brooks-Baker, editor do Burke'sPeerage, a bíblia da nobreza européia.Em carta à primeira-ministra MargarethThatcher, o especialista pede maior pro-teção para a rainha e os outros integran-tés da família real."Como descendente de Maomé, arainha é sagrada aos olhos dos muçulma-

J nos", afirmou Brooks-Baker, ao explicar'^ue muitos líderes religiosos sabem disso.O laço sangüíneo pode ser explicado,

¦segundo ele, através do rei Eduardo IV,-aparentado com o rei de Portugal, porsua vez parente dos califas árabes da•Espanha. Com o surgimento do terrorárabe não religioso, é necessário reforçara segurança dos reais, advertiu Brooks-Baker.

íibíi Y:

Seqüestradores

Internacional JORNAL DO BRASILWashingtoj^^FotodaAFP^ Reikjavik —Foto da AFP

W(' '

despedida

| ¦BlUf Hv

"''pop

IMP' . /

...ifl i jm

a, a recepção da pres innbogadottir

Reagan na Islândia acha que

"sucesso não está

garantido

àJ-VJjHe computador

exigem resgateo

; Bruxelas — Uma empresa belga do• setor de informática denunciou o rouboda memória de seu computador central,ppr cuja devolução está sendo exigido umfeeate de 75 mil dólares. Segundo espe-'jHáustas, não é muito, considerando-sequè"o valor material das unidades rouba-°das é avaliado em 20 milhões de francosbelgas (quase 500 mil dólares). O compu-Tâdor assaltado é um Convex, de fabrica-•Ção americana, do qual só existem trêsiguais na Europa e uns 30 no mundointeiro. ±

O roubo occreu em Louvain a 27 detimbro, mas a imprensa belga manteve%cio voluntário até ontem para permi-jque a polícia tentasse descobrir os

és, que se acredita pertencerem àjnidade de informática devido à ha-

3àde e facilidade com que o roubo foijÈOmetido. Em círculos de informáticaçéuropeus, o computador era chamado derJMini-Cray, uma referência ao compu-Jjpdór mais sofisticado do mundo, quejjiípciona no Pentágono.

' ***") anúncio do roubo ocorre a umana do início, em Bruxelas, de umJsio sobre segurança na informática,

assistirão especialistas de vários

Reikjavik — O presidente RonaldReagan chegou às 19h5min (17h5minRio) no aeroporto Keflavik para a reu-nião que terá com o dirigente soviéticoMikhail Gorbachev no final de semana.Na partida de Washington, ele foi caute-loso, afirmando que o "sucesso não esta-va garantido":— Náo podemos fingir que as dife-renças não existem, rabiscar às pressasalgum acordo e depois sair falando sobreo espírito de Reikjavik", afirmou Reagana pouco mais de 100 funcionários e suasfamílias numa despedida nos jardins daCasa Branca.

O presidente afirmou que há muitasdiferenças no caminho de acordos com aUnião Soviética, mas ele acredita emresultados se Gorbachev, que chega hoje,vier com um "espírito verdadeiro decooperação".

"Os objetivos dos Estados Unidos —paz e liberdade em todo o mundo — sãograndes objetivos mas, como todas ascoisas importantes, não são fáceis deconseguir. Reikjavik pode ser um passo,um passo útil e, se persistirmos, o objeti-vo de um mundo melhor e mais seguro seconcretizará algum dia" afirmou ele.

Muito aplaudido, Reagan encami-nhou-se para o helicóptero de mãos da-das com a mulher Nancy, que se despediudele com um beijo (ela não viajou, masGorbachev irá com a mulher, Raisa).Dali, Reagan foi para a Base AéreaAndrews onde embarcou no Air ForceOne, que decolou às 9h36min (7h36minRio) para um vôo de seis horas. O espaço

aéreo islandês foi fechado uma hora antesé uma hora depois da chegada de Rea-gan, as estradas e ruas até a casa doEmbaixador americano onde ele se hos-peda também ficaram interditadas. Rea-gan foi recebido no aeroporto pela presi-denta finlandesa, Vigdis Finnbojadottir.

No aeroporto, um alto funcionárioamericano, provavelmente o porta-vozpresidencial Larry Speakes, disse queReagan espera esboçar um acordo sobremísseis de médio alcance.

— Esperamos um aperto de mãosobre INF (forças nucleares intermediá-rias — afirmou a fonte, enquanto Reaganlimitava-se a dizer que a paz era seuobjetivo prioritário.

O jornal The New York Times infor-mou que o governo americano pretendesuperar os limites estabelecidos no trata-do Salt-2 para limitação de armas estraté-gicas no dia 11 de novembro, com ainstalação de mísseis Cruise no 131° bom-bardeiro B-S2. Isso seria antes da reuniãode cúpula que deve se realizar em dezem-bro, se tudo correr bem em Reikjavik.

Uma fonte do Times disse que estadata só será mudada se houver "mudan-ças dramáticas" na reunião da Islândia, eacrescentou que Reagan não apresentaránenhuma proposta. Idéias novas america-nas foram apresentadas recentemente eReagan pretende deixar a iniciativa aossoviéticos, condicionando mudanças aostermos que Gorbachev apresentar.

Enquanto o lado americano manti-nha a pressão, funcionários soviéticos jáem Reikjavik anunciaram que o Kremlin

permitirá a próxima emigração da dissi-dente judia Inessa Fleurova. Na véspera,foi anunciada a retirada de seis regimen-tos do Afeganistão, 8 mil homens, segun-do os russos, e palavras conciliatóriasmarcaram mais uma vez o briefing sovié-tico: Nikolai Shishlin, do Comitê Centraldo PC, afirmou que Gorbachev estápronto para discutir qualquer assuntocom Reagan, sem restrições.

Uma delegação de nove judeus, in-cluindo dois parlamentares, deixou TelAviv para a Islândia com objetivo depressionar pela libertação dos judeus quedesejam deixar a União Soviética. Entreeles, está Mikhail Shirman, 31 anos, quesofre de leucemia, precisa de um trans-plante de medula e só o irmão, retido emsolo soviético, pode ser o doador. "Essa éa minha última esperança. Meu tempoestá se esgotando", disse ele.

Funcionários americanos deram umbriefing completo aos aliados da OTANsobre as posições que Reagan levará aGorbachev. O Parlamento Europeu su-geriu a criação de zonas livres de armasnucleares na Europa (uma idéia soviéti-ca) e um fim à mllitarização do espaço(idem) e protestou porque a ComunidadeEuropéia não está representada em Reik-javik.

A Alemanha Ocidental apelou aopre-sidente Reagan para obter de Gorbacheva libertação do criminoso nazista RudolfHess, 92 anos, que está preso há 40 anos,atualmente é o único ocupante da prisãode Spandau e está doente. Os EstadosUnidos já concordaram em soltá-lo, masa União Soviética não.

Europa espera com indiferença

Fritz UtzeriCorrespondente

ÜPeres ameaça

romper coalizao

com ShamirParis e Cairo — O primeiro-ministro

de Israel, Shimon Peres, assegurou queromperá a coalizão governamental se oseu sucessor, o ministro do Exterior,Yitzhak Shamir, interromper o processode paz no Oriente Médio.

Peres deixará hoje a chefia do gover-tio, cumprindo acordo político firmadoem 1984 que estabeleceu a troca doscargos entre o premier e o ministro do'lExtèrior. A coalizão governamental éformada pelo Partido Trabalhista, lidera-'do

por Peres, e o bloco direitista Likud,chefiado por Shamir.O •*-"Manter o processo de paz é o fato.mais importante e não acredito que existapossibilidade de que o governo (israelen-

,se) seja mantido se aquele processo fordetido", disse Peres, em Paris, ao termi-nar visita de dois dias à França.

,Lsb Quando ao problema palestino, Pe--r«sc ressaltou que deve ser feita umaescolha entre o rei Hussein, da Jordânia,eYasser Arafat, presidente da OLP.

.-"Nós preferimos o rei a Arafat", decla-<rou o prender, acrescentando que Hus-sein' "comprovou a existência de umatendência na OLP para assumir não só ocontrole da Cisjordânia, mas de toda a'Jordânia".

" Segundo Peres, três países árabes sãofãvoráveis ao diálogo direto com Israel:Egito, Marrocos e Jordânia. Mas especia-listas em Oriente Médio citados pela-¦agência de notícias inglesa Reuters mani-"festaram surpresa com a declaração dePeres de que a Jordânia e o Marrocosaprovam o diálogo direto com os israe-

ienses. Lembram que Hussein já deixouclaro que só negociará com Israel numaconferência internacional e que o reiHassan, do Marrocos, anunciou que não

••conseguira persuadir Peres — quandofeste o visitou, em julho — a aceitar ascondições de paz árabes.

ZfiVa f Peres é favorável à idéia de umaconferência internacional de paz para oOriente Médio, como primeiro passo pa-ra negociações diretas entre Israel e seusvizinhos árabes. Shamir, no entanto, é' contrário à conferência internacional.

Paris — Na véspera de um novoencontro de cúpula — ou minicúpula —entre Ronald Reagan e Mikhail Gorba-chev, a Europa deveria estar vivendo umclima de otimismo. Afinal, todos concor-dam, se algum acordo interino é capaz desair da reunião de Reikjavik, esse acordoserá referente aos mísseis de alcanceintermediário estacionados na Europa.

Nem mesmo os pacifistas, mais preo-cupados nestes dias com as centrais nu-cleares do que com as bombas, têmestado muito ativos e os governos euro-peus, pelo menos até agora, têm evitadomaiores comentários. Depois da grita edas resistências provocadas há cerca detrês anos pela instalação dos chamadoseuromísseis (os Pershing e Cruise) noVelho Continente, diria-se que a Europavive um momento de indiferença.

Na verdade, o silêncio europeu éfeito de perplexidade. No começo dadécada, os americanos e seus'aliadoseuropeus da OTAN constataram umasuperioridade nítida dos soviéticos e doPacto de Varsóvia quanto ao armamentoconvencional no Continente. Assim, ape-sar das resistências de parte da opiniãopública e mesmo de algumas reticências

governamentais, a instalação dos Per-shing e Cruise na Europa foi vista comoum reentrosamento entre as forças ameri-canas e seus aliados europeus.

Washington parecia assim indicar aMoscou que qualquer agressão contra aEuropa levaria a represálias nuclearessobre o território soviético. Agora, com aredução que seguiria a um acordo entreos dois grandes, os europeus, mais umavez vêem-se no centro de decisões sobreas quais não têm muito peso e, pior,temem alguns, a redução dos armamen-tos poderia reverter essa tendência deentrosamento que vinha sendo observadanos últimos anos.

Outros europeus, como os franceses,têm motivos particulares para esperar emsilêncio pelas conversações. Até recente-mente, os soviéticos insistiam em contar,as forças nucleares da França e da Grã-Bretanha do lado das americanas, paraestabelecer os limites de seu próprioarmamento (ou redução). Gorbachev re-verteu essa tendência e deixou entendidotambém que o Kremlin não se oporiamais à modernização dos arsenais inde-pendentes dos ingleses e franceses.

Mas — e sempre há um mas — taisconcessões têm um prazo limitado, possi-velmente o mesmo da duração de um

-Um país onde quase nada acontece-

Reikjavik — A chegada do presiden-te Ronald Reagan ontem quebrou a roti-na das quintas-feiras em Reikjavik, umdia em que a televisão não funciona paraque as pessoas possam ler ou dedicar-se àmania nacional: o xadrez. Por coincidên-cia, inaugurou-se a primeira estação detelevisão privada e os islandeses tiveramdois canais simultâneos para ver o maioracontecimento do século nessa pequenailha de 240 mil habitantes.

Por alguns dias, a Islândia perderá atranqüilidade habitual de uma populaçãopróspera, cercada por uma paisagem ci-nematográfica de lagos e matas. Aquinão existe miséria nem desemprego, ospais deixam seus filhos circularem livre-mente sem pensar duas vezes e poucagente tranca as portas de casa.

Um dos assuntos mais palpitantes emReikjavik, até hoje, é a "grande onda decrime" que assolou a cidade ano passado.Um dos bancos do centro foi roubado,um crime rapidamente resolvido. Foi oprimeiro roubo de banco e o primeiroassalto à mão armada da história islan-desa.

O primeiro-ministro, SteingrimurHermannson, não precisa de pesquisas deopinião pública para saber o que a popu-lação pensa. Quatro vezes por semana elevai nadar numa piscina pública na horado almoço e, depois de dar suas braçadas,conversa com o eleitorado para saber oque está acontecendo.

Quando falam de seu país, algunsislandeses costumam apontar a "atmosfe-ra descontraída" como a característicasocial mais contrastante com outros luga-res onde moraram.

Este forte sentido de coesão culturalé, em grande parte, subproduto de umasociedade pequena, isolada e homogê-nea, descendente principalmente dos vi-Idngs que começaram a se instalar aquiem 874. E só num lugar como a Islândia,o costume vigente de batismo não causauma confusão danada.

Não existem sobrenomes, mais de90% da população levam nomes escandi-navos. Uma criança recebe o primeironome que os pais quiserem mas o últimonome é o do pai, mais a letra S paraindicar possessivo e son para homens edottir para mulheres. Como a variedadede nomes é pouca, o catálogo de Reikja-vik está cheio de gente com o mesmonome, mas até a capital é pequena osuficiente para que todos saibam distin-guir um Svein Sveinsson de outro.

O isolamento da Islândia ajudou apreservar características interessantes co-mo a linguagem, quase o nórdico usadona antigüidade pelos vikings em suassagas. Os islandeses também não gostamde incorporar nomes estrangeiros à sualíngua, assim, computador virou tolva etelefone é simi.

Mesmo para os padrões escandina-

vos, a população da Islândia é um grupoextremamente homogêneo, como seolhos azuis e cabelos louros fossem umrequisito para a cidadania. Os islandesescitam, em tom de piada, informaçõespublicadas em revistas alemães de queHitler pretendia usar os islandeses comomatrizes de procriação, tal o grau depureza ariana do seu sangue.

Outro tipo de pureza, o meio-ambiente, costuma ser citado jocosamen-te como a principal causa da presença deseis mestres de xadrez num país tãopequeno. O frio desaconselha atividadesao ar livre a maior parte do ano, daí abusca de esportes de salão.

Essa preferência nacional foi premia-da em 1972, quando se realizou ali a finaldo mundial de xadrez entre o americanoBobby Fischer e o soviético Boris Spass-ky, vencida pelo americano. Em 1973,reuniram-se em Reikjavik o presidentedos Estados Unidos, Richard Nixon, e opresidente da França, Georges Pompi-dou, e diversas reuniões ministeriais daOTAN aconteceram em Reikjavik.

A Islândia não é um país neutro,integra a OTAN e abriga uma base usadapara vigiar submarinos soviéticos em pa-trulha no Ártico, ã principal rota para umeventual ataque nuclear contra os Esta-dos Unidos. Só que, nessa eventualidade,a ilha e seus vikings sumiria do mapaantes que qualquer míssil caísse em soloamericano.

Sem cortes na TV russa,

o exílio no Brooklyn

Serge SchermannThe New York TimesMoscou — Os telespectadores sovié-

ticos ganharam um presente inesperado:assistiram, sem censura e sem cortes, aum documentário sobre exilados soviéti-cos que vivem no bairro do Brooklyn, emNova Iorque. Eles discutem seus proble-mas na sociedade que deixaram e na novapátria. Uns estão bem, outros perdidos eum chegou a confessar que sente saúda-des do KGB.

Termos jamais permitidos pelas auto-ridades soviéticas foram livremente usa-dos, com críticas ao totalitarismo, à cor-rupção e ao mercado negro. Tambémfalaram de problemas.para encontrar em-prego nos Estados Unidos, fazer amigos,confusão em lidar com liberdades desço-nhecidas, escolhas, direitos e a troca dosistema soviético, que cuida do cidadãodo berço ao túmulo, pelo comercialismobrutal dos Estados Unidos.

O documentário se chama Os RussosEstão Aqui, foi feito por um cineastaisraelense para a TV educativa americanae exibido pela primeira vez em 1983. Ossoviéticos o assistiram dia 21 de setembroúltimo, precedido por um longo comentá-rio do jornalista e crítico Genrikh Boro-vik, que costuma falar sobre os males dasociedade americana. O sucesso obrigouà repetição do filme na semana seguinte.

A sociedade soviética é apresentadacomo triste, rude e programada, mastambém onde "se pode ser feliz semdinheiro", onde "um escritor é um profe-ta" e as amizades são mais calorosas eduradouras. Um escritor, frustrado pelofracasso de seus livros nos Estados Uni-dos, afirmou:"Eu sinto saudades do KGB, que meprestava muita atenção. Eles eram osprimeiros a ler meus trabalhos e o faziam

com todo o cuidado. Era ótimo ter tantaatenção, me fazia sentir importante".

A liberdade foi o argumento domi-nante entre todos os entrevistados, algu-mas vezes num aspecto alegre de poderler e falar, mas também por coisa negati-vas, como a competição e a luta pelasobrevivência."Sou contra os regimes totalitárioscom toda convicção, mas quando compa-ro o sistema soviético com esta totalliberdade americana, não sei o que émelhor. Estou perdido", disse um es-critor.

No seu comentário, Borovikafirmou:"Só depois que partiram, compreen-deram o que perderam".

O objetivo é claro: desencorajar aemigração dos judeus. Nesse contexto, aexibição do documentário mostra umanova faceta de sofisticação na propagan-da soviética. O governo soviético parecedisposto a explorar um certo sentimentoque já existe entre os judeus de que ascoisas no Ocidente não são fáceis comoparecem. Essa imagem veio se formandoatravés de cartas recebidas por parentesdos 150 mil exifados que vivem nos Esta-dos Unidos.

EUA querem deixar o

líder líbio "nervoso"

Washington — O governo dos Esta-dos Unidos pediu aos seus aliados daOTAN (Organização do Tratado doAtlântico Norte) que neguem o direito depouso aos aviões da Líbia e anunciou queaumentará sua campanha para deixar"nervoso" o dirigente líbio, coronelMuammar Kadhafi, apesar do escândaloda campanha de desinformação que pro-vocou a renúncia, quarta-feira, do porta-voz do Departamento de Estado, Ber-nard Kalb.

O chefe da Casa Civil da Casa Bran-ca, Donald Regan, alegou que ò governoamericano teria ficado em desvantagemse não tivesse um plano "para enfrentarKadhafi", mas negou que as autoridadesamericanas tenham mentido à imprensacom a campanha de desinformação con-tra o dirigente líbio.

O jornal The Washington Post infor-

mou semana passada que o plano foielaborado pelo assessor para assuntos desegurança nacional, John Poindexter, eapresentado ao presidente Reagan nummemorando de três páginas.

Kalb, ao renunciar, afirmou que dei-xava o cargo porque não desejava "divul-gar notícias falsas". Mas assegurou quenão viu o memorando enviado a Reagane que jamais recebeu instruções paramentir para os jornalistas. A agência denotícias oficial da Líbia, Jana, sustentouque a reúncia de Kalb comprovou "asmentiras e artimanhas" de Reagan contraKadhafi.

Ao justificar a campanha para deixarKadhafi "nervoso", o secretário de Esta-do adjunto, Richard Murphy, disse que ogoverno americano tem indícios de que odirigente líbio não interrompeu o seuapoio às ações terroristas.

Moscou — Foto da AFP

eventual acordo interino entre os doisgrandes. Daqui há alguns anos, a Françaterá substituído e modernizado cerca de500 bombas nucleares de sua própriaforce de frappe. Ora, nessa ocasião, aUnião Soviética, com 100 ogivas no Con-tinente, não deixará certamente de de-nunciar a desproporção de forças e demeios e apontar os franceses como umobstáculo ao desarmamento.

Mas, haja ou não acordo na Islândia,o que os soviéticos realmente parecemquerer é uma volta do status quo existen-te antes da decisão americana de tocar oprograma de Iniciativa de Defesa Estra-tégica (IDE) ou Guerra nas Estrelas. Naverdade, eles preferem recuar para aestratégia dos anos 60, quando a paz eraassegurada apenas pela certeza de quecada um poderia destruir o outro váriasvezes (e não evitá-lo e tentar sobreviver,como os americanos pretendem fazeratravés da IDE).

Os soviéticos, na contagem das ar-mas, estão hoje em situação melhor doque nunca e Gorbachev, em luta com seupróprio aparelho estatal para firmar-se,precisa de uma pausa na corrida militarpara desatolar a economia do país emodernizá-lo era setores vitais.

Praça Vermelha ao fundo, o químico americano ArnoldLokshin posa para a agência de notícias Tass ao lado da

família — os três filhos e a mulher Loren, à direita. Lokshin

fugiu dos Estados Unidos e obteve asilo político junto aMoscou. Familiares do cientista em Houston, Texas, estra-nharam a atitude que já valeu a Lokshin uma reportagem

no jornal oficial Sovetskaya Rosaiva

Pretória proíbe ajuda

externa a opositores

Johannes burgo — O governo daÁfrica do Sul proibiu que o principalgrupo de oposição ao regime de segrega-ção racial (apulheid), Frente Democráti-ca Unida (FDU), receba ajuda financeirado exterior. A medida foi tomada emseguida à decisão de proibir a contrataçãode servidores moçambicanos e à ordem

Bara que 60 mil moçambicanos que traba-

iam nas minas sul-africanas deixem opaís no prazo de um ano.

Em Washington, o governo RonaldReagan criticou as medidas co. tra a FDUe os trabalhadores moçambicanos. O por-ta-voz do Departamento de Estado, PeteMartinez, declarou: "Lamentamos a de-cisão, mais uma violação dos direitospolíticos de oponentes pacíficos do apar-theid na África do Sul". Acrescentou quea Casa Branca está "profundamentepreocupada" com a "deterioração dasrelações entre a África do Sul e Moçam-bique, causada por aquela desafortunadadecisão".

O decreto do presidente Pieter Bothaimplicou o congelamento imediato de 100mil rands (450 mil dólares) nas contasbancárias da FDU, grupo fundado em

1983 e que congrega cerca de 600 entida-des, com 2 milhões de filiados de todas asraças. Botha alegou que grande parte doorçamento anual da FDU, "de milhõesde rands", provém do exterior, principal-mente dos países escandinavos. O presi-dente baseou-se numa lei que permiteproibir a ajuda financeira externa aosgrupos políticos apoiados por instituiçõesestrangeiras. Segundo a agência Reuters,a medida pode abrir caminho à proibiçãototal de funcionamento da FDU.

O tesoureiro da FDU, Azhar Cacha-lia, informou que o grupo recorrerá àJustiça para tentar obter a anulação damedida governamental. "Não podemosadmitir que esse decreto seja válido. Nóso consideramos náo apenas injusto, mastambém ilegal", disse Cachada. Acres-centou que desde que o estado de emer-gência foi imposto na África do Sul, a 12de junho, os filiados à FDU dependeminteiramente da Frente para o financia-mento de programas locais.

As medidas foram tomadas uma se-mana depois de o Congresso americanoaprovar sanções contra o regime sul-africano.

JORNAL DO BRASIL Internacional. sexta-feira, 10/10/86 ? Io caderno ? 15

Americano preso acusa CIA de ajudar os "contras"Casa Branca

repele protestoManágua e Washington — O ame-ricano Eugene Hasenfus — único so-brevivente dos quatro tripulantes doavião derrubado pelos sandinistas comarmas e suprimentos para os contras —

revelou ter realizado 10 missões seme-lhantes, partindo de El Salvador eHonduras, e garantiu que a operaçãoera supervisionada por dois cubanosnaturalizados americanos, "que traba-lhavam para a CIA".

Em minucioso depoimento a jor-nalistas estrangeiros em Manágua,diante de oficiais do Exército sandinis-ta, Hasenfus citou nomes de pessoas efirmas para as quais trabalhou, contra-dizendo o governo americano, quehavia negado qualquer ligação da CiA,Pentágono ou Casa Branca com essesvôos de abastecimento aos rebeldesanti-sandinistas.

O governo nicaragüense informouque os corpos de outros dois america-nos que estavam no avião — WilliamCooper e Wallace Blaine Sawyer Jr. —seriam entregues ainda ontem aos Es-tados Unidos e que funcionários daembaixada americana e a mulher deHasenfus, Sally, que chegou terça-feira a Manágua, teriam permissãopara falar com ele brevemente. O

'quarto tripulante do C-123 (avião mili-' tar de transporte) é de origem hispâni-ca e ainda não foi identificado.

A Nicarágua ainda não anunciouoficialmente o que pretende fazer comHasenfus. A embaixadora nicaragüen-se na ONU, Nora Ostorga, disse que

¦ele deverá ser julgado e poderá sercondenado a até 30 anos de prisão.Mas fontes do governo sandinista dis-seram à agência Reuters que Hasenfuspoderá ser libertado "num gesto deboa vontade para mostrar o desejo depaz da Nicarágua".

'•'•' —————No depoimento que deu aos jorna-

i listas, depois de ser interrogado peloExército, Eugene Hasenfus contou que

i participou de 10 vôos de abastecimentoaos rebeldes, quatro a partir da base deAguacate, em Honduras, e seis da baseaérea de Ilopango, em El Salvador.Disse que trabalhava para a firmaCorporate Air Services, uma espéciede subsidiária em El Salvador da Sou-thern Air Transport, baseada em Mia-

mi e acusada de ligações com a CIA.Acrescentou que 24 ou 26 "pessoas dacompanhia" trabalhavam no progra-ma, incluindo os tripulantes, o pessoalda manutenção "e dois cubanos natu-ralizados americanos que trabalhavampara a CIA".

Hasenfus identificou os cubanoscomo Max Gomez e Ramón Medina edisse que eles "supervisionavam o alo-jamcnto das tripulações, os projetos detransporte, o reabastecimento e algunsplanos de vôo". Afirmou que se com-prometeram a lhe pagar 3 mil dólarespor mês, "fora o alojamento e o trans-porte"."Disseram-me que voaria emaviões modelo Caribous DHC e C-123", acrescentou Hasenfus, que éespecialista em transporte de carga eveterano da Guerra do Vietnam. Ha-senfus conseguiu sobreviver saltandode pára-quedas. Quando ele acabou decontar sua história, o diretor do serviçode informação do Exército, JaimeWheelock, interveio e disse que

"Ha-

senfus pediu para não responder per-guntas", provocando protestos dos jor-nalistas.

Funcionários do governo e do ser-viço de informações da Nicarágua mos-traram ao The New York Times umrelatório de bordo encontrado no aviãoderrubado, assinado por Wallace Sa-wyer, com 34 nomes de pessoas queparticipavam dos vôos de abastecimen-to aos rebeldes. Nenhum dos nomesparecia de origem latina.

Em cerimônia transmitida pela te-vê para todo o país, o governo nicara-güense condecorou os três soldadosque derrubaram o avião e capturaramHasenfus. José Fernando Canales, de19 anos, autor do disparo de fogueteque atingiu o C-123, recebeu umamedalha de ouro das mãos do ministroda Defesa, Humberto Ortega. RaulAcevedo e Byron Montiel ganharammedalhas de prata.

Canales, que cumpre o serviço mi-litar há apenas cinco meses, contouque ele e seus companheiros nuncaimaginaram que pudessem derrubar oavião quando voltaram suas bateriascontra ele.

UwnBi&L V"¦''J'' "

vi1'" 'wVh ki "^ Wái^iiiffllraiM tm

w<$)t$i ílsái iÊki' * "rÊL% v,'.#fe*V'.'' ¦¦'.JÊMÊmmmwmmma%^í^'*^,''': CjSíhKSj

fiBEBiBíííS'''. «iteíí^íSí i^hféí .8 vf'Aí i "^iáíaSRíiSisSIçSrte* " '^éSslsWíSi- :ÈuUii ^^$fffm9ÉHÍrniffi¦¦¦Wèmk- ¦ ;àsf TF1 Ta A í AW-m í,; ^iratrTi^íilLl

\ S|;AÍ'SSf

•idoSally Hasenfus, mulher do sobrevivente, chegou à Nicarágua para tentar ver o mar

Meu filho odiava o comunismo661•>•>

n Rebeldes isentam governo dos EUATegucigalpa — A Força Democrática

Nicaragüense (FDN), organismo dos re-bcldes anti-sandinistas, admitiu que osquatro tripulantes do avião derrubado naNicarágua colaboravam com os contrasdesde 1984. Um comunicado da FDNdivulgado em Honduras afirmou que ogoverno dos Estados Unidos "não temnenhuma participação nessa operação".

A FDN qualificou os tripulantes, doavião derrubado, entre eles três america-nos, de "heróis anônimos que há doisanos vêm lutando ... pela causa da liber-dade e democracia". Segundo a organiza-ção rebelde, "enquanto os sandinistas

recebem ajuda da Líbia, Cuba, Bulgária,Tcheco-Eslováquia, Alemanha Oriental,OLP e URSS", os contras só contam"com o apoio voluntário de instituiçõesparticulares e pessoas".

O comunicado responsabilizou o go-verno sandinista "pela integridade físicado heróico voluntário (Hasenfus) agoraem poder do totalitarismo" e pediu àCruz Vermelha e à Comissão Internado-nal dos Direitos Humanos que

"exijam ocumprimento dos princípios essenciais dodireito humanitário de guerra estabeleci-dos na Convenção de Genebra".

Greve dos peronistastumultua Buenos Aires

Rosental Calmon AlvesCorrespondente

Buenos Aires — A capital da Argenti-na parou novamente, ontem, devido amais uma greve convocada pelos sindica-tos peronistas (a sétima em três anos degoverno democrático). Cerca de 80 miltrabalhadores fizeram uma passeata pelocentro da cidade protestando contra aatual política econômica e exigindo asuspensão do pagamento da dívida exter-na. Para o governo, contudo, a manifes-tação e a greve tiveram um fundo exclusi-vãmente político,

"que não leva a nada"."Gorilão, Gorilão, saia da Rosada

que esta casa é de Perón", gritavam osmanifestantes defronte à sede do gover-no. Uma bandeirinha hasteada no telha-do da Casa Rosada indicava que o presi-dente se encontrava no gabinete, de ondepodia ouvir perfeitamente a algazarra. Ossindicalistas tinham pedido que todoslevassem panelas vazias para fazer ruído,

\ mas nâo foram atendidos pela maioria. Oque mais se escutava eram os bombos,sempre presentes nos comícios ou emqualquer concentração política na Argen-tina.

Como em todas as reuniões peronis-tas, a multidão gritava vivas atrás. Eracomo se o caudilho ainda estivesse vivo.Como se, de repente, todos tivessemesquecido que ele morreu há mais de 12anos, em 1974. Outras vezes, dava aimpressão de que a multidão se esqueceradas mudanças políticas dos últimos anos.Ali estavam milhares de peronistas, comtoda liberdade de manifestação e de ex-pressão, mas, ainda assim, perguntavamrepetidamente: "E a democracia, onde

está?" Ou gritavam "fora, fora" ou "vá

embora" ao governo constitucional.Muitos manifestantes, alguns à beira

da histeria, paravam defronte à CasaRosada e começavam a xingarõs piorespalavrões, fazendo discursos desespera-dos que eram verdadeiros desabafos pes-soais, como se o presidente Alfonsín oualgum funcionário estivesse ali perto es-cutando. "Sem-vergonha, entreguista,miserável, está matando o povo de fo-me", dizia um senhor meio desdentado,que gritou uns cinco minutos antes decontinuar a marcha. Pouco depois, umjovem de gravata deixava a coluna dosindicato dos securitários para fazer umdiscurso similar.

Alguns mais exaltados jogaram pe-dras ou pedaços de pau na Casa Rosada,mas a polícia não chegou a intervir emnenhum momento. Quando um grupotomou uma atitude mais ameaçadora, unipelotão da tropa de choque da PolíciaFederal desceu de um carro blindado,portando bombas de gás. Mas os própriosseguranças peronistas acalmaram seuscompanheiros, fazendo com que seguis-sem, e o pelotão de choque voltou para ocarro.

A passeata terminou nas proximida-des da sede histórica da ConfederaçãoGeral do Trabalho, onde o secretário daCGT, Saul Ubaldini, fez um discurso,depois de ser elevado por um guindastecedido pela Prefeitura. Disse que a lutados trabalhadores apenas começa, e con-siderou o governo constitucional do pre-sidente Alfonsín "uma continuação daditadura", por não ceder às reivindica-ções salariais e não decretar moratória dadívida externa.

Paulo Tarso avaliará integraçãoBrasília — A integração econômica

Brasil-Argentina será avaliada pelos doisgovernos durante a visita que o secreta-

\ rio-geral do Itamarati, embaixador PauloTarso, fará a Buenos Aires nos próximosdias 16 e 17. As duas partes verificarãoem que ponto estão os estudos das 12comissões formadas durante a visita dopresidente José Sarney à Argentina, hádois meses.

A ida do embaixador Paulo Tarsoservirá como palavra final sobre os rumosque estes projetos tomarão para que osacordos sejam anunciados durante a visi-' ta que o presidente argentino Raul Al-fonsín fará ao Brasil em dezembro. "Osestudos estão muito bem encaminhados,a integração está funcionando, agora oque precisa é da palavra final sobre oandamento dessas comissões", comentouum diplomata, justificando a viagem dePaulo Tarso.

Na avaliação de ambos os governos,a integração está dando certo, não sóporque as comissões estão cumprindo

Magnolia, EUA — O pai de Walla-ce Blaine Sawyer Jr., um dos doisamericanos mortos no avião derrubadopelos sandinistas, descreveu seu filhocomo um homem que

"odiava o comu-nismo" e abandonou a Força Aérea dosEstados Undiso cm 1974 por considera-Ia "pouco ativa"."Sei de que calibre é meu filho: umamericano dedicado. Se estava levandosuprimentos aos rebeldes, isso era uma

Magnolia

necessidade", disse Wallace Sawyer,acrescentando que Wallace Jr. aparen-temente "não tinha ligação com a CIAou outra entidade do governo", masnunca lhe falou sobre o assunto.

"Ele odiava burocratas e políticos,mas apreciava os estadistas. Odiavaprincipalmente os comunistas. Não mecontou nada sobre a Nicarágua, mas erauma pessoa muito quieta e eu nãogostava de fazer muitas perguntas",

Fotos da APArkansas (EUA)

(Ê) acha que o filhoSawyer, pai, não era da CIA

disse Sawyer. Afirmou que seu filhoapoiava o governo Reagan e explicoupor que ele tinha abandonado a carreirade piloto na Força Aérea: "Não era dotipo de sentar e esperar".

Wallace Sawyer contou ainda queseu filho tinha trabalhado para a Sou-thern Air Transport, uma firma acusa-da de ligações com a CIA, mas há doisanos estava na International CharterCargo.

Em Washington, o general refor-mado John Singlaub — presidente doConselho Americano pela LiberdadeMundial, que já arrecadou 300 mildólares para os anti-sandinistas — ne-gou que seu grupo tivesse qualquerrelação com o avião derrubado, comotinham afirmado cuncionários do go-verno."A questão não é se o avião perten-ce ou não a mim, porque definitivamen-te não pertence. A questão é saber porque gente de dentro do governo deseja-ria divulgar essas informações faccio-sas. Não faz parte das minhas ativida-des, mas alguém no governo parecepensar que faz", afirmou Singlaub ementrevista ao The New York Times.

Apesar de negar sua participação, ogeneral elogiou os americanos que inte-gravam a operação de ajuda aos con-trás: "Estou triste por termos perdioalguns patriotas", disse.

Pinochet agora quer diálogomas exclui oposição marxista

Washington e Manágua— O governoamericano não aceitou uma nota de pro-testo nicaragüense responsabilizando ()¦•Estados Unidos pela operação de abaste-cimento aos contras e voltou a ameaçairomper relações com a Nicarágua se scu>funcionários não tiverem acesso imediatoa Eugene Hasenfus, o americano captu-rado pelos sandinistas.

O porta-voz do Departamento deEstado, Pcte Martinez, afirmou que osEstados Unidos "deploravam a indeseul-pável demora" nicaragüense em atenderseu pedido de acesso a Hasenfus e insi-nuou que essa situação "suscita dúvidas"sobre a viabilidade do governo americanomanter uma embaixada em Manágua.

O Congresso americano abriu umainvestigação sobre o caso do avião derru-bado na Nicarágua, mas o governo conli-nua afirmando que a operação era uma"iniciativa particular". Martinez insistiuque o secretário de Estado George Shultz"rejeitou e desmentiu em duros termos"as acusações que implicavam os EstadosUnidos no incidente.

Os senadores e deputados america-nos aprovaram há dois meses uma ajudamilitar e humanitária (roupas, remédios ealimentos) de 100 milhões de dólarespara os contras, mas essa lei não foidefinitivamente promulgada porque é ne-cessário especificar como esses recursosserão distribuídos.

O senador democrata John Kerry, deMassachusetts, disse que o caso do avião"levanta graves dúvidas sobre a maneiracomo é conduzida a política externa ame-ricana". Segundo Kerry, mesmo que nãohouvesse o envolvimento direto dos Esta-dos Unidos, o grupo que organizava aoperação tinha o "consentimento" dogoverno.

Os Estados Unidos ajudam os con-trás desde 1981, mas a assistência militarfoi oficialmente suspensa em 1984, depoisque ficou provada a participação da CIAna instalação de minas nos portos nicara-güenses. A remessa legal de armas sóseria retomada agora, quando a ajuda de100 milhões de dólares fosse referendadapelo Congresso.

O jornal The New York Times afir-mou, em editorial, que a captura deEugene Hasenfus na Nicarágua desmente"as insistentes afirmações do presidenteReagan de que os contras são combaten-tes da liberdade nicaragüense e nãò mer-cenários". Segundo o Times, porém, oCongresso não tem muita autoridade pa-ra levantar a voz contra Reagan, porqueacabou de aprovar os USS 100 milhões'.

Uma delegação de veteranos depo-sitou ao pé do Monumento aos Mortos noVietnam mais de 70 medalhas e concleco-rações devolvidas em protesto pelo apoiodo governo americano aos contras.

Em Manágua, o jornal oficial Bar-ricada e o Nuevo Diário, pró-governo,exaltaram a captura do "Rambo Hanse-fUS". ,'nj

Fntn riu Luciano Andrade

Santiago — O general Augusto Pino-chet ordenou a seu ministro do Interior, •Ricardo Garcia, que entre em contatocom setores da oposição para dialogarsobre a regulamentação dos partidos poli-ticos (lei que entrará em vigor no começode 87) e um anteprojeto de registroseleitorais.

Mas Pinochet impõe condições a seusinterlocutores: eles devem aceitar a lega-lidade vigente, rechaçar o marxismo e aviolência e demonstrar "espírito de servi-ço público". A medida de Pinochet esva-zia também as aproximações observadasrecentemente entre a Junta e a Oposição.

O objetivo do diálogo proposto porPinochet limita-se a pontos específicos.Ele quer que os políticos

"tragam obser-vações e sugestões que contribuam para aredação final dos dois projetos de lei".

Com habilidade, Pinochet colocou aoposição numa situação difícil. Os parti-dos políticos e a Junta avançavam grada-tivamente rumo à formalização de umdiálogo no qual o Executivo não estaria

presente. Agora é Pinochet quem propõeo diálogo, estabelecendo suas própriasregras e deixando de lado a Junta e apossibilidade de um entendimento entreos civis e as Forças Armadas.

Cercado por uma crescente pressãointernacional exigindo moderação e poruma Junta que buscava o caminho doentendimento com setores da oposição,Pinochet conseguiu recuperar parcial-mente a iniciativa política. Ele impôs aoExército a maioria das mudanças quedesejava, passando para a reserva osgenerais Luis Danus e Gaston Frez. Enomeou como quarto membro da Junta ochefe do Centro Nacional de Informação,general Humberto Gordon.

Na última terça-feira, o comandanteda Força Aérea e integrante da Junta,general Fernando Matthei, também tinhafeito um chamado ao diálogo. Mas semcondições prévias e não para burilar aConstituição, e sim para modificá-la. Asduas propostas coincidem apenas em umponto: a exclusão dos marxistas.

O ministro do Interior, Ricardo Gar-cia, disse que convidará a DemocraciaCristã a dialogar, mas o partido anunciouque deve recusar a oferta. O dirigentesocialista Ricardo Lagos, por sua vez,disse que a proposta

"não é séria e nãopassa de umaa operação cosmética".

A Corte Suprema de Justiça chilenasuspendeu ontem de suas funções um juizque se recusou a anistiar 38 militaresvinculados ao desaparecimento de umadezena de militantes comunistas. Ao to-mar conhecimento de sua suspensão pordois meses, o juiz Carlos Cerda disse queestá em paz com sua consciência e que

"a

justiça dos homens nem sempre coincidecom a divina".

A polícia prendeu vários manifestan-tes durante uma cerimônia organizadapor jornalistas, que colocaram uma placano local onde foi encontrado o corpo deJosé Carrasco Tapia, editor internacionalda revista Analisis, assassinado há um

I tlj

¦içi"', "''tíS; sÊmmmk *, 'Éi&VjbHHm (fi ..¦ 1 JflHgf ' rArWm

Kj^Mf- •*¦*>;, liiiiii

Jorge Bolanos

mes.

^^^^^^^

rigorosamente os cronogramas traçados,mas, principalmente, porque houve ointeresse da classe empresarial em parti-cipar do projeto. Há poucos dias, cercade 300 empresários argentinos estiveramreunidos com os brasileiros, em PortoAlegre, verificando e discutindo os seto-res possíveis de uma maior integração.No próximo dia 12, chegará ao Rio uniadelegação argentina para tratar do mes-mo assunto.

Os setores básicos dessa integraçãoestão na agricultura — onde já se iniciouo entrosamento, especialmente com acompra de produtos argentinos para su-prir a demanda interna brasileira durantea atual crise de abastecimento —, alémde energia, bens de capital, ciência etecnologia, investimentos e empresas bi-nacionais. A comissão de energia estácom seus trabalhos em fase avançada,não só sobre a construção do gasoduto,mas também para a construção da usinahidrelétrica de Garabi e a de Piti-Picum-Leufu por empresas brasileiras.

"Baby on board" — MichaelLemer, um empresário de 32 anos, estáfaturando milhões de dólares com peque-nos plásticos brilhantes de 10 centímetrosque dizem "Bebê a Bordo" e "Criança aBordo". Ele viu os plásticos na Europa eachou que poderiam interessar aos paiscomo mais uma medida de segurança e sedeu bem: já vendeu 3 milhões de unida-des a 1 dólar e 95 centavos. Ele só nãogosta muito das variações que algunsengraçadinhos fizeram tipo "Ninguém aBordo", "Bebê Dirigindo" e "Bebê NãoLeva Dinheiro".

Cuéllar protesta — o secretário-geral das Nações Unidas, Javier Perez deCuéllar, criticou ontem um relatório dacomissão seleta de informações do Sena-do e desafiou o governo a provar que seuassessor, Vladimir Kolesnikov, fazia es-pionagem para a URSS. Num protestoíncomumente áspero, Cuéllar disse queera injusto acusar alguém, sem provas,apenas por causa de sua nacionalidade.Kolesnikov é o único russo da equipe de

Cuéllar. Segundo fontes do governo,Cuéllar foi reeleito para outros cincoanos à frente da ONU.

MenOS abortos — Estudo feitopelo Instituto Alan Guttmacher, de NovaIorque, revela um declínio no númeromundial de abortos, tendo os EstadosUnidos apresentado o menor índice — 27casos em cada mil mulheres — desde sualegalização há 13 anos. Entre 40 milhõese 60 milhões de abortos são feitos anual-mente no mundo, sendo 10 milhões a 25milhões deles ilegais. A pesquisa indicouque a queda no número de abortos é umacaracterística dós países que legalizaramo aborto, onde inicialmente houve umaumento de casos.

KlatlS Barbie — Vários documen-tos pertencentes a Klaus Barbie, que foichefe da Gestapo em Lyon e está presonessa cidade, aguardando julgamento,desapareceram há cerca de 10 meses semque até agora se saiba onde foram parar,informou ontem o jornal L« Progrès, deLyon. Entre os documentos estão suacarteira de identidade (sob o nome deKlaus Altman) e a de motorista, expedi-das pelas autoridades bolivianas. Seu ad-vogado, Jacques Vcrges, disse que portrás do roubo está a vontade de "conver-ter Barbie num homem sem documen-tos".

Conselho ilegal — O governo po-lonês proibiu o funcionamento do conse-lho provisório do sindicato Solidarieda-

de, criado a 30 de setembro pelo seupresidente, Lech Walesa, por considerarsuas atividades um "perigo à ordem pú-blica e à paz social". Em Gdansk, Walesadisse que o conselho continuaria funcio-nando e acrescentou que não tinha planosde responder imediatamente às autorida-des polonesas.

JUÍZeS liberais — O presidenteReagan, criticou os juizes liberais duran-te discurso pronunciado em Raleigh, naCarolina do Norte, na quarta-feira, afir-mando que eles contribuem para a epide-mia de crimes, entre os quais a prolifera-ção das drogas. Falando a cerca de milrepublicanos durante comício em favordo senador James Broyhill, Reagan disseque se os democratas ganhassem controledo Senado nas eleições de novembro, eleteria dificuldade em designar juizes aSuprema Corte capazes de "usar agressi-vãmente sua autoridade para protegersuas famílias, comunidades e o seu modode vida". Os juizes liberais, ac.escentou,são "incapazes de agir com rigor contraelementos criminosos da sociedade".

Radioatividade — Um navio so-viético de pesquisa ruma para o local doOceano Atlântico, onde afundou domin-go passado um submarino nuclear daclasse Yankee, com 16 mísseis de médioalcance SS-N-6. Um cruzador e dois na-vios mercantes soviéticos continuam namesma área onde o Yankee afundou, trêsdias depois de um incêndio que matoutrês e feriu oito dos 120 tripulantes.

Bolanos chegaa Brasíliacom otimismo

Brasília — O embaixador cubanoJorge Bolanos, que chegou ontem a Bra-sília, está entusiasmado com a reaproxi-mação entre os dois países.

"Não vai setuma missão fácil. Hoje em dia nenhumamissão no mundo diplomático é fácil",disse. "Mas estou certo de que será umamissão interessante, com muito trabalho.Estou seguro de que os resultados serãomuito bons", previu Bolanos.

O diplomata disse que o presidenteFidel Castro lhe recomendara que manti-vesse as relações com o Brasil num plano"muito cordial" e pedira que transmitisseao presidente José Sarney, no seu primei-ro encontro, uma mensagem especial,cujo teor não quis revelar. "Os diploma-tas têm de ser discretos", explicou.

Antes de discorrer sobre as perspecti-vas comerciais entre Brasil e Cuba, oembaixador falou da importância políticade os dois países terem restabelecidorelações diplomáticas após 22 anos derompimento. "Creio que tudo que signifi-que aproximação entre dois países, bemcomo o restabelecimento das relações,beneficia a América Latina, pois trans-cende a questão bilateral para ter tam-bém um caráter latino-americano.

O embaixador de Cuba acredita quepoderá trabalhar até o final do ano paraconsolidar as relações entre os dois pai-ses, especificamente nas esferas comer-ciai, cicntífico-teçnológica. cultural e es-portiva. No campo comercial, Bolanosadiantou que as áreas de maior interesseentre os dois países estão basicamentecentradas na alimentação, indústriaaçucareira, de transportes e de medica-mentos.

Bolanos não quis revelar as cifrasestimadas de comércio entre Cuba eBrasi! para o primeiro semestre de 1987.mas previu um déficit na balança para oscubanos devido às características dos doispaíses.

"O Brasil terá mais a oferecer",sentenciou.

,.*.....y».. <..-••• i

16 D Io caderno ? sexta-feira, 10/10/86 JORNAL DO BRASIL

Obituário

Rio de JaneiroAntônio Pinto, 77,insuficiênciarenal, no Hospital Samaritano.Português, casado com Alicede Jesus Rodrigues Pinto. Ti-nba dois filhos: José e Aurora;três netos: Ana Cristina, Ro-drigo e Tatiana. Morava emLaranjeiras.Homero Alves Teixeira, 66, deinsuficiência respiratória, naCasa de Saúde São Sebastião.Carioca, casado com AylmaTeixeira. Tinha dois filhos: Flá-

. yip Márcio e Sônia Maria; doisnetos: Bruno e Jessica.Beluzina de Souza Chimenti,67, de derrame, no Hospital deIpanema. Carioca, casada comVicente Jacintho Chimenti Fi-lho. Tinha uma filha. Moravacm Ipanema.

, Jura Fernandes de Oliveira, 28,de fratura no crânio, no Hospi-tal de Ipanema. Carioca, auxi-liar de escritório. Solteira, ti-nha um filho. Morava noCentro.

.Maria Francisca Bittencourt,92, de septicemia, na Clínica

...jfjçriátrica Paissandu. Paulista,solteira. Morava no Flamengo.Floriano Peixoto Patury, 63, deinsuficiência cardíaca, no Hos-

apitai das Clínicas. Alagoano,decorador, solteiro. Moravacm Copacabana.Nascimê Mathias, 78, de embo-lia pulmonar, em casa no Gra-jaú . Paulista, casado comJoanna Maksoud Mathias. Ti-nha dois filhos.

,,Carlos Reis, 69, de septicemia,na Clínica Grajaú. Carioca, ca-

pisado com Adelaide FrancoReis. Tinha três filhos. Morava

i.na, Tijuca.Edvaldo Costa de Brito, 44, de

. ,çânccr, na Clinica Climcti. Po-

ExteriorLiu Bocbeng, 94, cm Pequim.O Marechal Bocheng, um dosfundadores do Exército de Li-' "bèrtação Nacional do PovoChinês, já estava gravementedoente há algum tempo, tendoficado cego em 1977. Apelida-

„do de "dragão de um olho",depois de ter perdido um dosolhos no início de sua carreiramilitar, Bocheng foi membrodo destacamento de estudantesdurante a revolução de 1911,

. contra o último governo impe-;'• rial. Entrou para o Partido Co-

munista em 1926 c teve umpapel de destaque na abortadaRebelião de Nanchang, em1927. Depois de estudar emMoscou, voltou à China c setornou um dos líderes da Gran-

\ de Marcha, empreendida por; Mao Tse-rung em 1935-36. Co-) mandou uma divisão de tropas4 comunistas na guerra contra o

Japão e ainda na década de 40,cm conjunto com o atual líder

! chinês Deng Xiao-ping, che-> fiou o Segundo Exército na luta' contra os nacionalistas. Com o

triunfo da revolução comunis-ta, em 1949, Bocheng foi no-'

! meado para importantes cargosmilitares c políticos, tornando-se marechal em 1955 c membrodo Politiburo em 1956. Rcve-rendado como herói da revolu-çáo, foi criticado durante a Re-volução Cultural, cm fins da*, década de 60, mas não perdeuseus cargos. Em 1977, cego ecom problemas de saúde, dei-xou de aparecer em públicodepois de sua reeleição para oPolitiburo.David Robinoff, 89, de problc-mas respiratórios, em Colum-' bus, Ohio. Violinista, tocoupara quatro presidentes norte-' americanos e cm sua orquestralançou as carreiras de Benny', Goodman, Glenn Miller, ArtieShaw e dos irmãos Dorsey,

) Tommy e Jimmy. Nascido em 3¦ de setembro de 1897 em Grod-, no, na URSS, filho de uma> lavadeira e de um operário,! começou a tocar violino aos 5' anos e aos 9 entrou para o Real| Conservatório de Música cm' Varsóvia, onde se diplomou

tiguar, casado com Kátia Trin-dade de Brito. Tinha dois fi-lhos. Morava em Ramos.Laudelina do Nascimento Jus-to, 53, de câncer, no InstitutoNacional do Câncer. Carioca,casada om Luiz José Justo.Tinha dois filhos. Morava emCordovil.Joaquim José da Silva, 46, deedema pulmonar, no HospitalRocha Maia. Carioca, casado.Tinha uma filha. Morava noEstácio.Clara Bertolina Cabreira de Al-ves da Cunha, 89, de arterios-clerose, na Casa de RepousoLar das Rosas. Argentina, viu-va de Adriano Alves da Cunha.Tinha um filho. Morava emCopacabana.Jeanne Benthe Colmerauer dosSantos, 90, de infarto, em casaem Rocha Miranda. Carioca,viúva de Asclepíades Gomesdos Santos. Tinha seis filhos.Gilberto Brandão Soledade, 76,de pneumonia, na Casa de Saú-de Dr. Eiras. Baiano, viúvo deOtilia Soledade. Morava naLagoa.José Machado Evangelho Filho,40, de infarto, no Hospital deCardiologia das Laranjeiras.Carioca, professor, casado.Pedro Alves Vieira, 64, de cân-cer, no Hospital de Oncologia.'Paraibano, vigia, solteiro. Mo-rava cm Higicnópolis.Ronaldo Frota da Silva, 40, deedema pulmonar, no Hospitaldo Inamps. Carioca, vendedorambulante, solteiro.Hilda Ribeiro, 63, de câncer,no Instituto Nacional do Cân-cer. Carioca, solteira. Moravano Cachambi.

aos 14 anos. Victor Herbert,maestro da Orquestra Sinfôni-ca de Pittsburg, ficou tão im-pressionado com o talento dojovem que o levou para osEstados Unidos. Depois de cs-tudar mais um pouco, tornou-se solista da Sinfônica de Pitts-burg e maestro e solista doTeatro Paramount, em NovaIorque. Rubinoff ficou famosona década de 30, como maestroe solista do programa de rádioChase and Sanborn Hour.Goodman, os Dorsey, Miller eShaw tocaram nas orquestrasde rádio de Rubinoff antes dese lançarem em suas carreirasindividuais. O violinista tam-bém se apresentou na CasaBranca para os presidentesHerbert Hoover, FranklinRoosevelt, Dwight Eisenhowcre John Kennedy.Chadl Abdes-Salam, 56, decâncer, no Cairo. Cineastaegípcio, embora autor de umúnico filme, A Múmia, obteve16 prêmios internacionais. Nãoconseguiu concretizar seu so-nho, de fazer um filme dedica-do ao Faraó Akenaton. Seuplano era iniciar a rodagem dofilme no começo de 1987, mas aenfermidade avançou com maisrapidez. Chadi Abdes-Salamdetinha um lugar especial nocinema egípcio, não apenasporque A Múmia era conside-rada uma obra de antologia,mas também porque o cineastapossuía um estilo muito parti-cular, com imagens que não sepodia confundir com as de ou-tros. Seu projeto sobre o FaraóAkenaton era gigantesco e seucusto era estimado em mais dedois milhões de dólares.Lucille Hardy Prke, 77, de cân-cer, cm Burbank, Califórnia.Ex-roteirista, casou-se com ocomediante Oliver Hardy (ogordo, da dupla O Gordo e oMagro), que morreu cm 1957.Lucille conheceu Hardy duran-te as filmagens de um dos dás-sicos da dupla Stan Laurel eOliver Hardy e se casaram em1939. Em fevereiro deste ano,a viúva casou-se com o empre-sário Ben Price.

Conferência da Saúdeda Mulher começa sempresença de ministros

Brasília — A Conferência Nacional de Saúde e dosDireitos da Mulher será aberta hoje sem a presença dosministros da área. Rafael de Almeida Magalhães, da Previ-dência Social, e Roberto Santos, da Saúde, que promove aconferência, convidados de honra da solenidade, não compa-recerão. Mas aproximadamente 1 mil mulheres — usuárias etrabalhadoras dos serviços oficiais de Saúde, principalmente— vão-se reunir durante quatro dias, no centro de conven-ções, para debater questões polêmicas como o planejamentofamiliar, esterilização em massa e aborto.

— Queremos fazer um diagnóstico frio e objetivo dascondições de atendimento à saúde da mulher, hoje, no país.Discutir e propor alternativas, para formalizar num documen-to final nossa posição — explica a dra. Graça Ohana,coordenadora da Comissão de Reprodução Humana no Minis-tério da Saúde e da comissão organizadora da conferência,

Sue é integrada também por membros do Conselho Nacional

os Direitos da Mulher, do Inamps, da Previdência Social c doMinistério da Educação.

Este encontro é um dos desdobramentos da ConferênciaNacional de Saúde realizada este ano, e a pretensão de seusorganizadores é fazer um verdadeiro raio-X nos direitos desaúde da mulher, vasculhando as condições do atendimentooficial e formalizando denúncias de desmandos atualmentecometidos no país, que vão do controle da natalidade até asesterilizações em massa, promovidas por organismos estran-geiros.

Atualmente 3 mil 500 mulheres cm todo o país sãousadas em experiências com o anticoncepcional Norplamt, porexemplo, condenado pela Organização Mundial de Saúde. EmCcilândia, cidade-satélite de Brasília, 60% das mulheres de 16a 40 anos estão esterilizadas. Partindo de documentos formali-zados cm pré-conferências preparatórias realizadas cm 25unidades federativas do país (só Rondônia não teve pré-conferência), as organizadoras deste encontro pretendem,debater todas as questões relativas à saúde da mulher paraapresentar ao governo c aos constituintes empossados nopróximo ano um panorama da atual situação c propostas dealternativas.

Tiro em PM tumultuaRodoviária Novo Rio:suicídio ou atentado?

O dia-a-dia já tumultuado da Rodoviária Novo Rio ficouainda mais confuso, ontem, quando o soldado da PolíciaMilitar Moisés Bezerra da Silva, de 25 anos, lotado no 4oBPM, foi ferido a bala. Embora a Polícia Militar sustente aversão de que o soldado teria tentado o suicídio, a Polícia Civilnão afastou a hipótese de ele ter sido baleado por alguém queatirou e conseguiu se dispersar rapidamente no meio damultidão que se formou em frente ao Armazém 18 do Cais doPorto, onde aconteceu o incidente.

Policiais-militares do Destacamento de PoliciamentoOstensivo (DPO) da rodoviária, onde o soldado servia,afirmaram que só ouviram dois tiros, mas populares garanti-ram que foram feitos três disparos.

Para os policiais da 17a DP (Sâo Cristóvão) isso pratica-mente eliminaria a hipótese de suicídio. Outro fato quedespertou o interesse dos poUciais-militares lotados no DPOfoi o disparo feito para o chão, que atingiu o meio-fio dacalçada que dá acesso à entrada dos ônibus para o desembar-que na rodoviária.

Local perigosoSegundo o comandante do DPO da rodoviária, capitão

Kerme, que também não afastou a hipótese de o soldado tersido baleado por outra pessoa, Moisés teria feito dois dispa-ros, um para o chão e outro contra o peito.

— Não posso afirmar porque não vi direito o queaconteceu, mas a Avenida Rodrigues Alves, cm frente àrodoviária, tem o principal ponto de ônibus que existe no Riopara a Zona Norte c Baixada Fluminense. É ura localaltamente perigoso e muito movimentado. Embora tentemospoliciar a área da melhor maneira possível, fica fácil praticarcrimes, principalmente os de punga — disse o capitão Kcrmc,um dos primeiros a socorrer o soldado Moisés, que foi levadopara o hospital da corporação.

Há um ano na Polícia Militar c servindo há seis meses noDPO da Rodoviária Novo Rio, o soldado Moisés, segundoseus colegas, não apresentava, aparentemente, motivos parase suicidar. Ao ser ouvido, no início da noite, pelo majorNcry, subcomandante do 4o BPM, o soldado, falando comdificuldade, contou que tentou se matar por estar comproblemas familiares, se separando da mulher e cm vias deperder a custódia da filha.

O fato de o soldado ter feito dois disparos ficou sobsuspciçâo. Segundo os policiais lotados no DPO, quem tentase matar, normalmente, só atira uma vez c, na maioria dasvezes, contra o ouvido. A arma do soldado foi apreendida,com duas cápsulas deflagradas.

AFFONSO HENRIQUESPINTO DE ARAGAO

t3° ANO FALECIMENTO

A SAUDADE tem mais força do que o Tempo. Umacarinhosa Homenagem de sua Tia SARAH

NEWTON GOLSTORFF GONÇALVES(7o DIA)

tCelina

e Jota, profundamente sofridos como falecimento de seu esposo e pai, agrade-cem as manifestações de pesar recebidas econvidam para a Missa de 7° Dia, a realizar-

se no dia 11/10 (sábado), às 10:00 h., na Igreja deN.Sra. da Boa Morte, localizada na Rua do Rosárioesquina com Avenida Rio Branco (Centro).

"Beto", maníacersexual,é apontado em novocrime em São Paulo

São Paulo—Mais um crime de morte foi atribuído aotécnico de enfermagem José Roberto Martins, 24 anos, o"Betinho ouBeto", um maníaco, simpático, l,82m dealtura, considerado atraente e que já confessou ter assassi-nado três mulheres, depois que,foi preso na noite doúltimo dia 23 no Hotel Ninho das Águias, cm Copacabana,no Rio de Janeiro. Ele foi apontado ontem por umatestemunha como autor do assassinato da chilena ReginaDel Carmem Ortega Gatica, 30 anos — que era dona deduas adegas, em Diadema, cidade vizinha ao sul da capitalpaulista.

"Betinho" negou a autoria.— Foi você que matou a moça, você estava lá, eu vi

— acusou o músico Cláudio Correia, 25 anos, ao sercolocado frente a frente com o criminoso. "Betinho" foivisto na portaria do prédio onde morava Regina DelCarmem, na rua São Francisco de Assis, 57, em Diadema,segundo declarou o músico que mora no mesmo prédio. Amoça foi encontrada morta—estrangulada com um fio doaparelho de som e com as mãos amarradas — no dia 10 defevereiro deste ano.

Concia foi ouvido ontem pelo delegado José NabucoFilho, do Departamento de Homicídios, que enviou odepoimento à Delegacia de Diadema, responsável peloinquérito que apura a morte de Regina. O delegadoinformou que a polícia vai investigar as acusações formula-das pelo músico para depois decidir se vai ou não indiciar"Betinho".

Hoje à tarde, José Roberto Martins será ouvido emaudiência no Fórum Criminal sobre a morte de AnaCristina Godinho, 24 anos, formada em Ciências Sociais.Ela foi assassinada com 7 golpes de punhal, na noite de 6de setembro passado. Preso, "Betinho" confessou ocrime, mas negou que violentara a moça. "Betinho"responde ainda pelos assassinatos de Suzana Tomazclla deOliveira, ocorrido em Batatais, no interior do estado —cuja família chegou a oferecer um prêmio de CzS 150 milpela captura do assassino; e de Terezinha Cândida Fernan-des, 44 anos, em julho passado, na zona norte da capitalpaulista. Antes de matar suas vítimas, José RobertoMartins fez amizade, conquistou a confiança c chegou anamorá-las.

Seqüestradores soltammenino em Marabá apóso pagamento do resgate

Belém — Um garoto de sete anos, Antônio SantisNeto, foi seqüestrado na quarta-feira, à tarde, em Marabá,por três homens que exigiram CzS 150 mil do avô domenino, o fazendeiro e cartorário Antônio Araújo Santis,como resgate, o dinheiro foi entregue às 23h, próximo àcasa dos pais do menino, que cm seguida foi libertado.

Neto brincava numa área da casa de seu avô, corauma bicicleta, quando foi chamado pelos três homens, queocupavam um fusca branco. Ameaçado por uma faca,embarcou no carro e ficou no mato, com pés e mãosamarrados e amordaçado. Momentos depois os seqüestra-dores telefonaram para o cartorário e fazendeiro, dandoinstruções para o pagamento do resgate e ameaçandomatarão menino se o caso fosse à polícia.

Às 23h, como fora combinado, Antônio AraújoSantis, levou os 150 mil ao local indicado e caminhouconforme instrução dos seqüestradores, uns 200 metrospara aguardar o menino. Neto, depois que os homenspegaram o dinheiro, saiu do meio do mato cabaleando,pois foi drogado para não incomodar os seqüestradores.

A família do menino não chamou a polícia, masalguns amigos procuraram a Polícia Federal, que dissenada poder fazer para localizar os seqüestradores, poishavia apenas um agente na delegacia, a Polícia Civil nadafez, alem de pedir que a polícia militar fechasse as saídasda cidade. Mesmo assim, até o final da tarde de ontem,quinta-feira, não havia nenhuma pista dos três homens.

IVO FERRARIS(FALECIMENTO)

tSua família comunica pesarosamen-

te seu falecimento e convidam pa-rentes e amigos para o sepultamen-

to de seu ente querido a realizar-se hoje,dia 10/10/86, às 10 horas, no Cemitériodo Catumbi, Capela A.

ODETTE M. MORANI(7o Dia)

tSua

família agradece sensibiliza-da as demonstrações de solida-riedade e convida parentes e ami-gos para a Missa que será realiza-

da. amanhã, dia 11, sábado, às 11:00h. na Igreja N.S. do Líbano, na RuaConde de Bonfim 638.

Avisos Religiosose Fúnebres

Preços para PublicaçãoLARGURA ALTURA

I ColColCol

2 Col2 Col2 Col

4 cm6 cm

cmcmcmcm

D.UTILCzS

500,00750,00

1.000,00í. 250,001.992,002.324,00

DOM.CzS

672,001.008,001.344,001.680,002.712,003.164,00

Recebemos seu anúncio na Av. Brasil, 500. De 2* a 6' até23:00h, aos sábados até 18:00h e domingo até às 22:OOh.Tol.: 264-4422 Rs/350 e 356 ou no horário comercial naslojas de CLASSIFICADOS

Para outras informações, consulte o seuJORNAL DO BRASIL

MAJOR BRIGADEIRO REF

PAULO EMÍLIO DECÂMARA ORTEGAL

(Missa de 7o Dia)

tO MINISTRO DA AERONÁUTI-

CA convida os militares, paren-tes e amigos do MAJOR BRI-

GADEIRO REF PAULO EMÍLIO DECÂMARA ORTEGAL para Missade 7o Dia, em sufrágio de sua alma,que será celebrada no dia 11 deoutubro de 1986, sábado, às 10:30horas, na Igreja Santa Cruz dosMilitares, na Rua Primeiro de Mar-ço, n° 36 no Centro.

ANTÔNIO ELIAS DE SANTA CRUZMissa de 7o Dia

ÍSua esposa Luiza, suas filhas Lúcia e Maria

Amélia, seus irmãos, cunhados e sobrinhosagradecem as atenções pelo falecimento de

ANTÔNIO e convidam para a Missa da Ressurrei-ção, dia 11 de outubro às 10h30min., na Capela doSantíssimo Sacramento, na Paróquia N. S. Copaca-

rbana, Rua Hilário de Gouveia, 36.

Loto

COMENDADOR FRANCISCODIAS DE MACEDO

(Missa de 7o Dia)

t

Maria Paula Dias de Macedo, filhos; Paulo Francisco Menezesde Macedo e Hilda Macedo Távora de Castro, genro, netos ebisnetos, comunicam o falecimento de seu esposo, pai, sogro,

avô e bisavô, ocorrido em Petrópolis, no dia 05 de outubro.A Missa de 7o Dia será celebrada em Petrópolis, na Igreja N. Sra. doAmparo, na Av. Roberto Silveira, 150 (sábado, dia 11, às 19 horas).

Nove apostadores cm sete estados conseguiram acer-tar a quina da Loto no concurso 361. Cada um receberáCzS 1 milhão 882 mil 321,10. As dc/.enas sorteadas foram22, 28, 30, 60 e 92, marcadas por dois acertadores no RioGrande do Sul e dois em São Paulo e um acertador emcada um dos estados de Alagoas, Amazonas, Paraná, MatoGrosso do Sul e Piauí.

A quadra vai pagar CzS 30 mil 634, 52 a 553,ganhadores. O terno teve 33 mil 542 acertadores, cabendo.a cada um CzS 673,42. São Paulo, com 192 apostadores,,Rio de Janeiro, com 81, e Minas Gerais, com 64, foram os.que mais tiveram acertadores da quadra.

TempoSatélite - GÓES - INPE - Cachoeira Paulista - 09/10<86 - 18 horaa

1 ,¦¦¦,:;!;?';>';¦;"

Éã IA frente fria de fraca atividade que está no litoral do

Sudeste tem associado a ela uma frente quente que ondulapelo interior Sul do país causando nebulosidade e pancadasde chuvas. Em algumas áreas do Sudeste poderá haverchuvas ocasionais e nas demais regiões do país as condiçõesde tempo poderão provocar no Centro-Oeste, no Ainazo-nas e litoral do Nordeste chuvas isoladas.

No Rio e em Niterói

Nublado a parcialmente nubla-do. Temperatura estável. Ven-tos qnadrante Sul fracos a mo-derados. Visibilidade modera-da. Máxima, 30,0°, Realengo eem Santa Cruz; mínima, 18,4°Alto da Boa Vista.

Precipitação das chuvas em mm

Últimas 24 horas 0.0Acumulada no mês 0.0Normalmcisal 74.0Acumulada no ano 751 .oNormal anual 1075.8

Nos Estados

O Sol

O Mar

Rio

Angra

CaboFrio

Nascerá às

Preamar

mh2lmin*1.4a]INlMminA) 7m

IRHBmirtUro

10M3min/l .Om

0lh09mi5rt>.4ml4h.Yponnfl.8m

0rti46>niii17hWraio

Baixamar

IlhMmin/I.Oro2nbfl5miiVU.8ra

nShJKmin/l.Om

I5h20miafl.7m

BR:AM:AP:PA:MA:PI:CE:RN:PB:PE:AL:SE:BAES:MG:DF:SPFR:SC:RS:AC:RO:GO:MT:MS:

Condições

nubladocdc/ nubnub/ pte nubpte nub/nubnubnub a pie nubnub/pte oubnub/pte nubnub a pte nubnub a pte nubnub a pte nubnub a pte nubnub/ pte oubclr/pte nubpte nubclr/pte nubnub c/c bvinub c/chvs

nuh d chvspie nub/nubclr/pte nubnub a enenub d chvs

28.229 2

27.227.229.231.4

31.7Ti\n

.14 824.925.023.421.324.624.021.722.422.121.422.322.521.421.219.41S.115.617.215.322.022.819.6

19.7

No Mundo

Hb01roraA).9m

!6h50minfl.9m

O Silvuw inteiro» que o mu estí olmo,ora bulw bbendo» e itropermin a 20" graus

A Lua

CrutrmU CheiaAté 16/10 1710

D ta25/10

Nora02/11

KrtuteriâAteu»BetnrteBerlimBrutriMChicagoCopenbagutKrtftcoímoFruklkrtHoog-KangJtnamVímUrinaI^andrt»Ijw AitgffefM*dr<MltiulMoaierideaMiwrtralMonroaMéxicoNovs IorquePurtiPequimRwuiT4q«toVlnw

nubladoclaroclaronubladonubladonubladoclaronubladoclaroclaroclaroclaronubladonubladoclaroclaroclaronubladonubladonubladonubladonubladoclaroclaronubladonublado

061521050504(1(15

\S17151814261008

-0414051206141415

THEREZINA AAISSELLI(FALECIMENTO)

tSeu

filho Sérgio Miceli Pessoa deBarros, sua Nora Maria Alice Gou-veia, seus netos Pedro, Tereza,Joaquim e demais familiares co-

municam seu falecimento e o sepulta-mento às 12 horas de HOJE, saindo oféretro da Capela Real Grandeza n° 4para o Cemitério São João Batista.

DR. GIUSEPPE BELLONI

tA Família inconsolável do

saudoso e amado Dr. GIU-SEPPE BELLONI, convida

para a Missa a ser celebrada naIgreja Sta. Monica, Colégio Sto.Agostinho, dia 11 de outubro às10 horas.

MARCOS AMORIN NETTO(MISSA DE 1 ANO)

tLela.

André e Bernardo convidamparentes e amigos para a Missade 1o ano de falecimento de seuquerido MARCOS que se realiza-

rá hoje às 17:30 horas na Igreja de N.Sra. da Paz em Ipanema.

JORNAL DO BRASIL Economia sexta-feira, 10/10/86 ? 1" caderno ? 17

Governo desapropria dois mil bois em três fazendas1 Brasflia - a ameaça foi i u i Ação pode continuar Dívida pxtprna e

Informe EconômicoA enorme sala do sexto andar do Ministério da

Fazenda, onde normalmente funciona o ConselhoMonetário Nacional, é desde ontem a central deinformações sobre o confisco dos bois. Desde as seisda manhã funcionários do Ministério, sob o coman-do de Aloísio Teixeira, superintendente da Sunab,acompanhavam por telefone e uma central de rádiotudo o que se passava nos três Estados onde estavahavendo desapropriação de rebanhos. Através dasofisticada aparelhagem de rádio, era possível inclu-sive contato com os helicópteros que participavamda operação.

A sala mais parece quartel-general de umestado em guerra. Com mapas nas paredes e naampla mesa de reunião.

IntimidaçãoPara montar operacionalmente o confisco, os

técnicos envolvidos tiveram que seguir algumasetapas:

— Fazer a lista dos pecuaristas. Logo de caraos funcionários do governo perceberam que eramuito falha a lista preparada pela Receita Federalcom base na Cédula G da Declaração de Renda. Asaída foi acionar todos os gerentes do Banco doBrasil para que enviassem informações sobre aestimativa de rebanho de cada pecuarista da suaregião. Estes dados foram checados com os disponí-veis nos setores de vacinação de rebanho dasSecretarias de Agricultura. , .,

— Preparar a operação nos locais — a Polícia '

Federal visitou algumas áreas passíveis de desapro-priação para fazer um levantamento sobre as condi-ções físicas de acesso. O governo acha que estasações foram responsáveis pelo aumento dos abatesnos últimos dias.

— Montar a parte prática do confisco — o

governo negociou com os frigoríficos a liberação depeões e caminhões para este tra-balho.

Hoje a Polícia Federal vai, como quem não

quer nada, visitar alguns pecuaristas e perguntar —com bons modos—se eles querem entregar o boi. Ogoverno acha que, depois do confisco de ontem, nãovai faltar pecuarista disposto a "colaborar".

ClimaNa noite da quarta-feira, depois de tudo pronto

Sara a operação-confisco, o general Ivan de Souza

íendes ministro-chefe do SNI foi a um compromis-so social onde encontrou-se com amigos. Demons-trou nas conversas uma certa insegurança com oêxito da medida.

O ambiente ontem no governo era este: detensa expectativa. Algumas notícias que chegaramno correr do dia deixaram o governo mais tranqüilo,mas não são poucas as autoridades que temem que amedida, ainda que tenha indiscutível apoio popular,acabe sendo um tiro pela culatra.

O governo sabe que tomou uma decisão ousa-da que tanto pode dar certo quanto errado.

"Overdose"O diretor de mercado de capital do Banco

Central, Luís Carlos Mendonça de Barros, segurouo cachimbo com uma das mãos e com a outra tentoulevantar a moto do seu filho.

Este esforço hercúleo custou-lhe o rompimentodo músculo do braço. Mendonça anda agora com obraço engessado e na tipóia, e disposto a nãocometer novos excessos.

Melhor nãoA decisão de não incluir as Forças Armadas na

operação-confisco foi tomada em setembro, logo naprimeira reunião que foi feita para deslanchar a

preparação.

TranqüilidadeO ministro Marco Maciel não está nem um

pouco preocupado com as ameaças de nova ondagrevista em São Paulo. Ele explica que as greves domês de setembro fracassaram e isto porque ostrabalhadores brasileiros tiveram realmente umamelhoria de nível salarial com o Plano Cruzado.

E tem maisA Polícia Federal está se preparando para abrir

alguns inquéritos contra pecuaristas que venderam oboi com o preço de arroba acima do estabelecido. Játem provas em mãos.

Pedir águaEm comitiva chegaram juntos ao Ministério da

Fazenda ontem os presidentes das Bolsas de Valoresdo Rio e São Paulo, Ênio Rodrigues e EduardoLevy, o presidente da Bolsa Mercantil e de Futuros,Eduardo Rocha Azevdo, o diretor do Banco Cen-trai, Luís Carlos Mendonça de Barros, e o presidên-te da CVM, Luís Otávio Morta Veiga.

Diante da pergunta sobre o que pretendiampedir ao ministro Dilson Funaro, Mendonça res-pondeu: ,Água.

E Rocha Azevedo disse:Não viemos pedir. Viemos chorar.

O presidente da BMEF está convencido de queo governo não está percebendo a gravidade dasituação do mercado bursátil.

Máquina leveA secretaria do Fundo Nacional de Desenvol-

vimento não poderá contratar nem requisitar funcio-nários.

Terá de funcionar com uma estrutura operacio-nal enxutíssima.

Em compensação, o decreto estabelece tam-bém que a secretaria não poderá também demitirninguém.

SeminárioHoje e amanhã, na Universidade de Campinas,

autoridades econômicas do México, Argentina eUruguai estarão presentes no seminário "Política

econômica interna e dívida externa". Participam doseminário o presidente do Banco Central argentino,Ernest Feldman, e o subsecretário de política econô-mica José Luiz Macninea; o secretário de programa-ção e orçamento do México, Salinas Gortari; osecretário-executivo da Cepal, Norberto González,e Enrique Iglesias, ministro das Relações Exterioresdo Uruguai.

Míriam Leitão

Brasflia — A ameaça foicumprida. O governo desencadeou ontem a desapropriaçãode bois gordos em condições deabate em três fazendas de gran-des pecuaristas de São Paulo,Mato Grosso do Sul e Paraná.Encenou assim o diálogo comos produtores que se recusarama normalizar as suas vendasmesmo após o acordo com asautoridades federais, no finalde setembro. Os bois foramrequisitados a CzS 215,00 aarroba (CzS 75,00 a menos queo estabelecido no acordo comos pecuaristas).

Comandada pela Sunab ecom a presença de fiscais daReceita e agentes da PolíciaFederal, a operação vai prosse-guir nesses e em outros estadosnas próximas semanas. O go-verno sabe, porém, que o abas-tecimento não será completa-mente normalizado até dezem-oro, por causa da entressafra."Estamos na entTessafra e sa-bemos que não haverá abun-dância de carne", admitiu oministro da Fazenda, DilsonFunaro, ontem à tarde. Eleestava cansado mas satisfeitocom a operação, realizada, se-gundo ele, com "bom senso einteligência."

< Não houveResistência

Nós fomos buscar 2 milbois e troxemos 2 mil — disse oministro. Nas fazendas Mosai-co, de propriedade de famíliaVolpan, no município de SantaIsabel do Ivaí (PR), e Campei-ro (Citrolândia — MS), o go-verno requisitou 500 bois decada, e apreendeu 1 mil cabe-ças da fazenda Urubupungá(em Itapura-SP), de Sérgio Lu-nardelli.

Conheço bem a famíliaLunardelli. Até tem um delesmeio parente meu — comentouFunaro, ao negar que o pecua-rista teria resistido à desapro-priação, sob a alegação de quejá havia vendido parte de seurebanho na véspera.

Não houve, de acordo com oministro, qualquer resistênciade nenhum dos três proprietá-rios durante a operação. Mc-lhor para eles, segundo Funa-ro. Os pecuaristas que resisti-rem ou não colaborarem com otrabalho do governo — atravésde cessão de peões para ajuda-rem no aparte e reunião dosbois a serem desapropriados —terão seus créditos do Bancodo Brasil suspenso durante umano, a contar da autuação pelaSunab.

Além de perder o gado,perde o crédito — ameaçou oministro Funaro.

O governo, segundo ele, játeve "demasiada paciência edialogou intensamente, até aexaustão" com os pecuaristas.Muitos colaboraram e aceita-ram o acordo, mas "um gruporesistiu muito e não entendeuque a sociedade brasileira estápassando por um momento deaflição. "Foi

para eles que ogoverno montou a operação"

ressaltou Funaro.Cronograma

Segundo o ministro da Agri-cultura, Íris Rezende, que tam-bém participou da entrevistacoletiva, a ação de ontem éapenas "o início". O governo

destacou — "não vai permi-tir que venha a ocorrer o quetem ocorrido nos últimos doismeses, quando houve divaga-ções constantes e incertezas.Vamos ficar atentos, manter afiscalização, e, se necessário, adesapropriação".

As autoridades federais pos-suem um cronograma "surpre-sa" de ação diária pelo menospara o próximos 30 dias —quando se encena o prazo devalidade da portaria da Sunabpublicada ontem no Diário Ofi-ciai, viabilizando a desapro-priação. Nesse período — quepoderá ser prorrogado — ogoverno espera conseguir re-quisitar bois suficientes paraatingir a cota mínima de 20 milcabeças abatidas diariamente.A quantidade não vai suprirtodo o abastecimento, mas tor-nará a situação menos crítica,ou, pelo menos, "suportável",segundo Funaro.

O governo, porém, tem ou-tra esperança. A de que osdemais produtores que aindanão tiveram parte de seus reba-nhos confiscados — e que per-tencem a uma relação elabora-da pela Polícia Federal — pas-sem a vender seus bois cmcondições de abate imediata-mente, a CzS 280,00 a arroba

o preço fixado no "acordode cavalheiros"

Apelo de FunaroDilson Funaro, retomando a

retórica utilizada nos primeirosmeses do Plano Cruzado, apro-veitou a entrevista para, comoele mesmo disse,"fazer umapelo, à dona-de-casa". Foi en-fático:

— Não aceite ágio. Não de-vemos permitir que nos acostu-memos com o ágio. Vamos nosdefender. Temos que mudar oshábitos antigos. Não é fácilmanter uma economia estabili-zada. Ao contrário, é impor-tante que a nação lute por isso.Eles têm que vender seus pro-dutos aos preços tabelados,porque estão criadas as condi-ções para que sejam vendidos aesses preços.

"" mF ~wF «=>

Planalto avaliarásituação 3a-feira

Brasília — O presidente José Sarneyvai avaliar na próxima terça-feira os re-sultados da operação ontem desfechadapelo governo federal para desapropriarbois em São Paulo, no Paraná e cm MatoGrosso do Sul. Ontem, durante todo odia, o presidente da República foi infor-mado pelo chefe do SNI, general Ivan deSouza Mendes, coordenador da opera-ção, sobre os problemas e o desenrolar daação.

O objetivo maior do governo é desa-propriar 5% do rebanho bovino brasilei-ro, segundo informou ontem o ministroMarco Maciel, chefe do Gabinete Civil,caso o abastecimento não seja normaliza-do em prazo razoável. O ministro doPlanejamento, João Sayad, tornou a in-sistir, ontem, que o objetivo da operaçãodesfechada pelo governo federal é apenaso de punir exemplarmente alguns pecua-ristas que estavam se recusando a vendero boi a CzS 280,00 por arroba.

A partir de hoje, o SNI e os assesso-res dos ministros econômicos estarão per-cebendo as reações provocadas pela ope-ração de confisco de bois, com base naLei Delegada número quatro. Na reuniãoda próxima terça-feira, o presidente irádecidir, com base nas repercussões ereações, se deverá ampliar as medidasrepressivas ou caminhar para um entendi-mento com os pecuaristas. A posição dogoverno é a de observar, nos próximosdias, o desenrolar das reações dos criado-res de gado, dos proprietários de frigorífi-cos e, também, o comportamento dospolíticos.

O presidente José Sarney, que estavaespecialmente mal-humorado durante odia de ontem, foi sendo informado, acada hora, sobre a marcha dos aconteci-mentos pelo general Ivan de Souza Men-des. A cada informe, o presidente Sarneypessoalmente se envolvia na questão etrocava idéias com o chefe do SNI. Osministros Funaro e Sayad estiveram como presidente no início da tarde paradiscutir o assunto. Enquanto isso, o mi-nistro Marco Maciel, que se reuniu com oministro Renato Archer para tratar deinformática e esteve no Ministério daIndústria e do Comércio para discutir areformulação do IBC e do IAA, manti-nha-se informado — mas distante doproblema.

O chefe do Gabinete Civil reafirmouontem que o governo está convicto deque é impossível restabelecer o abasteci-mento de carne a curto prazo, porquehouve um aumento de 30% na demandado produto, como conseqüência do PlanoCruzado, e uma efetiva redução na oíer-ta. Por essa razão, disse o ministro, ogoverno, há pouco mais de um mês,tentou restabelecer as normas do merca-do. Não deu certo.

A desapropriação foi, então, decidi-da com objetivo de restabelecer, em

parte, o abastecimento.

Ação pode continuaraté início da safra

Mariluce Moura

Brasflia — A desapropriação de gado nas fazen-das pode prosseguir — na dependência da reação dospecuaristas — ate o início da safra bovina, em dezem-bro, em paralelo a outras medidas de impacto que ogoverno vai adotar na área de abastecimento. Aprimeira delas, e que pode sair já na próxima semana, éa decisão de entregar inteiramente à iniciativa privada aimportação de carne e outros alimentos. A curto prazo,o governo vai tratar também de uma completa reestru-turação da Sunab.

Mesmo a operação de desapropriação dos boisprevê outros desdobramentos, se os seus resultadospráticos não forem os esperados pelo governo.

"Os

pecuaristas devem se precaver, porque a desapropria-ção não esgota o instrumental do governo para respon-der ao desafio que eles levaram a efeito", avisa umafonte credenciada do Ministério da Fazenda. Medidasna área fiscal estão preparadas como uma alternativade punição eficaz. .„..- -

Pressão permanenteO clima dentro do Ministério da Fazenda, contu-

do, é de confiança de que a desapropriação basta paramudar o comportamento dos pecuaristas. E uma dasrazões para isto é o fato de o governo estar preparadopara uma pressão continuada sobre os produtores."Não optamos por uma intervenção generalizada, nempreparamos um esquema para uma ação rápida eepisódica. Vamos manter os pecuaristas sob pressãopermanente, através da Polícia Federal, e todo oesquema logístico que foi montado volta a entrar emação imediata, a uma simples verificiação de que isto cnecessário", explica o assessor da área econômica.

Foi para ter esta segurança, aliás, que o governose demorou cerca de um mês na preparação de toda aoperação, da qual o SNI foi o grande estrategista.Quando o ministro Funaro viajou para os EstadosUnidos, por exemplo, no início de setembro, numareunião no Palácio do Planalto da qual participavam osministros Bayma Denis, do Gabinete Militar, Ivan deSouza Mendes, do SNI, e o ministro interino daFazenda, João Manoel Cardoso de Mello, ficou decidi-do que, das Forças Armadas, somente a Aeronáuticaentraria na operação de desapropriação. Esta força eravital para a localização e o acompanhamento damovimentação do gado nas fazendas e isto foi visto.Quanto ao Exército, concluiu-se que não era funçãosua pegar boi no pasto.

Daí até todo o detalhamento da operação e apossibilidade de desencadeá-la, ainda havia um longocaminho. "E a verdade é que a medida foi tomada nahora certa, quando já há algum fluxo da carne importa-da e um nível de abate razoável. Se ela fosse adotada háum mês, o governo estaria entrando numa aventura e oresultado poderia ser dramático", comenta fonte doMinistério da Fazenda.

Na sua avaliação, os resultados da desapropriaçãonão serão exclusivamente políticos, nem o presidenteSarney vai colher somente dividendos eleitorais comesta medida. Há o aspecto político e uma das constata-ções óbvias feitas no caminho entre o Planalto e oMinistério da Fazenda foi a de que

"nada é tão capazde derrubar um governo quanto a inação e a impotên-cia diante de problemas que atingem toda a popula-ção". Mas espera-se de fato que o abastecimento subaaté os níveis de outubro de 85, que era, não de 20 milcabeças por dia, mas de cerca de 35 mil cabeças,considerando-se o abate clandestino.

O medo de retaliações e as perdas econômicas, naavaliação do governo, são argumentos fortes para levaros pecuaristas a encaminharem o boi para o abate. Emelhor negociar com os frigoríficos a CzS 280 a arroba,do que ter o gado desapropriado por CzS 215.

Isto não basta para se entrar na regularidade doabastecimento, como o governo pretende. Dal a deci-são, que politicamente já está tomada, de se entregartoda a importação de alimentos à iniciativa privada. Aimportação de carne será elevada nos próximo doisanos e o governo reconhece que não tem estrutura pararealizar isto de forma ágil. Com possibilidade defuncionarem de forma muito mais competente, observauma fonte da Fazenda, os empresários vão ser chama-dos a entrar nesta área. E a estrutura de abastecimentodo govemo vai cuidar de formar estoques reguladores,fiscalizar, identificar problemas de safra, e de outrasatividades exclusivas do estado.

Dívida externa eimpostos, as novasfrentes de batalha

José Negreiros

Brasflia — Atacado o pro-blema do abastecimento decarne, a próxima frente de ba-talha do governo deverá seconcentrar num rigoroso "pa-cote fiscal" para corrigir de-mais distorções do Plano Cru-zado e na renegociação da dívi-da externa. Para detonar o pa-cote, o principal condicionantedo governo é eleição da Consti-tuinte dia 15 de novembro. Nocaso da renegociação da dívidaexterna, assessor do presidenteSarney promete:— Teremos novidades im-portantes dentro de 30 dias.Até porque não dará para sus-tentar por muito mais tempo anegociação.

O "pacote fiscal" destina-seprincipalmente a reduzir a on-da consumista, que permaneceelevada, apesar das medidas dejulho passado, atacar o déficitpúblico, cujas projeções decrescimento preocupam as au-toridades, embora se fale naboa administração de caixa doTesouro; e corrigir o desequilí-brio provocado por alguns pre-ços que ficaram defasados apósa edição do Cruzado.

— O orçamento do governoficou muito pequeno propor-cionalmcnte ao tamanho daeconomia brasileira. O paísnão tem capacidade de investir— reafirma assessor da áreaeconômica familiarizado comas primeiras discussões sobre oconteúdo do novo pacote.

O auxiliar do presidenteacrescenta que o país só retor-nará à normalidade quando ogoverno concluir a renegocia-ção da dívida externa com osbancos credores, o que fará —garante — sem passar peloFMI. Só esse fato dará segu-rança aos empresários para vol-tarem a investir e assegurará osrecursos indispensáveis ao pro-grama de investimentos do Es-tado.

Sarney, o ministro da Fazen-da, Dilson Funaro, e o presi-

dente do Banco Central, Fêr-não Bracher, trabalham "condados diferentes de entrevistapessimistas dadas nos úTünvdias por representantes da £••¦munidade financeira intérjp.icional.

Segundo o primeiro escajóodo governo, os bancos nãotén;alternativa e o Clube de j^irinão se manterá muito temprepisando a tecla de que .s^n) oBrasil receber o aval do FM'não concordará com o rcsCSJinamento dos quase USS 9 bilhões da dívida com os gtHfer-nos dos países credores. '-!,

As certezas em relação1 adívida não se repetem quand-se trata do pacote. Assessore--da área econômica acreditamque dificilmente o governo es-capará de um aperto fiscal qH"'incluirá maior cobrança de;hn-posto sobre os salários, comoúnica forma de bloquear o"ki-peraquecimento do consumodos últimos meses. Este°6 oproblema central das preõeu-pações oficiais, que não !{5jj3deabordar o problema frontal-mente por razões eleirdrSi:-

Ao lado disso, as pressõessobre o orçamento dcTgõyçjgiotornaram-se irresistíveis, bemacima da capacidade de con-tensão desenvolvida no primei-ro semestre pela Secrelàrj^doTesouro. Isso obrigou o BancoCentral a optar por uma políti-ca monetária mais restritiva apartir do mês passado, ajtWfésdo lançamento de títulos, com afinalidade de arrecadaçãojfgui-da de recursos. Nessa prqgi.es-são, o governo perderá'o'.cpn-trole. ¦ ' --Ô

Os constrangimentos.prrjyo-cados pelo desequilíbrio,., depreços são conhecidos]^Suamaior conseqüência, por exem-pio, é a crise de abastecimentoda carne. , ,;-

Um diagnóstico cóhrofttodessa situação já chegou.ãtc àmesa do presidente da Répú-blica, que terá de optar entreadotar novas medidas reSTriti-vas agora ou depois das"flei-ções. -'

32 BANCO DO BRASIL S. A.GERÊNCIA DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS

Oferta Pública de Obrigações do Tesourodo Estado da Bahia

—OTBA—Ço

A Gerência de Operações Financeiras do Banco do Brasil S.A^faz saber às Instituições Financeiras e ao público em geral que nos.dias 10 e 13 de outubro de 1986 acolherá propostas para subscrição'de OTBA-Escritural. no montante de CzS 159.600 mil. com as*seguintes características:

TIPO13/814/8

VENCIMENTO15.11.8715.12.87

QUANTIDADE1.000.000

500.000

O COMUNICADO GEROF n° 06. desta data. que trata 'da"'

presente licitação, bom como os formulános apropriados, encon-tram-se à disposição dos interessados na Secretaria da Fazenda doEstado da Bahia — Centro Administrativo — Salvador (BA] — e noBanco do Brasil S.A. — GEROF. Rua Senador Dantas. n° 105. 36°.andar, sala 3601. Rio de Janeiro (RJ).

Rio de Janeiro (RJ). 10 de outubro de 1986 ,,'a) Gerente _,_

Estão chegançamercado

AminasGraxasâonais da Hoech

l'-M§Í

«^^EJ'Conforme estava previsto, entrou Jem fase de operações a Unidade de jProdução de Aminas Graxas da ,Hoechst do Brasil, em Suzano, SP. jNa construção dessa Unidade foram,investidos mais de US$ 10 milhões,. .assegurando-se uma capacidade de •

produção de 4.000 toneladas/anode Aminas da mais alta qualidade,

*

fabricadas segundo a mais avançada,tecnologia, desenvolvida •especialmente para a Hoechst do jBrasil.As Aminas Graxas entram na *fabricação de amaciantes de roupa,

jcosméticos, emulsões asfálticas,produtos para flotação de minérios e-perfuração de petróleo, desinfetanteshospitalares e domésticos, extração jde antibióticos, têm aplicação emusinas de álcool e açúcar etc.Com sua nova Unidade de Produçãode Aminas Graxas a Hoechst do jBrasil terá todas as condições para jatender o mercado interno e, ainda, idestinar parte de sua produção para ]o Exterior. !

A Unidade de Produção de Aminas Graxas em Suzano, que desde setembro iniciou a produção. Hoechst

i-4 *

I

lt

1& ? 1° caderno ? sexta-feira, 10/10/86 Economia JORNAL DO BRASIL

Campo Grande vira praça

de guerra

na

Sílvio Andrade

pCampo Grande — Numa operaçãobem ao estilo cinematográfico, com umgrande aparato policial, armas pesadas eaté; desfile de viaturas e caminhões boia-deiros pelo centro de Campo Grande, ogoverno desapropriou ontem 500 cabeçasdeí|J>ois gordos, com uma média de 16arrobas cada, na Fazenda Campeiro, de 3mif hectares, no município de Sidrolán-dia, a 97 quilômetros da capital.~À Polícia Federal tinha informaçõesde*que os peões da fazenda poderiamre$stir a bala e, na hora de deflagrar aopèração, defronte a superintendênciaregional, às 9hl0min, foi requisitado re-forço da Polícia Militar que participouco(p cinco viaturas e 20 homens. Mas adesapropriação foi tranqüila. Além deauxiliar no manejo do gado, os peõesainda ofereceram cafezinho e queijo fres-co*para os agentes e jornalistas, os quaisficaram sem almoço."Embora houvesse contatos constan-tes das viaturas com o delegado fazendá-rio, Delci Teixeira, coordenador da ope-ração, havia uma preocupação generali-zada dos cerca de 30 agentes federaisquanto a uma possível emboscada arma-da pelo dono da Fazenda Campeiro,Afonso Rodrigues Negrão, que sequer seencontrava na propriedade pois resideem'Presidente Prudente (SP). Quando ocomboio de 9 caminhões boiadeiros che-gou na região denominada de CapãoSeco, a 17 quilômetros da fazenda-alvo,houve um suspense total. Os jornalistasforam proibidos de prosseguir, por medi-da "de segurança, e ali permaneceram pormais "de uma hora, enquanto um helicóp-teró'dà FAB pousava numa propriedadepróxima transportando uma equipe decinegrafistas da Radiobrás, de Brasília.

A temperatura aumentou bastan-te depois de algumas reuniões dos fazen-deiros e temos que nos precaver. Espera-mos que não haja resistência, mesmoporque, estamos cumprindo uma deter-minaçâo do presidente da República —afirmava logo pela manhã o superinten-

Ü.(» ! .

Pecuarista de

Jjondrina reageLondrina — A Sunab confiscou, on-

tem, o primeiro lote de bois do nordestedo.Paraná, numa ação conjunta com aPolicia Federal, Ministérios da Fazenda eAgricultura e Banco do Brasil. Londrinaé um tradicional centro de pecuária, comunTplantel estimado em 1,3 milhão decabéças.

¦JÓ,delegado da Polícia Federal, LuísSerafim Dias, com 10 agentes, e o inspe-torda Sunab, Luiz Miguel Skrobot, che-garãm à fazenda Mosaico, às 10 horas,coip um comboio de 25 caminhões boia-deiros. O proprietário das 5 mil cabeças,Orlando Cezar Volpan, contatado atra-vés do rádio-amador, tentou resistir, ale-gando que dois dias antes tinha vendido740 cabeças.

Mas o delegado Serafim foi enfático:"Nossas ordens são de Brasília. Com ousem o seu consentimento, vamos levar500 cabeças de gado." Enquanto os agen-tesrda Polícia reuniam os peões parajuntar o gado, apareceu o administradorJosé Alves de Almeida, que resistiu: "Sóentrego o gado com ordens do patrão."

dente regional da Polícia Federal, Rober-to Alves, em conversas constantes comseus agentes, alguns munidos de mapas emuitas caixas de balas de metralhadoras ecarabinas.

A situação é de muita calma. Nãohouve resistência e sim muita cooperaçãopor parte do pessoal da fazenda — suspi-rou, já por volta de 12h30min, o delegadoDelci Teixeira. A esta altura, a únicadificuldade dos confiscadores era desço-brir onde estava o gado que, há duassemanas o próprio delegado viu na fa-zenda.

As 1 mil 200 reses contadas pelosagentes e constante de relatório da fazen-da, ao vacinar o rebanho em 3 de setem-bro, foram desviadas para uma fazendapróxima, a Clarice, de 4 mil 500 hectares,também pertencente à família Negrão,que teria, no Mato Grosso do Sul e emSão Paulo, cerca de 40 mil cabeças degado. Embora a situação fosse tranqüila,os agentes federais continuavam fazendosuspense e as porteiras da Fazenda Clari-ce somente foram abertas para acesso daimprensa às 13h20min, após o sobrevôodo delegado, juntamente com técnicos daReceita Federal e Sunab e um veterináriopara descobrir se havia mais boi gordotransferido de propósito para outras pro-priedades, o que não se confirmou.

O gado da Campeiro se encontravatodo ele na outra propriedade, era visto-so e, segundo estimativas, estava compeso de até 20 arrobas. Outra dificuldadeencontrada foi manejar esse gado para aCampeiro, a três quilômetros. Quatroagentes, sem muita experiência de cavai-gar, e cinco peões requisitados nas pro-priedades próximas fizeram o trabalholento, concluído por volta de 16 horas.Somente então os caminhões boiadeiroschegaram à Fazenda Campeiro e deu-seinício, quase escurecendo, à transferênciados bois dos currais para os caminhões.

A movimentação na Polícia Federalcomeçou de madrugada, num clima agita-do, depois das informações de que osprodutores, que haviam se reunido porquatro horas na noite anterior, defende-riam seus direitos a qualquer custo. Os

caminhões começaram a chegar por voltade 7h30min, mas a saída deu-se somenteduas horas depois. Ao invés de procuraros desvios e fugir do tráfego, o comboiosaiu pela cidade — guiado por boiadeiroscom as sirenes de suas viaturas abertas —para tomar a BR-163 que dá acesso àRegião Sul do Estado e também a SãoPaulo. No caminho, os veículos que trafe-gavam em sentido contrário eram obriga-dos a sair para o acostamento e houverepresália a alguns caminhoneiros quenão entenderam os acenos dos policiais.

Em momento algum, já dentro dapropriedade e deliciando-se da hospitali-dade dos peões, os agentes federais dei-xaram de empunhar suas metralhadoras ecarabinas. Na estrada que demanda àFazenda Campeiro, a polícia chegou adesarmar alguns empregados da proprie-dade que transitavam com revólveres 38carregados. O delegado fazendário DelciTeixeira, irritado, chegou a advertir osagentes, que conversavam animadamentejunto aos veículos.

Estou vendo muita conversa epouca ação — disse, pedindo pressa noremanejamento do gado da Fazenda Cia-rice para os currais da Campeiro. Emseguida, o delegado se indispôs tambémcom o veterinário Tancredo Teodoro deFaria Filho, da Secretaria Estadual deAgricultura e Pecuária, que exigia o con-fisco de apenas bois acima de 16 árrobas.

Mas como vamos pesá-los, se nãotemos balança?

Não precisa. Sou técnico e bastaolhar para saber o peso e o estadosanitário do animal. A gente conhece oboi pela sua aptidão e carcaça.

Os bois serão abatidos no FrigoríficoMatei, que abastece Campo Grande. Ofrigorífico colocou algumas dificuldadesquanto ao abate, alegando que já dispõede cotas para hoje, e o gado terá quepermanecer nos currais até amanhã.

Não sabemos se haverá condiçõesde abate no sábado (amanhã), porque éferiado regional no estado—justificou-seo responsável pelo setor de compras daMatei, Armando Ortiz.

Lunardelli perde 700 bois

Sio Paulo — "Estamos pior que noregime ditatorial, pois substituíram o en-tulho autoritário pelo entulho demagógi-co". O desabafo foi feito ontem pelopecuarista Sérgio Lunardelli, após confir-mar o confisco do seu rebanho. Segundoele, ontem, por volta das 10 da manhã,vinte homens da Polícia Federal, ReceitaFederal e Sunab, portando metralhado-ras e utilizando helicópteros e aviões,confiscaram 700 bois que estavam confi-nados numa de suas fazendas, a Trevo,localizada no município de Itapura, a630km a noroeste do estado.

Até o final da tarde, cerca de 30caminhões requisitados pela Policia Fe-deral para o transporte das 700 cabeçasainda permaneciam na frente da proprie-dade. Lunardelli afirma que o governonão tinha argumento para efetuar o con-fisco, pois garante que vinha vendendoperiodicamente seus bois. "Ainda na se-mana passada nós vendemos 220 cabeças,e acredito que dentro de 45 dias teríamosdesovado todo o nosso estoque, de 700cabeças".

AtrasoA desapropriação de 2 mil cabeças de

I*- 1- BANCO CENTRAL DO BRASIL

TOMADA DE PREÇOSDERJAN0 86/15 ABERTURA: 28.10.86OBJETO: Execução de reparos nas torres d'água marcaAlpina do sistema de ar condicionado do Edifício-sede doDERJA.EDITAL: Av. Presidente Vargas, 730 — Subsolo — Rio deJaneiro (RJ), das 12h30min às 16h30min.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇAO

CENTRO DE DESENVOLVIMENTOE APOIO TÉCNICO À EDUCAÇAO

PROGRAMA MEC/BID IIIAVISO DE EDITAL

CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL NÚMERO 003/86Objetivos: Desmatamento e construção de edificaçõespara salas de aula, atelies de desenho, administraçãoacadêmica, anfiteatro, cantina e áreas de lazer, passagenscobertas, sistema de abastecimento de água. sistema deesgoto sanitário, sistema de drenagem de águas pluviais,para implantação da Faculdade de Tecnologia — Fundaçãoda Universidade do Amazonas.Recursos: acordo MEC/BID III — Fonte FAS/CEF e 111-1CRecebimento de propostas: dia 17 de novembro de 1986às 9:30 horas

Prefeitura do Campus Universitário — Estrada doContorno — MiróCampus, Bloco P-Aleixo-Mareus-AM.Telex. (092) 237-6605

A Comissão de Licitação.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIACENTRO DE DESENVOLVIMENTO E APOIO

TÉCNICO À EDUCAÇÃO/CEDATE.PROGRAMA MEC/BID III— AVISO DE EDITAL —

Concorrência Pública Nacional n° 001/86Objeto: aquisição de equipamentos parasalas de aula.Recursos: empréstimos BID (lll/IC-BR)Recebimento das propostas: dia11.11.86Local: Av. Presidente Dutra, 2965, sala A,pavimento superior, às 15:00 (quinze) ho-ras — Porto Velho.Edital e informações: Av. Presidente Du-tra, 2965, sala D, pavimento superior, das8:00 às 18:00 horas até 04.11.86 (069 -221-5035)

A Comissão de Licitação

policial

Dono de boi não quer brigar

açao

Abates ainda não

foram aumentadosBrasflia — O abate de bois, pelos

dados oficiais do Ministério da Agricultu-ra, não se elevou ontem cm função daoperação de desapropriação movida pelogoverno. A estimativa, até as 12 horas,era de 15 mil reses abatidas, quando nodia anterior, o do anúncio das medidasmais fortes, chegaram aos frigoríficos 17mil 924 cabeças.

À tarde, no entanto, o ministro daFazenda, Dilson Funaro, garantiu queeram muito intensos os contatos entrepecuaristas e representantes de frigorífi-cos, para definir a venda de gado. Oconsultor geral da República, Saulo Ra-mos, também informou que pecuaristasque estavam na mira do governo começa-ram a entregar espontaneamente as re-ses. Em função disso, o número estimadopara ontem pode estar bastante distor-cido.

O gado desapropriado ontem pelogoverno será abatido nos frigoríficosMouran, em Andradina (SP), Matei eAzevedo, em Campo Grande (MS) cLondres, em Londrina (PR). Porque ho-je sua capacidade já está esgotada, nasegunda-feira começa a ser distribuída acarne aos consumidores.

São Paulo — Com um clima de ex-pcctativa e apreensão ontem na cidade dePresidente Prudente, no Oeste do estado,as lideranças dos pecuaristas realizaramuma bateria de reuniões, que no final datarde culminaram com uma proposta depaz: os donos de bois não querem confli-to com os agentes da Polícia Federal.Eles propuseram, inclusive, que se esta-beleça diálogo entre os pecuaristas quetiverem gado desapropriado e os repre-sentantes do governo e da polícia envolvi-dos no problema.

As reuniões em Presidente Prudente— um dos maiores rebanhos do estado,estimado recentemente em 540 mil cabe-ças, das quais 25 mil seriam de boi gordo,segundo levantamento do Ministério daAgricultura — começaram logo de ma-nhã, quando já havia intensa movimenta-ção de agentes da Polícia Federal, porquefora anunciado que as primeiras desapro-priações de gado começariam por Presi-dente Prudente, o que afinal acabou nãoacontecendo.

As diretorias do Sindicato Rural dePresidente Prudente e da Sociedade Ru-ral do Sudoeste Paulista reuniram-se,logo cedo, para debater o assunto.

De acordo com o presidente do Sin-dicato, Antônio Cervantcs, a conclusãofoi a de que se deveria evitar qualquertipo de confronto com os agentes daPolícia Federal, para evitar, por exem-

pio, o que estava acontecendo em CampoGrande, no Mato Grosso do Sul, onde ospoliciais estavam armados de metralha-doras para enfrentar qualquer tipo dereação dos pecuaristas.

Na parte da tarde, Antônio Cervan-tes reuniu-se com representantes da Poli-cia Federal, propondo que o SindicatoRural de Presidente Prudente fosse omediador entre os agentes policiais e ospecuaristas que possam vir a sofrer desa-propriação. Um diretor do Sindicato che-gou a dizer que a Polícia deveria convo-car os pecuaristas, que constam da listado governo, para uma conversa particular, sem a presença da imprensa, pois eles"estariam dispostos a colaborar com ogoverno".

Também na União Democrática Ru-ralista (UDR) foram realizadas reuniões.O presidente da entidade no Estado,Roosevelt Roque dos Santos, declarouque a orientação da entidade é a detransmitir tranqüilidade c esclarecimen-tos aos pecuaristas de Presidente Pruden-te. Enfatizou a necessidade de não haverconfronto dos pecuaristas com a PolíciaFederal, com os proprietários exigindoapenas o cumprimento da lei. Ele tam-bém defendeu que a melhor medida a seradotada pelo governo seria uma reuniãocom os pecuaristas a serem desapropria-dos para que se estabeleça "um diálogode composição".

Sunab age com experiênciaBrasflia — Não repetir os erros do

passado. Foi com essa determinação que"dezenas" — o número oficial não érevelado — de fiscais da Sunab c daReceita Federal, acompanhados de agen-tes da Polícia Federal e veterinários dassecretarias estaduais de Agricultura, ma-dragaram ontem para dar início à opera-ção de desapropriação do boi gordo nosestados do Paraná, São Paulo e MatoGrosso do Sul.

O trabalho começou às 7 horas damanhã, sumultâneamente, nas três fazen-das escolhidas na noite da véspera peloPalácio do Planalto. A estratégia já esta-

gado da Fazenda Urubupungá, tambémda família Lunardelli, uma das maioresprodutoras do país, no município deItapura, a 630km de São Paulo, ainda nãose consumou.

Apesar de ter entrado com ação dedesapropriação contra a Fazenda Urubu-pungá, no fórum do município de PereiraBarreto (a 80 km de Itapura), poucoantes do meio-dia, o procurador da Re-pública, Dilmar Afonso da Silva, nãoretornou até as 17 horas para dar prosse-guimento aos trâmites jurídicos, que con-sumaria o primeiro caso de confisco debois. Mas isso poderá ocorrer ou não nospróximos dias, dependendo de um possí-vel acordo entre as partes.

O juiz do município, Paulo AntonioRossi, explicou que a União entrou com aação de desapropriação através do pro-curador, depositando previamente umaquantia correspondente ao preço estipu-lado pelo governo para a venda da arrobado boi. Rossi não soube dizer se já haviasido tentado uin acordo com a famíliaLunardelli antes do início da ação. O juiznão quis revelar o valor do depósito, masdisse que logo depois concedeu umaliminar.

va sendo preparada há pelo menos doismeses. Em cada uma das três fazendas —outras 27 estão na mira do governo, nosmesmos estados —, foram encontradosde 5 mil a 10 mil bois gordos cm condi-ções de abate, confirmando o levanta-mento da Polícia Federal.

— Tudo foi planejado nos mínimosdetalhes — disse o superintendente daSunab. Todas as etapas foram cumpridas.O superintendente estima que, em trêsdias, a carne do boi desapropriado ontemcomeçará a ser distribuída no varejo: comprioridade às regiões onde houve a ope-ração.

Araçatuba, SP — Foto de Isalas Feltosa

Funcionários do Araçafrigo trabalham para aumentar a oferta de carne no merca<

Tuma acha que o Vender dois bois e comprar

três é a regra da pecuáriagoverno venceu

Brasília — "O governo provou quetem condições operacionais de realizar adesapropriação do gado. Agora, o pró-prio produtor fará com que a situaçãovolte à normalidade." Assim, o diretorgeral da Polícia Federal, Romeu Tuma,analisou a operação executada ontempelo governo em fazendas de São Paulo,Mato Grosso do Sul e Paraná, que levouà desapropriação de 2 mil reses.

Romeu Tuma esteve no final da tardecom o ministro da Justiça, Paulo Bros-sard, para informar-lhe a respeito doandamento da operação. Ele recebeuvários informes das delegacias regionais,responsáveis pelo acompanhamento dostécnicos do Ministério da Agricultura,que determinam quais os animais estãoem condições para o abate.

Em Campo Grande (MS), 226 cabe-ças já estão no frigorífico Matei, c serãoabatidas na manhã de hoje. Tuma nãorevelou até quando prosseguirá a opera-ção, mas disse que em alguns estados aentrega já está quase normalizada.

— Vários pecuaristas já estão achan-do o preço de Cz$ 280,00 por arroba umbom negócio — disse.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIACENTRO DE DESENVOLVIMENTO E APOIO

TÉCNICO À EDUCAÇÃO/CEDATE.PROGRAMA MEC/BID III

AVISO DE EDITALCONCORRÊNCIA PÚBLICA NACIONAL N° 002/86Objeto: Aquisição de equipamentos paralaboratórios de línguasRecursos: Empréstimos BID (lll/IC-BR)recebimento das propostas: Dia 11.11.86Local: Av. Presidente Dutra, 2965, sala A,pavimento superior, às 17:00 (dezessete)horas — Porto Velho-RO.Edital e informações: Av. Presidente Dutra,2965, sala D, pavimento superior, das 8:00às 18:00 horas até 04.11.86 — (069-221-

55035).

A Comissão de Licitação

TeiecoMUNicaçôes do rio oe jaNeiRO s.a.f m&cu ooS<vc'»'4i"* TGLeRJ

TeiecoMUNicaçôesf m o>ew oo S<vc»'a 1 c*i)' isMinistério da* ComunicaçÜM - Qoverno José Sarnoy

COMUNICADO

RECEBIMENTO DO PLANO DE EXRANSÃO

Os Pagamentos mensais referentes ao Plano de Expansão da TELERJ poderão ser efetuadosnos seguintes locais:

SITUAÇÃO OOPAGAMENTO

LOCALIDADE

RIO OE JANEIRO

NITERÓI

OUTRASLOCALIDADESDO INTERIOR

ATÉ O DIA DOVENCIMENTO OU

ANTECIPADOS

Todas as agências do:BANERJ-BRADESCO-NACIONAL-UNIBANCO.Todas as agências do:BANERJ-BRADESCO-NACIONAL-UNIBANCO.

Todas as agências do:BANERJ-BRADESCO-NACIONAL-UNIBANCO.

ATÉ 02 (DOIS)MESES EM

ATRASO

Somanta na agência daRua da Quitanda n? 59do UNIBANCO.Somente na agência daRua Visconda da Uruguain? 385 do UNIBANCO.

Obtar autorização noSetor Comercial daTELERJ e efetuar opagamento nas agências do:BANERJ-BRADESCO-NACIONAL-UNIBANCO.

ATÉ 03 (TRÊS)MESES EM

ATRASO

Somente na agência daRua da Quitanda n? 59do UNIBANCO.Obter autorização noSetor Comercial daTELERJ e efetuar opagamento nas agênciasdo BANE RJ-BRADESCO-NACIONAL-UNIBANCO.

Araçatuba, SP — Qualquer pessoadisposta a brilhar no mundo da pecuáriade corte sabe: ao vender dois bois gordostem que arrecadar na transação o sufi-ciente para comprar três magros. Quemnão seguir a regra básica da cartilha dosprodutores, pode acabar sem nenhumgado, ou até perder a terra, segundo osentendidos, centenas dos quais têm suasbases nesta cidade de 160 mil habitantes,localizada na região noroeste do estado,tamém conhecida como a "capital doboi".

O nó que impedia a realização demuitos negócios no mercado nacionnal debois gordo é justamente esse, explicaCarlos Olinto Brandão, presidente daCooperativa Agropecuária do BrasilCentral (Cobrac), uma das maiores doestado, cujo braços se estendem até osestados vizinhos, em particular o MatoGrosso do Sul. Aliás, a influência dospecuaristas de Araçatuba também noMato Grosso, Goiás, Rondônia e Acre émuito marcante, pois é para lá que estãoexpandindo há anos suas áreas de pro-dução.

Para Brandão, o problema é que umboi (gordo) com 18 arrobas em média,comercializado pelo preço do acordo dogoverno (Cz$ 280 a arroba), rende Cz$5.040 ao produtor, sem descontar osimpostos. Enquanto isso, o boi magrocontinua ofertado pelo mínimo de Cz$4.200, o que significa ser impossível com-prar três magros (por Cz$ 12.600), com oproduto resultante da venda de dois gor-dos (Cz$ 10.080). O mais grave é que,hoje, devido à seca (que realmente estáqueimando os pastos) e ao aumento galo-pante do consumo, um boi de 17 arrobasé comumente vendido aos frigoríficos,garante ele.

Mesmo que o governo não decidissepelo confisco, acrescenta, e permitisseque o mercado seguisse a lei da oferta eda procura, o que elevaria o preço do boigordo para Cz$ 6.300, o mercado "não seregularizaria totalmente". Acontece que,no dia seguinte ao aumento, o preço doboi magro também dispararia.

"Além disso, não conseguimos maisboi gordo para comprar, mesmo a essepreço", garante Paulo Borges, um pecua-rista que mora cm Araçatuba e tem umagrande fazenda de criação no Mato Gros-so. Assíduo freqüentador da "praça doboi", Borges também indigna-se com oconfisco e pergunta por que o governonão intervem da mesma forma no merca-do de insumos agrícolas.

Segundo ele, um trator Massey Perkins modelo 295, ano de fabricação 1985,lhe foi ofertado pelo revendedor por Cz$500 mil, "quando todo mundo sabe que opreço de mercado não passa de Cz$ 340mil". Um trator de esteira, mais sofistica-do, só é vendido na região com ágio de100%, denuncia.

Hélio Borges, outra presença cons-tante na praça, relembra os maus boca-dos que passou em 1965, quando o Exér-cito, a mando do presidente CasteloBranco, mandou confiscar parte de suaboiada. "Eles levaram meus bois, nãoresolveram o problema de abastecimen-to, a não ser momentaneamente, e ainda jfme complicaram a vida pelos anos seguin-tes, durante os quais tive que fazer umgrande esforço para recompor meu reba-nho", afirma, sem revelar quanto gadotem hoje.

Para João de Oliveira Lopes, a crisesó se resolverá em três anos ou mais, ouseja, quando o rebanho nacional estivertotalmente recomposto, livre dos efeitosda matança de matrizes de anos passados, „Nesse período "mais uma vez os pecua:..ristas foram os grandes prejudicados"..,,iSegundo os produtores, em crises como jv»essa, são os frigoríficos quem levam van- £tagem. ¦«'-

Lopes também critica a impassivida-de do governo com relação à cobrança de " »ágio por parte dos fabricantes e comer-ciantes de insumos. "Atualmente, paga-mos ágio na compra de adubos, vacinas,pregos, arames, tratores, pneus, câmaras ;de ar e tudo o mais que um produtor rural . Jtem que comprar", exaspera-se.

Os produtores também reclamam dafalta de sal mineral — um complementoalimentar fundamental para o gado — devacinas e até de soro antiofídico. Por isso,muito gado está morrendo, de Bauru, nocentro do estado, até Mato Grosso, mes- •mo que seja por uma simples picada decobra. Sem falar que o governo, quandolibera o produto, envia soro congeladopara os pecuaristas das mais longínquasregiões do Brasil Central, como se nãosoubesse que ali geladeira é um luxo nãoconhecido.

Segundo alguns deles, até mesmo alei de reforma agrária do presidente Sar-ney influi na retenção do gado no campo.O 1NCRA exige, para o Oeste paulista, aexistência de um boi por hectare, paracaracterizar uma propriedade produtiva.Por isso, os fazendeiros, cujas proprieda-des não atendiam a esse requisito, logotrataram de comprar qualquer tipo deanimal, inclusive boi gordo, para cumpri-lo.

n

w

JORNAL DO BRASIL Economia sexta-feira, 10/10/86 a Io caderno o 19

Desapropriação não resolverálogo a crise de abastecimento

|Mpj!fffi|TH|^^g3j]gpn«WH,,ü-:

l|p" *' '" *\Foto de Raimundo Valentim

A desapropriação de bois não resol-verá o problema do abastecimento decarne a curto prazo e, eventualmente,agravará o suprimento do produto nofuturo. Essa foi a conclusão do debateentre o economista João Luis Mascolo,do Instituto Brasileiro de Mercado deCapitais, o vice-presidente da Associaçãodos Supermercados do Estado do Rio deJaneiro, Ailton Fornari, e o vice-presidente da Associação dos Frigorífi-cos;; Antônio Duarte, ontem, no progra-ma-Encontro com a Imprensa, na RádioJORNAL DO BRASIL.

Ailton Fornari disse que o governotem responsabilidade direta pela crise deabastecimento da carne. "O que estáocorrendo hoje é o resultado de erros depolítica de muitos anos que foram corrigi-dos", garantiu o vice-presidente da As-serj. Fornari atribui a origem do proble-ma ao tabelamento feito pelo governo,"que desestimulou o produtor".

O economista João Luis Mascolotambém responsabilizou o governo pelacrise e se disse "surpreso com a surpresado governo diante da escassez da carne".Segundo o economista, a crise de hojeera perfeitamente previsível a partir docomportamento do setor agropecuário noano passado. Na sua análise, 1985 foi um"ano de baixa no ciclo pecuário", quandoos preços reais estiveram em queda cons-tante. Em função disso, os abates foramacelerados, incluindo muitas matrizes. Aescassez, portanto, teria de ser esperada.

Mascolo considera injusto o governocomparar o número de abates entre esteano e 1985. O país está em plena entres-safra e não se pode dar ao luxo de mataras matrizes sob pena de comprometer ofuturo do suprimento de carnes. O eco-nomista do IBMEC sugeriu que, a curtoprazo, o governo financie aos pecuaristasa diferença entre o boi gordo e o garrote,como uma forma de estimular a venda debois.

A longo prazo, o economista afirmaque o país não terá outra alternativasenão investir em tecnologia para dimi-nuir o ciclo pecuário que atualmente estáem 7 anos.. Mascolo prefere pensar queexistem razões econômicas sérias queexplicam o problema da escassez da carneno momento, do que aceitar que a ques-tão reside pura e simplesmente na sone-gação dos pecuaristas.

Já o vice-presidente da Associaçãodos Frigoríficos do Rio de Janeiro, Antô-nio Duarte, acha que a ação do governorequisitando os bois no pasto é correta.Ele raciocina com base nos números de1985. Para ele, nos últimos seis meseshouve uma retenção de 9 milhões decabeças por dia. Se 10% dessa quantida-de fossem liberados para o abate pelospecuaristas, teríamos 200 mil toneladasde carne que, somadas às 190 mil tonela-das importadas e as 50 mil toneladas queseriam exportadas, dariam para regulari-zar o abastecimento por 60 dias.

Foto de Gilson Barreto

líl naan

c*- ^BkjP^ '=mmmW

WaJWMrWSM^tnV,^ ''iÜti-ijíiltuJQ, ¦¦ "'''KrWlluir-- ^^^TminírE^L' lMraaat9rãaJÍ»^Íaa^í3rMlM«nKiail WVti:^5ffHWr!;'lÍ E,ij(

Antônio Duarte (E), Aãton Fornari e João Luiz Mascoloconcluíram que faltará carne por longo tempo

Pecuarista jáhavia alertado

Os pecuaristas avisaram o governo,em dezembro, através de documentosconfidenciais, que o ciclo bovino estavacom carência de matrizes. Na época, osprodutores pediam que o governo acio-nasse o mecanismo de importação paraatender o mercado interno e não compro-metesse as matrizes restantes. A revela-ção foi feita ontem pelo economista Pau-Io Rabelo de Castro, redator-chefe darevista Conjuntura Econômica, da Fun-dação Getúlio Vargas."As autoridades fizeram ouvidos demercador para a advertência dos pecua-ristas na época. Veio o Plano Cruzado,que provocou o aumento da demanda em30%, o que agravou o problema doabastecimento da carne", afirmou PauloRabelo. O economista criticou a ausênciade uma política agrícola de longo prazo,capaz de dar garantias e estimular ohomem do campo.

Paulo Rabelo de Castro será o coor-denador do I Encontro de EmpresáriosRurais, que será realizado entre os dias15 e 17 deste mês no Hotel Nacional, coma participação de 500 líderes do setor detodo o país. O encontro tem o apoio daSociedade Rural Brasileira, da Organiza-ção das Cooperativas Brasileiras, da So-ciedade Nacional da Agricultura, da Con-federação das Associações Comerciais doBrasil e da Câmara de Estudos e DebatesEconômicos e Sociais.

"Enquanto não houver mobilizaçãodos empresários a política agrícola vaiviver sempre de sobressaltos", assegurouo economista, justificando a realizaçãodo encontro de empresários rurais. Paraele, os empresários já estão entendendoque precisam de um canal de comunica-ção direto com a população, para que nãosejam responsabilizados, como agora, pe-Ia crise do abastecimento de carne. Oencontro, de acordo com o economista,insistirá na elaboração de uma política delongo prazo.

O Santa Lúcia abateu 160 bois de madrugada e distribuiu 35 toneladas de carne

Abate clandestino aumenta perto do RioEm Gramacho, próximo às margens

da estrada Rio-Petrópolis, 160 bois cria-dos por pecuaristas de Campos foramabatidos na madrugada de ontem noFrigorífico Santa Lúcia — um dos maio-res do Rio de Janeiro. Mas essa matança,que resultou em 35 toneladas de carnedistribuídas imediatamente pelos açou-gues da Baixada Fluminense, não signifi-ca ainda um aumento da oferta. No mêsde setembro, de acordo com o proprietá-rio do Santa Lúcia, Almir Souza, o abateficou em torno de mil animais, númerocorrespondente à metade da média men-sal da produção de carne desse frigoríficoantes do Plano Cruzado.

Para Almir, há 38 anos no ramo eatualmente diretor secretário da Associa-ção dós Frigoríficos de Indústrias e Ata-cadistas de Carnes e Derivados do Rio deJaneiro (Aficade), a maior gravidade nomomento é o abate clandestino colocan-do em risco a saúde dos consumidores.

— A matança de bois em sítios,fazendas e barracões escondidos da fisca-lização supera a produção de carne detodos os matadouros juntos existenteshoje no Rio (uma meia dúzia).

Isso quer dizer que pelo menos qua-tro mil bois estariam sendo mortos men-salmente no mato, sem qualquer tipo defiscalização, uma vez que os frigoríficosabatiam em média um total de oito milaté a reforma econômica chegar.

BastidorPara explicar melhor esse bastidor do

abastecimento de carne fresca no Rio,Almir lembra que inicialmente o cruzadofoi festejado nos abatedouros. O tabela-mento da carne igualando os preços dossupermercados e açougues aquecera a

demanda do produto fresco. Ou seja,exatamente da carne fornecida pelos ma-tadouros do Rio aos pequenos açouguei-ros. E não deu outra: em abril, a produ-ção aumentara em 30%. Só a partir demaio é que Almir precisou recorrer àindustrialização de ossos e sebo, e àdistribuição de carne congelada da Co-bal. "Tivemos que parar 30 dias porque oboi começou a escassear e o ágio entrou atodo o vapor". Mas depois, retornou aoabate.

Sem confessar que paga ágio, argu-mentando inclusive que se o fizesse esta-ria matando 500 bois por dia porque temmercado para isso, Almir acaba se train-do ao comentar a matança marginal debois. "Não adiantava os matadouros fica-rem parados para comprar dentro doacordo do Governo porque os fornecedo-res clandestinos estavam abastecendo osconsumidores. Com ágio e boi doente"— desabafa.

A carne fresca consumida e produzi-da no Rio corresponde a 5% do abasteci-mento total do Estado. Os 95% que vêmde fora são de carne resfriada. O dono doFrigorífico Santa Lúcia acredita que sehouver um incentivo à pecuária, o abaste-cimento de carne fresca no Rio poderásubir para 10 a 15%. O matadouro recebebois de Minas, Espírito Santo, Bahia e dopróprio Estado (Macaé e Campos, princi-palmente). Mas a maior parte (60%) vemdos pastos macaenses e campistas. Quepela proximidade se transforma na carnemais cara da praça.

— Quando veio o congelamento jáse pagava CzS 300,00 pela arroba do boide Campos. Apesar de o Governo terfeito o acordo com os pecuaristas fixando

devem-¦ '/75J

a arroba a CzS 215,00, esse preço nuncapassou do sonho à realidade.

Além de admitir que o preço "sonha-

do" por Funaro ficou na "carochinha",Almir acha ainda que o novo acordo env.._'torno de CzS 280,00 também não foisuficiente para o aparecimento do reba^. ;nho gordo. Ele diz que a única coisa queatemorizou "um

pouco" foi a ameaça do. %confisco. Com isso, até mesmo os pecua- .ristas fluminenses — que não entraramna lista das desapropriaçõesaumentar a oferta. "-"i

Quando será o próximo abate? • ioiã— Não sei. Abate antigamente era

às segundas, quartas e sextas-feiras. Hoje, >;é quando tem oferta. Se eu procurar o-'.pecuarista, evidentemente o poder de,,-..barganha ficará com ele. Estamos na •-expectativa dele nos entregar o boi a CzS -280,00.

Pela segunda vez Almir se trai naquestão do ágio. Com um matadouroocioso, abatendo apenas 10% de suacapacidade, embora nos tempos áureosjamais tenha superado os 40% (matandoem torno de quatro mil bois por mês) eleacaba defendendo os pecuaristas flumi-. ...nenses. Considera que o Governo deve-ria ser mais maleável fixando preços ,regionais. "Afinal, um boi de Camposviaja apenas três horas e chega até pesaflK!Ado mais". .: ous

No pátio do frigorífico, uma kombi , ido Hotel Atlântico Sul, da Av. Sernam- v.betiba, se abastecia com mais de 100quilos de carne fresca. Em torno, o maiormistério. O comprador, sem se identifi- •car, insistia apenas em afirmar que acompra era para o "churrasco de umamigo, na Barra".

.:'.1KÒ

AntaBCN tem um desses sócios qviecê encontra em qualquer esquina.

táfó.' . ¦¦;,¦.¦¦,;,...,-¦;¦¦:.,/.. ..;/.. :..yiáéi#te

l^ÉiSÉI^ilil^i^^m^rl K^l mÈ HBStI HflK^" HialllrMM^^^^Bl^BBBBraBB .--.MiB^EStlt^fe^fr^fea.v.,:o: -.- ,._ .

HffiUMBwHH Iwl i[7^ !¦' I illiliiii II IP 1Hl¦MnrySaaB IJlaaBfiaaafl BM ¦llllVfl BsájBl BHÜÚ- pWBP J *?'¦? ^B BM

' jSJWWlB BB / BBt™T TBl BB>aÍai^^BBr^T?i^jBB M^BWfeBffl BB

Bs9 BlI BEfeirí^l^-TÈi^B BtISSIÍ Bl.aaa»fê'^''B B^.f?S M^aF^B c»E»inB Ig^rvBBBBg ¦Bm-Bji mmmmmBmak&ú£&FM^----mM&&mmm mmTt--^SK mWI^MmW^ f^-.r^mMmmv;-::i.J^nrmm LBjBMBMaSfe^rJlM]WVfl BBBrV,BBBtBjjl Bbbb BVPáffisSRSrvM ¦«¦¦^H — - hJwSS BB/Jnff%>' 5 mTfMm mmWJr%iÈí 'r ^BT >"^M BTr^' -¦'¦^mm HBmBJ Bbj&s»1 B ti Hmlill IP^ Bil • - WmW.0Ê i

¦¦Ü^H BI $ÊÈ ^L^mW^-^^Wmmm mmW§!3*MmmT ": mmWÊ&^ÊÍmm\ BB

vÉ Smb IÉk^m EVfi :E:M mÈÊm^ám mWÊÊm mIO HTh BíSM^i' fl &FÜ3BV"JH 8? JPB1 H II m Itl - 1 Mia W/m' IB&iWH Hr^S ESI rKiiv âVM K;n rHnlK'4'f4->l Bw^ raK.fNr~áai 9>BmH«Bj| BjvTBI BsSaaBsH Elü^Bl HiBl BviJmIBI BVBjBi^fcfiViBl KB1 HEanÉBl B^v^áaTrlai ~ -^^BbBBBBBBBBBB

WA BggB BhJ BlBBffiaaai BMraSíji ¦fgyM B^^S^aFBrffB BI^Lt^IB B^Barááaaalaaa!íl BBrl^aB B^kkfl B^>^t!!lBBÉ^>l^a^BnB;^^^BB i(B^^^^S BH

BM^bI KC ^^S^^BMj ^B^T 4aaafl ¦¦¦Bh bW*:^^í^íÍ*BB BhÍIiiBB ¦¦¦

Quem conhece o mundo.conhece o Barclays.São 2.829 agencias naInglaterra e mais 1.217espalhadas por mais de 70países.Mais de 100.000funcionários.Perto de 80 bilhões dedólares em depósitos, e umlucro operacional acima de 1bilhão de dólares.Bastam esses números paramostrar quem é o Barclays:um dos maiores bancos domundo.Anos atras o Barclays decidiuoperar tambémno Brasil, e procurou seuparceiro:um banco local que reunissetodas as condições para, emconjunto, participar docrescimento econômico dopaís.O escolhido foi o BCN.Essa associaçãoBCN-Barclays, no Banco deInvestimentos BCN e naFinanciadora BCN, estáagora fazendo 13 anos, commútuas vantagens: para osclientes do Barclays cominteresses no Brasil, elarepresenta estar maispróximo do'nosso mercado.E para os clientes do BCNvoltados para o Exterior,significa esta exclusividade:contar com apoio ecolaboração em todas asesquinas do mundo.

'i<Z

1

I

«ik*rij

:2 í

ú: i, J

iSJ

f-q

BCNQ$\ BARCLAYSHá 13 anostrabalhando juntos *

^ / » *

20 ? Io caderno a sexta-feira, 10/10/86 Economiai

JORNAL DO BRASIL

UDR diz que medida é apenas eleitoral São Paulo/Foto de lr,aías Feilosa

. Londrina — O confisco de boi paragarantir o abastecimento de carne é umamedida essencialmente política e visa aauxiliar as campanhas dos candidatos dogoverno Sarney nos Estados do Rio c SãoPaulo. A opinião é do diretor do núcleode Londrina da UDR — União Demo-' crática Ruralista, Antônio Sérgio Prandi-ni. "Esses candidatos vem centralizandosuas plataformas em torno da questão do'.confisco e não há dúvidas de que os bois,

/agora desapropriados, servirão para'"'abarrotar de carne aqueles dois mer-

cados."Prandini recebeu com estranheza a

decisão do governo, pois na quarta-feirao abastecimento de carne "já estava mui-' k> próximo da normalidade". Ressaltou

, ainda que, no norte do Paraná, os pecua-ristas vinham atendendo ao apelo feito

"pela Sociedade Rural do Paraná para a"¦..entrega de bois nos frigoríficos, "o que

demonstra que o confisco é absoiutamen-te desnecessário e arbitrário".

...T" Explicações"."

Outro argumento de Prandini paracontestar o confisco é o de que, pelomenos nos últimos dez anos, o mês deoutubro começa a registrar um número

**mmmma^a\4ammi': íiàaVm mW^

mTu9mmma^^^w^*^^3kZ ^amaaaW^AmW

maior de abates. "É uma questão natu-ral: os confinadores passam a entregar oboi, porque senão ele emagrece. A comi-da acaba e ele têm que vender o gado",disse ele, e explicou a escassez, por trêsfatores: o abate de fêmeas na base de75% nos anos de 1981 a 1985, o fato de osetor estar no pico da entressafra e oaumento do poder aquisitivo da popula-ção com o Plano Cruzado.

O diretor do núcleo da UDR infor-mon que, pelo menos por enquanto, não

Pecuarista se queixa com íris

i_

r

Brasília — Perplexidade, surpresa erepúdio. Estas foram as expressões maisusadas pelos integrantes da Frente Am-pia da Agropecuária, para definir o queestavam sentindo diante da decisão dogoverno de desapropriar gado gordo nocampo. Eles se reuniram com o ministroda Agricultura, íris Rezende, e previramum agravamento da escassez de carnepara 1987, a partir da aplicação da LeiDelegada n" 4, e transferem ao governo aresponsabilidade pelo abastecimento.'¦••'— O corte indiscriminado de crédi-lb;.a desapropriação e o impedimento dotrânsito de animais vão desestruturar aprodução pecuária — advertiu o vice-presidente do Conselho Nacional de Pe-cuária de Corte (CNPC), Lauro Tavares,demonstrando profunda indignação.

Esses produtores — que integram aala liberal da agropecuária — duvidamque o governo solucione imediatamente oabastecimento com a desapropriação. Ocoordenador da Frente, Roberto Rodri-gues, acredita que a Sunab poderá au-mentar a oferta de carne nos próximosdias, mas criará problemas futuros edesde já deve começar a planejar maioresimportações de carne para 1987.

— A partir da intervenção, o gover-no se toma responsável pelo abasteci-'mento, pois demonstrou que não confiana iniciativa privada — diz o presidenteda Sociedade Rural Brasileira, FlávioTelles de Menezes. Na sua opinião, estafoi uma decisão errada, para forneceralimentos.

Mais incisivo, o vice-presidente doCNPC transfere a responsabilidade ao

governo por não ter sabido tomar asmedidas necessárias e "quando tomou, ofez da maneira errada".

A surpresa dos pecuaristas com adecisão do governo fica por conta dacerteza que tinham de que o abate estavase normalizando. Os dados divulgadosontem, pelo Ministério da Agricultura,registraram que 17 mil 924 reses foramabatidas na véspera do início da desapro-priação, enquanto a média diária de ou-rubro de 1985 alcançava 20 mil animais,garantem os pecuaristas.

A estimativa do Ministério da Agri-cultura era de que pelo menos 15 mil boisforam abatidos ontem, mas o presidenteda Sociedade Rural Brasileira contestaestes números. Segundo Flávio Menezes,a incerteza criada pelas portarias da Su-nab levou diversos frigoríficos a suspen-derem as retiradas de bois das fazendas.

A Frente Ampla considera que ogoverno decidiu pela desapropriação emfunção das pressões políticas e sociais.

— Se o governo não tiver competên-cia para conversar com a Frente Ampla,que busca a conciliação para resolverestas crises, abrirá espaço para radicaisde direita e esquerda, UDR (União De-mocrática Ruralista) e CUT (CentralÚnica dos Trabalhadores) — afirmouRoberto Rodrigues.

Eles contestara as críticas de que ospecuaristas não cumpriram o acordo feitocom o governo. Roberto Rodrigues che-ga a dizer que

"nunca houve acordo, masuma postulação do ministro íris para fixara arroba (15 quilos) de carne em CzS280,00".

HOJENA OsCANAL 9

RECORFA EMISSORA DO RIO

nos esportes

13.00HO ESPORTE COMEÇAMAIS CEDO NA RE-CORD. DE SEGUNDA

A SEXTA; 13:00 H A NOSSA EQUIPE ES-PORTIVA INFORMANDO E ANALISANDOOS ACONTECIMENTOS NO MUNDO DOESPORTE EM GERAL.

EM TEMPO 1U30H

ENTREVISTAS COM GENTE LIGADAA MODA MÚSICA, TEATRO, CINEMAE TELEVISÃO. COMANDO E APRE-SENTAÇAO DE ROBERTO MILOST.

W 23:30H

ENTREVISTA:DANUZA LEÃOCONVIDADOS:

MARCOS FROTAELIANE OVALLE

especial

HOJE21:35 HS

LU

\

^CANAL') IRECORD!A EMISSORA DO RIO

"SEMENTESDO MAL"

ELENCO:KATARINE HOUGHTONJOEL DALLSANDRO

RITA GANCARL, UM SINISTRO JARDINEIRO, É'CONTRATADO POR ELLEN. CARLTENTA POSSUl-LA COM AJUDA DASFLORES, MAS NÃO CONSEGUE E ÉDESPEDIDO INDO TRABALHAR NACASA DE ELENA. NO FINAL ELLENATIRA EM CARL, ESTE SE TRANS-FORMA EM ÁRVORE E ELLEN ATEIAFOGO. PONDO FIM AO MAL.

há orientação da entidade para uma açãonacional. Adiantou, apenas, que um ju-rista de São Paulo está elaborando umtrabalho sobre a questão, a pedido daUDR. "Os produtores tem que defenderseus direitos", ressaltou.

O presidente da Sociedade Rural doParaná, Luiz Neme, recebeu "com supre-sa" a decisão do governo e lembrou que oconfisco vem num momento em que aentidade busca ampliar sua campanhapara a normalização dos abates. "Espera-mos, pelo menos, que a carne confiscadafique no Paraná, que não recebe carneimportada. Se os bois foram produzidosaqui — ressaltou — a população para-naense deve ser beneficiada. Somente oque sobrar, depois da normalização doabastecimento, é que deve ser enviadapara outros estados."

"O confisco é uma medida de puni-ção que deixa traumas profundos para oresto da vida. É uma punição muito durae a classe produtora não deve ser tratadadessa forma. Existem caminhos diferen-tes a serem trilhados pela Nova Repúbli-ca. Os produtores e o governo devementender isso." A afirmação é do pecua-rista londrinense Sidnei Vieira, 48 anos,

que em 1964 teve 200 garrotes confisca-dos pelo governo cm meio a uma fortecrise no abastecimento de carne. Sidneifoi abordado por policiais em uma bar-bearia e intimado a entregar os animaisna manhã seguinte."Os

garrotes — lembra — tinhamque ficar pelo menos mais sete ou oitomeses no pasto, mas nâo teve jeito: ospoliciais estavam armados e foram incisi-vos. Não tive nem o direito de argu-mentar."

Ele entende que o governo devecoibir os especuladores, como fez inter-vindo na Bolsa de Mercadorias de SãoPaulo. "Além disso, o congelamento énecessário para a manutenção do PlanoCruzado. No entanto o governo já admi-tiu que, vindo de sucessivas crises, apecuária não tem hoje condições de aten-der à demanda de mercado para a qual• não estava preparada. O confisco não é asaída."

Agentes da Polícia Federal de Lon-drina acompanharam, ontem, a operaçãode confisco de bois no noroeste do Para-ná e, à noite, os policiais estudavamdetalhes de operação idêntica que deveráser realizada hoje.

__^__-__il_ Brasljia^^otC^^n^arçwjaFernançws

^È Wáw*''-Amwmrjíít^^m^mr * ^^B

WrAm mwm^mãmmmr- ¦ m\m\ mm* Waía*'''«mKk ¦ >fl I^M^^^^^^^M ^mrjamt ^m^B Pnm"" ' ' T^H

¦ m^*r9mm^mmur *.*''. ¦ , ^Sfl Rfl ¦»':.''V;'' ''-vM

¦^Hf mtmmM A .^At ¦1'M Mh ¦¦ ¦ ¦ ¦ .."fc^|¦i U N K ^^ L^^: Wmmm\ maammmalm. <am~ Jamam

Caiado recomendou a criadores que não negociem

Ronaldo Caiado faz ameaçasBrasília — Mesmo sem ler no Diário

Oficial as quatro portarias que determi-naram a desapropriação do boi, o presi-dente da UDR (União Democrática Ru-ralista), Ronaldo Caiado, voou num jatoontem, ao meio-dia, para Brasília, a fimde dar uma entrevista coletiva na qualperguntou se a medida autoriza tambéma população brasileira a confiscar os brin-quedos da Trol e da Hering. As duasempresas estão nas mãos da família doministro da Fazenda, Dilson Funaro.

"Por que o confisco dos brinquedos

também não é válido, se eles estão faltan-do no mercado? Eu ainda não conseguicomprar brinquedos para os meus filhospara o Dia da Criança. Por que o confiscosó é válido para os pecuaristas?", pergun-tou, revoltado, o presidente da UDR.Ele fez também uma ameaça: disse queos bois que estão sendo desapropriadospodem ter recebido injeção de anaboli-zantes, o que torna sua carne desaconse-Ihável para o consumo, conforme advertea saúde pública.

"Eu entendo que a carnedesses bois não pode ser consumida numprazo de 90 dias".

Nessa entrevista, o presidente daUDR aproveitou também para dar umconselho aos pecuaristas filiados à entida-de: "Não negociem o preço do boi sobpressão. O ato de desapropriação nãoquer dizer que se deve aceitar qualquerpreço. O preço tem que ser debatidojuridicamente." Por isso, "contratar umadvogado" é a primeira providência quecada pecuarista deve tomar, antes mesmo

de ir às delegacias da Sunab apresentar onúmero total de reses que possui, aconse-lha Caiado. Com 700 bois, ele até agoranáo se preocupou cm fazer esse registrona Sunab, embora seja uma exigência dogoverno.

Com um terno elegante, mas bastan-te suado em conseqüência do dia tensoque atravessava, o presidente da UDRainda não tinha, até às 18h, uma noçãodo gado até então desapropriado, maszombava das portarias do governo.

"O

governo está fazendo demagogia. Não vaiconfiscar nada. Ele vai pegar 2 mil bois,colocá-los numa estrada e levar a televi-são para filmar tudo. Com a imagemampliada, a sociedade brasileira vai ter aimpressão de que o governo está fazendoum senhor confisco. A população nãosabe que esse confisco não dá para oconsumo nem de uma hora na cidade deSáo Paulo".

Sempre em tom acusador, Caiadoafirmou que a desapropriação determina-da pelo governo tem fim unicamenteeleitoreiro. Ele acha que o governo pode-ria ter tomado essa medida em agosto,quando o consumo da carne teve o seumomento mais crítico, mas preferiu esto-car o produto importado da Europa, parasoltá-lo quando estivessem próximas aseleições.

Ele previu também que os 400 milbois gordos que o governo pretende desa-propriar seriam suficientes para abastecera população apenas por um período de 12ou 13 dias.

Governo está provocandoretração das financeiras

Regina Coeli PerezSão Luiz (MA) — O combate que o

Governo vem travando para reduzir oconsumo está provocando um novo enco-lhimento do setor das financeiras, que até1980 detinha 30 PCT de todos os haveresnão financeiros e atualmente possui ape-nas três PCT. Essa a principal preocupa-ção dos dirigentes das financeiras, reuni-dos no 20° Encontro Nacional, ondeapenas uma autoridade do Governo com-pareceu — o diretor de fiscalização doBanco Central, José Tupy Caldas deMoura.

A limitação a um prazo máximo dequatro meses para os financiamentos decrédito direto ao consumidor (determina-da em fevereiro), a redução de 20 PCT(no caso de instituições ligadara cónglo-merados) e de 10 PCT (para as indepen-dentes) no volume de recursos destinadosa esses financiamentos (em vigor desdejunho) foram fatores decisivos para aperda de espaços do setor, cuja atividadeprincipal é o crédito de varejo direto aoconsumidor.

Segundo análise do vice-presidenteda ADECIF-RJ (também vice da Fman-ceira Cédula), Jacques Cláudio Stivelman— as financeiras estão sendo penalizadaspor algo que não causam.

— O Governo esquece — alega Sti-velman — que houve um aumento real desalários associado à perda da ilusão doganho monetário que desestimulou apoupança levando as pessoas ao consu-mo. Esse consumo na verdade é compôs-to na maior parte de compras à vista, poiso limite de quatro meses provocou umdesestímulo às compras a prazo.

As financeiras têm como único ins-trumento de captação de recursos asemissões de letras de câmbio. O presi-dente do Sindicato das Financeiras doRio, Deolindo Novaes, reconhece que asletras de câmbio saíram favorecidas peloaumento de tributação das aplicações decurto prazo, pois são títulos de 60 dias.

lí ""nV fl| ^V -W^ ^tfllSSwf Ah *~

* í ¦-77* i' ^MB yBjC.SWp - r>, ¦""^""wís

Os pecuaristas João Lopes (E), Hélio Borges e PauloBorges foram à praça em sinal de protesto"Praça do boi9 viveu dia

de nervosismo e irritação

Entretanto, as limitações ao crédito aoconsumidor estão levando as financeirasa uma necessidade menor de captação e,conseqüentemente, encurtando o setor.

— Independente de todas essas me-didas — alerta Stivelman — está havendoum esquecimento da importância históri-ca que as financeiras tiveram e têm den-tro do processo de desenvolvimento eco-nômico. Durante a implantação do par-que industrial brasileiro foram as finan-ceiras que possibilitaram o escoamentoda produção através do crédito ao consu-midor. Hoje não se pode apertar demaisas financeiras, porque amanhã a situaçãomuda, e o financiamento foi reduzido atal ponto que muitas financeiras acabamfechando, como já ocorreu nos últimosanos.

Apesar de todas as reclamações, osdirigentes das financeiras não têm nenhu-ma ilusão de que as regras do jogodeterminadas pelo governo possam seralteradas favoravelmente ainda esse ano.Ontem, em encontro fechado com odiretor de fiscalização do Banco Central,Tupy Caldas, os dirigentes saíram lamen-tando que ele se limitou a ouvir queixas ereivindicações, sem acenar com nenhumamedida concreta.

Nos grupos de trabalho reunidos,ontem, além da análise do setor para serenviada às autoridades, predominaram asquestões operacionais. Os principais pon-tos discutidos e que hoje serão encami-nhados para aprovação da plenária são aabolição do limite de até 200 OTN (CzS21.280,00) nos financiamentos de créditopessoal, a ampliação dos prazos de finan-ciamento de serviços, como turismo na-cional e seguros (que hoje também estãolimitados a quatro meses).

Ainda sob a ótica operacional, asfinanceiras querem o direito de cobrartaxa de cadastro a cada operação realiza-da, alegando que o prazo de validade deum ano foi determinado para atender aosbancos comerciais que só operam comseus clientes tradicionais.

Araçatuba — SP — A presença denuvens cinzentas no céu, prenuncio dechuva após mais de 30 dias de uma jápreocupante seca, não animou ontem ospecuaristas que costumam freqüentar apraça Rui Barbosa, mais conhecida como"praça do boi", nesta cidade. Os produ-tores — ao contrário dos corretores deplantão e os agentes de frigoríficos —estavam apreensivos, ainda sem sabercomo reagir à decisão do governo deconfiscar o boi gordo, um produto queeles garantem ser escasso.

A praça, tal qual o pregão de umabolsa de mercadorias, amanheceu nervo-sa, movimentada, contrastando com ofraco volume de negócios das últimassemanas. Em Araçatuba, chamada a "ca-

pitai nacional do boi", a oferta do produ-to havia caído a níveis mínimos, assimcomo nos demais centros de criaçáo bovi-na, mesmo depois que o governo elevouo preço da arroba de CzS 215 para CzS280.

"Boi nâo aparecerá"João de Oliveira Lopes, assíduo fre-

qüentador da "praça do boi" e um dosgrandes pecuaristas da região, disse quenáo houve surpresa, "porque o governonos vinha ameaçando há muito tempo.Mas, a esta altura achávamos que asautoridades já tinham se convencido dahonestidade dos criadores sérios. Não háboi suficiente para normalizar totalmenteo consumo", garantiu.

Em meio a sucessivas reuniões compecuaristas e donos de frigoríficos, opresidente da Cooperativa Agropecuáriado Brasil Central (Cobrac) e do sindicatorural, Carlos Olinto Brandão, repetia:"O boi não vai aparecer nem com confis-co, nem que seu preço seja elevado paraCzS 500 a arroba, porque simplesmentese trata de um produto escasso." Semfalar que o preço do boi magro continuaentre CzS 4 mil 200 e CzS 4 mil 500.

Irritado com mais uma intervençãodireta do governo no setor — ninguém naNoroeste paulista esquece o confisco de-terminado em 1965 pelo presidente Cas-tello Branco, que, na opinião de CarlosBrandão, não melhorou a situação doabastecimento e só prejudicou os produ-tores —, ele lembra que as autoridadesbrasileiras "nunca" ajudaram o setor.

Foram os pecuaristas mineiros daregião de Passos, no Sul do estado, disseele, que por sua conta e risco introduzi-ram o gado zebu no país, no início doséculo. Ainda sem ajuda do governo,foram os produtores do Triângulo Minei-ro, de Barretos (SP) e Araçatuba quemaprimoraram as raças zebuínas nacionais,

entre as quais se destaca o nelorc — o boibranco de chifres curtos, que predominano rebanho sclc'cionado do país."Fomos nós também que abrimos,junto com nossos bois, as novas frontei-ras do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso,Rondônia e até no Acre", reclama'. "Eagora vem o governo querendo confiscarum boi que não existe. Se existe, não énas quantidades estimadas pelo governoc pela opinião pública."

Abates aumentamPara Vilobaldo Peres, presidente da

União Democrática Ruralista (UDR) re-gional do Noroeste de São Paulo, ogoverno deveria é promover uma "nacio-nalização" do consumo, certo de que

• nenhuma medida, principalmente o con-fisco de bois nos pastos e confinamentos,vai resolver a crise atual.

O abate desenfreado de matrizes naépoca da recessão econômica, a seca doano passado c o aumento substancial doconsumo de carne depois do Plano Cru-zado são, segundo ele, os fatores básicosda falta do produto no país. A questão,acredita Peres, só será resolvida com adecisão — já em prática — adotada pelospecuaristas de reter suas preciosas matri-zes (vacas reprodutoras) e de melhorarsuas pastagens. Será preciso, ainda, oestímulo do governo

"e não as ameaçasde confisco".

Seja como for, o Araçafrio — assimcomo o Frigorífico Mouran — registrouontem um substancial crescimento daoferta de bois para abate. O diretor doAraçafrio, Eurico Benedito Filho, réve-lou já ter à disposição mais 200 animaisgordos para abater hoje. Uma melhoriaespetacular, pois a empresa vinha abaten-do apenas 300 bois por semana, graças aum acordo de entrega garantida, pelopreço do acordo, feito com a prefeituralocal, a UDR e a cooperativa agrope-cuária.

"Melhorou mesmo", contou. "Tanto

que já tenho mais 250 cabeças para mataramanhã e um nível de ofertas que garanteao frigorífico começar a vender paraoutros municípios." Antes disso, o açor-do local só garantia o abastecimento domunicípio. Ontem, o Araçafrio já pôderemeter carne para Campinas.

Eurico Benedito Filho, entretanto,também acredita que os confiscadores dogoverno deverão encontrar pouco boipara abater na região. Ele mesmo teveque buscar o produto, dias atrás,, emPontes de Lacerda, no Mato Grosso, a 1mil 800 quilômetros de Araçatuba, ape-nas para cumprir o acordo com a UDR ea Cobrac.

João Donato é reeleitopela 3a vez na Firjan

Reeleito pela terceira vez, após seisanos consecutivos, tomou posse ontem opresidente da Federação das Indústriasdo Rio de Janeiro, Arthur João Donato.Em seu discurso, Donato enfatizou aimplantação do complexo petroquímicono Rio e como "maior objetivo" retomaríndices de crescimento econômico e "rea-tar relações de salutar convívio com ogoverno federal".

Quanto a sua reeleição Donato afir-ma, que os empresários não "quiseramalterar seu presidente" como forma de se"manterem unidos diante das mudançasde que passará o estado após as eleiçõesde novembro". Na votação dos 100 sindi-catos patronais, que integram a Firjan,Donato obteve 93 votos e apenas umnulo.

Como primeiro vice-presidente daFederação reassumiu o empresário Ed-gard Julius Barbosa Arp. A diretoria doCentro Industrial do Rio de Janeiro assu-miu, ontem também, para o triênio

1986/89. Como presidente, reeleito, Ar-thur João Donato, primeiro e segundovice-presidentes, respectivamente, osempresários Márcio Fortes e Edgard Ju-üus Barbosa Arp.

O empresário Márcio Fortes enfati-zou em seu discurso a sua idade, 42 anos,mencionando "ser o mais novo membrodaquela Federação", o que em sua'opi-nião demonstra a existência de "ajgumerro". Para Márcio Fortes o importante éa "renovação dos conselhos", tantp daFirja quanto do Cirj.

O presidente Arthur Donato enfati-zou ainda o crescimento das indústrias noRio após o Plano Cruzado: a indústriatêxtil, segundo ele, cresceu 20% noipri-meiro semestre deste ano, em relação aigual período do ano passado; a indústriafarmacêutica cerca de 30% e a de plásticocerca de 40%. Esse crescimento, né en-tanto, para ele poderia ter sido maiorcaso houvesse "um melhor entrosanffentoentre os governos estadual e federal"".

Klabin faz acordo paraacabar greve de 2 dias

Curitiba — A Klabin do Paraná,maior fabricante de papel da América doSul, e o Sindicato de Trabalhadores naIndústria de Papel de Telêmaco Borbaentraram em acordo, ontem, na Delega-cia Regional do Trabalho em Curitiba. AKlabin enfrenta, há dois dias, c segundagreve de sua história — a primeira foi há25 anos — e 60% de seus 3 mil e 800trabalhadores da área de produção eexpedição, segundo o sindicato, paralisa-ram as atividades. De acordo com asinformações do diretor da Klabin, Virgí-lio Castelo Branco, mesmo com a greve afábrica manteve a produção de 1 mil e400 toneladas/dia de papel.

O acordo firmado ontem à noite naDelegacia Regional do Trabalho, depoisde um dia inteiro de negociações, serásubmetido hoje, em assembléia geral, aostrabalhadores em greve. As reivindica-

ções dos trabalhadores eram: 100% deIPC relativo ao período de março asetembro, piso salarial de Cr$ 3 mil 693,aumento real de 35%, produtividade de25%, aplicação da escala móvel de sala-rios a partir de primeiro de outubro,abono salarial equivalente a 240 horas,pagamento de horas extras de 200% eredução da jornada de trabalho de 46para 40 horas semanais. i

No acordo ficou estabelecido que opiso salarial será de* CzS 1 mil 950 cruza-dos e o aumento de CzS 400 para saláriosaté CzS 3 mil, de CzS 600 para salários deCzS 3 mil até CzS 6 mil e aumenfo de10% para salários acima de CzS 6 mil. Aempresa concordou em reduzir a jornadasemanal de 46 horas para 45 horas. Asdemais reivindicações não entraram noacordo.

JORNAL DO BRASIL Economia sexta-feira, 10/10/86 ? 1° caderno d 21

Sayad acusa o Estado

de ser mau comprador

e péssimo importadorBrasília — "O estado é mau vendedor e pior compra-

dor", afirmou o ministro do Planejamento, João Sayad,durante a rápida solenidade de posse do novo secretário do

i Conselho de Privatização, David Casimiro Moreira. Emvirtude dessa ineficiência, disse, o governo tem sido um mau

> -vendedor de imóveis e péssimo importador de carne,ases, Para o novo secretário de privatização, existem resis-

- tências naturais ao programa do governo nessa área devido a*¦ conflito de interesses. Moreira reconheceu que o "estado

r brasileiro enfrenta uma grande crise financeira cuja supera-ção passa pela concorrência de vários fatores, entre os quaisdestacamos o aumento da taxa de poupança interna e alimitação das transferências de divisas ao exterior".

Constituinte define* - No entender de David Moreira, caberá ao futuro

Congresso Constituinte, representando a sociedade brasilei-ra, definir as áreas de atuação do estado na economia. Eledefende que ao estado sejam asseguradas as funções típicasde governo destinadas à erradicação da miséria absoluta emque vivem milhões de brasileiros.

Dentro desse contexto, explicou, é importante que oprograma de privatização também contribua para o fortale-cimento e ampliação das estruturas do mercado de capitais,em especial do mercado acionário.

O novo secretário de privatização concluiu relembran-do a existência de insatisfações e resistências ao programa" de desestatizaçáo, "um processo normal quando se procuraprovocar mudanças de atitudes, atendendo aos interessesmaiores do bem comum".

Capital estrangeiro nas

bobas de valores será

regulamentado pelo CMN

Brasília — Na próxima reunião do Conselho Monetá-rio Nacional (CMN) deverá ser regulamentado a aplicaçãode capitais estrangeiros nas bolsas de valores, segundoanunciou ontem o presidente da Bolsa de Valores de SãoPaulo, Eduardo Levy, depois de um encontro com oministro do Planejamento, João Sayad.

Apesar dessa medida, considerada por Levy comopositiva para o mercado, ele entende que o mercado deações somente se recuperará das pesadas perdas verificadasnos últimos meses após a realização das eleições de no-vembro.

O que tem provocado embaraços e insegurança aoaplicador, disse, é a expectativa de mudança de rumo noPlano Cruzado. Sendo assim, em sua opinião, antes daseleições sempre haverá desconfiança quanto à manutençãoou não das regras do jogo no mercado de capitais.

Quanto à aplicação de capital estrangeiro nas bolsas,conforme o entendimento de Levy, é possível que omontante não supere a 300 milhões de dólares. Em sonda-gens realizadas recentemente no exterior, Levy sentiu queos bancos e as corretoras estrangeiras só estão aguardandoregulamentação para aplicarem recursos nas bolsas devalores do país.

O presidente da bolsa de São Paulo esteve tambémcom o ministro da Fazenda e com o presidente do BancoCentral, ocasião em que reclamou da taxação de 1%,através do imposto de operações financeiras (IOF), nasoperações a termo. Explicou que, na realidade, essa taxaçãocorresponde a 25% do valor global das operações nestesegmento do mercado.

Impar Turismo íO primeiro prazer da sua viagem

VIAGENS NACIONAIS E INTERNACIONAISPASSAGENS AÉREAS - CRUZEIROS MARÍTIMOS

RESERVAS DE HOTÉISTel.: PBX (021) 224-7998

Mk IMPV 33224Rua da Assembléia, 35

9.° andar

microtec

E TAMBÉM:PCPAQXTPAQ

0 MENOR.PREÇO

0 MENORPRAZO DEENTREGA.

VENDA - TREINAMENTO - ASSIST. TÉCNICA

canais» íINFORMÁTICA EMPRESARIAL I

RJ. R Sete de Setembro, 99/11.° and. Tel.: (021) 224*7007SP. R. Haddock Lobo, 337/7° and. Tel.: (011) 231 0799

INDUSTRIA MECAIMICA S.A.Companhia Aberta

CGC 33.051.186/0001-67RESUMO DA ATA DA 809 REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

REALIZADA EM 09 DE SETEMBRO DE 1986Local, data e hora: Sede da Empresa, na Rodovia Prcs. Dutra, 2660, nesta cidade, às onze horas dodia nove de setembro de mil novecentos e oitenta e sois. Presenças: Totalidade dos membros doConselho de Administração. Mesa: Presidente: Sr. Paulo Virgílio Didier Barbosa Viana. Secretário:Sra. Glaucia Maria Guerrieri Barbosa Viana. Deliberações: Foi.deterrninada, por unanimidade de vo-tos, a abertura do escritório da CBV a funcionar na Rua Sete de Setembro, 111, grupo 2201, Centro,Rio, RJ, em imóvel de sua propriedade, tendo como finalidade o atendimento aos acionistas da Em-presa. Rio de Janeiro, 09 de setembro de 1986. Paulo Virgílio Didier Barbosa Viana; Maria FranciscaGabiria Sheehan Barboza Vianna; Yapery Tupiassu de Britto Guerra; Antonio Carlos Didier BarbosaVianna; Maria Isabel Sheehan Barboza Vianna, Glaucia Maria Guerrieri Barbosa Viana; Helena Ri-beiro Alves Barboza Vianna; Paula Sheehan Barboza Vianna. Cópia fiel do livro próprio. CERTIDÃO:Processo n» 70.558/86 - CERTIFICO que CBV - INDÚSTRIA MECÂNICA S/A arquivou nesta JUNTAsob o n9 146.315 por despacho de 24 de setembro de 1986 da 4- TURMA, ARCA de 09.09.86, quedeliberou sobre a abertura do escritório da CBV, a funcionar na Rua Sete de Setembro, 111, grupo2201, Centro, Rio, RJ, do que dou fé. JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DO RIODE JANEIRO, em 24 de setembro de 1986. Eu, WILMA DE ALCANTARA PEREI-RA escrevi, conferi e assino, Wilma de Alcantara Pereira. Eu, CÉLIO JUNGER VI-DAURRE, Secretário Geral da JUCERJA, a subscrevo e assino, Célio Junger Vi- A r OUdaurre. Taxa de arquivamento - Cz$564,90. ' «««*">«

'ARSA

Aeroportos do Rio de Janeiro S.A.

A/

DNER MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

DEPARTAMENTO NACIONALDE ESTRADAS DE RODAGEM

TOMADA DE PREÇOSAVISO DE LICITAÇÃO"O Departamento Nacional de Estradas de

Rodagem, promoverá, através de sua Divisãode Coordenação Auxiliar, licitação por Tomadade Preços para seleção de firma para a presta-cão de serviços de conservação ordinária doCentro Rodoviário, do Rio de Janeiro, situado àRodovia Presidente Dutra, km 163 — Parada deLucas (RJ).

A apresentação das Propostas será às10:00 horas do dia 24 de outubro de 1986, à Av.Presidente Vargas, 534 12° andar (RJ).

O Edital n° 12/86, correspondente, está àdisposição dos interessados, na Se.PST, Av.Presidente Vargas, 435/8° andar (RJ), onde asfirmas ainda não cadastradas poderão se ca-dastrar."

Saudações

(a.) ENG° AMÉRICO JOSÉ F. GUIMARÃESCHEFE DA DCA

AVISO DE LICITAÇÃOTOMADA DE PREÇOS NP 1737/86

A ARSA — Aeroportos do Rio de Janeiro S.A. comunicaque receberá propostas em 03/11/86 para a contrataçãodos serviços de transporte de Empregados em 26 (Vinte eSeis) linhas, em ônibus com poltronas reclináveis.Poderão participar as empresas que possuam, à época dalicitação, capital registrado e realizado de Cz$ 200.000,00(Duzentos mil cruzados), tenham meios para realizar otransporte no mínimo em 8 (oito) linhas e estejam registra-das no DTC/RJ.O Edital e os demais documentos de Licitação encontram-se à disposição dos interessados na sala 542 do Prédio daAdministração do Aeroporto Internacional do Rio de Ja-neiro, à Estrada Maracajas, S/N9 - Ilha do Governador-RJ,no horário de 13:00 às 17:00 horas. Rio de Janeiro, 10 deOutubro de 1986. Comissão de Licitação.

ESCLARECIMENTOS DO IBCArvorando-se em defensores auto-nomeados dos produtores de café, alguns articulistas tèm procurado,mediante análises e insinuações fantasiosas, levantar suspeitas sobre a importação de café pelo BrasilApesar do absurdo das assertivas, mas em respeito á opinião pública e conformo as diretrizes ao Governo

Federal de tratar todos os assuntos administrativos com a maior transparência, apresentamos abaixo osesclarecimentos que evidenciam o acerto da importação.

Em primeiro lugar, deve-se assinalar que a atual Diretoria do IBC foi, recrutada entre produtores de café. Osdiretores de Exportação, Produção e Consumo Interno dirigiam cooperativas de produtores e integravam a diretoriado Conselho Nacional do Café. O presidente da Autarquia é produtor de café em São Paulo e Minas Gerais.

Em que pese a condição de produtores, temos a consciência de que não somos diretores a serviço deste oudaquele setor da economia cafeeira. Nossa obrigação é propor às autoridades responsáveis aquilo que melhorpareça atender ao interesse do Pais. Assim, ao sugerir a adoção de um programa de importações, nós o fizemosconvencidos da sua necessidade. Ao implementá-lo utilizando o serviço de cerca de duas dezenas de empresas doRio do Janeiro. São Paulo. Espínto Santo o Minas Gerais, procuramos, obviamente, dar-lhe plena transparência.Como. de resto, têm sido todas as decisões do Instituto nesta administração, com a participação permanente daslideranças da produção, comércio e indústria. Insinuar que. através de uma operação de valorização, tenha-sepretendido privilegiar tão grande grupo, é desvio que só pode ser atribuído aos que têm a boca torta pelo uso docachimbo ou a uma total desinformação, o que ô mais provável.

As razões da ImportaçãoHá cerca de dois meses, apoiado na aprovação das autoridades monetárias competentos, o IBC iniciou aoperação de compra de café da variedade "robusta", equivalente ao "conillon" produzido no Brasil. Nesse processo,que se estendeu por mais de 30 dias. adquirimos cafés provenientes da Bolsa de Londres (London Coffee Terminall,em quantidade e valores muito inferiores aos divulgados pelos críticos da operação.O fato de o Brasil, o maior produtor mundial, importar café causou espanto. Por que importar se o estoquebrasileiro, em 01/10/86, era estimado em 19,5 milhões de sacas? É preciso, porém, ter presente que essadisponibilidade deverá suprir o consumo interno o as exportações até a entrada da próxima safra, o que somenteocorrerá a partir de agosto de 1987.Em primeiro lugar, é importante observar que, dessa disponibilidade de 19,5 milhões de sacas, apenas 2.5milhões estão em mãos do IBC, o restante está com a iniciativa privada. O consumo interno que. impulsionado peloaumento de renda, volta ao ritmo das 600 a 700 mil sacas mensais, poderá consumir algo em tomo de 7 milhões desacas no período. A exportação, por sua vez, nâo poderá ser inferior a 1 milhão de sacas/mês. Além disso, comoocorre com qualquer produto, os produtores, maquinistas. comerciantes e industriais mantêm um estoque detrabalho que se situa entre 4 e 5 milhões de sacas. Se cotejarmos os números aqui citados, veremos que o estoqueresidual, desta para a próxima safra, revela um déficit de 1 a 2 milhões de sacas. Importar café. consequentemente,era e é uma consideração necessária aos que têm a responsabilidade de propor a política cafeeira. E não importa

quanto desses 19.5 milhões de sacas sejam da variedade "conillon".

Operação de compraIdentificada a necessidade de importar, cabia ao IBC avaliar a melhor maneira de executá-la.A decisão de se optar pela compra de café recebido da Bolsa — e mais especificamente da Bolsa de

Londres — tem sua razão no fato de que, além de atingir o objetivo de reforço dos estoques do IBC, estaríamos,também, testando o suposto excesso de oferta que estava deprimindo os preços internacionais e inviabilizando asexportações brasileiras.

A operação de comrpa provocou uma elevação dos preços externos da ordem de US$ 50/saca o possibilitouo registro de vendas externas da ordem de 2 milhõos de sacas para os meses de setembro e outubro. Assim,utilizando a mesma aritmétrica dos defensores da baixa, a operação teria rendido, como efeito colateral, US$ 100milhões ao Brasil.

A técnica de levantar suspeição prévia sobre os atos do IBC nâo ó nova. Infelizmente, ela tem provado suaeficiência, que se reflete, hoje, na imagem denegrida do órgão e na perda de poder político da cafeicuftura. Odescrédito da ação brasileira, responsável por um terço da ofeta mundial de café, tem como conseqüência lógica adepressão dos preços. A divulgação aqui das idéias de que o Brasil iria vender, entregar de "presente" ou. atémesmo, nào pagar o café comprado, ê o simples reflexo de uma campanha comandada do exterior, pelos queprecisam, por suas posições, baixar o preço do café, sob pena de prejuízos com suas especulações na Bolsa.A elevação das cotações internacionais favorece aos países produtores e, de modo especial ao Brasil, cujospreços, internamente, estão, hoje, cerca de 15% acima dos valores registrados nas Bolsas de Londres e NovaIorque. Descontenta, certamente, os grandes grupos que apostaram na baixa, ao provocar, diretamente, ummovimento de alta. ferimos interesses poderosíssimos. Os interesses contrariados, como transparece, procuramgerar dúvidas a fim de desarticular a clara política do IBC — o que não acontecerá.

INSTITUTO BRASILEIRO DO CAFÉA DIRETORIA

O Grupo Gerdau investe no espaço.

x 'IPiimmHBBfflBBI

1 "til fi '¦

X wBBEli

jf, ... fm

, ; . ' ¦¦ : ' ' ' l.\ . <.

O Grupo Gerdau ó o primeirocomplexo industrial do país acontratar uma Rede Privativade Comunicação de Dados ViaSatélite Brasilsat.

O Grupo Gerdau acaba de assinar con-trato com a Embratel para o uso de ca-nais de transmissão de dados para a in-terligação de suas unidades industriais ecomerciais, com o Centro de Processamen-to de Dados em Porto Alegre.

¦Assim o Grupo Gerdau poderá transmitire receber centenas de milhares de infor-mações por segundo.

A Rede Privativa vai proporcionar maiorconfiabilidade e agilidade, além de racio-nalizar todas as operações do Grupo.

Mantendo seus programas de investimen-to e aprimorando sua qualidade, o maiorcomplexo industrial siderúrgico privadodo país vai cada vez mais longe e maisrápido.

G.|iIlliini

GERDAU

\

-jj^r

Wlm. \

P -m, ^Tmfnith f? ¦¦

x^JHbhb|

I: x. fm

Sll 1M fcM

O Grupo Gerdau investe no espa^o.

C9||||:

¦f": 1 xN ^mBKS

¦ I • - i . . ;. : :• . * t « . ¦ ¦-; , . , ,

O GrUpo Gerdau 6 O primeiro Assim o Grupo Gerdau podera transmitir

complexo industrial do pais e receber centenas,de milhares de infor-

contratar uma Rede Privativa macoes por segundo.

de Comunica^ao de Dados Via A Rede Privativa vai proporcionar maiorSatelite Brasilsat. confiabilidade e agilidaae, alem de racio-_ ^ i i nalizar todas as operacoes do Grupo.O Grupo Gerdau acaba de assinar con- ¦ BBmUUHNIbtrato com a Embratel para o uso de ca- Mantendo seus programas

de investimen- ^^•^^^|TnijppF|H

nais de transmissao de dados para a in- to e aprimorando sua qualidade, o maiorterligacao de suas unidades industrials complexo industrial siderurgico privadocomerciais, com o Centro de Processamen- do pais vai cada vez mais longe e mais g t% fi A| Ito de Dados em Porto Alegre. rapido. ™ "¦

1

22 ? Io caderno ? sexta-feira, 10/10/86 Economia JORNAL DO BRASIL

Baixa da Vale comandou pregão

no Rio

A Bolsa dc Valores do Rio de Janeiro voltou aoperar em baixa, com o 1BV médio recuando 0,3% esituando-se em 3.529 pontos. O fechamento domercado também foi fraco, com o índice cm 3.527pontos (queda de 0,2%). As ações da Vale do RioDoce, principal sustentáculo do mercado, caíram1,42% na média, com o papel preferencial ao porta-dor cotado a Cz$ 1.100 no fechamento do pregão. Obalanço mensal da CVDR apresentado na véspera,com lucro de Cz$ 11,32 (por lote de 1 mil ações), nãofoi suficiente para segurar o mercado.

O diretor da Corretora Multiplic, Gilberto Zal-fa, entende que os números apresentados pela Valeestavam dentro do previsto pelos analistas, principal-mente porque a empresa teve uma redução novolume de minério exportado. Achou bom o resulta-

do divulgado dentro do que projetava o mercado (deCz$ 8 a Cz$ 12, com embarque menor, c dc Cz$ 17 aCz$ 20 se os embarques tivessem sido normais).

Segundo Zalfa, o mercado dc ações não estábom, pois é ativo apenas com ações da Vale do RioDoce. Isso, na sua opinião, não é suficiente para fazera bolsa estabilizar. "E preciso uma injeção de ânimopara reverter o quadro atual, muito nebuloso para oinvestimento em ações".

Os baixos preços das ações levam Gilberto Zalfaa recomendar que os investidores façam uma carteirade longo prazo. "Os preços estão uma brincadeira.Formar uma carteira a esses preços é resultado certopara o investidor com objetivos de longo prazo. Acurto prazo, o quadro é incerto, sem perspectivas de

mudanças até as eleições, em 15 dc novembro",disse.

Para Gilberto Zalfa, a partir das eleições o paísdeve mudar para melhor, na medida cm que certa-mente serão feitos ajustes na economia, regularizan-do alguns setores e estimulando a desova de estoques.

A Bolsa do Rio movimentou Cz$ 696 milhões913 mil, volume inferior em 11,4% ao contabilizadona véspera. O mercado de opções respondeu por Cz$265 milhões 257 mil, com as opções da Vale conccn-trando os negócios. As séries mais procuradas, Xuxac Yopa, tiveram quedas acentuadas nas cotaçõcs. ACJX baixou 37,2%, fechando cotada a Cz$ 9, e a CJYcaiu 24%, com prêmio de Cz$ 38 no Final, quando amáxima foi de Cz$ 75.

Emprestimos e Financiamentos im

Banco Boavista SOLUÇÕES RÁPIDAS E OBJETIVAS. FALE COM O GERENTE. Banco Boavista

Ações do IBV

Maiores altasText, GabnolC PP 57.00Bco Nacional PN-E. 8.92Bc» Brasil PP 3.95BradescoPSE- 3.10 .Montreal PP 2.96

Maior»* baixasVotecPP 22.45 .AcesitaPP 17,23 MuIlerPP 14.44 Aços Villares PP 13.98SkJ. Informática PP 12.08

1.68.... 7.29469.9914.004.20

0.426.503.9012.009.00

Ações fora do IBV

Maiores aKasB. Nordeste PP 50.00 270,00B.AmazoniaO 25.00 3.00ItaubancoPSE- 15.38 15.00BenzenexPrt. PP 10.91 0.61Cosigua PS 8.93 3.05

Maiores baixasAgraVe PP 31.11 6,20Solo rico PP 13.64 9.50UmasaPP 11.50 1.00ShebePart. PP 11.39 0.70C.A.UndenberNov. PP 10,71 1.00

Bolsas de Futuros

superam em volume

mercado de açõesAs bolsas de futuros estão canalizando as atenções

dos investidores dos mercados dc risco e hoje jásuperam, cm volume, as transações efetuadas nasbolsas de valores do Rio e São Paulo. Em setembro,mês muito fraco para os negócios com ações, a BBF —Bolsa Brasileira dc Futuros — movimentou no totalCz$ 50 bilhões 391 milhões, detendo 41,08% do totalmovimentado (Cz$ 122 bilhões 665 milhões) pelas cincobolsas brasileiras.

A Bolsa Mercantil e de Futuros (BM&F) tambémteve um volume expressivo dc negócios, com ummovimento de CzS 34 bilhões 451 milhões, o quesignifica 28,06% do total. No caso da BBF a preferên-cia dos investidores está pelo mercado dc TRC (taxareferencial dc CDB), cujos contratos envolveram Cz$29 bilhões 727 miíhões. Na BM&F o forte foi omercado de Ibovespa.

Ontem os negócios a futuro com CDB na BBFmostraram uma expectativa, por parte dos investidorese instituições financeiras, de elevação nas taxas dcjuros. Foram firmados 2.100 contratos envolvendoCDB para emissão cm novembro com taxa dc 56,22%ao ano.

Bolsa de Valores do Rio de Janeiro Mercados a Vista

Resumo das Operações

Qtd« (mil) Vol. (CM mil)

Lote: 7.252More. Futuro de índice:Mercado a Termo: 254Mercado de Opções-Opções de Compra: 12.900Ejcprclcio de Opções: 9Fgturo d liberação: (Não houveFuturo c/ retenção: (Não houveTpTÂL GERAL 20.416IBV Médio 3.529.26IÔV no Fechamento: 3.527,66Das 66 ações componentes do IBV, 15 subiram, 40 caíram, trêspermaneceram estáveis e oito não foram comercializadas.

Mercados à Vista

338

87265

5Negociações)Negociações)

696(-0,3%)(-0,2%)

Titulo* Gtd Abt. Min. M*d. M4k. F«ch Osc I.LMil. Arx> N»g.

AcasrtaPP 37.700 6.95 b.80 6.10 7.50 0.50 -17.23 132.61 18Acta Vi!l« res PP 1.000 12.00 12.00 12.00 12.00 12.00 141.18 1AdbboaOaPP 11.300 5.60 5.60 5,60 5.60 5.60 -1,76 350.00 5AdubosTrevoPP 127.064 1,35 1.30 1.32 1.40 1.30 - 3.65 146.67 21

2.000 6,20 6.20 6.20 6.20 6.20 116.96 5AorocereePP 7.350 16.00 15.70 15.94 16.00 15.70 - 3.00 103,51 5AmoPP 50 2.000.00 2.000.00 2.000,00 2.000.00 2.000,00 333,33 1

TKulos Old Abt. Min. M+d. Mix F«ch. Ok. I.l N°Mil. Ano N^j.

MoinhoFlumtnenaflOP 620 136.00 135.00 135.00 135.00 135.00 150.17 1MontfMlPP 12.500 4.15 4.15 4.17 4,20 4.20 2.96 69.50 5MotoradioPP 13 300 4.50 4.50 4.60 4.50 4.50 - 3.23 140.63 6MuoNwIrrrwo*PP 21.000 1.50 1.50 1.50 1.50 1.50 - 3.23 - 30,00 4MutarPP 558 520 4.50 3.80 3.97 4.50 3.90 -14.44 283.57 166Mu PS 2 000 3.20 3.20 3,20 3,20 3.20 2,56 21.33 1Muttitsxtti PP 5.100 2,80 2.48 2.50 2.80 2.48 104.17 2N*x>nilON--E 1.797 7.29 7.29 7.29 7.29 7.29 130.18 4NkkxmI PN - - 28 587 6.50 6.50 7.08 7.29 7.29 8,92 124.21 7

OfcftJPe 86 800 2.90 2.80 2.62 2.90 2.80 - 2.76 112.80 19OfcetwPP 18 000 2.59 2,59 2.59 2.60 2.60 207.78 8

PBcaembu PP 171.300 0,85 0.86 0.88 0.90 0.85 3.53 51.76 9PapeJSkroPrt. PP 122 820 3,80 3,40 3,65 3,80 3.65 - 3.96 77.66 29Pirwtounn PP 26 700 4,20 4.20 4.21 4.30 4.30 -1.41 145.17 12Psranapanema PP 83 486 13.00 13.00 13.31 13.50 13.40 - 0.89 100.08 46PwxaPP 2 000 3.29 3.29 3.29 3.29 3.29 164,50 1Pars.Columbia PP 50 000 1,04 1.03 1.04 1.04 1.03 EST 74.29 3PWrobrasON 134 648.99 810.00 630.64 649,00 649.00 - 2.70 193.98 9PstrabrasPP 63931 1.350.00 1.300.00 1 339,88 1 360,00 1 340.00 0.96 219.11 103PGtrotoo Ipranga PP 26341 3.20 3.00 3.09 3.30 3.30 - 4.83 171.67 19PWtBmtJPP 24.307 5.60 5.20 5.40 5.70 5.20 -1.46 300.00 8PWBrtOP 2.100 7,50 7.50 7.50 7.50 7,50 258.62 3PfomtttiPPE- 1.344 1,80 1.80 1.80 1.80 1.80 -10.00 1

Bolsa de Metais de Londres

Rml Participações ASRtiean PP

3016000

13.001.25

13.001.15

13.001.16

13.001.25

13.001.15

B^mawwON 54 3.00 3.00 3.00 3.00 3.00 68.18 RnpvndaftMPPE- 54.000 5,20 5.20 5,42 5.50 5,50 - 9.37 89.49 12B.BnwilON 2 865 326.00 325.00 334.76 350.00 350.00 0.36 50.39 23Q.BrasilPP 9.248 450.00 450.00 467.33 500.00 469.90 3.95 51.81 92B.NordestoPP 10 270.00 270,00 270.00 270.00 270.00 85.28 Sada Sul Americana PP 500 4,50 4,50 4.50 4.50 4.50 EST 1B. Boat OS 783 19.50 19.50 19,50 19.50 19.50 2.63 121.12 Sam*nOP 5 906 280.00 250.00 263.53 206.00 260.00 - 8.00 128.11 32B^wJPP 410 10.50 10,50 11.00 11,00 11,00 26.00 Sahba Partiopaooaa PP 1.000 0,70 0,70 0,70 0.70 0,70 1BaneapaPP 800 2.80 2.80 2.81 2.85 2.85 - 5.07 45.32 ShaipPP 127.871 24.50 21,00 22.52 24,50 21.00 - 4.05 173.23 89Baptists S<tva PP 700 2,00 2.00 2,00 2.00 2.00 Sharp PrtPP 1.000 20.50 20,50 20.50 20.60 20.50 - 0,44 1Barbara PPE 13386 6.59 6.00 6,52 6.59 6.59 -1.96 93.14 20 Mom*** PP 6 700 10.20 9.00 9.17 10.20 9.00 -12.08 54.26 7Barrotlo Araujo PB 4.500 9.00 8.50 8.63 9.00 8.51 -4,11 239,72 Supergaabraa PP 26.800 3.07 3.00 3,03 3,20 3,01 -0,66 131.74 15BeJpoMinmraOP 18.440 61.00 61.00 61,00 61.00 61.00 -0.15 183.18 16Betpo Mmoira PP 24.184 48.50 47,50 48.06 49.00 48.00 0,31 163.41 15 TatarjON 70.00 70.00 70.00 70.00 70,00 EST 155,21 1Beigo Minoirn Prt. PP 7.434 45.00 44.99 45.02 45,60 44,99 -1,47 Tatar] PN 140,00 140.00 140,00 140.00 140.00 EST 178.80 1Baiuanex Prt. PP 9.100 0.61 0,60 0,61 0.81 0.61 10,91 TranatoraailPP 84.588 2.80 2,40 2.51 2.60 2.52 - 0,79 228.18 22Bicidetas Catoi P8 3.180 96,00 89.90 90,86 95.00 89,90 - 4.36 152.19 TranabraailPrt. PP 49.000 2.20 2.10 2.16 2.45 2.20 - 5,26 8BradescoOSE 11 13,50 13,50 13,50 13.50 13,50 3.85 79,41 TrichaaPP 1.452 7.50 7.50 7,50 7,50 7,50 7,14 174,42 1Bn^JeacoPSE 32.012 13,50 13,20 13.63 14.00 14.00 3,10 85.19 18 Tromtoini Prt. PP 2.000 1,70 1.70 1.70 1.70 1.70 1Bnjrioaco InvOS E— 2 000 21.00 21.00 21.00 21.00 21.00 EST 131,25 1Bradaaco Inv PS E— 1.752 21.00 21.00 21,00 21.00 21.00 EST 127.27 4Brahma OP 1.396 24.00 24,00 24.15 24,50 24,50 1.17 284.12 UniparON 378 2.56 2.56 2.55 2.55 2.55 1Brahma PP 7.098 22.00 21.00 21.75 22,00 21,50 -1.32 290,00 13 58 700 "7 2 32 237 0 87 2,°-91 4

UniparPe 221MB 2,86 2.76 2.81 2.90 2.79 - 0.71 216.15 55Caia Brasília PPCasa Míiason PPCataguososLeop OPCataguases Leop. PACbv - inds. Mecanicas PPCarTngPPComigNov. PPCbrari Prt. PP — RCoido* Fngcx PPContabPPConsLAUndenb Nov. PPCorroa RtowroPPCosigua PSOamerPPE —CraáaíPPCmmúoSulPP

D F.Vasconcotos PAO.F.ywconcok» PBDocas PPDowaPP

38.00720.00029.054

245.3375.000

152.766574 512

75.2505.3001.000

22.99110.0002.0008.700

51 £007.750

1.900.904.708.35

17.800.850.771.107.80

12.701.00

14,003.06

130.001.198.00

1310,904.518.01

17,800.840.751.007.80

12.701.00

14.003.05

130.001.192.80

1.860304.548,24

17.700.850.771.07730

12.701,00

14.003.06

131.451.207,86

1.910,904.708.40

17.800.980.781,107.80

12,701.00

14.003.06

148.001.206.00

1.810.904.608.10

17.600.850,771.007.80

12.701,00

14.003.05

148.001.207,60

0.54 206,67180,00

-1.31 504.44-0,96 749.09

0.57 104.12-10.53 170,00

5,48-2.73278.57-2.31 71.35

EST 311.118.93 217.86EST 66,67

-0,52 306.40

561

517261631331

Vila R*> Dace OP 1.400 706,00 670.00 696.64 706,00 670,00 0.29 11136 6VateRioOooePP 186.254 1.130.00 1.100.00 1.128.81 1.180,00 1.100.00 -1.42 118,25 123VarigPP 154.480 15.50 15.00 15.34 16.01 15.00 - 3.89 128.91 60VarolmePP 193.960 032 030 0.84 0,95 0.96 -6.62 00.00 32VotacPP 197.000 0.50 0,36 0.38 0.50 0.42 - 22.45 126.67 23

Whrta Martins OP 4.11 -2.33 262.50 134

Concordatária

? CatfatPP 89.000 1.55 1.40 1,57 1.68 1.88 57.00 104,676 PVamidaa Braatfa OP 20.000 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 5.26 133.333 Ptra/radaaBraaffaPA 60.100 0.80 0.80 0.80 0.66 0.60 EST 150.00

SotomcoPP 500 9.60 9.50 9.60 9.50 9.50 121.796.300 13.99 13.99 13.90 13,99 13.99 - 0.07 279,80 24.750 13.99 13,99 13.99 13.99 13.99 - 0,07 168.98 2

16.100 12.50 12.50 13.00 13.00 13.00 - 6.07 49,24 23.500 2.40 2.40 2.40 2.41 2.40 - 6,88 171.43 3, Opções de compra

ErfeaPS 639 2.80 2,80 2.80 2.80 2.80 53.06 1EtobraPP 12.500 7.20 7.20 7.20 7.20 7.20 -1.24 71.29 3EtetromotomsWogPP 20.000 136.00 135,00 135,00 135.00 135.00 215.31 2EJumaPP 31.496 230 2JO 232 2.41 2.20 0.43 257.78 22Estate PP 17.906 17.00 17.00 17.45 17.50 17.50 436,26 4

TH*CIL/II»

'lüCrEm. Ul IUt»)

Binoodo Brasil PPVaie Rw Doca PP

FabncaBanguPP 2000 3,20 3.20 3.20 3,20 3,20 - 4,19 320.00 2ForbesaPP 7.500 630 8.20 8,28 6,30 6.20 1,45 91,01 4FerroligasPP 5.000 6.60 6.60 6.80 8.80 6.80 - 7,04 98,51 1FfKteuIPP 37.029 1.80 1.75 1,79 1,06 1.79 -1.66 179,00 19RopPP 730 29,00 28.99 28.99 29.00 28.99 EST 93.52 2RnorCl 12.531 7.60 7.30 733 7.60 731 -0.96 133.27 4FtoKfocPS 2.000 6.00 5,00 6,00 5.00 6.00 1Errw-vecukMPA 16.700 3,10 3,00 3.03 3.16 3,16 -3.20 216.43 10

HartngPPE —

Industriai RormPPIneperPPlochpâPPItapPPItaubancoPSE- -ttautacPS

J.H.SartoaPPJoão Fartas OP

Kapior.waberPP

10000 11.50 11.50 11.50 11,50 11.60

5 2.000,00 2.000,00 2 000,00 2.000.00 2.000.00898000 3.90 3.99 4.00 4.00 4.00 436.700 24.90 23.50 233 24.99 23.51 -33 326.03 2526.100 3.90 330 4.04 4.20 4,10 - 0,40 387.27 10

900 15.00 1630 15.00 15,00 15,00 82.42 21.000 9.00 9.00 9.00 9,00 9.00 EST 25.71 2

CLG DEZ 450.00 86.00 86.00 10 86.000.00CJQ OUT 1.800.00 0.08 0.06 2 070 11 830.00CJR OUT 1400,00 0.39 0.08 38 430 2.650 550,00CDS OUT 1.800.00 0.06 0,08 495 4.315.00CJT OUT 900.00 215.00 229,07 1 210 27 815.060.00CJU OUT 800.00 320.00 324.09 440 14.280 000.00CJX OUT 1.200.00 9,00 14.17 66.441 92.779.100.00CJY OUT 1.100,00 38.00 54.02 18.486 99.780.000.00CJZ OUT 1.000.00 100.00 131.29 810 10.836.000.00CLG DEZ 1.300.00 60.00 60.00 10 60.000.00CIH DEZ 1.200,00 140,00 140.00 300 4.200 000,00CU DEZ 1.000.00 238.00 256.26 490 12.566.900.00CU DEZ 1.800.00 3.50 6,41 830 449.430.00

Qtde total Volume total

Com pea Van daAlumlnio 813.50 814.50Chumbo —Cobre (Cathodes) Cotag6es omEstanho (Standard) suspenso suspenso tb/t. com oxce<;5oEstanho(Highgrade) susponso suspenso da prata — ponceNlquel 2.570 2.575 por onga troyPrata (31,103 gr)Zinco (Standard) 600 610Zinco (Highgrade) 628 629

CcimbiO Banco Cantral do Brasil

Banco Cantral do Brasil Em <ftlaraa EmcnizadosMoadaa U.6ACompra Venda Compra VandaDOIar 1.0000 1.0000 13.77 13.84Ddlar Australiano 0.63702 0.63998 8.7718 8.8573D6lar Canadense 1.3834 1.3900 9.9065 10.004Escudo 145.81 146,69 0.093871 0.094918Florim 2.2550 2.2650 6 0795 6.1375Franco Bolga 41.447 41.643 0.33067 0.33392Franco FrancOs 6,5314 6.5606 2.0989 2.1190Franco Su(go 1.6247 1.6333 8,4308 8.5185lone 154.39 155.21 0.088719 0.089643Libra 1.4182 1.4248 19.529 19,719Lira 1381.2 1387.8 0.0099222 0,010020Marco 1.9960 2.0050 6.8678 6.9339Peseta 132.28 132.92 0.10360 0.10463Xolim 14.022 14.098 0.97673 0.98702a Taxat dtvulgadaa peio BC ontam no fachamanto — 16h30min.

Bolsa de Cereais de São PauloARROZ — 60 KGGRÁOS LONGOS [AMARELÃO EST. CENTRAIS)TIPO 1 (EXTRA) 330 00/350.00TIPO 2 (ESPECIAL) 280.00/300.00TIPO 3 (SUPERIOR) 240,00/260.00GRÃOS LONGOS FINOS — AGULHINHATIPO 1 (EXTRA) 330,00/350.00TIPO 2 (ESPECIAL) 305.00/320.00QUEBRADOS DE GRÁOSGflAÚDOS TIPO 2 (3/4 ARROZ ESPECIAL) 180.00/200.00AmendoimEm casca, especial HPS-25kg —ótao da So)aDegomado, a granel-P/Kg 4,85/4.90Refinado-20 latas 90 ml 124.00/125,00Soia-60 ka — CJFSáO Paulo 137,00/141.00Batata —60 kgLisa, especial 349.80Lisa, de primeira 270.00Lisa. de segunda 199.80Comum, especial 319.80Comum, de primeira 229.80Comum, de segunda 150.00Gabola — P/KgDo estado, pera (Piedade) 4,50De Pernambuco, pera 4,50Milho nacional — 60 kgSáo Paulo CIF GRL (Isento ICM) 87.00/90.00Paraná FOB GRL 79.00/02.00Faiiio — P/M kgCarioquinha tipo 1 (extra) novo 490.00/500.00Carioquinha tipo 2 (especial) 440,00/450.00Carioquinha tipo 3 (superior) 400.00/410.00Preto tipo 1 (extra) novo 370.00/380.00Preto tipo 2 (especial) 340.00/350.00Rajado tipo 1 (extra) novo 500,00/510,00Rosinha tipo 1 (extra) novo —Rosado tipo 1 (extra) 450,00/460.00Soia — 60 kg - CIFSáo Paulo 134.00/137.00Ponta Grossa — PR 135.00/137,00

IndicadoresInflação

•Mim marçoabrilmaiounul

IPCAmansaI Acumno ano-011

0.672.083.384.61

FGV HPEmensal Acum. mansa! Acum.

no ano-0,110,78

1,41.271.19

-0,58-0,870,320,530,63

no ano42,9

42,0842,5443,2944,19

1,832,312,310,53

3e janeiro dezembro de 1986 223,65De janeiro de 1986 16,23De fevereirod) 14,32De feverèiro(2) 11,23(1 (inflação média do período vai de 15 de janeiro a 15 defevereiro em relação à de 15 de dezembro a 15 de janeiro|2)inflaçâo média de 31 de janeiro a 27 de março

Produção Industrial

12 900.200.000 266.267.176.00

Mercado a termo

8.00061

2J064,60

2.30 2.4764.60 64.48

2.6464.50

2.64 > 4.63 224.5564.60 1.51 467.32

H*a OuMt(mfl)VakiiM N*'

12.160 6.20 6.50 632 6.20 6.60 -7.91 61.26

Labo Elatronica PS 14060 1.00 1.00 1.00 1.01 1.00 14.71 6Lam.N*aonal Metais PP —B— 478.000 0.60 0.56 0,57 0.60 0.60 - 8.07 71,25 36UmasaPP 1.500 1.00 1.00 1.00 1.00 1.00 -11.61 125.00 1Lojas Amencanes PS 2317 68.00 68,00 68.00 68.00 68.00 90,91 1Londnmaiiaa PP 27.000 3.20 3.00 3.07 3.20 3.00 98.03 3Liana PP 87.420 2.50 2.50 2.62 2.60 2.63 - 3.32 374.29 23

D.F.1BtbmGbmaNm> UflUrvna

Mardàl Juntar OPPB

060060000060000030060030000

7001.000

10.00010.0006000

20.00010.00040.0002.03410.00060.000

MagntfUPA 10000 13.60 13.60 13.50 13.60 13.60 -10.00 241.07 1MsngatlPP 30 400 3.00 3.65 3.66 3.80 3.55 -6.91 107.65 14 QggManoainnnnOP 329496 3.10 3.00 3.07 3,10 3.06 -0.66 109,64 90 .MmnosmannPP 12360 2.60 2.60 2.61 2.70 2.60 0,77 118 64 11 T"J"—'" 080 20 000Mandas Junior PA 119.600 6JO 8.00 8.06 8.60 8.00 -4.40 164.91 39 Unpv , _ PB 000 20000MendesJureorPG 308068 9JO 9.00 9,08 83) 9.10 -6.41 154,07 99 Uo*m ™ 080 40000Meridional PP 10.000 2.36 2.36 2.35 2J6 2.35 EST 69.12 Va* PP 000 2.000MicrckbPP 11.254 2.49 2JO 2.45 2.49 2J0 -1.21 76.66 4Madeira PP 40 400 2.60 2JO 2J8 2.60 2.40 -3.94 45.77 16 TOTAL 254.734

408.6714,857.632.467.012J03.290.404.404.461.423.00

276.8623.362.332.993.02

480.6714.86

7.642.467.012M3.290.484.464.461.423.06

275.8623.41

2.983.03

493.7914357.632.467.012JB3.299.48

4.461.423.08275,8823.36

2.332.983.01

497.2814.867.642.457.012.8B3.299.484.464.461.423.08

275.8623 JB2.332.983.02

348.083.0014.850.0076.392.0024.500.0036.060.0067.600.0032.900.00379.200.009.071.6444.600.0086.364.500.00

551.720.0047.763.00

Ouro

46.68400 259.800,00120.742.00

16.92 15.92 16.92 15.92 31.840.00 287.266.606.64 29

Mercados .Futuros

Braafl Ma da Janairo SAo Paula1088 mmml 12 maaaa manaal 12 maaaa manaalJan. 14.84 7.92 10.0 2.67 18.52 7.54Fav. 1.79 7.11 -6.49 1.57 2.39 6.91Mar. 10.87 8,18 2.72 2.29 13.54 8.47Afar. -3.14 8.08 1.97 2.34 0.58 8.42fctoi. 2.36 7.66 0.21 2.59 1.07 7.96Jun. 2.78 7.10 -0.63 2.73 2.09 7.45Jul. 9.36 6.89 6.4 3,17 11,25 7.65Ago. 8.47 7.06 2.87 3.91 8.77 7.43Sat 1236 7.70 8.76 4,54 12.89 8.02Out * 13.01 7.87 11.00 4,61 13.47 8.13Now. 10.17 8.0B 12.35 5.32 9.26 8.2OaL 12.10 8.50 14.49 6.36 13.74 8.831898J»v 11.83 8.X 11.80 6.52 11.14 8.45Fav. 13.23 9.15 17,3 8.16 14,27 9.3Mar. 3.87 8.58 5.36 8.02 2.26 8.35Aiy 19.63 930 10.7 8.66 26.99 10.23Mai 11.23 10.8B 14.69 10.26 11.30Jun. 13.54 11.53 16.27 12.93 13.08 12.18Jul. 11.31 11.88 — 83 12.2Ago. 8.22 11.62 — -

BBF

OTN (pontos)Outubro99437 Novembro96.100

Taxa % mès4,23 4,4Z

LBC (pontos)Novembro97 441 Dozembro97.114

Taxa % mèsZ,91 Z,6T

CDB (pontos)Outubro93.750 Novembro92.S29

Taxa % anual—48,08 BB.2Z

BMEFCDB (pontos)

Outubro13.810 Novembro92.916 Janeiro92 450OURO (CzS)

Dezembro355.42 Fevereiro380.00 Abnl430.00IBOVESPA (pontos)

Outubro Dezembro9.500 10.603CAMBIO (Cz$ por US$)

Dezembro14,50 Janeiro15,20 Março17,40

BMSPOURO (Cz$)

Dezembro357.60 Fevereiro384.00 Abnl41900ALGODAO (CzS/15 kg)

Outubro276.00 Dozombro295.00 Março300.00BOI GORDO (Cz$/15 kg)

SuspensoSOJA (CiS/60 kg)

Sem cotaçdoCAFE (CzS mil/60 kg)

Dezembro3.105,00 Março3.703.00 Maio4.201,00

NOVA IORQUECOBRE

Outubro58.55 Dezembro59.10 Janeiro59.30

CHICAGOMILHO

Dezembro165 Março176 Maio182

TRIGODezembro213 Março256 Maio251

FARELO DE SOJAOutubro147,10 Dezembro148.40 Janeiro149.60

Cotações

Overnight

Taxa de Andima (bruta):Rend. acumulado da semana:Rend. acumulado do môs:

4.04%—%-%

Taxa referencial de CDB

60 dias45.90

90 diaa46.00

100 diasnd

Mercado & vista (CzS/g para lingotes de mil gramas).

Banco do Brasil —Degussa 340,00 352,00Goldmine 342,00 250,00Ourinvest 337,00 347.00Real Metais 340,00 352.00Safra 342,00 353,00Fundidoras, fomecedores e custodiantes credenciados as Bolsasde Mercadorias e de Futures.

Fonie Banco CentralTaxas de Juros no E*1cnOr

Libor Prim«-rat«1%) (%)

(Eurod6lar6meses) LondresIMS 1985Fev 10.19 10.5Mar 9.44 10,5Abr 8,94 10.5Mai 8.19 10,5Jun 9.06 10,5.Jul 8.90 9.5Ago 8.31 9.5Set 8.31 9.5Out 8,00 9,5Nov 8.00 9.5Dez 8.00 9.5Jan 8.00 9.5Fev 7.65 .9.0Mar 6.75 8.5Abr 6.75 8,5Mai..._ 6-75 8,5Jun 6,75 8,5Jul 6.75 8,5Ago 6,75 7,5

GOMES DEAIJ|||A, FERNANDES

sobre o nosso mais ítòvo empreendimentona Barra da Ti]u^MfÍRTY PLACE

0 MOMENTO E PC ACA0.

^^^m37,93Valor da cota CzS

Em: o8.io.86

CHASE

¦ l| Hindu de TPX Ac<V>

FlexParO investimento tom fôlego para ganhar

m

JORNAL DO BRASIL Economia sexta-feira, 10/10/86 ? Io caderno ? 23

Confisco de boi e vencimento Ênj0 critica interferência do governode opções fazem Ibovespa cair

São Paulo — Em parte pelo reflexo dasnotícias sobre desapropriação de boi no pasto ctambém diante da proximidade dos exercíciosdas opções, a bolsa paulista voltou a cair ontem.O índice Bovespa fechou em baixa de 2,5%, narnarca de 9.517 pontos e com um movimento deCz$ 502 milhões 215 mil. Alguns analistas,itijistante desanimados, estão prevendo que abolsa só conseguirá melhorar no próximo ano."Não há nenhuma notícia boa no mercado",reclama um operador, acrescentando que outrasaplicações continuam atraindo investidores."'•

Os operadores entendem que enquanto não$).rem extintos os atuais problemas de abasteci-jrjento e as taxas de juros não baixarem, não hácorno acreditar em alta na bolsa. No pregão deontem, das 138 ações que compõem o índiceBovespa, 76 caíram, somente 24 subiram, 30permaneceram estáveis e oito não foram nego-ciadas.

O mercado ontem foi monopolizado pelasoperações de Petrobrás que, sozinha, foi respon-sável por cerca de Cz$ 200 milhões negociadosno pregão. As ações de segunda linha não

tiveram nenhuma negociação expressiva. Osanalistas estavam aguardando, não com muitaexpectativa, os resultados de diversos encontros,mantidos ontem, em Brasília, pelos presidentesdas Bolsas do Rio, de São Paulo e da BMF, comos ministros Dilson Funaro, João Sayad e com opresidente do Banco Central, Fernão Bracher.

No mercado futuro de índice Bovespa, ne-gociado pela BMF — Bolsa Mercantil e deFuturos, a tendência de baixa prosseguiu ontem.Os contratos que vencem agora no próximo dia15 fecharam em 9.500 pontos, registrando baixade 2,6%, enquanto os com vencimentos paradezembro fecharam em 10.600 pontos, tambémem baixa de 0,75%. Ontem foram negociadospelo índice 9.192 contratos.

No pregão de ontem da Bovespa, as açõesmais negociadas foram Petrobrás PP C35, quefechou em alta de 2,3% e estava cotada a Cz$1.330; Moinho Santista OP C68, que no fecha-mento estava cotada a Cz$ 310 e em baixa de1,5% e Paranapanema PP C59, que estavacotada no fechamento do pregão a Cz$ 13,20 eem baixa de 2,9%.

Brasília — O presidente da Bolsa de Valores doRio de Janeiro, Ênio Rodrigues, criticou ontem ainterferência do governo no mercado de ações, aotentar direcionar a poupança privada para as caderne-tas, retirando uma parcela do mercado acionário. Eleinformou que desde 15 de abril, quando entrou emvigor a resolução do Banco Central, limitando aaplicação em ações nos fundos e clubes de investi-mentos, o índice da Bolsa de Valores do Rio deJaneiro caiu, até setembro, 38,3%.

Segundo Ênio Rodrigues, o volume médio diá-rio negociado na Bolsa de Valores do Rio de Janeirofoi, também, atingido pela interferência do governo.Disse que esse volume médio negociado, que jáchegou a Cz$ 1 bilhão 50 milhões, passou a ter seupatamar na faixa de Cz$ 495 milhões, em setembro,representando, portanto, decréscimo da ordem de53%. O presidente da Bolsa do Rio de Janeiro fezessas afirmações em palestra no VIII CongressoBrasileiro das Entidades Fechadas de PrevidênciaPrivada.

DescréditoÊnio Rodrigues ressaltou, ainda, que com a

queda vertiginosa do valor de mercado das ações, e

com a respectiva redução da liquidez dos títulos, omercado acionário ficou desacreditado, provocando oesvaziamento não só das bolsas de valores comotambém dos fundos e clubes de investimento. Rcve-lou que os fundos de ações, no período de abril aagosto, tiveram uma perda de aproximadamenteCz$ 6 bilhões.

Na sua opinião, portanto, o aumento observadono mercado primário (novas ações) nos meses subse-quentes ao Plano Cruzado não deverá durar muitocm função da instabilidade do mercado secundário.Desta forma, acentua o presidente da Bolsa do Riode Janeiro, ficarão comprometidos todos os planosgovernamentais de se conseguir um crescimento dosinvestimentos cm setores produtivos.

Para o presidente da Bolsa de Valores do Rio deJaneiro, até agora, todas as medidas adotadas pelogoverno para direcionar a poupança privada foramem vão. "O investidor, sem opção de investimento,passou a consumir mais", afirmou Ênio Rodrigues,para quem as sucessivas alterações nas regras domercado de ações, realizadas pelo governo, resulta-ram na falta de confiança do investidor.

Sem meias palavras, o presidente da Bolsa deValores do Rio de Janeiro ressalta que é fundamen-

tal, para o crescimento c desenvolvimento da econo-mia brasileira, que o amadurecimento e o equilíbriodo mercado sejam realizados não por medidas gover-namentais, e sim pela lei de mercado. Defendeu ummercado "livre", onde o administrador decida sobreque ativos e em que percentual deverá aplicar e pediuque não haja mais alterações nos percentuais deaplicação dos investimentos institucionais.

São PauloO presidente da Bolsa de Valores de São Paulo,

Eduardo Alfredo Levi Júnior, participante também,do VIII Congresso Brasileiro das Entidades Fechadasde Previdência Privada, também denunciou a interfe-rência do governo no mercado de ações.

«**»f*'

Ele defendeu a aplicação livre nos fundos depensão, a redução do IOF — Imposto sobre opera-ções financeiras sobre as aplicações no mercado e acriação dos fundos mútuos ao portador. O presidenteda Bolsa de Valores de São Paulo fez severa cargasobre o mercado do dólar paralelo, que tem preços90% acima do oficial. "O

governo interfere em todos-os mercados, menos no mercado do dólar", denun-ciou Eduardo Alfredo Levi Júnior.

Bolsa de Valores de São Paulo Investimentos Fundos.de Ações

Resumo das Operaçõesai» •*. M*d. m»« F~>< o~. Bolsa do Rio

QuMit.(mil)

Vol.ICrtmHI

|í)te Padrão:

Çonconlatárias:Direitose Recibos:Fundos Inc. Fiscais DL.1376:Exerc. Opções de Venda:Outros:MercadoaTenno:rjtereado Fracionário:Mercado teOp#es-Opçôes de Compra:...

TOTALGERAL

índice Bovespa Médioíndice Bovespa Fechamento:

Das 131 ações. 24 subiram. 76 caíram, 30cotadas.

23.933.022399.537384.843

23.178220.000

591.258.209

16114.611.200

40.830.210

9.6189.517

374.477.800727.067492.513151.014

1.720.000255.800

20.326.96721.034

104.043.080

502.215.278

(-2.5%)

ficaram estáveis e 8 não (oram

Mercados à VistaMá» Fech. Oac

Acesüa PPC03Acra Vill PP C40Adubos Cra PPOOAjAidos Trovo PP C1Agfsto PPAQrocoras PP C01Aaperll PPAlpsrgatas ONAJperoatas PNAmadeo Rosai PPAnwnxw ONAmolco PNAhhanguera OPAntarc Pau PNA tAquetec PPC02Arto-w PPBAmo PP C78Artux OPArte* PPArtur Lango OPArthur Lanofl PPAut Asbestos PPAvlpal ON INTAvipsl ONAvipsl OPAzevedo PP

Bahema PPBandar Inv PPBandeirantes PPSanespe ONBanaspe PN .Banespe PP CMBàfdeb PPBanetto PP6Beigo Mine* OPBelgo Minrw PP INBelgo Mineir PP PBanzenex PPBetaPPABic Caloi PPBBbbms PPA

i PNi PP

Bradesco ON EXBradesco PN EXBradasoo Rn PN EXBradesco In» ON EXBradesco Inv PN EXBrahma PP C15Brasil ONBrasil PPC33Banüit OPBrasirnot OP Cl8BAtsmca PPBmsmotor PP C19Bnnq Mimo PP C24

C'Fabrini PP rseC|M P PPCaoque PP EXCaemiOPEXCaetano Bran PPCÜ Brasília PPCsmbud PP INTCasa Anglo PP C45Casa Masson PPCbv Ind Mec PP C4Cscasa PPACakil Irani OP C2Comig PPC46CefntQ PPCaso PNCavai PNChapscoPr PP COSCia Hermg PP EXCim Anrtu PPCCm ttau PPCimal OPGmepar ONCitropectma PPCima» PPB C16Cobnsma PP C17Coest Const PPCofap PP C1SCotdex PPContato PPConst A Und PP INConst AUnd PPConst Beter PPBCônsul PPConte PPCopas PNCopas PPCopene PPACor Ribeiro PPCorbotta PNCooigua PNCradno Nac PN INCrasal PPCruzeiro Sul PPCdrt PNOft PP

DT Vasconc PPB CD1H B PP INTD H* PP.PDocas OP C26Doran PP C26Dovo PPDrorjasü PNC EXDuratex PP C82

Eosno PNEconomia) PNEdna PNElebra PPC03Elekerr Nora- PNAEruma PPEmbraoo PNEngoma PPEngevix PPEricsson OPEricsson PPCEstrala OP 102Estrela PP 1Q2Eucatax PP

F Cstaguazas PPA CF Guimarães PP

50.000296.31664410

144.47062.600

644.5151691.422

40334685.000

20118 50029742

39935 500

2122311

3.917100

4.0008 500

100 0007634021.00011.650

2.0002643

14.225199.072

237408.430

5503033

11.0803.3212.317

101.000273

1.6434.0007.000

32120.136

3108335

15475 4481636039905710

7025

210002.2003.344

6.8012.006.001.406.80

17,002.55

710.00610.00

12.502.800.76

21008.009.30

900.002000.01000.01300.0

1.691302.202.902.702.804.00

9.994.625.012.163.002.90

760.0010.0064.0048.0043.00

0.601.50

90.007.003.603.50

13.5014.00

680.0021.0021.5021.51

335.00450.00760.00700.00

3.60134.90

15.50

6.5411,706.001.206.50

14.602.55

710.00600.00

12.492.800,71

20.008.009.00

850,002000.01000.01290.0

1.691.302.002.902.502.804.00

4.605,002.013.002.80

760.006.00

60.X48.0042.80

0.551.50

90.006.793.603.50

13.0013.50

680.0021.0021.0021.00

330.00450.00760.00700.00

3,50130.00

15.50

11.886.001.316.02

16.292.58

6.8012.016,011.406.80

17.002.6

710.00 710.00601.31 630,00

12.502.600.75

21.008.009,30

12,502.800.76

21.006.009.30

897.64 920.002000.0 2000.01000.0 1000.01295.1 1300,0

1.312.002,902.562.804.00

9.994.606.012.073.002.90

760.008.13

61,7848.0242.96

0,571.50

90.016.903.603.50

13,4314.11

680.0021.0021.0121.47

335,41466,77760.00700.00

3.59132.94

15.65

U12.202.902.702.804.00

6.7011.816.001.216.60

15.002.60

710.00600.00

12.492.800.71

21.008.009.30

850.002000.01000.01290.0

1.691.312,002.902.502.804.00

9,994.625.202.153.002.91

760.0010.0064.0050.0043.00

0.601.50

95.007.003.603.50

13.5014.60

680.0021.0022.0022.00

345.00480.00760.00700.00

3.60134.9916.00

4.606.202.053.002.90

760.008.00

61,0050.TO43.00

0.551.50

95.006.803.603.50

13.4914.20

680,0021,0021.0021.60

330.00470.00760.00700,00

3,60133.00

15.51

-1.6

-13.5-4,4-6,2+ 1,9

-1.6/

-5.3-4.5-5.8-2.1-5.5

+ 0,5+ 0.7

-13.0

+ 0.1-1.0+ 4.0-2.8+ 7.1

-20.0-20,0

+ 0.8+ 3.9-6.5-6.7

-17,1+ 5,5-2.7+ 2,8

+ 3,7+ 1.4

-1.8+ 0.3+ 3.2+ 1.3/-5,0-1.4-3.0

2.00014.75067.179

5905 000

39 50019.4672.980

30044 50011.000

302.000

306.060750

501.8301.000

291.320100

3 0001.000

6415.000

25075.800

1.70028.8007.100

28 2601.000

62 94050052.800

77.00016.0652.599

17.11915800

244 066127 25016000

250 000269.500

1.000

352.1006891

10013.08027.000

1202.575

168 8247494

602 00613 90713.300

257.29811

1075010001.500

161001.001

1789945.436

5.006.50

52.702000.0

4.601.902.40

95.000.80

18.000,63

49.001.000,70

36,022.10

12.0011.8020.00

100.001400.0159.00

4,60850.00

5.004,50

19.008.00

12,501.400.904.50

2100.03.004.005.40

47.9914.002.112.902.601.158.005,706.00

5,006.50

51.502OO0.0

4.601.852.30

93.000.6O

17.000.63

49.001.000.68

36.022.10

12.0010,6020.00

100.001400.0159.00

4.30845.00

4.604,50

19,007.80

12.501.40'0.904.10

2100.02.804.005.40

45.0014.002.052.407.601.107.805,706.00

6.006.60

52.352000,0

4.991.882.35

93.680.80

17.020.63

49,001,000.71

36.022.12

12.0011.1020.00

100.001404.9169.00

4.45846.00

4.734.50

20.007.86

12.661.400.914.42

2100.02.944.045,48

46.6414.002.122.852.601.157.915,706.00

5.006.61

52,702000.0

5.001.902,40

95.000.80

18.000.63

49.001.000,72

36.022.20

12.0011,9020.00

100.001410.0169 00

4.50850.00

5.004.50

20.508.00

13.201.401.004.70

2100.03.004.605.50

48.0014.002.162.902.601.158.005,706.00

5.006.50

51.50 -2.22000.0

5.00 +25.01.85 -2,62.30 -8.0

93.00 -2.10.80 -11,1

17.00 -5.50.63

49.001.000,71

36.022.20

12.0010.6020.00

100.001400.0159.00 /

4.40 -12,0845.00

-2.0

-6,3-2.6+ 4.7¦20.0•10,1

4.604,50

20,017,80

12,511.401,004,11

2100.02.804.015.50

46.0014.002.102.852.601.108.006.706.00

-8.0-2.1+ 6,3

11.1-8.6

+ 0.2+ 1.8-4,1

-5,0-7,6

12,503,703.50

18.0014.002.40

550.007.61

5.003.712.417.008.002.35

3000.04.501.90

45.5046.5014.8017.0071.09

12.503.503.50

16.0013.802.40

550.007.00

4.903.702.307.007.202.15

3000.04.401.90

45.4945.5014.7016.8071,00

12.503.613.50

18.0013.962.40

650.007.41

5.013.702.407.047.212.29

3000.0 3000.04.46 4,501.90 1.90

45.5048.0014.8018.0072.00

12.50 12.60 -2.33.70 3,50 -12.53.50 3.50

18.00 18.0014.00 14.00 +0.72.40 2.40

Í50.00 550.00 /7.80 7,00 -11.3

5.403.712.457.508.002.35

45.4945.9214.8017,2771,97

5.003.702.407.017.202.25

3000.04.601.90

46.4948.0014.7017.5071.00

1 000 8.00 8.00 8.00 8.00 8.003100 210.00 190.00 209,35 210.00 190.00

-1.3+ 0.4-6.5-10,0-4,2

-5.1+ 2.9-13

-5.8-5.0

F N V PPA C03Fatot PP C15Ferbasa PPFerro Brás PPFerro Ligas PPFertjbraaPNFeitisul PP C19Fertiz» PPFaampprasFiCSp PPHoodisc PNFrancos Bras ONFrangosul PNFras-lo PP C35Fng Ideal PNFrirjobras PN

Garoto PPGiannini PPGtesstte PP INTGtossHo PP PGrsdwntfi PNGrama» PNGranoleo PPGrazz-otm PPGuararapes OP C33Guararapes PP C33Gurgel PPB INT

lap PPIguaçu Café PPAIguaçu Café PPBInbrac PPIndl B Hora PPBInds Bom. PP C06Inds Bomi PP PInvespton PNInvestec PNlochpoOPlOChDBPPftap 0PItap PPrtsubenco PN EXKaunanso PPruuaa PNloutac PN

J B Duarte PPJ H Santos PPJaragua Fabr PP

KaalSahbe PPKopier Webor PPtüebn PPC03

La Fonta Fac PNLaço PNlacra PPC08Laloi PP C12Iam Nacional PPLanrl Senbe PPlark Maqs PPLoco PPC01LigtitONUma» PPUx DA Cunha PPAlojas Americ ONLojas Americ PNLojas Bemer PPLondrtrmetras PP COLoreruPPC12LumíPPCOlUixnrta PP C12

IPNMagnesrta PPA C08Manah PN EXManahPPManaaaPNMangara Ira* PPMannesmann OPMannesmsnn PPMansolPPMarvin PPMasaeyPorlc PNAMesterPNA INTMac Pesada PPMendes Jr PPAMandas Jr PPB INTMercFtnenc PNMeridional PPMesbk PPMel Barbara PP EXMMDouat PPC03Met Duque PP C45Metal Leve OP C34Metal Leve PP C34Metaac PPMetisa OP C28MetoaPPC28Mansa PP PMcroatoPPCMMcrotec PPAMinuanoPNMoinho Frum OP ClMoinho Lapa PNMoinho Becit OP COMoinho Sem OP CeMoinho Sem PP COMontreal OPMontreal PPMotoradò PPMuterOP C19Muesr PP C17MulMolPNMurutexU PPC1

Nacional ON EXNacional PN EXNakata PP C01Nord Brasil ONNorton Met OP C28Noroeste PN

Ofccel PPBOrvobra PP C36Orion PP

Pacaembu PPPapel Stmao PP PPara Dominas PP COParaibune PP

l OPCSl PPCS

Paul F Luz ONPeixe PP C03Per Corumbá PPPentoao PNAPerdigão PPAPentgoo Agr PNAPerdgao Agr PPAPerdigão Atm PPA EPenico PNPenico PPPM Ipiranga OP C2Pet Ipiranga PP C2Pet Menguinh ONPotrobras ONPetrobrás PNPetrobrás PP C35Pettanali PPPheboPNPirei OP 082Pire» PP C82Poapropúen PPAPranteai PPPropesa PP INTPropasa PP P

Quimic Geral PNQulmisinos PN

996.35069.2776870081.255

177.8736000

126 00084.000

101063 50050001.2001.650

27 6981000

16588

3.000.706.107.856.303.491.701.352.71

30.004.00

65.004.004.801.006.00

2.900.606.107.706.103.491.60,1.232.70

29.004.00

55.004.004.501.005.80

3.000.666.137.856.733.491.611.322.70

29.264,00

55.004.004,741.005.99

81 64540003 100

4261150 500

2.0004000

1328815132100001.000

26835910

1081 771

267.500142142

145 10090001 778

54 83010

30 000186.44340.00055 30038 468

2.091.59

15.9914.019.001.001.007.10

45.0039,50

7.00

2.501.54

14.0013.509.001.001,007,00

44.0039.50

7.00

16.00 16.00120.00 120.00130.00 130.00

3.30 3.004.80 4.60

1650.0 1650.01606.0 1605.0

1,18 1,153.00 3.00

27.5024.50

1.904.06

16.0010.3030.60

9.50

27.0023.50

1.903.90

16,0010,0030.509.00

2.841.57

15.9313.909.001.001.007.05

44.8039.50

7.00

16.00120.00130.00

3.124.58

1650.01605.0

1.183.08

27.0723,84

1.903.99

16,3110.1130.50

9,07

3,10 2.91 -4.20.70 0.60 -14.26.20 6.15 -5,38.00 7.8Q - 2,56,30 6,11 -3,73,49 3,49 + 7.01.70 1,65 -3.5135 1.23 -12.12.71 2.70 +0.3

30.00 29.00 -3.34.00 4.00 + 2.5

55.00 65.00 +9.B4.00 4.00 -4.34.80 4.70 -1.01.00 l.M6.00 6,00

3.30 3.30 +9.61.60 1.60 -ia

15.99 14.00 -12.514.01 13.50 -3.59.00 9.00 -5.21.00 1.00 +11,11.00 1.00 +11,18,00 7,01 -6.5

45.01 44.00 -4,339.50 39.50 -1.27.00 7.00 +0.1

16.00 16.00 I130.00 130.00 +4,0130.00 130.00

3.30 3.02 -8.74,80 4,50 -6,2

1650.0 1650.01605.0 1605.0 /

1.20 1,15 -4,13.20 3,00 -1.6

27.50 27,00 -6.B24,50 23.80 -4,7

1.90 1.90 +18.74.06 4.00

16,00 15.01, -6.110.30 10,00 -4,730,60 30.509.50 9.01

36 000 4.50 4.40 4,52 4,60 4.60 -6 148292 2.50 2.39 2.46 2.51 2.51 +4.516.500 1,60 1,60 1.60 1,00 1.60

58940 t,20 1.10 1*13 1.20 1.10 -7,5178.200 6.30 5.60 6.72 6.30 5.50 -12 6

1.200 55.00 54.50 54,92 55.00 54.50 +0,9

30 00045.100

7.60050

883 50082910

201 98670.240

3845910

1 00036 000

1.4406.000

53.0007000

1.273 00045 000

75.00011.7328.780

23 00030.30076.330781931040028 955

6 600103 920

68 0007.900

56.010242,730

431.671

1.00043 890

1.00028.100

1.0006.2461000

100 00038760

5.932670

2.6003 00046301000

13 28247.707

8.9653

176 79288.900

250.000122.442123 00039340

6.501.01

10.00130.00

0.600.683.501.00

80.001.10

26.0085.0068.00

4.803.05

42.005.502.60

1.3113.5015.5117.603.604.003.103.00

11.0012.0011.003.50

60.008.009.20

360.002.60

950.006.403.003.00

175.00113.00

11.7011.002.302.012.202.903.40

136.008.50

67.00310.00242.00

7.004,10

6.491.00

10.00130.00

0,540.653.200.97

75.001.10

25.0065.0067394.802.90

42.005.502.60

6.501.03

10.00130.00

0,560.653.381.01

75.791.14

25.0065.0067.994.802.95

42.006.602.66

6,501.05

10.00130.00

0.600.723.501.05

80.001.20

25.0065.0068.00

4.803.10

42.005.60

2.80

6.501.01

10.00130.00

0.600.723.201.05

75.001.15

25.0065.0068.00

4.802.90

42.005.502,70

4 9.0-a.5-10.5-6.2+ 3.6-3.B-5.7

-4.0-7.9

4.504.503.202.40

1.3013.5015.5017.503.603.303.002.70

11.0011.8010.003.50

50.007.809.00

350.002.40

900.006.003.002.80

175.00100.0011.7011.002.202.002.202.903.40

135.008.50

66.00310.00242.00

7.004.104.604.603.903.102.29

1.3013.9115.8217,783.613,603.062.71

11.0011.8210.963.50

50.007.819,22

350,002.48

925,006,313.002.99

175.00110.00

11,7011.002.222.012.352.903.40

135.008.50

67.33310.00242.00

7,004.344.674.504.013.122.31

1.3114,0016,0118.003,614.003,103.00

11.0012.0011.003,50

60.008.009.40

350.002.55

950.006.703.003.00

175,00113,00

11,7011.002.302,012.602.903.40

135.008.60

68.00310.00242.00

7.004.504.704,504,503.302.40

1,3013.9915.50 +3.318.00 +5.8

3.61 +3.13.60 -6.23.01 -4.42.70 -10.0

11.0011.80 -1.610.50 -4.6

3,50 -12,550.00 -7.4

7,80 -2.39.20

350.00 /2.40 -5.8

900.006.20 -3,13.002,80 -6,6

175.00110.0011.7011,002.292.01

•12.5-2.6-2.5

I+ 0.4

-12.92.60 +19.02,90 +1,73.40 -5.5

135.008.50

68.00310.00242.00

7,00 -8,64,49 +9,54.604,604.003.102.29

-2.8-1.6+ 0.4

11.3-3.1-4.5

54 000.3000

134 687

2.130

6.50 6,50 6.54 7.006.99 6.99 6.99 6.99

16.01 16,00 15,11 15.50137 250.00 250.00 250.00 250.00 250.00

26000 11.00 11.00 11.46 11.50 11.506.00 6.00 6.00 6.00

7.006.99

16.50

6.00

-2.9+ 3.2

55 000 3.00 2.70 2.81 3.00 2.70 -12.939570 2.60 2.50 2.58 2.60 2.51 -3.414.000 6.00 5.00 5.26 6.00 5.20 -13.3

123.088172550203 80041.185

150.000880215

500107.09052.55017.200

125.4205000

31.76057.52036 8001000017.50048 000

2600296

42126 067

83 349646

99 9436.100

59.472178135

20010.000

0.803.720,714,50

12.0013.503.003.X1.105.506.60

10.008.402.503.002.852.203.26

26.00600.001151.01300.0

6,703.057.207,307.501.802.101.90

0.803.700.654.10

12,0013.003.003.000,995.005.009,468.402.452.802.B52.203.04

26.00560.001151.01300.0

5.403.056.706.906.501.602.101.90

0.833.760.674.37

12.0013.283.003.051.015.065.489.898.492.482.932.902,203,20

26.00

0,853.800.714.50

12.0013.903.003.301.105.505.60

10.008.502.503.001302.2033Ü

26.00598.82 600.001151.0 1161.01353.0 1370.0

5,60 5.80

1772315000

6.005.80

6.005.80

3.057.027.056.651.752.101.90

6.235.83

3.057.507.307.501.902.101.90

0.843,710,654.30

12.0013,203.003.000.995.105.509.468.502.453,002.902.203.04

26.00600.001151.01330.0

5.503.057.007.006.501.702.101.90

+ 5.0-2.3-5.7-4,4

/-2.9

-1.9-3.7

-6.4-14.1-2.0+ 9.0-3.3

-42.8-7.B

/

+ 2,3-3.5-1.6-2.9'-4.1

-13.3-6,1+ 0.4

6.305.90

Besl ON INTReal PN INTHesl Cia Inv ONReal Cia Inv PNReal DE Inv ON INReal DE Inv PN INReal Pait PNA INTReal Port PNB INTReal Part ON INTRecrusul PP INTRí-cruwl PP PRnlnoar OP EXRofripai PP EXRwi Hermann PNRhoom PPRipasa PP C04

Sade PP CO!Sado Avr-rol PNSadia Concor PNSadia Ouste PNCSalrn ONSamrtn OPSansuy PPSarwuy Nord PPASamaconstan PP 18Snntonen-w PP EXScopus PNSeara Indl PNSortbe Part PPSorpen PPSharp PP INTSharp PP PRTS»d Inlormat PP COSatfAconorto PNAS-dGuaira PNSid.Guaira PPSid.Pains PPSid.Roonmd PNSkJ Hkxjrand PP EXSrfco PPSoma Crui OP C06Springor PNStaroup PPSudameris ONSrjosrnons PNSulmaíias PPSuporapro PPSuporoMbras PPSuiano PPA

Tam PP INTTam PP PTebe PPTecol S José PPTeta PP C40Tel B Campo ON INTel B Campo PN INToleij ONTolntl PNTo«wp OETokBp PETulosp PNTraio PNTransb-ssil ON 18Transbrosil PP C3Transbrasil PP PBTnKtspamna PNTransparana PPTrichos PPTrol PNTromb.ni PP PTrulrma PP PTupy PN INTTupyPN

Unibopco PNAUnibsnco PNBUntbnnco ONUnvor PNAUrtpsr PPB C30Usin C Pinto PP

Vecchi PNVale R Doce OP INVele R Doce PP INVarga Freos PNVang PNVarig PPVerolmo PPVidr Srrarma OP EXVigor PPCOSVolnc PPVufcabras PN

Weg PP C36Wombtev PPWrnt Martins OP

6.30 +5.05.90 +1.7

1 7897948

212553

2725113718496

500026 336

20070 196

500209 500123 981

10001000

75 4O031.658

1.00110

20.0021.5170.0170.0118.5019.0012.0012.0112.008.497.00

14.3111.50

2399.91.202.66

4.407.007.002.80

18.10285.00

20.0021.5070.0170.0118.5019.0012.0012.0112.008.497.50

14.3111.50

2399.91.102.55

20.0021.5170.0171.6016.6019.0517.0012.0112.008.497.51

14.3111.74

2399.91.192.64

20.00213170.0178.0018,5019.1012.0012.0112.008.497.60

14.3112.00

20.0021.5070.0178,0018.5019.1012.0012.0112.008.497.50

14.3!17.00

2399.9 2399.91.20 1.102,70 2,60

5.010 45.0021335 14,00

I 000 9.502000 8.009300 3.902000 3.30

134000 0.712500 3.00

494 395 22.506 953 20.80

146.781 10.0016954 6.0030000 2.2027895 2.5079400 25,0012960 5.201.000 4.85

15000 15.00346 595.00

4.377 40.0065 000 17,0010516 1,90

261 1.75100 2.80

10700 1.1061500 2,8034.900 30.00

4.407.006.102.70

18.10285.0040.0014.009,508.003.903.300.653.00

20.8020.50

9.505.002.202.50

25.005.004.85

14.50589.00

40.0016.00\X1.752.601.002.80

28.01

4.457.006.732.71

18.10285.00

40.0114.009.608.003.903.300.693.00

21.9120.91

9.915.082.202.50

28.855.184.86.

14,67591.0440.0718.64

1.901.762.801.002.83

28.99

4.507.007.002.80

18.10285.0045.0014.009.508.003.903.300.713.00

23.5021.5010.005.102.202.50

29.005.204.85

15.00595.00

40.1117.00

1.901.752301.103.00

30.00

4.507.006.302.70

18.10285.0045.0014,009.508.003.903.300.693.00

21.0120,509.805.102.202.50

29.005,204.85

14.50589.00

40.0016.00

1.901.762301.002.81

28.01

+ 2.3

? 11.4

+ 0.4

? 0.0+ 4.4

-11.2-1.8

10.0-3.5? 6.4

-5.7-1.4

I-8.6-2.4-2.0

-15.0-8.3

+ 0.1-11.8-6.4+ 03

-63+ 2.7-73

I+ 12.3+03-3.4

600032.1001730032 858

6002124234

4016625 000

110.677259.826

30010004000

19400148.100

200010.5002.204

2.001.556.10

10.5070,00

440,00440.00

70.00130.02300.00370.00350.00

6.801.552.55230

10.0013.507.504.501.801,918.807.00

2.001.556.00

10.0070,00

440.00440.00

70.00130.02300.00369.99350.00

6.601.552.602.10

10.0013.507.504.501.501.918.807.00

2.001.566.04

10,2970.00

440.00440.00

70,00130.02300.00369.99362.50

6.781.552.522.15

10.0013.507.504.501.541.918.807.09

2.001.606.10

10.5070.00

440.00440.00

70.00130.02300.00370,00400.00

7.001.552.612.30

10.0013.507304.601.801318.807.10

2.001,556,10

10.5070.00

440.00440.00

70.00130.02300.00369.99400.00

6.801,562.562.15

10.0013.507.604.501.651.918307.10

60 5621336112 322

63631 639

162 937

4.305.501.302.751.15

4305.501.302.660.90

4.376.501.302.701.02

4.406.501.302.751.20

4.405.501302.660.95

40 800 1.5061 640.00

439 1120.015955 10.00

1.30 131640.00 640.661100.0 1108.6

13317630099 00032.25061.0005000

10.447

13.5016.000.90

21.501.650.499.60

10.0013.6015.000.75

20.001.650.499.60

10.7413.5016.400.78

20.791.650.49

1.50 1.30680.00 680.001120.0 1100.0

11.0013.5016.00030

21.501.650.499.60

11.0013.5015.500.76

21.001.650.49

+ 5.2+ 4.6+ 0.6

-2.2-28.5

-2.1-2.9-4.5-2.2+ 1.4

-5,3-21.4

+ 6.2-1.7H5.7

I-3.1-18.4-4.5

21050 135.00 135.00 t35.0022000 6.00 6.00 6.00

166.939 4.30 4.00 4.08

135.00 135.006.00 6.004.30 4.02

Zanni PPA2vi PP C39

41061.176

1302.00

1.901.90

1.901.94

1.902.00

1.901.90

-53-2.5

ConcordatáriasCaltat PPCicaPP C57

213364 1.65 1.45 1.50 1.65 1.46 -9325873 4.60 4.20 4.50 4.60 4.60

Farol PN

Imcosul PP C23

Omiei PNOrnex PP

Pir Brasiaa OPPir Brasiha PPA

13000 4.X 4.00 430 4.39 4.39

9600 9.00 8.80 8.91 9.00 830 -3.2

7.000 6.20 6.20 6.26 630 630 +5.18000 4.X 4.X 4,49 4.50 4,50

19.300 030 0.45 0.47 0.50 0.49 +83103000 0.70 0.65 0.68 0.76 0.70 -4.1

Opções de compraCMtp «çto-Obi.

Sar.Preçolurt.

OuOTt. ttart HédMil

18.330 14.00 14.00 14.00 14.20 14.00

OAV6 AVI PP orvOLM10 LUM PP COIOMZ1 MTS OP C28OPT14 PET PP ONOPT15 PET PP DIVOPT19 PET PP DIVOPT20 PET PP DIVOPT30 PCT PP DIVOPT2 PET PP DrVOPTB PETPPC36OPT10 PET PP C3SOPT11 PET PP C35OPT26 PET PP C3SOPT28 PET PP C3SOPM7 PMA PP CS9OPM17 PMA PP CSBOPM29 PMA PP C59OPM6 PMA PP CS9

OPM41 PMA PP CS9OPM19 PMAPP059OPX6 PXE PP C03

OAG8 SAG PP COI

OVG9 VAG PP

OUT0EZDEZOUTOUTOUTOUTOUTDEZDEZDEZDEZ0EZDEZOUTDEZDEZOUTDEZFEV

. OUT

DEZ

OUT

20.005.00

10.001600.01800.02000.02300.01400.02100.01600.02000.01400.0

1000.01200.0

14.0020.0016.0012.008.00

10.005.00

12.00

20.00

1 0001 100 000

100 0001.548 000

183 00019.00093.000

5041.1003000

10017.00018.0003000

98 30096000113000

3.098700200 000330 000266 000200.000472000

10000

0.60

0.691.870.150.080.040.015.00

10.X

0.500.891.870,210,070.040.02

11.X11.00

100.00 I0O.X15.X 15.X

1X.X 133.33458.31 468.31289.99 303.X

0.20 0.060.491.701.606.405.700.01

5.97

0.01

0.441.501.60

6.245.X0.015.72

0.01

1.870.200.070.040.03

12.X12.00

100.0015.X

140.00466.31292.X

0.060.401.461.X6.X5.150.014.70

0.01

Variação mensal do IBV fechamento l%l1MB

Mai....Jun....JulAgo...Set...Out...Nov...Dez..

Jan...Fev...Mar..Abr...Mai...Jun...Jul....Ago..Sei..

32.0537.8324,6929.8528,8341.6612.4110.46

-7.107.2254.6519.81-3.120.26-5,67-12.00-22.6

Fonte AFI

Bolsa de S.PauloVariação mensal do Indico Bovespa

(%i1985

Mar 45.23Jun 52.05Jul 18.3bAgo 23.98Set 31.10Ou! 24.15Nov 12.13Dez 13,58

1986Jan 1.40Fov 24.01Mar 90.91Abr 23.46Mai 11.01Jun -9.56Jul 1,73Ago -1_7.67Sot -23,6

Fonte AFI

Over.LetraeCDBMa* OramigM Latra CDBJan 14,90 8,72 17.14Fev 13.00 11.20 14.28Mar 0.65 0.73 1.25Abr 0.69 0.08 -0,50Mai 0.67 0.42 0.86Jun 0.78 - 0.42Jul 1.07 -0.19Ago 1.53 -2.37Sei 1,70 . — 0.4

Fonte AR

DólarOrnam Compra VandaOficial 13.77 13.84Paralelo 24.50 26.50Cotações de venda no paralelo no pnmeirodta de cada mes.Jun ü!í.— 6 500Jul 7.400Ago 9 200Set 9 450Ou! 10 100Nov 11000Dei 13350

Jen .....!!ü 15 800Fov 15 800Mar 17.00Abr 17.60Ma. 20.00Jun 20.60Jul 24.XAgo —

¦

ConversãoTodos os carnes de presta-

çao e as dividas em cruzeiroselevem ser convertidos em cru-zados. Para fazer a conversão,procure na tabela o dia em quea conta tem que ser paga.Divida o valor da conta (emcruzeiros) pelo número que vo-ce encontra na tabela. O resul-tado da divisão é o valor a serpago. Outubro/8610 2.697.3511 2.709,4912 2.721.6813 2.733,9314 2.746.2315 2.758,5916 2.771.0017 2.783.4718 2.796.0019 2.808,5820 2.821.22

i 21 2.833,91.22 2.846,66.

I 23 2.859.4724 2.872.34¦ 25 2.885,2726 2.898.2527 2.911.2928 2.924.3929 2.931.5530 2.950.7131 2.964.05

Novembro2.977.392.990,793.004.253.017.773.031.353.044,993.058,693.072.453.086.28

10 3.100.17

Vak» ftantab. Rantab.da cota acum. acum.

CiS no m*a no anoMl %

AífaAJmbanoo 7 600166 123.051 40.70América du Sul Açíes 131.701 37.19Art>Eouilíbno 28,429 (21,061 85.38Aymoré Açces 1.223708 126.131 67.49Bamerindua Ações 4.07X! (24.691 69.29Bancobdado 0.005261 124.511 43.91Bandeirantes Ações (22.691 8138Baneapa AçAos 2.030374 123.611 47.74Banestado Açoea 0.373277 (23.311 44.07Bonestes 14.4118 (21.731 —BenorteacAes 122.841 86.16BanqixJ.rr» (11.66} —Bennsul FAB 6.5229 (20.62) 118.90.BB Açoas Ouro 111.281 11238)BBI Bradesco 4.533 122.4!) 114.24BBM — B. Bahia 116.38) 83.18BCA Banen (22.081 93,20BCN Açôos (26,24) 34.44BESC Ações I19.99I 65.00BMC Ações 1.29 _BMD (18.021 61.42BMG Ações 126.741 43.74Bonvnta Ações 2.061607 (10.411 74.13Bosvota CSA 8,817208 (25.591 45,88Bonança 566.71 (28.72) (42.06)Boston Sodnl 0.016220 (24.08) 8036BoianoAçoas 11.125360 (26.521 39.TOBozano Canem 2.420057 (23.10) 52.02Bradaaco Ações 8.777 (20.54) 93.15Chase fie» Par 38,093643 (24.86) 83.20Crühonk 0340 11336) (22 4.11Oty 361.059 118.901 6USO,Condomínio BanorU (19371 70.17Cradbenco AçOes 119.62) 103.07Credfaanco Credtjur _"__-'Cnxabanco FBI (23371 78.00Credraal (24.731 57.96Cnrfoul IEX-1571 (19.181 26.43Cmfisul Bkjo Cru? (18.461 37.54Crefisul Maxi Ações (20.431 39.03Crefisul Múltipla 2.829370 122.181 23.37Creabnco Unbanco 4.098514 124 66) 49.36Detapevo Invosulol 124.67) 48,57Denasa Ações 6.060779 116.80) 94.03Denasa Meter, e Motal 1.0120 (17.12) 116.63Oibian (16.991 7,15DIG Ações (22.25) (9.181Econômico 0.529 (21.95) 31.57Ektondo 0.742176 116.58) (22.98)EWo 0.033075 117.01) 154.47FAN Noconel 4.116215 125.491 43.07,FIC Bradesco 124.991 —FiJap 0.0401637 120.71) 106,43Fideaa NMB Bani 76,9589 (28361 49.85.Frasa Ações 6.733 122.541 68.40Firwwest Ações 0325091 (10.381 (16,68)FMALB (26.091 81.45Garantia 21.5695 (27.321 90,04Geral do Comèroo 119.621 94.96Incoa 75.140730 (20.051 (22.731Industrio! (24,981 72.61 .«ner-Allenlico 127.84) 25.63Invasplsn Cll 3.686894 120.93) — ¦locnpa Açor» (23.131 67.10Itauações 7.184052 120.301 74;trItaú Caonal Marim! 119.26) 65.41-Uovds (20.231 __Lojcred Ações 123.12) 32.39Mercantil Ações (24.61) 22.91Meiceolan 113.651 — ,Mendonal Ações 2.10998 122.66) 87.B8Merbnvest 122.501 7049-Montreotonlc 2.574 (26.061 66.42-Montroabank Açora 68,553 (30341 3S.45Morada (20.31) 6.33Mulr>8anco 125.80) 148.96)Mulopac 1004.398 (27.26) 40.52Mulrjpkc 751 1909.466 124,081 54,32Nanxtel Ações 98342962 10.86) 10.86)Noroeste CNA 121.64) 71.08Noroeste FNA (21.55) 69.52Omega Ações 1.711312 (27.841 53.96Open 1687.198052 (13.771 13,77Pauto VVHlerroens 0.215011 123.01) 9631Pükrvmesl Ações 10.829 121.04) 89.44PBlBinvest Condomínio (19.931 68.32Primo 0.341 «5.831 62.16Pnmua 853.4781 (15301 (9.73!Real 122.061 49.56Ra» 12931) 72.95.Saíra Ações 118.54) 84,75Schehal Cury^ASC 127,391 107.13Seguridade Lio 122351 106.13Suba 7.656 112.911 . —Souza Berros (23.881 -Theca da Ações (27.66) 71.14.Torrernoanos 121.551 —.Unrbsnco 3.511945 (21.16) 77,84

Renda FixaArmenca do SulAn>-PatnmooioAymor*BamennduaBancoddadeBandeirantes

Banestado

Bank or BostonBenortinvostBanqueirozBCN Pro RendaBMGBoevtsta CzSBonançaBoston SodnlBozano CondomínioBradescoBrasil CanadaBRJChese HexjnvostCIN NacionalCrtmvestConta BMC

Crefisul Maxi R. FixaCSCCta a Rda F RmnvestOotepwve GdelDenasaDtbranDIGEldoradoEstructuraF. BarretoReiFIC BradescoFidesa-NMB BankFatunceiroFtnasaFtnir-rvastFfv. UntbartcoFix SenerjGerarrnHMHokknvestInvesparvCEIInvest-Renda

Itaú Money ManterUborUovdsLofjcredMagkanoMaitaMatoneMendnnalMontreabanfc Condom.MoradaMufli MoneyMurapecNoroeste FNINovo Norte

OpenPatentePauto WiHernsens

Pnrne PretaRende floalRural

31.0743,725463

1,581700.0011236

0.07319612.694!

1,3017980,292232

2,836247

500.521.7477700.618282

91.446427.1893!35.517876

0,8673380,4695021.149742

0251442

79.092794

23092081.369165

0.1869001.696131

331.1597

0.3460009.7047071,029067

0,3207

1.908346

1.037620

40.2329373.275609

0.12716744.163

0.1475263737B45141.976884

3.4403661.514857268.628

1.45 45.34

1.591.261.591320.981.66

1.720.91

1.491,461.662.431.421.4.51.041.221.381.151.491.341.930.961.321.481.171.121.382.403.07

1.552.022.031.381.581.141,331.291.231311.24

1.411.011.67

1.710.661371.64

1.611.58

2.381.801.821.271.741.521.681.461.901.921.70

42.6742.7643.9744.1344,0446.38

45,63

42.5043.02' '4431 -47.5044.2843.9743.2243.0931.7142.43'45.40 '42.46¦ JC4137-46,0743.17

'

4935-43.5150.276.70

52.60

44.3446.53

41.8543.7642.9843.55.,43.05443343.64

39.4e-43.6843.62

43.24 .39.2742.5245.51

39.68.49.08

47.7446.3846.24-41.6943.5!46.6144.994038'

^46.0948.4944,13.

íja»

«VISTA NA BOLSA SAIBA COMO, ÀS 2as FEIRAS

aaaaaaaaaâaaaaaaaaa«Baa»aaaal do RlO de Janeiro ^S^íJ^rf^d !,ontcor>ooo.o Ctco

A£ftOl/\£AS DESEMBOLSAR

24 D Io caderno ? sexta-feira, 10/10/86 Economia JORNAL DO BRASIL

Seu bolso-A indústria farmacêutica

pode entrar em colapsoaté o final do ano se o governonão tomar providências. O maisatingido com a falta de medica-mentos será o público infantil,já que não há vidros suficientespara embalar os remédios líqui-cios, mais usados pelas crianças— advertiu o secretário-geral doConselho Regional de Farmá-cia, Antônio Carlos da CostaBezerra.-As indústrias consultadaspelo Conselho alegam falta dematéria-prima e de embalagenspara colocar os medicamentos àdisposição do varejo. No caso' das embalagens de vidro é que asituação se agrava, pois apenasuma indústria — a Weaton —fabrica vidros de grandes volu-mes (60,100 e 200 ml).

De acordo com os levanta-mentos feitos pelo CRF estãofaltando no mercado do Rio umtotal de 50 medicamentos e atéseringas para aplicação de insu-Iina em diabéticos. Faltam anti-helmínticos como o Helmiben,antianêmicos como o Panvitrop,analgésicos (Novalgina Xaro-pé), descongestionantes nasais(Desccon), xaropes expectoran-tès (Revenil), tranqüilizantes(Libnum), remédios para epi-lepsia (Comital) para

''sapinho"

(Canasten), para asma (Franol),além do psicotrópico para o"mal de Parkinson": Artane.Nos hospitais há escassez deantibióticos como o Benzetacil eo que é mais grave: falta albumi-ha humana.

DicaA Droga Farta, farmácia situa-da na Rua Inhangá, 19, Copaca-bana, tem seringas descartáveispara aplicação de insulina e va-cinas. Há também seringas delml, 3ml e 5ml.

SabãoO Brasil vai importar sebo

da Argentina. Com esta deci-são, as indústrias de sabão evi-tam a falta do produto no mer-cado interno. No momento,elas não estão garantindo aentrega total dos pedidos dovarejo, mas ainda existe merca-doria.

ExpectativaA Bolsa de Gêneros do Rio

estava ontem em grande agita-ção por causa da notícia doconfisco de boi pelo governo.Um atacadista de carne comen-tou que todo mundo está aguar-dando para ver se o governo vaimesmo ser rigoroso com os pe-cuaristas.

— Se as autoridades confis-carem só meia dúzia de bois,não vai dar para nada e o tumul-to no mercado vai ser maior doque o atual — observou.

Dia da Criança¦ Com a chegada do

Dia da Criança o lan-comento de brinque-dos novos está enhu-quecendo os pais. Se-ja pelo massacre da'propaganda diária na

TV, seja pelas dife-renças de preços nasdiversas lojas. Comoa Lojas Americanaspode vender um cas-telo do He-man porCz$ 520,00 enquanto

as outras chegam acobrar até Cz$ 890,00pelo mesmo produto?Por serem produtosnovos, não há cruza-do que segure o co-mércio.

jÈonfiscar caféfS O consumo brasileiro de café,este ano, será o mais baixo dahistória do país: inferior a 5 mi-íhões de sacas/ano. Os dados sãodo Sindicato da Indústria de Tor-fefação e Moagem do Café doEstado do Rio de Janeiro, cujopresidente, Adílio Valadão, ma-rrifestou em nome da entidadeposição totalmente contrária aoaumento do preço da bebida aoconsumidor, mesmo após o des-congelamento de preços.£} — Se houver aumento, oconsumo vai baixar mais ainda. Oque queremos é obter dos cafei-Cultores a matéria-prima aos pre-(òs fixados por um "acordo decavalheiros" que fizeram, emmarço, com o governo: Cz$2.750,00 a saca. O Brasil, apesarda safra pequena colhida esteano, conta com 20 milhões desacas armazenadas em poder de

Srodutores, exportadores e IBC.

io invés de elevar o preço doproduto — como pretendem osprodutores — o governo podiaconfiscar o café estocado, já querconfiscou o boi — brincou Va-ladão..,'*, Na verdade, o que os torrefa-tores do Rio defendem é o reiní-cio do leilão de café dos estoquesdo IBC na Bolsa de Mercadoriasde São Paulo.

ColarinhoP A nova versão do crime docolarinho branco para os consu-rnidores: servir o chope cheio decolarinho. O comentário foi ou-Indo num bar da Zona Sul.

^W\ li''/ I *~S >BlSfc

É)e polícia• i Na avaliação de um proprie-

tário de grande rede de varejo,o abastecimento no país estávirando caso de polícia. Tantoque a Sunab, em março, preci-sou requisitar a Polícia Federalpara assessorá-la na fiscalizaçãodo comércio e, agora, para ir àsfontes de produção buscar o boino pasto. E ironizou:•;. — Já lançaram o RomeuTuma para presidente do Fia-mengo.

Leitecontaminado

O leite importado da Irlan-da do Norte, que a Cobal come-çou a distribuir para reidrata-ção, contém duas substânciastidas como cancerígenas: o césio137 e o césio 134, isotópos ra-dioativos. Apesar disto, foi con-siderado apto para consumo hu-mano pelo Instituto de Radio-proteção da Comissão Nacionalde Energia Nuclear, que subme-teu à análise 18 amostras doproduto. Segundo o chefe doDepartamento de Proteção Ra-diológica Ambiental do Institu-to, Haroldo Azevedo, os resul-tados dos exames de radiaçãovariaram de 1.600 bequeréis(unidade de medição da radia-ção nuclear) a 90 bequeréis porquilo de leite em pó, níveisabaixo do limite permitido pelaCNEN de 3.700 bequeréis porquilo de leite em pó.— O ideal é não ter nada.Mas o leite examinado, emboracontaminado, está apto paraconsumo humano — garantiuHaroldo Azevedo.

Cartões decrédito

*¦ Os cartões de crédito estãoproibidos, pelo Banco Central,de cobrar multas por atraso depagamento de seus usuários. Deacordo com fiscais da Sunab,encarregados de supervisionar ocumprimento das regras estípu-ladas pelo plano cruzado naárea financeira, os cartões decrédito foram autorizados peloBC a cobrar por atraso/mês umjuro de mora de 1% e mais umataxa de financiamento prefixadaem contrato.

Até agora, conforme relatodos fiscais, a Sunab não conse-guiu enquadrar nenhum cartãode crédito como infrator, masestão sendo investigadas váriasdenúncias feitas por usuáriosdos cartões Fininvest e Mesblm.

Vera Saavedra Durão

í-r Ml-^JmW//'Aproxime-seda Elebra parganhar asas

Tony Gebauer confessa fraude ao MorganBrasileiros negamtodo envolvimento

I A íiwlorlitJOiti>uiwdoiwil<to»Uli»iilui digital elebra

Nova Iorque — Antônio Gebauer,ex-banqueiro do Morgan GuarantyTrust, ex-negociador da dívida externabrasileira, amigo de empresários, poli-ticos e banqueiros brasileiros, assumiusua culpa em quatro crimes (fraudebancária, empréstimos bancários nãoautorizados, sonegação de imposto derenda e falsificação de extratos banca-rios) em troca da desistência de seusex-empregadores em persegui-lo judi-cialmente. O promotor de Nova Ior-que que aceitou o compromisso, Ru-dolph Giuliani, divulgou também osnomes de quatro brasileiros que manti-nham contas administradas por TonyGebauer no Morgan: Fernando CicilioAlmeida, Leonidas Borio, FranciscoCatão e Fernando Muniz de Souza.

Gebauer fez retiradas não autori-zadas de 4,3 milhões de dólares dascontas mantidas pelos brasileiros.Através de seu advogado, Stanley Ar-kin, Tony Gebauer confessa ter feitoempréstimos não autorizados de 2,9milhões de dólares para contas debrasileiros com o intento de encobrir asretiradas. Gebauer foi o chefe dasoperações de empréstimos do MorganGuaranty para a América Latina noperíodo de 1981 a 1983. Quando sedemitiu do banco, em agosto de 1985,era o responsável por contatos com osprincipais executivos de grandes com-panhias industrais latino-americanas.No mês de maio, ele perdeu tambémseu emprego como banqueiro de invés-timentos no Drexel Burnham LambertInc depois que o escândalo com oMorgan veio à tona.

No seu apartamento no centro deManhattan, Gebauer não quer receberrepórteres — a conselho de seu advo-gado. Foi Stanley Arkin quem elabo-rou o compromisso com o banco. Elemostrou-se disposto a admitir entre osquatro crimes até os de falsificação deextratos e fraudt bancária, que pode-rão levá-lo à pena leve de prisão, oumulta, no julgamento que o juiz fixoupara o dia 11 de dezembro. Gebauerterá de devolver ao fisco americano 1,7milhões de dólares pelo dinheiro quesonegou entre 1977 e 1983.

Qual foi a compensação que oMorgan Guaranty está dando perma-nece desconhecida. Um porta-voz con-cordou apenas em dizer que o bancoterminou suas próprias investigaçõessobre o caso recentemente e acreditater chegado ao final da história, quenão envolve mais nenhum de seusempregados. "Nós dissemos e conti-miamos a repetir que nenhum clienteperdeu um so tostão e que não houvedanos materiais para o Morgan", disseo porta-voz.

O banco gastou bastante dinheiropara investigar as atividades de TonyGebauer. A casa começou as investiga-ções com seu próprio departamento deauditorias. Mais tarde, contratou umafirma especializada em contabilidade eoutro escritório de advocacia para aju-dar nas investigações, que foram con-duzidas também no Brasil por pessoaldo banco. Quando o próprio Morgandivulgou o escândalo, em abril desteano, o caso já estava praticamenteesclarecido.

De acordo com o advogado deGebauer, as retiradas não autorizadaseram feitas de contas abertas por exe-cutivos e homens de negócios brasilei-ros aparentemente em violação das leisdo Brasil sobre remessas de divisas.Uma vez que esses brasileiros precisa-vam de um manager para o dinheiroque estariam tirando ilegalmente dopaís, Gebauer preencheria essas fun-ções.

"Gebauer era uma espécie de mo-ney manager para esses brasileiros",disse o advogado. "Ele tinha autorida-de sobre essas contas, um tipo derelação bizantina que ocorre freqüen-temente entre banqueiros e gente quetransfere divisas. Perante a justiça,Gebauer vai dizer que tinha permissão,sem ser por escrito, para fazer asretiradas e depósitos.

As acusações com as quais Ge-bauer concordou indicam que, entrefevereiro de 1976 e agosto de 1985, eledirigiu cheques sacados contra contasde seis holdings panamenhas controla-das por brasileiros, e também contrauma conta-poupança no Morgan, con-trolada por um brasileiro. Gebauermentiu para a diretoria do Morgan,dizendo que havia sido autorizado pe-tos donos das contas a fazer as retira-das. Ele também mentiu ao afirmarque tinha permissão para realizar de-positos nessas contas sob a forma deempréstimos. Para disfarçar suas ativi-dades, Gebauer falsificou extratos deconta do banco, utilizando papéis como timbre do Morgan, num total de 24cartas falsificadas.

Não ficou claro, nas acusações,onde foi parar o dinheiro retirado dascontas. "Foi tudo para outras contas,para os negócios de Tony na Américado Sul e para seus próprios gastos",disse o advogado, Stanley Arkin.

Fontes de bancos brasileiros têmdito, porém, que Gebauer mantinhaum negócio paralelo de empréstimos ataxas mais baixas do que qualquercliente poderia obter diretamente deum banco. Isto coincide com as investi-gações do próprio Morgan, segundo asquais Gebauer não utilizou os chequesem proveito próprio.

Não há dúvidas de que ele sebeneficiou pessoalmente desse tipo détransação. Tony Gebauer mantinha umestilo de vida bastante além das possi-bilidades de um alto executivo do Mor-gan Guaranty. Dava festas suntuosasnuma fazenda próxima de Nova Iorquee costumava oferecer generosa hospi-talidade a personalidades de finanças enegócios sul-americanas no seu aparta-mento na Park Avenue, um dos ende-recos mais nobres e refinados domundo.

í i ¦ ¦¦¦¦" n;a : 'i.'¦ .,„«¦* ¦¦«:i

arquivo' 'WlfáifrríÉM

* í 'k^^mW^mMWviJ^m¦ i 'r,-iE.VdÍ2JPr: ¦'¦ TH1 ' t&mmS&'. \ ' '¦ •"'.• s ¦ ¦ÍSHJr -

jt !:-3| ¦

, > ^tm\ M •'¦<,¦ -ÍM,M 1 wSsfl

m\ mxÊmmu

W A

a—'III III U—MMW "' i'yi HMIIMII i ' » il -]Éfriui ãJM MmMmWÈMtijÉi'' ¦ À

m^M\ *\ MMMMMM^i^Ft -^F^^-^MmX kRiI&ÍkWiMm^L. if Am\ ^^cfir* 7 w^T§m!m\\\\m\¦alafLafl ¦ JIIHLÍM* IMÈM

Hfl H

Issim como outros envolvidos, Leonidas Borio (È) negouter contas no Morgan, fraudado por Gebauer (D)

Charme, festas e muito lucroNascido na Venezuela e filho de uma

família de cervejeiros alemães, Tony Ge-bauer educou-se em Caracas e dominacom impressionante fluência o inglês,espanhol e português. Formou-se na Co-lumbia University de Nova Iorque, antesde transformar-se em banqueiro. Semprevestido na última moda — mas semdispensar suspensórios coloridos e óculoscom aro de casco de tartaruga — Ge-bauer transformou-se em figura das maispopulares entre gente rica em toda aAmérica do Sul, particularmente noBrasil."Ele foi capaz de criar inúmeroscontatos para o Morgan", disse seu advo-gado.

"Esse banco teve lucros de dezenasde milhares de dólares graças a compc-tência do Tony em conseguir amizades."Em Nova Iorque, muita gente comentaque os negócios do Morgan em relação aoBrasil floresceram depois que Tooyjje-bauer começou a ocupar-se drráétor. ~

Por isso mesmo, o escândalo tem sidouma fonte de constante constrangimentopara a diretoria do Morgan. Esta é umadas instituições financeiras internacionaisde maior respeito, derivada principal-mente do fato de que, durante anos, oMorgan proporcionou a seus depositan-

tes garantias financeiras e privacidadepraticamente sem rivais no sistema ban-cario norte-americano.

Quando o próprio Morgan anunciouo escândalo, em maio, os especialistasamericanos acharam inacreditável queesse banco pudesse estar envolvido numepisódio desse tipo. De fato, o casoGebauer suscitou muitas perguntas, so-bretudo a respeito do papel dos bancosamericanos em encobrir ou até mesmoem incentivar a fuga de capitais de paísescomo o Brasil.

O Morgan afirma que jamais aceitaconscientemente depósitos que violem asdisposições monetárias ou legais de qual-quer outro país. Até agora, ninguémacusou o banco de quebrar qualquerregulamento. As suspeitas, contudo, sãoas de que os bancos americanos fechamos olhos para a fuga de capitais.

No caso Gebauer, o banco já infor-mou que nada acontecerá com as contasmantidas em Nova Iorque por depositan-tes brasileiros. Eles estão envolvidos —pelo menos aos olhos da justiça america-na, que divulgou ontem seus nomes —apenas devido ao fato de que Gebauer-"operava" com suas contas.

Sáo Paulo — Fernando Muniz deSouza, 47 anos, fazendeiro, proprietáriodo Haras Shalako, em Tatuí, conheceuTony Gebauer e se considera lesado porele no passado, mas não no escândalopelo qual o ex-influente executivo doMorgan Guaranty Trust o envolveu."Gostaria de ter esse gabarito que eleestá me dando, mas infelizmente nâotenho", declarou Souza ontem à noite,acrescentando: "Se ele diz que me lesoude novo, quero saber exatamente o queele afirmou, em quanto me lesou e noque, para tomar as providências que forpossível." -i*>

Fernando Muniz de Souza contouque conheceu Gebauer há cerca de 20anos, quando o então funcionário doMorgan casou com uma brasileira, queSouza também conhecia. Souza tinhauma firma de prestação de serviçosatuando no mercado financeiro, para tra-balhos de consultoria, intermediação deassociação e aquisições de empresas"perfeitamente registrada no Banco Cen-trai", e inclusive apresentou Gebauer abanqueiros, anfes que houvesse a febrepela tomada e repasses de empréstimos,estrangeiros no país.

"Por volta de1970/71, eu o introduzi a uma série de.pessoas, que eram convenientes para ele/.Gebauer, conhecer e fazer negócios comempréstimos estrangeiros, o que ainda.-não era comum, naquela época. Ajudei-onesse início de desenvolvimento dos ne-gócios do Morgan aqui", relata Souza.

'¦>¦

Na residência de Leonidas Bório, afilha Luciana informou apenas que seu^pai não está no Rio. Sem deixar de seratenciosa, recusou-se a fornecer qualquer'pista que facilitasse o contato com Bório.'

Ele foi para São Paulo ou Curi-"tiba. Não sei ao certo. Deixe o número deseu telefone que, quando ele chegar,ligará para você.

você não poderia entrar em conta-to com ele, pedindo-lhe para ligar aindahoje?

Impossível. Quando papai fazuma viagem rápida para voltar no diaseguinte, dificilmente telefona para casadando notícias. Não sei, realmente, ondeencontrá-lo agora (às 21 horas de ontem).

Seu irmão, Leonidas Bório Filho,que atendera primeiro o telefonema doJORNAL DO BRASIL, interessou-seem saber se Gebauer havia sido condena-do. Em seguida, afirmou que não estavaprofundamente a par do assunto: "Essahistória, quem sabe direito e tem condi--ções de falar é somente o meu pai."Onde está seu pai?

Não sei, talvez a minha irmãsaiba.

No Paraná, a esposa de Cecílio Regode Almeida disse que o marido estavaviajando e que não existe na sua família"nenhum Fernando Cecílio Almeida".

Francisco Catão, em Paris, atendeu otelefonema desligando-o cm seguida.

¦

\l&

t

IQ3KJS

IV,;

Foto de Sônia D'Almeida : ¦o:¦> ..*:."i..

': "«si ¦„.':: ¦¦'¦¦ ¦'

:::: :W'V.::.'--í: ¦:'..Mmt&ws'. IBJffl

m&x*vi£WfV&R^T&?****VJ%''~' r"1l Prll U IHmiJllmm

"¦ i >ti'í "'!¦'¦ fl mm mwWm I

¦bÍIIMmI Èkil llil I ü^l I 'Ba^H Hnl fl #xl^i^a?^ÍkLa^HJafl I

fl [filiai B^iBBnB Bifl ^.k. -«fl WWnJrmmmÈm mM WaÊ BI ^ ^h x£l 13 H Unflm^% Ifl 1H II II r>3(fl WmmmM aWal Ifi^"' vW

^Ifll HJBEK?3l-"V flf ^ÊÊmMm§kmm BwBNmL\4 '

¦ Mm\ ' ¦ WmmÊk-\'-_¦ ^F ^^^mmm WÊm"-— I _aaaaa*áfaTa1 BV." ^'MEB ¦UaTáTàS.

Yeutter não esclareceu como estimou o prejuízo comercial das empresas americanas

Yeutter avisa que EUA cumprempromessa feita contra o Brasil

13*J

'Já

úA decisão do governo norte-

americano de notificar ao GATT (Açor-do Geral de Tarifas de Comércio) suasintenções de suspender concessões tarifa-rias às exportações brasileiras por contadas restrições da Lei de Informática foisomente para indicar ao Brasil de que as"divergências são graves e que se nãohouver solução satisfatória devemos to-mar certas medidas". Foi o que disseontem para a Imprensa brasileira, emcircuito fechado de televisão, o embaixa-dor Clayton Yeutter, chefe do departa-mento especial de comércio norte-americano, o United States Trade Repre-sentaüve (USTR).

O embaixador Yeutter não esclare-ceu como estimou o prejuízo comercialde empresas dos Estados Unidos, por nãopoderem participar do mercado de mínise microcomputadores brasileiros. Limi-tou-se a enfatizar que são centenas demilhões de dólares em produtos que nãopodem ser exportados para o Brasil eque, a despeito de algumas multinacio-nais norte-americanas continuarem ob-tendo bons lucros, participando do mer-cado brasileiro de informática, suas parti-cipações vêm sofrendo brusco declínio,em termos percentuais, nos últimos anos.

SoluçãoRevelando-se um "otimista", o em-

baixador Yeutter mais uma vez manifes-tou sua esperança de que não seja neces-

sária a adoção de represálias — "esta é apior das hipóteses deste desfecho"—masadvertiu que a proteção pelo copyrtght,em lei do Congresso Nacional, para osoftware, não é suficiente para o fim dolitígio. Disse que este ponto é "uma daspreocupações maiores, porém existemoutras igualmente importantes".

— Sejam quais forem os efeitos co-merciais, é preciso que a política deinformática esteja dentro dos princípiosinternacionais. Esta é a essência doGATT e suas recomendações são nosentido de abrir para intensificar o co-mércio internacional — revelou ClaytonYeutter, que assegurou não existiremmotivações políticas no contencioso.

O chefe do Departamento Especialde Comércio dos EUA disse também que"ficaríamos satisfeitíssimos se o Brasilrevelasse quais os dispositivos do GATTque justificam o protecionismo à indús-tria nacional de informática" e, em segui-da, acrescentou que mesmo o artigo 18.(que admite a proteção à indústria nas-cente), bem como outros quaisquer, nãoporiam fim ao litígio, na medida em que"existem facetas que náo se relacionamcom o GATT".

Lembrado pelos jornalistas, que par-ticipavam da entrevista de Brasflia, SãoPaulo e a Rio, de que o Brasil tem outrasreservas de mercado, como a da Impren-sa e a das Telecomunicações," Yeutterexplicou que a informática, hoje, é "nos-

sa prioridade máxima". Disse, porém, 0que como economista, que trabalhou nc- ?setor privado, defende a "concorrênciaencarniçada entre as empresas", e convo-.;;>;cou a sociedade brasileira a refletir sobre.Vv,estas outras políticas. ., ..¦;.-,

Reserva americana :::<>Ele também explicou que a reserva,!^

de mercado decretada pelos departámen-'tos de Estado e do Comércio dos EUA, ,-0para a produção de máquinas de controlenumérico computadorizadas, justifica-se .porque estas ferramentas destinam-se a ^sistemas de defesa, sendo, assim, questão ,de segurança nacional. "Não foi uma vdecisão de caráter econômico", disse ele, .q"mas a importação de alguns desses pro- 0„dutos atingia até 80%, o que significa quenão podemos depender de importar daAlemanha em momento de guerra; nãoacredito que o programa de informáticado Brasil entre nesta categoria". :ir)

O embaixador informou que ainda—;não foi marcada nova reunião entre as .delegações que negociam o contencioso; .e, para ele, não serão necessárias muitas' ;até o final do ano, quando os EUA; Aprometem apresentar uma decisão finaTr >.Disse que, obviamente, está preocupado.'- Icom o endividamento externo do Brasil,"' imas que

"devemos adotar a linha correta, )seja qual for o impacto sobre os bancos_^credores, para o desfecho justo da diver-"1^gência".

JORNAL DO BRASIL Portos e Navios sexta-feira, 10/10/86 ? Io caderno ? 25Mapa de Getúlio Vilanova

:r^^ DOCENAVE ÉT3S *^3f

|§PK C S /7tL«-l ^ Jj Asia r, L Oo

\ K^h £3?VKb*J pa S\ América do Norte Atn*,*.*,*!*, /• _ fl^r'^''^ *\.ÉliilIMla <^v OCEANO jr >*¦ ^^ rA^ An A»!rarft

'/SA Jj ev /*?? )M

2 /A / N^N, •l/f*^**Sè3 cn^_^ /V / OCEANO PACIFICO

Br*». "\^^*s

Brasil ./*Jr<V^ - ~^m\ jmfl / I * Ijr J^^ X ^**

Y* \ "&v

Y X aC ^^^W. I /fe" ^ 'ar O.^ÉÉalfÍ& Wi ] *—**."*"*K \OCEANO PAaflçC§§ \ /f^* ^dHSfe^S V-'

"' ja^On*»»?» -4 ^ * / «

NL «/ ¦ -.«%' V-^ie a**-,'.-.¦¦¦ -;^t- / -m wm.<**

l ¦ '-^ *v^_ ^í v* :iSII^I^3iSI^^^Sf niz Kó° deFerro

^K ; - ' ' ' .

' ZL

"—. Produtos Siderúrgicos

Recuperação do mercadointernacional de fretenão contenta a Docenave

r.••-> O presidente da Vale do Rio Doce Navegação SA —Docenave, almirante Carlos Auto de Andrade, sente as primei-ras ondas da recuperação no mercado internacional de frete. Ossinais positivos chegam um pouco tarde, entretanto, paraimpedir que o lucro líquido do ano passado, de Cr$ 1 bilhão 21milhões 670 mil, caia à metade em 1986.

Com 20 navios próprios mais os cinco arretados a casco nudo Fundo da Marinha Mercante (eles foram recusados poroutros armadores que os encomendaram aos estaleiros nacio-nais), a Docenave e suas coligadas têm mais seis barcos emconstrução e negociam com o BNDES financiamento paraencomendar quatro rebocadores ao grupo Soebin, no valoraproximado de 12 milhões de dólares. Dia 24, às 14h30min, emsolenidade no estaleiro Ishikawajima, a Wilsea, uma associaçãoda subsidiária liberiana da Docenave, a Seamar, com o gruponorueguês Will Wilhelmsen, vai incorporar o supermínero-petroleiro Docefjord, de 305 mil toneladas de porte bruto, ebatizar seu irmão gêmeo, Tijuca, que terá por madrinhaTerezinha Bueno Silva, mulher do presidente da Petrobrás,Osires Silva.

O coordenador das usinas siderúrgicas japonesas da Nip-pon Steel, Yoshida, virá ao Rio para o início das operações doDocefjord, que deverá carregar minério de ferro em Tubarão ouPonta da Madeira para o grupo japonês, trazendo na voltapetróleo do golfo arábico.

Em fins de novembro, será a vez do estaleiro Verolmeentregar à Seamar Shipping Corporation, com sede na Libéria,o graneleiro Doceriver, enquanto lança ao mar o terceiro barcoda série encomendada pelo grupo Docenave, o Docecap.

A frota própria atual da Docenave soma 1 milhão 570 miltoneladas de porte bruto, elevando-se a 1 milhão 908 miltoneladas com os cinco navios que aluga do Fundo da MarinhaMercante. Considerando-se a média de carga dos últimos doisanos, de 30 milhões de toneladas/ano, a capacidade dos puròesde seus barcos corresponde a 43% da carga. Com os navios emconstrução a serem incorporados até junho do próximo ano acapacidade dos porões se elevará a 2 milhões 800 mil toneladas,chegando a quase 70% da carga.

Para expandir mais ainda a frota própria, o almiranteCarlos Auto de Andrade quer levar "todo o granel que puder,como minério de ferro, trigo, carvão, fertilizantes, os grãosexportados pela Argentina e placas de aço". Além disso eledeterminou que se estudasse a oportunidade de transportarcarga geral em containeres adaptados ao convés dos graneleiros,após verificação para ver se isso não fere as regras atuais daSuperintendência Nacional da Marinha Mercante (Sunamam).*E Quanto às possíveis críticas dos armadores privados decarga geral, que se sentiriam prejudicados com a entrada daDocenave em seu negócio, o almirante Carlos Auto de Andradefqfiçlàro:

Hj — Não há o temor de contrariar a iniciativa privada. Nãorajjocino em termos de controvérsia, mas sim de oportunidade.Minha preocupação é prestar um bom serviço ao país.

jjS O diretor presidente da Docenave espera que o acerto dasdívidas dos armadores privados com o governo seja feito atravésde medidas que permitam a extensão dos benefícios a toda acomunidade do transporte marítimo, de forma a não penalizaro^ que cumprem com os seus compromissos.""" Acredito que o governo conduzirá essa negociação demodo a não prejudicar, a não onerar, o contribuinte — disse.

&.-0j,A crise na marinha mercante é mundial, acrescentou,lembrando que a queda nos fretes nunca foi tão prolongada nahiitória moderna do transporte marítimo. Cerca de 400 falên-cias'foram registradas nos últimos cinco anos, e poderososgrupos empresariais como o Tung e Wahkong, com sede emHong-Kong;' e Sanko, do Japão, deram grandes prejuízos aosbancos. No Brasil, entretanto, não há falências a registrar,embora todos sintam "os efeitos da crise prolongada", observouo almirante Carlos Auto de Andrade. Em sua opinião, "aequipe do Ministério dos Transportes é muito competente ecertamente fará um bom trabalho" no sentido de ampliar asperspectivas dos navios de bandeira nacional.

Marinha Mercante baixafrete para não perdercargas para caminhões

"'' O superintendente da Marinha Mercante, comandanteMurilo Rubens Habbema de Maia, baixou resolução com oobjetivo de reduzir os custos de transporte de carga geral nacabotagem, que tem perdido frete na concorrência com oscaminhões. O presidente da Associação Brasileira dos Armado-res de Cabotagem (Abac), Meton Soares Jr, lembrou que amedida foi solicitada pelos empresários.

O transporte de carga geral na cabotagem era contratadoobrigatoriamente nas condições Uner terms, com o armador seresponsabilizando pela carga e descarga das mercadorias nosportos de origem e destino. Agora haverá livre negociação dascondições de transporte entre os donos das cargas e osarmadores. Segundo a Superintendência Nacional da MarinhaMercante, no primeiro trimestre deste ano a cabotagem faturouCr$ 67 milhões 336 mil 797 na carga geral, 30% a menos do queno mesmo período do ano passado.

CabotagemCarga transportada e frete gerado

Carga transportada Freto geradoJsnara**arço (em toneladas) (em ouzados)

85 86 85 96 %- - ' | a,_aa>a>aaaa> n ¦ i. mu .__—. __ ___Gnrtisliqudos 9.066.995 10211337 123 570.917.073 507.666.136 -11,1Qnrtissóato 2.119522 2.449.976 15,6 286.635288 252534.657 -5,3Cngagml 370.388 268.409 -275 96.155.143 67336.797 -30,0

ToW 11558.915 12J29.722 11$ 933.707504 827537590 -11,4

Armadores estão prevendoo caos depois das eleições

Romualdo Barros

Com 45 navios antieconômicos paradosnos portos e pressionados por reivindicaçõestrabalhistas e pela cobrança de suas dívidas,armadores temem que passadas as eleições asituação da Marinha Mercante se agrave de talmodo que, se o governo não socorrer o setor,ele se defrontará com uma "sentença demorte".

A opinião é do presidente do SindicatoNacional das Empresas de Navegação Maríti-ma e da Associação Brasileira dos Armadoresde Cabotagem, Meton Soares Jr, expressa emdocumentos encaminhados ao governo. Aoministro da Fazenda, Dilson Funaro, a quemfoi pedir apoio para que o Conselho Monetá-rio Nacional perdoe juros de mora e multacontratual de dívidas de 17 armadores decabotagem e navegação interior da ordem de100 milhões de dólares, o armador deixouclaro que navios custando mais do que obtêmde receita levarão "inexoravelmente à falênciade seus proprietários".

Navios carosMeton Soares Jr levou ao ministro Funaro

dois problemas: o da dívida dos armadores eaquele criado pela decisão do Instituto deResseguros do Brasil (IRB), que decidiu fazersua própria avaliação dos barcos, consideran-do o valor de mercado, muito abaixo daqueleque consta nos contratos firmados pelos arma-dores com o BNDES, gestor do Fundo daMarinha Mercante, que financia a construçãonaval. De volta ao Rio, o empresário garantiuque o Ministro da Fazenda mostrou-se sensívelàs questões de interesse da Marinha Mercantee prometeu dar a sua contribuição no sentidode solucioná-las.

Documento elaborado pela AssociaçãoBrasileira dos Armadores de Cabotagem revê-Ia que chamados a participar do desenvolvi-mento nacional esses empresários acabaram"contratando navios nacionais a preços muitosuperiores aos praticados no mercado interna-cional", acreditando "na ocorrência de cargasprevistas pelo governo, com baixos índices deinflação e com financiamentos satisfatóriosperante os fretes praticados na época".

Segundo os empresários, "nos primeirosanos conviveu-se sob a égide do bom senso,época em que a fixação das prestações reco-nliccia a ação perniciosa dos fatores anômalos,e a Sunamam, com sabedoria, identificava eintegrava as diversas influências, tendo-se emresultado prestações reduzidas em relação aopactuado, porém suportáveis pela armação.Nada era mais justo e adequado do que sócorrigir as prestações quando tosse autorizadoreajuste de fretes e nos mesmos percentuaisconcedidos pelos reajuste".

E prossegue o documento da AssociaçãoBrasileira dos Armadores de Cabotagem:"Assim chegamos a 1981, ocasião em queforam alijados o bom sendo e a justiça,passando-se à tirania da manipulação unilate-ral dos números. Cláusulas contratuais nova-das pelo uso e costume e sobretudo bom sensoem relação a uma nova conjuntura desfavorá-vel tiveram novas interpretações, ao tempo emque anos de inflação.de reajustes insuficientesde fretes e de aumentos desmesurados de óleoeram repassados sumariamente à conta doarmador; iniciava-se a inadimplência generali-zada e eram ajuizadas as primeiras ações,todas respaldadas na novação contratual.Acredite V. Excia. que em 24 horas algumasprestações tiveram seus valores multiplicadospor quatro".

Os armadores calcularam a perda de recei-ta de metade dos navios da cabotagem, numperíodo, por atrasos e insuficiências nos rea-justes de fretes, e informaram, no documentoenviado ao ministro Dilson Funaro que "aquantia calculada, duzentos e dez bilhões decruzeiros, correspondia a toda a dívida dacabotagem na ocasião". E queixaram-se, aseguir, de que "atualmente a armação de

Meton Soares Jr.

cabotagem opera com fretes calculados emjaneiro, congelados em fevereiro e suportandoaumentos posteriores de óleo combustível,tripulações, tarifas portuárias, capatazias etrabalhadores avulsos de carga e descarga. Oóleo para cabotagem custa 149 dólares atonelada, enquanto que para o longo curso denavios nacionais e estrangeiros, oscila entre 62dólares e 80 dólares".

Por tudo isso, o documento alerta para oagravamento da dívida dos armadores, commulta e juros de mora, em função da extensãodo prazo de pagamento de financiamento. "Osnavios sendo amortizados num prazo maiorcomo forma de reduzir as prestações ao teremem contrapartida a cobrança das injustas pena-lidades não poderiam fazer face aos acresci-mos de custos provocados pelos maiores gastosde manutenção, viz-a-viz aumento do prazo dofinanciamento. Fatalmente custarão mais doque obterão de receita, descapitalizando elevando inexoravelmente à falência de seusproprietários", conclui a Associação Brasileirados Armadores de Cabotagem.

Especialistas nesse segmento do transpor-te marítimo acrescentaram que a defasagem defrete de oito dessas empresas (Conan, Chaval,Nasa, Mansur, Transnave, Tupinave, Marvi-nave e Libra), no período de 1982 a 1985 foi daordem de CzS 210 bilhões 465 milhões. Esomente as prestações de um navio (o Ondina,da Libra, construído no Caneco) saltou no 3otrimestre de 1981 de Cz$ 413 mil 795,26 paraCzS 1 milhão 768 mil 912,53. Enquanto isso,esses mesmos armadores arcaram com custoscrescentes de movimentação de cargas nosportos. Segundo os especialistas que assesso-ram empresas de cabotagem, um conferentechegou a ganhar Cz$ 61 mil 904 e um estivadorCz$ 48 mil 573, no porto de Santos, em maiodeste ano.

O presidente do Sindicato Nacional dasEmpresas de Navegação Marítima e da Asso-ciação Brasileira dos Armadores de Cabota-gem, Meton Soares Jr, decidiu também recor-rer à Justiça contra a decisão do TribunalRegional do Trabalho de São Paulo que, nodia primeiro deste mês, depois de declararilegal a greve dos trabalhadores avulsos deSantos (conferentes, estivadores, consertado-res), determinou o pagamento do repousosemanal remunerado a partir de janeiro dopróximo ano, principal reivindicação que le-vou à greve.

Depois de lembrar que o repouso semanalremunerado desses trabalhadores já vem sen-do pago desde 1965, Meton Soares Jr afirmou:

As empresas brasileiras de navegação nãopodem aceitar pagar em dobro o repousosemanal remunerado aos trabalhadores avul-sos dos portos, porque, além de todos os malesque isso acarretaria para a marinha mercantebrasileira, abriria um precedente para quetodos os trabalhadores do país.

Fonte: Sunamam

^^^iÍAv5i^^^^^ni5«!^^s!5o^u.^^8<^^M.V. ALLGAU 24-28/10 29/10 31/10 ¦

^W— -'" —«f '—¦ -' «|aaa— ¦¦¦>"¦>¦ «aasa-SS^M

g M.V. SUNVESSAL 26/11 | 28/11 \ 30/11 g

L EXPRESSO MERCANTIL Av,. M Bnm, 2«VP «MtaMT M^ AganciaMam^ua. Tel: 233-8772 e TU: 2132428 ^g

José Reinaldo quer atrairinvestidor para transporte

S564SBS

O governo quer atrair investidoresprivados para o setor de transportes —esse é o tema principal a ser abordadohoje pelo ministro José Reinaldo Tavaresno Rio, onde falará na reunião do Conse-lho Empresarial de Transportes da Asso-ciação Comercial, às 15h, e no Clube deEngenharia, às 17h30min.

Ele confirmará a informação de quecinco dias após as eleições, para evitarconotações eleitoreiras, o Presidente Sar-ney presidirá, no Palácio do Planalto, aassinatura do edital de concorrência pú-blica para a contratação da primeira em-presa privada que vai construir e operaruma rodovia, provavelmente na regiãoSudeste. E anunciará o interesse de gru-pos ingleses, canadenses e espanhóis emformar joint-venture com empresas brasi-leiras para explorar o serviço de trens depassageiros entre o Rio e São Paulo, a serprivatizado.

Aço estatalA ferrovia do aço continuará estatal,

segundo explicou ontem o presidente daRede Ferroviária Federal SA, OsirisStenghel Guimarães, homenageado peloClube de Engenharia. Para concluir asobras de forma a operar a ferrovia comlocomotivas diesel-elétricas, a RFFSAprecisa investir cerca de 130 milhões dedólares, mais 20 milhões de dólares parafazer a ligação com São Paulo e, dessetotal, pretende obter de grupos privados,principalmente da Minerações BrasileirasReunidas (Antunes), empréstimo da or-dem de 70 milhões de dólares, a ser pagocom o frete. "Quem vai executar a obra eoperar a Ferrovia do Aço é a Rede" —afirmou seu presidente.

Ele anunciou que de janeiro a setem-bro foi batido o recorde de transporte decarga na Rede, com crescimento de 6%sobre igual período do ano passado, che-gando a 65 milhões de toneladas. Com

orçamento de Cz$ 11 bilhões, sendo CzS7 bilhões para custeio e Cz$ 3,5 bilhõespara investimento, Osiris Stenghel achaque os recursos privados em ferroviasdeverão se concentrar na ligação Norte-Sul e na Ferrovia da Produção.

Quanto à disputa dos lobbies rodo-viarista, ferroviarista e aquaviário, dei-xou claro que caberá à Empresa Brasilei-ra de Planejamento do Transporte (Gei- •pot) definir a melhor solução para o casobrasileiro.

O ministro dos Transportes, JoséReinaldo Tavares, garantiu ontem aostrabalhadores portuários que seus direi-tos serão mantidos e protegidos, dentroda política governamental de concederpermissão para que os terminais privadospossam operar cargas de terceiros. Taiscargas deverão, obrigatoriamente, res-tringir-se à especialização do terminal, eas lideranças dos trabalhadores portuá-rios serão convidadas a opinar sobre amedida antes que ela seja tomada oficial-mente.

Telex nesse sentido foi enviado aopresidente do Sindicato dos Empregadosna Administração Portuária de Santos,Benedito Furtado de Andrade, pelocoordenador de comunicação social doMinistério, jornalista Egídio Serpa. Osportuários paulistas ameaçaram entrarem greve, temendo o esvaziamento dosportos administrados pelo governo atra-vés da Portobrás. Sobre as críticas sindi-cais à proposta para uma nova política denavegação, diz o assessor do ministroJosé Reinaldo Tavares que

"só os quepregam a manutenção de autênticos car-tórios existentes no setor é que exergamna proposta e na ação do Ministério dosTransportes o que vossa senhoria, erra-damente, chama de entreguismo. O quetodos desejamos é uma marinha mercan-te brasileira forte e competitiva".

METVMARSAÍDA PARA COSTA LESTE DOSESTADOS UNIDOS '

H. LEAL Paranaguá 24.10.86 25.10.86Santos 26.10.86 28.10.86Rio 29.10.86 29.10.86

New York, Norfolk, Baltimore, Philadelphia

NHUNO Paranaguá 10.11.86 10.11.86Santos 11.11.86 13.11.86Rio 14.11.86 14.11.86

New York, Norfolk, Baltimore, Philadelphia

¦ZEUS Paranaguá 22.11.86 22.11.86Santos 23.11.86 25.11.86Rio 26.11.86 26.11,86

New York, Norfolk, Baltimore, Philadelphia1 SAÍDA PARA O CANADÁ EI GRANDES LAGOS

CHEGADA DA COSTA LESTE DOSESTADOS UNIDOS

H. LEAL RioSantos

AUS0N RioSantos

ZEUS RioSantos

NETUN0 Santos

13.10.86 14.10.8621.10.86 25.10.86

30.10.86 01.11.8602.11.86 05.11.86

30.10.86 01.11.8605.11.86 09.11.86

11.11.86 13.11.8614.11.86 14.11.86

CHEGADA DO CANADÁ EGRANDES LAGOS

: MARIAAUXIUADORASantos

Rio

AUSON

IO.RioSantos

16.10.8620.10.86

30.10.8602.11.86

19.10.621.10.E

01.1Ò.É05.11.6

lOUVIA RioSantos

23.11.86 "25.11.86;

26.11.86 30.11.1

Sede Manaus: Rua Monsenho- Coutinho, 340Tel.: 234-7884 - Telex: (09221196/NETU BR

• Rio de Janeiro: Departamento de Angariaçãode Carga - Av. Pres. Vargas, 482 - s/305-306 -Tel.: 203-1272 (PABX) End. Teleg. Netumario

Telex: (021) 23069/NETU BR e (021)22732/NETU BR • São Paulo: Filial - Av. Pau-lista, 1.499- Conj. 1306/1309- Tel.: 284-5011(PABX) • Telex: (011) 22862/NETU BR • San-

tos: Filial - Rua Augusto Severo, 13 - 2? and. iTel.: 32.7211 (PBX)-Telex: (01311217/NETUBR • E.U.A.: Escritório próprio em Nova York- Netumar Lines - 26, Broadway - 6th Floor, NewYork NY - Telex: (23) 226642/NEMA UR •Agente Geral no Canadá: Navigation NetumarLtee/Ltd. Suite 1660-1200 McGill College Ave.Montreal Quebec H3B4G7 - Canadá - Telex: 121)0524512/NETNAVMTL.

^

BS&llflCf£ESr—-WUIUfcf^r—gUNITED ARAB SHIPPING C0MPANY (SAG

MEDITERRÂNEOd Francd lt<ili<i - Grc( id

i ( hii.rr M.'

NAVIOS RGDE RIOIBN AL ROOMI NO PORT013/10THEEKAR 28/10 23/10

VIT STS RECIFE PGUA19/10 22/10 — —— 05/11 16/10 02/11

EGITO/MAR VERMELHOclri<i Aq.iba Jedddh Hodeidah

(,n i-ii.iiims ( .nu.is i).ir,i Ncmi-n do Nnrtr)

NAVIOS RGDE RIO VIT STS RECIFE PGUAIBN AL ROOMI NOPORT013/10 19/10 22/10 — —THEEKAR 28/10 23/10 — 05/11 16/10 02/11

GOLFO ARÁBrÇp/INDIA/PAQUISTAOBombdy Karctrhi

"Dulj.ai - Damrn.m Kuwait[,u cil.inms . ,iri|,i« p.ir.i B,ihr.iin Abu-Dh.il» Doh.i Musi.iu-Sh.irj.ili

NAVIOSIBN SHUHAIDAHMAD AL FATEH

STSNO PORTO

18/10

RGDE RIO

NO PORTO 15/10

PUÍ RIO RICO U.S. (,l)l Ilobik- ou 1 .iiii|),i - Nru.' Orlcans

I NAVIOIBN KHALLIKANIBN HAZM

PGUANO PORTO

03/11

SANTOS RIO16/10 13/1007/11 13/11

£T3fAjE^}Matriz:Rio deJanelro - Tel.: (021) 233-1075 - PABX • Telex: (021) 23211 AGML BRSiO Paulo -Tel.:(011)283-5100 PABX -Telex:(011) 30766 AGML BR

Santos • Tel.: (0132) 35-5539 - PABX - Telex: (013) 1305 AGML BRPorto Alegre • Tel.: (0512) 25-0888 • PABX • Telex: (051) 3300 AGML BRRio Grande • Tel.:(0532) 32-8855 - PABX - Telex: (0532) 358 AGML BRBalo Hoitionte - Tel.: (031) 223-0110 - PABX - Telex: (039) 1058 AGML BR

Curitiba • Tel.: (041) 224-2255 • PABX ¦ Telex: (041) 6493 AGML BRParanaguá: - Tel.-. (041) 422-1207 - PABX • Telex: (414) 259 AGML BR

Sub-agentes: Vitória: - Poseidon Marítima Ltda. - Tel.: (027) 227-5499 ¦ Telex: (027) 2313 PMLV BRSalvador • Poseidon Marítima Ltda. - Tel.: (071) 241-7622 • Telex: (71) 1872 PMLV BR

AGENÀVE

26 ? Io caderno ? sexta-feira, 10/10/86 Esportes Turfe JORNAL DO BRASIL

Basquete do Rio voltaàs quadras indefinidoe sujeito a críticas

fMAÊMA

Paulo César Vasconcelos

i , As críticas aumentaram, as atrações dimi-nuíram e, a forma de disputa descontentou a.muitos. É nesse clima de dúvidas e insatisfa-ções, e ainda traumatizado pelo êxodo de 30jogadores para São Paulo e Portugal nosúltimos sete meses, que o agonizante basquetecarioca inicia hoje mais um Campeonato Esta-dual. Bem diferente do ano passado, quando,as vésperas da competição, existia uma expec-tativa em torno dos jogadores contratados edas equipes do Bradesco e da Verolme.

As duas equipes se acabaram. E a saída'dos

jogadores (27 para São Paulo e três paraPortugal) esvaziou ainda mais o esporte. Só oFlamengo, que tenta o tricampeonato, perdeuquatro titulares (Raul, Evandro, Almir e Ma-né) para o basquete paulista. Atraídos pormelhores salários e por empregos, eles nãopensaram duas vezes.

Não dá — lamenta-se Emanuel Bon-fim, técnico do Flamengo — para competircom a estrutura do basquete paulista. Ele estána frente do nosso.

Severo crítico da estrutura do basquetecarioca, Emanuel não poupa os dirigentes dafederação pelo estado atual do esporte.

Precisamos — proclama — de um Nuz-man na federação. Este campeonato está co-meçando num momento errado. Nosso timenão joga desde o dia 27 de junho, está semritmo. O calendário deveria ser mais bemjelaborado.

No coro das críticas feitas por Emanuelentra também o ala Pelezinho, atualmente noFlamengo e uma das poucas estrelas do bas-quete carioca. Depois de passar uma têmpora-da em Portugal, Pelezinho retornou ano passa-do ao Brasil para atuar no Bradesco. Aproposta da empresa o deixou entusiasmado.Mas em janeiro, ele foi surpreendido com adissolução da equipe. Chegou a ser convidadopara jogar em São Paulo, mas preferiu ficar noRio, terminando a Faculdade de EducaçãoFísica eJogando no Flamengo.

E a última chance — desabafa — quedou ao basquete carioca. Eu e mais algunsjogadores estamos tentando segurar a barra.Ninguém nos consulta para nada. Ninguémnos perguntou se os dias de jogos do campeo-nato (quarta e sexta) são os mais adequados.Não há diálogo conosco.

As críticas não afetam a tranqüilidade deGérasime Boziks, o Grego, presidente daFederação Estadual. Nem o terceiro lugar norecém-terminado Campeonato Brasileiro — oRio perdeu o vice para Minas Gerais — odeixa pessimista quanto ao futuro do basque-te. Ele reconhece que o nível do Estadual.

deste ano será inferior ao do ano passado. Eadmite que existem muitas dificuldades. OTijuca, que estréia contra o Botafogo, até oinício da semana não tinha time para participarda competição.

Alguns jogadores—explica o dirigentese transferiram para Porto Alegre ilegal-

mente. Vetamos essas transferências, eles vol-taram e com outros jogadores que estavam poraí formamos o Tijuca.

No Mundial da Espanha, em que o Brasilficou em quarto lugar, Grego não se limitouapenas a observar o desempenho da Seleção.Conversou e recolheu, junto a vários dirigen-tes europeus, sugestões para o Estadual. Con-cluiu que a atual forma de disputa — doismeses de turno classificatório, em que cincoequipes passam para uma fase final — é amelhor para dinamizar o basquete carioca.

Não há dúvida — prevê — de que otorcedor terá mais emoção. Existem duasforças muito próximas (Flamengo e Vasco) eoutras duas iguais (América e Botafogo). Afase final será emocionante.

Mas não foi apenas uma nova fórmula dedisputa que Grego trouxe para o Brasil. Eledesembarcou com 40 quilos de material publi-citário, em espanhol e italiano, onde váriosempresários e dirigentes mostram a melhormaneira de se investir no esporte.

Apenas o Olaria — diz, desconsoladose interessou. Os outros nem quiseram

tomar conhecimento. Eu tento botar óculosnos dirigentes, mas eles insistem em ficarmíopes.

As atrações deste Estadual não são tãoconhecidas como as do ano passado, quandovieram os cubanos Felix Morales e Raul Du-boy, trazidos para o Batafogo por AurélioTomassini. O Flamengo já fechou o seu ciclode contrataçêos com os dominicanos Chacon eMunoz. Foi na República Dominicana que oVasco também buscou o seu reforço: o pivôBillito. E o América apresentará como novida-de o veterano Bill, 45 anos, professor de inglêsdo Citybank.

E quando a bola subir hoje à noite, naGávea, no Mourisco, em Campos Sales e SãoJanuário, os ginásios estarão vazios e os juizespreocupados em punir os jogadores por qual-quer reclamação e com a falta de segurança. Eo basquete carioca estará se aprofundando,cada vez mais, numa decadência perigosa.

HojeFlamengo x Canto do Rio ...2lh, OáveaBotafogo x Tijuca 21h, MouriscoAmérica x Fluminense

21h, Campos SalesVasco x Olaria 21h, Sáo Januário

KH^KKM B*B m\^*mm\WÊaawma^ ¦ «mmam*^" jjAá* ^P f èé AÁ^A$m mW^Wk * immm Ivl Bka^ BW^^fcJaiJs^ AhIMWBfrr/i w-, ti T^ff-sBB 9ã mawki ^SUW Bfc am BlIlIfiliP*^ ¦¦¦¦¦ à^^^^\^^mmÃ'%mmmmV VVJ I^Sl P M wf****^ .. i |

Í1A: ¦¦: ¦ >JF'fM Hi BI *A .Wê ' ;:"i^iflBBBHi§B MBUfA

desencantado, vai dar uma última oportunidade ao Qta ~~~ ~~—~—Tbasquete do Rio, jogando pelo Flamengo I 19l9 s ®*"*PeÕí*« ~~7'

/ 19SO.' j^amenc-o i 7Ã /:!/ 198X píUmlnenie / ,95s— \'

/ loas I u«lnenle / l950 wt^^M I ti*/ 1926 ;.• ^«irienle I l*** APlu^SÓ 'Ag

/ íSaL^i-Putado) L9!3-•'•'.'.:. iaT^°

I 3/ 193a J£mJnense /A1964-, p," Vasco I c/ 1934 £,ai«en£o / , 968 n-,Vaso° B B

/ 1936 •jpamenlo / ,1968 „°taf°íro I pI 1937 gfajaü fc / ,1969 Bot^°go f S

/ 1938. ^achueio / f970 Flúm:aso° I V/ 194o Ü?°'afo^° / ?97s FJumlnense EI 194, Hiachue)^ / l973. pf. nilnenoe fi

/ i94Í «^3 ,1974"A;fenenae f1943 £otaròg-o / ,1975-. p,?Inense f1944.-; f°tafof£ / ,197e .-^^ngo I1945 5otafolo / ,1977-. p'io-Vasc° fl1946. Bota/blS / íf78

"• Ja^.eneo f/ 1947.: i-vafico / í979 £asc° I/ 194S B°t&focrr, I 1980... Vasco fl i«

/ l9Ío F,amenfo / ,198a-- "'pV-Vaso°

I«—-ZA^r-Fla*nenZo / í984 'pv;"Vaso° fl "f° / 1985... ^engo

|^^**mamaawmmammmmmamml^ene° i

Pelezinho,

>os de ídolos e emoçõesHouve uma época em que os ginásios

de basquete ficavam lotados, os jogadoreseram tão assediados quanto os ídolos defutebol e as partidas tinham um final dra-mático. Bons tempos aqueles em que umadecisão do campeonato era comentada pe-Ia cidade e o duelo das torcidas emociona-va a quem estivesse assistindo a um jogopela primeira vez.'

Esse período (final dos anos 40 atémetade dos 60) está bem vivo na cabeça deum dos mais ilustres personagens das qua-dras naqueles tempos: Algodão. Duranteanos, tanto pela Seleção Brasileira, ondefoi campeão mundial, como pelo Flamen-go, clube em que atuou por mais de 10anos, Algodão freqüentou as páginas dosjornais e conviveu com a glória de ser umdos principais ídolos do basquete.

Hoje, desiludido com a falta de amorao clube, Algodão está afastado das qua-dras. Funcionário da Funabem, em Quinti-no, e morando em Campo Grande, Algo-

dão, 61 anos, sempre que pode, vai para oPosto VI, em Copacabana, aos sábados.Lá, ele, Rui de Freitas, Marcus Vinícius,Évora e muitos outros matam saudadesdaquele tempo, em que o basquete cmpol-gava.— Ainda batemos uma peladinha —conta Algodão — e depois tomamos aquelageladinha. É um bom encontro para mataras saudades. Sempre conversamos sobre osgrandes jogos. Dois me marcaram muito.O primeiro em 49, quando um erro do juizNei Sodré tirou o título do Flamengo paraa Atlética Grajaú. O outro foi em 55,

Suando ganhamos do Sírio a sete segundos

o final. Foi o jogo em que o GilbertoCardoso morreu.

Outro ilustre personagem daquela épo-ca é Togo Renan Soares, o Kanela, bicam-peão mundial pelo Brasil. Respeitado pelotrabalho que fez dentro do esporte, Kanelatambém está afastado das quadras. E quan-do quer ver uma grande partida vai a SãoPaulo.

I

m^m^mmmmmmmmmmmmmmmmamm ^—^» ^M^M f^wgfmwmmwmwmmmmamwmmmm-^t-fmmm«WWPPM ^mmmmm————»— "*»^^WWWIPpw^WPPW|IIWW|PWWWW|

Ha^H HBjR jcJ.% Ãm\ ¦!« íls^s^B ^^L' ^1Wa^^awt^t-^tamaâm\ lflí*S%?- -P-mm Hf ^^^fl^Hk maM^mmmawW^^^mr^^1V*V^^ >»Uii«iitiwnrw***'*l

MlKjtfll ^r ^1 BI' aJnmmmW ^^ÊÊÊ MSM fliKt^^ni

Rt^mIE 8^** M "¦ " ' J ^n.9 •"* ' ^B *wt"' BflWKT^B wWzSàÉmJf ^emWmk t^MM

mmmmmm Wammm m\^^Êr$"' "^mmm^^^^mm '**mWmíM \m%'*" ' '' WÊÊmmm. IMRMSA ¦>F«^3

M I uLr '/ ur I mi ' ' '^^^áBkj^J Hp imW^MMiMI jT^^M ''^iW > fl ^irKi mmmSÊÈÈÊm^m i^SâsS

^w&ju^^^9KSv^k t ^mwm^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^m^mwm^m^m^m^m^m^m\

nMt^ummrmmmBK M^^^ W^( PS) H

* M Ml HM Hi mWMm U^kw He il I' JK^!fflk 'ímtKf ÂMã ¦miBaBm. ii <! yQlk fl, MM |H *ÀmMaumi¦ ' ' JMmmm <SCW MM Mk."'" '"'''^WÈA^ ¦ Bsl mHk^ÜI mÜP' ¦¦--í'-***pÉÍJjBk IH ¦^¦fl ^B'^^BÊÍÍ^b1 ¦¦':'¦" :-^l B^l¦^S^^^sLíg(BBí-- |Ik^^'A ——

LSf^B Plíl ISj mmmw\ *Íê'\ ¦¦^¦1 JIHi^iiMWÊmmwmM ¦¦ H Hltill ¦ * k A*èCT Ba WÊ **&-M M•'¦IB" $ BBlíBlBF^BBlIiiB Btl^/lifl Blfl BBiic-BiBlBW BB^BiiSBsfl B li 'Vfl B1B

W'MM wml mM WmmmmWÊ BBBB^^^^t^Lí^^MrTBBHBBBBfBBBBBBBBBB^

Bll«*i li I m\l «4 Bi iwMW9^Vjy|!9Bfl| '*-m\ ¦ B HBflrIa MV ISSÍMir ,>>*** &*$mM~!m^tt\BBküB BlPifl bíh Bmí HI ¦'" •-• -JBfll'- vr^

BkIbI Bfllfllx' I BMSÍ%b1 BÉSbI BBbI ¦flW^^^^J

BbBmBB BB>«i '¦¦ '.'¦¦' fltVfl] HB^BIflB mW ¦ fl^^flBP^&^^Pfl hVl^' ** tBÍ mml' MmBH V*lll í^mmmmmar^^mmmmmmmmm:^ *U< • ^'***mm*mm'"mm\ ^** MlÊrmam mmmmawKam'Bhbjbbbhbi Bit I >flj hp ¦ ¦¦:'.'¦ MM bbvC '"¦ ''y^^f':'-'*^'-!- '^bbB*?í:'$íí:?' áMmwW^^mM BBflHic'J'1

Wtr J^mWWm. B'il Á\'^mmW'' Wt *« * - <i' Bw^

g i^^B^^^^H B:l':'l B''"^B Hv '•'¦"*• *i\'arjA*ik ¦~^jB#%.\j_' m ft ^ammmmmmmmmmmmm m mmmmmmmm "mmmmmmmmmmmmm « -~ - Ii^gffijafcí»a«gl3 HMBh

Eddy Wind realiza ótimoapronto nos 800 metros

Eddy Wind, um dos favoritos do Clássicodas Américas, carreira central deste domingona Gávea, foi um dos destaques nos exercíciosrealizados ontem durante os matinais. ComJosé Pedro Filho, o castanho passou 800metros em 49s2/5, arrematando com boasreservas pelo centro da pista. Single, outraforça da prova, fez a mesma distância em 53s,em estilo suave, com muitas sobras.

Dos animais que aprontaram para a corri-da de amanhã, o melhor foi Disc, inscrita noprimeiro páreo, que com Edson Marinho per-correu 600 metros em 35s2/5, finalizando commuitas sobras, junto à cerca interna. Outroque agradou foi Hiro, provável favorito daoitava prova, que registrou 42s2/5 nos 700metros, com Vanderlei Gonçalves, terminan-do com boa ação pelo meio da raia.

Ainda no primeiro páreo, além de Disc,Carmem Fierro impressionou ao marcar 24s,escassos, nos 400 metros, com excelente ação.Hanina, com C. Bitencurt, passou 600 metrosem 36s, cravados, finalizando com disposição.Na carreira seguinte, destaque para Papyretteque anotou 43s, cravados, nos 700 metros,com Gonçalino Feijó de Almeida, enquantoConchavo, com Jorge Ricardo, fez a mesmadistância em 44s2/5 com algumas reservas.

Claraville, com Gilvan Guimarães, passou 800metros na marca de 53s, justos, com inteira-facilidade.

No quarto páreo, Chefete aprontou 600'metros em 36s, cravados, com Goncinha^arrematando com boa ação. Na prova seguin:te, Vitoriagente, com Jorge Ricardo, passou;400 metros em 25s, escassos, finalizando comalgumas sobras. -A

Na sexta carreira, destaque para Monéticoque, na condução de Edson Ferreira, fechofr800 metros em 50sl/5, com muitas reservas,enquanto seu companheiro Romantic Loverpassou 600 metros em 36s2/5, com Gilvan'Guimarães. Rapid floreou 800 metros em 53s,cravados, com Jorge Ricardo, e Egoneta vai'estrear com apronto de 50sl/5, para a mesma'distância, com ação regular, na direção de José1Aurélio.

Dunfee, retornando de algum tempo au-;sente das pistas, agradou ao florear 600 metrosem 38s, escassos, com L.S. Santos. Carinho,;com José Aurélio, fez 23s2/5 nos 400 metros, jagradando bastante. Na nona carreira, além'de Hiro, foi boa a partida final, de 600 metros.em 37sl/5, de Bishop Rock, com GonçalinoFeijó de Almeida. •""#'<>""

iCânter A;:

',

Programaçãoconsagradanos EUAé criticadano Brasil.O SBT coloca hoje no arcinco das melhores e maisbem sucedidas séries daTV americana. Cidade In-fernal (Hell Town), CarroComando (T.J. Hooker),O Homem que Veio doCéu (Highway to Heaven),Esquadrão Classe A (A-Team) e Miami Vice. Lá

essas séries recebem umtratamento muito especialpor parte degrandes agên-cias e grandesanunciantes.quevêem nelas umexcelente investi-mento publicitá-rio. Aqui no Brasil,entretanto, a programa-ção do SBT ainda é criti-cada pelo mercado. Seupadrão questionado. Di-ante disso, fica uma dú-vida interessante. Quemestá certo? As empresas

'BB Mr**^ flBB-B-' ií?lm"**^. ^BI §J

americanas que anun-ciam nesses programas

como Coca-cola,Pepsi-Cola, Mc Do-nald's, IBM, Black& Decker, Ford,Eveready, Purina,Nabisco, GE, Ameri-can Express, Sears*,

entre ou-trás? Ou asolene reti-cência deuns poucosprofissionaisbrasileiros?'Fonte A.C. Nielsen

ANOS

Liminar mantida — Até ontem, nofinal da tarde, a liminar, permitindo o jóqueiEdson Ferreira seguir montando e trabalhan-do normalmente tinha sido mantida pelo juizda 16* Vara Cível da Justiça Comum. Nenhu-ma informação sobre possíveis embargos sobreesta medida cautelar, através do presidente doTribunal de Justiça do Rio de Janeiro, haviachegado ao conhecimento dos advogados quedefendem o piloto.

High Worth — Depois de sua fácilvitória na milha — com tempo de lmin39s3/5na variante —, o alazão High Worth (Baroniusem Royal Cup) vai correr o Grande PrêmioPrefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, nopróximo dia 19. Ontem, esteve galopando com

facilidade na raia grande na condução do freio»,treinador Adail Oliveira mostrando ótimo ãs-pecto. No entanto, seu jóquei no clássico será:Edson Ferreira que já o trabalhou várias1vezes.

Amaranda na raia — De volta aos,treinos mais fortes, a velocista Amaranda '(StlIves em Ambrise), de criação do Haras Verde'e Preto e propriedade do stud Izabelle, treina-da por Gilson Pereira da Costa, fez partida';ontem pela manhã. Na direção de Marco';Ferreira, passou 600 metros em 34s3/5, ano-.tando 12s, cravados, nos últimos 200 metros,1-'com muitas sobras, num ótimo exercício^Amaranda ainda não tem prova certa para;reaparecer.

PERDEDO BRASIL

UM POUCODO MUNDO.

0WRNALm\ mm^mwamtaWmam '

A

wJORNAL DO BRASII

¦:f

26 ? Io caderno o sexta-feira, 10/10/86 a 2o Clichê Esportes/Turfe JORNAL DO BRASIL

Basquete do Rio voltaàs quadras indefinidoe sujeito a críticas

Arquivo,

v ¦:¦;¦ '

:

:

¦

i,,rli¦ i ir' ¦l t

*:''•¦

r" - i.t; 4,.,'V :•¦.;,.,¦••¦:•!¦:,:.¦ .•.;.;, .-...;v

liffiKffisP-?-^^ • ¦*tSlSirJat

"„¦ .u, . .*- ^ft ,

Paulo César Vasconcelos

As críticas aumentaram, as atrações dimi-nuíram e, a forma de disputa descontentou a

' muitos. É nesse clima de dúvidas e insatisfa-ções, e ainda traumatizado pelo êxodo de 30

| jogadores para São Paulo' e Portugal nosúltimos sete meses, que o agonizante basquete

; carioca inicia hoje mais um Campeonato Esta-' dual. Bem diferente do ano passado, quando,

, às vésperas da competição, existia uma expec-' tativa em torno dos jogadores contratados edas equipes do Bradesco e da Verolme.

As duas equipes se acabaram. E a saída. dos jogadores (27 para São Paulo e três parai Portugal) esvaziou ainda mais o esporte. Só o

Flamengo, que tenta o tricampeonato, perdeuquatro titulares (Raul, Evandro, Almir e Ma-

' né) para o basquete paulista. Atraídos pormelhores salários e por empregos, eles nãopensaram duas vezes.

Não dá — lamenta-se Emanuel Bon-fim, técnico do Flamengo — para competircom a estrutura do basquete paulista. Ele estána frente do nosso.

Severo crítico da estrutura do basquetecarioca, Emanuel não poupa os dirigentes da

i federação pelo estado atual do esporte.Precisamos — proclama — de um Nuz-

i man na federação. Este campeonato está co-' meçando num momento errado. Nosso timeí não joga desde o dia 27 de junho, está sem' ritmo. O calendário deveria ser mais bem' elaborado.

No coro das críticas feitas por Emanuelentra também o ala Pelezinho, atualmente no' Flamengo e uma das poucas estrelas do bas-quete carioca. Depois de passar uma têmpora-' da em Portugal, Pelezinho retornou ano passa-

! do ao Brasil para atuar no Bradesco. Aproposta da empresa o deixou entusiasmado.Mas em janeiro, ele foi surpreendido com adissolução da equipe. Chegou a ser convidadopara jogar em São Paulo, mas preferiu ficar noRio, terminando a Faculdade de EducaçãoFísica e jogando no Flamengo.

." — E a última chance — desabafa — quedou ao basquete carioca. Eu e mais algunsjogadores estamos tentando segurar a barra.Ninguém nos consulta para nada. Ninguémnos perguntou se os dias de jogos do campeo-nato (quarta e sexta) são os mais adequados.Não há diálogo conosco.

As críticas não afetam a tranqüilidade de'Gerasime Boziks, o Grego, presidente da

i Federação Estadual. Nem o terceiro lugar norecém-terminado Campeonato Brasileiro — o

i Rio perdeu o vice para Minas Gerais — o: deixa pessimista quanto ao futuro do basque-i te. Ele reconhece que o nível do Estadual

deste ano será inferior ao do ano passado. Eadmite que existem muitas dificuldades. OTijuca, que estréia contra o Botafogo, até oinício da semana não tinha time para participarda competição.

Alguns jogadores—explica o dirigente— se transferiram para Porto Alegre ilegal-mente. Vetamos essas transferências, eles vol-taram e com outros jogadores que estavam poraí formamos o Tijuca.

No Mundial da Espanha, em que o Brasilficou em quarto lugar, Grego não se limitouapenas a observar o desempenho da Seleção.Conversou e recolheu, junto a vários dirigen-tes europeus, sugestões para o Estadual. Con-cluiu que a atual forma de disputa — doismeses de turno classificatório, em que cincoequipes passam para uma fase final — é amelhor para dinamizar o basquete carioca.

Nào há dúvida — prevê — de que otorcedor terá mais emoção. Existem duasforças muito próximas (Flamengo e Vasco) eoutras duas iguais (América e Botafogo). Afase final será emocionante.

Mas não foi apenas uma nova fórmula dedisputa que Grego trouxe para o Brasil. Eledesembarcou com 40 quilos de material publi-citário, em espanhol e italiano, onde váriosempresários e dirigentes mostram a melhormaneira de se investir no esporte.

Apenas o Olaria — diz, desconsolado— se interessou. Os outros nem quiseramtomar conhecimento. Eu tento botar óculosnos dirigentes, mas eles insistem em ficarmíopes.

As atrações deste Estadual não são tãoconhecidas como as do ano passado, quandovieram os cubanos Felix Morales e Raul Du-boy, trazidos para o Batafogo por AurélioTomassini. O Flamengo já fechou o seu ciclode contrataçéos com os dominicanos Chacon eMunoz. Foi na República Dominicana que oVasco também buscou o seu reforço: o pivôBillito. E o América apresentará como novida-de o veterano Bill, 45 anos, professor de inglêsdo Citybank.

E quando a bola subir hoje à noite, naGávea, no Mourisco, em Campos Sales e SãoJanuário, os ginásios estarão vazios e os juizespreocupados em punir os jogadores por qual-quer reclamação e com a falta de segurança. Eo basquete carioca estará se aprofundando,cada vez mais, numa decadência perigosa.

HojeFlamengo x Canto do Rio ...21h, GáveaBotafogo x Tijuca 21h, MouriscoAmérica x Fluminense

21h, Campos SalesVasco x Olaria 2lh, São Januário

WmWEm\mmmmmJíW*k^^ *

ífsSSragl

# Wmft*" *í

SlPíÉifBP'*Ml,, ' '*u,''i <

'¦ ¦

"''

¦

rJ

¦&**#>

SI» ¦ :';p'-ifc.''-

'A

:.taqfll ^4%iIpiiUBijtav: | ' KBMSHSS . -"IfTIflWimiJiMIM.'W','?'"nHH iwn imwttmmwmmmmmm^mmrmmrmmmmm

Pelezinho, desencantado, vai dar uma última oportunidadebasquete do Rio, jogando pelo Flamengo

PflSFao

Tempos de ídolos e emoçõesHouve uma época em que os ginásios

de basquete ficavam lotados, os jogadoreseram tão assediados quanto os ídolos defutebol e as partidas tinham um final dra-mático. Bons tempos aqueles em que umadecisão do campeonato era comentada pe-Ia cidade e o duelo das torcidas emociona-va a quem estivesse assistindo a um jogopela primeira vez.

Esse período (final dos anos 40 atémetade dos 60) está bem vivo na cabeça deum dos mais ilustres personagens das qua-dras naqueles tempos: Algodão. Duranteanos, tanto pela Seleção Brasileira, ondefoi campeão mundial, como pelo Flamen-go, clube em que atuou por mais de 10anos, Algodão freqüentou as páginas dosjornais e conviveu com a glória de ser umdos principais ídolos do basquete.

Hoje, desiludido com a falta de amorao clube, Algodão está afastado das qua-dras. Funcionário da Funabem, em Quinti-no, e morando em Campo Grande, Algo-

dão, 61 anos, sempre que pode, vai para oPosto VI, em Copacabana, aos sábados.Lá, ele, Rui de Freitas, Marcus Vinícius,Évora e muitos outros matam saudadesdaquele tempo, em que o basquete empol-gava.— Ainda batemos uma peladinha —conta Algodão — e depois tomamos aquelageladinha. É um bom encontro para mataras saudades. Sempre conversamos sobre osgrandes jogos. Dois me marcaram muito.O primeiro em 49, quando um erro do juizNei Sodré tirou o título do Flamengo paraa Atlética Grajaú. O outro foi em 55,quando ganhamos do Sírio a sete segundosdo final. Foi o jogo em que o GilbertoCardoso morreu.

Outro ilustre personagem daquela épo-ca é Togo Renan Soares, o Kanela, bicam-peão mundial pelo Brasil. Respeitado pelotrabalho que fez dentro do esporte, Kanelatambém está afastado das quadras. E quan-do quer ver uma grande partida vai a SãoPaulo.

°* campeões19191920192!

1933. •*£?u,"nínense

>engt,m; —?nense

nense192K -;;|J«n>inen»o

¦ '¦Flumi

1928:..***FJunilnense

1926. •f/,Ulninense1927. •f^minease1928 FJu,Wnense

193o CrÍ8tovão

19521953*19541955*19561957 '1958."1959 "19601961 "

•Piamfiam•fiam,

eng^oeng-oeng-0

••£ameng-0•flamengo

eng-o•PiamPiam!96i. p, ""neng-o

«3! .lnVÍSput*cIc.) /•11^3::'''''.'.',"'aTn^lllt-: 1£^° IÍ22Í x£r»-nense. •••• píanien8-o1935... f/amen^o1936.. ••¦•„JafflengXJ1937.. nf^a,J TC1938... "Tiffnuelo1939.. í^mpico1940... n,tar°(ío1941.. í?,lachuelo1942. ^achuelo1943 Soti^Og01944 Sotafog01945 Sotar°ltO1946. B°taíb|o1947. •••Vasco

1949 ^""nengo

19651966196719681969197Q "

fngon" /asco

"otafog-o•°'u. p,,,, ":Vasco1971. •••¦£/iu«?nense1972. £.Un»n...Fl ense

19501951

•Piam,eng-o•Piam,Oraj

eng-o

1973 .'""•£,"«'nense1975.. *I"1"nlnense1976 ílameng-0-977...'. £.••¦ Vasco1978. ílameng-o1979.. Vasco1980. Vasco1981. Vasco1982.. VU,—• Vasco1983. 'lameng-o1984..". »V —Vasco1985.... f/a^eng-o*Jameng-o

V

asB

M

immi

BWÍBIkÜ ^ ^^^mmmtl^W^'' I . ¦¦.'¦L:..:..i..M^.".:."^.' \

l**áfc^mmmm\ m^WW WKwwWsÊÊmtW^ÊKt-mj/È/Q |^S PM^^^^^BEa^SKfaaa^^^lMW

EsSBlfl kIHüíB lv • .^m ibübJ ' .a. BBíí mr^t.mwAWLmmm w?ài*Aw Mfca¦"^^B^ **mwmamW amtMAÀma. mm%jti • :'f~Àm\mm\^m^ÁÍM^m^mmWm\^i:''' EM|MpMWBHE^i ^^^P^l i^ ^HM

m\—> mwmi maiàj*•.'...j m\ mmt^m.wâ, mwWMSL. ^^^S!B^ZZ-m\^^amaaGt^m\ ^A. ^IS¦9 VHr%i./ l^K ^^B,f|wl Wmm BPiPlIl H^müI

m\^^Y$m\\m\W^ : jP^jI Hf'' fê^5^ ^^H 4 ^B mm mt-m I _^l H^^^l iS^E^I

1/V 'rW MAMEI 1 l«l I1^4 i I \ i mW-íMm mYÈÉm iHRI ri*44-l-ma*"i4'>*'ii4**m^

mC\ :;1;-.:M

ajB^aWIKKmmm^mmm^mmi WÊ£ ¦ WLmm¦:^mWf^m\w W$mm\ mWÈim\mã»' ' '«* <mmW ^| 3fl B^I^B^P»

I , KilPáBÉítili^sÉ^B HflBj ^Qpíiv' B '*'" TwMm\ ^^?Üigi^H Bfe;I^BIII"i' ^^H "^^™ ™BfluCaHHtslt /'Ir^ h^l Cv-9iw ^aVL ¦ KMfkn Bfl DKslV %±dsmWp- :^B mf^m^^m m\& l:>mw9i&êmm\ nmmTi'

D fll ¦¦¦¦¦1 ¦¦¦V: * "iSi- «ml mammásiaM m\WêÊmmi^mImm\::>mmL. - :^mííiI PL JL ¦ Brni m¦ mz^*mtfr~ "T^^¦¦¦¦l Hl Rhm 13 H HlMIfll HcSI mwjaàmÜmmW ftV^. iPU Kl RWfl ¦XlHr fl flHB'W:. Hfl 119^^9 VilWfi sllI íi ¦flflÉflflLKflflflki flflflflHr* 1 WM SfllHf W"¦''"*"'!¦ fl ¦¦ HkÍ^ÍIH llflr"!' n, "1 .1 * %* flflVflflflW^H flflUflfli flK^fflfll ¦flHK.Í'3tt Wfll flflfll^\ !•¦«¦& * ^ /ifl^fl"flflBflfll flflflTíflfll ¦flflfl^flflB^-=^L'i-:=^:-->i^:'jfl^^flflK9flflfl^aÉHBM^S^^^^^^^^9r ^^^^B^KBvBB9Jflflflflflflvflllr II lflBfc-j \ W\ ít li II Hllâtar- ml*H ml m\m\ ¦¦wv ml li jS^tliH *BjU '¦''^¦¦¦¦¦iM^flHflf II flfl B fll fllflflflflU flflfll t< t'*Hfll BII lUl¦'^*flB*Bfll^;í,flflflflB fl B^flflflV flflV' * *¦ * flflfl^flH 6 fe r, j^jM flflWiM

fcMB—f Ia "TnflflS^flflflflflfl^SJlLL^^flflflflM^flKflifliflBfllflBBiiflB^¦¦¦¦¦¦1 flHFi^WIESSLitsSI

S^HflíÉ flflf ¦^¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦^^"¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦^^^¦¦¦¦¦¦¦¦flIIC^ Kl |] E&alWT! oQ¦111 I I l#l ujI ti I - ¦ - -ajl. iaai

** ¦fl^flflflflflflflflfl^flflflflflflflflflflflflflflflflflflflflB: 'flfl BflE-!?BflM':-::''::'^JI ?BBf-flBB ~"'i ¦¦ mm\imW$M$mMUI BELÉM W\ ^^m ^gflJÍ maJÊÀ¦¦¦ If fl Ci Wm BJHfl^BflJ flr .' f ^^¦mwwmimwmmmmpmh ^^'flBBBrflB flWlflfifl

\mmm\WÊmWmmmm\\ ÂW I tfV- * \ flflHWli HaflflWlfll ¦¦¦}-*' •"•'*i ^jBIlJI II II I II s\4'- --^flW*^ HI ^^WBfll II fl m fll BI ' •* - **¦' l^^^S^P^lflK. i6 | ¦'¦^.' '-~^ r'MÍlilÉflnÍT flBMBi '

i

Eddy Wind realiza ótimoapronto nos 800 metros

Eddy Wind, um dos favoritos do Clássicodas Américas, carreira central deste domingona Gávea, foi um dos destaques nos exercíciosrealizados ontem durante os matinais. ComJosé Pedro Filho, o castanho passou 800metros em 49s2/5, arrematando com boasreservas pelo centro da pista. Single, outraforça da prova, fez a mesma distância em 53s,em estilo suave, com muitas sobras.

Dos animais que aprontaram para a corri-da de amanhã, o melhor foi Disc, inscrita noprimeiro páreo, que com Edson Marinho per-correu 600 metros em 35s2/5, finalizando commuitas sobras, junto à cerca interna. Outroque agradou foi Hiro, provável favorito daoitava prova, que registrou 42s2/5 nos 700metros, com Vanderlei Gonçalves, terminan-do com boa ação pelo meio da raia.

Ainda no primeiro páreo, além de Disc,Carmem Fierro impressionou ao marcar 24s,escassos, nos 400 metros, com excelente ação.Hanina, com C. Bitencurt, passou 600 metrosem 36s, cravados, finalizando com disposição.Na carreira seguinte, destaque para Papyretteque anotou 43s, cravados, nos 700 metros,com Gonçalino Feijó de Almeida, enquantoConchavo, com Jorge Ricardo, fez a mesmadistancia em 44s2/5 com algumas reservas.

Claraville, com Gilvan Guimarães, passou 800metros na marca de S3s, justos, com inteirafacilidade.

No quarto páreo, Chefete aprontou 600metros em 36s, cravados, com Goncinha,arrematando com boa ação. Na prova seguin-te, Vitoriagente, com Jorge Ricardo, passou400 metros em 25s, escassos, finalizando comalgumas sobras. - . •'

Na sexta carreira, destaque para Monéticbque, na condução de Edson Ferreira, fechou800 metros em 50sl/5, com muitas reservai,enquanto seu companheiro Romantic Loverpassou 600 metros em 36s2/5, com GilvánGuimarães. Rapid floreou 800 metros em 53s,cravados, com Jorge Ricardo, e Egoneta vaiestrear com apronto de SOsl/S, para a mesmadistância, com ação regular, na direção de JoséAurélio.

Dunfee, retornando de algum tempo aú-sente das pistas, agradou ao florear 600 metrosem 38s, escassos, com L.S. Santos. Carinho,com José Aurélio, fez 23s2/5 nos 400 metros,agradando bastante. Na nona carreira, alémde Hiro, foi boa a partida final, de 600 metrosem 37sl/5, de Bishop Rock, com GonçalinoFeijó de Almeida.

iCânterf

Programaçãoconsagradanos EUAé criticadano Brasil.O SBT coloca hoje no arcinco das melhores e maisbem sucedidas séries daTV americana. Cidade In-fernal (Hell Town), CarroComando (TJ. Hooker),O Homem que Veio doCéu (Highway to Heaven),Esquadrão Classe A (A-Team) e Miami Vice. Lá

essas séries recebem umtratamento muito especialpor parte degrandes agên-cias e grandesanunciantes.quevêem nelas umexcelente investimento publicitá-rio. Aqui no Brasil,entretanto, a programa-ção do SBT ainda é criti-cada pelo mercado. Seupadrão questionado. Di-ante disso, fica uma dú-vida interessante. Quemestá certo? As empresas

W^l'ÍÊm^$mmWmm \©*^y ^B

americanas que anun-ciam nesses programas

como Coca-cola,Pepsi-Cola, Mc Do-nald's, IBM, Black& Decker, Ford,Eveready, Purina,Nabisco, GE, Ameri-can Express, Sears*,

entre ou-trás? Ou asolene reti-cência deuns poucosprofissionaisbrasileiros?•Fonte A.C. Nielsen

Liminar mantida — Até ontem, nofinal da tarde, a liminar, permitindo o jóqueiEdson Ferreira seguir montando e trabalhan-do normalmente tinha sido mantida pelo juizda 16* Vara Cível da Justiça Comum. Nenhu-ma informação sobre possíveis embargos sobreesta medida cautelar, através do presidente doTribunal de Justiça do Rio de Janeiro, haviachegado ao conhecimento dos advogados quedefendem o piloto.

High Woith — Depois de sua fácilvitória na milha — com tempo de lmin39s3/5na variante —, o alazão High Worth (Baroniusem Royal Cup) vai correr o Grande PrêmioPrefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, nopróximo dia 19. Ontem, esteve galopando com

facilidade na raia grande na condução do freio-treinador Adail Oliveira mostrando ótimo as-pecto. No entanto, seu jóquei no clássico seráEdson Ferreira que já o trabalhou váriasvezes. i

Amaranda na raia — De volta aostreinos mais fortes, a velocista Amaranda (StIves em Ambrise), de criação do Haras Verdfee Preto e propriedade do stud Izabelle, treiflâ-da por Gilson Pereira da Costa, fez partidaontem pela manhã. Na direção de MarooFerreira, passou 600 metros em 34s3/5, anó-tando 12s, cravados, nos últimos 200 metrôs,com muitas sobras, num ótimo exercício.Amaranda ainda nâo tem prova certa parareaparecer. —f

! Resultado da Gávea

Io páreo — 1 mil 300 metros — Io Botton LineíJ.Ricardo) 2o Oboyan (L. Corrêa) e Espirea(E.S.Rodrigues) empatadas; V. (1) 1,00; D.(13) 1,70; D. (14) 1,40; P.(l) 1,00; (3) 1,00 e(4) 1,00. Tempo : lm22s2/5. Exatas: (01 - 03)2,00 e (01 - 04) 1,70.2° páreo — 1 mil 100 metros — Io Braveness(C.Lavor) 2o Ftshing Fly (G. F. Almeida) 3oSavary (D.F.Graça) V. (3) 5,80; D. (13) 1,90:P. (3) 1,00 e (1) 1,00. Tempo: lm09s3/5. Exata(03 - 01) 8,90.3o páreo — 1 mil 100 metros — Io Ducleto (J.Ricardo) 2o Grau Lancer (R.Freire) 3o Itança(J. Aurélio) V. (5) 1,80; D (34) 2,20; P. (5)1,30 e (7) 3,20. Tempo: lm08s2/5. Exata (05-07) 21,80.4o páreo — 1 mil 300 metros — Io Injetado (J.Aurélio ) 2o Mr. Campeador (R. Freire) 3oDow Jones (M. Monteiro). V. (1) 1,50; D.(14) 3,90; P. (1) 1,20 e (7) 3,30. Tempo:lm21s. Exata (01-07) 10,10 Treiexata: 36,00.5o parco — 1 mil 300 metros — 1° Coliseum (J.Aurélio) 2o Galante Mr. Deeds (G. F. Almei-da) 3o Ervodo (E. Ferreira ) V. (6) 23,40; D.

(14) 8,70; P. (6) 6,90 e (1) 2,00 Tempo: lm21s.Exata (06 - 01) 149,20 |

6o páreo — 1 mil 300 metros — Io Lo(dMacaco (G. Guimarães ) 2o Hastil (E.Ferréi-ra) 3o Paracambi (R. Antônio) V. (1) 2,10MD. (12) 2,70; P. (1) 1,10 e (2) 1,30. Tempo:lm21sl/5. Exata (01 - 02) 5,70. ,;7* páreo — 1 mil 100 metros — Io So WHy("W.Gonçalves) 2o Kazaksn (E.R. Ferreira) 3oEstivo (J. Aurélio) V. (1) 2,20; D. (13) 2,tJ0;P. (1) 1,40 e (5)3,00. Tempo: lm07sl/5. Exata(01 - 05) 13,60. Triexata: 39,00.

8o páreo — 1 mil 100 metros — Io Taleiro(J.Ricardo) 2o Goldstone (Jz. Garcia) 3oDrohauser (R. Antônio) V. (5) 2,70; D. (13)1,80; P. (5) 1,70 e (1) 1,50. Tempo: lm08s4/5.Exata (05 - 01) 11,00 Triexata: 23,00.

'-'""

9o páreo — 1 mil 100 metros — Io Pelailo Q.Ricardo) 2o Tidão (J.R. Silva) 3o Flor dq.Rjo(G. F. Silva) V. (3) 1,40; D. (12) 2.90; P,.(3)1,10 e (1) 1,60. Tempo: lmlOs Exata (03 Cfl4,20.Movimento de apostas: CzS 3.S

41

8.180,00. -;

f» •*¦,

JORNAL DO BRASIL Esportes sexta-feira, 10/10/86 o Io caderno o 27]

Benna e Piquet andam de novo na frente sandro Moreyra

Cidade do México — Mesmo fora da disputa pelo títulomundial, Ayrton Senna voltou a mostrar ontem a coragem e aversatilidade com que se atira e se adapta rapidamente acircuitos desconhecidos, marcando o melhor tempo nos treinosMçliminares — apenas para conhecimento do traçado — para oGrande Prêmio do -México, 15a e penúltima etapa do Campeo-nato Mundial de Fórmula-1, que será disputado neste domingo.Senna marcou Imihl9s883 e foi o único piloto a andar abaixoàoB lmin20s no percurso de 4 mil 421,50 metros do autódromoHermanos Rodnguez.•ms Nélson Piquet e Nigel Mansell, companheiros e rivais,andaram praticamente juntos: ficaram com a segunda e aterceira posições, respectivamente, separados por apenas umdécimo de segundo. A maior surpresa do dia surgiu no quartojjsjgar, que foi ocupado pelo veterano australiano Alan Jonesdam seu Lola-Ford. Campeão de 1980, Jones comprovou oprogresso de sua equipe ao assinalar o tempo de Imin21s062,mais de três décimos à frente do terceiro candidato ao título, ofrancês Alain Prost. O italiano Michele Alboreto, da Ferrari, foiqi. sexto colocado.f,; Nos treinos de hoje — já oficiais e que incluem a primeirasessão classificatória para a prova de domingo — a expectativa éde que as velocidades, que ontem já andaram altas, cresçamainda mais à medida que o traçado vá sendo dominado pelospilotos e a pista torne-se mais revestida de borracha. O únicoObstáculo para que isso aconteça são as "pequenas ondulações"no asfalto denunciadas pelo chefe da Lotus, Peter Warr.

Mas em geral, o estado do reformado autódromo mexica-rio foi elogiado pelos pilotos. Prost, brincando, disse que ofinico problema do circuito é que "não se pode levá-lo para onível do mar". Depois, mais sério, revelou que espera fazer umacorrida cautelosa e vencer aproveitando-se da briga entreMansell e Piquet, que estarão "muito pressionados". Manselltambém revelou sua estratégia para domingo: "Vou sair naponta, liderar até o fim e vencer a corrida e o campeonato",afirmou.

Oa tempos de ontem

Sáo Paulo/ Foto de Júlio Bemardes

5678

, d' 10111213141516,17181920212223242526

1) Ayrton Senna (Brasil) ;;JX)tU8 1 ."1ÍÜ252NóbonPfquet (Brasil) Williams 1mn20s614NigolManoel (Inglaterra) Williams ]mn£??Z12Mpf Jones (Austrália) Lola 1mln2l8062Alain Prost (França) McLaren 1mta21s402Mtehele Alboreto (Itália) FerrariGertiardBeraer(Áustria) Benetton 1mn21s703TeoFabi(ltáSa) Benetton 1min21s787Keke Rosbera (Finlândia) McLaren 1mln22s348DerekWarwick(Inglaterra) Brabham Imin22s610RenéAmoux (França) Ugier 1min22s746PatrickTambay(França) Lola 1mln23s373JohnnyDumfries (Escada) Lotus 1min23s410iPhilppeAWot (Franca) Ugler Imln23s484iStefan Johansson (Suécia) Ferrari 1mn23s537i Riccardo Patrese (Itália) Brabham 1min23s703Jonathan Palmer(Inglaterra).... Zakspeed 1min24s070PhiNppe Streiff (França) Tyrrell 1mln24s075Andréa de Cesaris (Itália) Minardi 1min24s548Christian Danner (Alemanha) Arrows 1min24s817Martin Brundle (Inglaterra) Tyrrell 1min25s269HuubRothengatter(Holanda)... Zakspeed 1min25s349ThlertyBoutsen (Bélgica) Anows 1min25s990Alessandra Nanntniifrtália) Minardi 1min27s063Alan Berg (Canadá) Osella 1min31s026PiercarioGhinzani (Itália) Osella 14min02s984

F-Ford é a atração

na festa de Guaporé

São Paulo — A sétima e antepenúltima etapa do Campeo-nato Brasileiro de Fórmula Ford, cujos treinos livres começa-ram ontem no circuito gaúcho de Guaporé, marcará o 10°aniversário do autódromo e promete ser uma das mais dispu-tadas do ano. Nada menos de seis pilotos ainda brigam pelotítulo da temporada. Dos 47 participantes da última etapa,apenas 26 largarão. *

C- Essas características fazem com que os treinos de classifica-ção transformem-se em verdadeiros pegas, especialmente ama-nhã, quando forem feitas as tomadas de tempo oficiais-. Ostprçedores gaúchos terão um atrativo especial, com a possibili-dade de ver um piloto de seu estado quebrar a atual invencibili-dade paulista, que começou na temporada passada, exatamenteem Guaporé, e já dura oito corridas: o caxiense André Rebechi(equipe Intral), quinto colocado na competição, com 36 pontos,é praticamente o único do Sul em condições de lutar pelo título.

Sem surpresa — Lúcia Macedo voltou arepetir seu desempenho, ontem, no último dia doAberto do Itanhangá, e ficou com o título dacompetição, com um cartão de 251, seguida porCristina Costa, que marcou 270. Em terceiro lugar

ficou Elizabeth Van Spaendonck, com 271. As demais vencedo-râsforam: categoria 0 a 22, Fulvia Silveira, 220. Na categoria 23a 36, 1 Alice Reid (223).

SaltOS — A paulista Elizabeth Assaf ganhouontem a primeira prova da série preliminar, noCampeonato Nacional de Saltos, na SociedadeHípica Porto-Alegrense, na capital gaúcha.Manutenção — A quinta regata da faseeliminatória da América's Cup não teve nenhuma

, surpresa. O barco New Zdand, de Chris Dixon,venceu o América II (John Kolius), enquanto oamericano Stars and Stripés, de Dennis Conner,

do USA, de Tom Blakaller. Dixon e Conner permane-primeiro lugar, com cinco pontos.

'V

A

Hi- -

ganhoucem em

í

TT Liderança — Comandada pela armadoraPaula, a Unimep está liderando, junto com oPlatense, da Argentina, o Campeonato Sul-Americano feminino de clubes de basquete, quese realiza em Buenos Aires. Os dois times têm seis

pontos ganhos e ontem, enquanto a Unimep descansava, oPJatense derrotava facilmente o Regatas, do Peru, por 104 a 65.T. OndaS — A partir de hoje, na Praia do Pepino,

em Sao Conrado, Rodrigo Rezende come$a a=4. £ defender a sua lideran^a no Circuito Company de

Surf. Rodrigo j& acumulou 2 mil 350 pontos e o—— — segundo coiocado, Giorgio Virzi, tem 2 mil 195.

It I. O crftico McEnroe — Quando terminouI a sua partida contra o sul-africano Christo VanjRensburg, a quem derrotou por 6/2 e 6/4 nalabertura do torneio internacional de tfinis de

' Scottsdale, EUA, John McEnroe mal conseguiu

£ ¦'M ,:,;i !

Montanaro e Sílvia Regina chegam de mãos dadas: 22 minutos depois estavam casados

Casamento muda vida de Montanaro—— ——

Fãs não viram bodas do ídolo

São Paulo — Quem esperava choro eranger de dentes das tietes do últimosolteirão e grande partido da SeleçãoBrasileira de Vôlei, José Montanaro Jr.,28 anos, decepcionou-se. Ele pronunciouo "sim" frente ao padre José LimeiraSobrinho na terça-feira à noite trocandoseu estado civil para o de casado (comSílvia Regina Nunes Oliveira, 25 anos)em ambiente formal. Sequer uma fã com-pareceu à futurista Igreja de São Bento— templo erguido em concreto aparentee tijolos furados, iluminado por portento-so lustre de tubos de aço escovado, onderezam as ricas famílias do bairro doMorumbi, Zona Sul de São Paulo.

O casamento de Montanaro foi umacerimônia simples e discreta, emboracompartilhada por mais de três centenasde convidados, entre os quais apenas doiscompanheiros de Seleção do noivo, olevantador William e a revelação Pampa.A meia dúzia de seguranças — disfarça-dos com blazer azuis e calças cinzas —

teve pouco trabalho. Limitado quase queexclusivamente a evitar atropelos de cine-grafistas e fotógrafos (poucos) no altar.Nos 22 minutos de duração da cerimônia,Montanaro fez um longo merchandising:a roupa que vestia — em ton-sur-toncinza é de sua griffe, a "Saque".

Apesar de também formal, a moldu-ra musical da cerimônia foi das maiscompetentes. Tanto pelo repertório (da"Valsa de Euridice", de Vinícius de Mo-raes,jà "Primavera" de Carlos Lyra Viní-cius e "Eu Sei Que Vou Te Amar", deTÓmie Vinícius, passando pela "Bachianan 5'j, de Villa-Lobos) quanto pelos exe-cutantcs (Roberto Sion, flauta e sax-soprano, e Paulo Bellinatti, violão —ambos do excelente "Pau Brasil").

Encabulado como qualquer noivo,Montanaro permitiu-se apenas um ato dedescontração: na recepção, também for-mal, no Buffet Mansão Cidade Jardim, aquilômetro e pouco da igreja, tirou opaletó, durante os cumprimentos dos

convidados. Apenas na escolha do lugarda lua-de-mel o casal quebrou o formalis-mo, embarcando para Fernando de No-ronho, onde ficará uma semana.

TorneioSupergasbrás x Minas Tênis e Bra-

desço x Lufkin são os jogos que abremhoje, às 19h30min, o torneio em come-moração ao aniversário da cidade deCaxambu e que os organizadores preten-dem realizar todos os anos a partir deagora, já que as águas minerais Caxambupatrocinam o time da Supergasbrás, pro-prietária também da fábrica da mesmaágua.

O torneio prossegue amanhã e termi-na no domingo, com os jogos: amanhã —19h30min, Supergasbrás x Lufkin e Bra-desço x Minas; domingo Minas x Lufkin eSupergasbrás x Bradesco.

A equipe juvenil feminina do Brades-co conquistou o título estadual da catego-ria, ao derrotar a Supergasbrás por 3 a 2.

Xadrez, pausa para

nova luta

Leningrado — Terminou ontem, semao > menos recomeçar, a 24" e últimapartida pelo Torneio Mundial de Xadrez.O empate final já não importava. Ogrande mestre soviético Gari Kasparov jáhavia revalidado seu título, com a vanta-gem assegurada de um ponto (12,5 a11,5) sobre o também soviético AnatoliKarpov.

Assim, foi suspensa, por enquanto, abatalha que os dois enxadristas vêm man-tendo desde setembro de 1984 e queapresenta hoje, depois de 96 partidas, avantagem de apenas uma vitória paraKasparov. No primeiro encontro, realiza-do em Moscou, Karpov defendeu o títuloque conquistara em 1975. Venceu, por 5a 3, graças a uma decisão inesperada do

presidente da Federação Internacional deXadrez, o filipino Florencio Campoma-nes: ele suspendeu a disputa alegandoesgotamento físico e psicológico dos com-petidores.

De fato, o encontro, que começoudia 10 de setembro de 84 e terminou dia15 de fevereiro de 85, estabeleceu umrecorde: 48 partidas, 1 mil 655 movimen-tos e cerca de 200 horas de reflexão. Foium massacre.

Em setembro de 1985 os dois volta-ram a se encontrar, ainda em Moscou, sóque com novas normas: a disputa estavalimitada a 24 partidas. Em novembro, dia9, Kasparov conquistou o título, come-morado intensamente.

O terceiro encontro, que terminouoficialmente ontem, foi saudado pelosmaiores especialistas mundiais como dealtíssimo nível técnico. Kasparov e Kar-pov provaram que são realmente os me-lhores da atualidade. Depois de um co-meço igual, Kasparov conseguiu umagrande vantagem (4 a 1), mas Karpovreagiu e empatou. A decisão chegou na22* partida, com a vitória de Kasparov.

Foi o terceiro, mas não o últimoencontro dos dois. Kasparov deve voltara defender seu título dentro de um ano,com o vencedor da disputa entre Karpove Andrei Sokolov, soviético de 21 anos,que conquistou o torneio de candidatosao denotar seu compatriota Artur Yus-supov.

Olimpíada, agitação pela

sede

Lausanne, Suíça — Durante algunsdias, a paz e a tranqüilidade de Lausan-ne, tão bem representadas nos cartõespostais pela placidez das águas do lagoLéman, serão substituídas pelo nervosis-mo e pela agitação que cercam a realiza-ção do 91° Congresso Olímpico Mundial,quando, entre outras decisões, serão es-colhidas as cidades que sediarão a Olim-piada de 1992 e a Olimpíada de Invernodo mesmo ano.

Só para dar uma idéia da dimensão

3ue o evento assume diante da comunida-

e internacional, destaca-se a presençados prefeitos das 13 cidades que disputamo privilégio de hospedar os Jogos Olímpi-cos (6) e os Jogos Olímpicos de Inverno(7) em 1992. Entre eles, a personalidademais importante é, certamente, o primei-

ro-ministro da França, Jacques Chirac,que é também o prefeito de Paris, umadas cidades que se candidataram a sediaras Olimpíadas de 92.

As reuniões preliminares começaramontem à tarde, com debates sobre "AsNovas Fontes de Financiamento para osEsportes" e continuarão hoje e amanhã,com as deliberações da comissão executi-va do Comitê Olímpico Internacional,presidida pelo espanhol Juan AntonioSamaranch; e no domingo, com a abertu-ra do 91° Congresso Olímpico Mundial.

No entanto, o prato forte dessa inten-sa rodada de reuniões, entrevistas, dis-cursos, negociações e acordos, além desutis pressões políticas e diplomáticas,será a votação para a escolha das cidades

onde serão realizadas as Olimpíadas deInverno e de verão de 1992. Os represen-tantes de cada cidade terão pela frenteum trabalho gigantesco para "convencer"cada um dos 88 conselheiros do COI. E otempo é curto: a votação será na próximasexta-feira.

Barcelona, por exemplo, que junta-mente com Paris, Amsterdã, Belgrado,Birmingham e Brisbane, postula sediar asOlimpíadas de Verão, organizou simples-mente uma exposição de grandes pintoresespanhóis, em que não faltam obras dePicasso, Dali e Miró. Mas não fica por aí.Conta ainda com o apoio do tenor Pláci-do Domingo que, com sua Voz poderosa,pedirá votos para a cidade, aliás lugar denascimento do presidente do COI, IvanSamaranch.

i a sua partida contra o sul-africano Christo VanjRensburg, a quem derrotou por 6/2 e 6/4 naabertura do torneio internacional de tênis deScottsdale, EUA, John McEnroe mal conseguiu

disfarçar a sua surpresa com a vitória. E diante de um reduzidogrupo de jornalistas, admitiu que não pode continuar jogandoeomo o fez ontem. Criticou o seu saque e fez uma previsãosombria quanto ao seu futuro nesta competição, em quecomeçou como cabeça-de-chave número um: "Se continuarjogando desta maneira, não terei condições de chegar até ofinal".Çm Medelin, na Colômbia, as brasileiras eçtão brilhando, noTorneio Sul-Americano: Luciana Corsato denotou a colombia-na Gloria Stella por 6/1 e 6/1, enquanto Cláudia Faillace venceuLuz Maria, também da Colômbia por 6/3, 6/7 e 6/1.

Mulheres — Em Borjoni, na Geórgia(URSS), as soviéticas Maya Chiburdanize, atualcampeã mundial, e Elena Akhmilovskaya, desa-fiante, empataram a 11* partida do match pelotítulo máximo feminino do xadrez. A campeã

idera a série, que terá 16 partidas, pela contagem de setepontos a quatro.Sul-americano — O Brasil é sede, pela primeira vez, doCampeonato Sul-Americano de Boliche, que será disputado de27 deste mês a 2 de novembro no Morumbi Bowling Show, emSão Paulo, com presença de jogadores bolivianos, peruanos,chilenos, colombianos, paraguaios, argentinos, uruguaios evenezuelanos, além de brasileiros, num total de 90, entrehomens e mulheres.

DAN'UP ESTA COMA BOLA TODA.'Ainda dá tempo de inscrever o seu colégio.

lli*

VÔLEI, BASQUETE E FUTEBOL DE SALÃO COLEGIAL.Abertura; dia 18 de outubro, às 14:00 horas.

Ginásio do Maracanãzinho, com show do Cazuza

Apoio. JORNAL DO BRASILInformações ¦ Coordenação de Educação Física

da Secretaria Estadual de EducaçãoRua Henrique Valadares, 112 - CentroTelefone • 221-8029 • Rio de Janeiro.

Não tem

créditoUANDO o CND sai de sua ociosida-de e se mete a trabalhar, o público

logo desconfia. Aquela gente — sustenta o,torcedor — nunca prega prego sem estopa.: _|E conclui: alguma coisa deve haver portrás çlessa decisão.

É o resultado natural da falta decredibilidade de um órgão distanciado daconfiança popular pelas omissões e coni- l,Jvências com tudo de condenável que vem";:!,arrasando com o esporte brasileiro nesses •mmúltimos anos.

De fato, se o CND tem poderes paraagir drasticamente na reformulação admi-

'

mstrativa da CBF, como tenta agora, de-terminando o número de divisões e de. -concorrentes aos Campeonatos e alteran- . 'Ido o sistema do voto unitário, por tantos,anos combatido, por que não o fez há maistempo, quando poderia ter evitado os:males que estão aí?

Por que só agora, depois de a CBF tersido tomada de assalto, nüma eleição pú-blica e notoriamente fraudulenta? Por que,.'só depois de se tornar também divulgada,conhecida, alvo até de chacotas, as mordo-mias do futebol e de outros esportes, oCND dá um ar de sua graça?

Se o órgão do Ministério da Educaçãotem poderes para moralizar o esporte, :jporque assistiu impassível a todos esses ,escândalos? Por que deixou o futebol se Hdesmoralizar tanto a ponto de levar opúblico a abandonar os estádios?

A única resposta para essas perguntas,que não são minhas apenas, mas de quan- wtos acompanham o dia-a-dia esportivo, é a' <de que o CNp também se beneficiava com 'a situação. E a única conclusão, levando-se em conta a estreita ligação de alguns de •seus componentes com as confederações, -federações, comitês, ou seja, a cúpula^dominante do esporte neste país.

Por esse motivo, o CND não tem ucrédito na opinião pública. Ou mudam-lhe';a sigla e afastam seus integrantes ou nele-'ninguém acredita. O atual, qualquer atitu- ' Ide que venha a assumir será sempre sus- pjpeita. O público logo desconfia, comoagora, que esteja agindo por interesse ::!:próprio. Talvez para se defender de possí-^j]veis pressões superiores, em face das críti-';"cas constantes. Talvez por uma manobraprecipitada de virada de mesa, vinculada à;-''ameaça, então possível, de uma desclassi-ficação de Vasco, Palmeiras e Botafogo noCampeonato Brasileiro.

Ou ainda por um golpe particular,uma jogada a mais na tarefa de mostrarserviço e convencer o Ministro da Educa-ção a aderir, à luta pela criação da tãoalmejada (por eles) secretaria especial deesporte, na verdade uma sinecura de mão-chcis

Qualquer coisa no gênero, menos boasintenções. É como essa manobra de confis-co dos bois, na qual há muito mais interes-se nos votos que ela possa trazer do quenos bifes que possa dar. Os homens portrás do CND não oferecem confiança.Ninguém fica bonzinho da noite para odia, como se tocado por uma varinhamágica. ^

Além das naturais dificuldades na sualuta diária, o brasileiro hoje tem de fazerfila para tentar comprar o necessário parasua alimentação. E, depois de horas deespera, raramente encontra o que procura.Não há carne, falta leite, ovos dificilmentesão encontrados, o frango, reserva naturaldo boi, também sumiu. Enfim, só commuita sorte, paciência ou pagando umbom ágio, o povo consegue ter na suamesa a comida que deseja.

No entanto, se a gente acreditar naspesquisas que andam soltas por aí, veráque a grande maioria está plenamentefeliz, contente da vida, achando que nuncaviveu tão bem. Segundo o Ibope, 87% dosbrasileiros apoiam essa situação e conti-nuam batendo palmas para o GovernoSarney e seu Plano Cruzado.

Portanto, não tem outra saída: ou oIbope está nos enganando a todos ou obrasileiro virou um masoquista e aderiu àAmélia, do Mário Lago, aquela que acha-va bonito não ter o que comer.

?Histórias — Depois de quase dois mesesna Europa fazendo sucesso com belaslouras, o negro Juvenal, médio do Botafo-go, passou a se julgar um irresistível.Comprou um chapéu tipo Nat King Cole,que colocava de banda na cabeça para darmais charme, e ia de cabaré em cabaréseduzindo as mulheres com o negro avelu-dado de sua pele.

Praga, a cidade mais distante que oBotafogo visitou naquela excursão, era, na

geografia de Garrincha, a mais próxima.Isto porque dali o time voltaria ao Brasil.Assim, estava Garrincha com seu conha-que num cabaré da capital tcheca, quandoentra Juvenal e seu ar fatal. Senta-se,

{>rova do conhaque de Mané e, vendo uma

ou'a, faz sinal. A mulher vira-lhe o rosto.Juvenal se surpreende. Era a primeiranegativa em toda a viagem. Nova tentativae a outra mulher também recusa. Umaterceira convocação e outra vez a louraconvocada nem dá bola. Desconcertado,Juvenal disfarça, levanta-se e diz a Garrin-cha, que está com sono e vai para o hotel.Pega o chapéu e ia saindo quando, Mané,malandr^mente, lhe diz:

— E, companheiro, estamos chegan-do perto do Brasil e crioulo está voltando anão ter vez...

3*

W

Orlando de Barros mantém acusações a HelalO presidente do Conselho Deli-

berativo do Flamengo, Orlando deBarros, manteve ontem, em depoi-mento no Tribunal de Justiça Des-portiva da Federação do Rio deJaneiro, a acusação de que GeorgeHelal, Léo Rabelo e Joel Tepet seapropriaram indevidamente de re-cursos do clube e que todas as ver-soes posteriores — suborno a árbi-tros, ajuda a clubes pequenos e gas-tos em festividades — surgiram ape-nas para encobrir o crime.

Segundo Orlando de Barros, ofato de o vice-presidente de esportesamadores, Léo Rabelo, ter devolvi-do os Cz$ 300 mil que foram deposi-tados em sua conta bancária é sufi-ciente para provar que houve desviode recursos do Flamengo.

Os depoimentos, sigilosos, co-meçaram à tarde e se prolongarampela noite. O presidente do Flamen-go, George Helal, falou durante 1hora e 33 minutos e manteve aversão de que o dinheiro fora empre-gado em ajudas a clubes de menorporte e que suas explicações iniciaisforam diferentes em virtude deorientação jurídica.

Léo Rabelo procurou explicar osurgimento do dinheiro em sua contapessoal. Disse que esse procedimen-to é rotineiro no clube, destinado afacilitar o pagamento de despesaseventuais. Citou algumas: comemo-ração do título na churrascaria Plata-

forma, apoio financeiro a torcidasorganizadas.

— Se não fosse rotina, eu nãoseria tão burro a ponto de desviardinheiro para minha conta pessoal.Todos no Flamengo sabiam desseprocedimento — afirmou.

O conselheiro Togo Renan Soa-res, o Kanela, também depôs. Lem-brou que há algum tempo vem de-nunciando irregularidades adminis-trativas no Flamengo e que, por isso,não pode ser acusado de preocupa-ções políticas.

Joel Tepet, vice administrativo,limitou-se a explicar que só assina oscheques, por ser sua função. NaGávea, já se admite sua renúncia àcandidatura à presidência do clube,em função do desgaste político pro-vocado por esse caso.

Os depoimentos, demorados, fi-zeram com que muitos desistissem.O árbitro Roberto Costa, citado co-mo beneficiário, para ajudar o Fia-mengo na decisão com o Vasco,,esperou quatro horas e foi embora.O presidente do Botafogo, AlternarDutra de Castilho, também desistiu.O TJD, para evitar tumulto, impediuo acesso ao 15° andar. Os depoentesficaram espalhados por várias salas,à disposição do auditor Joaquim Si-mões de Faria e do procurador JoséMauro do Couto, incisivo em suasperguntas.

Foto de Olavo Rufino

&rBebeto—Kita, dupla animadaO entendimento pode não estar per-

feito e seria demais exigir isso no primei-ro treino dos dois. Bebeto e Kita, porém,estão animados e acham que poderãosurpreender e Grêmio, domingo, já queambos são oportunistas, rápidos nos lan-ces de área e possuem boa visão de gol.

O coletivo de ontem serviu para queos dois se conhecessem. Bebeto estavamachucado e não chegou a treinar comKita nenhuma vez. No campo, percebeu-se a preocupação que um tinha em desço-brir as características do outro. Não che-garam a acontecer gTandes jogadas, ape-nas o suficiente para que os titularesderrotassem os reservas por 4 a 2 —Bebeto e Kita marcaram, assim comoZinho e Júlio César.

No final, o elogio mútuo:Bebeto é muito veloz e, além de

encostar para tabelar, busca a linha defundo mesmo estando dentro da área.Nestes lances, basta ficar atento paraconcluir o centro — disse Kita.

Kita não prende a bola. Não perdetempo para tocá-la. Acho que minhamissão se torna mais fácil, pois ele tam-bém vai merecer marcação especial. Éuma opção exelente que ganhamos —afirmou Bebeto.

Se o ataque está bem, a preocupaçãode Lazaroni é com a defesa. Ou melhor,mais precisamente a marcação sobre Re-nato, o ponta do Grêmio. Jorginho serádeslocado para a lateral-esquerda, tro-cando de posição com Aldair, que vaipara a direita. De início o técnico afirmou

que a mudança deverá ocorrer não porcausa de Renato e, sim, para suprir aausência de Adalberto, que fraturou aperna. Foi, então, que um repórter afir-mou: "Lazaroni não está nem um poucopreocupado com Renato. Esta será aminha manchete".

Lazaroni não perdeu tempo:O quê? Pode botar que Renato

preocupa, e preocupa muito.Sobre a troca dos laterais, Lazaroni

foi mais adiante:Neste treino, percebemos que Al-

dair produz mais pela direita do que pelaesquerda. Atuou mais solto. Ao mesmotempo, Jorginho joga muito bem pelaesquerda. Pretendo começar o jogo comcada um na posição que vinha jogando,mas posso mudar no decorrer da partida.

Adílio vai mesmo operar o joelho.Ele chegou de viagem com dores naarticulação e os médicos (o jogador tam-bém) acham que não há mais razão paraadiar a artroscopia para ver o que real-mente existe de anormal. Este examedeverá ser feito nos Estados Unidos, como Dr. James Andrews, o mesmo queoperou Zico, Falcão, Mozer e Cantarele.O exame ártroscópico é feito com pacien-te submetido a uma anestesia geral e,dependendo do que for constatado, acorreção acontece imediatamente. Para oDr. Giuseppe Taranto, pode haver umproblema de menisco ou uma pequenacompressão da cápsula (tecido que envol-ve a rótula).

Luís Carlos ganha elogios.Zagalo só critica a defesa

Luís Carlos recebeu ontem várioselogios de Zagalo, que o defendeu dascríticas às atuações nos quatro últimosjogos. O técnico acha que o goleiro foiapenas prejudicado pelo mau desempe-nho da defesa, além de ter passado poruma fase de tensão atribuída à necessida-de de o time vencer para se classificar.Zagalo chegou a dizer que, bem treinado,Luís Carlos tem condições de chegar àSeleção.

O treinamento de ontem em Maré-chal Hermes mostrou que a maior preo-cupação de Zagalo é mesmo a defesa.Orientou por mais de uma hora a posiçãodos zagueiros nos cruzamentos. No co-meço, o aproveitamento foi ruim. Mas,depois, Marinho, Osvaldo e Leiz tiverammelhor rendimento.

Para o primeiro jogo da segundafase, Zagalo vai manter Osvaldo e Mari-nho na zaga. Leiz continua no banco de

reservas. Com a volta de Alemão, Teófi-Io sai do time. No ataque, a dúvida é ocentroavante, Roberto Carlos ou SU-vinho.

O Botafogo não joga neste fim desemana, mas Zagalo desaconselhou aviagem a Teresópolis. Disse que nãovaleria a pena deslocar os jogadores paraperíodo tão curto.

Helinho, Fernando Macaé e Luisi-nho, contundidos, ainda não terão condi-ções de voltar ao time no primeiro jogoda segunda fase. Além desses, Zagalotambém não poderá contar com Vágner,expulso contra o Santa Cruz. Mânica seráo lateral esquerdo.

Descontente com a condição de re-serva, o meio-campo Edson vai pedir àdiretoria para ser negociado. Seu destinopode ser o América. Ele ontem conver-sou com o vice-presidente de futebol.

Bangu, sem Gilmar, escalano gol júnior de 19 anos

K

Lombalgia aguda em Gilmar, dor decabeça em Paulo César Carpegiani. Jásem Neto no melhor da sua forma física(está com problemas no tornozelo es-querdo), o técnico agora vai recorrer aojovem Alexandre (19 anos, goleiro dotime júnior) para o jogo de amanhã, como América, pela primeira rodada da se-gunda fase do Campeonato Brasileiro.

. Durante o treino tático de ontem,Carpegiani afirmou que a definição dotime que vai jogar com o América sai nocoletivo de hoje. Ele sabe que o goleiroGilmar não terá condições de jogo, se-gundo informação do médico GuaraciSantana.

No treino de logo mais, Carpegianivai armar uma jogada especial para Mari-nho, que não vai ficar fixo na ponta. Otécnico quer o seu melhor jogador deataque se movimentando bastante para

. confundir a defesa adversária.Bastou um alerta do técnico Pinheiro

para que os contundidos do time apres-

sassem a recuperação e participassemnormalmente do treinamento de ontem,garantindo a escalação da força máximado América na partida de estréia nasegunda fase do Campeonato Brasileiro,com o Bangu, domingo, no Caio Martins.

Satisfeito por poder dirigir o aprontode hoje com o time completo, Pinheiroafirmou não temer o adversário, que dizconhecer bem, e já sabe como quer otime atuando taticamente:

— Em princípio, quero o time jogan-do como na partida com o Grêmio: muitobem tanto na defesa quanto no ataque. OBangu tem bons jogadores na equipe,mas, agora, já sei como jogam e conheçobem três de seus principais jogadores — oMarinho, o Neto e o Israel, que foilançado por mim quando treinava o Ser-rano.

O técnico negou que pretendeu orga-nizar um sistema de marcação especialpara estes jogadores.

VIDEOCASSETE?GRAVE

ESTE NÚMERO.

®£aWa2£G8Sà58D-55EE

DISCOU ANUNCIOU

¦BB wm /4fc

í4 i iíLJmp^^rmmmmmWÈÊÈÈSFVm^M 4 wF v l aaaar* *r ^b ^¦r' ^^ afl^Hh i MmÊÊÊ WÊÊÊ m wmt :h^y'yÊm Ik Èmã *^r m\ n v

m flfHtB 9*w> '^aâ^^SareLi'

^rmM 7 Y- f «*f ^^^m^^^lmmi tBt-HmajaaW rmt ittiT^^^ ?^ffl —« t «-"-"W^— ¦¦ mm i ' >i "*jt mwmmBmU WÊÊr IL JL Tafli , BMàiui. Tàv ^f N. JLáaaHaB ff #*** ¦ ~^~ WÊm^wlÊBaBmmm] mmr^ml mmt ^KLaVtt ...,4H,H^Hb'"., SlfrfliHlHinsn.- - ¦¦¦¦'—* %»¦:- alHSaa^a^al iBlaUalV^ IL Tu'-.- W ^"MbWf^ - ^mmm\ âaV ¦! fliaVi^H T , ,, a*j Si- T^JHH Ha, A; Jjr . Jàaa- Mmf "™—»^ ^| IÍ^í^>^_..tP hL| ' '«•BÉSL aWSàkratirafc.** «JaW» IPv ^^^ .

tS ¦MHtaaaJMaBt^aB Büaff JWfcaWJH P5:*' 1

^am\ B&Sí^^IBÉfcb., . BÜMafl LBMa^Lfl '!BHé ^aa^aaHbÍ':'':! 'i-'$bfo**-^m<^M

mmTmM ^mmm mmw\mm

a^al a^aVá^B a^Hafna!latota_ fl HR- "r"W~ J

mmmmi-- : ':í|HHiill^9 Híjiafl BB H

^kjVIH^^. - '¦mm WÊ^^m\ mmW''' ^^^^mmmQ

a^K ^^aWa^fc- ___^aa^a^R a^Eala^afl a^a^aVflaf'

t~

wÊÊ mi^lÊ tv^m ^fMâí-^&^i':-!

^^^^^^^^^^^^^^^^laa^a^a^a^a^a^a^a^a^a^a^a^a^a^a^a^Ha^L^L^a^aSa^L^a^a^a^a^Ha^a^a^a^a^a ' Í^»eW'^^|Í

feilii '^"'i^

m^#'^

George Helal disse que só disse o que disse porque foi orientado a dizer, mas que a verc

Terceiro exame confirma "dopingPoto de Olavo Rufino

bbb)j..:.. .¦ m? ' WBÍ;-^ ;:":MLB': ":'JWB;" "'MfHff 'mmW ]¦ R ¦Mmm LHii

flfi|tt | «^VCij^HLrrHIBfinffi '''Haflaam^H H Ya^al a^K '' :^H 'ii'i;h

O Vasco11treinou normalmente, com Joel mostrando a Romário o caminho do gol

A espera tranqüila do VascoA tranqüilidade permanecia inaltera-

da ontem em São Januário. Mesmo desço-nhecendo os rumos do complicado casodo doping ou do resultado de Alecrim xComercial (MS), os jogadores reagiramcom certa serenidade, confiando na capa-cidade dos dirigentes do Vasco em tomaras providências cabíveis. Alguns reticen-tes, outros mais incisivos. A maioria de-fendeu abertamente até uma ação naJustiça Comum como possível solução —mesmo com o risco de paralisar a compe-tição.

Havia expectativa, mas nenhumapreocupação. O time treinou normalmen-te , aproveitou para aprimorar algumas

jogadas e corrigir defeitos técnicos (hoje,haverá coletivo). O comportamento erade quem esperava naturalmente jogardomingo, embora alguns jogadores che-gassem a desconfiar que, pelo atropelodos acontecimentos, o jogo do Vasco nãoserá marcado para o fim de semana. Acomissão técnica manteve a programaçãoe a concentração amanhã.

— Nossa expectativa é saber o nossogrupo e o adversário. Nós, os jogadores,temos consciência da força do Vasco —resumiu Gersinho.

Enquanto o técnico Joel Santana evi-tou opinar sobre o procedimento a sertomado pela diretoria diante de uma ines-

perada desclassificação — lembrou que"p Vasco não pode ser penalizado por umproblema que não é seu" —, Geovanideixou claro como os jogadores gostariamque fosse:

Tem de virar a mesa e acabar como Campeonato Brasileiro.

Roberto reagiu diferente. Não quis seantecipar a nada, embora, desconfiadocom toda a história do doping.

Não quero admitir que haja arma-ção contra o Vasco, pois teria de admitirtambém que foi feita por burros. Comodeixar um clube da tradição do Vasco defora?

João SaldanhaReunião histórica

muitos anos e desde que foi criado, o CNDse caracterizou sempre por ser um organismoque pretendia ser defensor do esporte, mas

em realidade sempre se portou como uma entidadeque policiava o esporte. Uma ou outra medida foifator de desenvolvimento. Bastava que os dirigentesda CBD ou entidades precisassem de datas para suascompetições particulares que o CND aparecia cor-rendo em socorro deles para fazer sucumbir as leisexistentes como, por exemplo, a das "setenta e duashoras do prazo mínimo entre os jogos".

O futebol sempre foi desprezado. Os homensque compunham o CND, fingindo-se "amadoristas",faziam (ainda fazem) algumas leis. Q profissionalis-mo era desprezível e execrado. Parecia crime perten-cer a uma entidade de disputa de esporte profissio-nal. E o futebol desde 1933 se tornou abertamenteprofissional. Os outros esportes, cinicamente alguns,hipocritamente outros, se diziam amadoristas. E leise leis em cima do futebol para manter interesse de umgrupo de pilantras e sabidões que sempre se fingiam"amadoristas". Quem quiser que pegue as leis eportarias emanadas do CND ou do Ministério daEducação, principalmente as de 1942 e, mais tarde,com as ditaduras militares, e verá como falam grossoem cima do futebol.

Os heróis do esporte brasileiro sempre forampara eles os falsos amadores que ganharam umamedalhinha há 50 ou mais anos. Sempre os presidiu amentalidade retrógrada dos que tomaram a medalhado índio Jim Thorpe, dos falsos amadoristas Pierre deCubertin e os Averin Brundadge da vida que conside-raram que o índio era "profissional" porque foilevantar peso num circo para ganhar 20 dólares paracomer.

Ao mesmo tempo, bem ao mesmo tempo, oWeissmuller, campeão olímpico de natação, era o"Tarzan", ganhando milhões de dólares para fugir de

um jacaré que nunca o pegou. Buster Crabe emilhares de outros como Marc Spitz foram profissio-nais escancarados e nunca perderam suas medalhas.Não eram índios. O futebol aqui no Brasil sempre searrebentando. Os jogadores terminam na miséria emotivo de desprezo e exploração por parte destesfalsos amadoristas. Repito, quem quiser dê umaolhadela nas leis existentes no Brasil. São de enver-gonhar.

Agora o CND parece estar se redimindo dequase tudo ao defender a integridade física dosatletas do futebol. Resolveu que o número máximode competidores do Campeonato Nacional seja de 20clubes. Levando-se em conta que existem ao mesmotempo os Campeonatos Estaduais, ainda é muito.Mas creio que a tendência é a minimização destes e aformação definitiva das primeira, segunda e terceiradivisões do futebol brasileiro.

Mas assim nós teremos jogos para 76 semanasquando se sabe que o ano tem apenas 52. E o ano"esportivo" com as férias e jogos internacionais temno máximo 40 semanas. Mas o CND deu um grandepasso e de conteúdo altamente esportivo ao acabarcom a barbaridade dos Campeonatos intermináveis esem valor.

Outra importante decisão é do valor do voto dosclubes brasileiros que estavam nivelados por baixo. Ovoto do Vasco, do Flamengo, Coríntians, Inter,Grêmio, Atlético valia o mesmo que o do Guarani,do Alegrete, Arapiraca, Alecrim e outros.

O valor de um clube se mede pela sua torcida epor sua projeção nacional e internacional. Nuncapode basear-se no falso igualitarismo ou no oportu-nismo chinfrim de um deputado ou de um esperta-lhão destes que infelizmente proliferam em nossoesporte. Da maior relevância as medidas tomadaspelo CND. Serão fator de desenvolvimento e engran-decimento do nosso futebol.

Não há mais o que contestar: o resultadodo terceiro exame — cromatografia gasosa —na urina do jogador Carlos Alberto, do Sergi-pe, confirmou os dois anteriores — positivo.Portanto, Carlos Alberto jogou dopado, segun-do as leis esportivas, contra o Joinville, mesmocom o advogado de seu clube, Laurindo Cam-pos, alegando que ele tomara apenas um medi-camento antigripal, conforme fora declarado.

Os exames foram feitos no laboratório doDepartamento de Bioquímica da UniversidadeFederal do Estado de Santa Catarina, emFlorianópolis. Em envelope lacrado, o resulta-do foi levado para a CBF, no Rio, pelo médicoAdriano Cruz, no vôo das 17h30min. O presi-dente da Comissão Antidoping da CBF, PedroPaulo Camarez, retornou um pouco antes.

Diante de dezenas de microfones, tanto orepresentante do Sergipe, Laurindo Campos,como o do Joinville, Valdomiro Falcão, que-braram o sigilo que determina o regulamento.Tornaram, mais uma vez, público o resultadode um exame que deveria ficar em segredo atéchegar ao Tribunal da CBF. E o representantedo Joinville foi mais longe: garantiu que,.emqualquer circunstância, os pontos do jogo como Sergipe ficarão para seu clube.

Também ontem, no Ri6, ficava clara aposição da CBF. O diretor de futebol PedroLopes — ex-presidente da Federação de SantaCatarina — não parecia se importar com ostrâmites legais do caso. Dizia que, de qualquerforma, indicaria o clube classificado — Vascoou Joinville, no caso — para a segunda fase doBrasileiro. Naquele momento, ficava evidenteque Pedro Lopes daria os pontos ao Joinville,embora nada falasse abertamente além da suadecisão de anunciar o classificado sem esperar apalavra do Tribunal de Justiça Desportiva.

Esta posição, inclusive, deixou surpreso opresidente do Tribunal, Carlos Henrique Sarai-va. Segundo ele, apenas o Tribunal — e só oTribunal — poderia se pronunciar a respeito doassunto. Pedro Lopes não entendeu assim:

Quem se sentir prejudicado, que recla-me na Justiça.

Mais surpresos do que Saraiva estavam ovice-presidente de futebol do Vasco, EuricoMiranda, e o advogado Leopoldo Félix, quedefende os interesses do clube. Félix foi uicisivo.

Se alguma coisa acontecer que prejudique o Vasco, vamos parar este Campeonato<naJustiça comum. ,

Laranjeiras,aplausos evaias juntos

Enquanto uma manifestação de secundaris-tas, em frente ao Palácio das Laranjeiras,gritava "um, dois, três, Brizola no xadrez", ládentro, no gramado bem cuidado do campo doFluminense, o time realizava movimentadotreino sob os aplausos de surpreendente pia-teia. Os de fora lutavam pela volta do passeescolar nos ônibus. Os de dentro, que certa-mente não necessitam deste benefício, grita-vam de entusiasmo com as jogadas de Delei,Tato, Jandir e Galvão.

Galvão era destaque na lateral direita, commuita velocidade no apoio, cruzamentos preci-sos e cobranças de lateral que deixavam a bolana marca do pênalti. Além disso, encontrouespaço para marcar o gol da vitória dos titularespor 1 a 0. Até as finalizações longe do gol eramaplaudidas pela torcida, em reconhecimento aoesforço dos jogadores.

Lopes, satisfeito, não hesitou em confirmara escalação do coletivo para o jogo com oAtlético-GO, em Goiânia: Paulo Vitor, Gal-vão, Viça, Ricardo e Eduardo; Jandir, Leomir,João Santos e Alberto; Washington e Tato. Acobrança de laterais na área — Eduardo tam-bém atira a bola na marca do pênalti — serámais uma arma do Fluminense para aproveitara altura de Washington e Alberto.

O Fluminense pretende levar para as La-ranjeiras os jogos de menor porte nesta fase doCampeonato Brasileiro. O vice-presidente defutebol, Antônio Castro Gil, diz que faltamapenas pequenos reparos no sistema de ilumi-nação. Lopes vê nisso grande vantagem para otime, que jogará no campo em que treina,apoiado pela torcida. Se for consultado, dará osim sem pensar duas vezes.

DANÇA2? a sábado no Caderno B

Helal pode ser indiciado por prevaricaçãoJL Foto de Olavo Rufino

George Helal, Joel Teppet, Leo Ra-bello e outros dirigentes do Flamengoenvolvidos no desvio de Cz$ 300 mil — ocaso das papeletas amarelas, denunciadono Conselho Deliberativo do clube —estão seriamente ameaçados de ser indi-ciados por prevaricação e falsidade. E oque admite o procurador do Tribunal deJustiça Desportiva da Federação de Fute-boi do Rio de Janeiro, José Mauro doCouto, depois de ouvir por mais de setehoras, ontem, o depoimento de váriosdeles.

Os depoimentos vão prosseguir napróxima quarta-feira, mas o procuradorconsidera que os de ontem já seriamsuficientes para indiciar os acusados noscrimes de falsidade e prevaricação, o queos ameaçaria de serem afastados doscargos no caso de o Tribunal julgar quesão culpados. José Mauro achou desne-cessário ouvir Flávio Soares de Moura,Antônio Augusto Dunshee de Abran-chès, Antônio Moreira Leite e RobertoAbrantes, mas quer ouvir o presidente doConselho fiscal do Flamengo, OswaldDarwich, e integrantes da comissão desindicância aberta pelo próprio clube,.para apurar as mesmas denúncias. Oprocurador acredita que estes últimospodem citar nomes de pessoas que teriamrecebido o dinheiro.

— Estou querendo nomes e ninguémdá. Perguntei ao Leo Rabello e ele nãoquis me dizer. Ora, ninguém dá dinheiroà toa — sentenciou o procurador.

O presidente do Conselho Delibera-tivo do Flamengo, Orlando de Barros,

..manteve ontem, em depoimento no Tri-bunal de Justiça Desportiva da Federaçãodo Rio de Janeiro, a acusação de queGeorge Helal, Léo Rabelo e Joel Tepetse apropriaram indevidamente de recur-sos do clube e que todas as versõesposteriores — suborno a árbitros, ajuda aclubes pequenos e gastos em festividades.— surgiram apenas para encobrir ocrime.

Segundo Orlando de Barros, o fato} de o vice-presidente de esportes amado-

res, Léo Rabelo, ter devolvido os Cz$ 300

mil que foram depositados em sua contabancária é suficiente para provar quehouve desvio de recursos do Flamengo.

Os depoimentos, sigilosos, começa-ram à tarde e se prolongaram pela noite.O presidente do Flamengo, George He-lal, falou durante 1 hora e 33 minutos emanteve a versão de que o dinheiro foraempregado em ajudas a clubes de menorporte e que suas explicações iniciais fo-ram diferentes em virtude de orientaçãojurídica.

Léo Rabelo procurou explicar o sur-gimento do dinheiro em sua conta pes-soai. Disse que esse procedimento é roti-neiro no clube, destinado a facilitar opagamento de despesas eventuais. Citoualgumas: comemoração do título na chur-rascaria Plataforma, apoio financeiro atorcidas organizadas.

— Se não fosse rotina, eu não seriatão burro a ponto de desviar dinheiropara minha conta pessoal. Todos no Fia-mengo sabiam desse procedimento —afirmou.

O conselheiro Togo Renan Soares, oKanela, também depôs. Lembrou que háalgum tempo vem denunciando irregula-ridades administrativas no Flamengo eque, por isso, não pode ser acusado de.preocupações políticas.

Joel Tepet, vice administrativo, limi-tou-se a explicar que só assina os che-quês, por ser sua função. Na Gávea, já seadmite sua renúncia à candidatura à pre-sidência do clube, em função do desgastepolítico provocado por esse caso.

Os depoimentos, demorados, fize-ram com que muitos desistissem. O árbi-tro Roberto Costa, citado como benefi-ciário, para ajudar o Flamengo na deci-são com o Vasco, esperou quatro horas efoi embora. O presidente do Botafogo,Alternar Dutra de Castilho, também de-sistiu. O TJD, para evitar tumulto, impe-diu o acesso ao 15° andar. Os depoentesficaram espalhados por várias salas, àdisposição do auditor Joaquim Simões deFaria e do procurador José Mauro doCouto, incisivo em suas perguntas.

Bebeto-Kita, dupla animadaO entendimento pode não estar per-

feito e seria demais exigir isso no primei-ro treino dos dois. Bebeto e Kita, porém,estão animados e acham que poderãosurpreender e Grêmio, domingo, já queambos são oportunistas, rápidos nos lan-ces de área e possuem boa visão de gol.

O coletivo de ontem serviu para queos dois se conhecessem. Bebeto estavamachucado e não chegou a treinar comKita nenhuma vez. No campo, percebeu-se a preocupação que um tinha em desço-brir as características do outro. Não che-garam a acontecer grandes jogadas, ape-nas o suficiente para que os titularesderrotassem os reservas por 4 a 2 —Bebeto e Kita marcaram, assim comoZinho e Júlio César.

No final, o elogio mútuo:Bebeto é muito veloz e, além de

encostar para tabelar, busca a linha defundo mesmo estando dentro da área.Nestes lances, basta ficar atento paraconcluir o centro — disse Kita.

Kita não prende a bola. Não perdetempo para tocá-la. Acho que minhamissão se torna mais fácil, pois ele tam-bém vai merecer marcação especial. Éuma opção exelente que ganhamos —afirmou Bebeto.

Se o ataque está bem, a preocupaçãode Lazaroni é com a defesa. Ou melhor,mais precisamente a marcação sobre Re-nato, o ponta do Grêmio. Jorginho serádeslocado para a lateral-esquerda, tro-cando de posição com Aldair, que vaipara a direita. De início o técnico afirmou

que a mudança deverá ocorrer não porcausa de Renato e, sim, para suprir aausência de Adalberto, que fraturou aperna. Foi, então, que um repórter afir-mou: "Lazaroni não está nem um poucopreocupado com Renato. Esta será aminha manchete".

Lazaroni não perdeu tempo:O quê? Pode botar que Renato

preocupa, e preocupa muito.Sobre a troca dos laterais, Lazaroni

foi mais adiante:Neste treino, percebemos que Al-

dair produz mais pela direita do que pelaesquerda. Atuou mais solto. Ao mesmotempo, Jorginho joga muito bem pelaesquerda. Pretendo começar o jogo comcada um na posição que vinha jogando,mas posso mudar no decorrer da partida.

Adílio vai mesmo operar o joelho.Ele chegou de viagem com dores naarticulação e os médicos (o jogador tam-bém) acham que não há mais razão paraadiar a artroscopia para ver o que real-mente existe de anormal. Este examedeverá ser feito nos Estados Unidos, como Dr. James Andrews, o mesmo queoperou Zico, Falcão, Mozer e Cantarele.O exame artroscópico é feito com pacien-te submetido a uma anestesia geral e,dependendo do que for constatado, acorreção acontece imediatamente. Para oDr. Giuseppe Taranto, pode haver umproblema de menisco ou uma pequenacompressão da cápsula (tecido que envol-ve a rótula).

Luís Carlos ganha elogios.Zagalo só critica a defesa

Luís Carlos recebeu ontem várioselogios de Zagalo, que o defendeu dascríticas às atuações nos quatro últimosjogos. O técnico acha que o goleiro foiapenas prejudicado pelo mau desempe-nho da defesa, além de ter passado poruma fase de tensão atribuída à necessida-de de o time vencer para se classificar.Zagalo chegou a dizer que, bem treinado,Luís Carlos tem condições de chegar àSeleção.

O treinamento de ontem em Maré-chal Hermes mostrou que a maior preo-cupação de Zagalo é mesmo a defesa.Orientou por mais de uma hora a posiçãodos zagueiros nos cruzamentos. No co-meço, o aproveitamento foi mim. Mas,depois, Marinho, Osvaldo e Leiz tiveram

! melhor rendimento.Para o primeiro jogo da segunda

; fase, Zagalo vai manter Osvaldo e Mari-' nho na zaga. Leiz continua no banco de

reservas. Com a volta de Alemão, Teófi-Io sai do time. No ataque, a dúvida é ocentroavante, Roberto Carlos ou SU-vinho.

O Botafogo não joga neste fim desemana, mas Zagalo desaconselhou aviagem a Teresópolis. Disse que nãovaleria a pena deslocar os jogadores paraperíodo tão curto.

Helinho, Fernando Macaé e Lüisi-nho, contundidos, ainda não terão condi-ções de voltar ao time no primeiro jogoda segunda fase. Além desses, Zagalotambém não poderá contar com Vágner,expulso contra o Santa Cruz. Mânica seráo lateral esquerdo.

Descontente com a condição de re-serva, o meio-campo Edson vai pedir àdiretoria para ser negociado. Seu destinopode ser o América. Ele ontem conver-sou com o vice-presidente de futebol.

Bangu, sem Gilmar, escalano gol júnior de 19 anos

', Lombalgia aguda em Gilmar, dor decabeça em Paulo César Carpegiani. Jásem Neto no melhor da sua forma física(está com problemas no tornozelo es-querdo), o técnico agora vai recorrer aojovem Alexandre (19 anos, goleiro dotime júnior) para o jogo de amanhã, como América, pela primeira rodada da se-gunda fase do Campeonato Brasileiro.

Durante o treino tático de ontem,Carpegiani afirmou que a definição dotime que vai jogar com o América sai nocoletivo de hoje. Ele sabe que o goleiroGilmar não terá condições de jogo, se-gundo informação do médico GuaraciSantana.

No treino de logo mais, Carpegianivai armar uma jogada especial para Mari-nho, que não vai ficar fixo na ponta. O

• técnico quer o seu melhor jogador de; ataque se movimentando bastante para; confundir a defesa adversária.

Bastou um alerta do técnico Pinheiro'. para que os contundidos do time apres-

sassem a recuperação e participassemnormalmente do treinamento de ontem,garantindo a escalação da força máximado América na partida de estréia nasegunda fase do Campeonato Brasileiro,com o Bangu, domingo, no Caio Martins.

Satisfeito por poder dirigir o aprontode hoje com o time completo, Pinheiroafirmou não temer o adversário, que dizconhecer bem, e já sabe como quer otime atuando taticamente:

— Em princípio, quero o time jogan-do como na partida com o Grêmio: muitobem tanto na defesa quanto no ataque. OBangu tem bons jogadores na equipe,mas, agora, já sei como jogame conheçobem três de seus principais jogadores—oMarinho, o Neto e o Israel, que foilançado por mim quando treinava o Ser-rano.

O técnico negou que pretendeu orga-nizar um sistema de marcação especialpara estes jogadqres.

BB ¦aVlUt!. Laaf '—-^ ^LaMlaaaaaaUi_^^f"í !*S L JaTM-T-.. *"•< 1 1»aa¥-~^ J*KV ¦m^^^Bi ¦ \Ê WÊÊÊMMmmOÊL^M WÊÊMJft^^ÊT^' «****&?-: fl

, ^y^^ÊÊ^k w ' ~\Jikl~ ^ ^V mèu JÊj^j £^| fltf H LHMk:'': '^«^Htüi:-.,! 'íls?^| D

BB lak Vf ^k ' *^^^^^™JÍH HjÜ*| WÈP* TaaaaaaaaaaaaaKal' Ia»*'lÉ^1"' ''^'' '<!¦¦ ¦*¦¦

Hk? ^fafj rfwMir J/LA

wm^_, ",1"': '-'JH He*'. ^^^*^B BnBT^Baaat iii.aat»aaaa8*M ^^B fifflí '¦.-ut-j ¦ :^"!f*9

aaaaaUaalrrP||||U5 ¦(¦¦^'^¦BPh; I li1'BB iaaaBiPlBB HP^fel-^ h

gPI eafc^afal jg^-^^^j^t?^WMMMMÊÊMM Wk-:£™'v^^-<iH

aaaEL1

Laaaflaaaafl ¦aaaaaV7'saaa^8fll LaaaBa^Lfl LaaaaWrfl BaBun?,-*1í?'' >^^^1 ¦ffSfc^ —

George Helal disse que só disse o que disse porque foi orientado a dizer, mas que a verdade era outra

Vasco ameaça parar campeonatoFoto de Olavo Rufino

"VHIKi" 4MÍ:!':' ¦¦-¦¦¦t*aaaaa*ra»l;i ¦¦'''a^M&V.^^WlIMpi': SHff!'. 'sâaaaaaSBaaSBl ai'i'* :;ü;..IÜ:-Í::iifiHH.: ''^laaaH'^ Ü^LaaaaaaaaaklmSaWf" ' ' ' "'i^^B-¦' IníffBBB8fiÍiaaaaaW aaaaaBjr

ímm

{¦et**!. "¦¦ ",: iillí-ra^LMfiS" '*'¦ '.[|K3||JL\:r:v,: :::;;¦;: -'!fc JÊÈÊÍLl.-'¦'¦''¦¦¦:¦¦¦¦'¦ ¦¦¦'¦¦ ¦¦¦

Õ Vasco treinou normalmente, com Joel mostrando a Romário o caminho do gol

A espera tranqüila do VascoA tranqüilidade permanecia inaltera-

da ontem em São Januário. Mesmo desço-nhecendo os rumos do complicado casodo doping ou do resultado de Alecrim xComercial (MS), os jogadores reagiramcom certa serenidade, confiando na capa-cidade dos dirigentes do Vasco em tomaras providências cabíveis. Alguns reticen-tes, outros mais incisivos. A maioria de-fendeu abertamente até uma ação naJustiça Comum como possível solução —mesmo com o risco de paralisar a compe-tição.

Havia expectativa, mas nenhumapreocupação. O time treinou normalmen-te , aproveitou para aprimorar algumas

jogadas e corrigir defeitos técnicos (hoje,haverá coletivo). O comportamento erade quem esperava naturalmente jogardomingo, embora alguns jogadores che-gassem a desconfiar que, pelo atropelodos acontecimentos, o jogo do Vasco nãoserá marcado para o fim de semana. Acomissão técnica manteve a programaçãoe a concentração amanhã.

— Nossa expectativa é saber o nossogrupo e o adversário. Nós, os jogadores,temos consciência da força do Vasco —resumiu Gersinho.

Enquanto o técnico Joel Santana evi-tou opinar sobre o procedimento a sertomado pela diretoria diante de uma ines-

perada desclassificação — lembrou que"o Vasco não pode ser penalizado por umproblema que não é seu" —, Geovanideixou claro como os jogadores gostariamque fosse:

Tem de virar a mesa e acabar como Campeonato Brasileiro.

Roberto reagiu diferente. Não quis seantecipar a nada, embora, desconfiadocom toda a história do doping.

Não quero admitir que haja arma-ção contra o Vasco, pois teria de admitirtambém que foi feita por burros. Comodeixar um clube da tradição do Vasco defora?

João SaldanhaReunião histórica

HÁ muitos anos e desde que foi criado, o CND

se caracterizou sempre por ser um organismoque pretendia ser defensor do esporte, mas

em realidade sempre se portou como uma entidadeque policiava o esporte. Uma ou outra medida foifator de desenvolvimento. Bastava que os dirigentesda CBD ou entidades precisassem de datas para suascompetições particulares que o CND aparecia cor-rendo em socorro deles para fazer sucumbir as leisexistentes como, por exemplo, a das "setenta e duashoras do prazo mínimo entre os jogos".

O futebol sempre foi desprezado. Os homensque compunham o CND, fingindo-se "amadoristas",faziam (ainda fazem) algumas leis. O profissionalis-mo era desprezível e execrado. Parecia crime perten-cer a uma entidade de disputa de esporte profissio-nal. E o futebol desde 1933 se tornou abertamenteprofissional. Os outros esportes, cinicamente alguns,hipocritamente outros, se diziam amadoristas. E leise leis em cima do futebol para manter interesse de umgrupo de pilantras e sabidões que sempre se fingiam"amadoristas". Quem quiser que pegue as leis eportarias emanadas do CND ou do Ministério daEducação, principalmente as de 1942 e, mais tarde,com as ditaduras militares, e verá como falam grossoem cima do futebol.

Os heróis do esporte brasileiro sempre forampara eles os falsos amadores que ganharam umamedalhinha há 50 ou mais anos. Sempre os presidiu amentalidade retrógrada dos que tomaram a medalhado índio Jim Thorpe, dos falsos amadoristas Pierre deCubertin e os Averin Brundadge da vida que conside-raram que o índio era "profissional" porque foilevantar peso num circo para ganhar 20 dólares paracomer.

Ao mesmo tempo, bem ao mesmo tempo, oWeissmuller, campeão olímpico de natação, era o"Tarzan", ganhando milhões de dólares para fugir de

um jacaré que nunca o pegou. Buster Crabe emilhares de outros como Marc Spitz foram profissio-nais escancarados e nunca perderam suas medalhas.Não eram índios. O futebol aqui no Brasil sempre searrebentando. Os jogadores terminam na miséria emotivo de desprezo e exploração por parte destesfalsos amadoristas. Repito, quem quiser dê umaolhadela nas leis existentes no Brasil. São de enver-gonhar.

Agora o ÇND parece estar se redimindo dequase tudo ao defender a integridade física dosatletas do futebol. Resolveu que o número máximode competidores do Campeonato Nacional seja de 20clubes. Levando-se em conta que existem ao mesmotempo os Campeonatos Estaduais, ainda é muito.Mas creio que a tendência é a minimização destes e aformação definitiva das primeira, segunda e terceiradivisões do futebol brasileiro.

Mas assim nós teremos jogos para 76 semanasquando se sabe que o ano tem apenas 52. E o ano¦» "esportivo" com as férias e jogos internacionais temno máximo 40 semanas. Mas o CND deu um grandepasso e de conteúdo altamente esportivo ao acabarcom a barbaridade dos Campeonatos intermináveis esem valor.

Outra importante decisão é do valor do voto dosclubes brasileiros que estavam nivelados por baixo. Ovoto do Vasco, do Flamengo, Coríntians, Inter,Grêmio, Atlético valia o mesmo que o do Guarani,do Alegrete, Arapiraca, Alecrim e outros.

O valor de um clube se mede pela sua torcida epor sua projeção nacional e internacional. Nuncapode basear-se no falso igualitarismo ou no oportu-nismo chinfrim de um deputado ou de um esperta-lhão destes que infelizmente proliferam em nossoesporte. Da maior relevância as medidas tomadaspelo CND. Serão fator de desenvolvimento e engran-decimento do nosso futebol.

ap m^TW"

O empate de 0 a 0, ontem à noite, emNatal, com o Alecrim, garantiu ao Comercial apassagem à segunda fase do Campeonato Bra-sileiro, mas acirrou a luta entre Vasco e Joinvil-le pela que ainda resta e que pode ser definidasó na Justiça comum. Pelo menos é o queameaça o Vasco, diante da posição do diretorde futebol da CBF, o catarinense Pedro Lopes,ex-presidente da Federação de seu Estado, quese declarou disposto a decidir logo hoje dequem é a vaga, sem esperar pelo julgamento docaso de dopping do jogador Carlos Alberto, doSergipe.

— Sc alguma coisa acontecer que prejudi-que o Vasco, vamos parar este Campeonato naJustiça comum — foi a firme declaração doadvogado vascaíno, Leopoldo Félix, ao tomarconhecimento da posição de Pedro Lopes.

O diretor de futebol da CBF, acusado demanobrar para dar a vaga ao Joinville, deixouclaro ontem que não se importa com os trâmi-tes legais que o caso do doping requer. Diziaclaramente que vai indicar o clube classificadopara a vaga que resta na segunda fase — Vascoou Joinville, de Santa Catarina, e deixou ante-ver que seu objetivo é dar ao clube catarinenseos pontos do empate com o Sergipe, jogo emque Carlos Alberto é acusado de doping.

A posição de Pedro Lopes deixou surpresoaté o presidente do Superior Tribunal de Justi-ça Desportiva, Carlos Henrique Saraiva. Se-gundo ele, apenas o Tribunal — e só o Tribunal— poderia se pronunciar a respeito do assunto.Mas Pedro Lopes não entende assim:

— Quem se sentir prejudicado que recla-me na Justiça — disse Pedro Lopes, o quelevou o vice-presidente do Vasco, Euricò Mi-randa, e o advogado do clube a lançarem aameaça de parar o Campeonato, se seu clubefor prejudicado.

Quanto ao doping, não há mais dúvida. Oresultado do terceiro exame na urina do CarlosAlberto confirmou os dois anteriores: deupositivo e, de acordo com as leis esportivas, q .Joinville tem direito aos dois pontos da partida,que terminou em empate. Mas o advogado doSergipe, Laurindo Campos, alega que CarlosAlberto tomara apenas um antigripal, comodeclarado anteriormente, e que há precedentesno futebol que inocentam jogadores nessasituação.

Os exames, feitos na Universidade de San-ta Catarina, chegaram em envelope lacrado àsede da CBF, ontem, como determina a lei,trazidos pelo médico Adriano Cruz e o presi-dente da Comissão de Antidoping da CBF,Pedro Paulo Caramez. Embora a lei recomen-de sigilo nesses casos, diante de vários microfo-nes os representantes do Sergipe, LaurindoCampos, e do Joinville, Valdomiro Falcão,anunciaram o resultado. Valdomiro foi atémais longe: disse que, em qualquer circunstân-cia, seu clube receberá os dois pontos e seclassificará.

Os gruposCom o empate entre Comercial e Alecrim,

oa grupos para a segunda fase estão assim: I —São Paulo, Ponte Preta, Santos, Bangu, Améri-ca, Palmeiras e Botafogo; J — Flamengo,Guarani, Fluminense, Grêmio, Atlético-GO, •Central, Vitória e Goiás; K — Bahia, Portu-guesa, Sport, Atlético-PR, Cruzeiro, Inter deLimeira, CSA e Comercial; e L — Atlético- •MG, Internacional, Coríntians, Rio Branco,Ceará, Criciúma, Nacional e Vasco ou Join-ville.

Laranjeiras,aplausos evaias juntos

Enquanto uma manifestação de secundaris-tas, em frente ao Palácio das Laranjeiras,gritava "um, dois, três, Brizola no xadrez", ládentro, no gramado bem cuidado do campo doFluminense, o time realizava movimentadotreino sob os aplausos de surpreendente pia-teia. Os de fora lutavam pela volta do passeescolar nos ônibus. Os de dentro, que certa-mente não necessitam deste benefício, grita-vam de entusiasmo com as jogadas de Delei,Tato, Jandir e Galvão.

Galvão era destaque na lateral direita, commuita velocidade no apoio, cruzamentos preci-sos e cobranças de lateral que deixavam a bolana marca do pênalti. Alem disso, encontrouespaço para marcar o gol da vitória dos titularespor 1 a 0. Até as finalizações longe do gol eramaplaudidas pela torcida, em reconhecimento aoesforço dos jogadores.

Lopes, satisfeito, não hesitou em confirmara escalação do coletivo para o jogo com oAtlético-GO, cm Goiânia: Paulo Vitor, Gal-vão, Viça, Ricardo e Eduardo; Jandir, Leomir,João Santos e Alberto: W^rvnotnn P TMrhv.'

«r Jy. • > ' »- v **-**-* *•"-*- ¦*—-* V .fVv :¦*,.* ,. **, **>.„-4V~

JORNAL DO BRASILw A Prefeitura aumentaráo IPTU em 1987para cobrir déficitdo orçamento. (Pág. 3) Cidade O Cassino da Urca,

onde funcionou a TV-Tupi,foi tombado pelaPrefeitura. (Pág. 7)

Circulação restrita ao Grande Rio Rio de Janeiro — Sexta-feira, 10 de outubro de 1986 NÀO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

Greve termina e Metrô volta a funcionarFoto de Almir Veiga

Trens não circularamontem, com a paralisação totaldos 4 mil empregados

A

greve que paralisou por24 horas todo o sistemado Metrô do Rio termi-nou à zero hora de ho-

je, quando os funcionários da manu-tenção começaram a reparar composi-ções para o retorno ao tráfego aindahoje. A previsão dos técnicos é de quesomente após o meio-dia será possívelo funcionamento de todas as estaçõesda linha 1 (Praça Saens Pena—Botafogo).

Os 4 mil funcionários em grevedecidiram voltar ao trabalho, inclusiveos eletricistas e mecânicos que ficaramparados três dias reivindicando adido-nal de 30% por insalubridade. O presi-dente do Metrô, Álvaro Ramos, pro-meteu por telefone ao presidente doSindicato dos Metroviários, José Car-los Marins, que hoje pela manha rece-berá os sindicalistas e uma comissão deeletricistas para acertar o pagamentodo adicionál-insalubridade e rever apunição a 112 deles.

a paralisação do Metrô trouxe pro-blemas e desconforto a milhares depessoas, obrigadas a enfrentar filas nospontos de ônibus, e aperto nos coleti-vos cheios. Trinta ônibus e quatrojardineiras da CTC, que deveriamatender aos passageiros do Metrô entrea Central e Botafogo, acabaram trafe-gando semivazios, porque seus letrei-ros indicavam Especial, em vez deCentral ou Botafogo, confundindo ospassageiros.

Manutenção noturnaO retorno ao trabalho dos 690

eletricistas e mecânicos, em greve des-de a madrugada de terça-feira, sigrüfi-cou serviço dobrado para uma turmade 100 homens do turno da noite damanutenção.

No pátio da oficina de manutcn-ção, apenas cinco carros estavam on-tem em condições de circular, mesmoassim de forma precária. Trafegaramquarta-feira entre as estações do Está-cio e Botafogo e não foram revisadosdesde então.

Nove trens fora de uso formavamuma longa fila para a manutenção estamadrugada, e o presidente do Sindica-to dos Metroviários, José Carlos Ma-rins, informou que dificilmente todasas estações da linha 1 abrirão aindahoje de manhã. Calcula-se que serápequeno o número de composições emcondições de rodar até o meio-dia.

A volta ao trabalho foi decididaontem à tarde cm assembléia no Pátiode Grande Revisão, do Centro deManutenção, na Avenida PresidenteVargas. Houve duas etapas: primeirofoi realizada uma assembléia extraor-

dinária de funcionários, para confirmara suspensão da greve de 24 horas querealizaram em protesto contra a puni-ção de um dos diretores do sindicato,César Ribeiro Novaes.

Os 800 trabalhadores presentes de-cidiram interromper efetivamente aparalisação à meia-noite, marcandoporém nova assembléia geral para apróxima quarta-feira, quando esperamque o presidente do Metrô já tenhadesistido de punir o dirigente sindical.

A outra etapa da assembléia quesuspendeu a greve reuniu, às 16h,apenas os eletricistas e mecânicos quereivindicam 30% de adicional por insa-lubridade. Meia hora antes, o presi-dente do sindicato, José Marins, faloupor telefone com Álvaro Ramos, napresidência do Metrô, e avisou-o que aassembléia geral confirmara a volta aotrabalho. Mas disse que quanto aoseletricistas e mecânicos não poderiagarantir que voltariam sem uma res-posta concreta da direção da empresa asuas reivindicações.

Ramos garantiu então que sentariacom eles para negociar hoje de manhã,desde que todos os funcionários, inclu-sive da manutenção, suspendessem agreve a partir da zero hora. Disse,ainda, que admitia a hipótese de sus-pender a punição aos 112 eletricistas—que receberam advertência por escrito,penalidade que prejudica os funciona-rios internamente nas suas promoções.

A promessa foi suficiente para queeletricistas e mecânicos concordassemem voltar à zero hora de hoje, estabe-lecendo-se que o turno da noite traba-lharia toda a madrugada na tentativade fazer voltar ainda boje ao tráfego asnove composições paradas.

O Metrô precisa ter pelo menossete carros para operar — e apenascinco estavam supostamente em condi-ções até ontem à noite. Os controlado-res da manutenção não garantem quepossam colocar sete em tráfego atéhoje de manhã. E, para que todas asestações reabram à tarde, um total de11 trens precisará ter a revisão con-cluída.

Além do atendimento às reivindi-cações da turma da manutenção, opresidente do Metrô ainda terá queconcordar em rever a punição ao dire-tor (suplente) do Sindicato dos Metro-viários, César Ribeiro Novaes, suspen-so por 15 dias ao se desentender comÁlvaro Ramos nas dependências doCentro de Manutenção, na terça-feira,quando pararam os eletricistas. Esta éa condição para que os metroviáriosnão voltem a pensar em greve naquarta-feira, afirmou Marins.

\ ^S^L^) ri'Fyk /V

~^f l AJ o vj T Aifl^^/^a ¦y ''%] I_—•4****/ - \>Y/'A \ \ \» **/./ixW*i - V •/ I\ f^mm-^í uw/S&ty*M /\ Y/y' r" \ í,\\> A ? .í iíU/txr s?1~ A/ /

\ Ww07 iSSí I\ ^g^aPLJ /

W^^Êf^SÊa0y^amÊÈS^mm Wf"^ 'W' MlÉ' ?V ¦A'^l^P^HaHH HkijV ^'''^llaa^ksaa^ **^*W^|

No Centro de Manutenção, composições paradas iam passar por revisão nesta madrugada para voltar ao tráfego

Foto de Carlos Mesquita

Desinformação torna inútilo esquema montado pela CTC

Novaes afirmou que fez o que quaUjuer líder Jana

Líder da CUT aguarda perdãoReligar a televisão que passava um

vídeo sobre os trabalhadores e a Consti-tuinte para uma platéia de eletricistascm greve no pátio de ensaios do Metrôdo Rio, diante do presidente da empre-sa, Álvaro Ramos, que acabara dedesligá-la, não foi um ato desrespeito-so, segundo a opinião de César RibeiroNovaes, 34 anos, diretor-suplente doSindicato dos Metroviários do Rio:

— Ele é que gritou conosco e nosdesrespeitou. Qualquer dirigente sindi-cal faria a mesma coisa que fiz seestivesse ali. Ele teve uma atitude auto-ritária cm relação à liberdade e à auto-nomia sindical, e agora espero quereflita e reveja a minha punição — disseele.

Integrante da diretoria do Sindicatodos Metroviários eleita cm 1984 com aplataforma de campanha da chapa"Avançar na Luta", indicada pelo Nú-cleo Metroviário de Apoio à CUT (Na-cut), César Novaes é um dos fundado-res do diretório regional do Partido dosTrabalhadores no Rio. Ativista daCUT, juntamente com toda a diretoriado sindicato que tinha à frente o diri-gente Geraldo Cândido (agora afastadopara concorrer à Constituinte), estásuspenso por 15 dias depois que bateu-

boca com o presidente do Metrô nopátio, diante dos companheiros gre-vistas.

Por causa disto, acabou sendo opivô da paralisação geral do Metrôontem, porque mais de três mil ftincio-nários da empresa somaram-se aos 700eletricistas na greve, exigindo exclusi-vãmente a revisão da sua pumçáorco»mo dirigente sindical: "Eles sabem queprecisam defender o sindicato, porqueestamos lutando por eles" — comentouNovaes.

Novaes ainda não enfrentara outrosproblemas no calor das assembléias egreves, quando as posições dos dirigen-tes da empresa entravam em rota decolisão com a dos sindicalistas.

Antes, há sete anos atrás, CésarNovaes era almoxarife da Varig, e che-gou a ter alguma atuação sindical noSindicato dos Aeroviários. Já foi meta-lúrgico na construção naval — traba-lhou na Emaq do Rio — e hoje, casado,dois filhos, almoxarife do Metrô comsalário de Cz$ 3 mil, mora em Catonho(área de Jacarepaguá entre a Taquara ea Sulacap), e identifica a sua atuaçãosindical com a filosofia da CUT: levar aluta sindical junto com as bases.

Enfrentar longas filas nos pontos dosônibus e muito aperto para voltar paracasa modificou a rotina de milhares depessoas acostumadas às estações refrige-radas e aos confortáveis trens do Metrô.O esquema de emergência montado pelaCTC para atender aos passageiros daLinha 1 entre a Central e Botafogo e osda Linha 2 entre Central e Maria daGraça não funcionou, porque faltou in-formação sobre a disponibilidade dosônibus.

Ainda assim, cerca de 10 mil passa-gciros chegaram ao trabalho viajando nosônibus da CTC de manhã e outros 15 a 20mil voltaram neles para casa, no final dodia, segundo cálculos do chefe do Depar-tamento de Operações da CTC, AgnaldoTeles de Menezes, que coordenava oserviço cm Botafogo após as 18h.

Com a paralisação geral do metrô, aCTC montou um esquema especial deônibus na Central do Brasil, Botafogo cMaria da Graça, mas nesses locais nãohavia ninguém para informar aos passa-geiros onde os ônibus estavam parando.Por isso, na Central do Brasil, às8h30min, havia ônibus vazios, inclusiveuma jardincira.

Já os ônibus das linhas particulares,com pontos em frente à gare D. Pedro II,saíam superlotados, com passageiros aténos pára-choques traseiros. Os 10 solda-dos do 5o BPM orientados para organiza-rem as filas do esquema de emergênciaacabaram sendo desviados para os pontosdas empresas particulares, onde era maisnecessária sua presença.

Na Praça Saens Pena e em Botafogo— estações de maior movimento depoisda Central do Brasil — nem parecia quehavia greve. Apenas na estação da Cen-trai do Brasil havia uma corda isolando oacesso à estação, onde se via tambémdois cartazes com a mesma frase: Esta-mos em greve—trens parados—estaçõesfechadas. Nesse ponto, quando chegavamos trens da Companhia Brasileira deTrens Urbanos (CBTU), as filas dos

ônibus cm frente à gare engrossavam c,para não chegarem atrasadas aos locaisde trabalho, algumas pessoas viajarampenduradas nas janelas e até nos pára-choques dos ônibus.

Para os soldados da PM que tenta-vam evitar que passageiros viajassem co-mo pingentes, o pior horário foi entre 8he 9h, quando o trânsito em toda a cidadeé lento c os ônibus demoravam a retor-nar. O esquema da CTC — pouco útil aosusuários do Metrô — funcionou com 32ônubus, fazendo o percurso do metrôentre a Central e Botafogo. E mais oitoveículos circulavam entre Maria da Graçae a Central do Brasil.

O presidente do Sindicato dos Metro-viários, José Carlos Marins, não confir-mou para a próxima segunda-feira a reu-nião destinada a deliberar sobre novaparalisação por mais 72 horas, mas garan-tiu que haverá uma assembléia na próxi-ma semana para uma tomada de posiçãoquanto ao pensamento irredutível do pre-sidente do Metrô, Álvaro Ramos, de nãocancelar a punição imposta ao dirigentesindical César Ribeiro Novaes.

Marins esclareceu que a classe acci-tou 90% da proposta da Companhia doMetropolitano, mas decidiu manter agreve geral de 24 horas por causa dapunição imposta a César. O dirigentesindical disse que a classe está aguardan-do uma definição da direção do Metrôquanto à anulação de todas as punições,já que a maioria concordou com a pro-posta de pagamento do adicional de peri-culosidade com data retroativa a Io deoutubro.

À noite, a falta do Metrô tumultuouo trânsito e sem informações sobre aoferta do transporte especial da CTC ospassageiros acumularam-se nos pontos,aguardando transporte na Zona Sul, emdireção ao Centro da cidade. Os ônibusque se dirigiam à Central do Brasil trafe-garam com as portas traseiras abertas,por causa da disputa de espaço até aroleta.

Tribunal obriga advogadoa dissolver seu zoológico

Ele tinha 10 dias para removercães, araras, tucanos,papagaios e flamingos

UtflvWO

POR

unanimidade, a 6a Câmarado Tribunal de Alçada Cívelconfirmou a sentença do juiz

da 37a Vara Cível que condenou o advo-gado Paulo Roberto Munhoz da Fontou-ra a retirar de seu apartamento, no Le-blon, dois cães, três araras, três tucanos,um papagaio e dois flamingos no prazo de10 dias, sob pena de multa de CzS 1 milpor dia de atraso.

Ao prestar depoimento na Vara, oadvogado contou que há cinco anos man-tinha, em área de 80 metros quadrados,animais das mais variadas espécies.

Teve um pavão, um jegue, um veadode pequeno porte e nove cachorros. Atri-buiu o processo contra ele a perseguiçãodo síndico e de alguns moradores, pois nocondomínio há 40 cães e 80 animais devariadas espécies. Mesmo antes da con-firmação da sentença, Paulo Roberto e

sua fauna deixaram o apartamento doLeblon e mudaram-se para uma casa noJoá.

Barulho e mau cheiroEm julho de 1985, o condomínio

Vivcnda Onze, na Rua Engenheiro Cor-tes Sigaud, 11, entrou com ação paracompelir o proprietário e ocupante doapartamento 104 a retirar os animais. Oadvogado era acusado de contrariar asnormas da boa vizinhança, a convenção eo respeito pelo sossego e saúde dosdemais moradores."Ele mantém diversos animais (cães,araras, veados) que nas mais variadashoras do dia, inclusive de madrugada,emitem ruídos estridentes. Além disso, omau cheiro é insuportável. O problema éagravado com as suas ausências prolonga-das, quando os animais ficam sem ali-mentação e sem água", diàa ação.

O advogado, na contestação, afirmaque o síndico Roberto Ribeiro França"não paga nem condomínio nem despesaalguma" e que não se importa em perderna Justiça. Acusou a péssima administra-ção do síndico, culpando-o pela constantefalta dágua e alegando que, por isso, noterraço onde ficam os animais, há pou-quíssima água. Argumenta, porém, que aárea é limpa com a água de uma minipis-cina.

Afirmou que mantinha no aparta-mento dois cães — um Poodle toy e umíris wooMhound — que não latem, trêsararas, três tucanos, um papagaio, doisflamingos, um gato e quatro passarinhos.Negou que as aves emitam ruídos estri-dentes de madrugada, porque

"nesse pe-ríodo elas dormem". * ... . .

O morador do apartamento 204, JoséBrito, disse em depoimento que seusparentes eram acordados freqüentemen-te, de madrugada, com o barulho deararas e cães e que o mau cheiro doapartamento 104 era insuportável. O mé-dico Osvaldo Abdala Issa, morador doapartamento 303, queixou-se também dobarulho e do mau cheiro.

Maria Carmem Ponzo Crua de Mo-rais, do apartamento 404, contou, porém,que mora no prédio há seis anos e nuncaouviu barulho nem sentiu mau cheiroprovenientes do apartamento do advoga-do. Nilza da Silva Oliveira Costa afirmouque os animais não a incomodavam, masrevelou que o advogado manteve umjumento em seu apar&mento por uma

semana. Cláudia Ribas, do 304, disse quePaulo Roberto já criou no apartamentoaté um avestruz e que o papagaio viviaimplicando com as araras, "provocando

gritos horríveis".Azar com cães

O juiz Dauro Inácio da Silva, nasentença que condenou o advogado, re-conheceu que a permanência dos animaisprejudica a saúde, o sossego e o bem-estar dos demais moradores, além decaracterizar mau uso da propriedade.

Ao recorrer da sentença, Paulo Ro-berto Munhoz da Fontoura alegou que ojuiz deveria ter-se considerado impedido.Explicou que, durante a audiência dejulgamento, o magistrado queixou-se devários incidentes em sua vida provocadospor cães. E enumerou: mudou-se de umapartamento de frente para o mar, naBarra, por causa dos cães de seus antigosvizinhos; processou civil e criminalmenteo dono de um cão que mordeu sua mãe; afilha de um amigo contraiu micose napraia por causa das fezes dos cachorros.

Os juizes Luís Eduardo Rabelo, pre-sidente da 6a Câmara do Tribunal deAlçada Cível, Martinho Campos e Arru-da França confirmaram a sentença deDauro Inácio da Silva, considerando-airretocável."Com efeito, é inaceitável que ai-guém pretenda o apoio judicial paramanter no seu apartamento, como con-fessa o réu, gatos, cachorros, tucanos,flamingos, pavão, veados etc"

, . 4 .»,.'.«-«. *-¦>- »-..»¦-•• ? * * « * '*• - V > l * A. ¦>.

2 o Cidade o sexta-teira, 10/10/86 JORNAL DO BRASIL

z

A •

ozimo

-i \

. iv •

XernobiuGraças à visão futurística das autoridades

que resolveram plantar uma central atômica àsmargens plácidas da praia de Itaorna, isso quaseduas décadas atrás, o Brasil pode hoje se gabarde ter chegado sem escalas à era dos desastresnucleares.

Sem escalas, auer dizer: debutou no vaza-mento da usina de Angra dos Reis antes queestreasse nas lâmpadas do Rio de Janeiro a luz datal engenhoca. O país entrou na fase pós-nuclear,sem ter passado pela nuclear.

Recomposta na memória, a cena hilária,como se diz no Circo Voador.

Negociada no Governo Costa e Silva einiciada no Governo Médici, a usina Angra 1,

- pela qual têm sido pagos os bilhões, arrasta há'¦ pelo menos 17 anos a sua esterilidade — nem umsó rebento, um só pimpolho, um mísero kilowattela conseguiu gerar.

Nem gemendo, apertando, espremendo foicapaz de dar à ou a luz.

O máximo que se conseguiu extrair dela,como está estampado desde ontem no noticiário

• dos jornais, foi um traque. Uma vergonheira quecobre de opróbio passadas, presentes e futurasgerações.

Não, não e não, mil vezes não! Que não sevenfui a comparar o espirro de Angra 1 com aexplosão do reator de Cnernobyl. Seria compararo estrondo da Challenger que se destruiu com ochiado de um buscapé Caramuru, aquele que nãodá xabu.

Chernobyl semeou a morte e a ruína, mas

pelo menos cumpriu seu projeto de produzirenergia, iluminar cidades, aquecer lares.

Certo: Angra 1 não chegou a semear morte eruína mas também é verdade que nunca chegou asemear nada.

Perdão! Semeou, sim: poluição, erguendo-semedonha numa paisagem abençoada por Deus ebonita por natureza.

Se, em vez de uma usina, se tivesse plantadoali um hotel, estaria atendida uma das necessida-des maiores do turismo da região. Até porque,com raríssimas exceções, das quais a mais recenteé o Ebony, no centro do Rio, hotel não costumavazar. Está aí. É exatamente isso que a Angra 1é: o Ebony das usinas nucleares. Principalmente,pela alta rotatividade das comissões que suacompra produziu.

Seria de qualquer forma injusto afirmar queAngra 1 nunca gerou riqueza. Ela não produziuoutra coisa, se bem que nem todos tivessem aprincípio entendido exatamente o espírito dessacoisa.

No caso, não se tratava de distribuir riquezamas de concentrá-la, de preferência nos bolsosamplos, espaçosos e elásticos da ditadura.

Quem tem razão é o ex-Ministro MarioHenrique Simonsen, que disse certa vez que, deolho na propina e nas comissões, costumava-seno Brasil contratar obras tão dispendiosas einúteis que sairia muito mais em conta para o paísconvocar os interessados aos guichês do Tesouro,saber quanto cada um estava levando a pagar-lhes as comissões combinadas.

Sem, evidentemente, fazer a obra.

Zózimo Barrozo do Amaral

Petrópoiis tem 10% em favelas

Petrópoiis — Cerca de. 10% da popu-lasão de Petrópoiis (25 mil pessoas) vivenas 30 favelas da cidade, em sua maioriapçrto do Centro. Mais de 75% dessasfavelas estão localizadas em áreas deterceiros, o que obrigará a Prefeitura adesapropriar cerca de 1 milhão de metrosquadrados para reqularizar a posse deterra dessa população dentro do Progra-ma Municipal de Urbanização de Favelas(Pró-Urb), implantado pela SecretariaMunicipal de Apoio Comunitário.

O levantamento foi realizado peloProjeto de Caracterização e Identificaçãode Setores Habitacionais Especiais (Pro-Cise), criado pela Secretaria de ApoioComunitário para catalogar as áreas aserem incluídas no Pró-Urb.

O trabalho foi transformado na expo-sição O outro lado de Petrópoiis, quecomeça segunda-feira no Centro deCuitura Alceu de Amoroso Lima. Serão28 painéis com fotos, mapas e textos coma.localização e as características topográ-ficas das favelas incluídas no Pró-Urb.

— Quremos mostrar o lado da cida-de que não aparece nos cartões postais, olado da miséria, da falta de saneamento,da falta de escolas, de condições higiêni-co-sanitárias e de alimentação — expli-cou o Secretário de Apoio Comunitário,Vicente Loureiro. Ele cirticou o InstituoBrasileiro de Geografia e Estatística("que nunca se preocupou em mostrareste lado da cidade, preferindo divulgá-lacomo a linda cidade turística que todosconhecem") e a Fundação para o Desen-volvimento da Região Metropolitana(''que nunca deu um centavo da verba daregião metropolitana para resolver osproblemas de Petrópoiis").

Ao anunciar a exposição sobre as 30fávelas de Petrópoiis, Loureiro disse te-rèm sido convidadas todas as prefeiturasmunicipais do Estado do Rio, porque "ascidades de porte médio do estado passa-rám a sofrer acentuado processo de crês-rihiento populacional, em relação à Bai-xida Fluminense e à Capital do Estado,em função das maiores facilidades deacesso aos bens urbanos, como escolas e

i hospitais, dos baixos preços dos transpor-tes coletivos e da maior proximidade com

: ò local de trabalho".

— Esta exposição será um alertapara as cidades de porte médio do Esta-do, que precisam regularizar as suas fave-Ias, transformando-as em bairros popula-res, sob pena de piorar rapidamente aqualidade de vida da população, jogan-do-a sempre cada vez para mais longe dacidade — disse o secretário. Segundo ele,enquanto a taxa anual de crescimentopopulacional das grandes cidades é 2,5%,nas cidades de porte médio ela temchegado a 5%. Petrópoiis cresce 4,2% aoano, apesar da falta de moradias e dacada vez pior qualidade de vida próximoao centro da cidade.

A exposição não mostTará dados re-lacionados com os loteamentos irregula-res da cidade, mas, segundo VicenteLoureiro, "passa dos 40 mil o número depetropolitanos em subcondições de vida,se formos juntar os moradores de lotea-mentos sem infra-estrutura".

A Secretaria de Apoio Comunitárioprometeu divulgar um relatório sobretodos os loteamentos irregulares "prova-velmente dentro de seis meses", segundoVicente Loureiro, para quem "um lotea-mento irregular não é tão margmafôãftvquanto uma favela, porque sofreu umprocesso de parcelamento formal, en-quanto as favelas foram invadidas".

O Pro-Urb começou a ser executadohá dois anos e a Favela do Lixo — cujosmoradores vivem da cata do lixo novazadouro da cidade — foi usada comoensaio de trabalho de regularização fun-diária e urbanização.

Para regularizar as 30 favelas, a Pre-feitura está criando o setor especial nu-merado no zoneamento da cidade, quepermitirá a transformação da favela embairro popular sem expulsar muitos fave-lados, como seria necessário se fosseutilizado o zoneamento normal de cadaárea.

— Esse bairro popular é uma formade conter a expulsão branca, causadapela especulação imobiliária e que tam-bém existe nas favelas, onde tambémexistem barracos para alugar e para ven-der — disse Vicente Loureiro.

A regularização de terras em Petró-polis, tanto nas favelas (Pro-Urb) quantonos loteamentos irregulares (Pro-Lote),está sendo debatida com os interessados

através do Coletivo da Terra, um órgãoque se reúne uma vez por mês.

Já fizemos três reuniões e compa-receram mais de 300 pessoas cm cadauma delas. É uma forma da comunidadeinteressada na (tosse da terra nos pressio-nar para levar adiante os programas —disse Vicente.

Embora não incluído na exposição, oPro-Lote também merece atenção espe-ciai da Secretaria de Apoio Comunitário:desde junho de 1983, quando a Superin-tendência de Regularização de Lotea-mentos Populares foi criada, 1470 lotes jáforam regularizados. Depois, a Surlop foidividida em Pro-Lote e Pro-Urb.

Todos os responsáveis por lotea-mentos irregulares estão sendo obrigadosa se r&sponsabilizar por sua regularização— garantiu Loureiro.

Para regularizar o parcelamento deterras, o loteador precisaria, de acordocom a Lei federal 6766, cumprir sete itensda urbanização do terreno: abrir ruasdemarcadas e pavimentadas, demarcar oslotes, construir galerias ou canaletas late-rais para escoamento das águas pluviais,redes de iluminação pública, de abasteci-mento de água e de esgotos e testada paralogradouro público.

Mas a Surlop ntihrlrrr qiM| pnrnefeitos de regularização, devem ser admi-tidos com infra-estrutura mínima lotea-mentos com três das sete especificações."A Prefeitura irá arcar com as outras,quando não realizadas", admitiu o secre-tário. "É uma questão de urbanização decidade".

No Coletivo da Terra, os faveladostêm sido induzidos a escolher entre duasformas de regularização da terra: a con-cessão real de direito de uso e a conces-são de propriedade plena. Embora apopulação tenha preferido a segunda"porque quer ter o papel da escritura namão", Vicente Loureiro recomenda aconcessão por direito de uso, na qual oproprietário só pode vender o lote comautorização da Prefeitura.

E a garantia de que o bairro serásempre popular e as pessoas não serãoainda mais empurradas para a periferia.Daremos concessões de 50 ou 60 anos, oque dá as mesmas garantias à família —explicou Vicente Loureiro.

ymyz WzBAR

fwo^m^^çpcoCo'

HOJE 23:00 HS

LEILA PINHEIROHAPPY HOUR—Diariamente às 19:00 hc/Beto QuartinA BANDA OU NADA — Diariamente às22:00hR. PAUL REDFERN, 44 IPANEMA T.294-9791Couvert. 100,00 consumação — 100,00

VHS SPECIAL CLUBEALUGUEL DE FILMES LEGENDADOSTRANSCODIFICAÇÕES • INSTALAÇÕESFILMAGENS

R. VISC.PIRAJA, 82 SL 207 Tels: 2276893 * 5214153

Fotos de Gilson Barreto

1 wRHIBHNÍIHMHIíéíii^PÍÍ'.

'ífitv'ii..¦1 ¦'11;*' iàM8B1As peles incineradas nos fornos do aeroporto internacional foram apreendidas <

Peles apreendidas no

Estado são incineradas

HokQscopõ

Ladrão não

respeita

nem museus

Trancas de ferro nas 20 janelas e 12portas do Museu de Arqueologia é o quetem evitado os arrombamentos, até pou-co tempo muito freqüentes, na Casa daFazenda do Capão do Bispo e os saques eo vandalismo contra o acervo da culturaprimitiva c indígena reunido no casarãocolonial da Avenida Suburbana, em DelCastilho.

Mas se a medida dá segurança aopatrimônio recolhido e reunido durantedécadas por biólogos, arqueólogos e an-tropólogos, a aparência externa é deabandono: mato grosso e capim altocobrem todo o terreno em volta do casa-rão do século 18 e suas paredes bicente-nárias exibem modernos e coloridos graf-fiti, indecifráveis inscrições feitas porspray acrílico.

Embora deposite valiosos vestígiosdo passado nas terras cariocas, a casa daFazenda do Capão do Bispo, mesmosituada em um outeiro de 20 metros,praticamente desaparece permanece cs-condida entre novas construções, à vistade quem transita apressado pela AvenidaSuburbana, na altura do n° 4.600, navizinhança de várias lojas e depósitos defábricas de jeans e do Norte-Shopping.Localizála é difícil: a casa fica afastada dalinha da rua, semi-encoberta pelo mata-gal que viceja na frente, junto ao portãode ferro permanentemente aberto e aolongo do caminho da terra que leva aoouteiro.

Nenhuma placa indica que lá funcio-nam o Museu e o Instituto de Arqucolo-gia, e um Centro de Estudos porquetodas que são colocadas prontamentedesaparecem.

LBA faz

convênio

por pobresA LBA — Legião Brasileira de As-

sistência, assinou ontem, em conjuntocom o Ministério de Educação, Ministé-rio da Ciência e Tecnologia e AssociaçãoBrasileira de Desportos em Cadeira deRodas, um convênio de cooperação téc-nica, visando a melhorar a produção decadeiras-de-rodas destinadas a pessoascarentes no país. O convênio objetivamelhorar as cadeiras, a fim de que aspessoas que delas necessitam possam de-senvolver o máximo de atividades possí-veis, inclusive a prática de esportes.

O presidente da LBA, Marcos Vila-ça, disse que é a entidade que maisdistribui cadeiras de rodas no país, — sóno ano passado foram 21 mil 339 unida-des —, mas que há necessidade de elabo-rar projetos de cadeiras mais técnicas queatendam peculiaridades geográficas e otipo de deficiência. Como exemplo, elecita um deficiente que mora na Amazôniae precisa de uma cadeira que facilite aentrada em embarcações.

Precisamos de cadeiras de rodasmenos amadoras e mais profissionais. Porisso vamos investir quase Cz$ 2 milhõesnos trabalhos de pesquisa — disse.

À assinatura do convênio-estivei ainpresentes o secretário de Educação Físicado Ministério da Educação, Bruno Silvei-ra, e cinco atletas paraplégicos. LuísCláudio Pereira, 25, campeão mundial,pan-americano e olímpico de atletismo,nas categorias disco, dardo e peso, achaque, com a fabricação de cadeiras derodas mais técnicas, os deficientes físicosbrasileiros poderão competir em pé deigualdade com os estrangeiros nas dispu-tas internacionais.

As cadeiras importadas — contaele — têm uma tecnologia muito maisavançada. São mais resistentes e facilitamo deslocamento. Participo de campeona-tos há oito anos, mas só consegui meclassificar entre os três primeiros lugaresa partir de 82, quando comecei a compc-tir com uma cadeira de roda inglesa —revelou. t

Dezesseis toneladas de peles de ani-mais, avaliadas em 2 milhões de dólares,foram incineradas nos fornos da Centralde Incincração de Lixo do AeroportoInternacional do Rio de Janeiro. Apreen-didas pelo IBDF (Instituto Brasileiro deDesenvolvimento Florestal) no Rio deJaneiro desde 1979, as peles foram trans-portadas em sacos, em três caminhões,sendo que um fez duas viagens do IBDFao aeroporto.

A quantidade de peles trazida porcada caminhão levou em média duashoras para ser incinerada e o trabalho seestendeu até o fim da tarde. Quando oprimeiro caminhão — que chegou aoaeroporto às 10h20min — passava pelaRua General Polidoro, em Botafogo, umrapaz na rua sentiu o cheiro forte daspeles, julgando tratar-se de carne-seca, eacusou o IBDF de estar "segurando acarne".

Solução é queimarO delegado regional do IBDF, José

Fernando Pedrosa, que assumiu o cargono início do ano, não soube dizer por quesó agora foi realizada a queima. Havia 55mil 655 peles inteiras de animais silvestrese 5 mil 240 quilos de pedaços de lagarto,raposa, onça-pintada, lontra, ariranha,jibóia, sucuri, jaguatirica, gato-pintado,veado-maleiro, tamanduá, jacaré e atécasco de tatu.

As peles são procedentes, principal-mente, das regiões Norte e Centro-Oeste. De acordo com José FernandoPedrosa, entram no Estado do Rio, se-manaimente, 10 mil animais vivos, vendi-dos nas 70 feiras livres, sendo "dificílimorealizar um trabalho repressivo nessecontexto". Ele afirmou que o comérciointernacional de peles tem diminuído de-vido a dois fatores: um acordo entre 88países contra esse tipo de exploração e aatuação de instituições de refloresta-mento.

Para o delegado regional do IBDF, oleilão das peles, que poderia reverterrecursos para melhorias no instituto, re-presentaria um estímulo indiscriminado àmatança de animais. "A única solução é aqueima, visto que os animais já estãomortos".

A Central de Incineração de Lixo doAeroporto Internacional tem como prin-cipal função impedir que restos de comi-da, principalmente os que são trazidosnos lixos de aviões internacionais, disse-minem doenças no país. Inaugurada emjaneiro de 1986, a central tem dois for-nos, cada um com capacidade para quei-mar 30 toneladas de lixo por dia.

Os fornos possuem três câmaras: naprimeira, o lixo é queimado; na segunda,os gases da queima se misturam como oar; e na terceira ocorre a combustãocompleta dos gases. O processo de inci-neração tem controle automático, queoferece economia de custos: o própriolixo é aproveitado como elemento decombustão.

As brasas são consuzidas a um fossocom água, onde são extraídas as cinzaspor um transformador de corrente sub-merso, que conduz a lama por umarampa, descarregando-a num container.Os gases são depurados pelo processo delavagem com exaustão forçada, que re-tém partículas e gases poluentes. Dessaforma, os gases lançados na atmosferapelas chaminés são inofensivos à na tu-reza.

A Arsa (Aeroportos do Rio de Janei-ro S.A), empresa responsável pela admi-nistraçáo e operação do Aeroporto Inter-nacional, possui dois caminhões compac-tadores, iguais aos da Comlurb, que reco-lhem o lixo, descarregando-o na central.Uma pá mecânica transfere o lixo para oalimentador hidráulico, que o empurrapara um dos dois fornos.

UaÉaMMlEir ífejt^ (Az

f3®,/! (§*** "Sji®

Havia grande quantidade de peles de onça-pintada

mm

Q

LEU

JORNAL DO BRASIL sexta-feira, 10/10/86 o Cidade o 3

Prefeitura cobriráConvocado pela comissão de finanças

da Câmara Municipal para esclarecerquestões sobre o orçamento da Prefeiturapara 1987, o secretário de Planejamento,Tito Ryff, disse aos 10 vereadores presen-tes, a maioria da bancada do PDT, que odéficit previsto de CzS 5 bilhões 700milhões será coberto com o aumento doIPTU, na ordem de 18% para imóveiscomerciais e 5% para residenciais.

Além do aumento do IPTU, a Prefei-tura pensa também, segundo Tito Ryff,em fazer o recadastramento de imóveis eoperações de crédito para cobrir o déficit.O secretário explicou, no entanto, que odéficit existe em potencial, mas não defato. O aumento do Imposto Predial eTerritorial Urbano não agradou à maio-ria dos vereadores, que denunciaram aexistência de quase 40 mil imóveis comer-ciais cujos proprietários nunca pagaramIPTU, problema que só o recadastramen-to solucionaria, segundo eles.

Abastecimento-- O vereador Emir Amed, vice-líder da

bancada do PDT, acha inadmissível queestabelecimentos como Canecão,Curtume Carioca, supermercados e ou-tros não paguem o imposto. Criticoutambém o orçamento global, porque aPrefeitura não se preocupou com o abas-tecimento da cidade, pois a fatia para aSecretaria não se preocupou com o abas-tecimento da cidade, pois a fatia para aSecretaria de Agricultura será de apenasCzS 47 milhões 576 mil, enquanto quepara divulgação o bolo chega a CzS 1milhão 700 mil. O vereador destacou quepara o incentivo à pesca a previsão degastos é de apenas CzS 275 mil.

Tito Ryff explicou que apenas o reca-dastramento de imóveis não basta para omunicípio. Será necessário aumentar oIPTU, não como no ano passado, quandoo percentual foi de 230%, mas paraacompanhar a inflação. Previu um au-mento de 18% para imóveis comerciais,com base na inflação de março deste anoa março de 1987. O aumento do impostopara imóveis residenciais ficará em torno'de 5%, de acordo com a variação dos' salários. Esses reajustes diferenciados es-tão sendo estudados pela Prefeitura.Adiantou, entretanto, que em fevereirofica pronto o recadastramento e em mar-ço já se começa a cobrar o IPTU comaumento.

Insatisfeito com o orçamento global,o vereador Emir Amed disse que uma dasgrandes falhas que encontrou foi o nãoincentivo às cooperativas hortigranjeiras,que resolveria o problema de abasteci-mento do município. "O Rio importatudo ou quase tudo que come e era de seesperar um maior incentivo às cooperati-vas numa Prefeitura com propostas sócia-listas", disse.

O que os vereadores mais estranha-ram foi Tito Ryff dizer que o déficit nãoexiste de fato, mas em potencial. Eleexplicou que o orçamento prevê umareserva de contingência da ordem de CzS2 bilhões 300 milhões e destina CzS 3bilhões 400 milhões a investimentos decaráter social. "Se a Prefeitura resolvernão aplicar estes recursos, o déficit deixade existir", afirmou.

Embora os próprios vereadores te-nham convocado o secretário para pres-" tar esclarecimentos, apenas 11 dos 33representantes municipais apareceram.DÓ PDT estavam Emir Amed, AntônioPereira, Alberto Garcia, Roberto Ribei-ro, Osvaldo Luís, Kleber Borba e Riva-dávia Maia. Da oposição apenas três:Américo Camargo (PL), Ivo da Silva(PMDB) e Leonel Trota (PTB).

Polícia negauso de balacom 10 anos

Nota da Secretaria de Polícia Civilnegou fundamento à notícia de que poli-ciais do DIE usaram balas com quase 10anos de fabricação no tiroteio da madru-gada de quarta-feira no morro da Matriz.

Segundo a polícia, as balas usadaspelos policiais são novas e de aquisição

• recente, conforme cópias de requisição'existentes na Divisão de Material. A

s munição foi toda comprada este ano, naCompanhia Brasileira de Cartuchos, diz anota.

Só este ano a secretaria comprou 640mil balas de calibres 38 (para revólveres),

. 12 (escopetas) e 45 (pistolas e metralha-. doras), que custaram aos cofres públicos. CzS 4 milhões 538 mil 228,10. A nota- informa que a munição adquirida é sufi-

ciente para as necessidades da polícia atéo final do ano.

ComputadoratualizaSaturnino

Um terminal de vídeo diretamenteligado ao computador do Instituto dePlanejamento Municipal (IpIanRio) foiinstalado ontem à tarde junto ao gabinetedo prefeito Saturnino Braga no Palácioda Cidade. Saturnino terá à sua disposi-ção informações rápidas e detalhadassobre a administração municipal.

O sistema do terminal de vídeo é dotipo in Une — a informação sai direta-mente na tela. Na instalação do aparelho,Saturnino viu uma demonstração cominformações gerenciais sobre o funciona-lismo da administração direta do Municí-pio. O sistema se baseia no cadastro dafolha de pagamento dando informaçõessobre salários, órgãos, verbas, prefixos eencargos especiais.

O sistema de informática no gabinetedo prefeito foi elaborado em 45 dias pelostécnicos do IpIanRio. Em mais 60 a 90dias o sistema abrangerá também órgãosda administração indireta e das empresusvinculadas ao Município.

déficit em 87 com aumento do IPTUSecundaristat,Foto de Chiquito Chaves

m /¦fsmrios delira íès

BBaaaaaaKC*1alV »™< I âBraWWB^BT T WBWL^mÍ JT? "J^MLmWBBI

HHClllíllBÍÍaÍlBl BV<BtlflHVV9a(BX^ialwMHialU<aaaM.' -w T. ríW^L * ">S" Ü" «ja.V *L tÀ~", W*~\ f.Wtm " W1_ Wmm BC 1/ W' "JLrW* BB jr^BjABj* ""

|>*Ma|h^^H HHBl B*J^taU<rBT^raiHrBnHr laj rafa» «V *rT* ^* " ™ 1 3 ^P 1> *PHt

PrfcjjW aW jl ãSEraBBBBBBBBBBBBBBa! raaaaaaalaffi '..ili|nlfr!nyuUK|lU{J^^^| ¦daHtf': '¦^¦Y^aaraal ^aUflljl -- -*¦ rjaVr aâ> irájlfefjrWHIrtfilil a^rajrate 9r llm * "rã B~fi Já ^2L

Mm*, «riáaaaâaallal raHM raHI^rl raKraãi. **^^*^l^LaaM W JrjaaB Í^St*" ^aaaaaaaaaai "'•

^raaaaMH^^^^^^^|jl^|n^| -V •& ** "^ P™ ™™ ^^| «aãam » • •«% T*-

k' flrft ... ! raraá.raaaLàW j^—^ 'LijJraBBaflP-' ^airaaBBafl ! LA-^ilíLjir^-' ' T*ii ' .aaW^iHrjj raaBaSaarJlfjJlrlTBrT' i* **"' '""í !**B5JL. —* 2-atjrãBBBBBBBBaWUÃil-' ^-CT^raaPrjfen '"gTOrirrfii "¦ *r raam * njf

'f mi ¦ ¦¦¦ BB m ra, m. g ¦¦¦ , k|rBl BfTalaaaP BW^^aaPWaaft ¦' >•* l'!' ' .V '•.Ji^a^*JlBaWF'"^'FFBjBMJ*»^ *'* **",W ^ ^Cr)Baaall laa* ' " ' "I* wSEMLTÉC • * * «fal " rata»

Jr ¦*•¦ • I i IrlríTraalrimH rfl^>VVrMUM|UakaW » av ía tt É í aV '^l!|_!Z_ .JL__aaãârraàtrÍliLláaaa^raaakaaaaaRV/ «aaaaaaal raaaaaV attaáààâaaaaaaaaal raaaaaak ^rat^aaaaaaal !^raaarar«rããáaããaaaaaãàááaàaãaaal jãraaar^*"'»)^'!' *» ^vJL* ' •• *• V ^aH ^^^ B>jaaaaàKaE_ajraJ*V —Jã, Bfaà EraaaaaaDraaaaaVaailVI

Na Praça Melvin Jones , eles deixaram por instantes as caixas de engraxate e foram simplesmente crianças

Menino de rua pinta maçã que jamais comeuOs meninos de rua trocaram ontem

suas caixas de engraxate e flanelas porlápis de cor e papel: 30 passaram a manhãdesenhando, na Praça Melvin Jones, emcomemoração a Semana da Criança, den-tro do projeto Ao Encontro dos Meninosde Rua, dá Sociedade Beneficiente SãoMartinho e Museu Nacional de BelasArtes. Os pedestres não se sensbilizaramcom a comemoração e muitos preferiramdar atenção a Miss Rua da Carioca,Valéria Dutra, que era fotografada.

A maioria dos desenhos tinha comotema revólveres e preseguições de moci-

nhos a bandidos. Uma das exceções foi otrabalho de Fábio da Silva Oliveira, 7,que desenhou uma maçã. Ele disse queconheceu a fruta "nas lojas de suco". Nobarraco da Favela Alvorada, em Jacaré-paguá, onde moram seu pai e quatroirmãos, nunca entrou maçã.

DificuldadesAo som de músicas tocadas pela

banda da Funabem, os meninos de ruamostraram pouca intimidade com os lá-pis. Alexandre da Silva Alves, 12, semsaber como segurá-lo, disse que em casa

"não tem laóis". Ele vive perambulandopela rua, onde consegue alguns trocadoscom pequenos trabalhos. Alexandre eraum dos mais animados com a iniciativa.

Roberto José dos Santos, coordena-dor do projeto Ao Encontro dos Meninosde Rua, explicou que a Sociedade Benefi-cente a São Martinho foi criada pelaordem dos Cormelitas com o intuito demudar a imagem dos meninos de rua.Atualmente assiste a 150 menores, de 8 a16 anos.

O projeto tem o paoio do MuseuNacional de Belas Artes que, em 1983,

passou a recrutar menores para treina-los. Quinze deles já foram contratados. Omuseu promove cursos de restauradoresde molduras para os meninos de rua coma finalidade ampliar o seu universo.

— A Sociedade Beneficiente SãoMartinho objetiva lembrar a esses meni-nos, marginalizados e massacrados pelapobreza que lhes foi imposta, que elessão crianças e merecem ser felizes. Te-mos também a finalidade de chamar aatenção da comunidade do Rio para suaresponsabilidade diante desta dura reali-dade — afirmou Roberto.

Fotos de José Roberto SerraPI " '"

faz protestono Guanabara

Cerca de 500 secundaristas, gritandoslogans como "É hora, hora, hora, meia-passagem agora, agora, agora", "Um,dois três, quatro, cinco, mil, está renas-cendo o movimento estudantil" e "Estu-dante não é bobo, Brizola é demagogo",promoveram uma passeata que engarra-fou o trânsito do Largo do Machado até oPalácio Guanabara. Reivindicar meia-passagem nos ônibus, eleição direta paradiretor e mais verbas para as escolas eramas principais exigências dos manifes-tantes.

Organizada pela Associação Metro-politana dos Estudantes Secundaristas(Ames), a passeata, formada basicamen-te por alunos dos colégios Pedro II, JúliaKubitschek, Pedro Álvares Cabral, In-fante D. Henrique, Amaro Cavalcanti,Leopoldo da Silveira e Prado Júnior,visava chamar a atenção do governoestadual para a atual situação da maioriadas escolas e, sobretudo, para o proble-ma de transporte dos secundaristas.

Em cima de uma Kombi, cedida peloSindicato dos Bancários, Marco AntônioMiranda, secretário-geral da Associação,discursava no alto-falante: "O ensino estábom? O governador diz que constróibrizolóes, mas na verdade as escolas estãoabandonadas. Faltam professores, giz ereformas adequadas". Representantes dediversas escolas lembraram que o govér-nador se comprometeu, durante a campa-nha política, a autorizar a meia-passagempara os estudantes, tanto do Io quanto do2o grau.

Embora a Lei 521, de autoria dovereador Luís Henrique Lima (PDT),tenha sido sancionada pelo prefeito Mar-ceio Alencar, ela não pôde entrar emvigor porque não há companhias munici-pais de transporte.

Ao chegar no Palácio Guanabara, osestudantes começaram a chamar pelogovernador. Diante da ausência de Brizo-Ia e da demora da comissão designadapara recebê-los, os estudantes se senta-ram tranqüilamente no chão das duas viasda Rua Pinheiro Machado e paralisaramo trânsito.

ilSmliitiiiiiii - ¦ -'fllfoaM ¦MrtrT^H BBBB BBki:;' • lll m *Bii ' ***" *' uír%iia/'' I^tSbMiK^^-Jot' m$|pjp;'. ;';;||flHBn^^n ||¥|l mm m. -^ ':; 7^w|^ffi wSSf -tw-

^IBwWlr^i L^^^Bal Bt-H-^hIII B^Bài * '^SSÉUW^' \. * "^flJ 1 TT7l l ^.Sll ^nm m

''% K lafilaaP^H raH 'M*J$M ' 'í''^ÍSlprH Hlv ¦ ¦°!.»J!!feiy'^^,|g'a^HH| :; „ f

1 > '['JrShrtaa ¦'i'?<^''l»ra»B afftrí " ' W^^ ' H ' Vft 'lu BM '''*' ""» J9raaNka

f^J IkVV | MrVfl raaaaàilalaal raShlfl K *"'r'"- "' ^Sw!rU< W [ W^^wS^v^fr- raaaa^V^lrjrjaaaaaaaaai I ' l|*Sr3B

WLjÊ^mnmmmm mmY^JmV WT BB W ^BB -t^J*^!! iiH* BV».-BaJi!' ^fjrBwBBBfcíPS^ii" VI mFrTP^mmm BB^jBf ' ^raB^^Bl ^^'^l L' h ',iJB BF rB^Bt m 'í,,:^ naWla^jnarnlBHnV »" 1 V " ¦'•''"• B^nBJBflBl

foi grande atração para os pequenos um bom afago nem o sisudo dromedário resiste

Criança no Zoo leva carinho até a hipopótamoO Dia da Criança é no próximo

domingo, mas a garotada já está come-morando. Dezenas de estudantes inva-diram ontem o Jardim Zoológico paraver de perto o macaco, a girafa e oelefante, e cada um saiu de lá falandosobre o seu bicho predileto. As razõespara a escolha eram as mais variadas:Alexandra, 3 anos, gostou do jacaré,"pois ele é tão bonzinho" e Cláudia daSilva Mendonça, 6 anos, optou pelohipopótamo, "porque ele é gordo".

Além de Cláudia, do Jardim EscolaViver, e de Alexandra, visitaram ontemo Zoológico alunos da Escola Áureo,em Irajá, da Creche Submarino Amara-Io e até crianças de São Pedro D'Al-deia, município da Região dos Lagos.A escola Liessin, de Botafogo, tambémcompareceu com oito prefessorescuidando de 100 pestinnas.

A escola Áureo levou o maior nú-mero de crianças — 120 —, que sedeliciaram com o hipopótamo e com ocamelô. Uma das professoras que

acompanhava o grupo explicou que avisita ao Zoológico fazia parte das co-memorações do Dia da Criança e anun-ciou para hoje um show no colégio,com personagens do sítio do pica-pauamarelo.

Confundindo o rinoceronte com ohipopótamo, a criançada se agitou mes-mo quando o elefante começou a jogarterra nas pessoas com a tromba. "Eu

não gosto muito do elefante; prefiro agirafa, pois ela é magrinha e mais

educada", explicou Cláudio, aluno daCreche Submarino Amarelo.

Frustrados ficaram os alunos doInstituto Benjamin Constant, pois oônibus que os levava para o Zoológicoquebrou no meio do caminho. Como ascrianças são cegas, o diretor do Depar-tamento de Parques e Jardins, SérgioTabet, havia sugerido que elas fizessemuma visita ao local e lá, através do tato,reconhecessem os bichinhos domésti-cos. Agora, a visita foi adiada para asemana que vem.

•academias^W GINÁSTICA ^BB7 E DANÇA m

I 862 1mV Qu

NO AGRADECIMENTOQue a atriz SUMARA LOUISE fezpublicar no último sábado, dia 04/10,esclarece-se que o inspetor MARI-NHO é da (D.R.F.) e não da D.E.F.como fo| publicado.

VIDEO E ATARITranaoodMcaKAo

¦ Aietet. Técnica GeralJogaap/ Atari

ATARI CLUBEAv. Copa, 978/207 '

TEU. 23S-259T

f-

Duas geraçõesse encontram

O ato dos secundaristas teve afaçanha de reunir no Largo do !Machado duas gerações de mili- '

tantes do movimento estudantil. ,Da explosiva década de 60, esta- ;vam Wladimir Palmeira e Carlos ]Mine, ao lado de William Alberto, ;de 18 anos, que compõe a direção jda AMES (Associação Metropoli-;tana dos Estudantes Secundaris- ;.tas) da geração 80. Entre uma c ]outra geração de estudantes, esta? -va no comando do policiamento omajor Artur, que lembrou ter le:vado "muita pedrada" nos históri*cos conflitos entre a Polícia Militate os estudantes, no agitado ano oV~1968.

Soldados, antigos e novos es-.tudantes compartilham hoje de"apenas uma visão comum: os tem-'pos mudaram. Os estudantes já;não são violentos como foram nos'idos dos anos 60 — segundo avisão do major Artur — e hojeestão muito mais preocupados-com questões de liberdade de cos-;tumes do que com política partida-'ria — segundo Wladimir Palmeira.,

— Ã gente viveu sufocadosob esses 21 anos de regime mili-tar; chegou a hora de respirarmosnovo ar — arremata Carlos Henri-que, presidente do Grêmio do Co-légjo Pedro II, no Centro.

Wladimir Palmeira — candi-dato a constituinte pelo PT e quena década de 60 era conhecidopela agilidade com que subia edescia de postes, em comícios-'relâmpagos — acha que

"a ditadu-ra militar politizava qualquer açãodos estudantes". O que não passa-va de manifestação pela meia pas-sagem — vivificada hoje — eraconsiderada pelo regime comoatos de subversão e comunizaçáodo país.Nós víamos colegas desa-parecer em bancos escolares —lembra Carlos Mine (Partido Ver*?de), que em 67 era vice-presidente ¦da AMES e estudante do Colégio,de Aplicação da Lagoa.

Principalmente após o AI-5,no final de 68, os secundaristas.que desapareciam tinham básica-',mente dois destinos: a prisão ou a.clandestinidade de esquerda.

As intenções hoje são ou-trás: é um movimento sadio, aocontrário daquela época — obser-va o major Artur, do 13° BPM,.que comandava ontem cerca deseis homens, em franco contraste,com o aparato das tropas de cho-que chefiadas pelo oficial, entãoaspirante, em 68.

O aparato continua nós'quartéis, mas os tempos são outros— diz o major.

Entre palavras de ordem co-mo "estudante não é bobo, Brizo-Ia é demagogo", o encontro dasduas gerações de estudantes foimarcada pela satisfação de WiJ*liam Alberto, da AMES, que dei-xou escapar a mitificaçáo pelosvelhos líderes estudantis: "Estouextremamente feliz por ver que opassado não abrandou em vocês aimportância da luta".

Wladimir sorriu meio sem jei-to, ensaiou uma entrada no coropela meia passagem e não deixoude desconfiar da polícia:

"Elessempre desceram o cacete nagente".

i ¦¦ i ¦ .. a.ajjj-

Jorge Antônio Barros,

f * \j mlO.. •*-..>»»w. *:... v"'".,»:.¦ 1. :-.* •¦*».'

4 o Cidade o sexta-feira, 10/10/86 JORNAL DO BRASIL

TRE só entregou 5% dos títulos eleitorais no RioOito dias após o início da distribuição

dos títulos eleitorais, o escoamento nas26 zonas eleitorais do Rio está lento econfuso. O número de títulos entreguesaté agora é tão pequeno que o próprioTribunal Eleitoral se recusa a foraecê-k),alegando que apenas nove zonas apresen-taram suas estatísticas.

Faltando 30 dias para o encerramen-to da entrega nos postos volantes dacidade, estima-se que cerca de apenas 5%dos 3.366.410 títulos do município do Rio(cerca de 150 mil títulos) tenham sidoentregues até agora. A desorientação doeleitor é o fator predominante e o TREhesita em ocupar o horário de que dispõeno rádio e na TV para esclarecer esobretudo apressar a população. A per-manecer esta média, setores do próprioTribunal já admitem um congestiona-mento de proporções imprevisíveis, emtodos os postos de distribuição, para omês do novembro.

Cerca de SOO pessoas por dia têmprocurado a Secretaria de Controle Geralde Eleitores, no prédio do TRE na RuaPrimeiro de Março. São eleitores que,não tendo encontrado seus títulos emnenhum lugar, são enviados pelos cartó-rios de suas respectivas zonas em buscado último recurso.

Quinze funcionários, supervisiona-dos pelo diretor de Controle, Otávio deMatos Leal, se desdobram na tentativa delocalizar o cadastro dos desesperadoseleitores que buscam a seção, acionandoas telas de microfichas.

— Esta aqui é a fila da morte —comenta um funcionário. — Se o nomenão for encontrado aqui, dança. Só vaivotar nas eleições de 88.

Segundo Otávio Leal, cerca de 60%dos freqüentadores da fila da morte,embora garantam ter-se recadastrado,não irão mesmo votar em 15 de novem-bro próximo, pois seus nomes não foramencontrados nas microfichas.

Geraldo Oliveira Costa, biscateiro,morador de Bangu, não se conformavacom a atuação: "Fiz tudo certinho, leveicertidão e dois retratos e no final dá essazebra. O que eu vou dizer pro pessoal doMiro?" Quando perguntado sobre deta-lhes de seu cadastramento, revelou que o

formulário "foi o pessoal lá dentro quepreencheu".

Dona Êrlina de Souza Pereira, de 48anos, também moradora de Bangu, teve— assim como o biscateiro — problemasem seu formulário, embora o tivessepreenchido com seu marido, que não tevequalquer problema em achar seu título."É muito estranho, fizemos tudo igual,na mesma hora e o título dele está lá e omeu não. Deve ser porque ele vota noMoreira e eu no Darcy", dizia, semconseguir esconder sua decepção.

Iraci Maria da Silva Neto não tevemelhor sorte. Um erro de seu filho nopreenchimento de seu formulário — elecolocou o nome de solteira da mãe queconstava no antigo título—foi suficientepara alijá-la das eleições. As microfichasdo TRE conseguiram identificar o enga-no mas náo foi possível emitir o título eela também terá que se recadastrar denovo no próximo ano.

Nos postos de distribuição da 13*Zona Eleitoral (a maior do Rio, com 339mil 848 eleitores) a situação é tranqüilana Barra da Tijuca, e a média de esperana fila no Centro Administrativo—ondea maioria dos títulos do bairro estãosendo entregues — é de apenas 30 minu-tos. Em Jacarepaguá, ao contrário, amédia de espera nas filas tem-se estendi-do a duas horas e em postos de grandeconcentração, como o Clube RecreativoPortuguês, na Taquara, no horário consi-derado do pico — entre 16h e 21h — asfilas têm chegado a 500 metros, dobrandoo quarteirão.

Os atendentes improvisados no postodo Clube Português, funcionários recru-tados pelo TRE no funcionalismo (Ba-nerj, Metrô, Cedae, Comlurb e atéBNH), reclamam das difíceis condiçõesde trabalho a que estão submetidos, comjornadas ininterruptas de oito horas, semtempo para as refeições. O funcionáriodo Metrô Antônio Machado, improvisa-do como atendente da Justiça Eleitoral,faz uma alerta para que o TRE recrutevoluntários "com a maior urgência", sobpena de haver um colapso no atendimen-to à população "por falta ou estafa defuncionários". Até 10 de novembro todosos postos abrirão aos sábados e domingosem horário integral.

Foto de Marcelo Carnaval

Brizola fala no rádiohoje e amanhã irá à TV

O governador Leonel Brizola vai àtelevisão amanhã e domingo, entre 8h e9h, para responder aos ataques do candi-dato a senador pelo PMDB Hélio Fer-nandes. Nos dois dias, Brizola abrirá oprograma matutino da Aliança PopularDemocrática na propaganda gratuita, fa-lando cinco minutos no sábado e dois, nodomingo. Ontem, o TRE concedeu mais15 minutos no rádio ao governador paraoutras respostas a Hélio Fernandes.

Hoje, no horário noturno da propa-gánda gratuita, entre 20h e 21h, Brizolacomeça a responder, pelo rádio, às ofen-sas dê Hélio durante dois minutos. Ogovernador pode dar respostas diferentespelo rádio e pela TV, segundo decisão docoordenador da propaganda gratuita, juizAlberto Craveiro.

Ontem, Brizola ganhou mais 15 mi-natos no rádio para responder a outrasofensas de Hélio Fernandes. Ele terádireito a cinco minutos no programa daAliança i tarde e a outros cinco por doistfias seguidos, à noite. O plenário doTRE, por unanimidade, julgou que ogovernador foi injuriado peto candidato asenador, acompanhando parecer do pro-curador Carlos Roberto Siqueira deCastro.

Os outros dois processos em queBrizola pedia para responder ao depu-tado federal Amaral Neto (PDS), que oacusou de proteger criminosos, o TRE,por unanimidade, julgou que não houveofensa. O procurador considerou que aafirmação de Amaral Neto não era injú-ria "e sim um juízo de valor". Siqueira deCastro argumentou que, sendo favorávelà pena de morte, Amaral Neto considera

Sue Brizola acoberta criminosos por nâo

efender a mesma idéia.O advogado do PDT, José Leven-

thal, avisou que vai entrar com mais cincopedidos de respostas a ofensas dirigidascontra Brizola pelo candidato do PMDBà Constituinte Sebastião Nery, o depu-tado federal que tenta a reeleição AlcidesFonseca (PTB) e novamente Hélio Fer-nandes.

Em Brasília, o advogado do PMDB,Marcos Heusi, vai pedir ao TSE a prisãode Brizola pela utilização de prédio púbü-co na campanha do PDT. O advogadonão conseguiu que o TSE concedesseliminar ao mandado de segurança impe-trado por ele, pedindo a suspensão dereunião que o PDT realizará hoje noMaracanãzinho.

Cabos tumultuam caminhadaO que poderia ter sido um corpo-a-

corpo de sucesso do candidato DarcyRibeiro em pleno reduto eleitoral dopemedebista Jorge Leite acabou degene-rando em um empurra-empurra generali-zado no calçadão de madureira. Darcy foibem recebido pelo público, que queria seaproximar dele, beijá-lo e abraçá-lo, mascerca de 30 truculentos cabos eleitoraisacabaram transformando a caminhadaem meia hora de horror.

O repórter da Rádio JORNAL DOBRASIL Augusto Fonseca levou um so-co no rosto do cabo eleitoral conhecidocomo Cartão. Este ameaçou agredir tam-bém jornalista que procurou saber seu'nome completo. Por pouco, uma meninade cinco anos não foi imprensada contrauma parede e o gerente das Casas Per-nambucanas da Av. Edgar Romero pediua~ Darcy que não entrasse na loja paracumprimentar os vendedores, temendoque a multidão invadisse o local.

O vice-prefeito Jó Resende ficou to-do o tempo atrás de Darcy, dando sem-pre ordens para que os pedetistas deixas-sem "o homem solto" para falar com opovo. Precisou ser enérgico com algunsque queriam levar Darcy a todo custopara os comitês de seus candidatos adeputado. A preocupação dos camelôs—que em sua maioria declararam apoio aDarcy — era conseguir manter em pésuas bancas de mercadoria.

fl flfl la^rfl flfl lai ^nT *,i'ámM

1 fl J| ^^% Pk M âmmI 1... II^O PI |k 'lilm Wl**im Wmm m\ te^H ^HÍW'ÍRi10hH^H BBuBBr ^•mWmm mmWÈL JBHEPUJBB MM'^ «. ú mwâ mwÍv' * :\ ¦¦¦W^mm'--" *!"lBBBrTBflP'ri!:- -TOftíiffltSB --> ¦ '^^BM fjB^&lLB. W$Ss¦uAirjl flMlr ••* nS^fl .HIVPIWPfH^-tiMiww sÊkt BMl 1V ;-1WiW»i' *. iwMnr lnK9H.HâiIiãiBIHF ffi#i¦¦ i^a H' -"-*»jB Klff VT* fTHa jrpjnh^a Kp fla^fla ^ iS* ""< ^Hr WÊm mW^MW •%¦'w "iSM mWm mX^i:7^^^ ¦¦.'T:'.' WiSlm Mm Bfe^^lB! '.. JiiM. . io "iH w ii-w ^IHi-^^Bt-. ™ ' £lli.fl Pf iilk i!fí# : ^^ - fl W mV ¦'l : Irf *t^Hii 'IíIeiw^^ FA" * I l Ir^"\ -- ™'*kd*-J -:-^^B ¦ . i ¦¦¦¦¦>¦ Wã^ÊÊmm W i" Ml WI mm m*'TBBtaf"-' ' ¦ m I ^ ilill * V i WÊk \Tk

' ¦ WmBw fl¦ Vil Lãfll L< w m '

SI I -4WkW^Êmmm * i\VMi j^I I' '^Bp '¦¦ "IH Wmwr mmi-Jirrn

'Vwl-rf"" ' 'W ¦¦¦ WM K:.Jfl :ÍÍI' H ft :/: •- ' jÍmwF .jJ(i1 Bttfev , '^ÈWSmMtm\-J ÁmvWmL ^'WmMmW- "Ü-,, Mi 1mi- ¦ ^aBW:"'¦¦ \jãÊÊÊ MWÊMÊB^mMMmM^m Mm' íiíHr hHi JlwitPaHi,lí<Sê afete : jaH Híi. áHHfl W^mmA mW^^ :mÊw mm\ "" WP'1! /I ¦¦¦ fl WlbMm

1^1 K'"'"'" 'WS

\ láÉJr r'/^ /'"'í'v. íM ssS

^^^aB Hl^^^^^ ^H ^^¦--!b^b1 IfijinlilFl^L-IPr^BiHBlliuh^^i^^^ "!ffill:":^Flwan Oflwl'^i: SXl!%T' '^ffiHaw''" '•'M^^M\ l":!ffiiilcl':'||^^B I^BB^I^B! ] Bi ; i |J I v 11 jt\M I

¦116 1 -*íO TRE é d última esperança

"Pajelança" une pedetistasj É preciso rasgar a camisa pelo parti-

do, lutar para levar Darcy Ribeiro a umavitoria fragorosa sobre Moreira Francono dia 15 de novembro. Esta é a idéia que0 PDT pretende passar para os mais de 15mil militantes—nas contas do presidentenacional do partido, Doutel de Andrade,-f- esperados hoje à noite no Maracanãzi-nho, para uma reunião que vai ficandoconhecida (até entre pedetistas) comopajdLuça, o exorcismo do veneno verdeda denota.

i O PDT pretende realizar um atopolítico que, junto com o cadastramentode orientação para o pessoal que traba-lhará na fiscalização e apuração das elei-ções, terá como função principal dar umadefinitiva injeção de ânimo em seus guer-reiros.

. ; Doutel de Andrade disse que o PDT1 quer colocar um advogado do partido em

aBaBaBaBaBaBaBaBaBaBaHaBaHaV^^j^i^Kr t^^* KkflaTt

PPJ|r^ j lukfcS WmC '" ¦ ^^^1 W'*1 19 U ' lilfclfc^lUi^v í3 \'Íh hM

¦!:¦¦¦¦• BBf" fj ¦ ^a ¦« |n|J

i^^HaWaiÉflai RBk j"i!!nllíJlflR^^ iir^ í E'*jáaMBBjr^ % .üh-Th._±f^' ''íftti>BBBBjBBv^

j3BBB^^ ^^Bjtei^B^B^H

1 ^^| LBaWOaKf^aH M^HHH ^HÉSL ^BaB BBaí;B;:l^íi^*i -¦mwim wkm\^m\ ms w¦Bfl BPBJ MB Bk '¦ ^tWBi LaKl^iekiwmi Mmm mZm miLJ**m M'Wmk;^wmm WêM mmm^m W m£&mw1|^B BB11B Hii^B] BBf;í^|!BB]lBBBÍffi^::^v¦^ 1_ A. J — aaa - j« J-». ¦¦¦ ¦ #<fi «rí^» ¦ 1*^ ¦¦aT»'»^

Na caminhada por São Ironçato, Moreira acaoou aemro ue um tv»»» •«= *"«*• *-j

Moreira conquista São Gonçalo

Durante a caminhada, várias vezes oscabos eleitorais se desentenderam, crian-do um clima de tumulto. Carlão, o maisviolento, recusou-se a ficar perto do can-didato a deputado estadual RenatoGuertzenstein (PDT) que o chamou de"amigo" e ouviu a resposta aos gritos:"Não fico perto de pemedebista, não souseu amigo". Só não agrediu o candidatoporque foi seguro a tempo.

Darcy só conseguiu falar ao públicoquando entrou numa barraca de bijute-rias, pegou um megafone e disse que opovo de Madureira tinha-lhe "lavado aalma".

Pela manhã, Darcy esteve com ogovernador Leonel Brizola em Cascadu-ra, onde inaugurou o Ciep com o nomedo metalúrgico Benedito Cerqueira. Oprefeito Saturnino Braga, seu vice JóResende e o candidato ao Senado Marce-Io Alencar integravam a comitiva.

Mais uma vez, a estrela foi Brizolaque voltou a ironizar a presença de Mo-reira Franco, candidato da Aliança Popu-lar Democrática, no horário gratuito do'TRE na televisão: "Aquilo lá parece umjardim zoológico, o gato angorá agorafala com o dedinho levantado para pare-cer enérgico". As pessoas riam das piadasde Brizola e vaiavam sempre que o nomede Moreira era citado.

A visita que o candidato da AliançaPopular Democrática (APD) ao governodo estado, Moreira Franco, fez a SãoGonçalo serviu para selar a adesão doprefeito Hairson Monteiro — que rom-peu com o PDS e está sem partido — epara confirmar a boa receptividade deseu nome naquele município, o segundocolégio eleitoral do interior, com 419 mil265 eleitores.

Nas caminhadas que realizou, o ex-prefeito de Niterói passou por várioscomitês eleitorais da Aliança e pôdesentir a tendência do eleitorado gonça-lense. Por onde andou, Moreira foi sau-dado efusivamente por muitos populares— principalmente mulheres de meia-idade —, distribuiu os tradicionais abra-ços e apertos de mão e recolheu váriosenvelopes com pedidos de emprego.

Mas não conseguiu convencer a to-dos. Délsio Carvalho, trocador de ôni-bus, continua indeciso sobre seu voto"apesar de toda a festa". Luís CarlosMuniz, vendedor de madeira, manteve aopção por Darcy Ribeiro: "O Moreira sófaz para os ricos, o Brizola faz para ospobres", explicou.

Na segunda passeata — que começouna praça Zé Garoto e foi até o Rodo deSão Gonçalo, — o senador Nelson Car-

cada uma das juntas apuradoras. "Somosgatos escaldados na fervura da Procon-sult", afirmou Doutel, anunciando para apróxima semana o início de pequenoscursos que serão dados aos militantescom a função de orientá-los para a fiscali-zaçáo.

Além dos candidatos, prefeitos, inte-grantes de zonais e diretórios, o próprioBrizola empenha-se em convocar osadeptos da candidatura Darcy. No fim dodiscurso durante a inauguração de umCiep em Cascadura, o governador cha-tnou todos para a reunião de hoje â noite,pedindo que se registrassem como fiscais:"Eles são muito sabidos. São especialis-tas em surrupiar os votos que náo ti-reram". j.

Rogério Coelho Neto

São Gonçalo, o segundo maior co-légjo eleitoral do interior, com os seus419 mil 265 votos, pende para o candi-dato da Aliança Popular Democráticapor uma razão muito simples: em tornode Wellington Moreira Franco agru-pam-se as mais importantes forças elei-torais do município, lideradas pelodeputado federal Osmar Leitão Rosa, eque têm o seu forte na Prefeitura,muito bem tocada pelo advogado Hair-son Monteiro.

Osmar era originário da Arena,optou pelo PDS na reformulação parti-daria que acabou com o bipartidarismo,e está hoje no PFL. Seu grupo —originário de um forte movimento detransformações sociais criado no muni-cípio pelo ex-prefeito Joaquim Lavou-ra, um dono de botequim que assumiuuma posição tal de liderança que co-mandou absoluto a política local duran-te 25 anos — manteve, no entanto,ramificações no PDS. Assim, o depu-tado federal, que tem a seu lado, alémdo prefeito, os deputados estaduais Jo-sias Ávila e Zeir Porto, controla doispartidos.

Com Moreira está, ainda, o seupróprio partido, o PMDB, que tem noex-deputado federal José Alves Torres,

pessoas que procuraram em vão pelo título em todas as zonas eleitorais do RioFoto O^C^stódlo Coimbra

Trabalhadorvai receber |lista negra i

Brasília — Os deputados RubemMedina (PFL-RJ), Álvaro Valle (PL-RJ), Amaral Netto (PDS-RJ), Eduar-do Galil (PDS-RJ), Saramago Pinheiro(PDS-RJ) e Alair Ferreira (PFL-RJ),condidatos à reeleição, que se cuidem,pois fazem parte de uma lista negraelaborada pelo Departamento Inter-sindical de Assessoria Parlamentar,pronta para ir às mas na próximasemana. O DIAP os acusa, entre ou-trás coisas, de lutarem contra o avançodas classes trabalhadoras.

O Departamento Intersindical deAssessoria Parlamentar (DIAP) fun-ciona nos moldes do DepartamentoIntersindical de Estudos e EstatísticasSócio-Econômicas (DIEESE). É man-tido por sindicatos e federações de_trabalhadores e exerce durante a tra-*mitação, discussão e votação de proje-_tos de interesse da classe, o poder dolobby.

Segundo o julgamento do DIAP,eles são os representantes do Rio deJaneiro que atuaram contra os interes-ses dos trabalhadores nas votações doCongresso Nacional, nos últimos qua-tro anos. E, a partir de segunda-feira,muita gente vai saber disto: um fascícu-Io elaborado pelo departamento sobreo comportamento de todos os parla-mentares candidatos à reeleição come-ça a circular entre sindicatos, igrejas eassociações de moradores.

É por estadoA publicação faz parte de uma

série preparada pelo DIAP, divididaem fascículos relativos a cada estado,cora ela, o órgão pretende alertar ostrabalhadores para não desperdiçar ovoto em 15 de novembro, ajudandoquem nunca fez nada por ele, quandopodia."O DIAP constatou que grandeparte dos trabalhadores escolhem co-mo seus representantes exatamenteparlamentares que atuam contra osseus interesses", diz a introdução dofascículo. "Pela nossa avaliação, istoocorre porque os trabalhadores nãosabem como os parlamentares têm secomportado no Congresso Nacional."

Para esclarecê-los, o DIAP obser-vou quem votou a favor dos decretosde arrocho salarial do regime militar,quem votou contra a emenda das elei-ções diretas ou contra Tancredo Nevesno Colégio Eleitoral e quem não apro-vou o projeto que proíbe as demissõesimotivadas.

No caso dos representantes do Riode Janeiro, 40 passaram no teste eforam considerados aptos para receberos votos da classe trabalhadora. Osoutros seis são duramente criticados.O deputado Amaral Netto, por exem-pio, é acusado de "usar todos os meiosao seu alcance, inclusive a liderança doPDS, para impedir o avanço da classetrabalhadora".

O ex-candidato à Prefeitura cario-ca Rubem Medina caiu na lista negrapor apresentar um projeto que defendeo funcionamento do comércio em ho-rário livre. Mas o atual candidato doPDS ao Governo do estado, AgnaldoTimóteo, se livrou: "Enquanto estavano PDT', diz o documento, "atuoufavorável aos trabalhadores."

O DIAP desembolsou CzS 50 milpara distribuir os fascículos por todo opaís, mas espera que muitos sindicatosmultipliquem seu efeito, reproduzindoos dados para seus associados. Até aConferência Nacional dos Bispos doBrasil encomendou fascículos suficien-tes para enviar a todos os bispos espa-lhados pelo país, para que eles mos-trem a seus fiéis como trabalharam osrepresentantes que elegeram há quatroanos."Nós sabemos que essas informa-ções ainda não vão conseguir revertero resultado das próximas eleições, queseguramente levarão a uma Consti-tuinte dominada pelo poder econômi-co", reconhece Antônio Augusto deQueiroz, assessor parlamentar doDIAP.

neiro tentou acompanhar o candidato daAliança, mas não resistiu ao ritmo e aocalor. Moreira, o povo e os carros de som

que só anunciavam a presença de doiscandidatos ao Senado, Héüo Ferraz (PL)e Rockefeller de Lima (PFL) — nãotomaram conhecimento do esforço deNelson.

O candidato da Aliança realizou doiscomícios-relâmpago, ambos em comitêseleitorais, para platéias formadas básica-mente por participantes de sua campa-nha. Nos dois discursos Moreira se con-centrou nos elogios ao presidente Sarney

"que teve a coragem de ir buscar osbois nos pastos para colocar na mesa dostrabalhadores" — e nas críticas a DarcyRibeiro — "o Darcy faz-de-conta, que écontra o congelamento, contra o presi-dente e contra o povo".

No Centro de Reabilitação NiúmaGoulart Brandão, da Apae, Moreira ou-viu da diretora Javanira Vieira de Melouma crítica ao governador Leonel Brizo-Ia: "Ele não fez nada por nós porque nãogosta de excepcionais. Nosso centro estáhá seis meses sem receber merenda." Ocandidato garantiu a ela que "os excep-cionais terão prioridade em seu governo.Do motorista do táxi PN-9466, Da Guia,Moreira ouviu a denúncia de que "Brizo-

Ia está cobrando juros nas multas detrânsito".

Mas a câmera do Jornal Popular —que acompanhava todos os passos docandidato — deliciou-se mesmo quandoMoreira foi puxado para dentro do dire-tório do PDT, em São Gonçalo, na Av.Feliciano Sodré, por Antônio Carlos Ser-rão França, integrante da diretoria. Lá,sorridente e surpreso, o candidato rece-beu abraços. "O PDT daqui está divididoe tem muita gente apoiando a Aliança",disse Antônio Carlos.

No final, Moreira avaliou como sen-do "muito boa" a sua posição em SãoGonçalo e afirmou que não se consideraeleito — "Prefiro o otimismo moderado"— e que a próxima etapa de sua campa-nha será a realização de grandes comi-cios. Em entrevista, o candidato daAfiança criticou o TRE — "que dá aogovernador sete minutos para se defen-der de cada 40 segundos de ofensa" — eos candidatos da Aliança "que não estãoseguindo a orientação do comando paranão partir para o achincalhe e a agressãopessoal".

Hoje, Moreira vai a Brasília levar aopresidente Sarney o apoio "pelo ato decoragem que é a determinação do confis-co" e um panorama de sua candidaturano Rio de Janeiro.

Segundo colégio eleitoral do interior-o Zeca Torres — um político de linha-gem pedessista —, sua principal estrela.Zeca Torres é candidato à AssembléiaNacional Constituinte e tem em Rômu-Io Lima, filho do ex-deputado JoelLima, seu principal adversário dentrodos espaços que o PMDB busca recupe-rar, depois de fortemente abalado pelosresultados negativos das eleições de1982.

Na passagem de Moreira ontem porSão Gonçalo até mesmo um pequenonúcleo de militantes do Pasart, partidocriado pelo ex-senador Aarão Steim-bruch, também candidato a governa-dor, acabou engrossando a caminhadado ex-prefeito de Niterói pelas ruascentrais da cidade. Houve até mesmo,quando a caravana da Aliança passoudefronte a um comitê do PDT, manifes-tações entusiasmadas de pessoas quevestiam camisetas de propaganda doprofessor Darcy Ribeiro.

Nas eleições passadas, quando con-correu pelo PDS contra Leonel Brizolaao governo Fluminense, Moreira foi opreferido por mais de 50% dos eleitoresdo município. À época, São Gonçaloreunia menos de 250 mil votantes. Ci-dade problema, com muitas favelas dealvenaria e bairros que nasceram du-rante uma fase de crescimento desorde-nado dos municípios situados na perife-

ria do Rio, em terras gonçalenses hátodo um cüma favorável à política docunho populista.

Populista foi Lavoura, por exem-pio. Só pela maneira como entendeu aimportância do calçamento de uma pe-quena viela ou de um pequeno projetode iluminação pública, combinado compraças públicas que guardavam umapredominância de verde, esse ex-prefeito marcou época na história poli-tica de São Gonçalo. Para uma virada,em alto estilo, no município cativo aMoreira, o governador Leonel Brizolanão definiu, ainda, uma grande estra-tégia.

Faltam, na verdade, a Brizola e aDarcy, seu candidato, um apoio debases. O PDT é fraco em São Gonçalo,a não ser pela liderança permanente dodeputado estadual Aécio Nanei, ummédico benemerente que, depois de umlongo inverno de cassação, se elegeucom uma consagradora votação peloPDS. Os candidatos federais do PDTnão empolgaram ainda, embora estejaentre eles o ex-prefeito Jayme Campos,um conhecido campeão de votos. AAécio, que deverá estar entre os dezdeputados mais votados à Assembléiaestadual, fica confiada a tarefa de en-frentar, quase sozinho, Moreira e suasforças em ascensão. •''

sV«V-»» * »i l

JORNAL DO BRASIL sexta-feira, 10/10/86 o Cidade o 5Foto de Chtqulto Chaves

Afll !¦ àmm WHm Kf.^vn1 .i ílKilSllBytf Wim ' mmmW^É' :liM i

1 I B&^SEhêéííÜe* ' MmmM mWãJffMMs'' ¦*:'tt!l ES B Klk^ m\àam Bfifl BTBBU ' fi**!?»:*-r—"í ¦ ¦•j— ; ¦ II «¦ ii8lMBfl' ' >*Í*Il«k^'*'-

I [ ""TIWhT mmWWT* ^mflfflM B^W^JBBPfaBV^^B^E^T ''TMiflÈíM

m*mtâMm'jíSlS MfV^rm^mmmmmmmmmmmW^^^ltW-'' iTP^yHWif;, hjÉifa . ^5UK^B ^^^n?.á gttBkBüHi MMex. ml ^^. ÍH'^mmmW Mmmm mmmw Mi -¦* *"!."^ triliiitfci Bi inr ^MWMmnmáà i],J= i- •*¦mMF' -f^rt ém\WmmmmmmmmmMMMMMM^m ' ''''"^^FiWA*¦ ' HHÉttSi.'r i"

BíbI ^tf'^ ¦ZÜSiJh ^B bBMBBBBVps»^^j| Bb^V^I ^kL^L^ BV^IUiBI H||Brj. f .A.,,;.ar_mmmmmmmwmm,mw bbuqjs bp^^ ^^^™™^^3 BaST"1, ^ !¦^1 BP^ü^Sébb _^^^bébBB^^^^9B Bbmhhh ^vi^

BI B^WBl BT hh B^? * B»^ ^''^b

VSISwlifl HH ^^w»: ;:,.;||fj. ..; -• r—^^rnSm'"." JjwrJ;H| HH BH

BH ^^BBBBB Hk» ¦ : 1ffl BwÜI

BsÉÍ&A ' '^'fll |LiJi I v^BEMI HH¦• , ^H Bn'M''

BnraKf ¦ - 'BB ^b!:;'!í!=!'t: ^jli

BjpH HvjlHw'' ¦ mm mr mm mm * ar*"tiipBB ¦bmÍ^bM BB^ hh Bh

P^ ¦BB B. ^B B.:;.¦Ir . ... ^B Blnfl Braü"'1

'=V':i' ¦'*'• i£nBIiiift"^ ^'B BB^¦lifflSinL^,^wfflfcp^ ^BB BBÉtr i? !¦ N(íi

lona Sul

O Detran rebocou 26 veículos nas ruas Voluntários da Pátria e São Clemente

Pai ameaçacobrar laudona Justiça

Quatro meses após a morte de seufilho, com sintomas de dengue heraorrá-gica, o dentista Joel Henrique de Sousaameaça cobrar na Justiça o laudo daautópsia ainda náo fornecido pela Sucam.Revoltado e cansado de promessas, Joelacusa a Sucam e o Ministério da Saúde detentarem fazer com que o caso, ocorridocm junho, em Niterói, seja esquaotrio,—

0 dentista, que garante estar deposse de parecer de patologistas confir-mando os sintomas de dengue hemorrági-ca, teme que possa haver um surto emNiterói com um tipo de dengue malignacom novas vítimas. Para isso, ele sebaseia também nos resultados divulgadosna época pelo Centro de Controle deDoenças de AÜanta, nos EUA, que con-firmam o diagnóstico de dengue, mas nãoespecificam o tipo.

Ao mesmo tempo em que revelaconversas telefônicas gravadas com auto-ridades do Ministério da Saúde, JoelHenrique se confessa cansado de promes-sas de uma explicação sobre a verdadeiracausa da morte de seu filho, o estudanteJosé de Souza Neto, 17, ocorridA no dia2 de junho deste ano.

— Meu filho era um rapaz saudávelque, em cinco dias, morreu com todos ossintomas de dengue hemorrágica. Naépoca foram feitos os exames, e patolo-gistas como os professores Barreto Neto,do Hospital Antônio Pedro, Thales deBrito e Luiz Carlos Gaiotto, da USP, eVenâncio Avancini me garantiram que ossintomas eram de dengue hemorrágica.

O dentista assegura que, após osresultados divulgados pelo Centro deControle de Doenças de Atlanta, que.caracterizaram o caso como dengue, aSucam decidiu dar o assunto por encerra-do. Desde então, Joel tem tentado emváo obter o laudo da necropsia, que,passados quatro meses, ainda não chegouàs suas mãos: "Decidi aguardar mais umasemana e, se isso não ocorrer, vou entrarna Justiça, pois é um direito meu saber acausa da morte do meu filho".

Assalto dejóias rende

I Cz$ 200 milI Jóias avaliadas em cerca de CzS 200

j mil foram roubadas, na madrugada deI ontem, por quatro homens que invadiram< a residência do funcionário do Ministério: da Justiça, Daniel de Almeida Santos, na

Rua Alberto Maranhão, 380, Jardim, Guanabara, Ilha do Governador. Os la-j drõs, todos jovens e bem-vestidos, arma-

dos com pistolas e fuzis automáticos,revistaram todos os móveis e permanece-ram na casa durante aproximadamenteuma hora.

Os assaltantes chegaram em um Pas-sat marrom e entraram quando uma dasfilhas de Daniel se despedia do namora-do, no portão da residência. Dizendopalavrões e ameaçando de morte em casode resistência, os bandidos imobilizaramas seis pessoas que estavam na residência,que foram levadas para um dos quartos,onde ficaram sob a vigilância de um dosladrões.

Eleitor terá privilégio emtransporte coletivo

Uma operação para privilegiar otransporte coletivo no dia das eleições e acriação de trechos de estacionamento daBarra da Tijuca e de linhas circulares daCTC na região, no período do verão,foram anunciadas pelo diretor-geral doDetran, Octacflio Monteiro, no início daOperação-Arrastão, que se estenderá atéo final do ano, com o objetivo de melho-rar o trânsito, reprimindo o estaciona-mento irregular, principalmente em fren-te aos pontos de ônibus e locais de carga edescarga.

Das 9h30min às 12 de ontem, 26veículos foram rebocados para o Detran-Sul por estacionamento irregular nasRuas São Clemente e Voluntários daPátria. Houve outros 50 multados. Aoperação mobilizou 10 carros-reboque e35 homens, entre o pessoal do GrupoEspecial de Trânsito-Getian, 19° e 2oBPM e Companhia Feminina-PM. Osdonos dos veículos apreendidos tiveramque pagar CzS 186,99 de reboque, diáriade CzS 56,09 e multa de CzS 63.

CentroÀ tarde, a operação foi desenvolvida

no Centro, nas avenidas Almirante Bar-roso, Chile, Graça Aranha e Nilo Peça-nha, entre outras. O diretor-geral doDetran esteve presente nas duas etapas.Vinte e cinco carros foram para o depósi-

to da Av. Francisco Bicalho, próximo aogasômetro e 38 multados.

Ao justificar a escolha das ruas SáoClemente e Voluntários da Pátria, para oinício da operação-arrastáo, OctacflioMonteiro disse que aquelas vias precisamestar liberadas para que, em novembro, ocorredor Jardim Botânico possa ser postoem execução sem problemas. O esquemase repetirá ali, segundo ele, com o propó-sito de educar os motoristas.

Octacflio considerou insuficientes os10 reboques empenhados na parte damanhã e admitiu que na hoje cedo, naTijuca — concentração na Praça SaensPena —, poderá usar um maior número.A Operação Verão, na orla marítima,ainda em estudo, terá o objetivo dedesafor o trânsito na Barra da Tijuca,onde serão criados trechos de estaciona-mento na Av Alvorada. As novas linhascirculares da CTC, com Jardineiras par-tindo da Av Alvorada parao Recreio dosBandeirantes, Joatinga e Jardim Oceâni-co, terão itinierário pela praia.

Com relação ao dia das eleições,Otacüio disse que a Secretaria de Trans-portes está mantendo contados com asempresas privadas de ônibus, a CTC e asencampadas para que seja concedido pri-vilégio ao transporte coletivo e mais faci-(idades ao estacionamento de particularesem todas as vias do Rio de Janeiro, paraque os eleitores não tenham problemas.

Dono de telefone ganhaliminar para vendê-lo

O decorador Gilvan Gilbert, 33, es-perou por mais de dois meses pelo resul-tado de uma ação cautelar que impetraracontra a portaria do Ministério das Co-municações, que proíbe a transferênciade telefones. Por decisão do juiz da 6*Vara Federal, Agostinho da Silva, Gilvanse transformou na primeira pessoa bene-ficiada com liminar no Rio de Janeiro.Agora, no entanto, não sabe se vai ven-der o telefone porque já conseguiu saldara dívida que o afligia.

A liminar foi concedida no dia 11 desetembro, mas Gilvan só tomou conheci-mento da decisão na noite de quarta-feira, através de seu advogado. O asses-sor de imprensa da Telerj, Renato Fran-calacci, disse ontem à tarde que a compa-nhia ainda não fora informada da deci-são, mas designaria um advogado para seinteirar do assunto. Entretanto, o juiz da6° Vara encaminhou ofício à companhiano dia 25 de setembro, informando sobrea medida.

CompromissoGilvan, casado, pai de um casal,

contou que decidiu entrar na Justiça paragarantir seu direito de vender o aparelhoporque pretendia quitar o pagamento deum apartamento que comprara na época."No dia — 6 de agosto — que decidivender o telefone saiu a portaria doministro", relatou.

Sem alternativa, o decorador decidiuprocurar no dia seguinte o responsávelpor um anúncio no jornal, que se oferece-

ra para conseguir mandados de segurançacontra a portaria. Era o acadêmico dedireito Adolpho Marques de Abreu. Se-gundo Gilvan, Adolpho concordou ementrar na Justiça com a condição de ser ointermediário na venda do aparelho, apósconseguir a liminar em 15 ou 20 dias.

Por ser estagiário, Adolpho impetroupetição, assinada pelo advogado CélioSilva Costa, no dia 8 de setembro. Aliminar saiu três dias depois. Mas, inex-pticavelmente, Adolpho só soube da de-cisão na quarta-feira, quando passou apercorrer as redações de jornais paradivulgar a notícia. Aí a medida já náointeressava a Gilvan, que conseguira pa-gar a dívida com a venda de seu carro."Acho que não vou vender porque vai serdifícil encontrar outro telefone para oMaracanã, onde moro, já que se trata deuma área fechada para venda de apare-Ihos", disse Gilvan.

Ontem pela manhã, ao ser procuradopara dar informações sobre a liminar, oassessor Renato Francalaci deu uma so-nora gargalhada quando ouviu o nome deAdolpho. E lembrou que o acadêmicoera candidato a um cargo eletivo naspróximas eleições. Renato explicou aindaque a Telerj recebeu 13 pedidos de juizessolicitando informações sobre a portaria,mas afirmou que não tinha conhecimentoda concessão de uma liminar.

O juiz Agostinho da Silva não quisfalar sobre o caso. Mas para um repórterdisse que a concessão de liminar não criajurisprudência. t ^

Botafogo — O ponto de ônibus daRua Venceslau Brás, em frente ao Cane-cão, está causando dores de cabeça aosmoradores da Rua Lauro Muller e fre-qüentadores do Rio Sul. Segundo a estu-dante Andréa Peixoto, o ponto fica loca-lizado exatamente no sinal e os ônibusenfilcirados impedem as pessoas de atra-vessar a rua. "Não adianta o sinal fechar,pois a gente corre o risco de ser atropela-do por um ônibus e, além disso, osguardas que ficam ali passam o tempotodo conversando, cm lugar de tomaremalguma providência", acrescentou ajovem.

Flamengo — O empresário WilsonCosta denuncia que os peixeiros quetrabalham às terças-feiras na feira livre daRua Buarque Macedo estão vendendo opescado acima da tabela. Esta semana, ofilé de viola estava sendo vendido a CzS68 — CzS 12 acima do preço da tabela —,com o artifício de se tratar de um "filéespecial". O sócio de Wilson tentou con-tato com a Fiscalização de Feiras, quemantém uma cadeira c uma mesa apoucos metros da Praia do Flamengo,mas encontrou apenas os utensílios. Umfeirante avisou que o fiscal estava rodan-do por ali.

Humaitá — Os moradores da RuaHumaitá já desistiram de pedir à Cedaeprovidências para o vazamento de esgotonas calçadas. Maria Emília Fernandes,que mora há 20 anos no bairro, afirmouque o problema nunca foi tão sério e quehá três ralos vazando 24 horas por dia,deixando "um rastro de imundície". Naesquina da Rua Humaitá com MacedoSobrinho e na Vitória da Costa, a passa-gem pela calçada, segundo ela, tornou-seimpossível e "os moradores acabam qua-se sempre no meio da rua para não pisarnaquela sujeira".

Santa Teresa — Os moradores daRua Monte Alegre estão preocupadoscom a freqüência dos assaltos a residên-cias, especialmente no trecho entre aantiga Rua Mauá e a confluência daCardeal Leme. Um morador denunciaque os assaltantes se reúnem na antigaresidência do embaixador Castelo Bran-co, no número 294 daquela rua, paradividir o produto dos roubos. Ali tambémos mendigos se encontram e oferecem aosmoradores um espetáculo de sexo explí-cito.

Alfa, Mercedes e Jaguaresperam no pátio do DPP

Um Mercedes Benz 240-D ano 75,um Alfa Romeo Spider ano 72 e umJaguar XJ6, ano 74, continuam retidos nopátio do Departamento de Polícia Fede-ral, na Praça Mauá, aguardando a apre-sentação da documentação original, prin-cipalmente a 4a via, a chamada guia deimportação de veículos, proibida desde1976.

Os comerciantes que tiveram carrosapreendidos na Operação Estrela, desen-cadeada dia 7 último em todo o Rio, têmque apresentar a documentação até hoje.Se não o fizerem, responderão a inquéri-to criminal com base no artigo 334 (con-trabando). Os policiais apreenderam, emsituação irregular, 29 veículos estran-geiros.

A operação foi a etapa final dasinvestigações e levantamentos cm agên-cias de automóveis que comercializamveículos estrangeiros, realizada por 24agentes da Polícia Federal e seis audito-res da Delegacia de Receita Federal. Aoperação, que náo tem prazo para termi-nar, visa a apreender veículos estrangei-ros que estejam circulando ou expostos àvenda no Rio.

Os agentes apreenderam 29 veículos,a maioria da marca Mercedes Benz. Des-se total, só três permanecem no pátio daPolícia Federal. Outros veículos foramdispensados da apreensão, preferindo ospoliciais que os comerciantes ficassemcomo depositários fiéis até hoje, quandotermina o prazo da entrega da documen-tação original de cada um deles.

Entre os veículos apreendidos, trêsMercedes eram da Korvette (Av. PradoJúnior), 12 c mais dois outros modelos daAreza (Avenida Prado Júnior) e quatroeram da Sport Car (Avenida PrincesaIsabel).

Quanto custa um Mercedes Benz280-S, ano 1985 com 1 mil 224 quilôme-tros rodados? A resposta é muito difícilde conseguir nos principais pontos decompra e venda de veículos importados— Avenida Princesa Isabel e AvenidaPrado Júnior. O preço depende do estadodo carro e da cara do freguês.

Um carro como esse de 1985, branco,pára-choques reluzentes, estofamentosimpecáveis, pneus novos, que se poderiaconsiderar quase um zero quilômetro,pode chegar à casa de alguns milhões decruzados. Para se ter uma idéia, umMercedes Benz 280 SLC, ano 1975, agasolina, custa CzS 1 milhão 500 mil.

A vantagem de se ter um veículocomo esse pode estar no pagamento doIPVA. O dono da loja diz que está emtorno de CzS 18 mil, mas o vendedorrevela que paga apenas Cz$ 614, pela'tabela. A marca Mercedes Benz é a maisvalorizada entre os veículos importados.Um Jaguar XJ6, ano 1974, pode seradquirido por CzS 450 mil.

— O mercado de carros "importa-'dos" não é esse monstro que todos pen-'sam — diz um vendedor que pediu para'não ser identificado, pois não queria vé"rprejudicado os seus negócios. Ele comer-¦•cializa canos nacionais também, mas suã-loja tem para vender um Mercedez Bertzmarrom tipo 240D, ano 74, por pouco'mais de Cz$ 200 mil e a garantia do IPVApago em Sáo Paulo no valor de CzS48,00. O imposto no Rio seria um pouco-mais caro, mas não alcançaria CzS100,00, segundo afirmou. |~

O vendedor explica que no Brasil-formou-se uma idéia de que o carronacional envelhece em "dois anos de uso.:"É uma formação psicológica", diz, mos-'trando os carros estrangeiros em exposi-çáo, sem nenhuma ferrugem, com a pin-'tura em bom estado e estofamentos quasenovos. Ele concorda, no entanto, que aqualidade dos carros estrangeiros é bemsuperior aos de fabricação nacional, prin-cipalmente no que se refere à lataria. •'. •

Quem compraProibida desde 1976, segundo revê-,

lou um vendedor, a importação de carros -tornou o mercado mais restrito. Como:estes veículos chegam ao Brasil? Chegampelas fontes oficiais, diz o vendedor,através de diplomatas que vão assumircargos em embaixadas ou consulados. Déacordo com o grau de importância docargo, o diplomata tem permissão para.trazer determinado tipo de veículo.Quanto mais importante for, mais caro éo veículo que pode importar.

No Brasil, o diplomata é obrigado a"ficar com o carro importado durante três'anos. Só depois desse prazo cai a obriga-"toriedade do pagamento das taxas de'importação e ele pode vender o carro a -Mpreço do mercado, normalmente regula- Hdo pela cotação do dólar. \, ;

Os carros importados, garante o ven-:dedor, chegam aos grandes industriais cempresários através de diplomatas e das,agéngias que os compram para vendê-los;aos interessados. «

Foto de André CâmaraHB -im HSB'J^SIMSIlWfB B!r .IWf-'.' v"T--i'f????:-." '"¦'''{frfí-A

BB '' 1[1^b1 BB^H' T^W1' y^^V 'ÜhI

BB m\\ BWÜfl bKKi' h'"' ¦'- ¦'^¦¦1 *3a?BB Bh

BB '-B Bifl B I iiiiiMiii?i»'iriiirfwBB BB^^H ^^HJ ^í^^H ^^Hr:,'^^^l ^^^|!E[^^Eí ,^^^ii^^^^^^^ w^^mma^^^ummM mmmY

HH •mMMM HB ' BH BB-jAv''' '*' *^':' i Viílj-flBH '^'SnHB BHHM-ZflL-_fli hBHhBhhBV^hI

£mhmhH H^H B ¦'w m^K ^^BmW^v^j^p^AÍfV&Sffi*-':''¦ 'y> '-.¦MHjB^^.jjdBBf i' ^3Ê -|B &V- ¦ ~—--=r^--~ ¦«»?*__ «nSPHI jBBW^^Bâ mmmmmmaammb' [|j " gfl jff^^A^BBHBBB Ht MMMmm^maaM HBflflBRS' iw-— ¦'*' -' '''VjSWBjSl ^^Bi \BB IBilBhm£l_ __^ 'l^A^Ij^^IhI Hb ' ¦¦''B^H^hb BBBul' * <BI ******] ^ibío ueÍSSbIPShíiI HI 8tt':::<v^3 BHrK''| P - - 9 B& 'fl*»'7Jiw¦*L. ' '-^BBh^HHH,H| BKs mmVL W^F^MM BBtoK^K BBHmJ

"* H gMB BH: . ;»» mWjrfMgjgHãSnBiW^^BJ h)h* Bv4^fl H"I ^BBBBBbbhBbhhh^ * ^^^?BBB^HB|^^f ^tbhshtÍ^Ef^i 'í

á0MÊa\ mwW^%\mmmm :i H!ÍÍ-j8ffP*A?Sy^B^B«BHlH^B '

¦ íi''í,J°:r,:,:Í-';^,J-,r?^~'^:?}j^i%i' '^S^ffi^Wâ^ikk"-*!^ ¦¦¦.:¦'.'y! " ''"~ '".' ¦.'. 'A'- ¦. '¦¦"¦'¦'•".-,¦'

Os carros, todos da década de 70, foram apreendidos por falta da guia de importação

Estado debate questão da terraCom o objetivo de solucionar os

conflitos de terra no Estado, fixar ohomem no campo e providenciar o retor-no à terra dos que o desejam e não têmmeios, a Comissão de Assuntos Fundia-rios, integrada por cinco secretarias esta-duais, reuniu-se ontem pela primeira vezapós a sua criação, há quatro meses. Deacordo com o secretário de AssuntosFundiários, Paulo Alberto Schmidt, asituação do lavrador no Estado "é cala-mitosa": "São 1 milhão 700 mil hectaresde terras improdutivas".

O Conselho — constituído pelos se-cretários de Justiça e Interior, SeabraFagundes; Planejamento e Controle,Teodoro Buarque de Holanda; Agricul-tura e Abastecimento, Áureo Gama deSouza; Trabalho e Habitação, Ivan daSilva Pereira e Desenvolvimento Metro-politano, Carlos Alberto Barcellar —

pretende ainda acabar com os loteamen-tos denominados por Paulo Alberto de"cadernetas de poupança antigas", con-servados pelos proprietários que aguar-dam a valorização da terra.

Paulo Alberto revelou ainda que aconcentração de população nos centros égrande (87% no Rio, contra 6% nocampo) e a comissão lutará para descer onível das cidades e aumentar o índice docampo, até 15%. Estas medidas tambémirão aliviar as cidades, melhorando opadrão de vida. Um decreto em fase deredação final está sendo elaborado parafacilitar a ação discriminatória no Estadodo Rio, que tentará recuperar terras,desapropriando-as para o assentamentode 25 mil famílias:

— Em termos de violência no Brasilmotivadas pela disputa de terra, o Rio é

uma ilha de tranqüilidade — afirmou o:secretário de Assuntos Fundiários, queatribui o fato ao apoio do secretário dePolícia Civil, Nilo Batista.

Paulo Alberto defende também aidéia de criar condições e vantagens alémda segurança, para a fixação de famílias'no campo. Segundo ele, as áreas de*maior concentração de ioteamentos e'terras improdutivas são a Região Sul dò'Estado, Grande Rio e Região dos Lagos4'

Além das secretarias integrantes do,conselho, compareceram como convida-.dos à primeira reunião o secretário Esta-,dual de Saúde e Higiene, Miguel Ângelo^Roberto D'Elia; a secretária de Educa-çáo, Maria Yeda Linhares; o secretário;,de Promoção Social, Ailton Leite da;Silva e o secretário de Viação, Ubirajara'Muniza. >-

flSPPERDE0J0RNAL

DO BRASILPERDEUMPOUCO DO

MUNDa

wJORNAL DO BRASIL

<^>£xís J^zaiCLtza^LLLanaTRIO

NOELDEVOS (fagote)ANADEVOS (violoncelo)

MARIA LÚCIA PINHO (piano)10 de Outubro

6a feira — 18:30horas

TAFUNARJ

ENTRADA FRANCAcSaLa CzcíLLa<zM.zLx£.L£,iInformações: 232-9714

95A hl O d

JORNAL DO BRASIL

6 o Cidade o sexta-feira, 10/10/86

Tmpostos

Cterviço JORNAL DO BRASIL

IPTU — Vence hoje o prazo para paga-mento da 8a cota para os contribuintescujas guias tenham final de inscrição sete.Cotações — Unif — Cz$ 199,41 paraIPTU e Cz$ 248,55 para ISS e taxa deexpediente. Ufcrj — Cz$ 186,99.

UZ

,...-. A Light suspenderá o fornecimentode energia elétrica nos seguintes bairros ebijrários para serviços de manutenção derede: Barra da Tijuca (entre 9h e 12h) —ruas Humberto Cozzo, Mário Faustino,Murilo Araújo, Rogério Karf, HenriqueStamile Coutinho, Roberto Farias, Pru-dente de Moraes Neto, Av. Genaro deCarvalho e Gláucio Gil (parte); Engenho4c Dentro (entre 8h e 16) — ruas JoaquimNorberto, Laurindo Filho, Z. da Costa,Almeida Reis, dos Lírios, da Primavera eAntônio Sardinha; Parada de Lucas (en-Ire 8h e 17h) — ruas Tagipuru, Álvaro deMacedo, Sacará e Anamá; Jardim Bota-¦ico (entre 8h30min e 12h) — Rua Mar-quês de São Vicente (do n" 99 ao 147),Vtce-Governador Rubem Berardo (CircoDelírio).

•piratas e legumesEstão em baixa segundo a Ceasa: batata-doce, inhame, aipim, abóbora, abobri-nha, alface, cebola, pepino, repolho,abacaxi, mamão-formosa, melancia e¦tanga.Varejão do CeasaPiedade — Rua Torres de Oliveira, esqui-¦a de Fagundes Varela; Urca — PraçaGeneral Tibúrcio; Tomás Coelho, Estra-da Velha da Pavuna, 4800.Pratas oa praçaBarraquinhas da Secretaria Municipal deAgricultura estão hoje nos seguintes lo-tais: Praça Saenz Pena, Praça das Nações(Bonsucesso), Praça General Osório,Praça Serzedek) Correia, Largo da Ta-quara (Jacarepaguá).rara do Produtor Leme — próximoao Leme Palace Hotel.

pimergênciasPnmtoavSoeorros CarrHaona: Tijuca-* Prontocor — 264-1782 (R. São Fran-caco Xavier, 26); Ipanema — Rio Cor —S21-3737 (Rua Fanne de Amoedo, 86);Botafogo — Eletrocor — 246-8036 (RuaSio João Batista, 80); Jacarepaguá —Urgecor — 392-6951 (Estrada Três Rios,363); Laranjeiras - Uticor — 265-6612(Rua Soares Cabral, 36); Lagoa — Pron-tocor — 286-4142 (Professor Saldanha,26); Ilha do Governador — Centro-Cor

393-9676 (Rua Cambaúba, 167 —Jardim Guanabara).sVantos Doaorroa Dentários: Barraés Tijuca — Assistência Dentária daBarra — 399-1603 (Av. das Américas,2300); Leblon — Dentário Rollin — 259-2Ó47 (Rua Cupertino Durão, 81); Botafo-pi — Clínica de Urgência — 226-00-83(Rua Marquês de Abrantes, 27); Tijuca

Centro Especializado de Odontologia288-4797 (Rua Conde de Bonfim,

664); Méier—Clínica Odontológica Cen-a, _ 594-4899 (Rua José Bonifácio, 281);Pruulua PuuuiTua Infantis: Botafogo4- Amiu — 286-6446 (Rua Muniz Barre-to, 545); Copacabana — UPC — Urgên-das Pediátricas — 287-6399 (Rua BarataRibeiro, 111); Jardim Botânico — Psil —266-1287 (Rua Jardim Botânico, 448);TQoca — Prontobaby — 264-5350 (RuaAdolfo Morta, 81); Ilha do Governador

393-0766 (Rua Cambaúba, 151);FallaiHnlnas urgénolas: Copacabana

Clínica Galdino Campos — 255-9966(Av. N. Sra. de Copacabana, 492).

larmáciasZona Sul:Flamengo — Farmácia Flamen-go (Praia do Flamengo, 224); Leme Far-macia Leme (Rua Viveiros de Castro,32); Leblon — Farmácia Piauí (RuaAtaulfo de Paiva, 1263); Barra da Tijuca(Drogaria Atlas) Estrada da Barra daTijuca, 18.Zona NorteTijuca — Casa Granado (RuaConde de Bonfim, 300); Cascadura Far-macia Cardoso (Rua Sidônio Paes, 19);Realengo — Farmácia Gapitólio (RuaSoares Andréa, 282); Bonsucesso — Far-nácia Vitória (Praça das Nações 160);Méier — Farmácia Kackenzie (Rua Diasda Cruz, 616); Campo Grande (DrogariaChega Mais (Rua Aurélio de Figueiredo,15, Comary (Rua Augusto de Vasconce-Ias, 14) Drogaria Chega Mais (Rua Bar-çek) Domingos, 14); Jacarepaguá — Far-fcácia Carollo (Estrada Jacarepaguá,7912); Farmácia Itapim (Rua Itapim,$40); São Cristóvão — Farmácia Fonsecajeles (Rua Fonseca Teles, 1% B); Penha¦J- Farmácia Cruzeiro da Penha (Rua SãoLucas, 8, loja A); Farmácia Nininha;irajá (Farmácia Novo Progresso) Aveni-da Vicente de Carvalho, 1225; Vila Isabel(Avenida 28 de Setembro, 226) FarmáciaBoulevard; Pavuna (Drogaria Melo, Es-Irada Rio do Pau, 2512); Paciência (Far-macia Cantinho da Paciência, Estradados Vieiras, 19) Zona Centro Central doBrasil — Farmácia Pedro II.

Kit,' 9R Hifl Hü Lvl kí!rfnlál Lvl aali' rSr^^K BB Bsn"^i ' -najBa#*^BLi BaWfcaML^Wv' «%X' ^H L^^HHBIi>bB HJ^JhB Baaflmbjvv K' * udâB B^^B B*^DfL. ^9a^L^a^E*"aV t l) 4C9 ¦"* Ha^aWÍv^H¦ <*». *n SaJtrui/ sk ¦yvmm ^^mmS^BB mm' imtita& 'F^^«n»^9áav '"w-s^fta HhBjuEi

¦ •?'jfc*i*ll él- f ak muAy<yjrtiffs;^aW, JmMr' jfésSê BB

B«-B B Bm BBWgara Kl whL \&!ê>mmVmmw ' ^EXiB ^rjí^Bifvl P^^^'-^~]lafl Hl

^V^fll.jJd2||t'S HlivíwàB aJV^aiaB MmW

WÊmmm mm\M^m\ mWSÊÊm\k.^t JBtr-'-' mWL-- ^B

BflaH! HÉiraal Ha» LlV '',' ^ «^ "¦ H HâV . <âHBi S wÊKr m-j lrfrtw.H E •" -•¦""mm^mmmY ITil li mmm*:' CTIPfflfJiBlk aFvl . JtHfisaV B-B

tmmrTa^ WÊr '%¦* VinilHÉI ¦ 'Su •' BB¦h ¦' . <, i, % m \$Bmm mw&"- ^-WB¦¦. ¦-•]:$!: MM aBlEÜ™ '«*>- llaaa^H¦<M| ¦) 1K IBI K ^^m^Hfl aBaalaii^Bl aaB-tii aHUaBB

a?L?.'-:'y^B B '¦¦ "i:-à|r' jlB «al^afe la\F9i^ÍRaBrfi r&MaB Bk mm- "M m^rn- *•

MahttlaS» illaWHBaWBaBBlaW aâWnáaMMa^aV ^K ¦•

aTJU íiT^SBhI a^a^P^^1 arVral l-^v^. '¦ j V* u_,-lif ' '*" ^^^^TaL^aBaT ' '* j Tl'atl'7^'

Estradas

Escola técnica expõetrabalhos dos alunos

ESTÁ

aberta aopúblico a 9a Feirado Centro Fede-ral de Educação

Tecnológica Celso Suckow,que reúne 45 trabalhos dealunos e professores doscursos técnicos e superioresnas áreas de meteorologia,eletrônica e construçãocivil.

Uma das atrações dafeira pertence à área deeletrônica: trata-se de umafechadura de segurança,que só abre mediante umacombinação numérica, se-melhante ao sistema utiliza-

H?ieÉ dia Nacional da Luta da Mulher contraa Violência.

horasKL OV a

Flores — Merca-do das Flores deBotafogo — RuaGeneral Poüdoro,238 — Tel.: 226-5844; Carlinhosdas Flores — Av.Geremário Dan-.tas, 71 — Jacarepaguá — Tel.: 392-0037;Roberto das Flores —• Avenida Automó-vel Clube, 1661 — Inhaúma — Tel.: 593-8749.Borracheira — Avenida Princesa Isa-bel, 272 — Copacabana — Tel.: 541-7996.Reboque* — Auto-Socorro Botelho —Rua Sá Freire, 127 — São Cristóvão —Tel.: 580-9079; Auto-Socorro Gafanhoto— Rua Aristides Lobo, 156 — Rio Com-prido — Tel.: 273-5495; Avenida dasAméricas, 1577 — Barra da Tijuca —Tel.: 399-2192.Igreja — Paróquia N. S. Copacabana —Rua Hilário de Gouveia, 36 — Tel: 255-5095.Chaveiros: Trancauto — Estrada Vi-cente de Carvalho, 270 — Vaz Lobo —Tel.: 391-0770, e Avenida 28 de Setem-bro, 295 — Tel.: 288-2099 e 268-5827 emVila Isabel.Supermercados — Casas da Banha —Rua Siqueira Campos, 69 — Copaca-bana.Banco do Brasil (Agência) — Aeropor-to Internacional do Galeão — Ilha doGovernador.

do em cofres. Ocione JoséMachado, 18, da Ia série docurso técnico de eletrônica,conta que teve a idéia doengenho durante a viagemde trem que faz diariamen-te para casa, em Guadalu-pe. "Entre projetar, conse-guir o material e montar,levei três dias", diz ele.

Os projetos, coordena-dos pelo professor PauloBittencourt, estão expostosno pátio interno da escola,que fica na Avenida Mara-cana, 129, e poderão serapreciados até amanhã, nohorário das 9h às 21h.

Baby-sitter — Casteünho de IpanemaCreche Materna! Ltda. (Rua Barão daTorre, 468 — Ipanema — tel.: 287-5397).A solicitação de baby-sitter deve ser feitadas 7h às 19h, de segunda a sexta-feira, eos pedidos para fins de semana comantecedência.Bancas de Jornais — Largo do Macha-do, em frente à estação do metrô. Copa-cabana — Rua Santa Clara, esquina comAv. N. S. de Copacabana.Restaurantes: Não fecham — Stock(Av. Suburbana, 6725 — Largo dos Pila-res); Tarot — (Rua General Urquiza, 104— Leblon —tel.:239-2863).Até 6 horas: La Fiorentina (Av. Atlânti-ca, 458 — Leme — tel.: 275-7698).Até 5 horas: Pizzaria Guanabara (Av.Ataulfo de Paiva, 1228 —Leblon —Tel.:294-0797 e 274-0220).Até 4 horas: Castelo da Lagoa (Av.Epitácio Pessoa, 1560 — Lagoa — tel.:287-3514); Mandrake (Rua Muniz Barre-to, 610 — Botafogo — Tel.: 266-3245).Até 3 horas: Nino (Rua Domingos Ferrei-ra, 242 — Copacabana — Tel.: 541-4147).

A rquidioceseCom a promoção da Pastoral Fami-

liar da Arquidiocese do Rio de Janeiro eo apoio do Colégio Pedro II, será realiza-do amanhã, das 8h às 12h30min, o semi-nário sobre Participação da comunidadeem programas de prevenção ao uso inde-vido de drogas. O seminário apresentarápainéis, debates e propostas para açõescomunitárias. O encontro será no Cole-gio Pedro II, Campo de São Cristóvão,177, 2° andar, Pavilhão da Direção Ge-ral, Auditório da Secretaria de Ensino.As inscrições devem ser feitas no local.

A Polícia Rodoviária Federal realiza, apartir das 12h de hoje até as 12h desegunda-feira, na Rodovia PresidenteDutra, a "Operação Nossa Senhora daAparecida". A operação será de reforçono patrulhamento, em face do esperadoaumento de tráfego em direção à Apare-rida do Norte, onde será comemorado nopróximo domingo o Dia de Nossa Senho-ra da Aparecida.Em conseqüência de obras de recapea-mento asfáltico, os km 168 a 169, daRodovia Presidente Dutra, em Vila Ro-sali, estão interditados, na pista sentidoSão Paulo-Rio. O tráfego está sendo feitoem mão dupla no sentido Rio-São Paulo.

ioncursosMonografia — Profissionais cm ciên-cias biológicas, engenheiros agrônomos eflorestais poderão participar do PrêmioAndef de Manejo Integrado. Os traba-lhos, individuais ou coletivos, totalmenteinéditos ou que ainda não tenham sidopublicados, devem tratar sobre métodosde controle de pragas, doenças e ervasdaninhas que utilizem, harmonicamente,os inimigos naturais, os processos quími-cos, físicos ou biológicos e os métodosculturais e deverão ser enviados pelocorreio à Associação Nacional de Defen-sivos Agrícolas, Rua Capitão AntônioRosa, 376,13° andar, Jardim Paulistano,CEP 01443, São Paulo-SP. Serão premia-dos os 10 melhores trabalhos com umtotal de Cz$ 120 mil. Maiores detalhespelo telefone 205-3545, com Wilson Vi-las-Boas ou Celso Garcia (Rio).Procurador — Os 1 mil 300 candidatosàs 75 vagas de procurador da Prefeiturado Rio, classe inicial, poderão conhecerhoje as notas obtidas na prova escrita,considerada eliminatória. Os interessa-dos devem se dirigir ao auditório JoãoTcotônio Mendes de Almeida, do CentroCândido Mendes, na Rua da Assembléia,10, subsolo. As provas serão identificadascom a abertura dos envelopes lacrados,contendo os canhotos das provas e aimediata leitura do número de inscriçãodo candidato e da nota atribuída. Inde-pendente de requerimento, os candidatospoderão ter vista das provas nos dias 13,14 e 15, das ÍOh às 17h, na Rua D.Manuel, 25, 3° andar.

lúnelA pista lateral esquerda do Túnel Rebou-ças, no sentido Cosme Velho — RioComprido (Sul-Norte) continua interdita-da pelo DER por mais 20 dias, sempredas ÍOh às 16h, para serviços de sinaliza-ção e balização. O DER pede atençãoaos motoristas para a saída do túnel, noRio Comprido, onde foi colocada umamureta protetora.

RUABambina

A

QUANDO ainda eram poucos os

caminhos que levavam ao bairro deBotafogo, por volta de 1853, o conselhei-ro José Bernardo de Figueiredo abriu emsua chácara cinco ruas e as batizou comnomes de seus parentes. A uma delascoube o nome de Bambina, apelido casei-ro da Luiza, filha do Marquês de Olinda ede Luzia de Figueiredo, herdeira do con-selheiro.

José Bernardo, que se aposentara an-tes de patrocinar a abertura das ruas,formou-se em direito na Universidade deCoimbra. Em 1808, foi nomeado para ocargo de intendente do Ouro do Rio dasMortes, Minas Gerais. Transferido trêsanos depois para São João Del Rey,ocupou o cargo de Juiz de fora.

O conselheiro foi ainda juiz de fora dacidade de Sáo Paulo, desembargador nada Bahia, e membro do Supremo Tribu-nal de Justiça, onde ocupou a presidência.

Na Rua Bambina já existiu o solar doBarão do Amparo, que mais tarde setransformou em seminário. Ali também seestabeleceu o Dr. Quintela, assassinadopor uma de suas clientes que sofria dedoença mental. Na mesma rua, o médicoLuís Barbosa fundou a Maternidade deBotafogo.

Por duas vezes tentaram mudar onome do logradouro. Em 1892, ela quasevirou Rua Coronel Tamborim (que parti-cipou da expedição de Canudos). Em1910, quase se transformou em Vicente deSouza (jornalista, precursor das idéiassocialistas no Rio). No entanto, a singelahomenagem de um avô coruja atravessouessas barreiras e persiste até hoje, abrigan-do a l(f DP, a Casa de Saúde Samari-

tano e o restaurante Manolo.

D Rua Bambina — Botafogo. Co-meça na Rua Marquês de Olinda.Termina na Rua São Clemente.

¦onsertosBonecas — Posto Estrela, Rua Barão

do Bom Retiro, 120, Engenho Novo.Brinquedos Eletrônicos — 581-3045,

Rua Marechal Rondon, 1961, Riachuclo.Pianos — 273-4096, Rua Haddock Lo-

bo, 53, Tijuca.Tapetes — 294-2448, Rua João Lyra,

100, Leblon.Quadros — 266-2320, Rua Dona Ma-

riana, 137, casa 6, Botafogo.Telefones sem fio — 252-8594, Rua do

Rosário, 159, Centro.

¦ursos

iaBailaBs ° " <nWai

y o^ i/ °i \

Responsahili-dade — O Cepadinicia em 13 de ou-tubro, para advo-gados, o cursoResponsabilidadeCivil. Aulas às 2",3"e5",dasl8hàs20h. Inscrições na Av Almirante Barro-so, 91, grupo 203/205, telefone 262-4658.

Concreto — O Centro de Produção daUERJ promove de 14 de outubro a 2 dedezembro o curso Concreto Armado —Dimensionamento Com Uso de Micro-Computadores, para engenheiros, arqui-tetos e estudantes do último período doscursos de engenharia e arquitetura, quedeverão conhecer linguagem de progra-mação, especialmente Basic. Aulas às3'5, 415 e 5a*. das 19h às 22h. Inscriçõesdas 9h às 18h30min, na Rua São Francis-co Xavier, 524, Pavilhão João Lyra Filho,sala 1006, bloco A, Io andar, telefones264-8143 ou 284-8322, ramais 2417 e2507.

Pais — Vai de 14 de outubro a 18 denovembro, no auditório da Clínica DrWilson Luz, o Curso Para Pais. Coorde-nado pelos psicólogos Sérgio Tostes, Mô-nica Torres e Brenno Pinheiro, com par-ticipação do pediatra Eduardo Zayen,possibilitará aos pais maiores esclareci-mentos sobre a formação psicológica deseus filhos. Aulas às 3M, às 20h. Inseri-ções e informações: Travessa Santa Leo-cádia, 20, telefone 236-4613.

Informática — A Casa de CulturaLaura Alvim abre cm 14 (3a* e 5a*, das16h às 18h) e 15 de outubro (2a5,4a5 e 6a5,das 18h às 20h), com os professoresSérgio Henrique Sá Leitão e AntônioTurano, o curso Programação Basic. To-tal de aulas: 18. Preço: Cz$ 650. AvVieira Souto, 176 (227-2444).

Jardinagem — Começam em 15 deoutubro, na Chácara Mundo Novo, oscursos Jardins e Interior, com o paisagis-ta Luiz Clemente Ferreira de Souza.Serão cinco aulas por curso, sempre às4a5, o primeiro às 14h e o segundo às 16h.Inscrições na rua Mundo Novo, 1.200(acesso pelas ruas Marquês de Olinda,Botafogo ou General Glicério, Laranjei-ras), de 2a a sábado, das 9h às 17h30min.Maiores detalhes: 552-6178.

Dança — O Centro de Dança Corpo cArte (Rua Álvaro Ramos, 525) marcoupara 15 de outubro o inicio do CursoIntrodução à Dança. Diirigido a criançasde 4 a 10 anos, abordará o conhecimentodo corpo como um todo a partir datécnica Dança Consciente, que, derivadados trabalhos de Klauss Vianna e AngelVianna, vem sendo desenvolvida porRainer Vianna e Neide Neves, diretoresdo Centro de Dança. As aulas serão às 4SSe 6", das 17h às 18h, com a professoraNádia Bambirra, e terão o acompanha-mento musical de Antônio Pinto. Térmi-no do curso: 28 de janeiro de 1987.Detalhes pelo telefone 541-0785.

Montagem Teatral — O diretor, ator,fjgurinista e produtor Beto Crispun iniciaem 15 de outubro, no Centro CulturalCândido Mendes, o curso Todas as Eta-pas da Montagem de Uma Peça da Produ-cão à Atuação. O curso, no Teatro Candi-do Mendes, às 4" e 6a5, das ÍOh às 13h,irá até 17 de dezembro. Alguns itens:como fazer um projeto, o que é produ-ção, etc. Preço: Cz$ 800; matrícula: Cz$100. Maiores dados na Rua Joana Angéli-ca, 63, sala 508, telefone 267-7141, ramal10, das 13h às 22h.

congressosPetróleo — No 3o Congresso Brasi-

leiro de Petróleo, que se encerra hoje noRiocentro, palestra especial, às16h30min, com Arne Oeien, Ministro dePetróleo e Energia da Noruega, sob otema Evolução dos Preços de Petróleo aMédio e Longo Prazos.Energia Nuclear — A Comissão Na-cional de Energia Nuclear (CNEN) e aAgência Internacional de Energia Atômi-ca (AIEA) promovem de 13 a 17 deoutubro, no Rio Othon Palace Hotel, oSeminário sobre Opções de Gerencia-mento de Rejeitos Radioativos na Amé-rica Latina. O Seminário contará com aparticipação de 60 técnicos do Brasil,México, Peru, Uruguai, Argentina e re-presentantes da AIEA. O encontro con-tara com seis seções, e seus participantesfarão uma visita à Central Nuclear Almi-rante Álvaro Alberto (Angra I), paraobservar como estão sendo preparados eestocados os rejeitos radiotivos de baixoe médio nível produzidos pela usina.Maiores informações: 295-2232.

Feiras livresZona Sul —Botafogo — Rua Rodrigode Brito; Ipanema — Praça Nossa Senho-ra da Paz; Gávea — Praça Santos Du-mont;Zona Norte — Cascadura — Rua Cae-tano Silva; Tijuca — Ruas Garibaldi eAlzira Brandão; Bento Ribeiro — RuasMario Hermes c Tereza dos Santos; Gra-jaú — Avenida Júlio Furtado; Méier —Rua Vaz Caminha.Centro — Santa Teresa — Rua Felíciodos Santos.

AgendaO ministro dos Transportes, José Rei-

naldo Tavares, falará às 17h30min, noClube de Engenharia (Av. Rio Branco,124, 20° andar), sobre o Panorama geral

. da política de transporte.A Associação de Pais c Mestres- da

Escola Parque (Rua Marquês de SãoVicente, 483) apresenta, às 20h30min,Mesa-Redonda da Constituinte, tendocomo participantes Rose Marie Muraro,do PDT; Werneck Viana, do PMDB;Wladmir Palmeira, do PT; Evandro Linse Silva, do PSB; e Antônio Ivo, do* PCB.Como mediador, Clóvis Brigagãò. ~ln-

gressos a Cz$ 40. ".Hoje, às 19h30min, no auditório 111'

(11° andar) da UERJ, pré-estréía do',vídeo Turno da morte, da Zeitgeist Vi-!deo, estrelado por Nauro Campos..(ex-'.capitão Electron) e Sidney Garambone.',O vídeo está inscrito no Fest-Rio concor-rendo à categoria ficção. A entrada éfranca.

Em comemoração ao Dia da Criança,;o Instituto Estadual de Diabetes realiza, •a partir das 8h, programação dirigida à;criança diabética e seus familiares. Oevento será dividido em duas partes, compalestras e lazer (projeção de filmes, •brincadeiras, distribuição de brinque-'dos). O instituto Gca na Rua Moncorvo •Filho, 90.

Fica exposta somente até dia 16 a!mostra de pinturas da artista plástica'Teresa Coelho César, na Sala de Exposi-1ção Cândido Portinari, à Rua São Fran-cisco Xavier, 524, UERJ, Maracanã. A'exposição pode ser visitada de 2a a 6a-feira no horário das 9h às 22h.

Hoje é o último dia do seminário \Cotidiano e poder no Rio de Janeiro da ;Nova República, que começa às 18h30minna Casa de Cultura Laura Alvim~(Av.Vieira Souto, 170, Ipanema). Serão duaspalestras: A cidade e seus cronistas: OlavoBilac e João do Rio, com Francisco Elia,da Fundação Casa de Rui Barbosa, e o Obumor de Fradique Mendes, com IsabelLustosa, também da FCRB. Como co-mentador, Maria Alice Rezende, daPUC.

Luzes da ribalta c o filme em video queserá apresentado hoje, às llh30min, naSala Pedro Calmon, da Faculdade deEconomia da UFRJ, que fica na Av.Pasteur, 250, Praia Vermelha, Urca. Aentrada é franca.S Como parte das homenagens pela pas-sagem do cinqüentenário da morte deFedcrico Garcia Lorca, Ivo Fernandes eÂngela Valério se associaram para mon-tar Dona Rosita. a solteira, cm traduçãode Carlos Drummond de Andrade e comdireção de Ari Coslov. A peça está sèhdoapresentada de quarta a sábado, às 21h,domingo, às 19h, e quinta-feira, vesperalàs 17h, no Teatro Dulcina (rua AlcindoGuanabara, 17, Tel.: 220-6997).

Três palestras encerram hoje a Semanade Palestras organizada pela Faculdadede Educação Ciências e Letras Notre-Dame. "Comunicação e educação , comGabriela Rangel e Amélia Maria Alves,às 18h30rain, Educação e realidade, às20h30min, com Ivanita Gil Villon, e, nomesmo horário, Os portugueses, somosdo Ocidente — Camões, Cesário Verde,Fernando Pessoa, com José Carlos. Afaculdade fica na Rua Barão da Torre,308, em Ipanema.

A sessáo da meia-noite de hoje eamanhã, no cineclube Estação Botafogo,Rua Voluntários da Pátria. 88. exibeBrazil... o filme, direção de Tcrry Gillian,com Jonathan Pryce e Robcrt De Niro. Ofilme é o tragicômico relato das desventu-ras do solitário Sam Lowry, desastradoanti-herói tragado pelos acontecimentosnuma terra tão absurda quanto crível.-

A Montesanti Galeria expõe, a partirde hoje, trabalhos recentes do artista-plástico Paulo Laport. A mostra pode servisitada até dia 30 de outubro, na Av.-Ataulfo de Paiva, 270, loja 114, no Le-blon.

Retrospectiva da arte e arquitetura.com diversos conferencistas de diferentesconsulados, é o curso que está sendopromovido pelo Museu Nacional de Be-las-Artes (Av. Rio Branco, 199). Aspalestras são independentes e não é ne--cessaria inscrição. Hoje, às 16h, no Audi-'tório Leandro Joaquim, do MNBA, pa-lestra do professor Adeli Burruni, doConsulado da Itália. Detalhes — 240-0068.

Os mutuários do Rio fazem vigíliahoje, a partir das 13h, nas escadarias daCâmara dos Vereadores, em movimentode protesto contra a utilização de instru-mentos para a mudança dos contratosmútuos e administrativos.

fj>j^^AA-íA^~>-U^-'^^'-^'--'>^-i»-'^-">-'^^^-»J^-'»

ApresentaRealizaçãoCHICO RECAREY

<UfcM.«&*

^^.^^»^.^^.»-g.»^-?.^.^^^^.^?^

Direção Geral Flávio Rangel

0 público exigiu:temporada do.

maior show de 1986foi prorrogada

WJ ~

Ingressos no local0 SHOW COMEÇARÁ RIGOROSAMENTE NO HORÁRIO

5a a sábado 22.-00 hDomingo: 20:00 h

Mesa 200,00 por pessoaPoltrona 100,00

Av. Atrunio de Me/n f-ranco 29b

239-4835 239-4448

GOODWAY tapetes e carpetesBANDEIRANTE

KAOIOCIDADK FM H)'á,9 Mllz

¦tfa.

ri*

J&

,*..- av-*.-*»i".'.J

t

jHIH,

*> 2 ^^^twsein^k^awU^smaaoi^^Miij^ti^^nicdicc^^^^¦¦^*¦ •^HEJ. _^WPB*-^ .- '" ^t "' . '* £¦& ijjL mm- ¦ llPfl: -H¦B ffiii® , "~ '''jdHMMEH^^^^^^^HMKlSiSMRII

B ¦ il I

i iiMBwMM^B[^^^^^^^^^^I^B^^y'.MBii iii ! ip";* 11MJji'Sij,: J|^HDE9HHrMli^—fBI JIbBjIIP. ~ mti«iSaBB^<B&>;r.v,.•¦•; JhfIIIWM i l^F'^^i Bmjy lt LJK.^TSpSr'- MmSm

^OHHlw jHHHh

r^ri

B

ITP

Informe JB

2? a domingo no 1° Caderno

7Vêí vezes por semana,um movimento incomum deônibus trazendo figurantes,nas imediações da antiga TV-Tupi, na Urca, faz pensar quevoltaram os bons tempos daemissora, fechada em julho de1980, depois de marcar épocana história da televisão brasi•leira, com a montagem degrandes espetáculos e o pionei-rismo das telenovelas. A sau-dosa Tupi não está, porém, devolta. Seus estúdios, contudo,recomeçaram a viver há quaseum ano, com o aluguel de 30

das cerca de 200 salas do pré-dio e os dois estúdios à empre-sa Videograph Gravações ePós-Produção Ltda, do em-presário Sérgio Kathar, diretorsuperintendente da emissora.Lá são produzidos comerciaise programas de auditório, le-vados ao ar pela TV-Record,canal 9 do Rio. O compositorJoão Roberto Kelly voltou agravar o seu Rio dá semba nosmesmos estúdios há mesesatrás, e quase chorou ao re-lembrar o passado. Mas a li-nha de produção que movi-

menta aogra a velha Tupi estálonge dos inesquecíveis Espe-táculos Tonelux, ou das Noi-tes Cariocas de ontem: lá sãogravados hoje programas reli-giosos de pastores protestan-tes, que Wàrii a1 sua claque;um programa de forró — Rou-xinol alegria do povo; e a

programação infantil do pa-lhaço Luno, personagemegresso do Bozo da TVS.

Regina Barreiros

sexta-feira, 10/10/86 o Cidade o 7

Juiz cancela licenças

para pôquer eletrônico

"Fechada"

quase acaba

em morteUma briga de trânsito por pouco não

terminou em morte, ontem à tarde, naAvenida Nossa Senhora de Copacabana.O. motorista de um ônibus da linha 521(Vidigal-Mourisco) levava um revólvercalibre 32 na bolsa e disparou para a ruadepois que Antônio Valentim Marcianode Oliveira saiu do Volkswagen XU-6104para tomar satisfações por causa de umafechada em seu carro e uma cuspida emsua noiva.

Ninguém saiu ferido mas o caso foiparar na 12a DP (Copacabana). O moto-rista do ônibus, Genésio Elias Ribeiro,ficou preso, teve sua arma (marca Tan-que) com quatro cartuchos de muniçãoapreendida e foi autuado no artigo 132 doCódigo Penal, por expor a vida de tercei-ros a perigo. Na delegacia, cada motoris-ta contou sua versão:

Antonio de Oliveira disse que levouuma fechada do ônibus entre as ruasXavier da Silveira e Bolívar e olhou parao motorista, sem nada dizer. Foi quandoCenésio cuspiu em sua noiva, que viajavaao lado. "Saí, então, do cano para tomaruma satisfação e observei o motoristamexer no interior de uma bolsa e, repen-tinamente, puxar um revólver, com oqual atirou para a rua".

Genésio, por sua vez, contou que naaltura da Rua Djalma Ulrich o Volkswa-gen entrou na faixa seletiva, permitida sóa coletivos, e acompanhou o ônibus. Emum sinal, viu o cano parado a seu lado,quando então Antônio começou a xingá-lo. "Mais adiante, "ele parou e saiu docarro7_tentando dar-me um soco pelajanela

"ido ônibus". Sentindo-se ameaça-do,.conforme disse, pegou o revólver quelevava jna bolsa e disparou na direção dochão,.para assustar Antônio.

Antônio afirmou que o motorista doônibus queria alvejá-lo, mas não conse-guiu . porque um passageiro o seguroupelo ombro. Um policial de trânsito ten-tou deter o ônibus, que prosseguiu até aesquina da Rua Santa Clara, onde omotorista foi preso pelos soldados Agui-naldo Morais da Cruz e Durval Veríssimoda Silva Filho.

Durou pouco a alegria das empresasSogames Aparelhos e Diversões Eletrô-nicas, Microgames Diversões Eletrônicase Locadora de Divertimentos Eletrôni-cos, que tinham conseguido autorizaçãodo desembargador Fernando Celso Gui-marães para manter em funcionamentosuas máquinas de vídeo-pôquer: ontem, omagistrado reconsiderou a decisão e cas-sou a liminar que havia concedido nomandado de segurança impetrado porelas.

O incidente ocorrido há 10 dias,envolvendo um funcionário da Funarj,que qanhou Cz$ 999 mil no vídeo-pôquermas nada recebeu, foi o principal motivoda revogação da liminar. Segundo o de-sembargador, trata-se de um fato concre-to, que demonstra a utilização das máqui-nas para jogo de azar. Ele acompanha,assim, decisão da desembargadora MariaStella Rodriques, que negou liminar nomandado de segurança impetrado pelaIntergame Locadora de Máquinas Eletrô-nicas de Diversões.

Jogo de azarFernando Celso explicou que inicial-

mente concedeu a liminar porque nãotinha tomado conhecimento de qualquerflagrante de utilização das máquinas co-

A Associação Comercial e Industrialda Barra da Tijuca — Acibarra, ganhouontem a sua sede própria, na Avenida dasAméricas, 4330, ao lado do BanaShop-ping, onde a entidade pretende desenvol-ver "um trabalho pioneiro, pela primeiravez criando conselhos comunitários paraum trabalho integrado", como explicou opresidente, Ney Suassuna.

Alguns líderes comunitários, comoJorge Braga, presidente da Sociedade dosAmigos da Joatinga, e Oscar Simões

mo via de exploração de jogo de azar. ASecretaria de Polícia Civil, contra a qualforam impetrados os mandados de segu-rança, justificou que havia apreendido asmáquinas para instauração de inquérito.

Ao conceder a liminar, o desembar-gador ressaltou que o fazia "sem prejuí-zo, é óbvio, da ação fiscalizadora daautoridade para impedir o uso das máqui-nas na exploração de jogo de azar".Quarta-feira passada, o magistrado rece-beu informações complementares do se-cretário Nilo Batista, "por onde se verifi-ca que a ação fiscalizadora das autorida-des policiais levou à instauração de in-quérito com relação a um fato concreto".

A ampla divulgação do prêmio ganhopor Paulo César Farah demonstrou queas máquinas não estão sendo usadas ape-nas para diversão ou divertimento, comodizem as empresas em sua razão social,mas sim para exploração de jogo de azar,proibido por lei. Quanto à Intergame,que impetrou mandado de segurança emseparado, desistiu da ação, pois o Depar-tamento de Polícia Especializada devol-veu as 22 máquinas apreendidas. Ficouprovado que as máquinas têm alvará defuncionamento das Delegacias de Diver-sões Públicas Federal e Estadual.

Lopes, síndico do Condomínio Nova Ipa-nema (o mais antigo da Barra, inaugura-do há nove anos), manifestaram-se deforma bastante crítica em relação às pro-vidências por parte do poder público paraenfrentar os problemas da região.

Oscar acha que a região da Barra eJacarepaguá deveria constituir um muni-cípio independente e Jorge lembrou queali convivem os dois grupamentos limitesda sociedade brasileira: a classe de maiorpoder aquisitivo e o grupamento maismiserável das favelas.

Associação Comercial

da Barra já

tem sede

artes*®

>.i

JORNAL DO BRASIL

Prefeito tomba Cassino da Urca

O prefeito Saturnino Braga assinouontem decreto de tombamento provisóriodo imóvel situado na Rua João LuísAlves, 13, onde funcionaram o Cassinoda Urca e os estúdios da extinta TV Tupi.O decreto é válido por um ano, prazopara que o Departamento Geral de Patri-mônio Cultural do município estude oentorno do imóvel de forma a proteger aamurada da praia e a ponte da AvenidaPortugal, detalhando toda a área a sertombada em definitivo.

O decreto tem apenas doiTpárágrá-fos: o que define o tombamento provisó-rio e o oue revoga as disposições emcontrário. Na sua justificativa, o prefeitodiz que o imóvel do antigo Cassino daUrca tem importância na topografia dobairro e que sua decisão atende a mani-festações comunitárias pedindo a conser-vação do prédio como memória do bairroe.da cidade. Saturnino afirma que otombamento provisório teve apoio unâni-me do Conselho Municipal de Proteçãodo Patrimônio Cultural.

Glória e decadência^'Construído pelo empresário JoaquimRòllá, o mesmo que fez o Hotel Quitan-dinhà, em Petrópolis, o Cassino da Urca

mudou os hábitos da cidade, tirando doCentro e da Lapa a hegemonia boêmia noRio. As roletas, bacarás e sbows docassino atraíram a classe média e os ricosque freqüentavam os teatros Lírico eMunicipal, o Assírio e a Praça Tira-dentes.

A agitação começava por volta das21h. Os freqüentadores jantavam, joga-vam, conversavam no grande salão eesperavam pelos dois shows noturnos.Foi a grande época de artistas comoCarmem Miranda, Linda e Diicinha Ba-tista, Grande Otelo, Emilinha Borba,Virgínia Lane, Alvarenga e Ranchinho,Trio de Ouro (Dalva de Oliveira, Heri-velto Martins e Nilo Chagas). CarlosMachado, mais tarde intitulado o Rei daNoite, era o regente da orquestra.

A decadência chegou em 1946, após15 anos de sucesso absoluto. O presiden-te Eurico Gaspar Dutra proibiu o jogo e,sem o dinheiro das apostas, o esplendordo cassino se apagou. Anos depois foraminstalados no prédio os estúdios da TVTupi, canal 6, a primeira do Rio. Maisuma vez o prédio viveu tempos de glóriae sucesso, encerrados com a decadênciada primeira rede de televisão brasileira.

Em outubro de 83, por unanimidade,a Câmara Municipal aprovou projeto dovereador Wilson Leite Passos tombandoo prédio do Cassino da Urca. No mesmodia, o então prefeito Jamil Haddad afir-mou que vetaria integralmente o projetopor considerá-lo inconstitucional, já queo tombamento é atribuição exclusiva doPoder Executivo.

O projeto foi vetado mas os vereado-res iniciaram a luta para derrubar o vetodo prefeito. O que conseguiram no dia 29de novembro, por 26 votos a favor e trêsconta. Àquela altura, havia uma brigatambém fora do plenário da Câmara: aassociação de moradores da Urca preten-dia aproveitar o imóvel como centrocuLtural e o empresário Nelson BaetaNeves queria construir no terreno umhotel de sete andares, com 300 aparta-mentos.

Mas o prefeito Jamil Haddad estavacerto e o projeto dos vereadores foiconsiderado inconstitucional. Agora,com o tombamento provisório, a Secreta-ria Municipal de Cultura tem um anopara definir exatamente os bens a seremtombador na área de entorno do prédiodo Cassino da Urca.

Nova Iguaçu — Foto de Carlos Hungria

A traseira da carreta esmagou o carro e o médico

Choque entre carreta e

ônibus deixa 5 feridos

Um ônibus da linha 943 (Pavuna-IAPI da Penha) tombou de lado ontem,no cruzamento das ruas ComandanteVergueiro da Cruz e Sargento Aquino,em Olaria, após ser abalroado por umacarreta Volvo procedente do Rio Grandedo Sul. Três dos 12 passageiros do ônibussaíram feridos com pequenas escoriações,além do motorista Pedro Ferreira daCosta (com um corte na mão) e docobrador Adilson Custódio (com um cor-te no lábio). O motorista do caminhão,Aílton Schwambach, 26, fraturou umacostela ao chocar-se contra o volante.

Tudo indica que o acidente foi provo-cado pela falta de uma placa Pare, arran-cada de um poste da Rua Sargento Aqui-no, segundo moradores. Vindo pela Sar-gento Aquino, o motorista do caminhãonão parou e bateu na lateral do ônibus,

âue cruzava pela Comandante Vergueiro

a Cruz, que é preferencial. "Ele vinhaem alta velocidade, ainda tentei sair fora,mas não deu", disse o motorista doônibus Pedro da Costa, 37. A empresa do

ônibus, Transporte América Ltda (en-campada) calcula os prejuízos em cercade Cz$ 300 mil.

No Rio, para carregar chapas deferro, a carreta (TF 6702), da RodobarthTransporte Rodoviário Bearth Ltda., deEstrela, Rio Grande do Sul, ficou com afrente parcialmente amassada. O co-piloto do veículo, Ismar Gomes dos San-tos, alegou, diante da inexistência de umaplaca de alerta, que a preferencial era docaminhão. Para o advogado da empresado ônibus, Alexandre Leitão, não hádúvida de que houve imperícia do moto-rista do caminhão, que, independente daplaca, não poderia trafegar em alta velo-cidade num cruzamento."Pelas marcasdo freio na pista, de mais de 10 metros,ele vinha enfiado", disse.

No acidente, ocorrido às 14h30min,saíram feridos os passageiros Geisa Ro-drigues Machado Gomes, Belmiro daRocha Costa Filho e Elvira Maria Cor-reia dos Reis. Atendidos numa clínicapróxima, foram logo liberados.

Médico é

esmagado em

seu carroO trânsito do centro de Nova Iguaçu

registrou grandes congestionamentos,ontem à tarde, com dois acidentes, envol-vendo cinco veículos e uma moto, provo-cando a morte de um médico e ferimen-tos em mais 14 pessoas. O desastre demaior proporção foi causado pelo tomba-mento de uma carreta gigante, que jogouuma carga de 40 toneladas em madeirasobre um Passat, um Ford pMtfíp e umamoto.

O médico Lauro Roberto Ramosmorreu esmagado entre as ferragens dóPassat. O segundo acidente, ocorrido amenos de 500 metros do primeiro, envol-veu dois ônibus que fazem linhas circula-res no bairro e deixou 14 vítimas comcontusões e escoriações.

Curva fechadaA carreta Scania 142H, placa DS-

7791, de Jundiaí, São Paulo, procedia de!Goiânia com uma carga de madeira paraentregar à empresa Primade, na RuaGovernador Roberto Silveira. O motoris-ta José Carlos Leardine, 25, ao sair daRua Ataíde Pimenta de Moraes paraentrar na Governador Roberto da Silvei-ra, foi obrigado a abrir um pouco mais nacurva, devido ao tamanho do veículo, edeu de frente com o Passat NO-8100, queestava parado no sinal.

Ao ver o carro, segundo o testemu-nho do motorista de caminhão José Riba-mar, José Carlos tentou voltar para suamão, fechando a curva, mas a traseira,que mede dez metros aproximadamente,tombou, deixando a carga cair sobre oPassat. Ao lado direito do automóvelestava a motocicleta UF-413, cujo dono,ao perceber o que estava acontecendo,largou o veículo e correu para um barcom o colega Celso Faria da Costa, 19,que viajava na garupa. Atrás do Passatestava o Ford pick-up FC-9449, atingidopor parte da carga.

O trânsito já estava bastante lentonas vias de acesso à Rua GovernadorRoberto Silveira, devido ao acidente coma Scânia, quando às 15h ocorreu outrodesastre, desta vez na esquina da Aveni-da Nilo Peçanha com Rua Frutuoso Ran-gel. Um dos ônibus, da empresa Nilopoli-tana, placa FR-1050, subiu um canteirode cerca de 80 centímetros de altura. Eleera dirigido por Manoel Bezerra Lopes.

Segundo testemunhas, o acidente foiprovocado por causa do sinal de trânsitodefeituoso, acendendo verde e vermelhoao mesmo tempo. Ninguém soube dizer,por esse motivo, qual dos dois teriaavançado o sinal. O outro ônibus era daempresa Niturvia, placa FI-1907, dirigidopor Dormentino Lopes.

Com contusões e escoriações, foramsocorridos numa clínica no Centro deNova Iguaçu Nilda Berbereira, 37, e seufilho, Anderson, 11; Maria da Penha, 50;Antônio Mota Silva, 30, e seu filho, Otto,2; Maria de Fátima Lopes, 32; Hélio deOliveira, 42; Carlos Roberto GuimarãesSiqueira, 20; Alípia Rodrigues de Araú-jo, 28; Maria Solange de Melo, 33; Iarade Farias Malhar, 38; Lilita Porfírio esuas filhas, Elaine e Aline.

sem brilho

O mundo das artestem agora um novo

espaço no CadernoCasa & DecoraçãoTodos os domingas,

gente, mercado eserviços.

Não deixe de ler.

V - » 4 ,»¦ » A • i» -*

n

n

Fotos de OlavoRufino

>'*— ' =c£

JBf

<BESEflS^SBB^

hss^^^mw fci ,:';'1'

aUiSiii^^HHH^^^^^^^^^^Hil^HKHil^^^Bi ¦¦¦wMMiiiiligiiiaMBMiiaHBIiiM^ ¦11 ^ .-* m ,¦ < ;¦•>. J JWtfe Jdif^iiatt ¦:¦¦¦" - .otejStehaii

jl-lBu'HrR> ll® flHBV^i^semsacaaa^agri^^^st^tica e posturas. Co mo as roupas comuns dependuradas, que sdficam bonitas nos versos de Chao de Estrelas

«SHíUiSaS

^P#f"|t^1^Íf Wff"*»

sacaemrasos

Fotos de Olavo RufinoIB&

m

agridem estética e posturas. Como as roupas comuns dependuradas, que só ficam bonitas nos versos de Chão de Estrelas

Sue, para os d

landestinas, idas, oficinase pistas,

com

abrangemlimitacoes,da Lei1601,dou (1978)Municipaisregulamentospraticastransgressao

i,|,:iftó tít

¦tVt' ¦- ? J

rí^^r.

As leis só existem para

ninguém obedecer

Pelo Código de Posturas

Municipais não se poderianem soltar pipa na praia

Ghioldi Jacinto

A^ O contrário do que pen-/% sa, o cidadão não pode

/**^ fazer tudo o que deseja,como ornamentar jane-

Ias e sacadas com vasos de flores eplantas, ou desfigurá-las com varaisde roupa variada e colorida, assimcomo manter baldios seus terrenos.Mas ele o faz, embora essas e maisde 100 condutas sejam consideradastransgressões a 24 regulamentos doCódigo de Posturas Municipais esujeitas a pesadas multas.

O código do cidadão que proíbeao carioca até soltar pipa está empleno vigor, embora pareça há muitotempo regovadopelo grande númeroe pela freqüência das transgressõesem toda a cidade. A fiscalização daSecretaria Municipal de Fazenda,encarregada de fazer cumprir a lei epunir os "maus cidadãos , pratica-mente só atua quando recebe deoún-cias. E no mês passado, somente 40pessoas denunciaram irregularidadesem seus bairros.

Olho do vizinhoFiscalização da vizinhança e re-

ciamações de quem se sente prejudi-cado sustentam parte das atividadesda secretaria, através de seus 24distritos, empenhados mais em veri-ficar obras não licenciadas, comércioirregular e outras infrações às postu-ras municipais. Mas, pela mostra domês de setembro, a vigilância àmaioria das denúncias preocupou-seapenas com terrenos baldios, aban-tonados e transformados em lixeira,

depósito e esconderijo. Há cincoanos, a média mensal era de 300. O15° distrito, com jurisdição sobre oMéier, recebeu o maior número:conta cinco terrenos baldios, doiscomércios clandestinos e um pontode jogo de azar com aparelho desom.

Em Jacarepaguá e Campo Gran-de, áreas com muitos espaços, asdenúncias contra terreno baldio fo-ram só duas, mas em Vila Isabel (10°distrito) denunciou-se um aparta-mento comercializando flores orna-mentais. No Leblon, as denúnciasforam contra obra sem licença, umterreno baldio e, como preocupaçãoestética da vizinhança, uma fachadamalcuidada. Na Barra da Tijuca,denunciaram um "camping clandes-tino" e um morador em Irajá alertoupara a "usurpação do passeio públi-co". Dos 24 distritos, os tres doCentro, o de Santa Cruz e o dePavuna não receberam reclamações

>raIça

das, oficinas mecânicas nas calçadasções

ue, para os demais, visavam a obraslandestinas, uso indevido das calça-

e pistas, comércio clandestino, ex-cesso de ruído em indústrias e barescom barulho depois das 22h.

Bandeiras desfraldadasAs reclamações porém não

abrangem a metade das proibições,limitações, exigências e imposiçõesda Lei 1601, que codificou e consoü-dou (1978) no Código de PosturasMunicipais todos os atos, decretos eregulamentos esparsos. Além dessaspraticas e condutas, é comum atransgressão logo ao artigo Io, colo-car roupas, colchões, tapetes, vasosou objetos de uso doméstico eraportas, janelas, pátios, varandas,terraços, muros, telhados ou outrolocal, se visível da via pública ouoferecendo perigo.

Com tres blocos Je 22 andares,

mais de 400 apartamentos, o quartei-rão conhecido como Balança masnão cai parece mostrar que a maioriados moradores ignora (ou, se temconhecimento, simplesmente o des-respeita) o artigo 1° do código docidadão, pois suas janelas, nos qua-tro lados, exibem não apenas algu-mas peças, mas um guarda-roupascompleto. Em dia de sol, o espetácu-lo se amplia e, ao vento, as roupassão fortemente agitadas. Quando opregador não resiste, muitas voam.

O artigo que proíbe exposição demercadorias em ombreiras, janelas,marquise, fachada ou vão de portaque se abre para via pública encontramuitos transgressores nas ruas decomércio popular do Centro, princi-palmente na Saara (Sociedade dosAmigos das Adjacências da Rua daAlfândega) e nos centros comerciaisdos bairros mais movimentados, co-mo Méier, Madureira, Campo Gran-de e outros. Nessas ruas, a maioriadas lojas coloca diante da porta,avançando para o meio do calçadão,tabuleiros, gôndolas e até caixotescom roupas, brinquedos, malas, boi-sas, panelas, sapatos e muitos outrosprodutos.

Serviços de mecânica, lanterna-gem, pintura, reparos demorados ourápidos em via pública são expressa-mente proibidos, incluído a troca depneus, mesmo em borracharia, serealizada na rua, exceto em caso deemergência. Mas a rua Ceará, pertoda Praça da Bandeira, é exemplo decomo essa proibição é ignorada oudesrespeitada. Em trecho de menosde 50 metros, há seis oficinas quetransbordam carros para a pista, on-de mecânicos trabalham rotineira-mente. Há veículos até em cavaletes.As oficinas proliferam pela ádade.ehá muitas ruas em que chegam aprejudicar seriamente o trânsito. Deum ponto a outro do Rio, do Leblon(rua Tubira) a Vila Isabel (rua Teo-doro da Silva) as mecânicas usam aspistas como extensão de oficinas.

Além de proibir determinadasatividades em locais impróprios, ocódigo estabelece horários, exigên-cias para funcionamento e localiza-çâo ae todos os tipos de estabeleci-mentos comerciais. Nesse capítulo,está proibida a venda, por exemplo,de pipas. Mas elas, a despeito de suagrande atração, teriam de ser proibi-das até na praia, pois o código esta-belece que é passível de puniçãoquem

"empinar pipa, pandorga ou

papagaio a menos de S00 metros darede de energia ou de telecomunica-ções". Na cidade, poucos descampa-dos restariam para quem tem prazerem soltar pipas mas quer mostrar-secumpridor das leis.

Outra mania carioca, quase pai-xáo para muitos, também é proibida:soltar balões. Nos céus do Rio, emjunho e julho, há evidência dastransgressões, mas ninguém é mui-tado.

Nos ônibus viajam aproximada-mente 5 milhões de passageiros pordia. Muitos fumam sob a plaquetadiscreta, advertindo que é proibido eo "infrator

pode ser retirado doveículo". Mas motorista e cobradorfumam e, em qualquer ônibus, odesrespeito é coletivo. Também emlojas comerciais, postos de gasolina eoutros estabelecimentos há proibi-ção de fumar, por questão de segu-rança e prevenção de acidente. En-tretanto, o comum é encontrar-sefumantes até em lojas de roupas,tecidos, tinta òu plástico.

IJVa Rua da[Alfândega e1 vizinhasI (Saara),como emCopacaba-na, ocomércioinvadiupasseios eaté aspistas

Governo também

transgride as

normas que faz

A S normas são tantas e abrangem número^ tão grande de locais, horários e circuns-

tâncias que, se fossem seguidas, o cariocateria tudo para andar na linha, padrão de civilida-de e urbanidade com absoluta ignorância (ouconhecendo e respeitando) das normas, o cida-dão pode ser primeiramente advertido para oerro e multado, progressivamente, a partir deCz$ 22,85 até CzS 12 mil, variação de 10% a 50

vezes a UNIF (Unidade Fiscal, congelada emCzS 228,55).

Quando foram adotadas, ainda havia baia-nas nas ruas do Rio, vendendo acarajés, doces e

Juitutes típicos da Bahia. Elas foram proibidas

e usar fogareiro e obrigadas a vestir trajebranco. Hoje praticamente não há mais baianas,mas os fogareiros continuam usados por vende-dores ambulantes, carrocinhas e tabuleiros, prin-cipalmente na Cinelândia, na Avenida 13 de

lio e no Largo da Carioca, onde são feitos evendidos não só acarajés como muitos outrosquitutes.

Na atividade comercial, ainda são proibidosmas não reprimidos os pregões e os aparelhos desom a todo volume nas portas de lojas especiali-zadas em discos e instrumentos musicais. Mas opróprio governo transgride as normas ao conce-der, através de licenças especiais ou em caráter

Conser-tam-secarros (outrocam-sepneus) nomeio-fio daPraça daBandeiracomo emquase todaa cidade

provisório, permissões para comércio ambulante,camelôs em determinadas áreas e até mesmo uso,também a título precário, de parte das calçadasocupadas por extensões abertas ou fechadas debares e restaurantes. A calçada, como estabelece> lei, é de domínio público.

Apesar disso, o zelo do Código de Posturasvai além da preocupação estética com roupas emvarais de janela — muito comuns nos conjuntoshabitacionais, de apartamentos mai-arejados esem áreas de serviço — ou com a segurança,como os vasos de flores e plantas em parapeitos esacadas. O Código preocupa-se também com ouso do vernáculo e adverte para cartazes eletreiros de publicidade — não seráo autorizadospara exposição em público se contiverem erro deportuguês — a despeito dos muitos concertos decarros, aparelhos ou bolsas nos subúrbios ou dosvende-se lotes, flores ou fichas telefônicas espalha-dos pela cidade.

HH1

••r^-4: i

JORNAL DO BRASILRio de Janeiro — Sexta-feira, 10 de outubro de 1986

James Taylor^^^

De volta ao sonholiiSüíll^^^Ill^llPíll;

MÚSICAMikhail Rudy (foto), pianista russoexilado há oito anos na França,apresenta-se (só hoje) no Municipal.Divide as atenções com o quarteto decordas finlandês Sibelius, que mostra ovioloncelista Arto Noras na SalaCecília Meireles. PÁGINA 4

ife *kM WÊÊÊJpmiu •¦!', ift^H MMTvff^Mt

SfeJBI a», ¦ Bj jM

¦if V™ i *00& ^^foÊ

Ê' PfiplllliliiilBIMM'""' '

||||i? - . ¦- VP I Mercedes Sosa (foto), a grandeIKi^^^ff^1* *% "¦¦" Jlfcf5 '^^S^^^B intérprete da música latina (noBrvV .Jfe"11'"1 t,,Jftâ \f ¦ *?f &tiÉfM I Canecão) é um dos destaques daE^^V^bIb^Í'^

''^'^^'^^'^í'¦'^"^f TsYkJmBBi farta programação, que tem Menudos

r;": é-ffi-'¦'¦'¦'¦¦': ¦ ¦'^wÊiÊÊÈ$ \ iJI^H (Scala 1). a passional Cida MoreyraEgaBJr áÉafej ¦ ¦ ' - ' *«^KíÃi ImII (Circo Voador) e os últimos dias de„JaWf i "^""'' '' '

llll ;HM| Simone (Scala II). PÁGINAS 5 e 7

BaV JiWBÊT jM mwmm mr ' 'Sa^Vt\ia»>flmBBsl a^^"^r- ^^B

Jq A'Íl#|r>*a**s»»»l»a^fiísB<k«B*» *fN /ijfaj'KPI^ÍLsa^LsK-- ,ifS

uBflVHK '::^^J»ílllllffiC*,*i^*. ¦' .MB #

í I ak 9É blkéfli "-,VL.JV aaV El HbbVB

TEAT.ROUma transa muito louca, visãobem-humorada da solidão de doisfracassados (foto), e D. Rosita, asolteira, peça de Federico GarciaLorca sobre a solidão de uma noivaenganada e abandonada, são as duasestréias de hoje. PÁGINAS 5 e 8

'M'"mBMMMMMMMMMMWM*M'¦'"^¦-

mMÉÜÈÊÈ MM Ttmwm&íàWÊBm WSM mm wám WmmÉBr'ml mIHiWI

Ha^B^malBSBsK.'" ^ .BuSil

RMLHI 4 In ¦BliÜU ElKff %^y0t«aP^ s KH íiB1HR5í*SpKHaw' jB-tlleyjHMBBaaWB^BaaBBaBBaaBawlEiSaBJa

CUVEMAPrepare seu pescoço: a cidade foiinvadida por Dráculas, Nosferatus ezumbis diversos, numa confusão dehumor, horror e sanguinolentasensualidade. Alternativa? O cicloPatrick Dewaere e dois inéditos deGodard. PÁGINAS 6 e IO

ARTES PLÁSTICASVale a pena conferir durante o fimde semana, na Galeria Ipanema, osmotivos para o prestígio de que gozaJosé Cláudio, pintor pernambucano,entre grande parte da crítica e dopúblico de todo o país. PÁGINA 7

' " ¦¦ ./'l--i;'-:'S.v'L'': •

"" ¦^""'iEf^P^Ks^fl ^^^^^"•¦>ííaHaSBa^-wJ^i^^B

«afJafl^^Tli^ i —.w-E*"*1^" __.^\^aa^ -^adaVL ^H H^lr^a»^ | w *¦ ^^ifgmMl^JmWÊUI^aw^^^^^^U^K*^ _-*^J*w*** ™'' _^^^^^^SawKÊSnu*^ ™

TELEVISÃOEncurralado, pequena obra-primafeita por Steven Spielberg paratelevisão, e que o projetou para afama instantânea aos 24 anos, é agrande atração de hoje entre osfilmes da TV. Amanhã tem russos epiratas. PÁGINA 9

^'"í^i¦:iS^íí;¦^:;:i:¦?:í;i!S

Um

TEMARRA10LX)

NAVELHA BAHIA

IN-BOTAI-UUUTUUCAMPANEMA-NITERÔICAMPINAS-SALVADOR

raiÒE0 JORNAL

DO BRASILPERDEUMP0UC0D0

MUNDÜjdUNAi. PO jHtAajL

<V^aa\"""¦"ilríJ S 6 73 20 2% li 1

i_ q i a i5 22 2» ^aaj| II J^-^l Oi) 16 23 30 "~ I

^a»F^-- r-S S 3 10 17 24 31 _. .—.

li .j.s,/v

C; BarraShopping- ! 13 I— -A

Iiíjn J^a^,.., ,.,_,_.,„,...; .,,;,.^^w^0^ Ii

Luiz Carlos Mansur

O

maior sucesso do Rock inRio está de volta. JainesTaylor, que se apresentou

para a maior platéia daquele festi-vai, repete a dose hoje no Canecãoe amanhã na Praça da Apoteose.Só que agora com o respaldo dodisco de ouro recém-conquistadopor seu último álbum, Thatfs whyrm here, puxado pelo megassuces-so Only a dream in Rio.

Nem o próprio James Taylor es-perava uma acolhida tão calorosanos trópicos. Amargando uma de-cadência artística nos Estados Uni-dos, encontrou aqui um públicodisposto a ouvir com fervor quasereligioso suas velhas baladas. Qua-se dois anos depois, ele aproveitaum intervalo de duas semanas nasua toar americana para se apre-sentar no Rio, Belo Horizonte, SãoPaulo, Curitiba e Porto Alegre.

Para o show de hoje, no Cane-cão, não há mais entradas disponí-veis. Quem não conseguiu comprara sua ainda tem a oportunidade devê-lo na Praça da Apoteose, mas émelhor se apressar. Segundo a Ma-nuel Poladian Produções, respon-sável por suas apresentações noBrasil, mais de 25 mil ingressospara a Praça já foram vendidosantecipadamente. O preço é de Cz$100 para a pista e Cz$ 80 para aarquibancada. Espera-se um públi-co superior aos 43 mil que foram aoRPM

James Taylor chegou ontem aoRio com uma troupe de 18 pessoas,entre músicos e técnicos. A bandaque o acompanha é praticamente amesma do Rock in Rio. A únicanovidade é John Gilutim nos tecla-dos, substituindo Billy Paine. Ja-mes Taylor está entusiasmado coma possibilidade de fazer um showmaior que o do festival Terá entreuma hora e meia e duas horas emeia de duração.

As únicas exigências de Taylorao chegar foram alimentação natu-ral e uma professora de ginástica:ele é vegetariano e se exercita dia-riamente com a banda. A vontadede voltar era muito grande—comoele mesmo diz em Only a dream...,"eu estava lá naquele dia e meucoração voltou vivo" (aproveitandoo embalo, a Som Livre acabou delançar o disco James Taylor live inRio, com os melhores momentos desua participação no Rock in Rio.Será no mínimo um consolo paraquem não conseguir seu cobiçadoingresso).

O equipamento de palco doshow de amanhã será o mesmousado pelo RPM A iluminação se-rã controlada por computador: são800 refletores e seis canhões Tru-per. A mesa de som é uma Avolite,mesmo modelo utilizado no Rockin Rio, com uma potência de 100mil watts. A moniíorizaçáo, assimcomo todos os equipamentos, éamericana. Completando a super-produção, os spots de luz estarãosobre treliças de ferro de 12 tone-ladas.

O James Taylor que se tornoutão íntimo dos brasileiros é bemdiferente do jovem de cabelos lon-gos e voz anasalada que estourouno início dos anos 70 com suasbaladas mtimistas. Identificado co-mo símbolo máximo do estilo bit-tersweet — que poderia ser tradu-zido por agridoce — embalou umageração com sucessos como Caroli-na on my mind, Fire and rain,Shower the people e o maior detodos, You've got a fríend — atéhoje favorita nos programas deflash-back das rádios. Em seu pe-ríodo de maior evidência, que vaiaté meados da década passada.Taylor era tido e havido como emi-nente continuador da tradição folkpop iniciada pelos Everly Brotherse mantida por nomes como Peter,Paul and Mary e Simon & Gar-funkel.

Mas a fase de grande sucesso jáprenunciava o inexorável declínio.Como tantos outros astros da pri-meira metade dos 70, James Taylorcedeu às pressões da mastodônticaindústria pop. Estagnado e acomo-dado nos píncaros da glória, che-gou perto da ruína total. Perdeu oscabelos, a mulher—Carly Simon—e quase perde a vida, tudo por terouvido o canto de sereia da heroí-na. A droga transformou-o numasombra do que já fora, e no final dadécada ninguém dava mais nadapor ele. Tanto que seu pior disco —Flag—é justamente desse período.

Quando de sua feérica participa-ção no Rock in Rio, Taylor estavahá quatro anos sem gravar — seuúltimo disco, Dad ioves his work,era de 81. E não parecia muitodisposto a voltar. Mas o sucesso noBrasil reverteu as expectativas: elegravou uma música em homena-gem ao. Rio, reconhecendo seu renascimento artístico aqui. Apesardo pavoroso coro, Only a dream inRio caiu como uma luva. Tinhamesmo tudo para ser sucesso. Eisso certamente vai'se confirmar,hoje e amanhã.

.KVfci-aV Mwaft." SbiS' eBHSr

Um ÊMW ísJPSsffJêW *" Àm ttür

a^L^LsisisisisisisisiHBa^LsisHc^Lsisil^BF - 'toâShflf: isaPalimf y Mar, mmJÊSÊt/ w ' $'

B^a^HLslSlSlSlSlSlsV MW ' /wm' $

aH M alfa ml4 ' 'k- V

muwL ¦mmMM MM^ «k, tBL ^^Ha^^SfiÉ^Blís^aP^rl £**

afl WÈ-li L.Mw 'MMMwÊMnMm ^r^MMMMMwEgatâi. r

ssv v J M\ m. Ai RJí^Me! - li ^*a»l BBfr'Tii/A I ^íiWMrTpíP¦tí-MWmmM -.-¦¦¦-M™*-

. i/rl Wm ||VTrTiiira|3Bffe

aWajPiB Wm MM ^mMMW^ ¦'

B^i^H ¦¦¦¦1 aH

I

WWjKf^ ¦ 1MW^ '"\Wr JL

'*•-- - I sai1¦ ^-lMW :. ¦ ;

O menestrelda, doce amarg-ura,

Tárik de Souza

TANTAS foram as compli-

codas negociações entreas gravadoras, que afl-

ta das apresentações de JamesTaylor no Rock In Rio (12 elédejaneiro de 85) só virou disco ago-ra, coincidindo com a nova tem-porada brasileira do cantor. Ja-mes Taylor live in Rio (Som Li-vre), para quem não assistiu aovivo e na lama, é uma visãopanorâmica da obra do menes-trel do bittersweet rock, aqueleestilo de baladas doceamargasque sustituiu o furor da era Hen-drixIJoplin. Tem o primeirogrande estouro de Taylor, Fireand rain, de 69, e uma espécie decanto de cisne, Up on the roof,do LP Flag, de 79. No trajetoentre esses extremos (onde fal-tam alguns clássicos comoSweet baby James, Steamrollere o da ressurreição, Only adream in Rio), este registro tec-nicamente apurado mostra dabalada típica (You've gotafriend, de Carole King) à misci-genaçáo latina (México, de 75,com fumaças de steel drum).

Com sua voz nasal e estridente, Taylor também avança coun-try adentro em Carolina on my

^mf ¦ '^^H ^I^*^^j|

lH Wêê

BlHá^al

mind, que apresenta ao públicocomo "favorita" do repertório.As terças agudas do coro emba-Iam Taylor num caipira de luxe,E ninguém compare o som domenestrel a um minimalismohipnótico, sem nuances. A der-radeira How sweet is, pavimen-toda por piano e pandeiro dearo, infiltra-se no gospel, com osmalabarismos de Arnold McCuller e Rosemary Butler nosbacking vocais. O próprio Taylor abandona a postura pasto-ral para aderir à tribo soul. Ocriador de Carolina, nos seuso/ftos fundos, de tristeza e com-paixão, não deixa de irradiaralegria e dinamismo quando pe-de a pauta.

2 o CADERNO B o sexta-feira, 10/10/86 JORNAL DO BRASIL

fl mm

aaB<, *J ^H aaaaW ^[*ilaBLi" " áa^aa! iaaaaaP^ ' ^aaafl

wrv]fy~ ~^^^B fl .^3

Wn mm *1Íj. ^JmH^i flfl -^- ¦•> 'B B^. «fjfllnL^vtsHjk«->*40Brti^fl ^fl^H BS ^fl .*^ liÚlV ti -'* ,*i9

rí ¦ ¦¦ 'iLàABliPlIaaalBm I ,; ' «B^H ^fl

'. Bsüti ** W\ ^'^—L^iir^BI H\ Kcati" li ¦¦

B WS alB < mmmwmmu "lEfl

yl^llii V^flUi-K*é V il Klr^wll flÉKfBffl fl¦ JA r-^H |nj LW WJ H>>>¦¦*'¥ ^1 ffihpéS laaaWS aaaaaaaaal aaaaVHEatfaaaaVQt,* H ¦ÍLÍla1UiI!]MraT|M ¦¦

Flávio Rangel

;0s baitorinos do Cisne iVegro interpretam as visões do Destino

! CRÍTICA *? "Destino"

Luzes,cores,

¦ corpos apulsar

Danusia Barbara

O balé Destino, que estreouno teatro João Caetano, émulto bonito. Pode nos fa-

^^ zer esquecer e lembrar detudo ao mesmo tempo, mexe com ai-ma e emoção, abre corpos e mentes,

; mostra formas, liga pólos como orientee ocidente, fala desta coisa inefável

! que é o homem.Não se assuste o leitor com tanto

palavrório esquisito. É apenas tentati-' va de reproduzir a alegria de assistir auma companhia brasileira de dançacontemporânea que realmente tem ai-go a mostrar. Com uma magnífica co-reografla de Lula Arrieta e a direçãoartística de Hulda Bittencourt, o CisneNegro põe em cena 12 bailarinos dan-çando ao som da musica de quatrocompositores japoneses: Shiro Kukai,Massao Ohri, Yasuji Kiyose e Konsa-ku U amada.', Dançam sobre um tema que mestre

; Aurélio define em quatro acepções que;o balé aborda integralmente. Destinopode ser 1) sucessão de fatos que po-dem ou não suceder, e que constituem

a vida do homem, considerados comoresultantes de causas independentesde sua vontade; sorte, fado, fortuna. 2)aquilo que acontecerá a alguém, tutu-ro. 3) fim ou objeto para que se reservaou designa alguma coisa; aplicação,emprego. 4) lugar aonde se dirige ai-guém ou algo, direção.

Para isto, Luís Arrieta inspirou-seno I Ching. São oito seqüências onde odespojamento de cenário é total, usan-do de parquíssimos elementos comomala, panos, cabelo, sombrinhas, le-

âues, ou mesmo uma mesa. E desse

espojamento arma-se um balé queesbanja plasticidade, emoção, compe-tência, com alguns movimentos quevão e voltam, à maneira do coraçãoque pulsa através do tempo.

A suavidade, o aderir, o receptivo, aalegria, o criativo, o abismai, a quietu-de e o incitar são os oito hexagramas.Nada é linear, pois a linguagem dessadança é abstrata. Mas a iluminação, ascores, os corpos dos bailarinos a expio-rarem todos os gestos, tudo é belissi-mo e passa, em outro nível, as infinitaspolaridades que existem na sociedadehumana, as diferenças que sentem osque emigram do oriente ao ocidente.Pois que Arrieta dedicou Destino aosimigrantes orientais, sem esquecer po-rém que todos somos — em algunsmomentos, pelo menos, em nossas vi-das — imigrantes também.

É abstrato pelo que constrói, é con-creto pelo corpo, pela iluminação, pelamúsica e dança postos em cena, ébonito e artístico como espetáculo.Não deve ser perdido. Destino se alter-na com o balé Do Homem ao Poeta, noteatro João Caetano: hoje e domingo éa vez das odes de Neruda, dançadas aosom de Carmina Burana, de Carl Orff,também coreografadas por Luís Arrie-ta, em Do Homem ao Poeta. Sábado,Destino se apresenta, antes de seguirpara uma tournée pelo Brasil.

nssáí

RELIGIÃOANTESENSINÁVAMOSÍDOGMAS...tim ¦¦¦ i i»*» mi i ¦¦¦ ¦

> Dom Marcos Barbosa

INGUÉM com mais títulospara falar sobre Santa Cia-ra que Madre Pacífica, aba-'

dessa do Mosteiro das Cia-i na Gávea, cujas monjas seguem

; & risca o legado da grande discípula de; Sâo Francisco de Assis — que so pode' ser um legado de pobreza e humildade,desses que as traças não corroem etogo não devora. Já tendo desautoriza-do certa devoção à Santa por meio de'uma novena supersticiosa que preten-de funcionar como fórmula mágica,¦manifestou-se a Madre mais recente-mente contra a exploração da funda-dora de sua Ordem por um candidato

fa deputado que se proclama miracula-•ido, distribui como "santinhos" seus; uma oração e promete, se eleito, fun-dar uma Associação dos Devotos de

•Santa Clara, com sede própria, quatrofuncionários e dois telefones...

Vai mais além outro candidato em• São Paulo, que aparece na propagan-: da paramentado de casula "para aben-; coar a Constituinte", tendo o desplan-' te de se apresentar como líder da Rede: Nacional de Missões Católicas (sic),; quando não tem a mínima ligação com¦ as verdadeiras autoridades eclesiásti-! cas. Este falso padre Já foi colorida-. mente flagrado por reportagem da re-.vista Veja, ao lado de um altar (!)

! repleto de cédulas de dinheiro. Distri-; bui carnes aos fiéis, manda hóstias' pelo correio e, como apurou o repórter,: cura durante o culto pessoas previa-

mente contratadas para Jogarem lon-; ge as muletas e gritarem: "Milagre!"já Comentando o fato, disse-me um

amigo, que tomara esse "padre", numprograma de rádio, por um sacerdotecatólico: "Que mal não causa à Igrejaum sujeito desses!" Respondi-lhe, tris-temente, que pouco. Tristemente, por-que há outros padres, e verdadeiros,que a prejudicam infinitamente mais.Um aventureiro que se faz passar porpadre e lança mão de expedientes tão-grosseiros, não só acaba desmascara-do e vai parar na policia, como só

- -engana os que desejam ser enganados,querendo milagres a qualquer preço e'julgando a Religião não uma profundaaventura espiritual, mas um "toma láe dá cá", com objetivos puramente,diretamente materiais...

Os que causam, isto sim, grandemal à Igreja são aqueles que, bispos ou-padres verdadeiros, lhe deturpam demodo mais sutil a própria natureza,

pretendendo colocá-la a serviço deuma causa, nobre talvez, mas pura-mente humana, esquecidos da adver-tência do Apóstolo: "Não queirais vosconformar a este mundo!" Esquecidosde que o próprio Cristo desapareceuno mesmo instante em que preten-diam fazê-lo rei e se recusou a serárbitro na partilha de uma herança,São Paulo manda que o escravo Onési-mo retorne ao dono, embora declare aeste serem agora, pelo batismo, iguaisem Cristo.

Como é triste vermos a Igreja, queindiretamente transformou o mundo,procurando primeiro o Reino de Deus,ser reduzida por muitos a uma espéciede Cruz Vermelha, tendo no máximouma palavra a dizer sobre Paz ouEcologia, ou parecendo, pior ainda,uma instituição (para não dizer umpartido) com objetivos políticos, aindaque elevados...

Dessa trágica distorção dá-nos bemidéia outra recente reportagem da re-vista Veja, intitulada Política nas Li-Ções:

"A Teologia da Libertação chegaas escolas católicas e cria conflitosentre professores, alunos e pais". Oque começou mais abertamente em 80no Colégio Anchieta de Porto Alegre,onde a matemática, que aprendíamosoutrora, dado o seu grau de abstração,com laranjas e maças, passou a serlecionada com cálculos de divisão deteira. De lá tal pedagogia espraia-seagora por toda a rede de ensino... IrmãVisitatio Lemos Oibson, orientadorado ensino religioso nas escolas parti-culares de Olinda e Recife, declara,candldamente, a crer na Revista, que"Antes, ensinávamos dogmas"...

Mas, meu Deus, como pode umacatequese católica deixar de ensinardogmas? Pois os dogmas são justa-mente aquelas verdades reveladas pe-Io próprio Deus, que não se engananem nos engana, às quais Jamais che-gariamos pela nossa razão, e cujaguarda e transmissão seu Filho, feitohomem, confiou à Igreja, dizendo aosApóstolos: "Ide, ensinai a todas asnações: todo aquele que crer e forbatizado será salvo! Os dogmas sâoaquelas verdades pelas quais os márti-res derramaram o seu sangue, dasquais viveram os padres do deserto, osmonges, e as virgens consagradas. Osdogmas foram a pregação constantede um Agostinho, os escritos de umTomás de Aqulno, as chagas de SâoFrancisco (que não foi apenas um ami-go de passarinhos), os êxtases de San-ta Teresa, os poemas de São Jofto daCruz, a guerra de Inácio de Loiola, oconfessionário do Cura D'Ars, "o pe-queno caminho" de Teresinha do Me-nino Jesus! "Antes, ensinávamos dog-mas..." Agora, não se fala mais emanjos, nem em purgatório (muito me-nos em inferno), como não se fala tam-bém em pecado, morte e sofrimento, ea cruz começa a ser usada como estan-darte de revolta. Enquanto isso, os queanseiam por "outra vida", por outrasdimensões, vão procurá-las nas seitase nas religiões orientais...,

CURSO PARA PAISDESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO DA CRIANÇA

• Psicólogos: Monica Arruda. Sérgio Tostes e Brermo PinheiroAuditório cedido pela ClinicaInscrições: Trav. Santa Lsocádia, 20

ca Dr. Wilson Luz Botafogo-Tel.' 2364613

ESTÉTICABELEZA

CLASSIFICADOSJB

O processopesquisatórionacional

A

nova Constituição brasi-leira deveria pensar emdirigir o país através dapesquisa.

É claro que a melhor constituiçãode todas Já está escrita, constandode dois unidos artigos redigidos porCapistrano de Abreu. No art. Io, fl-cam todos os brasileiros obrigados ater vergonha na cara, e no art. 2o,revogam-se as disposições em con-trário. Mas há tanto tempo que seespera por isso em vão, que convémpensar em fórmulas alternativas.

Tomemos o metafísico assuntodo boi, por exemplo. Teve reuniãotodo dia no Planalto, para decidir seo boi seria confiscado ou não — atéque na quarta-feira decidiu o quequeria decidir. Se o governo fizesse aboiteca, teria grande êxito, bastan-do que o povo cravasse seu palpitesobre que dia da semana seria me-lhor o confisco. Mas, ao mesmo tem-po, o Ibope avisa que "87% da popu-lação não têm confiança em Sar-ney". Parece, pois, evidente que opovo não quer boi no prato, preferin-do-o no pasto, desde que possa vertodo dia o presidente pela televisão.

Bem, é verdade que tem um pro-fessor da Faculdade de Medicina Ve-terinária e Zootécnica da USP, avi-sando que pelo menos 75% do gadoque vão para o abate no país foramtratados com um hormônio queatende pelo nome de dietil-estilbestrol, do grupo dos estilbenes.Em alguns casos, isso cria tumorescancerígenos no organismo humanoe malformação fetal. É possível, pois,que a população brasileira, que co-mo é sabido dispõe de altíssimo nl-vel de informação e cultura, tenhaaprovado em 87% a ação do presi-dente, por achar que sua excelênciaestava defendendo a saúde de seusconcidadãos, não querendo que oboi saísse do pasto de jeito nenhum,preferindo um país mais vegetarianoe mais humano, onde os bois mor-ram de velhice.

Não que o organismo do brasileironão esteja acostumado com veneno. Oleite importado da Irlanda do Norteveio com excelente dose de radioativi-dade, com uma contaminação dez ve-zes superior ao limite máximo permiti-do pela Agência Internacional deEnergia Atômica. É preciso, pois, fazeruma pesquisa para saber se a gentenão prefere leite ou não prefere carne.45% dos habitantes da Grande SãoPaulo, em outra pesquisa, acham boaa idéia da volta dos militares ao co-mando da nação, "pois só as ForçasArmadas, Deus e o governo podemresolver os problemas sociais". O go-verno, no momento, não pode resolvertais problemas, pois está começando alaçar o boi. As Forças Armadas, depoisde 20 anos, deixaram a situação maisnegra do que a asa da graúna. Sómesmo Deus é que dá jeito nisso.

Um país dirigido pela pesquisa temtambém a possibilidade de aquilatar asinceridade de seus cidadãos. Mas elei-ções, por exemplo, o voto é secreto,mas a pesquisa é pública. Assim, ape-sar de uma pesquisa dizer batata, oresultado pode ser cenoura. Se o can-didato sentar-se antes da hora na ca-deira que postula, ou declarar-se favo-rável ao consumo da maconha, porexemplo, não há pesquisa que resista.Mas a pesquisa constante, sistemáti-ca, transformando-se numa segundanatureza das pessoas, pode ser de mui-ta utilidade.

Outro dia, por exemplo, um candi-dato ao governo do Rio cabulou umdebate numa universidade. Sua sobri-nha, que o havia convidado em nomedo diretório estudantil, não conver-sou: "vou telefonar e dar um esculachonele", comunicou à imprensa e à pos-teridade em geral. Este é um casotípico de pesquisa. O que acha a popu-lação do esculacho? Deve ser escula-cho amplo, geral e irrestrito, ou mode-rado esculacho? Como reagiu o candi-dato esculachado? Aceitou democrati-camente a atitude esculachante? Es-culachou de volta? Respostas a essasperguntas, formando o universo dapesquisa, seriam muito úteis, não ape-nas para compor o perfil do candidatocomo também para uma avaliaçãomais precisa do processo esculacható-rio nacional.

Pesquisadores de todo o pais, uni-vos.

ZozimoTrem à vista

Apesar de já contar em sua folha de pagamen-tos com um contingente de quase 12 mil fundo-nârios, o Congresso Nacional deve andar comfalta de pessoal.A Câmara dos Deputados abriu inscriçõespara mais um concurso de admissão de funcio-nários, com mais de 300 vagas prometidas.

• O trem da alegria está deixando de novo aestação.

¦ ¦ ¦SEXO EM CASSETEDepois de catapul-

tar-se de sen gabinetede psicanalista para apolítica, com in-cursóes pelo jornalis-mo, literatura e cine-ma, o sempre solicita-do Eduardo Mascare-ilhas (foto) ampliaagora seu raio deação irrompendonum rush rápido pelaárea do videocassete.

Acaba de gravarum de uma hora inte-gralmente dedicado ásexualidade, assuntoque ele pretende teresgotado.

0 cassete, que esta-rá no mercado dentrode mais ou menos ummês, explica, porexemplo, entre mui-tas outras coisas, porque é tão grande —cerca de 30% — o nú-

-, l$if ^ ' j^j -- -5 .

mero de mulheresque gostam de apa-nhar.

• « .. 2.• Em tempo: segundoo autor, a fita é pro-pria para menores de18 anos.

¦ ¦ ¦

Dose duplaPara quem gosta da boa música hojeé um dia

especial.No Municipal, apresenta-se em noite única,

depois de um estrondoso sucesso em São Paulo,o pianista russo Mikhail Rudy.

Na Sala Cecília Meireles, toca o Quarteto Sibe-lius, que encerra uma excursão de sucesso pelopais, tendo como destaque o violoncelista AarnoNoras, considerado pela crítica um dos cincomelhores do mundo em seu instrumento.

3&

NONATO LUÍSSexta 10/10 e Sábado 11 /10

A partir das 22:30 hLe Meridien Copacabana - Av. Atlântica, 1020

mm Restaurantes - Shows - Bares e BoatesPROGRAMA PARA O SEU LAZER

*•*••**•••••*•••******,>

U Mm• — -„sssmmm

bolecoleco Somentehojee

unãnh&ti 23:30a

HELENALIMA

Anta* • **a*-*te do espetáculo, somenteàs tC • tiaMdoe, dance ao som do ZECADO TRUMONE e banda, que tambémouriça w mú irinw de domingo, das20hèi ' "

NOITE AZUL NA BAÍA DE GUANABARA_. .„;._;.iíi; .amiaAiina r»l/"i A arando podida da Cidade Maravilhosa é a

IATE TURISMO BARRACUDA-RIO categoria iiTconforto do «.muoso.Beiraeu-

corto e música ao vivoTOé 3" a sábado. Manna da GKSna. Tols.: 265-3997 285-0946

SIMONE: SOMENTE HOJE E AMANHA_*.-.. . ai Com orando pesar para seus lâs. a empolgante Simono termina sua temporadaide sucesso no

de Moita Franco. 296 T. 2394448

SUCESSO EM FORMA DE MULHER BONITA

É o eus «empre comentam aqueles que assistem Gotdan-Wo. quando Watusi entra em cena. A

0«,f-ti_r-i ¦ par deseu talentoflsico.se aliam a sua maneira Impar de representar, dançar e cantar. Tudo isto.

liderando mais do 150 artista». De 2" a domingo. Afranio de Mello Franco. 296 T. 239-4448

MANIFOLD BRILHA SEMPRE

...a rvrnv TBAIC Num espetáculo infornialeberri-s^^UN» DEUX, TnOIS do Brasil que mais entende de MPB. Cy ManrfoW faz sucesso no luxuoso

pigM-ckib da Bartotomeu MHre. 123. Música ao vivo para dançar e cozinha nota 1000. T, 23M198

SCALA I

í. ,rS5rw3^^BBB^TÕ€NoaAMAHTi \iinfrTÍBaMsl^LaaCoo Ar^^dod-a 16, I»

••' Editores-redatores responsáveis: Ney Machado & Sieiro Netto do Grupo Certa de Imprensa T 223-4122

Av. 28 de Setembro, 206- IWk.: a*a"MM7 '

*••*•••••••••*•******•*

Aboa mú/xatam hera.HOJE— 10:15h

"THESE FOOLISHTHINCS"

com Boston Pops

RÁDIO JORNAL DO BRASIL FM 99,7

SHVLfíBBAR

APRESENTA

^V: »> :anecão e PILÃOQualidade (UNIÃO) apresentam

O MELHOR VIOLONISTA DO MINHO"mml.O.MPK.t. O DISCO

polyGran.D€ LU.CW

HNNY

DIAS 16,17,18 E 19 DE OUTUBRONO CAjNECÃO

LIMAS âiHtAS OC tSPãüâJ^UtfÍAOJ

* <r * * *

Sát»

M

Dias 9,10 e 1 1 de Outubro, a partirdas 23:(X) horas.Couvert -Cz$ 100,00

p/hL/mE

Av Atlântica. 3.264 Cobertura CopacabanaInformações pelo Tel ; 255-8812

RUBENSDE FAIXO

R. C. Q. Prod. Cinemat. Teat. e Art. Ltda.e Canti Prod. Art. Ltda. APRESENTAM

ELAINECRISTINA

em

ENGENHEIROSConsulte a seção 514

<?^^!íasòAr>os^B

UMATRAJMSAMUITO LOUCA

de Bill Manhoff

Direção e adaptação - GERALDO QUEIROZCenário - JOSÉ DIAS Figurinos - ROSA MAGALHÃES

TEATRO SENACRua Pompeu Loureiro, 45 - Copacabana - Tel.: 256-2641

De 4.° a 6.a f-, às 21:30h • Sáb. às 2O:30h e 22:30hDom. vesperal às 18h e 21:OOh

y JORNAL PO BRASILsexta-feira, 10/10/86 o CADERNO B

Dobradinha

o Senador FernandoHenrique Cardoso, que an-dava meio Jururu desdeque perdeu a eleição paraa Prefeitura de São Paulo,recobrou nos últimos diasduplamente o bom humor.

Primeiro, porque lideraás pesquisas de intençãode voto para o Senado edepois — e principalmente— porque è o preferido co-mo candidato a Senadorentre os eleitores do Depu-tado Paulo Maluf.

Os malufistas que prefe-rem Cardoso para o Sena-do são mais numerososque os que votarão no can-didato José Maria Marin.

Reta final••• O candidato Fernando

Gabeira está prometendo¦ um festão no próximo dia"20 no Canecão.• A noite vai se chamar É"8ó

Querer, terá como atra-ções Caetano Veloso, JoãoBosco, Paralamas do Su-cesso, Ivan Lins e Cazuza,além do próprio cândida-to, mais Rita Lee cantandoum hino especialmentecomposto para a arranca-da final da campanha deGabeira.

'•' Para quem gosta, pro-mete ser um prato cheio.

Boi vivo• De um amigo desta colu-na lendo ontem, entre dl-vertido e irônico, o noticia-rio sobre o confisco dosbois:

— Se no Porto de San-tos, muito menor e maisfácil de controlar, sumiramtoneladas e toneladas deboi morto e congelado, oque dirá dos bois vivos emcima de quatro pernas es-palhados por toda essaimensidão.

DúvidaO Palácio do Planalto

náo chegou até agora auma conclusão sobre a de-cisáo do confisco do boigordo no pasto dos pecua-ristas sonegadores.

Náo sabe se a medidavai trazer votos para oPMDB nas próximas elei-cóes ou se vai esvaziar abola do partido.

¦ ¦ ¦

Rainha daInglaterraDo Deputado Paulo Ma-

luf a um repórter que lheperguntou por que ele emsua campanha não ataca-va o Plano Cruzado:

— Ora, o Sarney está pa-recendo a Rainha da Ingla-terra. Acontece tudo e elenão é responsabilizado pornada. Não vou ser eu quevou atirar a primeirapedra.

Posto avançadoA LBA já temfuncionan-

do seu primeiro posto devoluntariado no exterior.

É sediado em Washing-ton e dirigido pelas Em-baixatrizes Glaucia Bae-na Soares e Iná CastroAlves.

Ameaçaséria

Pelo menos um conheci-do pecuarista brasileirocom propriedades no Uru-guai — desses que vivemaqui mas poupam lá — jádespachou um telex paraseus domínios explicandoa gravidade da situaçãopara o lado dos bois noBrasil.

Nâo quer ver nenhumade suas reses cruzando afronteira.

Zózimo¦flflBHpldliiEtüBflfl flflfla

mmWmBÍ flflnT ' B ^Eflflfl flflfliflflfl flflfl

WSmfm OZ3 Pm?? ¦HE 'PB flí'"' fl¦¦V flfl^lhflflfllflf*>.. jJA B m ¦ fll

flBFflJ B ^fllIflB B*^™i I

m%\íWÊÊÊÍÉÊͦBB

MM™ ***- T"**"* «"¦ rllJ^V^n^maL.- • < fi,.A)mmtAàrmmn..¦ m flrflT^ • ^«'alajfflft^^^^al1flfl Hli • 'Lj.^flflMl'' r flL.. Vi» 'Ljrowi"',*'**"íWflHtv aa m\. ww- / mK^ymâLi ¦, • - isswn

Kotia e Mauricinho Leite Barbosa comPatrícia Alencar em recente noite

de autógrafos

Fila de esperaOs japoneses estão com

a corda toda na disputade uma autorização doGoverno brasileiro parainstalar aqui uma novamontadora de automóveise caminhões.

Na fila já estão a Mazda,a Nissan, a Mitsubishi, aDaihatsu e a Honda.

Enquanto Brasília nãose decide, os pesos pesa-dos japoneses jogam tudopela conquista dessa novafatia do mercado interna-cional. * * *

Esperam obter das auto-ridades federais uma res-posta positiva assim quefor concretizada a asso-ciação da Volkswagen eda Ford, o que deve acon-tecer antes do fim do ano.

Roda-VivaLou e José Bonifácio de

Oliveira Sobrinho casam-se dia 29 com direito a umagrande recepção nos sa-lões do Country Club.

Na esteira do sucesso deJane Fonda, a manequimMonique Evans se preparapara também lançar seuvideocassete com aulas deginástica.Amanhece hoje no Rio,com reserva no Rio Palace,o jornalista inglês RobNeillands, do The Times.Vem fazer uma reporta-gem sobre turismo noBrasil.

O Sr José EduardoGuinle receberá dia 14 naRevista Bolsa o Prêmio deMarketing de 86 pelo de-sempenho do CopacabanaPalace.

Um grande grupo de mu-lheres se reuniu ontem noBife de Ouro para almoçare festejar o aniversário delonita Guinle. Entre aspresentes, D Neuza Bri-zola.

A galeria Place des Arts,do Copa, inaugurou ontemuma coletiva de 40 artis-tas, cujos quadros já apa-receram nos cartões deNatal da Unicef, que estácomemorando 40 anos defundação.

O Ministro José Guüher-me Merquior recebendopara jantar na Embaixadaem Londres em torno doex-Ministro e Sra JoãoPaulo dos Reis Velloso.

Náo é verdade que o Em-baixador Rouildo Costavá fazer operarão de safe-

na. A fonte que forneceu anoticia pertence à classemédica e mostrou no casototal irresponsabilidade.

Leila Pinheiro é atraçãohoje e amanhã no DoubleDose.

Vitima de acidente au-tomobilfstico, Sérgio daCosta e Silva interrompeutemporariamente suacampanha política.

Presença rara no almo-ço, ontem, do Salnt-Honoré: Sr Antônio Carlosde Almeida Braga.

Uma beleza a exposiçãodo artista pernambucanoJosé Cláudio, inauguradaanteontem na Galeria Ipa-

MutretãoA Receita Federal lavrou um ten-

to importante na repressão ao con-trabando de carros estrangeiros, se-mana passada, ao identificar JuizesFederais de São Paulo que distri-bulam com farta generosidade limi-nares de mandatos de segurançacontra a importação de veículos.

Está agora cassando liminar porliminar e partindo para a apreensãodos carros, a maioria Mercedes doano.

Calculam os responsáveis pelablitz que devem ter entrado no paispelo menos 60 automóveis benefl-ciados pelas decisões judiciais irre-gulares. • * *

Um dos Juizes já foi afastado.

Aqui sem DaliA exposição de 188 obras de Sal-

vador Dali, montada há semanasem Sáo Paulo e visitada por milha-res de pessoas, náo virá para o Rio.

Não se encontrou um patrocina-dor depois que o Governo Esta-dual, acionado e mais preocupadocom eleições, fingiu que náo ouviu.

nema.• O grupo de cerarrüstasda Toki Artes inaugura dia13 uma exposição no Cae-sar Park.

Palavrão• Desabafo do assessor de comuni-cação social do MEC, Paulo daCosta Ramos, ao comunicar o re-sultado da licitação promovida pe-Io Ministério designando as agén-cias, ao todo, sete, que de agora emdiante ficarão responsáveis porsuas contas:

— Infelizmente, a atividade pu-blicitária ainda é considerada mar-ginal por largos e importantes seg-mentos do Governo. Não sei se éherança ou náo mas em algunssetores a palavra propaganda èencarada como palavrão de médioporte. * . *• Resta agora saber qual o alvo dafarpa.

SumidoO Deputado Márcio Braga, que

apoiava ostensivamente o Sr JoelTepet para próximo presidente doFlamengo, desapareceu da Gáveadepois que o grupo de seu cândida-to mergulhou no lodaçal das pape-letas amarelas.

Esfumaçou-se ria poeira da cam-panha eleitoral.

¦ ¦ ¦«AMBASCIATORE'Já tem nome e sobrenome o pró-

ximo Embaixador da Itália no Bra-sil: Antônio Ciarrapico.

Está sendo deslocado de Esto-colmo.

WjáW^ ^^|éM mMk^ammm%r fll flflflflrflW

'iTT^i^ fl flfl

ia? ^flflriflflflflflflflflflflflflAk.., .--¦-. BmMB m

• O atual, Vieri Traxler, em plenofestival de despedidas, irá chefiar oGSGE, uma missão itinerante quetrata de assuntos das Europas oci-dental e oriental, no momento comsede em Viena.

Quem vemVirá ao Brasil em novembro o

economista John Kenneth Gal-braith.

Trazido pela dupla revista Exa-me-Rhodia, que patrocinou anopassado a visita de Jean-JacquesServan-Schreiber, Galbraith faráduas conferências, uma em SáoPaulo e outra no Rio, e, de quebra,segundo um desejo seu, fará umtour pela Amazônia.Zózimo Barrozo do Amaral

I HOMEOPATIA CRM w.06018.9Ig Qft, CAMPOS P6 REZENDE 263-S952___fl|

\ ^^^Sb^Ss^^^ /\ /TEATRO DEA /

~-f= -- v

Venha morrer de rir com

^|&l?6HGfl»no TEATRO DA CIDADE (Tal. Z47-Í2«> Av. Epltéeio Peíaoa(lagoa)

entre Vinícius de Moraas e Joana Angélica

em EU SOU UM ESPETÁCULO\ Horário: 4? a 6V. 21.30 • Sab: 20 • 22.30 ha • Dom: 20 hi

ESP RTE

EQUINOX ANA MAZZOTTI 6«eSAbado às 22:30 H

MANASSES 6» e Sábado às 23 H

Rua Prudente doMoraes. 729.

Tel.: 247-0580

. . . J. #.«« Wr . w w 11 * DIR. ART. R0NAJJDO BÔSCOLI 22:30;V( V(',TlUiV MARCOS VALLE diariamente * aécio flávio e banda

^^DWS14E15DEOUTUBBO-23:30 * FÁTIMA REGINA * WALTINH0AV. SERNAMBETIBA. 6O0(O LEME DA BARRA)TEL.: 389-3385

Entradas:SOUflf Of. BACALHAUT0FU GRELHADOCÃÉiO WASSABYSobreiTMsiS:CREPE JABUTICABACHARLOTTEOECHOCOLATE

ISABOREAR-TBAV. BARTOLOMEU MITRE,BARTOLOMEU MITRE,

297-B LeblonReservas: 511-1345

MUSA C/ATUMDEFUMADO E UVASRISOTO DE FRUTAS DOMAR C/ACAFRÀOFRITADA DE CARANGUFJOFRANGO RUBRONEGROLOMBINHO AO CURRYC/ABACAXI EFAROFA

n^f@^RESTAURANTE

fFEUOADAbCOMPLETA

RSUNDAYmBRUNCH

r AonÁDin teu 274-5799UAnUMrIU ATAULF0 D£ PAIVA

CONTINENTAL*™^?

TI CE» e 4AAss2A3Br «». SiHUMBETIBA 47M TEL M5-«13. MMI12

PROTEL

CiCflV %h%MámjtèhlhSpáo •/íwB^CVipmY&MlftK, | AV.fAI^ME\MITàç,37Ô\. 1^29^0547

ARCA PRODUÇÕES E 0 TEATRO DA TERRA

FEDER1C0GARCIAL0RCA

Vkm V(nla,o(>(^(^(i

m9^£zZ-£^^^mmm\9m P?

BBIM1

PMJIfllHii

zzz. 2a feira no Caderno de Esportes.H De 3a a domingo no Primeiro Caderno.

Apoio EspecialFUNFIP

tAII-ÁUlÁJLUINA

tel 220-Ó997

ContrataLOIRAS, MORENAS

E MULATASVOCÊ que gosta de dança;

que é jovem e feminina;que é bailarina (formada ou em formação)

Compareça à seleção, se puder atender aosseguintes quesitos:

Altura mínima 1,70mIdade até25anos

Experiência em dança imprescindívelAparência excelente

(a nível de corpo e facial)Horário de trabalho 22hàs1,30hPLATAFORMA I oferece:

Salário Cz$ 4.000,00 (iniciais)Contratação na forma da legislação traba-Ihista.Ajuda de custo, incluindo alimentação, duranteo período de ensaios.

As interessadas deverão comparecer para sele-ção e entrevista, com a Sra. SÔNIA MARTINS, nohorário das 16h às 18h, às segundas, quartas esextas, munidas de 1 foto 3X4.

Rua Adalberto Ferreira, 32 • Leblon-RJ

¦flflHflflflflB-wl iJ v/^i

—— ' 'I.'—*'

/^ LANÇAMENTOVERÂO-87

iNA COflWÍ. COM €8T£ ANÚNCIO. 0ANH6 UMA TOAiHA 06 PHAiA.

WO SUL 1» MSO - FONE <021) 275^997AV. COPACABANA, S00 LOJA B - FONE {p21|266-1596

Pizzas • Massas • Carnes •"Vinhosl-stacimiamento próprioRuu ('osme Velho 174 — Cosme VelhoTels.: 26S-H04H e 205-12W)

NA ILHA DOS PESCADORESNA ILHA DOS PESCADORES

O HM DE SEMANA COMEÇA MAIS CEDO- _ Ma do Tubirle (fwo Pilmius) mr»* i» <"**» vuMtte

ímúM • Ja»»»»: — NEGUWHO DA B£l» aOR e mais, roía òe

lamba, «tonto dança"t« " sta" * mul»,ls'

lomini> — » |a lamcaa híjoaía ia Ilha.

ILHA ÜM AMBIENTE ALEGRE.TRANQÜILO E SEGURO.

-/ Infor Errada da Barra, 793Tel. 399.0005

¦Ma; —wI\^s%l,v' %*v^jco^^^k/^wjwíJZ/on/yr ^

|( \ ¦/ Jm*t\ ^^cy \m^J\\mJf I lyyii^É/v,^. iv-*»

\- jM Célia Regina, Cepün, Arpa. AtouJfodteftliva. 270 - LeblonE9 . 2íasábado,del0àa,22hon»K.»>rai'^,o>*t2às'» &taiâpríajt,entopraí«rio.

Roteiro turfitico

paloi rtxtaurantM

BEBER Minon MuradTED'S CHURRASCARIA — Indiscutivelmente, o melhor rodlz» do Centro. 8 casa de TedBov Merino. oonhecidisaimo artista da TV., tem publico certo. E. nao poderia ser diferente. Suas carnes sao semprefrescas a de excelente sabor. Tudo de primeira qualidade, t bastante variada a opção em carnes na Ted s. que servetambém ótimos aoonwannamantoa (tomate, aipim, agrião, am» sempre sohinho). Tiram muito bem o chope. Osamantes da boa cama já deaoobrirtm na Ted's um de seus melhores redutos. Por tudo isso essa é uma casa querecomendo. Marreca*. 29 tal: 282-3309

Tijuca. Botafogo a Copacabana...

SALAM-ALEK — At^ib;^.^ãííívGroonseflua. em exíguo espaço. »í^'J'£^^*f'tóm^ M* M* 2*"!-2449.UrraNortes—er«tosconv>couscx)us.e3iil»s.moirab».05aiart>-A»Ktemems««iproi^^ •»»-•AS CASAS DO MAURO— ^cem^^-^r^j^^^™ Xidade^fiSuIrarites até que tem muitos, mas. nem tanto em.q^f^^^S^I^ **« P™105 <**m ""^Mauro Jesus, situado na Caneca. 53. ó baslante »P»Çoaa daro. »'^i?^to^2^5*p^d^^.o*an^"tomedor so Mauro". Ao entardecer e no Almoço de sábado, onde opnjto demaior i^SSÍJÍASrSSSi,« ™í^rcúta rSamxtoree. Localiiaoo na Debret. 23-0 tel: 240-Luii Rea O Bendorm tem luxo .menor, conlono. h,j«ne. sendo ainda umdos maa ''«^«*!n^r-0

Cb^cobn^ccíve^iSco ouoonsumacao m.o.mj O Nabona^X^treoas. tem boa -^bjW-ü^^ de came seca c/,bdbora".tem chope claro e'escuro. Entre os carros chelesde seu Mri»P«l»^-"-—.rA -,*„¦. ¦¦co]ldí>""peella . posta de bacalhau è portuguesa",

"frango grelhado com creme de mimo . conoo . "camarão ao catupirv"

NA FESTA DA LÍNEA C, «mVc* Redonda, onde éit™caoBn«eWM" - - 7 da Cunha. Outro colunista, do jlmal Opção, José Marques, pfomww amanni. como SECVR. no ÇkAe Ntutrcç^ocal OJConcun»

"«JNHA DOS\\OSm... Anotei no Novo Miraga (Atlântica. 1936W): MelsonSenise. JuloPadroaoUnal*«oePauloBoc«uva^u^^C:^^.á,'^a^f,^6"1 V"* (28, mi i„™.i t™„... a »nX. <«>.in., nr, sirm ¦ I [hanâa... João KJebar foi o show do Hotel Hothon. promovido pela L Oreal e outros...

Yvonne Cuiv da Cunha. Outro colunista, do jámal Opçéo. José Marques, pcomww amanhe, como S^-^Çlube r^ico fccal^ °Cefleu« rWWA DOSCOMERCÍARIOSfle... Anotei no Novo Miraga (Atlântica. 1936W): Melson Senise. Julo Padroao UrtarJetoe Paulo Boc«uva^^o^08**1 â~h~ ~' 5,"mh"' v'>"

de Setembro. 373)... Jornal Transa*. 6 anos. festejou no Sírio e Ubanfts... João Klebar foi o show do Hotel Hothon. promovido pela I

LA POMME D'OR Quem passa defronte nâo imagina o quanto é espaçoso e confortável esse excelente restaurai; classe AA. especializado em

impecavelmente. tem um variadissimo e bem preparado cardápio onde passeiam de^s como ;?*í?n«^„^'^9^J^ ShnSSxS^UmatSSrkfSdesfiada com abóbora", "coquillos des fruits de mer". "mariscada caneca", "cvequinha Monta Cario", "rebeda

^*&>A^SSS5 X?S???SZ JtaonSSSTÍJSmartros a garcâos. profissionais de gabarito, cuidam cera nada sair errado. Comandando pala manhã o La Pomme D'Or. o soe» Martins nâo Ura o olho da cozinha paracertificar-se de que tudo saia a contento. A noite é a vez do soo» Zezinho verificar e comandar. „-__,_ „Sempre quo poiso dou uma cherjada eo La Pomme D'Or. Tum dos meus restaurantes preferidos. E. de murta gente ,mr»rta^uetam marcadoseus encontro, no—,Zl.JZ.i „V..,.„.,„ „.„ „V^.,m drinque e outro, decidir seus negócios enquanto aguardam o almoço, por sinal bastante conoomdo. A casa funaona de domingo aconfortável mstfluranto para. entre umdomingo para almoço e jantar. Tem garagem e manobreiro

4 o CADERNO B o sexta-feira, 10/10/86

••• "TKWjrww*""JORNAL DO BRASIL

2»TIJSICA

iDs finlandeses;;

estão na Sala

Luiz Paulo Horta'O

O solo pianistico de Mikhail Rudyçfl ¦ às complexidades da Sexta sinfo-•3™^ nia de Shostakovltch, passando pe-ia música de câmara, o fim de semana dojtio oferece uma programação musical do~inais alto interesse.J Dividindo público com Mikhail Rudy<o que no Rio de Janeiro de boje já nãochega a ser um problema), apresenta-seJioje, na Sala Cecília Meireles, o QuartetoSibelius — quarteto de cordas finlandês$ue tem um de seus pontos fortes no famo-fio violoncelista Arto Noras. Ex-aluno deI>aul Tortelier, Noras venceu, entre outrosioncursos, o Tchaikovsky de Moscou (bempintes do brasileiro Antônio Menezes), e foium dos inspiradores do quarteto, que sur-giu em 1978, incorporando os violinistasSeppo Tukiainen e Erkkl Kantola, e a violajfle Veikko Kosonen.< O programa do quarteto é da maiordensidade: começa com o Quarteto K. 575'de Mozart, prossegue com o Quarteto op.95 de Beethoven (chamado Serioso), e ter-m<na com um quarteto em ré menor deSibelius que também subtítulo literário'(Vocês intimae), e é uma apaixonada "con-flssão" do compostitor.£ Igualmente densa é a Sexta Sinfoniade Shostakovltch que a Orquestra Sinfôni-ca Brasileira interpreta amanhã à tardesob a regência de Pedro Calderón (emprograma que também tem ArnaldoPohen, como solista do Concerto n° 2 deRachmaninov). Do final dos anos 30, aSexta segue-se à mais famosa sinfonia deShostakovltch. A Quinta foi um sucessoImediato, apesar da pressão política quepesava sobre o compositor. Por este ou poroutro motivo, Shostakovltch escolhe paraà Sexta um "molde" nada usual: a sinfoniaiomeça com um longo e trágico largo, aque se seguem dois movimentos rápidos:urn espirituoso sherzo e um galopantè fina-1c. O contraste entre o inicio filosófico e a

AS COBRAS »—-n\&M pjfá &M0 & eue.1V03S? &À 6LM VX&jc

MMl "JKBSR I

w*y- ¦ Is t WHi¦ ttA 4 Mfi li ¦ EjL jtnHBIfflKss

:' Hi H&glglH|HTri|$iih|fJM

Mikhail Rudy

"baixa" no Rio

HORÓSCOPO MAX KLIM

Rita Lucato

Quarteto Sibelius: tukiainen e kantola (violinos), Kosonen (viola) eNoras (ceio)

leveza do final chegou a causar espécie, naépoca; hoje, já não se estranha nada, e aSexta tomou lugar entre as produçõesmais características de Shostakovitch. Oartista que parecia ter sido forçado acurvar-se antes as normas do "realismosocialista" conseguiu, nesta e em outrasobras, dar vazão ao seu mundo pessoal,desenvolvendo uma linguagem sinfônicaeclética onde se sente a presença do ro-mantismo, da "narrativa musical" de Ma-hler, das asperezas da nossa época — tudoisso amalgamado por um pensamento mu-slcal convincente.¦ Também hoje, na Sala Cecília Meirelès,apresenta-se (às 18h30min) um trio came-rístico de primeiro nível, formado por NoelDevos (fagote), Ana Devos (violoncelo) eMaria Lúcia Pinho (piano). Mentor dosmelhores fagotistas brasileiros, Devos nas-ceu em Calais, obteve em 1951 o Io prêmiono Conservatório Nacional de Paris e em1952 estava chegando ao Brasil, para refor-çar a Orquestra Sinfônica Brasileira a con-vite de Eleazar de Carvalho. É hoje ocentro de uma verdadeira "escola do fago-te", que já lhe permitiu formar conjuntosde câmara só com este instrumento. Oprograma de hoje tem peças de Boismor-

tier, Bach, Beethoven, Mozart, Mignone eoutros.

Hoje, às 21 horas, a TVE homenageia os10 anos de falecimento de Benjamin Brit-ten, o mais famoso compositor inglês desteséculo, com um programa em que RobertoRicardo Duarte estará regendo o BrasilConsort em Les illuminations (para sopra-no e orquestra, sobre versos de Rimbaud) ena Simple symphony para cordas. O BrasilConsort é uma jovem orquestra que vemcrescendo de produção, e que no ano pas-sado apresentou-se na Casa de Ruy Barbo-sa sob a regência de Sir Michael Tippett.

Formada por solistas em atividade noRio de Janeiro (membros da OSB e deoutras orquestras), ela teve cómo núcleooriginal o Quarteto Bosísio, onde tocamPaulo Bosísio (l°-violino) e David Chew(violoncelo).

Hoje, em Belo Horizonte, começa o IoEncontro de Compositores Latino-Americanos, promoção da Fundação deEducação Artística que tem o apoio daFunarte e o patrocínio da Promig. O en-contro reúne nomes expressivos da músicado Brasil, Argentina, Uruguai, Equadoretc., e estende-se até o dia 15, desdobradoem inúmeras atividades.

SÁO Paulo — O pianista russo Mikhail

Rudy, exilado há oito anos na França,depois de ter rompido com o marxis-

mo — "eu sou o típico herói da teoria marxis-ta porque só ao romper com ela consegui aminha individualidade" — faz hoje uma úni-ca apresentação no Teatro Municipal doRio, quando apelará para seus dons "mediu-nicos" ampliados pelo taoismo e trará dasesferas astrais a música de Brahms, Chopin,Mozart e Prokoflev.

A filosofia religiosa do taoismo meajuda a ter uma relação quase mediúnicacom esses compositores, e através de exerci-cios taoistas tenho a impressão de que amúsica vem de dentro de mim. Mas o suces-so não me pertence.

Elogiado publicamente pelo lendáriopianista Arthur Rubinstein após conquistaraos 22 anos o primeiro lugar no concursoMarguerite Long, em Paris, Rudy, hoje com33 anos, foi aplaudido pelo maestro HerbertVon Karajan no último Festival de Salzbur-go. Junto com o público, o maestro pediubis.

A URSS tornou-se opressiva demais pa-ra o talentoso Rudy que, aos 24 anos, duran-te excursão a Paris, pediu asilo político:Èu precisava ser eu mesmo. Mas aadaptação foi lenta. Só depois de quatroanos é que me senti parte da comunidadefrancesa. Até então, não conseguia acreditarque não havia ninguém me reprimindo. Nãotenho partido, não acredito na política.

O sucesso veio rápido. Rudy já tocou naFilarmônica de Londres, na Herkulesalle deMunique e na Filarmônica de Roterdam.Teve o privilégio de se apresentar ao lado deMstlav Rostropovich, violoncelista russo, etambém exilado político. Rudy está conven-cido de que não é só a técnica o que faz ummúsico ser bom:

É preciso ter a sua própria individua-lidade, e isso eu conquistei.

É caso de se dizer que a música ociden-tal agradece a Marx.

VERÍSSIMO garfield JIMDAVIS

ritftt. IIOMOA 6Uy|eM9£OTR>ciAEi»| If ISre Snque'por ) |H«&SKra TOcS?}8

FEAiTOTS ¦ CHARLES M. SCHULZ mijOTAa ^~NS0 P055Q AiCREDITAR! MIKHA NAMORADA ME OUAMTO TEMPO 1 ATE QUE MRo FOLTANXO..] ¦ ¦ ¦«. ¦ yj r—- . riaill_ .V.« " "I \ S \/k£"Ss -3

ESTOU VO 0UTR0 LM>0 ESCREVE E 01Z QUE LEV AREl PARA ESQUECl EC.A APCfe 14 f MTAO TOVAICASARCOMWEU eSqueU-LA? RO-59UIMHAS1 JATWl WW SSS3 SK

KIDFAROFA TOM K.RYAN ——^ trfTsT » \ /> "^7 AVISRARA BRUNO LIBERATI

: ^ f W* CM ^WCCcoeA /^6jawoT>\:/^eu \ ,ti* /flU6Riwi.eieoi5S6 fouoe &yco\ £0M \ ^ »J\1: ?6M 1 f V MulTo A JOAUft / 6)01W7pe VS ' r,^ ^ X I l C\ /T'

LARDOCELAR

^

__ HUBERTEAGNER

! /a^t/qA \ fteomlwm) / More e* \ b^dtoa dean young estan drake

V 5&JTlPO- 1/ PAfcTg.'. wo bm LAvaae^Z^X X "^da-Kx-J^ Sr i T£NHO

•••

| 6UMBM^!)

O CONBOMtNlO LAERTE CEBOUMHA MAURlCIODESOUSAE(£iC0£S no CQtMDQMfMlO Csera' com a

"N J' ~ )j 1^3

U El£iT0 SfNDiOO^NHAl ^ sjNPApJdA// ft V**1 °°^l f C&IW ^ &,

ARIES — 21 de março a 20 de abrildia dará ao ariotino momentos de muita realizaçãopessoal e profissional em quadro que acentuará instan-tes de contentamento e felicidade. Isso refletirá emseu comportamento mais íntimo, fazendo-o mais pró-ximo das pessoas a quem realmente quer.

TOURO — 21 de abril a 20 de maioSão bastante desfavoráveis as indicações da regênciageral de sua sexta-teira. Você poderá empreendernovas negociações e associações com fito de lucro ede tudo isso tirar o melhor em termos de proveitopessoal. Ainda sâo positivas as indicações quanto asua vida sentimental.

GEMEOS — 21 de maio a 20 de junhoEste será um momento de afirmação para o geminianoque. apesar de atravessar, no correr do dia. algunsinstantes de debilidade nos negócios, mostrará toda asua notável capacidade criadora e receberá reconforta-dora presença do sexo oposto, em clima muito benéfi-co e atraente.- CÂNCER — 21 de junho a 21 de julhoHo|e se consolidam as indicações de uma positivainfluência que vai moldar seu comportamento diantede alguns problemas da rotina. Superando-os você sesentirá beneficiado e se posicionará de forma otimistapara os outros relacionamentos. Satisfação interior.

LEÃO — 22 do julho a 22 de agostoA sexta-feira, a par de toda a influência equilibrada paraos seus negócios, lhe reserva instantes de notávelafirmação sentimental, com acontecimentos e encon-tros que deixarão marcas profundas em sua vivênciaafetiva. Você descobrirá novos caminhos para suavida.

VIRGEM — 23 de agosto de 22 de setembroEste ê um momento em que o virgiano terá a seu favorum bom quadro de influências materiais, mas no qualse sobressai a presença forte do sol em sua segundacasa zodiacal. com notável possibilidade de mudançasem sua maneira de suprir materialmente a própria vida

LIBRA — 23 de setembro a 22 de outubroAfetividade. dedicacão e um quadro de fortes interes-ses materiais satisfeitos, seráo os pontos de destaqueem um dia que para se completar, basta apenas quevocê se dê um pouco mais em carinho aos que camam. Saiba ser romântico e temo no trato amoroso.

ESCORPIÃO — 23 de outubro a 21 de novembroUma disposição bem equilibrada substitui os instantesde insatisfação que marcaram seus últimos dias.Procure centrar suas atenções e todo o seu notáveltemperamento na procura da satisfação interior. Qua-dro que mostra notável posicionamento para o amor.

8AGITARIO.— 22 de novembro a 21 de dezembroA sexta feira será dominada por forte influência que ofará agir prontamente em defesa de seus interesses eacertar em todas as decisões que vier a tomarCompensações no trato intimo, especialmente nacondução de problemas de família. Amor beneficiado.

CAPRICÓRNIO — 22 de dezembro a 20 dejaneiroEste será um bom momento para o capricorniano.contando hoje com a influência da Lua, dar-se atrabalhos que mostrem sua notável capacidade deestudar e equacionar os problemas Você viverá perio-do de notável positrvidade afetiva, com recompensa-dores instantes de afirmação.

AQUÁRIO — 21 de janeiro a 19 de fevereiroBuscando um posicionamento onde náo agrave influências estranhas, você se recompensará com umdia que poderá lhe dar os mais compensadores ebenéficos momentos om sua vivência pessoal. Sàoboas também todas as influências que dizem respeitoaos seus interesses de família.

— 20 de fevereiro a 20 de marçoIndicações bastante equilibradas para um dia em que opisciano se fará merecedor de atenções e poderá, comisso, obter a tão necessána satisfação de seu própnoego. Tudo lhe sairá a contento no trato sentimental,casa que pode lhe dar gratas surpresas.

XADREZ ILUSKA SIMONSEN

7 ins 8*11'6 mm m m

4

53c

abcdefgh

CAMPEONATO BRASILEIRO MASCULINOPartidas m lecionadas:

MASCARENHAS(RJ) x CAPIBERIBE(PE) Inglesa(1o rod) — 11P4BD -P4BD 2IC3BD -C3BD 3)P3CR ¦C3B 4)B2C -P3CR 5IP3R -B2C 6)CR2R -0-0 7)P3D•P3D 8)0-0 -P4R 91P3TD -B3R 10)C5D -C4TR11IT1C -P4T12IB2D -P4B 13IP4CD -PxP 14)PxP -T2B 15)PxP -PxP 16)T5C -D1BR 17IP4B -T7T18IC1B -T6T 191C3C -C2T 20)T5T -TxT 21)BxT -C1B 22)C7B -B2D 23)BxPC -R1T 24IB5D -T2R25)CxPBD -PxP 26)CxB -TxC 27)C6R -D2R28)PCxP -T2T 29IB8D -D1R 30ID2D -C2R 31IB6C-T2D 32)CxB (1 — 0)FILGUTH (PR) x TEIXEIRA (RJ) Catalã (1o rod) —11P4BD -P3R 2IP3CR -C3BR 31B2C -P4D 4)C3BRB2R 5)P4D -0-0 6)0-0 -PxP 7)C3T -BxC 8)PxBP4CD 9)T1C -P3TD 101P4TD -B2C 11)PxP -B5R12IT2C -PxP 13)TxP -TxP 14)C5R -BxB 15)RxB -C5R 16)T2C -TxT 17)BxT -D4D 18IP3B -C3D19)D2D -P3B 20)P4R -D4C 2DC4C -C3B 22)B3BP4B 23)PxP -PxP 24)C5R -C2R 2S)B4C -C4D26)B5B -PSB 27IT1BD -P6B 281D2T -D7C29)DxD -PxD 30IT1C -T1C 31 )B3T -C6R + 321R2B-C3: SBD (0-1)LIMP (RJ) x LOUREIRO (RJ) Caro-Kann (2o rod) —1)P4R -P3BD 2IP40 -P4D 3)C2D -PxP 4)CxP -B4B5)C3C -B3C 6)C3B -C2D 7)P4TH P3TR 8)P6T -B2T9)B3D -BxB 10)DxB -P3R 11)B2D -CR3B 12)0-0-0-B2R 13)C4R -0-0 14IP4CR -CxC 15)DxC -C3B16)D2R -D40 17)PSC -DxPT 18)P3B -C40 19)PxPB6T 20)PxB -OxP+ 21)R2B -D7T+ 22IR3D -

D30+ 23)P4B -D6T+ 24)R2B -D7T+ 2S)R3DD6C+ 2S)R4fl -D7B+ 27)RSR -P3B+ (0 — 1)VIDE DIAGRAMAHARO (SP) x M.ASFORA (PE) Reti (2o rod) —1)C3BR -C3BR 2IP3CR -P3R 3IB2C -P4D 4)0-0P4B 5)T1R -C3B 6)P4D -PxP 7)CxP -B5C 8)P3B -B4T 9)P4CD -B3C 10)P4TD -P4R 11)CxC -PxC12)P5T -B2B 13IC2D -PSR 14IC3C -0-0 15IC4D -CSC 16)P48R -D3B 171P3R -C3T 181D4T -B2D19ID2B -C4B 20)C3C -C3D 21)C2D -P4T 221B2C -D3C 23)P4B -TD1B 24)B4D B1C 2SIBSB -TR1R26)TD1D -B5C 27)T1BD -PST 28)BxC -BxB29)PSB -B2R 30)C3C -PxP 31)PxP -T1C 32ID2DT2C 33IP6T -T2B 34)R2B -B1B 35ID2R -B3B26IPSC -PxP 37)DxP -T2: 2R 38IP6B -PSD 39)PxP-P6R + 40IR1C -DxP 41ID2R -D7B + 42)R1T -DxP43)T1B -D5T+ 44)R1C -BxP 45)T4B -D7B +46)DxD + -PxD + 471R1T -B3C 48)T4B -TBR49IR2T TxT 50)BxT -B2B (0 — 1)CASTRO (MG) x E.ASFORA (PE) Catalã (3° rod) —1)P4D -C3BR 2IP4BD -P3R 3)C3BR -P4B 4)P3CRCD20 5)B2C -P3B 6)D2B -B3D 7)0-0 -0-0 8)CD2D-P4R 9)PBxP -PBxP 10)PxP -CxP IDCxC -BxC12IC3B -B3D 13)T1D -B3R 14)B3R -D20 1SIB40TR1B 16)D3D -C5R 17)D3R -04C 18)C5C -CxC19)D*C -B1B 20IP4R -P3TR 21ID5T -B4BD22)PxP -BxB 23)TxB -DxPC 24)PxB -DxTD +2S)T1D -T8B 26)DxPB + -R1T 27)TxT -OxT +28)B1B -OSB 29)P7R -D1R 30)D6R -T1B 31)DxTDxD 32IBSC (1 — 0)

CRUZADAS CARLOS DA SILVA LOGOGRIFO JERÔNIMO FERREIRA

HOMZONTAI8 — 1 — forquilha de madeira ou de metal, munida de elástico, comque se atiram pequenas pedras, e usada geralmente por crianças para matarpassarinhos; 5 — pedaço de tábua ou sarrafo, em que se marca, por meio depequenos cortes, o número de animais ou objetos que se pretende somar no fim dacontagem; 9 — manchar; difamar; 10 — desinôncia tônica do infinitivo dos verbosda segunda conjugação, 11 — folguedo, usado no interior de Alagoas durante oNatal, om que dois grupos numerosos, figurando negros fugidos e lndios..vestidos acaráter e armados de compridas espadas e terçados, lutam pela posse da rainha,acabando a função pela derrota dos negros, vendidos aos espectadores comoescravos; dança guerreira e canto dos cabocbs. ao som de pífaros e trombetas,durante o auto dos quilombos; 12 — cérto ofldio venenoso de Angola; 14 —-sub3tância que acelera a vufcanizaçèo da borracha ou permite que ela se realize emtemperatura baixa; aparelho destinado a atribuir a um feixe de partículas, atômicasou subatômicas, carregadas eletricamente. uma energia elevada; aditivo que tomamais rápida a pega de um concreto; 16 — de outra forma; 17 — nociva; prejudicial;18 — âncora, cujas unhas formam um só corpo e giram na extremidade da haste,cravandose ao mesmo tempo no fundo; masteréu de gávea que espiga logo acimado mastro real da gata; 20 — urgência de alimento; falta do necessário; 21 — olimite da soma das áreas das faces de uma superfície poliôdrita inscrita nasuperfície, ou circunscrita a ela. quando as arestas tendem para zero; 23 — uma dasquatro silabas de que se serviam os bizantinos para solfejar; 25 — zona de açáo nocombate defensivo, ou circunscriçfto territorial oonfiada a uma unidade militar;temtório floristico que se caracteriza pela presença de notáveis espôcies endêmi-c&s. dentro de uma província; 28 — conjunto de capoeiristas que obedecem àonentaçâo de um mesmo mestre, treinam regularmente em comum e se reúnemnum detorminado local; conjunto de elemontos fechado para uma operaçôo binária.unfvoca e associativa, em relação á qual o conjunto possui o elemento identidade e o;nverso do cada um do seus elementos; conjunto da manchas solares; 30 — quenáo sabe o que fazer; embaraçado, atrapalhado; 31 — nome de diversas plantassapotáceas; guapeba, 32 — carbonato natural do sódio hidratado acinzentado ou

amarelado, que ocorre em forma de cristais ou massas fibrosas ou colunares, comodepósito de certas fontes ou lagos cuja água contém seda;VERTICAIS — 1 — diz-se de qualquer processo ou dispositivo que tenha relaçãocom as partículas beta; em tecido, penas de aves ou pêlo de animal, lista em fundode cor diferente; veio ou filão, em geral de origem hidrotórmica. que contemminerais metálicos; 2 — espócie do jarro com quo os gregos deitavam vinho nastaças; 3 — cada um dos membros do coro. no teatro clássico; consta; 4 — adelo; 5— pequena rede do pesca, circular, com chumbo nas bordas e uma corda ao centro,pela qual o pescador a retira fechada da água. depois de havô-la arremessado aberta;6 — entre os modernos teóricos do racismo alemão, diz-se dos europeus de raçasupostamente pura. descendontes dos árias, sem ascendência judaica; 7 — doençanutricional de gado, caracterizada pela redução do açúcar do sangue e a presença decorpos catônicos no sangue, tecidos, leite e urina, associada a perturbaçõesdigestivas e nervosas; 8 — dança em que um dos cavalheiros náo tem par e. comum sinal convencionado, toma a dama de outro; 13 — instrumento usado para medira quantidade de chuva calda em determinado lugar e em determinado tempo; 15 —o altar do testemunho (assim designado pelas tribos de Rubem e de Gad); 18 —croque com que, nos barcos pequenos os barquoiros se seguram aos ramos dasárvores, nas margens dos rios; 19 — espócie de páo do milho misturado com camede porco, comum em certas regiões espanholas; 22 — máquina que serve paraintroduzir água nas locomotivas; maquinismo, usado para levantar grandes pesos.24 — tinhorào; 26 — (mit. germânica) tiu (assim designado pelos anglo-saxôes obávaros); 27 — deus dos antigos sírios; 29 — abrev.. une corda (em Música).Léxica»: Mor; Melhoramento»; Monte AuiOo e Cesegovae.

SOLUÇÕES DO NÚMERO ANIMOUHORIZONTAIS — logotipo; sumo; ado; it; nômades; noveleta; íto; ba; ditirambo;oculo; um; trama; obe; boi; luvas; amalgama.VERTICAIS — lugo; om; gonetica; time; pada; ode; sinodo; osga; otorum. átomo,vitoria; bouba; alala; mesa; tem; ova; ba; um.Correspondência para: Rua daa Palmeiras, 57 ap. 4 — Botafogo — CEP 22.270.

i 5 5 i—jmm—is—|—n—n—

""¦¦Si ^

23 ¦¦apr 27

28 29 ~_

Probleman° 2364

A O I A

A

0 - I A

1. abatido (8)2. abismo (6)3. alado (5)4. andor (5)5. asneira (6)6. até agora (5)7. certa borboleta (6)8. contrário (6)9. em que há assina-

tura (8)10 entre os hobreus.

um dos nomes dadtvindade (6)

11. fiança (5)

12. gancho de ferro (5)13. leque (5)14. melopéia (5)15. registro de fatoshistóricos (5)16. rico (7)17. sacudido (7)18 salamaleques (9)19. tnbo aruaque dabacia do vaupós(7120. velho (5)

Petevre-Chwe:14 I

Consiste o LOGOGRI-FO em encontrar-sedeterminado vocábu-b. cujas voeele já es-tfto inscritas no quadroacima. Ao lado. à direi-ta. * dada uma relaçíoda vrnte conceitos, de-vendo ser encontradoum sinônimo para ca-da um. com o número

de letras entre parén-teses, todos começa-dos pela letra inicial dapalavra-chave. As le-tras de todos os sinô-nimos estão contidasno termo oncoberto.respeitando-se as le-tras repetidas.Soluçôee do proMeme n* 2163 Palavra-

chave: MNDBRAN-TI8MOParciais: Batismo.Baio, Baioneta. Basea-do. Bandeirismo. Baro-nta. Baronesa. Baione-sa. Bandeta, Barato.Bastardo. Bandeira,Barda. Batena. Bate-dor. Bando. Bandear.Baiano. Banditismo.Bandeira

ET2

TOOtTrrr.

£

——— Foto de S6rgio Pinheiro

I TTfuTiil^fci

BSff: v: ^SHKWjBHT '^SpM^B^^^HHf

i MMheaII: 75 9bm^,*mrsmmmm

~. ^f, «p ts—> m m™ m ah.mbBtor^^TinBlflfitMffiffi^Mi^^WiTr i'",J ' ; ISftiiW'tW'SA '• iiilBH&TI WIp ,*fllk.>,< ^^^HPtfel^

play-back e tiver Cz$ 200 quadrinhos — Napoae se dirigir hoje &s 17 horas qvinta-feira o melhor momentofcdizer "beijinho, beijinho, foi quando uma menina de uns

Rostto, por^^

JFotoJe_Ana^a!!o!|na_Fer^^

Hf^^Hf' '^''y:' 'ii1,;

ffej^^^^^HHElf1 swSpf^ ; .''A^SiSB' ¦

._ ; ¦¦; 1-3! ¦ Hfili^H

ilBBl^BBBM^^Hk ,.^li'liwPI^'^fa^MIBBPf^Tl^MPW^^^^^MIiii, ... i

Marieta: na Prainha, fingindo estar em Buzios

-—^yj

JORNAL DO BRASIL FIM DE SEMANA

TEATRO

A tragédia pequeno-burguesa de Lorca

Beatriz Bomfim

ãk tragédia pequeno-burgue-tjk sa e provinciana de Dona

JLJL Rosita, a Solteira, a perso-nagem-título da peça de FredericoGarcia Lorca, começa temporadahoje no Teatro Dulcina, sob a dire-ção de Ary Cosiov. A história dessamulher, que ficou 25 anos esperan-do por um primo que foi para aAmérica, e manteve um fio de rela-clonamento através da troca decartas, até descobrir que ele já secasara, é narrada através de festas,chegadas e partidas, objetos e deta-lhes, sem qualquer estrutura linear.

Tradução de Carlos Drummondde Andrade—que conserva a visãolírica, as metáforas e símbolos deLorca, num trabalho esmerado —Dona Rosita, a Solteira, ou ainda Alinguagem das flores, ou ainda Poe-ma granadino de novecentos, divi-dido em vários Jardins com cenasde canto e dança, subtítulos dopróprio autor para a peça escritaem 1935, não é apenas uma históriade amor mal-sucedido. Para Cos-lov, o mesmo diretor que levou Pe-dra, a tragédia, ao palco, a tramatem outras leituras. Nas entreli-nhas, há doces ironias, piedosostraços caricaturais, acidez na retra-

tação de burgueses para os quais aaparência era o que mais contavaem seu miúdo universo.

Ary Cosiov não tinha qualquerligação maior com a obra de GarciaLorca. Até que, a pedido de ÂngelaValério — que faz Dona Rosita —tomou o texto e mergulhou no uni-verso muito particular do poeta es-panhol, cujo cinqüentenário demorte está sendo lembrado esteano. Foi até Granada, seguiu aspassadas do dramaturgo, comproutodos os livros que encontrou pelafrente, visitou exposições, e até vol-tou a desenhar, estimulado pelostrabalhos do próprio Lorca, autordo traço que ilustra o cartaz e osconvites da peça.

E, confessando uma certa ousa-dia, diz ter criado um espetáculoque "seria o que Lorca imaginoupara transpor seu texto para o pai-co". Ou seja, "uma volta afetiva aum passado remoto (escrita em 35,tem o primeiro ato situado na vira-da do século), uma reprodução daGranada idealizada contando a vi-da da pobre mulher, dentro de umcontexto muito especial.

Em minha cabeça — diz Cosiova peça só poderia ser encenada

assim. Lembra muito Tchecov, otexto é lindo e resiste por si só:

Gostaria que a platéia fosse visuali-zando, através das cenas, que sãocomo fotografias de álbum de fami-lia que ganham movimento, o que ésugerido. Cenários e figurinos nãosão reprodução exata de época, em-bora retratem uma cidade espanho-la, com requinte nos detalhes. Ospersonagens não usam castanho-Ias, mas são espanhóis. Rosita temsua história contada a partir davirada do século, e o segundo ato jáestá situado entre 1910 e 1912,quando algo já fervilhava. Depoisda primeira guerra e da débacledessa mulher bela e burguesa, quese apaixonara pelo primo e não viraa vida passar (parece com a Caroli-na, do Chico Buarque), só restavamesmo mais uma guerra.

São 13 atores no palco, quatropapéis principais: Rosita é inter-pretada por Angela Valério, a amapor Elza de Andrade, a tia por AnaRosa, e o tio por Nélson Dantas. Oscenários são de Anísio Medeiros, osfigurinos de Biza Vianna, e a músi-ca de Calque Botkay e Luís Anto-nio Barros, com coreografia de Re-gina Miranda. Num espetáculo que,como sugere o subtítulo, tem cantoe dança, a coreografia cria algunsnúmeros musicais, mas tambémempresta sua versatilidade para

posturas, gestos e poses. Há tam-bém, nesta peça de Lorca e na visãodo diretor Ary Cosiov, alguma coisade kitsch, "cafoninha", ao retrataruma cidade da província que tinhacomo modelo, no século passado, aefervescente Paris. Almofadinhas,rendinhas, gravatas com alfinetes,roupas que revelavam a posiçãosocial de pequenos-burgueses maispreocupados com a aparência doque com a essência das coisas, e desolteironas ridículas que se vestiamcom apuro, embora não tivessem oque comer, estão na peça. Aí, se-gundo Cosiov, o dedo de Lorcaaponta para a pequenez desse uni-verso. Há ainda flores, rosas quetêm a ver com o outro subtítulo —A linguagem das flores.

— Apeça—arremata—tem umprimeiro ato que lida com a visãode mundo idealizada de uma Ora-nada da virada do século, o segun-do tem ainda esta visão, mas comtintas mais grotescas, de um humorácido, e o terceiro revela a tristeza,registra o que acontece com tudoisto anos mais tarde. Para percorreressa trilha entre a crítica e a triste-za, só seguindo o canal da emoçãomuito forte.

¦ Mais Teatro na página 8

dora assídua dos teatros. Menosas comédias escancaradamentecomerciais, aquelas cujas fórmu-Ias está cansada de conhecer.Não vai de jeito nenhum. Emcompensação, viu e gostou muitode Sábado, domingo e segunda,"um espetáculo comovente, comgrandes atores em cena". "Domasmo modo, recomenda Pedra,uma peça muito divertida, e Debraços abertos, pela "interpreta-ção integrada de dois grandesatores".

Em cinema, ela consegue serao mesmo tempo seletiva e ecléti-ca. Prefere ficar em casa e assistirum filme médio. Mas vai comple-tamente às cegas se o diretor forFellini, Bergman ou Truffaut,seus preferidos. Nas últimas se-manas, um dos filmes que mais aimpressionou foi Kaos, dos Ir-mãos Taviani. Recomendação jáfora de cartaz. No seu lugar (Rica-mar), entrou A Hora da estrela,este, sim, uma recomendação en-tusiasmada da atriz.

— É um dos grandes filmes docinema nacional. Como Kaos,inspirado em Pirandello, A Horada estrela é uma transposiçãoliterária para a tela sem perdernada.

Ao mesmo tempo, Marieta Se-vero adora o cinema infanto-juvenil ("Fico pedindo a minhasfilhas para levá-las), como Histò-

ria sem fim, as fitas de Spielbergou comédias do tipo Apertem oscintos, o piloto sumiu.

Levando uma vida culturalagitada, embora diga que só vai aestréias de amigos muito chega-dos, Marieta é sempre vista com omarido nessas grandes noites.Afinal, são muitos os amigos. As-sim como esteve no Free Jazz, noshow de Caetano no teatro e naApoteose, ela está pensando emver James Taylor e Paco de Lu-cia, no Canecào. Dos shows que;já viu — e que permanecem em-cartaz — sugere,o de Simone,-"um espetáculo lindo, de grande;simplicidade, e com a cantora em.grande estilo".

Mas não é o disco de Simone o.'que a atriz mais tem ouvido ulti-.mamente. Além dos de Chico, ela!não pára de escutar Totalmentedemais, o LP que Caetano gra-vou ao vivo.

— Eu sempre gostei muito de-le cantando. Esse disco traz ain-da um belo e abrangente repertó-rio. Uma maravilhosa salada daMPB que ele sabe fazer.

Ninguém verá Marieta Severona praia num dia de domingo.'Mas se chegar até a Prainha numsábado, poderá vê-la por lá a tar-de toda, tomando sol sossegada-mente e fantasiando que se en-contra em Búzios.

sexta-feira, 10/10/86 o CADERNO B o 5Foto de Sérgio Pinheiro

O FIM DE SEMANA DE CADA UM/Marieta Severo

Espectadora privilegiada Foto de Ana Carolina Fernandes

Cleusa Maria

A

atriz Marieta Severo nãodisfarça a coriyice quan-do fala de suas preferên-

cias musicais. Uma delas, claro, éa música de seu marido, o compo-sitor Chico Buarque. Seja em dis-cos, que ouve freqüentemente, se-ja no programa da TV Globo,Chico & Caetano, que recomen-da enfaticamente aos telespecta-dores, por considerar uma dasmelhores coisas que se está fa-zendo em televisão.

— Vejo ao vivo e na telinha.Adoro. Não é por nada, não, maso próximo está imperdível, lindo,um programa com a nata da mú-sica latino-americana — indicacom entusiasmo.

Mas assistir à TV, pelo menosnosfins de semana, não chega aser um hábito da atriz. Ela quenão perde o Jornal Nacional du-rante a semana ("já é sagrado"), eaos domingos, por exemplo, ja-mais liga o,aparelho. Prefere osgrandes almoços com os amigosna casa da Gávea, durante osquais fica à mesa repetindo cafe-zinhos e batendo papo até anoite-cer. Nesse dia, dificilmente dis-pensa a comida da talentosa go-vernanta Madalena, que faz o"melhor rango do mundo". A nãoser que esteja com a família, riacasa de campo em Petrópolis, no

santo sossego de Cristo, comodiz.

Aí, eu gosto de almoçar noChico Veríssimo, em Corrêas,que, além de uma vista deslum-brante para uma cachoeira, temuma truta deliciosa.

De modo geral, se está fazendoteatro, seu fim de semana come-ça quando termina o de quasetodo mundo: na segunda-feira.Agora, porém, descansando detrês aparições seguidas em nove-Ias e lendo textos para uma futu-ra peça de teatro, Marieta temtido finais de semana mais pare-cidos com o dos outros. Um bomprograma que aponta para os sá-bados é um passeio pela feira deantigüidades da Praça XV, segui-do das ostras frescas saboreadasna restaurante Albamar.

É uma coisa que adoro fa-zer. Fico fúxicando bibelôs, pra-tos antigos. Besteirando pela fei-ra, mais do que fazendo grandescompras.

Mas um passeio que ela fazquestão de sugerir, a quem desejapassar sábado e domingo fora dacidade, é uma circulada pelas an-tigas fazendas de café do Vale doParaíba.

É um belo passeio, as fazen-das estão superconservadas, e dápara ser feito num final de se-mana.

No Rio, Marieta é freqüenta- Marieta: na Prainha, fingindo estar em Búzios

Joaquim F. dos Santos•

boi gordo não aparece, o¦ ¦ joelho do Zico não me-

lhora, o Gabeira tam-bém parece que não ganha —mas nem tudo está perdido.Quinta-feira, apenas mil gati-nhas histéricas deram chiliquesno show dos Menudos, no Sca-la. Menudos, o nome está dizen-do, é um grupo para quem temmenos de 10 de QI. Em 84 elesestiveram aqui. Mataram duasmulheres pisoteadas, confundi-ram todo mundo com aqueles

nomes de Ray, Rey, Riy, Roy,Ruy e encheram o campo doVasco com mais de 40 mil ado-lescentes louquinhas. Agora osMenudos voltaram, mas duran-te esse tempo as meninas foramà escola, conheceram o PauloRicardo e—como é próprio dasmulheres — abandonaram aquem tinham jurado amoretemo.

Na quinta-feira ninguémcontou o número exato de mú-sicas apresentadas, mas pareceque foi alguma coisa em tornode 680 baladinhas e 120 roques,

num show que durou — tam-bém não foi cronometrado —umas nove horas. Muito chato.Em 84 os Menudos ainda esta-vam inaugurando uma curiosaespécie de idolatria pré-adolescente, fazendo com queas mpninas trocassem fadas epalhaços por meninos bem pa-recidos com os das esquinas epraias. Principalmente balan-çavam o pélvis com um jeitoentre malicioso e didático, cha-mando-as para iniciar uma sau-dável e trepidante caminhadapelo mundo da fantasia erótica.

Tinham também uma música-hino, Não se reprima, perfeitapara esse tipo de aula. Agorasão apenas um punhado de por-to-riquenhos com sindrome dePeter Pan e fazendo aquelamesma coreografia de sempre,um pouquinho de golpes de ca-ratè e outro pouquinho de vo-leios Michael Jackson. Pior:machistas. No seu novo suces-so, Cara e coroa, decidem namoedinha quem vai ficar comuma garota.

De qualquer maneira, quemestiver interessado num show

de play-back e tiver Cz$ 200pode se dirigir hoje às 17 horase dizer "beijinho, beijinho,tchau, tchaü" aos Menudos,que amanhã já estarão no Para-ná e domingo em São Paulo.Um dia eles voltam pois, aocontrário dos outros grupos,onde o John acaba brigandocom o Paul, e o Paulo Ricardocom o Schiavon, os Menudosnão acabam. Pode ser que umdia acertem uma formação on-de todos cantem bem e apre-sentem letras menos ridículas.Mas — feito o Fantasma dos

Richard Riguetti

quadrinhos — não acabam. Naquinta-feira o melhor momentofoi quando uma menina de uns12 anos despediu-se publica-mente de sua infância atirando,enlouquecida, sobre o palco ena direção dos meneios pélvi-cos de Robby, o seu bonecoFofão da Estrela. De resto éimpossível ver os Menudos semse lembrar de Nelson Rodriguesbalbuciando, lenta e gravemen-te, um conselho aos jovens :"Envelheçam, envelheçam".

¦ Mais Show na página 7

1

E

ia

3

6 o CADERNO B o sexta-feira, 10/10/86 FIM DE SEMANA

OnVETlVEA

Na tela alternativa,o "dark" Dewaere

Wilson Cunha

UMA

noite, era 16 de ju-lho de 1982, ele desistiude tudo: pegou a espin-

garda e deu um tiro na boca.Montparnasse, bairro parisien-se em que morava, ficou maistriste. E incluiu nova persona-gem em sua já extensa lista.Um suicídio inesperado, diziamalguns; nem tanto, admitiamamigos mais conscientes.

Patrick Dewaere simples-mente estava cansado de tudo

informou uma daquelas ceie-bres fontes sempre anônimas.

Para ele, tudo começaramuito cedo, e aos 11 anos, em1958, já participava de um gru-po teatral onde encontraria, en-tre outros, Gérard Dépardieu,Miou-Miou, e o cômico Coluche

recentemente morto em de-sastre automobilístico.

— Dewaere tinha um estilomuito pessoal — afirmaria seucompanheiro Gerard Dépar-dieu. Um estilo que se foi tor-nando dark como sua própriapersonalidade, enquanto se de-senvolvia sua carreira.

O primeiro'grande sucesso,nào por coincidência, veio em1974, em Os corações loucos(Les valseuses), onde BertrandBlier reunia o trio da épocateatral — Dépardieu, Miou-Miou, Dewaere — à aura estelarde Jeanne Moreau. Contando ahistória de dois amigos soltosno mundo, Les valseuses sur-

preendera tanto pela irreverèn-cia de seu tratamento como pe-Ia presença cênica de Dewaere/Dépardieu. Um filme que semantém pleno de interesse atéhoje, Os corações loucos é ocarro-chefe do Ciclo PatrickDewaere, que o Estação Bota-fogo apresenta rapidinho só es-te fim de semana.

Dividindo as marquiises, ho-je um filme nem táo badaladomais igulamente digno de aten-ção: Hotel des Ameriques 81.Ali, sob as lentes de André Te-chiné, um cineasta em ascen-são, Dewaere se deparava coma beleza eternamente serena deCatherine Deneuve. E o con-fronte dessas personalidades éum dos grandes trunfos de Ho-tel. Amanhã será a vez de outromomento menos badalado:Themroc. Quinto filme inter-pretado por Dewaere, a seu la-do já estava Miou-Miou, e osempre infatigável Michel Pie-coli. Na direção, Claude Faral-do, um cineasta chegado ao ex-perimentalismo anárquico —ou no que a anarquia possa terde experimental — em que te-ma e forma eram deixados umtanto à vontade. Entre seus fil-mes muito cultuados pelo pú-blico jovem, Bof...(71) Tabarnac(75), além de Themroc, de 72.Completando a mostra, o derra-deiro encontro de Dewaere eBlier — A filha de minha mu-lher. Seguramente, o menos fe-liz. Mas era um encontro semretorno.

i!SaT %]k n

i ¦ "''..V 1 Bi?

JORNAL DO BRASIL

Christopher Plummer,bem composto, emOperação vingança

Michel Piccoli: umavarento empresárioem Passion

A máscara final:Dewaere em A filha deminha mulher, nosbraços de Arielle Besse

Miou-Miou, Dépardieu,Dewaere: um trio teatral

chegava ao cinema emOs corações loucos

;»#..*:•,„,. .-^miJlrrKl.wflioi.-s.m-^- lÍS'^^. * IÉIIBB HE' V aaSBM ; ' >+¦ J

ir' WÉ1!'^! ¦¦ I í v"l,:-:.' '^ft^^^Kjl-BtBl LaLdfl aaB *,,^"p:*jíj*i-"

Para a tribo da meia-noiteA oferta nas prateleiras da meia-

noite continua farta. O Ricamar,por exemplo, estará exibindo Anto-nieta, intrigante investigação só-cio-psicológica de Carlos Saura, en-quanto o Cândido Mendes tem pro-posta menos ambiciosa: Operaçãovingança, de Charles Jarrot, comdireito à agente da CIA. Os doisfilmes, de qualquer forma, anda-vam fora desse circuito — o quesempre é um crédito de sacação. Jáo Estação Botafogo vai de um titulomais tradicional: Brazil — o filme,de Terry Güliant.

Dos três, apesar dos ferrenhos

adeptos de Brazil, Antonieta tem aproposta mais fascinante: pesqui-sando o suicídio de mulheres, Han-na Schygulla chega a 1931, quandoAntonieta (Isabelle Adjani) pôs fimà vida na Nôtre Dame de Paris. Apartir dai, Saura parte para o fasci-nante encontro com a morte (e avida) na sociedade mexicana. Departicular sensibilidade, o trabalhode Isabelle Adjani. Já em Operaçãovingança, se John Savage tem difi-culdade em convencer como umagente da Cia, Christopher Plum-mer de espião tcheco aparece sem-

pre bem composto; Marthe Keller éuma beleza perdida.

No capítulo pré-estréias, dois ti-tulos atraentes; 9 1/2 semanas deamor, de Adrian Lyne, e A mortepede carona (The Hitcher), de Ro-bert Harmon. No primeiro, AdrianLyne (de Flashdance) conta comMickey Rourke e Kim Basinger pa-ra um filme que andou dividindo acritica; no segundo, rifle na mão, oeterno mauzão Rutger Mauer nãodeixa dúvida a que veio. Serão noi-tes movimentadas, sem dúvida. Equem achar pouco sempre poderárever Criador em nova pré-estréia.

De Godard,dois inéditos

De Passion (82) a série noire (86)— os dois filmes inéditos de Jean-Luc Godard a serem vistos este fimde semana no Tejimagem, em có-pias vídeo — o diretor realizou De-tetive, Prénom Carmen e Je voussalue Marie, este também exibidono Telimagem. De Passion à Sérienoire, foram quatro anos, e quasetantos outros filmes, mas acima detudo Godard propõe a mesma dis-cussâo (entre tantas): repensar ocinema. Em Passion, a guerra eco-nômica que se desencadeia entre oavarento industriai Michel Piccoli ea líder sindical Isabelle Huppert,apoiada pela mãe Hanna Schygyul-ia, sofre novo rumo com a presençada equipe de um filme dirigido pelopolonês Jerzy Radziwilowicz.

Já em Série noire, Jean-Luc vaifazer televisão para discutir, exata-mente, o cinema. Com o subtítulode Grandeur e décadence d'un pe-tit commerce de cinema, Jean-Lucfaz diversas alusões ao cinema"clássico" — de La grande illusiona L'eternel retour — dá ao neuroti-zado diretor de TV vivido por JeàivPierre Léaud o sobrenome Bazin,fala de Jean Vigo, e diante de umcartaz de L'aventura, de Michelan-gelo Antonioni, organiza uma inter»minável procissão de frases e intér-pretes. Um de seus trabalhos demaior precisão formal, em SérieJean-Luc brinca com o jogo de fu-soes e confusões que a eletrônicatelevisiva proporciona, faz diatri-bes com os exemplos de "falha nos:sa", mas o que interessa, realmente,é a profunda discussão sobre o cine-ma E sua viabilidade. Em umaseqüência, ao lado de Jean-PierreMocky (também cineasta), Godardfala sobre financiamentos. Talvezseja um dos mais tristes, e patéti-cos, momentos de sua filmografia.-A conversa de dois dinossauros, co-mo definiu bem Alain Bergala noCahiers. O último papiro.

CINEMAPRÉ-ESTRÉIAS DEAMANHÃ9 1/8 SEMANAS DE AMOR (9 l/S Weeks). deAdrian Lyne. Com Miokey Rourke o Kim Basin-ger. Amanha, à meia-noit», no Leblon-1, Av.Ataulfo de Paiva, 391. (18 anos).

Um encontro casual entre uma mulher des-quitada o um homem rico e obeio de amantes.A MORTE PEDE CARONA <Ths Hitcher), daHerbert Harmon. Com Rutger Hauer, C. Tho-mas Howell e Jennlfer Jason Lelgh. Amanha, àmeia-noite, no Leblon». Av. Ataulfo de Paira.391. (16 anos).

Um Jovem da carona a um desconhecido apassa a viver momentos de tensão e terror aoser ameaçado de morte pelo estranho.

ESTRÉIAS

ft.

HANNAH E SUAS IRMÃS (Hannah and BarBleters). de Woody Allen. Com Woody Allen.Miohael Caine, Mia Parrow, Carrie Fisher eBarbara Hershey. Venaaa (Av. Pasteur, 184 —205-8349), Barra-3 (Av. das Américas. 4.868 —328-6487): 14h, 16h, 18h. 20h, 22h. Comodoro(Rua Haddock Lobo, 145 — 284-2028): 15h,17h, lBh. 21h. (M anos).

Comédia dramática sobre uma família queae reúne anualmente para comemorar o Dia deAção de Graças e aproveitam para fazer umbalanço de suas próprias vidas, suas relaçõesafetivas e suas conquistas profissionais. Pro-dução americana de 1988.¦ A partir de universos muito particulares,discutindo o amor, a morte, o casamento, Woo-dy Allen realiza um filme extraordinariamentebem narrado. E que fala de perto à sensibilida-de de cada espectador.BOI ARUÁ (Brasileiro), desenho animado deChico Liberato. Música de Elomar Figueira eCarlos Pita. Sala Deaasseia (Rua Voluntários daPátria. 88 — 286-8148): 20h. Lugares reserva-dos por telefone (Livre).

O universo cultural do Nordeste, oombi*nando tradições indígenas, africanas e euro-pelas, mostrado através da historia de um fa-zendelro cujo poder é desafiado sete vezes pela'. figura fantástica do Boi Aruá.LOUCAS AVENTURAS DE UMA FAMÍLIAAMERICANA NA EUROPA (National Lam-poon's Buropsan Vaoation), de Amy Hecker-ling. Com Chevy Chase, Beverly. D'Ângelo, Da-na Hill. Jason Lively e John Astín. Roxy (Av.Copacabana, B4S — 236-6245). Leblon-S (Av.Ataulfo de Paiva, 301 — 239-8048), Carioca(Rua Conde de Bonfim, 338 — 228-8178):14h50min. íehSOmin, lShlOmin, 19h50mln,21h30min. Barra-8 (Av. das Américas, 4.666 —325-6487): 15h, 16h40min. 18h20min, 20h,21h40min. (Livre).' Comédia sobre as aventuras, acidentes etrapalhadas de uma família americana — ocasal a dois filhos adolescentes — que partepara a Europa depois de ganhar um prêmio'. num concurso de TV. Produção americana de

j 1988.AS MINAS DO REI SALOMÃO (King SalomonsMines), de J. Lee Thompson. Com Richard

I Chambarlain, Sharon Stone, Herbert Lom, JohnRhya-Davies e Ken Oampu. Odoon (PraçaMahafan, Oandhi, 2 — 220-3836): 13h40min,15h30min, 17h20min, 19hl0min, 21h. Btudio-

i (Rua do Catete, 228 — 205-7194). Copa-i (Av. Copacabana, 8o 1 — 255-0953). Ri»

Sol (Rua Marquês de São Vicente, 62 — 274-4832), Barra-1 (Av. das Américas, 4.886 — 325-6487), Tijuoa (Rua Conde de Bonfim. 422 —264-5248), Madurelra-1 (Rua Dagrnar da Fon-seca, 54 — 390-2338): MhlOmln, 18h,17hSOmin, 19h40min, 21h30min. Ópera-B(Praia de Botafogo, 340 — 552-4946), Samoa(Rua Leopoldina Rego, 52 — 230-1889): 14h,ÍShSOmin, 17h40min, 19h30mln. 21h20min.(Livre).

Três aventureiros enfrentam canibais e ani-mais selvagens em plena floresta africana, &procura de um professor que foi torturado paradecifrar o mapa das minas do Rei Salomão.Produção americana de 1985.

AS VIOLETAS SÃO AZUIS (Violeta are Blue),de Jack Sisk. Com Siasy Spaoek, Bonnle Bede-lia e Kevln Kline. Art-aáo Conrado 1 (Estradada Oávea, 899 — 322-1258): ÍShSOmin,ÍShSOmin, 17hlOmin, ÍShSOmin. 20h30min.22h20min. Art-Caaaahopplng 3 (Estrada daAlvorada, Via 11. 2.180 — 325-0748):14h20min. 18h, 17h40mln, 19h20min, 21h.Brunl-Ipansma (Rua Visconde de Pirajá, 371 —021-4690): 15h, 18h40min, 18h20min, 20h.21h40min. Brunl-Ttjuca (Rua Conde de Bon-fim, 370 — 288-2325): 14h, 15h30mln. 17h,18h30min, 20h, 21h30min (14 anos).

Durante aa férias de verão, dois adolesoen-tes prometem ficar Juntos para sempre. Mas.anos depois encontram-se e, enquanto ele estácasado e com filhos, ela dedicou-se exclusiva-mente à carreira. Produção americana de 1988

B... GOSTOSAS E T... ALUCINANTES (Temp-tatlona). de Dexter Eagle. Com Jenlfer Welles,Jake Teague, John Leslie e Marlena Willough-by. Orly (Rua Aloindo Guanabara. 21): de 2* a8*. ãa lOh. Uh30min, 13h, 14h30min, íeh,17h30min, 19h, 20h30min. Sábado e domin-go. a partir das 14h30min. Soala (Praia deBotafogo, 320 — 268-2545): 14h, ÍShSOmin.17h. ÍShSOmin. 20h. Tljuoa-Palaoe 8 (RuaConde de Bonfim, 214 — 228-46 IO). Aator (Av.Ministro Edgar Romero, 238 — 390-2036):15h. 16h30min, 18h, 19h30min, 2ih. (18anos). Filme pornô.

SEXO EM FESTA (Brasileiro), de MichelCohen. Com Sandra Morelll, Solange Dumond eMarcos José. Rex (Rua Álvaro Alvim. 33 — 240-8286): de 2*a 6*. ãs lOh. 12h25min. 14h60min,17hl5min, 19h40mín. Sábado e domingo, ás13h. 15h55min, 18h20min, 18b30min. (18anos).Filme porco.

MOÇAS COM CREME N° S — De Bob Chinn.Com Annette Haven. Vitoria (Rua Senador Dan-tas. 45 — 220-1783): de 2a a 8*, ãs 12h.13h40mln, 15h80min, 17h, 18h40min.20hJa0min. Sábado e domingo, a partir dasI3h40mln. Botafogo (Rua Voluntários da Pá-tria, 35 .— 266-4491): 14h. ÍehSOmin,19h40mln. (18 anos).Filme pomo.

CONTINUAÇÕESO AMO DO DRAOAO (Taar of tba Dragon), deMlnhaal Cunlno. Com Mickey Rourke, JohnLona, Ariana. Leonard Termo, Ray Barry eCarollna Kava. Sta Lola ¦ (JRua do Catete, 307— 286-8296), LVdo-1 (Praia do Flamengo, 72):»4h, íehSOmin. I9h, 2lh30mln Palácio-1 (Ruado Paaaaio, 40 — 840-8541): I3h30min, íeh,ÍShSOmin, 21h. (18 anos).

Um policial oondecorado pelo Departamen-to de Policia recebe uma perigosa e difícilmissão: acabar com o orime organizado doChinatown, distrito de Nova Iorque. Produçãoamericana de 1985.CHORUS LTNE/EM BUSCA DA FAMA (ChoruaUna), de Richard Attenborough. Com MiohaelDouglas, Miohael Blevins, Yamil Borges, Sha-ron Brown, Oregg Burge e Cameron English.ArVCopaoabana (Av. Copacabana, 758 — 235-4895), Art-Sáo Conrado 2 (EBtrada da Oávea,899 — 328-1258): 13h50min. 15h55min, 18h,20h05mln. 22hl0min. Art-Caaaahopping 2(Av. Alvorada, Via 11. 2.150 — 325-0746). Art.Tijuca (Tua Conde de Bonfim, 406 — 254-9678):14h45min, 16h50min, 18hS8mln, 21h (10anos).

Baseado no musical de Michael Bennett,encenado na Broadway. Um coreógrafo procu-ra oito bailarinos para fazer a linha do coro epara isso é preciso escolher, em clima de jrran-de tensão, entre centenas de candidatos. Produ-çáo americana de 1086.UM CASO ESCANDALOSO (Un Scandalo PerBane), de Pasquale Festa Campanlle. Com BenOazzara, Oiuliana de Slo, Valeria DObici. Vit-torio Caprioli e Franco Fabrizi. Studlo*Copacabana (Rua Raul Pompéia, 102 — 247-8900): 14h, 18h, 18h, 20h, 22h. (16 anos).

Um homem com amnésia é internado numhospício durante um ano. Quando sua foto ópublicada nos Jornais, várias pessoas pensamconhece-lo: ele poderia ser o reitor de umaescola ou um tipógrafo procurado pela polícia.Produção italiana de 1988.A OAIOLA DAS LOUCAS 3 — ELAS SE CASAM(La Cage Aux Folies m — Wedding), de Oeor-ges Lautner. Com Ugo Tognazzi, Miohol Ser-rault, Michel Oalabru. Antonella Interlenghi,Benny Luke e Saverio Vallone. Coper-TJjuca(Rua Conde de Bonfim, 615): 16h, íehSOmin,18h, 19h30min, 21h, Bruni-Copaoabana (RuaBarata Ribeiro. 602 — 258-4588): 15h,I6h40min, I8h20min, 20h, 2lh40min (14anos).

O casal de travestis Renato e Albln recebe anotícia de uma grande herança. Eles ficamdesesperados porque uma das cláusulas dotestamento diz que a herança só será entregueae Albln se casar e tiver filhos. Produção ameri-cana de 1986.DETETIVE (Déteotlve), de Jean-Luc Godard.Com Nathalie Baye, Claude Brasseur, JohnnyKalliday, Jean-Pierre Léaud e Alain Cuny. Cl-nema-1 (Av. Prado Júnior. 281): 15h, 17h, 19h,21h (14 anoa).

Policial que mistura uma historia de amorcom lutas de boxe e crimes da Máfia, ao som daSinfonia Inacabada, de Scbubert. Produçãofrancesa de 1985.

COMANDO DELTA (The Delta Force), de Me-nanem Oolan. Com Chuck Norris, Lee Marvin,Martim w-i—m, Joey Blahop. Hanna Schygul-Ia e Robert Forster. Coral (Praia de Botafogo,316: 14b30min, íehSOmin. 19hlOmin,21h30mln. Brunl-Méler (Av. Amaro Cavalcan-te, 106 — 591-2748): 14h, 16b20min,18h40mln, 21h (14 anos).

Um avião americano é seqüestrado para oOriente Médio e os reféns ficam sob a mira dasarmas. Para libertar oa reféns entra em ação aForca Delta, especializada em atos terroristas.Produção israelense de 1988.

A COR PUBPURA (The Color Purple), de StevenSpielberg. Com Danny Olover, Whoopi Oold-berg e Margaret Avery. São Lula 1 (Rua doCatete, 307 — 286-2298), Leblon-1 (Av. Ataulfode Paiva, 391 — 239-5048): 13h, 15h45min,lBhsomin, 21hl6min (14 anoa.)

A historia de uma mulher a quem é negadatudo e que, lentamente, vai tomando consoíên-cia de sua identidade, a partir da amizade comuma cantora de blues. Produção americana de1985, bSjSeada no livro homônimo de AliceWalker.

KARATÊ UD H — A HORA DA VERDADECONTINUA (The Karatê Kid Part n), de JohnO. Avildsen. Com Noriyuki Pat Morita, RalphMacchio e Tamlyn Tomita. Pathé (Praça Floria-no. 45 — 220-3136): de 2» a 8a, ãs 12h, 14h.16b, 18h, 20h, 22h. Sábado e domingo, a partirdas 14h. Art-Madurelra (Shopping Center deMadurelra — 390-1827), Paratodos (Rua Ar-quias Cordeiro. 350 — 281-3628): 15h, 17h,19h, 21h. (10 anos).

Na segunda parte da história, Mlyagi voltaa sua terra natal Junto com Daniel e reencontraseu amor da juventude. Mas encontra também oódio de um ex-amigo de infância. Produçãoamericana de 1986.

ABES INDOMÁVEIS (Top Oun). de Tony Soou.Com Tom Crulse e Vai Kilmer. Metro Boa vista(Rua do Passeio, 62 — 240-1291). Condor Copa-oabana (Rua Figueiredo Magalhães, 286 —265-2810), Largo do Machado-1 (Largo do Ma-obado, 29 — 205-6842): 14h. 16h. 18h, 20h,22h. Com som dolby-stereo. (Livre).

Aventura de dois alunos da Escola de Pilo-tos da Marinha que treinam intensivamente

para ser os melhores pilotos de aviões superso-nicos. Produção americana de 1986.

REAPRESENTAÇÔESA MARVADA CARNE (Brasileiro), de AndréKlotzel. Com Adilson Barros, Fernanda Torras,Dloníaio Azevedo s Osnny Prado arlaW (A*.Ministro Edgar Romero, 480—M14M|> 14b,ÍShSOmin. I7h, ÍShSOmin. SOh, xlhaomln.(Livra).

Comédia caipira sobra uma, moça à procurade marido e um rapaz que deseja apenas duasooisas na vida: casar e oomer carne de boi.Produção de 1986.

¦ Estabelecendo imediata em pat ia entresuas personagens e a platéia, o filme doelizasuave pelas vias do sertão e, embora tropece aochegar À cidade grande, traz para ob do asfaltouma cultura tradicionalmente desprezada.

EU SEU QUE VOU TE AMAR (Brasileiro), deArnaldo Jabor. Com Fernanda Torres e ThalesPan Chaoon Barnnaaa (Rua Cândido Benloio,1.747 — 900-6746): 18h. 17h, 19h. 21h. (16

a*

!^''*L''j3m*^f»SÍ aaxaaF^Waaaaní' ^

W^MÉj BJBjLfW f pRSHasl ¦¦¦¦, i^ataill'%S'M^''li M"^: JO|BpF fe,-iy

¦ '*"*üSafc. afl ST '*" ¦ Bi' &"'"

F^^hSr "' ¦¦¦ mwf,!'' na.1-'. rT]IJP. ,'¦.: f -Mi BBfff1'!¦ W\ mmmmÈÈlÊÊi^-

ti' ' m ílH BMMBliSSBSniiiii

Tal BEaaHBRil- ' "¦

I , StL iJrOBBl BaaaaalafiíMMéüBaB ::

mmWÊÊmm. mmWmÊn 'MGiuliana de Sio e BenGazzara em Um casoescandaloso; o filmecontinua em cartaz apenasno Studio-CopacabanaIRMA LA DOUCE (Irmã Ia Douce), de BillyWilder. Com Jack Lemmon, Shlrley MacLaine,Lou Jacobi, Bruce Yarnell e Herschell Bernar-di. Tljuoa-Palaoe 1 (Rua Conde de Bonfim, 214— 228-4810): 14h, ÍehSOmin, 19h. 21h30min.(10 anoa)

Comédia baseada numa peça musical daBroadway contando a história de amor entreum exemplar gendarme da policia francesa euma prostituta das ruas de Paris. Produçãoamericana.

a-^vA HORA DA ESTRELA (Brasileiro), del-f/' Suzana Amaral. Com Marcélia Cartaxo,José Dumont, Tamara Taxman, Umberto Mag*nani e Fernanda Montenegro. Ricamar (Av.Copacabana, 360 — 237-9932): 14h40min,18h30min, 18h20min, 20hlomin, 22h. (Livre).

O filme mostra o cotidiano de uma jovemnordestina que tenta sobreviver na cidadegrande, embora seja completamente rejeitadapela sociedade. Produção de 1085 baseado noromance homônimo de Clarice Lispector.¦ Um filme que exibe ser visto, sentido, vivi*do, pensado e repensado. A arte de três mulhe-res — Clarice Lispector, Suzana Amaral e Mar-célia Cartaxo — nos brinda com uma obrabrilhante e arrebatadora.A OAIOLA DAS LOUCAS O* Cage Aux Folies).de Edouard Molinaro. Com Ugo Tognazzi. Mi-enael Serrault, Michel Oalabru, Claire Mauriere Remy Laurent. Palsaandu (Rua Senador Ver-guelro, 38 — 285-4653), Ópera-1 (Praia deBotafogo, 340 — 552-4946): 14h30min,16h20min, lehlOmin, 20h, 22h. (14 anos).

O casamento de dois jovens acaba virandoum escândalo quando a família da noiva desço-bre que o noivo é filho de um homossexual,dono de uma boate de travestis. Comédia fran-oeaa basearia na peça de Jean Poiret. Produçãofrancesa de 1979.CARMEN (Carmen), de Carlos Saura. Com An-tônio Oades, Laura dei Sol, Paço de Lúcia,Cristina Hoyos s Juan Antônio Jimenez. Cándi-do Mendes (Rua Joana Angélica, 63 — 227-9882): 14h, 16h, 18b, 20h, 22h. (14 anos).

Um coreógrafo procura uma bailarina deflamenco para o papel de Carmen e acabamvivendo na vida real a história que pretendemencenar no cinema. Produção espanhola.

Um dos melhores exemplos, nos últimosanos, de que cinema e dança podem estar nomesmo ritmo. Graças aos arranjos de Paço deLúcia, á coreografia de Antônio Oades, á Cama-ra diabólica de Carlos Saura e a um elencohomogêneo.

A RORA DO ESPANTO (Fright Nlght), de TomHolland. Com Chrls Sarandon, Wllliam Rags-dale, Amanda Bearse, Roddy McDowall, Ste-phen Oeofreya e Jonathan Stark. Palácio (Cam-po Orando): de 2* a 8*, ãs 15h, íehSOmin,18h40mín, 20h30min. Sábado e domingo, apartir das íeh&Omin. (16 anos).

Um rapaz de 17 anos descobre que umvampiro está morando na casa ao lado da sua.Ninguém acredita nele até que ele resolve fazeruma investigação por conta própria. Produçãoamericana.

TJSaat é3aoajnaso sobra o amor, a partir dahistoria da um oassU que ss casou muito jovema aa aajtarou atola anoa dapoia, aem condiçõespara uma raoonriliaono. Prêmio de Melhor atrizem r>""— para Fernanda Torres.

Realizando um filme para ser ouvido, tantoquanto visto. Arnaldo Jabor volta a discutirseus temas preferidos: os impasses e deaenla-oes da relação amorosa,

VTVA LA VTE (Viva Ia Vle). de Claude Lolouch.Com Charlotte Rampling, Michel Piccoli, Jean-Louis Trintignant. Charles Aznavour e AnoukAlmée. Lldo-2 (Praia do Flamengo, 72): 14h,16h, 18h, 20h, 22h. (14 anos).

A investigação policial sobre um estranhocoso. Um homem e uma mulher, que não seconhecem, desaparecem no mesmo dia e namesma hora em circunstâncias semelhantes.Produção francesa de 1084.

OS LADRÕE8 DO AMANHECER (Les voleursde Ia nult), de Samuel Fuller. Com Bobby deCicco, Veronlque Jannot. Stephanie Audran eViotor Lanoux. Jóia (Av. Copacabana. 880):15h, 17h. 19h. 21h. (14 anos).

Dois jovens procuram trabalho numa agén-cia de empregos e, como não conseguem, resol-vem assaltar a casa dos responsáveis pelaagência. Produção francesa.

prjiK FLOYD — THE WALL — O FILME (PlnkFloyd — The Wall), de Alan Parker. Com BobOeldolf, Christine Hargreaves, Eleanor Davíd,James Laurenson e Kevin McKeon. Largo doMachado 8 (Largo do Machado, 29 — 205-8842): 14h30min, íehlSmin, 18h, 19h45min,21h30min (16 anos).

Um cantor de rook, trancado num hotel,vendo filmes na TV, acaba misturando as ima-gene do filme com suas fantasias, sonhos erecordações. Produção inglesa.A VOLTA DOS MORTOS VIVOS (The Return ofthe Living Dead). de Dan CBannon. Com CluCulanger, James Karen, Don Caifa, Thom Ma-thews, Beverly Randolph e John Phllbln. Pala-Clo-8 (Rua do Passeio, 40 — 240-6641):lShlOmin. 14h50min, 18h30min, lShlOmin,19h50min, 21h30min. América (Rua Conde deBonfim, 334 — 284-4246): 14hS0min,16h30min, lShlOmin, 19h50min, 21h30min.Madurelra 8 (Rua Dagrnar da Fonseca. 54 —390-2338): 14h20min, 16h, 17h40min.19h20min, 21h. (16 anos).

Dois amigos vão até um porão onde estãocorpos de mortoa-vivos. Acidentalmente dei-xam escapar o vapor de um tambor e os corpossão reanimados. Produção americana.

O ÚLTIMO AMERICANO VIRQEM (The LastAmerican Virgin), de Boas Davidson. Com La-wrence Monoson e Loulaa Morltla. Art-Casashopping-1 (Av. Alvorada, Via 11, 1.160

325-0748); Art-Méíer (Rua Silva Rabelo, 20849-4644): 14h, 16h46min, 17h30mln,

I9hismin, aih. Olaria (Rua Uranos, 1.474 —230-8880): 14h, lBhSOmln. 17h40mtn,ighSOmia. 21h20min. (18 anoa).

Comédia sobre três amigos adoleaoantssque descobrem o sexo. Produção americana ds1983.

transforma num troglodita urbano. Filme semdiálogos. Produção francesa de 1072.CICLO PATRICK DEWAERE — Domingo: AFilha ds Minha Mulher Q3eau Père). de Betr&ndBlier. Com Patrick Dewaere. Arielle Besse e-Maurice Ronet. Cineolube Bstaoáo Botafogo(Rua Voluntários da Pátria. 88 — 288-8149):16h e 20h. (18 anos)

Depois da morte da mãe, uma adolescenteprefere continuar morando com o padrasto, umjovem pianista. Logo, seu relacionamento afeti-vo transformar-se em amor. Produção Francesade 1981.SEMANA DA CRIANÇA — Amanha e domingo:Pele de Asno (Peau d'Ãne), de Jacques Demy.Com Catherine Deneuve, Jacques Perrin e JeanMarais. Cineolube Estação Botafogo (Rua Vo-luntário da Pátria. 88 — 288-8149): 14h. Assessões devem ser previamente marcadas pelotelefone. (Livre).

Uma fábula com princesas, fadas-madrinhas e reinos encantados, com destaquepara a música de Michel Legrand. Produçãofrancesa.

DRIVE-INE.T. — O EXTRATERRESTRE EM SUA AVEN-TURA NA TERRA (E.T. — The Extra-Terrestrial In His Adventure on Earth). deSteven Spielberg. Com Dee Wallace. Henry Tho-mas, Peter Coyote e Robert MacNaughton. La-goa Drive-In (Av. Borges de Medeiros, 1.428 —274-7999): 20h30min. 22h30min. Até dia 22.(Livre).

Como um conto de fadas da era espacial, ofilme narra a história de um ser do outroplaneta que ohega á Terra e é encontrado porUm menino de 10 anos. Produção americana.

Ficção científica, thriller, dramática come-dia familiar. Steven Spielberg retrabalha vá-rios gêneros e oferece o melhor da magia dooinema. Talvez ainda mais emocionante, narevisão, a bicicleta voando que corta a lua.

MATINÊSSESSÃO COLA-COLA — E.T. — O extraterrss-tre em sua aventura na terra—Lagoa-Drlve-In:amanhã e domingo, às 18h30mln. (Livre). Du-blado em português.HB-MAN — O SEGREDO DA ESPADA MAOICA— Barra-8 e Palácio (Campo Grande): amanha edomingo, ãs 15h. (Livre).

MOSTRASCICLO PATRICK DEWAERE — Hoje: Hotel daaAméricas (Hotel dss Amerlquea). de AndréTeohiné. Com Catherine Deneuve, Patrick De-waere Etienne Chicot. Cineolube Estação Bota-fogo (Rua Voluntários da Pátria, 88 — 286-7149): 18h 20h. (18 anos)

O encontro de um casal apaixonado numhotel do interior da França. Produção francesade 1981.CICLO PATRICK DEWAERE — Hoje. amanhã edomingo: Os Corações Loucos O^es Valaeuses).de Bertrand Blier. Com Oérard Dépardieu, Pa-trick Dewaere, Miou-Miou, Isabelle Huppert eJeanne Moreau. Cineolube Estação Botafogo(Rua Voluntários da Pátria, 88 — 286-6149):18h e 22h. (18 anos)

Dois amigos, sem trabalho, gastam todo otempo procurando aventuras e emoções fortes,sem nenhum rumo definido. Produção france-sa de 1072.CICLO PATRICK DEWARE - Amanhã: Themroc(Themroc Filia et Frére). de Claude Faraldo.Com Michel Piccoli, Miou-Miou, Patriok De-waere e Béatrice Romand. Cineolube EstaçãoBotafogo (Rua Voluntários da Pátria, 88 — 286-8149): 18h e 20h. (18 anos).

Fábula sobre um operário francês que serevolta contra uma existência estúpida e ao

VIDEOVtDEO-BAR — As ÍShSOmin: Uma mulher éuma mulher, de Jean-Luc Godard (versão orígi-nal com legendas em inglês). As 2ih: SerieNolr, filme policial produzido para a televisão edirigido por Jean-Luc Godard. Às 23h: Onenlght arlth the Blue Note, com Stanley Jordan.Herbie Hancock. Ron Carter e McCoy Tyner.Hoje. no Video-Bar Club, Rua Teresa Oulma-rães, 92.VtDEO-BAR — As ÍShSOmin: Serie Nolr, deJean-Luc Oodard produzido para a televisão(inédito e em versão original). As 20h: Talklngfinada As 22h: The Cura. A meia-noite: Bringon the Nlght. com Sting. Amanhã, no TV BarClub, Rua Teresa Ouünarães, 92.VtDEO-BAR — As 20b: An Hour of Jasz, comBíllle Eokstein, Dizzy Oillespie e EUa Fitzgc-rald. As 21h: Ons nlght with the Blue Note,com Stanley Jordan, Herbie Hancock e outros.As 23b: Oscar Petaraon the big for. Domingo,no Video-Bar Club, Rua Teresa Guimarães. 92.

VtDEO-BAR CIÚME — As 20h: The Tokyo Con-osrt. Aa 22h: Help. A meia-noite: Let lt Be. As2h: John Lennon. Hoje. no Vídeo Bar Ciúme,Rua Dias Ferreira, 259.

VtDEO-BAR CIÚME— Às 22h: Laranja mecanl-oa. A meia-noite: Huey Lewla and the news. Às2h: Jlmt Hendrlx (The Rainbow Bridge). Ama-nhá. no Video-Bar Ciúme, Rua Dias Ferreira,259.VtDEO-BAR CIÚME — Às 20h: Fama. As 22h:sCaddona Live (The Virgin Tour). À meia-noite:Rod Btawart In Conoert. Domingo, no Vídeo-Bar Ciúme, Rua Dias Ferreira. 259.VtDEOS NO OIO — Hoje. ãs 22h: Bring on thenlght. com Sting. Amanhã, ãs 20h: James Tay-lor In Conoert. Domingo, as 22h: The seoretpolloaa nan, com Sting, Eric Clapton e JoffBeck. No OIO Baladas", Rua General San Mar-tln. 629.VtDEO-ÓPERA — Exibição de Otello. com Má-rio dei Mônaco. Rossana Carteri, Renato Capec-chi e Plínio Clabasai. Hoje, ás 14h. 17h e 20h.no Centro Giacomo Puooinl, Rua Siqueira Cam-pos, 43 — sala 1.010.VTOBO-SHOW — Exibição de Bring on thenlght, oom Sting. Hoje. às 1 lh e 18h. no Clns-clube Zero. Rua Muniz Barreto. 81.EU — Ficção cientifica da Videovicío premiadana mostra competitiva do II Rio-CIne Hoje. eramanhâ ãa 21h45min e 23h45min: domingo,ás 21h46min. no saguão do Cineolube EstaçãoBotafogo, Rua Voluntários da Pátria. 88.

NÚCLEO ATLANTIC DE VÍDEO — Exibiçãodoa vídeoa Rstrospsctlva do Olhar Eletrônico eDo outro lado da casa, produzidos pelo OlharEletrônico. Hoje, às 18h. 19h30min e 21h, noBolar Orandjean ds Montlgny, Rua Marquês deSão Vicente. 225. Entrada franca.FILMES DE CHAPLTN EM VÍDEO — Exibiçãods Luaee da rlbalta, oom Charles Chaplin. Hoje,às llh30min, na Faouldads da Economia. Av.Pasteur, 2SO. Entrada franca.VtDEOS DA RIOARTE — Exibição de Apaga-taSésamo, de Miguel Rio Branco, e Tony Cragg.de Arthur Ornar. Domingo, ãs 17h. no Parqueda Catacumba,— Lagoa. Entrada franca.VtDBO-CTJÈNCIA — Exibição de Raio Laser.Hoje. das 1 Oh ãs 17h. no Museu de Astronomia.Rua Oeneral Bruce, 586 — São Cristóvão. En-trada franca.VtDBO-SHOW — Exibição de Rocks America,com o The Who. De Ss a domingo, ãs 14h. 16h.18h, 20h. 22h. 6*a e sábado, sessões também àmeia-noite, na Sala da Video Cândido Mendea,Rua Joana Angélica. 83.VtDEOS NO URBI-UM — As 21h: Duran Durans Kurrtlunios As 23h: Showbls Livs 86, comStyle Council. A meia-noite: Live In Hamburg.com Depsohe Mode. De 3* a domingo, no Urbl-Um. Rua Paulino Fernandes, 13.VlDUO-CrÊNClA — As 18h30min: A CiênciaInvestiga o Céu. As 17b: O Instituto Butantan.Às I7h30min: A Conquista da Lua. As I8h:Ralo Laser. Amanhã e domingo, no Museu deAstronomia. Rua Oeneral Bruce, 586 — SãoCristóvão. Entrada franca

tello e Cristina Pereira. Amanhã, ãs 19h. noSESC do Engenho de Dentro. Av. Amara Cavai-cante, 1.661. Entrada franca. (18 anos).

Um paulista de classe média vive em doismundos completamente diferentes: Junto à fa-milia tradicional e como explorador de mulhe-res em sua vida noturna.BRAZIL... O FILME (Brazil). de Terry Oilliam.Com Jonathan Pryce, Robert de Nlro, Katheri-ne Helmond e Ian Holm. Hoje e amanhã, àmeia-noite, no Cineolube Estação Botafogo,Rua Voluntários da Pátria. 88. (16 anos).

O tragicômico relato daa desventuras de,um anti-herói solitário vivendo num pais ouro-crãtico, onde possíveis erros de computadortrazem conseqüências desastrosas para as pes-soas. Produção inglesa de 1085.OPERAÇÃO VDIOANÇA (The Amateur). doCharles Jarrot. Com John Savage. ChristopherPlummer, Marthe Keller e Arthur Hill. Hoje eamanhã, á meia-noite, no Cândido Mendes.Rua Joana Angélica. 63. (16 anos).

Depois da morte da namorada, assassinadapor um terrorista, durante um ataque ao Con-sulado Americano, um funcionário da CIA de-cide passar â ação. Produção americana.LA ORTFFE ET LA DENT — De François Bel eOérard Vlenne. Amanhã, ãs ish30min, naAliança Pranoesa da Tijuoa. Rua Andrade Ne-ves, 315.

Documentário sobre animais na ÁfricaProdução francesa.CIRCUITO UNIVERSITÁRIO / PANORAMABRASILEIRO — Tema: Questão Indígena —Exibição de Kuarup. de Heinz Forthman e MatoElasf, de Sérgio Bianchi. Hoje, às lOh. noOamaelns, Rua Manoel Vitorino. 625 — Pie-dade.

NITERÓIICARAÍ (717-0120) — Hannah e Suas Irmãs,com Woody Allen. Às 13h30min. 15h30min.17hS0min. 19h30min. 21h30min (14 anos)Até domingo.NITERÓI (717-9322) — As Minas de Rei Saio-mão, com Richard Chambarlain. Às MhlOmin,16h. 17hSOmin, 19h40min. 21h30min (Livre).Até domingo.CENTER (711-6909) — Loucas Aventuras detuna Familla Americana na Europa, com ChevyChase. As 14b50min. 16h30min, lShlOmin,19h50min. 21h30min OJvre). Até domingo.CINEMA-1 (711-9330) — Chorus Uno Km Bus-oa da Fama, com Michael Douglas. ÀsÍShSOmin. lShBõmin. lSh, 20hOSmin,22hl0mln (10 anos). Até domingo.WTNDSOR (717-6289) — As Violetas São Asuls.com Slssy Spack. Às 14h30min, lehlOmin,17h50mln. 19h30min. 21hl0min (14 anos).Até domingo.CENTRAL (717-0367) — O Último AmericanoVirgem, com Lawrence Monoson. Às14hl0min, 16h. 17h50min. 19h40min-,21h30min. (18 anos). Até domingo.

EXTRAANTONIETA (Antonieta), de Carlos Saura.Com Isabelle Adjani. Hanna Schygulla. CarlosBraoho e Ignáclo Lopes-Tarso. Hoje e amanhã.á meia-noite, no Rioamar, Av. Copacabana,360. (16 anos).

Uma mexicana se suicida na igreja de No-tre Dame de Paris. Uma escritora, que preparaum livro sobre mulheres que se suicidam, re-constituiu sua vida que é a própria historia doMéxico à época da Revolução. Produção fran-cesa.O REI DA NOITE (Brasileiro), de Hector Baben-co. Com Paulo José. Marllla Pera. Vlcki Mllli-

RADIOJORNAL DO BRASIL 'ZAM 940KHi ESTÉREO

JBI — Jornal do Brasil Informa—de 2* aaab., às 7h30min. 12h30min. 18h30min-e ObSOmin.Repórter JB — de 2* a dom. Informativoàs horas certas.Além d» Notícia — Com Villas-Bòas Cor-rèa, às 7ho6min, de 2* a 6».VI» Preferencial — Com Celso Franco,de 2a a 6*. às ShlOmin.No afundo — Com William Waack, de 2*a 6» às 8h2Smln.Na Zona do Agrião — Com João Salda-nha, de 2* a 6*, às 8h35min.Panorama Boonômlco — Informativoeconômico, de 2* a 6» às 8h45min. ..À Margem da Notícia — Com RogérioCoelho Neto, de 2» a 6*, às 9h40min.A Opiniáo do Touguinhó — Com Olde-mário Touguinhó: de 2* a 8» às12h05min. ,Encontro oom a Imprensa — Hoje às13h. Os ouvintes podem fazer suas pe»fruntas pelo tel.: 284-5500.Bola Dividida — Com Sandro Moreyra,de 2* a 8* às 17h05min.Arte Final — Variedades — Com LuizCarlos Saroldi de 2* a 6». às 22h.Arte FlnaU Jaas — Com Maurício Figuei.-redo. Dom., às 22h.

FM ESTÉREO9S.7MHI

HOJE21 — Reproduções a raio laser. Re-

quiem Alemão, de Brahms (Janowitz,Krause e Haitink — 76:21): Soherso n° 4.am ali maior, op. 54, de Chopln (Arrau —12:05); Concerto em Sol maior, paraflauta i e orquestra, de Rõssler-Rosettí(Szebenyi — 20:38). Reproduções con-venoionals: Noturno em Re bemnlmaior. op. 9-8, de Scríabin (Neuhaus —4:52): Sinfonias do Festlm Real do Conded'Artola. de Francoeur (Paillard —20:00); Serenata para violino, orquestrade cordas, harpa e percussão, de Leo-nard Bernstein (Kremer, Filarmônica deIsrael e o autor — 20:11): Fantasia paraalaúde. de Mudarra (Broam — 2:03).• Durante o período da propaganda elei-toral. os clássicos em FM seráo transmi-tidos das 21h à meia-noite.

JORNAL DO BRASIL FIM DE SEMANA;¦ -1.--TV at*,v. Wltl-WI*?

sexta-feira, 10/10/86 o CADERNO B o 7

SHOW

AótimaCidaestá no Circo

Diana Aragão

COM sua raiva cabeleira, can-

tando, acompanhada só aopiano, normalmente com

uma taça com água ao lado, CldaMoreyra arrebata platéias. Com to-dá justiça, pois é dona de um estiloonde o convencional não tem vez.É, se tem, é à sua maneira: escra-chada ou irônica, passional. Massempre emocionante. E, para pro-var, ela volta ao Rio — apresentan-do-se hoje e amanhã para a ecléticaplatéia do Circo Voador—no lança-mento do seu terceiro LP, o primei-ro pela gravadora Continental (queanda pisando na bola na divulga-ção de uma cantora do quilate deCida).

No roteiro destas duas únicasapresentações — desde Julho, ela jápercorreu palcos do Nordeste a Por-to Alegre e tem agenda cheia até ofinal do ano — a própria cantoradestaca as músicas de que maisgosta, em relação ao LP:

Balada do louco (Arnaldo Ba-tista-Rita Lee), O mandarim, deuma compositora de Curitiba, aJusse Campeio, Mágica lei da gr»-vidade, do Paulinho da Viola e Ca-pinam, Clara crocodilo (ArrigoBarnabé e Mario Lúcio Cortes).

Todas estas composições estãoincluídas no show, assim como Re-vanche, do Lobão, No meu coração(Kleiton e Kledlr), Sábias palavras(Herivelto Martins), além de A ido-Ia, da dupla Dusek-Luiz CarlosOóes, a mesma de Una certeza, por.favor. Em playback, devido á sono-ridade das músicas, o público ouvi-rá ainda Clara crocodilo e Vocall-se, também de Arrigo Barnabé, te-ma do filme Estrela nua, onde Cidacontracena.

Aos 34 anos, grávida de quatromeses do jornalista Juarez Porto, acantora, além de queixas da grava-dora, está com muita mágoa de NeyMatogrosso (ele achou de gravar

. J Bk ',','!'!l'''?fi^HB m¦ ¦ 1 H 1 í ¦ HH 1

. ¦ =: Bi BfnlHl1 Vuim&wuiitifofiliHHHJ M- .'DHj míiSBB <B tPIhBBIhhB BHJ HK 'IMrlisSa JlBI Br' ;:''AíiÍ3b1 *MÊ AM HrT m* MT- Um mJB if ..-.jLX Wç..-^M m<4BH Bi?-. m\ wr- ¦.¦.*,*(¦ PI

üi BH íififc. ,m\ mT íèmWWa Kkjo, InB BF'>; :Ji:"k^"9 «Bife^1 FSíh F ' ": w$¦ <¦'¦•!¦¦ iiNpBHH*^ ~''MvM Mi' ¦\mmm^SÉÊm"?',¦ i míJÊ P*^ SÉ B&WM$ ^"vAiAimmMMmm^A. • ¦ ma. y1 |

jr pmW " «

Macalè (na Tiger, atéamanhã) é sempre uma boasurpresa. Cida Moreyracanta de Paulinho da Violaa Arrigo Barnabé, passandopor Lobão, Dusek eHerivelto Martins

em seu último LP a Balada dolouco, carro-chefe de Cida há doisanos).

— Foi meu maior desgosto esteano. Achei péssimo, porque seria omeu primeiro sucesso popular, e elesabia disso — queixa-se a cantora.

Mágoas à parte, Cida Moreiraestará cantando composições deBrecht e Kurt Weül no Teatro Sér-gio Cardoso, em São Paulo, na se-gunda-feira. Tem até um projeto defazer um disco somente com as can-ções dos autores alemães.

U Além de Cida, são vários os des-taques do final de semana, a come-çar pelas duas únicas apresenta-ções da cantora argentina Mercê-des Sosa, presença de amanhã edomingo no palco do Canecão, emcompanhia dos amigos Kleiton eKledir. São amigos de longa data,com participações nos discos deSosa e da dupla gaúcha em seusLPs, nas composições Vira-Virou(Kleiton Ramil) e Semeadura (VitorRamil e Fogaça), que fazem partedo show de La Tucumana. A parti-cipação da dupla vale para as duasnoites.

Outro destaque é a volta deJards Macalé, desta vez na boateTiger, até amanhã, mostrando,além de antigos sucessos, uma re-criação do Hino Nacional (antes deFafá de Belém) e Rio sem Tom,uma homenagem ao maestro TomJobim. Como Macalé é sempre umasurpresa, pode, na hora, pintarmais alguma novidade.

E no domingo, a vitoriosa Simo-ne encerra lotada temporada noScala II, no correto espetáculo diri-gido por Flávio Rangel. A cantorasó se retira da cena porque viajarápara Los Angeles, para os trabalhosde mixagem do novo disco, na pra-ça em novembro. Portanto, apro-veitem, apesar de que uma voltaàquela casa de espetáculos, no finaldo ano, não está inteiramente des-cartada. E nas águas do pagode,Jovelina Pérola Negra e Zeca Pago-dinho continuam arrasando, apre-sentando-se na quadra do Salguei-ro, sexta-feira e sábado. Caia nesteritmo, porque vale a pena.

ARTES PZsASTICAS

O emaranhadoda história

Reynaldo Roels Jr.

A primeira individual de JoséCláudio no Rio de Janeiro,na Oaleria Ipanema, é uma

excelente oportunidade para o pú-blico julgar a popularidade que oartista pernambucano adquiriu nosúltimos anos. Bem diferentes (natemática, pelo menos) das telas quelhe valeram o terceiro lugar na pre-miação da I Mostra Christian Dior,as paisagens de José Cláudio repre-sentaram, desde que mostradas pe-Ia primeira vez, um momento dequase ruptura na cena artísticabrasileira: recuperavam, para o cir-culo dos "artistas respeitáveis", atradição da pintura ao ar livre e apaisagem como tema digno de tra-tamento.

José Cláudio tinha cacife paraenfrentar o desafio. Detentor de umsaber inegável, com pleno domíniode meios, ele se lançou a um gênerode pintura há muito abandonadopela "arte séria", e buscou umavisualidade que se referisse especi-Ocamente á tradição local. O que

realizou pode ser visto nas paisa-gens em exposição na Galeria Ipa-nema. Ele conhece os instrumentosdo pintor. Mais, conhece os artistasbrasileiros, de Guignard a Djanira,de Volpi a Pancetti, para ficar ape-nas nos modernos. O que não lhefalta são conhecimentos. Sua pin-tura está, aparentemente, de açor-do com a tendência atual das recu-perações e revisões históricas, dosremakes a que se têm dedicado osartistas no mundo inteiro. Com adiferença que ele utiliza, como reffr-rência, a arte brasileira.

A dificuldade que o seu trabalhoenfrenta é exatamente esta, a doponto de partida escolhido. É mui-to freqüente falar-se nas raízes dacultura nacional, da necessidade dese buscar o que é nosso etc. Ora»toda a arte, como todo o pensamen-;to em geral, se avalia pelas quês-toes de que trata. Tomar posse deuma referência histórica não é obastante, é preciso que ela tenhaatualidade e, ainda, que a apropria-ção seja utilizada para acrescentartradição. E são bastante duvidosasa questão que ele está recuperandoe o acréscimo que está fazendo,justificá-los apenas por serem umareferência é como julgar uma tesede história apenas pela quantidadede pés de página que contém: o;principal é o texto, e não as autori->dades citadas. Ou se acaba no ema-ranhado da "história da cola e datesoura."

tteWfigSlI" ' ''- w/i# - vIbImbhIr *

Tar*-' W'- „ m'^^*mmtmmam ÉfcV é.,MTW>m^'* ¦"'"¦'¦-

fejia.^1 mm'\MmaTnSamI *^ÊJ^Ba]^ÊB^.'™^^CT^mmÊÊSalt^'Z^*li^'

^*mmmmWM mWjfC^Mma^^mWÊT^^ ^*^ ÉÉfe^aí

mMW$$Mf[MWMMWtâm^

¦ ¦"¦ Ar'" '¦"'**^SÍ|ir;i;ii'. 111^^'*** "**"

Fazenda(1986),deJosê Cláudio: múltiplas referênciasao paisagismo nativo

SHÜWMERCEDES 8O8AI — Apresentação da cantoraargentina oom a partioipaçáo da dupla Kleitone Kledir. Canaoio, Av. Venoeslau Braz. 215(295-3044). Sáb e dom. àa 21h. Ingreeooa a Cz»20O.00. arquibancada; a Cz» 280,00. mesa lato-rei e a Cz» 300,00, mesa oentral.

JAMES TAYLOR — Apresentação do oantoracompanhado de banda. 6», as 21h30mln, Ca-neoio, Av. Venoeslau Braz, 21B (296-3044).Sab, àa 21b, na Pça da Apoteose, 8ambódromo.Ingressos a Cz» 80.00. arquibancada e a Cz$100,00, pista.cniA MOREYRA — Apresentação da cantora e

pianista. Na abertura participação de Leoi Es-trmda e banda (8») e Mário Adnet (sáb). 8a e sáb,ás 22h, no Cireo Voador, Lapa. Ingressos a Cz»5O.O0.

LENINE — Apresentação do cantor e oomposi-tor acompanhado pela banda Impávido Colos-ao De 8* a dom, àa 21h30min, na Caaa dsCultura Laura Alvlm, Av. Vieira Souto. 178.Ingressos à Cs» 40.00.

RIOARTE INSTRUMENTAL — Apresentaçãodo guitarrista e compositor Victor Blglione sconjunto. Domingo, às 17h, no Parque da Cata-oumba. Lagoa. Entrada tranca.BOTO 8ABOLDI — Apresentação do saxofonis-taegrupo. 8aeeáb, àa81h, naCsnárlo, Rus 19de Fevereiro, 48 (8284188). Ingressos a Cz»5O.00.ADERSEN VIANMA — Recital ds música con-temporAnea oom o compositor e violiata apre-sentando a Suite Floral. Domingo, às16b30mln, no Museu do Ingá, Rua PresidentePedreira, 78(719-4149). Ingressos a Cz» 40,00..

FAIXO SOBRE RODAS — Programaçáo de do-mingo, a partir das 14b: grupo Ilusões Comi-cas, grupo Tá na Rua, Ballot Offtolna do Rio deJaneiro, grupo Ases de Ouro e o oantor Everar-do. Na Pça da Bíblia, Cidade de Deus, Jacaré pa-guá. Entrada frsnoa.N"ATIVA—Apresentação do violonista SidnayMattos e grupo. 8* • aáb. áa 81h. no CentroCultural ds S. Teresa, Rua Monte Alegra, 308.Ingressos a Cs» 10,00.MUUUBA CRUZ — Show da cantora. Hoje, às18b30min, na ABI, Rua Araújo Porto Alegre,71/9°. Ingressos a Cz» 8,00.SHOW NA RUA — Apresentação daa bandas Etce Tal, Emoções Baratas, Balcão, Caaa de Doidose Estaoato. 6a e sáb. àa 17h, na Pça Rio Grandedo Norte, Rua Pernambuco, Engenho de Den-tro. Entrada tranca.MENUDOS — Show do grupo vocal. Soala 1,Av. Afranio de Melo Franoo, 298 (239-4448). De4* a 8a. àa 17h. Ingressos a Cz» 200,00. Últimodia.PROJETO SEIS E MEIA — Show de EmílioSantiago e conjunto. Teatro Carlos Gomas. PçaTiradentea s/n° (222-7881). De 2» a 8», àa18h30mln. Ingressos a Cz» 25,00. Até dia 17.

TUTU POPOFF E MAURO 8ENISE — Apresen-taçáo do contrabaixista s do saxofonista aoom-panhadoa de conjunto. Sala Sldnsy Millor, RuaAraújo Porto Alegre, 80. De 3* a sáb, às 21h.Ingressos a Cz» 20,00. Até amanha.SIMONE — Show da cantora acompanhada dabanda Amorosa. Direção e iluminação de Flé-vlo Rangel. Cenário de Mário Monteiro. Dire-çáo musical de Cristóvão Bastos. Soala 8. Av.Afranio ds Melo Franco, 898 (239-4448). De 5*a aáb.. às 22h; dom., àa 20h. Ingressos a Cz»200,00 (mesa) e Cz» 100,00 (poltrona). O espe-taculo começa rigorosamente no horário. Atédomingo.

HANOI HANOI — Show do conjunto de rook.Teatro Ipanema, Rua Prudente de Morais, 824(247-9794). De 4* a dom, àa 28h. Ingressos 4a,8a a dom a Cz» 80,00 e 8» e aáb a Cs» 80,00.

OAROANTA PROFUNDA — Apresentação do. grupo vocal. Sala Sldnev Miller. Rua Araújo

Porto Alegre. 80. De 3* a aáb, àa 18h30min.Ingressos a Cz» 20,00. Até amanha.

NÓ EM PINGO D-AOÜA — Apresentação dogrupo de chorlnho. Paço Imperial. Pça. 18. De8» a sáb, às lShSOmln. Ingressos a Cz» 30,00.

GONZAGUINHA—Show do oantor, compositore violonista acompanhado ds conjunto. Oaflsl-ra Aaa Branca, Av. Men de Sá, 17 (252-4428).4», 5» e dom, àa 23h s 8* e aáb, àa 24h. Ingressos4a,BaedomaCz» 180,00; 8aeaábaCz» 200,00.

HUMOR8ERQIO RABELLO — O NOVO HUMOR —Espetáculo do humorista. Teatro da lagoa, Av.Borges ds Medeiros, 1488(874-7999). 8a e aáb..àa 22b; dom, àa 80b. Ingressos 8a s dom a Cz»70,00 Sáb a Czt 1O0.OO (18 anos)DEPRESSA ANTES QUE PROÍBAM — Show dehumor oom o cantor e compositor Jucá Chaves.Teatro Carlos Gomas, Pça Tiradentea s/n° (242-1047). Ds 6» a sáb, àa 21h30min; dom, àa 18h.Ingressos 8* a Cz» 120,00;8aeeábaCz» 180,00e dom a Cz» 90,00. Camarotes a Cs» 1800,00 egalerias a Cz» 80,00.BI MELHOR QUEM RI BKMVTNDO — Show dehumor com texto, direção e interpretação deBemvindo Sequeira. Direção musical de CalqueBotkay. Sobrado do Vlro da Ipiranga, RuaIpiranga, 84 (888-4782). Ds 4» a 8*, àa81h30mln; aáb e dom, àa 80h e 21h30min.Ingressos 4* e 8a a Cz» 80,00; 8* e dom a CzS80,00 e aáb a Cz» ÍOO.OO.DESCULPEM A NOSSA FILHA... PERDÃO ANOSSA FALHA B — Texto, direção e interpre-taçáo do humorista dormido Alves. Teatro doIbam, Lgo do Ibam, 1 (288-8882). a* e 8*, às21h30min; sáb. às 20h e 22h e dom. àa 18h e80h30min. Ingressos 8* e dom a Cz» 40,00; 6*a Cz» BO.OO e aáb a Cz» 80,00. Estacionamen-to próprio.EU SOU UM ESPETÁCULO — Show do humo-rista José Vasconcelos. Teatro da Cidade. Av.Epitácio Pessoa. 1884 (247-3292). Do 4* a 8*. aa21h30min, sáb, as 20h e 22h30min e dom, as20h. Ingressos a Cz» 80,00 e Cz» 80,00. estu-dantes (só na 4*. 5* e dom).

REVISTASUM VARÃO PARA BETE MULHERES — Re-vista de Jorge Murad e Betty Berguer. Direçãode Paulo Celestino. Com Lilioo, Wania Barros,Liz Torres e outros. Teatro Rival, Rua ÁlvaroAlvlm, 33 (240-113B). De 3* a 8a, às18h30min; sab, às 18h. Ingressos a CzS80,00.A GARGALHADA DO PERU — Texto de OuguOllmecha, Edy Star e José Fernando Bastos.Direção de Edy Star. Com Edy Star, Leda Lúcia,Jorge LafTond e Roberto Pallu. Teatro do Ame-rica. Rua Campos Bailes. 118 (234-2080). De 5»a aáb., às 21hlBmin; dom., às 20h. Ingressos5», 8» e dom. a CzS 80,00, sáb. a Cz» 70.00.

CAMILE EM FLASH BACK — Texto de Brigit-te Blalr. Show dos travestis Camlle, FjjucamMila Sohnaidar e outros. Teatro BrigltteBlalr, Rua Miguel Lemos, 81 (821-2958). De4* a dom, àa 21h30mln. Ingressos de 4* a 8* aCa» 60,00 e sáb e dom a Cz» 80,00.

ELAS DÀO CERTO — Revista de Carlos Nobre,José Sampaio e Cole. Com Cole, Nick Nloola,Henriqueta Brlsbae outros. Teatro Rival, RuaÁlvaro Alvlm, 33 (240-1136). De 3a a 8a, às21h; sáb, àa 80h e 82h30min; dom, às 18h e20h30min. Ingressos ds 3a a 8a e dom a Cz»80,00; 8a e aáb a Ca» 70.O0.

kè e o grupo BUly Blue. A partir das 20h.Couvert de 3a a 8ae dom. a Cz» 40,00; 8a a dom.a Cz» 50,00. Rua Siqueira Campos, 22S (288-7341).

GAFIEIRAS E PAGODESPAGODE DO DELÍRIO — Lançamento do LP dooantor Joel Teixeira. 6m, às 22h, no Circo Dell-rio, so lado do Planetário (23B-7497). Ingres-sos a CzS 30,00, homem e mulher grátis.ANA ROSELY — Apresentação da cantora econjunto SomoB Assim. 8* e sáb., às 21h, noClube do Samba, Estrada da Barra da Tijuca,65. Ingressos a CzS 70,00.

NOITE DE PAGODE — Apresentação do oon-junto Brasil Samba Som. Hoje, às 22h, naUnidos de Vila Isabel, Rua Barão de S. Pranoin-co, 236 (268-7062).UNIDOS DE LUCAS — Pro-gramaçào: sáb., às 22h sambas enredos doCarnaval de 87; dom., às 16h, pagode. RuaCordovil, 333.PAOODB DA TIA RELY — Apresentação dogrupo Grafite. Hoje, àa lOh. na Rua 24 de Maio.43. Entrada franca.

PAOODB DA BARRA — Apresentação de con-Junto Transa Forte, Anezlo da Beija-Flor, Os-mar do Cavaco, Valdir Silva e China do Cavaco.8a, às 21 h. e dom, àa íeh, na Av. Sernambetlba,trallsr Oxumare. Sem oouvert.MAOIA TROPICAL — Programaçáo: 6a. Zé daVelha (trombone) e conjunto Chapéu da Velha;

TURÍSTICOS

KARAOKÊ

LET IT BE — Programaçáo: 3a Equinóoio; 4aOlub Olub; 8a Balaio de Oato; 8a e aáb, às 22b, ocantor Oto Nelson; 6a, às 23h, Kartoum; sáb, às23h, A Trilha; dom, Emoções Baratas. A caaaabre às 21h. Ingressos de 3a a 8a e dom a CzS30,00; 8a e sáb a Cz» 80,00. Rua SiqueiraCampos, 208.

BOTANIC — Programaçáo: 2a o ator e cantorPaulo Paraná; 3a a peça Alto Risoo, oom QlóriaHorta, Maria Lúoia Vidal e Anatilde Juliáo; 4aRenato de Carvalho (violão) e grupo; Ba perfor-manos O Trem Noturno, de Maninha Cerrone eMaroelo Caridad. Com Alice Borges, JussaraMoreira e outros; 8a s sáb banda Jazz Brazil. 2a,às 21h30min; 3a, 4a « 8a e sáb às 22h30min; 8aàs 22h. Couvert 2aaCa»80,00;3a, 4ae8aeeábaCz» 80,00; 8a a Cz» 40,00. Rua Pacheoo Leão,70 (274-0742).EQUTNOZ — Programação: de 2a a 4a, PauloAfTonao (piano); 8a às 21h30min a cantoraLetioia; e àa 23h Manasses s trio; 8a s sáb ás2 lhaomin a cantora a pianista Ana Mazzotti eàs 23h, Manasses Couvert a Cz» 80,00. RuaPrudente de Morais, 729 (247-OBBO)

BARBAS — Programaçáo: 5a. às 22h o grupoCorore Canto; 6* e sáb às 23h os cantores Didu eOisa Nogueira; dom, às 21h o cantor LúcioMariano. Ingressos de 8a a aáb a Cz» 40,00;dom a Cz» 3O.O0. Rua Álvaro Ramos, 408 (841-8398).

8a OPÇÀO — Programação: Ba Gracinha (voz);8a, Branco no Samba; sáb. àa lBh, Sambalaio e

GOLDEN RIO — Show musical oom a cantoraWatusi e o ator Qrande Otelo à frente de umelenoo de bailarinos. Direção de MaurícioSherman, Coreografia Juan Cario Berardi. Or-questra do maestro Guio de Moraes. Soala-Rio, Av. Afranio de Melo Franoo, 298 (239-4448). De 2a a dom, às 23h. Couvert a Czt200,00.

OBA OBA BRASIL — Show apresentado porLuiz César. Com Olaria Cristal, Darto Filho,Vera Benévolo, As Mulatas Que Não Estão noMapa e a orquestra do maestro Fraga. RuaHumaitá, 110 (288-9848). Diariamente Jantardançante às 20h30min e show às 23h. Cou-vert a Cs» 200,00.

SONHO SONHADO DE UM BRASIL DOURA-DO n — Musical com arranjos e regência deSilvio Barbosa. Coreografia de Walter Ribeiro.Plataforma, Rua Adalberto Ferreira, 32 (274-4022). Diariamente, àa 23h. Consumação aCz» 280,00, com direito a aalgadlnhos e bebi-das nacionais.

EXTRAOBSERVAÇÃO ASTRONÔMICA — Observa-çáo do céu orientada por monitores do Museu,de Astronomia e exibição de vídeos. De 3a adom, a partir daa lSh (dependendo das condi-ções do tempo) na Rua Qal Bruce, 888, S.Cristóvão (880-7313 ramal 231). Oa visitantessó poderão chegar ate às 19b30mln.

CIRCORAMA — Apresentação de trapezistas,palhaços, leões amestrados e éguas dançantes.Lgo do Tanque, Jacarepaguá. De 3a a 8a, às31h;aáb. 4sl7hs21hedom, às 18, 17hs21h.Ingressos na geral a Cs» 30,00 e Cz» 20,00.crianças e nas cadeiras a Cz» 40,00 e Cz»28,00, crianças.

POESIA ~~PASSA NA PRAÇA QUE A POESIA TE ABRA-ÇA — Apresentação do grupo Poça D'Água.Domingo, às 18h, no Largo da Penha, em frenteao parque Shangay.

,...,,., ,„.„, „™,, „,„.-. T-H.inHHiwaii iKHHwwisn iuiiiiiiiiiiiiiiihiisiiiii ii«MillllH)iÍlllii]IBi'iUTIO\I1in]lliL~ir" 'üiimn^íWPf t£f! 53:!fiStni1B8!!in Bjüiüi !|3"{!T;i:;rl!fí:-^!í! ií^T^í''ÍJ :ht^í?ftí!!Íi;i!fí!*níH!i:i::iili:rí;ní!>i[ii f ?¥fS ' '''Ê' í" ¦¦' '" ¦ i ¦'"'. ¦ - ™'-alrSí^BWsSwS^BWSW^i'!?»!'

i ' " f 'I '¦ JW^HiV -"&'" ¦¦ íJWfflSM^IW &&•& -Jil~iÁ*mmmmmmMM)m^

WtÉ^J~':^ÊBB^.i'HasWhi.1' 'Sinai

wHnw^Ll .nmiwnwPÇj^nf '¦'¦ MM

T^^m\^0m\

.an^Lwiy^^LsVL^HSimone encerra domingo sua temporadasáb.. Rio Dlxieland Band. Sempre, àa 23h, na"Rua Abreu Fialho, 12 (204-0820). Ingressos aCs» BO.OO.

SALGUEIRO — Programação: 8a, às 23h, Jove-Una Pérola Negra; sáb., às 22h, Zeca Pagodi-nho; dom, às 19h, conjunto Samba Rio ShowRua Silva Teles, 104 Andaraí. Ingressos 8a aCz» 30.OO e mulher a Cz» B.OO.

DOMINOUEIRA VOADORA — Baile-ehow ooma Orquestra Tabajara. Domingo, às 21h30min,no Circo Voador. Lapa. Ingressos a Ca» 28,00.

LMELIQHT — Karaoké tradicional de 2a a sáb,a partir das 19h, oom o apresentador Karan.Couvert a Cz» 40,00. Rua Ministro Viveiros deCastro, 93 (842-3898).KARAOKÊ DO VOGUE — Diariamente, a partirdas 22h, o cantor e guitarrista Outo Angelicci eàs 23h30mln, karaoké oom música ao vivoapresentado por Rinaldo Oenes e Mario Jorge.Todas aa 4S, Festival da Karaoké. Couvert econsumação a Cs» BO.OO (ds dom. a 8a) e Cz»70.00 (8a e aáb). Rua Cupsrtlno Durão, 173(274-4148).

CANJA De dom a 8a, às 20h30min; 8a e sáb,as 20h, karaoké, onde o cliente canta acompa-nhado de 9B0 play-baoks (músicas nacionais einternacionais, além de uma coleção de tangose boleros) ou de Armando Martinez (órgão).Apresentação doa cantores Ernesto Pires e Ma-rio Jorge. De dom. a Ba a Cs» 80,00 (oonsuma-çáo); 8a s sáb. a Cs» 70,00 (consumação). AvAtaulfo ds Paiva. 378 (811-0484).

KARAOKE — Play-backs nacionais e estran-geiros oom apresentação de Walter Jeremias. 8as sáb. às 21h, no Big Bear Tohé, Av. Copscaba-na, 1189. (289-3990). Couvert a Cz» 30.00.

KARAOKE CARIOCA — Karaoké com apresen-taçáo de Marco Clnelly e Henrique Vasconce-los. Play-baoks, brinesdeiras e música paradançar. De4aadom,ss21h.Consumaçáode4a.8a e dom a Cz» 30,00; 8a s aáb a Cz» 40,00. RuaXavier da Silveira. 112 (2BB-3320).

KARAOKE DO VELHO TIO — 800 play-baoks,brincadeiras e o grupo Play-Baok. Apresenta-ção de Karlinhos Senra. Dom, àa 20h. na Av.Maracanã, 1282 (288-8291). Couvert a Cz»18,00.

MANGA ROSA — Programação: de 4a a sáb. no1° andar, karaoké com apresentação de GilSpina e Edu Farah. Couvert 4a e 8a a Cz» 30,00e 6a e aáb a Cz» 40,00. Consumação a Cz»80,00. No bar, 8a e aáb, àa 22h, Luiz Venturlni(ovation); dom ãa 18h pagode com o grupoNova Era. Couvert a Czt 30,00. Consumação 8ae sáb a Czt 30,00 e dom a Cz» 80,00. Rua 19 deFevereiro, 94 (288-4998).

CHAMPAONE — Programação: 3a. Telinho daMangueira; 4a e 8a grupo Aaa Delta: 8a e sáb.karaoké grupo Quarto Crescente; dom. karao-

CASAS NOTURNASJAZZMANIA — Programação: de 2a a 4a DoriCaymmi ao violão; ds 8a a aáb, Toni Costa(guitarra) e banda. Sempre, ãs 22b. Couvert aCz» 100.00. Av. Rainha Elizabsth, 789 (227-2447).

PEOPLE — Programação: De 2* a aáb., às20h3Oxnin, plano-bar com Athíe Bell; 2a às22h30mln, Copa People de Música Instrumen-tal 3a. àa 22h30min, grupo Frisnds; 4a a aáb, às22h30min, a cantora Nana Caymmi. Dom. às22h30min, a dupla Tavito e Ricardo Magno; ds4a a aáb., à 1 h da manhã Bruce Henry Quarteto.3a lh da manhã Betinho (violão); dom lh damanha grupo Blue Joans. Av. Bartolomeu Mi-tre, 370 (294-0647). Couvert a partir das22h30mln, de dom. a 3a. a Cz» 78,00; 4a e Ba. aCz» 100,00; 8a e sáb., a Cz» 120,00.

JOHNNY ALF — Apresentação do oantor epianista. 8kylab Bar, Rio Othon Hotel, Av.Atlântica, 3284 (2B8-8812). Ds 8a a aáb, às 23h.Couvert a Cz» 100,00.

ALÔ ALÔ — Programação: 2a a sáb, às23h30min show Pura Magia oom a cantoraMaria Creuza. Couvert de 2a a 8a a Cr» 180,00;8a e sáb. a Cr» 200,00. A partir das 22h30min, ooonjunto da casa. Rua Barão da Torre, 388(621-1480).

DOUBLE DOSE — Programaçáo: de 2a a sáb, às19h, Beto Quartin (piano) e ás 22h, A Bonda ouNada: 8a, Para Sempre Vinícius de Morais; 3a,Rosane Lessa (cantora); 4a, Rio DlxielandBand; 5a, pagode de Ivo da Mangueira; 8B o sáb,Leila Pinheiro; dom, Chico Batera e banda.Couvert a Cz» 100,00. Rua Paul Redfern, 44(294-9791).ROND POINT — De 2a a 8a. àa 18h, e 8a e sáb, às22h, oonjunto Fogueira Três oom Alfredo Car-dim (piano) s Haroldo Jobim (bateria). 8a e sáb,às 18h, Sérgio Soolo (piano). De 3a a sáb, daaUhsOmin às 14h30min, Fats Elpidlo (piano).8* e sáb, às 23h30min, Nonato Luiz (violão).Dom. As I8h, Ramblsr*8 Tradicional Jazz Band.Couvert a Cz» 40.00. Rond Polnt Hotel Merl-dien. Av. Atlântica. 1020 (275-1122)

O VIRO DA IPIRANGA — Programação: 2a. às22h, chorlnho com Dirceu Leite, regional Cho-ro Só e Walter Moura (bandolim). 3a Qrupo RJExpress. 4a e 5tt. às 22h. Canta Aracaju, comLula Ribeiro; 8* e sáb. às 23h, a cantora AndréaFrança, às 24h. humor e música com o Trio deJaneiro, a lh. Manasses (12 cordas); dom, às22h. Olra Mundo. Rua Ipiranga. 84 (228-4782)Couvert de 2a a 6a e dom a Czt 40,00; 8a e sáb aCzt 60.00.

às 22b, Sol na Bossa; dom, chorlnho com Hei-cio Brenha (sax) e grupo. Couvert e oonsuma-ção 8a a Cz» 30.00; 8a a Cz» 30,00 e sáb s dom aCz» 36,00. Rua Barão da Torre. 188(247-2183).

GIO SALADAS — Programação: 8a a dom, BlueChip; 8a, Nelslnho Laranjeiras e Eliane More-no; aáb, Daniel DT5ane (violão). Sempre, àa 22h.Couvert 8a a dom a Cz» 40,00 e 8a e sáb tambémconsumação a Cz» 4O.O0. Av. Gal San Martin.829 (294-3848).

FESTA CIGANA — Baile-show oom a OrqueatraCigana do maestro Cláudio Patané s relança-mento do livro Povo Cigano, de Cristina daCosta Pereira- Hoje, às 22h. no Clube Lagolnha,Estrada Joaquim Mamede, 128, 8. Teresa (228-4488). Ingressos a Cz» 70,00.

CALÍOOLA — Aberto diariamente a partir das19h. De 2a a aáb., Ublratan Mendea (plano) e

oonjunto. De 3a a dom., Chiqulnho Botelho

(plano) e grupo. De 4a a 2a a cantora QiooondaVettori e Ernesto Gonçalvss (oontrabalxo). Cou-Tart a Cz» 60,00. Consumação a Cz» 1 BO.OO.Diariamente, a partir daa 23h. música mecãnl-ca oom oa discotecários Bernard de Caatejá eManeio Maia. Consumação de dom. a 8a a Cs»180,00; 8a aáb. e vesp. de feriado a Ca» 200.00.Rua Prudente de Morais. 129 (287-1389).

PARATI — Programaçáo: 8a e sáb., às 23h acantora Fátima Guedes. Couvert a Cz» 80.00.Rua Presidente Domiciano. 210. Niterói.

FUB BAR — Diariamente, a partir daa 21h,Hello (plano). Sem oouvert, Rua Antônio Vlei-ra, 17(841-8848).

CELSO ROBINSTEDI — Apresentação do can-tor Dom., às 21h. no Antes e Depois. TravessaCristiano Lsoorte, 48(821-3278). CouvsrtaCs»40,00.

MONOOL — Apresentação do oantor e oomposi-tor. De 8a a dom, às 22h30min. no Amigo Frita,Rua Barão ds Tons, 472 (287-4347). Couvert sCz» 30.00.

jy ÁFRICA — Programação: 8a e sábado, às 23h:grupo África Ôbota. Couvert a Cs» 30.00. RuaAndré Cavalcante. 88 (242-4139).

ONB-TWENTT-ONE — Programação: de 6a aaáb, às 24h. a cantora Waleska. Consumação aCz» 100,00. De 2a a aáb, às 18h30mln. BetoQuartin (piano). De 2a a 8a, àa 18h e dom. àa21h, Hélolo Brenha (eax) e regional ChoraBaixinho. De 2a a aáb. àa SlhlBmin. BetoQuartin (piano) e maestro Nelslnho. De 8a adom. a dupla Álvaro Luiz s Maria Praga. HotelSheraton. Av. Niemeyer, 121 (274-1122). Con-sumação a Cz» BO.OO.

LOBBY BAR — Aberto diariamente a partir daallh. De 2a a sáb., às 19h a pianista ClaudiaPerrotaede 8aa3a. ãs íah. o pianista DAnge-lo. Hotel Intercontinental, Av. Prefeito Mendesde Morais. 222 (322-3200).

DUERE — Programaçáo: 8a ãa 21h o cantorJoeé Alexandre; 8a àa 23h grupo Elea QueDigam; aáb, àa 22h o oantor Lula Ribeiro.Couvert 8a a Czt 20.OO e 8a e aáb a Cz» 30.00.Estrada Caetano Monteiro. 1882, Pendotiba(710-3436)

VINÍCIUS — Diariamente, às 21h, a orquestrade Cellnho do Piaton e os cantores Vítor Hugo.Roberto Santos, Leona. Av. Copacabana, 1 144(287-1497). Couvert. de dom. a 8a a Czt 25.00 e8a e aáb. e vesp. de feriado, a Czt 40,00.SOBRE AS ONDAS — Diariamente, a partir das20h, o pianista Miguel Nobre e a cantora Con-suelo. Depois o oonjunto de Osmar Millto e oscantoras Netby e Beto. Couvert: 8a, sáb. e vésp.ds feriado, a Czt BO.OO. Av. Atlântica, 3 432(821-1298).

JARDS MACALÉ — Show do violonista e com-poeitor. Ragtlms, Av. Sernambetlba, 4700. De4a a aáb, àa 23h.

CT MANIFOLD — Show do cantor acompanha-do de oonjunto. Un, Dsuz, Trois, Av. Bartolo-meu Mltre, 123 (239-8789). De 3a a dom, às23h. Ingressos 3a a 8a e dom a Czt 200,00; 8a esáb. a Cz» 280,00.

ZKPPKUN — Programação: no bar, 6a a dom.,às 23h, Fernando Bocca (voz) e Fernando Hen-rique (sax). Couvert de 3a a 6a e dom., a Cz»30,00; 8a e sáb., a Cz» 38,00. Consumação de 3aa 8a e dom., aCz» 30,00, eeae aáb.. aCzt 38,00.No Café-Teatro Eli Balamargo peça com direçãode Maria Vorhees. 8a e sáb, às 24h. 8a e sáb., às23h, Ressuscitar, show da cantora Mira Palhe-ta e André Protásio (violão). Estrada do Vldl-gal, 471 (274-1849).

JATOBAR — Diariamente,das Ilhas lõhedas19h às 21h, o pianista Carlos Hembeck. Semoouvert. Aeroporto Santos Dumont.

CHIKOB BAR — Plano-bar oom música ao vivoa partir daa 2lh. Programação; 2a e 3a, o violo-niata Nonato Luiz; de dom. a 2a, ãs 21h30min.oonjunto de Eli Arooverde e as cantoras Celestee Rita. Aberto diariamente a partir daa 18h,oom música de fita. Sem oouvert, sem consuma-çáo mínima. Av. Epitácio Pessoa, 1.680 (287-0113 e 287-3614).

BACO — Diariamente, a partir das 21h, Jarbos(cantor s violonista) a oa pianistas San Severinoe Telma. Couvert a Cz» 20,00. Av. Ataulfo dePaiva, 1238 (294-0047).

NÓ NA MADEIRA — Programação: 6a às 21h,grupo Arte Final e dom. àa 20h, a cantoraFátima Duboo e quarteto; fl* e sáb., as 22h, acantora Márcia Helô e oonjunto. Couvert 6a edom. a Cz» 20,00 e 8a e sáb., a CzS 28,00.Estrada de Piratlninga. s/n° Niterói.

HILDA APARECIDA — Diariamente, a partirdas 10 h, apresentação da organista e cantora.Restaurante Céu, Hotel Nacional, Av. Nie-meyer, 789 (322-1000).O PIANO ROMÂNTICO DK RIBAMAR — Apre-aentação do pianista, e oompositor. De 2a a sáb,a partir daa 20h. Bar Pstronlus, Cassar ParkHotel, Av. Vieira Souto. 480 (287-3122).CBUNÓ) — Show do oantor e violonista. 8a e aáb.àa 21h. na Adega Oaribaldi, Rua Uruguai, 373(238-1334). Ingressos a Cz» 20,00.

ADEGA CHATEAU DA BARRA — De 3a a dom.àa 2lh, Charuto e Peixinho (percussão) e Tiro-ne (ovation); 6a e sab Duda (voz); sáb Toni (voz) eCelio (teclados). Couvert a Cz» 40.00. homem eCz» 20,00. mulher. Rua Cde. de D*Eu, 113 (399-8344).

MANHATTAN — Programação: 8a e sáb., àa21h, discoteca e vídeos. Anexo. 8a e sáb.. ãs2ih, pagode • karaoké, o oonjunto Os Sambei-ras s João Mossoró. Ingressos 8a, a Cs» 40.O0.homsm s Cs» 20.0O. mulher, e sáb., s Cs»80,00, homem e Cs» 36,00, mulher. Av. Mene-asa Cortes. 3020 (393-8787).

BOCA DA NOITE — Programação: 3a, SUvério(trompete) e banda; 4a. Street Band; 8a Badu ebanda; 8a oonjunto da casa. Sempre, às 18h.Couvert s Cs» 30.OO. Rua do Mercado, 32 (232-8883).

BECO DA PIMENTA — Programação: 2a Geor-gette e grupo Ginga e Raça; 3a grupo Raiz deGalo; 4a a cantora Fátima Marinho e grupo; 6a ooantor Paulo Rego e grupo; 8a e sáb, o oantorJohn Weslsy. 2a e 3a, àa 21h; 4a e 5a, às21h30mln; 8a e aáb, às 22h30mln. Couvert de2a a 4a a Cs» 2B.OO; 8a a Cs» 30,00 e 8a e sáb aCs» 4O.00 Rua Rasi Grandeza. 178 (288-8748).JAZZ LATINO TROPICAL — Apresentação deBarroalnho (trompete) e quinteto. Sáb. os22h30min. no Bis, Rua Viso. Silva. 10 (268-0983). Couvert s Cs» 40,00.

LE SETE — Programação: Diariamente, a partirdas 81h, Rubi Plaetter (plano) e às 23h. acantora Biba Ribeiro e o oonjunto; 8a. grupoIdéia Fixa; aáb. àa 13h, feijoada com o Renova-som. Oouvert de 3a a 8a, a Cz» BO.OO; 8a e sáb.. aCz» ÍOO.OO. Rua Maria Angélica. 21 (288-1494).POKKR — Ds 2a a aáb., múalca instrumentalcom o maestro José Neto e Alfredo Vslença

(baixo). Elleio Costa (flauta) e Vanlse (voz).Couvert s Cz» 20,00. Sem consumação. RuaAlmte. Oonçalvea. BO (621-4999).QUARTETO PALACE — Apresentação do con-Junto oom a cantora RIU de Oliveira. De 2a asáb, àa aih. no Palsoe Club, Hotel Rio Palaoe.Av. Atlântica, 4240 (287-8048).

EXISTE UM LUGAR — Programaçáo: 8a e aáb..Pistache. Sempre, ãs 23h30mln. Couvert a Cz»60.00 s consumação a Cz» 80,00. Estrada dasFumas, 3001 (399-4588).

DANCETERIASMIKONOS — Discoteca a partir dos 21h oom odiscotecário Hulk. Consumação de dom. a 5a aCz» 80,00 o 8a e sáb. a Crt 70.00. Sem oouvert.-Rua Cupertino Durão, 177 (2G4-22B8) ,CIRCTJ8 — Discoteca com a presença do disk-Jóquei Tonny Decarlo. Diariamente a partir das21h. Ingressos do dom a 5a a CzS 40.00. homeme Cz» 25,00, mulher; 6" e sáb a Czt 60.007homem e CzS 36,OO, mulher, com direito a umdrink nacional. Matinês dom, às 16h, a CzS16,00, com direito a um refrigerante. Rua OalUrquiza. 102 (274-7986).METRÓPOUS — Programação: 5a. Cilada Mlx-ta; 6a, final do Festival de Bandas: Aversão;Baralho a 4, Freqüência Modulada, De Cor,Legitima Defesa e Drink Lotale; sáb., CelsoBlues Bloy; dom.. Fílhinhoe da Mamãe, Confli-to Irracional, Ego e Baater Mameinhoo. A casaabre às 22h. Ingressos 5a e dom., a CzS 30.OO:6aesáb.,aCz»8O.0O. Estrada do Joá, 150(322.3911).LA DOLCE VITA — Dlsco-clut» com os discuto-'carios Amandio da Hora e Walmor. Diariamen-te, às 22h, na Av. Ministro Ivan Lins, 80, Barra(399-O10B). Ingressos de domingo a 8a Cz»ÍOO.OO. 8a e sábado a CzS 150.00. Matinês aorfdomingos, a partir dos 16h. Ingressos a Cz»80,00.HELP — Música de discoteca a partir das'21h30min. Ingressos a Cz$ 35,OO, homem eCz» 30,00, mulher, vesperol às 16h CzS 16,00.Av. Atlântica, 3432 (521-1298).

ROBIN HOOD PUB — Programação: 8a. A Trl-lha; sáb., Cristina Amorim. Vesp sáb. e dom.,às 17h; 6a e sáb.. às 22h. Ingressos 8* o aáb. aCz» 40,00, homem e Cz* 36,00, mulher; vesp.. aCz» 25.00. Av. Edson Passos, 4517 (268-8357)..

MIAMI CITY — Aberta de 3a a dom. a partir das20h. com música mecânica e vídeos. Consuma.-ção de 3a a 5a e dom a Cz» 30,00. 6a e sáb a Cz»45.00. Av. Sernambetlba, 646 (399-4007).

CREPÚSCULO DE CUBATÀO — Som com odiscotecário Luiz Cláudio e vídeos ospeciaiàtodas as quartas. 4a e 5a. ss 23h e 6a e aáb. as24h. Consumação 4a e 5aaCz$ 40.00e6aosáb à.Cz» 60.00. Rua Barata Ribeiro, 543 (235-2045).

APOCALYP8B — Musica mecânica, 6a e aáb, as21h, oom o discotecário J. Henrique. Couvert a,Cz» 38,00. Hotel Nacional, Av. Niemeyer, 769(322-lOOOV -'* ;TTTANIC — Show com o grupo Roxtgênio.karaoké apresentado por Zeca Altiero; além de'música para dançar oom o Trem. 6a o sábado, as21h. Estrada do Joá. 2570 (322-0440). Ingres-sos a Cz» 40.OO, homem o Cz» 2O.0O. mulher...

PAPOJjON — De 2a a sáb, às 22h. com odiscotecário Rômulo. Ingressos de 2a a 5a a Cz»40.OO (dama acompanhada não paga); 6a e sáb áCz» 70,00. Hotel Intercontinental. Av. PrefeitoMendes de Morais, 222 (322-22O0VDANCETERIA MISTURA FINA — Programa-,çáo: 5a. a banda Front; 6a, Uns e Outros; sáb..Pedra Bonita; dom., às 17h, A Trilha; o ás 22h.som e vídeos. De 5a a sáb., as 23h. Ingressos 5",a Cz» 30,00;de8aadom.,a Cz» 45.00, homem oCz» 30,00, mulher, vesp. de dom., a Cz* 40,00.' .homem e CzS 26,00. mulher. Estrada da Barra, ,da Tijuca, 1838 (399-3480). J

CLUBE UM — Diariamente, a partir das 21 h. obcantores Liliane. Kléber Jorge e Celeste e os

pianistas Silvio Oomes e Dario Galante. Todasas 3^ e dom, o conjunto Cor e Canto. As 5H AnaMazzott (voz e plano). De 4a a aáb, Sávto Araújo(aax) e grupo. Rua Paul Redfern. 40 (289-3148).Couvert de 2" a 4a e de 8a a dom a Cz» 40.00 econsumação a Cz» 80.00. 8aaCz» lOO.OOeCz»80.00.

O CA8ARÀO — Programação: 3a e sáb. e dom.às 12h. Trio Art-Som. Hotel Sheraton, Av. Nie-meyer, 121 (274-1122).

CASA DA CACHAÇA — Programaçáo: de 8a eaáb, àa 21h, Helclo Brenhs e regional ChoraBaixinho. Botai Sheraton, Av Niemeyer. 121(274-1122).

MUSICA" i

SERIE BRASrLIANA — Recital de Noel Devas-(fagote), Ana Devos (violoncelo) e Maria Lúcia,Pinho (plano). No programa, peças de BachyBeethoven, Mozart. Mignone e outros. Hoje, às18h30mín, na Sala Ceoilla Meireles. Lgo da.Lapa. 47. Entrada franca.

QUARTETO SD3ELIUS — Recital do grupo flnvlandes. Programa: Quarteto em Ré Maior KV^878, de Mozart; Quarteto em Fá Menor Op 9B,;de Beethoven e Quarteto em Ré Menor Op BflVooes Intimas, de Sibelius. Hoje, àa 21h. naSala Ceoilla Meireles, Lgo da Lapa, 47. Ingres-sos s Cz» 20O.O0. platéia; a Cz» 180.00, platéiasuperior e a Cz» BO.OO, estudantes. w

MIKHAIL RUDY — Recital do pianista. PrograV'ma: Klaviarstuoxe Op 118. de Brahms; Notur-no em Ré Bemol Maio Op 87 n° 2, de Chopin;Sonata em 81 Bemol Maior KV 333. de Mozart e¦O Visões Fugitivas, de Prokofiev. Hoje, as21h, no Teatro Municipal Ingressos a Cz»'280,00. platéia e balcão nobre; a Cz» 200,00,balcão simples e s Cz» 150,00. galeria.

PRO-ARTE DANÇA ANTIOUA — Apresentaçãode dança e música. No programa, peças déDiego Ortiz, Dowland, Luis de Narvoez. JacobArcadelt e outros. Sáb, às 1 Bh e dom, às 17h, naCasa ds Cultura l^ura Alvlm, Av. Vieira Souto)178. Ingressos s Cz» 40,00.

ORQUESTRA DE CÂMARA DA RADIO MEC —Concerto sob a regência do maestro Alceo Boc- ,chino. Programa: peças de Guilherme Bauer,Alceo Booohlno, R. Gnatalli e outros. Domingo,àa 21h. na Sala Ceoilla Meireles. Lgo da Lapa)47. Entrada franca.

ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA —'Concerto sob a regência do maestro Pedro Cal-deron, titular da Filarmônica de Buenos Aires/Solista: Arnaldo Cohen (piano). Programa:Abertura Brasileira, de Edino Krieger; 2° Con- •oerto Para Plano e Orquestra, de RachmaninofTe 8a Sinfonia, de Shostakovitch (Ia audição).Sábado, às 18h. no Teatro Municipal Ingres-aos a CzS ÍOO.OO, platéia e balcão nobre, a CzS9O.0O, balcão simples filas A. B e C; a Cz'»80,00, outras filas do balcão simples e fila A dágaleria; a CzS 70,00. outras filas da galeria e aCsS 60,00, estudantes e s CzS 1.200.00, frisa ecamarote.

RECITAL DE PIANO — Apresentação de FSti-ma Monteiro e Ana Cristina. No programaipeças de Edino Krieger. Lorenzo Fernandez,Schumann e Brahms. Sábado, às 16b. na SalaArnaldo Estrella, Rua Hilário de Gouveia. 88.Entrada franca.

.. ..-,.. .. 1

8 o CADERNO B o sexta-feira, 10/10/86 FIM DE SEMANA JORNAL DO BRAS1X

TEATRO

A solidão dofracasso nos EUAO

Barão de Araruna e suabaronesa anunciam: alémde ocuparem a telinha na

novela Sinha moça, estarão a partirde hoje no palco, vivendo uma hls-tória na qual só cabem dois perso-nagens. Rubens de Falco e ElaineCristina começam a temporada deUma transa muito louca, no TeatroSenac, uma comédia passada nacidade de São Francisco, leve, es-crita por Bill Manhoffe já levada nocinema por Barbra Streisand e aquimesmo por Carlos Alberto e IonáMagalhães, há alguns anos.

Direção de Geraldo Queiroz, umpernambucano que vive há muitotempo no Rio mas dirigiu muitaspeças em São Paulo, Uma transamuito louca faz Rubens de Falco

RI I

^¦^Buh| mm 1 -MM

f^Xsflaaaaaaai '-Q

Elaine Cristina e Rubens deFalco vivem sua soUdáo na

base da comédia

dividir seu papel na TV com a figu-ra de um escritor fracassado, quevive sua solidão com pequenas ma-nias e fantasias de um tambémcritico de cinema, e vê seu mundoinvadido literalmente por uma mu-lher (Elaine Cristina) que se dizmanequim e atriz, mas é apenasuma "borboleta da noite".

Para Queiroz, Uma transa muitolouca é uma comédia leve e bemamericana, que não dá para mudarmuito.

Corre-se o risco de desfigurare acontecer o que aconteceu comMiss Banana — diz.

As pessoas, segundo ele, não da-rão gargalhadas, apenas sorrirão.Na trilha sonora, há trechos de OBarbeiro de Scvilha, e os ensaiosforam realizados em apenas quatrosemanas.

Rubens de Falco diz que está seexercitando: divide as gravações deSinha moça com os ensaios dapeça. Saio daquela coisa muito es-quematizada que é gravar novelapara me soltar no palco em umacomédia. Viverei a partir de hojeum homem de mais de 40 anos quemora sozinho, é solteiro e leva suavidinha pobre e solitária lidandocom fantasias.

O ator, que fez no teatro Tupâ,ao lado de Lucélia Santos, e filmoumulto na Venezuela e em Cuba, é ocontrário do personagem de Umatransa muito louca.

Posso ficar sozinho, mas nün-ca solitário. Não curto nada a soli-dão, porque acho que viver é algu-ma coisa muito positiva.

CRÍTICA »? "Vampíria"

Riso e sangue

m W" «¦!¦Vampíria com um elenco jovem mostra, no Teatro da Galeria, as agruras de uma

famüia de vampiros em decadência

Macksen Luiz

NADA

mais passível de setransformar em humordo que as histórias de

vampiros. O longo e permanenteprocesso diluidor porque passamessas narrativas apenas demons-tram os valores mágicos e míticosque estão embutidos no gênero,alimentados por uma fantasiaque é tão mais contemporâneaquanto mais for delirante. Vam-- •piria, peça de Tacus, não desço-nhece as potencialidades destetipo de história, reutilizando todaa sucata literária e de sbow que

ao longo do tempo foi sendo in-corporada aos pescoços das víti-mas e aos caninos dos vampiros.O autor recusou o original paratrabalhar, deliberada e conscien-temente, a repetição. A família devampiros reduzida pela decadên-cia à condição de espetáculo paraturistas, que buscam a mesmaemoção de assistir a golfinhosadestrados, não difere, a não serpela peculiaridade de sua condi-ção, de uma família classe médiatípica. As brincadeiras decorren-tes dessa duplicidade (vampiris-mo/pequena burguesia) são a ba-se deste texto que, por outro la-do, sofre influências fortes da dra-

maturgia infantil, dos seriados detelevisão sobre o tema e da prr>pria literatura vampiresca.

Dividida em cinco dias, a açãonem sempre é suficientemente di-nàmica para sustentar tantotempo e múltiplos acontecimen-tos. A presença do presidente dopais e a tentativa da família emestabelecer um reino, justamentecom o nome que dá título à peça,são dispensáveis por que alon-gam em demasia a narrativa,comprometendo o ritmo da mon-tagem. Se Tacus acreditassemais na ingenuidade e manobras-se com maior habilidade a ênfase,poderia estabelecer uma conven-

çâo humorística forte, de efeitomenos híbrido.

O diretor Carlos Gregórioaciona uma chave cômica umtanto discreta. Mesmo quando hápossibilidade de maior liberdade,como na visita doa turistas aocastelo, o diretor prefere o tomcontido. Nem sempre o texto seexpressa pela palavra (o humorverbal, com raras exceções, nãochega a ser brilhante) e não ai-cança uma dinâmica na ação su-ficiente para suportar a conten-ção imprimida pelo diretor. Con-seqüência: o ritmo fica prejudica-do. Mas há que destacar na con-cepçáo de Carlos Gregório umtratamento mais anglo-saxão dohumor, como se nesta tentativaquisesse mostrar que não é ne-cessaria a incontida expansão la-tina à simples menção ao riso.Mesmo com a relativa modéstiano aspecto visual — o cenário ficapor demais solene nas cenas fi-nais — há boas soluções nos figu-rinos e um empenhado desenhode iluminação.

O elenco, apesar da irregulari-dade, mostra atores promissorescomo Markus Avaloni, que supe-rado problema de emissão pode-rã desenvolver qualidades que üvsinua ao construir o tipo ingênuodesta Vampíria. Zezé Fassina éuma vocação para a farsa e acaricatura, enquanto Marisa Car-valho tem alguns momentos ins-pirados como Dárvula.

Vampíria, ainda que excessi-va e longa, com quedas de ritmo ede interesse, é uma brincadeiraem torno de vampiros que revelaas possibilidades de Tacus comoautor e de Carlos Gregório comodiretor. Razões suficientes parajustificar sua montagem.

TEATRODONA BOSITA SOLTEIRA — Texto de FedericeGarcia. Lorca. Tradução de Carlos Drammondde Andrade. Direção de Ary Coslov. Com Nel-eon Dantas, Ana. Rosa, Elza de Andrade, Ango-Ia Valario. Richard Riguetti e outros. TeatroDulolna, Rua Aloindo Guanabara, 17 (220-6997). De 4**aaáb, àa 21h;dom, às lBh; vesp. des*. ás 17b. Ingressos 4» a CzS 60,00; o», a*- edom a Ce» 80,00 e Cz$ 60,00, estudantes; aáb aCx* SO.OO.

OM DIA KDrrO ESPECIAL — Texto de EttoreSoola. Adaptação de Ruggero Maooari e QlglioIa Fantone. Direção de José Possl Neto. ComGloria Menezes, Carlos Zara, Vinícius Salvato-ri, Nereide Bonamigo e outros. Teatro Villa-.Lobos. Av. Prlnoeea Isabel, 440 (2754896). 6» aCa» 60.OO; de 6* a dom a Cz» 100,00.

TEATRO-VIDA — Eapetáoulo-debaie com dire-çáo de Paulo Sérgio Mag e Mareio Lula. Coroe-grafia de Janette 8usaeklnd. Temas: conflito degerações, drogas» suicídio na adolescência eEaMnosaeiualismo masculino. Hoje, as 18b. noanfiteatro 93 da UERJ. Rua S. Francisco Xa.vier, 684. Entrada tranca. Não é permitida aentrada após o início do espetáculo.

CHUVA TEATRAL — Programação: domingo,aa I6h: Criança é o Melhor Investimento, deCarlos Rocha na Escola Anita Qaribaldi. Estra-da, Marajás, 1294; Teatro da Bonecos, de Euca-náa Cunha, na Mendes de Morais, Rua PioDutra, 363; Palhanlnho Triste, de SebastiãoManejes no Zendolkan, Estrada do Galeão,3886; Om Amor da Palhaço, de Elbe Holanda,na Escola Cuba, Praia do Zumbi, 26; O CaosNosso de Cada Dia, de Carlos Novaes, no CiepCoootá. Rua Aniooto Correia, e/n0; ComunidadeMel, de Otlberto D Alma na Santos Dumont.Rua Castorina, 397; Falhando Sério, de Henri-qye de Macedo no Ciep Bancários, Rua Ilha dasBjptadaa, s/n»

VOU-ME EMBORA PHA PABARCADA — Poe-nias de Manuel Bandeira. Roteiro e direção de

José Maria Rodriguoe. Com José Maria Rodri-guea e Boay ane Trotta. Teatro da Aliança Fran-essa da Tijuoa. Rua Andrade Neves, 316 (268-6798). e» e aáb as 21h e dom. As 19b30min.Ingressos a Cz» 60,00 e Cz» 40.O0. estudantes.

pS. BABADO, DOMTNOO, 8EODNDA — Texto*S de Eduardo di Fillipo. Tradução de MillorKernandos. Direção de José Wilker. Com PauloGracindo, Yara Amaral, Ary Fontoura, RenataFronzi, Paulo Goulart e outros. Teatro dosQuatro. Rua Marquês de 8. Vicente, 62 (239-1096). Da 4a a aáb, às 2 lhe dom. às 18he21b.Ingressos 4a, 6* e dom a Cz» 100,00 e CzS80,OO. estudantes; 6a a Cz» 1O0.00 e sáb sferiados a Cz» 120,00. Duração: 2b30mln(Livre).a A história de uma família que as preparapara um almoço, o dia da grande refeição e asconseqüências da tumultuada reunião ã mesasintetizam a ação de Babado. Domingo, Segun-da. Mas, para além dessa narrativa, existe asimplicidade do dia-a dia de uma pequenahumanidade que não faz heróis. O espetáculode José Wlikeré popular, simples ecomuniesti-to como desejava que fosse o seu teatro o autornapolitano Eduardo de Feliipo.

r*V DE BRAÇOS ABERTOS — Texto de MariaS*^ Adelaide Amaral. Direção de José PosaiNeto. Com Jucá de Oliveira e Irene Ravache.Teatro Teresa Rachel. Rua Siqueira Campos.143 (236-1113). De 4a a 6a. as 2 Ih; vesp. de 8a,aa 17h-, sáb.. as 2lh30min e dom., as I8h.Ingressos 4a, 6a s dom., a CzS 100,00; veap. de6a. a Cz» 80,00; 6a e sáb.. a Cz» 120,00. Dura-ção: lh46min (14 anos).a A desgastada crise decorrente da lmpossibili-dade da relação amorosa num casal que seencontra depois de anos de separação serviu depretexto a Maria Adelaide Amaral para escre-ver a sua peça formalmente mala sofisticada.Os desempenhos de Jucá de Oliveira de IreneRavache acrescentam ao despojado espetáculode José Possl Neto emoção e humor, oonsegui-

doa atravée de uma integração perfeita nopaloo.VIDA ¦ PAIXÃO DE PANDONAR. O CRUEL —Texto da humor de João Ubeldo Ribeiro, Adap-taçao e direção de Lyscla Braga. Com LuizMaçãs, Carlos Pimentel. Lula Pareto e outros.Teatro do Bolso. Av. Ataulfo do Paiva. 289 (239-1498). 2a e 3a, ás 21h30min; 6a e 8a. ás 17b.Ingressos a Ca» 60,OO. Último dia.

AUMENTO DE SALÁRIO — Texto de QeorgesPerec. Tradução e direção de Paulo AfonsoOriaoUi. Com Chrlatiane Macedo, Edson Ro-oha, Joslaa Amon e outros Teatro Caollda Bec-ker. Rua do Cateis, 338 (266-9933). De 6a a sáb.Aa 21h. dom As 19h. Ingressos 8a e dom a CzS60.00 e 6a e aáb a CzS 80,00.PEDRA, A TRAOEDIA — Texto de Mauro Rasl,Vicente Pereira e Miguel Falabella. Direção deAri Coalov. Com Analu Prestes. Thelma Restou.Stella Freitas e Iaaao Bemat. Teatro CândidoMendes, Rua Joana Angélica, 63 (227-9882).4a, 8ae8a. ás 21h30min. Sábados, ãa 21b30mine meia-noite. Domingos às I8h30min e 2lh.Ingressos de 4a a 6a e domingo, a CzS 60.00 eaáb. aCz» 70,00. Duração: lh20min. (16 anos).

A VERDADEIRA VIDA DE JONAS WENKA —Texto de Bertold Breoht. Direção de Peter Pa-litzaoh. Com André Valli. Lídia Brondi e ogrupo TAPA. Teatro Olérla. Rua do Russel,832 (246-6633). Da 4a a sáb.. ãa 21b30min;dom, ás ISh e 21h. Ingressos 4a e 5a a CzS80,00; 8a e dom, a Ca» 100,00 e aáb e feriados aCa$ 130,00. Estacionamento próprio no hoteLDuração: 2h (14 anos). Até dia 19.

QUARTETT — Texto de Heiner Muller. Tradu-ção de Millor Fernandes. Direção de OeraldThomas. Com Tânia Carrero e Sérgio Britto.Caaa da Cultura Iatui-e Alvim, Av. Vieira Souto,176 (227-2444/ 247-8948)). Da 4a a 6a, ãa21h30m; sabe dom, às 21b Ingressos de 4a a 8ae dom a Cz$ 100,00 e Cz*. 80,00, estudantes; sába CzS 100.00. Duração: lh20min (18 anos). Atédia 2 de novembro.

O DESPERTAR DA PRIMAVERA — Texto de F.Wedeking. Tradução de Luiz Antônio MartinezCorna. Direção de Caca Mourthé. Com os alu-

nos do Tablado. Teatro Tablado, Av. Linnu doPaula Machado, 795 (284-7847). Sáb. ás 21h edom áa 20h. Ingressos a CzS 50,00. Duração:lh45min (14 anos)

DIREITA. VOLVER — ComrM ia do Lau ro CóaaxMunia. Dirocto de Rnbnrto Frota Com MauroMendonça, Roaamnxia Murtinho, Priscila Ca-margo, Elcio Romar e Ana Maria Na-sci montoSilva. Teatro Masbla. Rua do Paeseio. 42 (240-8141). De 4* a 6a. ás 21h; aáb., às 20h o22h30min edom., àa 18ho20h. Ingressos 41* e6a. a CzS 80.00; 6a o dom., a CzS 80.00 e sáb., aCz$ ÍOO.OO. Duração: lh45min (18 anOB).LILY. LTLY—Texto do Borillot o Orédy. Tradu-ção, adaptação o direção de João Bethencourt.Com Eiva Todor, Milton Carneiro, Hélio Ary, IdaGomes e outros. Teatro do Copacabana Palaoe.Av. Copacabana, 291 (255-7070). 4a, 6a e aáb.,ás 21b30min:6a. ás 17h o 21h30min; dom. ás18h e21b30min. Ingressos 4a, 6'edom. a CzS 'ÍOO.OO; 6a e aáb. a Cz$ 120,00. Duração:2hl6min (18 anos)THE MDXADO — Operota de WUliam S. Oilberte Arthur Sullivan. Com o grupo The Players.Rua Real Orandeza. 98 (256-4433). De 6a a sáb,ãs 20h30min e dom às 18h. Ingresaoe 5a a C$120,00 e de 6* a dom a Cz8 8O.00 e CzS 50,00,estudantes.A DIBPDTA — Texto do Marivaux. Direção deLuiz Antônio Martinez Corroa. Cora MarcusAlvise, Aldo Musse, Luca Rodrigues e PriscilaDuarte. Parque I-oge, Rua Jardim Botânico,414 (226-1878). 8a. ás 2lh;i0min; Slib. ás 20h o22h;dom,áa inh o 21b. Ingressoa a CzS 80.OO,Cz» 50,00, eatudantee e Cz$ 60,00, classe artís-tica. Até dia 30. Caso chova não haverá espeta-CÚlO.VAMPÍRIA — Texto de Tacua. Direção do Car-loa Gregório. Com Carlos Arruda, MariBa Cor-valho, Cândido Darnm, Lu Meireles, MarkusAvaloni e outros. Teatro da Galeria, Rua Sena-dor Vergueiro, 83 (225-8846). De 5a a dom., ás21 h30min. Ingressos a CzS 80,00 e CzS 80,00,estudantes.NaHLA TAVARES, EU SOU UMA MULHER —Coletânea de textos sobre 19 personagens fomi-nlnos, de autores brasileiros e estrangeiros.

apresentados por Neila Tavares. Sobrado doVlro do Ipiranga, Rua Ipiranga, 54 (225-4782)5a e 6a. àa 18b30min. aáb e dom, ás 17h30min.Ingressos a CzS 120,00 e CzS 50,00, estudan-toa. Duração: lh30min (14 anos).

MULHER. MELHOR rNVE8Tn»IENTO — ComrS-dia de Ray Cooney. Adaptação de João Bethen-court. Direção de José ReDato. Com CHávioAugusto. Maria Isabel de Lizandra. CristinaMullins. Rogério Cardoso e outros. Teatro Va-

nuool. Rua Marquês do S. Vicente, 52 (238.8545) De 4a a 6a. ás 2! hatlmin; sáb. ás 20b o22h30min e dom. ãs 10b e 2lb30min. Ingrea-«os 4a. 6a o dom a CzS 80,00 e 8* a CzS 100,00 oaáb a CzS 120.OO. Duração: 2h. (16 anos).

A HONRA PERDIDA DE KATHAJUNA BLUM— Texto de Henrich Boll. Adaptação de Marga-reth Von Trotta. Direção de Luís Carlos Ripper.Com Juliana Carneiro da Cunha. Hersou Carpi,Ada Chaseliov, Carlos Gregório, Ivone Hoff-mann e outros. Teatro Qlauolo Olll. Pca Car-deal Arooverde. 8/n° (237-7003). Do 4a a 8a. ás2ih30min; aáb, ãs 22b: dom, ãs 18h30mín. e21h. Ingressos 4a a CzS 60,OO; 5a o dom a CzS80,00; 6a a CzS ÍOO.OO e sáb a CzS 120,0o.

O BOULEVARD DO RISO — Comédia de GworgoCoppée. Direção de Paulo Afonso de Lima. ComCláudio Oonzaga. Lair Torres. Marcos Jardim oRegina Rodrigues. Teatro de Bolao. AurimarRocha. Av. Ataulfo do Paiva, 269 (238-1498).De 4a a 6a. as 21hl6min; aáb. ás 20h e 22h edom. ás 20h. Ingressos de 4a a 8a e dom a CzS70.OO e CzS 5O.0O. estudantes; sáb a CzSÍOO.OO. Classe teatral a CzS 30.00.

RAPAZES — Texto do Ronaldo Reis Direção deYvone Hofftnan. Com Rubens Araújo, LurdesMoraes, Samantha, Sérgio Mala e outros. Toa-tro Alasca, Av. Copacabana. 1241 (247-8842).De 4a a 6a e dom áa 21b30min; sáb. ás 2Zh emeia noite; dom, ãs 19b. Ingressos 4a, 5ae doma CzS 70.O0; 8a a CzS 80.00; sáb a CzS 100,00.Duração: IbSOmin (18 anoa)

ADÃO E EVA — Comédia musical de MarcoAntônio Campos e Eduardo Roessler. Com ogrupo Papel Crepon. Teatro da UFF. Rua Mi-

guel de Frias, 8. Niterói. Do 8a a dom, ás 21b.Ingressos a CzS 50,00. Até domingo.

08 MENK8TRE18 — Música, teatro e dança deOswaldo Montonogro. Com Oewy,ldo Montono-gro. Madalena Salloa. José Alexandre. Raimun-do Lima e outros Teatro Abel. Av. RobertoSilveira 28 (718-5711). Do 5a a dom. ás 21h.Ingressos 5a a CzS 70,00; de 8a a dom. a Cz$ÍOO.OO. (14 anoa). Até dia 19.

MEMÓRIAS DE UMA CAFETTNA — Texto 0direção de Brigitte Blair. Com Alex Mattos. JairPinheiro. Walter Costa, Patrícia Blair e outros.Teatro Berrador. Rua Senador Dantas. 13 (220-5033). De 4a adom, ãs 18h30min e 21hl5min.Ingressos do 4a a 6° a CzS flO.OO e sáb e dom, aCzS 80.00. Duração: lh30min (18 anoo)

O PERU — Comédia do Ooorgo Feydeau, Adap-tação de Jucá de Oliveira. Direção de Jo&éRenato. Com John Hebert, Edwin Luisi, AngelaVieira, Francisco Milani. Djenano Machado,Felipe Carone o outros. Teatro Oinãstloo, Av.Oraça Aranha. 187 (220-8394). Do 4a a 8a. às21b: sáb. ás 20b e 22h30mln; dom. ás 18b e21h. Ingressos 4a e 6a a CzS 40,OO; 0a e dom aCzS S0.0O: sáb a CzS 80.00. Duração: 2h (18anos).

TRAIR E COCAR... É SO COMEÇAR — Texto deMarcos Caruso. Direção do Atttlio Rícco. ComAngela Leal. Marilu Bunno. ELiaángela. FátimaFreire, Adriano Roys e outros. Teatro PrincesaIsabel. Av. Prinoeaa Iaabel, 186. Da 4a a 8a odom. ás 21bl5min: sáb, ás 20b e 22b30min:vesp de dom. às 18h. Ingressos 4a. 5a o dom aCzS 80,00; 8a e aáb a CzS 80,00. Duração: 2h(16anos).

FÉRIAS EXTRACONJUO ATS — Comédia de Do-nald Churohill e Peter Yeldham. Direção deAttilio Riccó. Com Ewerton de Castro. TamaraTaxxnan, Ciasa Guimarães, Mario Cardoso. So-iange Couto, Adele Fátima e Henrique Taxman.Teatro da Praia, Rua Francisco Sá. 88 (267-7748). De 4a a 6a e dom, as 21hl5min sáb, ãs20h e 22h30min e vesp de dom. ãs 18h. Ingrea-sos 4a a CzS 8O.O0; 5a e dom. a CzS 100.00 e 8a eaáb. a CzS 120.O0. Duração: 2h. (16 anos).

CRIANÇAA CABA DO BODE — Texto de J. Carlos Lisboa.Direção de Elisa Simões. Sala Vlanlnha (UNE).Rua do Catete, 243. Sáb. e dom., áa 17h. Ingrea-aos a CzS 20,00.

O CASACO ENCANTADO — Texto de LúciaBenedetti. Direção de Suzana Rosman e MaluAlexim. Teatro do Colégio fl. Agostinho, NovoLeblon. Sáb. ás 17h e dom., áa 18h. Ingressos aCzS 20.00.

Á BELA BORBOLETA — Texto de Ziraldo.Direção de Cario Arruda. Musica de OswaldoMontenegro. Teatro Caaa Orande. Av. AfrániodB Melo Franco, 290 (239-4046). Sáb. e dom., aaÍ6h- Ingressos a CzS 60,00.O JARDIM ENCANTADO — Texto e direção deArlette Ribeiro. Solar da Imperatria, Rua Pa-checo Leão, 2040. Horto (294-7208). Sáb. edom., ás íeh e I7h. Ingressos a CzS 30,00.

r*V PEDRO E O LOBO — Adaptação de Deni se•VCrlspun. Direção de Beto Crispum. TeatroCândido Mandes. Rua Joana Angélica. 83 (227-9882). Sáb, ás I7h e I8h30min e dom, ãs 18h.Ingresaoe a CzS 3O.0O.

¦ Prokoffiev ficaria surpreso mas não desapro-varia esta versão ipanemenae de aeu conto

russo. Para os bem pequsnoe, uma diversãosegura.

|-»V FLOTT, O FANTASMDÍHA — Texto e dire-ly* çâo de Maria Clara Machado. Teatro Tabla-do, Av. Lineu de Paula Machado, 796 (294-7847). Sáb. e dom., ás 17b. Ingressos a CzS16.00. Até dia 9 de novembro.

Clássico de Maria Clara em sua 4° versão porela mesma, mantém nova em 30 anos de paloo aversão lúdioa e critioa do mundo visto pelacriança:

rKoOVO DB COLOMBO — Texto de Marflia•v' Oama Monteiro. Direção de Marcelo Barre-to. Teatro Benjamln Conatant, Av. Pasteur, 360(296-3448). Sáb. e dom., áa 17h. Ingressoa aCzS 30,00.

Musical infanto-Juvenil sobre obstinação deum menino que acreditava no futuro e em aimesmo, a ponto de convencer os reis da Espa-nha a lhe entregarem trás caravelas que olevaram a deeoobrir o Novo Mundo. Bonitarealização plástica e muaioal.

r*V HISTÓRIA DE LENÇOS E VENTOS—Tex-•V to de Do Krugli. Direção de Maria LuiaaPrates. Com o grupo Chá oom Mel. Teatro laa

Pratas, Rua Francisco Otaviano. 131 (887-0663). Sáb e dom, Aa 17h. Ingresaoe a CzS20,00.

Peça que maroou o teatro Infantil na décadade 70, volta agora oom nova montagem, guar-dando a atualidade de asu texto.

I*.0 MÁGICO DB OZ — Original de Lyman»_»* Franl Baum. Adaptação de Nelson Wagnere Franoia Mayer. Direção de Waldez Ludwig.Teatro Caaa Orande, Av. Afránio de Melo Fran-oo, 290 (239-4046). 84b e dom, ãa 17h30min.Ingresaoe a CzS 40,00.

Versão da historia Já olaaaioa, em que otrabalho doa atores pontifica no espetáculo.

O MENINO ¦ O SONHO — Texto e direção deHumberto Abrantea. Teatro do América, RuaCampos Sales, 118 (234-2088). Sáb. e dom., áa17h30min. Ingresaoe a CzS 30,00. Até do-mingo.PUXA, QUE BBDXA — Texto de Sônia Praze-ree. Direção de Beto Crispun. Teatro do Plane-tárlo, Av. Pe. Leonel Franca, S40 (274-0098).Sáb., as 16h e dom., àa 17h30min. Ingressos aCzS 30,00. Até domingo.NO MUNDO DOS BONB—Muaioal ds FernandaQuinderè e Lula Boa. Direção de Antônio Oras-ai. Teatro VUla Loboe. Av. Prinoeaa Iaabel, 440(2764696). Sáb, áa 17h o dom, áa 16h. Ingrea-aoa a Ca» 60,00.

VKRDK QUE TI QUERO VER — Muaioal deI

Wm^0tm9m)àfÊÊMg—f Ilal^T^fJ****}^^^"^1! l"J*k<r^rTT^VaAJI^[lsl WÊm\\\\\\\\\\\\Wmmmt^^^ ' -.L. ^m

SJ BtlsWWÉtaMBfcSWRBBJ 4JQ m.*»lpHRM£-*> I SmSI ¦¦ *i*Mm\ \mm\k ¦¦¦

I setrwsvsu *^sVÉ ^¦ÉÉlÉÉBjÉiÉÉiÉH^^H "°~yÊÊtft&' ¦ **^M\ W\ W\H jdgoraum teste «aasEav LbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbÍ f \ <J ErvlPJ ^rÕ yfllajr... l^r aBBBBBBBBBBBBBBBBaH V ¦<& ^^Éi \w^^^ Mm^¦saal UflvQ fOCTNlO ^M ^sV em ^T sssssV ¦¦¦ ,<(¦¦ ^^asssEaaalr^ r- ^I^BI Amerrcono de liailliyKjrjlJ^^ ¦¦ H . 0w* 'w' A H

I liai- -^Ef^^ll saaatsTEr*^^ áaBaTVBBai B^IsbT ^ vlVj ¦¦

I ^^WWirV^Srr^^^^r^S SISSYSPACEKKE\aNraiNE~V10LETSARE BLUt"H luWIlifilíT'\'l4,IIIilkil.y.:ll2 III *Fil 3il IMliriMEa bonniebedelia sí ralfbode -. patkick williams ..-.¦;. rogerm. rothsteinI —A^-iiLfJCÍállSrJijiM V?/ J V'1 Jiilfil fisUal mi\ Q '"-NAOMI TONER : MAKYKAY POWEIX -: JACKFISK

Miwiiii.,KmmwaniHar MM ||0*âJE HOráríOS DíVôrSOS r iPâNFMA \¦ BBIaTM-Wai WiMti'»»lMB«^.,rlt01 _«. MIBIwElli| ¦¦

*•»***«? tãa< I IrANfcMM |fj ^..a-ia-HS ^..mtm.masm.^.mnwm ¦.¦«»•« T--r£*i|PJ ________

^^^^ ^ÂM |»^"aqo 1 [tasashoppingl f TIJUCA | I ICARAI ]|

Paulinho Tapajós e Edmundo Souto. Direção deRoney Villela. Teatro Tereaa Rachel, Rua Sí-queira Campos. 143 (236-1113). Sáb, ás 17h edom. áa íeh. Ingressos a CzS 40.O0.

- A OEMA DO OVO DA EMA — Espetáculo deatores e bonecos de Sylvia Orthoff. Direção deTuninho Rocha. Espaço DCE, da UFF, barcasde Niterói (717-8O80). Sáb. e dom., ás 17h.Ingressos a CzS 30,00.

-O REI MAOO — Texto de Thlago Santiago.Direção de Lúcia Soares. Músicas de CaiqueBotkay. Teatro Qlauolo Olll, Pça Cardeal Arco-verde, s/n° (237-7003). Sáb, ás íehe 17b30mine dom, às 18h. Ingressos a CzS 40,00. Domingoaa crianças pagam CzS 20.00.

FADA DO LAOO AZUL n — Texto de Limachem. Chorem. Teatro Imperial. Praia de Botafogo.624. Sáb. edom., áa 17h30min. IngresBOBaCzS2O.00. Acompan—__nte não paga.

BBtP E RBQ — Espetáculo de atores e bonecoscom texto de Arnaldo Miranda Direção de IvanMerlino e bonecos de Marcflio Barroco. Teatrodo Seso da Tijuca. Rua Barão de Mesquita, 639(208-6332). Sáb áa 17h30min e dom. ás 16h eI7h30min. Ingresaoe a CeS 30.00.

FIO DE LINHA — EapntAculo de atores e boné-cos de Diana Ribeiro e Marilda Kobacbuck.Direção de Alice Koenow. Teatro Ipanema, RuaPrudente de Morais, 824. Sáb e dom, ás 17h.Ingressos a CzS 40,00.

BOM-DIA ALEGRIA — Musical de Pau li no Lui-es Milek. Direção de Caca Silveira. Músicas deCalque Botkay. Teatro da Galeria, Rua SenadorVergueiro, 93 (226-8846). Sáb. ás 17h e dom, áa18h. Ingressos a CzS 30,00.

JOAOZTNBO E MARIA NA FLORESTA MAQI-CA — Direção de Jair Pinheiro. Teatro BrigitteBlair, Rua Miguel Lemos, 61 (521-2968). Sáb. edom., àa 16h. Ingressos a CzS 30.OO.

MENINO DO EGITO — Texto de Paulo CésarCoutlnho. Direção de Carlos Wilson. Figurinos

' de Kalma Murtinho. Teatro Glauco Rocha, Av.Rio Branoo. 179 (280-0269). Sáb. ás 17h e dom.ás I6h. Ingressos a CzS 26.O0.

CASAMENTO NA FLORESTA n — Musicalcom texto e direção de Manasses Sessanam.Teatro do Tijuoa Tênis Clube, Rua Cde. deBonfim, 461 (268-1012). Sáb. ás 17h30min edom. àa lOhaomin. Ingressos a CzS 30,00.

O RAPTO DAS CEBOUNHAB — Texto do MariaClara Machado. Direção de Humberto Abran-

toa. Teatro de Bolso Aurimar Rocha, Av. Ataui-fo de Paiva, 289 (239-1498). Sáb. e dom. ás17h30mlxL Ingressos a CzS 50.00.

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS — Direçãode Jair Pinheiro. Teatro Brigitte Blair, RuaMiguel Lemos. 61 (621-2966). Sáb e dom, ás17h. Ingressos a CzS 30,00.OS TRÊS PORQUINHOS E O LOBO MAU —Direção de Jair Pinheiro. Teatro Brigitte Blair.Rua Miguel Lemos. 61 (621-29BB). Sáb e dom,ãs 18h. Ingressos a CzS 20,OO.

AS MINAS DO REI AURINO — Texto de MárioPontos Direção de José Lavigne. Teatro Cacil-da Baoker, Rua do Catete, 338 (266-9933). Sáb.e dom., ás 17h. Ingressos a CzS 25,00.

SUJO NO OLIMPO — Adaptação de Aristófanespor Cláudio Torres Oonzaga. Teatro do Plane-tárlo. Rua Pe. Leonel Franca, S40. Sáb. e dom..ão 17h30min. Ingressos a Cz$35.00. Domingoas crianças pagam CzS 20,OO.

PASSA. PASSA, PASSARÁ — Musical de AnaLuiz Job. Direção de Roberto Frota. Músicas daAntônio Adolfo, Paulinho Tapajós e Xico Cha-ves. Teatro Vanuool, Rua Marquês de 8. Vicen-ta. 52. Sáb. e dom., ãs 17h. Ingressos a CzS30.00. Até domingo.

VAMOS BRINCAR DE CIRCO? — Texto e dire-ção de Sallo Tcbe. Teatro A.8.A.. Rua 8. Cie-menti), 166. Sáb. edom. ás 17h. Ingressos a CzS30,00. Domingo os crianças p^g**™ CzS 20,OO.Estacionamento próprio.

OS PALHACrNHOS TRAPALHÕES — Texto edireção de Procoplo Mariano. UNE. Rua doCatete. 243. Sáb e dom, áa 18h, Ingressos a CzS30,00.

VIAGEM A MONTANHA ENCANTADA — Tex-to e direção de Limachem Cherem. Teatro doSeso de Meritl, Rua Tenente Manoel AlvarengaRibeiro, 66 (766-4616). Sáb e dom, áa 16h.Ingressos a CzS 1&.00.

A CASA DE CHOCOLATE — Texto de NazarethRocha. Direção de Wagner Lima. Teatro doAmérica. Rua Campos Sales, 118 (234-2088).Sáb. e dom., ás 18h. Ingressos a CzS 30,00. Atédomingo.

A FADA BENFAZEJA PROTETORA DASCRIANÇAS — Texto de João Carlos Rodriguoa.Direção de Luna Brum. Teatro do Tijuoa TênisClube. Rua Cde. de Bonfim. 461 (268-1012).Dom. ás 17h30min. Ingressos a CzS 2O.O0.

O OUARDA-CHTJV A MÁGICO — Texto e direçãode Paulo Afonso de Lima. Oba-Oba, Rua doHumaitá. 110 (286-9848). Sáb e dom. ás 17h.Ingressos a CzS 70,00, com direito a lanche.MICKET E PATETA EM APUROS — Com ogrupo Carroaeel. Teatro da Cidadã, Av. Epitá-cio Pessoa, 1864 (247-3202). Sáb.. o dom., áalâh. Ingressos a CzS 30.0O.FBJSNDAS DE AMOR — Conto de Todas, enco-nado por bonocos, com texto e direção de ZéCarlos Meirelles. Teatro VÜla-Loboa. Av. Prin-cosa Isabel. 440 (276-6696). Sáb. e dom., ás17h. Ingressos a CzS 30.00.BOZO — Apresentação do palhaço Scala, Av.Afránio de Melo Franco, 288 (239-4448). Sáb edom, ãs 17h. Ingressos a CzS 80,00, com direi-to a refrigerante, iogurte e sanduíche. O salãoabre ãs 14h.

PÀO DE AÇÚCAR DAS CRIANÇAS — Progra-inação: palhaço Melancia, grupo Salame Min-gué, banda de bichos e discoteca. Sáb o dom. ãs18b. no Morro da Uroa. Av. Pasleur. S20.Ingroeaos só do bondinho a CzS 12.00 e CzS8,00, crianças de quatro a IO anoe.

OUTROSA KARA DO KARAOKB — Sáb.. ás 16b e dom.ás 16h. danoeleria e vídooa. Apresentação doKilto Fiore. Ingressos a CzS 2O.O0. Manhattan.Av. Monezea Cortes, 3020 (392-8757).

FETRA DO LIVRO INFANTIL E JUVENIL —Stands com livros e apresentação de banda demúsica, contadores de histórias, dosfile do ani-'mais entre outras atividades. 8smbrV.romo. Do2a a 5a, das 10b ás 18h, do 8a a dom. daa lOh ás21h. Atá domingo.BABADO NO CENTER — Apresentação do Clu-be da Alegria, dupla Teco Teco e auaa Palhaça-das. o mágico Tio Denny e outras brincadeiras.Sáb. a partir daa 1 lh. Rua Moreira César, 265,Niterói.A TURMA DA MÔNICA — Teatrinho. pescaria,labirinto e outras brincadeiras. Barrashop-plng, Av. daa Amerioaa, 4888. Diariamente apartir das 10b e até dia 31.

JARDIM DAS CRIANÇAS — Aprosentacáo doLuiza Monteiro em Rapunsel; além do gincanade pintura e plantio de flores. Jardim Botânico,Rua Jardim Botânico, 1008. Dom..ãs9h30min.Entrada franca.JOGOS DíDlQEN AS — Brincadeiras dos peque-nos Índios das tribos Macuxi e Tiriyo. Sáb. edom., ás l&b. Entrada franca. Rua das Palmei-raa, 55.

.TB OPUS 95ÚNICA APKHS1 NI ACAO

APRESENTA QUARTETOSIBÉLIUS

Recital MOZART - BEETHOVEN - SIBELIUSWF A 10 DE OUTUBRO- 21 horas

r mm\ Saia Cecília Meirelesf INGRESSOS NO LOCALPjjjjyfj INFORAAAÇÕES: 205-8344

95A ! 1 0 1

JORNAL DO BRASIL

UEMPERDE

OJORNALDOBRASILPEROEUMP0UC0D0

MUNDawJORNAL DO BRASIL

JORNAL DO BRASIL

TJEUETVISAO

FIM DE SEMANA sexta-feira, 10/10/86 o CADERNO B o 9

Receita infalívelCora Rónai

Embalado no sucesso de Ar-mação ilimitada, vai ao ar hoje,às 22h30min, Uma odisséia daturma, o novo especial super-jovem da Globo: a história deuma busca ao tesouro, tempe-rada com mistérios, códigos se-cretos e perseguições, enfeitadacom ultraleves e asas delta —todos os ingredientes, enfim, deuma receita infalível. Arruma-dos, por ultimo capricho, nocenário deslumbrante da PedraBonita.

A "turma" do título é umgrupo de crianças que moranum condomínio da Barra eque, um dia, se surpreende comum velhinho num ultraleve,perseguido por dois homens deasa delta. Ao ser socorrido pe-ias crianças, ele revela o motivoda perseguição: a existência deum tesouro na Pedra Bonita.Os homens de asa delta sãomembros da terrível seita dosVoadores Negros, que quer seapoderar deste tesouro, umanel deixado pelos vikings, pa-ra destruir o mundo. A partirdai, começam as confusões.

Escrito por Antônio CarlosFontoura, e dirigido por Rober-to Talma (que fez, recentemen-te, o ótimo Cida, a gata roquei-ra), Uma odisséia da Turmasegue a linha agitada, de nisto-ria em quadrinho, que serviu deinspiração para Steven Spiel-

berg nos Goonies e nos Caçadores da arca perdida, e que é amarca do sucesso de Armaçãoilimitada. Segundo AntônioCarlos Fontoura, o segredo doprograma é a sucessão de aven-turas inteiramente fantásticas,vividas por pessoas absoluta-mente comuns.

Em principio, o programa éapenas um especial; mas já trazembutidos os elementos para asua eventual transformação emseriado, a partir da própriaidéia central — uma turmasempre disposta a aventuras. Agrande surpresa da noite ficapor conta da participação deDenise Stoklos, no papel de li-der dos Voadores Negros.

Já a TVE, dando continuida-de à sua programação das sex-tas independentes, apresentahoje um especial BenjaminBritten. Um dos mais impor-tantes compositores contempo-râneos, e maior nome da musi-ca erudita inglesa do séculoXX, Britten se destacou parti-cularmente pela sua produçãode câmara. E exatamente umaamostra desse seu trabalho quea TVE pretende mostrar, atra-vés da Orquestra de CâmaraBrasil Consort. Regida por Ro-berto Duarte, ela apresenta aSinfonia simples, obra de ju-ventude mais conhecida docompositor, e As iluminações,para soprano e orquestra, comsolo de Carol MacDavit.

St liffiUa^aH la^Haan&l^l'l-JiÍLrMI<ii ' ' dlUr^a^aaaHES i*i****af**..Í*í?W*j*B fSmmm^mm\JÍ^âJ'^m^n^^Ba WulfíSi''

\l .ljh^a^i*Bak8u*********l L***W - *H aa^K JalialSâiasasV L^HÍ'- ¦ Bã^lfflpPn^P^ v.^-1"1"

******L aa^a^lKS^flflnBafflHF" "^* -"?f? a^aWh'a«^B^B^B^fc"^5^ríí' '] '^HÉiSflErtSllHKrM t-,"':"j

^¦BHH *^Ek.JkÍpl^Í'it^tÍU.. :È~lt «-',-»;«^ÈW^Rwm .'¦'¦¦?"

' '" ¦ S*- -' ¦¦

Sob ameaça de morte, Dennis Weaver,Encurralado, canal 4, OhOSmin

FILMES DA TV

Terror nasPaulo A. Fortes

FEITO

para a TV, En-curralado (Tv Globo,0h05mln) chegou aos cine-

mas do mundo Inteiro, transfor-mou-se num cult movie, rendeu 9milhões de dólares aos produtores elançou para a fama um dos maisimportantes nomes do cinemaatual: Steven Spielberg. Ele dirigiuEncurralado quando tinha 24 anosde idade, e fez uma obra-prima desuspense, tensão e emoção. Dentroda enorme jamanta, que persegue oinocente caixeiro viajante pelas de-sertas estradas da Califórnia, pare-

estradasce estar escondida toda a maldadedo mundo.

Amanhã, a programação abrecom uma ótima comédia: Os russosestão chegando (Tv Manchete —17h), que satiriza o pânico irracio-nal dos americanos durante os anosda guerra fria. Ainda amanhã, te-mos Errol Flynn em Capitão Blood(Tv Globo, 2h45min), clássico dlri-gido por Michael Curtiz, recente-mente exibido em nossos cinemas.No domingo, uma das melhores co-médias musicais da Metro: Alta so-ciedade (Tv Manchete, 13h), dirigi-da por Charles Walters, com musicade Cole Porter, as vozes de FrankSinatra, Bing Crosby e Louis Arms-trong, e a beleza de Grace Kelly.

D OS DE HOJEAS AVENTURAS DE FREDDIE

TV Olobo — J4h20min

(The adventuros of Freddie) produção ameri-canada 1077, dirigida porHy Avorback: Elon-co: Michael,Burns, Dick Blasuccí, Jane Con-nell, Keene Curtis. Cor.Ação. Cientista brilhante mas melo desligado(Burns) descobre nova fonte de energia, masbriga com seus chefes, quando descobre queeles querem lucrar com a invenção.

A OANO DOS DOBKRMAN8TV Rocord— 15h

(The dobermana gang) produção americanadirigida por Byron Chudnow. Elenco: ByronMabe. Hal Read. Julie Parriab. Cor.

Ação. Aesaltanteo roubam bancos, utlli-lando para lato oaes doberman eapeolaimentetreinado*.

SEMENTES DO MALTV Record — 21h35min

(The eeeds of •wU) produção americana dirigi-da por Dlm Kay. Elenco: Katharine Hough-ton, Joel Dalesandro. Cor.

Terror. Slniatro Jardlnelro tenta possuir apatroa oom a ajuda de suas flores diabólicas.Despedido, vai trabalhar em outro jardim on-de tudo se repete. Sua nova patroa atira nele,que se transforma em árvore. Ela bota fogo naarvore, acabando assim com o mal.

O CÀO DOS BABKKRVILLES

(The hound of the Baakervllles) produção in-glosa de 1950, dirigida por Terence Fischer.Elenco: Peter Cushlng, Christopher Lee.

Ao*o. Sherlook Holmea (CushiiiR-) é cha-mado por aristocrata (Lee) para resolver anti-ga maldição que pesa sobre sua família: há200 anos membros da família Baskervilleencontram morte horrível nos pântanos, devo-rados por enorme e apavorante cão.

ENCURRALADOT» Olobo — ObOBmln

(Duel) produção americana, de 1972, dirigidapor Steven Spielberg;. Elenoo: Dennis Waover.Jaqueline Scott, Eddie Fireatone, Lou Frizzelli.'Cor

Baspsnss. Caixeiro viajante (Weaver) viaja

para a Califórnia. Na estrada, paaaa a aer perae-guido por enorme oaminhao-tanque que pareceter vida própria e querer matá-lo. Feito para aTV.

HORAS PERDIDASTv Manchete — ohaomin

(Stolen houra)produo4o americana de 1983.dirigida por Daniel Petrie. Elenco: Suaan Hay-ward, Miohael Craig-, Diana Baker, BdwardJudd. Paul Rog-ers.Cor.

Drama. Mulhur rica e boêmia (Hayward)descobre, durante festa, que esta gravementedoente. Módico (Craig) sente-se atraído por ela,mas não esconde que seu caso ó muito gravo*.Legendado.

A MULHER DO SUICIDATv Bandoirantes — lhlOmin

(The suicide*» wifo) produção americana de197B. dirigida por John Nowland. Elenco: An-gie Dickinaon. Oordon Pinset. Peter Donat,Todd Loocklanrf.Cor.

Drama. Professor (Donat) se mata ínespera-damente. Antes, porém, zera sua conta no ban-co, deixando a esposa (Dickinson) com dificul-dades financeiras para orlar o filho de 13 anos(Loockiand).

QUANDO O STRTP-TEASE COMEÇOUTv Olobo — lb40mln

(The night they raided Mlnaky'») produçãoamericana de 1908, dirigida por William Fried-kin. Elenoo: Jason Robarda, Britt Ekland, Nor-man Wisdon. Cor (07 min).

Comédia. Na Nova Iorque de 1928, teatroburlesco está indo á falência quando surge belae ambiciosa bailarina, disposta a tudo paravencer no show-bin. Durante uma apresenta-çáo ocorre um incidente, do qual ela se aprovei-ta para lançar o stxip-teaae.

AS8AS8TNO A PREÇO Í1XOTv Olobo — 3h26min

(The nteohanio) produção americana de 1972,dirigida por Michael Winner. Elenoo: Charle*Bronson. Jnn Michael Vlnoent, Keenan Wynn.Jlll IreLand. Cor (ÍOO min).

Ação. Matador profissional (Bronson) fazamizade oom o filho (Vincent) de uma vitima einicia-o na profissão de assassino e na "organi-

saçao" para a qual trabalha. Após uma missão,é marcado para morrer e o escolhido para mata-lo é aeu discípulo.

A LOTERIA DO AMOR

Tv Olobo — 8h

(The lore lottery) produção inglesa de 10&3.dirigida por Charles Crichton. Elenco: DavldNiven, Herbort Lom, Peggy Ciimmlnga. Cor (89min).

Comédia. Famoso ator de cinema (Niven).multo endividado, aceita participar de um con-curso que dará á vencedora o direito de casarcom ele.

ARTES PLÁSTICAS TELEVISÃOJEMTLE DD3AN — Escultura», deeenhoa e pin-turaa. A.M.C. Oaleria de Arte, Rua Marques de84o Vicente. 62 — loja 180. Do 2"a a 6a. dan 9haa lSh. Último dia.

gABLá VIDAL — Esculturas om cimento. Cã-mar* Municipal do Rio de Janeiro, Clnelandia.De 2» a 8», daa 10b aa I8h. Ultimo dia.

NAOYR — Pintura*. Eaoola Municipal AnneFrank, Rua Pinheiro Machado, 190. Do 2* a 6\daa 12h àa 17b. Ultimo dia.

IVANraOBRALDO VIANNA—Deeenhoa. Con-«rapou» Oalerla d* Arte, Rua Viaconde dePirajá, 82 — loja 211. De 2* a 6», da* ÍOh asI9h. Babados, das ÍOh aa I3h. Último dia.

UNIVERSOS — Coletiva com obras de VllmarRodrigues, Paulo Simões, Marly Faro e outros.Liana Lonardelli, Rua Marquês de Sao Vioento.87. De 2a a 6*. das 9h ás 18h30min. Sábados,daa 9b áa 13h. Último dia.

FLÀVIO 8BTRÓ — Pinturas sobre papel. Oale-ria Estampa, Rua Visconde de Plrája, 82 — loja106. De 2* a 6a, daa 9 ta ás 19b. Sábados, das 9hàa 13b. Até amanha

FLÀVIO SHTRÓ — Pinturas. Oaleria Barama-nha. Rua Marques de Sao Vioante, 52 — loja185. De 2a a 8a, daa ÍOh àa 21h. Sábados, dasÍOh áa 18h. Até amanha.

FANO — Pinturas. Oaleria Bonlno, Rua BarataRibeiro, 078. De 2a a sábado, daa ÍOh às 12h edaa 16h àa 22h. Até amanha.

FLÀVIO TAVARES — Pinturas. Way Oalerla deArte, Av. Armando Lombardi, 33. De 2a a 6a,das 13h às 2lh. Sábados, daa 10b àa 18h. Até

MARA TAQLIARI — Pinturas. MC Artes Plástl-«,**, Estrada da Barra, 1.638 — Loja O. De 2a asábado, daa I4h ás 22h. Até amanha

CLÁUDIA KLTNO — Fotografias. Rio DealgnCantar. Av. Ataulfo de Paiva, 270. De 2a asábado, daa ÍOh áa 22h. Domingos, das 12h às20b. Até domingo.

MAROARBT MEB — Aquarelas. CentroCultural do Jardim Botânico, Rua Jardim Bota-nioo, 100S. Diariamente, das 8h àa 17h. Atédomingo.

AMAURT CHAVES — Pinturas. Oaleria OUviaKann, Rua Viaconde de Pirajá, 351 — loja 106.De 2a a 6a. das ÍOh às 21h. Sábados, das ÍOh as14b. Até segunda.

ROBERTO QARCIA — Fotografias. Restauran-tas Maria Maria, Rua Barão de Itambi, 73.Diariamente, a partir das 19h. Até segunda.

MARTLT CINTRA OPPERMANN — Instalaçãocom objotoa porcelanizadoa. Oalerla Ma-ounaima. Rua Araújo Porto Alegre, esquinaoom Rua MéxLoo. De 2a a 6a, das lOhSOmin áslBhSOmin. Até dia 14.

ARTISTAS ARGENTINOS EM RIO — Coletivade desenboe, gravuras e pinturas de váriosartistas argentinos. Oaleria do SESC da Tijuca,Rua Barão de Mesquita, 539. De 3a a 8a, daa 13hás 21b. Sábados e domingos, dss ÍOh ás 22b.Até dia 14.

CARMEN BARROS — Esculturas. Rio OthonPalaoe, Av. Atlântica, 3.264. Diariamente, das14h às 22h. Até dia 15.

MARIA PEREIRA — Tapetes e pinturas. Eapa-ço Carmem Miranda do Botai Nacional, Av.Niemeyer, 769. Diariamente, daa ÍOh ás 21.Até dia 15.

SÉRGIO MATTA — Deeenhoa e pinturas. Oal-eria Paulo Cunha, Av. Ataulfo de Paiva, 136 —loja 102. De 2a a 8a, das ÍOh às 19h. 4a até as2lh- Sábado», daa ÍOh àa 14h. Até dia 15.

I MOSTRA CHRIBTIAN DIOR DE ARTE CON-TEMPORÂNEA — Pinturas de 29 artistas, en-tre eles Alexandre Daoosta, Aluisio Carvão,Dionísio Del Santo, Hlldebrando de Castro,Ivald Oranato e outros. Paço Imperial, PraçaXV. De 3a a domingo, daa 13h áa 19h. Até dia15.

TERESA COELHO CÉSAR — Pinturas. Sala deExposições Cândido Portlnarl, Rua Sáo Fran-cisco Xavier, 524. De 2a a 6a, das 9h às 22h. Atédia 16.

JARRAS MEDEIROS, ORLANDO RAFAEL ETOLANDA FRBTRB — Pinturas. Oalsrla deArte D3EU, Av. Copacabana, 690—2o andar. De2a a 6a. das I2h às 21h. Até dia 16.

PROJETO ARTE BRASILEIRA — Originais ereproduções fotográficas de Pedro Américo.Timótheo da Costa, Caatagneto, Viaoonti e ou-tros. Oalerla Sérgio MllUet s Rodrigo M.F. deAndrade. Rua Araújo Porto Alegre, 80. De 2a a8a, das 10h30m àa 18h30m. Até dia 16 deoutubro.

EDUARDO IOLKSIAS — Pinturas. RealidadeOalsrla ds Arte. Av. Ataulfo de Paiva, 136 —loja 226. De 2a a 6a, das 1 lh às 20h. Sábados,das llh àa íeh. Até dia 17.

LOIO-PEBSIO — Pinturas. Oalsrla AM Nie-meyer. Rua Marquês de Sáo Vioente, 52 — loja205. De 2a a 6a, daa ÍOh àa 22b. Sábados, daaÍOh às 18h. Até dia 17.

CANAL 28:O0 Propaganda Eleitoral9:00 TVE na Escola — Para professores8:15 TVE na Escola — Pré-oscolar à 4* Série

do Io Orau11:00 TVE na Escola — Da 5' à 8* Série12:05 Teleourao 1° Orau12:20 Teleourao 2° Orau12:35 TVE na Eaoola — Para professores12:50 TVE na Eaoola — Do pré-escolar à 4*

série do 1° grau14:30 TVE na Eaoola — Da 5* à 8* série do 1°

grau15:40 TVE na Escola — Para Professores16:00 Sem Censura — Discussão dos fatos em

evidência18:30 Saúde e Medicina — Hoje: Paiooae In-

fantll19:30 Reino Selvagem — Hojo: Terra de Palmi-

pedea20:00 Eu Sou o Show —Trajetória de um artis-

ta. Hoje: Roupa Nova20:30 Propaganda Eleitoral21:80 Sexta Independente — Hoje: Eapeolal

erudito de Benjamin Briten22:30 Jornal das Des — Notioiário23:15 1986 —Notioiário —Hoje: Elas Por Elas

0:15 Eu Sou o Show — Trajetória de um artis-ta. Hoje: Klelton e Kledir

0:45 Boa-Nolte — Com Jonas Rezende

20:3O Propaganda Eleitoral21:30 Roda de Fogo—Novela de Lauro César

Muniz22:30 Uma Odisséia da Turma — Especial

infantil23:25 Jornal da Olobo — Noticiário23:55 RJ TV — Noticiário local

0:05 Corujão I — Filme: Encurralado; Quan-do o Strlp-tease Começou: Assassino aPreço Fixo e A Loteria do Amor

CANAL 46:SO8:457:00

7:308:009:00

124618:4013:0013:96

14:90

16*0liei*17:15

Teleourao 1° OrauTeleourao 2° OrauBom-Dla, Brasil — Programa de entre-vistasBom-Dla, Brasil — ReprisePropaganda EleitoralXou da Xux» — InfantilRJ TV — Noticiário localOlobo Eaporte — Notioiário esportivoHoje — Programa jornalísticoVale a Pena Ver d* Novo — Reprise danovela ParaísoSeaaáo da Tarde—Filme: As Aventurasde FreddieSeaaáo Aventura — Delouoaoia de Po-

Telatama — Episódio da semana: A Ar-vora Mágica

17:60 SlnháMoça — Novela de Benedito RuyBarbosa

18:46 Hipertensão — Novela de Ivani Ribeiro19:45 RJ TV — Noticiário local19:56 Jornal Nacional — Notioiário nacional

e internacional

CANAL 67:45 Progra—3*" Educativa8:00 Propaganda Eleitoral9:00 Sessáo animada — Desenho

18:00 Manchete Esportiva— l°Tempo—Reso-nha esportiva nacional e internacional

12:30 Jornal da Manchete — Edição da Tarde— Notioiário, agenda cultural e entro-vistas

18:00 Vota Braaü13:15 CIA Para os íntimos — Variedades14:16 Romanos da Tarde — Reprise da novela

Santa Marta Fabril

16:00 Clns-Açáo — Seriado: Operação Res-gataíe.-OO Lupu Llmpim Clapá Topo — Infantil19:00 Manchete Eaportlva — Noticiário19:15 Jornal Local — Noticiário19:80 Vota Braaü — Boletim19:40 Tudo ou Nada — Novela de José Antô-

nlo de Souza

20:80 Propaganda Eleitoral81:80 Mania de Querer — Novela de Silvan

Pássara89:80 Jornal da Manchete Ia Edição—Jorna-

listioo23:80 Apertem os Cintos — Humorístico

0:80 MOMPaTOtó BoonAmloo — Jornalístico0:85 Jornal da Manchete — 8a Edição1:15 Seaaáo Extra—Filmo: Horas Perdidas

CANAL 76:30 Qualificação Profissional — Educativo6:45 Programa Jimmy Swaggart — Progra-

ma religioso7:16 Café Espiritual — Religioso7:30 O Despertar da Fé — Programa reli-

glososoo Propaganda Eleitoral9:00 TV Fofáo — Infantil

10:00 Ela— Programa feminino

11:5512:0018:3013:0014:0015:00184)019:0019:0519:30

20:0080:06

80:3081:3088:30

0:150:35O:401:10

3:10

Boa Vontade — Programa religiosoEsporte Total — Noticiário esportivoEsporte Compacto — JornalísticoFórmula Única — MusicalTV Fofáo — InfantilTV Criança — DesenhosChlp'a — SeriadoOlhar de Marusla — JornalísticoJornal do Rio — Noticiário localJornal Bandeirantes — Notioiário na-oional e internacionalDinheiro — Indicadores econômicosMundial de Vôlei Masculino — Molho-res momentosPropaganda EleitoralOito Show/Xènia — VariedadesSexta Mistério — Filme: O Cáo dosBaskervilleJornal de Amanhã — NoticiárioEntre Amigos — MusicalFlash — Jornalístico

- Vldeo-Clube — Filme: A Mulher do Sul-cidaO Gordo e o Magro — Humorístico

CANAL 98:00 Propaganda Eleitoral9:00 QnallfloaÇSO I»i»yfimnnal — Educativo9.18 A Hora da Eucaristia — Programa reli-

gloso9:80 Igreja da Oraça — Programa religioso

lOrtO Posara Crsr no Amanha — Programareligioso

10:16 Tartaruga Biruta — Desenho10:80 Aventura aos 4 Vastos — Documenta-

rio11:00 O Mondo é Pequeno — Documentário11 AO ato Tempo — Jornaliatioo18:00 Reoord em Hotiolaa — Notioiário18.-00 Reoord nos «aporte* — Notioiário18:80 A Moda da Caaa — Culinária18:48 Contar Bam — Culinária14.-00 Férias no Aeampamanto — Seriado14*0 Tartaruga Biruta — Desenho14:45 Oa Dois Careta* — Desenho18:00 Mapeada! Infantil — Film*: A Oang do*

Dobsrmana17:00 ultraman — Seriado17:80 O Bagieean da Ultraman — Seriado18:00 Vibração — Programa Jovem18*0 Aaadm é a Vida — Seriado18:00 Jornal da Reoord — Noticiário19*0 O* Ricos Também Choram — NovelaSO*0 Propaganda Eleitoral81*0 Informa Bconòmloo — Informativo• 1*6 Sessáo aarpaoial — Filme: Semente» do

Mal88*0 Bnoontro Manado — Entrevistas

0:15 m~t--"*~- ds Vida — Religioeo0*6 Longa-Mstragem Legendado — Filme:

a programar

CANAL 116:45 PateU Pateta — Educativo7:00 FoUow Me — Aula de inglês7:SO Oato Félix — Desenho8:00 Propaganda Eleitoral9:00 Sessão Desenho — Seleção de desenhos

animados e brincadeiras14:30 Vida Roubada15:30 Pecado de Amor — Novela16-.30 Seaaáo Deaenho/Boso — 2a seBsão18:30 Jornal da Cidade — Noticiário local19:00 Notioentro — Noticiário nacional e in-

ternocionol19:80 O Super-Heról Americano — Seriado20:30 Propaganda Eleitoral81:30 Caldeirão da Sorte — Sorteio81:85 Eaquadráo Classe A — SeriadoBS:30 Sexta no Cinema—Filme: a projjnunar

0:80 Jornal 84 Horas — Noticiário

A programação e os horários são da responsa-bilidade dos emissoras.

Os programas publicados no Fim-de-Semana68*00 sujeitos a mudanças de última hora, quesao de responsabilidade dos divulgadores. Éaconselhável confirmar os horários por tele-fone.

DANÇA 1DANÇANDO VTLLA-LOBOS — Apresentaçãodo Ballet Carioca, oom criação, direçáo e ooreo-grafia de Ellana Conoela, Marola Mllhases eMônica Ooossens. Teatro Benjamin Coaataaa;Av. Pasteur, 360. 5a,6a.BS21h30mlnedom,às20h. Ingressos a Cz2 50.00.

GRUPO DE DANÇA CISNE NEGRO — Apreeen-taçao sob a direçáo do Hulda Bittencourt. Pro-grama dias 8. 9 e 11: Destino, ooreografla deLuiz Arrieta e música de Shiro Fukai. Dias 10 e12, Do Homem Ao Poeta, ooreografla da LulaArrieta e música de Carl Orff. De 4a a sáb. as21h e dom, ás 19h. Teatro João Caetano, PçaTiradentes, s/n° (221-0306) Ingresso* a Cs»70.0O. _ .LEMBRANÇAS — Espetáculo de dança com aFundação Fluminense do Ballet. Espaço DCEda UFF, em frente ao terminal sul daa barca* deNiterói. Sáb e dom, ás 19h. Ingresso* a Sa*40.00 e Cz$ 10.0O. estudantes da UFF. *¦

ESPRTE2 'rriranoCttdtfmod«j Esporte*.

De3. BdomlngonoPrirneiroCudtinw

'Um libelo contra a violência"/Antônio Freitaa/0 Globo"0 final do filme deveráagradar o público jovem,pois tem ação, aventuras eum adolescente simpáticocom quem esse público cer-tamente se identificará.Além disso - algo que ser-

ve para todas as idades —,ele tem a dose certa de ro-mantismo e conta uma be-Ia lição de solidariedade."

Lonéide DuarteRevista Veja

Ps^V^Bt'"^' *" ^al

IB**ak** ' JÊÊ 'Ü I

¦aSaWa**Bsaas»SWBSB^i*a^^asSa*sSaSjl

Para I H

RALPH MACCHIOPAT MORITA

10 UNOSU--« Pio~»et*o ds i»»

RADIO CIDADE

Eles tém mais uma lição a compartilhar.

KarateKídnA Hora da Verdade Continua

COUTOU PtCTUUS «t—at.te.rwmnáf.AIUnf VVttNTIWfi vai mm N JOHNC.W1LDM.NRALPH MACCHIO NORIYUK1 "PAT" MORITATHE KARATE K1D - PART II—--BIU CONTI -=BROOKS ARTHUR -SUWaLIAM J.CASS1DYl=T£ JAMES CRABE.uu. .-=£-. RJ. LOUIS DAVID GARFIELD— ROBERT MARK KAMFN 7=ROBERTMARH KAMEN _

JERRV WEINTRAUB —JOHN G. AVILDSEN Q

colecionai com carinho.EÃSClCULOS DE ESTIMAÇÃO Ns2

nUJC. I CINELÃNDIA | I MÉIER I 1 CAXIAS I

I ruoureir» | 1 H. IGUAÇU 1 iQRANDBlEoxm1 S.J. MERITI |

no 1°. Cafclerno ^^

^^^^^¦EviTlXKlElllSMlIAuTInUsBEl I aB*KTl?llAMlSft]HMllAnTlKTÍaafl '' ~ k I i Ti1 II BSís»:^:-; .'!¦:-:.:::::.« - j!«H*. ^H JJ>ii*«B*iaBm|^saj ^H.

" I'^"1 ' i****l l**^KaDÍ!Í^BS***Íd 9H I ":;=;:l-1!::.::ir:Hül!uUHtlil:!'"-:¦ -ttü::,i:nífttíiáisí"===!il:Hi 11=1:iflíitltimiuunit::tt:li:!:tuaifilttlifcfrt-.itlttumst:(?*"CÃES' "GATOS' -fóSSAROS' "PEE

S

v^^jjJÈÈÊÊa ^a\ \ *¦ ^H ****** ^a«^^^***P ^Bwsv^í&W»

Com os fascículos n? 2 a Coleção ^L^Lf^JL m 9 »+¦ ^_ W*^f^M MAnimais de Estimação começa a W '

mj\ A T-*J^»^^«í-Í * V» m\ aalevar até sua casa o mais completo M^L^^jt^m^l^^^^A mk «Tx^^mwü. m\guia de espécies/raças. ¦ mmmfT\m\Y^m2.mmW/&tt mfâ& m\Tudo sobre as caracte- ^ ™\

^ \À. À^mWrffA iMiWrL afcmBtai mríStiCaS físicas, *^m^^^\ K~*Ja**Vffl 3íífffflaaSaH|H SpÍH W

^^m^^r^ A5 "jj ¦ BHÜB **Ml5j*l**Swf!f^Ll^fffflal m

JÁ NAS BANCAS. ¦^'^

comportamento e outras informações sobre asvariedades de cães, satos, pássaros e peixes.Sao 4 coleções è sua escolha. E em apenas24 semanas você aprende, na prática,a tornar a vida do seu animal de estimaçãomuito mais saudável e feliz.

UM LANÇAMENTOSISTEMA JORNAL DO BRASIL

Prepare seu pescoçoVampiros atacamROCK & TOQUES

^^ÍPmÉ B^Bl <^.^.^.m._ mm. ,_«tf.^H^'¦¦'-^Lffü^B H9íail'!^'t * ^~H B^^^• li ^^mmmv^

/ $m\ Bf1»*' isfl BSi\\ :-^í::3ifl BW.r- ¦ Hei «flii ni-i wW^LV a* ^^MMWI liai B«alaW.afRnl Lll:l líwQ ^^JHT

^| ^EEli' - -:'BflBflBvJpK^' s^BJ

K fl i*.' ''' ' JHffi¦í:'^' ^ iBEyibBl t^k^^j^^^ bvVSH

hm '*' '^ j|Éj|H

¦?P|y j*T"V ¦ ¦,|illflrii'-!1'* jSk '^"y&Bflil.9AflflflflflflvBvxfl

fo', ¦' -WlW mffllpip. <nHy^| ¦.-'¦'¦ '^tfefiBl

^Éli^ 'dl¦jf ;,BBBBBBBBBBBBBBbÍÉShE. .uutu. ,''!,& ^laVflflflflflflflflflflflHMflyjUk' >,<jjjíflf': Jfli^Bfla^BBflBflBflBl

4s histórias de vampirosinvadiram o teatro, cinema,

livros e quadrinhos, numamistura de horror e sensualidade

que tem agradadoprincipalmente os jovens

Joaquim F. dos Santos

M EIA-NOITE. Ventafrio. Ruídos estranhosvêm da porta dosfundos.

$j; Eu se fosse você parava imedia-tamente de ler essa matéria e prote-gla o pescoço. Se tivesse sorte com-brava np supermercado uma réstiade alho, daquelas que o superinten-dente da Sunab queria deixar defora do congelamento. Tentava ain-da, no quarto do irmãozinho débilmental, o crucifixo com que ele separamentou para o show do OzzyOsbourne no Rock in Rio. Cuide-se.

. Os vampiros estão soltos e, mais dotrue nunca, irresistivelmente sedu-,;tores. Modernizaram-se. Alguns sãodarks minimalistas, como o queestá no Teatro Cacilda Becker, emNosferatu, sinfonia de vida e mor-ie. Outros andam atrás de louras'esportistas de enduro, como o deHistórias reais de Drácula, gibilançado esta semana nas bancas. Eo de Vampíria, cartaz no Teatro da

-Galeria, é gente como a gente: enro-lado com dentistas inescrupulosos

,;que lhe querem arrancar os caninose lojas que vendem ataúdes roídospor cupins.

Camurati em Drácula, cartaz deSão Paulo (o vampiro é Raul Cor-tez). Ele sacia a sede de uma platéiaobviamente deliciada com a rituali-zação erótica. ^—•

\SSÊBSm\\

mUM 11 m&ÈífJm fl\'

\'*-' w'_^Mmmm\ ^| fl VflTflt^|Q[^| ^1\WW .'* * V^^l flvN^MmTJiwmm^MmmMMmm^L_ WWw^m^rlámÀmw mm^Mmm

Nunca se sugou tanto o sanguedo próximo, nunca houve tantagente interessada nesse espetáculo'•-— e isso nâo é nenhuma metáforadas relações capitalistas de traba-jho. O sangue que escorre é delicio-so, de deusas linfáticas como Carla

— A história do vampiro temelementos de sedução muito evi-dentes — diz Moacyr Góes, 26 anos,diretor de Nosferatu, no CacildaBecker.—As referências à penetra-ção são muito explicitas, assim co-mo a valorização do pescoço comozona erógena e o gosto por virgens,

A novidade é que os jovens, co-mo em tudo mais, pegaram o vam-piro pela mão e estão guiando seutrágico destino para dentro de ummundo de modernidades, humor,rock e sexo. A hora do espanto, emque o ator Chris Sarandon faz umDrácula bissexual, freqüenta dan-ceterias, é um bom exemplo disso.Foi o quinto filme de maior bilhete-ria no primeiro semestre do ano,visto por 1.319.050 pessoas — todasexcitadamente arrepiadas e atrai-das pelo mal que vem das trevas.

— Eu adoro levar sustos — dizMíriam Portiro, 24 anos, da LPM,que editou com sucesso a ColeçãoHorror (Frankenstein, de MaryShelley, Drácula, de Bram Stoch-kler, e Contoss de fantasmas, deDaniel Desoi). — Infelizmente nun-ca me aconteceu uma história des-sas na vida real. Se me aparecesseum Drácula como o Chris Sarandoneu gostaria muito.

Drácula, como se sabe, tem umaaparência comum — um tanto páli-da, é verdade, carregada de mauhálito—e muitas vezes passam pornossas vidas sem que a gente tomeconhecimento de que viveu um mo-mento de grandeza sobrenatural.Esse problema acabou. Paulo Coe-lho e Nelson Liano Jr. lançaramManual prático de vampirismo,onde explicam direitinho comoidentificar um vampiro, por exem-pio, durante uma relação sexual.Dicas: o vampiro é quase semprepassivo, gosta de ficar por baixo;mesmo nus, jamais tiram o relógio(se for de bolso ficam com ele namão, esquerda); tomam banhoquente antes da relação sexual, pa-ra aquecer o corpo, normalmentegelado, e tirar o cheiro de mofoinsuportável. Não está no livro, masuma boa maneira de se flagrar umvampiro é levá-lo para um quartode motel. Se no meio daqueles espe-lhos todos você aparecer fazendoamor sozinha(o), relaxe ou fuja, masnão tenha dúvidas: o príncipe dastrevas está contigo.

Explicações para esse fascíniohá muitas, e José Luiz Aidar e Marcia Maciel tentam as suas em O que

é vampiro, que está saindo pelacoleção Primeiros Passos da Brasi-liense. "O vampiro seria o po-deroso, o mais forte, que domina omais fraco", "válvula de escape dedesejos e impulsos reprimidos" —arriscam, num livro que relembraainda vampiros clássicos como Be-Ia Lugosi, Boris Karloff, VincentPrice e até Nelsinho, o Vampiro deCuritiba, de Dalton Trevisan. Umdestaque especial é dado a KlausKinskl, o Nosferatu, de Herzog. Umvampiro pós-freudiano, encucadocom problemas de solidão, em de-sesperado conflito com a estranhe-za de seu desejo.

No momento — apesar de assessões de meia-noite do CineclubeBotafogo estarem sempre com oDrácula, de Andy Warhol ou o Rockhorror show — as forças do malaterrorizam os cinemas com A vol-ta dos mortos vivos, que não éexatamente sobre vampiros, masparentes próximos. Seres repelen-tes que deixam as lápides do cerni-tério, subitamente ressurretos poruma droga química. Eles não que-rem sangue, mas cérebros. No escu-rinho do cinema, animados poruma monstruosa coletânea de hitsdo heavy metal, os zumbis provo-cam sustos e gargalhadas numaplatéia na faixa dos 16 anos, en-quanto vão deixando suas tumbase invadindo cidades aos gritos de"cérebros, mais cérebros"

Eu se fosse você colocava umatranca extra na porta.

Policiamineiraatrásdo JoãoPenca

Luiz Carlos Mansur

PRONTTNHO

o álbum so-Io de Evandro Mesquita,que leva o seu nome. Acapa é uma overdose de

camavalização, e chegou a pintarum problema com a censura: o dis-co sairia lacrado, porque a músicaGreve tinha sido proibida para exe-cução pública. Mas quarta-feirachegava na Polygram o certificadode liberação. Tá limpo.

¦ Eotanásia, pioneiro do punkRJ (ao lado do Coquete Molotoff, láse vão 5 anos), prontinho para deto-nar o contra-ataque. A banda man-tém apenas a guitarrista Chris daformação original, mais Francisco(baixo), Cássia (vocal) e Bruno (ba-teria). Estão preparando uma demoe prometem disco para o inicio doano que vem. Aproveitam paraanunciar mudanças na linha hard-core. Vai daqui uma sugestão: quetal psychobilly?¦ Está prometido para hoje o lan-çamento do novo LP de Lulu San-tos. Aproveito para desfazer ummal-entendido: o nome do disco éLulu, e não Minha vida, como saiuaqui semana passada. Aconteceque a fita promocional cedida pelagravadora trazia o nome errado, edesgraçadamente deu-se o equivo-

D Fast Forward—

co. Quanto aos problemas na ban-da, todos desmentem. Mas Stanis-laus garante que a informação équente. Só o tempo dirá.

No mais, Stan adianta que aOdeon rescindiu o contrato de Mu-zak. Bola preta. A bola branca ficapor conta de Caè Velo, que depoisda celebração apoteótica está ven-dendo cerca de mil discos por dia.Vixe! Nosso intrépido informanteaproveita para declarar seu votoem Agnaldo Timóteo, segundo ele"o candidato dos metaleiros"(?) e sedespede com uma mensagem enig-mática: I hope the russians lovetheir ebildren too...Eu, hein?

João Penca passou na sexta-feirapassada por um verdadeiro revivalde 68.0 grupo se apresentava ao arlivre para 5 mil pessoas, no DCE daPuc de Belo Horizonte, quando ocampus foi invadido por policiaisfortemente armados. Diz SelvagemBig Abreu que o grupo só percebeuo que acontecia quando faziam apenúltima música, Edmundo: vá-rios senhores de metralhadora pos-tavam-se atrás do palco, e o equipa-mento foi retirado. O show acabouai, sem nenhuma explicação. O Ze-ro, que entraria depois, nem chegoua se apresentar. O curioso é que,ainda segundo Abreu, não houveflagrante de coisa nenhuma, embo-ra algumas pessoas fossem detidaspara "averiguações". É, Brasil!

Finalmente alguém resolveu co-locar o darque no lugar que elemerece: o do pastiche infeliz, ou nomelhor dos casos, a paródia. Estoufalando do brilhante artigo de P...Escobar na Bizz que está nas ban-cas. É bom que se diga que foi elemesmo o introdutor do modismo noBrasil — involuntariamente ou não.O artigo é leitura obrigatória paraos que insistem em levar o darque asério, e recomendo especialmentepara um rapaz que escreveu umlaudatório ensaio sobre o assunto,aqui mesmo no JB, sábado passa-do, onde o Blue Oyster Cult, queaté as pedras da rua sabem serheavy metal, é citado como "grupodark". Vamos ler, vamos nos infor-mar pessoal.

MORREU o baixista do Metallica,Cliff Burton, dia 26, num desastre deônibus quando voltava de um showem Estocolmo... Continua até domin-go Hanói-Hanói no Teatro Ipane-ma...Hoje é o último dia do FestBan-das da Metrópolis: tocam Aversão,Baralho a 4, Freqüência Modulada,De Cor, Legitima Defesa e Drink Le-tal. Os vencedores de sexta passadaserão divulgados hoje. Amanhã temCelso Blues Boy e domingo, Filhinhosda Mamãe, Conflito Irracional, Ego eBaater Mameinhos... No Mistura Bar-ra, hoje tem Uns e Outros, amanhãPedra Bonita e domingo, A Trilha...Hoje no Lagoinha, lá em Santa, NoiteCigana, festa de arromba...Titanictem hoje e amanhã o grupo Roxigè-nio... Cida Moreira no Circo é umaboa. Só até amanhã... Show do Ira! noDCE da Usp transferido para ama-nha. Continua valendo a Ponte Aé-rea... Mesmo porque amanhã e domin-go tem Marina no Anhembi... O comi-

iüsís

tê eleitoral de Carlos Mine (PV) convi-da para um recital de música mínima-lista com Andersen Vianna & Quarte-to, no Museu do Ingá, em Nyctheroy.Neste e no outro domingo... Por talarno além-baia, hoje tem Lobão noMauá de São Gonçalo... Domingo noRobin Hood, Hojerizah... Quarta-feira, no Crespúsculo, supernoite devídeos black: de Marvin Oaye a Ja-mes Brown.. Quinta no Vibração, es-pecial com Big Country... Agito Nn-mero Zero, a mais nova estrepoliaperformáUca de Jorge Salomão, adia-da sine die: ele sofreu um acidente emSalvador. Mas já está na boa... Cor-rendo Risco é o novo nome do LP doCamisa de Vénus... De quarta a do-mingo, no Teatro Ipanema, é a vez doBiquíni Cavadão... E atenção: a partirde terça-feira, o Urbi Um estará exi-bindo em vídeo Night of the livingdead, o precursor da Volta dos mortosvivos. Protejam seus brainse boaviagem..

¦:l

'iik::..,-: : -h.*,-:,.1:¦.,.. ¦ ¦ ml

' *^^E:" Í^ÍSr% iaaff" '_aaaflaV '": ' ' -'"íl:ll^^k|Ba^Í|^^| ^^K^li a^ »a^hÍ"'^--"jflSB^BftÍJ * ^HotL

João Penca: impressionados com a metralhadora

¦¥¦¥¦

I

+¦¥++

íi:¦¥+

Mais pra Eduardo do que pra MônicaClaudia Roquette-Pinto

T ODA semana quando abro o jornaldou de cara com uma matéria decomportamento ou "vanguarda"—in-variavelmente, textos sobre punks,

darks, neocaretas e grupos com outros rótulos,tão vazios e pré-fabricados quanto estes, comos quais se pretende uniformizar a massa gi-gantesca da população brasileira que atendepelo nome de jovem; isto é, os jovens dasclasses média e alta, porque o resto ou já émarginal por necessidade ou está na Funabem.

Que os meios de comunicação de massademonstrem tamanho empenho em padronizare catalogar essa juventude — tendo inclusivecriado previamente uma oposição forçada entre elaeo chamado mundo adulto —já era dese esperar, pois é apenas uma manifestaçãoreduzida de um mal de que todos somos vítimas: a manipulação do indivíduo pelo sistema.O que espanta é perceber que "o futuro danação" está passivamente compactuando comisso.

Existe uma espécie de novo nazismo, oucomo quer Muniz Sodré, uma SOFTUNIFORMIZAÇÃO, imposta ao indivíduo através da mídia, e que vai desde suas roupas atéseus gestos, passando pelos lugares que fie-

qüenta e por seu discurso até chegar no seucorpo, que deixa de ser o último reduto deliberdade do indivíduo enquanto tal para setransformar numa réplica dos truculentos Stal-lone e Jane Fonda. Para ser um cidadão adap-tado, o jovem tem que preencher certos requisi-tos, mas não importa se estes incluem olheirase tédio, alfinetes de segurança ou máquinas demusculação, contanto que correspondam àsexpectativas da sociedade de consumo.

Frente a essa uniformização imposta, ageração Coca-Cola ou adere, entregando-se devez à imbecilidade bélica dos Rambos da vida,ou tenta se defender, criando núcleos isolados(que querem se manter assim a todo custo), astais famosas tribos urbanas de punks, darks,skinheads, etc, etc, que, no fim das contas,também acabam reproduzindo modismos tãoimportados e artificiais como os dos yuppies esimilares.

Não dá mais para acreditar nas palavrasadolescentemente ingênuas do Legião Urbana,"aí então vocês vão ver/suas crianças derru-bando reis". Os "filhos da revolução" não sa-bem nem queremfazer a sua própria; estão porminuto do RPM; mais parecidos com Eduardo(cuja filosofia de vida se resumia à escola-cinema-clübe-televisão) que com Mônica, quegostava de Bandeira, Caetano e Van Gogh

É assim que desembocam na universidade,verdinhos e cheios de ilusão, os felizardos apro-vados no vestibular. Mas sabem eles que esteconsagrado método de aprovação (ou contro-le?) é apenas mais um truque do velho sistema,passa quem está melhor treinado para respon*der a determinado tipo de pergunta. Daí osucesso dos cursinhos, onde o "saber" enlatadoe comprimido em apostilas não deixa arpara o

4NHÍ^.*L^.<HM^AHMN^*-a^^

a^afladvT: í iPt^ffisí jsfciffi! aflBBBBBBBBBBBBBp^b ' aEfflÉffi em m^Mmm^mmm^mmm^mWB«!IBTal I

j(Rky. ;.::,v BB

ClaudiaRoquettePinto, 23anos, éestudante deTradução naPUC

menor bafejo de pensamento crítico. Pois seenganam aqueles que esperam encontrar noambiente universitário um espaço de cresci-mento. Numa espécie de pacto macabro entreprofessores e alunos, a curiosidade vai ceden-do ao peso da acomodação e do baixo nívelgeral e as perguntas são cada vez mais respon-didas com silêncio maciço das turmas, como senada naquele lugar estranho lhes dissese res-peito. Quantas vezes espaços de discussão ecriação, conseguidos através do esforço hercú-leo de alguns professores e alunos, foram porágua abaixo por falta de gente que quisesseparticipar? A universidade, que poderia seruma experiência pelo menos existencialmenteenriquecedora (como imagino, idealisticamente, que fosse na década de 60) passa a ser umverdadeiro matadouro das inquietações eidéias de uma juventude de bois mansos.

Não estou me arvorando a sugerir manei-ras de desmontar toda esta engrenagem, nemdiscutir a viabilidade de um projeto tão ambi-cioso, mas aprendi com a psicanálise que aconsciência é sempre um primeiro passo. Tal-vez seja mais fácil para os manipuladosconscientes descobrir um meio-termo saudávelentre Rombo e Rimbaud.

D O Brasil vai expor naFeira de Turismo deBruxelas, de 20 a 22 denovembro

JORNAL DO BRASIL

TurismoD A Lufthansa promoveráexposição de 300postais comemorando80 anos do 14 Bis

Fotos de Geraldo Viola.

Roteiro das floresNa serra de Petrópolis, ipês(de graça) e orquídeas raras

PLm

•*»¦'., ¦ -#*

~^3**-:á'¦'>*--•n*íinttv^ir>_1

•lÈk&à. ?Í^H-

.t >. ¦=i>*i-3fe' ••-<''" SSí'S;sí!ff¦ ¦ ""^i**.. .-..,¦• *"'-"''ii|* *,"..' '_¦.-'''"" '"'SêS^'^|çíC 3» »"*'3**'"¦'"t—*^«-¦¦'" ' """ -'»U :' *>*'.''*'' ''&;t.'*>{£-—;¦*¦•!>"*¦ '',:Í^BB^»--s;''Í3ijg^)çssv;»«í.

.*'.'„.•¦*¦ ¦'• ..' ¦ttlW ;'¦/¦'¦; • *' '** "'"'' '"".-¦J ...,¦*'*''¦'¦«afcv.ç

.-9"**,,

SraifSil^

ÍS*

SS£Í£

¦i* m-KW ¦¦ 'r^wmfab f

¦fóifi'4| 'iíií.

WflWBrfW-'*.'''•^alArt"'w'^ :

Q^3ÍPaÉfl?lfl^iiTjN'^: ^° ^8f.'Sw^RTrèit-, '»«aiW*Lí'í-,JEvw.

mm

Ifl^asPSSaiSlíiMBLijí- * '-'H1' jm^.t; 'J!\- ¦ jüíês»'-^flflflK^W^uf^Jaflflflfln laBMl^SPra^SS , jfIflflVBflBiL/; , (4klmmmWSSlWmW- '^^^:ii:i^íf^iP^^m^^í. fflBrS V ¦>*-

T*s

L:v$^V£H^ .'¦•''*v'..... ' ""'* ,vr.'-'.'Ii&*&i'; '¦¦¦¦^¦''^^«'í^ft^v'''-. :¦'?¦':+'.¦•'¦¦':'.'¦?

l>iv*

i*ft%* ^J^^^••^K

*$}*|<g

»..-' v'' T -.^

*jfe. ">

V^Z

Heliete Vaitsman

SESSÃO

nostalgia: paraonde foi a primavera, es-sa estação em que as flo-res explodem, coloridas,

sob um céu de azul intenso e solquente o suficiente para aquecernossos corações sem esturricarnossos miolos? A gente até podesonhar com um pulinho a Paris —os franceses melhoram de humorquando o tempo muda —, com aesplêndida visão dos jardins in-gleses, com azaléias na idílicaGramado da serra gaúcha, esque-cendo que também existe prima-vera aqui por perto. Petrópolis,Corrêas, Itaipava, Araras — co-me-se bem, montanhas riscam ohorizonte, há perfumes no ar. Nãode horténsias, que essas vêm fi-cando cada vez mais raras — po-rém sobrevivem orquídeas, rosas,ipês, pinheiros.

Vamos pintar de verde a alma,propôs certa vez o poeta CarlosDrummond de Andrade, meio emtom de queixa por ser instado arepetir, todo mês de setembro,sua opinião sobre a chamada es-tação das flores. Verde, natural, éo que não falta na serra de Petrõ-polis, e ainda no belo passeio atéTeresópolis pela estradinha si-nuosa, quase deserta, que liga asduas cidades. O vale de Cuiabá láembaixo, hortaliças fresquíssi-mas lá em cima: prazer para osolhos e o paladar saudável.

Para apreciar flores, porém,não basta deter-se à beira do ca-minho. É preciso buscá-las ondeas cultivam com orgulho e re-quinte que fariam inchar de satis-facão as bochechas do famoso

."#?"fSi'

detetive Nero Wolf, doublé degourmet e orquidófilo criado pelaimaginação de Rex Stout. Comona Plorália e no Orquidário Bi-not, onde a realidade conseguesuperar, em beleza, a ficção. Jápensaram num empregado fiel há41 anos, filho e neto de outrosempregados fiéis? Pois o Binottem um homem assim, FlávioCardim, que começou limpandoplantas, aos 12, e hoje administra25 estufas onde cada coisa temseu lugar e seu cuidado especí-fico.

Cardim mora no próprio Or-quidário — terreno de 14 mil me-tros quadrados — e só sai parafazer manutenção de orquídeas,em casa de colecionadores dosarredores. Não se incomoda emvirar a noite cuidando de algumaespécime em risco e não conheceprazer maior que o de dissertarsobre algumas das cerca de 500espécies de orquídeas que o Bi-not abriga (um total de 190 milunidades atualmente; ano passa-do, 60 mil foram exportadas paraEUA, Japão, Alemanha, entre ou-tros países).

Por sorte, diz enquanto mos-tra a rara e cara (Cz$ 800) brasso-laeliaocatleya Malworth Orchid-glade, a ocupação imobiliária dosúltimos anos não destruiu as ma-tas do bairro do Retiro de ondesaem as mudas de orquídeas na-turais que competem — em colo-rido, não em sofisticação — comas híbridas. Roxos, azuis, amare-los, vermelhos, todas as combina-ções são possíveis para agradar aconsumidores exigentes.

A exigência de quem pode pa-gar entre Cz$ 200 e Cz$ 500 por

mm

uma flor que, se mal cuidada,morre logo, só se compara à dospróprios cultivadores. No caso doBinot, herança comprida. O pri-meiro proprietário, afilhado deDom Pedro n, vendeu seu primei-ro lote de plantas à Bélgica em1870 e atravessou o OceanoAtlântico 76 vezes para comercia-lizar de palmeiras e samambaias,além de orquídeas, obviamente.Acabou condecoradíssimo e in-traduziu no Brasil as primeirasespécies estrangeiras, como atrianae e a percivaliana, cujasdivisões são cultivadas até agora.

Em matéria de flores, a primei-ra proibição é confiar-se na boa-vontade da mãe natureza. Que odiga Luis Jorge Strozolkowki, ne-to de poloneses, há 23 anos naFlorália. De plantador, foi gal-gando posições e aos 37 anos,administrador de uma equipe de50 empregados, é capaz de esque-cer o interesse comercial paradissuadir o leigo de comprar de-terminada espécie de orquídea,difícil de ser mantida.

A Florália investe tanto noatacado quanto no varejo e ofere-ce ao cliente um supermercadode plantas. Colocam-se no carri-nho bromélias, arranjos orna-mentais (entre Cz$ 30 e 100), vasi-nhos de prímulas, gloxínias e vio-letas (Cz$ 30 a unidade). Ao fundodo enorme galpão, uma paredecom placas de xaxins ostentaexuberantes samambaias, bro-mélias de mais de 20 tipos, a belahierogliphera (parecida com a es-pada de São Jorge). Do lado defora, um conjunto de canteirosintegralmente dedicado às rosas:o cliente anota o número da ro-seira (são 44 os tipos de enxertos

à disposição) e um empregadoprepara a muda num saquinho(Cz$ 25, prestes a florir). Vocêpode eleger desde a mini-rosa,ideal para vaso com água, até aenorme Queen Elizabeth ou aNeue Revue de contraste bellssi-mo, o reverso e o dorso da pétalaem branco creme passando paravermelho vivo na margem.

Quem compra rosas ganha umfolheto explicativo sobre o plan-tio e os principais cuidados. Oauge da floração é entre outubroe novembro e elas sào mais fáceisde cultivar que as orquídeas, quelevam de sete a oito anos paraflorir. Na Florália, 10 mil metrosquadrados de área construída,mais 10 mil de plantação comculturas de campo, os cuidadosnos viveiros incluem termôme-tros e canos para água quente —cada planta tem suas exigênciase, do adubo à temperatura, nãose deve contrariá-las.

Formado em Economia, LuísJorge não troca por nada a paz deviver entre flores. É um mundodiferente, mas multo próximo. NaFlorália, Miriam Rios — aliásuma amante de orquídeas, fre-guesa assídua da loja carioca Ci-clame—filmou recentemente umclip sobre o início da primavera,Djavan ambientou sua músicaPétala. Elba Ramalho também jáfez compras ali, além de plantaslevou produtos naturais do tipoirresistível para quem anda embusca de desintoxicar-se. A Fio-rália tem desde o mel para fu-mantes às conservas do Mr. Paulde Petrópolis. Uma linha inteirapara se voltar ao Rio com a almaapaziguada.

mí;ító3* ' %

Sss Ew

Ifef

¦n*. .^%M

ffiÊaffimlmil^'

r*mm

ffiJm&m

Nas estufas como as do Orquidário Binot,flores de todas as cores, inclusive a rarabrassolaeliaocatleya Malworth Orchidglade(alto, Cz$ 800) escondem-se dos olhos dequem passa pela estrada. Em canteirosbem cuidados, 44 tipos de rosas (Cz$ 25cada muda) perfumam o ar na Florália

IndicaçãoComo chegar —

Quem vem do Rio pelaestrada União Indústriapassa primeiro pelo Ar-teiro, depois pela Flora-lia e a seguir pelo Orqui-dário Binot. Do Centrode Petrópolis, o roteiroé o inverso.

Endereços — Orqui-dario Binot — Rua Fer-nandes Vieira 390, Reti-ro. Tel: 0242-42-0833.Aberto de segunda a sá-bado das 8 às 11 horas edas 13 às 15h30min. Nãoadianta insistir, nâo

abrem o portão na horado almoço.

Florália — EstradadoAlcobaça, s/n°, Samam-baia. Tel: 0242-42^340.Aberto diariamente das9 às 17 horas.

Arteiro — EstradaUnião Indústria 11407,junto à entrada da estra-da Petrópolis —Teresópolis. Aberto dia-riamente das 9 às 18horas.

Restaurantes — Co-me-se com variedade naregião da União Indús-tria. Alguns exemplos:

La Belie Meunière —'Estrada União Indústria2189. Um bom patê ca-seiro de entrada, patosque podem ser tenros,ambiente cheio de ren-das e delicadezas.

Parrô do Valentim —Estrada União Indústria10289. Bacalhau a váriasmodas, pastéis de SantaClara, toucinho do céu,qualidade portuguesa.

TamuVs — estradaUnião Indústria, 10395.Churrasco rodízio porCzS 60, mais bufê desaladas e doces.

SUL DO BRASIL - URUGUAI — ARGENTINA — PARAGUAINa SOLNAVE 3 EIXOS , o mais avançado ônibus do mundo, a sua sensação é a de estar em um avião,

tal o seu conforto e segurança. A única diferença é que você não estará pagando 25% a mais.

4 BANDEIRAS -15 diasCuritiba, Blumenau, Florianópolis,Torres, Por-to Alegre, Gramado, Canela, Punta dei Este,Montevidéu, Rosário, Assunção, San Bernardi-no, Lago Ipacaray, Puerto Stroessner, Foz doIguaçu etc. Buenos Aires em grande destaque.

Não perca o tour do momento!

CENTRO: R. da Quitanda, 20 • Sobreloja (esq. c/R. da Assembléia) • Tel.: 221-4499COPACABANA: Rua Santa Clara. 70 • Sobreloia • Tel.: 257-8070 • 255-8782

TIJUCA: Praça Saenz Pefia. 45 - Loja 10-L • (Shopping 45) • Tel.: 264-4893IPANEMA: Rua Visconde de Pirajá. 351 • L0|a A • Ed Fórum • Tel.: 521-1188

BARRA: Av. Armando Lombardi. 800 • Lo)a N ¦ Condado de Cascais - Tel.: 3990309

SOLNAVFII

EM TURISMO A N.° 1

^¦eturEMBRATÜR N° 00942 00 41 3

4 BANDEIRAS E BARILOCHE - 22 diasInesquecível viagem através das mais belas regiões de 4países. Sul do Brasil, Punta dei Este, Montevidéu, Mardei Plata, Valle Encantado, Neuquén, Bahia Blanca, Ro-sário, Assunção, San Bernardino, Lago Ipacaray, PuertoStroessner, Foz do Iguaçu etc. Buenos Aires e Barilocheem grande destaque.

SALVADOR. Rua Miguel Calmon. 42 ¦ 4* andar Tel (071) 243-7988 • Embratur.n? 0094201 41 7RECIFE Av Conde de Boa Vista, 682 • Tel (081) 231-0716i ,f mbratur -v 00942 03414B HORIZONTE R Paraíba. 1317 Loias 2 e 3 • Tel (031) 223-3833 - Smbratur n? 00942 00 41.8

Solicite folheto especifico ao seu Agente de Viagens

2 o TURISMO o sexta-feira, 10/10/86 a F JORNAL DO BRASIL

*^.:i^^B I

\ \ ;. %"'\ ^.S'A 1C^ ._£«•• ¦»\ ^HP!^K'-ll \ I

- :W^^^m!'%J &mKRIk.\ 1»—I IB: :^rai^B I

\ J! ^fllk

» 'WMKjgi, ,fj§ , I?»S -J(* JJP," I

k^K^R* |f|| ' ^li||^^^^^BH^iPi;::' , 2J& I::.«^H> # - Nliil^HBKp3&&. illll -

Jm^l ¥?MB

Camping

Festival de

campistas

OCamping Clube do

Brasil promove nopróximo sábado,

dia 18, o 11° Festival daCerveja que, como nosanos anteriores, serárealizado no Clube dos500 em Guaratinguetá,São Paulo. Parapaulistas e cariocas, valelembrar que os 800convites serão vendidoscom antecedência, nosescritórios do CCB.Maiores informações pelotelefone 262-7172.

Nada menos de 1 mil600 litros de chope serãoservidos com comidastípicas; os ingressos (Cz$150 para sócios e Cz$ 225para convidados) dãodireito a um caneco semlimite de consumação. Afesta serã animada pelabanda Turek, de SantaCatarina.

Mas a programação doCCB não se limitará aofestival. Já na sexta-feira,dia 17 os campistaspoderão participar de umanimado karaokè. No diaseguinte pela manhã seráfeito um passeio aCampos de Jordão,distante 60 quilômetrosdo camping. Suas lojasde malhas coloridas,chocolates caseiros epontos turísticos como opico do Itapeva, asduchas de Prata e oMorro do Elefante — comacesso através de ummlniférico — sôo umconvite, sobretudo na

? CANTIL—a Abrindo a temporada detrekklngs primavera-verão, o CCB tem uma ex-cursâo com saída amanhãpara a Bahia. O trekkingPorto Seguro-Prado temduração prevista de 11dias e tanto as caminha-das como os acampamen-tos serào pelo litoral. Opasseio sal a Cz$ 3 mil 500por pessoa incluindotransporte, barracas e ali-mentaçâo.a Em Campos do Jordão

primavera, quando o frionão é excessivo.

O CCB programou umaexcursão rodoviária parao festival — incluindoCampos do Jordão — eretorno no domingo. Opasseio custa Cz$ 770para os sócios e Cz$ 845para convidadosincluindo transportes,alimentação e ingressopara a festa.

O camping do Clubedos 500 fica emGuaratinguetá, numaárea de 22 mil metrosquadrados comcapacidade para abrigar300 equipamentos,incluindo barracas etrailers. O local, bastantearborizado, conta comduas baterias debanheiros, piscina, campode futebol, playground,lago para pesca, além decantina.A taxa de pernoitedurante a primavera écobrada com 50% dedesconto (Cz$ 15 parasócios e Cz$ 23 paraconvidados). Maioresinformações poderão serobtidas pelo telefone(02125) 224175. Há umaalternativa para osparticipantes do festivalque desejarem pernoitarem Campos do Jordão: oCCB firmou um pacotecom um hotel e osInteressados deverãopagar uma taxa adicionalde Cz$ 315.

há dois campings, ambosno bairro Descansópolis, a12 quilômetros da cidade,sendo que um deles é doCCB e tem capacidade pa-ra 250 barracas e 30 trai-lers, além de infra-estrutura razoável, sauna epesca. O outro é o campingparticular Vale do Paral-ba, com capacidade para80 barracas e uma área deseis mil metros quadrados,dotado de uma iníra-estrutura simples.

no

Á camundongo Mickey hoje está tão conhe-VJ cido no Japão que multas crianças acredl-Iam que ele é japonês. Há caras de Mickey emtudo o que se possa imaginar: sandálias, lan-cheiras, bolsas, capas de livros e, é claro, canil-setas. O sucesso ê tal que uma loja de TóquioInaugurou com o nome de Mlkl House — ouseja, a casa de Mlkl (como os japoneses pronun-ciam Mickey).

Essa Invasão ocorreu desde que a Disney-lándla abriu uma filial no Japão, há três anos etomou-se uma atraçáo tão concorrida quanto oPalácio Imperial — onde poucas pessoas che-gam a ver algo mais que os Jardins exteriores.Em compensação, 35 milhões de crianças, eadultos já caminharam pelo Castelo de Ctnoe-rela desde sua inauguração.

A Dlsneylándia de Tóquio é uma cópia dasoutras duas existentes na Califórnia e na Flóri-da, nos Estados Unidos. Só que com algumas' adaptações locais: no vôo de Peter Pan, porexemplo, o Capitão Gancho chama seu imedla-1 to em Japonês. Mas, a não ser alguns detalhes eas placas, quase tudo 6 em Inglês, Inclusive a' vos profissionalmente alegre chamando os me-' ninos e as meninas pelos alto-falantes e avisan-do que uma nova atraçáo vai começar. A ex-pressão intrigada das crianças faz crer que elaspensam que aquela língua tão diferente fazparte do tal "outro mundo" da fantasia.

Os japoneses também trazem para essemundo seus hábitos — eles não dispensam, porexemplo, o lanche na caixa chamada obento,que consiste em arroz com peixe grelhado,carne ou verdura. Mas tudo o que não seja bemamericano — batata frita, hamburger, Coca-Cola—é proibido no Reino Mágico, mas proibir

Japão:

o obento para o japoneses corresponde a impe-dir cachorro-quente num piquenique de ameri-canos. Por isso, a gerência demarcou algumasáreas fora do portão principal onde os japone-ses comem tranqüilamente seus obento.

Há diferenças sutis entre os Disney ameri-canos e este — questão em que os maioresentendidos são as crianças, é claro. Meus filhosacham que as atrações também são ligeiramen-te diferentes: a Montanha Russa arrepiantechama-se Montanha Espacial, mas para adul-tos, qualquer que seja o nome, o efeito é omesmo: uma hora de üla seguido de três minu-tos de puro horror.

Os japoneses parecem preferir os persona-gens mais famosos: Peter Pan atrai multidõese, três domingos atrás, a chuva caia sem parar,mas a fila não arredava pé. Era preciso esperar70 minutos — conforme anunciam as placas —para unir-se a Wendy na Terra do Nunca. Umanova atração, chamada Passeio no Castelo deCinderela, exigia uma espera de duas horas nafila, o suficiente para acabar com a paciência deum adulto pelo resto da semana.

A paciência dos japoneses na fila é especial-mente digna de nota quando se considera queas Dlsneylándia americanas foram construídasem locais de clima ensolarado, enquanto Tó-qulo 6 fria e chuvosa a maior parte do ano. Eufiii convencido a visitar o parque — ou melhor,ftil arrastado — por meus filhos naquele domin-go e vi com que calma — oriental, diriam osocidentais — as pessoas ficavam nas filas.

Outra diferença é que na Dlsneylándia deTóquio há (ainda) mais lojas do que nas duasDlaney americanas. Para entender isso, é preci-so reconhecer que os japoneses (para fazer umageneralização que tem milhões de excessões)são 1. consumistas e 2. adoram tudo o que forKáwaii (gracioso, em japonês). Há uma paixão,especialmente entre as jovens, mesmo antes daDlsneylándia, pelas moças chamadas de PeterPan graças á sua aparente relutância em cres-cer. Elas andam pelas ruas de Tóquio em roupi-nhas bonltinhas, rosa e brancas, parecendoanúncios ambulantes de Delicadeza e Graça.

A Dlsneylándia é um lugar perfeito paraelas: quem seria mais kawaii do que o camu-dongo Mickey e Companhia? Por isso os visi-,tantes saem do parque submersos em sacolas epacotes de compras, Já que os japoneses têmpor hábito trazer lembranças para a família epara os amigos quando voltam de uma viagem,mesmo que seja próxima.

E uma coisa que a Dlsneylándia de Tóquioconfirma é como o Japão não se Incomoda comas invasões de cultura ocidental. Muitas vezes,essas importações se adaptam tão bem queacabam parecendo genuinamente japonesas,como é o caso do Jogo de baseball. Não têm apreocupação dos franceses de terem sua nobrelíngua aviltada por expressões estrangeiras,nem seus hábitos corrompidos por outros. Coma França vai ter em breve uma filial da Disney-lándla, isso vai permitir uma comparação inte-ressante. No Japão, Mickey não se curva paraos visitantes, mas caminha para eles e aperta asmãos dos visitantes, como faz qualquer oclden-tal. Será que o equivalente europeu vai secomportar assim ou será obrigado a acrescen-tar um toque galés? Quem sabe, Monsleur ouMadame no final das frases?Clyd* Habwman é correspondente do Th» Naw Yoric Uma*

em Tóquio

Disneylândia

Mickey-san |

invade Tóquio

Clyde Haberman

IDA-E-VOLTA

Waldyr Figueiredo

A reabertura do jogoA Embratur está — se preparando funcionamento dos cassinos no Uruguai,

para a reabertura do jogo no Brasil — Espanha, Estados Unidos e Portugal._ . . _ . . „ . O presidente Joáo Dória Jr. acreditaque deverá acontecer em futuro não que Já inevitável a abordagem do as-muito distante — tendo providenciado sunto pelo Congresso Nacional, logopara que sejam reunidas, em dossiê, após a posse dos novos deputados etodas as normas que regulamentam o senadores, no início de 1987.

Oremar oferece carro

na Europa como promoção

RápidasRápidasRápidasRápidasRápidasRápidas

Usar um automóvel zero quilômetrona Europa durante 32 dias, pagandoapenas 21 é o que a Oremar Turismo, emconjunto com a Citroen, está oferecendopara quem pretende alugar cano em suaexcursão pelo continente europeu.

Os automóveis já saem da fábrica emnome do cliente, obedecendo a umaescolha prévia do modelo, feita no Brasil.

O preço dessa promoção, válida até odia 31 de março de 1987, é 5 mil 300francos franceses — cerca de Cz$ 10 mil300—pagamento que pode ser parceladoem duas vezes, sendo a primeira parcelade 3 mil 120 francos franceses — aproxi-madamente Cz$ 6 mil 240 — paga no diada reserva feita no Brasil, ficando osrestantes 2 mil 180 francos franceses —cerca de Cz$ 4 mil 360 — para serem'pagos ao receber o automóvel em Paris,lugar obrigatório para a retirada.

O turista é obrigado a retirar o canoem Paris mas poderá devolvê-lo em outrolocal, desde que seja dentro do territóriofrancês e em cidades ligadas ao sistema

de leasing adotado, e mediante um paga-mento adicional de 400 francos franceses.

Steven Nelson Way, gerente adminis-trativo da Oremar Turismo, diz que essapromoção foi muito bem aceita pelosbrasileiros, razão pela qual já foram ven-didos, até agora, 300 automóveis da Ci-troen."Uma das grandes vantagens dessesistema, diz Steven, é que o cliente pagasomente a desvalorização pelo tempo deuse do veículo e conta com toda a assis-tência técnica das concessionárias Ci-troen. E mais: pode rodar o quanto

. quiser, pois a quilometragem é limitada econta, também, com um seguro totalinernacional, sem franquias."

Essa promoção da Oremar faz parteda nova linha administrativa de empresano Rio de Janeiro, que contratou DilsonVerçosa Júnior, da Britsh Airways, parao cargo de gerente geral que era exercidapor Steven.

Informações e reservas poderão serobtidas pelo telefone (021) 221-9455.

Uma segunda candidata a piloto da aviaçãocomercial foi aceita, recentemente, pela Escolade Aviação Suíça, operada pela Swissair, comorepresentante do governo suíço. É ela InesFrick, de 23 anos, que nasceu em Zurique,estudou na África do Sul e completou o quartosemestre do curso de Direito, há pouco tempo,na Universidade de Zurique. Ines, que já temum irmão que t co-piloto da Swissair, fará umcurso na Escola de Aviação Suíça, com duraçãode 18 meses, para conseguir o brevi e a licençapara pilotar aviões comerciais.

Passaporte

Brasil é Top

de MarketingO Paaaportc Bmfl, projeto criadopda Embratur para Incrementar odoso torttko Interno, foi o ganhadordo "Top de Marketing —1986" nacategoria de marketing promocional,considerado por opedallstas o maisimportante prêmio do setor. Esta é aprimeira vez qoe a Empresa Brasilei-ra de Turismo ganha o Top e o sendiretor-adjnnto de marketing, Luizde Alencar Lara, atribol a premiaçãoao falo do Passaporte ter reabilitadoa Indústria aadonal do tnrismo. Emapeaas 20 dias deade o lançamento,cerca de 15 mil pacotes turMicos doprograma foram comercializados.O Urreto verde, hatfante aemeihanteaos verdadeiros paamportes, é maisdo qoe nm novo prodnto de markc-ting ao mercado. Apoiado na maiorcampanha promocional da históriado turismo brasileiro, o Passaporteoferece inúmeras vantagens paraaqueles qoe deddirem viajar ntUÜan-do oa mais de 500 pacotea do progra-ma: reduções nos preçoa de passa-gens, hospedagem, translado e city-tour, descontos em restaurantes, ba-res, lojas e outros estabelecimentos eseguro saúde, qoe cobre o turista emtodos os caaos de emergtnda médicadurante a viagem.A Embratur e as outras 13 empresaspremiadas com o Top de Marketing86 pela Associação de Dirigentes deVendas do Brasil — ADVB — rece-beráo seus diplomas no dia 4 denovembro, às 19 horas, no auditórioEUs Regina, oo Parque Anhembi,Sio Paulo.

/

O Guia Aeronáutico está comemorando 40anos de fundação. Foi o primeiro guia aéreoque surgiu na América Latina e se mantém emcirculação inintenupta por todo esse tempo.Na festa que realizará hoje, a partir das19b30m, no Golden Room do CopacabanaPalace Hotel, no Rio de Janeiro, o GuiaAeronáutico homenageará profissionais c em-presas da área, que também há 40 anos atuamno setor. Entre as personalidades que serãohomenageadas estão Hélio Smidt, presidenteda Varig; Paulo Sampaio, ex-presidente daPanair do Brasil; Mayer Âmbar, presidente doSindicato das Empresas de Turismo do Estadodo Rio de Janeiro, e Caribé da Rocha, presi-dente da Associação Brasieira de Hotéis. Ascomemorações prosseguirão no dia 16 destemês, com recepção no Mofarrej Sheraton Ho-tei, em São Paulo.

A Vasp inaugurou um novo terminal decargas oo Aeroporto Internacional de São Pau-Io, em Guarulhos, com uma capacidade deprocessamento de carga, atual, de 50 mil tonela-das/ano que poderá, no futuro, chegar até as 93mil toneladas anuais. Esse terminal opera comum padrão Internacional de aproveitamento de10 toodadashno por metro quadrado, o únicono Brasil com tal capacidade.

O Ouso Controle de Qualidade do ProdutoTurístico Nacional, que, a njveLde extensãouniversitária, será dado por Luiz Carlos Bods-tein, diretor adnjunto de .operações da Embra-tur, teve seu início adiado para amanhã e terásuas sessões somente aos sábados, sempre das9h às 12h, num total de 30 horas/aulas. O cursose desenvolverá na Associação EducacionalVeiga de Almeida, na rua Ibituruna, 108, naTijuca. Informações e reservas pelos telefones(021) 264-6172 ramais 22 e 55 e 284-3889 ramal28.

Hoje e amanhã, o grande cartaz do SlcylabBar do Rio Othoo Palace Hotel é o cantor,pianista e compositor carioca Johnny Alf, que seapresenta a partir das 23h. Afastado da noitecarioca há trés anos, ele volta, agora, com omelhor do seu repertório, acompanhado porbaterista, contrabaixo, sax-flauta e pela percus-sionista norte-americana Tammy. Couvert deCz$ 100,00 por pessoa. Informações e reservaspelo telefone (021) «5-8812.

O concurso instituído pela Pan Ameri-can World Airways durante o II Free JazzFestival, apresentou o seguinte resultado:categoria A (público presente) — vence-dora Maria Teresa Òraellas Borges deOliveira, advogada da Prefeitura de SãoPaulo, que ganhou duas passagens de ida-e-volta a Nova Iorque; categoria B (jor-nalistas e/ou críticos de música) — vence-dor Renée Daniel Decol, crítico de músi-ca do jornal O Estado de São Paulo,premiado, também, com duas passagensde ida-e-volta a Nova Iorque. Com umacoletânea CBS contendo os melhoresmomentos do II Free Jazz, foram con-templados: José Dirceu C.L.Oliveira,Ana Paula Mandina, Emílio Haddad,Marta Maria Okamoto, Maria Telles,Marcelo Francisco Roveiso, Pedro Hen-rique de Paiva, Luís Freitag, Nilson No-bre Nascimento, Guilherme Bettencourt,Ernani Maria Costa, Flávio Rios Raffael-li, Gessi Peixoto de Castro, TerezinhaMaria V. Licati, Edinaldo Calahani Felí-cio, Maria Ercília Garcez Lobo, JoaquimArruda Falcão, Marcelo Luís Milech,Angela Santos Coutinho, José DomingosRaffaelli, Antonio Carlos B. Vieira, Sér-

gio P. Leite, Marli Conzatti, João R.Souza Cardoso, Francisco N.L.Oüveira,Ricardo H.S. Pessanha, Sueli da SilvaOrtega, Solenge Junqueira Noronha,Paulo Bittar de Oliveira, Ana Maria deAbreu, Deize Fátima da Silva, Odosval-do Portugal Neiva e Aciléa Cunha.

Além da sua elogiada cozinha interna-ckmal, o restaurante Equinox, da ruaPrudente de Morais, 729, Ipanema, RJ,está oferecendo o melhor da bossa nova,sob responsabilidade de grandes nomes damúsica popular brasileira. Informações ereservas pelos telefones (021) 267-2895 e247-0580.

Estudantes das faculdades de Turismo,Comunicação Social e Letras, de todo oEstado do Rio de Janeiro, poderão parti-ripar do concurso de redação instituídopela Flumitur sob o tema "Estado do Riode Janeiro — Novos caminhos para oturismo". Os trabalhos com um mínimode cinco laudas e um máximo de 10laudas, deverão ser entregues na rua daAssembléia, 10 sala 812, no período de9h às 12h e 14h às 17h, até o dia 20 destemês. Maiores informações pelo telefone(021) 252-6507.

Dos mais simpáticos e convidativos ofolheto que está sendo distribuído pelachurrascaria Palace. Neste tempo de faltade carne nos açougues, o folheto é dedeixar água na boca. Atraído por ele,quem se deliciava dia destes, com a varie-dade de carnes oferecidas, liderando mesade almoço era o Cônsul Geral da Grécia,Spyridon Theocharopoulos.

A Locatours Transportes Turísticos,operando há dois anos, incorporou à suafrota mais um ônibus Mercedes Benz,com capacidade para 40 passageiros, paramelhorar o atendimento às agências deviagens, suas clientes, como a Univertur,Wagons Lits, H.E.International, K.S.K.e Belair. Informações pelos telefones(021) 275-9849 e 542-4493.

Um grande número de diretores decontpanhias aéreas sediadas no Rio deJaneiro compareceu ao coquetel ofereci-do pela Ibéria — Linhas Aéreas de Espa-nha, no restaurante Rio's, para despedi-da do seu diretor geral, Santiago Monte-sinos. Ele se transferiu para o México,onde exercerá o mesmo cargo na repre-sentação da companhia. Na oportunida-de, foi apresentado o seu substituto Ro-dolfo Turrión Barbado, que ocupava omesmo cargo em Porto Rico. Na foto, daesquerda para a direita, Turrión, Monte-sinos e Moisés Coelho da Silva, diretor devendas da Ibéria para o Brasil-Norte.

Nonato Luiz, um violonista que vem ai-cançando grande sucesso na noite carioca,estará se apresentando hoje e amanhã, nobar Le Rond Point do botei MeridienCopacabana, a partir das 23b.

De parabéns o Almir Costa. A organi-zaçáo da festa de comemoração do Ioaniversário do Happy Hour, realizada nomorro da Urca esteve perfeita. Almirconseguiu reunir nessa noite, os nomesmais expressivos do mundo turístico noRio de Janeiro, numa programação queentrou pela madrugada.

Dia 14, no auditório do Jóquei ClubeBrasileiro, a revista Bolsa estará homena-geando os empresários mais bem-sucedidos na áres de marketing. Entre oshomenageados figura José Eduardo Guin-le que nesse mesmo dia, receberá o títulode Hoteleiro do Ano, em programaçãoorganizada no morro da Urca pelo pro-grama Rádio Turismo, da Rádio Bandei-rantes.

Já circulando mais um número dojornal Viver Bem, da Itatiaia Turismo,com noticiário movimentado e muita in-formação de utilidade.

Hoje, mais uma saída da excursão Vol-ta ao Mundo, promovida pela ImperialTour t a Lan Chile. São 34 dias de viagemvisitajdo 10 países. Trata-se do ProjetoTréj Oceanos, com programação cruzan-do os oceanos Atlântico e Índico e retor-nando pelo Pacífico Sul. Toda a viagemserá num Boeing 707 equipado, especial-mente com apenas 80 poltronas, todas dotipo primeira classe.

A Swissair, uma das pioneiras na utili-zaçáo do vídeo a bordo dos aviões, intro-duziu, recentemente, uma série de novasfunções do vídeo nos seus vôos de longadistância. Além das instruções de segu-rança, transmitidas num videoclip co-mandado por computador, os passageirosdo Boeing 747, DC-10 ou Airbus A-310/Intercontinental, podem ver projetada natela a posição da aeronave na rota percor-rida, altitude e velocidade de vôo. E jáestá em teste, um noticiário, com cincominutos de duração, para ser exibidoantes do filme principal.

Domingo, a Ãroido Araújo Propagandaestará completando 22 anos de atividades,nas áreas de marketing, propaganda erelações públicas. Ao Aroldo e sua equipe,o nosso abraço.

Na rua, mais um número do Jornal deClubes, dirigido pelo Jorge Nogueira.Destaque para a coluna de Regina Múr-mura, uma simpatia de pessoa e que vemconseguindo fazer um bom trabalho dedivulgação das coisas do turismo.

Além de uma gostosa feijoada, o LeSete, da rua Maria Angélica, 21, Lagoa,RJ, está oferecendo, também, o agitadosom dos pagodeiros do conjunto Renova-som, sempre nas tardes de sábado. Afeijoada é feita em panela de barro eservida no sistema de buffet, a Cz$ 120,00por pessoa incluindo a sobremesa. Infor-mações e reservas pelo telefone (021) 266-1494.

''

| , /'¦

B 71 .Cerca de 200 secretárias participaram

do movimenudo karaokê que o hotelInter-Continental Rio realizou na suaboite Papillon, para comemorar o Dia daSecretária, festa que já se tornou tradi-cional na programação do hotel. Terezi-nha Magalhães Coimbra da Chevron ga-nhou a jóia oferecida por H.Stern eMarlene Machado Oliveira, da GeneralElectric, foi premiada com um fim-de-semana com todas as despesas pagas, no

Inter-Continental Rio. Uma homenagemespecial foi prestada a Nádia Fassini,secretária pela Rádio Cidade e Dimerjpara premiar a melhor mensagem do Diada Secretária. Entre 2 mil concorrentes, amensagem de Nádia foi a escolhida. Nafoto, da esquerda para a direita, NormaIlner, Relações Públicas do Inter-Continental; Patrícia Guerra, assistentede RP do hotel e Marlene MachadoOliveira, da General Eletric.

?

E

b

ID

JORNAL DO BRASIL

1

sexta-feira, 10/10/86 o TURISMO o 3

Mariana

Na mais antiga cidade das Minas Gerais, o encanto colonial de suas ruelas

Maurílio Torres

AS

montanhas, de suaveondulação e coberturaverde, servem de panode fundo para o cenário

barroco, muito rico, de Mariana,antiga Vila do Ribeirão do Carmo.A cidade não tem a imponência ea sofisticação de sua vizinha OuroPreto, mas justamente ai é quereside seu encanto. Numa tardede sãbado, pode-se subir tranqül-lamente uma ladeira como a RuaDr. Silvério, para visitar um dosconjuntos arquitetônicos maisimportantes do barroco mineiro,formado pelas igrejas do Carmo eSão Francisco de Assis e pela Cã-mara e Cadeia.

Pelo centro da cidade, corre,um riacho de águas cantantes, oRibeirão do Carmo. Em Mariana,ainda é possível bater papo comalgum morador, desses que olhamo tempo passar da janela, e aindaconvidam para "entrar e tomarum café". A cidade, com sua es-trutura econômica enriquecidapor empresas de mineração que seinstalaram no Município, conse-guiu guardar seu bucolismo.

Cidade arquiepiscopal, primei-ra diocese de Minas, Mariana, fün-dada em 1696, é também a maisantiga cidade de Minas e primeirasede do Oovemo da Capitania.Uma carta régia de Dom João Verigiu a Vila do Ribeirão do Car-mo em cidade, no ano de 1745,com a denominação de Mariana,em homenagem ã rainha MariaAna, da Áustria.

É na rua Direita que se podemver os mais típicos exemplares daarquitetura colonial de Mariana,como o sobradão em que viveu oBarão do Pontal, cujas sacadastêm seu gradeado delicadamenteesculpido em pedra-sabão. Outrosobradão dessa ma, onde ftincio-na o Posto de Saúde, é digno deser visto, pela sua imponência eestado de conservação, típico daépoca setecentista.

A menos de 100 metros está oconjunto das igrejas do Carmo,São Francisco e Câmara e Cadeia.;Os três edifícios dominam a Praça'Conde de Assumar. Até há poucotempo, a Casa da Câmara e Ca-deia era a única que ainda serviaás mesmas finalidades para quefoi construída, entre as antigascidades do Brasil Colônia Hoje,ainda é Câmara, mas também se-de da Prefeitura, com construçãode alvenaria, escadaria externa eportada em destaque.

As duas igrejas — Carmo e SãoFrancisco de Assis —, que com-,põem o conjunto, foram construi-das em 1758 e 1763. A igreja deSão Francisco guarda o túmulodo mata importante artista maria-nense, o pintor Manuel da CostaAtaide, autor da pintura que de-cora o teto da igreja. Já a igreja doCarmo, ao lado, com suas torrescirculares, tem frontispicio em pe-dra-sabão, atribuído ao Aleijadl-nho. Subindo a Rua Dom Silvério,a 100 metros pode-se visitar a ca-pela das Mercês, erguida no sécu-lo XVIII pela confraria doscrioulos.

No alto da colina, ao fim daladeira, fica a igreja de São Pedrodos Clérigos, de 1753, a obra dearte. inacabada de Mariana, quedomina a paisagem da cidade. Nointerior da igreja, existem altaresentalhados em cedro, nunca ter-minados, para uma posterior co-bertura de ouro. Do adro tem-seuma visão geral da Vila do Ribei-rão do Carmo, com as torres dasigrejas e o casario entre os morros.

Visitas obrigatórias são a Cate-dral da Sé e o Museu Arquidioce-sano. A catedral, construída em

Fotos de Waldemar Sabino

TÍMÊÈÊÍW^'

A igreja de São -Francisco de Assis ficana mesma rua da Casada Câmara e da antigaCadeia, formando umconjunto arquitetônicodo século XVIII

taipa no começo de 1712, tem ointerior na forma clássica das ba-silicas, "no mais puro estilo roma-no". Apesar das sucessivas refor-mas, a Sé conserva o mesmo as-pecto original da época de suaconstrução e o órgão importadoda Alemanha.

No Museu de Imagens da Ar-quidiocese, está a mais rica cole-ção de imagens barrocas do pais.São peças entalhadas pelos maio-res artistas do .'século XVm, in-clulndo o Aleijadinho, que compa-rece com uma obra inusitada: oespaldar do trono, ou curul, alémde imagens, prataria e peças delouça Na entrada do Museu, po-de-se ver a fonte da Samaritana,em pedra-sabão, outra peça doAleijadinho. Não se pode deixarde visitar também o Museu daMúsica, na Cúria Metropolitana,onde existe uma coleção Impor-tante de partituras de composito-res do século XVTII.

Mas, além de igrejas e museusde praxe, vale visitar os novosartistas marianenses. O pintor Zi-zd Sapateiro, cujo ateliê fica emplena Praça da Sé, 52, em frente âcatedral, é autor de telas em pin-tura primitiva, um sucesso entrecolecionadores. Na Rua Frei Du-rão, em frente ao museu de imagl-nãria, fica o ateliê do escultor Hé-11o Petrus.

Quem estiver disposto a maio-res esticadas, deve ir á Cachoeirado Brumado, a 26 quilômetros deMariana, por estrada de terra É omaior centro de artesanato de Mi-nas Gerais. Lá se pode ver, emplena atividade, quase 800 arte-sãos, em trabalho que ainda nãofoi contaminado pelo chamado In-dustrianato. Fabricam-se tapetesde pita e peças de pedra-sabão,como as panelas. Um arroz feitoem panela de pedra-sabão — pre-vlamente curtida com gordura debanha de porco — é um pratodelicioso, garantem as velhas co-zinheiras marianenses.

Indicação

Mariana, ainda tem infra-estrutura hoteleira precária. Omelhor, ainda é hospedar-se numdos hotéis de Ouro Preto. Ir à Vilado Carmo, em uma ou mais via-gens, é fácil. De carro, por viasasfaltadas, a cidade, a 13 quilôme-tros, está ali mesmo, como quemvai de Copacabana ao centro doRio, só que sem congestionamen-tos. É bom, apenas, tomarcuidado com os quebra-molas, en-contrados em vários trechos daestrada, e se prevenir nas curvas,que são perigosas.

Um programa divertido é ir deOuro Preto a Mariana no trenzi-nho mineiro, puxado pela Maria-fumaça. O trem sai da estação deOuro Preto (Praça Cesário Al vimou Praça da Estação), aos sába-dos e domingos, às 9h30min. Daestação de Mariana, volta à ex-Vila Rica às 16h. E percorre avelha estrada de ferro, aberta em1914, entre uma paisagem encan-tadora de montanhas, vales e ria-chos, túneis abertos na rocha ecom direito a parada num miran-te, para fotografar. A cachoeira doBigode Chinês, depois de OuroPreto, é a mais bonita do percur-so. Pode-se, assim, passar um diainteiro em Mariana, para conhe-cer calmamente os tesouros bar-roços da cidade, conversar comseus moradores no jardim da Pra-ça Gomes Freire e passear pelasladeiras e ruas bucólicas da maisantiga cidade de Minas, uma das

primeiras do Brasil. À tarde, avolta de Maria-fümaça.

De Ouro Preto a Mariana, decarro, a viagem leva no máximo10 minutos, por rodovia asfaltada.De ônibus, de segunda a sábado,há horários ininterruptos, de 20em 20 minutos, e, aos domingos,de meia em meia hora. A passa-gem custa Cz$ 2,50. Já o Trem dosInconfidentes, viagem-lazer, comvagões antigos, puxados por Ma-ria-fümaça, circula aos sábados edomingos, saindo da estação deOuro Preto às 9h30min e voltandode Mariana às 16h. A viagem durauma hora e a passagem custa Cz$30,00.

Na Praça da Sé, funcionamos restaurantes Alvorada e Tam-baú, nos quais se pode encontraros pratos típicos mineiros (feijãotropeiro, tutu à mineira, frango aomolho pardo) e pratos menos ".o-muns, também da cozinha minei-ra, como a Vaca Atolada, Bambáde Couve e Pé de Porco ao XicoPoté. O forte do Tambaú sáo os,peixes. O Peixe k Tambaú (peixefrito, com arroz à grega e batatassauté) custa Cz$ 55.

Zizi Sapateiro, pintor primitivo,com ateliê na Praça Gomes Frei-re, 52, é boa sugestão para quemquer comprar telas de qualidade.Seus quadros têm preços de Cz$ 5mil a Cz$ 35 mil. As telas apresen-tam temas populares, como OsQuatro Cavaleiros do Apocalip-se, que está na sala de reuniões dasede da ONU, em Nova Iorque.

A PanAm Agora Está

Cruzando O Caribe.

Por Mar E Por US$250 Menos.

Seu Bilhete DeEmbarque PanAmVale Um Desconto

De US$250.Com um bilhete da Pari Am

na mão você já deu algumasbraçadas em direção ao mardo Caribe.

Em qualquer Agente de Via-gens, o passageiro Pan Ampode reservar um cruzeiropelo Caribe pelos modernos eincríveis navios da NCLCruises, gozando de grandesdescontos e vantagens.

Tudo Azul NumCruzeiro De 7 Dias.

Na compra de um cruzeirocom a duração de uma sema-na, você ganha um descontode US$ 250 nas cabinas exter-nas. E tem mais: o terceiro e oquarto passageiros ocupandoa mesma cabina pagamapenas US$ 99 cada um.E viajando num dos quatrograndes navios da NCLCruises - o Southward, oStarward, o Skyward ou oNorway.

lhores hotéis de Miami eOrlando. É isso mesmo, a es-tadia é por nossa conta.Aproveite.

Quem comprar o cruzeirode 7 dias, tem 7 noites grátisno Omni de Miami* ou noEmbassy Suites de Orlando*

E pode até fazer umariDinaçi

Você vai conhecer aqueleslugares que estão nos filmesde aventura mais incríveis:Nassau, Puerto Plata, SanJuan, St. Thomas, Cozumel,Grand Cayman, Ocho Rios,Cancun, Ilha Particular daNCL nas Bahamas.

Tem Cruzeiro De3 E 4 Dias Também.

Nos cruzeiros de 3 ou 4 diaso desconto que você ganhaé de US$ 50. E o terceiro e oquarto passageiros a mais namesma cabina viajam degraça! O navio usado nestes^dois

combinaçao, por exemplo,4 noites em Miami e 3 emOrlando.

Os cruzeiros de 3 dias têm2 noites grátis no OmniMiami ou no Embassy Suitesde Orlando. E os cruzeirosde 4 dias têm 3 noites grátisnos mesmos hotéis.

O carro grátis é oferecido

lois cruzeiros é o Sunward II. Ia Álamõ em Miami**

O Melhor DestesCruzeiros E Que

O Hotel EO Carro Sâo Grátis.

O roteiro destes navios iá éuma sensação, mas o melhorficou para o fim: você nãopaga nada para ficar nos me-

um Chevette que você usapagar e, depois,as 12 dólares por

2 dias sem pagar e, depois,_ i ape:

clia, adicional.

Aproveite que viver bemé pnvilégio de passageiros danova e irresistível Pan Am,que voa diariamente paraMiami pelos 747, oferecendoconforto e cortesia naFirst Qass, Clipper® Qass e naEconomy Qass.

paga apenas

Caribe Here I Come:Os cruzeiros da NCL

Cruises são espetaculares,feitos em navios especialmen-te construídos para ofereceruma viagem encantadoraa um dos mares mais lindos

do mundo.»>\ *««*«»** * ou categoria similar.** seguro e gasolina não incluídos.

———— I

Consulte o seu Agentede Viagens ou a Pan Am.

Rio de Janeiro - Tel.: (021) 240-2322

Ean Am. Nada Supera Sua Experiência!

irii Vi! i X

1 , w - ¦ '

II' II

| | |

i

4 o TURISMO o sexta-feira, 10/10/86JORNAL DO BRASIL

Fotos de Luís Guerreiro

Vale das GuaritasTpaisagem reúne um canyon, rios e umacidade histórica. No Rio Grande do Sul

..-lLl&Uama!0'ÊmmmWVmmmm] *****laM>******HalB*l ¦ff*B*»i^****l IBrÜI^Íb****! Í*wMÍa»ii.~n •••-•i' ^ ¦;¦ ;.-¦-¦ -rmtffPTOWBiaa-: ,-° i'" ,"\-.. i:3-\ÍJ,i\\h¥\Hi^ >>&ftlÍ«»E**ÍHFrT)iffiM aJtfcl*à******Wf'WP'^M

b^-irí>- ftpfji yi". *^*~3iTTa*****^^ar^a*»ffr*!***'^****l *W*^**B fljjpjMffilICy^

fW ¦ ¦MT i >^ ¦ '

í^ÉÉÉ 11

IndicaçãoComo chegar: Para chegar ao Vale das Guaritas

de automóvel a partir de Porto Alegre, toma-se aBR-290 até Caçapava do Sul, a 248 quilômetros, oua Bagé, a 372 quilômetros.

Hotéis: o Ciro Palace (Tel. para reservas 051-732-1768) tem diárias para casal de Cz$150,00 aCz$300,00 com café da manhã. Mais simples, oHotel Residencial (Tel. 051-732-1671) cobra as diá-rias entre Cz$ 100,00 e Cz$ 180,00. Os dois hotéisficam em Caçapava do Sul. Em Bagé, há o HotelCharrua (Tel. 053-342-2211) com diárias de Cz$240,00 a Cz$ 420,00 e o Elo Hotel (Tel. 053-342-1973)com diárias de Cz$ 160,00 a Cz$ 320,00.

r»SMp^|]'TiM-WWj|j^»*»*al JiMlMtarti.1 ¦'¦ yjlm tímwL.l [.¦' -¦ VroU

Juarez Porto

Éls-V-Í-,».* llHaillllllMÍÍPIJPi li ' ^MÊÊÈ^ÊÈÊÈÉiÊÍ- 'iJ&ÈZmm

&'*"¦ ¦' .'¦¦Ul.-\*\:,KÒ^U*f{J . . ¦ !'¦:!¦:¦¦;:¦::!..*

fc-;''' .'¦ ¦¦SíÍík:'$3-:'^-:' - ' ¦"'¦¦;'-'¦'"'''•'

Ê& 1.. • :v.:, •/ •¦.:•¦ ^ -*;v: ¦' , -¦.>,¦¦•¦¦•;*,;.r-- .t-vi;^; t x- ¦ ¦ ' ¦ ¦ ¦ <¦'¦¦¦-¦- •¦¦¦

PRATICAMENTE

desconhecido atémesmo da maioriados gaúchos, o Valedas Guaritas, no mu-

nicípio de Caçapava do Sul, re-gião da Campanha, é segura-mente uma das paisagens maisdeslumbrantes do Rio Grandedo Sul. Estende-se numa áreade cerca de 20 km, no longo daqual rochedos enormes sur-preendem o visitante pelos con-tornos bizarros, que ora lem-bram animais — Pedra do Ma-caco, Pedra do Peixe ou Pedradas Cabras — ora parecem ob-jetos gigantescos.

Poucos quilômetros adianteficam as minas do Rio Cama-quã, que pertenceram ao play-boy paulista Baby Pignatari,que na década de 50 descobriua região e sonhou em torná-laum ponto de turismo sofistica-do. Entretanto, apenas seusamigos conseguiram usufruirdas belezas do lugar, levadospor ele, que os hospedava noconfortável chalé ainda hojepreservado. De lá se descortinaa extraordinária paisagem daserra cortada pelo rio.

O Vale das Guaritas — paraalguns é um desfiladeiro, outrospreferem dizer que se trata deum canyon — fica na regiãocentral do estado, entre os mu-nicípios de Caçapava do Sul eBagé. O acesso mais fácil é pelaBR-290 até Caçapava do Sul,cidade histórica, antiga sede dogoverno dos rebeldes da Revo-lução Farroupilha, que preten-deu separar o Rio Grande doSul do resto do Brasil (1835-1845).

Ainda está lá o prédio queserviu de sede dos ministériosdo governo revolucionário lide-rado pelo Comandante BentoGonçalves. O pequeno museuque guarda as peças e do-cumentos do período da guerrados sulistas contra o Impériofica num casarão colonial, queserviu também aos combaten-tes. No momento, ele está emreforma para só reabrir no finaldo ano. Quase no centro dacidadezinha ficam as muralhasdo Forte Dom Pedro II, que

nunca chegou a ser concluído,pois quando começou a ser er-guido o risco de novas invasõesdos espanhóis já era fato supe-rado. A obra foi suspensa e hojeserve para apresentações artis-ticas e festas da comunidade.

Para quem deseja conhecer oque ainda resta dos hábitos ti-picos do gaúcho a região é amais indicada. O traje comumnas ruas são as bombachas, bo-tas e chapéus. No inverno ospalas — ou ponches — de lãcrua fabricados em artesanatosna própria cidade colorem asruas e estradas por onde mar-cham tropeiros conduzindo ogado, mesmo nestes tempos deboi voador. A carne é farta e ochurrasco não pode ser maiscorreto. Em geral, come-se mui-to bem e barato: em média Cz$50,00 por pessoa um churrascocompleto, que inclui carnes esaladas, galeto, salsichão, espa-guete caseiro, arroz, feijão, pas-téis, carne de panela.

Para chegar ao Vale saindode Capaçava do Sul toma-se aBR-153 em direçáo a Bagé. Lo-go na saída da área urbana vis-lumbra-se a impressionante ex-tração de calcário, uma dasprincipais riquezas minerais doestado. Mais 40 km e aparece aplaca indicativa "Minas do Ca-maquã", apontando o lado es-querdo da rodovia. A estradaque conduz até o Vale — a mes-ma que leva às minas — é deterra, mas está em bom estado,e a paisagem ao redor é linda.Rebanhos de ovelhas passeiampelos campos emoldurados porrochedos e mata nativa.

Do asfalto até o Vale — oudesfiladeiro, segundo alguns, —são 12 km. Logo o visitanteavistará as primeiras forma-ções que se espalham dos doislados da estrada. A única casa àdireita pertence ao "Seu" Os-mar: estaciona-se ali e pede-seque ele ou um dos filhos acom-panhe num passeio. Não se de-ve ir só pelas grotas e cavernasou mesmo na escalada dos ro-chedos (a não ser, é óbvio, ospraticantes do alpinismo).Quem quiser conhecer a pé —ou mesmo de automóvel porestradinhas que se perdem en-tre os morros — é fundamental

LAGOSTIMPOUSADA

Búzios — Estrada de Geri-bá, 70 — na Praia suítescom varanda, restaurante.

275-2018 e 275-1882.

Hotel Chateaü

HOTELILHABELA >

Frente p/ o mar.Piscina, salões de

jogos, ginástica,play-ground e

jí' quadras esportivas.\. — Pacote turístico

— 7 diárias completas e grátisuma criança até 5 anos.

Rio: 267-2472yjlhabela: (0124)72-1083^/

m

KsQUTPAMENTOS^W DE VÍDEO I

-"•KlUlUr!"

CAMPOS DO JORDÃOO mais luxuoso e a melhor

localização do CentroTurístico de Capivari.

Promoção de Primavera3 diárias completas - casal

Cz$ 3.600,005 diárias completas - casal

Cz$ 5.500,007 diárias completas - casal

Cz$ 7.000,00Crianças até 3 anos, no

mesmo apartamento, nãopagam. Regime de pensãocompleta. Esse preço não

é válido para feriadosprolongados e temporada.

P - ¦¦- .„.:&* .'.-iijll ina*******w!!pHli1l**lLa1r^fl**l -, ' W*-AÉ********i L^b^b* **•*.»»» aaauu - - -¦- 3*tn^^fl'-" -li,a'A,?£'ll',Yfi~T- ' «ÜÉlmi BaTr ial Mf*«K.w« ..... :•**•¦ ^PBH ^L c«e-*:~íí; «Sa

—Qa ^^9 Pfi^B'' ¦; - ^S2K* *W* HaH *H***Bi*Blfla^H a**M*****l BIRHraTaaVB^B^KáiaírlWaMk^^liintli»'}^ i¥3i*%W &di*****kí mM **************HaMfy^^^^y^^^^^^SiaWal»^**^^!*»^^^ mMs*j?^A -*!*T^IS *i II IWBPI liWLW***MBI Hfr'ãS»j-it *Jrví.jf'jau^.i^ v-s^^L-ÊÍèSàmjmtmBSSÊfvm}^m^^:>-"*^m. 'jKuj **^^*****i*vlAltíliB HU itklíTBl m\ilmtfffl4$È^ym |w||ffiMsl***Ur***«^^H^KaWRBa^afcJWBHÍÍI^KKaÍM'ar^ ^¦ffl|Mi1í ^! "* >!'""' ^^^L^fflHãKLHniujwiHtnir^^ *************g—-X ¦— — . .i. ¦ _i .. .. , .... N . .... .

L**lwVln*n Lnanl LbbM&b********1 a*tS9***Sj^£aW*MCfcMlg,^BJi Hlaa********! fc^Wl BEBcIt'^ ' |fl ^| X3rP Hi^tnStmm] mmriK"'" rk,J<?'<i mu *HH*fli HBalaaG HBm0 BH¦-^¦l ^^^^B^^^b>|lBs3^k ^B ¦—~^( n *¦¦¦¦¦¦ ^^^I^^^A *& ^BB^BBBB ¦¦¦¦*( ^^BB**************************Bn*h"li B**fc-- T^i ^^—^—^M^^^^^*^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^m^^^^^^ma <¦ r^r^r^r^r^^^^r^^i^^^-^^^r^^^

, ..O .10^Faça i* sua reserva.

Hotel Chateau - C. do JordãoAvenida Macedo Soares, 713

• Tel.: (0122)63-1911.63-1943,63-1743

V. Capivari - C. do JordãoS.Paulo-Tel.: 283-1380

Os rochedos, que lembram gigantescas esculturas,ficam em alguns pontos, às margens do rio Camaguã.Os habitantes de Caçapava do Sul vestem-se comomanda a tradição: de botas, bambacha e poncho.Próximo às minas de cobre, o milionário paulistaPignatari construiu uma vila no estilo das cidades dofaroeste americano

recorrer à ajuda da família, por-que de resto seria arriscado.

O lugar é quase selvagem.Dizem os nativos que há pontosque nunca foram percorridos.Além do terreno inóspito, a ma-ta torna ainda mais difícil oacesso. A lenda e a realidade semisturam nas Guaritas: o Paçodos Enforcados, por exemplo,consta que recebeu esta deno-minação, porque ali teria se sui-cidado um casal de namoradoscujas famílias rejeitaram o ca-samento (uma versão gaúches-ca de Romeu e Julieta, come sevê). Nas cavernas haveria ouroescondido por padres jesuítasdos Sete Povos das Missões oupor fazendeiros temerosos dasinvasões espanholas, freqüen-tes no século XVII.

Os rochedos iniciam em Ca-capava do Sul e vão até o vizi-nho município de Bagé, na for-mação da Serra do Sudeste. Otempo encarregou-se de escul-pir as impressionantes formasnas rochas areníticas, criandoum dos locais mais originais doestado, mas ainda pouco co-nhecido.

Inspirado pela paisagem quelembra vagamente as forma-ções do Arizona, Baby Pignata-ri — além de explorar o cobre,ouro e prata — quis transfor-mar a mina num vilarejo estilonorte-americano. Seu chalé e ascasas dos funcionários do esca-lão superior, na época (fins dosanos 40), têm o estilo das mora-dias do faroeste. O mesmo ocor-re com o cinema da vila e daigrejinha.

Atualmente, as minas estãosob direção da Companhia Bra-sileira do Cobre, e o nível daexploração do minério aumen-tou muito desde os tempos emque Pignatari tirava suas tem-poradas no lugar. Uma popula-ção de cerca de 6 mil pessoasvive na vila ao redor da mina.Há dois restaurantes que ser-vem o trivial bem caseiro, semnenhum requinte, mas tudo empadrões convenientes. Quantoà hospedagem, há uma pensãode quartos espaçosos, semqualquer sofisticação. A popu-lação conta com orgulho que hámuitos anos não ocorre nenhu-ma violência na vila, a não serpequenas rixas nos bailes defim de semana.

O Rio Camaquã, no meio dosmorros rochosos, é a grandeatração. Há praias de areiamuito branca, águas calmas elímpidas, que, no verão, aco-lhem centenas de pessoas napiscina. Ela é o lugar mais indi-cado para banhos, junto a umquiosque de bambu e palha eno ponto onde o rio faz umacurva. De um lado, fica a Pedrada Cruz e do outro, as furnas.

Conhecer esta parte do RioGrande do Sul exige certa dosede aventura. Acima de tudo, oturista deve esquecer confortosconvencionais e preparar-se pa-ra descobrir uma natureza sur-preendente.

Se preferir, pode iniciar opasseio por Bagé, onde os ho-téis e restaurantes sáo melho-res. Mas, para isto, terá queenfrentar lOOkm pela BR-153até chegar o acesso principal aoVale das Guaritas. Em Caçapa-va do Sul, o hotel mais reco-mendável é o Cyro Palace, comuma ressalva: é bom acertar opreço da diária logo na chega-da; sem tabela, os funcionárioscobram de acordo com a carado freguês. Só quando pressio-nados exibem os preços oficiaisque, convenhamos, não sãoaltos.

JORNAL DO BRASIL sexta-feira, 10/10/86 o TURISMO o 5

Pére LachaiseNarcisos, excêntricos, amantes, no jardim de Paris como não há outro igual

Fotos de Alécio Andrade <

-¦ '¦'¦¥^ '^JJTTHBa^ar^afff^nffli^aWala^ariflMn^ * *Í*'*Í^W"': ' V. ^W^ ' '' Jài,

L^L^L^L^L^L^LBBBa^L^L^LHBa^E ÜMÈ"1* "¦¦'¦•' 'Jl Ji^"^]|g5»aS^ ^j^JüKIÀ^^ A *W* ||ÍÍ;

nv^BI DafljSBj HBÍr^fíSafc»iBBBBfeBBfei»l^^^^^^ -;:;' Bra^Bnil^twffiff::'' afl;ÍBflBilBi fllii-i ^Sjp^ <-?uJ*i k:ji! 'üEf" :píp'- 'V'^" ?&tilíSÍBBiii'iliiíiMaiÉaiiMBBBBfiÍ!lii?DfflBBBB: i3 j!sj -^ji" - TaP'!])-- flEf-ii'-' ¦ *^-ti 7

Beatriz Horta

A

Torre Eiffel, a NotreDame, o Louvre sãoos lugares óbviospara qualquer visi-

tante em Paris — e por issoestão sempre lotados pormultidões. O Pére Lachaise,quase deserto durante a se-mana, é um jardim com be-Ias esculturas que misturamnas lápides de suas 97 ala-medas os nomes de grandespersonagens da História daFrança e do mundo. E o lu-gar tem hoje uma vantagemadicional: nenhum terroris-ta pensaria em colocar umabomba no mais antigo emais famoso cemitério deParis.

Nos fins de semana, ele éfreqüentado pelos parisien-ses como qualquer outroparque da cidade — e não édifícil ver uma família fazen-do picnic sobre a laje deuma sepultura. Sem qual-quer desrespeito com osmortos, como se, apenas,tentassem dessacralizar o"outro mundo". Viva a vida— inclusive, a eterna!

Pére Lachaise foi o jesuí-ta que desempenhou a deli-cada missão de confessor dorei Luiz XIV. Como absolverum monarca absolutista earbitrário, cujas amantes —malgrré o moralismo da épo-ca — moravam nos própriosaposentos do Palácio? E co-mo não absolver? Divididoentre as leis da Igreja e asvontades do rei, o bom pa-dre deu nome à região ondeficava o convento jesuíta.Em 1793, o terreno à voltado convento foi transforma-do em cemitério da nobreza.E, por conseqüência, da mo-da: os 2 mil personagenscriados por Balzac foram"enterrados" lá, até que opróprio autor o foi também,em 1850.

Hoje, o Pére Lachaise fazparte de muitos roteiros, da-queles que trazem turistasem ônibus refrigerados e pa-norâmicos, seguem diretopara o túmulo de MareeiProust e de Préderic Cho-{)in,

clic, clic, clic, fotogra-ám tudo e deixam para

prestar atenção no lugarquando olham as fotos, emcasa.

Quem quiser saber umpouco mais sobre esta belanecrópole e seu milhão emeio de habitantes podeacompanhar a promenadedo historiador parisienseVictor de Langlade, especia-lista no cemitério. Aos 61anos, sorridente e bem-humorado, ele começa opasseio negando o que ai-gum dos gentis ouvintespossa, talvez, pensar: não,ele não é necrófüo. Apenas, éum curioso por tudo o quediz respeito à vida — inclusi-ve, filosofa, a morte.

Tanto o Sr de Langladequanto os porteiros do cerni-tério — que oferecem, emtroca de dois francos, ummapa do lugar — sabem queo túmulo mais visitado é ode Abelardo e Heloísa, espé-cie de Romeu e Julieta aueviveram no século XII. Osrestos do casal — e sua au-réola romântica — foramtransferidos para o Pére La-chaise em 1817. O guia lem-bra que Abelardo, 42 anos,monge e professor de Filoso-fia da então Universidade deParis, apaixonou-se por He-loisa, 22 anos mais jovem doque ele. Nasce uma criança,Astrolabe, o caso é desço-berto, e os amantes, separa-dos. Heloísa entra para umconvento distante de Paris edurante 20 anos os dois secorrespondem, até que em1142 Abelardo morre. Emsua última carta para Heloí-sa, ele pede que "meu corposeja levado junto ao teu nomesmo cemitério". O túmu-lo do casal tem colunas eescultura dos dois em pedra,sobre uma inscrição em la-tim: "Unidos agora, numafelicidade eterna". E o pontomais fotografado do cerni-tério.

Se não ficou famoso emvida, o Capitão da Guardado Rei Luiz XVIH, Curssold'Uzés, é lembrado pelo bomgosto e funcionalidade deseu túmulo, de mármorebranco trabalhado. Em fren-te, há uma cadeira em estiloromano, também de marmo-re, destinada ao conforto dovisitante. Mais adiante, en-tre as árvores e as plantas,um monumento de três me-tros de altura do famoso es-cultor David d'Angers mos-

tra o General Gobert a cava-lo durante a batalha de Bay-len, em 1808, no momentoem que foi atingido pelo sa-bre de um soldado adver-sário.

E há lugar — até no cerni-tério — para a excentricida-de: a atriz Sara Bernhardt,falecida em 1923, está nomesmo caixão que enco-mendou 30 anos antes demorrer e que guardava noquarto, ao fado de um jacaré(vivo), seu bicho de estima-ção. Outro monumento bi-zarro, visível desde a colinade Montmartre, do outro la-do de Paris, é o que enco-mendou o Barão Félix de

*?^í»;v-JIÍ.í-

^L..:!i^n;!kiil-Í-.- -fffiHtirhHjtÜH''S~'" • 4*ft~• '' i-jffiil^'--^f iMrffil^tá^^f^tQTTaTnrly+W -J: -¦¦ ¦"-¦ "-'' ::i;:':l:^:laW:^;;:-i.i:Ü--:;Í:::r"h:::ir^l;;:t,l ::'::'.--- :'-\^^0^^^ ^GaBBp*l3r ' "¦ -I

íl::i;:::::.; ;?:..;:. ¦..;:: y^S:1!; ..i.. .-ijúiutn

Beauiour, falecido em 1834:uma coluna de 16 metros dealtura, com uma capela nointerior.

Dois estilos de freqüenta-dores são habitues do PéreLachaise: os kardecistas eos gatos. Uns cercam o flori-do mausoléu de Allan Kar-dec (criador do espiritismo),que tem no alto a citação"nascer, morrer, renascersem cessar, tal é a lei". Osgatos rondam as capelas eos jazigos centenários ondeestá gravado sepultura per-pétua. Na verdade, nada éperpétuo, nem no cemitério:o tempo máximo de ocupa-ção de uma sepultura é de

Omausoléumaisvisitado,de AllanKardec, ea estátuado beloVictorNoir,semprecom floresfrescas nasmãos

200 anos. Depois disso, casoela fique abandonada, a Pre-feitura de Paris retoma oterreno, o que provoca umacuriosa mistura de ex-mortais antigos com recen-tes — como Simone Signo-ret ao lado de uma famosacortesã do século XVIII, ouo delicado Proust da belle-époque vizinho do ditadorRafael Trujillo.

Do alto do morro ondeestá o cemitério, a vista ai-cança toda a cidade de Pa-ris, envolta em silêncio. Oúnico som — suave, porqueà distância — vem do túmu-lo do cantor de rock JimMorrison, anunciado tam-bém por graffitis e setas emtodo o lugar. Dezenas de jo-vens conversam animada-mente em volta da sepultu-ra do cantor, morto em 1971por excesso de drogas. "Jimgostava de festas, comonós", disse um jovem com ogravador tocando Light myfire em volume suficientepara se ouvir do Além.

Na sepultura do rico in-dustrialJRené Piault, não ésua personalidade que inte-ressa, mas seu rosto, escul-

Bido por Auguste Rodin, ar-

sta cujos trabalhos costu-mam estar em grandes mu-seus do mundo. Ao lado de-le, Oscar Wilde, falecido em1900, encomendou seu rostoem forma de esfinge egípcia.

Menos narcisista e maisvaronil é a estátua de bron-ze, em tamanho natural, dojornalista Victor Noir. Caídoao chão, a cartola ao lado, omonumento do escultor Da-lou, premiado no Salão de1900, retrata a morte deNoir, na rua, em 1870. Ele foiatingido por um tiro do no-bre Pierre Bonaparte, que sejulgou ofendido por seus ar-tigos. A coragem — e beleza— de Noir são homenagea-das pelas freqüentadoras doPére Lachaise, que diária-mente colocam flores fres-cas em suas mãos.

O passeio, que dura nomínimo duas horas, confir-ma o que o grande fazedorde frases Charles de Gaulle(enterrado em Lüie, ondenasceu) disse certa vez: "EmParis, nem um cemitério éapenas um cemitério. Te-mos o Pére Lachaise".

IndicaçãoD O cemitério de Pére La-chaise fica no BoulevardMénümontant, aberto dia-riamente de 9 às 18h. Ospasseios guiados de Victorde Langlade começam noPortão Principal, de sexta adomingo, às lOh, llh30min,14h30min e 16h e custam 30francos (cerca de Cz$ 60).

IIPPORTO SEGURO

HOTEL SOL TROPICAL* * * *

Adquira pelo sistema "TIME SHA-RING" uma ou mais -semanas parasempre, em Porto Seguro — Bahia,onde começou o Brasil.

— LAZER E INVESTIMENTO —Informações 240-0787 e 240-9046. }

PARADISÍACA angra dos reis

ri 1^>'¦'' 'L Laávl 11Pi ^SIB^^^K^ISaSNaiBal I I

PROMOÇÃO DE MEIA ESTAÇÃO:¦ 6 diárias pelo preço de 4

Casal apt" standard :.Cz$ 3.700,00ApL" familiar casal. Cz$4.240,0OCrianças até 5 anos cortesiaCrianças de 6 a 12 anos CzS380,0OTaxa de serviço 10%Café da manhã e jantar incluídos

PACOTE DE NATAL:De 19 a 26.12.86Casal apt" standard Cz$ 6.175.00Apt" familiar casal CzS 7.120.00Crianças até 5 anos cortesiaCrkmçasde6a 12anos CzS 765.00Taxa de serviço 10%7 diárias c/café, almoço e ceia 24/12

O Eterno WrõoCONSULTE NOSSOS PREÇOS.

DE REVEILLON E FÉRIAS.

Apt"' c/TV cor, ar, geladeira e telefone. Tênis, quadra pollvalente, praia, piscina, sauna, barese restaurantes, esportes náuticos, esqui, pára-quedas aquáticos, saveiro, caiaques, shows ao vivo

e equipe de recreação infantil Foca Lalá. Consulte seu agente de viagens. Reserve o seu Carnaval.

d, Informações e Reservas:RJ (021) 240-1474

SP (011)223-8188

ttqnaímH

6 o TURISMO o sexta-feira, 10/10/86 JORNAL DO BRASIL

Como viajar de aviãoe mudarde fuso horáriosem sucumbirao mal-estar

IhMrvUA

Jet lag'

J*f~ t . ifa^ f* — ^ * i Jk-.wt__Tt^ >/ mmmVÊa^^^

^jÉfwvo

j

DURANTE

250 milanos, o ser humanoteve seus movimentoslimitados pelo ritmo

dos próprios passos, a velocida-de dos animais de montaria, ahabilidade na construção de ca-noas, botes, barcos. Com a in-venção do mais-pesado-que-o-ar, conquistamos o direito devoar como os pássaros, mas nàoadquirimos seus instintos e nostransformamos em vitimas deum mal internacionalmente co-nhecido como Jet lag — aquelasensação de mal-estar e fadigaque acomete os viajantes delongas distâncias.

Ao contrário do que muitagente pensa, o jet lag não écausado pela permanência, pordeterminado período, numavião voando a alta velocidadee elevada altitude. Zumbidonos ouvidos, desidratação, irri-tabilidade — isso se deve à bai-xa pressão, consumo excessivode álcool, barulho dos motores,porém não é o fenômeno que oscientistas norte-americanosvêm estudando nos últimosanos e que atinge basicamenteo passageiro obrigado a passarde um fuso horário a outro empoucas horas. Claro que, quan-to maior a diferença de fuso,maior o desconforto.

A mudança de fuso tantoperturba um viajante experi-mentado quanto um estreante

e é mais sentida no rumo emque você "perde" tempo, o ru-mo oeste-leste. Além disso, in-dependente do número de ho-ras que se permaneça no ar, poruma razão prosaica: Paris ficahoje à mesma distância de No-va Iorque — ainda que se voenum Concorde, por apenas trêshoras e 45 minutos — que noano de 1927, quando CharlesLindberg levou 33 horas e meiapara cruzar o Atlântico no seumonomotor The Spirit of SaintLouis.

O jet lag começa quandovocê desce do avião e tem queacertar não só o seu relógio depulso, mas também os ritmosbiológicos internos — o desper-tar e o adormecer, a digestão ea eliminação —, conservadora-mente resistentes às mudan-ças. Seu corpo pede almoço nahora do velho almoço, seusolhos querem fechar-se emborao sol mal tenha acabado delevantar-se depois de uma via-gem até a índia, por exemplo.Há pessoas que se sentem intei-ramente perdidas, à beira docaos físico e mental capaz deatrapalhar sonhados passeios,negócios importantes, perfor-mances atléticas ou artísticas.O que fazer, então?

Descansar um dia nâo bas-ta, adverte, nos Estados Uni-dos, o pesquisador Charles F.Ehret, do Artonne National La-

boratory, de Illinois. Especialis-ta em cronobiologia — estudodos ritmos biológicos internosdo homem — ele desenvolveuum método usado por executi-vos, pelas Forças Armadas eaté pelo Presidente Reagan, pa-ra superar os sintomas do jetlag. É óbvio que o método —chamado de programa de trêsfases — virou livro (Overco-ming Jet Lag, co-autoria de Ly-nee Waller Scanlon) e um mustnos principais aeroportos domundo.

. Não é nada complicado eevita que se tenha de adotar atática do ex-Secretário de Esta-do Henry Kissinger, que nasvésperas de qualquer viagem sedeitava a cada noite uma horamais cedo e se levantava a cadamanhã uma hora mais tarde,para adaptar o metabolismo aorelógio estrangeiro (pior eraLyndon Johnson: raramenteacertava seu relógio com o dopaís visitado, os anfitriões é quetinham de adaptar-se ao seuhorário).

Em experiência com ratos ehomens, os cientistas determi-naram que cada pessoa tem seupróprio ritmo de adaptação.Assim, em viagens que signifl-cam uma variação de cinco aoito horas, os padrões de sonopodem levar de dois dias a duassemanas para ajustar-se, o sis-tema urinário demora até dezdias para normalizar-se e acoordenação motora leva decinco a dez dias para ser a mes-ma novamente.

Outros sintomas do jet lagsáo prisão de ventre ou diar-réia, insônia, perda de apetite,dor de cabeça, diminuição devisão à noite, diminuição dointeresse sexual, perda do to-nus muscular. Eles aparecem

ou não conforme fatores varia-dos, que vão da idade do viajan-te (crianças se adptam melhorque velhos) à sua situação psi-cológica (pessoas tímidas ouansiosas sofrem mais que asextrovertidas ou estáveis).

Se você não pode dar-se aoluxo de deixar o tempo conser-tar tudo, é o cliente ideal para oprograma de três fases do dr.Enret, uma combinação de vigí-lia e sono, refeições à base deproteínas ou carbohidratos, ati-vidades físicas e mentais capa-zes de diminuir o desconfortoprovocado pela bioquímica hu-mana.

Às seis da manhã você não éa mesma pessoa que à meia-noite. Sabendo disso, é preciso,ao viajar, fazer um esforço redo-brado. Se você chegar ao seudestino às 8 horas e trancar-seno hotel para dormir, porque

ainda é plena madrugada noBrasil e seu organismo reclamasono, estará infringindo a regrabásica do programa anti-jetlag, cujo lema é "em Roma co-mo os romanos". Abra os olhose vá à luta. Não faça nem sesta.

O programa recomenda a se-leção rigorosa da comida — háa que induz ao sono, há a quedesperta o ânimo. Uma refeiçãode alto valor proteico — peixe,fígado, ovos, carne, queijos,manteiga, feijão — estimula oque os leigos chamam de adre-nalina e garante no mínimo cin-co horas de vitalidade. Por ou-tro lado, comida rica em car-bohidratos — massas, salada,frutas, sobremesas açucaradas— dá energia para apenas umahora e ajuda o organismo a su-cumbir ao sono.

Ou seja, se você desembar-car uma manhã na Suíça —

quatro horas de diferença emrelação ao Rio — não sucumbaà tentação de um farto chocola-te e tortas maravilhosas. Exijacafé da manhã com presunto eovos, salsicha, queijo, leite, re-pita a dose de proteínas no ai-moço e deixe os carbohidratospara o jantar (evite as carnes),preparando-se dessa forma, aonível bioquímico, para um bomsono. É preciso apenas força devontade para saber recusar, nomomento certo, croissants em-papados de geléia em Paris, su-cos de laranja em Israel, e o quemais for prejudicial ao alíviodos sintomas de jet lag.

Café e chá também ajudama superar o jet lag. Às vez preci-so evitá-los, outras será aconse-lhável tomá-los. Veja agoraexemplos do programa de trêsfases para viajar com mais con-forto.

Eu conheço um lugar

Direção leste-oesteFase UM (antes do vôo)

Mesmas recomendações emrelação a bebidas com cafeína.

Na véspera do vôo, dieta limi-tada, no mesmo esquema dasduas primeiras refeições à basede proteínas, a terceira rica emcarboidratos. Café ou chá, sóentre 7 e 11 horas da manhã.Fase DOIS (dia do vôo)

Beba duas ou três xícaras de

café ou chá forte até asllh30min. Passe à fase três.

Fase TRÊS (chegada)Meia hora antes do café da

manhã do lugar de destino, ati-ve corpo e mente.

Dia de dieta farta. Na hora doalmoço do lugar de destino, co-má bastante proteína. Deixe oscarboidratos para o jantar e be-

lisque, se quiser, após a últimarefeição.

Beba muita água. Nada deálcool.

Quando as badaladas dameia-noite soarem, lá de ondevocê partiu, serão 8 horas damanhã no lugar de destino. As-sim, tente dormir muito noavião, ainda que com algumesforço.

Direção oeste-lesteFase UM (antes do vôo)

Três dias antes da viagem, dei-xe de ingerir, pela manhã e ànoite, café, chá, chocolate em póou em barra, adoçantes artifi-ciais. Bebidas com cafeínas sãopermitidas entre 15 horas e16h30min.

Na véspera do vôo, inicie umadieta farta, mas estrita: café damanhã e almoço com altos teoresde proteínas, Jantar de carbo-hidrates.Fase DOIS (dia do vôo)

Levante-se antes da hora habi-tuaL

A dieta hoje é de porções meno-res. Náo abuse em nenhuma dasrefeições, que devem continuarsendo de alto valor proteico nocafé da manhã e no almoço, decarbo-hidratos no jantar.

Beba muita água, para com-pensar a desidratação comum láno alto. Nâo beba álcool — mas,

em caso irresistível, não passe deum drinque.

Logo após as 18 horas, estejaou nâo no avião, beba duas outrês xícaras de café preto ou cháforte. Acerte seu relógio com ahora do lugar para onde vai.

As "velhas" 20 horas já sãomeia-noite no seu destino. Assim,tente dormir logo que possível,mesmo que você se sinta bemdisposto. Use no avião, se neces-sário, venda própria para osolhos.Fase TRÊS (dia da chegada)

Não durma demais. Meia-horaantes do café da manhã do lugar"de destino, ative seu corpo e cére-bro. Converse, leia, faça uma gi-nástica leve, jogue água fria norosto, penteie-se.

Hoje é um dia de porções gene-rosas nas três refeições, as duasprimeiras com bastante proteína,a última, rica em carbo-hidratos.

Não beba café, chá, chocolateou Coca-Cola.

Mantenha-se ativo. Nada de co-chilos ou sesta.

Durma às 22h30min (hora dodestino), mesmo que ainda estejano avião

• • •Embora este seja um plano

para viagem com mudança detrês a quatro horas no fuso(exemplo: Rio—Londres, 10 horasde vôo, diferença de três fusos),também serve, com leves altera-ções, para a comprida rota Rio—Bombaim (diferença de oito ho-ras e meia, 14 horas de vôo direto,se houvesse). Aí a preocupaçãocom a dieta deve começar 48 ho-ras antes da viagem. O esquemade proteínas e carbo-hidratos é omesmo, mas no segundo dia an-tes do vôo deve-se comer pouco, ena véspera muito (nas refeições,sem beliscar entre elas).

Bora Bora

QUEM

quiser saber ondefica o paraíso, basta iraté Bora Bora, uma fan-

tástica ilha do arquipélago doTaiti. Estive lá há quase dezanos e o único sacrifício então —o paraíso tem seu preço — foichegar: saindo dos Estados-Unidos, tomei três aviões e umbarquinho. Foi exaustivo, só namanhã seguinte à da chegadaé que me dei conta da maravilhaque me cercava.

Bora Bora é uma ilha peque-na, completamente redonda,com um único morro no centro.Do alto dele, avista-se a ilhainteira. E a água que a cerca,muito transparente, em todas astonalidades de azul e verde. Atemperatura do mar também éincrível: quente no verão em umpouco mais fria no inverno, masnunca gelada. O clima é quente;o ar, uma brisa suave, sob umcéu sempre muito azul. Tudoisso irradia uma alegria, "passa"uma incrível vontade de viver.

A areia das praias é outrodetalhe inesquecível: muitobranca, muito limpa, ela não ar-ranha a pele, acaricia. Em todaparte, muitos coqueiros, muitoverde, uma vegetação bem tropi-cal. Os bangalôs ficavam sobre omar e esse estilo de construçãointegrado à paisagem era umprazer a mais. Há uma única ruaque rodeia toda a ilha, sem bani-lho e sem fumaça de motores

'VbbbbbbbbbbI^bbbbbbWm^immmammm\mmm$Z*1'l ¦ aV*llPfl aaaV^ mam\.' Waaaal aaaV ¦•-• A ' ' A^Lat

Fernando Bujones ebailarino, coreógrafo eDiretor ao Corpo deBaile do TeatroMunicipal do Rio deJaneiro

porque não há carros, só ônibuse bicicletas, todas as distanciassão muito pequenas.

Aproveitei para me dedicaraos esportes aquáticos: windsur-fe, pesca, mergulho. Muitas ve-zes, de dentro do barco ou dacanoa, pod podíamos ver cardu-

mes de peixes coloridos nadan-do despreocupadamente. Quan-do mergulhei, a sensação eraainda mais gostosa porque ospeixes ficavam ao lado como senos considerassem um animalaquático igual a eles.

Na cozinha, eles usam muitoas frutas, principalmente o aba-caxi: há pratos de peixe fritocom abacaxi, de camarão comabacaxi e até de porco com aba-caxi. A comidas, além de muitosaborosas, também são bonitasvisualmente, muito coloridas.

O povo, acostumado a lidarcom gente que vem de todos oscantos do mundo, é carinhoso ereceptivo. Devido à localizaçãogeográfica, a ilha recebeu princi-palmente turistas da Austrália edo Chile, além de franceses, jáque a ilha foi colônia da Françadurante muito tempo. Foi umnativo quem me ensinou que aspreocupações são inúteis porqueelas atrapalham o relaxamentodo corpo.

À noite, a programação eraassistir a shows com danças po-linésias, o que também foi paramim um interesse suplementar.Os movimentos das danças sãomuito interessantes, o corpo in-teiro se movimenta com muitasensualidade. Mal comparando,pode-se dizer que o ritmo dasmúsicas lembra o de um sambalento, mas cadenciado.

Quero, um dia, voltar a BoraBora para ter novamente aquelasensação de que o paraíso exis-te. Aqui e agora.

**** SPA & HEALTH PROGRAMI PROGRAMAS FEMININOS BIO-ENERGÉTICO & BIO REJUVENECEDOR

03 e 10 DIAShotel Relax — Despoluiçáo do Organismo e da Pele — Hidrataçáo — Acupuntura -PRIMUsll Sáfl Dietas Especiais e Emagrecimento — Banhos gasosos —Tudo no mais lindo

*M parque do BrasilGRAN CHECK UP _, „„_,.,

Em ambiente tranqüilo, num clima seco e ameno, durante 08 dias, faça seucheck up com conforto e segurança.

Jf&».\£mr±

Este programa ó totalmentededutfvel do Imposto de Renda.Estes e outros SPA PROGRAMS

estão a sua disposição.

Consulte seuagente de

viagens ou,

HOTEL PRIMUSSao Lourenço — MG.Tel.: (035) 331-1244

Telex: (031) 3561Reg. Emb.: 00010.00.41.1.

Y0CÊ SABE COMO TRAZER 0 TURISTA À SUA LOJA E VENDER EM DOLLAR?VOCÊ SABIA que desembarcam mensalmente 40.000 turistas no Aeroporto

Internacional do Rio de Janeiro.VOCÊ SABIA que cada um desses turistas traz e gasta na nossa cidade US$

2.000 ou seja, são gastos US 80.000.000,00 por mês, aqui.VOCÊ SABIA que no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, antes

mesmo do controle do passaporte e da alfândega, a revista

VOCÊ SABIA que a Rioservice é o guia mais completo da nossa cidade,contendo todas as informações úteis e necessárias parao turista durante sua estada no Rio.

VOCÊ SABIA que a Rioservice é uma revista mensal, com 40.000 exemplares,em papel couchê, toda a 4 cores, editada em Inglês e Português,com as fotos mais bonitas do Rio.

Rioservice é distribuída a todo turista que desembarca.Se você não sabia, agora você sabe.

A Rioservice é a melhor maneira de trazer o turista à sua loja. Na RioService você paga seu anuncio em cruzado e recebe o lucro em DOLLAR.

CALL US! Rioservice Tel. 221-8445

JORNAL DO BRASIL sexta-feira, 10/10/86 o TURISMO o 7

Cruzeiros marítimosSonho e romance no meio do oceano

Roberto Falcão

O

brilho da lua cheia dese-nha uma faixa de luz so-bre o azul escuro do mar.Debruçada na amurada

do convés, a moça aproveita parasonhar até que um elegante cava-lheiro surge e oferece um drinque.Essa cena não faz parte de um filmede Hollywood, mas acontece todasas noites nos luxuosos navios decruzeiro.

Além das belezas da Terra doFogo, das delicias do sol do Caribe,das aventuras em praias desertasdas ilhas do Pacifico Sul, do conta-to frenético com as cidades norte-americanas, todo um clima de ro-mantismo embala os cruzeiros ma-rítimos. São muitas as histórias deamor a bordo, como lembra o cirur-gião plástico Marcos Szpüman que,quando fazia residência médica nosEstados Unidos, voltava de naviopara as férias no Brasil!

Eu tinha 28 anos, era solteiroe estava a bordo do Brasil, quelevava 10 dias para vir de NovaIorque para o Rio — conta Szpil-raan. — E então pintou um tremen-do romance com uma moça ameri-cana, graças também ao cenário donavio.

Hoje casado, Marcos faz sempreum cruzeiro com sua mulher: esteano, eles vão ao Caribe, repetindo oprograma do verão passado. Outroapaixonado por cruzeiros é o ator ediretor de televisão Fábio Sabag,que há 18 anos passa suas férias abordo. Ele também se recorda deum romance internacional entreum rapaz sueco e uma moça brasi-leira.

— Parecia até coisa de filmeamericano, só faltava estar projeta-da na tela — conta Sabag. — Eujogava bingo e uma brasileira mui-to bonita sentou do meu lado. Co-meçamos a conversar e ela me disseque ia trabalhar na Itália. Nessamesma noite, um rapaz sueco seaproximou e no dia seguinte já es-

tavam namorando. Em pouco tem-po estavam apaixonados.

E a história teve um final feliz:em lugar do emprego em Milão, abrasileira preferiu o casamento naSuécia. O casal se tomou amigo deFábio Sabag, com quem mantémcorrespondência.

Quem também namorou muitoa bordo, quando jovem, foi o empre-sário Maurício Sulam, 64 anos. Na-queles tempos, suspira o saudosoSulam, "circulavam pelos decksmuitas moças bonitas". Atualmen-te, após mais de meio século comopassageiro assiduo, ele aproveitaseus dias no mar para fazer novasamizades e rever antigas. Alguns deseus amigos ele conheceu em cru-zeiros e ainda se encontram parajogar cartas ou jantar.

Outros aproveitam os cruzeirospara se atualizar culturalmente. Aprofessora de arte Maria AparecidaRaposo faz todo ano uma viagempara ilustrar seus cursos. Com osalunos, ela foi no ano passado àGrécia, onde pode dar aulas in loco.Ela acha que outra grande vanta-gem de viajar de navio é não preci-sar fazer e desfazer malas a cadanova cidade visitada. Nem ter quemudar de hotel e percorrer aero-portos.

A vida a bordo é intensa. Reco-menda-se acordar cedo, para apre-ciar o belo espetáculo do sol nascerno mar. A bola de fogo clareia aságuas, ilumina os diversos convesese traz mais vida aos cardumes debotos e peixes voadores que acom-punham OS naviOS.

Ainda cedinho, belo programa éum passeio relaxante respirandofundo a brisa do mar. Os mais dis-postos podem fazer uma corridaantes de ir à aula de jazz. Professo-res de ginástica estão sempre apostos para quem quiser cuidar dosmúsculos. Depois, uma piscina, éclaro. Enquanto apura o bronzea-do, o cruzeirista poderá tomar umdrinque no bar da piscina.

De tarde, o programa é o cinemaonde, às vezes se exibem filmes

¦" '¦¦¦• ,'! :;::§P'' ¦ M::: ¦¦¦'t "¦'

¦*¦! "^ '^mml aaaaar '-n—^aaáaaVr'''' sai. '.itfiiã.r': ijjW" Í«bbb^Pc;Íí; íH^aaraB rasaSÍF 'Üi' tj "' '¦ ^* *' sLí «aríJHi 3 HSjJJJhB

fmrjraaBBBBBBBBBBBBBBB^aaBBBa! fo», _ jjtn MrjWBaafrJaaaaaa! aaaEl*Jl 'fm jllf aarTBül ^BS

Nonàvw^p^cinas, restaurantes, cinemas.Em volta dele, paisagens que alternam céu e

mar com os mais bonitos portos do mundo

Al maréO navio não fica

completamente iso-lado do mundo: co-municações podemser feitas através derádio, telex e até te-lefone.

As cabinas nosconveses superioressão melhores do queas dos inferiores. Damesma maneira, asexternas são melho-res do que as in-temas.•• Os passageirosdeverão ter passa-portes com vistos deentrada para os pai-ses visitados.

As bagagens estãosujeitas à Alfândega.Por Isso, todos osprodutos estrangei-ros, como máquinas

fotográficas, porexemplo, devem serdeclarados antes doembarque. As com-pras a bordo ou emoutros países nãodevem exceder o li-mite imposto pelalegislação brasileira.Bebidas, por exem-pio, não podem ex-ceder a duas garra-fas por pessoa.

Normalmente astarifas de passagensnão incluem servi-ços como bebidas abordo, telegramas,telefonemas, lavan-deria, taxas de portoe aeroportos.

Os cruzeiros ofere-cem aos passageiroscity-tours nas diver-sas escalas.

ainda inéditos no Brasil. Outra op-ção é fazer compras em uma dasmuitas butiques e lojas: nelas, eti-quetas de Paris e bebidas estran-geiras são encontradas a bons pre-ços. Há também cabeleireiros e sa-lões de beleza para os interessadosem apurar o visual. Uma silenciosabiblioteca garante a tranqüilidadenecessária para a leitura e nem osenxadristas foram esquecidos: numsalão de jogos eles podem racioci-nar durante horas seguidas diantedos peões, bispos, reis e rainhas. Eaté uma capela ecumênica está àdisposição dos mais religiosos.

A noite, a vida social do navio éefervescente. Há três ou quatro bai-les em diferentes estilos nos diver-sos salões. Uns preferem dançar,rosto colado, músicas românticas;outros, procuram o balanço dos rit-mos modernos. Mas ninguém dis-pensa uma visita ao cassino. O fas-cínio da roleta e das cartas de bara-lho chega quase à hipnose. Há ain-da salões onde se joga o bingo eoutros em que se disputam anima-das partidas de biriba. E há tam-bém os shows, com muita música,dança e luxo.

Como atração extra, animado-res organizam jogos de salão. Bráu-lio Candian, que desde 80 trabalhaem navios da Linea C, explica que oanimador tem como principal fun-ção inventar programas que inte-grem as pessoas dentro do navio. Aprogramação fica cada vez maisanimada até que no último dia sefaz o "show de talentos" — dospróprios passageiros. Aparecem en-tão grupos de dança, comediantes,cantores, instrumentistas.

Mas os grandes privilegiados nocruzeiro são os gastrónomos. A ca-da dia são servidas nove refeições,em uma maratona que se iniciacom o café da manhã e somente seencerra com a ceia da meia-noite. Ocardápio é internacional e dificLl-mente algum prato se repete duran-te o cruzeiro: há saladas e tortas deentrada, carnes, peixes e aves, do-ces e frutas na sobremesa.

1

Agência Navio Roteiro ['Preço £Data» lp|i&iSi;;..-::':.:"- ':.-R."v'-.; —„......,;„,,".- ¦'

-¦ -¦ ¦¦ ¦• '' —————————————-—...-—-———¦——¦—-^—

Linca C Enrico Ç ÉÉ Rio. Santos, Buenos Aires, a partir de 550 •'•.•

Avenida R.o Branco, 18 a27 de ... Santos, Rio dólares109, grupo 1.201 dezembroTelefone 2324309

~~ ~~~ Enrico Rio, Angra dos Reis, Punta a partir de 80527 de dezembro Del Este, Buenc« Aires, dólaresa 7 de janeiro Santos e Rio

Enrico C ¦¦¦¦¦¦¦;¦¦¦¦_ rí0,

Maceió, Recife, Salvador, a partir de 1.030• 7 a.24 .

Buenos Aires, Santos e Rio dólares '

de janeiro~

Enrico Rio, Rio Grande, Buenos á partir de 1-39524 de janeiro à Aires, Montevidéu, Punta Arenas, dólares16 de fevereiro BaiaGaribaldi, Ushuaia, Buenos

Aires, Rio Grande, Santos e RioEnrico C •¦¦¦••"' Rio, Angra, Punta a partir de , ,16 Del Este, Buenos Aires, 610 dólares \ ' ,a 2? de fevereiro Santos e Rio .

L_t, " ' "

|

-— , ... ¦¦¦ ¦¦— i •- • ¦ '¦¦'¦' MUsil UIMi- n.ll —

Enrico Rio, Angra, Punta Del Este, a partir de 730 , ;27 de fevereiro^ Buenos Aires, Santos e Rio dólaresa 9 de março.. ':'¦"¦"'":-"••-"-- : ¦

Eugênio C ^~~ Rio, Santos, Buenos Aires, á partir de 819• 15 a 27 de punta Del Este, Angra, Santos dólares

dezembro e Rio ;7: / ¦/ • ' '

Eugênio Rio, Salvador, Buenos Aires, a partir de 1.02027 de dezembro Salvador e Rio dólares.

.-.. a 9 de janeiro ;v

Eugênio Rio, Salvador, Aruba, Cancun, a partir de 2.680. Ô de janeiro'a Nova Orleans, Miami, Cabo dólares

9 de fevereiro • Canaveral, St. Thomas, St.Croix, Recife e Rio ,,

Eugênio Rio, Santos, Buenos Aires, a partir de 8109 á 18 de Santos e Rio dólaresfevereiro *

" Eugênio Rio, Angra, Buenos Aires, - a partir de 67518 a 28 de Punta Del Este, Santos e Rio dólaresfevereiro ||_ Eugênio Rio, Angra, Buenos aires, a partir de 67526 de fevereiro Santos e Rio dólaresa 9 de março- . ?{'-:--!"~': <i: '

Eugênio Rio, Angra, Buenos Aires, a partir de 540 v9 Santos e Rio dólares.17'demairço

Nova Brasília . Southward Miami, Puerto Plata, St. a partir de. 995Rua Senador Dantas, 4 a 11 de Thomas, San Juan, Nassau dólares75, grupo 2.709 janeiro MiamiTelefone 220-6431 - .

^•:',t--•¦,'.-Skyward Miami, Cancun, Cozumel, a partir de 995 -4 a 11 de Grand Cayman, Ilha dólaresjaneiro Particular e Miami ¦•'¦';;--.: ¦"^'¦•-¦¦':- -

Staward Miami, Uha Particular, a partir de 9953 a 10 de -. Ocho Rios, Grand Cayman, dólaresjaneiro Cozumel e MiamiSunward II

Miami, Nassau -a partir de . I

.5 a 12 de Ilha Particular e Miami 345 dólares ; "J, janeiro "> '

j Nohvay ~

Miami, Nassau, St. a partir de 1.195C.-3'a 10 <le "¦¦• Thomas, St. Maarten, dólares

janeiro,' Ilha Particular, e MiamiBCF Royal Viking Sea Rio, Salvador, Belém, a partir de 2.253Rua da Ajuda, " 20 de novembro Bridgetown, St. Thomas dólares (1)35, sala 201 a 4 de dezembro e Ft. LauderdaleTelefone 221-4432

AgênciaBrazilian PromotionAvenida PresidenteAntônio Carlos, 51,19° andarTelefone 220-8870

ItatiaiaAvenida Rio Branco,120, sala 1Telefone 221-2022Mundo TurísticoAvenida Rio Branco,156, grupo 2.031Telefone 220-3684

Nova BrasiliaRua Senador Dantas,

75, grupo 2.709Telefone 220-6431

NavioDato»

Royal Viking Sea20 de novembro a21 de dezembro

Royal Viking Sea4 a 21 de ''"

dezembro

RoteiroRio, Salvador, BelémBridgetown, St. Thomas, Ft.Lauderdale, OchoRios, Willemstad, Acapulco,Zihuatanejo, Puerto Vallarta,Los Angeles e San Francisco

Ft. Lauderdale, Ocho Rios,Willenstard, Acapulco,zihuatanejo, Puerto Vallarta,Los Angeles e São Francisco

pecoa partir de 5.561.dólares (1)

OremarRua da Assembléia,10, 36° andarTelefone 221-9455

a partir de. .2.218dólares (D

Sagafjord5 de janeiro à17 de abril

SagaJfjord16 de fevereiro

. a *de abril-:.';"':

Sagaíjord4 a tf deabril

Vistaflord19 de dezembroa 4 de abril

Volta ao mundo:Nova Iorque, Ft. Lauderdale,Grand Cayman, Paraná, IlhasMarquesas, Moorea, Papeete,Tonga, Noumea, Cairns, IlhaThursday, Darwin, Cebu, HongKong, Malásia, Singapura,Port Kelang, Port Blair,Madras, Male, Mahe, Mombasa,Nossi Be, Durban, Cape Town,Buenos Aires, Montevidéu, Rio,Salvador, Belém, Barbados, Ft.Lauderdale

a partir de 32.750dólares

Trecho de Volta ao Mundoentre Hong Kong e Rio

III!

Trecho de Volta ao Mundoentre Rio e Ft. Lauderdale

:ÍÍ;^;|;;y||í:í:|^

VistaiSord19 de dezembroa 7 de fevereiro

PortonuovoRua do Ouvidor,60, sala 1.001Telefone 242-2556

Mertnoz 26 de novembroa 20 dedezembro

Volta do Mundo:Fort Lauderdale, St. Thomas,Curaçao, Canal do Panamá,Balboa, Puerto Caldera,Acapulco, Cabo San Lucas,Los Angeles, Honolulu,Lahaina, Ilha Christmas, PagoPago, Suva, Sidney, Melboume,Adelaide, Fremantle, Bali,Jacarta, Singapura, Hong Kong,Zamboaga, Honiara, Vila, RarotongaBora Bora, Moorea, Papeete,Nuku Hiva, Los Angeles,Cabo San Lucas, Acapulco, PuertoCaldera, Cankal do Panamá,Cartagena, Grand Caymane Fort Lauderdale

a partir de 14.870dólares

'¦»¦¦¦

a partir de 1.920dólares

a partir de36.390 dólares

Trecho da Volta ao Mundoentre Fort Lauderdale eFrmantle

Rio, Paranaguá, Santos,Vitória, Recife, são LuisBelém, Marajó, Macapá, desdeo Rio Amazonas até Almerin ePrainha, pelo Rio Tapajós ateAlter do Chão, volta aoAtlântico, Ilha de Salut,Bridgetown e San Juan

a partir de18.580 dólares

(*) Inclui passagem aérea de volta

Eurailpass

Bom, bonito e barato: viagem de trem pela Europa

Eliane Sondermann

0guia

turístico americanoEurope on 25 dollars aday ensina o que diz notitulo: como gastar ape-

nas 25 dólares por dia na Europa.Ao leitor — jovem, supõe-se — bas-ta disposição para andar muito apé, almoçar sanduíche e dormir emtrens noturnos. Mas quem quiseralguns confortos, como dormir emhotel e tomar bons vinhos às refei-çóes, pode fazer uma viagem pelaEuropa igualmente econômica emuito interessante. De trem.

Os universitários cariocas Fran-cisco Torras, Andréa e seu irmãoEric Hart, Lulsa Oliveira e Guilher-me Dantas, de idade média de 20anos, gastaram menos de 40 dólarespor dia para conhecer de trem emjaneiro último, oito paises: França,Espanha, Itália, Áustria, Holanda,Alemanha, Inglaterra e Dinamarca.A passagem de trem, comprada noBrasil, permitiu a economia, jâ queo Eurail Youthpass faz descontospara menores de 26 anos, com direi-to a tomar qualquer trem, em qual-quer horário.

A viagem foi inesquecível: con-seguiram ver tudo o que conheciamapenas através de livros e do cine-ma e ainda passaram por váriosacontecimentos inesperados quefazem a emoção de qualquer via-

gem. Alguns, desagradáveis, comoo roubo que Eric sofreu no metrôparisiense — ficou sem os documen-tos e a passagem. No final da via-gem, coisa de lugar civilizado, tudofoi devolvido via Correio pela poli-cia francesa. Mais divertida foi anevasca — a pior da Espanha emmuitos anos — que pegaram naviagem para Barcelona, que reteveo trem por mais 13 horas na viagem,que levaria 10 horas. E quando par-tiram para Veneza, o trem, inespe-radamente, separou os vagões, divi-dindo o grupo — parte foi parar emViena, parte em Veneza. Resultado:chá de banco de estação para Pacoe Guilherme, que acabaram de pile-que, única forma de esperar cincohoras no frio. , aO grupo preferiu viajar no inver-no, porque em janeiro e fevereirotinham férias mais longas. Por Isso,a bagagem, apesar de pouca —duas calças, um casaco pesado, al-gumas camisas, tênis de couro —inclui gorros e luvas dentro da mo-chila resistente, com espaço paracanivete, abridor de latas, vitaminaC e sabão para lavar roupa no quar-to do hotel. Ao chegar em cadaestação de trem, marcavam logo apróxima partida, deixavam as ma-Ias guardadas, consultavam os ma-pas que existem sempre nesses lu-gares e conseguiam lá mesmo indi-cação para os hotéis. Multa coisasimpática foi encontrada dessa for-

ma, como a pensão do casal Nar diz-zi, em Roma, onde eram tratadoscomo filhos, e da Frau Eger, emSalzburgo, onde eram chamados de"minhas amadas crianças". Depoisde escolher abrigo, andavam pelacidade, e só se registravam no hotelapós o meio-dia, economizandouma diária.

Nas noites passadas no trem,também economizavam diária, masquando a viagem era longa, paga-vam a diferença — o passe dá direi-to a cabines com cadeiras, na se-gunda classe — e Iam nas coucbet-tes, cabines com camas. Comiamsanduíches, ou os kits italianos,vendidos a 5 dólares na estação dopais, espécie de lanchelra com umgaleto, uma garrafa de vinho, pão edoces. Nas cidades, às vezes iam aum bom restaurante, como o Po-dium, de Salzburgo, definido porAndréa como "um sonho", ou be-biam bem, como na cervejaria daAgoptienergrosstãtten, em Munich,onde Jaco diz ter conhecido a me-lhor cerveja do mundo. Mas a maio-ria dos almoços era em lanchone-tes, e os jantares constavam desanduíches com os produtos com-prados barato nos supermercados.O meio de transporte urbano era ometrô, em Paris, Londres ou Mu-nich. Em Amsterdam, tomavambonde; nos outros lugares, usavamas pernas, feitas para caminhar.

juaii- USrt^Mta «W"'"-.-. fjfel .jfefciffliilflflHMUfr . —"""Tpí"""" ""da esquerda, os viajantes Francisco, ¦ rtc,

Indicação

? Passagem aérea: Há tarifas redu-zidas de, no mínimo, 13 dias e, nomáximo, 60 de estadia, que custamaté 50 por cento do preço normal,por qualquer companhia aérea quefaça o trajeto para a Europa. Pode-se fazer Rio-Lisboa por 511,50 dóla-res, e Paris-Rio por 609 dólares,gastando ao todo 1.120 dólares napassagem. O pagamento pode serparcelado, com 20 por cento de en-trada.

? Eurailpass: Passagem detoemcomprada em qualquer agêimUi deviagem no Brasil. O Eurail Youtb-pass, com abatimentos para meno-res de 26 anos, custa 290 dólarespara estadia de um mês, e 370 dóla-res, para dois meses, na segundaclasse, com direito a ir a qualquerpais do continente, menos os sócia-listas. Para maiores de 26 anos, apassagem custa 260 dólares parauma estadia de 15 dias; 330 dólares,para 21 dias; 410 dólares, para ummês; 560 dólares, para dois meses; e680 dólares, para três meses.

Cm» ii* ig* à fcglilirra: Doporto de Amsterdam até o parto deLondres, o navio custa 55 dólares.Para estudantes, fica por 38 dóla-res. Há vários outros tipos de des-conto.

Mochilas para viagens longas:Custam Cz$ 900, com dois compar-timentos e quatro bolsos, as mochi-Ias em náilon, feitas por LeonelMendes (rua Prefeito João Felipe,671, Santa Teresa, telefone 232-7043).

Onde flea Picas

Paris — Hotel Saint-Croix de la Brettonerie. o metro 6 excelente e o museu Jeu cle Pomme,rua do mesmo nome, 28. Quartos com banheiro, imperdivel. A agenda Citirama £ica na Place dessem caf6 da manha: 20 dolares por pessoa. Pyramides. 4.

Barcelona - Hotel Urbis II, no Passeij de Passeio ao bairro Pueblo Espanol. com ruelasGracia, esquina com Calle Aragon. Quarto com UPlcas de pada regiao do pais vale a pena. assimTV. banheiro. sen, c* da 14 Mares por SSSpS' *°pessoa.

6 facilimo andar a pe. Na rua, tudo e monumentoRotna — Pens&o Nardizzi, a Via Firenzi, 38. historico. Sem gula. nao se consegue ver o Vatica-Quarto com banheiro e cafe da manha. Proximo no. A agfencia Carrani fica a R. Vitiorio Emanueleao centro: 17 d61ares por pessoa. Orlando, 95, e a missa na Basilica de Sao Pedro e

emocionante.

Floren$a — Pensao Splendore, a Via Gallo, 35. Ficar pelo menos cinco dias. Proximo ao mercadoExcelente, com quarto de casal com armario de ha discos em lancamento, brincos de turquesa,'seis portas, lustre de cristal, janela para jardim camisas de malha, tudo mais barato.interno e cafe da manha: 16 dblares por pessoa.

Veneza — Hotel San Bartolomeu k praca de Um sonho passear de barco pelas ruelas ate o Lidomesmo nome. Pequeno, bom, quartos com banhei- e ver a Praga de Sao Marco,ro ecafe da manha: 13 ddlares por pessoa.

SalzburiTO - Hotel Goidene Krone, a Lizer- ^cil de andar. Nao se deve perder o museu Haus! „ „nm hinhnirn der Natur, o Podium, restaurante inesquecivel. No

gasse 48. Excelente com quarto com banheiro dQ pcaf6 da manha: 13 dolares por pessoa. a casa Qnde nasceu Mozart

Munich —— Pensao VIoTa, na Karlstrasse. 49. Andar de metr6. Bons passeios: Deutscn Museum,Quartos para os cinco, com parede no meio. Ba- Vila Olimpica, Fussen (eastelo do rei Ludwip: II).nheiro no corredor. Para se tomar banho, p6e-se Em Garrnish, a cervejaria Agostiniergross.uma flcha que custa 76 cents numa mdqulna: 13ddlares por pessoa.

— Hotel The Lawyer. Elands- As fabricas de diamantes Van Moppes (Albertgracht, entre Prinzen e Lijnhansgracht. Quarto Cuypstraat, 2) e a cerveja Heinecken (Stad ou-com banheiro e caft da manh&: 15 ddlares por derskade, 78) sao interessantes. Vale visitar o R jpeggoa. Museum (Paulus Potterstraat, 7).

Londres — Hotel Grassham, na Bloomsbury Visitar a Torre de Londres com guia e pegar umStreet, 15. TV no quarto, cate da manha farto. Fica dos tours, que d& um giro por vMos pontos. Custanuma casa simples de quath> andares e 6 prbximo 4,25 libras e pode ser comprado no Hay Market. Aao centro: 22 ddlares por pessoa. Tate Gallery e imperdivel.

Copenhaipie — Ficaram no Sheraton, que yer a est,atua da Sereiazinha, inspirada no contocusta 150 dolares com cafe da manha, mas nao ^ jjans christian Andersen. Passear pelo Centropagaram nada. A passagem pela SAS incluia da Cidade.pernoite. Certas companhias concedem hospeda-gem se o voo de conexao nao e no mesmo dia.

FESTIVAL DE LAGOSTACabo Frio no Caribe Park Hotel

Saldas: 17/10-31/10Regressos: 19/10 - 2/11Coquetel de Boas Vindas, pensão completa,sorteio de brindes. Música ao vivo. Visitasa Búzios, Arraial do Cabo, passeio deBateau Mouche pelo Canal deItajurú. Preço por pessoa:CzS 1.290,00. 3 vezes sem juros.

Centro: Av. Rio Branco, 120 Sobrsloja(Galeria dos Empregados no Comércio)Tel.: 221-2022 (PABX)Ipanema: Rua Visconde de Pirajá, 540Sobreloja 208 (Sede própria)Tel.: 511-1147 embraturooo.io.oo.4i-i

itatiaiaturismoItda

PLANTÃO AOS SÁBADOS DE 9:00 ÀS 12:30 H

USE ANTES

DE AGITAR

0 SEU DIA.

JORNAL DO BRASIL

Sensacional programa sileturPASSEIO EM SAVEIROTRANSPORTE EM ÔNIRUS DE LUXO COM AR CONDICIONADO

ALMOÇO INCLUÍDO

JAGUANUM • ITACURUÇÁ • MARTINSEm tipico SAVEIRO a ilhas e enseadas semi-selvagens — um verdadeiro pa-

raiso tropical — entre a maravilhosa "Costa Verde" e a Restinga da Maram-baia. BANHOS DE MAR em ilha paradisíaca e ALMOÇO com frutos do mar, sa-ladas e frutas tropicais.

SAÍDAS AOS DOMINGOS, A PARTIR DE 5 DE OUTUBRO.

EM TURISMO A N.° 1

m»turEMBRATUR N 00942 00 4 13

CENTRO: Rua da Quitanda. 20 • Sobreloia Tel.: 221-4499COPACABANA: Rua Santa Clara. 70 Sobreloja • Tel.: 257-8070TIJUCA: Praça Saens Perta. 45 Loia 10 L Tel.: 264-4893IPANEMA: Rua Visconde de Piraiâ. 351 Loia AEd Fórum Tel.: 521-1188BARRA: Av Aimando Lombardi. 800 LO|a NCondado de Cascais Tel.: 399 0309

VIAJE SEM PENSAR

Faça o seu roteiro, pegue a família e embarquena melhor viagem da sua vida. Além das passagens,a SIRIUS financia também todas as desDesas da suaviagem, individual ou em grupo. Afinal, aproveitar

as coisas Doas da vida é amelhor viagem.

Av. Pres, Vargas, 463 -11? andarTel.: 224-0565 e 224-6282 .EMBRATUR: N? 03367-00-42-9.

LE CANT0N¦ Ectrad* Taratòpollt - Frlburgo

A mais original hotelaria do paísreproduzindo um autêntico

e colorido vilarejo suíçoentre montanhas, vales,

florestas, riachos e gente bonita,onde você come bem,

se diverte, se trata,se ocupa, descansa,

romantiza um pouco a vidae foge do lugar comum.

rAULAS DE ESQUI. MONTANHISMOMASSAGEM . SAUNAS . RACLETES

FONDUES . VINHOS . PIANOe, como companhia,

a pessoa que você escolheu.

BIENVENU

Informe JB2? a domingo no 1? Caderno

Reservas Exclusiva»: ESTÀCIO TURISMOIPANEMA: Rua Vinfclu» de Moraes, 120.

Tels.: 267-5093 - 287-2936(NIIda Rodrigues)

RIO COMPRIDO: Rua do Bispo, 83.Tels.: 284-3445 - 234-9385

(Manoel C. Monteiro)Embr. 02839-02-41-9

P&R

Pergunta: Pretendo viajar paraa Costa Rica, fazendo a maiorparte do percurso por terra. Sai-rei do Rio de Janeiro, indo atéManaus, depois subirei o rio Ne-gro até Tabatinga. A partir dai,gostaria de chegar a Bogotáatravés de algum meio terrestreou fluvial. É possível? Como fa-zer para ir ae Bogotá para oPanamá por terra? MargarethFraga, Rio de Janeiro, RJResposta: Tabatinga não fica àsmargens do Rio Negro, mas doAmazonas, já bem próxima àfronteira com o sul da Colômbia.De Manaus para Bogotá, apesarde haver rios navegáveis, não háserviços regulares de transportefluvial, seja turístico, de passa-geiros ou mesmo de carga. Amaneira "íais fácil de vencer adistância entre Manaus e Bogo-tá é por avião. De Bogotá, pode-se ir por estrada até Medellin,onde se toma a Rodovia Pan-Americana, que acompanha to-da a costa oeste da América doSul desde o Chile. A Pan-Americana apresenta algunstrechos de trânsito difícil, prin-cipalmente no noroeste da Co-lômbia e no Panamá.Pergunta: Vou passar uma se-mana fazendo camping selva-gem com um grupo de amigosna região da Rio-Santos. Comohá muitos mosquitos na região,e sou alérgico a picadas, queprecauções devo tomar? CarlosEduardo, São Paulo, SPResposta: Em primeiro lugar,comprar um repelente em qual-quer farmácia. Para obter maiseficiência e diminuir o cheiroativo do repelente, é aconselhá-vel misturá-lo a óleo Johnson'snuma proporção meio a meio.Na falte de repelente, pode sepassar até óleo de cozinha. Umafogueira com bastante fumaçatambém ajuda a espantar os

mosquitos. Você também devearmar sua barraca em um terre-no alto e longe de brejos e águasparadas. O üxo acumulado du-rante os dias do acampamentodeve ser jogado numa fossaaberta o mais longe possível dabarrraca. Depois de atirado olixo, cubra com terra. Roupasclaras também ajudam a espan-tar os mosquitos.Pergunta: Em que número estáo Caderno de Turismo? Façointercâmbio com pessoas das ci-dades de Kalamata, na Grécia,Turku, na Finlândia, e ChalonSur Saone, na França. Elas jásaíram no Caderno de Turismo?Como conseguir números anti-gos do Caderno de Turismo? Si-moné Maria Frade, Rio de Ja-neiro, RJResposta: O Caderno de Turis-mo é publicado semanalmentedesde maio de 86. As cidades deKalamata, Turku e Chalon SurSaone ainda não saíram no Ca-derno de Turismo. Para conse-guir números antigos do JOR-NAL DO BRASIL basta ir à Ruado Resende, 20, Centro.Pergunta: O que posso fazer pa-ra evitar o stress das viagensinternacionais de avião? O quedevo comer, a que horas devodormir, como resolver o proble-ma de fuso horário? Antônia Pa-dre Cunha, Rio de Janeiro, RJResposta: A edição de hoje doCaderno de Turismo publicauma matéria a respeito na pági-na 6.

Informações sobre excur-sões, passeios e viagens no Bra-sil e no exterior: escreva para oJORNAL DO BRASIL — Cader-no de Turismo — Seção Pergun-ta e Resposta. Avenida Brasil,500 — 6o andar CEP 20.940 Riode Janeiro.

G

n

OFERTAS COM 30 DIAS PARA PAGARmSm^maB^&SSê3B^mwmmBmm]mnBmmmmMm^ÊBmmm

i(*aãv mmi mmmWA *TS>mJ^ f£!S áfmm W Èk Tênis

69,00 A Pv

V* I ü 1 áR ^ ^ " ÍKJJ*

-* 'W '- F a^LW #?•¦ ^^ mmm

W- '^F ^—x, Co/çopope/ine. mW^ÊÍxi ^m\jmm^3

AVȱ Camisa malha. Cores *>_**a«*rlSPl mw'*\ /^*^ ^: *«u ^**^ f^ sort/dos. 135,00 MB • <F*

Á '

\L aBaW'¦'"'¦¦

Â4_nA ^nAKinir WÊÊÊSÈ f-iF.MTF PFOIIFNA

¦BBBBBDBBMI^IjlgHKfiaaaflaHH

«

¦¦¦a-MiTiMMiMiiirtS^^'-. '..'

.... J ;..,- .¦:.,-:-. . .. -. . - •• ¦... . ..." V ^:-.---...':y.....^.. .i-v ' :' -'"¦'''.'.

^HH aaaxaaaaaajiaaafaaSBSBBMa8H. -fSSBSSBsatSBSBsa^HBSBaBaaaaS ,. , ¦ „.,, nu,.,,,, i .11¦•'K-.V/ Í; *""""' '¦".-'¦' «^^MSBaaHHasaaBaaBWSaaBB mia niis.nm Illl II ' |T" -^'-«¦¦¦rW-CT-W""^'-.-:1^'"-'"" *

'¦ :

.¦¦'¦.' '.'¦¦¦¦-'

-:';: '•

álP5

aaftaaaBSHrxaaSJMBaSaaSS ¦¦..—.."¦ ™'",7 ¦— ———, ___^~ ^^-Transando Cores Vivas Na Garotada

OFERTAS COM 30 DIAS PARA PAGAR

NITERÓI: Rua Gavião Peixoto, 171 • RuaAurelino Leal, 43 • Rua Visconde do Uruguai,380 • Rua Moreira César, 293 •NrTEROISHOPPING: Rua Conceição, 188 • SAOGONÇALO: Niío Peçanha, 18»RESENDESHOPPING: Av. Saturnino Braga, 369a ITAPERUNA: Rua Atai» Ribeiro, 54 •MHUkCBiaA:Ru»M»WChasrfOfaa»lO<173

APROVEITETAMBÉMHBSHtrW^Ilinrtlf W ' 'IW IraaaãâaaaaaftaMa-ft

Pane .ntefan!» doí ornais " O Globo". "Icr-.al do Bra

a loja que tem tudoQue você quiser

NOSSO CREDIÁRIO EM 4 VEZES SEM ENTRADA E SEM JUROS

OS PREÇOS ÍÂtSE VALIDOS ATÉ 18/1006

APÓS ESTA DATAÀsMERCADORIAS VOLTAM A SEUS VALORES NORMAIS DE VENDA.

......•¦"¦' "'.'..

RHTLrjflDíH F°'os Joubert ArogSoenquanto durar nosso estoque. IMPRESSO CV BlGO EDMOntS S *