2/12/2013 1 AVALIAÇÃO DE PASTAGENS

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2/12/2013 1 AVALIAÇÃO DE PASTAGENS UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE AGRONOMIA ELISEU MACIEL DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA COMO PLANEJAR? Quanto pasto eu tenho? Quantos animais eu alimento? CONDUÇÃO DOS ANIMAIS NA PASTAGEM Exemplo: Massa de forragem – estoque imediato Crescimento da pastagem Oferta de forragem QUANTO PASTO EU TENHO? METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DE PASTAGENS PARA DETERMINAÇÃO DA OFERTA DE FORRAGEM Avaliação deve refletir fielmente as condições reais da pastagem para que seja manejada adequadamente, conforme recomendação técnica.

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AVALIAÇÃO DE PASTAGENS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTASFACULDADE DE AGRONOMIA ELISEU MACIEL

DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIACOMO PLANEJAR?

Quanto pasto eu

tenho?

Quantos animais eu

alimento?

CONDUÇÃO DOS ANIMAIS NA PASTAGEM

Exemplo:

Massa de forragem – estoque imediato

Crescimento da pastagem

Oferta de forragem

QUANTO PASTO EU TENHO? METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DE PASTAGENS PARA DETERMINAÇÃO DA OFERTA DE 

FORRAGEM

Avaliação deve refletir fielmente as condiçõesreais da pastagem para que seja manejadaadequadamente, conforme recomendaçãotécnica.

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IMPOSSIBILIDADE DE ACESSAR TODO UNIVERSO AMOSTRAL(MÉTODO DIRETO)

Corte de amostras

Estimativas visuais

Altura do dossel

MÉTODOS INDIRETOS

EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS

Balança Tesoura Sacos

FornoQuadrado de ferro

50 cm

50 cm

EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS

Disco medidor Sward Stick Pasture

Probe

Avaliação de pastagem:Caminhamento (conhecer as dimensões da área)

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Coleta de amostras 

50 ou 100 cm

50 ou 100 cm

Obs. Não coletar mantilho e solo

Pequenas áreas com pastagem homogênea  corte de amostras Número de amostras:

Ponderar entre o que “deve” e o que “pode” ser feito.

Ideal  Nº determinado por métodos matemáticos

Estabilidade  Erro padrão da média/Curva do coletor/Média

Executável  10 – 20 amostras/piquete (homogêneo)

Amostras aleatórias evitando Pontos de acúmulo de estercoou urina, beira de aramados, caminhos, cochos e bebedouros

Quadrado de 0,5 x 0,5 ou 1 x 0,5 mde lado; área de 0,25 ou 0,5 m2

Tamanho: < U.A > homogeneidade dentro e < entreU.A.

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Erro padrão da média dos diversos números de amostras obtidas, no eixo dos Y e do número de amostras (em ordem crescente), no eixo do X. O número ideal de amostras é obtido no ponto de inflexão máximo da curva (Bement et al., 1979).

Err

o pa

drão

da

méd

ia

Número de amostras

‐ CV  à campo < 20%

‐ Trabalhos de pesquisa sobre a referida pastagem

Avaliação de pastagem:

Inferência  Nn

Secagem:Secar estas amostras em estufa de ar quente forçado 600C por 72h ou em microondas.

Microondas: Pesar a amostra;

Colocar a amostra junto com um copo de água no microondas;

Secar em potência máxima por 3 min. e após, pesar novamente;

Secar novamente por 1 min. e pesar.

Repetir a última operação até que se atinja um peso constante

Estimativa da MS conforme o estádio de desenvolvimento: Estádio vegetativo = 15 a 20% MS

Estádio pré-florescimento = 25% MS

CN: média 30% MS

Pastoreio Contínuo: avaliações

Pastagens de estação fria ‐ a cada 3 semanas

Pastagens nativas ‐ a cada 4 semanas

Pastagens de estação quente ‐ a cada 2 semanas

Pastoreio rotacionado: avaliações

Massas pré e pós‐pastejo

QUANDO AVALIAR???

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CÁLCULO DA MASSA DE FORRAGEM:

Calcular a média do rendimento de MS obtido nas sub-amostras (g/0,25m² ou kg/0,25m²) extrapolar parakg/ha.

Massa de forragem (Forage mass): quantidade ‐ massa ou pesoseco ‐ total de forragem presente por unidade de área acima donível do solo (preferencialmente, mas não obrigatoriamente).Medida de caráter pontual, normalmente expressa em kg MS/ha.

São eleitos 5 escores:

Primeiro o escore 1 e o 5.Escore 3Escore 2Escore 4

Amostras

Corte - Pesagem (MV) e visualização

Limitações: Necessita avaliador treinado

Calibração deve ser refeita a cada novo estádio fenológico

Estimativa Visual  Calibração

ÁREAS GRANDES métodos indiretos

Exemplo:Peso verde das amostras dos diferentes escores:

Escore 1 = 50gEscore 2 = 80gEscore 3 = 150g Corte e pesagem da MV e MS

Escore 4 = 200g (visualização)

Escore 5 = 270g

Ex: Foram feitas 50 amostragens na áreaEscore médio = ∑ escores /50  3,5

Escore médio das 5 amostras cortadas= 3

Escore 3 150g/0,25m2 6000 KgMV/ha x 25% MS  

Escore 3 = 1500 kg MS/ha

Escore médio = 3,5

Escore 3 1500 kg MS/ha

Escore 3,5 x

Escore 3,5 = 1750 Kg MS ha

CÁLCULO DA MASSA DE FORRAGEM POR REGRA DE TRÊS

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Por equação do tipo: Y = a + bxOnde:Y= Massa de forragem; x= média das avaliações visuais; a e b= Valores gerados pela equação

Verificar o ajuste da equação  amostragem correta?

Verificar a altura no ponto mais baixo da pastagem

Verificar a altura no ponto mais alto da pastagemCorte e

pesagem (MV e MS)

Observação:

Quanto maior o número de sub-amostras maior a precisão da avaliação

Método da altura  disco ou stick

Calibração

Verificar a altura em pontos de alturas intermediárias

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Separação botânica (separação anterior a secagem)

Espécies de interesse

Folha (pode ser dividida em lâmina e bainha)

Colmo com ou sem inflorescência

Relação folha/colmo

Material morto

Qualidade da forragem (PB, FDN, FDA, NDT, Digest., Consumo 

QUE AVALIAÇÕES PODEM SER FEITAS?

Principais espécies: especialmente em PN/M

% média = ∑ das % verificadas p/. cada uma das plantasTotal de amostras (Ex.: 50)

Corte e separação botânica – kg MS/ha Aumento na massa de forragem de uma área depastagem durante um determinado período de tempo.

Importância prática:

Ajuste de carga

Planejamento forrageiro anual (curva de produção)

Taxa de acúmulo ou taxa de crescimento

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Pode ser estimada através da técnica das gaiolas deexclusão, realocadas a cada 28 dias.

Diferença de MS entre as amostragens efetuadasdentro das gaiolas e as amostragens de “fora dasgaiolas”, dividida pelo número de dias do período deexclusão.

Taxa de acúmulo

Gaiolas de Exclusão

Método 1:

_Escolher uma área que represente a massade forragem média de uma pastagem;

_Cortar a forragem descartando a mesma;

_Colocar a gaiola para permitir o crescimento;

_Cortar a forragem acumulada ao final doperíodo de avaliação para determinar oacúmulo

Técnica da gaiola de exclusão  Técnica da gaiola de exclusão Método 2:

_Escolher duas áreas idênticas que representem a massa de forragem média de uma pastagem;

_Cortar uma destas áreas para estimar a massa de forragem presente;

_A outra área deverá ser coberta pela gaiola e cortada para avaliação ao final do período de avaliação

_Acúmulo= MS gaiola – MS cortada no dia de alocação da gaiola 

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Corte de hoje

Corte 28 dias atrás TA

Taxa de acúmulo

As taxas de desaparecimento de forragem (TD) são

calculadas subtraindo‐se quantidade de MS dentro da gaiola

(DG) pela quantidade de MS fora da gaiola (FG) na data de

amostragem i, dividido pelo número de dias do período (n), de

acordo com a fórmula: TD = (DGi – Fgi)/n

Taxa de desaparecimento da forragem

DG hoje FG hoje TD

30 dias atrás eles eram iguais

Taxa de desaparecimento da forragem

Pastoreio contínuo: Gaiolas de exclusão

(histórico da propriedade)

Resultados de pesquisa 

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Logo após o rebaixamento da pastagem (pós‐pastejo)

e

Momentos antes da entrada dos animais (pré‐pastejo)

Avaliações 

Pastoreio rotativo:

Acúmulo baseado no que ocorre durante o período de descanso da pastagem

Resultado da  subtração destes valores/nº de dias de descanso

Estágios fenológicos

Período Tx. acúm.(kgMS/ha/dia)

Vegetativo 10/05 à 30/06 32(1,48)

01/07 à 12/07 70(5,62)

13/07 à 08/08 51(5,96)

09/08 à 30/08 34(13,27)

31/08 à 22/09 17(6,29)

Média*/Acumul.** ---- 41*

Pré-florescimento

23/09 à 07/10 44(15,82)

Florescimento 08/10 à 28/10 30(11,09)

Pedroso et al., 2004

‐ Ideal –histórico da propriedade