Gazeta Mu ia Mia

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Transcript of Gazeta Mu ia Mia

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VOL. XXXIU-JULHO Í90Í-N: 1 ;

Gazeta Mu ia Mia(FUNDADA KM 1866) \

DIRECTOR

Dr. A. PaciUc© Pereira-professor da Faculdade deMedicina da Bahia

REDACÇÃO

Dr Juliano Moreira-Dr. Gonçalo Monis—

Dr. Afranio Peixoto-Dr. Alfredo de Andrade-Dr. J.

Américo Fróes—Dr. J. Adeodato de Sousa

COM A COLLABORAÇÁO DOS SRS. DRS.

J. F. d» SilT» UmaJ. M. Pire» CaídasBraj do AmaralGuiíhènné''Kel)8üoQullharine Bíudart

into de Carvalhomir Nina

Ramiro MonteiroA. Pacheco Mendu*Franco d» BochaSjJ. Vjctorino Pereiralifrado ftfittõ "Alfredo Magalhii**Britto PereiraLnií Gualberto

P. B«T«riano da «atalha»!Niua RodrigueaAoraiío ViannaArnobio Marque»Cwio.üwo Burgo»TraJano Beta *"Braullo Pareira

PREÇO DAS ASSIGNATURASPAGAMENTO ADIANTADO

FORA DA CAPITAI. 1>0 KSTADO

Por um anno l-fÇÇ?Por ueis mezes

1$0008$000

PARA A CAPITAI.

Por um anno ....... ^|^Por tais mezes 5f UUU

Fàgcicú.lo avulso .

Oi .ttiulHnt.es de medicina pagarão somente 81000 per anuo ou 4*000

por semeatre. { g do Bstadü podüm tter a

impovdSe Ss assignaturas pelo correio, em carta. reg..tr.d». ou

em vale postal, ao redactor Dr. Juliano Morcii*- K^nea-Único agente da Gazela Meilicii da

^'P« a fl^H

booiété Permière des Annuüires, rua Latayette, od, rans.

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J Jí it A.tí ISURCLOJ CENERÃLIS 0FF!C'

7--SER-Í901

BAHIALitho-Txpo. è Encadernação de V. OlivkiraJLÍI

13—Praça do Commercio —131901

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Gazeta Medica da BahiaPublicação pensai

0 trigesimo quinto anniversario da GazetaTrinta e cinco annos transcorrerani que surgiu nesta

capital o primeiro numero da Gazeta Medica da Ba-

hia. Rever-lhe esse passado iodo, infelizmente nào nos

ua/ a satisfação de verificar que progredimos muito como

centro de investigações scientificas.Almejávamos que tivéssemos, em progressão geome-

triea. attingido o grau de desenvolvimento qué ò 1.'

decennio de existência desta revista induzia a prever.Circumstancias varias obstaram que isto succedesse,

mas as reminisceneias daquelle passado luminoso

impõe.nos o dever de, ao impulso de tendências melhoria-

ias procurarmos manter-nos á altura daquellas tradições,

qu3 tanto nObilitam o nome da Bahia como centro de

estudos.Daqui destas columnas vieram á publicidade os

primeiros ensaios de importantes estudos, alguns de

todo origioaes, outros inteiramente novos no paiz: os de

Wucherer sobre filarias, sobre ankilostomos, sobre opb>

dios etc, os de Silva Uma sobre ber. beri. sobre

ainhum, sobre filaria, etc. os de bilva Armijo, de Seve-

nano de Magalhães, de Pacifico Pereira sobre f.lar.ose,

sobre beri-beri. ele. Aqui tem sido discutidas as mais

nnportantes questões de pathologia intertropical.

Da pleiade de fundadores da Gaseta existem Silva

Lima, Virgílio Damazio e Pacifico Pereira. Ao primeiro

e ao ultimo deve elia o ter mantido ate hoje seu lugar

na historia medica do Brazil, mas era preciso uue um

grupo novo se propuzesse a substituir na faina aqúeltesúteis á existência da mesma gazeta.

Na constância, abnegação e força de vontade déJ-les.ganharemos incentivo para pròseg-uir no propósito demanter o bom nome do orgam da classe medica no Estado.

Convictos de que não ha razões para que não sejao Brazil um meio uberrimo de boa producçào intelie-ctual, crentes de que a illustração scientifica e a cem'-sciencia profissional de muitos de nossos confradespodem tornai-os orgulho de nossas esch.olas, .de nossi)paiz e até da sciencia, se á poríia quizerem com assidui-dade aprimorar suas aptidões e accumular labores dedescoberta ou mesmo de verificação, achamos qirie aclasse medica da Bahia, como a do resto do paiz. nàopode acompanhar iri.diílerente os progressos q-íte rija a diamelhoram nossos conhecimentos em palbologia, eo queé mais, necessita provar que nào e simples usufruetuariadas conquistas do esforço alheio.

Precisamos pela perseverança no trabalho presiadio,accumulando aqui, aceuradamente criticados, nossosacertos e nossos erros, dar nosso iribífto para que seestabeleça a verdadeira nosologia brasileira,

Agora que todos os paizes porfiam em crear insti-tatos para o estudo da medicina in ter tropical, nós, mercêdo clima sob que vivemos, e da diversidade de raçasque povoam este solo, estamos obrigados a fornecernosso contingente a elucidação de uns tantos pontos depatliologiu. K sendo como c enorme o campo a rotear,propugnaremos sempre pelo desenvolvimento dos estudospráticos em nossos hospiiaes e nos laboratórios da Faculdade medica desta capital. Com isto esperamos manterno primeiro plano desta revista h seceâo de artigos ori-

3

As grandes correlações <ia medicina tropical com auiedieina em gerai, a necessidade que tem a pathologiade no inventario dé seus progressos pezàr as modificaçõesque porventura necessite fazer em suas grandes general i-zacões, obrigam.-nos a estudar sempre as questões denosologia extra-tiopical. Oe mais o Brazil pelas suasregiões méridionaes a isso nos induz. Éis porque ás mes-mas questões dedicaremos mensalmente revistas geraes.

Além disso na muito numerosa collecção de revistaspublicadas alhures, escolheremos '¦?. condensaremos o quede melhor ellas publicarem.

Livres do optimismo leviano e damnoso,que a mui-ios fa/. apregoar que attingimos toda a altura desejável dêsuffieiencia pratica c adexlramento lechnico, faremos dasíiiipslnes (if pn.^inn hvfriftnH e \\u dieiüâ DP&ticil assumoto

i -: ¦ .¦ "* *¦* ** ****¦",! r> ¦ - ¦ - * ¦

de nossas constantes preoccupaçòes.A' reali/at/ão do promeltido não nos falte o forte

apoio de nossos coiiegás presentes e futuros.—./. M.

—. - ~-XJkJu^r--~¦—

Inspecção do naso pharynge por um novo'processocie autópsia

1"0U

AFRANIO PEIXOTO, D. M.

Preparador de Medicina-logal nu Faculdade de Medicina c Professorinterino de hygiene da Faculdade de Direito da Bahia

Na pratica das autópsias Clinicas e das autópsiasforenses, poucas vezes se offerecerã" ao operador maio-res difficuldades que ao examinar o naso-pharinge,tantas vezes necessário para os misteres uiversissimosda anatomia pathologica e da medicina legal.

Isto vem Sobretudo de tres causas differentes, qualdifficuiiaudo mais o processo operatorio.

A constituição mesma das pp.rtes, que muitas devemser poupadas para o exame uiterior, sua disposição emcavidades árifractúosàs e orgams delicadíssimos, prepostosa funeções relevantes e que devem ser conservados e,sobretudo, o preceito formal de não mutilar apparente-mente o cadáver, coliidem essa necessidade de tudo verclaramente e esta aspiração simpliticadora da technicade tudo executar facilmente.

E é porque não existe alé agora Um bom processode inspecção do riaso-pharynge, podendo reunir as van-tagens de fácil desempenho, seguro meio de investigaçãoe -pcrfüiia reparação final.

.1 » kl Oli í.A " uiiaii.Jn .1 rt>l t. lll iiwiki iMf A t' li'lí(ll í II.1 iv itwi lu ii i ri .-inri nicin,au inuiutl uua iiiiiujo.-hi.-) cAiavnuiosci índia uillur-l

sua critica comparada bastam para assegurar do exposto.Von Troíltsch (1) recommenda façam-se dois

cortes de serra, verticais, dos quaes um passa um poucopara traz das apopbyses mastoides e o outro pelas pe"(Hienas azas do espbenoide, penetrando até a base docraneo. Fazendo eom um escôpro um pequeno orifíciona sella turcica. a partir desse ponto, a serragem podeser levada .-i cabo. facilmente. Desartieniam-se o ma-xillar inferior e o atlas do occipital para complemen-to da operação.

Luschka (2) procede differentemente: secciuna aspartes molles da maxilla por uma incisão semi-circularqué vá de um a oulro lobo das orelhas, separando desuas inserções ou seccionando nesse trajecto o pavi-mento da bocea. Desarticula-se o maxillar inferior ecom o escôpro separa-se a abobada pa latina e partescontíguas das fossas nasaes.

(!) in Àrchiv f. pathol. Anut. und Physiol. v. 13 pg.51-.' Berlin-1858;

(2) l'c\* Sclüundkopí des Monschcn—Titbinjifen—• 1868.

o —

Wcndt (3) resume o seo modo de proceder or-denando que a escrV.ro e depois a serra, a partir dannnnlivse crista-salü. para dentro e para traz, descre-va-sê atravéz das parles duras um arco convexo parafora, que comprehenda a ponta do rochedo e vã ámargem anterior do buraco occipital.

Virchow (4) divide transversalmente a ethmoidecom i.un escõnro tino penetrando uo sentido vertical;em um segundo tempo faz um corte antero-posteriorque divide a fossa media da base do craneo em ambosos lados e chega por detraz até q rochedo: finalmenteum terceiro corte transversal ai i ave* da parte supvriordo corpo do ésphehoide une-se aos antero-posteriores'dispondo-se parallelamente ao eihmoidal permillo, umavez tenham penetrado siifficienteínente as ineisões, vertanto as cellulas elhmoidaes como a porção superior e

posterior das fossas nasaes.Schaile (5), procurando abranger n'uma mesma ms-

pecçào o naso-pharynge e os orgams auditivos, instituiuum complicado processo de autópsia, (jue nào posso des-crever com demora porque ate essa menção seria difficil-.

Retirados a calota craneana. cortada quasi rentecom o rebordo orbiiario, e o encephàlo, traçam se ai-gumas extensas e resolutas ineisões das partes mollesseparando de um e outro lado pelle, músculos, glau-dulas etc. Corta-se a cápsula articular do maxiliar, in-

(3) in II- Wcndt u. E. Wagner—JÇrankb. d. Nasenrachenh5hleii. d. Kaehens-IIandhuch der spec.

' Pathpl. u. Ther. von It V.

Ziemssen—v. VII l6. pg. 240-Leipzig— 187S.(4) Técnica do la« autópsias—tracl. hesp. da 1*. ed. ali.' pelo

Dr. Aldahalde. pg, 159 Madrid IHH4.'

(5) in Arcliiv f pütiioi; Anal- ii. Hi.vmoi. v. 71 pg.Béíüi-ií—1877

•>i in

¦— 6 —

xa-se-o. separa-se-o do superior por um apparelho con •

venjente, bem fixado, é com uma serra ainda especial,por modos longa e complicadamente descriplos. serra sena ossatura craneo-facial um grande bloco eomprehen-dendo parte (ia base do crane.o, porções do ethmoide,"sphenoide, rochedo, occipital o da face maxillar superior, palatinos, inalares, earluxns etc, podendo-.se. graçasa esta devastadora mutilação interna, apreciar os or-gftms ali contidos.

Harris (6) depois de ter posto a descoberto a basedo craueo, divide Iransversalmente com uni escôpro ocorpo (io espbenõide um pouco adiante de soo pontode reunião com a porção basilar do, occipital. rerpen-'dicularmente aos extremos dessa incisâo, cortando opavimento médio da base do cra.neo para fina do seiocavernoso; tracem-se duassecções parallelas, dirigindo»seliara diante para o pavimento superior, aíravéz das pe-quenas azas do esphenoide e uniu até a metade interna daporção orbilaria do frontal que se divide de cada ladoate sua extremidade anterior. Uma sucção cortandotransversalmente a lamina crivada do ethmoide reúneas extremidades -anteriores (ias duas antecedentes, oir-cumscrevendo um bloco ósseo que despegado por pecquenos golpes de escôpro e com uma pinça, perinitteo exame das fo.-sas nasaes.

Harke (7) insatisfeito com os processos existentespropõe nova pratica.

Ketirando o cérebro como habitualmente, separamse os retalhos cutâneos o mais possível, de sorte a li

(il) Miiuocl <I';111ii¦ |>.-ii¦ s ii-.td iVane. Dr, Surmont pg 71-liruxel.—1888. ^

(7i iii Arc-hiv !" pathol. Annt- u. Phyerol, v. 125 pg. -llü Rorlin—1891.

/ —

c_rein ex,>ost0s facilmente os globos oculares e ossos.... „!3.,.. a f-p-ií^ ^ -. buraco oceinital para traz. Se.

v,„nn„iohi™ ep.ivical e nrocede-separa.-se uo çnracu « uiiu-x-mt....... v.c!»n-«i * ;¦

a um corte sagiial, a mais ou menos tres centímetros

do plano mediano, á direita ou á esquerda, conforme

a fossa nasal que se queira primeiro inspeccionar, indo

adiante até a raiz dos ossos próprios do nariz, atraz, até

o buraco occipital. Uma pequena serra disjuntará os

pontos da base que tiverem escapado a esse grande corte.

Os ossos rjasaes, a abobada palatina, as arcadas

dentárias do maxillar suberior formam ainda cotmexões

entre as duas metades quasi seccionadas. mas permittemlargura bastante para incisar-se com um canivete a muco-

sa nasal e' da"aboíada Tó pharynge. üir. afastamento maior

quebra essas uiiimas ligações, facilmente, podendo as

duas metades rodar, deslisandõ-se uma sobre a outra.

Um outro modo de proceder consiste em serrar a

base perpendicularmente ao eórie sagital para a direita

e para a esquerda no ponto correspondente a paredesuperior do naso-pharynge.

Do ponto em (pie o corte sagital corta a seila tur-

cica dão-se dois traços de serra ate as extremidades da

Linha supra-meneionada: resulta um triângulo reclangulo

depois de tirado o qual pode dar-se uma vista d-olho

nas fossas nasaes.Todos esses processos que vim expondo merecem

criticas fundadas que nor vezes, em dada enwgencia,

podem abalar-lhes os créditos, mesmo aos mais seguros.

Em primeiro logar, a excepção do de Luschka,

são todos penosos e fatigantes; carecem de previa secção

da calota craneana, retirada do encepbalo e complicadas

secções ósseas, sempre nilíiceis. uma vez que se tem em

mira p0Üpar orgams delicados, conteúdos e a recompor

— 8 ---I

sicâo final, sempre de regra; por vezes o trabalho e ex-

L£'ô .i ,« te Éâíl-bja çon, a serra de mao

no processo de Wendt e nas diversas complicações do

d, Sekalle. que não conseguiu deixar dissimuladas as

...andes dificuldadesé¥ seo methodo, a cujo desfavor

acresce o carecer de techmcos excrc.iauos, como de-

ÍS ser íódoa, «as eoa.o ,,„ realidade mo.to poucos

enconiron, na,,, o au, * kh*. só se pode ,,, , a<¦,... Qv^fpweampnle inventado

com o instrumental para o fim expressão

pelo auelor. ,i0llne' Depois, e inconveniente mais serio, muitos delles

deixam muito incompleta a inspecção.O de froeUsch deixa as fossas nasães no cadáver,

o de" ZmcMà pouco permirtc bem ver. ap^ar de suas

,,ssei,,s mUti,aoões ósseas; o de Wendi per,,WLe-v falseada ocia fácil destruição com a sena das";;S

delicadas do nariz;o de Vinho*, por «n ssao

p opria, pernvi.te apenas o exame da porção postero,

J „,s5il nasaes; assnn -o de Ham, and, o n •

cedenle em suas linhas geraes e. sem maiores vapta

í „°. , a(é o de Sr/m//, puc preleade d. uma ve*¦Àbranger

o naso-otopharynge deixa sem exame as ex^

::,Les anleriores do, cartaxos médios . "> enor^

nao compreheiuudas no bloco ósseo, sedo que a regao

d,i"infulldil.,.i, flcadestraidaaasecçap-nemaessa m

escapa o segundo modo de proceder de Ha, he pelo

limitado campo a inspeção q«v »-•-'angular descripto, .-ri „„p se

Ainda, e finalmente, a recomposição final que e

deve sempre ler em propósito sacrifica-se grandemente

mais de uma vez pelas praticas expostas.

No mc 7Vce7'rsé/» é difficultada pela falia do terço,.,..,011,0 liffamentoso:

|nediü d0 C!aneo e separação ao appatelho ligan

— 9

no, cie Schalle e ffarke sobreiuée, bem que atoem

contrariamente estes auctores, e custosa uma repara-

,ào tómpbek Sc/K.//, nio pode .ncobnr que secem

a„do a cav.dadc o», o fiobo to* pc, e ™

e não achando apoio tende a aeprumr-se defe.tuando

a ápparenGia do cadáver; depois e difficil que após tantas

complicadas manobras, incisoes, serragens, arastamento,

etc com um pouco de algodão paia encher o vasio deixado

Io bloco ósseo retirado, venha-se a velar externamente-.puTuõ^" mie se ood.em ter extendido ate tora.

A primeira pratica de Harke. em que se separam,,

lado a lado, as duas metades do craneo e face, não e

copsentaeea sempre ceio perfei.a discreção pelo tegu

monto dessa- nrojundas mutilações internas.

Lm, esses motivos me levaram a procurar um

meio'dc "resolver

o problnim, reunindo m condições.

Sidas para um exilo compito. Tal foi o mobvo dessa

exposição, para que. Hsamente, se possa averiguar se a

pretensão de ter achado um method.c novo e utü se jus-

ftea pela erilica comparada dos defeito. ^ . .

Fique entretanto consignado, de justiça, o reconheci

.nen.ode que só o processo de SchaUé permitte a ms-

pecçâ» corrida do caso pl,»rvnge e dos orgams «d.-

Uvos, oue tantas vezes de commum devem ser xami

nados, levando nesse sentido vantagem a todos, e ainda

: %korB pela sua primeira pratica da «o- campo de¦

pcccãu »,»:, luz — nao penuiuiu »u.d. nenhum

1, ,. A., primeiro „,„. carecia ,„*, l^.™s

m, outro apnlaus,, se ja , rn^ao de /«,•/,,/ U«d

em sua poL» 2Vorm.fr « /-""''"'O ¦1<"»°""°

der Nasenlioõhie ela. o reconmienda.

Visando apenas o nnso-pharyuge. alvejiumo uma

ciai, iuspecçãOeuma perfeita recomposição hoal. que

— IU

«an<a« vezes brigam por se achar juntas, o meo processo

afigura-se-me o mais fac.l e de mais seguros resultados:

e é porque o chamo a uma companhia tao illusue.

Processo do auctòr (8) Aberta a cavidade buccal

pela secção media do max.llar inferior na symphyse do

nento c desinserção dos músculos do pavimento da

bocca que nêlle se prendem, traz-se a cabeça tio ca-

davei- até a borda da mesa. apoiando-se pela nuca.

pendida, pois. um pouco para baixo.

Descolla.se inteiramente o lábio superior, compre-

hendendo nessa separação a parte anterior das narinas,

até certa altura, em que, continuando a raspar o ma-

xillar superior têm-se os dois or.íic.os anteriores nas

fossas tiasaes abertos.Uma tentacanula intromeltida por um deste* on-

ücios vae sahir no fundo da garganta, de um .10. lados

da úvula. A partir dahi, de cada lado, seeeione-se o

véo do paladar, depois as parles moll.es que revestem

a abobada palatina, ate os espaços que separam os-10-

t-isivos medianos dos lateraes. Com uma pequena serra,

d0 iãdo da bocca, serra-se o bordo alveolar do maxillar

na frente e a abobada palatina em,seguida. LJüde haver

vantagem em utilisar-se da serra de cadeia: nestas

condições guiada ate 0 fundo cia garganta por uma

agulha curva e flexível, procura-se obter a secçao, que

é feita, no caso, de traz para diante, tendo-se sempre

em mira o ponto em que deve terminar, dando uma

orientação nítida ao corte. Uma tesoura introduzias,

cada ramo em um, nos dois orifícios anteriores, cor-

tara o septo em toda a extensão, permittindo retirar o

18; Afraniu 1'eisoUi - Mnmml cio ThHm.tosenpm Judiciam pg.

101, Bahia- 1901.

- 11

pequeno plastrão que comprehende os dois incisivos me-

dmnos bordo alveõíar correspondente, porção mediana

da abóbadã pglatina o do véo do paladar o a uvula-

A operação realisa-se em menos tempo do que e

preciso oara referíla e permitte, olhando décima para

baixo (a cabeça eslá declive) ver claramente toda a mu~

cosa oas fossas nasaes de cima para baixo, de «nante

para traz. cartuxos inferiores, médios e eth.noidaes e

suas superfícies internas até certo ponto, o que nao seria

possivel se se olhasse inverlidamenle, isto é, do elbmo.de

para a bocea, visto a disposição concava inferiormente

dos mesmos.Tem se, facilmente, examinados a bocea, as fossas ^

n;,saes. n pharvnge, as diversas dependências dessas

províncias da economia e até a abertura superior do

U,'V"ouer se queira proceder a uma autópsia completa,

qllef a uma autópsia primitiva do nariz, esse processo

,«.,!, grande vantagem sobre os outros por ma.s deum

Sua facilidade e extrema: com um canivete, uma

peqliena serra ou uma serra de cadeia e uma tentaca-

nula em alguns instantes tem-se um êxito completo. A

única difÜculdade que encontrei foi de uma vez uma

forte resistência á serra oferecida pela cont.gu.dade es-

ireitissima dos incisivos não permittindo chegar ao bordo

alveolar: a serra de cadeia resolveu o caso cortando

inversamente. .A luz offerecida pelo campo de operação e suftici-

ente para indagações anaiomo-pathologicas e medico*

legaes, facilitadas ainda mais pelo repuxamenio para

fora oa língua, pur meio de uma erma.

Abaixadas as partes moíies descoladas (lábio »u.

- 12 -

perior, nariz) tem-se recomposto o cadáver sem o ves-

tigio de uma incisào;. o maxillar inferior approximado,um ponto de sal ura dado nas parles molles na linha

mediana, facilmente disfarçado, especialmente quando ha

barba, tem-se recomposta a physTonoinia em seos traços

primitivos, o que nem sempre permillem as extensas

lesões ósseas de Troeltscih, Wendt, Virchow. Barris,Schaüe e Harke,

C&C+zG*^ ?-*C

UMA NOVIDADE DE PATH0L0G1A INDÍGENAUM CASO AUTOCHTHONE DE «P1EDHA>:

PELO

Si». Fed^o S- IfegalfeãesProfessor da Pulholügia Cirúrgica na Faculdade '1'' Medicina d" Kio

dr Janeiro

('Continuação da pafe <>•):'>. Vol, XXX.Ul

Lavado em clher e examinado cm glycerina umfragmento de cabello tendo nodulos, com o auxilio deuma combinação óptica do: microscópio augmentandomoderadamente, reconhece-se perfeitamente a confor-mação e a situação delles, percebe-se igualmente o fio

capillar alravez da massa que o cerca.Esmagando-se um dos nodulos entre as duas lami-

nas da preparação, divisa se ligeiramente a constituiçãodaquella massa em que superabundam corpusculos tendo

a fôrma de sporos.Empregando combinação augmentativa mais forte-

distinguem-sfi as formas variadas dáquelles eorpuseulosiuns redondos, outros eliptieos, regularés ou irregulares,outros ainda polvedricos do faces mais ou menos curvas-

- 13 -

Dc tamanhos diversos, muito refraogeutes, grupa-dos variadamenPe aos dous. aos quatro, ou ém maior

mimem, ou aiuda conglomerados'em mas.-as vol. mu >«as

esse» corpos sporiformes raras vezes apresenta u-setambém isolados, Além desses corpusculos reconhee^-sea presença dc uma substancia hyalma. formando gangaou cimento e conglomerando os. Vista de face a massa.

apresenta aspecto (ir um mosaico. Km muito menor

numero exisi. m la.mbmn corpusculos alongados, uns mais

curtos e mais espessos, outros mais longos e mais tênues-

Km algumas preparações vêm-se também curtos e

ri± ¦-¦ *-.--. delgados bahioiiíiclcs.Em preparados corados, principalmente com azul

). de meiliyleua, ou mel.b.oi ainda, com uma mistura azul

de metbyleua e de eosina, examinados com forte augineníw to, dlstjnguem-se ao redor e envolvendo os corpos spori-

formes, quer únicos, quer grupados aos pares, ou aos

quatro, ou em maior numero, uma camada de subsían-cia hvalina. envolvendo os e incluindo-os.

Essa substancia hyalma, rebelde á acção do leact-

vo colorante que atravessa impunemente indo corai for-

temente os sporos inclusos, apresenta formas varias,

umas vezes de cellulas ou utriculos redondos ou poly.-edricos, outras vezes de intumescencias clavifonnes como

os sporangos de¦oer.tas niucüdirieas, outras vezes aindalembram porções de tubos mal definidos em seus deli-neamenios; dentro de todos elles acham se o.s siin.ros,

que ahi parecem íormar.-se e evoluir, soffrendo subdvi-são binaria e quaternária.

Também a essas paredes nyalinas, constituídas pelasubstancia ailudida. devesse atlnbuir a formação domosaico notado no aspecto (ias massas de sporns vistas

de face; os traços delineando tal mosaico outra cousa

— 14 —

não sào que os espaços occupados pela substancia hya-nua ficanuo de permeio e separando ns sporo* ¦'-» •esporos vi.sinhoH. Só „ coloração artificial úl*

"poroll.°™ mais perceptível a disposição na substancia queos envolve. K|], não é amorpha, simples ganga ,„„<-..Jagmosa provindo dn dtgeneraçào dos cornos .porifor-mes, nem uma espécie de excreção dn vegetação' dellescomo parecem wr jafgado ãlgífns amores.

Kssa substancia, une desapparece progressivamentei'"1 »»uili»í.líquidos, o rapidamente atacada pela potassa-ca,,sí,c«- l>("' '«so. nào convém o emprego desse re:U'"V" rm P-Pnrnçnes nas unaes sc queira estudar aorganisaçaõ delia. .\ lavagem em eiber, o tratamentopel° ac,d0 "<*¦*". ;1 coloração e preparação em gly-¦-•erma. fazendo' ligeiro esmagamento aos nomdos con-slduea tecbniea precisa para ,, resultado apontado.

Nas preparações nau coloridas os sp.oros muito;lllíl,ll,ll,,|,ií'

se dei*™»> differ«,,ç„r da substancia hya*"na ae «eus envolucros; a fone reftangenoia dos pri-'"¦eiros nao favorece a dislineção, parece pelo contrariodifíicultal-a.",i'v" b,im «ccenluar a divergência de mmba pn.Ll""M' observação em eunfronto eom as anteriores de"""'"s im""'(ls' ''elativamente ao ultimo ponto «iludidoMorris disse que «quando a massa tam ;,i f|,|,

Uül Tíu Vühime '« ceUiiIiis superíiuiaes pareeemVterauas ua forma, tornando-se mais escuras na côr. cons*litu.indo uma pseudo epiderme.*•'"iiel-Kénoy. referindo-se a dilíerenciação do /¦•/-cuphyton da tinba lunsuránle e do

'parasita tin-piedra

menciona o agghuinamenlo destes sporos pnr umamatéria amarethwrdoenga, que se obterca somete durante alguns minutos, porque a') fim de

n*mui

— 15

pouco tempo ella desapparece. provavelmente dis*solüida, e deixa ver o mosaico sportdar. Esla ma-teria, para disdl^o logo. ó formada por colôniascompactas de büstonnetes, <¦ é provavelmente a ellesque é devida, a resistência, as duresas das nodo ¦sidades trichomycosicas, ella 6 em. tudo "ompara^vel ú substancia mücilaginosa (giaire) do íarus.

Em seu trabalho ul-tertõf some a mfcropüyTã dapièdra, o mesmo autor escreveu o seguinte: «Uniave:, exhaüslo este meio nutritivo (infuso de cevadaturrada, assacarado), ella (a cultura) ex-hàla uma ma-teria gelatinosa e amarellada (pie enche em parteas depressões de sua superficie. A producção destamatéria está certamente em /•ciarão rom a nat-i*reza do meio. Talvez que se produza au nivel doscabellos piedricos uma igual exhalação que oera-sionc o aggiutinamento dos elementos e depuis drsua dissecàção, o endurecimento das nodosidades.-

Os citados autores divergem assim muilo accehtua-daménte da interpretação que dou as minhas observa-ções, aliás concordantes eom as delles, quanto á exis-teneia (ie uma substancia gelatinosa em que si* achamos spor~os. determinando seu lujglulinaiuento ua forma"çao dos nodulos piè,dri<*os, e talvez também causandoo endurecimento consecutivo destes últimos.

E possivel que simples influencia da technica em-pregada explique a nossa discordância. Juhel Rénoy,segundo refere, parece Ler usado geralmente du soluçãode potassa-eaus-iea a .íl) * „. depois da lavagem lios ea-bellos em ether ou em ammoniaco para desengoidural-os.

Nào falia (ie ter empregado colorante algum, nemmenção alguma faz. permiflindo duvida, a esse respeito

Desenne. igualmente, não havia empregado n-aeti-

- 16 —

vo colo.ráhte algum em suas preparações do pie.dra. ¦Em seus exames, ura tratou os cabellos pelo elher

fazendo preparações estáveis em glycerina, outras vozesprocedeu á dissociação do cabello piedrico em glyce-rina, após acção de potassa a 40 %, seguida de em- ¦prego de ácido acedco puro para neutraliasi' o alcali.

A acção dissòlvente da potassã-eaustiça por si sóexplicaria o facto quanto ás observações dè Juliel Réuovielle mesmo affi.rma a energia dissòlvente do reactivo

. empregado quando diz: «Passado este espaço de tempo(6 a 7 minutos) os nÕl3iiT6^^demais, desprega.ni se a menor Injeção e torna-se assimimpossível examinabos in sita; pelo contrario, quandose quer isolar alguns sporos para estudnl-os especial¦mente, é um meio precioso, porque sem elle a adberencia do annel parasitário ao cabello é tal que umatracçào mesmo fone não consegue separai-os, No fimde 6 a 7 minutos o cabello friavel toma um aspectogelatinoso, desembaraça-se 'da

potassa por uma corrente %de agua. desliydrala-se pelo álcool e faz-se a prepa*-ração estável, quer em glycerina quer em balsamò.»

Desenne parece ter melhor visto as partes envolto-ras dus sporos, pois que descrevendo o accumulo cel-llllil1' 'b' elementos polygonaes de 12 a 15 micromilli-metros, assás regularmente alinhados.' refere-se demodo claro a seus interstícios nitidamente desenha-''"s I'01' ;ii";i borda negra. .\.-* cellulas offerecem emsru et-tilrn uma certa refran^encia. ellas nào contéminiciei -. a junta elle.

Creio não precisar muito aventurar, vendo nos m-tersticios, mencionados pnr Deseim**. a- paiáes envolto,ias byalmas. em cujo interior eslâo amados os sporos-

I

T~.

— 17 —

e.Hes sendo realmente representados pelo centro refran-gente das cellulas, da descripção do autor.

As dimensões indicadas concordam com as das cel-lulas e nào com as dos sporos isolados, segundominhas próprias medidas, como mais adiante será dito-

O próprio Juhel-Rénoy não deixou rie notar os in-tersticios que separam os sporos. Descrevendo-os, elleo diz, na verdade, bem explicitamente nos seguintestermos: «... et l'on distingue alors três facilement leurforme arrondie, polyèdrique. à arêtes mousses, léparae^les unes des auires par des interstices égaux alter-naimment claires et noirs suivani qu on fait varierIa mise au point.»

Examinei meus preparados, feitos diversamente, comou sem acção da potassa, coloridos e não coloridos,quando coloridos, assim obtidos por meio de vários co-lorantes, e a convicção resultante de minhas obser-vações leva-me a acreditar que a substancia hyalinanao e primitivamente amorpha, pelo contrario disso,const.tue eila utnculos e tubos onde os sporos. en~dosporos, se acham e onde elles foram gerados. Goíndias, sporangos, ascas ou t/tecas, significam, portanto, formação de endosporo.s na vegetação do pa-rasita da piedra.

Km uma de suas figuras JuhebHénov representa, o que já havia indicado no texto, sporos aos pares eem grupos de quatro; correspondem elles perfeitamenteao que observei, só lhes faltando a substancia hvalinaenvoltora, isto e os corpos céllulares, provavelmenteamollecida e dissolvida pela potassa.

Sem mesmo de longe approximar o cogumelo, pro-vaveimente um ascomyceto, parasita da piedra, decertos cryptogamos dos gêneros Palmella e P/curo-

— 18 -

eoccus da tribu das Palmelleas, dos quaes muito distaelle, pois constitua os últimos certos gêneros de algas,da família das Ulcaceas, ordem das Confervoides;entretanto não é possível fugir á lembrança que occone,ao vér os utriculos quadrisporados dos nodulos piedri-cos, da apparencia dos utriculos também semelhantementeconformados daquellas algas, tetrasporados como aquellesoutros.

Essa simples semelhança grosseira só corresponde,

porém, a urna das fôrmas das q.ue ,se.apreseniaiu ao,observador que examina o cogumelo da piedra. Aquialém dos utriculos ou celbilas contendo dous e quatrosporos, vêem-se cellulas alongadas, como curtos myce-lios, outros filamentos mais longos e mais delgados, eainda utriculos pynformes. talvez thecas, contendosporos, em maior ou menor numero.

Nào só na fôrma, mas também no tamanho, muitovariamos sporos, os maiores podem attingir de 5 a 6iiiicromiilimetros de diâmetro, quando esphericos, e iguaesdimensões no maior diâmetro quando elipticos. tendoentão 3,5 a 4 no menor diâmetro. Os utriculos ou ce!lulas constituídas pela substancia hyalina, que contémos sporos, podem attingir até 12 micromiiiiineiros dediâmetro.

Desenne indicou para os elementos cellulares po-{ygonaes, por elle vistos, o tamanho de 12 a lõ micromilliinetros. Juhel-Hènoy em seu primeiro trabalhomarcou para o diâmetro dos sporos dos no lul^s piedri-cos 1 centésimo de millimetro, portanto, 10 micromil-limetros.

Este mesmo autor em seu segundo artigo, feito emcollaboraçào com Lion, deu como dimensões dos sporosobtidos por cultura, 1.7 a 5 inicromilliioetros de iiia. -

19

lnetro para os redondos, para os alongados 4 por 6 e

5 ü0r 6 micromillimetros. respectivamenteP Procurei verificara exactidSo do resultado de mmhas

observações e mais miudan.ente conhecer os elementos¦ u vos dos nodulos piedricos, examinando com »

2S muito forte do microscópio (objecLva homo-

S/W e ocoulares 3e 5 de Xotai) ,„„„ propõem

,, li e conservada em gljcerina, segundo a teçhnma

;is,„ sr5í3SnTi»»**™^" "**f-d. oKservaçâo lucrou notavelmente. Certifique, me das se-

tníes particularidades. As cellolas apresentam asp o"Liar

sen corpo mantem-se **^*£T£Kvatao; polyedrieos por pressão rceproca „..mdfl•

&«* intimamente, apreçam-se espherO,deas ou

JLiS esphericas ouando afio apertadas por sua ,u a

t> corpos spori.fof.nes conluios em taes celVulas,

,„, t.cos'ora aos par,,, ou amplos, sd =n

rjairneote se mostram livres; tocios coram se fortemente

ma.erias corantes da anilina; a -»«,»-

^m não ê Immogenea. parece W»T«£»~,„„d,s;

'.lie. apreseninm em seu ,nte^E5"^s

puscolos provavilmènte núcleos. Os mvceh«*¦ »J^1»

ubuiares ou filamentosas. sâo murto <•*£.?«£

espessura inconstante; umas vezes formados de cur o

artículos outras vezes são continues; muitos delles podem

8 idos em seus trajectos tortuosos de permeo en re

„ , a sas de cellulas, alguns, contêm pequenos gran os

gostos en, fila central e guardando «ancas regu^«.

,„ eucs Muitos dos mvcelios terminam em intume-

c^as" yriformes contendo .por». Kx.tem cura,

fôrmas alongadas desiguaes, parecendo spot os; em^

getação. Pednenos bestonnele., baciliformes. .solado,,

— 20 —

talvez sejam segmentos myceliaes. Nas partes extremas

dos nodulos vêem-se numerosos granul >s intensamente

corados, agglomerados, que não deixam distinguir outra

cousa. 0 diâmetro das cellulas é de 3,75 micromilli-

metros, o dos .sporos, 5,25, o e dos mycelios 1,75 era

media.E' fácil de vêr que as dimensões notadas por De"

senne, e as primeiras de Juhel-Rénoy approximam-se das

dimensões que indico para os elementos ceílulares ou

utriculos; as dimensões apontadas por Juhel Rénoy e

Lion são mais parecidas ás que notei para os sporos.

Quanto a corpos alongados inyceüformes, Desenne

vio rede refrangente de basto/metes articulados uns

com os outros i> enrolando-se ao redor do cabello.-.

Os bastonnetes parecem uns vir perder-se na sub

stancia própria da nodosidade, os outros terminar

a alguma distancia desta nodosidade, quer por uma

intumescencia ampulliforme. quer por pequeno ca

cho cellular umbelliforme.Juhel Rénoy encontrou nos nodulos «uma agglomc-

ração innumeravel de bastonnetes que rodeam, co-

brern e. e/n certos pontos, são tão numerosos que.oceultam dos sporos subjacentes, como ficou dito

acima. Estes bastonnetes que são claramente dis'

tinetos com o auxilio de um forte augmento (ocul/3, obj. 8, Verick), cem-se bem ao niüd da or/o,

da zona peripherica dos sporos; ter-se-ha conta de

sua situação, de sua multiplicidade consultando a

figura Ul», di?- Johei. Devo fazer notar que essa figu.

ra dada e citada pelo auctor alludido nâo corresponde

a afíirmaçào; nellas só são vistos Ires (3) dos bastonne.

tes, não muito dissemelhantes dos corpos apresentados

como tubos de mycelio provenientes da cultura do para-

- n -sita em meio apropriado, representados na figura seguinte

IV. são apenas mais delgados.Juhel Rénov. mais longe, em seu mesmo artigo de-

clara *que os battonnetes por elle descriptos sô.i de

uni diâmetro 50 oeses menor do que os sporos»

não lhe parecendo poderem elles ser de modo algum

postos em connexào com os sporos. Nega elle ;i exa-

cíidào do que descreveu Desenne, nenhum daqueUes

bastonnetcs ^/i^M?|l^^^^^-cho um elliforme.

Nas culturas JuhelRénoy e Lion viram em todas ejlas

myeelios, em um gráo «te desenvolvimento mais ou menos

adiantado. As dimensões do mycelio variavam de 1 a 60

micromillimelros de comprimento; os mais longos eram

constituídos de artículos de 4, 5. Be 12 micromilhtros. a

espessura era de l a 4 micromillimstros.Minhas preparações mostraram-me. alem das cellulas

e dos sporos, jâ descriplos, formas allongadas parecendocomeço de vegetação dos sporos, curtos myceÜos e em

alguns pontos dtigados filamentos, finos e difficeis do s:

guir em todo seu comprimento, perdendo-se nos accumu

los de cellulas. Alguns grupos de sporos sào inclusos

em utriculos pyriformes ou claviformes, com apparencia

de ascas já separadas das hyphas de cujas extremidade

proviessem; dentro dellas os ascosporos, em numero

variável, permaneceriam temporariamente inclusos.

A approxhnação destas fôrmas e das intumesccncias

ampulliformes, terminações de alguns dos bastonnetes de»-

criptos por Beseune, é natural e lógicaAlém dos elementos constituintes dos iiodulos pje

dricos já mencionados, resta-me notar a existência de

grande numero de diminutas «raqulacões, corando se

fortemente, corno os sporos. São ellfts rudimentos dos

— 22 --

sporos etn seus primordios? Tem ellas outra significação?Não ouso decidir.

Em alguns casos preparados por secção transversados cabeilos distingui em pontos affastados dos nodulospiédricos pequenos hastonneles. verdadeiros bacillosestes independentes, e sem afnhidade alguma com oparasita da affecção de que ora trato. Nào estranhareimesmo encontrar nos próprios nodulos. englobados pos*seus elementos- constitutivos próprios, corpusculos ou-tros alheios, apenas occasional e mecanicamente ahia] u piados.

Se confiar nas apparencsas- de certos cortes transver-sos de nodulos piédricos, possuem alguns delles, nào seise mais velho, uma primeira camada mais condensada,constituindo-lhes como uma parede; se não vai ahi* umerro meu de apreciação, talvez fique isso (ie accordocom a alteração das cellulas superficiaes dos nodulos formando uma pseudo-epiderme dc une nos falia o Marris.

Continua.

0 lugar das mioklonias em neuropathoiogiaPELO

DR. JULIANO MOREIRA

Professor substituto de psychiatria e nevcopatliplogia na Faculdade deMedicina du Bahia

Nas condições actuaes da sciencia, raro e que após aleitura de um tratado possamos dizer que conhecemos afundo certos pontos da neuropathoiogia. Por vezes apoia-do na descripção lida no compêndio ou tratado que hábi-í uai mente manuséa, formula o módico seu diagnostico. Heporém se abalança a aprofundar o assumpto, quantas ve-

- 23 -

zes aquillo que supoz forma nosographica bem dis?.tincta desce â cathegoria de simples syndromal

Tendo tido a opportunidade da observar doentes queapresentavam o quadro clinico que Friedreich denominouparamyoclonus multiplex fui levado a rever as observa-ções que tem sido publicadas sobre o assumpto.

E crendo que na revisão nosographica das inyocontracções mórbidas, o estudo das myoclonias e dos maisdignos de aceurado exame, abalancei-me a publicarãopresente estudo.

Foi em 1881 que o sábio Friedreich, então profestorem,Heidelberg publicou as suas Neuro pr.thologisvheBeobaclitungen (1),' o prinieifO estudo que surgiu sob o ti-tulo de Paramyoklonus multiplx. Era o caso de umquinquagenario tuberculoso sem herança nevropathicaque durante o repouso, mas nunca durante o trabalho,tinha sensação de pressão nos braços e nas pernas.

Um dia teve um forte pavor e duas semanas apoz,contracções clonicas bilateraes appareceram nos biceps etriceps bracbiaes, nos longos supinadores, nos vastosinterno e externo, no recto femoral, no semi-tendinoso,nosadductore.se biceps femoraes. As contrações alin-giam a totalidade dos músculos, geralmente sem determi-nar effeito locomotore. apenas raramente produzindo leveflexão do braço ou supinação da mão.

Às contracções eram arythmicas e de varia intensi-sidade: ora se .contraída u.n. ora outro músculo, por vezes mais de um ao mesmo tempo. O numero das contra-cçoes era de 10 a 20 por minuto durante o repouso, de40 a 50 nos momentos de excüaçào. A freqüência dei-Ias era proporcional â intensidade. No somno cessava,porém quel* durante elle, quer durante a vigília, existiam

— n -

contracções súbitas e dolorosas que faziam flexionar as

pernas sobre a bacia e eram seguidas de clonia nos

músculos supracitados. Os abalos cessavam nos movi-

mentos voluntários, porém se o doente se erguia elles

perduravam ainda nos músculos da coxa, cessando ape-

nas quando o doente caminhava.Algumas vezes por 1" ou 2" havia tétano doloroso.

Força muscular normal assim como a coordenação, a

reacção eleeiriea e a excitabilidade muscular directa. O

ar frio, a massagem, a pressão, o tildar da planta do

pé augmentavam a freqüência e a intensidade das con-

tracções clonicas. Os reflexos patellares eram mui exa-

gerados, sobretudo á direita, as pupillas um tanto retrâ*

idas porém com reflexos normaes. Não existiam per-turbações vaso-motoras nem secretoiiás; sensibilidade,

sentido muscular e estado psyChicoériiiii norm&és.

Com a galvanisaçào a clonia melhorou em poucosdias, chegando a desapparecer assim como os reflexos

patellares diminuíram. Friedreicb denominou o caso de

paramyoklonus mnliiplex considerando-o uma forma mor-

bida. determinada por um augmento de excitabilidade dè

grupos de cellulas dos cornos anteriores da i edulla,

mas ligando-o ás nevroses descriptas pelos allemães com

o nome de Schreckneurosen.Schultze observou depois em duas occasiòes diver-

sas o mesmo doente porque as contracções voltaram na

fôrma primitiva, sobrevindo porém de quando em quandocontracções dolorosas nos músculos da coxa. O pacientefalleceu de tuberculose pulmonar dous annos depois de

observado por Friedreicb. Poucos dias antes da morte a

clonia cessou, porém reappareceu ainda uma vez poucoantes (ie expirar o doente. O exame microscópico dos

músculos e oa medulla espinhal deu resultado negativo.

t?yXr''\X^-:X:-«'Í) ;¦;¦¦":#.¦¦.saxz- o™. " z o,- .z..... ... i. . -<•:

— 25 —

0 Professor Senaitze não refere t7jr examinado o ce*rebro e os nervos periphericos (2).

Estulticia seria suppor que antes de Friedreich nin-guem observara o paramyoclonus multiplex,

Paget (3) om 1847, Trousseau (4 ) e Spring (5) re-ferem com outro nome, casos que bem merecem estudadosao lado do de Friedreich. E' no grande grupo então maldefinido das choréas que foram inscriptos todos ellos.

Descripto porém que foi pelo sábio Professo:* de Hei-.dclberg o mal em'questão, de todos os lados começa>ram a surgir outras observações.

Em 1883 Loewenfeld (6) publicou ura novo caso de

paramyoklonus. Neste mesmo anno foram publicados oscasos de Ewald (7) e Silvestrini. (8)

Pouco depois Remak sustentou que não existia umalinha de demarcação nítida entre o paramyoclono, a choréaeleetrica e a moléstia dos ticos, porque todas estas for-mas mórbidas parece que se confundem umas comoutras.

Popow em 1886 quiz localizar nos músculos amoléstia (9).

Foi neste mesmo anno que appareceu em França o

primeiro trabalho subordinado á denominação creada porFriedreich: Foi a memória de P. Marie publicada no Pro

gres medicai [10).Ainda em 1886 foram publicados os casos de Kren-

net, (12) Testi, (13,) um novo de Silvestrini, (14) os deBrignone (15) e Seeligmüiler (U>).

Rubino (17) em 1887 sustentou que a choréa sympto-matica. os ticos convulsivos, a athetose, a tetaniu, q pa-ramioclono etc, sào apenas variantes de um estado deexagero da exeitabiüdade reflexa da substa icia cinzentaou das fibras nervosas motoras. Os niovimer.ios anormaes

— 26 —

ora são coordenados, ora não, ora rylhmicos, ora irregu.

lares, por vezes soffrem a influencia da vontade ou das

causas psycbicas, no fundo são sempre movimentos

anormaes. Varie embora a alteração primitiva, assim

como sua sede, o elemento fundamental será sem-

pre uma perturbação dos centros cinzentos, ou das fibras

motoras neste ou naquelle ponto de seu percurso, e en-

tão, continua Rubino, temos ora movimentos choreicos

desordenados, ora espasmos clonicos athetosicos, ora os-

pasmos tônicos tetanicos, ora espasmos policlonicos, etc-

Ainda em 1887 Seeligmüller (18) procurou identificar

o paramioclono com a choréa electrica.Lembo (19). Frahcotte (20). Venturi Í21). Spit/ka

(22), Silvestrini (novo caso) (23). Homen (24), Kovale-

wski (25), Allen Starr (26), Rybálkin (27.), e Feletti (28),

publicaram no correr do anno de 1887 suas observa-

ções.Em 1888 Bechterew sustentou que o paramyoclo-

nus era uma moléstia á parte, bem distincta dos ticos.

Em contrario a isto Marina Í30) opinou que nào é

possível distinguir aquella afíecoào nem dos ticos con-

vulsivos nem da choréa electrica.Ainda no mesmo anno Faldella (31) aventou como

provável a natureza hystenca do paramioclono e publi-cou um caso que parecia ser a transição entre esta afie-

cção e a moléstia dos ticos.Ainda em 1888 Mobius (32) affirmoti ser difficil dis-

tinguir a polyclonia da hysteria e que as miocionias são

de origem cortical e com a moléstia dos ticos e a

athetose primitiva, são formas de choréa.Ziehen(33)no mesmo anno tentou grupar o para-

myoclonus. a choréa electrica. os ticos convulsivos e o

tremor essencial. (34)

— 27 —

Strümpell ainda em 1888 sustentou que o paramyn-clonus era forma particular de hysteria.

Neste mesmo anno de 1888 foram publicadas as

observações de Manquat et Grasset (35) Woreüi, (36) Kn y

(37) Frank R. Fry. (38) e Minkowski (39).Em 1889 e 1890 appareceram as observações de

Lemoine e Lemaire (40) de Mòssdòrf, Chauffard, (41;l»eiper, (43) e urr estudo de Vanlair (44) sobre as mo-

clonias rhvlhmicas.Em 1891 Bulay (45) publicou um caso que observou*

<• Unvérficht (4*6) editou sua monographia sobre o as

. umpto. Ahi refere elle 5 casos observados na mesma

familia e associados a convulsões epileptiformes. Parai Ue o verdadeiro característico do paramyoç-lonus será

a presença de contracções nos músculos que nãoactuam: ynergicamente. Crê ainda que a myoclonia é uma

moléstia á parte e distingui vel da choréa, da choréaeleelrica do tico convulsivo, da moléstia dos ticos,

das nevroses prpfissidhaes, da tetania e do tremor con-'vulsivo. E revistando os casos até então publicadosdividiu-os em 5 grupos:

l.o Casos lypicos, incluindo os casos familiares asso-

ciados a convulsões epileptiformes.2.° Os que tendo os caracteres estabelecidos por

Friedreich possuem signaes communs a outras nevroses.

3." Os que apresentam movimentos desordenadoslaes que mais parecem pertencer á choréa.

4.o Os de natureza hysterica.5.° Os que nào teem nenhuma analogia com para-

inyoklonus.llnverricht combate a qualificação de nevrose por

medo estabelecida por Friedreich: nos seus casos a

affecção era congênita e familiar. Quanto á sede da lesão

/

¦ .-. ,¦-.,.„; ¦¦¦;¦. ¦ ¦.- ¦

- 28 —

elle exclue a theoria muscular e a cerebral e sustenta aespinhal. Explica as convulsões epilépticas nos si àscasos pela excilabilidade pathologica dos gânglios cor*,ticaes: ellas seriam apenas complicações aeeidentaes.

Em 1892 Massalpn.go (47) sustentou que a choréaelectrica é uma variedade dp paramyoclonus e das mio-clonias em geral e publicou casos em que existia relaç-àoentre a intensidade das perturbações dyspepticas e a

jipração dos paroxismos convulsivos. Avançou então a hy-pothese dâ origem

'gástrica'"destas" TViioctoííias e; em

apoio disto referia que o tartaro estibiado em dose vomi-lava é segundo alguns auctores um especifico du choiéaelectrica.Pata elle nem sempre as mioclonias são a expressão de perturbações funccionaes do systerna nervoso,por isso que existe uma variedade dellas, a choréa elec-trica que ligada a perturbações gástricas tem uma origem tóxica.

Ainda em 1S92 foram publicadas vari is observaçõesde paramioclono: íioldílain (48), Hp0h,if49),Lemo'iiiè, f50)-Tambroni e Pieraccini (51), Gucci '52) e Krafft-Ebing,53).

Km 1893.1. A. Feinberg (54), publicou no Vratchtrez observações interessantes. •

Weiss (55) em 1894 revendo as observações até en-tào conhecidas punha em evidencia os estigmas hyste-ricos (pie em muitos delles sào evidentes, * demonstrouque alguns pertencem á choréa, á moléstia dos ticos, outrosá epilepsia, mas que alguns merecem constituir, com ocaso de Friedreieh, modalidade distineta como este sábioa creara.

K' do mesmo anno de 1894 a observação de Erb(56).

Km o anno seguinte Bregmann (97) disse que o myo-

\\

m

cionus pode achar-se em muitas moléstias, mas que pó/dendo existir isolado correspondendo á discnpçào deFriedreich, deve ser considerado uma nevrose ind-pín-dente, assim como que não se deve considerar, quandocombinado á alguma moleslia, como symptoma da mes-ma e portanto que sào errôneas as expressões de mio-clonia epiléptica, hysteriea, neurasthenica, etc.

Ainda em 1895. Unverricht (58) publicando outroscasos de myoklonus associado a convulsões epilépticassalientou quefaltavam nelles estigmas hystericos, que a,moléstia progredia sem remissões é sem modificações do

quadro mórbido, que faltava nelles a herança nevropa-

triicá e que a myoclonia era familiar. Elle sustenta quenão se deve confnruíir o paramyoi-lonus cojn a choréa,com a athetose, com a moléstia dos ticos, com os ticos ge-neralizados. Todas as formas mórbidas pertencem a umsó grupo mórbido, mas o que caracteriza o paràmypklonüséqueos músculos não se contraem synergicamenle e que avontade não consegue queelles se contraiam isoladamftnlc,E' na medulla que elle localiza a origem da mioclonia eno cérebro a da choréa.

No mesmo anno publicaram casos Schetalow (59),Koshewnrikow, (60), Plaezek (61], e Seppilli (62).

Em 1896, Bresler (63), que observou dous casos sinu-:lhantes aos de Unverricht, considerou a affecção comoumanevrose epiléptica de origem espinhal. Raymond (&4% nomesmo anno, sustentou que o pãramioclónó deve ser dis-tinguido da choréa electrii.-a e dos ticos. Para elle o para-myoklonas é um annel dacadeia de estados pathologicosquepodem ser reunidos sob o nome de miclonia e são todos aexpressão ou o produeto de estado degenerativo. Nasmioclonias elle distingue: l.o o tremor íibrillar limitado aalguns feixes de um mesmo músculo; 2.° O paramyoklonus

30

multiplex, com a choréa fibrillar, caracterizado por cou-vulsões que agitam todo o músculo sem effeito locoinotor.8.P A choréa electriea de Henóch líergeron e o tico nãodoloroso da face caracterizado por convulsões terminada:*por um movimento coordenado. 4." A moléstia dos ticoscom perturbações psycbfcas.

Raymond avança ainda que o paramyuklonus não tide origem espinhal, mas sim de origem cortical. Paraelie as miocionias não sao manifestações da neurastheniae da hysteria, porque se observam em pessoas que nãoapresentam estigmas nem de uma nem de outra. Podemeoesiati;* com a hysíena,. mas ambas dependem 4o estadode degeneração. Ainda em 1896 Hõsslin (65). Stembo(66), Hoffmann (V>~) e Sõldner (6S). publicaram nov icasos.

Lugaro, no mesmo anno tle 1896' sustentou que namioclonia ha um eslado anormal tios elementos nervoso';determinado ora por uma disposição copgenita ímioklo"nia familiar), ora por uma perturbação dyoamica ligaoá existência dr uma nevrose hysteria, Ineurasthenia, epile*psia'orapela acção de elementos* anormaesintoxicaçõescht\>nicas, infecções, delírio agudo), ora por alterações dinami-cas, affecções orgânicas de elementos nervosos ftabeu!esclerose disseminada, etcj. Para Lugaro a mioclonia é amanifestação externa do estado neúroclonico tios neuro>mos motores, é um symptoma elementar cuja origemcentral é delimitada localmente a cada contracção. Oestado neuroklonico aitmge ora os protoneuronios moto-res das cellulas do corno anterior, ora os elementosmotores de segunda ordem, ora os elementos mais ele-vados.

Ainda em 1896 Bõtinger (70), sustentou que o ca*--ode Friedreicb e alguns similhantes pertenciam á hyéteria;

31 -

outros pertenceriam ã neurathenia ou a outras nevro.es-!™ d« V"^"^ «d» .ee,„ c-o,„ a la,,oría c,

',

i ohorea elocnca, c„m „s ,icns ,mnMvm ,,„ c0| '"

^eshados licos, mas sim pertencem é cE„téaIh™câ

progress.va e enMo teriam, como es,a parece ter aorigem:, cortiçal. '

jtn 1897 Krewer(M),âffirm0aq„ep.paramyókl011„s

a de onge,,, cortlcal Nos casos d(j Unv_ J

ee houve Prunei_„ uma afacSo q01,(6aJ *•¦le un.a.wuasâo capaz de produzir o ataque épíi|Enue ,mea a,nolestia; depois tesffl pç)„eo ?

jsjggg?«'«a. as outra, cellulas ganglionares, as ££ tb~ó'•^»mra, de teto os másculo, A:Ssim'acha-K-ewe

'«UBculo, as relações das clonia.s com os accessos convutovos e a influencia das diversas emoções sofoeS;k Z7™

d° an"° ^ ,M7 "l1»»™*™" as óbservi;..oeSdeFerra,nm,72i,D-All„c„f78)c Schüdo (7Í)íso anno seguinte Hechterew (75), ao publicar

"ato¦aso s„„lJba„le ao de Bmftkb

P epuco e seguido po. una, coarão céUa, d"!'«•nada por um espasmo geral vasomotor e que estacongestão determina „,„a alteração na nutri ão doe,tal— cereb,ae., E,„ alguns casos es.a aheracào ,,,f-rhia permanente, principal,™,,,,, „„ C1)rti(_s'e „°^

'nmges e daria origem a convulsões choreicas Si-os durndonras. m ,,,zao direcla d0

' ^

- »> voua exdabiüdad, cortinai q„. prewito „ £*£a",bem as contrates clopicás „„g,„„„la,n de .J«de, ao passo que depo,, isl„ é, f|lia„do Q es|„do ,„

' .' vo do cor,™ dnniuue „,„ ,a„„,. podem tambem asHomas a„en„„r-se uu cessar por algum ièmpobphutzeno mesmo anno sustentou'que si é verdade

ti 9 __.XJÍ4

que muitos casos de paramyoklonus são de naturezaliysterica, o de Friedreich não o foi. Os casos de Unverricht não se distinguem da choréa chronica progressiva-O paramioclono não pode ser. confundido, segundo elle,com a choréa; maiores simiihauças tem com os ticosconvulsivos e com a myokimia. A choréa electrica deHenoeh não é mais que um alto grau de paramyoklonus.

Ainda em 1898 foram publicados os casos de Garnier e Santenoise (77;, de Marzuchetti e Gilardoní (78),e a dissertação inaugural de Gaup (79), em Tubinge

No anno seguinte Brusl. (80) considerou as miocio-nias como phenomenos hystericos.

Neste mesmo anno foram publicadas as observaçõesde Lundborg (81), Verga e G< nzales f82j, Feindej e Frous-sard (83).

Em 1900 Raymond '84,, voltando, ao assumpto ença-rou a mioclonia como uma nevrose, mas não nevroseautônoma e sim como expressão fragmentaria da hysteriaeeomo tal devendo ser localizada no cortice cerebral etendo o mesmo prognostica, as mesmas tendências a des-apparecer espontaneamente e a re<idivar.

No mesmo anno Muni (85>, que no anterior tinha es-tudado as polyklonias e a choréa ím\ sustentou que oparamyoklonus não tem existência á parte e não mereceser tomado pelo pratico como ponto de partida paiaseus juízos clínicos. Em seu primeiro trabalho o professorde clinica de Bolonha referiu dous casos clínicos muitobem estudados por elle e seguidos de autópsia com pes-qui/.as microscópicas, casos estes em que uma lesão dazona roJ.indica parecia ler dado origem a phenomenos.similhant.es aos de paramyoklonus.

Depois de referir alguns dados experimenlaes de Fors-ter e Sherrington relativos aos elíeitos do estimulo do cor-tice, Murri formula assim sua doutrina «Pode-se affirmar:

__j

__ aa

que estimulando ligeiramente e sempre uniformemente umaárea da zona rolandica, pode-se ter a cmtracçào de ummúsculo (monoclono), ou de vários (policlono) de um sólado, mas também de músculos correspondentes dos douslados (paraclono); que estas contracções podem darlugar a movimentos incoordenados, rithmicos, clonicos(choréa); que estes movimentos podem generalisar-setotal ou parcialmente (convulsões) e assumir caracteresepileptoides (epilepsia); que estas contracções mudam/ieamplitude (de um músculo a todos) e de Índole (coordenadas, ineoorden&das, clonicas e tônicas) si bem que o es-timulo se conserve o mesmo: isto se poderia symbolizar di-zendo que a cortice pode ser mono e polyclonogena, coreo-gena e epileptogena durante a mesma pesquiza; que dadaesta passagem de um phenomeno a outro, não sendo mu .dado o agente externo, não se pode comprehender de queresulta o mecanismo dos impulsos motores corticaes semadmittir mudança nas mesmas condições intimas.»

E conclue que a distincção nosologica das polyclonias, dos ticos e das choréas não tem base, porque todosestes movimentos voluntários têm somente o valor desymptomas exprimindo uma disordem da zona rolandica.

Se consultamos os tratadistas mais competentes emais modernos nào é maior o accordo existente.

Eichhorst (87) o Oppenheim (88) acham que não sedeve considerar como hystericos todos os casos de pa-ramyoclonus. Risien Russel (89) regeila também a hypo-these da hysteiia ser causa de todos os paramyoklonus.

Para Wollenberg na grande maioria dos casos amioclonia nào parece ser outra cousa que uma formaespecial da moléstia dos ticos que se desenvolve comoesta por uma condição degenerativa.

Siiümpell (91; com admittir que um grande numero5

— d4 —

de casos descriptos como mioclonia e paramioclono são

ligados á hystena, opina que paramioclonus verdadeiros

devem ser apenas considerados os casos em que as com

tracções existem muito rápidas em músculos isolados,

sem produzir effeito motor visível.Jolly (92) nega que os casos de ünverricht per

tençam á categoria do paramyoklonus.Poderia citar outros tratadistas, mas isso levaria

muito longe essa revista com a qual tive em mira mos-

Irar a grande variedade de opiniões que têm sido-forintr-

ladas a respeito do paramyoklonus.Indagar qtsaes as razões de tamanha diversidade é a

que eu me proponho na .seqüência deste estudo.Passando em revista cerca de 150 casos exisienles

na litteratura medica convenci -me de que a principalrazão mantenedora da confusão em íaés domínios pro-vem de que muitas fôrmas mórbidas descriptas como

paramyoklonus pert ncem a outras moléstias.Dos casos a que me referi poucos correspondem á

descripção de Friedreich.Do que tenho observado em con^aração com os

casos publicados tentarei responder a questão: si existe

verdadeiramente uma fôrma mórbida especial a que se

deva dar o nome de paramioclono ou se a mioclonia é

apenas um symptoma que pode ser commum a muitas

moléstias.Continua

»>í«>í>%>=?>-

— 35 —

REVISTA GERAL

O SIGNAL DE KERNIG: VALOR SEMIOLOGICO

PELO

DR. GONÇALO MONIZ

Sob a designação de signal de Kernig conhece-seem naibologia um symptoma mui freqüentemente en-contrado nos meningiticos, o qual consiste na impossi-bilidado de obter-se a extensão completa da perna nas

posturas, em que a çôxa fôrma angulo reclo com o tronco,tendo por causa uma especial confráctiira úm respectivasmúsculos flexores.

Por vezes observa-se phenomeno análogo nosmembros superiores, q-u* impede a extensão total doantebraço.

Esse symptoma foi descoberto pelo medico russo,cujo nome se acha memorado naquella expressão.

Kernig fez a principio uma communicação sobre oseu descobrimento à Sociedade «reral dos médicos de S.INilersbnrgo, a 21 de Setembro de 1882, e em 1884 pu.-blicou uma memória sobre <, assumpto.

Ja notava o autor o facto de haver passado até en-tão despercebido o phenomeno em questão e aindadepois das suas publicações não logrou a devida atten*ção o'precioso achado do distineto medico do hospitalObuchow.

De feito, a maioria dos clínicos e pathologistas pa-rece não terem tido conhecimento do signal descoberto porKernig, a julgar-se pelo silencio que guardam a respeito eraros sâo os tratados, e só dentre os mais modernos, quea elle se referem, e ainda assim de modo incompleto

perfunetorio e ás vezes algo inexacto (2, 3, 4, 5, 6, 7,8. 9).Entretanto á memória de Kernig, seguiram-se ai-

. ..X_\Z ..*_.' \

36

guns trabalhos sobre o assumpto, de Buli (10), Henoch(11) Friis (12, 13,) Bliimm (14), corroboraiivos das obser*vações do medico russo.

Na França, cabe a Netter f 15) o mérito de haver ti-rado do esquecimento e divulgado o novo symptoma dasmeningites.

Recentemente, porem, já se lhe vai dando o justoapreço, e varias publicações têm apparecido a propósito,ás quaes nos iremos opportunamente reportando no cor-rer desta breve revista.

Descripção c exploração do signal de Kernig.-O meio mais simples de indagar-se a presença ou au-sencia do signai de Kernig é fazer o doente assentar-se naborda do leito, de modo que o tronco conserve a direcçãovertical, e procurar extender a perna sobre a coxa. Aopasso que a extensão completa se obtinha facilmentequando o doente guardava o decubito dorsal, tornar-se-á agora impossível, si existir o symptoma, pelo factoda contraetnra dos músculos ílexores da perna.

Nos seguintes termos foi o phenomeno descripto peloseu descobridor (1):

«Estando deitados, apresentam os doentes rijeza danuca e do dorso, mas nào contracturas nos membros.Nem os extensores, nem os ílexores dos braços ou daspernas ficam contracturados: quando os doentes con-servam seus membros accidentalmente ílectidos, estesdeixam-se passivamente extender sem a menor resistência.Mas si assentarmos os doentes, especialmente á beira dacama, de sorte que as suas pernas pendam para fora(quando a rijeza da nuca e do dorso é muito accentua-da, essa altitude não é de fácil realização), observaremosduas cousas.' a principio a contractura da nuca e do dorsotornar se^á, em geral, muito mais intensa; em segundo

>¦/'¦ —

87 —

logar, produzir-se-á uma contractura dos flexores da ar-

liculàçào do joelho e por vezes tambem dos da ardeu

laçào do cotovelo; si tentarmos estirar as pernas sobre

as coxas emquanto o doente está sentado, nào conse-

guiremos exceder um angulo obtuso, de cerca de 135". E

nos casos em que o phenomeno é muito pronunciado nào

chegaremos a passar o angulo recto.»Vê-se, pelo que precede, que a contractura dos fie

xores nem sempre se limita aos membros inferiores, si-

não que se manifesta-iambettv rios superiores, coirr-

quanto muito mais raramente. Si a maioria das observa-

ções não mencionam esta particularidade, foi ella entre-

tanto notada por outros além de Kernig,. como mostra-

remos.Em logar da postura aconselhada por Kernig, pode-

se, como indica Roglet (16), sentar o doente sobre a cama,

sem deslocar-lhe os membros inferiores, e diligenciar

applicar a face posterior dos mesmos sobre o plano do

leite. 0 angulo formado pela perna com a coxa nào se::t

desfeito si existir o signal. Neste caso, porem, é preciso

que o leito seja bastante duro para formar uma superfície

plana e resistente.Ás vezes não é possivel coltocar o doente na attitude

assentada, em virtude do considerável augmento da ri-

jeza da nuca e do dorso, que se produz quando se tenta

levantal-o. Leroux et Viollet (17) observaram um caso em

taes condições. Ainda assim podemos explorar o signal de

Kernig deixando o doente deitado, dobrando a coxa em

angulo recto sobre o abdômen e buscando determinar a

extensão completada perna,E' preferível, todavia, sempre que fôr exeqüível, o

methodo recommendado por Kernig, que pode'»n* d,zer

methodo clássico.

"

— 38 ¦.. ":

Quando na manobra exploradora se forceja por ven-cer a flexào, esbarra-se em «uma sensação .de resistênciadolorosa: a flexào é irreductivcl*. (Chauffard).

Qualquer que seja, porém, o processo empregado,uma condição essencial importa aítendida, sob pena deerro: a exacta perpendicularidade da coxa ao tronco, demodo que formem angulo reclo. Com eífeilo. si fôr muitoobtuso o angulo tronco femoral, e o symptoma estudado

pouco intenso, correrão risco de passar despeicebido. Sio dito angulo fôr agudo, poder se-á, ao contrariocrer na presença: do signa) de Ke"rnig sem que elle exisla.Nas pessoas sàs, em verdade, é possível põr-se a pernaem extensão''completa quando assentadas com o troncoverlical; mas si este se inclinar para a frente, a pernanào poderá mais ser completamente esti.rada. Isso éum phenomeno normal, de fácil verificação, a cuja causanos referiremos quando tratarmos da palhogenia de sym-

ptoma.Na estação vertical não se manifesta a eontracliira

dos flexores. Ordinariamente õsignal de Kernig' se apre-senta em ambas as peruas; mas aiguiniis vezes e unilateralou mais pronunciado em um dos membros.

«A sua intensidade pôde variar de um dia para ou-no. A sua ausência pôde durar muitos dias depois dos

quaes reapparéce. E', pois, indispensável, para poder af*firmar que o signa! de Kernig nào existe em um doente,lel-o piocuradó muitas vezes » (Roglet).

Valor semiologico.- - A notável constância com

que se manifesta nas nieningites o symptoma ,ie que tiu<temos, e a excepcionalidade (ia sua presença cm outrosestados mórbidos, fazem delle um precioso elemento dodiagnostico daquelle gênero de affecções.

As phlegmasias rneningéas constituem um grupo no-

— 39

.:mr mmm complexo e por assim (iizer hetero-eneo Sn" fol°«ia' P»'hog«n,a, localizações, o, dl™

':sr ssh: mr *spec,es de ^**^d KWnrae„:rh;romcas**»- «^«ü 9 mSuuemS dn, Íi,gUmaS

Se m08lre co'» «íaiòr.equenua do que em outras, como veremos. Não podepois, servir esse signa| para 0 di ~ | ¦

menmgites. '"cieuçiai aasOs trabalhos dos que se têm occupado com o assumpto«ao, Fore,„ «ceord.. e,„ apoiar . „«. asàerçâolcâà Ôa coutou, do dit0 si?na| „as me. . m J

o-olcKer„,g (lj*,„Ml5asosde|ncii|n-Ki

da? (to men.ng.tes cerebro.-espinbaes epidêmicas 1meni„g,,e SUpp„,,da, 1 me,„ngile ,„bmu *' '

casos de meningite ohronica. Ò

endo;„„,,uma ,„eni„g„e ,ubercu,„sa; „o 2 „ !berculo do cerebello acompanhado d* „„„infile. n0 3uma , ro„,bp5e do seio ,ranSvc,,„ esoucrdo. co *„ivaajma carle d0 rochedo provenie|i|e de ^culiva

Em 4 observações de meningite cerebro-esmnaieNen1,capablicadaSp„rHe,,ocl,,11)ex,Uai:'i;:;;:;

em 188fia1IPÍ<ie""!l t ",eni"gil" "'mhn'*"Pi»l»l. qtieem 1886 lavro„ em Copeuhagu*, prop„rci„„o„ aFrii

P o enS.jo de observar „,imeriBOS oa5„s ,j() J^Em 60 cairos eu, q„e se p,.üc,„.0„ KBr,li,„:a,,ü°''o, cs«e achado 53 ve*eS ,88,3 »/„), so fieaudo a .,„»enc,a estabelecida com certeza em três casosAlguns annos depois (1891;. leve Frite (13; oceasiãodef„Zernovas i„vesligaçõeP uo meaiuo »,„L. d, „toutra epidemia ua u,e,ufl „,o,es„a. Foraú, tófaK

.¦•-.V. ^T

/A«ev;

seus primeiros resultados: de 26 doentes examinados, 21

apresentavam o signal.Em Baviera, no curso de uma epidemia de meningiie

cerebro-espinhal, Blümm (14 ) verificou a presença do

symptoma em 7 casos de 9 observados.Em 1898, Netter (15) registava 25 observações de

meningite, de diversa natureza, em 23 das quaes se acha-

va mencionada a.existência do signal de Kernig. Esses 23

casos assim se especificavam: 12 meniingites cerebro-es

pinaes epidêmicas, 8 meningites tuberculosas, 3 casos de

meningites mixlas) meningite cerebro-espinhal com asso-

ciação do meningococco e do bacillo tuberculoso). Em

outro escripto, Netter (48) apresenta maior numero de

observações, assignalando o encontro do signal em 41

doentes dentre 46 examinados (90 o/0), sendo quedos 5

em que faltava, 3 foram examinados uma só vez e 1 no

período preagonico.A ultima estatística de Netter (19) comprehende 79

meningites de varia natureza, em que o symptoma se revê-

lava 66 vezes (83.. 5 o/°).Herrk-k(21) estudou cuidadosamente 19 casos de me-

ningite, 8 dos quaes com verificação anatomo-patholo-

mca, lendo achado em 17 o signal de Kernig de modo

assai evidenia.Os 2 casos em ^ue falhou foram os de dois

meninos examinados pouco tempo antes da morte, «os

quaes apresentavam completa flaccidez muscular e prova-velmente tinham tido precedentemente o signal de Kernig.»

0slèr(22j affirma ter encontrado o sympioma-emtodos os casos de meningite cerebro-espinhal em que o

tem procurado.Cipollina e Maragliano (23) acharam o signal de Ker-

nig õ vezes em 7 casos de meningite (3 meningites ce»

rebro-espinhaes e 2 tuberculosas)

— 41 —

Em 10 casos do mòrbo em questão (9 meningites tu<

i^erculosas e tcerebro-espinhal) referidos por Galli<24), so

em um caso da primeira espécie não se manifestou o

signal. ,Lúcio Nunes (25), medico militar purtuguez, obser-

vou e tratou 10 casos de meningite cerebro-espinhal epi-

demica, em 5 dos quaes verificou a presença do signal

kerniguiano (50 7,,)..Buchahan (27*. declara ter achado a contractu-

ra de flexào das pernas, como symptoma muito

precoce era 4 casos de¦ meningite cerebro-espinhal. em

um dos quaes igual phenomeno se notava nos membros

superiores: na estação sedente «ambos os antebraços

conservavam-se em posição de extrema flexão, mostram

do as tentativas de extensão a impossibilidade dp conse-

cuil-a. A tensão dos Ilexores pareciam exactamente

com a dos músculos correspondentes das pernas, tal

como é usualmente descripta».Além das observações constantes dos trabalhos ei-

lados a existência do symptoma de que tratamos, depois

que sobre elle foi chamada a attenção, ha sido assigna-

lada na maior parte das observações de meningite que

têm sido publicadas ou communicadas ás sociedades me

dicas. , ,Vemol-o mencionado era 3 observações apresentadas

pelo professor Rendu á Sociedade medica dos hosp.taes

de Paris, em datas diferentes. Na 1.? trata-se de um

rapa/ de 17 anno* que «mirou para o hospital com os

symptomas de uma febre lyphica de fôrma cerebral, no

qual alguns dias depois, a appariçàq do signal de Keru.g,

junto a outros svmptomas, perrailtiu fazer o diagnostico

de meningite cérebro espmbal, que foi confirmado pela

autópsia 1% A 2> observação tem por objecto uma

42

menina de 5 annos, acommettida de pneumonia do verti-ce do pulmão direito, complicada de meningite cérebro-espinhal (hyperthemia, rijeza da nuca, contractu*a dasmaxillas e aos membros, signal de Kernig etc.) (29 j A 3;8observação é a de um menino de 5 annos, cujo estadomórbido, pelos symptomas apresentados, foi capitulado demeningite cerebro-espinhal, complicando uma grippe demanifestações naso-pharyngéas fáebryza e pharyngile)predominantes, no qual se notava rigidez da nuca e (iotronco, signal de Kernig, etc. (30).

Florand \&\-i refere um caso ue meningite cérebro-espinhal em uma menina de 12 annos. em qne existia osignal; a presença deste foi também averiguada em umcaso de meningite cerebro-espinhal aguda iné.iíingococeica, em um rapaz de 24 annos. observado por Tliiercehne Rosenthal (32); e igualmente em outro caso ea mesmaaffecção, sobrevinda no curso de uma otite antiga, rela*tado por Vaquez e Ribierre (33)

Em 2 observações de Ghaüffard encontramos a men-ção do symptoma que estudamos: na l..a trata-se de u:nameningite cerebro-espinhal aguda typica em um mancebode 17 annos (34); na 2.'-, de uma forma frustra de menin-gite éspinãl, desenvolvida i:o curso tie uma pneumoniagrippal clássica, na qual o signal kerniguiànò, muilo ac-eenluado á esquerda, se apresentava em estado de simpies esboço á direita. Este caso offerécia ainua. comoparticularidades interessantes, a ausência lotai (ie iijezada nuca, ao lado de coniracturas do typo Kernig nosmembros superiores. «Estes tornavam-se rígidos, contra--durados em semi fiexào. logo que o doente se sentava noleito; não conseguimos, diz Ghaüffard, desfazer essa atti-tude, ainda desenvolvendo certa força, e a extensãocompleta era impossiv -i. Esses phoiiomehos ue eonlia-

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ctura desappareciam. ao conlrario.como por encanto, umavez deitado o doente.» CAò) O diagnostico foi confirmadopelo exame nee rosco pico.

Dienlafoy (35) dá a historia de 2 casos de meningite cérebro espinhal por elle observados, em que haviao signal em questão.

Km um caso autopsiado de meningite tuberculosaem placa das zonas motrizes do lado esquerdo, observadopor Souques e Quiserne (í4). notara-se o signal rio

Kering, ao lado de aphasia com hemiplegia direita . 0mesmo signal existia em Í5 casos de meningite ce-

rebro-espinhal, referidos porTannois <-¦ Camus (45).Saoqnépée e Pellier (46) reuniram 9 observações de

nien.ibgit.es cèrebro-èspinbaes grippaes, em 8 das quaes foiencontrado o signal; No único caso em cuja observaçãoelle não vem mencionado havia uma tumefacçào dolorosadas articulações rio joelho, devida a uma arthrite puru-lenta verificada pela autópsia, o que naturalmente i.m-r-edia a investigação do symptoma.

São bastantes as observaçõos referidas para de-uionstrar á extrema freqüência do signal de Kernig nasmeningites: primeiro facto incontestável.

Rogiet (16), aridieionando todos os casos de me'-ningite em que o signal de Kernig foi procurado, publi-cados até a data do seu trabalho, obteve 218 casos, em186 rios quaes foi achado o dito signal, o que dá a pro-porção de 85, 3%. As estatísticas parciaes dos diversosautores apresentam alguma differença para mais ou paramenos. Assim, a de Cipollinae Maragliano dá a percen-tagem de 71,4, uma das mais baixas, ao passo que a deNetterem 1898 dava 90 o/".

Como já dissemos, a freqüência do symptoma deKernig não é a mesma em todas as espécies de meningites,

— 44 — ¦ .

sinão que varia com a forma, a natureza destas.Assim, dos218 casos da estalislica de Roglet, 179 eram de meningiteseerebro«espinhaesde diversa natureza, nos quaes a con-iraetura se mostrava 160 vezes (89, 3 °/o); as outras 39meningites eram tuberculosas, em 26 das quaes foi achadoo symptoma (66, 6 P/o).

A ultima estalislica de Netler, de 79 casos, com aporcentagem global de 88,5, decompõe se deste modo: 30meningites primitivas epidêmicas, em que o signal exis-tia 28 vezes (93. 3 o/o); 9 meningites secundarias, 9 vezes(100%); 40 meningites tuberculosas, 29 vezes (72,5 %).«Ojíignal dt; Kernig é, pois, constante por assim dizer nasmeningites'primitivas ou secundarias e acha-se em pertodos 3 quartos das meningites tuberculosas (Netter).

E\ com effeito, nas meningites tuberculosas que maisvezes falta o symptoma de Kcrnig.Marfan, no recente con-gresso internacional de medicina em Paris, declara só oter encontrado uma vez em 16 casos dessa affecção, emcrianças no seu serviço hospitalar.

Não é bem conhecida a causa dessa difierença. Re.-feriremos posteriormente as explicações que se têm dadoa respeito.

Como quer que seja, nào ha negar a eloqüência doscitados algarismos em prol da alta significação semiolo-gioa de um symptoma que se manifesta em mais de 8sobre ÍÔ casos da moléstia considerada.

Mas é exclusivamente nas meningites que appareceo signal de Kernig, constituindo dcsfarte um apanágioprivativo dessas affecções, e por conseguinte um svmpto-rna pathognomonico? Alguns autores assim o têm pen-sado. Vejamos, porém, o que nos ensinam os factos.

Cada vez mais a experiência parece nos ir demonstraidoa inexistência de symptomas pathognomonicos que de

— 45' —

-inestimáveis vantagens seriam para o ciciieo. Aquellesque a principio tinham visos de taes vêem-se mais tarde• aguarenlados em seu primitivo alcance seiniologico; 0mesmo naturalmente acontecerá ào; signal de Kernig,

Karissimos. entretanto, sào os casos até hoje conhe-cidos em que foi encontrado esse signa! sem a <oex -sislencia de meningite, e ain^i nesses pouquíssimos casos. si não havia lesões i riflam, maio rias manifestas nasmembranas envoltoras j0 myelenceplmlo, não se podiaexcluir de lodo a intervenção no processo mórbido dequalquer condição irritaliva.

Outros casos que se têm apresentado como resiri-otivos do valor rio inesmo sympiom.. no diagnostico dasaffeccões meningéas. sào mui passíveis de critica con-traria á respectiva pretenção.

Segundo Buli (10), o signal de Kernig nào é a còriséquencia de uma meningite, nem inesmo de uma lesão dapia-mater, mas indica simplesmente o augmento da pres-são intra-craneana. Mas além de apoiar-se para tal ásser-são unicamente em 2 observações, não são estas absolu -tamente probantes. como pondera Boglet, porquanto «sinestes dois casos havia sem duvida augmento de pressãoinií-a-craneana, não menos certamente existia lesão dapia mater, meningite, ao menos no l.°caso emiii prova-velmente também no 2.o, e o exame da medulla nào lendosido praticado, não se pode affirmar que não existissem,ao nível das raizes rachidianas e sobretudo da cauda decavallo, lesões capazes de explicar a presença do signalde Kernig.»

Ao depois discutiremos o papel do augmento de pres-são do liquido cephalo-rachidiano no determinismo dophenomeno estudado.

Herrick (21) verifico^ a presença do signal

.y^k.

— 46

ern um caso de bemofrhagía meningéa, seguido.de.autópsia. Facto similhanle foi observado por Widal eIMfiklfMi (37) ènri um homem de 38 ánhos, que foi ácom-m.eltido subitamente, em plena saúde, de um ataque apo-plectiforme e, an recuperar os sentidos, sem febre, nemparalysia, nem contractura. queixando* se somente de umacephalalgia intensa, do dores lombares, as pupillas umpouco dilatadas, apresentava o signal de Kernig, assimcomo leve contractura da nuca alguns dias antes(ia morte. Pela autópsia, achou-se o canal rachidiano cheiode sangue è um coalho hemorrhagieo na cavidade crane-ana, situado a face inferior docerebroeprolongando.sepela superfície anterior da protuberaiicia, do bolbo e damedulla, Nào havia inflammação das meninges.

O próprio Kernig encontrara o symptoma por elíédescoberto em 2 casos de hemorrhagia meningéa, referudos em sua memória

Em uma interessante observação de Klippe! (38) vemassignalada a presença do signal de Kernig: tratava-sede um doente d" 18amm,s, que offerecia o quadro clinicocompleto de uma meningite aguda (cephalalgia intensa,consiipaeào. vômitos, febres, delírio, gemidos, grilos hv-drencephalícos, rigidez do tronco e (ia nuca, raia menin-gilica, etc), verificando-se pela autópsia a existência deum volumoso abeesso situado ao centro do hémisphe-no esquerdo: «as meningies nào estavam iiiflammadas nacircumvisinhança do abeesso, nem em nenhuma outrapane. Nào se podia, pois, admillir uma complicação me-ningéa paia explicar os symptomas e em particular osignal de Kernig.»

Resultados factos exhibidos que o symptoma kernuguiano não se acha fatalmente ligado á phlegmàsia dosinvólucros cerebró-medüllares, a meningite na verdades

— 47 —

rã ãoeepçãò do termo. Não se pôde, porém, excluir, troscasos citados, como sustenta Rogiet, a irritação dosmeninges, quer pelo sangue derramado, quer pelo abcessocerebral.

Outros casos em que se pretende ter encontrado osignal independente de meningite carecem de certos re-quisitos para ser demonstrativos.

Herriçk [21) achou-o «na perna sã de uma mulherque guardava o leito havia quatro dias, atTeeiada de umaarthrite blennorrhagica do joelho. Durante todo esse tem-po tinha conservado as dois joelhos flectidos, esta posi-ção sendo-lhe a mais agradável. Isso explica a difficulda-de que experimentava em estiraruma perna desde tantotempo dobrada.» Rogiet, julgando rnoi piausivèl ã expíi-*cação do autor, accrescenta quéN«a presença da arthrite dooutro joelho estava longe de facilitar a pesquiza do si-gnal de Kernig, e, nào tendo sido praticadS a puncçãolombar nem o exame bacteriológico do liquido, não sepodia affirmar, á falta de outros pormenoios clinicos,que não tivesse havido meningi.e. porquanto se têmassignalado complicações ireningo-inedullai-es da blen .norrhaeia».

A propósito convém lembrar como outros já o fizeram,que evidentemente se não pode tratar de signal de Kernignos casos em que a extensão dos membros é obsiadapor condições locaes, como uma alhrite do quadril ou dojoelho, uma myosite, ema seiàtiea, uma antiga contra-ctura de origem nervosa, ele.

Cipollina e Maragliano .(23) publicaram 3 observa-ções nas quaes «se notou o signal de Kernig, ao passoque poude ser absolutamente excluída a meningite, tantopela symptomatologia e terminação da moléstia pela cura,quanto pela puncção lombar, que deu um liquido. c< pha-

— 48 —

lo-raehidiano límpido.» Não são, porém, sufficientes, comopensam estes autores, as razões dadas para banir-se após-sibilidade de uma meningite, pois que: as meningitescerebro-espinhaes, é sabido, sô curam muitas vezes; oliquido extraído pela puncçào lombar não raro é límpido etransparente, não sô na meningite tuberculosa, sinãotambém nas meningites suppuradas, posteriormente ave-rigiiadas pela autópsia (Netter, 15); emfim, não foi pra-ticado o exame bacteriológico -do dito humor no? casosreferidos.

Não existem, a nosso conhecimento, na literaturamedica, além das ciladas obsen ações, outras em abonoda possibilidade de realizar se o phenomeno que estuda-mos na ausência de lesões irrilativas ou inflammatonasdos invólucros membrauôsõs do eixo cerebro-espinhal, eanalyzadas como ficam as que acima adduzimos, parece*nos justa a conclusão que a respeito formula Roglet, nosseguintes termos: «Pode se dizer actualmente que, si osignal do Kernig não .se encontra somente nas memn-gites, .se acha todavia sob a dependência exclusiva deuma irritação meningéa.»

Km todo o caso, a eonlracturu de fiexào revelavelnas condições conhecidas, sendo um dos symptomasmais freqüentes das meningites, e excepcional fora des-Ias. constitue, como dissemos, um dos mais valiosos ele-mentos da semiótica dessas affecções. A presença dosymtorná é ainda mais importante dó que a sua ausência,pois vimos que é relativamente mais fácil haver ménin-gitesem signal de Kernig, do que signal de Kernig semmeningite.

Diversos clínicos, Netter, Herrick, Boglet, Galli, etc,hão procurado o signal em grande numero de indivíduossãos ou affectados de varias moléstias, fetre lyphica,

~~ 49 —.' /

pneumonia, rheumatismo articular agudo, doenças nervo-

sas orgânicas, nevroses, erythemas nodosos, escle-

rose cerebral, alcoolismo ehronico, etc, chegando sem-

pre a resultado negativo.Galli reuniu, ao lado de meningii.es de diferente

natureza, um certo numero de casos de febre typhica-

pneumonia, dentieào com meningismo, otite media, etc,

todos acompanhados de phenomenos meningeus. Em todos

os'casos foi notada' com' cüidadò-a presença íhv a ausen-_

cia dc signal de Kernig: ora, somente os casos de menin- *

gite verdadeira, de qualquer natureza, apresentaram esse

symptoma.Recentemente Netter (20) chama a attenção para

duas moléstias em que são relativamente assaz communs

as deierminaçòes meningiticas e nas quaes verificou com

certa freqüência o signal de Kernig: a febre typhica e

a pneumonia. Fm 313 observações de febre typhica achou

o signal 44 vezes (11,8 0/0). Fm cerca de metade destas

observações havia concoinitantemente rigidez da nuca ou

do tronco, dores, paraiysias oculares. Fram exemplos da

forma espinha! meiTÍugitica da febre typhica descripta

por muitos autores. «Não poderíamos affirmar., diz Netter,

que em todos os casos tivesse havido lesões inílammato-

rias aas meninges, mas em muitas observações tivemos

disto prova manifesta nos caracteres fornecidos peloliquido colhido mediante a puncção lombar.» A appari-

eào uo signal kernigiiiano no curso du febre typhica

aggrava consiTieravelmente o prognostico, tornando se

neste caso maior a lelhalidade e mais freqüentes as re

cabidas. Nas observações do autor, a proporção dos

óbitos enlre os typhicos com signal de Kernig foi de 20,5

0 0 em logar de 7 0/<) (cerca <ie 3 vezes mais elevada;, e

a das recatadas de 43,6 0/o em vez de 16 0/0-

50

Nas pneumonias jNetter também registou algumasvezes o symptoma em questão. Com algumas excepções,o liqüido Cxtráhido por meio da puncção lombar eramanifestamente inílammatorio.

Ordinariamente o signal de Kernig apparece no curso dameningite ao mesmo tempo que os outros symptomas elas-sicos da doença ou depois que estes já se manifestaram, sóservindo neste caso para confirmar ou corroborar o dia°--nostiéo já feito ou que se faria sem o seu auxilio. Mas nemsempre assim acontece: ás vezes o signal édos primeiros aapparecer, e especialmente nos casostirividososo-em que..faltam os symptomas sediços da meningite, nas fôrmasfrustras, é que sobe de ponto o seu valor sèmiologico, con-forme o salientaram Nettere Chauffard. «Muitos dos nos-sos doentes, diz o primeiro destes autores, não tinham conIractura, nem mesmo dos músculos da nuca.»

O mesmo clinico achou o signa] desd i o primeiro diado apparecimenlo da menir.gi-e em dois dõenTé§ acom*.mettidos, um de escarlatina com otile. oulro dfi pneumo-nia. Km ambos os casos a puncção lombar feita imme-diaiamenle deu um liquido encerrando o ésfreptõcoceo eo pne.umo.cocco [-19,)

A propósito do um dos seus casos, seguido de auto-psia, Chauffard (35) assim se exprime: ?Esla meningiteespinhal aguda não se revelou clinicamente sinào porsymptomas mínimos, apenas em esboço. Foi o signa! deKernig so por só que nos permittiu fazer o diagnostico.»

Em um doente do NvMer (15) «que apresentava iodosos signaes de uma febre typhica, inclusive a aglutinação,foi averiguado o signal de Kernig. desacompanhado desymptomas meningiticos. A autópsia desse indivíduo, quesüccumbiu a uma perfuração intestinal, mostrou, a parcomas lesòes dá febre typhica do 3.° sopíenario. i~\i*f*-

sença de uma meningite cerebro-espinaí, devida ao es-taphylococco associado ao baeillo deEberth».

Reciprocamente, em 2 casos do mesmo observador,nos quaes se podia crer em tuna meningite, embora fal-tasse o signal de Kernig, a autópsia provou que se tra»fava à,i tbrombose dos seios (15). Caso análogo é referidopor Galli: uma menina cie 18 annos entra para o hospitalcom febre moderada, eephalalgia intensa, mas sem ne-nhuma localisaçào bem clara. Depois de alguns dias sur-gem todos os factos próprios á meningite tuberculosa!sem exclusão de algumas perturbações dependentes dosnervos craneanos; fi lhava o signal de Kerning: nãoobstante foi formulado o diagnostico de meningite, o quaif4)i auuj.tido até a morte. A autópsia, porém, revelou umgrande abcesso do lobo parietai"esquerdo. ¦

O symptoma de que nos occupamos é, pois, indu-dubitavelmente um precioso adjuvante do diagnostico dasmeningites. Quando presente, sobretudo, elle auxiiia adistinguir da inoniiigile cerebro-espinhal certas fôrmasdo tétano íOmbredrane, Chaillous, Leròúx et ViolleO,do meningismo. (Kogiet).

«0 signal, diz Netter, persiste nos convaleseentespor espaço mais ou menos longo. Kernig, Henoch viram-no depois de dois mezes e meio. Notamos igualmente ofacto em indivíduos convaleseentes ou curados. Essesignal permitte, pois. um diagnoj ico retrospectivo.»

Para completarmos a historia do signal de Kernigdevíamos tratar agora da respectiva palhogenia, mas afaita de espaço força nos a adiar o seu esitido para pro-xima oceasião, (t)

(\) A. bibliograpliin a qiie so referem os ndríiGíos outra pârenthèaeavirá com ít '2' parte desta revista wsvhí-

...,:¦

. * * <¦ ''Í''j;f'í-Ã';

.jiir--'r*£.

.¦«:¦--

xri

Conclusões--t O signal de Kernig é um dos symp-

tomas mais constantes das meningites, de qualquer natu-

reza, pois que se encontra em mais de 80 % dos casos.

2. Só mui excepcionalmente pôde apparecer sem in-

flammação das menin|es não se podendo excluir, ainda

neste caso, consoante os factos até hoje conhecidos, quaK

quer excitaçãò ou irritação mcningéa.3. Si não é um symptoma pathognomonico no ver-

dndéiro sentido do termo, possúe no emtanto alio valor

semiologico, a sua presença o mais das vezes «còmple-

tarido o diagnostico, quando si suspeitar a meningite, e,

no'auseucia de toda suspeita de meningite, determinando o

medico a procurar os outros sympiomas desta moléstia »

^««i Nas fôrmas frustras do mal sobe de ponto a

sua importância.

:%o.;i* clinicasUma recente applicação da tnerebent/na é aconse-

ihada por Madrien pára desodorisar o corrimento do

cancro uterino. 1/2 onça de therebeniin é misturada

a i,m quartilho de água a ferver no qual se faz

dissolver uma grande colher de magnesia. Deixa-se ar-

refccer, agita-se bem, e fazem-se com a mistura irri-

gacôesvaginaes, que, alem de fazerem perder ao cot-

rimento o cheiro pestilencial característico, exercem uma

cerül acção hemostatiea (Merck'* areh. 1900, pag. 62).

— Os zumbidos de ouvidos, vertigens., náuseas, vomi*

tos, cyanose, dy^pnea e cardioplegia, que lão frequen-

[emérito accõmpanbam o uso do salicylato de soda.

evitam-se, sWn prejuízo da aeçâq timrapeutiira, sob-

stituindo este precioso sai pela satigenipa (Mercês

Arehives, 1900, pag 60).

: ' ?¦

Gazeta Medica da BahiaPublicação JVIensãi

VOL. XXXIII AGOSTO DE 1901 NUMERO 2

ÜMA NOVIDADE DE PATHOLOGIA INDÍGENAUM CASO AUTOCHTHONE DE «PlEDHA»

PELO

(Conclusão da pag- 2"2) (Ti

Restando o que diz respeito a doente e á doença, edeixando a historia incompleta de seu parasita causador,temos de ascentuar a singularidade do caso.

Nenhuma pessoa da família ou da convivência da paeUente apresenta condição igual á delia, nenhuma apresentaalteração de cabellos igual á dos seus; Pessoa alguma pa-rece ter sido contaminada pela doente, nem tão poucopôde ella attribuir o seu mal a contagio. Só muito va-gamente lembra-se de que uma moça de seu conheci-cimento, ha muitos annos passados, soffrera de uma ai-teração dos cabellos, de gênero não conhecido por ella,mas começando pelas pontas dos fios. e a qual a conse-lho medico, aparara a parte extrema dos mesmos, sede daaffecçào, ficando curada.

A paciente" não sabe a que é devido o apparecimérito do mal, diziam-lhe pessoas indoulas ser mofo osnodulos de seus cabellos; nessa supposrção pensava talvezpoder attribuir a affecçào nos freqüentes banhos e abiti-ções em que molhandp.os cabellos, depois couservavívoshumidos. muitas vezes, por longo lehípd,

Quanto a tópicos usados nos cabellos e especial-mente sobre o emprego rios corpos'iuucílãgÍiioKo.s. èomo

1

54

r>^€,**..-.Hs.r*c. r. rxn tr.tlaiin tia /.alltil IO j ['O . •! f OíMilOll' ÜI" "

doente ter sempre e unicamente usado de óleos communs de perfumaria, apenas antes da época em que notouo começo da affecção, durante Ires semanas, em dias,alternados, empregou como tônico dos cabcllos. qne es-tavam a cahir de modo pronunciado, o conhecido suecorauciiaginoso fresco da herva babosa, (Aloe barbaden-sis.)

Graças ao estado perfeitamente sã' dos. íoüicuiu:-

pilôsõs, a limitação dos uodiilos seínpre á ãlgniiiH dis-tnncia da i-nplantação do fio do cabello e a qualidadeexclusivamente epipbyiã dò cogumelo ünpiedra. condiações essas que garantem a repnllulação completa riospcl-io.s c eóHe rente ou ainda liielhoi a tònsura total ( onsii-tuiria meio iníallivei de cura da paciento. A;tenta', porem,a conveniência de poupar o suoj.;jfU;in da cab.elmíra da do-eme, o qual mui dilTicilmeme por cila seria aceito, acoii •

selhei a applicaçào de meios mais brandos, meijos rauieaesbem que também menos eílieazes.

Tinha eu verificado a açção dos alcâlis, ma.rimcda potassa sobre os hoduios piedricos, amolTeeerído ps odissolvendo-os afinal; por essa razão aconselhei o uso dia*rio de lavagem com sabão alealmo forte.sabão de potassa.A natureza parasitaria da affecção indicava o empregode uma loção antiseptica. Para satisfazer esta ultimaindicação lembrei a appiicacào de uma loção antiparasi-lana comendo aeído sjili.cyliòo dissolvido em >.\')\ vehinillocoiisiiiumo por uma mistura do aicool, giycariua '-' água.Minha preferencia pelo ácido saliç.ylicu baseou-se na

pi-ofiçuid-utie que lenho lhe. achado no tratamento de ai-

gumas outras aiíecções mycoticas do couro cabelludo; na

glvcieri.íia pareceu-me encontrar certa açção sobre os no-útüos piédr cos, facilitando sua desaggregaçâo.

¦ - 55 —

' Para cotejo dos caracteres clínicos do caso obser-

vado pouco se encontra na -liileratura medica.

Somente duas narrações cio primeira mão, indo mais

reproriucções mais ou menos exaelas. é <> que existe

sobre o assumpto. Demais, infelizmente, as publicações

oriiíinaes dos dous autores fallando ée visa. os proles

sores Nicoláo Osório, de Bogotá e Posada Aram.m de

MutieÜin. havendo tido lugar em duas revisias .cieniuicas

pouco espalhadas, so as communicaçòes tmnsmittidas aos

autores eioopeiis podem mais facilmente ser approveita-

tias.São as cúrias referencias feitas por Desenne, por

Morris e por Johel-Bénoy,, que melhor reproduzem com-

uitinicaçõís dos dmisautoresrolombianosquedescreverama piêdna. segundo observações direcias de pacientes ata-

cados do mal.Deixarei de lado o quu respeita mn particular ás ai-

ieraçòes dos cabellos em s^ já foram mmdanienle expostas,

Scoimio Osório, cita-lo por Morris', «a affecçào tem

nor sede exclusiva os cabellos (ia cabeça, e só rarissi-

mamenie ou nunca é encontrada no sexo masculino.

Nunca ataca as raizes (io- cabellos, porem começa usu

almente cerca de meia pollegada distante da raiz, e es-

palha se para o lado dás pontas, ou antes é iinpellído

para abi pelo uso do pente. 0 numero de nodulos em

cana cabello varia (ie um a dez, e existe sempre um cur-

io intervallo entre dous vismbos. 0 cabello possue

um cheiro acidò peculiar. A moléstia nào é contagiosa,

e sõ oa orre nos valles quentes, nunca nas localidades

frias. Uma theoria aíiribue a moléstia á acção de um

liquido mucilagmoso, semelhante ao óleo de linhaça,

como qual as mulheres lavam seus cabellos; oulra the-

oria dá por causa da afíccçào as lavagens em certos rios

5b"

estudantes que contem uma espécie de muciiagem. 0

..c.Lsses liquidos não produz comtüdo, a moléstia em

climas-frios, como ficou provado experimentalmente.»

0 pathologista inglez ajunta que os cabeílos, de cor

escura eram llacdos e.tinham pequenos nodulos com

iniervallos irregulares. Esses, nodulos eram intensamente

dur0s causando certo ruído quando batidos de encontro

a.p vidro e quasi incapazes de serem cortados por uma

faca ¦'ordinária.

Muo dcslisáva para um dos lados.

Posada Arango, ciado por Juhei-R m>y, refere nao

Ser a pieclra moléstia rara em Medellin; deteraiinar ella

o agglutinamenio e o entortilhamento dos cabeílos. 0 bul-

bodo pelo nunca é atacado, e o primeiro nodulo esta

sempre a uma certa distancia, um centímetro, mais ou

menos do ponto por onde sabe o cabello. A atfecçao e

encontrada .«nas, exclusivamente nas mulheres; so ex-

ccpcionalmenle no homem, nào so nos cabeílos, porem

ajnda na barba. Apresenta-se mais freqüentemente na

«noéicÍBde. mas já foi observada aos 60 annos. Pôde ser

vista em d.fferentes climas; e a temperatura não parece

tel. „,,ul(it, influencia. Em algumas localidades e ella

aUribuida ao uso de banhos em certos rios e ainda ao

costume d.> mergulhar a cabeça na água. sem secçar de-

pois os cabeílos. A moléstia é contagiosa, assim julga pela

oceurencia delia em tres meninas irmãs, uma destas

devendo ter trazido a moléstia da escola e transmitUdo^a

âs suas duas irmãs. A duração da affecção é indetermi-

„ada, possue observação de caso de um anno e outro de

1,3 Com razão julga Juhel-Rénoy-a piedra uma affecção

benigna; sua descripção bem fundamenta este conceito.

Ao contrario do inchophyton tousrqns do acho-

non Schoenieini, das outras espécies de achoríon des.

— 0/ —

criptas pelos observadores que affirmam a multiplicidadedo parasita do füous, do miscmporon, que podou sertodos chamados entophyta* da pelle e dos c-abcl ;¦.»?. o

parasita dá pfedrá é exclusivamente um epiphytn do ca-beiiu: nesia sua qualidade só se approxima das produ-cções constituídas por agglomeraçào de schisomycetosreunidos por unia g/oea ao redor dos peitos, no chamadoLenòtrix, de K. Wilson. Neste ultimo caso mesmo avegetação parasitaria não se limita a superpor-se á baste docabello. mas segundo Ú.nriá; aferra-se a elle, estendeu-dõ-sè um porjco dentro-do mesmo em camada superficial.

Bem caracteristicamente differe a piedra de outras"alterações pilares que delia mais sw approximam.

—A grosseira apparencia com os cabellos carrega-dos de lendeas já leve menção bastante clara; essa se-

melhança já havia impressionado a Juhel.-Kénoy; ellaservirá mesmo para lembrar a affecção que facilmenteserá reconhecida pelo menor lamanho de seus nodulos,

pela ausênciaeventual dos pediçuli em estado adulto,

eprincipalmente e de modo mconcusso pelo exame microscopico de um dos nodulos, reconhecimento de sua

constituição histoíogica.O lepothrix é uma alteração banal dos cabellos si-

tuados em pontos do corpo, sede de abundante sudaoão.

A humidade de suores copiosos e constantes, a falia de

asseio, em outros casos, são condições predisponentes das

massas parasitárias. Estes formam uma bainha con-tinua, ou interrompida, involvendo o pello, cuja superíl-cie torna-se áspera, de aspecto baço. tendo perdido o

lustro, o brilho natural. A grossura do pello augmentaconsideravelmente, podendo attingir ao duplo. A massa

parasitaria é aqui constituída por schysomycelo agiutinados por uma ganga ou gloea capaz de endurecer

— 58 --

se fortemente, segundo Unrfn. Sua çòr varia, ora es-branquiçnda, ora aeinzeniada. algumas vezes averme-lhada, dizem. Ésia alteração pill.tr é banal mesmo nestacidade, onde muitas vezes lenho iido oceasião de ohser-vaba. Nào ha neste caso formação dos nodulos pecu.-üares á piedra.

¦ Na tricliorrhe.ris nodosa a existência de no*dulos appróxima grandemente a affecção da legitima

piedra, mas o estado do eabello affeçtado de Irichorrhe.ris não se póde confundi!' com os cabellos sãos da

piedra. Oíier nas fôrmas em que verificou se ausência d"e

parasitas, (pie.1, naquelias cm (pie averiguou se a presençade um microphyta, o 'estado mórbido do próprio eabelloem sua textura, o estado de irtcl.orrlw.ris poi- si soconstituo caracter differencial suffi-cienle.

- Ainda uma outra aífeeçào rara dos cabeiios edos pellos resta-me a considerar, par;; esgotai' o reperlorio lias alterações paihologicas prestanuo-se a umdiagnostico difíei-enciai coi.ii :> pieil.rcí. A chamada apl.ixsia moniliinnitc dos cabellos c dos pellos, mi monde.-ih.ri.r, lambem e constiui.ida por peip.eim*. nouulosfusifoimes da haste capillar. A üistineçãõ das duas aíTe-cções entre si não apresenta grande di.ffiaulfl.acio; A ino-nilclhrix é hereditária, moléstia familiar, por vezesapparccc cedo depois oo uasciü.-iiio na primeira mfan-cia. .- ainda então resultante tie condições congênitas. 0

próprio cal.ello soffre a modificação; os nodulos sãofoi-1 nados |u»r inlumescencias fu si formes, limitadas pordous estrangulamentos qué as occasíoham; ellas sãoespaçadas regularmente. A substancia medular diminue,dcsva-se Interalmenie e por fim falta completamente nos

pontos estrangulados, ahi espessa-se a cuiicula. Acolo*ração mais clara dos estrangulamentos contrasta com a

— 59 — ...-,: ;\;'

côr mais carregada das diiatações. O pigmento que, parauns autores, mingua ao nivel rios pontos estreitados,segundo Scõü e Beatiy, acha-se igualmente repartido, eas inuimescencias só apresentam tinta mais escora sim-plesmente pela sua maior espessura.

Com a marcha da moléstia apparece alopecia, Ospontos adelgaçados são as partes doentes dos cabel-los.

A alteração affecta não somente os cabellos da ca-beçp como os peitos de varias regiões do corpo; ella nãotem origem parasitaria. Os cabellos tornam-se frágeis efacilmente quebram-se p-erio 4êi aeu. .pi 10.1.0 ..de implan-.tação.

Aceita a especialidade da piedra, sua causa proxi-ma, o parasita, reconhecido como real. entreianto perma-necem ignoradas as condições que favorecem e provocamo desenvolvimento do mieropbyla. A historia ua clientedo Dr.Moürão nenhuma luz traz á questão. Os banhosrepetidos, o estado bnmido dos cabellos por muito tempoapós as freqüentes abluçòes, o uso do sueco da babosacomo tônico pular, são ocóürreneias tão v--u:i gares entrenós, que se fossem cfficientes para a apparição da piedraentão devera esta sav aqui affecção freqüentíssima, <?não tâo rara para ser boje pela primeira vez referidaem publico.

Tenho usado ao correr da penna sempre da mesmadenominação piedra para designara alteração mycoticaem (piestão. .luhel Rénoy creou a denominação — Tricho-inycose tiodosá ou nodular, cuja etymo.lõgia bemexprime a uaitirezu, sede e aspecto mais predominante (iaalteração. Diz elle que, apezar de pouco amoroso "das

inriovaçÕés na linguagem médica, propoz o termo novo,

por lhe parecer c nume piedra traduzir só um symptoma

- GO -

grosseiro e de nenhum modo constante, porque a resis-

fencia dos nodulos capillares não é suffieiente para ser

comparada á da pedia.Gr. Behrend criticou a designação proposta por Ju-

hel-Rénov. dizendo que aos pellos atacados de Lepo-

thrix tambem caberia o nome àeTriciiomicose nodosa.

Na verdade, porên , no Lepothrix a alteração se

estende as mais das vezes a todo ou a grande parte do

pe.lb, não se localisando só em nodulos distineto», como

uíipialra. Quanto á rejeição desla denominação, por só

exprimir unvsymptoma grosseiro e pouco exacto, não me

parece fundada firmemente; se valessem taes razões,

grande cópia de nomes de moiestias seria igualmente a

substituir, e a seguirmos a boa lição que nos dão as

regras de nomenclatura, a primeira denominação dada,

logo que o objeeto a que foi applicada teve caracterisa-

ção suffieiente' a ser reconhecido o que ella mesma não

tenha já sido empregada de modo a poder causar confu-

,'ão tal denominação, menino quando imperfeita, deve-" --'.1 " - - "

1.1?ser preferida. E' a praxe dos naturalistas.Como, oara dar razão a Behrend.. Paterson jáappli-

cara de seu lado a designação de Trichomicosis nodosa

ao Lepothrix de Wilson, conforme afíirma Manson.

G. Behrend pretendeu chamar o microphyta da pie

dia trichosporon ovoede, e é engraçado ver Juhel.-Ré-

qoy por sua vez criticar essa denominação, declarando

«Onavu de olus que ia forme des spores reeontrées

dans les cultures éiail variable et qu'à côté des spores

ovoides on trouvail de rondes ei de irrégulières. Le

nom de trichospore oco,de. que propose Behrend pour

designer le champignon, ne nous sembiè donc pas heu-

reux* Du reste, même exacle, cette expression ne rapei-

lerait qu'un caracière secondaire et (ie peu dimportance,

— 61 —

et nous crovons preferable d attendre, pour adopder un

terme propre, que PÕn a.t etabii d'une façon certaine á

quelle ciasse appartient. le parasite.»A determinação scientifica do mierophyta da piedra

ainda, com effeito, está por fazer.Desenne, prudentemente, absteve-se de tentar esta

determinação. Morris limitou-se a dizer que o cogumello

atlingio um estado mais ,,levado de desenvolvimento de

que tinha até então sido descripto em relação aos derino

phytas ordinários., que o Snr; Charles*Stewarts lhe havia

suggendo une o cogumelo pertence provavelmente ao

gênero ascomyceto. Juheí^Rénoy e Lion opinam a pro-

posito «11 semble donc qne lècbampignon de la tricho-

mycose nodulaire ne peut proliférer que par segmenta-

tion de son mycélium ou par bourgeonnement de ses

spores etquildoive rçutrer dans le genre dématium.»

Mais longe, no mesmo artigo, os autores referem se á

possibilidade da existência de perithecas em suas eul-

turas.oquenâo podiam afürmar, mas, caso ficasse de

monstrado. seria então permittido incluir o cocumelo no

grupo dos ascomycelos.G. Behrend apenas affirmou que o mycropbyta se

distingue, mesmo em um exame superficial, pelos seus

caracteres morphologicos dos cogumelos íilamentosos

dermatophvtas conhecidos até agora. Não se atreveu,

porém, nem mesmo vagamente, referir o parasita a

orupo algum definido.Esta falia de edificação exacta do cogumelo de

piedra è fácil de explicar, attendendo a difficüF

dade da quesíào. Nâo e possível do simples estudo his

í&gieo dos nouulos inferir a determinação íaxinomica

do microphvta. As variações morpbologicas apresenta-

das pelos cogumelos inferiores, segundo as condições

do meio,mento.

— 62 —

tornam extremamente árduo seu reconheci

Se não receasse parecer pretencioso, confessaria meu

pendor èm favor da collocação do parasita de piedra en-

tre os ascomycetos, pelo menos provisoriamente, a espera

de elementos diagnósticos mais seguros.

Relativamente ao tratamento da affecção, pouco tam-

bem ha a ajuntar ao que deixei dito em outro logar.

O emprego de corpos gordurosos e a medicação pre-

ferida na Colômbia, segundo referem Juhel-Rénoy e L.cn.

Estes mesmos autores procuraram determinar quaes

de entre os agentes para-iticidas os que melhor conviria

empregar contra o microphyta da piedra. Ensaiaram

HlesrT acção do calor, do iodo, do ether de petróleo e

do sublimado sobre a vitalidade das culturas, assim bus-

c„„do conhecer a efíicacia relativa dessesanti-septicos no

caso particular. Do resultado de seus experimentos inferi-

nm as seguintes conclusões praticas. Apezar de sua

enérgica accãc, sobre o parasita, o iodo em tintura e o

ether de petróleo não atacam de modo algum os nodulos

piédricos, em quanto que a agua quente e a solução

de sublimado, mesmo fria parecem desagregues rápida,

mente. E'de suppôr que loções repetidas com a solução

de sublimado a um por mil, empregada tão quente quanto

possivel, determinem rapidamente a cura. A acçao do ca-

lor _ do bichlorureto de mercúrio poderá ser ajudada pela• i„„ .j^tiniiiririr nifire.ee lixar

do ether de peiroieo, cujo pouc. uv_.

"aT.nuiw, cedo para julgar da completa efficacia da

medicação por mim aconselhada, quando ainda desço-

nheeida as conclusões de Juhel-Rénoy e Lyon, qual dei-

xci indicada em trecho anterior; só mais tarde poder-se-

tò ajuizar ue seu valor curativo. Entretanto, o tratamento

nnoo —

i4 pl,d,„i„ grande -hora .££ ^J^

.

lávaffens e toufeue u« -™ eoáiinrlò aHaV a desagregaojo dos nddulos p,edr,coS, segando

üjSflSBi. -»<="»f J^ lcnd0 na» adiada, cabe

ju,11::bir:sroa;:rn:dode!1,g,,,aSeU,«&;*" ^^ISPft c&ra deaocinedc em

rífis. .....,;,¦ .j,, .reiatina assu-

,a,,dmgc,a ,-•••' P uUis pjedr|cos par.

já „o íim de 12 0 (i)amenlos, longos,

™-°S il Ir n-ve,^. oairos, parece,,, conUnooa;

r:ri x:»::te «-«-•"•-^irortemu,,os

f TãB -

c „iffiõSo e en, „u,„ero. £

VaH°Lgrr^ -ceada de desenvo.vdnenio «é„v

,„;„„„ por pegue, a. *W^ ^ los ,êm

contendo vanos g anqlqs. >4 ^

se grupos de ceilulas spor.formts ía/enao u

- 64 —

plicaçãn por divisão das mesmas cellulas, em forma detorula.

Além das formas descriptas, constantes em todas asculturas, e regularmente desenvolvendo-se, não poucasvezes vi accumulos de pecpienos granidos, reunidos semordem, fazendo crer em formação sporular diversa domesmo cryptogamo (em thecas ou em perithecas dandolugar a dehiscencia;, ou na presença de outra espécieassociada na constituição dos nudulos piedricos.

Formados os sporos, provenientes de um filamento,quando continuando intercalados na continuidade deste,'sâo elles por seu turno, algumas vezes, origem de novTfilamento resultante de seu desenvolvimento vegetativo.

Julgo poder, em conseqüência, affirmar a capacidadedo mycrophyta na piédra de formar mycelíos e filamentosdando origem a endosporos. A abundância mvcelial docogumelo parasita parece crescer com a riqueza nu-tritiva do meio em que vegeta, quando transportado emcondições favoráveis. Concomittante com esse modo dereproducção creio ter lugar tambem multiplicação pordivisão endogena dos sporos dentro de ceiiulas ou utri-eni os,

B1BLI0GRAPHIA

N. Osório -Revista Medica, Bogotá, 1876.E. De.sene-in-Compte* rendus de 1'Académie des Sei-enees, Paris, 1878, V, 87, pag. 34.Malcolm Moni.s-Medical Times and Gazette, London.1879, V. I, p. 409,Juhel,Rénoy-Art. <Piedra»,-in Diction, encyclopedique

des sciencesni éd., 1885.G. Belmmd —Uwber Rnoíenhüdung am Haarsr-íiaff in Vir

eliowV- Archiv 1886, Bd. 103, p. 451.Juh0l.Rénoy-De la trychon.ycho.se nodulaire, m Anna-Ies.de Dermatologia et .syphdographie, 1888, p, 777. ef. suiv.

— 65

étiolQgujtjes yAiT la f \1P 1890 n 765 et smvanies.

"' 26p- G. Ujsna-Die Histop.thologia der Ha»tl*ra,-k«.*>,

llallopeau et Lei eum,

0 methodo cryoscopico em medicina

(BEVISTA GERAL)Pelo

DR. J- A. O. W>BS. .• . Á* »«<nitdade da Bahia

„.=t.:'=s.t;.=^..suas soluções. <, Ua0UU (de

Talé a definição apresentada pelo h.»

rrenoble) que estabeleceu as leis seguintes, re^ent

=;:.T::==rr-»..'r:,,»».»i-«-.í-ãirada fôr a solução.

' „em é por esta alterado, o abaixando

com a água nem e pu. «

_ Afi —

do ponto de congelação (representado por D é propor-cional ao peso da substancia dissolvida (P) contida em100 grammas de água.

S.A Lei: Quando "se dissolve uma molécula de uma

substancia qualquer (ou.porção proporcional ao peso damolécula) em uma quantidade constante de água, abai-xa-se sempre o ponto de. congelação do dissolvente de

quantidade egual, qualquer que seja a natureza da substcnciâ dissolvida.

•/." Lei. Quando substancias diversas se comemsimultaneamente em uma só solução, o abaixamento dó

ponto de congelação da solução commmn é igual ã somma dos abaixamentos dos pontos de congelação, déíermi-nados por cada suBsTãnciT dissolvi d a nc rpe? si^i,,..^..»,,^:-

Na primeira lei estabelece se como ponto de compara--

ção para os diversos líquidos do organismo, que são ver-

dadeirus soluções aquosas, o ponto de congelação da águadistilladaque é egual a O.o; Iodos os líquidos orgânicostêm pontos de congelação gradualmente mais baixos ámedida de sua maior concentração, assim o ponto de çon-

gelação do soro sangüíneo póie ser expresso do segum-

te modo D=—0.°56 e o da urina normal (D=-l<>30a -2°. 20.)

A 3ft lei-, também chamada de Blagden, pode expri-

mir-se assim.1) = K x |»

sendo K uma constante, representando o abaixamentotio ponto de congelação cio soluto de um gramara da

substancia em ceih grammas de água.

Quando P=-=l gramam. D =K; sendo o pOnlo decongelação do soluto de cbloreto de sódio a I. %eqtti-

N. H.-Kni vez da letra delta, do alpbabeto grego, empregámos a

letra 1> latina.

- 67 -

, , oofi05 sfegue-seque o abaixa.nento do ponto

ri^^t'sito de^doreto de sod,, contendo

Peram,n«SporcenJo.^uiva,e^x.

« r H S"o^" ,*.i& rdburnina"a "">le '

s a uoõe Menhaa, un, rneámo ponto de,,ara

TL orna e lceaaa.0 disadlverern »m Ulro de

:gt^ãaá urda no prnneiro caa» e 0.000 gram

^-Sí!*» - — *,.0 de centeataoa de grdo, que mo-r , o abm

po„,„ de co****. asa,», M™^!<!^UM6tro'"U'a D" ~l\%ZTé .—a* 7,h.,daS docúbico, maior proporção ae e*emplo.

q„e outra urina „.. «ong.1..a-| ^/U miatro leis acima enumeradas nao sao e>

jr»»»aptdiea,-r ^^-«-t:::::;:

.„> .,nm.-,-n RXfcCU*) de UlOICCulaS, 0!

/ V5:';?%::'-'^: **'"'¦• ';„/' T

68 —•

H Claude Bal>hazard,-o erro è mUilo fraco ..te»r.

o',, 0 o oe de modo oenhmo infMa «, cone aspes b>o-

? >t attenta sua forte approxiaiacão da realidade

rl„sts cryoscopieas no domínio vasto do d.a*

unostico emmeio piiitlongaqualquer.

>m suas iiiuiu-j'"3 ¦"" -

llieode obter, com segurança e se.n grandes ae-

li pe,a.ura ae congel.ção de orna solução

Ca-oo.deguiao.r.balhodeHlCtaodeeV./Bal-l||Miu:;:;;„,Vl, ,Luo nos Soccorrere,oS na e,pos,cao

deste assumpto (1).m,,,,;RMIXSÇÃ0 Dí T8W«úa» ns WWJ"^^

. n„ ni,P seia o liquido examinado, sangue,y" "

„ o! de Ô„«. „..»rea», o apparelho deurina, escarro ou de ««« simplificação dos

appareiiM TrfetaiHio-se da urina, o exa-

Z 24 Horas segundo a regra geral fo.preacna.ve, <Hodo

-r .-SS£5=£ss

poraçào do liquido.:;itt ,ryo.copie d- uri,é.-APpiicfttion ú 1'étude des aff^ons

du cueur ei *•» Mini-lWl.

— 69 --

^.«pcri™*»..*». qaepor ^LS *„,¦

BN„«»

do a congelar. ,.,,. ,ffe completamenteKn iubo-exnerimentacioí w»m.s bf1X0 Ulüu ácnppTkl araduado enr cen •

, pnha-de um thermomeuo especial, grau

tesmios de gráo eo thmil0metro a ba.-,mdadr "1 ''

do eon8e»o por

meio ue um agitador em ^^ ^cuba tbermòmeLnça; tem pm In m .

homogeneidade thermica ^ ^n do liquulo,

Attingida a temperatura de conBHaç ^

„,eai,a,a, »* a projeção em ?£%*^sCa,

(,ue contem Che, ou u fure^ ^

daa congelaçao sobe .ap.da ne & . ^ ^ ^

...acena duvanje ,«»•»»- " seg»ida-é eSte

m*°^ím» ^SÃ-Saivpjd.,„0niri maxilliO UUe i.oik^h ,¦ ?

m ao Ponto de congelaçao (D).

D0S si o therraora.cv-ro esiane.' . 0i.n„üu,à,i da„,,,in oliter o ponto ae Cun*5-r.*J-7--facilmente procurando ornei o j

B2B8 diatilUwu, que é igunl » «¦ ó^-- '"T!:;:::;:*^,::;:;;:;:::„::: rg* ¦a essa differença. '—«nécer bem vertical, não

O tbermometro neve pennantcei ^

-li)_— I \l

¦ i, sendo verificado, an-

tocando « paredea^o^^ golla de —«»

-^rT^auerènieaoUibo-piaarouase acha fora oa .uoar -

ampoula superior. de.Dpódeser obtido

Trabalhando desUH^' ^-^ umaa?V centésimos de grão, m f4i°-nesi-

approximaçdu • ^;,..i determinação~^r^'-^ -*-crvoscopica, se.iw.u

mai» que sc lhe seguirem^ ^

Cabe n On* » *"»" , ,kw , l„-, da «vosco-

encnrnii os phenomenos phy' » dl„el.nli,iacão òaa len-

e,„preSandc-a en, 89 P>. _. invç5„gações ue

Us osujotiens sego - _ , „ ,,„usq„el. Lesoe,

Uouchard, Claude e BaUba/-ai

Bernard,Koranyie outros ^ ^^pia, sal.-.

Dentre as d.versas ap^ occuparelno9 mais

oni, 5 o estudo da unna. de que j. i,n-,is de estucutnu— » •(i((ll)iamcnte. depois oe anlCos.r.d;r;.".s£ -swsíe„,„¦ sii-in.1 diagnostico d. J^ d0 ,,„,,,-

„M(i„ ,,„ al,a«an,e,,lo ^^vpf^„ico comparado

ào 'MMI''-'^M,:Z;^ pomo crvoscopicoen re

aosü,r, Sansi,.neo,.var^dc^£ ^ ,i0 s01,

sangüíneo equivalente a~U observados, o'¦fc„

8 casos de meningite tuD ^. ^ ab^

ponto crvoacopico varmi, «n.«- °-

aanmmal. por conseguinte,

'1

X .rvoscõpi-a do lede de boa qualidade e puro de so-A " "T„A„

ehimicõ Winter. dando o resultadoph.»..^o -„ , A.-

c„ns!ju,e mais „,n ,,«,0 phy

:;i0di:„als;.de,„o„Slrandoarraüae,principa.me„,6»addiçãodeagua. (2) estudada por Ar..

\ ervoscopia uo .swo/ ivunanu, \«i. ., viabilidade do nnnto de com

-" i .11p existente- no verão, em que funee.onam mais::;:, :::xt^> mmM

::-£r::r;S;==-:;=,::Vi'" dL~?^ca^1atü'a,líad<»

o pomocryqscopico va-

r.„„ ».,.'-O.'»* 0.-N). sendoaqpanndade «»

i • Cimentes nos escarros exammaaos de l gi. d* d:;:.;;::;,¦ ^^-*?^z££.rr'iifiíín .i sr lo eentigram-

rü„etu dos pneumomcM, -o.ne.^.o gr. i^ *

/ decbloretos apiesentaram a media de-O. 58.mas o/o, te cnioitius, «> ^noar» n non-

Ni òz-onc/w .p/i«*mo*.a pnppa/ - -e de O. áo o pon

1p con"ehcào 'dó escarro muco purulento, que nos

.n.n.-0.'«B-ü-'«',^,, Pico do soro '-»-

propor Ruiiime o exame u , j— *•

2, V. Sem. mm. r, 49-1900.

3) VVSem. med. ti. 26~lí>0Í.

- 72 -

(rilinr0 ccmo meio prognostico nos casos d», dothienen-'ima

estabelecendo que o augmento do ponto de con^

gehçâo do soro é direciamente proporcíal á formação oe

antitoxinas, de forma que se torna extremamente som-

bl.i0 o prognostico toda vez que í) fôr inferior a~0.° 70.

Ultimamente na Itália o Dr. Garrara apphcou o

novo methodo ao diagnostico medico-legal da morte por

afoqamênfo (¦!•).' Partindo da isôtonicidade do cangue nas 2 metades

do coração, mesmo no caso em que um cadáver e sun-

ínerso experimentalmente, concluiu elle, depois de uma

serie de experiências e de1 observações, que o ponto de

congelaçáo do sangue comido no coração esquerdo nao

e isotonico ao do coração direito nos casos de aspbyxia

no,- ãfogamenio; explica-se o facto pela penetração da

amia nos pulmões, au, ainda pelas fortes inspirações

finaes que caracterisam esse gênero de morte, passando

d'abi ao coração esquerdo nor intermédio das veias pul-

monares o que altera a composição do liquido sangut-

neo mod.íicando-ihe a densidade, o numero de elemen-

ios fnnirados è a proporção de n.eu.0|<,.„...-.

Em um cão afogado em água doce o ponto hemo-

cvoscop.co. equivalente a-0.o 29 no coração esquerdo,

chegava a-0.° 42 no coração direito; em outro cao a,.o

aada em água salgada, que é hypertonica em relação ao

Cangue o ponto henio-cryoscopico do coração esquerdo

diminuiu naturalmente, sendo o resultado do exame equi-

va]ente a—1.°01 no ventriculo direito e a.-l.»23 no ven-

tricuio esquerdo.Do exame praticado no sangue (ie um soldado ato-

ggTdo accidentalmente no mar, obteve-se resultado ana-

logo; ÍBto.'ô1-l.*Ò*ft direita e-,l.° 18 á esquerda.

t) V. Sem, med.-n. 26 -19ÔL

fò —

Cumpre notar.no emtanto que só dá bom resultado

a cryoscopia 'neste

caso, quando apnlicada a breve prazo,

porque no fim de poucos dias volra a isr.tonia hematiçà as

2 metades do coração (5).Ein capitulo subsequente oceupar-nos-emos da crv

oscopia da urina.

O signal de Kernig: pathogenia(REVISTA GERAL)

PeloDR. GONÇALO MONIZ

Professor sufeítuto Jíi' FÀcinditaeOií-Mêdieif.ii (In *B*§fefs -¦¦•--, ~^.

Em o numero anterior desta revista occnpamo-nos,

nesta mesma secção, do signal de Kernig e seu valor

semiologico; para completar o estudo geral do assumpto,

fajiou-nos tratar.da pathogenia (io dito signal. Promette

mos fazel-o posteriormente, promessa, que ora cumpri-'

mos.E' ainda mal conhecido o determinismo intimo e

completo do phenomeno. Alguns autores, inclusive Ker-

nig, deixaram este ponto de lado. outros, porém, erigiram

a respeito hypotheses- explicativas algum tanto diver-

gentes. Podíamos, em rigor, transcurar taes hypotheses;

mas resolvemos nào fa/el-o por julgar que ha nellas

pelo menos alguma parte da verdade e portanto elemo.n-

tos para a ulterior elucidação definitiva da questão, e

assim passaremos a summariar as principacs.Segundo Friis. o symptoma qüe estudamos é devido

á irritabilidade dos nervos espinhaes. determinada pela

phlogose meningéa. Essa irritabilidade existe sem duvida

nas affecções das meningcs; mas,, como pondera Galh-

nào é factor sufíiciente. Que de vezes, escreve este

autor, em tantas outras moléstias, nào sc observa irrita.-

5) V. Sem. med, n. 26-1901.

— ~4' -

bilidade análoga, sem que compareça o signal de Kei-

v"x„ !*,< so pôde considerar o esiadonwb.d»r' " . ,..,.)., ., ^voitabi idade do proto-tvnico em une e exag«eiaaa

t,,,lí'v0 ai7er de Gfflli, NeUer admitte a irHtação dos

nervLspini.aes.il,«iai»..t»o(1mo,faoW;concon,,ía„t,.^«...a..™-.. ^-~1.i:o;,r„„„„ „ jgM! sô .«par^a na ptelorn alentada e i a

, ,,„, L ao intar, pois Mae ri... ao, Dl -

w«irri..l I»d« d.» «'•»¦'»''«»"»»¦" H" •"'"'jttriehíl ,fa,sulan,1ulo,,.Hanuuu,v,,,1ad«,naSa

;,ütberie) conünúa.Gaíii; mas ella nao expuca¦ t„u...

por esen.plo. a razão da falia do pi—,,,,

:„„,„„ cs„,doS análogos, nenopódo «¦„.«. r ¦»

Los de a.eningile em que « co..l«clüra do torto-.».-

rece lambem nos cotovelos.»

Fntretanio Netter, nos trabalhos que nos fo. dado

(, nue vão citados em nossa bibliograph.a. se

:::,: ,,: *-> ^ * «^:,„„„„„. declarando ainda **»»> eongrosao: «

l?.ri..«„,»i pobres as;eXp1ioaóãeS,,Ua;5e,e«rpropÜSi,,a

este respeito.»Galli recaía l.ml 0.0*0 má .mi-» do „tano-

estabilidade- da. medulla^oc^ por alguns,

Ü'V» -¦1„„ea.s,pod,,,o f^oa.hecar a rigidez dos músculos do pescoço, mas nao se oi

! '

,'. ?a d- Kernig, facto esse que foi averiguado,cra" >£ u^Utóoi E ainda contra tal hypo-

^'S-eSoSaa f-^fg;:' U! dos t,„„„s medullares, acon.panh-ada do oopl.a

— /o

dura ou disposição eontraclural latente, mas sem signal

de Kernig.«No recém nascido, cujos centros espinhaes, em vir-

iude do desenvolvimento incompleto do eoriex cerebral,

gozam de uma Geria independência, ha um er-iado espas-módico normal dos membros inferiores, que sempre estãoem seini-flexào e nunca em estado de relaxarão museu-lar (Tremi e Rosenthal): no adulto ioda lesão eortical um

pouco ditíusa íescierose cerebral), toda interrupção dofeixe pyramidal fàporjlexi.a) que êmpprime as influenciasinhibitorias, exaggera a excitabilidade dos cornos ante-riores, e dálogara cóiitrâcturas mais ou menos eviden-tes: mas nem nestes casos, nem nos neonatos se produzo signal de Kernig.»

Km summa. si não se pôde negar a interferênciadas condições indicadas (super-excitabilidade da medulla,

estado irritativo dos nervos, distensâo dos mesmos peloacto de sentar-se) na gênese do phenomeno, não bastam

ellas sós por sós para acarretai-o.Buli, tendo achado um excesso de liquido cephalo-

rachidiano em 2 indivíduos por elle autopdados, nos

quaes achara em vida o signal kerniguiano, aitribúe este

ao augmento ria pressão intra-craneana e conseqüente-

mente também á superpressào mtra-rachidiana, attenta a

reciproca couimunicação rios espaços sub-arachnoideusdo crar.eo e do rachis (Rogiet).

Alguns factos, com effeito, são favoráveis á idéa'da

intervenção do augmento de pressão do liquido cephalo-

rachidiano na proeucção do bhenomeno. Esse augmento

tem sido verificado nas inflanimaçòes das menmges (v.Heydenreich) (39). Uma observação referida por Neiter

(40) parece vir em apoio dessa opimào. Tratava-se de um

menino de 2 annos e meio. acommeiiido de meningite ce-

— 76 —

rebro-espinhal prolengada, em que foram praticadas 11

puncções lombares, com alguns dias de intervallo. Por

muitas vezes' o signal ae Kernig desappareceu após a

'"'"^ra pvnlicar a presença do signal de Kernig nos

chso.s de heinorrhagia mira nirlndiana (Widal e Merklen

^7)'assim'como em casos similhantes ao de Klippel (38).

pode-se invocar, como um rios factores, o augmento de

pressão do liquido cephalo-rachidiano, devido nos pn-

nie.iros ao singue derramado, nos segundos, ao re-

calçamento do liquido pelo tumor.

Todavia o so excesso de pressão intra-rachid.ana nao

e razão bastante do phenomeno, pois que este nâo existe

em imiUoscasos em que htWâvel subida da dita pressão

corao; por exemplo, nas bydrocephaiias, no rachitismo,

„os tumores do encepí.alo. ua medulla, das memnges, na

bemorrhagia cerebral, etc.Para Galli, a principal causa determinante do sis

anai de Kernig é o deslocamento do liquido em questão,

produzindo súbito augmento de pressão no fundo de sacco

lombo-sagrado no acto de sentar. '

«Aquella tendência mais on menos marcada aflectii

„. pernas, que até nos sãos se observa na passagem da' "V , ,,,., ,.. p nue se nócie imputaraDdsicfto. supina para a seiurt.ua, c qutse uu k

distensâo dos nervos, exaggera-se em condições anor-

mies até engendrar o pKenomêno de Kernig; esse, como

aderia Buli, pode considerar-se a cxaggeraçao ae um

r.,., „.„,»!. Dorém não ao augmento progressivo, mas

^desequilíbrio subito:de pressão; deve at.ribu.r se Os

uervos da cauda eqüina,.já,irrin.veis pelo processo pulo-

.istico que os envolve, distendidos pela mudança de po-

Imão, acham-se de repente comprimidos pelo liquido que"corre

para baixo: esta acção mecânica e um estimulo

\

\ \*J

violento que se tiaduz sobre as massas musculares, espe-

cialmenie as nYxeiv.s, por uma contractnra assaz forte e

ás vezes até dolorosa.»Baseado em sua theoria, Galli procura explicar cer*

tas differenças e particularidades que oferece o pbeno-

meno'de qne trmmos- Si este não existe em todos os

casos de meningite-, é porque em todos'ãs menjnges

espinhaes não são lesadas, nem ha hyperexcitabilidade

dos nervos. Mas o phenomeno pôde faltar ainda quando

a phlegmasia se exier.de aos invólucros espinhaes, como

attestam algumas observações. Duas são as razões dessa

falta, as quaes vêm confirmar o que ficou admittido pelo_._.._„ „.._,-.,. ó ifr-orfa!K'iadoiiq^kloeepbalo-racbidia^—rio e dos seus deslocamentos na producçao do pheno-

meno: a) o espaço sub-arachnoideu cerebral pôde não

communicar mais com o espinhal, por se ter estreitado

ou obliterado pelos exudatos o buraco de Magendie, o

qual estabelece aquella communicação. Essa eventua-

lidade, segundo Marfan, é mais freqüente do que se crê

nas meningites tuberculosas. Nestas condições comprende-

se porque, na mudança de posição, não se dá grande

accumulação de liquido inferiormente, nem se produz

forte desequilíbrio de pressão no fundo de sueco lombo-

sacro e também porque neste caso a puneção lombar

só dá sáhida a poucas gottas de liquido. Como vimos,

é de feito nas meningites tuberculosas que o signal de

Kernig é mais raro.b) O exsudato meniugeu pôde ser as vezes muito

denso, algum coagulo pôde depositar-se e mlerseptar o

espaço sub.-arachnüideu: a mobilidade du It^trfdb será

então assaz limitada, sinão de todo impedida.

O signal de Kernig desapparece ás vezes inteiramente,

depois de se haver manifestado, como por exemplo tm ter-

- 78 -

ceiro período da forma tuberculosa, quando aos pheno.

menos irritativos se segue a asthenia progressiva do sys-

tema nervoso, cahindo o doente na immobilidade e no

coma.Isto acontece, segundo Galli. por não haver mais a

irrilabilidade dos nervos, um dos factores do phenome •

nn. ?emo qual os outros não podem determinai-o.

Km certos casos de meningite cerebro-espinhal o si

gnal de Keriiig mostra-se de modo intermittente. Pagliano,

CÜado pelo autor que ora acompanhamos, publicou 3

observações em que o phenomeno, evidente um dia, des

apparecia no seguinte, para tornar a apparecer. «tala va-

Habilidade acha talvez a sua causa, antes na natureza do

PXíiiiii.io meningeu que nas variações de exciíabilidade

nervosa: nào raro corpuscular e fibrinósó, pode elle mo

vcrf.se pouco é lentamente, prompto a assumir maior

mobilidade quando, pelo deposito dos elementos forma.

dos, se torne mais fluido e menos denso; ou então

quando'a mobilidade, interrompida por qualquer trabe-

cuia fibrinosa, se restabelece eom a degeneração e dis-

solução dessa trabecula.A ausência do signal de Kernig nos estados morbi-

dos..já citados (rachitismo, hydrocephalia. tumores do

encephalo, etc.) em que ha augmento de pressão do li-

qüido cephalo-rachidiano, Galii explica-a nos seguintes

termos: tioáo o eixo espinhal e os nervos que delle ema.

nuin, ha muno subineltidos ao augmento gradual do li-

quido, são menos sensíveis a uma variação do pressão: a

j.:il!..v;1 !h! mocesso;a sua localização que nào interessa

o.s nervos, nem de modo especial a medulla, são outras

eoüiiíçõea desfavoráveis; emíim, ainda nestes casos se

iam verificado a oblueraçào do buraco de Madendie.»

Km Mimma. Galli attnbue o signal de Kemig, nào a

'"-t- /y ¦ "-

. „infto que adopta uma theona ecle-"™ "",S££

«vos e^pmhae, a dUtensãoética: «a .rr.tabihdade do de genlar e

br;ri^":rrrProa^ - *-meno». hvDÒihese de Galli. e

E;, „, verdade, engenhosa aJ jpo ^_

„„r is6„ nos alo, gamos ,m, poucos o « „

cn.l«d... nao tomar mudo em ... d- *- q

unadus ua oi ., ,„ .,,„,, elll que este selenumismo do ^^'^^^^1 membra-,nanifesla,aindaquanoo4s«0o sustenlada„«» p.'ri..«Pl»»""-'":¦¦

" " ; Uieulaios, para quem

„„,. mudos ,,„,,-. ""-:;;.,"¦ ;10 a 1)arlo,,Paeào das

„ s„,o,, de Kenog » '„„. Aasim e que

-«•''^•l;,'a',lh< .uenmauo signal nus,ue-a1gllns explicam a immo,

„ vezesiVVnai'es iubercubs&s pe > fado ac« miininffúes' •,« rneninges rachid.anas nas meningitesmlc,essu as n e,

%_ e5ta interpretação,aesla natureza, mai uu, espinhaes,

*™»°° U;:;c „,„;:« aobamm.aems ascu,„o ..«.««. h «- a|i(e

lerbavíd00 5V„,P,„-men.nges medullaic.n.u jà conhecida. A

sociedade ue ^ Sfe &| menlI10 de 20.„) lip,esenm,a,n a

^"^o m, * ^ *„K2es. aeomme,udo «_ b

^. vomi(o5i ,.,jMa dbrevieram svmp-m-s

J ¦ !rregulandade do

nuca. estrabismo, signal ae Kerm., H

— 80

. ._.:+» om cuia autópsia, além daspulso eda

fP,ra^'^;;:;;v;nficou a e-xisten.cia.delesões broncho-pneumam-^ ^ carfU,emad;i por'im»menÍt^T' nidaíe do liquido cephalo^hidia.um áugmcnío da quantraai a g limpiaoSi

dos hemispherios. As merm(y

^ss- , la>1 nriBPin medullar do signal de"R%"'"¦> ~> " . . ,w,;„ ,ie "lesões uas iii«n>»&~'>

Kc,,„g. oào «iSe a ex.st , de^ ^ .^^ detol*'P"ra?Ta;f facü admitUr.se en, todoaqualquer modo, o que e

os casos. nhenomeno tam-,SeS„„do esae autor e„t

^^ .„, con5,

deraçao os dados ]<* npxnres da perna e nao em* se mostra uos músculos teo.» a P

^ ^tedosoe outros ™k, - ^^

.avalio, e porque so sprod ^ 0

,„„8C„1„S «reada Perna m e,o^ p^ ^

a tuberos,dade se ,al« • caraclerizaa„s pela »-

perior dos ossos da pe.na nlam 0 pheno-

Si» Tl'T ,mHue'ter "chamam Í«</(W-,„e„o <,.. Undo,s H ^

„ p0„,ÜS aeeacia possroa. A ais

; atlitqdes: mínima-^°^:.:r:::ir^eabaciaeapCTuaquanao a -oxa fno„icào

ajoelhada), ê maxim»

flectiaa em angulo recto.

- 81 —

¦_- ., nois é uue o alongamento elástico

Assim, no estado hyg.uo este

c„rl„S Pa» p-n,„ur a ^^^rteS quo, 90».

a coxa formar com o tronco «| ^ em ^

mPC„ i, ,elat »nr Je*e7(„a„""aqae,,e angulo nao se

exploração Ho sagnal ^*

„ mploma

torM agudo, - .^-..l^eLinare, Rogle, aaaim

onde nao <* ua. 1 ¦**£*~~ - ;. amPn0: «em um inm- -

comprei o «—^ ^I recto sobre o

., „r*orír) comas coxas bin «»& „.,iA~vidui» ass-sn.»»*--. -- «nmnleta os músculoslr„„co e as perna» em extensa^^ "

5 ,,„,,.flexores da perua sao a ongad-* ao

^ na ,

cidade e q«as, co^le^^^^-^.^^ gobelasticidade a ^>^^^^q„alquer .uflueuoia .

gg ^g da petna, apP».curtos para permumelen-a dand0 serecendo então o signal de Re rm*. de

totiüá-^rair^-^ea ^ perua,

os músculos aos menor phenomeno- ;,Vá ^íanostieão especial, e qm- co== i

graças a sua dispos^c^P en(e üvel da«tt nuara sensível e ma,»es

fe uma„ia„eira indicaoa por**.

| 9a ^ ^.

.rigWez.ouicaparUcula, ^ ),u muscu|ares, atii-

uese traduz pelos abalo sobreaai da,

udes especiaes eu, Oexao, figurando *de P «

& q„aes oa membro» l,cam V™«™ da CMltra,mento. K de alguma so .0 prme . g

ctUra, c,uc, latente por ass.m d*r« fc fc

somente Por oceasião aos *í?^^ J^n0 qua-

oigreve.a-auestemon.euto uunn^ auaa ^^

dr0 syinptomítico da motesua ,

-82

sua apparição nos membros. Por veze., a contráctura

real estabelece-se permanentemente e immobiliza o

membro; então, ainda no decubHo dorsal, os movnnem

tos se tornam quasi impossíveis e não se pôde mais pro

curar o signal de Kernig.«blsse augmemo cia .tonicidade muscular, exaggerp

do phenomeno*normal, deve estar, como esio, &ob a de-

ppndencia da medulla: e atraducçãoüa irritação mçdul-

lar qualquer que seja a causa desta. Nào e, pois, a dor

provocada pela tentativa de extensão da perna eestim-'ihêniodr; maiiqp g"e determina, por arca.» reflexa, a

conlroccâo dos músculostmtmwwo ,sln ,e nn,nux na

nevralgia scialica quando se investiga o signal de Lase^e.

aqui, ha realmente., não conlraccaoctura verdadeira., in

di

diárias sobretudo.»

reflexa, mas contra-

vencivel. e esta contraciuia tem por,.»,.«* direnta a irritação da medulla e das raízes rachis

Como se vê, Roglel também só teve em mira na sua

Iheoria o svmptoma restricto aos membros inferiores

Chauffard, ao contrario, encara o phenomeno de

Kei-nigde modo muito mais amplo. uandodbe uma exten-

são que nenhum autor ainda lhe attnbu.ra. iNa sua opi-

nião a contraelurade ilexào aos joelhos nào e um facto

solitário, autônomo, smào o caso especial mais facü de

percobér.-se, de um tvno semiologieo geralKm ap0io desta hvpothese.e.ura ChaulTuni nas seguia

ms.considerações: «No estado de repouso existe .mu leve

Kruu de flexáo dos membros superiores e inferiores. Nor.

malmente se pode passara mão por debaixo do joelho de

UIlia pessoa deitada; e na posição sedente, augmenta a

estância entre a cavidade poplüéa e o plano oode.u,.

Mas esta flexão é fácil e absolutamente reducl.vel. Igual,

men(e0 membro superior, na posição vertical ou acuada.

83 —

)

jamais fica em extensão completa, Logo. devido ao equi*

librio dos músculos antagonistas,.existe uma tênue sem.-

flexão natural e physiologica dos membros em repouso.,

Ksse tonas muscular normal pôde ser alterado para

menos ou para mais, dando-se no primeiro caso a hypo-

mnia. fre uente rios tabeticos incoordenados; no segundo,

a hypertonia, «que se encontra nos .processos men.n-

.eiiá menor mudança de altitude a contractura sobre-

:e.n, acõmmettendo os grupos musculares antagoms,

tasdei-cção pkysiolngica predominante- M.e hge.ro

predomínio, quasi equilibrado no tonus muscular normal,

exaggera se, tixa-se; e o signal de Kernig appareee, Este e,

pois, uma contractura de flexão.»«Assim, hvpotonia dos tabeticos e ausência completa

dellèxâtí.Wrouacular normal e leve semiílexao natu

à\ facilmente reductivel; liypertonia dos memnsicos e

.ignal de Kernig, taes sào os lermos desta gradação em

cujo vértice se podem coligar as coniraeturas general.*

zadas do tétano,* ,Quando se ergua um meningüico, determina-se nelle

uma r.jeza especial da nuca e ãs vezes a e do tronco.

Aqui a contractura e de extensão, pela simples razão de

que a altitude normal do homem, em estação vertical,

põe a cabeça e o rach.s em fraca extensão: o grupo ex-

lensor possuindo nestas duas regiões uma acçao predo-

minante, é elle, segundo ji le. physiologica enunciada,

que se contractura. .Chauffard condensa a sua theoria na segmnle deli-

niçâo; *«O signal de Kernig e uma contractura um ou mui-

,,.,-ogional, tip afie-, o» m» '""scul"res f"yr"'°;''ca^nte predominantes, e sobrevem a propósito de alli

tudos que normalmente salientam esse predomuno. o qual

se fixa pathologiGamente em uma attüude dolorosa é irre-duetivel.»

Para o auetor. a contractura de flexão da perna^signal de Kernig na restricta accepçào)/ não é mais doque urn caso particular dos reflexos de contractura, de-vidos á hypertonia muscular.

A exposição que acabamos de fazer das princi-paeshypotheses explicativas dc nhenomeno de Kernig. mos-tra, até pelo simples facto da multiplicidade das mesmas,que a questão da pathogenia desse plienomeno nãoesta ainda definitivamente resolvida, comquanto algunsdos faclos apresentados, que paiecem rea.es, constituamprovavelmente elementos adquiridos para o verdadeiroconhecimento do respectivo determinismo.

B1BLIOGRAPHIA

1. Kernig— Ueber ein wenig bemerkles Meningitis-Sym-ptom. (Iierliner klinische Wochemchrift, 1884, n. 52, p. 829e Wratch, 1884, n. 26, e Centmlblati für kUnische Medicin1884, n. 39, p. 623).

2. Hirt— Pathologie et thérapèvjtique des maladies dusyalème nerveux. Trad. franç. 1891, p. 16.

3. StMãmpelI Traité cie pathologie spéciale et de théra-peutique des maladies internes. Trad. franç. 1898, t. I.

4. Baginski —Traité des maladies des enfants. Ti ad. franç.t- 11, p. 21.

5. Henooli —Vorlesungen íibér Kinderkrankheiien. 7a ed.,p. 320.

6. Vogel-Handbueli der Kinderkrankheiien.7. VVeili —Précis de médecine infantile. 1900, p. 506.8. Debove et .Acliard—-Manuei du u.agnüsiic medicai.

1900, t. II.9 Houx (J.) -Diagnoslic et traitement des maladies ner-

veiises, 1901, p. 446.10. Buli—Ueber die Kernig'sche Flexionsconlractur der

oo —

Kni^lenke bei Gebirnk.rankheiten. (Beri. klin. Wochen-

tehrift 1885, n. 47, p. 772.)

11 Henoeh~Zur Pathologie der MeningU» cerebro-.pi-

nalis fChariié Annalen, 1886, p 580).

12 Frii9_0m den i Rjobenhavn > Aeret 1886 hm.kei.de

epidemiof Meningitis cerebro-spmales. (ffcew * Copan^

188?13 Friis-üm meningitis cerebrospinalis epidêmica

íUae7krif"fot' Losger, 189? p. p. 407, 431).

í S

U Blímm-üeber menmgitis cerebro-sp.nal, epidêmica

ámcti* nieMcmche Wochenschnjt, 1889, n. 26, P- 446).(

t Netter-DiagnoBÜc de Ia meningite cérébro-sp.na e

(Higne de Kernig, ponction lombaire) (Semaine médtcale,

""Ü-^-u-^ * **-. «™ '!» —(T/iése de Paris, 1900; G«. «. l900- »• 56>

? "2>"

( ? Leroux * VioJlet-Un cas de méiungite cérebro-

spinaW aímulantle tétanos. Impossibilite do conatater le signe

ieRernig; les contractures du trone et des membres infé-

•ieurs elpêçhaut le malade de prendre Ia po.it.on ass.se

íPresse méd. 1898, p. 361.)

18 Netter-De 1'nnportance du s.gne de Kernig pour le

d.^o.Uc d» méningi.e, * des méningi... ««g

frustes (>/0urn. *ie cltn. et thèrap. mJantUes. 1898, ns. ál,

32 e Supplemento alPolidinico 1898, p. 9).

19. Netter-Du signe de Kernig dans Ia meningite (So.

eiété medicale des hôpitaux, 25 mai 1900)

20 Netter- Méningiles aiguê* (C. R. du XIII Longrès

tnternationel de mèdeane, Pans, 1900, Secüon de méd. de

íenfance, p. 384). ,r)21 Hen-ick-ConcemmgKernig^signinmenmgu,.

,,-™

4mer/can »•«• o/ ffr «^ Stó, 1899, n. ^g

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mSveylT{The BritUh medicaUourn. 1899, n. 2008, p.

152123. Cipollina e Maragliano-Del valore diagnostico dei

— 86 -

â#gno di Kernig (Gateíta degli Ospedàli e delle Cliniche.

1899, n. 97, p. 1020).2i, Galli-Segno di Kernig e meningismo {Rev. cniica

di clinica medica, 1900, n. 41, p. 705),

25. Lúcio Nunes—Valor diagnostico do signal de Kernig

na meningite cerebro-espinhal epidêmica (A Medicino mo-

derna. Porto. 1901. n. 90, p. 182).26. Buchanan-A case of cerebro-spinal fever in índia

(Bnt med.journ. 1899, n. 2029, p. 1412).

e^M. Buchanan-Kernig;s symptom ir. Meningitis. (Idem.

J900, n. 2040, p. 255,.28;Reudu- Meningite cérebro -spinale à streptocoques,

(Soe mèd. des hôp. 7 avril 1899.) 729. Renda-Pneumonie du sommet compliquée (le me>

ningite eérébro-spinale. (Idem, 12 mai 1899.)

30. Rendu—Méningile eérébro-spinale eompliqnant une

grippe à manifestations naso-pharingées predominantes. (Idem.

l.er lévrier 1901).31. Florand-Un cas de méningile cérebro-spinale. (Idem.

17 iuin 1898.) .32 Thiercelin et Rosenthal-Un cas de meningite cere-

brospinale aigué Tchez 1'adulte due au méningocoque avec

sepücémie constatée pendant Ia vie rn Rifovma medi ca 1899,

vol. III, n. 25, p. 293) ...33. Vaquez et Ribierre-Otite et meningite cérebro spi.

nale (Soe. mèd. des hôp. 8 mais 1901).

34. Chauffard- Des suites éloignées des ménmgdes cerê-

bro-spinales aigués. (Idem. 22 mars 1901).

35. ClianíTard-Dusigne de Kernig dan* )es méningites

cérébl.0.S!iina!e« (Ia Presse mèd. 1901, n. 27, p. 153).

36. Dieulafoy-Clinique médicale de 1'Hôtel-Dieu de Pa-

ris (T. III, 1900,17e Leçon, p. 338).37. Widal et Merklen-Hémorrhagie meningée avec signe

de Kernig {Soe. mèd. des hôp. 24 novembre 1899).

38 KTppel-Sur ün cas d'abcès cerebral (Rev. neurolo-

giqUe. 1899, p. 794).

— 87 —

39. Heydenreieh-De Ia ponction' lombaire. (Sem. méd.

^pÜingãe *£*¦* proiongee. (Soe.

jMs*ro:p„r„len,e asOeplocoqoes.,Soo dePedtatr*. 13

190Ük Ubbé-L. meningite cé,éb,oSpio»le épid,o,iq»e(Go,

'"' S So^l^S«"^^-*if^MàtMm"

46 Sacquepee et Peltie. .vren t,

giippálW (>irc/ít.eS gn. «fc«# ma. 1901, ,. od7).

^^a**^7*"*'*

B1BLI0GB.AÍH1A»:m>, DE th^atoscop,. «0,0,.»,. p«lo na. !££..

Apeza- de ser esta capital a sede de uma Faculdade

uTcom um grande pessoal docente, muito raro e que

;';;,; Si * ° apparecnnen.o de „

o nde encontremos condensado o en.no de algnrn™

p,eiade de Poipetentes, qne alli, no se,o daqoelle

:i:;;: intllecnauransoaiie d moedade 4 do,,ir,„a ,

adex,Iamen,°aP^.tna.' u„, Manual de Tkanatos.Por agora irata-»e ~- «'" * .

«,.,-. J„,c,ar,, em *,. o estudo med^ egat da

Ir.e é feito com bastante senso criitco, ra.nudenca de

matéria e sobriedade de forma. ¦ .

Alli suceessivamete encontra o lePor, tnm.to bem

88 —

estudados, por vezes com originalidade, as exigências doregistro civil, os phenomenos cadavericos desde as alte-rações tegumentares até as microscópicas, a ihanatognose.desfie os signa.es duvidosos até os processos de Ieard; os

gêneros de morte nas crianças, nos velhos, nas mulheres

grávidas, no alcoolismo, na diabete, no brightismo, nasfebres, na hemophilia; as causas apreciáveis de mortesúbita, as mortes súbitas sem lesões efficientes, a dlag-nose da morte súbita pela docimasia bepatica, a morte porinanição, a pelo frio e a por fulguração.

Depois vem acimiraveltnente condensado o estudodo corpo de delicio, desde a respectiva legislação vigente,ifispeeçâo rio cadáver, identificação do morto, autópsiamedico-legal, até o corpo de denoto dos casos- de e-nv-enenamento, de incêndio, asphyxias e infanticidio.

Mas, além disso, no livro que ora assignalamos aosnossos leitores, encontra-se o estudo da natureza, sede eeoncausas das lesões mortaes, a chronothanatognose, o

estudo da exhumação judiciaria e das verificações compleinentares. a identificação pelo esqueleto, terminandotudo pelo termo da autópsia e o relatório policial.

Conhecendo sobre os assumptos tratados pelo Dr. P.os compêndios usados nos principaes centros de estudo.

podemos affirmar ser o que neste momento analysamos. o

que se nos afigurou mais completo.Trezentas e oito paginas tem o livro, mas tão farta

matéria foi alli condensada, que, se fora escripto pelosprocessos habituaes aos nossos homens de letras, teriaenchido vários volumes do mesmo porte.

Escripto não somente para médicos, mas também

para magistrados, temos diante de nós um manual que porser de leitura agradável e muito ínstructiva bem merece

— o»

ser manuseado por quem quer que oe 9*&M estarem,,

dia coma sciencia de seu tempo.

FvHeiwmdo a Faculdade de medicina por ter-saído

de s0U seio um eompemiio tào bem elaborado, pemmos

a0 mmo teinoo «o noa-ó estimado" collega que conunue

a ama,; as lettras médicas com as outras obras que nos

promette publicar. ^

Wm PE*»* OHV<.,ESE. H-T» « »«»? ~^

PEOÓ .OFF.CÍO Si».T.H,0 AU.«ÃO,> Ta—O «

FRAtfCIZ PELO DR. CRYNS. BRUXELLES, 1901 A. MAN-

CEAUX EDITOR.

Bem que de um porte ma.s pretencioso que o Ge-

sundheitsbüchlein original, este precioso livro destina-

se a vul^arisar noco^s de hygiene pelo publico, sempre

.'m.1 apercebido dellas. Escripto em melhodo e orae-

admiráveis, depois de uma noção rápida, mas suttic.

ente, sobre a estructura do corpo humano, /^0-;

e uso de seos órgãos, vêm escadas accessive me n-o

as coisas necessárias à conservação da vtda do vr

mem (ar, agua, nutrição, vestuário, babhação. ae ,vr |d

è repouso), as relações ido homem, com a socedade

(aglomeração, mudanças, viagens, educação, vocação,

pr**,) 0S influencias exteriores &*tti*m!sauae fpengos atmospherico e climáticos, moles .a

infecciosas diversas outras moléstias evitave.s, aceidentes)

terminando oor umas magníficas instrucções para en-

fer men os em que se resenham todas as pratmas'uteis

de soecorroem casos de aceidentes e meios ^de

applicação dos recursos médicos e cirúrgicos aos doentes.

K' um livro que todos deviam ler. leigos, para quem e

escripto por sua linguagem accessivel, conhecimentos

- 90 —

proveitosos a haurir. imiueusa vantagem ri" a^pptíi3*.f aestimar a saude ebom defendel-à, estudantes e médicosque iriam achar novidade pnr muitos ainda ignoradas.não ronlamio com a süjggestâo bem aceeita de umasimples e conveniente demonstração. Em nosso'paiz em'que as classes dirigentes, copio as dirigidas nâo possuema noção mais rudimentar de hygiene. deveriam livrosdesta ordem andar em todas as mãos, das escolas prima-rias ás academias, do lar doméstico aos salões dos parla-mentos. . . e em vez de tanto livro inútil com cuja publi,cação se esgota a munificencia dos governos, seria antesdesejável uma impressão de livros desla ordem, á ma..neira dos qne se fazem nos paizes civilisados. lá bemlonge, na esperança de um dia -podermos comprelienderestas simples instrucçoes de entreter a saude e preservaia còrTvéníentemeht.e. p

NECROLOGÍADr. Joaquim; «lot. Remcdloi* Monteiro

A classe medica brazileira acaba de experimentar asensível perda de um dos seus mais illustres representan-tes.

A 5 de Julho do corrente anuo, na cidade (ia Feirade SanfAnná (Bahia) onde ha annos fixara a sua morada,findou a veneranda e prestadia existência o Dr. Joaquimdos Remédios Monteiro.

Cnmquanto em idade algo avançada (73 annos), oseu passamento não ] o dia deixar (ie ser profunda osinceramente lamentado por qúantps o conheciam,pois que os homens verdadeiramente bons e eminentes,por mais que vivam, sempre morrem cedo. Além deque, cm uma terra onde ,-m geral (ào precoce

-91

se manifesta o náüufci e conhecido egoismo aos v«.hos,

relativamente digno de respeitosa admiração esym-

pathia um homem em quem, sob o aspecto exterior da

senectude. brilhava ainda um espirito com os attr.butos ua

viril.dade, pulsava um coração com os nobres senumen-

ios da juventude! '¦>.,: x~De feito os que ultimamente tiveram o feliz ensejo

úetravarestreitas relações com o Dr. Remédios Mome.ro,

..ntiam-se instinctivamentedom.nados por um sentimento

mlxl0 de affectuosa estima o veneração por aquelle ve-

Ihíribo trigueiro ê encanecido, em cuja acábbada esta ura

e imbelle compleição, se aninhava tão grande alma.

Intelligencia vigorosa e lúcida, erud.çào sol.ua e

variada, caracter franco, leal e intemerato, sentimentos

elevados e nobilissimos, entre os quaes somesah.am a

equidade, a benevolência, o altruísmo, a abnegação, a

generosidade, tudo isto sobredoirado pela mais oatuial

modéstia, lhaneza e simplicidade, constituía á personali-

dade intellectual e moral do distineto morto

Empenhando sempre, desde a moeidade, as suas

energias em prol de tudo que era grand.oso, uül, liberal

Otoõ&tr»^ publica», hvgieno geral, abohçao

daescn.vidão no Brazil, etc-esse bravo ardor jamais

esmoreceu: era de vêr com que interesse, á do seu

singelo retiro, acompanhava elle, até os derradeiro,

instantes, o movimento sc.ent.f.co nacional e extrange.ro,

Uld0 qiianU) dizia respeito ao bem geral, ao progresso

social da humanidade, e especialmente do nosso paiz,

sua pa.na adopuya, procurando sempre, em quanto se

achava ao seu alcance, engrandecer e tornar conhecido

i,„ mundo o .H„„a do Brtól, pelo qual „.an,fes,ava o

mais entranbado amor. PPmPaiosEm toda a pan- urnieesteve, deixou o D.-. Remédio.

C ¦ : ¦ ' r *

o

. , - 92 -.';..¦¦¦

Monteiro traços accentuados e inolvidaveis da sua assíduae efficaz collaboração em tudo que concernia o bem pu-blieo.

A Feira cie Sanl7.'ina, sua ultima residência, deve atão digno hospede beneficies inestimáveis: os principaesmelhoramentos_que ora.ntfej^çejicjuella cidade são feitosdirectos ou indireclos do Dr. MonteTroT^LdniTravêiF^mnr

seu interesse e solicitude pela prosperidade delia, jápromovendo a realização cie trabalhos e serviços denota-vel uiilidade, já se oppondo com a sua zelosa fiscalizaçãoe intelligente assistência â perpeiraçâo de inconvenientesdesacertos. A saúde publica foi o alvo supremo da suaailerição, conseguindo effeetuar, quando presidente darespectiva camara municipal, importantíssimas obras.sanitárias.

A sua profícua intervenção não se fazia sentir única-mente na esphera dos actos materiaes; nào, o magnânimomedico também pugnava pelo desenvolvimento moial eintellectual daquella: população, levantando a idéa dafundação de uma bibliotheca publica, pouco depois realizadti; diffundmdo pela imprensa lõcâl noções úteis, idéassalutares, além cie que a sua pessoa era um exemplovivo de virtudes.

O vulto rio Dr. Kemedios Monteiro, por tantos títulos,merece ineontestavelmente contemplado na galeria dosbeneméritos da nossa pátria.

A Gazeta Medica da Bahia muito também lhedeve: por muitos annos foi elle um dos seus activos reda-et ores, [ilustrando as suas paginas com grande -numerode trabalhos valiosos e interessantes, que adeanle men-.cionaremos.

_ 93 -

Ò Dr. J. dos Remédios Monteiro nasceu a iô de

Novemb-o de" 1827 no alio mar, a bordo de ura navio

pmce.i,i.i.Mla Índia. Seu pai, natural de Loutubm (Índia

Portuguèza) e sua mãe, de Bombaim (Índia Ingleza) per-

íen-iam ás principaes famílias desses logares e eram de

pura casta brahmine, sem mescla de sangue europeu.

Foi o torrão brazileiro o primeiro solo que pisou,

e õndèrira cidade do Rio deJaneiro, seus pães passaram

a maior parte da vida e dormem ~wsornne eterno,

Em 1851 recebeu o Dr. R. Monteiro o grau de

doutor em medicina na Faculdade do Rio de Janeiro,

após luzido tiròcinio. A sua these inaugural teve por

v^umçio-Digitalis purpurea; sua acção physiologi-ca e therapeutica.

Logo depois de formado foi residir na pequena

cidade de Resende (Rio de Janeiro) e em 1855, afim de

aperféiróâr os seus conhecimentos médicos, partiu para

a Europa. Lá se demorou dois annos. passando-os quasi

intéiràmêiite em Paris, onde teve occasião de assistir a

exposição universal de 1855. Fez, porém, ligeira excursão

por Strasburgo, Heidelberg, Munich e Bale.

Regressando ao Rio de Janeiro, ahi se casou em

1858, indo depois novamente para Resende. Nesta cidade

xesidiu até 1860, quando a primeira de varias hemopti-

ses da que foi aeommettido no correr da existência, o

levou a procurar o Desierro, capital de Santa Cathanna.

Mas ali. não se demorou, em virtude da aggravaçao dos

seus nadeeimentos, voltando para Resende. Na imprensa

resenderisè publicou ò Dr. Monteiro diverso artigos de

nmpaganda referentes a abolição do captive.ro. ao %bu.-.i>

das bebidas aléoúitei», á instriu-çào popnlor, aos devera

das mães de famijia, etc, assumptos sempre <m *ut

importância scient.fica e socai. No Mtrc Resendense,

i -7 < ;~

— 94 —

eil.l lOOO e IDUf, tlCtl a IUIIIC uuaa imcico.-nuiw iiiciihjitoo,

uma acerca da Influencia do café sobre a economiahumana e outra sobre as Moléstias reinamos emResende no anno de 1866. Em 1867, encarregado emcommissão especial com o Dr. Gustavo Gomes jardim e oSnr. Manoel Rodrigues Pereira Mello de estudar os meiosde canalizar água potável para a mesma cidade, apresen-tou o Dr. Monteiro o seu parecer sobre a matéria, sendoa respeeüva obra executada alguns annos depois.

0 Dr. Monteiro regressou de novo a Sanla Catlutrinn.onde foi professor de .historia e geographia tio Lyeei-i Pro -

vincia). Lá serviu como cirurgião do exercito até 1873,anuo em que foi removido para a escola de tiro, no Realen

go, no Uio de Janeiro. Por motivo de moléstia foi, porém,obrigado a pedir demissão do seu cargo militar, que exer--eeia durante 9 annos, merecendo muitos elogios em Or-dens do dia dos generaes sob cujas ordens servira.

Por oceasião da pequena epidemia de febre amarella

que em 1873 grassou em Laguna, levada do Rio de Janeiro por um navio, esteve o Dr. Monteiro clinicandonaquella cidade.

Km 1875 foi que chegou á Bahia, indo em 1879

estabelecer-se definitivamente na Feira «ie SanfAnna.Já por esse tempo havia sido distinguido.com a no-

meaçào de membro da Academia nacional de Medicinae da Sociedade de sciencias médicas de Lisboa.

0 Dr. Monteiro honíava sempre a imprensa de iodos

os logares por onde andava (Rio de Janeiro. Desterro,Bahia. Cachoeira. Feira de SanfAnna) com ; iiip6rUnt.es

publicações sobre os seus themas predilectos, e algu--

mas .-obre literatura; Devemos-lhe uma interessante obracom o titulo- Hygiene e•Educação da Infância.

De 1870 para cá foi esta Gazela dislinguida. como

95 ¦-

dissemos, com a sua preciosa e constante collaboraçào.

Além de varias biographias de médicos nacionaes eex-

tran-írnse de criticas bibii-raphicas, foram aqui publi

cados muitos artigos importantes, taes como os que tem

por títulos: Transfusão do sangue (1876). \acema

(1877), Ensino medico (1880). O Asylo de ff"»£»

de S João de Deus (1880), Eucalyptus glóbulos (1881).

Tratamento das mordeduras de cobras (18821 / as-

(eur <** suas dMUrinds (1882), A Feira dc SaniAiina

ramo sanatório da tuberculose pulmonar (1884),

As escolas de Medicina do Norte (1890), Soro antt-

peçonhento [iovi>, eic-x-r,- ^.r,^.,- _._,„,,...* * *

V memória sagrada de tão distineto homem de le-

trás 'escriptor

emérito, medico illustrado e humanitário,

cidadão prestanie. a Gazeta Medica da Bahia cumpre

nesfhora o indeclinável dever de render a mais sincera

homenagem de respeito, gratidão e saudade. h. M.

Dr. Moncono de Figueiredo

Ma.s um claro difficl de preencher nas fileiras da

classe medica brazileira.Um tanto inesperadamente se extinguiu o afanoso pe-

d.atra brazileiro, cujo nome encima estas linhas.Possu.dor

de vigorosa mentalidade, nunca deixou arrefecer seu

inexünguivel enthusiasmo pelas sciencias médicas, jamais

repousou na sua occupada carreira profic.onal.Nascido na cidade do Kio de Janeiro, a 31 de Agosto

de 1846, bacharelou-se em lettras pelo antigo collegio

" T) Aos que descerem conhecer mais .particularmenteravid» do

cada polo Dr. Filinto Bastos, no Dümo da Bahxa. de 10 a 14 de Março

2**3! *«M níuitd nos ajudou na elaboração de.ta not-ua.

-- 96 —

Pedro He doutorou-se em medicina pela Faculdade damesma cidade.

Desde o inicio de seu tirocimo clinico dedicou-se.ao estudo ria pediatria.

Com publicara mór parte de suas contribuições emlíngua franceza, tornou-se.o medico brazileiro por veu-tura mais conhecido no estrangeiro.

Sendo os archivos de seu serviço de creanças na Poli-clinica do Rio de Janeiro, da qual foi um dos fundadores,um requissimo repertório de observações, nunca lhe fal..fou a matéria prima de suas innumeras monographiassobre pontos os-mais diversos ria pathoiogia e dá' thera-peutica infantil.

Muito extensa seria a enumeração dos múltiplos Irabalhos do fecundo pediatra; lembraremos apenas que elleslhe proporcionaram a satisfação de ser eleito membro demuitas das mais proeminentes associações scitntificas daEuropa e da America.

A Gazeta Medica cia Bahia que de ha muitos an-nos o tinha no numero de seus collaboradotes, rende á me-moria do operoso pediatra a pequena homenagem destaslinhas hécrologieas. M.

MEDICINA PRATICATendo em vista «pie a melhor razão de ser da me-

dicina é a thêrapeütica, e que entre os nossos leitores haum grande numero de clínicos a quem muito interessamas questões de therapia pratica, resolveu a redacçào daGazeta, Medica manter sob o titulo supra uma secçãqem que em poucas palavras dir-se-á o que parece haverde mais útil na pratica dos mestres, para o traiai.iien.todesta ou daquèllâ moléstia.

— 97 —

O TUATAMENTO DA SEBpRKHEA NAS CLÍNICAS DE LASSAI!.

MRAC.EK ETC.

M:;u*ek;|.« Fazer mie se destaquem as escamas et-msias

superficiaes f?or meio de unturas oleosas ou pomadasamòlíécedorás; 2o lavagens a sabão com agua nâo muito

quenti . 3. Cobrir a pelle com uma pomada (oxydo de

zinco, ácido salyciliço, enxofre) ou uma pasta (oxydo de

zmco 7, enxofro 4, siíjçá 2, banha, benzoinada 2K.) podem-

se empregar pomadas de precipitado branco ou vermelho.

Mracek alterna o uso das pomadas com a applicação de

loções, alcoólicas de ácido phenico, ácido salyciliço, n;

phtoi ou resorcina. -o*!:-^:-,^,.File emprega ainda em eml)focações o seguinte

Tinct.de cantharida '.-',- ¦ • • *9 %•

a*

(ie nonjom 20 g.Bichlerêm de hydrargirio.. • 77o 0.2 deçig.Hydrato de chloral . . ;".'.*.' ... * &¦Resorcina . . ... . . . • ° Sr**/-mi- IO O"""**Oleo de ricmo . ... ¦ •¦-¦•¦ ¦*•*-*»••Álcool absoluto . . . , . ,'¦' ... 200 grs.Recommenda ainda ás vezes:Banha . ... - . , ¦'. • aaAgua de cal. ..,....! tPsrs*Agua de camomilla . . . . • IUnguento de zinco . . ;.-' ;.;¦:. IEnxofre precipitado. . • • • 2 grs.Ácido pyrogalico ....... 0,4 dec.grs.

Na seborrhêa secca emprega o prof. Lassar, de Ber-lim o seguinte:

lo. Fricções durante 10 a 15' com sabão de alcatrào.2.° Lavagem á agua quente gradualmente resinada.3.o Lavagem com a solução seguint'-*.:Bi-ehloiêto de hydrargirio . . 0,5al^r.o0Glvcerina pura aaAgua de Colonha . . .... 50 grs.

- 98 —

4V Fricções com o seguinte:N*f,h,,oi

f* 7 • 25 centrig.Álcool absoluto 200 grs.o I'limar o couro cabelludo com:Ácido salicyíico ....... 2 grOleo dè olivas .' .' }00 grs.Fichqff precònisa, com cxcellenles resultados 0captol. (producfo de condensação do tanino com ochloràl-)£aPtoJ • I aaHydrato de chi o rai .;;.__._::_. > 1 srÁcido lartiirico . "'. ...

~ " '

Ojeó de ric.no . , . .

5 de(;jÁlcool a 65 % . . . . K)0Essência áromatica .,', . 9 grsM. para locções.

Associação po Trional com a Paralokiiyde comoUYIWOTIOO

As soluções do irional em óleos ou na paraldehydepermittem mostrar experimental mente que. a acçãophar-macodynamica, deste medicamento é susceptível de serevelar em doses muito inferiores ás que tenham sidofixadas até então.

A associação do nional e ua paraldehyde constitui!um novo hypnotico 4 a 5 vezes mais acíi.vo que o írional,permitte por conseguinte adminislrar o trional em dosesmuito menores. Nào tendo sido observado aceu-mulo pode se adminislrar o írional durante um lempomais prolongado, sem receio dos phenomehós tóxicos de-vidos ás doses elevadas.

Em todo caso o pratico jamais deve esquecer quehaidyosinerasuis eque são muitas vezesinsidiosos os acci-dentes em casos taes.

ODr. Ropiteau aconselha que se prepare uma solu-cào norinãi límpida a 15" segundo a formula seguinte.*

Trional. . ] <rr1 «D1 •

— 99 —

Paraidehyde . . . . . . ^ • ;, • • *^rs'Óleo de amêndoas doces . . ... 15 grs.

com esta solução compõem se as formulas seguintes:Solução normal de tnonal e paraidehyde 45 grs.Mucilagem de carragaheei. . : ..,'.. 90 grs.Kirsch ......•¦¦• 15 m-M. p. usar de 1 a o colheres no momento de deitasse.Sol. norm. deT. e P. ., . • • • 8 a 15 grsGemma de ovo. . . . ¦ • • • n- }Leite . _• . ¦ • • 12° 8PS-M. para um elysterpara um adulto.Temos usado de preferencia do seguinie modo:Uma'collierinha da solução normal em leite no

momentodedeitar.se o doente. M-

notiTíàÍioGRÊMIO DOS INTEBNOS E REVISTA UO MESMO

A trinta de Maio do corrente anno eífectuou o

Grêmio dos Internos uma sessão solemne para comme-

morar o primeiro anniversario de sua fundação e empos-

sar seus novos funccionarios.Como homenagem ao velho urgào da profissão me.

dica neste Estado, foram designados para dirigir os tra-

balhos da sessão solemne, os seus dous redactores alU

presentes: os Drs. juliano Moreira e Afranio Peixoto,

que foram com o Dr. Gonçalo Moniz acclamados sócios

honorários.A nova direciona da sociedade ficou assim com-

posta: Presidente—José Lopes Pontes; Vice-presidente-Álvaro Tourinhó; 1° Secretario -Euripides Àgiiiãiy 2.

Secretario-Antônio Bastos; Relator da Memória His

rica-Joaquim Pontenelíe; Thesoureiro José Pedro Pa-

raiso Galrào; Membros tia Cominissão de Revista Oly-

ses Paranhos, Mario Meira e Francisco Ponde. Pena é

que os estatutos do Grêmio dos Internos tenham sido

o

o-

- 100 -

elaborados de modo que a nenhum alumno da Faculdadeque não fôr interno será per mi tM d o éoljab¦>• ¦ar comnsócio do mesmo era seus trabalhos. Entre o- abimtiasúiãointernos ha indubitavelmente estudantes muito distmotosque, á exemplo do Grêmio dos Internos do Rio de janeiro,bem mereciam ser considerados membros da fulurosasociedade.

Três números da nova phase da Revista do Grêmiodos Internos já tem sido publicados. Almejamos que ellacontinue pontualmente a levar fora da Bahia a prova deque o amor ao estudo ainda não abandonou a juventudedeste Paiz.

Problemas vaiãos de pa-ínelõgia indigena estão decontinuo a exigir que tenha uma orientação mais pra-tica o ensino da medicina entre nós.

As necessidades do mesmo ensino no laboratório e naclinica estão a impor á novel sociedade e á sua Re-'vista o dever inilludivel de ao nosso lado. pugnarem sem-pre pela melhora de nossos meios de estudo, o que serámeio caminho para a realisação do mais sublime de nos-so ideal de verdadeiros patriotas, que

'• erguer o meioem que vivemos ao ponto de poder ser coniado entre oscentros d'onde irradia boa luz scieotifica.

Pondo sempre o dedo áchaga de nossos defeitos deorganisação, tendo sempre a vista no alvo justamentecubiçado d'um reérguimento progressivo havemos de ctae-gar, de aperfeiçoamento em aperfeiçoamento, á satisfaçãoque nos traz um ideal conseguido.

Almejamos que o Grêmio vise sempre este ideal,acalente sempre as mais levantadas aspirações para attin-gil-os.

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VOL. XXXIII SETEMBRO DE 1901 NUMERO 3

O lugar das mioklonias em neuropathologiaPELO

DR. JULIANO MOREIRA

Substituto de psichiatria e neuropathpiogia ria Faculdade de Medicitiada Bahia

(Continuação da pag.- 34)

Passarei em primeiro logar em revista os casos em

que. existindo a mioclonia em doentes que apresentavamsymptomas hystericos, bem se pode eonjeeturar que eliaestava ligada á hysteria.

São tantos os casos nestas condições, que pa-rece serem a razão de alguns neurologos afíirmarem

que o paramyoclonus multiplex é apenas uma é expressãofragmentaria da hysteria.

O caso publicado por Seeligmüller em 188G de umhomem de 24 annos, doente desde a idade de 5 annos,

parece dever ser classificado na referida categoria.Um banho frio teria sido o ponto de partida do mal,O doente tinha espasmos clonicos nos músculos do rosto,do pescoço e nos do abdômen. Havia movimentos cho*reiformes nos membros inferiores e movimentos atheto-siformes nos dedos dos pés. Rotação paroxystica dacabeça para esquerda. Deglutição com ruido de gargarejo.Ruido respiratório análogo a soluço. Paresthesia nasmãos, vasta zona hyperesthesica na região lombar e sensaçào de uma fita. estendendo-se dá região umbilical ateo meio do esterno, e que por oecastào da plionação pio-dúzia uma constricçào em torno do peito. Os espasmos

cessavam durante o somno e augmentavam quando se1

— 102 —

irritava um ponto pigmenlndo da região lombar. Cura

quasi completa apoz o uso de correntes galyanicas dos-,

cendentes.0 segundo caso publicado pelo mesmo neurologo é o

de um homem de 41 annos. bem constiiuido, que pareceter adoecido cm conseqüência de uma queda sobre o lado

esquerdo, mas que oulr'ora sofrerá de espasmos eonvul-

sivos. Os espasmos elonicòs na «poça em que See)igmüb;

ler o observara eram nos membros superiores, nos

do peito, da cabeça e do abdômen, sobretudo á direita.

Nas extremidades inferiores eram insignificantes os

súbresniios. Reflexo paieiaf exagepad^ zomr «m-ilsí^a

nas coxas; liypercslhesia dorso-lombur. tracção msypfí-

leclrica normal. Sensação «io peso na metade inferior

do corpo. Os espasmos augmentam polo frio; persistemdura-te o somno. Oura com a galvatiisação rac.hidir

ana.No terceiro caso do mesmo near.ologo o doente, pro-

vindo de mãecataleptica, com irmã hystero-eptleplica,

depois de um ferimento no pé esquerdo, teve uma mioclo-

nia limitada ao lado esquerdo, com dores vivas na metade

esquerda do rachis. No dorso existia ainda uma zona

hypereslhesiea espasmogena e quando o doente se erguia

todo o corpo sentia um choque violento,A doente de H. Bennet teve desde tenra idade

accessos convulsivos acompanhados de symptomas fran-

camenie hysíericos. Aqui os espasmos tônicos occtipa.

vam os- músculos do rosto, lingua. membros, sobretudo ps

do lado esquerdo, augmenlando sob a inflmmcia das

emoções. Exagero dos reflexos ro.tulianos com diminuição

ua reacção electrica e paralysia temporária «los museu-

los at tingidos.Km unidos doentes de Popow havia phenomenos

- y .

- 103 —

v^n-motores. hvoerbvdrose mesmo quando havia frio,,

movimentos, oscillaeão do corpo, extensão repentina das

pernas, sensações dolorosas, hyperexcitabilidade durante„ ^..-..,w frbf«'«za nos membros inferiores que desappa.-

receu com duas applicações electricas.A doente de Ventüri, mulher de 21 annos, soffrendo

havia seis, unha com facilidade perturbações vaso

motoras, e sobresaltos musculares em geral nocturnos.

que se exacerbavam nos períodos menstruaes eque aug-

montavam ou desappareciam com a electricidade. Demais

cessavam constantemente com a applicaçàode um sinapis-

mo no epigastro ou no precordio e ás vezes com um annel

,me1:t.al.icqtnp braço.Os espasuioscíonicòs Occiipavasis* o pescoço, as es-

paduas, os membros, os masseteres, o diapbragma e tam-

bem alguns músculos da vida orgpnica (utero, estômago,

etc) constricção da garganta, palpitações. Cura com atro-

pina e cloreto de ouro.Adoente de Kowalewsky, uma mulher de 32 annos,

pae alcooiata, mãe nevropata, irmã imbecil, teve até a

• dade de 18 annos ataques hystericos e em seguida a uma

Jòrte agitação apparecemm os movimentos myoclonicos

associados áhyperhydrose, á sensação de vertigem e de

angustia Além disto havia hyperesthesia táctil e dolorifica

m metade direita do corpo, placa dolorosa sobre a 4.»e

5.,veiiebras dorsaes, diminuição do poder visualmudança

repentina do caracter, fraqueza subila porém transitória

das pernas, projecção das mãos para diante e. movimen-

tos de tlexào no momento da crise. As convulsões dimi-

nuiam durante a excitação psychica e cessavam com a

galvanisação e pontas de fogo no rachis.iNo doente de Allen Starr, um vidraceiro de 33 annos

de idade, a moléstia surgiu apo/. um exforço para levantar

. %

J

- 104 —

um fardo. Os espasmos clonicos situavam-se nos museu-los cias extremidades superiores, nos do tronco e nos da

parte superior das duas coxas. Os accessos mioclonicos

podiam sei' provocados fazendo pressão na espadua direita.0 doente era muito axcitavel e muito sujeito a accessosde choro. Reítòos roiuüanos exagerados. Movimentososcillatorios da cabeça, inspiração sibilante. Diminui-

ção dos espasmos por occasiào dos movimentos voiunta-rios, augmenio pelo frio.

No primeiro caso de Marina trata-se de um homemiie 37 annos, doente ha um, em que a pressão sobreas verlebras lombares ou sobre uma macula ^igmenladaexistente na região sacra, diminuía as contrações. E noarme do accesso havia ranger de dentes. Os espasmoscessam durante o somno. Exagero dos reflexos,

A segunda observaçâo4fi Marina ,é de um rapaz de27 annos, doente também ha um anno com espasmoschonicos e tônicos nos vastos internos, nas paredes doabdômen, nos peitoraes. Nesse doente, além dos phenome-nos vaso-motores, dos borborygmos,dos espasmos da laryn-

ge havia estreitamento do campo visual, anesthesia doveu do paladar, dyspnéa de accesso, bolo hysterico, dòrepigastriea. Os dons casos curaram facilmente com ap-

plicações galvanicas no dorso.Minkowski diz que o seu caso foi consecutivo a uma

queda e que a oloniá era unilateral com hypoestesia domesmo lado.

Na observação de Bechterew (uma mulher de 28 an-nos) havia uma zona espasmogena na face e o accesso era

precedido de dores dilacerantes e sensação de entor-

peciinento nos dedos. Cura pelo zinco, a valeriana e a

galvãnisaçâo.A doente de Frank R. Fry tinha accessos que se

— 105 -

iniciavam com respiração, eslertorosa, seguindo-se caim-

bras dos músculos das coxas e contrações domeis em

outros músculos. Durante o ataque a doente batia violen-

tamente com os pés* no chão.No primeiro caso de Ziehen a moléstia desenvolveu-

se depois de um abalo moral. Os espasmos eram quasi

rythmicos; havia bolo hysterico, hyperesthesia e hyperal-

gesia de todo o corpo, asthenopia da retina, dôr ã pres

são sobre o oeciput e das apophyses espinhosas das ver-

tebras cervicaes. A cura realisou-se subitamente depois

de três dias.A segunda doente de Massaíongo tinha tido desde

joven, convulsões hystericase ás vezes tinha clonias por

accessos em que estendia e flexionava alternativamente o

dorso e as pernas associadas a sobresaltos tetanicos, acal

maveis com a sugestão.No primeiro caso de Feinberg foram observados ac-

cessos de convulsões ora nos músculos do dorso, ora se

setendendo aos dous membros superiores, ora nestes so

mente, raramente nos membros inferiores ou na face.

Sem perda de consciência e precedidas da sensação de

um corpo pesado que do umbigo subisse até o pescoço.Demais era dolorosa a pressão sobre as apophyses da

quinta e sexta vertebras cervicaes e sobre a região um-

bilical. Os estímulos cutâneos ou a vontade não modifica-

vam as clonias, que eram às vezes nitidamente ryth-

micas.No terceiro caso de Feinberg tratava-se de um

trabalhador de 28 annos, que apoz uma altercacão com

visinhos recebeu umas pancadas na cabeça, no tronco e

nos membros. Dahi data a moléstia que se iniciou sob a

forma de tremor dos membros superiores e perturbações

psvchicas. Alternativa de depressão e agitação; pertur-

106 ,-r

-¦¦¦:-,}:

bação da memória e da intelligencia; momentos de hici-dez em que se occupava o doente somente do aceidente

que lhe orcorreu; eis o estado mental do pacienta. Ti-

nha elle ainda espasmos clonicos rythmieos nos músculossymétricos dos dous membros superiores, mais pronuncia-dos ãdireita, cerca de 100 cohtracções por minuto, sem

interrupção. Durante o somno e os movimentos volunta.-rios havia parada dos espasmos. .

Apezar de Feinberg salientar que em seus casosfaltavam symptomas clínicos da nevrpse traumática ou da

hvslero-neurasthenia, parece-me pela leitura de suasobservações que os casos que resumi acima são de cloniasattribuiveis á hysteria. , ,., -.«..^ .

O doente de Bregman antes do ápparecimento du

myoclonia tinha accessos de espirros, de soluços <* de

bocejo, bolo hy.sterico, sensação de ardor interno e zona<;*o!orifiea na fossa supra-clavicular esquerda. Iv verdade

que durante o accesso o doente emittia sons, o queaproximaria o caso da moléstia dos ticos convulsivos sesymptomas outros nào o collocassem na hysteria.

Hemak tendo tido a oppurtunidade de rever o casode Placzek, considerou-o hystérico.

Hoiímann declara hysterica a sua doente e até euli.tulou sua communicação do seguinte modo: Paramyoclo-nus m. auf hysteriseher Basis.

Um dos doentes de D'Alidcco tinha oscillaçòes dacabeça e quando se lhe tocava nesta ou na face cahia porI,,,, ra sem per ie consciência.

O caso de Stemb.O (de Wilna, Hussia) apezar deter uma variante de eoprolalia (Guies, liebes Taubeliru,(Hi «Vater, ich haue dirden Kopf ab» etc.) o que o apro-xima da moléstia dos ticos;por outros symptomas pareceligado á hysteria,

— 107 -

; 0 doente de Schütte alguns annos antes tinha sidotratado de hystero-neurasthenia apoz uma queda: cincoannos depois disto teve symptomas histeroides: o pregobysterico, hypoesthesia thernriea, perturbações vaso-mo-toras, tremor vibratório, etc. Depois sobrevieram ossymptomas do paramyoclonus multiplex.

0 primeiro doente de Bruseb teve paraplegia e anes*thesia crural que desappareceram em poucos dias. Ossecundo e terceiro doentes do mesmo observador tinhamaccessos convulsivos nocturnos tonico-clonicos que elle

próprio descreve como bystericos.Poderia citar outros casos dos publicados até hoje

que me parecem provar que incontestavelmenle a hyste*ria pode occasionar o quadro mais ou menos completodo syndróma'dtíseripio por Friedreich. líu mesmo játive duas oppurtunidades de observar doentes que ffiêv

levariam a afirmar com o Professor Raymond que «a

myoclonia 6 uma expressão jrag me ataria da hy&~

teria se o exame reflectido dos factos não me levassem a

ver que muitas vezes nenhum estigma de hysteria precede,ou suceede o syndroma em questão ou com eííe coincide.

Vou referir., ainda que succintamente, minhas duas

observações.1.- J. C. com ;55 annos de idade, costureira. Pae

morto de lesão cardíaca (?) mãe de pneumonia. Irmã

viva, hysterica.Nos antecedentes pessoaes nada se encontra de nota-

vel, a não ser symptomas vários de hysteria; astasia aba-

sia em varias occasiões, bolo bysterico. aerophagia, etc.

Historia do apparecimento e evolução da myoclonia.

Ha cerca do Ires annos subindo uma escada com uma

bacia na cabeça escorregou e caiiiu degraus abaixo, acom

panbafldo.-a na queda os fragmentos da bacia esmiga»

108 -

t ¦ „» mão produzindo uma solução,hada; um desses fenu-a «amao.pro

0P .ontlmndade, donde resunou^'--'' ^ ^_

& Mnito -^»a:a"l;;eg avia muito n*o soaria-

parecidoaastas,a.abas,ad rha?ja enconlrel

Chamado para fazei cessa tos nas per-doen,e iremnla,comcephalalg.a,

to «

naa e no braço direito, ainda.oni ^

Cessou facilmente a«^ ""^ dormiraal„ed,o„tada a P-^^í-. ^P-asnoite inteira. Dous dig W™ , ^

_ pf)UC0.demvoeloniaqueeud,«reve«

Exame object.vo. Rapar.ga regalares,

0,„a nutrido e -«¦ffií »»' "«"»Quando deitada a doente, q

pheno.«*Í asète°ebP

dti a cm,— mus-meno verifica-se queeiie .cu,ares muito

^«^ peitoraes o nos bieeps eU""be"' "e "*!

t Wef Também esisiian, .,» „«

ul,e ellas eram mais visíveis. .

»<» * Cabe,!Uau" por tempo muito «10. A vontade

cessavam atuda^qu P» ^ /,„„,,,„,, mas nos orem-

consegue domina, as ve/ts ^

bros inferiores não ha «.Io. o capa' mosw,e,„os

No rosto não ha taes contrapõe...

oculares eram ^ma^ faSciculares b.lateraes

A lingua tmha OSP^W"^ . Mcada dentalÍHüuer est.vesseem repouso para tia/

-^ 109 —

ccões bruscas dos másculos do tronco. Conservandose

sentada continuam as mesmas cõntracçoes, ao mesmo

tempo que se exaltam os donos dos membros infenores.

Seella tenta mover os dedos dos pés os eapamos cres^

cem de numero e augmentam em iniens.dade ae modo

ã difíicultar os movimentos voluntários.

Se a doente se ergue para andar, os espasmos aitm,

aem o máximo. É no qnanncenec.uiaí esquerdo que as

cõntracçoes são mais aeceotuadas. São qüasi continuas e

de rithmo deseguai. Muito visíveis são também .as com-

tracções fibrilares dos músculos da pantunlha. Movi-

mentos activos são possiyeis porém produzindo fácil fa-

diga Em conseqüência das cõntracçoes referidas a aoente

oscilla de tal modo que se suppõe sempre prestes a

cahir: dahi o reluctar em andar. O fechamento dos olhos

augmenta as oscillações.Hemianesthesia táctil, thermica e doloriíica. á esquer

da A anesthesia existia também nas mucosas buccal e

conjuncüval. Dôr á pressão nos troncos nervosos a direita.

Sensibilidade normal deste lado.Reflexos. Os tendinosos superiores fracos. O rotu-

Hano mais forte á esquerda. Os plantares abolidos. O

epigastrico exagerado. 0 pharingeo diminuído, o conjun-

ti vai normal.As pupilas «de tamanho normal» reagem normal-

*mente.

Com o olho direito vê bem, reconhecendo com

exactidão os aüributose a qualidade de qualquer objecto.

Com o esquerdo não consegue mais que reconhecer attr,

butos vagos: senão lhe apresentado um exp.er.imentaaor

com agJa não consegue vel-a (cegueira psvch.cn). ao

passo que com o outro olho distingue bem o continente e

o conteúdo.

— 110 —

O olho direito reconhece bem as cores, o esquerdovè branco o amarello, e preto, o verde e o azul.

Anosmia e a geuslia á esquerdaSalvo certa lentidão na percepção e uma dysmne-

sia de datas o estado mental é regular.Os antecedentes da <joente nitidamente hysiericos,

até que seja reformado o quadro actual da hysteria,parecem impor a opinião de que a myoclonia que affli-gia a paciente era de natureza hysterica.

Na outra observação que vou resumir, parece metambem evidente que a hysteria foi o factor determinanteda myoclonia.

Obs. 2. (ResuiniTia; Hr St18 anmiH. estudante de engenliana. Paes sadios. Irmã hysierica.

Aos 14 annos começou a ter accessos de soluçosalternando com espirros e bocejos. Tinha lambem o bolohystenco e hyperesihesia do testiculo esquerdo.

Em conseqüência de uma forte emoção começarama apparecer nos músculos dos membros inferiores e nospeiloi aes, contracções involuntárias attingindo a totalidadedo músculo que a cada espasmo fazia uma accentuadasaliência. Os quadricepes cruraes «-ram os mais attingidos.Os espasmos eram separados uns dos outros por interva-los curtos, porem irregulares. A freqüência e a inlensi-dade das contracções, variavam de músculo a músculo,segundo os dias e segundo as horas: ellas variavam de10 a 60 por minuto, e eram mais fortes e mais frequen-.tes quando o doente estava no leito. Os espasmos cessamdurante os movimentos voluntários

Reflexos roíulianos exagerados em ambos os lados,Reflexos do lendão de Achilles muilo diminuídos. Piaulares abolidos. Creuiasterianos exagerados.

Reflexos populares normaes. Visão normal. Nào ha

— ui —

sianal de Romberg. Doambulação mais ou menos normal.

Audição normal, dos dous lados. Olfacto e gosto sao me

lhoresá direita. t ,i%As impressões tactis thermidas e aoiomicas sao

mais lentamente recebidas á esquerda que a direiia.

O exame das vísceras nada revela de notável.

Ainda aqui me parece evidente a hysteria no doente

aue denois apresentou os symptomas cardiaes da mvo-

clonia.Estavam escriptar, estas linhas quando ttve a foi-

u.na de ler um. observação de paramyoclonue mulh*

nlex miMir-da pelo Dr. G. Carrière. da Universmade áe

\ ille '

xNas considerações que acompanham a mesma ob-

.ervação, o referido auetor diz que em dous de seus do-

entes de mvoclonia verificara estre.tamento concentr.co

do camoo visual, anesthesia da cornea e do pharynge,

tím hvsterico e inversão da formula dos phosphatos.

Ora deante dos casos alheios e das próprias observações

que acabo de referir, dever-se-á aflirmar que ha um pa-

ramvoclonus de natureza hysterica ou tratar-se-á de uma

simples concomitância ou seqüência de dous estados

mórbidos diversos?Alhures li que na mvoclonia havia um caracter que

deveria excluirá hypothese de sua gênese hysterica: e e

que as contracções isoladas de um músculo nao sao

observadas na vida normal. Mas nesta em razão de

certas profissões e por força de inbibição, attinge graus

.ncriveis o poder de isolar contracções musculares e então

u.uito oomprehensivel é que na hysteriaeste poderseja tam

bem exaltado. Quem tiver tido a opportunidade de obser vm-

essas variadas hvperaig.as e anesthesias multo circum-

scriptas e até hoje duas cie origem hysterica, não trepi-

dará em crer que os centros nervosos hystencos possuem

privilegio de engendrar desordens tão limitadas. E nao e

- 112

somente nos domínios da inervação sensitiva e sensual

oue isto suecede: O nysiagmo hysterico, a mydriase hys-

tóricà unilateral, a d.plop.a hysterioa não modular nao

evidenciam qué no domínio da innervaçao motora tam-

br-m existe o tal poder?Então emquanto nào fòr possível, com o conünuo

progredir da neuropathológia, demonstrar a evidencia que

bvstéria é apenas um svmdmma, emquauto uao eon e

(fUirm0s mostrar até onde vào as correlações entre°os

estados mórbidos que tem sido, talvez um pouco pai

nativamente, denominados de nevroses. emquanto a ana-

,,„„,. fina an , pbvsiología experimental naodemons1,a.

.¦emliuaes as erre umsíanc* ias determmat.vas dos sympto

mas àte boje mais ou menos hyppihèticanHmte explicadas,

podemos affirmar que a hystería pode mf»?^c)oma com o tvpo descripto por Fneare.ch ou com fe,-

cões mais ou menos modificadas.

Com tal affirmação não cheguemos a negar que-mui*

tas vezes apesar da existência de symptomas ditos hysle-

ricos, apparecem phenomenos que bem poderão estar

llir:ui0s a lesões evidentemente de outra natureza. E

então se hvsteria é moléstia autônoma, a myoclon.a

pode coexistir com ella por força de qualquer lesão cor^-

Ucal clõnogena. If assim que nb.easo de Sebutte julgado

hysterieo sabemos que 3 mezes apoz foi firmado o diagnos-

tico de hemorrhagia sub-meningéa. Estudaaas as corre-

laçõès da mvoclonia com o complexo morb.do ^ue

tem sido denominado hystería, passarei a estudar ascoi-

relações das mesmas myoclonias coin outros estados nosp,

lógicos, afim de que fique evidenciado de que myocloma

nem sempre é uma expressão fragmentaria da hys ¦

Continuateria.

- 113 -

A TERCEIRA DÉNTIÇÂO NO HOMEM

A propósito de um caaoPelo

DR. GONÇALO MONIZ

Prof-or substituto na Faculdade de Medicina da Bahia

0 facto de ser contestada por grandes autoridades a

existência de dentes de terceira dentiçào na espécie hu-

,„a„a é o movei que nos leva a dar F^*^'*vaçào que passamos a referir, por nos parecer contraria

tÜl TrTse de um homem de mais de 50 annos, pardo,

antigo hvpoemico, ainda conservando., embora curado um

certo grau de patltdez anêmica, dipsomaniaeo, o qual texe

em tempo a 2.- dentiçâo completa. Jã ha annos per-

dera a maior parte dos dentes. só lhe restando na , ax, a

superior o W molar direito, o 2.° pre.no.ar e o l.« molar

esquerdos, e na maxilla inferior n canino direito e ;5

WmV&i alguns me.es, sentindo dôr em cer.o pon o

da gengiva da maxilla superior, procurou-me afim de er

a 1 era devida. Examinando, notei no logar da dor one

correspondia mais on menos â sede docanino d.redo(qne

como disse-nos, ha mni-.o ja havia cahino). a coroa »

dente novo, qne começava a "^L oro»

está hoje quasi completa, apresentando-se a mia coroa,

alva volumosa, bem esmaltada, nào coma direcção noi-

mal,'mas inclinada obl.quamente para baixo e para a es-

queria, atendo a fôrma conica, unicuspida.a, similhante

ádeum canino. Offerece notável solidez e fixidade. que

contrastam com o estado vacillante dos outros poucos

dentes já estragados, que ainda persistem neste indivíduo*

Temos, pois, o caso de um dente, nascido após a

queda dos da 2.» denticão, e depois de largo intervallo,

no logar precedentemente occupado por outro dente per-

— 114 —

, nr,rm,l SeèSa condizes, cabe-lhe bem, a

^^explicaoáes aderentes aosc^ « °-^

Oulros, põFém, adoiittem a re_«c -

*¦**!? no hcmein *^^ ^ resenhil

Vam s, 4 ,, o . ;- ta9rcompete„ie,Az opirr:: - *- tò »• — ^

adduzmdo em seguiu»encontros nr, lifiratura ™d «. rt» '^

modo devemos considerai o, . qual a

taçào qne lhe convenr DMam6re; ar!Conforme MagUot (U'CC. ae ™«08ta

nJ\ <a dentição humana ^invariavelmente cometa

me ra idade, eaenuçao^L oveiii-

T^:^^t::^:="°-,r:.S^^SS apocrvptros -£«*

**#£&** & aS3 'JSi&ídent.çao tardia.-Nao con scientiíica-

,henUCÜ r vir \ ;Xb:l

'^pnenoiiiaaos „,-me,„e. ^Vg^^.u,n [ii7,„os 3USlwll,, q„e dótimos aa evolua- úo to a-, ^ãucção du den

r,rirr»:--- •mWwAT'm* ca..go*a,„a* . ¦—

- 115 —

lições não são mais do que dentes normaes de erupção

anormalmente retardada.Alguns autores pensam com Magitot; outros, porto,

professam opinião diversa. oSappev (Traité d'ana<t. descrip. t. 4>, p. I2à)

admiüe que se tenha visto em alguns casos excepcionaes

certos dentes permanentes renovar-se. Mas.a seu vêr a

3* dentição não passa de «uma anomalia, um simples

brinco da natureza» que, longe de constituir uma vanta-

<rem, só traz inconvenientes.Andtieu fHarris, Austen et Andrieu-7>ató de

tart clu denüsíe. 1884, p. 523; é do mesmo parecer

queSiippey quanto ao modo de encarar as dentiçõesex-

tranumerarias. A propósito, exprime-se elle da seguinte

fôrma: «Tem se procurado explicara 3» dentição, quer

pela persistência dos dentes temporários além da época

habitual, dentes que, t<mdo ctihido tardiamente, não per-

inittiram aos de 2a dentição fazer a sua erupção smao em

uma idade em uue começam a cahir; quer por uma pa-

rada de desenvolvimento de alguns dentes permanentes

que não tendo podido surdir entre dentes muito unidos

deante delles. readquiriram de repente sua força eruptiva

-l^pnis cia aueda dos que estorvavam a sua sahida. A*$

estas explicações não podem convir a todos os factos e,

entre outros, aos de duas ou três substituições successivas

ae um mesmo dente. E' preciso, pois, admittir esta 2»

dentição- mas acreditamos, contrariamente á opinião de

Harns. que convém considerada como uma anomal.a ou

um capricho da natureza e não como o effeito de uma

lei da economia.» .Como se deorehende deste trecho, para Harns (Up.

Cit.) longe de ser impossível, a 3» dentição é facto real,

natural, posto que raro.

116 -

(Ftudesurlairoisième denr

Laano.s • B'*'«; f6'473Qs(enl»,„ a ******

.;,;„„ eto rto»»». oe5c*4)hüraa„a, dando essa deao-

denticão ciaria na espécie ft qued da

mi„açao a erupção » a».|| ^ ^^

Mlas

denticão defmit.va. E para «P normalnienle,

«sducte histoiog>cas a >' dQ5 teeidos de que

Laate ae.oiaçao aeoun^ > ^ elles, moslroa _

derivam as ma^llas- "A ba™i°'aos resi(ju0s ep«

a existência nas max.llas alem

parademarios de Malassez de ua, ,

definitivo, e nasc-do pro, ^ epiüielial nao podei ia

da seganda dentro-- W*« w den(içao?ser considerado como o

ft anatomia humana,.A anatomia -«^"t

de a ma te.eei» denãsão. Os

dentes em numero llimrtad argumeutos de

sua ,i*taW* iode^d». -«• 5ub.m,„a ,,iais „,,,„»

algul, valor nesta ordem de^¦ ^^«e de

u escala animal vere.no, Jen

sub»ü.a>#o. Da P°,^<r0(i0„t,a $«UW0 d»» seKukerUhal) passamos» d^f

,n,(e,,s. dest» á »»» -

«'«m"ai""'r^n.»» »i*ceM' °s gr™,„,„,,«»».,« (**^2& podemos eotóu, q»molares do homem,.^^uma terceira dent.çao e poss» lfa

A e.isteneia d,, denüeao teW - esle „„„„.

•««.

pül, Détóer,,. .'T;-;;-'S;t81 t *»= easos de S,

^^r#feígí35"*

— 117 —

nhecida por Mathias Duval. «Tem sido verificado, dizelle (çit. por Launois e Branca) que nós dentes de leite,depois de formado o germen adamantino do dente desubstituição, pôde existir, no meio das vegetações para-dentárias, fim pequeno cordão rudimentar. Este pôdeser a origem de uma 3.» dentição e o schema desta denti-

ção anormal é em tudo comparável ao da evolução dos

grandes molares-'.»Oscar Amoedo (Lart clentaire en médeane légale.

1898), admitte a realidade das dentiçõesexLmnuinerarias^não só da 3.a, sinão também de 4.a, õ.a, 6.» dentiçõtss. âexistência destas ultimas é lambam sustentada por ou-tros autores, em visía de algumas observações fidedignas

que têm sido publicadas. Como alguns dos autores já ei-.lados, attribue Amoedo taes factos ás producções epi*tiieliaes intra-maxillares estudadas por Malassez e Albar.-ran.

Entre os que acreditam na existência de 3a e 4*dentieões no homem, podemos ainda citar Prenant {£lè-tnentscl'cmbryologie.deVhommeet des vertébés, 1896,t. 2° p. 212), que apresenta a respeito as mesmas explica-

ções já conhecidas.O numero de peças dentárias de que podem constar

as dentieões extranumerarias é variável, como nos mos-tram os casos observados. Podem taes dentieões se1'constituídas por um só dente, por um pequeno numero,e. até por uma dentadura quasi completa.

Alguns dos que negam a possibilidade dos dentes de3.a dentição, consideram os factos apresentados em favordelia como exemplos de dentes supranumerarios.

Ora, as diíferehças que se podem estabelecer.entreessas duas especies.de anomalias parecem nos subtis, sinão.hypotheticas. Na pratica, cremos que a única distincçào

*>

— ?1S —

factível entre dente de terceira dentição e dente supra-

numerário, é a que se refere à época da sua erupção. O

dente supra-numerario. como foi indicado por Magitot e

Sarrazin. coexiste de ordinário com a dentição definitiva;

apparece precocemente. a sua erupção precedendo muitas

vezes a do dente que vem duplicar.

O dente de 3S deuUoào nasce após a queda do da 2

oue subslitue e cujo logar vem occupar.:

Theoricamente poderia chamar-se (imite supranu-

morarib o que se originasse de um germeo derivado, con,

iuntaureiHe com ododenie permanente normal, do cor-"tfftnfo d4M^...de.lei!e correspondente; e dente de 3.." den.ti-

r,„. ,o resultasse" ,ia' .-volucãotic urtKgermen emana:-

d0 doconiào do dente permanente, Àias isto. que não

passa de mera sunposiçào. é de diflicl ou .mposs.vel

averiguação em cada caso, e aliás .sem unportanca pra

tica K p.ara não fazer pura questão de nome, parece-

11()s adopiavel neste particular a opinião n.an.teslaaa por

i aunois e Branca, quando nào adm.tlem différença en-

ti,. as suas ordens cie factos. «As anomalias verdadeiras

mt excesso escrevem alies íLoC, cit. p. 557). rep.esentam

;,HM: uma «lentiçào supra numeraria, quer uma terceira

dentição; Sem duvida edifíicl, até por v,zes impossível,

dizer' s. um dente em excesso, atrophieo ou bem

desenvolvido, deve ser referido atai ou tal destes grupos.

Ma, isto pouco importa, pois que dente supra-numerar.o

ou d.t.te de terceira deuiiçào são a mesma oousa:-ninho?

ns opo-àos promariam ^ um processo idêntico, o botão de

..." ,....,,, .,,..,](> segunda ou de terceira ordem, pode

sí massicu rtü" oro. bTassim, s,, na pratica, ficamos redu-

Íidõ-8 a fazer siipposições m.mas vezes aleatórias sobre

B natureza original de um dente cm excesso, a anatomia

geral leva nos a reunir as duas formações em um mês»'

— 119 —

mo grupo; élla redui-os a um botão epithelial que deordinário fica crystalizado no estado de botão. Demais, siesse germen de espera se evolvc, pode orientar a suaevolução em duas direcções differentes e dar nascimento,

já a simples anomaliasjá a verdadeiros tumores dentários,segundo a formação ceüular revestir o typo da seiie tíòr-mal ou o typo da serie paihoiogica.

Expostas como-se acham as diversas opiniões ácerdada questão e admittida a existência de donliçÕes extra-numerárias, passamos a referir as principaes observaçõesdesta natureza registradas na literatura medica, as quaesservem de fundamento aos que acreditam na realidade do

pheuomeno.Haller aííUoia.ter visto uirm. terceira dentiçào coin-

eiiiir em uma¦¦mulher com a volta da meristruaçàt) e, ada coloração negra tios eabellos. larapia relata ulgunscasos de 3a dentiçào. Krause viu em seu irmão- gêmeoreapparecerem pela terceira vez os dois incisivos superi-ores que havia perdido.

Esses casos são citados por Gehler (178(5). Este autor

ppr sua parte conta que o seu proieçtor perdeu a 15annos 2 incisivos permanentes, que pouco depois foramsubstituídos por outros.

Montzellius viu um velho de 120 annos, no qual doisannos antes haviam nascido dentes. Em um carpinteiro,na idade de 80 annos, observou Dufay a erupção de 2incisivos e 2 caninos.Fauchard refere 6 observações de 3.dentiçào. Diemerbroek conta que, tendo perdido um dosseus caninos na idade de 50 annos, lhe sobreveio outroalguns annos mais iarde. Kste mesmo autor viu em umamulher de 56 annos surdir dois novos dentes nos logaresde dois incisivos permanentes que haviam cahido. Jou-bert narra a historia de uma senhora em quem, após a

/¦ *--V '¦J;*'j:!

— 120 —

perda da 2,a*aèütição, brotaram 20 dentes novos na ida-

de de 70 annos. Seunert refere o caso de uma mnlhe.r na

qual. na idade de 40 annos, passada a menopausa, nas-

oeram 20 dentes de 3 a dentição. Em um menino de 12

annos, viu Ungebauer 12 dentes ser substituídos tres

vezes.Mazotti relata a historia de uma menina que teve o

primeiro dente de leite a um mez; a 6 annos começou-lhe

a 2.a deniição, a 8 foi acommetuda de uma febre typhica

seguida de longa convalescença, depois da qual lhe cahi-

ram todos os dentes. Estes foram rapidamente substitui-

dos por dentes novos: no espaço de dois annos reappa

receram 16, os 8 incisivos, os 4. caninos e os í* primeirosmolares.

Eustachio e Tarenta publicaram casos de 4.adentiçao.

Um bello exemplo de 5,'!l dentiçào foi observado por Aju*

tolo em um menino de 12-annos.. Uson {Bulletin gón.dethréàp., 1837, XIII.) cita o seguinte facto de 6.a dentiçào:

«Eugênio Caviiion, 13 annos. teve a 2.» dentiçào na idade

de 9 annos. A queda ea substituição dos seus 28 dentes

effecluaram-se em. curto espaço de tempo. De 10 a 11

annos, teve elle uma 3.» dentiçào; de 11 a 12, uma 4.a; a

13 annos, uma 5.» Nó momento da publicação do facto,

cabia o l.o grande molar direito inferior, expellido por

um dente similhanle muito apparente. Os dentes cahidos

não tinham raizes, eram gastos, corroídos e não determi-

navam accidentes; a queda e a erupção fizeram-se na or-

dem ordinária. Os dentes eram pequenos, brancos, regu-

larmente coliocados.»As observações que acabamos de referir, transere*

vemol-as do citado trabalho de Launois e Branca, sendo

aWumas dellas tambem citadas por outros autores (Sãppey

0BAmoedo, etc). Launois e Branca accrescentam a essas

¦'¦.; :''ÍCj:« ¦'',

¦ ;;-¦.:. i.v- ¦

- 121

II

ires observações, uma pessoal, uma communicada pelo

Dr. Achard e outra pelo Snr. Rosenthal.Na primeira trata-se de um dente atrophico encon-

trado nii metade esquerda do maxillar inferior, no pontoanterionnenU! oecupado pelo primeiro molar, de um ve-

lho á<>. 91 annos. morto de nephrite intersticial. 0 dente

rudimentar, de forma conica e volume extremamente re~

duzido, achava-se situado sob^o lábio interno do bordo

alveolar do osso, que o envolvia, formando-lhe um verda-;

deiro casulo. Kra constiluido por uma massa central de

marfim e um envóíuero de eemento; não havia nem es.-

maltenem polpa. 0 indivíduo objecto desla observação

tinha perdido todos os dentes na idade de 65 annos; a

sua denticão fora completa. Em sua historia clinica nào

se achava affecção alguma capaz de determinar uma pa-rada de desenvolvimento (tuberculose, syphilis, rachi

\l tismo, idiotia). 0 caso communicado por Achard é o de

I............ uina-.tabeticA.de, 36 annos, observada na Salpêtrière, em

1893. que perdera todos os seus dentes e na qual nasce-

ram ti es dentes novos na abobada palatina, alguns milli-

metros atraz dos antigos.A observação de Rosenthal tem por objecto um ra-

paz, que não fora aeommetido de nenhuma moléstia du-

rante a primeira infância, no qual o primeiro incisivo

brotou a 5 mezes e a denticão se evolveu sem perturba-

ções geraes nem locaes apreciáveis. A 7 para 8 annos

effectuou-se a 2.» denticão. Para a idade de 9 annos, sem

desordens da saúde, sem a menor dôr nem embaraço da

mastigação, começáramos incisivos superiores e inferiores

a abalar-se durante os movimentos de approximacão das

maxillas,e tornando-se cada mez mais molles, acabaram

por cahir. Foram, porém, substituídos por novos dentes,

que formaram assim os elementos de uma 3.* denticão;

122

esta versou sobre 8 dentes e evoíveu se em 3 ou 4 mezesmostrando-se estes dentes, depois do desenvolvimentocompleto, alvos, fortes e bem implantados.

Na obra de Hairis, Austen e Andrieu, já citada, en-contramos varias observações de dentições extra-numera-rias, das quaes mencionaremos algumas.

A primeira por elles relatada pertence ao Dr.Bissei, que conta ter visto nascerem em uma mulher do98 annos 12 dentes molares, a mór parte na maxilla in-ferior, quatro dos quaes cabiram logo depois, emquantoos que ficaram estavam mais ou menos moveis no mo-mento do exame. «Em um caso deste gênero, Hunter foitestemunha da erupção de uma nova (ila de dentes einambas a.s maxillas, provavelmente com renovação dosalveolos. e concluiu deste phenonleno, assim como dealguns' outros que se produzem nas mulheres desta ida-de que a natureza faz nesta época alguns esforços pararenovai o corpo.» (Harris e Austen.)

0 próprio Harris tratou de «uma dama em quem sur-diram vários dentes esparsos na idade de 74 annos. e aqual ao mesmo tempo recobrou tal faculdade (ie visãoque abandonou os óculos que usava desde mais de 20annos e poude então lêr com facilid .de" os mais finos ca-racteres tle imprensa.» Cita ainda o mesmo autoi ocaso (ie outra dama de 76 annos, na qual appareceramdois molares novos, «ao mesmo tempo em que recuperavaa sua faculdade auditiva, depois de ter sido durante ai-guris anuos tão surda que era obrigada a tocar no badalode uma campainha, que tinha sempre junto de si. paraassegurar-se si soava ou nào.»

Refere o Dr. Siade que seu pai, na idade de 74 annos, teve um incisivo em substituição de outro que perdera 25 annos antes, e possuía a 80 annos uma ordem

123 —

comp,e,a de dentes ^^f^^^

perdeu-„s todos,uccesa»me£.. Unha de „ovo

pouco a pouco, de tal sone cat,ellos mu-L soas arcadas dentar,»* com

^ Sgg

datam ao mesmo tempo côred^ ^

-^ÍSrl^^esdedenucOestcrc,Alam flf1 maiS üaii«» •» .—„Alem ue iii» . ffpTit eõés sirccco

arias. menciona Harris um caso de ™« ,„

sivas dos incisivos centraes superm™, çb*

Dri Dwmellecdá a W™^^^"™ crior. direito, ->.iiivím do incisivo centrai &uyerppçoes conseoativa, ao ,n

em, uma senhora. Tendo peu.. oermanente nas-dos dentes temporários, o,nctavocerPej» ^

-ar;t,::b,-:n,erd;:;-,mn,sdo,sa,,conveniente, foi extramm tendu ainda descido

rta mesma maneira e pela mesm (

s,vono mesmo poooe- da me5,„aA esses casos ajunta Ana tralaVi^e de

espécie, por e.le observe .N «^ . ^ „,,

um rapaz, em quem, no logar do 3ubstituiçâo,

W** rfirei'" b;;:;rzh 2.t is me - depois, aoeante,

5 V desviaciopu.a *#,tó' ao ÚQ dente collo--bruntoopr ^ ,^ gr- o seu logar de

— 124 —

e»íe esírahido Por sua vez para permiíür défínitivamenféaos dentes v.smhos collocar-se em ordem, foi logo subsmo por outro bieuspidato, que veio interpor.se aoa na 0 3.' caso emfim e o de uma rapariga em quemte* o autor duas vezes a avulsào de um incisivo lateral

que sab.u duas vezes acima e adeante da areada dentariapara substituir o incisivo lateral temporário tirado prema-turamente três annos antes.

líepoisde discutidas de mmü gera! a questão dã*dentiçoes extra.numerarias na espécie humana e apre,-sentadas as principaes observações que milítam em prolda sua realidade, vejamos como devemos interpretar onosso caso. F

^ Será a nossa observação a de um dente de 2 * deu-"cao retardado na sua erupção? Cremos que não, pelosseguintes motivos: con lecemos de longa data o indivíduoem que observamos o fãeto, e sabemos que teve élle ouPorlanamente a sua 2, deutíçâo complela; não se encon-"a alias na sua historia circumstancta alguma(moléstiaeonstituconaUiy.strophia..) su.scep!.vei de accarretar simi-JiJUn,e ^"damèmo;emfim, as outrascausas queimpede.na erupção na época própria de um dente permanente sãoa persistência anormal do dente caduco correspondenteou a falta de espaço devida á excessiva contiguidade dosdentes permanentes já' nascidos e assaz volu.nosos, e ces,sados que seja.n taes obstáculos, o dente retardatario devesunirora, largo espaço de tempo mediou em nosso casoemre a queda dos dentes da 2> dentição e o nãicnn^ntoao der.ie anômalo. Não havia, pois, razão alguma, si fosseelleaefactoum dente da 2.» dentiçào. para iào serod.oapparecimento.

Quanto a considerai o, não um exemplo de dentiçàu

125 —

i »

tereiarra, mas um simples dente supra-mumerano, ,a ma-.,

nifestamosa nossa opinião sobre esse piiriicu ar. deda-

rando não admittir entre as duas ordens de phenomenos

sinão differença chronoiogica.Concluímos, pois, que é um dente de 3.» dentiçao .

que observamos.E para terminar digamos que a existência das denti-

cões extra-numerarias não é assumpto de mera cunosi-

dade scientifica, sinão que também tem a sua imporiam

cia pratica. ,Além do interesse que apresentam taes factos do

nnnto de vista da anatomia pathologica e da comparada,

rii conhecimento, como nota O. Amoedo, é de grande

utilidade para a medicina legal. «O medico ponto, diz

este autor, não os encontra muitas vezes, porque sao re-

lativamente assaz raros, mas a sua presença em uma

bocea de velho constituirá um signal de identificação de

extrema evidencia. O conhecimento delles perm.tt.ra

também evitar um erro de interpretação, possível pelo es-

tado da dentiçao nova e não gasta».

Contribuição para o estudodas

ANOMALIAS MUSCULARES NA RAÇA NEGRA

GRANDE PEITORAL; "MÚSCULO C1.0ND1W.EHTR0C1.LEAN0

pòrJ. ADEODATO, D. M.

A noticia dos trabalho, *« Macular. Wood,

.J*es,u(,L,,/o„W,*.r„/,r, ..,,,,, sobre «'»»—"

musculares e principalmente dos.que, eomo.oMe Unu

,itski se referem em ospecial- ás,variações dos músculos

mis raças, e o campo de observação que .ms offereC| a v*.

- 126 -

riabilidade ethnica de nosso pais, excitaram em mim o de-

sejo de contribuir com algum contingente para a ediíica-

ção desta parte tão interessante de anatomia aolhropolo-

gira. Infelizmente o restricto numero de observações co

Ihídas e a diversidade dos músculos a que eíias se referem

não me permittem ainda elaborar uni trabalho de ampli-

tude equivalente á somma de elementos funtiamentaes

que pode ofíerecer o nosso meio.Sobre os músculos peitoraes lenho, entretanto, embo-

ra não farto, su.ffieiente material, em que baseio esta

pequena contribuição, que, si estorvos não houver á

minha intenção, será seguida de outras, que em tempo

virão a lume. Em dais .indivíduos de raça preta vnmulmi

interessante disposição do músculo grandepeitoral (*) eon-

sistindo na subdivisão do corpo muscular cm feixes mais

nu menos independentes, dos quaes um formava mesmo

„„, músculo autônomo, de existência anormal no homem,- músculo chõndro. cpitrochlcano.

U grande peitoral do homem tem. na verdade, tendeu-

cia á subdivisão em feixes irradiados {Maclaister (i)

Mac Clellan (2); no estado normal, porem, apenas se

divisa um sulco mais ou menos apparente separando dous

feixes—um claoiaüãr e um slerno contai (Testut, ;S),

Poiriet'(4) Lusekka (ú). üm.grãü muito accentuado,

de fasciculação constituo, poWin, uma disposição rara

l);; qual referem casos ttcaunis et Bouchard. (<ò)CotlcLj (7) Mácalister e Ledout/Lc (8),

A minha primeira observação, que se refere a

uma preta erenuia de ÜO annos de edade, ofíereee

um dos mais curiosos casos de desdobramento do

1) üpeque.nd peitoral o o subòtavio apresentavam lambem interes-

sunte disposição, que será assumpto de outro itrtigo.

iy:^.^.;,..-~/;^:-......., ..v,^..:::-:^,...^- ;

-..^ ¦ j,™

— 127 --

grande peitoral e de existência do músculo chondro-

epitrochleano.A dissecção revelou-me a presença de 4 feixes

perfeitamente distinctos na sua origem: um clavicular,um sternal, um chondro sternal e outro costo-abdo-

minai. Os 3 primeiros eram mais ou menos unidos ao

nivel da inserção brachial e podiam si.bdividir-se, como

adeante veremos, em feixes de segunda ordem menos

distinctos; o quarto tornava se tanto mais independente

do resto do músculo quanto mais se afastava de sua

origem.l.o Feixe claüi ular. - Ksie feixe inseria-se somente

na metade interna da borda anterior da clavicuia, dei-

xatído mesmo livre dè inseíCçàO tima pequena pw?;W desla

horda, immediatamente para fôra da articulação sterno-

clavicular, de modo que era notavelmente alargado o

espaço dello peitoral, tanto mais quanto o delloide não so

prendia, como de habito, em todo o terço externo desta

margem do osso.Além disso, a porção clavicular rnostrava uma sub-

divisão nítida em dois feixes secundários, dos quaes o ex-

terno de maior volume, e mais ou menos confundidos ao

nivel da inserção brachial, onde o tendão commum se jux-tapunha apenas á inserção lendinosa do feixe sternal.

Convém notar que a reducçâo de volume da porçãoclavicular, caracterisada pela restricçào de sua inserção

na clavicuia. constitue um giáu pouco accenttiado de

uma anomalia relativamente freqüente— a ausência par-ciai do músculo, referida por Berger (9;, e Beaunis et

Bouchard,Gruber.CruDeilhier[lO), Quain(U) Bryce.

2.° Feixe sternal. A inserção deste feixe na face

anterior do manubrio avança muito mais para a linha

media do que a inserção da porção ^u»j»v,v,i.h., ei«jB«w...

' '*¦•;>¦ -¦."'", -.v "'.í"'"., .''} '¦'¦ '""'¦¦'? ^-«f'1

- -128 —

mesmo a confundir-se com a do feixe do lado op-posto. , "

A fasciculação secundaria desta porção em duas íai->xas .musculares era monos accentuada do que a da porçãoprecedente.

A borda superior deste feixe formava com a mar-gero inferior da porção clavicular um espaço triangular,cuia base corresoondia ao anarutó cleido-síernal e mediacinco a seis millimelros, disposição que se. tem encon*trado isoladamente (Beaunis et Bouchard,Teslut, (13)Chudsinski 1(4) etc.

A extremidade externa tendinosa deste feixe eramais íiistincla da porção clavicular do que do feixe sterrioeostal subjacente,

3;° Feixe sterrio-eostal. Nada de notável apre-sentavam aí-; inserções deste feixe ; havia, porém, umasubdivisão mais ou menos accentuada do corpo muscular -iem três feixes, mal delimitados.

A borda superior formava com a inferior do feixesuperjacente um sulco, cheio de tecido conjunclivo, quedava passagem a um ramo venoso provindo da pelle emarchando em direcção ao tronco axillar.

4,D Feixe costo^abdominai; músculo costo-epi-trochlea/io Nascendo principalmente da face externa daí).a costella, prolongando esta inserção sobre a cartilagemcorrespondente, a extremidade interna deste feixe prendia-se também á aponevrose do grande recto do abdômen, doqual recebia não poucas fibras musculares. Deste ponto,onde media dous cent. e meio de largura e se separavado feixe, sterno .eostal por um espaço triangular de aber-tara voltada para baixo, o feixe muscular, achatadoe revestido de uma bainha conjunetiva indepen-dente, caminhava de baixo para cima e de dentro para

— 129 —

fora a principio apenas encostado ao resto do peitoral e-,¦- ' afastando>sc depois poucff a pouco, chegava ao braço

onde tornava-se mais ou menos fusiforme, e cos-

teando os vasos hnmeraes, apresentava um pouco abaixo

do meio do braço, um tendãosinho roliço que, prendei

do-se pela borda interna ao septo inte.-muscular interno

ao qual mandava algumas fibras, ia tomar solida inserção

no vértice da epitrochlea.Tenho está anomalia por um exemplar typicò do

músculo choadro^ovx costa epitrochleano, de ex.s-

tencia normal nos macacos {Wood) (15).

Um preto africano de cerca de 60 annos de idade,

tendo o systema muscular muito desenvolvido, offerec.a

am exemplar de conformação do músculo grande

peitoral em 3 feixes separados: clavicular, sterno-

costal e costorabdominal, caso semelhante aos ob-

servados por Macalister,Knott,Chudsinski.m 0 feixe

abdominal,seParado do adjacente por um sulco bem apna-

rente, inseria-se na cartilagem e na porção óssea visinha

da 6a costella, bem como na aponèvrose do recto do

abdômen, onde também se prendiam fibras das outras

digitações, havendo mesmo um entrelaçamento inextnca-

vel das fibras mais internas dos dous músculos. A inser-

ção brachial não passava da pi rle inferior da corred.ça

bicipital. Na linha média do sterno eram as fibras de

um lado confundidas ao nivel do manubio com as do lado

opposto e, o que é mais raro, até mesmo, si bem que menos

pronunciadamente, ao nivel do corpo do osso, disposição

semelhante á que tem sido observada, entre outros, por

Fallet et Alesais (17) em um indivíduo de raça negra.

\:

130

Fim outro caso de minha observação, em um pretocreotilo. havia vestígio do músculo chondro-epitrochlea"/2o:sem haver separação clara do feixe chondroabdo-minai, viam-se. sobre a parte interna da aponevrose dobraço, fibias provindas da horda inferiordo grande peitoral.

A mais antiga referencia ao músculo chondro epi-trochleano encontra-se em Caídani{ÍS}tí etn Swmmer-ring(íQj pode-se lerem lermos bem explícitos a descri-pçãp suinmaria do feixe muscular anômalo.

Km observações ulteriores, devidas a Wood Blaiwdin (20j, Gi uber, Mãcalister (21y, Têstúi, Cravei-lliicr, Be.au nis et Bouchard, Luschka GhuclsinskiLedouble, Griffith (22), o músculo chondro-epi tro-chicano tem-se apresentado com algumas modificaçõesna extensão de suas inserções quer thoracicas, quer bracliiaes; estas principalmente são variáveis, ora se fazendona corrediça faicipital,ora na aponevrose do braço, ora nasem que porisso se altere a sua significação anaíonio-epitrochlea. comparada.

0 papel physiologico desempenhado por esse músculodeduz-sè facilmente do seu modo de inserção. Gruberchamou-o tensor fascice brachialis. dentttpinaçãoquedefine bem o seu officio.

Em uma photogravura annexa ás Anatômica/, no-tes and queries de Griffith, já citadas, vê se em um in-dividuo vivo, ao nivel da borda peitoral da axilla, uma do,bra cutânea saliente determinada pela contracção domúsculo.

A anatomia comparada explica a significaçãodestas disposições anormaes do grande peitoral. Comeffeito, o músculo nò seu desenvolvimento phyloge-

tm "-¦

ni \

nico tende a unificar os seus feixes e a restringir assuas inseí'ções;mas o feixe abdominal que se encontra emvertebrados inferiores,reapparece com certa persistêncianos mammiferos superiores, tendendo, porém, a desappa-recer de todo no homem.

Nos peixes o músculo ainda não soffreu a suadifferenciação perfeita e a conformação geral do systemamuscular deixa notar uma fasciculação levada ao seumaior grau. Entre os batrachios, o músculo adquire gran-de desenvolvimento nas salamandras (uroclclos). émuito desenvolvido e dividido em grande numero de fei

xes nos anuros, sendo constantemente unido ao granderecto do abdômen o feixe posterior, de todos o mais lon

go (Meckel 23) porção abdominal de Vogt e Yung (24;,considerado por Zenker um músculo distineto, brachio

--abaam.in.aL9L que parece homologar se o chondro^epi-trochleano dos primatas inferiores.

Entre os reptis, o músculo é muito desenvolvido,apresentando nos saurios uma união mais ou menos intimacom o grande recto e o grande oblíquo e algumas vezesuma subdivisão dos feixes (Fürbringer (2b).

Nas aves o grande peitoral apresenta um volumeconsiderável e uma subdivisão accentuada (Meckel, Cuvier (26J, Gegenbaur (21).

Ainda nos mammiferos se nota com freqüência a sub-divisão do músculo, sendo essa disposição accentuada natoupeira {Meckel); no morcego ha tres feixes que.segundo Cuüier se podem considerar tres músculosdistinetos. Ainda é notável nestes animaes a extensão dasinserções: nos < etaceos. no carnètlo. no carneiro o nocavallo, por exemplo, í^trserçõi^cmiH-rfiigas estendem-se até o ante-braço; no ornithnrynco o feixe abdominal

prolonga-se ate a symphyse do púbis (Meckel), Na

— 132 —

maior parte dos mammiferose nos macacos inferiores

o grande peitoral diminue de voiume e se fixa na parteinferior do humero (Ledouble) Entre os anlhropomor-

phos, o orangoiango apresenta, segundo Huxley,

«três feixes completamente distinctos; as inserções

ventraes do feixe costo-abdominal são pouco extensas

e as humeraes se fazem no lábio anterior da corrediça

bicinital».No homem o pTOgresso_phylpgenico tende a unitica-

os differentes feixes, de modo que normalmente exista

apenas uma separação mais ou menos accentuada entre

as porções claoicular e stemo costal, sendo riullo ou

rudimentar o feixe abdominal. A tendência de retorno

atávico labora em sentido opposio.fazendo reapparecerem

no homem a subdivido do- -músculo em feixes inde-

pendentes, disposição muito eommum na serie dos ver

tebrados, e a conformação do feixe abdominal em mus-

eulo di.s.tinclo-ó chondro-epitrochleano, existente nos

primatas inferioresE' de presumir que estas disposições sejam mais

freqüentes na raça negra; entretanto o restricto numero

de observações publicadas não permitte ainda dados para

a contra prova desta supposição.

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LX1X S, 4oO.22 Anatomical notei and quôties, in Journal of Anui. and Phymol

1899 p. 501.23 Anat. Comp. t.ITp. 229.24 Anat, Comp. t. U. p, 573-578,£5- Zur vergieiciienden Anat, der Scluilterniuakeln, Morphologitches

Jahrbuch Bd. I, S. 716.26 Anat. Comp t. I p. 276.27 Anal,comp. trad. franc. p. 679.

A cryoscopia da urinaREVISTA GERAL

PeloDR. J. A. G. PROES

Aos methodos empregados em clinica para o conhe-

cimento exacto das funcções rehaes — analyse chimiea

da urina, estudo de sua toxidez e da peimeabilidade renal—junta-se modernamente a cryoscopia. que rasga novos

horizontes á urologia, forneeendo4he base para a ediíi-

cação de uma nova theoria da excreção renal pbysiolo-

gica e contribue ainda para o estabelecimento de indica-

cões slegüras sobre o estado do rim, apreciando-lhe a per-

Á

_ 134

teiiteaiiUíi a v,uii>p. vu

çõesrenaes. .Wrwffô wwf, formuladaA nova theoria da excreção i enu

. _ __ u , lonoíil e confirmada pe-pelo professor Korany. (ae Budapest) « con .

0 gbmerulo prod,,,. 000,.»"U:t."„::;,„.,..,„,„, .«r .»„,-

isolonicaao soro sangmnH. un » -

» . II- 0" 56), a qual se concentra nus tuôuf<gumteaL>--U. oo;, m

, U;vilio< ae umcoròrtf do rmno ,, a ¦a ^

^ qM

deve„, c0„..«. a o ^

_ de

á reabsorpçae ae < „"• molécula mr

de consolação vario enlre-1J0 .---¦ .

aeluaiman.e ás iheorias «ta,*»g ^porqu ,„,!_» o.o.™ «.o :;uelhesera,„in-

ias, expbcii osphenuiiHiK

w

' ¦_ 135 ~

compatíveis, como mui bem uffirmam Claude, Balthaiard

fi Rebière (2) Hamburger, Limbçck e outros (3).

Penmttindo a cryoscopia determinar a diante mole

oular total e a elaborada, como ainda a proporção da*

p«rmutas moleculares que se realnam nos canal.culos

urmarios, fornece dados seguros para a avaliado svn-

thetica das reações v.taes que dominam a excreção renal,

quer no referente ao funecionamento glomerular, cemo a

permeabilidade dos epithelios.A diurése molecular total, expressa pela formula

V

DXP

corresponde ao numero de moléculas que filtram pelos

^n-eruios em 24 horas po- feto de peso corporal; sup,

pondo um, urina de ponto de congelado egual a-0. 90

quantidade de 1200 c. c. e peso corporal do indivíduo que

a forneceu equivalente a 60 kilos, oblem-se

120090

60

108000

60=1800

Para obter-se o numero de moléculas elaboradas,

características da actividade nutritiva, deduz-se da tor-

mula acima, isto é, do numero total da excreção as mo-

leculas de chloréto de sódio, única substancia que, absor-

vida cornos alimentos, é eliminada sem soffrer uma elas

boração especial. A formula é então expressa do se-

guinte modo

N

— 136 —

v 60, 5 X p X ._____-_- ou mais simples*

DX D

mmente lx (ü-60, 5 X P)

„.. Q n valor da differençae ainda, representando por S o ".aio.

./D-60. 5><p), por $'X

Tendo de avahar-se a diurese molecular elaborada ,ia

, ..i,„, ¦idmiítindo a proporção do chi.o-urina do exemplo acitn.d, adi mi.» y

reto de sódio egual a i:luo, mm-so o*-^ --_.^

120029,5 == 590

60¦ . ¦ i, ss^qo o numero que exprime a

v ronseeuintemente. oyu o Hu.i-.t-uu m *-

diwél x-.*-» *» - 'o'"r:,:;t,da depuração urinaria, elemento prognost.co de valo,

liltíavel nas affecções renaes . ^A's 2 formulas apresentadas juntam

thazard mais a seguinteV

D X —P D

~v~ S

s

q„e corresponde a relação existente, ensre us forsoulas

D Nesta formula representam*V-o volume urinario em 24 horas»,'—o peso individual, .,.,,,„ ,,m í c. c. do. urina-

'" if ££5 r,™».. d. chior-ro d, .-ti. par. «.. o. d, -**.;

-137

-.:.,- ^««...nnias.moleculares queanteriores e e a medida --;-¦¦-

pe realisam nos canaliculos armários. ^ ^ ^

Com o conhecimento dos valores D ?,

- p

»' -

ieno. o io««=^ g? pr : ,'' ¦"Asv.HfHade dn. rim ás

:r::;:: s-* *****.- r;::A,,m das 3

^ffi#%fí:g& idade ,Udeterminar Clauaee Baltha/.aul «M -^

ha ainda «M*1 «'eS^ernard, ,«.fim, como seiam os de Kummei 4 u

vamos resumir. concenAcceitandoa opinião oe Korany. *eJue

traeao Sateío liquido aa,g»,n|q« W - ^

malmentea-0, 56. augmenla noj^ ca -

Bóiencia renal, estabeleceu K™.**«J#^hrrito

cess.dadedoexamenemocryoscop.c g|u, P

aíiaíeontréíndieando.aeem^m^glJ ^valente a-0-60, por causa d. s f,£»* »

urinaria. Contra esse modo « w - le ^

.Bdlhwrd mostrando qoe na o »no«,£J^ deponto de eongelaeão *«,«£<* casos de-0«60), e que nem sempre e piebtnie

uremia a concentração molecular do sangue^

0 méthodo de Léon Bér„ard se basca na proporcio

138 -

e",r ialeleec-sc «*> • "'«"-

i) soro__ -- r

Kí,*d„ J^ ™;t^xr;;:r:ric.açà0 molecular do «f^^f^K a»**0 *«*

tendendo então a relação parada ^^

Depolsde.ns.su "a ee ,nen(iapdo a. ex.racçao do

do sangue e da urina, ^nrificada!J e feita em ,e-

sangue por <>>* tQ.T16èmT>Gsae. mumer

a urina, conclue o auclo leoultir urinaria e

apuado a medida da e ocen uc êl„ sidft pro-. raorpee o mais * *"v ,

«angumea, parece v;i;^.,ri,> renal».

To ¦ Para expie»- »

^^& de L. BÜ5«

a serias objecçõe;a serias yu^w—

Ciando, Balthazard e Boosqvjr enfrliqutci,ne.,lo da

Intoencaa .olal.een e aihe.pl0 „ lageatào de beb,da.s

depuração urinar.a po ex mp^ pl.omo,

copiosas e . accào do» med ^ em

,, ¦ :, excreção rapo -^n ^ .

resol.ado pecuenas mod ncaçôe, ,.,>ns„leravel-

,So bc-ica ao passe^^"sena logieo e serio con-

mente a concentração uru£o ^ os polyul,CÜB,cllli,. pela ,„,per„,eab,„^,en ^ ?em vista da relação—^^ _

,..„., „7liquWp sangoineo tratado pela

- 139 —

ventosas nào tem a mesma concentração molecular do

< sangue (Lindeman ) (6)í e a quantidade da urina deve

corresponder ao espaço de 24 horas, como reconheceu

depois o próprio Bernard; Achard considera, alem disto,

mâís a desvantagem de ser necessária certa quantidade de

soro, correspondente a porção relativamente considerável

do sangue.Observações diversas demonstram quo não depende

exclusivamente da permeabilidade renal a relação entre

as concentrações moleculares do sangue o da urina, exis*

Oindo nephi-opathas em que a relação vae além de t, 5e

2 e também doentes" outros, de rins physiologicos, cuja

relação uro-hematica está aquém d. 1.5 e até de 4.^

|é..\ ;' (Bousquet, Ciaude.)Nos casos especiaes.. em que sc torna possivel por

| J melo do c.atheterismo uretral recolher separadamente a

Á urina dos 2 rins, dos quaes um eslá doente, o estudo

orvoscopico das 2 urinas é de grande valor, porque o rim

hygido fornece o estalão para as deduções diagnosticas

referentes ao orgam doente Albarran. Bernard Bpus-

quet (7).Ao estudo da toxidez urinaria fornece a cryosco-

pia um meio certo de eliminar a causa de erro no. re-

sultados, dependente da osmonoccidade dc Lesné e.

Bousquet, que é uma acção tóxica especial, de ordem

biophysica, devida á falta de isotonia entre a urina e o

soro sangüíneo, o que perturba a tensão osmotica do

sangue;; é a toxidez (ia água dístillada, o peior dos tóxicos,

segundo Chairin. porque, em injecção intravenosa, pro-duz a morte de coelhos na dose diminuta de 90. c. c.

por kilogramma de animal (8). Sendo a urina hyperto-

nica relativamente ao soro saüçruinco, avaliada a hyper-

tunia na média d,- 1. 75, convém tornai «a isotonica para

ifi'1i p>f

140

—i-r-s-a.sr.írr:.80

%M' ob-' a"—o .-.-.atltematicamente, se»

pre,e^, po.é„, o methodo experimenta, pela «vo-

SC0" Pa,, a correcçao rn.Uxm.lie. .dmitte se a media de

::7r:r::=srr,'=;smodo; _„

D mJ^_^ ll—¦= 3,125~D >*õi:o °'5t5

Como se ,1 •in.once.am 3 jl* «f *™^

ion,ãr;u 1 parte de unna 3. 12o-pa. tes de -„

la,Ía'cnyosroPía da un,m normal. Ordinariamente va-

f ?30e--?;20oPontode congel.çao.po-na entre- l.o pW e '-tüj o l,tvicões co-dendo em casos especiaes chegar a - 1- 0 hbuçes c

S ou descer a-2." 30(sudorése muito abundante^*

As médias sào menos variáveis, a.tendenao se a

r„laio ele a elimina» lotai, a elaborada e a propor,

cite P rmuias moleculares, uma «a qoe «1-*

Ms am eU.s sobre indivíduos normaes . em condes

Smáes de. regimen alimenlare exercem; .ss.rn.dm-

rése ra„,eeular total (D-f)Oscillu entre 3,000 eMOO,

adiurése dás molecnlas elaboradas S-i) entre *(XX> .

2.500; a proporção das permutas moleculares (-j-) varia

141

n Ifc de modo qae a cada va-n0 mesmo sentido qae D p ,-&* ^

torde D-Lco-spo,-.dc vaior eqoivaiente de-g-, eomo

se vê

tM

p

50010001,5002,0002.5003.0003.5004.0()04.5005.0005.5006.0006.500

P

400700

1,0001.3001.6001.9002.2002.5002.8003.1003.4003.7004.000

_5_"s

1.051.101.201.301.401.501.601.701.801.902,002.102.20

" » ri,,ios forma-se um quadro em que se re

Com estes dados forma correspondentes a

presentam graphicamente .3 curva*

D V, Q, ^'sendò que normalmente o traça-—p~' p d__v_

Q deve estar situado abaixo do dedo de UtJVC v.o...-

--

imm ^z:;;:^^valor obtido (9) nos ça^ ft. ^^primar. Mj^ . *? W* billdaile dc .affir-acreditam Balthazard e Uauüe 6

— 142 —

mar a existência de um estado p.thologieo em todo indi-

viduo que, longe de qualquer perturbação de regm.en ou

i m„Lcaoão de tmm s» duran,:0a' 0; 5

seculivòs eliminações superiores ou inferiores do. valores

oniiderados normaes, segundo numerosas observações

Uro-cryoscopta na gastPo enterUe:0 ponto4e

congela» da urina daS creanjas de ...mm., eu,, ,ue-

dia "normal

è de-0.° 25 no primeiro mez de yiua ex|r;a

atenua e de-0,41 entre um e dous niezes, sendo a ^

Ia ao en.re D a a proporção do enloreto de sod.o de

3 99. no primeiro caso e de 4,47 no segundo, modtíica-

:;;«»ss de - **. - <>" ."°s Hcasos _;gastra-eníerites agudas graves e subagudas, sendo a rela-

càoemre /> eo chlorelo de sódio n» pedi.amenle equ,

valente a 6,73. e 5,18 ^m^^V^r^r^ <u

Úrà^nioéisopia nas cardiopathas. Devem-se

distinguir' os casos de eretnismo e hypersthenia com

ou sen, hypertensão arterial das modalidades aMhen«as

No primeiro caso a valores muito superiores á normal de

RI correspondem parallelamente valores elevados deD V

JL- em vez da normal entre 3.000 e 4.000 para- p

teremos 5.000, 6,000 e mais ainda, ao lado de 1.90 e 2.10

em vez d,-1.50 e 1.70 para-|- N" hVPothese de &$~

thenia eârdio-vascular em logar de excesso ha diminuição,

sendo D4'-'»ultonienor quea n0rmal- accouipanhan*

do-se de diminuição paralella de-^; «ssira tpmmí8 0S

- 143 -

D V 1 onvalores de 2.000, 1.500, e i/ròoo para—-— e í.au.

1,20 e 1,10 para—g—

Sempre que o resultado eryoscopieo demonstrar fra-

cos valores de-^-ao lado de valores correspondemos

rie—i-, traduzindo a integridade renal, poderemos afins

mar a insufficiencia mtjocardica.0 diagnostico entre cárdiopathia e nephrite pode

também ser feito pelo methodo eryoscopieo; asàiin, no

caso de diminuição de——, podendo isso significar tan-

to nephrite como moléstia cardíaca, si houver diminuição

correspondente dé-—, traiar-se-ã de cordiopathia, sendo

> D 'supposta a nephrite quando houver augmento de—g—

o exame clinico estabelecera definitivamente a luz ao

lado desses resultados.Uro-cryoscopia nas nephropathias. lnsujficien-

cia renal. Caracterisa-se por diminuição do valor de

que indica impermeabiíidadé glomerular, fracoD VP

valor de

—---indicando insufficiencia excretoria das substanciasl> ,,

& ;: K

elaboradas e valor acima da normal de—, o que obje-

ctiva obstáculo ás permutas moleculares, impermeabili-S V

dade relativa dos epithelios tubulares. Quando—^

— 144

desce de .2000 e 2.500 a 1.000. 500 e menos, o pro-

«jnostico vae se tornando progressivamente funesto, acom-

panhando.se a acena clinica de acridenlea graves, pro-

prios á auto1:intoxicação.r tremia confirmada. Valor relativamente elevado

de-"'r(inipenneabi!idade dos epithelios).S ' D

VValor fraco de-^~- (diminuição das eliminações

das substancias elaboradas ou tóxicas).

Valor mudo baixo de—p- (retardamento c.rculato-

.mou imperou abilidade glomerular).'^NephrUe internai, A cry.»«copia confirma a

observação clinica, mostrando a existência de phases de

l„o funceionamen » rim ao lado de ontms em qoe

Lnhoreia a deficiência renal, sem que, no emtanto. a pro

porção das eliminações desça tanto quanto nas outras^,

necLdenephrite; no período lenhioal-Ç»sewçWoa

das nephrites cbronicas-o typo morb.no e modificado,

devido á influencia das perturbações circulatórias.

Nephrites agudüS^m^ éis em sua sympiomatolo-

girt com as causas determinantes, as lesões de outros or-

gams e as perturbações vinculadas a mfecção ou a mtox, ¦

eacao orgânica, esies estados morbidos não se represe -

t„4 e, roscopicame-nte por uma formula única e mvana

Vel põrisso que em certos casos, como nas nephrües agu-

das com actidentes grave, a depuração urmana e sem-fr. ¦ . ... ...,....., r„,« em outras cncumslancias

ore ínsuiiicienie, uu pana.» v,..^ -•••

[nephrites à/ngorc, nephrites agudas prolonga M¦ , ;__..«;,.:„.„,;., a« lado de ehmmaçoes noi-

ha pnases crê mstiuivicnv,!.. «^

mães ou exaggeradas.Nephrites dijfasas. Também nestes casos saova-

Ii;,ve.s os resultados cryoscopicos, de modo que não e

— 145 —

ivno crrvfal áü< eliminações, que vanam com

o Si Umta h„ „r,er,mncia de ^~|o?,,„ull,r c ,1c deficiência parenchvmalos», enoo pelo

, ".,

,„ ress,va„,e„.e mvasora a insufficenca ,e a

„ „ V. neoldite chrouica paieuc.hymat.os,..de .«.,-1,,,Sr ' ; .„ noriP ver no schema m-luçào rápida e fatal, como se pode'crto

nu memória de Claude e Balioazord.

Uro-cram-opia dos cardio-renae*.y i ,.;,... o,dos i s casos em que haPnnvoréhetrdendò essa rubrica todos < s ca

tgf ^âçâo-e; d»rim,;de evolução s„„„lt >

u°:;,. nella se incidem o r„n -*^^

affeccòes rcnaes em sua phase- cannaca. Conrotne

t estancas, dominam em certas phases ,no,Ms o

^os na insufuci» ^

ás vezes até marchando paralelamente. ;t,nd,cacòesctyosc„picas,õ,,,.aSruu,,e,,,,porlo,,-

l,alieserv,rdebaSeains,iu,icào,herape„t,c„.,„l„c„„,,Wl, cia güaledcr - ,ned,eaCoes que .,• ••

ninando por ve.es hydrtiria abundante no período t, .

m do morbo, não p.omoven, simultânea^ a

eliminação dos desfalques aesassun.latonos^

Ahi ficam, em rápido esboço, algumas notas i

üíMã* o methodo evoscopico. digno de ser ,-s„,

S o a,iea,nente en, vista de sua alia ImnoHanca ,-

^rd^rv::;mL/com que se nos ,iep,

ra á primeira vista.

Bibtiographia

IV Sem. Mod3 O- 26.. 1901. aóinnpM biu.2 O, Siêréi-teB applicntion, do Ia cryo.copie au* Science,

logiques-in CaiM«rie* Mérito n. 3.

146

3H. Claude et Baltha***ard==La cryoscopie des urines 1901.

Coinm. ao 13i* Congress. de Med. Paris,V. Sem. Med. n. 31. 1900.Cit. por Claude Baíhazard. op. cit.V. Sem. med. n. 81 1900.Cit. por tí. Uehere. Trab. cit.O typo da insufficiencia cardíaca caracterisasepela diminuição dos

valor«i^—< 3000 e j <í'ou 1.20

D V. 1>10 No typó da deficiência renal para um ralot* dado de ----- •--

é superior ao numero corrospondenle dns relaçO»» nòrrimes,-áoima indi

eadas.1 l V. Sem. med. n. 18, 1901.

—-t...^^->KtN3m^3r^^.'T—

0 Congresso Britânico da Tuberculose

De 22 a 26 de Julho do corrente anno realizou-se,

em St. James's Hall o Congresso Britânico da Tubercu.-io«e sob o nHironalo de S. M. o liei Eduardo VI! e a

presidência do Duque de Cambridge. No espaço de poucomais de dous annos é o 3.° congresso tendo por objeeto

exclusivo a tuberculose (em 1899. o de Berlim, ein 1900,

o de Nápoles) já estando mais outro projectado para1903, em Paris. São provas estas assaz eloqüentes da

alta importância que os povos civilizados com ns moder-

nas e positivas acquisições da seiencia, têm sabido ligar

á magna questão social da batalha contra a maior caia-

midade contemporânea do gênero humano.Como nos anteriores, compareceram no Congresso

Britânico as mesmas eminentes notabilidades do mundo

seientifico. altas personagens representantes do governoda alta aristocracia das principaes nações, delegados

de varias academias, sociedades e imprensas médicas e

instituições antituberculosas.A commissão executiva do Congresso contava entre

r ^* Aè Dprbv Sir Wilham Broad-

ryrr^i-.t-, crl;—S jame« Blvth. Saint-Clair Thomson, Alfred H.lher,

MÍ Morris (secretario ,«-,. **»»«« -P»

;S de honra Lord Liste, Herbert, Burdon-Sanderson,

ehard Brouardel, Caimette. Ghantemesse, Corn.l Dieu

: D, lu», Granohe, Landou.y, Lann.lon.ae Pro

T „im>,. Noc.nl. Robin. Letulle, ^^«atros delegados extrangeiros podemos ,u*r .^ .

%^ fnídos do Norte, Counclman. Knopf, O.ler, Prudae .

«itchell; da Áustria, Schrõtter vou Krtste 1 , |

fí, Hun-ria Kietlv Koranvi; da Iialia, Achille de.nassen; da H"ng"a'/^ "

^ dL r.nlu.tnli Wilnii lmmGiovanni: da Noruega, n»"""-) — *"" °. . . Rpí5nfl.¦-, „ 1 rant-icuzene, J, Hadovici; da Hespado- da Rumnania, J. Lanucuzems, .*,d • 1.,, ... ^ilc r.nrte/o. Antônio Espina y Capa danlia, ^ailej», v-wv Suécia Klas Linroth; da Suissa, L Secreta...

Le os representantes da seieneia. Mas a campan ,a

an.iínb Isa lá nâo interessa somente á classe medtca,

,' olLctantente a humanidade inteira, e por ,sso

íí reiiníam também representantes de outras catego-

;s s iaèa: entre os presidentes honn^os „c.taram-

oç utKJues d- Flfc de No,,i,,mbeHun,i d. W!ordd

Suíhertod, h»d Rav. o marquez de DuBum. «

Mayore, ^^^^"Z^rZt^.i,. iponhcru e os Srs. baDian. rtn*

o p«-»ncipe.de A-i.enDu. Assistênciap Mfiur-ei cõnseheiro d.Estado, due.uoi mn

H '

&i* ii Allemanha enviou o conue ne Ler-publica de tan*. Menrlelssohn

chenfeld -Kõfer.ng. O duque de K.iUbn.,

- 148

- Bartholdv; a Áustria, o príncipe de Fu-stenberg; a

Bekica, o barão bambert e Montéfioré-Lev, a D.na-

marca, o Sr. Gpos* a Itália, o senador Enrico de Benzi;

a Noruega, o Sr. Malm." 0 trabalho do Congresso foi dividido em quatro sec-

cõe_ A -1.- nacional e municipal, subdividiu *se em 4

grupos:- a) estatística; b) declaração obrigatória da tu-

berculose Rência do alojamento e da agglomeraçao. c)

inspecção da alimentação pelo leite e pela carne d) ms*

Laiafíão dos sanitários, A 2> secção eomprehendeu a me-

dicma, a cl.matolog.a, os sanatórios. A 3, ieveporo^to

apaiholog,ageraleabacteI',ologia;ea4.aa.ube.,u!ose nos animaes.

Dentre as varias communicações a mais sensacional

f0i a do professor Roberto Koch. tendo por t.tulo-O

lucta conlra a tuberculose encarada á lus da e.r

periencia adquirida no combate contra as outras

moléstia? tnfeclwssas^à pela nnpor.anca e grav,-

,.,t„ nus assereões uue contém, já por p*fl iuei.» nsías

da maior autoridade sobre a matéria.

Depois dê lembrar a evitabilidade da tuberculose, ae

fazer uma ligeira revista comparativa entre outras mo

iPstia. infectuosãs pára mostrar que os respectivos meios

de debe-liação devem variar consoante as partmuhu.daues

de cada uma, insiste o illustre sábio sobre o papel pre-

ponderánté representado pelos esputos e escarros, humi-

tios ou seceos, na propagação da doença,

(ContinúaZ.

Gazeta Medica da BahiaPufaUcaçâo |faM*t '

VOL. XXXHI NdfUIBRO PE ldat l*»**!*© 6

0 Professor Francisco de Castro

Pelo reiuoinbo-abrupto da rooiteaesba de ser arre-

balado à corrente impetuosa da vida mais um forte gm}»

existência nào foi uma interinidadeinfecoodu ou supérflua;

Quem quer que soube Wfeilil senTent^a-jJaMiinn-loa insculpe á margem da corrente, na, rocha viva que se

nào gasta: os faslos do saber humano, o M# d* »uü«upremncia «cientifica. E quem lhe sobievive lépi o dever

d# ^gnce^f-Jhg.oJw^? de seu Prt;Uo pm ^W**™1^do epitaphio de suas glorias. ,

A Gateta Medica da Bahia desnecessua disser

que tambémlamenta profunda e smceramewie o toassedo eminente Professor Fi ajjciseo^de Castro.

Moço ainda, já tinha porém galgado o rude esear-.

paineoío da fama, por isso que o %^<m™ Wvilegbs íofos <te uj»,espiiriH verdadeiramente prnunciü!.

Nascido na B«hia aos 17 de Setembro de 18&7,

ina*rícwlo*.&e em aossaFttcqldadé de^cina em 1874

e aqui mesmo se doctorou eml^,4á#> í^eui, W-sado o» três últimos ann*>s na Faeujda# do «w.

Sua these de dôu<oruUie^ío^£&A sabre a cor-

refação das füncções, €serU>la em e^o «uenJ*. »m«^»-«

sobremodo, oorque a<rlado du Unguàgeuielevada*a bem

aoroAreitadu erudição: preiwncia 9 est%Mtq»e alguns

annos apoz ^»neço« a servir a medicina fe^eir^ eow

trabalhos de iuçontestuyel vafe ^

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r':-'¦"":/- '"'.'¦ ' ¦;'^;;. '-**¦.': ¦'

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I?' • ' -?s :.-'--;.-:' -'-^- -y.

— 202 —

-- -- - ü-Ji»} òvireilo teve 9 fortuna de

eonloT-a„,a, ,„«no, »lre a p,eia„e de seus «ne- ,

'h0rl C"nS«da .ei da, iaeoa.paHbilidj-d» fel;»,??

MÍ íSdêS de professor de alleasão do Colega

Mmr «» í aaal fora empossado logo depms de ler

!b ninado o serviço cio referido corpo de saúde em UWK

lá em 1881 uma boa memória sobre os Ce/ií/QS

co,íl&^IS#«P*^|«^^|?í¦o a« MPÜcina Km o anno seguinte, depois a. extei ,

Se o eu oi uo,„eado_ a,Jju„c,o da «*•»«•*».

glSlJSrfá de Jane.ro. Foi então que m^M

Mà deixadas para a hil.ra ao tr. volume da sua

C"nÍrtf do 1890 foi notado ,— «d**. . j^^^w ite IcBu-a 18^ exerceu «

,ic;^fd"lrr^n:,feS«;1u,oss1n,1a,.ioFedend:"Cl

5 omeaun vicCueCorú» Facu.dad.de

Medirina do B,o de Janerrn e esso 1901 seu-D.reclur .p", pouco icupo permaneceu uo cargo, porque <J«*

q„e o incumbira de fazer execular o* novo Ud.ío do Lu

tíinM ^ot^ndéu exonftíai-sè. ' "¦ w. ¦ ...'olw.

Cas.ro irado,™ e annofeu SLSKgg '

(ie Mever e Leyden sobre Forma, curac«s Oa*m°~

lestias do coração e do prognostico da, moléstias

""TZnto AM Parece. «M* *-»

^s?refulient» provas de seu' talento mulUforme. -,r

Fe" bons versoseexcellen.es d«scu«*,s* an. »b™ ¦»*

V > .*;.¦''jj';" ¦¦_--,^- ?*s- :--.^?...V*-'-,.":.:

.. .. ._... . f. ... —„_,__„-.___.

_ m- 1* í '

fíHtd-jtenem, foi o «eu magnífico Tratado de Propedêutica,

qd^iuf©rtunadamçi.te ficou nos Spritnçiros volumes, j.Accusam-no de rebuscado; mas é que para muitos hão

pode haver alliança possível entre a clareza do livro dida-ético e odiaer castigado. Mas, se considerarmos em queentre aquelle escrever cinzelado e a habitual linguagemmascava surgiu um meio termo que a geração que ora vi-ceja, vai ffutificando, veremos que a Francisco de Castrose deve incontestavelmente grande parte do serviço, por-que elle implanluu entre o escol de seus discípulos do Rio

de Janeiro o amor á vernaculidade.'Varias paginas de _seu tratado de Propedeutieae

liiuítas notas"ás traduçções de Meyer.e Leyden, protcstatucontra, otrechoqueelle escrevera no seu prefacio á

tradücçâode um livro de Bianchi pelo Dr. Vicente de

Souza; Não obstante sua decadência, a França não ne-cessita do nosso subsidio intellectual.

Quem como élle tivera os requisitos todos de umtalento primàeiáí não sei se mediu bem o mal que i>osdeWler causãd^ã^pidade deste,paiz não lhe lembrandosempre que aqui no Brnzíl e por brazileiros a filariose,á ánlailostomiasevo beriberi, o ainhum, etc, receberamboas e drigmajéa

'contribuições, algumas iasjpiaaâuporbásicas ã ^ciência éuropéa não negligengiou aproveitar.

Em nosso meio ainda restricto por culpa de muitos,

Jahor^e A ssEdà^a^mfafeí^de inaa^««e»tadôs4ti^centivos. O trabalho aqui ou é por descargo de consci-encia é èpJào é amãurotieo: olha e não vê; ou pornecess^ade^^oti é por ambição e é fugaz, ou ainda o incita a ganância eentão é sórdido.

O que nobilitae enaltece é o labor que Sé estimula

pela própria lida diuluraa, por amor ã arte. Este é queproduz tsla sede ím mitigavel de estatuir verdades a

¦^^«-T- -t-^; . s—r:- - - .~TT ¦'¦•¦" ":' -V.- ¦¦

':¦,'•''¦'¦• -"' . ,-:-,

':','<"¦¦ "¦'¦'¦-.:

SEisE>: -,feSia, -;K:-Í.-S.; ¦¦;¦¦¦ '£t:.:>.%'j>,r^,

¦ '--':':¦¦¦ >'"¦- *Ü£:

..¦."¦¦:¦.

*

- 204;—

golpes dè investigado, dissipar incertezas Onde câtttpè*m

hvpolheses. . . ^,. „¦Quando esta iiéde- séttüôfèíã como vtóie» embora

que atormente como algoz, consuma co«*h* «u **•-

gaceie como esperabça frustrada, eütâo faz trabàlhàrcom

,nteres°e, incendido ardor é devotamenío. f:E aquelle que possuindo o querer firme d is organi-

sações tenazes s^ber, com surdina na voz publica e

acalmo na reporem, vencer estorvos, tem feitto maior

jus ao preito dos còevõs e tfosWstgros.

Quem escreve estas linhas nutre a crença, talvez

illusão, de que no Brazil devemos e podemos fazer muito

de original. Apenas precisamos saber querer.*

;W:íí__-s..Muito rápida foi a Ihotesiia à qtie «nceum**™-^

Professor Castro. Adoeceu a 8 de Outubro, ria manbft de

11 extinguiu-se! Dentro em poucas horas recebia o paiz

inteiro consternado o violento abalo que oecüsiOnou tao

infausta noticia. ¦As homenagens prestadas á memória do íllustre

Professor foram mütiplas e por todas as partes do ter*

ritoiio nacional.A imprensa diária /uinudenciou-as e por isso estamos

dispensados de reenumeral-as, apenas diremos que a

Bahia que foi berço do notável e^in^to,pi-estou-ln«vamshomenagens, de que mais adiante daremos neUcià,

Poeta primoroso, escriptor tarso e fecundo, orador

cometo, clinico de raros dotes, professor ailrahente, tra-

balhador de aptidões complexas, Francisco .de Castro

soube fazer escola è crear profundas affeiçõesque baMa-

ram para attenuar Iodos os dissabores que lhe armaram

os embates do meio èm que viveu.

:,~ 205 -

Fe* juz â admiração dos cocvo)* e por isso aeredi-

.amos^èos discípulos quep.etendem fundir no bronze

a estatua do mestre illustre nào encontrarão .mPec.lhos>

i^eia generosa. Escacaso as encontrarem fiGaset* Me-

dicttda Bahia lembra- lhes que á suá memona fundiu elle

próprio e deixou-o aos vindouros, o mais douradouro dos

monumentos: foi o preeiosissi.no legado de todos os

seus escriptos. j Moreira.

THERAPEUTICA BRASILEIRA

CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO

_ ~

MARSYPlAMTm HfPIOIDES: PARACARY /

Pelo Dr. AMARAL M0NIZ

São bem pallidos os traços históricos desta planta,

que, por suas virtudes lherapeuticas, virá prestar reaes e

benéficos serviços á humanidade.O primeiro a empregada, nos casos de febres e as-

,hma, foi o .Ilustre e distincto medico Dr. Francsco da

Silva Castro, que, levado pela tradição popular apenas

recorreu ao* processos empiricos; até então conhecidos,

nada escrevendo que pudesse aclarar, sob o ponto de

vista meramente chimico, os estudos sequer de observa-

<ía°' 0 Chernnviz limita se lambem á tradição popular,

e cita o Dr. Castro praniindo-ter este applieado nos ca-

sos acima referidos.Dujardin-Beaumetz repete o que se encontra no

Chernoviz; Baillon, Geoffroy de St. H.laire nadad.zem so-

bre"¦ planta, Frei Mariano da Conceição Velloso classificou*

' ¦.;.•'.' (¦¦;¦ ¦.

¦¦ v^íf2s___í

^ 206 -

apenas, o vegetal que serve de base a estes estudos, .dan-,

do-riós um desenho mais ou menos à elle semelhante.

0 qne despertou erh nós o estudo da marsypiantes

heptoides, foi o seu emprego, por um campesino, em um

intoxicado pelo veneno ophidico,E' facto que o povo, já de ha muito, lhe conhecia

as virtudes antitoxicas. Então, para a nossa these inaii-

gural em 1898, tomamos por base a controversa tradição

indígena, e, luctanio ' ui mnumeros óbices, tudo fize-

mos, sem delimos, para a -Contribuição ao Estudo

daThanatoph'diaeseu Tratamento -nome com o qual

publicamos a referida fhese.0 estudo infra é extrahido da segunda parle do cita-

do trabalho .Encontra-se o jwacary nos esla ios do-

Norte do Brazil, e aqui |g Bahia, existe abundantemente

em todo o liltoral. No México, Guatemala. Peiú ele, tam-

bem é encontrado.

ESTUDO BOTÂNICO

ü paracary é uma planta da familia das Iabiadas;

sua raiz é fusiforme, medindo 10 a 20 cc-nlimetros de com-

primento; a porção mais grossa, que corresponde á partesuperior, mede de eircumferencia 4 a 12 oen-imetros,

sendo a raiz principal guarnecida de raizes secundarias,

e providas de radiculas, lenhosas e de eslructura muito

solida; suas fibras são muito pequenas e unidas, • de

maneira que, se praticarmos um corto no sentido Irans-

versai, apresenta a superfície lisa.Exteriormente é rugosa, e o coiticai é de cor

amarello-carregada, de um sabor amargoso e adstringente

de cheiro aromatico parecido com o da herva cedrejra

(melissa), rednzindo-se facilmente ao estado pulverulenloA haste mede 60 a 150 centímetros de compri-

¦ .'¦ yê

¦¦:¦¦''¦ ^-Xjjifíj*

7Ék,r'''7:üMk : V.,¦ o

Bjm J . 'IJWilMiMUltlWlll

lis grossa temerâo, ás vezes,

afttog*mi#^ a edadedi» vegetal 00 a xMlfift do terreno.

A to^,r&;íi^^^^^a sopfefncie d0 so,° nn

senha© vertia outras v«»», rasteja o» procura um

oòtro yçgetaí pfra neJíe enrosear-sè. Os ramos partemdissemu»adaui«^ pellos molles

e miudos.Ãsfoítíá», que nào excedem de 5 a 15 centímetros

aâó ínolles, oppostas, viseosas, de forma oval, com

veriiçeiacumjnado e bordos dentados," cie faces pelludas^e de cheiro aromàtico. Quando machucaria entre os dedos,'

deixa uma viscosidadee o aromaácceptua se mais. 0

peeíolo é curtoe cobertos de pellos. As flores apresentambella côr violacea; reúnem-se para constituir a inflores

cencíalní ecrimbo pedicuteda, queua^cem na axilla das

folhas. As flores sâ© hemaphrodilas.Ofructo compõe-sede quatro akenios inohospermo.-. Contidos no interior do

etitee, que ê persisienie. . «..>_¦•.-¦

ESTUDO CHI Ml CO

¦¦:^tà^^tj^]í^^^^^ ehimico dl* Guis^ppe

rado 0 extráelo alcoólico, por meio da evaporação lenta

ao bBn^n^tiat ^{Ú^uos o seguinte processo: (Para a

OJb^B^y^it^Ã^rooiico, empregamos 10 kilos da

planta3* M~$tow dVálçool a 40° do alcoometro de'fiíârfiiÉrX'"'"iJ^Bài""-^*'-',f^P*í1S-,*l!F-.€M»«iven*tn*«Tireiifie;'" a coi-

-, Sic*«ffif w> ia^párette extráctor de Sohxlet, e assim

obÃéJnoá^0^m áò pTdcêssír de deslocação umrt

alcoolatora, tiato ^planta achar-se fresca. A alèoolatura

abreaeíitíi a feaceâo acída ao papel de tornasol: filtramos

BlPr'-'' ¦ "-" ' --'-- -¦"¦-'

¦^s^^-'V^'A;'sÉá&'-J: '•- - IÈÊÉÈmÊ.

' r**2ai

— 208 —

\. .iHn n<ilo oxvdo de chumbo, que„ew«©="=.2- :Ssr -srat:rstlda,, sendo verificaua Mft«j;

pf„cc850 ;Para separarmos o. álcool, einpegaro >s u F

de ^uotapdo j^j^^^iproveniente ...da mesma di, illaçao lw

r me'°

1 aitcle islieu do annnoniaeo, daudo ei»

~ T nn.. í^viin isto levamos ^li^Mdttá evapo

S£?KÍ* *«» ,,,n*# levamoa ao «...o d»

^tr^TíTb»-, «r* nau, pe^o». **»»L Lancia examinamos ao micróbio e ah. .mon

«.". "fi fr-,.,,*.

i7t »¦.-;. •r--:. _ 2Ô9-- 4-.; SS^_í ... .v et""" ¦

depoj* «te rrpHidas li#^ %W B#Si toma,iloS ?

coHnen.'-.. no vasio da macliina pnenmaüea.Alguns dias após, foUelirnda do^asio, apresen-

lando-nos um nó branco, sem goslp e seu. che.ro abso

lulamcíte insoluvel n'agua, no éihcr g no chlorofornno;

solúvel nu alcoh.d ôlhilico c methilico,.Digamos as principac* rracções chimicas desta subs

lancia.q.m consideramos como um dos princípios act.vos

da planta. Tratando se pel.) álcool éihilico ou methilico.

trado e quente (sua reaeção earacteristica) toma a cor ve.-

meiha que, pelo resfriamento, passa.ao vermelho vmfeoso, ,"e

por fim perde esla linda côr, e voliu*A branco; pelo ac.do

cblorhvdricoeazolino não dá reaeção alguma. A solução

alcoólica dá nm precipitado amarello pelo cblorureto

deouroeodeplalina; pelo iodelo de potássio iodurado, pelo

percbloruroto de ferro., sulfato de cobre, pelo acido_pJ.os-

ptTomoiTbidlcofêacnvo de DeV.yHã uni precipitado bran-

co amarellado; Tratando pelo ácido pjerico, phospbo-

tugstico não dá reaccào> alguma.Procuramos saber se

era um alcalóide. Traindo pela c»j sodada, vimos que a

«wfaeúiiftiu não continha azoto. Ora, sabendo-se que todos

os alcalóides contem azoio, o principio ^moiúvaáo nao

podia ser toni.iden.do alcalóide. Continuando nossas m-

vestigacões pum o ladojiasglycosidos, depois de ferfvta

e,r solução ácida, não reduziu o l.quido de Fehl.ng; o que

provou não*>r uma glycoside. Destes estudos chirmeos,

ch^mos a estas conclusões: 1.» Que a substancia teu,

todos os caracteres de um ácido orgânico, porque, ainda

que insoluvel n'»gua, t«rna*sc solúvel neste liquido, depo.s

de «ratada por um alcalóide; ^Qi^^m^"^^na planta no estado dc uma gljcow.ic, decompondo se esta

; no acto da separação do principio em seus elemento, cons-¦»¦¦-- 2

y-;;^:íy',-:, Vy*. \\."-:' J;

E%h£Í -è{:& Js >%¦--,

-- 210 -

tl(umtCs- glv.ose. que foi reconhecido pelo ff*^

Si y»«-* ™""-base ai","í"'iBíi;^ser uma qualquer das conhecidas com o nome de ammo,

^ZZ»™** eS,a glscoside co,„ outras, resultou <,»e

,„-.toXU) linh. « O*™ comportado que as

|p^ e outras que seria longo enumerar. O puncipiq

fund* enlre 300 a 310 gráos.Sumindo a acçâo physiologica do pamoary, pode-

m afM* que é um È«e estimulante do organismo,

.'qu ovooa a suttore* e a íSr,sd: C,,a e propnc

uZ Lsfiasmotlica, and^ira «eupepttca.

APPLICAÇÕES MÉDICAS DO PARACABY

Temos empregado a imcluia d» paracm na pro-¦<.'4tM 20100 nos seguintes casos: nas.iores nev.al-

" ::P LTpalme U-, n^v^ia facial. «*M

| ollrlli». «a, .i.euma.isn.o a|g«-

do e chronico. arthralgia, hvdartW, ma.gestão putM^°X

M llalulencir, brnnelnlo nsllunaltca, as.hma

feridas incisas com heniorrhagia.

SUIS eM-sd na s e.npebidos

,n ," "n,Mn ^u, a face; na „dn„talgid: e,^

ul a folha nMueada e applicada no onfioo d„

PI cariado ou um ,>ouco de algodão ^e.nbeb

do e

pnfadn do mesmo n„,d„; nas ,he d.udes, arthra •

I Wm -bre a parte .«Vetada hü baniu* quMU»-

HS daplania; na hyda„hrose, emnpressas^-

bebidas rio cosi.mento.

--f'~"-~':t~ 7" ra-r»

¦r-/2tl —

Nas g^Btralgia e gastro-enleralgia, usam- se as colhe-*res de 5 a lOgrfimmas de tinctura fluida em mn cáliced'água (fe 1/2 em 172 hora, na indigeslâo pútrida e n*ás

pLyxoses, 15 a 20grms. pura ou diluída n'ug..a; naf feri-dais incisas com hemorrhagia, compressas einbebidas so

bre a ferida; e assim procedendo lemos oblido a cica-trisação por primeira intenção. Na bronchite asllin.aticae asthma essencial, lemos empregado a seguinte formula.Tinctura de paracary 30 grs. Água de alface 120 grs;Xarope de ÍI. de larangeiras 50 grs.

T. as colheres de 2 em 2 horas.Na febre devido á suppressão da Iranspiraçào a

mesma formula acima, ofi enião 15 grs., em uma chi-cara de infusão de café, de uma vez.

Deixamos para o numero próximo o emprego do pa*racary na intoxicação ophidica.

CYTODIAGNOSTICO

(REVISTA GERAL)'¦

* 7 *

Pelo DR. ALFREDO ANDRADE1'reparador de histologia da Fnculdado do Medit ina

Dos mejmpraveis trabalhos de Bileicbnikof. sobrea defeza do organismo humano, missão dos phàgoeytos,não é de somenos importância, essa deducção do alio va-lor gemiologico, que VVidal e Ravault Jfeeram eofilmeidado mundo medico sob a denümiaaçâo de cy.odiagno$*tico.

Buscar nos derraü.entos das serosas os elementosfigurados que poi4 ventura ahi se acharem e chegar porelles ,á patjhologia da moléstia, eis em que consiste este

rçethodo Ipgo ac'ei!Q e progressivamente ampliado pornumerosas obserflições qa,e cada dia se avolumam.

o

~V."'?Ca-^aa-ei';

'i-^mp^''¦ '.,'v':;' ".:.'.0*o.':;'* ..-0;--.o- í: •™|:-.:\70"

' ¦ ¦' 'V_i^ 'o-, i*- ¦ ¦¦'-"'.". >.?-;::pP/. '-

Se bom caiba a esses WerimehUidnres o grande;

(ievrm,so, enlretan.o, os primeiros ensuiOH a k.nenü)

o a Ouincke (2) por emprehonderem a proenra de.oel|g :

ance, oSai,,»S dcrran.a.nonlos .I» #®W£J»e.a Poron (3) qtie analysava ao ,i„oroscop.a o* exudah

a» ^M *#•<***• * syslennPtacão v,mo depo,»

,y„,pl,„cyloS nos derrames sensos da pi...» .. M"

1». no Prseglaiilekanki ns 7 . W de 896(4,

e com a publicação de Wmiarsk.-mhlula*.: «Da nnpoiv

S-dõB doivmphocv.os IHH derra„mmÇn.osdãie^s,_W^WiTialiRavaut ficam pois, por antecedidos fora da

Frariça, como os generalizadores do diagnosiicohistobgjco

alargado a todos os líquidos serosos normaes e pa ho lo-

,,„,! procurando conhecer por elle a relauva mlçns,d.o o

;1 ,,,,0 o nflsiò ..rgapiee.no corresponde a mPapao de

agentes mórbidos diversos.* In-itado, reage on defende-se por phogocgtos, con,

,iu,id,!S pelos glóbulos brancos enconbados no sangue

na Ivmpba e nos orgams hematopoet.cos. As conquisUas

im,denias da hematologia permitlem congregados em

I mi® pnncipeaeseriyoapbocy.os, lencocy.os monnno-

Icares c LcocyU» ' polynucleures, subdiv.d.oos cs es

por llich, comupplaus» deáoc.ores ou,tos empnh^-

„*es eob.noph.lns, ntM.trophüos e bu.oph.los ou Ma^

Zlai Apresentando-se sob modalidades d.fferemes, oe,

,lob..los brancos assignalam-se tambem por aeçao varjji.

Os Ivmphoevtos idênticos em dimensões ás hemat.as, co-

L.tose in.ensumen.e c Tidos por muilo ,cmpo eon.o

,„,clcos livres, pelo reduzidíssimo prolopb>sma nao

aceusam propriedades phagocytarias, sendo encaia.

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dos como forma transitória para ntòfreiHwiearB^ -Sft^uitH^p^se «TostramT.se crescidas; de-diâmetrosduplos e triplos dos glóbulos vermelhos, o núcleo ovalar,caractérisando-o» certa mobilidade; atravessam vasos e

tecidos para affluirem em lodo ponto onde uma celluladegenera ou se arropiim afim de libertai -o dos resíduos daalteração; lutam ainda pelo anniquilamento dos micro-bios de ínfecções chronicas. Os leucoeytos polynuçlea-res ou mais propriamente polymorphos, pois a multipli-cidade liga se a apparenci.a, possuem em summo grão afaculdade de destruir micróbios; abundam nas infecçòesagudas, facilitada sua diapedese pela grande mobilidade

peculiar."Estos elementos tão singulares, celmlas endotheliaes e

alguns glóbulos vermelhos, eis.tudo em que «e baseiam as

pesquiaas cytologieas, servindo desde ao diagnostico, de

pléurisias cercadas de incertezas clinicas até a demonstra-cão da origem medular decerto zona idiopathico (6), e

emaranhando-se já pelos exudatos provocados intencio •-nalmentepor vesicantes para explorar o modo por que

reagem os orgamshematopoetieos em morbos infecluosos

_ IL_porque ténvsido muitos os líquidos estudados, omethodo impõe-nosencara) os parcialmente, apontando asformulas histologicas que a observação ha recolhido parauso clinico.

Jjrfuide< ptwrijjm-^Pi clinica regisla, nasipnteu*

gmasias da serosa pulmonar, um certo numero de typosligados á natureza da lesão; a cytoscopia reconheço nosderrames consecutivos formulas leucocytarias èspeciaescorrespondentes; foi ao que cliegaram Widal o Ravault

'

— 214 -

(8) nas.pesquizas sobre os 56 casos das suas primeirasobservações.

Assim nas pleuresias à frigore encantoados porL.mdouzy nos dominios da tuberculose, a reacção do

oiganismo sendo pouco activa para o bacillo de Koch,

a formula cellular iraduz-se apenas pela exageração dos

elementos histoiogicjs que, na normalidade, flueíuam

na serosidade pleurãl: são lymphocytos em notável con-

fluencia, algumas hemacias dispersas crarissimos leüco

cytos mononiicleares, confundindo-se pelo tamanho com

cellulas endotheliaes.Dependam, porém, as pleuresias tuberculosas de

lesões ulcerantcs ou caseosas do pulmão e o quadromodifica-sc: persistem os glóbulos vermelhos, os ly.il-

phocytos já sào em pequeno numero, encontram se poly-nucleares de núcleo muito dividido c de granulaçõesneutrophilas; excepcionalmente deparam-se ao observadormassas amorphas, siípposiãs originadas do endothelio.

Nas pleuresias infectuosas agudas preponderam os

polynucleares. Para as de natureza .«troplococcica, esses

polynucleares são neulrophilos de núcleo deformado,

incluindo muüos, no protoplasma, os agentes desta q.iaii-dade de infecção, ainda espalhados entre os leucocytos-

Nas pleuresias pneumonicas. a presença de hemacms, de

lyinphocytose principalmente de polynucleares e grandecellulas mononucleadas com núcleos irregulares-macro-

phagos derivados da serosa mesma o leucocytos muitos

desenvolvidos-, é a característica daluta ingente que oor-

ganismo travou. As pleuresias mecânicas, derivem de

ea.diopathias, do.brighlismo, do câncer, de irritações de

v iiii 11 hança,' acc usam, com o f nrm u Ia hisiologica, pr.Ht.saode ceiiuia.s enuo.heiiaes cons.--Hsl.undo pelos avu liados

diâmetros com leucocytos e hemacias. Unidas por grupos

\

215 -

Mí2a 4. appurenlam retalhos polyçyolieos ou bjlobados,cobrindo muitas

'-vezes todo o campo do microscópio.

Quando o derramamento envelhece, rareiam os retalhos

que se enquadram nos lymphocylos recemapparecidos.Barjon js. Cadê [%) estudando estas pleuresias, veriíi-

c-üram diffèrenças notáveis.nos derrames por infarctus nos

cardíacos e arteriosclecosãdos. Aflirmam serem taes que,conduzem ao di:-igtioslic6 de um infarctus latente isento

do qualquer symptoma clinico: aqui se salienta a riqueza

do liquido em elementos figurados, pouco numerosos no

hydrotliorax doperiodo terminal das cardiopathias e ne-

phriles; e ao passo que a ausência de polynuoleares é o

apanágio deste naquelle, os leucocytos agora nomeados,

entram por um terço das cellulas topadas, Considerando se

a reacção local que o infarctus creia, tem-se esclareúda a

razão de ser desta formula histologiea análoga a da pleu-resia pneumonica.

Trinta pleoresias do serviço clinico do professor Bon-

det deram occasião a Bwrjon e a Cadê (10) de uiilisarem-se

do methodo de Widal e Kavaut; os casos divididos em

quatro grupos permittiram conclusões accordes com a

destes auctorese que se condensam intens seguintes: Io Nas

pleuresiastuberculosa.s os glóbulos brancos são lepresen-

iados quasi exclusivamente por lymphocytos; os polynu-okaies faliam; cellulas endotheliaes em pequeníssimonumero ou ausentes e hemacias pouco numerosas. 2o Nas

pieuiTsms cancerosas o liquido é muito rico em glóbulosvermelhos, incoagulavel entretanto, maculado por ceiiu-

Ias especiaes granulosas, muda vez dispostas em acumulo;

polynucleares ausentes. 30 A formula dos cardíacos com

infarctus écaracterisada peia riqueza de elementos cellu-

iifresrdus qnaes «m !íi=ço ne mmimo. é absorvido pelos

polvnucleares; as hemacias e as cellulas ondothehaes são

¦>,&t:,. '

- 216

constantes. No hydrothorax dos cardíacos e brighticoVoliquido pobre é em elementos figurados e estes são, princi-

palmente. eellulas endotheliaes, alguns glóbulos vermelhos

e lvmphocvtos;--nenhum polynuclear. 4° Nas pleuresiás

pneumonicas o exudato é abundante em elementos his-

tologieos, predominando o* polynucleares; as hemacias são

constantes elis"eellulas eTlròmeihreã-TKH^^Nas pleuresiás purulenlas o liquido só contém polynuclçxares mais ou menos granulosos. m

Dopter e Tanton (11) confirmaram as pesquizas dos

seus predecusaores no estudo do diagnostico histologico,

envolvendo na objectivação delle 60 pleuresiás.Não contentes unicamente dos resultados clínicos,

Wida! e Ravaut, intentaram observações no liquido de

pleuresiás, provocadas por experiemento, (12) Determina,ram porinoculacao iiflra pm^^^^^^f^^Tsadas em cobaios, e no abundante derrame pleuritico en-

contraram a esperada lymphocytose especifica. Inge-

ciando directamenle, na pie ura de cães, culturas de ba«

cillos de Kock, poderam procurar, no exudato serOfibriv

roso que em algumas experiências se tornou seropuru-

lento, a formula histologica caracterisada pela presençade numerosas eellulas endotheliaes dissociadas, de lym-

phocvtos e de abundantes polynucleares e hemacias.Repetindo estas pesquixas com á cultura do bacillo

typhico intromeüida r.n peritorrro, ô üífuido pleuritico,apreseutava profusão de bociljos, eellulas endotheliaes, ai

guns lymphocytose principalmente polynucieare.s neutro-

philos e eosinophilos.(Continua.)

%

A 217 -

O Congresso Britânico da Tuberculose'''(Continunfiio da pagina¦ H's)

Qnvnto á influencia eliologica da herança, relega-aeile a plano ^i^^eprinarfo. «Usava-se dar grandeimportância â transmissão hereditária da tuberculose.Agora, porem, está demonstrado por aceuradas investi-«.ações que, eomquanto a tuberculose hereditária, em

absolulo,' não deixe de existir, é todavia extremamenterara,' e podemos, tratando das medidas praticas,'transcurar inteiramente esta origem.» Depois, íãlai.do da

funesta promiscuidade do tuberculoso com pessoas sãs,

que se nota em mtíitas famílias, sobretudo nas baldasdos necessários recursos, que vivem agglomeradas emmás habitações, acerescenta: «Assim (por intermédio des

escarros) familias inteiras- são infectadas, morrem, des^

pertando no espiri»o dos qüè não conhecem a infecluosi-dadè da tuberculose a opinião de que, é hereditária, Lposto que a transmissão nos casos em questão seja,unicamente devida ao mais simples processo de contagio,

que passa despercebido, porque as suas conseqüênciasnão apparecem logo, sinão geralmente apôs lapsos de

annob.» "À parte, porém, que mais viva impressão produziu ê.

a que se refere ás relações reciprocas da tuberculosehumana com a animal, especialmente a bovina, por en*volver proposições que, assaz consoladoras, cáse^ fossemconfirmadas, trariam, na hypoihese contraria,' perigososresultados, si Virimedialamentc adoptadas. E, com seremalgum tanto paradoxaes, viriam revolver as idéas acceitasrelativamente a esse particular e alterar grandemente-asmedidas praticas a ellas attinentes.

«À tuneiculose espontânea tem sido observada em

quasi Iodos os animáes; em particular nas aves e no gado-

ái8 -

A tuberculose aviaria difere tanto da do homem que não

a consideramos para este uma causa de infeccâo tuber-

aSL A WarvVrdade.a única espécie de tuberculose

animal, que, si transmissível ao homem, poderia rafe*

ctal-o, é a tuberculose bovina, propagavet pelo leite e pela

carne dos animaes doentes.»Duvidando, porem, desde o começo dos seus estudos,

daidentidade da tuberculose bovina e da tuberculose nu-

mana, declara Koch não ter até então formado jmzo se.

auro a este respeito, a falta de provas bastantes, não con^

duzindo as experiências sobre os pequenos animaes {coe- f

lho oobàvaj a resultado satisfactorio. Mas diversas expe-

riencias, continuadas durante dois ann.os com o prof.

Schutz, sobre o vitello, «único animal que convém a esta

pesquisa», vieram dissipar.lhe as duvidas. Um lote de

vitellos, verificados indemnes de tuberculose por meio da

nrova da tuberculina, foram infectados mediante escarros

de tisicos ou culturas puras de bacillo tuberculoso huma-

„o por differentes processos (ingestão, inhalação, injec*

càò sub-cutanea, intra,periloneal, intra-venosa). «Nen-

hum destes animaes (em numero de 19) apresentou o

menor symptoma mórbido e todos augmentaram de pezo.

Seis ou oitómezes após o começo da experiência, foram

sacrificados. Em seus orgàos internos não se achou ves-

tigio de tuberculose. Somente nos pontos em que foram

feitas asinjecções se encontraram pequenos ocos de

suppuraçào encerrando alguns bacillos tuberculosos. *

exaetainente o que se a.ha quando se injectam corpos

de bacillos mortos sob apelle de animaes refractarios.

Desfarte os animaes reagiam ao bacillo ; humano

vivôíomo si tivessem recebido bacillos mortos: mos-

travam-se absolutamente refractarios.»As mesmas experiências feitas com os mesmos ani-

.. ¦¦¦¦; ¦¦.;¦- £ :

— SÍ9 —?*~ ^

mães, porei* com baeillos tuberculosos provenientes dê

um animal attcitdo de t^tados inteiramente outros: morte no flm de pott» tempo

(um a do» mezes), com lesões tuberculosas graves e

extensas: «Os vüollos mostravam se, pois,tâo sensíveis w

bacillo da tuberculose bovina quão refractarios ao da

& tuberculose humana».Podem ainda distinguir-se claramente as duas aspe-

pecies de tuberculose fazendo-se experiências sobre o

porco, o burro, o carneiro, a cabra, que susceptíveis a

tuberculose bovina apresentam immunidade contra a nu-

mana. _^i_ a*?Ktmh ^ê^ra a_prtípgsijo experiências aiial©|ar*e

Chauveàu, Gunther e Harms, BoUingerrSlHi^^»»^-

die, Frothinghem, etc. cujos resultados concordam com os

das suas. «Considerando todos esses fnetos, concluè eHe,

estou autorizado a sustentarque a tuberculose humana dif*

fere da tuberculose bovina e não pôde ser transmiUida ao

gado. Parece-me desejavet que as minhas experiências se-

jam repetidas por outros aíi.mde afastar-se qualouer duvida

sobre a verdade de minhas asserções. Desujo lambem

acerescentar que, em razão da grande importância do

assumpto, o governo allemão nomeou uma commissao

para proseguir essas pesquizas.»Passando depois A questão ainda mais importante

da receptividade do homem ã iuberculose boviitei do-

clara Koch não se poder uar4í»Liima sohicjto dirêÇta,

visto não ser possjvel experimentarse sobre o homem,

mas indirectamente se pode chegar a uma plausível -çon*

clusão.0 eminente sábio entra então nas seguintes consn

derações. .. .-..v .Sabeo.se que o leite e a manteiga consumidos naa

- 220 -~

tuberculosos v.vos e v ulen o. ^

peloa respectivos hab.g^J||^ág S, o &* *£

a exper,encia «j^^feto °Í^Íp "*T

nis.no humano fosse .ea de ^

etilose produzidos pela fts crianças. Grande

seriam muilo freqüente* ob e -1 ^

nnmero de médicos •«« & lube,,ulose sinão

se pode afnrmar -^ ^areu o primeiro ataque,

nos,,as„8e,nqe "- ^ prl.

isto é, quando se aohauí ^

mitiva. Mas esses casos sao nu d()is derosos casos de tuberculose, nao

tuberculose intestinal pn.müya. ^, da

CaS^SlS^^f^*Igl «f ^Pü no bospi,!das crianças do hmm ..lbercu]ose intestinal sem

jamais se deparou a Bagm*<| reul

U si.uui.auea do pubuao «O.J»M^ #

et, 3104 au.ops.as «"; ™" ÜS,ubcrculüse primitiva do *

observou sii*ao lb,cas<^ meralUra medica muitasdestino. Eu H*™^^ ,^ldo |g a iubereu-

, ,:_.:«„u Wa mesmo geutiu, ¦¦_„». óestausu--»- s. fimiainè enlre as crianças, e

m0,estiar,aat.,a.u e »,e

^ ,-„„,- bov.ffiá.

casos que c.te. seja^etia . luberculose fosse de.

__^

.

-¦-

¦¦»

-: ---,-.^ ______ — 221.-

De similhantes ponderações, fria Koch á s^fomr^ e©fr- -

clusão: f Bem que essa importante questão de saber si o

hòrriémé susceptível dc còntrâhlr a ttíhérCtílosfe bovinanào esteja ainda inteiramente resolvida, pode-se dizer

que si está receptividade existe, a realização da infecção

produz-se mui raramente. Julgo que a* propagação da

tuberculose pelo leite ou pela carne dos animaes é poucomais freqüente do que a tuberculose hereditária: porcóhsequeficia creio desnecessário tomar qualquer medida

contra ella.»As outras partes da communicação constam simples*

mente de insistências sobre noções já correntes, e em

parte applicàdas, acerca da necessidade dè hospitaes es-

peciaes ou ao menos salas reservadas para os tísicos;da notificação obrigatória dos casos de tuberculose; das

desinfecções; da insírucção do povo relativamente aosmeios de contagio e ás medidas capazes de evitai-o; da

importância dos sanitários.A passagem capital da Copferencia é, pois, como

dissemos, a que concerne ás relações entre a tuberculosehumana e a bovina. Mas as asserções feitas a esse res-

peito discordam de tal fôrma das idéas geralmenteadmittidas, que não poderam deixar de suscitar logo, comosuscitaram, reservas e protestos, da parle 4e vários outrossábios presentes.

Lord Lister foi quem primeiro se levantou contra as

graves conclusões de Koch. «A prova necessariamenteíndirecla, diz èlle, *m que Koch se firma para mostrar

que a tuberculose bovina não se transmitte áo homemnão parece de todo decisiva. Consiste na ãllèga^áriiretedede lesões tuberculosas primitivas do intestino nas crtan-

ças, a despeito da multidão de bacillos tuberculosos por_ ellas^íngeridas cõm o leite.

_ 222 —

! «Ainda se àWiÜndo qüeã tabBrcíite^~Kííe9lHi*t:

primitiva seja tão rara na tiifáncia como indicam as esta-.;,.;„«- h« ICoch. é certo que a tàbes mesenterica existe ei*

considerável percentagem de crianças que morreiif

de tuberculose sem que se ache tuberculo em nenhuma

outra parte do corpo. Quando os gânglios mesentericos _

são assim affectados sem nenhuma lesão intestinal appa-

rente, a interpretação natural, e de certo inevitável, e quen« haciUos tubej-culosos do^limenlo passaram atravcz a

mucosa intestinal sem causar nesta, imrw^^^^Z

foram retidos nos gânglios do mesenterio. _' sabido que

até os bacillos typhieos, cuja sédè essencial de desenvol-

vimento é a mucosa intestinal, passam ás vezes atravez

delia sem produzir a lozão caraelerMica. ILsi islo^íL

acontecer i»m o bacillo typhico, quão mais provável nao

será tal occorrencia com o bacillo tuberculoso? ¦ fc H.„;,„ p eáe por terra o argumento de Koch. Quanto às

experiências de inoculação da substancia dos gângliosde crianças affecladas de tabes mesenterica em anunaes

bovinos, referidas por Koch, lendo sido .negativo o resul.

tado, essas experiências foram poucas; e ainda qué fossem

mais numerosas não seriam inteiraniente conclusivas.

V possível que os bacillos do leite introduzidos nos

intestinos sejam de tal sorte modificados pela passagematravéz o organismo humano, que os dos gânglios

mesentericos, ainda que provenientes de um animai

bovino, não sejam mais os da verdadeira tuberculose

bovina, sinào bacillos tendo os caracteres do^bacillo

humano, pouco apto a desenvolver-se no gado. O Vn.-

gresso provavelmente requererá mais largas investigações

sobre o assumpto, antes de acceitar esta doutrina da

immunidade do homem á tuberculose bovina.» ^

Em seguida o professor Nocard, tomando a palavra

V-;__|

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'."-¦'v::''¦¦' -':jy~:y.^::¦}¦' •''' ''-¦'¦'^ "¦'

a-convite de Ustet, qddoz igualmente á opinião exter-

nada pelo illustre sábio âWiuW^n^fP^^W^a o»o rAgnosta esteve na altura da importante

communicacão. ,„._,_Começando por lembrar que é um principio do me-

thodo experimental nào prevalecerem os factos negativos,

qualquer que seja o numero, contra os positivos, affirma

a existência de factos indiscutíveis que provam a pos-

sibilidade de infectarem-se os bovideos por meio de pro'~du¥o

r lu^rcuTosos -Hnnados. ao_.homein^LEntw outras

cita as precisas experiências de Chauveau. em («ue

conseguiu este notável experimenlador infectar vitellos,

spm íclas vias digestivas, quer por írijecçâo tntravenosa'

com productos dé tuberculose humana.Si é, pois, difficil communicar aos bovideos a tuber-

cnlose humana, isto sc alcança por vezes.«Como explicar, pergunta Nocard, esses resultados

differentes. contradiciores mjSBÈ£ÊggUE' d ^

fazei o com certeza, porque não podemos ter a pretençãode realizar exactamente, em nossas.experiencias, todaa as

condições do contagio natural. E' comtudo possivel dar

uma explicação plausível.«E* lei geral bem conhecida que a adaptação gra

duai de um parasita qualquer âo meio, inerte %?Mem que consegue desenvolver-se, lhe confere a aptidão a

desenvolver-se mais facilmente em meios stmilbanteaao

primeiro Isto é verdade tanto para o bacillo da tuber-

culose quanto para todos os outros micróbios.Sabe-se quão difücil é obter uma primeira cultura do

lacilto de Koeli sobre os meios mais favoráveis. Ertã prt-

meira cultura è sempre lenta, magra, pouco abundâní*

mas, uma vez acostumado a este meio de cultura, abi

se desenvolve depois mui rápida e abundantemente. O

— 224 —

que se dá com os meios inertes, acontece afortiori com

os meios vivos. , . ¦_.todos" sabem que o bacíHodo rouget aos porcor

se desenvolve riifficilmente,a primeira vez, no organismo^

do coelho, para ter a certeza de matar um coelho, e pre.

ciso inocular três ou quatro e a morte não se dá smão

depois de 4 ou 5 dias, por vezes mais, fazendo, porem

passar esse micróbio de coelho a coelho, elle adqu.re

rapidamente virulência tal que mata o coelho em. algumas

horas; ora, esse bacillo, tornado tão virulento paraocoe-)ho perdeu toda a virulência para o porco^de que pro-

vem; podemos inQculal-o ao porco em doses^sh^ -

veis sem matai-o, sem siquer tornal-o doente *

Nocard cita phenomeno análogo ao que acabamos

de referir apresentado pelo trypanosoma da durma do

cavallo. ... ,«Emfiir, continua elle, mostrei como o bacillo da

tuberculose do homem ou da vacca cultivado no per.to-

neu da gallinha, ao .abrigo da acção phagocytaria (graças

ã prolecção de um sacco de collodio), adquire lentamente

os caracteres do bacillo da tuberculose aviaria e se tor-

na incapaz de matar o cobayo,^ou só o mata com lesões

análogas ás da tuberculose aviaria.«Todos esses faetos me levam a pensar que os re-

saltados obtidos pelo prof. Koch procedem de causas "da

mesma ordem.«Os bovideos contrahem raramente a tuberculose do

homem: mas,seja por qualquer razão modificada, diimnui-

da ou supprimida a. resistência das cellulas, e o bacilo

humano poderá germinar, pullular e invadir os órgãos do

animal cuja. resistência foi vencida; desde então o bacillo

adaptado a esse novo meio, poderá desenvolver-se em

outros bovideos sãos, que se teriam moslrado refractarios

215 -

á acção do mesmo bacillo proveniente directamente dohojnejT^.___.,. _¦;.-—-¦-¦- èx^ryf"". ~~y' '"'¦'

«Admitíamos, porém, por um instante que os bovi-deos sejam rcaünente refractarios à tuberculose humana,íeriamosrõ "dtfettD:.iiç"7C0*ncl*air-d,-abi.

^ue a reciproca—é-verdadeira?—Não, cem vezes não: Seria contrario a to-dos os princípios do methodo experimental. Fôra .sobre*tudo contrario aos factos.

«Si os factos experimentaes naturalmente faltamabundam os factos clínicos que provam a possibilidadeda transmissão da tuberculose bovina ao homem. Muitossão relativos a veterinários que se feriram fazendo a^ntopsia-de_yaccas tuberculosas; uns curaram-se, graçasa uma intervençãor~ciru«gií^pr*£çpçe_jB radical: assimaconteceu a nosso collega Jensen, da"Escola veterináriade Copenhague; outros, menos felizes, suecumbiram aevolução progressiva da infecção, como sucoedeu anossos collegas Moses, de Weimar, e Th. Walley, doCollegio real veterinário de Edimburgo.

«Dé outra parle, existem factoe namerosos e authen-ticos de infecçào pelo uso alimentar do leite provenientede vaccas atacadas de mammite tuberculosa; d maisconhecido c o mais probante é o de uma das fiüias doprof. Gasse, de Genebn : tem quasi o valor de uma expe-riencia.

«Emfim os trabalhos do grande bygienista inglezThorne-Thorne provam até a evidencia a realidade egravidade do perigo: de âO arinos para cá, a mortalidadetuberculosa na Inglaterra tem diminuído de 4*5 °/ui duranteesse tempo a tuberculose abdominal das crianças daprimeira idade tem augmenlado de 27 %! Como explicaresses algarismos tâo diferentes?

íE' que desde 50 annos tendes feito muito, neste4

"' '.,-¦*'.' ¦¦.',?¦¦ '¦'"-;---¦'-:.._ "-'¦"'- '¦¦¦¦.> -¦'¦¦'

\ -

r^É• o nfficina a communa, diiín*

pais, pa« manear a casa,.gem ^ vfts

Tuindo assim as prob.b— ^^^*P*^S»t-_-.^«.ona^S--*»,»-¦"••* infccçSo pelas vtas

nada tendes feito contra os p-J^ para a8 cnanqa.

ji^estivas, que e a

aumentadas a ^«g^ em attribuir a progressão.Tbome-Thorne nao hes, a e

„. tuberculose das crtanc £*£„„***.

de qualquer

pleta ausência de v.gdanc,das ^ ae

tdid. probtbitiva do ™°J^* se oocuparam da

mammite tuberculosa. Todos os Thorrie.Ttaorne.

;eslãodo leite PartcPa-1»^ ;CrCamanllã como ^q <<Por isso, continuarei a u __ fi,hos sina0

.Máos de familia, não dets M ¦

depois de fervido.» G. M.

_____ ==—-—— ¦-'^=====^^ Temperaturas

^^^^arTmavo obsn-viido ,,f)luta .... 31°,5-Tíuifl 1 Máxima absoiuia QMáxima absoluta.-* ¦-

^ \ MinimIl absoluta .,, | '

Hmria absoluta. <£;.- caiado seme-t.e. ,.

Média do semestre.,.. < > | ^tó0 ,ío vapor m»»'"»"*"•"" ";lri

Maxim» «bsoluta W»

Máxima absoluta .. f^ ! Mmima absolu a ;

•¦

Máxima übseUita £ <

; Min„nl, »!«>"" — ¦• ggzp

Mmimu absoluta, Wfc m<M* ào seme,!^- >Média do semestre.... 761,' 1,345,-0

Chuva '""¦'

- 127 —

Força dos ventos

Máxima absoluta 20,0Nebulosidade

Máxima absqídta...'... ÍOJ)Minima absolura.r.Tr~"^0_:^-•j.7ÍiiiiÍ!na;,j3h^B^j3'r7.:__p.2Média cio -semestre:.'."'. 4,25 | Média ido semestre.... 4,39

Ventos prviluminantesN, NE, S, E.

— -Houve 75- dias dk ..cjju.va. gue marcou no pluviometro 1345millimetros; sendo em Jan. 4 dias com 50 mlhTmêtros, Fev.~3dias com 240 mm. Março 5 dias com 59 mm,, Abril 14 diascom 301 mm., Maio 25 dias com 520 mm. e Janbo 15 diascom 175 mm.

Houve 7 dias de trovoadas, sendo 4 em Jan. (6,7,24 e 28) e3 em Fev. (12,13 e 15); è 5 dias de relâmpagos, 2 em Jan. (5 e 7)e3.emFev. (11, 17e21).

Nota—Como algumas pessoas não entendem bem a nossamarcação relativa as temperaturas, á forçados ventos, á nebu.-

Josidade e aos millimetros da chuva, explicaremos;Que as temperaturas são a máxima e a minima, absolutas

do dia, e a media, das médias destas durante o mez.Em relação ao vento marcamos por números inteiros, des-

de 2 (2 metros porsegundoj até 25, (temperado), a media éainda mensal. -

Nebulosidade marca ir os 10,0 Céo encoberto e 0,2—0,4—0,6 etc, parles do (^éo em nuvens, cirro, cumulos, nimbusetc,,e dahi tiramos às médias inensaes,

Quanto a chuva marcamos millimetros inteiros. 0 nossopluviometro tem 400 centímetros quadrados de superfície (20centímetros de lado), cada 25 millimetros eqüivalem á umlitro d'agua, de sorte que é ftioil calcular quantos litros deágua dá a chuva do dia, por metros quadrados, armando aproporção

cent. 9 mm cent. 9400 : n :: 10000 : X.

XLitros; 25

_2:___^_; - --• ?9« ————

Obtuario geral da capital da Bahia durante o 1» 7

semestre de I901j

Inhumaram-se nesla capital, durante este semestre, 1967mnuma.am «..«uüna * 946 do feminino

cadáveres, sendo 1.021 do sexo m-^uiin,. . p e;

o houve 125 nati-mortos, Bü maaçuimu» ..

Lendo o total do 2.092 inhumaçDe», as quaes foram fartas

do modo seguinte:Por cemitérios

764 e 36 nati-mortos.-Campo Sanlo..,...--.,,.^.x-x; %

Quinta dós Lázaros , -• _" Qoc rr a Aa 168 e 9 » »SS-Trindade 41e 5 » >Bl0tas :' » '*.

Allemão.. ^ i

Inglez .........' * ¦ 1967 e 125 » »

Somma ¦¦¦

... •_o^™

T&^X

S.

JaneirrTr^Í39"l65 304Fevereiro 160 135 295Março 153 163 316Ahr.l.. Í54 UO 294Maio 197 176 373Junho 218 167 385

>

a

*

>

I

Somma 1021 946 1967 « . »Nacionalidades

Masc.

..... ;... 937;;, , tBrazileiros.

Bolivianos.Jamaica....

1713

£5o

8 255 18

9 11 2012 3 1514 8. 22

Femin.894

939 894

32931333630939541015 10 25

~8Í~45~725 2092

Total1831

11

1833

.¦';.'-.;^

¦:.:-. 'iai

.;,_-.

. ¦¦ ¦'-.

— 22a -

Transporte...... ....... ,93917-:' f

2k3í

345

6

Portuguezes ....................FraàcézesU. ^, ... .-*, ¦ ¦¦4i-Inglezez ............ ¦ italianos.... :.,«^,'.*, • ^^^Hespanhoes. ,.,.'.',. . ....BtelgaT ."...........» "••¦¦••¦¦¦¦•Polaca,....Árabes...,. _ .... ,...•..._:..•_•_••...•••_•AfricanosIgnorada

Somma 1021Estado cicil

Masc.Solteiros 822Casados • ••¦¦Viír¥08 ........i.v.v^r ...— -¦.

Ignorados....,....:...............

Somma

2

48

946

183319

2v-ft... A~~3~

113

936

~l967

1294921

Femin.78560

1001

Total.

1021Edades

Masc. F«min.Nati-mortos.... 80 45De Menos dei dia... 28 18De 1 dia a 1 mez 77 58De 1 a 6 mezes 74 84De 6 mezes ai anno,:' 47 69De 1 a 2 annos 48 38De 2 5 annos 32 32De 5 a 7 annos 6De 7 a 10 annos \il ifDe 10 a 15 annos 21De 15 a 20 annos 39 37

De 20 a 30 annos 140 118

• ~~593

18914922

946 1967

Total Porcent.12546135158116866414283076

258

5,952,186,437,535,524,103,040,651,321,413,6112,30

543 1,136 54,04

— 230 —

* ranspof í« .-.<}«°« 30 a 40 ann08.. ""

" ?,, °*3 ^36 54,04

De 40 a 50 apnos. íff " - 243 11,60D« 50 a 60..anãos; ' ^De 60 a 70 annos.

'""""' f? 76 160 7,61D« 70 a 80 ¦«„„,» " ff 63 1* 6,16

0e 80 a 90 annos """" ÍI 57 10* 4,95^Wt:aIDQjann-ng lb _*9 65 3,51D« mais de 100... f M 1,00'«"orada..... 4 ()18Som,™ "'""" -~ 1_ í3 _JM)Í

^e.slequadr0v,;seanp1101 "' 2092 100000

(268), em 20 |„ga,. f0 "0 ¦"» »™« "« óbitos f„,,eceu

1 « 6 me.es com ,58, J^e 1 £ "V^ m ò° ° dé

•? 7o o de naú-mortci c- m 25 1 o? * * ^ ^ 135-

a"™ cm 116, em 9o o 70 ° ^ 6 mwes a *

0 ^ 15 a 20 com 76 em t£v J""08 C0,n 86> *m 12o

*6, em 16° 0 de ed.de i $ * menos de 1 dia com

-•-S .-".,:£;•"¦STSÍ.-Í2" i . ;

' 2o I g

annos cm 647 obilos3" » 30 » • 2ÔS ,w a 4040 ¦ 40 a 50 *

m '

6» » U * * 160 »nali-morlos ; m

** 60 » na — *

ou a 70 annos » in«-J * > _106_ »

Í85T

231 —

¦ "" : "" ••'•' .. JOOO 001

| »¦¦ , 70 a 80

'";» »

"IQ* ,100 * 80 a 90 » ,*- 65 ,

11° * »¦':¦ ignorada , 43 ,120 » 90 a 100 annos , 21 ,130 » » mais de 100 , 4, .

Somma ™*" •.-¦.:..... *.. 2.092 »As edades de Oa 30 annos ponlribuiram com 1.011 óbitos

para 956 nas demais de 30 a mais de 100 àn-tos, lendo en-trsdo neílasjiUimss. os 43 de edade ignorada e nào entradonasprimeiras os 125 nali-morlps.Z£ Notando ainda que, conto sempre, continua o predomíniodosexo masculino sobre o feminino, o qmd foi na ra.ao ^1.021 para 916, nào compulanda nem os nati-mortos e nemos de edade ignorada, pois com elles o predomínio será aindamaior e na razão de U01 para 991, e teve logar nos grupos

,12 3, 6, 11, 12, 13, 14, 15, e 21; o que quer dj qneele fo, nas edades de 0. a 60 annos, lendo o feminino sesalientado nos demais grupos, á excepçào dos 7o. e 20o quederam egnsl numero de óbitos, isto é, nas edades de 60 amais de 100 annos. * OMedia diariP dos óbitos/sem nati..morlos-10,87Media diária (com nati-mortos)-11,69Coeficiente da mortalidade por mil habilanles, calculadaa população em 230 mil almas (sem nati-mortos)-!^Coeficiente (com nati-mortos)—18,35.

FEBRE AMARELLANeste semeslre foram apenas notificados 3 casos destamoles.,-,, sendo 2 em 1". e 27 de Abril e em 10 de Maio;dos quaes 1 reslabeJ«oeo-se e 2 falleceram.0 to, caso foi notificado pela Inspectoria de Saúde do'''••to de 1 porlu-uo,, solleiro, com 18 annos de edade, »e,i-cnJlor branco, q,m r. movido de bordo do paquete francez«Cord.llere, para o Hospital do Bom Despacho, ain se resta*

V

~ 232 ~ "»

O 2o' pelo Dr. José Adeodato de Sousa, de uma menor,

brazilci^, d, 4 annos de edade, branca, a qual falleceo em

seu domm.hu no prédio n. 2 ás Portas do Carmo, direto

da Rua do Passo, que soffreo ás benefièiaçoes regulamentai

exigidas. : „¦. . , , •*>. ¦ f:' . , . *0 3o pelo Dr.Director do Hospital de Santa. IzabePdel

norlu-u-' soHeíro,-com-30 amiosHk ^dade.^ranco^téftdí^

annos0lc' acclimaçào, agricultor, o qual falleceo no^smo

Hospital, districto de Nazareth, tendo sidu feitas as benefici-

acues exigidas pelo regulamento sanitário.'. ...• *varíola

Foram notificados durante o semestre 15 casos desta mo-

lesfeia sendo 9 em Jan., 3 em Fev., 2 em Abril e 1 em Junho,

dos quaes 13 restabebeeram-sé e 2 falleceram, 1 em Fevereiro

e 1 em Junho.Se^o—li masculinos e 1 femino.NacionaUdade-Toáos brazileiros.Estado civã-12 solteiros, 2 casados e 1 sem declaração.

Edade-Ü de 10 a 20 annos, 6 de 20 a 30, 2 de 30 a

40 ei sem declaração.Raça-ò brancos, 9 mestiços e 1 sem declaração.

-I Fíí/«ção-Í0 legítimos, 3 illegiUmõs e 2 uem declaração,-

Vaccinãção—Todos não vaccinados.Profissão—2 marítimos e 13 sem declaração.

Procedência-U do dislrieío da Penha, sendo 7 da rua

Ramos de Queiroz e 4 da Imperatriz; 1 do districto dos Mares

á rua da Calçada; 1 do da Victoria á rua do Polytheama e

2 de bordo do vapor nacionol «Maranhão».Só 1 não foi removido para a Enfermaria de isolamento-

--—TUBERCULOSES

Foram apurados 298 óbitos, desta moléstia, durante o

semestre, sendo 43 em Janeiro, 55 em Fevereiro, 41 em Março,

ín-Abí il, 54-em Maio_eJ>4 emjjjmbo.Sexo—148 masculinos e 150 fênmiíftós.

OI «

-:._..:,. '-¦-.^ -^ 2|3 — . ; -¦- -*¦¦

^d«ãttító-âôl hri^elros, 2 .portugaèães, t italiano,

1 polaca e 3 africanos.^ / ;w" .-¦..-.--.-.,¦^: ^Wáâm^^m<m 39 casado, e 17 vmvo».

^ade-2 de 1 a 6 mezes, 2 de 6 mc^a 1 anno, 3 de ia 2

anno9,2dé2a5,2de7al0,5del0alo,31de oa20.92de

20 a 30, 75*e 30 a «." 53 de 40 a 50, 20 de 50 a 60, 5 do GO a

70, 5 de 70 a 80 ei de 90 a 100.'' ___ Du. E..DE Oliveira.

Bifciíographia

Kade de Medicina da Bahia ^,*ahf % Ga^ko.-c^, -

Ba7«a-1902.

4 imporlancia trajvsçendente da„ .Medicina L*gal*i«

suas*re)ações com a Jurisprudência é convicção cada

vez mais arraigada em nosso espirito, ã medida que m -

ditamos sobre os altos problemas da vida publica que

se agitam o se aclaram cm livros da importância do

que ora temos sob a vista. à .Jâ o nome do ilíustrado Professor de Medicina Legal

em nossa Faculdade Medica era penhor valioso ao primor

dos 4 capítulos, 'em

que enfeixa o DrTTSiíà Rodtrgu-

sua opinião critica, por demais aulorisada, sobre o pro.

jecto de Código Civil,-apre»entado-PeLo notável Professoi

da Faculdade de Direito do Recife. .No capitulo primeiro são anaiysados com fino cn;

terio, âluz dapsychiatria moderna, os estados de insam-

dade mental que excluem ou restringem a capacidade

civil, a insanidade permanente e a transilonu, compre-

hendendo a loucura, a aphasia, a surdo-mudez, a embri-

aguez habitual, a prodigalidade, o jogo inveteraao,^

fraqueza mental senil, criticadas' comsüpenoriaaac de

..

."'..-

I r,,. ...... ¦ .-, ...^ ¦¦.¦'¦'-¦¦ ' ' "

.^ _ ...'.. '„¦:¦; ':¦-:-¦*•£., 'i™

...'.'i'-"". '

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«?:: . " ¦ ¦ ._i-..-.v.--Vf-*' ' ¦¦

-234 - ;m

viSta scientiíica as modificações propostas ao Projecto do

insanidade mental naíofdm^a, «o «*W°jVT?H^t

de Freitas e nos projectos Feliclo dos Santo, e Coelho

Rodrigues,riauw- -¦¦-.-—— ...

Occupando-se em seguida da incapacidade civil nos

esf,do de insanidade mental, prende soccess.vamen e

naÍttenl a anályse da incapacidade civil na insanidade

^permanente e na transitória, na -«»"

morbtda nesta incluída a suggestào criminosa e enfrenta

o'.dnó\rob,ema dos intervalos l-«« *^

dencias com os actos civis-capacidade de testar,

fpstemunhar, de per filhar, de doar etc.

Kstndanotereei.oenpilu.oainterdieeào dos al.ena-

rPp«t»cia pelo conselhoi»"^„o que toca de perto a curatelia dos ptudigo,- —;:"a"

ainda os casos de curadoria provisória e voluntária e

Xesentando „ iormola integrai da interdigo dos ai,

e"^errr;a,ioSo,raha,hodeU,«pra,ica extraordinária para médicos e m^tae o e udo

reação lenta), a mterdicçao e o ,*,--•-cessidade de interdizer a todos os aliei.uu.es mi.

"0S Cot' fecho digno de tao nobre labor refere^o

A. ao modo de enectnar-ae a perícia ,»ed,ca em p,ych.

¦

'¦-T

atrialorense e as reformas indispensável d a«o

pai, eao modo de preparai-a em «ms*** <**

Em enoio des opiniões ofendidas em seu premoso

^suUadodesnae.perieneiademed.co^^^.

Sdas èm sua cínica forense nesta Ca*Ua—-

de modo inilludivol a falta de protecção legal errique

# 7, Proiecto do Dr;Ciovis Beviláqua aque.ies que,

SSSwrt -acham ifihibidos de cu.dar

^T^t^S^seendemesvemiladasernseu

qu„ encTou o seu eurso, nó presenle anno, o e.nmen.e

PCOtTcêeitando o modo de pensar de KrafU-Ebing e

Seii Ca o A. capacidade ^^^^vallos lúcidos, salientando que tal foi o processo

ssssavssiríJx""'Tada

a Cidade da existência des.es * conlra-

-236 —

pr.od.jic» nte e illogico negar lhe a iiiflnencia legitima sobreos netos civis, sendo de estranhar que ao A. parecesse

refeiivel auoplar o nosso Código Civil o exemplo do Ce*'igo da Àllemanha, seguindo a rota oppostn, cercar das

garantias exigidas pela psycbiatria hodierna a verificaçãoda realidade dos inlervallos de lucidez. ,li'm todo caso(como confessa «tão pode censurar o Projecto quandoconsolida o nosso direito civil em relação aos inlervallos!--Incidas; admitiindo nelles a capacidade de testar» mas,coff) inteira razão, «não lhe rode desculpar o ler dei-xado som a menor garantia a verificação pratica destesestados».

Indubitavelmente cabem ao A. justos louvores quan- .do rccommendà, neste particular, o Código Civil do Mc-xico, segundo as citações de Raoul de Ia Grasserie como omodelo que se impõe ao nosso código, uma vez admiltidaa doutrina dos inlervallos lúcidos..

Em nossa desrutorisada e humillima opinião. ~seme*

lliante pratica vae mais de accordo com a verdade dosfactos e os princípios salutares da verdadeira justiça; talconvicção mais se nos arraigou no espirito após a leiturada seção VII do capitulo II do magnífico livro, que temossob a vista, referente á capacidade de testemunhar noálúcidos inlervallos.

Juntando ã sua valiosa opinião pareceres de outrosscionlistas eminentes (Krnfft-Ebing, Sclilagèr, Legrand dúSaule, Ilusband), conclue o eminente professor da Bahia ;que «não é lógico nem justificado acceitar o inlervallolúcido, quer legal, quer scientificamente como um estadode completa integridade mental e recusarão mesmotempo aos loucos o direito de serem ouvidos como tes-temunhas nesses intcryallos, pois que,, mesmo prescin^-dindo dos inlervallos lúcidos, a psycMatÜa: Jnoderna re-

mm

_

- 237 -

conhece que, em casos especiaes, pode-se acceitar o de-

poiméntó de um doido».Ainda no mesmo capitulo accrescenta (pg. 160): «Ora,

si na continuidade da loucura, não é licito estabelecer,(.orno regra geral e absoluta, a recusa do depoimento e da

revelação dos alienados, é manifesto que não se poderánegar fé ao depoimento feito em um verdadeiro intervallo

lúcido, que pode durar annos, durante os quaes o louco

vive a vida Social commum». *EmTacê desta verdade,-aeeeita ej>.roclamada pelo A.

cumpre-nos endereçar-lhe idêntica argumentação, reíru

oando-lhe que egualmente não nos parece licito nem lógico

conferir capacidade ampla de testemunhar aos mesmos

loucos a quem se denega a capacidade de testar, doar e

perfilhar no momento em que, favorecidos pelo intervallode lucidez completa, que pôde durar annos, vivem a

vida social commum, na phrase do Mestre.De outro modo seriam desiguaes os pesos da balança

de Themis. -¦...'.Si não nos levantamos de uma parte contra o silencio

orudente recommendadopelo A. em relação à capacidadede testemunhar «cuja recusa não deve ser formulada em

lei, em attenção ao ensino psychiatrico», não concebemosde outra parte como pôde o iUustrado professor que assimargumenta, preferir á admissão da capacidade civil outra

quTnãTsê^^correndo-se (pg. 147) Vás loucuras intermittentes que dei-xariam ao psychialra o'.recurso de attender, na pratica,iqnéllèX èssoir^ M? se citam longos-

períodos de inlermissão, durante os quaes o louco deu as

provas mais decisivas de capacidade e de vigor mental».Si a doutrinados intervallos lúcidosi não tem a seu

*:Jts^ii^^^^^0^ e legisladores, não ha

»tr.v"=».' .

- 238

negar que todos reconhecem o facto inecusavel da phase

de ..wua verdadeira- intorvalla vera de Zacehias-tão

eloqüentemente oaracierisada pelo Chanceller d' Aguesseau

no século XV11, que nella não via «um crepúsculo unindo

o diaá noite, mas uma luz perfeita, um clarão vivo e con-

tinuo,- um dia pleno e inteiro que separa duas noites».

Referíndo-se á distincçSo estabelecida por Linas e

Re«is entre o intervallo lúcido verdadeiro, a remissão e a

intermissão na loucura, escreve ainda o illustre adversário

da doutrina dos intervallos lúcidos, que nesse momento

evidentemente os reconhece (pg. 135): «Não são estas d ir

tineções puramente médicas a qúe o legislador possa em

rigor dar ou recusar o seu assenlimento. Reconhecida por

médicos c juristas, eilas têm a sua sagração no direito es-

cripto desde Justiniano, a quem cabe ter feito a distmcçao

justa e feliz entre os estados de lucidez equívocos e o*

verdadeiros intervallos lucidos-mteroaWfl perjectts-sima^

Reconhecidos, pois, pelos mais valentes adversários

os intcrvatla perfectissima, que se não devem con-

fundir com a inumbrata qüies de Celso ou a sombra do

repouso de Goiofredo, é mais lógica e scientifica, a nosso

ver sua adopção nos códigos civis, cercada de garantias

indispensáveis, como no Código Civil do México, justa-

mente reputado na espécie para o Brasil um modelo pelo

A., que aliás se inclina antes para a doutrina ao código

germânico.Faça-se sempre a perícia medico-legal completa,

confiada a competentes e nos casos duvidosos acceiie-se-

o conselho de G. Ziino, insigne professor de assina, ad-,

miitindo a invalidado dos actos civis e a incriminabihdade

á sombra da máxima jurídica; «Semel furiosu^semper

- 239 —

furlosus presumitur ei conlrarium lenenti incum*

bit ônus probandi. ..._Fechando esta pallida noticia sobre o precioso livro

do Dr. Nina Rodrigues—jóia de fino lavor com que ora se

enriquecem as letras médicas brasileiras-é-nos grato

proclamar o proveito a auferir da leitura de seu trabalho,

que corresponde inteiramente-ao desejo louvayel de cqn:-_

correr- para o melhoramento da legislação pátria.E' mais um motivo de valor para eongratularmo-nos

com a Medicina brazileira, especialmente com a Faculdade

Medica deste Estado, onde tem sua tenda de trabalho o•"-minente cathedratico de Medicina Legal.

"> ""7~ 7-0^-- ¦-; ..j A_ Fr

Fragmentos de Hygiene

As copiosas sollicitações da attenção dos hygienislas

para problemas de relevante importância, magnas questõesde saneamento, pro.phylaxia, desinfecção deJvam no mo-

mento, como aliás em outros até agora, o cuidado dos

profissionaes para rumos elevados, em que certamentea acção irá realisar os planos da palavra. Ficam aos

que não tem estas ingentes aspirações não pequeno numero

de breves questões, dignas de attenção lambem, poisem se tratrando de saudc nào existem nonadas. Serão

o motivo desses ligeiros bilhetes.

Não sei a origem e que me conste não existe cidade

cuUa que mantenha a tisança das luetuosas armaçõesem que se compraz entre nós uma rütuía insensata. Bella

vive uma anachronica profissão que surge depois da morte

dando S casas a ficção do pezar, durante as horas em

òo-ò. .0 .

m^m^^^y'.

gue antes de ir a seo termo permanece Oodefunto nodomicilio dos"vivos"."~ —-— ——

Testificado o obilo, a primeira lembrança, emquanloalguns piedosos affectos prestam cuidados posthumos devestiagem* ao morto, é prevenir ao armador e encom.modar-lhe a armação, porque as ha diversas, e a dordas armações tem gradações de preços.

Dentro em pouco entra o homem seguido de auxiliares»transportando rolos de panno preto, galões, papeis pin-tad.os.de inscripções, cortinas, sanefas, franjas e, alfineteaqui, alfinete ali, da porta dc entrada á sala em que está

exposto d'defunto, tudo se reveste de negro, o negro dospannos, cuja severidade é apenas lugubremente interrom-pida por übí galãods- prata aquiy-além, eom seBüeífia-meticulosa, por inscripções ad hoc.

As janellas são obturadas, o negro ás preenche:as paredes, o chão, ás vezes o teclo similmente se mos-tram. Pelo abertura de duas ou trez portas, reduzidapelas cortinas pesadas e negras, entram convidados, arni-gos, parentes e muito mal um pouco de ar bom pararenovar o empestado do am^bate, coivo npiloo porum morto que se putrefaz, por vivos ^ue respiram eexalam pela pelle e pelos pulmões toxinas voláteis esécréções acres, pelos cirios que ardem, todos numaporfia de consumir oxygeno a substiluil-e por uma mis-tura venenosa e irrespirável.

E os pannos pretos nâo contentes em tornaremfúnebre o ambiente, aquecem-no extraordinariameiitepêlo poder absorvenle de sua cor e em troca recebem

a poeira mais ou merios infecta, sempre supeita, dos pésdos visitantes, o contado mais ou menos .imputo desuas mãos, germens infectuosos transmettjdos por conti-guidade directa por assistentes que se acharam em con-

'•&*¦ '¦:~':7'. 'K-í\ '•';•, T, -'.f. '¦¦;, ••-' *'--í)Í^

Cí ''-¦•;':-•••!•--..<-?? 'AM':)¦PT" .l' -^. --' -. .J ^SJRít*

R^---•'¦" ;''fHHpi' v<NHwapu*sndol ' *¦'- flnlÉAu «JS ÃtlUMlfe*ÉtfMAFrtttAt

;. de suor «exhflaçdes pulreonarc

|| A cerimonia fiada e---'¦ .• HfgTtrf fftiTn rrftft— lyjfflSjjjjffBjj

nado tudo, voHaoartificlogo, anitoUl. depoimister: empe*tar*s« ,

fr contados Imp^roa, infiltrados de

P. tías.S ieí^aSferimw

¦h . Fdra. pois, esses

EL; «:-. .¦ •

EícHi. •'-'¦'¦'.-•'¦ '-"••¦ ^.¦vi'/-i-'iaMflM-ysKffi^SssMa5gsfi^^

¦Et. ¦ ¦-•'^¦vf Béí imod asuwlM ttttl assACi

fc- 4i» IÍiJffffSi3 ç IWassor Cas

--.-'

tf:||sj|»;é:. yM^S:^:^ra n0i^m1õr1br^iír l^eo;

outrps qüc voltjjam rib arnas asporegas dos tecidos —

ouso; aminas e diaminaseadavença, fetrihentaçdes

| |ue se v|o impregnandoi e à facilUàçâo pela humi? ^

y|e*se o morto. Os alfinetesíc^ t^SÉú^m^se ;c ¦' reacondecio-^ftloébrè j«t?a donde veio, para

I, |linprò, dèr*se ao mesmoe^^nuadamente c empcstar se-

rodüzir todos os dias, nãoenso que reaja contra esseuma «ciência que profligue

tadosde pés, de mãos, depoeiras nocivas e gèrmens

|||è^a^cões fotidas e delcte-^^fetima a um mòrito vele

Apipl^ram?. .-;r^:sujos pannos pretos das armações.

Afrakio Peixoto

rnos dl Bahia ámemo'if.r

|^?^|jptísjj|m^8tiya>

ro,«oto) praaenteso Dr. Oover-

!M.

&*fè 'â^kja..;\

:

- 242'-

s im rir, Fstado oí secretários do interior e da segurança

pS ddttò da Faculdade de Direito, professores' " caldadc de Mim #^%M**3g£v?

Lnrnereiab, do Grêmio LUcrni-io, do Gymnasio da Bahia,

a" do B.T..-. Aries, do ,„stiudS,« na v«-~

r.níjL Medica e da imprensa u.íu.a-e-r;.uj ...-:!_.-__

Sente da Grêmio o S„r. Lopes P.nl«»«-g

Snvs. Aguiar e Bastos, declarou o motivo da festa em P use

%mA com„,ov,du e sincoru e i»---

oSnr Dr Governador do listado para presrda-a sessão,..

l4 depois convidou para secretários, o Cons. Carneiro¦ • , -.!., i£av..Vl'dade de Direito e o Professor

da Hocha, dirceior da V acuidaut cie uut

Niüa Itodrigues que na solemnidade representava l.o-

fossor Briltb-actnal diretor da Faculdade Medica."

OSnr' Dr Governador declarou que não era somente

como admirador q*e sempre o fora do Professor Castro

q«o se assofava á homenagem que enlao se-preslava a

na memória, interpretava lambem oi senlimeulos ao jus-¦

;i(;a ao generoso e nobre povo bahiano, alma franqueada

pela dedicação a iodas p grandes -causas. -- .

Depois declarou aberta a sessão e logo apozjevc a

palavra o 5°. annista Oscar Freire que ¦pronunciou um pri-

noroso discurso, que bem merecera transcripto, se uma

Uragom cm avulso não tivesse de dar-lhe uma larga envul.

Depois da execução de um trecho fúnebre o Sm. Dr.

Governador encerrou a sessão.

Almejamos oue o Grêmio dos Internos evitando es-

côlhos vã progredindo sempre dS modo a continuar a ser

como nestes ullimos tempos, um centro onde se cultiva a

sdencia <i se faz jusüça aos grandes scientistas.

mm

¦ .. ¦t^Si

- 248 ^

•':¦¦'¦¦.

¦

MEDICINA PRATICANOTA SOr.RE A POSOLOGIA DO IODURETO DE POTÁSSIO

Um meio commodo de administrar o iodureto de po--tassio é, como se sabe, sob a fôrma de solução em egualparte de vehiculo apropriado, para q doente usar as got.-tas.~~;~ Não vem fora àv propósito lembrar que neste casonào se deve empregar sinão um vehiculo aquoso, aguãdistillada simples ou, de preferencia, o hydrolato de"caneila, associação aliás muito usada, e nunca um vehieulo alcoólico, uma íinetuia, por exemplo,.como não rara-mente-se tem empregado. È isto por que o a íco o 1~ dissolvoapenas a 6a parte de seu pèzo de iodureio de potássio (An-douard), no passo que aaie sal pode dissolver-se na pro.-porção cie 1.gr 33 para um céu limeira cúbico de água.(Fonssagrives) ou em uma porção de ag.ua equivalente a0,8 de seu pezo (Souber). Deste modo, -um doente a tpie seadministrar o iodureto cm parte ..'egual de vehiculo alço-ohco, tomará uma dose do medicamento muito menor úoque a que se desejar tíinljfegfr, o que consliUie não pe-queixo ineonveniente praMjo.

Usyndo*se a soluçai! de iodureto de potássio cmparte egual de vehiculo aquoso, nunca utilisiwcl em In]caso, temos a fazer uma observação, que julgamos doalgum interesse pratico e que constitue o principal mo-tivo destas notas. Na dosagem dessa solução por goltas, ásemelhança do que se faz para diversas substancias liqtii-das aclivas, lincluras principalmente; admitte-se, com sa-Orifício da exacta posokgh, que XX goltas representemum centímetro cúbico. Para o caso das tinturas c outroslíquidos, basla-nos lembrar que abundam nos formula-fios-ffidicações sobre o peso das respectivas goltas e aequivalência enlie esse modo dó dosagem e o centímetro

-'-¦¦ ^£**=g

enbico on o gramma; e por ahi sé pôde vêr que pelo abusivomodo dc dosr.r, o doente tomará quasi sempre uma dósé

^ravehhÇniõlIiffcTcrile <ío indicado em grammas. Paia ocaso, porém, da mencinada solução de iodureto nenhumainformação podemos colher.

Foi por isso que, por um fácil calculo experimen-lai, chegamos atstabeleeer, com *o sufflciente rigor paraa pratica, que XXXIII goüas da alludida solução contemuma gramma de iodureto de potássio. Deste modo, si secalculasse aproximadamente XX goüas daquella soluçãocomo imi ceníimelro cúbico, que devei ia conlêr 0,5 desul staneia activa, pu, o que vem a sero mesmo, aéinU*tindo que XL goltas contenham uma gramma de iodureto,resulta pelo calculo exacto que indicamos, que a dosereal do medicamento contido naquelle numero de góHas^éde 1 gr. 212, doso maior do que a que se desejavaadministrar.

Ffnalmcnte, julgamos que q modo dc administração

por goüas,do iodureto de polassio dissolvido em porçãoegual de vehiculo aquosn, constitue um meio de dosagemfácil, commodo e suficientemente rigoroso, muito mais_

preciso do que a dosagem por colheres, que variam muitodo capacidade, e lão exacto, porém mais pratico do queo uso deíim cálice graduado, que raramente adoptam osdoentes. fJ. Ad.

Tratamento da coqueluche pelo Prof. Montl (de Vleniía)Tratamento geral-k criança atacada de coque-

luche deve habitar um quarto claro e arf^do, de tem*

peratma niedia .de IS^íFc-serà conservada no leitono primeiro dia de moléstia, sõbmettida ao régimem lácteo.

II Tratamento local—SÍo numerosas as préscri-'

1 §1||

:.'.'} ¦'¦.'"..' "¦¦>^ ' "•''¦ ' ¦ '¦ '¦' : *

- ; ,..,i - ¦-.._¦".¦_

pçdês tíiedicamento?98 nesse sentido: inhalaçôes e insuf-

flaçõos de ackío borico, saflcvlnto de sódio, bicarbonalode sódio, enibrocações de cocaína, .resorcina, ele. Sáo

prefcrivei* i^nhàlài^ptirnícã-das ou melhor phen.co-meniholadas, acompanhadas do tratamento interno pela

quinina. ... '. ' ¦E' aconselhável a formula de Biich-Hirschfeld:Atídò phenico • • • '• 2 6r-Menthol piiio. * *r-Água d»ti»>ds. 200 gr.Faz-se rcfpiinr 2a 4 vezes por dia 25 gramma»

desse solulo por meio do apparelho de Siegle. -XfTTwtãmcnioJnivrnv-* bêÜadena dá excellen

les resultados* no preparado seguinte:P<) de raiz de bèlladona ....... O.gr.10Bicaibonalo de sódio. 1 aa

Assucar branco ' *M 50

f.e m.de cm um pape); U3 ao dia ou enlàoExlraclo de bèlladona .... . • ... 0 SfiüôAguadistilluda . l0 8r-Para usar 3 vezes por dia tantas gottas qnanto o

comportar a cdado daciiança.Stepp, Fccr, Matfan louvam a medicação bromo.

formada. Eis o conselho de Matfon:Óleo de amêndoas doces lh %r.Bwmoformio . . • ,/..'.¦...,.. XLVU goltns

dtpois de agitar fortemente, «junte-seGomina arábica. l°2r-

Água de louro cerejo • • *Sr-

_j ^sm jüisslilmiflL—a-^ ^-fi- 120-ír^— ^Cada colher *»as de chá desta mistura contem 2

goltat 'de bromoformio.

U« do» incónlttifeiiles é a imprecisão da dosagem

H&Cm .¦

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"-''¦'O*"^-:' '¦ :''•'-'>' ;C-:^

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- 21» -

BH

por irregular distribuição de substância nct.vn; qiie f

podo njunlnr em gotlas, quando a preparação nao fo.

mm nu se não agitou fortemente o todo antes de usar.¦- •<•>.•« i-oeiillnfindc^e descuido,

mais de um* envenenam"..*. ,em .esutmnn ut,,.-, .t-^

Preferível a todos é a quihmá.Para as crianças de menos de 2 annos receite-se.

Tn.nnato de quinina.., • ».- • • *.._•_'• 1 * "

Bicnibonato de sódio • » |

* 8r*

Assinar d. em 10 dofi.es; 1. do 2 em horas

Para edade mnis elevadaChlorhydrato do quinina !,;'Bicai bonaio de sódio ..."..'¦••-• jAssucar . -,

d. em 10 papeis; í dc 2 em horas.Em resumo, as inhalnções phenicomeMholadas e a

quinina internamente constituem o trolamcntn «lógico

ovacionai» da coqueluche no opinar competente do l ro-

fessor Monii.

Contra as erecções dolorosas,, noctumas dos

bUnorrkágiméxperfmehtou Barat.er com muito sue

cesso as fricções:nô penis com um vacinado de salt*

cvlato de méthyl a 1:10, envolvendo-p em seguida

em algodão cm rama ' (doura des mal. cuK e sypn.

1900).

^Mf^^felfe"

Gazela Medica da BahiaPublicação JVLensal

VOL. XXXIII DEZEMBRO 1901 NUMERO 6

O Jublleo do Dr. Silva Lima

No dia 13 de Dezembro completaram se 50 a.nnosque récebeo ô gráo de doutor em medicina pela Faetil-dade.da Bahia o Dr. José Francisco da Silva Lima.

Sào dez lustros percorridos por uma existência no-bremente preenchida para a profissão, para a humanidadee para a litteratura medica brazileira, onde o Dr, SilvaLima conquistou um dos primeiros logares.

Em 1866, já reputado clinico n'estnoapilal,o Dr. SilvaLima com mais quatro companheiros, Paterson, Wiicli^roí',Farias e Caldas, fundou a Gazeta MedJM da Bahia.

«A historia da imprensa litteraria cio Bahia, dizia oiUilstre clinico na hüroducção ao primeiro numero d'csle

periódico, é muito pouco animadora pnrn nquelles que,cedendo á tentação de escrever paia o publico se aven>turam ainda pelas veredas do jornalismo, arriscando sea engrossar o já crescido numero das loutai.ivas mallogra-das.» ;•'

«A imprensa medica principalmente, essft, podemol-odizer sem receio de contradicção, ainda estrt por nascer,apezar de mais de um esforço nobre e generoso, semduvida, porém mal suecedido. paia lia: asra.gurar umaexistencia*positiva e duradoura.?

0 emérito fundador da Gazeta Medica '.cm hoje asatisfação de ver ainda de pé a sua obra. Do si us quatrocompanheiros o único sobrevivente sUccumbjp ha menos

-_ QiC i.

d« um mez, e é a sua penna que lhe rende n'este mesmonumero a ultima homenagem.

Enxugando as lagrimas de pezar e de saudade á¦yrppáthica lembrança do iilustrado. |bom e velho guia ecompanheiro, a Gazeta Medica rejubila-se por ver-sen'esta data, que ella registra com desvaneoimento, ii 1 u<-minado ainda pelo mestre que a dirigi-o desde os pri-meiros momenios e tem sido o mais operoso e distinetode seus cóllaboradores.

Para render-lhe o devido preiio pedimos venia ailiustre confrade e tasiaciamos para estas eoiumnâs ostraços biographieos com que amestrada penna descreve odisíincto clinico e erudito scieniisía.

0 Dr. José Francisco da Silva LimaConseguiu merecer de antigos compatriotas e de bra-

zileiros, que o admiram e que teem recebido os benefíciosdo seu caracíer e da sua seienciá. aquelle conceito me-moravel com que Napoleão distinguiu, em testamento, oamigo mais precioso'que o destino lhe dera: «não conhecihomem mais virtuoso do que Laurrey.»

Entregue nos seus primeiros annos de vida aeiiva ácarreira eomniercial, José Francisco', cia Silva Lima, quenascera Pm Oliveira de Azeméis, e que ameia muito novopartira paia .. Brazii, sentiu-se attrahido para os estudos,e, não obstante as assíduas becupações do balcào; entre-gou-se ao, cultivo (|as línguas vivas, adquirindo rápida-mente conhecimentos práticos que o habilitaram por suavez a ensinar, conquistando assim os meios de proseguirnos cursos preparatórios e superiores que as suas aspi-rações reclamavam.

D'e.-te modo, em dois ou trez annos esteve o jovenestudante matriculado na Faculdade de .Medicina daBahia.

- 249 -

O seu tirocinio foi dos mais brilhantes o já abi se manifesiararn o espirito eminentemente observador eo cara-cter profundamente honesto do homem de sciencia, paraquem o culto da verdade e o desprendimento das vaidades.de exhibição, dos preconceitos acadêmicos, da infalibili-dade magistral ou do pedànüsmo auctoritario da velhaeathedra foram respeitosa e firmemente consagrados comoum pJSgramma inalterável, que lhe preparou a melhoreducação scientifica recebida ha cincoenta annos.

Realmente, ainda hoje a orientação positiva e efli-ca/mente pratica, e que então já se aluava a mais larga 0erudição ^'aquelles tempos, seria o melhor dos modelospara o estudo das «ciências médicas, se foi-se mister irbuscal-o na intuição que o talentoso e sagaz ahimnopossuía, ha meio secuio. da nova phase que os conheci-mentos e progressos ulteriores imprimiram na marcha damedicina.

Á influencia que os'methodos de es.udar e de apren-der do joven Silva Lima exerceram sobre os seus con-discípulos foi, pode se dizer, o inicio de uma escola emque se filiaram os médicos e cirurgiões mais notáveisque a Bahia tem tido.

Em relação á ethica, aos deveres proíissionaes for*maram-se, sob o exemplo e direcção mora! do ülustremedico, os caracteres mais austeros, os clínicos maisescrupulosos e Íntegros, os mais desinteressados e solícitospráticos, que nunca recusaram seus serviços nas phasesepidêmicas de maior perigo, e junto do leito o mais obs-curo ou o mais desvalido.

Quanto a educação scientiíica, associaram-se aostrabalhos e esforços de Silva Lima dois hemens, cujamemória fecunda e berníazeja se perpetuou na historiada medicina braziieira, Jobii PaUer§oa eOtto Wuchtier.

— 250 -

Ao primeiro já a gratidão popular levantou um mo-numcnto; do segundo conservam os mais notáveis peri-odícos e archivos soientificos do inundo as interessantes ecuriosas investigações, sendo a sua reputação a de umd..s primeiros e dos mais originaes observadores das mo-lestias iutcrlropicaes.

Silvalkma, Paterson e Wucherer constituem, é dejustiça affirmal-o, os ereadore.s da pathologia medico-biazileiia e os investigadores que primeiro forneceramos.mais poderosos subsídios para o estudo positivo da no-sologia parasitaria moderna.

Os trabalhos originaes sobre o beriberi, sobre o an-Hiyiosiotno duodenal, sobre a filaria do sangue humano,sobre o ainhum, sobre a dracontiase, sobre a lepra; asexcavaçòes históricas sobre as boubas, sobre o maculo,revivendo e completando as descripções e o diagnostico,i,! enfermidades que de todo desappareceram ou queli-iidem a desappareccr, desde que cessaram o traficoafricano e as condições miseráveis de hygiene a que es-lavam sujeitos os infelizes .escravos; tudo isto e obratio eminente profissional que modestamente se retrahiusempre, só aspirando á confiança dos seus clientes e aoconceito e apreço dos. seus collegas.

Um dos fundadores e prmcipaes redaetores da Ga-seta Medica do. Bahia, periódico que tem mais de'nula annos de profícua e operosa existência, Silva Limal^bailia^cmpre.cscreveiido e publicando seus estudos eobservações. Jamais oecupou o menor cargo official re-inuiicrado; tom. entretanto, presidido e desempenhado ascoaimissões mais im;,or!antes,occup:uio as funcçÕes'eieetí-vas mais graduadas nos congressos e associa Voes de suaUassc, touos os seus collegas o acatam como a mais ele-vada e respeitável summiclade medica do Brazil. Também

251 —

nunca 'exerceu posições no magistério publico; o iogar,

porém, (ie medico do Hospital de Caridade deu-lhe op-porlunidade para revelar a sua alta eapaeidade dobênte,congregando, em torno de si dezenas de anuímos queafíluiam á sua visita e que se sentiam vivamente atirahidospor esse ensino singelo, conciso, riemonslrativo, em quepouco se fallava, mas onde a evidencia (ie phenomenos. aabundância tios façios; a clareza das assevei ações esobretudo a íneorrupiivei e severa probidade (los conceitosdeixavam o espirito solniumenle esclarecido e -aiisfeiioSilva Lima não é, nunca foi. nem será um orador; quando,porém, mostrava um caso clinico a qualquer dos adimnos,que d'elle se aproximava, suas phrasos parcas e precisas,suas reflexões modestamente emiiiuias, suas opiniões ejuízos, familiares, uespretenciosamente expostos tinham opodei' demonstrativo tia mais profunda e erudita preieTcçâòKra. principalmenie, atimiravei nasmmueias deobserva•cão, que nào lhe escapavam, e as quaes elle conseguiamostrar com extrema lucidez a iodo o n mnio.

0 maior dos prejuízos dt, ensino, o receio de errarou confessor o erro, nunca enfraqueceu a sinceridadetie caracter do sábio. Dos erros, dizia elle sempre aos seus.amigos, colhera a experiência, as melhores e as maisi.peiiiidas lições. Tinha o seu Confessionário o diante dosenexperientes é que elle fazia penitencia afim tie que nàopresumissem mais do que pode o importei.!'d saber humano.

Quando a lenninaçào fatal de casos clínicos lhe per-iniliia procrar na autópsia a confirmação ou contestaçãodos seus diagnósticos, era elle quem mais se empenhavar/essa demonstração, que raras vezes deixiiva_.de cones-ponder ás previsões annunciadrs.

Nunca se preoeeiipon do systemas ou de doutrinas.':o seu meticuloso cuidado foi sempre colher o facto. ru--

¦*H».

2hi

pi'oduztl-0 fielmente e deixar qíié a explicação dello se

produzisse naturalmente.Paliando mi escrevendo, a sua linguagem é de extre--

mas concisão, clareza o êori„'ecçãoCtiicoehta annos de infutigaveis estudos llie deram

um cabedal de experiência e de conhecimentos que entrebrirzilèir-os e porliigue.z.ês raras yeies se consegue. Noiniio habitual e um rouseur adorável, de espirito sctntii»ianie. coiui^jLíiia am-uocía. tina sempre a propósito, e comamor enlranlsadissimo a boa lingua portugueza que eUecluiiva (-Din extremos çni.iaíios de filho reconhecido.

Podia ter unia gwnde fortuna: não o quiz. Devolviaaos clientes nqmllo que elie snppirnna excedêT a sua juslaremuneração. Daquelles que elle conhecia a escassezile recursos umgueiii jamais viu uma conta sna. Aos pobresmuitas vezes pagou do seu bols-o a reeeiia.

I leram-ilie eondeçoraç.òcs- offeie.eéram-lhe títulos,elle seinpi e os i eeiis, ,11'.

A Haliia v.eneia-o.d Brasil reconhece e admira oss-ii- serviços. Portugal (pie lhe.deu a existência, senie seenobrecido no mérito e no renome tio sábio e viriuosomedico,

¦~ v Vij.1 /¦«*>

CYTODIAGNOSTICO

(REVISTA U-.li.W. ^\

Pelo DR, ALFREDO ANDRADE

hvp.invltii* ¦ !¦• iiis..l,>.ií-iii dti Piti-uliliule dn Müdi.-ina

A ioxina' diphieriea usada em innoculaçõos subeuia-iieas provocava exiidaó s pleuriticos tendo em suspensãoia rira copia ue globos vermelho.-., poucos globos brancos

u-ua-si e.\i*!siv;iiiieii(e ivmphocvios. Esta formula cylolo-

gica ultima possibilitaria a confusa').pela semelhança, com

- 353 —

a pleuresia d f rigore, se a causa nào estivesse affastadana pratica medica. Jules Courrriont e Fernand Arloing (13)seguiram estas pegadas, recorrendo ora á cultura completado bacillo de Loeffler, ora á toxina diphterica: com ambosa formula histologica foi idêntica:—francamente mononu-clear com alguns polynucleares granulosos, mostrandoainda o deposito notável quantidade de bemacias e algumascellulas endothehaes.

Concordes a observação clinica e experimentação,deduzse que a cytosccpia permitte a ellucidaeão, deum diagnostico pathõgenico duvidoso das pleuresias.Enfeixando o que vimos dè expor, iomamos a Barjon*eCadê a classificação baseada no iypo polynuclear, oque facilita enormemente o uso do cytodiagnostico pelomedico pratico. Conseguida a preparação microscópicado accordo com a technica adiante exharada, dois casosse podem apresentar.

A—Encontram-se polynuclea'' s: Pleuresias pu-rulentas,pleuresias pneumonicas e pleuresias por infarctus.iNa pleuresias punilenta franca, nada mais existe atemdos pQiynucleares; nas pleuresias pneumonicas os poly-nucleares preponderam no meio de outros elementosnucleados, nas pleuresias por infarctus os polynuclearesconstituem o terço das ceiiuias fiuctuantes, menos nume-rosas, portanto que nas pleuresias pneumonicas.

B -Não ha polynucleares: Pleuresias cancerosas,pleuresias tuberculosas, hydrotborax.

As primeiras distinguem-se facilmente pelos elemen-tos granulosos especiáes; nas segundas os lymphocytosdominam; o hydrolhorax é carneterisado por cellulas en-dotheliaes sempre numerosas.

Hydroceles—Como para as pleuresias, o exame

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histologico indtiz ao conhecimento cia pathogenia dashydroceles.

Nas hydroceles essenciaes Widal e Ravaut(t4) en-contraiam retalhos endothéliaes continentes, misturados aglóbulos vermelhos e a raros lympbocytos, Esta feiçãocytologica, semelhante a' das pleurésias dos cardíacose brighlicos, accentua a origem puramente mecânica dabydrocele vulgar. As vaginalites symptomaticas offere-cem formulas varias; nas conseqüentes á orchite blennor-íhagicaos polynucleares são numerosos e raros os lym-lyniphoc.ytos e monònucieares; caracterisam as dependeu-tes de tuberculose pulmonar •lympbocytos om grandequantidade com aus-encia cie polynucleares e cellulas eu-dotheliacs/ nas hydroceles traumáticas, feito o exame emdias affaslados do traumatismo, encontram-se hémaeiasem numero reduzido, iympbocytos em abundância, rarosmononucleares e uma ou outra cellula endoclhelial. Noskistos do cordão a presença de espermatozoides denunciaa origem do liquido.

Dopter.e Tanton verificaram estas formula- histologicas em II casos e Tliffier c Millian (.15) chegaram aosme.-mios resultados cm múltiplas observações. Q& últimospraticaram a contagem dos elementos figurados, demons-trarido a escassez delles na hy.d.roecJç simples em que setotalisam 54 cellulas por millimètros cúbico, achandonas hydroceles tuberculosas profusão de modo a attingir 2200 na capacidade mencionada,

fíydai't/ira.<e -Se¦bem" iniciadas por Widai e Ra-vaut as investigações sobre este liquido, o maior nu-mero de furtes cabe a Dopler e Tanton. Agora, as c-nn-ckisoes deixam de ser definitivas pela dissemelhança dasformulas observadas,

Em alguns casos de hydarihroses tuberculosas ha-

— m —i

via lymphoeytose franca, em o-itros á lymphoeytose jun-lava-se a polynucleose, as cellulas cn iotlieliaol portir,não existiam em todos. Hvdarthro.ses bfèniiorí-htigíéíis cn-travam, também, na variabilidade leucooyiatia.

As hydarlhrosesiheumaticasaccusam a predominânciade polynucleares, e celfula-? .nduihõliaes cm dêgcrjefçsççii-cia muito numerosas; .nas liydarlhro.-ios elifenreas trauma-ticas os únicos elementos existentes sào numerososglóbulos vcimelhos e nào menos lyuiphoc\ los.

7vNIJquido peritoneat *-Conscculivamcnic eo êxãt-te

hislologico do líquido asciLic-o, pode-se affiniiar quo a gcrou a evolução de uma cinhose bepatica ou quo pro-veio elle de uma tuberculose mcsenlerica.

No primeiro caso é grande a proporção do louco-cytos polynueleares no meio dc poucas cellulas eiiçto-theliaes e glóbulos brancos; na segunda hypothese ncu-huns clementes outros sc vêem além dos lymphocyloscopiosos e hemacias. ;.

Liquido do periçardio -Empericardiies brightiêa.^Dopter e' Tanton notaram grande quantidade de polynu-czares e de cellulas cndotheliaes c porção apieciavelae lymphocytos; em perieardites tuberculosas, Rendu (16)enfrentou a lymphoeiíose, reacção systematica do or*'ganismo irritado pelo bacillo de Kock.

Por ir estendida esta revista c revestirem-se dcsubida importância os estudos sobre o liqui io cepoaloracbidiano, reserva rol-os para arligo especial.

TECUXIC.A

Sem grandes difíieuldades. antes de possivel appli-cação a todos os práticos, antolha-se-nos a tec-hnica docytodiagnostico. 2

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O liquido preciso ao exame é redrado'por punccàoexploradora um pouco larga, dp alguns centímetroscúbicos, e objectivadá com seringa de Stráuss-Goilip,Le Bileür, lioux, etc, observando-se as necessáriasprecauções aulisepticas. Uma vez conseguido, deve serimmediatamenie dèsfib.ríriãd.o, e paru isso iidroinette-secm. totalidade, condição essencial, num tubo com pérolasde vidro, contas ou vidrilbos, o qual agitado determinaa formação do coagulo; a puito liquida é decantada osubinettida á cenlrifugação, durante 3 a õ minutos, coma turbina tio Gãrlner ou o cenirifugador universalde Kraus e Bausch Lomb (17). A falta destes appare--lhos pode ser aUenuada pelo repouso do liquido, du-rant.c 2í boras em lugar fresco o em tubo adiado.

Sabnzes e Muralct (18) íècommendam centrifugaranics da des|ibrinaçãp, proceder que, pensam diversosauetores, deve ser reservado para os líquidos das pleure-sias experimentaes; aqui a coagulação se faz em massatornando dífficiüma a apprehcnsão de cellulas.

No fundo íubal forma-se ligeiro deposito de quese toma uma goíla, com pipeta, depondo-se-a ua lami-nula para o exame microscópico, feito direct.imenie clogo. após fixação e coloração. Aquella será positivadapelo calor, pela immersào subitauea em splutp de ácidoçliromico a 1 u/0 pelos vapores de ácido osiuico emogual proporção, ou ainda pela merguiiiia. durante 30 aGO minutos, em mistura de partes eguaes de etber e ai-cool absolutos;-- o calor é de todos os meios o mais simpies sem sacrifício do. exilo; a passagem da laininuhi su-porte três ou quatro vezes pela lâmpada de álcool é sufvíicienlo; melhor será , entretanto, o recurso da placa de(olueno a 110. em qualquer estufa.

A coloração far-so á pelos melbodos clássicos usa-

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doXna hematologia: com a Ihioninn, mistura triacida deErlich, eosina hemaleina, azul de methyleno-eosina eic.Os últimos corantes, de fácil obtenção c de notável exce!-lencia nos resultados, occupam lugar distineto.

Accentuando a feição pralica desta revista aconse-lho o seguinte procedimento cujo effeito fruetuoso veri-fiquei:-Fixação; immersão na eosina aquos.a alo/, portres minutos, lavagem a água; - banho do soltifo bydri-co azul dc melhyleno de 3 °.'o, durante 5 a 10 minutos;-lavagem pela água de preferencia desiillada,- enxugocom -papel de filtro,— dissecação em estufa, placa detoHre.no, ou simplesmente pelo ar ao abrigo da poeira,—balsamo dissolvido no xilol-. Assim colheremos íodísas indicações fornecidas nela diversa Wrphologia nosglóbulos brancos, sem esconder que a eosina-hemateina

:¦:¦'¦, mais evidentes tornará ns células endoteliaes nas plçu-resias mechanicas.

Km recente communieação ;i Sociedade de Biologiade Paris, Laignel-Lavastine (I9j apresentou meio deconhecer a quantidade ahsohita, de elementos colhi-lares em um millimetfo cúbico de liquido submettído aocUodiagnoslico; e como numerosas experiências comdiluições, a títulos certos, de, elementos figurados jus--liíieam o artificio desse experimenlador, vae resumido oseu processo.

Centrifuga se em tubo eonico, divido por meios cen-timetros cúbicos, um volume --V-—do liquido; após a cen-trifugação aspira-se docemente, com pipeta capillar, ascamadas superficiaes da massa fluida, evitando apanharelementos histolngicos, facto logo reconhecido ao micros--copio pelo exame das ultimas gottas aspiradas; restará notubo um volume —D—; agita-se estes até a homoge-neidade, torna-se então uma gotta e contam-se os ele-

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mentos figurados com apparelhos hem-.limelricos; -N —representa o numero de ceiiuias achadas em cadamillimetro cúbico de -D-; o numero destas cellulas.por miilimelro cúbico de liquido ceiririfugado;será obtidopi Ia formula: -

X = N X DV

i i bl io;J' c pi Íía

'• lílnHcli IVihrige -mu Aeliologíe nnd HisLologio pleu-riikcher líxsudato; üiái>ilè*A ançdeii, 1882.2. Quinekê L\-ber dio gofuimten Bestandllieíle von Iráns-

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"ot expêiirn, snr les tuberculoses

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serenx contemis normalemerit dans ia piem oi dans -Ioperitoine da boenf, Gaietíe Hebd. deu Sciences Mediculex deBordeanx, Outubro 21, Novembro II e Dezembro 11, 1900

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22. ídem—In Gazeite 7/ebdomadaire de Medecine et deCiruryie, 18, 1901.

23. Idem- Journal de Medecine et de Cirurt/ie praiufuçJulho 25,. 1902. '

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BlbllographlaLa peste bubonique dans la Republique Ar~

gentine et au Paraguay-Epidêmica de i899-1900--Happort piésenté au Dépariement National dHygicnepar les Décíeurs Luis Agote et A. J. Medina.-BuenosAires, F. Lajouane, 1901. 298 p.

E', na espécie, um dos melhores trabalhos quelia publicados e que veio oçtupar logar proeminentena bibliographia ja assaz extensa do mal íevánlino.

Os illustres A. A, fizeram um estudo consciencioso,melhodico o completo, por assim dizer, das epidemiasdo Paraguay e (ia Argentina, baseado em pacientes in»vestigaçòes ppidenriójógiços, em numerosas o accoriidasobservações clinicas, exames neerosoopieos e bacteriolo-g' i i • O H.

Conlém a excellente obra grande copia do factose considerações aliamente interessantes e instructiva, jáquanto a clinica, já quanto a hygiene e á epidemiologia.

Iv illustrada com varias cartas geogràpliicas, plantastopographicas, traçados graphicos e magníficas phologra-vnras.Aiem de uma Tníroducção, em que se lêem justase ponderosas reflexões, concernerles ao assumpto e de

um Appèndice constante de 20 observações, muitos doscasos fataes seguidos de autópsia, o volumoso relatóriotem oito capítulos intitulados da seguinte maneira: Ca- "pitiilo I - Importação da peste a Assumpção —Marcha da epidemia.

Ahi estabelecem os A. A., após minuciosas inda--ações, que coube ao vapor argentino «Centauro, a tristegloria de ser o primeiro quo trouxe ao Novo-Mundo ogermen (ia peste bubônica, em Abril de 1899. Para o«Centauro» havia sido transbordado,, em Móntevidéo do

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navio «Zeiera entre.outras mercadorias, um lote de arroz,proveniente da índia, o qual, ua opinião dos A. A., foi ovehiculo da terrível semente.

Os ratos serviram de intermediário ao homem, tendosido os primeiios infectados.

Capitulo II—Importação da peste a Rosáriode Sonta Fé.-Capitulo III -- Marcha da pesteem Rosario.-Capitulo IV-La peste á Buenos Ai-

res.-Capitulo V--MiUeu êpidemique de la pestebubonique,conditíones hygieniques dê Buenos Ahres, dc LTAsuncion et de Rosário.

Neste capitulo consideram os A A. as condiçõestelluiicas e climalologicas factores importantíssimos dodes envolvimento, persistência ou desappançàu das epi-denuas.

«Á peste não tem expansão quando encontra ummeio que lhe e contrario e nào porque perdeu a sua força.V7 falar sem reílecíir o atribuir a uma degeneração damoléstia o numero restricto de victimas que ella tempodido fazer, ao passo que em outras épocas produziumilhares no mesmo período. Nào é possivel sustentar-Iheorias iào ridículas quando se tem estudado a moléstiaá cabeceiia do doente, no laboratório e na sala de auto-psia, onde se pôde observara verdadeira natureza destaalTecçào appareriteinenle entorpecida.» (p. 78). Adòptàma opinião de (Jaleotli e Polverini quando dizem estes *quese pode deduzir das observações feitas que as condiçõescontrarias ao desenvolvimento da peste sàc: uma tem-perãlüia elevada, uma humidade relativa do ar e do solo,um vento quente c rápido; as condições favoráveis àexpansão da moléstia são: uma temperatura Ias tarifebaixa, a seceura do solo, uma mui fraca humidade do ar eum vento fresco que mantenha o céo constantemente puro.»

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As estações não têm influencia própria no desenvo -vimento da peste pois que as respectivas condições meteo-rologieas variam nas differentes localidades. «Pouco lheimporta o inverno ou o eslio visto que ache em qualqueras condições climáticas favoráveis á sua expansão: umatemperatura media e uma humidade relativamente fracada atmospheia e do splo». p. (86.) ¦ Capitulo VI.

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ptomalologie de Ia peste bubonigue. Nas epidemias emquestão a peste manifeslou-se sob a forma bubônica typi-ca, a pneumonica primitiva e a sepiicemica, havendo,porém grande predomínio da primeira. A symptomatolo-gia é muito bem descripta, constituindo este um capitulomui interessante para o clinico.— Capitulo VII. Trai-tement de ia peste bubonigue.—Sérothérapte et rac-ciuatio/L— Registram aqui os A. A. os benéficoscffeitosda serotberapia, cuja efficacia se revelou de modoincontestável, mau grado a deficiente provisão de sorode que dispunham não lhe permitiu- empregai-o em cer--tos casos na dose em que devia sele.

Capitulo VIII.- Prophylaxia Contem este ca-pitulo considerações mui importantes do ponto de vistadas medidas que tomar para impedir a invasão e a pro-págáçãb do terrivel morbo. G. M.

~^*y:*>.fs^>-s^— —A crysarohina, em solução a 10% ém trauma-

ticina ou ellici1, é, no tratamento das verrugas. muitosuperior aos ácidos salycilico, laclico, resorcina ou su-bliiuado-tal é a opinião de Filz, Basta para conseguira desappariçào deffiniliva das verrugas depor sobre cadauma dellas, 1 ou 2 vezes ao dia, uma camada detrau-maticina crysarobinada e tirar com precaução por raspa-gem as camadas suecessivas que o medicamento vaeatacando [Semaine Medicale).

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A propósito da gravidez SüusoriaPELA

Dra. F. PRAGUER FROESMedica da MateniiducliMlu Facuklack' <loAIo<li*ii>n dn Ikhia

Enscenou-se ultimamente no campo ria scíenciatocologlca a questão das gestações suppôslás, diante doacontecimento no reino da Servia.

O professor Caulet, na Semana Medica de 10 deJulho, refere minuciosamente a gravidez imaginaria darainha ria Servia e, posteriormente, a propósito, publicao Dr. Rapin, em pulío numero da mesma gazeta, uma.interessantíssima observação do mesmo gênero. Trans-creverei resumidamente estas duas observações, queservirão de norma para evitar muitos, diagnósticos cr-roneos.

Bem que nei.n sempre seja assim, disse Pajol quenão existem falsas.gestações é.sim falsos diagnósticos.São freqüentes na clinica os casos cie préubczfalsa ou imaginaria e a cada passo encontra o espeei-

alista obsteírico clientes, muitas vezes exigentes, que,impressionadas por-este ou aquelle symploma, queremcertificar-se,-em qualquer epocha, de que estão realmentegrávidas. Algumas, porém, convencidas vivamente, porasserções de parteiras ou de pessoas [entendidas, doseu estado de concepção, negam-se resolutas a um examemedico, que lhes tiraria de momento a doce illusão queafagam durante as nove porções do período gestmivo.

Os tratados de Obstetrícia, em geral, pouco se oc-cupam com este assumpto, aliás de grande valia; naMedicina Legal, entretanto, encontramos sobejas consi-derações a respeito.

Eis a commnnicaçào do Dr. Caulet: A 5 de Seiembrode 1900 foi chamado á Servia na oceasião em que pelos

3

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soberanos uma grande viagem ia ser emprehendida. Tudoachava-se preparado para a partida quando, no momentode realisal-a, sobreveiti á rainha uma indisposição subi-tanea. O casamento de Draga -Mascrim tinha se cffecluadotrinta e três dias antes o datavam as ultimas epochasde 18 de Julho, tendo sido quasi nullas as do mez deAgosto. Desde então sentia a illusi-re personagem vontadecontinua de vomitar, salivava abundantemente e tinhaendencia a lypothimias; para o lado dos seios e dos órgãospelvianos nada havia de característico. O diagnostico degravidez provável se impunha em vista destes sym-ptomas sufncientes por si sós para a explicação deuma prcnhez incipiente.

Declarou o Dr, Caulet o seu juízo sobre o caso,acrescentando que nada podia af firmar entretanto, Aopinião do iljustre medico não foi bem acceita, e paraexplicar a repentina transferencia da projectàda viagem,foi-lhe necessário attestar que a rainha da Servia achava-segrávida de trez a quatro semanas. Depois d'isto retirou-se,sendo reclamada pela rainha a sua assistência ao parto.

Decorridos cinco mezes, quando era geralmenteacreditada a gravidez da rainha Draga, recebeu esta umamissiva do provecto clinico de Paris em que lembravaas vantagens de um exame que julgava indispensávelprancar antes do momento do parto. Segundo a epochados últimos catamenios era de esperar que o grandeacontecimento se daria em Abril, Não tendo sido respon-dida a primeira caria, uma segunda foi endereçada a17 de .Março insistindo no exame anterior e declarandoque tanta importância ligava a este que não se respon-sabiiisaria pelo parto si ei Ia não acccdesse. A secundamissiva ieveem resposta algumas linhas que dispensavamo Dr. Caulet do referido exame.

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A 21 de Abril, á noite, foi chamado por telegrammao illustre clinico que seguiu para Belgrado acompanhadodo seu ajudante, o Dr. Macrez. Examinou a paciente e oresultado seguinte do exame foi communicado aos Profes-sores Sneguireff e Goubaroff: Havia hyperesíhesia notávelda parede abdominal e dos órgãos genitaes e impossibi-lidade de verificar a apresentação e a realidade da gravi-dez. pelo que julgou necessário um novo exame sob osomno aneslhesico. Sneguireff e Cloubaroff por sua vezexaminaram a rainha concordando com o Dr. Caulct cmtodos os pontos,

Depois de uma conferência decisiva redigiram juntosum relatório que foi enviado ao rei. NPelle declaravamque não havia nenhum signal de gravidez a termo, nemmesmo adiantada, peio que não se podia esperar um partopróximo; que os symptomas existentes podiam ser attri-buidos a uma falsa gestação —prenhez nervosa —a umaparada de evolução do produclo da concepção damloem resultado a interrupção da gravidez, ou amda, poucoplausiveimente, a uma gravidez incipiente.

Como e fácil prever, não causou bôa impressão adeclaração ultima e irremissivel dos illustres médicos quetinham.terminado a sua tarefa junto á rainha da Servia,o que não obstou a que fossem substituídos logo pelosProfessores Werlheim e Cantacuzéne que não deviamencontrar mais do que existia realmente.

A observação do Dr, Rapin, Professor da Maternidadede Eausanne. diz respeito a uma mulher de 30 annos deedade, sadia, catamenios normaes, Casada teve um partoprematuro, soffréu de uma metrite catarrhal, de que curou-se, e tempos depois lhe sobrevieram symptomas de peri-tonite que cederam em quinze dias.

Desde então gosou de bôa saúde durante trez annos

- -.O-OO 400í-;*?-^o

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milais ou menos, apparecendo lhe mais tarde vertigens,náuseas e vômitos aquosos, principalmente pela manhã.

;-¦ 'Apezar de nào haver suppressão de regras, acreditou-

se em unia nova gravjdez.Na epocha correspondente ao quarto mez outros si*

gnães snbivvieram, como o augmento de. volume doulero e mais tarde desenvolvimento notável do ventreobservado pelo próprio marido, assim como a percepçãode movimentos feiaes mais de uma vez verificados.

O òrgâo uterino continuara a se desenvolver sempreaté qúe al tingiu a região epigaslrica mais ou menos nonono mez.

Os movimentos respiratórios difficullaram-.*e desdeentão e a funcção calamenial supprimiu.se quatro mezesanos os primeiros symptomas. Relativamente aos seioshouve epmiebào a principio e mais tarde dôr com au-gmenlo de volume.

N esse iempo começou, como vulgarmente «<• ri;-, •>descida do ventre e a paciente sentiu-se mais desafogada.Foi visla então pelo Professor üapin que, sem mais outroexame, notou a sua appareneia de gravidíeà a termo.

Poucos dias mais.; sobre.vieram as dores iniciaes quepor espaço de dez a quinze dias continuaram progressi-vãmente mais fortes e apresentou-se um pouco de sangueacompanhando um üquido amarelíado que se escoavapela vagi na. Reclamada a parlei™, pois que parecia avisi-ntiar se a oecasiào do parlo, esta;, que anteriormentepraticara diversos exames afíirmando a marcha regular'ia gravidez, declarou próximo o momento esperado, sibem què ainda não iniciado, Nos dias que se seguiram,entretanto, as dores cessaram subitamente e o ventrecomeçou a diminuir; os suppostos movimentos fetaes cadavez menos disUõclos cessaram egunlmente. Os dias foram

_¦- -¦:, „:J:.-.:.'¦¦¦ oiv:o-

— 2ov —•

se rsiiccedendo sem maior alteração até que a familia,inquieta, fez vir o Dr. Rapin que praticou o seu primeiroexame, com o seguinte resultado:

Mulher de baixa estatura, seios pouco desenvolvidos,fiaccidos, aureola pouco pigméntada, ausência de tuberculos de Monlgomery e de colostro, tendo a apparenciadc bôa saúde; o abdômen arredondado, ihdolôr, elásticoe depressive!, sem que se notasse tumor que fizesse crèi*no utero grávido, aprosenlava algumas estrias.

O toque revelou a situação normal do órgão uterinomovei, indolòr e nào augmentado de volume; o collo, deforma conica, fechado, nào estava amo.llecido. Quanto áescutação, silencio profundo.

Conclusão: ausência de gravidez e de parto recente;a distensão abdominal então menos considerável expli-cava-se pela presença de gazes iniestinaes.

Esla foi a triste verdade de uma gravidez (Ilusória,declarada aos esperançosos cônjuges.

A' nrimeira das duas observações, caso commum degravidez nervosa que poderia ter sido promplamentedesvendado por meio de um exame opportunamenle feito,é muilo menos curiosa do que a do Dr. Rapin em que,como vimos, todos os phenomenos do período geslativosobrevk-ram mais ou menos regularmente até o falso tra'balbo, após o qual tudo voltou á normal. Este illustreclinico faz entrar, com razão, a suggestào como factorda maior parte dos phenomenos desta gravidez suppósta.Lacassagm- assevera que nestes casos ha uma espéciede delirio ou sob esta influencia cerebral se observa entãoa suppressão dos caíamenios, o augmento do volume doventre e na oceasião opporiima manifesta-se um simu-lacro de trabalho. Légrand du Sauile define falsa gravidezuma affecção mórbida, com ou sem produeto uterino,

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podendo.simular a verdadeira gestação. Segundo esteauetor é principalmente nas. hystericas que so observa agravidez nervosa ou gazosa.

No interessante tratado de Witkowsi (1) vem exara-do, entre outros de falsa gravidez,, o caso de uma moçaooffl 31 annos de edade, estatura mediana, cabellos e su-percilios íiegios, temperamento nervoso e melancólicoqne assistia o curso de Botânica de um pruvecio pro.fessor.

Depois de alemãs lições persuádiu^se de que esta-va grávida e de que era responsável pelo seu estado ovelho professor com o qual aliás nunca tinha conversadoComeço,. a emmagreeer rapidamente e muito contrariadanao quiz mais voltar a ouvir aquelle que hypotheticameníea linha tornado mae.

A suppressão dos caíamenios vêiü augmenfar a suaconvicção, a ponto de repeliu* obstinadamente conselhosmediçòs e medicamentos, Não se tendo realisado a expul-«•o cio produeto d'cstasupposla concepção no termo donono mez, attribue eüa B falta das eólicas e das dores ne-cessanas. Ouve então o'séu amante imaginário exhorlal-a a ler paciência e coragem para suppôr tar.-as dores favo-raveis no parto e grita como se estivesse verdadeiramente

em trabalho.Kstfl moça até então muito sensata e prudente diziaalgumas vezes: «Tenho a apparehcia de uma louca mas"ão ha ouvida que estou grávida,. Nada poude abalar assuas convicções c falleceu, afinai, arraigada ásua crença.

Nu inicio de minha vida clinica apresentou-se á<'<»>sulla uma cliente de côr branca, casada, mais oumenos 00 annos de edade, dizendo-se grávida de 6 mezes.

d* HiBtoire des necoiie^enis c],cz tons les pouples. (Ksquiral.,

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— 269 —

Nunca tivera filhos; alguns ineomniodos nervosos,tonturas,ausência de catainenios, movimento no ventre, e vômitosobrigaram-na a procurar-me.

Examinei a completamente e surprehendi-me dianteda ausência de todos os signaes de certeza numa ff.ca.vi*dez adiantada, corno dizia. O ventre era completamenteflacido, sem desenvolvimento notável, outros signaesobjectivos nullos e nenhum ruido fetai. Um movimentode sincera revolta patenteou-sn na physionomia desta in-feliz, quando lhe declarei que eslava engam da, Algumasvezes em que a encontrei depois, repetia'me sempre:<ha de ver o menino, barriga grande não vogai». ,

Esta mulher, que reputo mentalmente desequilibrada,ainda vive. nunca teve o parto constantemente esperado ojulgo que perdeu completamente as esperanças da malcrni-dade.

A gordura excessiva sobrovindo rapidamente podesi-mular também a gravidez, como referem Pajot e Laças-sagne; E'por exemplo uma Senhora, casada,sem filiio.s,que,sem causa apreciável, vê desapparecerem os seus ratame-nips.e sente-se engordar progressiva e demasiadamente;reclama mezes depois o exame de um especialista e estereconhece a inexistência dê gravidez, simulada peio exces-so de tecido adiposo localisacio principalmente na paredeabdominal, coincidindo com um estado amenorrheico maisou menos persistente.

Nào só na minha clinica particular como lambem naEnfermaria de clinica obstetrica e gynecologica do Hospi-tal Santa lzabel tenho observado casos diversos deprenhez imaginaria, tão bem dcscripta por Pajot em seusTrabalhos de Obstetiicia e Gynecologia. Ahi se encontramminuciosamente exaradas as causas de erro no diagnos-tico da gravidez em geral, que elle discrimina em tresgran-

rtnn—S/U —

des classes, a primeira das quaes - a affirmação dagraindez quando não existe pôde ser devida:

IA' falsa interpretação cias perturbações funecionaes.H A" existência de/tumores diversos do abdômen ouda bacia. " 'III A modificações do collo representando as da era-videz.IV A signaes estelhoscopicos comparáveis aos ruidosnterinose fetaes.

A sen^cões iilusorias de movimentos aceusadospela mulher, '

J Dr. Pires Caldas

Ha trinta e cinco annos um pequeno grupo de médicosque freqüentemente se reuniam em palestras ^cientificasque versavam pela maior parle .sobre assumplos de palhu-logia mtertropical e casos occorrenles na sua pratica,resolveu a creaçào de um jornal que registrasse-os seusB-abaltíosr e os de outros coUegas que os quiaisseinauxiliar n-essa empreza patriótica, ainda que de futuroincerto e êxito duvidoso; em 10 de Julho de 1*66 sabiaa. |uz da publicidade o primeiro numero da Gazeta Me*dica da Bahia.

Eram poucos, einco apenas; mas a foiça cie vontadee a perseverança d'esses poucos, e talvez por isso mesmoconseguiu o que ate então os esforços combinados de mui-tos não puderam realisar.N'esses trinta e cinco annos decorridos, foram sue»cessivamente colhidos pele morte, e ainda em acti-vidade no trabalho utií, três dos fundadores da Gazeta

Medica, Wucherer, Faria e Paterson; e agora, em 26 deNovembro, desappareceu nas sombras do túmulo, mais

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um, o Dr. Pires Caldas; e ao ultimo que ainda resta cabehoje o triste e piedoso dever de consignar com vivas sau..dades, nestas paginas do jornal que eiies crearam. os vé-nerados nomes d'esses bons amigos e companheiros detrabalho que o precederam no caminho do desconhecido.

O Dr. Manoel Maria Pires Caldas nasceu n'esta cidadeem 22 de Outubro de 1816. Tendo terminado os seus estudos preparatórios matriculou se em 1834 na nossa Facul*dade de Medicina, onde se distinguiu em todas as matériasdo curso, e obteve o seu diploma de doutor em 28 de No*vembro de 1840.

Do primeiíü deeenníq da sua vida de clinico poucose sabe, a não ser que elle não se salientou entre os seuscollegas contemporâneos, talvez pelo seu caracter modestoe reservado, occupando boa parte do tempo em estudos degabinete, e no da musica, de que era cultor apaixonado.E' possível que a escassez de trabalho na clinica civil olevasse a solicitar, ou acceitar o cargo, que exerceu poralguns annos, de cirurgião ajudante do Corpo de Policiapara o qual foi nomeado em 9 de Abril de Í853, pcio pre-sidentecia Província Dr. João Maurício Wanderlev, depoisbarão de Cotegipe. Poucos dias eram passados quando, em13 d'aqueíie »ez, teve ordem de marchar com uma expedição para o centro (Amargosa), onde a força publicateve de intervir contra as incursões dos índios.

Em 1855,por occasiào da epidemia decholera mórbus,foi nomeado pelo governo provincial para tratar dos doen^tes pobres na parochia de sua residência (Conceição duPraia) onde prestou valiosos serviços.

O Dr. Caldas continuou a viver em modesto retra-himento, quasi obscuridade até 1860, quando travou rela -cões profissionaes com o sempre lembrado Dr.Paterson emconferências e operações cirúrgicas. Lembro-me que este

í

• meu lamentado col.lega e amigo nerguníou-me ,„„ dia seeu conhecia o Dr. Caldas? Ao que respondi que apenas devista e de nome. Pois saiba, disse o Dr. Paterson, que está¦ali-um hábil cirurgião, E d'abi era deante o Dr. Caldasarrancado, por assim dizer, á ooscuridaàe em que vivera'veio a occupãr uma posição co-nspícüa entre os mais dis-linctos operadores do seu tempo.

Postas assim em evidencia as aptidões do Dv.Caldas, até então quasi desconhecidas do publico o daprópria classe medica, a sua carreira profissional foiuma das mais .notáveis e operosas. A Santa Casa daMisericórdia nomeou-o para cirurgião do Asvlo dos E;í-postos, e pouco depois para o antigo Hospital da Gari-dade, de onde passou a exercer as -mesmas funcções no"ovo Hospital de Santa Isabel; cargo que deixou haalguns annos por incompatível com a sua avançadaedade.

Com quanto o Dr..-Caldas propendesse mais particu-farmente para a pratica da cirurgia em geral/elle execeutambém a clinica medica, a occulistica e a obstetrícia-mas a especialidade da-suapredileeção, e na qual pode-se dizer que ninguém entre nós o excedeu em habilidadee experiência, foi a das moléstias dos órgãos gen.io-urinanos, algumas das quaes exigem que o operadordisponha de requisitos especiaes que nem todos possuemno '»esmo grau e numero como elle os possuiu; taessao, entre outros, a paciência, a delicadeza, a lentidão e;< segurança no maneju de instrumentos que de outrasorte podem dar logair a conseqüências desastrosas.""1'"

Esta espécie de eneydopédismo a que me referi,jan ° Para admirarmos tempos cm que quasi não haviaespecialidades; se o medico era, ou devia ser ençyclope^dlc'°< era Porque-, praticamente, o publico o considerava

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como tal: e, demais, isso não era tao difficil, ou mesmoimpossivel como hoje, que o vasto domínio das sciencias<médicas exigo mais particular e profundo estudo em cadaum dos seus ramos.

O Dr. Caldas nunca hesitou em praticar uma opera-ção por mais difficil e arriscada que fosse, uma vez con-vencido da sua necessidade, sem. comtudo, se deixar im-pellir por essa vis operandi que nem sempre se jnsti-tica, nem mesmo com os exemplos de temeridades felizesque a prudência não permitte imitar. O grande respeitoque elle tinha pela vida humana não lhe consentiaarriscal-a inutilmente. Nos casos difficeis nunca deixavade ouvir opiniões auctorisadas, c ccrcar-sc de todas as ga-rantias que podessem assegurar o hom exilo das opera-ções.

Como operador não foi, talvez, dos mais brilhantespelo que respeita á rapidez e á destreza na exciição,que tanto impressionam os circumstantes; tinha, porem,as qualidades do artista que attenJa mais ria perfeiçãodo que na celeridade do seu trabalho; e assim procediasempre que a urgência do caso não exigisse o contrario.

Durante a sua longa vida profissional, a medicinaem geral como sciencia e a cirurgia como arte passarampor successivas phases de evolução e de progresso, taescomo nunca em egual período de tempo se tinham vistoem séculos passados; e elle assistiu a essa evolução,quasi transformação da sciencia do seu tempo de estu.-dante na sciencia dc hoje, sem sahir do seu paiz,acompanhando esse movimento sem se deixar ficar um sómomento em atrazo, e sem ir ao velho mundo inspirar-se directamente na pratica dos grandes mestres.

O que elle foi deveu-o ao próprio esforço, ao es»tudo incessante, á experiência que foi suecessivamente

-274-

adquirindo na pratica dé longos annos, e ao amor áprofissão a que consagrou o meibor-das suas energias eda sua actividade.

Contribuiu para a Gazeta Medica por alguns an-nos com trabalhos de grande valor pratico, especial^mente em observações de casos de cirurgia da suaclinica hospitalar. Os seus artigos, em estylo singelo elinguagem correcta revelam um observador consumado,e um mestre que expõem com clareza e methodo, e discutecom lucidez e critério os assumptos de que se oecupa-Grande parte d-esses escriptos, particularmente os que sereferem ás talhas, ás ligaduras de artérias, e ás tire-trotomias interna, externa e retrograda, são verdadeirasprelecções ciinienr* não destituídas de originalidade, nasquaes se encontra a erudição a par do interesse pratico.

0 Dr. Caldas foi sempre estimado h respeitado pelosseus collegas, que tinham em grande apreço as suas quali-dades pessoaes, a suaescrupulosa lealdade, os seus méritoscomo hábil operador, qualidades a que se associava a de-dicaçãoaos doentes de qualquer categoria ou posição socialque fossem, acolhendo com particular carinho os pobresque solicitavam os seus serviços.

A Gazeta Medica ãã Bahia, compartilhando ogeral sentimento da nossa classe, cuja dignidade o Dr.Caldas soube sempre manter com honra e inquebrantavelausteridade, lamenta profundamente a perda de mais umdos seus fundadores,-que a amparou na infância e ajudoua guiar no seu difficil caminho atravez dos tempos; e tra-cando estas linhas de pesar e reconhecimento em homena-gem á sua memória, tem pôr certo que o seu nome nãoserá esquecido nos annaes da cirurgia bahiana, e nos dali t lera tura medica brazileira.

Dezembro -1901. S. L.

-275- x /

IrtóilContribuição ao estudo das dermatoses tóxicas no Bri(lododermia)

",.

Por ÜLYSSES PARANHOSInterno da Faculdade do Medicina.

A administração do iodo e seus compostos, principal-mente os ioduretos alcalmos, são de uso diário na pratbamedica, e raro é o dia cm que o clinico d'elles nãolança mãe, taes os resultados coibidos com seu empregona cura das diversas moléstias o affeçoes. ;;

Entretanto nào é de todo inócuo esse uso e a acçãodo metalloide iodico em grande numero de vezes é nocivoao bom funecionamento e á integridade pbysiclogica devários órgãos e apparelhos.

N'este trabalho, apenas nos abalançamos a estudaruma parte d'estas alterações, aquellas que se passam parao lado da pelle, causando-lhe varias lesões de verdadeirointeresse para todos que se dedicam á arte de curar.

< Comprehende-se o grande valer do conhecimentod'estas dermatoses, o seu diagnostico exacto, o meiode differencial o de outras affecções da pelle, como sejama escarlatina, a roseola e mais raramente a syphilis, avaccina e a variola,alim de não confundirmos,uma erupçãode origem tóxica, passageria, ephemera cessando na im-mensa maioria dos casos com a suspensão do medica-mento genético com um exaníhema ou com outrasaffecções infectuosas cujos cuidados prophylaticos e in-dividuaes devem ser mais minuciosos e sérios.

São essas dermatoses tóxicas, na aetual opportu-nidade, as causadas pelo iodo, que nos propomos a estu*dar; dirão que é assumpto em demasia respigado, o quecontestamos, visto ser amda relativamente pobre alitteratura medica nc assumpto e paupérrima a brasileiraa qual, segundo nos consta,nada ainda possue do escripto

__—r -

— 276 —

sobre a matéria. Se outro valor não possue o presente es-cripto, o que sinceramente acreditamos, tem ao menos cer-to cunho local, visto termos observado as iododermiano Brazil, em zonas diversas do seu^r;»nde território; emS. Paulo, no Rio de Janeiro e ultimamente nesta cidade-

Sabemos que é uma pequenina pedra á que levamosá construcção do grandioso edifício da nossa pathologia,mas que importa, cada um de nós deve produzir o resultadona razão directa do seu esforço.

A administração do iodo c seus compostos podemcausar para o lado uã péiie a appãriçào de dermatosesvariadas, como sejam eryihemas, papulas, pústulas, pur-puras, urticarias, etc.

Kssas erupções são devidas a duas causas principaes:ou uma idyosincrasia do doente para o medicamento,(Besnter), da insuficiência de eliminação da substan-cia medicamentosa, insuficiência causada por lesão rena1ou por affecçàu cardíaca.

Deve-se ao sábio Ricord a primasi.a de ierrhamadoaattençào dos práticos para as dermatoses causadas peloiodo. (1)

Assim em um artigo publicado no Boletim Thera-peutico no anno de 1842, escreveu elle que muitas vezesa administração dos ioduretos segue-se a . appnriçào delesões para pelle, que variam desde o acne ate a purpura.

Depois dos trabalhos de Ricord seguiram-se váriosestudos que iremos mencionando no decorrer d'esteestudo.

Das manifestações cutâneas causadas pelo iodo oacne é sem duvida a mais commum (Hardy, Bcsnier).

Entre nós, o mesmo facto apontado pelos clínicosfrancezes é exaelamenle confirmativo. No Rio d,' Janeiroem 12 casos de iododermia que observamos duas terças

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partes eram acneiformes; ern S. Paulo em 8 casos 4 eramd'esta natureza e na Balda em 5 casos vimos 3 dp acne,o.que.'" confirma ás estatísticas do Professor Cerqueiraque em mais de metade dos seus doentes de dermatosestóxicas de natureza iodica viu predominar o acne.

0 acne iodico é caracterisado por pústulas, ligeira-mente avermelhadas, mais ou menos diffusas que se asses-tam para o lado da face e do pescoço.

Km um dos nossos doentes, observados n'esta cidade,ao qual preconisamos o iodureto de potássio com o fim decombater accidentes lerciarios da syphilis vimos a erupçãoacneiforme na face quasi unilateral: de nm lado aerupção era intensissima emquanto que de outro haviaduas pústulas. Registamos este facto ainda não apontadopelos auetores que conhecemos.

Quanto a interpretação patbogenica do acne aindanão estão de perfeito accordo os dermathologisias,

0 acne iodico, escrevem Gaucher et Barbe é devidoa inflammação das glândulas sebaceas pelas quaes se davaa eliminação do iodo (2).

Bcsnier nega a existência da lesão gianduiar eensina que o acne iodico nas suas formas communs éuma simples periangio-folliculite que se termina pelaresolução e na qual a gandula sebacea propriamentedita não é alterada (§v:

Parece no caso vertente assistir razão a Bcsnier,visto ser muito mais simples a sua hypothese cuja sane*ção de bom grado lhe é dada pela histologia patholo-gica.

Apparecendo na grande maioria dos casos isolado,o acne iodico pode entretanto, se apresentar associadoe quando este facto acontece é com a purpura que seapresenta.

— 278 —

Besnier cita um caso de observação de erupção::;:: T'mme si*aote< íact° ~ «m^Kenc.a, (4) cremos mesmo ser dos poucos registados.

Km ordem de freqüência depois das àóéérmiasac„e,f„n,1M vre„,aServ1|lcm„,osa,S,,asodeégera ,; ^^^"oaote^aco^ervicaledafaoerp'^

olo,aç o vennelha e prodtóndo sensação de queima-«to.'"- Alguns auçtores dizem ler observado esta variedade"os escrotos e no couro cabelludo. vat<e^deAs erupções iodo potassicas podem revestir a formabolhoaa; ,es.a variedade menos freqüente qoe as acneiPo-on, enlreiaMo gravidade ,„ui,o lior 5) E

Caso d esla „ dade hnm oblsm«, por S,r. John anülly, sendo mals tafds J^e „y,,,en„„bservd011,),A/.W;(msfcaiA a ^0^»,

Moensffgytèn, Monôw, Kaposi. Bardamuitos outros.

tfée^a #^<fc,, descreveu 14 casos de erupção^

orv.hro.lK.lho™. que segando «. opinião parece"-a,, freqüentes no pescoço, na fronte e extremidadessu.penore.Sre menos nos membro superiores e raramenteassestadas sob base erythematosa e por papullas no cen-ro das quaes nascem phyctenas pall.da, ou amarella,das. Com rasao insiste o sabio denmi.ologista inglez nasas arnrmaçoes, as quaes adiaram plena confirmaçãonas nossas observações e nas do Professor drqueira.

- 279 —

v, Eis duas magníficas observações d'es(e gênero quedam ca em resumo;

I—M. 22 arínos, cor parda, residente em Santo Ama-ro. Não consta haver soffrido affecção alguma da peileantes da que vamos referir. Um a dois annos antes dasua moléstia actual, lembra se ter acariciado a umacreança que diziam sotTrer de sarna(?) Pouco'tempodepois d'este facto coiinçaram a manifestar se lesõespara o lado da pelle, que por ordem foram constitui*das por manchas profusas e generalisadas, que pouco apouco, elevaram-se tomando uma certa espessura. Depoisdisto, quasi ao mesmo tempo, surgiram lesões da gar-gania, constituídas provavelmente por placas mucosas; ce*phaléa intensa á tarde e particularmente á noite, por mui-to tempo considerada por alguns médicos da localidade,onde morava a doente, como pálustre. A medicaçãoespecifica, saes de quinino, nenhum resultado prodnzio.Sendo então consultado outro clinico, suspeitou procede-rem estes accidentes de provável infecção syphilitica,que passara despercebida em seu inicio; a medicaçãomercuríaifoi instituída o os resultados favoráveis, apesarde serem insufficientes as doses. O iodureto de potássioentão prescripto em dose mínima, como adjuvante datherapeutica hydrargirica determinou imniediatamenteuma erupção gencralisada de bolhas e pblvctenas con-ciimitantemenfe manifestou-se lesão para o lado da cavi-dade bucal e particularmente para o larynge, respeitando,entretanto, a erupção, como nos doentes de Heyden, otronco. A voz foi modificada, apparecendo dyspnéa,

Suspensa a medicação estes phenomenos foramcedendo muito mais rapidamente,que as antigas erupçõesde natureza reputada suspeita.

Quand<< a doente, veio a esta capital e procurou o

**» ¦*

'

- 280 —

Professor Cerqueira era este o seu estado: Erupções

papulo tuberculosas extensas localizadas nos braços, perbostoses massisas da tibia, com exacerbações dolorosas

á noite, cephaléa intensa nocturna e perturbações da visão.

Oexame revelou além d'isto, fígado hypertrophi-

ado e ligeira hypertensão circulatória. Pelo exame

da urina densidade baixa. Rgceilado, com todas as

precauções, em dose minima, iodureto de potássio produ-zio-sc logo após sua ingestão uma intensa erupção bolhosa,

sobre base erythematosa, tendo a mesma localisação quea onierior. Surgiu rouquidão e dyspnéa tão intensa que a

doente parecia a.\phyxiar-se.Apparcceram contracturas do pescoço, dos pés e das

mãos, fado que somos o primeiro a registar, observado

pe|() prüfe.H;sor Cerqueira e Nina Rodrigues e ainda

não mencionado por nenhum auetor.Cessada a medicação iodica iodos estes phenomenos

se dissiparam.Foram receitados, então, mercuriaes dos quaes a

. doente tirou alguns resultados.De novo iusistio o Professor Cerqueira na appli-

cação dos ioduretos, escolhendo então o iodureto de ru-

6íc//o.Novaseiupçõesmais discretas sobrevíeram, lendo se

manifestado tendências á contractura. A vista da absoluta

intolerância aos iodicos continuou.-se a medicação mer-

curial, a qual ainda produziu resultados favoráveis.II -F. 35 annos, parda, creada de servir. Procurou-

nus para receitar se de um riieumatismo chronico.Prcconisamos 8 granimas de iodureto de potássio em

200 de Xarope de cascas de laranjas amargas.No dia immediato fumos chamados para vel-a visto

achar se em plena erupção. Visitando a enconlramol-afebrecítãnte, 38°., e viclima de uma dermatose eryihn>

— 281 -

bolhosa e com grande constricção da garganta. A erupção

era confluente, occupava a fronte, pescoço e membros

thoracicos, poupando, o tronco e os membros pelvianos.Pelo caracter, e pela natureza das bolhas desconfiamos

ser devido ao iodureto do qual a doente havia tomado

tres colheres; diagnostico que foi confirmado porque reti-

rando.o liquido de uma bolha, por meio de uma pipeta e

pondo o em contacto com uma solução diluída de ami-

don, obüvemos a coloração azul."Ordenamos a suspensão immedinta do remédio o

que foi bastante para que a erupção desaparecesse.

Outros casos possuímos de iodoclermia cryihro,

bolhosa porem mais discretos, localísadose menos im-

portantes do que os citados, ao nosso ver bastante mie-

ressantes.&n clinico análogo oo do Prof. Çerqwra e no

nosso é o de Radcheff onde em um doente homem de

30 annos foram observados, em seguida á ingestão de duas

grammas de iodureto de potasssin, reaeção febril e uma

erupção eryihrobolhosa exhndativa. generalisada (7).

Apurpura iodica é/ara. Fo. peia primeira vez

descripta por Foumier (8) embora annos antes, 1842,

Ricord já a houvesse observado. Ella se observa logo de-

pois de instituído o tractamento iodico tendo de prefe-

rencia sede nas pernas, é rara no pescoço e em outras

partes do corpo.Fournter descreveu uma forma rn.l.ar da qual

elle vio quinze casos, sendo quatorze local.sados nos

membros inferiores.Outras vezes a erupção tem a forma de largas pia-

cas c ás vezes reveste a apparencia de purpura hemorrha-

gica sendo então de prognostico grave. Mackensio cil*

a observação de uma creança com purpura hemorrhag.ca

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pela ingestão de 15 centigrammas de iodureto de potássio.O Professor Ccrgucira refere o caso de um mèni-no da clinica do Professo/' Ramiro Monteiro, victi«ma à&púrpUrâ hemorrliagica generalisnda de origemiodiea felizmeiPe restabelecida pelos cuidados d'aquelledermatologista, Eljé conhece ainda um caso de umasanbora, esposa de um medico d'esta cidade e nósoutros conhecemos outro de um doente do serviço doProfessor Gabiso, no Rio de Janeiro.

A pnrpura que os auetorcs julgam rara na Europatem sido entre nós observada 2 vezes por Ccrqucirae por Juliana Moreira, excluindo as.de natureza he-morrhagica acima mencionadas.

As outras variedades de iododermia são raras noBrazil o não observadas pelos dermatologistas nacionaes,que consultamos, por isso deixamos de mencional-a.

Abi fica pois o nosso desprelencioso trabalho esbo-ço de estudo mais analytico e que mais tarde dare-mos a publicidade, quando obtivermos maior copia doobservações, que nos dêem solida base para completarum estudo criterioso sobre, as dermatoses tóxicas noBrazil.

- =S3^i>i*3f5>d?5

Fragmentos de HygieneNão é raro ver entre nós indivíduos de rosto depi-

lado a espaços e fios raios de barba aqui e acolá re-sistindo ainda a fatalidade (pie fez já tombar os irmãosmais próximos, em uns, os bigodes aparados cercementeou o_ rosto completamente escanhoado. em outros, ten-tando occultar pela rapagein ou curar por essa derrubaum mal ,jue lhes communicaram e cuja debeihçào temcustado esforços instantes e poderosos. Ate mais, por abiha infelizes que viram cahir successivainente os cabellos

>

— 283 -

';*'¦¦„; e o craneo desnudar-se pavorosamente e nem os super*cilios serem poupados pela voragem.

De consulta em consulta, de um clinico a outro, daapplicação racional á mêsinba empírica, elles chegam aconvicção da natureza parasitaria de seu mal conseguemfirmar o nome erudito de um hyphomyceío, fixar o mo-mento etiologico e o logar do contagio, mas raros logramdepois de penas perdidas se encapillarem de novo est he-'tica e decentemente bem.

Nâo é aqui. numa nota apressada logar azado aoestudo de quantos cogumelos infectuosos ha por ahi ame -açadores, achorions, irichòphyéons, miorosporons, e

tantos mais, nem nos movem desejos de medicar, noy, momento, pelos conselhos therapeuticos aos pobres depi-

lados; apenas uma parte ao problema, e a capital, por-que é a prophylatiea, move estas linhas.

i'h De confissão geral são as nossas barbearias as in-II criminadas de contagiadoras desses males, bem que, outros modos de propagação se possam firmar para tal

ou tal determinado casoE' geralmente pelos pentes, escovas, punças, nava-

lhas, tesouros infectadas por indivíduos doentes que senos transmiUem á pelle e aos pêlos os mycelutns temidos-E o mal se alastra porque a quem quer é facultado bar-bear-se ou cortar o cabello e as possibilidades de contagiotornam-se para nós os sãos, mais instantes pelo numerocrescente de doentes e pelo nenhum cuidado de aceioregular das barbearias.

Pedir mais uma lei, pesa-me muito, temos já tantas!.mas num paiz como o nosso em que se não rieveeonüircom a iniciativa individual pura a iemoção do menormai ou creaçâo do mais justificado favoi publico, forcaé volver olhos súplices para o poder competente, mvo-

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cando-d seu auxilio para protecçào de-nossa saúde, jáque nào nos sabemos defender.

Em todos os paizes civilisados existem regularmen-tações de hygiene para barbearias, até no nosso mesmo,nó Rio de Janeiro, já se iniciaram medidas prophylaticasnesse sentido: chegou a nossa vez.

E' forçoso impor aos nossos figaros os recursos ho-

diernos de aceio: os apparelhos de esterilisaçào por solu-

ções antisepticas ferventes onde depositarão as navalhas^tesouras e objectos metálicos do uso, as estufas de for-

moi para onde lançarão pentes, escovas, losquiadnras,saboneiras, punças de armmho, afiadores e rcpassadoresde navalhas, o uso de objectos de fácil esterilisaçào por-ex. navalhas desmontaveis com cabo de alumínio, pentesmetallicos. escovas de arame e dorso metálico, etc;

a adopçào de praticas limpas de ensaboamenlo pelasmãos. abolindo o pincel condemnado de um modo for-

mal na maior parte dos centros cultos; «substituiçâ«> fre-

quente de guardanapos e toalhas inutilisadas. sempre porum único emprego.

Sem {.retenção a sua adoplabihdade, mas como base

para um projecto definitivo, fica aqui. moldado em regu-

lamentos de alheia e nossa procedência, o seguinte esbo-

ço regula-isador da hygiene das barbearias.Art. 1 ¦ Os objectos empregados por barbeiros e cabel-

reirosna pratica de seu mister devem ser esterilisado to-

das as vezes que fotem usadas.Art. 2- Para a saiisfação da cláusula anterior cada

barbearia disporá dos seguintes utensílios;a) uma estufa de esterilisaçào constituída por caixa

metálica, contendo uma solução aquosa de sabão, de«henaiõ ou borato de sódio, mantida em ebulliçà > porlampadss sob-postas e destinadas a reeeter navalhas,

- 285 -r

pentes, tesouras, e escovas e mais objectos metálicos de

uso;b) uma estufa de esterilisação pelo fòrmol, com pra-

teleiras de leia de arame e tubo de escapa para o exterior,destinada a receber pentes, escovas, punças de urminl.osoboneiras, afiadores e repassadores de navalhas, etc.

Arl- B' Os objectos confiados a esses apparelhos emfunccionamento devem abi permanecer quinze minutos,pelo menos, e quando retirados, convenientemente guar-dados em caixas metálicas ao abrigo de infecção.

Art, -i" Os barbeiros e cabelleireiros ao começaremseo trabalho devem lavar as mãos com sabão e escova,pre-parem solução nova de sabão para uso em cada pessoa efaz com as próprias mãos as praticas de ensaboa-mento preliminares á barbeação.

Art. 5- Os guardanapos e toalhas limpos devem ser-vir a uma só e exclusiva pessoa, quando sempie empre-gados.

Art. 6' As barbearias devem possuir loções antisepli-cas, blocos <j misturas hygienicas microbicidas para appli-cação, se reclamada.

Art. 7' As infracções sempre punidas, etc.Afranio Peixoto.

Revista da imprensa medicaDr. Osicaldo Gonçalves Cruz- Contribuição para o estudo dos

culicidios no Rio de Janeiro- Brasil Medico—Rio 1901.

0 autor, que jã de annos atraz vem fazendo bri-lhantes armas aqui e no estrangeiro* apezar de instan-temente solíicitado pelos seos ponderosos deveres scienlifi-cos na direccão teclinica do Instituto SòrolherapicoFederal,em Manguiuhos, dedica suas tréguas á investigaçãode relevantes problemas, chegando a notas originaes como

286

a Presente. Trata-se da descoberta do uma nova espertetmdo genero An°"hdes- *ofcS'iMa 7, ^

'W**'** ^ Rio de Janei-.,¦¦»<„,, Botando, Sarapuhy). K,„ sna membrja dcsc~™xaota;menle rodo, „., debite, d0 illsecl0, seus 0V0C;Carvas, Jllnla„do grmm -^ de «.

«s-««Pi. ainda v„l,e quando consegu| ^^ „"

Diííerenciad,, das espécies visinhas anonh^ À

kes a„-pS, Desvoidv. oonsig„adas no as£l tal.vro de G//7** ^a/s fír Mosquitoes London) 1900««oi., motestarnenta,, pedindo ainda aos donios 'S

o pr„„„„c,em, p,.„pae, provisoriamente, * de,i, n aova especta por AnopMes Lutlii, do „o,„e dó"™biÓXz^ ,jac,™i^™"«^»»ioD":c

Com o nosso npplauso ao Dr. Oswaldo Cruz os

p» en.es a espece de anopheles em ouestao, Subsista o..ma.no,,,,, gUe lhe de,,, p„rq„e ,, h,m,enag(,ln « ,oontaí

""C ° reCCbe ° d" ^ SSSS ,rf a

i4. P.

^/»« ilfató,. - Embolias Hmonarés nas in^ès do pre.arados mercunaes insoluveis. (Forlgesefc.e Be bachl

"„« r.,,„í!e„eml,„,ie bei l„j„,(ion v„„ „„,õ8,icVn Q ,"efk

$£™$?> Areio, r. De™9(„l* and Sypta""!

Em 3835 iniecções com thymolato de mercúrio emsuspensão na parafina(1 por 10p)p,.„duzi,.am se^

J/I

0287 --

ta e trez vezes complicações pulmonares. M. Mõller diz

ter feito milhares de injecções intra-musculares na partesuperior da região gltitéa com a agulha posta nào muito

profundamente sem ter verificado uma só vez complica-ções pulmonares. M. resume assim suas observações.

1.' Nas injecções de saes mereüriaes insoluveis nãosobrevêm embolia pulmonar quando nâo ha nem hemor-rhagia pela canula nem recalcamento de seu conteúdo.

2.* Quando ha hemorrhagia pela canula isto éum recalcamento de seu conteúdo e que a injecção éimpellida até o fim, sobrevêm muitas vezes uma embolia.Os sympiomas desta embolia são freqüentemente muitoephemeros por conseguinte pass im muitas vezes descer-cebidos, ou sào referidos a outras causas accidentaes.

3.* Entretanto a embolia não sobrevêm constante-mente: muitas vezes observa-se apenas uma elevação detemperatura com ou sem outros symptomas (cephalalgia,náuseas) que indicam uma reabsoi-pção mais rápida domercúrio. Por veses não se produz nenhum mal estar.

4.- Pôde sobrevir ujna elevação de temperatura apozuma injecçào mercurial sem hemorrhagia pela canulanem recalcamento de seu conteúdo, is»o é sem que a in-

jecção tenha sido intravenosa. Isto é devido por certo auma maior sensibilidade individual para com o mercúrioreabsorvido.

5.* A injecção de pequenas quantidades de saesmereüriaes solúveis alé um centigramma de sublimadonas veias fcom hemorrhagia pela canula) não produz em ge-ral nem elevação de temperatura nem outros phenomenos.

6.* Injecções intravenosas de pequenas quantidades(um centímetro cubico) depara fina liquida pura, não diolugar a symptomas pulmonares, clinicamente appreci-aveis.

7:- __ 288 —

7 * Apoz a injecção de grandes porções de gordu-

ras liuuidasíoleo de oliveira parafina liquidai sobrevem

ao contrario embolias graves nós pulmões e no cérebro

(caso de Fibiger e experiências do auetor em cobaios).J. M.

Q^iav Schanman-\te qualquer relação genética entre a

apRendâ-ité e as neuroses geraes? (Sind irgendweise gene-íische Beaiehungen sw-sc-.lien den altgmemen Neuronen und

der Appendieitis^enkbar? Deutsche rned. Woch. Vol. 26

Nov. 1901. •

0. S. responde á questão pela affirmativa e como

prova cita a oceurrencia de inflammações appendiculares

em diversos membros de 4 famílias diversas em 12 das

quaes havia evidentetara. Alem disto investigando|7o ca-

sos en que a moléstia tem apparecido apenas em um

membro de uma familia, achou que na maioria das vezes

o próprio paciente tivera manifestações evidentes de

degeneração nervosa. Ainda para estabelecer uma conne-

xáo entre o estado nevrotico e a lesão intestinal o au *

thor salienta o facto bem conhecido que a neurasthenia e

variasformas de enteroplosis são.frequentemente achados

no mos.no mdividuo e suggere ainda que os desvios vis>

ceraes podem oceasionar condições mais favoráveis ao de-

senvoivimento dos germens que representam a cama

immediata da moléstia ou podem d.rninuir o poder de

lesisleneia do appendice. J* M*

Medicina praticaTratamento nos accessos de febre ralustre por uma

MISTURA 10D0-10DURADA

A despeito de quantos suecedaneosse lhe tenham op-

posto, a quinina continua a ser o especifico do paludismo

— 289 —

e cada medicação quejse experimenta, permitte ajuntar

mais convicção a esse, já hoje velho, axioma da therapeu-

tica. Entretanto, a affirmativa costumeira de que aqui-

nina não é só anti-paludica, mas egualmente um antipy-

retico, deixa a muitos médicos dubilativos e o próprioLaveran, que se constituiu na matéria um especialista,

nega-lhe a influencia no curso dos ataques, e mais até,

entrega-se a uma contagem difficil das horas que prece-dem o accesso para que a administração do especifico

seja valida, sustando os effeitos das novas legiões de he-

matozoarios e conseguintemente a reacção que provocam

que se traduz no insulto febril.A lista dos antipyreticos é crescida: a quasi todos.se

tem imputado culpas enormes de modo a dissuadir-lhes o

emprego.O Dr. Kegnault, medico da marinha franceza, expe-

rimentou com successo uma applicação evidentemente

destinada a fazer carreira na íherapeutica do paludismo:uma solução iodo-iodurada.

Já não era nova a lembrança do emprego do iodo

nas febres palustres: Boivet, Wilíebrand, Seguin, Barii-

leau, Cantali, Regnoli, Concetti e o nosso lastimado mestre

Dr. Francisco de Castro a elle recorrecam com pequenosuccesso, já porque se dirigiram ao paludismo, preten-dendo curar os casos chronicos, ja porque o ministravam'

desacertadamente antes do accesso. m.O Dr. Regnault,admittindo que o accesso paluslre é

produzido pela invasão de uma toxina e notando que as

toxinas são destruídas ou attenuadas in varo por uma

mistura iodo-iodurada, teve a idéa da applicação pralica,coroí ua do melhor exilo. E' pois este tratamento do ac-

cesso paluslre, segundo KegnaultFormulcse:

— 290 —

..

¦ -

'{ ãa4 grani mas

.00 »

Tintura de iodo . .lodureto de potássioÁgua dístillada . .

F. s. a. e mande paia usar uma colher das de chá (5 grs.)diluída em um cálice dágua, de quarto em quarto de hora,durante o accesso.

De ordinário não é preciso chegar a terceira ou quartadose, a temperatura carie facilmente ás primeiras applica-ções. No caso em que o doente tenha vômitos ajunte-seuma gramma de ether á primeira dose da solução.

A quinina não está por isso banida: jugulou-se oaccesso febril, graças ás virtudes antipyreticas da misturaiodo-iodurada, cumpre tratar o paltidismo pela quinina,para impedir novos ataques. Apenas recommenda-sgabster-se disso na primeira hora que segue a esta medi--cação em razão da incompatibilidade chimica existenteentre o iodo ea quinina.

Recommendamos aos clínicos essa mistura qne jadeu a um de nós pleno successo, certos de que terão maisuma arma poderosa contra os accessos febris dopaludismo.

TRATAMENTO DIETETICO DA EPILEPS1A

Segundo refere a Lancet, de Londres, um dos méisesperançosos e efficazes dos mais recentes methodos lhe-rapeuticos apresentados é o tratamento dietetico da epile-psia, consignado em uma recente edição da BeriinerkliniscLe Wochenschrift pelo Dr. Rudolf Bálint emum artigo importante baseado sobre observações por eliemesmo feitas na clinica do professor Koranyiem Budapest-

O trabalho foi emprehendido em conseqüência datheoiia de Richet e Toüiouse de que a=privaçào ao sal=-

¦¦-•¦¦ ¦:,

:.¦:.¦-

-¦.¦.:..¦¦¦¦¦¦ ¦

- 291

e a administração dos brometos alcalinos constituía a

forma de Iratamento mais efficaj.. -

0 Dr. Bálint tratou 28 epilépticos affectadosde epile. . ¦ , __,. n „,..,„ao míiH fíim uma dieta da

psia idiopainica rpeíjue..o e ¦> ~-

q„l foram, quan.0 po;aSiv:e):,;exd„idos Iodos os •

depois do uue se ajuutou pequena qnanl.dadc de brom tos.

Depois de feitas diversas experiências fo, adoptado

o seguinte regimen alimentar como o que melhor sai.s-

farui as necessárias condições, a saber: de um a um e meio

IHroH de leite; de 40 a 50 gminmus de manteiga; trezovos,

e de 300 a 400 grammas de pão e fruclas. 0 pao oi cs- -

peeialmente preparado sem sal muno, ^W

logar d'elle ire/, grammas de brometo de sodm po, cada

rde uma a duas libras).Passando com esta dieta, o doente consome ao Io

apenaaceiiea de doas grammas A eWorel «od.c,,

& quantidade muito abaixo da media do gasto d<, sa

) lodo)or

>o. toma„a d.eta diana, emquanto que, ao mesmo tem

lncouscie,den,eole cerea de Ire* ,«. u de brome.o d.

sódio por dia com a comida.Os resultados conseguidos foram muitíssimo sal.s a-

tonos em todos os 28 casos. Houve diminuição dos ata-

,,ues epilépticos lamo em fSqueneiá ,»» em m)^

.elboria em relação a lueídei mental e desapweenoemo

da confusão mental e estupidez tão freqüentemente ca.^

Bife nos opüo,,,,,, A s»4de gen,l-<<«

rapidaiaente, e o òrom .smo nunca se manifesto ,0 faço

lâLle-loi que a ác«ao sedaüva d„ broom.o fm refo,-

<;a,la0 Dr. Bálinl faz notar que , tratamento

'nào e dK-

ficil de pôr em pratica, eéespecalmeuteutd e exeqüível

nas grandes instituições, onde se pode impor uma d.eta

regulamentar. Foi um mcthodo de tralairento nunaeom-

292 -

panhado df perigo algum, e especialmente apto a serproveitoso mis Colônias campes três para epilépticos eestabelecimentos de egual natureza.

QUANDO NÃO Sli DEVE ADM1N1STRA.R O SALICYLATO OE SÓDIO

Com d Professor Barth, dislinguiremos coutra-indi-rações absolutas e contra indicações relativas;

Absolutas sao; 1". Pina vulnerabilidade anormalcios centros nervosos (nevrppathia, grande alcoolismo)purq-m c pteciso temer o appareciihento de grandes ãcei*dentes eerobraes.

2o. As affecções orgânicas do coração ou ao menosas ([iie ira/.fi!) pertulmções serias da mnervação e daeaníio uvitamica e que predispõem ã dynamia e ásincope (aorlites ulcerosas, ehriocárdites vegetantes,degeneração uo mvocardip etc).

¦') A inifn nneabil idade renal absoluta ou rela-í;ra (neplirile searlalinosa ou inlprsticial)

Estas ( onti a "indicações deixam porém de ser absolu-Ias nos casos em que é possivel estabelecer uma vigiian-cia rigorosa sobre u doente isto é visitai-n duas ou Lréz\ i /(.- |)or dia,

Relativas sã" as seguintes:li>, {)< estados de prenhez hão só por causa do

estado ue premeabilidade renal .durante este; perióuo,assim como por causa na aççào possivel do salicvlaio desódio sobre as filbias lissas. Iloger, Marliiiet e murospulem tem empregado com cuidado o salicylato duifinlea prenhez sem terem notado incidente âppreciavel.

2". A velhice por causa da freqüência da arterió-esclerose »¦ nas escleroses víscera es, sobretudo nuaes,nesta idaue.

293 —

aceompanbado de'-ío f) rhenmatisnío recuavamV'--^, viseeraes (pericardile, pleuresia, álbum,

complicações viscuaea ¦!•••

nuria, etc)Presse med.- (> nov.

*"~17—:*<jF:c

Cbronica e nouctas

FACULDADE DE MEDICINA OA BA1II A

Accumulnde matéria não* nos tem deixado -naco

para noticiar certos factos importantes para a ,u>*« .

scientifica. , À irreflexão de parte da moculade eschola. de nossa

Faculdade medica occasionou uma escusaoa P^alyaaçao

oS cursos medico pharmaceutico.. Nada kicraremos

„n analysaras va se„S e „,-s«an,aS™s da »-¦• «-

lrema que-tomon o governo, lamentamos s.m que a o

¦ente jl pregutcosa.1. W. --' •

,„„„ „,,„de estagnação, ¦>¦ ¦¦**i*>» «»<>¦"" *"' """

no» livraremos.Tendo deixad<! a pasta uo in.c,,-. .. - ¦¦ u

,, ,..,Mn d Prof . ose 0 vmpio dePessoa, pediu sua exone.açao o um. i

ÂZevedo.O novo n.inistro, o Dr. Sab.no Barr -..o»..,,m

LctorolW * AlIredoB I)..!» ";*¦<•»»

,oesserrofesSorSen,„r,.pro,U, ¦>«"™^^.^ua clinica, hospitalar á altura ,. ..„,,.„.¦„- -

trabinelc de matei ml < om o

quitem* ¦,,„,„ ,,„,,,l'.i;„ «II...» '¦,, ham

Los para a Faculdade .1. .H* , se lubnrass. .....*.¦

conseguindo dotar o mesm<

pulsos de outros moe ™. daquella .enacdade. digamos

devemos esperar que, generalisada a, l.utos o - . ^

escholares resultarão vantagens ineshmave.s para

nosso ensino.

4& * *

â94

¦'¦¦„¦- DIRECTÕRIA GERAL DE HYGIENE DO ESTADO

De nosso íllustrado director recebemos coinmuni-cação de ter assumido a direcção dos serviços de hygienedo Estado.

Nós que compulsain. s de -quando em quando aspaginas dos volumes anteriores da Gazeta Medica, adqui-rimos com isso n máxima confiança em que o illustradoProfessor Pacifico Pereira procurará effectuar com energia,as reformas todas pelas quaes tem pugnado nestascohvrhnás.

Que ao governo do Estado não bastem os louvorespor lào boa escolha: faça-se benemérito tornando-a efficaz.

FACULDADE DE MEDICINA DO RIO DE JANEIRO

Com o infausto passamento do Professor Francisco de(lastro foi nomeado Professor de Clinica Propedêutica daFaculdade do Rio de Janeiro, o substituto da respectivasecçâo Pr. Miguel Couto. Do novo professor de propedeu*tica espera e muito a sCiencia medica no Brasil. Partindopara Europa, logo apoz á sua posse, o Professor MiguelCouto deixounos a esperança de que o Professor Castrovae ler um successor muito digno delle.

A Congregação da Facilidade do Rio, atlendendo aosaltos interesses do ensino, nomeou substituto interino da6.* secçào o Dr. Pedro de Almeida Magalhães, antigoassistente do Professor Castro e de cujos conhecimentosem propedêutica e clinica medica muitas provas tiveramos alumnos daquella Faculdade. 0 Dr. Pedro de AlmeidaMagalhães desnecessita de um novo concurso para que íi-que firmada sua competência para oeenpar effeelivamenteo lugar que interiormente está exercendo. Felicitações áFaculdade do Rio pelos dous novos professores.

Gazeta Medica da BahiaPublicação pensai

VOL. XXXIII JANEIRO 1902 NUMERO 7

iAneurismas -carotldlanos \jPelo DR. ÂRNOBIO MARQUES

Cirurgião no Hospital Pedro Segundo no Kécife

As trez observações que se vão seguir referem-se áaneurismas da artéria carótida primitiva. A primeira é deum aneurisma traumático, arterio-venoso, jugulo-caro-tidiano. A segunda é igualmente de um aneurisma frííumatico, carotidiano situado quasi na origem do vaso.

Na terceira trala-se de um aneurisma espontâneosituado em um dos pontos de eleição.

1.» Observação. — Aneurisma jugulo-carotidianoquádrupla ligadura, cura.

lim Maio de 1^93 apresentou-se em nosso cônsul-torio F. morador em um arrabalde desta cidade delõ annos de idade, regularmente constituído, de tem-peramento lymphatieo. Elle referia que achando se .tra-balhando á noite (era sapateiro este doente) diante deum candieiro de kerozene, entrara em sua casa um meninoe atirara sobre elle uma espoleta; esta indo cahir sobre ocandieiro fizera explosão rebentando-o, indo um dos es-tilhaços feril-o no pescoço, justamente no ponto etn queelle apresenta o tumor de que deseja ser operado. Exami-nando.- o encontramos um tumor de pequenas dimensões,situado na região carotidiana, correspondendo ao bordoanterior do músculo esterno-cleido-mastoideo e ao meioda artéria carótida primitiva. Havia no tumor os symptomas dos aneurismas arterio-venosos e o doente sentia-se

- 29(3 —

muito impressionado pelo ruido que o incommodava áponto de perturbar-lhe o somuo.

A família deste rapaz instava por um tratamento queo curasse o que fez faliarmos com franqueza, declarandoque se tratava de um aneurisma, que se fazia necessáriauma operação e que essa operação era grave e podia ter-minar pela morte.

Apezar desta linguagem clara e franca a operaçãooi acceiía e resolvemos praticai a no Hospital Pedro

Segundo, pois que assim as condições seriam mais favo-raveis, quer para o doente, quer para o Cirurgião.

Recolhido ao hospital foi para nosso serviço (enfer-mãria de S. Francisco Xavier.) e dias antes da opeiaçãofoi elle visto em conferência pelos differentes cirurgiõesdo estabelecimento, os quaes concordaram com o no&sodiagnostico e com a operação proposta — Ligadura qua-drupla. A chloroformisaçâo foi feira polo Dr. AieebiadesVelloso e o Dr. Malaqui/is A. Gonsalves, foi o nossoprincipal auxiliar. A operação consistiu na ligadura dacarótida acima e abaixo do tumor que foi extirpado. Otrabalho operatorio prolongou-se por mais de duas horas.Primeiramente ligamos a carótida entre o tumor e o centrocirculatório o quando procedíamos a dissecção da outraextremidade arterial para ligal-a encontramos serias diffi-culdádes porque o vaso freqüentemente rompia se, Igualcousa deu se com a veia, tornando-se a operação tãodifficil que receiamos a morte do doente antes de ter-minai-a.

Ligados os vasos, extirpamos o sacco, que estavamuito adherente e que só foi retirado após um trabalhopenoso. Drenagem do espaço morto resultante da exlir-paçào do tumor e sutura terminaram a operação. Vintee poucos dias depois o nosso doente tinha alta curado

— 297 -

e ainda hoje conserva-se residindo nesta cidade e per-feitamente são, tendo apenas bem visível a cicatríz queindica o ponto em que foi praticada a operação. "

"-. íjbservaçat» —t,iii .juiihj tie iootj teve enmtua nuhospital Pedro Segundo, um individuo semi-branco de 30annos de idade, forte, temperamento bilioso, apresentandoum turno r na região supra claviculár, tumor cujos ca-'racteres eram os de um aneurisma earotidiano direitopróximo á origem do vaso. 0 doente referia que em lutarecebera vários ferimentos havia pouco tempo, dous outrez mezes e que em poucos dias estava curado.

Logo depois começara a perceber pequena saliênciano ponto onde se vê o tumor, saliência que foi gradua!"mente crescendo e que attingiu as proporções nctuaefi.

0 tumor tem o volume de um pequeno limão e cor-responde a um dos pontos em que este homem fora ferido.

Resolvemos praticar a operação, pelo methodo.deBrasdor. e fomos auxiliados entre outros collegas pelosDr. Arthur Cavalcante e Dr. Alfredo Costa. Nos dous pri-meiros dias que seguiram a operação o doente pareciamelhorar, dizia respirar melhor e a voz parecia ser umpouco mais normal do que antes da operação. No terceirodia porem elle é victima de hemorrhagia abundante quecausou a morte immediata. A autópsia por motivos inde-pendentes de nossa vontade não foi praticada.

3a. Observaçào--F. hespanhol, forte e sangüíneo, de60 annos"de idade, foi-nos apresentado por um coilega eamigo afim de sei' operado de um aneurisma da carótidaprimitiva esquerda. O tumor era bastante volumoso situ-a do no ponto superior d'eleição, offerecia a symptoma-tologia clássica dos aneurismas e devia ser operado comurgência porque a pelle mostrava tendência á ulcerar-se.

O doente acceitou a proposta de uma intervenção

- 298 — -

operatoria e a operação foi praticada no hospital PedroSegundo em Novembro de 1901 com os Drs. Alfredo Costa,Eustachio de Carvalho, acadêmico Oscar Coutinho eoutros co!legas.

Nào houve facto algum nolavei no acto operatorionem na evolução da moléstia. O doente teve alta curadoper primam e no fim dc um mez vimol.-o novamente. Otumor tinha diminuído um pouco de volume e nào causaraincommoao algum.

A estas resumidas observações poucos commentariosfaremos; ellas, sào publicadas não a guisa de ensinamento,mas como casos clínicos que talvez possam ter alguminteresse.

A primeira nào nos parece destituída de todo valor;cem effeito, si a extirpação de um sacco aneurismaticonâo pode ser considerada uma operação banal tratando-sede uma artéria dos membros, eom maioria de razão nãopoderá ser julgado somenos o facto deste primeiro doente,pois que as difficuldades sobem de ponto tratando-se dacarótida primitiva e da jugular interna.

Em um caso de aneurisma arlerio-venoso da dobrado colovello esquerdo praticamos a extirpação do saccoo foi uma operação trabalhosissinui. Era um aneurismatraumático, em um indivíduo moço e forte. Foram nossosíiiixi-iares os Drs, A. Cavalcante e Ignacio Ávila e o casoterminou pela cura.

Em um indivíduo que solíria de aneurisma popliiêoesquerdo fizemos a ligadura da femoral ho canal de Huntere como um mez ou dois depois da operação reappare.-cessem o.s batimentos do tumor, resolvemos praticar aextirpação do sacco,

Pois bem; ainda neste caso as difficuldades foramgrandes.

E' bem certo que Pierre Delbet escreve que um ciru-giáo digno deste nome deve bem praticar a dissccçâo dosaccò, mas o que é incontestnvel é que nem todos os ciru-

giões dispõem da capacidade do illustre professor francez.Como quer que seja «a dissecçâodo sacco é uma operação

que exige certa habilidade cirúrgica», d'ahi e suppormoster algum interesse este caso de aneurisma arterio-venosoda jugular e carótida primitiva. Além disto Temer dizoue nestes aneurismas (íugulo-carotidiános) a extirpaçãodo sacco como a dupla ligadura da veia e da artéria aindanão foi praticada, e igual juizo exprime Walther noquinto volume do Tratado de Cirurgia - Duplay et Reclus.A'aquelles dous mestres nào constava que tal operaçãohouvesse sido executada e o eminente P. Delbet conhe-cendo esla nossa observação considerou a como inle-ressante e digna de publicação.

O segundo caso nada tem de extraordinário; é umaneurisma quasi na origem da carótida para tratamentodo qua! o meio mais seguro é a ligadura entre o tumor eos capillares. Foi o que fizemos mas tivemos..o desprazerde ver o fallecimento do nosso operado.

A hemorrhagia deu-se em conseqüência da rupturado aneurisma? Foi o próprio vaso que rompeu-se no pontoligado? A autópsia responderia a estas perguntas, mas in-*felizmente nâo foi possível pratical-a.

0 terceiro caso é de um aneurisma caro.idianosimples. De facto nenhuma complicação havia, tralava-sede. um homem forte, em regalares condições de saude eno tpial parecia único elemento desfavorável a idade,superior a 60 annos, em que jã as artérias tem «a ferru-gem da velhice.» Como esperávamos, a operação leveresultado favorável.

<<**>^rr>í±>%>4>i'

— 300 —_ f

â aorta pulsatll /Pelo Dr. J. A. G. FROES

Assistente da Clinica Propedêutica

Já em 1746 esforçava-se Sénac em evitar a confusãopossivel entre as pulsações cardíacas e os batimentosaorticos, affirmando serem desta ultima natureza as pul-sações percebidas na região do estômago (1).

Tambem Riolan e Morgagni citaram casos semelhan-tes de pulsações «na região superior e media do ventre*<l) sem que a saúde fosse levemente alterada. Não exis-tinde batimento normal na região epigastrica certamenteé solicitada a attenção do clinico para a existência dessephenomeno, cujos caracteres mais salientes levam-no aformular, prima facie, o diagnostico provisório de aneu-rysma da aorta abdominal ou do tronco oejiaco, designadoo facto observado sob as denominações de pulsaçõesepigastricasApálpitaçQes celiacas, batimentos nerco-sos da aorta, a/ieu/ysmn dos estudantes (2)'.

Phenomeno snbjeciivo muitas vezes, é ordinária-mente visível, apresentando aspectos mais ou menosintensos-da simples ondulação «'pigu-inca á pulsaçãofranca na trajectoria do tronco aortico; ;i pãlpação é oprocesso clássico da èxpltiração clinica que fornece oselementos de apreciação ^cientifica, reconhecendo pulsa-ções superficiaes e profundas, fracas e.fortes, acces-siveisou de difficil exame, conforme ;i intensidade (io impulso eas condições pessoaes dos pacientes.

Afastada a primeira hvpothese da ectasia da aortaabdominal, cuja acceitação, para todos os casos, era jáduvidosa no século NVI1I, surgiram múltiplas interpre-tações, responsabilisadas sucessivamente a aorta, o troncocoeliaco (3). a veia cava inferior, a artéria gastro-epiploica,o coração e o ligado.

- 301 -

Glénard, enfrentando a questão, em seus estudossobre a enteroprlose (2), julga apenas admissíveis as locali-sações na aorta, no fígado e no coração.

Antes de estudara loealisacão aortica evidentementea de mais importância, faremos um resumo ligeiro dasoutras causas etiologicas apontadas.

Deixando completamente de parte as pulsações aor-ticas tránsmittidas pelo fígado ou qualquer tumor denatureza diversa mas em idêntica siiuação, casos existemem que difíiculdades desafiam a competência do clinicoforçando-o ao reconhecimento de faetores outros, comoelementos etiologicos, recorrèndo-se então ás pulsaçõeshepaticas venosas da insufficiencia tricuspide (localisadasna veia cava inferior e nas veias do ligado por F. Glénard,),ás pulsações hepaticas arteriaes observadas na moléstiade Graves por Lebert e na insufficiencia aortica pelo Dr-Rosenbach.

Em taes casos o batimento existe manifestamenteá direita da linha mediana, longe da sede habitual daaorta em seu segmento veutral; em um doente de Glénardapresentando crises pseudo-hepaticas e dôr intensa epersistente datando de 6 mezes e consecutiva a umaqueda violenta sobre o ventre, a palpaçàe denunciou,além de nephroptose do 3o. grão e corda eólica muitobaixa, um batimento epigastico manifesto, de máximo ádireita da linha mediana, dirigindo-se para fora e parabaixo, sendo que a pressão da região pulsatii em suaparte superior fazia desapparecerem as pulsações emtodos os pontos em que eram anteriormente percebidas.

O caso acima referido de Kosenback fala em favorda realidade das pulsações epigastncas, adstrictas uni-camente ao orgam central da circulação.

Os batimentos apresentam-se então sob o aspecto

- 302 -

ondulações isochronas com o pulso radial e sào devidosao choque da ponta do coração melhormente propaladopelo augmento da energia contraclil dos ventriculos oupelo augmento de volume destes (hyperthrophia e dila-tação), como ainda nos casos de symphise cardiaca ouankylose do coração (Bonillaud), de desvio deste orgampara a linha mediana, de cardioptose dependente ordi-nariamente do abaixamento do diaphragma, de ectopia-ventrfíl ou ectocardia abdominal.

Estas pulsações sitas na fontanella epigastrica ouscrobiculus copais (4) substituem por vezes o choque daponta dò coração annullado em sua sede norrnak sem quemi einlanto, seja de rigor sempre corresponda a e.-*se factou ma condição pathologica da víscera.

Contribtie muito, em todo caso, para a fácil percepçãodo phenomeno clinico o concurso de circumstancias quefavoreçam a transmissão dos batimentos cardíacos, comoa existência de liquido intrapencardico (i) e a hepatome •

gaba ou a simples hypertrophia do lobo esquerdo ouepigastrico do ligado.

Km nm caso curioso observado por Sénac. descriptoem 1833 por Allen Burns e citado pelo D<\ Francisco deCastro, os batimentos epigastricos muito violentos esta-vam intimamente ligados ás pulsações da veia cava in*ferior, cujo calibre admittia o braço de um adulto (4).

Vinculados estreitamente á aorta, as pulsações epi-gástricas ora dependem de um aneurysma verdadeiro, ora,e muito freqüentemente, de palpitações nervosas dagrande artéria ou da transmissão de um tumor intra-abdominal superposto ao vaso (ò) como ainda pelo esta-do de magreza extrema e em certos casos de ,entero.,ptose.

A quem quer que se dedique â clinica com certo

— 303 —

interesse scientifico terá suceedido de certo observar ca-

sos das diversas naturezas acima apontados, por isso (pie

são elles muito freqüentes entre nós, como o attestam

dignos collegas e illustrados mestres, teudo-se-nos depa-

rado diversas oocasiões de observal-os no curto periodode nossa vida clinica.

O illustrado Professor Dr. Francisco de Castro, tão

prematuramente roubado ás letras médicas do Paiz, dá

lestemunho da freqüência desses casos no Rio de Janeironotando que verificou «repetidamente a hypeikinese da

aorta abdominal, de um modo periódico, em mulheres

cuja menstruação é deficiente, menstruatio'e parca, e nas

amenorrheicas oom o habitual molimcn íluxionario, na

épocha correspondente aos catanHmios, e bem assim** o

desapparecimento dessas palpltações, depois de vencido

o praso que estes durarem» . (4).A freqüência das pulsações nervosas da aorta e in-

contestável na Bahia e mais observável no sexo feminino

do que no masculino; dentre diversos casos que tive ensejo

de verificar destaco o de uma preta de cerca de 50 annos,

constituição forte, cuja parede abdominal era tão fia cida

que permittiu-nos a palpação da aorta abdominal em quasitodo o seu percurso, notando-lhes as pulsações intensas

sem que se apresentassem os caracteres da verdadeira

ectasia.Em taes sasos, como o afíinnou Sansom, nào ha lesão

material do vaso, mas augmento de suas pulsações, devido

a desordens vaso-motoras e são tão amiude observados

nos neuraslhenicos e depauperados, enteroptosadose dys-

pepticos que tem todo cabimento o asserto de William

Jenner, citado por F. de Castro: *Instead of being yourfirst, it should beyour last idea that abdominal pul-sation is dueto aneurusm*.

2

— 804 -

Acne; ando estas idéas, -nota o egre.|k) proíessprdp

Rio de Janeiro une muitas vezes oerethi&mo não se limita

a aorla estendendo-se,1'ás il facas primitivas e a f firma qne

«amnrvsmas no ventre são a excepçãó; as palpitaçõcs, a

regr,u,'"(4) Torres Homem, cm sua. notáveis Lições de

CUiiicn Medica assim se exprime em relação a<> "s^um-

pio". Aim admira pois que freqüentemente se observe na

pratica nui^çõt.svmienias da aoria abdominal,- evidente-

mente hevroiicas, sem (pie na aorla iboractea existam

-batimentos de igual violência, sendo no entretanto a ar-

teria uma nnica. uniforme em toda a sua extensão desde

a M,a emergência èe venlrifM.lo esquerdo' ale a on-em das.

iliacas primitivas» (6).Lileim.P.e ouviu um sopro notável em um caso desla

ordem „ aue não é de .diíficij epmprohensão, atierU, o

estado e.pasmodico da aorla; o mesmo insigne patbolo*

pista nbscivon juntamente com Bayle em uma moça um

llunnr sub-epigasfrien «apresentando pulsações fortes,

isoehrnnas com o pulso e acompanhadas de um movi»

. „„.,„„ rte dilatação geral manifesto, que qualificaram ie-'

nnenrvsma aortfco, reconhecendo posteriormente seu*'

1Ml„iUM». porque .findo um mez. á medida que gradualmente

voltaram as forças, doíktppareeeram os batimentos e o.

pseudo tumor. (1)Ordinariamente a sede dos batimentos epigastricoã

acíuVse na linha mediana (Hucharaj ou á esquerda desla

l-iniiãj Giénard) cm um trajecto correspondente ao da aorta

mais ou menos eomprehendido entre 2 e5 centímetros de

eomprimento e 1 de largura, da extremidade anterior da

irotiM çostéila ao umiDigO' i-)Pfèqjienles nos indivíduos nervosos e nos que sof-

fpmm. pmTirbaçõês gast,T,-inteH!Ínaes/utero-ovariãnãse apresentam quedas oiganicas. principalmente aptose do

— 305 -

colori transverso, o aue approxi.pa do plano muscular &

artéria aorta, as pulsações hyperkinetioas são nor vezes

violentas paroxgúicàs, intercaãmtes, tevtintanao

fortemente a mão exploradora sem expansão Inte-

fal, sem nenhum ruido mórbido, segundo a caracterl-

sação de H. Huchard

Entretanto é esse mesmo autor une nos refere o caso

transcrinto de Bávle e Laenn.ec em me a existência do

tumor e do sopro contribuíram para desviar da verdade o

criierio clinico dos 2 notáveis scientistas. li' essa uma

prova evidente de que muita vez cerca-se o diagnostico

de serias difficuldades. máo grado os elementos d.ffe-

renciaes de qne dispõe hodieruamente a sciencia .io

diagnostico; conforme os casos. Póde-se acompanhar com

maior ou menor facilidade o trecho abdominal da aorta,

ordinariamente indolor, cujo relevo é ás vezes perceptível

á palpação; os movimentos éxpiratorios facilitam esse

¦ exame approxímándo a parede anterior do abdômen do

grande vaso arterial e nííastamio o lobo emgaslnco do

figado e o estômago.

A facilidade de palnar a ao. Ia unplica evidentemente

diz Glénard', a suppressão das condições nue normalmente

d.fiicultam o accesso dessa artéria, islo é. mdica dimi-

nuíçlò da tensão abdominal e deslocamento uos orgaos

interpostos á parede anterior do abdômen e a aorta.

Não se deve considerar o batimento epigastrico como

um signal evidente de éntefoptose, apezar de Glénard tel-o

encontrado freqüentemente em taes casos, exprim-rídc-se

do seguinte modo:rPóde^é-aUribuir. üma das variedades do batimento

epigastríco; aqnella em am a sede da" pulsação e.aortuae

, aorta perceptível,-^ab-uxanuMiin naibol-H,-uo c.lon

t

-.306 -

transverso, que normalmente é interposto á aorta e aparede, isto é, á enteroptose*.

Km todo caso, nada de formulas absolutas; assimcomo não é verdade que o batimento aortico constituasignal evidente de enteroptose, também não se segue queem todos os casos de ptosc do colon transverso sedeva fatalmente contar com a pulsação aortica, porqueorgams outros, (.orno o estômago dilatado e o fígado pn>labado, interpondo-se a aorta e à parede do abdômen,impossibilitam a accessibilidade daqueila, deixando delado as difficuldades oriundas da espessura do panniculoadiposo abdominal.

Quando a aorta é palpável no epigastrio, a palpaçãodenuncia também a corda eólica transversa, mais oumenos abaixada, segundo o grão da ptose; e é tãoimportante essa verificação que, affirma F. Giénard, nãohasta a extrema magreza para que a aorta se torne pai-pavei no epigastno. torna-se indispensável que haja ooncumitantemente estenose e abaixamento do colon trans-verso (corda eólica).

Este forma, em seu ponto de intersecçáo com a aorta,uma massa prcaortica, 2 t/2 centímetros approximada..mente acima do umbigo, pastosa, resistente, tendo delargura um centímetro, soore 2 1/2 de altura, bemlimitada superior e inferiormente e movei de cima parabaixo ao longo do grande vaso, sobre o qual se destaca emrelevo. Giénard, que foi o primeiro clinico que a estudou,em suas pesqiiizas sobre a enteroptose, aventou ao ladodessa hypothese vencedora, diversas outras como as degânglio preaorlico, lobulo aberrante do pancreas, ectópiadeste orgam, anomalia da camada musc.ilo-aponevroticada parede abdomir.al antenor onde um dos segmentosdo músculo reclo anterior do abdômen. (2)

... 307 —

Sendo ordinariamente indolor, despertasse por vp7.es

â palpação sensibilidade anormal no ponto de compressão

daaorta pelo dedo explorador, dando logar a vertigens

que desapparecem ou voltam parallelamente â cessação

da pressão ou ao augmento desta, como foi dado a Glenárd

verificar em 1886.Depois dos caracteres apontados que individualisam

a aorta pulsatiL vejamos como estabelecer o diagnostico

differencial entre este estado anormal e o aneuryswa da

aorta abdominal.Na hypothese de áneurysma verdadeiro ha pulsação,

única ou dupla e circumscripta, que se não desloca pelos

movimentos respiratórios e se acompanha de móvirrrento

de expansão em massa melhor percebido no sentido trans.

verso ou lateral, segundo as observações de Ramberger e

de E. Boinet (7). comfirmadus por Francisco de Castro.

O pulso no áneurysma, escreveu este iliustre

professor brazileiro, não se produz como um choque em

zona limitada; é um batimento largo, diffuso por toda a

superfície exploravel do sacco aneurysmal. porque o

sangue, que neste penetra, communica-lhe ao contendo o

movimento com que vem.»E' precisamente idêntico o pensamento de Lefort

(citado por Huchard) quando diz que nos casos de aneu-

rysma sente-se que a força expansiva se propaga de um

ponto do tumor a toda a massa.O meio pratico de verificar esse facto éVmdicado

por Luigí Concato, préfessor de Turim, e consiste em

applicar successivamenle nos i pontos cardenes do tumor

a extremidade objectiva de um esthetoseopio e apreciar a

direcção dos movimentos, amplificados na extremidade

opposta do apparelho: tratando-se de áneurysma, a haste

rigida do esthetoscopio mover-se-á em direcção opposta

— 308 — ¦

á obtida, quando applicado o instrumento no ponto car-deal fronteiro; nas demais hypolheses, o movimento sefará sempre na mesma direeção, dirigindo-se para cima ecom maior intensidade no centro no caso de aorta sim-plesmente pulsatil. (4)

A razão de ser do phenomeno está na expansibiiidadeprópria do sacc.o aneurysmal, movimentado pelas ondassangüíneas que neiie se expandem, acompanhando o motocardiaco. A par do retardaiiiento symetricb do pulsocrura! (falho quando a eclasia se concentra no troncocoeliaco; nota-sj exaggero da circulação arterial quandose comprime o tumor abdominal e sua diminuição ou re-fardamento, quando cessa ;. compressão do aneurysiua,

Nas aortectasias abdominaes, opinava Laminec. nãose senle o calibre tia artéria, cujo diâmetro normal póieser percebido nos casos de ainda simplesmente pulialil.

Os signaes esthetdscopicos, objeetivado- em uiri soprosyslòíico ou mais raramente diastolicò, variável ptv vezescom a altitude do doente (Gorrigan, Lees) c podendofaltar de modo absoluto, não podem merecer importância

pratica av anta já da.De muito mais valor, neste particular, hão os pbe-

no menos tie compressão dos orgams circütnpostos e asdores neyralgífdrtnes que constituem frèquentéjnente o

período crepusciilar, immedialainenle anterior ao dia.

gnostico irrefulavel da dilatação da grande artéria abdo.minai.

Os veihos mestres ligavam extrema valia ao elementodôr como meio elucidativo do diagnostico, referindo-seMorgagni á violência, á rebeldia e á gravidade deste syur

ptoma, que Laennec considera análogo, em seu caracterterebrante. á acçào de um Irado ou de uma verruma.

Torres Homem considera a dôr como symptoma

— 309 -

constante, com exacerbações vespertinas e no» periodosdigestivos, podendo simular eólicas eslomacaes e intes-

tinaes, ae intensidade variável, continuas ou de caracterfrancamente intermittente.

Segundo a observação do Dr. Fiancisco de Castro,tantas vezes citado, «a dôr lixa em uma região do tronco)

com ou sem irradiações ou exarcebações nevrálgicas, não

podendo filiar se em causas evidentes e sobretudo havendoresistido a um tractamento regular, é indicio positivo e)freqüentes vezes,, o único de um ai.eurysma da'aorta» _

Do exposto resulta que a intensidade, persistência e

fixidez dos phenomenos dolorosos, ao lado de sua» exa-^cerbaçõer

com- a ^ãfea^^iw suasirradiações, constituem elementos de inestimável vaJor

para o diagnostico differencial entre a aortectasia abdo.minai e os estados simplesmente hyperkineticos da aortaventral.

1) H. Huchard- Maladies du coeur et de 1'aorte—Tomo II-2> F. Glénard— Dn baíiernent épigastrique in R<-v. de Mal.

de ia Nuti.-1893.3) Debove e Achard —Manuel de Diagnost. Med.—Tomo I.4) Francisco de f.astro-Traclado de Clinica Prü|>ed.7utict!

-Tomo I-Cap. IV. ' , „

5) Mayet—Traité de Diagn. Méd. ei de Seimeiol. —Tomo II.6) Torres Homem- Lições de Clinica Medica-Tomo II.7) E. BõÍnet--AtiévTysmfts de Laorle. —in Tiailé de Méd.

e de Therap. Brouardel,'Gilbert etc-Tomo VI. "'yT

0 lugar das mioclonias em nevropathologiaPelo Dr. JULIANO MOREIRA 0 l

(substituto r>« nivrolooia k fbychiatria,i(Continuação)

Logo após á hystena merecem estudadas as correia-

ções entre a epilepsia e as mioclonias.Não é menor qne na hysteria o numero de casos em

que houve concomüancia ou alternância de ataques

I

— 310 —

epileptiforines com descargas myoclonicas, porém aqui os

fados revestem muitas vezes uma feição diversa, isto é

do confronto da maioria das observações publicadasresulta um quadro por tal modo uniforme sob o ponto de

vista da etiologia, da syntmatologia e da evolução. que*setorna preciso discutir a possibilidade da existência de um

grupo a parte em meio ás miocloniás,

Em primeiro lugar temos que reflectir no cunho de

moléstia familiar com que a mioclonia se manifestou nos

casos de ünverrichi, nos de Verga e Gonzales, nos de

Seppilli, nos de Bresler, etc. Mas com ser familiar nenr

sempre o mal attinge todos os membros da família porisso que os cinco irmãos doentes primeiramente referidost)or UnverrichU tinham outros cinco irmãos dos quaes um

com 21 annos, que eram sãos. Dos três referidos depois

havia um irmão sadio e uma irmã morta de tuberculosesem mioclonia.

As duas irmãs doentes de Bresler tinham uma outra

mais velha alcoolata porém que nunca teve mioclonia.

Em cinco irmãos estudados por Verga e Gonzales, três

apenas eram doentes. E assim em outros casos.

Do predomínio dos casos no sexo íemenino e da

freqüência do alcoolismo nos pães dos doentes nenhumaillaçào se pode tirar, não somente porque novas obser-

vaçoes podem modificar estas conclusões como ainda

porque em casos outros não familiares e não complicadosde contracções epileptiformes, tem sido observadas as taes

circiimstancias etiologicas.

Os cinco casos têm sido vistos em doentes até da

idade de 21 annos e ás mais das vezes têm sido iniciados

pelos ataques epileptiformes, sobrevindo a mioclonia õ a

11 annos apoz. Em alguns os ataques epileptiformes sue-

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XAROPE HENRY MUREJlDoenças do Cérebro

Epilepsia, Hysteria, Nevroses' l»Com Bromuro de Potassiutn.2°Goin Bromuro de Sodiuw.

PolybromuradO Potassium.Suthum.Ammiwium.)Com Bronuro cte Si r óniiu nu isento ile baryta).

RiqoroKHinei te dnspadce, 2 grammas d<, sal chimic-nior te puto porcolheraila (.i. s para sopa, e 5,0 centigran nias porcoihen.ua (das paracair, d« Xarop" de cascas de laranj s amargas inepi ehnrinv> )As ilims preparações estabelecidas com cuidados e elementos susceptíveis ile

satisfazer u pratico n/ais difficil, .perinitteiii de comparar experimentalmente etncondições idênticas, o valor therapoutièu uos varius brortiuros sós mi assoçradúsCasa HENHY MVFtE. em Poin-Saint-Esinit ,G;ud , I- aiirar

¦A.. G- A25 A&mWEl, Pbarmaoeutico de 1" classe. Gen ci <¦ Su. f:F.ssoR. .•••••••••••••••••••#••••o«oe«e

I TOjU-CRÉOSoij

ENFERMIDADES do PEITO TOSSE REBELDEEmprego racional da Creosoie

CÁPSULAS

T0LU-CRE0S0TEdo Professor SOMMERBRODT, da Universidade da Breslau

ÚNICA PREPARAÇÃO NÃO CÁUSTICAQuinze Annos de Zxito

DBPOSITO EXCLUSIVO: C«. BOÜKY, Pbmrmncetitico, Laureadofornmttdor dos Heipttaet (In Piriz. 26 Hti- du Bont-Louif-DhilipDf'. PARIS.

— 311 —

cederam 3 mezes quando muito ao apparecimento conco*.*.

mitante d'esta com aquelles é que e excepcional.

Ainda que tenham sido observados accessos convul-

sivos diurnos no inicio do mai, geralmente o na segunda

metade da noite que elles se manifestam.

Os diurnos por vezes sobrevem mais tarde. Os

meninos doentes a principio têm o ataque sem despertar e

pela manhã nào tem consciência de que o tiveram. Depois

começam a despertar quando elle sobrevem, mas a perda

cie consciência' tem sido notada na grande maioria dos

casos observados. Ha porém casos em que logo após a

uma phase inicia! tônica se suecede a clonica deixando

infecta a. consciência. Fora d'estes casos que alguns con

sideram aborlivos, nos outros tem sido obse.i.váda toda

a serie complexa de symptomas que. têm sido vistos na

epiiepsia.A duração dos paroxismos é de poucos minutos até

meia hora, porém sua freqüência e muito variável, sendo

notável que os ataques epileplifõrmes que apparecem

alguns annos antes da mioclonia tornam-se menos mten-

sos e menos freqüentes quando ella sobrevem.

Os espasmos clonicos. que bem parecem os produzi-

dos por descargas electncas, ou attmgem grupos museu,

lares ou músculos inteiros, ou feixes de músculos, cujas

contràcções por vezes puramente fibrilares ondulam sob

a pelle.Os espasmos clonicos em ge.al nào atlingem grupos

musculares synergicos. donde resulta que nào se obtém

effeitos locomotores.Quando os espasmos são muito fortes e em grandes

massas musculares se observam movimentos de flexão

e extensão dos dedos, do cotuvello e do joelho, p.ro.naçaoe supi nação do anti-braço, rotação das pernas, etc.

3

-312 -

Gs movimentos podem ser symetricos mas nemsempre syncronos. _,

Em geral começam nas extremidades superioresporém com os progressos do mal, se diffundem aosinferiores, ao tronco, â cabeça e as vezes, ainda queraramente, ao apparelho da phonação. Somente os mus*culos do ouvido até hoje não foram citados como attingidos.

Em vários casos a face, a lingua, e o diaphragma são

poupados. •A medida que appareçem os espasmos em novos

músculos, augmentam de intensidade as contracções dosmúsculos anteriormente attingidos. É assim que as regiõesprimeiro affectadas são sempre aquellas em que os es-p ismos são mais intensos. Estes em certos dias chegam aquasi desapparecer, em outros exaggeram-se desmesura-damente, convindo notar que estas oscillações nemsempre coincidem com as intervenções therapeuticas.

Os sobresaltos musculares não têm regularidadenem rhytmo, por ' ezes sobrevêm por assim dizer emgrupos. , „

K facto que ás vezes com serio esforço o doentepude fazer cessar por momentos as contracções não muitofortes, assim como no inicio do mal nota-se que osfobresallos cessam por oceasião dos movimentos volun-tarios, mas apenas nos dias em que aquelles sâo fracos.

De ordinário no inicio dos movimentos voluntáriosos sobresaltos augmentam de intensidade para depoisdiminuir ou cessar de todo.

Elles cessam durante o somno, mas quando o malse torna muito intenso mesmo então pequenas e isoladascontracções podem ser observadas.

Massagem, applicações electricas, emoções psychicasde ordinário augmentam a intensidade das contracções.

- 315 —

procurado differenciar sob o titulo de mioclonia fami-

liar.Tive eu por exemplo, a oppurtunidade de observar

um caso em que ha os symptomas referidos sem que existanenhum outro caso na família.

Procurando na literatura medica casos equivalentesvejo que o meu não é único nem excepcional. Os de

Bechterew, o de Garnier e Santenoise, u de Homen,-o de

Lugãro etc, não eram familiares. Parece portanto que a

circumstancia de ser familiar é aeeessoria coincideuietalvez.

Quando muito por conseguinte julgada a necessidadede manter o grupo creado por Unverrichl, elle constituiráuma subdivisão da classe de mioclonias com paroxismosepileptiformes.

Vem a propósito discutir st; os casos a que me vou

referindo não são de epilepsia em que sõbrevieram con-tracções clonicas mais intensas e prolongadas.

Bussel Reynolds affiriiidu que mais ou menos os tiez

quartos dos epilépticos sofrem de oontracçòes clonicas nos

períodos interparoxysticos. Escreveram Garnier e Sante-noise que um delles tem observado mais de trezentosepilépticos internados e que a asserçáo de Reynolds é evi-dentemente excessiva. Ainda que eu próprio tenha vistoum numero muito elevado de epilépticos, observando nos

períodos interparoxysticos ligeiras contracções muscula-res apenasperceptiveis pelo doente acho, isolado, de poucamonta o argumento,por isso que somente por ser raro nãose nega a existência de um facto.

E' real que as mais das vezes os espasmos clonicosinterparoxysticos da epilepsia têm um caracter diversodas clonias descriplas por Fridreich, sob o nome de paramyoclonus multiplex, mas eu tive oppurtunidade de obser-

— 316 —

var um caso em que apoz uns ataques diognosHcadosepile-pttcõs sobrevieram recessos francamente myoclonicos quenão foram mais do que uma intensificação dos pequenosespasmos clonicos que anteriormente existiam nos pe-riodos mterparoxyslicos. Esta mudança de feição clinica dos referidos espasmos nào parece talvez indicaridêntico ponto de origem para elles? Aquicomo em muitosoutros pontos do assumpto que nesse momenlo eu estudofaz-se preciso esperar que oceorram autópsias ou façam seexperiências «fde iragam luz sobre os factos.

Quatro apenas sào as autópsias em caso de miocloniacom accessos epiieptiformes: dous de Bresler, dous deVerga e Gonsaies.

A diversidade de lesões macroscópicas e a falta deexame microscópico do cérebro, da medulla etc, fazemcom que náo nos possamos uiiiisar rias referidas auiópsias para arcliitectar explicações.

Os casos de Unverricht não poderiam ser ligados aconvulsões hystero-epilepticas? Se assim fora, deveriamelles serem agrupados ao lado dos que tem sitio descripioscomo de origem hysterica. Em casos de Unverricht, ás vezeso aceesso de mioclonia abortava,se os doentes despertandono principio do aceesso punham-se logo de pé ou se praticavam uma fricção no epigastrio. Demais a circumstanciadeserem familiares parece indicar tambem que ás mais dasvezes senão sempre, trata-se de contagio ps^chieo.' Nocaso que eu tive occasião de observar e a que me referi li.-nhas acima, não encontrei estygmas hysleric-as mas julgonecessário que todo aquelle observador que tiver oppur-umidade de ver novos casos (sobretudo os familiares)tenha em grande conta examinai os com o máximocuidado tendo em visla a hypothese formulada acima.

{Continua.)

- 317 —

Os recentes trabalhos portuguezes sobre a moléstiado somno

(Revista pelo Dr. JULIANO MOREIRA)

Entre as moléstias chamadas dos climas tro-picaes ha diversas que não tem sido achadas entre nósou tem passado despercebidas ou tem cessado de existir.

Entre estas ultimas estão o maculo e o dracontiase,entre as que tem passado despercebidas estão o botão en -demico, o goundun e o pede madura. Entre as que não temsido achadas temos a verruga peruviana, o distomumcrassum etc.

A moléstia do somno estará n'este ou no grupo ante-rior? Em Hirsch- Handbuch der hist.—geog. Pathol

tt 2 Auf. III 1886,—em Scheube -Dia Krankheítcn derVI Warmen Lãn.der- 2 Auf. etc. encontramos citado um*;/* * Dr. Ribeiro (segundo Ullerspergcr- Monatsbl. f. med.v] Stat. 1871 pag. 361) que àffirmou existira moléstia dotf somno aqui no Brazil em trabalhadores pretos. O Profes-

sor Mendes diz ter visto um caso que se lhe afigura incon •testavel. Achamos digno de nota que Sigaud que dedicaraum capitulo inteiro ás moléstias dos negros nenhumareferencia fez á moléstia em questão; no entanto desde1800 que Winlerbolton, cirurgião inglez, chamara a at ten

ção para a lethargia dos negros, e quatro annos antes deapparecer o livro de Sigaud, Clarke publicou suas ob-serva ções na-Serra Leoa. Seja como fôr é necessáriochamar attenção de nossos práticos para a Ial moléstiae pedir-lhes que transmitiam á imprensa medica a historiade qualquer caso que tenham observado ou venham aobservar.

Agora é nosso intuito enteirar nossos leitores sobreos recentes estudos effeotuados pela missão seioníifica

318 —

que do Rea! Instituto Bacteriológico de Lisboa foi âAfrica estudar a doença do somno.

O Ministro da marinha portugueza nomeou paracomporá referida commissào os doutores Annibal Bitten-court- chefe da missão e Direelor do Real Instituto Bacte-riologico de Lisboa, Annibal Celestino Correia Mendes,facultativo de 2a classe, Ayres J. Kopke Correia Pinto -medico naval de Ia classe, director do laboratório micro-biológico do hospital de Marinha, José Gomes de RezendeJunior--tenente medico do exercito, medico do RealInstituto Bacteriológico,

A 7 de Maio chegou á Ilha do Principe e a 30 do mes-mo mez a Angola, esla commissào, que pouco depoisiniciou a tarefa, E' do magnífico relatório apresentado noMinistério da Marinha que procuramos tirar notas para oresumo que se segue.

A doença do somno, segundo crença geral, foi impor-tada antes de 1799, do Gabào, pelos escravos que eramtrazidos á ilha do Principe.

Antes porém de 1887 era diminuto o numero decasos; só depois d'esta data a endemia temou maior in-cremenlo. attingindo nos últimos trez annos o grau eleva.-do em que actualmente se encontra. E' isto atlribuivel áimportação de numero elevado de serviçaes das regiõesinfestadas tia costa occ.idental dAínea,

Foram observados clinicamente 28 individos ata-cados da doença do somno, 22 do sexo masculino e 6 dofemenino. incluindo neste numero 5 estudados na ilha doPrincipe. Os doentes eram 13 adultos e lõ menores entre7 e 11 annos prováveis.

Falleceram 12 que todos foram autopsiados aceres-cendo mais uma necropse de um indivíduo não examinadoem vida.

- 319 -

Nos casos averiguados a duração da doença foi de 3

a 4 mezes prováveis.Das observações feitas concluíram os cominissionados

que a doença em questão se revela principalmente por

perturbações notáveis dos systemas lymphatico, nervoso,circulatório e também na calorificaçào.

Os engorgitamentos ganglionares, que sempre existemou são limitados ao pescoço em qualquer das suas regiões

ou generalisados. Os gânglios em dimensões oscillam entre

um feijão e uma noz fazendo em certos casos saliência

visível sob a pelle.Os engorgitamentos precedem o apparecimento dos

outros symptomas. >A não ser nos últimos períodos a sensibilidade táctil

mantem-se normal.A dolorosa iValguns raros doentes se manteve exal-

tada quasi até a terminação fatal.Em relação á sensibilidade Ibarmica distinguem os

doentes as sensações de calor e frio.Sentido muscular e consciência dos movimentos

passivos conservam-se Íntegros até aos últimos períodos.Não ha perturbações subjetivas da sensibilidade,

além do prurido cutâneo generalizado. Nào ha dyseslhesias.

Hacephalalgia ás vezes, porém pouco intensa e pas-sageira. Nào ha o grito hydrencephalico próprio das outras

meningites.No decurso do mál não se manifestam perturbações

sensoriaes de grande monta. A visão conserva se, porémos doentes um pouco mais cultos referem que a applica-

cão da vista á leitura provoca facilmente cansaço com a

sensação subjectiva de que as letras tremem.

Com o período e a forma da doença variam os refle

xos superficiaes e profundos.

- 320 -«¦;.. ..¦>¦'- *

Não se observou o signal de Argyll Roberlson. Areacção iriana pholo-motora conserva-se normal até ásphases adeantadas da doença, então as pupillas estão emgeral dilatadas reagindo preguiçosamente á luz e voltandodepois de uma serie de pequenas contrações esphincte-reanas ao grau de dilatação anterior, Os reflexos conjun-ctivos mantêm-se até á agonia excepio em um caso que asua ausência se manifestou 17 dias antes da morle.

Ha tremor de rythmo lento e pequena amplitudealgum tempo depois do começo do mal, A lingua ás vezesé sede de contracções febrilhares.

Os tremores ainda que aüenuados existem mesmodurante o repouso estando os doentes deitados e até adormir. Cessam nos períodos terminaes.

Com o progredir da moléstia a marcha torna-se maisdifficil e mais lenta até ao ponto de não ser possivel aaltitude em pé.

Não ha signal de Romberg. Não ha paralysias, nemconvulsões. Há.rigidez da nuca facilmente vencivel, umeerlo grau de bypertonicidade dos músculos, dos membrossuperiores e inferiores que sem obstar aos movimentos, dáao tacto sensação de dureza muscular.

Duas vezes verificaram a existência do signal deKerriig.

Somente quando ha hypertonicidade os músculossão dolorosos á pressão.

Nào ha atrophias musculares nem perturbações tro-phiças,

A Sòmnolencia que domina a symptomatoiogia mor-bida é uma das manifestações iniciaes aquella sobre a qualé primeiramente chamada a attençãodo doente. A principiovencivcl, torna-se mais tarde imperiosa. Nào é raro ver os

— 321 -

dentes eaií-em em samnp durante as refeições ficando coma comida na bocca sem completar a mastigação,

No decurso da evolução mórbida ha phase de au-

gmento e outros de aüenuaçào. Depois não ha maisacalmias da somnolencia; o somno se estabelece definitivae quasi constantemente. Não é tão profundo que não se

possam despertar os doentes com relativa facilidade: o quesuecede, porem, é elles de novo caírem rapidamente emtorpor logo que deixam de ser excitados.

Mesmo nas pbases adeantadas da doença, acordamaguilhoados pela necessidade de se alimentarem. A ten-dencia á hypnose traduz-se na face por uma expressãomenos viva do olhar e leve queda daspalpebras superiores.

Diminuição da tensão arterial.Pulso a principio pequeno mais igual, rythmico e de

freqüência normal, torna-se mais tarde' disiguãl, em geralmfreqüente e por fim arythmico e íiiiforme

Não observaram ruidos anormaes.Quando a doença se aggrava, ha tachycarciia com

enbryocardia mais ou menos acceníuada.Nunca encontraram a filaria perstans.A percentagem da hemoglobina, ao hemometro de

Fleischl, está sempre diminuída, oscillando entre 8,19 e10 0/0.

A temperatura não tem evolução cyclica. Ha dequando em quando accessos febris, em geral vespertinos de38 a 390 sem que no sangue se encontre o hemosporideodo paludismo.

Approximandose a doença de seu termo falai, ou atemperatura se eleva a 40o e além ou, mais freqüente, seacentua a hypothermia, até á algidez terminal.

Apparelho respiratório quasi sempre indemne.

322

¦~.mnre um pouco saburrosa, mas hmni-,

Appetite conservado até ao fim.

\r frpouente nos periouu»

„,,„ _, ouardidade poívez»««*»• «•*"'" "XbHidU

»w. »Ü»b. »»«receai

«*> da urta e ^PO^ ^

tres commissvonanos deiam ua s

euça do somno. ntl,.ir,m.Kxsudado infra-arachnoideo

trazend„ em eonsea,ue,,cm ao ^ ^.^ Q

rachidiano nos ventnculos b^í íó< aa ii.nnènarente, LOQdvia, "<*u i

,„„„!„ ounca e l. ^ idenle,Mnle

¦.eonseauene.a

è_t*>°>> deste ™£*£ ' opio„araohnoiâiana de aSa.

F,,doimDa,n a, esoea » -¦ ^

rios e abi com part.culai preaue v. as olu,

5Uperi„reS . l-rlír do lerco p~« o. .» 1.

«*, frontaes até *«<^£> ^£ paraeen.raes. No„„, aeeen.uaeao ao mvel *^n eslas

cerebello ha lambem M P™'°^^a as vezes focosLàes-o monücülo do verme supenor.tia

8*

11y /' I

- 323 —

, ¦ Ho nontuado hemorrhade pachymeningüe condam |

»>- conges,So

gico na substancia branca nos caso.

meningea ô mais aceentuada,. ^ na ^Congestão menmgea racbidanan

„.,., e em geral predominando na ;

mpduila. • t ,,« r-pi-phr!*l Não

foram encontradas lesues

médullar. r(Tãos tem sido deAs lesSes encontradas «» »£'» ° ¦

nào merecem¦s« variáveis ou tao D.an.de& mordinário tao variave-•benção; ..." n-uhoUvncas foram encetados

As ipvestigaçoes h. -pOho 1. . ^^

em todas as autópsias reitai», pe

do systema nervoso central. ^ ^ fixadosem:^mz^^^^ -émparatiBr0UCf0,*na.atiaraeningeapredômman.ena

A infiltração len^yta ^ „, «„.p-npmaier e arachdoiaea e intensa ^

contra mais pronunciada em volt "°Jio ra,.„ ob.

que penetram na snbs.anma nernio ¦» ^

semr nasuWanem br aca d «,|. ^ ^ los

vasculares conside.a^l-e ^

prouunciada naeiemenlos redondos. A,,nl.ltr ação e^ j.^,

substancia cinzenta dos cent o vg casos

maia „„ menos intensa, aecnr, - • ^ ce|,ullls

os referidos elementos redondo , e dQ ce,

nmosas, *etodo .onio ^

-d.s p, ^^

— 324 -

Estas alterações foram observadas nos cortes do lobuloparacentral.

O exame histologico revelou a existem ia de tecidoconjunctivo de nova formação, muito vascularisado, nasadherenoias achadas entre a dura-mater e as meningessub-jacentes.

Em um caso foi encontrado odiplo. ertrepetococco, deque falaremos em breve, em cortes feitos, nos vasos dapia^mater, nos capillares cerebraes e medullares. bainhaslymphatieas de casos, na Substancia nervosa inter^cellu-lar, e no gânglio bronchico.

Prosiguirào as pesquizas feitas pelos methodos, deNissl, Weigert, Pai, Marchi; do que ha feito parece dedu-zir-se não haver lesões systematisadas Jos feixes defibras nervosas, as observações ulteriores infirmarão ouconfirmarão o que fica dito.

0 único germem constantemente revelado pelas pes-quizas etiologicas, feitas intra-vitam t post-morte.n é umdiploestreptococo cujos caracteres, summariamente, sào:

Nas preparações feitas com o liquido cephakwachi-diano .obtido por puneção lombar, com o sueco dos gan*glo ingurgitados e com o exsudato meningeo encontram-semicro-organismo, dispondo-se os pares mais ou menosarredondados ás vezes um pouco ellipticos, em geral,porém, hemisphericos e olhando pela parte plana de modoa tomarem um aspecto análogo ao que se observa nocoeco de Nesser e no diplococcus intracellularis meningi-tidis de Weichselbaum,

Os diplococcus, em geral muito mais freqüentes noexsudato cerebral do que no liquido cephalo rachidiano,coram^se facilmente pelas diversas cores básicas deanilina: obtém-se boas preparações com o azul alcalinodeLceffler ou a thionina phenicada de Nicolle.

— 825 —

Prmm i111'

Gultivam-se bem na mistura do liquido ascitico como caldo de carne, ou com o, maeerato de estômago deporco e agar. Culliyám-se mal nos meios sólidos, exceptono liquido proposto por Martin para a cultura do bacillo'de Leeffler solidificado pela addição de gelose.

Nos meios asciticos, líquidos, abundam nas primeirasgerações as formas diplococcicas puras. Nos meios sólidosé freqüente encontrar desde o começo cadeias numerosasao lado de raros microorganismos dispostos em paresisoiados. Nas cadeias é sempre fácil reconhecer que di-plococcos as constituem.

Eis ahi resumido o excellente relatório que ao mi-nisterio da marinha portugueza enviou a missão scientificapor ella nomeada. "

Ao tempo qiie andava por terras da África, a missãoportugueza, no Instituto Bacteriológico de Lisboa, os Drs.Moraes Sarmento e Carlos França faziam magníficos es~tudos anatomo-pathologieos sobre um caso de doença dosomno por elles autopsiado no Hospital de S. José.Tratava-se de um doente vindo da África. Das pesquizasfeitas ficou evidentemente provado o que o processoanatomo-pnthologico das meninges é na doença do somnouma lepto meningite chronica e profunda ou meningoencephalite. Lamentável é que nào haja espaço nestenumero para resumir a excellente contribuição publicadapelos illustres médicos do Real Instituto Bacteriológicode Lisboa.

A' medicina portugueza envia a Gazeta Medica daBahia muitas felicitações pelo modo proveitosíssimo peloqual os successores do notável Professor Pestana vãohonrando a memória do glorioso mestre.

326 —

Fragmentos de HygieneAs Egrejas

ío vai longe o tempo em que se atlribuiam ao çéo

i lie oue &laWni a desgraçada f.m.1.. Im-lodoS os males que q m de nos d

:::r;-::í:-=-::-:*,.....Ha nrooresSÓS SCientiavíu.c u< _ü P 0 b nmnria E^reia, por uma legião de

crendices archavcas e a ptopiia ^J e.

homens eminentes, procurou oruentar sua

possam ciimpremelter a saúde conse,' De duas poderosas autoud^eseceeen_

«"«¦^^ítroto opdSt^oíaidos

uma vida trabalhosa e doente. Esses .n

a5 condiçõessociaes co=-«™§a,j e n0maioria afastadas da decência n*.

enfermidades,osproprio c„rpo, «^J^l^ * porgermens de quantos te dag

naveg| dis,abi. Acotovellando.se no espacere*JZ

^deamaveiB,«minando por contaetos 'mPu™ °

f "^^

de seose até na boa fé de prafcas *J*« V^, em fóc„males, temos, em pouco, o Templo

LITHIASE RCNAL••TTA AIIIA i MIIIIIA

1« A Pipwuine distelvt graeics qutntidtd»l«£«t àtnvtnt o trpniimo ttm $» dtcompitf.

'*mà ibisiutur.sr.H iêsftenmê,

riw.1

êãlICftt ilfHRíTlCU 2*£ ibiiiuii;r.sr.:t moVtnuYS,

PIPERIim* «. •n^-D-sm.A.ziN.A. •* combina com o Aoiao

4

SÍ&&NEURASTHENIA ^M|Í|f-S^ãrrpariÃO DE FORCAS ^ÜÉH

o

fli

¦y(phosphatadü e grahulada)

E' O MAIS SEGURO TONIt,0, CONTRA AS MOLÉSTIAS

OU EXCESSO QUE PRODUZEMO ESGOTAMENTO NERVOSO. **

O

FEBRESSEZÕES

ASTILHASde S-A.ES de

QXJININADE VICENTE WERNECK

SuiffttOBi-sulfato

Chlorhydrato

BrombydratoValerlanato

SalicyUto

INTERMITENTESMALEITAS

iTOãcotõpÃlüstre^

ni É

síSyphilis m

j| ü resultado de una grande discussão qtie houve enlre gj•¦# os mais aur|(M'isa(ltis especialistas, lanlo da França, como m*J| ilos oulros paizes, sobre ns injecções luidrargiricas stíb- gt«§) viitnnt'(i% sendo uns acerrímos adeptos das preparao-õeí '**-f| fnsoluveis e oulros dando íi preferencia somente ás'ore*«já*, parações solúveis, foi (pie a maioria desses especialistas *#vj reconheceu ;i superioridade das in/eeçôes mercuriaes W.Vi .. *B?,«-,-, cie saes soluceis com as quaes nao lia que receiar os IS»v? accidentes quasi irreparáveis que oceasiona o emprego W&i, de preparações iiísoluveis, p*V? ^s l'ls* Rtmssel, ele Genebra, Sme , de Bruxellas S!|!j Cullingwatz, Sigmund, Kroworz.inskti, Mandelbaurn Cg»•iift Daueliorox, Gelineau, Abadie, Jullien, Semmòla, Mar- tt^| tineau, De Amieis, Ragázzoni, De Lavarenne, Darier, e *§»•Bí muitos oulros dão inteiramente a preferencia ás pre, **§•**Dí i ¦ i - *^J» parações solúveis e especialmente a solução de cyanií- íl»v] reto de mercúrio. |j^VJ llrdrar^irii» injeeiuvcl IIoufc*«el - Cada cen* {$•fit time tro cúbico contém iim cenliaeàmrnade sal ki/drãr- W*- *'i ... . *' '' ws*Irr* c/irico. Tres injecções rie um centímetro cúbico por $|>v? semana, durante o primeiro periodo da apparição (lo af*£? bubao ou na época das manifestações das mucosas e l*| da pelle. •y.i ll->«ii-ai{-,irio injootuvel llousnicr Cada £|>v*í ceníimelro ciibicO contém rtn.ro millüir.ainmás ãe biio- S•aa i . , *' tçc. mirem nr ffltfcUriO. *í»**L.' *•*

vj Doses -Dous centímetros cúbicos por dia, por espaço fjt\[ de finco dias. Descanea-se cinco dias, depois torna-se<H a começar,

EN TODAS AS BOAS t HAR.MACIAS«s?

Manda-se uma amostra franco de porte pelo correio jjt*|| aos .Snrs. Doutores que a mandarem pedir ao Snr. fg1 .11 O U S X I l<: II. - rpie lloudan. n. 30. S«NCIvAI V cerne, pres«si•y* 'r 'I* V V Vi1'*"*» <j,*«j*>*JMt**í ¥^*i"í"ií! ^^ *í»*í*<fs**ík*<l»<i*iii»*íiíTt"

327

mil

IIm ¦i íà

polluto de infec^ões, podendo transmittir aos sãos queprocuram um conforto morai, um motivo de penúria emiscria, por forças lastimáveis.

Em geral mal ventiladas, porque as poucas coiiimnnicações com o exterior se fazem por portas intersepiadas

por cortinas pesadas ou por espécies de paraventos demadeira, a viciação do ar é abi já uni motivo de receio,tanto mais serio, quanto maior fôr o numero nefieis: a concurrencia consumidora do oxygeno eífeeiu-ar se-á pelos pulmões, de um lado, pelas dependências doculto—cirios, lâmpadas, brandões, pyras, tburibulos-doouíro. L a propoição que se exbaure dessa sorte o gàzviviíicador. regeitam, a expiração pulmonar, os corpos emigniçào. a exhãlação cutânea - gaz carbônico, oxydode carbono, fumo de varia composição, animas e diami-nas voláteis, que de mais em mais empestam oambiente.

Depois, a luz, esse outro elemento de saude e tie forçae ao mesmo tempo defeza contra os nossos invisíveisinimigos, é ainda abi escassa: a que penetra pelas pequenas abertas, com o ar exterior e a que se côa tênue

pelos vitraes das rosae^as e clarabóias não se avantajarásempre a artificial das lâmpadas e velarios sagrados eainda sommadas. o Templo tem sempre a meia obscuri-dade lobrega, qué se accent.ua á noite e nos officiosfúnebres.

As multidões nao têm nenhuma noção de aceionesses logares, e. como se não bastassem os contados un-

puros ou as visinbanças receiaveis, os escarros destribuem.se pelo chão, pelas fresias,pelos cantos, para, dessecados esuspensos pela agitação do ar, operada pela marcha e es-

pecialmente pelas vestes femininas, cujas saias são ver-,dadeiras vassouras ou espannèjadòrés de poieras, serem

d

— 328 -

respirados e vehicularem á arvore aérea os maiores

damiQuando se sabe que um escarro de tysico contem

um dois milhões de bacillos tuberculosos e que alguns

de*te« bastam, dadas condições de predisposição aeciden-

l;;i'ou etTeeuva para produzir a moléstia, sente-se naturai-

meivte um grande pavor, aUentancio no numero considera,

vel de escarros uue recebe o chão das egrejas e portanto

nas vastíssimas probabilidades de contagie) que ellas

offerecem.As praticas do culto não são eximes de reparos.

Os beijos ás relíquias, aos pés das imagens, as pe-

,.a, P paramentos dos altares infectam estes objeetos: n

íyphilis.a tuberculose, a lepra, a diphiteria o sei lá quantas

.ffbcões mais, podem ser devolvidas por este meu»,

restituindo aossãoso dom desgraçado dos contaminados.

Nos confessionários ajoelham-se os pendentes e,

atravez da placa fenestrada por onde passam as palavras

ao ouvido d0 sacerdote, passam também as gotiiclus de

«aliva ede escarro/a poeira homida, na designação feliz

de Fluegge.. meio dos mais efficazes, senão o capital aa

transmissão da tuberculose; a reciproca pode ser verda*-

òeira e o sacerdote tuberculoso transformar se em um

periao Para o fiel. Por contacto direct) dos lábios ou a

distancia, nela projeceão dessa poeira bumida, esses con,

fessionanos podem ser nocivos aos outros penitentes

Uue se substituírem aos primeiros, .ecebendo directamente

ou pelas poeiras já deseccadas os germens depostos

anteriormente, . . . e 0 desgraçado, s. expurga a alma do

peccado. recebe em troca para 0 cor) o a enfermidade^

apavòranje.Nas pias de água benta preci-ulam-se todos os

germens momentaneamente suspensos do solo com as

¦i — 329 —

poeiras, e as mào.í impuras que immergem para buscal-a

cedem-lhe os tantos que conduzem, de tal geito, que as

dosugens bacteriológicas demoustrararn serem tão conta-

minadas que seu numero confina com o de certos poçosinfeccionados ou com as águas de esgoto {Gtordam).

As inoculações em animaes fiansmilliram a estes porvezes a tuberculose; até o micróbio da diphitèria ahi

achou guarida (Prof. Vicenzi de Passari).Opportunamente publicaremos, meu illustr* eollega

Dr. Gonçalo Moniz e eu, o resultado de estudos que em.

prehendemos a respeito cia água benta de nossas elejas,

com uma nota hygienica sobre as condições geraes dostas-

Considerem-se os usos religiosos da água benta, que

pobres crentes chegam até a ingerir e tem se patentementeo immenso perigo que pode delia advir.

Accusadas estas culpas, seria possível pedir para ellas

remédio á esclarecida providencia das autoridades eecle-

siasticas, hoje que temos tantas luzes na direcção dos

sagrados negócios?0 Arcebispo de Pano, Monsenhor Vicenzo Francês-

chini, deu já o exemplo, seguido de pouco pelo Arcebispo

de Gênova, adoptando para as egiejas de suas dioceses,

um regulamento sanitário, inspirado pelo Prof. Abba,

de Turim, que encerra preceitos vantajosissimos.Nào séria possivel altenderem-me também, nessa

queixa justa, os nossos illustres Prelados sobretudo o

nosso Primaz e o Senhor Areebisp- do Rio de Janeiro?

0 que me falta em competência sobra-me em con-

vicçào pelo conselho dos doutos, e Abba, Vicenzi Gtor-

dani, Bomzzardi, Montini, Guidotti, Rimlinger e

sei lá quantos mais, não me deixariam sem apoio no pre-eonisar estes remédios:

1.0 Abrir as .portas, janellas, vidraças dos templos

ao grande área grande luz, ap. manos durante os officios

religiosos e coiisidenivoís afíldepcias de fieis.2.o Dispor nas portas de entrada raspadeiras me-

lalieas paia. desembaraçar a sola dos calçados de suasmais grossas impurezas.

3.° Substituir os reposteiros e aníeparos de madeiradas. entradas poi teias dt; arame, deixando penetrar ar Vluz: nos nossos climas elles não tem a escusa que en.con!ram uos paizes frios, onde a franca entrada do arfx-ierior poderia acniretar resina 111011 .os.

¦í-.ü Semanalmente 011 depois de Iodas as grandes reu>mões de lieis aspergir 0 chão com soluções anti-septicas»

podendo c'< m vantagem recorrera pralica tias dioceses deFano e Gênova: espalhar profusamente pó de serra em-bebido em uma solução de 1 a 3 para 1000 de sublimadoe varrer depois.

5,° Distribuir pelos cantos, junto ás columnas e pi-lares e nas proximidades dos altares escarradores contendosoluções de sublimado ou outro agente microbiciua,aceiados freqüentemente.

Aos fieis pode ser com exilo lembrado o não cons-

purcarem o solo sagrado, por cartazes afíixudos conveni-entemente, do feilio do seguinte que já a^ lê em algumasegrejas italianas:

Respeitai a casa do SenhorNão escarreis no chão

6.0 Lavar os bancos, cadeiras, balaustradas da navee oos coros com esponjas embebidas em solução de bi-cbloreto de mercúrio a 1:1000,

7.0 Lavar os confessionários; semelhantemente as

partes de madeira, e com sabão ou lexivia de potassa,areianuu convenientemente, as pai tes metálicas.

- 331 -

8.0 Retirar semanalmente a água benta dns pias e

antes de prover a substituição lavar o interior com lexivra

de poiassa, si metálico, ou eom solução, ae sublimado, s>

de pedra; protegei as'por coberturas metálicas, ao meirs

durante.o ace.io habitual do templo, para que as poeirasnão se precipitem no interior. E o melhor meio de cor-

rigir o estado aetual, si não se preferirem as pias de

Burnsoude Delpiaz, que satisfazem completamente á hy.-

giene.9.o Impedir os beijos ás relíquias, imagens, para-

mentos: é uma condição de aceio reciproco'.lü. Veiar pela execução das preseripçòes admittidas,

para seu devido êxito.Estas palavras não devem e nem podem susceptibiüsar

ao espirito religioso, muito ao em vez, o seu 'dto sentimen-

to liumanitai 10 tem algo de sagrado: a casa do Senhor, o

aprisco dos corações devotos deve ser puro na contingen-

cia physica, quanto no alcance moral. E aquellès quebuscam a paz do Senhor no Templo nào devem condu-zir para o lar o com que empestar o corpo.

Afranio Peixoto.

BiloliograpliiaTraité des affections céneriennes par le profes-

seur Edmond Lesscr. Deuxième edition française, Ira-

duite sur Ia 9e édition allemande par le Dr. Adrien Bayet.—A Manceaux librairt éditeur 1901 (10 francos).

0 livro do sábio professor Edmond Lesser, direetorda clinica syphiligraphica do hospital da Caridade deBerlim tornou-se clássico na Allemanha ha alguns an-nos e a p.ova é que em pouco tempo attmgiu a nonredição.

- 332 —

A segunda edição franceza feita sobre aquella, com-.«agra os progressos feitos em venereõlogia no eorfêrdos últimos annos.

O livro é antes de indo praclieo: sem minúcias eru-ditas. Para o estudante será sua leitura uma repetição dosfacios vistos no hospital; para o clinico uma revistaactiial dos últimos progressos effectuados. Photogravurase gravuras augmentam o valor practico do livro.

La encontramos expostos com extrema clareza abiologia do gonocoeco suas reacções no organismo huma^no. a aeção á distancia q>..s toxinas que elle secreta, ocancro molle e suas complicações a syphilis em Iodas assuas múltiplas determihaçots e seus variados modos deIraiamento.

0 Iraductor o Sr. Dr. Adrien Bayef, chefe do.serviçode dermatologia e de syphiligraphia do hospital S.Pedrode Bruxellas, pela èxceliente tradueçào feiui é digno desinceras felicitações ao mesmo tempo que fez jus aosagradecimentos dos (pie não conhecendo o idioma alie-mão, lêem ao alcance de sua leitura o bom livro escriptopelo sábio professor Lesser.

./. M.

Dr. Oswaldo Gonçalves Crus. —A oaccinaçãoanti-pestosa. Trabalho do Instituto Sorotherapico do Riode Janeiro (Manguinhos). Publicação do «Brasil Medico»Rio, 1902.

Não ha muito, daqui, sobre uma contribuição aoestudo dos ciiiicidios do Rio, tecemos o justo encomioao notável scieniisla que agora ainda nos preoccupa: suanova publicação move estas linhas,mais exalçadoras ainda,lal o mérito do trabalho realisado. Depois de uma menção

333 -

I

rápida das vaccinas existentps contra a peste, modifica-ções todas do primitivo processo de Haffkine. o A. re-vista successivamente o ensaio primário do sábio inglez.o de Lustig e Galentti. o de Temi e Bandi, o de Cal-rriietíee finalmente o da Cómmissào alleman enviada áíndia e composta de Gaflg, Pfeifier, Stíeker e Dieu-donné, apresentando-lhes os deffeitose razoando os mo-tivos de predilocçào que conferio ao dos últimos. «ACommissão alleman indicou sua modificação em largostraços, mas, não tendo tido oppoWunidade de preparar avaccina em grosso, nào codificou o technismo. Foi esse oirabaiho que o Instituto (de Manguinhos) procurou com-pletar. . . .» Foi esse o grande merecimento do Dr. Go*i-Calces Crus, porque, alem de Director technico. é a almadesse magnífico estabelecimento, e aquillo qub modesta-men te confere a seu instituto, cabe-lhe individualmentede inteira justiça. Em seguida descreve com excellenteexposição a preparação d;i semente de virulência conslaine. obtenção das culturas, preparo e esterilisação daemulsào vaccinante. sua dosagem, distribuição e acon-diçciouamento; de permeio notas ponderadas vào es-criptas sobre a esterilisação das culturas, verificações daesterilidade da vaccina, determinação do pezo médio deuma • cnlliira em tubo de agar. conservação da vaccina,apparelho distribuidor (gravuras antiexas elucidativas),Ksta parte conclue-se com as instrucções para o empregoiia vaccina antipestosa ea teclinica da vaccinação.

Em uma outra parte, com clareza admirável, amerecer gabos, considera o A. as diatribes e louvaminhasque tem merecido a vaccinação anti-pesíosa, apurando osenso médio e estabelecendo suas indicações e contraindicações, capitulo excellente onde se poderiam escla-recer os leviartos que tanto faliam do que pouco entendem.

- 334 -

O espaço restricto de que dispomos permítte-nos apenastranscrever as conclusões do luminoso trabalho:

«1.°—A vaecina anti pestosa é um recurso de grandevalor prophylactico e que repousa em sólidas basesscieniiiicãs,*»

«2.°—De todos os processos de preparo da vaecinaanti-pestosa, o que reúne maior numero de condiçõesfavoráveis é o aconselhado pela Commissão alleman.»

«3,o- - Em epochas epidêmicas a inoculaçâo exclusivada vaecina, sem o soro, não é destituída de perigo, porquepôde favorecei* a erupção da peste.»

«4.°— Em quadras epidêmicas deve-se proceder ásoro-vaccinação, que lern todas as vantagens da vaecina,sem os seus inconvenientes.*.

«,5.o--A vaccinação anti-pestosa só deve ser feitaapós cuidadoso exame medico do paciente. As dosesde vaecina den em ser estipuladas de accordo com.o estado de integridade physiologica dos appareihosorgânicos do uacciriado,»

«6.0—Não ê impossível que a vaccinação anti-pestosa possa ser seguida de accidentes, mais oumenos graves, em indivíduos que apresentem lesõesdos órgãos destinados a eliminação das toxinas.»

«7.0 —Uma immunisação segura só pode ser obtidaapós inoculações repelidas de doses progressivamentecrescentes de vaecina.»

Seguem-se documenlos experimeutaes de grandevalor e sobre os quaes se apoiam varias asseverações- damemória e uma erudita bibliographia, O trabalho do Dr.Gonçalves Crus honra-o e honra sobremodo á sciencianacional. A Gaseta Medica da Bahia envia o seu melhornarabem ao sábio confrade.

AP.

- 335 -

Medicina Practica

Um novo. especifico da inalaria

(professor armand gautier)

Se existia em tlierapeulica alguma entidade curativaque não encontrara o seu dyscolo, era â quinina necessa-riamente. Não só estávamos todos certos de sua efíieacia,vezes sem conta comprovada, como especifico da malária,mas ainda a julgávamos, nesse terreno,, única, não levandoem seria consideração uns fracos succedaneos que lhetem apparecido. Os preconicios do arsênico já por Frioeirus' e dopois de Fowler, Fodéré, Lordat, Bondin eSistach não tiveram grande repercussão, porque a twe-dicação era perigosa por sua lo-xidez, insufficienle por suadosagem, e incerta por seus effeilos: ficou doutrina firmada

))W em therapeutica que o arsênico jamais se poderia irrogar$M ás pretenções de rival da quiniria. A introdução dos caco-

dylatos em therapeutica, em 1898, pelos trabalhos doProf. Armand Gautier, devia chamar novamente aattenção para o arsênico, agora encerrado numa formulachimica quasi em estAdoJátenle, moffensivo, assimilável.Alguns ensaios se deram e o próprio Gautier, Biilet^Simonesco após o emprego dos novos agentes reputaramnos reparadores na cachexia consecutiva á malária.Como especificoda febre palustre em si. nenhuma tentativafoi feita, até hoje em que o Prof. Gautier lança a publi-cidade uma nota de seus interessantes trabalhos.

Não constante em ter achado oscacodyialos, procurouentre as composições orgânicas similares do arsênicovantagens semelhantes e proveitos maiorese disso resultoua escolha de um novo sal, o mais simples dos methyl arse-natos (família dos cacodylatos^ que elle chamou pornomes diversos n ,vo cacodiftato, sal arsenical B.

_ ilíltt

arr/icnalon seieniificamenie methyl-arsenatodisodico,Correspondendo a notação As C H3 O3 Na2. E' inoffensivopara os anima es e para o homem: injeclou-se sem prejuízo1 gr., de uma vez, por via hypodermica, i um eão de 20kilogrs. Seis ralos brancos .só morreram ingerindo-o depoisde absorverem õtí grammas por kilo do seu pezo.

As experiências realisadas na Argélia, em Constan-tina, pelo Oi'. Bi liei, incumbida disso pelo Professor Gau-tier, deram o melhor resultado. Nove doentes foramprimeiro ensaiados; eram iodos refractarios a acçâo dossaes iie quinina em alta dose. escolhidos por isso de pre-ferencia: pois bem, curaram-se rapidamente, lendo doisapenas uma ligeira recahida, cedendo a moléstia a dosesmais fortes do medicamento. Bem que o arrhe ai ousal de Gautier possa ser dado pela bocea sem nenhuminconveniente, preferiu-se, attmita a gravidade das affe-cções palustres da África, usar hypodcrmicamente, na'dose de 5 a 10 centigrammas, que pode ser considera-velmente augmentada, se necessário. A -absorpçào dosmedicamentos é prompta, a applicação indolora, e aosmencionados doentes foi apenas preciso dar uma, duas eraramente mais de três injecções. Observações hematolo-gieas foram feitas e riellas concluiu o Dr. BiUet que soba influencia rio arrhenal os glóbulos mononuclenres e par-ticul.armehte os grandes mononucleares, phagocvtos es-peciaes dos bematozoáfios do paludismo, augmentam ra-pidamente no sangue: podem exceder 08 O/o com 28 0/0è mais de grandes mononucleares, phenomeno que se rè-alisa identicamenle com a quinina. A percentagem dabemoglobina é sensivelmente augmentada.

ívs.la primeira e animadora nota precede outras pro^meitidas sobre o magno problema. Ao eminente mestreso Professor Gautier solicitamos o envio de uma porção

ooi

de seo precioso sal para experiências em nosso meio. Ficadespertada por estas linhas a aíienção de nossos collegaspara o novo agente therapeulico.

Medicação cacodtjlica(n. a. shoukighin)

Prescreva-se para uso internoÁcido cacodylico. .... ... l.OOgrammasBicarbonnato de sódio. . . . , 4,00grammasÁgua distiliada 150,00 grammas

Uma colher das de sopa, duas vezes ao dia.Para injecções hypodernicas;

Cacodylato de sódio 1,00 grammasÁgua esterillisada 10,00 grammas

Uma meia seringa de Pravaz, até umae duas seringas.O ácido cacodylico e os seus derivados os cacodylatos

não são especificos de moléstia alguma: sua acção imme>diata se exerce sobretudo sobre a hematopoiese e o au-gmento de tonus de todos os tecidos e de todos os oigams-

Como conseqüência um augmento de appetite, danutrição geral do organismo e portanto melhora do estadodo geral doente. 0 pezo augmenta progressivamente.

0 ácido cacodylico não parece ter acção directà sobrea temperatura normal ou febril, todavia sua influenciafaz as vezes baixar a febre pi ogressivãmente, sendo menosaccentuadas as oscillações.

0 pulso torna-se cheio, as contracções e os tons docoração mais enérgicos.

A tosse e os suores nocturnos dos tísicos diminuem,a expectoraçào torna-se menos abundante e mais mucosa.

A diarrhéa, qualquer que seja a causa, diminue, asfezes tornam-se mais compactas, cessando as vezes intei-mente o estado diarrheico.

- 338 —

Eliminando-se principalmente pelos rins não seobservou até agora albuminnria com seo emprego, con-tudo é util indagar do exame de urina antes da indica-ção cacodylica. v

Nos casos em que ha odor alliaceo do hálito devidoa medicação, ou mesmo dores epigastricas, 'reluctaneiaao seo uzo, recorre-se ao meio hypodermico. As inje-cçoes sub-cnlaneas parecem agir menos energi-camente, ini'is_deyejji encontrar emprego obrigado noscasos de náuseas, vômitos em consequencia de anemiacerebral, uleera do estômago, gastro enterite. crises dolo-rosas, epigastrioas, etc. . .-¦ .

(Rocaz)As doses, administraveis ás creanças, do cacody-

lato de sódio são as seguintes: por 24 horas—10 a 15annos, 0 gr. 0 3 a 0. 0 gr. 04-6 a 10 annos, 0 gr. 02 a 0gr. 0 3 de 3 a 4 annos 0, gr. 0 1; as maia novas aindafracções de centigramma.

FormulárioCápsulas nevrosthenicasCacodylato de sódio 0,05 centigr.Glycerophosphato de cálcio . , . 0.50 centigr.Quassina amorpha; 0,01 centigr.

para 1 cápsula; n. x x x; 1 a 2 ao dia,

O mercúrio medicamento trophico

(CAfITAN)

Discute-se frequentemenie a acção trophica dos saesde mercúrio. De um modo geral é ordinariamente admit-lido que os mercuriaes em pequena dose podem ter umaacção tônica e estimulante. Nào é raro effectivãmente

- 339 —

observar nos syphiliticossubmettidos ao tratamento mér-curial em doses pouco elevadas uma acção realmente io-,nica, comparável algumas vezes ã dos saes de ferro.

Nestes casos, bem que pouco elevadas, as doseseram as que se prescrevem habitualmente contra a sy-philis, correspondendo a cerca de 1 centigr. de subli-.mado por dia no minimo; ora experiências recentes mos-traram ao Dr. A. Siangei professor de clinica medicadaUniversidade de Pens\lvania, U. S.v, que o bi-chloruretode mercúrio administrado muito tempo na dose quolidiana de 609 decimilligrammas, dá excelhmte resultadonas anemias secundarias de qualquer origem. 0 sublima-do parece agir, não como antiseptico, mas como estimu-lante da regeneração sangüínea

0 Professor Stengel utilisou notavelmente esta propriedade tônica do bichlornreto em numerosos casos derheumatismo polyarticular sub-agudo com manifestaçõeslocaes pouco pronunciadas e exigindo um levantamentodas forças do doente.-Sabe-se que o salicylato de sódio,bem que especifico do rheumatismo articular agudo, éinefficaz muitas vezes e debilita consideravelmente, se épreciso uma medicação prolongada. Seria a oceasião deintervir o bichlorureto.

A pratica tem jã demonstrado que os casos de tu-berculose pulmonar de forma secca e fibrosa cujo diag-nostico com a syphilis pulmonar adquirida ou hereditáriaé por vezes diffieil, em que dubitativo, o clinico recorreaos mercuriaes, obtêm melhoras accentuadas. Se syphi-litica a lesão nada de admirar, mas se a tuberculose é re-velada pelo b. de Koch, força será invocar a acção anti-septica senão a tônica e estimulante. Outro dado curiosoque resulta da pratica no Prof. Siengid é a mínima quan-lidade. prescripta. oscillando enire 1/2 e l milligramma

alias as experiências com o ferro e o cobre são coheren-*tes confirmando o prestigio das doses reduzidas de saesmetálicos.

A imprensa medica nacionalA redacção da Gazeta Medica da Bahia sente intima

satisfação em felicitar em seu primeiro numero do correnteanno. as varias revistas médicas do Paiz.

Brasil Medicai Encetou o seu Ui.0 anno de exis-tencia o sympathicu paladino dos interesses da classemedica. h)m o anno que findou, o Brazil Medico couli-nuou na rota traçada pelo seu illuslre fundador á cujaexcellente orientação deve o ter atravessado brill; ite-mente tres lustrps de existência utii, grangeando emnosso meio scientilico o prestigio que hoje o cerca.

\o uecano da imprensa medica do Rio de Janeiro avelha Gazela Medica da Bahia, almeja crescenteprosperidade.

Reoista da Sociedade de mediana e cirurgia dnlho de Janeiro. Com o numero de janeiro completouseis annos o orgam da associação scientifiua fluminense.

Esperamos que a intelligente direcçâo que lhe temimpresso o Sr. Ur. Cardoso Fonte e a tenacidade do Sr.Ur. Campello continuarão a impulsionar a Sociedade deMedicina e Cirurgia e sua Revista.

Revista Medica de S. Paulo. Completou de modobrilhante seu quarto anuo de ulüissima existência a excel-lente Revista Medica de S. Paulo. Tornou-se quinzena]nem pur isso diminuiu o valor do material publicado.

Trabalhos ongmaes, revistas, transcnpçòes, tudo eitiii interessante.

Melhorando dia a dia. sem desfallecimentos, o pri-mtlivo programma, o bem orientado periódico tem presta-tíb valiosos serviços a nossas ietras médicas,

— 341

Com os seus directores, Drs. Victor Godinbo e

Al,,,; Mendonça nós nos congratulamos mmlo smcera-

!';h,epelosíoirlquevaocolhend-ode,uabemonentadaienacidade.

Fazemos votos para que os nossos colfegas conlmaem

e assistência publica.toís,a de Medicma, Recebemos o d numpr

"

^ medica que começou a ser pu.bl cadades.Unovaie.uia- . ~ do Dr João Paulo deno Bio deJane.ro sob a direc«*o doDr.

Coroolho. Seus .edaclores -* Oo ¦» s,

r/ tt^N-n ; A * Rocha Faria. Sou.

^B.r.aRiiXjoaa de Mendonça. H. Monat, Be

>-'¦ ,... i ima e Ph. O. Rangel,aiigues Lima, e rm ¦- rtobres são os seus

D(, S(M1 programma infere.se quão noDres

ÍnlM'Os nomes que ha pouco transcrevemos levam-nos

;0 novo collega um futuro prospero e biübante.

Gaveta Medica do Paraná. Recenemos os ires

primeiros números deste novo periódico.

.AparteaMdestSesscientiflcftonede^ren^se,.ã ,ra idas d publicidade, aqu, estaremos para ,a de

eStá confiada à intelligente direcça o do Ds Vc

Amaral, Evangelista Espíndola e Remado Macbado.

-, 342 —

A estas varias revistas que nos tem alegrado com asua visita, agradecemos penborados epedímos que con*tinuem a honrar nossa meza de trabalho com os seus nu-meros subsequentes, *

A velha Gazeta Medica da Bahia, o decano da im-

prensa medica brasileira, continua a se interessar peloprogresso real da sciencia e por isso aproveita a oppor-tunidade para sollicilar dos iiiusires confrades supracita-dos uns artigos de propaganda em favor da fundação emtodos os hospitaes do paiz de laboratórios clínicos dos

quaes sairá por certo, volvidos os annos, a rdadeíranosographia nacional. E para que não fiquemos apenasna installação dos laboratórios, pugnemos também e muitotenazmente para que nos estabelecimentos de ensino me-dico do paiz funccionem correcta e utilmente todasas officinas de ensino, onde o pessoal docente laboreriuoíidianamente, incutindo no espirito da juventude quesurge, a convicção de que necessita emergir das fileiras doaprendizado possuindo as melhores condicções de suffi-ciência pratica, de adextramento technico.

J. M.

No primeiro periodo da'bronclute, quando a tosseseca e impertinente se tornar torturante, para facilitar aexpectoração, isto é, a passagem da hronchite ao 2.- pe-riodo, Edgeworth não conhece remédio superior á cafeínaassociada aos alcalinos. Todas as 3 ou 4 horas dá umadose de 1.20 a 1.80 de citrato ou acetato de potassa eá

noute ao deitar 0.30 de cafeína. Deste modo conseguerapidamente vencer o espasmo dos músculos bronchicos,causa da retenção dos escarros e alliviar o doente.

BoldoVerne-Especifico eontra as moléstias do fígado ca-*ehexia de origem palu.-tree consecutivas á longa estada no?

paizes quentes, febres remilenles e dyspcpsias.

^4rope do Dr. Forget, celebre calmante epi'ur:a *.* Tosses

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Depurativo Chabie, eontra Kezema, Daríros, Virus k Meei a-,— Estes tres proditelos ièm sido sempre prescriplòs emn lei:/,exilo pelos médicos do Brazil.

Vinho de Chassaing. — Dyspepsias.

Neurosine Prunier. - Piwspho-Gitjcerato fie e'ãl"piít'à Ue-baixo das formas de Xarope, Ünmulado e Ostias.

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Pó laxativo de Vichy.- Prisão de ventre

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Gazeta Medica da BahiafFUNDADA EM 1866)

Dr. 4. PacificoDIRECTOR

Pereira—professor da Faculdade deMedicina da Bahia

REDACÇÃO

l)r. Juliano Moreira—Dr. Gonçalo Monh—Dr. Afranio Peixoto—Dr. Alfredo de Andrade—Dr. J.

Américo Frôes—Dr. J. Adeodato de SouzaCOM A COLl.ABORAÇÀO DOS SRS. DRS.

.1. V. da Silva LimaA. Pacheco MondesBraz do AmaralGuilherme RebelloGuilherme StudartPinto de CarvalhoAlmir Nina

Ramiro MunteiroFranco da RochaM. Victorino Pereira

P, Severiano de MagaluieiNina RodriguesAurélio Vianna

Alfredo BrittoAlfredo MagalhãesBritto PereiraLuiz Gualberto

Arnoolo MarquesCoriolauo BurgosTrajano dos ReisBraulio Pereira

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BAHIA.itho-Typo. eEncad. V. Oliveira*.& C.

3 —Praça do Ou;o- 31902

SummarioÍ. — Dr. Rozendo Guimarães- Vlnto-tninõg rie observações meteorológicas. Pag. 343 a.1-17. 2. Ur J.A.Q F'.-<.:-.s. \,\v, -Hr.. íi<~- !ry] ertriéllosê froninl congênita, rag. 847 a350. — 3. Dr. Gonçalo Moniz. Motas sobre,o diagnostico bacteriolofico da peste bubo-nica. Pag. 350 u 359.-4. Eny. Civil Alexandre Góes. Reforma de Penitenciaria daBahia. Pag. 3t'_0 a 3ti7-— 5. Dr. Afranio Peixoto. 0 lenço"ò as doutrinas médicas docontagio da tuberculose por i.nhaíaçâo. Pag. 367 a 378.- 6, Bibliographia. Prof. Pa-checo Mendes. Eíudeá de climqueehirurgiçalepor J. M. Pag, 374 a 377.-7. Necrolo-gia. Prof. von Z.iemssen Pag. 377 a 379.-8. Demographia Sanitária, Pag 379 a 386—Mediana Pratica, Pag. K8t:i a 388-

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"otof íe lato ourlíca,*. Umna dos elementos Irritante».

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|^^-«w^Sr^-*W'^»<te^*-^-,>^

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Gazeta Medica da BahiaPublicação ]Wensal

VOL XXXIII FEVEREIRO 1902 NUMERO 8

Vinte annos de observações meteorológicas

Estamos tão habituados a ver em nosso paiz deseònU -

nuados serviços de incontestável utilidade, «pie é motivo

de justo júbilo ver integradas duas décadas de assiduas

e pacientes observações meteorológicas.A tenacidade com que o venerando Professor juhilado

Cons. Rozendo Aprigio Pereira Guimarães, tem sabido

effectuar tão útil serviço á nossa climatologia, é por tal

modo desacorde com os nossos hábitos, que nos julgamosobrigados a honrar as primeiras paginas do presente nu-

mero com o resultado do louvabilissimo esforço do res-

peitavel mestre.Demais servirá isto de incentivo á geração que oia

viceja: esta. que tanto soííre de uesfalleeimonlos, deve ver

no trabalho que se vae seguir ,im exemplo digno de ser

imitado.Se através o território nacional trabalhos desta

natureza tivessem sido empreliendidos 'om a mesma

assiduidade, teríamos hoje melhores e mais seguros eu-

nhecimentos sobre todos os climas do Brasil.Tentativas diversas tem sido feitas para estabelecer

a rede meteorológica do paiz, mas it/fortuiuuianiente não

tem sido de longa duração a convergência de esforços

para obtenção de tamanho serviço á nossa pátria.Aproveitamos a opporfunidade paia agradecer ao

venerando mestre o permitlir-nos a publicação de seu

valioso subsidio á climatologia nacional.1

wmr?

MAPPA do resumo de 20 annos de observações meteorológicasGirimaiães, na capital do Estado (ia Bahia e contadas do 1- de

pelo (Tens. Dr. Rozendo Aprigio PereiraAbril de 1881 a 31 de Março de:1901

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! TEMPERATURAS !i 0 = ,; | - CHUVA £|| \

77~T j ;f |» -5Í= '¦¦- i . „ íMl VENTOSiVROQ .,, . : „ i , Reduzida ¦ . e -» |l z = i « s c-3 iAlNJNUÍ) - Altura ob- Calcula- ao nive, Máxima ¦ llinima I Mculia s! -s» _ \\ = is ; » 1 =

,j s»ervada do a Zero (io mar |j. c?-| 1 7^;-.- | j .jg 3

_ t if

1881 a 18^ Í7^"60 755,20! 7(52,341: 33,o00!22,«50!27,iO8i 1:26,12 Ij 88,oõ "lüõí 78,08 155 |; 10 j N, NE, SE.1882 . 1883l:7tíl,(X)!757.32l7fi6.14 30,("H)21. 5025, 78;!2i,72!|8i, 8! 2927 117,08l(i5 |j 20 ! N,NE,ESE.1883 » 1884!! 758,44'754,99 700,82 | 31, 5022, 0026, 22 125,20 ; 89, 0 j 2517 100,68,166 !| 12 I E, S. N.1884 » 1885^757,85754,02 760,20! 31, 00i21, 00 25, 87 Ij 25,18'! 87, 4 2232 89,28 147 14,LE, N. SE.1885 > 1886!: 758,28Í754,28 760,49,: 31, 00'22, 0026, 00:! 25,25 ; 90, 2 1424 56,96 119; 14 j E, NE, ESE.J886 > 1887 íi 757,72753,72 759,18:31, 25:22, 00 26, 14! 25,01 82,7 201/ 81,88 131 \ 17 : N, E, ESE.1887 » 1888! 760,03 756,73 7(32,39.! 29,80 21,00 25, 79 r 24,12 82, 260/ lot,28 148( E, N, EbE.1888 » 1889 760.68 757,47! 763,08;: 31, 00;21, 50J26J, 27 !i 25,14 83, 1686 67,44 105 || 14 | N, E, b1889 » 1890; 761,12 758,03 763,46 30, 0021, 50 26, 52 j 24-72 85, 1841 73,64 116] 10 N, E. |í>E.1890 » 1891 li 761,96 758,86'764,45 .30, 00 20,00 25,95; 24,60 87, 2131 85,24 116:- N, E. S.1891 » 1892 ií 760,17 757,691762,91 31,00 20,00 26,69 25,14 81,0 1177 59,08 93 13 N, E, S1892 > 1893 !| 760,88 757,67 762,75 31,0020,00 25,77 25.3Í 85, 230/ 92,28 70 E, N, ESE.1893» 1894 760,63 757,32]762,43 31,0120,50 25,45 25.06 78,0 2699,l0/,96 1391 N. NE. E1894 > 1895 760,60 757,10 762,56' 31, 50 19, 50 25, 66 25,42 83,8 2051 82,04155 8 ,* NE, E, SE1895 . li 96 761,39 758,19 763,32 31, 50 22, 00 25, 83 25,38 90,0 \:149o 59,80 126 4 E, SE, S.1896 » 1897 !! 761,23 758,02763,26 ' 30, 0019, 50 25, 2.8 24,82 82,2 2094 83.76.1.32 2 JJ N, NE, E.1897 » 1898| 760.35757,10 762,26 30, 0021, 50 25, 82 j 24,61 | 85, 4 2357 94,28 166 4 j N. NE, E.1898 > 1899

' 760,28 757,16 762,32 30, 00 20, 00 25. 95 24,38 88, 5 H 128/ 51,48 97 i ¦ N. Ni*.. E.

1899 > 1900 759,63 756,24 761,15 : 31, 00 20, 00 26, 64 25,16 89, 6 1480 59,20 108 8 N, NE, SE.1900 > 1901 I; 760,90 757,66762,82:1 31. 0021, 00 26. 52 25,08 9o, o 2064 iS2 ..-><> 152 t2 N. NE. E.

- 345

¦VWa-N'esla mappa o anuo é meteorológico; isto e

combato dia 1 do té de Abril de um anno e termuya no

Hf* *í«o do anno seguinte-, porque mamo. duas

m es nt no. do 1, de Abri! a 30 de Sepiembro, e «

ao do • deOnlubroa 31 deMnr,;o doanno que sueceder .ia°'

roítanto, os 20 annos g**^ d. «o orados

d0 1 ¦ de Abril do anno de 1H81 a 31 de ,.a,v - — ••rto. i..™ »«<-: to «!«,»» «o tan.n...n, Iodas

observado a /éro. ao 'nivel do mar; AcpnTi ^,

n, feita» nossas observações, o bàrometro osclm

2 elli 0 n 7ÍS& Q de verão a inverno. A normal «

di . ,-osde 7«0,«0. Quando chega a 751 0, nos ms

li. quentes, a aunospbéra esla carregada J|^^

mlllüs tomados de eletricidade e raras ye.es d .xa de t

vejaí. A m**t 765,-ü, e Tüb-Ü a, chuva. ^

infalliVeis. . tt-irVúhÍivl«'t5Na. columnas temperaturas, as cifras sao aleluias

,u „,in„ nus máximas . nas mm»»; nu eo u,nn o»

.nedias contamos médias diárias, mensaes, e portanto

annuaes.JLfln>oS quatro temperaturas diárias ás 6 e 12 da

manhY "to3

e ás 6 da tarde. A temperatura máxima, cm

;::':„rmaeS,ésempreaS3boruSdutureu:m,nnna:¦ ... nninm <ta dp uma nora as o «<*não lèm hora precisa; notam-se qe

alia madrugada ou manhã.ÃnJnna „So tem excedido de 38-0; essa mesma

como se vê do mappa, foi observada em um so anno,

1882, no - de Fevereiro. As mintas não tem passado

aql'e'An tenll vapor e a ..umidade reiaiivu suo nota-

üoWaHn -i 24 Inm40 a segunda aveis. A primeira tem chegado a <2i, iu,

92,üO, absolutas.

SAfi —

A, chuvas iài oopiosas ".» 6 ¦»,;¦ oh»™™

de inverno; o. pluviomeiro tem marcado, alguns dias

« on mm() ó 520,mmo por mez.12 'A ,„»»...-.'*». .*>*« -« estarem, mudasf|

H nuvens assàs carreadas de. fluido electrico, sao pouca,

° ^S* no, mezes do vê* o a «,

dida quê " «-,- —. ««-'^ -"

de Dezembro de un. anno a Março do seguinte, e sempre

pntrP Norte e Sudoeste.Os vc„l«» d. Nono a Nordeste são. pode utzer-^

eonsiantes-, eomec em fins de Septemhroe prmcmm •

0ulubr0 e cessam de algum modo. nao absolutamente,

, do anno seguinte. De mais de oito annos para

:;;, i venl0. d» quadre do Sul»»-»«^ •

uando sopram duram poucos dias.

Os ventos de Noroeste, Oeste e Sudoeste sao ventos

de oceasiões, quando grossas nuvens cúmulos carregv as

,e„ ,d" cie ineoseuccmmtlmu no poente, Esses ven.,

1o sempre tempestuosos, em tufões e raras vezes nao sao <

acompanhados de trovoada.Às chuvas são abundantes nos mezes de Matoe Junho,

,a,s particularmente; as de Maio tem dado ate 520 mil-

<1

límetro por todo o mez.Cu;nDre di2e,. pm ilação a chuva que o nosso plu-

v|,,m/ln,i,,,14ü.ice,,U11,e,roslp1adradoslleSuper.lc,e,e. sabldò isso, pode calcular se quantos litros d água

„,„a „„,„,, dada, considerando-se que tenha c*

„lif0,,„einente em certa superfície, de mo metro quadrado

! , torneiro etc., attendendo a que. conforme «£

observações. Cada 2õmilii.nétros representam um litro e

cadamillimetro40grammas, _• ,_Pul,tanlüi estabelecendo a proporção 400 . (centim

347 —

q q): 100(X)c2 (metro) :: nUr (numero de litros,): X [numerode litros por metros] '_\c. Assim tem-se o numero de litros

que dá o pluviometro, numero inteiro ou fraccionario mui-lipiicáhdo o numero de ¦miUimetres por 40, coj •rando 3algarismos no produeto ou dividindo o numero de milli-metros por 25.

Prestando attençào a todas as verbas deste n.appa,conclue-se que o clima da Capital da Bahia nà> é umclima definido. Querendo classificai o. segundo a sua tem-peralura annual media de mais de 26,*0 passa além da doclima quente e não se coaduna eom a temperatura de25IJ a 20-i que caracterisa os climas quentes.

0 clima da Capital da Bahia, salvo melhor juízo;nós o consideramos um clima quente, li úi ri ido e de ai-guin modo doentio.

/)/*. fíosendo A prigio Pereira Guimarães.

Um caso de hyperírichose frontal congênita \_Tracla-.se do menor A. A., cuja photographia annexa

até certo ponto suppre uma descripçào minuciosa, de côrbranca, com 7 annos de idade, natural do Sumidouro,neste Eslado, filho de pães robustos nàoconsanguineos.

Apresenta notável desenvolvimento pilloso anaiopico,localisado em quasi toda a extensão da fronte, da qualunicamente é poupada a quarta parte.

A pelle da região pillosa é pigmentada de cinzentoescuro, lendo implantados peilos mais ásperos do que oscabellos da cabeça ede cor menes intensa; mede essa região15 centímetros em sua maior extensão (obliqua de cimapara baixo c da esquerda para a direita,); tendo de altura5 !/2 centímetros na linha medio-frontal.

No centro da placa anormal de peilos mais clarosque os da cabeça, destaca se outra placa bem negra,

/'

- 348 —

ovalar e oblíqua de cima para baixo, afastada 3 cenli^

metros da parte externa do rebordo orbitario direito; suas

dimensões correspondem a 6 1/2 Centímetros de compra

mento para \ centímetros de largura."Â sobrancelha direda, de arco ^tulo pronuncado^

demasiado espessa e negra, constituída por basta camada

de pellos grossos, ásperos e longos.

Creança intelligente, de constituição regular e nor-

mal desenvolvimento, aprerenta, entretanto, dentes irregu-

lares formando os 2 incisivos médios superiores um

angulo agudo de vértice superior, além de ser crenelada

sua borda cortante.

A hupèririchóáé, palytrichia, tríchauxiso» hir

salta e o desenvolvimento anômalo de pellos sob o

H49

ponto de v.sta de seu comprimento, grossura, numero e

local.sação em regiões ordinariainente glabras ou nao.

Pode ser parcial, como no caso presente ou mais

rái-.irente generalizaria, constituindo verdadeira monstra-

osidade congênita e hereditária, de que constituiu verda-

d'(Mr0 exemplo vivo a família do kowerii-Cão, de palie

compleia^nle revestida de pellos rudes o espessos, lao

citado pelos unctore* cxmja photograpbiaé uma das muitas

.Ilustrações rio livro de Witkowski sobre a ,H>stona dos

partos em todos os povos».As mais das vezes congênita ou hereditária, pôde. no

entanto, ser produzida pela applicação tópica de sub*

.tancias irritantes como vesicatorios, pastas ep.latonas,

unguento mercurial etc, assumindo então caracter pas-

sag.eiro ou permanente.Podendo oecupar Iodas as regiões do corpo, tem

s„io observada no nariz, nas narinas, no pavilhão da

01„i,a, no iab.o superior (na mulher), no mento, nas partes

lal,,,K>s do rosto, no tronco, nos seios, nos membros

{G. Thibiergc), na região lornbo-sacra (MayeD e na fronte,

ei mio no caso actual.Implantada na face constitue uma deformidade e, s,

ordinariamente nenhuma perturbação funccional delia

.vsulta pode tornar-se causa indirecta de lesões .níectii-

o.as dos foll.culos do nariz e dos ouvidos quando ioeal.;

saria na proximidade desses orifícios; em certos casos,

no dizer de G. Thibierge, sua existência na face tem

engendrado, na mulher, perturbações melanchol.cas e

verdadeiras pbobias.Qual o tratamento profícuo?Abandonado o uso dos epilatorios e da ext.rpaçao

dos pellos por meio de pinças, meros paliiativos capazes

de se constituírem causas de incremento da hypertn*

;.~- 350 —.

chose. o nnico tratamento que tem produzido êxito notável

(G. Thibierge F. Berlioz) é a electrolyse, preconisadaainda por Brocq, Duhring, Heisman, Fox, ele.

A «lectricidade é fornecida por uma bateria galvanicade 12 elementos, correspondendo o pólo positivo a uma

das mãos do paciente; o pólo negativo, representado por

uma agulba de platina indiada, e introduzido no folliculo

pilloso, servindo de eondiietor o próprio pello que se quer

destruir. Cada pello deve ser submetlido durante 10 a 30

segundos a lima corrente nunca maior cie 2 a 5 milliam*

pères.(Berlioz) ou de Ia 3 milliampéres (Thibierge).0 processo demanda certa somma de experiência,

muita paciência e grande precaução, para evitar acci-

dentes que se podem objectivi r em cicatrizes salientes ou

cheloide.s. como ainda no desenvolvimento mais activo dos

pellos não destruidor que exigem por sua vez análoga

intervenção.A dor variável qúe então soe produzir-se é vanla-

josamente i ombalída pelo uso de uma pomada de cocaina

a õ o/O, segundo a opinião de Brocq e Berlioz.

J. A. G. Fròes.

Notas sobre o diagnostico bactereologicoda peste bubônica

Pelo Dr. GONÇALO MONIZ

(SUBSTITUTO NA VAOULDADB I)K MEDICINA DA UAHIa)

A peste, manifestando embora muito menor expan-

sibilidade e em muitos logares menor gravidade, do que

em ei as passadas, graças certamente, em grande pane,

as sabias medidas sanitárias que lhe têm sido oppostas

nas cidades adiantadas, l.em assumido ultimamente as

proporções de uma verdadeira pandemía. As cinco par-

351

tes do mundo já lêtfl sido assaltadas em vários pontos,

e as localidades até agora poupadas estão sob a con-

stante amea(,*a de imtnraente invasão..

Nestas convém estar alerta atua de não deixar passar

irrecunheci.o o primeiro cas.) do morbo. o oue infeliz

mente não rar.o tem acontecido. Na maioria das recentes

epidemias ha sido possível remontar os respectivos mi.

cios .a épocas muitos anteriores á declaração ofhc.al.

Entretanto, o primeiro caso sondo logo diagnosticado,

isolado e rigorosamente cercado das medidas rapazes cio

impedir a transmissão da moléstia a outros indivíduos

e sobretudo aos ratos, a epidemia não se desenvolvera, Po-

(.liamos citar mais de um exemplo deste facto.

A causa (ie diversas epidemias contemporâneas tem

solo justamente o desconhecimento dos primeiros cusos:

estes! em regra geral, não se apresentam coma symplo-

Mrítnioo*]-! ("dTcíi --ie modo a imoôr o diagnostico clinico,

e suro-em então discussões e controvérsias acerca oa soa

real natureza, sendo formulados a respeito diagnósticos

vários e esquisitos, que têm por nociva conseqüência

encobrira verdadeira espécie do nm!. Alem da falta de

conhecimento directo e pratico da doença por parle de

muitos profissíonaes dos logares ainda virgens do flagello,

nma forte reluctanc.a etn acceitar o facto do apparec..

menio do mesmo, a qual ten, sido notada em quasi toda

parte, ha produzido os ditos effeitos.

Ku, similhante conjunciura perde-se um tempo pre-

cioso, e se.rodi.as vêm as medidas sanitárias.

Pelos signaes clínicos pode-se muitas vezes dingnos»

ticar a peste bubônica. Mas casos ha em «pie a symplo.-

matologia sópor só não pennitto affirmar-se a verdadeira

natureza do morbo, sendo então preciso recorrer ao exame

ais seguro que hoje possuímos de

r.ing.ips.ienr a molesim em questão.bacteriológico, o meio m

sticar a moléstia e

Nolõõanfclali^^t - rpí_,s nuaes soem começar as epidemias,

,,..,^ ,_•_ mleccâo. pelas uunca pum',.'.,,„; «lor cio diagnoa.ico _Wl.noIo

„ ,„.,„ „o. casoa en, qúo dia ae dnm..l. so

,,::,,„„,, oo onU-as an.cooea, ü.» corno uma

' ,.„,. fónuas altenuadas ou larvadas ua doença

iieV(,;(,stai. presentes ao espirito do,elmico, nas regiões

.•tdunvasàodoílagelkvHfinide oue esta n.o

:::;;;;;:;! olcida. A beoigorda.e ,1,00,0^0 aoa,,.,»

oi- »»« ,ii:;:it::":;::;:,. or,A hérnia da peste, escteve Nan La j /

¦.,.,,„. iüoo n 56). têm-nos mostraao que muitas

:;:,:;;;",„;!.'*. -^«jw"l;u • . . ... «lono-lionares simules.1(,nna de ingurgitameutos glangnona e

"' evia só dura algunsuum ., . op./ps essa epidemia preAlgumas \ c/i s i ¦ ¦ n mmP/PSe é seguida da peste.

K.„ ,,.,,.¦» m-o ¦ oooaaião da epraooua d.

u,„il.;nL„ 187B-79.quefoiap.i.ueiraaav1varasnn^

,.,'.., -.disiM-vanim-sc fados análogos,"":;';:,! «¦ >r":^., aescripçào de Duppuer. Os üoentcs um,a :

do

mostraram-se, n (l fim de seis a oito

:;r;:::;::;;::: d03 *««»•.« ^.u».««»7"™»:¦„„» xiii..- ...., --,,¦.« ¦ ~ -""¦;2

„ bom appetite, somno normal, assim como

Os abeessos forneciam um pus' jce-

¦in pe. tendm nutras funcçoiiiwl'K !IS l H U-1 luu^y" 1 1

rL nano,,,. eaaea ío.nU» » r«*,bel«'"'"¦.Na

peste da Mesopotanua, em 1876, Dickson assi-

353 —

gnala a grande freqüência dos babões semfebrenost.es

mezes que seguem a epidemia.»De^es' Ssos attenuados, abortivos. Mmse também

observado nas ultimas epidemias

mente na phase inicial, cuja natureza sô é reconhecida

pelo exame bacteriológico o-, posteriormente, por um

Hiacnostico retrospectivo, depois do apparecimento do

casos typicos do morbo e da franca manifestação da

epidemia.E1 entretanto, de summa importaneia o conhecimento

immediato dessas formas mal definidas da infeeção. «A

tiestis minar ou a forma ambulatória da moléstia diz

;)AV11)l{KKs[/Vfl//I(e(,^//s/iN(,/»o/'ís;So,),w^oflí,-0H8a«rf p/-ac./caí A/nfa. The Pracüt.oner 1900,

p 41 ^ embora de menor perigo para a vida do indivíduo

arfectádo, e talvez de maior perigo para a eommiinidade

,*,* que a pestis major. Tem sido freqüentemente obser-

vadoque nos primeiros dias de uma epidemia uma larga

proporção de casos são dessa natureza ambulatória. Os

indivíduos infectados movem-se facilmente de um bgar

pura outro e espalham a moléstia. O prorrrpto reconheci,

mento destes casos permitte restringir uma epidemia. A

adenite nestes casos é ordlnar.imènte ne caracter chronico

ea infiltração dos tecidos circumvísinbos commumente

ausente. As glândulas afíectadas são as mesmas que as

descriptas a propósito da pestis major.«Os symptomas constitucionaes são de ordinário insi-

o-mficantese so persistem por curto tempo. Tive recente-

mente boa opportunidade de observar um caso desta

espécie. Um Lascar foi uma tarde admütido no hospital, o

(|u;d se queixava de sentir-se doente e apresentava a tem-

peratura de 39°. Pelo exame verificou-se que elle tinha um

„anulio do tamanho de uma noz mais menos ua região

354 —

femoral diri ita. Houve suspeita de peste e o homem foi

isolado. Na manha seguinte iodos os symptpmas consti-

tucionaes tinham desapparecido, a temperatura era normal

e penso que, nesse tempo, ninguém teria aventurado o

diagnostico de peste Uma incisão, todavia, foi feita no

giinglio e. semearam-se luboH de caldo e inoeularam-se

cobaias. As experiências provaram tratar-se' de um caso

indubitavel de peste.»() exame bacteriológico é. como dissemos, o melhor

meio de chegar-se com certeza, dado um caso suspeito, a

affirmar ou negar a uaiureza pestilenta do mesmo. .Mas

para que tenha todo o valor e mereça confiança, deve

esse exame obedecer a certas regras e constar cie um

eonjuneto de provas, sem o que nada de positivo se poderá

delle inferir.[.'.,..,1 ..... ,.•..•¦.ii .> rüQcmouiinn hacierinlnLnco da neste|

' , i <| | , ( | I I a \ I M J , 1 ' ' « ii • r- ' " ¦ " ¦ ¦ - • - 1

(,fferece por vezes difficnldaues e eml>araços que importa

conhecidos do pratico, e que exigem maiores precauções.,

;il'ni] ijc ( vitar -se qualquer falsa conclusão,

j>or ciccasião de uma recente visita que fizemos ao

Kio de Janeiro, durante a ultima epidemia.' com o fiai de

realizar alguns estudos práticos sobre ;i moléstia em quês-

lào, tivemos o ensejo de fazer uieis obseivacòes acerca do

respectivo diagnostico baetei iologico, sobre as quaes, em-

hora ja em grande parte nssignaladas por outros, julgamos

vantajoso insistir e chamar a aliençào dos que se into-

ressarem com o assumpto,

O diagnostico bacteriológico da peste deve constar

das se<mmies provas: exame microscópico de um produetoorgânico em que o bacilllo de Yersiri exista constante-

mente, semeudura desse produeto em meios nutritivos

355

apropriados e inoculação do mesmo ou das culturas resul ¦

tarrtes em animaes receptivos.Havendo bubão ou adénife, essas operações devem

ser feitas com o sueco ou polpa ganglionar recolhida por

puneção mediante uma pequena seringa esterilizada. St ha

manifestações pulmonares e suspeita de pneumonia pes-

iilenta, serão os escarros submettidos ás mesmas provas»Só em casos especiaes, num meio em que a existência

da epidemia já esteja confirmada^ tratando-se de um

doente que offereça o syndroma clinico característico ua

moléstia, cuja anamnèse forneça dados etiologicos que

falem no mesmo sentido e. encontrando-se nas prepara-

Coes grande numero <ie caecobacillos typicos, podemosnos contentar com o simples exame microscópico. Sendo

esle duüidoso ou negativo, nunca devemos deixar de

prosegutl-o com as culturas e inoculações em auimaes,

fechando o cyclo des provas, pois a experiência-ha mos^

Irado que o exame microscópico pode ser negativo ou

duvidoso e positivas as culturas e inoculações. 0 bacillo

pode existir num produeto orgânico qualquer em numero

insufficiente para ser descoberto pelo microscópio, revê-

lanrio.se, porem, perfeitamente, pelas ditas experiências.«O não achar os bacillos em uma preparação micros-

copica nada vale. .Vão podemos absolutamente nos

fiar em um exame microscópico para estabelecer'o diagnostico de um primeiro caso: devem lambem

ser feitas cultura e inoculação.» (Tanneu Hewlett - Pia-

gue: its Bacteriologg, bacteriologicài diaguosis. etc.

The Practitioner. 1900 p. 401).Podíamos citar diversos exemplos de exame bacte-

rioscopico negativo em doente affectado de peste, reco-

nhecida pelas outras investigações microbiologicas, e isto

nas mãos de notáveis autoridades, Foi o que aconteceu

ouo

em Smyrna, em 1900, com o primeiro caso suspeito (7 deMaio).

Informado cio facto, o Conselho superior de saúde de

Constantinopla enviou a .Smyrna o Inspector geral do .

serviço sanitário e o professor Nicolle, eminente directordo Instituto bacteriológico do Constantinopla.

«Desde a sua chegada, o prof. Nicolle poz mãos áíi 1 >!t-i e v>roc(".íeu á extraeçào da oôlpa-do-s bubões,.0exa,-'me directo foi negativo; mas a semeadura sobre gelosedeu uo fim de tres dias culturas em que descobriu aexistência de numerosos baciilos de Yersin-Kitasato.

clnoculados com o fim de fazer a comprovação, oscoelhos resistiram; mas a injecçao sub-cutanea deter-minou nas cobaias as lesões características e a morte em60 a SO lioras. Apezar das denegaçpes do inspector geralnào podia mais haver nenhuma duvida sobro o diagnostico:tratava-se lealmente de um caso He peste bubônica e a 17de Maio o Conselho impunha quarentena as provenienciasde Smyrna.

«Durante 20 dias este caso ficou único e os contra-dictores começavam a iriumphar. 0 Dr. Nicolle voltara

para Constantinopla; Judah Abayoii (primeiro caso), gra.-ças ao soro. estava convalescente, (piando. a 27 (ie Maiose declarou um segundo caso em outro Israelita, cha-mado Muyses Montai, do idade ue 23 annos. marceneiro,habitando com a sua família em nm bairro distante 300metros tio em que se produziu o primeiro caso.» 0 dia-

gnostico clinico desse segundo caso foi confirmado pelasinvestigações bacteriológicas.

.Foi preciso esperar ainda dez dias. isto e, até 17(ie Junho, para assistir ao anparoonnento do terceiro casoem mn joven criado turco (ie 14 annos.

«Este rapaz estava empregado em uma casa abastada

- 357

do bairro Ikb-Tehesmelik; soífria, havia 48 horas, de forte

cephalalgiae tinha tido. a principio, um calafrio proion ¦

gado. Levantava se não obstante e sabia cada dia sem

interromper o seu serviço. Foi, porém, chamado o mediei

porque a cephalalgia tinha augmentado e se queixava o

doente de uma viva dôr na virilha direita.«Neste ponto descobriu-se um pequeno b.ubào cara-

cteristico. A febre era moderada (3S,°7); a língua saburraí;.... .H,Lpi.LHm.uda hutuia- 0 diagnostico formulado, a despedo

da attenuação dos symplomas, foi verificado pelo exame

bacteriológico.» (Fobel -La peste ú Smijcne en 1900.

Arcb. de med. uavale. 1901. p. 118).Foram ao depois suecedendo os outros casos,

ü sangue, dos doentes, em regra geral, não deve

sei- tomado como material de exame avenguador, pois é

sabido que muito raramente se acha nesse, humor o ba-

cillo de Yersin, a não ser.nas formas septicemicas da

moléstia, que não são freqüentes (alguns até não adnnltem

uma forma septicemica especial;, ou nos últimos pe-riõdos, na phase preagontea.

«Gulturas do sangue não devem ser esperadas, a

não ser em casos virulentos ou pouco antes da morte.)-.

(HossAcic-27te ciiagnosis of l>ía;jue-\,mcv\. 1900. t.

II. p. 1490.).«A peste, escrevem Simond e Yersin. (Les óptdó-

mies deteste en extreme Orient.-C. R. du Xlll Cou-

gi-ès mternational de Medecine. Paris. 1900. Seçtion de

méd. et chie. militaires. p, 18), e uma infecçâo do systema

lymphatico. Qualquer que seja o modo de penetração do

bacillo e pelos vasos deste, systema que elle caminha no

corpo, e nos gânglios que principalmente pullula. ü sangue

não o encerra sinão mui tardiamente, deixando-se mva-

dir uuando os seus elementos de defeza estão paralysados.

'"*i<

358

Esta septicemia pestilenla é, salvo execuções, um phenomeiio preagonico; póçio-se dizer que, na mói- parte doscasos, o doente morre nào porque tem bacillos pestiferosnó ...sangue, porém que tem bacillos pestiferos no sangueporque vai morrer. Nào ha pois logar cie admittir, comdiversos autores, uma fôrma septicemica da peste humana;dever-se ia antes dizer que a peste é uma septico-lymphiaJ»

K. conforme o exposto, fora inteiramente nullo, nadaprovaria pro ou contra a existência da peste o mero examemicroscópico negativo do sangue de um doente suspeito,No cadáver, porém, é freqüente encontrar-se no sangueo gerrhém especifico.

Tão pouco pelas culturas se pode sempre chegar aum resultado decisivo, porquanto muitas vezes dao ellaslogar a duvidas. Os meios nutritivos que devemos [ire-ferir para a cultura do cocco-bacillo da peste são o caldoe o agar glycerinados na proporção de 'ò a 4 O/q. 0

formando os micfoorganis-caldo conservasse li iniililJ;

mos grumos ou flocos, que se depositam no fundo e seelevam no seio do liquido quando se agita o tubo. Si se

produzir a turvaçjão do caldo é que se trata de outromicróbio ou de cultura impura ('associação de outro ger-nien ao bacillo da peste). Nas culturas antigas pode, poremformar-se um tênue precipitado pulverulento, que fica emsuspensão na massa, liquida, assim como um véo e umannel brancos na superfície.

No agar desenvolvem-se, no íim de 24 a 48 boras,

pequeninas colônias circulares, translúcidas, brilhantes eviscosas. As colônias maiores, com o mesmo aspecto re.-iuzente, sào arredondadas, de bordas sinuosas ou recor-tadas, espessas e salientes na parte central, que tomamuitas vezes uma coloração amarellada, e delgadas paraa peripheria.

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g|§ a ser desmamnuidas e no 'período

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3Õ9

í

Além do exame macroscópico das culturas obtidas

com o material suspeito, devemos fazer o exame micros-

(,,pi(.o das mesmas. Veremos adeante as duvidas que

nOiie.ni surgir a respeito, maxime para os que se nao

jétèm fam.liariza.los com as modalidades de procedei-

do eocco-baeillus pestis.Para que a pesquiza seja completa e tenha todo o

valor é preciso fazer inoculacoes em animaes sensíveis,

do preferencia o rato ou a cobaia, cm o material reco-

|,iuk, do doente ou com as culturas delle provenientes.

Si o animal suecumbe, pratica-se, com todo o cuidado, o

exame analomo-pathologico e bacteriológico do caaaver..

Parece-nos que a inoculação é a prova mais segura do

diagnostico bacteriológico da peste, porque si esta existir

iremos achar no animai as lesões anatomo-palhologicas

da moléstia e os órgãos in?ados de coeco-bacillos com os

seus caracteres typicos, Não raro, após exame microsco

pico e cu.turas não decisivas, vêm as inoculacoes

resolver claramente a questão.Todavia, ainda as inoculacoes podem dar logar a

perplexidades, quando, por exemplo, se tratar de um co-

cco-bacillo mui attenuado, que já não determina a morte

-itíLcindível, por.an.0, desde „„e houver qual-

quer duvida, não iransçurai nenhuma das provas, variai-

as corroborar uns.pelos outros os respectivos resultados,

aíim de poder chegar a uma conclusão verdadeira, que

mereça toda a confiança.Continua.

*SJU

[Jma boa formula para saciar a sede dos diabéticos:Ácido citrico .2 gramma*Glv/cerina ¦ ,aã 50Gognac 1Afina distillada 500

- 360 -

Engenharia SanitáriaB_OB-- - «»"U °A BÂH ( '

Kn.,,:,do,-elutorioa,n-e8entadoaoGTe™o;do:EStad,_>

Engenheiro Civ il ALEXANDRE GÓES

...... «, nr Governador.- «Quando recebi <e/iJ'"'' "" ~~ v

.,.;., de estudar uma propostav Knc u honrosa incumbência de esmu

Lh ,ns melhoramentos de que. precisa a f'!'>¦¦'"''"¦""¦.• :„ 1,,„,...|.i lnSo, diante da deficoncanitencarm do Estaca, _

m p[an0-¦- '"";"•"';;;;:;;;, ,„«: s.... -* ».-¦<-'»; ' f"iasMm ,,oordenar os-1 ,::::,,;::::::..::.-'¦- ..¦¦-

:;;,,;,pe,....)- •« —'—meumular <>esclarecida apreciação.

0 projècto comprebende:

(l)'ueformu das prisõesb) Montagem de. oflicmus

c] ilvsiH.ccà.)-biblioihe.cat{) Enfermaria e Pharmacia

„J Diredori». u_.rip.mr „l...o»ar.fW.

/') Guarda policial'g) Cosinlia e Refeitório'm Banheiro, lavanderia e horta

/) Abastei mienlo a o anua e serviço de esgoto

jj Kygiene do solo: aterro drenagem é arbousacao

/¦• Edifícios inversos/l ¦ ,,,,,,,¦! telephonio e vigilância.

/) Uluminaçao electnca, leie,i ,-,. a owm Medico as pri inicias.-.,;• tô^#A_sjrrss

alisiiott" i|t imig" ai

361

364216

148

Reforma das prisões

Na minuciosa visita que fiz as prisões do Estado,em 30 de Janeiro do corrente anno, verifiquei a existênciade 364 detentos.

As prisões estão instaliadas uo edifício conhecido

pelo nome de raio da direita, o qual se compõe de Iresandares, cada um contendo duas galerias, divididas em18 cellulas duplas, podendo comportar ao todo:

3 > 2 *.. 18 x 2—216 detentos.Assim temos;Numero de detentos.Numero de cellulas

Detentos accumulados

Nestas condições, é evidente que o edifício chamadoraio da esquerda deve ser exclusivamente aproveitadopara novas prisões e nào para montagem de officinas,como pretendia a proposta. 0 facto de ter esse edifício umaconstrucção egual a do seu visinho. a sua completa insuf-ficiencia para montagem de officinas e a palpitante neces-sidade de evitar se a accumülação de detentos dentrode uma mesma ceiiula, demonstram qué outro nào podeser o destino. <pie lhe está reservado. .Yesse edifício

podem ser igualmente instaliadas oulras 216 cellulas quesommadãs as da direita, elevam o seu numero a 432,havendo apenas um excesso de 68 cellulas vasias, porsi insufficientes para aceommodarem os presos qüe seacham no interior do Estado, por falta de logares naPenitenciaria.

Os dois edificios precisam (ie uma reforma geralcomprehendendo o reboco, caiaçào. pintura, esgotos, ladri-lhamento, introducção de ar e dé luz, e bem assim desubdivisões em ceiullas simples e hygienicas, contendo

- 362 —

leito mesa. assento, esgoto, água e illuminação.. Cada

cellula terá uma cubagem de 30 a 40», janella e poria

com arades de ferro. ....¦ .,...: .... As cellulas devem ser installadàs lateralmente e

separadas por uma plataforma parallela de mspecçao

central de accordo com o systema adoptado moderna-

mente nas prisões de Frésnes, no Departamento do Sena

e em outras. (Genie Civil e Annales de Construct.on, „

communicação entre os tres andares se fará por -mm es-

cada a eixo vertical e por um ascensor.

¦ Montagem de officinas

A ociosidade é mãe de t<><l<«s oa vícios

0 Coronel Jüan Boerr. Direclor da Penitenciaria de

Beunos-Avres, em seu importante ttelatorio de 18%,

apresentado ju, Ministro de Justiça assim se exprime

sobre este assumpto:«La larga experiência que hemos adquirido durante

nueslra permanência al frente de Ia Penitenciaria Nacional

v ios exemplos de lo que se observa en otros estabeleci-

mienlos penales de los demáa paizes civil.sados, nos ha

hech0 adquirir Ia convieción de que no existe un ele-

mento de regeneraclón mayor para los penados que e

trabajo ordenado y reglamentado. ...Apesar de todos estos inconvinientes, ban pro-

ducido los talleres de Ia Penitenciaria $ 136.550,35 y

como los gastos de sostenimíento dei f^^elecumento,

incluso Ia luz y combuslible. hao ascendido áj 133.020,49

resulta asi mismo um beneficio neto de $3.529.86».

Aqui se acha. pois. demonstrada a dupla vantagem

do estabelecimento de ofíicinas na Penitenciaria do Es-

tado- nào só o trabalho regenera os presos, como o

custeio das officinas e o sustento daquelles se fazem

sem

- 363 -

ônus algmn para o Estado ficando ainda um saldo

diSPr^Sr:>on,r,eau,euverUscessa*

rias actualmente, são:a) Alfaiatariab) Sapatariac) Serraria o marceneriacl) Padaria e torrèfacçãoe) Ferraria e fundariaf) Encadernação.•Selem

se ns relações especificadas das raacbmas,

, jeTete, necessários a cada uno, das officnas a, -

notonadas. As offlcinas de alfaiate te,n acapac,^

nnnna, de 120:000 peças e a fabrica e CÇ ,«,

100 pares diários, segunao as msu-u.uv-- - **->;

mut ,„,...« das machinas de cada o.ficma sera d fio

um motor a pelroleo, do lSpo N.lél. ultnno mo .

nregando-se, portanto quatro motores de foiça etfect

dè?5cavalios,on ao todo 60 cavallos, inclustvc >,„

da usina electrica de que adiante falaremos

Ern annexo sob o „. 3. o relatório tracta ua J«s»; -

cação cio .WW <">« m°tora " Peí':°0,,erims

,jfl|C,a,.„» (!„ £SM,Í, A peca a que .no ,.1 r,ra

discute a preferencia enlre os motores a petróleo -CllfeC nrln-n**

sob os seus múltiplosmotores a vapor, comparando os soo ^

aspec,os, da em traços geraes a "mona dos

petróleo, refere-se a determinação do preço ao c. -1„„„:„. o„ motores e ucidu o assum-

hora para as duas espécies de s. flllHore8

pt0 com « transcripção de trechos de d.verso a,cto.es

Lemos que .'eile sc téra ocupado ., finalraenle,

assim conclue:«Como se vê, resulta d'esia analyse a v.clo.ia. pa.a

os motores a petróleo e por esta razão preferimos o seu

.'-¦- 364 -

emprego na Penitenciaria. A não ser adoptada esta so-lução. a que se nos offerece como mais proveitosa ecomo mais racior.nl, de accordo com as condições aeíuaesda industria o com a impossibilidade de recorrermos a.um motor hydraulico, é a da destribuiçâo da energiaelectrica, com um motor a vapor, accionando directamente um dyna.mo alternador.

A este respeito nào deixaria de .ser conveniente oaproveitamento da energia electrica disponível na usina doIramway desla cidade ao arrabalde do Itapagipe; e sepor ventura, a direcção dessa companhia não podesse ce-der ao governo toda a força dc que precisa a Penitenciaria,o excesso seria ali facilmente preenchido com o empregouos motores a petróleo». Continuando a tractar d'estes,acerescenta;

«. . . . Mas. assim nos manifestando é preciso bemque sc considere o ponto de vista especial em que nosachamos. Dc modo algum, a nossa preferencia poderá sertida como absoluta e generalisada: apenas nos temosreferido ao aproveitamento dos motores a gaz para aspequenas potências.

Tratando-se das grandes forças, e cm certas con-dições de applicação, é somente aos motoros a vaporque se deve confiar os altos destinos da industria; Com aexiincç.fío possível da hulha, o genio inventivo da Huma-nidade lera a sua disposição immensos recursos naturaesno aproveitamento das forças eólias, da força das cacho-euas, da foiça das ondas, e do poder calorifico dos raiossolares. K entâò não será condemnavel o justo enlhusias-mo de Tliurston. quando assim se exprime:

«Temos toda a razão em crer que é a machina avapor, incessantemente aperfeiçoada por gerações deinventores que está destinada a uliiisar. para maior pro-

-- 365—

veito do gênero humano, as provisões de' calorico accu-

,Idos nos sop-solos do nosso globo sob a forma de

oMenveis possíveis. M o dia, ainda tem affastado em

L o esgotamento completo d'esla fonte universal ae

rabalho industrial obrigar o homem d.'essa epoeha a re-

correr directamente, como supremo recurso, ao caloi

SOOU'». nnt„n5 ,^ntn«Em «eguida, o Rehtroio se occupa dos outros ponu-

d0 projecio. Tratando da Instrucção e BibUotheca, diz:¦

«A Directoria do estabelecimento compete apresentar

ao Governo, opportunamente, a relação dos livros apro-

nriadoH a instrucção moral, intellectual e pratica dos

detrntos,e bem.assim organisar o programma a seguir-se

na instrucção primaria, convmdo tomar por oase o me-

n.odo inmitivo, vulgarisado em São Paulo sego no

p,.ocesso „orte americano, do qual. ha minto, a Bah.a

devia, isíilisar-se.»

Enfermarias e Pharmacia

« Alem de edifício apropriado, este departamento da

Peniieneiaria necessita de 50 leitos que poderão ser

instruídos nas ofíicinas e de uma pequena pbarmac.a

regida por um pratico eontraclado pelo Governo, devendo

o mesmo residir no estabelecimento.Como os presos são geralmente religiosos, convém

»„„e„,r a esia seeeão nm logar destinado a ce ebraçSes

cultuaes, respeitada a liberdade espiritual dos.detentos»,

Directoria, Esgriptoeio e Almoxar.fado

,í£« conveniente a residência do Director rio esta-

holeoimen.o e. uma vez que » tem de montar o Bern^

tornam-se indispensáveis um estnptorio l

fado».

- 366 —.

Guarda policial

O Relatório abelha a detoólipão ***£«».•:rr==r:::::=;:-::---â guarda policial.

Cosinha e . Refeitorio „,;„„,__

cA montagem de officinas na Penitenciaria requer

,. departamento .... edifício .pn.pn.do," ',

ml fim sr aproveitado o novo galpão, ondepodendo para Ul fu^er ap ,„

vi funcionando a secção de Qon8lrqccá„ dofop-ões econômicos e ligeiios itj.i

!,X,„U„.„ possivel ah, a allndidamstallacao,

Banheiros, Lavanderia r Horta

,As indicações feitas na p.ania annexa a es,eindica,,,

i*ísir=s^^-í=-"--existe sobre este assumpto actualmente».

ABASTECIMENTO DE AOOA E SKHHÇO UE ESGOTOS

.Novas canalisações são urgentes, sendo estas Mtas

com *..

cawelas hygienicas aue regem a «spcc,- ^ ;

^ara agora, convém estabelecer duas caixas de

o.i.plecimento, prevendo o casotribuíçao para tono o ^abe^'^'^ aliinentação da

ÍI interiormente, nas derivações dest.nadas a

^Cote.viço de esgotos e preferível adoptar-seo

s^n«ario.u tudo nf esgolo, sendo os co.lecto-

mI

- 367 -

,* derivações de tubos de barro v.triíioado e con-

stanten ente lor a

":.:;;,, v çí,o. ó »m *.i*. «>«^°^°!'1U I, através de ventiladores de carvão,

¦¦::;:r,::ll ^^~,^"<±*;,",,. ;;.,„xod«. mur* altas ao,Menor da ca»,,^-.

Continua._—=—^i^*--^

Fragmentos de Hygiene

O lenço e as doutrinas médicas do contagio V

da tuberculose por inhalaçao

Não e aqui o lugar para a monografia erudita quei,.Hnn nue o nosso habito de

nosso vestuai 10. As .i

preoccupam no momento, e e sob V

ouestào se me otferece. ,

m° infeTa coelhos, introduzindo-lhes productos

P n K- bem de ver nào eram essas as condições bebi-

orgam. L bem experimentador procurou^d0T:T2:7t2^ e pu.vensa.dcanir0X"",;cu5r m^iflando essa pc « baciUos»

pela teiiaa rena afastado lio commum,

s H*S ^nek« coada-

nc r>f\nHic.oes da expeiieuv1» p

„rt,nde inimigo. A* paginas He firmou sobre o

assumpto poderiam ainda boje ser subscriptas pelos ma.s

avançados'en, hygiene e as pesquizas ultfiriores de

Comei foram apenas o .IcsenvÓivifnõTilo dessas .admira-

veis previsões de gênio.Tappeiner, Bertheau.. Weichselbaum, lera-

guth, Koch, Thaon, Toma., successivan.ente, coilocan-

rio-se em melhores condições, conseguiram demonsirara

transmissibilidadeda tuberculose por inhalação. servindo-

sejà ,iu escarros tuberculosos diluídos em água. já de

culiuras puras (Koch) em meios artificiaes, similn.ente

preparados, aspergmdo o liquido resultante em câmaras

CuUli„adas mem sc achavam animaes em experiência.

p0j Comei entretanto quem trouxe ao assumpto

..:.....-. Disseminou sobre o tapètede um quarto

escarros tuberculosos, que deixou se.leseccarem por anis

dias, eoncerrnu nesse, espaço, por um mez. muitos cobayos;

, diversas vezes leve o cuidado, com uma vassoura

grossa, d--! agilai a superíicie do tapete, de modo ti levantar

a poeira deposta que desta' sorte se .rieslribuia por Indo o

aniV>ieiile do quarto.[,,. |(s animaes oa primeira serie. 44 foram tubercu-

liados; de ,56 de uma segunda. 24 qne se achavam v.isi -

„|,iis do UtPÒie.ea alturas rie 6.40,95, 184 ceotimetros

foram lesados, ficando apenas I doente dos outros !_,

afastados, rulverisanrio escarros sèCc.os rieante de porcos

da Índia, a distancia (ie 10 a 20 centímetros, obteve a

,„[,,,.,,,,, oe iodos. Compiovação plenamente conchuienle

foi o enconirar o bacilo rie Koch nas pequenas rolhas

rio algodão com (pie rimante suas perigosas experiências

l.mava no nariz o arque inspirava: sem o auxilio desse

!U.leficioo ger.uem seria vehieulario ao pulmão, como o

fu,a nos cobayos Km.experiências anteriores, o talvez de

m

MB

!, I i

§1.rim t «â

„1!m„. al,a„ce l,v«i(,neo. eiie bav.a J»^^

1tnWa infectiiosa das poeiras recolhidas em quaito*

c ,;.., enfermarias etc. babHados por tchérenlo^

íexpecforaçao .*«*»•¦* n,ul,«, l„

, ,, doe,,:,. , despeite das mais iavoravets eondt-

s 1aeS.e„WnUav„,„.s,bal,.SoSnap,.e,n,aH.,„K,™.Tando» doente dessíminava seus escarros sobre „ »....

enços, entquan ne esses germens nno pod ram

doentes expectora.am sempre em escoado*»».

A',.«7 re/íasf^r.repeltn.loasexi.eneneias, S|í a«s

„.,„, do o bacillo de Kodr nas fossas „,snes*;.nd,v.dnos

s freqnen,a,te,-.,s de hospitaes (estndan es, enter»..-

/Ltófc,/ revelando o gernven meld.U, ent »™ "¦£,'„

simpleLente bypertrophiadas, «Vb,r. f. ,«-o ,

£t^-"'/'«:;«' -:;;;. „ ».«,¦...»¦».>.^.;:;Xn nn:. ,nfern,ei,ns. nn,ds do Caridade, doentes

,Inc„s db.nor Sn -nn,.,, non, os W«^>*.h»

detÍ3icns.ouindi,idnoS vivendo en, sea ,^ ...» « «•

irnniieilamenie a esse. modo de ver, oa; epocha, ,e de j¦

L notável, Santo quanto per.nitte . «.*«•¦ -ida

,u mstabüidade das doulmvdS;medicas, ficou

Sanocnidade do escarro teberenlos -is I.U-

ma„iente da poeira proveniente de soa desecca ao pela

persistência, n.estno nestas Itcoes to*»™™*

Llencia dn gèr.ncn Usiogeno; o escarrador m o

grande ntcio prophylaiico e o servn-ae dn les*. acpao

tão impura quanto o escarrar no chão.

Bi-ouaMel estava .Om «*¦ »'f""^ ' '

,„aDdo em 1900, em Nancy, numa conferência ant.-t -

blnlosn: ,J£; preciso qne n tabercoloso na., eeçarre em

I

. - K

370 -

esse lenço sujo po dera. 'dadas certas

melhoras es»e& ou» „nmhidas do aceio dev,rilll, ,,,,,,, ro,„0i„ieinpr-.o»».nc.mbd«i

,

„.. A',:,../,/' diz ler visto, e o«uns roupão». * ¦ ¦ ¦ ¦•/-, •

,'nenie numerosas outras comp

ren, nos seus lenoos e. horas «iepo.s ^

imitarem «os movimentos mpidos aas

, facto terá corta-

Provações, doentes escarra-desdobrando os

mesmos, imua.e... *.*¦¦> Nf e oae.paru fazer desapparecer as dobras do panno. A

iélhor meio.de disbemi- . o

s^i.*.^*.**,7rfl7„, a poeira dos escarros seccos ,provenientes dos

er>se-á lavrado alpnçft8 é a mais fina e penetrante e te

condemnaçilo formai do lenço.

0uvi „,ínrM comparar-se " --" * ,„—-« toe;s;rt:v "Cl -

, . ,. ., ,in contado humido. a ne i mun Ha doutnna do corna*! Tnnripiner

Berlheau, Ve*

D0( r,^= ——rtcuidade das pulvensaçoes secca 1;>1|va

0W<« « '"«'"' '-' ';"s;; „ T r ontrario, o

immenso perigo <sa* asperso ,s.

- 371 -

v

i-19

FHi„qc notadamen.e. vem de 1897 provando qoe, o

d° "''?/ e pinar --I» » »»-'*s" *! -

,¦„.. tossir, espu 1 ar, iò; varam este acerto em», Estado.' experbõen.aes na ,

^[aliia e observadores emmenies ._ d «PJ^ _ .^ de

Hübener,Kastein,nA ht8çhenko., Curry,Súck^nntngt-.St ent ^^

Goldic, Rarear- . a» ^^

Accordemente fallar ia a oi». lubel.culose nos

, _„,* ar)do a freqüência da tubeium

STi-ui- z:zZ"itllecpr?tand0 „ modo de eona^o de- --,

Flügge mostra cone» ¦>* ^ ^

.,

-_._o-^«r'^ur0ríi.b__.™.we.raram-noB em muito*, o bacii.o cie lenlainente

u,aisde2^orasd-elaas„.ard,,eea.po^a ^ ^caphula „„„ facilidade b,an^ - -

_ „„"":'V°: :::zz«::::z«— —"ftr tendo a depositai. u*hiiirHdes de contagio;

depois, habitualincnto nmguem v e

e até ,ne,,invoHo em poeiras bac.llo.as como

de Cornei. coiidemnaçõesO lenco .obre qne pesaram lan., .

v,„.s(, en.ào abviado dessas pecba, ^

da nocuidade dos escarros He.con

h„ras be permanência no bois. Com a=^

dc ar, após insntflaçao do,n n con , 1^. .. _..,„.. ncr.qrrfis nunca cnv""11

neciaas por e»-».-- e_w*-*u=

Tri

conseguiu infectar cobayos. Mais ainda, firmou, nesseslimites ordinários, que raramente a deseccaçâo erasuffi-ciente para que lenços sujos de escarros tuberculosospodessem desseminar poeiras bacilloeas polo ambiente.

I,'liiritjt> acreditou püueTOoncluir «o perigo dainfec-ção do ar pelo uso dos lenços sujos de escarros tuber-eulosos é insignificante)!.

Rehabilitado nesta sorte,'o lenço tinha ainda dereceber unia sagração que ihe conferia a proplylaxia.Transformado em fonte viva de contagio nela emissãolias golliculas bacilliferas de saliva e escairo. promo-vidos pela fala. riso. bocejo, tosse, espirro, o tuberculosodeve levar á bocea e ao nariz, ao tossir ou espirrar, Oseu lenço, e ser conservado pelos sãos a um.i distancianunca inferior de um metro, pois n lanlo. senão a mais,se estenue a. zona pollula pelo contagio Im meio. Isto elauto mnis necessário, quanto e.ssn poeira imunda per-niai.ie.ee algum tempo em suspensão no ar. 30 minutos'mais ou menos., mercê das agitações' que soifra. Kcanigeraliança comtudo que esse praso não se espaça de umahora, limite infelizmente muito afastado. Além disso olenço c ainda aconselhado para receber o escarro, poiso preferível reeoiiiel-o desla sorte a seineal-o pelo chão,onde, apezar du iodas as llieorias, muito mal nos poderáfazer. Imposto assim o lenço como uma necessidade propbylaciica conlra tuberculose, sobre ser. cOi.nprende.vSe,um instrumento ordinário de aceio, pois além de impedira projeeçào desagradável e quiçá eminentemente perigosaaos circunslanles. das partículas bacilliferas, de recolhero escarro, quando um escarrador se nào offerecer á mão,é ainda indispensável para se limpar o tuberculoso deresumo de saliva e escarros que ibe sujem os lábios e

— 873

II

m

a barba, restava indicar os meios de tornai- inòffensivo

anos esses serviços relevantes.Para os lenços communs de linho. algodão, seda,

nunèa usados por mais de 24 horas, a desulíecoão nnpoe-°e

rigorosa pela iAmer» ™ m<*> ™>l<=''<*'c",af. °"

elhor pela fervura em água, precedendo ás praticasmordinárias de lavagem. .

Para obviar esses mconvenienies Fluggo. SímiíSi

Quuol recommendam com instância os lenços de papel

uJos'uo Japão e cuja dessemmação a moda poderia

com vantagem estender aos sãos, mesmo come> um meio

de f-»l-o.rtite facilmente ««eilareta pelo. loberonlo»»

Esses lenços devem preencher condições diversas: deli-

cadeia para uso facil.sem aüritos desagradáveis; rm^/-'meabilid*iB*otnéno*

durante algumas horas para se nau

,xa,„uH„bfiher pelo conteMoan.es do ctat.no f,nal;co,-

pnPB ahamarem attenção e serem inutilfeados como

suspeilòs^i vierem a se perder;antisepticos para dum-

nui em a virulência dos germens que lhe forem confiados.

O dest.no desses lenços será a fatal destruição pelo, [acil comrnoda e garantidora da prophylaxm. Seu

c ' • • r i ,. om Rprlim h'i se os vendem magni>custo é insignificante, em Beinm pi

, i() reis cada un. ca 10$000 reis o milhe.ro e

si um uso extenso fizer

ierra também a poeira

ticosmais baratos se poderão tornar

progredir essa industria.Gõerra-ao escarro sim. mas gue

humida:si o escarrador muito.merece por nos defender

õ p™,o,ro. o lenço e - alagamento .io doente -

malspornossa]vaguaruare,noault,ma.es,oesci,adordeve ser hvgienica.nente disposto e entretido,

commodamente servido, aceiada-para ser utisimilmente o lençomente utilisado, devidamente .destruído.

Afranio Peixoto-

— 374 —

Bitoliograpnia,,„,.„,, (iouco MKHOEsZfoúdes de ciiniqee «W™j^-

avec 26 figures dont 4 en coüieur, 200-page, 1901, Pari.

Beiihier.l'ào r.ii;m raramente succede que tenhamos de noticiar-d

t n,„ nosso meio de monograplnas sobre

::iEr:r^^"^,.«;» nn» ,*.* * .<¦livro supra-meticionadô algumas nonas m«.o M- -

KegU oteiivro do Prof, Mendes, o primeiro de uma serie

nlmeiamos longa,-comprehende duas partes. Na nn;

i,.a em 14 capítulos; são estudados var.os assumplos.'

;,„„ do enxofre na tuberculose local, ., tr.tnn.entoj„ f-^P ri pinoreaò de manobras superiores

Hns aiitriovnas da face, o eiupicgwclnsdn"' , ... ... j_ „.,„„1I1:| o tratamento üasimreducçào das luxaeu.»» ..„ , ..,-auu... <

apurações n.asloidéas, o .*•«.». abees s e,

,,eW,anos, a propesm, de n,n eeso de aneerysma u.e ,

,„„,„,,„ a wir nas férides do abdc >. ¦ ,

u,a.lainent0 d.as feridas penetrantes do audo'L:

maneira de praticar a enteron-hapb,» creu o

n0V0 metbodo de: amputação do peins,uo valo, aa.^

„ das boisas no ponto de vís.8 da eu,, oe «,W do

«receie, e novo proeesso opera.orio para eerias fnnoas

Hp hemorrhoides. ¦¦.'.'.Deites ..rio. capitules e justo salieniar, por desere-

verem proccssos inteiramente novos, sobretudo aque le

Ue se eíerem 1 ,° ao emprego cie manobras supennres na

edncçae das luxações da espadou, 2.» nova mane.™

certas formas de hemorrhoides, etc. fc. paia ut j m

o. processos en, qoesiào sejam mais largamente usado,

XAROPE de Oigitale de LABÉLOMYEAMiw *• £'o Sedativo ao lõriçsu

por excellencia.

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114III4

vã*

»«r&1

wwwíwww^wwwww»»*^

375

I

afim de qUc fiquem definitivamente assentes as supe-

rioridádes de cada. um delles," ' Na secunda, parte intitulada: Remeil desjail* cir

niques, figu-um em Lücapitulossuccessivos observações

interessantes.E pena que alguns casos nào tivessem sido assumpto

de estudos-mai-s demorados e pm* força Proveuosos.* .e o

raso da doente representada na Fig. 21.

Nào devemos deixar sem ligeiro, reparo o pomo

seguinte:A propósito de um caso de aneurysma da artéria

olmea o Prof. Mendes termina sua observação declarando

que ao seu doente foi sempre impossível comer o pao que.

lhe «ra fornecido, que este regimen defeituoso nao estava

ue accordo com a. suas prescrições, qtie a direcçâo do

hospital fez ouvidos moucos ás suas reclamações e que

afinal o doente «est morl de faim. quaraple jours apres.

1'ope'r.ationUQuem escreve estaslinhas tem lido múltiplas occasioes

devei que somma de irregula. idades mareia o brilho da

caridade fornecida aos indigentes desm capital mas nao

pôde deixar de lau^ntarqueo illustrado Professor nao U

vesse por completo afastado .ie si toda responsabilidade,

pelo facto oe.corr.do. Se a um dos muitos alumnos que

lhe ouvem a lição quotidiana encarregasse de correr uma

subscripção em cujo alto figurasse sua assignalura dentto

em minutos teriao doente o leite ou adieta que melhor lhe

conviesse. Demais quem tem em tantas outras occasioes

mostrado que nãoé refr.actario a pratica dos principio*

altruístas devera dar â bania Casa o exemplo, a seguir.

A redacção tia Lancei de Londres, periódico lun

dadu ,m 1823. noticiando o apparemmento uo livro do

pFHf Pacheco Mendes- diz entre*outras cousas: lucrei, a

- 376 —

;,,,jv well-kiipwi , scIk.ÔI of medicine ai Bahia, m facf, U

b-> one oi tH'e chiei medicai schoois o'''"''''r"!,''!- 'uMiitbiscounirv.

comparati^yUUie

:::;,;1,;;;' :,:,,, ¦«* *«•*" *o - « -t::,:;-; zrzrelh(il.anun)berofÍHteresl.ngobserva..onse,c...

: i varias outras considerações termina o .mpo'

, „o co: K.erv o, I Ih. -bje„U ^ »

li ,„ a novel manner and we mav look upou Uns'"; .

au.tinctcnntributiontosurgicall.teraiurc.Iiillo booK a> " ll|!,Lmv

(25 de Janeiro 1902 .\~~ ,, i , \J ,,.i,-,-,"-i o KUetot'¦n

|.,„frssn, Moskt.g Moohho.f, de Vie.unn.

v,pllente fíandbucli der chirurgtsctien l.c-

l;;;: ¦o,,',,-, *>»"-d:,,n"-.'"

',,!,,. ,.',,,,¦ A „ e «ml. I.— -'"

7 0'seu conteúdo nota-se o espirito innovador e u

!,;;U,,, .mnri. «» esernnor ,i,Snn,,o.

' ,, ,,, e.ios palavra, e as da Ld/icef quem"'"•

|s';",;;;,,,:„,òe „: t.M.e,„brar..ao peSS»a,jc(,|'f,VC SUlS I llllKi. i .

,; , K„,-.wn. "i«"-«é "eM;s k '!"

,.,. „„,.„ „,e»a Faculdade cada v

,.o ,,,„ 4». « (•». <> '* Pe™",'C""t

V« Pedir ao Prof. Mendes que procure, com',::;i:::„,;,J,:!: .* -<—^-^CrS.';"'^

i ha a ao menos uma saia ui. . .

,„,;',-.¦».,...¦ - "*• "•::;; ;::„:;;;;;

uinluum)S a uec, ir do bom concebo ue que po, xçytuu

11enes tiverem lido as

—, 377

possamos gora* perante .aqii

, , brande obra dirigida por .Chipa-vH sobre oshorar nn grande < r>nioore««os t r .cirurgia, tem v- ¦-....

L h„„ de seo ensino na Facnl Ba .sen,

.e.r perpeloado sen non, fonfcoao -M-* -

operações e na reforma ne seu* ^-v- ^ — -_-^-^-.£JL?^r^- '——

ISTeorologia

Professor von ZIEMSSF.N

En,MánichaoSaláoméZp.P.falleeeuoProf.HngoWilhelm von Ziemssen. ,

Ainda aos 13 de deio.nbro p. ,, Unha ., no

usdiscipuloscomeçavaapensarnomodod u^.

" rgL.no.q,.n..oanni,e,-Sa.:iodn

venerando ,ne^5

fcTenGr.Íf.w«M qne elle nasce,,. Depo.s ne fe.los

,2 gvmnasiaes „. ^ " ih^K.'

,. nnivérSkJades de Bcrlin, Wür/amr*, « Greif^ald.

no iTMnsrense noso.comialis, ttismiid ti

u Xl«»»« *«- o^er permissão de pra e

eciion.0 em Berlin e,„ 1864 alcançando a nola

lu^ctlLlaudt. Vo.. Greifswn.d, on e- 85i i,, e n nn medica, servinuu ^(n' a

foi nomeado assistente da Clinica mea

dileto entre outros, do prof. vonNierneyei..iu.a.ao. tn Prhfpssár extraordinário.h',11 1801 foi promovido a 1 totesboi

Therapeutica com a duecçao

- 378 -

,,1;ingt,„, onde permaneceu até 1874 quanao roí cnamado

aMuLhonde foi designado professor de Pathologia e

tharkpe-uUo . Bireclor do IsHpiH ^

<* «<^«*

i, es,abeleceu elle o prime.rq Instituto Clinico da Alie-

^nnhacno director foi até á morte. Alli teve quem escreve

emas Índias a feliz opporlunidade de ver talvez o mais

con lel0 muSeu de clinica Propedêutica da Europa.

Ao «abio professo.- Ziemssen deve a literatura me-

die,, a publicação de bem elaboradas contribuições aos1 , .. j*...;...,. rrvióim nào menos

vários depariamemos ua meu.toiti«,

v.Ul(!V„ ê* a.«eiifc de tratados com que elle enriqueceu a

nUna literatura. Já em 1857 escrevera um bom tratado

d/^ec.ricidade em Medicina,. Km 1871 começou a

uubllcal. o seu Handbnch der speciellcr Paihologie-;„„,

Tlurapíe: .*, ,,-,,,-u. *coll,« d» bor»£o

eovalor das próprias contribuições, tornaram a refeuda

Rncy(.'lopedia universalmente conhecida i ¦ ¦¦

Km 188o iniciou a publicação de seu fW6uc/i

(/íV. aliameinen lherapie em í volumes.,'arif s edições delles

Apezar do preço destes tratacios van,

ièni sido publicadas.Coin.'pettenkofer dirigiu a publicação ae um

lm, li der Hygiene,Ziemssen editou meia um

Hand-

Han.dbuc.fi der líauh

. I, rank/ieiuvi e uma serie ae Klin-isclie Vortraege»

No ,rande tratado de Penzolat e Stinizing, no de

Levden e ainda em outros figura sempre a contribuição

de /.ieiiissen. , ,K,n 1865 o sábio extmeto fundou com o 1 .< t. A

/,„„.; „ Deutsche* Archic für klinische Medicui

m, aeiualmeme é um aos melhores repositórios de ra-

a|hl,s ta». N». !»»¦»» '! ''"'""" Pen0d'°"

- 379 —

encontram-se innumeras monograph.as do Prof. Ziemssen

sobretudo relativas ás moléstias do appareJho respiratório,

comas quaes elle sempre se interessou mais particular- -

-"'Quem quer que tiver tido a feliz oppurtunidade não.

¦„ó dè ver a Ihaneza com que 0 eminente Prof. vou

Ziemssen tratava ao extrangeiro que delle se acercasse.

m».ifi ainda de verificar como elle se interessava pelas

contribuições médicas provenientes «, - :

-

não fossem a Allemanha, a França ou Inglaterra nap de.

,,„ ri, lamentar sinceramente comnosco o falecimento

deniaisum sábio dentre os poucos dotados de grandes

tendências cosmopolitas- ^ Dr. Juliana Moreira.

DElOGRiPHl SANITÁRIAResumo das observações meteorológicas do,ann«, de 1901,

feitas pelo Conselheiro Dr. Rozendo Gmmaiaes

TemperaturasBarometro observado¦vi - „ ..w^i.ici 706 Ò Máxima absoluta . 31° ,5Máxima absoluta.. ... '<»>¦" . . ,^ .^i..... 22° 0Mínima absoluta 706,0 Mínima absoluta -- ,

Média do anno 760,29 Méd-ia do anno 26 ,u• Tensão do ruiior

Barometro reduzido a xero ,e"M" muiiaili-j ..,. - {

, , 7A9 Q Máxima absoluta -.t,;m'Máxima absoluta /b J .Maxim js1|

i 7F>9 '-i Mínima aosoiuid iwijMin nia absoluta .... /OíS,o 'v',' 90 44' ', 7M;S) Média do anno -w.-i iMédia do anno /DD.OJ »"

. . , .v 1,1o,tiar Hicnklade relativaBarometro calculado ao mvelãovw^

, , r-.no | Máxima absoluta , Ml(),"Máxima absoluta.. .. 'b»,l lv axuiici

. , ,., 7P.7 fi Mínima absoluta n~o,iMínima absoluta /o/," ¦',. 87° 08>••... wi.«i 1:« «'^;,1„iM) h''w

Chuva..... NebulosidadeForça dos mitos

, , oo d Máxima absoluta lo,uMáxima absoluta -u.u i>m*mj" . 0Mm,na absoluta 2,0 Mínima absnlu.a. 0,2

Mediado anno 8,9.4 Méd*do anno..Fentos predummantes

N, Nli, ENE, SE, SW e al^uuiasjezes bt^ a vv^

- 380 -

Houve no anno 134 dias de chuva, ma.^ndo 2.034 mil-

,irm3tros no piuviometro, sondo 6 dia» em Janeiro com 60

Stna/lÓ.i» Fevereiro o.om (10 1,™,.™.. I em Marco

,ôm:A9 millimetros, 14 em Abril com 301 mil-metro 25 em

iaíoWÍ^> ii i-Ra'r„illimPlroq 12 ciii A«'osto com 101) mili-

l(i em Julho com Ibo rnillimeuos, i- B .

mPtl,)S 10 em Setembro com 144 mniimetrcs, li cm Outubro

,.OM1 n6 millimetros, 6 em Novembro com 37 millimetros e

V em Dezembro com 5.6 millimetros. Nota-se que, «orno no anno

passado (1900), foi no me/, de Mau» que houve maior quantidade

(l(l chllva, 520 millimetros e no de Novembro a menor-d7

millimetros.Houve 12 dias de trovoadaa, sendo 4 de Janeiro em

6 t 24e 28; 3 em Fevereiro em 12, 13 e 15; 1 cm 27 de Setem-

h;0.'3 em Novembro em 20, 21 e 30 e l em 27 de Dezembro.'HonVe9diasderelampagos,sendo2em5e27deJaneiro,

3 om 11, 17 «a 21 de Feveriro, 3 em 4, 28 e 29 de Novembro

P 1 em 27 de Dezembro.

O^eroaç^-Como algumas pessoan não miemlem bema_

nossa marcação relativa as temperaturas, á força do vento,

a nebulosidade e aos millimetros da chuva, explicaremos:

()u„ ash.mpcaluias são; a máxima e a mínima absolutas

dodia, Ba media, das médias destas durante o niez.

Em relação ao vento marcamos por números inte.ros, desdej .'•, oió 9"i Mptrineslpde) a media e ainda

2 (2 metros por segundoj ate l>i (t< mp< <

ménâaJ- , ¦¦ „ m O >éo encoberto e 0,2-0,4-0,6Nebulosidade marcamos 1U,U '.( " ',l( »""¦ ¦

o,,., panes do Céoem nuvens, erro, cúmulos, nimbus cie, e

d'ahi tiramos as médias mensaes

Quanto á chuva marcamos millimetros inteiros. O nosso

,luvíomelro tem 400 centímetros quadrados da superfície (20',.„,

deiado) cada 25 millimetros equivale.ná um l-txo d água,

de D, * f« ta.hr q,„„t„S li.ro, rte .,[.. Ha .. ¦ ™_va

do dia, por metros quadrados, armando a proporção 40U .

n mm :: 1000cent^tl : X'.

Litros — -

381

tfbltuarlo geral da C apitai da Bahia no anno

de IOOI

InlvuSarànr-se nesta capital, durante este anno 4,048ea-

dav^res e 269 nati-mortos, prefazendo um total de 4,317 in-

humações.Por meses-Janeiro: masculinos 139, femininos 16o, lotai;

304 Fevereiro-masculinos 160, femininos 135, lotai 295.

Março-masculinos Í53„femininos 163, total 31(5, Abril-mas.

.nlir.n.lói, femininos 1 ÍO, totui 294. Maio-masculinos L97,

femininos 176, total 373. Junho- masculinos 21_, femininos

167 total 385. .lullio-mascalmos 181,fcminmos 177, lota! 358.

Agosto- masculinos 164 femininos 194, total 358. Setembro

_ masculinos 194, femininos 1.80. total 374. Outul.ro-mas-

culinos 204, femininos 1.62, total 366. Novembro -masculinos

146 femininos 156. lotai 302. Dezembro-masculinos 179,

femininos 1 íí, lotai 323. Somma 2.089 masculinos, 1,959 le-

mininos; total 4048.

Vá ti mortos* Janeiro -masculinos 17, femininos 8, total

25 Pevereiro-masculinos 13,feminino 5, total 18. Março-mas-

culinos 9, femininos 11, total 20. Abril.-mascüíinos 12, Temi-

ninos 3 Lotai 15. Maio-masculinos 14, femininos 8, Lota] 22.

lunho-mascul.rios 15, femininos 10, total 25. Julho-mas-

enlirio» IS, femininos 16, total 34|Agosto - masculinoo 10. fe-

mininos 13, total 23. Setembro -masculinos 20, femininos 6,

lolal 26 Outubro-masculinos 15, femininos 7, total 22. No

vembro-masculmos 8, femininos 5, total 13. Dezembro

n-ascúlinos 18, femininos 8, total 26. Somma-mascuhnos

169. femininos 100, total 269.

Por mmímos-Campo Sanlo 1510 e dos nati-mortos

59. Quinta dos Lázaros 2066 e dos nati-mortos 179. Santis-

sima Trindade 356 e dos nati-mortos 20. Brotas 108 e dos

nati-morlos 11. Allemão 2 Inglez 5. Km convento 1. Somma

40.8 e dos nati-mortos 269.Seja-nos permillido que ainda uma vez chamemos a atten

ção dos poderes competentes para essas inhumaçòcs eram con-

- 382 -

ventos, como nocivas e prejudicial á salubridade publica e

contrarias ás leis da Republica, que aboliu psmrvvj.legtosPnr «ewfts Masculinos 2089 e dos nali-mortos 169, temi-

ninos 1.059 e dos nal, mortos 100. Somma 4018 e dos nati-mor-

,,,:; 2por nacionalidades - Brazileiros 1931. masculinos ,1850

femininos, total 378!. Bolivianü—1 masculino. Uruguay-i. re

minino Jarn£,ico-l masculino. Portuguezes -28 masculinos, .,

fen)injBMl total 32. Franeezcs-4 masculinos, 1 feminino, lota

r, inales 2 masculinos. Italianos 5 masculinos, 1 feminino-

;ola|,i Hespanhoes- 5 masculinos. Belga-1 masculino Dma-'t,,

1 mase.ulino.Polaco-1 feminina Árabes -3 mascai-

nos Africanos- 98 masculinos, 99 feminino-.tolul 197. Ignorada

9nia.sculinos, 2 femininos, total 11 Somma 2089 masculinos,

1959 femininos, 4048 total. ,Por estado c/p/Z-Solteiro»-masculinos 1(173. femininos

,591, lotai 8264. Casados-masculmos 286, leminmos.. Io

[otal 437. Viuvos-mam.linos 94, femininos 207 total 301

[onoradò-n.a8culinoa 36, femininos 10, lolal 46. Fomrr.a-

misculinos 2089, femininos 1959, lotai 4048.ma

Por edades— Nali-morlos- n ,a*-fulmns 169, femininos .100

,olal 269, porcentagem 6,23. De menos dei d,a masculinos,

58 feminino* 39, lolal 97, poreeniagem 2,24, De 1 dia a

ln;ei masculinos 161., femininos 112, nmd 273^ ,;.,eeniagmn

632, Del a 6 mezes- masculinos 173, femmmos lo9. lolal 332,

,orcenlagem 7,69. De 6 mezes a 1 anno- masculinos 9*. femi-

;iinüS 109, total 203, porcentagem 4,70. De 1 a 2 annos

-masculinos 91, femininos 90, lotai 181, porcentagem ,.!.>

Dooa5annós-mascuhnos 58, femininos 72, total 130, porcen-

tà^emS.Ol. De 5 a 7 annos-maseulinos 12, femininos 2,

tüU,l"í porcentagem 0,55. De 7 a 10 annos -mascamos 19,

,Jíi», 1.1.1 «, .oment.ge,, 1,01. De 10 o lo «o»

-masculinos 26, femininos 33, lolal 59, porcentagem 1,36.

Dtí 15 a 20 annos-maseul.nos 83, femininos 8o, total 168,

uai ii,, on a 30 annos—masculinos 307, le-norcenltigeui o,oi*. i«' -ai <i ju'

mos 276, total 583, porcentagem 13,50. De 30 a 40 annosminino

.- 383 -

r -• 9ftq femininos 208, total 179, porcentagem 11.61._.maSculmos2fü,U.minino , iVmMunos 176, total 397,De« a 50 annos-masculinos^!, femimno

nio nP 50 a 60 aanos—mascutinobporcentagem 9,19. Ue W a. °y

:¦ Ú7 total 296, porcentagem 6,85. De oyninos li/ftoiai « porcentagem o,79.hlHBG„linoB 11». femininos 135, lotai -

^ mDa 70 a 80 annos-masculinos 97, fominno ,

e oo n? 80 a 90—masculinos 51, tcmiimuporcentagem 5,-32. De 8U ' 100

annos-masculinos. ,..i a >,í\ un.T.fintaaem o,44. ue .»'

>ó '»"»- ^ItrSr.i. 206-i.loLalgnn 2,01. Somnias- masculinos aaoo,

4:517, porcentagens 99,86. ir0

l^gar figura invanavalment com 497, em 3.» o

numero de óbitos (583), en 2. o 0-

de 40 a-50.com 497, em 4,o o de - „ez com 273,

em 7, o d.e natí-mortos conv 269 em» nni)

250)em9.oOde70a80com.230,eml0.o^e6n

20 com 168, em 13.o o de 1(. ^ Qll5„„mlS0,«vl6..ode,n, «J'1-*;£"„¦ , M, ...de idade ignorada com 87, em l/. 10

COm 44, eu,18.0 o de .90 a 100 com 49, em 19.0 o de

^ ^ ^20. o de 5a7 annos com 24, e era "¦

com 8 °bÍl0S' , , AÁá* por decennio, vemos que o grupo de

Comparando as edarits pot ue(

nati-morlose1553comeHeS)^m2^ ^^^^

5.oo de 50 a 60 com 296 em e«v cQm 23 ftm

¦9o 0 de 10 a 20 com 227, em iu,

Seguindo-sé os demais annoS.(sem

nati-Se compararmos as edades deu fi

- 3«4 -

,,„ .„„¦;= de 30 a mais de*sed la''e'8"»rada,.C°™/^.ara:18«7,emoloMo

10U anllUs, temos a proporção de - edade igno-

„aB1,ri,,„™ cs nati-mortosemts segunda-o.

;;":.:;;**:,* i:;;í,,;í..:... .,„„.., r-™.. »««.1,, 2253 paia 2064.

Media diária (sem ue,i-morf«) 11,09-

Média diária (com » ¦ . J 'h._bilanteB) calculada a

(:oefticien.eda,nor,alidadeporm,babdane

,„,„„!»,,: ** iale:.s,semna -m, »,

1 Coefíicientecom naii-morlo* 18,/b.

Puve.mlagem sem nali-mortos 1/6

Porcentagem com (i(,stu moles-n-, fVnenas deram-se i * •>•F*r«;.i '"-"-" -

da, ,,.ndo2 cm Abril,

labeleceu-see3falleceram.' "s,,. ^"--i,'-i>ll''iu;;::,UMnl,:nna-dmos^

i¦ ) ; ! feminino masuenu .

timuezes. . i cisadoK-'^ -f-8"1™'!^

otT maseuli U, 18 t«U.-¦/.-,/,„/* ...1 feminino de t anno

beleceu,e;,lde26elde30.'•'"'¦'" -TodoBbran«« íiss,l0.

,. onde fallceeu „ t em 10 de Maio^f^^T t'! 0 1 oi removido para o Hospital

e 1 em 30 de Novem no ^ „ 0 uUimo para ap ,,, noetiacho. onu< m

K1,i,nmnmd, S, Lázaro, ond all« ¦ g fóram nülifl-

N'e-leanUimo-.12-annoa(del890d ^ ^lee^ram-Be, oor esta moléstia 842 ca,o, dos qua 4j

CAíiOrf p":::: :,,7. o q. *»¦»» !—:*"";n5 * l:,ll'',\,T',(it)<,G-'õ8paraosíaiiecKios.

,,a.au, restabelecidos ew,i l

QUADRO comi

- 385 ~-

o ri,, febre amarella noti-mvniii-o do* casos aejeuiG

j comparativo

ficados durante os annos deW^

-- ~" 1 NUMERO OE I| CASOS . <

I oANNOS * g

1 Restai). I Fallec. )

Em 1890 .'.".'.'.''.'.".".;¦ >:¦¦ 1 \.\ \ 1fií

. 1891 ,50.1 Ul , 1Wiai)0 7 23 ; av

1893 4.« 3

1894- ; i! .181)5 54 o0 ; lüi18% ..|i 31 4*. J°1.897 .. i| 28 65 j Jô1898 .136 220 j 3o»

1899 ... - 4: 6 j w

1900.... .... I- 1. 3 ¦'-

1901 ' "

; ....1,315 | 527

| 842

¦ - ¦' ¦..— - - '"" OQ nocnQ

va,,,a¦.¦..- "^^:::z: £:«.«.«desta moléstia sendo 9 em Jí

vembroel em Dezembro, dos quaes

Setembro, 2 em no-,ítabeleceram-se e

8 faiieceram.Seseo—25 masculino s e 8 femininos.

2 inglezes.iVacionaW^^31 b'««lBÍf '^3

viúvos e 1 sem

Estado cfoü-24 solteiros, 5 casado..,

declaração. . , t- 10 9 rie 10 a 20,

. 20 a 30, 4 de 30 a dl, 1 *»do.-

16 de 20ciaração. ,ín ~0 e l sem declaração.

VaccÍnação-2 vaccnado^ ão ^ ^^

Pro^são-8 marítimos, 1 m lildi,«„»„ -* IR sem declaração.

tico, 3 sem profissão e 18 sem

rani"S<65.S5 para

- 386 -

Dos 33 accommettidos somente 6 eram domiciliados nesta

-.:,..i fan<\« 17 PWarlndo interior deste estado, 6 do Kio

de Janeiro e 4 de Pernambuco.O primeiro desses casos foi notificado em 3 de Janeiro,

rtll distncto da Penha, á rua da Imperatriz, e o ultimo em

28 do Dezembro, proeedont.de bordo do vapor «Norseman.»

A' excepcãode 2 doentes que se -rataram em seus do-

micilios, Lodos os outros foram removidos para a Enfermaria

de isolamento em S. Lázaro, ^Os prédios infeccionodoa soffreram as benefieiaçoes regu-

lamp.ntares. ,v„.M... niiimos cinco annos foram accommeUidos desta

„.„;' MU p»*:,.. «•* «75 em 1897, 780 en1898, 45

pm 1899 20 o.ml900e 33 em 1901, da. quaes restabelece->>v»1 flfalleceraiii 1862, o que dá uma porcentagem de

08 ..estabelecidos e 34,15 para usfallecidos. Notan-

d0,se porem, que em 1897 a varíola reinou epidem.camente

rasÒndo 1676 victimas, ficando, portanto, 186 óbitos para os

outros quatro annos.: <•-,. ,. „.. \?af>f>inacãn e de. viuuancia

Um pouco mais de esiorço na vaccinaçao

m;mlm,a dia desapparecerá dentre nós.Continua

.—- - ~^=^orss^-^-

Medicina pratica

Tesões aorticas c perturbações pupiUarès

\s perturbações pupilares observadas muitas vezes

1H, cin-o aos aneurvs.nas da aoria são geralmente aUri-

l)uidasã compressão ou á-excitaçào do grande sy.npatico

,,, ,,„,„„. '\l.

Babinski dou destes phenomenos uma

interpretação differente e considera:os como ligados a

»<vuliíli8 'como

o é o próprio tumor.

0 que parece confirmar esta maneira de ver e que

,stas perturbações podem existir sem que haja d.lataçao

- 387 —

aortica M. Vaques examinou um certo numero de pessoas

» das de lesões aorticas variadas, mas sem d^a

ã„ e apresentando estas perturbações puptlares: o . W»

„;„'a svpb,i,se demais -m;nando;„s - to •

lamente aelmva.n-se os signaes ^J^^J^

perda de reflexos, dores,, ele. . . Uev< ~e

0 -.fi conclusão de Bábinski: ,™0 e as modificações verificadas ao „„cl da pn-

m„ n,fe nesgas portadoras de lesões aorticas se aecom-

ta^^^eq.enten.ente.ta.ve.ma^bUua mente

Pde svm.P»omas associados, frustres, porem sufnc.entes

para affirmar o tab.es incipiens; nffHMl.n,e! o o Que a condição etiologica necessária e sufhc ente

p,1.a"explicaralesãoanrtica(dilalacãodo»asooulesaoalvnlar) e perturbação da pnpiUa.e a

^hs.i noonc pm fine a coincidência pom.Fiitão alem dos casos em qmo, „nri lesão valvuhir aortica da

Sp.r fortnita como a de uma lesão

ngemrheumatismale volvendo no.curso de um tab .

;„iào destes symptomas deve,,, sempre fazer so,pe ar™

philis como-eondicão etiologica commum,por;sso

;,e!parece adquirido o signa, de Arg,ll,Robertson, func ¦

"!,te1e,;^o,ramme„U,se1aiorma,me„,e,nd,eado.

Puncção lombar na cephalêa syphilitica.

M M MiliamCrouzone Paris, fizeram puncção Iam-

bm. em oito svphiliticos attingidos de cepbalea,"'

Em lodos-,,ouvé n,elbora. to vários havia mamfe Ia

hipertensão nodiquido. Achoísetambém ao exame, ojlo-

,„gieo eellulas podendo fazer pensar em um . Udo 1

gelramente inilammatorio e na ameaça de acc.denfos mais

g'aVeM. Y.dal confirma estes factos e concluo que em uma

388

pei

pessoa ,„. cheg rodo a a o s£,.» .

La lyaphoeyloso rn.nl..... •*-«™ ;; ' *,*„„„«

sar despercebidos,

r,.oiamentoda6tea.o-'-/«Sia p,ío «ado picríeo

(De Bran;

O, successosoblidus com o'acido>iorico errata-

me.10 ala. q».« '0«-. P«>» "^ , ,,,,„ ca qae

,àpWW d. r^oar.* ep..h.l • ; ^V^licul-o,he?ã0 peculiares conduziram

;'; l ^ ^il,,,0 usadfiooirala,,, a, aa bta.orrh.g-..0 *. •-

ufoil,et.20üaU00ee5lalem

¦•» quenas

de ser dolorosa. As mjecçoes sao paü,adalce

Sirl,,gas do vidro, be,„ eSter,l,Sa . «^ ^^ ^

capacidade, deixando-se o liquido em conta

, ..PPihrial •><,*• 3 minutos, repeuua, « oa -mUCT totens

ou limitando a umaunica.sepo>' d.a se ..em.,,.,, aaa, l)U,non.hagia aguda amuito dolorosas, o que e uio. L\a

curaé radical em 4 a 5 dias. tratamentos

Na bleno.rhagia chronica, ressente aos taa_

usuaes. for obtido, «acessos raptos I»

„rell,,„. oosierior e preciso ^^^ e „

U,n dos primeiros etfeetos as m^es ,

cr::z::^i^apar *.*r.Parecer l>m bl'eVe' ¦ ;, „ iohre os gonococcos é no-

_ 389 —

numero. en4qasnlo as cellulas epitbeliaes se tornam mais

abunduntes nos preparados, indicio certo de um energmo

effeito curativo.

; Idencia das crianças na segunda infância

(Durante)

Dieta absolutamente láctea.

Clysleres de água fervida, duas vezes ao dia.

Banho geral de água lépida,

Como purgativo o calomehmos só ou associado a

escamonéa.Calomelanò a vapor ) aua

Escamonéa em pó-\ 10 a 1.5 centigrammas confor-

"^N^dias immediaios tomar um laxat.vo pela manhã.

Ctrato de magnes.a 5 a 10 grammas

Xarope de cedro 25 grammas125 grammasÁgua

,-, mu aoüseplico intestinal,, .,a 25 centigrammasBezonaphtol. .

, ¦ 90 »Magnesia calcinado ^

Bicarbonato de sódio. . . . Io

um papel; tomaria 5 semelhantes durante o dux

Muito útil é a prescr.pçào segumte, que da excel-

: ,enieb resultados em mais de um caso rebelde.100 grammasÁguaHO *

Água de funchoXarope de rlmibarbo 20

Sulfato de sódio, , 0,25 centigrammasSalol puro ,.

Para tomar varias vezes pela manhã, ás colberaüas

390

Tratamento do tétano pelo methodo de Bacelli—Ascoli

Ü A. publicou recentemente uma monográphia sobreeste ãssumpto de que extractamos o seguinte: O trata-menlo de Bacelíi consiste na administração liypodermicado ácido phenico em solução a 2 ou 3 O/q. na dose de 3 a4 centigrammas. As injecções podem ser dadas muitasvezes ao dia.citando o A. um caso em que o doente recebeuem 24 horas, sem manifestar qualquer symptoma de inio-Jeianeia. 3õ centigrammas. Os symptomas telanicos sãosempn.' promptamenle attenüados desde que o remédioseja usado larga inanu, não devendo nunca o medicoficar receioso diante da dose do ácido phenico .Cita A. 3casos da clinica de Bacelli e muno.-, de outros clínicos, aotodo 33 casos, eom-trm único caso de morte e esie ines-mo pela pouca energia desenvolvida como tratamento,visto que só "23 centigrammas de ácido phenico foram da-das em 3 dias.

Ziengo cita [Gas. d'Ospêd e delle Çliniche) umcaso em que foram dadas 978 cenligr.de ácido phenicoem 27 dias! A principio deu-se lambem tnorphina (0.04 a0.06 por dia) como aconselha Bacelli afim deallenüarainsomnia e a hyperesih.esia, mas bem depressa sesuspen»deu este medicamento por se reconhecer que o ácido

phenico só produzia o mesmo.

*"TT*=1_^"EÍ

Gazela Medica da BaliiaPublicação pensai

VOL. XXXIII MARÇO 1902 NUMERO 9

Notas sobre o ai.aguusiicu udueiiu-0-da peste bubônica

Pelo Dr. GONÇALO MONIZ

SUBSTITUTO Ni Í-AUCLIJA1.K. DK MEDICINA DA BABlA

[Continuação)

Para demonstrar a necessidade das precauções que

temos aconselhado no diagnostico bacteriológico a^peste

1,M referir, oo.no exen.plo, o q.. acon tecco oo o»

primeiros ouso» snspei.os d. epide,™ do ^

u. < U

JLw.* descreve K, Hist (La peste cn 2^' *» Ma/

Í899 à JW/tó 1900.- La Presse med. 1901p Ml.

A 2 de Mau, de 1899 entrou para o hospital hei-

,e„ico de Alexandria on, rapaz, doente ha.ia tres dias

com uma symptomato.logia (febie, del.no, adenue cru aCUI \1 «icnáfisde congestão pulmonar ele,volumosa e dolorosa, .,.„..— ¦) -

que despertou no Ur. ValaSsopoulo, ohete v

Lpeitas de peste bubppioa. Foi eha.nado en, co ta o

Dk HuFFER,que acabava de voltar aa sua missão ás

fndiafoqua e njostroo reservado quanto ao diagnosUco.

OS.'. gIUchuc», baotenolcista profesiona^

puneção na adenite. semeou a serosidade retirada, obteve

,„ r, „ de 48 horas colônias qoe Ibe n50 parecera, -

picas e qoe creu poder -denliOcar t do bactenu,,, col„

(RlST0 doente curou-se rapidamente, julgando o Dr. RüF-

FFR os svmptomas «assaz benignos para não Ibe per-

miUerem formular o diagnostica de peste.»

392

O easo ia ser classificado pura e simplesmente.

üuai!(i0. a 17 rie Maio, novas suspeitas se levantaram,

relativamente a um rapazinho grego, vendedor de cigarros,

ql,e entrou [.araO hospital cou. febre, delírio e uma arie-

mm axillar.,(!(,imi precedentemente, o Sr. Valassopoulo manuou

isolam nu-o chamou rm consulta ns Srs. Kuffer e

(í (.nlMtlirh. Desla vez, o primeiro declarou logo o caso

suspeito Mas o segundo uão poude acceitar este parecer.

K,./-„. uma nunccão. lintretanto a riefervescencia effe,

ct„„i,,si' r.o terceiro dia. Notando novamente a bstiigm-

daii0 ,-,., evolução, o Sr.' Kuffer diss. : «Não é ainda isto»;

e o Sr. (xottsclilich. examinand » o resultado das suas

euHurasno secundo dia, declarou .-que nada havia ainda

,it, especifico. Sn uo dia seguinte foi que reconheceu

m,ílas catacteres mais que suspeitos, e ncsle mesmo rim

íimmncioii-se officialmente o primeiro caso de peste., !¦;.;,. primeiro caso official era realmente o pri-

nu,iro? ,.\ perfeita analogia dos symptomas clinicos e da

evolução fez considerar retrospectivamente o doente de

o ,„. M;tl,, como aiíica io rie ppste. e nào se hesitou em fa-

zebo entrar na esiaíis.ica. Aliás, o Sr. GoUsdhlich, reto-

mando as culturas, mm Ir aram vivas, aos micróbios pro •

veuienies deste ea>o. e repicanrio as quinze dias depois,

matou cobaias poi injet-çào intraperituneiil com os.sym-

plumas Ivpicos iia peste. - (Kist).Lembrou-se então o Du. Valassopoulo de ter tratado

anieriormente amda.de um joven grego, que entrara para

„ hospital a 7. de Abril, com uma 'adenite crural mui

dolorosa, febre alta, delírio violento, o qual se resiabe-

|ec.tM1. sem que houvesse despertado nenhuma suspeita.

Mas o doente uo ma '2 ue Maio fez o Dr. Valassopoulo

desconfiar a mesma moléstia nesse caso de i de Abr.il; e

- 393

tie facto a respectiva .observação clinica, a folha de

temperatura, achadas depois, são absolutamente caracter

pjslicas de um caso de peste bubônica simples »«De

7 de Abril a 17 de Maio. ha exactamente seis

semanas. Foram, pois, precisas seis semanas e tres do-

entes succéssivos, para que um medico mui instruído e

cujo senso clinico é dos mais apurados, podesse e.stabe**'jecer

um diagnostico, firme de peste bubônica. As suas

suspeitas despertaram-se desde o segundo, caso e eile

apressou-se em (mnsultarum bacteriologistaexperimeutado

e um collega que acabava de estudar a epidemia nas

[ncüas. Não deixou de ser necessário todo esse lempo para

que se percebesse que a peste remava om Alexandria.

«0 diagnostico da peste em Alexandria nào foi illus-

irado por uni jorro de luz**- assim s2 exprime o relatório

da Commissão de inquérito «eile fez-se lentamente, passo

a passo em Ires vezes, -llm primeiro caso foi visto, e

nem despertou a idea de peste. Om segundo foi ai,ma

visto felizmente pelo mesmo observador sagaz. Compa-

rad0 com o primeiro, pareceu suspeito, e entretanto foi

desconhecido; até do ponto de vista bacteriológico, o mais

positivo dos meios de-diagnoslico So .-on, o terceiro caso,

mas ainda eom uma certa hesitação, foi que a verdade

appareceu claramente.» ((.Vi. de Rist).

Estamos certo, porem, de om*. si o Sr. Gottschlich

houvesse, com relação uo segundo-caso de 2 de Maio,

completado o cvclo das experiências investigadoras, mo-

(.u|ando logo em cobaias as suas culturas., teria f-ito desde

m o diagnostico exactu da moléstia. Com effeito, si a

oculaçâo das suas culturas jáenvelbecidas deu resultadoseninpositivos, com mas culturas novas

aioria de razão seriam estes obtidos com

**¦

394

Uma particularidade notável e assaz importantequanto ao reconhecimento do cocco-bacillus pestis, éa variabilidade dos seus caracteres morphologicos e dassuas propriedades vitaes e virulentas. O seu polymor-phismo é de tal ordem que o observador não prevenido»que só o conhecesse em uma das suas fôrmas, tel o-iamuitas vezes ante os olhos sem suspeitar siquer a possi-bilidade da sua presença, e até não acreditaria que certosespecimehs fossem bacillos da peste, si as provas experi-mentaes náo o confirmassem.

O aspecto clássico sob o qual se apresenta o mi-croparasita nas preparaçães eóradas de orgams, tecidosou. exsudatos do homem ou de animaes empestados —curtos bacillos, grossos, ovoides, com os pólos tintos eespaço central claro—nem sempre se nota, mesmo nosueco do bubão, ficando o bacillo, cujas dimensões variammuito, uniformemente córado. embora conservando omesmo contorno exterior.

Por outro lado, ha diversos micróbios que morpho-logicamente se parecem muito com o cocco-bacilio pes-tifero. alguns offerecendo até a mesma particularidadetintura!: pólos córados e espaço central incolor.

Courmont e Cadê, por exemplo, encontraram no pus(ie um adi no flegmão (bubão) mui doloroso, situado na fossasuperclavicular direita de um homem que entrou para oHotel Dieu de Lyon, apresentando toda a symptomato-logia da neste bubônica (calafrios violentos a principio,vômitos, hyperthermia, íachycardia (120 pulsações) esta-do geral grave, grande prostração, «signaes mal definidosde uma inílammaçáo diffusa dos pulmões com escarrossanguinolentos». sendo fatal a terminação), um bacillo«curto e grosso (trapu), ovoide. solitário ou agrupado emdiplobacillo, em pequenos cúmulos, em paliçada, bem

395

o

, rtpií, violete de genciana, mostrando mudascoloravel pe.o violete . e •- lar0 evezes as duas extremidades coradas ,

descorado,se pelo ipelhodo de Gran^ <S« «"_*

namondongo, emouanfó, como e sabido.camonaong ......pr-f» a0 copiado no ar c oio ní4Stp veaeta peneitamenw — —

b,0!0g,C0' » .popham «no esputo normal baciUosFreuneiitementeseactiam tno«»i .

•- — mhrohoiOK cos muito sinu-qUe apresentam caracus.;es moipnoiog

Ihantesaosdobacilíodapeste.^E^.Ainda outros micróbios conheodos se paiecem

( hos o da pLino-ehterlle dos porcos, o-cocco-bacülo

niippirio reunir em uma mestiu tiasst,n

^vaHedadeSJieu^™-,aes,,eeie,Prod„cio,-Hda,séSLticemias hemorrhagrcas.

Assim o simples exame baclenoscopico P0^0™

h dò s erros oppostos: deixar passar jrreconheoido

H ,l,Te Y™,n o„ tomar como tal „,„ microorga-

:ird^ent:;:oé,nega,-o,,aff,n,,a,-,,,dev,da,,, eil e1S*,SeS — **-¦ >'"ém- bé""!ainda mais se accentúa o po.ymorphw.iio do micróbio ei,.

questão. Em regra geral, não apresenta mais o vacuplo

central incolor, todo o corpo tingindo^ igualmente. Só

em culturas mui recentes em ngàr se pode vêr um ou

outro indivíduo conservando aquella particularidade. As

formas e as dimensões variam iminensamente com a

natureza do meio nutritivo, com a idade da cultura o

nutras circumstancias.No caldo ns eoecobacillos dispòem-se ordinariamente

em cadeias mais ou menos longas (estrepío bacillos); o

tamanho dos indivíduos é variável, o alguns apresentam-

se quasi esphericos, simulando coccos e ôH-t-reptõcoccos;

Das culturas cm agar, mesmo recentes (48 horas),

não raro encontram-se na mesma preparação, coccoba

cllos. microcoecos perfeitos e filamentos, ás vezes notável-

mente longos, Os elementos arranjam-se ('w differentes

modos, ora unem-se dois a dois pelas extremidades, cons-

tituindo diplococcos ou diplobacillos, ora collocam-s.e

parallelamente uns aos outros, cm «forma de cerca.»

íi)ii, uONÇÂLVES LRUZj.

Diversas'vezes no Instituto Serofherapieo Federai

(lüo de Janeiro), de que é illustre director o abalizado

bacteriologista Dr. Oswaldo Gonçálvks Cruz vi prepara-

cões de culturas do bacillo da peste cm agar, nas quaes,,s microorganismos, sob a forma de verdadeiros coccos.

tomavam exaetamente a disposição de esiapbylococcos,

notando-se entre os diversos grupos filamentos mais ou

menos longos. Acreditar-se ia nestas circumstancias tra-

tar-se de germens differentes ou de culturas impuras, si as

experiências não demonstrassem o contrario, A inocnla-

cão dessas culturas cm cobaias ou raios, determina a

morte com todos os svmptomas e lesões áiialomo-pa-

thologicas da peste, reappareeendo o micróbio nos tecidos

e exsudatos com o seu aspecto característico,

397

Nas culturas antigas apparecem formas involutivas

arHimolas corpüsotó dè configurações? diversas. ¦ irre-

gulai-es, *intuinescidds,

simulando algas, levaduras, etc.

Vêem-se muitas vezes elementos degenerados, uns co-

rand^se ;nnda. outros tendo perdido em grande parte a

afíinidade para as matérias corantes, ficando desmaiados,

havendo como qúe experimentado uma alteração que

poderíamos vhnmiw misnchromica. Essas modificações

degenerativas dáo a impressão de impurezas.

Todos os factos que acabamos de narrar, relativa-

mente ao polvmorphismo do micróbio da peste, que sào

aliás ousas conhecidas e referidas pelos que o têm estu-

dano. foram p<vr nós observados ne-ttfo de janeiro.

G bacillo pestifero vegeta muito bem á temperatura

nonnai ,io nosso clima, como tive oceasião de vêr no

Instituto Serotherapico Federal, onde o Dr. Gonçalves

Cruz ba tempo ja nào o cultiva em estufa. E' até prefe-

rivel nào a usar. Ligniéres, que fe/ estudos a este respeito,

üaiientãQ facto e dá esse conselho. «Sabemos, depois do

tmbajhü da Commissào allemà. diz esle bacteriolog.sta,

que o bacillo de Yersin germina em temperaturas baixas;

esta propriedade foi até utilizada «orno meio de isola-

.uentodo bacillo pestifero. Ainda mais: nào só se pode

cultivar o bacillo de Yers.n abaixo de 25*, sinão tambem

é indispensável evitar a estufa a 37-38°, quando se

fazem culturas diagnosticas com productos pest.lentos

provenientes do liomem. de ratos ou de animaes tle

experiências. Si o micróbio da peste se habitua depressa

;i crescer un estufa Còla) sobre meios artificiaes, a sua

primeira cultura e mais d.fficil; pode ate falhar.. (Ann. de

iInstitui Basteur. 1901. p, «07;.

Ligniéres fez varias experiências sobre esse ponto.

Dnersos tubos de gelose semeados com o sangue de um

-- 398 - *

rato pesteado eram deixados, uns no laboratório (18450o).--

outros na estufa (38°;.No fim de 4 dias, os últimos não mostravam colônia

alguma, ao passo que os primeiros apresentavam beiías

e numerosas.Retirando da estufa os tubos que permaneciam es-

tereis e pondo-os em temperatura' inferior a 25", as co-

lonias appareciam.Outra propriedade do bacillo da peste assaz insta-

vel é a sua virulência. Esta attenua se, perde se com faci-

lidade nos meios artiíiciaes, e com facilidade pode ser

recuperada mediante inoculações em animaes sensíveis.

Até osgermens extrahidos directamenie dos doentes nem

sempre ofíerecem a mesma actividade pathogenica, Ha

bacillos retirados do doente ou de uma primeira cultura

de 48 horas que só determinam a morte da cobaia anos 15

ou mais dias de uma infecção lenta, ao passo que o

cocco-bacillo de virulência ordinária a mata, por inocu-

laçào sub-cutanea ou intraperiloneal, no fim de 3 a 4

dias ou menos. E' preciso ter presente esta hypothese

quando se procede á averiguação bacteriológica de um

caso suspeito, afim de não concluir precipitadamente que

não se traia de peste, por não ter morrido o animal mo,

culado no praso normal.0 bacillo de Yersin apresenta-nos ainda, graças ã

instabilidade dos seus attributos. um pbenomeno curioso,

que já tem sido, porém, observado em outros microor-

ganismos: a faculdade de adaptar-se a uma espécie animal,

para qual se torna altamente virulento. perdendo a sua

primitiva acção mo.bigenica para outra espécie. Assim é

que o Dr. Gonçalves Cruz conserva no seu Instituto uma

raça de cocco-bacillus pestis extremamente tóxica para

o porquinho da Índia, a cujo organismo se accommodou

o cavallo.¦_-- ...i^rv-s^^— ---

0 asylo-colonia de Alienados em Juquery (S. Paulo) -

Pelo Dr. JULUNO MOREIRA

SUBSTITUTO DK MY0Hlà«lA « XKVKOI.OCUA

NÁ rACTJl.BAüK DA BAHIA

De ha muito habituado a louvar os progressos sanha-

Ta Estado de S Paulo, sinto hoje extraordinário jubüo

ir tctUlettoreada Ga.eta **W^.?,nàn de mais um pavilhão do magnífico Asylo-co

^Üse aquilatar o Srau de aperfeiçoamento ,„ora!

que *. o infortúnio de ^» ^£ ^ „do cul,

mento dos desvelos com que tratam seus

^TKltlTs. Paulo, que de ,a ,»„«, te, aab.dc

JL a frente da ,opafn^ «í^

real, adber.ndo, pelo exemplo, a todas as idea ^

male„a de „,-,-, ^gi* r. : *;:;;

lt aquelle Kstado brazonar-se c„.» . ".erecdo fo.a

1. dovo culto e moralmente aperfeiçoado.

ll£n, mui.oa out,oa departamentos do temtouo

00

vpiiir- as sobras de seus fartos

11M i»w ,el ¦,",r° ""d"nlrebentos en, Mo»(™ " P

, ,„.,„ ,„dos os nossos

asvío,: .«/ ;":;;,;:,„„, os ,—daa™ -i> rrrtvprno em SiU .- ,.* pntado os

'"n^tés o prism» pelouoalse .«» ••¦»¦'«•

patroas paulistas Qesano Wotta,-a quem1

AindaemlSMoallec; °

e„, se0 sraade relatçr.o

tanto deve o Estado de S. J ;;' .0,hill()S, o, loucos Lar

zr:;^^-'- "' "'mulo de doentes». iado a0 Dr: Secre-

Depois transcreva, o offu ^ ^ rpfipecliva

lano da ««' rPiauvamente dUreparta infuromeoe s . Ia

n0VM lisiylo para Q que

apropriado, os,n,c .„„, auU„,saQao.

„»'o-"»*"i91 *

s engenneiros e o

üma co.nra.ssao co«P°> p-referenc.a, ontie

„.. Franco da ftocb.. J» »» ^ „ , „.,„, delles.

Iversos terrenos o erce, o ao

un, oo Moooo . ou. oen ¦ J ^ ^ ,„,„,,,

iu.es *«* Mo- ma ,„„„. passam

perto de "ma .estação ^^del0-rio luque^cu]»,,,.,¦.*»- i,,s' 2i8»:o-"»*cr,«M "»

"C's para m ver n,acl,iuas. Ale»

t,, êdia de U» -"•"'„„,.,„, on> generoso par-

dlí »»'»" "(,CTeC: 6 a sendo .oco a ac,u,s,cao¦ . An terra sen

ucular. 10 alqueires dt

_ 401 -

• ¦ k'os Acerescendo a Indo isto a

chaemseu^Ensaiodee^llescrevia ainda ... P- » ;

¦ — Q „0 ,„, fetado

e,n uue se achavam ^ ^.

___^ envidar esforÇOScontinuava eom ene.g-.-

para resolver a questão. b José Alves deForam os benemer,tos pre idenU ^

^

Cegueira César e Bernar ,„.. J>^Jd „ ,,-

hora. confiaram ao d.stvncto ai .mQira

<*¦"¦ -sic":.::;;:;: ::¦-' ™s,a

vez neste paiz deu-se in n ^^ ;l cons.

0 direito de dizer quaes p.nncip , lieu.«e.-U.e a

traeçio de »*»»£* °£U 1 ,„, pratica estos

m,BSÍo de ao lado do .^'«» .„ „. pondeg ,â„ e.Ioriunad , Je

disP«do 't'Hr odÍRo^hanao ¦

Azevedo, a quem "1)!; , ein pralma paiavores pela alta compete cu qu ^ aQ

effectuar os preceitos salutares da n,B

serviço dos manicômios. Congresso InternacionalE,„ obediência ádec,saOa o Congi8g9Ftanco

dos Alienislas reunido em fusse füir

tóíü rira :—™t-s diversos e distantes

atrricolas paia autma

no território do Estado. bB aconselhado comoDe facto aquelle Conçret ,

^ compüStos de um

^•Sratc:»:'! rah°e.eci tos agrtcolasse,,-

402 -

.,„.,..„. ,„ cireum-lanci». » penuitürem: Desde pue nto1 i.nvai n velho hospício entãoera absolutamente aproveitável o vetno n

exisle„,e, de»dc qae a circua,s.aao,a de nao e &»-nd, mml Faculdade Medica, nao impunha a necc s,

:„;;:, ;. ¦< - -¦] >< rz:**¦¦ r,l''I":r ae»d„ente cm hns üe 1H5W ...

,„i ,. ,,,,„ em terrenos para cuja escolha

concorrera o alienií-Ui cujo noní o tantas vezes lenho

"" ¦ „arte das eoos, *»" -PicUO-rP"-

,„,„,? i,,o,iL..» ¦"• '¦"•':z,, He uamsunua, , 18 do Maio 4e 1898.. D..».*

;:;;: ,„....!,* *- "^ ""'"-minlio a inauguração da referida colônia.""

;.. a„i porlaau, Pria.eiro da ool . n.osou, porqeo

,„i „ parte „ae oo live , forlu... de v.r oon.pUda, m

nlena aclividade.' ,filltt esta apenas a 150Q metros do hospício,

Em.ilor d,ui....»™üJeWcei..n.l.rt. oia<e100 Uossobrtwü.^opan.-seostOpav;

-

>-. ¦ ""•'?'"';;:;:;:;;:;: :«c í.,llt, sinuelamente construído*, üisp-^io; uMU „ - , ,....;. u»ui estào os (10.1.nados ao.quatro pavilhões uuia uh n,

enfermos. • .,......-.,. <>0s (i0us restantes são reservados a aumimstiacaoe

.,. lio: w... í.um foi depois desii Io aortned.co

«uxihur « -a,,,, o oos ». a.sa, roup.™o.

P- los oHo P-HWes tea. "0 '-Ia d. ...

f(Mcào i durnuto.,0 com 20 camas, 1 banheiro 1 latrina

SI""n'os 8 pavilLOe. de.tiu.do. -s uoeutes pemoPavau,

- 403 -

rtSiL ao «empo da minha visita

20 asvlados em cada ^f^ Df franco da Rocha

„, Jomm.-y.Meo disttncto oi. v l ^^^ )á ,,„„„.

'"'^r^mn^^^sooueselbes-tmbadaddo

demente excesso de ». „ pa.D»»1™ "" """ P

,1 delados uns dulos •cientes, dons eram ande

^ de

,iwjes. Hojeoseníer ospu., „„

onten.o serio são mandados .«. ^

DüU5empreg»doSc,ndu,u ..

^ ,,,.

*•»«>»• l!lfe r o oa cosmlSa e no. gene o

Doüs outros faziam o seivito

serviço das creações. tui-inuW de 5 por

°i ;s::r:. w,- ¦ -'

uhando-os no serviço. . ^ colônia tinha. 160PM' r 1:s dosTaes mmto; validos trobelBPam

:i:;::;;:r':::c:e -*»--"calisal-os.ilU'H- , «sseio completamente livres; voltam

de 170 hectares de teiU q^ ^.^ ^^.^

^rnS^n.od.r.cultura.ereg belo'""

f S em vista os condições do terreno, o Dr. F. do

404

Rocha mandou plantar primeiro o (pie podia dar ais

prompto resultado: milho, mandioca, aipim, baiaia. fumo,

can na etc.Todos os detritos do estabelecimento sào aprovei

lados para a fertilisação do som destinado a ser cultivam;.

Ao tempo de minha visita ja alli havia uma roça com

tres alqueires de milho, um pomar com í-80 arvores

frucliferas, uma hoa plantação (ie mandioca, o uma boa

horta que provia regularmente a cosinha do estabeleci-

mento. .Os asylados em serviço eslão agrupados por turmas

e sào acompanhados por um ou dous empregados segundo

(, numero delles. Os empregados trabalham lambem, e

não exercem pressão sobre os enfermos, que so traha-

lliani quando querem: jamais são obrigados a isso.

0 trabalho delles é (ie 6 a 7 horas intervalladas

pelas de descanço.Unia turma trabalha na conservação da via férrea

que serve m> asylo e a colônia; outra cuida do estabulo,

outra cultiva os cereaes, outra cultiva o fumo e fabrica

charutos para os outros asylados, e assim per diante. 0

grupo que st- oecupa de horticultura vive em pavilhãoseparado dos ouiros e onde os enfermos gozam ila mais

absoluta liberdade.Os que trabalham, logo que sc erguem, às 0 horas

da manhã no verão tomam café simples e seguem parao serviço; voltam ás 8 para uma refeição ligeira com.-

posta de 200 grammas de pão e uma caneca de 400

grammas de Café.Saem de novo as 9 1/2 para o serviço e voltam ao

meio-dia quando recebem carne, arroz, feijão, farinha,

batatas, verduras.A's2 horas voltam ao serviço. A's 4. mesmo no ser.-

- 40õ —

viço tomam uma ligeira refeição,composta de aipim cosido

mi batata doce cie. Â'!s 5 1/2 tomam chá com roscas de

farinha de trigo.A mor parle dos doentes asylados em Juquery,.

provindo da classe* de trabalhadores agrícolas, não pode

haver duvida (pie a occüpação preferível para elles era

,, trabalho no campo, mesmo por ser o qne exige menos

esforço intellectual da parte do enfermo. Quem quer que

tonha visto os bons effeitos do trabalho era certa classe

de alienados, nào poderá deixar de louvar a orientação

que'o Dr. F. (ia Roch?. tem sabido dar a colônia annexa

ao Asvlo de Juquery.*

Ao tempo de minha visita a magnífica fundação de

n,e„ distineto collega Dr. F. Rocha, ainda não estava

inaugurado o Asylo de tratamento. Mas em companhia

delle pude fazer um juízo sobre a orientação scientifica

qiuí aquelle estudioso alienista tinha dado á construcção

da parte hospitalar do manicômio de Juquery.' Segundo as ultimas noticias dalli recebidas, já func-

iMonuiiM) pavilhão da administração, o da dispensa, tres

pavilhões da secção dos homens, uma enfermaria paralestias intercur-rentes e um pavilhão destinado á hy-

drotherápia.Os pavilhões para doentes que eu tive occasiào de

ver em via. de acabamento,, eram devididos do seguinte

1!1()do: um salão para refeitório, uma sala cie conversação

,. recreio. 10 quartos para um ou dous enfermos, 2

dormitórios para 30 camas, quartos para enfermeiros e

uai paleo onde passeiaráo os doentes.Terminados os trabalhos de construcção, o excel-

HMite estabelecimento de S. Paul» constará: de 12 pavi-

Ihões para doentes, sendo 8 para doentes eommuns, 2

_ 406 -

„ vir., os attingidos de moléstias in-

colônia attiogira a 1,000 o

query. . . „ lo„0 il0 Asyío-cokmia deNào sendo possível taze . ^ .lluminação

—ã—ã-cenriBiTo- ».-----ãr-aee-ryistallação. nala-Pan da Estrada inglesa e as

varias dependências do Asyic ^ .^ a

meio traecto entre a teteim

de construcçao de asUos ,cs em qnRp n!ir!l mudos doentes, assim com re8ulta.uma

;.-¦,-««.*,,.. -7w;::,:r,11, ,-rcertà motíotonia que oao eatisfacçào de assig-

lica> expheaoto-opre^ do t,m mitras emanesuiall live oçoasmo > B

l„,a,„™„™.dispondo talvez de ma .u se

Q ^ dls.Terminada a construcçao do ^

um bi0 chimico, dando-lhe fi iolo:gia, terá

407

1

., a„„ra dos nrais nerféi.os da Al,e,n„„l,a o da An.erK-a .

doN§^oieeS.ã1nuUbacin,ad6SíreS.oieraveis;«„5-

Faço V01M „„„ -; ;lea(imie!(r^f^^n di.incloaiie„,,aqne,,.aneione^V,C°q

1 pbeAsvlo-colônia de Juquerv.

pi deve estar convencido que «sons ia

KstauoneS. Paulo efabhssemeni,direclion de notre snvan. confie, . . ? e| àdòrrtij est íe créateur, rendra des sen.ce

„ science e, á ">—^ ^ ,,,„„ „„ „,„d„ de

^sr&z^.* —dei, 1 Franco da Rocha o acolhimento af-

distinelc eollega D . ; flj^ velhoe

fectuoso que me dispensou

ao novo hospício de S. Paulo.

Engenharia SanitáriaREFORMà DA PENITENCIARIA DA BAHIA

„„„,„,„ U*U^ ,oGove,„»d.K-.,polo

Engenheiro Civil ALEXANDRE GÓES

(Conchtsão)

Hygiene 1)0 SOLO

.CM. dar a e,,,„da uns .oare, na a,ea ,,,..-

¦ ntpppar a esplanada geral cmmuros, ateu ai a *-i

convenientes e arenar o

cota o declives

ul,MlU, |.o. canaiisacòes snb-

terraien,e"" ,..„ fim Depois ue preparada,neas apropriadas a este fim. uej 3

íj

- 408-

,ipv(. a esplanada geral ser convenientemente árbomada e

dividida em parqueseOa-mêdas .q.u* facilitem a mspec-

ção noeturna ».KuiFlí.ios DIVERSOS

,üs diversos edifícios construídos o por construir

,,.un da século, relação: prisões (2). refeitório o cosi-

i:aUaiatana, padaria c usina electrica etc., escriptonoe

ulmoxarifado. sanataria. nuircineria, serrana, enfermam

„ pharmacia, lavanderia e banheiro, guarda pohe.al {ir

efiCoh. e bibliotheca ele, residenciado director».

LUZ líLK.CTBICA K TELEPHONIA

()|,1>|;il011(, desenvolve o calculo da installação. ele-

cll*ica c cho,a assumidos conclusões: mo.oi' a petróleo

de dou, ovluidros.iypoNiol, força offeciiva de lo cavados,

deO,ado" a mover um dyna.no de Gramn.e, eom polia.

cH-rtM.i.. cMiiUiiiiu., excilação própria, enrolamenlo com-

pourui, polencia do 12 kiOvaUs, com uma differença de

)nltMlcisll de SO voltas, devendo produzir unia co.rente'

H.vaniuéres.d.stribuida por B00 lâmpadas .ncande-

SCe„te8 da mlons.dado de lü vellas e systema fc.uson.

yegue-so a relação dos appareihos e accessor.os da

n!SUlo!uÜdo a.loli-i.b.i.na.st-ràotMnpregadoHseisJiPpare-

l|l0K,;y*stcma Black do primeira o pilhas Leclanche.

Vigilância iílkctrica

Sào aconselhadas campas eleclro magnéticas (resis-.mivelaYe registradores, pequeno modelo do

doicncia e nun—Pe accrcscenta o Rolalorio: «Ku tenho imagmauo

mn serviço de vigilância electrica, cuja adopçào me pare,

,miVlW111(, No polygono uos muros uue fecha, a es-

t)lan;1da se inscreverá ...» outro polygono ae campainhas

. /\r\— *vn

eleci3lca5. rendosa vev.ioeaoaSgrrimado^pe^o,,»,,,»,, - iorerroníp.do. de ¦¦¦.«. , . .0 circuiKegundarnal recebido na pr

, ,_ ap. ir^p^mitiir a terceira o si--^ wi,:";;:::::r^r^^.»«<*» -. ¦ _, p..,, i •_ r"imoainha

i, ., , spii nonto rie par.ttn.a. Uiüa H,rt!U

::;;:;;:,:; ¦» d,,,.,,,, do. .o,. .* -i !.,.• cp-hn o serviço,cionados complctn. sc ua

Assim:1 toque indicará vigilância.

sentido,alarma^.

Orçamento

Todas as obras e assentamento uas ofíicirms etc

PSlâ0 orçado, on, 462:000$OÜO, aando „ ,,nn,,n o»

existente avaliado em 6*3:ü00$000.

Conclusão

Doderá conseguir

o

«E' fora de duvida que o Governo pcald n.ideravél mandando vir directamente para

b0 aada Penitenciaria Ioda a mareria prima on nno

importação e outros.Os fornecimentos ria Dri

repartições publicas, uos hospitaes etc, pbngacia ponciai, "<>- -..»——-> ->-

odem attestar o¦ partições publicas, uos u«.-.h

considerando-se as despezas asaldo supposto, maxinu

q ue e obrigado o Governo actualmente c •om o torneei-

mento m directo. m que foremTndoisSo,po,.én,,depo,Hleridocr11eno0o»1quo,o«

Governo resgatem as despezas j

~ 410 .—

„„„„,, passando „„ seguida a avilto os cofres P-bli- ;

COO'^o.aòoaa «fração aos p^ o, ja^^Mo-

Dep0 nri5S nroiectos detalhados de que ne-

ser ellu quast s.multanea, em vista . ^ de

deuW.oSnnen V?^tt°°"™^T'^liri&_icomeçar pela «onstrucçao de galpões p

pelaadopu.çíodoraiodaes.ue,* »oas ¦

' k; conveniente que na l«Mh* ^

..J_;„;c»..l.í.àn, afim cie aproveitasse a acuv.u

All„nas „ (orneci,ne„o d^™a «^ ^

contractado com a casa commerc.ai q

Go»er„o n.ais «arantias e ntu.orva ta en- ^

c h-,.D n niipstão orçamentaria, &0 o uuvtiS ",' ",

ompelencia pelo conhecnnento

exacto dos recursos ao seu ^^ m,^0 de

fm encarredo apresenta me ãodon0SSO es-,;„ aclualidade: é ass.mque a pre a a ,w»

¦adoCnaneeiro não tnepode per ut n I- P^_

ao Governo uma reforma completa do noss

~~ )nsienar uma observação geral,(1) Bmtodp o -'uso. de^

^" doBBtrabaiho8 4a Penitenciaria.r0laüva a uma convenienterrt.r.a adog devem ter um

Côm ofeito. os produetos da indu tn,_ ^ fftZur boncorrenc,a a

— limif°' í "'JIX -ni.lt'- esse desenvolvimento foi de tn>

inQl„tria pn-flicüiOT. Nob fcíta ¦ n pi.olriulgaqao de

ordem que motivou justas reclamaçoe.,

algumas leis restrictivas.

llX

- 411 -

,„e„,„ penilencano. *M:* >** |l^g£n,e o Brasil e um paiz ainda bastante, atrasado nesta

," ^'apr.sen.ando.Vesteramo.specialrlo.ervioubi ei. belecimenlos modelos, c,ae primam por sua

:;èToridade ge«i em relato aos specimens ,ue se

ohserva na velha e culta Europa. ¦ . , :.-to ma «P»<*° «>»''» recenle (l892!' eSOr:V'a

7.aJTwlr 1 - Is ElM^incnt PenuenLaii, dis

1'Ftat du New- York à El mira:,L',V"; sente, não se lem posto m Europa nenhum

svstema em pratica para .nelhor.r '':f "*",—

individual do criminoso»; eisso apesai t

Is modernas da Europa. e,„,ua o iraclaorenlr, dosPdelentós

se acha incontestavelmente melhorado.'A

Penitenciaria Nacional de Bennos-Ayres os

estabelecimentos congêneres dos Estados-Unidos, molda-

„os Sr o ÈMra-BrJoriiatory. devido ao gemo

t°L le Brockwa,, constituem no assumpto a ulum»

exp es* de eperfeicoamenU, corrcooiooal. Como poderia

^m, pingar alé a a-"™, , :-h„ nroni^sa das outras nações? Iodos poaem

indeléveis ao p*ogi-eao*Jnnmnrehender o meu vexame.

¦ 8e ia necessário, paro agir correclamante, que eu

comoça or aconselhar a muda„,a da Penitenciaria

„'io ar conveniente, eollooando-a n'uma etninen-

S^I^ bastante ainpta, para permiitir aos de.an.os

nsosò de um grande horizonte visual.gÊ,

sgoidu, n editicio geral deveria emergir ,0 solo

alcbiteclun, gracioia, sem deixar vestígios dg

císarões legubres. onde a juslipr hfiman. se no» aflgu.a

1

— 412 —

¦ i ,. hi-, dos meios oroprios paraum algoz. Depois, cu.dar-s.-hu, dos

rir^sr^-Além da instruo primar a t da »

.,„,,,„ a eiucaCTão intellectual . ,no,a com.. ^

]€cendp.se exe.c- ¦ „) . _ diversas oínemas»»"» ",,rop,",<,ü' ?

"T ":""pteiuizo de outras que

precedentemente md.eadas, seu Qme ,oPainda

podem «' •«"»»"*«;*DSe tu™de .Ktr»d«. cad.

r^t^^o"- -ente-£T£S -—¦•:,;•';;„. sSSL^toTpovsa. conducta; e.-«»^

; ^ lWt0.

A disciplina e tudo «Uenciosa*

,,„,„, todas as m^b^do^ ¦ ;.iii.iünllM. c„da

. detento terá a sua cad ene ; .nlivin(ln ljue sft pro-'«¦»»« "UaW". ""t, Ide sociedades de patronatonuiva entre nos a mnuuv detentos, uma vezpara durou, Uabalho ou a.npar ,ua, „ss C(ll.Ltituido, . Itberòade A c n • ao ha*

^lula8 s6 deve ser manada ata «mI.J n

„^ureftalartosáregeneracaoAna

ser ^ ^

1't',ÍSaV.^.l1tte^;rdaS»a educadoPenitenciaria e no aperreie „arlàu.merito, sendo

Deven, exisir duas especes d.a ca £

a relativa ao contpor.a.ne o J lim ue

menlo. listes méritos devem sei d.sti.t

Mtf4

— 413 -

,.,„ dia de trabal podendo um só detento receber

S,. numero, se ass .mereee, No dura de ad -

man„. se fard a.substituição dos merdos adqu,,,dos pp

—-:: ::d—,:::;::: ,:::;:;;;:,,:;

1 da„eperteiçoa„,entomoraldosdeten.os,pelod^vLuL ou emulação entre ell^eeoms,^,^.,,,.

Emcadaanno, antes uo dia to de No mb o o

Director do Penitenciaria apresentará ao Governo a «ela

lL os detentos que iiveren, maior ero de mer os

U assim instruuções annexas que possam ecltc o

]W,0 reformador de sentença, ler-se™, oe

:;::.i::,::::;::::ra;;:;:: con, unesuo, d:

l^a.jera então proclamada a sua re,en ç. eo

nu,su,o rest.uiuloá plena l.berdade. Uso po.einao^, , lh(s9 será o detenio novamente oco

„,:;:,,' u ** tômaiw» p.™ ««w™ - .-esto «..

SMICi:^;e::s crimes, de um ,oodo ge,.a, deve,,, ser

anda „ juizes singulares, eo.no se procede no c.,.1,

, e desta sorte, a instituição do jury, cu,o des-

,a Ide-se aos vícios do systema demoerai.co, que

„;,"',,!„* de resolver os mo.nentosos problemas das

^^""pri* o detento sou,,,, u,„ novo .

,,„oro inquérito sobre a sua -ida, seus anleee entes

;,s maiores, o qual será archivado e eonst, a ajn-

lueira base de sua biograpbia. Esse documento pode.a

1

._¦_ 414 .

cns0 de hvpocbrisia.*

prestar a administração salvo ^^ que'devem ser

m0,„ii,,,ías no trataojento nd ^

oe,,n, logar pvo.a.elntenla a ££

-^ ,ijvidi(1o» em

Os deterüos devem dquuldü, A estas

„,, en.hegorias, sego,* _os , be„, assnn

categorias correspond »» as

re,e,ço>

^al.as p.oporc.onaes ^^ ,0 dwJCnvolvimen o

, . ,„„ cuidado especial c nW Na op.,„,5o

dà^™*'.1"!" Ptse,ninente pratico na es-

a„„r,saòa ao Btockwj. ™» „ «conhecuta, os

p(jCie e cuja reputação eunnnaitnportrtm;ia.

res .actores principaes pia -Ms&(jae(iucoçá0«

,,,a,ivas a regeneração d sc - ^ ^ r

CBduCÍ...».^"'*»: '*J,,,„<„,„,ia

conscencn,-.uw indiviàuo avo/ ado. , isc0 Herboso,

KBta oninião é corroborada^ Eíadios Pe

publ,cista iilenn, eo, soa aosa obra

nitenciarios' de los pr.ncipalesíHabie„0„ .nan.fos q?» ,, ^ ,„„„

objetos de la pena es cor. u q ^ y sall0, es

ioiverio a. sen socai cen,o ^^ „,,,,.

evidente que la instrpcco, ^ Br-Ü ,„, ,„•.

d W >"'*'!"" e '': banhe en la 1— »e

bncente. . . * .Todo lo .qu )C;Ulllill,se a P i'

«laciona con <¦ *»«""* f\ „„„ 0e loa P«'«'liale

feccionarla. . * • ^^J^ penado, es ev.dente que

¦ i.j uciiii educai *u f**objectos de ia pena4.Í. principiarse por In*™». ....

^^ . .^ „,„, sâp

E' conveniente aecla.a. U> ünáo e pU.

contrarias bs nno sustente, e«^ P ^ ,,.c

bUcando a traducção de ^ M em dadas

a Pena de Morte, que, altas,

«L\\\

lio centigrammas d e-tas"^ pARI^2^J ini«i|-|

I a quinze ^^^M^^m^^^jT|a|"aOL,a»iÃ^'' ^^^*^a^ff^«^^^^riei

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1 J. F. DA SILVA LIMA |1 >;i iS;i.ii:i 6W-.

tá*

•fj Anemias d« qiiitlquin- '»! í.n1'"'- «"gütu Nervos,. por Vg

f! ,,,,.,,..., ,'Ip iriclin-rrúi ."i alinso das varieis íimr.cues, Dys- ||fpèpsias eman.-s. pulo Vinho HeioiiMiliii.ite

|^iilr kolü. <?iiiiiliiit» ¦¦hoKpIiafa.lo Mh» JgXIillllil.

& Tosses Gatarros, Bronclutes, Coqueluche. Astlmia. ^1 Intíuenza,' Pneumonia. Tuberculose enmni-si; oil sfu. j»« fionsideiave snlis melhorados |.i;l... Xarope fcilva

|."È Uma. peitoral ealmanie.

I- As Affecções da boxigii tí dl. unjhra e algm,,^ #

1 irritações dns rins tfim no Alcatrão Meif "oico Sil JL

Sval.lmu.qnu « «xtruordinariamenle p.fficíiz nos casos ||

Tn do. trono: rhéa. _§•fj Contra Rlieumatismos, Páralysias, Benberi. Ne,

||« vralgias Contusões. Torceduras e Incnações o uso g,geslprno do ©pmleliloc Verde Silva Lima e de.g

|| b-fíicncia real. ||

H Doros de Dentes i-odoin |ii-.õin_r>ta!.»-«?«I« á primeira JJtapnhcacfm das Jf_tttt.ii» l^aíglnas Silva Uma.

|% Tnlns éülsa nM"ln-:in"!i'os sàn o.^!'iipnli>siimenU) 1|4? i .,i i,,,i,, i ln-nii-ti .ÍMiíii mac-oul-ico Nil- fg»

tá»I preparados mi Cnbnnüoriii (.Id-ni.-.. -Plnii maptiii-Uct._^II |

I? vai Uma. Hiih a diroecHn do Pliarmaoeulioo .1. I-. ||

1} DA SILVA I.IMA.li»

IaPPROVADAS PELA INStfHXTORIA l)K IIYfillíNE.»

Á VlítNIlA NO

I_íi-íorntorio..Silva I Auisi/.">- /?íift r/os Ourives íõ

IIAII IA IJ^|$^.^»$$*?f9'f'*Ç'Ç*$^^*r^*^^^?W9íS

-. 415 —

prisão ceUu.íar. ,¦A minha situação iniellectual está, jlQ* n «Ia paru

;!Ta;:Lrá:^a^o:;;riqUeB,5ofcom o regimen .dòptado por Broçkway.

para que 5e poásaajaizar da importapc.a Hgad po.

iriaticaeiementaivPPV^01^ .i • o tnd-m -isa-tes e of fiei nas em getai.

lelegraph,a .oa,aa^ l2 pilrte ali da

"'¦'T1', H, er 1 e 4000 volomes, se.ado bea, prgan,

contava ella cerca pe p^tabelécimento e bem

assim .egulamenloseapecaes-O se d.rec

utn detento. 0 numero das consultas sub.o

30.000, no anno de 1888-1889.i ,n 1800 [Yenr-Book l\cw-

No B„|„u,r... «nn.i«l ' * ,,., lè& s„l,re o

y0,.fc «,,,,, Ke,,r« : 2 „.';„„-.« «.»! ^assumpto o seguinle ireeho m. I. .inci|iaelle

1ÍRUda:Bsc„la.u„u,v,.u,,n,M—;

¦ "-o, ,

«Eslé anno, ma.a ütM,uo «ie aqI u ¦•" nles

mais larga escolha naseleçao aos Um os e

resultados.... 4

416 —

Ninguém pode por em duvida a influencia para obem d(3 um livro bom.

Ella alcança, homens a que nenhuma outra influencia

poderia allingir. Nossa bibliolheca encerra agora uma

grande proporção de livros que são freqüentemente

publicados como convenientes para homens moços. Aspi-ramos conservar este departamento do trabalho educativodo Reformatorio no mais alto grão de perfeição possivel*».

feio conjuneto desta disposição, vê se claramente

que a tendência da civilisaçâo moderna consiste em dimi-tinir a estatística criminal, promovendo a regeneraçãodos cidadãos. K-me excusado dizer que os systemas pe.-nitenciarios em voga, poi' irais completos que elles pa-reçam, são incapazes de dar uma solução estável a esle

grandioso problema. Com effeilo, apreciado em suas rela-

ções geraes, um tal problema, pode-se dizer, confunde-secom o próprio problema humano. \i preciso, pois, que seharmonise a condueta humana com os motivos liuma.-*nos e que o Iripiice aspecto da nossa natureza sejaimportantemente regularisado por uma vasta synlhesereligiosa, comprehendendo simultaneamente a sciencia, amoral c a industria.

Sem isso todas as soluções suggeridas pela anarchiamoderna devem ser irrevogavelmente consideradas como

parciacs e [Ilusórias. Subordinai* o egoísmo ao altruísmo, aanalyse á synthese e o progresso á ordem nào é assumptoao alcance de nenhum systema penitenciário e sim uma

grande aspiração que a Humanidade só reserva ao futurosacerdócio.

Aqui termino estas ligeiras e incompletas observaçõesapresentadas a titulo de subsídios para uma reforma doregimen penitenciário entre nós. Acreditando na regene-ração effeeliva de uma larga porcentagem dos detentos.

*%1IIMBm£W^lv#W^*!^~^l*m'~m' -——.;*!—.

-- 417 -

evito possíveis aceusações declarando que nâo me inspi.-*

rei em meras expansões do sentimentalismo, nem admitti

n irresponsibilidade moral do criminoso, suppondo-o utn

simples doente no acto de perpetrar 0 crime, apenas

segui o curso natural das idéas modernas, que não fazem

mais parte de nenhuma escola, mas que se acham meor-

poradas ao vasto domínio das concepções positivas da

Hmanidade».Bahia, 20 de Março de 1902.

Alexandre Góes, Engenheiro Livil.

Fragmentos de HygieneOs «'Kcarradores

Não ba por ahr senso "mediocre; que, ouvindo a re-

commendação encomiastica dosescarradores, como instru

mento hvgienico, nào exprima a desnecessidade dessa

insistência, tào commum e trivial essa idéa anda já nos

mais minguados conhecimentos. Entretanto nos mais altos.

nos' mais"Vdücadòs, naquelles mesmo cuja cultura profis-

s.onal pareceria poder assegurar a defeza conveniente

desses preceitos, nos médicos, a-todo instante se observam

as mais flagrantes violações dc uma precaução dc aceio

que se impõe cada vez mais, como elemento de defeza nn

lueta anti-infectuosa em que estamos todos empenhados.

Já ninguém ignora a terrível ameaça que é o escarro

em morbos infectuosos, como elemento de contagio: para

Mão fallar senão de um, a tuberculose, o peior dc todos,

nào ba artigo, monographia, volume, oração, conferência

sobre o assumpto, que nào mostre o inimenso perigo do

esputo. meio dos mais cominuns de transmissão dos

germens. A guerra ao escarro vem so fazendo tbeorica*

mente de muito, todos os dias incrementada pelos oonhe-

ciinenlos novos da nocuidade do inimigo.

'¦18- 4

Heller qiii* dar numericamente a medida do pe.igo

,.„„„,„ ,, nn.nero de bacillos pn, centímetro cnlnco ne*

tuberculoso, e de seus cálculos approx.mados,

,:,„„.„„. ,„tl,in,,s a realidade, verificou a ex.s.en

1 "

dc ...» n.ilhf... - germens, pnr cada „,,,: como o

;.;.,,„ „. K.ssc deter .a ...na expec.oracao med.a d.'

:-.s,r , 30 .oilbõns de bacillos de Koc,,re,e,ados

!„„ borcn.os -a infectam bre. a«.

,,,,,„. .noveis.pannos.ondecahirem, opor suas poei as,

:;;;;;;;; ,,,,,.,,,,„„,»^««»«¦> ^f<-- "™-"'""Xcss

procur,,,. n.ve, chegar a determinação,

nesses tantos bacillos, quantos b-astavam em ...inuna para

iubereulisacão. Con nu ro debac, 1 «,n.

(..ii nma diluição de escarro, diminuiu ainda o titulo de-sa

,U(M, s quantidades de gerinensepulvensou-odi^de„,'l0eu, 11 deram resultados posevos, exposto a

;MÍS!K,c de , 65 a 230 bacillos. Consegue, mesmo -

LrcHiianr nm animal com a dose mínima de á8 bacilo..'

vt- por conseqüência, que se a sem.nteirae pro-

,„„„ „ls,;i:,u,nbere„los„l,be,,ae,n,ncd,a720,n, nes e

I bios por dia, contando 24 accessos quoi.d.anamen te,

, „s,„bercul«s,,s formam. om «erpo da popnl -

„I„nd„(C™,,c/,e,-». bastam .nndestamen.e mu.tn*Uca*

sementes para a.eclosão do morbo terrível. ,"o

idere-ae agora: si os altos tuberculosos nao

distem a 24 horas de luz solar .directa {Flugge), s,sao

m presença dos saprnpbytas banaes, nem sempre

e ,as ns condições de le.balidade promple; por vezes

: 1 persistência vivaz, Jesanimadora: rcsts.em ate 8

0 is lc pntrefacão dos escarros (T„ma) e a.nna mas

í!-.«"ata(ScAí«;e ÍYscfer); vivem a.nda após 10

419 —

mezes na obscuridade {Feliz e Zdgieny desseecados os

escarros mostraram-se viruientos entre 2 semanas e 2 me-

__ (Koch) »pôS 95. 148. 186 11- a ScA/U •/'«*"¦¦

após 150 dias a Carfdac c Maliet, até no fim de 9 a 10

mezes a Toma.Digam-me agora s, é de espantar ser a tuberculose o

flagello assombros de nossos dias, a praga mais dizi;

inan.e que quantas, mumndo todas as energias mdiv.duaes

e ameaçando mesmo em sua formidável progressão a

espécie, quando, embora scienles, dos recursos de d.eteza,

nos quedamos na differença culposa da inapplieaçao¦ üo

mais rudimentar recurso-da lucta anti-phymica- o uso

do escarrarior hvgieaico, insistente, continuo; de bolso, de

mesa. de parede, de piso; em casa, na rua. em toda parte

Kstamos todos convencidos da utilidade maprec.avel

desses pequenos apparelhos; destinguunos as vantagens... , ir r e..w„-,;,i Guelna. V-aquier, ! etu,

dos de Defweiier, _.imy-, -o*-...-¦¦•--, •-•• -»i > i

Ghauvain, Liehe, Leune etc, entre os de bolso, de Seabury

& Johnson, Schrõtter. bchinid etc. entre os de mesa

ue Proedohl, de parede; Schmid, Gambin. e Delgado,Knopf,

Cr.tzman, Ribard e tantos outros inom.nados. para uomi-

cilio, Guasco, Belouet, Gambin e Delgado, para eollecl.v,*

dades, ruas e praças; discursamos sobre materiaes de que

devem ser construídos, a inocuidadee segurança do uso,

facilidade de ace.o e manutenção hygien.ca, tudo, tudo,

mas nào quedamos na estagnação dos desid.osos, eus-

pindo e escarrando por ioda parte, sem cuidado, sem ea*

crupulo, sem hygiene, sem consciência, mas perversa e

criminosamente, porque do nosso dever temos o conheci-

mento inteiro.Isto a classe media, a classe elevada, a classe culta,

os representativos e os dirigentes.... que dizer dos qu-

,,-os do povo, da gleba, do inconsciente e do miserável.

420 -

Entre nós o.s luxuosos ou modestos es.carradores queexistom são os apparejhos do faiança, de vidro de meia!pousados a chato sobre assoalhos ou tapetes, recebendode longe o escarro que se lhe projecta: bem merecem oepigramma referido por Knopf-são rasas Pm redordos quaes se escarra. . . . Quando o escarro nào cae fora'ias bordas, íixa-so nas paredes afuniladas do vaso, uessec-c-a-se, contamina milhares de moscas que ali, vêm pousara n»s tauisiniitir depois as roupas, aos cabellos. á pelle,aos alimentos os germens recolhidos em profusão'

Spillmann e Hauslxalter e Hoffmam chegarama demonstração de oue esses nojentos msoolos aearre-ia») nas patas, nos rostros, no esiomago e rejeitam pelosseus excrementos, bacillos niimeiosos da tuberculosecolhinos nos escarros em ,,„,« pousam e vehieulados aol,olm'm ";l "dinddade impertinente «un que vivem com-nosco.

Isso s«* nào daria si soubesse proteger o escarro emescarradores hygienicos ao abrigo das moscas e desíruil-oconvenientemente depois.

1,0 (1.eí4»ceio habitual em q„e permanecem por faltade lavagens assíduas e vigilantes, dessa immundice ver.gonhosa que por ahi se vêm-caixas contendo areia e emqutJ"' C'0S'!H'~ " (le!CÔro n,,||> permüle julgar: são sujidadesrepellentes eondemnadas por si mesmas

Vej;t.se agora, num paiz em o,10 todo ., mundocospe o escarra, pois e un, faclo ja verificado que nospaizes frios, essas espulacões são muito menos communs,0(1,11 '»»a pobreza, uma incúria, uma desídiu criminosade escarradores e de seu uso, si é admirável, mantidas nomesmo nível os outros meios de contagio, que o tuberculose dizime e chacine legiões inteiras e tente progres*.sivamente nos subverter.

421

Ha dias tive oceasião de ler numa repartição publicanesta capital o seguinte:

Aviso ao PublicoXo intuito d<> eoitar a propagarão da Tubercu

lose e di certas outras moléstias contagiosas, a Dirá-Ctoria Gerai, dos Correios pede ao publico que seabstenha de cuspir no chão. .

Procurei os escarradores que deviam insistir nesseconvite e um só, dos nojentos usados pelo nosso desleixo,nào pude lobrigar: o aviso era platônico, papel dè effeito,mas invalido, como tudo é entre nós.

Oue medico ao prescrever as mesinhas palliadora.sa seus tuberculosos cumpre o seu dever aconselhando oescarrador de bolso e obrigando o seu uso, pela deinons-tração de sua utilidade? Ignorância de muitos ou receiode lesar a falsa vergonha da clientela, e por conseqüênciainteresses directos do medico: está ahi nesse dilemma jus-tiçada a classe inteira. . . .

0 Brasil possue unas Faculdades Médicas: em nen-huma dellas se usa ainda escarrador, si nào nas salasde cii-cumstaneia e cerimonia, talvez para os momentossolemnes e esses mesmo sào os cointnuns anti-hygienieosde louca ou de metal, sujos quasi sempre, em redor dos

quaes se escarra. . . . e pelas salas, pelos ainphiteatrns,

pelos saguões escarram professores, alumnos. subalternos.ia administração e esta própria. . . . e sào médicos uns,seiào médicos outros, estam sob vigilância medica res-Jantes. . . . Qne se dirá de outras collectívidades? . . .

Lucteui as Ligas auíi-tuberculosas, mourejem, c -n-ferenciem, disseminem conselhos. ... o principal está porfazer, é a educação hygienica do povo, porque para nossadesgraça nào era só preciso sermos débeis (ie corpo eespirito, somos sujos também. Afranio Peixoto.

422

Obltuario geral da Capital da Balila noanno de 1901

(Ccnclusâo)Tuberculose —Foram apurados 629 óbitos desta moles-

tia durante o anno, sendo 43 em Janeiro, 55 em Fevereiro, 42em Marro, 51 em Abril, 53 em Maio, 54 em Junho, 51 emJulho.; 56 em Agosto, 69 em Setembro, 58 em Outubro, 48 emNovembro e 49 em Dezembro.

Sexo—301 masculinos e 328 femininos,Nacionalidade- 618 brasileiros, 292 masculinos e 326

femininos e 11 estrangeiros, 9 masculinos e 2 femininos,Estado civil—492 solteiros, 103 casados e 34 viúvos.Edade—6 de 0 a um anno, 12 de 1 a 5 annos, 5 de 5 a

10, 88 de 10a 20, 207 de 20 a 30, 150 de 30 a -Í0, 90 de 40 a50, 47 de 50 a 60, 11 de 00 a 70, 10 de 70 a 80, 2 de mais de80 annos e 1 sem declaração.

Nestes últimos 5 annos í\1897 a 1901) foram inimmados3222 cadáveres vietimailos pela tuberculose, sendo 1651 de masculinos e 1571 de. femininos, o que em relação ao obltuario

geral (25,614) neste lapso'de .tempo dá uma porcentagem de12,57, sendo que a deste anno foi de 1 í ,57. Pelo quadro se-

guinU; se apreciará melhor estes algarismos;QUADRO d<> obittiario por luberctdoses nestes ó últimos an

nos com relação ao obiluario geral rtesse mesmo período| II

ÓBITOS POR f £.,„„...„,.,,, „o.o °-2 0BITUAR10 GERALTURERCULOSES «,=

ANNOS °j>, . ^ ^3

.. .

M. F. i Toteí i; " g

' M, F. Total

1897 349 287 639 9,08 3,819, 3,116; 6,9351898 316 315' 631 13,84 2,433 2,125; 4,5581899 370 3181 688 12,47 3,126 3,390 5,5161900 í 315 323 63814,88 2,171 2,117 4,2881901 ..,; 301 328 629 14,57j| 2,253 2,064 4,317

Somma j 1.651 1.571 3.222:12,57 13,802 11.812 25.614

Classificação dos grupos de moléstias que deram causa

aos óbitos occorridos nesta capital durante o anno

de 1901.

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_ 424 -

Observações—.Apreciando os grupos de moléstias pela suamaior cifra mortuaria, vemos que figura em lo logar o 2? gru-pò «outras moléstias geraes» rmni 1126 óbitos, sendo que atuberculose concorreu com 629, o impaludismo com 339, oscancros com 47, a syphilis com 41, etc.

domo se vê, a tuberculose continua sempre como o maiordos faclores da mortalidade geral. Embora tivesse feito menornumero de victimas do que nos annos anteriores, sua obradestruidora contínua, sem que tenha encontrado ainda umobstáculo poderoso contra a intensidade dos seus terríveisestragos, apezar das providencias que têm sido adoptadas paraaltenuar os seus effeitos, até que sejam elles completamentedominados.

O impaludismo tendo apresentado um resultado superiorao do anno de 1900 (98 óbitos para mais), decreseeu cm re"lação aos outros annos.

Em 2o logar vem o 6o grupo «moléstias do apparelho di-

gestivos com 712 óbitos, sondo a gaslro-enterUe com 227, aenter/h' com 107, a diarrhéa com 96, a cirrhose e a hepatitecom 48 eada uma, cl''. A gastrõ enterite íeve menor desen-volvi mento este anno que no de 1899 e maior nos outros an-nos, Islo é de 1897 a 1901. Com a enterite observa-se o mes-nio, porém addicionando-.se lhe o resultado da entero-colile,encontra-se apenas uma differença de 4 óbitos para mais em1897.

Reunindo Iodos ns óbitos necorndos por diarrhéa, gas*tro-enterite fi entero-colite, vemos ainda ap-plieada essa mes-rna apreciação o então temos 368 óbitos para o anno de 1897»Í22 paia o de 1898, 677 para o de 1899, 411 para o de 1900

e 466 para o de 1901.

Km 3o logar vem o 4" grupo de «moléstias do apparelhocirculatório» com 423 óbitos, sendo as lesões do coração com237, a arierio-selerose com 137, os aneurismas com 27 etc.As lesões do coração contribuíram com nm contingente menoselevado (jue nos annos anteriores, nolando-se, porém, o inver-

- 425 -

soem a aHéio «fero», onjo «^«.^ """" "'^

Pior ao d'aquelíes outros annos (1897 a 1901).

Fm 4o logar o 3» grupo «moléstias do systema nervos e

cereferaes 196, com»**» 38, mangue 54, «pi^ia 17, etc

Em 5° logar o 5o grupo «moléstias do apparelho respr-

9«R sendo de bronchite e mtWio s#oçanieratono» com 28K, senrto ae

188 broncho-pneumoma VI, pneumoma 28, etc. Iodos cs..s

™;„s conservaram — ordem do anuo passado.

lím fi„ logar o 15o grupo «nal.i-mort.os, com 269. De

,„„„ anno tem augmeniadc o nume,-,, de „al, mor,,» eu a

eifrabast»nlee,,adaestea„no^)-S-3.U,ra urdem numérica dos óbitos, nemnudo este lesuiia^ m

^n,urasob a denominação dê «após o nascimento, .n.^

alvez Por falta de cuidados especiaes e impeneia de muitie

q se entregam aos trabalhos de parteiras, aa.qa.aea. por

sabe?) vão sacrificando tantas vidas e roubando a patna um

doif seus principaes elementos de desenvolvimento e cresci-

tio . população. Já temos por vezes pedido para esse

:» apenas competentes e também para o gr.nd

numero de oreançaa que deaappàrecem vicümaa de lelanoa

infantil.Em 7o logar o 11» grupo .moléstias da 1> edada.» com

247, sendo de tétano infantU 168, denüção 21, fraqueza

ronaenitaW. hemorrhagia umbilical 14, etc.°Z

8. logar O » grupo .moléstia, mal de nidas,.com

246, sendo de í^fti*» 1^, após o aãscimento 57, es^oío

neroosó 13, etc.

Em 9o logar o Io grupo «moléstias geraes epidêmica».

com 188. sendo de benberi 101, febres typhica^, coquela-

cke 16, infuenza 9, «Hinoía S, febre amarella, sarampaoedi-

nhteria 3 cada uma.' Em 100 ,ogar o 7o grupo «moléstias do apparelho genito-

..- 426 -

llriMno.W-. «- Í'm"**^'*

"'aít'^«*2,,,,n ^tiasdavelWc,.^;

123 de marasmo semi , tecidoEm ,2» logar o 9o grupo «moléstias da pene

,, , ,.,„„ f>7 sendo de erysipelá21, etc."""";:; „;»;. * — ™imir.ri*--Km 15o |0gar o 10" grupo «moleSlms dos org

"""''^ T

"tos Continuamos a lamentar a falta de remessa

Nascimentos ¦ ^nh ,|e

,e multoBdosmappasrioexUac.todo.eg ^ ^dos Srs. Escrivães de raz nos ».s - -rf

,°„ dos 20 somente 9 nos remet.eram os mappas,

—;i::ir-ü— - ^-r ato*° mw"

;;::;t'i,:^::::r-™-»"- •>. uio ,. í-6 nati mortas.

Santo Antônio-oi» *• to

Victorio-2ob e 32 nali-mortas..„ « ._...: mnrlas fsó Dezembro

fírotas-12 e 2 nati-monas ,..

Penha-Sil e 20 nati mortas.xr„.v,,y//,__i58 e 13 nali-mortas,

n!l< dois de crianças il.egit.ma-, 5 de masculina»,

;:;rs,^:::::;:':in::nr,das,oo,,,,1-7ia,-

ciivo asvloDe

nas do

- 427 —

)jmas-31 masculinas é 26 feminina, e 69 megitima,-38 ma*

enlin» e31 femininas. bra/iHroS-280 ma«cn-Nacionalidade dos pae*-r>vO te bra/..Uros

(ianhóeBl 2 femininas de allemàes, 1 feminina de he t

U„,8„„ 1 „„»*» de *.*™ e ^e

', ^ ;

lina e 1 feminina de brazileiro e tranccza,

... „,oc p brazileiras —io mast-umiaone português e Dçy. mas„ulina e2 femininas, 4 de

, j. iraaipyos brazi eiras -1 mascuiiiici o^3 de ingleza ma mas,nlinaB e 2 femininas, 1 mi s-

. .,.a,.il«.ra. 1 hmin.» « IW « b~ ^ , 266 „„,.

ninas e 23 de pães incógnitos--8 masculinas

e das natb-mortas 56 de pães braziieiros 3 mascnjino

trinta, 1 ™scúliná de portngu., . br.«l« « «• -

bailei™ e pães desconhecidos- 38 masculinas e 31

ninasCasamentos -Effec.uaram-se nesta capital durante o anno

355 casamentos, sendo:

Fantre solteiros 20

Entre viúvos e solteiras ^Entre solteiros e viuvas

Entre viúvos...355

23, Brotas 15, Penha 24, Mares 25, Nazare.h 20, Itapoan 1,

"^ A,ém des.es casamentos foi registrado 1 realisado em Paris

em jdlvâo, -,« soU.iro,, in,l« . br..iU.r., o homem *

— 428 —

27 annos e a mulher de 20, o qual não figura nos mappas por se

ter dado fora do paiz.Por mc«s-Janeiro 17, Fevereiro &>, Março 30, Ab.il 22,

Maio 31, Junho 27, Julho 23, Agosto 21, Setembro 40, Outubro

24, Novembro 28, Dezembro 53.

.Soneto as nacionalidade*- 315 entre brasileiros, 1 entre

portuguezes, 2 entre italianos, 2 entre allemães, 1 entre smssos,

4 entre africanos, 20 entre portuguezes e brasileiras, 1 entre bra -

zileiro e allema, 1 entre italiano e brazileira, 2 entre allemães e

brazileiras, 3 entre hespanhóes e brazileiras, 2 entre suissos e

brazileiras e 1 entre inglez e brazileira.Em resiimo-315,entre brazileiros, 10 entre estrangeiros,

| entre brasileiro e estrangeira c 29 entre estrangeiros e

brazileiras.Segundo as raça* -42 entre brancos, 3 entre negros, 54

entre mestiços, 2 entre brancos e mestiças e 251 sem declara-

ção. Não sabemos a razão porque os Srs. Escrivães não tomam

estes dados, afim de mencionados nos mappas respectivos.

Edadés -31 homens de 14 a 20 annos casaram se com

26 mulheres de 14 a 20 annos, 4 de 20 a 25 e 1 de 25 a 30;

l'>7 homens de 20a 25 annos casaram-se eom 1 mulher de

menos de 14 annos, 62 de 14 a 20, 41 de 20 a 25, 16 de

25 a 30, 3 de 30 a 35 e 1 de 35 a 40; 101 homens de 25-»* 30 annos com 21 mulheres de 14 a 20 annos, 42 de 20 a

25, 23 de 25 a 30, 6 de .30 a 35, 2 de 35 a 40, 2 de 40 a 45,

1 de mais de 50 e i sem declaração; 41 homens de 30 a 35

annos com 13 mulheres de 14 a 20 annos, 11 de 20 a 25, 6

de 25 a 30, 12 de 30 a 35, 1 de 35 a 40 c 1 de 40 a 45; 21 bo-

mens de 35 a 40 annos com 4 mulheres de 14 a 20 annos,

5 de 20 a 25, 2 de 25 a 30, 7 de 30 a 35, 2 de 35 a 40, e

1 de 45 a 50; 15 homens de 10 a 45 annos com 2 mulheres de

14 a 20 annos, 1 de 20 a 25, 4 de 25 a 30, 1 de 30 a 35, 3 de

35 a 40 3 de 40 a 45 e 1 de 45 a 50; 7 homens de 45 a 50

annos com 1 mulher de 20 a 25 annos, 1 de 25 a 30, 1 de 30

a 35 3 de 40 a 45 e 1 de 45 a 50, 9 homens de mais de 50 annos,

— 42»

com 1 mulher de 20 a 25 annos, 2 de 40 a 45, 1 de 45 a

50 e 5 de mais de 50 annos.Profissões^ medieos, 6 engenheiros, 2 magistrados,

cônsul, 3 pharmaceuticos, 2 professores (1 h 1 m), 1 jornalista,

51 negociantes, 16 empregados públicos, 3 despachantes, 5 guar

da-livros, 69 caixeiros, 11 lavradores, 1 «achygrapho, 3 procura-

dores 25 militares, 4 machinistas 2 marit.mos, 1 typographo,

mu'»ieos, 2 empregado, da C. Guri. Elec.rico», X marcme.ro,

125 artistas (s. d.), 3 pescadores, 1 costureira, 2 copeiros, - ope-

rarios, 4 ganhadores e 353 domesticas.Dr. Eudoxio de Oliveira.

Revista de revistas

PrIEÒmànk Appreciàção da qualidade do leite da mulher

segundo o aspecto que elle apresenta ao m.croscopio

LíDie Beurtheilung der Qualitat der Frauenmüch

ihrem mikroskopiseh°n Bilde.) Deutsche med. Wo-

chenschrift. XXVIII..1902-66.

Além dos casos em que as perturbações da digestão

e da nutrição nas creanças amamentadas ao seio sao

devidas á sobrecarga ou á insuficiência alimentar, ha um

grande numero de casos outros em que as mesmas per-

turbacões existem, a despeito de uma alimentação bem

regularisada.No leite e que está a causa do facto, a ser que a

ereança apresente alguma aííecção constitucional

Para determinar rapidamente a qualidade do leite,

o practieo dispõe de um meio seguro, menos longo e me-

nos complicado que a determinação do peso especifico

do leite ou aanalyse chimica. Este meio é o exame mi-

croscopico dos glóbulos de gordura do leite.

Kstes glóbulos devem ser examinados do duplo pontode vista de seu volume e de seu numero,

- 430 -

Podem ser divididos sob o ponto de vista do volume

LLo maia ou menos igual e predominante. Quando os

ZZ e apresen.u o campo o. micoscnp.o. em »u-

rio' a 20,p„de se considera, o leite eo.no ,mn

P,« matéria gorda, difficil de digerir, porem muito

EX Tuanio L iupÉprhod... Hubiüialmente ha de

10 a 20 glóbulos no campo da preparação.A p edominancia ao» pequeno» se ...o. ...o; c, -

,,,,,,,,,,:,,„,, na c,-ean,a poro,na ,ivsPeps,ne,™n, a,,ne

2 i»mo mais grave quanto o tamanho delles e menor.6 ''U

,!™„na,. ., n„.„e,o dos globo, de gordura

nrie se ter recurso a melbodos e apparelhos análogos aos

: „„ . onlagen, dos glóbulos do sangue. on.ro-

;, radica basla um. avaliação appr»«„„a va b -

b£ :,:r:::,;:;::,:rr:t:::-"::-

:!,:;,;n,„e;„u„e,'nn»oln,„edoSSÍobn,o, , ou .arcos

svniDtomas se afastando do normal.' "Friedmánn

acha que por sua simplicidade o

em questão merece preferencias.

fel,ido?) fln',,3/. «^'", 7^ ,,,;eole obtido

Depois de assignalar que o iene e „e.

43.1 -

em condições desfavorável, somente próprias a tornal-o

nathogeno, e que portanto se torna causa da -^i-nade

infantil por gastrO-entente. qm* dezm.a tao terrivelme. t .

entre creanças aile.tadas aruücialmente.soureiuuo na e*a

,fu, quente, o auetor opina que o melhor mem de lutar effi-

cazmante contra ella e dar ás creanças ou leite fervido

ou ...mrilisado. A's censuras que têm sum feitas a este

leiie de produzir o escorbuto infantil e ae nao ter o

mesmo valor nutritivo do leite fresco, o author responde

ltue ò Iene aquecido durante 10 ou 15 minutos a seu grau

de ebuIliçàodlQoC:) ou. 6 temperatura da agua íervante,

não experimenta nenhuma diminuição de suas qualidade,

""'''Demais nào é provável, como resulta das observações

de Oullev. Variot. Ba.low Kingston, Bárton, Jackson e

V Harlev; que o leite fervido ou esterilisado consumido

IiaS 24 horas possa determinar o escorbuto infantil.

0 mesmo se pode affirmar do leile pasteur.saco

a8ü° ou K5"C. Nem a eslerilisaçâo a U00 C nem a

pasienrisaçãó a 8Õ0 G Lr.ru.ni o leite «Lor'1'i.do «n

Lolnto, fa ellu, deSll-onn, os ..r««. pnlho^o ^

da tuberculose, do cholera. da dtphtena, ua febie *

PllülTl,enl.saçao ou o aquecimento a 110o C deve ser

preferido á pásteurisaçào por offérecer mais garantias.

Em tempos^e epidemia de diuirhea estivai, o aquecimento

deve ser prolongado ao menos meia-hora e o leite con.

summido o mais cedo possível.,. .... ... .-. o.. r..-pínão ">ie a producçãoComo Vanot, Raoáom c ae up.iu-.-j *,»

do escorbuto infantil é antes devida a leites duos modi

ficados, talvez insulicientemente esterilisados e suscepti

veis de alteração durante a conservação.

— 432 —

Ia. Furst: Pode-se por meios dieteeticos prevenira ai bre-

psia de Parrot? fbãssl die Alhrep.sia mfantmn (Parrot)

sich auf diaietischen VVege verhüten ? Centralblat f.Kinderh. Vil. 1902 4-1. 46.

Fürst, em varias creanças de 3 a 15 mezes, attin-

sidas de "-astro enterite sub-aguda ou chronica e que nâo

podiam sor alleitadas ao seio, recorreu para curar aquella

affecção, a um produeto que elle já havia experimentado

com excellentes resultados na alimentação das creanças.

hl.sle produeto, chamado alimento de Muffler. contêm (emalgarismos redondos): albuiiiina 1.5 O/o. matéria gorda5 (),i hydrato de carbono solúveis BO 0 (). msoluvcis

40 (J/q, ácido phosphorico 1 0¦(). cal 1 O/o, cinzas 2 1 2

ü/().Klhr se compõe de leite integral, ovo. aleuronato,

manteiga, farinha de trigo sob uma forma muito assi.-

iinlavel.V ue sabor agradável e perfeitamente estéril. Adini-

nisiradu ás creanças de mais tenra idade, sob uma forma

muilo liijuido e ás creanças mais velhas sob forma mais

espessa, deu no iim de ü a 10 semanas de emprego, n-sul-

tados muilo satisfactorios e Boi tudo, iguaes aos odiidos

p()p outros especialistas islo é. a fnncçào esiomacal iue-ihoroii, as dejecções tornaram-se normaes. a agitação e

as dores abdominaes desappareceram, emfim o peso iomo".

niuvimento as.ceasiunul. Instituindo o regimen supradito,

o autor chegou a favorecer o restabelecimento norma1

cia muquosa intestinal e a prevenir a athrepsia de Parrot"

M l.AHia. c G. Bektin: Des réactions ganglionnairesH,,z Iu.í enfants. Presse médicaie 1902-1-99-102.

Ouram, o primeiro período da vida, os órgãos ben.a-

topoielicos estão em plena actividade funcciuual.

- 433 —

A menor incitação physiologica ou pathologica

„„,,.on reac^-s intensas. Toda leslia „,, a o

oo, ea nesla Idade se accn.nr J; - ^ ^•", r:st:::z n »• - l ... *».

ca muitas veze= a t \uiuv«

'" E*r.'.» Sera, saa ac nadas de nrna >eoco-

evtose máísaccentuadaqn, a de outras idade. Na. f-s

Xás a hvpenrophia googl ar resnl.a do pro oei 11 • . ~„ ,,,, „Pip.K e miic uosasmórbido gerais das determinações cu-anea:

ci - „ ,.-.< infpccões secundarias.

,.dó. es,, 'eagec H.l ^ . 0

,,„„.» ainda na escarla,,,». o sar |,a ¦ M*U-« ;jjptrundo o

adenopaihias cervicaes mais ou menos fortes, set

i mfeccões secundarias. Na pneumonia e na

KA^;~T^lCSoStracbeo-bronchica, da mesma foi ma que

onde ella e característica.fc,as reaceõe» ganglionares per,encen, ex< ns, -—::-=;:::x= »

(le partida a pelle ou as muquosas, d. .ei n

tl,,phias gangTioWres locaes on á d.slanc, M. ade

palLsevol,em lentamente até á snppurapao, e,n part,

cular na tuberculose.A eserofnla enm estado particular a,nfanca^o s

crofulosos sào lv,„phal,e„s en, qne n tecdo Ivmpho de é

;'Lo.ololdo! Do n,es ,odo na n,icropo yao-

pathia. Comprehende.se a importância de»tee «eacQoes

Sill,glie„ares no cnrsr, das doenças mianüs.

Os outros órgãos lymphoides; as anngdaia

as ,„„_„ccões arlenonies do nnsr.-pharvnge reage,,, nas

_ 434

,. . K oas^gen. dos lymphocytos no s«i

mesmas-condições. A pas. ^ do sangue ms-

goe determina uma formd• ja (irfU. parlldo',.<¦.»¦>»< *¦>»•*£i' :f"òialJenteparaac,.rada!

destas reacções ^^.^ et de medicine ittfanu.e*.

mulestias.(APudRevued-hygieNj 1. 1902).

-,<;-—¦

re

a U

Questões de ensino

, , .., .^ilwlidaue de unia

Desde que ainda se ra«i «u ui|lf! Médicas

n- rl.for,a no .,8" » J'pelv„ ,PS,o do novo

. : ,,ap «ara o que >u: •¦" ¦ .d0 par/, ahi vat t-- médicos,

gulamento allemão pa.a os q pederaiA 28 d, Maio ., ao.,

, vig„rar.B,aoopprov"UJ.r™°,™oche„scílW/tdel3de

A Dettíc/«fi *W'T i db t f d. Deutsche fteicl.

Junho transcreveu da Ce.» b" ^^ Ké d.lli q»

(S. 436) a ,«e6ra ao respec «o < ^ ^ to, antes

x,,ah,,oso resunro que Bdurn toe ^ dj5

disso e conveniente re oar l Qmte ,M, sc

persistentes na Universidade d« ¦¦ Uémfte8.lro„delavaa,aio.,adaün.e^^re.da(ie

^Para ser inscripto na u qo) atestando

^ficado de ore», "^^Z „,„ G,,,,,-

„„.,, postulante '^jt, ,dV'approvado no e.,ne

doas primeb- -»osh,,;,Cna,,raes,anato,iae a

¦cieBoia. Pbvsicas, cl, m»» q ^^ d,sseca.

phMiologia. Desde o l ¦ ««"

— 435 -

Depois dos primeiros 4 semestres effeelnava-se o examedenominado PAí/s/cwm coniprehemmn io as matérias es-tndadas durante elles.

Decorridos os 9 semestres o candidato 'em rie sub-meiiei -se ao Staatsexamén ou Arzt/iche Prüfuny.eommie se adquiria a approvacáo como medico (Approbationais Arzt fiir rias Gebiet des Deuischen Reiches) e queconfere o direito de exercer, torna-se o candidato medico

pratico iPrakltseher Arzt). Para ser submettido a estesegundo exame o postulante tinha Ue apresentar attestadosrie ur seguido o«fnô rrnkirkaM uma clinica cirúrgica,uma me.uica e uma rie partos, assim como rie ter aju-dado a effectiiai dous partos, de ter freqüentado duranteti mezes a clinica ophtalmologica e ter tomado parle emexercícios de vaccinação. Os exames versavam sobre1.0 anatomia, 2» physiologia, 3.° anatomia pathologica e

palhologia geral. 4.° cirurgia e ophlalmologia. 5. mediei-na. 6Ü. partos e gynecològia,7.° hygiene. A duração do exa-me era de 3 a 4 mezes.

Para obter o titulo de Doutor que por si só nàobasta, sem o Staatsexamén, para o.exercicio da medicina,era necessário ter oito semestres de estudos universi-tarios e ler sido no Io exame, o Physicum. 0 exame derioeioranuo consiste 1.' em una prova oral perante 6membros da Faculdade, 2/ em uma these impressa esustentaria em publico.

0 novo regulamento uniformisou as riisposições rela-livas á approvação em todas as Universidades allemàes.

Ahi vão em resumo os artigos do novo regulamento.Os magistrados que podem dar Approbation são

magistrados centraes dos Estados confederados que teemuma ou mais Universidades e o ministério da Alsaçia-Lorena.

— 436 -

A Approbtition *<> svw dada a quem tiver comple-

ta,io 0 exame medico e sansíeito as disposiçõesnbat.vas

H„ anno pratico, exigia., pelo novo regulamento. Ao-

exame medico deve preceder o ore-exame momo -slo o

o AerzUiche Vòrprüfung ou Phystcum.

k admissão á exame e ao anno praticoassim como

a approvacão não será permittida se houver alguma falia

moral ou criminal.I pre-exame medico (Aerzlliche Vorpmfung.

Kftpctuá-se pera.be a commissão examinadora an-

.malmente nomeada por proposta da Faculdade Medica.

KmC8rift,m,na não serão admiltidos mais de 4 candidatos.

,\o requerimento de exume deve-se juntar os cerli-

{iC(W de moda/viã de um Gymnasio d., humanidades

a|1(,mà0 ,,„ deu.i.Keal-Gymnasium; o de bav,r frequen-

UuinaonU!nos porDsemestresdepoisdo.eXamedema-dureza o curso medico d,, uma Universidade; o de ter

(ÍHrRní(, dons semestres lomado parte regularmente nos

exercícios anatômicos, durante um semetre nos exercícios

pratie.osde physiologia. de histologia é de .eh.mica. ^0 estnda.be depois de paga a taxa ua mscr.pçao,

será convocado por escripto dous dias antes do começo

dos exames. Quem não esüver presente á hora aprasada

oú abandonar a prova começada sem motivo ponderoso

Ul!..nilHa(U! da taxa bbal, e segundo as circumstanc.as

Lera perdel-a inteira se assim deliberar a com missão

examinadora. Dessa deliberação pode haveraggravo para

a autoridade central dentro de 2 semanas. 0 exame com-

pre hende as seguintes matérias: anatomia, physiologia,nhvsicas. clumicu, zoologia e botânica.

" () exame emquanlo oral e publico e deve ser effe-

ituado en. 4 dias consecutivos e assim deslribuidOs: 2 paraeta anatomia. 1 para as provas restantes.

— 43/

Na prova anatômica o estudante tem de 1,' mostrarem uma das gira ii d es cavidades do corpo de um cadáveros órgãos que abi se acham referindo a forma, a sil naçãoe relações ou preparar uma região do tronco ou dos mem-bros. 2/ Fazer segundo as regras e expor uma preparaçãoanatômica dc nervo ou vaso e por liin em uma provamostrar sua aptidão nas diversas partos da anatomia des--cripliva. 3.' Fazer mostrar duas prepaiaçÕes microscopi»cas e em uma [trova oral mostrar que tem conhecimentosseguros ua histologia assim como que conhece os ele-mentos da embriologia. 4.' Na prova de physiologia tem oestudante de mostrar que lhe é familiar a physiologia nor.mal incluindo a chimica physiologica assim como queconhece os apparelhos mais importantes e os methodos (ieinvestigação.

Nas provas de physica, chimica. botânica e zoologiaserão lidos «em particular consideração as necessidadesdo futuro medico».

Para caria matéria será posta a respectiva nota peioexaminado!-' e o presidente usando as seguintes notas:Muito'boa (1), boa (2), sufficiente (3), insufficienle í .má

(5). Nos casos em que em Iodas as 6 matérias o ami-nando tiver ao menos a nota «suflicienle» uo tim o s pro-vas o presidente tem de estabelecer a nota geral, para o

que a noia (ia prova ue anatomia será multiplicada por o.a (ie physiologia p<>r4, as dc physica e chimica por 2 cadauma. as (ie zoologia e botânica serão contadas simples-mente: o total, será dividido por lõ. 0 dividendo só serátomado em consideração se estiver acima de 0,5. As ma-ierias que tiverem nota do insufíiciente ou má deverão serrepelidas.

0 praso depois do qual se poderá eíícctuar a repetiçãodo exame variara ue 2 mezes a 1 anno segundo a nota e

— 438

o numere obtido nas matérias em uuc tiver sido reprovado

o examinando. Este praso será determinado pelo pres.^

dente de combinação com os exmninndores. De igua

m0dn será fixada a da.a extrema até a qual terá effeito a

notificação para a repetição dos exames das matérias nao

appmvadas. Se o estudante sem justificativa ponderosa

não requerer exame, antes de expirar o praso marcado

pam ., repetição do mesmo, tem de repetir as provas des-

de o começo mesmo das matérias em «pie tiver s.do

approvado., , .,,-, Ovi .nipiadii no inter-

^yQ-0'pre-C-Seamo nau So iívii ,.,...,

valío de dous annos depois de seu inicio, isto valerá como

não effeeluadoem iodas as matérias. Quem não for bem

suecedido na repetição não será mais adm.tudo a outra

'.A taxa paia todo o pre-exame importa em 90 mar-

co« dos quaes 20 para.o exame de anatomia, 15 para o

de pl.vsmiogta, 7 para cada um de pbysiea e chmi.ca. o

para c^.da um de zoologia e botânica. Os 31 restantes suo

nara as despesas de secretaria etc, lim caso de repetição

torna o examinando a pagar as taxas correspondentes as

materias que repetir e mais 12 marcos, para as despesas

administrativas,No proxt.no numero exporemos os tramites ao exame

medico (Aerztliche Früfung;.J. M.

Continua.

fz^***^:

Gazeta Medica da BahiaPttblicaçá© pSensal

VOL. XXXIII ABRIL 1902 NUMERO 10

Da necessidade da fundação de laboratórios ynos hospitaes

- Nào é sem certo constrangimento que me proponhooccuparme do assumpto indicado no titulo que encima

estas linhas. Onde quer que a civilisaeão tenha penetrado

por força das boas condições de receptividade dos povos

que teem sabido evolver, nào é mais opportuno apregoar„„i^-_^- a,. ^«Tonjgocão ííp laboratórios nos hospitaes.

Nós infelizmente ainda estamos a necessitar de uma larga

propaganda em favor da fundação de laboratórios nos

vários serviços hospitalares do paizlFreqüentemente teem os nossos legisladores a noção

exactá do progresso a attingir. Em nossas Faculdades

ha uni numero de professores eathedraticos superior ao

da maior parte das Escholas Médicas do exlrangeiro;

entre as matérias que devem ser* ensinadas estão algumas

qUp apenas uma ou outra Universidade tem a fortuna de

possuir; «nas em seguida ao ideal preconisado em le.

nem sempre vem a realisação do que devera tornar efü-

caz esse mesmo ideal. Greadas as cadeiras, depois de pro-

vidas do respectivo pessoal, raro é que se tenha o

empenho de provetas do necessário material afim de que

nào se afigure inútil a existência dellas, A Clinica psy-

chiatrica o de moléstias nervosas da Faculdade > Bahia,

para citar apenas um caso, é um bom exemplo do que

acabou de ser dicto. Não é bem uma verdadeira farça, o

promettido ensino destas disciplinas se aos respeet.vos

-- 440 -

calhedratico e substituto jamais dão elementos de ensi-

nal-as com vislumbre de efficacia?Muito embora dôa fundamente é preciso com firmeza

de animo conclamar a verdade. Vanglorias damnosas e

optimismo levianos apregoam mirificencias ilíusunas;

porém só a verdade é presladia. Com os olhos nesta, e

que a minguada phalange, que entre nós professa a reli-

gião da soiencia, constituída em núcleo de d.fferenciaçao,

continuará a lutar pela reforma dos hábitos e dos espíritos-

Mas voltemos ao particular de no^so assumpto actual-

Quem quer que se abalance a lançar um olhar re-

trospectivo sobre o evolver da literatura medica,verificará

que modificações notáveis teem vindo experimentando a

med.cina atravéz as ultimas décadas do século que findou.

No correr da 7> e de 8.» décadas são us contribui-

ções ao estudo do diagnostico physico, especialmente no

que diz respeito á auscultacão e á percussão, que enchem

as paginas dos periódicos profissionaes. O diagnostico

physico no sentido estricto da phrase foi levado até seus

mais Íntimos pormenores sempre baseado sobre a com-

paração dos phenomenos chimicos com os resultados das

necropsias. Além do pleximetro e do estethoscopio, o ther-

mometro, e o ainda imperfeito microscópio e em raros

casos o esphygmographo começaram a prestar serviços

ao clinico.Desde 1626 Sanctorius applicava o thermometro ao

estudo da febre mas somente nas décadas em questão

assumiu a Ihermometria grande importância com Wun-

derlich e outros.O microscópio começou aalcançar sua devida impor-

tancia na cabeceira do doente desvendando a morphologia

da urina, do sangue, do escharro e das febres. E então

o estudo do material post-necroscopico já fornecia ta-

L_ 441 -

manhos ensinamentos que innumerave! foi a multidão de

investigadores que de todas fa partes do mundo civili-

sado se dedicou ás pesquizas anatomo-pathologicas. Foi

por este tempo memorável que aqui na Bahia floresce»

aquelle grupo benemérito que começou a estudar as

filarias, a ankylostomiase, o ainhum etc. Se tivéssemos

progredido na razão, directa daquelles primordios bem

mais perto estariamos de uma mediania com que um grupobem intencionado tanto sonha "^

Da 7.* e 8> décadas a que me referi acima data o

apparecimento de algumas descobertas importantes no

campo da pathologia do meiabolismo: valiosas observa-

ções foram effectuadas sobre as modificações da urina

nos diversos estados mórbidos; novos methodos de ava-

liação quantitativa das trocas metabolicas foram empre

gados á cabeceira do doente por investigadores sobretu-

do allemães. Entre nós, porém, ate hoje. ainda não foram

tentados estudos systematicos sobre o metabolismo nas

diversas raças que habitam o paiz nem nos vários climas

de nosso vasto território. Entretanto; desde o começo da

nona década nos grandes centros «científicos começaram

a surgir trabalhes de importância fundamental não so*

mente, como até então, no domínio da chimica applicada

á clinica mas ainda no da physico-chimica.Os estudos das modificações chimicas no sangue,

nas secreções e nas excreções tem ganho enorme des-

envolvimento. E cada acquisição nova tem suggendo

novas pesquizas. De então datam bons estudos sobre os

estados palhologicos do sangue, sua proporção em água,

a quantidade e natureza das proteides, hemoglobina e

suas modificações, saes, ácidos, alcalóides, assuear, den-

sidade especifica etc, assim como pesquizas de não menor

valor sobre a chimica da urina pathologica: a proporção

— 442 —

de seus constituintes nitrogenos, ácido urico, bases alio-• xuriças, proporção de ammoniaco, corpos nitrogenosraros, varias formas de corpos albuminostf&j-e de çarbo-hydnâíófí, proporção de saes, excreção de substanciasaromaticas e de pfgmento urinario, etc.

Os estudos sobre o metabolismo tiveram seus pri-mordi-os nos laboratórios de physiologia èm experiênciasas mais das vezes sobre animaes, porém nos dous ulti-mos decennios do século XIX, foi. que a pathologia dometabolismo enveredou pela senda dos resultados posi-tivos; magníficos trabalhos foram effectuados á cabeceirado doente; apenas referirei alsjumas desta.-» contribuiçõespela utilidade que tiveram para a instituição do mo-derno e racional tratamento dietetico.

A assimilação dos proleicos, a oxidaçâo e assimilaçãonos esiados febris, condições de nutrição no diabetesassucarado, a relação entre a assimilação dos proteicos ea destruição das gorduras no tratamento da obesidade,a excreção relativa de ácido urico sob diversos regimensno estudo hygido, na gotta, e outras moléstias, a secreçãodo ácido chlorhydrico no estômago e sua influencia sobrea digesião; a assimilação do alimento especialmente dosvários proteicos e gorduras nas varias moléstias gástricasa intestinaes; a assimilação do alimento depois da occlu-são completa ou parcial dos conductos biliar e pancreatico;a influencia de uma diela rica ou pobre em proteicos sobreas affecções renaes especialmente sobre a albuminuria;influencia da anemia sobre a assimilação total dos pro-teicos, sobre os processo de oxidaçâo e sobre a ab«orpçãodo nitrogeno etc.

Quem quer que tenha presenciado os surprehen*dentes resultados obtidos pelo Prof. E. von Leyden (deBerlinj ou apenas meditado sobre as paginas do admi-

— 443 -

ravel Handbuch der Ernáhrungstherapie und Diàtetik--

publicado sob a sua direcção, convencer-se á de que

as pesquizas referidas nào teem apenas um interesse

theorico, teem dado á therapeulica horizontes novos. iNão

é pois para lamentar profundamente quo nenhum dos

problemas referidos já tivesse sido estudado entre nós?

Dar-se-á que possamos applicar em nosso meio os resul-

tados obtidos além-mar ? Quem sabe? A priori é teme.

rario concluir.Ao tempo em que a chimica-clinica se desenvolvia,

a bacteriologia clinica surgia triumphante. Depois que K

Koch tornou pratico o uso dos meios nutritivos sólidos.. >

edas culturas emplacas, depois que elle achou o bacillo

productor da tuberculose e que se foi appurando a rela-

ção entre a tuberculose pulmonar, a• coxo-tuberculose,

o tumor branco do joelho, a carie espinhal, o tuberculo

solitário do cérebro, o lúpus etc, a bacteriologia assu-

niiu tamanha importância para o restabelecimento de

muitos diagnósticos, que hoje se pode julgar do aper-

feicnamento de um meio scientifico pela maior ou menor

facilidade com que os médicos que o constituem podemutiüsaro.s meios propedêuticos que a mesma bacteriologia

nos faculta.As acquisições da bacteriologia-suecederam-se por

tal modo em poucos annos, que a importância desta

sciencia tornou-se enorme em questão de diagnoslico.dan-

do por assim dizer orientação nova ao modo de conceber

vários processos mórbidos. A ba-teriologia é muitas

vezes um guia muito segura na differenciaeão eiiologica

das moléstias. No trabalho gigantesco realisado, erros e

erros foram apregoados, porém a medicina scientifica

pode lançar um orgulhoso olhar retrospectivo sobre as

conquistas feitas pela bacteriologia clinica.

444

Estas conquistas em realidade provieram da asso-

por assim dizer á cabeceira do doente Dessas conqms.

as foi que resulluu qoe uma m.M« por tal modo

,,.„',veU obad.phtenn.nnn^eporass,,,,,,,^uma verificação microscópica, sujeita a uma therapem.ca

n,C"",'C',s ben, qnan.os bospdaes na vasta extensão do

território nacional dispõem de ao menos um laboracr»

bacteriológico clinico oom ,„„ b_. lechmec, a •«Ire -

te? Percorri o pai/, de norte a sul e so em S. Paulo ive

afortuna de ver um ,abi„e,e c.inico ao lado de »h£

mVria No emt.nto quantas vezes tenho vis.o o ,.iagno_

bacteriológica! O árduo e importantíssimo problema das

í seblL ben, mais perto de sua convemenle solu-

,ão se estnd is simultâneos e coordenados tivessem sido

cnorebendidos nos vários hospitaes do paiz.'

L iodas as nações que se preza,,, dc c.hsadus

qualquer queí tenha sido a direcção cm que os grandes

bac riologos lenha,,, orientado suas descobertas, «

bttbutosclbncos sempre ien, cooperado no menos no,

trabalhos de verilicação.O extraordinário evolver da medicina scientifica nos

„,,,„„. a,„,„s, unposera nos bospitaes obri*jaçõ^ore,-

ramelite novas. Todos os hospitaes, mesmo os nao pre

ls ao ensino adquiriram „ dever de cooperar no

desenvolvimento da sciencia medica e portanto a todos

,„,e,l„.osd„s,nesmoShospi,aeSd«vese,'fornec,doo„;cessa„oe,ninS,rncoàoeemn,aler,alpa,aenec,uarem

^fjl^» feque„.a,los por jovens

estudantes não estão à altura de sua missa) se nao pro-

__ 445

curam tap.hto.ar a seiencia e incitar os mesmos jovens

» Pirurehender pesquizas scientificas.'[?&&& as oportunidades de — ao

ens.no de shnpiea ponto de exante, ¦»£££*$*£

além dos velhos methodos outrora sufhc.entes deve ser

ditado m cri», de lesa-scienca ao qual as g-raçoes

futuras jamais protiígarão bastante.

Realmente digno do nome de mestre fò è aquelle

q„e se na autoridade por ter sabido arretnetter con

ua odesconhecido e ter quebrado .ancas na conqu.sta

da verdade.

nome ém letras d'oiro nas laudas ma» duráveis da h.s-

oTe^saber humano, ao ser empossado na redor,»,da--

Siddde de Berlin, d.sse .Quea, pretende ,„spn

S4 ouvintes uma convicção completada verdade do

a Tn a. deve ter sabido por experiência p-oa o

ú adquirem convicções e inili.ado nas tronei « da sen

da liana, onde novos domini.a se conquistam».

Onde qner qne por falta de cunho próprio se tenha

extineto a individualidade professora, o ^u,,^

, se e então no meio começa a pairar utna escreva ¦

li. um espirito sceptico para tudo.. ^££%- ::x^ =---?-•£-'=:

acientiqca. Medite sobre o facto o profesaorado de nossas

escholas médicas e esforce-se por sanai-o.

S*o evidentemente tnats lreqnen.es as cura. nos.to*

de caridade como sào as nossas C«^,^H»rc

se podem eximir de fornecer ao mea.co em mate. .a

- m -diagnostico e de therapeutica o melhor do moderno ar-

senal scientifico. .Do alto das paginas da velha Gazeta Medica eu

peço á antiga instituição de Caridade da Bahia que evi-

dencie-o altruísmo com que dispensa assistência aos quese recolhem aos seus serviços hospitalares, fornectndo aos

respectivos médicos elementos diagnósticos e the rape u-

ticos á altura do estado actual da seiencia. Do Director

actual da Faculdade espero que ponha ao serviço do

erguimento do ensino medico as energias de sua moci-

dade e de seu muito talento.Que aos professores da mesma Faculdade sobretudo

os de Clinica não esqueça quão proveitoso será o seu

ensino se do laboratório tirarem as provas de convicção

de seus diagnósticos e as sugestões de suas intervenções

therapeuticas.Inexplicável circumstancia: A mocidade que tanto

alardêa a solidariedade de seus membros, que tanto bla-

sona seu espirito de colieguismo porque jamais se lembrou

de colligar-se para exigir que lhe sejam fornecidos ensino

são, seiencia verdadeira?Sei que muitas vezes as administrações hospitalares

recuam diante da falsa crença de que é muito dispen-

diosa a installação de laboratórios. Tendo tido a feliz

oppurtunidade de ver muitos laboratórios em vários paizesem cujos hospitaes não fui apenas ver as exterioridades,

mas sim os elementos uteis de que dispunham médicos

e doentes, posso aflirmar que elles não sào muito dispen •

diosos, mesmo porque as mais dns vezes sào prepostos á

investigações puramente clinicas: as de maior fôlego

devem ser enviadas aos institutos scientificos extra-hos-

pitíwaros.\ó merece o qualificativo de bem provido o serviço

<•i

¦.^_-447'"-~

hospitalar et» que houver: Um Instituto ou laboratório de

anatomia pathologica, um laboratório de bacteriologia e

um de chimica clinica.I. Instituto anatomo-pathologico. ~ Nelle deve

iiayer um Prosector cuja missão será effectuar to-

dos os exames thanatoscopicos sollicitados pelos diver-

sos médicos do estabelecimento. Todo material biopsico

Rumores etc.) deve ser re.nettido ao Prosector para exame

e respectivo relatório. Se nos grandes hospitaes elle neces-

Mta de um ou dous assistentes, nos pequenos elle bastará

ás necessidades do serviço. Deve-se-lhe dar um bom sa-

iario afim de que 4esnecessite ter clinica particular.Nos hospitaes inutiicipaes da Allemanha, taes como o

Moabit, o Friedrichshain, o ürbanhospital, de Berlim, os

hospitaes de Brunswick, Hamburgo, Chemnüz etc, o

Prosector recebe de 3,000 a 5,000 marcos o. tem o direito

de fazer trabalhos remunerados para os clínicos da cida

de. Por taes emolumentos o Prosector melhora de muitos

mil marcos seus proventos annuaes. Elle não pode cli-

mear.Está mais que provado que por tal modo tem os

hospitaes melhores necropsias que as effectuadas pelosassistentes das clinicas.

Os clínicos tem no Prosector um especialista a

cuja competência podem recorrer, sendo mesmo permit-tido aos que o quizerem, fazer investigações e examinar

o material do museu anatomo-pathologico que a conti-

nuidade do trabalho creará11. O laboratório bacteriológico.-Deve> ser non-

nexo como instituto anatômico, e por isso ficará sob a

direcção do Prosector de anatomia pathologica Ao pessoaldo Instituto, iucumbuá a realisação de todas as pesqui-

zas bacteriológicas necessárias aos vários departamentos

- 448 —

hospitalares. O laboratório deve ter sempre promptos va-ríto' meios de cultura , emp-regaclos em • baoteriologia eestar preparado para cfíectiiar as pesq.-uiz.as em ahiinaesueccssanas ao áimmsüeQ bactefiortí^ico.

A inconvernencia do fre:qu.ehte*transpõrle dê escarros,urinas, etc, a maiores distancias deve preocciipar Tisadiniinislraçòes hospitalares de tal modo que neuhu-ma enfermaria nào seja desprovida da salct.i aune.\a emque os médicos possam fazer os exames microscópicosmaiscõmmiiris. As investigações mais difíceis ou demo-radas sào as que devem ser enviadas ao laboratório ha-cteriologico; neste caso está a identificação e cultivo dosmicrorganismos no escarro, na urina, nas secrèções na -zal, vaginal e ure'hral. no sangue, nó pus, na pelle ele.

Onde quer que a escassez de verbas nào consinta queas enfermarias tenham as taW saletàs annexas, então,inútil seria affiriiiaí-ó, maior e o serviço do laboratório'<pie para a clinica urbana também poderá fazer examescomo a Soro-reaçeào na febre typboide, a identificação dobacillo da tuberculose., do drphtfreTicò etc.

III, Laboratório de chimica biocli/nca.-0 desen-volvimento de mais em mais crescente (pie tem tido a chi-nuca propriamente mQdícayèot-fia i ri dispensável a fundaçãode um laboratório ehimieo em todo serviço hospitalar. Enão somente á medicina interna prestara um tal laboratórioserviços inestimáveis: a eirurgiaea bbstetricía, a derma-(ologia e a nevrologia minto lucrarão ainda, das pesquizrasbiochimieas. Depois da fundacçâo de taes laboratórios nasclinicas universitárias o na mor parte 3oa hospijaes mu-nioipaes alleinâes muitos trabalhos tèm sido feitos e publicados sobre a chimie.a dos fluidos dos icoidos. sobre assecrèções e excreções e principalmente sobre a patholtígiado metabolismo e influencia dos niethodo.s tlierapeuiicos

;.• p

449

§TI

/f

sobre as trocas metabolíeas. Nos hospitaes não muito

grandes, em trez salefas installa-se o laboratório ehimieo:

Uma para as balanças e onde podem ficar os instrumentos

physicos: polarisadores, especiroscopios ete, Em outra

devem estar dpparelhos para analyses de gazes: avalia-

çâo das trocas do oxygeno, da produçção do ácido car-

bonico, dos gazes do sangue etc.Outra será destinada ao trabalho diário, habitual.

Como prova de que nao é muito dispendiosa tal installação

referirei que a completa e admirável do hospitalTmínicipalde Franefort sobre o Meuo a cargo do Prof. von Noorden

custou apenas 7,000 marcos inclusive um apparelho de

Geppert Zuntz que é bastante caro.Como em relação aos exames bacteriológicos, as

pequenas pesquizas devem ser feitas nas saletas clinicas

annexas ás enfermarias.Já muito longas vão estas notas e por isso para ter.-,

minar insistirei em affirmar que uma instituição hospitalar

não está á altura dos verdadeiros princípios de huma-

nidade se lá dentro não se installarem por completo as

machinas de trabalho scientifico, se não funccionarem

correcía e utilmente todas as engrenagens do mecanis-

mo complexo que acima esbocei, se os médicos cheios

de aptidão e assiduidade não laborarem quotidiana-mente, emfim se uma administração idônea não harmo-

nisar efficazmente todas as officinas favorecendo assim

a effectuação de boas pesquizas scientificas, tributo co-

ioso para a formação de um thesouro scientifico nacio-

nal.A Gazeta Medica espera das Faculdades de Me-

dicina do 1'aiz e das Casas de Misericórdia do Rioe da Bahia a reforma dos estudos clínicos, nos centrosofficiaes fie ensino, por isso que dahi resultará a con-

/

--460

vicção da necessidade de serem inslallado.4 laborai-rios clínicos ao lado dos hospitaes em todo o territórionacional

Dr. Juliano Moreira.JEXAME MICROSCÓPICO DA URINA (*>

Pelo DR. J. A. G FROESAssistente d» Cliiiic.» Propedêutica

Antes de fazer_í> exame .microscópico da urina epara .que esle lenha bom êxito, é indispensável que osedimento da urina seja separado da massa liquida, o

•que se obtém pelos meios seguintes:a) pelo repouso durante 12 ou 24 horas.b) pela ÍUtração.c) pela centrifugaçào.Destes cabe inconteslavelmente a primazia & cen-

trijugação, cujas vantagens se resumem em dar-nosfacilmente e em poucos minutos o mesmo resultado queo repouso durante 24 horas, coma grande superiorida-de de permittir o estudo dos elementos figurados antesde sua alteração, evitando as crystallisações e fermen-tações"posteriores á emissão, que embaraçam, ás vezes,o reconhecimento dos cylindros urinarios e de outroselementos de grande valor semeiologico.

Dentro os 'principais

centrífugos (de Gaertner-Gu-dendag, de Adnet, de Kraus e Bausch Lomb, de Sten-bec, de Altmann, eie), salienta-se o de Altmann, querealisa 2,500 a 3,000 voltas por minuto (Mercier) forne-cendo, ao cabo de õ minutos, sedimento sufííciente parao exame.

I*) Extralii<j<j do Òap, V do Manual de Senuiologia da urina, cmvia de publicação.

-451 -

ovi-O modelo existente na Clinica Propedêutica é m

4. por Zo h,dr_I«a, tendo em seu «.iro em d.spo-

niat "onde

«ão collòcados obliquamente, coniS,,,Í°,Z

ts ivr s ,wa dentro, tubo* experimentado-

^; ™t

ci:,tendo,aor,„a ne,a,:na,.; o .»«

JLtorio impresso ao apparelho pela corrente de água,gviatorio,inP centrifuga. fazendo precipita»actua por meio aa força cerni uu,, y

^_Ao3>ndoJo-S. tubos todas as pa.ucuto sohdus

ovistpntes na urina, ;.:~'~~ —-—*-.i*__._ ¦ .„..„•¦yl resultaoo obtem-se e,„ pouco tempo, —

(,m a ei .dade da rotação e a proporção de elementos

::;is C'ntidns m m ^»m° <— escar,°homogeneisado, liquido pleural etc).

Pela l&tâMa&à somente precipitam da urina,

em qo existten/em suspensão, ns elementos mu, de,-

do,o. o meio nnnarin, como as bmnaems. oajbub

purlnios, o mncc, as cel.ulasepUb^aes ¦„ -

urinarios. a aibum.na-sernu, certas gW^.. diversos elementos advontioior ele; e por e™ "¦° '™ * ,e

T^^M-i^^t^^m^^^'E* indispensável recommendar o mas.mo as -

vasos receptores e nos tubos do apparelbo ce,«,

s„b pena de se cnxmtarem no liquido exemmado sub tn

cias' exfranbas, de que .èm sido -^ |^g**

iSii de amido, fibra, lextis (lin.», seda, ^-***

e cabellos, barbas de pennas, gottas de gordura depen

dentes da'sondagem ure,b,*a. ou de outra pr„ven=

elementos intestinaes (.fistulas entero-ves.eaes), elementos

histologicos de tumores etc, etc.

Recordemcnos, antes do exame, que os estado,

de acide, ou de a.ca.inidade da urina ft.d_.rn ou £

cluem a existência de certos elementos; assim as u, mas

a almas contêm carbonato e pbosphato de calem, phoB-

— *52

'-•¦'

phato ammoniaco-magnesiano, urato de ammonio. 6en;do peculiares ás urinas ácidas o acitto urieo. o pfcPhato b.-calcico, o ácido hippurico. o urato de sódio ede potass.o, sendo freqüentemente encontrados em amboscrystaes de oxalato de caicio.Obtido o sedimento, antes do exame microscópicocumpre-nos fazer sua inspecção macroscópica, notandoa quanUdade (fraca, abundante, mudo abundante) 0¦ aspecto (leve ou pesado, transparente ou opaco),a câr

(branca, cinzenta, amarellada, esverdeada, avermelhada)a conSlstcncia {Ü(JCCQ^ pulveril]enta fi|ament08à vjs;cosa) e a homogeneidade ou keterogeneidade.Para o exame microscópico, tão importante quantoaanalyse chimica, leva.se a uma lamina de vidro um

pouco do sedimento e cobre se com .una iaminula, usai.-do ou não de reactivos corantes, segundo as circumstan-cias.Os reactivos corantes mais usados nesíe caso são:!•• A solução aquosa de fuchsina.2/ A solução alcoólica de azul de meíhvleno.3.; A solução iodo-iodurada de Lugol (iodo 1 iodu-redo de potássio 2, água distillada 300).*.\ Reactivos especiaes para as espécies microbianas

que podem ser encontradas na urina, como o bacilo deiVocn, o gonococco, etc.5.- Reactivos histologicos como o Picro,carm.m aliematoxylina, as soluções de Senator e Weigert, etcA coloração faz se direclamenle, depondo uma gôttado react.vo corante sobre um pouco do sedimento, reuni,do^o centro da lamina, e cobrindo com a Iaminula ouin.iirectamente.

Neste caso, secco o sedimento espalhado no centro dalam.na, e esta passada 3 ou 4 vezes na ehamma de uma

T'™

- 453 -.

lâmpada de álcool e mergulhada durante algun.< segun-dos no banho eõiVhlé, depois lávàdá com àgüá 'distilla-

dl o. depois de secca, montada no balsamo com xylol,segundo as regras communs.

O reactivo corante de Senalor, cuja formula abi vae,dá bellissimos resultados, apresentando se a albumina eos cylindros hyalinos corados em violeta, a hemoglobinae os erythrocyics em alaranjado. as granulaçóes éòsiiió**

philas em cuprco. os núcleos dos leucocytos em azuLou azul esverdeado (Vieiüard).

Solução aquosa saturada dealaranjado G. [orang G). 120 a 135 c. c. ,

Solução de fuchsina ácida. . 80 a 156 c. c.Verde de methyla 125 c. c.Asma 300 c. c.Álcool absoluto. ...... 200 c. c.Glycerina. . . . ... .':.". » • 100 c, c.

A lamina deve pertnanccer-na solução corantedurante i5 minutos, deixando-se seccar lentamentn;depois de secca lava-se a preparação com álcoole com água, deixa se seccar novamente e monta-seno balsamo.

Tem inteiro cabimento aqui a transcripção dos se-

guintes conselhos de C. Vieillard; «O estudo microscópicodo sedimento urinario exige muita attenção e deve serfeito com methodo; a pesquiza dos cylindros urinariosparticularmente, mesmo depois de corados, é muito mi-nuciosa e delicada. Feita convenientemente a prepararão,convém submeltei-a a um exame methodico, começando

por um dos cantos da laminula e continuando até quetodos os pontos da preparação tenham sido conveniente*niente examinados. E' dc grande utilidade examinar suo*cessivamente diversas preparações similares e procurar

—* 454 —

não confundir corpos extranhos com os elementos daurina. Para obviar esta ultima causa de errov. devemosfamiliarisar-nos previamente com o aspecto que apresen»tam alguns corpos susceptíveis de se encontrarem acci-dentalmente no campo do microscópio,taes como fibras depapel ou de panno, pellos e cabellos, grãos de amido etc.»

A's vezes elementos extremamente delicados, comoos cylindros hyaiinos, são completamente mascaradospela abundância de outros corpos, entre outros os crys-taes de uratos, phosphato ammoniaco-magnesiano, phos-phato de cálcio; neste, caso, feito o primeiro exame directodo sedimento, põe-se na preparação um dissolventeapropriado, seja o ácido azotico para os phosphatos Ácarbonatos ou n lixivia de soda diluída ao décimo páraos uratos. /"

0 Serviço Hospitalar da Marinha de Guerra BrazileiraPelo CIRURGIÃO DR. FLAVIO MENDES

O Hospital, seus tíns c utilidade.-Ktia resculm histérica, «ctualidade,imperfeições e necessidades ante o progresso scipntifico.—Parecersobre a morbidez e a mortalidade na Marinha Nacional.-Conside-rações acerca da conveniência de novas insinuações hospitalarespara essa corporação, encarando a ijuestão sob o ponto de vista'militar e scieTítificõ.—Conclusões referentes á organisação desseseattbeieçimcniÒB e á antisepsia cirurgia» utilisavel nas grandeiunidades de combate.

«La santé c'est le trésor auquel on puise tons lesjours ! Cest le pain qui nourrit, c'est Ia boisson quidésallère, c'est le feu qui réchanffe, c'est le vètement,cest Ia maison qui réunit Ia famiile, et oú se développentles plus doux sentiments, cest tout 1 homme.>

Entre as repartições subordinadas e dependentes doMinistério da Marinha Nacional se destaca pelos seus

deOigitaledeUKLMIEItUitúnéitm*»

. Umtlnmtlt lajgn

^¦SiS5?25s§Í^^^É__r»"»w m wodlmt».

\MJeàfcV^^ ^§tlS92?*§3l9Swwwü.1 j<Bfc^VfK^jgy«7X?ÀTprtiedêOiÉltUêtSegundo o Mlstorío

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Dores de Dentes cedem promplamenie á primeira 8gapi

hcaçào das íiotía* Kxaislnas Silva Bi.,,;,. |§

lu'7 PKies n>êdi.camenio.s sao e&crubnloSkij«intà»| pre,arados,,, Laboratório Ciuniiçu-Pharmacci tico Sil- |fJg ya Lima, ob a direcçáú do Pharmaceutico .1. F. *t l> t *I|,V l I.IMAÍ ._•_>

£§?

". J "üba l-N^i i.la«mi.-\ DE liUilfcNti j§

à VENDA NO S

rí I ;i1>oijHoií<> f*íil> ;i Lium/5- /?aa (/os Quripes- tõ

1141114

-- 455

elevados destinos eíelevanles inltiitos\ assim como po,.seus múltiplos .benefícios — o Hospital que, situado naIlha das Cobras, tem por fim;servir para o tratamentodos offiiciaes do Corpo da Armada c classes an -nexos cias praças do Corpo de Marinha, e dos de-mais empregados dos estabelecimentos navaes aque por lei fâr facultada essa regalia, tendo todasas acc.ommodaçõcs que para semelhante fim foremnecessárias. (Arligo 1* do Decreto n. 429 cie 21) deMaio de 1890. 2' da He publica.)

No de.sem-penlio de tào importante missão esse lios.-piial é sem duvuia uma instituição lão necessária e iti-dispensável á vitalidade e desenvolvimento da MarinhaBrazileira, quanto o sào as nossas Kscolas de AprendizesMarinheiros e os nossos Arscnues o vasos de guerra)porque se estes promovem e asseguram a defeza nacional;se aquellas—como ouIres tantos vivtgros- formam e for*neceni a nossa maruja; um estabelecimento linspiiuiai'é, como integrante dessas creaçyes uma garanlia para asaude e a vida da marinha pátria, é a providenchi indeclinavel é essencial de soecorros clínicos á seu pessoal,sem o qual valido e robusto- nào haverá força navalpossível.

Foi por isso com grande verdade que o fallecidoConselheiro Dr. Carlos Frederico, Cirurgião-mór da Ar-muda, em seu opusculo intitulado Estudo sobre flos^pitaes, affirinou qne — «os hospilaes mereceram sempre aattençào dos governos de iodas as nações, ea historia dnsciencia quer antiga, quer moderna, offerece-nos oxem-pios bem palpitantes do interesse e zelo que sempre ma-'nifestaiam aquelles a quem estavam confiados os dc-n-nos dos diíTerentes povos.»

l;i*pir.-!ü'.ío-s<! naquelles intuitos e cumprmdo-os

456

plenamente.de aceoido com a sua presente organisação. o Hospital da Ilha das Cobras tem,'com effeifo, prestadoem sua longa e/gloriosa existência, innuiueros serviços á

toda a corporação da Marinha Nacional.Todavia, se attendermos ao progresso da sciencia,

se investigarmos as condições locaes e outros factore.secircunislancias diversas, peculiares a esse instituto lios-pilalar, não poderemos deixar de reconhecer que maio-res e mais seguros seriam de cerlo os seus benefícios, sepor ventura ello houvesse sido moldado e obedecesse aoutra organisação, em que fossem consultadas e compri-(ias as indicações, os aperfeiçoamentos das acíuaes arohi-teclara e hygiene hospitalares.

Etn quanto não aüingir essas conquistas, o nossohospital de marinha não poderá preencher todos os finse conveniências ipie delle se deve esperar e exigir.

E para assinalar e comprovar esla verdade quenos animamos- - em face da historia desse estabelecimentoco"! obediência aos preceitos scientificos a escrever opresente trabalho,

¦ Esse histórico colhe sc de elementos dispersos e in-suflicieiiles, sem uma concatenação svstematica e uni-forme, que esclareça de um golpe o caminho percorridopelo nosso Hospilal.

A não serem os relatórios annuos dos Srs. Ministrosda Marinha, nada mais existe que se ôeçüpe de semelhantemaioria, senão em ligeiras refeiencias.

líeimir as informações ahi expostas, condensando-asnos seus fados capitães, denunciar as lacunas e desvan-*tagens da presente instailação hospitalar da Ilha das Co-bi-as e d,scuiil-as ã luz das theonas e expera pcíasmodernas, (iemonstrar a necessidade de uma repigani-sação radual ne-se ramo tie serviço navai, suggerindo os

457

melhora-nentós, quevpor ellesão reclamados—taes sào osescopos a que se propõe modesta e sinceramente estámemória, conforme declara o seu siíbMitulo.

11

Herdeira das tradições gloriosas da marinha portu--gueza, que tantos feilos memoráveis conquistara emremotos tempos, a nossa marinha de guerra urganison se,desenvolveu-se no calor e sob o impulso dos melhoressignos, e já em 1830-el!;i augurava um brilhante futuro^a que o governOjiedi^avrtoTnaxímo interesse e supremo"zeio. ,

Datam, approximadamente, dessa época as primeirasidéas concernentes á fundação de um hospital exclusivo

para a marinha de guerra brasileira, A propósito dizia oministro Conselheiro Joaquim Rodrigues Torres em seurelatório de 1832, ern a pagina 6:

« 0 novo quartel da Ilha (ias Cobras é um grandeedifício que merece ser ãcãMiõ, vistas as oxceiientesaccommodações que offerece paia o Corpo de Ari.üienade marinha. . .

... Defronte deste quartel estão elevadas variascasas eiti proporções sufficienbs para um hospital demarinha, nellas se vão fazer as convenientes accotnmb.-dações para este fim, visto como. tendo deixado de existiro Hospital Militar onde se curavam os indivíduos doCorpo de Artilheria de Marinha e da Armada, força écréár para esta um hospital próprio.»

Anteriormente, isto é, desde 1702, existia apenasuma enfermaria militar no velho prédio da rua Conse-íhéiro Saraiva, aonde funcciouum ainda hoje diversasrepartições da marinha, e queenlao st; chamava - Quar-tcl da Guará irão das N<ios.

458 —

M„ eram .ecoltndos todos os enfermos n.ilüarosjnas

dopoi, atundcudo-seássuus más condições hyg.cwca*

,JMi! ,n11Sn a .nsalubridadede sua «luuçfto-na base do

;,;;,;,„ ,,„ imm-m **&* m$^}**$^d(irairteo vice-reinudo do Conde de Azãmbuja para a,

antiga casa dos Governadores no morro do Casieilo

> a esso hospital militar que se refere aquelle mi-

nHn/HodriKues Torres em seu relato.io, e q||^«P^

ais i,Hpormncia e dc-envolvim.».? em 1808, guan o

Frei Custodio de Campos e Oliveira Cirurgião mor da

Armada, aqui chegado em companhia da Corte 1 ortn-

guèzii, o reorganisou inteiramente. (1)

.. '

n I~, diBtinctó eoílega D ri Domingos Pedro dos Santos pm

O lugíu cie vu.ui.b custodio do Campos Oliveira,Le]ld0 sid0 ^ então çxego »« * «

^ ^ ^^quGVuttaíidci a Portugal-aalêgcniv íte — i1 S'"

¦"""; wi;:,... »*- «•¦•»«';»— ~',s*apossado efetivamente do cargo este cmrgmo,; o qu.d c m 1W/

cirTü"'; t ^"^i?^^QuiHno';;.;,.;::;:.";,„',:l.;;,;::,!' *•. ?*.?<« »*»¦»** sa*^^^áZS&* * *** «fN"" "U

, (,41 ,i1Upnòe.ede 6 pbi«*macèutiCOS c sendo, on-""""

aV0Uí .^ \?6VS ao de Mar e Guerra o Dr, .oacpdm

olilsse d,v,, ser *%^%ZmUm o Conselheiro (Chefe"" ,,nT

;erJlo K«. er d .Santos Xavier de; Azevedo, mie

'de' unhoIWtondo sido anteriormente (1890) refor-la,1"l'r" ~ r » e lixou vários Irabalhos. entre os quaes se,nad.Ó romi>ulsoruimenie- L>«Hígu

- 459 -

Como umrt nota historifiTc documento interessante

eopporiiíno. transcrevemos em seguiria o edital que m fi-

x:ua na porta:ia do Hospital por pccasião da nfüueneia de

candidatos a admissão na Armada, e que era redigido

nestes termos textuaes:«Frei Custodio de Campos e Oliveira, Fraire Conven-

tual Professo da Ordem de Christo, Cirurgião da Real

Câmara e Cirurgião mor das Rèaes Armadas e do Exer-

cito, etc.» -:¦'';¦«Faço saber a todos os cirurgiões que se destinam a

ser do numero da Armada Real, ou a outro qualqueremprego no Mar ou em Terra, o qual jependa da minha

nomeação ou informe: que não serão por mim promo*

salienta .4 Historia MedicoVirwçjiea da Esqimlm Brazileira nas Cam-

fpmihas

do Ihnguay e, Paraguai/.- ¦;'¦¦ O Sr Barão Dr. João Ribeiro do Almeida, o miiis antigo dos cirur-

does de 1- classe da armada, foi então promovido a chefe dacorpora-

não com á graduação de contra-Almiranlc. A sua passagem foi rápida

nesse ctrgo, poislque reformou.se, a pedido, cor. o posto d. Viee-Alm.-

rante.em 1891. S Éx. nroduzio alguns trabalhos «preciàyéis para a ma

rinha merecendo citação o *Estudo sobre as rondieões hyamucasdos

navios-encouraçaaos, ártmhittds -rnsf-tq"**» « «" h^da e os nmos

Jfí combater as causas de insãhtbridade rielles exufentes (!»<.».

Naqueilc mesmo anno foi nomeado Inspector da Saúde Jíaval, en.

virtude da reorganisação elaborada pelo Governo Proyisorje- da R«uj

bliea (1800), com t> posto de Contra-Almirante o professer jubdado da

Faculdade do Rio de Janeiro Sr. Dr. José Pereira Guimarães. Um dos

ornamentos da cirurgia brasileira, S. Ex. mereceu essa excepciona^

distineção por seus serviços meritorios á marinha durante a guerra

na paz como cirurgião do Hospital da Ilha das Cobras, Ausente da 1 a.

tria por motivos políticos, o governo promoveu a Contra Almirante.

effecUvo, Inspcetor de Saúde Naval, em 27 de Novembro de 1894, o

Sr Dr Luiz Carneiro da Rocha, que exerceu o logar até 5 deJane.ro

de 1899, quando passou a aggregado, visto ter voltado a oceupal o o

seu antecessor. Falleeeu em 16 de Novembro de 1990, tendo sido dias

antes reformado no posto de Vice Almirante.Assim, pois, cm um período de quasi um século tem possuído a cor

porftoão sele chefes.

-.- 460 ;,-: :>,.:,

w "'¦¦ '¦';"¦ ¦¦($,

vidos nem informados sem que pratiquem neste HospitalHeai, Medicina Pratica, com os professores do Hospitale me riem provas nada equívocas de seu sabei- em Medi-cina Clinica Theorica e em Matéria Medica e Pharmacia.

« E para que se não chamem á ignorância lhes façoesta participação publica por mim assignada »

Paço, em 3 de Abril de 1808. {2)Só em 9 ric Dezembro de 1833 foi decretado o cs-

labelecimento do Hospital da Ilha das Cobras, mas o seufunccionamenlo apenas ponde começar em 1.* de Marçode 1834, tendo o Corpo Legislativo votado para essefim uma verba rio (tez contos de reis fortes.

A esse respeito dizia o Ministro:«Devo aqui notar-vos que no orçamento, que vai ser

apresentado ã próxima legislatura, calculou se em quatrocontos a despeza deste estabelecimento rio anno finam»ce.iro de 1835 a 18.49, o que eiífere da somma designa-da na Carta de Lei de 8 cie Outubro de 1833 para omesmo fim.» (3) ' , -

E mais adiante acerescentou: Na fortaleza da mesmailha estão acabadas duas enfermarias que foi precisoapromptar para o Hospital de Marinha, e em poucoficara também acabada uma terceira ri.r que ainda ne-cessita aquelle estabelecimento.

Um período de lelhargo decorreu desde então, le-vanrio o Hospital uma vida quasi esquecida, e só terminouem 18tí(5 quando novas modificações, novas reconstru-cções foram empiehenriirias com o delineamento de umhospital do gênero monumental, que aliás não chegoua ser executado completamente, ficando apenas limitado

(2) ApOnttroientos da Historia da Marinha de Guerra Brasileira, porMeirellus <l'i Silva, |>atf. 79>

(3) Relatório do Conselheiro itodriguüsTòrr.eserá 1834.

461 -

1:1mI

iln

a construcção de duas alas de edificações de um an-

ar. Ainda hoje alli se feonlram »«««<* e^

Ée denunciam o piano dessa obra e os ..itu.u»- te sua

oü por motivos de ordem econômica, representados peto

„P .evadocus-o, ou por pareceres >»f™\^^

calam os prejui^os de varias condições^»»^M?"j

vadasda construcção de um hospital desse syttema, ]a

combatido náqueíle tempo. •Não só essas coustrucções como outras de menos

importância, destinadas ao agasalho do pessoal, etc,

Era* se sob a d,ec#0 do Chefe de Csq^rh *

ulado Benjamin Carneiro de Campos, e ainda em 18,2

estavam ellas em andamento. ^nUra-Datím daquell» epocha oS mais noluveis m Ih a

me„.osdo velho Hospital, taes-como a canalisacao

d'," a até então servida por cisternas, a orgamsaeap do

e v ço a montagem do lal.oratono coar apparelhos para

!:..,:,;.„ a^.Leazosas.e por ultimo a hiummaçan a

;;a7'cuj« eontiaclo fo. celebrado com MopJlinmr na

adm.ms ração ou Conselheiro Duarte de Azevedo'

Ao tenninar a ferra do Paragua, este estabeleci-

menlo contava 12 enfermarias e chegou a receber ÒÒO

TZIZ quando alias não podia accommodar conve,

iii^ntomente mais de 259.O ministro Joaquim De.nnO, em sen rela tono de

,873, faaendo a apologia dos melhoramentos mlrodu^

ms o hnspilal.refere.se a uma epidemia que o «o ou

ludlnuoa mortalidade de 13, 80,«e que soppomos ter

cessando da Europa, aonde estudou a or«an,saca^dos

Lpilaes, trouxe a respeito novas áleas que o levaiama

- 462 —

preeon-isar la.rgamejite emseu trabalho, já citado, o estabe-ieeimenlo dos hospitaes provisórios sob o systêma"d;eÍTbarracas de madeira, calculadas para 10 annos e, baseando>se nos princípios sustentados por Chassaigne e MichelLevy, envidou os melhores esforços para a sua adopçãoentre nós.

A execução de seu plano era, porém, impraticávelna Ilha das Cobras pela falta de área sufficiente. Não obs-tanle fez-se uma experiência e em 1 SSQ^jia^administrai-çàe-do Hirrão do LadãíTõT"ficaram construidas duas bar--raças sysiema Leforí. Estas edificações, entretanto, resen-tem-se de defeitos diversos e, em nosso parecer, só po-dem convir para hospitaes de sangue em campaiilia ouem casos de epidemias, sendo evidentemente imprópriaspara hospitaes íínos.

As ultimas construcções levantadas com o intuitode satisfazerem as crescentes necessidades deste estabe-lecimento foram realisadás em 1892. quando ministro fiamariijha o Sr. Almirante Cnsíodio de iVleho, e tendocilas a forma de chalets de tijollo, abarracadas. opro-slando-se a divisões convenientes, parecem-nos maisconceiitaneas con. os preceitos hygieuicos e ás nossascondições mesologicas.

De todos esses dados póde-se, pois, concluir que nãohouve primitivamente a intenção de estabelecer de umamaneira, definitiva o Hospital na fortaleza da Ilha dasCobras, e que, diversajnente, aproveitando-se velhas ca-sas em um logar pouco espaçoso e visinho de um quar-tel, procurou-se apenas satisfazer a uma imperiosa lie-cessidade de momento, deixando-se aos cuidados dosfuturos administradores o dever de propugnarem pelacreaçào de um hospital que correspondesse a imporlan-cia de nossa marinha e aos progressos da Pátria.

li

-- 463

í

III

Ia sua aetualidade e no seu conjüneío o Hospital da

Ilha das Cobras compõe-se de um grupo de 13 edificações,

mal isoladas e divididas- e.n laboratório pharmaceutiço,

pharmacia, administração, duas casas para o pessoal,

duos enfermarias-barracas e seis pavilhões com 12

enfermarias, cinco das quaes e uma das barracas estão

oecupadas pelo Corpo de lnfantena de Marinha."Existe

tambeoTaTnTo Presidio da Marinha, que está

situado em um plano inferior ao do hospital, isto é, quasi

subterrâneo e ligando-se a elle por uma ladeira ou

rampa que se abre no seu puteo central, de sorte que ha

a mais intima,ligação entre os tres estabelecimentos-

hospital, quartel e presidio.£sta trindade, tão heterogênea, lem alguma cousa

da mais fantástica creaçâo de Dahte e presta-se a que se

diga em linguagem pitoresca - dalli partem harmonias

èsTrãnha-s de gemidos ansioso*, de fanfarras guerreiras

c de grilhões que se arrastam!

Limitado ás sete enfermarias (inclusive a primeira

destinada a >s offieiaes, sèrVindo tambem, em parte, de

secretaria do Corpo de Infanteria). 0 hospital offereee na

média 150 leitos para o tratamento de variadas affeeeões.

0 arranjo interno dessas enfermarias, embora defei-

tuoso pela falta de requisitos modernamente adnptados

e pela existenc.a de algumas divisões ou cubículos de

madeira, é sm.ples e compõe-se do indispensável. São

vastas, (medem na média 30 metros de extensão sobre

7 1/2 de íargura) de forma rectahgular, tendo as paredes

caiadas, o forro do teclo é de madeira, pintado de branco,

as janellas largas symetricamente dispostas e comportam

cit- ordinário duas ordens de leitos de ferro, eníileirados

%

464

ao longo das paredes, guardando entre si pequenos inter

vallos que são ocupados por pequenas mesas

A primeira enfermaria é destinada, como -ssemos,

*ft ofüeiaes e aos aspirante* da escola naval. Ma dmdida

Z dous 'salões,

que se acham nas extre.niiia.ies. e em

vários quartos que se communicam com um corredor cen-

trai ella nào possue conforto nem condições de sambri-

dade de sorte que os officiaes só.nenie em circu.nalai.cius

especiaes se sujeitam a ser tratados no Hospital.

A segunda é privativa dos ofíiciaes inferiores. I ouço

ventilada, é excessivamente quente no verão, porque tem .

de pedreiras e diques. 'A terceira reservada á alta cirurgia; foi nelia ha teui,

„os improvisada por meio de uma simples divisão de

madeira de 3 nmtros de altura, a sala de operações, da

qual falaremos mais adiante.Ouan.o ás outras enfermarias, nada offefecem de

pill,im.lar,anàoserados presos-a6a-que sendo ba,.',

(41 situada na parte térrea de um sobrado e possuindo

;„;,,„,!., „¦„,,„ fc.u.,,,1 <i« j»nHla. com ,..*.de I«m.

,l,sta..c nos modos precomsados pela scienc.u na prauca

conlmum; tanto mais quanto a própria condição dos

iuliivi.i„<.s uue nclla permanecem reclusos, as vezes por #,;.-»¦¦., mmno mn nronnseuidade de affecções. diversas,

;:(,;;n,ras midh.ire/disposições hvg.e.ncas e relat.vn.ade

de confprto,

,,,, (,nni0 acabamos de descrever e existe presente^

111(,llit> 0 normal da Ilha das Cobras, único que possue

«Marinha, apresenta innumeras imperfeições das quaes

(i) l\.ssuo21wi7õ 'te cúmjivunontp,9™,4U acntirgtn ._ . >•

-4-

- 465 -

RS1

realçam a insufficiencia de suas accommodações e a

inconveniência de sua situação.-^Diversos ministros teem.-n'ns condemnado franca-

mente em seus relatórios, e ninguém que conheça aquelle

estabelecimento poderá oppòr contestação a essa verdade.

Antes de todos, temos a op;niáo do4Barão de Cotegipe

quando ministro e analvsando em seu relatório de 1869

os diversos estabelecimentos dc saude da Marinha, es-

creveu: (5)«0 próprio hospital da Corte, certamente o mais

miportante pelo grande numero dc enfermos que cons-

tantemente recebe, acha-se em um logar inconveniente.

Encravado no centro do uma praça de guerra,comoa fortaleza da Ilha das Cobras, que serve ao mesmo tempo

de quartel ao Batalhão Naval, fica todo o edifício exposto

ás hostilidades direcias que ella deve receber de. qualquerinimigo, e, ou será preciso desalojar então os doentes

para'livral-os dos perigos que podem correr, ou mutili-

sar as baterias4ú praça para convertel-a em um terreno

neuüal, como tendem as nações civilisadas a considerar

os hospitaes de sangue.«Ainda assim, sacrificado este elemento do defesa do

porto e da capital do Império, não se conseguirá reme-

diar a desvantagem da situação de um estabelecimento

desta ordem, em uma ilha pequena, despida de vegetação,

sem passeios, nem recreios paia os convalescentes, for-

mando nm perfeito contraste con, a terra firme em frente.»

Por sua vez o Sr. conselheiro Joaquim Delíino de-

clarou cm seu relatório de 1872: «Attendenrio ás justas

-mrwm 4pQCaexiBUH.a^à.)io»r'ii»o3--iimfl08taffl^al^outro naBahia, atem do enfcrnmrms mis provincias mais import.mtcí e no 1 aij

m. O hospital da Bnl.ia foi oxtineto ,K>r decreto do 20 do dezembro

do 1889.

i

466 —

exigências de indispensável aperfeiçoamento do Hospitalda Corte, determinou o Governo instituir uma enfermariade eonwtlesconies na fazenda de S. Sebastião, na Ilha do

Governador, reaiisaudo a compra por 40 contos. ...» (6),« ... . Ficava, portanto, sanada uma exigência do

serviço, de grande alcance para o restabelecimento das

praças da armada, o que não era possivel breve e com-

plelamenlc alcançar entre as paredes do.hospital.»Essa resolução do Governo seria talvez o inicio de

uma futura remoção total deste estabelecimento, entre-tanto jamais u desejaríamos para a Ilha do Governador,cujas condições dé salubridade não são lisonjeiras. e,embora affirme o contrario um relatório medico á ti nexoao ministerial de 1872, a nossa observação registra innumeros casos graves de impaludismo; verificados durantea permanência alli da Escola de Aprendizes Marinhemos- que, em vez da enfermaria de convalesçenles, foi ins-(aliada no mesmo local- e em soldados uiivaés destacadosno paiol da pólvora cia punia do Mattoso.

Durante o Governo Provisório da Republica, foi lern.^brada uma reorganização geral, que aitendesse a Iodasas necessidades do Hospital e, neste pensamento, o mi--

nistro de então, o Sr. Almirante Wandenkolk dotou-ocom um regulamente) assás esperançoso, facultando atéa admissão de irmãs de Caridade, que, sein duvida, nodesempenho de seu sacerdócio, quer como enfermeiras,(píer como auxiliares da administração de taes estabele*cimento.. quanto á sua parte econômica, são exímias einexcediveis. (7)

Infelizmente, porem, esses melhoramentos se redn>

(6) Esgn r)iiritiíiri liradadà f^do do arrecadação do As.ylo de inválidos.

(Ti Doitcco ry. 429, cíc20 de maio, do 1890, revogando ode h 1104,de

de janeiro de 1803.

¦¦¦« ,

I

— 467 -

ziram a simples projectos, e os acontecimentos políticosde 1893, occasionando a quasi ruína daquelle estabele..cimento, vieram assignalar bem claro e ingratamente os

perigoso desvantagens da sua presente situação/tal como

já o fôra previsto pela ciarividencia e zelo meticulosodaquelle emérito estadista, que administrou a marinhaem 1869.

Abandonado em conseqüência de taes acontecimentoso Hcspital da Ilha das Cobras fei reaberto em 4 de março

Hll de 1897, quando ministro o Sr. Almirante Manoel José

r--.v Alves Barbosa, Tendo sido para esse 'fim votado pelo

Congresso Federal um credito do 257 contos cpie^-pormotivos da lei n. 2348, de agosto de 187Bt cahiu em exer-

cieios findos,, .-somente com "recursos difficilmente obtidos

elle principiou a funecionar, e de então até boje vae seerguendo lentamente co.no uin enfermo que escapou damorte!

Durante e depois daquelles suecessos de 1893, o

Governo installou uma enfermaria provisória no velho

predio da rua Conselheiro Saraiva, onde já estivei-a em1702», passando dahi os doentes partio .hospital da. Mije-

'f ricordia, como em 1582, dala da fundação desla instituição pia.

il É desto modo, ainda uma vez, a iiistori? repetiu-se,tendo passado o serviço sanitário da armada por seus

antigos fados.* **

Os Drs Rochard e Bodet em seu » Trai té d'Hygiene,de Médecine et de Chirurgie Navoles» (pag. 87) refe-

||| rem que um profissional, versado em questões de assis--

|f tencia publica e por elles convidado a visitar um hospitalil a bordo, tido. por uma maravilha no gênero, manifeslára

decepção e estranheza ao ver a exiguidade do local e a

- 468 —

falta de quartos de isolamento, de estufas para desin--fecção, ele, etc.

¦Justificando essas lacunas, aqueíles. escriplores hy-íiienislas replicaram com esta sensata advertência: -77ricfaut pas oublier u reste que l/HôpitàL d bord,nest qdune instáUdUon de préooyance, cie précau*lion, presque de luxe; il est fait pour le naoire etno.» le fmvh*epõürtui.

Effectivamente, um hospital de bordo e até mesmoum navio-hospital, não podem realisar neste particular oideal da hygiene, porque o meio em que elles se installamobriga a iransigencias inevitáveis.

Mui diversas, porém, são as condições de um hospitalem terra: este— para merecer o seu titulo e pira bem desempenbar os seus desígnios como um campo de luetacontra o soífiimento humano e contra a morte —neces-sitará adaptar-se o melhor possivei ás regras e preceitosiraçados pela observação scientííiça-, e apparelhar-se comtodos os elementos prodigamenle inventados pela arte.

Se tão exigente profissional, a que nIludiam Rochardi' Modct, houvesse percorrido os nossos hospitaes, de certoMtlíreria uma decepção mais profunda e legitima, pois qíieem nenhum ei le encontraria esse oonjuueto de providen-cias e detalhes regulainentares. tão necessários á suaperfeição, muito embora alguns delles ostentem demasiatie luxo e de recursos. ;' v

Esta penosa verdade mais se acceniua com relaçãoao nosso Hospital de Marinha, que—sejamos francos —está bem longe de corresponder â importância política, áriqueza e ao progresso do Brazil.

A marinha de guerra, cujo poder, na opinião do illus-ire Almirante .iaceguay, não deverá ser uma simplesquestão de orgulho nacional, mas sim principal elemento

— 469 —

de defesa de .. -Jj0 vasto território marilin.o e do nossoflorescente ^n.mercio,

além de poroso élo entre osLslados e a.ljniào, que sem eile se desfará como uma bar,nca tem arcos.»«-»««« marmta, repetimos, reclamaráem seu futuro engrandecimento a creação e disseminaçãode estabeleciam tos, que constituem a base de sua vida 0de sua actividade, e no numero delles entram os hospitaesmarítimos, cujas ins.allações deverão corresponder aoa, -tanto do pessoal náutico.*sse dcsideratum nâo será, porém, alcançado,

quanto ao desta capital, mantendo-o na Ilha das Cobrasopprimiao enlre as muralhas de uma velha fortaleza, comoun. pe chinez em seu panlufo atrophiante.Oma circumstancia" eventual concorre ainda maispara a suadecadencia-éu intima ligação com o quarteldo Corpo de Infanteria de Marinha aue, desde a sua reor-gamsaçao, ficou occupando diversas enfermaria, e de-pendências.

0 relatório do Sr. Almirante Baltházar du S.Iveiraquando ministro em 1899, registrando este facto, assimse pronuncia:

«C.eadQ este Corpo por decreto de 16 de fevereirode .18Jo-ei„ substituição do extincto Batalhão Naval foiaquarielado em enfermarias do Hospnai Wlffarínha; Esta'uslallação, a titulo de provisória, por ler sido completa-¦"ente arrazado o antigo quartel do Batalhão e suas depen-deneias, não pôde continuar, urgindo a sua transferenciapara muro local, por ser indispensável a desoccupaçàodas enfermarias, «ão necessárias ao hospital, insufficientepara o numero de doentes que continua a receber.

«Quando não bastasse esta razão assáz poderosa paradeterminar uma resolução prompta e enérgica, existem

__ 470 —

outras de ordem disciplinar, que vêm justificai* pie

namente.» . *„„„„ srmadaAntes desta occünaç^ parcra. P^-"»V <*rmaaa

bou,e oulras, que q Iransformaram Wí**..^!£ei damnificando-o sob o ponto de vista hyg.en.co (b), de

„, enfermarias, que gosavam de boa reputado

ra o IralamenU, de varias affeceões, per «-" a

la.ape.ar.íedesiufeo^erepa.osproced.do," Nas de cirurgia faz«e mister, por isto, do rigor ami

saptiSI cur-Evo. doa operado, o a.é eu. terimen os

g| outras de medicina, quando fechadas ou-

„ '

a noite para agasalho dos doente, sen. -se mau

c'|,"iro earac.ens.i30, denunciado, de seu meph,,.smo e,

m *° m^mS^S* taíeé, do ,„ao sys-K' acreditável que i==v v,^i.— ^ ,

,'de cónstrueçãó, sem estudo ou calculo ao cubo de

nV ' dalposiçâo defeituosa de pav.lnòcs em .elapao

:,; ::!„ de ,„ ^i«>«.».m, *»¦<»»? ^ccmo aue evite impregnações.U

% maio* da nossos bospiiaés emprega-se ara

dei,.' 0 5M1I„, das enfermarias, fazendo-se as «e,es

!'. ;J Ia supe.flcie com um prepHradd de cera que a

;:;'„M «, brilha »» 55» qlTe nu MSfinã en,pre.

rordinano um verniz seccat.vo, que nos parece8

1 rt orser de fácil renovação; prestando-*

i^S^^.^ ;ld" C 0l""°S

ad(1|1L pequenos .ijoios ou ladrilbos de cons.s.ene,.,

¦ , ,, .pn^^opcluü.^tallwu.dearteniermdüexor

Multado fiôarein obstruídas algumas galmtm.

\

-47i-*:.

vitrea, convenientes à pratica âe todos os meios de asseio•e desinfeçção. Este systema parece-nos preferível para os

nossos hospitaes militares e perfeitamente adaptável ás

nossas condições climatericasNos tempos de obscurantismo scientifico transfor-

mavam-se os conventos em hospitaes (9), e ainda hoje

existem estabelecimentos desla origem; mas a melamos

phose de um antigo quartel ou de uma fortaleza para o'TífggJbTS^ não ?|

optra sem graves prejuízos para o restabelecimentoiros"enfermos

pelo fatal sacrifício de sagrados preceitoslivgienicos.

Um taes ci.sos o único alvitre acceitavel será o com-

,Meto arrazamenlo de um e a edificação lotai de outro,

calcada em planos hoje preconizados pela» demonstração

de factos evidentes e, ainda assim, não cessarão as sus-

peitas de uma possivel infecção local.G fallecido ciiureião da armada Dr, ^amphilo

Freire

de Carvalho, em seu trabalho --Breves considerações

sobre a hygiene dos hospitaes, recordava quo: -«Longe

estamos felizmente da época en, que qualquer edifício de

certas dimensões transformava-se facilmente em um

hospital.«As estatísticas então justificavam plenamente o ler-

ror, que o aspecto dessas casas inspiravane o ienror-que-

geralmente se nutria de ser dellas victima.«Os progressos da hygiene teem imprimido mod.ii-

cações muito sensíveis em sua conslrucção, e trazido

melhoramentos consideráveis do seu regimen. Isto nao

d On utilise l*rgoment, en France et en Momagn,-, commq hôpi-

.aüxiiiUtán-^, d.viouxcouvenU quena rótóplissent aueune aei oond -MlX . \ , ,r „...„.- „„e semWablé inátólatiònJ (Anu.ul.ltions exigees ftnotre -jpuqt.S p«ui UBS -'-'"

Nouveaux ElémeiUsd-Hygüne pag.1109 &

_J 472 —

chstauiea P^ra da scienem acerte,^ ¦*i,reittr::;^-^^ .-. <n,.Ul° °1°>,

seculares da miséria, desapparecerao

KS^tr. "legar

a construções hgetras, tempo^

• „ e a sciencia reputa o maior progresso que e

H Z nesta matéria, tornando mais saliente os resui-

ES a a « ¦ que as esia.ishcas recentes registra,,,, os

IT , „nuu, )d muito animadores, nada provam em ¦

toK excellencia do tratamento medico uns hospdaes

l(;;,;.^e„, parte poderão ter fe„od,sSipar se napprc. ^

hensão que outr'orase nutria.»' Dal,,, sob a suggeslào desses f-eco„ce,,,,s •

vocando essa proposição desammadçra de M,cW a ,

a slw,r,ssão deite »^»" ',*.„,,„

collecra ,búcluia e defendia a superioridade do tratamento

li",;,,, c cirúrgico eu, domicilio ao que se se reatava »*-

h°SPlmS> íwem; semelhante opinião é insustentável.

A„(cs do mais, devemos notar que as habuaçoeAmes uo iiio.n?) w.v," ,

DatüMares,em,cgre8eral,11àooaerece,numcomRteo;,„.f„cto,u, de Sondico-êã hygienicas. ne„, a propala-

dispensável no tratamento de afíeecòes diversas, o que

somente em bospitaes pode ser obtido.

Arnould. o g,aude l,yg,e,,ista por exemplo „,.

d0 S(>gu,n»e modo: 1 'outes les rêgles dei lu,aiéncg-

^Jeloinden^rircnquoinuecesoiLdeciennent

matada dans une niaison part.cuUére,» (Obr. et.,

pag. 1131.¦ v..'..;, ... investigações scieniiíieas, a perfeita elu-

. . . .. , .IP MQiQm e prujudicam a sanuiatiecidajçao dirs eanaas, M..« *— - h ^

- 473

dos hospitaes, produziram uma profunda revolução no

modo de construírem se e organisaiem-se esses estabe-

lecimentos graças principalmente aos progressos da baete*

< Lin.que fulgnrando como uni foco de luz n,er,d,ana,

iSeçen e dilatou os horizontes dos conhecimentos

humanos.A hygiene adquiriu novos elementos para as suas

sabias appücações prophylaeticas; a medicina descobriu

nas cujas alternadas a base segura de uma therapout.ca

racional-a serotherapia com que se arma para com-

bater velhos inimigos; e a cirurgia melhor apparelhadau" . .. ^Wat.^n —Joindninnü mais

íntimo do organismo paihologio, operando verdadeuo,

milagres.Assim orientada, a sciencia acolhe desassombrada^

mm*o tratamento hospitalar, fazendo mesmo desappa-

É& do quadro nosologico affecçôes que as gerações

modernas de médicos desconhecem por jama.^have -as

observado e, como dk o professor Schimmelbusch, o

I adagió de Ambrosio Pare .« * »m,

Ü te êmm^m de „* . divisa fatal que os

cirurgiões gravavam nos seus ..razoes.

$ nesses intuitos que, merecedores de taes- tüulos

e instailados nos centros mais e.vilisados, se encontram

os elementos essenciaes ao tratamento de variadas en^

fermidades, e por isso um cirurg.ão criterioso na-ousar*

de certo praticar orna operação itnportantc e g.ave em

1 domicilio qualquer, havendo „a localidade om esta-

belecimento sanitário bem montado.

Na Kuropa, que é o nosso guia no caminho do prq,

„res,o as operações de alta cirurgia são sempre praU.

Lia^.u estabelecimentos semelhantes, poeeu.ndo apo-

T -- 474 —

sentos confortáveis para pessoas abastadas, e, entre nósmesmo, essa praxe benéfica já vae sendo adoptada.

Não procede, portanto, a opinião de Levy que, em-bora fervoroso propugnador dos hospitaes temporários,cujos benéficos resultados comprovou na guerra daCriméa, se mostrou entretanto dominado por falsos pre-conceitos e dsecrente dos incessantes progressos dasciencia.

Continua.

Fragmentos de hygiene

O ideal hygienico de revestimento e pavimentação:a pedra de vidro e o vidro armado

De quantos materiaes tèm a sciencia e a industrialançado mão [tara esse mister particular de pavimentaráreas urbanas ou soio das habitações e revis t ir a.s pare-des interiores destas, nenhum, até hoje, tinha reunido ossuffiTigiõs todos, fixando a escolha, de sorte que as tenta.-tivas e as experiências se succcdiam sem a possibilidadede uma conclusão sàtisfactoria em todos os casos. Asexigências sào tão numerosas que raros lograram reuniralgiimasvrmlagen.se era da relatividade do valor décadaum que aqui se preferia esle, adiante aquelle.

Dois productos novos vieram revolucionar por com-^pleto todos os dados adquiridos e deixar seos eoncur-rentes num estado de inferioridade tal, que não spffrèràduvida a -preferencia decidida quo vão ter; reíiro-me ápedra de vidro o ao vidro armado.

O vidro, todo o mundo conhece, é uma substanciadma. qtiebradiça, transparente, insoluvel nagua e inata-cavei por quasi todos os ácidos mineraes, fusível em umatemperatura elevadíssima de + 1200° a + 1250°, resul-

- 4*77ti

fcAencia ao choque-O choque de um carneiro

pesai 4.2O0 KHogrammns. -hindo; de um ine.ro e

o. ,n cnreceu ser repetido em media 22 vezes paia

Irai de »- Pedra de vidro, emquanlo que,

II as condas eguaes apenas ^'g^g

mesmo effeito, em calçamento de escoria (latüe

aUo íorno e quarta de Honle, os mais duros mat,,

ri.es atéãeÓra empregados em pavimentação.m, :,Sto,c/« s *>mm^f» tt:;:;,pelo methodo de Fõppel, de Munich, a P^a^V^

e Una pressão de 2.023 kilogrammas por cen.ime. o

do. o que é extraordinário, -^°*«™ °a

dos mais duros materiaes de construcção, res.ste apenas a

% ,„,,n,„as. Ene,,, ainda as intempéries jnod.Hc.rn

i ^ stenca- após a a.çâo de mislums refrigerai, es

qne lizernm descer a temperatura a-20 a opposição

mi esma^amento manteve-se a mesmo.

Wstencia ao allnto -0 gasto pe.a acção de unia

m0 , uma grande velocidade permittiujulgar a pedra de

,; : er or ao porphyro de Sâo Raphaet e duas vezes

;,;! .-esaslente que a pedra de Co,nb.a„ch,e,,, das ma,

duras usadas na França.Residência a facção 0 esforço por cent metro

i ~;„ ,,.lt: í-vnpriencias realisadas noquadrado de adheranc.a nas experiências

1 Mboratorio dc Pontes e Calçadas (Par.s) fo. 15 3 kilo'ia

, s de sorte q,,. dir. OFnlIo^ll. a placa de pedra

de Io inais con, ,, oc 0»,50 sobre 0-.33 careceria

de uni. força de 25.000kiiograminas para ser ruranca, a

InatacabUidade pelo, agentes physico» e c/".nneiatura extrema de

„„co*-Ficou consignado que a ...npeiatuia-20o nâo excercea mçnor influencia sobre as p.op;.e

dades da pedra de vidro, consigne-se que so alem de

lloo. a + 1250oo calor poderá sobre ella manifestar

— 478 -

sua acção. O vidro é por sua natureza mesma inatacável

pela quasi totalidade dos mais enérgicos productos chi-

micos; apenas o ácido fluorhydrico gosa a excepcional

propriedade de eorroel-o.'Nenhum dos materiaes de pavi-mentaçào,'revestimento e construcção se lhe pode a este

aspecto comparar.Inconductibilidade ao calor eá electricidade —

A pedra de vidro é mão conductor de calor, verdadeira

substancia isolanle, que não transmittirá nem roubara

calorico nas temperaturas extremas das diversas estações,como grande copia dos outros materiaes, realisando assim

um dos requisitos hygienicos mais instados, especialmente

para o revestimento das paredes e pavimentação do solo

das habitações. Ao contrario das affirmações de Henrt-

vaux, em seu estudo sohre o vidro na Encyclopedia de

Fremy, relativas á excellente couducubiiidade eleclnca

do vidro opaco, os estudos e experiências recentes tèm

demonstrado que a pedra de vidro é mais isolaiue que a

poicollana -eom-mum.Vantagens hygie.nicttS--Resistente, inatacável, iso-

Jante, a pedra de vidro junta ainda as suas mirificas

propriedades a impermeabilidade, a imputrescibilidade, a

facilidade extrema de asseio, não produzindo absoluta-

mente poeiras, nem as retendo, quando uccidenialmeute

para ella vehiculadas. Com effeito, apenas neste tempo

será possível realisar-se esse ideai de uma sala aseptica,

porque só agora um material de pavimentação e de re..

vestimento como a pedra de vidro permítte a segurança

da desaj paríção dos germens e das poeiras que os trans-

portam, após as praticas rigorosas de uma desmfecção.

As freslas, os ângulos, os cantos impossíveis de evitar-se

completamente com os outros materiaes, a despeito dos

enveinisameutos, superfícies lisas e arredondadas, mas-

T

_ 479 -

\t

tiqoes unitivos, são annulados de um modo completo,

porque as vastas lagoas de. pedra de vidro adaptar-se ao

ás outras por suoerficies lisas dispostas convenientemente,

cabendo apenas ao bitume intermédio, se preciso o pa-

pel de unificar duas superfícies quasi continuas. O vidro

armado de que direi duas palavras será chamado essas

rntmtn.ccões todas vez*-s que maior resistência e dispôs.-

tivos rnaTs complicados forem carecidos. Co.nprehendeu

isso perfeitamente o Professor Reoerdin, de Genebra, es-

colhendo a pedra de vidro para edificar a Policlm.ca quo

dirige.Os assoalhos de madeira são sob todos os aspectos

uma irrisão ao lado do novo material. Qual como elle po

dera resistir ao emprego dos antisepticos, sejam quaes forem

sua composição ou o seu modo de emprego? 0 Dr. O boi-

lowell refere que nos matadoi.osdaVili.ete ama ds.posiçao

regulamentar exige a desinfecção dos locaes de matança

com água de Javel feivem.e, trez vezes por semana; mate-

rial algum pode resistir mais de seis mezes; a. pedra de

Garchey, intacta, indestructivel, ha mais de annos suppor-

ta essa lavagem. Tirem se dahi as applieações que um

gênero tal de pavimentação poderá ter e respondam-me

si hvgienicamonte, na epocha actual, salas de Cirurgia,

enfermarias, consultórios, habitações coilecíivas, fabricas,

estabulos. matadoiros, prisões, etc, etc, d.verão ter outro

soalho, si, não outro revestimento.Ouanto ao calçamento urbano felizmente ja o mo-

vimento se iniciou brilhantemente por Lyon que assim

pavimentou a rua de Ia Republique, por Genebra e Zunoh

que ja têm, mais de uma das suas, por Paris que usou-

o na ponte Alexandre III, nas escadas do caminho de

Ferro Metropolitano e que agora mesmo calça a rua

Tronchet. 6

7'---.

Nâo é preciso louvar essa tentativa pelo muito quedissemos da pedra de vidro. Apenas ha duas abjecçõespossíveis me atenho, mesmo para mais uma vez mostrar-lhe a inconfeste vantagem. A priori poder se*ia supporque á uma grande violência, no caso de uma ruptura decontinuidade, a pedra de vidro assim lesada offerecesseuma superfície cortante, como no vidro ordinário: é umfacto que se não dá absolutamente, mesmo porque opedra de Garchey é por egual desvitrifieada, quebrando-secomo as pedras commums, si uma desmedida energia lhevem de choque. A outra abjeção importa a questão economica e algumas palavras esclarecem o caso: o vidrode Garchey é 60°,0 mais barato que o mármore, o grani-to, a pedra, e em Paris um metro quadrado de caiçadaque custa em madeirn 25 -francos é -obtido por 1H com apedra vidro; oproprioasphalto. mais barato,si se contaremos gastos de conservação e os serviços de reparo, que emmuito sobrerexcedem o despendio primitivo, lhe é inferiora este aspecto, como em todos os mais.

0 ealçamen to à pedra de vidroe pois também -o cal- _çamento ideal: resistente, inatacável, isolante, asseiado,impermeável, insonoro, econômico.

A extraordinária expansão industrial que as numero-sissimas vantagens e applicações do cimento armadodeterminaram não podia, depois da pedra de vidro Garchey,deixar de convidar ás tentativas sobre o vidro armadoou snlerovidró. Consiste apenas este na injuncçào deuma iriliça de ferro na massa de vidro que lhe toma aforma e lhe enche e protege as malhas. A triliça metálica,servindo de esqueleto a esse vidro, permitte ao todo des»tinar-se aos mais variados misures, desde a placa de re.yestimento ao tubo de transporte de líquidos e sólidos,sobre pressão; o metal será eterno por sua inoxidabilidade

- ¦' ¦ '.,

.".'

481 -

iôs^ido. nesse meio, o vidro contido nesse laços rras

difficilmenle ainda se poderá rumn^e:quando esta

fcypothese afastada se verifique estará evitada a pfõrj^âe^

de seus estilhaços.O vidro armado decuplica a resistência da pedra bar-

cbey e lhe dá variedades sem conta de applicações novas,

competindo de um lado com o aço, do outro com o aidero-

cimento. Uma placa de ferro fundido de 28 .milímetros

desfaz-se em fragmentos sob o choque, de um peso de

4U0k.lugra.nmos, cahindo de 3 metros de altura, emquanto

que uma de síderovidro da mesma espessura resisteao

mesmo peso cahindo.de altura dupla. Não estará ah.

um convite ás mais ousadas applicações.como ,a alias

se começa a realisar, destinando esse material á feitura

de dormentese vigas, na coostrueçâo dasTerro-v.as, que

sopportam os mais pesados comboyos?

Que applicações pode ter o cimento armado que lhe

não emparelhem, senão avantajem enr muito as do v.dro

lambem armado?Essa já realidade esplendida é ainda a aurora de uma

industria nova e de applicações novíssimas: quanto a.nda

deSprêMsliz nos reserva o futuro até chegarmos ao

meio-dia dessa era do vidro que sr anruine.a assim tao

deslumbrantemente magnífica?!A/ramo-Peixoto

NeorologiaProfessor MORIZ XAPOSI

A 6 de Março p. p. falleceu em Viehna um dos mais

proeminente dermatologistas da geração hodiemr. o Prof •

Moriz Kaposi. - : ir :Nascido a 23 de Outubro de 1838 em tÍBspovar na

- 482Ir

Hungria, fez seu lirpcinio medico na .Universidade deVienna onde doutorou se em 1861. Entrou como Assis--tente na clinica do memorável Fernando Hebra em cujapleiade magnífica de disciptdos fieis e deyotados sempreteve logar de eleição. Em Janeiro de 1866 fez-se P/v>vat-üocent, dissertando nesse momento: Ueber Syphi-lis der Mund-Rachen, Nasen und Kehlkopfhõle.

Com H. Auspitz, F. J. Pick, J. Neumann, H. v. He-bra etc, muito concorreu M. Kaposi. por suas investigações,trabalhos valiosos e por seu ensino para consagrar agloria extraordinária da Kschola dermatológica de Viennad'Ausiria. Além de discípulo dilecto e collaborador dovelho Hebra, Kaposi foi depois seu genro e, o que é mais,conservou até á morte o culto apaixonado da obra edocliina do velho mestre. Em verdade foi muito absolutoeste culto, donde o ter estacionado o eminente discípuloimmobilisado por sua intransigência, sobrfa vários pontosda dermatologia.

Kaposi foi sempre uni trabalhador assíduo e a jüLgar pelo que vi já no declínio de sua idade, devia ler sidoinfatigavel. Mesmo no semestre de verão Kaposi prelec-cionava 5 vexes por semana apresentando doentes querda clinica quer do Ambulatório. ~"T"""

Além da sua assiduidade na Sociedade dermatológicade Vienna, não perdia as sessões da Sociedade imperiale real dos médicos de Vienna. A todos os congressos in-ternacionaes da especialidade comparecia o velho Kaposi.Ainda no de 1900 tive occasiào de vel-o com aquella bo-nhomia que lhe era peculiar, a presidir uma das sessõesde IV Congresso internacional de Dermatologia e Syphi-] 1 iTÍ'0 t i li IOI i j^ • « pllHI.

Como professor eram notáveis, a precisão e a clare--za de suas descripções, feitas sobre um difognostico nítida-

_. 483 -

mente formulado. A viste dos discípulos faziam-se as

indicações Iherapeutk^ a que dava um cunho especial

sua vasta experiência.Em razão da grande clareza e simplicidade de sua

faeilima e.ocuçào, suas pregões eram muito seguidas

por numerosos estrangeiros que iam ouvir da própriabocea do mestre eminente os elementos da doctrma da

Eschola Viennense.E quem quer que, extrangeiro, uma vez se lhe ap-

proximou sendo recebido com aquella extraordinária

lhaneza, terá tido melhor opportunidade de julgar a

amenidade de seu trato o brilho e a vivacidade de seu

espirito ao serviço de um caracter illibado.

Grande foi a sua bagagem scientifica e muito longo

seria minudencial-a; apenas direi que o rhinoscleroma,

o xeroderma pigmentosum, a dermatite pap.llar. o acne-

varioliforme, a lymphodermia perniciosa, a urticána

pigmeniar idiopatbica e múltipla da pelle etc, foram os

capítulos da dermatologia sobre que mais incidiu seu

talento observador.Além de ler collaborado no 1.° volume do grande

tratado de Hebra, escreveu-lhe todo o 2.° volume.

Depois publicou suas Liccões sokrea pathologia e

a therapeutica das moléstias da pelle que tiveram cinco

edições, sempre revistas e augmentadas. Esta obra foi

traduzida em varias línguas. Seu mérito é lanlo que mesmo

em França chegou a ser considerado o principal tratado

clássico de Dermatologia.Publicou ainda um Tratado de moléstias venereas

um Atlas com texto em 3 volumes (Die Syphilis der

Haut und der angrensenden Schleimhàut)e ainda um

outro atlas sin 3 volumes com gravuras coloridas repre-

sentando um numero considerável de moléstias cutâneas,

\

-_ 484 ^

[Handatlas der Hautkrarikheiten für Stüdirendeuad Aerztc—1898, 1899,1900).

A 27 de Outubro de 1900 seos discípulos e ns der-matologistüs da Áustria e do estrangeiro festejaram ojubileu de vigésimo quinto anno de professorado do sábiomestre. Dous dias depois apparecerain os primeirossymptomas assustadores da cardiopathia que somenteo prostou no leito a 4 de março p. p. Quatro dias depoissuccunibiu!

Boa parte dos poucos que no Brasil se dedicamao ensino ou á pratica da Dermatologia tiveram a for-luna de ouvir as lições do sábio Kaposi e por isso umdos que tiveram ;i fortuna de" lhe admirar os méritosjulga prestar-lhe em nome dos que entre nós cultivam aespecialidade, a modesta homenagem destas linhas necrológicas.

Juliano Moreira.

Medicina praticaLECITHINA E GEMMAS DE OVOS

Dr, Lemanski diz ter obtido optimos resultadoscom o uso continuado da poção seguinte, cujo sabor émuito agradável:

Gemmas dovos crus 300 grs..Água 60 »

M. passe por peneira e junte:Bhun 60 grs.Glycerina pura 300 »Xarope de limào. . . . . ..' .... 1.50 »Água de louro-cereja. . . . . . . . 10 »Chloreto de sódio . . 5 »

a 3 col Irerês das de sopa antes de cada refeiçàoicm meio copo dágua.

V -485-

Esta poção conserva.se bastante tempo; no fim de

"ia obteve o Dr. Lemanski augmcnlo rap.do de

appetite e de pezo, ..

Questões de ensinoA reforma dos estudos médicos na Allemanha

Wentinúdifro)

II Exame medico (Aerztliche Prüfung).

aprova medica se realisara perante cada uma das

«llpmão As commissões serão nomeadas annnalmentepeia*,««*. -ida a Faculdade de Med.caa,

dentre os especialistas competentes em cada matéria.•rida anno ha 2 períodos de exames. Começam

_„ III de On.nt.ro , no melado do Março e nnnca

devem ultrapassar o melado * *«^ sâ0 remel.

Os requerimentos para admissão a exame sa

tidos ai 1.» de Outubro on 1." Março de cada anno £

„ ri dade competente, e devem ser aecompanhad ,"o

testado de ter (ei.., cotn exitc,«.pre-e^ne tned, o

[=r.r.r.rrri.r;.=:"cque ao menos * semestres passaram upo* a

dacta em que se effectuou o pr^exame.Além disto deve o candidato acorrentar cernficos

rip tpr aDOZ o pre-exame medico;'.rmad, parte como prac.ican.e regular durante

dons semestres, para cada uma, nas clinicas med,ca,

II! obstetrica, tendo assistido pelo .nenos „ua.ro

partes en, presença do professor oo do assente.

- 486 -

2.9 de ter freqüentado regularmente como praticantedurante um semestre cada uma as ciinicas.de olhos, a.policlinica medica, a clinica ou a poliçlinica de creanças,a clinica psychiatrica, as clinicas ou policlinicas de gar-ganta e nariz, ouvidos e a de pelle e moléstias venereas,assim como de ter tomado parte no ensino pratico datechinca da vaccina e ter adquirido a necessária habilidadetechnia para a vaccinação e conhecimentos sobre aextracção e conservarão da lympha;

3.0 de ter freqüentado cursos de anatomia topogra-

phica, pharmacologia e medicina legal.A' notificação para o exame medico o candidato

tem ainda de accressentar; 1/ Uma auto-biographia es-cripta do próprio punho na quai se minudeneiará amarcha dos estudos universitários.

2.° No caso em que o requerente não se inscreva logodepois da sabida da Universidade, um certificado officialsobre a sua conducta no intenegno.

O exame comprehende as seguintes partes;I. O exame de anatomia pathologica e pafhoiogia

geral.II. O exame medico.III. O exame cirúrgico.IV. O gynecologicf» e obstetrico.V. O ophtalmologico,VI. 0 psychiatrico.Vil. 0 de hygiene.Em nenhuma parte do exame poderão ser examinados

ao mesmo tempo mais de 4 examinandos, a excepçãoda parte techinica do exame cirúrgico onde é permittidoum numero duplo.

Continua.

Gazeta Medica da BahiaPublicação JWenaal

VOL. XXXIII MAIO 1902 NUMERO 11

Oiso-ursoProferido pelo DR. AURÉLIO RODRIGUES VIANNA

POR OCCASJÃO J)A- PGSSr DA CADEÍRA DE PaTI.OI.OG.A V-Mí5#í£A.--.-___

Senhores:Vae para trez lustros. Era em 1887.Ao transpor o soberbo pórtico destemagestoso temploem cujo throno excelso soberanamente impera a scienciacmgida a fronte com o iaurel de doutor em medicina'inebr.avam-ine o espirito as mais sedueíoras esperanças'

os mais doces enlevos de risonho porvir, sem lobrigar'se quer, a ideia de que um dia pudesse ser elevado a estehonroso posto.

Perpassa o tempo avaro, e hoje perante vós, minhaconsc.enciae Deus, contraio o mais solemne dot com-prom.ssos, ao empossar me nesta cadeira, ennobrecidapor mestres venerandos a cujo saber t illustraçâo lemas successivas gerações rendido os mais justos e enco-miasticos preitos de homenagem.

Nobilitante apostolado, missão sublime é. sem duvidaesta, que neste momento se inicia para mim, sem fugir.meum só instante da memória a noção bem clara da immensaresponsabilidade, que desde agora começa a pesar me sobreos débeis hombros. ?

O elevado da posição, o grandioso do encargo queme e hoje confiado, os deslumbramentos da culminância6 que sempre me pareceu um sonho o poder um dia

1

r'f7

— 488 —. '. *

atlingir, não conseguem .encobrir com, seus fulgores asdifficuldades, que presinto, os embaraços, que receio nocumprimento dos deveres, que ádstrictos eslão ao honro-so cargo de Professor.

-=;=, é forçoso con-fessar; encantam o.í olhos as eainbiantes de cores, quea!Çt" se desdobram no horisonlerfascinam as inaràyi 1 has,que se succedem no delicioso panorama; mas não des-conheço que, ao rasgar se o fallacioso véo ao sopro violen-to d.i realidade, hade surgir com toda a sua aridez, comtodos os seus perigos, com todasas suas ciladas; o cã-*.ninho escabroso, que ha inda a percorrer para alcançaro fim almejado da jornada.

Pois bem; como muita vez a imminencia do perigoincute no animo do eaminheiro faligado novos alentospara a continuação da marcha através os meandros dodeserto, fazendo-o encontrar no próprio espirito a coragemqne lhe falta, será na consciência do dever, que meincumbe, que irei haurir o esforço que preciso, que ireibuscar as forças de que necessito.

K s#a consciência, este juiz supremo, que npj aconvpanha e nos julga, essa einaiiação sublime da divindade,que nos nobilita, pão me condemnar, é que terei cum-prido o meu dever na medida das minhas forças, é quenão terei mentido ao solemne compromisso que acabo deassumir perante v4s, essa mesma consciência e Deus.

Senhores:De interesse e relevância máximos é para nos a

importante fracção da Palhologia medica, constituídapelas moléstias inlertropicaes,. e que enorme incrementovae lendo em alguns paizes da culta Kuropa.

A fundação e inauguração de escolas de Medicina

— 489 —

tropical na Inglaterra, na Allemanha, na Itália, e de eádei-ras especiaes em algumas Faculdades francezas, bemcomo a creaçâo de jornaes destinados ao seu exclusivoestudo, constituem a genuína expressão de seu alto valor.Por isso iniciaremos as breves considerações que obje**ctivam esta desprolenciosa allocução, salientando os

pontos capitães da historia clinica das principaes unidades,

que resumenfa exótica pathologia.;"'

Considerasse, embora, Hippocrates, em um dos seusadmiráveis livros, o homem como escr.ivo do solo e do'clima, no tocante á saude e á gênese das moléstias, dedata recente é porém, o estudo da pathologia geo-graphica. ¦- "

Se moléstias ha que devem ser consideradas cosmo *

politas, como o typho, as pyrexias exanthemalicas, atuberculose, etc, outras existem que são peculiares acertos climas, a certas localidades,

Na zona intertropical é; sem quéslão, a grande dy-nastia das febres palustres, o paludismo, que domina emsuas múltiplas e vaiiadas physionomias, dynastia quechegou, offuscando os olhos da geração de então, amonopolisar por algum tempo a pathologia medica, demodo que a febre amarelia, o cholera, a peste, a dysenteria,a hepatite, etc. fizeram parte desta familia nosologica.

Não se trepidava em capitular dc febre perniciosaa aecidentes bruscos, a mortes rápidas, como se acasoestados outros nâo produzissem idênticos resultados, o

que está hoje perfeitamente provado, e do que temos frUsante attestado no lemivel e traiçoeiro syndroma, aloxemia ureuiica.

Felizmente, para bem da humanidade e engrande-

- 490 -

cimento da sciencia, um homem surgiu, por certo umsábio, Laveran, que traindo no sangue de paludicos apresença de pequenos seres, quando proseguià etn suasinteressantes investigações sobie a melanemia, os indicoucomo a verdadeira causa desta aífeeçào, descoberta bri~lhantemerite referendada por todo o orbe scientifieo, e queconstitue o seu melhor padrão de gloria.

Essa universal saneção traduz um dos maiores feitosoceorridos na historia do paludismo.

Conhecido, porem, o agente pathogenico, problemasoutros ficaram de pé, aguardando solução, dentre estesdestacando-se o referente aos meios de propagação damoléstia, objecto assáz controvertido.

Incriminados a agua e o ar como principaes meiosde vehiculação do heinatozoario, sabe-se hoje, «taças aosárduos e pacientes trabalhos e aos clássicos estudos deLaveran, Fatrik Manson, Koss,'Koch, Grassi e tantosoutros pathologistas inglezes e italianos, que os mosquitosdo gênero Anopíieles representam papel primordial.

E este facto, que á primeira vista poderia ser con-siderado mera hypothese, encontra poderoso esteio emtrabalhos firmados por eminentes vultos da Medicina, ernque deixam clara e exhubertintemente demonstrado o papelda animalidade na etiologia e pathogenjse de diversasmoléstias. Se o carbúnculo, a febre recurrente, a opbtal-mia purulenta, a peste, a tuberculose, a febre de Texas,, afilariose, as moléstias microbianas em geral, encontramnos insectos um dos principaes agentes de sua propagação,porque innocentar-se os mosquitos quanto ao paludismo?

Nào vemos motivo plausível para tanto, mesmo por-que os trabalhos dos auetores citados sào de ordem a nãodeixar a menor sombra de suspeita, além de que estàodiariamente recebendo a mais competente confirmação.

491 -

O paludismo ê, aetualmente, uma das moléstias de

pathogenese conhecida, cuja anatomia mórbida esia bem

estudada, de symptomatologia perfeitamente delineada,

de diagnostico preciso, de prognostico favorável, de uma

tfeerapeutica especifica « de uma prophyláxia faeil de ser

reàíisada.* *

0 que summariamos, infelizmente não pode apphcar-

se a uma outra moléstia, entre nós reputada endêmica, a

febre amarella, o typho icteroide.0 nome de um nosso compatriota, digno e .Ilustre

por muitos títulos, acha-se intimamente ligado â historia

pathogenica desta affecçào.A Domingos Freire deve a sciencia as pr.me.ras in-

ve«ligações sobre tão escabroso assumpto, descobrindo

após fastidiosos e perseverantes labores, nos vômitos dos

amarellentos, o cryptocoecus xanthogemcus.Lógica e natural era a verificação de tão transcen,

dente descoberta.Contradictores não faltaram-lhe, mesmo no seu paiz,

onde sofreu á mris viva e apaixonada guerra, ao em

vez do apoio, de estimulo e da animação, que deviam

suffragar as suas ousadas tentativas.No estrangeiro salientaram se, na Europa Corn.1 que

com a sua reconhecida competência affirmou serem estes

micrococcos meros corpusculos accidentaes, e na America

do Norte Steruberg que negon fundamento scienl.hco

a todas as suas asserções.Longe de desanimar, com dedicação rara e inexce-

divel, embrenha se neste inexplorado terreno em busca de

armas para combater os seus adversar.os; a lucta tra,• va-se renhida e o nosso distineto compatriota tende infe-

lizmente a baquear.

- 492 —

E baqueia desde quando despresando o seu cripto-cocco, aponta o staphylococco como o factor essencialdo lypho amanllico, germen este encontrado não sónesta'moléstia como em outras de fundo infectuoso.

Carmona e Valle, Gibier, Lacerda e outros acredi-tam ler achado a solução do diffieirprublema; em breveporém,exjíenmentain o desprazer da desillusão. Plenaobscui idade, portanto, profunda confüsãa.

Um raio de luz entretanto desponta no horisonte, aemergir da impenetrabilidade das trevas com a theoria deSanarelli, o distincto ex-director do Instituto de Hygieneexperimenlal na Universidade de Montevidéo.

Seguindo rumo contrario aos seus predeeessoresillustres, deixando á margem a cavidade gastro-intestinal,concentra particularmente as suas vistas para o liquidosangüíneo e ahi, neste meio, descobre um micróbio, cujoscaracteres morphologicos e biológicos estuda, bapíisnn-do-o com o qualificativo de icteroide, denominaçãoimprópria, apenas decurrente do faeto de ser a febreamareila conhecida também por typho-icleroide.

Obtida a toxina do germen amarillico, investigaSanarelli as suas propriedades e vê que é ella capaz dereproduzir esta moléstia, com o seu imponente cortejoanatômico e ftyuiplomati«;o, e dahi conferir-lhe propri-edades esteatogenica, vomitiva e hemolytiea.

Como soe succeder com as grandes descobertas

para o bacillo de Sanarelli convergio a attenção dosmais provectos scientistas, que o snbmetleram a meti-culosa analyse.

Comprovada a sua existência por notáveis bacte-riologis»as do America do Norte, do Mexido, da Itália, daKrança e do Brasil, outros a negaram, e d'aquelles alguns

-i 493 ^

I

. t

K„ulaí„„,no nm *^'g.r-M :ee-n"t X T^e ^

"ZTo, ^,0 o eerme„o seu bacillo a, que ™ "» &wí«ppHí espe

f Snr^C-vel, Teco,, a novoexpediente. compatriota Carlos Finlay,

^Irraâo a e,(a doutrina e apro.ei.ando o ensejo

Aterrado a t»«a pommissao

q„e se lhe deparava, co,n a nonaea,o de «»J£

icteroide com a febre amarella. ^^

D tót„, as,™ proce M»<»™ d„ [cbrc

- .nente delernnnada a . n , hospede inler.

£conlacío com o, doenles de todo supérflua.

Pernicioso exclusmsino.. « intrinsicente a mascarar a

Guerra ao dogmatismo intransigente

Í04

— 494 —

na etiologia da febre amarella, em que esmeriiha de modo

Caro e evidente a questão e demonstra a inan.dade de

semelhante theoria pelo seu exclusivismo com descripção

de uma serie de casos em que realmente nao se pode

acceitar-o hospede intermediário.As epidemias que, infelizmente, tem assolado a nossa

Pátria manifestamente as que decorreram de 1889 a UftW,

no Rio de Janeiro e S. Panlo, faliam eloqüentemente em

favor desta opinião, porquanto na sua propagação oúbuB-

eendo-difecçâtrtiáirvtas-férrearas mercadorias desem-

penharam importantíssimo papel.Sem ter hpso o nosso modo de pensar, destituído do

característico" essencial, desautorisado portanto, no,

mostramos, em todo caso, favoráveis á doutrina de

Sanareili, ante a observação e a experimentação, * o cu-

nho verdadeiramente «cientifico de que se acham urpre-

gnados os seus trabalhos.Não é, será jamais a ultima palavra; aguardemos

ávidos de saber o competente juizo dos doutos bacter.o-

logistas do Instituto Pasteur.que neste momento, na Capital

Federal, esquadrinham a etiopalhogenia e meios dc pro.

pagaçào deste terrível morbo.

E convencidos fiquemos de que, somente depois de

firmada a causa desta moléstia, poderemos esperar uma

therapeutica .acionai, pathogenica, única compatível com

as almejadas aspirações.** *

A' um digno filho desta Faculdade, que tanto a tem

elevado e engrandecido, enjiobrecei.de. assim o nome da

Pátria adoptiva, a Silva Lima, deve-se os grandes dei.-

neamentos clínicos do beriberi, primeiro marco de sua tão

controvertida historia.

-496-

A este incansável investigador da nossa pathologia as- t

suuu'""' " SíSa nm cunho verdadeiramente nacional.*;::; z ?z*~ ^~, -«-a. <*•«>.

Pacifico t ereua, A,{ d BrUl0i paraRarair„ Montear, Hu,a ^

^ „,„não fallar senão dos nosso. o

rZT:X* ctrto^o^.undoencarando.a^rltol mori.da, estabelecendo os u.Unaos a

^TSnlo-nã^^ccedo, verdade a traospare-

eer lúcida, divergindo caberá os pathotog.s.as qpap.o ao

taC'',;-^:sidoinc,a,,1inad„s,n,,,,h,,n,,Pore;;,,,che^,,-.

JcoXado pela se.encia. Da alçada do ., -oca

• vPlile ivua uns, poly nevrite para outros.tI;:n--r::vergè,,U\e,,,,,amodcrnar;,ce

ctum anatômico das polynevntts, a cuja

"a,t^:rne,,,es rcsp„,,sahiliTdos pela soa. „*—, he„, o sna -->«

^ - '.

_. toSn^cs, co,„oq o _ o beriberi, con,—se n

:ra:X:uàu:ar:r™dal,d,,desdes,essvndro,.,as,se,nnada ter de especifico. 2

— 496 —' « :'. si.:

A observação, por sua vez, fornece-nosdados de valora justificar semelbaute proposição. Numerosos foram, oscasos, entre nós, capitulados dc beriberi, logo após o seuconhecimento, a destoar de modo notável do que bojeobservamos. Qual o motivo? Acaso considerar podemoscomo moléstia a extinguir-se?

Não, absolutamente. 0 que taxava-se dc beribericontinua a •¦xislir, iaivez com egual freqüência, com obaplismo porém de polynevrit.e- ~-¦.

Nas puerperas. qualquer perturbação nos domíniosda motricidade e da sensibilidade corria por conta damoléstia em voga; boje sabe-se que a nevrite puerperal éuma verdade.

O aperfeiçoamento de semeiotica cardio vascular erenal, esclarecendo muitos pontos obscuros, nos indicouas bases em que se devia firmar o diagnostico differencialentre as moléstias destes apparelhos e aquella dc que nosoecupamos.

Enorme foi o impulso que recebeu semelhante a.s-sumpto, em qüè salientaram-se de modo notável os nossosnosologistas, dando assim inequívoco testemunho de quenão são a desidia. nem a indilTeiença, que nos caracte-risam e que existem devotados apóstolos da sciencia, acuja causa santa sabem empenhar toda sua energia mas-cuia, todo seu rigor intellectual!

Se bem que sejam patentes e irrefutáveis esles progrossos, se bem que estejam clara e firmemente esta.be-lecidos os básicos fundamentos, é de lamentar-se quesemelbaute estudo não tivesse continuado a nos preoc-cupar, permanecendo como meras hyp6thes.es factos quejá podiam ler entrado ria cáthegória dos phenomenosaveriguados.

Parece mesmo jazer no esquecimento; quasi nào mais

497 -

se(lll,ue,am.aiteSlaeOesdC.!;a;io:eea;:^^™-""''"ti^t^^adeestPodeve,

filnriose. ** *

aOjU.u.qviv medica.eicio imerino da eade.ra 1 da

^ „.,,Nove doentes oc^^|^|nle3 do microscópio. >

eram Irt-pocacos.coa.pro o ^

^Wm* Ulz' e,n be!k Pf

m, iriexcedivel fidelidadegraphio, (raça òòm v,OTseo«s cowj ^^^

S. caracteres bem cotoo a J,knap

quacs é -^"Mbl,:;;dl o ovais impo*.»..-»

i:"';r::ú iu... § ^ >anemia—que pc»„„pôe.sc ao espiftto do dmaoo ¦

^ ^Nem todos "s nosolog. I M « .

co. ..s|o^-... rin flnlívlostomiase, «i>>uma conseqüência da ankx _

^ illlIIlCdiato.pensam alguns ser o ank\K. lfe uel.|do

quP com o fulgoi de seu ei .„¦ h

L desusado brm.ounp...;^

.»-*:»ÍBr:* estas eteras, noa,Circoaaes de C. «Ih^ ^.^ ^ u,„,t

ha de permitur que o ^^.^ :ipl.Csente-lhe d-acanhados de considerações U^na.,

gu,« argumentos en.|^^edimcil soluçãoécertamen-

— m* *

A .filariose e a ankylostomiase, eis novos dèp.arfa-

mentos da pathologia mtertn/pical esmerilhados por me-

dicos brasileiros.O descobrimento notável de JVu»^^í|^nM_

r^allsidorconstitue solemne e edificante exemplo do

quanto valem a dedicação e o interesse postos ao serviço

da sciencia. __'__.___Fste facto, de enorme significação, deu margem a.

pesquizas interessantíssimas em que tomaram parte aba-

Usados compatriotas nossos como Silva Lima, Felicío dos

Santos, Júlio do Moura, Silva Araújo e e.n particularSéveriano de Magalhães, como lambem eminentes médicos

inglezes, especialisando-se Patrick Manson, um dos mais

ceíel.res obreiios da heímínlhoiogía e pathoiogia inter

tropical.As múltiplas manifeslações mórbidas constitutivas

do grande grupo da filariose cie Wucherer, da lympham*-

texia endêmica de Corre, foram perfeitamente descriptas,

figurando como das mais importantes a lymphatite ou

lymphangite, a forma aguda por excellencia, o lymplro-

Jscroto, o craw-craw, a hemato.chyluria ou hemato-lym-

phuiia, a elephantiasis dos Árabes,Nào vem o obscuro discípulo, amparado a nomes

gloriosos, demonstrara infundado da doutrina, porquantosabe que Adolpho Lutz e outros consideram-na um

anachronismo difíicil de comprehender-se; não são so*

phisticas proposições que apresenta, mas sim o resultado

único da observação em a clinica hospitalar.Se o ankylostoma é o effeilo desta anemia nada mais

producente e racional para o tratamento que a cõHm-

cação do doente em boas condições hygienicas e a

irnfpj

j «opines os q«»és resü •

lui„oo ,o sangue * m$*2$& l0gica.produzirão a cora como^conq (micr0SCop.o a

existência deste verme no setfda^ race:„bntes

condições hyg*"^ ll^ha ascendente e somenteraole5lia continuará em sua -

„ma ou ,„»is0 vhvmcl, o afflhelntm taco po. e, en^ ^ $ ^

sc accentuando ate » -^±-5»**--

Ora se fosse a .nem» "° é,„, as ,nes,nas -

gvun««s os ankuoston,^ os^y. ^ ^ ^

condições mesolog.cas a eu ^ dosangue,lanl„ o hemalime.ro revela-nos

encontrado no 'nt^estó ^^ ^ste excetlente meio

Fixado a nwco*a deste dialas c0nsequen-sc desenvolve, m*m*.™g£ anemia «opftal,cias não devem ser levada, a co" .p

porem «nica. <$*&£$£:& „ iogar a esta, aP-

Aquella aesappareceu para ce. como

..^.u-- aaftiribulDrtos se manifestemchinas existirem »» —-¦ flmfe,lem,Uaelhesatotrinularm^semanife-lem

— 500 -

Fm questões de ordem biológica o effeito pode deixar

de corresponder á cansa. A anemia tropical será elemento

favorável ao desenvolvimento do verme, predispondo o or-

ganismo, jamais causa eficiente da ankylostom.ase.

Estas considerações, repetimos, são filhas da obser-

vação, pára a qual apellamos, convictos de que, somente

ella, sensata e criteriosa, será o arbitro supremo desta

• importante pendência.' Mestre ides exercer vossa actividade no grandioso

proscênio da clinica, onde encontrare.s feriu campo.e

extensa margem ás grandes averiguaçõesPerseverante no trabalho, tendo por guia, a illuminar-

vos a estrada, a lucidez de um espirito superior, ao

á,íingird<:s á meta de vossas aspirações, tereis contribuído

com precioso contingente para nossa litteratura medica.

* *

Um facto promana desta simples resenha a incendei*. „..»;„;„..,.iài-, H" p,i,f>ritos compa-

o nosso estimulo; e a çõpai ¦*--*p**v«-' *->*» f

molas na ingente obra da resolução dos graves problemas

aumentes a nossa pathologia, alguns dos quaes,..boje. ni..

lentes refulgem no lirmamento immenso e eonstellado da

sciencia, illnstramio de grandiosos feitos a medicina

brasileira.Muito l.a por fazer-se; larga e extensa é a estrada a

pcrcorrer*sc. escalvado o terreno a culiivar-se.

0 moirejar quotidiano, porém, vencendo os óbices que

acaso cnpecer possam a realisação de dourados sonhos a

assoberbar-nos o espirito, nos apontará, por certo, a pro-

méltlda terra cm que, afina], victoriosos pisaremos.

Sejam, pois, a nossa actividade os nossos esforços-

as p dentes armas .leste nobre- mister, deste elevado en.,

car«o deste sagrado sacerdócio, e assim teremos cumpndo

I-

f

— í)01 -

A i* satisfeito a nossa consciência, aguardando

a sciencia agradecida sabe prodigahs,. doso nosso

a sciencia agcultores Continua.

/Cypho-escoliose e gravidez

Pela SS Famoso. p»aGDEb "^ te —ida"Pela ura ^

Faculdade de Medicina)

,- wj^t rc^*:encia Unham elles sobre _ nüV0S estudos

e observações ..« |Min M bacla, loda «.r,.

im|luphu,e varuuUs que e I

que a eolumna vertebral deformações,

,ü/.iam os pa.te..qsrpi,eu aeMiaBQS.

^ co", ''ffir,;,;;irc ;,.:™:* *> ^ r-modificam mais ou nu a es|l.eitamentóS que podem

to»'1»^ : nO,alho do pa.10.ditíio.üur e !»r,0:*S?Udi ser desviada cia sua pos,

A eolumna verlebial pode se

. verrU.H-- ^"w,(üS,, » que ac^oclau,

de desvios- a ri/p , udada or aigUnsa ,-ccíic/ão a/iQ/-mo/ c/o / ac^,

^;auetores, no segundo

^^ hoücose escolioü-

cosr^=-- —«oo,....se refer.m â communicaçao junta.

É

- 503 —

Farei isto muito ligeiramente, mostrando as princi-paes modificações exercidas sobre o pelvis pela influenciada cypbose e da escoliose isoladamente, de origem raiíhi-tica ou nào, finalmente as produzidas pelas tres influenciasreunidas—cypbose, escoliose e rachitismo.

A observação, principal assumpto da communicaçào,occupará a segunda parte do trabalho.

Escoliose.- -Este desvio vertebral, o mais commumde Iodos, é caracterisado pelo encurvamcnto lateral dorachis. Tillaux pensa que o desvio escoliotico é simples-mente o exagero da ligeira convexidade lateral, quephysiologicamente existe ã direita, ao nivel da região dor-sai; é por isto, faz nolar este auetor, que quasi semprea escoliose é situada á direita, pelo menos quando semanifesta depois dos seis annos, idade em que a curva-dura normal da columna vertebral começa a apparecer.E' ainda pela freqüência da escoliose á direita da regiãodorsal, superior ou media, que se a denomina curcaduraaortica, cm razão de corresponder a concavidade daencurvação ao espaço em que a porção lateral do rachisse põe em contacto eom a aorta,

Raramente a curvadura escoliotica é única; ordinária-mente curvaduras outras se produzem, compensadorasdo desvio primitivo, devidas á acção muscular empregadapara o restabelecimento do equilíbrio. No caso observadopor exemplo, existem duas curvadutas, oecupando a pri-.meira a região dorsal e a outra a região lombar.

A escoliose primitiva differe visivelmente das secun-darias ou compensadoras, mais pronunciada a primeirae se afastando mais do eixo do corpo.

Em uma serie de dezenove observações de escoliosesem rachitismo, referidas por Hirigoyen em sua these de

Ar- our

_.. S <»°0 v»^ nue o desvio vertebral nàoCoucltljo em .»» - - defom,açíios sobredete» d. »¦ feg« 0 h.abal:h0 d0 pM,„, excc»opeNis aponto de drfttouu. ,.

*» ft« « "*2,1Í?S^S e „a sua forma. ¦*e* 6»a posição, em taO* ^ .^^ dquasi todas nota-se ta<}os ev dmmetròs

désvto escoliolico cornos ^"^AZ^^^¦^^^aW^^^^í^--

â saliência escoliot.ca. E ao n.vei

s„bre a linha iunominada, que odo ^|g

í^.

„s desvio escobo.ico «JO rac U*o A|| c.

raí„a a saiiehcía das cosie as« -»',„,, u„u„du á

lado em *^**P^j|SwiS® ,-vru sobre seu

,adoda couvexidade du ^'/gfS ,)mop,„,a,

*tóbra,?dts o" o° iSxameulo, oue as

h p^ecçao das costtíta^e origein rachi-4PPr<ÍXÍr,„

mS Íns!»*» -,upre. de onde astica as deformações po via iàó do parto,dtfncuLlaues graves «ouuas ve** .^ &_tfMff, a

^;»;o^;n^pa ^iormenle.

«MU ISfc normal^se, eocurvaudo-os ma,,tiais cunu v, ( d affeCçao.

-- 504 —

dos membros inferiores, o que lhes valeu a denominação

àepernaltas, por analogia aos pássaros d'este grupo.As bacias escolio-rachiticas, cujos caracteres sao de-

terminados por três priucipaes factores-as pressões e

contra^pressões soffridaspOTeims^s-ira^es nrosetnares

e as tracções ligamentosas- apresentam quas. sempre

uma asvmetr.a unilateral mais ou menos pronunciada.Esta asvmetria é caraelerisada pelo augmento da distan-

cia que separa a tubeiosidade iscbialica, que corresponde

ao lado da escoliose lombar, da espinha iliaca antero-su-

perior, augmento este produzido pelo levantamentos com-

pressão da metade da bacia correspondente. 0 grão da

asymetriaé dependente do grão de escoliose e perm.ttev0riru.ar- n Parlamento do conjugado verdadeiro, deter-

minado pela saliência do promOntorio, que varia entre

5 12 a 8 1/2 cent.; o encurtamento do diâmetro antero-

posterior do estreito inferior, que é sempre menor do que

o conjugado verdadeiro na bacia cypho escoliot.ca; final-

mente a inclinação do promontorio para diante.

O plano do estreito superior apresenta o aspecto de

um coração de carta de jogar, truncado, deprimido no

sentido oblíquo, estreitado do lado da escoliose lombar

e alargado do lado opposto. No estreito inferior da-a< o

mverso- estredamento do lado correspondente ao mesmo

desvio e alargamento do lado opposto, sendo mais baixa

a tuberosidade iscbialica e elevado o ramo ischio-pubiano

de modo a augmentar o angulo sub pubiano.Em virtude da enorme pressão exercida pelo tronco

desviado, em sentido opposto á escoliose, sobre a porção

superior do sacro, é este impellido para o mesmo lado e

a ponta deste oss >, soba influencia rachitica, é d.r.g.da

para a direita e para traz; pela mesma causa o pro-

montorio salienta-se para diante.

._ 505 -

po.ao.toa â ^»lioselomb:^if,lr "ndoa «"idade

colylo;ae ^^^ art: dirolL.. A sympoyae

distancia do lado do oesv.u resultando

p„biana é deslocada para esl. m. mo ad ^

i diminuto das Manejas e^re».o* _

^"^r; Uo de apoio a c^acorrespo,

dente. , :J:t_R_.i.n;:mí.._e muitas vezes

impossível. A cabeça e aca„sa do estreitamento qne sç da en e

cavidadecotyloide;arotaçaonaosefa,eaar.if.cia.

g»^* e „ émamm^o raeh,

r-rn::^rsan::r;.ira\oe,snboponanciaqnandonprod

.do n,e

d-esta épocha as ™dl«f"| de alguma sorte a

pouco prononc aaa, para dd re «^

raarcha dn parlo. Ç& as hism0, 0 m„ der.:v::- = Xr„ iz. s:

r^r^— P0; ... ^..,7 annos de edade. ^ ^ caracte.

. /S t" t d «Ind.r cn,„ as baciasnsticas que se n«u» rviciadas por lesões outras.

- m -As alterações aue a cyphose imprime ao pelvis variam

com a sede dagibosidade, sendo tanto mais accentuadas

quanto mais baixa a situação d'csla; a cyphose dorm,

lombar e a lombo-sacra, por exemplo, actuarão minto

mais nocivamente sobre a bacia do que a cyphose dorsal

(.,n razão de que, n'aquelles casos, não se formará faciU

mente a lordose compensadora que neste é a regm. _Deixando dc- lado^â diversasconsiderações feitas por

MoorrNeugebauer, Brieski e outros, para explicarem o •

mecanisnto peíõ qual se produzem as deformações pel-vianas, sob a acção da cyphose, descreverei primeiroapenas os seus principaes caracteres em relação á cy-

phose imra.Consrderadà no seu conjuncto a bacia apresenta

configurarão diversa da norma}, notando-se alterações

desde a grande bacia, que e notavelmente alargada, até

o estreito inferior que é diminuído no sentido transverso.

0 que caracterísa, pois, a bacia cyphotica é o estreita-

mento transverso da pequena bacia e particularmentedo estreito inferior. A. cyphose dorsal pura pouco influe

sobre o pelvis, por isso sõ nos oocuparemos das modifica-

ções determinadas pela cyphose dorso lombare pelalombo-sacra. Estas, nos dous casos, são mais ou menos analo-

ga.s, divergindo apenas em relação ao osso sacro que na

cyphose dorso-lombar é augmentado na sua altura, ao

contrario do que se dá na lombo-sacra; em ambas as

variedades, porém, a sua largura é diminuída da normal.

Os buracos sagrados sào menores na cyphose lombo-sacra.Gauiard explica do seguinte modo a difierença de

altura do sacro nos dous casos acima referidos: na cy-

phose dorso-lombar, em razão das tracçÕes continuas

exercidas pela porção inferior da gibosidade sobre o sacro,

este é levado para traz e para cima. Este movimento dá

me„t„ do nn^io ^&2^m mm,que se «Md» eoaTft ilw* -o™..l do wLer.ninr.ndo a «***»* '„

se di* para K»sncro. Ao «*? «*> 'a°

dianle. Na eypbosa _

. ponla do cocyx e '"^i,. ^nnrto.nda rauMO

inferiormente na «W£ nSo solfretraccao alr-nmapando d'ella, a base d - °s serlebral qne o

eswporta todo .!* se „„ta na soar6Calc.a para baixo; d ahi a « << íongitudinai-

mA ** p09tC" „;•» mmm mC-;raer„raoPSenn,.Ue—dooorpo

'--^=oni,iaco8padr^^f-..-

As espinhas í^^ ao'contrario,-aíasiam.se.seentresi-, as postam*££$* am ponco acha-^rrrsr^ - -*• *—^c-"Te.n.nencias

I^Mj.^JEÍ

tf» Srtuadas mais iaterag| « -

cavidades cotS.oidia»as ..Imam«OP ^

A arcada pnbiana ?MP»*$g ramos qne ada inclinação jMfc^^SS a chanfradoraconstitaem, formando ®&&Jfefr normalmente,«hialieaé menor ema, arredonda <

a, tuberosidadea do mesmo nome _

- 508 —

ramo ascendente do ischion, para traz, para cima e umpouco para fora afastando-se entre si, bem como asespinhas scialicas.

Em virtude d'estas modificações diversas, produzidaspela cyphose dorso lombar e pela lombo-sacra sobre abacia, umas concorrendo para o alargamento do estreitosuperior-, outras determinando a diminuição do estreitoinferior, principalmente no seu diâmetro transverso, estatoma a forma afunilada descripta por quasi todos osauctores. -~ ~r~T .__„___ M^i~=^4>4__.\.

A cyphose c?rnphTttta'~deêscõirõseé mais cdíri-mumente observada e neste caso, ou a influencia dodesvio cyphotico se manifesta só sobre a bacia, a esco-liose em nada perturbando a sua acção, ou então os dousdesvios actuam simultaneamente, predominando um ououtro, variando as deformações pelvianas com a sede dasduas lesões rach:dianas.

Na observação que constitue o principal objecto destetrabalho, por exemplo, os dous desvios agem simultânea-mente, predominando a escolise.

A deformação pode ser nulla si a lesão occupar A

porção superior da região dorsal, quando tiver por sedea região dorsal inferior a bacia não será deformada con-sideravelmente pela cyphose, apenas soffrendo algumasalterações.

A escoliose pouco ou nada influirá, a não ser que se

produza na região lombar a curvadura compensadora,como no caso apresentado. Casos há entretanto, refereHirigoyen no seu trabalho, em que, apezar da ausênciada escoliose lombar compensadôra, é observada a asyme-tria do pelvis, embora poucc pronunciadamente. Desde,

porém, que o desvio cypho-escoliotico occupe as regiõesmais baixas da columna vertebral, as lesões peculiares

_ 509 -

I

i evpbose serão complicadas de asvme.nadei ^uda

pela e-acolioae, asyroetria cata que, segund,0 Thom£«o.

naVecl ser devida não só ao maior pe>a exercido sobie a

po cToe trcitada do pe.vis, co.no ta.nbe, É compressão

„use da sobre as superlicies articularei da mesma O

n e o uperior do losango de Micbaelis (espaço quadr.l-

1;„ itul na região lo,bo-sacra),repreSentado pela pe-

Zlde reasL situada logo abaixo da apopyse esp,

nho<a da 5> vertebra lombar, nos casos de cypho-esco.

ü„ ; a ixa-se tornando.se mais agudo; o losango toma

d mia laraura transversa. ^Cypho-escoUose rachU.ca. - As três mOuencas

actunm-Õra „'u,n ora n-outro sentido; a baca po e P

sentar modificações geraes peculiares a eyphose e oe

tòÊm eapeciaes a escoliose ou ao raeh.t.smo, mas.

cf nd ou attenuando, d'este modo, os caracteres que

e nose imprime ao pelvis. Hoenig (citado por Charpent.e )

X sendo as deformações devidas a forças de resul-

uma d'estas forças começou a agu mms ee^O -^

período do desenvolvimento ósseo.

A eyphose e o rachitismo, como é sabido, dele—

sobre o pelvis, aetnando separadamente, alterações mte.ra-bobre o pe. vpj.dílílp.iro húmmmSlM acçao.

r íz;s:;^:"por" .«-o... »>»-» »*-poste or augmentado além da normal, quando a eyphose

pr ITnar, é di.ninuido no caso contrario, muito menos,

porém do que si não existisse o desvio cyphot.co con-

on âmente Desde que ã acção do rachitismo e da.„.

Tose !e venha juntar a da escoliose, a bacia apresentara

alem ai erações peculiares a esta ultima. N'es.e gen o

d ItZ encontra-se a fortra afundada, opposta dtrecta-

'¦/ J* - 510-*

mm â <m ráracterisaa bacia viciada pelo rachrtismó.

Quando a asymetria é pouco áceentuâda, a fôrma áfwy

nilada vae se estreitando regalarmente para o estreito

inferior.Resumindo os principaes caracteres apresentados

por Leopoldo de Lelpzig (citado por Charpentier) Hiriv

goyen e outros, relativamente á bacia cypho-escolioticafachiltCá, nota-se qué o grande diâmetro transverso é

aüameslâdô de modoabsoluto; cojboea4íaeia normal

é escolio-raehiticaT excede o cõnjugãtiu vwánámrõwmbacia cypbo*ésCòliotica é sempre menor que este. Em

relação ás espinhas iliacas anterosuperiores nota-se o

augmemo da distancia que as separa. São egualinente

augmentadas, mais òu menos relativamente, as distancias

satirò-dOtylóidès.Os diâmetros obliquos sâo augmentados, compara-

tíváriieflte ao qüe se dá ria bacia eseolio-rachitica, cor-

respondendo ao typo cypbótico; pelo facto da asymetria

differerh enlpe si até 2 1/2 centímetros approtfimadamente.¦'-¦'' i

*_ * *

A observação subseqüente diz respeito *uma tíypho-

escóliotlca em estado de gravidez:A curiosidade do tcaso observado em uma multipara,

na Enfermaria de Clinica Obstetrica e Gynecologica, e a

inflyéricia exercida sobre a conformação ào pelvis pelosdiversos desvios vertebraes, estorvando muita vê» o

trabalho do parto, despertaram-me o ensejo de trazei-o

à publicidade.De facto, si bém qne n'essa mulher as deformações

produzidas pelos dous desvios não fosserh bastante

aCCefituadas, tanto quê teve mais de üm parto normal, nâo

Ha dtfVidà que os estreitamentos da bacia influem e*tra*

>W?FFFs^m -

v . 0 feto determinandoordinariamente mM?$ÈÊ ainda sobre a mulher

«ccasiooando £¦**££*. da«M* *• <>r0"desde a gravidez aie o

dueto d» «,ncepç»o_ „„„„„,.„ de estampasF.rei «><>míf^l ~,„e

consegui obter em Ires

q„e reproduzem £%££> a mulher . isso com a

posições differentes, prestanamáxima dòeitidade. 0 tvp0 não vulgar- Âg pampas éevxarão apreciar . t

^ que rn^iva a observação junta.

OBSERVAÇÃO

com 25 annos de idade segun^ ft En{ermaria de

pitalar, entrou pela q»"laje P ^ esiado adian.

> b. Isabel, no di« » de Jnabod. Wi ^ pae w.

tadodegr.»ide,.NSoco?hec^^ , >archa,

teceu tisico. Ignorava em e

^.^ düS cata-.ssim como a epocha d» dade.me.ios que *mP.»J. «™ perdendo Com-

Aos 7 annos cahm de uma poude mais

pletamente os *nl^f^ então Ihe^obreveiu umaLdar por muito tempo-D d« °»

^ progressivífdeformação vertebral, «f^^ cypno.escoliot.coroem. .té ^il»VDSt D constituição mats ou

q„e caracteris. o caso V™«*'£ saode. leve quatro

p8r,os . termo, ires *••£&,. Jferiu-me que este

— 512" —

*~»:---*ívde nascendo a criança,mente só, e com a maior

^^d„ sexo feminino, vvl, e forte

De estatura «^^W «I**face alongada, bossas frontaes no ma

saliente. A cypbo-escohose occu^a^ g

üü** era situada resqu rda, sendo _V^

uma segunda^ui <^-~ da curvaâurá principal

** "Ma rSSÍ do^de p«*-*^media D cent. e e.a ae cone a

physo pub,ana ^Z^J mesmo jak a

dobra glutea quasi desappare^ ceJÍ maiscnsta i.iaca mais elevad fcem para .ou menos, e a fenda n e .u ea^ fc woesquerda, formava com a linha

approX,madament, 0 sn,co |^ Q( ^

anormal, media 6 cent. aprPSentavam encur-

:„„ produetor d'eS«a *o^o„oae _

No momento em que ", a pacente .

no 8.. me, da sua ^^.^---J^^descidosobreas o so, ^

Cr—::» grande mama eu, mamil, ,

representado pelo umbigo. ^

fSU o üanco esquerdo, ,..Uaramento

dadepelviana enchia a fossa iliaca d.re.ta.

V- 'aSf XeWSrWI

i . m míai__h m

** '*''¦ -,'rííimÊr '-;~i^¦'¦'¦'¦•¦;:

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•^.v----.>à.¦*- -ij :;;-.-'.;"1:.'.;ai.'S.íVÍV ¦'.. -

'

-r- 513 -

A auscultação revelou-me o máximo do ruído do

coração letal acima do umbigo e ã direita. Fiz o d.agnos-

tico de apresentação da extremidade pelviana em posi--ão SÍD ?. a mais freqüente dás posições do peiv.s. A

31 de Outubro quiz examinar mais uma vez a paciente;

antes, porém, de chegar ao gabinete peculiar a este mis-

ter sentiu ella desejo imperioso de urinar, expedindo

mesmo na posição vertical, grande quantidade de um

liando de côr amarella que julgou ser urina. Desconfiando

de um começo de trabalho mandei fazer uma larga inje-

ecão va?iP»l auente, antiseptica, e pratiquei ojoque, U

collo que difíicilmente attingi estava inteiramente amol-

tecido mas não havia de todo desapparccido; nao ha-

vendo' dilatação ainda do orifício uterino, notei entretanto

a existência de um. dos pequenos membros que se apre-

Liava e que pareceu-me ser un, pé. A' tarde deste

mesmo dia apparecerao, as primeiraa «S?1^

tardaram de ser seguidas da exptfeap do *«oe .*

realisou ás 5 horas; a apresentação da exlrem.dauc

viana, modo dos pés, foi confirmtf à 3 a criança, ao sexo

masculino, falleeeu depois.

0 parto foi auxiliado pfó Br. Vmmm Fontes, me-

dico-director do Hospital Santa izabeL-iâo tendo hav.do

intervenção de forceps, segundo informação ministrada

1 èV <*ollega. A parturiente, eujo. estado puerperal

foi phvsiologico, retirou-se d, Enfermaria oito dias após

o parto, não tendo querido permanecer ah. por mai.

tempo.

Decorridos alguns dias, voltava a infeliz a oecupar

o primitivo leito, em estado ãgonisante, faliecendo poucas

horas .depois. ,

O! '

o, "'¦'. -*• (f^1* *

-514'—¦

Mensuração geral

1,™19Estatura „..-•¦• 064.'/2Altura do busto .-..- w

, da espinha iliaca superior ao calcanhar. ¦_ ._ _„„^_-^—.—: 7,"."rr;".7C7. o. : Vi-»«''..•

Do fado direito ¦ Qm80, > esquerdo "" ¦""

Distancia entre a crista iliaca e a ultima costella: ^

Dolado direito •¦•;• "'"'.'", > esquerdo tis ultimas costellas excedem o

rebordo da crista iliaca. _____Distancia da parte posterior do craneo ao plano veru- -^

cal tangente à cypho-escohose - ^Circumferencia da cabeça - ^187Diâmetro antero-posterior ^^

transverso ^^» °- &™—17 """^".Z 0,-176

Altura da face 0,m115

Diâmetro bimalar 0m126> bizygomatico

¦" Àmac

referencia do thorax, na altura das mamas,.. 0,86

Distancia da parte posterior e media do thorax ao

nivel da 10a véstébfa dorsal:, , j- . ... 0,mlUo

Para o ladu direito 0*135, esquerdo '

Dimensão do braço direito 0m63» > esquerdo '

Circumferencia máxima do ventre 4 dedos acima do ^

umbigo o'm83Dimensão da perna direita

0-Dimensão da perna esquerda »

Pelvimetria externa.~6m17

Diâmetro de Beaudeiocque ¦••; •"

Da espinha iliaca postero-superior de um lado a an-

tero-superior do lado opposto:

— 615 —

Ó,m2iDo lado direito 0ffi235

i .esquerdo ; •"" V"'"","Da apophyse espinhosa da ultima vertebra lombar ás

espinhas iliacas antero-superiores ••¦ ">_

Diâmetro das espinhas ou bUespinhoso....... ..... V,^

V^&mÂta-âaçi criste.!^.-^—•¦.- - ilii-j :v^L"V •':'':''_'_ _^mí^_

Altura do sacro 0'ml3Largura do sacro ,.........•• ••¦¦• ^g

Altura da symphyse...

Fragmentos de hygiene A 'Jf\

Um reparo hygienice sobre o vestuário feminino^"

Tentando boje o assumpto sei de ante-mão da nul-

lidade deste e maiores esforços que visarem corrigir

essa entidade despotica e inconseqüente que é e moda

mas o dever de apontar o mal, quando e visto, basta

para consolar-me de fazel-o, tio inutilmente embora.

Com effeito, nenhuma necessidade social, nenhuma ¦ exi-

gencia esthetica, nenhuma supplicação .hygienica influ-

enciam dè^minaneiiLa^ral a esse feitiço absurdo que

todo o mundo adora, apezar de illogrco, extravagante

incommodo e por veses ridtculo, a Moda. E que essa

norma geral que a suggestão imitativa commum nos ,m

põe é apenas um modo de ver individual dado pela

proeminencia de um dirigente a imitação *•«¦»•»•

deste aos mais afastados recantos, e, comprehende-e

difficilmente que uma adoptacão pessoal, mesmo mu.to

moavel, possa indiferentemente talhar-se para odoo

mundo uniformemente. 0 que é facto é que sem lhe sa-

bern.0, a causa nem o motivo de «islencta, mesmo os

mais emperrados, somos insentidamente conduzidos a

- 516 -

usançã estabelecida, som , mais relutância, subserviente-

mente. Que a direcção grimpante de nossos bigodes

siga parallelamente á dos de Guilherme II, d'Allemanha,

duque o laço de nossas gravatas se feiçôe pelos das do

Sr. Le Bargy, da Comedie Francaise, isso importa pouco,

porqáe esses hábitos trahem uma simples questão de

gOo. mas que sorvümonte nos prestemos todos, homens

e mulheres, a divulgar usançãs absurdas e extravagantes

quo num dado momento ou por uma circumstancia toda

individual bem se prestaram a determinadas pessoas, está

o quo é ridículo, _ está infelizmente o que é sempre a

moda.() apparecimento das polainas não se justifica como

muita gente ingenuamente suppõe pela necessidade de

proteger a calça contra o verniz ou a graxa dos sapatos,

faeio quo so não roalisava enlão, no século XI, por não

haver mister, mas porque um Conde de Anjou careceu

dossa sorte, encobrir Os monstruosos joanetes que lhe

atoiavam cs pés. Cicatrizes de escrofulas no pescoço de

Henrique ii fazem a moda dos grandes collarinhos da

epocha. As immensas cabelleiras postiças do século de

Luiz. XIV procuram todas dissimular um lobinho que

appareceu. na cabeça do Rei Sol. O ultimo botão desa-'

botoado no coílete, cm nossos tempos, explica-se peia

necessidade do. mantida a linha desse trajo actual, aliviar

o ventre obeso de Eduardo VII, dessa coacção, A luva mal

calçada, á direita; dos alle.mãés elegantes de hoje, vem da

paralysia obstetrica que não permitte ao actual imperador

d^llemanhá usal-a convenientemente.

Quanto ás modas femininas a lei não podia deixar

de «er esla mesma. Porque Mme. de Mpnl.o. pan, então

prolífica dava lilhos a Luiz XIV, e lhe era ma,, commodo

ficar num gracioso malhabiUA todas as mulheres sem o

vm

— 5Í7 —

mesmo motivo íisam no tempo vestidos frouxos,fluctuantes,innoçentes eouM\ se diziam então. Os cabellos cobreadosde Mlle. de Fonlanges fezem-na, e ás que Os nào possuemtaes, attenuar o colorido vehemente pelo polvilho e daliias cabeíleiras femininas empoadas. Si Agnès Sorel quetem um farto collo decota-se em excesso para nào deixara ninguém ignoradas as suas graças e Carlota Palatina,essa tão feia quanto espirituosa princeza, que o temesqueleticamente chato, occulta-o com a mais escropulosavirtude, todas as outras donas, magras nos tempos deuma ou bem dotadas na epocha da segunda, tem de exhi-bir-se vergonhosamente em um caso ou de piidícaméntese occultarem atraz da palatina no outro. A odiosacrenolina que nossas avós usaram com prazer, afiladase esguias que fossem, serviu apenas ao coquettismo daimperatriz Eugenia para encobrir uma gravidez de-formante.

F assim de seguida... de sorte que, agora, ao tentara critica da moda e ao apontar um defeito corrigivel,temos a certeza que isso será vão, até quando não o

queiram por um motivo de exclusiva vaidade pessoal aselegantes do tempo ou suas representantes artísticas quesão as grandes modistas.

Nào ha por ahi senhora que ao despidas vestes enearr-tadoras com que passeiou suas graças atravéz dos salões,das ruas, das praças, dos jardins, não olhe com maguaverdadeira para as íimbrias de seus vestidos e não vejana progressiva sujidade dellas uma ameaça de desasseioao uso de taes saias. Que dirá então o hygienista ao con.*.templar essas orlas ennegrecidas que foram por ahi var-rendo, arrastando, dessiminando, suspendendo todas as

poeiras e sujidades que encontraram?Poderão objectar que esse reparo não tem a extensão

— 518 - .,

que lhe confiro. , . com effeito que impurezas arrastarão

alravez de tapetes e salões envernisados as trames^

elegantes? . . Ainda iírfi ira, sua? po_.ra= <seFos.as -,,-..*.

ar movimentado traz, que os pés vehiculam do^ exterior

para tapetes, palhinhas, etc. Não se cuide só da grossasuiidade asquerosa, mas da impureza infinitamente mais

perigosa, a sujidade infectuosa, que se dissimula, que e

discreta, que existe sem apparencias aiardeantes, num

albergue, humilde ou numa sala faustosa.Depois não é somente por salões e tapetes asseiados

¦mffl-tranBtanr-iirg^^

pó terreno, lambem de^ce.nliMã^èTnoe^ahca7tainí^^á egreja egualitaria, também se dirigem para esse sport,

que é a caridade em nosso tempo, a creches, a hospitaes,

como todas mulheres, mais modestas e menos asseiadas,

varrendo o pó assentado, espalhando o escarro deposto,

empregnando-se de um e de outro, da lama dos caminhos,

das escorias imprevistas da via publica. E os germens mor-

bigenos que habitam o pó, a lama, o escarro, encontram

desta sorte vehiculação prompta, disseminação eihcaz,

possibilidade infectuosa. . . esse pó suspenso, esse es-

carro enxuto, essa lama adherida virão ter ás nossas

cavidades naturaes, podem ser respiradas, podem nos

contaminar.Só a tuberculose constitue uma am.-aca formidável

a este aspecto: attendendo aos tantos milhões de bacilos

deKock que um só escarro pode obrigar(l mühào^para

cada cent. cub. segundo Heller) e â desidia habitual que

proiecta escarros pelos soalhos, pelo chão, pelas calçadas,

imagine-se que considerável meio de propagação do mal

está nessas fnnbrias de saias que cingem tanta graçadelicada. Se ellas, as mulheres, podessem ouvir isso, -rir,

£e,iam incrédulas. . . mas são assim grande meio de

- - --.-_

•¦'.•' '"' w'L:-.;

"¦ ':".'' '. ¦'• ¦*.--:: ¦-'*: ¦¦¦ ..':.'l?-.:;'"

hkhBH

- 519 -

contagio, fonte de um grande mal, vehiculadoras de ¦ger*mens como objectos palluidos, anopheles malaricos, ratos

ÍTánto isso não é uma ficção ou um exagero, queja, economicamente, num intuito de poupar as orlas dosvésttôos, a moda andou por ahi a aconselhar uma espéciede liga ou de debrum, balayuese, de seu nome, bemexpressivo e confesso, facilmente mudavel quando saturado de immundjcies. A balayeuse poupou um pouco.mas nào corrigiu nada hygienicamente, serve apenas»como confissão das interessadas^dp^^papeWe vassourãsque gGâars as fnnbriãs dos vestidos femininos.

Ese fazemos guerra ao espanador e á vassoúra.cofnoinstrumentos hygienicos, porque não faremos a essasinnumeraveis vassouras ambulatórias que são todo o femi-nino aetual por suas vestes roçagantes?

Nâo apparecerá por ahi alguma prineeza ou grandedama feiticista dos próprios pés, que, num intuito vaidosode publical-os, faça diminuir alguns centímetros ao com*primento das próprias saias, e obrigue assim, a essa modahygienica todas is outras, mesmo de grandes pés e pésdesf ormes ?

Afranio Pe4mola

Cirurgia PraticaMEIOS DE OBTER UMA ANESTHES1A LOCAL COMPLETA

NAS OPERAÇÕES DE HÉRNIA INGUINAL (J)

Ha, como se sabe, um certo numero de contraindicações á anestbesia geral na kelotomia.

(I) Harvey Custong, observations upon the neural anatomy of tbe inguinal regionrelaMve to theptrfomance ríhenaiotomy (Bali. of tks I. Hopkins Hospit., março1WQ).

õ

- 520 —

Essas contra-indicações podem-se dividir em doisgrupos principaes :

a) As que resultam do estado de shock, de vomi-tos incoercive.s, como se pôde encontrar na hérniaestrangulada, no ileum.

6.) As que teem como causa a idade avançada doindivíduo, ou a presença de lesões cardio vasculares, debronchiie chronica, de emphysema, e de outras mise-rias senis que fazem, hesitar, com justa razão, o error*gião sobre a innocuidade da anesthesia gera),

Quando não existe contra-indicação formal, póde-seaffirmar que quasi nunca o operador pensa em recorrerá anesthesia local. Ora, diz o Sr. Harvev Cushing, oestudo aprofundado da innervação da região inguinalpode contribuir para modificar notavelmente este pro-.ceder.

E' assim que desde o mez de Agosto de 1899, 32herniotomias com a cocaína ou a encaina B forão prati- ¦>cadas por este cirurgião em jovens que se teria podido,sem receio algum, anesthesiar pelo chloroformio ou oether, e nos quaes a operação não determinou dôr algumaanão ser a provocada pela iutroducção da agulha daseringa de injeções. A maior parte d'esles doentes assistiãoá todos os tempos da intervenção praticada sobreelles; e pnaerào assim fornecer preciosas informaçõessoi.rs o estado da sensibilidadade nas diversas regiõesabordadas.

De mais, o autor via, nesse modo de proceder, umaimmensa vantagem, a de poder fazer-se auxiliar pelooperado.

Quando, por exemplo, o sacco e ressecado, o pa«ciente pode intervir efficazmente com retracções ahdo-minaes para inpedir o coto do sacco ou mesmo os intes-

i:.:V

1

- 521 -

tinos de virem fazer hérnia pela ferida; enfim, as suturassão protegidas ao mesmo tempo contra as rupturas quese dão muito facilmente com a anesthesia geral.

O melhodo que consiste em cocainisar os troncosnervosos não é novo; foi empregado desde 1885 nas ope-rações sobre as extremidades (amputações de dedos,de membros, etc), porém ainda não tinha sido empregadonas operações sobre o tronco.

E' pelo conhecimento exaclo do trajecto e da situaçãodos nervos que este meihodo põdc prestar serviços. Evi-lar o mais possível as fibras cujo trajecto é bem conhe-cido, anesthesiando os troncos de onde emergem os filetesnervosos cuja secção é quasi inevitável, tal é o funda-mento do methodo.

Mas. nara realizar jggQ imivirio n^^n!» Av„„i„.mente a inervação das regiões atravessadas, o que seconsegue interrogando, durante as operações, a sensibi-lidade dos doentes anesthesiados pela cocaína.

E' fácil assim estabelecer um croquis dos ramosnervosos da região abdominal, que podem ser encontra-dos pelo bisturi. Sem duvida existem variações indivi-duaes, porém tomando de jilguma sorte a media dostrajectos nervosos observados, pode-se chegar á dese-nhar um schema, que se aproxime muito da realidade.

Nervos superficiaes encontrados pela incisão. —A secção dos segmentos é geralmente feita seguindouma linha que passa entre os ramos de divisão cutâneosabdominaes e lateraes do décimo segundo nervo-dorsale do primeiro lombar.

O angulo inferior da ferida, portanto, passa aíravezdas ramificações mais inferiores do primeiro lombar,

- 522 —

que se perde ao nivel da aponevrose, cerca de õcenti*metros acima do orifício externo do canal inguínal. .

A extremidade superior da incisâo que vae se afãs-tando da linha media, pode dividir por sua vez filetes doduodecimo dorsal.

Nervos frofunoos encontrapos so_cqbrrríva^pe*bacjLq-.—Oiieõ-Tnguinal sahe pelo orifício externo docanal inguinal, e ao lado emerge o ramo genital do genito-crural. No canal inguinal, estes dois nervos são frequen-temente reunidos em um tronco único. A cocaínisaçãod esse ultimo na parte profunda do canal é talvez o tempomais importante da insensibilisação nas operações dahérnia. Estes nervos ennervão não somente a pelle daregião interna do triângulo de Scarpa, como lodo o con.«teudo do escroto: sacco hernario, cordão e testículo.

O primeiro lombar pode ser encontrado duas vezesno correr da intervenção: a primeira vez vimoKo naincisão dos segumentos; e à segunda é seu troncp quepode encontrar o bisturi, na parte superior da ferida,profundamente, sob as fibras do grande oblíquo.

Trata se agora de utilisar essas noções anatômicas naoperação.

Sobre a escolha do anesthesico, pouca coisa ha adizer. As soluções de Schleich são as que teem dadomelhor resultado. A solução n. 2 em particular, cujaformula é a seguinte:

Chlorhydrato de cocaína 0,1 -Chlorhydrato de morphina 0,02Chlorureto de sódio 0,2Água distillada. 100

tem sido empregada com successo.O emprego da solução de eucaina B, preconisada por

— 62$—

Braun (l)e Hentze (2) não foi tão feliz; a anestbesia Je-vava mais tempo para completar-se ó parecia menos du-ravel. E' assim queforào feitas incisões cutâneas ao longode uma linha anésthesiada, metade com a solução deSchleich, e a outra metade com a eucaina B. Quando aoperação jiuj^vajna^

Isomprêbendendo o tecido eellular erão dolorosas, nazona anésthesiada pela eucaina, emquanto que erãoabsolutamente indoloras na zona infiltrada pela cocaína.

0 facto de ser a eucaina menos tóxica que a cocaínanão pode desacreditar esta ultima, pois as quantidades deelemento activo empregadas são muito fracas para pro-duzir effeitos tóxicos.

Manual operatorio. -¦- Os pacientes, e esta conside-ração tem sua importância nos indivíduos de idade avan-

çaVia — devêm irear no leito, um ou dois dias antes daoperação, afim de permittir ao cirurgião conhecer suadocilidade e habitual-os a urinar no decubitus dorsal.

De ordinário, faz-se uma injecção hypodermica de0,006 á 0,008 milligrammas de morphina, trez quartosde hora antes da operação, e uma nova no ultimo mo-mento.

A associação morphina cocaína é muito útil.

O doente é collocado sobre a mesa da operação. Aregião á operar, infiltrada com a solução de Schleich (3),pode-se immediatamerjte fazer penetrar o bisturi.

Como de ordinário, os tecidos infiltrados são maissangüíneos do que os tecidos normaes, in porta pegar

(1) Arob. far.Kl.chir. 1898.(í) Arca. furpath. anat. e phynol. 1898.

(3) Sabe-se que o methodo de infiltração do Schleich consisto emjnjectar noderma «ma soIkSo eontenaò quinnaàaÃs o ^e psnnst^fwer panar no* tecidos uma quantidade relativamente considerável do liquido, quen'elle* determina a w»ÀWrcfdo.

— 524 -

todos os vasos que dão sangue. E' inútil procurar anes-

lhesiar o paniculo àdiposo. Como Schleich o demonstrou

somente os tecidos capazes de se edemaciar podem apro-

veitar o methodo de infiltração: demais, no tecido adiposo

do angulo s-uperlor da incisâo, não se encontra filetes ner-

vosos apreciáveis. Se no emtanto esta incisâo e feita até

a aponevrose, as fibras não anesihesiadas do primeironervo lombar são encontradas na parte superior da inci-

são, ao mesmo tempo que urna ou duas,veias um poucoealibro^as cuja secçao é dolorosa.

De sorte que JHjesthesiaL.do_p_ani<julo adiposo seria

das mais necessárias n .este caso.

Também é acertado proceder maneira seguinte: não

se leva a incisâo até a aponevrose senão inteiramente no

angulo sunerior da ferida; abre-se então a aponovrosc na

direcção de mais fibras e os nervos ileó-hypogastrico-de

um lado, e ileO-in guinai e ramo genital. de outro lado,

são immediatamente coeainisados com um meio centi-

meiros cnblco da solução a 1/100, que se faz penetrar

directamente na bainha do nervo, introduzindo-sc n'elía.

a agulha.A parle inferior da ineiçao pode então ser com-

pletada ate o annel inguinal externo, fic-ando as fibras

inlercolumnares divididas.A partir d'este momento, nas operações regulares,

não ha mais necessidade de anesthesico. pois que se está

em pleno campo de insensibilidade.0 tronco nervoso que resulta de reunião do iléo-

inguinal com o genito-cnral (ramo geniiai), tronco

que acaba de ser cocainisado, é cuidadosamente afastado

pois é necessário tomar uwito cuidado para nàu mcisal-o.

E' ao seu ferimento que deve ser verdadeiramente

attribuida a paralysia mais ou menos peiman«nte do

— 525 —

crémaster, acarretando o relaxamento da pelle dasbolsas, que se verifica freqüentemente nas operações dehérnia ou de varicocele.

O reslo da operação: isolamento do cordão, resecçãodo sacco, etc., é feito sem dor.

A .sutura da parede é indolora.Não é preciso nova cocainisaçào para a transplan-

tação do músculo recto, segundo o methodo da Blovdgood,pois que esta porção do músculo é inervadapor troncoscocainisados.

A approximação dos pontos de sutura profundospode provocar no paciente uma ligeira dor, que é maisuma sensação de uma biliseada, do que. propriaiwenteum verdadeiro soffrimento.

Si por acaso, no correr da operação (seja pela pusi-lanidade do doente, seja em conseqüência da divisãoimprevista de ramos anormaes ou nâo anesthesiados), oindivíduo accusar dor, o Sr. Cushing aconselha recorrernão áanesthesia geral co.mpleta, porem á algumas inha-lações de chloroformio, sem ir até a perda da consciência.

E.' notável ver, n'estas condições, quão mínimasquantidades de nnesthesico bastão para adormecer todosofTriméhlo. ^r>~ r-

E' por estas razões que esse methodo de anesthesiapode ser denominado: methodo combinado de morphina-caçaina-chloroformio, sendo o primeiro e o ultimo au-xiliares da anesthesia local que é sufficienle por se sóna maior parte dos casos.

As vantagens d'este methodo serião: primeiro quetudo, a sua innocuidade perfeita; dopois, não exporiaaos vômitos como os outros ane.sthesicos geraes, nem ásperturbações respiratórias ou urinarias que são frequen**-temente a conseqüência do emprego d'esses últimos.

\ ¦- •¦^H^lpifgflsSES

tr.

«'¦7 •* •

Quanto aos «eus inconvenientes, sao ínfimos emrelação ás suas vantagens. £' certo, por üm lado, que aoperação dura muito tempo. Demais, o methodo, nâo éexemplo de complicações, é verdade que ligeiras. Emdois casos excepcionaes, verificou-se durante algumashoras náusea post operatoria devida provavelmente áuma intolerância cocai nica idiosyncrasica. Emfim, aoperação é seguramente mais delicada feita desta ma»-neira, e exige um conhecimento bem profundo da ano-tomia nervosa, porem as difficuldades encontradas namesa de operação são amplamente compensadas pela au-sencia correlativa dos cuidados que causão ao cirurgiãoa administração e as Conseqüências da anesthesia geral.

Dr. João Martins.Assistente de Clinica Cirúrgica.

Questões de ensinoA reforma dos estados médicos na AUemanha

(Continuação)

I. 0 exame de anatomia pathologica e pathologiageral abraça duas partes, será feito por um só examinadore terminar-se-â em dous dias. 0 candidato deve mostrar-sehabilitado:

1.° A executar no cadáver a autópsia completa aomenos de uma das 3 grandes cavidades e redigir immVdiatamente o respectivo protocolo.

2,o Fazer 2 ou 3 preparações anatomo-pathologicas,das quaes, ao menos uma, será para exame microscópico,afim de serem verificados ainda com auxilio da arguiçãooral, os conhecimentos do candidato nas respectivasmatérias.

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jfc»^ I>WtideDioii3lej-Upt-ipt|^_^_^_______k Ev____U_ÉM atVOHÊLW

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trêttwiêtdO*m-

Segundo ofn Ittorio, «narcientado â

' non eother da .«op»contém os princípios acttoos de10 centigrunauM d'uu substancia.

98. Ru» <t'A«wutor, PARIS

IAS• quinsa

•Btigrãm.d'

M^-;"**^ *P SOLUÇAa

-¦¦_!»•€£.

de 3 eeiit. c«d SoluçSa csftrilizada pirt

íãjè^jãès mwilÍBrnòesS

*A£reohicoeneerrífl

'fôrgotina e representa 1 gramai-^de Tiçio de Cantaio.

O effeito da injecção é immeiUatòe a asepsia rigorosa d'esla soluçfia

serve de garantia seguia ao pratico.99. Ha» d'Aboukir. ffAgi.S_

Sas do Cérebro

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~"~ "— _ * ^-íi^Comaromiiro tiiPoUntium.• Vimat Kf«v HIHU (2° Com Bromuro tit Sotíium.} 3" PolybroniuraÚO-Potassiutn.Sodium .Ammonium ¦)U»Com Bromuro de SíronMflmi/sentodeba/yfa).

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• Aa ditas oreparacõea estabelecidas com cuidados e elementos snsceptiveia de_. eatfrfaZero pratico maia dilficil, permittem de .comparar expenmentalmente em

condiçôe- idênticas, o valor theripeutico dos varioa bromuro» s6s ou associados.Casa íUWWBY MÜHE, cm Pont-SBint-B-prit (Gard), Fiança.

f- OASSAONEi Pharmaoeutico de 1» olaaae, Gbnjio e SurxassoB.

ENFERMIDADES do PEITO TOSSE REBELDEEmprego racional da, Greosote

[IA Ic A. _r nu **™ ™

T0LU-CRE080TEdo Professor SOMMERBRODT, da Uoinnidêdt dê BresUu

ÚNICA PRBPARAÇAO NÃO OAUSTICAQuinze Ax-Ms ds Ixlto

DEPOSITO EXCLUSIVO: OH. »OTX»y, ^^^^^ÇS^foroecector oos Hoip.tiet de JW 36 Ru» du PontLouis PhUippe, PAHIt^

Sacohanna - _ noxyu- .rmedicinal, etc, etc. "

, --.--.^ _._:-— ~ -¦—- nov»»» ípiio9phtto dc GtliCQi) __::O... *«*_-_!_-» t*«»»Ígg^

WB&aWÊS®**^-_w5B»»aS?__!_.'8ÉDE p^ncmju

^£gg& 4-.NAM0UCO.J^DE JANEIRO-

a___s_^*?^S?*s^

BS__WS«K_-_ oL_. -. Ana aiAV

VINHOS « XAROPES DESP1N0J_

í a ptíI PüRâDO de BACALHAUi-SSS^

»c»rO'Oí!^

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¦-r\-¦•¦¦¦¦. ¦

52Í-

*;•¦'-'*';'¦¦ ¦'

11. A prova mediei propriaíhénti dita terá 2 jiartese de regra se etfectuarâ eni sele dias seguidos da semana,A primeira parte se reálisará na secçào medica de um deis

grandes hospitaes ou em uma clinica universitária ou emdoentes da policlinica em presença dos dous examina»dores. 0 candidato tem der-—- __ _",

a) Em dous dias consecutivos examinar um doenteem cada^iia, realisar a anamnese, o diagnostico e o pro-gnoslico do caso_ assim-eomo^

Tíi-i^pSrSr^wáíSaíÍBntó o estado do doente num pro*tocollo rubricado pelo examinador e ainda no mesmodia redigir em casa, sobre o caso clinico, um relatorjocritico o qual datado e assignado será entregue ao exa<minador na manha seguinte.

{d) Visitar ambos os doentes que lhe forem dados,no decurso dos 4 dias seguintes, ao menos uma vez pordia ou mais vezes se o requisitar o examinador, escre -

vendo u desenvolvimento da molesiiacom o tratamentoempregado era um papeis aorelatório dado aô examinador e-no caso de morte dodoente dentro dos quatro dias dará o candidato aindauma nota escripta sobre a autópsia.

Se antes de terminados os 4 dias sahe algum dos doisdoentes o examinador determinará se o examinando temde tomar outro doente.

Cada examinador tem de assistir pelo menos 3 vezesa visita dos doentes a que se refere o.paragrapho anterior, examinando com o candidato a Observação dodoente e se necessário annotando-a.

Por occasiào das visitas aos doentes tem ainda ocandidato de mostrar em outros competência no diagnos.-tico e prognostica das moléstias internas, sobretudo comrelação às moléstias infantis e conhecimentos geraes sobre

-. »," '¦'

, -¦¦•"A

528 —

o conjuncto da arte de curar no que não fôr objeetodao a .ama a& prova medica, fambcm$é estende o cxa.mr

los conhecimentos necessários ao medico pratico no que

diz respeito ao diagnostico e tratamento das moléstias da

garganta e nariz comprehendendo o uso do laryngoscop.o.

Na 2« Darte do exame medico o examinando tem

de da7solução (em praso determinado) por éscnpio e

em presença de um dos examinadoras a algumas questões

relativas a arte de formular e acerescentar verbalmente

o que oecosfer ^.«-^rmaüeiògta-^^rc^s™»^»^«?fsario ao medico pratico.

J. M

Continua.

e seu

BiToliograptiia

Dr Vital Brazil.~Do envenenamento ophidico

r >eu tratamento.-Contevetâià realizada na Eschola

de Pharmacia de S. Paulo.-S. Paulo. Typ. do Diário

Official, 1902.È* a exposição suecinta, clara e methodica, dos inte-

ressantes e importantíssimos estudos originaes que sobre

ássumpto de tamanha utilidade tem realizado o Dr. Vital

Braz.l, .Ilustre Director do Instituto Serotherapico de S.

Paulo.Já ha annos se dedica o hábil .experiment.ador ao

estudo pratico do envenenamento produzido pela morde-

dura de algumas das principaes cobras peçonhentas do

Brazil: cascavel [crotalus horridus), jararaca [bothr, ps

jararaca), jararacuçú {lachesis jararacuçú), urutu

/,

--•629 —

(lãchésisalièrnatus) è especialmente do respectivo tra-

tamento, tendo sido as suas pesquizas coroadas de magni-

fiços resultados.Na conferência que ora noticiamos, começa o A.

fazendo a descripçao symptomatologica do envenena.-

mento determinado nos animaes pelas peçonhas das re-

Tefidas espécies -de ophidios.- Assigna.la.. ao lado de l^onomenos eommuns, asjlfferencm^^

~dê"ãcç_o~di" taes j>eçonhas, admittindo, sob este pontode vista, dois typos de venenos: o crotalico fdo cascaveU

e o botropico (da jararaca).Além da desigual energia (o veneno crotalico é muito

mais áctivo do que o bothropico, mata os animaes em

doses muito menores), ha differenças qualificativas, isto

é, as intoxicações causadas por uma ou outra peçonhadistingiR5m-se por certos symplomase lesões especiaes: o

veneno do cascavel rarissimamente produz hemorrhagias'internas, as quaes, ao contrario, sabretudo as gastro-intes-tinaes e vesicaes, são quasi constante? r.o envenena-

mento pela peçonha da jararaca; as paralysias, que são

symptomas característicos do envenenamento crotalico,

nunca foram observadas pelo A. no envenenamento bo-

thropico; o veneno da jararaca é muito mais phlogogenicodo que o do cascavel, oceasionando ao redor do ponto de

inoculação uma tumefacçao inflammatoria muito mais

intensa e extensa. _*0 veneno da urutu csubordina-se de modo completo

ao typo bothropico. 0 veneno de jararacuçú tem acção

local idêntica á do bothropico, mas quanto á acção

geral, approxima-se mais do veneno crotalico, porquantotem como este acção electiva sobre o systema nervoso,

determinando freqüentemente cegueira e paralysia.»Passando, em seguida, a oecupar-se do tratamento,

- 590 -

refere o A rapidamente; para patentear-lhes*^inanWade/;.;.-ás numera» pr.lic.s sopereilciosas * Mri. «-«•

.npirleos qf, desde era» re.no.as. têm s, o por tod

parte empregados conlra os perme.oso. eíedos d.

Lrdeduras de cobra. Affirma, fundado em suas

Observe* e experiência*, a «*pleta .neí,cac.a de

grande numero de plantas e productos vegetaes apregoa-

dos como antídotos do envenenamento ophidico.

Quando á acção da bilis da cobra e de outros am-

mães, usada por algumas tribos africanas contra o mesmo

envenenamento, e estudada por-Erazfir, verificou^A.-

naquelle humor, o poder de neutralizar (acção digestiva

provavel) o veneno, quando misturado in mtto com

este- mas não conseguiu um só facto experimental que o

autorize a concluir favoravelmente á acção preventiva ou

curativa do dito liquido orgânico. Aceordam com os seus

resultados, os das investigações de Wehrmann e Calmette

sobre o mesmo assumpto.

Depois das justas considerações que expende sobre

os pontos precedentes, apresenta o A. a norma do trata-

mento racional das mordeduras de serpentes venenosas.

Duas são as ordens de indicações, que serão preen-

chidas, umas por applicacõcs locaes, outras por agentes

de acção geral. As indicações da primeira ordem são.; 1.

Subtrahir o veneno da ferida ou embaraçar a sua pene-

tração na torrente circulatória, o que pode ser em parte

effecluado, com maior ou menor êxito, conforme as cr,

cumstancias, pela sucção, pela applicação de uma yen.

tosa de preferencia após escharificaçào previa da ferida,

e pela passagem de uma ligadura acima do^ponto mor-

dido 2.° Destruir in loco o veneno inoculado, o que

se pode também realizar com maior ou weoor suGcesso*

-"

¦-¦¦¦¦..:-...'','

¦-¦

— 6S1 — <—':

pela emprego da fogo (ferro em bradou de agentes chi-

micos que tenham a propriedade de neutralizar o veneno,

sendo os principaès: o chlorureto de ouro, os hypochlo,

ritos alcalinos, o hypoclo.ito de cálcio e o permanganatode potássio.

Estas.substancias *ó têm acção sobre o veneno

quando postas em contado immediato com elle; poderão,

pois, ser usadas em injecções na região mordida, espe-

cialmente, si possível, nos pontos de penetração dos den-

tes, ou em lavagens, após ineisões profundas da mesma

r^0 Con¥éni'Wta^jir*Q_4iaili^ a grande

vogTque teve entre nós o permanganato de potássio, de-

pois dos estudos do Dr. Lacerda, que, segundo o A., a

solução desse coipo «só encontra indicação no tratamento

local das mordeduras (empregada do modo que acaba-

mos de indicar.) Depois de absorvido o veneno, nada

mais se poderá esperar delle.»

Mas, como diz o A., «o tratamento local raramente

terá de ser feito pelo medico, porquanto, quando o pa-

ciente consegue encontrar um facuJtatLvo, já é passado

o motnefH© oíUMHluno^^J —^tóili^

Em relação ao tratamento geral? re^e se aoj3m-

prego de purgativos, riiureticos e sudorificos. geralmenteaconselhado, como meios de auxilar o organismo na

eliminação do veneno, Más não approva similhantes medi-

cações. «Taes applicações não apresentam vantagens e

julgamos que podem ser muitas vezes prejudiciaes, prin-

cipalmente na parte referente aos purgativos, porquantoas henrorrhagias e congestões internas tão freqüentes no

envenenamento ophidico contra-indicam taes applicações »

Condemna igualmente a pratica vulgar da adminis-

tração do álcool em altas doses, até a produção da

••#

;'¦

¦ •¦¦¦

$

— 532 —

fimbragneZ. .Somos ^P^'^^

lh0"° íar^-tareW-rveneno, nao-.com-propriedade* especitc ^ envenena.prehendemqs como se end dMeracomo

mcril„ 0-^- " »'.;,;: i0 organismo dcaole

W,,,Se""e"C;, Âl dricoo.ic.srt -evcrão ser adm,

do primeiro. As pep levantar asms,reda em pequenas doses no ..leito de ,ev, ,

forças do doente.» conferência,-GhPSa r,nalt;LadoPZVn;n':nep.o opbidico por

aó tratamento especifico do enven „í>lüVnnlissim0s tr.a,

hi„bos experimen.aes de H.s.ux te» o

M8T«. «do*, pode-se d,za- ;sade „,

^reJe rijo escolho da .erapedUc^ -•'-."/-^rrrelf-oaovenenoda

maes (cães, wo"iwu. ~~- .-,¦

dt P ff aa veia de coelhos e pombos alguns senti-

lujectou na veia hQra dep015metros cúbicos de soro an,-cot.| ^

.lUgramnmdevcuenodecasc^CP1/2 n,m,g,:;r:,i: e o o» ***« % *** <«$

s

•&. «33 —

tados preventivamente, pelo sôro^ suceumbiu, nem apre*sentou symptomas de envenenamento. Em outra serie deexperiências para demonstrar a acção cürátiVa do soro

(inoculação da peçonha antes da injecção do sôroj nãosuceumbiu nenhum dos animaes que foram tratados pelosoro, embora houvessem recebido uma dose de venenorapidamente mortal para os testemunhas.

Como corollario das differenças qualitativas quedestinguem os effeitos das peçonhas estudadas pelo A„

riencias, no soro dos animaes immunizádos contra estaou aqaeita. Cadar e^pecre de soro iem acção -máxima

sobro o veneno correspondente, e si o soro anti-crotalicomostra alguma actividade contra o envenenamento botro-

pico o soro anti-botropico não tem efficacia contra oenvenenamento crotalico.

Sobre o veneno da urutu, cujas propriedades sãoiguaes ás do da jararaca, tem maior efléito anti-toxico osoro anli-bothropico, ao passo que, conlra o veneno do

jararacuçü, que pela acção physiologiea se approximamuito mais do do cascavel, é muito mais aetivo o soroanti-crotalico.

Essa especificidade dos soros anti-ophidicos explicaa pouca efficacia do soro de Calmette contra o enve-

^fieriamentfr-pjlaaÉéçoh IaJjiá ço^ráy brazileirasf -seguii$p

foi averiguadopelo A. Os animaes que fornecem o sorode Calmette são immunizádos contra o veneno de cobrasindianas, especialmente a naja tripudiam ou cobPacapello.

Como na applicação desse.i soros antitoxicos á

espécie humana, haveria na pratica a difficuldade e porvezes impossibilidade de determinar em cada caso a

*..í...'.e::í „ -¦'¦

MU. "

Wm^vmB.

poder prevendo eco cUaico, pelo J^

que é fornecido, para director.

therapico^e que o A- é d'8 de cobra no"rir- ssrsr.SET7"que on cc em casos hves

^ em casosseguintes: 20 c.c. _ .intens)dade, 60

40cc em casos ue

__haverá i«n ¦ ^ ^elr sujeira ^cl r esta viâ de

btaziieiros.p.« •

^-Dr VBM. B«^ ™^ alénl

oúudq- Co«r ng l5 17 e n(,üidos.-^

!t S >«4* 1901, a,* nao c

MC<i;aol Oln,i.u.o Sero^^co 9ern nntiophidico, devenau Florencio

de Abreu, n. 21 „ mG. $|

" ¦ y, * ? - ''- '

- " -.w ,' -¦'¦¦• í*^'- ¦¦-¦

£,.' """ ' ' <- " -

teeta Medica da BahiaPubUcaçio Ittenflal

„_.„ JUNHO 1902VOL. XXXI"

Disou-rso

NUMERO 1*

K

'•ri MlRFLlO RODRIGUES VlANNA

PB0FEH1D0 PELO Dü. A™* g, pATHOLOflU

POR OCCiBlXO DA POSSE _j

Medica.(Conclusão da pag. W

t\ Senhores:

> gar ^-'"í:^., mais tarde, «.Ao modesto cbtmic0

curva.se agradecidagênio, a quem a ^!»^ *£ tas do Panlheon

„. desoerra, de par em P» r.» «»J mais eslreme.da gloria, par» nelle lCTJ"8/

nnegavetaente a virentecW0S Blhoa, a ?-«»;• COnUobva

cienca, a microWogia,p.1*. de ereador .«•« determi„ismo etiolog.co.de influencia incontestavei d fermentações,

alvo mirado por ta|| no biologlca e

fiü aurorial d» e;ldenC'ai0*âate razòes a gerado es-especifica, negando

^^m inexplorados cam-

pontanea, envereda-se ^ Jvcovr^ de modo Iriam-a*b\* novel sciencia, que pei<A»

posdesta novei». sublimando*»- .phante, engrandecendo-a e subi x

Isola e cultiva a bacteridiae definitivamente elucida v

-__Sl==!5s» rinminado de generosos impulsos e

arrojada empreza, e dominado oe g^ ¦ . . e. denobres sentimentos J»^4'"^ ,£< surprehen-descoberta ^m^e^etís^mL^l^^,dente, de victoria ™''^"^"^TcS^ ="

planta de vez a concepção do parasiusm

doutrina biológica da moléstia. .\ pc»P vulto homenco assueia-se um» .1 _

berculose, isolando e c«TO^ tt;

FriBnkel descobrindo tWp^'E£i determinando

o microphyta da febre typnoi etiologico

komma bacillo, o »»?g|^;ÍSbí^ressencial do

^J^g^^á'^ d.

trouxeram preoccupado o ^^id^e o^i^o.

recebem o benéfico 10 ^ i^«^

1 ¦¦..:" t;

,H'= ¦^¦'::'K ¦ ":¦.-'131'*.a.:>'ví

1^'."*•'--"' -¦:¦':'' f~?--'""- ._.(p'-jV^ÍÍ^^'.¦.:*¦-.',

^

feos laminesos thctaraes* «*» destacam.se, cujato m.i8 des.ncon.rad,»

£. o sdu

humo.rivalidade traz-nos a mente

_ do eclectismo, racional e,»»bio. ^^ do prga,M«niplo5"ê"vafiSdõs s^;;vtóad08 devem ser,

nis«,oen,taoedo8vi»s;ln»U,pPS «^

^«^^: L ,Mt0S bio,ogt£de evolução, que rege o m parle<"» '*> S r^irtantson e Vos, . <***>

;rr?^— o receba ,rtiten, se,,. -

f ára,^tpein d^iose desus «Ml. novas .c,nU

^çôès" íor^cteitas^^i^^^^ cl>nico pela sua" Si bem que muitas se .mpo^

^^^ de

interoae»oe ^^^3^^^

¦¦ --,.£5.-35."— *-—*-* ^^r^rença se «nna; . -ecahida a »

KW? ' : "' ¦

BeLÍJíI ¦¦¦•¦' ¦>

..-. 638 >

PreTo,ac°Ío da malleina no locante a diagnose do

mormo. „„írintinativo do sangue dos ty-O estutio do poder ^«W^. levou Widal à

„ omeritos scieutistas, i«'«uphioos, mo por .»»s eslave, jnfll,encm „„creatão da -»-

, de Íe* e dos bacillos para-^•.«onostiCO do Daciuo ^_

typhÍC°S' a Woodson estudam o poder lambemArchinard e Woodson amarella e

.agglu(,na,ivo do -odes don^e ^ mole8tia

ohega,« * ooneluaao que a e " „ ll0 fac.U .

por ,ne,odacu,tu« b ^0 £ febre ,yphoide com a

seguia como a que se> o

cultura do bacillo de Lberth. esclarecida por tão

A therapeutica, por sua , 8VinptomalicB, pai-

ad,„iraveis descober.as de,« e «r^ ^^^

Hativa e defensiva, para tur..ai « r- »

• e immunisadora. moléstias eis, de facto,

,açi0 d. P,^ogeo,a das -re as ^^ ^

.^

micro.organismos. u.aba!hos sobre as fermen-Foram os seus uiiinitaveib oaba ^

la,5es,, a suavictoriosac^ •- «^ „„

antisepsia cirúrgica, assegurana

^

'

.'¦"

IKE?*.

t"s1"i

18/

'. qhosos -w—' te'"1,,a?d0"",e

• ia» maravilhosos »^

numero <ie agehíes capazes de

a8 bácteriaslpathogenas. medicamentos especi-

l^Huidàto é a «IJ*"J icaç&0 roerc«-

rio-iodada ^ a W-[o. ,e 8odio pata • *£

^^ara^as,^-^,,'

jUn-ír:.csi í-m^íssíí^.onua nao e um & hagocjio«»de m

.na natural defeza. *i-^oequeno4»'.na

,W*»»^ rSuaautoncnua,aua.8»pe• todos os dias sua icrobiana.

rioridade«n.b*to «

^ *í#«SSgEô somente depo» - : ludiada;pelas primeiras

MU os P"agocv'osj^ •

,se„ cortejo chmco caracte e- deste8 „o-

Porl.nto acdvar ^^^wfó

enredo de

pelas hordas microb»anas,e

I¦>'--v..-. ¦:*":

•V _^ -frio —- .-v;

Pasteur e magistralmente aperfeiçoa ^

contram-se Ducleux^«^* represenla ^apel de :

rieida, do soro —-^^J^Slo »» P*«« *»*rt'nidade do teto »H °J*

ens,jand0 Mmti»cidade seu sangue,

KR^7in,ectando lhe sangue decarneiro eonlra ° — '^

^^t immunis»odo oum cão iàimmune. Riche 9

py0 septico,coelho eonlra *«^T^J^^rtin é Pieq, Behrin*Charrine Reger,

^^^utoÍJÜ|..e Kitasato, Fraser e Cam*»' do-sangue

provando o poder '«¦"£££*. **¦««?. dosoros»ng«.neodeanjaes

P^ .^^^

na prophylaxia e lralame"l° contagiosas», lançampor certas moléstia, v.n*ntas^» «

, dò ,aaiP05 verdadeiros ator- s«e^s ^

a iherapeunca de,e auferi ro õ masDetractòres, porem, tem lido e^

tares effeitos do soro Kerain,

curativo da diphtherm pr0clamám *A observação e a experiência bem alto P .

efficacia de tão poderoso recurso.

Nào é tudo ainda. ap0ssare<n-se da

economia constuue auiu»

¦ Ll

¦¦' ¦.¦'¦'.

¦ ..:: ¦ ¦ ¦

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-*¦'-.¦' "¦"¦' '- '''"''«""i '"' '. - "*. - -"' -^SÊtíH

-*"" *. * '" * J. . '* *

r,.

esplendido. »^.^S^rt-*» » **-*f«empo, a >>"ra?eu ,C

, J £_ed»cador «.oral das«»de«bello a edificanta *¦"**• cel. „s paso>o«>.

-%_____?^.^L!_- e o alcoolia.no. humana-a «"W*"^»» circulatório a respira-

*.*«__» d°8B^o ficaram na ratadatorio, do 8*8? o dos rms,

destes progressos . sciencia a sua amora-Sobre ellas tambem esparg do paggad0i

,el sou.br., fazendo s«rg.r^^« 1, a coarem-por entra « mara'»» * **"^ *,,)„_, B.madaa no

*ypft%^^S:Smia« "istologi», to

p«,gredin.ento «>nslan'eJ* X da chimia» biologmaetc4s«*W<^íf!5^&» na verd.de, f*-

financia d. ani.».l.d»da.*

* *

subsidio preslado pela pw®$®> - * ,.síSfe '•t^^SÍS' *****%**

;/¦

-V542Í —:¦

''^x..4yx:~^.

¦ ,P Charcot, que teve por Predecessorespiti,o mm^^^mm^ m&z ¦creadores da neuro ^^suas mais brilhantes e iu ,hraes e espinhaes,

A doutrina daa loca1=Se 2 ^.^^. hystería a «"W^^IW clinico.to,, a princip,o, «w-rtJ*" d0 passado, antepondo-

Rompendo com as trad^ea « .^

se, com uma coragem verdadeiramen ft

Stáo donf P f-nt„: en^de funccoona, do

falsidade do dogma da ho* ^^ ^cérebro, consagrado pela >V*Vg

anatomo.elimco, on»„ero»-o, graças » ^J^.^rf**-. «¦»-associação de orgaos, asseliana ^ ^

toras e da linguagem. d meduUa, em par-As degeneraçoes secunda as ^.^

ti0„,ar a dos feixes pn» d es qW ^

-^^

_ a contractura, e a dos «"*-^. , lcsa0 essencial

vas zonas radicnlares apon ada eomo ^^^

d0 tabesdorsalistaeneraca dascelo .

doamosÉm9m^M-^á^t_>k:. &__&_&$&:ptoma capital, e a dos «*"^]*2

^PPíP^fP?-Lje, o substraetun, PM%$*$#g} emanadosconstituem os principaes factos a q

ao estudo das focam^MÊÈ^ ao mundoMoMoléstias ~ <"£

a°5CiC„«uea, passandoincognoseivel, ttveram «MggSg£ „e„ropatho1og.a.a «jurar no interessanteo|«| °*

; paraly8ia espaslic»Assim surgiram, e|«oUgo ^ amyolrophica,

s

drdma lábio^o^1^^^ ^ hias,qUe declinamos,¦««P«^f££5E,,«#, herediíar.a

a forma Jui** * Erb, e a m undouxy e

g^v»~^^*H£S „» variedades

cular progressiva, >•<«

a ,eSào uni*a da Abra '""^J ., jj alterações

,aral,sias diversa» »«™ "J do gr*,de

grupo das polynevntes, a.su.Típto M

in^eressantissimas discussões ^ d&I«g^5-^sciencia a molesiia ue

( neurasthenia g soffreu poderoso impulso;0 estudo da> c^*

Jhftm desle grupo, ao ladotoepdo-se a sua re,. ao pa|«» .^^

da choréa vulgar ou de SydenM lypog>

í a *SOoloma, representada pelos .P ^o tremor 6briUar.o^=^-eron - a mole8tiaa choréa electnca de Henooq

to «leos convulsivos de G.U os geus admi.Com a ueseober a da baeler

^ ^^¦ «veispro^s es^do-^^ neur0.iirfectuosos no aesei.™

¦r ¦¦''¦ -y !*.,. -

'¦¦¦.':X'\>"

'S 7 7.5 ¦7.1-7¦.,¦".

r.

Im mundo P Í ro»"d0 **

p. carinho m«^ a\guns, tenau pal.íMoi nos dizer q«e - c P theorias aptig»*" *

cia, folga nu experiencias e meu raci0nal-

STS-r— * me"d'ana .

^agave.

te5temunho o d«e „ h,p„oUsmo »J«

g ^dois curiosos ph^o se à genese dassoo ^-cuja origem remo q veü do my

*. scieniifica, fices dasBernheim, os sui inherenle8

â sciencia e portanto a grat rlurbaçoes deKniia as amnésias, <w _*¦ „soaSmos

Assim a abuba, »» naralvsias, os esp<*

^Tn desdobramento g^ggS & «|

se- 7"«. Jfj : u :A i;'''"?

— 545 —

^l^fanosn U— qne, -J^JU

d02 J-onados ^ rs/ode-o incentivo P£

:s-™=£-:r.C-"=-'sabiode Padna, f^^^^aéj^s,s,ema nervoso, que , e no

«^zspz» »mano;:rrnSo Utaafigurando em P> eminente neu.o

por protogoni^ P-Xlid, Hamon j Caial ^,„ nnivers\dade ae .««halhos, qup se b

Dahiestn avalanche **%£& conorte de inves •

da experiência e «ü -a

„ louros immarcessiveis to, ^ ^

^Wa aST„rstu "«s intrépidos paladinos.^V^VeTconce^çH>neurônio ^

-.646 —

firnnad. . contigu,d,vde "™a-tdeia discou.*"»

de pr-d-íécw tme.^- «* teMe 8entir, dephenomeno, da s»|W K^ morbida, derr„cndomodo notável, sobre a an verdade.

idéias que .té então «^ «£- ^ ,„„„

E"aa°0Sdeneraçtes descendentes ou pendente»questão das degeneracoes desenvolvido por

com as contracturas. . m. motor consoante asLevando cm mira o systema

J«^ ^^^doutrinas contemporâneas^*"^ lele.ne„ron.a,apems, P-;:-rad isotl ou simuitaneamente.os quaes podem ser tesdoo degfcnerescencia py-

InlcreSsado o •^,£^*oWw»LAm.ramidaí é a conseqüência faW ^

expressão cHnic. . «^^Te Charco, oucJM anatomtco da tabes esp asm0.pOTa.

FreUC„mpromet.,do o te.eneurona, a **£—

sera o aymptom. cap.t.l, e «££• £*^ da *

cha das We, teremos a pa ^a,

fancia e aguda do auuuo, «* »«

.¦--.. S--W. ''¦'

r

fS u;4----^:f^

díver^ W». &*»• -^y Zgfefâ toda a

<^«*^/JEK«al. .mY*rophic,.,, «reBeeUr*a -*» ^ jdeia correnle

>: Km respeito â tapes posteriores.

Aorevéz disto, ,* ,uz aa gg protoneurona centn-

Waldeyer, é a >^u"^&^_pMtiffl..rm.çt«.. _

.obcnpto. por M» to hM,,

0 comprom«ttimen o por ^ ^ dog..ditivo. g«st.fvo e olfact.vo po ri heri„,s.respectivos prótoneuron», o dos icaça0 ,«••ativos e ™°7«ae°;o desdobramento do .abesquente da P»ral>8^'tar de considerai» uma mo-

fS1^^;-— centripeto, parado

De,ei.o, a lesão f J

° ""vmptomas, deesphems

„o. da » «P1^ l„t! Lndo sé mister, portanto,inteiramente independente», faaend ^ ^^. interferência de »'!" »£"££

e cabalmente, a. d. todo o ^££££Z*> pathologista,idéia de Soury, ]a robuslec;d*taP

relevancia e que pode-Afflnaspto, também de aba rei' sobre .

fina anatomia do sysiem« t

^VrÍle8, nMlos terçavam suas armas os mais

\ ,'¦"¦ iV?

T* ¦ ,ww »-„ '.'¦¦'¦ (' ». -.- ¦,,¦¦¦.'•''•'Ttii'>¦-'.¦ ¦ ''¦-'- "vi .:::f'¦;"'¦."/-¦¦.¦ ¦ "-'-, ";^

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',::F'F' ¦¦ •.':'¦<". '"¦ -

;'-,í-.;;;;'J;..i;'- "-

y,-' ¦¦ '»>'' *W-feSí

- 5*8 £nesta valorosa lucta, cujos louros não podiam ènnas-trar-lhes a fronte.

Os modernos methodos chromaticos, em particular,o deNissI, vieram demonstrar o infundado de tão exclu-sivos assertos.

A chromatolyse de Marinesco é constante nasvarias modalidades da nevrite.

Não hã, pois, precedência de alteração dos nervosou das cellulas; ella é simultânea, interessa estas comoaquelles.

Ha a cellulo-nevrite de Raymorrd; o que ãccorda,->secom o estado aeiua! da sciencia, com a estreita e intimasolidariedade entre as differentes partes constitutivas doneurona.

Não é tudo ainda. Ha alguma cousa de mais salutar,de mais grandioso. E' a ingente pugna empenhada contraa degenerescencia e a herança mórbida, é o imponentecombate contra a mais freqüente e funesta das infecções--a syphilis—; contra a mais espalhada e nefasta dasintoxicações—o alcoolismo, poupando assim o nobresystema, que preside, podemos dizer, a todas as manifes-tações da vida, á malfaseja accão de tão perniciososelementos.

Em face deste pallido esboço do evolver da patho-logia medica, diante dos seus fecundos e humanitáriosprogressos, muitos realisados ao descambar do século hapouco immerso no occaso, certo, embora, de que pormais assombrosos que possam ser, representarão jamais apalavra ultima dos mysteriosos arcanos,que presidem aosphenomenos da vida. da moléstia e da morte, nãoposso ser um descrente, nem um sceptico.

^ 549 -^

Creio na sciencia como o grande pharol de djaman-tjnà luz, cujas fulgurantes irradtfç&e^ ^-^|^^^ f®"pessas brumas tio obscurantismo e da ignorância, escla-recem-nos o espirito com o descortinar de incógnitoshorisontes, que deslumbram a intelligencia na contem-plação dos mais estupendos phenomenos, das maissublimes maravilhas.

Creio na sciencia como a inexhaurivel fonte deineffaveis benefícios em prol da humanidade.

Creio na seieneia, como o factor capital, a essênciapreciosa do engrandecimento da Pátria.

iensageira divina do bem e da verdade.? «% wnA j-4 f

** *

Mocidade, a vós que cpncretisaes todas as grandesesperanças do futuro, algumas palavras.

Ante os melindrosos dias que atravessa a Pátria

estremecida, gigantesca é a empreza que tende a pezarV sobre os vossos hombros. Na obra ingente do seu levan-

tamento, sois os audazes e intransigentes cooperadores,-•-¦¦¦-—'--¦ em -cujo-generoso xegaço jamais medraram os vis e mes-

quinhos interesses que tanto a tem aviltado, visando tãosomente a sua imagem augusta a surgir gloriosa destaprofundo pelago era què tentam submer-gibia,

Muito confio em vós, valentes peregrinos destaromagem santa.* na magnanimi>lade de vossos corações,na generosidade de vossos sentimentos, na grandeza devossa missão, no altruísmo de vossas idéias, na sinceri-dade de vossas convicções, no vosso enthusiasmo porquanto ha de grande e bello, no vosso reverente cultoá verdade.

E fortes e invencíveis sereis, abroquelados á ma«gestosa sombra da sciencia.

iesü

Seja eüa afiei e insè^íavei CT«pai^i« *e vosi^

dias- o viatieo de vossa accídentada peregrinado; a

intensa e vivificante luz a guiar-vos os vacilíantes passos

na enigmática estrada do porvir.E assim fareis jús a intermina gratidão da Pátria

reconhecida.* *

E a vós, caros mestres e collegas, o remate de minha

pobre allocução.Bastante critica è para nós a presente epocha, em

que mãos saCTiiegas procuram-m*eulaf este magesloia vtabernaculo, a nossa tenda querida, reduzindo-a ás mais

precárias condições, senão, querendo de vez, anniquilal-a.

Dominando a descrença e o scepticismo, que no

momento actual tudo avassalam, receio que a glacial in-

differença com o seu tetrico cortejo de conseqüências

vênnã enecutraf-guaridâ cm nosso seio,Felizmente, confiante no vosso aciisolado amor á

sciencia, nas inequívocas provas da vossa admirável dedi-

cação da vossa imm solicitude, dovosso acendrado pa-triòtismo, nutro a mais justificada convicto que tal não

suecederá, de modo a este grandioso templo não ser fa-

cilmente derrocado.Não: elle não ruirà, porque vejo em cada um de vos

uma sentinella avançada dos seus brios, um imperterrito

defensor dos seus sagrados direitos, um zeloso -e vigi-

lante guarda do seu glorioso passado.Não: elle não ruirá, porque jamais deixarei*, du-

xante a vossa peregrinação scientifica neste sanetuario,

de protestar com a pureza e serenidade de vossas con.

sciencias contra os insidiosos assaltos, que de freqüente,

lhe são atirados, por esta forma honrando o seu nome

casto e immaculado.

5v

. ¦

... ..,. .._

mmsÈBB^wç/^--a^m

., ":-¦¦.¦-- ;„¦.•* ¦¦¦¦-. ... :\-¦¦¦;-. .,-: -f ¦ '}¦-.,'V^p. ¦';.'' , 4!0;>.'v.rô ?** .¦ ... :. r ."'-.O- " ¦¦¦;¦"¦ -.--'¦ . :...

O oi ^^^^íS^^^^sí^^^^H HBtfl BSwjflpHI ^v; o ¦

f. o*y*^*iy?,^ -X^V^J^Ty. B^nÈÊkMm&sJjE^POa^^^^BO:0 ¦"¦."'¦¦¦

'- $0 ¦¦;¦»» ''"^¦'wBWMPooVbP^^^^T^EV —\.í-^^^B '.'v'¦ ívflm^^r^HIcli^nN ÍVkS '

"*-¦¦''¦' 1' ¦ '•Wooo^''-'^W^fl"ll?^|n^P^ iillWÉÍ> À^^hii:^_^^^W^^^M," ''¦'•«""

BB ^^H ^^H tfl^L OH^p m^ V^V ^o^pr ^^r^^Ho^^^E S^^r ^r^Q ^^^B ^*^^^^^B ^^^^^^^^^^^^^^W^H^^F ^^Pk>^^^^^^ ^^V*^W * «AoVoV^rpOB w ^|

B ddiÉ,ká£sÉHM^ÉÉB~ij£^^BSal^n ^ô^-ã^' - :'HH P^lwH K.^.'-' -¦'•"^^o»J ^Bh^^MSt^M^^mmBBMbbf-B ¦SF^BoBVMHwõHPH^^^^H]^H ^^PIP^-1,"> MWW- ¦ Toi^.^^W^^^r ¦ j»..,;, • !..-eV''ViL$?!H^H ^SfeS^HíJfcJ^BkL^^^^ ' 'fl.-'-..'.* v- ~*ti" , -Oü^H ^Br^=:e- ¦¦-.- ¦¦¦¦"-¦¦'"-''¦¦¦ j*.'ft.#*afcii«2-1í'.'3,i ^ >?¦:"";:".." ;^H ^¦^.'^¦¦^¦^¦ia.:'-''' •• ..aj /'Lti,, ¦"¦¦'-¦a^H ^^Bó>r"-.r:êr ¦¦--'. - «¦ j-íf nwt.«, ¦ , _-¦ ¦ ~-''j&5kNV^H ^^F^a^H ^^kr m* '¦»¦B- .-. ji ¦ ' -; ¦^BPH^^Bj^MpFjW^BBsifO - ¦ ¦•- r... r.-r~ . -,-"_ ~*- ' ¦-'-.-.•. ^^üa^la**» A-ÉteaHIf^Ak -MMr^^^^^K^BK B^^~" O B

- -"• .-,r^^^K%^^B ^^uhHH ^^Bhk^e v.T .' ¦ - _' i*2'.-.-¦ w¦¦ ^'íã'^ ----a—~_.: 'óa-j- ¦ ^¦¦¦it^^H HI^íbHbu '. - H

11

Doenças do «rewo „^••. il^u MBHr)i°Cc-in irowM.ro tff So0MM>». : _ ,

?a.T -¦- ¦•¦¦ .-«oi»*-!* •«.j..t«ái>:'l«UM BT ¦ffl» MHM*IS P» ¦¦ti Hl

^.r.»-!. ao...dc. a |«-aáy5i jatas» »'.%£

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TTTTTS do PEITO -TOWíf

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HAHIA

7/s

V

- 651 -

E alfaiando este bailo pensamento, ¦"**•*>"?

r^a^:::s;srrrpredecessores, a imitar os seu*

d â risca ahonrar a sna memória ^'*ff™'é 0 [ular0nossa árdua tarefa-instruir a esta moctdad*J*^

da Patna idolatrada, «^«MJ^%**>*dew, e familiarisandn-acom - "°^.^

qnolidianamente levantados .ns <•«££ da mais

J,SfeiSfe »|#* ,t ,c a d. ceta ilibahumanitária das sciencias-a medicina

do fulgurante gênio de Cos. ^

Sim; honremos as tradiçoe, glonosas dai 4r;¦ íàíwrtWtad culto a sania ieng««"

cnldade, ^^T^, efíusã„ e carinhoso

rn:e;:-;raroe:.,b,.,c,do,o-aScienci.,a Sciencia soberana e immortal.

., i«o ai — —"

j. tò^U Aa Guerra Brazileira0 Serviço Hospitalar da ton&a üv uu„..«

L C.RÜBG.ÃO DB. FLAV.0 MENDES

¦

(Conímuaçáo da p<^ 454)'

III

Kncarado em pari.cnlar o nosso Hospital de Mari-¦ L fJ oue os seus defeitos proveem, em sua

nha, verifica-se qae os ..:„»-„.____« sua origem,

ultimamente. neouena ilha

— 5&2—

M e a doentes-estt a ^ maiore8

31 §3J||

^•^:*--'jiJag

,::*'./V:v^

^ e * doe»»*-»* a «^JigS^

ficios pecuniários para o nm

indica intuitos de conservação do dous n-

tos na referida ilha, vem a propósito fazer aig

siderais aobteesmhyp^ ^

gaí-as novamente. elemento de vida dosAs fermentações constituemo ^

nlicr„.„rga*jiSmos, cu,a * • ^;f arias esPectM

ÍlllilÜ% |§Éfelicontradas na lerra, na água e no a., dtscODi

Segundo J. Gasse , e e

¦.y-.-.,'?'¦';¦.'¦'*¦• .-..¦'¦"¦.o-.o-.^

y) ?rf ¦i.''-'-;'r -' '2l

£4 :*& 6$ ^

vidade. t_- eom,n»n oosj» mente descol*r.o o —

presente *dat» *£*¦£, è fundada a crença de um

^l%í-rvbiilfl^de cirorgiSes da-Armada,éqne -v ia de ,ariad.sCobras, «*

^»téXoX."aníès em tudo °em*fôrmas, havendo até casos luaism0, (9) tintalhatttes aos accessos alg.dos dc

derivádas de

por origem «m <=—f „ ^ qL.M do ba.dlbSb

feitos de construcção^ do antv ^ ^ ^

„*,.., o converteram em>zm™ ma espessura de

esses que se »P"«^s profundos,

*» P°»<»paredes massiças com alicerc

q quaâL^n do soalbo de v^b made^,

^directamente sobre aterra

Darte as80allvada, ocea-res lateraes corresponde» tesa P-t ^ „„,.tonando a »g ^*j|g do solo, formado su-deaçoes nas camadas saperfie qae

perionnente por "'T* ''t ° nfiltradas e est.gn.das

consta o eubsdlo fetó^^s dos detrito.a,»ellas agnas P"?»^Udos, determinandopfeeíMéntes e gs^^^^^^m~^a humidade constante «, • < P

Jgo. e a véiimacaoaloiamentos,âsquaesalu/soeram insuflicienles para modmcar.

xy¦'., .1-1,

c^Sè^M iKK

ífftfe" '¦-¦---.. ._

:... ... .o ... ¦*•¦'-¦'. 'ô, ,,;'. /...:¦ ;

— 554 -

"»eça„ do ma,,q„e6omen.e é a/oral ad P ***'

esPoradie„s „u em doenies de CSÍT ^

melhores „„„d,ões h°y££ ^"^SÍT d80"mente o reaparecimento do flaffeUo „ ^nacional tem pago semnre 9 * marinhavidas? Pre ° mais ^sado tributo de

_ e^r™ nS0S* 'Ms ha *°>™» receia,0

¦,r«, f- wucermr ao pessoal que neJIe sP a«i .,remos denominar S«6/^ít,0. Se acha- deve"Realmante, a reunião de cerca Hp 7nndoentes, soldados e sentenlf í

° PeSSOas' entre• "ygiene bospi,)ar"£^^fel» P^ndamenieceis de c™p,LL L .T1™^1"^ fa-

¦**. po.,,,: ,s°snd':p;:;i!as prorrias «*--mo já d,sem„s, e;fenId; gtej-|Pode apenas attender a i,mo ,, • /anadas affecçoes, se-em cirúrgica e

"ledica d',,Sa°»"e— ««"Únicas

-ÜS 4c„ercs dt ^ ''Sr' "T^" C0'K °S

-nososSeus„„s e X^trcablr ^r' '"^ °U

1 tdoeadj de recursos, de

':¦¦¦'¦ ¦_.¦<:'¦:¦",:¦,*.'¦¦¦¦ "r4l- ¦

l

— 665-

Hy^ee-de exorto! q»eTr» "hef^.e d. ^V,"

apenas oi pallida e tris.onta .dea. .

W nossa» «M rigo—te «*»•«*

.JU. PelasproFias palavras dj*« -Br .*£

onde assim se exprime. «Nao ^ ra man.

era que ^mceina este hesp. ai d propore^ P

ter versas enferraa,*J»* *£~ parle d0

meromulto limitado, por t *n ^

mesmo edifício para quartel ^™™we mnilM veMB,

que a iõtação-âàsentermariaseexce^p

rcnes deíermmauas. ,;_,__,

n i se faltara nesse estabelecimento as enfermariasOra, se faltam nes dislribuição das variadas

essenciaes para a «ndispensave d s V ^ecialisti;

„.„dalidades nosolog.eas e sen ^gj_ / „den..

C08, çom seg* ^^Z^B pu_ templo:

cias accessor.as aos hosi íSO/am^ío; com,.

bltotheca, muséo anoto mo -patho lógico, etc.bliotruca, rpformas deverão começar por

Fdá olaro que as reiormdt>tsta cidiu ontrPtanto devemos

mM S a a",âo de ura.novo arsenal cirn^eovi8á,)foi de «ande utilidade, taes como-

•:trdreT::rrde8deS,nfecçSodeGeneS,e-Be,

.. ^ .... .¦¦ ¦.¦l;7"rv^:i.-=

schèl, mas ainda se acham sem inslaliáção apropriaria

e sem serventia.Sobre outro ponto de vista, nota.se que o gabinete

de operações, pelas suas intimas ligações com a ehfer-

marra de aUa cirurgia e peía vizinhança de outras de

medicina e de latrinas, que ficam a sotavento, não cor-

responde acs dogmas da asepsía contemporânea. Effecti-

vãmente não basta, como esta disposição faz crer e obriga

a praticar, que os cirurgiões empreguem o maior cui-

dado contra as infecções possíveis de transmittirejn-8e_

por meio das mãos e dos instrumentos cirúrgicos, assim

como pela própria parte operavel; è preciso ainda, que

proceda a uma asepsia perfeita não sò da sala da ope:;

ração, como de todo o seu conteúdo, porque de pesqui-

zas microbiologicasse tem evidenciado que o ambiente

pôde acarretar germens palhologicos em suspensão.

Paul Chatin, por exemplo, encontrou streptococcüs

virulentos no ar das salas hospitalares, onde existiam èry-j ¦.

sipèlatosos, e Utepadel isolou também do ar do hospital

militar de Augsburg um bacillo de propriedades análogas

ao vibrião septico.-Essa falta de um bem montado gabinete de ope-

racções, conslitue uma das mais sensíveis lacunas do

nosso Hospital, e se o actual mal serve à pratica cirúrgica

em casos communs durante a paz, menos ainda corres-

ponde ás exigências das eventualidades de guerra em

que avultam os casos graves de ferimentos de toda a

espécie produzidos pelos armamentos navaes modernos.

Deficiências desta ordem no ramo mais progressista

da medicina não alentam nem desenvolvem o gosto

do pessoal sanilario da Armada, que de ordinário mais

se dedica e se habilita na clinica medica, dando motivo a

* -¦¦¦¦'¦ ~ - >".'-

" ¦-?"¦' ^_~ Xíl

¦¦¦' ¦ ; ' 'í-/

l

'¦-:-¦¦ Ví'- '-. i' i*--

¦jm.

** *

pulmonar, a qual ver a^ve^ , ias ^e hpWe,bp, as

Qo.p.0 ao *«£* P-^rTp.- **

v^ificado. nósde umserviçodeNí° 8Í

TalTl s" b"»o noa U^-MÍM-estatística naval e, por isso w. moralidade em

nossa naannha, maaj r^ ^^ ê„feor*nâo

_exeeaa »» "^ ^uidade do8 „o*o8 —

tenhamos como nestes, a ^.aja* o

soíre a acçãn de otoas d» ^

Rocbard e B<>^ ^^0 e,latlSUco da mâr^a

hygienenava., tfc.tado o^u d e^ ^^

inglesa desde 1866 »£«»¦ ^ contimi«da™ente de 10,4

nella iem diminuído gradativa e levado em4 B.38 por «# ??«g ^ ^S* naa cc

siruccoes navaes e ag ¦*:'¦¦de todos osseuese^içosmarjUinos.

U-" v »-

658--'

Argumentando com os dados colhidos no relatório

miJZ de 1898 e apre.en.ada en, «»£»£

eollig- nue o numero das bancas ao nosso Hosp.Urin-

„to de nm anno foi superior ao edeeU.o, de praças,

«rone sendo esle de 1904 marinheiros (dos quaes uma

1'de'parie serve nas (Milha, e navios de estação em

fartos pontos da Republica)^ 181 soldados Pavaes per-

Lido um total de 2085 praças, obseríou-se entretanto,

«entrada. (10), que junta aos Ig. ^""^

2212-Em 1899 existiam em tratamento 86 e baixaram

1820, o que perfaz-1906 para um effectivo de 1981

marinheiros e 346 soldados.A mortalidade foi de 59 para 1744, naquelle anno

tendo havido 64 baixas por incapacidade physica e 468

transferencias para hospitaes especiaes, das quaes 41.1

determinadas por beriberi, cuja porcentagem de fallec- r^ni^i-hana atüngiu a_ 20 °/o..lil) -_—O-—

mentos em ^pa.anana a... g ^g An h ifln

Neste ultimo foi de w pam ^,-*6™~ •*•"-

apenas 116 transferencias e 84 baixas por incapacidade

^^ Entrtianto, convém sempre entrar em conta com o

recurso das inspecções de saúde, que eliminam dos nos.

sos hospitaes uma parte dos incuráveis, algumas vezes

com pouco tempo de vida e que, mesmo assim, se em*

penham por obter a baixa do serviço, na esperança de

prolongarem a existência em outra parte. Mudos delles~"~

(|0) Este* dados referem-se ao anno, de 18g aa mZ ^Í^Z^^r^S^^S^ o numero de l«_. con^

tálíSSlÍ«íS S » .33e e» ,898 ,03-

' . ' ¦ .' ¦¦ .-"¦'.' ¦ :*-~v". /'"¦

fo'0'Br^ A :/*'%#:-

lii^É^^iÉi^o* *ÇSí Zt. Silo d» _-____*<- i^vid««

seio lie aoaa ™«'?* -.._. _ ^^ ji***- Somente «hospi...» 6í»Siéo»d. i^-j-ML ^ ,„-tab«___» P«ri«r> drt„ ^otóTe tt Ml*» *

Lrviço ^r inei^cèdade phy^a, eefh !*W

sgssS-SS-s;5?Srrr^_rrw.-:

nha de auerfa nacional, e contra o quoi

O • . ««.hoirenia da tuberculose, arredando-jw as*se evidencia a pathogenia aa hospitalares

*to"°!».i«S. ind. observais noenfermarias, como ínteuzineuu.¦*i£ÍS*

doente. Mí«- >2Íg*&*£

**»todo. o. reonreo. d»-**-* e, por-«*»--¦;....-'¦, :*" -"•:--. "' ;* OO7. ¦ ¦-¦.-.--¦¦¦¦.-¦ .-r--.-:

-560-

ções apropriadas e bem acoKu a &

reM"d° 'rr^df e' .«" -bereulose se le-a sacro-santa .cruzada, que _venta em todo o muhd^cuui|e, ^^ no

.Entretanto, M^afaí & Ég * '<nosso Hospnai eslabe'~^lieeiaes à bem da hygiene e

pavilhões ou enfermarias espec.aes

da humanidade. Hi«pm0s repitamos mais ama-Sy„,hetisando o

je d, em„ • p^

vez, que a exigindade ~ geug se,vlQ0S

raarintaa da Repubhca as "£*£_ , em „„e

e . impossibilidade de sua e»an a^. i .^

" acba, -^-;de°Ser rsSnUftcos para o desejável*s^\ ». *-^ * **¦e,„'seus desetta^J^aif~ ^S» que se

Kacil e, peio -1»||H^,",„. tanto afie-infunde, originando a apattaia do.a<

mesuloclam o renome dessa «°^O„íetÍ0[itlade moralpor outros motivos, em um n.«,« »

dação. Continua.

RevistasMorte súbita do origem gástrica

¦ ap3f, reeente a Academia deSS UMap CUm";";

f Sgíeau, se nccupa doMedicina de Paris o 0 subsidio valioso de

í

"N

' "rr*~- ."'-¦:, .' v"-;:'"

"¦'" '• ¦ ¦ "-' '¦•:-#H —

vehiculo, no thea.ro, em J*?«íc"^|!| do fesempreat.ribuida .ruptura de »m

^™™a„|oa raorte

pór enibdlia pulmonar so «o tenf.ca qu

bite haa articulações o» na ba^'„.a/"'.„fr£qJnlee„^

ainda mais rara a devida á ru^ ã0i ,ongehyper.ror.hia verdadeira »»

^""^^Jflcio.de receia.;» ^'^.^Tdemorte snbit. não se

Na maior parte dos casos d¦ . Lancereaux«*m sã. ~r te |em cerca de oO exames comenao

conttou ^g-|^Pg|S

e oteams en8u,

SlT-S» « —te co.ut.do

' O», causa freqden.e dé morte »»b.U ¦ * »

^verínc. no curso d» »

^fd ora^o e^inda no

thimias ou syncopes. reflexos e

indo as visceraes, podem provei a murte

00 a simplee explora^o d«v»graa p ^

/Bronardel, ou uma ,nlff°J"l ^^ * 80bre_J>

*&* ^c^rlSo^o^- iP*^

bulbo que se reflecleporin MenlWia excitai ^^~

t^«—* «***De feito sabemos que basta um

o epigas.rio on a ingestão brusca * »"* «** ^ ^

(ria par» determinar a mo* ^'^.^ via

propagação do estimulo ^s

een^p_ ^

com menucia um caso «u Inneeraux f»*ere<*e asubila por distúrbios g~ U~£

^^ootr„s análogos nos

^.eS -

^coração porque os "^'<,u0

0 da morle na eip«.enomenos car mco, . o rae »£

lrao„,atisrao sobre «é comparável a que se_ venhc ^

gangliossema«nare..S .nestes c« ^.^

f ^r^r^e^na a inbibic*» do centroda mucosa ganira ~:-ifl&ffi> .reflexo bulbar e a parada do

^^^ terçòs doS casos

logicne P« ».med^nDaJ*L consistem era cu«r a

'¦¦'¦ »?¦-'-¦-, ¦?''***'".í>;,

:. --.A-iráã

^^p^ÁoííiW-t^T'*^ .'0' ¦ ¦ ., '

íi ¦-i -

^^^^^nâo tem appetite aoimelta^o; m

^^rs^Wtas. ao menos as prifícipae^^nso^o^mar.

««en Ha fortes oalp tações mesmo a ^

kmi»m P«r syncope de ongem «astn". .«««.festa porém a syneQpe, pratique-se a respiração

ésá -- S23H ¦TL -:««, Ia mesmo tempo cumpre despeitar a con

!£to ae .,mr.eHo de Mayor sobre o .hora,, pelas

.hloralhvdratado, com orometos, com a morphina espe-

TZeot »"a real difflceldade pela determ,».,So d

^rat inlalravel. se perene ^^ " »*"

-"«J^l—e: a neeessidade W1^^ ^U"!» - meio.conve»ie««Ss,prpceder a^po.

— 664

Questões de ensinoA reforma dos estudos médicos na Allemanba

(Continuaç/ío)

111. A prova cirúrgica constará de 4 parles e se effe.«ctuará em 7 dias, na secção cirúrgica de um grande hos°pitai, em uma clinica universitária em doente dapolyclinica ou em caso de necessidade na sala anatômica.

Na 1.» parte do exame cirúrgico o candidato tem:a) de em dois dias consecutivos examinar um doente

em cada um deíles, em presença do respectivo oiatr.icnadór, realisar a anamneses, o diagnoslio e o prógnos-tico do caso assim como o plano de tratamento, assigna-lar immediatamente o estado do doente num protocollorubricado pelo examinador e ainda no mesmo dia redigirem casa sobre o caso clinico um relatório critico, o qualdatado e assignado será entregue ao examinador na mauhãseguinte. 6) Visitar os dois doentes no decurso dos 4 diasseguintes ao menos uma vez por dia ou mais vezes se orequisitar o examinador e no caso de morte do doentedentro dos 4 dias darão candidato uma nota escriptasobre a autópsia.

Se antes de terminados os 4 dias sae alguns dosdois doentes o examinador determinará se o candidatotem de tomar outro.

For occasião da visjla aos doentes tem ainda o exa-minando de mostrar em outros doentes competência nodiagnostico e prognostico das moléstias cirúrgicas e seusconhecimentos sobre os diversos methodos de tratamento,tendo em especial consideração a antisepsja e a asepsia,assim como mostrar sua dextreza na execução das pe-quenas operações cirúrgicas; outrosim demonstrará co-

_/":^: -665-

respeito ao diagnostico «ao tratamento*» moléstia. *>•j a„ naiiap das afí«cções venereas.

°a,'t |.P Vê ££»-*.* o examinando^

de McS a exaure o». ^Jjto-^p sobre o valor dos respectivos methodos, executar au»

op^es no e.da.er eomprehendendo-uma ..gadaraJ*

artéria e evidencia conhecimentos necessano a un.me

Ò^practico «o^que ^respeito ao m»m.m.»..l o

W^paricl^-ponder verbalmente a questões sobre fracturw e luxa_

eo«.executar o methodo indicado no manequ» e co.

locar a atadura segundo a technica.Na 4'~parte o examinando tem de fazer uma prova

„ral demonstrando seus conhecimentos em ana.onna,«•

Tina topographica em relação com o ponto da 2

parle da prova:cirurgic^ _ ^

U0 laTparle o candidato tem de a) examinar uma

narturiente em presença de om dos examinadores o« dos

Cir daTnãiernidlde por aqnel.es par. *P~

nientemente autorisado; determmar •?«£££?£

e a posição do feto, o prognostico e a conducta

^ E qnando requisitado tomar parte na «|<g||

n«rtõ isim como deoois delle nas seguintes 24 horaa

seguinte datado e assignado ao examinado r.

.-. : ¦ ¦ J. ,..; ' . ... .-'.;¦¦ • , -• * ¦ . ;.. . ..'¦¦ O

r&ò&^ffi&lfê. ¦ l^fTm

Vititar a parturiente duas veses por dia no deoartodos 4 dias seguintes, completar o relatório com o^occorrer sobre os euidados á parturiente e ao reeeaiw.nascido assim como sobre as moléstias:eventnaes emambô"s e em caso de morte dar por escripto uma notasobre o que fôr encontrado na autópsia.

Durante \pdo este tempo o candidato tem de manUfestar ao examinador suas habilitações sobre o diagaosHtico, prognostico e tratamento'da prenhez e do parto euma prova m^ff^possue conhecimentos necessários ao medico pfatioosíQ-bre o diagnostico e tratamento das moiestias das mu-lheres.

Na 2a parte do exame obsteírico-gyneeologico o c*n»didato tem de mostrar era um praso determinado e era

presença dos dois exaininadores seus conhecimentos so-bre as operações que são geralmente adoptadas: .àulpo»sim fará no manequim o diagnostico de diversas posi-ções fetaeh, effectuará manobras e mostrará se possuedextresa no uso do forceps.

O medico director da maternidade no caso de faltade parturientes ou doentes livres na maternidade, íarâvir doentes da polyclinica. Em caso nenhum para exameobsíeírico-gyneeologico será dado ao mesmo tempo omesmo doente a mais de üm candidato.

[Continua) d. M.

BibliograpliiaDr. A. tjias de. Barros—Ensaio biographico

sobre o professor Francisco de Castro - Rio, 1902.— Em 40 paginas bem condensadas de nitida impres-são, acompanhando uma effigie do mestre pranteado o

_.-•'--—

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PS?»?

ã$tri ».JM*:iUcrtKimnto.

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YaeêhariM. — Trioxjriaetnj'"»"'medicinal, •*<>•. ***• — ¦ n —

rlatos de I

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SjÍ£*££i3S&aSKX££ iTXV1 .v^.

Cti.lo-rot>ora.tacietVerdadeiro Garqarejo Secco muito EnerOico

^— -_. ^—.uuãul ciunil acifiul| ÉÉfl MT I 1BT I f¦IDY, itS. FáaboBrg St-Honort, Paria,» *" *°***** ww^%^?!R^!JS^

pÉálilfaFãOSTRACAO DE FORÇAS EMJil^

I J % (phosphatada e granulada) I

1 B' O MAI8 SEGURO JONMÍO, CONTRA A8 MOLÉSTIAS

OU IXCE88O QUE PRODUZEM I

aTariiiia--<?--<<<!-*i?<<»-fti!Baii1'"^

¦ffFfff^FW ANEMIA CERESBAfe raffifwí@l

rnA^ffrlAS^II DE VICENTE WERNECK

IBWB^K^TERMITENTÊ^^MMPI

I^^^^^^^AOPAXUS^^^^^^. ~ :. >j;--«:**|**!?w*"'"™?^*--\ 'V^E"»-

J^Fjp ':¦ . ¦_

•¦r.iail Pastilhas exactamente dosadas a 4 milHfr. de¦Sr I Chlorhydr. de Cocaina, 0,05 de Borato de 8oda,*" ¦ e 0,05 de CUloratcr idem.

¦'¦ -,.-vi-.--;:'> jiw,'/.'^'*:,*

»'¦¦'' >í^Sa

#e^ «i»ósík èÉ^l^^^f^- ¦.aso o ibgioiiistorico dò fraude scientiata,

ètitWv* saa ádmifavel entendimento: como «Wi^

eminente.cHnico argutíssimo; auetor medico «JP»«g*

erfidiçto, po.fi. S^ov^aoulis.» &*. e^omo

se já rifo fossem méritos demasiados a utn só.inesmo

Arasto espirito e gtande coração, sobre, todos, bondade

que faí ao A: lembra-se «o que, de MTO "*«<***•-'«.ave

Renan:™ comercio da via. *"•*-«."r

fino ainda que um pouco cândido, como o sâo, de ord.na-¦3?ÊUM»nnH^bon... Nqs-quelemos*££{¦»•com o meditado -acuramento que todas as frutificações

do'bailo espirito do A. nos merecem, pesando bem a pro-

tadi»ta» desgraça que foi para o Brasil e para acneia

MS» o prematuro trespasse do Professor Franotseo do

tíüL temos, ao termiuar, uma palavra decolo a

ess/magua pungenUssirn*. felizes ainda os ^ndeshy

mtoão*guirema Morte injusta, quando de.x.m apôs

rsoiplsd«semerito7a«.igos desse porte euja .Sm.

S e cujo amor se traosfundem nertes lettra. magn,

Sen. que a intima etnoçâo latina falia a-unpeo^el

correcçào atheniense.

&r João A.G. Froes-ManitüMe Semewlogiada Urina - Typ. Almeida -Bahia. ~ Bom nào fora

«se Manual e nio caberia menos que o '°«*™«^>

contentes 7 t*o ese«sos sao, entre nís, os que_» »m-

mam A escripta de livros, que a só iisposiçAo em tra-

£Tos devePere.r para o auetor um. ^g-g-Jggpalhica e aeoroçoadora. Ho caso, assignatam se as

,'¦

¦ ¦ ¦

r;Sf . ,#£"

¦¦ ' " '¦' ¦ OOOèáBs-668 —

excellencias da obra enadindo a valia do appárecimentoraro. . ... ,

Não é que queiramos dar ao escriptor originalidadenos assumptõs de que se occupa, coisa que elle, eme-rioso, jamais pretendeu; mas no conjuneto do livro, nomodo de condensar tudo que, para a sciencia do diagnos-tico, se tem modernamente firmado nos componentes dasecreção urinaria e suas alterações, nisso, ella, a origi-nalidade, é incontestável.

O vasto objecto da publicação é encarado em seiscapítulos, antecedidos de um preliminar, visando a discus-são da formula de Carbeau para achar-se a compensação

possivel entre volume e densidade do liquido vesical;aquelles enfeixam os seguintes assumptõs:

Capitulo I. A urina normal e seu papel physiologicoImportância semeioiogica do exame da urina em clinica.Estudo geral sobre a permeabilidade renal, a insuífr-ciência hepatica, a insufficiencia glycolytica de nossostecidos, a toxiaez dos líquidos orgânicos e o exame fifcic-cional do pancreas por meio da analyse urinaria. Coef-ficientes urologíeos. -=-

Capitulo II. Regras geraes do exame urologico. Pro-

priedades organoleplicas, physicas e physiologicas daurina.

Capitulo III. Exame chimico da urina. Determinaçãoda natureza dos cálculos urinarios.

Capitulo IV. Exame cryoscopico da urina.Capitulo V. Exame hístobacteriologico da urina.Capitulo VI. Symdromas urologicos de alguns esta-

dos pathoiogicosO Conclusões uro-semeiologicas de E.Gautrelet. Boletins de exame urologico.

No que se refere ao exame chimico quantitativo daurina o A. conseguiu superar um serio óbice criado

pela multiplicidade de processos analyticos, e feio affas-

t*- ^•M'

E,"~* y-7 'T-.

"X

»J .j ::¦ ¦ ¦ ,, *, ."*. . - (o -¦. .- . ts

látfdo os melnòdòs eivada de diH.cuMa<ies technicas.

Procurando facilitar a clinicbs e a estudantes a pratica

da urologia; reeo^mmM ana,??e- de V**™*1 if£ctívaçãoT>or elles; verdade é que, assim, se não poder*

exigir o rigor de trabalhos avántajados de chimica, mas

a desejada e sufíiciente, appro inação para applicações

clinicas; a parte qualitativa, porém, mais desenvolvida e

früciuosase não pode requerer.

Dois artigos, aqui publicados, nermittirão ao leitor

avaliar do modo por que é tratada a cryoscopiu da urina,

nesse Manuel, o primeiro . ter semelhante inlerlaca,*o

nova, e um fragmento delle, o capdulo da hietobactenolo-

Eia editado em nos.so numero de abril, dá-nos conta das

minúcias para a positivação do exame microscópio.

As deducções semeiologicas formam porção importante

daobraeneiiaseaccentuao^uea observação nosoco-

Mal, em nosso pequeno meio, sãncciona das inveâtigaçees

européas e ainda permitte inferir. Ao exaral-as o A.

envolveu-as no enthusiasmo que os coefficientes biológico

e urinario completo de Gautreiet lhe criaram.

Apezar disso não vae até o absolutismo que para

elles auer o urologista de Vichy; reconhece os profícuos

HoTque poderão prestar, concedclhes mesmo o

abe emento de um idea! irrealisado-o de encontrar-se o

typo normal urinario peculiar a cada md.viduo-e e

muito, o máximo a que têm direito.

Bellas gravuras a cores illustra.n o texto -prefaciado

pelo Sr. professor Alfredo Britto--elucidando-o, e mais

concorrem para o esmalte dessa obra preslad.a.-que cl,-

„ls e aiÜmnos do curso medico compulsarao -

grande proveito e confiança.

Kovo tywifowi

A' Sociedade de Neuruwyi

sy„droma por elle o°serva" aue Dropõe chamar aca-

'fe " "Ü-.-Sd? eCn..adP. toda %qne se assentavam, eram com. vio- r

icncia para o ar, to mando p,

pimento» eram^automa, «* fc ^ aM, ,. .

Acredita o A. que harmonia da inncrvaçao,á astasia-abasia-Assim co,no a bam.on« .

- qae determina as cond,çue^ n» m^^ ¦ ,pôde ser alterada por causas^ers &g ^^

e na neurasthema.

Medicina Pratica

HBMOSTATICO OBRAL

-i „/,//.//» secundo Rogeb, pareceO chlorureto de calão, segun .^

^aever tomar importante toga. •*•££

^^ em**só r o£; d»¦££* -— :

dose metade menor. Começa se

¦ ¦¦ ':...•> -•:.-•-:-.,."J£aâ*«aiÉí's

¦' •'-¦¦ * ¦' ¦^--:'- r-.v- --ií'---

"" v .'vv.''; '¦:-L-' -¦-¦¦¦ ¦ . . ¦^x-/-^^

-:. "' "¦':'.

v''v!SH&» -

sv-.-.v.^ ...r'."1"" ' •.-*;¦ »í :--í'i'.¦¦.-."• ! ¦ ¦¦.'•'=( • ¦„¦ ¦'.'?,-: ,-¦•¦..*¦»-

ai^i* « «ter 12 gr. e» * h^*9'-w ^ «««* me

Chioruretbda^f^^ *

» p.Xarope de CMC teW •"^

*> gr.^ardente velha de rhum . • • ^

^TtBlttraâe^i»^- r'" r \" ' * 80

gr,

de lesão renal. Nas nep^rue Vturia desaparece rapidameMejm

HOMOSTATICO LOCAL10 gr.

Gelatina branca 10 grChlorureto de sódio . • • • • •

Formol (algumas gottas) ou su- ^

blimado. jqq gr.Água diatillada. . • -_ ¦ •

^ p ficie sangrantirApplicar esta solução sobre P .

(Gabnot). —CONTRA A HOMOPTYSE

4 gr.Chlorureto de cálcio ^ ^Xarope de ópio. . l2Q grÁgua distillada de tilia. . . • ^

}Cma colher de sopa de hora em hora. (A

„ .acoMPATraatoAnES ox Mim*»

ri -¦

:. .^>'r -V:' -:'*?jV':->---':-.--:.: ¦' ¦¦¦•'.. *::>•;.-

;¦ ¦ V" . s ... - -. ..... i

WHBS».. .; ¦

esta substancia tóxica por si mesma ou por seus pradwrctosde decomposição, importa evitar a administração da

antipyrina associada ás substancias que contém -ácido

ázotico.2° A antipyrina dá com o bUchlorureto de mercúrio

uma combinação ffiuiio tóxica.3,o As soluções de antipyrina precipitam pelo phe-

4o A antipyrina e o salioylato de sódio pulverisados.c misturados dão uma massa viscosa, semi-Iiquida. _

5.° A antipyrina e o chloral dão juntos um liquido

oleoso, que não apresenta mais a reacção dos compo-

nentes.6.° A antipyrina e o naphtol B misturados, dão um

producto que não tarda a liqüefazer-se.7.o As soluções de antipyrina precipitam pelota-

nino. .... ,8 ° A antipyrina eleva o coefnciente de solumliaaae

da cafeína e dos saes de quinina. (Gasette des H6~

pitaux).

O ORTHOFORMIO NO DIAGNOSTICO DIFFERENCIAL

DAS GASTRALG1AS

0 orthorformio só pode ter acção analgésica sobre a

mucosa gástrica quando esta é despojada do seu eph

thelio. Si a crise de gastralgia for devida a uma ulcera do

estômago ou a um cancro ulcerado, a ingestão doortho-

formio dissioará rapidamente a dôr. Si, ao contrario, se

introduzir o orthoformio em um estômago doloroso, cujas

paredes estiverem inteirameute cobertas de seu epithelio

normal, não terá nenhuma acção sobre a^dôr. Poder-se-á.

\r

poia, em ali^^^^*^!^*^»»^do orlhoformio para esclarecer o diagnostico ^0

juial9é2). ^__'" *

POMADA CONTBA A BLEPHAR1TE CILIAR ,

50 centigrammas.Ichthyol. . • * ,flntigràmmas.SlllfaU> de cobre. . . ¦ *£*&; .

C^orme as observações do Sr. r'erro, esta pomada

„uJaXha,,,ecniar,,a,sr»p1damentedoq«eq«a1.quer outra.

Yaria* Lemos „a Medicine Modernc fpg.123, Abril 1.902):. Wkm ^i«[S^

«r uma interessante experiência na ilha Formosa,

i I, relações da malária com os mosquitos.P

,S> foi complelamen.e protegido contra os

S a esuclo n..taric,$• 161 dias.nao.e

S;l%t;!oC;oorne0bUman,ed,dadep,o(ecíao.oratomada.» <*

O RADIO NA SEMEI0T1CA OCULAR

r asasr- "-—«spe sua applicação na clinica.

ijfiiffiEr-.

rrr*¥iM r iiiiwliffll

Mostrou ò Sr. Jav*l que o radiolínüti raio*'*aaà*';

ptiveisde impregnar a rettna depois de ter ttrw^O

differentes tecidos. Esse corpo applieado sobre «s^»-

pode por suas radiações aittngir o netvo^ptico « áetef

minar sensações luminosas.Em dois doentes, affectados, um de opacidade da

cornea, o outro de glaucoma antigo, e tornados em con-

seqüência completamente cegos, essas radiações foram

perfeitamente percebidas. E^necessarip quê & retina e as

vias centraes da visão estejam intactas. _^ ^ v

Poder-se-la por esse processo differenciar duas or>

dens de cegueira, a em que a lesão se localiza na retma

e nas vias ópticas, caso em que as radiações não são

percebidas, e a em que a lesão oecupa o cristallino, a

cornea ou a câmara posterior do olho, caso em que as

radiações são percebidas.

ERRATA

Nas paginas496a499 do numeroanterior houve uma

desordem na collocação de vários períodos, a qual dese..

ser assim corrigida. Após o 4> periodo da pag, 496, que

termina com a palavra - «oecupamos» - passe-se para

o ultimo paragraqho da pag. 497 qne começa por - «Km-,

maranhado assumpto fite. - Siga-se a pag. 498até o

40 periodo que termina em - «Árabes» — do qual se

deve passar para o 5.o paragrapho da pag. 496, que co-

meça por «Enorme foi etc.Finalmente, do 7» periodo da pg. 497, que termina

por «argumentos em contrario», passe-se para o &>?át*v

grapho da pg. 498. que principia por «Nào vem o obscuro

discípulo» etc.

'vÉà