E. E. Jardim Bela Vista II
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Arquiteto
Marcos Azevedo Acayaba
E . E . Jardim Bela Vista II
Arquitetura FIAM FAAM 2014
Maura Szajnbok
Priscila de Souza Gomes
Memorial Descritivo
Segundo Marcos Acayaba :“Esta Escola foi contruída em Área Institucional, junto à Área Verde e à Área de Lazer, que compõem o “Cuore” de um
Conjunto Habitacional construido pela CDHU.
A área e a topografia do terreno, praticamente plano, permitiram a solução do projeto através de um volume horizontal,
com apenas 2 pavimentos (térreo e superior), e planta retangular (50.4m X 37.8m) na modulação da estrutura
prémoldada. Considerando a orientação, a volumetria e os alinhamentos dos edifícios existentes, a implantação do
volume da escola ensejou, além de páteos descobertos nos recuos de frente e de fundo, a criação de uma área
pública junto à esquina, acesso principal para os alunos e lugar de encontro dos moradores do lugar.
O programa de necessidades foi organizado em 3 blocos estruturalmente independentes, com planta em “U”,
configurando o espaço da quadra coberta. A articulação entre os blocos foi feita por duas escadarias opostas. O
pavimento superior foi ocupado pelas Salas de Aula. No térreo um dos blocos contém as Salas Recuperação e o
Centro de Leitura, franqueado aos moradores nos fins de semana. No bloco oposto, com entrada de serviço a partir da
rua, a Cozinha abre-se para o Refeitório, com acesso para os alunos através de galeria que passa pelo Grêmio. No
bloco maior, na entrada da escola, o conjunto de Direção/Administração numa extremidade e o Volume com Sanitários
e Cantina na outra ladeiam o Galpão. Assim, essa organização programa/estrutura garante a continuidade espacial, o
percurso livre e variado, que parte da Praça junto à esquina, passa pelo Páteo de Entrada, depois pelo Galpão, pela
Quadra Coberta, e finalmente atinge o Páteo Posterior.
Além da estrutura em premoldado de concreto dos 3 blocos, esta escola tem como elemento marcante a cobertura
metálica da quadra. São 4 treliças arqueadas que vencem o vão livre de 27 metros, com apoios nos pilares de
concreto desnivelados de 4,50m, configurando um grande “Shed” voltado para o norte. Este, combinado à abertura
oposta, junto ao páteo posterior, garante a desejável iluminação lateral para a quadra.
A iluminação natural de toda a escola é controlada, refletida e distribuida por brises horizontais premoldados de
concreto, que cumprem também a função de vigas de travamento. Os pilares previstos pelo sistema de estrutura
premoldada foram dimensionados para edifícios de até 4 andares. Assim, nesta escola há capacidade de carga
ociosa. Além disto, a preocupação com o custo e a dificuldade de manutenção de brises metálicos, indicou a solução
adotada para o controle da iluminação natural. Incorporada na produção e montagem à estrutura, acabou por ter custo
extremamente reduzido, e ainda veio a enfatizar a horizontalidade, caraterística maior da expressão plástica deste
Edifício Escolar”
Legenda
1 Pátio2 Recreio Coberto3 Secretaria4 Coordenação5 Almoxarifado6 Sl Professores7 Diretoria8 Sanitários9 Reforço10 Depósito11 Centro de Leitura12 Quadra Coberta13 Cantina14 Grêmio15 Refeitório16 Cozinha17 Despensa
Setores
Direção/AdministraçãoPedagógicoVivênciaServiços
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Legenda 18 Sala de Aula19 Informática20 Múltiplo Uso
Setores
Direção/AdministraçãoPedagógicoVivênciaServiços
18 19 2018 18 18
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Análise Crítica
O projeto de Marcos Acayaba para esta Escola FDE buscou aproveitar racional e esteticamente
um terreno de proporções medianas perante as exigências dos programa, localizando o Projeto de
maneira a integrar –se socialmente com o entorno, através , tanto de seus acessos , como pela
disponibilização de equipamentos de uso à população do entorno, o que positivamente é uma premissa
básica do urbanismo contemporâneo proposto.
Em relação à distribuição e posicionamento de acessos, há uma facilitação do fluxo pelo projeto
proposto. Apesar de que não é relatado ou mostrado no projeto, modos acessíveis para o bloco
pedagógico por meio de rampas ou elevadores para pessoas com mobilidade restrita ou outros
eventos, o que seria um ponto relevante a se reavaliar .
O posicionamento da quadra centralmente ao bloco de salas de aulas, pode acarretar um possível
desconforto com ruídos refletidos pela cobertura metálica e pela própria localização durante o uso
pelos acadêmicos em disputas esportivas, é outro ponto a se considerar talvez, como desfavorável
para o projeto ( não se olvidando do fator metragem do terreno à disposição).
As salas de aula foram dispostas voltadas em parte ao Norte e à rua, e embora com estratégias de
brises usadas, poderiam ser repensadas em uma melhor posição em relação a luminosidade e conforto
térmico ;que embora com custos de produção escolhidos e otimizados, ainda podem causar
desconforto e gastos energéticos consideráveis, bem como o ruído sonoro advindo do exterior exposto
à rua.
Mediante o exposto, concluímos que o projeto corresponde positivamente as necessidades e
exigências impostas pelo padrão da FDE , mas poderia ser também, melhor otimizado se alguns
pressupostos de projeto aqui citados fossem incluídos, gerando maior conforto acústico e térmico, além
do que o recurso de previa disposição de maior carga não usada , não se justifica financeiramente em
gastos públicos.