Stress Organizacional: O Caso das Empresas de Base Tecnológica Incubadas da Região Nordeste
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A DISPERSÃO ESPACIAL DA TRADIÇÃO NORDESTE NA REGIÃO AGRESTE DO
Valdeci dos SANTOS JÚNIOR
Professor do Departamento de História da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Coordenador do
Laboratório de Arqueologia O Homem Potiguar – LAHP-UERN. Doutorando em Arqueologia pelo Programa de
Pós-Graduação em Arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco-UFPE.
Resumo
Foi identificado na região Agreste do Estado do Rio Grande do Norte, um total de três sítios
arqueológicos com registros rupestres pintados que apresenta características temáticas e cenográficas
assemelhadas aos grafismos vinculados a tradição Nordeste. Este artigo discorre sobre a distribuição
espacial desses sítios levando em conta aspectos temáticos e a dispersão da tradição Nordeste no espaço
geográfico do Estado do Rio Grande do Norte.
RIO GRANDE DO NORTE
Valdeci dos SANTOS JR
2 / As origens das pinturas da Tradição Nordeste: difusão e diáspora
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1. Introdução
O Estado do Rio Grande do Norte possui
uma quantidade expressiva de sítios
arqueológicos com registros rupestres
gravados e pintados. As maiores
concentrações desses sítios estão situadas na
região do Seridó e na região Central com a
presença de tradições gráficas classificadas, de
forma preliminar, com várias pesquisas no
Nordeste brasileiro, tais como a tradição
Nordeste e Agreste (no caso dos registros
pintados) e da tradição Itaquatiaras (no caso
dos registros gravados). Uma dessas tradições gráficas de registros
pintados é a tradição Nordeste1 que aparece
com freqüência na região do Seridó potiguar,
onde foram efetuadas escavações científicas
que comprovam a presença humana desde
9.400 BP (MARTIN, 1999). Esse espaço
geográfico que abrange municípios dos
Estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba
foi denominado de área Arqueológica do
Seridó por pesquisadores da Universidade
Federal de Pernambuco.
Fig. 01 Localização da área Arqueológica do
Seridó. Fonte: PESSIS & MARTIN, 2002.
Uma das hipóteses de pesquisa menciona que
essa tradição gráfica teria seu epicentro na área
arqueológica de São Raimundo Nonato, no
sudeste do Piauí, onde pesquisas arqueológicas
comprovaram um intervalo temporal de sua
elaboração na região entre 12.000 a 6.000 BP,
e teria se espalhado para outras regiões do
Nordeste (pode ser encontrada na região
Central da Bahia, no vale médio do São
Francisco, no vale do Catimbau, no município
de Buíque no Estado de Pernambuco e no
sertão da Paraíba), chegando até a região do
Seridó potiguar em períodos cronológicos
ainda indeterminados.
Caso essa hipótese do epicentro piauiense
realmente esteja correta (a ser confirmada ou
não em pesquisas futuras), uma das possíveis
rotas de migração desses grupos pré-históricos
que dominavam a prática da Tradição
Nordeste, ao sair em direção a área
Arqueológica do Seridó, leva em conta a
utilização do Rio São Francisco como via
natural de percurso, depois adentrando nos
vales do Pajeú e do Moxotó, no Estado de
Pernambuco2, passando pela região dos Cariris
Velhos, no Estado da Paraíba3 até atingir o
Seridó potiguar. Essa provável rota migratória
com a região da Serra da Capivara no Piauí
vem sendo estudada por pesquisadores4 da
Universidade Federal de Pernambuco há várias
décadas, tendo como um dos critérios de
análise as representações humanas rupestres
do Seridó, com características de apresentação
gráfica assemelhadas com a subtradição
Várzea Grande (LEITE, 2004) assim como do
estilo Serra da Capivara, existente no Piauí.
Para as diversas manifestações da subtradição
Seridó, levantamos a hipótese da existência de
uma primeira leva migratória portadora de
uma forma de representação pictórica
semelhante ao estilo Serra da Capivara, fixado
nas pinturas do Parque Nacional Serra da
Capivara, no SE do Piauí. Nesse estilo, que
seria o mais antigo da subtradição Seridó,
predominam as figuras de animais sobre as
humanas e estas últimas são figuras singelas,
de traços simples, praticamente sem atributos,
adornos ou objetos relacionados a elas. Fileiras
de pequenos antropomorfos que parecem se
segurar pelas mãos é, também, características
desse primeiro estilo (MARTIN, 2008).
Com sua chegada na região do Seridó
potiguar, a Tradição Nordeste adquire algumas
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características gráficas regionais específicas,
com variações cenográficas em seus grafismos,
tais como a representação predominante da
cabeça dos antropomorfos em forma de “
cabeça de caju”5, e também com a adoção de
adornos culturais e utensílios que carregam
nos braços, ganhando a denominação de
subtradição Seridó6.
Fig. 02 Painel com grafismos da tradição Nordeste
– Subtradição Seridó – St. Arqueológico Furna do
Messias – Município de Carnaúba dos Dantas –
RN. Fonte: Gabriela Martin& Elisabeth Medeiros.
Fig. 03 Representação de cabeça em forma de
cabeça de Caju. St. Arq. Mirador. Parelhas- RN
Fig. 04 Representações de antropomorfos em
série. St. Arq. Mirador. Parelhas- RN.
Entretanto, algumas das características
gráficas7 da Tradição Nordeste, subtradição
Seridó aparecem também em grafismos
rupestres localizados em sítios arqueológicos
de outras regiões do Estado. Na região central
é possível observar raros antropomorfos em
série (figura 05) e determinados registros
recorrentes (figura 06) da área do Seridó e que
aparecem de forma intrusiva na Área
Arqueológica de Santana8.
Fig.05 Representações de antropomorfos em série
que aparece de forma recorrente na área
Arqueológica do Seridó – (e que aparece de forma
intrusiva na Área Arqueológica de Santana). St.
Arq. Saquinho I – Mun. de Santana do Matos
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Fig. 06 Representação de registro pintado que
aparece de forma recorrente na área Arqueológica
do Seridó – (e que aparece de forma intrusiva na
Área Arqueológica de Santana). St. Arq. Malhada
Funda – Mun. de Santana do Matos
Na região Agreste do Estado também é
possível observar variantes dessa dispersão,
com sítios arqueológicos apresentando
algumas dessas características.
2. A presença da Tradição Nordeste na
Região Agreste potiguar
É possível observar painéis de grafismos com
algumas das características da tradição
Nordeste nos seguintes sítios arqueológicos:
Sítio Serra de São Pedro, no município de Sítio
Novo; na Pedra da Boca, no município de
Araruna-PB (na divisa com o município de
Passa-e-Fica-RN) e na Pedra da Pintada, no
município de Monte das Gameleiras;
a) Sítio Serra de São Pedro – Mun. Sítio
Novo-RN.
Situado em formações rochosas localizadas no
sopé da Serra de São Pedro (próximo a um
pequeno olho d’água) apresenta painéis com
representações de antropomorfos e
zoomorfos, destacando-se em dimensões as
representações de emas (figura 07).
Fig. 07 Painel com representações de zoomorfos
Uma das características gráficas que chama a
atenção é a semelhança na elaboração da cabeça
da ema com o estilo “cabeça de caju” (muito
representado nos antropomorfos pintados da
região do Seridó) e a leveza de movimentos das
Emas com a presença das asas acima da parte
central do corpo (vide figuras 08 e 09).
Fig. 08 Representação de Ema. St. Serra de São
Pedro – Sítio Novo-RN
Fig. 09 Representação de Ema. St. Serra de São
Pedro – Sítio Novo-RN
(emas)
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b) Sítio Pedra da Boca – Mun.
Araruna-PB (divisa com Passa-e-Fica-
RN).
O local do sítio arqueológico está situado no
Parque Estadual de Araruna-PB e já foi
bastante depredado (embora seja um parque
estadual) e apresenta pichações de vândalos
em algumas áreas do sítio. As pinturas, na
maior parte de tonalidade avermelhada, ainda
estão preservadas por causa da altura em que
estão situadas atualmente (quase 03 metros em
relação ao nível do piso rochoso). Alguns
painéis foram afetados pela fuligem de fumaça
provocada por velas que são acesas em
adoração religiosa, pois existe uma imagem de
uma santa no local com uma pequena capela
(vide figura 10).
Alguns painéis de pinturas apresentam
representações de antropomorfos e zoomorfos
da tradição Nordeste com dimensões entre 05
a 15 cm, na cor vermelha (vide figura 11).
Alguns grafismos apresentam a cor amarelada
que pode ter sido fruto de processo de
elaboração da tinta e da oxidação da hematita
em contato com o intemperismo rochoso com
o passar do tempo.
Fig. 10 Visão dos painéis de pinturas, das
pichações (na parte mais baixa) e de parte do
pequeno altar da santa. Sítio Arqueológico Pedra
da Boca – Parque Estadual de Araruna-PB
Fig. 11 Detalhe de painel com antropomorfos e
zoomorfos da Tradição Nordeste. Sítio
Arqueológico Pedra da Boca – Parque Estadual de
Araruna-PB
c) Sítio Pedra Pintada – Mun. Monte das
Gameleiras-RN.
O sítio da Pedra Pintada (vide figura 12),
localizada no município de Monte das
Gameleiras-RN apresenta, em um dos setores
da formação rochosa granítica (existem outros
painéis de pinturas em outros setores que não
pertencem à tradição Nordeste), painéis com
representações de antropomorfos em série, na
tonalidade avermelhada, e com dimensões
entre 05 a 15 cm (vide figura 13). Os
grafismos que aparecem como representações
de antropomorfos estão em alinhamento
lateral, no sentido horizontal, mantendo
praticamente as mesmas dimensões em
termos de estatura (vide figura 14). Existem
seqüências com até vinte e sete
antropomorfos com pequenas variações em
suas morfologias (embora em alguns casos o
intemperismo rochoso e a água proveniente
das chuvas já tenha alterado a sua visualização
e praticamente feito desaparecer os
pigmentos).
Valdeci dos SANTOS JR
2 / As origens das pinturas da Tradição Nordeste: difusão e diáspora
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Fig.12 Visão da Pedra Pintada. Monte das
Gameleiras-RN
Fig. 13 Detalhe de antropomorfo. St. Pedra
Pintada- Monte das Gameleiras-RN
Fig. 14 Antropomorfos em série. St. Pedra
Pintada- Monte das Gameleiras-RN
3. Considerações
A presença de algumas dessas características da Tradição Nordeste em sítios arqueológicos da região Agreste do Rio Grande do Norte permite levantar a hipótese de dispersões dessa prática gráfica, com variações e modificações das características recorrentes na área do Seridó, para outras áreas do Estado Potiguar. A permanência na elaboração de antropomorfos em série, com as dimensões, tonalidades e sensações de movimentos assemelhadas às da tradição Nordeste, em grafismos situados em sítios arqueológicos no raio de 100 km da área arqueológica do Seridó (mesmo que de forma intrusiva) evidencia migrações de grupos pré-históricos ou parte desses grupos para outros ambientes, por motivos que desconhecemos. É possível observar essa particularidade gráfica e migratória no Estado Potiguar, em termos de algumas das características da Tradição Nordeste, na direção Leste e na direção Norte a partir da área arqueológica do Seridó; Entretanto, na direção do Alto-Oeste, tal migração parece não ter existido, pois não há sinais de registros pintados da Tradição Nordeste (mesmo com algumas dessas características).Um fator que pode ter impedido o avanço dessa migração gráfica da Tradição Nordeste na direção Norte é a elevação de serras intitulada de Serra de Santana (que atinge até 700 metros de altitude). Essa região, especificamente o platô da serra de Santana, pode ter funcionado como uma espécie de “fronteira gráfica9” ou “área de transição” entre características picturais diferenciadas, fato a ser constatado ou não em pesquisas futuras. Um fator que reforça esse argumento é que na região central do Estado (logo após a serra de Santana na direção Norte) só aparecem raros grafismos intrusivos da Tradição Nordeste, subtradição Seridó (mesmo sendo abundante a oferta de suportes rochosos). Já com relação à região Agreste do Estado a coisa muda de figura, no sentido geológico. Após os municípios de Monte das Gameleiras, Passa-e-Fica e Sítio Novo, na direção Leste e à medida que se aproxima do litoral, praticamente desaparece a oferta de suportes rochosos e não mais existem sítios
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Fig. 15 Mapa do Rio Grande do Norte com as
possíveis dispersões de algumas das características
gráficas da Tradição Nordeste, subtradição Seridó
(na direção Leste no espaço geográfico da Região
Agreste do Estado) e na direção Norte (na direção
da Serra de Santana). Fonte do mapa: Centro de
Geoprocessamento INPE arqueológicos com
registros rupestres, portanto, talvez jamais
saibamos se esses grupos humanos que
dominavam a prática da Tradição Nordeste ou
mesmo algumas de suas características chegaram
ou não ao litoral.
1 A tradição Nordeste apresenta em seus painéis
uma predominância de grafismos reconhecíveis
compostos por figuras humanas, representações de
animais, plantas, utensílios, artefatos e adornos.
Tem como principais características a narração e
diversidade de cenas com grafismos em pequenas
dimensões (geralmente entre 5 a 10 cm), com
sensações de movimentos e ação. Existe uma
predominância de representações antropomorfas e
zoomofas, e em menor número, os fitomorfos e os
utensílios/artefatos culturais. Os grafismos puros
(grafismos rupestres que não permitem uma
identificação segura em comparação com a nossa
realidade sensível) são minoritários. Algumas
cenas, tidas como grafismos emblemáticos, são
recorrentes e pelo seu caráter repetitivo e
localizações esparsas são um dos principais
identificadores da Tradição Nordeste
(MUTZEMBERG, 2007).
2 No Estado de Pernambuco existem informações
sobre a existência de pinturas da Tradição
Nordeste nos municípios de Afogados da
Ingazeira, Buíque e Ibimirim, dispostos ao longo
do vale do rio Moxotó e seus afluentes,
sobremaneira, nos contrafortes das serras que os
margeiam (BARBOSA, 2007).1 No estado da
Paraíba existem informações dessa Tradição nos
municípios de Camalaú, Congo, Queimadas, Pedra
Lavrada, Picuí, São João do Tigre e Zabelê
(AZEVEDO NETTO, 2007)
3 No estado da Paraíba existem informações
dessa Tradição nos municípios de Camalaú,
Congo, Queimadas, Pedra Lavrada, Picuí, São João
do Tigre e Zabelê (AZEVEDO NETTO, 2007)
Valdeci dos SANTOS JR
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4 Entre os quais, as pesquisadoras Anne-Marie
Pessis, Gabriela Martin, Adrienne Pinto e Marinete
Neves, além do pesquisador Ricardo Barbosa.
5 Uma segunda fase de atividade pictórica mais
intensa, na qual as cenas são mais complexas, com
aumento de adornos e atributos hierarquizados nas
figuras humanas, temos denominado estilo
Carnaúba É típico desse segundo estilo a
representação da cabeça humana de perfil, num
traço simples marcadamente expressionista que
lembra a forma da castanha de caju (Anacardium
occidentali ), conhecida como “cabeça de caju
continentes, embora em lugar nenhum apareça
representada tão repetidamente e com tanta
variedade de atributos como nas figuras humanas
do estilo Carnaúba.(MARTIN, 2008)
6 O termo subtradição define o grupo
desvinculado de uma tradição e adaptado a um
meio geográfico e ecológico diferente, que implica
na presença de elementos novos. (MARTIN,
1999). As principais características da subtradição
Seridó são o tamanho diminuto dos grafismos, a
utilização das cores vermelha,amarela, branca e
preta (por vezes formando conjuntos gráficos
policrômicos), dominância dos antropomorfos
sobre os zoomorfos e fitomorfos, tendência à
utilização de elementos materiais para identificar as
representações gráficas (variedades de cocares, no
caso de figuras humanas) e temáticas direcionadas
para representações sexuais, caçadas, rituais
cerimoniais em torno de árvore e figuras humanas
de costa a costa (MACEDO, 2005).
7 Dentre as características gráficas definiram
preliminarmente a Tradição Nordeste está à
presença de representações de antropomorfos em
série e registros emblemáticos (presença repetida
da representação de ações realizadas por figuras,
humanas ou não humanas, nas quais não é possível
identificar a temática e apenas se percebem
posturas e gestos que indicariam um marcador
emblemático que pode ser utilizado para
reconhecer uma origem cultural) (PESSIS, 2003),
(MARTIN, 2008).
8 Espaço geográfico com cento e cinco sítios
arqueológicos cadastrados compreendido pelos
atuais municípios de Angicos, Bodó, Fernando
Pedrosa, Itajá, Lajes e Santana do Matos no Estado
do Rio Grande do Norte.
9 O conceito de fronteira gráfica ainda estar por
ser construído, mas possivelmente deverá envolver
algumas características gráficas que normalmente
acontecem em determinados espaços (falando
especificamente do Estado do Rio Grande do
Norte e da Serra de Santana), tais como: a) área de
congruência de grafismos de tradições gráficas
diferenciadas, com alternâncias de predominâncias
desses grafismos, ora aparecendo de forma
predominante, ora de forma intrusiva; b) a partir
dessa área e da direção que tomam (os limites
espaciais variam em termos de intervalos
numéricos) passam a ocorrer diferenciações
gráficas, ora diminuindo a quantidade de grafismos
de uma determinada tradição (que passam a ser
intrusivos) e o aumento substancial de
grafismos/painéis de outra tradição minoritária
com características gráficas totalmente
diferenciadas; c) a existência de fatores
geoambientais, tais como oferta e/ou diminuição
de suportes rochosos, obstáculos altimétricos e
corredores naturais de migrações através dos rios.
(nota do autor)
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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