CONTEXTO AMBIENTAL E IMPLlCAÇONS SOCIOCULTURAIS DO MEGALlTISMO DAS BACIAS DO MENDO E MANDEO...

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Brigantium. Bol. Museo Arqu. Hist.Coruña. 1993/94. vol. 8 pp. 9-47

CONTEXTO AMBIENTAL E IMPLlCAc;ONS SOCIOCULTURAIS DO MECALlTISMODAS BACIAS DO MENDO EMANDEO (COMARCA DE BETANc;OS, CALIZA)

Antom FERNANDEZ MALDE

Rua Betanc,;:os 1, 3º esq.A Corunha E - 15004 Caliza

RESUMO: No presente trabalho pretendemos o estudo da rela~om do emprazamento túmular naregiom central da comarca de Betan~os (A Corunha, Galiza) com o seu entorno ambiental; para essefim caracterizamos e concretamos as áreas ambientais ocupadas. A rela~om da distribui~om espacialdos túmulos com c1asses agrológicas e aproveitamento agrícola denota a elei~om maioritária de solospouco fundos, de texturaareosa, com fortes limita~ons que condicionam um entorno vegetal de montebaixo. Tendo em conta o sistema agrário e tecnológico descrito para estas comunidades eremos verumha forte rela~om entre o tipo de solos elegido e a possível prática dumha agricultura de tala equeima.

ABSTRAeT: Environmental context and socio-cultural implications of megaliths in the basin of Mendoand Mandeo Rivers (Area of Betanzos, Galicia). This paper studies the relationship between the gravesites in the central area of the Betanzos region (A Coruña, Galicia) and their environment, bycharacterizing and specifying the environmental areas occupied. The association of the spatialdistribution of the mounds with agrological c1asses and agricultural exploitation denotes thepreferential selection of shallow scils having a sandy texture with strong limitations that determine thelow brush type of vegetation. Taking into account the agricultural and technological system describedin these communities, we detect a c10se link between the type of soils selectec and the possiblepractice of slash and burn agriculture.

1. INTRODUCc;OM

Neste trabalho apresentam-se os resultados do estudo da relac,;:om entre o emprazamento tumular eo meio ambiente na regiom central da Comarca de Betanc,;:os (A Corunha, Caliza), comprendida entreas bacias dos rios Mendo e Mandeo e a estrada que vai desde Irixoa a Monte-Salgueiro, e de Monte­Salgueiro a Curtis (Fig. 1).

~=-iOiI!!!!!!!!50Km.

Fig. 1- Localiza<;om da Comarca de Betan<;os

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ANTOM FERNANDEZ MALDE

A zona em estudo, ao igual que toda a comarca de Betanc;os em geral nom é mui conhecidaarqueológicamente; agás os trabal hos sobre as mámoas de Aranga e Cambás efectuadas porLUENGO em 1952, ou a prospecc;om da hipotética IIPer loca marítima ll desde Betanc;os a Guitirizpor MONTEAGUDO (1955) nos anos cinquenta. Mas a comarca tem sido esquecida como objeto deinvestigac;om. Esta febre investigac;om é chamativa se temos em conta que a comarca é colindantecom áreas "c1ássicas" do megalitismo, como a de Sobrado/Curtis, ou a da Serra da Loba/Cordal deMontouto (VAQUERO LASTRES, 1990). No ano 81 conhecem-se os resultados parciais do trabalhode prospecc;om de CRIADO BOADO (1981) centrado na zona de Sobrado/Curtis, a qual tem a suaprolongac;om natural nas superfícies de chaira que aqui se estudam. Criado Boado marcara comolimite da sua zona de estudo a estrada N-6 e a estrada de Monte-Salgueiro a Curtis, limite de partidadeste trabalho, o qual ocasiona coincidencias enquanto a resultados da prospecc;om encol doemprazamento das mámoas.

O que se pretende é concretrizar e caracterizar as áreas elegidas para o emprazamento,relacionando a distribui<;om espacial com tipos de solos, c1asses agrológicas e aproveitamentosagrícolas, para indagar a sua possível explotac;om e utiliza<;om polas comunidades que ergueromessas tumbas.

Somos conscientes dos problemas de investigac;om do mundo dos vivos através do registo dosmortos: o mundo da morte pode estar regulado por pautas distintas a dos vivos [1], a própria faltados hábitats dificulta o contraste das hipóteses formuladas desde o mundo ds mortos. Da mesmamaneira, fai-se problemático o estudo sincrónico dum fenómeno dumha grande durac;om no tempo.Também devemos ser cautos perante a tentac;om do presentismo, pensando que a paisagem agráriadestas comunidades seria como a actual, quando no presente século na nossa zona de estudo apaisagem sofreu cambios importantes tres ou quatro vezes.

Por outra parte há que considerar o facto do empramento actual puder estar alterado por mor dasdestruic;ons sistemáticas nas áreas dumha maior actividade agrícola. Tentamos avaliar a incidenciadestas destruic;ons por meio da recolha de micro-toponímia e notícias dos paisanos que nosadvertiram da ausencia por desmantelamento de túmulos e, a consulta de documentac;om antiga naque houvera referencias a mámoas na área em estudo e que na actualidade estiveram desaparecidas.Também temo-nos ajudado dos estudos realizados noutras áreas como Serra Faladoira, As Pontesonde a importancia de destrui<;ons semelha ser mui pequena, ou a zona de Sobrado-Curtis onde oemprazamento tumular é predominantemente sobre terrenos de laboreo sistemático (BELLO,CRIADO e VAZQUEZ, 1987: 47,77). Assim temos detectado algumha destruic;om pontual mas nomaltera o sentido do emporazamento maioritário actual. É dizer, nas zonas de menor densidadetumular nom temos indícios para pensar que se devera a destruic;ons.

Ora bem, também devemos considerar todos aqueles argumentos que falam a prol dumha relac;omentre o emprazamento das tumbas e as actividades dos vivos; estamos a referir a rela<;om dasmámoas com vias de transito, a documentac;om de hábitats nas áreas de emprazamento tumular naCornisa Cantábrica, ou mesmo a reutilizac;om de pec;as líticas domésticas como moínhos para aconstrucc;om dos moimentos.

Mas, no nosso caso particular, o que chama a atenc;om é a associac;om do emprazamentomaioritário em lugares cumha série de características comuns. Intuíamos que pudera ser intencional

[ 1 l A cultura material no mundo da morte pode estar regida por pautas culturais que no sexam as dos vivos nompermitindo umha traduq:om lineal dos depósitos ou, que estas pautas se traduzam num registro que nom denotea estrutura social; neste mesmo sentido devemos considerar o carácter votivo de tumbas e materiais, a ausénciade restos ósseos individuales aos que se podam associar materiais, contextos habitualmente remegidos etc. ..

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Contexto ambiental e implica<;:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betan<;:os, Galiza).

e polo tanto decidimos investiga-lo. Por este motivo, interessou-nos valorar dous aspetos: a) ascaracterísticas do solo que limitan a implantac;om das espécies vegetais independentemente do factoda paisagem tivera cambiado, já que esta tem que adaptar-se as condic;ons edáficas de partida. E b)valorar a relac;om dos emprazamentos com estas características por si houvesse algumha relac;om ousimplesmente nengumha.

2. METODOLOGIA

Para a valorac;om agrológica seguimos os critérios de DIAZ FIERROS e GIL SOTRES (1984).Precisa-se a recolha de vários dados básicos da terra. Estes estám presentes em 5 grupos: dados dosítio referidos ao sustrato geológico, entorno, pendentes, afloramentos; os de relevo som a altitude ea fisiografía; em quanto a qualidades do solo interessava-nos a sua textura, pedregosidade,drenagem, profundidade e erosom. Finalmente incluimos um apartado sobre vegetac;om com aintenc;om de saber que tipo de vegetac;om estava associada com os dados de solo, para istosimplificamos a vegetac;om entre monte baixo, monte alto, prados, policultivos.

Com estes dados básicos tentamos medir as qualidades da terra e as suas possibilidadesagrológicas dos solos onde se atopam os moimentos, como a facilidade de laboreo, espac;o para oenraizamento, resistencia aerosom, disponibilidade de água e nutrintes dos solos.

Por último a interpretac;om arqueológica tenta interpretar e avaliar o significado da relac;om doemprazamento dos moimentos sobre terras cumhas determinadas qualidades, tendo em conta oelenco tecnológico destas populac;ons e experiencias noutras áreas tumulares da Galiza.

Como suporte documental na caracterizac;om geológica utilizarom-se os mapas do IGNE (InstitutoGeológico y Minero de España,do Ministério de Indústria), escala 1:50.000, da zona de Guitiriznúmero 46/6-5, e Betanc;os número 45/5-5. Na avaliac;om agroclimática tem-se utilizado os mapasclimáticos propostos por ARRIBA BALENClAGA, LEON LLAMAZARES e de LA PLAZA (1988)números 4, 4 bis, S, 11, 18, 19, 21, 22. Por último para a caracterizac;om edáfica seguirom-se: omapa de solos naturais proposto por UÑA ALVAREZ (1988) adaptado de GUITIAN OJEA (1966), e omapa proposto por DIAZ FIERROS e GIL SOTRES (1984) sobre a Capacidade productiva dos solosde Galiza a escala 1:200.000.

3. SITUAC;OM GEOGRAFICA

A Comarca de Betamc;os pode-se dividir em tres sectores definidos polos ríos Mendo e Mandeo. Onosso trabalho vai tratar do sector central, comprendido entre ambos rios e a estrada que vai deIrixoa a Monte-Salgueiro, e de Monte-Salgueiro a Curtis.

Este tramo central da comarca está artelhado por umha via natural de tránsito aproveitada polaestada N-VI. Esta via está a junguir duas paisagens vegetais e agrícolas diferentes: a Marinha e aMontanha ou Chairas Altas, diferenciáveis a nível físico, climático e humano.

3.1. O meio físicoAs Marinhas situam-se arredor dos O e 350 m. de altitude, e a Montanha entre os 350 e 700 m.

Mas para comprender porqué o relevo da comarca tem o actual aspeto, devemos ter en conta ahistória da sua formac;om:

Este provém do Herciniano, no Secundário por mor do clima e a vegetac;om as velhas montanhas

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ANTOM FERNANDEZ MALDE

15010m~ Fig.212008900660043002om.

500

CORÓS/ALAPELA

150 BETAN<;OS

325

Fig.315010 m.120029006

PENAMOU .MONTE DO GATO ...

M. DAS (CRUZ DE cÁMPo JANEIRO)

MOAS

6004

COIRÓS/ALAPELA

3002o

577514450380324260197134

71

m.

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Fig. 4 - Mapa Geológico

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Contexto ambiental e implicac;:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanc;:os, Galizal.

ficam reduzidas a grandes chairas. A partir do Neógeno os movimentos que erguerom as Pirineus ouas montan has da Cornisa Cantábrica fam escachar em blocos essas chairas de granito que nomforom quem de se plegarem como noutras zonas. Assim, esses blocos fórom-se erguendo ouafundindo dando lugar a actual relevo.

Eis por isto que a comarca apresenta um aspeto escalonado (fig. 2) por mor do basculamento dosdiversos blocos. Por outra parte, por duas linhas de falhas escorrentam o Mendo e Mandeo.

Dentro das unidades de relevo montanhosas temos que distinguir tres:

a) O Monte do Cato é um bloco orientado e basculado em diree<;om NO: é um espolom, a modode. prolongac;om das chairas de Monte-Salgueiro e Curtis que comec;am a partir da Serra da Cova daSerpeo Este monte comunica o bloco inferior de Parada-Ois- O Fontelo com Queimada.

b) As Chairas ou penichairas, som as antigas chairas graníticas que nom chegarom a escachar,estám a certa altura. Comec;am nas estribac;ons da Serra da Cova da Serpe e som delimitadas polaslinhas de fractura dos blocos baixos. Nestas chairas, a estrada que vai desde MOnte-Salgueiro aCurtis ajuda a organizar o transito nessas extensons de terreno.

c) Os blocos baixos estám organizados escalonadamente em altitude (Fig. 3):

1º plano.- O Fontelo-Ois, entre os 400-300 m. com o pequeno anexo do Monte das Moas/Pedra-Partida.

2º plano.- Coirós/A Lapela, entre os 300-200 m.3º plano.- Colantres/querís, entre os 200-100 m.4º o último plano é o de Betanc;os, entre os 100 m. e os O m. da linha de beira-mar.

Enquanto a geologia, a comarca de Betanc;os é dominada pola presenc;a de dous grandes tipos demateriais geológicos: dumha parte ao Oeste, há umha grande franxa de gistos e gravaucas doComplexo da série Ordes; ao Este outra grande franxa pertencente ao complexo da série alcalina,com granitos de duas micas, que variam em idade e estrutura (Fig. 4).

Isto vai ser mui importante, já que esta dupla composic;om geológica vai condicionar fortemente eestrutura dos solos. Dela vam depender propriedades físicas como a composic;om granulométrica oua trextura, que repercutirá na capacidade de retenc;om de auga dos solos, e a disponibilidade denutrintes en concreto moderada para os solos desenvioltos sobre o complexo Ordes, e má para osdesenvoltos sobre a série alcalina.

3.2. Climatologiaa) Ciadas e o calendário Marinhas/Montanha.Na comarca de Betanc;os as giadas comec;an antes e duram mais tempo a medida que se vai

acrescentando a altitude. Há tres meses de diferenc;a quando comec;am em Novembro as primeirasgiadas na Montanha e quando comec;am en Janeiro nas Marinhas (Fig. 5).

Para as últimas giadas acontece o mesmo femómeno; nas zonas de menor altura o período deúltimas giadas termina dous meses antes que na de maior altitude. Nas Marinhas comec;am a rematara partir de Fevereiro e na Montanha em Maio.

As giadas som fundamentais para saber qué, e quando se pode cultivar (quer dizer, o período útilpara o cultivo é a época livre de giadas). As giadas determinam na comarca o calendário de

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ANTOM FERNANDEZ MALDE

sementeiras; na Montanha sementa-se mais tarde que na Marinha, já que a época das giadas duramais tempo. Senom os cultivos seriam queimados polas giadas.

A dura<;om do período frio (Fig. 6) segue as pautas anteriores, assim: na zona compredida entre os100 a 400 m. (Marinha) é de tres meses; e na zona situada entre os 400 a 700 m. (Montan ha)acrescenta-se cinco meses. Tudo isto reflecte-se no calendário agrícola da seguinte maneira:

CULTIVOS MARINHAS MONTANHA

Pataca Incluso a finais de Janeiro Semana Santa

Horta Primavera

Milho Mar<;o

Centeio/cebada Dezembro Dezembro/Janeiro

b) Regimem de precipita~ons.

As diferen<;as de altitude e o fenómeno da continentalidade som factores determinantes no

regimem de precipita<;ons. Temos que ter em conta que o Golfo comprendido polas rias de

Betan<;os, Ares-Ferrol e A Corunha, ao estar orientado para o NO., fica abrigado, ou é numha

posi<;om excéntrica arrespeito dos ventos húmidos do O .. Isto provoca que, paradoxalmente, chova

mais nos lugares altos que estam situados no interior, que na própria beira-mar por onde entram

esses ventos húmidos. Nas terras altas que polo geral som amplíssimas chairas, chove tanto como em

regions costeiras da Galiza, enquanto que na nossa beira-mar há um indice de chuvas equiparável

aos lugares de menor pluviosodade do país galego (Fig. 7).

Na Montanha abondam as chuvas (1600 mm.) sobre terreos de escassas pendentes -penicahaira- e

com bacias pouco elaboradas pola erosom; isto ocasiona a forma<;om de zonas hidroturbosas ou

branhas. Ainda que nom se poda falar dum período de seca, há umha grande reduc<;om de

precipita<;ons que come<;a no mes de Maio, e tem o máximo em Julho e Agosto. A recupera<;om

inícia-se a partir de Setembro. Polo tanto, existe um choque entre o período de chuvas nas chairas,

que ficam encharcadas (ao serem chás), e o período da seca. Isto atinge a notáveis extensons de

terreno, afectando as comunidades vegetais dependentes dos meios húmidos ou encharcados boa

parte do ano.

e) Tipos de Inverno.

Na Marinha temos definido um inverno de tipo Citrus. Com este tipo de inverno obtém-se os frutos

de maior qualidade, ainda que as giadas podem dana-Ios sensívelmente, e um inverno o bastante frio

para o trigo de inverno; enquanto que para as zonas altas defíne-se um tipo Avena.

3.3. Geografia Humana.

A diferencia<;om física e climática entre as Marinhas e Montanha também tem o seu correlato no

aspeto humano. Assim pode-se documentar duas estrategias de ocupa<;om do território: na Marinha

observamos como se desenvolvem paráquias de menos de 10 km 2, e na Montanha som todas

maiores dos 10 km 2• Também surprende ver como nas Matrinhas há maior densidade de popula<;om

frente a Montanha (Fig. 8).

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Contexto ambiental e implicar;ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanr;os, Caliza).

PAROQUIAS GRANDES

CONCELHO PAROOUIA Estensom Habitantes DensidadeARANGA. Vicente de Ferven<;:as 11 8 310 26

S. Cristovo de Muniferral 162 440 272S. Lourenzo de Vila Raso 20,6 602 22,2

COIROS Sta. Maria de Ois 16,2 417 25,7OC;A DOS RIOS Sta. Maria de Rodeiro 21,3 422 19,9

PAROQUIAS PEQUENAS

CONCELHO PAROOUIA Estensom Habitantes Densidde

ARANGA S. Pedro de Feás 6,2 124 20

BETANC;OS Betan<;os Capital 4,4 9011 2047,6

S. Martinho de Bravio 2 188 94

S. Estevo de Piadela 5,6 686 122,5

Sta. Maria de Pontelhas 1,2 197 164,2

Santiago de Requiám 5,8 783 135

S. Matinho de Tiobre 4,3 671 156

S. Pedro de Vinhas 1,5 209 139,9

COIROS. S. Vicente de Armea 1,8 77 42,8

S. Giao de Coirós 6,2 451 72,7

S. Salvador de Colantres 1,2 215 179,2

Sta. Marinha de Lesa 3,1 261 84,2

Santiago de Ois 4,3 206 47,9

Eis por isto que na Montanha ao haver menos gente as paróquias tenham que ser mais grandes,para recolher mais vizinhos, evitando a prolifera<;om de muitas paróquias com mui pouquinha gente.Este esquema é velho, já que se atendemos ao Plano da Província de Betan<;os do século XVIII,vemos que já de.aquela estava a acontecer o mesmo (RIO BARJA, 1990).

4. INVENTARIO DE MAMOAS (Fig. 9)

Grupo: Monte-Salgueiro

Concelho: Aranga

S.ustrato geológico: granito de duas micas deformado.

textura: areias grossas ao 80% e areias finas e limos ao 70%.

Pedregosidade: caracterizada por níveis meio de pedra e cascalho.

Drenagem: regular, nom pequenas zonas semiencharcadas.

Profundidade: escassa entre O e 30 cm.

Fisiografia: chaira.

Acessos estrada de Monte-Salgueiro a Curtis aaltura do kilómetro 34.

Mámoa nº 1

Lugar Monte-Salgueiro

Eixos aproximados: NS: 11.60 m. EO: 11.20 m. Altura: 0,4 m.

Mámoa nº 2

Lugar Monte-Salgueiro

Eixos aproximados: NS: 16.90 m. EO: 18.50 m. Altura: 0,8 m.

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ANTOM FERNANDEZ MALDE

ATA DA PRIMEIRAGIADA.

Fig.5

DURA<;OM MElA DOPERIODO FRIa

Fig. 6 - Durac;om meia do período frio

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Contexto ambiental e implica\=ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betan\=os, Caliza).

ISOIETA ANUAL

Fig.7

DMSOMADMINISTRATIVADA COMARCA DEBETANC;:OS.

D >10 Km2

<10 Km2

Fig.8

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Contexto ambiental e implica<;:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betan<;:os, Caliza).

Grupo: As Carreiras

Concelho: Aranga

Sustrato geológico: granito de duas micas deformado.

Textura: areias grossas ao 80% e finas ao 20%.

Pedregosidade: composta por pedras e cascalho em níveis meios.

Drenagem: regular, presenc;:a de pequenas zonas semiencharcadas.

Profundidade: entre os O e 30 cm.

Fisiografia: chaira.

Acessos: estrada Monte-Salgueiro a Curtis na zona do kilómetro 35.

Mámoa nº3

Eixos aproximados: NS: 19.50 m. EO: 20.50 m. Altura: 1.50 m.

Violac;:om: NS: 12.00 m. EO: 7.0 m. Altura: 1 m.

Orientac;:om: SES.

Grupo: Branha de Pena Moura

Concelho de Aranga

Sustrato geológico: granito de duas micas deformado.

Textura: areias grossas ao 80% e finas com limos ao 20%.

Pedregosidade: pedras e cascalho em níveis meios.

Drenagem: má, amplas zonas encharcadas.

Profundidade: de O a 30 cm.

Fisiografia: chaira.

Acesso: estrada de Monte-Salgueiro a Curtis na zona do kilómetro 38.

Mámoa nº4

Eixos aproximados: NS: 12.50 m. EO: 12.70 m. Altura: 0.50 m.

Violac;:om: NS: 3.46 m. EO: 2.00 m. Altura: 0.25 m.

Courac;:a: si; a modo de casca, cubrindo todo o túmulo, em bom estado de conservac;:om.

Mámoa nº5

Eixos aproximados: NS: 15.30 m. EO: 14.00 m. Altura: 1.00 m.

Mámoa nº6

Eixos aproximados: NS: 14.30 m. EO: 13.00 m. Altura: 1.00 m.

Violac;:om: NS: 1.40 m. EO: 1.00 m. Altura: 0.30 m.

Mámoa nº 7

Eixos aproximados: NS: 25.50 m. EO: 21.70 m. Altura: 2.50 m.

Violac;:om: NS: 5.00 m. EO: 4.00 m. Altura: 0.30 m.

Mámoa nº8

Eixos aproximados: NS: 21.70 m. EO: 20.10 m. Altura: 2.00 m.

Violac;:om: NS: 5.80 m. EO: 5.00 m. Altura: 0.30 m.

Mámoa nº 9

Eixos aproximados: NS: 17.30 m. EO: 13.20 m. Altura: 1.00 m.

Courac;:a: nº 4.

Mámoa nº 10

Eixos aproximados: NS: 20.30 m. EO: 21.50 m. Altura: 2.50 m.

Estrutura pétrea: si

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ANTOM FERNANDEZ MALDE

Mámoa nº 11

Eíxos aproximados: NS: 15.40 m. EO: 15.60 m. Altura: 1.50 m.

Viola<;:om: NS: 2.60 m. EO: 4.00 m. Altura: 0.35 m.

Grupo: de Branha do Porto Moeíro

Concelho: Aranga

Sustrato geológico: rochas metabásicas e ultrabásicas da série de Vilalba de borde biotitíco.

Textura: areias grossas ao 70% e areias finas, limos e arxilas ao 30%.

Pedregosidade: Pedras e cascalho em níveís meios.

Drenagem: má, amplas zonas encharcadas.

Profundidade: de O a 40 cm.

Acessos: estrada Monte-Salgueíro a Curtís na zona do kilómetro 39.

Mámoa nº 12

Eixos aproximados: NS: 14.00 m. EO: 12.90 m. Altura: 0.80 m.

Mámoa nº 13

Eixos aproximados: NS: 24.80 m. EO: 25.50 m. Altura: 3.00 m.

Viola<;:om: NS: 4.80 m. EO: 5.00 m. Altura: 0.80 m.

Mámoa nº 14

Eixos aproximados: NS: 9.80 m. EO: 13.10 m. Altura: 0.50 m.

Viola<;:om: NS: 2.10 m. EO: 2.70 m. Altura: 0.35 m.

Mámoa nº 15

Eixos aproximados: NS:13.10 m. EO: 13.20 m. Altura: 0.70 m.

Mámoa nº 16

Eixos aproximados: NS: 18.00 m. EO: 19.20 m. Altura: 1.50 m.

Grupo: Branha de Brueíro

Concelho: O<;:a dos Rios

Sustrato geológico: Série Ordes.

Textura: areias grossas ao 70% e areias finas, limos e arxilas ao 30%.

Pedregosidade: grande presen<;:a de pedras e em menor medida blocos.

Drenagem: má, amplas zonas encharcadas.

Profundidade: de O a 30 cm. com tres horizontes bem diferenciados.

Fisiografia: chaira.

Acessos: estrada de Monte-Salgueiro a Curtis na zona do kilómetro 41.

Mámoa nº 17

Lugar As medonhas

Eixos aproximados: NS: 14.10 m. EO: 12.40 m. Altura: 0.60 m.

Estrutu ra pétrea: si.

Mámoa nº 18

Lugar As medonhas

Eixos aproximados: NS: 18.10 m. EO: 18.80 m. Altura: 2.00 m.

Viola<;:om: NS: 3.80 m. EO: 1.50 m. Altura: 0.30 m.

Oríenta<;:om: S.

Mámoa nº 19

Lugar As medonhas

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Contexto ambiental e implica<;:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betan<;:os, Galiza).

Eixos aproximados: NS" 24,40 m. EO: 28.70 m. Altura: 3.00m.

Violac;:om: NS: 5.20 m. EO: 4.50 m. Altura: 0.75 m.

Orientac;:om: NO.

Mámoa nº2D

Lugar As Bidueiras

Eixos aproximados: NS: 18.60 m. EO: 19.60 m. Altura: 1.00 m.

Mámoa nº 21

Lugar As medonhas

Eixos aproximados: NS: 15.90 m. EO: 17.10 m. Altura: 0.60 m.

Mámoa nº22

Lugar As medonhas

Eixos aproximados: NS: 9.00 m. EO: 13.00 m. Altura: 0.25 m.

Mámoa nº23

Lugar As medonhas

Eixos aproximados: NS: 11.90 m. EO: 14.80 m. Altura: 0.30 m.

Mámoa nº24

Lugar As medonhas

Eixos aproximados: NS: 20.80 m. EO: 18.10 m. Altura: 1.00 m.

Mámoa nº25

Lugas As medonhas

Eixos aproximados: NS: 11.20 m. EO: 11.80 m. Altura: 0.60 m.

Mámoa nº26

Lugar P. Brueiro-segelhe

Eixos aproximados: NS: 17.80 m. EO: 18,20 m. Altura 1.00 m.

Mámoa nº27

Eixos aproximados: NS: 18.10 m. EO: 15,70 m.Altura: 1.00 m.

Mámoa nº28

Lugar P. Brueiro-Segelhe

Eixos aproximados; NS: 16.90 m. EO: 17.60 m. Altura: 1.00 m.

Grupo: Branha de Queimada.

Concelho: Oc;:a dos Rios.

Sustrato Geológico: Série Ordes.

Textura: Areias grossas ao 70% e areias finas, limos e arxilas ao 30%.

Pedregosidade: pedras e cascalho em níveis meios.

Drenagem: regular, zonas encharcadas ou semiencharcadas.

Profundidade: de 70 cm. horizonte Al de 40 cm. e Al c de 30 cm.

Acessos: estrada de Monte-Salgueiro a Curtis na zona do kilómetro 39.

Mámoa nº29

Eixos aproximados: NS: 20.30 m. EO: 21.00 m. Altura: 1.00 m.

Violac;:om: NS: 9.50 m. EO: 3.50 m. Altura: 0.50 m.

Orientac;:om: SE.

21

ANTOM FERNANDEZ MALDE

Mámoa nº30

Eixos aproximados: NS: 13.50 m. Ea: 9.40 m. Altura: 0.50 m.

Mámoa nº31

Eixos aproximados: NS: 21.00 m. Ea: 20.00 m. Altura: 1.70 m.

Violac;om: NS: 6.00 m. Ea: 6.00 m. Altura: 0.50 m.

Mámoa nº32

Eixos aproximados: NS: 11.00 m. Ea: 12.00 m. Altura: 0.30 m.

Grupo: Chousa de Soutelo.

Concelho: Coirós.

Sustrato geológico: granito de duas micas de formado.

Textura: areias grossas ao 80% e areias finas e limos ao 20%.

Pedregosidade: presenc;a de blocos, pedras e cascalho em níveis meios.

Drenagem: regular, pequenas zonas encharcadas.

Profundidade: entre Oe 30 cm.

Observam-se fortes processos erosivos em zonas chás pola incidencia negativa das queimas.

Acessos: estrada N-6, zona de exposic;om do escultor Fea!.

Mámoa nº33

Eixos aproximados: NS: 16.00 m. Ea: 16.40 m. Altura: 1.75 m.

Violac;om: NS: 3.70 m. Ea: 0.00 m. Altura: 0.00 m.

Orientac;om: SEE.

Mámoa nº34

Lugar Chousa de Soutelo

Eixos aproximados: NS: 17.60 m. Ea: 15.90 m. Altura: 1.70 m.

Mámoa nº35

Lugar Chousa de Soutelo

Eixos aproximados: NS: 12.90 m. Ea: 12.80 m. Altura: 0.50 m.

Violac;om: NS: 3.20 m. Ea: 2.70 m. Altura: 0.75 m.

Mámoa nº 36

Lugar Chousa de Soutelo

Eixos aproximados: NS: 21.40 m. Ea: 20.60 m. Altura: 2.00 m.

Violac;om: NS: 6.60 m. Ea: 6.00 m. Altura: 0.75 m.

Orientac;om: NS.

Mámoa nº37

Lugar Chousa de Soutelo

Eixos aproximados: NS: 10.20 m. Ea: 10.30 m. Altura: 0.50 m.

Violac;om: NS: 3.80 m. Ea: 3.00 m. Altura: 0.25 m.

Mámoa nº38

Lugar Chousa de Soutelo

Eixos aproximados: NS: 8.30 m. Ea: 10.00 m. Altura: 0.25 m.

Mámoa nº 39Lugar Chousa de Soutelo

Eixos aproximados: NS: 20.50 m. Ea: 20.40 m. Altura: 2.00 m.

22

Contexto ambiental e implicac;:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanc;:os, Caliza).

Violac;om: NS: 7.20 m. EO: 4.50 m. Altura: 0.75 m.

Orientac;om: SES.

Mámoa nº40

Lugar Chousa de Soutelo

Eixos aproximados: NS: 14.90 m. EO: 14.10 m. Altura: 0.75 m.

Mámoa nº41

Lugar Chousa de Soutelo

Eixos aproximados: NS: 12.80 m. EO: 16.50 m. Altura: 0.25 m.

Mámoa nº42

Eixos aproximados: NS: 10.30 m. EO: 15.60 m. Altura: 1.50 m.

Mámoa nº43

Eixos aproximados: NS: 16.50 m. EO: 14.70 m. Altura: 1.30 m.

Violac;om: NS: 3.00 m. EO: 2.00 m. Orientac;om: S.

Mámoa nº44

Lugar Costa do Sal

Eixos aproximados: NS: 12.00 m. EO: 15.00 m. Altura: 0.75 m.

Violac;om: NS: 3.00 m. EO: 3.00 m. Altura: 0.25 m.

Courac;a: nº 4.

Grupo: Marco do Azibro

Concelho de Coirós

Sustrato geológico: granito de duas micas deformado.

Textura: areias grossas ao 80%, areias finas e limos ao 30%

Pedregosidade: presenc;a de blocos, pedras e cascalho en níveis meios.

Drenagem: boa.

Profundidade: entre Oe 30 cm.

Fisiografia: meia ladeira.

Acessos: corta-fogos na zona do Marco do Azibro.

Mámoa nº45

Lugar Revoltas Longas

Eixos aproximados: NS: 11.00 m. EO: 10.00 m. Altura: 0.35 m.

Mámoa nº46

Lugar Revoltas Longas

Eixos aproximados: NS: 10.00 m. EO: 11.00 m. Altura: 0.35 m.

Courac;a: nº 4.

Mámoa nº47

Lugar Revoltas Longas

Eixos aproximados: NS: 10.00 m. EO: 11.00 m. Altura: 0.35 m.

Violac;om: NS: 2.00 m. Courac;a: nº 4.

Grupo: Monte das Moas.

Concelho de Coirós.

Sustrato geológico: granito de duas micas deformado.

23

ANTOM FERNANDEZ MALDE

Textura: areias grossas ao 80%, areias finas e limos ao 30%.

Pedregosidade: abondam blocos e pedras.

Drenagem: regular.

Profundidade: de Oa 50 cm.

Fisiografia: chaira.

Acessos: estrada N-6.

Mámoa nº48

Eixos aproximados: NS: 13.20 m. EO: 19.50 m. Altura: 1.00 m.

Mámoa nº49

Eixos aproximados: NS: 17.00 m. EO: 15.00 m. Altura: 1.30 m.

Viola<;om: NS: 4.50 m. EO: 2.30 m. Altura: 0.50 m.

Mámoa nº 50

Eixos aproximados: NS: 15.00 m. EO: 14.00 m. Altura: 1 m.

Mámoa nº 51

Eixos aproximados: NS: 16.00 m. EO: 14.00 m. Altura: 1 m.

Mámoa nº52

Lugar Figueiras

Eixos aproximados: NS: 13.00 m. EO: 13.70 m. Altura: 0.75 m.

Viola<;om: NS: 4.00 m. EO: 3.00 m. Altura: 0.50 m.

Mámoa nº 53

Lugar Figueiras

Eixos aproximados: NS: 10.00 m. EO: 8.00 m. Altura: 0.30 m.

Mámoa nº 54

Lugar Figueiras

Eixos aproximados: NS: 18.00 m. EO: 11.90 m. Altura: 1.00 m.

Mámoa nº 55

Lugar Figueiras

Eixos aproximados: NS: 11.30 m. EO: 12.10 m. Altura: 0.75 m.

Mámoa nº 56

Lugar Figueiras

Eixos aproximados: NS: 13.00 m. EO: 12.20 m. Altura: 0.75 m.

Mámoa nº57

Lugar Figueiras

Eixos aproximados: NS: 13.10 m. EO: 12.30 m. Altura: 0.75 m.

Mámoa nº 58

Lugar Figueiras

Eixos aproximados: NS: 20.00 m. EO: 18.40 m. Altura: 1.30 m.

Viola<;om: NS: 5.60 m. EO: 4.20 m. Altura: 0.50 m.

24

Contexto ambiental e implicac;ons socioculturais do Megalitismo das Sacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Setanc;os, Caliza).

Mámoa nº 59Lugar Figueiras

Eixos aproximados: NS: 13.50 m. EO: 12.30 m. Altura: 0.25 m.

Grupo: Lapela-Coirós.Concelho de Coirós.

Sustrato geológico: complexo da série de Ordes.

Textura: areias grossas ao 50%, areias finas, limos e arxilas ao 50%.Pedregosidade: pedras e níveis meios.

Drenagem: boa.Profundidade: de Oa 100 cm.

Fisiografia: chaira.

Acessos: pista forestal desde a Lapela a Coirós.

Mámoa nº60Lugar Lapela

Eixos aproximados: NS: 10.30 m. EO: 12.40 m. Altura: 0.80 m.

Mámoa nº 61Lugar Coirós

Eixos aproximados: NS: 18.00 m. EO: 14.15 m. Altura: 0.85 m.

Grupo: Figueiras.Concelho de Coirós.

Sustrato geológico: granito de duas micas deformado.Textura: areioas grossas ao 80%, areias finas ao 20%.Pedregosidade: pedras a níveis meios.Drenagem: boa.

Profundidade: de O a 50 cm.Fisiografia: chaira.

Acessos: pista forestal de Figueiras a Ois.

Mámoa nº62Lugar FigueirasEixos aproximados: NS: 12.20 m. EO: 12.00 m. Altura: 0.40 m.

Mámoa nº63Lugar Figueiras

Eixos aproximados: NS: 10.70 m. EO: 12.30 m. Altura: 0.75 m.

Grupo de Pena Moura.Concelho de O<;a dos Rios.

Sustrato geológico: granito de duas micas deformado.Textura: areias grossas ao 80%, areias finas ao 20%.Pedregosidade: pedras e morilho a níveis meios.

Drenagem: regular, com zonas parcialmente inundadas.Profundidade: de O a 30 cm.Fisiografia: chaira num espolom.

Acessos: pista de Pena Moura ao Fontelo.

Mámoa nº64Lugar Pena Moura

Eixos aproximados: NS: 9.35 m. EO: 11.30 m. Altura: 0.80 m.

Coura<;a: nº 4.

25

ANTOM FERNANDEZ MALDE

Mámoa nQ 65

Lugar Pena Maura

Eixos aproximados: NS: 17.40 m. EO: 18.40 m. Altura: 1.25 m.

Viola<;:om: NS: 5.30 m. EO: 5.00 m. Altura: 0.50 m.

Coura<;:a: nº 4.

Mámoa nQ 66

Lugar Pena Maura

Eixos aproximados: NS: 18.00 m. EO: 19.60 m. Altura: 0.80 m.

Viola<;:om: NS: 3.90 m. EO: 5.00 m. Orienta<;:om:SE,Coura<;:a: nº 4.

Mámoa nQ 67

Lugar Pena Moura

Eixos aproximados: NS: 17.60 m. EO: 19.70 m. Altura: 1.75 m.

Viola<;:om: NS: 5.00 m. EO: 5.00 m. Altura: 0.40 m.

Coura<;:a: nº 4, Estrutura pétrea: si.

Mámoa nQ 68

Lugar Pena Moura

Eixos aproximados: NS: 19.30 m. EO: 12.40 m. Altura: 2.30 m.

Viola<;:om: NS: 5.00 m. EO: 3.00 m. Altura: 0.35 m.

Coura<;:a: nº 4.

Mámoa nQ 69

Lugar Pena Moura

Eixos aproximados: NS: 15.50 m. EO: 15.60 m. Altura: 1.50 m.

Viola<;:om: NS: 5.00 m. EO: 4.00 m. Orienta<;:om:SES, Coura<;:a:nº4

Mámoa nQ 70

Lugar Pena Moura

Eixos aproximados: NS: 10.70 m. EO: 10.20 m. Altura: 0.30 m.

Coura<;:a: nº 4.

Mámoa nQ 77

Lugar Pena Moura

Eixos aproximados: NS: 17.20 m. EO: 16.40 m. Altura: 1.00 m.

Viola<;:om: NS: 6.00 m. EO: 1.50 m. Altura: 0.25 m.

Orienta<;:om: NEE, Coura<;:a: nº 4.

Mámoa nQ 72

Lugar Pena Moura

Eixos aproximados: NS: 12.00 m. EO: 11.20 m. Altura: 1.00 m.

Coura<;:a: nº 4.

Mámoa nQ 73

Lugar Pena Moura

Eixos aproximados: NS: 23.00 m. EO: 24.00 m. Altura: 2.50 m.

Viola<;:om: NS: 5.80 m. EO: 2.90 m. Altura: 0.50 m.

Orienta<;:om: E, Coura<;:a: nº 4.

Mámoa nQ 74

Lugar Pena Maura

26

Contexto ambiental e implicar;:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanr;:os, Galiza).

Eixos aproximados: NS: 19.60 m. EO: 21.00 m. Altura: 1.50 m.

Viola<;om: NS: 4.90 m. EO: 5.10 m. Altura: 0.00 m.

Orienta<;om: E, Coura<;a: nº 4.

Mámoa nº 75

Lugar A Fraga

Eixos aproximados: NS: 13.70 m. EO: 12.00 m. Altura: 0.35 m.

Mámoa nº 76

Lugar A Fraga

Eixos aproximados: NS: 17.80 m. EO: 16.40 m. Altura: 1.50 m.

Viola<;om: NS: 5.40 m. EO: 4.85 m. Altura: 0.40 m.

Orienta<;om: SOS, Coura<;a: nº 4, Estrutura pétrea: si.

Mámoa nº 77

Lugar A Fraga

Eixos aproximados: NS: 13.60 m. EO: 13.60 m. Altura: 1.00 m.

Viola<;om: NS: 4.00 m. EO: 3.30 m. Altura: 0.25 m.

Orienta<;om: SE, Coura<;a: nº 4.

Mámoa nº 78

Lugar A Fraga

Eixos aproximados: NS: 13.70 m. EO: 13.60 m. Altura: 1.00 m.

Coura<;a: nº 4.

Mámoa nº 79

Lugar A Fraga

Eixos aproximados: NS: 13.10 m. EO: 10.90 m. Altura: 0.50 m.

Viola<;om: NS: 5.60 m. EO: 2.40 m. Altura: 0.30 m.

Orienta<;om: NS, Coura<;a: nº 4, Estrutura pétrea: si.

Grupo: Monte do Felga.

Concelho de O<;a dos Rios.

Sustrato geológico: granito de duas micas deformado.

Textura: areias grossas ao 80%, areias finas ao 20%.

Pedregosidade: presen<;a de blocas e perdas a níveis meios

Drenagem: boa.

Profundidade: polo geral de O a 30 cm. mas há sítios que acumulam terras e chegam desenvolver

tres horizontes, facto aproveitado para a reforesta<;om de amplas zonas neste sector do monte.

Fisiografia: meia ladeira.

Acessos: pista de Pena Maura ao Fontelo.

Mámoa nº80

Eixos aproximados: NS: 11.80 m. EO: 10.30 m. Altura: 0.85 m.

Coura<;a: nº 4, Estrutura pétrea: si.

Mámoa nº 81

Eixos aproximados: NS: 10.60 m. EO: 12.00 m. Altura: 0.80 m.

Coura<;a: nº 4, Estrutura pétrea: si.

Mámoa nº82

Eixos aproximados: NS: 7.80 m. EO: 6.40 m. Altura: 0.25 m.

27

ANTOM FERNANDEZ MALDE

Mámoa nºS3

Eixos aproximados: NS: 17.40 m. EO: 8.60 m. Altura: 1.00 m.

Violayom: NS: 4.70 m. Altura: 0.50 m. Coura<;a: nº4.

Grupo: Cruz de Campo Janeiro.

Concelho de O<;a dos Rios.

Sustrato geológico: granito de duas micas deformado.

Textura: areias grossas ao 80%, areias finas e limos ao 20%.

Pedregosidade: pedras e morilho a níveis meios.

Drenagem: boa.

Profundidade: polo geral de O a 30 cm., ainda que há zonas de acumula<;om de terra com tres

horizontes, que permite a reforesta<;om de amplas zonas neste sector.

Fisiografia: meia ladeira.

Acessos: pista de Pena Moura ao Fontelo.

Mámoa nºS4

Eixos aproximados: NS: 12.00 m. EO: 9.70 m. Altura: 0.50 m.

Coura<;a: nº 4.

Mámoa nºS5

Eixos aproximados: NS: 14.10 m. EO: 12.60 m. Altura: 0.80 m.

Viola<;om: NS: 0.80 m.

5. ANAlISE DOS DADOS AMBIENTAIS EARQUEOlOGICOS

o que se pretende com este apartado é, após de termos descrito a paisagem natural e adistribui<.;:om espacial dos túmulos, concretar e caracterizar as áreas ocupadas, relacionando adistribui<.;:om espacial com tipos de solos, c1asses agrológicas e aproveitamento agrícola, cara indagaraspetos superestructurais, na possível explota<.;:om e utiliza<.;:om do meio por estas comunidades; easpetos infraestructurais, que estam a determinar o emprazamento prioritariamente ao longo vias decomunica<.;:om naturais como a estrutura das necrópoles.

5.1. A rela~om das mámoas com a geologíaDe forma geral venhem-se fazendo este tipo de estudos para avaliar a quantidade de pessoas ou

for<.;:a de trabalho que é necessária junguir para poder transportar as lousas de várias toneladas depeso, utilizadas na cámara megalítica (AIRA RODRIGUEZ et al., 1986: 167). Na zona de estudodado o reduzido número de antas -agás algum chanto-, nom se pode desenvolver esta metodologia.Mas sim destacar que o material dos chantos ai-no em afloramentos a distancias entre 100 e 250 m.,semelhando obedecer ao fato destacado por outros investigadores (CRIADO BOADO e RODRIGUEZCASAL, 1983, e AIRA RODRIGUEZ et al., 1986) que as distancias as materias primas nom som umfactor limitador determinante.

5.2. A rela~om das mámoas com os solosPara a caracteriza<.;:om dos solos sobre os que se asentam as mámoas, seguiram-se os dados obtidos

por GIL SOTRES e DIAZ FIERROS (1984) para a zona em estudo (Fig. 10), que permite definir asterras com muita mais precisom que o mapa dos solos naturais, fornecido com os dados recolhidosnas nossas fichas a pe de mámoa.

Num princípio, é chamativo o facto que o 60% das mámoas (51 das 85 do catálogo) estejamubicadas sobre solos de c1asse G. Esta c1asse de solo é derivada de rocha graníticas e esquistos nom

28

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ANTOM FERNANDEZ MALDE

pertencentes ao complexo de ardes. A pedregosidade varia entre um nível meio de pedras ecascalho nas terras dos grupos de Monte-Salgueiro, As Carreiras e na Branha de Pena Moura, PenaMoura e Cruz de Campo Janeiro, até um nível meio de de blocos, pedras e cascalho dos grupos daChousa de Soutelo, Marco do Azibro e Monte do Felga. Na textura dos solos prima a presenc;a dasareias grossas (80%) frente as areias finas e limos (20%). A profundidade está comprendida entre 05,0e 25-30 cm. o qual impossibilita a implantac;om de cultivos e árbores de enraizamento profundo,equalquer tipo de mecanizac;om segundo GIL SOTRES e DIAZ FIERROS (1984: 18). A respeito dadrenagem um 16,12% das mámoas nesta c1asse agrológica estám em solos bem drenanos em meiasladeiras, um 69,35% estám em solos parcialmente inundados em chairas e meias ladeiras suaves, eum 12,90% (as mámoas da Branha de Pena Moura) sobre solos encharcados. Em geral, esta c1assepossúe solos bem drenados e com déficits de precipitac;om de 60 a 90 días. A sua disponibilidade denutrintes e má, cumha saturac;om do 15 ao 7% e pH de 4,5 a 5,0.

Em principio, o espalhamento desta c1asse agrológica desde a chaira aos blocos baixos polo Montedo Gato, ajuda a entender a similitude de paisagens naturais onde se sitúam as mámoas ainda qu'eestejam em unidades de relevo diferentes.

Ao SE espalha-se o solo de c1asse A, desenvolto sobre o complexo da série de ardes, num entornono que abondam as quartzitas e seixos juntos. A pregosidade varia entre umha presenc;a pequena deblocos junto a um nível alto de pedras na Branha do Porto Moeiro até um nível meio de pedras emorrillo na Branha de Brueiro e mais diminuido na Branha de Queimada. Na composic;omgranulométrica da textura nota-se a influencia o cambio de sustrato geológico ao acrescentar-se oíndice de areias finas (30%) frente as grossas (70%). Nesta c1asse de solos registamos profundidadesque vam desde os 30 cm. da Branha de Porto Moeiro até os 70 cm. da Branha de Brueiro. Um 64%das mámoas localizadas nesta c1asse agrológica estam situadas em terras parcialmente inundadas,desenvoltas sobre chairas, e um 36% em solos hinundados (Branha do Porto Moeiro). Gil Sotres eDíaz Fierros definem estes solos como bem drenados e com menos de 30 dias de déficit deprecipitac;om. Estas terras apresentam carencias de nutrintes, como no caso anterior, dado que juntoa profundidade do solo define umha Terra Parda Oligotrófica.

As mámoas dos grupos do Monte das Moas e Figueiras acham-se sobre terras de c1asse E,desenvolto sobre granitos de duas micas. O nível de pedregosidade é alto, composto por blocos epedras e directamente relacionado com a grande intensidade de extracc;ons canteiras. A textura é emfunc;om do sustrato geológico granítico; assim primam as areias grosas (80%) frente as areias finas,limos e arxilas (20%). Estes solos contam polo geral cumha profundidade entre os 25 e 50 cm., [2] oqual permite desenvolver pastons e árvores de enraizamento pouco fundo, ahinda que comrestricc;ons para cultivos de enraizamento intermeio, e inviável para cultivos de enraizamentoprofundo. Porem permite a utilizac;om de maquinária manual ou de tracc;om animal, limitado polapouca profundidade, pendentes e afloramentos. Os solos estam bem drenados e cum déficit deprecipitac;ons de entre 60 a 90 dias. A fertilidade acusa a escassa disponibilidade de nutrintes, cumhasaturac;om do 15 ao 7% e pH de 4,5 aS.

Frente a este panorama, as terras de cultivo ocupam terrenos de c1asse C, entre 50 e 100 cm. deprofundidade, desenvolvem-se nas veigas dos vales onde vam depósitos provintes da erosom dasterras altas, obtendo auga constante dos rios; as vezes gozam dum microclima polo efeito nicho como.caso do Val de Fervenc;as inclinado ao NO. Dito val, situado na cabeceira dos ríos Paranos e Vexo, ashortas, pastons e boscos nada tem que ver com o que há além estrada Monte-Salgueiro/Curtis, quemarca de algumha maneira o limite. Neste tipo de solo só conhecemos as duas mámoas do grupoLapela-Coirós, em terras sobre um sustrato geológico do complexo de ardes, cumha pedregosidadecaracterizada pola presenc;a meia de pedra miuda e umha textura cumha grande influencia de areiasfinas, limos e arxilas (50%) frente ao predomínio das areias grossas nos outros tipos de solos.

[ 2 ] Ainda que nós temas documentado 10 cm. no caso das mámoas nº 48 e 49 em func;om da intensa erosom.

30

Contexto ambiental e implicac;:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanc;:os, Galiza).

Mas, que tipo de vegeta~om suportam estes solos? As nossas enquisas sobre os entornos vegetaisdas mámoas e a sua distancia aproximada em metros fornecem os seguintes resultados:

Solo de Classe G

Grupo M. Baixo M.Alto Prados PolitvosMonte Salgueiro (2) si 400 200 400As Carreiras (1) si 700 700 <2000Branha Pena Moura (8) si 1000 1000 700Chousa de Soutelo (12) si 400 2000 2000Marco do Azibro (3) si 500 2000 2000Pena Moura (16) si 1000 700 <2000Monte Felga (4) si si 600 <2000Cruz de Campo Janeiro (1) 100 si 600 <2000

Solo de Classe A

Grupo M. Baixo M.Alto Prados PolitvosBranha de Porto Moeiro (6) si 200 100 400Branha de Brueiro (12) si 700 700 700Branha de Queimada (8) si si 100 200

Solo de Classe E

Grupo M. Baixo M.Alto Prados PolitvosMonte das Moas (12) si 300 300 400Figueiras (2) si si 200 200

Solo Classe C

M. Baixo1000

M.Altosi

Prados100

Para a c1asse G a paisagem pré-dominante é o monte baixo cumhas distancias as zonas de monte

alto mais próximas que rondam os 700-1000 m. e 400-500 m., porém dous grupos compartilham amistura entre monte baixo com amplas zonas de monte alto fruto da reforesta<;om com espéciescomo o pinheiro e eucalipto aproveitando zonas de acumula<;om de terra cumha profundidade quepermite o em raizamento destas árvores. As distancias aos prados acham-se agrupadas em torno a

dous valores um entre os 200-600/700 m. e um segundo entre os 1000-2000 m. Os policultivos somna meirande parte pequenas hartas das casas, estes agrupam-se a redor dos 400-700 m. e 2000.

Na c1asse A a paisagem pré-dominante é o monte baixo mas mui próximo ao bosque alto (200­

700 m.) e as vezes compartilham o mesmo espa<;o. Os prados ficam entre os 100 m. e 700 m., muiperto das casas da zona e as suas hortas a umha distancia entre 200-400 m. e os 700 m.

Para a c1asse E o ambiente pré-dominante é o monte alto misturado com pequenos núcleos demonte baixo, onde as distancias a prados e policultivos, já nom de carácter marginal como os

anteriores, nom ultrapassam os 400 m.

31

ANTOM FERNANDEZ MALDE

o solo de c1asse C é o tipo característico do monte alto e poi icultivos desenvoltos, onde hdistancias de 1000 m. aos pequenos núcleos de monte baixo descrito para a c1asse anterior.

Os dados correspondem-se com as características do solos sobre os que se desenvolvem. Há umhacorrela~om evidente entre os factores limitadores dos cultivos e a coberta vegetal suportada, d~maneira que: a medida que diminue a pedregosidade e drenagem, junto a umha maior d~

profundidade e unha textura mais fina, acrescentam-se os níveis de monte alto, prados ~

policultivos. Assim podemos definir os solos de c1asse G e A como próprios de ambientes de montebaixo, sem desestimar o facto de haver pequenos focos de monte alto reforestado. Na c1asse e aind?que prima o monte alto altrernam os claros de monte baixo conferido-Ihe um carácter intermeiQentre as c1asses G e A com a c1asse e que caracteriza os ambientes da marinha onde prima o montealto e poi icultivos.

Estes dados ajudarom-nos a definir o que aperceviamos que de comum tinham os lugares onde seacham as mámoas, cuja caracterizac;om se fazia difícil pola variedade de entornos que ás vezes eramdesconcertantes, quer dizer, como caracterizar esse ambiente montanhoso. A teor dos números, 82mámoas das 85 catalogadas som emprazadas em paisagens de monte baixo. Como antes digemos acobertura vegetal depende sobremaneira das características do solo, estas características podemo-Iasdefinir para o caso do monte baixo pola escassa profundidade do solo, umha pedregosidade meia abase de pedra e cascalho, umha textura onde primam as areias grossas (83 casos), em geral somsolos cumha drenagem nom mui boa (25 boa, 39 regular, 21 má) junto a graves processos erosivostanto nas chairas como nas ladeiras por onde escorrentam augas.

Em princípio esta caracterizac;om corresponde-se com os dados fornecidos polas análisespalinológicas em paleosolos de mámoas, onde se define umha vegetac;om típica do monte baixo,com predomínio das espécies herváceas frente as arvóreas que acusam a limitac;om da profundidadedo solo (LOPEZ, 1986). Por outra parte, tanto a a estrutura dos solos descritos nos paleosolos doBarbanc;a como na Parxubeira (CALVO, CRIADO e VAZQU EZ, 1982), como a paisagem de bosqueaberto definido nas análises palinológicas de túmulos, como comentaremos no apartado 5.3,semelha corresponder-se com o actual panorama edafológico e paisagístico actual na zona emestudo; polo menos na zona de Montanha ou Chairas Altas.

Os solos pouco fundos estam a limitar a implantac;om de vegetac;om pola pouca capacidade de"enraizamento que oferecem. Estas restricc;ons -junto aos efeitos do c1ima-, acúsam-se sobre as:populac;ons vegetais que colonizam este tipo de solos, como pinheiros e eucaliptos de repovoac;om'ou mesmo os tojos, ao constatar-se um crecimento diferencial destas mesmas espécies em solos que:acrescentam a sua profundidade o qual favorece um maior crecimento destas espécies. '

Outra circunstancia a pór de relevo é a influencia da textura na facilidade de laboreo da terra, e na .disponibilidade d'auga segundo as directrizes de GIL SOTRES e DIAZ FIERROS (1984: fig. 3) ..Achamo-nos ante solos de texturas areosas, fázeis de laboreo com aixada. A origem destas texturas háque situala primeiramente na influencia do material geológico de partida na granulac;om do solo:

Tipo de solo Rocha Areia Crossa Areia Fina Limo Arxila

Ranker Granito 70,60 14.43 5,65 9,32Ranker Básica 38,08 26,50 23,93 11,44Terra Parda Granito 54,33 17,16 15,08 13,23Terra Parda Básica 18,29 19,89 37,83 23,99Veiga Parda Gneis 80,65 8,68 4,78 5,89Veiga Parda Básica 34,63 23,80 20,75 20,82

32

Contexto ambiental e implicayons socioculturais do Megalitismo das Bacías do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanyos, Caliza).

Os solos de tipo Ranker e Terra parda na zona de estudo, desenvólvem-se sobre granitos, apresenc;a maioritária, em proporc;om, de areias grossas caracteriza-os como solos ligeiros. Porémconvem sinalar a reducc;om do 26% da presenc;a de areia grossa e o acrescentamento daporcentagem de limos e arxilas na Terra Parda, acrescenta o seu valor para o actual sistema agrário,sobre o que desenvolve hortas, pastons, boscos e aldeias. Os grupos desenvoltos sobre um sustrato docomplexo da série Ordes espalham-se polo concelho de Oc;a, a sua granulac;om inflúe naconfigurac;om como os melhores solos da comarca.

A actual estrutura granulométrica também vem dada polos intensos processos de lavado quesofrem estes solos, que já de partida oferecem umhas boas condic;ons de drenagem pola suaestructura. Isto vai influir na seca edáfica que actúa directamente no rendimento dos cultivos. Nosresultados da caracterizac;om do regime hídrico feito por GIL SOTRES e DIAl FIERROS (1984:27),pode-se observar esta relac;om, resultado de avaliar o balanc;o das precipitac;ons e a evotranspirac;ompotencial, relacionando-no com a capacidade de retenc;om da auga que confire características dosolo como profundidade, textura e pedregosidade. Estes autores no seu trabalho o relacionavam-ocom o acesso de maquinária (GIL SOTRES e DIAl FIERROS, 1984:23), mas também para avaliar ofacto limitador dos encharcamentos nos cultivos.

Dias de encharcamento Período % reduq:om da colheita

5 - 15 Inverno-comec;os da Primavera 2630 Inverno-comec;os da Primavera 9315 Meados da Primavera 9515 Comec;os do Verao 6715 Verao 100

( Segundo GIL SOTRES E DIAl FIERROS, 1984:27 )

5.3 A paleopaisagem desde umha síntese paleoclimática

Este apartado obedece a necessidade definirmo-nos umha hipótese de trabalho paleoclimática noperíodo Atlantico que nos permita indagar nas suas repercusons agronómicas, ja que nom se podeextrapolar ao passado um modelo descrito para a actualidade que tam só serve como orientac;om.

Pese a trabalhar numha zona onde nom contamos com nengumha mostra nem análise palinológica,sim dispomos de numerosos trabalhos sobre o paleoambiente no NO. peninsular como os de DIAlFIERROS, TORRAS e VAlQUEl VARELA 1979; AIRA e VAZQUEl 1985; CRIADO, AIRA e DIAlFIERROS 1986; SAA e DIAl FIERROS 1982 e 1986; TORRAS, GIL e DIAl FIERROS 1982; MENENDElAMOR 1969 e 1971; MENDEl AMOR e FLORSCHUTZ 1961 ou já recentemente RAMIL 1993 e RAMILet al. 1990. Estes oferecem um bom ponto de partida para abordar a reconstrucc;om paleoambiental.

Caracterizac;om feita com estes dados paleoambientais do NO. vai-se complementar cumhaaproximac;om climática segundo o esquema global do clima que apresenta M. MAGNY (1982), cujaaplicac;om no estudo da pré-história tem posto de relevo investigadores como M. de BLAS (1986) eCRIADO BOADO (1988: 155, 1989: 118). Do cotejo destes dous tipos de evidencias tentara-secaracterizar agroclimáticamente a zona de estudo, practicando umha valorac;om agronómica que ajudea medir a potencialidade agrícola, o influjo sobre determinadas áreas e a adicac;om potencial nelas,como parámetros que possibilitam a ocupac;om e explotac;om do espac;o como antes se tem posto derelevo.

Umha primeira aproximac;om ao clima do período Atlantico é a que nos oferece a palinología.Como hípotese de trabalho seguira-se o modelo paleoclimático proposto por AIRA, CRIADO e DIAl

33

ANTOM FERNANDEZ MALDE

FIERROS (1986:160), definido para a Serra do Barbanc;a. Segundo estes autores o clima no períodoAtlantico tería sido mais cálido e húmido que o actual, condic;ons que determinaríam o c1imaxecológico da sera nesse período. As repercusons mais importantes no meio natural seríam asseguintes: bosco mais desenvolvido com predomínio do Quercus; um maior desenvolvimento depraderas de gramíneas; e solos mais profundos que os actuais. Destes dados e outros pode-se deduziro predomínio de bosco aberto com amplas pradeiras ou como já apontavamos antes umhavegetac;om típica do monte baixo (AIRA 1986, LOPEZ 1986, SAA 1985, e TORRAS 1984).

A nivel geral nos pólenes arvóreos refléxa-se a incidéncia dum clima mais cálido e mais húmidono retraimento do Corylus (o qual espalhara-se no Boreal, num momento de suavidade climática emais humidade, ainda que Galiza limitara com áreas frias), cum desenvolvimento do Quercetum, eespécies termófilas como a Tilia e Ulmus

Especial interesse tem a proposta climática de M. Magny (1982), oferecendo um esquema globaldo clima desde o 7000 BP na Europa Occidental e Nórdica, dentro do contexto da Circulac;om GeralAtmosférica. O autor sostem que desde o período Atlantico acontece um desprazamento de Norte aSul do M.C.G.A., cujo eixo central teria ocupado no 7000-6000 BP. umha posic;om maisseptentrional que na actualidade. Este esquema explicaría o domínio de rasgos específicos emEscandinávia e a Europa do Norte (diminuc;om de temperatura e acusada humidade) (MAGNY,1982:148).

A climatología para Galiza viría da sua posic;om na zona de prodomínio das massas de ar tropicalatlantico, cum clima mais cálido que na actualidade. Da distancia a zona de perturbac;ons situada noeixo Escócia, Mar do Norte, Escadinávia Sul, e a Europa do Norte, pode deduzir-se um descenso noregime de precipitac;ons que na actualidade, devido ao desprazamento do cinto de pertubac;ons, quehojendia atingem mais intensamente.

Pese ao genérico destes dados, e nom contar polo de agora com anál ises na comarca, só podemosaventurar a teor da síntese anterior que o caracter cálido do clima pudo ter repercutido no descensodo período de giadas, cum acrescentamento da potencialidade agrícola, sobretudo nas zonas daMontanha, como tem sinalado CRIADO BOADO (1988:155). Por outra parte a entrada dos ventoshúmidos do NE. provintes do cinto de perturbac;ons, afectaría em maior medida as terras altas, aoserem as primeiras unidades de relevo em entrar em contacto com estes ventos, por mor daorientac;om NO. do relevo da comarca no seu conjunto. Segundo disto, podemos considerar que adiferenciac;om climática entre as marinhas e a montanha funcionaria no período Atlantico na zonaem estudo.

5.4 A rela~om com as vias naturaisNa distribuic;iom espacial das mánoas destaca a vinculac;om, tanto na distribuic;om geral como em

casos concretos, a vias naturais de comunicac;om e a caminhos, circuntancia posta de relevo porautores como MAClÑEIRA (1935 e 1944) e LOPEZ CUEVILLAS (1973), e descrita para diversas zonas(BELLO DIEGUEZ, CRIADO BOADO e VAZQUEZ VARELA, 1982, 1987). No caso concreto da zonaem estudo podem-se diferenciar neste sentido duas zonas diferenciadas, mas interrelacionadas.

Umha primeira via, é a que comunica as chairas altas com os blocos baixos como o de Coirós-ALapela através do Monte do Gato. Esta via comec;a no grupo de mámoas de Pena Moura, situadas asbeiras do caminho do Monte do Gato (que comunica estas terras altas com os blocos inferiores nestetramo central da comarca). Seguiria o grupo da Pena dos Bulhos, Cruz de Campo Janeiro no meio domonte. As mámoas seguem as beiras do caminho que vai do Fontelo a Queimada polo Monte doGato, assim comunicam-se com as mámoas num plano inferior, e estas comunicam com as do grupoCoirós-A Lapela no seguite bloco mais abaixo. Esta via natural de transito está a pór em relac;om aMontanha com a Marinha, dous hábitats diferentes, que permite aceder a distintos recursos.

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Contexto ambiental e implicac;:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanc;:os, Caliza),

Nas chairas altas da Montanha atopamos a segunda via. Neste caso as mámoas situam-se as beirasda estrada que vai de Monte-Salgueiro a Curtis; o que permitiria artelhar o transito nessas inmensaschairas. Esta via já viria da zona de Sobrado e Curtis, para enlazar com o grupo de Murugeses,seguindo com as branhas de Queimada, Brueiro, Porto Moeiro e a Pena Moura, mais adiante as deAs Carreiras até chagar as de Monte-Salgueiro.

Porém, na bibliografia consultada sobre vias e caminhos velhos só achamos a hipótese do possívelpasso por este sector, da via romana Per Loca Maritima formulada por L. MONTEAGUDO (1955:300). Mas só é coincidente com as mámoas dos planos de Coirós/A Lapela e Pedrapartida, nos que arela<;om directa com os caminhos nom é tam evidente como tal vez se pudera deducir umha análiseem conjunto com os outros grupos. Para época medival na cartografia fornecida por FERREIRAPRIEGUE (1988) nom aparece nengum caminho neste sector, si aparece curiosamente a beira do rioMandeo, um caminho que chega até o Buriz. Esse era o caminho que ia de Betan<;os as Pontes deGarda Rodríguez, Ribadeu e Viveiro, umha das rotas jacobeas do norte galaico, com mámoas asbeiras, mas a espera de as fazerem um estudo.

6. PROPOSTA DE INTERPRETA~OM DA RELA~OM DOS DADOS AMBIENTAIS EARQUEOLOCICOS.

Que significa<;om tem o emprazamento predominante das mámoas em zonas de monte baixo comsolos pouco fundos e medianamente bem drenados?

Cremos que teriamo-Io que por em rela<;om com o sistema agrário de tala e queima descrito paraestas comunidades através do registo palinológico (DIAZ FIERROS, TORRAS e VAZQUEZ VARELA,1975: 51; BELLO, CRIADO, VAZQUEZ VARELA, 1982a, 1982b, 1985, 1987; LOPEZ 1986; RAMILREGO, 1993) e os complexos materiais em pedra talhada (CRIADO BOADO, 1981) e pedra polida(FAB REGAS VALCARCE, 1988: 61 ;)

A repercusom sobre as comunidades vegetais da pouca profundidade dos solos, como já temoscomentado, manifesta-se no menor crecimento e entidade das mesmas, facto que fazilita umha tarefadeforestadora para comunidades que possúem como elenco tecnológico a pedra polida; pola contraos grandes exemplares vegetais desenvoltos em terras profundas som um importante elementolimitador nas tarefas de deforesta<;om como tem posto de manifesto as práticas experimentais de LeRoux na Bretanha.

Outra circunstancia a por de relevo é a influencia da textura na facilidade de laboreo da terra,onde texturas com porcentagens do 80% e 70% de areias grosas e o 20% e 30% de areias finas,limos e arxilas som asequíveis a um laboreo com aixadas de pedra polida, frente aterras maiscompactas com níveis do 50% em areias grossas e 50% em areias finas, limos e arxilas.

Enquanto a adaptabilidade edafológica e climática dos cereais que supostamente poderiam sercultivados, o trigo é mais apropriado para os solos mais pesados e húmidos (de maior profundidade)em condi<;:ons cálidas, e a cebada e o centeio toleram melhor os solos mais ligeiros, secos e ácidos,ademais de serem cultiváveis em latitudes relativamente elevadas (CHAMPION, GAMBLE,SHENNAN, WHITTLE, 1988: 165).

Estas considera<;ons de caracter geral, para nos tem o interesse de plantejar a prática do sistema dero<;as num território onde até há poucos anos aínda se praticava. As chousas eram as fincas elegidaspara este fim, que depois de cavadas e queimadas se aravam, nom é raro ver as pegadas dos sulcosaínda hoje perto dos túmulos. Botavam como semente trigo, cebada, centeio e as vezes avea. Nas terrasde montanha desta regiom central da comarca nom se bota trigo por que nom se dá, facto relacionávelcom a pouca profundidade destes solos frente a capacidade de enraizamento que oferecem as terrastrigueiras da comarca. As terras ro<;adas rendiam adequadamente polo geral dous anos; no primeiro

35

ANTOM FERNANDEZ MALDE

nom se podia botar centeio, já que "o solo tinha muita for<;:a, e cando a espiga saía, dobrava-se", poloque se botava nesse ano cebada ou avea; no segundo ano já se botava o centeio. Posteriormente a fincasementava-se a tojo para a regenera<;:om do solo e a opten<;:om de estrume para o leito das cortes.

Por outra parte as consequencias degradantes nos solos da montanha por mor do desmantelamentoarvóreo com a tala e queima, se registam hoje en dia na incidencia que a queima tem na potencia<;:omdos processos erosivos, situa<;:om agravada pola composi<;:om granulométrica destes solos, cuja fazilidadede laboreo propícia enormemente. Dito processo é descrito na Serra do Barbanza para o períodoAtlantico e a primeira parte do sub-boreal, nas análises palinológicas, através do descenso do polem doQuercetum mixtum junto a umha notável presen<;:a de Cal luna, indicadora da degrada<;:om do solo,fenómeno associado segundo AIRA, CRIADO e DIAZ FIERROS (1986: 160 ss), ao vencelhodeforesta<;:om/erosom.

Estas consequencias negativas derivadas da tala e queima, assim como a considera<;:om de que achousa cultivada a ro<;:as rende dous anos puderam estar relacionados com o carácter disperso dameirande parte destas necrópoles

O vencelho entre a distribui<;:om espacial dos túmulos e as vías naturais de passo, podería reflectir aprática dumha agricultura itinerante motivada pola necessidade de colonizar novas terras a teor dasconsequencias negativas derivadas da tala e a queima assim como o esgotamento da terra, circunstanciaposta de relevo por autores como BELLO, CRIADO e VAZQUEZ VARELA (1982) para o caso galego emgeral, ou RODRIGUEZ CASAL (1989) para a zona de Jalhas. Para outras zonas há documentada aprese<;:a de habitats de comunidades neolíticas, como no caso dos povoados da área de Sinespertencentes a um Horizonte Vale Pincel I (segunda metade do V milénio a princípios do IV) (SOARES eTAVARES DA SILVA, 1979 e 1981), asentados em zonas chás e sobre terreos areosos em princípiopouco aptos para umha agricultura intensiva, onde a produc<;:om estava orientada cara a explota<;:om dosrecursos marinhos e umha trasumancia estacional (ARNAUD, 1982). No nosso caso esta hipotéticaagricultura itinerante pensamos que estaria complementada pola gaderia. Se bem é certo que a ganderiaé um processo lento e que a importancia dos produtos derivados da mesma estám descritos já para ummomento calcolítico (HARRISON e MORENO, 1985), estamos a pensar numha complementaridade dotipo que cumpre o gado semi-selvagem que é criado nestas terras [3]. Ainda que as bestas andarem soltastem proprietário que as conhece e cuida, já que teem um indudável valor económico. As bestas pastamlibremente em montes comunais ou fincas privadas, controladas polo seu propritário que sabe se asausencias som debidas ao roubo, aos lobos ou ao estrabio das mesmas, é como se for umha liberdadevigiada. O valor económico destas bestas depende fundamentalmente da sua carne, os cavalos quetambém som valiosos porque podem ser vendidos como animais de monta, as carnes destas vacas estámcomo reserva, quando se precissa de carne vai-se ao monte e se mata umha vaca. Esta prática está jáquase desaparecida.

Por outra parte, a presen<;:a do vaso tetralobulado do Buriz (na comarca de Guitiriz, colindante com azona em estudo), cumha decora<;:om relacionada com o centro e sul da Península Ibérica (CARROOTERO, GARCIA MARTINEZ e GONZALEZ REBOREDO, citado em RODRIGUEZ CASAL, 1990:118),suscita o plantejamento dos contactos intercomunitários, junto a sua rela<;:om com o énfase noasinalamento das vías de passo para fazerem-se.

4.6 Perspectivas da investiga~om

As novas perspectivas na investiga<;:om do femómeno megalítico na comarca de Betan<;:ostencionan contrastar as hipóteses exprimidas no capítulo de interpreta<;:ons. A contrasta<;:om da

[ 3 ] Recentenmente CRIADO, INFANTE e VAQUERO (1992) tém chamado a atemc;on sobre a relac;om entre jazigos

arqueológicos (entre eles túmulos) e gado "semi-doméstico" na zona da Serra do Bocelo.

36

Contexto ambiental e implicar;ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanr;os, Caliza).

hipótese climática que aqui temos utilizado como o suposto caracter agrário destas comunidadesmegalíticas pode verificar-se accedendo ao registo palinológico da zona. A tal efeito, em

colaborac;:om com o professor Vidal Romaní e a sua equipa da Universidade da Corunha,pretendemos efectuar umha série de análises palinológicas através das sondagens em branhas perto

dos conjuntos megalíticos aqui estudados, como na própria ria de Betanc;:os. Das branhastencionamos por umha parte, reconstruir o clima para a zona da montanha e a sua vegetac;:om e vercomo vai evoluindo desde o nível mais antigo até a actualidade; e por outra, detectar polem de

cerais ou espécies que estám associadas ao sistema de tala e queima para verificar o caracteragrícola destas comunidades. A ria de Betanc;:os apresenta um importantísimo valor documental jáque nom só fornece umha reconstrucc;:om cI imática através das anál ises pal inológicas ou dos

foraminígenos, senom que o estudo dos depósitos sedimentares ademáis de informar-nos de aspetosclimáticos e biológicos pode indicar-nos ciclos de intensificac;:om agrícola como tambén poder situa­

los no tempo através quer da cronologia absoluta quer da cronologia relativa.

Um segundo grupo de actuac;:ons tendentes a verificac;:om das nossas hipóteses a escavac;:om dasmámoas de maneira selectiva, segundo as suas características, a relac;:om com o meio ambiente evias de transito e a sua posic;:om a respeito de outras mámoas. Nom só interessaria confirmar

hipóteses, senom afundar no conhecimento dos dous tipos de necrópoles que cremos ver nesta zona:as necróples de tipo aberto e diseminado, como o grupo de Pena Moura, e pola contra necrópolescum grande sentido de espac;:o funerário tanto pola proximidade dos moimentos como polos lugares

buscados para empraza-Ias, tal como o caso da Chousa de Soutelo, onde num pequeno sainteencontramos sete mámoas.

Segundo a localizac;:om dos grupos de mámoas pode-se ir intuindo zonas de possível habitac;:omque planteja a necessidade de delimita-las e poder quando menos praticar algumha cata desondagem para sabermos se umha hipótese acertada.

Por outra parte a proximidade da ria de Betanc;:os e um ambiente marinho planteja a necessidadedumha propecc;:om intesiva nessa zona cara mais adiante tentar ver as relac;:ons, se as houver, entreum zona de recursos marinhos com núcleos de montanha distantes uns 15 ou 20 Km. Ao mesmo

tempo, e agora que temos definidos os grupos com precisom é interessante tomar mostras para aanálise palinológica, tanto de paleosolos dos túmulos, como das abondantes branhas da zona, paracaracterizar ambientalmente as distintas unidades de relevo onde se acham os moimentos e ver se

confirmam as nossas hipóteses.

Os plantejamentos do trabalho tencionam apresentar umha comarca interessante pola sua riquec;:ade jazigos e contraste físico mas excasamente estudada e se situam no marco de estudos ja c1ássicos

que plantejaram e centraram o problema do modo de producc;:om destas comunidades neolíticasDIAZ FIERROS, TORRAS e VAZQUEZ VARELA (1980b), ou CRIADO BOADO e RODRIGUEZCASAL (1983), ou por último BELLO DIEGUEZ, CRIADO BOADO e VAZQUEZ VARELA (1982b,

1982c). Mas desde aqui quigera chamar a atenc;:om sobre a necessidade de realizar trabalhos sobreáreas pequenas como a nossa que permitam umha quantificac;:om senom exacta sim clara da relac;:om

dos túmulos com o seu meio, já que as vezes os macro-estudos perdem o detalhe da variedade decondicionantes dos ambientes onde se emprazam os moimentos e basean a sua explicac;:om emaspetos excessivamente genéricos. Por outra parte, ainda que para a nossa zona a prática dumha

agricultura de tala e roc;:a é possível, a hipótese do papel complementar da gaderia te-lo que

confirmar as futuras excavac;:ons, ou de nom ser possível pola acidez dos solos observar que faunaaparece em regions vinhas do Cantábrico, assim como o papel da cac;:a e a relac;:om que noCantábrico tem co microlitismo geométrico.

37

ANTOM FERNANDEZ MALDE

APENDICE 1. OS RESTOS DE ARQUITECTURAS PETREAS

Embora as camaras ou restos das mesmas conhecidas nom disponham de todas as medidas necesárias ­sobretudo as alturas- para o calculo da fore;a de trabalho e a relae;om desta com o número de populae;omrequerida, neste apendice plantejaremos a sua descripe;om e análise.

Das 85 mámoas catalogadas 11 apresentam algum resto pétreo relacionável com os esteios das possíveisestruturas arquitectónicas internas. Entre este conjunto há cinco casos chamativos, trata-se por umha partedas camaras das mámoas nº 26, 33, e 46, por outra parte os restos do que pudo ter sido umha anta comcorredor na mámoa nº 3, e por último um conjunto de oito posíveis chantos na mámoa nº 79 de difícilinterpretae;om tanto pola disposie;om dos chantos que semelham indicar umha anta com coirredor, e o factoda mámoa estar parcialmente arrasada. Em conjunto, tal como chegarom a nós estas cámaras, estámcompostas por 4 ou 5 esteios, que nunca ultrapassam em anchura do metro, as antas tendem a formasquadrangulares. Em tamanho as mais significativas em orde de importancia som a nº 26, composta por cincoesteios cumha altura visível duns 70 cm mais umha grande tapa rota por mor da violae;om, de 1,60 m. delargo por 1,40 de ancho e 25 cm. de grosso; a nº 33 composta por quatro esteios cumha altura visível quevaria entre os 50 e 70 cm.

Nos restantantes seis casos documentamos a presene;a da parte superior de possíveis chantos que deixamao descuberto os furados de violae;om.

Relacionado com o problema das camaras, chamou-nos El atene;om a violae;om da mámoa nº 16, já que ogrande e profundo furado de violae;om apresentava um contorno de aspeto poligonal, cujos oito segmentoseram rectilíneos, dando a sensae;om como se for onde apoiaram os esteios da possível anta. Um casosemelhante tivemos a oportunidade de ve-lo recentemente na necrópole de Santa Marinha (Samos) ondedumha anta poligonal na violae;om levarom dous esteios que deixarom na massa tumular a sua impronta. Sebem estes casos som anedóticos, temos documentado grandes violae;ons tanto no seu diámetro como polaprofundidade, que cremos em relae;om com o processo de desmonte das antas acobilhadas nas mámoas.Outros grandes furados de violae;ons timhamo-Ios amplamente documentados e nos plantejamos comprovara semelhane;a em dimensons com os antes citados, mas nom os podiamos escolher atendendo só a umhavariável já que se esta só fossem os eixos mais da metade dos que dispomos as medidas das violae;onsultrapassavam os 5 metros, se porém seguiamos as profundidades algo mais da metade também passava-sedos 0,5 m. e isto nom se correspondia com a realidade já que nom eramos conscientes que houver umhapropore;om tam grande de túmulos com essas violae;ons (Fig. 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19,20,21,22).

Fig. 11

-~-~1--

I ! \\,~ Ir-~

---'

38

Fig. 12

o 30~

Cm.

Contexto ambiental e implicar,:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanr,:os, Galiza).

Fig. 13

Fig.15

Fig.17

m.

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o 5. --m.

5

39

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m.

Fig.14

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Fig.16

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Fig.18

• 'm. M

ANTOM FERNANDEZ MALDE

Fig.19

5---m.

Fig.20

o 5

o 5 O 5- - - - - -m. m.

Fig.21 Fig.22

NUMERO GRUPO T-NS T-EO T-H V-NS V-NS V-P V-ORT COURA<::A

3 AS CARREI RAS 19,5 20,5 1,5 12 7 1 SES13 BRANHA DO PORTO MOEIRO 24,8 25,5 3 4,8 5 0,816 BRANHA DO PORTO MOEIRO 18 19,2 1,5 5 3,7 119 BRANHA DE BRUEIRO 24,4 28,7 3 5,2 4,5 0,75 NO29 BRANHA DE QUEIMADA 20,3 21 1 9,5 3,5 0,5 SE31 BRANHA DE QUEIMADA 21 20 1,7 6 6 0,536 CHOUSA DE SOUTELO 21,4 20,6 2 6,6 6 0,75 NS39 CHOUSA DE SOUTELO 20,5 20,4 2 7,2 4,5 0,75 SES49 MONTE DAS MOAS 17 15 1,3 4,5 2,3 0,552 MONTE DAS MOAS 13 13,7 1 4 3 0,558 MONTE DAS MOAS 20 18,4 1,3 5,6 4,2 0,565 PENA MOURA 17,4 18,4 1,25 5,3 5 0,5 nº 473 PENA MOURA 23 24 2,5 5,8 2,9 0,5 E nº 483 MONTE DO FELGA 17,4 8,6 1 4,7 4 0,5 O nº 4

40

Contexto ambiental e implica\=ons socioculturais do Megalitismo das Sacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Setan\=os, Caliza).

Finalmente estabelecimos umhas medidas padrom atendendo as dimensons dos eixos eprofundidades das violayons das mámoas nº 16, 36 e 39, que claramente reflexam o anteriormentedito, para conhecer que outros túmulos cumpriam estes critérios que um dos eixos fosse igual oumaior que tres metros, e que possuira umha profundidade igual ou maior que 0,5 m. os resultadosaforom os seguintes:

Polo geral coincidem as mámoas mais grandes com as violayons de maior tamanho, estas violayonspodem indicar o ainco e ansia dos violadores ante estes grandes túmulos sem conter esteiosnecessáriamente [4], mas também podem ser indicadores de processos de desmonte de esteios comoacontece no caso das mámoas nº 36 e 39 de Chousa de Soutelo, a nº 3 e 16, (Fig. 23, 24, 25).

Anteriormente temos plantejado a possibilidade de que os esteios da mámoa nº 3 corresponder aumha possível anta de corredor, o sentido da grande violayom semelha assim indica-lo. Este achadolembrou-nos umhas quantas violayons que polo seu sentido longitudinal tinham-nos chamado aatenyom, onde o caso da mámoa nº 3 seria o mais grande [5]. Do catálogo de túmulos com este tipode violayom os mais claros som os que cumprem os requisito que antes estabelecimos enquanto arelayom eixos e profundidade, este serie o caso das mámoas nº 3, 29, 73 e 49; aproximam-se a estegrupo as mámoas nº 67 e 76 que cumprem a eisigencia dos eixos mas só possúem umhaprofundidade que ronda os 40 cm. As mámoas nºll, 69 e 77 temo-las incluido já que a forma daviolayom lembram o tipo mencionado. Com isto estamos aplantejar a possibilidade que se houverumha anta de corredor na mámoa nº 3 quiyá também a houver nas mámoas nº 29, 49 e 73 a teor daviolayom (Fig. 13, 26, 27, 28, 29, 30).

APENDICE 2. TIPOS DE MAMOAS SEGUNDO SEUS EIXOS.

Se para a populayom considerada, composta por 85 mámoas, onde o eixo maior é de 25,5 m.,calculamos um número de 9 intervalos cumha amplitude de 2,212 obtemos a seguinte distrinuiyom:

Intervalos(0-7,8)(7,8-10)(10-12,2)(12,2-14,4)(14,4-16,7)(16,7-18,9)(18,9- 21,1)(21,1-23,3)(23,3-25,5)(28,7)

Eixos N-S17

17181017

9331

Eixos E-O16

172213

912

2

2

Se antedendos a representayom gráfica desta distribu iyom (Fig. 31 e 32) observamos umhacorrelayom entre os dous eixos, mas quigeramos chamar a atenyom na represenayom dos eixos N-S,na que eremos ver dous grupos de mámoas segundo os eixos que estarianm a definir dous grupos endefinitiva polo seu tamanho. seria um primeiro grupo de mámoas pequenas cujos eixos somcomprendido entre os intervalos 7,8 e 16,7, e outro grupo de mámoas grandes siutuadas entre osintervalos de 16,8 m. a 25,5.

[ 4 1Tal pode ser o caso asturiano dumha grande mámoa do Altula Mayá de algo mais de 30 m. de diámetro equase os dous metros de altitude, que contava cumha grande viola<;om mas a excavac;om de M. A. de Bias nomreveluo esteios nem as suas pegadas (BLAS CORTINA, 1981).

[ 5 1 Somos conscientes que este tipo de violacións podem ser devidas ao desmantelamento parcial do túmulopara fazilitar o acceso de carros no interior do túmulo para carregar os esteios.Em qualquer caso parece-nos interessante plantejar esta hipótese para futuros traba/hos.

41

ANTOM FERNANDEZ MALDE

Fig.13

12 (2,9 %)--_10(2,9%)8(2,9%)7(2,9%)

6(25,7%)

5(22,9%)

4(22,9%)

3(11,4%)2(5,7%)

Fig.24

Fig.26

o 5- --

o 5- m.-

9,,--------.~- -¡a-----------,

8

7

III

~ 6E'"E 5<l)

"'O

e 4<l)

E':::l 3Z

2

o 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Eixos em metros

Fig.23

Fig.25

o 5---m.

Fig.27

42

Contexto ambiental e implicac;:ons socioculturais do Megalitismo das Bacias do Mendo e Mandeo (Comarca de Betanc;:os, Galiza).

Fig.28

o 5•••

m.Fig.29

o 5- m.-

Fig.30

o 5Mm.M

Eixos N-S das mámoas.

18

16

14lI)coo 12E

'coE 10al-o~ 8al

E 6'::lZ

4

2

o7,8 10,0 12,2 14,4 16,7 18,9 21,1 23,3 25,5

Intervalos dos eixos em metros

Fig.31

25

20lI)cooE

'co 15Eal-o~ 10al

E'::lZ

5

Eixos N-S e E-O das mámoas

Ol-L..---r---~---r--""'----r--,....--~--~-~---J

7,8 10,0 12,2 14,4 16,7 18,9 21,1 23,3 25,5Intervalos dos eixos em metros

1---- Eixos N-S -- Eixos E-O

Fig.32

43

ANTOM FERNANDEZ MALDE

Estamos claramente ante unmha distribui<;om bimodal que pensamos claramente relevante dapresen<;a destes dous grupos. Para medir a verisimilitude destes grupos e ver se iam além da puracoincidencia investigamos o grau de rela<;om ou o concentrado dos mesmos através do coeficientede carrela<;om lineal de Pearson.

Os resultados forom de 0,000519 para o grupo cujos eixos som maiares de 16,8 m. e de 0,00386para as mámoas com eixos inferiores a 16,8 m. A sua interpreta<;om lineal daria umhaindependencia aleatória, mas para nós está a indicar que som em si grupos concentrados, tal e comoos temos definidos.

44

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