Figueiredo diz que castiga empresa para alimentar povo

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JORNAL DO BRASILTEMPO

RIO —Nublado o encobreto su-leito o chuvas espor-as. Tempe-ratura estável! Venros. variáveisfracos a ocasionalmente modera-dos. Máxima, 31.4, Bongu; mini-mo, 19.5, Alio do Boa Víita

O Salvamar informa que omar ttà calmo, com eornn-f» de Sul para Unte. A lem-perafura da água (quente) 4de 24 graus d«ntro 6a Baía• 22 graus fora da barra.

• Temperatura referente as últi-mas 24 haras.

(Mapas na pagina 22)

PREÇOS, VENDA AVULSA.Rio d* JaneiroDiasúteis CrS 25,00Domingos CrS 30,00

Minas Gerais / São Paulo •Espírito Santo:Diasúteis CrS 30,00Domingos CrS 35,00

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Rio de Janeiro — Sexta-feira, 27 de março de 1981

Polícia prende 10 porsuspeita de atentado à" Tribuna da Imprensa "

Ano XC — N° 349 Preço: Cr$ 25,00

A policia prendeu 10 suspeitosde atentarem contra a Tribuna daImprensa, e o Secretário de Segu-rança, General Waldir Muniz, disseque, pela ação "rápida, segura, pre-cisa e audaciosa" do grupo, o aten-tado foi um ato terrorista. Não foirevelado o nome de nenhum dosdetidos, porque ainda não há pro-vas contra eles.

A açáo começou às 4hl5m,quando 15 encapuzados, armadosde revólveres e pistolas, inva-diram a oficina do jornal na Ruado Lavradio, dominaram 11 empre-gados e colocaram cinco ou seisbombas em torno da rotativa. Fu-giram em três carros e levaram osempregados, que foram deixadosno Castelo.

Antes de ftigir, deixaram umbilhete manuscrito assinado Co-mando Herzog e acionaram asbombas que explodiram 15 minu-

tos depois, causando um incêndioque destruiu metade das instala-ções do jornal. A maior parte daedição de ontem foi destruída.

Em São Paulo, o Ministro-Chefedo SNI, General Octávio Medeiros,quando um repórter quis saber queprovidências seriam tomadasdiante do atentado, afirmou que aprimeira pergunta a ser respondi-da é: "A quem interessa?" O Minis-tro da Justiça, Ibrahim Abi-Ackel,disse que o Governo federal ficou"profundamente chocado".

Em Porto Alegre, o MinistroJair Soares assegurou que a Pre-vidência continuará acionando ojornal para ressarcir-se do dé-bito de Cr$ 98 milhóes. No diaanterior, a Juíza Tânia Heine,da 1* Vara Federal, adjudicou aoIAPAS uma rotativa, uma linoti-po e uma mesa telefônica PABXpara cobrir débitos da Tribunacom a Previdência Social. (Pág. 16)

Vidal da Trindade

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miimiiiM ¦!¦——hi H ni iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiwiiiiiiiiiiiiiiiiiinniiiniamtiiiiiL. ajy.i_____iu__uiiiiMUmilUl^^O incêndio causado pelas explosões durou uma horae meia e destruiu metade das instalações do jornal

Comissárioaprova Lotuspara domingo

O italiano Bruno Brunetti, radica-do em São Paulo e responsável pelavistoria nos carros de Fórmula-1, con-siderou o discutido Lotus T-88 legal,e, dependendo dos outros comissáriosesportivos, o carro participará dostreinos oficiais de hoje e amanhã, e doGrande Prêmio do Brasil, no domin-go. O Lotus T-88 foi impedido decorrer nos Estados Unidos.

A mesma opinião de Brunetti temum brasileiro que integra a Comis-são Desportiva do Grande Prêmio,a quem cabe a decisão sobre a parti-cipaçâo dos carros nas provas doMundial de Pilotos. O advogado daLotus diz que os comissários acata-rão a decisão final de um tribunalde Atlanta, Estados Unidos, queaprovou o modelo T-88. (Página 24)

Enchente mata15 na Bahia eisola cidades

As duas mais importantes cidadesdo Sul da Bahia, Itabuna e Ilhéus, fica-ram isoladas por causa das chuvas e dascheias dos principais rios da região. Onúmero de mortes, em todo o Estado,eleva-se a 15. No Ceará, o Orós, o maioraçude do Nordeste, com 2 bilhões 200milhões de metros cúbicos de água,começou a sangrar às 15h de ontem.

O Centro Tecnológico Aeroespacial,de Sâo José dos Campos, prevê queneste fim de semana ou no começoda próxima semana acabará o períodode chuvas no Nordeste, voltando a es-tiagem. Em Minas, começou a impres-sáo dos 600 mil exemplares da Folhinhade Mariana, que prevê para março de1982 neve em algumas regiões do Sul dopaís, incluindo o Sul de Minas. (Pág. 8)

Sôo Pau Io/Ariovaldo do* Santo»

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Vidigal (E) apoia Figueiredo, mas não aplaudirá tudo o que o Governo fizer

Figueiredo diz que castigaempresa para alimentar povo

"NTlirvt í-1i PAii»-fA /-3 /-i ivwHMn.M»» _._.___._ — r\s\ ^t ______ i* vNum discurso de improviso para 500

empresários paulistas, o Presidente JoãoFigueiredo, depois de afirmar que apren-dera, com o pai e na casema, a dizer o quepensa e a dizer não, reconheceu: a classeempresarial é a que "mais tenho castiga-do". Mas, ressalvou: "Tenho que olharpara o outro prato da balança, que são 120milhões de brasileiros que necessitamcomer."

Figueiredo reconheceu que, na histó-ria contemporânea, esta é "a crise maisgrave por que passa a nação". Depois deadmitir que não conhece "nenhum reme-dio ameno para combater a inflação", ex-plicou por que está empregando "reme-dios amargos", que castigam a classe em-presarial: "São remédios que, se não ado-tados, fazem apenas com que o peso dainflação incorra sobre o assalariado."

DNER recebe maisCr$ 25,8 bilhões ereinicia 505 obras

Um crédito suplementar de Cr$ 25 bi-lhões 800 milhões, aberto por decreto doPresidente da República, permitirá que oDNER (Departamento Nacional de Estradasde Rodagem) reinicie no próximo mês obrasparalisadas desde agosto. O programa reati-vara 505 contratos, responsáveis pela gera-çâo de 86 mil 274 empregos.

Com o crédito, o DNER investirá esteano cerca de Cr$ 68 bilhões, dos quaisCr$ 16 bilhões para pagamento de dívidascom empreiteiros e fornecedores. O progra-ma anunciado — na verdade não havianenhum programa do DNER para 1981 —refere-se a contratos já assinados e que esta-vam paralisados por falta de verbas. (Pág. 5)

Juiz suíço absolveMichel Frank damorte de Cláudia

O Juiz de Instrução da Justiça de Zuri-que, Suíça, Lino Esseiva, absolveu MichelAlbert Frank da acusação de ter assassinadoCláudia Lessin Rodrigues. Tão logo receba adocumentação, seu advogado, Wilson Lopesdos Santos, impetrará recurso no SupremoTribunal Federal, para que a sentença sejahomologada e Michel possa voltar ao Brasil.

Michel Frank foi condenado, pelo Juizsuíço, a dois meses de prisáo — que jácumpriu — por uso de tóxicos. O Juiz LinoEsseiva, entretanto, não tomou conhecimen-to do crime de tentativa de ocultaçáo decadáver — pelo qual Georges Michel Khourfoi condenado no Brasil — porque, na Suíça,não existe essa figura jurídica. (Página 22)

Com o mesmo tipo de argumento, pon-derou: "Que os menos amargos sejam paraaquele que tem menos possibilidade deenfrentar a vida." No final, Figueiredoagradeceu a homenagem dos empresários— prestada no térreo do Palácio dos Ban-deirantes — e elogiou-os, porque estãodispostos a cooperar: "E o que é mais belo:estão dispostos a se sacrificar um poucoem beneficio da nossa gente, que tantomerece."

Todos os líderes empresariais hipote-caram apoio e solidariedade ao Governo.O presidente da Federação das Indústriasdo Estado de São Paulo, Luís EulálioVidigal, fez uma ressalva: o apoio "náo

significa aplausos permanentes a todasas decisões governamentais". (Página 19)

Sindicatos decidemparar Polônia comgreve de 4 horas

Os sindicatos poloneses decidiram fazerhoje a maior greve na história do socialismono Leste europeu. A Polônia inteira deveráparar por quatro horas a partir das 8h, ape-sar das tentativas da Igreja de obter umacordo. "Vamos para a luta fratricida commuito derramamento de sangue", disse apósa suspensão das negociações o Vice-Primeiro-Ministro Rakowski, o mais modera-do dirigente comunista.

O país, com todos os prédios ornados devermelho e branco — as cores nacionais —vive um clima de tensão sem precedentesdesde que começou a crise sindical, informao correspondente William Waack. Em Wa-shington, o Presidente Reagan fez sua maisséria advertência para o risco de uma in-tervehção soviética na Polônia. (Página 14)

Garcia Márquezdeixa Colômbia ese asila no México

O escritor colombiano Gabriel GarciaMárquez partiu ontem à tarde de seu paíspara o México, depois de obter o asilo politi-co que pedira na quarta-feira, ao saber que osmilitares haviam expedido uma ordem decaptura contra ele. "Querem-me prender pa-ra investigar sobre as armas do M-19", disseaos jornalistas no aeroporto de Bogotá.

O Governo negou qualquer ordem des-te tipo, e o Chanceler Carlos Lemos Sim-monds gracejou, dizendo que Márquez só eraprocurado na Colômbia pelos seus milhõesde admiradores, entre os quais ele próprio,Simmonds, se incluía. Mas, o escritor, ementrevista telefônica, contou que souberada ordem de prisáo por intermédio de fon-tes na Suprema Corte de Justiça. (Página 15)

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2 — POLÍTICA E GOVERNO 1° Caderno D sexta-feira, 27/3/81 ? JORNAL DO BRASIL

Coluna do Castelloi

Sarney está embusca do consensoBrasília — O Senador José Sarneyinforma que está tendo êxito na primei-ra etapa de coordenação do PDS, aoconseguir que todos os deputados e se-nadores autores de projetos relaciona-

dos com o estabelecimento de normaspara realização da eleição de 1982 en-viassem seus projetos para a comissãodo PDS incumbida de coordenar o con-senso partidário em torno de uma legis-lação coerente capaz de assegurar alimpeza e a autenticidade do pleito.Aliás, o esforço do presidente do PDScomeçou pela tentativa, aparentementebem-sucedida, de que os Srs. Célio Bor-ja, Djalma Marinho e Flávio Marcilioconfiassem à direção partidária a ela-bor ação de um projeto final de emendadas prerrogativas. Sem que abrissemmão dos seus pontos-de-vista, os doisprimeiros não objetaram a confiar aoPDS a coordenação da emenda, espe-rando o Sr Sarney convencer o Sr Mar-cílio de adotar idêntica atitude.

O chefe do Partido situacionista es-tá consciente da diversidade de opi-niões dentro do PDS com relação aosdiversos pontos da legislação eleitoral.Ele identifica correntes conflitantes comrelação à extensão das sublegendas aeleições majoritárias, incluindo as degovernador, à adoção do voto distrital eá delimitação da vinculação de votos.Por princípio ele abriu mão do direito deter posição pessoal sobre qualquer dasquestões em debate, pois o que importano momento é coordenar um ponto-de-vista majoritário do Partido para quepossa encaminhar propostas coerentese sustentáveis ao Chefe do Governo e aoCongresso.

A tarefa não é fácil, sobretudo se sepensa que há interesses até mesmo nu-ma escandalosa prorrogação de man-datos de governadores e dos membrosdo Congresso Nacional, sob o duplopretexto de evitar a coincidência demandatos (a coincidência, como se sa-be, foi um dos pretextos usados peloGoverno anterior para justificar o paço-te de abril) e de assegurar ao sistema acontinuidade do controle do ColégioEleitoral que deverá, em princípio, esco-lher em 1984 o sucessor do PresidenteFigueiredo. A sugestão não pode sernegligenciada desde que se observe queela é soprada do Palácio do Governo deSão Paulo e vem a coincidir com aspira-ções políticas não realizáveis mediante,eleições diretas.

O Sr Sarney pretende, em função daautorização pessoal recebida do Presi-dente da República, uniformizar, na me-dida do possivel, o pensamento do seuPartidx) em torno dos diversos temaspolíticos para levá-lo depois, como pro-posta de negociação, aos diversos Parti-dos de oposição. Presume-se todaviaque ele não irá à segunda fase antes deconhecer a definição do Governo emrelação às opções do seu Partido. Essadefinição seria fundamental para a ex-tensão e profundidade dos entendimen-tos que irá procurar com os demaisPartidos. Realisticamente, o Senadornão pensa em obter unanimidades nemno PDS nem nas demais agremiações. Oque ele pretende é ter um núcleo segurode opções para as quais procurará oconsenso de uma maioria do Congresso

. a partir do seu Partido mas incluindo oapoio de outros Partidos ou de faixasoposicionistas que cubram as discor-dâncias internas do PDS.

Dentro do seu plano, o Sr José Sar-ney programou também uma gestãojunto ao Senador Jarbas Passarinhopara tentar que o Presidente do Senadoabra mão do seu anunciado propósitode elaborar uma emenda de prerrogati-vas. Ele espera que o Senador dê suacolaboração à comissão pedessista eabra mão de iniciativas individuais. Co-mo se sabe, a comissão do PDS temcomo relator o Senador Aloysio Chaves,do Pará, e correligionário do SenadorPassarinho.

Um ato de violência

A ação judicial contra a Tribuna daImprensa desenvolvia-se normalmente,segundo as normas de Direito, quandofoi bruscamente interrompida por umato de força que bloqueia a interferênciado Poder Judiciário, solicitada pelasautoridades, e a invalidou na media emque destruiu parte substancial — a rota-tiva — dos bens que se pretendia pe-nhorar.

Os clássicos encapuçados, com osquais a nação convive há quase doisdecênios, incumbiram-se de amarrar ealgemar os poucos empregados reuni-dos nas oficinas da Tribuna e de fazerexplodir cinco bombas. Os trabalhado-res algemados foram liberados nas pro-ximidades do Aeroporto Santos Du-mont. E possível que as autoridades játenham chegado a conclusões nas invés-tigaçôes contra o ato de vandalismo,mas é possível também que o jornalistaHélio Fernandes e seus companheirostenham sido vítimas de uma insondávelrepresália, dessas que não deixam ras-tro para compreensão dos contemporà-neos.

Carlos Castello Branco

Deputadopede pelasestâncias

Brasília — Com numero re-gimental, o presidente do PPmineiro, Deputado Hélio Gar-cia, formalizou ontem propôs-ta de emenda constitucional,retabelecendo a autonomiapolitica das estâncias hidromi-nerais. Se aprovada, as estàn-cias voltarão a eleger seus pre-feitos, em 1982.

Afirmou" o Sr Hélio Garciaque o ideal democrático não seexaure no restabelecimentopleno de eleições diretas e náose pode falar em democraciaenquanto houver cidadãosbrasileiros privados, arbitra-riamente, do direito ao votolivre e direto.

Marchezancontrolaconvocações

Brasilia — O Presidente daCâmara, Deputado NelsonMarchezan (PDS-RS), mandoufazer ontem um levantamentosobre pedidos de convocaçãode ministros para prestar de-poimento. Há 47 pedidosaguardando inclusão na or-dem do dia para que o plenáriodecida sobre as convocações.

Só depois de tomar conheci-mento do levantamento, quedeverá demorar alguns diaspara ficar pronto, é que o SrNelson Marchezan decidiráquais os pedidos que irão paraa ordem do dia. Ele deseja sa-ber primeiro quais as razões efundamentos das convoca-ções. Há, por exemplo, váriosrequerimentos convocando omesmo ministro, como os SrsDelfim Neto (Planejamento),Camilo Penna (Indústria e Co-mércioi e César Cais (Minas eEnergia).

Há, ainda, casos de requeri-mentos que pedem a convoca-çáo de ministros para falar so-bre assuntos já ultrapassados.Por exemplo: quais as provi-dèncias que o Brasil deveriatomar em caso de guerra entreo Iraque e Irá, ambos fornece-dores de petróleo para o pais.Outro problema é que. se to-dos os requerimentos fossemaprovados, a Casa nào fariamais nada, a nâo ser ouvir mi-nistros.

Mas o Presidente da Cama-ra não quer manifestar-se so-bre os pedidos porque "antes ènecessário que se verifique ca-so por caso". Há também ne-cessidade de entendimentosentre as lide: ancas e os minis-tros convocados, que só virãomesmo se tiverem interesse.Quando nâo desejam vir, oPDS é cientificado e o requeri-mento é rejeitado em plenário,expediente multo comum,conforme demonstra o arquivoda Câmara.

Os 47 pedidos envolvem aconvocação de praticamentetodo o ministério do GovernoFigueiredo para depor, entreoutros temas sobre crise deenergia, política econômica,salários, greves do ABC paulis-ta. agricultura, saüde, previ-dència social, política extema,café, álcool. A maior parte de-les tem como autores depu-tados da Oposição.

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AVISOAcham-se à disposição dos Se-nhores Acionistas da RefinariaPiedade S A., em sua sedesocial a Rua Assis Carneiro, 30.Rio de Janeiro-RJ, os docu-mentos a que se refere o Arti-go 133, da Lei n= 6.404. de 15de dezembro de 1976. relati-vos ao exercício social encerra-do em 31.12.1980.

Rio de Janeiro.23 de março de 19S1

HERMINIO OMETTODiretor Presidente

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A. Carlos aceitainelegibilidadesda Carta de 46

General impetra mandadono STF contra Presidente

Villas-Bôas CorrêaSalvador — A restauração

integral do texto da Constitui-ção de 1946 que disciplina asinelegibilidades poderia serum ponto de partida, numaplataforma de entendimentoentre o Governo e a Oposiçãoem tomo das reformas eleito-rais. A sugestão do SenadorTancredo Neves é endossadapelo Governador Antônio Car-los Magalhães como um acha-do. um desses instantes felizesde inspiração que. bem apro-veitado, desbasta o caminho eabre espaços para um acordoque pode ser desdobrado atéos limites do possível.

Pois, que este é um assuntoque preocupa e inquieta o Go-vernador da Bahia. O Govemoestá decidido a negociar, sen-tindo que chegou a hora demudar de postura sem que.entretanto, isto implique noenfraquecimento da autorida-de e do poder de barganha doPresidente da República e dosseus negociadores. Mas, pare-ce uma evidencia de reconhe-cimento universal que a legis-lação eleitoral, picotada poremendas de todo o tipo, nãopode ser aplicada às realiza-çóes das eleições diretas em1982. primeiro teste da vigèn-cia do pluripartidarismo. OGoverno tem o dever de saltarna frente, assumindo a iniciati-va de propor as mudanças.Mas, como os tempos são ou-tros. as alterações terão queser negociadas no Congresso.Nào apenas intramuros, paradentro de um PDS fracionadopelos interesses de cada parla-mentar ou eventualmenteagrupados em torno da sobre-vivência de esquemas regio-nais; mas também para fora. OGoverno precisa encontrarseus parceiros para aprovar osremendos na legislação eleito-ral que a ajustem a uma novarealidade.

Para tanto, antes de maisnada convém que o Governoacerte os ponteiros do seu reló-gio para que marquem umahora única. E, segundo indi-cios que se identificam em pro-nunciamentos sintomáticos, jãforam adotadas as devidasprovidências por quem de di-reito, para que o Ministro daJustiça. Ibrahim Abi-Ackel. eo presidente do PDS, SenadorJosé Samey, arquivem as suasbriguinhas e cuidem de se en-tender para a montagem deuma operação sintonizada.

No amaciamento de terrenodo diálogo sobre as mudançasno Estatuto dos Estrangeiros,dificilmente o Govemo opera-rá o milagre de um acordocompleto com toda a Oposi-çào. Mas seria de boa táticacomeçar a definir as regras doentendimento. Quer dizer: oGoverno buscaria compormaiorias consensuais, dentro efora do PDS. em tomo de cadaemenda ao Estatuto, trocandode parceiros sempre que ne-cessário.

Pois só assim será possíveltransitar por entre as dificul-dades de uma reforma eleito-ral. Catando as concordânciasonde quer que elas estejam.

O Governo esfregará asmãos de contente se conseguirarrancar do Congresso, no fe-cho da reforma, a sublegendapara os Governos estaduais, avinculação de votos, a maisampla possível, o voto distritale o voto compulsório.

TUDO NÀO DÁ MAISMas. realisticamente, o Go-

vemo sabe que tudo não dápara extrair à base do medo doCongresso, nem mesmo fazen-do careta. O voto distrital, nassuas diversas roupagens, náopassa nem no PDS. Entào é ocaso de perder anéis para sal-

var as falanges. E o mais ur-gente para o Congresso é mes-mo a sublegenda para gover-nadores, única forma de arru-mar a mobília do PDS em Per-nambuco, no Ceará, em quasetodos os Estados.

O Govemo já está ciente deque este capitulo das reformasvai provocar muitas crises etensões para um resultado fl-nal modesto. O Congresso estáhoje ornado de privilégios queenfeitam deputados e senado-res em flm de mandato e semqualquer perspectiva de reelei-ção. Manipulá-los náo seria di-Scil. Um susto bota para tre-mer subsídios que somam aoflm de cada mès um poucomais de CrS 400 mil. Esta èuma massa de manobra queremexe com a borra do Con-gresso. Mas uma reforma elei-toral não pode ser montadaem cima de mesquinharia. Ofundamental terá que resultarde negociações a serem com-petentemente conduzidas.

É de toda a prudência que oGoverno não se deixe seduzirpor atalhos como a prorroga-çâo de mandatos parlamenta-res, que anda rondando a Câ-mara como uma sedutora nu-vem de desmoralização — eprefira os espaços abertos deuma articulação às claras.

Ora, partir de um acordo emtomo das inelegebilidades se-ria um passo gigantesco. E ne-nhuma fórmula pode ser maisrazoável e generosa do que res-taurar o texto da Constituiçãode 46, um modelo democráticoe liberal, ampliando as inelege-bilidades de governadores pa-ra seis meses e estabelecendoregras coerentes para o que éuma mixórdia de casuismos.

A sugestão do GovernadorAntônio Carlos Magalhães le-va o endereço do Governo, doPDS e da Oposição. Com oselo de confiabilidade de tersido inicialmente proposta pe-lo presidente do PP, SenadorTancredo Neves.CAPOEIRA BAIANA

Cultivando as melhores emais cordiais relações com oPresidente João Figueiredo ecom toda e equipe do Planaltoe bem plantado numa lideran-ça estadual poderosa, o Gover-nador Antônio Carlos Maga-lhães encara o futuro atravésdas lentes do otimismo. Maslentes limpas, claras, sem ilu-soes.

O desafio de 82 irá encontra-lo com os esquemas mental-mente armados, com todas asalternativas da malícia. Elevai esperar participando, in-formando-se, procurando in-fluir — até que as regras dojogo sejam definidas e passa-das a limpo. Para, depois,montar as peças do seu xadrezbaiano. E se a arrumação forfavorável, o Governador pode-rá dar-se ao luxo de desincom-patibilizar-se nos três mesesdas regras do pacote de abrilou nos seis da proposta daconstituição de 46, para forta-lecer a chapa do PDS, concor-rendo ao Senado. Mas, se nãoder para sair, tudo bem — oGovernador flearâ até o finaldo mandato, comandando acampanha das varandas deOndina.

Saindo para brigar por umacadeira no Senado ou ficandopara tentar ganhar no posto, oGovernador Antônio CarlosMagalhães sabe que a suces-sào presidencial de 84 passarápelas umas baianas de 82. Per-to de uma vitória, de umagrande vitória consagradorade uma liderança estadualconsolidada. Longe de umaderrota que está fora dos cal-culos do Governador e muitopresente nas especulações daOposição.

O que dizia Constituição

O Artigo 139 da Constituição de 1946 estabelecia trêscasos de ínelegebilidade para Presidente e Vice-Presidente da República. Seriam inelegíveis o Presidenteque tivesse exercido o cargo, por qualquer tempo, noperiodo anterior à eleição, o Vice-Presidente que o tivessesucedido e o eventual substituto deste, caso tivesseassumido dentro do periodo de seis meses anteriores aopleito.

Os dois outros casos referiam-se aos governadores einterventores federais — dos quais exigia-se o prazo deseis meses para desincompatlbilizaçáo — e a quem exer-cesse as funções de Ministro do Supremo Tribunal Fede-ral; Procurador-Geral da República; chefe de Estado-Maior, juiz, procurador-geral ou procurador regional daJustiça Eleitoral; secretário de Estado; e chefe de polícia(atual Secretário de Segurança) — cuja desincompatibili-zação teria que ocorrer três meses antes da eleiçãopresidencial.

Quem exercesse o cargo de governador por qualquerperiodo. ou tivesse substituído o titular nos seis mesesanteriores ã eleição, nâo poderia concorrer aos Executi-vos estaduais. Também estavam impedidos de cândida-tar-se a governador o Presidente, Vice-Presidente e even-tuais substitutos que nào deixassem a chefia do Executi-vo federal um ano antes do término do mandato.

Pela Constituição de 1946, os Secretários de Estado,comandantes de regiões militares, chefes e comandantesde polícia, magistrados federais e estaduais, além demembros do Ministério Público, teriam que deixar suasfunções três meses antes da eleiçáo para candidatar-se agovernador.

Os que fossem inelegíveis para Presidente da Repú-blica também o seriam para os Governos estaduais, amenos que tivesse se desincompatibilizado um ano antesdo pleito.

O Artigo 139 impedia a reeleição de prefeito, dosubstituto no cargo que tivesse assumido até seis mesesantes da eleiçáo e as autoridades policiais do municípioque nâo se desincompatibilizassem em igual prazo.Para a Câmara dos Deputados e Senado, eram inele-gíveis as mesmas autoridades federais e estaduais men-cionadas nos casos anteriores, se tivessem permanecidoem exercício de mandato ou função nos três mesesanteriores à eleiçáo. Os governadores, secretários deEstado e chefes de polícia teriam que cumprir prazo dedois meses de desincompatibilizaçào, se fossem cândida-tos às Assembléias Legislativas.

O Artigo 140 da Constituição de 1946 estendia ainelegibüidade ao "cônjuge e os parentes, consanguíneosou afins, até o segundo grau" do Presidente. Vice-Presidente e substituto, para esses cargos e também os degovernador, deputado e senador. Nos dois últimos casos,abria-se exceção aos que já tivessem mandato parlamen-tar ou fossem eleitos simultaneamente com o Presidentee o Vice-Presidente.

Os parentes de governador ou interventor federaltambém seriam inelegíveis para os Executivos estaduais,prefeituras e Congresso, prevalecendo porém a ressalvaque permitia a candidatura dos que já tivessem mandatoou fossem eleitos simultaneamente com o governador.

Brasilia — O General Antônio Car-los de Andrada Serpa (já na reserva)impetrou ontem mandado de segurançano Supremo Tribunal Federal contra adecisào do Presidente da República quemanteve a punição de dois dias de de-tençào domiciliar a ele imposta peloMinistro interino do Exército, GeneralErnani Ayrosa, em dezembro do anopassado.

A punição imposta ao General An-drada Serpa decorreu de um discursoproferido no Instituto de Engenharia deSào Paulo e do fato de ter assinado omanifesto Em Defesa da Nação Amea-cada, combatendo a açáo das multina-cionais no pais. O pedido de segurançafoi assinado pela advogada Maria RitaSoares de Andrade, que ressalvou se-rem os termos da petiçáo de sua exclusi-va responsabilidade.

MéritoCom 239 páginas, o mandado de se-

gurança começa declarando que o im-petrante é dos que "nào só mais traba-lharam, como se sacrificaram para quefosse possivel o Movimento de 1964, quese caiu num meteorito para alguns, che-gados na undécima hora, para outros foio epílogo de longa jornada de lutas,sacrifícios e renúncias, desde a resistén-cia à rebelião comunista de 1935, aogolpe fascista de 1937, às crises de 45,50.54, 55, 60 e 61, sem falar na participaçãona n Guerra Mundial, nos campos debatalha da Itália, onde o impetrantecolaborou na lavratura da sentença demorte do Estado Novo no Brasil, naconvicção de que defendia os princípiose fundamentos da democracia entre ospovos, as nações e os indivíduos.

Ele fez outras sustentações em favorda anulação de sua punição: falta dejusta causa para a prisão, que invocoucomo fundamento o Artigo 49 do Esta-tuto dos Militares, quando os atos prati-cados pelo punido — palestra e manifes-to — sáo simples atos de defesa dointeresse nacional e estariam cobertospelo Artigo 16 do Regulamento Discipli-nar do Exército (RDE)".

DiscriminaçãoSegue o General: "O Estatuto dos

Militares e o RDE náo podem ser aplica-

dos discriminadamente. Nunca gene-rais falaram tanto sobre politica, e poli-tica no sentido corriqueiro da expres- ¦¦ •sáo, quanto nos últimos tempos, semsofrerem qualquer puniçáo." . •. -,

O mandado de segurança Invocatambém o parágrafo 4o do Artigo 153 daConstituição: "A lei nào poderá excluir.,.-da apreciação do Poder Judiciário qual-quer lesão de direito individual..." Ajgu- •menta que a proibição do regulamentodisciplinar do Exército aplica-se a mili-tares da ativa. "Desde abril do anopassado o impetrante foi colocado nasituação de oficial inativo".

Se há Estatuto Militar e RDE —prossegue o impetrante — eles nâo pç-dem ser aplicados, com exclusividade, aum general sem comando, sem funçáo.desligado completamente do serviçoativo, quando os comandantes de tropa,imiscuídos nos problemas politicos porpalavras e por ações publicas, nadasofrem.

Há conhecimento de várias conces-"*"soes de mandados de segurança paraanulação de prisáo disciplinar, sustentao General em seu pedido, apontando •como exemplos os casos do GeneralJuarez Távora. do Almirante Amorimdo Vale e do Tenente-Coronel Paulo SáLemos todos concedidos.

RelatorO Supremo Tribunal Federal sorteia

hoje um relator para o processo. Antesdeste se manifestar serão pedidas infor-mações ao Presidente da República e o '

processo receberá um parecer do Procu-rador-Geral da República, Firmino Fer-reira Paz, que se manifestará pela ma-nutençâo do ato disciplinar. Só entào osautos iráo à mesa para julgamento.

O General Antônio Carlos Serpa foitransferido anteontem para a reserva,por força do Estatuto dos Militares, porter completado 12 anos de generalato.Desde 23 de abril de 1980 ele foi deixadosem funções. Em dezembro de 1980 oGeneral apareceu novamente nos jor- -nais por ter assinado um manifesto de •¦cunho nacionalista. Desta feita, aindacom base no RDE, foi punido com dois-'»dias de prisáo domiciliar. Entrou com'"'recurso junto ao Presidente da Repúbli-ca, pedindo reconsideração do ato, noque náo foi atendido.

Sarney encontra PDS deAlagoas dividido em dois

Maceió — O Senador José Samey depa-rou-se com um quadro de dificuldades inter-nas no seu Partido, ao reiniciar, ontem, emAlagoas, sua missáo de levantar as possibili-dades eleitorais do PDS.

O presidente nacional do Partido, agoraacompanhado do segundo-secretário. Depu-tado Odacir Soares (RO), encontrou o PDSalagoano dividido em dois e com um poten-ciai de crise que poderá tumultuar a escolhade seu candidato à sucessão do GovernadorGuilherme Palmeira, em 1982.

RessentimentosA divisão do Partido velo à tona há menos

de um mês, na eleiçáo da nova Mesa Diretorada Assembléia Legislativa, quando o grupoliderado pelo Deputado estadual José Tava-res, presidente do PDS; aliou-se ao PMDBpara derrotar o Deputado Joáo Sampaio,candidato a presidente pelo grupo lideradopelo Deputado federal Dlvaldo Suruagy.

O episódio pegou o Sr Suruagy de surpresae é encarado como um indicador da resistén-cia que existe ao seu nome para o Govemo doEstado. Entretanto, parece muito difícil que oPDS encontre algum outro nome com a proje-çáo e a popularidade do Sr Divaldo Suruagy,pois a força de sua candidatura é reconhecidapelos seus próprios adversários de Partido eda Oposição.

Aparentemente essas resistências surgi-ram na última eleição para a Câmara dosDeputados, em 1978. quando largou o Gover-no três meses antes do pleito para concorrer adeputado federal pela antiga Arena. Sua cam-panha atropelou praticamente todos os ou-tros candidatos do Partido. Elegeu-se commais de 102 mil votos e tomou-se um fenôme-no único no país, pois proporcionalmenteconquistou mais de 30% dos votos válidos.

O segundo colocado do Partido, numabancada de cinco, obteve menos de 20 milvotos — Alberico Cordeiro. Os quatro deputa-dos federais da Arena náo tiveram, Juntos, 70mil votos. A forma como o Sr Suruagy usou amáquina administrativa do Estado para atln-gir sua meta, esmagando seus próprios com-panheiros, gerou mágoa e descontentamento:está aí a raiz do afastamento dos DeputadosGeraldo Bulhões e Murilo Mendes. O primei-ro, que permanece sem definição partidáriaaté hoje, elegeu-se com apenas 16 mil 300votos. O segundo, que integra agora a banca-da do PMDB, só conseguiu 16 miTôOO votos efoi o quinto eleito pela extinta Arena.

Agora, o problema ameaça repetir-se no-vãmente para os outros dois parlamentaresque continuam no Partido — Alberico Cordei-ro e Antônio Ferreira — pois o Vice-Governador Theobaldo Barbosa, do grupo deSuruagy, estaria sendo trabalhado para repe-tir o feito de seu líder, caso o Sr GuilhermePalmeira, Governador do Estado, nào venhadisputar uma cadeira para a Câmara de De-putados. Além disso, o problema tende a seagravar na medida em que há Secretários deEstado movimentando-se para viabilizar suaspróprias candidaturas, afunilando ainda maisas chances dos que não dispõe da máquina doGoverno.

AtritosNo plano estadual, a divisão teve origem

na mesma época, mas por motivo diferente. Acausa da briga foi a Prefeitura de Maceió. ODeputado José Tavares, dono de um dosmaiores canaviais do Estado, aspirava aoposto depois que sentiu que o Govemo doEstado lhe era inalcançàvel. Já havia sidoVice-Govemador e Presidente da Assembléiae, portanto, o caminho natural a que julgavater direito era a Prefeitura.

O Sr Tavares passou entáo a articular suanomeação para o posto e teria até acertadotudo com o Governador Guilherme Palmeira.Esbarrou, porém, na pretensão do Sr DivaldoSuruagy em voltar a ser governador, paraquebrar um tabu de que nunca houve nin-guém. em Alagoas, duas vezes governador.Para isto, Suruagy precisava recompor-secom o Senador indireto Arnon de Mello, dequem estava afastado desde que ajudou oDeputado estadual Theobaldo Barbosa ele-ger-se federal, derrotando a Sra Leda Collorde Mello, mulher do Senador.

A composição foi em torno da Prefeiturade Maceió e o Governador Guilherme Palmei-ra. que havia sido Secretário de Indústria eComércio do Governo Suruagy. acabou tendoque nomear como Prefeito o filho do Senador,Sr Fernando Collor de Mello. Assim. Suruagy

Carlos Absalão '-!,'¦'.limpava uma área de atrito, mas acaboucriando outra que lhe está dando muitaspreocupações.

Tais preocupações, porém, nào abrangema possibilidade de novas defecções no Parti-do. Este risco parece que o PDS náo correaqui. Tanto que nem os dirigentes do PMDB ,.contam com essa possibilidade. Tudo vai-se 7, -desenrolar dentro do próprio PDS, sendo pro-vável que haja alguma composição entre asduas alas, embora a disposição existente hojeseja de uma engolir a outra. 7,7.

Atuação do GovernoO Senador José Samey. que hoje dá prós-seguimento a sua missáo no Rio Grande do

Norte, saiu ontem ã noite de Maceió convenci-do de que, apesar das nuvens negras queameaçam tempestade, o Partido só nào man-tém o Poder no Estado se houver um cata-clismo.

Este é também, de uma certa maneira, opensamento dominante do lado da Oposição,cujo problema crucial é a absoluta falta derecursos financeiros. O Deputado federal JoséCosta, apontado como o candidato peloPMDB, condicionou sua indicação para con-correr contra o candidato da Situação se seuPartido conseguir e garantir recursos neces-sários para a campanha.

É que, além do peso da provável cândida-tura Suruagy, o Governo Guilherme Palmeiravem obtendo alguns êxitos na administração,tocando obras de alcance social em váriospontos de Alagoas, apesar da luta com a faltade recursos federais e ajuda da Uniào.

Neste sentido, talvez as duas obras maisimportantes em execução no momento sejama construção de uma adutora de 220km deextensão, levando água do rio Sâo Franciscopara sete municípios. 18 povoados e 250 pro-prledades rurais, num projeto que indireta-mente beneficiará 400 mil habitantes no ser-táo alagoano. A obra nâo vai resolver o pro-blema da seca. mas encurtará as distanciaspara obtenção da água. Parte da obra seráentregue em maio e outra no final do ano.

A outra obra de alcance social é a que estásendo feita na chamada Regiáo do Dique, quecompreende cinco bairros ribeirinhos a lagoaMundaú. A obra vai beneficiar cerca de 200mil pessoas que moram na região e vivem dacaptura lou pescai do sururu. Foram aterradaos 800 hectares na orla das lagoas, construídoum dique de cinco metros de altura paraacabar com o problema da inundação e naárea aterrada serão construídas 4 mil casaspopulares, alterando radicalmente a paisa-gem atual, de barracões e palafltas.

O Prefeito Fernando Collor espera comesta obra diminuir o peso da Oposição na'região, que na última eleiçáo bateu o Govemona proporçáo de quatro por um.

Tática da OposiçãoAparentemente, a tática do PMDB é ex-

piorar a divisão existente no PDS para tentarviabilizar uma candidatura ao Govemo cio' "';Estado. No episódio da eleiçáo da Mesa da'"'"Assembléia a Oposição também recebeu pró- ' •"posta de um acordo com o grupo Suruagy.com a oferta de quatro cargos na Mesa. Prefe-

' ¦riu rejeitá-la. aliando-se ao grupo do Sr José ""Tavares para infligir uma derrota ao Sr Dival- -'*?do Suruagy. '• ":

A orientação da bancada é de apoiar todas v"'as iniciativas do grupo dissidente, para des-

"u,k"

gastar o grupo Suruagy e enfraquecer sua ""''candidatura. O PMDB aposta tudo na divisáò'

'do PDS diante de um impasse na escolha do'" 'seu candidato â sucessão estadual. O Sr José' 1'i.Tavares é candidato e luta pela indicação de'" -seu nome. Ele náo aceita uma composição emtomo do nome do Sr Divaldo Suruagy. nenv-^inparece disposto a aceitar candidatar-se por,Xà,uma sublegenda. caso ela seja estendida àseleições ao Governo do Estado, como espera o'';.»"atual Governador Guilherme Palmeira. O De-,.--*-,-;-putado José Tavares nào aceita esta hipótese".

'

porque sabe que não seria o mais votado do' *Partido.

A Oposição torce pelo sucesso do Sr Tava-""~'res dentro do PDS. porque julga mais fácilbatè-lo nas umas do que enfrentar a populari-**.">dade do Sr Divaldo Suruagy. O Deputado-Tf»Suruagy. entretanto, estaria tranqüilo quan-"' ,?to às suas chances de voltar ao Governo é '''fteria dito a um amigo, na noite de anteontem,- 'a quem telefonara do Rio para avisar que nâoX •*poderia viajar: "Quem viver verá". Ele está-*- ;'•cursando a Escola Superior de Guerra.

JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 27/3/81 D 1" Caderno POLÍTICA E GOVERNO — 3

Cantídio dáfunções avice-líderes

Brasilia — O lider do Gover-no na Câmara, Deputado Can-tídio Sampaio, vai alterarcompletamente a forma deatuação dos seus vice-lideres.Conforme as característicaspessoais de cada um, vai des-tacá-los para o desempenho defunções do interesse da Ude-rança nas comissões perma-nentes, comissões mistas eCPIs; nos plantões de plenárioe na coordenação da assesso-ria junto aos ministérios. Atéaqui, os vice-líderes só atua-vam em plenário.

Uma das razões que levaramo Deputado Cantídio Sampaioa dar novas atribuições aosvice-lideres foi o acordo Brma-do com as oposições, Jã refe--rendado e transformado emato da Mesa, pelo qual os Par-tidos poderão indicar um vice-lider para cada oito deputa-dos. O PDS terá o número device-lideres aumentado de 12para 25, dos quais apenas oitoforam indicados.

RECONDUÇÃO

Num reflexo da afinação en-tre o ex-lider do PDS. Deputa-do Nelson Marchezan (RS),agora na presidência da Cama-ra. e o Sr Cantídio Sampaio,todos os vice-lideres anterioresforam mantidos. Até mesmo oDeputado Hugo Mardinl (RS),que poucos dias antes do tér-mino da sessão legislativa pas-sada abandonou a vice-liderança, alegando que tinhaque cuidar de suas bases. Hojeé o Io vice-lider, mas seus ami-gos dizem que ele nâo deveficar mais de um ano no cargo.

Até aqui. os lideres não pare-cem ter encontrado grandesproblemas na escolha dos seusvice-líderes. O líder anterior doPMDB, Deputado Freitas No-bre (SP), por exemplo, disseque não enfrentou diflculda-des porque só Indicou os vice-lideres depois de uma amplasondagem, para verificar senão havia o risco de ferir susce-tibilidades. O líder atual.Deputado Odacir Klein, deacordo com seu antecessor, de-ve estar tendo menos dificul-dades ainda, já que a bancadae mais homogênea do que aanterior, quando tinham deconviver facções radicais e mo-deradas na mesma legenda.

OS PEQUENOS

Nos Partidos pequenos, osproblemas sáo ainda menores.O PT tem como líder o Depu- •tado Airton Soares (SP) e co-mo único vice-líder o Deputa-do João Cunha (SP). A escolhase justifica: dos seis integran-tes da bancada, três sáo pau-listas.

No PDT, a situação é identi-ca, se bem que o presidente doPartido, Leonel Brizola, tenhaadotado o critério da propor-ctonalidade: a maioria do PDTé de gaúchos (seis). Depoisvem o Rio de Janeiro, com doisrepresentantes. O líder e o pri-meiro vice-líder sâo gaúchos —Alceu Collares e Magnus Gui-marães. O segundo vice-líder,escolhido mas ainda náo indi-cado, é o fluminense J. G. deAraújo Jorge. O PP, que teráno total nove vice-líderes, par-tiu para uma escolha destina-da a contemplar proporcional-mente todos os Estados ondetem representantes. Ainda háduas vagas a preencher.

SÓ DESVANTAGENS

Na opiniáo dos próprios vi-ce-llderes, se de um lado dabalança forem colocadas asvantagens e do outro as des-vantagens, ela penderá para osegundo prato. Mesmo assim,o simples fato de ser distingui-do com uma vice-liderançatem seus atrativos, principal-mente para os parlamentaresque gostam de atuar na tribu-na. Eles tém direito de falar,em nome do líder, a qualqueraltura da sessão; liderar, even-tualmente. suas bancadas emplenário, além do status que afunção lhes confere em seusEstados. As desvantagens co-mumente apontadas sáo o des-gaste que o uso freqüente datribuna traz para o parlamen-tar e a impossibilidade de umcontato permanente com asbases.

Ser vice-llder pode colocaro nome da gente nos jornais,nos pode dar uma projeçãomaior, a nível nacional. Masnáo dá voto. O que dá voto é ocontato permanente com asbases, é a nossa presença nosmunicípios, em contato comvereadores, prefeitos, eleito-res. A vice-liderança, quandobem exercida, nos tira a possi-bilidade desse contato — revê-lou o Deputado Hugo Mardíni.

REIVINDICAÇÕES

Essas e outras razões, comoa sobrecarga de trabalho semqualquer vantagem, levaram oDeputado Hugo Mardinl aanunciar que pretende reivin-clicar à liderança do PDS e àPresidência da Câmara no sen-tido de que os vice-líderes go-zem de certas prerrogativas.Ele pleiteia, inicialmente, queos vice-líderes disponham deum serviço de assessoria maisorganizado, e a possibilidadede elevar suas cotas de liga-çôes telefônicas, telegramas,telex e correspondência emgeral.

Isso nâo representa di-nheiro para o deputado — ex-plicou — mas serviços. É preci-so que se reconheça que o vice-líder ocupa um posto na hie-rarqula partidária.

Atualmente, os vice-lideresnào tém direito a motorista ecarro oficial.

Abi-Ackel diz que não pensa em prorrogação

Cálcio £t.Çtfricfe'sTempo Integral desde o MalernalBARRA-RECREIO

274-0033/327-8839

Brasília, São Paulo e Recife —O Ministro da Justiça. IbrahimAbi-Ackel, foi enfático ontem aoafirmar que o Govemo não cogitade prorrogar os atuais mandatosparlamentares, acrescentando,inclusive, que seu Ministério jácomeçou a tomar as providênciaspara a realização das eleições de15 de novembro de 1982: "Isto é oque manda o preceito constitu-cional em vigor".

Ao ser informado de que o te-ma havia tomado grande partedos debates da Câmara e do Se-nado, o Ministro recorreu a umacitação do-filósofo Voltaire: "Hámentiras que se tornam verdades

à custa de repetição". O Deputa-do Djalma Marinho respondeuassim: "Sou contra. Veemente-mente contra", enquanto o Depu-tado Flávio Marcílio afirmava:"Estamos tratando de coisa séria— o restabelecimento das prerro-gativas".

A confirmaçãoEm São Paulo, enquanto o De-

putado Bezerra de Mello (PDS-SP) reafirmava sua intenção deapresentar proposta de emenda àConstituição para que os manda-tos parlamentares e mais os dosGovernadores sejam prorrogados

"para manter o atual ColégioEleitoral", o Ministro da Aero-náutica, Brigadeiro Délio Jardimde Mattos dizia que não existeesta possibilidade, e tudo não de-ve passar de especulação. O pró-prio Vice-Governador de SáoPaulo, Sr José Maria também nãoacredita nesta possibilidade, .

O Governador de Pernambu-co, Marco Maciel, preferiu calar:"Quem me conhece sabe minhaposição". Diante da insistênciados repórteres, o Sr Maciel disseque a noticia não tem fundamen-to e mostrou-se claramente con-tra a prorrogação.

O presidente do PMDB-Pernambuco, ex-Deputado Jar-bas Vasconcellos, considerou aproposta um "baláo de ensaiocom vistas a desfechar uma novaofensiva antidemocrática":

— Da outra vez foi um obscurodeputado de Goiás, autor daemenda prorrogacionista. Agora,novamente um parlamentgarinexpressivo, cuja única identifi-cação é pertencer ao chamadogrupo malufista, serve de instru-mento para uma manobra pro-fundamente imoral e intrinseca-mente antidemocrática.

Deputadosqueremcédula única

Florianópolis — O presidên-te da UNI-Uniáo ParlamentarInterestadual. Sr Moacir Ber-tolli. vai entregar ao MinistroAbi-Ackel. na segunda-feira,um modelo de cédula única,objetivando simplificar as elei-;ôes. Atualmente é necessáriouma cédula para cada postoeletivo. A sugerida pela UPItraz a nominata de todos ospostos.

O Ministro da Justiça de-sembarca em Florianópolis às16h e. as 19h. no Teatro Álvarode Carvalho, preside a abertu-ra oficial do 9o Congresso deTribunais de Contas do Brasil,que reunirá 300 participantesrepresentando 23 Estados.

ra lhCONTINUAATEMPORADADE CLÁSSICOS NA LAGOA.

NO PROGRAMA

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4 — POLÍTICA E (KíVjtíKNO 1" Caderno D sexta-feira, 27 3 81 G JORNAL DO BRASIL

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VALADÃO DIZ-SE MAL ENTENDIDOQUANDO ANALISOU A CONJUNTURA

As referências feitas em Camboriu (SC), pelo Governador AryValadão, às dificuldades econômicas que os governos estaduais vêmencontrando para cumprir seus planos de ação, antes de representa-rem um ataque frontal às autoridades do setor financeiro do país,significam, isto sim, o reconhecimento do que o Governo Federaltambém sofre com os efeitos de uma situação de origem sabidamen-te externa, que vem dificultando o processo de desenvolvimento dospaíses de menor capacidade produtiva.

No afã de preserva»- a economia de Goiás e suas fontesprodutoras, o Governador do Estado foi mal interpretado, quandoprocurou desenhar um quadro realístico da situação financeira do seuestado e do país, no que se refere ao setor agro-pastoril. Ele não quis,em absoluto, como fizeram entender setores da comunidade e daimprensa, criticar o Ministro do Planejamento, Antônio Delfim Netto,pelas dificuldades do setor agrícola, pela absoluta falta de recursospara o custeio. Pelo contrário, o Governador fez restrição e atécondenou a situação de que todo povo brasileiro é vítima, em virtudede fatores internacionais, que em nada depende das autoridadesbrasileiras.

QUADRO

É possível que o próprio Ministro Delfim Netto, que por diversasvezes tem dispensado o seu apoio ao estado de Goiás, estejatambém insatisfeito com esse quadro insuportável da economianacional, que não permite sequer a realização ou o atendimento doseu programa de ação em benefício da nação. O Governador selimitou a configurar esse quadro dentro do contexto goiano, sem seresvalar ao âmbito nacional.

A insinuação de que o Governador Ary Valadão teria censurado ocomportamento do Ministro do Planejamento, em relação a possívelpreterição no carreamento de recursos de Brasília para aplicação nosprogramas do Governo de Goiás, não tem procedência, visto haverpartido dos produtores gaúchos que temem perder para Goiás aliderança na produção de grãos, principalmente no cultivo do arrozirrigado, cujo sucesso da experiência goiana já preocupa os sulistas.

APOIO CLASSISTA

Quanto às manifestações do apoio de entidades classis, como aorganização das cooperativas de Goiás (OCG), em relação ao posicio-namento do Governador Ary Valadão, elas foram bem recebidas e serestringem exclusivamente as críticas feitas ao sistema financeironacional, do qual ninguém, faz boas referências, e não as pessoas dosministros da área econômico-financeira.

Através do seu porta-voz credenciado, Paulor Roberto Cunha, aOCG veio a público dizer que o posicionamento do Governador deGoiás foi correto, pois as dificuldades não permitem que o GovernoFederal atenda as reivindicações da classe, ainda que os ministros daárea se empenhem o possível.

Na ânsia de ver suas reivindicações atendidas pelas autoridadesfederais, os produtores de Goiás, além de concordarem com oGovernador Ary Valadão estão acelerando o processo de pressão,considerando que a lavoura não espera por soluções demoradas.Afirmam que os gaúchos, que seriam os principais interessados numprocesso de intriga de Goiás com a área federal, "tem uma visãomuito particular, se esquecendo muitas vezes, de que a solução paraeles próprios está no Brasil central, para onde a migração é muitogrande".

Outra manifestação valiosa de apoio ao Governo do Estado, decondenar a crise econômica provocada por fatores externos, é a daFederação da Agricultura, que também clama por melhores dias, elanão acredita, como o Governador, que o ministro Delfim Netto façaqualquer restrição ao estímulo da produção agrícola de Goiás pelocontrário, por mais de duas vezes ele aqui esteve, dando respaldo aoGoverno do Estado, principalmente no projeto Rio Formoso, no qualdeclarou na sua primeira visita que

"aqui começa o Brasil", ao ver aextensão do empreendimento e a sua viabilidade técnica em plenocentro-oeste.

Deputadosreclamamdo calor

Os deputados estaduais doRio fizeram ontem um protes-to inédito contra a própria As-sembléia Legislativa: contra-riando o Regimento Interno,os parlamentares presentes àsessão — cerca de 20 — tiraramos paletós e ficaram em man-gas de camisa, exigindo a vol-ta do ar refrigerado, que náofunciona há uma semana.

A figura mais curiosa era ado Deputado Murilo Maldona-do. Coronel da Polícia Militar.que estava com camisa demangas curtas e usava suspen-sórios. Mesmo nesses trajes elesubiu à tribuna, para espantodo Deputado José Carlos La-cerda, que presidia a sessão.

Intimados a se vestirem deacordo com o figurino exigidopelo Regimento, os parlamen-tares reagiram colocando ospaletós apenas nos ombros.Diante disso, a sessáo foi sus-pensa. Chamado às pressas, oPresidente da Assembléia. De-putado Jorge Leite, contornouo problema depois de 40 minu-tos de negociaçào. A calmavoltou e o calor foi parcialmen-te embora com a colocaçãoimprovisada de quatro venti-ladores no plenário.

MINISTÉRIO DAEDUCAÇÀO E CULTURA

UNIVERSIDADEFEDERAL

DE OURO PRETOEDITAL M°. 021/81

A UFOP torna cuouco, paraconhecimento dos interessados,aue está s discosição. na RuaDicgo de Vasconcelos, 328. emOuro Preto, fones 551-2000 e551-1766 em seu escritório derepresentação, na Rua TomazGonzaga. 593. em 3elo Honzon-te. fone 335-0633. oe segunda asexta-feira, de 8hs às 12 OOhs ede U 00 as 17 30 horas a Toma-da de Preços 026/81. oaraaquis;-çáo de cimento, chaoas gah/ani-zadas, ferro, madeira, materialae cerâmica, material hidráulico,vidros, aue será aberta as 14.00noras do dia 10 de abnl de 1981.

A Comissão de Licitação, naRua Diogo de Vasconce'os. 328.em Ouro Preto (MG), recebera aproco-sta de acorao com o itemterceiro e cam as discriminaçõesda Tomada de Preço, gue seencontra a disposição dos inte-ressados nos endereços acima.

Ouro sto.26 ae março de 1931.

José Gonçalves MoreiraPresidente da Comissão

de Licitação

AGENCIA 1B SERVIÇOSDE IMPRENSA S/A

CGC 33 330.663/0001-23

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIACONVOCAÇÃO

Sáo convidados os Senrores aco-ntstas a se reunirem no dia 30 ceabril de 1981, as 10 horas, na SeaeSocial ra Av. Bras.l 500 — 6o anas'— nesta cidade, a tim de delibera-rem cobre o seguinte:

— Contas da Diretoria, exame.a>scussào e votação das de-monstraçces financeiras refe-tente ao exercício scoai (indoem 31.12 80.

II — Destmaçáo do lucro liquidoao exercrao e distribuição aedividendos;

III — Eleição de Diretor:IV — Aprovação da correçáo mane-

tana ao Capitai Social e res-pectivO aumente, ae CrS5.304 736.00 para CrS7 998 243.00. com a conse-quente alteração do artigo 5odo Estatuto,

— Fixação dos hòoorânos da Di-tetorta,

AVISOAcham-se a disposição dos Senho-res acionistas; na Sede Sócia!, aaocumentaçáo a Que se refere o art.133 aa Lei 6 404 oe 15 12 76, refe-rente ao exercício findo em31,1280

Rio de Janeiro.25 ae março ae 1981

ai JOSÉ ANTÔNIO DO N. BRITODiretor Superintendente (P

time vai recebersua Declaração

de Rendaate meia - noite.Para quem tem direito à

restituição do Imposto de Renda,ainda não se esgotou o temporegulamentar.

O time do Bradesco entra naprorrogação para você entregarsua Declaração de Renda atémeia-noite;

É só falar com a Moça.

Sc precisar dos formulários para aDeclaração de Renda, inclusive do INCRADeclaração Anual de Cadastro de ImóvelRural - D A e o Anexo 4 - Cédula G, pode

retirá-los gratuitamente nas agências Bradesco.E atenção para os prazos de entrega:

Com Imposto a restituir - 25.02 a 27.03.Com Imposto a pagar - 25.02 a 10.04.

Isentos - 25.02 a 15.05.

garantiade bonsserviços

políti

if. ' ">:itaiciCollares pedeítico-partidária

para discutir o paísBrasília — Uma itaici politico-partidária, reu-

nindo os dirigentes dos Partidos oposicionistasdurante dois ou três dias, para uma análise dasituação politico-institucional do pais e elabora-ção de um programa mínimo, foi sugerida ontempelo lider do PDT, Deputado Alceu Collares (RS)às direções do PMDB, PP e PT. Ele excluiu, comosempre, o PTB de dona Ivete Vargas.

O parlamentar gaúcho continua reclamandodos presidentes dos Partidos de oposição, obser-vando que, nas raras vezes em que se reúnem.como anteontem, para apoiar a luta da UNE, "sónáo conversam sobre a crise sócio-econòmica e anecessidade de garantir o pleito de 1982". Lem-brou que em meados de 1980 o Sr Leonel Brizolapropôs, sem êxito, um encontro oposicionista paraformular uma plataforma comum de luta.

CeticismoO lider do PT, Deputado Airton Soares (SP),

ao ser indagado se a reunião de anteontem, dospresidentes e lideres dos Partidos de oposição,teria prosseguimento, mostrou-se cético. Revelou,inclusive, que o presidente do PDT, Sr LeonelBrizola, criou obstáculos a um documento conjun-to reclamando do Ministro da Educação o reco-nhecimento da UNE.

O lider do Partido dos Trabalhadores chegou ãconclusão de que o presidente do PDT entendiaque uma açáo conjunta só deveria ser promovidapara uma audiência náo com Ministro de Estado,mas diretamente junto ao Presidente da Repúbli-ca, diante de um fato de interesse nacional.

Acho que o ex-Governador Brizola enten-deu que não poderiam os Partidos de oposiçãogastar muito chumbo para pouca caça...

"

AtentadoNa opinião do presidente do PMDB. o atenta-

do à Tribuna da Imprensa, por exemplo, foi maisuma demonstração de que setores "continuamquerendo atrapalhar as coisas". E acrescentou:

As bombas que danificaram o jornal cariocaatingiram, também, a autoridade do PresidenteFigueiredo. Ele é responsável pela ordem pública.

O Sr Ulysses Guimarães, revelando muitapreocupação, comentou que, "mais cedo que seesperava, começaram a agir contra o processo denormalidade democrática". Para ele, com a revo-gaçào do AI-5, os atos de arbítrio agora se fazem"com base na Lei de Segurança Nacional", contralíderes sindicais e estudantis.

O presidente do PMDB, depois de dar solida-riedade aos presidentes do PP e da ABI, recomen-dou aos dirigentes regionais do Partido que oslíderes nas Assembléias Legislativas façam pro-nunciamentos contra o atentado ao jornal Tribu-na da Imprensa.

A pretexto de atacarem entidades oposicio-nistas. estáo atacando, na realidade, o Presidenteda República — insistiu o Sr Ulysses Guimarães.

CIA. DE FERRO LIGAS DA BAHIA S/AFERBASA

SOCIEDADE ANÔNIMADE CAPITAL AUTORIZADO E ABERTO

CGCMF — 15.141.799/0001-03DEMEC — RCA — 220-77/091

Capital Social Autorizado: CrS 954.000.000,00Capital Social Subscrito e Integralizado: Cr$954.000.000,00

AVISOAcham-se à disposição dos SenhoresAcionistas na sede social da Companhia,localizada na Estrada de Santiago s/n°,Pojuca-BA, os documentos a que serefere o Artigo 133 da Lei 6.404 de 15 dedezembro de 1976, relativos ao exercíciofindo em 31.12.1980.

Pojuca (BA), 20 de março de 1981

Conselho de Administração (P

w* Ministério da Agricultura» "

INSTITUTO NACIONALDE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRARIA

COMUNICADO

O Instituto Nacional de Colonização e Refor-ma Agrária — INCRA, comunica aos interessadosque, o prazo para pagamento do ImpostoTerritorial Rural - ITR - referente ao exercíciode 1980, encerra-se no próximo dia 31 docorrente. Quem ainda não recebeu a notificaçãodo débito deve procurar as Prefeituras, Bancos eSindicatos Rurais, a fim de se informar sobreo valor a pagar.

Brasília, 26 de março de 1981.

José Reynaldo Vieira da SilvaDiretor do Departamentode Cadastro e Tributação

AVISOTOMADA DE PREÇOS

N° 003/81A COMISSÃO PERMANENTE DE LICI-TAÇÃO DO PÓLO REGIONAL DE MA-TERIAL/RJ da Caixa Econômica Federaltorna público que fará realizar no dia 13(treze) de Abril de 1981, às 15:00(quinze) horas, no Edifício Riachuelo, 5oandar, na Av. Rio Branco n° 125, aTOMADA DE PREÇOS n° 003/81, paraconfecção de envelopes, de acordocom as cláusulas e condições constan-tes do respectivo Edital. Esclarece queas firmas interessadas poderão obtercópia do Edital e demais informações,no local acima citado, das 14 às 17horas.

Rio de Janeiro, 25 de Março de 1981(P

D Avelar condenaversão marxistado cristianismo

Salvador — O Arcebispo deSalvador e Primaz do Brasil,Cardeal Avelar Brandão, sú vè.ate o momento, "mediocrida-des tentando fazer uma tradu-çâo literal do marxismo para ocristianismo. São alguns teôlo-gos menores que procurambaixar a teologia ate a realida-de social dos marxistas teóri-cos. e pessoas de boa vontadepreocupadas em apressar opasso na caminhada dos acon-tecimentos, que nào tem datamarcada".

O comentário de Dom Ave-lar, em entrevista publicadaontem no jornal A Tarde, foi apropósito da recente criticafeita pelo presidente da Confe-rência Episcopal Latino-Americana (Celami e Arcebis-po de Medelin. Dom AlfonsoLopes Trujillo. quanto à mani-pulaçào de filosofias marxls-tas. dentro da própria Igreja,por grupos teológicos e ecle-siãsticos.DELICADO E COMPLEXO

A relação entre marxismo eIgreja é um tema "muito deli-cado e complexo", segundoDom Avelar: "Fala-se que, as-sim como Santo Tomas deAquino conseguiu assimilar eaproveitar a filosofia de Aristó-teles para uma convivênciacristã, no relacionamento darazão e da fé, assim tambémpoderá surgir algum cristão ai-tamente qualificado, que che-gue a escrever a sua súmulacom argumentos do marxismomatizado pelo espíritocristão".

— Ha tantos pontos de es-trangulamento entre um e ou-

is-izío

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tro, que teremos de aguardarum novo parto da historia —observou Dom Avelar, lem-brando que as democracias ca-pitalistas ocidentais estão vi-vendo um momento de encru-zilhada. passando por mudan-ças internas, diante do desafioimposto â consciência da hu-manidade.

— A salvação ira dependerda sensibilidade demonstrada,ou a demonstrar, na busca demelhores formas de convivén-cia humana. A consciência dajustiça social vai crescendo ir-resistivelmente em todos ossetores do mundo c as exigén-cias éticas da religião se apre-sentam, hoje. bem mais defini-das nesse particular do que nopassado — disse Dom Avelar.

O Cardeal lembrou que."não podendo ser indiferenteao destino terreno da humam-dade. a Igreja procura cumprirsua parte, mas sem açodamen-to. A Igreja influi com as suasreflexões e opiniões sobre osproblemas mais agudos e fun-damentais que afetam o inte-resse da comunidade brasilei-ra. Nào pode impor condições,mas dialoga e oferece subsí-dios"."Às vezes, o Governo se sen-te melindrado. porque imagi-na que a Igreja quer assumiras funções que lhe sào pro-prias. Mas logo se convence deque esta nào ê a sua intenção,afirmou Dom Avelar, obser-vando que "vive-se num certoclima de tensão, próprio dainstabilidade do mundo con-temporàneo. mas com razoa-vei liberdade de ação evangeli-zadora".

Arquivo — 29/5 80Arquivo —

D AlOISIO

D Aloisio admitepontos de concordância

Fortaleza — O Cardeal-Arcebispo de Fortaleza. DomAloisio Lorscheider, admitiuontem que a açào da Igrejatem um pouco da doutrinamarxista, principalmente noque tange à divisão dos bens eà justiça social. Ressalvou quea Igreja, contudo, repudia omarxismo na parte em que re-nega a transcendência deDeus e propugna pela luta declasses.

A insistência deles <osmarxistas) na distribuiçàocquitativa dos bens criados,isso nós todos podemosapoiar, porque se trata de umplano de Deus. Não foi Marxquem descobriu isso, náo. masele sofreu na pele uma pobrezaextrema e. naturalmente, serevoltou, com muita razào.contra uma situação de injus-tiça em que ele vivia — expli-cou Dom Aloisio.

Segundo o Arcebispo de For-taleza. "náo apenas a ação daIgreja, mas também a de todosos homens de boa vontade"tem algo de intrínseco com adoutrina de Marx:

Porque exigir a justiça éalgo que está dentro da pró-pria natureza humana. E isso oEvangelho ainda coloca maisclaro, porque dentro de umavisão de fraternidade. Evange-lho. aqui, significa a palavra deDeus. Ai, a Igreja tem umacontribuição especial a dar ahumanidade, que vai alem da-quilo que Marx disse.

Segundo Dom Aloisio, amesma coisa se dã em relação"aos nossos irmãos separados"— os protestantes.

Porque nessas religiõesexistem elementos de verdade.Entáo. com homens de boavontade dentro dessas reli-giões. em vez de nos digladiar-mos, nós conversamos. É amesma coisa, entào. no mar-xismo ou em qualquer outrosistema que exista no mundo.

Entre os marxistas, ainda exis-tem homens de boa vontade.Por exemplo: o marxismo in-siste muito na observância dajustiça, especialmente na dis-tribuiçáo dos bens criados.NOs náo aceitamos, de manei-ra alguma, repudiamos até. avisào marxista que nega atranscendência de Deus. Nàoaceitamos. Mas a insistênciadeles na distribuiçào equitati-va dos bens criados isso nostodos podemos apoiar, porquee um plano de Deus.

D Aloisio também condenoua doutrina marxista na parteem que incentiva a luta declasses:

— Nào podemos aceitar demaneira alguma essas lutasviolentas de classes. Isso sàoestratégias. E uma outra quês-táo. E claro que nós. cristãos,nunca podemos aceitar umapraxis que seja contraditóriaao Evangelho.

Admitiu que a Igreja estámuito preocupada com a si-tuação política na AméricaCentral, onde o Conselho Epls-copai Latino-AmericanoiCelami — recentemente reu-nido em Santiago — vè o surgi-mento de um totalitarismo deesquerda, "em substituição aototalitarismo de direita queexistia e que nós também con-denamos".

Informou que os bispos lati-no-americanos estão dispostosa um trabalho conjunto embeneficio das populações dospaíses centro-americanos en-volvidos presentemente em lu-tas internas. A intenção daIgreja ê contribuir para quecada povo encontre o seu ca-minho e a sua opção democra-tica. sem lutas íratricidas.

— Todo e qualquer tipo detotalitarismo deve ser repudia-do. Na América Central, o quese percebe é que de um totali-tarismo se cai noutro totalita-rismo. Ora. nenhum totalita-rismo pode receber a nossaaprovação.

MINISTÉRIO DA SAÚDE

FUNDAÇÃOOSWALDO CRUZ

iWlFIOCRUZV

COMISSÃO GERAL DE LICITAÇÕESTOMADA ÜE PPEÇOS N° 021/81 — CGL

EDITAL N° 73/81-CGL

AVISOA Comissão Geral de Licitações da FUNDAÇÃO

OSWALDO CRUZ. torna público, para conhecimentodos interessados, que no dia 13 de abnl de 1981,-às9:00 horas, receberá propostas para a seleção deempresa de engenharia que executará as adapta-ções necessárias a instalação da Unidade Piioto dePoliomielite e da Unidade de Vacina contra Sarampo,no Pavilhão Rocha Lima — 2o Pavimento.OBSERVAÇÕES:

— Capital minimo integralizado: CrS15.000.000,00 (QUINZE MILHÕES DECRUZEIROS);

— 0 Edital contendo os elementos da pre-sente Licitação, poderá ser adquiridopelos interessados ao preço de CRS8 000.00 OTO MIL CRUZEIROS), diária-mente das 8:30 as 16:00 horas, na sala'da Comissão Geral de Licitações, Pavi-Ihão Figueiredo Vasconcelos, 2° andar,sala nc 212, a Av. Brasil, 4 365 —Manguinhos — RJ

Rio oe Janeiro, 26 de março de 1981Ronaldo César M. de Lima

Secretário da CGL (P

JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 27/3/81 D 1° Caderno

DNER remida 505 Obras Chagas inaugura fórum emMenti cujas obras toram

paradas desde agOStO de 80 interrompidas por IO anosO Fórum Desembargador Adherbal de Oliveira

CIDADE

As obras do DNER, paralisa-das desde agosto do ano pas-sado, serão reiniciadas a partirdo próximo mès graças a umcrédito suplementar de Cr$ 25bilhões 800 milhões aberto pordecreto presidencial. O Minis-tro dos Transportes anunciouontem, no Rio, o programa quereativará 505 contratos, res-ponsáveis pela geração de 86mil 274 empregos.

Com este crédito, o DNERinvestirá este ano cerca de CrS68 bilhões, dos quais Crt 16bilhões apenas pagando divi-das. As obras seráo retomadasprogressivamente, cabendo àdireção do DNER examinar asituação de cada um dos con-tratos, uma vez que o créditosuplementar abriu dotaçõesespecificas, segundo um crité-rio de prioridade.UM POUCO MAIS

O crédito suplementar per-mltlrá ao DNER, na verdade,investimentos adicionais daordem de CrS 31 bilhões, istoporque a Petrobrás, fornecedo-ra do asfalto (sem vendas des-de agosto do ano passadoi,concordou em flnanciá-lo por360 dias — o que representamais Cr$ 3 bilhões 500 milhões.Há mais CrS 2 bilhões, de re-cursos do Banco Mundial, queserão liberados, agora, umavez que o DNER tem a contra-partida.

O Ministro Eliseu Resendedividiu a aplicação do créditosuplementar em três gruposdistintos. O primeiro, constru-çâo e pavimentação de rodo-vias, fica com Cr$ 17 bilhões; arestauração de rodovias, o se-gundo grupo, com Cr$ 11 bi-lhões; conservação de rodo-vials, por último, com CrS 11bilhões.

O programa ontem anuncia-

do — na verdade, o DNER nàotinha ainda um programa para1981 — refere-se aos contratosjá assinados pelo DNER e queestavam paralisados. Seráoexecutados, porém, algumasobras novas, de pequena lm-portância, em termos de ex-tensão, mas complementandoestradas de Interesse nacional,e uma grande obra nova, aestrada Cuiabá-Porto Velho,com 1 mil 500 quilômetros.

TRECHOS IMPORTANTES

Em sua exposição aos em-preiteiros, ontem à tarde, nasede do DNER, o engenheiroEliseu Resende apontou umexemplo de obra nova, de cur-ta extensão, mas importantepara a rede rodoviária:

— No que diz respeito à inte-gração do Nordeste, deu-se èn-fase ã conclusão da articula-çáo rodovlâr.? dos principaispólos da região com Brasilia.Prevè-se a pavimentação dedois trechos, um com 90 km,na BR-020, entre Formosa ePosse, em Goiás, e outro, de100 quilômetros, na BR-242,entre Barreiras e Ibotirama,na Bahia, para que se possacompletar, até fins de 1982, aligação por asfalto de Salvadora Brasilia, numa extensão demais de 1 mil 500 quilômetros.Com isso, a distância pavi-mentada entre o NordesteOriental e Brasilia será reduzi-da de 700 quilômetros — disseo Ministro.

O Ministro explicou aos em-preiteiros que as dotações es-tão garantidas para cada con-trato — "o serviço executadoserá medido e pago com rapl-dez" — e considerou que umaobra, quando paralisada, é in-flacionária.

No programa com recursosadicionais, 11 obras serão con-cluldas, agora, no prazo de 12meses. A maior dotação — CrS1 bilhão 216 milhões—é para aBR-116, trecho São Paulo Cu-ritiba. que está sendo duplica-da parcialmente. As outras:Belo Horizonte — Entronca-mento Ouro Preto (BR-040-MO), Fazenda dos 40-Maruí(101-RJ), Paranaguá-Curitiba-Campo Largo-Sâo Luiz do Pu-runâ (227-PR), Dourados-Ponta Porá (463-MS), Santia-go-Santa Maria (453-RS), Con-tomo Sul de Curitiba, SantaRosa-Boa Vista de Buricá (472-RSl.Santana do Livramento-Quaraí (293-RS), Qultandinha-Blngen (040-RJ) e Curitiba-Araucária (476-PR).

Há previsão para restaura-çâo de alguns trechos rodovia-rios considerados em estadocritico. Alguns, do programa:rodovia Rio—Bahia, em todo otrecho de Minas Gerais, comdotação de Cr$ 630 milhões.Idêntica quantia está previstapara a Via Dutra, entre o Rio eSáo Paulo. A rodovia FernâoDias (Belo Horizonte—SàoPaulo, BR-381) tem dotaçõespara três trechos, Betlm—Divisa MG/SP, Belo Horizon-te—Betlm e Divisa MG/SP—Sáo Paulo, num total de CrS630 milhões.

Doze obras de restauraçãoque tinham recursos parciaisdo Banco Mundial também se-rão retomadas. Neste item, oDNER aplicará Cr$ 3 bilhões, oque gerará liberaçào de recur-sos da ordem de CrS 2 bilhões,pelo banco, que só faz repassese houver a contrapartida doórgão beneficiado. No caso, omaior investimento é para aligação Belo Horizonte—Uberaba, que receberá CrS 1bilháo.

O Fórum Desembargador Adherbal de Oliveira,em Vilar dos Teles, no Município de Sào Joáo deMeriti, foi inaugurado, ontem, pelo Governador Cha-gas Freitas, depois de sua construção ter ficadoparalisada por quase 10 anos. A inauguração fez partedas comemorações do segundo aniversário do Gover-no Chagas Freitas.

Na ocasião, o presidente do Tribunal de Justiça.Desembargador Antônio Marins Peixoto, falou docontentamento de todos os representantes do PoderJudiciário ao verem a obra inaugurada e sobre aimportância dela para a população local. O desem-bargador, após dizer que nâo tinha palavras -larajustificar suaafirmação, citou uma frase do escritorfrancês Chateaubriand: "A Justiça é o pão do povo".

Salão do Júri, onde discursou.Além do Presidente do Tri-

bunal de Justiça, Desembar-gador Antônio Marins Peixo-to, compareceram à solenida-de, entre outras autoridades, opresidente da OAB-RJ. Fran-cisco Costa Neto; os Secreta-rios de Estado Emillio Ibrahim(Obras e Serviços Públicos) eMário Tobias Figueira de Melo(Justiçai; e o Conselheiro doTribunal de Contas do EstadoErasmo Martins Pedro.

A SOLENIDADE

Às ÍOh o Sr Chagas Freitaschegou ao Fórum e, logo após,foram hasteadas as BandeirasBrasileira, do Estado e do Mu-nicipio de Sáo João de Meriti,ao som do Hino Nacional, exe-cutado pela Banda Marcial daPolicia Militar e cantado poralunos da rede escolar. O Go-vemador, depois de descerrara placa comemorativa e cortara Bta simbólica, dirigiu-se ao

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Rio recebe mais recursosNo Estado do Rio, o crédito

suplementar da Presidênciada República representará in-vestimentos globais de CrS 1bilháo 166 milhões. Está pre-vista a conclusão, em 12 me-ses, da ligação Qultandinha—Blngen (Cr$ 281 milhões), tre-cho que representará, na práti-ca, a duplicação da estrada emtoda a extensão da serra dePetrópolis.

No mesmo prazo, com invés-tlmentos de CrS 795 milhões,serã concluída a reconstruçãodo trecho Fazenda dos 40—Marui (BR-101), no Nordeste

do Estado. Para o DNER, es-tas sáo as obras mais impor-tantes no Estado do Rio e queestavam paralisadas por faltade recursos. Com o crédito adi-cional, há recursos suficientespara conclui-las.

Há, ainda, Investimentos deCr$ 70 milhões programadospara a restauração de um tre-cho da BR-393, entre Volta Re-donda e Três Rios, que o De-partamento considera em es-tado critico. O programa ficacompleto com mais Cr$ 20 mi-lhôes programados para a BR-356, trecho Divisa RJ/MG a

São João da Barra, também aser restaurado.

O trecho Qultandinha—Blngen ê especial, uma vezque, conjugado com estradasnovas e velhas que cortam aserra de Petrópolis, permitirá,disciplinar o tráfego sempreem máo única, subindo ou des-cendo. Eqüivale ao contornorodoviário duplicado de Petró-polis, que nào suportará maistráfego pesado se ocorrereminterrupções nas vias hojeexistentes.

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Simultaneamente, mais um campo de trabalho é abertoem Guarátinguetá, no Complexo Industrial BASF, criandonovas oportunidades para a mão-de-obra local. Tudo isso

quer dizer que o tecidobrasileiro está ganhando comos Corantes Têxteis BASFuma nova dimensão de

qualidade e beleza, de padrãointernacional BASF, o que possibilitará também maiores

chances de competição no mercado externo.Estamos certos de que essa iniciativa é

uma contribuição à necessidade que temosde produzir mais e melho»e a uma forma depoupança que é a economia de divisas.

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6 — Ia Caderno D sexta-feira, 27/3/81 D JORNAL DO BRASIL ü

Informe JBIndispensáveis

Ê nos momentos agudos da violèn-cia vesânica que os profetas de catas-trofe anunciam dias ainda mais ne-gros do que os tempos difíceis pelosquais passamos. Ê preciso desacredi-tá-los e denuriciá-los à opiniáo pú-blica.

Pois é exatamente quando os orça-mentos domésticos voam pelos aresque a mão criminosa de bandidos seaproveita para lançar mais lenha nes-ta fogueira de insánia.

Então é necessário poltar ao equili-brio através do puro bom senso: daapuração das responsabilidades, dapunição dos culpados, custe o quecustar.

Mas, antes de tudo, é preciso quetodos façam um exame de conscièn-cia. Que indicará a que ponto a omis-são de cada um e de todos permitiuque a açáo de três ou quatro celeradosprejudique o processo político brasi-leiro.

¦ ¦Não é preciso ser economista para

saber que a situação econômica e fi-nanceira do pais e dos brasileiros édramática. Basta ser brasileiro.

Talvez se possa dizer que estevepior, no passado recente; mesmo as-sim todos sabem, e cada um sente noseu bolso, e na insegurança do seuemprego, que ainda ê delicada.

Mas de uma vez por todas é precisoque fique bem claro, na mente de to-dos, que por pior que seja a situaçãoeconômica, a melhor — se náo a única— saida ainda é a prática da democra-cia e não a violência estúpida, o expio-dir de bombas, ou o golpe.

¦ ¦Ninguém, neste país, a náo ser uma

escória inflamada, minoria de mino-ria, vilões de opereta travestidos derevolucionários, deseja a violência.

Mas este diminuto grupelho só terávez no espaço aberto pelo GovernoFigueiredo na medida em que a gran-de maioria, que deseja evoluir em paze tranqüilidade, abdicar do seu direitode garanti-las, através da partici-pação.

Pois uma e outra sáo indispensá-veis para todos.

E especialmente para os que dese-jam opor-se ao Governo.Arte & Trabalho

O ator Jò Soares fez o show quemarcou a posse do Sr Miguel Cola-suonno no Sindicato dos Economistasde Sáo Paulo. Quatro mil pessoas naplatéia do Palácio das Convenções.Gente até no chão. O artista brincoucom todo mundo: citou nomes de mi-nistros, fez piadas com a segurançaque cercou sua chegada ao local eterminou gozando o público:— Quanta gente. Sáo todos econo-mistas? Todos? É por isso que o Brasilnão vai para frente. Pleno meio dia. evocês aqui, se divertindo com umshow.

Jò Soares começa a trabalhar noBrasil no mesmo estilo desenvolvidopor entertainers internacionais, comoPeter Ustinov.Conversa

O ex-Governador da Bahia, Sr Ju-raci Magalhães, desembarcou no Aero-porto Dois de Julho para passar ai-guns dias em Salvador. Líder de umadas correntes do PDS baiano, ele é paido Senador biônico Jutahy Maga-lhães, um dos muitos candidatos acandidato do Partido governista naBahia à sucessão do Governador An-tonio Carlos Magalhães, nas eleiçõesdiretas de 1982.

Depois de encontrar-se com a fami-lia, a primeira visita do ex-Governadorfoi para o presidente do Banco doEstado, Cleriston Andrade, considera-do, ao lado do Prefeito Mario Kertész,um dos nomes preferidos do Governa-dor Antônio Carlos Magalhães parasucedè-lo no Palácio de Ondina.

¦ ¦A conversa realizou-se a portas fe-

chadas — e foi longa o suficiente paradeixar os outros candidatos com umaponta de preocupação.Carnaval e vida

O antropólogo Roberto da Matta,que recentemente manteve acesa po-lèmica com Darcy Ribeiro, lançará nopróximo dia 30, na sede da AcervoGaleria de Arte o livro Universo doCarnaval: Imagens e Reflexões, repro-duzindo os resultados analíticos depesquisas realizadas pelo autor e equi-pe, durante o carnaval de 1981. Pala-vras de da Matta sobre o livro:

—No momento em que termino este

Uvro, sinto que estou caminhando ca-da vez mais para dentro da minhasociedade e de mim mesmo. O senti-mento é de saudável expectativa, co-mo ocorre às vésperas de um baile decarnaval. Mas o.fato é que cada vezque retomo o tema do carnaval e deseus múltiplos planos, tenho a impres-são de estar penetrando no própriocoração da vida. Nào da vida como évivida e concebida em todas as socie-dades e culturas do planeta; ou davida em seus aspectos formais e fun-ciQnais; mas a vida tal e qual nós,brasileiros, gostamos dela e a quere-mos viver.Saúde mental

O leão insiste em negar ao contri-buinte o direito de descontar, de suarenda bruta, os gastos com atendi-mento psicanalítico, para si ou para osseus, feito através de psicólogos.

Como leão tem garras afiadas, émelhor atendê-lo. »

No entanto o Boletim Informativodo Conselho Federal de Psicologia pú-blica acórdãos do Conselho de Contri-buintes onde as decisões sáo claras,como esta:

"Psicanálise clinica — Comprovadaa efetividade do pagamento efetuado aprofissional legalmente habilitado,médico ou psicólogo, por assistênciaindispensável À saúde mental de de-pendentes do contribuinte, é de seadmitir o abatimento da renda brutapleiteado a esse titulo no campo pró-prio da declaração de rendimentos".

Parece claro — mas o leão náoentende assim.Ineficiência

O Senador Dirceu Cardoso, do Es-pirito Santo, mostrou ontem, atravésde protesto que fez do plenário, comoanda o processo burocrático no Sena-do: um ofício entregue à mesa, emoutubro passado, para ser enviado aoMinistro Delfim Neto. só foi encaml-nhado anteontem, seis meses depois.

Não ficou só nisso: queixou-se tam-bém de que os computadores do Sena-do erraram nos registros sobre suaatuação parlamentar: oficialmente elefez 400 intervenções, em plenário, em1980. Mas o senador prova que só naCPI da energia nuclear fez mais de 500,e 1 mil em plenário.

Nào deixou por menos: requisitouas gravações e vai exigir que o erroseja reparado.

¦ ¦ ¦O Senador Dirceu Cardoso ganhounotoriedade, no ano passado, pelacampanha que moveu contra as por-nochanchadas do cinema nacional.

No portoNo próximo domingo o Senador

Amaral Peixoto e o Prefeito de Niterói.Sr Wellington Moreira Franco, passa-ráo o dia na convenção do DiretórioZonal do PDS da Primeira Zona Elei-toral, onde está a zona portuária doRio de Janeiro.

O Senador Amaral Peixoto sempreteve bons aliados entre os portuários— e, na Primeira Zona, o PDS já filioumais de 1 mil eleitores.Espaço

Em torno da direçáo de Pesquisasdo Instituto Brasileiro de Economiada Fundação Getúlio Vargas reúne-se,mensalmente, um grupo de economis-tas para debater sobre a Carta queabre cada novo número de ConjunturaEconômica. Pelo teor de vários edito-riais do ano passado, a preocupaçãocom a atual sistemática de reajustessalariais já vem de longe. A carta demarço trata o tema frontalmente.

Segue-se um trecho do documento:— Para recompor-se a ordem eco-nômica, atendendo a objetivos inicial-mente conflitantes, como a queda doritmo da inflação, equilíbrio do balan-ço de pagamentos, preservação do nl-vel de emprego e crescimento do pro-duto, algumas metas devem ser tem-porariamente sacrificadas. A regra bá-sica da economia é que não existebenefício sem custo, náo há vantagemsem ônus. Essencial num programa deestabilização é saber comunicar queos objetivos perseguidos pelas diferen-tes partes do conjunto social só seráoatingidos pelos concurso dos demaissegmentos, e náo à revelia ou às ex-pensas destes. Subsidiariamente, numsistema aberto, é preciso haver espaçopara negociação entre diversas partesenvolvidas, bem como seriedade emhonrar compromissos assumidos. Aafirmação é válida tanto para relaçõesentre segmentos privados como entreestes e o Governo.

Lance-livreVai ser construído em Brasília o

Museu Nacional do índio. O projeto doprédio será escolhido em concurso pü-blico promovido pela Funai e peloGoverno do Distrito Federal.

Duas ruas na Lagoa, próximas àHípica, não tèm placas com seus no-mes: Lineu de Paula Machado e Nevesda Rocha.

No dia 7, em Belo Horizonte, oGovernador Francelino Pereira e o Mi-nistro Mário Andreazza assinam con-vènio para obras destinadas a evitarenchentes no centro da Capital minei-ra, causadas pelo transbordamento doRibeirão do Arrudas.

Na segunda-feira, na Universidadede Brasília o professor da Faculdadede Direito e do Instituto de EstudosPolíticos da Universidade de Paris,Maurice Duverger participa do Semi-nário Duverger na UnB.

A Liga de Defesa Nacional e o Go-verno do Distrito Federal estão convi-dando a população de BrasUia para amissa que mandaram celebrar na ter-ça-feira, às 18h, na catedral de Brasüiapela passagem do 17° aniversário daRevolução de 64. O Presidente JoãoFigueiredo estará presente.O filósofo, doutor em Filosofia,professor da Universidade de Monter-re, Henri Léfèvre, autor de obras im-portantes como Lógica Dialética e Ló-gica Formal, confirmou sua vinda pa-

ra o Simpósio Internacional da Inda-gação sobre o Inconsciente que serárealizado no dia 8 de abril, na UERJ.Na ocasião o filósofo apresentará umatese inédita.

A CHESF inaugurou ontem, emRecife, a I Expo-CHESF de Artes Piás-ticas, reunindo 15 artistas pernambu-canos.

O Senador Tancredo Neves, quan-do fica tenso, esfrega as mãos. Ontem,ele nâo parava de esfregar as suasmãos.

Na próxima segunda-feira, a filhado ex-Presidente Ernesto Geisel, Amá-lia Lucy, estará em Recife lançando oUvro Rendas, segundo volume da sérieArtesanato Brasileiro, pesquisa e do-cumentaçáo do artesanato folclórico.

Do Presidente da Câmara, Deputa-do Nelson Marchezan, sobre a suapossível candidatura ao Governo doRio Grande do Sul: "Não tomei, ain-da, nenhuma decisão." Entào, é candi-dato.

O Ministro César Cais afirma quesomente será candidato à sucessão doGovernador Virgüio Távora por deter-minaçâo expressa do Presidente Fi-gueiredo. Ele acha que a frente doMinistério das Minas e Energia podeser muito mais útil ap Nordeste e, emespecial, ao Ceará. O Brasil espera adeterminação expressa do PresidenteFigueiredo.

Dependentes de tóxicospresos serão enviados aserviço médico especial

O dependente de tóxicos que for autuado emflagrante pela polícia não mais será encaminhado àprisão comum, mas a um serviço médico especiaüza-do em toxicofiUff que entrará em funcionamento nasede da Delegacia de Entorpecentes, na Praça Mauá,até o dia 15 de abril. O dependente poderá seratendido em algumas horas e ser encaminhado a umhospital ou ficar internado até receber a sentença dojuiz.

O corpo clínico e 90% dos recursos materiaisnecessários serão transferidos da Delegacia de Entor-pecentes de Niterói, que tinha um serviço similar,criado há 10 anos, e que estava começando a serdesativado. A medida foi anunciada pelo diretor doDepartamento de Polícia Especiaüzada, delegadoRogério Mont, que ressaltou: "Ao invés de o depen-dente ser recebido pelo carcereiro, será recebido porum médico".

breve, o psicodlagnôstico. apesquisa social e o encaminha-mento. caso seja necessário,para instituições públicas co-mo o INAMPS, IASERJ, Jul-zado de Menores. A supervisãoé do Delegado de Entorpecen-tes. Valterson Botelho.

A execução ficará a cargo dedois médicos psiquiatras, soba direção do Dr Osmar Santos,especialista em tóxicos, uma*assistente social, uma psicòlo-ga e uma auxiliar de enferma-gem. O local já está escolhido,três salas na sede da Delegaciade Entorpecentes do Rio, naPraça Mauá, que já estáo sen-do preparadas para receber omaterial de Niterói. O serviçodeverá ser inaugurado o maisrápido possível e até o dia 15de abril deverá estar em fun-cionamento.

DOENTENa opinião do delegado

Mont Karp, o dependente —que pela nova lei de tóxicos éum doente — precisa ser trata-do, na fase policial, da mesmaforma que a Justiça o trataquando o condena, ou seja, eleé encaminhado a tratamentomédico. Por isso, ao ser preso,o dependente não mais seráencaminhado à prisáo comum,principalmente porque na fasede abstinência, quando pas-sam os efeitos da droga, elecomeça a criar problemas nacarceragem. necessitando, àsvezes da interferência de ummédico.

O serviço será basicamentede orientação e encaminha-mento, mas caso seja autuadosob o efeito de drogas, o depen-dente será devidamente aten-dido e tratado. No serviço deorientação, a finalidade é es-clarecer náo só o dependentecomo sua familia, através dediálogo da situação real dequem utiliza drogas e a manei-ra mais adequada de se livrardelas. Haverá também um tra-balho preventivo, com pales-trás educativas sobre o proble-ma do tóxico.

No primeiro serviço, serãoincluídos ainda a psicoterapia

Segundo o Dr Osmar San-tos. nos últimos meses o con-sumo de cocaína está subindo,no Rio, e o de maconha estádescendo, mas essas duas dro-gas continuam sendo as maisutilizadas, sendo que a maiorincidência é na faixa etária de13 a 18 anos, ou seja. o maiorconsumo ainda é dos adoles-centes. As maiores causas sãoo desequilíbrio emocional e osdesajustes sôcio-familiares.

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Policiamento do 19° BPMreprimirá assaltos ànoite na Av. Vieira Souto

Desde ontem Ipanema e Leblon contam com umnovo tipo de policiamento, a cargo do 19° Batalhão dePolicia Militar. A finalidade especifica é impedir oaumento da criminalidade nas Avenidas Vieira Soutoe Delfim Moreira. Segundo o chefe da 5* Seçáo doEstado Maior da PM. Coronel Artur Delamare, "tra-vestis e prostitutas estáo assaltando muito naquelaárea".

O novo policiamento foi planejado pelo Tenente-Coronel Vidal Barros, Comandante do 19° BPM;contará com três duplas de soldados em toda aextensão da Vieira Souto e outras três na DelfimMoreira — 12 soldados — com a cobertura de umcarro do Patrulhamento Tático Motorizado. A PMquer evitar que se repitam assaltos idênticos aoocorrido no Edifício Bethovem.

Como seráSegundo o Coronel Delamare, o policiamentoserá do início da noite até ao amanhecer, e, além da

orla marítima, os soldados observarão os edifícios. OTenente-Coronel Vidal distribuiu três duplas de sol-dados no trecho da subida da Avenida Nlemayer atéao Jardim de Alá outra e dali até o Castelinho.

Como apoio, circularão dois veículos do Patru-lhamento Tático Motorizado, com um sargento equatro soldados, pelas Avenidas Vieira Souto, DelfimMoreira e ruas transversais. Além disto, o 19° BPMconta com outra patrulha circulando na AvenidaAtlântica. Leme e ruas transversais de Copacabana, emais 10 de rádio-patrulhas em Ipanema. Copacaba-na, Leblon e Leme.

Setecentos e cinqüenta soldados vão diariamentepara as ruas sob a jurisdição do 19° BPM e o CoronelDelamare informou que o caso mais sério que obatalhão enfrenta e a prostituição ao longo da VieiraSouto. Sáo travestis e prostitutas assaltando, provo-cando muitas queixas.

Maiores crimesO Coronel Delamare disse que o Tenente-CoronelVidal lhe informou que os crimes mais comuns naZona Sul são o estelionato, o furto e o assalto,

praticados por criminosos de outras áreas, principal-mente da Baixada Fluminense. Outro grave proble-nia é o tráfico de tóxico, que estava sendo feito emlarga escala depois das 23h, conforme já constataramos agentes do Serviço Reservado da PM.Um plano especial para o combate ao tráfico detóxicos em Copacabana, Ipanema e Leblon já foielaborado e vai ser posto em prática nos próximosdias. Segundo o Coronel Delamare, "depois das 23h,uma fauna de travestis, prostitutas, traficantes eexploradores do sexo acordam para começar a distri-buir o tóxico na Zona Sul". Através da 5" Seção doEstado-Maior, o Tenente-Coronel Vidal faz um apeloa comunidade para que denuncie pontos de tóxicos eesconderijos de assaltantes. Para isto. ele mandou•distribuir os telefones do quartel nas favelas, residèn-cias e comércio da área.MINISTÉRIO DO INTERIORQ ONOSDEPARTAMENTO NACIONAL0E OBRAS 0E SANEAMENTO

AVISOEDITAL DE CONCORRÊNCIA

N° 15/81O Chefe do Núcleo Executivo de Licitações —

NEL do Departamento Nacional de Obras de Sa-neamento — DNOS. comunica, que às 15 horas dodia 28 de abril de 1981 na Sede da 5a. DiretoriaRegional do DNOS (5a. DR), serão recebidos osenvelopes de Documentação e de Proposta dasfirmas interessadas em participar da Concorrênciadestinada a prestação dos serviços de vigilânciadas dependências da 5a. DR, situadas na AvenidaAgamenon Magalhães s/ n° e Avenida Correia deBrito, na cidade de Recife, no Estado de Pemam-buco.

Os interessados poderão obter informaçõesna Divisão de Serviços Gerais, localizada na Sededo DNOS. à Av. Presidente Vargas n° 62, na cidadedo Rio de Janeiro-RJ, bem como, adquirir o Edital n°15/81 com a respectiva Especificação, na Sede da5a. DR, situada à Avenida Agamenon Magalhãess/n°, na cidade do Recife-PE. (a) Albert Amand deBerredo Bottentuit (Chefe do Núcleo Executivo deLicitações-Substituto). (p

MINISTÉRIO DO INTERIOR

DEPARTAMENTO NACIONAL0E OBRAS DE SANEAMENTO

AVISOEDITAL DE CONCORRÊNCIA

N° 17/81O Chefe do Núcleo Executivo de Licitações

— NEL do Departamento Nacional de Obras deSaneamento — DNOS, comunica, que às 15horas do dia 29 de abril de 1981 na Sede da 3aDiretoria Regional do DNOS {3a DR), serãorecebidos os envelopes de Documentação e deProposta das firmas interessadas em participarda Concorrência destinada a prestação dos servi-ços de limpeza e conservação das dependênciasda 3a DR situadas na cidade de São Luís, noEstado do Maranhão.

Os interessados poderão obter infirmaçõesna Divisão de Serviços Gerais, localizada naSede do DNOS, à Av. Presidente Vargas n° 62,na cidade do Rio de Janeiro-RJ, bem como,adquirir o Edital n° 17/81 com a respectivaEspecificação, na Sede da 3a DR, situada àAvenida Guaxenduba n° 150, na cidade de SãoLuis-MA. (a) Albert Amand de Berredo Botten-tuit (Chefe do Núcleo Executivo de LicitaçõesSubstituto). (P

Móveis deescola nãochegaram

Ao inaugurar, ontem demanhã, a Escola Munici- .pai Leonel Azevedo, noConjunto Residencial Vil-lage da Ilha do Governa-dor, o Prefeito Júlio Couti-nho justificou o emprésti-mo de mobiliário por outroeducandário das proximi-dades com o argumento deque houve um atraso naentrega das carteiras.

A escola recém-inaugurada foi entreguesob os acordes de Mágoasdo Caboclo, uma das co-nhecidas Canções do seres-teiro Leonel Azevedo emparceria com J. Cascata,executada e cantada pelosalunos para a comitiva doPrefeito Júlio Coutinho.Foi a terceira das 17 esco-las que a Prefeitura vaiinaugurar este gno.A ESCOLA

Os 600 alunos da EscolaMunicipal Leonel Azevedoreceberam a comitiva doPrefeito Júlio Coutinhoque compareceu para ainauguração. O educandá-rio possui 23 salas de aulae 44 turmas divididas emdois turnos e foi construí-do com recursos dos mora-dores do Conjunto Resi-dencial Village da Ilha doGovernador.

Como acontece sempre,cerca de 50 professoras lo-tadas em diversos departa-mentos da Secretaria Mu-nicipal de Educaçáo sedeslocaram da Rua doRiachuelo, no Centro dacidade, em viaturas do Mu-nicípio para abrilhantar assolenidades de inaugura-çáo da escola.

Após a execução do Hi-no Nacional, enquanto asbandeiras do Brasil, do Es-tado e do Município eramhasteadas, foi cortada a fi-ta simbólica da inaugura-çáo e vieram os discursosde deputados, vereadorese do Prefeito Júlio Couti-nho, destacando a impor-táncia da obra e a integra-çáo de esforços da Prefei-tura, políticos e da comu-nidade.

Rádio JB debatedesburocratização

O Programa Estadual deDesburocratização. lançadoeste ano pelo Governo do Es-tado do Rio de Janeiro, inclu-sive com a criação de umaSecretaria de Desburocratiza-ção, é o tema do debate quecomeça hoje às 9h, na RADIOJORNAL DO BRASIL, em pro-grama apresentado por Elia-kim Araújo, com apoio do De-parlamento de Radiojornalis-mo e a participação dos ou-vintes, com perguntas pelo te-lefone 284-7038.

O convidado especial doprograma é Nelson RibeiroAlves, o primeiro Secretariode Desburocratização do Go-verno fluminense, que daráconta dos problemas encon-trados e das soluções propôs-tas, nos dois meses de guerra àburocracia no Estado do Riode Janeiro.

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JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 27/3/81 D 1" Caderno — 7B.idgjlown, Barbado — UPI*- ••• ^íWÊm

Muita gente compareceu ao julgamento do habeas corpus de Biggs

Justiça decidirá hoje emBarbados se liberta Biggs

Bridgetown, Barbados — O Supremo Tri-bunal de Justiça de Barbados adiou para hojea decisão sobre Ronald Biggs, o que dâ asautoridades britânicas mais um dia paracoordenar com o Governo barbadiano o pedi-do de extradição. As autoridades de Barba-dos prenderam Biggs sob a acusação de viajarsem passaporte, à espera de que Londresenvie os documentos necessários para funda-mentar a extradição.

Ontem, durante a audiência que estudavao pedido de habeas corpus formulado pelosadvogados de Ronald Biggs, este permaneceuimpassível, enquanto seus advogados argu-mentavam que Barbados não tem motivossuficientes para detè-lo. Os advogados argu-mentaram ao juiz Denys William que o se-qüestro de seu cliente foi um ato ilícito e que avitima tem direito e permissão de regressarao Brasil, por força dos acordos internado-nais de repressão a seqüestros assinados porBarbados.

Advogado expulsoO ex-procurador-geral de Justiça de Bar-

bados. Frederick Smith, disse que seu país

não deve renegar os tratados firmados sobre"pirataria aérea internacional, seqüestro, ter-rorismo e outros males do mundo moderno.Barbados deve cooperar, sim, mas nào ê umaagencia do Reino Unido". O advogado DavidNeufeld, de Miami, contratados por amigosbrasileiros de Biggs para defendè-lo, recebeuordem de sair do país, proibindo-o de traba-lhar no caso.

O delegado Aviston Prescoud, da políciade Barbados, reuniu a imprensa para dizerque as informações verbais da Scotland Yardde que o homem seqüestrado do How Can IIera Ronald Biggs, assaltante do trem postalLondres-Glasgow, em 1963, náo eram sufi-cientes e por isso esperava-se uma cópia daficha datiloscópica e outros documentos, como objetivo de confirmar se o preso é realmenteo ladrão inglês.

Durante a audiência, o Juiz William man-dou que se retirassem do recinto dezenas dejornalistas e centenas de populares, que per-turbaram o andamento da sessão. Ontem,transcorriam 17 anos da data em que Biggsfoi condenado a 30 anos de prisão por suaparticipação no assalto ao trem postal.

Brasil {já fez pedido de voltaBrasília — Em nome do Governo brasilei-

ro, o encarregado de Negócios do Brasil emBridgetown. conselheiro Romeu Zero, fez aentrega à Chancelaria de Barbados, ontempela manha, do pedido de autorização paraque Ronald.Biggs retorne ao país, onde "seencontrava em regime de liberdade vigiada".

Na mesma nota. foi pedida às autoridadesde Barbados a extradição dos oito homensresponsáveis pelo seqüestro de Biggs em ter-ritório brasileiro, para "que compareçam aoinquérito policial". À relaçào original de seisnomes oferecida pelo Itamarati na noite dequarta-feira foram ontem acrescentados maisdois: de Norman: Boyle e Alexander JohnMckillop, este último já entrevistado sucessi-vãmente por repórteres brasileiros nas praiasde Barbados. Quatro dos seqüestradores —John Miller. Frederick Prime, Anthony Mar-riage e Mark St John Halgate, todos cidadãosbritânicos — disse ontem em Barbados quedeixarão a ilha hoje à noite.

Responsabilidade definidaO Itamarati fez questão de esclarecer on-

tem que a sua ação junto à Chancelaria deBarbados decorreu de um pedido formal doMinistro da Justiça, Ibrahim Abi Ackel. ante-cipado por telefone em seus termos gerais, aoMinistro interino, das Relações Exteriores,Embaixador João Clemente Baena Soares, namesma noite de quarta-feira.

Aparentemente, a Chancelaria brasileirajá se havia conformado com a idéia anteriorde que o Governo nada deveria fazer emrelação a Ronald Biggs, uma vez que se

tratava de um cidadão britânico preso porautoridades de um terceiro país e passível deextradição para a Grà-Bretanha onde estácondenado a 37 anos de prisão por autoria doassalto ao trem postal Londres-Glasgow, em1963. Do Ministério da Justiça era esperadosomente um eventual pedido de extradiçãodos tripulantes do iate How-Can II, que trans-portou Biggs de Belém para Barbados, e deoutros dois cidadãos ingleses identificadoscomo co-autores da ação de seqüestro.

A fórmula de solicitar ao Govemo de Bar-bados "autorização ao Sr Ronald Biggs paraque retome ao Brasil, uma vez que ele aqui seencontrava em regime de liberdade vigiada",por outro lado, resulta de um minucioso exa-me jurídico da situação, quando ficou consta-tado que, em nenhuma hipótese, caberia opedido de extradição, pois da parte de Biggsnào houve a autoria de nenhum crime emterritório brasileiro.

A própria expressão "autorização... paraque retome" implica a idéia de que RonaldBiggs, ainda que liberado pelas autoridadesde Barbados, somente voltará ao Brasil emcaráter voluntário, não havendo obrigatorie-dade de que assim proceda.

O porta-voz do Ministério das RelaçõesExteriores estimou ontem à tarde que nãodeverá haver demora na decisão do Govemode Barbados sobre os pedidos feitos por Bra-silia, uma vez que "é assim que normalmenteesses casos sáo resolvidos." O Itamarati ain-da nâo tinha informações sobre a apresenta-çâo de um pedido de extradição de Biggs porparte da Grã-Bretanha.

Investigação vira inquérito no RioNo Rio, a Policia Federal transformou

ontem a Investigação preliminar para apuraro desaparecimento' de Ronald Biggs em in-quérito, que tomou o número 15/81, sob apresidência do delegado Wilson Bizzo. O su-perintendente regional da Polícia Federal,delegado Roberto Felipe Porto, nào quis falarontem e mandou que o assessor de comunica-çào social do DPF, Claricio de Almeida San-tos, prestasse as informações sobre o inqué-rito.

Informou-se que independentemente dasgestões diplomáticas para o retomo de Ro-nald Biggs ao Rio e a extradição dos seques-tradores, o inquérito Instaurado vai indiciarcrimlnalmente os envolvidos no seqüestro.Caso a extradição de Patrick Richard, JohnKing, Thorflnn MacLeod Mac Ivef, Mark St.John Algate, Antony Eric James Marriage,Frederick Charles Prime, Gregory David Nei-son, Norman Boyle e Alexander John Mc-Killop não seja conseguida, os seqüestradoresde Biggs serão indiciados através do auto de

qualificação indireta, como incursos nos Arti-gos 148 e 159 do Código Penal.

O inquérito sobre o seqüestro de Biggscorrerá por conta do departamento regional,no Rio. com prazo de 30 dias para ir à JustiçaFederal. Claricio de Almeida Santos informouque esse prazo deverá ser prorrogado pordeterminação da Justiça Federal, uma vezque "muitas pessoas" serão intimadas a de-por. e o prazo estipulado inicialmente éexíguo.

O Artigo 148 do Código Penal ("privaralguém de sua liberdade, mediante seqüestroou cárcere privado") determina pena de reclu-sáo de um a três anos e o Artigo 159 ("Seques-trar pessoa com o fim de obter, para si ou paraóutrem, qualquer vantagem como condiçãoou preço do resgate") reclusão de seis a 15anos e multa de CrS 10 mil a CrS 30 mil. Apena será acrescida com reclusão de oito a 20anos e multa de Cr$ 20 mil a Cr$ 40 mil, comodetermina o parágrafo Io do Artigo 159, se oseqüestro durar mais de 24 horas e se foicometido por bando ou quadrilha."Vou

pegar todos e bater neles9'Mike, o filho de Ronald Biggs, ao saber que"o pai tinha sido levado para uma ilha por

alguns bandidos", reagiu dizendo: "Vou pegartodos eles e bater neles todos". A verdadesobre o paradeiro do pai foi transmitida aMike. com jeito e tranqüilidade, pelo tio JohnStanley Pickston, em casa de quem o meninose encontra desde que o pai sumiu.

A casa de John e Lia Stanley Pickstonesteve ontem em clima de festa e esperança.As notícias sobre a possibilidade do retomode Ronald Biggs ao Brasil contagiaram até opequeno Mike, que dançou e se apresentoucomo sbow-man na sala do apartamento.Outra razáo da alegria dos Pickston foi a idado advogado da familia, Nilo Lazarin Ferrei-ra. diretamente para Barbados, ontem ànoite.

Lazarin, segundo Lia, é amigo do casal há20 anos e atuou em vários paises da Europa.Ela explicou que o advogado foi chamadopelos Pickston desde o dia do seqüestro e quepartiu dele a orientação em relação ao com-

portamento que deveriam adotar diante dasituação de Mike Biggs, enquanto os pais nâoretomarem ao Brasil.

Nem Lia, nem John sabem ainda quando éque a mãe de Mike, Raimunda de Castro,chegará ao Brasil. Eles dizem que "ela temtelefonado para nós e informou sobre os pro-blemas que está encontrando para arranjarpassagem. Estou com esperança de que Ronvolte logo ao BrasJJ".

Falando ainda sobre o Doutor Lazarin,disse "ser um amigo que vai encontrar-seamanha (hoje) com Biggs, dar-lhe toda aassistência e ajudá-lo nos aspectos jurídicosda questão. Ele é defensor de Mike e vai lutarpara que ele tenha o pai de volta. O direito domenor é internacional e tem de ser respei-tado".

— Mike tem assegurado o direito de ficarao lado de Ron. E isso é que Lazarin vaidefender — disse Lia, acrescentando que oadvogado não tem data certa de voltar eficará em Barbados o tempo necessário.

Vereador quer Belém na segurançaBelém — O Vereador Elói Santos (PDSi

defendeu ontem a inclusão desta Capital naárea de segurança nacional, sob a alegação deque esta cidade "está aberta aos estrangeiros,nào tendo qualquer segurança devido à suaposição geográfica". E como reforço para seuargumento, lembrou o recente episódio doseqüestro do assaltante inglês Ronald Biggs."A facilidade com que o iate levando oassaltante inglês passou por Belém é impres-sionante, senão assustadora", disse o Verea-dor pedessista acrescentando "Assln* como

Delegado vaidar ligaçãode Watters

O Promotor José Manes Lei-tão vai pedir ao delegado JoséArmando da Costa, da PoliciaFederal, que anexe ao inquiri-to sobre os atentados a bombano Rio todas as informações,elementos e indícios que tempara afirmar que Ronald Wat-ters nào agiu sozinho,

Manes Leitão também vaipedir à Secretaria de Segu-rança que abra inquérito parasaber por que a 14* DP, doLeblon, libertou o assaltantepreso com um talão de che-quês roubado ao bancário Jo-sé Carlos Mor Portanova, queteria sido usado na compra damáquina de escrever destina-da a endereçar as cartas-bombas.

Depois de elogiar o delega-do José Armando Costa, "pelorelatório das investigaçõespara apurar os atentados" ede observar que "se ele dizque há mais nomes envolvi-dos, ele sabe o que está dizen-do", o Promotor da 2* Audito-ria do Exército justificou opedido de inquérito sobre alibertação do ladrão com otalão de cheques, dizendo que,"quando o marginal foi solto,já era fato público a ligaçãoentre o roubo do talão, a com-pra da máquina e a consuma-çáo do atentado".

O advogado de Watters,Raul Gudolle, irá a Brasíliasemana que vem acompanharo julgamento de seu recursojunto ao Superior TribunalMilitar pedindo a reconside-ração da decisão do Conselhode Justiça da 2* Auditoria doExército, que manteve a pri-sào preventiva do acusado. Ojulgamento deverá ser na ter-ça ou quarta-feira. Gudollepretende entrar com novo pe-dido de habeas corpus logodepois, solicitando o tranca-mento da açáo penal, devido àfalta de provas.

Biggs saiu daqui por via fluvial por que nãoadmitir que também aqui possa chegar genteda mais alta periculosidade a serviço de ideo-logias estranhas ao nosso sistema democra-tico?"

Insistindo na tese de que "é preciso cercarBelém de maiores garantias", o Vereador ob-servou que esta cidade tem seu terminal decombustíveis à margem do rio, "o que tomavulnerável à açáo nefasta de pessoas mal-intencionadas que,-sob o rótulo de turistas,passam às proximidades'.

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COMPANHIA SOUZA CRUZINDÚSTRIA E COMÉRCIO

C. G C. N° 33 009 911 / 0001 - 39 COMPANHIA ABERTA

ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA REALIZADA EMDEZENOVE DE MARCO DE MIL NOVECENTOS E OITENTA E UM

As 14:00 horas do dia dezenove de março de mil novecentos e oitentae um, na sede social da empresa, situada na rua Candelária n? 66, nestacidade, reuniram-se em ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA, acionistasrepresentando mais de 2/3 (dois terços) do capital social, conformeassinaturas apostas no Livro de Presença, presentes também, os AuditoresIndependentes Deloitte Haskins &Sells, representados pelo Contador, Sr.José Beisl Barretto, CRC-RJn? 16.674-8: Verificando haver número legal,o Presidente do Conselho de Administração e da Diretoria, Sr. ALANCHARLES LONG, declarou instalada a ASSEMBLÉIA GERAL'ORDINÁRIA e convidou os presentes a indicarem um acionista parapresidi-la, tendo a escolha recaído, por indicação do acionista Sr. André deAraújo Vento, na pessoa do próprio Presidente, o qual assumindo apresidência, convidou o acionista Dr. ROBINSON DA SILVEIRA GIL paraSecretário e, para comporem a MESA, os acionistas, Srs. KENNETHMURRAY SUMNER e BRUCE RANDOLPH STRACHAN DONALD, a fimde esclarecerem indagações suscitadas concernentes às demonstraçõesfinanceiras. Assim constituída a M ES A, o Presidente declarou que o objetoda Assembléia constava do anúncio de convocação publicado nos |ornais"O Globo", "Jornal do Brasil" dos dias 02, 03 e 04, "Jornal doCommercio" dos dias 03, 04 e 05 e no "Diário Oficial do Estado do Rio deJaneiro" dos dias 09,10e 11 de fevereiro último, anúncio esse que lido aospresentes pelo Secretário, apresentava a seguinte ORDEM DO DIA: "I.

exame, discussão e votação do Relatório da Diretoria, das demonstraçõesfinanceiras e respectivo parecer dos Auditores Independentes, referentesao exercício encerrado em 31 de dezembro de 1980 II. destinação do lucrolíquido do exercício, nela incluída a distribuição de um dividendo, à razão deCrS 0,16 (dezesseis centavos) sobre o atual número de ações daCompanhia, pagável a partir de 02 de abril de 1981; III. aumento do capitalsocial através da correção de sua expressão monetária, nos termos doartigo 37 letra "C" do Estatuto Social, de CrS 8.709.120.000,00 (oitobilhões, setecentos e nove milhões e cento e vinte mil cruzeiros) para CrS13.150.771.200,00 (treze bilhões, cento e cinqüenta milhões, setecentosesetenta e um mil e duzentos cruzeiros), sem emissão de novas ações, e coma alteração do valor nominal de CrS 2,00 (dois cruzeiros) para CrS 3,02 (trêscruzeiros e dois centavos), em consonância com os §§ 1 ? e 2° do artigo 167da Lei 6.404/76, com a conseqüente alteração do artigo 5o do EstatutoSocial; IV. fixação da remuneração global anual dos Administradorese dosMembros do Conselho Consultivo". Quanto ao primeiro item da Ordem doDia, o Presidente solicitou ao Secretário que procedesse a leitura doRelatório da Diretoria, das demonstrações financeiras e respectivo parecerdos Auditores Independentes, referentes ao exercício social encerrado em31 de dezembro de 1980, declarando que tais documentos forampublicados com a observância das disposições ditadas pela Lei 6.404/76,nos jornais

"O Globo", "Jornal do Brasil" do dia 02 e "Jornal doCommercio" do dia 03 e no "Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro" dodia 09 de fevereiro passado. Com a palavra, o Secretário informou que seencontrava sobre a MESA moção encaminhada pelo acionista Dr. GilsonBuarque de Gusmão dizendo que, havendo concordância dos demaisacionistas, face a ampla divulgação desses documentos, propunha adispensa da leitura dos mesmos, o que foi aprovado sem discrepância.Assim sendo, o Presidente submeteu os documentos à discussão e, emseguida, à votação, obtendo aprovação unânime, abstendo-se de votar oslegalmente impedidos. Prosseguindo, o Presidente apresentou propostada Diretoria versando sobre os itens II e III da Ordem do Dia, determinandoao Secretário que procedesse à sua leitura: "PROPOSTA DA DIRETORIA- A DIRETORIA DA COMPANHIA SOUZA CRUZ INDÚSTRIA ECOMÉRCIO, com fundamento no seu Estatuto Social, por seus membrosabaixo assinados, propõe à vista dos lesultados do exercício socialencerrado em 31 de dezembro de 1980, o seguinte: A) DESTINAÇÃO DOLUCRO LIQUIDO DO EXERCÍCIO. O lucro liquido do exercício, CrS3.226.810.850,56 (três bilhões, duzentos e vinte e seis milhões, oitocentose dez mil,oitocentose cinqüenta cruzeiros e cinqüenta e seis centavoslteráa seguinte destinação: 1) CrS 161.340.542,53 (cento e sessenta e ummilhões, trezentos e quarenta mil, quinhentos e quarenta e dois cruzeiros ecinqüenta e três centavos) equivalente a 5% (cinco por cento) desse lucropara a constituição da "Reserva Legal", nos termos do artigo 18 doEstatuto; 2) CrS 985.751.627,65 (novecentos e oitenta e cinco milhões,setecentos e cinqüenta e um mil, seiscentos e vinte e sete cruzeiros esessenta e cinco centavos) com o objetivo de suplementar a "Reserva

paraInvestimentos", já existente, destinada a atender as responsabilidades comcontratos firmados para a aquisição de bens e serviços em andamento e asnecessidades de capital de giro, assim como aos investimentos necessáriosà expansão da Companhia; 3) CrS 696.729.600,00 (seiscentos e noventa eseis milhões, setecentos e vinte e nove mil e seiscentos cruzeiros) para pa-gamento do dividendo referente ao 2? semestre de 1980 à razão de CrS0,16 (dezesseis centavos) spbre o atual número de ações da Companhia,que somados ao dividendo relativo ao 1 ? semestre de 1980, no valor igualde CrS 696.729.600,00 (seiscentos e noventa e seis milhões, setecentos evinte e nove mil e seiscentos cruzeiros) perfazem o total de CrS1.393.459.200,00 (hum bilhão, trezentos e noventa e três milhões, quatro-centos e cinqüenta e nove mil e duzentos cruzeiros) para o exercício de1980, representando a distribuição de 43% do lucro líquido, pagável a par-tir de 02 de abril de 1981; 4) CrS 657.716.965,52 (seiscentos e cinqüenta esete milhões, setecentos e dezesseis mil, novecentos e sessenta e cincocruzeiros e cinqüenta e dois centavos) a serem mantidos na conta "Lucros

Acumulados", valor este relativo ao resultado de equivalência patrimonialque, de acordo com a Lei das Sociedades por Ações, não pode ser destina-do à Reserva de Lucros à Realizar por ser inferior à soma das "Reservas Le-gal e para Investimentos" propostas; 5) O saldo de CrS 28.542.514,86 (vin-te e oito milhões, quinhentos e quarenta e dois mil, quinhentos e quatorzecruzeiros e oitenta e seis centavos) para compensação do total dos ajustesdo exercício anterior, monetariamente corrigido. B.) AUMENTO DO CA-PITAL SOCIAL. Que, de acordo com a letra "C" do artigo 37 do EstatutoSocial, do saldo da conta "Reserva de Correção Monetária do Capital Rea-lizado",CrS 4.456.652.020,17(quatro bilhões, quatrocentos e cinqüenta eseis milhões, seiscentos e cinqüenta e dois mil, vinte cruzeiros e dezessetecentavos), CrS4.441.651.200,00 (quatrobilhões, quatrocentosequarentae um milhões, seiscentos e cinqüenta e um mil e duzentos cruzeiros) sejamincorporados ao atual capital social da Companhia, que passará de CrS8.709.120.000,00 (oito bilhões, setecentos e nove milhões e cento e vintemil cruzeiros) para CrS 13.150.771.200,00 (treze bilhões, cento ecmqüen-ta milhões, setecentos e setenta e um mil e duzentos cruzeiros), sem emis-são de novas ações, e com a alteração do valor nominal de CrS 2,00 (doiscruzeiros) para CrS 3,02 (três cruzeiros e dois centavos) em consonânciacomos§§ 1?e2° do artigo 167 da Lei 6.404, de 15.12.76, passando o artigo5o do Estatuto a vigorar com a seguinte redação: "ART. 5? - O capital daCompanhia, integralmente realizado, éde CrS 13.150.771.200,00 (trezebi-lhões, cento e cinqüenta milhões, setecentos e setentae um mil e duzentoscruzeiros), dividido em 4.354.560.000 (quatro bilhões, trezentos e cin-qüenta e quatro milhões e quinhentos e sessenta mil) ações ordinárias dovalor nominal de CrS 3,02 (três cruzeiros e dois centavos) cada uma". Riode Janeiro, 30dejaneircfde 1981. (as.) Alan Charles Long, Kenneth MurraySumner, Bruce Randolph Strachan Donald, Kenneth Henry Lionel Light,Michael Edward Crawshaw, Trevor John Green, Nelson Bennemann, Al-fred Michael Heath, Robinson da Silveira Gil. Terminada a leitura, o Presi-dente submeteu-a à discussão e votação, tendo sido a mesma aprovadapor unanimidade com as devidas abstenções legais. Por derradeiro, afir-mou o Presidente, quanto ao item IV da Ordem do Dia, que era da compe-tência da Assembléia, fixar a remuneração global anual dos Administrado-res e dos Membros do Conselho Consultivo. Por manifestação escrita daacionista Dra. Elizabeth Piovezan Benamor, o Secretário informou que amesma propunha que fosse aprovada e fixada em CrS150.000.000,00, are-muneracão global anual dos Administradores e em CrS 700.000,00, tam-bém global anual a dos Membros do Conselho Consultivo. Discutida e vo-tada foi a mesma aprovada com as abstenções legais. Ultimados os traba-lhos o Presidente facultou a palavra a quem dela quisesse praticar, e, comonada mais houvesse a tratar, e ninguém se manifestasse, o Presidente sus-pendeu os trabalhos pelo tempo necessário à lavratura da presente Ata,agradecendo a honrosa presença dos senhores acionistas. Rio de Janeiro,19de março de 1981. Robinson da Silveira Gil, Alan Charles Long, KennethMurray Sumner, Bruce Randolph Strachan Donald, Michael EdwardCrawshaw, Antônio F. de C. e Conde, Vasco Tristão Leitão da Cunha, Edgell Jason Rigby, Conrado Abad Panadero, Marcos Peroira Vianna, TrevorJohn Green, Fausto Garcia de Freitas, Kenneth Henry Lionel Light, LuizRoberto Lopes, p.p. João Adolpho P. da Cunha Saavedra - Luiz RobertoLopes, p.p. Eduardo Seabra Fagundes - Luiz Roberto Lopes, p.p. JúlioStudart de Moraes - Luiz Roberto Lopes, p.p. Miguel Reale - Luiz Ro-berto Lopes, p.p. Fundo Brascan de Investimentos DL 157 - Luiz RobertoLopes, p.p. Bechtel do Brasil Construções Ltda. - Luiz Roberto Lopes,p.p. Instituto Rhodia de Seguridade Social S/C-Luiz Roberto Lopes,p.p.Fundação Previdenciária IBM - Luiz Roberto Lopes, Armando PeixotoRocha, Oswaldo Rodrigues Alvarez, Mário Arnaud Baptista, p.p. Fundo deInvestimento Garantia - Antônio Jorge Vasconcelos da Cruz, Marina deSouza Salles, Nelson Bennemann, Rodolfo Mutzembecher Júnior, Amàn-dio da Silva Machado, p.p. Fundo de Inc. Fiscais Lar Brasileiro DL 157-DioJayme M. de Almeida - Fernando José de Lacerda Carvalho, Dio JaymeM. de Almeida, André de Araújo Vento, Nilson Saraiva Vaz, p.p. FernandoMachado Portella - Nilson Saraiva Vaz, Elizabeth Piovezan Benamor, Gil-son Buarque de Gusmão, Sérgio M. Brito, Vanderley Ventura, SydneyDitchfield, Reynaldo da Costa Couceiro, Alfred Michael Heath, p.p.Contab-Continental, Participações, Administração de Bens e Planejamen-to S.A. - Elizabeth Piovezan Benamor, p.p. Fundo de Investimentos Fina-sa,157 — Domingos Roque, p.p. Fundo de Investimentos Fmasa - Do-mmgos Roque, p.p-Fmasa Brasil S.A. Soe. Invest. DL 1.401 - DomingosRoque, Domingos Fioque, -George Cotgrave Sothers, Fernando José deLacerda Carvalho.

CERTIDÃOCERTIFICO que COMPANHIA SOUZA CRUZ INDÚSTRIA E CO-

MÊRCIO arquivou nesta JUNTA sob o n? 81071 por despacho de 24 demarçode 1981, da4? TURMA, A.G.O. de 19.03.81 que aprovou as contasdo exercício findo em 31.12.80, que aumentou o capital social para CrS13.150.771.200,00 com a correção da expressão monetária, alterou o art.5? do Estatuto Social, fixou honorários para os administradores e membrosdo Conselho Consultivo, tomou outras deliberações, do que dou fé. JUN-TA COMERCIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, em 24 de março de1981. Eu, JOCELINO L. DO NASCIMENTO escrevi, conferi e assino. Eu,LUIZ IGREJAS, Secretário Geral da JUCERJA, a subscrevo e assírio.Taxa de arquivamento - CrS 5.645,00Processo n° 10285/81

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8 — NACIONAL 1" Caderno Q sexta-feira, 27/3/81 D JORNAL DO BRASIL

Enchente mata 15 na Bahia e isola Itabuna e IlhéusParreira toma posse na TVE

Brasília — 0 secretário geral do MEC, Sérgio Pasqua-li, empossou ontem Roberto Parreira como diretor exe-cutivo da TV Educativa.

Declarou estar convencido de que "com toda a suacapacidade acumulada e enriquecida" o novo diretor"imprimirá ao Centro Brasileiro de Televisáo Educativao dinamismo e a modernização necessários para o cum-primento de suas funções".

O secretário gerai do MEC afirmou que de agora emdiante a TVE dará maior atençáo ao atendimento daspopulações e regiões carentes e deverá aprimorar suhs-tancialmente a oferta de supletivo para os que náoconseguirem permanecer na escola por tempo suficiente.No seu discurso de posse, Roberto Parreira afirmou queencara a televisáo como o espaço fundamental para adifusão da educação brasileira. Agradeceu a oportunida-de que lhe foi dada para desempenhar esta missão, queconsidera um desafio, c dar continuidade á obra doprofessor Gilson Amado, precursor da TVE.

— Acredito na TV como veiculo de atendimento àsmetas e propósitos do Ministro Rubem Ludwig no quediz respeito ao desenvolvimento do supletivo e do ensinode Io e 2o graus.

12a CJM julga líder ruralBrasília — O presidente da Confederação Nacional

dos Trabalhadores na Agricultura, José Francisco daSUva, será julgado no dia 0 de abril, na 12a CircunscriçáoJudiciária Militar, em Manaus. Está enquadrado na Leide Segurança Nacional porque participou de manifesta-çào em Braslléia, no Acre — junto com o presidente doPT, Luis Inácio da Silva, e o secretário-geral do Partido,Jacob Bittar — em protesto pelo assassinio do lidersindical Wilson Sousa Pinheiro. Vinte e uma federaçõesestaduais de agricultura divulgaram documento de 15páginas em que relatam violências cometidas contra ostrabalhadores e afirmam: "Os trabalhadores rurais doBrasil sentem que também seráo Julgados, como classeorganizada que reivindica direitos e defende interessespróprios." -

Favelados denunciam pressõesRecife — As pressões que vêm sendo feitas pela

administração do Parque Histórico Nacional dos Guará-rapes contra cerca de 5 mil 200 famílias de favelasexistentes na área e que estão ameaçadas de expulsãoforam denunciadas ontem na Comissão de Justiça e Pazda arquidiocese. A denúncia partiu de um grupo demoradores na presença do próprio administrador doParque, Júlio Roberto da Cruz. Ele negou as pressões edisse que a Secretaria do Patrimônio Histórico e ArtísticoNacional — SPHAN — responsável pelo Parque, nào abremão de uma das áreas invadidas pelos favelados, por serum monumento histórico. Ressaltou que tudo o que vemsendo feito para retirar esses moradores objetiva benefi-ciá-los, colocando-os numa área melhor, já escolhida peloPatrimônio.

Dom Ivo nega cardinalato agoraRoma — Recebido ontem por João Paulo II, Dom Ivo

Lorscheiter se disse, "como sempre, multo satisfeito efeliz com essa nova audiência", mas negou que durante aconversa de quase uma hora o Papa lhe tivesse acenadoou consultado sobre sua elevação a cardeal. "Possogarantir apenas que esta minha vinda a Roma" — disse opresidente da CNBB — "nào se relaciona com a minhaindicação para o cardinalato. Nào garanto que o Papa umdia nâo me faça cardeal, mas garanto que neste momentoignoro completamente qualquer intenção sua nesse senti-do. Não sei por que e quem anda propalando essa coisa."Desde domingo passado em Roma, e com viagem de voltaao Brasil marcada para hoje, Dom Ivo Informou aindaque "desta vez sua missão era a de entregar e comentar àsdiversas congregações pontifícias e ao próprio Papa orelatório conclusivo da recente assembléia-geral daCNBB, realizada em fevereiro passado em Itaicl".

CNBB elogia diálogo partidárioBrasilia — A tramitação da Lei dos Estrangeiros

através do diálogo interpartidário mantido pelo Ministroda Justiça, Abi-Ackel, com as oposiçóes, na opinião doSecretário-Geral da CNBB, Dom Luciano Mendes deAlmeida, é "positiva e deverá levar a uma elaboraçãomais adequada". Com isso, o bispo espera que a lei náoseja aprovada por decurso de prazo, como aconteceu noano passado.

Dom Luciano espera que a nova lei e sua respectivaregulamentação recebam um tratamento "magnânimo esemelhante ao da anistia para os casos anteriores à lei".Acha saudável o debate que está havendo em tomo daLei dos Estrangeiros e espera que chegue o quanto antesao Congresso.

Defesa inocenta Padre NacifBelo Horizonte — A defesa prévia do Padre José Nacif

Nicolau, Vigário de Tiradentes, apresentada ontem peloadvogado Luis Dângelo Pugliese ao Juiz da 2a Vara de SãoJoão Del Rei, proclama a inocência do acusado da práticado aborto, que matou, em 1978, Maria Auxiliadora daSilva, conhecida na cidade como Vininha. A defesa reaflr-ma que a confissão do crime feita pelo Padre ao delegadoTransvaal Bonfim e negada na Justiça ocorreu "sobpressão". O advogado Luis Dângelo arrolou oito testemu-nhas, das quais citou o nome do subgerente do Banco deCrédito Real de Sáo Joáo Del Rei, José Pinheiro, que teriasido visitado pelo Padre na festa de seu aniversário, dia 3de março' de 1978, a mesma noite em que Vininha, deacordo com as acusações, teria sido levada a Barbacenapelo Padre para ser submetida a aborto, cuja autoriaacabou sendo atribuída ao sacerdote.

Frei denuncia invasão de índioSão Luís — O frei capuchinho Mário Cortinovis

denunciou à Secretaria do Interior que os Índios guaJâia-ras das aldeias Cacumba Velha e Canabrava estão inva-dindo terras e assaltando roças dos posseiros no povoadode Alto Alegre, em Barra do Corda. "O clima ê tenso e osposseiros estão dispostos a reagir com violência aossaques e Invasões dos Índios", advertiu. Disse que oslavradores pediram providências aos postos da Funai, emBarra do Corda, mas foram aconselhados pelo chefe daSeção Dominlal de Demarcação de Terras Indígenas,Iamael Marinho Falcão, a nâo reagirem, "sob pena deserem processados e detidos pela policia".

Guilherme sugere melhor ensinoBrasilia — Ao encontrar-se ontem pela segunda vez

com o Ministro Rubem Ludwig, da Educação e Cultura, oescritor Guilherme Figueiredo, ao contrário da primeiravez, saiu satisfeito e disposto a bater um papo com osjornalistas presentes. Agradeceu ao Ministro a doação daantiga Faculdade de Odontologia à Unirlo, da qual éReitor, e deu algumas sugestões para melhorar o ensinobásico no país. Disse que, embora seja pequeno o orça-mento destinado à educaçào no Brasil, o MEC tem verbassuficientes para atender aos principais aspectos culturaise educacionais. Sugeriu a cobrança, pelo Estado, de umImposto de Educaçào àqueles de melhor renda, do qualseria dispensado quem assistisse uma criança carente. Oingresso do aluno na universidade seria feito mediante odesempenho demonstrado no decorrer do Io e 2o graus.

IAPAS é condenado por pensãoBrasilla — O Tribunal Federal de Recursos condenou

ontem o IAPAS a pagar a Valdelice Santos da Conceiçãouma pensão mensal, tratamento psicoterápico, despesascom exames radlograflcos, medicamentos e despesas deviagem e hospedagem, caso necessite de tratamentomédlco-clrúrgico fora de Salvador, Bahia, onde reside.Entendeu o TFR que ficou demonstrado que foram osegmento de agulha cirúrgica esquecido no ventre daparturiente e a ligadura de suas trompas, sem prévioacerto e preparo psicológico, a causa da perturbação desua saúde física e mental, com graves conseqüênciassobre sua vida familiar. Valdelice requereu a indenizaçãoalegando que se submetera a uma operação cesariana, em1971, no Hospital Sagrada Família, como segurada doINPS, quando foi esquecida em seu abdome uma agulhacirúrgica. Foi novamente operada por outro médico, semqualquer êxito, quando veio a saber que estava com suastrompas ligadas.

Itabuna (Bahiai — Com mais duasmortes em Itabuna c a retirada de trêscorpos dos escombros da barreira quecaiu na BR-101, Imediações do Munici-pios de Itajuípe, elevaram-se para 15 asmortes até agora no Sul da Bahia, com-pletamente atingido por chuvas e cheiasdos principais rios da região. As duasmais importantes cidades da região —Itabuna e Ilhéus — estão llhadas.

Em Itabuna, seis bancos nâo funcio-naram, oito presos da Delegacia de Cri-mes contra o Patrimônio foram libera-dos, os comerciantes começam a retirarseus estoques temerosos de saques, asrádios estão fora do ar e um orfanatocom 30 crianças e cinco freiras está ilha-do. Tudo isso se deve ãs chuvas e àenchente do rio Cachoeira. Estão ao de-sabrigo 7 mil pessoas.

Evitar saquesDas 15 mortes, seis ocorreram em

Itabuna, onde o rio Cachoeira chegou àAvenida Cinqüentenário, a mais impor-tante da cidade, e 150 soldados do Tirode Guerra se incorporaram aos 280 sol-dados da Polícia Militar para evitar sa-quês no comércio.

O Prefeito Fernando Gomes (PP> dizque a enchente deste ano está provocan-do conseqüências piores do que a de 67,

considerada a maior até agora. Classlfi-cou a situação de "a pior possível",

Para atender a milhares de flagela-dos, que, na realidade, são mais que onúmero oficial se computados os queforam para casa de amigos e parentes, aPrefeitura está distribuindo roupas e ali-mentaçáo. As provisões do Governo es-tadual para o Sul baiano não chegaramaté ontem à tarde.

Em Ilhéus pelo menos 50 casas rui-ram e 300 pessoas ficaram desabrigadas.A Universidade Sarfta Cruz foi Inunda-da, deixando 2 mil 800 estudantes semaula.

Cem toneladasNa barreira caída na BR-101, perto do

município de Itajuipe, subiu para nove onúmero de mortes, mas acredita-se quemais vítimas estejam sob mais de 100toneladas de terras caldas.

Os corpos identifloados são: Israeldos Santos, Eliário Longhl, Wagner Viei-ra Ferreira, Arnaldo Barbosa Santos,Joel Campos da Silva, Manoel Sirlaco daSilva, Ademário Joaquim dos Santos eNelson Souza Gomes. Quatro máquinaspesadas trabalham na desobstrução doKm 487, onde mais de 50 metros deasfalto foram tomados e, acredita-se, pe-lo menos três veículos estão sob os es-combros.

O aumento do volume do rio Jacuipe— um dos principais afluentes — elevoua vazão do rio Paraguaçú, que atingiu,na cidade histórica de Cachoeira, o seumaior pique na cheia deste ano, com asãguas chegando ao mercado e à Prefeitu-ra, a mais de 200 metros da margem.

O rio subiu 2,50m e atingiu as praçasde Curiachita e Ponte Nova, 13 de Maio,e 25 de Junho, a Rua 15 de Novembro e obairro da Faceira. O Secretário de Tra-balho e coordenador de Defesa Civil doEstado, Rafael de Oliveira, determinou avacinação da população contra febre ti-fólde.

Feira de SantanaAs chuvas diminuíram de intensida-

de em Feira de Santana, mas mesmoassim ocorreu uma morte na cidade. Amenina Mariana Gomes Porto, de 7anos, brincava no quintal de sua casa naRua Amazonas, bairro Capuchinhos,quando um muro desabou, atingindo-a.

Os bairros mais prejudicados pelachuva em Feira de Santana, desde ofinal da semana, foram os da periferia dacidade, como os de Quelmadinha, Tom-ba e Tanque do Melo. As águas dasenxurradas invadiram e derrubaram ca-sas deixando ao desabrigo mais de 100pessoas.

Itabuna (Bahia) — A Tarde

Moradores abandonam a cidade com a chegada das águas. Há 7 mil desabrigados

CTA prevê a volta da estiagemFortaleza — O Centro Tecnológico

Aeroespacial, de Sâo José dos Campos,prevê para o fim desta semana, ou, omais tardar, o inicio da próxima semana,o flm do atual periodo de chuvas noNordeste. Segundo o CTA, as frentesfrias estão prestes a desaparecer e aestiagem voltará.

A informação foi transmitida peloDeputado Dlógenes Nogueira, presiden-te da Comissão de Economia da Assem-bléia Legislativa. No entanto, a Funda-ção Cearense de Meteorologia informaque há uma grande massa de ar sobre aBahia, que começou a penetrar no Oestede Pernambuco e ontem alcançava o Sulcearense.

No JaguaribeOs técnicos da Fundação Cearense

de Meteorologia nào podem fazer previ-são meteorológica, mas usam as fotogra-fias do satélite apenas para fazer orien-tar a atividade de nucleação artificial.

Cerca de 1 mil pessoas foram obriga-das a abandonar suas casas na cidade deIguatu, 400 quilômetros ao Sul da Capi-tal, porque as águas do rio Jaguaribe, omaior do Estado, penetraram na árearibeirinha e avançaram até a área urba-na. O Prefeito Elmo Moreno informouque há 400 fartiillas precariamente aloja-das no Centro de Exposições Agropecuá-rias e em grupos escolares.

As chuvas que continuam a cair noCeará estão causando problemas à rederodoviária estadual e começam a inun-dar algumas cidades mais populosas.

O Departamento Autônomo de Es-tradas informou que algumas de suasrodovias mais importantes estão corta-das em vários trechos pelas águas queinvadiram o seu leito. Na BR-116, queliga Fortaleza ao Sul do pais, foi cons-truído um desvio na altura da cidade dePalhano, porque o riacho Palhano trans-bordou e levou uma parte da pista.

O açudeO Orós, o maior açude do Nordeste,

com 2 bilhões 200 milhões de metroscúbicos de água (volume superior ao daBaia da Guanabara), começou a sangraràs 15h de ontem. Há 15 dias, o Orós,construído no Govemo Kubitschek, acu-mulava apenas 1 bilhão de metros cú-bicos.

A barragem do açude de Orós foiconstruída em forma de ferradura. Elatem 56m de altura e uma extensão deaproximadamente 900 metros. Ao ladoda barragem, mas cerca de 10 metrosabaixo, foi construído o sangradouro,que dá vazào ao excesso de água acumu-lado sempre que o açude alcança a suaquota máxima de represamento.

A água que passa pelo sangradouro— que é todo revestido de cimento — cainovamente no Rio Jaguaribe, mas à ju-sante da barragem Isto é, adiante dela.Ao sangrar ontem, o açude de Orós esta-va acumulando 2 bilhões 200 milhões demetros cúbicos de água. A sangria doOrós é feita a céu aberto, porque o san-gradouro tem uma largura de 120 me-tros, a mesma do boqueirão entre duas

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Orós, o maior açude doNordeste, começou a sangrar

rochas onde se ergueu a gigantesca bar-ragem.

Sobre o sangradouro do Orós, oDNOCS construiu uma estrutura quereceberá, em alguns meses, as compor-tas metálicas, que, quando instaladas,permitirão a duplicação da capacidadede represamento. O sangradouro está nomesmo nivel da quota máxima do açudee por isso a sangria acontece normal-mente logo que o volume represado sejaexcessivo.

Ipojuca transborda em PernambucoRecife — As chuvas em Pernambuco

diminuíram de intensidade ontem, maso rio Ipojuca (que quarta-feira inundouas cidades de Bezerros, Caruaru, Prima-vera e Escada) transbordou à tarde, In-vadindo a localidade de Nossa Senhorado Ó, no Município de Ipojuca, a 43quilômetros da capital.

A Defesa Civil de Pernambuco nàosabe Informar o número de/pessoas desa-brigadas, mas a equipe de socorro aosflagelados estava tranqüila porque aprefeitura não pediu ajuda. Ontem cho-veu em 51 cidades, nas três regiões doEstado: zona da mata, agreste e sertão.

As chuvas nâo foram fortes em nenhumadelas.

Vizinha do marSegundo a Defesa Civil a cheia de

Ipojuca decorre do aumento do volumede água do rio em conseqüência daschuvas na cabeceira, no agreste. Com opassar dos dias, a tendência é a situaçãose tranqüilizar; uma vez que Ipojuca évizinha do mar, e do rio já fez todo opercurso.

A Defesa Civil informou que a situa-çào mais dramática é da cidade de Bom

Conselho, onde caiu uma tromba-d'águano inicie da semana, com seis mortes. Hávários distritos ilhados. O Govemo doEstado enviou, de helicóptero, gênerosalimentícios e roupas para os flagelados,até hã pouco castigados pela seca.

A população ribeirinha das cidadesde Bezerros, Caruaru, Primavera, Esca-da, Altinho, Palmares, Água Preta, Cor-tes e Santa Cruz do Capibaribe começoua carregar seus pertences de volta aoscasebres porque as águas dos rios Capi-baribe, Una, Ipojuca, Serinhaem, Piran-gi e correntes já baixaram. Em BomConselho há 70 casas destruídas.

"Folhinha Mariana" diz que vai nevarBelo Horizonte — A Folhinha Eclesiástica da Arquidio-

cese de Mariana, fundada por Dom Silvério há 110 anos eque se firmou como a bíblia dos agricultores mineirospara a previsão de tempo, iniciou a impressão de 600 milexemplares, para 1982, prevendo para março do ano quevem neve em algumas regiões do Sul do pais, incluindo oSul de Minas.

Os agricultores de Minas, Sul da Bahia, Goiás, SáoPaulo, Rio de Janeiro e Espirito Santo, que este anoenfrentaram um longo veranlco, em fevereiro e março, náoprecisam temer sua repetição em 82.0 diretor da EditoraDom Viçoso, Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho,disse que a Folhinha de Mariana prevê chuvas durantequase todos os três primeiros meses do ano, náo estandoafastada a possibilidade de enchentes.

Prognóstico perpétuoO cálculo do tempo, explicou o Cônego Vidigal de

Carvalho, se baseia no livro Lunário e Prognóstico Perpé-tuo, editado pela primeira vez em 1700 e reeditado doisséculos depois pela Livraria Chardrou, do Porto, Portugal.

O editar garante que a Folhinha de Mariana acertoutodas as previsões referentes ao ano passado. Mas admiteque, ás vezes, o agricultor náo interpreta corretamente asexpressões, como "tempo mudável", para o periodo de 21de março ao final deste més.

Este ano, pelo menos em Minas, a Folhinha acertou aprevisão de Janeiro, o mès mais temido pelos agricultorespor causa do tradicional* veranlco, que é quando o Soldomina o céu por dias seguidos, náo raro por todo o mès,tostando as plantações. Ela previu chuva, e choveu. Emfevereiro, quando de fato ocorreu o veranlco, a- Folhinhanào fala de chuvas. Registra "Sol entre nuvens", "trovoa-das", "bom tempo" e "tempo úmido".

Crendice popularEste mês, porém, ela fala em "chuva ou neve" nos seis

primeiros dias. Realmente choveu em algumas regiões. De7 a 13, "tempo vário"; de 14 a 20, "tempo incerto"; de 21 a31, "tempo mudável".

Essas expressões foram criticadas pelo diretor do 5°Distrito de Meteorologia, engenheiro Alberto Villas Bou-cada, que disse desconhecer o método da Folhinha e náoentende, por exemplo, o que significa "tempo revolto". Ad-mite, porém, que a publicação, que já chegou a tirar maisde 1 milhão de exemplares, "com a benção do Exmo e

REGULAMENTO DO TÜIPO

JANUHOiB» 1 ¦ i, yírito ou tanto*; Mi*1J, Impo tMotto; dss 14 • It), Ms»io cfiuwsxr di It • 11, Mapa» i*.rtXto.'CVtRUftO:Oo I • 4, Hl tnut Rumai *• I •11. liaxwttM: to 11 • 1», kon Mas-x>; to 1» • 11, tospo tarife.UARÇO:»|1U cjjsgj o« tor»; to í ¦ 11,totnpo «trio; «Han, Mr^c Ss>Mrto; to 11 • 11, Mapo autoral.MUI».:Da I a «, cdtna ou nato; to • a 11,k« totnpo; o« 11 a ta, ampa *¦*--•j. ii ii i », tampo btuaaa.UAIO:O* i a *, Morpo Ma a «aasaaa; to10 a ta, tampo tnaua; to II a M,j-mo ou umoatoa; to 17 a 11, Ias»X DOS*.JJNMOl

i 1 a «, tMststo laastilsii total*.•anpo aualatoi to 17 a M, (Mapa.«no; to M a M, axape «taata

JULHO:0« 1 a », impo IrtMOi to t a 11,dom tampo, to 17 a 14, tampo Int-tarai; da 15 ¦ II, tanspo awrta.AQOSTO:Da 1 a 7, Urapo Irlo; to 1 a It,ttmpo Irtsco; di 17 a 11. tampobom; d* 33 to llm. tempo t>nj*<o.aCTIUSRO:Da 1 a 5, saucUftfa da teeipo; to ea 11, bom tampo; to 14 a 11, diu-tt» o santo, to 13 ao lia*, lamp*ffludivatOUTUBRO:Da 1 a 1, tttnoo <lrlo, da ( • 11.taanpo liso: to 19 a 30, catai: da 31a 91. ohura eom «tnlomveiiiRO:Da I a 4, calmam?; dt i a 13, tam-po úmido a Irlo: da 11 a 30. tampooutalo; to 31 a 90, Itmpo tom.EZEUSRO:Da 1 ¦ 4, cíiijvt com vtntõ; <** 5 •It, isaaa a úmido; to 11 a 14, tam-po revolto; to 3S a 11. santo a tro-nadai

ORAÇÃO PARA OBTER A BEATIFICAÇÃO DE O. VIÇOSOSenhor Jesus Cristo, glória dos vossos sacerdotes, Bom i'astoc<jue datei a vida por voou ovelhas, nós vos agradecemos p«-ias virtudes * dons* com que vos dignastes adornar a alma du

Bevmo. Sr Arcebispo Dom Oscar de Oliveira", caiu na"crendice popular".— A Editora Dom Viçoso — disse seu diretor —contratou um detetive para investigar a autoria de falsifl-cações entre as que sio colocadas à venda nas bancas deJornais. Ainda nio há pistas. O cônego reclama principal-mente das modificações desonestas.

O primeiro editor da Folhinha, há 110 anos, foi Agripi-no Claudlno dos. Santos. Sua filha, Dona Lindinha dosSantos, professora primária aposentada, continuou suaobra, responsabilizando-se pelos cálculos. Quando faleceu,há poucos anos, foi substituída por uma sobrinha neta,cujo nome o cônego náo disse.

Para montar o prestigio da Folhinha, o cônego Vigidalde Carvalho lembra uma crônica de Carlos Drummond deAndrade no JORNAL DO BRASIL sob o titulo A BoaFolhinha. Ela, diz o poeta, "não quer iludir-nos com aspompas deste mundo. Adverte-nos que há dias de peuitên-cia e dias de abstinência, esta última comutada em obrasde caridade e exercícios piedosos"

Polícia se surpreendeucom apresentação de armasapreendidas em São Paulo

Sào Paulo — A apresentação dia 17, de sete armasde grosso calibre — duas metralhadoras de mão,quatros fuzis semi-automáticos Colt AR-74, fabrica-dos na Itália — pelo comandante do n Exército,General Milton Tavares de Souza, surpreendeu apolícia paulista. A polícia sabe que o n Exército vemapreendendo há três anos sem publicidade armamen-to contrabandeado para o Brasil.

No dia 18 de maio de 1978, o Departamento deMaterial Bélico do Exército descobriu e apreendeuum carregamento de armas, de grosso calibre, trans-portado de Miami para o Porto de Santos pelo navioSantos, de bandeira norueguesa. O destinatário dacarga ilegal era um alto funcionário da polícia paulis-ta ligado ao Secretário de Segurança da época: oatual Deputado Antônio Erasmo Dias (PDS-SP).Além das armas, a carga incluía 3 mil 500 balasacomodadas em 106 caixas.SIGILO

A apreensão das armas e ba-las foi mantida em sigilo. Damesma forma, nâo se divulgoua recente apreensão de um car-regamento de armas destina-do à costa do Espirito Santo einterceptado pelo Exército.Em todos esses casos, de 1978até hoje, os especialistas nàotèm condições de fazer qual-quer relação entre tais contra-bandos e grupos armados daesquerda clandestina.

Além do sigilo, nunca houvegrande Interesse por esses con-trabandos. Em 1973, por exem-pio, a carga foi interceptadaem maio, mas apenas em de-zembro uma equipe do n Exér-cito fez uma diligência no ar-mazém de bagagem da Com-panhia Docas de Santos, econstatou a existência dasarmas.

PRESENTES

Com a polêmica causada pe-Ia apresentação das sete ar-mas pelo chefe militar, o ex-Secretário de Segurança Eras-mo Dias reconheceu que pre-senteara policiais paulistascom os modernos fuzis Colt

AR-15, conhecidos por seremusados na série de televisãoSWAT.

Altas fontes da policia revê-laram ontem ao JORNAL DOBRASIL com quem estão osfuzis presenteados pelo depu-tado: com o empresário PauloSavaia, dono de uma empresade segurança, supostamenteligado ao SNI e em contatopermanente com o Departa-mento de Informações (DI) — oserviço secreto do DOPS; ecom o empresário Carlos Da-cache, dono da fábrica de du-chás Corona e apontado comouni dos financiadores da cam-panha política do Coronel re-formado do Exército à Câmarados Deputados.

Na policia, náo se sabe, po-rém, se o Deputado ErasmoDias adquiriu as armas comdinheiro próprio ou com ver-ba da Secretaria de que eratitular. Nào se sabe tambémda existência de qualquerdocumento de Importação ouautorização do Departamentode Material Bélico para a en-trada de tais armas no Brasil.Erasmo Dias reconheceu pos-suir uma arma idêntica às pre-senteadas.

Reitores entregam a Ludwigsugestões sobre carreirado magistério superior

Brasilia — O Conselho de Reitores entrega hoje,às lOh, ao Ministro da Educação, Rubem Ludwig,documento em que aponta as chamadas distorçõesdo decreto que dispõe sobre a carreira do magistériosuperior. O segundo relatório de sugestões dos reito-res será entregue ao Ministro em abril e refere-se àsreivindicações dos estudantes.

Embora o segundo documento ainda esteja emelaboração, o professor Dlógenes da Cunha Limaadiantou que, com base em relatórios entregues pelasuniversidades brasileiras, a posição final do Conselhode Reitores será contrária à do MEC, no que se refereà disposição do Ministério de não expandir o ensinosuperior no país.ENQUADRAMENTO

No primeiro relatório, os rei-tores solicitam ao Ministroque seja estendido aos profes-sores colaboradores, admiti-dos apôs 1979, seu enquadra-mento na classe de professoresassistentes, da mesma formacomo foram enquadrados osadmitidos antes desta data.Os reitores pedem também oenquadramento dos professo-res visitantes na carreira demagistério.

Querem que o Ministro lhesconceda o poder de autorizar oafastamento de docentes, poissó eles sabem das necessida-des prementes da universlda-de; e pedem que o tempo deserviço seja contado no Pro-cesso de Classificação de Car-gos. Reclamam uma melhor

definição do que seja Adminis-tração Acadêmica, e corrigemo Artigo 4 que trata das atri-bulções do corpo docente.

Quanto à decisão do MEC denão expandir o ensino supe-rior, os reitores pensam o con-trário e acrescentam que estedeve crescer, porém de umaforma redimensionada. Solici-tarào em caráter de urgênciaum estudo do credito educati-vo, de forma a continuar bene-ficiando o aluno e solucionar oproblema da inadimplência.

Outra sugestão dos reitoresé desativar uma boa parte doscursos da área humanistlca,saturados pela oferta de traba-lho; e em contrapartida fomen-tar os cursos de Ciências Exa-tas, o que, a médio prazo, dlmi-nulria as importações tecnoló-çicas.

Ensino básico temnovo secretário

Ao empossar ontem o novosecretário de Io e 2o graus, An-tônio de Albuquerque SousaFilho, o Ministro da EducaçãoRubem Ludwig mencionou aimportância do easino funda-mental.

Em seu discurso, Ludwig ci-tou as prioridades do MEC,entre elas a de assegurar aces-so ao primeiro grau a toda apopulação de 7 a 14 anos, ouseja: os 7 milhões de criançasque se encontram hoje à mar-gem da escola.

Reafirmou a necessidade deação integrada com outros mi-nistérios, para Implantar umsistema nacional de atendi-

mento que satisfaça sobretudoas necessidades alimentíciasda criança até seis anos deidade para que alcance umaproveitamento pleno no pri-meiro grau. Na opinião de Lud-wig, dessa assistência básicadepende em grande parte asolução para a atual evasãodas classes iniciais.

O novo secretário de primei-ro e segundo graus disse terconsciência da grande respon-sabilidade e do desafio que te-rá de enfrentar, principalmen-te em virtude da crescente ne-cessldade de recursos finan-ceiros.

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JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 27/3/81 D 1" Caderno NACIONAL — 9

Lojista teme que compradorreclame com o fornecedor

Recife — A parte do anteprojeto da Lei doConsumidor que mais preocupa os dirigentesde órgãos de classe do comércio é a que serefere ao direito do comprador de reclamarjunto ao fornecedor a reposição de produtosdefeituosos, admitiu o presidente da Confede-ração Nacional de Diretores Lojistas, LuisAntônio Pereira.

— Como poderá este mecanlsno funcionaré o que deveremos estudar em profundidade,porque não adianta nada uma lei que nâo sejaexeqüível, por isso, quinta-feira, estarão reu-nldos a Confederação de Diretores Lojistas,do Comércio e a Associação Comercial paraanalisar todos os aspectos deste anteprojeto,e levar nossas conclusões ao Ministério daIndústria e do Comércio.

Acrescentou o Sr Luis Antônio Pereira nâoser contrario à criação de associações deproteção ao consumidor, desde que sejamentidades físicas, sem fins lucrativos: "Emprincípio nós somos favoráveis a que o consu-

midor seja protegido, mas vamos ter queexaminar se o projeto foi conduzido de manei-ra adequada. É Importante que se leve emconsideração os complexos Interesses dlstin-tos dos três componentes do consumo, ouseja, o produtor, o distribuidor e o consumi-dor, e a lei só será justa se atender a estesInteresses."

O presidente do Clube de Diretores Lojis-tas de Recife, Valdomiro Barros Costa, achanecessária uma lei para proteger o consumi-dor, mas prefere nào comentar o anteprojeto,alegando que o setor de dirigentes do comer-cio sempre age em sintonia, por isso esperapela realização da reunláo na quinta-feira.

O vice-presidente da Confederação, e pre-sidente do Clube de Diretores Lojistas doMaranhão, Aroldo Cavalcanti, considera difi-cil colocar este anteprojeto em prática, sobre-tudo no que se refere às reclamações: "Nóstambém somos consumidores e desejamosver disciplinados o relacionamento entre oconsumidor e o revendedor."

Temporal pede qualidade definidaO vice-presidente da Associação Comer-

ciai do Rio de Janeiro, Amaury Temporal,está coordenando o trabalho de levantamen-to de sugestões dos associados sobre o ante-projeto de defesa do consumidor e aplaudiu adecisáo do Governo de colher a opinião dosInteressados; mas acentuou que todo o pro-cesso de defesa do consumidor começa com adefinição de qualidade.

A seu ver, Isso deve ser combinado entreprodutor e consumidor, sem o que a atribui-ção de qualidade industrial passa a ser mera-mente subjetiva. E lembrou que há muitotempo funciona com esse objetivo, e de ma-

neira adequada, a Associação Brasileira deNormas Técnicas (ABNT).

Amaury Temporal referiu-se às pesquisasIndicando que, de 1 milháo de empresas co-merciais existentes no Brasil, 96% tém menosde seis empregados e 99,5% menos de 50, paramostrar que micro e pequenas empresas náotèm condição de arcar com o problema danormalização e da qualidade.

Mas, o vice-presidente da ACRJ falou sem-pre em nome pessoal, deixando claro que aentidade aplaude o processo de consulta ado-tado pelo Governo, e que ainda está estudan-do o texto do anteprojeto para emitir umaoplniáo a respeito.

Mineiro condena o anteprojetoBelo Horizonte — "O anteprojeto da Lei

do Consumidor, elaborado pelo Ministro daIndústria e do ComérciOj está estatizando adefesa do consumidor, que perde as possibili-dades de reagir por conta própria. Sua flnali-dade é podar os Interesses do consumidor."

A opinião, do presidente da AssociaçãoBrasileira de Defesa dos Consumidores, advo-gado Danilo Santana, é compartilhada porRaimundo Mendes Ferreira, coordenador doPrograma do Consumidor da Fundação JoãoPinheiro, órgào de assessoria técnica do Go-verno mineiro, e pelo diretor administrativoda associação dos mutuários do Brasil, JúlioFerreira de Souza.

De acordo com Danilo Santana, os Artigos33 e 34 do anteprojeto, ao estipularem ascondições de organização de pessoal e asfunções das associações de defesa do consu-midor, tiraram qualquer poder de "exorbita-çâo" das entidades, que por isso "nâo seenquadrarão ao anteprojeto".

O Artigo 48 prevê entáo a sua extinção,o que è Inconstitucional, pois o Artigo 153 daConstituição, em seus Parágrafos 3o e 28°,estabelece que nenhuma associação poderáser dissolvida a nâo ser por decisáo judicial —disse o advogado, acrescentando que a asso-ciação não se vinculará às normas do ante-projeto e continuará a funcionar da mesmaforma. O advogado considera os 18 primeirosartigos "uma repetição do Código Civil emvigor, com alguns aperfeiçoamentos", Os 19 e2o sáo apontados por ele como "protetoresdos empresários, pois estabelecem um prazode 15 dias para reparar o bem defeituoso, aoinvés de determinar a sua substituição"

O consumidor ficará sem assistência em

órgãos do poder público, nos quais poderiareivindicar algum direito. A partir da vigênciada nova lei, todo o sistema de proteção doconsumidor será analisado por um ConselhoRegional e Nacional de Relações de Consu-mo, os quais serão criados para atender inte-resses políticos e econômicos do Estado —disse Danilo Santana.

O presidente da Associação dos Consumi-dores ressaltou que o Interesse dos empresa-rios é defendido de várias formas, por toda alegislação, mas o que se cogita é a adoção deum sistema de proteção ao consumidor, quese vê lesado por atividades desonestas dasempresas. "O que se propõe agora já nos foiencaminhado pelo ex-Ministro da Fazenda,Karlos Rlschbleter, em 1978, mas recusamos,por considerarmos necessário que a defesa doconsumidor náo tenha vínculos estatais, paranáo se corromper".

— A posição do Ministério, ao elaborar oanteprojeto, foi vertical, como tudo o que sefaz hoje no Brasil, pois os consumidores nàoforam ouvidos. Na criação do Sistema Nacio-nal de Relações do Consumidor nào notamosseriedade do Governo, mas sim uma decisãoclara de impor subordinação para a criaçãode novas associações.

O advogado Raimundo Mendes Ferreiraafirmou náo compreender a exclusão de re-presentantes dos Ministérios da Saúde, Agri-cultura e do Planejamento no Conselho Na-cional de Relações de Consumo, pois "elessào responsáveis pelo controle da qualidadede medicamentos, alimentos e jpela politicade preços. O Poder Judiciário também foiexcluído, mas é irrelevante, pois náo existemInstâncias especificas para decidir questõesentre comerciantes e consumidores".

Comércio quer manter garantiaBrasília — Mesmo reticente em comentar

os termos do anteprojeto de Lei do Consumi-dor, elaborado pelo Ministério da Indústria edo Comércio, o presidente da ConfederaçãoNacional do Comércio, Antônio Oliveira San-tos, considerou "inadmissível a transferênciada responsabilidade pela garantia do produtoda indústria para os empresários comerciais."

Manifestou preocupação com a introduçãode multas para os casos em que o fornecedornâo cumprir com as cláusulas contratuais,nào entrega da mercadoria no prazo previsto,por exemplo, onde as multas poderáo variarde um a 100 maiores valores de referência —MVM. Um MVM eqüivale a Cr$ 2 mil 900.

Segundo o Sr Oliveira Santos, toda e qual-quer proposta de legislação para a defesa doconsumidor deve levar em consideração asparticularidades do Brasil, na busca de ummodelo próprio, "sem a importação de filoso-fias exóticas".

A este respeito lembrou o caso dos Esta-dos Unidos, onde a proliferação de entidadesde defesa do consumidor e as medidas práti-cas adotadas em função de ações na Justiçatèm provocado um custo enorme para a eco-nomia norte-americana (em torno de 100 bi-lhões de dólares). Para o presidente da CNC, oBrasil, sendo um país pobre, não pode supor-tar ônus semelhantes.

Governo admite algumas mudançasBrasília — O secretário de Desenvolvi-

mento Comercial (CDC), Roberto NogueiraTeixeira, afirmou que deverão ser feitas modi-ficações em alguns dos artigos do anteprojetode Lei do Consumidor, de forma a atender àsreivindicações das classes empresariais. Asduas mudanças mais significativas se referem"ao processo de emissão das multas" e à"melhor definição de quem é o responsávelpela garantia do produto ao consumidor."

A Confederação Nacional do Comércio(CNC) manifestou ao Governo sua apreensãopelos termos do anteprojeto, em que as em-presas comerciais são as responsáveis pelagarantia dos bens vendidos quando, na verda-de, quem dã a garantia é indústria e não ocomércio.

Segundo o Sr Roberto Teixeira, o Gover-no, mesmo reconhecendo ser competência daindústria a responsabilidade pela garantiados bens duráveis vendidos pelo comércio,

quis "evitar que o comerciante abandonasseo consumidor no transcorrer dos prazos degarantia".

"O que desejamos", disse, "é que durante otempo da garantia as empresas de comérciofuncionem como uma espécie de "assessorasdo consumidor", evitando expressões tão co-muns após a venda de determinado produtoque apresente defeito durante a garantia:"Este problema não é conosco, procure orepresentante do fabricante".

Foi marcado para o próximo dia 9 de abrilum encontro dos presidentes da Confedera-ção Nacional do Comércio (CNC), da Federa-çào Nacional das Associações Comerciais edo Clube dos Diretores Lojistas, no Ministérioda Indústria e do Comércio, quando seráapresentado ao Govemo um documento con-tendo as sugestões do empresariado para oaperfeiçoamento da Lei do Consumidor.

Sílvio Cunha acha ônus "injusto"O presidente do Clube de Diretores Lojis-

tas do Rio, Sílvio Cunha, considerou Injustoque o Governo tenha feito recair sobre ocomércio o ônus de defesa do consumidor,argumentando que, como simples Interme-diários, não pode ser responsabilizado pelosdefeitos nos produtos que vende.

Queixou-se de que o anteprojeto de lei deproteção ao consumidor foi elaborado nosgabinetes do Ministério da Indústria e doComércio (MIC), em Brasüia, sem consulta àssugestões que o próprio CDL enviara em 1979,insistindo na necessidade de um controle dequalidade mais rigoroso por parte dos fabri-cantes e criando um código de ética parareger as relações entre comércio e indústria.

— Enfurnados em seus gabinetes em Bra-silia, os técnicos nào sabem que o comércio,por exemplo, náo pode reparar um eletrodo-méstlco vendido com defeito, sob pena de oaparelho perder a garantia. Da mesma forma,num momento em que a palavra de ordem éreduzir gastos, o anteprojeto pretende criaruma série de associações de consumidores eaté um Conselho Regional das Relações de

Consumo. O Ministro Beltrão deve estar de-sesperado com tanta burocracia — desabafouSílvio Cunha.

Ele enviou o anteprojeto aos associados doCDL e está esperando as sugestões para en-tão pedir ao Govemo modificações no docu-mento, provavelmente solicitando uma parti-clpaçào maior da indústria no esforço deproteção ao consumidor. No código de éticaqüe Sílvio Cunha sugeriu em 1979 ao MIC, umdos principais pontos era a reivindicação deque as oficinas de assistência técnica autori-zadas, mantidas pelos fabricantes, fossem de-vidamente aparelhadas para oferecer umbom serviço de manutenção aos consumi-dores.

Elas ficariam, por exemplo, obrigadas amanter um estoque de peças novas proporclo-nal ao índice de defeitos dos aparelhos quetivesse de consertar; teriam de atender emtrês dias úteis à solicitação do cliente e nàopoderiam ficar com o produto mais de cincodias úteis durante o conserto. O revendedordeveria também trocar o aparelho que acu-sasse defeito três vezes dentro da garantia.

CNC propõemodificaçãono reajuste

Brasília — "O Índice de llO^cdo INPC (Índice Nacional dePreços ao Consumidor) nàopode continuar a ser aplicadopor tempo indeterminado pa-ra os reajustes salariais dostrabalhadores situados na fai-xa de um a três salários mini-mos sob pena de subverter osistema econômico em que vi-vemos", afirmou o presidenteda Confederação Nacional doComércio, Antônio OliveiraSantos.

Numa reunláo de duas horascom o Ministro do Trabalho,Murilo Macedo, quarta-feira,o presidente da Confederaçãopropôs que até meados de 1982o reajuste salarial para a fai-xa de um a três salários mini-mos seja feito com base em105% ou até mesmo 100% doINPC, "de forma a evitar arotatividade de mão-de-obra eo impacto negativo do siste-ma nos índices de inflaçào".INFLAÇÃO ALTA

O Sr Oliveira Santos disseque a Confederação é "favorá-vel à manutenção do reajustesemestral e entende que a lei étecnicamente perfeita tendoem vista o alto índice de infla-çâo no pais". Disse que se ainflação "subir a 140%, a Con-federação proporá aumentosalarial trimestral".

Entende que a aplicação doíndice de 110% para os sala-rios de até três salários mini-mos, de seis em seis meses, é"uma função exponencial". Is-to é: "Os 110% sâo aplicadossobre salários reais, e, em seisanos, o indivíduo que hojepercebe um salário mínimopassará a receber 2,7 saláriosmínimos".

Lembrou que se for adicio-nado a este total o Índice deprodutividade de 4%, confor-me jurisprudência do Tribu-nal Superior do Trabalho, "es-te mesmo trabalhador passa-rá a receber em seis anos trêssalários mínimos".

Disse que a ser mantida asituação (aplicação automáti-ca dos 110% para quem ganhaaté CrS 17 mil 625) "haveráuma inversão da atual pirãmi-de salarial, com uma perda decontato com a base", tornandoa lei dos salários inviável doponto-de-vista econômico.Mas reconheceu que a fixaçãodo índice de 110% para quemganha até três salários mini-mos foi uma decisão "tomadacom o propósito de promovermelhor distribuição de rendae isto já está ocorrendo".

Macedo defendejornada menorSão Paulo — O Ministro do

Trabalho, Murilo Macedo, dis-se que as áreas industriaisapresentando maior índice dedesemprego são as de produ-çào de automóveis, autopeçase eletro-eletrônica. Ele acredi-ta que as negociações entremetalúrgicos e empresáriosem São Paulo continuam a sedesenvolver "num clima delealdade e não haverá greve".

Manifestou-se favorável àredução da jornada de traba-lho como forma de evitar de-missão de trabalhadores.A ESTUDAR

O presidente da Fiesp, LuisEulálio Bueno Vidigal, disseque "para evitar o desempre-go, a hipótese de redução dajornada de trabalho deve serestudada".

Preferiu não comentar aproposta de Lula, de incluir,em um acordo para reduçãodas horas de trabalho, a ga-rantia de estabilidade no em-prego por um ano:

— Isso já faria parte de umanegociação.

O empresário Carlos Fanu-chi tem "sérias dúvidas" so-bre a eficácia da redução dajornada de trabalho" em umpais que, como o Brasil, nãodispõe de mecanismo de so-corro como o seguro-desem-prego ou a compementaçáo desalários por fundos de asso-ciações ou por caixas do Go-verno.

Explicou que não se mani-festou como presidente doSindipeças, pois a situação decada empresa é particular.Disse que na sua industria nãoadotaria a redução das horastrabalhadas:"No primeiro momento to-dos ficariam conformadoscom a redução, mas, depoisdos primeiros 30 dias, quandoos operários receberem o sala-rio com redução de 25%, ven-do como é difícil pagar as con-tas, ficarão insatisfeitos. Pre-firo ter 1 mil 500 empregadossatifeitos do que 2 mil descon-tentes.

Os empresários poderão co-locar hoje na mesa de negocia-çôes com os metalúrgicos doABC e do interior do Estadouma contraproposta de au-mento, a titulo de produtivi-dade, de 8% escalonados. Ofi-cialmente, o Grupo 14, que,reunido, deu os retoques fi-nais no acordo, recusou-se aadiantar os percentuais de au-mentos, pois "não seria éticocom os trabalhadores", segun-do o coodenador do grupo, em-presário Nildon Masini.

Essa será a última propostapatronal.

Leia editorial"Solução Direta"

Exército divulga listade candidatos às25 vagas de General

Brasília — Reunido durante quatro horas, o Alto-Comando do Exército preparou a lista de candidatos às25 vagas de General a serem preenchidas dia 31 de março.Para as três vagas ao mais alto posto da hierarquia — o deGeneral-de-Exérclto — os mais votados foram os Gene-rals-de-Disivào Heitor Furtado Arnizaut de Mattos. TúlioChagas Nogueira e Heitor Luiz Gomes de Almeida. Hâsete vagas para General-de-Divisão e doze para General-de-Brigada.

Figuraram na lista de sete candidatos às três vagas,preparada pelo Alto-Comando, os Generais Hélio Galdi-no Martins (vice-chefe do Departamento de Engenharia eComunicações), que passou com a votação do 3o para o 4olugar, e o General Rosalvo Jansen. que da 5a colocaçãopassou para a 6a. Apôs a reunião, o Alto-Comando prestouhomenagem ao Chefe do Estado-Maior, General EmanlAyrosa da Silva que participou pela última vez da reu-niào, já que foi transferido para a reserva por força da lei.

Outros nomesAlém dos Generais Arnizaut de Mattos (vice-chefe do

Departamento de Ensino e Pesquisa), Túlio Chagas (Co-mandante da 2a Região Militar) e Heitor Gomes deAlmeida (Comandante Militar do Planalto), O Alto-Comando sugeriu, para as três vagas ao mais alto posto,os nomes de Hélio Galdlno, Henrique Beckmann Filho,Rosalvo Eduardo Jansen e Ènio Gouveia dos Santos.

Para General-de-Divisâo. onde hã sete vagas no qua-dro de combatentes, foram relacionados 15 Generais-de-Brigada e há previsão de promoção para os sete primei-ros, que sào os seguintes: Paulo Campos Paiva, HaroldoErlchsen da Fonseca, Ivan Dentice Linhares, EdisonBoscaccl Guedes, Jorge Frederico Machado de SanfAn-na, Alvir Souto, Newton Araújo de Oliveira e Cruz.

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LBA/funoação legião brasileira de ASSISTÊNCIA

SUPERINTENDÊNCIA ESTADUALDO RIO DE JANEIRO

EDITAL DE TOMADA DE PREÇOS N° 02/81

A Fundação Legião Brasileira de Assistência — SuperintendênciaEstadual do Rio de Janeiro torna público, para conhecimento dosinteressados, que até o dia 06 de abril de 1981 receberá propostas paraexecução de serviços de limpeza e conservação das dependências devários Centros Sociais.

O Edital está a disposição na Rua de Santana. 165 — 10° andar,Cidade Nova. Rio de Janeiro. RJ para firmas com especializaçãocomprovada no ramo.

A presente Licitação será regulada pelas normas contidas no Titulo XIIdo Decreto Lei n° 200. de 2502.67.

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Etapa VencidaA circunstância de ser o Sr Leonel Brizola um

ex-cassado e, mais do que isto, uma das figurascentrais do tumulto político em meio do qualocorreu a intervenção revolucionária de 1964, con-fere a seu encontro com o Ministro da Justiça umaexpressão especial, que a ambos, aliás, não escapoue a nenhum dos dois inspirou palavras de valoriza-ção excessiva. Tudo tem sua medida. E o processode abertura há de ser mensurado aos poucos, dadoo seu caráter gradual, pela soma dos atos e dos fatosdesencadeados por ele. Cada um destes, no entanto,comporta avaliação à parte segundo sua dimensãoparticular — o que não deixa de ser um métodopara chegar ao todo sem perder a visão nítida dosdiferentes aspectos.

Neste sentido, náo há como deixar de distin-guir entre este último encontro e as conversaçõesanteriores mantidas com outros dirigentes oposicio-nistas, como o Senador Tancredo Neves e o Deputa-do Ulisses Guimarães. 0 objetivo é o mesmo:remover as minas que pareciam tornar intransitá-veis certas área» interpostas entre o Governo e asrepresentações oposicionistas, que até determinadafase não chegavam a admitir, de parte a parte,qualquer esforço para desinterditá-las e por elasabrir canais necessários de comunicação. Se ainiciativa partiu do Governo, que lidera o movimen-to de retorno à democracia, deve-se creditar àquelesdois dirigentes a primeira contribuição para aretomada de uma prática democrática sem a qualseria difícil continuar teorizando sobre o regime arestaurar.

Apesar das dificuldades que imobilizaramdurante uma década de autoritarismo todas asforças que aspiravam a lhe fazer contraste veladono Congresso, os presidentes do PP e do PMDBtiveram sua presença como que toleradas nesses 10anos e puderam caminhar com mais naturalidade aoencontro proposto no campo governamental. Nocaso do presidente do PDT, o caminho a percorrerera o mesmo, mas bem diversas as condicionantes

psicológicas do percurso, do ponto-de-vista de am-bos, tanto do Sr Abi-Ackel como do Sr LeonelBrizola. Esse encontro ofereceu de especial, primei-ro, a constatação de que a anistia não se limitava aseus efeitos gerais — no universo que espontânea-mente se vai organizando com o ressurgimento dosPartidos — mas testava de modo direto a memóriado Governo em relação aos fatos teoricamenteapagados nela para pôr à prova a eficácia integraldo primeiro e mais característico ato da aberturasob a Presidência Figueiredo. E, em segundo lugar,foi útil para demonstrar, inversamente, que um ex-cassado e pretendente à liderança de uma força deOposição não hesitava em corresponder ao gestogovernamental com outro, equivalente pelo conteú-do e até pela e.xterioridade que no caso tambémfuncionaria como documento visual oferecido ànação.

Foi politicamente inteligente a idéia de limitaresses primeiros contatos a um problema específico,mais fácil de abarcar e mais difícil de ser negativa-mente explorado, se é que ainda existem os que emcerta etapa costumavam explorar contra a aberturado regime os atos naturais praticados em seu nome.E foi adequado o dimensionamento do episódio, queo Ministro da Justiça viu apenas como tentativa derenovação dos métodos políticos e ao presidente doPDT inspirou simplesmente um sentimento de espe-rança: a esperança de que sua presença numgabinete governamental tenha sido o marco desuperação ';de um período de ressentimentos noqual a Oposição era vista como inimiga e não apenascomo adversária natural do Governo".

Se terminou a fase dos ressentimentos, o»próximos passos da Oposição e do Governo é quevão dizè-lo. Mas já se pode afirmar, pelo menos, tersido vencida a fase do constrangimento a que ambosdavam nomes diferentes para evitar o entendimentonecessário à elaboração de um bom projeto demo-crático, representativo da vontade da nação.

Solução DiretaRende-se o Governo à evidência de que a sua

política de salários passou à fase desempregadora.Asfixiados pelos percentuais que se restringem asemestres, as folhas de pagamento abrem a válvulada demissão para as empresas poderem sobreviver.O principal artífice da fórmula dos aumentos sala-riais inflacionários, o Ministro Murilo Macedo,hasteou a bandeira branca: admite a redução dajornada de trabalho como fórmula para conter adispensa de trabalhadores.

Está implícito no raciocínio do Ministro doTrabalho o reconhecimento de que as demissões sâoo resultado da política salarial reajustada porvalores que se sobrepõem ao nível da inflação. Valedizer: realimentadores da inflação, pelo lado doscustos, e apenas ilusórios no que diz respeito aopoder aquisitivo dos assalariados. O que o Governooferece a inflação retira ainda mais depressa. Mas ocusto transfere-se inexoravelmente para a contabili-dade das empresas, como um acréscimo da cargainfiacionária já insuportável.

O mais elementar bom senso aconselha aeliminação do desemprego na fonte. E na políticasalarial, portanto, que deveria ser preliminarmenteanulado o desemprego maciço. O Ministro Macedoprefere, no entanto, salvar a aparência do irrealis-.mo salarial que manieta o. Governo com a reduçãoda jornada de trabalho. E uma solução muito piorporque absorve a idéia de crise, que poderia sereliminada pela revisão da política salarial.

A lei — a cuja sombra frondosa se acomodaagora o Ministro do Trabalho — admite a reduçãoda jornada de trabalho pelo entendimento diretoentre as partes. Mas não muda o quadro empresa-rial e trabalhista subjugado por uma política sala-rial economicamente condenada e socialmente injus-

ta. Já quev as empresas e os empregados sãochamados a resolver problemas que o Governocriou por não levar em conta as advertências,podem aproveitar sua capacidade de negociaçãopara chegar à raiz do equívoco: fica ao alcance dasduas partes a iniciativa de se anteciparem aoquadro de desemprego em massa. E mostraremcompetência em redesenhar a política salarial paraa realidade brasileira.

Será uma lição de maturidade econômica esocial ao Governo se empresários e sindicatos detrabalhadores se ajustarem por uma visão socialobjetiva sobre o que deva ser uma política desalários. Em lugar de gerar desemprego.e terem desomar esforços para atenuar as demissões em mas-sa, os salários devem voltar a ser instrumentonormalizador de um mercado de trabalho. O que osassalariados querem, em primeiro lugar, é que opoder aquisitivo de sua remuneração seja respeita-do. E para isso só compete ao Governo incumbir-sede sua obrigação: aplicar-se com mais lealdadecontra a inflação que começa na sua orgia de gastos.

Não é possível ouvirem-se no mesmo dia frasesportadoras de contradições flagrantes, como emduas oportunidades fez o Ministro do Trabalho.Declarar numa oportunidade que

"se há muitagente procurando emprego, por outro lado há muitoemprego procurando gente" e, noutra, que

"o"quadro de desemprego merece a mais séria atençãopor parte de trabalhadores, empresários e Gover-no". E demais: todos sabem que há desemprego. E acausa do desemprego é a política salarial. Se oGoverno não sabe ou não pode, as empresas e asentidades de empregados têm que saber e poderencontrar a solução.

Linhas CruzadasA política externa norte-americana torna-se

mais uma vez um terreno controvertido — o que éum penoso playback do que aconteceu na adminis-'tração Carter e é um problema duplamente sériopara um Governo que pretende recuperar o pesoinerente à presença americana no cenário mundial— patrimônio que o Governo Carter malbaratou deforma lamentável.

Esta foi, de fato, uma das plataformas básicasda candidatura Reagan: sair, no plano diplomático,de uma insegurança quase congênita, de uma deses-peradora hesitação, para uma postura firme ecoerente. A postura emergiu com os primeirospronunciamentos do novo Presidente e do seudesignado Secretário de Estado. Mas não só apostura continua a revelar-se incompleta — resu-mindo-se em duas ou três (se tanto) afirmaçõesenfáticas, sem chegar a compor uma política, comoa própria postura se vê de repente ameaçada pelosconflitos de jurisdição e poder que foram a peste dadiplomacia carteriana.

Não temos, ainda, o choque de duas persona-lidades. como o que opôs, com Carter, o AssessorBrzezinsky e o Secretário Vance. Mas o atualSecretário, Alexander Haig, já não se sente tão àvontade quanto no início da sua gestão, quando setinha como certo que ele não seria ameaçado peloAssessor de Segurança Nacional, Richard Allen. Eteria ficado particularmente incomodado, segundotodos os indícios, com a indicação do Vice-Presidente da República, George Bush, para che-fiar uma "equipe de crises" da Casa Branca,destinada a atuar em situações de emergência — oque engloba o plano interno e o externo.

Reagan não estará — pois náo é de todo o seu

feitio — jogando assessor contra assessor. Umahipótese é a de que ele estaria chamando a atençãopara o fato de que pertence a ele, em última análise,o comando da diplomacia norte-americana — e deque a tremenda autoconfiança do General Haig devesaber manter-se dentro de certos limites.

A "equipe de crises", entretanto, embora nãoconstitua de fato novidade na administração ameri-cana, é um mecanismo que pode complicar a difícilreestruturação diplomática tentada pelo novo Go-verno, e que depende muito de linhas claras evontade firme.

Os EUA jogam, afinal, um jogo pesado desti-nado a conter o desembaraço cada vez maiordemonstrado em tempos recentes pela equipe doKremlin. Não podem jogar esse jogo sozinhos;necessitam — o que é um jogo igualmente difícil —carrear para a sua estratégia uma Aliança ocidentalque atravessa momentos de perplexidade, emborareagindo favoravelmente às linhas mestras da novapolítica norte-americana.

Essa adesão européia — e a própria irradia-ção mundial que a política de Reagan pretendeobter — tornar-se-á altamente improvável se opróprio Governo norte-americano transmitir inse-gurança e indecisão. Tão grande é o compromisso deReagan no sentido contrário, que é difícil imaginaruma extensão indefinida dessa "crise de competên-cias". A crise existe, entretanto — deixando aimpressão penosa de que o Governo Reagan estáatrasado em uma série de definições cruciais. Tantomais cruciais quanto o ímpeto soviético ainda nãoparece abrandado: no plano diplomático, a Europaestá sendo submetida a um vigoroso "fogo debarragem" que só pode aumentar uma indefiniçãoquase crônica.

Velhos VíciosDepois de ter dado dois passos à frente, na

invasão do espaço privado, o Governo recua umpasso. É melhor do que se tivesse cavado trincheiraspara resistir às ponderações que se ouviam como um.coro nacional.

Devolve o Governo às entidades de assistênciae formação profissional, mantidas pela iniciativaprivada, a receita de seu sustento. Mas se apropriado adicional criado na contribuição das empresas,por força do velho hábito: esconder suas falhasfinanceiras com aumento de contribuição alheia.

Por mais que o recuo oficial tenha umacomponente de respeito pelo clamor suscitado, éoportuno aprender que a mobilização da sociedade• o mais importante fator de persuasão. A iniciativaprivada e todas as entidades precisam assimilar alição e aplicá-la em escala, para que este país possavir a ser a democracia que pretende. Para merecê-latem que saber usar as armas democráticas.

No mesmo dia em que o Governo atendia àsentidades de classe dos empresários, o MinistroMurilo Macedo dizia — ao empossar os novosmembros do Conselho de Mão-de-Obra do Ministé-rio do Trabalho — que o Senai deu formaçãoprofissional a 730 mil alunos em 1980 e o Senachabilitou outros 800 mil ao trabalho qualificado.

E inacreditável que o Governo, destituído dequalquer capacidade de competição, tenha preten-dido substituir com reconhecida incompetência essemecanismo de formação profissional administradopelo setor privado. Sabe-se porém que. cego pelodéficit da Previdência Social, cogitava o Governoapenas de embolsar recursos para pagar dívidas quese amontoam. Para em seguida recomeçar a cons-truir outros déficits ainda maiores, porque é aíndole da nossa Previdência fazer déficits e dar-lhesdevotada assistência, como se fosse essa a própriarazão previdenciária do Estado.

Chico

Alerta geral! Fomos invadidos!

CartasUm Partido de massasO Informe JB de ontem dedicou a sua

primeira nota à caracterização da hete-rogeneidade dos quadros politicos doPMDB, Partido do qual sou fundador. Ocomentário ê Ilustrado com a declaraçãoque o ex-Deputado Hercules Corrêa e eu,nada tendo em comum, não deveríamospertencer ao mesmo Partido. E é verda-de: pertenço ao PMDB e o ex-DeputadoHercules Corrêa ao PC.

A referencia me oferece a oportunida-de — que certamente o JORNAL DOBRASIL nâo me negará — de esclarecer,nâo só a natureza das relações entre oPMDB e o Partido Comunista, como osentido programático de compromissopartidário.

O PMDB recebe de braços abertostodos os brasileiros que adotem o seuprograma. E o seu programa apontapara a construção de uma sociedadedemocrática e pluralista, a ser alcança-da por melo de uma transição pacíflca.Nâo sendo Partido totalitário ou tutela-do, o PMDB não pede atestado ideológi-co a ninguém.

Comunistas de várias matizes tam-bém tèm procurado, entre oa tros Parti-dos, o PMDB. Sua filiação tem sidoaceita, sempre que preenchido o pré-requisito indispensável do compromissoprogramático. Os comunistas sáo admi-tidos como hóspedes no PMDB, enquan-to forem, na prática, fiéis aos ideaisdemocráticos do Partido oposicionista, eenquanto forem impossibilitados, por leiantidemocrática, de se organizarem le-galmente em seu próprio Partido, aocontrário do que sucede em qualquerdemocracia moderna.

O Governo proíbe a legalização deum Partido próprio dos comunistas por-que os querem dentro do PMDB. comoforma de poder estigmatizar o Partidode oposição, tomando-o inassimilávelpor setores anticomunistas, no intentode inviabilizá-lo como alternativa de po-der. Esta chantagem demonstra que aoGoverno não interessa a clareza pedagó-gica de um verdadeiro pluralismo.

O PMDB defende a legalização doPCB, porque luta por uma sociedadedemocrática onde prevaleça a livre eespontânea organização de todas as cor-rentes de pensamento.

O sofisma que nega liberdade aosconsiderados liberticidas abre o perigo-so precedente de nos arvorar em árbitrosdas opiniões alheias, substituindo o elei-torado no seu inalienável direito de esco-lher, atalho mortal para as variadas for-mas de regimes autoritários e liberti-cldas.

O PMDB não é um Partido uniforme,tampouco um Partido sem face. OPMDB é um Partido heterogêneo por-que é um Partido democrático, que tole-ra e mesmo estimula internamente aemulação de idéias, condição primeirapara quem quer gerir democraticamentea sociedade. Nisso é diferente dos Parti-dos que, sufocados pelo centralismo bu-rocrâtico. se caracterizam pela unaninü-dade totalitária. E se distingue dos Par-tidos que, subservientes aos donos dopoder, suprimem pela ameaça ou pelacooptação, via corrupção, as manifesta-ções daqueles que buscam dignamente afidelidade ao seu programa oficial.

O PMDB é um Partido heterogêneopor ser um Partido de massas. O seuprojeto promove a aliança de setoresamplos e diversificados do corpo social,unificados pelo interesse comum e rnsOo-ritário de democratizar a sociedade e oEstado. Não comete o equivoco de seconstituir de forma classlsta, nem tam-pouco amorfa, buscando ser o que nunca-tivemos nesse país: um Partido demassas.

O PMDB nâo se pretende um Partidode vanguarda, que messiânica e paterna-listicamente se apresenta para conduziro povo a modelos de sociedade pré-determinados. Não é um Partido popu-lista, que manipula o pobre no interessedo rico, nem se confunde com um Parti-do classista, que, desconhecendo a cor-relação de forças, fraciona setores so-ciais interessados na democratização deum regime ainda autoritário. Nada tem aver com um Partido que, no Govemo,não governa, abdicando do propósito edever primeiro de um Partido político: ode governar.

A bitola autoritária, com sua intole-

Ê.Jmm^3

rância congênita e sua aversão ao dife-rente, não consegue ver que o que agluti-na e tipifica o PMDB ê o compromissomaior de seus militantes com a democra-cia, vista como unidade na diversidade,como fraternal competição de idéias dehomens livres, de homens sem verdadesdefinitivas ou fórmulas sociais pré-concebidas.

Neste sentido, o perfil do PMDB énítido. E sua prática é coerente com seuprograma, que sem ser uma camisa deforça totalitária, também nâo é um si-mulacro eleitoreiro que abrange, um pu-nhado de liberais complascentes, e umalegião de servidores do príncipe, semprincípios e sem espírito público. Rafaelde Almeida Magalhães — Rio de Ja-neiro.

O campo de MajnoonO Caderno Es-

pecial doJORNAL DOBRASIL d.e22/2/81 publicouartigo que apre-

/• ^^ senta o engenhei-VEL ro Edson Curi Ka-I Ikl cham. e x -

dB _*« .-.-. empregado da Pe-trobrás. como "odescobridor deMajnoon".

2. Com a intenção de informar aosleitores deste jomal. e manifestar o reco-nhecimento da companhia ao trabalhoeficaz dos técnicos brasileiros, que levouà descoberta do maior campo de petró-leo dos últimos 12 anos, esclarecemosque a localização de uma jazida serásempre o resultado de um esforço con-junto envolvendo geólogos, geofisicos eengenheiros, apoiados por uma série deoutros profissionais.

3. Jamais poderá ser individualizadae muito menos creditada apenas a umengenheiro de perfuração, cargo queexercia na empresa o senhor Edson CuriKacham. Esta categoria profissional,das mais Importantes dentro da indús-tria do petróleo, recebe dos geólogos egeofisicos a localização do ponto em queserá realizada a perfuração e a que pro-fundidade deverá ir o poço.

4. Determinada esta locação o enge-nheiro de perfuração escolherá as melho-res técnicas e equipamentos para seatingir o objetivo no subsolo.

5. Assim, na época da descoberta deMajnoon, o Sr Kacham era apenas umdos integrantes de uma ampla equipe,parte trabalhando no Rio e parte noIraque. A equipe que se encontrava noIraque era comandada por um gerentegeral e constituída de gerente de expio-ração (encarregado de orientar e direcio-nar a pesquisa do petróleo), gerente dematerial, gerente financeiro, gerente ad-ministratlvo e gerente de perfuração(cargo entáo ocupado pelo eng. Ka-cham).

6. A sonda que perfurou Majnoon-1chegou ao Iraque em março de 76. Ostestes do poço foram iniciados em junhoe somente concluídos em dezembro. Po-rém o eng. Kacham deixou o Iraque emsetembro, antes de ter sido concluído opoço descobridor daquele campo. Naverdade a descoberta deste campo gi-gante nào se deve exclusivamente aosprofissionais que estavam fisicamenteno Iraque naquela ocasião, porque ou-trás equipes de abnegados técnicos esti-veram naquele país, desde 1972. ao ladodaqueles que, no Rio de Janeiro, efetiva-vam os estudos interpretatlvos que per-mitiram a locação do poço descobridorde Majnoon.

7. A estes técnicos poderiam ser cre-ditados os méritos especiais, se esteshouvessem naquela descoberta. Porémnem mesmo estes brasileiros que partici-param da decisão de escolha do pontoque depois virou poço e culminou com aelevação do maior campo petrolífero dadécada de 70 se consideram descobrido-res de Majnoon.

8. Suas decisões só foram possíveisporque se basearam, necessariamente,em dados elaborados e interpretados poroutros colegas dentro de uma Integraçãonormal e cotidiana que existe na indús-tria do petróleo desde a sua origem, hámais de 120 anos. Assim, em nome demais de uma centena de descobridoresde Majnoon que se mantém no anônima-to, preferindo creditar os méritos ao de-

senvolvimento da tecnologia brasileira,encarecemos a publicação destes escla-reclmentos. Celso Luiz Mansur, chefe-adjunto pchefe do Serviço de Comuni-caçào Social da Petrobrás — Rio deJaneiro.

Desvio de cruzeirosA Companhia Souza Cruz publicou

recentemente anúncio onde pergunta:"Para onde vai o lucro da Souza Cruz?"E passa então a dissertar sobre os milha-res de empregos que gera direta e Indlre-tamente. E finaliza: "É assim que a Sou-za Cruz entende o lucro, uma forma deproduzir mais. E poupar".

Parece-me que não existe dúvidaacerca da importância econômica dessae outras empresas do setor no Brasil.Gostaria apenas de lembrar dos bilhõesde cruzeiros que são desviados mensal-mente dos rendimentos de milhões debrasileiros para alimentar um vicio quecomprovadamente causa males, muitasvezes Irreversíveis à saúde, fazendo comque esses mesmos cidadãos gastem ou-tros milhóes de cruzeiros para (quandoainda 6 possível) recupera-la. Álvaro Mi-lanei Júnior — Rio de Janeiro.

ProstituiçãoEm nome dos usuários do ponto de

ônibus da Rua Senador Dantas, peço àsautoridades que impeçam as prostitu-tas. que ficam encostadas na Casa Be-moreira e Cine Vitória, de não trabalha-rem no horário de 8 às 22h, a fim deevitar ás pessoas que voltam de seutrabalho diário o vexame de presenciar oassédio acintoso que fazem aos seus pre-tensos clientes. O número delas estáaumentando assustadoramente e já éhora de terminar com tal estado de coi-sas. Afinal, ali ie naquele horário) é umponto de várias linhas de ônibus e náolocal para tal tipo de atividade! MariaLygia Cerqueira — Rio de Janeiro.

O grande passoO diálogo iniciado entre o Governo e

Oposição, através dos líderes dos Parti-dos no Congresso Nacional, constitui umgrande passo encetado no sentido doprocesso de abertura. A hora bastantedifícil que atravessa a naçáo. principal-mente no campo econômico e social,requer um total desarmamento de espí-ritos de todas as forças vivas, em razáodo aprimoramento das instituições de-mocráticas, visando às eleições gerais de1982, ocasião em que Governo e Oposi-ção seráo julgados nas umas. HerderMartins — Niterói (RJ).

As cartas serão selecionadas para publi-cação no todo ou em parte entre as quetiverem assinatura, nome completo e legí-vel e endereço que permita confirmação

prévia.

CorreçõesO JORNAL DO BRASIL publi-

cou na edição de ontem que o Pas-sat do publicitário Eduardo Tino-co. roubado na noite do dia 25, templaca RJ MV-0569. Foi um erro. Ocerto é RJ PT-0269.

O titulo da notícia sobre a Swis-sair (página 24 da edição de ontem)não corresponde ao expresso notexto. O correto é: Swissair quereliminar prejuízos nas rotas doAtlântico Sul.

Na noticia sobre o congressodos cafeicultores em Poços de Cal-das (edição do dia 22 passado), onome do presidente da Cooperati-va dos Cafeicultores de Maringáfoi publicado errado. O certo éConstando Pereira Dias.

JORNAL DO BRASIL LTDAAvenida Brosil, SOO — CEP 20 940 — Rio deJoneiro, RJCaixa Postal 23 100 — S. Cristóvão — CEP20 940 — Rio de Janeiro. RJTelefone — 264-4422 (PABX)Telex — (021) 23 690, (021) 23 2ó2. (021)21 558SucursaisBrasília — Setor Comercial Sul (SCS) —Quadra I. Bloco K, Edifício Denosa, 2o ardor— telefone: 225-0150 — telex-, (061) 1011São Paulo — Avenida Paulista, 1 294. IS"andar — CEP 01310 — S. Paulo, SP —telefone: 284-8133 (PBX) — telex: (011)21061, (011) 23038Minas Gerais — Av. Afonso Pena, 1 500. 7oandar — CEP 30000 — B. Horizonte, MG —telefone; 222-3955 — telex: (031) 1262Paraná — Rua Presidente Fonan, 51, Cj1.103/1 105 —CEP 80000 —Curitiba, PR —telefone: 24-8783 — telex: (041) 5088R. G. do Sul — Rua Tenente-Coronel Correialima, 1 960.'.Zorro Sta Teresa — CEP 90000

Rio de Janeiro, 27 de março de 1981Porto Alegre, RS — telefone: 33-3711 (PBX) Serviços especiais— telex: (051) 1017 BVRJ, Le Monde. The New York Times,Bahia — Rua Conde Pereira Carneiro, s/n Un:con.Pernambués — CEP 40000 Salvador. BA RIO DE JANEIRO — MINAS GERAIStelefone: 244-3133 —telex: (071) 1095 Entrega Domiciliar Telefone: 228-7050Pernambuco — Rua Gonçalves Moio. 193 3 meses Cr$ 2.080.00Boa Vista — CEP 50000 — Recife. PE ómeses OS3.900,00telefone: 222-1144 - telex, (081) 1247 SA0 p*ULO — ESPIRITO SANTO

Correspondentes nacionais \nUa*° °°™^«"

Acre. Alagoas. Amazonas, Ceará. Espinto 3 me5es OS 2.200,00

Santo, Goiás, Maranhão, Maio Grosso, Mato e*]ÜÜÍm_. V^nté __.omÂ?A_2?_?,?Grosso do Sul. Pará, Paraiba. Piauí, Rio ?A.LVAD°R

-„JE0UIE ~ FLORIANÓPOLISGrande do Norte, Rondônia. Santa Catarina, *n,">9a Dom,eil,ar

Sergipe 3 meses CrS3.000,00

, . ómeses OS5.800,00Correspondentes no exterior ESPÍRITO SANTO — RIO DE JANEIRO —Beirute (Líbano) Bonn (Alemanha Ocidental), M|NAS GERA)S _ SÂ0 pAUL0Buenos Aires (Argentina), Lisboa (Portugal), Entrego PostalLondres (Inglaterra), Moscou (URSS), Neva ,„„. r - , 7nr, 0nIorque (EUA). Paris (França), Roma (Itália), 6%& CrS 5 000 00Tóquio (Japão), Washington, DC (EUA). DEMAIS ESTADOS

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OPINIÃO — 11

Coisas da política

ABI e OAB reclamamajuda da Oposição

Flamarion Mossri

ESTA

na dependência da ban-cada do PMDB na Câmara oretorno dos lideres da Oposi-

ção às reuniões do Conselho de Defesados Direitos da Pessoa Humana. Abancada do Senado, por larga maio-ria, aprovou a volta do líder àqueleórgão, atendendo a apelos da ABI e daOAB, levados ao Partido pelo líderMarcos Freire. Votaram contra Teotô-nio Vilela, Pedro Simon, HumbertoLucena e Evandro Carreira. O presi-dente do Partido, Ulysses Guimarães,foi cientificado dos apelos e das ges-toes do Senador pernambucano.

Apesar da resistência, Marcos Frei-re expôs o problema ao seu colega naCâmara, Deputado Odacir Klein. An-teriormente, Klein — que alega náo tersido convocado para a última reuniáodo Conselho — dizia que nâo tomaria¦qualquer iniciativa para reabrir aquestáo na bancada. A ABI e a OABentendem que a Oposição parlamen-tar nâo pode mais se escusar a compa-recer ao Conselho.

Com o processo de abertura politi-ca em andamento, apesar das pres-soes, manifestações várias, junto à li-derança da Oposição, sustentam quetodas as faixas de atuação políticavoltam a ter sentido, inclusive no Con-selho de Defesa dos Direitos da PessoaHumana.

Como tem lembrado o lider do Par-tido no Senado, na medida do possi-vel, a OAB e a ABI, principalmente,têm sido eficientes no exercido darepresentação legal. A ausência doslideres da Oposição, membros natospor forma de lei, vem constituindouma limitação ao funcionamento doConselho. A ABI e a OAB sentem-sedesfalcadas nos debates, ainda sigilo-sos. E não há como o PMDB negarcredenciais às duas entidades na lutade resistência democrática neste pais.

Com o pluripartidarismo, náocusta lembrar, não existe apenas o'PMDB como Partido de oposição. Sónão é de oposição o PDS. Se o Partidodo Deputado Ulysses Guimarães abre

mão de sua representação naqueleórgão, o PP, o PDT e o PT poderiamser consultados. Até mesmo o PTB. OPMDB náo vai e náo deixa espaçopara outros irem.

Não hâ como alguns "patrulheiros"do seu Partido condenarem MarcosFreire, por ter entendido e atendidoaos apelos de anistiados, da ABI e daOAB. Se puxarem pela memória, lem-orarão que o atual líder do PMDB noSenado, quando vice-líder de PedrosoHorta, nos tempos heróicos do MDBna Câmara, foi o encarregado de de-fender a ausência do Partido no Con-selho, em sinal de protesto contra asmudanças introduzidas no funciona-mento e na composição daquele ór-gão. Naquela ocasião, a reação sejustificava. O Senador Nelson Carnei-ro tentou "abrir" as reuniões e, emrepresália, o entáo Senador Rui San-tos, na certa devidamente orientado,resolveu "fechar". A emenda ficoupior que o soneto. A ausência da Opo-sição das reuniões de um órgão preço-nizado pelo ex-Deputado e ex-MinistroBilac Pinto teve conseqüências. Nagestão Armando Falcáo, o Conselhohibernou. Agora, os tempos sáo ou-tros.

Marcos Freire, entretanto, condi-ciona sua participação à participaçãodo líder do PMDB na Câmara. OdacirKlein só concordaria em comparecerse autorizado pela bancada. A nâo serque tenham ocorrido mudanças, difi-cilmente a bancada, sob pressão dachamada "Tendência Popular", apro-varia a proposta de Marcos Freire e osapelos da ABI e da OAB.

Nada impediria, contudo, que vol-tando ao Conselho de Defesa dos Di-reitos da Pessoa Humana, a Oposição -reabrisse a luta parlamentar, na ten-tativa de alterar o funcionamento e acomposição do órgão — hoje integrado ¦na maioria de funcionários do Execu-tivo e realizando reuniões sigilosas.

Flamarion Mourl ê rtpirt«r da Sucurtal da JORNAL OOBRASIL tm Brasília.

Comunidades de baseTristão de Athayde

NESTA antevéspera de

um novo milênio, o ime-morial problema das relaçõesentre o plano político e o planoespiritual volta à tona, tantono Oriente como no Ocidente.Nesse sentido, quero hoje des-tacar três documentos recen-tes que nos trazem, a respeito,uma norma, uma advertênciae um projeto. A norma nosvem do próprio Papa, no finalde sua passagem por aqui.Quando queremos mostrar aimportância especial da refe-rèncla a um fato, dizemos "é a"última

palavra", Le mot de Iafln, dos franceses. João Paulon nos deu sua "ultima pala-vra", durante a visita ao Bra-sil, ao se referir âs famosasComunidades Eclesiais de Ba-se, que representam para aIgreja, nesta transição de sécu-los, o que foram as pequenascidades mediterrâneas, ondeSào Paulo implantou as basesdo cristianismo e que foram ofundamento inicial di irradia-ção universal da Palavra. Essedestaque nos mostra a impor-tància especial que o Papaatribui a essas comunidades,como já Paulo VI o fizera nasua encíclica Evaagelii nun-tiandi. Como norma a esse res-peito, disse João Paulo XX: "En-tre as dimensões das Comuni-dades Eclesiais de Base, julgoconveniente chamar a atençãopara aquela que mais profun-damente as define, e sem aqual se esvairia sua identida-de: a eclesialidade... É partícu-larmente insistente o risco deintromissão nela, do politico,com critérios e objetivos deideologia política ou sob a for-ma de Instrumentalização po-litlca de comunidades, que ha-viam nascido em perspectivaeclesial".

Essa eclesialidade, portanto,deve ser uma norma funda-mental desse tipo de açáo co-munltária, Junto às classes es-peciflcamente populares, quese está estendendo pelo mun-do afora, até onde alcance aaçáo regeneradora, individuale coletiva, da Igreja, no seio deinstituições politicas e civis deevidente injustiça social, hojevigentes, tanto na área capita-lista como na área socialista.Essa açáo profética da fé reli-glosa no domínio social temtrês dimensões: a transcen-dente, que une o povo a Deus;a lmanente, que une o homema si mesmo, pela paz Interior; ea operativa, que une os ho-mens entre si, como povo, natentativa constante de melho-rar as condições da vida coleti-va. É nesse último sentido queas comunidades eolosials debase podem e devem atuar demodo mais adequado à suanatureza específica, denfrodas condições e dos problemasatuais de cada pais.

A essa norma fundamental,podemos agregar uma adver-têncla, que se encontra em umartigo recente do prior da Aba-dia beneditina de Santo Ansel-mo, em Roma, sobre "a ilusãodo fundamentalismo" (cf. In-formations Cathoílques Inter-nationales. 15.9.80). O autor,Dominic Milroy, chama de"ftindamentalismo" a confu-sáo entre a dimensão política ea dimensão religiosa na orga-nização da sociedade. Tomacomo ponto de partida umasentença recente do AiatoláKhomeiny: "Não há lugar paraas opiniões e os sentimentosno sistema de govemo islãmi-co". Para evitar a confusão en-tre o espiritual e o politico, queameaça ser uma reação erra-

da, porque exagerada, contrao secularismo dos regimes bur-gueses ou socialistas, comentao autor: "Cabe ao cristão mo-demo provar que ele nào éfundamentalista. A chave doproblema pode ser encontradana atitude do crente em facedos direitos da razáo humana:o fundamentalista repudiaráesses direitos como despropo-sitados (em face do poder espl-ritual), ao passo que o crenteautêntico mantém um diálogoconstante com ele". Trata-se,afinal, da confusão freqüenteentre fé e fanatismo. Trata-se,nessa atitude fundamentalis-ta, de hlpertrollar o direito daIgreja sobre o Estado, comoreação contra a hipertrofia dosdireitos políticos sobre os de-veres morais. Esse erro funda-mentalista, no momento, é en-carnado, segundo o mesmo au-tor, em três personalidades ti-picas do mundo atual. Essastrês personalidades típicas doalegado fundamentalismo sáo:o Aiatolá Khomeiny; o pastorPaisley e o bispo francês Le-fêbvre. Um islâmico, um pro-testante e um católico.

¦ ¦ ¦Partindo dessa norma e le-

vando em conta essa adver-tència, chegamos ao terceirodocumento, que chamei deprofético, e se refere ao admi-rável ensaio que o nosso FreiBetto acaba de dedicar a esseproblema fundamental para amissão da Igreja no mundomoderno e futuro, na constru-çáo de um mundo melhor, ba-seado na liberdade e na justi-ça, e náo na cobiça ou naopressão, como aquele em queainda vivemos. Chamei de pro-jeto a esse manifesto social deFrei Betto (O que é comunida-de eclesial de base, ed. Brasi-llense, 1980), porque sua con-cepção dessas comunidades éum conceito prospectivo, istoé, voltado para o futuro e as-sente no papel de vanguardasocial que essas Comunidadespodem e devem representar,na transformação de uma so-ciedade (ou apenas nominal-mente cristã, como as nossasdemocracias burguesas, ou ofi-cialmente anücristás, como asdo socialismo no poder), emsociedades em que o fermentocristão da Igreja recuse tantoa linha teocráüca dos ftinda-mentalistas como a linhaateocrátlca do marxismo. Ecom Isso possa impedir, de umlado, a divisão de nossas pseu-dodemocracias em minoriasdominantes pela riqueza e pe-lo poder e maiorias dominadaspela pobreza ou pela margina-lização politica. De outro lado,um socialismo stalinista nopoder, que herdou quase todasas contradições do capltalls-mo burguês.

Jã no capítulo Inicial de seuensaio, Frei Betto assim defi-ne, de modo rigorosamenterealista, o que sáo as Comuni-dades Eclesiais de Base: "Sáocomunidades, porque reúnempessoas que tém a mesma fé,pertencem à mesma Igreja emoram na mesma região. Mo-tivadas pela fé, essas pessoasvivem em tomo dos seus pro-blemas de sobrevivência, demoradia, de luta por melhorescondições de vida e de anseiose esperanças libertadoras. Sáoeclesiais, porque congregadasna Igreja, como núcleos bási-cos da comunidade de fé. Sáode base, porque integradas porpessoas que trabalham com aspróprias mãos (das classes po-pulares): donas-de-casa, ope-rários, subempregados, apo-sentados, jovens e empregados

dos setores de serviços na peri-feria urbana, na zona rural, as-salariados agrícolas, posseiros,pequenos proprietários, arren-datários, peões e seus familia-res. Há também comunidadesIndígenas. Segundo estimati-vas náo-oflclais, existem nopaís, atualmente, 80 mil Co-munidades Eclesiais de Base,congregando cerca de 2 mi-lhões de pessoas, crentes eoprimidas." (pág. 17). Dessadefinição e enumeração de ca-ráter autenticamente popular,parte Frei Bette para umaanálise da vitalidade correntedesses grupos, básicos da so-ciedade, que náo excluem na-turalmente os outros tipos dereflexão e de açáo. A partirdeles é que deve ser construídauma rede orgânica, que partadas bases para as cúpulas enão uma democracia elitista,que parta da cúpula para asbases.- Essa última é que levaas sociedades pseudodemocra-tas à criação de uma dlcoto-mia social de que entre nóssofremos, desde o período co-lonial, entre classes opressoraspela riqueza e pelo poder poli-tico e classes oprimidas pelamiséria e pela marginalidade.Há quem atribua essa divisãoda sociedade, entre opressorese oprimidos, a uma exegesehegeliana ou marxista, quan-do, na verdade, a denúnciadessa divisáo desumana se ba-seia na mais pura visão evan-gélica, quando Cristo náo fun-dou sua Igreja como um conse-lho aristocrático e elitista, masrecrutou seus fundadores en-tre os mais humildes dos seusconterrâneos, enquanto envia-va seus fiéis pelo mundo afora,para a correçáo das injustiças,por melo do Amor, do Perdão,da Justiça, da Liberdade.

È nessa linha que as comuni-dades de base, sendo eclesiaise apolíticas, no sentido parti-dário ou técnico da palavra,são células de dinamismo so-ciai, com que a Igreja podeatuar na sociedade, como fer-mento, como sal, como luz enáo como Império. Os doisgrandes Inimigos dessas co-munidades, táo vitais para aIgreja como para o Estado, po-dem ser a sua confusão com apolitica profissional, em umabase teocráüca, como queremos fúndamentallstas; ou a suaoposição â Política (com Pmaiúsculo) ou exclusão dela,pelo que se converteriam ape-nas em grupos de exclusivapiedade religiosa. Nessa con-cepçào, evangélica e realistadessas comunidades eclesiaisde base, traça Frei Betto umquadro prospectivo do que po-dera ser sua fünçào profética eregeneradora em nossa Améri-ca Latina: "Ignorar a forçaideológica da fé cristã na socie-dade latino-americana; o de-sempenho da Igreja; a Índoleprofundamente religiosa dopovo é deixar-se cegar por umIdealismo que, professandopseudodogmas marxistas, des-conhece a realidade e a com-posição hlstórico-cultural deseus elementos e de suas for-ças sociais... Não cabe à Igrejaassumir a vanguarda do pro-cesso de mudança social e po-lítica.. Mas as comunidadesseráo sempre o espaço onde oscristãos professam e celebrama sua fé em Jesus Cristo. Ne-nhum partido politico ou mo-vimento popular poderá subs-ütuí-las, nesse sentido. AsCEBs continuarão a crescer,pois partem da motivaçãomais essencial do nosso povo,que é a religião" (Págs. 82/85).De pleno acordo.

El Salvador não é o Vietnam-Richard H. Ullman

O Govemo Reagan parece enca-minhar-se para a catástrofe, emEl Salvador. Sua obsessiva

preocupação em demonstrar que os Es-tados Unidos não podem mais ser ma-nobrados pela União Soviética e Cubaacabou por vincular nosso prestígio àsobrevivência de um brutal regime mi-litar. Assim agindo, o Governo estimulaum confronto do qual Moscou há desair vencedora, independentemente deseu desfecho.

Aos olhos de grande parte do mun-do e talvez também do nosso própriopovo americano, nossa posição há deperder em relevo. Mas os grandes derro-tados serão justamente aqueles que oGoverno de Washington, em sua politi-ca de realismo simplista, ignorou: os 4milhões de habitantes de El Salvador.

A União Soviética há de emergircom realce porque os Governos e ospovos de numerosos paises, inclusive oMéxico e a Europa Ocidental, parecemcrer que os rebeldes salvadorenhos, queagora contam com o apoio de Moscou eHavana, são muito mais merecedoresde apoio do que o regime contra o qualeles lutam. Assim, se a assistência nor-te-americana em larga escala salvar ajunta, Washington será acusado de re-primir mais uma vez "uma revoluçãoprogressista no Terceiro Mundo". Poroutro lado, agora que o prestígio deWashington está em jogo, uma vitóriados rebeldes há de parecer mais umsinal do declínio da força norte-americana. Para Moscou, seja qual for odesfecho, os aplausos de boa parte doTerceiro Mundo serão benvindos paracompensar as condenações tão justas àsua brutal intervenção no Afeganistão.

Como a Casa Branca de Carter, oGoverno Reagan parece ver a juntacomo um grupo de centristas corajososem luta contra uma repressão de es-querda e de direita. Mas a evidênciainegável é que já deixou de existir oeventual centrismo democrático quepossa ter havido de início. Suas frágeischances foram extintas com as vidas

dos seis líderes civis da oposição arre-banhados por unidades do exército, emnovembro, e executados, assim comoforam identicamente silenciadas todasas demais vozes que pediam modera-ção — inclusive a de um bispo e váriospadres. A reforma agrária, com a qualWashington contava para diminuir oprestígio dos rebeldes entre os campo-neses pobres, mostrou-se em grandeparte uma tapeação, sendo trombetea-da pela junta mas prejudicada no cam-po pelo exército, em idênticas propor-ções.

O Governo norte-americano, no en-tanto, hasteou sua bandeira no mesmomastro da junta. Já não pode haveruma saída honrosa. A missão militaramericana em El Salvador foi duplica-da e isso certamente irá acontecer tam-bém com o fluxo de armas. As própriasanálises do Pentágono, pelo que cons-ta, inferem porém que a junta não serácapaz de acabar com a revolta, aindaque tenha recursos grandemente au-mentados. O próximo passo poderá as-sim incluir a atribuição gradual de pa-péis mais ativos às nossas próprias for-ças. A elas competirá conduzir os heli-cópteros que transportam salvadore-nhos para as batalhas, como tambémoperar sensores eletrônicos para detec-tar o afluxo de armas. E o Governo háde encontrar seu prestígio ainda maisinapelavelmente comprometido, quan-do nossos soldados começarem a mor-rer em combate.

El Salvador, contudo, náo é o Viet-nam. É quase certo que o "nosso lado"vença. Mas o preço a ser pago há de sergigantesco, não só em vidas de salvado-renhos e talvez de norte-americanos,mas também no tocante à própria repu-tação dos Estados Unidos. As fagulhasda revolução, além disso, terão madeirafarta para voltar a queimar.

O trágico de tudo isso é que essepreço é desnecessário. Nosso prestigiosó está em jogo porque o Governo insis-te em que ele esteja. O fato de soviéti-cos e cubanos apoiarem os rebeldes não

precisa disparar uma oposição automá-tica dos Estados Unidos. Há conflitospara os quais não há uma solução satis-fatória possível. A atual guerra civiltornou-se um conflito desse tipo quan-do o exército e os esquadrões da mortedireitistas passaram a liquidar os mo-derados do centro.

Entre os rebeldes, sem dúvida, hánumerosos comunistas. Seu projeto dereconstrução da sociedade não secoa-duna com as preferências da maioria dopovo dos EUA. Entretanto, eles pare-cem ser os favoritos de uma populaçàoaterrorizada que evidentemente senteque uma vitória dos rebeldes trariauma distribuição mais justa de rique-zas, por tanto tempo negada pelos do-minadores de El Salvador.

Só esse fato bastaria para nos per-mitir uma pausa. Não sendo assim,porém, a política de Washington deve-ria pelo menos moldar-se pela probabi-lidade — de fato, a certeza — de queuma esquerda vitoriosa em El Salva-dor, como na Nicarágua, nào seria exa-tamente, de bom grado, um cliente deestranhos. A Uniáo Soviética e Cubasão úteis fornecedores de armas duran-te a guerra civil. Mas é para os EstadosUnidos que os rebeldes vitoriosos sevoltam quando precisam de ajuda parareconstruir seus países. Nossos recur-sos e influência podem então ser decisi-vos para determinar os fatos.

Para a infelicidade dos salvadore-nhos, e também para a nossa, o Gover-no não tem feito outra coisa senãoobstar esse desfecho. As esperanças deimpedir uma desastrosa escalada denosso envolvimento na guerra jazemagora com os que criticam internamen-te o Governo — os democratas, os repu-blicanos liberais e o clero, em especial aIgreja Católica. São eles que ainda po-dem salvar a honra que Washingtonestá tão imprudentemente esbanjando.

Richoid H. Ullman é profanar d. paMka internacional na Unrwnkía-d* d* Princtton.

—— '

AGÊNCIAS DO RIOAVENIDA CENTRALAv. Rio Branco, 156-AOUVIDORAv. Rio Branco, 123BOTAFOGOR. Voluntários da Pátria, 323Loja e sobrelojaCATETER. do Catete, 200LARANJEIRASR. das Laranjeiras, 183 - ALIDOAv. N. Sra. de Copacabana, 387 - ACOPACABANAAv. N. Sra. de Copacabana, 928 - AIPANEMAR. Visconde de Pirajá, 174 - B

LEBLONAv. Ataulfo de Paiva, 610GÁVEAR. Marquês de S. Vicente, 52Lojas 101/103BARRA DA TIJUCAAv. Armando Lombardi, 71TIJUCAR. Conde de Bonfim, 310 - AMÉIERR. Lucidio Lago, 91 -AMADUREIRAR. Carvalho de Souza, 308/310ROCHA MIRANDAEst. do Barro Vermelho, 37PENHAAv. Brás de Pina, 48/48 - AREALENGOAv. Santa Cruz, 961

AGÊNCIAS DO GRANDE RIODUQUE DE CAXIASAv. Presidente Kennedy, 1597MAGÉR. Doutor Siqueira, 395NILÓPOLISEst. Mirandela, 121NOVA IGUAÇUAv. Governador Amaral Peixoto, 282AGÊNCIAS DE NITERÓISÃO GONÇALOR. Dr. Nilo Peçanha, 44/LojaALCÂNTARAR. Dr. Alfredo Backer, 810/LojaICARAÍR. Gavião Peixoto, 171NITERÓIAv. Amaral Peixoto, 200 Z

Hoje até às 24 hs.Para quem tem direito à restituição de Imposto de Renda, ébom lembrar que o prazo de entrega se encerra no dia 27, às24 hs., em qualquer uma destas agências do Nacional.

£ BANCO NACIONAL-o banco que está a seu lado.

12 — Io Caderno D sexta-feira, 27/3/81 D JORNAL DO BRASIL

CsSP CompanhiaEnergética de

Sâo PauloC.G.C. 60.933.603/0001-78 - COMPANHIA ABERTA

Relatório da AdministraçãoSenhores Acionistas:

Dando cumprimento ès prescrições legais o estatutárias, a Administração daCESP Companhia Energética de Sâo Paulo apresenta-lhes o Balanço Patrimoniale as Demonstrações Financeiras relativas aos exercícios de 1980 e 1979. bemcomo o Parecer do Conselho fiscal e o Parecer doa Auditores.

Igualmente, aproveita a oportunidade para destacar tatos que considera signl-ticativos, dentre os guo ocorreram no exercício.

Perseguindo seu intento de viabilizar as abras hidrelétricas do Pontal doParanapanema e do Baixo Tietê, a Empresa concluiu a avaliação das propostascorrespondentes, as quais permitiram a contratação e inicio das obras civis edo fornecimento dos equipamentos eletrameeánicos. nlém dos respectivos finan-ciamentos o empréstimos. Assim:

em março, na presença do Exmo. Sr. Governador do Estado de São Paulo.Paulo Maluf, procederam-se as assinaturas dos contratos correspondentes òs obrascivis das Usinas Hidrelétricas Porto Primavera. Rosana e Taquaruçú. da BarragemTrês Irmãos o do Canal Pereira Barreto, num investimento total dg CrS 55.9 bilhões;

cm setembro, assinaram-se os respectivos contratas de financiamentodestas obras e equipamentos

Por um lado, reconhecendo-se a maturidade tecnológica da indústria brasileira,foram obtidas, através da Agência Especial de Financiamento Industrial • FINAME.CrS 28.78 bilhões destlnaitós aos fornecimentos internos, o que permitirá alcan-carmos um indlce de nacionalização da ordem de 75V demonstração categóricada confiança depositada no empresariado nacional.

Além disto, efetivaram-se. no exterior, contratos que montam a USS 395milhões.

Prosscguindo em seus registros, a CESP destaca, nm 21 de agosto, a honrosavisita feita pelo Esmo. Sr Presidente da República. João Baptista de OliveiraFigueiredo, para entregar à navegação comercial. 273 km da Hidrovia do Álcool,no Rio Tietê.

Na área das pesquisas e alternativas energéticas, ressalta o apoio obtido doMinistério das Minas c Energia que. por orientação expressa do Exmo. Sr. MinistroCasar Cais de Oliveira filho, lirmou com .. CESP convênio para o projeto metanol,no valor de CrS 600 milhões, a titulo de fundo pnrdidn

Sensível è antiga aspiração do povo bandeirante, o Governo Paulo Malufdecidiu dinamizar os estudos, a cargo da CESP. para a aquisição dn subsistem,-,paulista da UGHT - Serviços do Eletricidade SA.. responsável por ?3°h do cnn-sumo de energia elétrica no Estado, o que permitiu pleitear a medida ao Exmo.Sr. Presidente da República. Após ouvidos os órgãos competentes, em 04 dejunho de ISSO o E*m_i Sr Presidente da República, Jo.io Baptista de OliveiraFigueiredo aprovou a ExoostçSo de Motivos n " 100-80. dos Exmos Srs Ministrosemane Calvlas. César Cais de Oliveira Filho e Antônio Dclllm Netto. mie reco-manda a transferência do subsistem.! no controle do Governo do Estado de SâoPaulo. Essa iniciativa vem ao encontro das preocupações dn Exmo Sr Presidenteda República cm assegurar a nuahdade.de vida da população da imensa áreametropolitana de São Paulo nois ensejará o aproveitamento Integrado e racionaldos rcucrsns hídricos envolvidos na geração de energia, na abastecimento dáotne no saneamento básico, atem de proporcionar a racionalização da distribuiçãode enerqia elétrica no Estado Com satisfação, verificamos hoje estar concretizadaa transferência, através da constituição da ElETROPAULO — Eletricidade de SãoPaulo. SA.. empresa controlada peta CESP.

Finalmente, cabe a esta Administração registrar a irreparável prrda. an finaldo exercido, de seu Vice Presidente de Finanças, Swiatoslaw Sirks. a ouema Emnresa. publicamente, 'tributa o seu preitn de reconhecimento e saudadeI •• Realizações

Geração ¦ O esforço desenvolvido na construção das novas usinas localizadasno Pontal do Paranapanema r no Baixo Tietê, representado cela fnrmac.ão das en-secndeiras, escavações e cancretagem, obedece a um ritmo compatível com as

programações estabelecidas, o gue permitirá, na conclusão dos trabalhos, incor-porar mais 4,200000 quilowatts aos 8.292000. hoje existentes. Desses, os pri-melros 300000 quilowatts seráo atribuídos ès unidades geradoras de Nova Ava-nhandava. no Tietê, gue entrarão em operação a partir de 1982, e cuias trabalhosde cancretagem alcançaram J5°« do volume total previsto para as estruturas de

geração.Ao linai do ano, o citado conjunto de obras absorvia as ativídaeds de cerca

de 19.000 empregados, entre técnicos e operários da CESP e das empresas porela contratadas.

No contexto desta-, obras, vele ressaltar o trabalho realizado pela Empresa,no sentido de reassentar a população localizada nas áreas de inundação do reser-vatório de Porto Primavera. Trata-se do Projeto Lagoa São Paulo, no qual 600famílias deverão ser beneficiadas. Numa área de 10.000 ha, situada no municípiode Presidente Epitácio, a CESP implantou uma agrovila ande os agricultores daregião inundada, em lotas mínimos de 13 ha, terão solucionados os problemasadvindos do alagamento. No presente exercido, a Secretaria da Justiça do Estadode Sio Paulo, em conjunto com a CESP. concedeu IIS titulos de posse.

Transmissão ¦ Foram implantados 653 quilômetros de linhas, merecendo cita-ção os 249 km em 460 kV. no sistema Água Vermelha'Santa Bárbara O'Oeste.Ainda no corrente exercido foram construídas e/ou ampliadas vinte subestações,acrescentando-se mais 1.3S20OO kVA, à capacidade de transformação da Empresa.

Produção • Durante o ano de 1980. a produção própria de energia superou acasa dos 38 bilhões de quilowatts/hora, representando um incremento do 8,3%,em relação ao ano fe 1979. A taxa de crescimento do consumo, no Estado deSão Paulo, foi de 8.5o* em 1980. contra 9.9% do ano anterior. No exercício, aCESP respondeu por 27,8°o de toda produção nacional de energia elétrica. Com-plementando as informações citadas, apresentámos as dados comparativos do Ba-lanço Energético:Energia Requerida

Produção PrópriaEnerqia CompradaTotal

Destinação da EnergiaConcessionáriasDistribuição PrópriaOutrasPerdasTotal

Distribuição • A Empresa prosseguiu na política de elevar o nível e a con-Habilidade dos seus ssrvlçoa junto aos consumidores, objetivando uma partici-pação maior na melhoria da qualidade de vida e no aumento da produtividade.Para tanto, foram realizados, no exercido, as seguintes implantações.Linhas Rurais . 2 460 kmLuminárias ... «8" unidadesTransformadores:

Instalados 5.530 unidadesAcréscimo de potência -J8..20WA

Condutores 12.S05 kmPostes 70.464 unidades

Ê o desenvolvimento de trabalhos desta natureza, que permite ã CESP prestarserviços sempre melhores, em termos qualitativos, aos «eus milhares de consumi-dores. Tendo eletivado 50353 novas liuaçôes. ao linai de 1980 a empresa totali-zava 573.574 consumidores liqados. o que importa num acréscimo de 9.6'3'> emrelação ao período anterior. Paralelo a islo. em ISSO. o consumo do seu mercadopróprio cresceu l5,4a'o.

1980 1979 IncremenGW/i GW.I38-412 35.^58 8.3

l 639 5 428 .69.7140 051 40.886 10.21

33.505 33.5694.033 3 493 '5.4

88 I ISO3 435 2 645 11.31

30 OSI 40 886 10.21

Na execução dos seus programas de cunho social, os numeres dizem bem daimportância que a empresa dedica aos seus consumidores economicamente maiscarentes. Senão veiamos:

n.« de PopulaçãoLigações Beneficiada

LER ¦ Ligação de Escolas flu. ais .. 226 33 500PROLUZ - Programa Luz para a Periferia 5.415 27JK0Ligação a Consumidores de Bana Renda 7 516 J7.600Pff? - Programa de íletrilícaçío Rural 4 857 44,800

Juntamente com a CPFL Companhia Paulista de Força e Luz. sua controlada,a CESP distribuiu energia elétrica em 413 municípios, sendo 405 no Estado deSão Paulo. 5 em Minas Gerais e 3 no Mato Grosso do Sul, atendendo a 1657 130consumidores.

Metanol • Nesta área três importantes programas paralelos registraram pro-gressos cansideriveis:

Wa Usina Experimental Conselheiro Antônio Prado, em Corumbatai. alcan-cou-se a produção de metanol, diretamente da madeira:

em Jupiá, prosseguiram as obras civis das três unidades semi-industriaisde gaseificação da madeira, dimensionadas para produzir 100 t/dla de metanol,cadj uma. visando o desenvolvimento e testes de três diferentes tecnologias e.

no Instituto Mauá de Tecnologia, assim como no Instituto de PesquisasTecnológicas do Estado de São Paula S A. • W. oj estudos leitos com motoresmovidos a metanol, lá resultaram na clara constatação de viabilidade oo produtoem motofes Diesel (motores com o ponto quente) e registraram wm rendimentocalorilico do metanol, superior aos opresentados peto óleo diesel. pelo álcool e

pela gasolina.Petróleo - No que se refere á participação da Empresa no Pauhpetro • Con-

sórcio CESP/IPT. emprestamos slgnilicativa colaboração técnica e logístico aoConsórcio, o gue the permitiu uma rápida instalação e organização. Contando comrecursos orçamentários da Secretaria da Indústria. Comércio. Ciências e Tecnoló-

gia. o Paulípetro Iniciou, em 1980. a perluração de quatro poços estratiorálicos e

pioneiros. Tendo, inicialmente, lirmado com a Petrobrás Contratos de Prestaçãode Ser. icos para a Exploração de Petróleo, com cláusulas da Risco, em 17 Wocojtocaliradns no Estado de São Paulo, em novembro de 1980 o Consórcio assinounovos contratos passando a contar com 20 blocos, situados nos Estados de SiloPauto, l-fato Grosso da Sul. Goiás. Paraná. Santa Catarina e Rio Grande do Sul.totalizando uma área de 210.000 km2.

Resíduos Sólidos Urbanos - Buscando solução para os problemas gue afligemas grandes coletividades, a CESP desenvolveu, para a Prefeitura Municipal deSão Paulo, estudos que objetivaram um melhor e real aproveitamento do grandevolume de lixo coletado, diariamente, na Capital paulista, auxiliando a melhoriacmhiental da grande metróoole e obtendo dele um resultado energético.

A CESP apresentou a Prefeitura Municipal de Sãa Paulo estudos para a OT.vtrucão de 3 usinas termelétricas, gue permitirão a queima de 3 000 t/dla deresíduos por unidade, a um custo aproximado de USS 7/t e gerardo 40 OCO

quilowatts cada uma.II CPFL Companhia Paulista de Forca c Luz

Atuando em 217 municípios do Estado dn Sáo Paulo 9 5 em Minas Gerais,a CPFL participa, atualmente, com íS.fi''.» do mercado consumidor do enerqiaelétrica no Estado. Contribuindo para cue a Empresa controlada vença obstáculosde ordem linanceira. a CESP investiu, no presente exercício. CrS 750 milhões.a titulo dc participação acionária, e repassou outros CrS 750 milhões, relativos aempréstimos externos.III. Fundação CESP

No exercício, a Fundação CESP continuou a desenvolver ampla atuação sócio-econòmicacultural. proporcionando bem-estar aos empregados da CESP e da CPFL.bem como a seus dependentes.

O cumprimento è Lei Estadual n.- 4 819. Je 26 09.58. ende se inscrevem acomplementarão das aposentadorias e pensões, a Licença Prêmio e o SalárioFamília, se constituiu em tato de real significado na irlaa da Fundação, dandosolução definitiva a uma antiga pendência.

Acrescente-se a isto. o intenso trabalho desenvolvido pela Fundação em proldos seus 20.545 associados, representado por 2.300 credenciamentos na áreado atendimento médlco-hospltalar e 52.000 atendimentos através do Serviço Social.

IV- Aspectos FinanceirosAdaptando-se as políticas e diretrizes governamentais, no sentido de empres-

tar colaboração no combate ao processo mllacionáno fl na retomada do equilíbriodo balanço de pagamentos, a Empresa fixou seus programas de investimentos doforma a compatibilizá-los com a captação permissivel de recursos nos mercadosfinanceiros, quer nacional, quer internacional.

Assim è. que os investimentos para a expansão e a conservação de seusistema gerador, dc transmissão, transformação e distribuição de energia elétrica,atingiram o montante de CrS 19.5 bilhões, apresentando um crescimento nominalde 54°«. em relação ao exercido anterior, e realizados mediante a contrataçãoda recursos de terceiros, cujo êxito se deve, essencialmente, so elevado conceitocue a CESP desfruta junto ao mercado financeiro, aliado à importância e viablll-dade dos programas do desenvolvimento. Isto permitiu, portanto, a contrataçãototal de USS 640 milhões destinados, principalmente, aos Imandamentos dasobras civis e dos equipamentos das Usinas Hidrelétricas Porto Primavera, Tagua-ruçú c Rosana No mercado nacional a Empresa contou com CrS 39 bilhões, des-tacandase cs financiamentos obtidos junto j FINAME e seus agentes. Banco aoDesenvolvimento do tstado de Sio Paulo • BAOESP e Banco do Estado de SJoPaulo S A.-BANESPA. no montante de CrS 20.2 bilhões. Acrescente-se a Isto.recur-sos da ordem de CrS 5.3 bilhões destinados ao fortalecimento do capital de giro.contratados com a Caixa Econômica do Estado de São Paulo Muito embora taisrecursos tenham conduzido ao incremento do indico de endividamento da Empresa,foram eles indispensáveis dentro das circunstâncias do momento que. já ao findardo exercício, pareciam ceder a uma reformulação da política tarifária, a qualpermitirá a regularização dos fluxos econômicos empresariais.V. Agradecimentos

Externamos aqui nossos agradecimentos ao Exmo. Sr. Presidente da Rcoóblica,João Baptista de Oliveira Figueiredo; ao Exmo. Sr. Ministro das Minas e Ener-gia. Eng* César Cais de Oliveira Filho: ao Exmo. Sr Ministro Chefe da Secre-tana de Planejamento. Econ Antônio Delfim Netto. ao Exmo. Sr. Ministro daFazenda. Econ. Emane Galvèas, ao DNAEE ¦ Departamento Nacional de Águas eEnergia Elétrica; ás Centrais Elétricas Brasileiras S A. ¦ ELETROBRÁS o 4 Pa-troleo Brasileira S.A. ¦ PETROBRÁS. pela compreensão com que distinguiram »CESP

Ao Exnto Sr Governador do Estado de Sòa Paulo. Eng* Paulo Salim Maluf,pelo decidida apoio com que sempre prestigiou as iniciativas da Empresa, aosSecretários do Governo, em especial ao Exmo. Sr Secretário de Obras e doMeio Ambiente. Enq* Walter Coronado Antunes e a seu antecessor. Eng' SilvioFernandes Lopes, bem como âs demais Autoridades.

A Diretoria da CESP também consigna agradecimentos às entidades financei-ras. peta confiança depositada na Empresa, ao OAEE ¦ Departamento de Águas eEnergia Elétrica de Sáo Paulo: a CPfL Companhia Paulista de Força e Lu;, suacontrolada: ao Grupo de Assessoria e Participação da CESP. ás demais Conces-sionârlas e Prefeituras: aos Senhores Acionistas e Consumidores; à Imprensa edemais meios de comunicação: às empresas prestadoras de serviços; às fornece*doras e. de maneira destacada, a todos os seus empregados que. unidos e dedt-c.ados. propiciaram as realizações deste exercido.

A Administração

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 1980 e 1979(Valores expressos em milhares de cruzeiros)AtivoII Ativo CirculanteIII Disponibilidades

Numerário Disponível ...Numerário Disponível em Moeda EstrangeiraAplicações no Mercado -AbertoNumerário em Trânsito .

1t2 Créditos Valores c Bens Realizáveis até 01 AnoConsumidores Revendedores Rendas Diversas Rendas Diversas Sujeitas à Variação Cap.biat ......Parcelas a Curto Prazo de Financiamentos RepassadosParcelas a Curto Prazo de Empréstimos em Moeda Estrangeira RepassadosDevedores Diveisos ..Cuttcs Créditos ¦ •

1980

(—} Provisão para Créditos de Liquidação Dtivdosa

AimoxariladoCauções e Depósitos VinculadosServiços em Curso

113 Despesas Pagas Antecipadamente ate 01 AnoPagamentos Antecipados

Soma ... -

12 Ativo ReMizãvel a longo Prazo121 Créditos. Valores c Rena Realizáveis após 01 Ano

, Financiamentos Repassados Empréstimos em Moeda Estrangeira Repassados Outros CréditosTitulos o Valores MobiliáriosFundos Vinculados FGTS Contaempresa .. ..

122 Créditos Derivados de Negócios Não Usua>s da CompanhiaAdiantamentos c Empréstimos ...... . . .

Soma t3 fltivo Permanente131 Investimentos

Participações Societárias Permanentes(—) Provisão para Desvalorização das Participações Societárias Permanentes

Outros investimentos

132 Ativo ImobilizadoIntangíveis(—) Amortização AcumuladaTerrenos . Reservatórios. Barragens e Adutoras{—) Depreciação AcumuladaEdificações. Obras Civis e Benfeitorias(—) Depreciação Acumulada ...Maquinas e Equipamentos(—} Depreciação AcumuladaVeículos .(—1 Depreciação AcumuladaMóveis e Utensílios{—) Depreciação AcumuladaImobilizações em Processo de ReclaMílicaçãof—l Depreciação Acumulada .Variação Cambial Especial(—) Amortização AcumuladaImobilizações em Curso

¦ Ativo DiferidoDespesas de Remuneração das Imobilizações em Curse(—) Amortização AcumuladaDespesas Prâ-operachnais .f—j Amortização Acumulada

Soma

Total do Ativo

1.128.607 918.627It.OiO 107252

935 672 551.968331 872 197 328

2 407.161 I 3(5 175

I 283.346 6^8 8436 536 304 3.693 951

6 303 4 (88462 614 268 005

66 171 14.793927.9(7 —.113 G0T, 98 551493. (56 I (28 463

10 091217 5 906 320.2)8 490) .(34.529)

9 843.727 5 772.291

2372778 1.181.5631321! 532 (.435 578l(7.((2 (0 264

(5701 422 2 627.405

210306 6(00528.162.616 10275.376

817.062 543.5564 694.167 4 253.0004.263.633 45.871

(2.968 7.27(3Í.I34

5 102 1-613

l 782.116 546l ( 575.053 4 682 931

7099.589 4.998 263(14526) (3634)

7 085.063 4 988 629( 961 7(0 689.5259 046 773 5 678.(54

1626 406 6 515(525) I 625 881 K7I1 6.344 _

((.190 076 6.973.91590 4ÍJ. 322 64.5(8.536

(13 063 063) 86.389.259 .6.858.090) 57.66044674 113.864 47.060.902¦(9 960 679) 64.153 185 .5.118.449) 41.942 453

(12(20 355 68.633.9(7((3 608.497) 9B5ÍÍ.858 f6.74(464) 61.832.453

678.588 426.820.64.432) 614 (56 132 7221 394.058

5?fl.<193 338.610156.2061 472 292 129. (43) 309 467

(888.708 3 3(8.608.227.8(3) 1660 895 (240 858) 3 077.750

?J 023.130 15.788.11R12 655.928) 21372 202 — 15.788.1(6

30 502 325 " (5.871 173

3(6 492 (29 203 9(6 215

0 148 858 i.728-130(345.378) S 803 520 (45 663) 4 662.467

2.853 1892(656) 2.(97 (2091 (-683

8.8(15.7(7 4.684.15(1

334 341.6(9 2(4.2785(3

374 082.2BB 229.437.336

Demonstração do Resultado para os Exercícios Findosem 31 de dezembro de 1980 e 1979(Valores expressos em milhares de cruzeiros)

61 Rédito do Serviço Público de Energia Elétrica6» Receita

Fornecimento dc Energia ElétricaFaturado ...Nèo Faturado ¦ (liquido) . .

Suprimento de Enerqia Elétrica .Ajustes c Adicionais EspecíficosServiço TaxadoOutras Receitas

Soma613 (—) Deduções à Receita da Tarda

Encargos do Consumidor:Quota para a Reserva Global de Reversão ....Quota para a Reserva Global de Garantia . . .Quota para a CCC . ...

f—) Soma .6(5 (—) Despesa

Pessoal(—} Transferido para Contas PatrimoniaisMaterial(—I Transferido para Contas PatrimoniaisServiço de Terceiro(—) Translerido para Cantas Patrimoniais ...Combustível para Produçáo de Energia Elétrica .Água para Produção de Energia ElétricaEnerqia Elétrica Comprada para Revenda . .Quotas de Reintegração.

Ativo ImobilizadoAmortizaçãoDepreciação ..........

Ativo Diferido .->.,Encargos Sociais {desvinculados da Foi^a de Pagamento] ..Despesas em Condomínio dc Empreendimento em função dc Serviço Concedido . .Despesas Gerais .Outras Despesas .{—) Transferido para Contas Patrimoniais

(—} Soma¦Lucro do Serviço Puofico de Energia Elétrica

63 Rédito Financeiro631 Receita

Renda de Aplicações FinanceirasRenda de Empréstimos em Moeda Estrangeira RepassadosVariação Monetária cm Função da Taxa de Câmbio

Soma635 (—) Despesa

Encargos de Dividas a Longo PrazoEncargos de Debêntures em Moeda EstrangeiraEncargos de Dividas em Moeda Estrangeira a Longo PrazoJuros sobre os Recursos Aplicados do Fundo de ReversãoVariação Monetária ......Variação Monetária em Função da Taxa de Câmbio . .Outras Despesas Financeiras

l—l Soma

67 Rédito Nào-operacional671 Receita

Remuneração das Imobilizações em CursoCaoit.il Próprio ... ..."..'Capital dc Terceiro

Renda da Prestação de Serviço .Renda da Alienação de Bens e DireitosLur.ro na Desativação de Bens e DireitosOutras Receitas Nãooperacionais

SomaS75 f—) Despesa

Cusfo do Serviço PrestadoCusfo aos Bens e Direitos Alienados ..'Prejuízo na Desativação de Bens e DireitosConstituição de Provisões NãooperacionaisOutras Despesas Nãooperacionais . ¦

(—) Soma .68 Salda da Conta de Correção Monetária

Resultado do Exercício Antes do Imposto de Renda(—) Provisão para Imposto dc RendaLucro L'nuido do Exercido . Lucro Licsuido por Ação do Capital Social'.. Cri

6.943.782 3(39.13355 352 101093

39 335 933 19 754.15538 751 (5 88828 876 37 763

106 260 43 56346.605 464 23 09 ( 606

6.370 2(5 3 0(4 6432.6)6.985 742 048

193 525 4t 81219 (66 755) 13 798 503)

9 372.325 4.469.943(4 534 7621 4 837 543 (2 078 480) 2 39) 4635.367.607 2.422.500

(4 467 673) 839 934 (2.005 792) 416.708ti 359644 6419997(9 901 S37J ( 457.747 (5 566 423) 553 574

3 569 2.299

26 Oil (2.996559.(34 (868.(34

! 221 325 1092! (.429 4 075 780228 «4 41 552

20 356 (0 98865 786 37.432

(27 803 35 807( 785.260 3(3 4591328 0891 ( J57.(5( (675 754) 337 705

(22.040.330)

(9.784.547)(5 378.379 . 508 556

359 563 574 797860 315 487 999660 306 t 906 602380 (84 2 563 398

560 488 I 645 374539 451 304 07(302 975 2 934 83357.846 34 106

3 888 220 5.032 95220.323 437 (4.375.883

(9 834(5(672.467) (24.347 098)(3(4(3 504. (li 669 (44)

586.377 t 351 702681410 290 231

4 490 7 96843 6(4 30.04495 200 8 06561 455 88.467

( 872 546 í 8(6 477

27.747 20.6702952 6861

89 (56 »6 l>2455 945 96 0(3162 9(7 95 796

(738.757) (335 482)37 937 27( (8 795 756

7 657(56 8 407 607(382.349) (405 SOO)

7 274 607 800(807B.ll. O.li

Passivo21 Passivo Circulante211 Obrigações Venciveis até 01 Ano

Fornecedores Fornecedores no Exterior ..Folha de Pagamento Encargos de Dividas >-Encargos de Dividas em Moeda EstrangeiraTributos e Contribuições Sociais ..Distribuição de Lucros Empréstimos a Curto Prazo Parcelas a Curto Prazo dc Empréstimos ¦ ¦ • •Parcelas a Curto Prazo de Empréstimos em Mceda Estrangeira .Credores Diversas Obrigações Estimadas Outros Obrigações

Soma

22 Passivo Eiigtvel a Longo Prazo221 Obrigações Venciveis após 01 Ano

Fornecedores .Fornecedores no ExteriorDebêntures em Moeda EstrangeiraEmpréstimos Empréstimos em Moeda Estrangeira tFGTSJCoiitaempresaObrigações Especiais Outras Obrigações ...

Soma

24 Patrimônio Liguido241 Cac/lal Social

Capital Subscrito (—) Capital a Integraluar

Reservas de CapitalCorreção Monetária do Capital IntegralizadoDcaçóes e Subvenções para l westimentoCorreção Monetária do Ativo Imobilizado . .

Reservas de LucrosReserva Legal Reservas EstatutáriasOutras Reservas de Lucros

.04.501 2 945 939475 3(9 484 84780.087 83 467

177 934 38).218858.727 (940 867

271 507 (15.9334 3(1! 3(5 4.(88 006

438 944 I 238.302042 644 2 082 3jS(

(0K9 75O 5.9(4 0643.832 Sita

(815 830 825 429337 713 3 271 742

45 13: 599 23 535 65.1

I 690 2 887(5(8 686 1.436.3913 060 578 6 522. (26(6.466 545 13 701.12783 435 355 43 (54.062

5.(02 1.7753.337.310 2 044 297

328 431 64.4631(4 21)3.747 67 .27.(28

75 647 0(3 5*146.873(.56) (56)

75 646 357 54,(48.822

536)8.8(1 27.725.4033 6(3 2.396

55 643 54( 37.037 535103.465 965 64 766 340

3 333 27! 2.340.9(823.0(0 924 13 910 003

2 729.825 1.810.52229 634 020 13 06(443

2(17)6 942 (37 374.605

Totat do Passivo 373 082 283 723 437 386

Demonstração dos Lucros Acumulados para os Exercícios Findosem 31 de dezembro de 1980 e 1979(Valores expressos em milhares de cruzeiros)

I — Saldo no Inicio do exercícioLucro Liguido do Exercido

II — Subtotal ¦ •Destutacões aprovadas durante o exercício

dividenda antecipados ICrS 0.05 por açáo preferencial do Capital Social, conlorme ÍOl s de 31 10 80 e28.09.79)parcela dos lucros acumulados incorporada a Reservas Estatutárias

1980

III Saldo â disposição da Assembléia GeralDestinações propostas a AGE.1. Transferência para Reservas s

Reserva LegalReservas Estatutárias

2. Dividendos (CrS 0 06 por acào ordinária. CrS 0.05 por açào preferencial do Cm.tal Social para F5S0, Cô 0.10por ação ordinária e CrS 0.05 por ação preferencial do Capitai Socai para 1079} ...

Saldo no fim do exercido

178.3477 374 807 8 001 307

7 274 807 8 180 154

(1695 366) II 155.290)(178 347)

5 578 94! 6 346 5(7

'363.740) (400 090)(966 377) 12 201.6681

13 223 S24) 13 (54 761)

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos para os Exercícios Findosem 31 de dezembro de 1980 e 1979(Valores expressos em milhares de cruzeiros)

OrigensI 1 Lucro Ugüído do Exercício

Mais (Menos}, Itens gue náo representam movimento no Capital Circulante durante o exercidoQuotas de Reintegração Remuneração das Imobilizações'em Curso • ¦ • ¦Variações Monetárias do Exigível e Realizável a Longo Prazo-- Líquidas -¦Participação nos Resultados da Controlada .- ¦ ¦••Saldo da Conta de Correção MonetáriaOutros . - .......

1.2 Realização do Capital Social1.3 Empréstimos c Financiamentos:

Novos Ingressos ..Menos Transferências para o Circulante

13 Outros1.5 Tola)

Aplicações2 í Dividendos Declarados2 2 Aguisicão de Direitos e Cens do Ativo Imobilizado2 3 Aumento-

No Ativo Realizável a Longo Prazo e OutrosEm Investimentos

2 3 Total

Redução do Capita' Circulante

¦J Demonstração da Variação do Capital Circulante

7 274 S07

9 661 178(I 667.787)23 63( 803

Í56 565).37.337 27()

775 8777 682 039

24 629.183(II 041 232)(3 587 901

622 211

5.524 69013 538 217

4 405 553588 321

8 00(807

4.117 441II 68(933)(3286 976

19834(18 795 756)

3SÍ.I345.303.503

8399.412(5 975 443)2423.989

372.056

5 310 OSI12.574.147

345 878554 640

30 657 429 19 784.7IÉ £

3 709 206 5 593 847

S/UOOS £«( 31 D£ OUtUBRO VARIAÇÃO1980 1979 1978 1980 1979

Ativo CirculantePassivo CirculanteCapital Circulante

28 16? 616 10.275 376 4 53S.657 17.836.740 5.736.219(45.131599) 123 535 6531 (((.305.587) (2(595.946) (1(730.066)((6 968S83) ((3.259.777) (7.286.330. .3.709.2061 (5993.847)

JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 27/3/81 D Io Caderno 13

^^•k^s^fcJFfc Companhiam == ^^M"^ Energética de^ttW^^jM São PauloC.G.C. 60.933.603/0001-78 - COMPANHIA ABERTADemonstração das Mutações do Patrimônio Liquido para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 1980 e 1979(Valores expressos em milhares de cruzeiros) ______^

.„,,,, Ruínas de Capital Reservas da LucrosCapital ___ romiOlscrímlnscío Subscrito e Correção Monetária Ooeçles e Cortado Monetária Lucros .

5 3 "00 do Capital Subvenções para do Ativo Laçai Estatutárias Outras Acumulados_B___^^^_-_--__---_--____™_»_-_™^»._,^___^^____^____ Integralizado Investimento tmobnzado 1950 1979

íl!f.?X%íntÁ,ÍM^°An^lr,;.. S4.t4S.S22 27.72a.409 Tíjj 37.0~7.535 2140 913 (4.9 (0.003 18(0522 - (37.974.605 87 955 384ajustes ae exercícios anteriores no? 4Q*i _ llfíl áMíAumento da Cipital: IJu..m> (30í.<95; _

fíücursos da Governo EstadualQuotas da Imposto único ., _ _ -__ q.-Dividendos fl.»inisr/drM '.'.'..:....... 4 043 553 Z - 4043553 2 S2024SOutros _ _ _ _ ,,„

Recursos de Outros AcionistasQuotas do imposto único Municipal "0 503 _

' _ _ <0 50J 15 104Di-dandos fíainvastidos I.UI.9S2 ).(6(982 830643Subscrição em Dinheiro 34 __ _ _ _ 34

o-v.c^Outros Créditos __ _ __ , n,,_, .... . , — ¦¦¦•¦¦•1.........•••••• —. — J.L 4 4

Capitalizado da Resinas (6 544 053 ,'(6 244 063) __ __ __ __Doações e Subvenções para investimento „ _ -, jg.Integralização de Capital _ _,

"" ,

Correçáo Monetária. ¦

£""•"„ 42.I3S.4SS - 42.I3S.4IS 25.5(1794Outras Contas tur (9805006 ((886(3 74(7039 9(9303 — 23332(73 I7Í22S34Lucro Uouido do Exercício _ _ 7 274 807 7.J74 807 8 00(807Apropriação de Lucros:

Reserva Lagat 363.740 — f363 740) — —Remuneração das /mobilizações en Curso — _ 986377 — (986 377) Dividendos de 1979 • Distribuídos _ __ _. _ _ f» f*5 ?90)Dividendos de 1979 ¦ Propostos _. „ __ fJ j<^ 7q. ,Dividendos de 1980 - Distribuídos fl) _ _ tt.G9S.866) ft<9$866) —Dividendos de 1980 • Propostos (2) _ „ (4.228.8241 (4.228.824) —

Saldo no tim do Exercício 75.646.957 53.6(8.87 3.613 55.843.541 3 893 277 23.0(0924 2~729925 — ;(4 746 942 137.974.605(1) CrS 0.05 por açSo preferencial12) CrS 0,06 por ação ordinária e CrS 0,05 por ação preferencial

Demonstração das Dívidas a Longo Prazo em 31 de dezembro de 1980

Credores Moeda deOrigem

Saldo am 3(.(2-30Equiv. Milha- CrS milres Dólares

Parcela aUtilizarCrS Utl Inicio

VencimentosPatas Juros

Término Anuais %

Dividas em Moeda NacionalEmpréstimos

Banco de Desenvolvimento do Estado de Sâo PauloS/A ¦ BADESP

9 ContratosContratos

11 Contratos 10 Contratos

fl Contratos7 Contratos 1 Contrato

Contratos Contrato

Confraíos1 Contrato

Banco do Estado de São Paulo S/A Centrais Elétricas Brasileiras SA. - ELETROBRÁS

19 ContratosContratos Contratos

1 Contrato Total em Moeda Nacional

Dividas em Moeda EstrangeiraEmpréstimos

Banco Bozano Simonsen de Investimento S/A ....Banco Bradesco de Investimento S/A Banco do Brasil S/A Banco Crefisul de Investimento S/A Banco do Estado de Sào Paulo SIA Banco interamericano de Desenvolvimento • BID

Contrato 76 OC BR ,Contrato 146/OC/Bfi Contrato 202'OCiBR Contrato 253/OC/BR

Banco Itaú SIA • flanco Mercantil do Brasil S/A

flanco Real SI A Banco Real de Investimento S/A flanco Sumitomo Brasileiro SIASangue de Ulndochine et de Suez

Contrato de (7.(2'7Í Citicorp International Bank Limited Comind - flanco de Investimento SIA Consórcio de Bancos com Interveniância do

Barclavs - flanír International Limited Consórcio de Bancos Liderados pelo Morgan Gua-

rantv Trust Co. at New YorkContrato de 31/(0'75 Confrafo de 15/06/77 Contrato de 1307-79 Conlralo de 15/02179

Cred'f Commercial de FraneeContrato de 28/02/73 Contrato de 02,03/73 Contrato da 07/06/79

Crédit National ...Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁSInternational Bank Ior Reconstruction and Develop-

ment - Contrato IBRD/'404/OC. BR J. P. Morgan Intertunding CorpKreditanstalt für Wiederaufbau

Contrato de 03:06/69 Conlraío F ¦ 241 ,..Contrato f ¦ 242 Contrato F - 243

Libra Bank Limited Morgan Guaranty Trust Co. of New York

Contrato de 24/11/75 Morgan & Cie SI A - Paris/França - CTR - 15/02/79Societè GeneraleSwiss Bank Corporation The First National Bank of Chicago -

CTR ¦ 01/0SI74 Unibanco - Banco de Investimento do Brasil S/AUnibanco - Uniào de Bancos Brasileiros S/A ...Outros

SomaDebêntures

Commenbank Aktiengesetlschatt Kuwait Foreign Trading Contracting & Inv. Co.

IS.A.K )Contrato da 20/02/79

CrS 476721CrS ((.(79CrS 539 432CrS 97.69(CrS (53.407CrS 3)5244CrJ 687CrS (((.(03CrS 263.4(2CrJ 72094CrS —CrJ (.09 (.950

CrJ (3.504.338CrJ 73.SS0CrS 266.441CrJ 2.07)9(6

(9.509.(89

USS 9.000 589.500USJ (.750 1)4.625USJ (.80? ((8.00)USJ 9.4)2 6)6.465USJ 45.000 2.947.500

USJ 3.475 227.627USSILIT (9.56( (.281.274

USSIDWYEH 74,440 4 875.847Várias 44.44) 2.9)0.905

USJ (7,000 (.((3.500USJ 500 32.750USJ 9.260 606.530USJ 740 48.470USJ 4,000 262 000

EF- 7.437 487.(50USJ 70.000 4 585.000USJ (.025 67.(38

SS 342349

(9 404

41295 825

39(.425.0003202745

(978(978(977(976(978(979(975(980I93(1978(983(979

(9751975)9S)(980

(988(984(986(982(986(988(98((988(99))984(990(992

(9961998(994(99)

8.77.5 t 95.5.8.55.5.9

7 a 7.57.7,5

87.7.5

6,3.7.36.7.57 a 7.3

6.3 a 9.3

108

127.5

USJUSJUSJUSJ

USJFf

USJFE

USS

Viri.-sUtS

7.273(07.500(50.000

75.COO

(02.300(6I.45Í

2.000(6.538

327

22.0002.560

I.60Í.25O

476.3637.04/.25O9.825.0004.9(2.500

6.700.650(0.575.020

(31.000(.083.249

21.411

(.440.988(67.680

Í98I(980(976(980(98Í

1968(974(979

J0 557 198019SI(98Í(98 (Í9SÍ(99Í

(975(985(983

1979

(977tsao1SS3(984

1978(977(985(9751971

(970(979

1937(981(9871984(987

(9831987(991(993(987(98Í1983(983(98(

(984(99)(983

(93?19851990(99(

(988(992(991(996(992

(9901984

M<')sClCl

5.756.5

88

It)Is)l'lli)tx)

6.83MM

O<*)It)Ixi)

lx)6.5'»)3.56

5.511.5

OM 23.896 1.565.175OA4 524 ' 34.329DU 3.(63 207.178DM 585 38.317USJ ' 30.000 1.965.000

(5 440

894

(980 (988 5.5(978 1985 7.51976 1986 7,5(975 (985 7,5(984 (989 (x)

Controlada (CPFL) Companhia Paulista de Força eLuz

Empresas Concessionárias da Serviços Públicas deEnergia Elétrica .,

Outras Empresas

Participação na Controlada'Capita! da CPFL • Ações ordinárias em CrS mil ..Quantidade de ações - milharasPreço da mercado da ação- Portador CrS

Nominativas CrS ....Participação da CESP:

Quantidade d» ações * milhares Porcentagem

Valer Patrimonial CrJ

6 985 89( 4.923.3) (

77 76235.936

5Í.57523.377

7.099.589 4998.263

6.528.9053 332 699

0.420.35

(.9(4 98757.46(

3.65

4.398 2303282 298

0,480.45

( 9(4 98758.343

2.57

parcelas contabilizadas até 1971, nos termos da lagisiaçào então vigenta »estão sujeitas a correção monetária e juros a taxa de 10% ao ano. Desdeentão, uma auota mensal de reversão e de garantia, determinada peloONAEE • Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica, ó racolhidr.mensalmente á Centrais Elétricas Brasileiras S.A. • ELETROBRÁS. iunta-mente com os /tiros acima referidos.Capital e Distribuição de Lucros

O Capital Social da Comoanhia am 31 de dezembro de. 1980 a 1979está assim distribuído:

Quantidade de AçõesEspécies 1950 Í979

Ações Prelarenciait 38.026 63S 996 25.(98.466.426Açòas Ordinárias :¦•¦ 37 620 374 397 28 948 4)1.763

Capital 75 647.013.393 "5**C(46.878.(80

A contabilização do investimento na Controlada pelo método de mjufvalencia patrimonial fei baseada nos valores consignados nas Demonstracões Financeiras da mesma em 31 de dezembro de 1980 e 1979:

Eouiva lénciaPatrimonial da CESP(980 (979

6 985.89( 4.923.3(156.565 119.834)

Residencial industrial Comércio. Serviços

Outras AtividadesRural Poderes Públicos ..Iluminação PúblicaServiço Público ...Consumo Próprio ..

USJUSJUSJ

USS/SWER

USSUSSUSS

5.07725.000

200.00096.391

43.3304.1602.160

332.5381.637.500

13.(00.0006.3(3.590

2.838.(15272.48014Í.4S0

197719871935(978

193019801980

1983198919921990

198719831982

(xx)10.25

lx)9alx)

¦ lx)lx)lx)

Soma fornecedores no Exterior

Allmanna Svenska Elektriska Aktiebotaçet - ASEABrown Boveri e CoGí» • Gruppo industrie Flettro Meccanlçhe per

tmpianti Ali' Estero Sp A.Contrato da 13/08/62 Contrato de 02/04/69

H.lac/ir LtdSfcodaejrpor! Foreign Trade Cçrporation Sccíefo Anonyme Brown Boveri e Cie

Contrato de 30/06/7» Contrato de 20/09/76

Societé Generale de Constructíons Electripues etMecemques • Alsthon

Vsesoiuznoje Obiedinenije • Energomachexport ...Outros

Soma

Virias 1.503 98.760 78.600 Viria* - Virias Várias1.429,086 93.605.105 1,464.370

DU 103.288 6.765.400 1982 1987 7

K.0 35.041 2.295.178 199) (99) 8.125138.329 9,060.573 —

USSSV/FR

LIT/SWFRLITUSSUSJ

SWFflSWFfl

FEUSS

Várias

1.9922.344

4.1274.0964.4092.417

72S248

1.9474.4203.719

130.457153.521

270.289268.296288.823158.288

47.53016.128

127.555289.5(5243.603

8.188

6879

19731973

1972197319731972

19781978

19731975Várias

19851985

1984198519851984

19831983

19851984Verias

7*87

6.6.58.8

66.5

' 88

6.85

Várias

Total em Moeda EstrangeiraTotal das Dividas

IX) Taxas variáveis de 0,75°o a 2,37a'e(XX) Taxas variáveis de í.25*'', a 2.2$a<,

acima da taxa interbancária de Londresacima do "Prime Rate"

30.443 1.994.005 14.520.057

1.597.858 104.659.688 15.984.427t24.16a.S77 21.011.762

DemonstraçõesFinanceiras da CPFL

(980 (979Patrimônio Llouido 72.(57.7(5 8.438.580Ufcro (oreiulzof do exercício 98.441 (339951

A participado da CESP no resultadd da CPFL esti consignada comoparte de 'Renda de Aplicações Financeiras" em 1980 (lucro de CrS 56.565mil) e como "Outras Despesas Financeiras" em 1979 (prejuízo de CrS19.834 mil). Devido a variação na porcentagem de participação de um anopara outro, a Companhia consignou como "Outras Despesas Nâo-opera-danais", a importância de CrS 37.734 mil em 1980 e CrS 11878 mil em1979 como "Outras Receitas Nio-ooeracionais".

Nas Demonstrações Financeiras da CPFL estãoconsignados a débito de "Lucros Acumulados",ajustes de exercícios anteriores no valor de CrS518.477 mil que. pelo método de equivalência pa-trimonial, CrS 302.495 mil são atribuíveis à CESP.Essa parcela foi registrada como ajuste de exer-cicios anteriores, a débito de Reservas Estatutárias,uma vez que essa conta acumula os lucros rein-vestidos na Companhia.

As transações comerciais entre a Companhia ea Controlada compreendem basicamente o repassede empréstimos em moeda estrangeira e dos cor-resoondentes encargos, fornecimento de energiacom base nas tarifas aprovadas pelo DNAEE •Departamento Nacional de Águas e Energia Elé-tnca e a alocação de gastos.

As Demonstrações Financeiras anexas incluem osdecorrentes de transações com a Controlada:No Balanço: 1950

Ativo Circulante 2 295.434Ativo Realizável a Longo Prazo

Repasse de Empréstimos em moeda estrangeira 4.694.167Adiantamento para futuro aumento de Capital .. 1.782.018

Passivo Circulante U5.048Na Demonstração do Resultado:

Receita do Serviço Púplico 5.731.581Despesa do Serviço Público 102272Receita Financeira 3 255310Receita Nâo-operacional —Despesa Nào-operacional 10.530

. Outros InvestimentosRelerem-se a estudos e investigações preliminares dos projeta defini-

das pela Companhia e são registrados como "Outros Investimentos" atéa sua aprovação pelo DNAEE • Departamento Nacional da Águas e EnergiaElétrica. Após isso. esses custos passam a sor acumulados na conta da"Estudos de Projetos em Função do Serviço Concedido", até que o pro-jeto seja viabilizado e o inicio de construção aprovado.

ii Ativo ImobilizadoO Ativo Imobilizado está demonstrado no Balanço da acordo cam sua

natureza e, em função das atividades operacional da Companhia, apre-senta a seguinte composição:Imobilizado em Operação 1980,

Geração 222.586.854Tranjm/ssJo 59.453.145Distribuição '¦ 11.824.469Apoio e Outros' 7.734.349

301.598.8(7Menos - Depreciação e Amortização Acu-

muladas f36.98(.2(5)264.617.802*

Variação Cambial Especial Manos - Amortização Acumulada ....

O valor nominal das ações era de CrS t.GQ o qual loi eliminado, eon-forme resolução da Assembléia Geral Extraordinária, realizada em 3 dedezembro de 1960.

De acordo com o Estatuto Social, a distribuição da lucros deve serrealizada semestralmente, cabendo às ações pielerenciais um dividendoprioritário não cumulativo de fO-S ao ano. e até fC. ao ano para asordinárias, calculados sobre a çuantidada de cções de cada espécie emcirculação na data dos balanços.

A distribuição de dividendos em omheiro às ações ordinárias dependada observância de certas cláusulas contidas em contratos de empréstimos.Para os dividendos declarados em 1980 e 1979, a Companhia obteveautorização do banco financiador para distribuir dividendos em dinheiroàs ações ordinárias, com a condição, plenamente satisfeita, de que asacionistas majoritários reinvestissem esses dividendos. A proposta de dis-tnbuiçào de lucros este consignada nas Demonstrações Financeiras, nopressuposto da observância das referidas cláusulas contratuais e aprova-ção pela Assembléia Geral dos Acionistas.

12. Fornecimento de Energia ElétricaComposição por classe de consumidores:

N" de Consumidores_ MW* CiSmilI9S0 (979 (980 (979 (960 (979

479535 439.636 655.882 589.883 (.807.863 927.4689.132 8260 237427S 2045.454 3293.136 1.417.570

47054 44.521 279403 259.5(0 934.544 429 93533.667 26 90O 2(9 543 (85.175 368.529 177.860

5 305 S06f 131.710 124.456 282.724 127.624469 457 211.480 (98.863 239.483 (13.802

59222 54.628 39.299 (7.S89407 385 63387 _ 51.949 1 (8 807 49 868

575 574 525.22( 3.994.897 3.509 9(8 7064.33S 3 256.(74525.22(

As receitas de Fornecimento de Energia Elétrica aos consumidores estáo registradas nas seguin.tes contas na Demonstração do Resultado,

seguintes valores CrS Mil

(97999(057

4.253.000448

44.457

3.146.(337(053

2.657.624(0.2(7

Faturado Náo Faturado • (liquido)Aiustes e Adicionais Especificas

(9806 948.782

98 85338 75(

(9793139.133

10(093(5 888

7 084.385 3.256.((4Comoosiçáo da receita de Suprimento de Energia Elétrica:

OemandaConsumo

(980*W 68.(58.548MV/h 33 06(.058

Quantidade

39.385.943 (9754.(55

(979144.230.48234744.457

5.390.2466 3)2.638

tmobiiizações em CursoUsinas Hidrelétricas:

Porto Primavera Armando de Salles OliveiraNova Avanhandava Três irmãos Taquaruçú Rosana ^^Canal Pereira Barreto"Outras

24:553.(35*12 ÍSS 928)21372202

197.277.823

II9.020.S97)172.256.92615.788 116

Odras de:Distribuição Transmissão Subestações Outras

Antecipação por contratos de equipamentosAlmoxarifadoImportações em Andamento

Equipamento da Construção Oufras

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 1980 e 1979(Valores expressos em milhares de cruzeiros)

Passivo CirculanteA composição das contas

ções" é a saguinte:a. Distribuição de Lucros

Dividendos remanescentesDividendos Propostos

A Pagar Para remversâo

4.934.6432.233 8314.350.7311451.3462.500.1591.237.980

480.584771, «ia

17.960 892

2.082.331927.565

4.034.466834 212

8.124856940.516108.462487.509

1.5(830.502.325

3(6.492.(2S*

15.788.116

1.336.6331.234 6581.010224

587.960378.727235.789162.198298.594

5244.783 Financiamentos

2.497 8312.3005101.987 838

533.8101.469.1261.154.373

361.678319.606

162015.871.173

203916.2'5

)980

21011 76210902356.100.409

96 095.439

22 024 1941.343 585

184482124.273.757

(979

32402581.146.4677.583.610

42.499 436

11.210.710764.139

5.467.0084.844.465

76.750.093

'Distribuição de Lucros" e "Outras Obriga-

(98075.997

1. Sumário das Práticas Contábeis

ai Apresentação das Demonstrações FinanceirasAs Demonstrações Financeiras comparativas foram elaboradas de

acordo com as normas de classificação de contas previstas noDecreto n° 82962. de 29 de dezembro de 1978 e retificado pelo De-creto n° 84.441. de 29 de janeiro de 1960. que estabeleceu o novoplano de contas para as empresas concessionárias de serviços públicosde energia elétrica.

b) Atualizações MonetáriasAs Demonstrações Financeiras refletem as seguintes atualizações

monetárias de Ativos e Passivos:

I. Correção Monetária do Ativo Permanente e do Patrimônio Liquido,com base nos índices que retletem a variação do valor nominal daORTN até a data do Balanço. O resultado liquido das contraparti-das dessas atualizações está consignado na Demonstração do Re-sultado como "Saldo da Canta de Correção Monetária".

II. Atualização dos Ativos e Passivos em moedas estrangeiras, combase nas taxas de câmbio oficiais em vigor na data do Balanço.

III. Atualização dos demais Ativos e Passivos sujeitas a Correçáo Ma-neténa par força da legislação ou cláusulas contratuais, com basanos Índices lixados nos respectivos dispositivos, de lorma a relletiros valores atualizados na data da Balança.

IV. As contrapartidas das atualizações descritas em II e III acima estãoconsignadas na Demonstração do Resultado como Receita ou Des-pesa Financeira, a titulo de "Variação Monetária". Com relação ivariação cambial em excesso è variação do valor nominal da ORTN

em 1979, vide letra "g".

c) Aplicações no Mercado AbertoRepresentam aplicações financeiras temporárias eletuadas oor inter-

médio da DIVESP • Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários doEstado de Sào Paulo SA. e estio avaliadas ao cusfo acrescido dasreceitas auferidas até a dafa do Balanço.

d) AlmoxarítadoOs estoques de materiais estio avaliados ao custo médio. Os maré-

riars destinados a construção estio classificados como "ImobiUzaçõea

em Curso".

ei Participações Societárias PermanentesO investimento na controlada está avaliado pelo método de equiva-

léncia patrimonial. Os demais investimentos estão avaliados ao custocorrigido, os ouais são ajustados para relletir os valores dé mercadoquando esta Ior menor.

t) Ativo ImobilizadoEstá avaliado ao custo corrigido de construção ou aouisiçío. A de-

preciaçéo é calculada sobre os bens monetariamente corrigidos, pelométodo linear, mediante a aoliçaçào das seguintes taxas: usinas termo-elétricas ¦ 5%, instalações de distribuição • 4% s demais bens ¦ 3'..

g) Variação Cambial EspecialEm 1979, as variações cambiais computadas sobre as obrigações e

créditos em moeda estrangeira excederam a variação do valor nominalda OBTlV, rssullando em perda liquida de CrS 15.788.116 mil. Essoexcesso loi consignado como parte do ativo imobilizado, excepcional-mente em 1979. atendendo ao disposto na Portaria n° 155. de 28 dedezembro de 1979. do DNAEE - Departamento Nacional de Águas eEnergia Elétrica e tendo em vista sua recuperação lutura através dastarifas de energia elétrica. Essa parcela è corrigida monetariamentecom base na variação do valor nominal da ORTN e está sendo amorti-zada proporcionalmente a extinção das correspondentes obrigações oudos créditos. A amortização liquida do exercício lai de CrS 2.221.15?mil. '

h) Despesas de Remuneração das /mobilizações em CursoA remuneração das tmobilizações em Curso è calculada à taxa

anual de 10%, corrigida monetariamente e amortizada a <% ao ano.a partir da data em que o Ativo a gue se relaciona entrar em operação.

i) Lucro por AçàoÊ determinado considerando a quantidade de ações em circulação

existentes na data do Balanço.

2 Ativa Circulante • Cauções e Depósitos VinculadosIncluem depósitos compulsórios no Banco Central do BrasU, conforme

flesofuçào n° 479/78 e disposições complementares, no valor de CtS13.144.835 mil equivalente a USJ 201,70f mil em 1980 8 CrS 1.319.432 milequivalente a USS 31,170 mil am 1979.

3- Ativo Realizável a Longo Prazo • Outros CréditosO saldo em 31 de dezembro de 1980 inclui CrJ 3.503716 mil de eon-

fas a receúer decorrentes de convênio de obras cuja cobrança ó previstaapós 1981. Em 31 do d.í.mOro de 1979. o saldo correspond.nl. de Crt901.179 mil estava classificado como 'Ativo Circulante • Outros Créditos"

4. Participações Societárias Permanentes e Transações com a ControladaComposição do Saldo:

b Outras ObrigaçõesCréditos cara futura capitalização .'.Gucfa para a Reserva Global de ReversãoOutras

72.2734)56.55)4.304.615

6.020.2251761.526

605967

197933.245

58.0554.096.7084.188.006

2.543.198456.632277.912

8387.719 3 271.742Os valores quq serào destinados a futuro aumento de capital, CrS

10.(76.777 mil em 1980 9 CrJ 6.639.904 mil em 1979 nâo devem ser con-s-derados como exigibilidade* para efeito de Índices econõmico-tinanceiros.

B. Imposto de RondaDe acordo com a legislação vigente, até o exercício de 1982, ano-base

1981. a alíquota do imposto de renda aplicável às concessionárias desirviço público de energia elétrica è de 6%.

9. Div:das a Longo PrazoA composição do saldo de debêntures. empréstimos e fornecedores no

ettenor a longo prazo em 31 de dezembro de 19B0 no total de CrS 124.168.877 mil bem como os detalhas quan'o ao periodo de amortização,turas e parcelas a utilizar estão detalhados na Demonstração das Dívidasa Longo Prazo.Classificação no Balanço:

Empréstimos '.•Emorésf/mos em Moeda EstrangeiraDebêntures em Moeda EstrangeiraFornecedores no Exterior

Ç^r}o Prazo Longo Prazo3.042.644 16.466545

10.1(9.750 83.485.3559.060.578(.5(8.6864753(9

folal19.509.18993.605.7059.060.578( 994.005

(3637.773 ((0.53(.(64 (24(68.877financiamentos está avalizada e atian-

Estadual. Banco do Brasil S.A. e BancoA maioria dos empréstimos

cada peips Governos Federal tdo Estado de Sào Paulo S.A, e os do Banco de Desenvolvimento do Es-lado de Sio Paulo S.A. • BADESP estio garantidos pela alienação lidu-ciaria dos bens financiados. Os empréstimos da Centrais Elétricas Brasi-feiras S.A. - ELETROBRÁS estáo resguardados, também, pelas quotas doimposto único sobre energia elétrica atribuíveis ao Governo do Estadode Sio Paulo, Alguns empréstimos a longo prazo, obtidos sem exigênciasde garantias reais ou de terceiros contêm cláusulas contratuais que re-querem a manufençáo de certos Índices econõmico-tinanceiros, cabendodestaque è relação entre Patrimônio Liquido/ Passivo e Ativo Imobilizado/Passivo. A Companhia tem atendido a esses requisitos.

t-ff Obrigações EspeciaisComposição do Saldo:

Fundo para AmortizaçãoFundo para Reversão ....

.Auxílio para ConstruçãoContribuições Doações Outras . ..:

(980 (979757.504 502.405729.200 483633884.779 560068552.6)8 258.937472.552 238.603

657 6573 337.3)0 2044.297

Os saldos de tundos para amotinado e reversio correspondem ãs

13. Ptanq de Suplementaçào de Aposentadoria e PensõesAtravés da Fundação CESP. da qual a Companhia ó mantenedora, ta-

ram implantadas a partir de Io de novembro de 1977 dois planos desuplementaçào de aposentadoria e pensões eos empregados.

A Fundação CESP adota o "regime financeiro de capitalização" paracálculo das reservas técnicas. De acordo com esse regime financeira, ascontribuições correntes destinam-se à cobertura a valor presente, dosbenefícios a serem pagos aos participantes, acumulados desde a admissãonos planos, sendo que os benefícios relativos ao tempo anterior de ser-viço lorem parcialmente cobertos por meio de contribuição Inicial e oí-emanescenfe está sendo amortizado mensalmente através da parte dascontribuições correntes.

Oe conformidade com os ternas das planos, a Companhia ó respon-sável pela cobertura de qualquer insuficiência nas reservas destinadas aosbenefícios.

I*. Paulipetro • Consórcio CESP/IPTEm 07 de dezembro de 1979. a Companhia firmou um instrumento

particular de Consórcio com o instituto de Pesquisas Tecnológicas doEstado de Sào Pauta S.A. - tPT, com a finalidade de prestar á PetróleoBrasileiro S.A. • PETR08RAS. serviços de exploração, avaliação e desen-volvimento da campos de petróleo e atividades correlatas, mediante con-tratos de exploração de petróleo com cláusula de risco, em áreas doTerritório Nacional previamente definidas, obedecendo A legislação vigente.

Os gastos incorridos pelo Consórcio sào reembolsados pelo Governodo Estado de São Paulo, através da Secretaria de Estado de indústria.Comércio. Ciência e Tecnologia. A contabilização desses gastos è feitaem registros próprios do Consórcio, obedecendo critérios definidos petaPetróleo Brasileiro S.A. - PETROBRÁS. não estando, conseqüentemente,refletidos nas Demonstrações Financeiras da Companhia.

15. Sistema EttrapatrimonialComposição do Saldo:

Contratos de Empréstimosa Utilizar

Contrates de Alienação Fiduciàna de Bens ..Contratos de Seguros Avais e Fianças Prestadas por Terceiros ....Titulo Emitido* em Garantias de Contratos de

Financiamentos Garantias Recebidas para Obras e ServiçosGarantias de Contratos de Financiamentos a

Favor da Controlada Custo do Serviço - Déficit

(73.785.202O Cusfo do Serviço • OêliCtt representa insuficiência apurada em

comparação com a remuneração legal, sendo computàvet nos luturos rea'tustes tarifários. De. acordo com a legislação em vigor, as tantas sàodeterminadas em lunçio do Custo do Serviço que possibilita is empresasobterem uma remuneração sobre o investimento em lunçio do serviçona ordem de 10% a f2% ao ano. Nos exercícios de 1980 e 1979. astarifas aprovadas possibilitaram a remuneração eletiva da 6,7% e 0,5%

'

respectivamente Os saldos da canta "Custo do Serviço - Déficit" am31 de dezembro de 1980 a 1979 estão sujeitos a aprovação do DNAES -Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica.

16. SLETROPAULO ¦ Eletricidade da Sio Paulo S A.Em ti de março de'1981, o Conselho da Administração da Companhia

aprovou os termos do Convênio a ser firmado peto Estado de São Paulo aa ELETROPAULO • Eletricidade de Sào Paulo S.A. (em organização), con-trotada da CESP - Companhia Energética de São Paulo, com a LIGHT -Serviços de Eletricidade S.A. com a intervenlincia do Ministério das Minase Energu. do DNAEE • Departamento Nacional de Águas e Energia Elétricae das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. ¦ ELETROBRÁS. destinado aestabelecer as condições da aqwstçào do subsistema da LtGHT - Ser-viços de Eletricidade S A. situado no Estado de Sào Paulo pela ELETRO-PAULO - Eletricidade de Sáo Paulo S.A. fem organização).

Os principais, elementos constantes dos lermos do Convênio sio:ri. Preço base de CrS 115.000 000 mil. retendo a 31 de março de 1961.

suieito a variação em funçào de balanço a ser levantado na mesma data.auditona e apurações a serem efetuados

b. Condições de pagamento:1. CrS 57.000.000 mil em dinheiro, de acordo com esquema de paga-

menfo e encargos usuais em contratos de empréstimo de médio 9longo prazos.

2. CrS 13.000,000 mil em moeda corrente, em parcelas semanais, noprazo de afá 12 meses.

3. CrS 45.000.000 mil na data da assinatura do instrumento de pro-messa de compra o venda, acrescidos do juros de 6% ea. e cor-raçáo monetária, representados por Nota Promissória, com vencimen-to para 30 de junho de 1981.

z. A LtGHT - Serviços de Eletricidade S A subscrevera ações pereferen-ciais d3 ELETROPAULO

'• Eletricidade de Sào Paulo S A. rem orgamíaçâo,).

num montantf aproximado de Cri 22 000 000 mil que renderão dividendoscumulativos, para cuja determinação será utilizada a mesma taxa anualvariável obtida na LIGHT. a titulo de remuneração do 'niresfi/nenfo remu-neràvel. apurada conforme normas do DNAEE e verificada no exercíciosocial. Havendo compensação de insuficiências do resultado de exercíciosanteriores, após 31 de marco de 1981. a taxa a ser apurada será aquelacalculada sem levar ao custo do serviço, o va'or da respectiva compensa-çào. observado que a distribuição de d<to dividendo, na proporção dessasações em relacáo ao capital social, será no mínimo de 25°i do fucrotiqu-do aiustado. '

d. A LIGHT - Semcas de Eletricidade S A. tomará debêntures de emis-táo da ELETROPAULO * Eletricidade de Sào Paulo S.A, (em organização).em monfanf»? aproumado de Cri 23.000.000 mil nio conversíveis em ações.sujô»ías a correção monetária e juros idênticos a taxa de >'-..videndospagos as acóes preferenciais mencionadas na letra c . supra. O prazo derasqate será de 30 anos. amortizando-se 1 20 por ano. com prazo dacarência de >0 anos

e. A assmatura do instrumento de promtjusa de Compra e venda de-verá dar-se em 31 de março de 1981. e a ELETROPAULO - Eletricidadede São Pauto S.A. (em organização), deverá assumir os serviços de efe-ttiddade resoeciivos. natuela data

Francisco Lima de Souza Dias FilhoPresidente

José Wallor MerloV/ce-Pres'dente Executivo

Abrahio FaimilberDiretor Administrativo

José Genldo Villas BoasDiretor de Engenharia • Cons/ruções

Carlos Alberto do Mesquita Pinheiro José Gelizio da RochaVice-Presidente Divisional de Distribuição Vice-Presidente Divisional de Estudos

de Energia Elétrica e Desenvolvimento Energético

Milton lananauskas Dario da Abreu Pereira Sebastião BimbatiDiretor financeiro Diretor de Negócios Jurídicos Gerente do Departamento d* Contabilidade a Custos

TC. CflC. SP. W 28.724/

José Carlos Brito LopesVice-Presidente Divisional de Produção

e Transmissão dét Energia Elétrica

Toshibumi FukumitsuContador CRC. SP. Nf> 37.349

I -i..

. ...

Parecer do Conselho FiscalO Conselho Fiscal da CESP — Companhia Energética de Sio Paulo, dando cumprimento ao que dispõem os

itens II e VII. do artigo (63, da Lei Federal n.' 6.404, da 15 de dezembro de 7576. «omlnou as Demonstrações fl-nanceiras da Empresa, relativas ao exercicio social findo em 31 de dezembro de 1980, elaboradas segunda osprincípios estabelecidos nos Capítulos XV e XVI do referido diploma legal, compreendendo: Balanço Patrimonial;Demonstração do Resultado para as Exercícios Findos em 31 de dezembro de 1980 o 197S; Demonstrações dos Lu-cros Acumulados, das Origens e das Aplicações dos Recursos e daa Mutações do Patrimônio Liquido, complementa-das por Notas Explicativas, bem como o Relatório da Administração sobre os negócios sociais e os principais fatosadministrativos do exercicio.

Tendo em vista as verificações procedidas, que se pautaram basicamente:a) em anàiises realizadas periodicamente em balancetes;b) em trabalhos de acompanhamento das atividades de qestão. avaliação de dados, informações c esclareci-

mentos prestados pelos órgãos Diretivos, pela Auditoria Interna e pelos Auditores Independentes c.Considerando que a documentação examinada está formalizada em termos que traduzem, dentro das limita-

çóes determinadas pela legislação vigente, a situação patrimonial e financeira da Empresa em 31.12.1980.O Conselho Fiscal ê de parecer que as mencionadas Demonstrações Financeiras e o Relatório da Adminis-

çáo apresentadas pela Diretoria da CESP — Companhia Energética de São Paulo, estão em condições de seremsubmetidas ã apreciação e aprovação das acionistas da Sociedade, em Assembléia Geral.

Ainda, em consonância com o que dispõe o item III. do artigo 163. da Lei Federal n.* 6.404/76. o ConselhoFiscal é vista de tudo quanto foi examinado, opina favoravelmente à distribuição de dividendos nos percentuais evalor previstos nas Demonstrações dos Lucros Acumulados e das Mutações do Patrimônio Liquido. Essa opinião sealicerça, também, na manifesta intenção dos acionistas DAEE e Fazenda Estadual em reinverterem esses dividendosmediante subscrição de ações referentes a aumento de ca oi tal da sociedade, conforme consignação nos respectivosorçamentos para 1981. de dotações próprias para a formalização das mencionadas reinversões. atendendo-se, destarte,ao requisito a que alude o item 11 das Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras.

Eliseu Martins Sâo Paulo, 20 de março de Í981 João Agriplno FilhoAchtlles Jacintho Moreira Camerint Ameleto Waelge Jorge Nahas Siuli

Parecer dos AuditoresAos Senhores Membros do Consehlo de

Administração e Diretores.CESP — Companhia Energética de Sâo Paulo:

Examinamos 'os oal.nços patrimoniais da CESP — COMPANHIA ENERGÉTICA DE SAO PAULO levantados em

31 de dezembro de 1980 e f979 e as respectivas demonstrações do resultado, dos lucros acumulados, das mutaçõesdo patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos para os anos findos naquelas datas. Os nossos examesforam efetuados de acordo com ps normas de auditoria geralmente aceitas e. conseqüentemente, incluíram as pro-vas nos registros contábeis e outros procedimentos de auditoria que iulgamos necessários nas circunstâncias.

As demonstrações financeiras da controlada Companhia Paulista de Força e Luz. em 31 de dezembro deT979. cujo investimento está consignado nas demonstrações financeiras anexas pelo método de equivalência patrímo-nial. loram examinadas por outros auditores e a nessa opinião, naquilo que se refere aos valores originados dasmesmas, está baseada exclusivamente no relatório dos mesmos.

Em nossa opinião, baseados em nossos exames e no relatório de outros auditores, as referidas demonstra-ções financeiras refletem com propriedade a posição financeira da CESP — Companhia Energética de São Paulo, em31 de dezembro de 1980 e 1979, o resultado das suas operações e as origens e aplicações de seus recursos referên-tes aos anos findos naquelas datas, de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos, os quais, excetoquanto a contabilização da variação cambial especial em (979. loram aplicados cm bases uniformes.

Sâo Psulo. 13 de março de 198)Arthur Andersen S'C ¦ CPC SP • (23

Taikí HírashímaSócio ResponsávelContador ¦ CRC SP ¦ SS 789

Conselho de Administração/CESP

PresidenteDr. Francisco Lima de Scun D>âs Filho

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GovernoPaulo Maluf

Af sTsVnfBltslhlIsW SilaanvntSTraçQOdo energia.

14 — INTERNACIONAL Io Caderno D sexta-feira, 27/3/81 D JORNAL DO BRASIL

Polônia faz hoie maior greve dos países socialistasThatcher nega que Hollisespionou para soviéticos

Varsóvia — Lideres do sindi-cato Solidariedade promete-ram realizar hoje a maior grevena historia do socialismo noLeste europeu. A Polônia intei-ra deverá parar por quatro ho-ras a partir das 8h da manha,mesmo que as conversaçõesentre representantes do Oo-verno e dos sindicatos sejamretomadas. As negociações so-bre exigências formuladas pe-los sindicatos após os lnciden-tes entre a policia e manlfes-tantes, na semana passada,em Bydgoszcz, foram Inter-rompidas na quarta-feira ànoite, sem resultados apa-rentes.

O anúncio de que haverágreve de advertência geral ho-je em toda a Polônia foi feito,apesar das desesperadas ten-tativas de negociação feitaspela Igreja durante todo o diade ontem. À noite, as autorida-des anunciaram um encontrorealizado entre o Primeiro-Ministro, General MleczyslawJaruzelskl, e o Primaz da Igre-ja Católica polonesa, CardealStefan Wyszinski, "para discu-tir os atuais problemas e asrecentes tensões sociais surgi-das no pais".TENSÀÒ CRESCENTE

À tarde, Governo e sindica-tos haviam comunicado um"adiamento" das conversa-çôes, por pedido do Governo.As autoridades, a Igreja e ossindicatos estão aproveitandocada minuto para chegar, atra-vês de contatos indiretos e ne-gociações secretas, a um com-promisso que permita evitar,na terça-feira, uma greve geralindefinida, mas a chances deuma decisão politica parecemdepender somente da reuniãomarcada para domingo do Co-mitê Central do Partido Ope-rário Unificado Polonês(POUP). Na segunda-feira, se-rá a vez de o Parlamento sereunir.

O movimento de hoje nãoatingirá oleodutos, linhas fer-roviárias e os serviços essen-ciais (hospitais, lojas de gene-ros alimentícios), além das fá-bricas de armamentos e insta-lações das Forças Armadas.Para terça-feira, caso as exi-gêiíclas dos sindicatos não se-jam atendidas, os lideres doSolidariedade prometem para-Usar totalmente o país.

Varsóvia viveu ontem umdia de intensa expectativa,com boatos anunciando a todomomento um possivel encon-tro entre o Vlce-Primelro-Ministro encarregado dos as-suntos sindicais, MleczyslawRakowski, e os lideres do Soli-dariedade. Na noite anterior, oencontro entre as duas partesterminou abruptamente, as-sim que Rakowski acabou deler um longo discurso repetln-do fortes críticas aos sindica-tos, mas sem atender ou mes-mo discutir qualquer de suasexigências.

À tarde, um grande númerode repórteres cercava Rakows-ki no momento em que o Vice-Primeiro-Ministro entrava noedifício principal do Govemo.Minutos depois, chegou numalimusine um emissário espe-ciai do Cardeal Wyszinski —devidamente de batina e para-mentado — provocando co-mentários sarcásticos dos jor-nalistas sobre o grau de parti-cipação da Igreja nas decisõesgovernamentais.

Do outro lado da cidade, nasmargens do rio Vistula, LechWalesa e seus assessores ime-dlatos permaneciam o tempotodo trancados nos quartos dohotel Solec, estabelecimentomodesto que virou, nos últi-mos dias, uma espécie de quar-tel-general informal do Solida-riedade. Sem querer receberrepórteres ou fazer declara-ções, Walesa era protegido porum nutrido corpo de guarda-costas — todos jovens, comcasacos de couro e braçadeirasbrancas e vermelhas — quenão deixavam ninguém per-manecer sequer nos corredo-res do hotel. As preocupaçõescom a segurança dos lideres doSolidariedade cresceram de-pois dos incidentes de Byd-goszcz.BECO SEM SAÍDA

O clima da Capital podia sercomparado ao de uma panelade pressão, não só por culpa deum estranho calor — 22 graus— para essa época do ano. Detarde, algumas lojas de ali-mentos receberam, de repente,um inusitado carregamento decarne e presunto, rapidamenteconsumido. As filas para com-prar gêneros alimentícios e ar-tlgos de primeira necessidadeeram mais compridas do que onormal, embora os postos degasolina não registrassem omesmo movimento que suce-deu à onda de boatos seme-- lhantes no ano passado.

À noite, com uma forte tem-pestade que desabou sobreVarsóvia a partir das 19h, acidade esvaziou-se totalmente,enquanto o locutor do noticia-rio principal das 19h30m fala-va de uma situação "tensa eperigosa". O noticiário men-clonou logo na abertura o en-contro de Jaruzelskl com Wys-zinski — comentava-se que oCardeal se teria encontrado in-formalmente até mesmo com osecretário-geral do POUP, Sta-nlslaw Kania — mas poucagente era capaz de prever on-.

William WaackCofr«jpood«nt#

tem à noite de que maneira aIgreja poderia ajudar a solu-cionar mais este conflito.

Ao contrário de outras situa-çóes semelhantes, desta veznenhum lado parece querer ocompromisso. As duas partes,contudo, se empenham ematribuir ao trabalho de umacomissão de investigação so-bre os eventos da semana pas-sada, presidida pelo próprioMinistro da Justiça, a resjpon-sabilidade de encontrar a sai-da do beco. O Ministro e ai-guns especialistas do sindica-to continuavam reunidos on-tem à noite, dando um álibipara os.dois lados.

Em seu discurso dirigido aossindicalistas, Rakowski (tidocomo um dos mais moderadosdo Governo) acusa a Solldarie-dade de impor um ultimato,baseado em campanha contraas autoridades, em especial apolícia e os serviços de segu-rança.

A fala de Rakowski foi repro-duzida na integra pelos jornaisde ontem e lida novamente,durante mais de 20 minutos,no noticiário da televisão, ás19h30m. Rakowski advertiupara a existência de "uma ten-tativa de jogar o General Jaru-zelski contra o Governo e oPartidor

O Vice-Primeiro-Ministroduvida que Bydgoszcz fosse averdadeira causa do atual con-flito: "A paz social foi rompidapelo Solidariedade anterior-mente, e essa foi a verdadeirareação ao pedido de 90 dias decalma, e nâo seus anúnciosverbais", disse Rakowski.

Nâo só os duros dentro doPartido, mas também Ra-kowskt notou uma metamor-fose no Solidariedade, que te-ria transformado o Sindicatonum Partido politico. "Vocêsnão nos deixam nenhumamargem para um compromis-so, e sem compromisso vamospara a luta fratricida, commuito derramamento de san-gue", disse Rakowski.

Por sua vez, Walesa respon-deu a Rakowski dizendo quenào está acontecendo no paísum verdadeiro processo de re-novação. Walesa recordou epi-sódlos ocorridos já em 56, 70 e76, quando promessas feitasaos trabalhadores foram de-pois "corrigidas" por mano-bras políticas."É difícil chegar a um acordocom uma visão desse tipo. Tra-ta-se de uma visão totalmenteerrada. Quanto à acusação deque queremos separar o Gene-ral do povo, nós nâo estamosfazendo isto, mas sim algunsativistas, nâo multo experien-tes, que poderiam estar dizen-do coisas assim", disse Walesa,num discurso divulgado à noi-te pela agência oficial PAP."Nào estamos atacando o so-ciallsmo e a policia, mas esta-mos atacando o fato de quesofremos muito nas mãos daspessoas do aparato estatal. Is-to é que se devia ter em men-te", afirmou Walesa. "Não so-mos uma ameaça ao Govemo,ao Partido, ao socialismo ouaos tratados assinados".

Indiferentes a todo tipo deapelo oficial, os sindicalistasultimavam ontem os prepara-tivos, em todo o pais, em partecom a cobertura da televisãopolonesa. Os prédios ornadoscom bandeiras vermelhas ebrancas — as cidades parecemcomemorar uma data cívica —estão prontos para a greve.

Na sede da Solidariedade emVarsóvia, registrava-se a mes-ma agitação febril que marcouos eventos de agosto. Confor-me observava um jovem mem-bro da comissão da Solldarie-dade em Varsóvia, a últimacrise serviu pelo menos tempo-rariamente para apagar os pri-melros sinais de divisão Inter-na e as rachaduras registradasdesde novembro na direção doSindicato."Ninguém gostou da atua-ção do Walesa em Bydgoszczna semana passada, mas tam-bém ninguém duvida de queela agora tem de ser mantida eque o momento é de totaluniáo", dizia o mesmo infor-mante. A greve de advertênciafoi preparada em todos os de-talhes e, ontem à noite, os ata-refados ajudantes da Solida-riedade —. e a maioria comaspecto de estudantes, todosidentificados por uma creden-ciai com fotografia — já co-mentavam que mesmo no casode serem acertadas conversa-ções de última hora com o Go-vemo Já não seria possível fa-zer a greve voltar atrás.

Na fábrica de tratores Ursus,um dos santuários do movi-mento trabalhador polonês(em anos anteriores, a mesmaunidade fabril foi palco de con-fUtos com as autoridades),operários policiavam os por-toes e impediam a entrada dejornalistas. A principal estreladentro da fábrica é o lider daSolidariedade na região deVarsóvia, Zbigniew Bujak, umjovem operário com fama deser mais radical do que Wale-sa. Sérios e concentrados, osoperários olhavam com des- ¦gosto o noticiário da televisáo,onde dois de seus colegas apa-reciam diante das câmaras pa-ra condenar a greve e o con-fronto com o Governo. Nasruas, só se pode tomar refrige-rantes — como em toda véspe-ra de grande acontecimento, aPolônia vive lei seca total.

Reagan acompanha acrise com preocupação

Washington — O Presidentedos Estados Unidos, RonaldReagan, está acompanhando,"com crescente preocupação",as indicações de que o Gover-no de Varsóvia talvez esteja sepreparando para usar a força,com objetivo de acabar com aagitação trabalhista na Polo-nin. A Casa Branca divulgou ainformação, após reunião doConselho de Segurança Na-cional.

"Estamos também preocu-pados com a possibilidade deque a União Soviética preten-da realizar açáo regressiva naPolônia", destacou a nota ofi-ciai. Um porta-voz do Depar-tamento de Estado comunica-

ra, horas antes, que "temos ainformação de que os exerci-cios militares do Pacto deVarsóvia continuarão portempo indeterminado".TASS

A "enérgica preparação deuma greve geral na Polônia,organizada pela ConfederaçãoSolidariedade, apesar do ape-Io para três meses de calmafeito pelo Governo", foi con-denada severamente pelaUnião Soviética, ontem, atra-vés da agência Tass. "São oslideres da organização anti-socialista e antipolonesa KOR(Comitê de Autodefesa Social)que dão o tom ã Solidarieda-de", acusou a agência.

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Jaruzelski (E) reuniu-se com. Primaz Wyszinski (D) e ambosexpressaram certeza de que poloneses vão solucionar crise

Políticos espanhóis seunem para vencer crise

Madri — A política de colaboração entre oGovemo e a Oposição, destinada a resolver osgrandes problemas da Espanha, começou afuncionar. As forças parlamentares, superan-do estéreis divergências, se uniram para facl-litar a consolidação democrática. Há unanl-mldade nos Partidos (PSOE, UDC, PCE eAliança Popular) sobre as medidas antlterro-ristas solicitadas pelo Presidente Calvo Sote-lo com o apoio das Forças Armadas.

Os pactos entre Govemo e Oposição nàorespondem à proposta de coalizão de FelipeGonzález para enfrentar a crise política, masexplicam o acordo preconizado por Sotelo. Osentendimentos entre os quatro maiores Parti-dos se desenvolvem num clima de otimismo,num momento em que os poderes de fatoexercem uma influência sem precedentes naEspanha, desde que se instaurou a ordemconstitucional.

Dois fatosA luta contra o terrorismo e a necessidade

de unidade em tomo das autonomias regio-nais vem estimulando a colaboração entre oGovemo e Oposição, confirmando-se a pro-messa de Calvo Sotelo de favorecer um açor-do nacional, que chama de concertação, emtomo das principais questões que preocupamas autoridades e o pais.

As novas medidas antiterrorlstas forambem acolhidas de uma forma generalizada,por quase todo o Parlamento. A esquerda —nào só o Partido Socialista mas também oComunista — mostra-se inequivocamente fa-voràvel a estimular todos os meios materiaise legais ao alcance do Estado para enfrentar aação da ETA.

Juarez BahiaCormpontUnr»

Ao centro (União do Centro Democrático)e à direita (Aliança Popular), as liderançasparlamentares consideram até que as provi-dèncias especiais contra o terrorismo chegamcom atraso. Apenas algumas bancadas meno-res, inclusive alguns radicais, oferecem restri-çôes ao plano governamental para ampliar aatual legislação de modo a caracterizar eaplicar os estados de sítio, alarme e exceção.

Como é difícil prognosticar que o Parla-mento aprovará as medidas especiais dentroda maior urgência, como pede o Govemo,com as sutilezas próprias das distintas posi-ções ideológicas dos quatro maiores partidos,todos os aprovam os cinco pontos da propôs-ta governamental: colaboração do Exército,unificação do comando antiterrorista, reforçoda vigilância nas fronteiras, recursos aos cor-pos de segurança, e urgência na elaboraçãode novas leis repressivas que forem necessá-rias.

A Junta de Porta-Vozes (instituição quereúne os porta-vozes dos grupos parlamenta-res com assento no Congresso dos deputados)está de acordo que dentro da lei nada deve sernegado no combate ao terrorismo. Acha quetambém no caso da reforma do Código Penal,em que se tipi ficam os delitos de colaboraçãocom a violência armada, a subversão da or-dem constitucional e sua apologia atravésdos meios de comunicação, a urgência ê reco-mendâvel.

Para a Junta de Porta-Vozes trata-se deuma legislação que trata de defender a demo-cracia do terrorismo e do golpismo. Na refor-ma do Código Penal o Parlamento não esta-belecerá diferenças substanciais entre terro-rismo e golpismo, considerando ambos sub-versão. Estima-se que dentro de uma semanao pleno do Congresso terá aprovado as medi-das especiais solicitadas pelo Govemo.

Exército aumenta controleBilbao — Os controles no País Basco espa-

nhol e na fronteira com a França foram inten-sificados após a chegada das primeiras unida-des do Exército à região. Uma companhia deforças especiais militares chamados Coes(Boinas Verdes) integrada por 130 homens,com tanques e carror-metralhadoras chegouquarta-feira a Gulpuzcoa. As Forças Armadasreforçaram a vigilância no local, principal-mente o acesso ãs montanhas na fronteira.

No mar, sete unidades da Marinha deGuerra chegaram às costas bascas. A agênciade noticias Europa Press afirmou que a Guar-da Civil está exigindo passaporte dos espa-nhóls em trânsito para a França, e não apenasa carteira de identidade como anteriormente.Cerca de 100 pessoas suspeitas de terem liga-

Vaticano evitaparalisação defuncionários

Araújo NettoCormpondtnt*

Roma — A primeira greve e também aprimeira passeata de protesto na história daSanta Sé parecem definitivamente evitadas,graças a uma decisão também sem preceden-tes na história dos Papas e do Vaticano.Aquela que ontem foi anunciada oflcialmen-te: de que João Paulo n recebera e discutirános primeiros dias de abril uma delegação defuncionários e dependentes da minúscula ci-dade-Estado em que vive e reina.

A audiência de João Paulo n aos represen-tantes de I mil 500 trabalhadores do Vatica-no, todos eles reunidos e filiados à Associaçãodos Dependentes Lalcos do Vaticano", desti-nada a transformar-se em Sindicato, estáprogramada para o próximo 6 de abril, às12h30m de Roma. A decisão de aceitá-la eprogramá-la foi tomada pessoalmente peloPapa, contrariando antigas praxes e parece-res contrários de alguns de seus auxiliaresdiretos, diante de reivindicações e posiçõesassumidas pelos funcionários do Vaticano.

ReivindicaçõesDesde outubro do ano passado, depois de

várias tentativas e esperanças frustradas, odescontentamento dos trabalhadores do Va-ticano vem crescendo e assumindo propor-çôes preocupantes para a hierarquia das qua-tro administrações autônomas da Santa Sé: oGovemo, a Fábrica de São Pedro, a Propa-ganda Fide e a Administração do Patrimônioda Sede Apostólica.

Sem obter respostas e soluções concretaspara suas reivindicações econômicas e parasuas pretensões de terem regulamentadassuas funções, os trabalhadores do Vaticano,há menos de 15 dias, chegaram a anunciaruma passeata dentro da cldade-Estado doPapa e de uma greve branca, autêntica ope-ração tartaruga, para protestar contra o de-sinteresse e as injustiças que há muitos anosvinham sofrendo.

Ao Papa, dia 6 de abril, 39 delegados daAssociação formada pelos Dependentes Lai-cos do Vaticano exporão pessoalmente a na-tureza das injustiças que vèm sofrendo eindicarão o que pretendem como soluçãoreparadora. Eles pretendem Imediatamenteum novo tratamento para o pessoal-provisório, que depois de dois anos de traba-lho deveria ser incluido no quadro, uma revi-sáo dos atuais horários de trabalho, baseadanum critério de paridade e de redução das 42horas semanais que atualmente lhes são exi-gidas, um salário-familia, que beneficiaria osfilhos estudantes até os 26 anos de idade, umaindlcizaçào de 3% para aos aumentos que, acada dois anos, teriam direito, e um novoprograma de aposentadorias.

çáo com a ETA-Militar foram presas em Na-varra.

AtentadosQuatro bombas de grande potência expio-

diram no Pais Basco francês, causando pre-juízos significativos, aparentemente para as-sinalar o assassínio de dois militantes separa-tistas, há um ano, na cidade de Bayona. Osatentados ainda não foram reivindicados,mas há Indícios de que pertencem ao grupoIvarretarrak. Outras duas bombas foram de-sativadas pela policia antes de explodir.

O Jornal El Pais, de Madri, citando fontespróximas à ETA-Militar, afirmou que cerca de30 separatistas cruzaram a fronteira franco-espanhola e pediram asilo na Subprefeiturade Bayona.

Omã acusa olémen do Sulde agressão

Mário ChimanovitchCorrei pondant*

Beirute—Um novo foco de tensão além daguerra entre o Irã e o Iraque, que já dura seismeses, está surgindo na região do Golfo Pérsi-co em conseqüência das acusações de Omã àRepública Democrática do Iêmen (Iêmen doSul) de estar concentrando tropas Junto à suafronteira e de estar invadindo sistemática-mente seu território.

Numa enérgica nota de protesto encami-nhava à Liga Árabe, que se encontra reunidaem Túnis, o Govemo de Omâ afirma que seupais está sendo vitima de "repetidas agres-soes" por parte do Iêmen do Sul e que atéagora nâo empreendeu nenhuma ação defen-siva para não agravar a situação.

Sete incursõesA República Democrática do Iêmen, único

Estado marxista do mundo árabe, é um dosmais importantes aliados da União Soviéticana região, com o qual, a exemplo do que fezcom a Siria, firmou um tratado de amizade ecooperação por 20 anos.

O Govemo de As Shaab vinha advertindosistematicamente o de Mascate para que pu-sesse fim às facilidades militares concedidasao Estados Unidos na ilha de Massiriah. Ob-servadores acreditam que a tensão na frontel-ra entre os dois países faz parte de umamanobra de intimidação do primeiro sobre osegundo.

Na nota de protesto o Governo de Masca-te, que pede à Liga Árabe providências urgen-tes, queixa-se de ter sido vitima de sete incur-soes das forças militares do lémen do Sul, aprimeira em novembro do ano passado e asdemais em fevereiro último. As tropas iemenl-tas do sul penetram no território de Omâ comarmas automáticas e veículos blindados. Nu-ma das incursões, diz a nota, soldados iemenl-tas dispararam contra um posto fronteiriçoomanita, e em outro um de seus aviões foialvejado.

O mais sério dos incidentes, de acordo coma nota, foi quando oito veículos blindadosIemenl tas penetraram cerca de 11 qullôme-tros no interior do território omanita e des-tiniram as instalações de um posto de contro-le alfandegário. Os soldados omanitas recua-ram e as forças invasoras se apropriaram deum automóvel pertencente ao posto, diz anota.

O Govemo de Omã afirma que essas incur-soes foram seguidas da concentração de tro-pas iemenitas Junto às suas fronteiras, "comoapoio maciço de tropas soviéticas, cubanas eda Alemanha Oriental, presentes de formapermanente naquele pais", segundo Mascate.

Londres — A Primeira-Mi-nlsra da Inglaterra, Marga-ret Thatcher, afirmou quenào existem provas de que ofalecido Sir Roger Hollis, ex-diretor do Serviço de Con-tra-espionagem britânico(MI-5), fosse agente soviéti-co. Em resposta às denún-cias de Chapman Pincher,publicadas pelo jornal DailyMail, negou a penetraçàoem grande escala de agentessoviéticos nos serviços de es-pionagem britânicos.

• O jornal publicou ontemmais uma denúncia de Pin-cher, contida em seu livrosobre agentes duplos: oagente do serviço secreto in-glês, Charles Howard Ellis,conhecido como O Gordo,trabalhou mais de 30 anospara a Uniáo Soviética. Des-mascarado em 1965, Jamaisadmitiu as acusações feitascontra ele. O jornal não revê-Ia se Hollis, nascido em 1895,ainda vive."INOCÊNCIA"

Thatcher disse frente à Cã-mara dos Comuns que Pin-cher apresentou uma versãoerrônea sobre as conclusõesde Lord Trend em uma in-vestigação realizada em1974. "Lord Trend concluiuque Sir Roger Hollis não ti-nha sido agente do serviçosecreto soviético. Depoisque deixou a chefia do MI-5,onde ficou de 1956 a 1965,houve uma investigação so-bre uma possível Infiltraçãosoviética que demonstrousua inocência".

Como esta opiniáo foi re-jeitada, solicitou-se a LordTrend que revivesse os resul-tados de suas investigação.Ele atendeu ao pedido e ga-rantiu que nada havia sidoencoberto, disse Thatcher.Trend considerou que os in-dlcios de infiltração soviéti-

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Sir Roger Hollisca poderiam explicar-se pormeio da traição dos espiõesHarold Philby, que fugiu pa-ra Moscou em 1963, e Antho-ny Blunt, assessor artísticodo Palácio real, que confes-sou suas atividades em 1964.

Segundo a Primeiro-Minis-tro, grande parte das infor-maçôes contidas no livroOcupação: Traidores era in-correta ou havia sido distor-cida. Acrescentou que ai-guns suspeitos tinham sidodemitidos ou transferidospara funções que não lhespermitiam acesso a informa-ções secretas. E que a Co-missão de Segurança Nacio-nal revisará as normas e aspráticas de segurança e in-traduzirá mudanças, se con-siderar necessário. Tais pro-cedimentos envolvem todasas pessoas que tèm acesso adocumentos sigilosos ou quepossam ser vulneráveis atentativas de extorsão. "Te-nho a maior confiança emnossos serviços de seguran-ça", afirmou.

A Câmara dos Comuns ou-viu atentamente as declara-ções de Thatcher e o dirigen-

te oposicionista Michel Footapoiou imediatamente aproposta sobre uma revisãoda Comissão de Segurança,O ex-Primelro-Mlnlstro Ha-rold Wilson (Partido Traba- ,lhistal, que era Chefe do Go-vemo quando Lord Trendrealizou sua investigação,em 1974, disse que nâo haviagarantias sobre a total ino-cència de Hollis, mas cortfec-turas de que ele nào eraagente duplo.

O livro de Pincher foi pu-bllcado terça-feira, mas osfragmentos da obra transcri-tos pelo Daily Mail afirmamque Hollis, que se integrouao MI-5 em 1939, era suspei-to de trabalhar para a KGB(serviço de Informações daUnião Soviética) e foi inter-rogado quando deixou o ser-viço secreto inglês, mas nun-ca se descobriu nada. Elemorreu em 1973.

O livro, também afirmaque o falecido Tom Driberg,presidente do Partido Tra-balhista em 1957-58 e mem-bro do Parlamento durante42 anos, foi um duplo agentebritânico e soviético. That-cher nào referiu-se às acusa-ções sobre Driberg.

Sobre Ellis (O Gordo), olivro de Pincher diz que eletrabalhou para o serviço se-creto britânico de 1924 a1953. Em 1965, confessou terprestado serviços à Alemã-nha até 1940, mas jamais ad-mitiu que foi espião daUnião Soviética. Durante aSegunda Guerra trabalhouquatro anos em Nova Iorquena coordenação das opera-ções de espionagem anglo-americanas. Em 1944, voltoua Londres para assumir achefia das operações britâni-cas de espionagem para oExtremo Oriente e depois dosetor de assuntos ligados àsAméricas do Norte e do Sul.Aposentou-se em 1953.

ArquivoArquivo

Anthony Blunt uy Burgess Harold Kim Philby'

-A antiga rede dupla britânica-As recentes revelações de que Sir Roger

Hollis — ex-chefe do serviço de contra-espionagem britânico MI-5—era um agentesoviético e de que o ex-presidente do Parti-do Trabalhista, Tom Driberg (Lorde Brad-well), também era agente duplo, trabalhan-do para a União Soviética e para a Tcheco-Eslováquia, trazem de novo à lembrança asérie de casos semelhantes ocorridos naGrà-Bretanha depois da Segunda GuerraMundial.

Na verdade, as raízes da trama que en-volve os espiões britânicos em suas duplasatjvidades vão mais além, chegando, há 50anos, às salas de aulas de duas das maisfamosas universidades do pais: Cambridgee Oxford. Os agentes soviéticos que procu-ravam aliciar britânicos depois do desman-telamento de sua rede de espionagem, nadécada de 20, estabeleceram sua primeiracélula em Cambridge, em meados de 1931.

Jovens brilhantes, idealistas, política-mente desiludidos com a queda do GovemoTrabalhista, em virtude da grave crise eco-nõmica de 31 eram, aos olhos dos soviéticos,presas fáceis. Além disso, muitos deles, nu-ma época em que a Grã-Bretanha seguiauma política de distensão, acreditavam quea União Soviética constituía a única espe-rança de combater o fascismo. Esses univer-sltários, considerados a nata de sua gera-ção, foram infiltrados nos níveis mais eleva-dos do serviço de espionagem britânico e osreflexos de suas atividades duplas até hojesão sentidos. Algumas fontes do Governo deLondres admitem, até mesmo, que as impll-cações da atuação desses agentes duplosnão foram ainda inteiramente desvendadas.

Entre os recrutados nos anos 30 e maistarde desmascarados como agentes secre-tos duplos, os mais famosos são Guy Bur-gess, Donald MacLean e Harold Kim Phil-by. Burgess asilou-se na Uniáo Soviética em1951, depois de saber que o serviço de con-tra-espionagem, advertido por um desertorsoviético, estava prestes a prendê-lo; naocasião, Burgess trabalhava na Embaixadabritânica em Washington. MacLean, tam-bém aluno de Cambridge, asilou-se naUnião Soviética em 1951.

Filho de um britânico convertido ao islã-mlsmo que era fanático pelos livros de Ru-dyard Kipllng — dai o apelido ao seu filhode Kim, nome de uma das mais conhecidaspersonagens do escritor — Harold Philby,tipo acabado do gentleman, com passagempor Cambridge e até um estágio insuspeitocobrindo a guerra civil espanhola do lado doGeneral Franco, atuou com agente britâni-co durante a guerra de 1939/45. Sua eficáciapemitiu-lhe duplo acesso aos arquivos maissigilosos da Seção Anticomunista (MI-6) doserviço secreto britânico e, em conseqüèn-cia, aos serviços secretos norte-americanos.

Muitos afirmam que Philby Já era agentesoviético quando entrou para o serviço deespionagem britânico. Logo depois de 1951,ele despertou desconfianças, pois fora aeu-sado de ser o terceiro homem no caso dosespiões atômicos Burgess e MacLean, aosquais teria avisado que haviam sido desço-bertos, possibilitando-lhes fugir em tempopara a União Soviética. Embora náo chegas-se a ser processado, Philby viu-se forçado adeixar o serviço de contra-espionagem, co-meçando a trabalhar no Oriente Médio co-mo correspondente de vários semanáriosbritânicos. A 23 de Janeiro de 1963, desapa-receu em Beirute.

A nota oficial soviética a respeito dadeserção de Philby sô foi divulgada a 30 deJulho de 1963: o Jornal Izvestia anunciouque "o Jornalista e agente dos serviços brita-nlcos de informação, Harold Philby, pediuasilo à União 8ovlética. Sabe-se que o So-viet Supremo atendeu a seu pedido".Recentemente, em novembro de 1979,outro agente duplo foi desmascarado peloGovemo britânico: Anthony Blunt, que forahistoriador de arte da Casa Real. O autor dolivro Clima de Traição, Andrew Boyle, umdos responsáveis pela descoberta da duplaatividade de Blunt, assinalou que outrosintegrantes do grupo de Cambridge foramagentes soviéticos durante o período crucialda guerra fria. Desconfia-se que as autori-dades londrinas lhes permitem atuar aindahoje como espiões de dois rostos, a flm detransmitirem informações falsas ao Kren-lin.

Rainha deslumbrou ChurchillLondres — Depois de vários

escândalos sexuais e casos depersonalidade acima de quais-quer suspeitas envolvidas emespionagem a favor de paisescomunistas, a Grã-Bretanhavolta a ser abalada agora pelarevelação de que o ex-Primeiro-Ministro WinstonChurchill (já falecido) amou àdistancia a Rainha Elizabethn.

O inconfidente, Sir John Coi-ville, é um diplomata de carrel-ra aposentado, hoje com 68anos, e que serviu de secreta-rio particular de ambos: traba-lhou com Churchill na épocada Segunda Guerra Mundial ecom Elizabeth durante doisanos antes de subir ao trono,em 1952.0 livro, lançado quar-

ta-feira, chama-se The Chur-chillians.

PLATÔNICO

Colville afirma que embora oamor fosse à distância, respei-tosamente e platônico, as au-dièncias de Churchill cora Eli-zabeth n — ele com 77 anos eno último mandato como Che-fe de Governo e ela com 25anos recém-entronada —"eram excepcionalmente lon-gas". Churchill chegou mesmoa pendurar o retrato da filhade George V sobre sua camaem Chartwell."Ele era um velho cujas pai-xões jâ haviam passado. Acre-dito mesmo que não era umhomem com fortes desejos se-

xuais. Os que tinha concentra-va no amor por sua mulher.Houve porém uma mulher porquem ficou deslumbrado apartir de 1952 e esta mulherera a Rainha", narra Sir JohnColville.

Prossegue o ex-diplomatadizendo que a partir de então aatitude de Churchill em rela-çáo âs mulheres passou a sermais elogiosa. Ao conhecerElizabeth n, como soberana,Churchill percebeu que era"encantadora, sedutora, inteli-gente e extraordinariamenteconsciente".

Churchill, sustenta o autordo gossip, nunca aceitou hon-rarias, mas recebeu a Ordemda Jarreteira apenas porque,quem a ofereceu foi a Rainha.

JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 27/3/81 D Io Caderno INTERNACIONAL — 15

Garcia Márquez deixa Colômbia eBogotá — O escritor colom-

biano Gabriel Garcia Márquezpartiu ontem à tarde para oMéxico, depois de haver rece-bido o asilo político que pediraquarta-feira, ao saber que osmilitares de seu pais haviamexpedido uma "ordem de cap-tura" contra ele. "Querem meprender para investigar sobreas armas do M-19". disse aosjornalistas que acorreram aoaeroporto de Bogotá para sa-ber das razoes de sua decisáode refugiar-se na Embaixadamexicana.

Apesar dos protestos emcontrário das autoridades co-lombianas, e do gracejo do no-vo Chanceler Carlos LemosSimmonds, de que as únicaspessoas que estavam à procu-ra de Márquez no pais eramseus milhões de admiradores,entre os quais se incluía elepróprio, Simmonds, a verdadeé que os militares, com a auto-rização do Presidente Júlio Cê-sar Turbay Ayala, haviam or-denado a sua prisão.INCREDULIDADE

Ao meio-dia de terça-feira,alguns advogados que traba-lham na Suprema Corte deJustiça e nos tribunais supe-riores surpreenderam-se quan-do chegou a seu conhecimen-to, ou às suas mãos, uma or-dem de prisão contra o mun-dlalmente famoso autor deCem Anos de Solidão. "Que-rem prender Gabo", comuni-caram imediatamente aos edi-tores de La Oveja, a editoraque mantém os direitos exclu-sivos do escritor.

A principio, os editores nãoderam multa importância ànotícia, mas diante da Insis-tència e as fontes de toda con-fiança pelas quais chegava ainformação, os responsáveispela editora se alarmaram eprocuraram Garcia Márquez,

que estava em Bogotá prepa-rando o lançamento de seupróximo livro, Crônica de umaMorte Anunciada.

Já ia avançada a tarde quan-do conseguiram comunicar-lhe a noticia. A reação dele foitambém de incredulidade,mas ao somarem-se os indíciose saber-se concretamente da"ordem de captura" expedidapela Brigada de Institutos Mi-litares, responsável pela guar-niçào militar da capital, elecomeçou a preocupar-se. ABrigada é a mesma da qual oMovimento 19 de Abril roubouhá dois anos umas 7 mil armas,e centraliza as operações con-tra esse grupo guerrilheiro, eu-ja execução e desenvolvimen-to está a cargo da TerceiraBrigada, com sede em Cáli.

Embora nào se especificasseo motivo, alguns informantesacrescentaram que a ordem decaptura estaria relacionadacom a recente ofensiva doM-19. Segundo transpirou decírculos militares, parece quequeriam interrogar Márquezpor acharem que ele devia sa-ber como se havia organizadoa operação de entrada de ar-mas na Colômbia para essegrupo guerrilheiro, parte dasquais foi interceptada pelosmilitares colombianos.

Alegavam, ao que parece,que Gabriel Garcia Márqueztinha de estar implicado na_operação por ser amigo de Fi-dei Castro e de Ornar Torrijos.de Cuba e Panamá, rota que,segundo as autoridades co-lombianas, seguiram as armasantes de entrar em seu territó-rio. Convencidos dessa "culpa-bilidade", os militares nào ti-veram dúvida em aproveitar aocasião para cobrar ao escritoralgumas de suas muitas criti-cas ao Governo de TurbayAyala e à crescente militariza-ção da Colômbia.

recusaQuando ainda vivia em Bar-

celona, na década passada,mais ou menos exilado da vio-lêneia política de sua pátria, aColômbia, Gabriel GarciaMárquez recebeu a comunica-çào de que conquistara omaior prêmio literário daquelepaís. Entre lisojeado e ofendi-do, comentou que não adian-tava o quanto criticasse e de-nunciasse as atrabiliaridadesdos militares colombianos —eles insistiam em tratá-lo co-mo um monumento nacional,e a prodigalizar-lhe honrariasque o constrangiam.

Para não perder o hábito,doou a soma em dinheiro cor-respondente ao prêmio — algopor volta de uns 70 mil a 100mil dólares — a movimentosguerrilheiros. Mas nem assimconseguiu livrar-se da pegajo-sa admiração dos políticos co-lombianos. E, resignado, retor-nou, anunciando'que passariaa metade do ano na Colômbiae metade no México.

O problema era que Mar-quez se havia transformado defato num monumento, não sóna Colômbia, mas em todo omundo ocidental. Sua obraprima, Cem Anos de Solidão,traduzida para quase todas aslínguas do Ocidente, fora acla-mada — e até sobriamente —nos Estados Unidos, por publi-caçoes como a revista Time eThe New York Times, comouma das duas ou três grandesda década, e seu autor comoum dos maiores escritoresvivos.

Na França, seu romance se-gulnte, não tão bom, O Outonodo Patriarca, conquistou oprêmio de melhor livro do anoconcedido pela critica france-sa, honraria que só um outrolatino-americano — o argenti-no Ernesto Sábato — conquls-tou, e que é considerada quaseuma prévia do Prêmio Nobel.

Assim, Márquez podia julgarque dispunha de certas imuni-dades, quando retomou a Co-lombia. Ledo engano. No ini-

Crimes deAtlanta têmsuspeito

Nova Iorque — O ex-presidiário Frank Edmonds,32 anos, é suspeito de ser oassassino de crianças negrasna cidade de Atlanta, Geórgia.Ele foi preso em East Fishkill,130km ao Norte de- Nova lor-que, pelo seqüestro de um me-nino negro de nove anos.

Para reforçar as suspeitas, ocaminhão de Edmonds templaca da Geórgia. O FBI estáinvestigando as atividades doex-detento.

Pepe FajardoEipecial para o JB

Aproveitando a nova caça àsbruxas desencadeada em con-seqüência da ofensiva guerri-lheíra em alguns Estados limi-trofes com o Equador, os mlli-tares estavam dispostos a apli-car em Márquez os procedi-mentos que hoje já sâo rotinana Colômbia, que permaneceem crônico estado de sítio,agravado durante o atual Go-verno com um drástico "Esta-tuto de Segurança", pelo qualse pode deter qualquer pessoaprecautelarmente e mantê-laem regime de incomunicablll-dade e sob tortura durante pe-lo menos 10 dias.

Avisado do perigo que cor-ria, Gabo preferiu náo esperarpara ver: dirigiu-se à casa ondeestava hospedado, enfiou obje-tos de toalete e algumas rou-pas numa pequena vallse esaiu em companhia de sua mu-lher, Mercedes Marcha, para aresidência da Encarregada deNegócios do México em Bogo-tá, Maria Antonia Sanchez Ga-vito.

Eram cerca das 6h30m datarde de quarta-feira quandoali chegaram. A diplomata hãoestava em casa, mas, ao retor-nar e inteirar-se do que aconte-cia, começou imediatamenteos tramites legais, depois desuspender um compromissodiplomático para aquela noite.Diante da calúnia levantada"semi-oflclalmente" de que oque Márquez deseja é publici-dade para seu próximo livro,cabe ressaltar que Crônica deuma Morte Anunciada deveriaser lançado em Bogotá no pró-xlmo 27 de abril, e foi tal ointeresse despertado pela no-va obra de Márquez que LaOveja Negra mandara impri-mir uma ediçáo excepcional: 1milhão de exemplares, exclusi-vãmente para os paises doPacto Andino e o México.

Woihinglon AP

de serArquivo da UPI/1980

Garcia Márquez

cio, tudo bem: chegaram até aoferecer-lhe uma candidaturaà Presidência da República,pelo Partido Comunista, naseleições de 1978. Alegando"motivos pessoais e falta dequalidades políticas", ele recu-sou a proposta, feita tambémpor outros Partidos de esquer-da menos ameaçados pelos mi-litares colombianos.

Mas, se não havia pressãooficial ostensiva, o regime ti-nha outros métodos de lidarcom ele, como já percebeuquando os empregados de suarevista, Alternativas, lhe mo-veram um processo. Ele defl-nlu entào essa açáo como"uma manobra para confundiras esquerdas latino-ameri-canas, propiciando argumen-tos às ditaduras fascistas con-trás as quais trabalho".

No mesmo ano em que que-riam que ele se candidatasse àPresidência, em 1977, outroproblema: a exibição da tele-novela La Mala Hora, baseadanum de seus melhores roman-ces pré-Cem Anos, causou agi-tação nos círculos políticos co-lombianos. A obra, inspiradana violência política que mar-cou a Colômbia de 1948 a 1958,com uma guerra civil não de-clarada entre liberais e conser-

Bolivianopede asiloao Brasil

Brasília — A Embaixada doBrasil em La Paz tem um novoasilado político — o quarto noespaço de apenas uma semana— em sua sede: è o cadeteJuan Carlos Gutierrèz Torrez,também envolvido na tentati-ca fracassada de golpe contrao Governo do General GarciaMeza, há 10 dias. Para esseoutro cadete, que foi se somara dois companheiros de turmae ao General Hugo Cespedes, oEmbaixador brasileiro, AfonsoArinos de Mello Franco, já pe-diu um salvo-conduto ao Go-verno da Bolívia.

um monumentoMarcos Santarrita

vadores, que deixou um saldode 300 mil mortos, foi conside-rada pelos militares do paiscomo ofensiva às Forças Ar-madas. (No livro, pelo menos, oúnico militar envolvido é umpolicial, que é ao mesmo tem-po prefeito da cidadezinha on-de se desenrola a história, cen-trada em cartas anônimas).

Ao lado de sua atuação, Már-quez, crescentemente presti-giado no cenário internacio-nal, participava cada vez maisde acontecimentos em todomundo, escrevendo reporta-gens polêmicas sobre Angola eCuba. O General Ornar Torri-jos convidou-o, com o inglêsGraham Greene, para as ceri-mônias de assinatura dos no-vos tratados americano-panamenhos sobre o Canal doPanamá.

Como protesto contra a bru-tal ditadura do General Pino-chet, decidiu nào mais publi-car obra alguma, embora ti-vesse um romance e 50 contosescritos. Só voltaria a publi-car, disse, após a queda doditador chileno. Voltou atrásnessa decisão, porém, e agoraanuncia um novo livro,'Crôni-ca de uma Morte Anunciada,que define como uma falsa re-portagem e um falso romance,ou seja, um retrato verdadeiroda realidade, segundo uma dasmais privilegiadas visões domundo deste século.

Agora, finalmente, pareceque apanharam Márquez—outentaram apanhá-lo. E a expli-cação das autoridades colom-Manas contém o mesmo ele-mento de onírica realidade, desurrealismo, de suas histórias.Se ele está sendo procuradopor alguém, disse o Govemocolombiano, só poderá ser por"seus admiradores". Quem sa-be, talvez, o chefe da policia seconte entre estes?

Marcos Santarrita é redator daedrloria internacional

Tchecosfogem paraa Áustria

Linz, Áustria — A fuga deduas famílias tcheco-eslo-vacas, que atravessaram oscampos, minados da fronteiracom a Áustria num trenó pu-xado por um cavalo, foi plane-jada durante um ano, revelouontem um dos fugitivos, AntonKrejcar, de 26 anos. Além deKrejcar, fugiram sua mulherVera, de 25 anos, os filhos To-mas, de dois anos, e Jan, decinco meses, e Pavel Cemy, de28 anos, com sua mulher Boze-na, de 20, e a fllha de setemeses, Lenka.

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Em depoimento na Subcomissão de Verbas do Congresso, Haigdisse estar disposto a esquecer a crise

Haig tenta minimizarsua perda de Poder

Washington — Apesar de informações se-gundo as quais ainda estaria intimamentefurioso com sua perda de. poder, o Secretáriode Estado Alexander Haig procurou ontemminimizar publicamente a controvérsia sobrequem deve dirigir, abaixo do Presidente, asrelações exteriores dentro do Governo ameri-cano.

Haig disse que essa disputa, deflagradanos últimos dias, deve ser esquecida, para queo Govemo Reagan possa ir adiante com osaspectos substanciais de sua política externa.Declarou em depoimento no Senado que "jáse havia dito o bastante" sobre o poder outor-gado ao Vice-Presidente George Bush paracoordenar as situações de crise internacional,e sobre sua oposição a essa decisão do Presi-dente.

Não acabouMas, apesar desse seu acatamento públicoda divisão de responsabilidades, persistiamontem em Washington rumores de que an-

teontem Haig voltara a ameaçar com umpedido de demissão, e que a questão aindanão estava encerrada. O Presidente RonaldReagan decidiu anunciar terça-feira passadaque ia transferir para Bush a direção dassituações de crise, poucas horas depois deHaig ter manifestado sua contrariedade comessa possível perda de poder.

Diante disso, anteontem de manhã, segun-do seus assessores declararam ao WashingtonPost, o Secretário de Estado foi à Casa Bran-ca para apresentar seu pedido de renúncia aReagan. Os dois permaneceram reunidos du-rante 40 minutos, e Haig teria concordado emnão renunciar e minimizar publicamente aquestão, contanto que o Presidente fizesseuma declaração Inequívoca de que ele, Haig,era o responsável pela condução da políticaexterna.

Ainda anteontem, antes de deixar a CasaBranca de helicóptero para ir praticar equita-çáo, Reagan declarou que Haig era seu princi-pai assessor para assuntos internacionais, eque nessa condição era o principal formula-dor da política externa. O Secretário de Esta-do, entretanto, nào teria ficado inteiramentesatisfeito com as palavras públicas do Presi-dente.

Haig esperava uma declaração contunden-te no sentido de que as tarefas de Bush seriammais administrativas, e que ele continuariaencarregado, inclusive em períodos de crise,como principal assessor presidencial. Dessaforma, mesmo depois da declaração de Rea-gan, Haig, segundo seus assessores, contínua-va contrariado com sua perda de poder, eteria dito que permanecia a possibilidade,talvez de 30%, de nâo continuar no cargo.

Ontem, no entanto, em depoimento noSenado, o Secretário de Estado arrefeceu astensões mais imediatas da crise. Disse quetoda a controvérsia era em.tomo da forma, eque estava de pleno acordo.com o PresidenteReagan no conteúdo da politica extema.Acrescentou que a disputa deveria ser esque-cida.

Armando OuriqueCom.pondent»

Mas ele ainda desmentiu para a imprensaseu suposto pedido de renúncia na véspera.

Essa versão foi confirmada por diferentesfontes em Washington. E esta não teria sido aprimeira vez que o Secretário de Estado teriaameaçado deixar o cargo. Ontem, aliás, umaalta fonte chegou a comentar que ele corre orisco de o Presidente Reagan aceitar umdesses seus pedidos.

Haig teria um estilo multo individualista eagressivo para o gosto de Reagan, que temenfatizado sua preferência pelo processo cole-giado de tomada de decisões em seu Govemo.A Casa Branca também teria tomado conhe-cimento de comentários feitos por Haig sobresuas supostas noções superiores de políticaexterna e sobre o fato de que teria conseguidomudar a opinião do Presidente sobre a manu-tenção do embargo às exportações de cereaispara a União Soviética. Esses fatos desagra-daram bastante a Ronald Reagan e a seuprincipal assessor, Edwin Meese, consideradoum verdadeiro Primeiro-Ministro do Gabine-te, que deveria funcionar com forte espiritocoletivo.

As desavenças entre a Casa Branca e oDepartamento de Estado começaram no pró-prio dia da posse do novo Govemo. Haigapresentou então ao Presidente um memo-rando pelo qual Reagan deveria formalizar aresponsabilidade total do Secretário de Esta-do pela condução da politica externa, inclusi-ve em períodos de crise. Apesar dessas desa-venças, que se tornaram agudas esta semana,Haig conta com forte simpatia do PresidenteReagan, por suas posições políticas de firme-za nas relações com a Uniáo Soviética. Essa,inclusive, seria sua principal garantia paracontinuar no Departamento de Estado.

A decisáo presidencial de transferir a coor-denação da política extema em períodos decrise para o Vice-Presidente reduziu substan-cialmente a autoridade do Secretário de Esta-do. O presidente da Câmara, Thomas 0'Neill,ontem, comentou que "as asas de Haig ha-viam sido aparadas pelos acontecimentosdesta semana".

Brzezinski nãogostou da mudança

Washington — Zbigniew Brzezlnski, ex-Assessor para Assuntos de Segurança Nacio-nal do ex-Presidente Jimmy Carter, manifes-tou sua discordância com a mudança feitapelo Presidente Ronald Reagan em sua asses-soria de política extema e afirmou que acontrovérsia sobre o papel desempenhadopelo Secretário de Estado, Alexander Haig,"confunde outros paises".

Leia editorial'Linhas Cruzadas"

Washington — O Secretáriode Estado norte-americano,General Alexander Haig, aflr-mou ontem que Washingtondispõe de "alguma evidência"de que um pequeno número deassessores cubanos e nlcara-guenses se encontra em El Sal-vador prestando colaboraçãoà guerrilha local.

Em depoimento à Subcomis-sào de Operações Exterioresdo Senado. Haig afirmou queuma "escalada" norte-americana em El Salvador nâodependerá dos Estados Unidosou da Junta salvadorenha,"mas do nivel de violência ecombates patrocinados pelaesquerda". Segundo o GeneralHaig. "sáo necessárias duaspessoas para dançar o tango".

EMBAIXADA

A Embaixada norte-ame-ricana em El Salvador foi alyode terroristas pela terceira vezneste mès, na quarta-feira. En-quanto dois grupos — cadaqual com seis homens — troca-vam tiros de metralhadorascom os marines americanos eguardas salvadorenhos que vi-giam o prédio, um terceiro co-mando disparou foguetes con-tra o quarto andar da missãodiplomática.

Nâo houve feridos, mas osprejuízos materiais foram con-siderávels. Ao contrário dosatentados dos dias 4 e 17 últi-mos, atribuídos à extrema-direita, o de quarta-feira estásendo reivindicado pela orga-nização ultra-esquerdista For-ças Populares de Libertação.

HONDURAS

Três pessoas ficaram feridas,uma delas com gravidade, aoexplodir poderosa bomba no

Congresso de Honduras nomomento em que 71 deputa->>•*•dos da Assembléia Constituin- «"*te participavam de uma sessão n!de rotina. A Assembléia prepa- «aira o retomo de Honduras àtttunormalidade democrática msapôs 17 anos de Governosmili--.^-tares. •—*•

«íiSUGUATEMALA

Três protestantes forammortos na Guatemala por des-""'"conhecidos, na terça-feira, no'""Município de Dolores. As v(ti-:"mas gravavam hinos evangéll-''''',cos em fitas cassete quando o'nUgrupo armado irrompeu na ca-''"sa atirando em todos os que lá •-"•se encontravam. Entre os mor-'«'"tos há uma mulher. Na quarta- • |*ifeira foi assassinado o secreta- -•' trio do Partido Revolucionário, —"Manuel de Jesus Velasquez, 'numa emboscada em Zacapa," "-na região Leste. Em outroatentado foram mortos doispoliciais. "

Americano querbloqueio a Cuba

Caracas — O comandante 3"da frota norte-americana noAtlântico, Almirante Harry'"1^Train, defendeu ontem um no-""'vo bloqueio naval a Cuba para "*¦deter o que chamou de "canalo:''de influência comunista no Ca-"""ribe". Declarou, contudo, que -'esta decisão deve ser "politi-j•- •ca" e adotada pelos "lideres1-:políticos dos Estados Unidos". ^

O Almirante, chefe da Se-gunda Frota, chegou ontem &•¦•;•Venezuela em "missão navalr>de boa-vontade" que Inclui ar;*.-presença de dois navios de;..,,guerra equipados com mlsselsm-,teleguiados e 2 mil marinhei- ~>-ros. Os navios jã estiveram em..._várias nações da América Cen-,v„.trai e Caribe. ve;,

Carazo nega que tenhaarmado os sandinistas

San José — O Presidente Ro-drigo Carazo disse ontem queas armas que chegaram à Cos-ta Rica. procedentes de Cuba,foram compradas a Havanapelo Governo do Panamá eemprestadas aos costarriquen-ses "para proteger Costa Rica"das ameaças do então ditadorda Nicarágua, Anastaslo So-moza. Carazo acusou tanto aesquerda como a direita detentarem dominar a AméricaCentral.

Há alguns dias, quatro pilo-tos costarriquenses acusaramo Govemo de Costa Rica, aForça Aérea do Panamá e oGovemo de Cuba de participa-

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rem da ajuda em armas aossandinistas na luta contra Somoza. Segundo Carazo, a de-núncia dos pilotos é "dlfa-maçâo".

Carazo acrescentou que naAmérica Central a extrema di- .reita "quer continuar desfru-..tando seus privilégios", en-Trrquanto a extrema esquerda—'pretende submeter estes pai- -•'ses "a uma potência interna- . ¦ •cional". .rtai

Os pilotos fizeram a acusa-.'.',ção a uma comissão do Con-"'gresso, se dizendo "arrependi-"1.1dos" por terem ajudado a er-!l.3"Jguer a "ditadura sandinista". ',".!-

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Atriz ganha ação contrajornal que lhe atribuiuséria briga com Kissinger

Los Angeles — A atriz Carol Burnett ganhou Ü]^»ontem um processo de 1 milhão 600 mil dólares por

~'difamação contra o jornal norte-americano National ~:Enquirer, que publicou, em 1976, uma notícia de que .3,3-a atriz teria tido uma violenta discussão com o entào u~'Secretario de Estado Henry Kissinger em um restau-rante de Washington. ^,"Sinto-me como se tivesse ficado grávida durante v.'?*cinco anos e que o bebê é muito lindo", disse Carol, --'•logo após tomar conhecimento do veredicto. "Setivessem me dado um dólar e o dinheiro do táxi mesentiria feliz. É uma questão de princípio", afirmou aatriz, assinalando que doará o dinheiro a uma obra decaridade.ULTRAJE ü» An9.ta.WP ¦'

William Masterson, advo-gado da revista, prometeuapelar da decisão. "Este ve-redlcto é um ultraje à pri-meira emenda da Constitui-ção (que garante a liberdadede imprensa) e não pode fl-car de pé", disse Masterson."Eqüivale à pena capitalcontra uma empresa", acres-centou.

A comediante pedira aosmembros do júri que castí-gassem o Enquirer para con-vencê-la a utilizar no futuroartigos que não contivesseminformações falsas. O dinhei-ro ganho por Carol com oprocesso eqüivale ao lucroanual da empresa.

Atriz de teatro bastanteconhecida na América, Ca-rol fez algumas incursões pe-

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Carol Burnett a

lo cinema e sua Interpreta- ü,_ção em Cerimônia de Casa- -;mento, de Robert Altman, 3^foi muito bem recebida pela«>*critica. "¦ ¦

MINISTÉRIO DA FAZENDA

DELEGACIA NO ESTADODO RIO DE JANEIRO

EDITALTOMADA DE PREÇOS N° 012/81

A COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÕESda Delegacia do Ministério da Fazenda no Rio.deJaneiro, torna público que fará realizar no dia 13 deabril de 1981, às onze horas, na sala 1311,13° andardo Edifício-Sede do Ministério da Fazenda, na Av.Presidente Antônio Carlos n° 375, a TOMADA DEPREÇOS N° 012/81, tendo como OBJETO: aquisiçãopara

"ARMÁRIOS DE AÇO", de acordo com ascláusulas e condições constantes do respectivoEdital.

Esclarece que as firmas interessadas poderãoobter cópia do Editai e demais informações, no localacima citado, das 14 às 17 horas.

Rio de Janeiro, 25 de março de 1981(Ass) FERNANDO GIL VETROMILE

Presidente <P

MINISTÉRIO DA FAZENDA

DELEGACIA NO ESTADODO RIO DE JANEIRO

EDITALTOMADA DE PREÇOS N° 014/81

A COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÕESda Delegacia do Ministério da Fazenda no Rio deJaneiro, torna público que fará realizar no dia 13 deabril de 1981. às doze horas, na sala 1311.13° andardo Edifício-Sede do Ministério da Fazenda, na Av.Presidente Antônio Carlos n° 375, a TOMADA DEPREÇOS N° 014/81, tendo como OBJETO: aquisiçãopara MÓVEIS "FMI", de acordo com as cláusulas econdições constantes do respectivo Edital.

Esclarece que as firmas interessadas poderãoobter cópia do Edital e demais informações, no localacima citado, das 14 às 17 horas.

Rio de Janeiro, 25 de março de 1981.(ass.) FERNANDO GIL VETROMILE

Presidente (P

MINISTÉRIO DA FAZENDA

DELEGACIA NO ESTADODO RIO DE JANEIRO

EDITALTOMADA DE PREÇOS N° 022/81

•A COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÕESda Delegacia do Ministério da Fazenda no Rio deJaneiro, torna público que fará realizar no dia 13 deabril de 1981, às quinze horas, na sala 1311, 13°andar do Edifício-Sede do Ministério da Fazenda, jiaAv. Presidente Antônio Carlos n° 375, a TOMADADE PREÇOS N° 022/81. tendo como OBJETO:aquisição para BARBANTE ESTOPA, de acordo comas cláusulas e condições constantes do respectivo.Edital.

Esclarece que as firmas interessadas poderãoobter cópia do Edital e demais informações, no localacima citado, das 14 às 17 horas.

Rio de Janeiro, 25 de março de 1981.(Ass.)FERNANDO GIL VETROMILE

Presidente (P

MINISTÉRIO DA FAZENDA

DELEGACIA NO ESTADODO RIO DE JANEIRO

EDITALTOMADA DE PREÇOS N° 035/81

A COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÕESda Delegacia do Ministério da Fazenda no Rio deJaneiro, torna público que fará realizar no dia 14 deabril de 1981, às onze horas, na sala 1311,13° andardo Edifício-Sede do Ministério da Fazenda, na Av.Presidente Antônio Carlos n° 375, a TOMADA DEPREÇOS N° 035/81, tendo como OBJETO: aquisiçãopara PAPÉIS E CARTOLINA, de acordo com ascláusulas e condições constantes do respectivoEdital.

Esclarece que as firmas interessadas poderãoobter cópia do Edital e demais informações, no localacima citado, das 14 às 17 horas.

Rio de Janeiro, 25 de março de 1981.(ass.) FERNANDO GIL VETROMILE

Presidente

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JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 27/3/81 D Io Caderno S° Clichê D INTERNACIONAL — 15

Bogotá — O escritor colom-biano Gabriel Garcia Márquezpartiu ontem à tarde para oMéxico, depois de haver tece-bido o asilo politico que pediraquarta-feira, ao saber que osmilitares de seu país haviamexpedido uma "ordem de cap-tura" contra ele. "Querem meprender para Investigar sobreas armas do M-19", disse aosjornalistas que acorreram aoaeroporto de Bogotá para sa-ber das razões de sua decisãode refugiar-se na Embaixadamexicana.

Apesar dos protestos emcontrário das autoridades co-lomblanas, e do gracejo do no-vo Chanceler Carlos LemosSimmonds, de que as únicaspessoas que estavam à procu-ra de Márquez no país eramseus milhões de admiradores,entre os quais se incluía elepróprio, Simmonds, a verdadeé que os militares, com a auto-rização do Presidente Júlio Cé-sar Turbay Ayala, haviam or-denado a sua prisão.INCREDULIDADE

Ao meio-dia de terça-feira,alguns advogados que traba-lham na Suprema Corte deJustiça e nos tribunais supe-riores surpreenderam-se quan-do chegou a seu conhecimen-to, ou às suas máos, uma or-dem de prisão contra o mun-dlalmente famoso autor deCem Anos de Solidão. "Que-rem prender Gabo", comuni-caram imediatamente aos edi-tores de La Oveja, a editoraque mantém os direitos exclu-sivos do escritor.

A princípio, os editores nãoderam muita importância ànoticia, mas diante da insis-tência e as fontes de toda con-fiança pelas quais chegava aInformação, os responsáveispela editora se alarmaram eprocuraram Garcia Márquez,que estava em Bogotá prepa-rando o lançamento de seu

próximo livro, Crônica de umaMorte Anunciada.

Já ia avançada a tarde quan-do conseguiram comunicar-lhe a noticia. A reação dele foitambém de incredulidade,mas ao somarem-se os Indíciose saber-se concretamente da"ordem de captura" expedidapela Brigada de Institutos Ml-lltares, responsável pela guar-nição militar da capital, elecomeçou a preocupar-se.

Embora náo se especificasseo motivo, alguns informantesacrescentaram que a ordem decaptura estaria relacionadacom a recente ofensiva doM-19. Segundo transpirou decírculos militares, parece quequeriam interrogar Márquezpor acharem que ele devia sa-ber como se havia organizadoa operação de entrada de ar-mas na Colômbia para essegrupo guerrilheiro.

Alegavam, ao que parece,que Gabriel Garcia Márqueztinha âe estar Implicado naoperação por ser amigo de Fl-dei Castro e de Ornar Torrijos,de Cuba e Panamá, rota que,segundo as autoridades co-lomblanas, seguiram as armasantes de entrar em seu territõ-rio.

Aproveitando a nova caça àsbruxas desencadeada em con-seqüência da ofensiva guerri-lheira em alguns Estados liml-trofes com o Equador, os mili-tares estavam dispostos a apli-car em Márquez os procedi-mentos que hoje já são rotinana Colômbia, que permaneceem crônico estado de sítio,agravado durante o atual Go-vemo com um drástico "Esta-tuto de Segurança", pelo qualse pode deter qualquer pessoaprecautelarmente e mantê-laem regime de incomunicablli-dade e sob tortura durante pe-lo menos 10 dias.

Avisado do perigo que cor-ria, Gabo preferiu nào esperar

Pepe FajardoEspacial para o JB

para ver: dtriglu-se à casa ondeestava hospedado, enfiou obje-tos de toalete e algumas rou-pas numa pequena valise esaiu em companhia de sua mu-lher, Mercedes Marcha, para aresidência da Encarregada deNegócios do México em Bogo-tá, Maria Antonla Sanchez Ga-vlto.

Eram cerca das 6h30m datarde de quarta-feira quandoali chegaram. A diplomata nãoestava em casa, mas, ao retor-nar e Intelrar-se do que aconte-cia, começou imediatamenteos trâmites legais, depois desuspender um compromissodiplomático para aquela noite.APENAS GARANTIAS

Um comunicado divulgadopela Chancelaria mexicana as-segurou que "ante a solicita-ção de asilo político apresenta-do pelo escritor e sua esposa, aEmbaixada do México em Bo-gota entrou em contato com asautoridades deste pais, asquais disseram nào existir ne-nhuma ordem de prisão contraGarcia Márquez." O Ministériodo Exterior mexicano concluidizendo que "em vista do ante-cedente, o asilo político nào seformalizou e o casal GarciaMárquez embarcou com desti-no ao México em vôo regular".

Ao desembarcar na Capitalmexicana. Garcia Márquez de-clarou à imprensa que náo pe-dirá asilo ao refugiar-se na Em-baixada do México, mas ape-nas garantias para poder dei-xar a Colômbia, "onde ne-nhum cidadão está seguro nes-te momento". O escritor, quedesmentiu qualquer ligaçãocom o M-19, disse ainda quesua amizade com Fidel Castro"não pode ser manchada porcomentários Irresponsáveis".Na sua opinião, a acusaçãoque Cuba treina guerrilheiroscolombianos faz parte de umamanobra do Governo Reaganpara voltar a isolar a Ilha.

Garcia Márquez deixa Colômbia e se asila no MéxicoJL __ Wothinoton/AP

EUA constatam queassessor cubano jáluta em El Salvador

recusaQuando ainda vivia em Bar-

celona, na década passada,mais ou menos exilado da vio-lència politica de sua pátria, aColômbia, Gabriel GarciaMárquez recebeu a comunica-çáo de que conquistara omaior prêmio literário daquelepaís. Entre lisojeado e ofendi-do, comentou que não adlan-tava o quanto criticasse e de-nunciasse as atrabiliaridadesdos militares colombianos —eles insistiam em tratá-lo co-mo um monumento nacional,e a prodigalizar-lhe honrariasque o constrangiam.

Para não perder o hábito,doou a soma em dinheiro cor-respondente ao prêmio — algopor volta de uns 70 mil a 100mil dólares — a movimentosguerrilheiros. Mas nem assimcojiseguiu livrar-se da pegajo-sa.admlraçáo dos politicos co-lombianos. E, resignado, retor-nou, anunciando que passariaa metade do ano na Colômbiae metade no México.

O problema era que Már-quez se havia transformado defato num monumento, não sóna Colômbia, mas em todo omundo ocidental. Sua obraprima, Cem Anos de Solidão,traduzida para quase todas aslínguas do Ocidente, fora acla-mada — e até sobriamente —nos Estados Unidos, por publi-cações como a revista Time eThe New York Times, comouma das duas ou três grandesda década, e seu autor comoum dos maiores escritoresvivos.

Na França, seu romance se-güinte, não tào bom, O Outonodo Patriarca, conquistou oprêmio de melhor livro do anoconcedido pela critica france-sa, honraria que só um outrolatino-americano — o argenti-no Ernesto Sábato — conquis-tou, e que é considerada quaseuma prévia do Prêmio Nobel.

Assim, Márquez podia julgarque dispunha de certas imuni-dades, quando retornou a Co-lómbia. Ledo engano. No inl-

1

Crimes deAtlanta têmsuspeito

Nova Iorque — O ex-presidiário Frank Edmonds,32 anos, é suspeito de ser oassassino de crianças negrasná cidade de Atlanta, Geórgia.Ele foi preso em East Fishkill,130km ao Norte de Nova Ior-que, pelo seqüestro de um me-nino negro de nove anos.

Para reforçar as suspeitas, ocaminhão de Edmonds templaca da Geórgia. O FBI estáinvestigando as atividades doex-detento.

de ser um monumentoMarcos Santarrita

Arquivo do UPI. 1980

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^&ÈÉm\ P .Garcia Márquez

cio, tudo bem: chegaram até aoferecer-lhe uma candidaturaà Presidência da República,pelo Partido Comunista, naseleições de 1978. Alegando"motivos pessoais e falta dequalidades políticas", ele recu-sou a proposta, feita tambémpor outros Partidos de esquer-da menos ameaçados pelos mi-lltares colombianos.

Mas, se não havia pressãooficial ostensiva, o regime ti-nha outros métodos de lidarcom ele, como já percebeuquando os empregados de suarevista, Alternativas, lhe mo-veram um processo. Ele defl-niu então essa ação como"uma manobra para confundiras esquerdas latino-ameri-canas, propiciando argumen-tos às ditaduras fascistas con-trás as quais trabalho".

No mesmo ano em que que-riam qúe ele se candidatasse àPresidência, em 1977, outroproblema: a exibição da tele-novela La Mala Hora, baseadanum de seus melhores roman-ces pre-Cem Anos, causou agi-tação nos círculos políticos co-lombianos. A obra, inspiradana violência politica que mar-cou a Colômbia de 1948 a 1958,com uma guerra civil nâo de-clarada entre liberais e conser-

Bolivianopede asiloao Brasil

Brasilia — A Embaixada doBrasil em La Paz tem um novoasilado político — o quarto noespaço de apenas uma semana— em sua sede: é o cadeteJuan Carlos Gutlerrez Torrez,também envolvido na tentati-ca fracassada de golpe contrao Govemo do General GarciaMeza, há 10 dias. Para esseoutro cadete, que foi se somara dois companheiros de turmae ao General Hugo Cespedes, oEmbaixador brasileiro, AfonsoArinos de Mello Franco, já pe-diu um salvo-conduto ao Go-verno da Bolivla.

vadores, que deixou um saldode 300 mil mortos, foi conside-rada pelos militares do paiscomo ofensiva às Forças Ar-madas. iNo livro, pelo menos, oúnico militar envolvido é umpolicial, que é ao mesmo tem-po prefeito da cidadezinha on-de se desenrola a história, cen-trada em cartas anônimas).

Ao lado de sua atuação, Már-quez, crescentemente presti-giado no cenário internado-nal, participava cada vez maisde acontecimentos em todomundo, escrevendo reporta-gens polêmicas sobre Angola eCuba. O General Ornar Torri-jos convidou-o, com o inglêsGraham Greene, para as ceri-mônias de assinatura dos no-vos tratados americano-panamenhos sobre o Canal doPanamá.

Como protesto contra a bru-tal ditadura do General Pino-chet, decidiu nào mais publi-car obra alguma, embora ti-vesse um romance e 50 contosescritos. Só voltaria a publi-car, disse, após a queda doditador chileno. Voltou atrásnessa decisão, porém, e agoraanuncia um novo livro, Crôni-ca de uma Morte Anunciada,que define como uma falsa re-portagem e um falso romance,ou seja, um retrato verdadeiroda realidade, segundo uma dasmais privilegiadas visões domundo deste século.

Agora, finalmente, pareceque apanharam Márquez—outentaram apanhá-lo. E a expli-cação das autoridades colom-bianas contém o mesmo ele-mento de onírica realidade, desurrealismo, de suas histórias.Se ele está sendo procuradopor alguém, disse o Govemocolombiano, só poderá ser por"seus admiradores". Quem sa-be, talvez, o chefe da polícia seconte entre estes?

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Marcos Santarrita é redator daedrtoria internacional

Tchecosfogem paraa Austria

Linz, Áustria — A fuga deduas famílias tcheco-eslo-vacas, que atravessaram oscampos minados da fronteiracom a Áustria num trenó pu-xado por um cavalo, foi plane-jada durante um ano, revelouontem um dos fugitivos, AntonKrejcar, de 26 anos. Além deKrejcar, fugiram sua mulherVera, de 25 anos, os filhos To-mas, de dois anos, e Jan, decinco meses, e Pavel Cemy, de28 anos, com sua mulher Boze-na, de 20, e a filha de setemeses, Lenka.

Em depoimento na Subcomissão de Verbas do Congresso, Haigdisse estar disposto a esquecer a crise

Haig tenta minimizarsua perda de Poder

Washington — Apesar de informações se-gundo as quais ainda estaria intimamentefurioso com sua perda de poder, o Secretáriode Estado Alexander Haig procurou ontemminimizar publicamente a controvérsia sobrequem deve dirigir, abaixo do Presidente, asrelações exteriores dentro do Governo ameri-cano.

Haig disse que essa disputa, deflagradanos últimos dias, deve ser esquecida, para queo Governo Reagan possa ir adiante.com osaspectos substanciais de sua politica externa.Declarou em depoimento no Senado que "jáse havia dito o bastante" sobre o poder outor-gado ao Vice-Presidente George Bush paracoordenar as situações de crise internacional,e sobre sua oposição a essa decisão do Presi-dente.

Não acabouMas, apesar desse seu acatamento público

da divisão de responsabilidades, persistiamontem em Washington rumores de que an-teontem Haig voltara a ameaçar com umpedido de demissão, e que a questão aindanão estava encerrada. O Presidente RonaldReagan decidiu anunciar terça-feira passadaque ia transferir para Bush a direção dassituações de crise, poucas horas depois deHaig ter manifestado sua contrariedade comessa possível perda de poder.

Diante disso, anteontem de manhã, segun-do seus assessores declararam ao WashingtonPost, o Secretário de Estado foi à Casa Bran-ca para apresentar seu pedido de renúncia a¦Reagan. Os dois permaneceram reunidos du-rante 40 minutos, e Haig teria concordado emnào renunciar e minimizar publicamente aquestão, contanto que o Presidente fizesseuma declaração inequívoca de que ele, Haig,era o responsável pela condução da políticaexterna.

Ainda anteontem, antes de deixar a CasaBranca de helicóptero para ir praticar equita-ção, Reagan declarou que Haig era seu princi-pai assessor para assuntos internacionais, eque nessa condição era o principal formula-dor da política externa. O Secretário de Esta-do, entretanto, não teria ficado inteiramentesatisfeito com as palavras públicas do Presi-dente.

Haig esperava uma declaração contunden-te no sentido de que as tarefas de Bush seriammais administrativas, e que ele continuariaencarregado, inclusive em períodos de crise,como principal assessor presidencial. Dessaforma, mesmo depois da declaração de Rea-gan, Haig, segundo seus assessores, continua-va contrariado com sua perda de poder, eteria dito que permanecia a possibilidade,talvez de 30%, de nào continuar no cargo.

Ontem, no entanto, em depoimento noSenado, o Secretário de Estado arrefeceu astensões mais imediatas da crise. Disse quetoda a controvérsia era em. tomo da forma, eque estava de pleno acordacom o PresidenteReagan no conteúdo da politica externa.Acrescentou que a disputa deveria ser esque-cida.

Washington — O Secretáriode Estado norte-americano.General Alexander Haig, afir-mou ontem que Washingtondispõe de "alguma evidência"de que um pequeno número deassessores cubanos e nlcara-guenses se encontra em El Sal-vador prestando colaboraçãoà guerrilha local.

Em depoimento à Subcomls-são de Operações Exterioresdo Senado, Haig afirmou queuma "escalada" norte-americana em El Salvador nàodependerá dos Estados Unidosou da Junta salvadorenha,"mas do nivel de violência ecombates patrocinados pelaesquerda". Segundo o GeneralHaig, "são necessárias duaspessoas para dançar o tango".

EMBAIXADA

A Embaixada norte-ame-ricana em El Salvador foi alvode terroristas pela terceira vezneste mês, na quarta-feira. En-quanto dois grupos — cadaqual com seis homens — troca-vam tiros de metralhadorascom os marines americanos eguardas salvadorenhos que vi-gjam o prédio, um terceiro co-mando disparou foguetes con-tra o quarto andar da missãodiplomática.

Não houve feridos, mas osprejuízos materiais foram con-slderávels. Ao contrário dosatentados dos dias 4 e 17 últi-mos, atribuídos à extrema-direita, o de quarta-feira estásendo reivindicado pela orga-nizaçáo ultra-esquerdista For-ças Populares de Libertação.

HONDURAS

Três pessoas ficaram feridas,uma delas com gravidade, aoexplodir poderosa bomba no

Armando OuriqueCorres ponde nt»

Mas ele ainda desmentiu para a Imprensaseu suposto pedido de renúncia na véspera.

Essa versão foi confirmada por diferentesfontes em Washington. E esta náo teria sido aprimeira vez que o Secretário de Estado teriaameaçado deixar o cargo. Ontem, aliás, umaalta fonte chegou a comentar que ele corre orisco de o Presidente Reagan aceitar umdesses seus pedidos.

Haig teria um estilo muito individualista eagressivo para o gosto de Reagan, que temenfatizado sua preferência pelo processo cole-giado de tomada de decisões em seu Governo.A Casa Branca também teria tomado conhe-cimento de comentários feitos por Haig sobresuas supostas noções superiores de políticaexterna e sobre o fato de que teria conseguidomudar a opinião do Presidente sobre a manu-tençâo do embargo às exportações de cereaispara a Uniáo Soviética. Esses fatos desagra-daram bastante a Ronald Reagan e a seuprincipal assessor, Edwin Meese, consideradoum verdadeiro Primeiro-Ministro do Gabine-te, que deveria funcionar com forte espiritocoletivo.

As desavenças entre a Casa Branca e oDepartamento de Estado começaram no pró-prio dia da posse do novo Govemo. Haigapresentou então ao Presidente um memo-rando pelo qual Reagan deveria formalizar aresponsabilidade total do Secretário de Esta-do pela condução da politica externa, inclusi-ve em períodos de crise. Apesar dessas desa-venças, que se tomaram agudas esta semana,Haig conta com forte simpatia do PresidenteReagan, por suas posições políticas de firme-za nas relações com a Uniào Soviética. Essa,inclusive, seria sua principal garantia paracontinuar no Departamento de Estado.

A declsáo presidencial de transferir a coor-denação da política externa em períodos decrise para o Vice-Presidente reduziu substan-cialmente a autoridade do Secretário de Esta-do. O presidente da Câmara, Thomas 0'Neill,ontem, comentou que "as asas de Haig ha-viam sido aparadas pelos acontecimentosdesta semana".

Brzezinski nãogostou da mudança

Washington — Zbigniew Brzezinski, ex-Assessor para Assuntos de Segurança Nacio-nal do ex-Presldente Jimmy Carter, manifes-tou sua discordância com a mudança feitapelo Presidente Ronald Reagan em sua asses-soria de politica externa e afirmou que acontrovérsia sobre o papel desempenhadopelo Secretário de Estado, Alexander Haig,"confunde outros paises".

Leia editorial'Linhas Cruzadas"

Congresso de Honduras nomomento em que 71 deputa--*dos da Assembléia Constituin---'te participavam de uma sessão 'de rotina. A Assembléia prepa-—ra o retomo de Honduras à"anormalidade democrática "Vapós 17 anos de Governos mili- ••tares. ¦-'•

GUATEMALA

Três protestantes forammortos na Guatemala por des-conhecidos, na terça-feira, no""Município de Dolores. As vitl-mas gravavam hinos evangéll--'"cos em fitas cassete quando o""grupo armado Irrompeu na ca- "sa atirando em todos os que lã »»se encontravam. Entre os mor- "'tos há uma mulher. Na quarta-feira foi assassinado o secreta-rio do Partido Revolucionário,Manuel de Jesus Velasquez, •numa emboscada em Zacapa,na região Leste. Em outroatentado foram mortos doispoliciais. ,IV'

Americano querbloqueio a Cuba

Caracas — O comandanteda frota norte-americana noAtlântico, Almirante HarryTrain, defendeu ontem um no-'^vo bloqueio naval a Cuba para -deter o que chamou de "canal ¦de influência comunista no Ca-'ribe". Declarou, contudo, que "esta decisão deve ser "politi-ca" e adotada pelos "líderespolíticos dos Estados Unidos".

O Almirante, chefe da Se-gunda Frota, chegou ontem àVenezuela em "missão naval -de boa-vontade" que inclui a -presença de dois navios de- •guerra equipados com mísseis,teleguiados e 2 mil marinhei-.,,ros. Os navios já estiveram emvárias nações da América Cen-,trai e Caribe. ...

Carazo nega que tenhaarmado os sandinistas

San José — O Presidente Ro-drigo Carazo disse ontem queas armas que chegaram à Cos-ta Rica, procedentes de Cuba,foram compradas a Havanapelo Govemo do Panamá eemprestadas aos costarriquen-ses "paraproteger Costa Rica"das ameaças do então ditadorda Nicarágua, Anastasio So-moza. Carazo acusou tanto aesquerda como a direita detentarem dominar a AméricaCentral.

Hã alguns dias, quatro pilo-tos costarriquenses acusaramo Govemo de Costa Rica, aForça Aérea do Panamá e oGovemo de Cuba de participa-

rem da ajuda em armas aos"sandinistas na luta contra So-moza. Segundo Carazo, a de-1 *núncia dos pilotos é "difa-"'maçào".

Carazo acrescentou que na„.América Central a extrema dl-reita "quer continuar desfru-tando seus privilégios", en-quanto a extrema esquerda-pretende submeter estes pal--~ses "a uma potência interna---cional".

Os pilotos fizeram a acusa-'"ção a uma comissão do Con-gresso, se dizendo "arrependi-dos" por terem ajudado aer-"guer a "ditadura sandinlsta".:..

Atriz ganha ação contra m-jornal que lhe atribuiuséria briga com Kissinger -~

Los Angeles — A atriz Carol Burnett ganhou, '

ontem um processo de 1 milhão 600 mil dólares pordifamação contra o jornal norte-americano NationalEnquirer, que publicou, em 1976, uma noticia de que -a atriz teria tido uma violenta discussão com o então-'Secretário de Estado Henry Kissinger em um restau-rante de Washington. £,"Sinto-me como se tivesse ficado grávida durante—cinco anos e que o bebê é muito lindo", disse Carol,'logo após tomar conhecimento do veredicto. "Se'";tivessem me dado um dólar e o dinheiro do táxi mesentiria feliz. Ê uma questão de princípio", afirmou a -atriz, assinalando que doará o dinheiro a uma obra de.caridade. —ULTRAJE

William Masterson, advo-gado da revista, prometeuapelar da decisão. "Este ve-redicto é um ultraje à pri-meira emenda da Constitui-çáo (que garante a liberdadede Imprensa) e náo pode fi-car de pé", disse Masterson."Eqüivale à pena capitalcontra uma empresa", acres-centou.

A comediante pedira aosmembros do júri que casti-gassem o Enquirer para con-vencê-la a utilizar no futuroartigos que não cqntivessemInformações falsas. O dinhel-ro ganho por Carol com oprocesso eqüivale ao lucroanual da empresa.

Atriz de teatro bastanteconhecida na América, Ca-rol fez algumas Incursões pe-

Lm Angt-M/AI»- V.1_i

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¦:- ¦ ' '''.-'y.m''CCy'-^y-';C': ¦¦¦C'''C

Carol Burnett~

lo cinema e sua Interpreta-çáo em Cerimônia de Casa-.mento, de Robert Altman^,foi multo bem recebida pela -crítica.

MINISTÉRIO DA FAZENDA

DELEGACIA NO ESTADODO RIO DE JANEIRO

EDITALTOMADA DE PREÇOS N° 012/81

A COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÕESda Delegacia do Ministério da Fazenda no Rio de"Janeiro,

torna público que fará realizar no dia 13 deabril de 1981, às onze horas, na sala 1311,13o andardo Edificio-Sede do Ministério da Fazenda, na Av.Presidente Antônio Carlos n° 375, a TOMADA DEPREÇOS N° 012/81, tendo como OBJETO: aquisição

para "ARMÁRIOS DE AÇO", de acordo com as

cláusulas e condições constantes do respectivoEdital.

Esclarece que as firmas interessadas poderãoobter cópia do Edital e demais informações, no localacima citado, das 14 às 17 horas.

Rio de Janeiro, 25 de março de 1981(Ass) FERNANDO GIL VETROMILE

Presidente (P

MINISTÉRIO DA FAZENDA

DELEGACIA NO ESTADODO RIO DE JANEIRO

EDITALTOMADA DE PREÇOS N° 014/81

A COMISSÁO PERMANENTE DE LICITAÇÕESda Delegacia do Ministério da Fazenda no Rio deJaneiro, torna público que fará realizar no dia 13 deabril de 1981, às doze horas, na sala 1311,13° andardo Edificio-Sede do Ministério da Fazenda, na Av.Presidente Antônio Carlos n° 375. a TOMADA DEPREÇOS N° 014/81, tendo como OBJETO: aquisiçãopara MÓVEIS "FMI", de acordo com as cláusulas econdições constantes do respectivo Edital.

Esclarece que as firmas interessadas poderãoobter cópia do Edital e demais informações, no localacima citado, das 14 às 17 horas.

Rio de Janeiro, 25 de março de 1981.(ass.) FERNANDO GIL VETROMILE

Presidente (P

MINISTÉRIO DA FAZENDA

DELEGACIA NO ESTADODO RIO DE JANEIRO

EDITALTOMADA DE PREÇOS N° 022/81

A COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÕESda Delegacia do Ministério da Fazenda no Rio deJaneiro, torna público que fará realizar no dia 13 deabril de 1981, às quinze horas, na sala 1311, 13°andar do Edifício-Sede do Ministério da Fazenda, naAv. Presidente Antônio Carlos n° 375, a TOMADADE PREÇOS N° 022/81. tendo como OBJETO:aquisição para BARBANTE ESTOPA, de acordo comas cláusulas e condições constantes do respectivoEdital.

Esclarece que as firmas interessadas poderãoobter cópia do Edital e demais informações, no localacima citado, das 14 às 17 horas.

Rio de Janeiro, 25 de março de 1981,(Ass.)FERNANDO GIL VETROMILE

Presidente (P

MINISTÉRIO DA FAZENDA

DELEGACIA NO ESTADODO RIO DE JANEIRO

EDITALTOMADA DE PREÇOS N° 035/81

A COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÕESda Delegacia do Ministério da Fazenda no Rio deJaneiro, torna público que fará realizar no dia 14 deabril de 1981, às onze horas, na sala 1311,13o andardo Edifício-Sede do Ministério da Fazenda, na Av.Presidente Antônio Carlos n° 375. a TOMADA DEPREÇOS N° 035/81, tendo como OBJETO: aquisiçãopara PAPÉIS E CARTOLINA, de acordo com ascláusulas e condições constantes do respectivoEdital.

Esclarece que as firmas interessadas poderãoobter cópia do Edital e demais informações, no localacima citado, das 14 às 17 horas.

Rio de Janeiro, 25 de março de 1981.(ass.) FERNANDO GIL VETROMILE

Presidente (P

16 — CIDADE Io Caderno D sexta-feira, 27/3/81 D JORNAL DO BRASIL

Polícia prende 10 suspeitos do atentado à "TribunaJL JL Vidal do Trindade

A policia prendeu 10 suspeitos de atentarem contra aTribuna da Imprensa. Seus nomes não foram reveladosporque ainda nào há provas contra eles. Um dos detidos é

: mulato, alto, magro e vestia calça bege e blusào vermelho.Chegou â garagem do antigo prédio da Secretaria de Segu-rança num Chevette bege, placa fria, do DPPS (Departamen-

»to de Policia Politica e Social), pouco depois do meio-dia.Os policiais que investigam o atentado estão convenci-

. dos de tratar-se realmente de um^grupo terrorista, que usavamascaras de borracha e luvas do mesmo material, que, peladescrição do eletricista da Tribuna da Imprensa (o nome nâofoi revelado), os agentes acreditam tratar-se de material deprocedência estrangeira. Usavam também dois rádios wal-kie-talkie e, em dado momento da ação, o que estava do lado

: de fora transmitiu mensagem para o Interior do prédio,mandando aguardar.

'.<:< ¦

A ação do terror"Todos quietos, deitados no chão, para nâo morrer. Nãotemos nada contra vocês." Com essas palavras, um grupo de

15 encapuzados, armados de revólveres e pistolas, invadiu, às4hl5m de ontem, o prédio da Tribuna da Imprensa. Depoisde render os empregados, colocaram cinco ou seis bombasem tomo da rotativa, fazendo-as explodir e provocando um" Incêndio.-

A cerca de 150 metros da Secretaria de SegurançaPublica, os encapuzados algemaram os empregados, dando'coronhadas em dois que tentaram fugir. Os funcionários do'jornal foram colocados numa kombi creme, que entrou naAvenida Chile e se dirigiu ao Castelo, onde todos foram

^libertados. Os demais terroristas fugiram num Brasília e num' pick-up Chevrolet.As explosões, seguidas de incêndio, abalaram o quartel-• râo de antigas construções e causaram pânico nos morado-

res, que fugiram para a rua, pensando que suas casas iriamdesabar. No prédio n° 98 da Rua do Lavradio, onde funciona-

, va o Jomal, as explosões e o fogo destruíram parte do térreo edo Io andar. Cerca de 507o das instalações foram ainda,danificadas pelo fogo e pela água dos bombeiros.

O jomal de ontem já havia sido imprenso e os emprega-dos estavam começando a despachá-lo, quando o grupo, com-máscaras de meias de nylon, entrou no jornal. Eles renderamo porteiro e o chefe da distribuição, Quirino Carelll, e, depois,aos demais empregados.

Deitados de bruços, no chão, todos foram imobilizadoscom algemas plásticas, das mais modernas. Dois ou trêsencapuzados se encarregaram de colocar os explosivos juntoà rotativa e de explodi-los. Outros fecharam as portas doprédio e fugiram nos dois carros. Ao saírem, deixaram umbilhete manuscrito: "Esta ditadura fascista jamais usará asmáquinas da gloriosa Tribuna da Imprensa contra o povobrasileiro. Comando Herzog".

Cerca de 15 minutos depois, a primeira bomba explodiu,seguindo-se mais quatro ou cinco explosões. O fogo atingiurapidamente o Io pavimento, destruindo a sala da diretoriado jomal. Bombeiros do quartel general chegaram logo e

.Isolaram os prédios vizinhos.Três mil exemplares dos jornais jâ haviam sido despa-

chados. Os restantes 12 mil estavam na portaria, para serem.distribuídos no Rio e a maioria foi queimada. Apenas umpacote de 200 jornais foi retirado pelos bombeiros. A manche-te do Jornal era: Hélio Resiste à Violência da Previdência edo Governo.

Os empregados, libertados no Castelo, estavam apavora-dos com a violência dos terroristas. Alguns voltaram aojornal a pé, pela Avenida Chile, enquanto outros, com medode represálias, fugiram

Voz feminina 'Pouco depois das explosões, vários agentes do Departa-

mento de Policia Politica e Social chegaram ao local elevavam, contra a vontade, Elias Cavalcanti, que trabalha noprelo, e o eletricista Marino para depor.

Até às 6h, ainda havia fogo no prédio da Tribuna daImprensa, mas os vizinhos—o 100 (onde funciona a Socieda-

. de Beneficente Luso-Brasileira), 0 92, o 94 e 96, todos perten-ocentes ao jornalista Hélio Fernandes, diretor do jornal —' haviam sido isolados. Eles foram parcialmente danificados,.pela água. Às 7h, os bombeiros começaram a fazer o rescaldo, no prédio do jornal.

Logo após a invasão e as explosões, uma voz feminina,pelo telefone, comunicou o atentado à Secretaria de Segu-

„ rança Pública:"O Comando 21-Tiradentes começou a agir; O prédio daTribuna da Imprensa foi o primeiro alvo."

»• Mais tarde, repórteres de uma emissora de televisão"receberam o mesmo comunicado.O delegado Wilson Peçanha Prederici, da Delegacia

-Superior de Dia esteve no local e agentes do Setor de¦Explosivos vasculharam a área e ouviram empregados do

jornal. Nenhum empregado entretanto, quis conversar comi.os repórteres. Um policial arrancou das máos de um repórter

bilhete.Quirino Garelli, o distribuidor, permaneceu em frente ao"prédio até a chegada de Hélio Fernandes. Ele contou como'¦"foi imobilizado:•' — Eles chegaram com armas na mãos, mandando que

deitássemos no chão. Tinham os rostos cobertos por meiasde mulher e agiram com rapidez. Quando entramos na

i Kombi, pensei que iríamos ser fuzilados. Alguns dos ecapuza-dos portavam radlostransmlssores portáteis e um deles dei-xou que eu fosse ao armário, apanhar meu relógio e um anel.

¦J O gráfico Nelson de Sousa, que esperava amanhecer para.. pegar condução para casa, ficou assustado e nervoso e,¦ embora nào reagisse, foi agredido por um terrorista.

Ele me deu várias coronhadas e eu desmaiei. Quando', voltei a mim, estava no chão, com as máos algemadas.Depois, fui obrigado a entrar na Kombi — disse ele.

MorteO calanorista Mário Teles, que voltou ao jomal, disse ter

tido quase a certeza de que os empregados que estavam na"Kombi lam morrer.Quando nos colocaram no carro, pensei que iríamos

ser fuzilados em algum local deserto. Dei graças a Deusquando mandaram que saltássemos, depois do que, a Kombisaiu em alta velocidade, com três encapuzados, acentuou.

Os empregados aprisionados pelos terroristas foram: omotorista Jorge Antônio Rodrigues, o calandrista MárioTeles, o gráfico Nelson de Sousa, o chefe da distribuição

.Quirino Carelll, o fiscal da rotativa Pedro Padilha, o fresista-Alair Ferreira Costa, o auxiliar de máquina Valter Maga-; Ihães, o porteiro Cledlto, o contínuo Napoleâo Brasil, o^operador de prelo Elias Cavalcanti e o eletricista Marino.

A Policia Militar manteve dezenas de curiosos afastadosdo prédio e um sargento discutiu asperamente com o jorna-lista Hélio Fernandes, que queria entrar para ver os prejui-zos. Ele só conseguiu entrar, mais tarde, levado pelo coman-dante do Corpo de Bombeiros, Coronel Renato Ribeiro.

As linotipos foram danificadas pela água e a rotativaficou completamente danificada. Não sei se poderemos com-

i.por e imprimir o jornal nessas máquinas — disse Hélio.,. Fernandes.

O fiscal da rotativa Pedro Padilha Informou que as'"bombas eram embrulhos pardos, com fios em volta, pare-'cendo pavios. Eles as colocaram em volta da míjuina e

anunciaram que iam nos levar — disse ele.

Promotor acompanhaA pedido do Secretário de Segurança, General Waldir

Muniz, e de acordo com o Governador Chagas Freitas, foipedido um promotor público para acompanhar as investiga-ções. Tão logo foi indicado pela Procuradoria-Geral de Justi-ça, o Promotor Homero das Neves Freitas entrou em contato

!com o delegado-presidente do inquérito, Antônio Carlosi Calazans, titular da Delegacia de Policia Política e Social.! Ele acompanhou alguns e leu os depoimentos de iOj funcionários da Tribuna da Imprensa, que sáo: Carlos Henri-, que PIcoli, Cláudio Siqueira, Carlos Alberto Rodrigues, Nei-i son de Sousa, Alírio Ferreira, Quirino Carelll, Elias Cavalcan-: te, Aquiles de Paula e Napoleâo Santos Brasil. Pouco trans-j pirou dos depoimentos, a não ser os detalhes fornecidos pelo¦ eletricista. Os demais estavam muitos nervosos e poucoí acrescentaram. Sabe-se, porém, que os terroristas não usa-'ram outras armas além de revólveres calibre 38.\ O Departamento de Policia Política e Social (DPPS)

informou que nada consta em seus arquivos sobre o Coman-'do Herzog nem sobre o Comando 21 Tiradentes, os dois! grupos que teriam praticado o atentado. Os primeiros conta-i tos no local do atentado foram feitos pelo delegado Pedro(Cardoso, que tomou as primeiras providências, passando,j depois, o comando das investigações para o delegado Antó-, nio Carlos Calazans.j O DPPS espera hoje o laudo preliminar das bombas'. colocadas nas máquinas rotativas da Tribuna da Imprensa.

[Sabe-se que os terroristas usaram lama explosiva e umasolução de fósforo, substância que incendeia quando seca, o

! que leva de cinco a dez minutos. Por determinação do1 Secretário de Segurança, todo o Departamento Geral de! Investigações Especiais (460 homens) trabalham ativamente; no caso.i Desde as primeiras horas da manhã de ontem o policia-I mento da Secretaria de Segurança foi reforçado por soldados, da PM, que formaram um cinturão em torno do prédio,i Pouco depois — por volta das llh — o diretor do Departa-'

mento Geral de Policia Civil, por determinação do Secretáriode Segurança, avisou a todos os órgãos da policia que o

. regime era de prontidão rigorosa.Às 14h a prontidão passou a ser considerada branda e às' 18h foi determinado o sobreaviso. Durante todo o dia, poli-" ciais civis e militares fizeram rápidas batidas em vários

. pontos da cidade, revistando veículos e identificando seus/¦ passageiros. O DER (Departamento de Estradas de Roda-* gem) também colaborou nas barreiras e postos de pedágio,, junto com policiais, que revistaram os veículos.

- UmáSXfSÊÉMjJL Governo se declara chocado

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explosões destruíram parte do térreo e do primeiro anc

General acha queé difícil apurarA ação "rápida, segura, pre-

cisa e audaciosa" do grupo fazo Secretário de Segurança, Ge-neral Waldir Muraz. crer que oatentado contra a Tribuna daImprensa seja um ato terroris-ta. Ele admitiu, no entanto,que será difícil apurar os fatos.

O titular da Delegacia daPolicia Política e Social, Anto-nio Carlos Calazans, preside oinquérito. A pedido da Secre-taria de Segurança, o Procura-dor Geral de Justiça, NelsonPecegueiro do Amaral, no-meou o Promotor Homero dasNeves Freitas para acompa-nhar o inquérito.

O Secretário de Segurançasoube do atentado às 5h — 45minutos após a ação na Ruado Lavradio — e disse que fi-cou "muito espantado" com ainformação.

O General Waldir Muniz fl-cou mais impressionado com aousadia da realização de umatentado a poucos metros daSecretaria de Segurança (naAvenida Gomes Freire), do 13°BPM (Praça Tiradentes), doQuartel-General da PM (naRua Evaristo Veiga) e das 4"DP (Praça da República) e 5aDP (Avenida Mem de Sá).

Quíindo foi informado, atra-vés do delegado Newton Cos-ta, do Departamento Geral deInvestigações Especiais, deque já existiam suspeitos deti-dos, o General Muniz disse aosrepórteres:

— Nestes casos, todos os queestão em volta sáo suspeitos.Eles não estão presos, mas de-tidos.

OAB eABIsão solidárias

Dezenas de personalidadesestiveram ontem na Tribunada Imprensa, entre elas os pre-sidentes da OAB, EduardoSeabra Fagundes; da ABI,Barbosa Lima Sobrinho; e oDeputado Federal Miro Tei-xeira (PP-RJ). Inúmeros curió;sos lotaram a frente do prédiodurante toda a manhã, contri-bulndo para o engarrafamentoda Rua do Lavradio.

Às 9hl0m chegava ao jornal— isolado por cavaletes do De-tran e pelo camburão 520158,com três homens chefiados pe-lo Sargento PM Adilson —Eduardo Seabra Fagundes. Operito do Instituto de Crimina-lístlca. Luiz César Veiga Pires,que chegara ao jomal às8hl0m, saiu 30 minutos depois,dizendo ter ordens "severas"de nào revelar nada. Às 8h30mo delegado Borges Fortes, di-retor de DPPS, também estevena Tribuna, e meia hora de-pois os bombeiros retomavamao local para apagar um focode fogo, sob o comando doTenente Paulo César.

Barbosa Lima Sobrinho es-teve no local por duas vezes, aprimeira às llhlOm e a segun-da às 14h. A ABI divulgou ànoite nota condenando d aten-tado.

Passarinho achaato inexplicávelBrasilia — O Presidente do

Senado, Senador Jarbas Pas-sarinho, considerou o atenta-do contra as instalações daTribuna da Imprensa tão es-tranho "que é inexplicável".Perguntou:

— Se se admitisse que é umaaçáo de um grupo Insano deextrema direita, nâo seria deperguntar se essa gente nãosabia que o jomal estava sen-do fechado, em face de umaação da Justiça para cobrançade dividas não saldadas? Nãoera mais lógico esperar a açàoda Justiça do que explodiruma bomba?

E completou: "Quanto a ou-trás hipóteses, melhor é nãoespecular sobre elas".

Distribuidor pensouque fosse um assalto

Quirino Carelll, um velhoatarracado de 64 anos e cabe1-los brancos, Já começava apreencher as fichas de distri-buição da Tribuna da Impren-sa, um trabalho que faz desdeque o jomal foi fundado há 30anos, quando teve a atençãodespertada por alguns vultosque espiavam pelas três portasmetálicas semicerradas a ofici-na. Olhando melhor viu quecarregavam bolsas, alguns tra-ziam armas e todos estavamencapuzados. "É um assalto",pensou.

Com algum esforço (sofre dacoluna), Quirino levantou-secalculando o dinheiro que te-ria para entregar: "A essa horasó tenho o dinheiro dos menl-nos que vendem jomal na ruae algum para os despachos".Eram 4hl5m e, à medida que ogrupo se aproximava, "uns 10ou 15 não deu pra calculardireito", perguntou: "É um as-salto?" A resposta veio rápida:"Fica quieto, não é nada disso.Deita no chão. Nosso negócionão é com vocês".

Quirino e as duas pessoasque estavam com ele, o portei-ro e um rapaz da distribuição,tentaram obedecer enquanto ogrupo tomava rapidamente ojomal. "Olha moço, eu deitono chão, mas só se o senhor meajudar porque sofro de doresnas costas", pediu Quirino."Náo tem problema", respon-deu um dos terroristas, "podeficar em pé, mas nào olhe paratrás". Quirino, com bastantemedo, olhava fixamente pelasportas metálicas enquanto ou-via barulho às suas costas.

Todos foram reunidos e tive-ram as suas mãos amarradascom uma espécie de algema deplástico. "Quanto mais a gentepuxava mais apertava", lem-bra o velho. Só ficaram faltan-do três: um eletricista, um ra-paz do prelo e um que dormiana redação, Foram acordadose apenas o gráfico foi agredidoporque acordou multo assus-tado e parecia querer reagir.

Fora desse episódio de vio-lêncla, os Integrantes do co-mando foram gentis. Dez ml-nutos depois da Invasão jé es-tavam mandando todos ali-nharem-se na portaria. Os gri-tos e o barulho haviam cessa-do. Foi aí que Quirino perce-beu a Kombi creme estaciona-da em frente ao jomal. Os ocu-pantes do prédio falavam pou-co e usavam walkie-talkies.Ao ver-se empurrado em dire-ção à Kombi, Quirino teveuma preocupação quase ab-surda.

— Será que eu podia apa-nhar meus documentos?

Delfim Vieira

¦K§v-f ijnn

Quirino CarelliIndo à sua mesa, um dos

encapuzados abriu a gaveta,tirou sua carteira, um relógiode ouro, um anel, também deouro, e jà vinha em sua dire-ção, quando voltou e apanhouum par de óculos que estavamsobre o móvel. "É seu?", per-guntou. Ante um aceno positi-vo de cabeça, trouxe os óculos,colocou-os em seus bolsos jun-to com os demais objetos.

Somente três terroristas em-barcaram com eles na Kombi,que não tinha bancos, e entra-ram pela Avenida Chile, emdireção ao Centro. Quase nàofalavam. Entre os seqüestra-dores, o silêncio era total. "Váomatar-nos", pensou Quirino.Seu medo só acabou quandofoi deixado, com os outros, noCentro, "perto da Praça XV".Quirino e dois colegas pega-ram um táxi e voltaram à Ruado Lavradio:

O Jomal Já estava pegan-do fogo e havia a maior confu-sào na rua.

À tarde, já refeito, tomavacerveja num bar na Rua Pais-sandu, em frente à sua casa."Eu já vi multa confusão nojomal, mas nada parecido como que aconteceu ontem", lem-brou. Ele estava com CarlosLacerda na manhã do dia 24 deagosto de 1954, quando estedeixava o Jornal.

A edição, naquela épocavespertina, já estava pronta ehavia um editorial baixando opau no Getúlio. O Lacerda,usando bengala e com a pernaferida, balançava os óculosquando um rapaz velo às pres-sas e avisou que o Getúlio sematara. O Lacerda ficou páli-do e respondeu apenas: "O quese vai fazer?"

A Tribuna nào circulou du-rante três dias. Havia ameaçasde empastelar o jomal. "Na-quele tempo a gente rodava170 mil exemplares e só enca-lhavam mil", lembra, preferin-do nâo dar a tiragem de hoje"por uma questão de ética".

CPI do terrorismofaz reunião no Rio

Brasilia — A CPI do Congresso Nacional sobre atosterroristas reúne-se hoje, em caráter extraordinário noRio de Janeiro, para acompanhar as investigações sobreo atentado à Tribuna da Imprensa. O presidente da CPI,Senador Mendes Canale (PP-MS), condenou o recrudesci-mento do terrorismo como arma política.

O Secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Gene-ral Waldir Muniz, será a primeira autoridade a serprocurada pelos integrantes da CPI, que se reúnem narepresentação do Senado às 9b. A Policia Federal deve-ria encarregar-se do atentado, de acordo com a Lei deSegurança Nacional, mas a policia fluminense está auto-rizada a fazer devido a convênio existente entre oMinistério da Justiça e o Governo do Estado.

Na última quarta-feira, o diretor-geral do Departa-mento de Polícia Federal, Coronel Moacyr Coelho, depôsna CPI, explicando as providências adotadas para com-bater a subversão. Parlamentares oposicionistas elogia-ram sua ação, reconhecendo que o terrorismo estavasendo contido. Para o Senador Mendes Canale, o atenta-do à Tribuna da Imprensa demonstra que os terroristascontinuam soltos.

Brasilia — O Ministro da Justiça, IbrahimAbi-Ackel, disse ao presidente do PartidoPopular, Senador Tancredo Neves (MG), queo procurou, ontem, que o Govemo ficou pro-fundamente chocado com o atentado ao jor-nal Tribuna da Imprensa, e que acompanha ocaso com interesse. Ele espera que a políciado Estado do Rio apure, com rigor, as tespon-sabllidades pelo fato.

O Senador Tancredo Neves recebeu suces-sivos telefonemas do Rio, sobretudo do secre-tário-geral do PP, Deputado Miro Teixeira, edo diretor da Tribuna da Imprensa, jornalistaHélio Fernandes, relatando os fatos e as pro-vldènclas tomadas pelas autoridades.

Mira Teixeira comunicou que as autorida-des policiais do Estado já haviam prendidosuspeitos e estavam conscientes de que ti-nham condições de estabelecer responsabili-dades pelo atentado praticado contra aqueleJomal. Hélio Fernandes disse ao Senador ml-neiro que talvez náo tivesse condições deeditar o jomal por alguns dias por falta deuma gráfica apropriada.

Tancredo Neves acha o fato da maiorgravidade, considerando que os autores doatentado sào pessoas, obviamente, interessa-das em perturbar a vida do país e por em riscoo projeto de abertura política promovido peloGovemo. Lembrou que, quando esteve com o

Ministro da Justiça, aquela autoridade disseque é do Interesse do Presidente da Repúbli-ca que sejam apuradas as responsabilidadescom todo o rigor.

O Presidente da Câmara dos Deputados,Nelson Marchezan. disse que o fato é "damaior gravidade", garantindo que a maioriado povo brasileiro repudia a violência, Oatentado, para o Presidente da Câmara, foipraticado por quem está interessado em com-prometer a abertura, "seja de esquerda ou dedireita".

InformadoO Ministro Abi-Ackel disse ao flnal da

tarde de ontem que "indícios tão veementesque possam indicar, nomlnar ou Individual!-zar pessoas, nâo existem ainda". O Ministrofez esta aflrmaçào ao comentar Informaçãovinda do Rio sobre a prisão de 10 suspeitos doatentado contra a Tribuna da Imprensa.

O Ministro da Justiça manteve-se informa-do durante todo o dia, a partir de 5h, atravésde ligações feitas diretamente pelo Secretáriode Segurança. General Waldir Muniz. As apu-rações do atentado estào a cargo da Secreta-Via de Segurança, em virtude de convênioentre o Departamento de Polícia Federal e oGovemo do Estado do Rio.

PDS lamenta e se inquietaBrasília — "A depredação das instalações

do jomal Tribuna da Imprensa vem nos con-duzlr a uma situação de pesar e de inquieta-çào. Esses vândalos da civilização contempo-rànea indicam, no primarismo de seus atos,um enferma fidelidade ao medlevalismo poli-tico".

Este é um dos trechos da nota de umapágina com que a bancada do PDS na Cama-ra condena o atentado contra o jomal carioca.A nota foi lida no plenário da Câmara pelovice-lider Alípio Carvalho (PDS-PR).

A nota"Os atos de terror devem ser condenados

sumariamente, sejam de inspiração de es-querda ou de direita."A depredação das Instalações do jomalTribuna da Imprensa, esta madrugada, con-forme anunciaram órgãos de radiodifusão,vem nos conduzir a uma situação de pesar ede Inquietação. Ora, o Governo do PresidenteJoào Figueiredo desenvolve prudente esforçono que tange à normalização da vida demo-crática do pais.

"Estes vândalos da civilização contempo-rànea Indicam no primarismo de seus atosuma enferma fidelidade ao medlevalismo po-lítico. E adotando a violência como principiode uma trágica doutrina, náo percebem osativistas do crime que estas aventuras —envoltas nas sombras de uma atroz clandesti-nidade — vem somente tumultuar todas asmedidas governamentais tendentes a promo-ver a verdadeira estabilização do espirito dacomunhão nacional."Considere-se, ademais, que estas brutaisprovocações, promovidas pelos que se escon-dem, porque lhes falta a coerência ética deassumir o ônus de uma Indimensionável mal-dade, virão apenas Irritar os flancos ideológi-cos contrários, permitindo condições de de-sestabillzação do equilíbrio sóclo-polltico daNaçào."Falando pela liderança do PDS, venhocriticar veementemente este ato selvagem,que merece do Govemo enérgica repulsa."O fato deve ser rigorosamente apurado,com a adoção de providências capazes deconter a perpetraçâo desses atentados. Deixoaqui a expressão de meu protesto, que é detoda a bancada do Govemo".

"A quem interessa?9'

Sáo Paulo — O Mlnistro-Chefe do SNI,General Octavlo Medeiros, disse que a pri-meira pergunta sobre o atentado à Tribunada Imprensa é "a quem Interessa?". Ele fezesta declaração ao responder a repórteresquando se dirigia ao anfiteatro do Palácio dosBandeirantes, onde assistiu à assinatura doconvênio que transfere a Light para a CESP.

O Ministro Octavlo Medeiros acompanhouo Presidente João Figueiredo na viagem aSào Paulo e disse que soube do atentado noavião, pelo próprio Presidente. Acrescentouque a Imprensa, no momento da entrevista,estava sabendo mais sobre o assunto do queele.

A entrevistaO que o senhor sabe sobre o atentado

contra a Tribuna da Imprensa?Soube agora mesmo, pelo Presidente.

Foi ele quem me contou. Você sabe muitomais do que eu.

Alguma providência foi tomada?A policia do Rio está em pé de guerra.

Atrás.dos seqüestradores.O que está acontecendo?Nâo está acontecendo nada.Houve um atentado, certo? Na sede de

um jornal. O que se está fazendo?

E um caso policial. Seqüestraram oBiggs no outro dia. Nào foi um caso puramen-te policial?

Como o Presidente ficou sabendo doatentado?

Pelo rádio.A bordo do avião?Sim.Que medidas serio tomadas?Está-se perguntando a quem Interessa o

atentado. A polícia do Rio está em pé deguerra. Estamos fazendo perguntas: a quemInteressa?

A quem interessa, Ministro?Nâo sei, você sabe mais do que eu.

DélioO Ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Dé-

lio Jardim de Matos, que também acompa-nhou o Presidente Figueiredo a São Paulo,declarou apenas: "Foi atentado? Ou forameles mesmos?" Ele não quis falar mais sobre oassunto.

Posição semelhante foi a do Ministro-Chefe do Gabinete Militar, General DaniloVenturini. "Fiquei sabendo agora, antes .deentrar aqui" (na nova sede regional da ECT,visitada pela comitiva presidencial).

Ação na Justiça continuaPorto Alegre — Apesar do atentado sofri-

do pela Tribuna da Imprensa, o Ministério daPrevidência e Assistência Social continuaráacionando o Jomal para pagar suas dividasjunto ao IAPAS, porque "a maquinaria e os 10troncos de PABX estào avaliados em apenasCr$ 24 milhões e a divida total da empresa éde Cr$ 100 milhões".

A afirmação foi feita ontem pelo MinistroJair Soares, que lamentou o atentado aoJornal e frisou: "Talvez a Previdência nàotenha perdido o dinheiro dos bens destruídosporque talvez estivessem segurados peloIAPAS". Segundo ele, a ação contra Tribunada Imprensa ocorre para buscar "os recursosque foram retidos na fonte e não repassados àPrevidência Social, o que se constitui emapropriação indébita".

O Ministro Jair Soares disse ontem à noiteque ainda não sabia da extensão dos danoscausados pelo atentado porque deixara SãoPaulo pela manhã, bem cedo. Destacou aindaque a Previdência Social está executando

todos os devedores e, "por acaso, hoje (ontem)estaríamos tomando posse, através de ummandado de busca e apreensão, da maquina-ria do jomal e 10 troncos de PABX".

Lamentou os danos a esses materiais por-que "seriam alienados e os recursos levadosaos cofres da Previdência para que se pudesselevar ao trabalhador a assistência de que eleestá necessitado". O Ministro da Previdênciae Assistência Social não soube responder sehá ligação entre o atentado e a posse dos bensdo jomal pela Previdência: "Não tomei co-nhecimento".

Sobre a reação de alguns deputados que,no Congresso, afirmaram que a açào da Previ-dência contra o Jomal era perseguição politi-ca, o Ministro Jair Soares respondeu: "Nãpentendo como podem dizer isso, porque ppovo sabe que desde 1979 as empresas quetivessem dívidas com a Previdência Social,além de terem seus nomes divulgados pelaimprensa, seriam executadas via administra-tiva e judicial. E é isto que está sendo feito".

Execução fiscal ê suspensaAtendendo a pedido do próprio IAPAS, a

Juíza Tânia de Melo Basto Heine, da ln VaraFederal, suspendeu ontem a açào de execu-ção fiscal contra a Tribuna da Imprensa.Informou ainda que, de fato, recebeu pedidodo Instituto para expedir mandado deapreensão e busca contra a empresa, que sehavia se recusado a aceitar uma carta deadjudicação de bens no valor de Cr$ 12 mi-lhões.

A Juíza confirmou que, de acordo com alegislação, o LAPAS poderia solicitar até afalência da empresa que edita o jomal. Disse,porém, que Isso contraria os Interesses doInstituto, que pretende apenas se ressarcirdos débitos. A hipótese do pedido de falênciafoi afastada pelo procurador do IAPAS, cias-sificando-a de "antipática".

A Juíza da 1a Vara Federal lembrou que aação executiva fiscal difere da açáo ordináriaporque náo cabe ao magistrado tomar qual-quer Iniciativa. "Saber quais vão ser os próxi-mos passos é querer adiantar três Jogadasnum tabuleiro de xadrez", afirmou, acrescen-tando ainda que o mandado de busca eapreensão nào chegou a ser expedido porqueo IAPAS solicitou a suspensão dessa açáo.

Comentou ainda que, baseando-se em le-gislaçào recente, o IAPAS decidiu tomax pos-se dos bens, náo permitindo que fossem à

leilão, como acontecia anteriormente. No pri-melro leilão, os bens somente seriam vendi-dos pelo valor da avaliação judicial; casocontrário, nos leilões seguintes os bens pe-nhorados eram arrematados a "valor vü".Citou exemplo de casos em que o próprioexecutado, utilizando-se de terceiros, arrema-tava os bens penhorados e continuava a uti-Uzá-los.

RecursoBrasília — A Tribuna da Imprensa impe-

trou à tarde no Tribunal Federal de Recursosmandado de segurança contra decisão daJuíza Tânia Melo Bastos Heine, 1" Vara Fede-ral do Rio de Janeiro, que, acatando pedidodo IAPAS determinou a adjudicação das má-quinas rotativas daquele jomal.

O jornalista Hélio Fernandes requer doTFR a anulação do ato de adjudicação oupelo menos a sustação à sua eficácia, até quedefinitivamente se Julge o agravo de Instru-mento que Impugnou o ato daquela Juíza.Essa medida poderá ser concedida através damedida liminar, solicitada pelo Jornalista,, afim de suspender os "danos Irreparáveis quesofrerá em decorrência da paralisação daqtie-las máquinas".

IAPAS deplora perda de bens— Infelizmente, os bens que explodiram

eram do IAPAS.Essa foi a primeira reação do procurador*

geral do Instituto de Administração Finan-celra da Previdência e Assistência Social (LA-PAS), Gustavo Alberto Vilela, ao comentar oatentado ao Jomal Tribuna da Imprensa.' Com a destruição parcial dos bens adjudi-cados ao IAPAS, que serviriam para cobrirparte de um débito de Cr$ 98 milhões daempresa com a previdência social, o procura-dor informou que estuda, no momento, qual amedida judicial a ser adotada. Disse que. dequalquer forma, o Instituto teria prejuízo nocaso.

Através da carta de adjudicação, comple-mentada com um mandado de busca eapreensão, o LAPAS iria tomar posse hoje deuma rotativa, uma linotipo e uma mesa tele-fônlca PABX, com 14 troncos, avaliados em

CrS 12 milhões, a fim de cobrir débitos novalor de Cr$ 98 milhões, reclamados há 20anos na Justiça.

O procurador Vilela calcula que, somadosos três terrenos pertencentes à Tribuna daImprensa — localizados nos n°s 92,94 e 98 daRua do Lavradio — sobre os quais tambémpesam penhores da Fazenda Nacional (débi-tos do Imposto de Renda), seria possiyelcobrir apenas um quarto do total devido pelaempresa à previdência social.

O procurador Vilela garantiu que a deci-são de executar o jomal Tribuna da Imprensanào configura qualquer motivação pessoalcontra qualquer dos diretores ou jornalistasda empresa, embora essa seja a primeira açãode execução fiscal que chega ao fim na áreade Comunicação Social. "Outras empresastambém estáo sendo executadas".

JORNAL DO ÜMÂSIL sexta-feira, 27/3/81 1" Caderno

Inojosa culpa consumopela falta dè álcool

ECONOMIA.PORIOS E NAVIOS-- 17

O presidente da CoperQu — CooperativaFluminense dos Produtores de Açúcar e Ál-cool, Evaldo Inojosa, atribuiu ontem ao au-mento do consumo de 50% acima das previ-soes governamentais a falta de álcool hidrata-do e explicou que, além das conversões ilegaisem motores, algumas usinas estáo usando" para mover suas caldeiras o álcool ao invés doniel oil.

O Sr Inojosa comentou ainda que há faltade cana-de-açúcar, tanto que as usinas doEstado do Rio funcionam com 559fc de suacapacidade instalada ociosa. Na região nor-destina, a ociosidade das destilarias é de 15%mais ou menos. Outro fator que pesou para aescassez de álcool carburante é que foram' exportados 200 milhões de litros nas safras79/80 e 80/81, sendo que esta última, previstapara produzir bilhões de litros, náo chegará aatingir 3,6 bilhões de litros.

Falta de álcoolO alto consumo de álcool hidratado, além

de ter superado em multo as expectativas doGovemo que se baseavam em números deprodução de carros a álcool e as autorizaçõesdadas pelo CNP para conversão de motoresde gasolina a álcool, causou também umproblema econômico. O Govemo determinouà Petrobrás misturar água ao álcool anidropara tomá-lo hidratado. Porém, o álcool hi-dratado é mais barato que o anidro o quedemonstra claramente que há escassez dohidratado.

Para o Sr Inojosa, nâo se pode caracterizarcomo um "erro" a previsão frustrada do Go-vemo porque "num país como o Brasil, disseele, esse tipo de erro já é previsto". Ele argu-menta que náo só é dificil para as autoridadescontrolar o consumo através de autorizaçõesde conversão, como também é impossível"proibir que qualquer pessoa faça misturasnos seus carros ou até mesmo na venda.

O presidente da Coperflu é de opinião,entretanto, que vale mais para o pais expor-tar um barril de álcool e comprar dois depetróleo. O preço do álcool neutro (tipo finopara bebidas) no mercado internacional estáem tomo de 80 dólares o barril enquanto queo petróleo nào chega a 40 dólares. Ele argu-menta que o que falta ao pais para aumentarsua produção de álcool é aumentar a produti-• vidade da cana-de-açúcar que ainda é multabaixa no pais, cerca de 142 toneladas porhectareano.

No projeto para produção de 150 milhõesde litros de álcool da Região de Sâo Franciscoem estudo pelos grupos franceses Elf-Aqultaine e Louls Dreyfus, Petrobrás e em-presas nacionais, a produtividade, segundo oSr inojosa, chegará a 200 toneladas por Hec-tareano. Ele anunciou que entre as empresasnacionais envolvidas neste projeto, ele e ogrupo Monteiro Aranha, mais duas estào que-

Arquivo —37.12.80

Inojosa diz que há usinas usan-do álcool em suas caldeiras

rendo associar-se: a Sul America e uma dasempresas do Sr Walter Moreira Salles.

Até o momento, este projeto, que visaproduzir álcool unicamente para exportação,está dividido da seguinte forma: as empresasfrancesas detêm 207c cada; o Sr Inojosa, 15%;o Grupo Monteiro Aranha, 15% e a Petrobrás30%. Porém, novas empresas que se queiramassociar dividirão açóes com a Petrobrás. Oinvestimento previsto é de 100 milhões dedólares.

O Sr Evaldo Inojosa disse ainda que no IoCongresso Brasileiro de Alcoolqulmlca, quese realizará no período de 23 a 26 de junho, emSão Paulo, será debatida entre outras teses anecessidade de desenvolver a pesquisa nopais para aumentar a produtividade da canae de seus derivados. O diretor da petroquisa edo Instituto Brasileiro de Petróleo, RonaldoMlragaya. ressaltou que o álcool na petroquí-mica tem ;ima função complementar ao usoda nafta derivada do petróleo e calculou quesua participação na indústria petroquímicadeve ser hoje da ordem de 5%, apenas. Odiretor presidente da Companhia Brasileirade Estireno, Takashl SanefuJi, disse que éimportante hoje analisar os aspectos agrícolae industrial da produção do álcool para alcan-çar os objetivos do Plano Nacional do Álcool.

Proálcool tem US$ 250 milhõesCuritiba — O Proálcool — Programa Na-cional do Álcool vai receber 250 milhões dedólares do Banco Mundial, até o final de abril,representando a primeira parcela do total derecursos que o Governo brasileiro pretendenegociar para o Proálcool Junto ao BIRD. AInformação foi prestada, em Curitiba, peloSecretário-Geral do Ministério da Indústria edo Comércio e diretor-executivo da Comissão

Nacional do Álcool — Conal — Marcos Anto-nio Marques.Para cumprir exigência de licitação inter-nacional aos projetos financiados pelo BancoMundial, o Govemo deixará que o empresário

do Proálcool escolha entre fornecedores bra-sileiros e estrangeiros para compra de equipa--mentos. Os nacionais, teráo 15% de margemde preferência e tratamento especial nas Im-portaçôes das máquinas e matéria-prima. Aosfornecedores estrangeiros será exigida pré-qualificação, quando terão que provar maiorexperiência e capacidade que os brasileirosque atuam no setor. "O que duvido queconsigam porque detemos melhor tecnologiade destilarias do mundo", afirmou o secreta-rio-geral do MIC.

Essa primeira parcela de recursos será

aplicada na implantação de destilarias — 210milhões — e 40 milhões em pesquisas paradesenvolvimento tecnológico. Ficarão a car-go do Banco Central assim que a delegaçãobrasileira — liderada por técnicos do MIC —concluir as negociações que estáo sendo reali-zadas em Washington. Sobre esses recursos oBrasil vai pagar 9 a 10% de juros anuais, com10 a 12 anos de carência — sem spread (taxade risco). Essas condições foram consideradasdas melhores entre os financiamentos inter-nacionais recebidos pelo Brasil, pelo Sr Antó-nio Marques.

RacionamentoO diretor-executivo do Conal negou qual-

quer possibilidade de racionamento do ál-cool, considerando essa hipótese "absurda",uma vez que a previsão de consumo, este ano,é de 900 mil litros de álcool hidratado parauma produçáo prevista em 4 bilhões de litros.Para o ano que vem a cota contratada pelasindústrias automobilísticas é de 350 mil vei-culos. Atualmente existem 300 mil carros aálcool e 6 mil postos de abastecimentos.

-Indústria é contra "batismo"

VL

São Paulo — As Indústrias automobilís-ticas reconhecem que uma adição de 8% degasolina no álcool diminui o rendimento,desregula o carburador e na maioria doscasos provoca explosões no escapamento. AAbrave — Associação Brasileira de Distri-buidores de Veículos, através de seu presi-dente, José Edgard Pereira Barreto Filho,nào vè condições de apurar no mercado docarro à álcool oreflexo dessa mistura erradade gasolina com álcool carburante.

Essa mesma posicáo é a da Ford Brasil,Volkswagen e General Motors, segundoelas, na atual circunstância de queda nasvendas náo se pode saber se um novo moti-vo especifico influiria no eventual interessa-do para nào comprar seu automóvel. AAnfavea — Associação Nacional dos Fabrl-cantes de Veículos, recebeu Informação das

autoridades de que o erro na mistura gasoli-na-álcool ocorreu somente no Rio de Janei-ro. Dai acreditar que os efeitos da mistura"batizada" vai ser atenuada logo, porque"na tancagem" seguinte, o mesmo automó-vel deve receber a dosagem normal".

— Os postos de gasolina renovam os seustanques, em média, a cada dois dias ou atéem uma semana. Depende da quantidadeque vendem A cada adlcionamento da mis-tura correta, a percentagem da "batizada" éreduzida. Creio que hoje, no Rio, misturaerrada Já deve ter sido consumida. É bomque a Secretaria de Tecnologia Industrialanote esse fato e tenha em conta que nemsempre o motor é o responsável pelo altoconsumo, mas sim a mistura carburanteque é oferecida ao público — concluiu o SrEdgard Pereira Barreto Filho.

Seis mil postos já têm álcoolDos 18 mil postos existentes no pais, seis

mil (30%) Já estáo preparados para fornecer'álcool, embora a frota brasileira de carros aálcool (novos e convertidos) seja de 400 milveículos, menos de 10% da frota nacional decarros a gasolina, que soma seis milhões deveículos.

... A Informação é do presidente da Conarem-Comissão Nacional das Retificas de Motores,Geraldo Santo Mauro, que se declarou con-vencido de que nào há qualquer possibilidadede faltar álcool. Lembrou que, mesmo quehouvesse esse risco, o pais tem duas grandesreservas — o álcool anidro misturado a gasoli-na que, em caso de necessidade, pode serhidratado e passar a abastecer os veículosexclusivamente a álcool, e a negociação dasafra nordestina para 1981, que poderia come-

nçar a produzir álcool agora.

Alto consumoO Sr Geraldo Santo Mauro afirmou que,na verdade, o consumo de álcool é maior queõ necessário, devido à existência de carros¦"convertidos clandestinamente e ao desvio do•produto para outras finalidades. Em agosto- do ano passado, o balanço do Conselho Nacio-• nal do Petróleo revelou um consumo de 580

litros/ mès por veiculo, quando os cálculos do

Nuclebrás assumehoje Angra-2 e 3

. Brasilia — Será assinado hoje no gabinetedo Ministro das Minas e Energia, César Cais,no Rio, o protocolo de transferência do con-"trole das obras de Angra-2 e Angra-3 deFumas — Centrais Elétricas para a Nucon —Nuclebrás Construtora de Centrais Nucleares3/A.

O protocolo será assinado pelo presidentede Fumas, Licinio Seabra, e o superinfènden-te da Nucon, Alceu Braga Lopes, com interve-niència dos presidentes da Nuclebrás, Embai-xador Paulo Nogueira Batista, e da Eletro-brás, General Costa Cavalcanti. O Ministro'César Cais assina como testemunha.

O contrato flnal, para transferência defini-tiva das obras, deverá ser assinado até 31 dejulho. O documento flnal, a ser assinado, seráum "contrato de empreitada global", comprazos ? preços fixos

CNP indicam que o índice deveria ser de 300litros/ mês. O consumo acima do previsto foiprovocado por uma quantidade maior de con-versões clandestinas do que legais. Os carrosconvertidos clandestinamente tèm maiorconsumo, mas, devido à diferença de preçoem relação à gasolina, mesmo assim apresen-tam vantagem para o usuário. Como, a médioprazo, essa vantagem desaparece, pois o mo-tor é prejudicado, as conversões clandestinascomeçaram a cair, tanto que em fevereiro oÍndice de consumo baixou para 400 litros deálcool por veiculo.

Segundo o Sr Geraldo Santo Mauro, oCNP decidiu permitir a mistura ao álcool deaté 3% de gasolina, evitando, assim, o desviodo produto para outros fins e forçando oconsumo a baixar para os pretendidos 300litros mensais por veículo. Essa decisão foitomada após a verificação de que um teor deaté 5% de gasolina nào prejudica os motores.O representante das retificas esclareceu quemisturas superiores a 5% — como os 8%detectados no Rio de Janeiro — também nàoprejudicam os carros, desde que seja feitauma regulagem no motor. Os problemas cau-sados nos carros a álcool no Rio se agravaramainda mais, disse ele, porque "alguns postosvendem álcool adulterado com água em ex-cesso e a água náo se mistura com a gaso-lina."

SC terá 13 novasminas de carvão

Florianópolis — Até 1985 deverão serabertas 13 novas minas de carvão em SantaCatarina, dentro do plano de mineração acurto prazo, anunciou o Secretário de Plane-Jamento, Norberto Ingo Zadronl, ao retomarde Londres, onde integrou a comitiva doMinistro César Cais. Adiantou que a Inglater-ra concedeu 60 milhões de dólares (Cr$ 4bilhões 500 milhões) para serem aplicados nodesenvolvimento da mineração de carvãoneste Estado.

Estes recursos, serão aplicados na Compa-nhia Propera. cuja produção prevista até 1985é de 2 milhões de toneladas/ano, para comprade equipamentos e abertura de nova mina noMunicípio de Icara. Estes recursos fazem par-te do pacote negociado entre o Ministro dasMinas e Energia e o Governo inglês durante avisita do Si' César Cais àquele pais.

Bauxita do ProjetoJari será exploradapor três empresas

Sâo Paulo — O Ministrodas Minas e Energia, CésarCais, disse ontem queaprovou a associação en-tre a Alcoa/Billington(Shell), Projeto Jari e umempresário nacional, quenão quis revelar o nome,para explorar a bauxita doProjeto Jari, no Pará, comreservas de 500 milhões detoneladas do minério. Aempresa nacional que pro-pôs entrar nessa associa-ção foi a Caeml, do GrupoAntunes.

Destacou o Ministro que"essa foi minha decisão,porque o investimento daAlcoa e Shell no Norte re-presenta um montantemuito grande e necessitade uma reserva pondera-vel." E assinalou que, devi-do ao investimento neces-sário, superior a 1 bilhãode dólares, para a fábricano Maranhão, que vai pro-duzir o alumínio, a Shell/Alcoa deverá dispor de re-servas com capacidade desuportar exploração acimade 40 anos. "Não tinha ou-tra alternativa, depois deestudar profundamente oassunto".

O empresário AntônioErmírio de Moraes que ai-moçou ontem no Paláciodos Bandeirantes junta-mente com a comitiva do

Presidente da República,da qual faz parte o Sr Cé-sar Cais, lamentou a deci-são do Ministro das Minase Energia, alegando que "aAlcan, a maior produtorade alumínio do mundo,tem uma reserva, em todoo mundo, de 320 mühõesde toneladas. Por que, en-tão, a Alcoa/Shell desejauma de 500 milhões de to-neladas?"

PETRÓLEO

O Ministro das Minas eEnergia afirmou que nãofoi alterado o programa deinportaçào de 750 mil bar-ris de petróleo/dia, mashouve o seguinte: "A Pe-trobrás já tinha contratosassinados anteriormente.Uma vez que eles sejamcumpridos, nós nos mante-remos na nossa meta de750 mil barris/dia".

— Haverá, é lógico, umacompensação no futuro.Nós procuraremos dimi-nuir as importações, demodo a ficar na quota de750 mil barris/dia. Creioque em quatro meses esta-remos dentro da quota es-tabelecida pelo Governo,conforme a decisão da Co-missão Nacional de Ener-gia: de 750 mil barris/dia —concluiu o Ministro.

Retração do mercado causaeste mês queda de até 40%na produção petroquímica

Salvador — As indústrias petroquímicas daBahia apresentaram uma queda de 30% a 40% naproduçã,o, este mès, em decorrência da retração domercado consumidor interno. A gravidade da situa-ção, evidenciada ontem nas conversas entre os em-presários que participaram das solenidades de inau-guração de três indústrias em Camaçari, já preocupaa Petroquisa, que convocou uma reunião de empresa-rios paulistas e baianos para a próxima semana, noRio de Janeiro, a fim de avaliar o problema.

Depois de confirmar a queda de produçáo supe-rior a 30% o vice-presidente da Petroquisa, PauloVieira Belotti, afirmou que a crise ainda não atingiuas indústrias de São Paulo em níveis tão elevados.Ressalvou, porém, que nâo sabe até que ponto oproblema é causado pela efetiva falta de consumo.Segundo ele, as elevadas taxas de juros levarammuitas empresas consumidoras dos produtos petro-químicos a utilizarem ao máximo seus estoques.DESEMPREGO

Entre as 35 indústrias insta-ladas no Pólo Petroquímico deCamaçari, a mais afetada é aCentral de Polímeros da Bahia(CPB), que Jâ demitiu 407o deseu pessoal em três semanas,segundo o diretor Industrial,Roberto Fiameg. Agora, comcerca de 110 empregados, aCPB está operando a 30% dasua capacidade produtiva (15mil toneladas de resinas acri-licas).

Roberto Fiameg atribui acrise da empresa — a maiornos dois anos de atividade —ao ajuste do preço da nafta aocomércio Internacional, queprovocou uma demanda espe-culatlva no inicio do segundosemestre do ano passado, e àliberação das taxas de jurosbancários. Além de estaremcom os estoques elevados, asindústrias automobilísticas,de eletrodomésticos e de ele-troeletrônlca — consumidorasdas resinas produzidas pelaCPB — são as linhas mais atin-gidas pelas medidas econômi-cas adotadas recentementepelo Govemo, segundo o dl-retor.

Contudo, o desemprego ain-da nâo é problema para amaioria das empresas, segun-do o presidente do Comitê deFomento das Industrias de Ca-maçari (Coflc), Luís Artlgas,pois "ainda não foi ultrapassa-do o nível de 7% de rentabill-dade, considerado saudávelpelos empresários".

ESTOQUES

De modo geral, entre, as em-presas, mais sérios são os ele-vados estoques que elas estãosendo obrigadas a manter, de-vido às quedas nas vendas. APoliproplleno, por exemplo,tem estocadas 11 mil 500 tone-ladas do seu produto—utiliza-

do nas indústrias automobilís-tica, farmacêutica, alimentíciae de construção civil —, equi-valendo a quase três meses daprodução em plena capacida-de, como informou o superin-tendente Geraldo Araújo.

Ainda há uma ou outra fábri-ca sem reduzir o ritmo de pro-duçáo, como a Cobafl, mas amédia geral da diminuição nopólo petroquímico é superior a30%, garantem Luis Artlgas,do Coflc, e Ary Silveira, dire-tor-superintendente da Co-pene.

Conselheiro da Norqulsa(Nordeste Química S/A) Joséde Freitas Mascarenhas atri-bui a crise no setor a dois com-ponentes. O primeiro foi a mo-dificaçào da política flnancei-ra, com a liberação das taxasde juros. "Afinal" explica ele,"não é negócio fazer estoque,como era incentivado pelo Go-vemo com a política anterior".Isto fez com que os consumi-dores dos petroquimicos bala-nos utilizassem seus própriosestoques este mês, só voltandoa adquirir o produto quandonáo houvesse mais Jeito.

O outro componente, na opi-nião de Mascarenhas, é real-mente a recessão econômicaque se aproxima. Ele acha ne-cessário um acompanhamentodo consumo final paa evitarque a situação chegue a níveisinsuportáveis.

A alternativa, entende PauloBelotti, da Petroquisa, vai sermesmo a montagem de um efe-tivo programa de exportaçãodos petroquímicos baianos, jáque o pólo de Camaçari tem ainfra-estrutura necessária, In-clusive com terminal próprio.E este esforço de exportaçãodeve ser feito mesmo com per-das financeiras, já que o preçode competição no mercado in-ternacional tem de ser maisbaixo.

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Arsenal quer iniciar novoprograma de US$ 1 bilhão

O diretor do Arsenal de Marinha. Almlran-te Rafael de Azevedo Branco, afirma que sôfalta a decisão política do Governo para ini-ciar o Programa de Reaparelhamento da Ma-rinha de Guerra, que eqüivalerá a uma InJe-çâo de recursos na construção naval da or-dem de 1 bilhão de dólares, em 10 anos, ou CrS76 bilhões a preços de hoje. Somente noArsenal seriam gerados 2 mil empregos adi-cionais, com a encomenda de três submari-nos, 12 corvetas e, posteriormente, outrasembarcações menores.

O valor total do Programa de Reapare-lhamento da Marinha é inferior ao que sepretende gastar em dois ou três anos na RedeFerroviária Federal, no programa de energianuclear, no programa de estradas de rodagem— acrescentou o Almirante.

Capital nacionalEle acha que, se o Govemo decidir criar

uma empresa de economia mista para cons-truir navios de guerra, objetivando, inclusive,o mercado externo, ela deverá ter o capitalcontrolado por brasileiros, porque as Instala-ções já existem e estào pagas, faltando, ape-nas, apoio teconolõgico e comercial estran-geiro.

Quanto à constniçâo dos três submarinos,prevista, no Programa de Reaparelhamento,disse que "em primeira instância dá-se prefe-rência ao grupo italiano Italcantiere, por deci-são do Ministro da Marinha". O projeto e aassessoria técnica seriam feitos pelos ltalla-nos: o miolo, com o mais alto Índice denacionalização possivel (incluindo chapa deaço e mào-de-obra). "Assim os submarinosteriam índice de nacionalização de cerca de60% dos seus custos."

Além disso o Arsenal de Marinha do Rio deJaneiro ficaria encarregado da construção de12 corvetas, projetadas por brasileiros. "Elasváo substituir navios da 2a Guerra Mundial,com mais de 35 anos de vida. O limite de vidanos paises europeus e nos EUA, para naviosde guerra, é de 20 a 25 anos"—diz o diretor doArsenal.

Neste momento a Argentina está com umprograma de construção naval militar da or-dem de 2 bilhões de dólares, com parte dasencomendas colocadas na Alemanha; a Vene-zuela tem fragatas superiores às da Marinhabrasileira; e o Peru também moderniza suaesquadra.

Já somos a segunda potência naval Sul-americana, depois da Argentina, e vemosoutras nações caminhando para constituirum poder naval, proporcionalmente à suapotencialidade, superior ao do Brasil. É in-compreensível que o segundo maior constru-tor de navios mercantes do mundo nâo tenha

Marinha de Guerra compatível com a suaexpressão internacional — lembra o Almlran-te Rafael de Azevedo Branco.

Ele acrescenta que de 1947 a 1951 as For-ças Armadas receberam 30% do orçamentonacional, e hoje representam apenas 8%. Edesses 8% a Marinha tem só 2%. O Pacto deVarsóvia, segundo o Almirante, gasta em mé-dia 3% do seu PNB com as Forças Armadas,excluindo a URSS. Somente a União Soviéti-ca gasta entre 11% e 13%. Os países da NATO,excluindo os EUA, gastam de 3,5% a 4% doseu PNB com as Forças Armadas, e os EUA.sozinhos, cercas de 6%. A Suécia poe 3,4% doseu PNB nas forças de defesa nacional; Israel30%; a Argentina 2,8%; Peru 3%; Venezuela1,5%; e o BrasU menos de 0,9%, baixando para0,8% segundo dados de publicações especial!-zadas. E desses 0,9% do Produto NacionalBruto gastos com as Forças Armadas noBrasil a Marinha fica com 0,2%.

—Uma fragata custa acima de 100 milhõesde dólares. Um navio mercante, um petroleiromédio, 40 milhões de dólares. Mas não se podecomparar a segurança nacional com quantosbancos escolares poderiam ser feitos com amesma Importância investida. Essas coisasnão sào comparáveis, da mesma forma quenào se pode dizer que nâo se deveria ter feito oParque do Flamengo com seus belos Jardins eiluminação feérica se no morro próximo temgente desempregada e passando restrições —assinala.

O Arsenal de Marinha do Rio de Janeirotem 6 mil 170 empregados, dos quais apenas345 são militares. Cerca de 80% do pessoalcontratado tem que ser pago com recursosgerados pelo próprio Arsenal, que presta ser-viços à Marinha de Guerra e Mercante. Deoutubro de 1980 a Janeiro deste ano foramdespedidos mil empregados, pois até agoranão há decisão de iniciar o Programa deReaparelhamento.

— O Arsenal não é obrigado por lei a seguiro reajustamento salarial semestral, por setratar de órgão da administração públicafederai Porém, por ser um organismo Indus-trial que sofre a influência do mercado detrabalho, nào pode deixar de acompanhar osoutros centros de construção naval. Nâo te-nho conhecimento suficiente da questão, ain-da, para afirmar se as conseqüências do rea-justamento semestral de salários sào tão in-flacionárias quanto outros fatores, já que osdemais insumos chegam sempre inflaclona-dos. Qualquer aumento de despesa, seja sala-rio, bem de capital ou juros provoca aumentonos custos de produção. Mas nâo sei qual é aparcela que contribui mais para a inflação. Eos aumentos semestrais sáo, na verdade, umreajustamento salarial — concluiu o Almlran-' te Rafael de Azevedo Branco.

Portos do Nordeste receberãoCr$ 2,4 bilhões para melhoria

Brasilia — Atendendo determinação doMinistro dos Transportes, Eliseu Resende, aPortobrás levantou todos os projetos e obrasque vai executar, este ano, na melhoria, am-pliação e modernização dos portos do Nordes-te, onde serão investidos Cr$ 2 bilhões 483milhões 600 mil. Esse programa de trabalhoserá levado ao conhecimento do Ministro doPlanejamento, Delfim Neto, na segunda-feira.

A Portobrás está elaborando, também, oPlano Diretor Portuário, para o triénio1982/1884, que prevê uma série de empreendi-mentos nos portos nordestinos. A sua execu-çáo, porém, assinala a Portobrás, vai depen-der da consignação de recursos financeirosnos orçamentos da União nesse período.

Programa de obrasDe acordo com o Programa de Obras da

Portobrás para o Nordeste serão beneficiadosos portos de Itaqui, no Maranhão, com Crt 49milhões; Luiz Corrêa e Eclusa de Boa Espe-rança, no Piauí, com Crt 666 milhões; deFortaleza e Camocim, no Ceará, com Crt 230milhões; o terminal salinelro de Areia Brancae Natal, no Rio Grande do Norte, com Crt 67milhões; de Cabedelo, na Paraíba, com CrS507 milhões; de Recife, em Pernambuco, comCrt 585 milhões; de Maceió, em Alagoas, comCrt 100 milhões; de Aracaju, em Sergipe, comCrS 10 milhões; de Aratu, Salvador, Malhadoe na melhoria da navegabilidade do Rio SáoFrancisco, Bahia, com Crt 281 milhões 600mil; e de Pirapora, em Minas Gerais, com Cr$41 milhões.

Movimento comercialO principais portos do Nordeste, segundo

dados apresentados pela Portobrás, apresen-

Corena lançanovo rebocador

Foi lançado ao mar ontem, em Itajaí, orebocador-empurrador Thelmo Dutra, pri-meiro de uma encomenda de três unidadesfeita pela CNA (Companhia de Navegação daAmazônia) à Corena Metalurgia e Constru-ções Navais S/A A Corena possui ainda emconstrução outros 11 rebocadores, além debarcos de pesca.

O lançamento do Thelmo Dutra marca anova administração da CNA pela Petrobrás,que designou os executivos Ronald Carretei-ro e Aroldo Hage Nicolau para dirigir e recu-perar a empresa. A CNA pagou 55% da cons-trução do Thelmo Dutra com recursos pró-prios. Além de rebocador, recuperou 85% desua frota de 32 barcos e construiu mais duasbalsas-tanques e quatro rebocadores.

O Thelmo Dutra possui uma força detração correspondente a 4,51 e será utilizadopara propelir barcaças de 1 mil t que trans-portam gasolina pelos rios da Regiáo Amazõ-nica, deslocando-se até Iqultos, no Peru.

taram os seguintes movimentos, por tipos decargas, no ano passado em relação a movi-mento realizado em 1979: a) navegação delongo curso — Recife — 2 milhões 471 miltoneladas, contra 2 milhões 429 mil toneladas,no ano anterior; Maceió — 1 milháo 567 miltoneladas, contra 1 milhão 374 mil toneladasno ano anterior; Salvador — 952 mil tonela-das, contra 975 mil toneladas em 1979, ou sejauma variação negativa de 2%.

Na cabotagem, os três principais portosapresentaram o seguinte movimento: AreiaBranca — 3 milhões e 25 mil toneladas (1980) e2 milhões e 685 mil toneladas (1979); Recife —1 milháo e 805 mil toneladas (1980) e 1 milhãoe 712 mil toneladas (1979); Fortaleza — lmilhão e 41 mil toneladas (1980) e 996 miltoneladas (1979).

No movimento de carga geral o destaquefoi para os portos de Recife com 759 miltoneladas (1980) e 719 mil toneladas (1979). Nosetor de líquidos a granel Recife movimentou1 milhão e 925 mil toneladas (1980) e 1 milhãoe 876 mil toneladas (1979) e Maceió movimen-tou 1 milhão e 288 mil toneladas (1980) e 1milhão e 141 toneladas (1979).

Com relação à graneis sólidos o porto deAreia Branca se destacou com 3 milhões e 179mil toneladas (1980) e 1 milháo e 941 miltoneladas (1979), vindo em seguida o porto deRecife com 1 milháo e 566 mil toneladas (1980)e 1 milhão e 526 mil toneladas (1979) e Maceiócom 1 milhão e 157 mil toneladas (1980) e 936mil toneladas (1979).

Na área de carga contelnerizada, o portode Salvador movimentou 39 mil e 451 tonela-das (1980) e 42 mil e 268 toneladas (1979) eMalhado 8 mil e 391 toneladas (1980) e 8 mil e789 toneladas (1979).

Portobrás achatarifa realista

Brasilia — Ao reafirmar ontem sua posi-ção por uma tarifa realista para os portos', opresidente da Portobrás, Amo Markus, argu-mentou que os reflexos da operação portuáriano custo do transporte náo atinge 2%, tendo,portanto, pouca Influência na composiçãodos índices inflacionários.

Acrescentou o Sr Amo Markus que osentendimentos entre a Portobrás, a SEAP —Secretaria Especial de Abastecimento e Pre-ços — e o CIP — Conselho Interministerial dePreços vêm permitindo que os reajustes dastarifas portuárias entrem em vigor tão logosejam aprovados. Disse que esses reajustesacompanham sempre o INPC — índice Nacio-nal de Preços ao Consumidor.

O presidente da Portobrás enfatizou, ata-da, que a tarifa portuária mais realista temcomo objetivo fazer com que as receitas dosportos possam cobrir os custos da operaçãoportuária e da substituição e recuperação dosequipamentos e outros bens depreclávels.

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18 — ECONOMIA 1° Caderno G sexta-feira, 87/3/81 Ü JORNAL DO BRASIL

Informe Econômico

0 nó da questãoOs irmãos Chalam estão enfren-

tando dificuldades para passaradiante o seu Banco Regional, atual-mente sob intervenção federal. Náoque faltem interessados, pois o Bancoae Minas Gerais e o grupo que contro-Ia a caderneta de poupança Habitualjá se manifestaram interessados nonegócio.

problema é o preço pedido pe-los Cnalam: nada menos de Cr$ 1bilhão 900 milhões — Cr$ 1 bilhão 200milhões do passivo a descoberto e Cr$700 milhões para os atuais controla-dores. Como o Regional conta comapenas uma agência, no centro deSão Paulo, a pedida está sendo consi-derada excessivamente alta.

Afinal, lembram os observadoresde transações desse tipo, a Sharp/Valbrás pagou apenas Cr$ 1 bilhão400 por todo o Grupo Financeiro La-vras, cujo banco comercial tem noveagências (uma em Brasüia) e o GrupoAntônio Lang vendeu o banco Expan-sáo à Savena por Cr$ 800 milhões.

Apontam, ainda, o exemplo darecente compra do Banco Comércio eIndústria do Rio de Janeiro, que tam-bém tem uma agência em São Paulo,por Roberto Nagi Nahas. Custou ape-nas Cr$ 580 milhões.

SuperofertaA julgar pelo que afirma o presi-dente da Fiat, Miguel Augusto Gon-

çalves de Souza, não há, realmente,motivo para qualquer preocupaçãoquanto à existência de uma oferta deálcool suficiente para cobrir a de-manda interna.

Baseado em informações recebi-das em encontro que manteve recen-temente com o Vice-Presidente Aure-liano Chaves, Gonçalves de Souzaassegura que não apenas não vaifaltar álcool como existe até umaoferta suficiente para que a indústriaautomobilística amplie a sua produ-ção de carros a álcool para 400 milunidades ainda este ano.

A propósito, acrescentou que den-tro de 30 dias estará no mercado onovo Alfa-Romeo com motor a álcool.

MudançaVai custar 460 milhões de dólares,

a preços de hoje, a mudança do perfilde craqueamento das refinarias daPetrobrás, cuja implantação deverádemorar de dois a três anos.

Com a mudança no perfil de era-queamento — uma das primeiras pro-vidências recomendadas pela Comis-são Nacional de Energia — as refina-rias passarão a produzir mais deriva-dos intermediários — principalmentediesel — e menos gasolina e óleospesados.

Sem chancesTrês grandes obstáculos se inter-

põem entre os planos de construiruma grande usina de gaseificação decarvão no cais de Conceiçãozinha,em Santos, e a realização dessa obra:

— Tal usina, que produziria 2milhões 700 mil metros cúbicos de gáspor dia, custaria 400 milhões de dóla-res, ou seja, 20 vezes mais do quedeverão custar duas usinas de gás denafta adaptável para álcool que aCongas (Companhia Metropolitanade Gás de São Paulo) está compran-do na Inglaterra.

—O ar da Baixada Santista, naatualidade muito provavelmente omais poluído do mundo, tornar-se-iadefinitivamente irrespirável com umagrande usina.

— Os técnicos paulistas concor-dam com a tese de que as usinas degaseificação devem ser instaladas naboca da mina. O que deve ser trans-portado, segundo eles, é o gás e não ocarvão mineral.

Diante de tais argumentos, difícil-mente o fato da construção da usinapoderá vencer.

Mau negócioUma construtora americana está

recrutando na Costa Rica trabalha-dores com experiência em construçãode estradas para trabalhar em obrasque vem executando na Africa, prin-cipalmente na Nigéria. Já embarcou500 cabeças, algumas com salários deaté 3 mil 300 dólares mensais.

Hoje, no Brasil, ela faria muitomelhor negócio. Por 3 mil 300 dólaresmensais levaria até executivos de-sempregados de muitas grandesconstrutoras de estradas.

Posse IA posse do Sr Carlos Viacava na

Secretaria-Geral do Ministério da Fa-zenda está marcada para o dia 1° deabril, quarta-feira próxima. Mas, des-de que foi indicado para o cargo, estáalmoçando todos os dias no 6a andardo Ministério com o Sr Ernane Gal-vêas e com o Secretário-Geral Eduar-do Carvalho, que vai para o Banespa.

Posse II

O Conselho de Administração daUsimec-Usiminas Mecânica elege ho-je o novo presidente da empresa, sub-sidiária ao BNDE. Será o engenheiromecânico Sérgio Antônio dos Reis Va-le, ex-Coronel da FAB e que, ao serconvidado para o cargo pelo MinistroCamilo Penna, era diretor da Eletro-metal Aços Finos, em Campinas. Aposse será hoje mesmo, às 17h30m.

wmeme^mamammÊBamamÊiMmtwsmsmmm

Eletrobrás*?Centrais Elétricas Brasileiras SA

O LightServiços de Eletricidade SA

Aviso N9 1-S/CT-RJ/81Obras civis para construção daSubestação Botafogo

LIGHT • Serviços de Eletricidade S.A. torna público quereceberá em seus escritórios, na Avenida Marechal Flori-ano n° 168 - 29 andar do Edifício Principal, no Salão deReuniões, nesta Cidade, das 14.00 ás 15.00 horas do dia30 de abril de 1981, propostas para execução das obrascivis de construção da Subestação Botafogo, no terrenoda Rua da Passagem n° 156, Botafogo, Rio de Janeiro.A qualificação e a seleção dos concorrentes obedecerãoás "NORMAS" desta Sociedade, cujo texto será forne-cido a representante credenciado das firmas interessadas,juntamente com as Especificações Técnicas, Planilha,Normas para Reajuste de Preços e Relação de Desenhos,a partir desta data, na Avenida Marechal Floriano rfí168, Edifício Principal, Setor A-2, salas 56 e 59, no Oe-partamento de Construção Civil • Rio, mediante o paga-mento da importância de Cr$ 3.700,00 (trás mil e sete-centos cruzeiros).0 julgamento terá início no dia 30 de abril de 1981, ás15.00 horas, na Avenida Marechal Floriano rfí 168 - 29andar do Edifício Principal, no Salão de Reuniões, localdo recebimento.Antecipa-se que serão condições necessárias para a quali-ficação e a seleção, entre outras, ter a firma interessada,obrigatoriamente, sede ou filial registrada nesta Cidade eCapital Social mínimo de Cr$ 200.000.000,00 (duzen-tos milhões de cruzeiros), integralmente realizado até adata da publicação deste AVISO, não sa admitindo con-sórcio.

R io de Janeiro, 25 de março de 1981.

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Shellcomunica

o novo telefone daBASE dt CAXIASa partir dei.0 de abril:776-1821

(PABX)^ ^

f^è*>V Ministério da Agricultura1' INSTITUTO NACIONAL

I* OE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRARIA

COMUNICADO

O Instituto Nacional de Colonização e Refor-ma Agrária - INCRA, comunica aos interessadosque, no próximo dia 2 (dois) de abril recolherátodas as guias referentes à cobrança do ImpostoTerritorial Rural - ITR - correspondente aoexercício de 1980, que se encontram nas agênciasarrecádadoras credenciadas pelo órgão.

Avisa ainda o INCRA que os proprietáriosrurais que não tiverem seus débitos quitados atéo dia 31 do corrente perderão o direito deusufruírem dos benefícios da nova lei do ITR queprevê reduções de até 90 por cento no impostodevido.

Brasília, 26 de março de 1981.

José Reynaldo Vieira da SilvaDiretor do Departamentode Cadastro e Tributação

Kuwait quer investirpetrodólar em projetoagropecuário no país

Salvador — Com a aplicação de petrodoláres, umgrupo empresarial do Kuwait deve instalar no Brasil,ainda este ano, um projeto agropecuário para a criação deovinos e plantio de cardomo, especiaria muito usada noOriente. Neste sentido, uma missão árabe percorre algu-mas regiões agrícolas do pais. visando à identificação dazona mais adequada para o desenvolvimento do projeto.

Integrando a missão, os banqueiros Faisal Al-Kazemi, Wael Al Sagar e Farook Sultan sobrevoaramregiões agropastoris da Bahia, principalmente o Nordestedo Estado, pesquisando as potencialidades econômicas,para futuros investimentos. Segundo o presidente doBNDE, Luis Sande — que acompanhou os empresáriosdurante toda a visita — brevemente uma equipe técnicavirá à Bahia, para definir a terra adequada.

No contato mantido anteontem à noite com o Gover-nador Antônio Carlos Magalhães, os banqueiros do Ku-wait demonstraram entusiasmo diante da possibilidadede instalação do projeto na Bahia, porém, como disseontem o próprio Governador, "foi apenas um primeirocontato e nada ficou definido". Os árabes ainda devemvisitar outros Estados, inclusive Sâo Paulo, onde estavamontem.

O presidente do BNDE. Luis Sande, náo sabe quantoos empresários do Kuwait pretendem Investir neste proje-to agropecuário, mas garante que será uma das maioresfazendas do país. Considerou importante o empreendi-mento náo apenas porque traz recursos externos para oBrasil, mas também intensifica os contatos comerciaiscom um país que "importa tudo, exceto petróleo".

Os empresários árabes sáo acionistas da Companhiade Investimentos Árabe-Brasileira (Abico), uma associa-da do BNDE. Pretendem criar na fazenda brasileiracarneiros típicos da Ásia e produzir o cardomo. umaespécie de semente saborosa e perfumada, comumenteusada pelos árabes no café. Hoje. o Kuwait importacarneiros vivos da Austrália para serem mortos pelospróprios consumidores, de acordo com seus preceitosreligiosos.

Empresário indianodefende intercâmbiodireto com o Brasil

Brasília — O presidente da Federação Indiana deCâmaras de Comércio e Indústria, KN.Modi, defendeuontem, durante encontro com o Ministro da Fazenda,Emane Galvêas, o intercâmbio comercial direto entre osdois paises, sem a intermediação dos Estados Unidos epaises europeus, como ocorre atualmente.

O Sr K.N. Modl disse ao Ministro da Fazenda existir,atualmente, necessidade e urgência de que os países doTerceiro Mundo promovam o comércio e a cooperaçãoentre si. Ele afirmou que seria mais vantajoso para a índiae o Brasil fazerem trocas comerciais diretamente, ao sereferir à importação de chá e peças de vestuário atravésdos EUA.

A missão empresarial indiana informou ao Sr ErnaneGalvêas do Interesse da índia na importação de tecnolo-gia do álcool, além de papel, óleo de soja, metais náo-ferrosos, bens de consumo e bens de capital. Há interesse,também, em joint-ventures.

O chefe da missáo empresarial da índia apontou,ainda, vantagens para investimentos brasileiros naquelepaís, como mào-de-obra qualificada, salários baixos, bomnivel de competitividade e aceitação de produtos india-nos nos Estados Unidos e Comunidade Econômica Euro-péia. A balança comercial Brasil-índia favorece o ladobrasileiro, que exporta 160 milhões de dólares e importa 7milhões de dólares.

Ministro finlandêschegará domingo paraestreitar relações

Brasília—Numa visita que tem por objetivo estreitare desenvolver as relações econômicas, comerciais, indus-triais e culturais entre a Finlândia e o Brasil, chegarádomingo a esta Capital o Ministro do Comércio Exteriordaquele país, Esko F.ekola, que permanecerá no país até odia 3 de abril.

Durante as negociações que aqui manterá, o SrRekola trocará idéias com autoridades brasileiras relati-vãmente a assuntos de interesse do Brasil e da Finlândia,visando à elaboração de acordos de cooperação econômi-ca, científica e tecnológica, como também a um acordo detráfego aéreo entre os dois países.

Uma delegação de 18 pessoas, representantes doMinistério de Comércio Exterior finlandês, de organiza-ções centrais da indústria e do comércio exterior, repre-sentantes de círculos financeiros e de grandes empresasexportadoras e importadoras da Finlândia acompanharáo Ministro Rekola. Ele visitará, além de Brasília, o Rio eSào Paulo.

Em Sáo José dos Campos (SP), inaugurará umafábrica finlandesa e no Rio manterá contatos com osdiretores da Cacex e da Petrobrás e com os presidentes doInstituto Brasileiro do Café e da Confederação Nacionaldo Comércio.

Arquivo

ARMO S.A.SOCIEDADE DE CAPITAL ABERTO

C.G.C. 61.064.978/0001 -01

AVISO AOS ACIONISTAS

SUBSTITUIÇÃO DE CAUTELASComunicamos aos Senhores Acionistas que a partir do dia 22 de abril de

1.981, iniciaremos a substituição e agrupamento das cautelas desta empresa.As novas cautelas serão entregues aos Senhores Acionistas, contra apre-

sentação do cupom n.° 69, destacados das cautelas de ações Preferenciais edo cupom n.° 73 das ações Ordinárias, devidamente colados em formuláriopróprio, juntamente com as respectivas cautelas, com indicação da forma emque deverão ser emitidas, nos seguintes locais:

SAO PAULORIO DE JANEIROPORTO ALEGRERECIFE

Av. Arno, 146 - MoócaRua Miguel Couto, 105Av. Otávio Rocha, 161 -Rua 24 de Maio, 68

• sobreloja6.° andar

As cautelas em circulação deverão ser substituídas antesdo início de pa-gamento do próximo evento, sendo que as novas cautelas serão emitidas apartir do n.° 600.001 para as Preferenciais e n.° 40.001 para as Ordinárias.

Os detentores de ações nominativas deverão identificar-se devidamente,ainda que representados por procuradores.

O horário de atendimento será das 9:00 às 11:00 e das 14:00 às 16:00 ho-ras. Os acionistas que assim o desejarem, poderão solicitar a remessa dasações substituídas através do correio, enviando os cupons acima com as res-pectivas cautelas, para Avenida Arno, 146 - Moóca - São Paulo - SP - Caixa Pos-tal n.° 8.217 - Departamento de Acionistas, confirmando o seu endereço pararemessa e indicando a forma em que deverão ser emitidas.

São Paulo, 20 de março de 1.981

A DIRETORIA

Viola assumirá a Presidência no domingo

Viola deverá conterimportações e mudarcâmbio na Argentina

Rosental Calmon Alves

Buenos Aires — O Presiden-te Roberto Viola, que tomaráposse depois de amanhã, reu-niu-se ontem à tarde com o seuMinistro da Fazenda. LorenzoSigaut, para apreciar uma sé-rie de medidas sugeridas pelanova equipe econômica argen-tina e que serão baixadas, pro-vavelmente, na segunda-feira.Entre elas, prevèem-se restri-çóes às importações, incenti-vos às exportações e mudan-ças no atual sistema de livreaquisição de divisas.

Os empresários agrupadosna Conae (Convocatória Na-cional Empresarial) anuncia-ram que mandarão celebrarmissas em várias cidades dopaís, para "agradecer a Deus"a saída do atual Ministro daEconomia, José Alfredo Marti-nez de Hoz, e de sua equipe. Ossindicatos de trabalhadorestambém recebem com euforiaa saída de Martinez de Hoz,embora demonstrem sua preo-cupaçáo com a falta de infor-mações concretas sobre o pia-no econômico do GovemoViola.

Nos últimos dias, o Governoque sal e o Govemo que entraassistiram a uma crise finan-ceira que deverá se prolongarhoje, numa repetição de eli-mas caóticos de vários perío-dos da história recente da Ar-gentina, caracterizados pelafalta de estabilidade política.

A corrida desenfreada àcompra de dólares represen-tou uma sangria diária de cer-ca de 200 milhões de dólares àsreservas monetárias do país,as taxas de juros subiram aníveis sem precedentes (como

Corrttpondttnt*

180^c nos empréstimos inter-bancários usados para taparos buracos deixados pela fugade depositantes) e sedimen-tou-se uma total desconfiançapública no sistema financeiroargentino.

Nenhuma solução eficaz foiadotada para aliviar essa crise,mas uma série de medidas estásendo preparada para o pri-meiro dia útil do novo Gove&no. Apesar da enorme corridaao dólar, diminuem os rumo-res de que haverá uma maxi-desvalorização do peso argçn-tino. embora as novas medidassejam mantidas em sigilo. "

Algumas, entretanto, vaza-ram e tomaram-se públicasontem à tarde. Haverá mudari-ças, por exemplo, no mercadocambial, que atualmente é li-vre, permitindo'que qualquerpessoa compre a quantidadede dólares que quiser (em opa-rações de 20 mil dólares cadauma), embora haja — há umasemana — a exigência de que pcomprador se identifique.. Onovo sistema imporá restri-ções a essas compras de divi-sas e deverá criar o mercadocomercial (para importações eexportações), com um dólarmais caro, e o mercado finan-ceiro — com o dólar mais ba-rato. >u„

Um dos primeiros pacotes d*emedidas econômicas do Go-vemo Viola deverá se referirãocomércio exterior, havendodesde já a certeza, na praça deBuenos Aires, de que serãoampliadas as taxas alfândega-rias, que foram drasticamentereduzidas pelo Govemo Vidèía.

Japão reinicia construção^de usinas nucleares dois ranos depois de Three MileJ;

Anilde WerneckCorrMpondant* .

Tóquio — O Govemo japonês voltou ontem aautorizar a construção de usinas nucleares, exata-mente dois anos depois do acidente na usina america-na de Three Mile Island, que provocou a suspensão detodos os projetos em andamento no pais. O conselhocoordenador do desenvolvimento energético aprovoua instalação de três novos reatores, com capacidadepara gerar 3 milhões de quilowatts.

A decisão, embora prevista no programa de am-pliação da capacidade energética do Japão, temtambém um cunho político, pois ocorre 15 dias depoisque a população da localidade de Kubokawa, naprovíncia de Kochi, cassou, em plebiscito, o mandato'do prefeito Susumu Fujito, que defendia a instalação,de uma usina nuclear na região. Dez dias depois, umaequipe de funcionários teve de participar de umdebate público, em Hamaoka, para explicar à popula-ção que náo há riscos na usina projetada para o local.META QUASE ATINGIDA

Com a autorização de on-tem. o Japáo alcançará um to-tal de 19 milhões 400 mil quilo-watts em capacidade instala-da ou projetada de usinas ato-micas, chegando a 92,6% dameta prevista até este ano,que era de 21 milhões de quilo-watts. Em dezembro passado,o Japão perdeu para a Françao segundo lugar no mundo co-mo produtor de energia ato-mica.

Duas das novas usinas serào

Japonesesdiminuirãoexportações

Washington — Há evidèn-cias de que os japoneses váoanunciar, nas próximas seissemanas, a adoção de provi-dèncias legais para restringiras exportações de automóveispara os Estados Unidos, revê-lou o jornal The New YorkTimes.

O jornal comentou que o fa-to de o Secretário de EstadoAlexander Haig e o ChancelerIto estarem liderando o pro-cesso diplomático tem descon-tentado os responsáveis pelocomércio tanto nos EUA comono Japào. Em Washington, umporta-voz do representante co-mercial, Bill Brock, chegou adizer que as negociações sobreautomóveis sáo da exclusivacompetência de sua área.

A condução da disputa entreamericanos e japoneses tem-secaracterizado pelo uso de eufe-mismos e subterfúgios. O Pre-sidente Reagan quer fazer tu-do para manter sua imagempública de defensor do livrecomércio, ao mesmo tempo emque pressiona os japoneses pa-ra reduzir as exportações.

construídas pela Tokyo EletricPower Co., na Província de Nli-gata, e ficarão prontas em ju-lho de 1989 e em Janeiro de1990.

Ambas terão reatores a águaleve, com capacidade de 1 mi-lhào e 100 mil quilowatts cada!A outra pertence à ChugdRüEletric Power Co., será cons-trulda na Província de Shima-ne e estará concluída em mar^ço de 1989. Seu reator serátambém a água leve, com ca.pacidade para produzir 820 milquilowatts.

OPEP já Jusa bancosdo Comecon:

Londres — Os paises daOPEP começaram recente-mente a canalizar quantidadescrescentes de seu superávitmonetário para bancos dospaíses do Comecon (Conselhode Assistência Econômica Mu-tua, que reúne os paises sociarlistas do Leste Europeu), infor-mou a Organização para Coo-peraçào Econômica e Deséjvvolvimento (OCDE), segundoo jornal britânico FinancialTimes.

Isto fez com que os bancosdo Leste Europeu tomem par-te mais diretamente no proees»so de reciclagem de petrodóla-res, já que eles tèm reinvestidoparte desses depósitos nosmercados financeiros ociden-tais.

Embora nào forneçam esta-tisticas que apoiem a infonftâ-ção, os economistas da OCDE(que reúne os países indüs"-triais) parecem ter descobertoevidências envolvendo a Líbia1,a Argélia e o Kuwait. As somasestáo na casa das centenas demilhões de dólares, ainda mui-to abaixo dos bilhões de dóla-res que os membros da OPEPdepositaram em bancos sovié-ticos e da Alemanha Oriental.

JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 27/3/81 O Io Caderno ECONOMIA — 19

Figueiredo diz que Brasil enfrenta sua maior criseSâo Paulo — O Presidente

Hgueiredo reconheceu, numdiscurso de improviso, feitoontem à noite para as classesempresariais de Sâo Paulo,que o pais atravessa sua maisgrave crise da Historia Con-temporânea. Reconheceu,também, que o empresariado éa "classe mais castigada porseu Oovemo, mas pediu quenão lhe cobrem medidas maisamenas, em prejuízo dos "120milhóes de brasileiros que ne-cessitam de comer".

Todos os representantes dasclasses empresariais paulistas— presidentes da AssociaçãoComercial e das Federações daIndústria, Agricultura e do Co-mêrclo — hipotecaram apoio esolidariedade ao Govemo,mas o empresário Luis Euláliode Bueno Vidigal, presidenteda FIESP, disse ao Presidenteda República que esse apoio eessa solidariedade "não signi-ficam aplausos permanentes atodas as decisões governamen-tais".

Os discursos foram pronun-ciados antes de um coquetel,seguido de banquete, ao somde um órgão, servidos no mez-zanino — Io andar — e na partetérrea do Palácio dos Bandei-rantes. A homenagem dos em-presários ao Presidente, se-gundo eles próprios anuncia-ram. foi coordenada pelo Go-vèfnador Paulo Maluf. queconseguiu trazer a Sào Paulo,ontem, quase todo o Ministé-rio, a bancada paulista na Cá-mara dos Deputados e até se-nadores de outros Estados.-Entre os presentes, estavam

os ex-Ministros do OovemoGeisel, Calmon de Sá, da In-dústria e do Comércio, e ReisVeloso, do Planejamento.Compareceram, ainda, os em-presários Oscar Bloch e SílvioSantos, que, semana passada,foram contemplados com asconcessões de suas novas re-des de televisáo.

O discursoPara cerca de 500 empresa-

rios representativos das prin-cipais entidades do pais, oPresidente Figueiredo fez o se-guinte discurso:"A homenagem que vem deme ser prestada pelos senho-res, por iniciativa do Gover-nador Paulo Maluf, tem paramim um alto significado, nàoapenas por vir das classes pro-dutoras do Estado mais pôde-roso da Federação; nào ape-nas por vir da gente de SàoPaulo, a quem me ligam laçosde sangue e afeição; nâo ape-nas por partir de diletos ami-gos de muitos anos; mas prin-cipalmente por partir da cias-se que eu mais tenho castiga-do e que, por força das cir-cunstàncias difíceis por quepassa a nação, eu sou obriga-do a castigar.

. "Entre as coisas que prezo eque trago da casa paterna e dacaserna, hà doas que eu prezoacima das demais: uma é dizersempre a verdade e só a verda-de; e a outra é saber dizer náo.Todos nós sabemos a situaçãodificil por que passa a econo-mia brasileira. Nenhum denós pode esconder que talvezsejaÜ*na história contemporâ-nea do Brasil, a crise maisgrave por que passa a nação.

"Se formos rebuscar as cau-sas dessa crise, a nossa cons-ciência nâo nos acusa de ser-mos culpados. Pelo contrário,no peso da balança do pratoda culpa, temos a consciênciatranqüila de que as causas sáoexternas. Nos meus parcos ço-nhecimentos de economia, ai-guns dos quais aprendidoscom os senhores, eu náo co-niieço nenhum remédio ame-no para combater a inflação."Todos os remédios que osmestres têm-me ensinado, eque eu tenho lido, sáo reme-dios amargos. São remédiosque, se não adotados, fazemapenas com que o peso da in-fiação incorra sobre o assala-riado. Felizmente, os senhorestèm consciência de que eu náoposso absolutamente permitirque, apesar da inflação quenos assola, o pais continue acrescer como se nós estivesse-mos em situação normal.

"E eu tenho que tomar me-didas para impedir que essecrescimento se faça a tal pon-tô que o povo é que venha asofrer mais. Dai por que osremédios que tenho que ado-tar. E que todos nós soframosos efeitos desses remédiosamargos que adotamos, masque os menos amargos sejampara aquele que tem menospossibilidade de enfrentar avida. Dai por que, repito, ahomenagem que o senhoresme prestam tem um significa-do muito especial para mim.Sei que os senhores tèm cons-ciência de que náo posso satis-fazer a todos aqueles anseios aque tèm direito, porque tenhoque olhar para o outro pratoda balança, que sào 120 mi-lhóes de brasileiros que neces-sitam comer.

Talvez algumas medidasque o Governo tenha tomado,ou seja obrigado a tomar, náosejam as melhores, mas sáo oque a minha inteligência e aminha capacidade de perce-ber o fenômeno econômicopermitem adotar. Talvez ou-tros em meu lugar tomassemmedidas outras que náo essas.Mas eu desafio que tomassemmedidas que pudessem satis-fazer ao produtor e ao consu-midor, ao empresário e ao as-salariado.

Se elas náo satisfazem nema mim, como é qne eo vouexigir que satisfaçam a todos?

Deus me livre de que 120milhões de brasileiros acei-tassem todas as decisões doGoverno. Este seria um povoInfeliz no dia em que náo hou-yesse uma voz discordante, ouuma voz opositora.

Dai porque, repito pela ter-ceira vez, a homenagem dossenhores tem um grande sig-nifleado para mim. Os senho-res têm consciência das difl-ouldades que o Governo atra-vessa e estào dispostos a coo-perar. E o que é mais belo:estão dispostos a se sacrificarum pouco em beneficio danossa gente que tanto merece.

Sâo Paulo — liaiai. Ftitosa

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Contribuiçãoao INPS é

Ao lado de Maluf, Presidente Figueiredorecebeu dos eletricitários um alicate de

junção

Retração não abalao otimismo de Maluf

São Paulo — O GovernadorPaulo Maluf manifestou a suaconfiança na recuperação daeconomia nacional, especial-mente a de Sâo Paulo. "Atra-vessamos ura período de tran-siçào com dificuldades passa-geiras, mas vamos ultrapassa-lo".

Dirigindo-se ao PresidenteFigueiredo, o Governador pau-lista disse que os empresáriosreconhecera a complexidadedos problemas econômicos."Mas temos capacidade de re-solvè-los. Enfrentamos sempreos desafios da conjuntura e osvencemos".

CRESCIMENTO

Examinando-se as estatisti-cas de Sào Paulo, verifica-seque o desempenho da nossaeconomia continua em linhaascendente. Embora se procu-re, com o controle monetário,atender aos imperativos daexecução da política econômi-co-flnanceira, o desempenhoda economia paulista perma-nece ascensional — acres-centou.

Disse, ainda, que "nãoobstante várias dificuldades,decorrentes de reajustamen-tos conjunturais, a Bolsa deValores registrou expansão su-perior a 100%.

Reconhecemos que se impõeao administrador a adoção demedidas no combate à infla-çào que repercutem no cresci-mento econômico. Mas a reali-dade é mais vigorosa do que osplanos: São Paulo, dentro dosobjetivos fixados pela politicaeconômico-financelra, conti-nua crescendo. E crescendobem. Sabem todos os empresa-rios, aqui presentes, que osproblemas econômicos sãocomplexos, pelas suas Implica-ções em todos os setores deatividade. Mas temos capacl-dade de resolvê-los. Enfrenta-mos sempre os desafios daconjuntura e os vencemos.

ÚNICO OBJETIVO

Depois de afirmar que acrise da economia brasileira é"apenas conjuntural", o presi-dente da Federação do Comer-cio do Estado, José Papa Jú-nior, manifestou, ontem, emseu discurso ao Presidente daRepública, a convicção dosempresários de que "a condu-çáo da politica econômica sópode ter um objetivo: impedira todo custo a recessão e suasconseqüências".

Um dos participantes do jan-tar oferecido ao PresidenteJoão Figueiredo pelo Gover-

Primeiro compromissofoi nova sede da ECT

Vale receberáUS$ 300 milhões

centralizada de consórcio

nador Paulo Maluf, no Paláciodos Bandeirantes, o Sr JoséPapa Júnior reafirmou, tam-bém, a confiança das classesprodutoras no comando exer-cido pelo Presidente "rumo àsconquistas de desenvolvimen-to econômico, paz social eaperfeiçoamento politico".CONFIANÇA

— O -presidente da Federa-çào das Indústrias do Estado(FIESP), Luis Eulálio de Bue-no Vidigal Filho, afirmou on-tem. em seu discurso ao Presi-dente da República, que "esta-mos passando por momentosdifíceis, seguramente os maisdifíceis dos últimos 10 anos",mas reafirmou a confiança e oapoio dos empresários ao Pre-sidente.

Durante Jantar no Paláciodos Bandeirantes, oferecidopelo Governador Paulo Maluf,com participação da classeempresarial, o Sr Luis Eulálioelogiou a franqueza do Presi-dente João Figueiredo e, aoreafirmar o apoio dos empresa-rios, observou que esse apoio"não significa, contudo, o si-lèncio permanente e a aprova-ção de todos os atos do Gover-no, mas, sim, o apoio responsa-vel e patriota que, por issomesmo, pode às vezes discor-dar de Vossa Excelência".

PREOCUPAÇÃO

No encontro que teve ontemcom membros da ExecutivaEstadual do PDS e com outrospolíticos, o Presidente Joào Fi-gueiredo revelou preocupaçãocom a taxa inflacionâria e como custo de vida que consideraalto, entendendo que isso po-dera transformar-se em fatorfavorável e até mais importan-te do que as bandeiras da opo-siçáo, nas eleições de 1982. OPresidente chegou a comentarque o seu maior problema, ho-je, é dar comida para o povo.

A conversa do Presidente Fi-gueiredo com representantesdo PDS de São Paulo durou 20minutos e foi promovida antesde um coquetel seguido de ai-moço que o Governador PauloMaluf ofereceu na ala residên-ciai do Palácio dos Bandeiran-tes. O presidente regional doPDS, Deputado Armando Pi-nheiro, confirmou a preocupa-çáo do Presidente da Republi-ca com aqueles dois proble-mas e mais tarde o diplomataCarlos Átila, secretário de im-prensa do Govemo federal,confirmou o desejo do Presi-dente Figueiredo de dar comi-da para o povo.

Brasilia — O sistema de cai-xa única, com a criação dobraScheque, será adotado apartir de primeiro de Julho,mas a Previdência Social sóintegrará o sistema em 1982,quando as contribuições e osbenefícios do IAPAS dos servi-dores públicos deixam de seroperados pela rede bancáriaprivada, passando a ser reco-lhidos e pagos somente peloBanco do Brasil.

De acordo com informaçãodo secretário da Secin (Secre-taria Central de Controle In-temo), Fernando de Oliveira,ficarão fora do novo sistema associedades de economia mista,como a Petrobrás e a Vale doRio Doce, os fundos especiaisdos Ministérios Militares e deoutros órgãos de segurança, oSistema Financeiro da Habita-çáo e os bancos oficiais. O an-teprojeto de decreto-lei Insti-tulndo o braScheque já foi en-tregue pelo Ministro DelfimNeto ao exame do Palácio doPlanalto e deve estar aprova-do na próxima semana.

MUDANÇAS

Explicou ele que integrarãoo sistema de caixa única osórgàos da administração dire-ta e os da administração indi-reta (autarquias, fundações su-pervisionadas e empresas pú-blicas como a Embrapa e oSerpro) — ou seja, todo órgáoque recebe dotações do Tesou-ro. Com a caixa única, elimina-se o processo atual pelo qual oMinistério da Fazenda, atra-vés da Comissão de Programa-çáo Financeira, libera as cotasde recursos em favor dos Mi-nistérios e estes, por sua vez,as repassam às suas unidadesorçamentarias e elas às unida-des administrativas.

Sào Paulo—Tendo, a bordo,a companhia do GovernadorPaulo Maluf, o PresidenteJoáo Figueiredo chegou deBrasília a esta Capital, ontem,descendo em Congonhas, às9h25m, para uma permanênciade 26h, ou seja, até llh de hoje.Seu primeiro compromisso foiinaugurar o edificio — sede ecentro de triagem principal daECT — Empresa Brasileira deCorreios e Telégrafos — na Vi-Ia Leopoldina, Zona Oeste dacidade.

Acompanhado de oito Minis-tros, do Governador paulista ede vários deputados federaisdo PDS, o Presidente João Fi-gueiredo chegou aos Correiosàs lOhlOm, onde cumpriu umarápida visita. Ele nâo discur-sou e também náo deu entre-vistas. Segundo informou opresidente da ECT, CoronelAdwaldo Cardoso Botto deBarros, "o Presidente Figuei-redo achou a obra espeta-cular". I

Sâo Paulo—O sênior vice-presidentedo City International Group, GerardFlnneran, anunciou ontem que está con-cluido o consórcio de um empréstimopara a Companhia Vale do Rio Doce, novalor de 300 milhões de dólares, comspread de 2% no prime rate, equivalentea 2.1/8 no libor europeu. O contratodesse empréstimo será assinado emFrankfurt, Alemanha, pelo Ministro doPlanejamento, Delfim Neto. numa ceri-mônia organizada pelo Dresdner Bank,em maio próximo.

O City Bank participou desse consór-cio, e o Sr Finneran disse que "a econo-mia brasileira propicia empréstimosmaiores do que está recebendo. DigoIsso náo só pelas suas condições de re-cursos naturais e Industriais, como peloseu corpo de administradores".

Ala jovem do PDSrecebe o Presidente

Sào Paulo — Uma festa poli-tica com dezenas de jovensque vestiam camisas da "AlaJovem do PDS" e portavamfaixas de apoio ao Presidente egritavam, seguidas vezes, "Fi-gueiredo, Figueiredo, Figuei-redo", marcou ontem a assina-tura do convênio entre o Go-vemo federal e o de Sáo Paulo,transferindo o subsistemaLight da Eletrobrás para a Ele-tropaulo.

A cerimônia foi presidida pe-lo Presidente Joáo Figueiredo,que estava acompanhado pe-los Ministros das Minas eEnergia, César Cais, do Traba-lho, Murilo Macedo, da Indús-tria e do Comércio, CamiloPenna, das Comunicações, Ha-roldo Corrêa de Mattos, e doGabinete Militar, General Da-nllo Venturini À cerimônia es-tiveram presentes, a convitedo Governador Paulo maluf,deputados estaduais e federaisdo PDS de Sâo Paulo, senado-res de outros Estados e eente-

nas de prefeitos, vereadores elíderes políticos do interior doEstado.

O Ministério das Minas eEnergia destacou que a trans-ferencia da Light, da Eletro-brás para a Eletropaulo, "pordeterminação do PresidenteFigueiredo, foi marcada pelainexistência de vantagens oudesvantagens para as empre-sas envolvidas, sem lucros ouprejuízos, pelo Justo valor".

Na cerimônia, o General Fi-gueiredo recebeu de presentedo presidente do Sindicato dosEletricitários de São Paulo,Antônio Rogério Magri, umalicate de junção para a uniáode fios, simbolizando, segundoo locutor oficial, "a união deesforços para o bem comum".Antes de deixar o anfiteatro, oP.esidente foi homenageadopelos corais, das SecretariasEstaduais da Fazenda e daCultura, que cantaram a músi-ca Amigo, de Roberto Carlos.

Prazo para quemtem restituiçãotermina hoje

Brasília — Os contribuintes do Im-posto de Renda com direito à restituiçãotèm até hoje à meia-noite para entregarsuas declarações na rede bancária ounas repartições da Secretaria da ReceitaFederal. Mas também seráo os últimos areceberem a restituição do Imposto reco-lhido a mais, que começará no dia 22 demaio.

A Secretaria da Receita Federal ad-vertiu que a entrega da declaração forado prazo acarretará pagamento de mui-ta de mora de 1% ao mês sobre o impostodevido. Se o atraso for superior a trêsmeses haverá a aplicação de correçãomonetária. A rede bancária, até o dia 10de abril, receberá as declarações dbscontribuintes com imposto a pagar.

Collin apontadistorçõesfinanceiras

Brasilia — "Quando as aplicaçõesfinanceiras começam a render mais doque as aplicações produtivas, o sistemarealmente precisa de correções. Nâo sepode entender que o balanço de umaempresa registre mais ganhos com ope-rações financeiras do que com operaçõesprodutivas", declarou ontem o presidên-te do Banco do Brasil, Oswaldo Collin,em depoimento de quatro horas e mela àComissão Parlamentar de Inquérito so-bre os juros, da Câmara Federal.

Essas declarações foram feitas ao fl-nal'de seu depoimento, apôs interven-çôes de diversos deputados, mostrandoque o retomo das aplicações financeirasatualmente supera em percentual sensi-vel o das aplicações produtivas.

Mazza teráliquidaçãoordinária

O presidente do Banco Cen-trai. Carlos Geraldo Langoni,assinou ontem o ato que trans-forma a intervenção na MazzaCorretora em liquidação ordi-nária. Hoje, o assessor jurídicoda Bolsa de Valores do Rio deJaneiro, André Luiz Dumour-tout, será nomeado liquldanteem assembléia extraordináriados acionistas da empresa. AMazza ficou 51 dias sob inter-venção do Banco Central.

O Sr André Luiz Dumour-tout disse que tomará todas asmedidas necessárias para pa-gar os credores da Mazza omais rápido possivel. Emborao prazo para a liquidação sejade 180 dias, ele pretende levarapenas 60 dias para pagar asdividas da corretora. O passi-vo da Mazza, de CrS 167 mi-lhões, está amplamente cober-to pelos bens privados dos di-retores colocados em garantia,que se elevam a CrS 300 mi-lhóes.

— O quadro é auspicioso.• Tenho condições de sobra pa-ra agilizar todo o processo semos formalismos exigidos pelaLei 6 024. Tudo vai correr cèle-re agora — afirmou o assessorjurídico da Bolsa. O primeirobem que o liquldante pretendevender é o título patrimonialda Mama, pelo qual várias pes-soas jâ se interessavam. Alémdisso, há os dois andares doprédio em que a empresa fun-cionava e os bens em garantiadados pelos diretores Lino,Laerte e Túlio Mazza. Final-mente, há ainda os Imóveispertencentes às empresasMazza S/A EmpreendimentosImobiliários e da L. Mazza S/A.

Empréstimosapresentammenor ritmo

"A redução da atividade eco-nômlca já é muito maior que aque "pretendemos", disse on-tem o presidente da Fenaban(Federação Nacional dos Ban-cos), Teófllo de Azeredo San-tos, ao mostrar a evolução dosempréstimos dos bancos co-merciais no primeiro trimes-tre: o aumento será de 8% atéo final deste mês, contra 11,77»no mesmo período do ano pas-sado e quase 15% em 79.

Em palestra aos técnicos daAbamec (Associação Brasilei-ra dos Analistas do Mercadode Capitais), ele acentuou quea política monetária "severa ecom continuidade, para com-bater a inflação, tem que serpraticada até dezembro", paradar frutos, pois "devido àspressões isto vai ser muito difl-cil ano que vem, ano de elei-ções. Se tiver eleições", frisou.

Convidado a falar sobre in-fiação, taxas de Juros e meiosde pagamento, ele acentuouque o problema de nível Infla-cionário extrapolou a área eco-nòmica e é hoje, multo mais,uma questão social e politica,que "preocupa empregados eempregadores". Por ser políti-co, dada a proximidade daseleições, o problema do com-bate à inflação "tem, inevita-velmente, que ser encaradoagora", comentou.

Respondendo a uma pergun-ta da imprensa sobre a recipro-cidade exigida pelos bancos eas punições previstas peloBanco Central, Azeredo San-tos disse que "se eu soubessequem já foi punido, nâo diria.E vocês acham que quem Járecebeu carta vai contar?"

ANÚNCIO DE INÍCIO DE DISTRIBUIÇÃO

_ Nome e endereço da companhia emissora:

MM MARCOPOLO S.A.^^ Carrocerias e Ônibus

COMPANHIA ABERTARua Marcopolo, 280 - Caxias do Sul - RS

Fones: 221.11.22 e 221.14.78II — Nome e endereço do lider e consorciados:

a) LÍDER

Banco dE InvesTimenTo Sul BrasiIeiro S.A.Rua Sete de Setembro. 1069 - 6? andar —

Porto Alegre - RS • Fones: 25.90.77 e 25.97.78Rua São Bento, 359 - 2? andar - São Paulo - SP •

Fones: 37.25.36 Prefixo 011Rua da Alfândega, 8-7? andar • Rio de Janeiro • RJ •

Fones: 231.3667 e 221.7370

b) CONSORCIADOSMARKA S.A. • CORRETORA DE CÂMBIO Rua da Alfândega. 91 - Rio de Janeiro - RJ

E VALORESPRIME S.A. • CORRETORA DE CÂMBIO

E VALORESBUENO, VIEIRA, PEREIRA LOPES E ASSOCIADOS

CORRETORA DE VALORES E CÂMBIO S.A.

Fone: (021) 244.6677Rua Direita. 32 -10? andar - Sào Paulo • SP -Fone: (011) 258.5411Rua Anchieta. 18 - 2? andar - São Paulo - SP ¦Fone: (011)229.1911

Durante a palestra, explicouque há a reciprocidade "legal ea marginal". A legal "é a inter-nacional, para atender melhoros clientes mais ligados aobanco, náo só com saldo médiocomo pela contratação de ser-viços".

III — Características da Emissão:a) data da Assembléia Geral Extraordinária que deli-berou a emissão: 24 de novembro de 1980.b) valor das ações emitidas: Crt 124.992.000.00:quantidade de ações emitidas: 104.160.000; espéciede ações emitidas: 34.780.383 ordinárias e 69.379.617preferenciais; forma das ações emitidas; ordináriasnominativas e/ou endossáveis e preferenciais nomi-nativas e/ou ao portador à opção do investidor.c) sobras a serem distribuídas no mercado:86.150.529 ações, sendo 27.419.591 ordinárias e58.730.938 preferenciais; quantidade minima deações a serem distribuídas no mercado: 11.593.461ações ordinárias e 23.126.539 ações preferenciais.d) preço de emissão das ações a serem distribuídas:Cri 1.20 (hum cruzeiro e vinte centavos); condiçõesde integralizaçao: a integralizaçao das ações será àvista.e) direitos e vantagens das ações a serem emitidas:e.1. Cada ação ordinária dará direito a um voto nasdeliberações da Assembléia Geral.e.2. As ações preferenciais não darão direito a voto.mas gozarão da prioriedade no recebimento de umdividendo minimo de 6% (seis por cento) ao ano. so-bre o capital próprio a essa espécie de ações, divi-dendo a ser rateado igualmente entre elas.e.3. As ações da presente emissão terão direito à per-cepção do dividendo a partir do exercício social ainiciar-se em 01 de fevereiro de 1981.e.4. Do lucro liquido será apartado uma parcela ne-cessaria e suficiente para pagamento de dividendoobrigatório de 25% (vinte e cinco por cento) dasações ordinárias e preferenciais, observadas quantoàs últimas, a prioridade estabelecida do dividendominimo de 6% a.a.

IV — Data do inicio da distribuição das ações: 26 demarço de 1981.

— Procedimento previsto para a distribuição: Seráassegurado garantia de acesso a todos os investido-

res. conforme o art. 32 da Instituição da CVM n? 13,de 30.09.80. sob as seguintes condições:a) O volume destinado à garantia de acesso é de34.720.000 (trinta e quatro milhões e setecentas e vin-te miij ações, sendo 11.593.461 (Onze milhões, qui-nhentas e noventa e três mil e quatrocentas e ses-senta e uma) ações ordinárias e 23.126.539 (Vinte etrês milhões, cento e vinte e seis mil e.quinhentas etrinta e nove) ações preferenciais, ou seja. um terçoda emissão.b) Fica assegurado a todos os consorciados o recebi-mento de suas respectivas reservas até o décimo diaútil. a contar da publicação dos anúncios de inicio dadistribuição.c) Até o décimo terceiro dia útil, a contar da data depublicação do anúncio de inicio da distribuição, asinstituições consorciadas confirmarão o volume aserem subscritas pelos investidores que tiverem feitoreservas, tendo em vista eventual necessidade de ra-teio, no caso de as reservas superarem o volume deações disponíveis para distribuição pública.d) Serão excluídas do rateio as reservas de até 5.000(cinco mil) ações por subscritor.e) Após o vencimento do prazo de confirmação dasreservas, as eventuais sobras de ações náo subscri-tas serão colocadas junto ao público em geral, pelasinstituições consorciadas. até o trigésimo dia a con-tar da data do registro de emissão na Comissão deValores Mobiliários.VI - Incentivos fiscais para pessoas físicas:As pessoas físicas subscritoras de ações da pre-sente emissão poderão reduzir do Imposto de Ren-da devido a importância equivalente a até 30% dovalor de subscrição efetivamente integralizado,desde que as ações permaneçam indisponíveis pe-lo prazo de 2 anos de acordo com o que dispõe oDecreto-Lei n.° 1.841/80. de 29.12.80.VII— Maiores informações sobre a presente emissãopoderão ser obtidas no Banco de Investimento SulBrasileiro S.A.. nas instituições consorciadas e naComissão de Valores Mobiliários.

VIII- NÚMERO E DATA DO REGISTRO NA CVM - SEP/GER/REM-81/012 de 23-0fe3-81.IX - "O REGISTRO DA PRESENTE DISTRIBUIÇÃO NÃO IMPLICA, POR PARTE DA CVM, GARANTIA DE VE-RACIDADE DAS INFORMAÇÕES PRESTADAS OU EM JULGAMENTO SOBRE A QUALIDADE DA COMPA-NHIA EMISSORA BEM COMO SOBRE AS AÇÓES A SEREM DISTRIBUÍDAS".

SO — ECONOMIA Io Caderno D sexta-feira, 27/3/81 ? JORNAL SO BRASIL

Resultado da VeraCruz Seguradora

Usiminas revelaerosão de seu

EMPRESAS

cresce 10 vezes capital de giro Ericsson amplia suas exportaçõesCom um capital de CrS 427 rnilhóes. a Seeu- i r»,m, j„ n.,riu,n.„ «.-«._- „__; ..........Com um capital de CrS 427 milhões, a Segu-

radora Vera Cruz faturou ano passado quaseCrS 3 bilhões — 937c a mais que no exercicio de79. Seu lucro operacional aumentou 1807c, le-tando o lucro liquido a dar um salto de CrS 32milhões para CrS 330,8 milhões, ou seja. 10vezes.

A receita obtida com prêmios saiu de CrS 1.2bilhão para Cr$ 2,1 bilhões; os sinistros passa-ram de CrS 62,3 milhões para CrS 132,8 milhões;e na rubrica "outras receitas operacionais" vè-se que foram apurados CrS 225,8 milhões, con-tra CrS 120,4 milhões em 79. Com patrimônioliquido de CrS 2,3 bilhões, o dobro do anoanterior, a Vera Cruz propiciou aos seus acio-nistas aumento substancial no lucro por ação:CrS 0.77, contra CrS 0.10 apurados anterior-mente.

Lucro por açãoda Eucatex cresce140% mas ação cai

O faturamento liquido da Eucatex aumen-tou 1127c no anc passado, somando CrS 6bilhões 100 milhões, e o lucro liquido represen-tou W7c sobre as vendas ao atingir CrS 866milhões 300 mil — quase 140% a mais do que em79. Apesar de o lucro por açào ter crescido namesma proporção, o mercado parece não tergostado do resultado: o papel caiu quase 59c naBolsa de Sáo Paulo.

A diretoria atribuiu o bom desempenho àcontenção de custos e à "estabilização" donível de endividamento financeiro. As despesasfinanceiras aumentaram 66%.

Belo Horizonte — A Usiminas encerrou oexercício de 80 devendo CrS 88.9 bilhões emfinanciamentos, o que, segundo a diretoria,"mostra a completa erosão do capital de giropróprio" nos últimos anos. Os custos financei-ros elevaram-se de 8,17c do faturamento, em 79,para 109c ano passado, "conseqüência diretadesse processo de descapitalizaçáo".

Em 1979, o passivo circulante, referente afinanciamentos, era de CrS 23,1 bilhões. Com osnúmeros do ano passado, a diretoria revelouontem em relatório aos acionistas a necessida-de de se elevar o capital social e reestruturar, deforma inadiável, o perfil da divida.

Segundo a diretoria da Usiminas, o lucroliquido de CrS 493 milhões no ano passadocontra um prejuízo de CrS 2 bilhões 664 milhõesem 1979, foi obtido, "em sua totalidade, noUltimo trimestre do exercício". Afirma que eleretrata "uma auspiciosa mudança da orienta-çào das autoridades federais, a partir de setem-bro. quanto ao controle de preços dos nossosprodutos".

Para uma receita bruta das vendas e servi-ços de CrS 60 bilhões 626 milhões — mais dodobro do ano anterior — a Usiminas obteve umlucro operacional de CrS 622 milhões, após osefeitos inflacionários. O lucro líquido por açàofoi de apenas CrS 0,06, contra o prejuízo de CrS0,34 no ano anterior.

A empresa informou que durante o anoconseguiu comprar no mercado interno 755itens anteriormente importados, o que signifi-cou uma economia de divisas para o país daordem de CrS 100 milhões. A Usiminas Inten-dente Câmara produziu durante o ano 3 mi-lhòes 257 mil toneladas de lingotes, o quegarantiu, pelo quinto ano consecutivo, a lide-rança da Usiminas na produção de aço, naAmérica Latina.

A Ericsson do Brasil esperafaturar, este ano. 1 milhão dedólares apenas com a exporta-çâo de seus novos aparelhostelefônicos KS Multlvox àAmérica Latina e África, infor-mou ontem seu presidente,Sérgio Alberto Monteiro deCarvalho, ao lançar o produtono Rio. Para alcançar aquelevalor, calcula vender 500 siste-mas compostos por seis apare-lhos cada um.

No ano passado, as exporta-ções totais da empresa corres-ponderam a 3 milhões de dóla-res. Este ano, a Ericsson aindanào fez projeções das vendasexternas áe todos os seus pro-dutos. Mas, segundo o gerentede vendas para o exterior, JoséNunes Neto, o mercado poten-ciai é a Argentina. Atualmen-te, seus principais comprado-res da América do Sul são oParaguai e a Bolivia.

DIVERSIFICAÇÃO

O KS Multivox n° 1 marca oinício de uma politica de diver-sificaçáo da linha de produtosEricsson. Tem por principaiscaracterísticas um tecladocom acionamento elétrico, me-morizaçâo do Ultimo númeroacionado, sigilo interno e ex-temo, e uma sinalização visualatravés de componente eletrô-nico de duração infinita. Paraa empresa, estes novos ele-

J£~* J:y

Sérgio Alberto Mon-teiro de Carvalho

mentos incorporados ao apa-relho assegurarão uma signifi-cativa penetração nos merca-dos interno e externo de tele-comunicações. Em abril próxi-mo. serã apresentado na Feirade Comunicaciones EXPO 81.de Miami (EUA).

A Ericsson do Brasil foi cria-da há 57 anos. tendo, duranteeste periodo, se expandido emdiversas cidades brasileiras e

aprimorado a sua tecnologiana área de telecomunicações.Em 1979, a LM Ericsson trans-feriu 519c do capital votanteda Ericsson do BrasU para aMatei SA, holding formadapelo Grupo Monteiro Aranha epela Atlântica Boavista, em-presas de capitais exclusiva-mente nacionais. Atualmente.seu capital social é de CrS 2milhões, 822 mil 400.

O parque industrial daEricsson está distribuído entreas cidades de Sào José dosCampos (SP), de Paraisôpolise Itajubá, ambas no Sul deMinas. Seus serviços desenvol-vem-se, também, através denove filiais e de oito escrito-rios, cobrindo todo o país.

Sua produção está voltadanão apenas para os aparelhostelefônicos comuns, mas tam-bém para instalações maiscomplexas, como Centrais Te-lefónlcas CPA e Crossbar, Cen-trais Telefônicas Transporta-veis, Sistemas de ComutaçãoPrivada (Tipo PABX e PAX).Discagem Direta e Ramal(DDR), Sistema de Intercomu-nicaçâo, Sistema de Sinaliza-ção, Equipamentos de Trans-missáo. Equipamentos de Su-primentos de Energia, Sistemade Busca-Pessoas. Sistema deproteção contra incêndio,equipamentos para redes tele-fônicas.

BasfA Isopor Indústria e Comérciode Plásticos, empresa do Gru-po Basf, realizará dia 31 demarço, no Hotel Interconti-nental. em conjunto com oClube de Engenharia do Riode Janeiro, seminário sobre autilização de isopor na cons-truçào civil.

FordO Laboratório de Controle deEmissões da Ford Brasil, cons-truido no campo de provas deTatui. projetado para medirniveis de poluentes de motorese realizar ensaios de consumode combustível, colaborará noaperfeiçoamento de motorespara combustíveis altemati-vos. Esse tipo de tecnologiaserá fornecida às subsidiáriasda empresa no exterior.

AscespA Associação das SociedadesCorretoras de Valores e Càm-bio de Sào Paulo promoveuontem palestra sobre commo-dities. tendo como tema "Aimportância dos mercados atermo na economia america-na". A palestra foi proferidapelo Sr Paul D. Johns, vice-presidente sênior e diretor demarketing da Conticommodi-ty Services Inc, representadano Brasil pela Penfield Com-modity Ltda.SendasPesquisa realizada pelo Insti-tuto Gallup apontou a Sendas

como a cadeia de lojas rridis*-prorurada (749c) pela popula-ção carioca. A Sendas, empfe-sa privada, maior contribuinf edo Estado e maior patrimônio,ocupou primeiro lugar por serconsiderada pelos clientelamais completa organização*em termos de variedade e sor-timento.

General MotorsA General Motors do Brasilcomeça a produzir a partir demaio. em sua fábrica de Sáó'José dos Campos, o motor pa-ra o novo carro mundial daGeneral Motors Corporation

o carro "J". O motor, "dequatro cilindros e em três ver--soes — gasolina, álcool e diesel

será um dos mais econômi-.cos do mercado brasileiro, n.v,IBSA sessào solene de abertura erecepção do 11° CongressoBrasileiro de Siderurgia serárealizada às 20h do dia primei:,ro de abril no Saláo de Con-venções do Rio Palace Hotel.

BD-RioBeneficiada com o financia-mento de CrS 55 milhões, apro-vado pelo Banco de Desenvol-vimento do Rio de Janeiro S;A

BD-Rio. a Associação Edu-cacional Veiga de Almeida útl-lizará o apoio financeiro, ton-cedido com recursos decorren-tes da captação de CDB's; pa-ra reforço de capital de giro.

COTAÇÕES DA BOLSA DO RIO

A iliquidez acentuada das Bolsas tem-se estendi-do aos negócios a Futuro. Segundo informações deoperadores, o volume de ações em aberto vem dimi-nuindo, o que revela a dificuldade de se manter perdaselevadas (já que maior que três vezes a alavancagemdessas operações).

Vor. LucroEmcruaira m^j, „, 81Abert. Fsgh. Méd. Anl. (Jon =100)

Quant(mil) Mercado Futuro

Titu los Eme Vor.MM.

Lucro•m 81

Abert. Fech. Méd. Ant. (Jon = 100)Quant.(mil)

Acesito opAconorte maAlpargatas opAlpargatas ppB. Amazônia onB. Brasil on6. Brasil ppB C Real MG ppB- Eccrómico pnB Itau psB. Ncocral onB. Nccora* pnB. Ncdeste cnB. Nordeste ppBaneri cnBaner; ppBcnespa onBcnespO pnBanespa ppBangu Desenv cpBangu Desenv ppBcrbara opBeígo M. Prt cpBelgo Min. cpBorghoff onBei. Simonsen ppBoz. Simonsen ppBradesco osBrodesco psBradesco Inv osBrodesco Inv psBrahma cnBrahma opBrahma ppBras Eng. Ind opBrasil opCaf. Brasília ppCosa Mcssor ppCa*ag. Leopol maCemig ppCemig Pri ppCica ppGm. Gaúcho cnD Isabel opD. Isabel pp

0.801,336.905.950.753.003,130.952.301.28"2.122.120.901.050700.700650.600.700,720.670.952.H2.401,802,762,651.451,442.202.202.302,391,650,202,700.900.830,700,650.552.503.001,051.25

0.831.336.906,050.752,973,060,952,301.282,122.120,881,030 700,800.650,620,640.720.670,952,112,451,802,752.651.451,442.202,202,302,431,660.202,701.000,830.70C.650,552,50300

1 251,30

0.801,336,906.020,753,003,130,952,301,282,122 120\891,050,69

1.27•2.21

1,18Esl

0,67Est

EstEs'Est

8,54

¦1.430.72-10,000,65 —0,61 —0 68 —0,72 —0.67 —0.952,112.441.802.752.65

.1.451,442,202.202,302,431,680,202,700.990.830,700,650,552,503,001.291,29

Est•1.86¦0,41

EstEst

•1.00•2,35-2,78

EstEst

90.9188.67

110.4098,69

113,64106,76107,56146,15100.00107,56106,72108,72100.0084.68

125,45124,14

13,54127,08I 17,2490.0089,33

111.7676,7380.26

94,8394,31

102,11101.4197,7897.78

127.78115,71112,0066,67

79.20

82.35144.44

I 19.52215.00322.50

I 555500

68526202

11 69314.159

4 03715II

31.451

50191

1623

94

141721

250300641

I59

327

616355

61 0472.4272.860

1005001 1210038

63424

1.000630141

12

Doces Santos apE-e"cb C! A ppEietrcb. C B ppE-ge^Jso cpF Bc-gu ppFerro SrcS. ppFerro Lgcs ppFert'Sul ppFinor c>F.set Tur. ciG<-crcrcoes cplop-lrd. Fert pplecr-oe colocrpe ppKoiil Snebe pot Americanos os e.'dL. Americanos cs eeLght cdVcnnesma-m cpMannesmann ppMarcopoio cpMesbla 56 PI opMicreletio ppMcmho Fíum. opMoinho 5cnt. opMontreal ppN Amenc pn cnNeva America opPaul. F. Lul opPet. loironga opPet-cbrás onPetrobrás pnPet roo ros ppPetrobrás ppPiograndese ppSamitri ooS<d. Pams ppSoforricc CpSo.crrica ppScndctécncc pcSouza Crur cpTelerj oeTelerj cnTelerj peTelen pnTe» G. Colfat ppTi bras eaUnipar onUnipar bnUmpar maUnipar mbUnipar onVale R Doce ppWhite Man op

1.750.550,550.1°0.701.031,032.550.420,255.851.001.151.414.803,1 l3,000.491,601,361.251,801,403.904.370,620.800.910,351.351.602.202.652.451,851.102,170,800.832.092.380.160,160,930,940,724,204.614,566.856.904,004,552,50

1.950,550,700,210,701.041.032,550,440.255.851,001.151.454.803.123.000,501,581.361.251.821,403.904.370,620.800.910.351.501,602.202,652,391.851.062,180,600.832,092,380,160,161,000.950.724.204,614,566,856.904,014,552,40

2.004.76

Est2.14

EstEst

1.67 10,000,55 —0,68 —0,20 —0,70 —1.04 1.961.03 —2.550,440,255,851,001,151.434,803,113,000,501,59 -1.851.36 -2.861.25 —1,80 Est1.40 —3.904,370,620,800,910.351.501,592.202,69 -1,832.41 -3.601.85-17,78

0.52Est

Est

1.92

1.072.180.800,832.092,380,160,160,940,950.72 —4,20-12,504.61 —4,56 —6.85 -0.736.90 Est4.00 -4,764.59 .2,552.45 -1,21

•6,96

•0.83

6,67

2,15

74,80 5 55983.33 6104.62 6

261

75,27 11119.54 1.720

934

75,00 212141,94 4.649100.00 77179.48 104

1.287104.55 25113,49 300105,49 300102.64 175105.26 1083,33 60123.26 1 023129.52 4.65931,97 20081.82 2.67983.83 500168.83 76102.82 5195.38 10O

60080,53 1383,33 1080,65 4,492

119,55 592126.44 13121,17 10.917122,34 13481.50 569.03 164106,34 7.952

856

83,00 2 122134.84 400116,67 25880.00 1688.89 100110,59 66118,75 1,095

1.500

89,36 6123,92 63276,00 158122,32 7125.45 302121,21 2877,27 940

111,36 1.195

Titulai Vene. Ull. Méd. Quant, (mil)B. Sras.! pp Abr 3,15 3.18 3.050 000B. Bras.l po Jun 3.50 3.55 700 000Mannesmann cp Jjn I .Só 1,86 300-000Petrobrás pp Abr 2.43 2,45 33 670 00OPelrcbrás pp Jun 2,70 2.73 27.490.000Samitri cp Abr 1,12 1,12 200.C00Sormtri op Jun 1,22 1,22 100 000Vale R. Doce pp Abr 4,72 4,72 1.700 000Vale R. Doce pp Jun 5.20 5.24 4 450 000White Man. op Jun 2.90 2.90 400 000

Os números do pregãoPapéis mais negociados á vista, em dinheiro: B 3 cc< I '.62°o), 3 S

on( 15,54%), Petrobrás poe (13,01%), S.d. Pains pp<7.67%).D. Sontos cp(4,59%).

No quantidade de títulos: B3 pp(l3.27%), BB on( 10.9614),Pelrobros ppc (10,23%) S. Pains çp(7 45%), D Santos(5.20%)

IBV: 10 768 (-0,4%), finol -10,674 (-0.9%)IP8V: 940 (-0,6%)Média SN: Ontem 163 546. anteontem -164.923. hó 1

semana -162924, ho 1 semana -160011 há 1 cro- I 75 330

Oscilação: Das 59 ações componentes do IBV: 13 estiveram emalta, 16 pemaneceran estáveis, 17 reg.strorom baixa e 13nâo feram negociadas.

Maiores alfas do IBV; em relação ao pregão anterior: Petrcbras

pne (1 1.11%) D. Santos op(IO,00%) 8 Est. S. P pp(4,62%),Teleri pne(2,15%)

Maiores baixos do IBV, tm relação ao pregão anterior. Riogren.dense pp(l7,78%), Tibros es (12.50%). Som,!-; op (6,96%)Scnacfécnica pp (5,00%) Mannesman pp {2.B6%).

Volume negociado

À vilfoA termoM. FuturoTotalMais alto do ano (11/2)Mais baixo do ano (2/1)

Ouant.' 106.632.29924.211.00072 060 000

203.103.299341.132 04747.624519

CrS226 261.060.91

64 540 260.00203 090.900,00493,684 226 91912 297.544,22133 589 664,10

COTAÇÕES DA BOLSA DE SÃO PAULO

São Paulo — Lojas AmericanasON (ação escriturai I 80). A CrS 3.20,destacou-se ontem entre as mais ne-gociadas, apurando CrS 25.6 milhões,através de sete negócios que envolve-ram 8 milhões 010 mil ações. O volu-me total do Bovespa somou CrS 210milhões 310 mil.

O índice caiu, 0.6 %, devido asinvoluções dos preços médios dostitulos de primeira e segunda linhas,respectivamente em 0.7% e 0.6%. Omelhor desempenho entre os papéisblue-chips foi o de Acesita OP, comalta de 2.57c, fechando a CrS 0.82.Ericsson op, a CrS 1,25, subiu 8,69c eIAP OP, a CrS 1,00 caiu 16.6%.

Titulos. Abert. Méd. Fech Ouant.1000

T». Abert. Méd. Fech. Quant.1000 Titulo» Abert. Méd. rech.Ouonl.

10OO

TH. Abert. Méd. F»ch. Ouant.1000

Acesito opAços Vill opAços Vill ppAdubos Cra ppAggs opAlpargatas opAlpargatas ppAmazônia onAnfarct Nord pnAntarctica onArtex ppAuxiliar pnBandeirantes onBandeirantes ppBanespa onBanespo pnBanespa ppBardella ppBelgo Mineir opBelgo Mineir opBMG Financ onBMG Financ pnB02 Simonsen opBradesco onBradesco pnBradesco Fm onBradesco Fin pnBradesco Inv onBradesco Inv pn

0.800.500,580,96l.ll6,906.000.751,901.203.10

'0.75

0.850.560,600.610.621,802.452.155.0O5,001.801.451,451,451,452,202,20

0,610,500.590,951,116.906,000.751,901.203.100.750.650,580,590,610,621,602,452.135,005,001,601.451.441.451.452.202.20

0,82 3040,50 2200,58 1.3400.95 1.0651.11 446.90 1.4906.05 1.4640,751.901.203.080,750,850,580,590.61

423200

37308510

1415

309532

0.63 2.5001.80 1.2462,45 1.0512,10 1.0005,00 15,00 11,80 51.45 2.2111,45 4 4171.45 21.45 132.20 242.20 4 485

Bradesco Tur onBradesco Tur pnBrahmo ppBrasil cnBrasil ppBrasmotor opC Fabrini ppCasa Anglo opCosa Anglo ppCBV Inds Mec ppCem.g ppCerv Polar pnCesp ppCevai pnCia Henng ppCim Itau ppCimaf opCi metal ppCobrasma opCcbrasma ppCoes? Const ppCofap cpCofab ppCommd B Inv pnConfab ppConjt befer ppCopas ppCcrbena ppCosigua onCosigua pnDocos SantosDcnc Isabel opDana Isabel ppDuratex ppDuratex ppEconômico pnEluma ppEncsson opEstrela ppEternit opEucatex ppFNV ppFab C Renoux ppFaro' pnFer Iam Bras ppFerbasa ppFerro Bras ppFerre Ligas ppFertisul ppFund Tupy opFund Tupy ppGuararapes op

1.451,451.652,983.153,600,802.301.833.000,622,000,425.106.705,607.500.451.001,010,301,231,253,161.600,261.130.501.401.701.711.141,502.152.002.301.501.152,155.652.401.401.792,200,822,301.051,032,401.001.066,00

1,451,451.652.983.143.600.802,251,833,000,612,000.425.106,705.607.500.431.001.010,291,251,253,161,600,261.130,501,321,701.781,361.552.152,002,301.501.242,155,652,361,391.772.200.622,301.051,032,41I.OO1.066.00

1.45 6701.45 7191.65 192,98 1,6973.12 1.6363,60 770.80 5102.25 951,82 2783,00 1740.61 2012.00 2000,42 1.5375,10 5006.70 5705,60 27,50 20.42 51.00 81.01 3580,29 1911,25 3.0501,25 3.0013,16 201,60 1.0000,26 1001.13 6350.50 3401.30 2101.70 871.80 591.45 9251.55 1.3962.15 2052.00 5002.30 2121.50 201.25 3882,15 55.65 1002.35 1.3001.35 2301,75 2.4962,20 820.822,301.051,032.42

261001003765

1.00 1,7001,06 1106,00 300

iap opIbesa paInd Viücres pplochpe cpItaubcnco onItaubanco pnItouso cnItausa pnItausa ppLcrtt Mcqs ppLight onlight opLoias Americ anLojas Amenc onMadeirit opMadeirit ppMadeirit ppManasa ppMarcopoIo ppMec Pesada ppMendes Jr ppMerc S Paulo pnMefcl Leve ppMeto! Leve ppMomho Flum opMoinho Sont opMuMer ppNacional pnNord Brasi! onNord Brasil ppNoroeste Est pnNoroeste Est ppOlvebra ppOrniex ppParanaponema opParanapanfima PPPaul F Luz opPerdisa pnPérsico pnPetrobrás onPetrobrás ppPetrobrás ppPir Brasília ppPirelli opPremesa ppPrometal ppReal onReo' pnReol Cia Inv onReal Ga Inv pn

1.251,450.721,151.351,287,007,207,601.400.400.473,003,110.750.850,702,301,301,152,851.001.501,453.904,401.822.120,811.001.101,001,251,402,102.050.402.351,501,582,722,452,601.220,750,601.000.981.081.10

1,011.450,701.151.351,267,007,207,601.390.400.453.003,200.750.850,702,401.251.112.851.001.501.453.904,401.822.120.811.001.101.001.201.402,102.400,402,351.501.572,702,442.531,220,720.601.000.931.091.10

1.00 901.45 500.70 4751.15 251,35 I1,28 2,6597,00 507.20 3267.60 8541,37 2000,40 240,47 6503,00 1073.20 8 0100,75 1220,85 1400,70 1002,40 5431,25 1.5391.10 4452.85 531,00 751,50 1581.45 303,90 5004,40 7651,82 302,12 500,81 151,001,10 101,00 1.0151.20 2.1931.40 1812.102,000,402,351.501.60

327

115100200716

2.70 2.1602.45 9612,501,220.700.601,000.981,091.10

10031

5552043486816027

Real Cia Inv ppRecl Cons pnReal Cons pnReal Cons pnReol Cons pnReal Cens pnReai Cons onRea' de Inv cnReal de Inv pnReal Part pnReal Part pnRea' Part onRef Ipiranga ppRefripar op

Sadia Concor ppSadia Joacob ppSafrita ppSono ppSchlosser ppSecunr ppServix Eng opSid Aconorte ppSid Coferraz op5'd Riogrond ppSifco Brasil opSolorrico ppSouza Cruz opSta 0'impio ppSudameris anSuzano ppTeka ppTeierj onTelerj pnTelesp oeTefesp onTeiesp peTelesp pnTex G Calfot opTransbrasil ppTro' ppUnibanco ppUnipar onVa!e R Doce ppVarig ppVidr Smarina opVigorelli CpVotec ppVukabros opZonmi pp

1,201,201,201.201,201,201.201.651,651,151.151.151,652,154.151.550,602,001,920,420.401,340.422,150,850.852.402.001,311.00

2.700.170.920,220.241.551,430,750,700,651,104.204.651.151.660,310,392.601,00

1,201.201.201,201,20UQ1.201.641,651,151,151,151,652,154.'51.550.602.001,920.420,401,320.432,110,820,832.382,001,311.002,700,150,920.220,241.551,4*30.680,700,651.104.154.67l.ll1,610.310.402.601.00

1.201.201,201,201,201.201,201,621.651,151,151,151,652,15

305

16161797e638

11243

166166330

754,15 7261,55 2.5000,601.981.920,420.401.300,452.100.600.832.382.001,311,00

2,700.150.920.220.23 41,55 91.43 40.60 1.0630,70 1.2460,65 501,10 6174,15 1.2264,65 6061.12 24791,60 388

2704070

400490299110665

53575100

44340

100219

199

0.310.402,601,00

51650

220

COTAÇÕES DA BOLSA DE NOVA IORQUE

Nova Iorque — A Bolsade Valores de Nova Iorque,depois de registrar sua me-lhor alta em oito anos, per-deu terreno em pregão debom volume, quando os in-vestidores retiraram os lu-cros que obtiveram nas úl-timas três semanas, mas amédia industrial Dow Jo-nes permaneceu acima dosmil pontos.

O indicador das blue-chips, que subiu 19,09 esuperou a barreira dos milpontos, hoje perdeu 9,46 efechou a 1.005,76. O fecha-mento de ontem foi o maisalto desde o de 1.018,66. de23 de janeiro de 1973.

Novo Iorque: Foi o segumfe a Med:a Dow Jones na Bolsa de Valces de Nove Iorque,ociem

Ações30 Industriais20 Transportes15 Serviços Públ.65 Ações

Abertura1.016,66

433,01108,19392,22

Máxima1.021,79

440.59109.17395.44

Mínima Fechamento1 000,81 1 005,76430,10 433.26107,35 106.22387,10 389,49

Foram os seguintes os preços finais da Bolsa de Valores de Nova Iorque, ontem emdólares-

' 1/4S3/4i!r4

5127

7 3/4)lí

I 3/1

AfconAIum 375/8 Bencp 227,8 CocaCcia 37Al^eaChem 53 1/8 BethlehemSteel 31 1/4 Cclga'eea'm 16AIlisCholmers 31 3/8 3w-g 343/4 Columbía Piei 43Atoa 36 BoiseCoscorJe 42 3/4 Com. SateltiteAm.Airlinej 14 7/8 6ranifí 43/4 ConsEdiSCnArCyromd 31'3/8 Brunswick 153/4 CcnlroiDoia 67An-tel&iel 52 12 CanpbeliSoup 32 ComingGloH 70Amfloc 26 Cote/pillorTrac 65 1/2 Crown Zeíle-Mch 5!Awm 45 1/2 CBS 367,8 DcwCt-c-T, cal 38AtlRichfiedd 53 12 Ceicnese 643/8 Diesse-lrd 48A.coCorp 28 Cr-aseManhctBt 44 Dupora 506end>»Ccrp 61 Chrysler Corp 6 3,'4 EaslernAir 9

3 3.8JI.85 5/8

EostmanKoda-tExxonFairchildFi resto neGen Dy no miesGen EiwtrlcGen FoodsGen Mc*orsGTEGen TireGettyOilGoodrickGoodyearGracewGulfO.IGult& WesternIBMIn; HarvesterIn! PaperIrrleí&TelJohnson 4 Jcr^scnKenneccttCopL-tTcr IndustLoc<HeedAirc

80 1/470 1/412 3/412 3/4

4 3/866 1/4

3354 1/827 1/825 1/273 1/2

2720

52 1/436

165863 1/820 1/850 1.4

33103

34 3 474 1,'4

29

cs

trv Corp

Mcna**act HanoverMerckMonsanto Co

NabiscoNatOnMINCR CorpNI IndustNcrrneast Airlín»

Occidental PetOlinCorpOwens Illinois

Pacit.cGas&EIFesps;cclncPfierCnasPhill.pMorri»Phillips PetPolccíd

«CAReynofds IndReymoídsMef

24

32 5.388 3 474 1/4

301/429

66 3/468 7,8303/4

3124 1/4302/6

20 7,634 1.653 3/426 7/847 7,624 3/426 7,844 3/437 7/6 1

RocltweHIntlRoyai Dutch Pet

Safeway StrsSccrtPaoerSears RoebuckShell OilSmgerCoSmithkel'neCorpSperr-yRandSldOilColif

TeleàyreTennecoTe«acoTexas InstrumentsTextrcnTra^s Wcrld AirTwentCenrírox

37 1/840 l/'2

35 7/622

18 5/S45 7/816 1/477 7/658 3/4

4 1-2

149 1/248 3.4

37119

34 1/2233/861 3/4

UnionCorbide 61 1/4Un.royal 40 3'8Un.redB'onds 7 5.8Usiraustr.es 10

| Us Steel 4i 2

SERVIÇO FINANCEIRO

Títulos públicosO mercado secundário

de titulos públicos e priva-dos de renda fixa manteve-se movimentado principal-mente com ObrigaçõesReajustáveis do TesouroNacional. Os papéis comdois anos de prazo e jurosanuais de 6% com venci-mento em outubro de 81foram cotados a 102,909c e103,30% do valor nominaldo mês CrS 825,83. Os com

ORTSC

cinco anos de prazo e jurosde 8% negociados a106,25% e 106,30%, respec-tivamente para compra evenda. Os financiamentosde posição por um dia osci-larem entre 79,20% e69,60% ao ano, com a mé-dia dos negócios a 76,80%.O total de negócios comORTNs somou CrS 234 bi-lhões 885 milhões, segundoa ANDIMA.

ORTMGTIPO3 o 7%3 a 7%3 a 6S3 a 6°»5 o 8°i5 o 8S5 a 9%5 o 9%5 o 9S5 a 9%5 a 9%

VENC COMPRA VENOAl = Sem 19812o Sem 1981l = Sem 19822°Sem 1982l=Se~ 19632°Sem 1983l = Sem 19842cSem 1984l = Sem 19852o Sem 19651°Serr, 19e6

105.00103.00102,50102.00101 50101,00101,50100,5099.5099,0098,50

10550103.50103 00102,50102,00101,50102,00101,50100.0099,5099,00

TIPO5 a 9*„5 o 9%So9*.5 o 9%5 a 9°„5o!S5 a 9o5 a 9S5 a 9%5 a 9%

VENC. COMPRA VENDAl^sem 1961 —2°se-n 1981 105.40!csem 1982 103,702°sem 1982 103 00Io sem 19832csem 19B3

l = sem 19842°se~i 1984lcsem 19852°sem 1985

101,90101.50

100,70100,4099,9099,40

106 40104,40103.40

102.60102.10

101.30100.90

100,4099,90

Fonte Andima —Obs . As cotações apresentadas são d« referência nao significando,neces ia ria mente a existência de neg*ácio« efetivos de compra e venda.

Mercado de LTNO mercado abero de Letrcs do Tesouro

Nacional opreser^u-ie eauüibrcdo crtemcora negócios efetues de «mora e venda,pni-c pai mente oca cs papéis ae curtissi-mo pro;c. Os títulos cc-™ vc-omente emmeio cctcccs ervre 57,COS e 56,15% dedesconto co ano pc-o compro e entre56.6553 e 55.60ao ce desconro ao aropera venda. Os financ;amenfcs fr posiçãoper um dia estiveram eauiHbrado durante*cda c periede. As taxes csciorcm entre79 20°o e 69,605ó ao ano, cem a médiades negócios a 75.á0c*ó co are. O volumede •-'egocios cem LTNs somou OS 136bHhòes 873 milhões, segunao dados daAna^ma. A seguir as 'axas médios anuaiscie descerto de tedes cs ve^-cmentos:Vencimento0IÍ0406.0415,04170422'0429'0406/0513i0515/0520.05

Compra51.7556,2557.9057.6057.4257.2557.0056,7856.6556.32

Venda48.5052.7554.4057,3556 9756 8056,6556.4356.3055.98

270503/0610.061 7,'0o19,0624'0601.0708.07150717,0722.0729/0705/0812/0819/0821 0826/08020909/0916.0913.0923.09I6'1018/1116/1227,0117.0219 03

56.1555.9055,6755.45553355,0555,1055.0054,9054,8254,7554 6054.4554.3354,2054,1254,0253 9053,7553,3553,2852.9552.0051.0050.0049.0047.7546.20

55.8055.4555.2355,0054,7754,6054,6554.5554,4554,3854.3054.1554.0053.57'53.7553.6853.5853.4553.3052.9052.7852,4551,2550,2549,2548,2547,0045,45

Dólar e OuroLondres — O dólar fechou

ontem em alta frente as princi-pais moedas da Europa, en-quanto o ouro alcançava emZurique sua melhor alta emnove semanas. No mercadosuíço, o ouro fechou a 540,50dólares a onça, em compara-ção com o nivel de 534,50 nodia anterior: em Londres o me-tal foi cotado a 539,50 dólares,representando alta de 5,25 emrelação a véspera. Foi o se-guinte o comportamento dodólar — Francfurte, 2,0955marcos (2,0905 na véspera); emLondres — 2,2505 dólares a li-bra (2,2630 no dia anterior). Eem Tóquio, cotado a 209,45ienes.

InterbancárioCom a oitava desvaloriza-

ção, do cruzeiro este ano, ocruzeiro sofreu uma quedaacumulada de 63,41% demarço de 80 até hoje. O mer-cado interbancário de càm-bio para contratos prontosesteve equilibrado, com vo-lume regular de negócios. Astaxas para telegramas e che-quês situaram-se entre CrS76.20 e CrS 76,27. O bancáriofuturo apresentou-se procu-rado, com volume bom denegócios realizados a CrS76,53 mais 3,20% ao mês pa-ra contratos de 30 dias e a3,70% para contratos de até180 dias de prazo.

Taxas do EuromercadoA taie ir'çfcc:ncor>a de cèmbic de Umclres, ro mercedo de eurodóla'. fecrou ontem,

oca o perioco ce ses rreses e^ 15%! Nas dedais moedas fo. o segu-n^e o seujeg^rco cedes do Borco Central.cemoertame

Prazo1 -és3 meses6 meses

12 ~esesOBS: Tc»cs

Dólar13 9 1614 11/161514 15-16

11165.83/65.16

Marco12 1'212 1.211 15/16II 9,16

Fr.Suíço7 7/87 7/687 3/4

Fr.Francês1! 3/412 1/212 5/813 1/4

Florim1010 5'1610 3610 9.16

colidas a parfjr dos D'ò«'mcs aois a>cs uten-

Taxas de câmbio

COMPRA VENDA REPASSE COBERTURA76.150 76 530 76.260 76.45068463 89.754 88.591 89,661168.82 171,52 169,06 171,3411.36*6 11.575 11.402 11.56313,954 14,191 13.974 14.17616,346 16,630 16.371 16,61364013 64.661 64.106 64,794

1 3405 1,3604 1,3425 1.359032.140 32,667 32,187 32 6332.1764 2.2080 2.1795 2,205615.184 15429 15.206 15.41336 656 39,647 38,912 39.605

0 35834 0.36410 0.35885 0.363720.070969 0.072907 0.071072 0,072630

35.523 36,160 35.574 36.1230.89179 0.90397 0.89308 0,903025.0397 5.1122 5,0470 5.1069

MOEDASDo'a'Dc'er A^sfaÜcneUbfO £s'er!.-cCcroc DincmcQweSOCccc Ncr-_eg^esoCcdc SteccCciar CanadenseEscudo Português?'cr.<r\ HclcrdèsFrcrco BelgcFrorco FrarcèsFrorco SuiÇO:en JopcrésLirc i'OÜoraVarcc Alemãocesetc EsparhcícXei'm Austríaco

As tesas o:ime ferem f.iacas cr.tem, pe?c Banco Central, cs 16n30m ao Rio, nofeche mente a© mecedo de cambie cres^co- As demais, tomam por base as ccoçóes de'ecromerte no mercado de Neva loraue.

AjSVc *o

Se acoBci.vo8rcsCrieCo'Òmb.0equoce

fx&sa

Em USS

0.00041.16600.02670.0400001310 0256001910 03560.24800.4242

EBBB

Em CrS Kc-.g Kcrg

0.0306 H0°da69.3670 |,ai,0

2.19643.C6I21.00251.95921.46172.7245

18.979432.4640

'/eí.cc

í^ca Ze-cr.c-a\c-.egcPe-jPeriga!A'aC'c Sc-a.toUruguaiVereí-efa

0.18930.12151.73900CC09480.04220.92150.165400025950.0176

0 29860 09670.2330

487129840657072622965224ie87198634698519

7.400517,8315

MERCADOEXTERNO

Chicago e Nova Iorque — Cc'3Çi>e*futuras ras Bo:scs de Merccdc-cs ae^Çhi.;,cego, Nio^a 'crqve e Londres ontem:

DIAMES FECHAMENTO ANTERIOR

*'

COBRE (NI)c»nti/ libra (454 gri.)

Mor 86.35 SS."»Abr 86.50 Shpd »Moi 87,55 86,10Jul 89.80 88.15Set 89.80 90.40Dei 91.75 93,40 iJan 95,00 94.35

ÓlEO DE SOJA (CHICAGO) *' > I h -

cenls. libro (454 grs.)

24,51 25*04 '

25 30 25.7925.60 260725.60 26.2B26.10 26,6026,75 I7.'rà'

'

MaiJulAgoSeiOutJon

MIIHO (CHICAGO) *<cemt/bushel (25.46 Kg)

iWa, 362 "*366Jul 370 374Ser 373 377Dei 373 373Mar 383 387Moi 388 .

' 593

FARELO Of SOJA (Chkogo)dola re* /tonelada

MaiJulAgoSetOutDeiJon

217.20 2I<> 40*'224,20 237,20227.90 239,30,231,00 233,.20233,00 236Í00237.50 239.70239.00 242,50,

SOJA (Chkogo)dóla res'tone lado

Mai 761 ''776jui 783 '-'m*go 792 ' 808-'Ser 798 814Nov 814 829¦o" 632 648n-or 852 868

TRIGO (Chkogo)dóla rei/tonelada

MaiJulSetDeif/or

426436450471490

4344424574 78497

cenls.'libra petoFech Dia Ant.

Londreslibra/t. métrica

Fech Dia Ant.

AÇÚCAR

Mai 22,40 22,53 243.95 247,80Jul 22.55 22.55 —Aço 240.00 240.75Set 22.20 22.15 —Out 22.00 21.90 235,50 2J7.80Jan 20,60 20,58 221.00 222 50Mar 20,75 20,49 221.00 291.80

CACAU

Mai 2 041Jul 2 095Sei 2.140Dei 2.195Mar 2245Mai 2.280

2 0462 1002.1462 2052 2552.305

937963982100210221040

926i 953

972* 995

10,161033

CAFÉ

MorMa.JulSetNavJon

10.4010.5010.451046104510.45

10,491063 ,10 55 I10 5610 54 -10 50 i

Metaiais

Londret Co*aoJes dos metas emLondres, ontem.

Alumínio *o v.sta 63.60 63,S0tres meses 64.45 64 50

Chumbo6 v.sto 32 60 32.70 '

tres meie» 33.20 33.25 I

Cobra6 v.sto 83 40 63.45tres m«es 65.65 85.70 ,

Estanho (Sto^don)a visto 61.10 61,20 •tres mese» 62.05 6J.10 i

Ettantw (Hgn grode) *avista 61,10 61,20,três meses 62,05 62.10 i

Níquel iò v.sto 28.15 2e,25 ;três mese» 27.95 28.00 i

à vista 573 574 '

três meses 590.5 "VFT'

Zinco * .-ò visto 34,00 34 10*três meses 34,95 35,00*

Ouro 'à vista 540,50 (londre»), 535,50 (Zurique),

'

Sóo Pouío (Degussa lingote de 1.000 gre-*mos) i.259,84 compra e 1.336,00 venda j

Nota: Alumínio, Cnumbo. Cobre Estenho,Níquel e Zinco — em [jbros pc torebdos JPrata — em pence por troy (31,103 grs)tOuro — em dólares per onça (28,35 gr» ).

JORNAL DO BRASIL sexta-feira, 27/3/81 D in Caderno ECONOMIA— 21

Colasuonno quer sindicatoempenhado na melhoria deoportunidades de trabalho

Sào Paulo — O economista Miguel Colasuonnoafirmou ontem, em seu discurso de posse na presiden-cia do Sindicato e Ordem dos Economistas de SãoPaulo, que as novas gerações exigem um sindicalis-mo descompromissado politica e ideologicamente:"O sindicalismo que pretendemos desenvolver é livre,e comprometido sim, mas com os interesses de me-lhoria de oportunidades de trabalho e sua conseqüên-te melhoria nos padrões de vida da comunidade",declarou.

;_" — É fácil culpar o Poder ou o Governo comomuitos vêm fazendo. Informações carregadas de de-pressão e desorientação estào levando nossa socieda-de^quase ao pânico a ao desespero. Cabe aos econo-mistas a árdua tarefa de retomar a verdade daeconomia e oferecer os esclarecimentos cie que somosdetentores por formação. É o que faremos na Ordemdos Economistas, estabelecendo um grande foro dedebates das várias correntes de pensamento econó-mico do Estado e do país sobre a realidade econômicanacional — acrescentou.RESPONSABILIDADE

Definindo-se como um técnl-co,, Colasuonno justificou suaparticipação nas eleições parao Sindicato e Ordem dos Eco-nomistas pela necessidade que"cada um, cada profissional,cada. segmento da socie'dadeocupe seu espaço responsável-Trççpte na vida nacional." Dis^se^que "a abertura política pa-ra se efetivar exige que os sin-dicatos cresçam na ocupaçãodgjspaço politico profissionalemíodos os setores, abando-nando gradualmente o pater-naliímo governamental e ca-minhando por conta própriapara«o equilíbrio social."

O economista declarou acre-ditar na açào sindical maisampla e integrada: "Mas am-pia. pois além de sindicalismo

clássico, reivindlcatôrio. deve-mos evoluir para um entendi-mento global da economia on-de a preservação da capacida-de de gerar emprego destamesma economia não deve serafetada por exigências reivin-dicatórias sociais comprome-tedoras. As reivindicações de-vem existir, mas bem balan-ceadas com a real capacidadeda economia nacional."

Colasuonno defendeu a livrenegociação "entre os que tra-balham como empregados e osque trabalham como empresa-rios" como única maneira de"estabelecer um nivel de en-tendimento cacia vez maisfragmentado, criando as reaiscondições de um pactn de con-vivência duradouro, cabendoao Govemo fiscalizar as regrasdo jogo".

Indústria de informáticado Rio espera faturamentodê Cr$ 20 bilhões este ano"_

,A indústria carioca de informática, composta porl^empresas, deverá faturar, este ano, CrS 20 bilhões,contra CrS 8 bilhões em 1980. Este crescimento dosetor é um dos principais argumentos da carta queserá apresentada hoje pala Abicomp — AssociaçãoBrasileira da Indústria de Computadores e Periférios— áo Secretário de Indústria, Comércio e Turismo.Carlos Albeto de Andrande Pinto, com o objetivo demostrá-lo a necessidade de criar, no Rio. um pólo deinformática.

Em 1978 — mostra o documento — estas empre-sas geraram Cr$ 158 milhòes de ICM e, no anopassado, Cr$ 467 milhões. Daquele ano, quando co-meçaram a se expandir no Rio até o ano passado,criaram 3.328 empregos.OBJETIVO

Segundo o tesoureiro daAbicomp. Antônio Luiz Mes-quita, também presidente daDigiponto, o objetivo não é fa-zer reivindicações ao Secreta-rio. Mas, mostrâ-lo que o Esta-do do Rio tem vocação para aárea de informática e que istodeve ser "perenlzado". "O quequeremos — ressaltou ele — éuma ação mais consciente doGoverno do Estado no apoioao setor".

Para Mesquita, a contribui-çào do Govemo do Estado doRio poderá ser dada de diver-sas formas. Uma delas—expü-cou — seria o apoio financeiro,cora características próprias.A criação de cursos especiaisparà""formação e treinamentode mão-de-obra na área de in-formâtica, através do Senai,também foi apontado como

necessário. A criação de umdistrito industrial, que viabili-ze a relocalização de muitasempresas, nâo foi descartadapelo empresário. No entanto.não representa um fator pre-ponderante deste trabalho queestá sendo desenvolvido.

O presidente da Codin —Companhia de Distritos In-dustnais do Estado do Rio deJaneiro, José Augusto de As-sumpçào, que está em contatopermanente com os empresa-rios da área, não só considerousuas pretensões como funda-mentais para o Estado, comovê condições de apoio do Go-vemo. Este — explicou ele —funcionará como um coorde-nador da criação deste Pólo,na medida em que a indústriade informática nasceu e foicriada no Rio e tem todas ascaracterísticas e condições depreservá-la.

;;; SEI defende realismona área de computador

São Paulo — O secretário executivo da SecretariaEspecial de Informática, Otávio Gennário Netto, disse que a"-'¦sua atuação na elaboração da politica para a área decomputadores "nào leva em conta posições radicais dosgrupos que desejam total independência tecnológica e decapital e de outros que desacreditam na indústria nacionale pregam a maior importação".

A SEI prefere lidar com a realidade do setor de informa-. tica, "em principio, queremos tecnologia e capital nacio-¦'" nais, mas estamos nos concentrando no que é factível,

preservando o interesse nacional." O representante da SEIparticipou do almoço mensal da Sociedade dos Usuários de—Computadores e Equipamentos Subsidiários — Sucesu.

O Sr Gennari Netto informou que no dia 31 a SEIapresentará os resultados finais do estudo para a formaliza-çáo da política de informática do pais.

MUNDIALACTF.PATOS D£ COUC5Q '=> A

(Cia Aberto)

C.G.C: 33.042.961/0001-18

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA

Convocamos os senhores acionistas para se reunirem às 10 horos do

dio 07 de abril de 1981 em nossa Sede Social à rua Uru. aí, 556-RJ, po-ra deliberar sobre a seguinte ordem do dia:

1. Apreciação, discussão e votação do Relatório da Administra-

ção e Demonstrações Financeiras relativas ao exercício de"."

? 1980, encerrado em 31.12.1980;2. Deliberação para distribuição de dividendos e destinação do

lucro Liquido paro o conta de "LUCROS ACUMULADOS;>Ç 3. Capitalização da reserva resultante da correção da expressão

monetária do Capital Social e conseqüente alteração do Artigo¦••- 5? do Estatuto Social;

,,'S? Eleição dos membros do Conselho de Administração para otriènio de 1981/1984, e

"* 5. Fixação da Remuneração dos Administradores.De acordo com o Estatuto Social, ficam suspensos os desdobramen-tos e conversões de oções de nominativas para portador ou vice-

•' versa no período de 30 de março a 07 de abril de 1981.

Rio de Janeiro, 24 de março de 1981,O Conselho de Administroção

HÉLIO PASKINPresidente

ITAP S. A. EMBALAGENSC.G.C-61.149.084/0001-14

SOCIEDADE DE CAPITAL ABERTODEMEC RCA 200/76/312

AVISO AOS SENHORES ACIONISTASEncontram-se desde já. à disposição dos senhores acionistas, na

sede social, à Avenida Marechal Mario Guedes n°. 77, bairro do JaguarétT-.Sáo Paulo-SP, os documentos a que se refere o Artigo 133 da Lei n°6,404 de 15.12.76. referentes ao exercício encerrado em 31 de dezem-bro de 1980.___ Sâo Paulo. 24 de março de 1981

JACQUES SIEKIERSKIPRESIDENTE DO CONSELHO DE ALDMINISTRAÇAO • (P

BNH financia imóveis a seusempregados com juros menores ItDIlJIÉÉ

Companhia Aberta CGC o" 33366980/0001-08Com os recursos que recebe do BNH a

Prevhab — Associação de Previdência dosEmpregados do Banco Nacional da Habita-çáo oferece a seus associados empréstimospessoal e financiamento para casa própria ajuros de 1%. quando em programas habitacio-nais populares paga-se juros de até 10%.Assim, o mesmo apartamento de Crt 1 ml-Iháo, financiado pela Previhab pode ser com-prado com prestação mensal de Crt 5 mil,mas exigirá desembolso de Crt 8 mil se foradquirido através de uma cooperativa.

Hoje, o Ministro do Interior, Mário An-dreazza, e o presidente do BNH, José LopesOliveira, dáo entrevista coletiva às 12 horas,na sede do Banco, para explicar o crescimen-to da Prevhab. Ontem, um dirigente da Asso-ciaçáo negou-se a revelar o balanço referentea 1980, alegando que ainda está sendo prepa-rado o relatório que deverá acompanhá-lo.

Quem mandaA Prevhab foi criada em 1971, pela Resolu- •

çào n° 33 baixada pelo Conselho de Adminis-tração do Banco Nacional da Habitação. Dizo seu estatuto (Artigo 20) que será adminis-trada por três pessoas: um diretor-presidente.que desde a fundação é o Sr Samuel Nasch-pitz, um diretor de administração e previdèn-cia, e um diretor-flnanceiro e técnico."O cargo de diretor-presidente — diz oestatuto — será exercido por participante daPrevhab que for indicado pelo patrocinador<o presidente do BNH), que fixará a sua remu-neraçào. Os demais cargos de diretoria serãoexercidos por participantes da Prevhab, ser-vidores do patrocinador, mediante indicaçãodo diretor-presidente da Associação, que sejahomologada pelo patrocinador". Manda naPrevhab, portanto, o presidente do BNH, quefaz a diretoria. Já que nâo há eleiçáo. Adiretoria pode comprar ou vender os Imóveissem necessidade de concorrência pública, _bastando que a decisão seja apoiada por doisde seus três integrantes.

— Nâo ê bem assim Nao è divida O qur> haè um déficit técnico A Prevhab nâo tem comotomar a sede do Banco Nacional da Habita-çâo. E nós estamos querendo acertar essascontas sem maiores problemas Isso pode serdiluído ao longo dos anos. de muitos anos —afirmou. Pediu, entretanto, que seu nome nâofosse revelado, e negou-se a mostrar o balançoda Associação.

Também náo soube explicar por que oBNH, tendo tanto prazo para acertar suascontas com a Prevhab. entregou o edifícioNovo Mundo, na Avenida Presidente Wilson.164, â entidade, em pagamento da dívidacontraída em 1979. de CrS 350 milhões (inclu-sive Juros e correção monetariai. segundoafirmou um diretor do Banco Nacional daHabitação.

EmpréstimosEm 14 de setembro de 1979, o presidente

da Prevhab, Samuel Naschpitz, baixou a Re-solução de Diretoria n° 03-79. nos moldes doque faz o próprio presidente do BNH. Nestaresolução estabelece as condições para a con-cessão de empréstimos pessoais aos associa-dos. Em anexo, uma tabela revela que osjuros para os empréstimos de CrS 20 mil a CrS200 mil, para serem pagos em prazos de 18 a36 meses, vão de 7% a 9,257c.

Afixado no quadro de avisos, no 14° andardo ediflclo-sede do BNH. nas salas onde fun-ciona a Prevhab. hâ uma tabela explicando ascondições dos financiamentos imobiliáriosque a Associação oferece. Eis. a seguir, ascondições atuais de financiamento da Pre-vhab. comparadas àquelas em prática noInocoop — Instituto de Orientação às Coope-rativas Habitacionais do Rio de Janeiro:

Imóvel de CrS 1 milhão (financiamento):Juros Prazo Renda Prestação M

ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAos 26'de fevereiro de 1981, reuniram-se às 10 horas, na sede social da Compa-nhia Cervejaria Brahma, na Rua Marques de Sapucai n : 200. os membros do Con-selho de Administração Iniciada a Reunião, (oram tomadas as seguintesdeliberações 1 •) Aprovar a criação da "Filial Belém", na Rua Municipalidade

vo: 405. na Cidade de Belém. Estado do Pará. com o capital de Cr$ 100.000,00.cuja finalidade será dinamizar a área comerciai nessa região, visando incrementar apolitica de vendas, nomeando seu Procurador o Sr. JOSÉ BENEDITO MÁXIMO,brasileiro, casado, industriáno. residente e domiciliado na Rua F, n.° 100. JardimShangrila. Cuiaba-MT. portador aa Carteira de Identidade n." RG-089420 SSP-MT,inscrito no CPF sob n.J 185 723.678-53. 2.') Promover a abertura de um Escritóriona Av. Presidente Wilson n 231 29. • andar - parte, nesta Cidade do Rio de Janeiro,objetivando atender interesses da Filial Arosuco. devidamente constituída por Reu-nião deste Conselho de Administração de 29 11 79. cuja ata toi arquivada naJUCERJA sob o n." 66.397 por despacho de 08 01 80. Nada mais havendo a tratar,foi encerrada a Reunião, lavtando-se esta ata. que é lida. aprovada e assinadapelos presentes. A presente confere com o original do Livro "Atas das Reuniões doConselho de Administração" n.¦ 1. da Companhia Cervejaria Brahma, à pagina 38.

SERVIÇO PÚBLICO ESTADUALSECRETARIA DE INDUSTRIA, COMÉRCIO E TURISMOJUNTA COMERCIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CERTIDÃOProcesso n: 9483 81CERTIFICO que COMPANHIA CERVEJARIA BRAHMA arquivou nesta JUNTAsób o n. 81002 por desDacho de 19 de março de 1981. da 5.' TURMA. ATA DAREUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO de 26 02 81. que aprovou a cri-ação da Filial Belém, na Rua Municipalidade n.. 405 - Belém-PA, com o capital deCrS 100.000.00 e a abertura de um Escritório na Av. Presidente Wilson n." 231 - 29.°andar, parte, na cidade do Rio de Janeiro, do que dou te. JUNTA COMERCIAL DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, em 19 de março de 1981.Eu, JOCELINO L. DO NASCIMENTO escrevi, conferi e assino. JOCELINO L. DONASCIMENTO. Eu, LUIZ IGREJAS, Secretario Geral da JUCERJA. a subscrevo eassino.

CooperativaPrevhab

10% 25 onos CrS 27 r3°ó 30 anosOS I6mll

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Taxa de arquivamento - CrS 2.147.00ví jt -V., m?K*3 í» «ri 'nmw

Luchsinger Madõrin Participações S.A. LUXMA

r-C.G.C.M.F. 92.660.570/0001-26

SEP-GER-REM/80-109

GRUPO TREVO

ATA DE ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA \1. DATA: 25 de fevereiro rie 1981, ás 16 00 h.2. LOCAL: sede social da companhia, sita na Avenida Júlio de Castilhos. nP 435. nesta Ca-

pitai.3. PRESENÇAS: compareceram acionistas representantes de 2/3 (dois terços) do capital so-

ciai com direito a voto, a teor das assinaturas lançadas no Livro de Presençns de Acionis-tas, a fis.

4. MESA DIRETORA:Sr. Hugo Félix Rudolf Luchsinger, Presidente: Sr. Fei nando FerreiraBecker, Secretário.

5. CONVOCAÇÃO: através de Edital, publicado no Diário Oficial do Estado do Rio Grandedo Sul e no Jornal do Comércio, edições dos dias 5, 6 e 9 do corrente mês de fevereiro de1981; no Jornal do Brasil, edições dos dias 5, 6 e 7 de fevereiro de 1981; e na Ga?etaMercantil, edições dos dias 5, 6 e 7/9 de fevereiro de 1981.

6. ORDEM DO DIA: explicitada no Edital de Convocação com o seguinte teor: - "ORDEMDO DIA — a) homologação do aumento de capital social, de CrS 940.000.000.00 Inove-centos e quarenta milhões de cruzeiros) para CrS 1.000.000.000,00 (um bilhão de cru-zeiros), autorizado pela Assembléia Geral Extraordinária realizada em 29 de outubro de1980, e correlata alteração do artigo 59 do Estatuto Social; e Ib) alteração da denomina-

ção social para o fim de nela inserir a sigla 'LUXMA'."7. DELIBERAÇÕES: foram discutidas e aprovadas, por unanimidade de vetos dos senhores

acionistas presentes, as proposições da Diretoria e o respectivo Parecer do Conselho Fis-cal, tendo deixado de votar os legalmente impedidos, como segue:7.1. Proposta Da Diretoria, Com O Seguinte Teor: "Senhores Acionistas — Submetemos

à deliberação de V. S?s a seguinte Proposta: ai recomendamos que V. S?s homolo-guem o aumento do capital social, de CrS 940.000.000.00 (novecentos e quarentamilhões) para CrS 1.000.000.000,00 lum bilhão de cruzeiros), o qual foi autoriza-do pela Assembléia Geral Extraordinária realizada em 29.10.1980. tendo em vistaque referido aumento foi totalmente subscrito, consoante o demonstra a Lista deSubscritores que ora anexamos è presente, segundo as condições estabelecidas na-quela Assembléia: Caso V. S?J acolham a recomendação ora feita, será necessário ai-terar não só o artigo 59 do Estatuto Social da companhia, relativo ao valor do capi-tal social, mas também o artigo 69. do referido Estatuto, que trata do número dasações, para o que sugerimos a seguinte redação: 'Art. 59 — 0 Capital Social é deCrS 1.000.000.000,00 (um bilhão de cruzeiros), dividido em 1.000.000.000 lumbilhão) de ações, no valor nominal de Cr$ 1,00 (um cruzeiro) cada uma'; 'Art. 6P -As ações representativas do Capital Social estão divididas do seguinte modo: (.A.)500.000.000 (quinhentos milhões) de ações ordinárias, nominativas ao portador; (.B.)500.000.000 (quinhentos milhões) de ações preferenciais, nominativas ou ao porta-dor'; Parágrafo Único — As ações terão a forma nominativa ou ao portador, a opçãodo acionista, podendo ser convertidas ou reconvertidas de uma forma em outra, me-diante solicitação escrita do interessado'; b) entendemos que a atual denominaçãosocial deverá ser alterada, para a finalidade de nela ser acrescida a sigla 'L UXMA'.

assim: LUCHSINGER MAOORIN PARTICIPAÇÕES S. A - LUXMA' Se V.S?1 compartilharem de nosso entendimento, será também necessário alterar o artigoIP do Estatuto Social da comi>anhia, finalidade para a qual aconselhamos a seguinteforma redacional: 'An. IP- LUCHSINGER MAOORIN PARTICIPAÇÕES S. A. -LUXMA, que usará sua denominação acrescida da expressão GRUPO TREVO, decapital provado nacional, fundada conforme instrumento arquivado na Junta Co-mercial rio Estado do Rio Grande do Sul sob nP 21.659. em sessão de 16.07.1930,com a denominação de LUCHSINGER, MAOORIN & CIA LTDA . tendo sidotransíormuda em sociedade anônima em 14.09.1960, consoante instrumento arqui-vado na mesma Junta Comercial sob nP 121.335, em sessão de 22.09.1960, reger-se-•á pelo presente estatuto social e pelas disposições legais em vigor'. Por acreditarmosque a presente proposta consulta aos altos interesses desta sociedade, submetemosa mesma á apreciação e deliberação de V. S?s, para que se pronunciem sobre a suaconveniência e oportunidade. Porto Alegre, 3 de fevereiro de 1981. (aa) Hugo FélixRudolf Luchsinger, Roger lan Wright, Fernando Ferreira Becker e Werno Tigge-mann" (Doe. nP 1, arquivado na sede da companhia, observadas as formalidadesprevistas no artiqo 130, § IP. 'a', da Lei nP 6.404/76). •

7.2. Parecer Do Conselho Fiscal: favorável á aprovação da "Proposta da Diretoria" porparte dos senhores acionistas foi lido em plenário e, observadas as formalidades le-gais. fica arquivado na seoe da companhia (Doe. nP 2, cfe. art. 130. § IP, 'a', da LeinP 6.404/76).

8. LEITURA E APROVAÇÃO DA ATA: a ata, após a sua leitura, foi aprovada por todos ospresentes, tendo o Sr. Presidente declarado o encerramento dos trabalhos.

9 ASSINATURAS: Hugo Félix Rudolf Luchsinger; Urlich Hilarius: Paul Walter Luchsinger;Germano Frederico Becker; Roger lan Wright, por si, por Roberto Pedro Paulo Luchsin-ger, por Pedro Amoldo Luchsinger, por Cecília Alves Pereira Luchsinger e por BárbaraCecília Luchsinger Wright; Fernando Ferreira Becker; Silvia Helena Becker Livi; ElmiroLindemann, por si e por Suzanne Lindemann; Werno Tiggemann; Lygia Mallmann Guari-glia. p. p. Silvia Cristina Mallmann Guanglia; Administradora Glarus Ltda., por seu sócio-•gerente, Hugo Félix Rudolf Luchsinger; Banco Rehional de Desenvolvimento do Extre-mo Sul, por seu Presidente. Ruy Feireira Borba Filho: Fundo Banrisul 157, p. p. Airton,Sessegolo; Fundo Fiscal de Investimentos Delapieve. p. p. Manoel Isaias Vasquez; FundoFiscal Maisonnave, por seus Diretores, Nelson rie Moraes Maisonnave e Aluísio Pagnon-celli de Souza; MONTAB - Montepio da Família Aeronáutica Brasileira, por seu Diretor,(Cel.) Celso Cortada Cordoniz.

CERTIFICAMOS que esta é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. Porto Alegre, 25 defevereiro de 1981.

FERNANDO FERREIRA 8ECKERSecretário

HUGO FÉLIX RUDOLF LUCHSINGERPresidente

AUMENTO DO CAPITAL SOCIAL DE CrS 940.000.000,00 PARA CrS 1.000.000.000.00. MEDIANTE SUBSCRIÇÃO PUBLICA DE 60 000 000 DE AÇflES PREFERENCIAIS, NOs^/ALOR NOMINAL DE CrS 1,00 ACRESCIDAS DE UM ÁGIO DE CrS 2,00 POR AÇÃO. CONFORME ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DE 29 DE OUTUBRO DE 1980.

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60.000.000,00.Capital Subscrito: CrS

JCRS - Arquivado sob NP 582722 em 26-03-81. Sec.ricbta estampados mecaiicamente. Gilberto Medeiros. Sccret

Ágio: CiS 120.000.000,00

um da Justiçaáno Ger.il.

Pagamento: CrS 180.OTO.000.00 ¦

Junta Comerci.il rio Rio Giandc do Sul. Certidão: Certifico que este documento foi arquivado sob número e ¦

22 — Io Caderno D sexta-feira, 27/3/81 D JORNAL DO BRASIL

FalecimentosDelegado éindiciado por

Suíça absolve MichelRiodejaneiro prevaricação Jfl mny.fp Ap flánrlííibertino Sampaio da Silva Depois de quase cinco horas, vJ-Ct XAJ.V-FJL V\J \JL\j \^À JLCl \JL \jL J-CtAlbertino Sampaio da Silva

Filho. 67. de Insuficiência car-diaca. na Casa de Saúde SàoSebastião. Carioca, industrial,viúvo de Esther Corrêa da SU-va. Tinha dois filhos: CarlosHenrique e Durwal, quatro ne-tos, morava em Copacabana.Será sepultado às lOh no Ce-mitério Sâo João Batista.

Manoel Carvalho dos San-tos, 56, de infarto, na Casa deSaúde Santa Maria. Portu-guès, comerciante, desquita-do, tinha um filho: Maurício,morava em Botafogo. Será se-pultado às 9h no CemitérioSào Joào Batista.

Hélio D. de Oliveira, 69, deparada cardíaca, na residênciana Barra da Tijuca. Mineiro,funcionário público, casadocom Olga Pararmos de Olivei-ra. Será sepultado às lOh noCemitério Sáo Joào Batista.

Ana Maria Pereira Mansur,37, de edema pulmonar, noHospital de Ipanema. Carioca,casada com José Luiz BezerraMansur, morava no JardimBotânico. Será sepultada àsllh no Cemitério Sâo João Ba-tista.

Fernando Gonzaga de Sou-za, 70. de trombose cerebral,na Clínica Frei Fablano. Cario-ca. insdustriário, viúvo de Ná-dia Vieira de Souza, tinha doisfilhos: Jorge e Humberto, trêsnetos, morava no Leblon. Serásepultado às 9h no CemitérioSào João Batista.

Regina Bastos de Carvalho.54. de infarto, no Prontocor.Carioca, solteira, morava naTijuca. Será sepultada às lOhno Cemitério São FranciscoXavier.

Dalva Nogueira Torres. 83.de parada respiratória, na resi-dência no Méier. Carioca, viú-va de Alexandre Braga Torres,tinha quatro filhos: Neuza, Ivo,Braulio e Berenice, netos e.bis-netos. Será sepultada às 9h noCemitério Sào Francisco Xa-vier.

Vânia Fonseca Martins. 55,de edema pulmonar, no Hospi-tal do Andarai. Carioca, casa-da com José Pereira Martins.tinha uma filha: Denise, mora-va em Vila Isabel. Será sepul-tçda às lOh no Cemitério SâoFrancisco Xavier.

EstadosArmando Manso Vieira Fi-

lho, 55, de anemia, no HospitalSão Lucas, em Belo horizonte.Mineiro de Areado, médico ra-diologista e pneumologista,formou-se pela UniversidadeFederal de Minas Gerais em1953. Foi diretor do SanatórioJudiciário do Estado, anexo àPenitenciária Agrícola de Ne-ves e médico do DispensárioAntituberculose de Belo Hori-zonte até a sua aposentadoria,em 1976. Clinicou também emconsultório particular. Filhode Armando Manso Vieira eClotilde Viana Manso, tinhaquatro Irmãos: Aspasia, Arce-nil, Alaor e Elza. Solteiro.

Paulo César Santos Pinhei-ro, 23, afogamento, na cidadede Itabuna, Sul da Bahia. Jo-gador de futebol, atuava comocentroavante do time do Ita-buna, que disputa o campeo-nato baiano de futebol. Nada-va no Rio Cachoeira em com-panhia do meio-campista Ale-cir, quando foi arrastado pelacorrenteza e jogado contrauma pedra no leito do Rio.

José Alexandre Betarello,40, com um tiro na cabeça, navila do Ipsep, no Recife. Pau-lista, residia no Município dePenápoles em Sáo Paulo. Ca-mloneiro, estava na boleta doseu caminhão quando foi en-contrado sem vida por seuscompanheiros. Casado, seucorpo será transladado parasua cidade.

José Paulino do Nascimen-to, 45, de acidente do trabalho,na Av. Agamenon Magalhães.no Recife. Pernambucano, car-pinteiro, trabalhava no 12° an-dar de um edifício em constru-çào, quando o elevador amar-rado de corda despencou-se.Este é o 22° acidente de traba-lho em Recife nos últimos 15dias.

ExteriorGustav Schmidt, 92, num

asilo de velhos na Cidade Esta-do de Hamburgo. Pai do Chefede Govemo da Alemanha Fe-deral, Helmut Schmidt, eraprofessor jubilado.

Carola Prosperi, 98, em Tu-rim (Itália). Autora de novelasde sucesso e colaboradora dejornais e revistas, ganhou re-nome com a novela O Medo deAmar. Vencedora do prêmioRovett, primeiro prêmio literá-rio atribuído na Itália. O am-biente preferido para suas no-velas e contos era o pequenoburguês com o sentimentossinceros.

PM prendeum cabo eum soldado

O Comandante-Geral daPM, Coronel Nilton Cerqueira,prendeu por 15 dias o caboCatarino José Galvão da Silvae o soldado Luis Cláudio deSousa Santos. No dia 21, elesabandonaram uma Caravanda Policia Rodoviária num tre-cho da Avenida das Américas,na Barra da Tijuca, em frente aum motel.

O Coronel Cerquelra parouseu carro e ficou aguardando oregresso dos patrulhelros, que,momentos depois, saíram domotel. O Comandante quis sa-ber o que eles faziam, obtendocomo resposta que atendiamuma ocorrência policial. O Co-ronel foi, entào, certiflcar-se,apurando que os dois patru-lheiros almoçaram no motel e,por isso, os prendeu."Ação como essa traz o des-crédito para a Corporação, le-vando a comunidade a suspei-tar sempre do comportamentopolictal-militar" — disse o Co-mandante, no boletim que pu-blicou a punição dos patru-lheiros.

Depois de quase cinco horas,o delegado Vagner dos ReisMeneses se recusou, ontem ànoite, na Corregedoria de Poli-cia. a continuar depondo e aassinar os autos, apôs ser in-formado de que estava indicia-do por prevaricação — deixarde praticar atos de oficio parabeneficiar outros — no Inquéri-to que apura a morte do co-merclário Francisco do Rosa-rio Barbosa.

O encarregado do inquérito,delegado Mário Nolasco, disseque o delegado Vagner Mene-ses já sabia extra-oflcialmenteque seria indiciado. "Era lógi-co que ele seria responsabiliza-do por nào ter feito o registrodas ocorrências que envolve-ram o comerciário", como che-fe do plantão na madrugadade 7 de fevereiro, na 9* DP, noCatete, de onde Franciscosaiu, com marcas de espanca-mento. para morrer no Hospi-tal Sousa Aguiar, em conse-qüência de traumatismocrânio-encefálico.

VEDETE

Iniciado às 15h, o depoimen-to do delegado Vagner Mene-ses foi interrompido duas ve-zes: por volta das 19h, quandoo encarregado do inquérito,delegado Mário Nolasco, abriua porta e, diante do grandenúmero de repórteres, máqui-nas e refletores, pediu:

Por favor, poupem o DrVagner. Ele é um homemdoente — Na segunda vez, pou-co depois das 20h. o advogadoWilson Mlrza, defensor do dele-gado Vagner, saiu da sala, pa-ra um "esclarecimento impor-tante", e leu o que fez constardos autos:

"...que o depoente se recusaa continuar seu depoimento,em face do estilo do interroga-tório exercido, que conduz ine-vitavelmente a respostas queprejudicam a autenticidadeideológica do seu depoimento,assim como o prejudica a redu-çâo a termo, tal como foi feita.E, como só agora, a autoridadeque preside o inquérito o infor-mou que estava indiciado an-tes mesmo de ser ouvido, odeclarante se recusa a depor ea assinar o que foi reduzido atermo."

Depois de alguns esclareci-mentos sobre da recusa, o de-legado Vagner — que, nesseínterim, estava sendo qualifi-cado, mesmo após a recusa —saiu da sala, afirmando nâo ternada a declarar, mas, diantedas câmaras e máquinas foto-gráficas, deixou escapar umcomentário ressentido:

Quem diria. Depois de 46anos de polícia, passo a servedete.

Mais tarde, o delegado MárioNolasco esclareceu que o dele- •gado já sabia há bastante tem-po que estava indiciado.

Esperei, apenas, que eledissesse alguma coisa que pu-desse mudar meu ponto-de-vista — ao que o PromotorJosé Augusto de Araújo Neto,atestando a lisura na condu-çâo do interrogatório, acres-centou:

A verdade de uma pessoatem de ser uma só, quer sendotestemunha, simples infor-mante ou mesmo indiciado.

O delegado Mário Nolascotambém fez constar nos autosa resposta do depoente, emsua recusa de continuar de-pondo e assinar: "Que deter-mina a autoridade e que, nesteato, seja consignado que todasas respostas do delegado Vag-ner dos Reis Meneses foramdadas como conseqüência deperguntas inteiramente decor-rentes dos fatos consignadosem inúmeros depoimentos dopresente inquérito, perguntasestas que seriam formuladasao Dr Vagner, independente-mente de seu posicionamentojurídico nos autos, quer comoindiciado, quer seja como tes-temunha e, no que couber, co-mo mero informante".

Milionáriamorre noRecife

Recife — Patrizia Andreotti.uma milionária de 30 anos, sol-teira, de familia de destaque,foi encontrada morta com umtiro no peito, ontem de madru-gada, em um Volkswagen Gol,nas matas da praia de Barrada Jangada, no município deJaboatào. A policia ainda nàosabe se foi crime ou suicídio.

O titular da Delegacia deHomicídios, delegado José Éd-son Barbosa, declarou que es-tá investigando a morte e quevai examinar vários escritosencontrados no carro. Neles,Patrizia fala de um homem,com quem, provavelmente,mantinha um caso de amor,mas o delegado nào revelouseu nome para nâo atrapalharas investigações.

NAMORADOO tiro no estemo que ma-

tou Patrizia foi dado com umrevólver calibre 32.0 Institutode Medicina Legal e o Institu-to de Polícia Técnica, prova-velmente hoje, darão seus lau-dos. Nas próximas horas, pa-rentes de Patrizia serào houvi-dos, para que a. policia conhe-ça sua vida e possa encontraralguma pista — disse o dele-gado.

O pai de Patrizia, RomanoAndreotti, é presidente da Mi-crolite e sua mãe, Mirella An-dreotti, é artista plástica.

Na cidade, corre a versáo deque, realmente, a milionáriafoi assassinada pelo namora-do. Dizem, ainda, que, na noitedo crime, ou suicídio, ela saiude uma festa para se encontrarcom ele na casa que freqüenta-vam, na praia de Candeias.

Michel Albert Frank foiabsolvido liminarmente daacusação de homicídio contraCláudia Lessin Rodrigues, pe-lo Juiz de Instrução da Justiçade Zurique, Suiça, Lino Essei-va. A informação foi dada, on-tem, pelo seu advogado, Wil-son Lopes dos Santos, que, lo-go após receber a documenta-çâo — soube da decisão, portelefone — poderá pedir aò Su-premo Tribunal Federal a ho-mologaçâo da sentença, paraser válida no Brasil.

O principal acusado da mor-te de Cláudia Lessin Rodri-gues náo foi a júri por que oJuiz Lino Esseiva concluiu nãoter havido homicídio, mastambém nâo apontou qual acausa mortis. O magistradosuiço só condenou Michel poruso de tóxicos, porém, comoele já cumpriu os dois mesesde prisão, também ficou livredesse delito. Pelo crime de ten-tativa de ocultaçào de cada-ver, nem foi julgado, porque naSuíça não existe essa figurajurídica.RETORNO

O advogado Wilson Lopesdos Santos acredita que o Su-premo Tribunal Federal ho-mologou a sentença do magis-trado suiço, porque, "quando aJustiça brasileira pediu a ex-tradição de Michel, tacitamen-te admitiu fosse ele julgado lá.No tratado de extradição entreBrasil e Suíça, está estabeleci-do que, quando o pais recebe oextraditado, o julga pelas leisdo país dele".

Assim sendo e, caso o Supre-

mo Tribunal Federal homolo-gue a sentença que absolveuMichel Albert Frank, ele pode-rã retomar ao Brasil, pois, se-gundo o advogado Wilson Lo-pes dos Santos, por principiouniversal do Direito, "riln-guém pode ser julgado duasvezes pelo mesmo crime. E aJustiça brasileira admitiu queMichel fosse julgado na Suiça.tanto assim que remeteu todasas peças do processo para oJuiz Lino Esseiva".INFLUENCIOU

O advogado Wilson Lopesdos Santos disse, ainda, que aabsolvição de Georges MichelKhour, do homicídio contraCláudia Lessin Rodrigues —ele só foi condenado pela ten-tativa de ocultaçào do cada-ver, mas como Já havia cum-prido a pena, foi colocado emliberdade — muito influenciouna decisão do Juiz Lino Essei-va, que só estava esperando adocumentação do resultadodo julgamento para dar a sen-tença de Michel Albert Frank.

O magistrado, suiço só con-denou Michel pelo uso de tóxi-cos — fato jamais negado porele — a uma pena de apenasdois meses de prisão, porque,na Suiça, segundo o advogadoWilson Lopes dos Santos, hápermlssividade para o uso dedrogas. O tráfico é que é maiscombatido. Porém, como oprincipal acusado da morte deCláudia Lessin Rodrigues fi-cou preso, naquele pais, du-rante esse mesmo tempo, nâomais precisará pagar pelo deli-to. Já o crime de tentativa deocultaçào de cadáver, o Juiz

Lino Esseiva nâo levou emconsideração, porque náo exis-te essa figura Jurídica no Códi-go Penal suiço.LAUDO

Michel Albert Frank nào foiJulgado pelo júri porque o Juizde Instrução da Justiça de Zu-rique concluiu não ter havidohomicídio contra Claudia Les-sin Rodrigues. Porém, o ma-gistrado suiço nâo apontouqual a causa mortis, ou seja, seCláudia morreu realmente poringestão excessiva de drogas.Também náo tinha elementossuficientes para afirmar queela morreu por traumatismocraniano e esganadura. comoafirmou o Promotor José Car-los da Cruz Ribeiro, quandoofereceu a denúncia contra Mi-chel Albert Frank e GeorgesMichel Khour.

Embora nào tenha recebido,ainda, a sentença que absol-veu Michel, o advogado WilsonLopes dos Santos acredita queo Juiz Lino Esseiva tenha sebaseado no laudo feito peloInstituto Médico-Legal da Uni-versidade de Zurique, que le-vantou a hipótese de Cláudiater morrido por ingestão ex-cessiva de tóxicos. Esse laudo

que foi realizado com baseno auto de necrópsia do IMLbrasileiro, as consultas medi-co-legais e todos os depoimen-tos dos leglstas e testemunhas

enfatizou o fato de o exametoxicológico das vísceras deCláudia ter dado resultado ne-gativo, porque não foi realiza-do na época adequada e, sim.42 dias após ela ter sido enter-rada.

Pai diz que houve corrupçãoO comandante Hilton Cala-

zans, pai de Cláudia, nâo semostrou surpreso ao saber, on-tem, que o principal acusadoda morte de sua filha, MichelAlbert Frank, havia sido ab-solvido pela Justiça da Suiça."Isto não me surpreende. Des-de que Kour foi absolvido na-quele espetáculo triste e me-lancólico, a absolvição de Mi-chel já era esperada. A Sulca étáo venal quanto nós".

Segundo o comandante Hil-ton Calazans, o principal fatorda absolvição dos acusados damorte de sua fllha "foi o di-nheiro. Ninguém me convenceque, por trás disso tudo, nãohaja uma quadrilha de tóxicosevitando que Kour e Michelabrissem a boca e envolves-sem muita gente influente".

A demora de quase quatroanos para que Michel fosse jul-gado foi explicada pelo co-

mandante Hilton Calazans co-mo à "espera do resultado dojulgamento de Kour. Num paisorganizado como a Suiça, aexplicação nào pode ser outra.Com a absolvição do Kour,aqui, eles, lá ficaram mais àvontade para lavar as mãos.Agora, só resta prepararmosbanda de música para recebereste inocente", completou Irô-nico e meio amargurado o paide Cláudia.

Ausência de uma testemunhaadia sumário do caso Aézio

O sumário de culpa de trêspoliciais da 16" DP, na Barrada Tijuca, e do cunhado deAézio da Silva Fonseca, de-nunciados por terem induzidoo ex-servente do ItanhangáGolf Clube ao suicídio, nâo foirealizado, ontem, porque umadas testemunhas, Manuel Fer-reira Martins, nâo compare-ceu. Ele esteve na cela ao ladodaquela em que ficou Aézio. Osumário foi transferido para odia 7, às lOh, no Io Tribunal doJúri.

Deveriam, também, ser ouvi-dos a filha mais velha de Aézio,Vera Lúcia Fonseca, que náopode ser intimada por estarhospitalizada, e Emilson Mar-tins, preso na mesma épocaem que o servente, na cela aolado, que nào foi localizadopara receber a citação. Os poli-ciais denunciados são o carce-reiro Geraldo Assunção de Me-deiros, o detetive Januário deOliveira 8ilva e o escrivãoCândido Luis Ribeiro.

Aézio da Silva Fonseca foipreso por ter sido acusado pelocunhado, Delalr Vieira de Sou-sa, de espancar a filha Jaci-néia, de 12 anos. No dia 22 dejulho de 1979, apareceu mortopor enforcamento numa celada 16a DP, na Barra da Tijuca.Primeiro, foi feita uma apura-çáo para saber se os 11 poli-ciais envolvidos podiam serdenunciados por lesões corpo-rais seguida de morte. Ne-nhum deles foi acusado.

Depois, na 7" Vara Criminalforam denunciados e julgadospor abuso de autoridade. Qua-tro foram absolvidos e setecondenados com perda de fun-çào e penas curtas. Houve ape-laçào para o 2o Tribunal deAlçada e as condenações fo-ram acumuladas. Em seguida,o Promotor Élio Fischberg de-nunciou Januário de OliveiraSilva, Geraldo Assunção deMedeiros e Cândido Luís Ri-beiro, além do cunhado de Aé-

zio, Delair Vieira de Sousa, porindução ao suicídio.

O advogado de Geraldo As-sunçâo de Medeiros, ValterRodrigues Pereira, considera"dificílima" a prova do crimede indução ao suicídio e estra-nho Delair Vieira de Sousa fl-gurar como um dos responsa-veis, já que ele apenas denun-ciou o cunhado e quis protegera sobrinha.

Como a defensora públicanào compareceu também, ojulgamento de Milton Gonçal-ves Tiago, o Cabeção, e do ex-policial.Augusto dos SantosBastos, por duplo homicídio,nâo pôde ser realizado, ontem,no 1o Tribunal do Júri e foitransferido para o dia 31.

Ambos são acusados de te-rem assassinado Sérgio TadeuNeto, o Serginho do Pó, e Al-mlr Antônio dos Santos, o Pre-guinho. metralhados em umcarro, em 4 de outubro de 1974,em Vaz Lobo.

Polícia prende o maiortraficante da Zona Rural

Policiais da Delegacia deEntorpecentes prenderam on-tem em flagrante o traficantede tóxicos Valdir Ferreira, 43anos, considerado o maiorabastecedor de cocaina e ma-conha da Zona Rural do Rio.Casado, motorista de táxi ecomerciante, Valdir foi presoem sua luxuosa.casa, na RuaHildegard Noronha, 84, BairroArmando Eugênio, em CampoGrande.

Além de cigarros de maço-nha — que o traficante disseserem "para uso próprio" — ospoliciais apreenderam 28 gra-mas de cocaina, avaliadas emCrS 35 mil. A prisáo de Valdir— conhecido como Valdir Ore-linha — é decorrência de in-vestigaçóes feitas a partir dedenúncia anônima à Delegaciade Entorpecentes.

A prisão de Valdir foi antece-dida pela de José Gomes deMendonça, autuado por porteilegal de um revólver calibre

38, quando deixava a casa deValdir. Declarou que fora pa-gar uma prestação pela com-pra de um táxi, mas nâo o fezporque Valdir não dera baixana legalização do veículo. Ti-nha Cr$ 55 mil, segundo afir-mou, para pagar a prestação.

Documentos encontrados nacasa provam que Valdir com-prava drogas de Antônio Már-cio Biagio, conhecido traflcan-te de tóxicos. Entre os papéisencontrados, está um recibode pagamento em favor deBiagio no valor de CrS 50 mil190, de fevereiro último.

Na casa de Valdir, os poli-ciais apreenderam cinco pe-quenos sacos de cocaina e trêspacotes de maconha; oito reci-bos de depósito em nome deValdir Fereira, totalizando Cr$425 mil 500, sendo, um de Cr$150 mil, de março deste ano, eos demais, de julho e agosto doano passado; um depósito noBanerj de Niterói, no valor de

CrS 29 mil, sem data, outro domesmo banco, agência Madu-reira, de CrS 77 mil; cheque doBamerindus, no valor de CrS436 mil 228, em nome de Geor-ge W. de Assis Rangel; recibode emissão de ordem de paga-mento pelo Banco Itaú em no-me de Antônio Márcio de Bia-jio, de 23 de fevereiro de 1980,no valor de Cr$ 50 mil; umtalão de cheques do Bradesco,em nome de Valdir; uma esco-peta com inscrição Signal Pis-tol Mark 5, R. F. Sedgley, comcinco cartuchos calibre 12;dois revólveres Taurus; umabalança com vestígio de maço-nha e um bilhete com os se-guintes dizeres: "Amigo Valdir— esteja em paz — O portadoré de confiança, peço, caso hajapossibilidade, mandar um sa-co de cimento. Pagarei dentrode um semana. Estou fazendoobras e preciso arrumar umtrocado. l°-7-80. assinatura ile-gível."

AVISOS RELIGIOSOS

ESPECIAL^

DOI—NOOJORNAL DO BRABTV-.

àffiÊÊ

LUIZVERZTMAN

icAtA Família convida para a^r Descoberta de Matzeiva aser realizada Domingo, dia 29de março, às 10:30, no Cemité-

de Vila Rosalino Israelita(Novo).

TempoINPE/CNPq — 9M6m (26/03/81) —Vio Rio-Sul

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As regiões Centro-Oesle. leste, Norte e Nordeste doBrasil, aparecem com a área branca indicando nebulosi-dade e chuvas. Estas chuvas e a nebulosidade estãoassociados à uma frente fria no litoral da Bohia e à zonade convergência inter-tropico! que se estende até o litoraldas regiões Norte e Nordeste. Nas regiões Centro-Oeste eNorte os chuvas e o nebulosidade estão associadas amassa de ar equatorial continental. Os Estados de SãoPoulo, Moto Grosso do Sul e Rio de Janeiro, o Sul deMmas, a região Sul do Bra$>l, o Uruguai, o Paraguai e aregião Norte da Argentina aparecem com a área escuraindicando ausência de nebulosidade e temperaturaselevadas. Uma frente fria está localizado no OceanoAtlântico na oltura do litoral paulista. Nova frente friaestá localizada no Sul do continente.

NO RIONublado o encoberto iuiei»o a chovasesparsos Ter-.pero«jra eit_Vel. Ventos:vcoveu fraco» e ocasionalmente mo-derodos. Máximo. 31 a. Bcngu. mini-ma. 19.5, Alto do Boo Vs-a.

O SOL

Al Imagem do satélite meteorológico SMS sâorecebida» diariamente pelo Instituto de Pesqul-tos Espaciais (INPE/CNPQ), em São Jost dosCampo» (SP), transmitidas em infravermelho.As áreas brancas indicam temperaturas baixaie os áreas pretas temperaturas elevadas. Co-nhecendo-se a temperatura das áreas brancos edas áreas pretas pode-se com uma escalacromática, determinar as temperaturas da su-perftcie da Terra, dat massas de ar • do topodos nuvens.

A LUA

? DMINGUANTÍ28'3

NASCER5h 59m OCASO17h5fem

O MARMARES

(tio de Janeiro Precmar 03h 00m /0 7m lOh 38rr> / 0 7m ISh 5Jm / I OmBo<~a-mor Oáh 4Ám 1 \.Qm 15h 23m /0 5m Cabo Frio— Preoma' 00h 21m /0 5m 12h 4im / 0 im Bo'«a-irar, 05h

NOS ESTADOSAmaxooai/Parà/Roraima — Nub. o ene cchu^cs Tempeitável AAò». 28 7. min, 21 6. Ao/Rondímo — Nub a e"cc/chuvas Temp.. estável. Amapá — Nublodo. Temp es*óvelMó». 31.8; min 23 5. Maranhdo/Plaul — Nub o «ncc/chuvas Temp: estável Móx. 29.2,- mín. 21 6 Ceará/RioGde. do Norte — Nub o ene. c/chuvas. Temp estável Ma*.28 6, min 23 2 Paraíba /Pernambuco — Nub o ene. c/chu-vos. Temp estável Ma* 29.3; mín. 23.4 Alagooi/Sergipe— Nub. o ene. c/chuvas Temp.- estável Máx 28 d. min21.8. Bahia — Nub o ene. c/chuvos. Temp. estável MatoGrotso — Nub o ene. c/chuvas Temp: escovei Mato Grotsodo Sul — Pte. nub o nub- o^nes. de chuvas isoladas,principalmente ra Norre Temp.- estável. Mo*. 23 6; mín.17.8. Goiás — Nub a ene c/chuvas. Temp. esfovel Braillia-Df — Nub. a ene. cehuvas esp. Temp..- estável. Ma* 23 6,min. 17 8 Minai Gerais — Nub. a ene amdo suje^o ochuvas. Temp : estável Má*. 24.9, mín. 19 2. Espírito Sr0 —Nub. chuvas ocas Temo estável. Má*. 28 4. min. 23 Rio deJorteiro — Nub, o ene. sujeito a chuvos esparsos. Temp«llável Mo.. 31.4; mm. 19 5. Sío Paulo — Pie nub o nubno Leste c/chuvoseso , principalmente no Les'e. Demais reg .cloro o pte. nub ocos nub. Temp.- estável, Ma*. 28.2, r~.:n18.5. Paraná — Nub. oprej. de chuvo» esp noles'e Dematsreg. cloro a pte. nub, ocos. nub. Temp.: estável. Me* 23.mm. 15 4 St° Catarina ~ Nub, a pte- nub suj a chuvisecsp, manhã no literal. Cara o pte. nub , nas demais reg Temoestável. Mo« 26 6. mm 10 3. Rio Gde. doSul—C/oroopte.nub. t/nevoeircs esoorsos no Centro-Les»e Temp . es*cveiMói. 28 8. min, 17 2.

38m | Ovm 19h01m,'0 8mA-g.o-K!»Reil — Preomor 0 lh 39m I 0 5m 10h4?m <0 5m 18h27ml'0 9mBtii.a-ma-05h 38m ( 0 °m 13h 52m ' 0 5m tmm

Temperaturas: ^^^RrodaBco 25 ¦OenfooaBa-o 24 ^L

Mor _ calmo CHEIAComente — Su! para teste Q,é 2?

A CHUVAUltima* 24 hcas 0 0Acumulada este més 30 1Normal menscl 133 ^^^^Acumulodaes'eono 203 ^VSNormal anual 1075 Wjt

OS VENTOS üVariáveis trocos o ocasionalmente mo- NOVAdcados d 4

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NO MUNDOAmsterdã 12 chuva, Ancoro. 17, e'arc, Atenas, 22. c'ora,Aucldand. 20. c^uva. Berlim, 13. chuvo Birmingham, 11,nublado; Bogotá, II, nublodo; Bonn, 14, nublodo; Bru*elos,15, nublado; Buenos Aires, 22, «taro; Co"a, 17, encoberto;Carecas. 18, nublado; Casablanca. 19, nublodo; CoDenha-gue. 08, chuva; Dacor, 25, claro; DaUos. 11, nevoeiro;Dublim, 11, encoberto; Estocolmo, 01, nublado; Gerebro, 14,nublodo; Hong Ko^g. 21, nublado; Jerusalém. 08, nublado;

ANALISE SINOTICA DO MAPA DO INSTITUTO NACIONAL DfMETEOROLOGIA Fren*e fria leml-estocionáría com atividade-moderada oo noie do Bania

La Pai. 04, nublodo; Lisboo. 13, nublodo; Londres, 12, elorojMadri, 17, nublodo; Miomi, 21, nublado; Montreal, 04claro^,Moscou. 04 nublado; Nasiôu. 20, cloro; Nice, 14, chuva;Novo Dei'. 31, claro; Novo York, 07, nublodo; Oslo. 02/nevoeiro; Ottawa. 04, eloro; Quito. 11, encoberto; Pons. 15^nublodo; Peau'm, 09, claro; Pretória. 25, claro; RJod, 34,claro; Roma, 14, nublodo; São Francisco, 08, nublodo; Seul,02, nublado; Sofia, 18, claro; róqyío, 11, nublado; Toronto/i04, nublado; Tunis. 23, nublodo; Varsovib, 19, nublado,Vieno, 19 nublado; Washington, 09, nublodo; Winnípeg, 01,nub'ado

ANA MARIA MATTOSO DE MOURA ABREU RAMOS

t

Plínio de Abreu Ramos, com emoção e saudade, participa o faleci-"mento de sua esposa ANA MARIA sábado último e convida parentese amigos para a Missa de 7° Dia que mandará celebrar em sufrágio de,sua alma hoje às 9,30 da manhã na Igreja de N3 S3 do Carmo, Rua 1o-

de Março — Praça XV. Pede-se o não comparecimento dos atuais titulares-das chefias do Departamento de Relações Públicas da Rede Ferroviária/onde ANA MARIA trabalhou durante 20 anos. :

MARIO VEIGA DE ALMEIDA(AÇÃO DE GRAÇAS)

tA

família do PROF. MÁRIO VEIGA DE ALMEIDA, ao vê-lo completar;cinqüenta anos dedicados ao Magistério, convida parentes, amigos e-os Diretores, Professores e funcionários do Complexo EducacionalVeiga de Almeida, para a Missa em Ação de Graças que manda ceie-

brar na Igreja da Candelária, no dia 28 de março, às onze horas e trintaminutos.

CARLOS AUGUSTO VIEIRA(FALECIMENTO)

*

tElpha Muniz Freire Kastrup, Luiz Felippe Kastrup, senhora

e filhos, Arthur Francisco Kastrup, senhora, filhos e netos,;José Carlos Vieira, senhora, filhos e netos, consternados,

comunicam o falecimento de seu muito querido neto, sobrinhoe primo CARLINHOS e convidam para o seu sepultamento.hoje, às 11 horas, saindo o féretro da Capela Real Grandeza n°-3 para o Cemitério São João Batista. (P

CARLOS AUGUSTO VIEIRA I(FALECIMENTO)

tAna Maria Vieira, Fernando Augusto e Eduardo-

Augusto, Heloísa Vieira, Gilda, Paulo Roberto'Arroxellas e filhos, Heloísa, Mauro de Oliveira;

Castro e filhas, consternados, comunicam o faleci-mento de seu muito querido marido, pai, filho, irmão,cunhado e tio CARLINHOS e convidam para o seusepultamento hoje, às 11 horas, saindo o féretro da.Capela Real Grandeza n° 3 para o Cemitério São João1Batista. (P

82 — D 2n Clichê

Falecimentos

Rio de JaneiroAlbertlno Sampaio da Silva

Filho, 67, de insuficiência car-diaca, na Casa de Saúde SâoSebastião. Carioca, industrial,viúvo de Esther Corrêa da Sil-va. Tinha dois filhos: CarlosHenrique e Durwal, quatro ne-tos, morava em Copacabana.Será sepultado às lOh no Ce-mltério Sáo Joáo Batista.

Manoel Carvalho dos San-tos, 56, de infarto, na Casa deSaúde Santa Maria. Portu-guês. comerciante, desqulta-do, tinha um Alho: Maurício,morava em Botafogo. Será se-pultado às 9h no CemitérioSão João Batista.

Hélio D. de Oliveira, 69, deparada cardíaca, na residênciana Barra da Tijuca. Mineiro,funcionário público, casadocom Olga Paranhos de Olivei-ra. Será sepultado às lOh noCemitério São João Batista.

Ana Maria Pereira Mansur,37, de edema pulmonar, noHospital de Ipanema. Carioca,casada com José Luiz BezerraMansur, morava no JardimBotânico. Será sepultada àsllh no Cemitério Sào João Ba-tista.

Fernando Gonzaga de Sou-za, 70, de trombose cerebral,na Clínica Frei Fabiano. Cario-ca, insdustriàrio, viúvo de Ná-dia Vieira de Souza, tinha doisfilhos: Jorge e Humberto, trêsnetos, morava no Leblon. Serásepultado às 9h no CemitérioSào Joào Batista.

Regina Bastos de Carvalho,54, de infarto, no Prontocor.Carioca, solteira, morava naTijuca. Será sepultada às lOhno Cemitério Sào FranciscoXavier.

Dalva Nogueira Torres, 83,de parada respiratória, na resi-dència no Méier. Carioca, viú-va de Alexandre Braga Torres,tinha quatro filhos: Neuza. Ivo,Braulio e Berenice, netos e bis-netos. Será sepultada às 9h noCemitério Sáo Francisco Xa-vier.

Vânia Fonseca Martins, 55,de edema pulmonar, no Hospi-tal do Andarai. Carioca, casa-da com José Pereira Martins,tinha uma filha: Denise, mora-va em Vila Isabel. Será sepul-tada às lOh no Cemitério SâoFrancisco Xavier.

EstadosArmando Manso Vieira Fi-

lho, 55, de anemia, no HospitalSâo Lucas, em Belo horizonte.Mineiro de Areado, médico ra-dlologista e pneumologista,formou-se pela UniversidadeFederal' de Minas Gerais em1953. Foi diretor do SanatórioJudiciário do Estado, anexo àPenitenciária Agrícola de Ne-ves e médico do DispensárioAntituberculose de Belo Hori-zonte até a sua aposentadoria,em 1976. Clinicou também emconsultório particular. Filhode Armando Manso Vieira eClotilde Viana Manso, tinhaquatro irmãos: Aspasia, Arce-nil, Alaor e Elza. Solteiro.

Paulo César Santos Pinhei-ro, 23, afogamento, na cidadede Itabuna, Sul da Bahia. Jo-gador de futebol, atuava comocentroavante do time do Ita-buna, que disputa o campeo-nato baiano de futebol. Nada-va no Rio Cachoeira em com-panhla do meio-campista Ale-cir, quando foi arrastado pelacorrenteza e jogado contrauma pedra no leito do Rio.

José Alexandre Betarello,40, com um tiro na cabeça, navila do Ipsep, no Recife. Pau-lista, residia no Município dePenápoles em Sâo Paulo. Ca-mioneiro, estava na boleia doseu caminhão quando foi en-contrado sem vida por seuscompanheiros. Casado, seucorpo será transladado parasua cidade.

José Paulino do Nascimen-to, 45, de acidente do trabalho,na Av. Agamenon Magalhães,no Recife. Pernambucano, car-pinteiro, trabalhava no 12° an-dar de um edifício em constru-ção, quando o elevador amar-rado de corda despencou-se.Este é o 22° acidente de traba-lho em Recife nos últimos 15dias.

ExteriorGustav Schmidt, 92, num

asilo de velhos na Cidade Esta-do de Hamburgo. Pai do Chefede Governo da Alemanha Fe-deral, Helmut Schmidt, eraprofessor jubllado.

Carola Prosperi, 98, em Tu-rim (Itália). Autora de novelasde sucesso e colaboradora dejornais e revistas, ganhou re-nome com a novela O Medo deAmar. Vencedora do prêmioRovett, primeiro prêmio llterá-rio atribuído na Itália. O am-biente preferido para suas no-velas e contos era o pequenoburguês com o sentimentossinceros.

PM prendeum cabo eum soldado

O Comandante-Geral daPM, Coronel Nilton Cerqueira,prendeu por 15 dias o caboCatarino José Galvão da Silvae o soldado Luis Cláudio deSousa Santos. No dia 21, elesabandonaram uma Caravanda Policia Rodoviária num tre-cho da Avenida das Américas,na Barra da TJJuca, em frente aum motel.

O Coronel Cerqueira parouseu carro e ficou aguardando oregresso dos patrulheiros, que,momentos depois, sairam domotel. O Comandante quis sa-ber o que eles faziam, obtendocomo resposta que atendiamuma ocorrência policial. O Co-ronel foi, entáo, certificar-se,apurando que os dois patru-lheiros almoçaram no motel e,por isso, os prendeu."Açáo como essa traz o des-crédito para a Corporação, le-vando a comunidade a suspei-tar sempre do comportamentopollcial-milltar" — disse o Co-mandante, no boletim que pu-bllcou a punição dos patru-lheiros.

1" Caderno D sexta-feira, 27/3/81 D JORNAL DO BRASILDelegado éindiciado porprevaricação

Depois de quase cinco horas,o delegado Vagner dos ReisMeneses se recusou, ontem ànoite, na Corregedoria de Poli-cia, a continuar depondo e aassinar os autos, após ser in-formado de que estava indicia-do por prevaricação — deixarde praticar atos de oficio parabeneficiar outros — no inquéri-to que apura a morte do co-merclário Francisco do Rosa-rio Barbosa.

O encarregado do inquérito,delegado Mário Nolasco, disseque o delegado Vagner Mene-ses Jâ sabia extra-oflcialmenteque seria indiciado. "Era lógi-co que ele seria responsabiliza-do por não ter feito o registrodas ocorrências que envolve-ram o comerciário", como che-fe do plantão na madrugadade 7 de fevereiro, na 9a DP, noCatete, de onde Franciscosaiu, com marcas de espanca-mento, para morrer no Hospi-tal Sousa Aguiar, em conse-qüència de traumatismocrànio-encefâlico.

VEDETE

Iniciado às 15h, o depoimen-to do delegado Vagner Mene-ses foi interrompido duas ve-zes: por volta das 19h. quandoo encarregado do inquérito,delegado Mário Nolasco. abriua porta e, diante do grandenúmero de repórteres, máqui-nas e refletores, pediu:

Por favor, poupem o DrVagner. Ele é um homemdoente — Na segunda vez, pou-co depois das 20h. o advogadoWilson Mirza. defensor do dele-gado Vagner, saiu da sala, pa-ra um "esclarecimento impor-tante", e leu o que fez constardos autos:

"...que o depoente se recusaa continuar seu depoimento,em face do estilo do interroga-tório exercido, que conduz ine-vitavelmente a respostas queprejudicam a autenticidadeideológica do seu depoimento,assim como o prejudica a redu-ção a termo, tal como foi feita.E, como só agora, a autoridadeque preside o inquérito o infor-mou que estava indiciado an-tes mesmo de ser ouvido, odeclarante se recusa a depor ea assinar o que foi reduzido atermo."

Depois de alguns esclareci-mentos sobre da recusa, o de-legado Vagner — que, nesseínterim, estava sendo qualifl-cado, mesmo após a recusa —saiu da sala, afirmando nào ternada a declarar, mas, diantedas câmaras e máquinas foto-gráficas, deixou escapar umcomentário ressentido:

Quem diria. Depois de 46anos de polícia, passo a servedete.

Mais tarde, o delegado MárioNolasco esclareceu que o dele-gado Já sabia há bastante tem-po que estava indiciado.

Esperei, apenas, que eledissesse alguma coisa que pu-desse mudar meu ponto-de-vista — ao que o PromotorJosé Augusto de Araújo Neto,atestando a lisura na condu-çáo do interrogatório, acres-centou:

A verdade de uma pessoatem de ser uma só, quer sendotestemunha, simples infor-mante ou mesmo indiciado.

O delegado Mário Nolascotambém fez constar nos autosa resposta do depoente, emsua recusa de continuar de-pondo e assinar: "Que deter-mina a autoridade e que, nesteato. seja consignado que todasas respostas do delegado Vag-ner dos Reis Meneses foramdadas como conseqüência deperguntas inteiramente decor-rentes dos fatos consignadosem inúmeros depoimentos dopresente inquérito, perguntasestas que seriam formuladasao Dr Vagner, Independente-mente de seu posicionamentojurídico nos autos, quer comoindiciado, quer seja como tes-temunha e, no que couber, co-mo mero informante".

Milionáriamorre noRecife

Recife — Patrlzia Andreotti,uma milionária de 30 anos, sol-teira, de familia de destaque,foi encontrada morta com umtiro no peito, ontem de madru-gada, em um Volkswagen Gol,nas matas da praia de Barrada Jangada, no município deJaboatáo. A policia ainda nàosabe se foi crime ou suicídio.

O titular da Delegacia deHomicídios, delegado José Éd-son Barbosa, declarou que es-tá investigando a morte e quevai examinar vários escritosencontrados no carro. Neles,Patrizia fala de um homem,com quem, provavelmente,mantinha um caso de amor,mas o delegado nào revelouseu nome para não atrapalharas investigações.

NAMORADO— O tiro no estemo que ma-

tou Patrizia foi dado com umrevólver calibre 32. O Institutode Medicina Legal e o Institu-to de Policia Técnica, prova-velmente hoje, darào seus lau-dos. Nas próximas horas, pa-rentes de Patrizia serão houvi-dos, para que a policia conhe-ça sua vida e possa encontraralguma pista — disse o dele-gado.

O pai de Patrizia. RomanoAndreotti, é presidente da Mi-crolite e sua máe, Mirella An-dreotti, é artista plástica

Na cidade, corre a versão deque, realmente, a milionáriafoi assassinada pelo namora-do. Dizem, ainda, que, na noitedo crime, ou suicídio, ela saiude uma festa para se encontrarcom ele na casa que freqüenta-vam, na praia de Candeias.

Suíça absolve Michelda morte de Cláudia

Michel Albert Frank foiabsolvido liminarmente daacusação de homicídio contraClaudia Lessin Rodrigues, pe-lo Juiz de Instrução da Justiçade Zurique, Suiça, Lino Essei-va. A informação foi dada. on-tem, pelo seu advogado, Wil-son Lopes dos Santos, que, lo-go apôs receber a documenta-çáo — soube da decisáo, portelefone — poderá pedir ao Su-premo Tribunal Federal a ho-mologaçáo da sentença, paraser válida no Brasil.

O principal acusado da mor-te de Cláudia Lessin Rodri-gues nào foi a júri por que oJuiz Lino Esseiva concluiu nãoter havido homicídio, mastambém não apontou qual acausa mortis. O magistradosuiço só condenou Michel poruso de tóxicos, porém, comoele já cumpriu os dois mesesde prisáo, também ficou livredesse delito. Pelo crime de ten-tatíva de ocultaçâo de cada-ver. nem foi Julgado, porque naSuíça não existe essa figurajurídica.RETORNO

O advogado Wilson Lopesdos Santos acredita que o Su-premo Tribunal Federal ho-mologou a sentença do magis-trado suíço, porque, "quando aJustiça brasileira pediu a ex-tradição de Michel, tacitamen-te admitiu fosse ele julgado lá.No tratado de extradição entreBrasil e Suíça, está estabeleci-do que. quando o pais recebe oextraditado, o julga pelas leisdo país dele".

Assim sendo e. caso o Supre-

mo Tribunal Federal homolo-gue a sentença que absolveuMichel Albert Frank, ele pode-rá retornar ao Brasil, pois, se-gundo o advogado Wilson Lo-pes dos Santos, por principiouniversal do Direito, "nin-guém pode ser julgado duasvezes pelo mesmo crime. E aJustiça brasileira admitiu queMichel fosse julgado na Suiça.tanto assim que remeteu todasas peças do processo para oJuiz Lino Esseiva".INFLUENCIOU

O advogado Wilson Lopesdos Santos disse, ainda, que aabsolvição de Georges MichelKhour, do homicídio contraCláudia Lessin Rodrigues —ele só foi condenado pela ten-tativa de ocultaçâo do cada-ver, mas como Já havia cum-prido a pena, foi colocado emliberdade — muito influenciouna decisão do Juiz Lino Essei-va, que só estava esperando adocumentação do resultadodo Julgamento para dar a sen-tença de Michel Albert Frank.

O magistrado suíço só con-denou Michel pelo uso de táxi-cos — fato Jamais negado porele — a uma pena de apenasdois meses de prisáo, porque,na Suíça, segundo o advogadoWilson Lopes dos Santos, hápermlssivldade para o uso dedrogas. O tráfico é que é maiscombatido. Porém, como oprincipal acusado da morte deCláudia Lessin Rodrigues fl-cou preso, naquele pais, du-rante esse mesmo tempo, nãomais precisará pagar pelo deli-to. Jà o crime de tentativa deocultaçâo de cadáver, o Juiz

Uno Esseiva nào levou emconsideração, porque nào exis-te essa figura jurídica no Côdl-go Penal suiço.LAUDO

Michel Albert Frank nào foiJulgado pelo júri porque o Juizde Instrução da Justiça de Zu-rique concluiu náo ter havidohomicídio contra Cláudia Les-sin Rodrigues. Porém, o ma-gistrado suiço nào apontouqual a causa mortis, ou seja, seCláudia morreu realmente porIngestão excessiva de drogas.Também náo tinha elementossuficientes para afirmar queela morreu por traumatismocraniano e esganadura, comoafirmou o Promotor José Car-los da Cruz Ribeiro, quandoofereceu a denúncia contra Ml-chel Albert Frank e GeorgesMichel Khour.

Embora náo tenha recebido,ainda, a sentença que absol-veu Michel, o advogado WilsonLopes dos Santos acredita queo Juiz Lino Esseiva tenha sebaseado no laudo feito peloInstituto Médico-Legal da Uni-versidade de Zurique, que le-vantou a hipótese de Cláudiater morrido por ingestão ex-cessiva de tóxicos. Esse laudoque foi realizado com baseno auto de necrópsia do IMLbrasileiro, as consultas medi-co-legals e todos os depoimen-tos dos legistas e testemunhas

enfatizou o fato de o exametoxlcológico das vísceras deCláudia ter dado resultado ne-gativo, porque nào foi realiza-do na época adequada e, sim,42 dias após ela ter sido enter-rada.

Pai diz que houve corrupçãoO comandante Hiiton Cala-

zans, pai de Cláudia, nào semostrou surpreso ao saber, on-tem, que o principal acusadoda morte de sua filha, MichelAlbert Frank, havia sido ab-solvido pela Justiça da Suíça."Isto nào me surpreende. Des-de que Kour foi absolvido na-quele espetáculo triste e me-lancólico, a absolvição de Mi-chel já era esperada. A Sulca étào venal quanto nós".

Segundo o comandante Hil-ton Calazans, o principal fatorda absolvição dos acusados damorte de sua filha "foi o dl-nheiro. Ninguém me convenceque, por trás disso tudo, nâohaja uma quadrilha de tóxicosevitando que Kour e Michelabrissem a boca e envolves-sem muita gente influente".

A demora de quase quatroanos para que Michel fosse Jul-gado foi explicada pelo co-

mandante Hiiton Calazans co-mo à "espera do resultado dojulgamento de Kour. Num paisorganizado como a Suiça, aexplicação náo pode ser outra.Com a absolvição do Kour,aqui, eles, lá ficaram mais àvontade para lavar as máos.Agora, só resta prepararmosbanda de música para recebereste inocente", completou iró-nico e melo amargurado o paide Cláudia.

Promotor acha que nada mudou"A situação de Michel Albert

Frank, no Brasil, continuainalterada. Evidentemente,com a decisão do magistradosuíço, o advogado Wilson Lo-pes dos Santos tentará tirarproveito dela, pedindo sua ho-mologaçáo pelo Supremo Tri-bunal Federal, mas acreditoque Michel nada conseguiráaqui, porque náo houve julga-mente por parte do Juiz LinoEsseiva e, sim, arquivamentodo inquérito por ele Instau-rado".

Essa é a opinião do Promo-tor do 1o Tribunal do Júri, JoséCarlos da Cruz Ribeiro, paraquem, mesmo que o Juiz LinoEsseiva tenha dado sentençano caso de Michel Frank, peloprincipio da territorialidade,ele terá de ser julgado no Bra-sil. Citando o Artigo 7o do Có-digo Penal, o Promotor lem-brou que só dependem de ho-mologaçáo as sentenças es-trangelras para os seguintesefeitos: conseqüências civis,reparação de danos, aplicaçãode penas acessórias e medidade segurança pessoal.ARQUIVAMENTO

Para o Promotor José Carlosda Cruz Ribeiro, a decisáo doJuiz suíço, Lino Esseiva, nàofoi julgamento, "mas um meroarquivamento do caso, porquenào tinha provas para julgar".Lembrou que, desde o início, oinquérito instaurado na Suíça,

em 1977, "só trouxe prejuízospara a Justiça brasileira, comsuposições feitas a 3 mil ou 4mil quilômetros de distância,que influenciaram, Inclusive, ojulgamento de Georges Khour,pois ê uma mesma ação penalpara os dois réus: Michel eKhour".

Contou, ainda, o acusadorpúblico, que o Juiz Lino Essei-va quis vir ao Brasil, "trazendomédicos e policiais suíços parafazer investigações, por nãoaceitar as que estavam sendofeitas pelas autoridades brasi-lelras. Com essa atitude, esta-va ofendendo-a soberania na-cional, porque ele nào tem au-toridade para fazer, no Brasil,investigações paralelas. Elenão se conformou com a nega-tiva do Govemo e passou adesacreditar em todas as pro-vas produzidas por nós. E, comesse descrédito, acabou pordar essa decisão, em favor deMichel Frank, chocando todanossa população. Para mim,Michel só não mais está sendoprocessado na Suiça. No Bra-sil, sua situação continua amesma".

EMPREGADADe todos os acusados no ca-

so da morte de Cláudia LessinRodrigues, cinco estão livresde processo, só restando Valni-na Rodrigues dos Santos, aValéria, empregada de MichelAlbert Frank, acusada de co-autoria na tentativa de oculta-

çáo do cadáver. "E, como nâopodia deixar de ser, a maispobre é que se sentará no ban-co dos réus" — afirmou seuadvogado, Joáo Carlos Austre-gésilo de Ataíde, para quemGeorges Michel Khour só foi ajúri porque estava preso.

O francês Daniel Labelle, de-nunciado Junto com MichelFrank e Georges Khour, foiexpulso do Brasil como perso-na non grata, depois de tersido despronunclado pelo usode drogas, pela 2a Câmara Cri-minai do Tribunal de Justiça.Enrico Grossl, também acusa-do por uso de entorpecentes, é,atualmente, proprietário deum restaurante em Roma eCario Simonelli continua noBrasil, como construtor. Elesforam impronunciados peloentáo Juiz do Io Tribunal doJúri, Joáo Luis Teixeira deAguiar, em fevereiro de 1980.

Quando o Promotor do IoTribunal do Júri, José Carlosda Cruz Ribeiro, ofereceu de-núncia no caso Cláudia LessinRodrigues, em agosto de 1977,acusou Michel e Khour de ho-mlcldio triplamente qualifica-do, tentativa de ocultaçâo decadáver e uso de tóxicos, in-clulndo neste crime o francêsDaniel Labelle. Porém seu ad-vogado, Alexande Gedey, en-trou com recurso na 2a CâmaraCriminal do Tribunal de Justi-ça, conseguindo que seu clien-te fosse despronunclado, pordois votos a um.

Polícia prende o maiortraficante da Zona Rural

Policiais da Delegacia deEntorpecentes prenderam on-tem em flagrante o traficantede tóxicos Valdir Ferreira, 43anos, considerado o maiorabastecedor de cocaína e ma-conha da Zona Rural do Rio.Casado, motorista de táxi ecomerciante, Valdir foi presoem sua luxuosa casa, na RuaHildegard Noronha, 84, BairroArmando Eugênio, em CampoGrande.

Além de cigarros de maço-nha — que o traficante disseserem "para uso próprio" — ospoliciais apreenderam 28 gra-mas de cocaína, avaliadas em

CrS 35 mil. A prisáo de Valdir— conhecido como Valdir Ore-linha — é decorrência de in-vestigaçôes feitas a partir dedenúncia anônima à Delegaciade Entorpecentes.

A prisáo de Valdir foi antece-dida pela de José Gomes deMendonça, autuado por porteilegal de um revólver calibre38, quando deixava a casa deValdir. Declarou que fora pa-gar uma prestação pela com-pra de um táxi, mas nào o fezporque Valdir náo dera baixana legalização do veiculo. Ti-nha Cr$ 55 mil, segundo aflr-mou, para pagar a prestação.

Documentos encontrados nacasa provam que Valdir com-prava drogas de Antônio Mar-cio Biagio, conhecido trafican-te de tóxicos. Entre os papéisencontrados, está um recibode pagamento em favor deBiagio no valor de CrS 50 mil190, de fevereiro último.

Na casa de Valdir, os poli-ciais apreenderam cinco pe-quenos sacos de cocaína e trêspacotes de maconha; oito reci-bos de depósito em nome deValdir Fereira, totalizando CrS425 mü 500.

AVISOS RELIGIOSOS

ESPECIAL

DOSKNOOJORNAL DO BKAfflL^s

íjtiwm

LUIZVERZTMAN

^y A Família convida para a^r Descoberta de Matzeiva aser realizada Domingo, dia 29de março, às 10:30, no Cemité-rio Israelita de Vila Rosali(Novo).

TempoINPÉ/CNPq — 9hl6m (36/03/81) — Via Rio—Sul

A zona de convergência intertropical eslá sobre ooceano Atlântico na alturo do litoral da RegiooNordeste do Brasil. A frente fria está localizadasobre o oceano Atlântico na altura do litoral doEspírito Santo, estendendo-se pelo interior de Minas,Goiás e Mato Grosso. A área branca que cobre essasregiões indica nebulosidade e chuvas associadas oosistema frontal. Os Estados do Rio de Janeiro, SãoPaulo, Mato Grosso do Sul, o Região Sul do Brasil, oUruguai, o Paraguai e grande pane da Argentinaaparecem com áreo escura indicando ausência denebulosidade e temperaturas elevadas. Novo frentefria ainda em formação está localizada no extremoSul do continente.

Aj Imagens do satélite meteorológica SMSsão recebidas diariamente pelo Instituto dePesquisas Espaciais (INPE/CNPq) em São Josédos Campos—SP — transmitidas em infrover-melho. As áreas brancas indicam temperaturasbaixas e as áreas pretos temperaturas eleva-das. Conhecondo-se a temporaturo das áreasbrancas e das área» pretas pode-se, com umaescala cromáttea, determinar as temperaturasda superfície da Terra das massas de ar e dolopo das nuvens.

NO RIONublado o encoberto sujeito o chuvasesparsos Temperatura estável Ventosvariáveis fracos e ocasionalmente mo-derodoi. Má«ima, 31 4, Bangú; mini-ma, 19,5, Alto do Boa Vista

O SOLNASCEU5h 59m OCASO!7h58m

36m ¦' 0 9m Ivh 01 rn ' 0 8m Angra dosRçiS — Preomor 0. lh 3°m / 0 5m 10hÂim! 0S"i 18h 27m, 0 9m Ba.«o.nw05K 38m / 0 9i*i 13h 52m / 0 5m

Temperatura!:Fora da Borra 25Dentro da Ba»a 24

Mar — calmoCorrente — Sul para leite

A CHUVA

A LUA

C DCHEIA MINGUANTEot» 27,3 28

O MARMARES

Rio de Janeiro Preomor 03h OOm /0 7m lOh 38m / 0 7m I9h 5im / 1 OmBai»o.mor. 06h Um I 1 Om 15h 23m /05m Cabo Fno— Preamar 00h 21 m /0.5m I 2H 44m / 0 4m Bai«o-mor' 05h

WirrxisldtioraiAcumulodaeitemètNormal mensalAcumulada ene anoNormal anual

0030 1

133 I203 1

1075 8

OS VENTOSVariáveis fracos o ocavcnain-ente mo-dera dos

m dNOVA CRESCENTE4/J I 1 '4

NOS ESTADOSAma xonoi/Paro/Roraima — Nub a ent c/chuvas TempeitóveC AM». 26 2. mín. 21.6. Aer»fRond4nia — Nub a erc.c/chuvas. Temp . estável. Amapá — Nublodo. Temp , estável.Máx. 31.8; mio. 23.5. Maranhío/Plaul — Nub o eneCrehuvos, Temp. ov'ável. Mó». 29.2; min, 21 8. Ceorá/RioGde. do Norte — Nub. a ene. c/chuvas. Temp.: estável. Má*28.6. min. 23.2 Paraíba /Pernambuco — Nub a ene. c/chu-vas. Temp i estável Móx. 29.3; min. 23.4. Alagoaiftirgip»— Nub. o ene e/chuvas. Temp.: estável Ma*. 28 4, mín.21.8. Bahia — Nub. a ene. c/chuvas. Temp: estável MatoGrotto — Nub. a ene. c/chuvas. Temp. estável. Mato Grouoeto Sul — Pte nub. a nub. c/pnes. de chuvas isolados,principalmente no Norte. Temp.; estável. Mói. 23 6, min!I 7.8. Goiás — Nub o ene. c/chuvos. Temp r estável. Broillio-Df — Nub. a ene. c/chuvos esp. Temp estável Mox. 23 6;mín. 17 8 Mínat Gerais — Nub. o ene. amdo su|e>to achuvas. Temp.. estável. Máx. 24.9, min, 19 2. Espirito St" —Nub chuvos ocos Temp... estável. Máx. 28 i, min. 23. Rio deJaneira — Nub. o ene. sujeito o chuvas esparsas Temp'estável. Máx. 31 4; min 19.5. Sóo Poulo —Pte. nub. o nub.no Leste áchuvas esp . pr.ncipalmenle no Leite Demois reg.,claro o pte. nub. ocas nub. Temp.: estável. Móx. 28.2; mín.18.5. Paraná — Nub c/pnes. de chuvas esp no Leste. Demaisreg . clara a pte. nub. ocas. nub. Temp.t estável. Móx. 23;mín. 15 4. Sr° Catarina — Nub. a pte. nub. iu|, o chuviscosp/monhà no litoral. Claro a pte. nub., nas demais reg. Temp ¦estável. Máx 2á.á, min 19.3. Rio Gde. do Sul -Cloroo ptenub. c/nevoeiras esparsos no Centro-Leste. Temp.; estávelMáx. 28.8; min 17.2.

NO MUNDOAmtterdí, 12 chuva; Ancoro, 17. cloro. Alenoi. 22, claro;Aucklond, 20, chuva; Berlim, 13. chuva, Birmlngham, II.nublodo; Bogotá, 11. nublodo; Bonn, 14, nublodo; Bruxelas,15, nublodo; Buenos Aires. 22, cloro; Cairo, 17, encoberto;Caroços. 18. nublodo; Coiablanca, 19, nublodo; Copenho-gue. 08, chuva; Oocor, 25, cloro; Oalloi, II, nevoeiro;Dublim. 11, encoberto; Estocolmo. 01, nublodo; Genebra, 14,nublodo; Hong Kong. 21, nublodo; Jerusalém. 08, nublodo;

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il.Vi/ ., SL*J I ] I jT~- "I Hf^OA (AV {fTK~"~mT*~^1- Ij ttfNtf FIIA4AA44 Jf ^vf f^^J ¦ i~~*~~r^

I "*¦»» ¦ -- I .< JL-i^Kt^Sr..* ,.J'í':; SI,. r?f

ANAUSE SINOTICA DO MAPA DO INSTITUTO NACIONAL DEMETEOROLOGIA Frente fno semi-estocionona eom atividademoderada oo norte do Bahio

La Paz. 04, nublodo; Lisboa. 13, nublado; Londres, 12, claro;Madri, 17, nublodo; Miomt, 21, nublodo; Montreal, 04 claro;Moscou, 04 nublodo; Nassou, 20, cloro; Nice. 14, chuva;Nova Deli, 31, claro; Nova York, 07, nublodo; Oslo, 02,nevoeiro; Ottawa, 04, claro; Quito. 11, encoberto; Paris, 15,nublodo; Pequim, 0o, claro; Prerona, 25, claro; Riad, 34,clara; Roma. 14, nublado; São Francisco, 08, nublado; Seul.02, nublodo; Sofia, 18, claro; Tóquio, 11, nublodo; Toronto,04, nublodo; Tunis, 23, nublodo; Varsóvia, 19, nublado;Viena, 19 nublado; Washington. 09, nublodo; Wínnlpeg, 01,nublado

ANA MARIA MATTOSO DE MOURA ABREU RAMOS

t

Plínio de Abreu Ramos, com emoção e saudade, participa o faleci-mento de sua esposa ANA MARIA sábado último e convida parentese amigos para a Missa de 7° Dia que mandará celebrar em sufrágio desua alma hoje às 9,30 da manhã na Igreja de Na Sa do Carmo, Rua 1°

de Março — Praça XV. Pede-se o não comparecimento dos atuais titularesdas chefias do Departamento de Relações Públicas da Rede Ferroviáriaonde ANA MARIA trabalhou durante 20 anos.

MARIO VEIGA DE ALMEIDA(AÇÃO DE GRAÇAS)

tA

família do PROF. MÁRIO VEIGA DE ALMEIDA, ao vê-lo completarcinqüenta anos dedicados ao Magistério, convida parentes, amigos eos Diretores, Professores e funcionários do Complexo EducacionalVeiga de Almeida, para a Missa em Ação de Graças que manda ceie-

brar na Igreja da Candelária, no dia 28 de março, às onze horas e trintaminutos.

CARLOS AUGUSTO VIEIRA(FALECIMENTO)

tElpha Muniz Freire Kastrup, Luiz Felippe Kastrup, senhora

e filhos, Arthur Francisco Kastrup, senhora, filhos e netos,José Carlos Vieira, senhora, filhos e netos, consternados,

comunicam o falecimento de seu muito querido neto, sobrinhoe primo CARLINHOS e convidam para o seu sepultamentohoje, às 11 horas, saindo o féretro da Capela Real Grandeza n°3 para o Cemitério São João Batista. (P

CARLOS AUGUSTO VIEIRA(FALECIMENTO)

tAna Maria Vieira, Fernando Augusto e Eduardo

Augusto, Heloisa Vieira, Gilda, Paulo RobertoArroxellas e filhos, Heloisa, Mauro de Oliveira

Castro e filhas, consternados, comunicam o faleci-mento de seu muito querido marido, pai, filho, irmão,cunhado e tio CARLINHOS e convidam para o seusepultamento hoje, às 11 horas, saindo o féretro daCapela Real Grandeza n° 3 para o Cemitério São JoãoBatista. (P

JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 27/3/81 D Io Caderno — 23-Babilon igualaseu recordemo quilômetro

*?¦ y~~m» Jos» Camilo do Silva

» Babilon voltou a igualar o«recorde dos 1 mil metros, na„pista de areia, no Hipódromotda Gávea, marca que lhe per-.tence, que é de 59s4/5.0 jóquei^da pensionista do treinador^rancisco Saraiva foi JorgePinto. Na segunda colocação-terminou Gucci, com Jorge Es-'cobar. Os demais resultados'foram estes:

>4° páreo,1o Ujo. J.M.Silva,2o Upset, A.Oliveira.Vencedor (2) 2,10. Dupla (12)1,50. Placès (2) 1,10 (1) 1,10."Tempo, 2mlls3/5.

¦Í5° páreofe° Ebollizlone, E.R.Ferreira=2° Daleria, F.AraújoVencedor (1) 2,10. Dupla (14)7,00. Placês (1) 1,40 (7) 7,40.Tempo, lm02s. Dupla-exata(01-07) CrS 29,70.3o páreoIo Miss Graciosa, A.Abreu2o Vertige, A.Oliveira'Vencedor (6) 7,80. Dupla (13)3,40. Placês (6) 5,90 (1) 2,10.Tempo, Im01s4.5.4o páreoIo Babilon, J.Pinto2° Gucci, J.EscobarVencedor (4) 2,00. Dupla 03)9,70. Placès (4) 1,70 (5) 3,00.

Tempo, 59s4/5, igual ao recor-de da distância.5o páreoIo Yardon, G.Alves2o Alandez, J.M.SilvaVencedor (8) 2,50. Dupla (14)3,00. Placès (8) 1,80 (1) 1,60.Tempo, 108sl;5. Dupla-exata(08-01) CrS 5,40.6o páreoIo Zircon. J. M. Silva2o Lord Bruno, A. O. OliveiraVencedor (2) 2,60. Dupla (23)2.10. Placès (2) 1,30 (4) 1,30.Tempo, lm43s1« páreoIo Ter-Flete, P. Vignolas

2o Enidro, J. M . SilvaVencedor (6) 4,50. Dupla (14)3,50. Placès (6) 1,60 (1) 1,30.Tempo, lm23s4/5.8o páreoIo Fandover, M. Braga2o Avant L'Amour, M. AndradeVencedor (1) 4.70. Dupla (12)6.10. Placès (1) 2,20 (4) 3,00.Tempo. lm24s3/59o páreoIo Hipias, J. M. Andrade2o Arvik, C, MorgadoVencedor (3) 28,30. Dupla (12)18,00. Placès (3) 10,20 (4) 6.50.Tempo, Im21s2.5. Dupla exata(03-04) Cr$ 123,80.

AVISOS RELIGIOSOS

ABRAM GHITNICARON GHITNIC

$

(DESCOBERTA DAS AAATZEIVAS)Seus familiares convidam parentes eamigos para a Descoberta das Mat-zeivas, que se realizará Domingo, 29de Março, às 9 horas, no CemitérioIsraelita de Vila Rosali (Velho).

ESTANISLAU MARTINS COSTA(MISSA DE 7° DIA)

t

Maria Mar Pinto Costa, Marcos Vinícius PintoCosta, esposa e filho; Cláudio Sérgio PintoCosta e esposa Maria das Graças Pinto Costa;Maria Angela Lobão esposo e filhas; JoséMartins Costa esposa e filho; Maria de Lour-

des Martins Costa, Joáo Baptista Martins Costaesposa e filhos, agradecem as manifestações depesar recebidas pelo falecimento de seu esposo, pai,sogro, avô e irmão ocorrido dia 22 de março de,1981em Nova Friburgo e convidam para a Missa emsufrágio de sua alma a ser celebrada, sábado dia 28de março de 1981 às 10 horas na igreja de SantaMargarida Maria na Lagoa. (P

JOSE ZAHAR(7° DIA)

ÍA

Família agradece sensibilizada as manifesta-ções de pesar, recebidas por ocasião do seufalecimento, e convida para a Missa que man-dará celebrar em intenção de sua boníssima

alma, às 10 horas de sábado dia 28 na Igreja doDivino Espírito Santo do Largo do Estácio de Sá.

JACOBABRAAAOFF

(DESCOBERTA DA MATZEIVA)iAi Mãe, esposa, filhos, ir-XX mãos, nora, genro, eu-v nhados, convidam pa-rentes e amigos para o atoreligioso do seu querido einesquecível JACOB, a reali-zar-se dia 29 de março às10:00 horas no Cemitério deVila Rosaly (Novo).

PERICLES DE SOUZAMONTEIRO(MISSA DE 7° DIA)

tSua

família, sensibilizada, agradece asmanifestações de pesar recebidas porocasião do seu falecimento e convida

para a Missa que manda celebrar, sábado, dia28, às 10;00 hs, na Igreja de São José daLagoa, na Av. Borges de Medeiros n° 2735.

$

SIMAO MAZURSua esposa, filhas, genro e netos con-vidam os parentes e amigos para acerimônia religiosa da DESCOBERTAda MATZEIVA, no domingo, dia 29 demarço às 10:00 horas, no CemitérioIsraelita de Vila Rosali.

SAAD GABEIRA(FALECIMENTO)

tA

família de SAAD GABEIRA cumpre odoloroso dever de comunicar o seu faleci-mento e convida os demais parentes eamigos para o seu sepultamento hoje, às

16 horas, saindo o féretro da Capela RealGrandeza n° "1"

para o Cemitério de São JoãoBatista. (P

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Efesivo esteve de manhã na Gávea e impressionou a todos pela beleza de seu modelo

Armistice Dayvolta com vitóriano Prix Exbury

Paris — Finalmente, o Inverno parisiense começou amelhorar com a primavera começando a dar os seusprimeiros sinais. Um tímido sol se abriu, a neve deixou decair e as chuvas diminuíram consideravelmente. Por estarazão, o público presente a Saint-Cloud no dia dos doisquilômetros do Prix Exbury (Grupo UI), segunda pattemrace do calendário francês, jà foi bem maior. E, osturfistas tiveram a oportunidade de presenciar uma dis-puta das mais interessantes em uma grama jâ não tãopesada, conseqüentemente melhor para corrida.

Um verdadeiro especialistaQuando Armistice Day, um Rheingold em Peace, por

Klairon, levantou, no ano passado, os dois quilômetros doPrix de Gontaut-Biron (Grupo IH), em Deauville, trazen-do simpática pointe de vitesse ao flnal da ligne droitedeauvillaise, muitos acreditaram que a vitória havia sidoobra do acaso. Afinal, o neto de Fabergé n, malgré tout,nunca havia demonstrado qualquer coisa de especialtanto em distâncias inferiores quanto superiores. Mas suaexibição no Prix Exbury (Grupo DD, semana passada em.Saint-Cloud, parece indicar que realmente o filho doganhador do Prix de 1'Arc de Triomphe de 1973 derrotan-do Allez France, é um animal perfeitamente talhado paracorrer os dois quilômetros. Mantido na última colocaçãocom uma incrível calma por maitre Yves Saint-Martin(em esplêndido início de temporada pois em apenas trêsreuniões, com sete páreos cada, venceu oito carreiras),Armistice Day apresentou-se esplendidamente na reta,tout à 1'exterieur, pois não havia passagem por dentro,para vencer com inteira facilidade. Na verdade, nãoencontrou a menor resistência por parte de qualquer umde seus adversários.

O premier accessit ficou com o útil Ferrault, umDjakao em Innocent Air, por Court Martial, que náocorria desde seu quinto lugar no Prix du Conseil de Paris(Grupo II), atrás de En Calcat, Lancastrian, "Satllla eProvidential. Sabzawar (Martinmas em Iomelilla, porHigh Hat), foi um surpreendente terceiro lugar trazendobom esforço flnal. Em quarto, chegou Naamiri, um Bus-ted em Nasreen, por Charlottesville, um ex-defensor dascores da Son Altesse Aga Khan. Dois animais de bompadrão, reaparecimento correndo baixo da expectativa:Ruscelli (Vai de l'Ome em Coy Mald), ganhador do Prixde Ia Rochette (Grupo OT), segundo no Prix Jean Prat n(Grupo H), terceiro no Prix Nlel (Grupo HT) e nono no Prixde 1'Arc de Triomphe (Grupo I), e Proustille (Armos emChinolse, por Kurum), os dois ocupando as duas últimascolocações.

Promissores três anosNo mesmo dia do Exbury, em Saint-Cloud, havia

quatro provas para três anos, destacando-se os 2 mil 100metros do Prix Mordant que reuniu lote dos mais interes-santes. E dois poulains de belo físico e sólida origemderam exibições instlgantes de superioridade sobre seusrivais: Palace Gold, um fllho do derby-winner Empery emPakrilire, por Nardator, de propriedade de Mme. Binet,dirigido por Freddie Head, o vencedor, e Nyono, um Caroem Niranita, de criaçáo e propriedade de A. Pfaff, sob adireção de Alain Lequeux, o ocupante do premier acces-sit. Um corpo separou Palace Gold de seu adversárioenquanto o terceiro colocado, Shamstar, um fllho deSham, chegava simplesmente oito corpos atrás.

Um dia antes, em Malsons-Lafflte, a primeira reuniãode 1981 deste campo de corridas, foram chamados tam-bém alguns páreos para três anos. Os mais interessanteseram o Prix Verso U, 1 mil 700 metros para machosinéditos, e o Prix Perruche Bleue, também em 1 mil 700metros mas para potrancas inéditas. No Verso n, impres-sionou favoravelmente a facllima vitória de Hayel, umRiverman em Trinquette, por Hauban (logo irmão mater-no da clássica Tempus Figit), de propriedade de M.Mahmoud Fustok. O fllho do esplêndido Riverman dei-xou seu escoltante, King Laurel (Rose Laurel), quatrocorpos atrás com total facilidade. No Perruche Bleue,apesar de ter vencido por somente melo corpo, a defenso-ra de Son Altesse Aga Khan, Dedra, uma Faunus emDemo, por Abdos, criação de Mareei Boussac, mostroubastante coragem em sua atropelada sob a direção deSaint-Martin. A Olha de Faunus, um irmão materno deLocris (seu pai é Dan Cupid), venceu com toda a nitidez.Nesta mesma carreira, estreava potranca de ascendênciae parentesco ilustres, de criaçáo e propriedade da RazzaDormello-Olgiatta. Tratava-se de Caracciola, uma Zed-daan em Centres Bleues, por Charlottesville, logo umairmã materna da boa Calderina. Ela terminou na quartacolocação.

Finalmente, em Evry, dois dias antes do Exbury,havia três curiosos páreos para a geraçáo européia de1978: o Prix de Montalgu, em 2 mil 100 metros, o Prix BayMiddleton, em 2 mil metros, e o Prix de Ia Cenevraye, em1 mü 300 metros, este aberto também às potrancas. Noprimeiro dos páreos citados, estreou com impressionantevitória, com Yves Saint-Martin ap, Vanann, um Koubanem Valbona, por Abdos, criação de Mareei Boussac epropriedade de Son Altesse Aga Khan. O neto de Haubanliteralmente surclassa ses adversaires (cinco corpos esepararam de Mazarredo, um fllho de Margouillat, osegundo colocado), em estilo dos mais promissores. NoPrix Bay Middleton, brilharam as cores de MahmoudFustok através de Yarmouk, um Northern Dancer emTaken Aback, porCarry Back, mostrando muito espíritode luta e seriedade para derrotar o defensor do BaronGuy de Rottschild, sob a direçáo de Henri Samani (novojóquei oficial das cores azul marinho e boné ouro), NlckelAnge, um Sovereign Path em Nykaria, por Exbury, tam-bém em exibição das mais promissoras. Os dois fizeramum páreo à parte. Finalmente, nos 1 mil 300 metros doPrix de Ia Genevraye, Peymour, um Habitat em Petrov-na, por Rellance, tendo Yves Saint-Martin corpo piloto,deu novo triunfo ás cores verde e ombrelras encarnado deSon Altesse Aga Khan Foi uma vitória difícil, alcançadapraticamente no dernier poteau, livrando meia cabeçaapenas sobre Rol Régent,.um Prince Régent, que trouxebem esforço flnal. Nesta vitória, Saint-Martin pode mos-trar toda a sua grande categoria de jóquei náo só pelainteligência de seu percurso como por sua energia flnal.

Ciei de Feu agradano apronto para oclássico de amanhã

Ciei de Feu, um dos de-fensores dos Haras São Jo-sé e Èxpedictus no GrandePrêmio Estado do Rio deJaneiro, agradou aos ob-servadores no seu apronto,marcando o tempo de48s2/5 para os 800 metros,na direção de J. M. Silva.Os últimos 200 metros fo-ram cobertos em 12s.

Clear Day, outra inseri-ção dos Haras Sáo José noclássico, também mostrouostentar boa forma no mo-mento, pois marcou 48s3/5para os 800 metros, só sen-do um pouco alertado pelojóquei Gabriel Menezesnos 200 metros finais doexercício.

OUTROS APRONTOSAinda para a prova mais

importante de amanhã,Lucrativo, com L. Januá-rio, veio de galope largo eassinalou 52s nos 800 me-tros, fazendo o percursocom grande facilidade.

Broncho Billy, com J.Mendes, deixou boa im-pressão com 49s45 para os800 metros. Seu compa-nheiro Balenato, com J.Pinto, igualou a marca,chegando um pouco me-lhor.

Toko, animal que atra-

vessa uma fase muito boa,nào foi muito exigido pelojóquei J. Malta, e mostrouótimo estado ao marcarSOs para os 800 metros,muito fácil. Sinister, comA. Ramos, agradou com49s4/5 para os 800 metros.

PAULISTASOs competidores de São

Paulo, entre eles, Equatione Efesivo, do Haras Rosado Sul, estiveram parrean-do na pista de areia doHipódromo da Gávea, emum bom reconhecimento,segundo os seus responsa-veis. Em Cidade Jardim,Equation, com A Bolino,aprontou na manha dequarta-feira e marcou 50spara os 800'metros, corren-do muito e mostrando ex-celente forma.

Seu companheiro Efesi-vo, com J. Fagundes, au-mentou para 52s, muitocontrolado no flnal pelo jó-quei. Cedron, outro con-corrente ao Grande Prè-mio Estado do Rio de Ja-neiro que pertence aos Ha-ras São José e Èxpedictus,somente deverá chegar namanhã de hoje ao Rio pro-cedente de Cidade Jardim,onde atuou recentementesem muito êxito.

Badminton ê destaquena sua partida final

Badminton, inscrito na séti-ma carreira de amanha no Hi-pódromo da Gávea, foi um dosdestaques para aquela carrei-ra, com o seu apronto de 49s2/5para os 800 metros, pelo centro.da pista, multo controlado nofinal pelo jóquei Jorge Ri-cardo.

Para a quarta carreira doprograma, aquela que marca oinício do concurso de sete pon-tos, o destaque ficou por contade Escalada Skiddy, com J.Ricardo, que, na manhã dequarta-feira, passou os 700 me-tros em 42s2/5, num exercíciorealmente muito bom para aturma onde se acha Inscrita.

APRONTOS

Na carreira Inicial, váriascompetidoras galoparam lar-go, com ligeiro destaque paraa pilotada de J.M Silva, Alef,que marcou 37s para 800 me-tros, bem.

No segundo páreo, FeuD'Enfer, com J. Ricardo, im-pressionou pela facilidade co-mo assinalou 43s para os 700metros, correspondendo aosapelos do jóquei quando umpouco alertado nos 200 metrosfinais. Arrabalero, com G. Me-neses, em um apronto muitobom, mostrou que vai ser um

Dark Duke antecipae mostra boa forma

Entre os animais que tive-ram o seu apronto antecipadopara ontem pela manhã no Hi-pódromo da Gávea, o grandedestaque foi o estreante DarkDuke, dos Haras São José eÈxpedictus, que veio correndomuito da seta dos 700 metros emarcou 42s2/5. na direção deGabriel Meneses.

Ainda para a segunda carrei-ra de domingo, Zen, do treina-dor Alcides Morales, veio mui-to beta controlado pelo jóqueiAdail Oliveira e terminou os700 metros na marca de 44s,oom reservas.

Ainda na segunda carreira,Francio, J. Ricardo, deu umgalope de saúde e marcou

QUADRINHOS áé «1DOMINGO JORNAL DO BRASIL

dos primeiros no final com amarca de 43s para os 700 me-tros, fazendo sempre a reta fi-nal pelo centro da pista Inau-dito, com J.M Silva, aumen-tou para 43s3/5, também commuita facilidade.

Na quarta carreira, além dojá citado apronto de EscaladaSkiddy, Samira, com A. Olivei-ra, fez apenas um galope desaúde nos 800 metros e marcou40s, com reservas. A paulistaLady Queen, com J.M Silva foibem com seus 43sl/5 para os700 metros, correspondendoquando solicitada pelo jóquei.

Na sétima carreira, além daótima marca de Badminton,Verdagon, com F. Pereira, nãofoi muito exigido para marcarSOs nos 800 metros. Cabochon,J. Pinto, em ótima partida,passou os 800 metros em49sl/5, muito bem.

Na oitava prova, Exemple,com F. Pereira Filho, na ma-nhã de quarta-feira, marcou37s2/5 para os 600 metros.

Na nona prova, Sineta, comA. Oliveira, não fez força paramarcar 45s para os 700 metros,sempre pelo centro da pista.ETy Park, com J. Ricardo,agradou muito com 37s paraos 600 metros, só correndoquando um pouco exigido nos200 metros finais.

Volta fechadaEscoriai

FAMOS,

hoje, à segunda parte denossos comentários sobre os con-correntes à milha do grandeclássico Estado do Rio de Janei-

ro (Grupo I), as nossas Two ThousandGuineas, marcada para amanhã na pis-ta de grama do Hipódromo da Gávea.

¦ ¦ ¦

NEW

Attack (Earldom n e Ikaria,por Ogan), criação do Haras Fa-xina e propriedade do Haras In-shalla. Como já tivemos oportu-

nidade de escrever, este descendente dePrincequillo, para nós, até agora, foi oresponsável, entre os representantes dageração 77, pela exibição mais sedutoraem termos de classe: sua bela vitória namilha do grande clássico João Adhemarde Almeida Prado (Grupo I), a Taça dePrata, quando mostrou uma pointe devitesse verdadeiramente foudroyante.Realmente, uma performance incompa-rável entre nossos três anos. Infelizmen-te, quando de seu segundo lugar paraEquation nas Two Thousand Guineasgaulistas,

apresentou logo um sério pro-lema nos cascos que o afastou daspistas durante longos meses só reapare-cendo há duas semanas com uma corri-da razoável (sexto na preparatória pau- .lista) mas bem abaixo do que haviademonstrado anteriormente. Por estarazão, New Attack é um pouco umaincógnita sobretudo porque seu estilode correr não deve agradecer a pista daGávea. No entanto, não pode ser real-mente subestimado e se conseguiu recu-perar-se completamente do problemanos cascos, um vencedor iminente (des-de que volte a correr como antes).

Glenmore (Millenium em FancyDoll, por Adil), criação do Haras Experte propriedade do Stud Jóia. Técnica-mente inferior a outros candidatos páu-listas, este descendente de Hyperion, noentanto, é nome a ser observado comatenção. Foi bom quinto na Taça dePrata, trazendo expressivo esforço final,e, posteriormente, apesar de ter fracas-sado nas Two Thousand Guineas e noLupin, venceu o semiclássico Natal. Po-dé correr honrosamente.

Luminoso (Head Table em BlueGlen, por Merchant Venturer), criaçãodo Haras Brasil e propriedade do StudAmericana. Potro útil (quarto no grandeclássico Juliano Martins, Grupo n,Grande Criterium paulista) cujo retrós-pecto, no entanto, indica estar em tur-ma um tanto rigorosa quanto à classe.

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09

BRIEN (Saü Through em Ve-neración, por CardingtonKing), criação do Haras„. . > , Guayçara e propriedade dostud Azulão. Mais ou menos no mesmoplano de Lucrativo, que comentamosontem. Foi quarto na preparatória tra-zendo bom esforço final em uma corridadespretensiosa. Amanhã, é dificílimo.Broncho Billy (Locris em Brailleuse,por Escoriai), criação do Haras Siderale propriedade do Stud Cinco de Agosto.Outro que se encontra em páreo fortíssi-mo. Possui três vitórias, sendo que aúltima em estilo bastante promissorCremos que, por enquanto, ainda é inex-periente para um clássico do rigor do deamanhã.

Balenato (Si. Ives em Boipeba, porCadir), criação do Haras Verde e Pretoe propriedade do Stud Cinco de Agosto.Aos dois anos, foi simpático terceiropara Serradilho e Latino nos 1 mil 400metros do simplesmente clássico Máriode Azevedo Ribeiro. Ficou longo tempoafastado

das pistas para voltar comuas vitórias, nenhuma, no entanto, emestilo comparável ao seu companheirode écurie. Donc...

39s2/5 para os 600 metros dereta.

Na prova especial, Valka.com R. Freire, veio largo dos800 metros e marcou Sls comsobras. Careless Love, com J.M. Silva, desceu os 800 metrosem 49s2.5, num ótimo apronto,sempre pelo centro da pista.

Na quinta carreira, Dandy'Girl, com G. Meneses, tambémmostrou ostentar boa formacom 43s2/5 para os 700 metros,pelo caminho mais longo.

Na sexta carreira, Saltarelo,com J. M Silva, veio semprede galope largo e marcou SOspara os 700 metros, numapronto tranqüilo.

s ERRA&ILHO (Eclectic em SierraCordobesa, por Gulf Stream),criação e propriedade do HarasSão José da Serra. A rigor, forma

com Equation e New Attack, o trio maisimportante das Two Thousand Guineasde amanhã. Certamente, este descen-dente da grande Venusta foi o melhorrepresentante da geração 77 que vimoscorrer na Gávea no ano passado quandodeu algumas demonstrações interessan-tíssimas. Em São Paulo, foi ótimo se-gundo lugar, para New Attack, na Taçade Prata. Nao corre desde novembroquando foi honroso sexto lugar no Der-by Paulista, na milha e meia, distânciaque, à primeira vista, pareceu-nos exces-siva para ele. Esta ausência das pistasnãe deixa de ser desfavorável para ele.Além disso, teve um pequeno problemaantes da preparatória, problema quedeterminou seu forfait e deve ter, pelomenos, modificado seu entrainement,outro dado que não deve ser esquecido.Se, porém, voltar bem, correndo comono ano passado, adversário mais do quetemível.

Latino (Sabinus em Trevisa, porKurrupako), criação e propriedade doHaras Santa Maria de Araras. Outro dosbons candidatos à grande poule de ama-nhã. Vencedor do grande clássico Lán-neo de Paula Machado (Grupo I), oGrande Criterium carioca, reapareceucom um ótimo segundo lugar na prepa-ratória de duas semanas atrás, uma der-rota, por sinal, infelicíssima. Extrema-mente perigoso, este descendente de Pa-hris deve ser muito respeitado sendoâue,

em caso de chuva, suas possibilida-es são ainda maiores.Leonino (Sabinus em S'Imbora, porKurrupako), criação e propriedade doHaras Santa Maria de Araras. Completa

o respeitável trio do treinador WilsonPereira Lavor e também possui enormespossibilidades de uma bela corrida. Ga-nhador do Comparação de Produtos,importante clássico Frederico Lundgren(Grupo II), reapareceu na preparatóriaquando foi um quinto pois foi para osacrifício. Caso chova, não deve nemcorrer. (Continua).

24 —• ESPORTE 1° Caderno D sexta-feira, 27/3/81 D JORNAL DO BRASIL"

Comissário do GP diz que Lotus pode correr¦MTTirnnr'ríMl IPIlli II li l>M IIIÍW llllsl ¦¦[iril mimil i i| —¦ %:y;^y>Ky!f,wy»-^y-"!^y!/^f- ¦¦ ¦¦ ____________ Roger,o üe.s

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0 comissário Brunetti (de boné, ao fundo) acha que o Lotus está dentro do regulamento e Chapman garante que volta a ganhar

Pilotos começam a disputar posiçãoA partir de hoje, no autódro- A Drevisâo do terrmo nnra osA partir de hoje, no autódro-

mo de Jacarepaguá, cada se-gundo passa a ter fundamen-tal Importância para os inte-grantes das equipes de Fórmu-la-1. Das 10 às llh, a pista seráliberada para aquecimento eos mecânicos terão apenasuma hora e meia para os ajus-tes finais nos motores, pois oprimeiro treino oficial estámarcado para as 13h. No mes-mo horário, amanhã, será rea-li2ada a segunda e última to-mada de tempo, quando fica-rão definidos os 24 carros quelargarão domingo, no 10°Grande Prêmio Brasil de For-mula-1.

A previsão do tempo para ospróximos dias deixou pilotos emecânicos bastante anima-dos, pois a temperatura nàode- ve ser alta, não exigindoportanto cuidados especiaisnem com os motores nem comos pneus. A temperatura on-tem esteve em tomo de 30graus no autodromo e, à tarde,chegou a ameaçar chuva, oque náo deixou nem um poucopreocupado o diretor esporti-vo da Michelin, Pierre Blan-chec. "Temos pneus de todosos tipos para todos", afirmouele com segurança, em frenteaos quatro boxes, repletos, re-servados à fábrica.

Piquet ajuda a acertarseu carro para o treino

Aparentemente multo ocu-pado, pois custou a parar porum momento, o brasileiro Nél-son Piquet, vice-campeáomundial de Fórmula-1, aindaestá decepcionado com o trei-no de anteontem, quando "ocarro foi muito mal". Mas co-mo o carro do segundo pilotoda equipe, Hector Rebaque,comportou-se bem, o dele seráacertado do mesmo modo.

Piquet ajudou os mecânicosdurante o acerto do carro echegou mesmo a auxiliá-los alevantar o seu com as mãos,para a retirada dos cavaletes,o que permite a vistoria nomotor e na parte de baixo.SEGURANÇA DEFICIENTE

Mas, ele acha que o carroainda não é o mesmo do finalda última temporada:

— Com as modificações noregulamento, ficamos meio noar, sem saber exatamente oque o carro precisa. Ele nàoestá multo seguro, mas creioque isso deve ocorrer com qua-se todas as equipes. Em LongBeach, por exemplo, aconte-ceu a mesma coisa, lato é, per-demos um dia de treinos.

Perder um dia de treinos pa-ra Piquet é o que basta paradeixá-lo mal-humorado. Expli-cou que .as suspensões esta-vam todas erradas, mas hoje

vai insistir com o mesmo tipo,ao contrário de Long Beach,quando foram usadas as origi-nais. Mesmo assim o carroquebrou.

Quanto à adaptação ao per-curso do autodromo do Rio,disse que nunca correu aqui.Por isso, nào pode avaliar aocerto, embora tenha uma opi-nião sobre a relação carro/cir-cuito.

Na verdade, não existeisso de um carro se adaptar aopercurso. Se um carro é bom eo piloto também, o conjuntoaprova em qualquer percurso.Basta observar os resultados.

Entretanto, Piquet ressaltaa relação entre os motores e atemperatura do circuito.

Nos climas quentes e aonível do mar, os carros de mo-tores turbo não andam bem eos de motores convencionaisse dão melhor. Mas quando atemperatura esfria e a alturaaumenta, os turbo passam arender o máximo e os conven-cionais a mesma coisa. Dai pa-rece haver uma diminuição norendimento dos motores FordCosworth, por exemplo.

Vestindo calça lee e camisabranca, Piquet teve que darmuitos autógrafos. Algumaspessoas até invadiram o boxeda Brabham, onde ele conver-sava com Bemle Ecclestone,proprietário da equipe.

Wilsinho faz váriasmodificações no F-8

Segundo Wilson FittipaldiJúnior, um dos construtoresdo Fittipaldi F-8, estão sendofeitas várias modificações nocarro para que melhore o seurendimento no' treino de hoje,já que ele considerou o de an-teontem muito abaixo da ex-pectatlva, mas acrescentouque náo existe nenhum proble-ma de motor.

Wilsinho disse que todas asmodificações estáo sendo fei-tas nas partes de suspensão eaerodinâmica do carro, masapesar de ter dito que esperauma melhoria muito acentua-da no rendimento hoje, nãopode precisar em quantos se-gundos o carro será mais veloz.

O bo>:e de Fitüpaldi hoje éum dos mais movimentados eos carros, tanto a do finlandêsKeke Rosberg quanto o dobrasileiro Chico Serra, estãorecebendo igual tratamento,com pelo menos três mecàni-cos incessantemente procu-rando acertar os defeitos.

As colocações obtidas porRosberg —14° com Im41s20 —e Serra — 24° com Im42s45 —nào estão assustando a equipee a confiança de que os doiscarros se classifiquem para ogrid de largada, domingo, sàoas maiores possíveis, nâo ha-vendo, para Wilson, a hipótesenormal de um deles náo parti-cipar da corrida.

Emerson acha quemuitos vão rodar

Emerson Fittipaldi. em sua ida pelamanhã ao autodromo, observou que, ho-je, é possível que muitos carros rodemna busca por um melhor tempo que o j'àobtido nos treinos livres:

— É preciso lembrar que este é osegundo GP da temporada e todas asequipes estão ainda fazendo acertos.Além disso, está é a segunda prova a sercorrida sem as minissaias, depois daproibição da FISA (Federação Interna-cional de Esportes Automobilísticos), e,tentanto fazer melhor tempo, é possivelque muitos rodem.

Ele complementa ainda sua afirma-çào destacando que, nos treinos livres, amaioria dos pilotos não está preocupadacom velocidade nem propriamente como tempo e sim com o equilíbrio geral docarro e com o traçado da melhor tangèn-cia para as curvas. Mesmo assim, chega-ram a rodar anteontem Keke Rosberg,da equipe Fittipaldi, Niegel Mansell, daLotus, e Ricardo Londono, da Ensign.

Com ou sem rodagens, porém, a pre-visão é de que os tempos melhorembastante nos treinos de hoje, principal-mente os do argentino Carlos Reute-mann, que registrou anteontem a voltamais rápida: Im37s48, recorde extra-oficial da pista de Jacarepaguá. Suaequipe, a Williams, acredita que ele con-siga baixar esse tempo em pelo menosum segundo.

Fiscal aprovaestado da pistaOntem pela manha, às lOh, foi feita a

Inspeção final da pista do Autodromo deJacarepaguá para a corrida de domingo.Derek Ongaro, inglês e fiscal de autódro-mos da FISA (Federação Internacionalde Esportes Automobilísticos), conside-rou a pista dentro das condições legais,nada Impedindo que ela seja abertaamanha, às lOh, para os treinos livres, jâque os oficiais só serão realizados naparte da tarde.

' Ongaro percorreu a pé os cinco quilo-metros e 31 metros do traçado e, apesarde ter saldo da pista muito corado, jáque o sol era forte àquela hora da ma-nhá, pareceu satisfeito com o que viu.Ongaro foi também quem fez a vistoriada pista em Janeiro, para aprovar a corri-da, em termos técnicos, junto à FISA

Além de ser o único inspetor oficial deautodromos, Ongaro exerce outra fün-çào importante dentro da entidade: é ostarter oficial de todas as provas docalendário oficial de Fórmula-1 no mun-do. É ele o único que anuncia quantosminutos faltam para a largada e quandoela pode ser dada em todos os GPs deFórmula-1.

Pneus Michellinpassam no testePierre Blanchet, supervisor esportivo

da Michellin — única fabrica de pneusque está trabalhando nos GPs de Fór-mula-1 até a Argentina —, disse que osseus pneus passaram no teste de ontem,afirmando que, apesar do calor, eles "seportaram de maneira excepcional e nâohá nada a ser modificado".

Como maior exemplo de que os pneusestão bem, é que o primeiro colocadoanteontem, o argentino Carlos Reute-mann, treinou com pneus usados e obte-ve o tempo de Im37s48, novo recordeextra-oficial do circuito.

Talvez por isso, Blanchet, que nor-malmente é multo simpático, estava aln-da mais solicito ontem. Ria com todomundo e fazia questáo de cumprimentarquantos chegassem perto do grupo deboxes (de 16 a 19) onde está instalada aMichellin no autodromo.

Blanchet afirmou que a entrega dospneus termina hoje, com a chegada demais 110 pneus, provavelmente pela ma-nhã, antes de começar o treino, comple-tando o número de 900 para as 16 equi-pes que participam do GP do Brasil deFórmula-1. Segundo ele, todas as equi-pes recebem "pneus absolutamenteiguais".

Com isso, a estimativa de Blanchetde que seriam distribuídos cerca de 800pneus no GP do Brasil ultrapassou umpouco, mas nem por isso suas preocupa-ções estáo terminadas, pois depois doGP da Argentina tem que recolher todosos pneus usados nos três GPs para queeles voltem à França, por duas razões. Aprimeira, alfandegária, já que todos ospneus que saem do pais têm que voltar;e a outra porque os pneus são usados emtestes para melhorar o nível do material.

Wells treinasalto com motoGary Wells, que no sábado, depois do

treino oficial, vai saltar com uma moto-cicleta sobre 30 carros ou mais — aindanào é conhecido o número ao certo — fezontem pequenos testes na reta dos bo-xes do autodromo, apenas para colocar asua máquina em funcionamento.

Louro, cerca de l,70m e com cicatri-zes espalhadas em todo o corpo, princi-palmente nas pernas, ele fez com quealgumas pessoas se reunissem para veras suas exibições. Primeiro, andou pou-cos minutos, quase só apoiado na rodatraseira.

Depois, Wells retirou-se rapidamentedo autodromo, dizendo estar apressado.Duas horas mais tarde ele voltou, vestiunovamente o capacete vermelho e foipara a pista.

Como todos já o conheciam, por cau-sa das rápidas acobracias na parte damanhã, juntou muita gente para vê-lo.Ele começou andando numa roda. Emseguida, deu arrancadas violentas, fezcurvas apenas sobre a roda traseira edirigiu de costas para o volante. Mas, aodeixar a pista, os comentários náo eramde todo favoráveis: "Isso é coisa de ame-ricano", "só um louco pode fazer isso" ou"veja como ele tem cicatrizes".

Chapman esperaestrear o T-88

Depois do ótimo treino na quarta-feira do Lotus T-88 e dos reparos que sefazem necessários no 81, o inglês CollinChapman esteve ontem no autodromo,náo saindo do boxe da Lotus, onde con-versou muito tempo com o desenhistada equipe, Peter Wright. Sobre o T-88 eledisse que há muita discussão, principal-mente porque a maioria das pessoas quefalam sobre o carro não tem conheci-mentos técnicos suficientes para fazê-lo.

Chapman disse que espera uma res-posta oficial sobre a situação geral deseu carro até a manhã de hoje, depoisdisso, vai começar a prepará-lo para acorrida, já que ele tem muitas esperan-ças de fazer a estréia de seu revoluciona-rio carro domingo, no Autodromo deJacarepaguá.

O treinoSobre o treino de anteontem, ele dis-

se que o carro foi multo melhor do queem Long Beach, mas que isso estavadentro dos planos da equipe, que já estáficando mais experiente em mexer com amáquina, suspensão e aerodinâmica docarro, completamente novos, o que difi-culta um pouco.

Para Chapman, no caso de o carroconseguir treinar hoje na parte da tarde,ele deve ficar entre os primeiros coloca-dos, melhor do que no treino de anteon-tem, já que os acertos se limitam apequenos detalhes, que ele não quis re-velar.

Com 52 anos, há 28 construindo car-ros e causando problemas por seus pro-jetos revolucionários, Chapman disseque vai continuar a pensar sempre nafrente, Já que "o importante é o desen-volvimento do automobilismo".

Mesmo com esse pensamento, ele cri-ticou as pessoas que dizem que ele estásempre o mais próximo possivel do liml-te, tanto do carro quanto do piloto, fa-lando que "para essas pessoas nào tenhonenhuma palavra", com um ar de me-nosprezo.

Muito animadoChapman continua muito animado

quanto às possibilidades de seu carro serconsiderado legal e, para isso, ele sebaseia no Tribunal de Atlanta, que ojulgou dentro do regulamento depois dacorrida de Long Beach, onde ele foi proi-bido de correr.

— Lá em Atlanta ele foi realmentejulgado por pessoas que conhecem, alémdo regulamento, toda a mecânica doscarros de Fórmula-1, e foi consideradolegal. Por isso, acredito que aqui, se ojulgamento for feito dentro das especifl-cações do regulamento e baseado emconhecimentos técnicos, ele será apro-vado.

Ao saber que o seu carro foi o primei-ro a ser vistoriado ontem pela manhã,ele procurou ouvir a opiniào de BrunoBunetti, chefe da Comlssáo Técnica,mas acabou dizendo que "isso tudo vaiacabar e o meu carro vai correr. Foram18 meses de trabalho e, agora, vamosrecomeçar a ganhar corridas".

Rogério fteit

Pilotos da Tyrrellacompanham mecânicos

Apenas os dois pilotos daTyrrell, o norte-americano Ed-die Cheever e o argentino Ri-cardo Zunino, estiveram on-tem no autodromo de Jacaré-paguá acompanhando o traba-lho em seus carros. Zunino,autor de um dos piores temposno treino de quarta-feira, disseque o primeiro contato com aequipe foi bom e que o carroprecisa melhorar para que elepossa obter um bom lugar naclassificação de hoje eamanhã.

Cheever, mais tranqüiloquanto à sua classificação en-tre os 24 carros que largaramdomingo, disse que o proble-

ma geral vai ser com relaçãoao calor. Segundo ele, todosváo sofrer bastante com a tem-peratura elevada, principal-mente os carros-turbo, que de-senvolvem mais velocidadesob temperatura amena.

Para Cheever, o fato deAlain Prost ter feito o segundotempo no treino livre de quar-ta-feira não quer dizer que seuRenault vá repetir a dose nostreinos classiflcatórios ou mes-mo na corrida, pois, para ocarro suportar as quases duashoras de duração de um GP, ènecessário que se tire maispressão do turbo, o que o fazperder velocidade.

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ii 1Eloir Maciel e

Fernando Paulino Netoe Mára Bentes

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Embora a decisão oficial sóseja divulgada hoje pela ma-nhã, quando a Comissão Des-portiva chegar a uma conclu-sào sobre a inspeção dos últi-mos carros, é quase certa aparticipação do controvertidoLotus T-88 no GP do Brasil deFórmula-1, a ser corrido do-mingo, no autodromo de Jaca-repaguá.

O comissário técnico BrunoBrunetti, italiano radicado emSào Paulo, responsável pelavistoria dos carros, disse ex-tra-oficialmente que considerao Lotus T-88—o primeiro a servistoriado ontem — legal e quevai liberá-lo. Sua decisão, noentanto, será apreciada pelaComlssáo Desportiva, e umdos componentes desta, o bra-sileiro Clóvis Mendonça, tam-bém revelou, extra-oflcialmen-te, que é favorável à participa-çào do carro na corrida de do-mingo.

A decisào sobre a participa-çáo ou nâo do Lotus T-88 náofoi possivel ontem porque Bru-no Brunetti nào terminou avistoria em todos os carros edevido à ausência dos comis-sários desportivos Rafael Sier-ra e Osvaldo Ferrero, ambosda Argentina, que nào chega-ram ao Rio. Brunetti encerroua vistoria às 18 horas, faltandoainda seis carros.

O primeiro a ser vistoriadofoi o Lotus T-88 e até as16h40m apenas os boxes daFerrari, MacLaren, Arrows eBrabham haviam recebido avisita de Brunetti. A tensãoera grande no pátio, com todosaguardando a decisão do co-missário técnico sobre o carrodo Inglês Colin Chapmann.

Quando percebeu que nâohaveria mais tempo para vis-toriar todos os carros, Brunetticomunicou o fato ao pequenoescritório da Federaçào Inter-nacional de Esportes Automó-bilisticos (FISA), onde já esta-vam' os comissários desporti-vos brasileiros Clóvis Mendon-ça, José Luis Miloski e AlceuLeal.

A solução fqi adiar o restan-te da vistoria para hoje. Elaterá inicio às 8h e termina umahora depois. O carro que náoestiver pronto para ser visto-riado estará proibido de parti-cipar de todos os treinos cias-slficatórios. A única chanceque terá de correr é se o grid

nào for completado com 24carros.

LOTUS CORREi

O fato de o próprio BrunoBrunetti achar o carro legal econsiderar os •'julgamentosanteriores prematuros, pois oLotus T-88 está bastante avan-çado tecnicamente e dentro doregulamento", deixa ColinChapmann e sua equipe quase .certos da participação do car-ro na prova de domingo. Bru-netti já afirmou que vai libera- 'lo.

A Comissão Desportiva éformada por cinco pessoas' e !uma delas, Clóvis Mendonça,afirmou ontem que a tendèn-cia é de a decisào seguir aposiçào de Bruno Brunetti em99 por cento. Essa afirmaçãotambém dá quase a certeza deque o carro estará fazendo ostreinos classiflcatórios de hojee amanhã, pilotado pelo Itália-no Elio de Angelis.

Se o Lotus T-88 for aprova-do, as outras equipes tém duashoras para apresentar protes-to, o que também nâo impedeo carro de participar da corri-da, porque eles sâo Julgadosdepois, deixando o resultadoda prova sub Judice. tf

O advogado da Lotus, Ro-*'bert Hinerfeld, chegou ontemde Los Angeles para acompa-nhar o caso e acha dificil que ocarro nâo participe da prova^baseado no que ocorreu emLong Beach. Lá houve doisprotestos: um da Ferrari,apoiado num item do regula-mento que sugere que o carro'nào pode ter dois chassis, eoutro das outras equipes queencamparam o da Ferrari, .acrescentando que havia irre-gularidade na suspensãomóvel.

A Comissão Desportiva doGP dos EUA só Julgou o daFerrari e a Lotus perdeu de 3 a2. Em Atlanta, o comissáriocanadense Roger Teart, que,.havia votado contra a Lotus,disse que não poderia fazê-looutra vez, porque o carro élegal. A Lotus venceu por 3 a 0.Se depender de Brunetti, a Lo-tus terá outra vitória no Rio,pois, segundo ele, Chapmann*um gênio e está Inclusive *.„,frente dos regulamentos, sem-,.feri-los.

Vistoria cria climade tensão nos boxes

A tensão do construtor ColinChapman, antes da decisão daComissão Desportiva do Gran-de Prêmio Brasil de Fórmula-1de concluir hoje a inspetoriados carros, mostrou o climareinante no Autodromo ontemdesde às 9h da manhã até ocomeço da noite.

Chapman foi proibido departicipar da reunião, jà queera parte interessada, e apesardos pedidos para que ele en-trasse, um dos responsáveispela segurança barrou sua en-trada na sala.

Com a proibição, Chapmanficou observando a reuniào pe-Ia porta de vidro, mas acaboupreferindo afastar-se, Indo pa-ra junto do desenhista do T-88,Peter Wright, que estava tam-bém preocupado.

Enquanto, na sala, tudo eramistério, surgiu do lado de forao boato — mais tarde confir-mado de que Bruno Brunettiera favorável ao carro. Nessemomento, Chapman foi cerca-do por jornalistas, mas nadadeclarou, limitando-se a per-guntar o que estava aconte-cendo, sempre perto de PeterWright.

Chapman chegou ao Auto-dromo por volta das I6h30m,depois de ter estado lá pelamanha para vistoriar o carro elogo começou a conversar se-guidamente com o presidenteda FOCA Bemie Ecclestone, eo maior contestador do T-88,Frank Williams, construtor docarro campeão do ano pas-sado.

As conversas nâo se limita-ram ao confronto de três dosmaiores nomes da Fórmula-1.

Começou com contatos entreos chefes de equipe, principal-mente Jeff Hazell (Williams) ePeter Collins (Lotus), Junta-'mente com Ecclestone, queontem passou quase a tarde*toda no Autodromo.

Os primeiros indícios de queo Lotus T-88 teria chance de -correr aconteceram por voltadas 10h30m. Foi no momentoem que Brunetti acabou devistoriar o Lotus T-88.

Peter Wright foi rapidamen^,,te até Brunetti e perguntou se í •estava tudo certo. Ele disseque sim, "menos esse pequenodetalhe", apontava para a par-te de trás — e saiu. Wrightficou no boxe com um ar de 'contentamento.

Mas, na parte da manhã,também, é que as informações' *foram mais desencontradas.Primeiramente, a vistoria foi"prejudicada porque os carros -nào estavam montados e issogerou uma série de dúvidas.Houve quem assegurasse queo Lotus T-88 já estaria aprova-do, enquanto outros diziamque ele náo Iria correr. Alémdisso, de 10 em 10 minutos,dizia-se que a decisão estaria"para acontecer, em locais é*1"*com pessoas das mais dl-versas. ¦¦¦X.

Com isso tudo, o autodromo "viveu um dia de mistério edúvida, confirmando toda a fa-ma que o carro trouxe dos Es-tados Unidos: contraditório, „.revolucionário, misterioso euma série de adjetivos que ca-da um que passa pela garagemda Lotus aplica, conforme,ache melhor.

Andretti prevêótima atuação

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, •^¦s~'..m*minmiMei*n!mmmmBimKmmimmmmniiiiNwme^ . .^mn^^éétmtM&M&iíXfryyyyAcompanhado de Sílvia, Fiquet esteve no box, onde conversou com Eccléstómne

Como Mário Andretti che-gou a estar entre os primeiroscolocados no treino livre, dequarta-feira, a primeira inicia-uva da equipe Alfa Romeo on-tem à tarde foi circundar aentrada dos boxes com umafita, para evitar a aproximaçãode curiosos, na hora em quecolocaram os motores para vi-rar. Os trabalhos no carro deAndretti seguiram até à noiti-nha, pois todos estáo acredi-tando que ele ficará entre osmelhores tempos de hoje.

O trabalho ontem à tarde foiorientado por Cario Chitl, umdos principais chefes da equi-pe e desenhista do carro, queesteve ouvindo com atenção obarulho do motor do carro deAndretti e ficou satisfeito, poisele pareceu estar no ponto.Chitl, após pedir que fechas-sem os ooxes aos curiosos, nâo

quis falar sobre as condiçõesdo carro.

Andretti, campeão da tení-,hporada de 1978, fez, em 79 e 80; **campanhas com o Lotus, Indo - -para a Alfa Romeo, no final do - • ¦ano passado, como o homem ¦•que poderá dar o titulo doMundial de Construtores àequipe que voltou à Fórmula-1nos meados de 79, após umafastamento de quase 30 anos.

O carro de Bruno Giacomelli,..também sofreu uma revisáou.ontem e, como ele nào havia -feito bom tempo no treino livre,' ¦".de quarta, os mecânicos de*-^.montaram as suspensões e tra- Zbalharam bastante nele. Fo-".ram obrigados a remontá-las''"'¦rapidamente para que o carro 'fosse revisado e aprovado pelaComissão Desportiva do OWS!Ido Brasil.

JORNAL DO BRASIL Q " sexta-feira," 27/3/81 rgpl* Caderno

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ESPORTE— 25

Borolooo/UPI

O primeiro conforto de Quini foi o reencontro com a mulher

Carinho da torcida faz Quinichorar na volta aos treinos

¦... Barcelona — Com um respeitoso gesto de-. cabeça e lágrimas nos olhos, o centroavante^<Quini agradeceu os aplausos de mais de 3

. mil torcedores do Barcelona que compare-. jceram ontem ao Estádio de Nou Camp para

., vê-lo treinar pela primeira vez, depois de. passar 25 dias angustiantes em poder de

três seqüestradores, na cidade de Sara-goça.- A policia prendeu Miguel Diaz e José

< Eduardo Sendino, que vigiavam Quini nacasa de Saragoça, mas um terceiro seques-

. trador fugiu possivelmente para a Suiça.Foi justamente a policia suíça que deteve.

aem Genebra, o chefe dos seqüestradores,r,Victor Manuel Diaz que, depois de retirar de

um banco parte da quantia do seqüestro,tentava fugir para Paris. Foi ele quem indi-cou a casa em Saragoça onde Quini estava""detido.

Um dia feliz— Este éodia mais feliz da minha vida —

disse Quini. poucos minutos antes de come-çar o treino. — Primeiro, a alegria de reverminha família e principalmente minha mu-

lher, Maria de las Neves. Náo há palavrasque possam expressá-las. Depois, o carinhoda torcida.

Quini perdeu cinco quilos durante o tem-po em que esteve preso, porque sua alimen-taçáo era irregular e a tensào muito gran-de. Mas disse que os seqüestradores, dosquais nunca viu o rosto, o trataram bem easseguraram que sua vida náo corria peri-go. Apesar de tudo, não esconde que houveum momento em que pensou até em sui-cidar-se.

Durante 45 minutos, Quini fez exercíciosfísicos e deu alguns chutes. Disse que tinhamuita vontade de defender o Barcelona noimportante jogo de domingo, contra o RealMadri, mas que dificilmente terá condiçõesfísicas parafazè-lo. A cinoo rodadas do fimdo Campeonato Espanhol, o Barcelona tem36 pontos — um a mais que o Real Madri,mas quatro a menos que o Atlético de Madri,que é o líder.

Os jogadores do Barcelona disseramque, mesmo que Quint nào possa jogar, suasimples presença física no banco de reser-vas ou nas cadeiras constituirá um grandeestímulo para todo o time. Já no estádio do Barcelona, o abraço do companheiro Schuster

Edinho se recusa a enfrentar o VitóriaROTEIRO

WindsurfQs organizadores do Grande

Prêmio Itaú de Windsurf, mar-cadp para amanhã, em frenteas praias do Arpoador, Ipane-ma e Leblon, acreditam quemàls de 300 iatistas vão dispu-taf'a prova, que terá comoprêmio principal passagensaéreas Rio-Paris-Amsterdã pa-ra-os vencedores nas catego-rias, masculino e feminino.

Çerào sorteadas cinco pran-chás da marca Oflshore entreos inscritos, sendo que os iatis-tas^que se dispuserem a colo-carflim adesivo do evento emsuas velas concorrerão ao sor-tero de mais cinco pranchas.ApJôs a prova, haverá uma ses-são de uma lh30m de filmescom shows de Peter Framp-ton, Earth, Wind and Pire eSupertramp, além de queimade fogos de artificio.

Basquete

A'realização do torneio dosCampeões de Basquete, dias 2,3 e 4 de abril, no Maracanãzi-nho. segundo Ronaldo Vale Si-mões, vice-presidente opera-cional do Baneij, que o promo-ve," oferecendo um prêmio deCrS 1 milhão ao vencedor, éuníá ação no sentido de pro-mover um esporte que é bi-caflípeão mundial, 23 vezescampeão sul-americano e trêsmedalhas de bronze olímpica.O prêmio ficará em Cadernetade-Poupança bloqueiado du-rante um ano.

Foram convidados para otorneio Vasco, Tênis Clube, deSãorJosé dos Campos, Ginásti-co, de Belo Horizonte, e JóqueiClube, de Goiás, marcada parasábado, às 15h30m.

Ronaldo Simões justifica oesforço do Banco em promoveruma, competição como sendoantes de mais nada uma formade chamar a atenção do públi-co para um esporte que tem asegunda preferência no Brasil,depois do futebol.

— Quando o Banerj dá umprêmio de Cr$ 1 milháo ao clu-be campeão ele está pensandoem- juntar-se àquele clube,conviver com ele por dois, trêsanos ou mais, que é o tempoem que a Caderneta vai geraros recursos que serão aplica-dos, nas divisões inferiores,abrindo escolinhas, permitin-do b aparecimento de novosvalores.

"Caça SubmarinaFlorianópolis — Com uma

temperatura média da águaem tomo de 22 graus, começahoje. às 9h30m, a primeira pro-va do 13° Campeonato Mun-dial de Caça Submarina, naIlha do Arvoredo, a 6 milhas dedistância da costa norte daIlha' de Santa Catarina. O Bra-sil é um dos favoritos, ao ladode França, Espanha, Itália, Ar-gentina e Chile. Molinari, titu-lar, ,da equipe brasileira, estáfortemente gripado, mas suasubstituição por ManoelMarcai até ontem não tinhasidp decidida.

Maratona

A Corja promove hoje. às20hS0m. no auditório da Uni-versidade Santa Ursula, emBofáfogo, um simpósio duran-te o qual seráo proferidas trêspalestras abordando a Marato-na de Honolulu. o uso dos sa-patos de corridas e a técnicade corridas.

oJ

Embora se disponha ainda a aguardar um comunica-do do francês Henry Rocca-Serra, o vice-presidente defutebol Rafael de Almeida Magalhães considerou encerra-das as negociações para a venda de Edinho ao Olympiquede Marselha e pretende Iniciar entendimentos com ojogador para a renovação de contrato com o Fluminense.

Contudo, deixou claro que pode ter havido um malen-tendido quanto ao prazo dado e acha ainda provável atransferência do jogador, que ontem se recusou a enfren-tar o Vitória, amanhã à tarde, em Salvador, por causa daindefinição de sua situação, e sobretudo porque náo quisassinar compromisso provisório e assim se vincular aoFluminense.

Apesar de náo ter ido ao clube, Rafael explicou quena véspera enviara telex a Rocca-Serra disposto a fecharnegócio em 24 horas, já que todos — dirigentes e o Jogador— queriam logo resolver a questáo. Entretanto, o prazo seencerrou ontem às 18h, e o dirigente acha que pode terhavido problema de horário para a resposta, pois ofrancês confirmara o interesse na véspera.— Posso afirmar oue agora podemos chegar a conver-sar com o Edinho para a renovaçáo do contrato. Antes,havia o interesse e o próprio jogador queria se transferir econcordamos com a venda. Agora, em principio, já nâo hámais o interesse, e já podemos iniciar entendimentos paraa renovação. Acontece, porém, que por uma questão deflexibilidade eles podem voltar à carga e então reataria-mos a negociação. Para mim, tanto faz: se vendermos oJogador, tudo bem; se renovarmos seu contrato, melhorpara o time.

Os dirigentes do Fluminense aguardaram Edinhoontem para tentar convencê-lo a jogar amanhã contra oVitória com uma minuta do contrato. O presidente SilvioKelly chegou mais cedo às Laranjeiras para resolver asituação e ainda que não demonstrasse, causou malestaro não comparecimento do zagueiro ao clube, já que seusogro e procurador afirmara que Edinho jogaria peloFluminense se tivesse definida ou náo a venda para oOlympique. Pelo contrato, Edinho receberia entre luvas eordenados mais de CrS 1 milháo.

Gaúcho suspenso levaBotafogo a enfrentarMisto com Luís Cláudio

A suspensão do zagueiro Gaúcho, por dois jogos,surpreendeu o Botafogo, obrigando o técnico Paulinho deAlmeida, que já o tinha escalado para a partida com oMisto amanhã, a substitui-lo à noite por Luis Cláudio.A delegação do Botafogo embarca esta tarde, às 14h,para Cuiabá, com o time já escalado: Paulo Sérgio-Perivaldo, Luis Cláudio, Zé Eduardo e Lima; Rocha!Ademir Lobo e Mendonça; Ziza; Mirandinha e Marcelo.A punição de dois jogos imposta ao zagueiro Gaúchopelo Tribunal da CBF surpreendeu o Botafogo porque ojogador era tido como primário, ao contrário de Perival-do, julgado na terça-feira e que, apesar de reincidente,recebeu suspensão por apenas um jogo, que jà tinhacumprido.

O técnico Paulinho de Almeida foi um que se sur-preendeu, tanto que tinha treinado Gaúcho entre ostitulares nos dois coletivos que promoveu durante asemana e incluído na delegação que viaja hoje paraCuiabá. Para os jogadores, especialmente os mais anti-gos, a suspensão de Gaúcho foi recebida com certanaturalidade, de vez que o advogado do clube, AntônioQuintela, raramente consegue absolver um jogador nostribunais.

Como o técnico Paulinho de Almeida somente soubeda notícia à noite, foi, por isso, obrigado a se comunicarcom o clube indicando Luis Cláudio para substituirGaúcho e Osvaldo para viajar na reserva.

RESULTADO DO SORTEIOSUPER PLANO CBF

Veja aqui os números do último sorteio do Super PlanoCBE Cada um desses números foi contemplado com um

(li prêmio de cada uma das séries A, B, C, DeE,totalizando 15 VW Gol, 5 motos Honda, 15 tevês

a cores Sharp e 15 bicicletas Caloi.

Flamengo recusavenda de Adiliopara o Olimpique

O presidente do Flamengo,Antônio Augusto Dunshee deAbranches, afirmou ontemque 'seu clube nâo venderáAdilio e Marinho, pretendidospelo Olimpique de Marseille,bem como Rondinelli, que estános planos de Osvaldo Bran-dáo para disputar o Campeo-nato Paulista pelo Corintians.

O dirigente explicou que nomês passado esteve com Roc-ca-Serra, representante doOlimpique, ocasião em que tu-do ficou acertado, inclusivecom os jogadores. Entretanto,depois que tudo estava resolvi-do. Serra desapareceu e nãodeu mais notícias. Agora, sevoltar à carga, nâo será maisrecebido na Gávea.

A CARTA— Para ser mais preciso, fui

procurado por Rocca-Serra nodia 25 de fevereiro, na vésperado Baile Vermelho e Preto.Ofereceu-nos 550 mil dólares(cerca de CrS 41 milhões 250mil) por Adilio e Marinho.Mandei-lhe entáo acertar comos jogadores, que receberamuma carta com todos os deta-lhes da proposta. A partir dai,o homem sumiu e agora nãoqueremos mais conversa —disse Antônio Augusto.

Sobre Zico. com quem con-versou em Belo Horizonte du-rante a viagem, o dirigentesentiu boa vontade por partedo jogador em continuar noFlamengo.

—Compreendo perfeitamen-te a preocupação do jogador.Ele sabe que se parar de jogarseu padrão de vida cairá bas-tante. Por isso, quer fazer ex-celentes contratos daqui parafrente e entendemos sua posi-çào, o mesmo acontece com agente. O importante ê que meafirmou sua vontade de per-manecer no Flamengo e todosnós estaremos empenhadospara conseguir com que elefique.

As conversações foram ape-nas superficiais e Antônio Au-gusto não chegou a lhe ofere-cer alguma proposta. Falou so-bre o plano orçamentário queo Flamengo vem elaborando eno momento oportuno apre-

sentará a João Batista, procu-rador do atacante.

Um dos assuntos mais co- 'mentados ontem na Gávea foia recusa de Carpeggiani emsubstituir Edson na partidacontra o Atlético Mineiro. Fa-lou-se que Modesto Bria irialançá-lo na ponta esquerda efoi contestado pelo jogador.

O presidente Antônio Au-gusto, que se encontrava nofosso, disse que não houve estetipo de problema e que apenasCarpeggiani sugeriu uma ou-tra modificação, prontamenteaceita por Bria.

— Ele colocaria Carpeggianino meio de campo, deslocandoAdilio para a ponta esquerda.Tudo isto aconteceu numa fra-çâo de segundo, tão logo veio anoticia de que Edson nâo ti-nha-condições de prosseguir.Foi então que Carpeggiani fa-lou: "Acho que temos que ata-car, o jogo está bom para nós,seria mais aconselhável lançarFumanchu na direita, deslo-cando Titã para a esquerda".Bria concordou e nâo houvequalquer problema entre eles.Estava presente e garanto náoter havido nada. Caso contra-rio já teria tomado as devidasprovidências.BOM RESULTADO

Ontem, na Gávea, todos pa-reciam satisfeitos com o empa-te obtido em Belo Horizonte,porque se o Flamengo vencerseus próximos dois adversa-rios (Colorado e Uberaba), am-bas as partidas marcadas parao Maracanã, passará à próxi-ma fase do Campeonato Na-cional na condição de primeirocolocado do grupo.

Edson, que voltou de BeloHorizonte contundido na per-na e tornozelo, será radiografa-do esta manhã. O médico CélioCotecchia acha que a radio-grafia não acusará qualquerproblema grave, mas faz quês-tão de que seja feita por medi-da de precaução. Cantarele re-tirou o gesso da máo, Andrade,reiniciou os exercícios (teveproblemas nos ligamentos dojoelho) e Rondinelli tambémpassará a treipar gradativa-mente. Mas, á- volta dos trêsainda nâo tem uma data pre-vista.

Vascoantecipaprêmio

O jogadores do Vasco rece-beráo hoje, antes do embarquepara Manaus, Crt 50 mil comoparte do prêmio de Crt 120 milprometido pela classificação à3a fase da Taça de Ouro. Essagratificação antecipada é umaforma de estimular os jogado-res na partida de amanha como Nacional, quando um empa-te já deixará o time classifl-cado.

O restante do prêmio serápago no Rio, antes do jogocom o Galicia e acrescido deCrt mais 30 mil se o Vasco for oprimeiro.do grupo, após estapartida. Ela está marcada pa-ra domingo, em Marechal Her-mes, mas poderá ser antecipa-da para quarta-feira, ainda nocampo do Botafogo, caso a si-tuaçáo do grupo E seja defini-da na rodada de amanhã e osoutros times não dependam doresultado.

O adiantamento que os joga-dores receberão hoje é tam-bém uma forma de compensa-los pelo esforço a que foramobrigados com o amistosomarcado para a Cidade de Ita-coatiara, que será no domingo.Para Isso, o Vasco conseguiuautorização do CND, pois ha-verá um intervalo de apenas 24horas entre o jogo com o Na-cional e o amistoso que o Vas-co fará a 220 km de Manaus. Oregresso ao Rio será na manhãde segunda-feira.

Os titulares voltaram a trei-nar bem e a vencer os reservaspor 4 x 0 ontem à tarde, destavez no campo do América, golsde Roberto, Juan contra e Gui-na (dois). O time está definidocom Mazaroppi, Rosemiro, Or-lando, Ivá e João Luis; Sergi-nho, Guina e Marquinho; Zi-nho, César e Roberto. Para obanco seguem Jair, Brasinha,Léo, Zandonaide, Adriano eSilvinho. O ponteiro Zinho,que vai estrear entre os profls-slonais no lugar de Wilsinho,voltou a fazer um bom treino,tanto nas Jogadas ofensivascomo na tarefa de ajudar omeio-campo, exigida por Za-galo. A delegação viaja pelamanhã e treina à tarde no Es-tádio Vivaldo Lima, em Ma-naus.

O ponteiro Paulo César se-gue esta noite para a Espanha,onde vai tentar seu Ingresso noSevilha, indicado pelo apoia-dor Carlos Alberto. Paulo Ce-sar concordou em fazer umaexperiência no clube espanhol,participando de alguns amis-tosos para mostrar suas condi-ções de ser contratado imedia-temente.

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CURSO MCBMsO 1° da classe.

Campo NeutroJosé Inácio Werneck

EM

Belo Horizonte, por onde an-dei, todos queriam saber se Telèvai ou não vai continuar na Se-leção Brasileira. Perguntavam a

mim, que por minha vez teria pergunta-do a Telê, se o tivesse encontrado: "Telê,você vai continuar na Seleção Brasi-leira?"

Depois do que escrevi aqui na terça-feira, a propósito do salário do Telè,muita gente veio conversar comigo. E eupreciso explicar que o salário do Telê éum dos dados do problema. Não o único.Disse eu naquela crônica que não com-preendia que a CBF pretendesse fazereconomia com o salário do técnico.

Por que eu disse tal coisa? Por vá-rios motivos. A primeira é que a CBFestá empenhada em ganhar a Copa doMundo. A segunda é que a entidade temdinheiro. Náo chega a ser uma entidadeem processo de falência. A terceira éque, tendo dinheiro e tendo vontade deser campeã, ela pretende contratar'omelhor técnico do Brasil. A intenção daCBF não é contratar o pior nem o maisou menos. Quer o melhor.

Se pensarmos em tudo isto, só pode-mos chegar á conclusão de que, apesarde tudo o que se tem dito, o salário náo éo maior problema. Como treinador maisimportante do Brasil o técnico da Sele-ção deve ganhar nela pelo menos tãobem quanto pode ganhar em um clube.A CBF deve estar consciente de tal e nãovai contrariar a lógica dos fatos. Serialoucura arriscar-se a perder um títulode campeã do mundo por pagar menosdo que o Atlético Mineiro.

O salário não é o grande problema.O grande ou maior problema está den-tro do próprio Telê. Minha impressão éde que ele está em dúvida se continua, ouse desiste. Muitos dirão que desistir se-ria burrice, atirando pela janela oportu-nidade de ser campeão do mundo. Masconvenhamos que a possibilidade doBrasil ser campeão é de uma entre qua-tro, pois pelo menos Argentina, Espa-nha (como dona da casa) e Alemanhaserão igualmente candidatas sérias.

Já em Belo Horizonte, as possibüi-dades de Telê ser campeão com o Atléti-co são de 50%. Com a vantagem de que,se não for campeão, será vice. Não éoutra a história do campeonato minei-ro. Ganhar 1 milhão por mès para aomenos ser vice e desfrutar de uma vidapacifica, a 10 minutos de seu sítio — eisacenos aos quais o temperamento deTelê Santana não volta as costas assimtão facilmente.

TELÊ

não é o técnico ideal, embo-ra seja muito bom. Técnico idealnão existe e Telê tem diversasqualidades. Fez uma boa campa-

nha no Mundialito e uma boa campanhanas eliminatórias, depois de ser pratica-mente ridicularizado. Classificou o Bra-sil e organizará um time com reais con-dições para ganhar a Copa do Mundo seconsertar três ou quatro deficiênciasque nele ainda existem — entre elas umgoleiro realmente confiável (Raul estáem ótima forma e, demais, é loucurainsistir em só dois goleiros), a ausênciade Falcão no meio-do-campo, a escala-ção de um ponta-direita de verdade.Diga-se que pelo menos o último proble-ma já começou a ser atacado, com aconvocação de Paulo César e a experiên-

. cia com Zé Sérgio.Falcão é indispensável, entre outras

coisas porque sabe chutar de fora daárea, virtude que, como se viu mais umavez no jogo Atlético x Flamengo, não seinclui no repertório de Toninho Cerezo.Abro parênteses para alegrar-me com anotícia dada pelo procurador de Falcãode que o jogador está disposto até aperder dinheiro para disputar a Copa doMundo pelo Brasil. Não será necessáriotanto. Pelo seu contrato com o Roma,Falcão já tem direito de se apresentar ànossa Seleção 30 dias antes do embar-que para a Copa. Bastaria à CBF nego-ciar mais 30 dias com o clube italiano.Sessenta dias me parecem o prazo idealpara a preparação do Brasil (mais doque isto é contraproducente) e Falcão,apresentando-se ao início dela, não teriapor que esperar qualquer objeção deTelê Santana. Quanto a Zico, se for parao Milan, pode-se incluir desde já os 60dias em seu contrato.

Os problemas existem mas não sãodifíceis de resolver. Difícil é saber exata-mente o que se passa na cabeça de Telè.

DE PRIMEIRA: Hoje, a partir das20h30m, no auditório da UniversidadeSanta Ursula (Rua Fernando Ferrari n°75, em Botafogo), Simpósio e Assem-bléia-Geral da Corja. No Simpósio serãoexibidos filmes e slides da Ia MaratonaAtlántica-Boavista, dia 15 de novem-bro do ano passado, seguindo-se pales-trás de Leduc Fauth sobre técnica decorridas e de Yllen Kerr sobre calçadospara corridas.

Telê proíbe torcida nos treinos da SeleçãoGoMnlo/AImi, Vtlgo

mmJoão Saldanha

0 juiz era brabo

O

Coríntians foi des-classificado para aúltima etapa doCampeonato e eu

não gostei. Gosto de ver asgrandes finais e o Coríntiansfaz muita falta. Teve proble-mas com seu time, problemasinternos e a falta de seu arru-mador de jogo e melhor joga-dor, Sócrates. E outros doisgrandes clubes, dos maiores emais populares do Brasil, en-traram para jogar. Se o Atlé-tico perdesse também estariafora do páreo. E o Flamengo,seriamente complicado, nocaso da derrota. Mas comojoga as duas últimas em casateria ainda as condições de irbuscar um bom resultado. Ocaso é que o Uberaba e oColorado estão bem e motiva-dos por seus êxitos. Veio ojogão de Flamengo e Atlético.Uma escrita se notava fácil-mente nos últimos jogos: avitória, mesmo apertada, so-frida, sempre era para o timeda casa. Um errinho do juiz,daqueles da coação irresistí-vel, o entusiasmo contagianteda grande massa e não davaoutra coisa: o time da casa.

E no jogo de quarta-feirame senti naquela posição:não quero que o veado morranem que a onça passe fome.Uma final sem Coríntians,sem o Flamengo, sem Atlético,só faltaria o Internacionalcair do andaime. Mas este es-tá garantido. Pensem bem.Não se trata de nenhum favo-recimento aos grandes clubesbrasileiros, mas o curioso éque eles, exatamente por se-rem grandes, grandalhões,têm sido os mais prejudica-dos. A programação da Sele-ção Brasileira foi fatal. Acoincidência com os jogos eli-minatórios colocou aquelesclubes em serííssimas dificul-dades. Os cobrões de fora nos

jogos importantes. O erro foinosso. Nacional. O calendá-rio internacional já estavafeito há muito tempo. Doisanos antes. Nossa imagina-ção não funcionou bem. Ver-dade que o jogo da Bolivia, noaltiplano, obrigou a quase tu-do isto. Prejuízos incalculá-veis. E na hora do jogo, acada instante, eu pegava nolápis e fazia cálculos. Me pa-receu, apressadamente, que avitória do Atlético seria me-lhor e fiquei prestando maisatenção aos erros e acertosdo time. Como joga o Reinai-do! Sozinho na frente fez odiabo e levava à loucura Pe-reira, Marinho, Raul e todo omundo. Depois, Reinaldo vol-tava para buscar jogo paraele mesmo. Faltava alguémpara armar. Só Cerezo, muitomarcado pelo Vitor, não da-va. O Atlético, inflamado porsua necessidade de ganhar,adotou o lema de ganhar dequalquer jeito. E o Heleno fi-cou no banco para o Chicàobotar a banca e ditar as or-dens. Quem iria passar a bolapara o Reinaldo? Verdadeque faltou sorte em duas ve-zes. Para o Flamengo tam-bém. O jogo era bem igual.Dois grandes times porquetêm grandes craques. Ficavadifícil para o Zico porque oTitã preferia a briga. Tam-bém para o Luizinho sair jo-gando porque o Marcos sóqueria bater. Cerezo capri-chava, Chicão destruía. Doistimes iguais. Muito parelhos.Jogador por jogador, empate.A vantagem é sempre a dotime da casa. Não ganhouporque ficou com 10. O juizera brabo. Nota: o Éder écraque. Faz tudo muito bem ecom incrível facilidade. Ain-da não optou se vai ser mes-mo craque em futebol ou nabriga.

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Goiânia — O púbUco estáproibido de assistir aos treina-mentos da Seleção Brasileirapara a partida de domingo, noEstádio Serra Dourada, contraa equipe da Venezuela. O trei-no flslco, hoje pela manha, e ocoletivo técnico marcado paraa parte da tarde serão realiza-dos no Serra Dourada comportões fechados.

A proibição foi decidida on-tem, em reunláo de que parti-ciparam Medrado Dias, diretorde Futebol da CBF, GilbertoAlves, presidente da Federa-çáo Goiana, e Evaldo Vaz, pre-sidente da Fundação Goianade Esportes. A iniciativa par-tiu da CBF, atendendo solici-taçáo do técnico Telê Santana,que considera a presença dopúblico prejudicial nos treina-mentos.

— Acho que o público preju-dica, porque exige da Seleçáoo mesmo ritmo de jogo, quan-do os jogadores estáo em cam-po apenas para treinar. E aparticipação critica da torcidaacaba irritando os jogadores.INDEFINIÇÃO

Como.de hábito, o treinadorda Seleção recusou-se a adian-tar a equipe que. enfrentará aVenezuela domingo. Destavez, alega como causa de suaindefinição a ausência de Ba-tista, Edeváldo, Pita e Pedri-nho, que ainda nâo se haviamapresentado, assim como Rei-naldo, que perdeu o avião emBelo Horizonte. Admite aindaque Juninho possa vir a serutilizado por seu clube, a Pon-te Preta, amanhã, em partida

Marcos Penidopela Taça de Ouro. Acredita,contudo, que os titulares, iibe-rados para defender seus clu-bes, devam apresentar-se emperfeitas condições, permitln-do-lhe escalar o time que ini-

,clou a partida contra a Boli-via: Valdir Peres; Edeváldo,Oscar, Luisinho e Júni»r; Ba;tista, Sócrates e Zico; Titã.Reinaldo e Éder.

Telê assistiu ao jogo Atléticox Flamengo e considerou a ex-pulsâo de Chicão e a saida dePalhinha fundamentais para a,melhora do time mineiro.

Mas o fato é que a vitóriadeveria ser do Flamengo, pelaqualidade do primeiro tempoque fez e, sobretudo, por terapresentado, no cômputo ge-ral, maior volume de Jogo. i

O técnico da Seleçáo admi-tiu como preocupantes as nê-gociaçòes envolvendo as ven-das de Zico e Edinho para oexterior. Sâo, a seu ver, joga-dores fundamentais para a Se-leçào Brasileira, principalmen-te Zico. a quem considera omelhor do país na posiçào.

Mas não posso colocar-mecontra a venda deles, porquereconheço o direito de ambosde fazer a sua independênciafinanceira. Só me resta elogiaro esforço do Flamengo paramanter Zico no Brasil

Telè foi enfático ao afirmarque nào arreda um tostão dasua proposta para renovarcom a CBF; 13 meses de con-trato, na base de CrS 1 milhãopor mès. com CrS 6 milhõesadiantados, e prêmios em'dobro.

Zico se diverte com a animação do conjunto de forró no aeroporto

Zico já admite ficar no FiaSe nas entrevistas anteriores Zico achava

difícil continuar no Flamengo, ontem ele jáapresentava opiniáo diferente. Após umareunião com o presidente Antônio AugustoDunshee de Abranches, no Rio, ele deu aentender que deve acertar novo contrato como Flamengo.

Finalmente o Flamengo entendeu minhaposição. Sou um profissional e náo estoupedindo nada de absurdo. Não tenho culpa seum clube estrangeiro, no caso o Milan daItália, está interessado em me contratar.

AlegriaZico parecia muito mais animado do queantes, talvez pela possibilidade de continuar

no Brasil e no Flamengo, ganhando um sala-rio compatível com o seu valor.Nào escondo que estou feliz por teraberto uma possibilidade de acordo com oFlamengo. Ê claro que sou profissional e nào

posso esquecer o aspecto financeiro na horade uma decisão •dessas. Mas, como já disse,parece que o Flamengo entendeu a minhasituação e abriu uma porta para a nego-ciaçâo.

Sobre a Seleçáo, Zico acha que o jogocontra a Venezuela, último da fase de classifi-cação, serve de despedida e, ao mesmo tem-po, de preparação para a equipe que breve-mente vai excursionar à Europa, enfrentou-do adversários de categoria:Acredito numa boa apresentação daSeleção Brasileira diante da Venezuela, ape-sar de já estarmos classificados. Esse jogoservirá, inclusive, de preparação para aspartidas importantes que faremos em maiocontra os mais fortes times europeus, os mes-mos que vamos enfrentar durante a Copa daEspanha.

Na opinião de Zico, o Flamengo só nàovenceu o Atlético na quarta-feira por causado egoísmo de Nunes, no lance em que chutouna trave de Joáo Leüe. Segundo Zico. Nunesnão quis passar a bola para Titã, mais bemcolocado para fazer o gol, uma vez que eleestava quase sem ângulo, porque, anterior-mente, Titã também poderia ter passado abola a Nunes e preferiu o chute de qualquermaneira.Com isso, nós ganhamos um prêmio deCr$ 36 mil quando poderíamos ter recebidoCrS 72 mil. A brincadeira de Nunes e Titãcustou caro.

Forró animachegada dos

Foi uma festa a chegada daSeleção Brasileira a Goiânia.No Aeroporto Santa Genovevaos jogadores foram recebidospor grande número de torcedo-res que a custo eram contidospor um cordão de isolamento,a flm de permitir-lhes a pas-sagem.

O transito dos jogadores noaeroporto se fez ao vigorososom de um conjunto de forró, oForró do Avanço, com seusintegrantes vestidos a caráter

a festajogad

naores

nordestino e cujos númerosapresentados repousavamsempre no mesmo refrão:— O jogo é barbada no está-dio Serra Dourada.

No percurso para o Hotel Sa-mambaia, feito de ônibus, ha-via várias faixas de saudação àSeleção. Em frente ao hotel,contudo, nâo era grande o nú-mero de torcedores, que, pare-ce, preferiram em sua grandemaioria ir esperar os jogadoresno próprio aeroporto.

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JORNAL DO BRASILRio de Janeiro — Sexta-feira, 27 de março de 1981

JORGE ANDRADEO TEATRO POLÍTICO

QUE JAMAISQUIS SER PARTIDÁRIO

SAO

PAULO — Milagre na Ce-Ia, peça escrita por Jorge An-drade no primeiro semestre de1977 e que obteve uma leituradramática no Teatro Ruth Es-

cobar, no mesmo ano, quando foi tam-bém publicada em livro pela Global Edi-tora, só agora consegue sua estréia, mon-tada por um jovem grupo carioca — oGrupo de Barr— que com ela se profissio-naliza. A peça, penetrando o espaço poli-tico, deixa um pouco o esquema históricoe sociológico das obras anteriores de Jor-ge Andrade. O autor, porém, faz questáode deixar claro que seu teatro "é políticoe sempre foi político; o que ele jamaisquis ser foi partidário".

Milagre na Cela — diz Jorge Andra-de — não é politica, se se considerarpolítico o que se convencionou denomi-nar de teatro político. A tortura, paramim, é uma açáo maligna que acompa-nha o homem através de toda a suaaventura. Ele foi torturado no passado, étorturado no presente e, enquanto o ho-mem for o que é, será torturado no futuro.O homem foi torturado no fascismo e foitorturado no nazismo, como também temsido torturado nos gulags soviéticos.

Jorge Andrade insiste em frisar queseu teatro sempre foi político, mas nàonecessariamente partidário:Escrevendo sobre a História do meupaís, tentando registrar o homem brasi-leiro no seu tempo e no seu espaço, euestou sendo político.

Ele pára, respira fundo e se diz magoa-do com aqueles que náo entendem o seíiteatro:

Acontece que neste país de muitossemi-analfabetos, eles confundem teatropolítico com teatro partidário. Para mim.palco náo é palanque e, muito menos,púlpito.

O exemplo de seu famoso texto OsOssos do Barão, peça teatral e posterior-

Uotot gjõjõcaderno

"Escrevendosobre a história.do meu país,tentandoregistrar ohomembrasileiro no seutempo e no seuespaço, eu estousendo político"

mente novela, é lembrado. Neste texto,Jorge Andrade fala da ascensáo do imi-grante Italiano e da decadência das fami-üas tradicionais paulistas.

— A verdade é que eu estava falandode uma nova componente social, a mistu-ra daquelas raças, hoje comandando SàoPaulo e o Brasil. Portanto, um fato politi-co da maior importância.

Por algum tempo, as pessoas ficaramacostumadas a ouvir o nome de JorgeAndrade apenas como autor de televisão:

RrisnüaCOMUNICA

SUA LIQUIDAÇÃO ANUAL50% óo%de DESCONTOULTIMOS DIAS

SOMENTE NA LOJA DO RIO SULRUA LAURO MULLER.116 LJ.201 PARTE B-27

mas ele garante que náo houve nenhumsilêncio de sua parte:Nesse período, eu escrevi Milagrena Cela e O Incêndio, ambas tratando doproblema da tortura. Escrevi tambémoutras peças que, como essas, nâo foramencenadas. Acontece que eu náo concor-do com certos tipos de montagens, taiscomo monólogos e peças com duas outrês personagens, feitas apenas para seganhar dinheiro na bilheteria, mas quenào registram o nosso homem em ne-nhum tempo e multo menos em nenhumespaço. Portanto, de minha parte, nàohouve silêncio. As peças estáo escritaspara serem montadas a qualquer tempo.

Quanto à televisão, o autor acreditaque "é o veículo mais importante danossa era":

Acredito na TV e gosto muito dela.Até agora não tive nenhuma experiênciadesagradável em quaisquer das emisso-ras em que trabalhei. Para a Globo, escre-vi duas novelas — Ossos do Barão e OGrito — consideradas pela crítica dasmelhores coisas já escritas para a TV. NaTupi, escrevi a novela Gaivotas, prêmiode melhor texto do ano, conferido pelaAssociação Paulista de Críticos de Arte.Para a Bandeirantes, escrevi Mulher Dia-ba, sobre o drama do homem do canaviale também considerada das melhores pe-ças do ano. Portanto, estou em paz com aTV.

Jorge Andrade acredita que a torturanão está longe do seu universo:

Antes de escrever outras peças, M,20 anos escrevi O Incêndio, contandouma história de tortura em Santa Catari-na (Chapecó), acontecida em 1950. Por-tanto, há 30 anos. Há 20 anos vêm sendorepetidas frases desconexas de que soumemorialista, mas apenas se trata de'gente que desconhece meu teatro emprofundidade. Milagre na Cela trata de

relacionamento entre torturador e tortu-rada e foi baseada em fato real, poistenho três amigas — uma freira e duaseducadoras — que foram torturadas pelodelegado Fleury. Juntei os três casos emum só. criando a personagem da freiraMadre Joana de Jesus Crucificado.

O mais importante na peça de JorgeAndrade é o fato de que as posições seinvertem, aos poucos, já náo se sabendoquem tortura quem, quando a açáo vai-sedesenvolvendo pelo meio da peça. O dele-gado (Daniel) faz de sua maneira de tortu-rar um ato sexual, chegando a possuirsua torturada que, passivamente começaa torturá-lo mentalmente.

— Creio que será bastante difícil paraum grupo de jovens levar Milagre naCela, justamente por certas dificuldadespróprias do texto. Uma coisa, porém, meparece gratiflcante. É exatamente o fatode serem Jovens. Seráo assim mais ousa-das e forçarão ao máximo tal ousadia,coisa que, às vezes, o profissional nâoconsegue fazer, náo consegue entrar napersonagem, justamente porque faz umgênero de atuação mais critica, vendo apersonagem de fora, Jamais entrando emsua pele.

Apesar de seu atual envolvimento como teatro, Jorge Andrade nào esqueceu aTV. No momento, está escrevendo umtele-romance baseado em O Fiel e a Pe-dra, de Osman Lins. E terminou um tele-conto baseado em conto de Josué Montei-lo, O Velho Diplomata. Tele-romance eteleconto sáo encomendas da TV Culturade Sáo Paulo, que inova assim nessecampo. Os telecontos sáo compostos decinco capítulos, enquanto os tele-romances têm 20 capítulos. No teleconto,baseado em conto de Montello, JorgeAndrade terá como artistas participantesBeatriz Segall, Abraham Pare e RodolfoMayer.

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JORNAL DO BRASIL ^&íL

NA ERA DAELETRÔNICA,O TRABALHO

É QUE VEMA VOCÊ

Andrew PollackTh« New York Tim#*

TRABALHAR

sem sair de casa — este é umsonho multo antigo que a era da eletrônicatem condições de tomar real para umgrande número de pessoas, nas mais dlver-sas atividades. Por exemplo: a Sra LoulsePrlester, americana, cujo trabalho parauma companhia de seguros consistia em alimentar

um computador com formulários, continua a fazerexatamente a mesma coisa em sua casa, onde foiInstalado um terminal do computador permanente-mente ligado, através do telefone, com a central. Sóque, agora, ela consegue, ao mesmo tempo, trabalhare tomar conta de sua màe idosa, para quem era difícilarranjar damas de companhia.

Como a senhora Loulse, um número cada vezmaior de funcionários de Armas está fazendo serviçosde escritório em casa, em pequenos computadores outerminais com teclas de máquina. As empresas dáotodo o apoio, pois com Isso náo só aproveitam melhoro horário de trabalho de seus empregados comopodem recrutar pessoas — como as máes de criançaspequenas — que, de outra forma, nâo teriam condi-çóes de trabalhar. Em casa, também, as pessoas tèmmais flexibilidade para programar outras atividades— "posso me levantar quando quero e trabalharquando quero", diz ainda a Sra Loulse. E, de um modogeral, as empresas e os trabalhadores dizem que esse jsistema pode transformar as relações entre colegas detrabalho, entre patrões e empregados e entre os traba-lhadores e suas famílias.

"Trata-se, na verdade, de fazer com que a produ-çâo volte a ser doméstica, o que, aliás, ela sempre foiaté a Revolução Industrial." As palavras sâo de AlvinToffler, autor do livro The Third Wave (A TerceiraOnda), numa entrevista. Embora seja considerado umvisionário por multa gente, ele chamou atenção para otrabalho em casa com a expressão "chalé eletrônico".

É claro que sempre se trabalhou em casa. NosEstados Unidos, cerca de 2,6 milhões de pessoas (o queeqüivale a 3,2% da força de trabalho americana),trabalharam em casa durante o ano de 1975, de acordocom os dados disponíveis do último Censo. Porém,mais de um terço dessas pessoas eram fazendeiros, emuitos dos outros eram autônomos. O que a eletrôni-ca está trazendo é a extensão dessa opção a maispessoas em atividades diversas, incluindo emprega-dos de grandes companhias.

O trabalho em casa pode ser visto como umatendência nas telecomunicações, que, â medida que setorna mais sofisticada, substitui o transporte, cadadia mais caro por causa do aumento no custo docombustível. Num projeto experimental atualmenterealizado em Knoxvllle, no Tennessee, as pessoasfazem suas transações bancárias eletronicamente,sem sair de casa; em outras cidades, Já se fazemcompras eletronicamente; e em Columbus, Ohio, utili-za-se a televisão a cabo para votar sem sair de casa;homens de negócios, ao Invés de viajarem para partici-par de reuniões, usam a TV para ver e serem vistospelos outros participantes.

Por enquanto, o número de telefunclonârios ain-da é pequeno. Nâo deve haver mais do que algumascentenas em todo o pais. Eles estão limitados aatividades que sâo, em si, um trabalho solitário:escritores, datilógrafos e programadores de computa-çâo. Esses Já podem trabalhar em horário integral,mas há ainda os executivos que fazem trabalho extra.em computadores próprios ou em terminais. Algumasdas empresas que Jâ utilizam essa forma de trabalhosâo a Control Data Corporation (empresa de computa-çâo de Mlnneapolls), com 60 telefunclonârios; o Conti-nental Illinois National Bank and Trust Company, emChicago, que tem quatro. E outras, como a FMCCorporation de Chicago, que embora tenha funciona-rios regulares durante o dia, mantém quatro terminaisinstalados nas casas de programadores que ficam deplantão à noite para resolver problemas surgidos como computador.

— Antigamente — diz o gerente da empresa —esses funcionários recebiam um telefonema, pegavam'o carro, levavam 45 minutos para chegar ao escritório,15 minutos para resolver o problema e outros 45 devolta à casa. Agora, resolvem tudo de pijamas.

Segundo as pessoas qúe trabalham dessa forma,os problemas que podem surgir estão mais ligados aorelacionamento com os colegas. Muitos sentem faltado convívio social do escritório; outros têm sempre aimpressão de que seus colegas ou chefes Imediatosnáo confiam neles.

"Existe ainda uma Idéia de que quem trabalha emcasa náo está trabalhando realmente", diz o vice-presidente de uma empresa de consultoria com sedeem Nova Iorque, que mora na Flórida e usa umcomputador, pequeno, para trabalhar.

"Eu, se náo fosse em casa, nâo trabalharia", dizuma outra operadora de computador de uma compa-nhia de seguros. Máe de uma fllha pequena, sem babá.ela se queixa, entretanto, de uma certa solidão duran-te as horas de trabalho, e de como é difícil a pessoamanter a disciplina. Pessoas com deficiências físicastambém tèm uma maior chance nesta forma de traba-lho. Uma organização do Estado de Ulinols treinouvários deficientes como programadores de computa-dor, e, hoje, eles, em sua casa. trabalham para compa-nhlas como a Standard OU, de Chicago, o First Naüo-nal Bank de Chicago e a loja de departamentosMontgomery Ward, da mesma cidade.

Algumas companhias estão tentando resolver oproblema do Isolamento montando pequenos centros,onde trahalhariam todos os funcionários que residemnuma mesma vizinhança. Com isso, eles tambémreduzem os custos que teriam montando escritóriosem áreas valorizadas e passaram a poder aproveitartrabalhadores ultra-especializados que de outra formanáo trabalhariam — revelando, assim, um mercadototalmente escondido. Mesmo assim, ninguém esperaque o escritório ou a fábrica venham a desaparecer.Há muitos tipos de atividades onde é indispensável òcontato pessoal Mas Jack NUles, diretor de progra-mas intertlisciplinares da Universidade da Califórniaé otimista: ele estima que, até 1990, cerca de 15% daforça de trabalho urbana podem estar sendo utiliza-dos em casa.

2 — CADERNO B66

' sexta-feira, 27/3/81 D JORNAL DO BRASIL

CABARETMINEIRO"

DIVIDEOPINIÕES NOFESTIVAL DE

GRAMADOSusana Schild

G RAMADO —Vaias e aplausosmarcaram o flnalda apresentaçãode Cabaret Mi-

neiro, de Carlos Alberto Pra-tes Correia, segundo longa-metragem da mostra compe-

\ titiva do 9o Festival de Cine-: ma Brasileiro de Gramado.

: Enquanto o primeiro longaapresentado PS, Post Scrip-

\ tom, desagradou quase quepor unanimidade, o segundo

. dividiu polemicamente asopiniões. Paixão, o persona-gem principal do filme, emviagem de trem se enamora

s de uma dançarina, ponto de• partida para uma sucessãode "causos" baseados emhistórias mineiras, onde pre-domina a alegoria, a ausên-cia de fronteiras entre o reale o imaginário. Com boas

: atuações, ótima fotografia de; Murilo Sales e bons momen-

tos musicais na trilha de Ta-vinho Moura, Cabaret Minei-

: ro foi considerado estimu-lante e criativo por alguns eincompreensível para ou-

eficiência da comunicaçãode alegorias por vezes tãoindecifráveis. A equipe do fil-me ressaltou que a intençãode Cabaret Mineiro era jus-tamente misturar real e ima-ginário, transmitir o univer-so mineiro sem a preocupa-ção de um fio condutor. ParaRui Guerra, por exemplo, anecessidade de referênciasdo real são ranços das estru-turas narrativas tradicio-nais, de que o espectador ne-cessita para tranqüilizar-se.Houve elogios à criatividadedo filme, criticas à eficáciada comunicação e elogios aessa mesma capacidade decomunicação detectada poroutros.

Foram levantadas tam-bém questões sobre a comer-cialização do filme, seu aces-so ao público, e houve quemindagasse se diante de umaconjuntura de tantas dificul-dades econômicas no cinemanacional, a necessidade deconquista de público, dificul-dades de mercado de traba-lho, seria oportuno realizarum filme como Cabaret Mi-neiro, com poucas possibill-dades econômicas. A equipe

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BWilPIZ-fi ¦ Z" z~; ;.;^ipI^11p^

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Tamara Taxman, em Cabaret Mineirode Carlos Eduardo Prates

;'- tros, predominando as opi-;' niões extremadas.

-1* Rui Guerra, após a exibi--ção de PS, manifestou per-Zplexidade pela sua seleção;;em festival que se proponha:?ii ser representativo do cine-' noa brasileiro, e que revelava,.portanto, graves falhas nos- critérios de escolha, mas sereferiu a Cabaret Mineiro co-*' mo um excelente filme. E foi

..-bastante atuante no debatesobre ele, afirmando que suacondição de membro do júri

; não iria afastá-lo dos deba-tes, distanciamento, aliás,comum nos demais jurados.

Na ausência do diretor deCabaret Mineiro, o filme foi

. representado na mesa de de-bates por Tânia Alves e Elia-" ne Narduchi (atrizes), Tavi-

- - nho Moura (trilha sonora) e: Ide Lacreta (produçáo exe-: cutiva). Os debates, menos

formais que os referentes aPS, refletiam a divisão deopiniões. Enquanto alguns: elogiavam justamente a li-; berdade criativa, a ausência

de fronteiras entre o real e oimaginário, a falta de "sus-pense, ação, começo meio eflm dos filmes tradicionais",esses pontos eram justamen-te os criticados pos outros,- que ponderavam quanto à

refutou que a preocupaçãocom a comercialização cabemuito mais a representantesdesta área, do que aos envol-vidos com a criação, e quetem como preocupaçãomaior fazer cinema, e nào umproduto a ser consumido.Ressaltaram, também, quesem dúvida quem vai deter-minar, a priori, o que o pú-blico quer ou nào assitir é opróprio sistema exibidor edistribuidor, essas sim estru-turas que devem ser modifi-cadas. •

Enquanto desagrados oupolêmicas têm-se seguido àsexibições dos longas-metragens, os curtas têm si-do muito elogiados. O de ter-ça-feira. Belmonte, de IvoBranco, é um excelente do-cumentário sobre ò impor-tante caricaturista paulistanas décadas de 30 e 40, e suaatuação como chargista poli-tico. O filme mais elogiadodo festival, porém até o mo-mento, é uma realização emsuper 8: Deu pra ti Anos 70,de Giba Assis Brasil e NelsonNadotti, o ponto-de-vista dosjovens que cresceram e vive-ram nos anos 70 em PortoAlegre, o ponto-de-vista quenão foi contado na historio-grafia oficial.

José Carlos Oliveira

UM BEIJOBEM DADO

UM

desconhecido éatropleado em plenodia, em local degrande movimento.Arandir (Ney Lator-

raça), que vê o desastre ao ladodo sogro Aprígio (Tarcísio Mei-ra), debruça-se sobre a vitimaque agoniza no asfalto, e lhe dáum beijo na boca.

Esse gesto inesperado, sujei-to a variadas interpretações,desencadeia a ação. O delega-do de policia pressionado pelaopinião pública (Oswaldo Lou-reiro) e o repórter inescrupulo-so ("Amado Pinheiro"—DanielFilho) escolhem a única inter-pretação irtfamante: teria sidoum beijo de amor, um beijo ho-mossexual. E movem uma cam-panha de desmoralização con-tra Arandir.

A cidade se apaixona pelocaso. O povo aceita a versãodos difamadores. Arandir náoteria aplicado a respiração bo-ca-a-boca, e muito menos (é oque alega) um beijo de miseri-córdia por súplica do atropela-do, mas sim um beijo "entreanormais", um beijo pornográ-fico; um beijo, em suma, queteria um passado.

Partindo desta singela si-tuação, Nelson Rodrigues es-' creveu uma de suas tragicomé-dias suburbanas. Agora, BrunoBarreto nos apresenta o filmebaseado na peça. É um belo edigno espetáculo, do qual parti-cipam, além dos citados, as ex-celentes atrizes Christiane Tor-loni (Selminha, mulher deArandir) e Lídia Brondi (Dália,irmã de Selminha). O roteiristaDoe Comparato, inteligente-mente, deixou que o filme se

apoiasse, do princípio ao fim,nos diálogos originais de Nei-son Rodrigues. O filme tambémsegue a peça, respeitando-a doprincípio ao fim. Todos os per-sonagens sâo ingênuos. A inge-nuidade é uma instância psico-lógica destilada pela inocência,' mas sem o prestígio desta. Osingênuos podem ser vilões co-mo o delegado e o repórter, massua vilania é tola: eles partemdo princípio de que o homosse-xualismo masculino é pecado efabricam o escândalo públicoque, a seu juízo, deve corres-porider a essa atitude pecami-nosa. Os diálogos nâo são ingè-nuos, sâo admiráveis, argutos,antes poéticos que psicológicos.Contra toda evidência — a cor-rupçâo generalizada, a permis-sividade, a decadência moralsuperválorizada; ignorando oespetáculo do afrouxamentodos costumes, que pode ser vis-to em toda parte, os diálogosnos convencem de que a almasuburbana carioca é assimmesmo: ela não vai fundo nosseus desvios sexuais, ela nâosucumbe à opressão das libidi-nagens que, tornadas obsessi-vas, conduziriam a uma tragé-dia de conteúdo patológico. Éna região superficial das fanta-sias, no país dos devaneios —ingênuo, sem dúvida — que ospersonagens vivem os seus tor-mentos.

Dália acusa o pai de sentiratração incestuosa pela filhacasada, Selminha. O pai não sesente ofendido: apenas descon-fortável; ele nega ser um paiincestuoso, mas sem indigna-ção, até mesmo sem convicção.Selminha e Dália (esta, a irmã

caçula que ama o cunhado) ad-mitem que Arandir tenha dadoo beijo homossexual, mas não éisso que as incomoda. Dáliaquer saber todos os detalhespor necessidade de sacrifício:ela quer amar o cunhado noopróbio. E a Selminha o queincomoda não é tanto o homos-sexualismo, mas tão somente obeijo e a sua modalidade, isto é,"na boca". Ela continua aman-do o marido, mas sente nojo embeijá-lo na boca, onde ainda seimpreme o gosto do beijo doatropelado.

O Beijo no Asfalto, o filme, ébelíssimo como imagem, muitolevemente erótico e em momen-to algum pornográfico. Na fil-mografia de Bruno Barreto,não será um filme menor, nemuma obra de apelação. O ero-tismo é aqui dramático, e sónisto se diferencia do erotismosafadinho de Dona Flor e SeusDois Maridos. Christiane Torlo-ni, numa cena de sexo sádico, eLidia Brondi, num longo e mag-níftco momento de nudez total,frontal, dorsal, de banda, comgestos eroticamente felizes: asmãos dela ensaboam seu corpomagnífico — La Torloni e LaBrondi, participando de tais ce-nas, não perdem um pingo daaura de sensualidade decenteque delas emana, e que elasservem em doses comedidasaos fãs das telenovelas.

No entanto, O Beijo no As-falto poderia resultar numapornochanchada, conformeaconteceu com outros filmesbaseados em textos de NelsonRodrigues. Dependeria só deser grosseira, e nâo delicada, amão do diretor. Ao mesmo tem-po, era necessário que a pornô-chanchada dominasse os cine-mas brasileiros, com sua vulga-ridade descomedida, suas or-gias de mietório, seu palavrea-do lançado arbitrariamente nomeio dessas orgias — sempreuma saraivada de palavrões

cabeludos — era preciso, repi-tamos, que a pornochanchadaatingisse um grau de permissi-vidade insuportável, para queobras como O Beijo no Asfaltopudessem surgir, mostrandoque erotismo não é pornografia— mas, ao mesmo tempo,atraindo o grande público dosfilmes pornográficos que, até oadvento da pornografia, náo iaver filmes brasileiros em hipó-tese alguma.

O Beijo tem a cena da cama,tem palavrões muito bem colo-cados na situação, tem a nudezcircular de "Dália" e a meia (eexcitante) nudez de "Selmi-nha", e tem sobretudo a cenada calcinha, pois nas pornô-chanchadas as calcinhas des-cem pelos joelhos ou voam pe-los ares, sendo esta a marcaregistrada do cinema pornôbrasileiro.

O Beijo seria, então, aquiloque nâo é mas poderia ser. Ê aevolução da pornochanchadapara a crônica honesta dos cos-tumes sexuais em nossa socie-dade. Depois de O Beijo no As-falto, outros filmes virão, assimhonestos em seu erotismo, e apornochanchada, a pornográ-fia deslavada, acabará regres-sondo aos cinemas de bas-fond.Neste sentido, O Beijo no Asfal-to é um filme instrutivo, umaproposta de conciliação entre alibertinagem desenfreada e oerotismo malicioso, em momen-to algum vulgar. É, portanto,no plano da permissividade,uma prova inequívoca de que,também no plano político, seráviável a transição da ditaduraà democracia. Não se iludam, otempo todo estamos falandopolítica: O Beijo no Asfalto é aobra-prima produzida pelaAbertura em seu estágio atual,caracterizado por um nem-abre-nem-fecha que nos deixa atodos, ora esperançosos, oraaflitos, ora amedrontados.

RELIGIÃO

PAPAI OU MAMÃE?Dom Marcos Barbosa

LI

outro dia em jornal de BeloHorizonte que um jurista daterra teria descoberto ummeio de resolver, em caso deseparação de casal, a parti-

lha dos filhos. Nada mais simples. Acriança, e não o juiz, resolveria ficarcom o pai ou a mãe. A esse respeitolembrei-me de uma historinha de Ma-ria Sardenberg, publicada anos atrásno joroalzinho Encontro, distribuídoaos domingos em muitas igrejas: "Numlivro sobre crianças — escreve MariaSardenberg — entre outras históriasdeliciosas, há uma sobre um garotinhoa quem perguntaram o seguinte: "Sevocê estivesse num barco com seuspais, o barco naufragasse e você sópudesse salvar um deles, a quem vocêsalvaria?" O menino respondeu logoque salvaria os dois. "Você náo enten-deu bem. Só poderia salvar um deles."O garotinho disse então que colocariao pai em cima de uma pedia, salvaria amãe e depois voltaria para salvar o pai"Mas acontece que não tinha pedranenhuma. O que você faria?" O meninopensou, pensou, e respondeu: "Náo ti-nha pedra? Mas tem Deus, não tem?"Em sua simplicidade infantil o meninojá sentira a importância de Deus emnossa vida. Podia haver naufrágio, po-dia náo haver pedra nem recurso ai-gum, mas, existindo Deus, sempre ha-veria esperança. As pessoas que ouvemesse caso ficam impressionadas com acrueldade da pergunta. Como é possi-vel pedir a uma criança que diga seprefere o pai ou a mãe? Entretanto, sea pergunta é cruel, se um menino nãodevia ser posto diante desse dilema,como podemos classificar a situaçãoque a vida moderna está impondo tãofreqüentemente aos filhos? Não é ape-nas uma resposta a uma pergunta. Éuma opção, uma escolha definitiva quelhes é imposta sempre que um pai euma mãe resolver desfazer seu lar.".

O drama focalizado por essa singelahistorinha, vamos encontrá-lo admira-velmente descrito por meu. saudosoamigo Gustavo Corção no capítulo OsInocentes Castigados, do seu livro Cia-ro e Escuro, da Editora Agir. "Para acriança em baixa idade, a união de paie mãe tem um caráter especial que oadulto, sem alguma reflexão ou intui-çâo de amor, nâo pode atingir. Paranós, que vimos os noivos individual-mente separados, que os vimos viverum aqui e outro acolá, com nomesdiferentes, em bairros diferentes, paranós a sua união tem um caráter moral,mas fisicamente nos aparece como umfenômeno acidental. Qualquer jovemcasal produz em nós, durante alguns

. anos, um sentimento vagamente diver-tido e espantado. Sentimos bem o quehá de gratuito e de fortuito no encontrodos sexos, e temos de fazer apelo aconsiderações morais e religiosas parasentirmos o mistério do vínculo queune aqueles dois na mesma came. Para

a criança, ao contrário, a união dospais é física, metafísica e necessária.Melhor do que os filósofos e os teólo-gos, a criança vê, d'un simple regará, ovínculo que faz dos pais um bloco, umabase. Ê uma experiência afetiva e inte-lectual de uma importância enormepara a criança essa primeira apreensãoda realidade familiar. Assim como seabrem seus olhos para o jogo das leisnaturais, abrem-se também para essarealidade de pedra que o protege, que aenvolve, como paredes de uma casaviva. Por isso, a separação dos cônju-ges terá para a criança um aspecto dealucinação. Não se trata apenas de umafastamento livremente consentido deduas pessoas que livremente se uni-ram. Não será apenas a quebra de umjuramento ou a rescisão de um contra-to. A separação dos pais, para a crian-ça, é um absurdo. Não é um dramamoral, é uma tragédia cósmica. Não éconflito de duas pessoas, é conflito doselementos constitutivos do universo. Omundo enlouqueceu se os pais se sepa-raram. Na mente infantil, a repercus-são afetiva e intelectual significa umabalo de todas as fundamentais expe-riências até então colhidas. É como sea água deixasse de molhar, o sol dei-xasse de brilhar, a pedra deixasse de

ser dura. (...) Não pretendemos, de mo-do algum, afirmar que o regime daindissolubilidade tenha a força absolu-ta de desanconselhar os desquites noscasos extremos. Mas isso, que por simesmo, e por seu caráter doloroso,tende a reduzir-se a um mínimo, éinfinitamente diferente do regime quepretende legitimar a busca da fellcida-de e que assim oficializa, diria atérecompensa, o maior dos egòísmos. Éhorrível pensar que exista uma legisla-ção, e que existam ardorosos cam-peões para defender os pais que seesquecem dos filhos, e para autorizaruma busca da felicidade que custa opreço do castigo dos inocentes. (...) Aesses campeões divorcistas, e sobretu-do aos casais que sofrem a opressivaaflição dos mal-entendidos e das in-compatibilidades, nós gostaríamos de'dizer, aos gritos, que vida não há semsacrifícios, e que a criança é a pessoahumana, na condição única, na quadraúnica da vida, que tem plenos e incon-tentáveis direitos ao nosso sacrifício".

E o divórcio, contra o qual Corçãoprotestava, acabou vindo. E os juizes eas crianças se encontram cada vezmais diante do dilema: Pai ou Mãe?Dilema, no caso, verdadeiro. Pois qual-quer das soluções é catastrófica.

SEUHORÓSCOPO

SEUPROGRAMA.Aries «* 2i/3t20/4»TourO(21Ma2US)

Noticia muito agradável está »caminho ariana Taurino, deci-sues importantes deverão ser to-mada. Todos váo depositar totalconfiança no bom gosto de am-bos. No LE COIN terá o reconhe-cimento de seu prestigio. Suges-táo do gourmet José Maria:"Bacalhau á Espanhola". Almoçoe jantar. Ataulfo de Paiva,658/294-2599.

Gêmeos<2ifsi2W6)Câncer<2i«a2i/7)

Os nativos de Gêmeos deverãoprosseguir com seus projetos.Sucesso certo. Já os de Câncerdeverão deixar que o senso práti-co de cada um lhes guie. Aquelavisita à TRATTORIA TORNA nâodeve ser esquecida. Prove a ape-titosa Vitella ai Forno que é espe-cialidade da casa. Mana Quitaria,46 — lpanema/247-9506.

LeãO (22/7 «22ffl)Virgem(23/aa22/9)

Tenha uma vida mais descontrai-da se-V. for do signo de Leáo.Mas, se tiver nascido sob a pro-teçâo de Virgem tome cuidadocom tudo, detalhe por detalhe.Um programa que vai agradar atodos: Século XX. Século deOuro", sucesso há três anos noNACIONAL-Rio. com grandeelenco: Res.: 3990100/Ramais66 (dia)69 (noite).

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deixar ninguém de bobeira no lugar.Venha se ligar no som muito louco do

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Noites CariocasMorro da Urca — Direção: Nelson Motta — Sextas e sá-bados a partir das 22 horas — Preço: sexta: 350,00 — es-,tudante: 250,00 — sábado: 400,00 — estudante: 300,00.3

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Rtldd Hora.Cenários e figurinosde Juarez MachadoNÃO PERCA - CURTA

TEMPORADAS^iiiSI»!; •

Abertura do saláo: 19 h-[ "'6.*

e sábado: 23h.Abertura do salão' 20 ri.

Domingos, ^Q.45 h. j;Abertura dõísaião: 19 h'

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295-3044 '295-9796 '295-1047 ;

Libra(23Aa22/io>Escorpião(23noa2ini)

Bom tempo para o amor e vidasocial, libriano. Os nativos de

.Escorpião vâo conquistar novos'objetivos. Um motivo mais doque justo para comemorar, tantoum como outro, na cervejariaRIO'S. ao ar livre, com vista perao mar e aquele chope bem tira-do. acompanhado de um galeti-nho feito na hora. Res.: 285-384a

*#?*****»*#***????»

Sagitário(22Jii 121/ij)Capricórnio(22/i2«2o/i)

Sagitariano, como sempre, náo te-me barreiras pois ó um vencedor.Confiando na sorte, os nativos deCapricórnio terão muito sucesso. Evamos festejar no OBAOBAIpanema, curtindo o show "Gan-daia 81". com as "Mulatas

que nâoEstáo no Mapa". Iracema, músicose cantores. Uma bolacáo de Oswal-do Sargentelli. Fies.: 239-2&47,23S8849.

Aquário (21/1 nao)Peixes (20/2*20/3)

Bom período para tratar de assun-tos pessoais, aquariano. Melhoreseu relacionamento freqüentandonovos ambientes, nativo de Peixes.Uma sugestão que cai bem a quaiquer signo: "Sambumfcum", super-show de Carnaval do SOLARIS.Humaita. 110. Jantar, show e bebi-das nacionais à vontade por apenasdas mil cruzeiros. Res.: 246-8799'286-9346.

' Esta coluna ê a» respon >at»Udad« d*Niv Macludo • Sieiro Nelto do GruooCena de imprenae. CwretoorxMncia

a» Passos 122/15? and.

QUADRINHOSDOMINGO

JORNAL DO BRASIL

JORNAL DO BRASIL • D sexta-feira, 27/3/81 CADERNO B

Uma noite na óperaComo primeira recita da assinatura A, a Carmen

que subiu anteontem à cena do Municipal deveriater sido a estréia, mas como no Brasil nem tudo —ou quase nada — pode ser explicado à luz danormalidade, o espetáculo Já tinha estreado, domin-go, numa vesperal (!).

Assim, o que seria o primeiro espetáculo acabouindo à cena depois do segundo. Ou, da mesmaforma, o segundo (terceiro ou quarto) acabou ocor-rendo antes do primeiro.Quem sabe, ao se promover uma estréia numavesperal pretendeu-se fazer uma espécie de estréiaoff Broadway? * • •

Nada disso, entretanto, interferiu na qualidade— má — do espetáculo, que nâo agradou a uma sódas pessoas presentes ao Municipal, lotado como hámuito não se via.Do comportamento dos cantores aos figurinos —

simplesmente lamentável a roupa exibida no segun-do ato pela protagonista que com ela venceriacertamente com sobras qualquer concurso de maugosto — não ficou, segundo os entendidos, pedrasobre pedra. Se bem que o espetáculo tivesse cresci-do a partir do primeiro ato. O que também não foidifícil já que se os atos subseqüentes tivessemmantido o mesmo tom do primeiro náo teria sobra-do um só espectador na sala ao final do quarto.« * *

Se faltaram atrações no palco, elas sobraramfora dele.

No foyer e no Salão Assírio, durante os interva-los, os espectadores conseguiam fazer mais ruído doque os cantores em cena quando a cortina se abria.A bem da verdade, os espectadores foram res-ponsáveis por ruídos ouvidos até durante a apresen-tação, produzidos, por exemplo, por um senhor quea certa altura saudou o final de uma ária gritandoinexplicavelmente para a intérprete: "Vai cantarassim em Brasília!".

Atração foi também a presença no foyer de outraCarmen que não a de Bizet — a de Tony, a MayrinkVeiga, assediada sempre que punha o nariz fora desua frisa pelos fotógrafos presentes na sala.

? * *Quanto aos demais conhecidos postados na pia-teia, eram tantos que se toma tarefa ingrata tentarenumerá-los.Melhor que citar os presentes é registrar a gran-de, sentida e lamentada ausência—o ar refrigerado,

cuja potência, segundo explicava um prócer daFunarj, nâo está dimensionada para refrescar oteatro quando este recebe sua lotação integral,cerca de 2 mil 500 pessoas.

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imo Moda e segurança

Florinda-. Bulcão, informalmente, na noitedo Rio

Bons fluidosContinua até hoje vazio, desde que foi desocupado pelo ex-

Ministro Said Farhat, o melhor de todos os gabinetes instaladosno Palácio do Planalto.

Apesar de ser tão amplo e bem equipado quanto o que abriga opróprio Presidente Figueiredo, ninguém se dispõe a ocupá-lo pelasimples razão de que ganhou fama de náo trazer sorte a seustitulares.

Agora, porém, depois das obras de reforma por que passa oPlanalto, parece que o mal-afamado gabinete ganhará um novoinquilino que tanto pode ser o Ministro Golbery do Couto e Süva,que deixaria a sala que ocupa no quarto andar, quanto o MinistroHélio Beltrão, o mais mal-instalado dos funcionários que traba-lham no Palácio.

• mmAmbos sâo reconhecidamente homens de bor» fluidos.

B^v;' «••i^-BJ ST MORITZViva cada momentonum clima de Alta Classe.

HÉÉBIHláÉBÍ|llÍÉÉ\ 'r X:' im¦BlBapD B\ Wm^mW

BBBBB^BBBk^ÉT^w li ' ^^W^K^H

Bonsventos

Parece que o mercadoimobiliário, depois de umperíodo de calmaria, co-meça a receber novamentevento de popa.Pelo menos se puderser considerado indicadorde melhoria e número delançamentos feitos nas úl-Umas semanas e por fazernas próximas.* * *

Curiosamente, mostraesse quadro ser hoje Jaca-repaguá o bairro onde éfeito o maior número delançamentos imobiliários.

PELA TVQuem está em dificul-

dades para encontrar bi-lhetes para a corrida deFórmula-1 de domingonão deve ficar aflito.

A prova terá transmis-sáo direta pela televisão.

PresençasO Festival Internacional

de Cinema que o Centro Geor-ges Pompidou irá promoverem abril terá entre seus con-correntes um representantedo Brasil.

É o documentário de longametragem Tempo Quente, dadiretora Leilane Fernandes.

No júri do concurso, tam-bém o Brasil estará represen-tado: foi convidado, e aceitou,o diretor da Cinemateca doMAM-Rio, Cosme Alves Neto.

Falta doque fazerO órgão público encarre-

gado de ditar normas para ostáxis do Rio ainda não conse-guiu chegar a um acordoquanto à aparência definitivados carros.

Decidiu-se, primeiro, queos carros deveriam ser pinta-dos de amarelo los autóno-mos) e de azul los de frota).Assim foi feito. Depois, deci-diu-se enfeitá-los com faixasde ponta a ponta — os azuiscom faixas amarelas e osamarelos com faixas azuis.

Agora, náo tendo mais oque fazer, o responsável peloórgáo decidiu alterar o aspec-to dessas faixas, que deixarãode ser quadriculadas para se-rem inteiriças.

Pintá-las e repintá-las exi-ge dinheiro e tempo, dois ele-mentos que dificilmente exis-tem hoje de sobra na vida dosmotoristas de táxi.

¦ ¦ ¦

ELAS POR

O figurinista italiano Pino Lan-cetti, que ano passado cancelou seudesfile no Rio à última hora, volta àcarga.

Mostra sua coleção 81 dia 14 deabril nos salões do Rio Palace, reu-nindo na passarela dois manequinsitalianos e 20 daqui.

Lancetti foi obrigado no anopassado a suspender seu desfileaqui porque a coleção — toda ela —

foi roubada do trem em que eratransportada de Milão para Roma,onde embarcaria para o Rio.

Este ano Lancetti vem acompa-nhado de seguranças e vigias encar-regados de náo perderem as malasde vista por um segundo sequer.

Antes e depois de desembarca-rem no Brasil.

¦ ¦

PERIPÉCIAS Ordem trocadaCharles Aznavour, esperado an-

teontem no Rio às quatro da tarde,acabou chegando quase à meia-noite. • '

Assim, em vez de seguir direta-mente para Sào Paulo, preferiuconsumir sua noite no Rio, beberi-cando até de madrugada no bar doMéridien em companhia de OscarOrnstein, Robert Bergé e ClaudeAmaral Peixoto.

Só ontem, portanto, refeito doatraso da viagem, é que partiu pa-ra São Paulo, onde à noite era aestrela do show da festa de inaugu-raçáo do Régine's.

Agora que a confusão é generall-zada, com artistas e marchandscompletamente desorientadosdiante da ameaça da lei de seqüela,é que o Conselho Nacional do Direi-to Autoral anuncia que vai estudara conveniência da regulamentaçãoda nova lei.

Não é a primeira nem a segunda"vez que se age assim na vida publi-ca brasileira — fazendo antes parasó depois procurar saber se estavacerto.

Geralmente se descobre quenão.¦ ¦ ¦

GELLER NAS TELASA irresistível vocação para o

espetáculo de Uri Geller levará embreve suas façanhas para as telasdos cinemas.

O mais famoso paranormal daatualidade vai estrelar um filme —The Geller Effect — e botar a màoem 20 milhões de dólares.

O contrato assinado com o pro-.dutor Robert Stigwood o proíbe decontinuar a fazer apresentaçõesem público até o lançamento dofilme.

Para resguardar a curiosidadeem torno da imagem da estrela.

PASSOPERIGOSO

Mais uma galeria de arte do Riorecebe no queixo o rude golpe dalei dos 20%: desta vez foi a Sarame-nha, da Gávea, a nocauteada.

A galeria, um dos pontos altosda vanguarda das artes plásticas,onde aconteceram duas das 10 me-lhores exposições do ano passado,foi podada pela metade, passandoa abrigar em boa parte de sua áreaprateleiras com objetos de decora-ção e antigüidade.

Estranha vizinhança essa — eperigosa.

¦ ¦ ¦ESPETÁCULO

RAROEmbora a temporada artística

esteja apenas no início, o setor deespetáculos eruditos já tem umgrande destaque este ano.

Trata-se das três únicas apre-sentações de Oedipus Rex, de Stra-vinsky, reunindo num mesmo palcoa Chicago Symphony Orchestra, aregência de Cláudio Abbado, a nar-ração de Maximilian Schell e o tex-to de Jean Cocteau.

A propósito do espetáculo, a crí-tica americana disse ter testemu-nhado "um dos grandes momentosda música".

¦ ¦ ¦RODA-VIVA

ELASA Sra Evinha Monteiro

de Carvalho foi convidadaanteontem da Sra Car-mem Mayrink Veiga paraa estréia da ópera Carmen.

Espera poder retribuira gentileza quando formontado no Rio o musicalEvita.

Só mesmo no futebol brasileiro é pos-sivel ver-se jogadores obrigados a convi-ver no campo com um celerado como omédio Chicào, do Atlético Mineiro, de-tentor hoje certamente do maior acervode agressões e atitudes antlesportivas Jâacumulado por um atleta brasileiro.

Está saindo, com lançamento previs-to para o dia Io de abril, o livro Contos,Recontos, Satlricontos, do escritor e di-plomata Mellilo Moreira de Mello.

Abriram ontem a casa a um grupo deamigos para jantar Rosa e ArmandoKlabin.

A nota publicada ontem sobre a cria-çào do banco de empregos nas adminis-trações regionais omitiu o nome de seuautor, Secretário de DesenvolvimentoSocial da Prefeitura. Pois lá vai: Vicen-te Barreto.

Apesar do cancelamento do desfile noRio da nova coleção de Yves Saint-Laurent. a instalação de uma boutiqueno Rio, em Ipanema, do figurinista segueno ritmo planejado. A loja leva a assina-tura do arquiteto Guilherme Nunes.

Fuad Nadruz é tido hoje como omaior habitue das noites do Castel.

O Cónsul-Geral de Portugal, JorgeJosé Araújo Borja de Freitas abre hojeos salões do palácio da São Clementepara uma homenagem aos dirigentes

das associações centenárias portugue-sas instaladas no Brasil.

Quem Já viu assegura estar deslum-brante o guarda-roupa criado por Arlln-do Rodrigues para o próximo show doHotel Nacional.

Fazendo um tour turístico pelos Es-tados Unidos — Miami, Los Angeles eSan Francisco — Mlcheline e CarlosLeonam.

Quando abril chegar, o Banco Resi-dència perderá o seu diretor-geral, Sil-vério Zebrai, que está indo ocupar umadiretoria da Caixa Econômica Federal.

Multo bonita na platéia de Carmen,anteontem, no Municipal, Ana Luiza Ca-panema.

Gênio cariocaO Rubik Cube, o gadget da moda nos

Estados Unidos, que esta coluna comen-tou há dias, já foi desmascarado por umleitor carioca.

Embora existam 43 qulntilhões decombinações, como o próprio folheto deInstruções adverte, o gênio carioca faz edesfaz os cubos em 10 minutos.

E náo é obra do acaso: faz acompa-nhar sua afirmação com uma intrinca-dissima fórmula — a qual, para serdesvendada, leva mais de um dia.

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4 — CADERNO B sexta-feira, 27/3/81 D JORNAL DO BRASIL

Filatelia VERÍSSIMO

os BELOSE INÚTEIS SELOS

CONDENADOSCarlos Alberto L. Andrade

O selo postal, comprovante de franquia de corres-pondèncla que recebe o necessário respaldo oficialdo Oovemo que o emite, por vezes se transformaem figurinha colorida, em processo de danosaconseqüência para filatelistas e comerciantes es-pecializado.

Com a difusão da filatelia em suas bases modernas, a partirdo final do século passado e, principalmente, após a criação daUniào Postal Universal, foram estabelecidos certos critériosgerais para a emissão de selos que evitassem a proliferação depeças lançadas no mercado por governos interessados apenas naobtenção de divisas com suas vendas no exterior.

Apesar da existência desses critérios internacionais, algunspaises ainda se utilizam da filatelia como sua principal fonte derenda, emitindo peças que não tém a menor significação paraseu serviço postal e entregando a exploração desse tipo decomércio a empresas e organizações particulares.

Os cuidados de que se deve valer o colecionador iniciantepara a escolha das peças que virão a formar seu acervo filatélicopodem ser resumidos, de maneira simples, nas seguintes regraspráticas:Io) verificar se o país que emite o selo é uma nação conhecida ouse trata de um dos emirados árabes ou ilha do Pacifico semqualquer expressão internacional. Nesta ultima hipótese o selocertamente figurará nas listas de emissões condenadas pelosorganismos filatélicos .internacionais. Usualmente, as emissõespiratas são feitas por minúsculos paises que imprimem milhõesde selos cuja finalidade é, única e exclusivamente, o comércio.Na América Latina, por exemplo, o Paraguai tem uma parte desuas emissões de selos arrendada a comerciantes internacionaisque os imprimem em Portugal, gerando uma série de lançamen-tos que não podem, de forma alguma, figurar em coleção queprocure participar de exposições e mostras reconhecidas. Umdos exemplos mais claros de emissão que pode ser enquadradaentre as condenadas está em recente l°_nçamento realizado pelasilhas Cook que colocou no mercado filatélico dois blocos comoito selos, homenageando os 350 anos do nascimento de Johan-nes Kepler e os 75 anos da morte de Júlio Veme. Os doishomenageados não tèm, nem tiveram, qualquer ligação diretacom aquela região do Pacifico. Os blocos e selos, excepcional-mente bem impressos, com notáveis atrativos temáticos, nàotèm tiragem indicada e, seguramente, váo integrar as relaçõesde emissões nocivas;

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POR QUÊ, SÊ~lflNÃO TEMOS flFRIO, M£(V\ /"

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2°) verifique a quantidade de selos que compõem uma determi-nada série. Os regulamentos internacionais limitam a seis onúmero de selos que devem figurar em cada emissão. Na maioriados casos, os paises que-emitem peças condenadas não seguemessa norma;3o) procure analisar o motivo da emissão do selo que vocêpretende comprar. Em alguns casos, os paises emissores seutilizam de qualquer tema que atraia compradores. O maisclássico dos exemplos está nos selos dedicados à astronáutica.Se um emirado árabe emite um selo ou uma série registrando umvôo'de nave Soyuz da Uniáo Soviética, ou as experiênciasamericanas com a estação espacial Columbia, há, evidentemen-te, uma exploração do tema. Isso seria o mesmo que o Brasilemitir um selo com um leão ou elefante, em série dedicada àfauna brasileira;4°)escolha o local aonde você vai comprar seu selo. Evitenegócios em bancas de jornais ou casas não especializadas.Discuta com o vendedor, perguntando-lhe sobre a tiragem totalda peça, seu detalhamento técnico. Na maioria das vezes,quando o selo é mera figurinha, o vendedor não saberá dar-lhenenhuma indicação. As casas filatélicas sempre tèm à mão osprogramas anuais de lançamentos da maioria dos paises ou, pelomenos, a historia recente de suas emissões;5o) na dúvida, consulte um organismo filatélico oficial ou umClube de colecionadores. Não se apresse na compra de um selobonito. A presença de peças condenadas em sua coleção poderádesfigurá-la com grande prejuízo para sua ambição de coleciona-dor. E, finalmente,6°) náo considere sua coleção desfalcada das belas peças que lhesão exibidas por negociantes inescrupulosos. Os selos maisValiosos do mundo e do Brasil, por exemplo, náo tèm estampastáo atraentes. O One Cent Magenta da Guiana Inglesa, avaliadoèm mais de 1 milhão de dólares, aparenta mais um defeituosopedaço de papel avermelhado e borrado do que um selo postal.,O nosso Olho-de-Boi não traz nenhum atrativo temático maiordo que sua própria estampa.

À cormpondíncio poro «to coluno dn* ur dirigida à Caixa Portal 3 908—CEP 20 100— Rio d* Janoiro — RJ.

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JIM DAVIS

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Consiste o LOGOGRI-. I- ação de pairar (5) 12. mentiroso (6) FO em encontrar-se de-

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•*• 2. calcar (5) 13. modo de ver (6) terminado vocábulo,t__ | i 3. compo deserto (6) ]4. 0 que é trivial (5) cujos consoantes já estão

4. causar pasmo a (6) 15. parte liquida do sangue (6) inscritas no quadro aci-5- céu (7) 16. peluda (6) ma. Ao lado, à direita, é6. corda da vela do estai (7) 17. pequena quantia (5) dada uma relação de 20

P7.

desastrado (5) 18. ramo de palmeira (5) conceitos, devendo ser8. descascar (5) 19. relativo aos pólos (5) encontrado um sinônimo9. encobrir (6) 20. tresdobramento do parado para cada um, com o

10. marítimo (7) (7) númep de letras entre11. membro interdigital (6) Palavra-chave: II leira* parênteses, e todos co--

meçados pela letra ini-———— ciai da polavra-chave.

As letras de todos os si-Soluções do problema n° 645: Palavra-chave: CLANDESTINO nônimos estão contido»

B£j

Parciais: candil; consulta; côdea; coita; calote; cianose; 'cetina; no termo encoberto, e4^ canelo; castelo; coleta; cenosa; canil; candeio; colina; caité; colido; respeitando-se as letras

_1^______^__J colino; celso,- caído; coesa. repetidas.

MAXKUM

CRUZADAS CARLOS DA SILVA

HORIZONTAIS — 1 — ossumir dada atitudeou faráter, geralmente para iludir ou impres-sionar; pôr-se em posição conveniente parose deixar fotografar ou pintar; 6 — depressãoe diferença <_*_ cor que se observam na cascados frutos de certas plantas rasteiras, como,p. ex., a aoóbora e o melão, na parte em queficam de encontro à terra; camada de mate-rial fofo ou macio; 9 — convocar; convidar;11 — mulher que mata o marido; 13 — outra'forma do tratamento intimo entre iguais, oudè superior para inferior; 14 — impregnar deozônio; 15 — uma dos horas em que osromanos dividiam o dia, e que era correspon-dente òs três da tarde; intervalo que com-preende uma oitava e mais um tom ou umsémitom; 17 — em Esperta, cada um doscinco magistrados eletivos que representa-vam a classe aristocrática e contrabalança-vam a autoridade dos reis,- 18 — corte que sedava à pena de ave com que se escrevia;pena metálico, que se adapta a uma canela,-21 —espécie de tambor babilônico de per-cussão manual; 22 — divindade mitológicainferior, que presidia aos rios e às fontes; aninfa dos rios e das fontes; 26 — bebidaespirituosa ou coquetel ingerido antes dasrefeições, supostamente como aperitivo, e

que se faz, em geral, acompanhor de tira-gosto (pl.); 29 — o que mata baratos; 30 —dança em que um dos cavalheiros não tempar e, com um sinal convencionado, toma adama de outro, que então o substitui, como oarara ou bobo, às vezes caracterizado por umcopaz e um bordão; 31 — erva lennosa etrepadeira, da família das leguminosas, for-rageira poro o gado em certas regiões doN.E., cujas vagens produzem uma espécie defeijão aproveitável, sendo as folhas trifolia-dos e as flores violáceo-pálidas.VERTICAIS — 1 — prato sertanejo preparadocom farinha de milho ou de mandioca, efeijão, carne ou peixe; 2 — que nâo étransparente; cerrado, fechado; 3 — espéciede batedeira, de movimento sereno, usadapelos fabricantes de manteiga; 4—em lugarque já se indicou, ou se está indicando, demodo expresso; 5 — conjunto de leis adjeti-vas reguladoras do exercício duma ação emjuízo,- sistema de organizações maçônicas; 6— em que há som desagradável, ou palavraobscena, proveniente da uniáo das sílabasfinais de uma palavra com as iniciais daseguinte; 7 — indivíduo de uma tribo Indíge-na das cabeceiras do rio Arinos; 8 — diz-seda escritura feita com a pena aparada; 10 —

despertar interesse; 12 — fazer aceitar; 16 —lavar (o cascalho diamantífero); conhecer aocerto; 19 — peça, hoje raramente usado, queconsiste em uma coluna de madeira ou deferro, fortemente presa no convés, e em tornoda qual se dão voltas ò amarra depois delançada a âncora; 20 — totu-bola; 23 — pôr.em concórdia; harmonizar; 24 — elementode número atômico 53, pertencente aos halo-gênios, sólido, cristalino, com brilho metálico,-25 — cada um dos caixilhos revestidos detela dos moinhos de vento; 26 — qualquerprolongamento de telhado além da prumadado parede; 27 — época histórica; 28 —antigo Instrumento musical chinês. Léxico*:Melhoramento*; Aurélio • Casonova».

SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIORHORIZONTAIS — cabala; oca; imoderados;galo; acolá; agora; aros; notável; adulosos;ra; oloroso,- Hu; arar; atroando; soua,- torre.VERTICAIS — ciganariqs; âmago; boloto;adorado; le; ara; odor; calorosa; asas; ocalo-rado; avulsa; elo; soror; sorte; alto; uru: oa,-nt.

Correspondência para: Rua das Palmeiras,57, ap. 4 — Botafogo CEP 22 270.

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ÁRIES — 21/3 a 20/4

Momento de notável afirmação paro o ariano nasci-do no primeiro decanato (21 a 30 de março) cominfluência muito positiva do Sol sobre suas otivida-des profissionais que hoje serão objeto de reconheci-mento, honra e benesses. Poro os nativos do» doisoutros decanatos há positivas indicações de favorávele próxima mudança. Aspectos neutros em relação àfamília e ao amor. Saúde regular.

TOURO —21/4 a 20/5

Os aspectos astrológicos da casa zodiacal do taurinopara esta sexta-feira indicam momento neutro poro otroto profissional e para a condução de assuntos denatureza financeiro. Você, no entanto, teró hojemomentos de excepcional e positiva influência deVênus que lhe trará êxito em iniciativas ligadas àfamília e ao amor. Podem ser assumidos compromis-sos de casamentos e noivado. Saúde regular.

GÊMEOS — 21/5 o 20/6

O clima de certa desfavorabilidade vivido pelogeminiano ontem se prolongará por esta sexta-feiracom indicações que o aconselham cautela e cuidadosredobrados na solução de questões financeiras ouligadas a imóveis. Trânsito negativo de Júpiter eSaturno. Momentos de afirmação profissional e deaspectos positivos em família. Atritos e desavençasno amor. Saúde debilitada. Evite o automedicação.

CÂNCER —21/6 a 21/7

Com uma influência muito favorável do Sol, ocanceriano entra em um do» seus melhores posicio-namentos astrológicos deste ano, até agora, emrelação a assuntos de natureza financeira e profissio-nal, com positivos reflexos em todas as suas atlvldo-des. Procure transmitir oo» que o cercam, essaexcepcional carga de positividode e sucesso. Climabem disposto paro o amor. Saúde regular.

LEÃO — 22/7 a 22/8

t-íbje o leonino deve moldar seu comportamento poruma extremada cautela no trato de assuntos denatureza profissional. Há Indicações de negativainfluência do Sol nessa sua atividade onde podemocorrer atritos danosos mm chefes ou superiores.Procure comportamento de maior Introspecçôo •intimidade. Momento em que se aconselha a buscado apoio doméstico • afetivo da pessoa amada.Saúde boa.

VIRGEM 23/8 a 22/9

O virginiano enfrentará hoje um quodro que oinfluenciará de forma muito acentuoda para atitudessonhadoras e ligadas a um plano de ambições quealmeja intimamente. Procure cuidar para que tol tipode comportamento nâo influo de forma desfavorávelem sua rotina funcional ou financeiro. Momento decerta Instabilidade no troto doméstico e amoroso.Cautela com atitudes precipitados. Saúde regular.

LIBRA — 23/9 a 22/10

Procure fundamentar suas decisões ligadas a otivida-des profissionais em fotos e dados concretos e desegura origem, evitondo atitudes calcadas em merossuposições. Momento de boo disposição para suasfinanças. Invista em imóveis ou em terras. Aconteci-mentos de grata significação familiar e sentimentaldeverão marcar o segundo período deste seu dio.Evite excessos em exercícios.

ESCORPIÃO — 23/10 a 21/11

Objetive, nesta sexta-feira, um posicionamento maiscauteloso ao assumir compromissos que signifiquemempenho de ganhos durante período muito longo.Clima de boas indicações para seu trabalho. Fascíniopessoal em relação a amigos e atividades de noture-za social. Procure ordenar seu programa deste finalde semana, nele incluindo pessoas que lhe são muitoíntimos. Saúde relativamente boa.

SAGITÁRIO — 22/11 a 21/12Esta sexta-feira promete ao sagitariano uma ligeiroalteração no clima de desfavorabilidade profissionale financeiro vivido até agora. Hoje você poderá ternovas e recompeniadoras notfcios sobre ganhos,investimentos e lucros. Aspectos neutros no trotopessoal e omoroso. Ainda persistem e hoje estarãoacentuadas as indicações de risco para sua saúdeque lhe exige cuidados redobrados.

CAPRICÓRNIO — 22/12 o 20/1Toda o cautela será pouca nesta sexta-feira, para otrato do capricorniano com seus chefes e superiores,se os tiver, ou com associados, nos empreendimentosde natureza própria. Aspectos de recompensadoresmomentos de vivência social com possível e positivainfluência futura. Clima de harmonia e dedicação nocondução de assuntos familiares e amorosos. Saúdeem bom momento.

AQUÁRIO — 21/1 a 19/2O aquariano deve aproveitar esto sexta-feira paramoldar, de acordo com suas aspirações e ambição, omomento de grande favorabilidade que vive em seuambiente de trabalho. Reflexos positivos em assuntosde natureza financeira onde você poderá contar combem-vinda ajuda. Harmonia em família. Possíveisatrito» e desentendimentos envolvendo a pessoaamada. Seja mais compreensivo. Saúde boa.

PEIXES — 20/2 a 20/3O pisciano ainda se beneficia de uma disposiçãofavorável do seu quodro astrológico que lhe acentuahoje a positividode no troto de assuntos de naturezapsíquica ou místico, com o trânsito muito benéfico deNetuno, seu regente. Relacionamento complicadocom parente próximo. Boa influência para o amor,com indicações de momentos de grata e ternoconvivência. Saúde ainda muito boo.

JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 27/3/81CADERNO B — 5

GRANDEPRÊMIO

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BRASIL DE FORMULAc OM 30 Inscritos, o Gran-de Prêmio Brasil deFórmula-1, a segundacorrida oficial do ano,

_ promete ser emotíionan-te. Com homenagens programadasa Emerson Fittipaldi que dá suaúltima volta despedindo-se definiu-vãmente das pistas, a corrida devecomeçar às 13h de domingo duran-to, no mínimo, duas horas.

Apesar de Alan Jones estar emprimeiro lugar no ranking mundialCarlos Reuteman, argentino, se-gundo piloto da Williams — o pri-meiro é Jones, australiano—conse-guiu o melhor tempo ficando Jonescom o 17° lugar. Nelson Piquet tam-bém foi mal na prova treino: tirou20° lugar estando em 3o no ranking.

A prova que definirá os tempos eposições definitivas será realizadaamanhã, podendo a quem já com-prou seu ingresso, assisti-la.

Como chegar — O Prefeito JúlioCoutinho, numa tentativa de evitaro congestionamento de automó-veis, facilitando a entrada do públi-co e também pensando na seguran-ça dos pedestres, proibiu o estácio-namento, no dia da corrida, na peri-feria do Autódromo. Em contrapar-tida colocou à disposição dos quenào quiserem ir de ônibus, 15 milvagas no Bosque da Barra, em fren-te ao Aeroporto de Jacarepaguá, aoRio Centro, ao Carrefour, ao Makroe ao longo da Via Nove, assim comonas Avenidas Alvorada e das Ame-ricas.

Para os que se assustam com adistância a caminhar — do estácio-namento ao Autódromo — náo pre-cisam se preocupar. Quem náo qui-ser fazer o exercício poderá entrarem qualquer um dos trinta ônibusque estarão circulando, de três emtrês minutos, do estacionamentoaté o Autódromo. Agora, quem in-sistir em estacionar o carro em lo-cal proibido será rebocado pelo De-tran Quanto aos ônibus, dezoitolinhas especiais estarão funcionan-do gratuitamente amanhã — quan-do será realizado o último treinooficial dos pilotos — e domingo, a

partir das 6h. Sairão de diversospontos da cidade e só deixarão oAutódromo uma hora depois de ter-minada a corrida: tanto a do treinooficial como a do Grande Prêmio.

Veículos credenciados, motoci-clistas e carros conduzidos por pes-soas deficientes terão privilégios epoderão estacionar na periferia.

As linhas de ônibus que se diri-gem ao Autódromo sáo as seguin-tes: Méier-Autódromo (690), Largodo São Francisco-Autódromo (268),Glória-Autódromo (571), Praça SáoSalvador-Autódromo (573), Casca-dura-Autódromo (757), Praça 15-Autódromo (221), Santa Cruz-Autódromo (frescáo), Campo Gran-de-Autódromo (frescáo), Castelo-Autódromo (frescáo), Rodoviária-Autódromo (223) e Leme-Autódromo (594). Os outros ônibuscom destino ao Autódromo sairãoda Av Ernani Cardoso, do TerminalMenezes Cortes da Rua Turfe Clubeem frente a UERJ, do Posto Seis eda Praça Saens Pena.

O que comer—Quem tiver fomeou sede durante as corridas náo vaiter que se preocupar senão com ospreços. Trailers espalhados pelasdependências do Autódromo de Ja-carepaguá venderão desde refrige-rantes até um cheese-bacon.

Os preços, estabelecidos pelaTatiana Distribuidora de ProdutosAlimentícios e Bebidas, serão fixosnos trailers mas poderão ser au-mentados pelos ambulantes quevenderão café, sorvete, batata-frita,amendoim e outras variações.

Preços e Variedades: Refrige-rantes, Cr$ 70; lata de cerveja, Cr$70; sanduíche de queijo, Cr$ 150;pizza pequena, Cr$ 80; churrasqui-nho no espeto, Cr$ 80; cachorroquente de lingüiça, Cr$ 100; de sal-sicha, Cr$ 90, simples de salsicha,Cr$ 60, simples de lingüiça, Cr$ 70;cheseburger, Cr$ 80, chese salada,Cr$ 80; chese bacon, Cr$ 90; saqui-nho de biscoito, Cr$ 45; copo deágua mineral, Cr$ 20; milho verde,Cr$ 45; coco verde, Cr$ 60.Segurança — Foram mobiliza-dos 2 mil soldados da PM, 500 ho-

mens do Corpo de Bombeiros ecinco helicópteros da Secretaria deSegurança e da Força Aérea Brasi-leira.

Um outro grupo de 22 pessoascompõe a manutenção técnica dapista e tem condições de repor até atela de proteção em caso de aci-dentes.

A Comlurb participará tambémdo esquema. Seis viaturas e 25 ho-mens serão responsáveis pela lim-peza de todo o Autódromo, traba-lhando junto às 24 pessoas da equi-pe de apoio à infra-estrutura sani-taria.

^3A maior novidade para este ano

para quem pretende ir aoAutódromo é o estacionamento

na periferia com a possibilidadede chegar até o local dascorridas em ônibus com

passagens gratuitas

Zona Sul — AutódromoZona Norte — AutódromoColetivo — CircularEstacionamentoTráfego permitido — Ônibus,motocicletas, veículos credencia-dos ou conduzindo deficientesfísicos.Circulação

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«3ZONA SUL

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O FILME EM QUESTAOIUGENTE COMO A GENTE"

Ely Azeredo•••

SEMPRE

que se tentar uma análise de OrdinaryPeople será preciso citar o momento em queMary Tyler Moore, no papel de Beth, usa devários subterfúgios para evitar aparecer ao lado do

fllho numa simples fotografia familiar. O profundo mal-estar se revela de repente, nas estranhas saldas daprotagonista. O aparente modelo de comportamentomoderno teme a maquininha de retrato como umselvícola aterrorizado com a absorção de sua figura poroutra pessoa.

Nesse filme de tratamento formal tradicionalistahá uma ruptura de comportamento mais próxima dostrabalhos outonais da carreira de Bunuel, como O AnjoExterminador. Robert Redford disse que se interessouespecialmente, ao ler o livro de Judith Guest, pelocomportamento de uma unidade familiar, e por "pes-soas que conservam suas vidas em perfeita ordem".Vendo o filme fica óbvio que a ordem "perfeita" exem-pliflcada em Beth é exatamente um artificio paraevitar as turbulências—e portanto os vôos que a vidacomporta. Como os comensais de O Anjo Extermina-dor perdem a compostura por não conseguirem sair dorecinto da recepção, Beth parece irracionalmente ater-rorlzada por — talvez — aparecer numa foto.

E um dos raros momentos plenamente cinemato-gráficos de Ordinary People, que corteja demais (falhado roteiro) os jogos de cena descritivos. As interpreta-ções do incidente podem proliferar. Além da maisóbvia (edipiana), prefiro lembrar que a falta de subs-tância da "arrumação familiar" gerenciada por Bethprovoca aquela implosão sem aparato demolidor. As-sumindo complexo de culpa pela morte do irmão maisvelho, tentanto suicídio, sendo internado para trata-mento, preferindo o psicanalista ao treinador esportivoo rapaz, de repente, provoca na máe o pavor de umafalha no sistema de segurança, de confiabilidade sociale de progresso material da família. Uma boa estréia nadireção, esta de Redford. Resta-lhe trocar a ordem da.direção tradicional pela aventura do cinema, onde oato criador ocorre quando alguém se recusa a vernuma foto, por exemplo, um registro ou uma peça deálbum.

nho eficiente do elenco. O versátil Donald Sutherlandestá perfeito no papel do advogado bem-sucedido echefe da pequena família em decomposição. O jovemTimothy Hutton é uma boa revelação e a televisivaatriz Mary Tyler Moore náo precisou se esforçar muitono papel da egocêntrica mãe. O diretor Robert Redfordfoi aprovado no primeiro teste de direção, como umaluno aplicado que se contém diante de ousadiasmaiores na dissertação de uma prova de vestibular. Anarrativa é clara e linear e quase não se nota a càmera,que se comporta discretamente no enquadramento enos movimentos. De ator de filmes polêmicos e deimpacto, Redford optou por fazer o seu début comodiretor, contando uma história simplista e esquemáü-ca sobre uma gente que não se parece em nada com agente que vive abaixo do Equador.

José Carlos Avellar***

Qí F

Ivanir Yazbeck*•

HÁ pouco, quase nada, a se discutir sobre esse

melodrama asséptico e inofensivo. A autora,Judith Guest, uma "simples dona-de-casa"

narra um drama doméstico sem a preocupação depropor alguma polêmica em torno do comportamentoou no delineamento psicológico dos personagens. Pas-sa ao largo da critica social, não há sequer uma pitadade ironia e observa corretamente os limites que sepa-ram o enfoque sentimental do dramalhão lacrimogè-nio. Como tese psicosocial, o máximo que pode almejaré reunir alguma Liga-americana-de-apoio-aos- jovens-que-sobreviveram-a-uma-tentativa-de-suicídio, paraexaminar o difícil relacionamento entre o confusoConrad e sua desatenta mãe.

Na verdade o que se destaca no filme, o que de fatopermanece na retina e na cabeça do espectador, sáo asbem construídas e sofisticadas imagens e o desempe-

OI um de meus melhores trabalhos comoator — comentou Robert Redford a propó-sito de sua estréia como diretor de filmes.

Eu caminhava pelo cenário como se soubesse exata-mente o que estava fazendo, é me mostrava seguro eautoritário mesmo quando nâo tinha a menor idéia doque fazer no instante seguinte. Numa palavra, fingia.Interpretava".

Deixado à margem o tom de brincadeira queaparece à primeira vista (o ator fala assim, de mododespretensioso, só para melhor representar como reali-zou seu filme) a afirmação é bem exata. Ou seja, odiretor Redford comporta-se mesmo é como um atorque, circunstancialmente por trás da câmara, procuracontracenar com os demais intérpretes. O filme pulsana tela com aquele mesmo ritmo que o ator Redfordusa para compor os seus personagens. Começa com umgesto lento e quase imperceptível, as notas secas epausadas do Canon de Pachelbel (num arranjo espe-ciai para se encaixar no andamento do filme), as lentaspanorâmicas e fusões sobre a paisagem e os descritivospasseios da imagem sobre um coral de estudantes. Derepente esta coisa que corre num tom suave e tranqüi-lo é cortada por um gesto brusco: o rosto de Conradinvade o espaço, corta a tela de baixo para cima. Eledesperta no meio da noite, assustado com um pesade-lo. Basta trazer a memória qualquer dos trabalhos deRedford como ator (os mais recentes, por exemplo, OCavaleiro Elétrico e Brubaker) para reconhecer omesmo ritmo.

As imagens se movem assim como ator, agoradiretor, costuma se mover. E um movimento se soma aoutro assim como ator costuma montar os gestos paradar vida a seus personagens, um corte seco. Do coralna escola.a um pesadelo, do pesadelo a uma comédiano teatro, do teatro ao café da manha, do café aotelefonema para o psiquiatra, do telefonema à aula denatação, cada nova cena surge na tela de modo inespe-rado, separada da anterior por um espaço de tempoimpreciso. O filme avançacomo um discurso descontí-nuo, (racionado, cortado assim como as muitas conver-sas que se insinuam e se interrompem na festa deaniversário dos amigos de Calvin e Beth. Mas cadauma destas novas situações se inicia sempre com umgesto lento e banal, com uma imagem que retrata umaqualquer coisa que pode acontecer com gente como agente. Beth encontra uma amiga na escada rolante deuma loja, grita uma saudação e um "depois a gente se

Direçáo: — Robert Redford; Roteiro: Alvin Sargent,baseado em história de Judith Guest; Fotografia: JohnBailey; Elenco: Donald Sutherland (Calvin), Mary TylerMoore (Beth), Judd Hirsh (Berger), Timothy Hutton(Conrad), M. Emmet Walsh (professor de natação),Elizabeth McGovern (Jeannine), Dinah Manoff (Karen),entre outros.

telefona" antes de perder-se diante de um vestidovermelho brilhante com a cabeça voltada para o filho.Conrad fica perdido um tempo na calçada, antes deatravessar a rua em direçáo ao consultório do DrBerger. Calvin comenta a beleza do jardim meio casti-gado pelo inverno antes de voltar-se para o fllho eexplicar o que acontecera com sua mãe. O espectador,enfim, tem sempre um muito breve entreato, um gestointrodutório, que o coloca mais à vontade diante dacena quando ela realmente começa. E, o que é maisimportante, um entreato que se recebe como um gestoreal e comum, um entreato onde o que vale é o que oator faz em cena. O que vale mesmo, na verdade, ésempre o que o ator faz em cena. As imagens, o filmecomo um todo, é bem um intermediário, um auxiliarposto a serviços dos atores, que agem entre si comocúmplices, diante da câmara e por trás dela, e condu-zem o espetáculo graças à habilidade de levar a platéiaa acreditar na cena como uma coisa viva de verdade.Mais forte que a análise das situações mostradas natela, mais forte do que o significado que se possa tirardesta história que se passa diante de nossos olhos, émesmo a emoção passada pelos atores. É a sensaçãosemelhante à que a gente tem quando, na rua, aoacaso, surpreende um pedaço de uma discussão de'verdade.

¦ a _

O analista trabalha com interpretação, Berger dá'• jpalpite, opina, aconselha, intromete-se e deixa acuado jo pobre do Conrad. O analista trabalha com sonho,;:Berger só se interessa pelo que Conrad faz acordado. O'analista trabalha com a transferência, Berger se envol-ve com seu paciente, e o faz até por ser um bom sujeito.O analista é o suposto saber, Berger é onisciente. Pela .técnica de desmontar defesas, Berger mais parece um-terapeuta comportamental, gestaltista. Tudo bem, se ¦

*termina bem, para Conrad. Nem tanto para a família,que já não será a mesma. Gente deixa a situaçào emaberto. E nos fala de um limite: a dificuldade deperdoarmos nossos pais.

Rogério Bitarelli*••

Roberto Mello**•

qtoda no

UEM diria, Mary Tyler Moore trabalha bem,convence no papel dramático da máe rejeita-dora, em pânico com seus sentimentos, e que a

fiora diz "está tudo certo". Ela é a maior marke-ting da ideologia do estar OK. Donald Sutherland,surpreendentemente sóbrio, é um pai contido e emo-cionado. E finalmente, o filho Timothy Hutton, umbelo ator. Gente como a Gente revela excelente traba-lho de atores, sem dúvida um êxito de Robert Redford,boa estréia na direção.

O roteiro de Alvin Sargent induz a repetiçõesinúteis na narrativa, poderia ser mais econômico eentrar direto no assunto. Beth é a mãe "profissional" eamericana. Forma um par perfeito com Calvin, advo-gado. Subiram na vida. Mas veio a desgraça. O filhopredileto, Buck, morre afogado. E Conrad, o caçula,acaba de sair do hospital, por tentativa de suicídio.Culpa-se pela morte do irmão. Sua ferida emocionalpõe em questáo a estrutura familiar.

Conrad procura Berger (Judd Hirsch), um psiquia-tra, mas o tradutor das legendas em português insisteem chamá-lo de psicanalista. A diferença não é pouca.O filme é propaganda confessa da terapia, quem nãofaz, dança. E seu psiquiatra é perfeito. Não erra tuna.Sabe tudo. Trata-se de um caso feliz de terapia (emcerta medida, todas se eqüivalem, dependem do pa-ciente, que se cura, apesar do terapeuta), mas não épsicanálise:

A

expressividade do filme pode ser medida pelabusca de penetração no universo interior dospersonagens, através de planos aproximados.Trata-se de uma análise quase epidérmica das intrigas,vacilaçóes e debilidades psicológicas, que circulamentre as paredes de uma aparente família americanatranqüila. Após duas décadas de matrimônio, o rompi-mento de sua unidade é um acontecimento que se

processa em ritmo lento como a própria narrativa,Foi possível unir as duas partes do prato rompidoao meio quando Beth, após abandonar a sala brusca-mente, deixa-o escapar de suas máos, na cozinha. Avida em família estava partida no meio, Já era metadeesforço de uniáo, metade representação doméstica,

quando ela não se sente à vontade ao lado do fllho,.Conrad, e Calvin vai fotografá-los. Enquanto o psicana-lista consegue Juntar as peças do quebra-cabeças exte-tencial de Conrad, enquanto Calvin procura entender ofllho entre a linguagem caótica e também despedaçadado tecnocrata que não dispensa as cifras da cotação domercado de açóes, Beth não obtém êxito na tentativade unir as suas partes internas rompidas pelo seu papeldecorativo de dona-de-casa. Como seu fllho primogêni-to, sente-se também vítima de um afogamento, de umnaufrágio de suas potencialidades.A liberdade dos diálogos e o delineamento intimis-ta, criado pela câmara, acompanham o ritmo suave decada cena, de cada seqüência. Há ligeiras exceções: asrápidas incursões no passado e as imagens telegráflcasde determinadas situações secundárias. O que predo-mina sáo as possibilidades de enfatizar o trabalho deinterpretação dos atores e a busca de fidelidade aos'exercícios psicanalíticos com algumas doses melodra-máticas. Náo há lugar para momentos privilegiados.Tudo se passa dentro dos limites da criação naturalis-ta, da aparência convincente das coisas reais, o princi-"pio da verossimilhança: a tendência de fazer a obra

parecer náo ser o que é, mas a realidade do queapresenta. Não há qualquer preocupação em questio-nar com vigor as ambigüidades psicológicas dos prota-gonistas. Mesmo porque a psicanálise — o lugar dametáfora — só aparece ocasionalmente.A tensão, ao contrário de muitos filmes, náo ocorreatravés da movimentação dentro da cena ou dos cortesrápidos, mas é desenvolvida pelo corpo-a-corpo subje-tivo e pelas reações, às vezes paroxlstas dos persona-gens. Uma tríade familiar asfixiada nas águas turvas

do cotidiano edificado sobre a rotina, durante, duasdécadas de um grito de sufoco e de afogamento paradono ar.

6 — CADERNO B sexta-feira, 27/3/81 D JORNAL DO BRASIL

Estréias dasemana• Gente Como a Gente

Pato com LaranjaCinema InocenteBoneca CobiçadaUm Menino...Uma Mulher

Cinema Estréia deamanhã

Tess

Cotações••••• EXCELENTE•••• MUITO BOM••• BOM•• REGCUR

RUIM

**•••O TAMBOR (Oi* Blechtrammel). de VolkerSchlondorff. Com David Bennent, MarioAdorf, Angela Winkler, Andréa Férreol eparticipação especial de Charles Aznavour.Caruio (Av. Copacabana, 1 362 — 227-3544)15h20m, 18hl0m, 21 h (18 onos). Oskarnasceu em 1924 na cidade de Danzig, ondealemães e poloneses vivem em harmonia. Noseu terceiro aniversário ele, num gesto detotal rejeição, resolve pôr fim ao seu cresci-mento físico. Nesse dia, ganha um tamborque acompanhará a sua infância permanentedurante os anos seguintes, enquanto registraos acontecimentos que passam por sua vida.Ele educa a sua voz, tornando-a capaz dequebrar vidros e, batendo o «eu tombor,atrapalha os paradas militares nazistas. Pai-ma de Ouro no Festival de Cannes de 1979.Oscar de Melhor Filme Estrangeiro no mesmoano. Produção da Alemanha Federal.

*•*•* ~O IMPÉRIO DOS SENTIDOS (Al No Corrida),de Nagisa Oshima. Com Eiko Matsuda eTatsuya Fuji. Stúdio Paissandu (Rua SenadorVergueiro, 35 — 265-4653): 15h, 17hl0m,19h20m, 21h30m. Tijuca-Palace (Rua Condede Bonfim, 214 — 228-4610), Olaria (RuoUranos, 1.474 — 230-2666), Madureira-1(Rua Dagmar da Fonseca, 54 — 390-2338):14h30m, 16h40m, 18h50m, 21b. (18 onos).O filme se baseia numa historio reol ocorridaem 1936 no Japão e descreve a paixão físicaentre uma jovem Sada (Eiko Matsuda) e seuamante Kichiso (Tatsuya Fuji). Somente oslugares mudam, de acordo com o percursosem descanso para os dois amantes. Existem20 diferentes cenários, 20 quartos, lugaresfechados como uma arena consagrada ao ritodo morte aceita e reivindicada pelos persona-gens. Segundo Oshima, "Sado e Kichiso sãosobreviventes da tradição sexual que desapa-receu e que para mim é odmiravelmentejaponesa". Esto tradição desapareceu com amodernização, copiada do modelo ocidental.Produção japonesa. Grande Prêmio do Festi-vai de Chicago de 1976. Reapresentação

LARANJA MECÂNICA (A Cloclcwork Orange),de Stanley Kubrick. Com Molcom McDowell.Patrick Magee, Michael Bates, Warren Clarke,John Clive e Adrienne Corri. Scala (Praia deBotafogo, 72): 15h40m, 18h20m. 21h. (18anos). Em um futuro próximo, numa socieda-de dominada por Governo autoritário nãodefinido, jovens se divertem com estupros,drogas e ultraviolência. Alex, aprisionado, éSubmetido à Experiência Ludovico, tratamentoque visa a privá-lo de seu livre arbítrio etorná-lo cidadão-modelo. Produção inglesa.Reapresentação.

•••••CASANOVA DE FELLINI (Casanova), de Fede-rico Fellini. Com Donald Sutherland, CecilyBrowne, Sandy Allen, Tina Aumont e Ledalojodice. Ricamar (Av. Copacabana, 360 —237-9932): 18h, 21h. (18 anos). Giacomonarra suo vida de libertino, sua condenaçãopela Santo Inquisição por práticas cabalísti-cas, sua fuga à prisão, suas viagens em buscade experiências insálitas e as angústias que oatormentam — com o tempo — pelas contin-gências da idade. Fellini, hostil às Memóriasdo legendário personagem, realiza uma es-pécie de retrato do vazio, desprezando todocompromisso cam a biografia convencional evendo no fjersonagem uma antecipação dabrutalidade elementar ao fascismo. Filmeitaliano. Reapresentação.

•••*SEÇÃO ESPECIAL DA JUSTIÇA (Soction Sp.-eiale), de Costa-Gavras. Com Louis Seigner,Michel Londsdale, Jacques Spiesser, BrunoCremer, Jacques Perrin, Pierre Dux e YvesRobert. Cinema-I (Av. Prado Júnior, 281 —275-4546): 15h, I7hl0m, 19h20m, 21h30m(18 anos). 21 de agosto de 1941. Um soldadoalemão é assassinado por um membro doResistência francesa, que não é capturado. Emseu lugar, três homens serão decapitados. Otexto que determina esta sentença não existiano dio do acontecimento, mas um decretoleva à criação do Seção Especial, anexa aoTribunal de Recursos da França. Este quistojudiciário é o resultado de uma negociaçãoentre os ocupantes nazistas e o Governocolaborocionista de Pétain. Produção fron-cesa.

••••O TOURO INDOMÁVEL (Roging Buli), deMartin Scorcese. Com Robert de Niro, CathyMoriarty, Joe Pesei, Frank Vincent, NicholasColasanto, Thereso Saldana e Frank Adonis.Veneao (Av. Pasteur, 184 — 295-8349): de 2oa 6", às 16h30m, 19h, 21h30m. Sábado •domingo, a partir das 14h. Santa Alice (RuaBarão de Bom Retiro, 1995 — 201-1299); de2a a sábado, às 18h, 20h30m. Domingo, às15h30m, 18h, 20h30m. Último dia no Vene-zo (16 anos). Jake Ia Motta, filho de imlgran-tes italianos, nasce e é criado no ambiente depenúria no Bronx, onde aprende a roubar e alutar. Mais tarde, tranforma-se em boxeador,mas a vida desregrada o leva à ruína e àprisão, perdendo o seu titulo de campeãomundial de peso-médio, conquistado em1948. Produção americana.

GAUIN —CAMINHOS DA LIBERDADE (brasi-leiro), de Tizuka Yamasaki. Com Kyoko Tsuka-mato,

"Antônio Fagundes,, Jiro Kawarasaki,

Gianfrancesco Guarnieri, Álvaro Freire e JoséDumont. Bruni-lpanema (Rua Visconde dePirajá, 371 — 287-9994), Cinema-3 (Rua.Conde de Bonfim, 229): 14h, lóh, 18h, 20h,22h. (14 anos). Premiado no Festival deGramado como o melhor filme, melhor atorcoadjuvante (José Dumont), melhor roteiro,melhor cenografia (Yurika Yomasoki) e me-lhor trilha sonora (John Neschling). No Festi-vai de Cannes ganhou o prêmio especial daAssociação dos Críticos Internacionais. Cercade 800 imigrantes japoneses chegam aoBrasil em 1908, durante o período da expan-são cafeeira. Entre eles, Yamada e Kabayaskisão contratados para trabalhar na fazendaSanta Rosa, em São Paulo, onde enfrentam ahostilidade do capataz, qua exige sempre umritmo inalterável de trabalho. O tratamentohumano só é sentido através de outros imi-grantes — italianos e nordestinos. Sem alter-nativas, os japoneses sofrem as conseqüên-cias de uma vida quase animal: a maleita, osuicídio e a degradação determinam o desa-porecimento dos mais fracos, Rsopresenlu-«*»•

••••A CIDADE DAS MULHERES (La CHtà Dell*Donne), de Federico Fellini. Com MarcelloMastroionni, Anna Prucnal, Bernice Stegers,Donatella Daminianni, lole Silvani e EttoreManni. Lagoa Drive-ln (Av. Borges de Medei-ros, 1 426 — 274-7999): 20h, 22h30m. Atéquarta (18 anos). Marcello Snoporaz sai atrásde uma desconhecida encontrado duranteuma viagem de trem e acabo sendo atraído aum congresso feminista mundial que se reali-za num hotel, no meio de uma floresto. Láestão reunidas centenas de mulheres de todas.as partes do mundo. Num clima alucinatório,ele é descoberto e acusado de agente inimigoinfiltrado. Paro Fellini, "o filme é a soma detudo que fiz até agora e também uma horne-nagem ao cinema visto como se fosse umamulher, uma iniciação sexual". Produção ita-liana. Reapresentação.

•*•GENTE COMO A GENTE (Ordinary People). deRobert Redford. Com Donald Sutherland, Ma-

— iaA Infância de Gorki parte

CONSELHO DE CINEM A JB—^—1^1^^—íl—¦José

Filmes Ely Hugo Ivanir Carlos Roberto Rogério Susana Azeredo Gomez Yazbecíc Avellar Mello Bitarelli Schild

O Tambor *•••* ***** ***** ***** ***** ***** *****

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^jSgT1 v**** ***** ••• ••••* *** ••••pcSr | ** I ** 1 ** 1 ** 1UMA TRILOGIA SOBRE

A VIDA DE GORKIAPROVEITANDO

aremontagem da

peça Os Pequeno-Bur-gueses, de Gorki, atual-mente em cartaz noTeatro Gláucio Gill,com direção de JonasvBloch, o Cineclube Bar-ravento está organizan-do a exibição de umatrilogia de filmes sobrea vida do escritor, apre-

sentados durante trêsfins de semana conse-cutivos. Os filmes sãodirigidos pelo cineastasoviético Marc Donskoie neste fim de semanaserá apresentada a pri-meira parte — A Infân-cia de Gorki — seguin-do-se depois GanhandoMeu Pão (dias 4 e 5) eMinhas Universidades(dias 11 e 12).

§ y :í v yy' 'Z: W~

Revolução de 30, documentário de Sílvio Back emreapresentação no Cinema Cândido Mendes, com

sessões à meia-noite hoje e amanhã

ry Tyler Moore, Judd Hirsh, Timothy Hutton,M. Emmet Walsh e Elizabeth McGovern. Rian(Av. Atlântica, 2.964 — 236-6114): 14h,16h30m, 19h, 21h30m. Comodoro (Rua Had-dock Lobo, 145 — 264-2025): 16h, 18h30m,21 h. (14 anos). Calvin e Beth formam o casal-modelo. Eles nunca haviam sofrido uma doremocional até o momento em que ocorre umacidente fatal: o,filho mais velho morreafogado. Conrad, o filho caçula, voltandopara casa depois de quatro meses de interna-mento num hospital psiquiátrico, fico deso-rientado e sente-se culpado pela morte doirmão. Produção americana.~~~ ;

*••BEN-HUR (Ben-Hur). de William Wyler. ComCharlton Heston, Jack Hawkins, Stephen Boyd-e Haya Harareet. Largo do Machado 1 (Largodo /«achado, 29 — 245-7374): 15h50m, 20h(10 anos). Aventuras romanas do heróico Ben-Hur. Reapresentação._____ ___— —PATO COM LARANJA (l'Anotra AII'Arancla),de Luciano Salce. Com Ugo Tognazzi, MônicaVitti e Barbara Bouchet. Ublon-1 (Av. Ataulfode Paiva, 391 — 239-5048), Ópera-2 (Praiadè Botafogo, 340 — 246-7705):15b,17hl0m, 19h20m, 21h30m. Tijuca (RuaConde de Bonfim, 422 — 268-0790):14h30m, 16h40m, 18h50m, 21h. (18 anos),livio Stefani, famoso publicitário, descobreque suo mulher tem um amante, com quempretende fugir porá Madri. E propóe que Lisao convide para passar o fim de semana comeles. Depois, simula um adultério com suasecretária, pois só assim o juiz daria a Lisa acustódia dos filhos. Produção italiana.

TOM HORN (Tom Horn), de William Wiard.Com Steve McQueen, Linda Evans, RichardFarnsworth, Billy Green Bush e Slim Pickens.Patócte-1 (Rua do Passeio, 38 — 240-6541):13h30m, 15h30m, 17h30m, I9h30m,

•21h30m. Roxi (Av. Copacabana, 945 — 236-6245): 15h30m, 17h30m, 19h30m, 21h30m.(16 anos). Legendário herói do Oeste em frmde carreira. Tom Horn, aos 40 anos, é contra-tado pelos grandes criadores de gado deWyoming para acabar com os ladrões quediminuíram seus rebanhos. Produção omeri-cana.

__ _NOVELA DAS OITO (brasileiro), de AntônioCalmon. Com Helena Ramos, Monique La-fond, Maria Pompeu, André de Biose, HelberRangel, Flávio Sâo Thiago, Ricordo Zambelli eAlcione Mazzeo. Metro Boavista (Rua do Pas-seio, 62 — 240-1291): I4h, lóh. 18h. 20h,22h. (18 anos). Marina é uma atriz de novelaque tem dupla personalidade. No vídeo ela eum símbolo de beleza extrovertida, destum-brante. Na vida real é uma pessoa tímida,recofada e cheio de problemas.

=¦£XANADU (Xanadu), de Robert Greenwald.Com Olivia Newton-John, Gene Kelly, Mi-chael Beck, James Slovon e Dimitra Arliss.América (Rua Conde de Bonfim, 334 — 248-4519): 15h, 17h, 19h, 21h. (Livre). DannyMcGuire é um arquiteto famoso mais vive aesuos recordações dos tempos em que ;oromúsico. Sempre relembra a grande épocaquando trabalhava com bandas popuiares econhecera todos os músicos famosos. Dannyainda conserva um grande sonho: quer nova-mente abrir um clube e pede a Sonny, umartista plástico, paroaiudara procurar o local.Danny o imagino cqmo nos anos 40, Sonny ovè diferente: como no década de 80. Enquan-to conversam sobre o nome do clube, surge

Kira, uma cantora, que sugere Xanadu. Pro-dução americana. Reapresentação.

*+REVOLUÇÃO DE 30 (Brasileiro), documentáriode longa-metragem de Sílvio Back. CândidoMendes (Rua Joana Angélica, 63 — 267-7897): 14h, 16h30m, 19h, 21h30m. 6a esábado, sessões á meia-noite. (Livre). Cola-gem de documentários e filmes de ficção dosonos 20 e alguns realizados posteriormente,mas cuja temática remonfa aquela década.Comentários críticos dos historiadores BorisFausto, Edgard Caronee Paulo Sérgio Pinheirojuntam-se ao repertório musical, também daépoca, explorando a sátira política. Reapre-sentação.

••BONITINHA MAS ORDINÁRIA OU OTTO IA-RA RESENDE ( Brasileiro), de Braz Chediak.Com Lucélia Santos, José Wilker, \/era Pisher,Carlos Kroeber, Milton Moraes e MadameMorineau. Studio-Copocabana (Rua RaulPompéia, 102 — 247-8900): Uh. lóh, 18b,20h, 22h. Jacarepaguá Autocine 1 (Rua Càn-dido Benício, 2 973 — 392-6185): de 4o adomingo, às 20h, 22h. 2° e 3o, às 20h30m.Até terça no Jacaré-1. (13 anos). A históriatem seu ponto de paríida quando Edgar, umrapaz de Minas, é procurado por Peixoto,genro de Werneck, um milionário, que the fazuma proposta: o casamento com Ritinha,jovem com apenas 17 anos, filha de Werneck.Mais tarde, descobrirá que fora envolvidonuma tramo e que Peixo"o é amante damulher com que se casaria. Baseado na peçahomônima de Nelson Rodrigues. Reapresen-loção.

*•REPÚBLICA DOS ASSASSINOS (Brasileiro), deMiguel Faria Jr. Com Tarcísio Meira, SandraBréa. Anselmo Vasconcelos. Silvia Bandeira,Milton Morais e Jcse lewgoy. Ilha Auto-Cine(Praia de Sãc Bento — üha do Governador —393-3211): de 7= a 6a, as 20h30m, 22h30m.Sábc 3 e domingo, as )8h30m, 20h30m,22h3,.Ti. Alé teiço (i8 anos). Versão de umlivro de AguinaldoSüva, 'endocomo protago-nista um policia' inspirado na figura deManei Maryscorr, envolvido numa teia decrimes e integrante do grupo repressor "de

elite" conhecido como Esquadrão da Morte.Uma atriz famosa em crise existencial, umrepórter aue abandona os ideais da juventu-de e um travesn estáo entre os principaispersonagens. Reapresentação.

+* '

ARIELLA ( Brasileiro), de John Herbert. ComNicole Puzzi, Christione Torloni, John Herbert,Herson CaD'>. íris Bruzzi e Liana Duvol. Lido-1(Praia do Flamengo, 72); 17h30m. 19h30m,21h30m, Copacabana (Av. Copacabana, 801— 255-0953). I5h30m, 17h30m, 19h30m,2ln30m. (18 anos). Vivendo um estodo desemi-abandono por suo familia, Ariella per-cebe que algo estranho ocorre no mansão emque vive e descobre uma farsa: seus tio»assumiram a paternidode legal no dia do seunascimento, passando a desfrutar de todos osvultosos bens herdados. Reapresentação.

BONECA COBIÇADA (Brasileiro), de RaffaeleRossi. Com Francisco di Franco, Aldine Muller,Renata Candu, Fausto Rocha, Marcelo Couti-nho e Périeles Campos. Pathé (Praça Floriano',45 — 220-3135): de 2a a 6o, às 12h, 14h,16b, 18h, 20h, 22h. Sábado e domingo, apartir das 14h. Art-Copacabana (Av. Coloca-bana, 759 — 235-4895): 15h20m, 17h,18h40m, 20h20m, 22h. Paratodo* (Rua Ar-

quias Cordeiro, 350 — 281-3628), Stúdio-Catete (Rua do Catete, 228 — 205-7194), RioSul (Rua Marquês de São Vicente, 52 — 274-4532): 14h, lóh, 18h, 20h. 22h. Art-Tijuea(Rua Conde de Bonfim, 406 — 288-6898),Art-Madureira (Shopping Center de'Madurei-ra): 14h50m, 16h30m, 18hl0m, 19h50m,21h30m. (18 anos). Paula, moça simples dointerior, vai para Sâo Paulo tentar uma vidamelhor. Inexperiente, sem conseguir empre-go, o pouco dinheiro que trouxera vai-seacabando e ela é envolvida em ambiente deprostituição.

UM MENINO... UMA MULHER... (Brasileiro),de Roberto Mauro. Com Monique Lafond,Mario Peiraglia, Sônia Vieira, Toni Ferreira eAna Lúcia Torres. Vitória (Rua Senodor Dan-tas, 45 —220-1783): 14h20m, lóh, 17h40m,19h20m, 21h. Leblon-2 (Av. Ataulfo de Pai-va, 391 — 239-4998), Ópera-1 (Praia deBotafogo, 340 — 246-7705), Astor (Rua Mi-nistro Edgar Romero, 236 — 390-2036):14h50m, 16h30m, IShlOm, 19h50m,21h30. Carioca (Ruo Conde de Bonfim, 338— 228-8178), Rosário (Rua Leopoldina Rego,52 — 230-1889): lóh, 17h40m, 19h20m,21 h. Condor Copacabana (Rua FigueiredoMagalhães, 286 — 255-2610), Largo doMachado 2 (Largo do Machado, 29 — 245-7374): 14h30m. 16hl5m, 18h, 19h45m,21h30m. Art-Méier (Rua Silva Rabelo, 20 —249-4544): 15h, 16h40m, 18h20m, 20h,21h40m. (18 anos). Silvinho, um menino de14 anos, nascido e criado numa favela, vaitrabalhar na casa de Rafaela, que tem umalto padrão de vida. Ela procura ganhar aconfiança do menino a fim de continuarmantendo relações extra-conjugais e chonta-gear os seus amantes.

BACANAL (brasileiro), de Antônio Meliande.Com John Hebert, Aldine Muller, PatriciaScalvi, José Carlos Sonchez, Jofre Soares eJosé Miziaro. Madureira-2 (Rua Dagmar daFonseca. 54 — 390-2338), Vitória (Bangu),Odeon (Praça Mahatma Gandhi, 2 — 220-3835): 14h20m, lóh, I7h40m, 19h20m, 2th.Imperator (Rua Dias da Cruz, 170 — 249-7982), Coral (Praia de Botafogo, 316 — 551-8649): 14h50m, 16h30m, 18hl0m, 19h50m,21h30m. Jofa (Av. Copocabana, 680 — 237-4714): 16h30m, 18hl0m, I9h50m, 21h30m.(18 anos). Dois casais vão passar o fim çjesemana juntos num trailer em praia distantedo litoral paulista e se envolvem com rrèsmoças que passeiam na região e três foragi-dos da lei.

POR QUE AS MULHERES DEVORAM OS MA-CHOS (brasileiro), de Alan Pek. Com VeraGimenez, Ana Maria Kreisler e André Lounti-'ra. Baronesa (Rua Cândido Benício, 1.747 —390-5745): 15h30m, 17hl5m, 19h, 20h45m.(18 anos). Pornochanchada.

_O INCRÍVEL MONSTRO TRAPALHÃO (brasi-leiro), de Adriano Stuart. Com Renato Aragão,Dedé Santana, Zacarias, Mussum, Paulo Ra-mos, Alcione Mazzeo e Wilson Grey. Ricamar(Av. Copacabana, 360 — 237-9932): 14b.15h50m. (Livre). Um modesto inventor (Rena-to Aragão) descobre um poderoso combustívelextraído de uma planta nordestino. Com issopretende ganhar uma corrida mas é sabotadopor um inimigo. Mais uma história vividapelos Trapolhâes que, desta vez, desafiam asmultinacionais do petróleo, lutando para quea fórmula do pobre cientista permaneço no'Brasil. Reapresentação.

AS PROFISSIONAIS DA NOITE (Bellas deNoche), de Miguel M. Delgado. Com JorgeRivero, Sasha Montenegro, Carmen Salinas eRosa Carmina. Programa complementar: O»Dragões da Arena Sagrada. Rex (Rua AlvaraAlvim, 33 — 240-8285): de 2° a 6o, às 12h.15h40m, 19h20m. Sábado e domingo, às13h30m, 17hl0m, 19h20m. (18 anos). Pro-dução mexicana. Um ex-boxeador é obrigadoa enfrentar um marginal para defender amulher que ama, prostituta em um cabaré.Reapresentação.

MATINÊSSESSÃO COCA-COLA — Fusca Enamorado —Lagoa Drive-ln: amanhã e domingo, òs18h30m (livre).

ASSIM COMEÇOU TRINITY (Ac* High), deGiuseppe Colizzi. Com Terence Hill, BudSpencer, Eli Wallach, Brack Peters, KevinMcCarthy e Livio Lorenzon. Jacarepaguá Au-to-Cine 2 (Ruo Cândido Benício, 2.973 —392-6186): de 4o a 6a, às 20h, 22h. Sábado edomingo, às 18h30m, 20h30m, 22h30m. 2oe3°, às 20h30m. Até terço (14 anos). CotSfevens e Hutch Besy chegam a El Pasotrazendo um carregamento de ouro e, depois,vão ao escritório do presidente.do banco parofazer a entrega e receber o pagamento. Maistarde, o banqueiro oferece a liberdade a umbandido que está paro ser enforcado, se eleconseguir recuperar o dinheiro do pagamen-to. Produção italiana. Reaprwentação.

CORPO DEVASSO (brasileiro), de AlfredoSternheim. Com David Cardoso, Neide Ribei-ro, Patricia Scalvi, AAeine Vieiro.Nadia Destro,Armando Tirabosqui, Evelise Olivier e LuizCarlos Braga. Patócio-2 (Rua do Passeio, 38— 240-6541): 14h20m, lóh, 17h40m,19b20m, 21h. Lida-2 (Praia do Flamengo,72): 16h30m, IShlOm, 19h50m, 21h30m.Palácio (CampoGrande): 15h, 16b, I7h40m,19h20m, 21h. (18 anos). Rapaz do interior,depois das perseguições de seu patrão porcausa do namoro com a filha, vai para SãoPaulo em busca de emprego. Sem preparoprofissional, envolve-se em inúmeras situa-ções adversas.

O ULTIMO CÃO 0E GUERRA (Brasileiro), deTony Vieira. Com Aríete Moreira, ChristinaKristner, Tony Vieira e Heitor Gaitti. Programacomplementar: Kung Fu, o Monstro do MarContra o Dragão. Orly. (Rua Alcindo Guana-bara, 21): de 2o a 6o, òs lOh, 13hl5m,16h30m, 19h45m. Sábado e domingo, apartir das 13hl5m. (18 anos). Reopretetvtoção.

TISS (Toei), d* Roman Polanski. Com Nostas-sia Kinski, Peter Firth, Leigh Lowson, JohnCollin, Rose-Mary Martin e Corólyn Pickles.Venezo (Av. Pasteur, 184 — 295-8349): apartir de amanhã, às 14h20m, 17h35m,20h50m (14 anos). História passada numacidadezinha da Inglaterra, no século passado.A filha de um camponês descobre sua ascen-dència aristocrática e, quando procura ajudodos parentes, acaba sendo seduzida peloprimo. Mais tarde vem a se casar mas nâoconsegue ser feliz, perseguida por uma moralvitoriana rígido. Filme inglês baseado noromance de Thomas Hardy. O filme concorre oseis Oscar da Academia.

Extra•*•••

LOLA MONTEZ (Lola Montei), de MaxOphuls. Com Martine Carol, Peter Ustinov,Anton Walbrook, Oskar Werner e Ivan Desny.Amanhã, à meia-noite, no Ricamar, Av. Co-pocabana, 360 (14 anos). História da cortesãLola, exibida em um circo, ao mesmo tempoem que recorda suas relações amorosas com omarido escocês, o compositor Liszt, um estu-dante e o Rei Luis I da Baviera. Produçãofranco-alemã.

*•*•AMULETO DE OGUM (Brasileiro), de Nelson

Pereira dos Santos. Com Jofre Soares, AnecyRocho. Ney Santana e Maria Ribeiro. NoCineclube Cantareira: hoje, às 20h, no A*»-clube, Av. Quintino Bocaiúva, s/n° — Praiadas Charitas. Domingo, às 20h, no Stúdio 78,Ruo São Lourenço, 78 — Centra (18 onos). Aoçõo se passa em Duque de Caxias, em tornode um rico bicheira e um grupo de bandidoscontratado por ele poro matar os opositores.

*••TUDO BEM (Brasileiro), de Arnaldo Jabor.Com Paulo Gracindo, Fernanda Montenegro,Zezé Motta, Mario Sílvia, Regina Case, Luiz 'Fernando Guimarães e Luiz Linhares. Ama-nhã, às 19h, no Cineclube do SESC d*Engenho de Dentro, Av. Amaro Cavalcanti,

661. Domingo, às 20h, no Cineclube EdsonLuis, Ruo Capitão Rubens, 37 (18 anos).História de uma família de classe média "que

se acredita capaz de exorcizar os males domundo para longe de suas portos e janelas".O filme é opresentado pelo realizador comouma comédia que às vezes passa à farsa, •também apresenta situações de sátira * tra-gédia.

•**COPACABANA ME ENGANA (Brasileiro), deAntônio Carlos Fontoura. Com Odete Lara,Cario Mossy e Cláudio Marzo. Hoje, às 20h,no Cineclube do Engenheiro, Av. Rio Branco,277 — 17° andor (18 anos). Primeiro longa-metragem de Antônio Carlos Fontoura mos-trando uma visão realista da classe média daZona Sul.

•••O IDIOTA (L'ldiot), de Georges Lampin. ComGérard Philippe, Edwige Feuillére e LucienCoedel. Domingo, às 19h, no Cineclube Go-dord da Aliança Francesa da Tijuca, RuaAndrade Neves, 315. Produção franceso de1946 em preto e branco. Baseado na obra deDostoievsky.

• A ESCOLHA DO PÚBLICO — Exibição de AChinesa (La Chinoise), de Jean-Luc Godard.Com Anne Wiazemsky, Jean-Pierre Léaud eJuliet Berto. Amanhã, às 21 h, no CineclubeMacunaima, Rua Araújo Porto Alegre, 71 —9o andar. (18 anos). Um dos trabalhos maispolêmicos de Godard, espelhando a inquieta-ção política da juventude dos anos 60. Produ-çâo francesa.

TRILOGIA DE GORKI (Io Parte) — Exibição deA Infância de Gorki (Detttvo Gorkogo), de M.Donskoi. Com M. Troianovski, V Massalitinovoe E Alexeeva. Amanhã e domingo, às 20h, noCineclube Barravento, Rua Muniz Freire, 60— Tijuca. Após a sessão haverá debates.Primeiro porte da trilogia sobre a vida doGorki. Produção soviética reconstituindo ascondições sociais sob o regime czarista, com aanálise da infância miserável do escritor, suaidentificação com a classe operária e o des-pertar da consciência revolucionária.

BRASIL 64-79 / AS MULTINACIONAIS E OBRASIL — Exibição de Jari (brasileiro), docu-mentário de Jorge Bodansky e Wolf Gauer.Depoimentos de José Lutzenberger, EvandroCarreira e Modesto da Silveira. Domingo, às19b, no Cineclube Jean Renoir da AliançaFrancesa do Méier, Rua Jacinto, 7. Após asessão haverá debates com membros doCNDOA.

A MONTANHA DOS SETE ABUTRES (Th* BigCamival), de Billy Wilder, Com Kirk Douglas eJan Sterling. Hoje, às 16h30m, na Cinemato-ca do MAM, Av. Beira-Mar, s/n°. Legendas emportuguês

CINEMA INOCENTE (Brasileiro), de Júlio Bres-sane. Com Radar e Nunes Pereira. Comple-mento: O Dinheiro (CArgent), de MareeiLHerbier. Hoje, às 18h30m, na Cinematecado MAM, Av. Beira-AAar, s/n°

OS IRMÁOS CORSOS (Th* Carakan Bra-thot»), de Gregory Rafoff. Com Douglas Fair-banks, Ruth Warrick e Akim Tamiroff. Com-plemento: Alvo Humano, 6° episódio do seria-do Red Barry (Red Barry), de Ford Beebe •Alan James. Com Buster Crabbe. Amanhã, às16h30m, na Cinemateca do MAM, Av. Beira-Mar, s/n3.

Bilbao (Dolores en Bilbao), ambos de JoséMaria Li nares, Estado de Exceção (estado deExcepclón), de Inaqui Nunez e Terra Espanho-Ia (The Spoin Earth), de Joris Ivens. Amanhã,às 20h30m, na Cinemateca do MAM, Av.Beira-Mor, s/n°. Legendas e narração emespanhol

SETE ANOS DE AZAR (Seven Yean Bod Luck).de Max Linder. Com t^ax Linder e Alta Allen.Domingo, às 16h30m, no Cinemateca doMAM, Av. Beira-Mar, sin". Legendas emfrancês.

DE CRÁPULA A HERÓI (II Genoralle DeliaRover»), de Roberto Rosselini. Com Vittorio deSica, Honnes Messemer e Anne Vernon. Do-mingo, às 18h30m, na Cinemateca de MAM,Av. Beira-Mar, s/n". Legendas em português.

O ESTRANHO (The Stranger), de Orson Wel-les. Com Orson Wel les, Loretlo Young e Ed-ward G. Robinson. Domingo, às 20h30m, naCinemateca do MAM, Av. Beira-Mor, s/n"Legendas em português.

HOMENAGEM PÓSTUMA A EDSON LUÍS —Exibição de Liberdade de Imprensa, de JoãoBatista de Andrade e Nada Será Como Antes,de Mario Helena Saldanha. Amanhã, às 19h,no Cineclube Edson Luis, Rua Capitão Rubens.37 — Marechal Hermes. Após a sessão have-rá debates.

CINEMA NO CURVELO — Exibição de Semi-Ótica, de Antônio Manuel, Humor Amargo, deSérgio Santeiro, Campeão de Patins, de Char-les Chaplin e Lapa 67, de Renato Neumonn.Domingo, às 20b, no Cineclube Santa Teresa,Praça do Curvelo.

FUCTS (Brasileiro), de Ziraldo. Domingo, às15h, no Cineclube Tio Ate neco da AliançaFrancesa do Méier. Rua Jacinto, 7.

UAAA PULGA NA BALANÇA (Brasileiro), comPaulo Autran e John Herbert. Domingo, òs13h30m, no SESC da Tijuca, Rua Barão deMesquita, 539. Após a sessão haverá deba-

, tes. Entrada franca.

DOCUMENTÁRIOS HOLANDESES — Exibiçãode Rembrandt, Pintar do Homem • A Aeetau-ração da Ronda da Noite, de Polygoon Hi Iver-sum. Hoje, òs 17b, no Museu Nocional doBelas-Artes, Av. Rio Branco, 199.

MOSTRA DE SUDES SOBRE CARNAVAL —Exibição de Marquês de Sapucaí 80 e Presid-ente Vargas 77, de Augusto Rego Lins eCarnaval do Rua, Escolas do Samba e Bloco*75 a 81 de Ricardo Beliel. Hoje, às 12h30m,15h, I7h30m, no Núcleo do Fotografia daFunarte, Rua Araújo Porto Alegre, 80.

MOSTRA DE FILMES SUPER 8 — Exibição defilmes curtos em super 8. Hoje, òs 19h eamanhã, às Uh, no Cineclube do SESC deRamo», Rua Teixeira Franco, 38.

CINEMA INOCENTE (Brasileiro), de Júlio Bres-sane. Com Radar e Nunes Pereiro. Comple-mento: A Sorridente Madame Beaudet (LaSogrianto Madame Beaudet), de GermaineDuloc. Amanliã, às 18h30m, no Cinematecado MAM, Av. Beira-Mar, s/n°.

Grande RioNITERÓIALAMEDA (718-6866) — A lagoa Azul, comBrooke Shields. Hoje e amanhã, às 17h, 19h,2Ih. Domingo, a partir das 15h. (14 anos).

BRASIL — Bacanal, com John Herbert. Hoje,amanhã e domingo, às lóh, 17h40m,19h20m, 21h. (18 anos).

CENTER (711 -6909) — O Tambor, com DavidBennent. Hoje, amanhã e domingo, às15h20m, IShlOm, 21h (18 anos).

CENTRAL (718-3807) — O Nhnitt Volto aoInferno, com Kirk Douglas. Hoje e amanhã, às14h30m, 16h40m, 18h50m, 21h. (Livre).

CINEMA-I (711-1450) — Um Menino... UmaMulher..., com Monique Lafond. Hoje, ama-nhã e domingo, às lóh, 17h40m, 19h20m,21 h. (18 onos).

KARAÍ (717-0120) — Pato Com Laranja, comUgo Tognazzi. Hoje.omanhá e domingo, ãs14h30m, 16h40m, 18h50m, 21 h (18 ano»),

NITERÓI (719-9322) — Bacanal. com JohnHerbert. Hoje, amanhã e domingo, òsI4h20m, lóh, 17h40m, I9h20m, 21h (18onos).

PETRÓPOLISDOM PEDRO (2659) — Sócios no Pranr, comSylvia Gless. Hoje e amanhã, òs 15h30m,17h20m, 19hl0m, 21h. (18 anos). Dominçp:A Fêmea do Mar, com Neide Ribeiro. As15h30m, 17h20m, 19hl0m. 21h. (18 anos).

PETRÓPOLIS (2296) — Corpo Dovatso, comMário Cardoso. Hoje, amanhã e domingo, àslóh, I7h40m, 19h20m, 2lh. (18 anos).

TERESÓPOLIS

ESPANHA — Documentários sobre as lutos deliberação ra Espanho, incluindo: Anistia oliberdade (Amniitia y Libertod) e Dolores em

ALVORADA (742-2131) — Corpo Devasso,com Mário Cardoso. Hoje e amanhã, às 15h,20h, 22h. Domingo, às 14b, lóh, 18h, 20h,22h. (18 anos).

Curta MetragemPROFETAS: INCONFIDENTES — De Braz Che-diak. Cinema: Jacarepoguó Auto-Cine 3.

FEIRA DE CAMPINA GRANDE — De ElyseuVisconti. Cinema: Drivo-ln Itaipu.

FENIX — De Silvio Da-rin. Cinema: Art-UFF.

CÉU AZUL COM SOL BRILHANTE — De Gerol-do Miranda. Cinema: Ricamar.

MAM SOS — De Walter Carvalho. Cinema:Cinema-3

A MENINA E A CASA DA MENINA — De MariaHelena Saldanha. Cinema: Bruni-lpanema.

UM CRIOULO BRASILEIRO - De J. TheodoraCinema: largo do Mochodo 1.

JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 27/3/81CADERNO B

ATRÁS DA TROUXA — Comédia musical,criação coletivo do Grupo Disritmla. Dir. delouise Cardoso. Com Beto Sutter, CláudioSavietto, Marcelo Arrudo, Mauri Aklander,Octávio Moroe», Beatriz Junqueira, CatarinaAbdalla, Clarinho Fa|ardo, Márcio Bulcõo,Laia Coimbra, Sílvia Holsmeister. Teatro Expe-rimental Cacilda hcker, Rua do Catete, 338(265-9933). De 4° a dom., às 21 h. Ingressos aCrS 150. Tentativa de fusóo das técnicos darevista musical com as do teotro-jorno|.

MÃOS AO ALTO, RIO — Comédia de PauloGoulart. Dir. de Aderbal Júnior. Com AryFontoura, Mareia de Windsor, Sueli Franco,Paulo Guarnieri, Ivan de Almeida, MortaPietro. Teatro Mesbla, Rua do Passeio, 42/56(240-6141). Hoje sessão poro a classe teatral.De 3» a 5.a, o» 21hl5m, sób. ài 20h e 22h edom. às 18he2!hl5m. Ingressos de 3° a 6a edom. a CrS 400 e CrS 300, estudantes e sób. oCrS 500. Assaltar e ser assaltado pode sermotivo de bom humor?

ENSINA-MI A VtVHt — Texto de Colin Hig-gins. Adapt. e dir. de Domingos de Oliveira,Com Henrietté Morineau, Diogo Vilela, Na-thólia Timberg, Carlos Kroeber, Felipe Wag-ner, Beth Erthal, Teimo Faria, Miguel Oniga,Helena Rego, Paulo Bibiano. Teatro Villa-Lobo». Av. Princesa Isabel, 440 (275-6695).De 3° a 6°, às 21h30m, sób. às 20h30m e22h30m e dom., às 18h e 21 h30m. Ingressosde 3o o 5o e dom., CrS 500 e CrS 300,estudantes e 6° e sób. a CrS 500. Uma velhasenhora digna ensina os segredos da vida aum jovem rapaz.

MADAME DE SADE — Texto de Yukio Mishi-ma. Dir. da Gilles Gwizdek. Com A/VarioHelena Pader, Aline Molinari, JacquelineLourence, Maria Heleno Imbassahy, SolangeJouvin e Regina Rodrigues. Teatro CândidoMendes, Rua Joana Angélica, 63. De 4° asób., às 21h30m. Dom., às 20h, nâo sendopermitida entrada após início do espetáculo.Ingressos de 4o a Cr$ 150, 5o a 6o e dom., aCrS 300 e Cr$ 200 estudantes, sób. o CrS 300.Em torno dos acontecimentos da RevoluçãoFrancesa, a condição feminina analisadaotravés do destino de seis mulheres quegiram em torno do Marquês de Sade. Até dia12 de abril.

O SENHOR É QUEM? — Comédia de JoãoBethencourt. Dir. do autor. Com Jorge Dória,Anna Zelmo, Carvalhlnho e José Sonta Cruz.Teatro Copacabana, Av. Copacabana, 327(257-1818, R. Teatro). De 4o a 6o e dom., às21 h30m, sób., às 20h e 22h30m, vesp. 5o às17hedom.,às 18h. Ingressos 4o, 5° e dom., aCr$ 350 e Cr$ 200, estudantes, 6° e sáb., aCrS 350 e vesp. 5o, o CrS 150. Numaabordagem cômica, o angustiante drama deum homem que acorda sem saber quem é,onde está e como foi parar ali.

O ÚLTIMO DOS NUKUPYRUS — Revista deGugu Olimecha e Ziraldo. Mús. e dir. de ZéZuoa, com a colaboração de Sérgio Ricardo.Dir. de Luiz Mendonça. Com Martha Ander-•on, Tônico Pereira, Roberto Roney, NadiaCarvalho, Jalusa Barcelos, Uva Nlrto, Eyerar-do Sena e outros. Teatro Rival, Rua ÁlvaroAlvim, 33 (240-1135). De3°o 6a, às 21 h30m.Sób., às 22h e e dom., às 21 h. Ingressos de 3oo 5° a Cr$ 250. 6° • domingo a CrS 300 esóbodo a Cr$ 400. História de um índio quevem deeciviluar o Brasil.

QUEM É AMÉLIA? — Texto de Alfonso Paso,adaptado por Armindo Blanco. Dir. De Antô-nio Pedro. Com Débora Duarte, Anselmo Vas-coneelos, Rosita Tomás lopes, Nelson Dantas,Eduardo Conde, Martim Francisco, Maria Zil-da. Teatro Princesa Isabel, Av. Princesa Isa-bei, 186 (275-3346). Oe 3o o 6a, às 21h30m;sób., às 20h e 22h30m; dom., às 19h e21h30m. Ingressos de 3o o 5o e primeirasessão de domingo a Cr$ 500 e Cr$ 300,estudante; 6o, sób. e segunda sessão dedomingo preço único Cr$ 500. Confronto entremachismo e libertação sexual da mulher,num ambiente marcado pela especulaçãoimobiliária e outras manifestações da civiliza-ção urbana de hoje.

QUE MÃE QUE ARRANJEI — Texto de PeresFilho e Júlio Moreno. Direção de Paulo SérgioMag e Dylmo Elias. Com Waldir Amancio,Myriam Theresa, Flávio Mota e Deo Peçanha.Teatro Rival, Rua Álvaro Alvim 33 (240-1135). De 3o a dom., às 18h30m. De 3o o 6o, aCrS 150 e sób. e dom. a CrS 200.

BAMBAIA OU BOCA DE LEÃO? — Texto deOdir Ramos da Costa. Dir. de Mário TellesFilho e Leila Cardia. Com Emanuel Santos,Luiz Bandeira, Ângela Dantas, Leila Cardia,Mário Telles Filho. Teatro Sesc da Tijuca, RuoBarão de Mesquita, 539 (208-5332). De 4o adom., às 21 h. Ingressos a Cr$ 300, Cr$ 200,estudante e Cr$ 50, sócios. Através do exem-pio de uma empresa funerária o espetáculocritica as mazelas do sistema capitalista.

UMA NOITE EM SUA CAMA — Comédia deJean de Latraz, adapt. de Armindo Blanco.Dir. de Antônio Pedro. Com íris Bruzi, NelsonCaruso, Lupe Gigliofti, Pedro Paulo Rangel,Luca de Castro, Tessy Callado, Melise Maia.Teatro Vanucci. Rua Marquês de S. Vicente52. (274-7246). De 4o a 6o, às 21h30m; 5°vesperal às 17h30m, sáb., às 20h e 22h30m;dom., às 18h30m e 21h30m. Ingressos 4°, 5oe domingo na 1" sessão a Cr$ 350 e CrS 250(estudantes). 6o e domingo na 2o sessão a CrS350. Sábado a CrS 400. Vários casais emdisputa dos lugares disponíveis na camaúnica do cenário. Até domingo.

SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO — Textode Shakespeare. Dir. de Marco Antônio Poi-meira. Com Fernando Pires, Ilse Garrao, Lu-ciana Makowiecky, Luís Eduardo Pinheiro,Mariano Sabino e outros. Aliança Francesada Tijuca, Rua Andrade Neves, 315. (268-5798). De 5a a sób. e 2o, às 21 h, vesp sób., às17h. Ingressos a Cr$ 250 e CrS 150, estudan-tes. Versão livre da comédia shakespeariana,mostrando uma ciranda de amores contrario-dos, com espíritos da floresta divertindo-se àscustas do ridículo dos seres humanos.

MANSAMENTE — Texto e dir. de MarcosCaetano Ribas. Bonecos criados e animadospor Marcos Caetano Ribas e Rachel Ribas.Teatro de Bolso Aurimar Rocha. Av. Ataulfode Paiva, 269 (239-1498). De 4o a dom, às21 h. Ingressos a CrS 300 e CrS 200, estudan-tes. Três singelas histórias do cotidiano dointerior brasileiro, contados numa original epoética linguagem de teatro de bonecos (paraadultos), que valeu à produção o Prêmio MEC,como um dos cinco melhores espetáculosmontodos na Rio em 1980.

CONCERTO PARA VIRGUUNO SEM ORQUES-TRA — Musical de Alclmar Valia e VitalSantos. Direção de Luiz Mendonça. Com AIdaAbreu, Alexandre Vieira, Jeferson Correia,Raul Orofino, Tânia de Abreu, Tânia Kukel,Vânia Lemos e outros. Teatro Glauct Rocha,Av. Rio Branco, 179 (224-2356). De 3o a 6°, às21h, sáb, às 20h e 22h e dom, às 18he21h.Ingressos a CrS 200 e CrS 100, estudantes.

EU NÃO FALO... COMPUTO — Comédia comCostinha e Lauretti Guzardi. Teatro LeopoldoFróes, Ruo Manoel de Abreu, 16, Niterói(717-1600). De 5o a sáb, às 21hl5m e dom,òs 18he21M5m. Ingressos 5° a CrS 250 e de6a a dom, a Cr$ 300. Até domingo.

Teatro

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Happy End se despede do Teatro Dulcina

TRES BOAS CARREIRASCHEGAM AO FIM

Uma Noite em Sua Cama, só até domingo no horárionoturno do Vanucci

Três

espetáculos encerramneste flm de semana as suascarreiras, todas bastante

longas e bem sucedidas, pois es-trearam ainda no ano passado eatravessaram Incólumes a difícilbarreira do periodo carnavalesco.

No Teatro Ginástico despede-seAssunto de Farnilia, que acaba detrazer ao seu autor, Domingos deOliveira, o Prêmio Molière de me-lhor texto montado em 1980, depoisde lhe ter dado, há cerca de trêsanos, o prêmio de melhor comédiano Concurso de Dramaturgia doSNT. Junto com No Natal a GenteVem Te Buscar e, num certo senti-do, El Dia Que Me Quieras, Assun-to de Família representou, no pa-norama do ano passado, o esboçode uma tendência, a de uma drama-

turgia da nostalgia, de um catárticomergulho dos respectivos autoresnas lembranças de um remoto pas-sado.

Uma Noite em Sua Cama, queencerra sua carreira no Teatro Va-nuccl depois de ter estabelecido,numa fase anterior, novos recordesde' público no Teatro do AméricaF.C, é uma comédia de boulevardà qual a adaptação de ArmindoBlanco e, sobretudo, a direçáo deAntônio Pedro deram um temperobastante charmoso. Dois desempe-nhos de sofisticação elaboração es-tilistica, os de Pedro Paulo Rangele de Luca de Castro, constituíram-se nos maiores trunfos da pro-dução.

Happy End, musical de Elisa-

beth Hauptmann escrito com cola-boraçáo de Bertolt Brecht, autordas esplêndidas canções musicaispor Kurt Weill, deu margem ao gru-po Pessoal do Despertar para umaexperiência bastante comunicati-va, que percorreu com êxito umatrajetória iniciada no Teatro Càndi-do Mendes, prosseguiu num horáriomarginal do Teatro Ipanema, e che-gou à reta final no ambicioso Proje-to Três levado pelo grupo nos últi-mos dois meses no Dulcina. Agora,o espetáculo que deu a Maria Padi-lha um lugar de finalista na escolhado Troféu Mambembe de melhoratriz de 1980 parte em excursão. Navolta, em maio, tentará conseguirum outro teatro, pois o grupo julgaque o seu público nâo está aindaesgotado. (Y.M.)

EXERCÍCIO DE JUVENTUDEMacksen Luiz

HA

pouco mais de 10 anossurgiu em Sáo Paulo umgrupo de autores que guar-dava entre si a identidade de vive-

rem na mesma cidade, de escreversobre a realidade urbana brasilei-ra e falar metaforicamente paradriblar a ferocidade da censura. OCordão Umbilical, de Mário Prata.é desta época e reflete todas ascaracterísticas da dramaturgiapaulista dos anos 70, e mesmo comsuas imperfeições permanece comoo melhor texto desse autor, queandou experimentando novelas detelevisáo e que pouco escreveu pa-ra teatro. Se o texto náo é excepcio-inal, pelo menos tem aquele sopro

de juventude que permite assistir aconflitos de jovens com a paixãodos sentimentos derramados. A his-tória é bastante simples, mostran-do um apartamento de solteiro queabriga dois casais que se formamcircunstancialmente: o estudante euma prostituta; um postulante aescritor e uma aspirante a atriz. Asrelações que se estabelecem a par-tir da convivência num pequenoapartamento da Zona Sul do Riosão superficiais, quese epidérmi-cas, com cada morador revelandoas suas carências e projetos. E éexatamente quando O Cordão Um-bilical trata dos sentimentos dospersonagens que o texto melhor secomunica. Em outros momentos,quando Mário Prata tenta narrar ahistória, percebe-se a fragilidadede seu domínio de escrita teatral. Ê

uma típica peça de início de carrei-ra, que com o passar do tempo senáo se tornou anacrônica — o quejá é um grande mérito — náo entu-siasma ou mesmo desperta um inte-resse especial. Exercício de drama-turgia e como tal um esforço ape-nas parcialmente recompensado.

O interesse do diretor Luiz Soreltalvez tenha surgido a partir dojovem elenco de que dispunha.Inexperientes, "ainda muito verdes,os quatro atores se esforçam brava-mente para vencer essas limita-ções, a ponto de, em pelo menos umcaso — o da atriz Anja Bittencourt— o resultado ser bem mais positivodo que um simples esforço. Dispon-do de atores com poucos recursoshistriônicos, Sorel optou por umadireção muito ágil, com excessiva

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Mário Prata é o autor deO Cordão Umbilical queestá em cena no Teatro

Vanucci

movimentação dos atores (paradisfarçar a impossibilidade dosatores sustentarem a açáo cênica)que ajuda a dinamizar a narrativa.A convençáo por uma teatralidadeestilizada também colabora paraque o espetáculo corra com maisagilidade do que se conseguiria nu-ma representação mais intimista.Pode-se perceber o esforço de Sorelem adaptar O Cordão Umbilical auma linguagem menos naturalista.Consegue em parte, tanto que noinício e o flm do espetáculo estabe-lece um ritual que utiliza a masca-.7a facial dos atores e as poses tipi-

. cas de fotografias para ficha poli-ciai. Esse recurso arremata o espe-táculo que aliado à vivàcidade deSorel em perceber a extensão domaterial que tinha à máo — texto,'atores e recursos de produçáo —constata-se a extensão de suas pos-sibilidades até então circunscritasà área do teatro infantil.

PROJETO TRÊS—HAPPY END — Musical comcanções de Bertolt Brecht e Kurt Weill e textode Elisabeth Hauptmann. Dir. de Paulo Reis.Direção musical de Ronaldo Diamante e TimRescalo. Com Fábio Junqueira, Maria Padi-lha, Miguel Falabella, Marilia Martins, Se-bastião Lemos, Angela Rebello, Henry Pag-noncelli, Toninho Lopes, Rogério Emerson.Teatro Dulcina, Rua Alcindo Guanabara, 17(220-6997). Sáb., às 20h e 22h; dom., às 19he 21 h. Ingressos, Io sessão de sáb. e duassessões de dom., a Cr$ 300 e Cr$ 150,estudante. 2° sessão de sáb., a CrS 300. Farsamusical contando as dificuldades de manteras aparências numa sociedade hipócrita efundamentada no dinheiro. Até domingo.

PROJETO TRÊS — DELITO CARNAL — Textode Eid Ribeiro. Direção de Paulo Reis. ComAngela Rebelo, Rosane Gofman, SebastiãoLemos, Eduardo Lago, Paulo Reis, Henri Pag-nocelli e Miguel Falabela. Teatro Dulcina,Rua Alcindo Guanabara, 17. Todas as sextas-feiras, às 21 h. Ingressos a Cr$ 300 e CrS 150,estudantes. A desagregação de uma famíliaconivente com o poder ditatorial. Ultimo dia.

BODAS DE PAPEL — Texto de Mario AdelaideAmaral. Dir. de Cecil Thiré. Com CláudioCavalcante, Francisco Miloni, Christiane Tor-loni, Adriano Reys, Susana Faini, ThelmaReston, Roberto Frota. Teatro Maison de Fran-ce, Av. Pres. Antônio Corlos, 58 (220-4779).De 4° o 6o, às 21h30m, sáb., às 20h e22h30m e dom., às 18he 20h15m. Ingressosde 4V5° 8 dom- ° CrS 400 e CrS 250,estudantes, e 6o e sab. a CrS 400. No segundoaniversário de casamento de um jovem exe-cutivo, seus colegas de profissão e as respecti-vas mulheres, reunidos numa íestinha, revê-Iam as ambições e as inseguranças do assola-nados milionários.

O CORDÃO UMBILICAL — Texto de MárioPrata. Dir. de Luiz Sorel. Com Gui Vasconce-los, Anjo Bittencourt, Rodolfo Bortin, RogérioFabiano Jr.. Teatro Vanucci, Rua Marquês deSáo Vicente, 52 — 3o (274-7246). 4a e 5°, às18h30m. 6o, às 18h30m e 24h. Ingressos aCrS 300 e CrS 150. Pitorescos incidentes entreuma prostituta, um estudante universitário,um escritor e uma candidata a atriz.

ASSUNTO DE FAMÍLIA — Texto de Domingosde Oliveira. Dir. de Paulo José. Com FernandaMontenegro, Fernando Torres, Yolanda Car-doso, Ivan de Albuquerque, Francisco Dantas,Francisco Nagen, Margo Abi-Ramia, SoiliEich, Luís Filipe de Lima, Arthur Muhlenberg.Teatro Ginástico, Av. Graça Aranha, 187(220-8394). De 3o o 6o, às 21 h, sáb, às 20h e22h30m e dom, às 18h e 2,1 h. Ingressos a Cr$200. Um dia na vida de uma família burgue-sa num casarão de Botafogo, òs vésperas do

suicídio de Getúiio Vargas, em 1954. Atédomingo.

BLUE JEANS — Texto de Zerio Wilde e Wan-derley Aguiar. Dir. de Wolf Moya. Com FábioMassimo, Luis Carlos Nino, Miguel Corrano,José Carlos Sanchez, Fernando Palitot, DanielBarcellos, Rogério Corrêa, Berto Dias e Chris-tian Chockenn. Teatro Senac, Rua PompeuLoureiro, 45 (256-2641).

'De 3o a 6o, às

21h30m; sáb., às 20h e 22h30m; dom., às19h e 21 h. Ingressos de 3o a 6o e dom., a CrS400 e Cr$ 250, estudantes e sáb., a Cr$ 400.Dez adolescentes vindos de diversos ambien-tes familiares e sociais enfrentam a borrapesada da marginalidade e da prostituiçãomasculina.

OS PEQUENO-BURGUESES — Texto de Gorki.Direção de Jonas Bloch. Com Betino Viany,Biza Vianna, Pedro Veras, Hélio Ary, LourdesMayer, Claudia Costa, Ariel Coelho, CarlosWilson, Amilton Monteiro, Cininha de Paula,Vicente Barcellos e Fernanda Torres. TeatroGláucio Gill, Pça Cardeal Arcoverde, s/n°(237-7003). De 3o a 6o, às 21h30m, sáb, às20h e 22h30m e dom, às 18h e 21h30m.Ingressos a Cr$400 e Cr$200, estudantes.Numa cidadezinha russa de 1902, uma famí-lia debate-se num vazio de valores, presa àraízes de um passado superado, e sem cora-gem para acreditar no mundo nova que bateà porta.

NO NATAL A GENTE VEM TE BUSCAR — Textoe dir. de Noum Alves de Souzo. Com MarietaSevero, Analu Prestes, Rodrigo Santiago, Má-rio Borges. Teatro Glória, Rua do Russel, 632(245-5527). De 4= a sàb„ às 21hl5m; dom.,às 18h e 21hl5m. Ingressos, 4°, a CrS"200e5o, 6o e dom. a CrS 400 e CrS 200, estudan-tes; sáb., preço único CrS 400. Lírica evocaçãodos acontecimentos e sentimentos perdidos nopassado de uma família comum.

CAMPEÕES DO MUNDO — Texto de DiasGomes. Dir. de Antônio Mercado. Com Leo-nardo Villar, Angela Leal, Denis Carvalho,Jonas Bloch, Jorge Cherques, Ivan Cândido,Beatriz Lira, Ruthinea de Morais, FernandoJosé, Clemente Viscaíno e outros. Teatro JoãoCaetano, Pça. Tiradentes (221-0305). De 3o o6o, às 21 h, sáb., às 20h e 22h30m e dom., às18h e 21 h. Ingressos de 3o a 6o e dom. a CrS200 e CrS 100, estudantes sáb. a CrS 200. Emtorno dos episódios do seqüestro do Embaixa-dor dos Estados Unidos e da conquisto daCopa do Mundo de 1970, uma reflexão sobreum momento dramático da recente Históriado Brasil.

ÓPERA DO CHOURIÇO — Ópera popularbrasileira de Lauro Benevides e Francisco

Carvalho. Direção de Dirceu de Mattos. Dire-ção musical de Lauro Benevides. Com Dirceude Mattos, Carlos Gonçalves, Lauro Benevi-des, Yonne Storni, Julie Susan, Irene Mein-berg. Teatro Dirceu de Mattos, Rua Barão dePetrópolis, 897. Santo Teresa (265-5909). 6a,às 21h30m, sób., às 20h e dom., às 19h.Ingressos a CrS 400 e CrS 200, estudantes.

ONDE ESTAS? — Texto e interpretação deBreno Moroni. Dir. de Olney de Abreu. Escolade Arte» Visuais, Parque Lage, Rua JordimBotânico, 414. Sáb. edom.,às 19h. Ingressosa CrS 200 e CrS 100, estudante. Nas últimashoras antes de ser executado, um ex-guerrilheiro preso põe em discussão o sentidoda História do Brasil e do mundo. Até do-mingo.

JÁ PEDIRAM A MINHA OPINIÃO — Criaçãocoletivo do grupa Solus de Teatro Estudantil.Direção de Roberto Teixeira. Colégio de Apli-cação Luso-Carioca, Av. Paris, 72, Bonsuces-sq. Sób., às 19h e dom., às 20h. Ingressos aCrS 30. Com base no mito de Auké, umaexposição crítica da situação do índio brasi-leiro.

A NOITE DO ALÔ — Comédia musical comtexto e direção de Waldir Onofre. Com JoãoGraça, Rubens José, Carlos Fernandes, SérgioCoelho, Carlos Branco e outros. Participaçãodos escolas de samba Unidos de Kosmos eMocidode Independente de Padre Miguel.Teatro Arthur Azevedo, Rua Vitor Alves, 454.Campo Grande. De 6' a dom, às 21 h. Ingres-sos o CrS 150 e Cr$ 100, estudantes.

JARI, O PAÍS DE MISTER LUDWIG — Texto emúsico de Fernando Penna Roza. Direção deEdgard Ribeiro. Com Aroldo Fontes, Cao Cons-tantino, Celso Luiz, Dujo Lucia Pernambuco,Toni Moreno e outros. Teatro Santo* Rodri-gues, Rua Henrique Dias, 25, Rocha. De 6' adom., às 20h30m. Ingressos a CrS 150 e CrS100, estudantes. Até dia 7 de abril.

O IOLÓ DA DONA IOLÓ — Texto de M.Cena. Dir. de Marcondes Mesqueu. Com Edié-lio Mendonça, Edson Monteiro, Marina Lira,Paulo Renato. Café Concerto Comily Sehlnitti,Ruo Voluntários da Pátria, 24. Às 6°s e sób,,às 21h30m, dom, às 18h30m e 2th30m e2°s, às 21 h. Preço único: CrS 200. Comédia-pastelão, com forte dose de erotismo, ref letin-

DançaA IDADE ROMÂNTICA — Espetáculo com abailarina cubana Alicia Alonso e os seguintessolistas: Carla Fracci, Claudette Scouarnec,Alexandra Radius, Jorge Esquivei, Gheorghelancu, Rudy Bryans e Han Ebbelaar. Progra-ma: Fanfarria, músico de Giacomo Meyer-beer; Desfile, música de Chopin e coreografiade Anton Dolin; Giselle, Ato II, música deAdolf Adam, coreografia de Jean Corolli eJules Perrot; Natalie, a Leiteira Sufça, músicade Adalberto Gyrowetz e Michele Enrico Cara-fa e reconstituição e coreografia de PierreLocote,- Esmeralda, música de Cesare Pugni ereconstituição e coreografia de John Gilpin,-La Peri, música de Frederico Burgmuller ereconstituição e coreografia de Alberto Men-dez; Grand Pas de Ouatre, música de CesarePugni e coreografia de Anton Doilin. Direçãode Joseph Wisky. Teatro Municipal (262-6322). Amanhã, às 2lh. Ingressos a CrS 2mil, platéia e balcão nobre; a CrS 1 mil,balcão simples; o CrS 500, galeria e a CrS 1mil- 200, camarote e frisa (seis pessoas).

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Amanhã é a última oportu-nidade para assistir à baila-rina cubana Alicia Alonso

no Teatro Municipal

do o imoralidade das repressões que aspessoas sofrem no seu dia-o-dio.

A VIOLÊNCIA NOSSA DE CADA DIA — Cria-ção coletiva do grupo Cara Lovoda. Direçãode Ronaldo Graça. Teatro CEU, Av. Rui Barbo-sa, 762. De 5*1 a dom, às 21 h. Ingressos a CrS150 e CrS 100, estudantes. Reflexão sobre ofenômeno da violência em nosso sociedade esuas raízes sociais, políticas e econômicos. Atédomingo.

DESFUGA — Texto e Interpretação de Ubiro-jara Fidalgo. Teatro do Clube Municipal daTijuca, Rua Haddock Lobo, 359/ 45 (264-4822). De 5o a dom, às 21 h. Ingressos a CrS150 e Cr$ 100. Produção do Teatro Profissio-nal do Negro.

DADOS PESSOAIS — Texto de Célia Braga eEugênio Sontos. Direção De Roberto Teixeira.Com o grupo Augus de Teatro Universitário.Auditório da SUAM, Av Paris, 72, Bonsuces-so; 6°., os 22hl5m e sáb., às 21 h. Entradafranca. (18 anos). Personagens de um circodiscutem sobre os candidatos para a vaga detrapezisto. Até amanhã.

MúsicaCARMEN — Ópera em quatro atos de GeorgesBizet. Libreto de Henri Meilhac e LudovicHalévy, baseado na novela de Prosper Men-mee. Intérpretes: Viorico Cortez, Guy Chau-vet, Michel Philippe, Ruth Stoerke, MonoHeleno Buzelin, Mariaroso Carminati, LauricyProchet, Wilson Carraro e Victor Prochet. Parti-cipação especial de Nelson Portella. Com oBale, Coro e Orquestro Sinfônico do TeatroMunicipal, sob o regência de Henrique More-lenbaun; da Banda do Corpo de Bombeiros,sob a direção de João Batista e o Coro Infantil,sob a direção de Elza Lakschevitz. Coreogrof iaMauro Faro. Direção de Sérgio Brirto. TeatroMunicipal (262-6322). Assinatura B, hoje,nhã, às 21 h. Recitas extraordinárias, domin-go, às 17h e dia 31, òs 21 h. Ingressos poro osrecitas noturnas a CrS I mil, platéia e balcãonobre; a CrS 500, balcão simples, a CrS 250,galeria a CrS 6 mil, frisa e camarote. Ingres-sos para as vesperais a CrS 800, platéia ebalcão nobre,- CrS 400, balcão simples; a CrS200, galeria; a CrS 4 mil 800, frisa e cama-rate.

8 — CADERNO BIK>:;: ¦¦¦¦¦-

sexta-feira, 37/3/81 Li JORNAL DO BRASIL

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Aonde levar as criançasPASSA, PASSA TEMPO — Texto de LúcioCoelho e Calque Botkoy. Direção de LúciaCoelho. Com o grupo Navegando. TeatroExperimental Cacilda Becker, Ruo do Catete,338 (265-9933). Sáb. e dom., às 16h30m.Ingressos a CrS 100, até dia 26 de maio.

JOÃO E MARIA — Texto e direção de MariaClaro Machado. Com Jonser Barreto, MariaClara Mourthé, Adolija, Aloisio Filho, EduardoBruno, Toninho Lopes e outros. Teatro Tabla-do, Ruo Lineu de Paula Machado, 795. Sáb. edom., às 16h e 17h30m. Ingressos a CrS 150.

O PALHAÇO DA CIDADE — Texto de Wa-shington Guilherme. Direção de LimachemCherem. Com o grupo Teatro Tapume. Asso-ciação Atlética Tijuca, Ruo Barão de Mesqui-ta, 149 (284-0449). Sáb. e dom., às 17h30m.

O MENINO MAIUOUINHO — Texto de Ziral-do e Demétrio Nicolou. Direção de DemetrioNicolau. Com Alby Romos, Jaime Duarte e o

grupo Motin. Teatro Vanucci, Rua Marquês deS. Vicente, 52/ 3". Sáb, e dom, às lóh e 17h.Ingressos a CrS 150.

AMIGO IDO... CATIBIRIBIDO — Texto e dire-çao de José Luis Rodi. Com Gê Menezes,Joluso Barcelos, Rômulo, Heleno Werneck,Guilherme Martins e Ana Madalena. TeatroCândido Mandes, Rua Joana Angélica, 63.Sáb, às 17h e dom, às lóh. Ingressos a CrS200.

CHAPEUZINHO AMARELO — Comédia musi-cal de Chico Buarque de Holanda. Direção deZeca Ligiero. Com Chico Sérgio, Jona Casta-nheira, Juliana Prado, Zezé Polesso, entreoutros. Teatro Gay Luiiac, Rua Coronel JoãoBrandão, 87, Niterói. Sáb. e dom, às 1 7h.Ingressos o CrS 100. Até domingo.

ILHAS DO DIA A DIA — De João Siqueira.Com o grupo Dio a Dia. AABB, Rua Hélio daSilva Carneiro, 78, Niterói. Dom, às lóh.Ingressos o CrS 80. Até dia 5 de abril.

NA TERRA DAS PALMEIRAS JÁ NÁO CANTAO SABIÁ — Texto e direção de RicardoD'Amorim. Direção musical de Gê Menezes.Com Carlos Augusto Jaolino, Célia Zanon,Cícero Raul, Dea Vianna, Frank Freitas eoutros. Teatro do Planetário, Av. Padre LeonelFranca, 240. Sáb. e dam., às 17hl5m. Ingres-sos a CrS 200. Até dia 10 de maio.

SONHE COM OS RATINHOS — Texto e dire-

ção de Ricardo Maurício. Com Andréa Castro.Ney Leontsinis, Clélia Guerreiro, Ricardo Mau-rício, Pedro Moreira e outros. Teatro do Plane-tário, Av. Padre Leonel Franca, 240. Sáb. edom., às lóh. Ingressos o CrS 200.

DONA PATINHA VAI SER MISS — Texto deArthur Maia. Direção de Antônio Além. ComAltamira Massula, Edison Mourão, Paulo Gar-cia e outros. Teatro do Sete de S. João deMeriti, Rua Tenente Manoel Alvarenga Ribei-ro, 66. Sób. e dom., às 16h30m. Ingressos aCrS 80 e CrS 40, comerciários. Até dia 26 deabril.

VAMOS BRINCAR DE BRINCAR — Texto edireção de Luiz Sorel. Com Ana Lúcia Torre,Odete Bahaut, Alexandre Miranda e LuizSorel. Teatro Gláucio Gill, Pça. Cardeal Arco-verde, s/n° (227-7003). Sób., às 17h, e dom.,às lóh. Ingressos a CrS 200.

O RATO ROEU A ROUPA DO REI DE ROMA —

Adaptação do texto de Maria Mazetti. Pelo

grupo Grite. Teatro Leopoldo Froes, Rua Ma-noel de Abreu, 16, Niterói (717-1600). Sáb. edom., às lóh. Ingressos a CrS 100. Atédomingo.

O MISTÉRIO DE UMA CANÇÃO — Teatro debonecos e máscaras com criação o direçãocoletivas do grupo Pena Solta. Teatro Montei-ro lobato, Av. Princesa Isabel, 440. Sáb. edom., às 17h. Ingressos a CrS 100

A MARAVILHOSA HISTÓRIA OO SAPO TA-RÕ-BEOUÊ -*- Texto de Márcio de Souza.Direção de Adalberto Nunes. Com WagnerVaz, Zemário Limangi, Cláudia Richer, Cláu-dia Duarte, Jorte Maurílio e Loreto Pastene.Teatro Senac, Rua Pompeu Loureiro, 45. Sáb,às 17h30m e dom., às 16h30m. Ingressos àCrS 200. As crianças que levarem o desenhode um sapo tem 50% de abatimento.

POR QUE FAZER DOMENINO MALUQUINHO

UM "CAMPEÃO EM TUDO"?Flora Sussekind

QUANDO

se lê no livro deZiraldo que o menino ma-luquinho tirava "dez que

não acabava mais", tinha "dez na-moradas" e soltava "a pipa maismaluca", náo dá para ficar comraiva desses "mais" todos. Não setem, em momento algum, a impres-são de estar lendo a história dealguma chatíssima criança prodí-gio narrada pela própria mãe. Des-de o inicio da leitura, sabe-se quequem narra é o menino da históriadepois de adulto. E é a distânciatemporal entre narrador adulto epersonagem-menino quem permiteque se veja esses "dez" e "mais"todos como um jogo com a memó-ria. Ê o adulto que olha para opassado e vê a infância como umtempo mágico e cheio de "mais".Não dá para encarar o "meninomaluquinho" como nenhum prodí-gio. E é nessa possibilidade de cadaum ver na sua história a própriainfância, de olhar o menino malu-quinho como uma criança comum,que se encontra um dos principaisatrativos da história de Ziraldo.Por isso, sobretudo, não dá paragostar muito da adaptação de De-métrio Nicolau. Sai-se do teatrocom a sensação de que se acaboude assistir ao "retrato de um super-herói quando menino" e não à his-tória de um menino comum, comotodos os que estáo no Teatro Va-nucei. Impressão que impossibilitauma maior empatia com o persona-gem que se vê em cena vivendo assituações mais cotidianas. Não dápara a platéia se identificar como menino maluquinho que fica cer-tinho demais. Nem com um espeta-culo que parece transformar-senum Auto do bom comportamentoinfantil.

Não que a montagem de Demé-trio Nicolau não tenha os seus atra-tivos. Principalmente a opção poruma sucessão de quadros rápidos,como ilustrações de um livro, ondese revive o dia-a-dia de uma crian-

ça qualquer, com escola, casa, horade dormir e brincadeiras, é muüoboa. E, se não se tivesse quebrado apossibilidade de uma maior identi-ficaçáo com o personagem central,certamente essa recriação do coti-diano infantil funcionaria bem me-lhor. E as crianças náo ficariamtão tentadas a tomar conta do pai-co e tocar no menino maluquinho.Se vissem o menino como um perso-nagem concreto, não precisariamchegar tão perto. Ê a própria trans-figuração do menino levado em"campeão", que impede o especta-dor infantil de levá-lo mais a sério.De encará-lo como a representaçãode uma criança comum. Assim co-mo os pais, bominhos demais, feli-zes demais, ficam parecendo boné-cos. E a cena da separação dosdois, tão bonita no livro, perde-seno espetáculo em meio à excessivapieguice e tentativa de reproduziruma cena de separação típica dequalquer filme americano sobre ca-sais separados. Ficam os pais sen-

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Alby Ramos é o Menino Maluqui-nho, de Demétrio Nicolau, basea-

do em história de Ziraldo

tados um em frente ao outro numamesa, numa conversa que começacomo murmúrio e termina comogritaria; enquanto o menino, triste,acompanha a cena com o violão etoca Smile, do Chaplin, música queanteriormente servira para marcara felicidade do casal. Inútil dizerque a citação ao fume de Chaplin, amúsica e a pieguice da cena daseparação visam apenas ao públi-co adulto. E a resposta do públicoinfantil vem implacável. Esse é omomento em que mais se desinte-ressam do espetáculo. E na primei-ra apresentação de domingo che-gou a ocorrer uma situação queseria cômoda se não se estivesseassistindo também à transfigura-ção de um livro tão bonito como OMenino Maluquinho: algumascrianças subiram ao palco e, de-pois de tocarem em Alby Ramos(que faz o menino), uma menina eum menino foram ocupar os luga-res à mesa dos pais que acabavamde se separar e reproduziram à suamaneira a cena que tinham visto.E, nessa imitação, ficava patentetoda a distância com que viam oespetáculo. Tão longe deles que, aoinvés de se emocionarem, sentiam-se obrigados a intervir nas cenas,sem que a sua participação tivessesido estimulada pelo próprio espe-táculo.

Distância que no livro está nadiferença de idade entre narradore personagem e, no espetáculo, pas-sa a ser entre o que se passa emcena e o espectador infantil. E, aoinvés de se ter aproveitado o narra-dor adulto presente no livro, optou-se pela transformação do texto deZiraldo em "falas cantadas" peloGrupo Motim. E, malcantadas, sãotambém mal-entendidas, a pontode muitas crianças não entende-rem o motivo de o menino maluqui-nho "tomar banho" no final. Por-que o espetáculo não deixa claroque o menino cresceu e virou adul-to. E é esse adulto que conta ahistória e se vê no passado comoalguém muito feliz, e não como um"campeão em tudo".

;Coisas? Adoro Coisas: a recriação da história doMinotauro no Parque Laje

REANIMAÇÃOCOMEÇA

a sair do marasmoa temporada de espetácu-los infantis. Só a estréia ho-

je à noite do Gran Bartholo Circusna Praça Onze já dá para animar.Além da volta ao cartaz amanhã, às16h30m do espetáculo infantil maispremiado do ano passado, Passa,Passa Tempo, de Lúcia Coelho eCaique Botkay. Passa, Passa Tem-po volta ao palco do Teatro CacildaBecker, depois de escolhido um doscinco melhores espetáculos do anode 1980 (Prêmio SNT) e premiadocom cinco Troféus Mambembe 1980na área de teatro infantil: de autor(para Lúcia Coelho e Caique Bot-kay), de direção (para Lúcia Coe-lho), de atriz (para Andréa Dantas,que na peça é Cara de Ontem), deprodução (para Lúcia Coelho e Elvi-ra Rocha), e de cenógrafo (paraCica Modesto). E ainda o PrêmioMoliére de Incentivo ao Teatro In-fantil, conquistado este ano por Lú-cia Coelho, pela direção do GrupoNavegando, pelo trabalho frente ao

Núcleo de Arte da Urca e pela mon-tagem de Passa, Passa Tempo. Ini-cia também nova temporada noParque Laje o Grupo Lua Me DáColo com o seu Coisas? Adoro Coi-sas, espetáculo onde se recria ahistória do Minotauro, deixando-se,entretanto, o espectador buscar so-zinho a saida em meio a espaçoslabirintlcos e situações que se suce-dem rapidamente. Mesmo decep-cionante para quem gosta do livrode Ziraldo, outra opçào é a monta-gem de O Menino Maluquinho, emcartaz no Teatro Vanucci, com ainegável sedução de permitir ao es-pectador infantil rever em cena umpersonagem de que já gosta antesmesmo de entrar na flla do teatro,graças ao livro. Outras opções são:Os Saltimbancos, remontagem emtemporada no Teatro Villa-Lobos;Simbad, no Teatro Ipanema, sobre-tudo pela excelente bruxa interpre-tada por Anselmo Vasconcelos; Va-mos Brincar de Brincar, no TeatroGláucio Gill. (F. S.)

CIRANDA E PALHAÇOS — Texto e direção deSallo Tchê. Com Sallo Tchê, Betti Navarro eHercílio Machado. Aliança Francesa de Bata-fogo, Rua Muniz Barreto, 54 (226-4248). Sáb,e dom., às 17h. Ingressos a CrS 120.

COISAS? ADORO COISAS — Criação coletivado grupo Lua Me Dó Colo. Com CristianeCouto, Jorge Barrão, Ricardo Waddington,Monica Biel, Ronald Vale e Helena Barreto.Parque lage, Rua Jardim Botânico, 414. Sáb.e dom., às 17h. Ingressos a'CrS 150.--

TRÊS PERALTAS NA PRAÇA — Texto de JoséValuzzi. Direção de Leonardo de Castro. Como grupo Teatro Ribalta. Teatro Santos Rodri-gues, Rua Henrique Dias, 25, Rocha. Sáb. edom., às lóh. Ingressos o CrS 80.

PETER PAN E OS TRÊS MOSQUETEIROS —Texto e direção de José Jorge. Com o grupoSatélite. Instituto Abel, Av. Estácio de Só, 129,Niterói. Dom, às lóh.

CHAPEUZINHO VERMELHO E O LOBO MAU— Produção de Roberto de Castro. Com o

grupo Carrossel. Teatro do Club* PetropolHa-no, Av. Roberto Silveira, Petrópolis. Dom, às10h30m. Ingressos a CrS 80.

SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO — Verdetalhes em Teatro.

BRINCADEIRAS — Texto de Raimundo Matosde Leão. Direção coletivo do grupo Com aBoca no Mundo. Teatro do Sesc da Tijuca, RuaBarão de Mesquita, 539. Sáb. e dom., às 17h.Ingressos a CrS 200 e CrS 40, sócios. Até dio26 de abril.

SUPER-HERÓIS CONTRA A MULHER GATO ECIA. — Texto e direção de William Guima-rães. Com Potiguar, Lúcia Guimarães, Chistie,Paulo Guimarães e Gislene. Cine-Show Ma-dureira, Ruo Carolina Mochado, 542 (359-8266). Sáb. e dom., às 17h. Ingressos a CrS80.

OS SALTIMBANCOS — Adaptação de ChicoBuarque para urna história dos IrmãosGrimm. Direçáo de Thanah Corrêa. Com He-loisa Roso, César Pezzuoli, Izabel Maria eJoão Vosques. Teatro Villa-Lobos, Av. Prince-

sa Isabel, 400 (275-6695). Sáb, às 17h. Dom,às lóh. Ingressos a CrS 200.

BERNARDO E BIANCA — Texto de CarlosNobre. Direção de Alcyr Cobucci e SérgioLannes. Com Sérgio Lannes, Fótimo Camatta,Alexandre Cuoco, Marise Mansur e AlcyrCobucci. Teatro Tereza Raquel, Rua SiqueiraCampos, 143 (235-1113). Sób. e dom., às18h. Ingressos o Cr$ 150 (adultos) e CrS 100(crianças).

A FORMKSUINHA FOFOQUEIRA — Texto deCarlos Nobre. Direção de Brigitte Blair. TeatroBrigitte Blair, Rua Miguel Lemos, 51. Sáb. edom., às 16h30m. Ingressos a CrS 120.

ZÉ COLMEIA E A PANTERA-COR-DE-ROSA NAFLORESTA ENCANTADA — Produção de Ro-berto de Castro. Com o grupo Carrossel.Teatro do Colégio Laranjeiras, Rua Cde. deBaependi, 69. Dom., às 17h. Ingressos o CrS100.

PINÓQUIO, O BONEQUINHO DE MADEIRACOM ALMA DE CRIANÇA — Produção de

Roberto de Castro. Apresentação do GrupoCarrossel. Teatro do Colégio Laranjeiras, RuaConde de Baependi, 69. Sáb., às 1 7h. Ingres-sos a CrS 100.

QUEM QUER CASAR COM A DONA BARATI-NHA — Produção de Roberto de Castro. Apre-sentação do Grupo Carrossel. Teatro do Cole-gio Laranjeiras, Rua Conde de Baependi, 69.Sób. e dom., às lóh. Ingressos a CrS 100.

A CIDADE DA ALEGRIA — Direção de GilvanJavarini. Com Fátima Queiroz, Gilvan Javari-ni, Margherita e Jorge Corrêa. Jardim Encan-tado, Rua Araguaia, 13, Freguesia, Jacarepa-guá. Dom., às 17h. Ingressos a Cr$ 100. Atédomingo.

ZULK NO PLANETA DOS MACACOS — Textoe direção de William Guimarães. Com Fabia-no Gouveia, Jorge Elianoe Rosa Isabel. TeatroAlasca, Av. Copacabana, 1421. Sáb. e dom.às 17h. Ingressos a CrS 120.

O SONHO ENCANTADO DA BORBOLETAAZUL — Direção de Eudes Berg. Com MarisaVarela, Celso Luiz, Luzio Costa, Heloisa Holl-

mon. entre outros. Sala Monteiro Lobato, Av.Princesa Isabel, 440. Sáb. e dom., às18h30m. Ingressos a CrS 150. Até abril.

SIMBAD — Texto de Álvaro Guimarães. Dire-ção de Graça Motta. Com Lauro Corona,Narjara Turetta, Eduardo Machado e AnselmoVasconcelos. Teatro Ipanema, Rua Prudentede Morais, 824. Sáb., edom, às 17h. Ingres-sos a CrS 200.

OS TRÊS PORQUINHOS E O LOBO MAU —Texto e direção de Oswaldo Ferra. TeatroTeresa Raquel, Rua Siqueira Campos. 143.Sáb. e dom., às lóh. Ingressos a CrS 150.

PINÓQUIO, O BONECO DE PAU — Texto edireção de Joir Pinheiro. Teatro Teresa Ra-ehel. Rua Siqueiro Campos, 143. Sób. e dom,,às 17h. Ingressos a CrS 150.

EMÍLIA, A BONECA TRAPALHONA NO SÍTIODO PICA PAU — Texto e direção de JairPinheiro. Teatro da Galeria, Rua SenadorVergueiro, 93. Sób. e dom., às 17h. Ingressoso CrS 150.

Artes Plásticas1° LEILÃO DE OBRAS DE ARTE — Amanhã edomingo, das 14h às 22h, exposição.depinturas.de artistas brasileiros. De 2a a 4o, às21 h, pregão com o leiloeiro Hernani. Paláciodos Leilões, Rua S. Clemente, 385. Promoçãoda Galeria Toulouse.

COLETIVA DE OUTONO — Obras de A.Salinas, Bernardelli, Calixto, Simeone, Si-gaud, Cícero Dias e outros. Villá Bernini, Av.Atlântica, 4 240/21 4. De 2a a sáb^, das 14h às21h.

PIANOS ONDULADOS — Esculturas de Nei-son Mitidieri. Galeria Macunaima, Funarte,Rua Araújo Porto Alegre, 80. De 2o o 6o, daslOh às 18h. Até dia 9 de obril.

MARIA EUGÊNIA SERRANO E SIMONE OS-THOFF — Gravuras. Galeria Divulgação *Pesquisa, Rua Maria Angélica, 37. De 2o a 6o,das lOh às 21 h. Até dia 30.

CONTEMPORARY BRITISH DRAAAATISTS —Painéis fotográficos que mostram o evoluçãodo teatro inglês, a partir da Segunda GrandeGuerra. Cultura Inglesa de Copacabana, RuaRaul Pompéia, 231/7°. De 2o a 6°, das 9h às19h. Último dia.

ACERVO — Obras de Finatti, Poscual, Hum-berto da Costa Octacilio, Gutbrod e outros.Galeria Roberto Alves, Av. Princesa Isabel,186. De 3° a sáb., das 15h às 22h. Até dia 31.

QUATRO FOTÓGRAFOS FRANCESES — Mos-tro dos trabalhos de Jacques Faujour, ArnaudClaass, Pierre de Fenoyl e Elizabeth Lennard.Café des Arts, Hotel Mèridien, Av. Atlântica,1 020. Diariamente, das lOh às 22h. Até dia6 de abril.

CELMO RODRIGUES — Pinturas. Galeria doNovotel, Praia de Gragoatá, Niterói. Diária-mente, das 1 Oh às 20h. Até dia 7 de abril.

COLETIVA — Obras de Adelson do Prado,Armando Vianna, Fernando P., Humberto daCosta, Laerpe Motla, Manoel Santiago e ou-tros. Galeria Eucatexpo, Av. Princesa Isabel,350. De 2° a 6°, das 14h30m às 22h. Até dia13 de abril.

IRINEU GARCIA — Esculturas. Aktuell. AvAtlântico, 4240. De 2° o 6°, das 12h às 20h,sáb., das 15h às 19h. Até dia 11 de abril.

ROGÉRIO BOCCHINO — Grovuras. GaleriaRegional da Lagoa, Rua Dias Ferreiro, 417. De2° a 6°, das 9h às 20h. Até dia 30 de março.

EXPOSIÇÃO SÉRGIO CARDOSO — Exposiçãode fotos ilustrativos da carreiro do ator, desdesuo estréia no Hamlet. Saguão do Teatro JoãoCaetano, Praça Tiradentes, s/n°. De 2° a sáb.,das 14h às 17h. Até dia 12 de abril.

ACERVO — Obras de Di Cavalcanti, Portinari,Pancetti, Manabu Mabe, Aldemir Martins eoutros. Galeria Claude Henri, Rua Marquêsde São Vicente, 52 — loja 122. De 2° a 6a, das14h às 22h. Sábados, das 15h às 20h. Atéamanhã.

ATELIER DE ANTÔNIO PARREIRAS — Instru-mentos e material de trabalho, estudos, dese-nhos e quadros do pintor fluminense. MuseuAntônio Parreira, Rua Tiradentes, 47, Niterói.De 3° a dom., dos 13h às 17h. Até dia 30.

REGINA PUJOL — Pin-u.as Galeria Bonino.Ruo Barata Ribeiro, 578. De 23 o sáb. dos lOhàs 12h e das 16h às 22r. Até amanhã.

GUIDACCI — Caricaturas. Galeria de Arte doCentro Cultural Cândido Mendes, Rua JoanaAngélico, 63. De 2o a 6o, das 1 Oh às 1 2h e das17h às 22h30m, sáb., dos 1 áh às 20h. Até dia

de abril.

ALBERTO DEZON — Pinturas e desenhos.Galeria Dezon, Av. Atlântica, 4240. De 2° asáb., das lOh às 21h. Até dia 31.

O MORRO DO CASTELO — Mostra fotográfi-ca focalizando o desmonte do Morro do Caste-10 e objetos relativos à história do Rio. MuseuHistórico da Cidade, Estrada de Santa Mari-nho, s/n°. De 3° a 6°, das 13h às 17h, sáb. edom., dos 1 lh às 17h. Até dia 17 de maio.

HOJE TEM MARMELADA — Mostra de fanta-sias, maquetes e objetos circenses. Museu dosTeatros, Rua S. João Batista, 105. De 3° adom., das 13h às 17h. Até dia 30 de obril.

1" SALÃO DE ARTES PLÁSTICAS — Exposiçãode pinturas, fotografias, tapeçarias e porcela-no. Faculdade de Serviço Social do Rio deJaneiro, Rua Conselheiro Ferraz, 27, Lins deVasconcelos. De 2o o 6°, das 9h às 21h. Atédia 30.

PINTURA, DESENHOS E GRAVURAS — Obrasde Manoel Santiago, Milton Dacosta, Bianco,Sigaud, Mabe, Portinari e outros. GaleriaContorno, Rua Marquês de S. Vicente, 52/261. De 2° a sáb., das 1 Oh às 19h; 5°, até as22h. Até dio 31.

PINTURAS PRIMITIVAS — Obras de Alexan-dre Filho, Crisaldo Morais, laponi Araújo,Nelson Porto e outros. Galeria Jean-Jacques,Ruo Ramon Franco, 49. De 3° a sáb., das 11 hàs 20h. Até dia 27 de abril.

DOLORES HEVESI E JOSÉ ESPINOSA — Escul-turas e pinturas. Galeria do Ibeu. Av. Copaca-bana, 690/2°. De 2° o 6°, das 15h às 21 h. Atédia 8 de abril.

ADERSON MEDEIROS — Esculturas. ArquivoGeral da Cidade, Rua Amoroso Lima, 15,Cidade Nova. De 2° a 6°, das 1 Oh às 16h30m.Até dio 29 de abril.

SCLIAR — Pinturas. AMNiermyer, Rua Mar-quês de S. Vicente, 52/205. De 2° a 6°, dasllh às 22h. Até dio 31.

ACERVO — Obras de Guignard, BeniaminSilva, Bianco, Brenand, Carybé, Ivo Lisboa,José de Dome e Morcier. Galeria de ArteBanerj, Av. Atlântica, 4 066. De 2° a 6°, das1 Oh às 22h, ?áb, dos 16h às 22h. Até dia 4 deabril.

ENÉAS DE MEDEIROS VALLE — Aquarelas eguaches. Galeria Andréa Sigaud, Rua Vise.de Pirajá, 207/307. De 2° a 6°, das 13h30màs 20h. Até dia 3 de abril.

SILVIA GHENEA — Aquarelas. Museu Nacio-nal de Belas-Artes, Av. Rio Branco, 199. De 3°a 6°, das 12h às 18h, sób. e dom, das 15b às18h. Até dio 5 de abril.

DELIA CERA — Cerâmicas. Centro de Artes doSesc do Tijuco, Rua Barão de Mesquita, 539.De 2° a 6°, das 12h às 21 h, sáb. e dom., dasllh às 15h. Até dia 31.

SALÃO DE ARTES PLÁSTICAS — Mostro depinturas, desenhos, esculturas, fotografias egrovuras dos associados do Sesc. Sesc deRamos, Ruo Teixeira Franco, 38. De 2° à 6°,das 9h às 21h. Até amanhã.

A ESCALA DO RISOWilson Coutinho

NO

centro da Galeria Càndi-do Mendes, em Ipanema,há um bolo. Ê o famoso bolo

do "milagre econômico". E, por in-crível que pareça, dividido em par-tes iguais. Mas os comilóes do bolosão os políticos. Nas paredes dagaleria, o rosto do poder também étransfigurado pelo traço maliciosoda caricatura. Trata-se da exposi-ção de Jorge Guidacci, 41 anos,professor no Senac de desenho ecaricaturas em vários jornais, oPasquim inclusive. São 23 traba-lhos, incluindo o famoso bolo. Gui-dacci diverte-se com as ações e osrostos dos poderosos. Reagan eBrejnev disputam uma queda dobraço. A idéia é que eles não soltemo braço em ninguém. Em outro tra-balho, Reagan se maquia para en-trar no grande show do poder. Gol-bery — o enigma — desmancha-seem traços que parecem nervos. Deaço? Há também uma caricaturaque é uma vasta deglutição do po-der. Eles se comem. De Rui Barbosaa Brizola. E, no meio de todos essespolíticos, Guidacci colocou uma ca-ricatura afável. Do poeta CarlosDrummond de Andrade, magro eduro como um poste, iluminandosua sombra para o sol. Ê o traço dadiscórdia diante das imagens enfa-tuadas. A caricatura não é traço dooprimido, mas daqueles que podemperceber que as sombras do poderpodem estar distorcidas. Guidaccifocaliza o centro dessas sombras:os políticos em evidência. Muito dacaricatura, Daumier, por exemplo,preferia em alguns trabalhos as

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irradiações também fortes dessassombras: os juizes, os médicos. En-fim, aquilo que tornava elástico etentacular as múltiplas raízes dopoder. Guidacci, como a maioriados nossos caricaturistas, vai aocentro, como se a realidade politi-ca, entre nós, fosse de tal formaautoritária que mesmo as suas ir-radiações sào desprovidas de gra-ça. Um juiz de Daumier é tão pode-roso quanto Napoleâo III. Aqui, seacharia pouco cômico a presençadeles. Não estão, por exemplo, na

escala inevitável do riso. A carica-tura é ainda a percepção que opoder tem o seu lado volátil e que,,]às vezes, impondo tragédias, a cari-catura pode registrar o seu equüi-\"tbrio precário. Ela é sempre um mo-.mento que motiva certo prazer de- "tmocrático. Uma distorção que\,aponta, muitas vezes, para uma.-autêntica verdade. Prazer e verãa-\ \de que é possível conquistar na,„exposição de Guidacci na Galeria,,do Centro Cultural Cândido^Mendes. ••

JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 27/3/81 CADERNO B — 9

Showj "PAULO GRACINDO, O BEM-AMADO — Show

1 do otor Paulo Gracindo. Participação da atriz'•Daisy Poli e do instrumentista Rildo Hora.1 Coletânea de textos de Ghioroni, Millor Fer-, nandes, Charles Chaplin, Luís Fernando Verís-i simo e outras. Direção e,roteiro de Gracindo..Júnior. Canecão, Av. Venceslau Braz. 215, (295-3044 e 295-1047). 5o. às 21h45m; 6° e, sób., às 23h e dom., às 20h. Ingressos o CrS, 600.

| CAUBY PEIXOTO SUPERSTAR - Show docantor acompanhado de conjunto. Clube

I Campestr», Ruo Alberto Rangel, 71, Leblon.' Hoje, às 24h. Ingresso» a CrS 1 mil 300.

i VERÃO VOCAL — Show dos quartetos vocaisi e instrumentais MPB4 e Boca Uvre. Participa-; ção da Bonda Areio, formada por Luiz Antô-, nio (teclados), Ricardo Simões (guitarra e, viola), Elcio Cófaro (bateria). Ornar Cavalhei-

ro (baixo), Firmino (percussão), Cid Freitas(bateria) e Damilton Viana (percussão). Con-1 eha Acústica da UERJ, Av. Radial Oeste,

¦' Maracanã. Amanhã, às 18h. Ingressos a CrS' 250.

CHORO ESPETACULAR — Show do bondou-nista Mariozinho Rodrigues acompanhado doconjunto Linha de Passe. Parque lage. RuaJardim Botânico, 414. Sábado e domingo, às21h30m. Ingressos a CrS 200.

; GRAN BARTHOLO CIRCO — Espetáculo com( malabarlstas, trapezlstàs, motociclistas, acro-

batas, palhaços e a'nimais amestrados. Pça.1 11. 3o, 4° e6a,às 2lh; 5°.às 17he 21h, sáb.,às 15h, 17h e 21 h e dom. e feriados, òs 1 Oh,15h, 17h e 21 h. Ingressos: cadeiras laterais aCrS 300 e CrS 150; cadeiras especiais a CrS400 e CrS 200; cadeiras numeradas a CrS600 e camarotes (quatro lugares) a CrS 3 mil.

TV CROQUETES CANAL DZI —Show com osdzi croquetes Ciro Barcellos, Wagner Ribeiro,Cláudio Tovar, Cláudio Goya, Bahiart Tonelle,Roberto Rodrigues e Rogério de Poli. Textos deCláudio Gaya e Wagner Ribeiro. Hoje, partici-.pação especial de Ney Matogrosso,- amanhã a' cantora Joana e domingo Marino, lenny Dalee Paolette. Teatro Teresa Rachel, Rua Siqueira

-Campos, 143 (235-1113). De 3o a domingo,ràs 2!h30m. Ingressos de 3o a 5o e domingo, a.CrS 400 e CrS 250 (estudantes). 6o e sábado,

,',o CrS 400. Até domingo.

'SEIS E MEIA NO VILLA-LOBOS — Show da"'dupla

de cantores e compositores Joyce eMakalé acompanhados de Tuti Moreno (bate-¦rio), Fernando Leporoce (baixo e vocal) e LiberGadelha (guitarra e viola). Direção de Albino

-Pinheiro. Teatro Villa-Lobos, Av. Princesa Isa-• bel, 440. De 2o a 6o, às 18h30m. Ingressos a

CrS 100. Último dia."SAMBA-ENREDO—Show

do cantor e compo-siior Martinho da Vila acompanhado do con-lunio Samba Som Sete. Participação de Etso(baixo). Baleio (bateria) e E!i (violão). Direçãode Te'esa Aragão. Cenários de Elifos Andréa-to. Teatro Casa Grande, Av. Af ramo de MeloFranco, 290 (239-4046). De 4= a dom, às21h30m. Ingressos de 4° a 6o e dom., o CrS400 e CrS 200, estudantes, sáb., a CrS 500.Até domingo.

CLARA MESTIÇA — Show com a cantoraClara Nunes acompanhada pelo Con|unto

_ Nosso Samba, Julinho do Acordeon e Zeca do"Trombone. Direção de Bibi Ferreiro. Teatro

Clara Nunes, Rua Marquês dé São Vicente, 52— 3o andar (274-9696). De 4o a sóbcdo, às

¦ ¦21h30m. Domingo, às 21 h. Ingressos do 4a,5o e domingo, a CrS 400 e CrS 200. 6o esábado, a CrS 400.

..FESTIVAL DE VERÃO - Show do cantor ecompositor Paulinho do Viola acompanhadode conjunto. Horse'» Nock, Hotel Rio Palace,Av. Atlântica, 4 240. De 5o a sób. às 23h edom. às 22h. Ingressos a CrS 700. Até do-mingo. •

NANA CAYMMI —Show da cantora acompa-^nhado de Wagner Dias (contrabaixo), AndréTandetta (bateria), Mareio Resende (flauta),Rodrigo Campello (guitarra) e André Dequech(piano). Direção de Érico de Freitas. SalaSidney Miller, Rua Araújo Porto Alegre, 80.De 3o a sób, às 18h30m. Ingressos a CrS 100.Até amanhã.

PROJETO SEIS E MEIA — Apresentação de•-Nossa» Vidas São Um Palco Esculachado,. show com Marisa Gata Mansa, Rolando e Luiz...Antônio (Les Étoiles) e Celeste Aído, acompa-,.,nhados de José Mario Rocha (piano), Rui

Pereira (violão e craviola), Leonardo Ribeiro(baixo) e Bira (percussão). Direção de Hermi-nio Bello de Carvalho e Sérgio Rocha. TeatroJoão Caetano. Pça. Tiradentes (221-0305). De

"T a 6o, às 18h30m. Ingressos a CrS 100.Último dia.

PROJETO PIXINGUINHA — Show com osFrenéticas, Erasmo Carlos e Sérgio Sampaioacompanhados de José Carlos (sax), Pedrão(contrabaixo), Jorjão (teclados), Serginho (ba-teria), Rick Ferreira e Pisca (guitarras), BetoSaroldi (sax e flauta) e Gegè (percussão)."Direção de Carlos Alberto Sion. Teatro Leopol-do Fróes, Rua Manoel de Abreu, 16, Niterói.

FARTURA NOS PALCOSRETORNO

à fartura. Ape-nas hoje, às 18h30m, emfrente à Funarte uma

apresentação de bandas. Fazparte das comemorações dos cin-co anos da organização cultural,que, em outros setores, foi festeja-do da maneira mais esquisitapossível. No mesmo horário, atédomingo, o Projeto Viração estáapresentando a dupla Sá eGuarabira, no Teatro Carlos Go-mes. Boa oportunidade para sesaber como os dois estáo de rocke ruralismos. A turma dos DziCroquettes, em temporada há ai-gum tempo no Teresa Raquel,estão agora em fase de participa-çóes especiais no arremedo deprograma de televisão que por láinstalaram. Nesta sexta a visita éde Ney Matogrosso, amanhã agrande vendedora de discos que

é Joanna e no domingo a contoraMarina, ainda bem longe disso, eLenny Dale e Paollette que revi-vem a formaçáo inicial do grupoDzi. Bailem entre eles. Sempre as21h30m. Às 23h, finalmente, Pau-lo Gracindo estréia no Canecão.Agora ele éO Bem Amado e nãomais Meu Pai, como foi o título deseu brilhante show no TeatroGlória. Mas a linha geral é amesma. E boa. À meia-noite, ape-nas hoje, Caubi Peixoto é Supers-tar no Clube Campestre no AltoLeblon. E cantei, cantei, como écruel cantar assim.

àf 18h de amanhã um exce-lente encontro, talvez até históri-co. O MPB-4 e Boca Libre se reú-nem na Concha Acústica da Uni-versidade Estadual do Rio de Ja-neiro, perto do Maracanã, e de-

vem atrair público quase igualaos jogos do vizinho estádio. ABanda da Areia, talvez criada noFestival de Guarujá, ajudam osoitos a cantarem. O Mutirão Cul-tur ai, que já foi da Secretaria deCultura e agora pertence à Fun-dação Rio, pára na Praça Dolo-mitas na Vila Kennedy. A partirdas 20h, uma homenagem a Ble-caute feita pela Comunidade edepois apresentações de LecyBrandão e Marcos Moran. Comos jardins do Éden e tudo. Ama-nhã e domingo, 21h30m, ChoroEspetacular tio Parque Lage. In-terpretados por Mariozinho Ro-drigues, que depois de muitos ins-trumentos ficou mesmo e bem nobandolim, e pelo conjunto Linhade Passe. Mas que façam gols.(M.H.D.)

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Os conjuntos MPB-4 e Boca Livre se encontram, amanhã, às 18h naConcha Acíistica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Hoje e amanhã, às 18h30m. Teatro Dulcina,Rua Alcindo Guanabara, 17. De 4o a 6o, às18h30m. Ingressos a CrS 100. Último dia.

SOLSTiCIO DE VERÃO — Show do cantor,compositor e violonista Carlos Lira acompa-nhado de Sandra Lobato(flauta) Gerly (per-cussão) e Lena Mariano (percussão). TeatroRio Planetário, Rua Padre Leonel Franca, 240.'(274-0096). De 5o a dom., às 2 i h30m. Ingres-sos a CrS 300. Até domingo.

PROJETO VIRAÇÃO — Show da duplo decantores e compositores Sá e Guarabirc. Tea-tro Carlos Gomes, Pça. Tiradentes (222-7581).De 4a a dom., às Í8h30m. Ingressos a CrS150. Até domingo.

SÉRIE INSTRUMENTAL — Apresentação dosaxofonista Nivaldo Ornellas acompanhadode André Dequech (violino e piano), JuarezMoreira (violão e guitarra), Cid Ornellas (ceioe vocal), Paulo Brafo (bateria), Cidinho (per-cussão) e Nilson Matta (baixo). Direção deTúlio Feliciano. Sala Sidney Miller, Rua Araú-jo Porto Alegre, 80. De 4° a sáb., às 21 h.ingressos a CrS 150. Até dia 4 de abril.

COM A CARA E A CORAGEM — Show doscompositores e cantores Tuninho Galante eTuninho Rocha. Teatro do Sesc de NovaIguaçu, Av. Nilo Peçanha, 185. De 4o a dom.,às 19h. Ingressos a CrS 50 e CrS 25, sócios.Até domingo.

DIVIRTA-SE COM BERTA LORAN — Apresen-tação da atriz acompanhada dos bailarinosJean Paul eOton Rocha Neto. Teatro da Praia,Ruo Francisco Só, 88 (267-7749). De 4o a sáb.,às 2lh30m, dom., às 20h, vesp. 5o, às 17h.Ingressos 4a, 5o e domingo a CrS 400 e CrS

250 (estudantes). 6o e sábado a CrS 400.Vesperol de 5o a CrS 250.

REVISTAS

GAY FANTASY — Dir. Bibi Ferreira. ComRogério, Verusko, Cláudia Celeste, MarleneCasonova, Eloino e Jane. Cenários de MorcoAntônio Palmeira, com concepção de Joãozi-nho Trinta. Teatro Alaska, Av. Copacabana, 1241 (247-9842). De 3a a 5a, às 21h30m; 6o,22h; sáb, 20h e 22h e dom., às 19h30m e21 h. Ingressos de 3° a 5o e domingo na Iosessão a CrS 400 e CrS 300 estudantes; 6o esábado, a CrS 500 e domingo na 2o sessão aCrS 400.

ESTA NOITE AS CALÇAS VOAM — Show detravestis com texto de Geórgia Bengston.Direção de Geórgia Bengston e Edion Farr.Com Maria Leopoldina, Claudia Kendall,Guildó, Nórika e Desirré. Teatro Brigitte Blair,Rua Miguel Lemos, 51. (521-2955). De 3a asáb., às 21hl5m,' e dom., às 19hl5m e21hl5m. Ingressos de 3o o 5o e dom., a CrS300 e 6o e sáb, a CrS 350.

ALL THAT GAY/MIMOSAS DEVEM CONTI-NUAR — Direção de Brigitte Blair. Espetáculode travestis com Camily, Shirley Montenegro,Edy Starr, Alex Mattos e outros. Teatro Serra-

, dor, Rua Senador Dantas, 13 (220-5033). De3° a sáb., às 21hl5m, dom., às 18h e 21h.Ingressos de 3a a 5o, a CrS 300 e CrS 150,estudantes e 6° a dom, a CrS 300.

PARA DANÇAR

CLUBE DO SAMBA — Música ao vivo, com aorquestra comandado pelo baterista Wilsondas Neves. Convidado de hoje: Ataulfo Alves

Jr. Sede do Flamengo, Morro do Viúva (289-3122). Sextas-feiras, a partir dos 23h. Ingres-sos a CrS 200 (damas e estudantes), Cr$ 300(cavalheiro), CrS 450 (casal) e CrS 150 (só-cios).

MIKONOS — Aberto diariamente a partir de22h, para serviço de bar e restaurante, commúsica de fita. As 6o e sábados, depois das2h, macarronoda de cortesia. Aos domingos,depois da lh, picadinho de cortesia. RuaCupertino Ourão, 177 (294-2298). Consuma-ção de CrS 600, às 6o* e sábados.

NOITES CARIOCAS — Aberto 6o e sáb., apartir das 22h, com música de fita com odiscotecário Dom Pepe. 6o e sáb, à 0h30m e

1 h30m, apresentação do conjunto Tutti Frutti,formado por Luís Carlini (guitarra), Gerson,Vladimir e Júnior (metais), Simbos (voz),Ronaldo Paschoa (guitarra). Marinho Thomaz(bateria) e Renato Figueiredo (baixo). Morroda Urca, Av. Pasteur, 520. Ingressos 6o a CrS350 e CrS 250 (estudantes); sábado a.CrS 400e CrS 300 (estudantes). Até amanhã.

CARINHOSO — Bar e restaurante aberto,diariamente, a partir das 20h, com música aovivo com Ed Lincoln e sua orquestra e oconjunto Carinhoso. Rua Vise. de Pirajá 22(287-0302 e 287-3579). Couvert de dom. a5o, a CrS 300 e 6o e sáb. a CrS 400, semconsumação mínima.

O BICÃO — Amanhã, às 21 h, show com aapresentação do cantor Jorge Claudius edesfile da coleção Synknet. Praia da Bica, 39(396-3047), Ilha do Governador.

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Bem-Amado

PARA OUVIR

O TECLADO — Aberto de 2o o dom., das 21 hàs 4h. De 3o a sób.. músico ao vivo a partirdos 21h30m, com os cantoresjferi Ribeiro eMareio José, os pianistas Zé Maria e Gilbertoe o contrabaixista Armando. Av. Borges deMedeiros, 3207, Lagoa (266-1901). Couvert oCrS 350.

CHIKO'S BAR — Aberto diariamente a partirde meio-dia. A partir das 20h, participação deLuizinho Eça (piano), Edson Frederico (piano),e Maurício Ramos (baixo). Av. Epitácio Pessoa,15á0 (267-0113 e 287-3514). Sem couvert esem consumação mínima.

CLUBE 21 — Aberto diariamente a partir das18h. Músico ao vivo às 22h com apresentaçãode Osmar. Milito (piano), acompanhado deNilson Matta (contrabaixo), e Nivaldo Ornei-las (sax e flauto). Todas as 2°s feiras, Noite deJazz, a partir das 22h. Rua Mario Angélico,21 — Jardim Botânico (286-8338): Sem cou-vert e consumação mínima. 6o e sáb., consu-mação de CrS 450.

ZEPPEUN TERRASSE BAR — Aberto de 4= adomingo a partir das 19h com música oo vivoa carga do violonista Rogério. Anexo o restau-rante Zur Katz de especialidade alemã ecozinha internacional, aberto de 3a a domin-go. Estrada do Vidigal, 471 (Io entrada àdireita depois do hotel Sheraton) 274-1549.Couvert 4o, 5° e dom., a CrS 100, 6o a CrS170. Sábado CrS 200.

RIOS — Piano-bar aberto diariamente, apartir das 19h, com música ao vivo, com Tony(piano) e Marinho (baixo). Anexo, restaurantede cozinha francesa, aberto diariamente. Par-que do Flamengo, em frente ao Morro daViúva (285-3848 e 285-4698).

MICHEL — Restaurante aberto de 2o o sáb.para jantar, com músico oo vivo, com Silvinho(cantor) e Casemiro (pianista). Rua FernandoMendes, 25 (235-2127 e 236-0338).

TURÍSTICOS

OBA OBA —Show com Oswaldo Sargentelli,as Mulatas Que Não Estão No A/topo, ritmistase cantores. Rua Vise. de Pirajá, 499 (239-2647e 239-8849). De 2o o dom., às 23h. Consuma-ção mínima de CrS 450 e couvert de CrS 700.

SAMBUMBUM — Show com Luis César, DivaFlores, Edson Farr e participação de mulatos epassistas. Diariamente, a partir das 23h. Acasa está aberta diariamente para almoço etem música ao vivo para ouvir e dançar, apartir das 19h. Solaris, Ruo Humaitá, 110(246-7858 e 286-9848). Couvert de CrS 600,por pessoa.

SAMBA, CARNAVAL E MULHER—Show apre-sentado por Ivon Cury, com o elenco lideradopor Rogério. Sambão e Sinhá, Rua ConstanteRamos, 140 (237-5366). De 3o a dom., às24h. Couvert de CrS 900, sem consumaçãomínima. No térreo, restaurante de cozinhabrasileiro, aberto a partir dos 20h. O jantarcompleto custa CrS 900.

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10 — CADERNOB sexta-feira, 27/3/81 D JORNAL DO BRASIL

§IIm

TelevisãoOS FILMES DE HOJE

Hugo Gomez

CONTINUAÇÃO

de Sem Leie Sem Alma, do mesmo di-retor, A Hora da Pistola

tem James Garner e Jason Robardsnos papéis vividos naquele filmepor Burt Lancaster e Kirk Douglas,respectivamente, e mostra o queaconteceu depois da célebre bata-lha no O.K. Corral, já tantas vezesfocalizada pelo cinema norte-americano.

O roteiro de Edward Anhalt deli-neia bem os personagens e a tensãose desenvolve sólida e lentamente,sob a direção segura de John Stur-ges, até o quarto de hora final,quando a violência explode comraro vigor. A fotografia expressivade Lucien Bailará ajuda a dar corlocal e a música de Jerry Goldsmithé aáequaàa. Boa recomendaçãopara os apreciadores de westerns.

Dois anos antes de rodar Bas-Fonds, que lançou Jean Gabin — aquem voltaria a utilizar em A Gran-de Ilusão e A Besta Humana, duasobras-primas —Jean Renoir dirigiuToni, uma obra menor mas coeren-te com a temática de seus filmes. Aprodução é inédita no Brasil e nâose dispõe de maiores informações arespeito, mas a assinatura do filhocaçula do gênio do impressionismofrancês é por si só capaz de aguçaro interesse. O fato de não ser dubla-do e poder-se apreciar os diálogosna língua original, com legendasperfeitamente legíveis, como Jennyo comprovou semana passada,pondo por terra a alegação básicapara a justificativa da dublagem, éum atrativo adicional.

TARZÃ CONTRA O MUNDOTV Globo — 14h30m

(Tarzan's New York Adventure) —Produção norte-americana de 1942,dirigida por Richard Thorpe. Elen-co: Johnny Weissmuller, MaureenCSullivan, John Sheffield, VirgíniaGrey, Charles Bickford, Paul Kelly.Preto e branco.

* Caçador inescrupuloso se-questra Boy (Sheffield) e leva-o pà-ra Nova torque com o propósito deexplorá-lo em espetáculo circense.Ao descobrirem o rapto, Tarzã(Weissmuller) e Jane (0'Sullivan)seguem para a cidade grande elevam o caso aos tribunais.

OS INTRUSOSTV Studios — 21h

(The Intruders) — Produção norte-americana de 1967, dirigida por Wil-liam Graham. Elenco: Don Murray,Edmond 0'Brien, John Saxoh, An-ne Francis. Colorido.

* A morte de um ex-presidiá-rio (Saxon) que chegara a Madeliapensando em se tornar um homemda lei, mas foi morto pela gang deJesse James, é a gota dágua que

leva o xerife (Murray) a tomar co-ragem pára impor a ordem. Feitopara a TV. Na televisáo já foi exibi-do com o título de O Xerife Co-varde.

TONITV Educativa - 22h45m

(Toni) — Produçáo francesa de1935, dirigida por Jean Renoir.-Elenco: Célia Montalvan, JennyHelia, Charles Blauette, EduardDelmont. Preto e branco.Imigrante espanhol encontra náosó alojamento como afeto na casade uma jovem da Provence, emcujas pedreiras trabalha. Fu tam-bém amizade na cidade com umhomem maduro, cujos conselhoslhe sâo valiosos, mas sua paixáopor moça vaidosa e disputada aba-lará sua paz de espírito. Inédito naTV....E FRANKENSTEIN CRIOU A

MULHERTV Globo — 23h20m

(Frankenstein Created the Woman)— Produção britânica de 1966, diri-gida por Terence Fisher. Elenco:Peter Cushlng, Susan Denberg,Thorley Walters, Robert Morris,Duncan Lamont, Peter Blythe. Co-lorido.• • Barào Frankenstein (Cu-shing) demonstra com sucesso suateoria de que a alma sobrevive àmorte do corpo. Quando seu assis-tente é guilhotinado, a noiva (Den-berg) deste se suicida. Reavivadapelo nobre, ela vinga o crime, mas,já fora de constrole, volta a sesuicidar.

A HORA DA PISTOLATV Bandeirantes — 24h

(The Hour of the Gun) — Produçáonorte-americana de 1967, dirigidapor John Sturges. Elenco: JamesGarner, Jason Robards, RobertRyan, Steve Ihnat, Michael Tolan,Frank Converse, Bill Fletcher, SamMelville. Colorido.••• Os irmãos Earp — Wyatt(Garner), Virgil (Converse) e Mor-gan (Melville) — junto com DoeHolliday (Robards) se defrontamno O.K. Corral de Tombstone comIke Old Man Clanton (Ryan) e seussequazes. Ponta de Jon Voight.O ESPIÃO DO CHAPÉU VERDE

TV Globo — lh20m(The Spy in the Green Hat) — Pro-dução norte-americana de 1966, di-rigida por Joseph Sargent. Elenco:'Robert Vaughn, David McCallum,Jack Palance, Janet Leigh, Leo G.Carroll, Joan Blondell, Elisha CookJr. Colorido.•• Agentes da Uncle (Vaughn,McCallum) são enviados à Sicíliapara descobrir os motivos do en-contro entre antigo nazista e ummagnata de bebidas (Palance), cujonegócio serve de fachada às opera-çóes da thrush.

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Cena de A Hora da Pistola (canal 7, 24h)

De amanhã

PÂNICO a bordo causado por louco

que ameaça de morte os passageirosde um avião é o tema de A Segurança emPerigo, produção de TV, e Barbara Har-ris e Joseph Botogna vivem um casal quenão podendo ter mais filhos resolve ado-tar três crianças de background dife-rentes.

Drama sobre paraplégicos, MuitoTarde para o Amanhã mostra que Mal-colm MacDoweüjâ estava pronto para oestrelato, que viria com A Laranja Meca-nica. 0 desempenho deNanette Newmantambém é expressivo.

Vidas Cruzadas: a Vida íntima dosMédicos é outra produção de TV em quea esterilidade volta a ser abordada, em-bora en passant, e O Diabo pela Cauda écomédia bem-humorada de Philippe deBroca com elenco de primeira, salien-taruio-se os veteranos Madeleine Re-naud e Yves Montand. IH.G.)

21h20m — Canal 4 — A Segurança emPerigo (Crisis in Mid-Air). Americano(79) de Walter Grauriian, còm GeorgePeppard, Desi Arnaz Jr. (Cor)23hl5m — Canal 4 — Um Amor QueDesafia (Mlxed Company). Americano(74) de Melville Shavelson, com BarbaraHarris, Joseph Bologna. (Cor)

23h30m — Canal 7—Muito Tarde para oAmanhã (The Raging Moon). Britânico(70) de Bryan Forbes, com Malcolm Mac-Dowell, Nanette Newman. (Cor)lh — Canal 4 — Vidas Cruzadas: a VidaIntima dos Médicos (Doctor's PrivateLives). Americano (78) de Steven Stem,com John Gavin. (Cor)lh30m — Canal 7 — 0 Diabo pela Cauda(Le Diable par Ia Queue). Franco-italiano (68) de Philippe de Broca, comYves Montand, Maria Schell. (Cor)

De domingo

JOE PANTHER é relato centrado na

ambição de jovem índio que querfugir de uma reserva na Flórida eemOHerói do Pony Express, produçáo inédi-ta, um adolescente passa por experién-cias difíceis antes de amadurecer.

Rod Steiger é o xerife preconceituosode No Calor da Noite, policial que náochega afazer jus às suas premiações —pelo menos os Oscar de melhor filme emelhor ator. Quanto a O Segredo dasEsposas é a reconstituição, através deflashbacks, da morte de um playboy.

Aventura ágil, emocionante e comfundo filosófico — náo importa o fracas-so,o que conta é o esforço para vencer—O Homem Que Queria Ser Rei apresentaJohn Huston em grande forma, dirigindoSean Connery e Michael Caine num au-téntico duelo de interpretações. (H.G.)

16h30m — Canal 7 — Joe Panther (JoePanther). Americano (76) dç Paul Kras-ny, com Ray Tracey, A. Martinez, Ricar-do Montalban. (Cor)18h30m — Canal 7 — 0 Herói do PonyExpress (Peter Lundy and the MedicineHat Stallion). Americano (77) de Michael0'Herlihy, com Leif Garret. (Cor)21h — Canal 11 — No Calor da Noite (Inthe Heat of the Night). Americano (67)de Norman Jewison, com Sidney Poitler,Rod Steiger. (Cor)22hl5m — Canal 4 — 0 Homem QueQueria Ser Rei (The Man Who Would beKing) Americano (75) de John Huston,com Sean Connery, Michael Caine. (Cor)0hl5m — Canal 4 — 0 Segredo dasEsposas (The Secrets of Three HungryWives). Americano (78) de Gordon Hess-ler, com James Franclscus. (Cor)

NovelasResumo das novelas apresentadas pelas emissoras no Rio

As Três Marias, TV Globo, 18h — Da-masceno diz a Macedo que já sabe detodo o seu passado, e que vai ter queacompanhá-lo até o Rio, pois quer quereconheça o rapaz que foi procurá-loatrás de Antônio. Alzira chantageiaRaul dizendo que caso ele não volte paraela continuará acusando-o perante a po-licia. Ramiro se encontra com Júlla, con-tando-lhe as pressões que Jó e Fernandaestào fazendo para saberem as causas daseparação dos dois e sugere que inven-tem uma desculpa. Julia não aceita eRamiro a deixa sozinha no restaurante.Julia, então, vai até à casa de Luiza econvida Aluislo para dançar.Plumas e Paetês, TV Globo, 19h — Vero-ca, diz a Amanda que a correntinha queela está usando foi encontrada na gavetade Marcela. Amanda, então, percebendoque a amiga falsa é a outra, sai decididaa falar com Renato. Edgar vai ao encon-tro marcado com Renato e este lhe per-gunta qual o tipo de chantagem que eleacha que estão fazendo com Marcela.

Edgar percebendo que Renato não é ochantageador, diz que ainda não sabequem é, mas que conta com sua colabo-xação para descobrir. Renato aceita. Re-nato, já em casa, depara com Amandaque lhe pergunta se é Marcela o grandeamor de sua vida. Renato confessa que aama desde Minas e que não tiveramcoragem de lhe contar a verdade. Aman-da, decepcionada, sal decidida a falarcom Marcela. Renato vai até a agência ediz a Marcela que Amanda já sabe detudo. Marcela vai para casa para resol-ver o problema com a amiga.Baila Comigo, TV Globo, 20hl5m —Quim fala com Caio sobre o golpe que elelhe deu, deixando-o sem saber o queresponder. Lúcia conta a Quinzinho oque Marcelo disse que fez com ele, maseste, para sua surpresa, o desmente.Martha e Débora resolvem fazer ginásti-ca na academia de Caio. Caio diz a Quimque não vai devolver o que roubou dele eque é melhor ele esquecer esse assunto,pois senão contará a Martha que sua

riqueza foi conseguida através dos sa-quês que deu no pai dela. Caè, seguindoinstruções de Quinzinho, marca um en-contro com Bebei, para ser gentil. Saulovai até à casa de Helena levar as roupasde Sandro, que está morando lá graçasao pedido de Corina.e olha Lia demora-•damente. Vitor vai até à casa de Déboraque o olha surpresa.O Meu Pé de Laranja-Lima, TV Bandei-rante's, 18h40m — Jandira percebe que oconselho de Godóia está surtindo efeito.Padre Rozendo diz a Helena para que seencarregue de mostrar que ela não teveculpa alguma nos crimes do Comenda-dor. Helena conta a Henrique como seuirmão fora assassinado e lhe diz que seucorpo está enterrado no túmulo que to-dos pensavam ser o do Comendador.Raul diz a Jandira que a ama muito.Cecilia comenta com a Madre Superioraque está sentindo-se muito feliz no con-vento. Jandira continua a se portar deuma maneira diferente quando está comRaul, deixando transparecer que está

tramando alguma coisa. No convento,Cecília vai se. deitar e começa a ouviruma canção. É Ariovaldo que voltara enão desiste de seu propósito.Rosa Baiana, TV Bandeirantes, 20h —Edmundo conversa com Cláudia tentan-do mostrar que gosta dela, mas Oláudianáo acredita. Orestes vai para casa deWalter e Helena, que o seguia, desce dotáxi. Quando Orestes vai embora, Hele-na vai até a casa de Walter, é atendidapor Matilde que lhe diz que lá náó moranenhum Felipe. Helena volta a seguirOrestes e vè quando ele entra em suacasa. Na porta, Helena é atendida porEdmundo e fica sabendo que Orestes é onome verdadeiro de Felipe. Edmundocomenta com Orestes o que acontecera eele percebe que fora descoberto e decidevoltar a Canavial para conversar comHelena antes que ela se encontre comCreuza e Egidio. Helena vai à casa deFrei Damião e lhe conta o que acontece-ra. Orestes chega, Helena o olha e ambosse abraçam emocionados.

MUSICAIS E O CIRCO DA FORMULA-1Maria Helena Dutra

NO

final de todo mês é tempode pagar contas e agüentaro Globo de Ouro. As

21hl0m de hoje, o Canal 4 nos brin-da com versão 81 da sua paradaliteral de sucesso. Como novidadeas mais recentes vítimas da noveladas seis, Nádia Lippi e Kadu Moli-terno, estarão apresentando o qua-dro Geração 80 que tem até repre-sentantes desta como o grupo Rou-pa Nova, A Cor do Som e CláudioNucei. No paradão, também literal,as presenças de Roberto Carlos,Djavan e Davi Corrêa. Até lembra-ram que aconteceu carnaval. Si-nais de melhora? No mesmo hora-rio, na Educativa, um apressadoespecial com Alceu Valença substi-tui um Show de Comunicação queia discutir a reforma do CódigoPenal. Assunto sério que sempre ésubstituído.

Amanhã, 21h pela TVS, Alegria81. Deve ser a dono da estação queganha mais canal do que a Holan-da. Mas o programa mesmo é umacriação de Deto Costa, nome inédi-to em nossa triste cidade, e reúneRenato Corte Real, Consuelo Lean-dro, Ankito, Chocolate e outros ve-teranos do ramo. Esta produçãosubstitui o Hotel Pinei que náo che-gou a ganhar uma estrela na classi-flcaçáo de qualidade e já foi despe-jado. No mesmo horário, a Educati-va em Tudo é Música apresenta oSucesso do Boca Livje. Ê doe náoda, pois apresenta o grupo can-tador.

No domingo á partir das 8h, aGlobo ataca de flashes do GP Pré-mio Brasil de Fórmula Um. Mas

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Kadu Moliterno e Nádia Lippi são os novos apresentadores do Globode Ouro, hoje, às 21hlOm no 4

náo se assustem, a partir de umada tarde transmitem direto e pre-tendeu deitar e rolar pois, mesmo apeso de franco ouro, ganharam aparada com a Bandeirantes. Lúcia-no do Vale é o locutor, ReginaldoLeme comenta, Aloisio Legey diri-ge. Além dos repórteres esportivosainda teremos matéria do pessoalda geral como a estofada GlóriaMaria, Luís Eduardo Lobo, Paulo

Alceu entre outros. A opção paratanto ronco existe na Educativa,13h, que em Pop Show mostra oEmerson, Lake e Palmer. Espera-mos que nâo em tape de 60. Masquem acha o esporte pouco e quer émais, tem a partir das 17h portodos os canais, exceção da riso-nha TVS, o jogo entre o Brasil e aVenezuela diretamente de Goiânia.Se o espetáculo já era ruim quando

estavam disputando, imagine ago-ra que já ganharam. As 20h, o Fan-tástico anuncia as finalistas doMPB 81. Tudo na Globo, evidente.Mas às 21h o Chacrinha, na Ban-deirantes, distribui seu troféu Re-pórter. Imitando o sorridente SílvioSantos que no galardão imprensase premiou muito, o velho guerreirotambém ganha o seu trófeu de me-lhor apresentador. E merece.

Manhã7.00 @J —Telecurso 2o Grau.

15 BO —Telecurso Io Grau.30 BO —TVE. Ginástica com Ya-

ra Vaz., 45 O —Ginástica. Com Yara

Vaz.

8.00 BO — Sítio do Pica-Pau-Ama-relo. Hoje: A Chave doTamanho. Reprise.

-Cozinhando com Art*.-TV Mulher. Varie-

dades.¦ A Pantera Cor-de-

Rosa. Desenho.

15 Q30 BO'

' (Til —.,

9.00 O —Bozo. Humorístico.15 (T| —O Despertar da Fé. Re-

ligioso.30 O —Os Caçadores de Fan-

tasmas. Desenho.45 H —O Poder da Fé. Reli-

gioso.

10.00 d] —Era Uma Vez. Hoje: Re-cepeão Organizada.

O — Super Robin Hood. De-senho.

15 2] —O Astronauta. De-senho.

30 O — Gaguinho e Seus Ami-gos. Desenho.

H —Meu Amigo Tubarão.Desenho.

11.00 [7] — Cara a Cara. Novela.O —A Turma do Pica-Pau.

Desenho.30 O — Popeye. Desenho.45 \7} —Discomania. Com M.

Lima.

Tarde12.00 O —Bozo. Humorístico.

15 [7] —Bandeirantes Esporte.30 BO —Globo Cor Especial.

Hoje: A Coisa e SuperGlobetrotters.

O —Maguila, o Gorila. De-senho.

00 — Primeira Edição.

1.00 g] —Globo Esporte. Noti-ciário.

[7] — Programa Edna Sava-get. Feminino.

[O — Elo Perdido. Seriado deaventura.

15 [4] —Hoje. Jornalístico.30 O —Johnny Quest. De-

senho.45 BO —Vale a Pena Ver de

Novo. Hoje: A Suces-sora.

2.00 O] —O Povo na TV. Varie-dades.

30 BD —Sessão da Tarde. Fil-me: Tarzã Contra oMundo.

3.00 03 — Era Uma Vez. Hoje: Re-cepção Organizada.

OD —Cowboy na África. Se-riado.

4.00 03 —Telecurso Io grau.GD — O Homem do Fundo do

Mar. Seriado.15 09 — Patati Patatá30 09 — Ginástica. Com Yara

Vaz.GQ — Sessão Aventura. Hoje:

Batman.

5.00 09 —

m15 09

25 H30 [S

45 09

55 09

Telecurso 2o Grau.Show das Cinco. Hoje:Super Mouse, Perna-longa, Tom e Jerry.Os Biônicos, Cyborg.Era Uma Vez. Hoje:Bem do Seu Tamanho.Globinho. Infantil.Sítio do Pica-Pau-Amarelo. Hoje: A Cha-ve do Tamanho.Turma do Lambe-Lambe. Infantil comDaniel Azulay.Atenção. Jornalístico.

- As Três Marias. Novelade Wilson Rocha. Dire-ção de Herval Rossano.Com Glória Pires, Na-dia Lippi e MaitêProença.

09 —Agente 86. Senado.30 09 —Atenção. Noticiário.40 09 — O Meu Pé de Laranja-

Lima. Novela de IvaniRibeiro. Direção de An-tonio Seabra e EdsonBraga. Com DionísioAzevedo, AlexandreRoymundo e Baby Gar-roux.

45 09 —Sítio do Pica-Pau-Amarelo. Hoje: Não EraUma Vez.

QT) —Sessão Premiada. Ho-je: Daniel Boone. Se-riado.

50 G9 —Jornal das Sete.

7.00 BO —Plumas e Paetês. No-vela de Cassiano Ga-bus Mendes. Direçãode Jardel Mello. ComAry Fontoura, ElizabethSava lia e José Lewgoy.

20 09 —J000 d° Silva. Novela1didática.

30 09 —Jornal Bandelrantt».45 01] —Sessão Premiada. Ho-

je: Pica-Pau. Desenho.,50 [4] —Jornal Nacional.

8.00 03 —A Conquista. Novela'didática.

09 —Jornal da Copa. Noti-^ciário i

05 09 — R°so Baiana. Novela.de Lauro César Muniz.1Direção de David José.;Com Nancy Wander-'ley, Jofre Soares eMaurício do Valle.

[0] — Sessão Bangue-Ban-.gue Premiada. Hoje: O.Carro da Morte. Se-'riado.

10 BO —Baila Comigo. Novelode Manoel Carlos. Di-reção de Roberto Talmaie Paulo Ubiratan. Com.Reginaldo Faria, Tony.Ramos e Lilian Lem-1mertz.

45 09 —Telecurso 2o Grau.55 09 —Atenção na Ronda da

Violência.

9.00 09 —Show de Comunicação..Hoje: Reforma do Códi-go Penal I.

09 —Supersessão. Filme: AsTorturas do Dr Dia-bolo.

O —Sessão das Nove. Fil-,me: Os Intrusos. ,

10 BO —Sexta Super. Hoje:-Globo de Ouro.

i

10.00 09 —1981. Jornalístico.10 BQ — O Astro. Reprise da no-|

vela.45 03 —Cineclube. Filmes: To-,

ni (longa-meíragem) e:Direção de Atores'(curta-metragem).

55 09 — Atenção. Noticiário.

11.00 09 —Calibre 38.O —Sala Especial. i

10 BO —Jornal Nacional (2°'edição).

20 BO —Sessão Dupla. Filmes:'...E Frankenstein Criou'a Mulher e O Espião do,Chapéu Verde.

Madrugada0.00 [O —Jornal da Noite.

\T\ —.Cinema na Madruga-,da. Filme: A Hora da.Pistola.

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Noite6.00 BO -

Dvorak, um doscompositores que

compõem a programaçãode hoje da FM RÁDIO

JORNAL DO BRASIL

Rádio Jornaldo Brasil

AM — 940KHz9h05m — Debate. De 2a a 6", com.apresentação de Eliakin Araújo.Participação de Marcos Reis eapoio do Departamento de Ra-diojornalismo.

FM Estéreo99,7MHz

HOJE20h — De Profundis, de Ml-

chel-Richard de Lalande (Cor-boz — 37:19); Humoreske em SIBemol, Op. 20, de Schumann(Arrau — 27:00); Sinfonia n° 3,em Mi Bemol, Op. 10, de Dvorak(Kubelik — 38:00); Sonata II pa-ra Órgão, de Hindemith (Ull-mann — Gravação digital —11:49); Serenata para Violino eOrquestra, Op. 75, de Max Bruch(Accardo — 37:11); La Jeunessed'Hercule, Op. 50, de Saint-Saens (Dervaux — 17:45).

AAAANHÃ

20h — Le Parnasse, de Coupe-rin (Paillard —11:09); Rondo emD6 Maior, Op. 73, de Chopin(Ashkenazy — 8:45); A FlautaMágica (ópera em dois atos), deMozart (Edith Mathis, KarinOtt, Janet Perry, Anna Tomowa-Sintow, Agnes Baltsa, HannaSchwarz, Francisco Araiza, Got-tfried Hornik e José van Dam,Coro da Ópera de Berlim Filar-mônica de Berlim e Karajan —Gravação digital — 2h32m).

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JORNAL DO BRASIL D sexta-feira, 27/3/81 CADERNO B— 11" "' "~"r". ""« «.-—•» «i~~« T-"r——r^n—v w„. ^^^^«^ ,™ -^^.^.-^-.^..-^.^^g

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A próxima semanaNINGUÉM

pode queixar-se desse início detemporada. Com todas as dificuldadeseconômicas e o medo dos produtores eminvestir, os espetáculos e eventos cultu-rais estão acontecendo. No setor deshows há estréias quase todo o dia. No teatro

acontece uma pausa que se segue a uma avalan-cha de novidades, enquanto na televisão há detudo, especialmente a anual entrega dos Oscar. Eaté mesmo a amedrontada área das artes plásti-

[ cas comparece com algumas exposições signifi-cativas. No cinema, finalmente o público poderáassistir a Iracema, depois de anos de proibição.li, ,

:_ Teatro

UMA LEITURA CERTAYan Michalski

DEPOIS

de um exaustivorush pós-carnavalesco,uma pausa para medita-

ção: nenhuma estréia marcada pa-ra a próxima semana. A não ser queMilagre na Cela, de Jorge Andrade,consiga finalmente estrear no Tea-tro da Galeria. Trata-se de umaprodução incrivelmente azarada:depois de ter que adiar o seu lança-mento, pela primeira vez, por causade problemas criados pelo Juizadode Menores, o Pessoal de Barr ficoudesfalcado de uma atriz adoentada,

, e até agora não se pode ainda fixara data definitiva da sua estréia.

Na ausência de novos espeta-culos, uma leitura pública. Embora

o SNT não tenha ainda podido pro-mover o habitual ciclo de leiturasdas peças selecionadas no seu últi-mo Concurso de Dramaturgia, opróprio autor da peça colocada emsegundo lugar, Orlando Coda, to-mou a iniciativa de organizar umaleitura da sua obra, intituladaPress Release, que parece destina-da a suscitar calorosas polêmicas.A oportunidade, por enquanto úni-ca, de entrar em contato com essetexto será na terça-feira, no TeatroExperimental Cacilda Becker, ãs21h, com entrada franca. A leituratem direção de Roberto de Cleto,também presente no elenco, ao la-do de Luiz Armando Queiroz, nopapel principal, e ainda Fábio Sa-bag, Fernando Resky, Lauro Góes,Mário Petraglia, Dinorah Brilhantee João Moita.

Show

PERMANECE ANIMADAney Miller, lançamento do LP deTeo Azevedo. Um regionalista dosmais batalhadores. Segunda e ter-ça, 21h, Joáo Bosco se apresenta noSesc da Tijuca. Esperamos que commuita música e pouco bandalhis-mo. Às 21h30m, apenas na segunda,show beneficente para o ator Eny-vye Brilhante acontecerá no TeatroCarlos Gomes. No palco, LecyBrandão, Emilinha Borba, CarmemCosta, Almir Saint-Clair, Nubia La-fayette, Roberto Audi e muitos ou-tros. Na mesma hora, Teresa Ra-quel, Noitada de Samba com a pre-sença convidada de Babaú da Man-gueira. Muito respeitável escola,mas que não merecia estar à frentedo Salgueiro no atabalhoado cama-vai 81.

E permanece animada. As18h30m, o Teatro LeopoldoFróes, Niterói, recebe se-

gunda e terça mais um mutirão doProjeto Pixinguinha. Formado porTerezinha de Jesus, que quandoesquecer Gal Costa será ótima, Car-los José, sempre um seresteiro derespeito, e o grupo Viva Voz, que ébastante agradável. De quarta asexta repetem a dose no TeatroDulcina, também às 18h30m. A di-reção do vasto grupo é de RicardoCravo Albim que fez um bonito noshow Ah! As Marchinhas. Espera-mos que o público também conti-nue dando a maior força a esteprojeto que não deve sofrer conse-qüèncias do evidente esvaziamentoque pretendem fazer com a suapromotora, a Funarte. Apenas nasegunda, em sua sede na Sala Sid-

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João de Aquino, ao ladode Tunai, se apresentarána Sala Sidney Miller, a

partir de terça-feira

De terça a 11 de abril, na semprebem programada Sala Sidney Mil-ler, horário das 18h30m, show comJoão de Aquino e Tunai, sob adireçáo de Roberto Moura. Que tra-balhem muito bem, pois estão suce-dendo a uma apresentação magnifi-ca de Nana Caymmi, em espetáculoirretocável e emocionante. Terça equarta, 20h30m, o Sesc de Meriticontinua com seus pedaços de mú-sica. Desta vez escolhidos por Ru-bem Santana, alguém chamado Sa-pato e o grupo Albergue Noturno.Que seja confortável. Também ter-ça e quarta o conjunto Avoante,apenas instrumental, se apresentaás 21h no Planetário. Jovens pro-missores o compõem

De quarta a domingo, o tal doViração continua no Carlos Gomes,agora mostrando a dupla Teca eRicardo, sempre ás 18h30m. Ambossáo responsáveis por um dos bonsdiscos de 80.

De quinta a domingo, Flor daNoite no Planetário. Nào é nome deconstelação mas de show de EdisonLuiz, às 21h30m. Nome ainda desço-nhecido, apesar de ser o quartoshow que faz no Rio. Espera-se queeste lhe traga maiores dividendos.(M.H.D.)

Televisão

SEGUNDA E DIA DO OSCARO

refinado Escala da TVE,segunda-feira, às 21h, mos-tra o Duo Assad. Depois

dos violões a mesma estação,22h45m, bota mão em cumbuca pa-ra valer, apresentando em Momen-to Ciência programa sobre a psica-nálise hoje. Tema pleno de tramas ecomplexos no instante atual. Logodepois, em dia que finalmente apre-sentou as reformas jornalísticas nassuas variadas edições, acabando,portanto, com o suspense de sua Séde Braga ou obra de Santa Ingrá-cia, a Rede Globo apresenta Globoem Revista, às 23h20m Tem ediçãode Ronam Soares e Fábio Perez e

1*

Cinema"IRACEMA" E "TESS" AS MELHORES ESTRÉIAS

Rogério Bitarelli

Aproxima

semana prometeser uma das mais férteis doano, com dois lançamentos

importantes: Iracema, de Jorge Bo-dansky e Orlando Senna, e Tess, deRoman Polanski. O primeiro, umaprodução brasileira, chega ao mer-cado após longo periodo interdita-do pela Censura e precedido dediversos prêmios, entre os quais, oAdolf Grimme Preis (melhor filmedo ano da TV alemá — 1975), Pré-mio Georges Sadoul (França, 1975),Encomio Taormina (Itália, 1976) eCinema Jeune (Cannes, 1976). O se-gundo, uma obra que foge dos pa-drões habituais da temática mórbi-da e fantástica do diretor de O Bebêde Rosamary, baseado no romanceTess of the d'Urbevilles, de Tho-mas Hardy, destacando-se a repre-sentação poética e sentimental e ocromatismo da fotografia de Geof-frey Unsworth e Ghislain Cloquet

Iracema narra a história de umamenina (Edna de Cássia) do interiordo Pará, que vai a Belém, com afamüia, pagar promessa na Festado Círio de Nazaré. O novo meio eas companhias que encontra le-vam-na à prostituição. Conhece,num cabaré, um motorista de cami-nhão, Tião Brasil Grande (PauloCésar Pereio). Influenciada pelashistórias contadas por outras prós-titutas, Iracema quer ir para osgrandes centros (Rio e Sào Paulo) epega carona com o motorista. Saempela Transamazônlca, testemu-nhando toda espécie de aconteci-mentos e dramas que a construçãoda estrada impôs aos habitanteslocais: perda de terras, grandesqueimadas, venda ilícita de madei-ra de lei. Abandonada por Tiãonum bordel de beira de estrada,Iracema se vê diante de uma reali-dade cada vez mais chocante e de-cadente, vivenciando, inclusive, avenda de trabalhadores-escravospara fazendeiros. Também no elen-co: Conceição Senna, Rose Rodri-gues, Fernando Neves, Sidnei Pi-non, Natal, Elma Martins, WilmarNunes e Lúcio dos Santos. Segun-da-feira: exclusivamente no Ca-ruso.

A trama romântica de Tesse teminicio numa pequena cidade da In-glaterra, no século passado, quan-do o camponês Durbeyfleld desço-bre, por acaso, que descende deuma familia de aristocráticos nor-mandos, os dTJrbevilles. Ele corre atransmitir a grande noticia a suaesposa e esta, baseada num supôs-to parentesco, manda Tess, sua fi-lha mais velha, procurar empregona casa do seu primo rico, Alecd'TJrbeville. Tess é seduzida porAlec. Ela volta para casa onde dáluz a uma criança que morre logodepois. Desesperada, a jovem fogede casa e vai trabalhar numa lon-gingua fazenda, onde ninguém aconhece, e encontra Angel Clare, ofilho de um pastor, que estuda agro-nomia. Este, apesar das diferençassociais entre eles, algo marcante noespírito vitoriano, pede-a em casa-mento. Elenco: Nastassla Kinski,Peter Firth, Leigh Lawson, JohnCollin, Rose Mary Martin. CarolynPickles, Suzanna Hamilton, Caroli-ne Embling e Geraldine Arzul. Apartir de amanhã no Veneza.

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Nastassia Kinski é a personagem-título de Tess, drama ambientado nomundo aristocrático da Inglaterra do final do século passado

John Travolta, o ídolo fabricadode Os Embalos de Sábado à Noite eNos Tempos da Brilhantina, estáde volta em Cowboy do Asfalto/Ur-ban Cowboy, de James Bridges,também co-autor do roteiro junta-mente com Aaron Latham, sendoeste o responsável pela história orl-ginal. O filme começa com umaviagem de tim Jovem texano, Bud,de uma parte rural decadente doOeste do estado, para a prósperaCosta do Golfe, onde seu tio Boblhe consegue trabalho numa indús-tria petroquímica. Também noelenco: Debra Winger, Scott Glenn,Madolyn Smith e Barry Corbin, en-tre outros. Segunda-feira: MetroBoavista, Condor Copacabana,Largo do Machado I, Baronesa, Art-Méier e Tijuca-Pálace.

Dirigida pelo ator Ugo Tognazzi,Quem Está Dormindo com MinhaMulher/Cattive Pensleri é comédiaque apresenta em seu elenco a ma-nequim Veruschka, que Antonionicaptou de forma psicodélica emBlow-Up. Tognazzi está também àfrente do elenco, interpretando umadvogado que atende a alta socie-dade de Milão. Numa noite, apóschegar à sua casa, descobre umvulto masculino escondido dentrodo armário, onde guarda as armasde caça. Também no elenco: Edwi-ge Fenech, Orazio Orlando, Massi-mo Serato e Luc Merenda. Segun-da-feira: Art-Copacabana, Art-Tijuca, Art-Madureira, Pathé, Para-todos e Rio Sul. Julciléa Telles,Jorge Cherques, Ruy Rezende e Er-nesto Grendelle fazem os principaispapéis de A Gostosa da Gafieira, deRoberto Machado. Segunda-feira:Vitória, Copacabana, Carioca, Im-perator, Madurelra-1, Olaria, Vitó-ria (Bangu), Santa Rosa (Nilópolis),Paz (Caxias), Sào Joáo de Meriti eNiterói.

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¦ywíi-- ¦¦ :$8Êíàãsi-kíy 7,...,.;/:.::; y. ..... . . ¦ . . ..- ;.... ..; .-Edna de Cássia em Iracema, filme que retrata em

estilo documentário-ficção, os contrastes de um Brasilentre o arcaico e o moderno

Artes plásticas

presenças de Ènio Pesce, MarcoAntônio Rocha, José Augusto Ri-beiro e Paulo Francis. Vamos verqual o afeto que encerra. Passadaesta estréia, o mesmo canal repeteo velho desempenho de transmitirdireto a entrega dos Oscar em LosAngeles. Uma festa que este anoestá prometendo ser fraca como osfilmes envolvidos. Rubens EwaldFilho e Hélio Costa estarão tentan-do a proeza da tradução simultá-nea, que normalmente é a parteabsurda da festa.

E ai voltamos para a Educativa,que tradicionalmente é a única queinventa e apronta na semana. Ter-ça-felra, 21h, Ponto de Encontromostra Rosa Maria. Em faze jazzís-tica, anterior portanto à sua incur-são pelo mundo de Vinícius de Mo-raes. As 22h45m, Sons da Memóriasão bem distantes, pois mostrampreciosidades do século XIX.

No dia 1° de abril, Decisão Públi-ca, 21h, discute a obesidade. Deveser influencia do sucesso de Viva oGordo. E às 22h45m o Cabaret Lite-rário focaliza, com requintes deerudição, os epígonos. Só nào infor-mam de que escolas ou personali-dades.

Para a quinta resta, às 21h, ÉPreciso Cantar, que destaca os con-juntos e os desconjuntos. O primei-ro sabe-se o que são, os segundos édifícil descobrir. O apresentador é oasdrubaliano Luis Fernando.(M.H.D)

Humming .Birds do Fly,de JackBrusca. Emexposição,segunda-feira, naGaleriaBonino

Menino-Folha,

gravura deVânia Aída,quarta-feira,

naDivulgação e

Pesquisa

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UM POUCO DEVAGARWilson Coutinho

NÂO

é uma grande semana.A temporada começa semexpandir muito calor. Há a

polêmica lei dos 20% e o aumentodo ICM. As galerias andam deva-gar, talvez esperando alguma coisa.Indiferente aos fenômenos da açáotributária, a Galeria Bonino inau-gura, segunda-feira, a exposição doamericano Jack Brusca, que emNova Iorque expôs várias vezes naBonino desta cidade. Agora estáaqui. Segundo informações do cata-

logo o Whitney Museum tem obrassuas. Como também o EmbaixadorHugo Gouthier. Gilberto Braga ocoleciona e escreve a apresentaçãodo catálogo. Estratégia novelesca?Não sei. Mas diz que "cedo, Bruscalibertou-se dos parâmetros conven-cionais da representação ilusionis-ta. Colocando suas figuras num es-paço indefinido, concentrou logosua atenção no ato de pintar pro-priamente dito. Rodas metálicas,esferas, números, letras do alfabetoiam abrindo caminho na superfíciecromática de um mundo de açõessimultâneas." Ah, os catálogos. Fi-

nalmente, Gilberto Braga confessaque é amigo do artista. Aliás, comosempre acontece nesse cruel gêneroliterário. Ninguém escreve catálogode Inimigos. Também, segunda-feira, às 17h, na Fundação Casa deRui Barbosa, a mostra Em Defesado Patrimônio Natural — Dorstè-nia: Um Gênero em Extinção. AFundação não explica o que é adorstènia. É uma planta? Um flor?O fato é que a dorstènia parece queestá em exti«<ão. Ainda, segunda-feira, na Galeria de Arte Delfim, às19h, exposição de Roberto Alves.Grover Chapman o considera um

artesáo fino e poético. Na quarta-feira, às 21h, pinturas de Verônica.No Clube dos Decoradores. WalmirAyala apresenta. Na Divulgação ePesquisa, também quarta-feira, às21h, gravuras e monotipias de Vã-nia Aída. Na quinta-feira, na Galei-ra Funarte Sérgio Milliet, mostrade desenhos de Ralph Gehre. Wal-mir Ayala faz outra apresentação.Diz que Ralph Gehre "é um artistaatento às possibilidades mágicasda expressão corporal, à surpresadas atitudes de repouso, tensão,relação da imagem epidérmicanum ensaio vital."

si-

|

RestaurantesA TEMPERATURA ESTÁ MAIS AMENAE OS PRATOS COM MAIOR REQUINTE

Ciléa Gropillo

O

inverno no Rio deJaneiro não é pro-priamente umaestação fria. Otermômetro des-

ce alguns graus, o suficientepara que as pessoas abando-nem as praias e comecem apensar em outros prazeres,mais condizentes com a es-tação. A mesa é um dos pra-zeres lembrados e planeja-dos com todo o cuidado. Éimportante que saia tudobem, do visual ao paladar,pois quem busca os requin-tes da mesa, come primeirocom os olhos, depois com onariz, para finalmente levara comida à boca e saboreá-Ia. Esta é uma observaçãochinesa que se aplica a toda

a gastronomia. Não fosse as-sim, os cozinheiros nâo se

Sreocupariam tanto em em-

elezar os pratos, que porexperiência sabem ser gos-tosos.O frio ainda não chegou

mas os restaurantes da ci-dade já estào prontos paraenfrentar a nova têmpora-da, renovando seus cardá-{lios,

uma forma de atrairodos aqueles que apreciam

a arte gastronômica. E hámuito o que ver, sentir eprovar, para todos os gostose todos os preços. Dos trêsrestaurantes escolhidos es-ta semana: o Espace 47, oCentro China e a Casa daSuíça, apenas este últimoficou fora da lista dos 10melhores restaurantes de1980, por já ser um velhoconhecido dos cariocas.

I ESPACE 741Rua Farme de Amoedo. 47

O

Espace 47 lança emabril um Festival deComida Alemá, compratos típicos e apro-priados para a tempo-

rada mais fria. Com menos de doisanos de instalação, o restaurantegoza de merecida fama, graças ashabilidades gastronômicas do chefFriedrich-Karl Flumkert, prêmiode melhor cozinheiro do mundo em1976, honraria concedida em Colo-nia. Proprietário do restaurante,Flumkert atende pessoalmente atodas as mesas, no almoço e nojantar, porque sabe que sua presen-ça é indispensável. Esse atendi-mento personalizado permite aochef saber exatamente o que servira cada um, de acordo com suaspreferências e sua nacionalidade,pois os gostos diferem de pais parapais. Ao mesmo tempo uma conver-sa sobre os pratos descontrai e tor-na as pessoas intimas da casa, umcuidado que tanto Flumkert quan-to Angela, sua mulher, fazem quês-táo de manter.

O cardápio, bastante extenso, émudado de três em três meses e asreceitas dos pratos internacional-mente conhecidos são mantidas naintegra, como o carre d'Agneaugratiné au roquefort (CrS 2200, pa-ra duas pessoas), o medaillon deveau espace 47 (Cr$ 980) ou o lin-guado à Prunière (Cr$ 1100). Ascriações como os flgues flambéesau poivre vert (Cr$ 350) Sambadoscom uísques, temperados com pi-menta, e servidos com creme, de-vem ser testados porque só existemaqui.

Se o cliente prefere deixar a es-colha do prato com o chef, pode ter

#a certeza de que receberá o melhor,preparado pelas próprias mãos deFlumkert. Ele orgulha-se de conhe-cer as preferências de cada um eacertar na maioria das vezes.

Durante a temporada de comidaalemá, o restaurante vai funcionarcom dois cardápios: um com pratosinternacionais e outro somente depratos típicos, mais elaborados, so-flsticados como o pato douradocom vinho e nabos (Cr$ 750) ou o filéde arenque servido em cima de ge-lo, com cebolas, vagem macarrão ebatatas com bacon (Cr$ 980), pas-sando pelo chucrute e o purê deervilhas, mais simples, porém sem-pre apreciados.

O restaurante não é muito gran-de, mas é bem dividido em doisandares, oferecendo assim uma cer-ta privacidade a quem prefere pas-sar despercebido. Para Flumkert, oimportante é que as pessoas fre-qüentem sua casa para comer, paradegustar os pratos, tranqüilas deque não serão importunadas por"desnecessárias" badalações.

Aberto diariamente para almoçoe Jantar, até às 3 horas da manhã.Aos sábados e domingos é bomfazer reserva, O Espace 47 enche nofinal de semana, principalmente noalmoço de domingo. A carta devinhos é excelente e para quemgosta há sempre bons charutos.Uma surpresa para os apreciadoresde cerveja. A casa tem sempre umbom estoque de Boêmia.

ASSADO TÍPICO DA RENÂMA

TODOS

os ingredientes po-dem ser achados em merca-dos e lojas especializadas.

Um quilo de lagarto redondo,100 g de toucinho fresco, uma xica-ra de vinagre vermelho, duas xica-ras de vinho tinto, duas cenouras,um molho de aipo pequeno, umacebola grande, um molho de salsa,uma folha de louro, 30 g de pimen-ta-do-reino branca (amassadascom um soquete de encontro a umatábua), seis cravos, 50gde purê detomate, duas colheres (sopa) defa-rinha de trigo, um litro de caldo decarne, 50 g de purê de tomate, umpacote de páo Pumpernickel), 50 gde passas, 50 g de amêndoas cora-das na manteiga (sem peles).

Corte os legumes e temperos ecoloque para ferver junto com ovinagre, o vinho, o louro, os cravose a pimenta. Quando levantar afervura, depois de um minuto, reti-re do fogo e deixe esfriar. Recheie o

lagarto, no centro, com o toucinhofresco. Coloque a carne e o molhojuntos numa vasilha de pedra.Tampe e leve à geladeira por trêsdias. Ao final desse tempo, retire acarne da tigela, seque com pano.Numa panela, derrame gordura deporco e doure bem a carne de todosos lados. Retire a carne e reserve.Na mesma panela, jogue só os legu-mes do molho onde a carne estevemergulhada durante três dias. Adi-cione o purê de tomate, mexa edepois junte a farinha de trigo,sempre mexendo. Derrame o caldodo molho (os legumes) já estão napanela) e o caldo de carne. Deixelevantar fervura. Acrescente o pãoamassado entre as mãos e leve apanela ao forno por três horas,aproximadamente. Quando o assa-do estiver pronto enfeite com pas-sas e amêndoas. Sirva com purê demaçã e uma massa alemã, tipomassa de macarrão.

CASA DA SUÍÇA IRua Cândido Mendes, 157

NOS

seus 25 anos de exis-tência, a Casa da Suiçapassou por poucos do-nos. Henrique Muram,um tcheco mal-

humorado, mas bom cozinheiro, fl-cou 18 anos. Depois veio o austríacoVolkmar Wendlinger que tratou defazer várias modificações. Uma de-las devolver a razáo ao cliente, oque era^praticamente impossível naépoca do antigo proprietário, e darum atendimento pessoal aos cüen-tes acostumados à boa mesa, massempre temerosos da acolhida. Emtermos de cozinha, muita coisa foiconservada, mas houve um rema-nejamento. A mesa de frios porexemplo, diminuiu de tamanho. Fi-cou reduzida à metade — três me-tros, sem perder na variedade. Sàoas mesmas saladas e os mesmosfrios, só que agora pm recipientesmenores, de fácil reposição. Osflambados náo existiam. Vieramcom Volkmar e seu sócio OrlandoPardo Perez, o homem da retaguar-da. A parte criativa é de Volkmar,cozinheiro e mestre confelteiro doCafé Stadt, em Innsbruck, que veiopara o Brasil como cozinheiro doHotel Ouro Verde e terminou porabrir seu próprio restaurante.

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çar ou jantar tranqüilamente. Osfreqüentadores habituais da casa jáconhecem os hábitos do restauran-te, tanto quanto o dono Volkmarconhece os deles. Normalmenteeles freqüentam a casa de segundaa sexta-feira, pois aos sábados edomingos a casa enche mesmo, do-brando de tamanho com o acresci-mo do salão de banquetes.

O cardápio do restaurante ésempre o mesmo. Há pratos típicoscomo os fondues (seis qualidades:queijo, bourguignonne, chinês, ca-marão, peixe e almôndegas de filé— de Cr$ 580 a CrS 1.300), cujosmolhos (oito) sáo trocados periodi-camente para que o freguês tenhasempre uma surpresa agradável; epratos do cardápio internacionalcomo os medalhões com três mo-lhos (Cr$ 580), ou o frango à modado diabo (Cr$ 460). Os preços sãoacessíveis. Um casal, sem bebidas,janta muito bem por Cr$ 2.500, daentrada à sobremesa.

As sugestões do chef Volkmar,responsável pelos bem-cuidadoscardápios confeccionados em couroe plrogravados, vêm na primeirapágina e são mais para os fregueseshabituais do que para os freqüenta-dores eventuais. Não cansar o pala-dar do cliente é uma das razõesapresentadas pelo dono do restau-rante e o autor dos quadros de

couro que enfeitam as paredes, be-las paisagens suíças, reproduzidasno couro com um pitógrafo. Essassáo habilidades que pouca genteconhece, pois Volkmar gosta tantode decoração quanto de cozinhai OBar St.-Moritz situado no primeiroandar, entre as entradas da igrejaLuterana e o Consulado da Suíça, éuma obra pessoal, desde o nome atéa escolha dos pratos, da música,tudo. Para os freqüentadores daCasa da Suíça, essa será uma outraopçáo, já que o restaurante fechameia-noite, horário em que muitaspessoas começam a beber. Os tira-gostos sáo diferentes. Nada de pipo-ca ou amendoim. Essas coisas abor-recém Volkmar. Ele está preparan-do verdadeiras delícias feitas comqueijo e presunto, típicas da Suíçae terá sempre pronto dois pratosquentes, um deles a potage de gri-son, uma sopa feita com cevada,came, presunto, aipo, alho poro ebatata, preparada de acordo com areceita original. Mas para prová-laé necessário aguardar a inaugura-çào do St.-Moritz, prevista paraabril. Por enquanto, o chef Volkmardá apenas a receita de um pratoespecialmente preparado para o in-verno carioca, Filé Mignon à IaGrand Veneur, que na Suíça é feitocom carne de caça, geralmente vea-do, aqui substituído por carne deboi.

Com a despedida do verão, osrestaurantes começam a se preparar

para enfrentar temperaturasmais baixas. A tradicional

Casa da Suíça, ou o Centro Chinae o Espace 47 já dispõem de

menus adaptados ao inverno carioca

ICENTRO CHINA!Rua Santa Alice. 88

FILÉ MIGNON À LA GRAND VERNEUR

Diferente dos outros maitres,Volkmar prefere deixar o clienteescolher o que mais lhe agrada nocardápio. Jamais usa pressão, poisacredita que se o cliente gosta do

que escolheu, isso é melhor para orestaurante. As vezes, quando é so-licitado, sugere um vinho ou pratodiferente, aqueles que considera,corretos para a ocasião, mas nào seofende se a sugestão nào é aceita.Essa liberdade agrada ao cliente,nâo existindo o menor constrangi-mento se ao invés de pedir umvinho caro. táo ao agrado da maio-ria dos maitres cariocas, que ava-liam as pessoas pelas despesas fei-tas, o cliente simplesmente ordenaruma cerveja. Os sorrisos seráo osmesmos, quer ele tome uma sopade CrS 180 ou peça o prato maiscaro do cardápio, os camarões Casada Suíça. CrS 1.400 o maior encantoda casa, na verdade, náo está nasua mesa, excelente, mas na calmaque parece cercar o grande salãocom lambris de madeira, o pátiocheio de plantas que se avista dasmuitas janelas ou o recanto junto àlareira, numa salinha reservada,onde as pessoas que náo gostam deserem incomodadas, poderão almo-

O

Grand Veneur, na Suíça, éo encarregado geral da ca-ça. Só ele sabe o que pode

ser abatido, quantos e quando.Um filé-mignon de 250 g, mal

passado na grelha e temperadocom sal, uma colher (sobremesa,rasa) de ervas (alecrim, carefólio,manjerona, dill, aneto e tomilho-secas e picadas), uma colher (chá)de bacon picadinho, uma colher(sobremesa) de cebola picadinha,uma colher (chá) de tirinhas fini-nhas de casca amarela de laranja(a branca nâo deve ser usada, dáum sabor amargo), uma colher (so-bremesa! de Preiselbeeren, (frutasilvestre dos Alpes, que dá a 1800metros de altura. Parece a grose-lha, mas tem um sabor entre doce eácido e segundo o chef náo pode sersubstituído por um similar nacio-nal); três colheres de sopa de mo-lho medi-glace (na Suíça vendemem pacotes, aqui é necessário pedira algum conhecido que trabalhe emrestaurante, já que não compensafazer em casa. Ê trabalhosíssimo),pimenta preta moída na hora, umacolher (sobremesa) de creme de lei-te fresco, manteiga clarificada, co-nhoque paraflambar e vinho tinto.

Coloque um pouco de manteigana frigideira, metade de bacon edeixe tostar. Frite o filé, dourandodos dois lados e temperando com

pimenta. Coloque uma porção doconhaque e flambe, regando o filéenquanto dura a operação. Retire ofilé e o molho. Reserve. Na mesmafrigideira coloque um pouco demanteiga, o bacon restaníe, pimen-ta, as ervas, as tirinhas de laranja,a cebola e deixe dourar um pouco.Acrescente vinho tinto (meio copo),deixe o molho reduzir e junte acompota de Preiselbeeren. Junte omolho demi-glace, e o creme deleite. Espere reduzir e ficar maisespesso, para entáo voltar com ofilé à frigideira. Adicione, aos pou-cos todo o molho reservado, deixeesquentar bem e sirva com batatasroesti.

¦ Batatas RoestiCozinhe as batatas de véspera e

com casca. Coloque na geladeira.Quando for empregá-las retire ascascas e passe na parte grossa doralador. Coloque numa frigideiraum pouco de banha de porco ebacon cortado em cubinhos peque-nos. Deixe dourar. Espalhe leve-mente a batata nessa gordura, adi-cione ó sal, misture com delicadeza,soltando os pedacinhos e deixedourar bem um lado, para só de-pois dourar o outro. A melhor ma-neira de virá-la sem quebrar, é usarum prato. Cozinheiros experientesjogam a batata para o alto, como sefosse uma panqueca.

WONG

Ming Tak estáno Brasil há 25 anose ainda sente difleul-dade de falar o por-tuguès. Nascido em

Xangai, "dentro de um restauran-te", a única coisa que aprendeu emtoda a sua vida e o que sabe fazerbem é cozinhar. Aprendeu com opai, um chinês idoso, .cheio de cor-po, que de um canto do restauranteCentro China observa com olhosImpassíveis o movimento, semprecom um copo de chá nas máos. Ésua primeira visita ao Brasil e tudoé novidade. Aos sábados e domin-gos, quando o restaurante enche, aspessoas fazendo fila na porta, suafigura transmite paz. Parece umvelho Buda. Bem diferente, Wong,sempre agitado e nervoso, correndode um lado para o outro, serve asmesas e vigia a cozinha.

De cozinha Wong conhece os se-gredos, mas só da cozinha chinesa.Já teve vários restaurantes pela ci-dade, já foi banqueteiro, já deu au-las de culinária para as "madames"e afirma com orgulho que ondequer que se instale, os freguesessempre o acham.

Para ele, o difícil na comida chi-nesa, náo é a própria comida e simos detalhes. Os legumes têm queser cortadinhos. As carnes também.Não pode haver ossos, nem peles,nem espinhas, pois o chinês comede pauzinhos. A comida tem queser preparada na hora. Não podeser requentada, e não há pratoscrus como na cozinha japonesa. Tu-do deve ter um tempo certo de

coeção para que carnes e legumesnáo percam suas vitaminas.

No cardápio estáo todos os pra-tos comuns à cozinha chinesa.(Com preços entre Cr$ 100 e CrS300), com os rolinhos de massa comrepolho, os pasteizlnhos de carne,de porco, os camarões empanados,as sopas de legumes, a came desfia-da com cebola e brotos de feijão, ofrango xadrez, o porco agridoce, ocaramáo com molho de pimenta.Tem até frango frito à passarinho,algo meio internacional e uma es-pécie de concessão da casa. Náoserve carne de macaco, o Wong levatempo para admitir que esse ani-mal é comido na China. Ele mesmosó usa os pratos típicos de Xangai ePequim, os mais populares. "EmCantào é que comem miolo de ma-caco vivo", admite finalmente, ex-plicando que é uma iguaria cara efina. Em Xangai, sua terra, só secome cru o camarão, assim mesmocom um molho de vinagre e gengi-bre. Tartaruga e barbatanas de tu-barão, outros pratos preferidos pe-los ricos chineses, não sáo feitos noCentro China, "só se alguém quiserencomendar", explica.

Aprendiz de cozinheiro, cozi-nheiro por vocação e por necessida-de, Wong diz que no Brasil ou emoutro qualquer país, chinês abrerestaurante porque para cozinhar eservir comida, nào é necessário fa-lar a língua do país, basta enumeraros pratos do cardápio. O freguês vêo número,- aponta e o cozinheironâo tem o que errar. Para ele acozinha chinesa é feita para "ver","cheirar" e depois "comer".

FRANGO XADREZ

UM frango novo, sem ossos, sem

pele, cortado em pedaços pe-quenos (pode ser comprado tam-bém o peito de galinha); pimentãoverde, pimentão vermelho, aipo,sal, temperos e amendoim.

Coloque os pedaços de frango noescorredor, pressione com as máospara secar bem e despeje em umatigela. Adicione uma clara, sal emisture bem. Junte um pouco demaisena e torne a mexer. Reserve.Esquente uma boa porção de óleoem uma panela e enquanto esperaprepare o molho.

Molho: Misture duas colheres(sopa) de molho de soja, quatro

colheres (sopa) de caldo de frango,um pouco de ajinomoto, uma colher(café) de conhaque, pimenta-do-reino branca, em pó, uma colher(sopa) de óleo de gergelim e umacolher (sobremesa, rasa) de mai-sena.

Quando o óleo estiver quente,frite o frango e as verduras rápida-mente. Passe no escorredor e voltecom todos os, ingredientes ao fogo(já sem a gordura), acrescentadoagora o molho. Deixe esquentarbem. Quando estiver pronto colo-que o amendoim ou a castanha decaju e sirva com arroz.