Capa OGMs Biosseguranca

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UNIVERSIDADE GUARULHOS Curso: Química Bacharelado Turma: CQB2012013NA638 Biossegurança Organismos Geneticamente Modificados – OGM’s - Transgênicos Nome: Mônica dos Santos Silva RA: 2013038318 Professor: Andréia Ramos de Jesus do Val

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UNIVERSIDADE GUARULHOSCurso: Química Bacharelado

Turma: CQB2012013NA638

Biossegurança

Organismos Geneticamente Modificados –OGM’s - Transgênicos

Nome: Mônica dos Santos Silva RA: 2013038318

Professor: Andréia Ramos de Jesus do Val

Guarulhos, 14 de maio de 2014.

Objetivo

Identificar a diferença entre organismos geneticamente

modificados (OGM’s) e Transgênicos.

Introdução

OGM é a sigla de Organismos Geneticamente Modificados,

organismos manipulados geneticamente, de modo a favorecer

características desejadas, como a cor, tamanho etc. OGM’s possuem

alteração em trecho(s) do genoma realizadas através da tecnologia

do DNA recombinante ou engenhariam genética.

Na maior parte das vezes que se fala em Organismos Geneticamente

Modificados, estes são organismos transgênicos. OGM’s e

transgênicos não são sinônimos: todo transgênico é um organismo

geneticamente modificado, mas nem todo OGM é um transgênico.

Um transgênico é um organismo que possui uma seqüência de DNA, ou

parte do DNA de outro organismo, pode até ser de

uma espécie  diferente. Enquanto um OGM é um organismo que foi

modificado geneticamente, mas que não recebeu nenhuma região de

outro organismo. Por exemplo, uma bactéria pode ser modificada para

expressar um gene bem mais vezes. Isso não quer dizer que ela seja

uma bactéria transgênica, mas apenas um OGM, já que não foi

necessário inserir material externo. Sempre que você insere um DNA

exógeno em um organismo esse passa a ser transgênico. Pode haver

vantagens e desvantagens.

Organismos Geneticamente Modificados – (OGM’s)

Entende-se por organismo geneticamente modificado (OGM) todo o

organismo cujo seu material genético foi manipulado de modo a

favorecer alguma característica desejada.

Normalmente quando se fala em Organismos geneticamente modificados

refere-se aos organismos transgênicos, mas estes não são exatamente

a mesma coisa. Um transgênico é um organismo geneticamente

modificado, mas um organismo geneticamente modificado não é

obrigatoriamente um transgênico.

Um OGM é um organismo cujo material genético foi manipulado e um

transgênico é um organismo que possui um ou mais genes (uma porção

de DNA que codifica uma ou mais proteínas) de outro organismo no

seu material genético, ou seja, uma bactéria, por exemplo, pode ser

modificada geneticamente para expressar mais vezes uma proteína,

mas não é um transgênico, já que não recebeu nenhum gene de outro

ser vivo.

Em síntese, um organismo geneticamente modificado só é considerado

um transgênico se for introduzido no seu material genético parte de

material genético de outro ser.

Aplicações da Tecnologia dos Organismos Geneticamente

Modificados

Uma das aplicações mais importantes dos organismos geneticamente

modificados é a terapia gênica, ou Gene terapia, que se baseia na

introdução de genes nas células e tecidos de indivíduos que possuam

uma doença causada pela deficiência desse gene, técnica comum em

tratamento de doenças hereditárias. Embora seja uma terapia em

estado primitivo, tem revelado bons resultados.

Existem vários tipos de vírus, que são seres dependentes, ou seja,

precisam de outro ser para executarem o seu ciclo de reprodução,

introduzindo o seu material genético dentro das células do ser

hospedeiro. Sinteticamente, os vírus lançam o seu DNA para dentro

das células hospedeiras, que por sua vez vai beneficiar dos

mecanismos de transcrição e tradução dessas células hospedeiras

para produzir mais copias do seu DNA, e por conseqüência do vírus,

infectando assim célula após célula.

Facilmente se percebeu que um vírus seriam um bom meio de levar

genes ao interior das células humanas, e assim surgiu a terapia

gênica utilizando os vírus como vetores. Para isso utiliza-se a

técnica do DNA recombinante, retirando o vírus que causa a doença

viral, e introduz-se o gene de interesse a levar as células

humanas.

Com isto é possível introduzir um gene de interesse nas células

somáticas (já que de momento é ilegal aplicar a terapia gênica a

células germinativas) para corrigir uma doença provocada pela

ausência ou defeito desse gene, possibilitando deste modo a

produção da substancia correspondente a esse gene, e tratar o

distúrbio provado pela ausência dessa substância.

Como todos os Organismos geneticamente modificados surgem sempre

umas possíveis desvantagens. Neste caso, da terapia genética, os

distúrbios provocados por mutações em apenas um gene têm grandes

possibilidades de se verificar eficiência na terapia genética, mas

infelizmente, aqueles que são mais freqüentes (como doença

cardíaca, Alzheimer e diabetes) são causados pela combinação de

vários genes, fator que se revela altamente problemático usando a

terapia genética.

Produção de Proteínas

A tecnologia do DNA recombinante permite hoje em dia criar

proteínas a partir de bactérias. O melhor exemplo é o da insulina.

Os diabéticos precisam de insulina para manterem os seus níveis de

açúcar no sangue em equilíbrio, insulina essa que há uns anos atrás

era extraída do pâncreas de porcos para poder fornecer a população

diabética. Essa tinha várias desvantagens, como a óbvia necessidade

de se ter de matar um elevadíssimo número de porcos para obter uma

quantidade significativa de insulina, juntando o fato de esta ainda

poder originar alergias no receptor. O primeiro organismo

geneticamente modificado foi uma bactéria chamada Eschericia coli.

Esta foi modificada de modo a integrar o gene humano o responsável

pela produção de insulina. Posto isto, a bactéria passaria a

produzir a insulina humana em doses industriais, uma vez que o

processo de reprodução das bactérias é muito reduzido. Assim,

passaríamos a dispor das quantidades de insulina suficientes para

satisfazer a população mundial sem ter de sacrificar milhares de

porcos para esse efeito.

Para isto é introduzido o gene da insulina humano numa bactéria

pela tecnologia do DNA recombinante e assim esta bactéria passa a

produzir essa hormonal como se estivesse a “trabalhar para nós”.

Transgênicos

Um organismo transgênico é aquele que tem sua estrutura genética

modificada ou adquiriram, pelo uso de técnicas modernas de

engenharia genética, características de outro organismo, algumas

vezes bastante distante do ponto de vista evolutivo

(filogeneticamente).

Do ponto de vista legal (no Brasil): definida, como atividade de

manipulação de moléculas DNA/RNA recombinantes.

Transformação genética consiste da transferência (introdução) de

um ou vários genes em um organismo sem que haja a fecundação ou

o cruzamento, possibilitando a transferência de características

(genes) de plantas não relacionadas (ou seja, sexualmente

incompatíveis)

O DNA recombinanteA tecnologia do DNA recombinante consiste em identificar, isolar

e multiplicar genes dos mais variados organismos vivos.

TécnicaUtilizam-se para tal as enzimas de restrição e as enzimas de

ligação.

Fonte: http://www.accessexcellence.org/RC/VL/GG/images/inserting.gif

As principais e mais importantes culturas transgênicas existentes no mundo

Fonte: www.isaaa.org/resources/.../Brief37slides.pdf

A soja é provavelmente o alimento transgênico que existe em maiores quantidades pelo mundo (como o trigo). Existem vários tipos de soja transgênica, dependendo do gene que se insere nesta, mas a mais conhecida e plantada é aquela que recebeu um gene que lhe confereresistência a herbicidas. Esse geneé transferido de uma bactéria existente no solo chamada de Agrobacterium tumefaciens.

Fonte: www.isaaa.org/resources/.../Brief37slides.pdf

O milho geneticamente modificado é também conhecido por milho BT, poiso gene inserido na planta provém deuma bactéria chamada “bacillus thuringiensis”. Esta bactéria produz uma espécie de “veneno” que mata os insetos após estes se alimentarem do milho. Esta técnica permite que deixe de haver destruição dos campos por parte dosinsetos, e assim deixa de ser necessário percorrer os campos com um pulverizador tóxico.

Fonte: www.isaaa.org/resources/.../Brief37slides.pdf

O algodão é também um produto transgênico comercializado, em que as enzimas introduzidas, (tais comoa CrylA da bactéria Bacillus thuringiensis, e a Nitrilas da bactéria Klebsiella pneumoniae) oferecem uma maior resistência contra larvas e contra herbicidas. O objetivo desta produção é reduziras perdas de algodão devido a ataques de insetos, e redução na utilização de herbicidas.

Fonte: www.isaaa.org/resources/.../Brief37slides.pdf

A colza é outro transgênico muito conhecido como óleo de canola.É uma planta de onde é extraído o azeite de colza, que é utilizado naprodução de biodiesel. O gene inserido na colza adiciona a capacidade de resistência a vários tipos de pesticidas. O gene é retirado de uma bactéria que possuiresistência a vários produtos tóxicos, nomeadamente da Bacillus amyloliquefaciens. Assim quando a plantação for pulverizada ocorre a destruição da maior parte de pestese não há modificação na colza.

Fonte: www.isaaa.org/resources/.../Brief37slides.pdf

Um dos transgênicos mais falados é o arroz dourado, que possui dois genes retirados de narcisos (plantas de inverno) e um gene retirado de uma bactéria, estes codificam uma substancia chamada beta-caroteno, que é precursor da vitamina A. Assim o arroz é fortalecido com vitamina A, sendo considerado como uma vantagem específica para os países subdesenvolvidos, que tem uma fracaem alimentação e carenciada de vitaminas como esta.

Fonte: www.cpt.com.br/imagens/enviadas/materias

O tomate transgênico foi desenvolvido para não amolecer durante o amolecimento, evitando assim perdas durante o transporte eo armazenamento. Esta característica permite manter o tomate na planta até este se tornarvermelho e saboroso, ao contrário do tomate normal, que é colhido verde e nunca chega a desenvolver omesmo sabor. O tomate foi modificado para produzir menos 10% do nível normal de uma das enzimas responsáveis pela degradação das paredes celulares do fruto e conseqüente amolecimento durante o processo de amadurecimento.

Obtenção de uma planta transgênica

1. Deve-se identificar o gene de interesse em outra espécie

de planta, animal, bactéria etc;

2. Isolar esse gene de interesse;

3. Inserir esse gene em um vetor (que vai "fazer a entrega");

4. Transformar geneticamente, ou seja, transferir esse gene

para o tecido da "planta";

5. A partir deste tecido regenerar uma nova "planta";

6. Analisar e testar a eficiência do processo de

transformação;

7. Analisar a segurança do material;

8. Testar em campo para verificar a característica de

interesse;

9. Aprovação por órgãos competentes e comercialização.

Esquema simplificado de inserção de DNA

Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/transgenicos/

Métodos Físicos

Micro injeção: por meio de agulhas microscópicas manipuladas

mecanicamente. É injetado o gene de interesse no interior do

núcleo da célula alvo. O contra tempo desta técnica é que tem de

ser feito célula a célula, e é muito mais difícil regenerar uma

planta a partir de uma única célula isolada. Esse método é mais

utilizado em animais como , cães, rãs, coelhos, camundongos,

ratos, carneiros entre outros.

Métodos Biológicos

Bactérias: É um método no qual o gene de interesse é inserido em

uma bactéria (Agrobacterium tumefasciens ou A. rhizogenes) e esta

"faz a entrega" ou seja, insere o

gene de interesse na célula vegetal.

Vírus: É muito semelhante ao método da bactéria, porém o vetor

utilizado é um vírus.

Gerações de Transgênicos

1ª Geração - resistentes a herbicida, doenças e a vírus.

2ª Geração - características nutricionais.

3ª Geração - à síntese de produtos especiais, como vacinas,

hormônios, anticorpos e plásticos.

Prós e contrasA polêmica dos transgênicos tem argumentos consistentes de um lado

e do outro. 

Prós

O alimento geneticamente modificado pode ter a função de prevenir,

reduzir ou evitar riscos de doenças, através das plantas

modificadas geneticamente para produzirem vacinas ou iogurtes

fermentados com OGM’s que estimulem o sistema imunológico. Um

feijão com a inserção de um gene da castanha do Pará, por exemplo,

passa a produzir metionina, um aminoácido essencial para a vida.

O uso de transgênicos pode reduzir o uso dos agrotóxicos

(herbicidas, inseticidas e fungicidas) mais danosos, que podem

causar sérios problemas aos seres vivos e a produção agredirá menos

o meio ambiente.

As plantas geneticamente modificadas podem adquirir resistência ao

ataque de insetos, de pragas e à seca ou até mesmo tornarem-se

menos vulneráveis à geada.

Através da resistência obtida, a planta sofre menos interferências

de pragas e doenças, aumentando, assim, a produtividade agrícola

através do desenvolvimento de lavouras mais produtivas e menos

onerosas.

O aumento da produção de alimentos, onde especialistas afirmam

podem reduzir o problema da fome.

ContrasO lugar em que o gene é inserido não pode ser controlado

completamente, o que pode causar resultados inesperados uma vez que

os genes de outras partes do organismo podem ser afetados.

Há um considerável aumento do número de casos de pessoas alérgicas

a determinados alimentos em virtude das novas proteínas que são

produzidas pela alteração genética dos alimentos. 

Riscos ambientais como o aumento considerável de resíduos de

pesticidas.

A uniformidade genética leva a uma maior vulnerabilidade do cultivo

porque a invasão de pestes, doenças e ervas daninha sempre é maior

em áreas que plantam o mesmo tipo de cultivo (monocultura). 

Pragas e doenças poderão tornar-se resistentes se houver a

transferência do gene resistente para eles.

Curiosidades sobre os transgênicos 

O primeiro organismo geneticamente modificado (OGM) ou

transgênico criado foi a bactéria Escherichia coli, que sofreu adição

de genes humanos para a produção de insulina na década de 1980.

Em 1981 alguns cientistas produziram, na Universidade de Ohio, o

primeiro animal transgênico, transferindo genes de outros animais

para um rato.

Em 1983 foi obtida a primeira planta transgênica: uma planta de

tabaco resistente a um tipo de antibiótico.

A primeira vacina geneticamente modificada criada foi contra a

hepatite B, em 1984.

As plantas geneticamente modificadas resistentes a insetos, vírus

e bactérias foram testadas em campo pela primeira vez em 1985.

Em 1987, no Reino Unido, foram adicionados genes em plantas de

batata para que estas produzissem mais proteínas e aumentassem o

seu valor nutricional.

Em 1990 foi criada a primeira vaca transgênica para produzir

leite com proteínas do leite humano para crianças.

O primeiro experimento bem-sucedido em campo ocorreu em 1990 pela

empresa Calgene com plantas de algodão geneticamente modificadas

resistentes ao herbicida Bromoxynil.

Em 1994 foi aprovado para a comercialização o primeiro produto

destinado a alimentação proveniente da biotecnologia vegetal: o

tomate transgênico Flavr Savr TM, que tem seu amadurecimento

retardado.

Foi aprovada em 1994 a primeira planta transgênica, desenvolvida

pela Monsanto, uma variedade de soja designada Roundup ReadyTM,

resistente a um herbicida (glifosato).

O arroz dourado, enriquecido com betacaroteno, foi desenvolvido na

Alemanha em 2000.

Quem produz e vende...

LEIS SOBRE TRANSGÊNICOS

Proteger a diversidade e a integridade do patrimônio genético do

país;

A Lei da Biossegurança funciona através da CNTBio;

Esta estabelece as normas e mecanismos de fiscalização que

regulamentam qualquer atividade que envolva organismos

geneticamente modificados e seus derivados.

Esta portaria regulamentou para o emprego do símbolo transgênico

em produtos que

contém transgênicos. Com isso todos os produtos produzidos com

alimento

transgênico deve ter na embalagem um símbolo de um triângulo com

a letra T

que significa transgênico, deve estar num local visível da

embalagem para que o

consumidor saiba que aquele produto foi formulado com alimento

transgênico.

Conclusão

Os transgênicos surgiram para minimizar os custos e aumentar a

produção.

Muitas dúvidas existem, algumas com fundamentos técnicos, outras

somente com indagações, sem embasamento.

Porém os OGM’s foram amplamente estudados,

Demonstrando que, a longo prazo, não causarão danos

maiores que as espécies convencionais;

Conclui-se que a tecnologia transgênica, possui mais

vantagens cientificamente comprovadas, do que desvantagens,

que ainda são superficiais;

É claro que estudos devem ser contínuos e cada vez mais

avançados;

Tornando estes produtos cada vez mais confiáveis e seguros.

Bibliografia

http://ciencia.hsw.uol.com.br/transgenicos5.htm

http://ciencia.hsw.uol.com.br/transgenicos8.htm

 http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios

http://noticias.ambientebrasil.com.br/

http://pt.wikipedia.org/wiki/OGM

http://veja.abril.com.br/120809/popup_negocios.html

http://wiki.softwarelivre.org/Sementes/http://www.agrural.com.br 

http://www.agroecologia.org.br/noticiashttp://

http://www.cib.org.br/pdf/FAO1.pdf 

http://www.ctnbio.gov.br/

http://www.etcgroup.org/en/

http://www.greenpeace.org/brasil/transgenicos/

http://www.monsanto.com.br/

http://www.mundovestibular.com.br/articles/10405/1/Organismos-

Geneticamente-Modificados-ou-OGM/Paacutegina1.html

http://www.portaldoagronegocio.com.br/

http://www.valoreconomico.com.br

https://www.fao.org.br/