CUIDAR DE IDOSOS DEPENDENTES verso abreviada

9
A PERDA DE AUTONOMIA E A A PERDA DE AUTONOMIA E A DEPENDÊNCIA DEPENDÊNCIA DEPENDÊNCIA DEPENDÊNCIA DA PESSOA IDOSA DA PESSOA IDOSA Envelhecimento e perda de capacidades Envelhecimento e perda de capacidades Envelhecer não é sinónimo de perda de capacidades É maior o risco de perda de capacidades e dependência de terceiros CONCEITOS CONCEITOS Autonomia - capacidade de decisão, de comando Independência – capacidade de realizar algo com os seus próprios meios Capacidade funcional Podemos continuar autónomos mesmo quando ficamos dependentes Avaliação da capacidade funcional Avaliação da capacidade funcional Escalas: Avaliação da dependência/ autonomia a nível: Físico Mental – estado mental e funcionamento cognitivo, ex: Mini mental Exame Test, Short Portable Mental ex: Mini mental Exame Test, Short Portable Mental Status, Escala de Depressão Geriátrica Social – apoio e interacção com o cuidador e família Actividades instrumentais e AVD (Barthel, Lawton e Brody, SF36 e ìndice de Katz, Easycare)

Transcript of CUIDAR DE IDOSOS DEPENDENTES verso abreviada

A PERDA DE AUTONOMIA E A A PERDA DE AUTONOMIA E A DEPENDÊNCIA DEPENDÊNCIA DEPENDÊNCIA DEPENDÊNCIA

DA PESSOA IDOSADA PESSOA IDOSA

Envelhecimento e perda de capacidadesEnvelhecimento e perda de capacidades

�Envelhecer não é sinónimo de perda de capacidadescapacidades

�É maior o risco de perda de capacidades e dependência de terceiros

CONCEITOSCONCEITOS

�Autonomia - capacidade de decisão, de comando

�Independência – capacidade de realizar algo com os seus próprios meios

�Capacidade funcional

Podemos continuar autónomos mesmo quando ficamos dependentes

Avaliação da capacidade funcionalAvaliação da capacidade funcional

�Escalas: Avaliação da dependência/ autonomia a nível:

• Físico

• Mental – estado mental e funcionamento cognitivo, ex: Mini mental Exame Test, Short Portable Mental ex: Mini mental Exame Test, Short Portable Mental Status, Escala de Depressão Geriátrica

• Social – apoio e interacção com o cuidador e família

�Actividades instrumentais e AVD (Barthel, Lawton e Brody, SF36 e ìndice de Katz, Easycare)

CUIDAR DE QUEM CUIDACUIDAR DE QUEM CUIDA

PROBLEMÁTICA DO CUIDADOR DE IDOSOS DEPENDENTES

HARMONIA

FAMÍLIAFAMÍLIA

FILHOS DEPENDENTES DOS PAISVISÃO

SENTIMENTALISTA

FAMÍLIAFAMÍLIA

�Família actual

–– “Não estou casada,“Não estou casada,–– “Não estou casada,“Não estou casada,–– não tenho filhos, o meu pai morreu há muitos não tenho filhos, o meu pai morreu há muitos

anos, minha mãe e minha irmã vivem no anos, minha mãe e minha irmã vivem no Uruguai, Uruguai,

–– de maneira que a minha família se reduz a de maneira que a minha família se reduz a uma só pessoa: EU”uma só pessoa: EU”

(ROSSI,1994)(ROSSI,1994)

FAMÍLIAFAMÍLIA

FAMÍLIA ALARGADA (tradicional)

FAMÍLIA NUCLEAR� Alterações habitacionais

� Funcionamento (trabalho feminino)

PESSOAS SIGNIFICATIVAS (vizinhos, amigos)

� Vínculos afectivos (“é a irmã que nunca tive”)

FAMÍLIA: FunçõesFAMÍLIA: Funções

� É o habitat natural da pessoa humana

� Somos AUTÊNTICOS, sem MÁSCARAS SOCIAIS� Somos AUTÊNTICOS, sem MÁSCARAS SOCIAIS

� Única instituição que valoriza e compreende apessoa de maneira integral ou global

� Local onde se vive a INTIMIDADE

FAMÍLIA: FunçõesFAMÍLIA: Funções� Socialização de crianças e adultos (promove o

equilíbrio perante as pressões da vida social)

� Elemento chave na transmissão de cultura� Elemento chave na transmissão de cultura

� Proporciona estabilidade emocional e cuidadosde saúde

� Responsabilidade de CUIDAR DOS IDOSOSDEPENDENTES

Cuidador informalCuidador informal

�Pessoa familiar ou amiga não remunerada que se assume como principal responsável pela organização ou assistência e prestação pela organização ou assistência e prestação de cuidados à pessoa dependente.

Braithwaite, 2000

�Processo progressivo – o cuidador não se apercebe que está a assumir este papel e desconhece a duração

Tornar-se cuidador informal

desconhece a duração

�Processo inesperado – decisão consciente; há noção da duração

Enfermagem VII

CUIDAR DE QUEM CUIDA: CUIDAR DE QUEM CUIDA: Porquê ser cuidador ?Porquê ser cuidador ?

� Dever moral, responsabilidade social� Motivação altruísta� Reciprocidade� Gratidão e estima� Gratidão e estima� Sentimentos de culpa� Evitar a censura� Aprovação social

☺O maior “peso” de uma ou outra razãoinfluenciarão a qualidade, quantidade e tipo deajuda que se proporcionará, assim como o grau desatisfação

QUEM CUIDA DE IDOSOS DEPENDENTES ?

sexo feminino – 91,5 % (cultura e normas sociais)

1. Filhas (49,3%)

2. Esposas (17,8%)

3. Noras (7,4%) - substituem os filhos a quem cabe a reparação da habitação, transporte e finanças

Idade média 55,9 anos, 65.7% casadas,

44,6% 4ª classe

21,5% filhos menores

CUIDAR DE IDOSOS DEPENDENTESCUIDAR DE IDOSOS DEPENDENTES

� Em média as mulheres gastam 17 anos a cuidar das crianças

� E 18 ANOS cuidando ou ajudando parentes idosos idosos

(US House Representatives, Selected Comittee on Aging, 1987)

� As super-mulheres além de cuidarem do idoso dependente cuidam das tarefas domésticas, dos filhos, vida profissional....

�Muitas vezes não têm tempo PARA SI, para se AUTO-CUIDAREM

CUIDAR DE IDOSOS DEPENDENTES

FAZENDO O QUÊ?

�Transporte�Serviços domésticos�Serviços domésticos�Preparação das refeições�Assistência administrativa e legal�Ajuda financeira�Compras�Apoio psicológico�Ajuda física

Durante quanto tempo? Com que custos?Durante quanto tempo? Com que custos?

�Em 47,6% cuidar prolonga-se no intervalo detempo de 6 meses a 5 anos, sendo em 97,7% doscuidadores uma responsabilidade diária.

� 81,5% dos cuidadores coabitam com o idoso

�mudança de residência de 23,8% do idoso ou docuidador

�35,1% dos cuidadores tiveram de efectuaralterações na sua residência

CUIDAR DE IDOSOS DEPENDENTESCUIDAR DE IDOSOS DEPENDENTES

�CUIDAR de um adulto

dependente poderá ser dependente poderá ser

uma tarefa pesada, com

custos físicos e

emocionais.

O impacto do papel de prestar cuidados O impacto do papel de prestar cuidados

depende:depende:

� Qualidade passada e presente da relação com o idoso

� Papel noutras esferas da vida� Papel noutras esferas da vida

� Apoio disponível a quem presta cuidados vindo da sua ecologia social

� Estado geral daquele que é cuidado (nas demências – maior nível de stress)

RepercussõesRepercussões

�A nível pessoal e social

– privado de contactos e actividades sociais 75,1%

• devido à falta de tempo (49,9%),• devido à falta de tempo (49,9%),

• por esta mesma razão associada ao cansaço físico e psicológico ( 33,1%)

• não ter com quem deixar o idoso (2,7%),

�Profissional - 24,9% tiveram que diminuir as horas de trabalho e 14,5% deixaram de trabalhar.

Repercussões Repercussões Saúde - prestam cuidados diários durante anos,

muitas vezes sem conhecimentos técnicos:

“não durmo o suficiente” “a minha saúde física estáafectada”. “já não posso das minhas costas”

� 55,1%– lombalgias 39%,– cansaço físico com 19,9% – ansiedade com 13,6%– entre muitas outras, tais como as insónias,

hipertensão arterial, depressão, anorexia, cefaleias

ASPECTOS GRATIFICANTES DA PRESTAÇÃO DE ASPECTOS GRATIFICANTES DA PRESTAÇÃO DE CUIDADOSCUIDADOS

�“Cuidar de um idoso, não é sinónimo de stress e há sinónimo de stress e há seguramente aspectos bem gratificantes nesse papel que ultrapassam o cumprimento de qualquer obrigação moral ou outro” (PAÙL, 1997)

ASPECTOS GRATIFICANTES DA PRESTAÇÃO ASPECTOS GRATIFICANTES DA PRESTAÇÃO DE CUIDADOSDE CUIDADOS

� A SOLIDARIEDADE

� A INTIMIDADE que em muitos casos compensa � A INTIMIDADE que em muitos casos compensa anos de falta de proximidade

� A FELICIDADE que advém do tornar mais doce o fim da vida de quem nos é querido

� Podem tornar positiva a eventual sobrecarga e desgaste físico que a prestação de cuidados a um idoso acarreta

�74,8% dos cuidadores referirem não abdicar do seu papel de cuidador acaso tivessem oportunidade

ASPECTOS GRATIFICANTES DA ASPECTOS GRATIFICANTES DA PRESTAÇÃO DE CUIDADOSPRESTAÇÃO DE CUIDADOS

tivessem oportunidade– felicidade com 27,5%

– sentimento de amor/ devoção para com o idoso, com 24,5%,

�Sentimento de incapacidade

Impacto no IdosoImpacto no Idoso

�“Ser Fardo”

�Estar permanentemente em dívida

CUIDAR DE QUEM CUIDACUIDAR DE QUEM CUIDA

Relação de ajuda

Reconhecimento

Ensinar a cuidar-se

Avaliar a sobrecarga

Relação de ajuda

Informações técnicas

� Avaliar a aceitação do papel de prestador de cuidados

� Apoiar o prestador de cuidados

� Elogiar (desempenho) do papel de cuidador

� Vigiar sinais de stress do prestador de cuidados

Intervenções de Enfermagem

� Encorajar o prestador de cuidados a exprimir as emoções

� Promover comportamento de adesão (à saúde)

� Ensinar o prestador de cuidados sobre o papel de prestador de cuidados

� Orientar o prestador de cuidados para o serviço social

� Requerer serviço domiciliário

� Orientar o doente para o centro de dia

Encorajar o prestador de cuidados a exprimir as emoções

�Porque surgem os sentimentos negativos?

� “O cuidado de pessoas idosas dependentes tem sido � “O cuidado de pessoas idosas dependentes tem sido identificado como um dos acontecimentos que mais stress pode produzir na vida de uma família:

– Atenção e dedicação a outros familiares (filhos, cônjuge)

– Responsabilidades laborais– Conflitos familiares que podem surgir por diferentes

opiniões em relação aos cuidados do familiar

Encorajar o prestador de cuidados a exprimir as emoções

�� CULPACULPA

Promover comportamento de adesão (à saúde)Promover comportamento de adesão (à saúde)

�Cuidar da própria saúde:

☺Dormir o suficiente

☺Fazer exercício com regularidade☺Fazer exercício com regularidade

☺Evitar o isolamento

☺Sair de casa

☺Manter actividades de interesse

☺Descansar

☺Organizar o tempo

Ensinar o prestador de cuidados sobre o papel de prestador de cuidados

�Os cuidadores necessitam aprender a

respeitar-se a si mesmosde maneira que vejam a

sua vida tão digna como a da pessoa que cuidame merecedora dos melhores cuidados possíveis

Intervenções de enfermagem

�Ensinar o prestador de cuidados sobre auto-cuidado, regime medicamentoso, equipamento, prevenção de quedas no domicílio

�Instruir sobre o papel de prestador de cuidados no auto cuidado

�Treinar o papel de prestador de cuidados no auto cuidado

CUIDAR DE QUEM CUIDA

�Provérbio chinês:

“O segredo da felicidade reside em ter “O segredo da felicidade reside em ter serenidade para aceitar aquilo que não se pode mudar,

capacidade para mudar aquilo que é possivel mudar

e sabedoria para distinguir a diferença entre ambos”