Armand-Jean du Plessis, Cardeal de Richelieu: "o diabo veste batina vermelha"

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1 Lígia Camarão Índice Introdução............................................................................................. 2 Antecedentes......................................................................................... 3 Luis XIII................................................................................. 3 A França de Luís XIII…………………………………….............. 3 Armand-Jean du Plessis, Cardeal de Richelieu………………………… 4 A chegada………………………………….................................... 4 A politica do bispo………………................................................ 5 A politica interna do Bispo de Luçon……………………………. 6 As revoltas da Rainha-Mãe……………………………………….. 7 A Subida do Cardeal.................................................................. 7 Iniciam-se as guerras……………………………………………… 8 La Rochelle………………………………………………………….. 9 «O Diabo veste uma Batina Vermelha»…………………………. 9 A guerra dos Trinta Anos.......................................................... 10 A Morte do Cardeal………………………………………………... 10 Conclusão…………………................................................................... 11 Imagens……………………………………................................. 12 Bibliografia………………..................................................................... 13

Transcript of Armand-Jean du Plessis, Cardeal de Richelieu: "o diabo veste batina vermelha"

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Lígia Camarão

Índice

Introdução............................................................................................. 2

Antecedentes......................................................................................... 3

Luis XIII................................................................................. 3

A França de Luís XIII…………………………………….............. 3

Armand-Jean du Plessis, Cardeal de Richelieu………………………… 4

A chegada………………………………….................................... 4

A politica do bispo………………................................................ 5

A politica interna do Bispo de Luçon……………………………. 6

As revoltas da Rainha-Mãe……………………………………….. 7

A Subida do Cardeal.................................................................. 7

Iniciam-se as guerras……………………………………………… 8

La Rochelle………………………………………………………….. 9

«O Diabo veste uma Batina Vermelha»…………………………. 9

A guerra dos Trinta Anos.......................................................... 10

A Morte do Cardeal………………………………………………... 10

Conclusão…………………................................................................... 11

Imagens……………………………………................................. 12

Bibliografia………………..................................................................... 13

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Introdução

"Se Deus tivesse proibido o vinho, porque o teria feito tão saboroso?", esta foi

uma das frases pronunciadas por Armand Jean Du Pleiss, Cardeal de Richelieu. Duque e

político Francês, sendo por último primeiro-ministro do Rei Luís XIII, de França, que se

tornou no arquitecto do absolutismo real na França e da liderança Francesa na Europa.

Nascido a 9 de Setembro de 1585, torna-se no jovem Bispo de Luçon, em 1607.

Foi nomeado Cardeal em 1622, acabando por fazer parte da corte Francesa a convite e

impulso da Rainha-Mãe, Maria de Médicis. Quando Luís XIII o nomeia primeiro-

ministro, não fazia ideia de que este homem viria a transformar a França na principal

nação da Europa.

Richelieu deixa-nos um enorme contributo da sua vida e obra, com o Testamento

Politico de sua autoria. Através do mesmo, podemos compreender como era grande a

sua astúcia, inteligência, ambição e também poder. Através desta obra Richelieu

deixava marcada a sua presença na história, fazendo com que jamais a sua passagem

fosse esquecida.

Este trabalho pretende mostrar, de uma forma objectiva, as principais atitudes e

medidas tomadas tanto pela Corte Francesa, como pelo Cardeal Richelieu, que começa

por se tornar num dos homens mais louvados da França e acaba por se transformar num

dos mais odiados, o apelidado “Diabo de Batina Vermelha”.

Acreditava que o Rei era responsável perante Deus e não perante a Igreja, os

nobres ou o povo. Richelieu sabia usar os espiões de um modo bastante eficaz o que lhe

permitia suprimir toda a oposição.

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Antecedentes

Luís XIII

Luís XIII1, foi um monarca francês nascido, em 1601, no Palácio de Fontainebleau

onde, ganhou o pseudónimo de – O Justo. Filho de Henrique IV2 (primeiro rei da Dinastia

de Bourbon) e de Maria de Médicis3 (que viria a ser regente do reino de França durante a

menoridade do seu filho Luís XIII).

Torna-se Delfim de Viennois, em 1601 e sobe ao poder em 14 de Maio de 1610

como Rei de França e de Navarra, tendo como Regente4 sua mãe, Maria de Médicis que,

mostrando ser uma monarca obstinada, se cerca de conselheiros italianos de entre os quais

se salienta Concino Concini e sua esposa, Leonor Galigai (ambos florentinos).

Este casal, consegue influenciar a Rainha-mãe a aproximar-se cada vez mais da

Espanha, acabando assim por renunciar aos antigos planos do falecido marido.

Assim que atinge a maioridade, Luís XIII, sobe ao poder no entanto, apresentava

ainda uma personalidade ainda pouco atilada e vê-se dominado por Concino Concini5 (que

acaba por ser assassinado, em 1617, por estímulo do rei e a conselho do seu amigo

Henrique d’Albert6).

Armand-Jean du Plessis, Cardeal de Richelieu

A chegada

Nasceu em 1585, e antes de deixar Roma para seguir para França7, é nomeado bispo

de Luçon8, pelo papa e torna-se num bispo modelo, em total harmonia com o Concílio de

Trento, que por sua vez incentivara a reforma do clero.

1 Pertencia à Dinastia de Bourbon, que surge entre os séculos XVI e XVIII (1589-1792). 2 Henrique IV (Henrique III, Rei de Navarra) 1553-1610, descendente de Luís IX, cunhado de Henrique III

(11ª geração de São Luís IX). 3 Nasce em Florença em 1573 e morre em Colónia em 1642. Foi Rainha consorte de França e segunda esposa

de Henrique IV. 4 Luís XIII tinha apenas 9 anos de idade quando o seu pai Henrique IV faleceu. Veja-se, LEVRON, Jacques,

História da França, Circulo de Leitores, Lisboa, 1976, p.-56. 5 Homem bastante forte e do período de regência. 6 Duque de Luynes. 7 Chega a França com apenas 23 anos de idade. 8 No Pitou. Cf., LEVRON, Jacques, História da França, Circulo de Leitores, Lisboa, 1976, p.-57.

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Paris chamava intensivamente toda a atenção do Cardeal, devido às constantes

instabilidades políticas, que por sua vez lhe pareciam oferecer a esperança de um dia

colocar em prática todos os seus planos e desejos.

Quando em 1610 Henrique IV é assassinado, a entrega do trono passa para Maria de

Medicis, visto que Luís XIII era ainda menor. É então neste ambiente de transferência de

tronos, que o Cardeal decide tentar a sua sorte e dirige-se à capital.

Na sua chegada a França é recebido, à porta do palácio episcopal, por um grupo

restrito de pessoas9, cerca de 20 ou 30. No entanto, sendo o bispado de Luçon posse da sua

família, os populares têm de aceitar Richelieu.

Quando Concini foi assassinado, Maria de Medicis foi afastada da corte. Por sua

vez Richelieu começa a integrar-se na política e acaba por ocupar o lugar de secretário10 de

Estado para assuntos de Defesa e Relações Internacionais11.

O Bispo começa, por se fazer notar através da sua inteligência e da sua vontade

pertinaz de trabalho incansável. Em 1622, torna-se Cardeal e abandona assim a diocese de

Luçon. Dois anos mais tarde entra para o Conselho de Estado e no mesmo ano é nomeado

Primeiro-Ministro. Angariando cada vez mais poder e sabedoria, em pouco tempo, passa a

dirigir os negócios da França, período que se prolonga por cerca de 20 anos,

inclusivamente, após o desaparecimento do duque de Luynes12.

O Cardeal torna-se cada vez mais cobiçoso e altivo, dirigindo a França, durante

cerca de 18 anos, com um único objectivo13, o de converter a monarquia em poder absoluto

dentro do Estado.

Rei e Cardeal trabalharam juntos durante 18 anos, tornando-se a ambição de

Richelieu cada vez mais forte nos seus objectivos e bem assim até os duques regionais que

tinham algum poder dentro do reino, começam a ficar anulados pela sua influência.

É ainda de salientar as constantes tentativas de fidelidade para com Luís XIII, que

Richelieu executava. Mas em muitas delas, o rei parecia não depositar a sua confiança, e

como tal não deixava de o considerar suspeito.

«Du Plessis: todos o conhecerão como o primeiro-ministro da França, o Cardeal -

Duque de Richelieu14.»

9 Já antes fora avisado, do acolhimento frio que teria naquela cidade Francesa, onde os protestantes eram a

maioria da população. Cf. Grandes Personagens da História Universal, Volume III, Abril Cultura, Brasil,

197, p.-669. 10 Lugar que era ocupado por Concino Concini. 11 Cf., RICHELIEU, Testamento Politico, revisão cientifica de Diogo Pires Aurélio, Circulo de Leitores,

Lisboa, 2008, p.-15. 12Grande amigo e confidente do rei, morto em 1621. 13 Cf. Grandes Personagens da História Universal, Volume III, Abril Cultura, Brasil, 197, p.-669.

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A França de Luís XIII

A nobreza começa a agitar-se a partir do momento em que o rei atinge a sua

maioridade. O tesouro encontra-se praticamente vazio e quase sem recursos.

Maria de Médicis, decide convocar os Estados Gerais do reino. Estes, por sua vez,

observam os cadernos onde estão colocados os impostos e acabam mesmo por denunciar o

peso dos mesmos e as suas despesas excessivas, acabando por reclamar reformas. A partir

daqui começam a surgir novas revoltas dos Grandes acabando por eclodir uma nova guerra

de religião, que fica marcada pelo cerco de Montauban15 onde, finalmente, após 3 anos de

atormentadas desavenças (1621-1624), Luís XIII decide colocar no poder do seu governo,

Armand-Jean du Plessis Richelieu16.

Embora o rei tenha atingido a sua maioridade, Maria de Médicis continua a

governar e acaba por aliar a Espanha à França, realizando-se, em 1615, o casamento17 de

Luís XIII com a Infanta Ana da Áustria, filha de Filipe III, Rei de Espanha. Desta união

resultou os protestos dos huguenotes contra a Rainha Mãe.

O resultado de uma união pouco feliz, deu em que só passados vários anos, em

1638, Ana de Áustria18, consigadar ao Rei e à França, um filho, o futuro Luís XIV19.

Maria de Médicis, tenta ainda refugiar-se no seu governo de Anjou e, numa última

tentativa, incita a população a revoltar-se contra o governo de seu filho, mas sem grande

sucesso acabando por se reconciliar20 com ele. Finalmente Luís XIII pode reinar de

maneira activa, inteligente e num ambiente envolto por um pouco de mistério, acabando

por achar que a sua sorte está em ter encontrado um grande ministro para o auxiliar, o

Cardeal de Richelieu.

14 Vide, Idem, Ibidem, p.-670 15 Cerco efectuado em 1621. 16 O Famoso cardeal e duque de Richelieu (1585-1642) 17 O matrimónio acontece a 28 de Novembro de 1615 18 Ana de Áustria, tem ainda outros filhos. 19 Que irá ganhar o nome de “Rei-Sol” 20 Já com a ajuda de Richelieu a fazer as pazes com o filho. Veja-se, História Universal Comparada, Correio

da Manha, Lisboa, 1999, p.-254.

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A Política do Bispo

Após a sua chegada à cidade francesa, Richelieu, um jovem de espírito forte, pouco

se importou com as frias boas vindas, por parte dos populares21.

Nos primeiros dias, trata apenas de melhorar o aspecto do palácio episcopal22.

Luçon apresentava-se como uma cidade bastante tristonha e degradada sendo que, os seus

habitantes já apresentavam indícios de doenças epidémicas tais como febres originárias dos

pântanos que cercavam a região. Assim, depois de tomar as necessárias providências para

as reformas no palácio, Richelieu vai começar a inteirar-se dos problemas da diocese e do

estado.

Em pouco tempo e com várias viagens efectuadas, consegue conhecer todos os

membros da sua diocese, o Bispo trata com desvelo sobretudo a educação religiosa dos

seus membros, procurado ao mesmo tempo trabalhar na transmutação dos protestantes da

região

Com a anuência da Regente23, os protestantes tinham conseguido adquirir uma

grande independência24. Isto jamais poderia ser tolerado pelo Bispo, como uma razão

aparentemente religiosa, onde alguns franceses prosseguiam com uma politica altamente

prejudicial ao reino francês, apelando assim para a ajuda estrangeira.

No inicio do seu testamento politico, o Cardeal começa por descrever a situação em

que a França se encontrava naquela altura:

«Quando V.M. se resolveu a conceder-me a entrada nos seus Conselhos e, ao

mesmo tempo, grande lugar na sua confiança para a direcção […] os huguenotes

partilhavam convosco o Estado, que os grandes se comportavam como se não fossem

vossos súbditos e os mais potentes governadores das províncias como se fossem soberanos

nos seus cargos»25

-Richelieu in Testament Politique-

21 Populares da cidade de Luçon. 22 Apresenta-se como um velho prédio, praticamente em ruínas mostrando a decadência em que a cidade se

encontrava. 23 Maria de Médicis. 24 Tudo isto graças às suas praças de segurança que formavam um verdadeiro Estado dentro do próprio

Estado. Cf., LEVRON, Jacques, História da França, Circulo de Leitores, Lisboa, 1976, p.-57. 25 Cf., RICHELIEU, Testamento Politico, revisão cientifica de Diogo Pires Aurélio, Circulo de Leitores,

Lisboa, 2008, p.-61.

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Através desta breve citação do seu testamento politico, é de notar a ideia que

Richelieu tinha da França antes do seu aparecimento. Ou seja antes da vinda do Cardeal,

tudo era um caos, caos esse que devia de ser evitado (como esta escrito no capitulo I do

Testamento Politico), através das reformas a que o rei deveria proceder para evitar o

regresso desse caos.

Na forte opinião do Cardeal, o Papa, o Rei e todas as diversas ordens da nobreza e

do clero, não eram suficientes para manter a ordem. O cardeal não via o rei como summa

potestas, mas sim como alguém que é detentor de uma autoridade incumbida que por sua

vez o ultrapassa e que esta presente tanto na pessoa do Papa, como no conjunto de direitos

que limitam a sua relação com os súbditos26 (visto que são direitos considerados naturais).

Toda a situação que se estava a passar em 1624 quando o Cardeal se torna Primeiro-

Ministro, tratava-se de uma luta não apenas pessoal, salientando só as causas do ambicioso

Cardeal, que por sua vez estava a promover o seu rei, mas sim também de uma luta entre a

concepção politica e de autoridade de tipo senhorial, que reconhece assim o seu soberano e

também os restantes domínios de carácter privado.

O governo dos príncipes tinha assim a obrigatoriedade de assegurar uma justiça

ligada á ética e que por conseguinte deverá impor-se universalmente, agindo assim numa

concertação dos diversos domínios em caso de guerra.

«Não se podia tolerar por mais tempo o procedimento daqueles a quem V.M. tinha

confiado o leme do seu Estado sem destruir tudo, e por outro lado, não se podia também

mudá-lo todo de uma vez sem violar as leis da prudência, que não permitem que passemos

de um extremo a outro sem um meio-termo.»27

-Richelieu in Testament Politique-

Richelieu lamentava a divisão da religião, e como tal ao longo do anos, tudo tentou

para levar os protestantes a abraçarem a confissão católica. «Que apresenta o mau estado

em que a Igreja estava no inicio do reinado, aquele em que ela está agora e o que é

preciso fazer para a pôr naquele em que ela devia estar».28

26 Cf., RICHELIEU, Testamento Politico, revisão cientifica de Diogo Pires Aurélio, Circulo de Leitores,

Lisboa, 2008, p.- 17. 27 Veja-se, Idem, Ibidem, p.- 62. 28 Veja-se, Idem, Ibidem, p.-101.

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Após violentos conflitos entre católicos e protestantes os quais, já no fim do século

XIV, haviam dividido e desorganizado o país, a França entrava agora num período de nova

afirmação do catolicismo e Luçon era como um grande centro protestante, sendo assim um

dos principais alvos da acção missionária da Igreja Católica.

«Paris vale bem uma missa»29

- Luís XIII-

Desta forma inicia-se então a conquista da Igreja sobre os “hereges huguenotes”30.

A Politica Religiosa do Bispo de Luçon

Richelieu embora muitas vezes o demonstrasse, rejeitava uma política desligada da

experiência, também não se mostrava muito apologista de uma condução dos negócios do

Estado, baseados apenas na verdadeira necessidade e no ocasionalismo. Como é então de

salientar, ao longo da sua fantástica obra, encontramos três importantes condições, que

explica exactamente o porque desta politica do Cardeal. Nomeadamente: a crença em Deus;

a crença na razão e a crença na compatibilidade entre razão e Deus.

O Bispo de Luçon, começa a ganhar prestígio e conhece várias figuras públicas de

alto valor no poder, sendo uma delas Francisco le Clerc du Tremblay31, que era o mais

designado dos capuchinhos32, que haviam recebido um robusto apoio por parte do Bispo.

Por sua vez, também se ansiava por uma “nova” Igreja Católica, que fosse

politicamente forte e absorvente na mentalidade e exclusivamente religiosa. Visto que os

conflitos eram cada vez, uma realidade constante, este “sonho” desvanecesse, com os

conflitos cada vez mais visíveis. É nesta altura, que cada vez mais se pensa que no Bispo,

como alguém que poderia modificar e muito a situação.

Um homem inteligente e ambicioso a nível pessoal, o bispo de Luçon, parecia a

pessoa indicada para percorrer as posições complicadas, nos locais de discussão da época.

Era acima de tudo bastante necessário que um bispo fosse uma pessoa humilde e

caridosa, que apresente grande sentido de piedade e um enorme coragem, para assim poder

fazer um zelo correcto pela Igreja e por conseguinte, pela salvação das almas.

29 Veja-se, Idem, Ibidem, p.-19. 30 Como eram chamados os protestantes adeptos da seita calvinista., Cf. Grandes Personagens da História

Universal, Volume III, Abril Cultura, Brasil, 197, p.-672. 31 Conhecido na região apenas como, Padre José. 32 Frades capuchinhos da Ordem dos Franciscanos. VIDE, Idem, Ibidem, p.-672.

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Assim sendo, não só o Padre José como outras figuras líderes do movimento, vão

incentivar cada vez mais o Bispo a proceder ao movimento de renovação do catolicismo,

sendo o Bispo uma figura cada vez mais prestigiada e ganhando lugares de destaque no

ambiente político, desde que pudesse agir em beneficio da Igreja.

Bastante estimulado por tais forças, o Cardeal vira agora toda a sua atenção de

Luçon para Paris e a Rainha Maria de Médicis, consegue descobrir o talento político do

jovem Bispo de Luçon e faz-lhe o convite para assessorá-lo33.

«Não há ninguém que não saiba que as ordens que são de pura politica na Igreja

podem e devem muitas vezes ser alteradas segundo a evolução dos tempos.»34

-Richelieu in Testament Politique-

Maria de Médicis, encontrava-se encantada com a inteligência e o bom senso do

jovem Bispo. A partir de agora o caminho encontra-se aberto para o Bispo e este vai saber

aproveitá-lo da melhor maneira possível sendo, de início, o responsável por apaziguar

focos de rebeldes da nobreza.

Richelieu, torna-se muito próximo da Rainha Regente e forma um grupo de

devotos, sendo ele o porta-voz político do renascimento católico francês, ainda mais agora

que a Espanha visava numa nova reorganização da Europa com o intuito de instituir a

cristandade católica unida.

Richelieu, sempre se manteve muito fiel às suas crenças religiosas, e isso ficou

registado em diversos pontos da sua obra (Testamento Politico). Desde os direitos que os

vários eclesiásticos tinham, passando várias reformas dos mosteiros que Rechelieu

afirmava serem necessárias, para assim reformas as casas que já estavam estabelecidas e

travar assim a construção excessiva de novos estabelecimentos. Como diria Richelieu, «o

que se faz para o Estado, faz-se para Deus»35

33 Sendo este um dos primeiros contactos de Richelieu com o poder. Veja-se, Grandes Personagens da

História Universal, Volume III, Abril Cultura, Brasil, 1971, p.-672. 34 Cf., RICHELIEU, Testamento Politico, revisão cientifica de Diogo Pires Aurélio, Circulo de Leitores,

Lisboa, 2008, p.- 125. 35 Veja-se, Idem, Ibidem, p.-141.

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As Revoltas da Rainha-Mãe

O Bispo de Luçon, acaba por oferecer cada vez mais os seus préstimos e dedicação

ao rei Luís XIII, e isso notava-se através de toda a organização quer politica, quer religiosa,

que o Bispo era responsável.

Desde as novas regras, para o comércio das letras, sobre quem poderia ou não

usufruir do conhecimento das letras, passando pelos meios necessários para acabar com os

abusos cometidos pelos graduados no que consta à obtenção de benefícios.

Também a justiça, passa a ser mais controlada pelo Bispo, o que por sua vez fez

com que fossem abordados cada vez mais, as desordens da justiça, condenando aqueles

(oficiais de justiça), que usurpassem a autoridade do Rei.

Resumido, Rechileu foi aos poucos e poucos, infiltrando-se em todos os aspectos do

reino, certificando-se sempre, de que cada parte do Estado permanecia nos limites da sua

própria fronteira. As suas acções e decisões, serviram sempre para influenciar o Rei e por

conseguinte para lhe mostrar que tudo o que Rechelieu fazia, era em bem da nação, para a

nação e para manter sempre a imagem do Rei, livre de qualquer acusação.

Tal apoio e adoração, não estava a acontecer com a sua mãe, Maria de Médicis que,

por duas36 vezes, se junta a nobres descontentes com o objectivo de conspirar contra o Rei,

seu filho, Luís XIII.

Mas nas duas vezes surge o jovem Bispo, para acalmar os ânimos e reconciliar mãe

e filho (de forma calculista, Richelieu, trabalha pacientemente e pelo seguro, no sentido de

se aproximar cada vez mais de Luís XIII).

Em 1621, morre Luynes e a subida política do Bispo acelera-se acabando por se

tornar oficialmente Cardeal, em 1622. No ano seguinte, o seu nome é falado a Luís XIII

pela sua mãe, visto que era necessário um primeiro-ministro. O Rei como sempre tímido e

pouco interessado no assunto, preferia passar os dias ocupado em passatempos como a caça

e a resistir a estas ideias de Estado.

Mas esta resistência torna-se cada vez menor, visto que é mesmo necessário alguém

para conduzir o governo Francês e, finalmente, em 1624, Richelieu é já primeiro-ministro:

«Enquanto o rei caça raposas, o Cardeal Governa o Pais»37.

36 Primeiro em 1618 e depois em 1620. 37 Veja-se, Idem, Ibidem, p.-676.

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O controlo e o poder do Cardeal

Decidido a fortalecer a qualquer preço o poder da monarquia, o Cardeal, não tem

qualquer problema em fazer inimigos em todas as camadas sociais pois para o povo que

sofre com a sua politica de impostos, o homem a quem chamam Cardeal era como o diabo

em pessoa, de batina vermelha. «[…] o primeiro fundamento da felicidade de um Estado é

o estabelecimento do reino de Deus»38

Nos seus primeiros meses de governo Richelieu, dedica-se a examinar as

dificuldades em que o país de encontrava, e um a um, vai conseguir alinhar os problemas

que no seu ponto de vista mais enfraquecem o Estado, tais como: os huguenotes, a alta

nobreza que subleva províncias inteiras contra a autoridade real, de maneira a procurar um

sistema feudal que ainda está longe de ser completamente extinto, o tesouro que estava

cada vez mais pobre, os subornáveis agentes do governo, o comércio exterior que estava

cada vez mais dominado por estrangeiros, assim como uma marinha real que era

praticamente inexistente e incapaz de proteger França, quanto a futuros ataques. Ou seja, o

Cardeal estava presente em todos os problemas do Estado e do país.

Torna-se então notório a partir desta altura, também um enorme interesse por parte

do Bispo em “controlar” também o conselho do Rei. Segundo Rechelieu, um bom reinante,

era aquele que não tomava as decisões apenas por si próprio de maneira presunçosa, sem

querer saber a opinião do seu Conselho, mas sim aquele que deve permanecer sempre na

mente do soberano, que mesmo sendo capaz de agir por si mesmo, tem em conta todo o seu

Conselho, mostrando assim carácter modesto e ajuizado.

Um Rei é capaz de obter um bom governo se obtiver um Conselho hábil, pois os

Estados mais felizes, são aqueles que conseguem manter um funcionamento entre Rei e

Conselho. É disso que depende a felicidade dos Estados, segundo Rechileu no seu

Testamento Politico.39

É ainda de salientar que com este ponto de vista da ligação forte do Rei aos seu

Conselho, Rechelieu, consegue persuadir o Rei sobre que capacidade deveria um

conselheiro ter;

38 38 Cf., RICHELIEU, Testamento Politico, revisão cientifica de Diogo Pires Aurélio, Circulo de

Leitores, Lisboa, 2008, p.- 255. 39 Cf., RICHELIEU, Testamento Politico, revisão cientifica de Diogo Pires Aurélio, Circulo de Leitores,

Lisboa, 2008, p.- 220.

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«A capacidade dos conselheiros não supõe uma presunção pedantesca; não há nada mais

perigoso para o Estado que aqueles que querem governar os reinos pelas máximas que

extraem dos seus livros»40

Qual deverá ser a coragem de um conselheiro;

«A coragem de que agora se trata não requer que um homem seja ousado ao ponto de

desprezar os Estados»41

Qual a dedicação dos conselheiros de Estado;

«A dedicação não requer que um homem trabalhe incessantemente nos assuntos públicos;

pelo contrário, não há nada mais capaz de o tornar inútil que um tal procedimento»42

E por fim, quais as atitudes a tomar pelo Rei, perante o seu Conselho;

«[…]que tenha confiança neles e que eles o saibam[…], que lhes ordene que lhe falem sem

temor e os assegure de que o podem fazem sem perigo.[…], que os trate liberalmente, para

que acreditem que os seus serviços não ficaram sem recompensa.[…], que os apoie e os

mantenha tão abertamente que eles estejam seguros de que nada têm a recear[…]»43

Apesar de existirem algumas insistências por parte do Bispo, para que o Rei se

mantesse ciente dos problemas e restantes questões do reino, visto que Luís XIII

continuava a mostrar uma posição de falta de interesse sobre os problemas do estado,

preferindo deixar essas tarefas para o Cardeal e deste modo, aproveitar outros prazeres da

vida. O Cardeal por sua vez, aproveitava estas situações para manter controlada toda a

situação de modo favorável para o mesmo.

Contudo no pensar do Cardeal, existiam graves situações, onde o Rei deveria acima

de tudo prestar auxilio e também presença aos seus conselheiros e acima de tudo ao seu

povo. No caso da heresia, o Cardeal achava que o pais devia de lutar contra a mesma tanto

no interior como no exterior, para que assim sejam os chamados «bons franceses»44 .

Também ainda na opinião do Cardeal, era de salientar que se devia de proceder à

separação da política e da religião, focando-se assim nos problemas e interesses do reino.

40 Veja-se, Idem, Ibidem, p-221. 41Veja-se, Idem, Ibidem, p.-229. 42 Veja-se, Idem, Ibidem, p.-232. 43 Veja-se, Idem, Ibidem, pp.- 242-243. 44 Veja-se, Grandes Personagens da História Universal, Volume III, Abril Cultura, Brasil, 1971, p.-677.

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Iniciam-se as guerras…

No início, Richelieu, obteve vários apoios, mas à medida que começa a impor as

suas ideias na política de exterior, vai conseguindo uma distância dos “devotos”.

Em relação à política interna, Richelieu destruiu o poder político e a capacidade

militar dos huguenotes e deu continuidade à política absolutista de Henrique IV. Aliou o

partido católico "Dévot" e a hierarquia judicial. Esforçou-se por submeter os nobres, aos

quais proibiu os duelos (editos de 1626), 45e reprimiu as conspirações tramadas contra ele.

A sua administração, estava assinalada por reformas úteis nas finanças, no exército

e na legislação (código Michau).

Depois de algumas medidas levadas a cabo pelo Cardeal, os “devotos” mostram-se

bastante enfurecidos perante tais atitudes, principalmente no que consta à política interna

que castiga os huguenotes e à política externa que estipula alianças com nações

protestantes.

De uma maneira austera, Richelieu vai conseguindo executar com «pulso de

ferro»46 uma série de medidas que entende serem necessárias para o fortalecimento

monárquico e, por sua vez, do país. Estas medidas, vão dar origem a que em pouco tempo a

nobreza comece a conspirar para o seu declínio, formando-se assim uma espécie de partido

anti - Richelieu47.

Mas pouca sorte tiveram aqueles que conspiraram contra o Cardeal e contra o Rei,

dado que acabaram todos na cadeia.

A sua política de tributação entre as classes mais baixas acaba por criar um estado

de revolta endêmico em diversas províncias.

Resumindo, o Cardeal em nome da razão de Estado, e com apoio do Rei, pode

realizar as guerras que bem entendia.

«O Diabo veste uma Batina Vermelha»48

Com uma atitude sem piedade, o cardeal impõe em cada sector da administração

uma espécie de marca pessoal, pois nunca o país assistira a um ministro tão forte e

45 Cf., RICHELIEU, Testamento Politico, revisão cientifica de Diogo Pires Aurélio, Circulo de Leitores,

Lisboa, 2008, p.- 162 46Cf, Grandes Personagens da História Universal, Volume III, Abril Cultura, Brasil, 1971, p.-677. 47 VIDE, idem, ibidem, p.-677 48 VIDE, idem, ibidem, p.-678.

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prestigiado pelo rei, tal como nunca tinha privado com um tão impopular e odiado pelos

demais.

Os cortesãos temem a sua rigidez e o seu carácter arrogante, os nobres por seu lado

detestam-no e sentem-se fracos perante as várias situações, o povo sofre cada vez mais os

efeitos da sua política de impostos, que o leva a uma miséria cada vez mais deprimente e

profunda e vêm neste homem o sósia de Diabo.

Pôr toda a parte o Cardeal se encontrava minado de inimigos e nem ao Rei passa

despercebida esta impopularidade do seu primeiro-ministro, mostrando-se ele próprio, por

vezes irritado com a austeridade de carácter do Cardeal, mas acabando sempre por mostrar

uma visão de que o Cardeal apenas tenta reorganizar o país.

Depois de várias lutas e conflitos e de uma grandiosa vitória sobre os protestantes, o

Cardeal obteve por fim mais que motivos para uma aproximação ainda maior do Rei, no

entanto engana-se, pois Luís XIII começa a retirar-lhe poder e o seu apoio. Sobre pressão

da sua esposa Ana de Áustria e da Rainha-Mãe que se apresentavam negativas perante a

linha de política seguida pelo Cardeal, apoiam o rei nesta decisão.

Por breves momentos, Richelieu é obrigado a descuidar das suas tarefas, mas não

ousa deixar Luís XIII sozinho com a mãe (com medo que esta o incentivasse a demiti-lo).

A Guerra dos Trinta Anos

Richelieu pretendia lutar contra a Casa de Áustria, simultaneamente contra Espanha

e também contra qualquer Império que ameace a França em algumas das suas fronteiras.

Através deste objectivo, vai concluir alianças com os príncipes alemães, suecos e

dinamarqueses, não faltando as razões aparentes de guerra entre os príncipes protestantes

alemães e o imperador do Sacro Império Romano-Germânico.

As rivalidades entre católicos e protestantes e assuntos constitucionais germânicos

foram gradualmente transformados numa luta europeia. Richelei, apoiava assim os

protestantes da Alemanha na guerra religiosa que ficará conhecida como Guerra dos Trinta

Anos e que comprometerá directamente a França devido à sua de guerra à Espanha.

Apesar dos conflitos religiosos serem a causa directa da guerra, ela envolveu um

grande esforço político da Suécia e da França para procurar diminuir a força da dinastia dos

Habsburgos, que governavam a Áustria.

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A luta entre estes países tem início em 1618 e é chamada de Guerra Encoberta.

Durante cerca de 20 anos o Cardeal vai apenas limitar-se a mandar ocupar Valtelina49, com

o objectivo de causar danos ás comunicações da Espanha/Itália.

Mas os aliados de França acabam por se esgotar em 1635 e começa então o período

da guerra aberta. Os Espanhóis vão conquistar Corbie e chegam a ameaçar Paris, mas só na

Borgonha se conseguem apoderar de Saint-Jean-de-Losne.

Perante esta situação e com um exército de cerca de 100.000 homens, Richelieu,

retoma Corbie e manda ocupar Arras, em 1640 e por conseguinte Perpinhão e Rossilhão.

Torna-se esta na Guerra dos 30 anos (1618-1648).

Após longos anos de guerra, contanto com vários períodos de governancia, (periodo

Palatino-Boémio, periodo Dinamarquês, periodo Sueco e periodo francês), a guerra parece

estar prestes a ver um fim.

As hostilidades tiveram fim com a assinatura, em 1648, de alguns tratados como é o

caso da de Paz de Vestfália, e causaram sérios problemas económicos demográficos na

Europa Central.

La Rochelle

Para terminar este periodo de guerras durante a vida de Richelieu, é ainda de

salientar um periodo de grande importância na vida politica do Cardeal, que se deve ao

facto da questão de La Rochelle que se deu durante o mesmo periodo que acontecia a

Guerra dos 30 anos.

Por volta de 1627/28, Richelieu, decide lidar de forma bastante rígida com os

problemáticos huguenotes, protestantes franceses e decide fazer um cerco à cidade de La

Rochelle50 a qual, será ferozmente defendida por Guitton.

Por sua vez os ingleses apoderam-se da ilha de Ré, de onde acabam por ser expulsos

por Toiras. No fim e graças ás medidas tomadas51 pelo Cardeal La Rochelle, acaba por se

49 Pequeno vale alpino entre a França e a Itália. Cf, LEVRON, Jacques, História da França, Circulo de

Leitores, Lisboa, 1976, p.-59. 50 La Rochelle, era um porto de fácil comunicação com a Inglaterra. Cf, LEVRON, Jacques, História da

França, Circulo de Leitores, Lisboa, 1976, p.-58 51 Construção de um dique para fechar o porto. Veja-se LEVRON, Jacques, História da França, Circulo de

Leitores, Lisboa, 1976, p.-58.

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render no ano de 1628. Pouco depois de uma breve campanha no Languedoc, a guerra

finalmente termina e Luís XIII, assina o Perdão de Alais52.

A partir deste momento, sempre que uma conspiração é feita contra o Cardeal, este

castiga sem apelo e sem lamentar os conjurados, por mais poder que estes possam ter.

A Morte do Cardeal

Por fim, a 4 de Dezembro de 1642, o Cardeal de Richelieu morre e a guerra ainda

não havia terminado no entanto, o objectivo essencial de Richelieu de dar ao Reino

fronteiras naturais, estava por fim em vias de concretização.

«Os meus únicos inimigos, foram os inimigos da França!»53

52 Que restringia os privilégios dos reformistas, deixando-lhes a liberdade de culto. Cf., VIDE, idem, Ibidem. 53 Cf, Grandes Personagens da História Universal, Volume III, Abril Cultura, Brasil, 1971, p.-683.

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Conclusão

O objectivo deste trabalho centrou-se em mostrar os vários factores que

caracterizaram a vida do Cardeal Richelieu durante a Corte Francesa no tempo do Rei

Luís XIII, com destaque designadamente, no âmbito da sua subida ao poder e quanto às

suas políticas.

Várias foram as revoltas protestantes contra este homem e inclusive contra o Rei

que sempre demonstrou um grande desinteresse e total passividade, perante a situação

em que o seu povo e o seu país se encontravam.

Richelieu, mostrou ser um homem que acreditava no controlo total recorrendo,

sempre que necessário, à força para obter todos os seus objectivos. Com a sua atitude

granjeou inúmeros inimigos, quer a nível interno quer a nível externo salientando-se

como principais, no que diz respeito a estes últimos, a Áustria e a Espanha.

Para enfraquecer a Áustria, Richelieu, pagou à Suécia, aos Países Baixos e à

Dinamarca para lutarem contra um inimigo comum, os Habsburgo. Em 1631, a Áustria

Habsburgo, controlava a maioria da Alemanha e ameaçava dominar a Europa.

Estes foram alguns dos vários conflitos e guerras que o Cardeal ajudou a

fomentar com a sua sede de poder.

Richelieu foi ainda o criador do absolutismo real, coloca um fim aos privilégios

provinciais com a centralização administrativa e a instituição de intendentes. A sua

política de tributação entre as classes mais baixas criou um estado de revolta endémico

em diversas províncias.

Quando o Cardeal morre, em 1642, já este tinha treinado o seu sucessor, o

Cardeal Mazarin, para continuar a sua política e governar a França em conjunto com o

novo Regente de Luís XIV, o Rei-Sol, visto este ter apenas cinco anos quando sobe ao

trono.

No fim da vida de Mazarin, em 1661, já a França havia sofrido grandes

mudanças, o seu território tornara-se muito mais amplo, rico e forte, bem como havia

constituído o exército mais poderoso da Europa, vindo a ser Luís XIV o seu mais

importante Rei.

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I - Bibliografia

1. Bibliografia Geral

1.1. Obras especificas:

GREEN, V.H.H.,

Renascimento e Reforma, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1984

100 Maravilhas do Mundo,

Lisboa, Diário de Noticias, 2003

Grande Atlas Histórico, A História do Mundo,

Lisboa, Diário de Noticias, 2007

Onde, Quando e Como Aconteceu, Os grandes acontecimentos da História e

como mudaram o Mundo,

Lisboa, Selecções do Reader’s Digest, 1995

OLIVEIRA, Manuel Alves de,

Mini Enciclopédia, Lisboa, Circulo de Leitores, 1993

História Universal Comparada,

Lisboa, Correio da Manhã, 2000

LEVRON, Jacques,

Pequena História das grandes nações, História da França, Lisboa, Circulo de

Leitores, 1976

2.2. Obras Gerais:

19

Grandes Personagens da História Universal, Volume III,

Brasil, Abril Cultura, 1971

CARDIM, Pedro,

Grande História Universal, Volume XIV, A Contra-Reforma - A Guerra dos

Trinta Anos, Alfragide, Ediclube, [s.d.]

CARDIM, Pedro,

Grande História Universal, Volume XV, O Apogeu da Idade Moderna,

Alfragide, Ediclube, [s.d.]

VAUNOIS, Louis,

Le Roman de Luís XIII, 3ªed, Paris, Bernard Grasset, 1932

CARMONA, Michel

Maria de Médicis, Paris, Marabout, 1984