ENFASE 3 PARA IMPRIMIR

21
FACULDADES NORDESTE CURSO DE PSICOLOGIA LILIAN FREITAS SAMPAIO CONTRIBUIÇÕES DA ARTE TERAPIA PARA O TRATAMENTO ONCOLÓGICO PEDIÁTRICO FORTALEZA - CE 2014

Transcript of ENFASE 3 PARA IMPRIMIR

FACULDADES NORDESTE

CURSO DE PSICOLOGIA

LILIAN FREITAS SAMPAIO

CONTRIBUIÇÕES DA ARTE TERAPIA PARA O TRATAMENTO ONCOLÓGICO PEDIÁTRICO

FORTALEZA - CE

2014

LILIAN FREITAS SAMPAIO

CONTRIBUIÇÕES DA ARTE TERAPIA PARA O TRATAMENTO ONCOLÓGICO

PEDIÁTRICO

Relatório apresentado ao Curso de Psicologia, da Faculdades Nordeste, como requisito para aprovação na disciplina de Ênfase – Etapa III.

Orientadora: Profª. MsC. Marbênia Gonçalves Almeida Bastos.

FORTALEZA – CE

2014

RESUMO

Esse trabalho é fruto da disciplina de ênfase III, do curso de psicologia, trata-se de

relatos de estudos e experiências que foram desenvolvidas ao longo do semestre

de 2014.2, no qual foram feitas pesquisas bibliográficas, pesquisa qualitativa

descritiva e também houve um relato de experiência, por meio desses foi possível a

realização de uma Mostra Acadêmica, que teve a finalidade de divulgar os

conhecimentos alcançados sobre o tema escolhido pela autora. Destaca –se o

impacto positivo da ArteTerapia enquanto auxilio no tratamento do câncer infantil,

apontando também a sua importância durante o processo de tratamento. Pode-se

dizer que a arte terapia pode ser considerada uma maneira agradável e prazerosa

de auxiliar o individuo a lidar com as dificuldades encontradas no seu cotidiano, é

uma forma de cuidado especializado, Portanto, a arte terapia auxilia no tratamento,

deixando este menos ofensivo.

PALAVRAS CHAVES: Arte Terapia, Câncer infantil

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...............................................................................................05

2 DESENVOLVIMENTO...................................................................................09

2.1 REFERÊNCIAL TEORICO.............................................................................09

2.1.1 BREVE HISTORICO DA ARTE TERAPIA.............................................. ......09

2.1.2 CONCEITOS SOBRE ARTE TERAPIA..........................................................10

2.1.2.1 O CÂNCER PEDIATRICO........................................................................,,....11

2.1.2.2 BENEFÍCIOS DA ARTE TERAPIA NO TRATAMENTO DO CÂNCER INFANTIL....................................................................................................................12

2.2 METODOLOGIA...........................................................................................14

2.2.1 RESULTADOS / MOSTRA...........................................................................15

3 CONCLUSÃO...............................................................................................16

APÊNDICE A................................................................................................17

REFERÊNCIAS.............................................................................................18

5

INTRODUÇÃO

Durante a formação de um psicólogo, existem alguns processos,regras e

compromisso que vão garantir uma aprendizagem eficaz, onde ao longo do

processo de aprendizado, seja para qual modalidade for exercer, é necessário um

boa capacitação por meio de estudos, leituras e estágios, visando a excelência do

profissional. No caso do curso de psicologia,durante a jornada acadêmica é

necessário obter conhecimento por meio de teorias e praticas, para isso a Fanor –

Faculdades Nordeste, estabeleceu ênfases e estágios supervisionados para que o

aluno possa obter mais conhecimentos por meio de estudos e praticas especificas,

tendo a orientação do professor , obtendo auxilio do mesmo, para que o aluno possa

melhorara articulação dos trabalhos tanto teóricos quanto práticos.

Há dois direcionamentos para as ênfases e os estágios supervisionados,

sendo os seguintes:Psicologia, Sociedade Civil e Direitos Humanos e Psicologia,

Instituições e Culturas. Fica a critério do aluno escolher para qual irá se direcionar.

Esses direcionamentos são ordenados por meio de eixos estruturantes no curso de

psicologia , os quais são referencias para essas duas diretrizes, esse trabalho foi

realizado no eixo de Estética; Arte , Potência e Intensidades , que está incluso na

ênfase de Instituições e Culturas, onde a palavra chave é diversidade.

O presente trabalho foi desenvolvido na ênfase III, do curso de psicologia da

Fanor, nesta disciplina quem escolhe o tipo de pesquisa é o tema é próprio aluno,

limitando-se ao direcionamento da proposta da ênfase. O acadêmico fez um

levantamento de estudos/ informações sobre o tema escolhido, sendo orientado pela

professora responsável por esta disciplina, onde após ter realizado todo

levantamento das informações referente ao tema escolhido, os dados obtidos foram

divulgados por meio da realização da Mostra de ênfase III, um momento onde os

alunos tiveram a oportunidade de apresentarem seus trabalhos/pesquisas,

objetivando uma multiplicação de conhecimentos (Proposta da ênfase III). A

divulgação aconteceu na própria instituição, houve viabilidade técnica, financeira

( todos os recursos necessários, foram obtidos), relevância

6

cientifica ( estudos teóricos foram realizados durante alguns meses) e social (dentro

da ênfase escolhida , houve a contribuição da estética, por meio da arte,

possibilitando uma expressividade sensitiva, gerando novos significados através da

estética, a arte.)

Para a realização desse trabalho foi escolhido abordar sobre contribuições

da Arte Terapia no processo de tratamento de crianças com câncer, um tema muito

relevante, pois trata-se dos benefícios que a arte terapia proporciona para as

crianças que se encontram em um estado bastante vulnerável. O método para

elaboração desse projeto foi o de relato de experiência, pesquisa bibliográfica e

pesquisa qualitativa descritiva. O relato de experiência é referido a pratica da autora

desse relatório, que atuou como voluntaria durante dois meses em um hospital para

crianças com câncer, uma das funções prestadas pela voluntária, era oferecer

atividades relacionadas a arte (pintura, desenho, origamis, dentre outras) para as

crianças que estavam nos leitos de internação.

Foram feitas observações, e então constatou-se que as crianças

demonstravam muito interesse nas atividades com artes, realizadas na companhia

da voluntaria, em geral pediam para desenhar e pintar algo.Demonstravam

satisfação, alegria ,animo e sempre eram atentos na realização de suas atividades

artística, a maior parte das crianças diziam que guardava todas as artes realizadas,

a partir de então percebeu-se que as crianças davam um significado valoroso a

estas tarefas e esse era bastante relevante para elas.

As crianças em geral demonstravam sentir-se bem com as atividades, eram

momentos que pareciam esquecer do quão estava sendo doloroso o processo de

tratamento da doença, dessa forma possivelmente estaria sendo um auxilio

terapêutico. Logo indagou-se, quem sabe arte não esteja contribuindo de forma

positiva no tratamento dessas crianças internadas? foi então que surgiu o interesse

de elaborar esse trabalho. O tema foi desenvolvido durante as pesquisas, a autora

realizou uma pesquisa bibliográfica, foram feitas varias leituras de diversos textos,

durante a mesma foram encontrados artigos, teses e projetos, com temas que

falando sobre a arte terapia com crianças hospitalizadas, arte terapia em hospitais

pediátricos, arte terapia e o câncer infantil, dentre outros. Dentre os autores que

7

contribuíram como referencia para realização deste trabalho está as autoras; Nise

da Silveira, Ana Claudia Afonso Valladares, Angela Phillippini, dentre outros.

A arteterapia vem sendo desenvolvida no Brasil desde o final dos anos 80,

pode-se perceber que é uma área muito recente. Um artigo publicado no ano de

2003, pela autora Ana Claudia Afonso Valladares, cujo o tema é “ A arteterapia no

contexto da hospitalização pediátrica”, nesse artigo a autora define a arterapia como

uma pratica terapêutica que trabalha com a transdisciplinariedade de vários saberes

como a educação, saúde e arte, buscando resgatar a dimensão integral do homem,

processos de autoconhecimento e de transformação pessoal”. (VALLADARES,

2003, p.11)

A divulgação do quanto que a arte terapia pode contribuir no tratamento

oncólogico de crianças, foram relevantes na Mostra Acadêmica, realizada na Fanor-

Faculdades Nordeste, pois a arte terapia é um excelente auxiliar no processo de

tratamento das crianças com câncer, pois em alguns momentos é extremamente

doloroso, e um dos efeitos que arte terapia proporciona é amenizar o sofrimento da

criança, conforme ALMEIDA (2005,p.12)

A doença e o tratamento oncológico constituem um ”problema” na vida da criança e afetam tanto o lado físico como psíquico e social da mesma, determinando distúrbios comportamentais diversos. Esses processos envolvem a perda da autonomia, a separação de pessoas e objetos significativos, a interrupção de hábitos cotidianos, procedimentos dolorosos, além de ter de lidar com a morte. Nestas circunstâncias, a arte terapia leva a criança a expressar seus conteúdos internos e conflitantes de forma lúdica, colaborando com seu ajustamento emocional e posteriormente o seu bem estar.

A arteterapia contribui para que o tratamento da criança seja menos doloroso,

amenizando seus agravos por meio de linguagens representativas, possibilitando

que essas sejam traduzidas através de expressões artísticas manifestadas por cada

individuo, além de também “contribuir para o desenvolvimento e amadurecimento

motor e afetivo.” (RIBEIRO, 2005,p.54).

Por meio da pesquisa qualitativa descritiva foi possível realizar o processo

de desenvolvimento desse trabalho, pois foram feitas reflexões, hipóteses,

questionamentos e observações que foram realizadas conforme o “conhecimento”

prévio, que já havia a partir da experiência da autora como voluntaria em um hospital

que trata crianças com câncer e juntamente com as leituras de textos (pesquisa

bibliográfica) sobre o tema escolhido. Para Minayo (1994, apud Dalfovo et.al, 2008,

8

não paginado) “a investigação qualitativa é a que melhor se coaduna ao

reconhecimento de situações particulares, grupos específicos e universos

simbólicos.”

A partir do relato de experiência, pesquisa bibliográfica e qualitativa

descritiva, surgiu o tema : Contribuições da arte terapia para o tratamento oncológico

pediátrico.

9

2 DESENVOLVIMENTO

2.1REFERENCIAL TEORICO

2.1.1 BREVE HISTÓRICO DA ARTE TERAPIA

Há muito tempo a arte faz parte da vida humana, desde a pré historia o

homem fazia desenhos rupestres nas carvernas, eram símbolos expressivos

criados por eles mesmos, assim “o homem cria não só porque gosta, mais porque

precisa”,diz Ciornai apud Faygar Ostrower (1987, p.25), desenhava como uma forma

de tentar se comunicar, possivelmente também seria uma maneira de expressar

suas aflições.

A arte terapia foi reconhecida como profissão na década de 1930, pela

American Art Therapy Association. No Brasil, Bonafé Sei (2010 apud Andriolo 2006)

relaciona a arte com a psiquiatria e aponta alguns profissionais precursores, que

contribuíram para o reconhecimento da arte terapia.

O precursor Ulysses Pernambucano foi o primeiro a desenvolver no Brasil,

consolidou relações entre a arte e a psiquiatria, a partir de então Silvio Moura

elaborou em 1923 “Manifestações artísticas nos alienados”, , trabalho conclusão do

curso de Medicina. Bonafé Sei (2010 apud Andriolo 2006). Osório Cesar começou a

ultilizar a arteterapia no Hospital Psiquiátrico Juqueri. A partir do ano de 1927, a

existência da pratica do artesanato passou a ser encontrada nas dependências do

hospital supracitado, outras atividades poderiam ser realizadas no hospital, porém

este necessitava de espaços mais amplos, materiais e métodos, havia a

possibilidade dessas atividades serem executadas por meio de pintura, modelagem

em barro, dentre outras artes (Bonafé Sei, 2010). “Em 1943 é iniciada oficialmente a

Oficina de Pintura, enquanto que em 1949 tem-se a fundação da Escola Livre de

Artes Plásticas (Bonafé Sei, 2010, p.10 apud Ferraz, 1998). Em 1946 no Centro

Psiquiátrico Engenho de Dentro, a psiquiatra Nise da Silveira legitimou a sessão de

Terapia Ocupacional com oficinas artísticas (Bonafé Sei, 2010).

Durante o processo de desenvolvimento teórico e pratico (antes de ser

reconhecida como profissão) foi bastante relevante a participação de algumas

figuras, tais: Margareth Naumburge edith kramer, Florence Cane nos Estados

Unidos, , Adrian Hill na Inglaterra, Ulisses Pernambuco, Osorio Cesar e Nise Silveira

10

no Brasil. essas personalidades serviram como referencias de estudos em arte

terapia.

A atuação em arte terapia começou com Margarida Carvalho, seu curso de

extensão foi realizado na PUC-SP em 1964, pode-se mencionar também Angela

Philippini e Selma Ciornai, ambas concluíram seus estudos em arteterapia nos

estados unidos. (Bonafé Sei, 2010).

2.1.2 CONCEITOS SOBRE ARTETERAPIA

Há diversas formas de definição da arteterapia, Cionai(2000) diz que a

arteterapia é um percurso onde o indivíduo possivelmente encontrará viabilidade de

expressão, para representar e refazer, através de métodos e instrumentos artísticos,

suas adversidades de se relacionar com o diferente ou seja com o outro e o mundo.

Para Arcuri (2006) a Arteterapia ajuda o individuo a encarar as relações de

modo mais criativo no mundo, ampliando a compreensão sobre suas capacidades,

competências e possibilidades de proceder no ambiente em que vive. Costa et. al.

(2009) definem arteterapia como uma pratica terapêutica eficiente, que faz uso da

arte como um método para alcançar o inconsciente do individuo, visando agregar os

espaços internos e externos do ser humano, por meio de elementos artísticos,

cultivando os sentimentos, representados através de expressões. Semelhante,

porém mais extensa, das outras definições, é a seguinte:

A Arteterapia é um processo que facilita e promove a comunicação,

relação,aprendizagem, mobilização, expressão, organização e

outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de alcançar

necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas; cujo

foco baseia-se na integração de três pontos: processo criativo

através da arte, produção de imagens e inter-relação do paciente

com a obra criada. É uma terapia de promoção, preservação e

recuperação da saúde, pois a integração de três áreas do

conhecimento; arte, saúde e educação, possibilita uma ampla

transformação nos indivíduos, facilitando o processo de criação e

exteriorização de conteúdos intrínsecos. (MEIRELLES, 2005, não

paginado, apud NAGEM,2004)

11

Ao longo do tempo a arterapia vem contribuindo para que o indivíduo possa

expressar através da arte seus sentimentos, emoções e conflitos internos, gerando

reflexões sobre os mesmos, além de facilitar o desenvolvimento da criatividade,

desse modo também,

busca pesquisar os processos da atividade criadora e o estudo simbólico das imagens produzidas. Para que isto aconteça de forma mais completa e segura, o arteterapeuta utiliza várias modalidades expressivas para que o emocional e o intuitivo se manifestem e possam ser observados. (ALMEIDA , 2005, p.17)

Logo, a arte terapia possibilita que cada individuo possa compreender seu

mundo de maneira mais ampla, possibilitando o entendimento das aflições, medos,

angustias, inseguranças, por meio de manifestações artísticas.

2.1.2.1 O CÂNCER PEDIÁTRICO

O câncer quando atinge crianças, em geral afeta as células do sistema

sanguíneo, sendo a leucemia os casos mais freqüentes. O processo do tratamento

de uma criança oncológica é doloroso, inicia-se logo que a mesma começa a fazer

os exames para o possível diagnóstico, de acordo com Souza et. al. (2012, não

paginado)

O impacto do diagnóstico e do tratamento do câncer produz traumatismos emocionais, como sentimentos negativos manifestados na forma de medo da morte e de tudo o que passa a vivenciar: dor, solidão, depressão, melancolia, retraimento, desesperança,tristeza, revolta e contrariedade. (não paginado)

Uma mudança na vida da criança acontece, novos hábitos, novas rotinas que

possivelmente causarão estresse, desanimo e aborrecimento, isso ocorre,

principalmente no período em que há necessidade de a criança passar pela

internação hospitalar, onde será privada de muitos hábitos que faziam parte de sua

rotina, Valadares (2000, p.23) diz que “a doença, a internação e o tratamento

constitui uma experiência estressante e traumática na vida da criança”, de fato o

tratamento em geral é bastante doloroso e afeta no processo desenvolvimento da

criança.

Além de afetar o aspecto biológico e emocional, o câncer envolve também

outros aspectos na vida do individuo, um deles é o social, em geral um dos

12

acontecimentos nesse aspecto é quando ocorre do paciente passar pelo período de

internação, o acompanhante ( na maioria das vezes é a mãe da criança) começa a

permanecer no hospital cuidando do enfermo durante o tempo que for necessário,

passa a viver e se adaptar a uma nova rotina. A criança deixa de socializar no

colégio com outras crianças, pois devido a gravidade da doença, geralmente

começa a deixar de freqüentar as aulas.

O aspecto emocional também é afetado,

“Cada criança internada deixa para trás o mundo das coisas comuns: os pais, a casa, os irmãos, os bichos de estimação, os brinquedos. As mães participantes estão presentes, mas há angústia. Por isso normalmente as crianças hospitalizadas são muito tristes”.( LATTERZA apud VIEGAS 1999, p.101).

Diante do tratamento oncológico a criança começa a encarar mudanças em

seu cotidiano. Limitações e privações são impostas, essas “vão desde restrições

alimentares, até a privação do brincar”, Souza et. al. (2012,não paginado), perante

essas situações, o sofrimento da criança tende a aumentar, pois além da severidade

da quimioterapia, há o fato das restrições.

2.1.2.2 BENEFÍCIOS DA ARTE TERAPIA NO TRATAMENTO DO CÂNCER

INFANTIL

A arte terapia é uma das formas capazes de fazer com que a criança manifeste

suas ansiedades e temores, fazendo com que a criança mostre o que pensa e sente.

“De forma prazerosa a criança se comunica significativamente com seu mundo

interno, posteriormente relaciona com seu meio e organiza um novo e significativo

todo.” (ALMEIDA, 2005, apud Lowenfeld & Brittain, 1970, p.29).

A arteterapia possivelmente também contribuirá para amenizar as

conseqüências dolorosas do tratamento oncológico dessas crianças. Costa et.al

(2009, p.66) texto arte terapia com crianças hospitalizadas diz que:

A arte arterapia aplicada a crianças hospitalizada facilita, freqüentemente, o seu desenvolvimento psicomotor ( habilidades musculares e motoras, de manipulação de objetos, escrita, aspectos sensoriais e outros) o afetivo social( sentimentos, emoções, atitudes

13

de aceitação ou rejeição, aproximação ou afastamento) e o cognitivo ( combinação de idéias, propor soluções, delimitar problemas.

Logo, a arterapia auxilia no tratamento , deixando este menos ofensivo,

fazendo com que as crianças esqueçam (embora que por momentos) que estão

enfermas. Suas finalidades são descritas de acordo com os itens seguintes:-Dar continuidade ao processo de desenvolvimento global da

criança, através da estimulação física, social sensorial;

- Permitira exteriorização de sentimentos, de tensões e angústias,

trabalhando para a reorganização do meio interno da criança;

- Promover a socialização, ajustamento e integração da criança com

o ambiente;

-Preparar a criança para cada evento, por meio de dramatizações,

desenhos , entre outros;

- Faze-la reconquistar a própria autonomia perdida;

- Diminuir sua dor e o desconforto físico;

-Estimular sua imaginação e criatividade.

(VALLADARES, 2003 , P.07)

14

2.2 METODOLOGIA

O método utilizado para realização desse trabalho foi um relato de

experiência, pesquisas bibliográficas, pesquisa qualitativa descritiva. No relato de

experiências a autora desse trabalho relatou sobre sua experiência como voluntária

em um hospital que cuida de crianças com câncer, falou de como percebe o

envolvimento, a alegria e a vontade das crianças em tratamento,ao aproximarem de

algo que envolve a arte, como : pinturas, literaturas e desenhos. Na pesquisa

bibliográfica foi feito um levantamento bibliográfica em sites da internet, artigos,

teses de monografias e livros que falavam sobre o tema deste trabalho. O período

dos textos coletados foram de 1990 à 2012. Conforme Boccato (2006, p. 266) “a

pesquisa bibliográfica busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de

referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições

científicas.” Sobre a pesquisa qualitativa descritiva Godoy (1995) fala de algumas

características principais que auxiliaram e fundamentaram no método de

desenvolvimento deste trabalho. �

Considera o ambiente como fonte direta dos dados e o pesquisador como instrumento chave; possui caráter descritivo; o processo é o foco principal de abordagem e não o resultado ou o produto; a análise dos dados foi realizada de forma intuitiva e indutivamente pelo pesquisador; não requereu o uso de técnicas e métodos estatísticos;  e, por fim, teve como preocupação maior a interpretação de fenômenos e a atribuição de resultados. (GODOY 1995, p.58)

2.2.1 RESULTADOS/ MOSTRA

Como resultado gerou –se o seguinte painel:

15

Figura 1 – Painel (banner)

Antes de ocorrer a Mostra elaborou-se um projeto, onde neste estava

contida as informações necessárias para que fosse possível a aplicação do mesmo,

logo houve a realização da mostra acadêmica, onde foi apresentada pela autora

deste trabalho. A amostra aconteceu no dia 24 de novembro/ 2014, na Fanor –

Faculdades Nordeste das 16h às 19h. A exposição ocorreu por meio de baner

(figura 1) e distribuição de folders informativos. A instituição(Fanor) disponibilizou os

seguintes recursos: um móvel (pode ser mesa ou um stand), e um suporte para a

exposição do baner. Os folders ficarão disponíveis sobre o móvel.

Durante a Mostra, conforme as pessoas foram se aproximando , as

informações foram transmitidas, houve uma quantidade razoável (conforme

esperado) de pessoas que se aproximaram com interesse de saber sobre as

informações.

16

3 CONCLUSÕES

Conclui-se que a arteterapia assegura o equilíbrio emocional de pacientes,

auxiliando no processo de tratamento, aumentando a possibilidade de reabilitação,

onde essas são maiores na infância. É especialização que utiliza diversas

modalidades expressivas, tais como: pintura, desenho, musica, modelagem,

construção,fotografia, literatura, recorte/colagem, dentre outras, ajuda o individuo a

expressar emoções e sentimentos, tantos negativos quanto positivos, promove o

autoconhecimento, identifica áreas de conflitos, desenvolve a criatividade e também

o crescimento pessoal e melhora a comunicação.(VALLADARES,2003).

Diante dos recursos que foram utilizados durante a Mostra , percebeu-se que

o conhecimento referente a esse trabalho, foi divulgado na medida do possível.Os

usuários que se aproximaram, tiverem realmente interesse em obter, acrescentar ou

completar seus conhecimentos, possivelmente compreenderam e refletiram a

respeito da importância da arteterapia, do quanto a mesma pode beneficiar e

complementar o tratamento de uma criança com câncer.

Para a autora, o resultado deste trabalho, foi portanto bastante úteis, pois

seus conhecimentos foram ampliados e a mesma obteve nesta pratica acadêmica,

mais experiências, onde essa é considerada relevante para a formação da futura

profissional.

17

APÊNDICE A – Contribuições da Arte Terapia para o tratamento oncológico pediátrico.

18

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, S.A.S. O desabrochar para a vida. Goiania, 2005. Disponível em<http://www.alquimyart.com.br/monografias/1/2005_goiania_go_ALMEIDA_simone_aparecida_de_souza.pdf.> Acesso em: 31 out. 2014.

ARCURI, I. G. Arteterapia: um novo campo de conhecimento. São Paulo: Vetor, 2006.

BOCCATO, V. R. C. Metodologia da pesquisa bibliográfica na área odontológica e o artigo científico como forma de comunicação. Rev. Odontol. Univ. Cidade São Paulo, São Paulo,v. 18, n. 3, p. 265-274, 2006.

COSTA, R.X.; CAROLINO, J.A.; Cuidar de cuidadores: arteterapia na casa da criança com câncer. João Pessoa, 2009. Disponível em <http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/extensaocidada/article/view/3918/7943> Acesso em 21 out. 2014.

FREITAS, D.R. Arteterapia no processo clínico com crianças agressivas. Criciúma, jul.2011. Disponível em <http://www.bib.unesc.net/biblioteca/sumario/000044/00004404.pdf>Acesso em 28 out.2014.

GODOY, A. S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. In: Revista de Administração de Empresas. São Paulo: v.35, n.2, p. 57-63, abril 1995.

LATTERZA, E. A importância da psicomotricidade na arteterapia em um hospital oncológico. São Paulo. 2010. Disponível em <http://www.unifai.edu.br/publicacoes/artigos_cientificos/alunos/pos_graduacao/01.pdf> Acesso em 23 out.2014.

MEIRELES, M.M.M. 2005. A arteterapia para a construção do desenvolvimento da cidadania. Disponível em <http://www.avm.edu.br/monopdf/2/MARTHA%20MARIA%20MARTINI%20.pdf> Acesso em 21 out. 2014.

19

RIBEIRO, S.G Arte como tratamento auxiliar no tratamento do câncer infantil. Rio de Janeiro, 2005. Disponível em <http://www.epsjv.fiocruz.br/upload/monografia/55.pdf> acesso em 15 out. 2014.

SOUZA, Luís Paulo et. al. Câncer infantil: sentimentos manifestados por crianças em quimioterapia durante sessões de brinquedo terapêutico. 2012. Disponível em <http://www.revistarene.ufc.br/revista/index.php/revista/article/viewFile/736/pdf>. Acesso em 31 out.2014.

DALFOVO, Michael Samir et. al. Métodos quantitativos e qualitativos: um resgate teórico. 2008. Disponível em <http://www.unisc.br/portal/upload/com_arquivo/metodos_quantitativos_e_qualitativos_um_resgate_teorico.pdf> Acesso em 8 dez 2014.

VALLADARES, Ana Claudia Afonso. Arteterapia copm crianças hospitalizadas - Disertação ( mestrado ). Versão impressa, Ribeirão preto, 2003