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N°129 ' preQ0: Cr$ 150,0°

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Dedo em riste, On^a exigiu a renuncia de Dunshee e ameaqou nao deixar que satsse do Maracana

Ronaldo Theobald , •¦ .••¦•>

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Nunes extravasou sua ale grin pela vitoriano 3" gol do Botafogo, marcado por Berg

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Alceu promoveu o pensamento

Frodorlco Ro/orio

Ronaldo Theobald

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Nunes extravasou sua alegria pela vitóriano 3" gol do Botafogo, marcado por Berg

JORNAL DO BRASIL=

©jornal do brasil LTDA. W83 Rio de Janeiro — Segunda-feira, 15 de agosto de 1983 Ano XCIII — N° 129 Preço: Cr$ 150,00

BABÁ — Precisa-se competen-te criança 4 meses Recreio327-8361 e 237-6153.

BA8A — Precisa-se para meni-na de 4 anos Necessário ex-'penèncta e referências. Ligarpara 274-^871.COZINHEIRA 50 MIL —

Férias, 13° triv. variadocomp. c/ prat refs. folga15/15 Timóteo da Cos-ta. 288/ 101. Leblon259 5616.

COZINHEIRA — Forno efogão, também arru-mar, refs. min. 1 ano,idade min. 25 anos. Pa-go muito bem. Tel: 274-9038 e 294-5756.

COZINHEIRA PROFISSIONAL— Para casal exige-se referên-cia e documentos pessoa scs-segada maior de 35 anos RuaFrancisco Bber.ng, 91 ap 403Arpcador Te' . 251 0983

COZINHEIRA — Para trivialsimples de 20 a 30 anos quedurma no emprego e não fu-me ordenado CrS 40.000.00tel: 259-0042.COZINHEIRA — Para todo ser-viço d referências Folga se-manai — Sal. CrS 40 000.00— Rua Grajau 146/ 101.COZINHEIRA — trivial variado,todo serviço. Cr$45 mn. Refs.• min:ma 1 ano e^ does. R. Ga*

COZINHEIRA — Expe-riente c/ refs. e does.Folgas quinzenais. Pa-ga-se bem. Tel.: 267-3464.

DOMÉSTICA — p.ecisa-se de2, preferência irmãs ou mâe efilha pttodo serviço. Min. 2anos de cart. refs . dormir em-Drogo. Trab. loanema Tr. RLucidio Lago 170 Méier cDEster apôs 10 horas

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DOMESTICA — Todo serviçolcasal, idade 35 à 50 anos. refsmínimas 1 ano Sal 35 milTel: 225-3000 Dna. Zenith,DOMESTICA PARA TODOSERVIÇO — C longas refe-rencias p/ casal — Teí 256-4236

DOMESTICA — 40 m-i Todoserviço. cJ refs Dormir foraApt° pequeno, casal c; nenen.Folga semanal. Santa Teresa242-0568

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EMPREGADA — P todo servi-ço Não dorme no empregoDoes. e refs. indispensáveis.(Copacabana) Tel: 255-3125.

EMPREGADA — Precisa-seque durma no emprego e c'ref Tr. 2a feira de manhã. RJustimano da Rocha. 159/101

EMPREGADA — Precisa se parrumar e cozinhar paga-sebem Durma r>o emprego Tra-tar Rua Vaiparaíso. 80 503228-9223. 2» feira Tiiuca

EMPREGADA — LEBLON —T. serviço o referências pagase bem 294-4125

EMPREGADA — Precisa-se to-do serviço, sabendo coz<nbarmuito bem Pede-se refs Sal45 mil Tr. R Mons. Marques270 401, Te> 392-4156.

EMPREGADA —Casal, pago50 mi! Barra da Tijuca —399 1764 as cart férias. 13°sal exijo referências

EMPREGADA - Paracozinhar Paga-sebem. Tel . 294-0029EMPREGADA — Preosa se arefs casa J Botânico Acfilho maio? üe 5 anos ou mari-do Tel 226-8089.

EMPREGADA — 50 mil c> cartcá ref que cozinhe durma ser-viço R Gilberto Cardoso.260 402 Leblon lei 239-6762EMPREGADA — Todo serviçoque durma fora em casa 3aouitos. Referências ex<ge-seCopacabana 227-8896

EMPREGADA DOMÉSTICA —Precisa-se com eterência sa-ano 35 000.00 R Generat Ro-ca 572 801 Tijuca.

TempoRIO — Nublado a pnr-clalmfintc nublado, sujei-to a chuvlseos Isoladosno litoral. Temperaturaem ligeiro declínio. Ven-tos: Sudoeste a Sul fra-cos a moderados. Maxl-ma: 31.4. em Biinfru; mí-nlma: 18.3, em Realengo.O Salvamar Informa queo mar está calmo, comáguas a 19 graus, corren-do de Leste para Sul.Temperaturas e mapasna página 12

índice

Aureliano vaihoje a Figueiredo(P. 2)Ivetereúne-se amanhãcom PMDB (P. 2)Gen. NewtonCruztransfere cargo noSNI (P. 3)Carnavalfica na Sapucaí(P. 4)El Salvadorconvida para aanistia (P. 7)Guatemalavai treinarsalvadorenhos (P. 7)José AugustoRibeiro"Coisas da política"(P. 11)Antônio DiasLeite"Caminhos da •reconstrução/Participação doEstado nasEmpresas" (P. 11)Otávio Tirso deAndrade"Amplia-se omonopólio estatal"(P. 11)InformeEconômico(P. 14)

A edição de hoje écomposta de Noti-ciário (14 págs.), Es-portes (8 págs.), Ca-derno B (8 págs.) eClassificados {6págs.)

PREÇOS, VENDA AVULSA:Rio de Janeiro/M. GeraisSão Paulo/Espírito SantoDias úteis CrS 150,00Domi ngos Cr$ 200,00DF, GODias úteis Cr$ 200,00Domi ngos CrS 250,00

RS, SC, PR, MS, MT, BA, SE,Al, PEDias úteis CrS 250,00Domingos CrS 300,00

Demais Estados e TerritóriosDias úteis CrS 300,00Domingos Cr$ 350,00

ACHADOS EPERDIDOS

COLÉGIO BAHIEIMSE LTDAcom sede nesta Cidade nePraça Ana Amélia n° 9-4° an-dar — parte, inscrição Municipai n° 471.476.01. comunica oextravio do livro n° 1 Modelo 2do ISS.

SOCIEDADE AMIGOS da RuaEngenheiro Neves da Rocha,com sede nesta Cidade naRua Engenheiro Neves da Ro-cha n° 365. inscrito no CGCsob o n° 42.543.825/0001-38,comunica o extravio de soulivro de Registro de Emprega-dos n° 1.

EMPREGOS

DOMÉSTICOS

ARRUMADEIRA/ COPEI-RA — 40 mil, férias 13°c/ prat. folga 15/ 15,refs. Timóteo Costa,288/ 101. Leblon. 259-6616.

BABA E EMPREGADA — P/todo serviço, p/ criança de 2anos, refs. educadas boa apre-sentaçáo. idade acima 30anos, íolqa 15/15. R. JoaquimNabuco, 171/ 602.

BABÁ — Com experiência, in-dispensável referências 2anos e todos os documentos,boa aparência para bebê de 10meses. Salário 60 mil. Tr. 274-5263.

BABÁ — C/pratica e refs paramenino 1 ano. Folga 15/15tratar D. NEA 258-3393 LE-BLON.

BABÁ — ARRUMADEIRA —acima 20 anos 1 criança p/ser-viços ótimas refs. Pago40 000.00 + INPS T: 259-3958.

BABÁ — Precisa-se. Refs. mí-nimas 1 ano. Paga-se bem.folga quinzenal. Tr. 2a feira de12/18h. T. 236-1813, Dna.Sheila.

BABÁ — P/cuidar decriança pequena, exper.mínima de 1 ano. peçorefer. salário 60.000 mil.R. Prado Júnior160/1003.

Aleeu morre em

Petrópolis e é

velado 110 RioO escritor Alceu de Amoroso Li-

ma, com 90 anos. morreu às 18hl0minde ontem no Sanatório São José, emPetrópolis, onde estava internado há47 dias. Seu corpo está sendo veladono Mosteiro de São Bento, no Rio, e osepultamento será hoje, às 16h, noCemitério de São João Batista.

Médicos do hospital comentaram"a permanente alegria do Dr Alceu,apesar de muito doente". No Rio,o Cardeal D Eugênio Sales disse:"Com a morte do Dr Alceu, desapa-rece uma das mais insignes figurasdo laicato católico". Acrescentou queo escritor era "insigne pelà liber-dade que sempre preservou na defesae na promoção dos grandes valoreséticos e cristãos". (Páginas 8 e 9)

Mitterrand e

Papa pregam a

justiça social

O Papa João Paulo II e o Presidentesocialista François Mitterrand condena-ram as injustiças sociais e a pobreza nosdiscursos que fizeram, ontem, na chegadado Sumo Pontífice à França, em visita aoSantuário de Lourdes. O Papa ressaltouque a solução para os problemas econô-micos e sociais do mundo "pressupõe afidelidade de cada um à sua própria cons-ciência".

Ao falar, depois, aos fiéis, em frenteà Basílica, o Papa criticou energicamen-te a perseguição religiosa, afirmando:"Hoje, às prisões, campos de concentra-çáo. trabalhos forçados, expulsão de pes-soas de seus próprios países, têm de seracrescentadas outras formas de puniçãomenos observáveis, mas mais sutis". OPapa denunciou o que chamou de "umaespécie de morte civil": a restriçãopermanente da liberdade pessoal. (Pág. 6)

IR começa a

cobrar Taxa

de Calamidade

O contribuinte do Imposto deRenda que declarou, este ano, noAnexo 2, rendimentos tributáveisou tributáveis exclusivamente nafonte, acima de Cr$ 5 milhões, em1982, começa, hoje, a ser notifica-do pela Receita Federal para pa-gar a Taxa de Calamidade de 4%sobre o que exceder àquele limite.O imposto deverá ser pago emquatro parcelas, de setembro adezembro.

O coordenador de tributaçãoda Secretaria da Receita Fede-ral, Jamyr Doniac, esclareceuque só os rendimentos incluídosno Anexo 2 (FGTS, aviso prévio,prêmios de loterias, correção mo-netária de caderneta de poupan-ça e depósitos bancários, heran-ças, doações, bonificações deações e lucro na venda de imó-veis) que ultrapassarem Cr$ 5 mi-lhões serão tributados. (Pág. 13)

católico durante nieio século

Dedo em riste, Onça exigiu a renúncia de Dunskee e ameaçou não deixar (pie saísse do Maracanã

Seleção de juniores joga

hoje com Argentina no Pan

A Seleção Brasileira de ju-niores estréia, hoje, nos JogosPan-Americanos, em Caracas,enfrentando a Argentina. O jo-go será às 19h (hora de Brasília),com transmissão pela TV. Ovencedor do grupo, que tam-bém tem o México, é sério can-didato à medalha de ouro. Tam-bém estréiam o beisebol, a es-grima, o judô, o tênis e o tiro.

Em Helsínqui, a AlemanhaOriental sagrou-se vencedorado 1° Campeonato Mundial deAtletismo, com 10 medalhas deouro, 7 de prata e 5 de bronze.Em 2o e 3° lugares, ficaram os

Estados Unidos e a URSS. Obrasileiro João Batista Eugênioda Silva, 2o melhor tempo naseliminatórias de sábado, fez, on-tem, o pior tempo: ficou em 8olugar, nos 200m rasos.

No Autódromo de Zeltweg, ofrancês Alain Prost, da Renault,ganhou o Grande Prêmio deFórmula-1 da Áustria, apesarde ter largado na 10a posição. O2o colocado foi René Arnoux, daFerrari; e o 3o Nélson Piquet; daBrabham. Prost lidera o cam-peonato mundial, com 51 pon-tos, seguido de Piquet, com 37.

Esportes

Lilian não sai Tiroteio mata

do Uruguai ao 1 e fere 2

deixar a prisão em restaurante

A uruguaia Lilian Celiberti, se-qüestrada em Porto Alegre em 1978numa operação conjunta de militaresuruguaios e policiais brasileiros, ecuja pena de cinco anos de prisão, noUruguai, termina dia 21 de novembro,disse à família que, quando sair dapenitenciária, pretende continuar emMontevidéu e ajudar na luta pelavolta da democracia ao seu pais.— Não sabemos o que fazer — dis-se Dona Lilia, mãe de Lilian. pelotelefone. — Ficar aqui (em Montevi-déu) seria muito perigoso para ela,por isso gostaríamos que ela fosseembora. Mas também queremos quefique, afinal é o pais dela. a nossapatria. Se ela sair, teremos de ir tam-bém. Já estamos ha muito temposozinhos, estamos velhos. (Pagina 3i

Um homem morreu e dois ficaramferidos em conseqüência de um tiroteiono Restaurante e Salão de Chá Pontode Encontro, em Copacabana, na ma-drugada de ontem. A troca de tirosdurou mais de 20 minutos, mesas voa-ram, gente foi pisoteada e se escondeuembaixo das mesas. Clientes saíram pa-ra a Barata Ribeiro. Quem passava pro-curava abrigo nos edifícios.

O repórter Paulo Motta, que estavalá. viu quando três homens — entre eleso que morreu e outro que ficou ferido namão — se dirigiram para o banheiro, se-guidos por um misterioso cliente arma-do, que um garçom disse ser 'segurançada casa" (o que o proprietário negou).No final do tiroteio, depois de falar coma polícia, o misterioso cliente se afas-tou, num Brasilia branco. (Pagina 12»

Flamengo perde e ameaça

leva Duiisliee à renúncia

— Você é um incompetente.Enquanto aplica o dinheiro doZico no open, o Raul apanha osjuros e a correção monetária nofundo da rede. Ou renuncia ounão sai daqui, hoje.

Revoltado, sem fazer casodos seguranças, o torcedor On-ça, da Flachope (quase 2m dealtura e mais de 100 quilos),ameaçou o presidente do Fia-mengo, Antônio Augusto Duh-shee de Abranches. após a der-rota para o Botafogo.

Antônio Augusto, ainda novestiário, anunciou que, hoje,apresentará carta de renúncia,em reunião da diretoria. Os di-retores do clube, porém, vâo

tentar demovê-lo e, caso ele in-sista em sair, todos se de-mitirão. Ao mesmo tempo, opresidente do Flamengo anun-ciou, também, a contratação dogoleiro Fillol, da Seleção Ar-gentina.

Com uma renda de Cr$ 65milhões, o Flamengo foi der-rotado por 3 a 0 pelo Botafo-go, gols de Marinho (contra),Geraldo e Berg. Perdido emcampo, sem inspiração, o Fia-mengo foi amplamente domina-do pelo Botafogo, que jogoucom garra e técnica e deu atéolé. A vitória poderia ser maisampla não fosse a ótima atua-ção do goleiro Raul.

a n 1° oftdorno n sofçunda-foirn, 15/8/83 POLÍTICA JORNAL DO BRASIL

As aventuras

de Ulysses

Carlos MarchiA história, para quem quiser entender

assim, se repetiu. E não foi como farsa, nemtragédia: Ulysses venceu Tróia e vagueou dezanos após a Illíada, como se perdesse o sentidodo seu destino. Reencontrou-o, , no próprioreencontro com a pátria, e conseguiu comoHomero narra na Odisséia, reaver o comandosupremo. No ano 13 de seu comando, o nossoUlysses sentiu esgotar a personagem da primei-ra fase, da luta contra as trevas, personagemcorajosa e temerária das rotas que levavam àcolisão frontal com o intolerante regime autori-tário. Vagueou, como seu homônimo de Itaca,em busca de uma nova guerra. E, após umdescanso tático de um mês, compreendeu quea nova guerra é uma real disputa do poder —poder que já partilhara, um dia distante.

Não que o herói mudasse. Na essência, elenão mudou. Apenas, como ladino e experientenavegador, pressentiu o momento da passagemde ato. Percebeu que sua personagem ficava,pouco a pouco, em segundo plano, quase juntoà rotunda e não alinhado à ribalta. Percebeu,por último, que deixara um espaço demasiada-mente perigoso em seus flancos; e que esseespaço estava sendo ocupado por outros pre-tendentes ao comando. Aferrado ao estilo dasnavegações retóricas, ele distribuíra em voltade si uma esquerda aguerrida e algumas vezesinconseqüente, perdendo a confiança dos ve-lhos companheiros moderados, assustados comderivações e oscilações ponderáveis a bom-bordo.

O velho marinheiro consultou suas cartasde marear e abriu ouvidos a especialistas emcorreção de rumo na navegação de longocurso. Um mês de descanso foi a saída táticapara quem queria formar juízo sobre novoscomportamentos, ter nova compreensão darealidade nacional. Após o descanso, pelomenos dez dias de conversas com integrantesdo que se convencionou chamar de grupopaulista, fizeram Ulysses mudar sua postura.

No dia 22 de setembro, completar-se-á odécimo aniversário do maior momento deUlysses como comandante das oposições brasi-leiras, na luta contra as trevas: o dia em quepronunciou o memorável discurso de aceitaçãoda anticandidatura à Presidência da República,na convenção do MDB de 1973. Ali, ele repôsà admiração esquecida dos poetas brasileiros ocanto dos antigos marinheiros portugueses,resgatado por Fernando Pessoa. Com ele,Ulysses batizou o próprio risco: "Navegar épreciso, viver não é preciso."

Dez anos depois, o velho Ulysses aindaquer aventurar. Afinou suas propostas, conso-lida um ideário novo e joga tudo no rumo doporto principal: o até aqui inatingível Paláciodo Planalto. Percebe que seus opositores conti-nuam imobilistas e que sua aventura não podefiar-se na poesia de protesto. Agregou-se, pois,ao maciço núcleo pensante que dá a forma econteúdo ao Governo paulista e sente desatar-se à sua frente, não o desconhecido, mas umapossibilidade real e concreta de chegar aopoder. Ele tem dito a amigos estar convencidodo que vem defendendo — um modelo novopara substituir o que desmorona. E quandoesse modelo desmoronar, deve haver algoconcreto para salvar a nação.

A mensagem renovada não brande disper-samente a bandeira de mobilização nacionalpara eleições diretas ou Assembléias NacionalConstituinte, mas as duas reivindicações aco-piadas a um programa alternativo sério eminucioso — bandeira leve de carregar, nessaaltura crítica. Com essa bandeira, Ulysses, háum mês desgastado na presidência do principalpartido de oposição, retoma o eixo de equilí-brio ponderado de seu partido, como fatoraglutinador de forças, na medida em queinterpretará exigências de esquerda e direita.

Ele sabe que, a par do desastre econômicohá uma lamentável incompetência na coorde-nação política do Governo e visíveis sinais deesgotamento do regime. Há mais que umconvidativo espaço político à sua frente, há ummomento crítico, em que a oposição, necessa-riamente, deve apresentar sua opção. Ulyssessabe que o governo não detém Paulo Maluf eque essa impotência abre dois caminhos: ou semantém o colégio eleitoral para sagrar o ex-Governador de São Paulo, ou se aceita aeleição direta, em negociação nacional.

Intimamente, Ulysses volta a sonhar coma Presidência da República, com o respaldo dadireção do seu partido e o apoio evidente doGoverno de São Paulo e do PMDB paulista, omais forte e bem organizado do país. É claroqufe muita água deve passar por baixo da ponteaté 1985, mas, para quem sonhou tanto tempo,nada demais continuar sonhando no momentoem que se reencontra com a realidade do seupartido e do país. E se tudo der certo, e eleImagina que vai dar, terá à sua frente, afinal —como realidade e não como miragem, comoera há dez anos — "a terra limpa e abençoadada liberdade".

Carlos Marchi é repórter da Editoria Política do JORNAL DOBRASIL »m Brasília.

An reli ano faz visita

hoje a Figueiredo mas

não discute a criseBrasília — O Presidente em exercício Aureliano

Chaves visita hoje o Presidente Joáo Figueiredo, naGranja do Torto, mas não lhe submeterá ainda nesseencontro um documento que preparou sugerindo arenegociação dos prazos de pagamento da dividacom Governos credores, via Itamaratl, e um entendi-mento político com toda a oposição.

Ao confirmar, ontem, essa visita, sem anteciparporém o horário, que será decidido hoje pelo próprioPresidente em exercício, seu Chefe de Gabinete,Coronel Vinícius Alves da Cunha, esclareceu queAureliano não levará o documento nem tratará detema político em respeito ao estado de convalescençade Figueiredo. "Será uma visita mais social", ga-rantiu.

O porta-voz do Presidente Figueiredo, diplomataCarlos Átila, disse, ontem, que a partir de hoje seráexaminada a conveniência ou não de se estabelecerum programa de visitas. Um dos seus médicos, JoséSalmito, que examinou o Presidente, ontem àsllh30min, na Granja do Torto, afirmou, à saída, quesua "evolução pós-operatória está muito boa, masnão pode haver exagero de visitas".

No seu segundo dia de repouso, depois que retor-nou a Brasília, na noite do dia 12, Figueiredo teveontem, domingo, "um bom dia dos pais", segundoinformou o médico José Salmito. Fez os examesmédicos de rotina, caminhou 15 minutos e reuniufilhos e netos para a comemoração da data. Um"casal amigo" foi como se identificaram os ocupantesdo Opala AV-8287, dirigido por um motorista particu-lar, que, por volta das 18 horas, rompeu a barreira deagentes de segurança e chegou ã residência presiden-ciai.

Não teve a mesma sorte a septuagenária MariaCapitulina Chacon, que foi impedida pela segurançade visitar, com três netos, a filha que mora na vila,nos fundos da Granja do Torto, através da pistaprincipal.

Figueiredo, segundo ainda um dos seus médicos,esteve bem e se apresenta "animado" para reassumirno dia 27. Não há possibilidade de prorrogação de seupedido de 15 dias de licença, garantiu o Dr JoséSalmito. "Se ele adiou a viagem ao Japão é-porque elequer ir num instante melhor, mas do ponto de vistamédico ele está muito bem", afirmou.

Vereadores defendem

vantagens pessoais em

congresso na BahiaSalvador — Crédito subsidiado para aquisição de

seus carros particulares, aumento dos subsídios emecanismo para obrigar os Prefeitos a pagá-los emdia foram os temas dominantes durante no V Con-gresso Estadual de Vereadores, realizado no Centrode Convenções da Bahia, em Salvador.

A Carta da Bahia, que seria aprovada no finalcomo documento oficial do congresso, nem chegou aser redigida. A preocupação maior dos 835 inscritosfoi com as melhorias dos seus subsídios e com asdisputas internas pela direção da União dos Vereado-res da Bahia, entidade promotora do evento, queaprovou novos estatutos sem submetê-los ao plená-rio. O Congresso foi encerrado no Ultimo sábado.

DiscussãoA discussão que tomou a maior parte do tempo

da sessão plenária final do congresso foi a proposta,ao Governo do Estado, de promover meios para queos milhares de vereadores baianos tenham direito aadquirir automóvel para uso pessoal com vantagenssemelhantes às concedidas hoje aos motoristas detáxi.

O autor da proposta, Luis Vilas-Boas Oliveira,Vereador em Coração de Maria, argumentou que isso"facilitará ao vereador o desempenho de sua missão,em sua comunidade, oferecendo-lhe conaição melhorpara dar assistência ao seu eleitorado".

A comissão especial que analisou todas as propo-siçóes antes de serem submetidas ao plenário foicontra. Mas a sessão plenária aprovou quase porunanimidade o financiamento subsidiado.

Representando seu pai, o Governador João Dur-vai Carneiro, o presidente do Interurb, Sérgio Carnei-ro, considerou a proposição absurda e adiantou serimpossível atendê-la, pois o Estado não dispõe demeios para facilitar a compra de automóveis para osvereadores quase pela metade do preço, como que-rem os participantes do congresso.

Gaúchos

recriam

movimentoPorto Alegre — O Movi-

mento Nacionalista Brasi-leiro (MNB), declarado ile-gal pela revoluçáo de 1964,foi recriado no Rio Grandedo Sul, semana passada,para agir "na defesa dopaís contra os golpes en-treguistas promovidos porbancos, multinacionais epelo FMI", como explicouo criador, em 1957, do pri-meiro núcleo do MNB nopais e agora presidente danova comissão provisóriado movimento, professorAntônio de Pádua Ferreirada Silva.

Ele foi escolhido presi-dente da comissão de 16membros, indicados naprimeira reunião do movi-mento, quinta-feira.

O professor Pádua man-terá agora contatos comantigos líderes do MNB noRio de Janeiro, como o Ge-neral Werneck Sodré, o Co-ronel Kardec Leme e o jor-nalista Barbosa Lima So-brinho. O movimentoapóia e conta com o apoioda Frente ParlamentarNacionalista, do Congres-so Nacional (semelhante àexistente até 64), que naatual legislatura contacom quase 200 Deputadose Senadores. Entre os Se-nadores, estão dois doPDS, Passos Porto, de Ser-gipe, e Marcondes Gade-lha, da Paraíba. O Depu-tado José Machado (PDS-MG) também integra aFPN..

O movimento tem oapoio ainda dos 400 sóciosda Ampla (Associação deMilitares Cassados do RioGrande do Sul) e da Asso-ciação Democrática e Na-cionalista de Militares, se-diada no Rio de Janeiro epresidida pelo AlmirantePaulo Mário da Cunha Ro-drigues. A Associação,congrega militares das trêsArmas e da Polícia Militar,cassados pela revolução de64.

Cerca de 100 pessoasparticiparam da primeirareunião do MNB de PortoAlegre, que agora fará con-tatos com os Estados ecom todos os 244 Municí-pios gaúchos.

— Como a abertura poli-tica, está na hora de res-surgir o Movimento Nacio-nalista Brasileiro, na posi-ção firme e vigorosa de queo fruto do trabalho dosbrasileiros fique no Brasil,para ser usufruído por to-da a população — afirmaAntônio de Pádua da Sil-va, 61 anos, cassado em 64no primeiro Ato Institucio-nal e que só após a anistiapôde voltar a dar suas au-Ias de Matemática.

INSTITUTO NOSSA SENHORA DE LOURDESBALANCETE DO PERÍODO DE JANEIRO/83

A JUNHO DE 1.963DEBITO

Auxilio a Alunos CarentesPatrimônio LiquidoMensalidades Escolares Juros RecebidosBolsas de EstudoDonativos Pessoa Jurídica Donativos Pessoa FísicaDonativos c / Evangehches MissionswerkCentro Nac Educação Especial CENbSP Receita do ReembolsávelReceitas Financeiras Veículos à Pagar Convênio Deficientes FisicosC E Caixa BanerjS.A. c/Donativos BcoltauS A. c/Mov°Bco.doBrasilS.A.c/Mov° Caderneta de Poupança C E .FMoveis & Utensílios .. Equipamentos Hospitalares BibliotecaImóveis Instalações e BenfeitoriasMáquinas de EscritórioNovas ConstruçõesVeículosAparelhos e InstrumentosGratuidades Concedidas Reduções ConcedidasAlimentaçãoI A P.A S.Fundo G.T. ServiçoPrograma Integ. SocialServiços Prestados p/ Pessoa FísicaRescisão Contrato de Trabalho Impressos eMat de ExpediçãoAssistência Contábil e Fucal Luz. Gás e TelefoneRoupana e CalçadosAssistência Mêdico-HospitalarCorreios e T elêgraf osÓleos e LubrificantesCapelamaManutençáo do Culto Viagens e EstadasReformasContribuição SindicalLivros. Jornais e Revistas Conservação e Manutençáo Despesas Diversa» Despesas de ConduçãoDespesas BancanasOrdenadosAssinaturas e ContribuiçõesDespesas c Instalações Multas Fiscais Correção Monetária Despesas do ReembolsávelFretes «CarretosRegistro Civil de Pessoas JurídicasConsertos e ReparosMatenal de LimpezaDespesas cJ InstruçãoDespesas d Material de RecreaçãoJuros & DescontosFinsocial Imposto de RendaSindicato dos Estab de Ensino do Mun R Janeiro mDespesas c DespachanteImpostos eTa*asInfrações T rabalhistas

CREDITO36.534.149.008 918 942.8617 968.530.00433.015,68

6 792.406.00359.000,00630 910,006.305 618.00360.000.001.277.576.00964 676.272.178 000.00729.157.68

Rio de Janeiro 30 de Junho de 1983a> Angelina de Genaro

599 187.904 434.009.00í 780 090,69457.8017.093.60978.931.673.075,462,7710.845.0012.930.60975.705.307046.57245459.933883 865.00117.650.00

8 634.024.0027 900 125.00681 653.00902.593.55949 625.00191 203.00867.000.00582 804 93166 347.20264 276.00464 515.0055 067.00255073.00185 497.00160 660.00136 460.0010205.00

57 445.80083 210.306 735.00671 039.0050000069 320.00401050.00

65 273.7618 645 916.6116 524.0025000.0061 663.1023 617.341 171 607.33124 829.501 500.0027 400 00114 310.0054 568.0013 259.0033.3412 496.00125 625.0050 000.0072990.005 703.00

83 451 981,49as VrvakJo Rod"9uesontador CRC RJ 1 199-5

CPF 018422347 49

83 451 981 49

Ivete quer

agora maior

aproximação com o PMDB

A presidente nacional do PTB,Deputada Ivete Vargas, anunciou, on-tem, no Rio, que vai reunir-se com opresidente nacional do PMDB, Depu-tado Ulysses Guimarães, e com o líderpemedebista na Câmara federal, Depu-tado Freitas Nobre, amanhã, em Brasi-lia, para aprofundar o entendimentoentre os dois Partidos, que se estreita-ram desde que os peteblstas romperamo acordo com o PDS.

Ivete confirmou que Ulysses lhe pro-pôs uma aliança nacional, através daparticipação do PTB nos Governos es-taduais do PMDB. A proposta sera dis-cutida, nesta quarta-feira, pela bancadade deputados federais do PTB, que "es-tá achando muito bom ficar indepen-dente, com esse retorno ao bloco oposi-cionista".

No entanto, a parlamentar está preo-cupada com a advertência feita peloGovernador de Minas, Tancredo Neves,que, recentemente, declarou que umacordo entre o PMDB e o PTB poderiaser propício à formação de um clima deinstabilidade. "Eu preciso saber direitoo que que ele quis dizer com isso, pois oTancredo é muito hábil", disse ela.

Ivete Vargas não descarta, porém, apossibilidade de voltar a conversar como Governo federal, apesar de achar que,no momento, não há perspectiva ime-diata para isso, "mesmo porque é muitomais confortável ficar na Oposição".

Em Porto Alegre, o Senador CuriósChiarelli (PDS-RS) Informou que Iveteestá disposta a reatar os entendimentoscom seu partido, depois de se identificarcom uma formula que dá estabilidadeno emprego, existente no substitutivodo parlamentar ao projeto de lei n" 4que resultou do acordo, agora suspenso.A Deputada confirmou que conversoucom o Senador, pelo telefone, mas mos-trou-se descrente de que o Governoacate o substitutivo.

Ivete Vargas esclareceu também queo PTB vai votar pela rejeljão do decreto2.045, que limitou em 80% do INPC osreajustes salariais.

Quanto à pretensão dos dissidentesdo PTB de formarem o Partido Nacio-nalista (PN), a Deputada Ivete Vargassalientou que Isso é bom para todomundo, e, para justificar o seu ponto devista, citou o dito popular: "Os incomo-dados que se mudem". Para ela, essadissidência — liderada pelo vice-presidente nacional do PTB, Ário Teo-doro — tem caráter regional e é insigrü-ficante, e a saída do grupo não vai trazernenhuma conseqüência para o partido.

— Eu até que achei esse PartidoNacionalista engraçado, pois dos cinconomes que foram divulgados pela im-prensa como fundadores, dois são por-tugueses (os Deputados estaduais Fer-nando Leandro e Romualdo Carrasco)— concluiu.

Arquivo/15/7/83 — Fernando PereiraWS:

Véntiirini disse que muitos pedessistás queriam o fim do acordo

Venturini nega reserva cie

cargos para

os peteblstas

Brasília — O Presidente Figueiredonão considerou uma derrota do Vice-Presidente Aureliano Chaves o rompi-mento do acordo do PDS com o PTB,até porque, antes de viajar para Cleve-land, não deixou reservados quaisquercargos no Governo para a agremiaçãotrabalhista. A informação é do Secretã-rio-Geral do Conselho de Segurança Na-cional, General Danilo Venturini, se-gundo o qual, na negociação desse acor-do e em todos os atos praticados naausência de Figueiredo, Aureliano se-guiu exatamente a orientação do Presi-dente licenciado.

Venturini disse que Figueiredo sem-pre emitiu o entendimento de que oacordo deveria primeiro ser colocadoem prática para depois pensar-se naparticipação do PTB no Governo. Emais: para o Governo, o acordo deveriaser em tomo de princípios, não em ter-mos de barganha de cargos públicos. "OPTB não poderá receber os cargos queestava pleiteando, tendo 13 deputados,quando o PDS tem 235. Além do mais,era preciso primeiro ver o desempenhodessa legenda no apoio ao Govemo,antes de dar-lhe os cargos", sintetizousua opinião o Ministro Venturini.

Ele lembrou que o Presidente Figuel-redo considera a Constituição Federalcomposta de normas que poderiam figu-rar em leis ordinárias, e comentou quepara enxugar o texto o Governo preci-sava de um apoio partidário mais con-creto, o qual só se verificaria depois queo PTB efetivasse sua atuação em bloco

com o PDS. Para efetivar esse apoio oPTB fez gestões para conseguir cargosfederais, como a presidência da Light,da Teierj e diretorias na Cobal (Compa-nhia Brasileira de Alimentos) e na Co-bec (Companhia Brasileira de ComércioExterior).

Feito o acordo, Venturini disse terouvido de quadros do PDS queixas porque o Partido de sustentação do Gover-no não estava recebendo os cargos queo PTB andava anunciando que recebe-ria. Rompido o acordo, Venturini disseque já ouviu alguns pedessistás tranqüi-lizados com esse desfecho. Em favor deAureliano. ele afirmou ainda que o Vice-Presidente não podia fazer nada alémde receber os representantes do PTBpara tentar manter o acordo. Em defesade Ivete, emitiu seu ponto-de-vista se-gundo o qual era apenas por pressãodos correligionários que a líder traba-lhista andava barganhando o apoio aoGoverno, exigindo cargos.

O Ministro fez também uma grevedefesa do Ministro-Chefe do GabineteCivil, Leitão de Abreu, apontado pelaDeputada Ivete Vargas, depois de de-nunciado o acordo, como "um insensí-vel". Venturini disse que Leitão fez oque pôde para manter o acordo e foiinjustamente acusado de não ter recebi-do a bancada trabalhista com cortesianuma reunião realizada no último diaIo. "O Ministro Leitão é um homemcircunspecto, mas jamais alguém pode-rá chamá-lo de indelicado", atestouVenturini.

Nova eleição municipal em

Minas teve alta abstenção

Capelinha, MG — A expectativa demuita violência e o forte aparato poli-ciai provocaram um índice de absten-çáo estimado entre 20% e 30% nas elei-ções municipais realizadas ontem nestacidade, 500 quilômetros ao Norte deBelo Horizonte. As seções foram abertasàs 8h e por várias vezes cabos eleitoraisdo PDS e do PMDB trocaram socos eempurrões em frente à Prefeitura, nadisputa dos votos dos indecisos e dosmais influenciáveis.

A eleição se realizou por ter sidoanulada a de 15 de novembro do anopassado, quando o candidato a Prefeitopelo PDS não teve os seus votos consi-derados pelo Tribunal Regional Eleito-ral — por não ter registrado a chapavitoriosa na convenção, e sim outra — eo do PMDB nao conseguiu alcançardois terços da votação do Município. Nopleito de ontem os candidatos foram osmesmos: Fabiano Otoni Vieira, peloPDS, e Domingos Pimenta de Figueiredo, pelo PMDB.

ISairo AlmeriAs umas das 33 seções eleitorais se-

rào abertas hoje e teme-se que os tumul-tos de ontem se repitam tao logo come-ce a contagem dos votos:

— Se a quantidade de punhais quevendemos, mais de 200, for para brigas,a Praça Castelo Branco vai virar ummar de sangue — disse uma vendedoranuma loja local de ferragens.

Capelinha tem 24 mil 400 habitantes(13 mil 300 na Zona Rural) Na eleição denovembro, foi registrada uma absten-ção de 13,94%, para um eleitorado de 8mil 162 votantes. Devido a cancelamen-to e transferências de títulos, esse colé-gio eleitoral sofreu agora uma reduçãode cerca de 100 votos

O candidato do PMDB DomingosPimenta de Figueiredo espera vencercom uma margem de votos Seuadversário do PElS FablHriè Hóru Viei-ra garante que tera no mínimo doisterços dos votos Na «rdáde a razaoquante a e>'imati> s<- Mtirjèee estai como iutz

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Dollar, unia cadela Vila, com uma ninhada de 10 Jilhotes, foi a grande atra^tio

; mpONTE COM TEXAS

Arlovaldo Santo»

Dollar, uma cadela Fila, com uma ninhada de 10 filhotes, foi a grande atração

JORNAL DO BRASIL

Morte de

camponesa

dá protestoRecife Ao encerrar,

ontem a tarde, um encon-tro que reuniu em Olinda45 agentes pastorais dequat ro Estados do Nordes-te, a Pastoral Rural da Re-gional Nordeste II, daCNBB, divulgou uma notade protesto de 30 linhas arespeito do assassinato,sexta-feira à tardinha, dapresidente do Sindicatodos Trabalhadores Ruraisde Alagoa Grande (PB),Margarida Alves, a únicamulher a dirigir um órgãodesse gênero no país."O assassinato covardede Margarida fere a todosnós trabalhadores do cam-po — diz a nota. — Seusangue derramado clamapor Justiça diante da si-tuação de miséria e expio-ração em que vive nossaclasse." E continua: "Sa-bemos que o principal mo-tivo do seu assassinato foi,acima de tudo, o espíritode luta que a companheirasempre testemunhou nadefesa dos interesses dostrabalhadores rurais."MAIS DE MIL

Os agentes pastorais queligam a morte da Margari-da aos vários conflitos deterra hoje existentes noBrasil — falam em mais demil — afirmam que "estenão é um acontecimentoisolado. Fica cada vezmais claro para nós traba-lhadores que está no mo-delo econômico e na políti-ca agrária do Governo, araiz de todo o mal. Protes-tamos, portanto, contra es-se modelo e essa políticaagrária que defende os in-teresses dos grandes lati-fundiários".

Nos trés dias em que es-tiveram reunidos em Olin-da, os membros da Pasto-ral Rural da CNBB no Nor-deste discutiram um rela-tório elaborado pela Igrejaonde sáo identificados 88conflitos de terra nos Esta-dos de Pernambuco, Paraí-ba, Alagoas e Rio Grandedo Norte envolvendo dire-lamente 42 mil 214 famí-lias num total de 212 milpessoas.

As causas desses coníli-tos são, segundo o relato-tio: "Expansão do Pró-Álcool em terras onde an-tes não se cultivava cana-de-açúcar; grilagem; proje-tos governamentais naárea rural; expansão dapecuária e construção debarragens". As reivindica-ções das pessoas envolvi-das nos conflitos são: "Per-manecer na terra, titula-ção da terra, manutençãoda posse, indenização jus-ta (terra por terra) e refor-ma agrária".MARGARIDA E PAULOFREIRE

Antes de regressaremaos seus Estados, eles to-maram conhecimento dedetalhes sobre o assassina-to da presidente do Sindi-cato Rural de AlagoaGrande através de um re-lato gravado do BispoDom Francisco Austregé-silo de Mesquita que com-pareceu ao enterro. Segun-do o bispo, Margarida vi-nha ultimamente encami-nhando várias ações judi-ciais contra a família Velo-sc Borges, proprietária devárias usinas na região.

Era casada e também es-tava integrada ao trabalhoda Igreja uma vez que eramembro da Comissão Pas-toral da Terra da Arquidio-cese de'Guarabira (PB), daqual faz parte a paróquiade Alagoa Grande. Apesar«Je só um dos homens que aprocuram ter atirado usan-do um espingarda calibre12 (cano curto) que trazianuma bolsa, dois outros oacompanhavam mas fica-ram no Opala vermelho àespera do assassino. O ma-rido de Margarida, Cipria-no Alves, informou ao bis-po que dias antes pessoasestranhas a haviam pro-curado mas ele negara queela estivesse em casa, comreceio de atentado. Na sex-ta-feira, porém, o pistoleirodisse que estava doente eprecisava de ajuda, o quelevou Margarida a deixar acozinha onde estava co-mendo milho assado paraatendè-lo.

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NACIONAL segunda-feira, 15/8/83 ? Io caderno n 3

Lüian Celiberti diz que

não quer

sair do Uruguai

Porto Alegre — A uruguaia LílianCeliberti, seqüestrada nesta capital em1078 e cuja pena de cinco anos de prisãono Uruguai termina dia 21 de novembro,disse aos parentes que pretende contl-nuar em Montevidéu depois de sua saí-da da penitenciária, para viver com afamília e ajudar na luta pela volta dademocracia a sua Pátria.

Sua mãe, Dona Lilia, ontem, choran-do ao telefone, manifestou todo o seudesespero e do marido Homero pelofuturo da filha: "Não sabemos o quefazer. Ficar aqui seria muito perigosopara ela, por isso gostaríamos que elafosse embora. Mas também queremosque fique, afinal é o país dela, a nossaPátria. Se ela sair, teremos de Ir tam-bém. Já estamos há muito tempo sozi-nhos, estamos velhos, ela foi expulsauma vez do Uruguai, não gostaríamosque isso se repetisse. Mas também nãoqueremos que corra riscos, em primeirolugar vem sua vida".

Liberdade antecipadaDona Lília confirmou que os paren-

tes, através do advogado de oficio, (umcoronel do Exército uruguaio), pediramagora ao Supremo Tribunal Militar aliberdade antecipada para Lílian, a quetem direito há mais de um ano, mas nãohouve resposta. Amargurada, Dona Lí-lia náo tem muitas esperanças de quesoltem a filha antes do dia final da penade cinco anos a que foi condenada, e quetermina oficialmente no dia 21 de no-vembro, data da publicação do primeirocomunicado do Estado-Maior Conjuntodas Forças Armadas (Esmaco), infor-mando de sua prisão.

Apesar de colegas da penitenciáriade Punta Rieles a terem advertido deque seria perigoso permanecer no Uru-

José MitçlwUguai apôs sua libertação, Lillan veminsistindo pretender — para lutar pelademocracia no pais — ficar em Montevi-déu, o que, se ocorrer, só permitirá sualocomoção pelo Departamento de Mon-tevidéu. Náo poderia, por exemplo, lraté ao aeroporto da cidade, que fica noDepartamento de Carrasco.

O Governo italiano, através de suaEmbaixada em Montevidéu, continuainsistindo junto ao Governo uruguaiopara que solte Lílian e a expulse para aItália (ela tem dupla nacionalidade,uruguaia e italiana), onde se poderiareunir com seu filho Camilo, que viveem Milão com o pai. Francesca, a filhade Lílian, mora com os avós, Homero eDona Lilia, em Montevidéu.

Dona Lilia disse ontem, pelo telefo-ne, que "se deixarem ela ficar, ela fica,pois quer permanecer no seu pais. E nósqueremos que fique, pois este é o nossopaís, estamos velhos e sozinhos. Aban-donar o Uruguai, apesar de tudo, é terri-vel, mas também não queremos perdernossa filha, se ficar com risco de vida.Não podemos perdê-la depois dessa se-paração, provocada pela expulsão e,depois, pela prisão por cinco anos".

Lílian Celiberti Rosas de Casariego,seqüestrada há cinco anos em PortoAlegre numa operação conjunta de miíi-tares uruguaios e policiais brasileiros,cumpre pena por uma suposta invasãodo seu país com armamentos e do-cumentos subversivos. Essa versão jáfoi desmentida por um dos seqüestrado-res, o soldado Hugo Rivas (exilado naDinamarca) que conta que eles arranja-ram a acusação para justificar o seques-tro e a prisão. As armas pertenciam, naverdade, ao próprio Departamento deContra-Informaçoes, do Exército uru-guaio.

Newton Cruz passa amanhã

cargo no SNI ao sucessorBrasília — Tal como ocorreu há seis

anos. quando, numa cerimônia intramuros assumiu a chefia da AgênciaCentral do SNI, amanhã à tarde o Gene-ral-de-Divisão Newton de Oliveira Cruztransfere o cargo a seu sucessor, o Gene-ral-de-Divisão Geraldo de Araújo Fer-reira Braga, que deixou o comando daIa Divisão de Exército, no Rio, para sero braço direito do General Octavio Me-deiros, no SNI.

Esse remanejamento, previsto emdecreto assinado no inicio do mês deagosto, resulta do aviso 44 (de maioúltimo) do Ministro do Exército, Gene-ral Walter Pires, decidido a mantermaior rotatividade entre os oficiais daForça, não mais permitindo que fiquemagregados, ou fora do serviço ativo, pormais de dois anos. O General NewtonCruz permaneceu seis no Serviço Nacio-nal de Informações.

Só uma entrevistaSe a solenidade de transferência do

cargo de Chefe da Agência Central seráfechada, com acesso permitido apenasaos poucos convidados oficiais, o mes-mo nao ocorrerá com a cerimônia deassunçao do General Cruz no Comando

Militar do Planalto, sua nova comissão.Presidida pelo ministro do Exército,General Walter Pires, esse General de59 anos de idade, 42 dos quais a serviçodo Exército (sentou praça aos 17 anos),receberá o comando das mãos do Gene-ral Adhemar da Costa Machado no pá-tio aberto, defronte do quartel-general,na presença de autoridades militares ecivis da área.

O General Newton Cruz teve umacarreira rápida dentro do Exército. Deaspirante a oficial, em 1944. 10 anosdepois já era major, recebendo suaspromoções nos postos superiores na ca-tegoria merecimento, Da arma de Arti-lharia. além dos cursos normais a carrei-ra tem estágio em Artilharia de Costa ecursos de Comando e Estado-Maior dasForças Armadas (ESG) e técnica deensino. Tem várias medalhas: da Aeronáutica — A Ordem do Mérito e a San-tos Dumont; da Marinha — a Ordem doMérito e a Tamandare; do Exército — aMérito Militar, a Pacificador. 30 Anos deBons Serviços (òuro) e a Marechal Her-mes, Bronze com uma coroa, além daOrdem do Rio Branco (Itamarati) e trèjComendas Bolivianas.

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NOVO TELEFONE (PABX)

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Há 38 anos servindo a classe médica

15 DE AGOSTO1945 - 1983

Agradecemos a atenção e confiança com que

Associam-se ás homenagens as suas _ marTIN

PABX 224-1142

Conclat é convocada

por facção do PT mas

Pró-CUT não aceitaSão Paulo — A cisão no movimento sindical

formalizou-se ontem, em São Paulo: a corrente apoia-da pelo PT distribuiu circular aos sindicatos do paísconfirmando a realização do Conclat (Congresso Na-cional das Classes Trabalhadoras) nos dias 26,27 e 28,em São Bernardo. Por outro lado, 28 dos 63 membrosda Comissão Pró-Cut decidiram adiar, por 60 dias. oencontro e tentarão evitar a divisão, numa novareunião, em Brasília, sábado e domingo próximos.A decisão do adiamento ocorreu após sete horasde discussões na sede do Sindicato dos Marceneirosde São Paulo. Houve quatro votos de abstenção, umdeles do presidente do Sindicato de Metalúrgicos deSanto André, Miguel Rupp, da ala do PT que afir-mou: "O Conclat será na data certa, em Sáo Bernar-do, referendando decisão de 20 mil trabalhadores queparticiparam de encontros estaduais desde 1982". IváPinheiro, diretor do Sindicato dos Bancários do Riode Janeiro e secretário da Pró-Cut, surpreendeu-se aosaber que a circular da corrente do PT já está sendodistribuída pelo pais. Ele defendeu o adiamento.

São BernardoA reunião começou às 10 horas, com a presença

de 37 membros da Comissão Nacional Pró-Cut. Acircular comunicando o Conclat para São Bernardoestá assinada por Jair Meneguelli, presidente afasta-do do Sindicato de Metalúrgicos de Sáo Bernardo(destituído em julho, devido à greve); os sindicalistasPaulo Otávio de Azevedo Jr e Gilmar Carneiro dosSantos, dos bancários de Sáo Paulo.

A circular considera que a realização da Conclat é"urgente", conta com apoio do Governo do Estado("50 ônibus; Cr$ 25 milhões em verba") e tem infra-estrutura em São Bernardo, cujo principal local é oCentro de convenções Vera Cruz."A secretaria do Conclat já veio do Rio de Janeiroe está funcionando em São Paulo na Rua Tamandaré,348, na Liberdade", avisa o documento, que já trazum roteiro de chegada aos delegados. Mesas derecepção do Conclat funcionarão no Terminal Rodo-viário do Tietê e no Aeroporto de Congonhas, em SáoPaulo.

A corrente liderada por Joaquim dos SantosAndrade, o Joaquinzão, presidente do Sindicato dosMetalúrgicos de São Paulo — que tem apoio doscomunistas do PCB e do PC do B, MR-8 e entidadessindicais conservadoras — propôs o adiamento doConclat. Estavam presentes 37 dos 63 membros daPró-CUT, dos Estados de São Paulo. Rio de Janeiro,Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, EspíritoSanto, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Bahia e Amazo-nas. Mas, na hora da votação, só estavam presentes32.

Os sindicalistas da ala do PT vieram em menornúmero; traziam firmada sua posição pelo Conclat deSáo Bernardo. Ivã Pinheiro, diretor dos Bancários doRio, acusou a circular daquela corrente de ter "datadesrespeitosa" (a mesma de ontem). Na hora davotação, 28 aprovaram o adiamento e quatro seabstiveram. O adiamento, disseram seus defensores,visa "unificar o movimento sindical diante de umúnico Conclat", a frase "riscos de divisão", que cons-tava da redação original, foi cortada na sua versãofinal.

Cães desfilam na Av.

Paulista na campanha

de vacina contra raivaSão Paulo — Concursos, exibição de adestra-

mento e um show com Eduardo Dusek — queterminou com a musica Rock da Cachorra —marcaram o 1" Passeio de Cães da Cidade de SãoPaulo, que reuniu, na manhã de ontem, cerca de11 mil cães e mais de 20 mil pessoas na AvenidaPaulista, dando início à campanha de vacinaçãocontra a raiva, que se estenderá por todo o mês.

A Av. Paulista foi interditada desde as 8h damanhã e, até as 13h, foram imunizados 11 milanimais. Um total de 250 cães concorreram emcinco categorias: vira-lata mais simpático, menorcão (um filhote de Poodle), maior cão (um DogAlemão), casal mais bonito e o originalmente maisbem-vestido" (uma Poodle vestida de CarmemMiranda). Os primeiros classificados de cada cate-goria receberam um troféu, alimento por trêsmeses e um vale de banho e corte.

Atração

Io Passeio de Cães foi organizado pela Prefei-tura e Secretarias de Saúde do Estado e doMunicípio. Nos quatro quarteirões interditados daAv. Paulista, as crianças puderam ver os maisvariados tipos de cães: desde os vira-latas aosraros Husky Siberiano, Afgan, Boxer, Pastor Ale-mão, Poodles, Beagles, Dog Alemão, Dobbermane Fila Brasileiro.

Uma das atrações foi uma fêmea de Fila Brasi-leiro, com uma ninhada de 10 filhotes, com 42 dias.Dollar, de propriedade de Cláudio Correia Lima,assustada de início, mordeu um rapaz que tentoupegar um de seus filhotes, mas, depois, foi-seacostumando à confusão, passou a deixar que acriançada brincasse com os cachorrinhos e chegoumesmo a permitir a aproximação de um gatosiamês.

O cantor Eduardo Dusek percorreu os váriosquarteirões da Avenida em um trio elétrico, can-tando suas músicas, e terminou sua apresentaçãoem frente ao Museu de Arte de São Paulo, cantan-do o Rock da Cachorra, no qual sugere que aspessoas troquem "seu cachorro por uma criançapobre".

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Este anuncio e a favor Monserrat (da CAIO), o joao Galhardo e liber

da cliapa em cuja abe^a- PedroajP^BUGTA) e o

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Telefone: (061) 226-3329, 223-1630 e 225-G267,Ramal 120II) COORDENADORIA DE REGULARIZAQAO E TITULACAO DE TERRAS DEALAGOAS — CORALRua 10 de Novembro, 129 — Farol — Maceio-AL

Telefone: (082) 223-7216III) COORDENADORIA DE TERRAS — COOTER

Ed. Estado de Sergipe — Travessa Baltazar Goes, 86 — 16° andarAracaju-SE — Telefone (079) 222-3211IV) COORDENADORIA DE TERRAS DE PERNAMBUCO — COTEPERua Monsenhor Julio Maria, 250 — Bairro Madalena — Recife-PETelefone: .(081) 227-4832V) FUNDApAO DE COLONIZAQAO E DESENVOLVIMENTO AGRARIO DO 1ESTADO DA PARAIBA — FUNDAP |

Av. Epitacio Pessoa, 1.152 — Santa Julia — Joao Pessoa-PB ITelefone: (083) 224-3813 e 224-4034Brasilia — DF, 09 de Agosto de 1983

EDSON NORTON MONTEIROPresidente da Comissao Especial de LicitacaoPORTARIA INCRA P N° 141 83.

Vldal da Trlndndo.CAlíí AllCOMftUIUI IIUIMli mmml :

EDITAL DE NOTIFICAÇÃOA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, Filml do Rio do Jonoiro, notifo osmutuários nbuixo rolanonndos no pro*o máximo do ?0 (vinlo) dias, p^iraregularização dns prestações üti sous conirmos habitacionais soii pona(jo OXÜCUÇÍO849 520 — VICHNTC DE PAULA RAMOS FILHOH44B64 — JOSÉ SAI DANHA FILHOtíbl .072 - HERCULES DE AHAUJO BHAGA801 0/2 MARIO DE ARAÚJO BRAGA851,5Sb — JOÃO KIRALV FILHOHS2 027 - ALOVSIO MARINHO LEÃO803 135 — ANIONIO MOMRT TURETTA'853.332 - LEONARDO DA VINCI SILVEIRA AVII.A854 390 - JOSÉ LACIDES COSIA AROUIERES854 753 - MARIA ROSELI MAENZA MENDES PIMENTEL854 933 — RAYMUNDO FERNANDES RODRIGUES FILHO854 933 — SANDRA SANT'ANNA DE ANDRADE855 099 - FRANCISCO SALVADOR PEREIRA OLIVEIRA855.217 — DURVAL DE OLIVEIRA E SILVA NETO858.620 — JORGE AMARO DE FREITAS860 233 - RICARDO LUIZ NOGUEIRA VAZ860 577 ~ LOURACY I3RAGA TEIXEIRA860 624 — SALVATORH A1ELLO860.761 - UMBERGUE MACHADO DOS SANTOS860.762 - JOVITA MARIA SOUTO DE CASTILHO861.053 — JORGE LUIZ ALVES DA SILVA861.807 — GIESY MEDEIROSLOCAL PARA PAGAMENTO DICOB/RJ - AV. RIO BRANCO, 174 _16u ANDAR (P

CIDADE/NACIONAL JORNAL DO BRASIL

Vacinação contra pólio

já atingiu 68% do total

previsto em todo o paísBrnsilla' — Até as 21h de sábado, segundo oúltimo boletim divulgado, o Ministério du Saúde

havia registrado a vacinação contra a poliomlellte em14 milhões 800 mil 020 crianças. Desse total, 12milhões 052 mil 020 de zero a quatro e 1 milhão 847mil 001 acima de cinco anos. O alvo da campanhanacional de vacinação contra a pollomlellte, segundadose, e atingir a 10 milhões de crianças de zero aquatro anos e 15 milhões acima de cinco anos.

Segundo os dados do Ministério da Saúde, divul-gados ontem, a campanha jô atingiu 68,8% do seuobjetivo, mas a apuração e a remessa de dados, pelosEstados, ao Ministério, serão retomadas hoje, quandoas autoridades esperam atingir mais de 08% daprevisão.

O Rio de Janeiro, de acordo com os dados doMinistério da Saúde, já havia atendido 01,2% do totalde 1 milhão 370 mil crianças de zero a quatro anos aserem vacinadas, ou seja, 1 milhão 257 mil 208 crian-ças. O Rio de Janeiro registrou, até as 21h de sábadoa vacinação em 152 mil 57 crianças com idade acimade cinco anos.

Grupos de maculelê de facão, ou de canavial, exibiram-se no palco junto ao lagoül

Apreensão

de pássarosé explicada

Fernanda Colagrossi,presidente da AssociaçãoAmigos de Petrópolis —Patrimônio, Proteção dosAnimais, Defesa da Ecolo-gia (APANDE), na sexta-

¦ feira, em Ipanema, recor-reu a um policial para queele apreendesse dois pás-saros silvestres — uma ara-rajuba e um aíaçari — queestavam para ser vendi-dos. em gaiola, por CláudioMartiniano, 30 anos, leva-do para a 13° DelegaciaPoliciai, em Copacabana.Ali, Fernanda Colagrossipediu que o vendedor náofosse autuado, mas o dele-gado não concordou comisso.

De acordo cora as decla-rações de Fernanda Cola-grossi, o vendedor CláudioMartiniano afirmou, emdeu depoimento na Dele-gacia, que tinha compradoos dois pássaros na Feirade Caxias por Cr$ 30 mil;ele acrescentou ainda que"era motorista e ganhavacerca de Cr$ 150 mil men-sais no seu último empre-go", que abandonou porconsiderar o salário baixo.Segundo Fernanda Cola-grossi, ele também disseque. trabalhando como ca-melô, ganhava mais.

Segundo Fernanda Cola-grossi, o vendedor afirmouque gostaria de trabalharcom guindaste ou comotratorista; ela prometeu,entáo, conseguir-ihe umemprego em uma dessasfunções. A conversa comMartiniano na Delegacia,diz Fernanda Colagrossi,foi testemunhada por va-rios agentes.

A presidente da AP AN-DE acrescenta que, seMartiniano "conseguissevender os pássaros, usariaparte do dinheiro paracomprar outros". Tambémacha que "na função decamelô existem outras coi-sas que podem ser vendi-das que náo prejudiquemmais ainda a nossa já tãodevastada fauna".

Fernanda Colagrossi in-forma que recorreu ao au-xilio policial na qualidadede consultora técnica doSecretário do Meio-Ambiente, Ministério doInterior (cargo não remu-nerado) e que, antes de to-mar essa atitude, pergun-tou o preço dos pássaros,Foi-lhe respondido, afir-ma. que só pelo alaçari lhepediram Cr$ 40 mil.

Deputado da

Cocea tem

casa forçadaAo retornar, ontem à

noite, de Cabo Frio, ondepassou o fim de semana, oDeputado Alcides FonsecaiPDTi — presidente daCPI da Cocea — encontroua fechadura de sua casa,na Avenida Rainha Eliza-bete, 151 ap 301, em Copa-eabana. arrancada. Segun-do ele. os ladrões náo en-tran-m porque, antes deviajar, no sabado. teve ocuidado de colocar trancasnas portas e janelas.

Visivelmente nervoso, odeputado procurou a 13a,DP, em Copacabana, e dis-se que está " com medo, jaque, depois de todas as de-núncias que venho fazendona Assembléia, não sei searrombaram minha casapara roubar ou por vingan-ça". Alcides Fonseca disseque. hoje. vai pedir a poli-cia garantias de vida.

O prédio onde o depu-tado mora possui boascondições de segurança:além de porteiros, tem in-teríone. Ninguém sobe semautorizaçáo dos morado-

4 ? Io cadorno n aofçunda-feira, 15/8/83

desta semana no mais importante

programa jornalístico da Televisão

brasileira: CANAL LIVRE.

Nssto Segunda

110 da Noite*

Festa do folclore reúne

danças pagãs

e religiosas"Eu não sou daqui/Eu náo tenho

amor/Eu sou da Bahia/De SãcrSalvado-r/Ó marinheiro, marinheiro/Marinheirosó/Ó marinheiro, marinheiro/ Marinhei-ro só": enquanto a música do folclorebaiano, trazida ao Sul por Caetano Ve-loso, era entoada em coro por algumasdezenas de pessoas, um grupo de ca-poeira apresentava-se ontem na festado folclore, na Quinta da Boa Vista.

No palco armado junto do lago tevemaculelê, sarrabalho, chimarrila, ba-laio, chorinho, teve samba, forró, jongoe caxambu. As músicas de alguns gru-pos invocavam deuses africanos, masfoi Jesus, cantado em ritmo de rockacompanhado por guitarras e tecladoselétricos, quem conseguiu reunir, emuma concentração evangélica, um pú-blico maior, mais jovem e empolgado.

Jesus e ClementinaAo descanso na grama e às ativida-

des de sempre — como o jogo de futebol,o ciclismo e o empinar de papagaios —os piqueniqueiros que ontem ocuparamcada metro quadrado da Quinta da BoaVista puderam optar entre o som folcló-rico ou o religioso, apresentados à mes-ma hora em palcos a mais ou menos umquilômetro de distância.

Com camisetas vermelhas e faixasalardeando o amor de Jesus, o primeiropalco começou a ser tomado por umgrupo de jovens. Quando um conjuntosubiu e começou a tocar rock — comletras religiosas — o público empolgou-se: quem estava sentado levantou-se,quem estava levantado começou a ba-ter palmas, os que batiam palmas ba-tiam o ritmo também com os pés, os quebatiam palmas e pés, acompanhavamcom o gingado do corpo os cânticos aJesus.

Mais adiante, em uma cadeira estra-tegicamente colocada em um cantinhode sombra, toda de branco e dourado,Clementina de Jesus esperava pacientesua hora de entrar no palco da festa dofolclore. Reverenciada pelos que seapresentavam, assediada por uns e ou-tros, ela náo estava para papos e limita-va-se a monossílabos.

Foi a dona da festa, junto com LuizVieira, doublé de apresentador e cantor.E agora. Clementina? "Agora é muita'alegria." Alegria que se espalhava nosarredores do palco onde ela estava, ale-gria que saia pelas palmas e pés dos queacompanhavam com o corpo os rocksda outra festa.

Prefeito garante carnaval

na Rua Marquês de Sapucaí

•Ministério da AgriculturaINSTITUTO NACIONALDE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRARIA

PROGRAMA NACIONAL DE POLÍTICA FUNDIARIAINSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRARIA-INCRA

PROJETO DE REGULARIZAÇAO FUNDIARIA NONORDESTE/PROJETO NORDESTE

AVISOTOMADA DE PREÇOS INCRA/PROJETO NORDESTE T N° 001 83O INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇAO E REFORMA AGRÁRIA-INCRAcom Sede no Ed. Palacio do Desenvolvimento 18° andar — SBN — Brasília — DF, pormeio de sua Comissão Especial de Licitação, designada pela Portaria INCRA P N°141/83, torna publico que fara realizar licitação para Tomada de Preços conformeEDITAL a ser fornecido pelo INCRA PROJETO NORDESTE as empresas especializadascadastradas no INCRA, as 09.00 Inove horas) do dia 8 (oito) de setembro de 1983 naSede do INCRA PROJETO NORDESTE Ed. Eldorado, sala 316 — SDS — Brasília-DF,para recebimento de propostas para a execução dos trabalhos de medição edemarcação topográfica de 03 (três) glebas contíguas, com area global de 60.603 haaproximadamente, localizadas no Município de Delmiro Gouveia, Estado de Alagoas,objetivando como produto final plantas e memoriais descritivos de lotes individuais edas respectivas glebas.As empresas interessadas deverão comprovar capital intearalizado de CrS20.000.000,00 (vinte milhões de cruzeiros).Os interessados poderão adquirir copias do EDITAL e obter informações juntoaos seguintes órgãos:

I) INCRA/PROJETO NORDESTEEd. Eldorado, sala 316 — SDS — Brasília — DFTelefone: (061) 226-3329, 223-1630 e 225-G267,Ramal 120II) COORDENADORIA DE REGULARIZAÇÃO E TITULAÇAO DE TERRAS DEALAGOAS — CORALRua 10 de Novembro, 129 — Farol — Maceió-ALTelefone: (082) 223-7216

III) COORDENADORIA DE TERRAS — COOTEREd. Estado de Sergipe — Travessa Baltazar Góes, 86 — 16° andarAracajú-SE — Telefone (079) 222-3211

IV) COORDENADORIA DE TERRAS DE PERNAMBUCO — COTEPERua Monsenhor Júlio Maria, 250 — Bairro Madalena — Recife-PETelefone: .(081) 227-4832V) FUNDAÇÃO DE COLONIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO AGRARIO DOESTADO DA PARAÍBA — FUNDAP

Av. Epitácio Pessoa, 1.152 — Santa Júlia — João Pessoa-PBTelefone: (083) 224-3813 e 224-4034Brasília — DF, 09 de Agosto de 1983

EDSON NORTON MONTEIROPresidente da Comissão Especial de LicitaçaoPORTARIA INCRA PN° 141 83.

O Prefeito Jamil Haddad garantiu,ontem, que o próximo carnaval serámesmo na Rua Marquês de Sapucaícom arquibancadas, camarotes, vendasde ingressos e tudo o mais, como vemacontecendo nos últimos anos. "A voltada festa à Av. Presidente Vargas é umdos temas em debate, tal como o sam-bódromo, mas só para o carnaval de1985" — disse.

Segundo o prefeito, essa hipótese,divulgada pelo Vice-Governador DarciRibeiro, foi debatida com o GovernadorLeonel Brizola. A idéia de fazer umcarnaval sem arquibancadas foi classifi-cada como "ideal" pelo prefeito, se pu-desse ser realizada.

— Seria ideal — disse Jamil — se ocarnaval não fosse hoje altamente co-mercializado. Montar as arquibancadasatrapalharia o trânsito na Av. Presidente Vargas, durante quatro meses. Semarquibancadas, há o problema de segu-rança; também seria muito perigoso. Ogovernador concordou que para 1984,náo há outro jeito: tem de ser na Mar-quês de Sapucaí.

A idéia de Darci Ribeiro é de levar odesfile das escolas de samba para a Av.Presidente Vargas — da Candelária aPraça 11 — sem arquibancadas, só algu-

mas para turistas, mas, talvez, nem isso.A passarela é que ficaria num nível maiselevado e as pessoas poderiam assistirao desfile dos edifícios, como antiga-mente.

Foi com muita surpresa que o presi-dente da Associação das Escolas deSamba, Alcione Barreto, tomou conhe-cimento de mais essa novidade:

O Governo está indeciso e aindanão sabemos onde desfilar. O prefeitogarante que é na Marquês de Sapucaí.

Sobre a volta à antiga passarela,Alcione acha a Av. Presidente Vargasmelhor, "mas precisa de arquibancada;senão, só assistem os que tiverem nafrente".

O presidente da Associação de Esco-Ias de Samba lembrou, também, que, sea passarela ficar num nível mais eleva-do, "o pessoal só vai ver pe e as rodasdos carros alegóricos".

O Prefeito Jamil Haddad garantiuque, no máximo em 10 dias, concluirá ostermos do edital e abrirá concorrênciapública para a venda total do carnaval.Segundo ele, o carnaval de 1984 já estádecidido e será na Rua Marquês deSapucaí:

Não dá mais tempo para se pensarem outra coisa — concluiu.

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de Deus

JORNAL DO BRASIL CIDADE/NACIONAL

Fome é tema

de bispo

de JuazeiroSalvador — No sermão

da missa que celebrouontem na catedral de suadiocese, o Bispo de Jua-zeiro, D José Rodrigues,apontou "a desagrega-çáo da familia pelo êxodoe a degradação pela fo-me", como os efeitosmais graves e tristes daseca que o Nordeste estáenfrentando: "o Dia dosPais, este ano, lembra emnossa região o quantofalta ainda para o ho-mem realizar suas duasgrandes vocações bíbli-cas: a de Rei da Criação ea de Chefe de Familiacomo está previsto noprojeto de Deus", disse DRodrigues.

Em sua homilia, quearrancou lágrimas de vá-rios fiéis, o bispo acres-centou: "A região está noquinto ano de seca e, so-mente em nossa diocese,que abrange sete munici-pios baianos do vale doSão Francisco — todossob estado de emergên-cia — são uns 200 milflagelados da seca. E anossa sociedade está lon-ge de cumprir o projetocristão de que todos oshomens são filhos e filhasde Deus e por isso devemviver como irmãos unsdos outros: Nós, os nor-destinos, nos sentimosesquecidos do resto doBrasil. Vivemos no paísdos esquecidos".

DOMINADOS PELATERRA

Conhecido por suas po-sições em defesa das po-pulações pobres do valedo São Francisco, o Bis-po D José Rodrigues des-tacou no sermão da mis-sa do Dia dos Pais, asduas vocações do ho-mem de acordo com osprincípios do cristianis-mo: as de Rei da Criaçãoe de Pai de Família.

"A primeira página daBíblia mostra que Deuscriou o homem e lhe deua missão de dominar aterra pelo seu trabalho.Criado à imagem deDeus, o homem continuaa desenvolver e comple-tar a obra da criação.Deus deu a terra a todosos homens dizendo: "Do-minai a terra, tirai da ter-ra tudo que é necessáriopara o vosso sustento",começou D Rodriguesem sua homilia.

— Aqui, em nossa re-gião, porém, o homemnão domina a terra mas aterra é que domina o ho-mem pelos seus flagelos.Para dominar esta terra,o homem precisa abrirpoços artesianos, agua-das, pequenas barragense perenizar os riachos.Precisa principalmenteda reforma agrária quecoloque a terra a serviçodos lavradores conformea primeira página da Bí-blia —• defendeu o bispode Juazeiro.

Ao falar sobre "a voca-ção de pais, a vocação depais, a segundo no proje-to de Deus", D Rodrigueslastimou o estado deabandono a que, segun-do ele, estão relegadosmilhares de sertanejos,"pais de famílias nume-rosas em processo de de-sagregação pelo êxodo edegradação pela fome,esquecidos do resto doBrasil".

E defendeu no final dosermão: "Os homens de-vem unir-se e se organi-zar no Nordeste paratransformar as estrutu-ras de nossa sociedade.As estruturas antiqua-das e latifundiárias doNordeste, para que sejamrealmente os reis da cria-çáo e constituidores defamílias humanas à se-melhança da familia deDeus".

Ronaldo Th«obald

o tempo todo o soldado receb^To^preseiW^ijsainigos ila Cidade

Cidade de Deus dá festa do

Pai ao destacamento da PM

Primaz lembra mutação

que a família sofre

Também os PMs tiveram, ontem, seuDia dos Pais. Mesmo em serviço, ospoliciais pais que atendem no CentroIntegrado do Policiamento Comunitá-rio da Cidade de Deus foram lembrados.Lá, eles ganharam estojos de barba,camisas e carteiras para documentos,ouviram discursos e ajudaram a comero bolo que a simpática e jovem senhoraMaria da Penha Paiva Melo lhes serviu,com o melhor dos sorrisos.— Moro aqui há 16 anos e nunca viisto, um exemplo assim de integraçãoentre polícia e povo, povo e polícia.Aqui a gente, agora, vè o Policiai comoum amigo e jamais como inimigo. Isto éum exemplo para toda a Cidade, para oBrasil e até para o exterior — disse, todoempolgado e sem poupar elogios aospoliciais militares que atuam na Cidadede Deus (18° Batalhão), o presidente daassociação de moradores do bairro,Lourival Francisco de Oliveira.

Ganhou a comunidadeSão 40 os policiais que integram oCentro Integrado do Policiamento Co-munitário (Cipoc) — experiência pionei-ra que a PM fundou há pouco mais detrês meses com o fim de estreitar asrelações entre os moradores e os ho-mens encarregados da segurança públi-ca e de cujo relacionamento — conformeo coordenador do Centro, Capitão Mar-cos Contreiras — já resultou o cadastra-mento de 2 mil 500 desempregados (700dos quais já estão trabalhando), o regis-tro de muitos nascimentos e casamen-tos, a obtenção de títulos de eleitor ecarteira de identidade, a formação de

patrulheiros-mirins a partir de menoresabandonados (que ontem lá estavamajudando a fazer a festa, com seu unifor-me — boina de policial e camiseta bran-ca) e até o atendimento em casos departo.

O soldado Brás Ferreira da Costa, 46anos, e 20 anos de PM, é um dos 25policiais que trabalham no Cipoc. casa-do e com filhos, e que, por ter ajudado afazer quatro partos (um no próprio Ci-poc, outro no carro da patrulha, umterceiro no ônibus em que viajava a

Borges Netoparturiente e o último numa residênciaparticular), foi distinguido ontem comum belo isqueiro, além da carteira paradocumentos.

Ganhou a PMMas o Pai do Ano mesmo, entre os

policiais, foi o soldado Carlos Tadeu,pôr ser o pai mais recente da sua corpo-ração. Quando foi chamado para rece-ber o presente (um creme e uma loçácde barba), foi com seu filho homônimo eo primeiro, 41 dias. que se apresentou osoldado.

Mas nem só Carlos Tadeu, fardado acaráter, se apresentou com seu filho aocolo. A seu lado, estava o Comandantedo 18° Batalhão, Tenente Coronel Joséde Alencar Castro, que também discur-sou, ganhou um tênis, provou das empa-dinhas, dos quibes mais dos pastéis dequeijo mas nem por um instante largouFilipe, seu filho de dois anos, grudadosempre ao peito do pai, mesmo tendo aolado a mãe, Dona Ana Maria Castro.

E nem só os policiais foram homena-geados. Também José Visitação daCruz, um mineiro de Diamantina e pe-dreiro de profissão, recebeu a homena-gem pelo Dia dos Pais. José é pai de 14filhos (além de avô de 18 netos). Explica:"Deus me deu estes filhos todos e ne-nhum morreu, todos têm saúde e estãobem criados" (o mais velho com 34 anose o mais novo, com 14). Ganhou umalavanda e carteira para documentos.

A própria Maria da Penha — que seorgulha de ser "uma voluntária coorde-nadora do Cipoc" — foi contempladacom um buquê de rosas e gladíolosvermelhos. Completava, ontem tam-bém. 16 anos de casada. Ela se refere aoCentro Integrado do Policiamento Co-munitário da Cidade de Deus como "aprova de que é possível a cooperaçãoentre moradores e policiais para benefi-cio de ambos os lados". E a prova de queela mesma acredita no que diz é osegredo que contou para o repórterquando este já se despedia:— Eles (os 11 policiais que estavamontem de plantão) não sabem mas oalmoço, uma feijoada, eles vão ter, aquimesmo. É o meu presente.

Dia dos Pais dá a carentes

mais de mil angus do Gomes

A maioria dos restaurantes finos, es-palhados pelo mundo, têm uma série denormas que são chamadas de regula-mentos internos. Pode exigir o traje,reduzir o cardápio e optar por umalíngua para o seu preenchimento. On-tem de manhã, na Av. Amaral Peixotoaltura do número 207, um desses restau-rantes que poderia ser tachado de ex-cèntrico foi instalado em Niterói e ser-viu a mais de 1 mil pessoas num terrenobaldio.

Traje: o que tiver: Menu: o maistradicional da cidade, o Angu do Go-mes. Exigência básica: ser carente epossuir um cartão para a ocasião. Omaitre do "restaurante improvisado"chama-se José Moreira Filho, o açou-gueiro que ficou conhecido por distri-buir carnes aos necessitados. O resulta-do foi alcançado. A multidão consumiu800 quilos de alimentos, além de 100caixas de refrigerantes, laranja e ma-mão. Todos puderam comemorar o Diados Pais com um almoço completo.

ExpressõesMesmo para comemorar o Dia dos

Pais. a maioria das pessoas que partici-param do almoço era de mulheres ecrianças. Os poucos homens que estive-ram no terreno baldio onde funcionanormalmente um estacionamento pare-cem ter esquecido que ontem era o seudia. Sem sequer fazer qualquer observa-çáo alusiva à data, todos tinham a mes-ma expressão séria nos rostos marcadospelas rugas.

A fome, a dificuldade financeira e odesejo de ganhar roupas, distribuídaspor Edson Costa Teixeira e RubensPereira Lopes, que trabalham com Zezi-nho, no projeto PRÓ-CARNE, um pro-grama de caridade e retribuição de na-tureza econômica, fundado para ajudaraos mais pobres, faziam as pessoas bri-gar na esperança de conseguir uma pe-ça de roupa.

Os olhos vermelhos deixados poruma dose de cachaça a mais e a tristeza

Patrícia Fariade lutar por um emprego e cansativa-mente ouvir a mesma frase: "não temosvaga", foi deixada para trás por Hamíl-ton da Silva, assim como o lugar em quemora: qualquer viaduto ou marquise deNiterói. Educado, e de fala pausada, elejamais pensou ao receber um dos milcartões que foram distribuídos na sex-ta-feira, uma espécie de convite para oalmoço a céu aberto, que fosse comertâo bem.

Acostumado a comer "pouco", comodeclarou, fez uma observação após sa-borear o prato de angu:— Hummmm, está delicioso!

Como o número de mesas armadasnão foi o suficiente para todos, a maio-ria sentou no cháo ou se recostou nasparedes. Quieto, Mário Alves, um dosúnicos que náo teve que enfrentar amultidão em busca de um presente,ganhou um temo marron, que experi-mentou na mesma hora.

Alheios ao corre-corre quando surgiauma saca com roupas, que causou atébriga entre duas mulheres, uma mesaformada por quatro garotos se destaca-va das demais. Trés estavam sentados:Jerónimo, Augusto e André. Como Joséera o menor de todos, para apoiar asmãos e o prato, ele colocou o queixocomo forma de segurança para náo des-perdiçar o conteúdo de seu prato.Reivindicando uma organizaçao pa-ra a distribuição das roupas uma senho-ra comentou: "Tó precisando, mas es-tou vestida. Isso passa na televisão evão dizer: Ollha lá, os favelados de Nite-rói se espremendo como bicho". As su-gestões náo foram ouvidas e mesmo doalto de um caminhão as pessoas seempurravam e os braços ficaram sem-pre para o alto.

José Moreira Filho, o Zezinho. nãorevela nunca o quanto gasta com osseus gestos de caridade. Ele disse queontem iniciou uma nova fórmula paralevar àqueles que têm fome um poucode comida, roupa e calçados, além dogesto claro de amor e fraternidade.

Salvador — Em sua oração dominical a propósito doDia dos Pais, ontem, o Arcebispo de Salvador e Primazdo Brasil, D Avelar Brandão Vilela, enfocou o problemada familia e "as mutações imprevisíveis" que essa insti-tuiçào vem sofrendo do ponto-de-vista religioso, social,econômico e moral. O cardeal desaconselhou soluçõesque defendam "controlar intempestivamente a natalida-de" ou fazer com que o Estado "assuma todas as respon-sabilidades da família".

— Entendo que se faz necessária uma disciplina deprocedimento governamental, sem. porém, desequilibrare destruir a familia, sem eliminar o direito dos pais sobreos filhos e o seu destino. Compatibilizar as tendências,repelindo as soluções massivas, evitando a proliferaçãointempestiva pelo processo educativo, respeitoso e gra-dual, na verdade, é um caminho a percorrer sem açoda-mento nem preconceitos injustificados — defendeu oArcebispo Primaz do Brasil em outro trecho de suaoração.

segunda-foira, 1B/8/83 a 1° oadorno D 5

"Condomínio do Diabo"

não faz festa e as

crianças ficam tristesCelina Côrtes

O Bairro de São Jorge, uma vila de 43 casas noCatete, teve ontem um sombrio Dia dos Pais. Em vezda festa, do alarido das crianças, as escadarias o pátiosficaram vazios, porque os moradores são proibidospela convenção de promover qualquer tipo de reuniãonas áreas comuns ao condomínio. A sindica ObdulaVilar não foi encontrada em sua casa para explicar osmotivos da intransigência,

A pacata vila está vivendo um clima de guerra, epor isto já foi apelidada pelos moradores de "cemitérioaos vivos", "república dos urubus" e "condomínio doDiabo". De um lado, os que acham que as criançasdevem brincar livremente, e que as festas são uminteresse comum a todos: do outro, os que considerama convencão a constituição do bairro, e por isto deveser seguida à risca, sem concessões.

Muitas escadasAs cerca de 80 crianças que moram no Bairro SãoJorge passaram a manha de sol ameno enfurnadas emsuas casas, frustradas por não poder comemorar o Diados Pais. E esta não foi a primeira vez que se viramimpedidas de participar de uma festa — dia 25 de junhofoi cancelada a festa junina pelo mesmo motivo, e ocaso acabou parando na 9'1 DP, cujo Delegado titular,Nemésio Vidal, deu a permissão — porque a convenção

proíbe a realização de reuniões nas dependências co-muns ao bairro.Orlando Bandeira, inquilino que mora no bairro há13 anos, está pensando em se mudar de lá. Segundo

contou, muitos inquilinos estão sendo pressionadospelos proprietários, e no caso desta festa foram avisa-dos de que teriam que pagar multa de um a doissalários minimos se insistissem em realizá-la. Umoutro inquilino, que preferiu não se identificar, diz quejá náo agüenta mais viver sob coação, e prometeu semudar.

A síndica Obdula Vilar, segundo informou suafilha, que parecia muito nervosa, não estava em casaontem. Mas um outro morador, da facção que acha quea convenção é sagrada para o bairro, explicou osmotivos da proibição:— O bairro tem muitas escadas, e quatro criançasjá caíram. Não sou contra as crianças, mas se aconte-cer alguma coisa com elas, a responsabilidade será dasíndica — disse o delegado Eduardo Gondim Monteiro,há 40 anos morador do local.

A advogada Celina de Sousa Lira, inquilina, leurecentemente a convenção e observou que esta foi feitapor alguém que desejava satisfazer apenas seus inte-resses. Pelo documento, as crianças não podem penna-necer nas áreas comuns ao condomínio, nem tampou-co andar de patins, bicicleta ou velocípedes. Masapesar de tudo, os moradores pretendem continuartentando fazer valer os direitos que consideram seus.denunciando as situações como esta e vivendo em péde guerra.

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O MAIS IMPORTANTE SHOW

MUSICAL DA TV BRASILEIRA

HOJE VOCÊ TEM UM ENCONTRO MARCADO 0»

GHK0 NMHPe seus convidados

MARIA BETHÂNIA, NEY MATOGROSSO,

TOM ÜOBIM, EDU LOBO, VANUSA,

MARIETA SEVERO, TÂNIA ALVES,

SIVUCA, LUÍZA BRUNET e

AS FRENÉTICAS

no BAR ACADEMIA

Apresentação de WALM0R CHAGAS Direção * MAURÍCIO SHERMAN

HOJE 21:30

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6 ? Io caderno ? segunda-feira, 15/8/83 INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL

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Joao Paulo II e Mitterrand (D) tiveram uma reunido privada paradebater os conflitos mundiais e a corrida armanmitista

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Aprenda o verdadeirosentido desta palavra.

SCARLET MOON eNELSON MOTAesquentam as NOITES CARIOCASbatendo papo com: GIANNI AMICO — O

homem que vai levar os artistasbrasileiros para acabar com ofestival de verão na Itália.MARCOS NANINI — A volta de"Doce Deleite", agora sem Marí-|jg PgpgPAULA FRANSSINETTI — Ex-plica como será a reorganizaçãoda CODERTE.

NESTA SEGUNDA, ÀS 23:00 HORAS, NASUA TELINHA.

Día 1 5 de AqosTO, As 19 h

AudiTÓRio do IBAM.

ViscoisdE SíIva, 1 5 7.

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Informe JB

EIeíção do Novo

PRESidENTE do ClllbE.

Dever moralPela televisão, ao vivo, o pais Intel-

ro tomou conhecimento na sexta-feirado sofrimento dos flagelados pela secaque há cinco anos sacrifica o Nor-deste.

Chorando pateticamente, mães epais clamavam por alimentos para osfilhos, crianças desnutridas e tristes.Inflamados, Prefeitos e autoridadesapelavam aos Governos, em desespe-ro, por socorro urgente — sob a formade água, comida e agasalhos.

O forte impacto dessas imagens,registradas 110 escaldante sertão doCeará, ainda cala fundo entre nós,aqui no Sul devastado por outro flage-lo — o das enchentes.

¦ BBEnquanto contemplávamos, abala-

dos, a tragédia nordestina que noschegava pelo vídeo, a Igreja da regiãomobilizava-se em prol de uma campa•nha nacional de sensibilização para oproblema.

Em Olinda, reunidos neste fim desemana, os membros da Pastoral Ru-ral Nordeste II, da CNBB, resolveramque está na hora de a Igreja liderar omovimento de assistência aos flagela-dos, pois como instituição apoliticapode. mais eficazmente, atingir a to-das as classes.

Nessa cruzada de conscientização,a Igreja não ignora, porém, o papelque pode ser desempenhado pelos po-liticos. Sobretudo pelos Governos que,de mãos atadas, só esperam sinal ver-de do Planalto para gerir decisiva-mente os projetos que solucionarão oproblema. ¦ ¦ ¦

Problema político, que exige por-tanto pronta ação governamental, odrama da seca conta a partir de agoracom a decidida atuação da Igreja.Náo apenas no plano assistencialista.já que seus pastores oferecem-se comointermediários entre o Governo queajuda e os flagelados que recebem.

No Ceará, unida a empresários, aIgreja já atua para minorar os efeitosda catástrofe. Ainda no fim de sema-na, numa jornada de jejum que seestendera pelos próximos dias, as no-ve dioceses do Ceará recolheram do-nativos e alertaram a população parao drama de seus irmãos.

Dentro de poucos dias, a ofensivada Igreja ganhará uma dimensão talque, dificilmente, deixará o pais indi-ferente — seé que, em algum momento,a nação ignorou a situação dos 1.5milhão de habitantes do polígono dassecas.

m ¦ aAqui no Sul, onde estão milhares de

parentes e amigos dos flagelados, tere-m.os de dar uma resposta efetiva, soli-dária, ao clamor dos nordestinos e ámobilização da Igreja.

Sob pena de nos envergonharmos,no futuro, de nossa inaçáo ante adestruição da região, pelo flagelo daseca e por nossa insensibilidade.

Flagelo

O Prefeito pedessista Alclo Marcoz-ze Monteiro, da cidade de Icó, acabade reformar, com muito luxo, seu gabi-nete de despachos e de comprar, porCrS 12 milhões, um possante automó-vel equipado com ar refrigerado.

a a bIcó fica a 370 quilômetros de Forta-

leza, na região mas castigada pelaseca, e abriga hoje centenas de flage-lados.

Sedentos e famintos.

A Meca

São Paulo e Manaus, dão a medidaexata do tamanho da crise.

Nos últimos 12 meses, ela reduziu onúmero de seus empregados em 50% eo faturamento em cerca de 30%, Asdespesas financeiras são três vezesmaior do que a folha de pagamento euma vez e meia maior do que a despe-sa industrial.

Com ovo

Irritado, um gordo passageiro ater-rissou na lanchonete do aeroporto deBrasília, na semana passada, e pediuum hambúrguer com ovo. Ovo duro.Estava inconformado com a marcaçãode sua passagem pela classe económi-ca, que não serve refeições.

Era Miguel Colasuonno, presidenteda Embratur — Empresa Brasileira deTurismo.

Agouro

O líder do PMDB na Câmara dosVereadores do Recife, Liberato CostaJúnior, adiou para setembro uma ci-rurgia de catarata a que precisa sub-meter-se. Tem medo de enfrentaranestesia em agosto.

Com o mesmo temor, a Deputadafederal Cristina Tavares, do PMDB,convidada por seu colega do PTB doRio, Celso Franco, para assinar umprojeto de sua autoria, recusou-se:

— Meu irmão, eu gosto muito devocê — explicou-se — mas no mês deagosto não ponho minha assinaturaem documento nenhum. Me procureem setembro...

Agosto assusta.

MáximaPara ingressar no Brasil, o premia-

do balé da Ucrânia começou a ensaiarhá um ano. Passou por um rigorosocrivo de orgãos burocráticos incluindoo SNI.

Há um mês, contudo, o Itamaratideu o alarma: a excursáo dos 100 bai-larinos comunistas estava ameaçada.De 20 de agosto a 7 de setembro, oBrasil vive um período de "segurançamáxima", segundo o SNI, o que tornapouco saudável a vinda de comitivasdo Leste Europeu neste período.

Como os ucranianos seriam a atra-ção do Projeto Aquarius, no dia 21.seus organizadores pediram socorro aLeitão de Abreu, Flavio Marcílio eSaraiva Guerreiro. Assim, consegui-ram mais quatro dias de prazo extra.

O país vê o bale até o dia 24. emdetrimento da segurança.

Triangular

Para ajudar os usineiros íluminen-ses, que acumularam uma dívida deICM com o Estado do Rio na ordem deCrS 10 bilhões, os técnicos do Governomontaram um engenhoso esquematriangular, que envolve a Petrobrás,consentidamente uma das pontas dotriângulo.

O Estado do Rio, como adquiremensalmente 750 mil litros de álcoolda Petrobrás, entrega-lhe um chequecorrespondente a essa compra. A em-presa do Governo federal, que compraálcool dos usineiros, endossa o chequee passã para os usineiros. Estes, comodevem aos cofres do Estado, repassamo mesmo cheque à Secretaria de Fa-zenda.

Aos poucos, a divida está dimi-nuindo.

BolsasPela forma incompetente com que

os problemas políticos de interesse doGoverno vêm sendo tratados, náo res-tará outra alternativa senão voltar-separa Meca, entoar o cântico do mua-zim, bater a testa no chão, orar ereverenciar.

Este raciocínio, de um estreladoGeneral de Brasília, lembra apenasque o próprio Palácio do Planalto estátornando inviável a derrota do PauloSalim Maluf.

Crise

Os números de uma grande empre-sa do setor eletrônico, com fábricas em

Precavendo-se contra fraudes, a Se-cretária Estadual de Educação, Depu-tada Yara Vargas, mudou este ano osistema de controle de bolsas de estu-do. Em vez de fiscalizar os estabeleci-mentos de ensino depois do pagamen-to das bolsas, como era feito, resolveufazer as inspeções em julho — antesdas férias escolares.

Com sua blitz, a Secretária conse-guiu verificar a relação entre bolsasconcedidas, condições físicas das esco-Ias e presença de estudantes nas tur-mas. Em tempo, conseguiu impedirque se alastrasse o surto de bolsas-fantasmas detectado há pouco peloMEC em várias escolas do Rio.

Papa e Mitterrand condenam injustiças

CLUBE DE CRIAÇÃO

DO RIO DE JANEIRO

CONVOCA:

Assem blÉÍA GeraI para

Lance-livreEm torno da efígie de Getúlio Var-

gas, os Governadores Leonel Brizola,Tancredo Neves, José Richa, Esperi-dião Amin e Jair Soares vão reunir-sena sexta-feira, em Porto Alegre, paraas comemorações do cinqüentenárioda OAB, que prosseguem na Capitalgaúcha. A efígie foi oferecida por Bri-zola depois das eleições.

O Secretário de Cultura do MEC,Marcos Vinícius Vilaça, entrega hojeà cidade de Oeiras, no Piauí, trêsmonumentos recentemente restaura-dos: a Igreja de Nossa Senhora daVitória, o sobrado do Major Selemeri-co e o Palácio Episcopal. Antiga capi-tal da Província do Piaui, Oeiras foitombada há 43 anos pelo SPHAN.

Os comerciantes de Ipanema estãoalertando a Associação de Moradoresdo bairro para um novo tipo de con-gestionamento na Visconde de Pirajá:o dos camelôs. Com suas barracas, elestornaram a rua intransitável.

Enquanto no Palácio Guanabaracortam cafezinho e água gelada paravisitantes, na Câmara Federal, emBrasília, pode-se escolher café ou cho-colate. Em promoção da Associaçãodos Cacaueiros da Bahia.

Do Senador Aderbal Jurema (PDS-PE) sobre as relações do Senador Mar-co Maciel e o Governador RobertoMagalhães: "As divergências que exis-tem são sutis e não progredirão. Pelotemperamento do primeiro, e pelacompreensão do segundo".

O Estado japonês de Shiga, irmãodo Rio Grande do Sul, resolveu brin-dar Porto Alegre com um jardim tipi-

¦Minrifii iiii»<iiíp»wWiHihim

camente nipònico. Vai ocupar umaárea de quase 4 mil metros quadradose ficará pronto em outubro.

Em Picos, terra do cineasta MiguelBorges, e em mais 20 pequenas cida-des do Piauí, o quilo do feijáo-preto —quando encontrado — está sendo ven-dido a CrS 1 mil 200. Efeitos da seca.

Desaparecido há 15 anos, o escritorLUcio Cardoso, que agora completa-ria seus 70° aniversário, será recorda-do na Faculdade de Letras da UFRJcom uma sessão no dia 17, às 16h, de ACasa Assassinada, adaptado tfe seuromance. Ao final da sessão, o diretorPaulo César Saraceni debaterá o fil-me com estudantes.

O Governador Leonel Brizola pediuà Federação Israelita para escolher assinagogas que deverá visitar, nas zo-nas norte e sul do Rio, por ocasiao doYom Kippur (Dia do Perdão), festeja-do amanhã.

Dentro do Projeto Participação,promovido pela UFRJ e o JORNALDO BRASIL, participarão hoje, às20h, de um debate sobre reforma cons-titucional: Afonso Arinos, Célio Bor-ja, Paulo Brossard, Clóvis Ramalhete,Sérgio Ferraz e Heráclio Salles. NaFaculdade de Direito, na Rua Moncor-vo Filho.

Os escândalos, públicos e pessoais,na Assembléia Legislativa do Rio che-garam a tal nível que já se sugeriucomo hino da casa o Vale Tudo de TimMaia.o A América do Sul não é mais amesma: toma posse hoje o Presidentedo Paraguai Alfredo Stroessner.

Lourdes, França — Criticas às Injustiças so-ciais e á pobreza foram os pontos principais dosdiscursos do Papa João Paulo II e do Presidenteda França, Françols Mitterrand, à chegada doSumo Pontífice, ontem, ao Santuário de NossaSenhora de Lourdes, O Papa ressaltou que asolução para os problemas econômicos e sociaisdo mundo "pressupõe a fidelidade de cada um àsua própria consciência". Mitterrand advertiutambém que a paz mundial está seriamente amea-çada pela corrida armamentista.

Mais tarde, ao falar diante da Basílica, o Papacondenou energicamente a perseguição religiosa.Fontes da Igreja, citadas pela agência inglesaReuters, disseram que a declaração fora parcial-mente inspirada pela situação da Igreja Católicana Europa Oriental.

— Hoje, às prisões, campos de concentração,trabalhos forçados, expulsão de pessoas de seuspróprios países têm de ser acrescentadas outrasformas de punição menos observáveis, mas maissutis — afirmou João Paulo II.

Como peregrinoO Papa está em Lourdes como peregrino e o

sentido particular da visita ficou assinalado com aausência do gesto habitual em suas viagens ofi-ciais anteriores: João Paulo II não beijou o solo aodescer as escadas do avião. O socialista Mitter-rand o esperava e ambos apertaram-se ordialmen-te as mãos. Antes de seguir para o Santuário, oPapa teve uma reunião privada com o Presidente.

Depois do encontro, Mitterrand disse que areunião fora "muito amigável" e "uma continua-ção da bem-sucedida audiência" que tivera com oPapa no Vaticano, ano passado. O Presidentecontou ainda que ambos conversaram sobre osconflitos na América Latina, África, Oriente Mé-dio e a corrida armamentista (antes de deixar aItália, o Papa manifestara a milhares de fiéis sua"tristeza e pesar" com os recentes fatos no Líbanoe no Chile).

Segundo fontes políticas mencionadas pelaReuters, na reunião privada João Paulo II mani-festou preocupação com os projetos do Governosocialista francês de limitar a atuação das escolascatólicas e com a ampliação da prática do livreaborto na França.

No aeroporto, o Papa afirmara que estavaciente dos "esforços feitos pelo povo na França afim de que (o país) possa permanecer digno desuas tradições de liberdade e justiça e de suapreocupação com a paz e com a justiça entre osdiferentes países do mundo".

"Morte civil"

Depois de rezar e de beber a água da grutaonde, em 1858, a camponesa Bernadette Soubi-rous teve visões de Nossa Senhora, o Papa falouaos cerca de 80 mil fiéis reunidos em frente daBasílica de Lourdes.

Ao denunciar a perseguição religiosa e sereferir ao que qualificou de "formas sutis de puni-ção", João Paulo II destacou que não se trata de"uma morte sangrenta, mas uma espécie de mortecivil, não apenas a segregação em uma prisão ouem um carnpo, mas a restrição permanente daliberdade pessoal". Essas condições, assegurou,afetam centenas de milhares de religiosos, masserão finalmente vencidas "pela crença em Deus ena Virgem Maria",

A discriminação religiosa é praticada freqüen-temente, prosseguiu o Papa, apesar de os paísesonde ela ocorre terem, através de suas legislaçõesnacionais ou de acordos internacionais, o compro-misso de garantir a liberdade religiosa e a liberda-de de consciência.

— Precisamos ser mais esplícitos? — indagou(fontes afirmaram a Reuters que João Paulo IIparecia se referir ao fato de que os países daEuropa Oriental são signatários dos Acordos deHelsínqui, de 1975, sobre direitos humanos e quedefendem a liberdade de consciência e de crençareligiosa).

O Papa pediu orações em favor das vitimas doterrorismo, "político ou de outras formas", das"injustiças de todas as espécies, seqüestrados,presos ilegalmente, torturados, condenados semqualquer garantia da Justiça".

MTb — CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA Ia REGIÃO — RJ

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

Ficam convocados os Economistas portadores de registrodefinitivo e quites com suas anuidades para participarem daseleições destinadas à renovação do 1o Terço, composto de 3 (três)Conselheiros Efetivos e respectivos Suplentes do Conselho Regio-nal de Economia 1a Região-RJ, bem como, participarem das eleiçõesque indicarão o Delegado-Eleitor e respectivo Suplente, para repre-sentar o Conselho Regional de Economia 1a Região-RJ, na Assem-bléia Geral destinada à renovação do 2o Terço, mediante eleições deMembros Efetivos e Suplentes do Conselho Federal de Economia.As Chapas concorrentes ao Pleito deverão ser registradas na Sededeste Conselho, na Av. Rio Branco, 109 — 19° andar, no período de16 (dezesseis) de agosto a 14 (quatorze) de setembro de 1983, nohorário de 9 (nove) às 18 (dezoito) horas, devendo as eleições seprocessarem no dia 25 (vinte e cinco) de outubro de 1983, no horáriode 9 (nove) às 17 (dezessete) horas nos seguintes locais: No Hall doMinistério da Fazenda —Av. Pres. Antonio Carlos n° 375. No BancoNacional de Desenvolvimento Econômico e Social — BNDES — Av.República do Chile n° 100 —térreo. Na Fundação Getulio Vargas —FGV — Praia de Botafogo n° 190. Na Associação Comercial do Riode Janeiro — Rua da Candelária n° 9. Na Delegacia do ConselhoRegional de Economia 1a Região-RJ em Niterói — Rua MaestroFelício Toledo n° 495 — grupo 303. Na Delegacia do ConselhoRegional de Economia 1a Região-RJ, em Volta Redonda — Av. LucasEvangelista n° 418 Sala 303. O voto só poderá ser exercido naslocalidades acima onde constam listagens dos Economistas Votan-tes. Rio de Janeiro, 15 de agosto de 1983. Ass. Ignácio de MourãoRangel, Conselheiro Presidente.

Lourdo», Frariqa/UPI

João Paulo II e Mitterrand (D) tiveram uma reunião privada paradebater os conflitos mundiais e a corrida armamentista

DEJ IEIID

JTiHNAL UO BRASIL INTERNACIONALLa Paz. Mónlco — AP

soffundft-foira, 15/8/83 n 1" onderno n 7

MBE.wBSESMForam três rodadas deconversações de 45 mi-nutos cada, mas, ao fi-nal, as divergências\persistiram, como reco-nheceu o visitante: oPresidente dos EstadosUnidos, Ronald Rea-gan, em seu discurso,feito ern separado doPresidente do México,Miguel De la Madrid. Adiscórdia ê sobre a for-ma de resolver a criseda América Central.

— Nmguém pode im-por aos demais sua pró-pria imagem, nem crerque seus valores e res-postas são as superio-res e, por isso, aplicar-lhes a iima naçãoalheia — afirmou De laMadrid, sublinhando aparticipação ativa deseu Governo "na lutapela estabilidade, a li-herdade e o desenvolvi-mento na América Cen-trai", dentro do espíritodas negociações doGrupo de Contadora(que além do México,inclui Venezuela, Co-lómbia e Panamá). Rea-gan disse que a paz estácondicionada à demo-cratização da região

Rebeldes rachamo Cliade em dois

N'D,iamena — As forçasrebeldes do Chade apoia-das pela Líbia pareciamontem controlar quase ametade do país, depois queas forças do Governo, pró-Ocidente, recuaram para oSul, informou a agência in-glesa Reuters. Os rebeldesmantêm o controle totalda cidade de Koro Toro, naprincipal estrada entreN'Djamena (Capital) e o re-moto oásis de Faya-Largeau, no Norte, disse-ram fontes diplomáticasocidentais citadas pelaagência americana UPI.

Geiíi é cagadona Argentina

Tandil, Argentina — Apolicia argentina realizouintensas buscas para ten-tar localizar Lício Gelli,grão-mestre da Loja Maçò-nica Propaganda-Dois (P-2), nos arredores de umafazenda supostamente desua propriedade, disseramfontes extra-oficiais àagência UPI. Segundo vizi-nhos da fazenda, a proprie-dade tem um aeroporto,onde Gelli teria desembar-cado depois de fugir da pri-são na Suíça, quarta-feira.

Brasileiro dáapoio a chileno

O Comitê Chile do Riode Janeiro divulgou umanota de solidariedade aopovo chileno e em apoio àsreivindicações da Oposi-ção ao regime militar peloretorno da democracia, 11-berdade de expressão, li-bertaçáo dos presos políti-cos, &m da repressão poli-tica e a renúncia do Presi-dente Augusto Pinochet,seguida da formação deum Govemo civil eleito de-mocraticamente. A notafoi assinada por 49 intelec-tuais, jornalistas, artistas epolíticos como AntonioCallado, Chico Buarque,t-aulo Freire, Maria daConceição Tavares, Ziral-do. Hélio Pelegrino, JoanaFomm e Oscar Niernayer

Yaldés diz que promessas

de regime não se cumprem

Luís Cláudio LatgéSantiago — Até agora a experiên-

cia de 10 anos é que todas as ofertas epromessas do Governo não secumprem; formam-se comissões paradeterminados objetivos que não sãoalcançados e elas se dissolvem; seanuncia que os exilados (estima-se em30 mil) voltam e não regressam. Demodo que somos muito céticos porquetambém não vemos uma vontade de-mocrática real, porque o Governo quermanter-se, a todo custo, até 1989, con-tra a vontade da imensa maioria dopaís, que mensalmente protesta — dis-se o líder da Democracia Cristã, Ga-briel Valdés, respondendo a uma per-gunta do JORNAL DO BRASIL sobrea confiabilidade dos anúncios oficiais.

Para a Aliança Democrática, quereúne os principais partidos do país, osplanos políticos do Governo "chega-ram tarde" e "não são confiáveis".

Manteremos a Aliança Demo-crática. É um acordo político que re-presenta mais de 70% dos cidadãos doChile. O acordo entre a DemocraciaCristã, direita democrática, o PartidoRadical, a Social Democracia e o Par-tido Socialista indica que há uma von-tade política para recuperar a demo-cracia disse Valdés.

Numa entrevista a correspondentesestrangeiros, em que falou em espa-nhol, italiano e inglês, o líder da Demo-cracia Cristã afirmou que "o governoestá isolado". Que só tem o apoio desetores que atuam por temor, outrosporque ganharam muito dinheiro eoutros porque crêem que, eliminadoeste regime, possa voltar à UnidadePopular. Este país tem muito temor eo temor segue sendo incentivado e sevê na televisão, que é um instrumentototalitário do Governo, onde trata demostrar imagens dos anos 70, 71,72. Ogoverno nào tem nada para oferecerem dez anos, a não ser o temor àdesordem que houve 10 anos atrás.

Ele prenunciou o fim do regime,porque "a era dos regimes autoritá-rios, na América Latina, chega ao fi-nal, porque demonstraram que sãoincapazes de resolver o crescimentoeconômico, a liberdade e a justiça so-ciai". Lamentou, apenas, a forma vio-lenta com que o país se enfrenta:

Manágua volta

atrás em sanção

contra "La

Prensa99Manágua — O Ministro do Interior

nicaragüense, Tomas Borge, revogouontem uma ordem de suspensão dacirculação do jornal La Prensa, baixa-da na noite de sábado. A decisão doMinistro foi tomada após uma reuniãocom dois diretores do jornal, JaimeChamorro Cardenal e Pedro JoaquimChamorro Barrios.

A suspensão da circulação do LaPrensa teve como justificativa a publi-cação de uma nota que havia sidocensurada pelo Governo sobre um ata-que de desconhecidos à casa de Viole-ta Chamorro, viúva de Pedro JoaquimChamorro, ex-dono do La Prensa, as-sassinado em 1978 por sua oposição àditadura de Somoza.

Pedro Joaquim Chamorro contouque Tomas Borge o convidou paraconversar em sua casa e enviou umcarro militar para transportá-lo.

Borges reprovou a publicaçãoda ni tícia, porque ela violou uma or-dem da Direção dos Meios de Comuni-cação, mas suspendeu a sanção e orde-nou uma investigação exaustiva paradeterminar os resposãvels pelo ataque(à casa de Violeta Chamorro).

Desde a revolução sandinista, em1979, o La Prensa foi suspenso oitovezes, incluindo a suspensão de sába-do. A censura à imprensa foi implanta-da na Nicarágua em março de 1982,quando começaram os ataques arma-dos ao país por forças somozistas quetentam derrubar o Governo.

O coordenardo da junta de Gover-no da Nicarágua. Daniel Ortega, disseontem que as gestões de paz para aAmérica Central feitas entre o Gover-no americano e o Grupo de Contadorasão "formais". Segundo o dirigente,eias "se chocam contra as atitudes doGoverno Reagan".

Ortega afirmou que os Estados Um-dos não demonstram interesse em re-soivet p '.Iticameníe os problemas da

Arquivo/AP

Gabriel ValdésNós dissemos, faz muitos meses,

que, se a situação não mudasse, have-ria violência, porque um pais náo podeviver com 35% de desemprego, reces-são e uma paralisação agrícola e in-dustrial indefinida.

Para ele, "a solução do problemachileno é uma solução política, nào demudança de Gabinete apenas. Por is-to, a Aliança Democrática insistirá emsua proposta; a renúncia de Pinochet,Governo de transição e eleição em 18meses.

Se o Governo quer o diálogo,terá que reconhecer a existência decorrentes de opinião e seus legítimosrepresentantes. Tem que estabelecerplena liberdade de imprensa e de infor-mação. O diálogo tem que ser públicoe responsável. E devem acabar asameaças de prisão ou de exílio — con-cluiu Valdés, que esteve preso há pou-co mais de um mês.

Ministro de

Pinochet teme

guerra civilSantiago — "O pior que poderiaocorrer ao Chile é nos vermos defron-

tados com uma guerra civil", advertiuo novo Ministro do Interior chileno,Sérgio Onofre Japa, em entrevista aojornal El Mercúrio, publicada ontem,quando o balanço oficial de mortosentre quinta-feira e sábado se elevavaa 24 e o extra-oficial, a 27. Os feridossão mais de 100 e os presos mais de 1mil 500.

O Ministro admitiu a possibilidadede convocação dos chilenos a um pie-biscito, para acelerar o restabeleci-mento da democracia mediante umareforma constitucional, mas não dissequando isso seria possível. "Não possodizer quando, mas antes de 1990 va-mos ter um Congresso eleito", afir-mou. Sobre os exilados, considerou"melhor publicar uma lista dos quenào podem regressar ao pais".

O fantasmaAo comentar a violenta repressão

que matou e feriu a tiros de metralha-doras, disparadas indiscriminadamen-te pelos 18 mil soldados colocados nasruas de Santiago, principalmente nosbairros mais pobres da cidade, o Mi-nlstro do Interior — que é também ochefe do novo Gabinete civil — comen-tou:

Espero que todos tenhamos sufi-ciente consciência do que isso signifi-ca, para levar nossos assuntos em paze harmonia. Vemos renascer no Chile ovelho fantasma dos combates entrecivis.

A calma retornou ontem à Capitalchilena, segundo a agência AFP. ASecretaria-Geral do Governo infor-mou que nos distúrbios da noite desábado não houve morte, nem feridosa tiros. Explicou que os distúrbios seconcentraram no bairro operário deJosé Maria Caro onde sexta e quinta-feira os soldados mataram e feriramvárias pessoas

Guatemala treina salvadorenhosGuatemala — A Guatemala vai

treinar o Exército de El Salvadorem troca de armamentos e muniçãoamericana, informamra altos fun-clonãrios dos dois países à agênciaReuters. O treinamento será embases guatemaltecas, e o acordo foiconcluído na semana passada, apóso golpe militar do General OscarMejía Vlctores, que derrubou o Ge-neral Rios Montt na segunda-feirapassada.

Segundo analistas políticos daReuters, a manobra confirma que,sob Mejía, a Guatemala vai formar,com El Salvador e Honduras, "umtriângulo de países pró-EstadosUnidos", ao Norte da Nicarágua. Hádois meses, oficiais hondurenhos jáiniciaram o treinamento antiguerri-

lha dos soldados salvadorenhosque, apesar do apoio militar macl-ço, não conseguem acabar sozinhoscom o avanço da guerrilha.

Rifles c fcijào

Fontes diplomáticas na Guate-mala acrescentaram que o treina-mento incluirá a chamada estraté-gia dos "rifles e feijão", uma combl-nação de duras táticas antiguerri-lha com ações civis.

Desde 1977, quando o ex-Presidente Carter acusou a Guate-mala de "desrespeito sistemáticoaos direitos humanos", o país nãovinha recebendo ajuda militar dosEstados Unidos. Em 7 de janeiro,

Reagan suspendeu o embargo, pon-do a disposição da Guatemala umcrédito de 6 milhões 300 mil dólarespara compra de armamentos e pe-ças sobressalentes, sobretudo paraseus aviões. Mejía, porém, tem ago-ra uma oportunidade de receber asarmas sem gastar a reserva de dlvl-sas do país, segundo a Reuters.

O Embaixador dos Estados Uni-dos na Guatemala, Frederlc Cha-pln, anunciou ontem que o novoGoverno de Mejía poderá disporagora de um crédito ainda maior;um fundo inicial de 79 milhões dedólares foi posto à sua disposição,com a previsão de mais 25 milhõesno início do próximo ano fiscalamericano, que começa em ou-tubro.

Avião é porta-voz

da anistia

Suchitoto, El Salvador — Umpequeno avião foi-se aproximandoe seu ruido era o bastante paradeixar em pânico as nervosas crian-ças da família Escobar, acostuma-das a passar fome e frio nas monta-nhas, fugindo dos bombardeios daForça Aérea e das ofensivas doExército. Em poucos segundos, to-dos estavam fora de casa, correndopara o mato. Mas, de repente, Poli-cárpio Escobar percebeu que o pilo-to do estranho avião falava e, emvez de bombas, jogava papéis, umaenorme chuva de papeizinhos.

Os poderosos alto-falantes doavião aconselhavam claramente atodos seus ouvintes a se beneficia-rem com a anistia. "Suas vidas se-rão respeitadas, o Governo garanteseus direitos humanos. Apresen-tem-se na Prefeitura, a algum padreou às Forças Armadas", dizia amisteriosa voz ouvida pela famíliaEscobar. Policárpio foi à área ondecaíram os papéis e catou um, quereproduzia as primeiras páginas dedois jornais de San Salvador, dan-do notícia de que ex-guerrilheirosanistiados tinham partido parauma nova vida no Canadá e naAustrália.

Fuga e anistiaPolicárpio não era guerrilheiro,

mas pertencia às chamadas "mas-sas" da guerrilha, ou seja, à popula-ção civil que voluntária ou involun-tariamente ajuda os rebeldes comapoio logístico, principalmentedando-lhes abrigo e alimento. Nes-ta região próxima ao vulcão deGuazapa, a apenas 40 quilômetrosde San Salvador, milhares de cam-poneses formam as "massas" deuma das principais frentes de bata-lha da coalizão guerrilheira Fara-bundo Marti de Libertação Nacio-nal (FMLN).

Aqui e em outras regiões do país,geralmente os integrantes das"massas" da guerrilha sofriam du-

ramente os efeitos da repressão mi-litar, embora fossem na verdadecivis desarmados. Entre as váriasdenúncias de massacres, o que pro-vocou maior escândalo foi o de ElMozote, em Morazan, distante pro-víncia no Noroeste do país. Masaqui também houve casos seme-lhantes, como o da aldeia de Cacao.Os guerrilheiros, por isso, sempreavisam as suas "massas" quando seaproxima o Exército, aconselhandofuga imediata.

No mesmo dia em que o aviãopassou, terça-feira última, Policár-pio tomou a decisão de fugir comseus cinco filhos menores, sua mu-lher e sua mãe. Ele foi para a Prefei-tura de Suchitoto, com outros 40integrantes das "massas", que acei-taram buscar os benefícios da anis-tia, cujo prazo final termina hoje(segunda-feira).

Morrendo de fomeEstávamos morrendo de fo-

me e entáo eu pensei; é precisosalvar as crianças. Ali onde vivia-mos só Deus mesmo estava com agente. Não tem comida, nào temsabão, não tem sal... Por perto. Só oque se via era a morte. Foi por issoque eu pensei que era preciso salvaras crianças e resolvi acreditar noque o avião falava — conta Policár-pio, de 33 anos, no pátio da velhaPrefeitura.

O prédio colonial mostra as cica-trizes da guerra civil salvadorenhaque, em pouco mais de três anos emeio, já causou a morte de mais de40 mil pessoas. Os buracos de balana parede não são privilégio daPrefeitura estão por toda parte nes-ta cidade virtualmente sitiada des-de o inicio da guerra.Essa gente estava morrendode fome e os subversivos não adeixava sair. O pior é que tem mui-to mais nos casarios por aí afora.Por isso mandamos um telegrama àAssembléia Constituinte pedindo

Rosental Calmon Alvesnovo prazo para a anistia — disse oPrefeito José Matia Coto, o delega-do local da Comissão de Anistia.

Os beneficiadosO Governo salvadorenho infor-

mou que até a semana passada 1mil 43 pessoas tinham sido benefí-ciadas pela anistia parcial, que en-trou em vigor no dia 15 de maiodeste ano e foi prorrogada de julhoaté hoje. A grande maioria dos quese beneficiaram era de presos (cercade 400) não envolvidos diretamenteem crimes de sangue e quadrossecundários da guerrilha, como as"massas" ou as "milícias".

A história de Policárpio é a mes-ma de milhares de camponeses sal-vadorenhos que ainda se encon-tram em zonas eventualmente con-troladas pela guerrilha ou de outrosmilhares que vivem confinados emcampos de refugiados dentro e forado país.

— A situação de sofrimento quevivíamos nos deu a resignação decorrer o risco de vir até aqui. Aúnica coisa que nós queremos é umpedacinho de terra para plantar edar o que comer à família — dizFrancisco Rosário Hernandez, 31anos, olhos fixos no chão de ladri-lhos antigo e gasto do pátio daPrefeitura. Agora esperamos come-çar tudo de novo, longe daqui —desabafa.

Mas, todos os que estão na Pre-feitura — como o resto da popula-çâo de Suchitoto — ouvem diaria-mente tiroteios e bombardeios nosarredores da cidade. Quinta-feiraficaram horrorizados ao saber que aguerrilha disparou contra um dosaviões com alto-falantes. Aparente-mente, os tiros não o afetaram, maso avião parou de fazer convites paraa anistia e foi embora. Minutos de-pois, vieram outros que, em vez depapel, despejaram bombas e maisbombas. A guerra continua.

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>1 vicla de Alceu mudou em 1928, com a conversao ao catolicismo

Arquivo JB-12/09/1959WMWW0MM

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g " 1" carievno ? segunda-feira, 15/8/83 A MORTE DE ALCEU JORNAL DO BRASIL

Alceu de Amoroso Lima morre do coração aos 90 anosO escritor Alceu de Amoroso Lima mor

reu nos 00 anos, às IBnlOmln de ontem, noquarto 558 do Sanatório São José, em Petró-polis, onde estava Internado há .47 dias.Parentes e amigos mais próximos disseramque ele tinha um câncer na próstata, que oobrigou a fazer, há cinco anos, quatro opera-çóes em Campinas, São Paulo. Mas de acor-do com o atestado de óbito, assinado peloseu genro, o médico Nelson Senise, a causamortis foi parada cardíaca, insuficiência res-plratória e arteriosclerose.

O corpo de Alceu está sendo velado noMosteiro de São Bento, no Rio, e o sepulta-mento será hoje, às 16h, no Cemitério de SãoJoão Batista. Nos 47 dias em que esteveinternado, o escritor recebeu centenas detelefonemas, entre eles o do Presidente Au-reliano Chaves. Na hora da morte, estavam à

cabeceira do leito suas filhas, a Irmã decaridade Maria Teresa, Abadessa do Mostei-ro de Sâo Paulo, e Maria Helena (casada como médico Nelson Senise); a irmá de caridadedo hospital, Maria das Graças; e o enfermei-ro Bosco. Logo que souberam da morte,compareceram á capela do hospital, onde ocorpo chegou às 18h30min, o Professor Cãn-dido Mendes e D Marcos Barbosa.

AlegreAlceu Amoroso Lima era viúvo (sua mu-

lher morreu ano passado) e tinha sete filhos(Maria Teresa, Maria Helena, Silvia, Alceude Amoroso Lima, filho, Jorge Alceu, PauloAlceu e Luís Alceu), 18 netos e 16 bisnetos.Na hora em que o corpo estava sendo remo-vido do Sanatório São José para a capela dohospital, um grande balão foi solto com

centenas de lanternas, clareando uma inseri-çáo: "Salve o Dia do Papal".

Médicos e enfermeiros do hospital flze-ram comentários sobre "a pérmanente ale-gria do Dr. Alceu, apesar de multo doente".A enfermeira Ana Lúcia Brete, que vai casarno dia 27 deste mês com um funcionário doBanco do Brasil, disse que recebeu "um'presente do Dr. Alceu", quando, antes deficar inconsciente, ele lhe disse:

— Quero que você seja feliz com seumarido, da mesma forma que eu fui comminha mulher durante 67 anos.

Alceu completaria 69 anos de casado nodia 27 deste mês.

Fé cristãNunca vi um paciente sofrer tanto com

um sorriso nos lábios. Ele tinha consciência

de seu estado e nunca deixou de oferecerpalavras amigas a quem o visitava. O seuhumor contagiava a todos, sempre deixandon marca de sua inabalável fé cristã — disse oDr. Hélio Moura, um dos atendentes doescritor,

A Frei Clarênclo Neotl, diretor da Edito-ra Vozes de Petrópolls, que o visitou háalguns dias, Alceu deu de presente o seuúltimo livro, autografado. A obra, traduzidapara francês, saiu do prelo há poucos dias.

À noite, no Rio, o Cardeal Arcebispo doRio de Janeiro, D Eugênio Sales, disse: —Com a morte do Dr. Alceu desaparece umadas mais tnsignes figuras do lalcato católicodo Brasil.

Acrescentou: — Insigne pela longa dura-çáo de serviços prestados a Igreja, desde ossaudosos D Sebastião Leme e D Jaime de

Barras Câmara, até nossos dias. Insigne nelavastidão da obra que nos legou, sobre osmais variados temas da cultura, toda elaimpregnada do proíúndo espírito de fé cris-tã. Insigne pela liberdade que sempre pre-sorvou na defesa e na promoção dos grandesvalores éticos e cristãos.

E continuou:Juntos, trabalhamos, por cinco anos, na

Pontifícia Comissão Justiça e Paz, em Ro-ma. E no Centro de Estudos e Formação doSumaré foi o primeiro interlocutor na memo-rável reunião do Papa Paulo VI com osintelectuais do Brasil. Peço a Deus queacolha na sua paz a alma de Alceu deAmoroso Lima e suscite, pelo seu exemplo,novos líderes do lalcato católico, ao qual aIgreja confere hoje funções da mais relevan-te importância pastoral.

De Alceu a Tristão e de novo a AlceuAntônio Carlos Villaça

A vida de Alceu Amoroso Lima — Tris-Lja tão de Athayde — dividiu-se em duas

partes: antes e depois da conversão aocatolicismo, em 1928. Alceu foi erudito, pro-fessor universitário, crítico de idéias, ensaís-ta e líder social. Sua obra, que abrange umconjunto de 80 livros publicados, girou emtorno de problemas religiosos, filosóficos,literários, jurídicos, econômicos, pedagógi-cos, sociais.

Alceu era carioca, nascido no vale dasLaranjeiras a 11 de dezembro de 1893, emplena revolta da Armada. Seu pai queria queele se chamasse Floriano, porque era umflorianista exaltado; mas a mãe sugeriu Al-ceu, o nome do poeta grego que amava aliberdade. Passou a infância na Casa Azulque ele evoca numa página belíssima escritaquando a demoliram, em outubro de 1940.Machado de Assis, que era seu vizinho, es-creveu versos de ocasião para o seu bati-zado.

Rui Barbosa e Afonso Arinos (o velho)também freqüentavam a Casa Azul; e deArinos, Alceu ouviu as primeiras estórias dosertão de Paracatu. Estudou as primeirasletras em casa, com um renovador da peda-gogia, João Kopke.

No Ginásio Nacional, onde foi fazer ashumanidades, estudou literatura brasileiracom Coelho Neto; e em 1909 entrou para aFaculdade de Direito, no casarão da PraçaQuinze. Será colega de Ronald de Carvalho,Rodrigo Otávio Filho, Leônidas de Rezende.Seus professores se chamarão Sílvio Rome-ro, Souza Bandeira, Afonso Celso, CândidoMendes, Rodrigo Otávio, Inglês de Souza.Em 1912, dirige a revista Época, a que dá umcunho mais literário do que jurídico.

Formado em 1913, viaja pela quarta vezà Europa, em companhia de Rodrigo OtávioFilho. Percorre toda a Itália, e ouve as aulasde Bergson no Collège de France, em Paris.Estava em Paris quando começou a Guerrade 1914. Voltou ao Brasil por Lisboa.

Foi trabalhar no escritório de SouzaBandeira, advogado, escritor e acadêmico,que lia para ele os versos que da Suíça lhemandava um sobrinho, Manuel Bandeira.De 1911 a 1917, esteve às voltas com aadvocacia; e em 1917 passou ligeiramentepelo Itamaraty.

Um ano depois, resolveu casar-se: comMaria Teresa de Faria, filha de Alberto deFaria e irmá do futuro escritor, Otávio. Em-pregou-se no escritório do pai, que era donoda fábrica de tecidos Cometa. Tornou-sediretor da empresa, e uma espécie de cônsul-tor jurídico.

Do casamento, nasceriam sete filhos, aolongo de vinte anos: Maria Helena, que seriatradutora, Sílvia, Maria Teresa, que se tor-nou monja beneditina e é hoje abadessa doMosteiro de Santa Maria, em São Paulo,Jorge, Alceu, Paulo e Luís. Desde 1951 atéagora, Alceu escrevia diariamente, para afilha monja, cartas às vezes muito longas,manuscritas. Náo estará porventura aí aobra-prima do escritor, o seu diário espiri-tual?

,"A conquista lenta ecotidiana da

liberdade, comocondição da justiça, é

o caminho que anossa invencível

paciência nacionaltem de seguir"

Alceu Amoroso Lima, 1972

Renato de Toledo Lopes convidou Al-ceu, em março de 1919, para ser o critico deum jornal que reuniria os novos de então —Miguel Osório de Almeida, Carlos Delgadode Carvalho, Manuel Amoroso Costa. A 17de junho de 1919, nasceram juntos O Jornale a critica literária de Tristão de Athayde.

O primeiro artigo assinado com estepseudônimo começava com estas palavrastão características: "Fizeram-se os progra-mas para o prazer de os mal cumprir..." Osegundo seria sobre Lima Barreto. Alceu jáescrevera artigos esparsos no Jornal do Co-mércio ou na Revista do Brasil; mas em1919 surgiu o crítico que foi, ao longo dadécada de 20, o intérprete do modernismo —isto é, da renovação das nossas letras. Atra-vés do rodapé de critica de Tristão, váriasgerações descobriram o valor da literatura ese orientaram a respeito de autores e livros.

No exercício dessa critica militante, elenunca se prendeu a grupos ou modismos.Foi sempre um crítico independente e largo,sem sectarismos, sem intolerância. AtacouA Viagem Maravilhosa, de Graça Aranha,que era seu amigo e estava no auge da glória.E valorizou uma brochura de autor novo edesconhecido: A Bagaceira, de José Améri-co de Almeida.

gm 1922, publicou seu primeiro livro, um••tudo sobre Afonso Arinos (o velho), escritoB pedido de Jackson de Figueiredo, em que

há um admirável ensaio a respeito do serta-nismo e uma introdução em que nos propõea sua concepção de critica literária — oexpressionismo critico. Essa critica expres-sionista logo tendeu para um "globalismocritico" que abrangesse a totalidade do fenó-meno literário e do fenômeno humano. Suacritica foi sempre aquele humanismo criticode que outros no Brasil foram tambémseguidores, como Roberto Alvim Corrêa,Sérgio Milliet, Sérgio Buarque de Holanda,Álvaro Lins, um criticism of life, a criticaem contato com a vida.

Se os mestres da sua juventude inquietatinham sido Anatole France, Machado deAssis e Eça de Queirós, os fecundadores dasua mocidade foram Croce, Barbusse eProust. Gostava da poesia de Mallarmé; e damúsica de Wagner. Comentarista infatigáveldas letras universais, trouxe para o Brasilnomes como Lebret, Garric, Ducatillon, DuBos, Gilson, Journet, Papini, Mareei, Péguye Bernanos, Bloy e Claudel, Maritain eMerton.

Soube valorizar e interpretar CornélioPena e Jorge de Lima, Murilo Mendes eAugusto Frederico Schmidt, Otávio de Fa-ria e Guimarães Rosa. Raquel de Queirós eJosé Américo, Lúcio Cardoso e José Lins doRego. A sua critica foi eminentemente nãosistemática, aberta, não programática, porvezes dilacerada entre o ético e o estético,mas sempre compreensiva e curiosa.

Em 1928, houve o grande acontecimentoda sua vida: a conversão ao catolicismo, por

Viajou pelo continente, nessa época, eescreveu seu livro mais vendido — Idade,Sexo e Tempo. Em 1941, tomou-se professorde literatura brasileira da Universidade doBrasil e da Universidade Católica. Fariaconcurso, em 1947, para a Faculdade Nacio-nal de Filosofia da Universidade do Brasil,com a tese sobre o crítico literário, cátedrade que se aposentou em 1963.

Permaneceu em O Jornal de 1919 a 1945.com pequeno intervalo. Em 1945, deixavasimultaneamente a critica regular e a lide-rança da Ação Católica. Em junho de 1947,assumia no Diário de Notícias a seção "Le-tras e Problemas Universais", que duroudezenove anos, sem interrupção. Terminouem julho de 1966, com a morte do suplemen-to literário. Mas em abril de 1958 a suacolaboração se iniciara no JORNAL DOBRASIL, duas vezes por semana.

Colaborou assiduamente para La Pren-sa, de Buenos Aires. Em 1937 foi eleitomembro da Academia Argentina de Letras.Em 1947, para a Academia Uruguaia deLetras. Logo depois da II Guerra, iria aMontevidéu fundar com Manuel Ordonez,Dardo Regules, Rafael Caldera, EduardoFrei Montalva o movimento democrata-cristão na América Latina.

"Há ânsia de saber

por parte das massas,mas se a universidadese abrir sem critério a

essa ânsia,diminuiremos a

capacidade de fazercultura"

Alceu Amoroso Lima, 1983

O período de 1929 a 1938 se caracterizana sua liderança como uma espécie de conti-nuidade em relação ao autoritarismo políti-co de Jackson de Figueiredo. É dessa épocauma certa recomendação do integralismo,como a que pode ser encontrada no volumeIndicações Políticas, de 1936.- A intimidadecom Bemanos, que veio para o Brasil em1938, a leitura dos estudos de Maritain sobrea democracia, a Segunda Guerra Mundial,tudo isso mudou fundamentalmente a orien-tação político-social de Tristão. O longoprefácio que escreveu à sua tradução deNoite de Agonia na França, de Maritain,mostra um Alceu apaixonado pela causa dasdemocracias, pela causa da França e daInglaterra.

Desde a leitura do artigo de Congar, emLa Vie Intelectuelie — "Dieu est-il à droite?"—, de 1935, Alceu evoluía no sentido dopovo, da participação de todos no governo,de um ideal de igualdade e justiça social. Avinda do padre Lebret ao Brasil em 1947completou essa evolução lenta e profunda.Apresentando o dominicano Lebret no Cen-tro Dom Vital, Alceu fez a apologia do huma-nismo econômico.

EM 1950, Alceu foi á Europa. Visitou Pio

XII, a quem ofereceu um exemplar doseu livro Mensagem de Roma. Falou

na Sorbonne. Recebeu a Legião de Honra,como já recebera a Ordem de Sao Gregório,da Santa Sé. Em dezembro de 1951, partiupara os Estados Unidos, onde assumiu emWashington as funções de diretor de culturada União Pan-Americana (por dois anos).

Sua irradiação internacional foi muitoampla. Em 1958/59 deu um curso de civiliza-çáo brasileira na Universidade de Nova Ior-que, e recebeu, com Villa-Lobos, o título dedoutor honoris causa. Em outubro de 1962representou o Brasil, com Afonso Arinos, naabertura do Concilio Vaticano II; e conver-sou com João XXIII. Em 1967, o Papa PauloVI o nomeou membro da Comissão Pontifí-cia de Justiça e Paz da Santa Se. E oInstituto de França o elegeu para a Acade-mia de Ciências Morais e Políticas, por indi-cação de Gabriel Mareei.

O cinqüentenário do seu primeiro artigo,em 1969, teve celebrações nacionais No mes-mo ano. Tristão recebeu o prêmio MoorsCabot, em Nova Iorque. Entre muitos pré-mios brasileiros, recebeu em 1977 — emBrasília — o Prêmio Nacional de Literatura,por conjunto de oora. quando fez um vee-mente discurso de improviso, vigorosa apo-logia da liberdade

Os livros mais expressivos da sua evolu-ção bem podem ser Poiitica e Letras, estudomagistral de 1924, o ensaio sobre AfonsoArinos (o velho), as cinco séries de Estudos,de 1927 a 1933,0 Problema da Burguesia, cie1932, que representa uma ruptura, D Car-deal Leme e Mitos do Nosso Tempo, ambosde 1943. Mas o seu melhor ensaio, a meuver.é O Espirito e o Mundo, de 1936, estudoscríticos sobre autores e uvros estrangeiros.

Seu espírito foi sempre um espirito decomposição e de síntese. Amou a concilia-ção, o equilíbrio, a medida. Presidente doCentro Dom Vital e diretor da revista decultura A Ordem durante quarenta anos.quis dar ao catolicismo no Brasil uma di-mensao cultural e uma perspectiva de aber-tura e dialogo. Foi. sob esse aspecto, umgrande precursor.

A vida de Alceu mudou em 1928, com a conversão ao catolicismo

influência de Maritain, Chesterton e FultonSheen. Alceu conhecera Jackson de Figuei-redo em 1918, graças a Afrànio Peixoto.Tomaram-se amigos, e em 1924 começouentre Jackson e Alceu uma correspondênciaque só terminou com a morte prematura etrágica de Jackson em 1928, aos 37 anos. Ascartas de Jackson foram publicadas depoisda sua morte, e são um documento impor-tantíssimo da história espiritual do Brasil.

O encontro com Jackson representoupara Alceu a vitória sobre o ceticismo. Eledizia adeus a Anatole e se punha a lerBemanos e Péguy. Na carta famosa a SérgioBuarque de Holanda, Alceu disse em 1928 oseu Adeus à Disponibilidade.

Por esse tempo, Alceu teve uma preocu-pação muito viva e muito intensa com aloucura. Chegou a reunir uma pequena bi-blioteca a respeito, que depois doou à PUC.A conversão veio através dessa meditaçãosobre a loucura, isto é, sobre os limites dohomem, ou o caos do cosmo. Um dia, eledefiniu o fenômeno poético como a passa-gem do caos ao cosmo.

SOB a influência do impetuoso Jackson

de Figueiredo e do padre Leonel Fran-ca, Alceu se aproximou da cultura cató-

lica e da vida litúrgica. A 15 de agosto de1928, recebeu a Eucaristia das mãos do gran-de jesuíta, na igreja de Santo Inácio.

Sua tendência, nos dias que se seguiramà conversão, se resumiu em abandonar acritica de livros, exercida por 10 anos, epreparar teses para concursos universitá-rios. num desejo nítido de inserir-se no deba-

te ideológico através do magistério universi-tário.

Iniciou-se na filosofia tomista através dolivro de Gredt. E seu mestre ficou sendoJacques Maritain, cujos livros Primauté duSpirituel e Trois Réformateurs tiveramenorme influência no seu espírito.

Morto Jackson dois meses e meio depoisda conversão de Alceu, ficou este sob ainfluência de duas personalidades que secompletavam, o padre Franca e o CardealLeme. Os companheiros de Jackson o con-duziram à direção do Centro Dom Vital e darevista A Ordem. E ele, um pouco a contra-gosto, aceitou essa missão de suceder aJackson, essa investidura de líder social.

Termina o período da primazia do estéti-co ou do literário, e começa um períodoeminentemente ideológico ou doutrinai. Ocritico literário será substituído pelo criticode idéias, pelo ensaísta, pelo doutrinador.

Alceu voltará à critica. Fará, primeiro,só critica a livros estrangeiros. Depois, vol-verá aos nacionais. Mas agora numa pers-pectiva mais ideológica. O grande livro des-se período é O Espírito e o Mundo, de 1936,em que nos fala de Gabriel Mareei, entreoutros. Fase de intensa militãncia, em quefundou (1932) o Instituto Católico de Estu-dos Superiores, germe da Universidade Ca-tólica.

Aos 42 anos, ei-lo chefe da Ação Católi-ca, nomeado por D Leme. No ano seguinte,1935, é nomeado para o Conselho Nacionaide Educação, onde permanecerá até 1969.Em agosto de 1935, entra para a AcademiaBrasileira de Letras, na sucessão de MiguelCouto.

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JORNAL DO BRASIL AJMOHTE DE ALCEU segunda-feira, 1 B/8/83 ? 1° oadorno n 9

Corgdo, com o advogado Sobral Pinto

Arquivo — maio de 1976 — Antonio Teixeiro

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Arquivo — 13/7/1978 — Almlr Volga

Remédiosou paliativos"Entre nós, o primeiro passo será

uma anistia geral. O Governo acaba deperder uma ótima oportunidade de darum golpe de morte em nosso terroris-mo nacional, deixando de aproveitar avitória esportiva no México, que uniucomo um todo o povo brasileiro, paradecretar a anistia. Eis o único remédioeficaz no momento. (...) Para nos livrardo terrorismo, não bastará empreenderuma gigantesca operação policial con-tinental. Será, porventura, o melhormeio de o incentivar. Como não basta-rá a "Transamazònica" paraintegrar o Brasil" (JORNAL DO BRA-SIL, 31.7.1970)

O terrorismoestudantil

"Cada vez mais me convenço, escre-viamos em 1966, que o maior erro darevolução foi o seu divórcio com amocidade e os trabalhadores. O estu-dante e o operário foram tratados co-mo naturalmente subversivos". Equando" a famosa lei 4464 tentou reor-ganizar os diretórios universitários nabase do mais rígido dirigismo ministe-rial, assim comentávamos o despropó-sito: "O peleguismo estudantil e o pa-ternalismo oficial não conseguirão es-tudantes mais aplicados e sim estu-dantes sibaritas, indiferentes e prema-turamente ceticos. Enquanto uma mi-

Alceu na palavra

dos amigos e discípulos

Grande paciência"Ele era uma pessoa de grande

paciência, que me dava a impressãoàs vezes de que ele é quem era meusecretario, chegava até a abrir a por-ta do carro para mim. No tempo emque trabalhei com ele, ele era tam-bem um industrial e tinha a Fábrica.Cometa de tecidos. Nós nos encon-travamos na hora do almoço e eufazia algumas cartas. Foi uma pes-soa que eu nunca vi irritada, muitopaciente, sempre pronto a desculpartudo.

Eu fazia o serviço de secretárioenquanto escritor; antes de mim tra-balhou com ele Wagner Dutra. Foi

quando ele (Wagner) se casou que euliai trabalhar com ele (Alceu), em1937/38. Ele tinha muita atividade,trabalhava em duas frentes, mas nãoera uma pessoa nervosa, atarefada;trabalhava bastante, mas com muitaserenidade, muita calma. Tinha umaletra muito difícil e acontecia às ve-zes dele não conseguir ler o que tinhaescrito, e eu conseguia. O que acon-tece com a filha dele, que é monja, aopassar os trabalhos a limpo: ela en-tende o que ele não entende".

Dom Marcos Barbosa, monge benc-ditino, que durante muitos anos foisecretário particular de AlceuAmoroso Lima

Voz de iluminado"Fazer o filme Dr Alceu foi uma

das experiências mais gratificantesda minha vida. Eu poderia dizer maisainda, foi uma experiência luminosa,se entendem o que eu quero dizercom esta palavra. O filme, inicial-mente, como projeto, era algo muitodiferente. Ele fazia parte de um con-junto de coisas que eu vinha prepa-rando, um dos frutos da pesquisaque eu fazia nos anos 70 sobre o quechamo de vozes alternativas. Sobreos artistas, os literatos, os poetas queencontravam algum meio de se ex-pressar em face do arrocho. O DrAlceu entrava na história porqueera, entre as vozes institucionais, tal-vez a única que encontrava — princi-palmente no JORNAL DO BRASIL— um espaço para se manifestar.

A idéia de incluir o professor Al-ceu veio durante um curso que eu deisobre ele, como crítico e pensador,na Faculdade de Letras da UFRJ.Como parte desse curso, isto em1976, eu levava os alunos para con-versar com o Dr Alceu, no CentroDom Vital. Ele nos recebia de braçosabertos e falava, falava, o quantoquiséssemos. Temos mais de 12 ho-ras de gravação. O que me impressio-nava nessas conversas era o fato deque ele conseguia nos infundir umgrande otimismo, num momento em

que não víamos a luz no fim do túnel.A presença cristã dele, a fala evangé-lica dele fazia com que saíssemos delá cheios de fé e de esperança, saía-mos levitando.

Compreendi então por que HélioPellegrino dizia que Alceu tinha"Deus em si". Compreendi, apesar denão ser católica. Era isso, Alceu erauma pessoa "possuída", a fé que es-tava no discurso dele atingia mesmoquem não tinha a fé católica. Porisso, o filme, que seria um resultadode muitas vozes, acabou sendo oresultado da junção de todas essasvozes na voz única e vibrante do Dr.Alceu.

Foi filmado todo em Petrópolis.enquanto a câmera vai acompa-nhando o cotidiano dele, ele vai fa-lando sobre as datas de sua própriatrajetória. E termina com o seu histó-rico discurso em Brasília, contra acensura, ao receber o prêmio da Fun-dação Cultural do Distrito Federal.Repito, foi uma experiência lumino-sa. Irrepetível".

Heloísa Buarque de Holanda, pro-fessora de Literatura, autora jtevários livros de ensaio e roteiristae diretora de Dr Alceu, documenta-rio cinematográfico (40 minutos)patrocinado pela UFRJ e a Embra-filme

Chá dispensado"Alceu, como acadêmico, apre-

sentava a singularidade de não fre-qüentar a nossa mesa de chá, semprepropícia a comunhão de idéias e sen-timentos. Ao subir para o plenário denossas reuniões, ele passava direta-mente do elevador para a cadeira emque se sentava. Dali, ao fundo dasala, podíamos recolher as suas li-ções. Entretanto, antes de se inicia-rem os trabalhos acadêmicos, sem-pre tive a oportunidade de uma lon-ga conversa com ele, de que guardeipequenos depoimentos em meu Diá-rio. O que pouca gente sabe é queAlceu, além dos artigos em que ex-primia seus pensamentos, escreviatambém o seu Diário. Desse Diáriodeu-me algumas páginas relativas asua participação no Modernismo.

A emoção mais forte que guardeide Alceu ocorreu há pouco mais deum ano. Ele tinha iniciado a suaconferência na tribuna do salão no-bre, abrindo o curso da Academia.

Eu estava sentado à sua esquerda.De repente, vi o orador curvar-sesobre a tribuna, ao mesmo tempoque esta se deslocava para a frente,caindo com ele. Quando dei por mim,estava debruçado sobre ele, seguran-do-lhe as mãos, com a impressão deque havia falecido. Ele abriu osolhos, com ar de espanto, me aper-tando as máos. Disse-lhe: "Náo foinada, simples acidente de trabalho".Depois de vê-lo vefeito do desmaio,toda a minha luta foi para conterAlceu, que queria continuar a confe-rência, como se nada houvesse acon-tecido. Toda a Academia viveu esseinstante apreensivo, de que prontonos refizemos ao verificar que ele aliestava, com a mesma claridade deinteligência e a mesma disposiçãopara continuar o que sempre foi: ogrande Alceu Amoroso Lima".

Josué Montello, romancista, jorna-lista, membro da Academia Brasi-leira de Letras

Orgulho de editar"Gilberto Amado costumava di-

zer a mim e a todos os que participa-vam do seu convívio: "Alceu Amoro-so Lima, José Olympio, é o maior dosbrasileiros". Eu achava que ele tinharazão e por isso até hoje me orgulhode ter sido o editor de numerososlivros seus, os últimos dos quais fo-ram Meio século de presença literá-ria, de 1969, e Companheiros de via-gem, de 1971. Fomos seus editoresdesde o início da existência de nossa

casa, em 1931, e só deixamos de serquando ele fundou, com CândidoGuinle de Paula Machado, a EditoraAgir, pela qual passou a publicar osseus livros. Só posso acrescentarmais isso: fui amigo dele por mais de50 anos, tinha por ele o maior respei-to, o melhor carinho, a mais perma-nente amizade".

José Olympio, fundador da Editoraque leva o seu nome, pela qualAlceu Amoroso Lima publicoumuitas de suas obras

A palavra

de Alceu nos anos difíceisArquivo — 16/12/63 — Antônio Teixeirai r» rln nlif a cn lnnnnvn no ^nmnnxntírnoria silenciosa e de elite se lançará na

clandestinidade e no extremismo es-querdista militante, preparando-se en-tão guerrilheiramente para futuras ba-talhas, que esperamos em Deus sejam'de Itararé', mas que podem tambémser choques terríveis e sangrentos"(JORNAL DO BRASIL, 4.9.1970)

Natal autênticoou não

"Nesta vigília do Natal de 1970, náoencontro outro tema mais adequadoao espírito com que devemos viver estadata sacrossanta do que a mesma teòlaem que venho, monótona mas inútil-mente, batendo desde o Natal de 1964:o da reconciliação dos brasileiros. (...)O primeiro passo para a reconciliaçãodos brasileiros, pela eliminação nãoapenas do terrorismo, mas das razõesdo terrorismo e do ódio entre os brasi-leiros, tem de vir do Governo. Está nasmãos deste, portanto, mais uma vez, aúnica autêntica comemoração do Na-tal, em terras de Santa Cruz, se quiser-mos que essa denominação tradicionaltenha um sentido real e não apenasfictício e decorativo" (JORNAL DOBRASIL, 24.12.1970).

O querojá de 71

"Não. Nada justifica a prorrogaçãoindefinida do prazo para a reintegra-ção do Brasil na plenitude de suas

anos, oabraço do Arcebispo Hélder Câmara

'Depois de 1964. mesmo depois de fracassado omilagre brasileiro, vigorou a primazia do

econômico, mas o grande problema continuasendo o político. Hoje. a grande divisão é a

que separa mudancistas e continuístas.Sinto-me entre o primeiro grupo".

(Entrevista a Vejo, 8-12-1982)

liberdades democráticas. A menos quese aceite a opção entre Revolução ouDemocracia. Ou se sustente a tese deque o Brasil é um doente, um incapazou menor de idade, que necessita deuma curatela, por tempo indefinido.Essa curatela, no caso presente, é o AtoInstitucional n° 5, cuja permanência éo símbolo da nossa alegada imaturida-de. (...) Longe de termos de optar, a estaaltura, entre Revolução e Democracia,temos de insistir, mesmo aqueles queficaram contra a Revolução ou foradela, que do seu bojo nasça já a instau-ração de uma democracia em nossaterra, isto é, um regime de liberdade ede justiça, reais e náo nominais. Será oquero já de 71" (JORNAL DO BRA-SIL, 28.1.1971)

O desenvolvimentointegral

"P.S. — Tendo o Superior TribunalMilitar decidido unanimemente que sepfoceda a inquérito para apurar o pa-radeiro do engenheiro Rubem B. dePaiva, é de esperar que se esclareçaagora, em definitivo, esse trágico mis-tério. É a própria dignidade do Gover-no que está em jogo" (JORNAL DOBRASIL. 20.5.1971).

Reconciliaçãoou decepção?

"Só existe unidade, sem dúvida,sob a égide da autoridade. Mas só

existe autoridade verdadeira quandofruto da liberdade e da justiça. E justa-mente por não vermos essa autoridadefirmada na liberdade e sim no arbítrioda força e não na justiça, que hesita-mos em face do próprio 7 de Setembrodo Sesquincentenário. Será um dia defesta verdadeira e unânime? Ou maisuma decepção e um pomo de discórdia,no seio de um povo jovem e natural-mente imaturo, mas com admiráveisqualidades imanentes e perfeitamentecapaz de governar-se a si mesmo. Adespeito de todas as cassandras".(JORNAL DO BRASIL, 7.9.1972)

A tentação daimpaciência

"Foi-se a esperança. Ficou apenas apaciência. Passou politicamente embranca nuvem o dia 7. Perdeu o Gover-no a oportunidade sem par de sacudiro país com um gesto que evocasse—jánão digo a memória dos mártires daIndependência, de Beckman a Tira-dentes, passando por Felipe dos San-tos, Frei Caneca e tantos outros — masao menos o grito do Ipiranga. Isto é: oesperado gesto da Anistia e da revoga-çâo do AI-5. Romântica ilusão. Tudo sepassou no plano das promessas e doformalismo frio e calculado das come-morações sem alma. sem participaçãopolítica do povo, sem qualquer entu-siasmo" (JORNAL DO BRASIL,14.9.1972)

Sempre um liberal

Pensador católico"Eu tinha preparado um número

de A Ordem, no qual Alceu, queaniversariaria no dia 11 de dezem-bro, e Sobral Pinto, que festeja seunascimento a 5 de novembro, seriamhomenageados pelos seus 90 anosem 1983. O Dr Alceu foi um dosfundadores da Revista e do Centro.A revista, que teve uma fase inicialmarcada pela presença de Jacksonde Figueiredo, que procurava lutarpor um espaço para o pensamentocatólico, com Alceu Amoroso Limaampliou bastante os seus horizontes,graças a sua visão européia. A suagrande presença fez com que o pen-samentq católico ganhasse uma di-mensão universal.

Ele era antes de mais nada um

crítico literário, talvez o maior que oBrasil já tenha tido, e a partir dadécada de 50 as suas preocupaçõespolíticas, que já se haviam mostradona década de 30, fazem dele o grandecrítico do regime autoritário. Issochegou quase a gerar a ruptura entreele e Gustavo Corção. Alceu Amoro-so Lima dinamizou o pensamentocatólico na vertente social. Graças aele, Maritain é hoje mais lido naAmérica Latina do que na França".

Tarcísio Padilha, Vice-presidentedo Centro Dom Vital (que edita arevista A ordem), Presidente daSociedade Brasileira de FilósofosCatólicos e Vice-Presidente daUnião Mundial das Sociedades Ca-tólicas de Filosofia:

"Ele era o único varão da família epor isso eu sempre dizia que eu era oirmão que Deus deu a ele. Nós éramosamigos fraternos. Ele foi uma figuraexcepcional, náo só no Brasil, mas in-ternacionalmente. A sua fé católica, asua dignidade, a sua cultura, fizeramdele uma das figuras mais notáveis queo Brasil já teve. A morte de Alceuatinge a nação, a Igreja, a todos nós.Nosso Senhor Jesus Cristo disse que aárvore se conhece pelos frutos: do Cen-tro Dom Vital, que ele dirigiu, saíramvárias vocações religiosas. Na horadesta notícia terrível, lembro a todosos brasileiros a sua luta em prol dosdireitos humanos, enfrentando a dita-dura.

Eu o conheci quando ele era criticoliterário de O JORNAL. Fui apresenta-do a ele em 1925, por Jackson de Fi-gueiredo, antes de sua conversão.Quanto a sua aproximação do integra-lismo, eis o que tenho a dizer. A sua

postura era contra o Estado Novo, masnessa ocasião ele tinha uma certa enu-tela, por ser o Presidente da AçãoCatólica Nacional. Mesmo assim ele foisempre um liberal, no sentido de amare defender os direitos da figura huma-na. Em 1964 não havia mais aquelavinculaçáo; eu já o havia substituídocomo presidente do Centro Dom Vital,e ele passou a ter total liberdade, usan-do dela para defender a pessoa huma-na em seus artigos no JORNAL DOBRASIL. O Alceu só defendeu o inte-gralismo quando o integralismo erauma força no sentido de manter adisciplina e a ordem. Ele não era inte-gralista. E quando Getúlio se aprovei-tou dos integralistas, afastou-se deles.Ele viu que era uma doutrina que po-deria levar à ditadura".

Sobral Pinto, intelectual católico,presidente do Centro Dom Vital,advogado conhecido sobretudo pe-Ias suas ações em defesa dos direi-tos humanos:

Crítico literário"Para se ter uma idéia da grandeza

e da atualidade do pensamento literá-rio de Tristão de Athayde, é bom lem-brar que os estudos de literatura noOcidente se concentraram na com-preensão de pelo menos quatro sériesde relações em torno do artista, douniverso, do leitor e da própria obra,elementos que têm constituído o cam-po da ciência literária. A crítica temsido o gênero mais adequado para aexpressão desse conhecimento literá-rio, apontando às vezes para a Beleza,para o Sentido, ou para a Forma daobra. Ora, toda a obra do nosso grandecritico tem como fundo permanenteuma "filosofia geral da existência", queem todos esses elementos foram teóri-ca e praticamente examinados ao lon-go dos seus 64 anos de atividade cri-tica.

Em toda essa preocupação existen-ciai com os destinos políticos, sociais ereligiosos do homem brasileiro, Alceu

Amoroso Lima foi firmando a categoriada sua presença como critico, comoteórico da critica e como defensor damodernidade, produzindo obras (cercade 80 livros) sobre filosofia, religião,sociologia, economia, política, estéticae literatura. A sua obra crítica deve serexaminada dentro desse espírito deglobalismo filosófico, em que a litera-tura é vista não como divertimento,mas com a alegria que caracteriza aconcepção tomista da arte, uma vezque, como ele mesmo diz, "a literaturanão exprime apenas o homem e sim avida em geral". Para Tristão, "só naliteratura, a arte das artes, porque é aarte da palavra, o homem atinge osmais altos domínios da sua liberdadecriadora".

Gilberto Mendonça Teles, poeta,crítico, professor de Literatura naPUC/RJ e autor de Tristão deAthayde: teoria, critica e histórialiterária (1980)

Na missa comemorativa dos seus 50 anoscomo escritor, com o Cardeal Eugênio Sales

Mestre de gerações"Com Alceu Amoroso Lima, o

Brasil teve a oportunidade única dese beneficiar de uma mesma teste-munha para a construção de nossacultura moderna. Se recuarmos até aI Guerra Mundial, aí está o Tristãode Athayde dos escritos da belleépoque, antes de ser o crítico decisi-vo da Semana de Arte Moderna. Bas-ta atentar ao ensaio semanal do Al-ceu de noventa anos para deparar-mos com a mensagem do humanis-mo da nova virada do século.

Para além do professor e do mes-tre, a Universidade brasileira reco-nhece em Alceu Amoroso Lima oponto de encontro de todas as nossasgerações vivas. É à própria vida doespírito brasileiro neste século queele emprestou a sua palavra. A gran-de contribuição de Alceu é o pensa-mento social cristão. Foi ele quem

trouxe para o Brasil o pensamentode Jacques Maritain e do Padre Le-bret.

Como fundador da Ação Católica,e com sua personalidade exemplar,teve a confiança de Dom SebastiãoLeme e contribuiu decisivamente pa-ra que o catolicismo brasileiro nuncase convertesse na expressão de umpartido político. Como foi tambémquem no Brasil mais alertou para osperigos de uma certa visão de cris-tandade, diante dos valores encarna-dos de sua fé, na crítica que endere-çou aos espíritos de cruzada pós-64".

Cândido Mendes de Almeida, ex-aluno de Alceu na Classe de Litera-tura Brasileira de Literatura daPUC, sociólogo, autor de numero-sos livros, professor e diretor doConjunto Universitário CândidoMendes:

Na missa de 7" dia pela alma de GustavoCorção, com o advogado Sobral Pinto

Arquivo — maio de 1976 — Antônio Teixeiro

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JORNAL DO BRASILDirrUim-iVrKiilfntfi CoiiiIi-miíi Pereira CarneiroVlcr.Preildenlc Exccullvoi M. F. «Io Naftclmrnto Urllo

Diretori Drrmird <li< Costa ('mnpoiDliciors ,1. A. (In Niiieimcnlo Hrito

Dlrclori Walter FontouralCilitori 1'uulo IIfiiri(|iif Amorim

Um Jogo VelhoA questão que volta a debato, relativamente

«o uso gratuito abusivo <Ior meios eletrônicos deccfiminicuçfio, está intimamente vinculada ao fjuè liádri mais profundo na erise brasileira. Destruída abase jurídica do sistema de governo entre nós, os<|uc a destroçaram tiveram o cuidado de manter asaparências de sua integridade. E julgou-se, comisto, que tudo estava salvo, quando na realidade seconstruía sobre as ruínas da ordein constitucionaluma outra que nfto ousou ir à pia batismal, como ein37, para receber e proclamar seu próprio nome,sem embargo de ser nova c orientada para asupressão das liberdades cm geral.

Da própria necessidade de guardar certasaparências, decorreu a degradação do conceito delegalidade, que passou a ser formulado com lastro11a antilei e fundado na anlUÇonstituição. Comosempre ocorre nos sistemas ditatoriais, mitigados ouradicais, a legalidade passa a ser uma questãopuramente semântica. Tem o sentido que llie dão osditadores, que atendem ã necessidade de jogar comas. palavras por serem estas, em qualquer regime oucondição, a matéria com que se elaboram e editamü8 normas.

Jamais os Partidos imaginaram no Brasilimobilizar as estações de televisão e rádio, ócupan-do-as graciosamente durante uma hora inteira, emrede nacional. Simples. Entre 1946, quando caiu aDitadura do Estado Novo, até a queda do sistemademocrático substituído pelo que ainda aí está,havia liberdade efetiva de organização partidária,de palavra e expressão, como de propriedade.

Suprimida a liberdade em seu conjunto decategorias, era preciso manter a sua aparência.Para que no exterior se projetasse uma imagemmenos aviltada da nação, depois de dezembro de 68,tornou-se inevitável que certos traços de fachadafossem enfatizados internamente e, até, tendessempara as exagerações. Foi o que ocorreu com aliberdade de expressão cm geral, vinculada depois,necessariamente, à liberdade de organização poli-tica.

Como não havia absolutamente nenhuma li-herdade de organização política, reduzidos os Parti-dos corno estavam a dois aglomerados oficiais, erapreciso dar a impressão do contrário. Com o AI-5na mão era fácil fazê-lo, isto é, dar externamente aidéia agigantada da existência de uma coisa inexis-tente. O Coverno, reduzido na prática à (Jlefia doPoder Executivo, podia se dar o luxo desse jogo deexcessos porque dispunha dos excessos de poder.

Fez-se sob medida de tais necessidades umaLei Orgânica dos Partidos para entes partidáriospraticamente ausentes. A esses enlesf deu-se omáximo: o direito de requisitar, mediante processosumário na Justiça Eleitoral, uma hora por mês àsestações de rádio e televisão! A requisição inipositi-

va era um excesso de que lançava mão o Governocomo a tantos outros recorria. Por exemplo, forma-da a rede nacional de televisão ou rádio, o Partidorequisilantc designava seus oradores ou exposito-rés, cujos nomes já decorriam dè uma seleção préviaentre os (pie recebiam consentimento para candida-tar-se ao Senado, h Câmara, às Assembléias e àsCâmaras Municipais.

Se um deles ameaçasse o regime com umapalavra de crítica, a solução era pronta e fácil: ia dacensura, com a retirada do programa do ar, àcassação do mandato do orador travestido emartista dó televisão.

Em nenhum momento os governantes pensa-ram na dupla violência que, além dessa, estavamcometendo: contra a nação inteira, transformadaem espectadora forçada de um programa partidá-rio, e contra a iniciativa privada que se obrigava àparalisia onerosa para ajudar no resguardo deaparências que compunham, ainda, uma farsa.Deve-se reconhecer (pie a situação mudou conside-ravelmente com a abertura, em relação ao exercíciode certas liberdades. Mas o fato da abertura nãolevou o Governo a perceber que nela já não cabiatamanha aberração.

Como se houvesse a intenção de guardar atrásda poria o porrete do AI-5, manteve-se o mecanismodas requisições,' embora entre os militares obvia-mente não possa ter boa repercussão o espetáculoimposto à sociedade brasileira, que se imobiliza porvontade de uma legenda partidária para ouvirintolerâncias coordenadas por luas pretas em faceda própria democracia. O epie se pretende não ésuprimir nem restringir o debate político. 0 queestá pedindo a ABERT é qne o Governo e oCongresso despertem para esta realidade: neste,como em outros aspectos, a Lei Orgânica dosPartidos está defasada; precisa ser revista em nomeda abertura e da liberdade de iniciativa.

Quem quiser imobilizar uma estação de TVdurante uma hora (pie pague o custo do programaiA imobilização gratuita é violência pura, (pie nadajustifica: nem a antiga necessidade de parecermos o(pie não éramos nem, muito menos, a circunstânciade resultar de concessão do Estado a exploração doscanais.

Um paradoxo leva a outro. Ao antigo, queconsistia no excesso de direito partidário onde nãohavia Partido, corresponde o atual: Partidos ultra-minoritários, (pie se nutrem de ideologias aittoritá-rias, usam a regalia excessiva para cometer oexcesso de pregar — com base numa lei a (pie não sepode negar formalmente; essa condição — possível-mente o silêncio de organizações mais representati-yas da vóntadp nacional. O jogo de aparênciasContinua: é velho e antidemocrático.

Desgf

A população carioca observa preocupada asdificuldades encontradas pela administração muni-cipal em gerir a coisa pública. Diante dos indícios,que apontam na direção de uma deterioração rápi-«Ia das condições de vida na Cidade, a Prefeituraacha-se paralisada; não se tem nenhuma propostacoerente, que indique a existência de uma vontadepolítica definida à frente da administração do Hio.

A indianizaçgo da Cidade altera paulatina-mente a sua fisionomia: os logradííuros públicosforam ocupados por ambulantes de todos os tipos,sem controle ou norma; o trânsito torna-se cada vezmais eaotieo; as ruas e praças — por causa da laltade verbas — deixaram há muito de ser coiiserv ádas:a mendicância cresce sol» o olhar inapeteute «Inpoder publico. I udo isto agravado pela cpirda uaarrecadação e. o (pie c pior. a lalta de soluçõesvisíveis para os problemas.

A administração municipal, por síia vez. dei-xou-sc tomar por uma 'síndrome

partieipaeioniMa.epie torna impossível o exercício do governo. Todosopinam sobre tudo: ninguém decide sobre nada.Nem mesmo as nomeações necessárias para prccn-cher os cargos de confiança da administrarão muni-cipal Io ram realizadas. () processo de cscolha c <»complicador: sulnnete-se o nome ao Pre.feilo. que.por sua vez. suimiclc-o ao (/o\ernador. ipic. porsua vez. submete-o ao Portido. ípie o devolve ao(«overnador. quê é (piem tem u dceis-ào linal.Enquanto proeessa-se este vaivém, as divergência»nos mais altos escalões da administração municipalinibem o funcionamento normal da má<piina buro-crática. «pie já se encontra desfalcada.

\ ereadòres, deputados e adininMradores tio-cam acusações mutuas sem proveito para uiujzuciu.muito menos para a população. As situações condi-

overno Municipal

tunles levam ao impasse na decisão e ao imobilismona ação. Não se tomam providências para conter osdiferentes marginalismos, que proliferam na Cida-de. O Correilor Cultural, por exemplo, que foiimplantado como forma de preservar o Rio e darcondições para a restauração do Centro da Cidadecomo centro cultural e comercial, serviu, pelocontrário, como espaço aberto para o surgimento demilhares de camelôs. Nada se providencia, noentanto, no sentido de conservar aquilo «pie opróprio poder público criou.

Em todas as ocasiões constata-se o desgovernoque tomou conta da Cidade. O carnaval, que é alesta popular por excelência do Rio, encontra-senum desses impasses tão característicos da atualadministração. 0 Prefeito propôs que o desfile dasescolas de samba fosse realizado no Estádio «IoMaracanã; os dirigentes das escolas de sambaconsideraram inviável a proposta. A Prefeitura,incompetente em lidar com o controle do carnaval— ainda que tenha uma empresa, a Riotur, criadacom a finalidade específica de incentivo ao turismo eapoio aos festejos moinescos — pretende agoraleiloá-lo. A constatação que fica é a «le (pie aPre leitura não tem uma proposta concreta e. emvirtude das corrupções do passado e das pressõespartieipacionistas do presente, prefere passar oproblema adiante.

Esta atitude de timidez «Iccisória diante dosproblemas torna-se mais acentuada em virtude de oPrefeito depender do CoviMiiador. que atua Iam-bem como Prefeito. O luto é que a aluai divisão deatribuições entre o Governador do Kstado e oPrefeito não pode perdurar. O município necessitade um administrador, (pie represente os 3 milhões emeio de habitantes do Rio.

Computadores Caros

I em-sc questionado com freqüência 0 que oGoverno deveria fazer para dar mais racionalidadeà compra de etpiipamentos eletrônicos. O problemapode ser dimensionado desta maneira: pressionadaspela necessidade de se rgaparelliarem e aumentaremsua produtividade, as empresas estatais começam acorrer para a compra de computadores. Sem queexista uma política ou uma estratégia, bem definidapara esse processo de "modernização", cada diri-gente toma suas decisões de forma isolada, eventual-mente ilhada. 0 resultado nem sempre é a melhoropção.

Como em larga medida a economia brasileira éboje estatizada, o problema se multiplica em (pia.setodas as áreas: siderurgia, indústria do açúcar e doálcool, petróleo, petroquímica, mineração, energiaelétrica, sistema bancário, agricultura etc.

Ora, u escolha «le um computador, ou de umsistema de computadores, é um processo extrema-mente delicado. Esse processo envolve não só aescolha do fornecedor, mas ainda a configuração daUnidade Central de Processamento, os periféricos,a instalação de redes para processamento distribuí-do e assim por diante. Unia escolha malfeita do tipode cabos (coaxiais ou de cobre, por exemplo?) podeimplicar a desmontaram e montagem de um tetopara a passagem «le tubos ou fios. Elevada àpotência "n". a capacidade para desperdiçar nessaárea é fantástica. Os custos, depois, são transferidosao custo «le caila unidade de produto «• repassados«os consumidores. O povo paga.

O Estado em todos os países c um grandecomprador de produtos eletrônicos, e assim será nofuturo. < I- primeiros cartões perfurados aparece-ram nos kstados l nidos para atender à> nece^sida-

des do rcecuscamcnto. Há. portanto, uma simbjffseinevitável entre o Estado como comprador e odesenvolvimento da indústria. Não se está dizendoque o Estado deve omitir-se: o problema c outro. OEstado deve organizar-se.

Em larga medida reações nacionalistas contraempresas estrangeiras fornecedoras derivam daIlustração de compradores que depois verificam(pie os equipamentos não são exatamente os «pienecessitam. E muito provável «pie «> erro tenhaocorrido na hora da colocação da encomenda. Ouseja. foi feita a encomenda errada. Por mais (pie umdepartamento de marketinf! se esforce para orientaras compras, esse ou esses departamentos são simplesmátpiinai de venda. A organização fundamentaldeve ser a do comprador. Bons e competentescompradores formam e constituem boas e eficientesredes de fornecedores.

A SEI tem admitido a necessidade de dotar aDigibrás de meios para melhorar os mecanismos decompras e encomendas de computadores no Brasilpor empresas estatais. Lm dos seus diretores,Newton Silva, estima em 300 milhões de dólares aseconomias de importação que poderiam ser feitascom alguns ajustes nas encomendas. Isso pode sercanalizado para as empresas multinacionais «piefabricam equipamentos 110 Brasil ou para o própriopanpte brasileiro. Desde que esse processo resulteem mais racionalização, e não em mais estatização.ele merece todo o apoio. Até ponpie mexi-te dinliei-ro para importar, e o fomento à produção demáquinas pelas empresas que detém a melhortecnologia no mundo irá enriquecer seus parquesindustriais neste país. além de contribuir para o«lesenvol\ i mento nacional.

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PELOAMOR DEteus, NÃO ,

DIGA ISSO I

Cartas

Majoração absurda

(...) Dia 22'6/83 ao comprar na Farmá-cia Plaui de Copacabana o remédio des-eongestionante Disofrol, do LaboratórioScherlng, do qual faço uso, e verificarque seu preço foi majorado em 63% noespaço de 35 dias, uma vez que haviapago Cr$ 600 em 17/5 e dia 22/6 pagueiCr$ 980 pelo mesmo medicamento.

Em vista desta absurda majoração depreço, tive a curiosidade de levantar asetiquetas de preços sobrepostas na caisado remédio, e descobri que o preço máxi-mo recomendado pelo fabricante à datade fabricação dezembro de 1982 era deCr$ 371 ou seja, até junho de 1983, numespaço de sete meses o medicamentoaumentou em mais de 160%. Como épossível? O aumento acompanha o dodólar ou o remédio é derivado do pe-tróleo?

Há ainda o agravante, de uma etique-ta colocada ao lado da dos preços, comos seguintes dizeres: "Produto nâo sujei-to ao controle de preços do Governo".Por que nâo está sujeito ao controle?Nâo é remédio também? Ou sinusite édoença supérflua? Quem sabe então,não é controlado o seu preço para satis-fazer a fome de lucro das grandes indús-trias farmacêuticas? Ou será para con-trabalançar o controle de preços efetua-do em outros remédios? Haverá conivén-cia ou cumplicidade entre produtor ecomerciante, para se proporem a taisabsurdos? Qual a proporção de remédioscontrolados e livros de controle do Go-verno à venda? Quem estará em vanta-gem, o consumidor, o comerciante ou oprodutor?

O exemplo do remédio Disofrol ê umagota d água no oceano de desrespeito aoconsumidor no Brasil, mas fica aqui oexposto, com a certeza de que alguémligado diretamente ao fato exposto (pro-dutor. comerciante ou órgão fiscaliza-dor) se dignará a esclarecer as dúvidaspor mim enumeradas. Luiz Roberto C.Marques de Oliveira — Rio de Janeiro

Fila da gasolinaNo JORNAL DO BRASIL de 31/7 lè-

se na coluna Zózimo sobre a interminá-vel fila de gasolina aos domingos, emBúzios, e na p. 26 que "a morte estásempre à espreita na Amaral Peixoto",rodovia RJ-106, utilizada pelos que fre-qúentam Búzios, que geralmente tomama ainda pior rodovia RJ-104, de Ararua-ma a Rio Bonito, estreita e sem acosta-mento.

É oportuno lembrar aos que retor-nam de Búzios, que ao chegarem á Ama-ral Peixoto (em Campos Novos), toman-do à direita (direção de Macaé, oposta àdo Rio) chegarão a Barra de Sào Joãoem sete minutos (10 km), com dois pos-tos de gasolina, onde nunca há fila após13h. E ainda poderão visitar a Casa deCasimiro de Abreu e a belíssima Beira-Rio, conservada como no tempo do poe-ta. Seguindo mais 5 km em direção aMacaé. tomarão à esquerda a RJ-162,recém-pavimentada. e em 12 minutosestarão na BR-101. de ótimo traçado, naqual virarào à esquerda, e terão tráfegofácil até Rio Bonito, isto é, em metade dotrajeto. O acréscimo é só de 15 km.compensado pela melhoria de segurançae da velocidade desenvolvida, além deevitar a fila da gasolina. Paulo Pardal —Rio de Janeiro.

Crise no PDTA confiança que a massa popular do

Rio de Janeiro depositou no agora Go-vernador Leonel Brizola ainda nâo tevetempo suficiente para que ela fosse con-firmada ou negada. E é com incrívelsurpresa que. no meu diário JORNALDO BRASIL, leio sobre crise dentro doPDT, provocada pelo Secretário deObras do Rio de Janeiro. Sr. Samir Had-dad, irmão do nosso Prefeito, Sr. JamilHaddad.

Apesar de conhecer poucas pessoasligadas a esta nova administração, pois

só tive prazer de conversar com o Depu-tado Paulo Ribeiro (presidente da As-sembléia Legislativa) e o Deputado LuisAlfredo Salomão (Secretário de Obras eMelo-Ambiente), senti nestes contatosque esta nova administração é séria efiquei convencido de que o meu votodado em 15 de novembro de 1982 não foiem váo.

Acredito muito no Sr. Leonel Brizola,pois tendo a certeza de que o cargo deGovernador é somente um degrau deuma longa escada e que cada degrau aser construído deverá estar sobre umabase sólida.

Por favor Sr. Samir Haddad, deixe deatrapalhar o trabalho de quem foi esco-lhido pela vontade do povo. Faça o seutrabalho e, por favor, faça bem feito, poisé para isto que o senhor é pago. JoséRenato Pinto — Rio de Janeiro.

Tratamento em Cleveland

Dirijo-me, através desse jornal, ao SrMinistro da Previdência Social, com oobjetivo de solicitar algumas informa-ções sobre os convênios mantidos entreo INAMPS e clínicas no exterior, espe-cialmente entre a Clinica de Cleveland,nos Estados Unidos.

Meu genro sofreu, em dezembro de1982, aos 27 anos de idade, um infartoagudo do miocárdio, tendo sido trans-portado, devido à gravidade de seu esta-do, de Imediato, para o Hospital da La-goa, neste Estado. Como não havia leitodisponível na UTI desse hospital, os pró-prios médicos que o atenderam provi-denciaram, com extrema diligência, asua remoção para a UTI do HospitalEvangélico, conveniado com o INAMPS,onde permaneceu quatro dias. Devido,porém, ao agravamento de seu quadrocardiológico, a equipe da UTI do Hospi-tal Evangélico recomendou e efetivou atransferencia do paciente para a UTI doHospital Silvestre, também conveniadocom o INAMPS, pelo fato desse hospitaldispor dos equipamentos que se faziamnecessários diante da grave situação emque se encontrava o referido paciente.

Devido ao excelente atendimentoque lhe foi dispensado neste último hos-pitai, e após ter feito a cineangiocorona-riografia, as suas próprias expensas, poiso INAMPS só se responsabiliza por esteexame se realizado em seus hospitais, eem datas marcadas com antecedênciasimpróprias a um paciente no seu estadoclinico, meu genro teve alta no final deoito dias, encontrando-se, atualmente,em sua residência, sob controle mensalda equipe médica do Hospital Silvestre.

Tendo tomado conhecimento, atra-vés da imprensa, das operações de pontesafena efetuadas em alguns Ministros deEstado e mesmo no Sr Presidente daRepública, gostaria de saber se este con-vênio mantido entre o INAMPS e á Clíni-ca de Cleveland cobre também as despe-sas do período pós-operatório (de três aquatro semanas, prazo recomendado pe-los médicos de Cleveland para a recupe-ração do paciente, segundo as Ultimasnotícias que a imprensa tem divulgado arespeito da cirurgia sofrida pelo Sr Presi-dente da República) e as despesas deacompanhante.

Embora este tipo de operação, comoé de conhecimento público, seja rotina

em muitos hospitais do Rio, inclusive noHospital Silvestre, o exemplo do Sr Pre-sidente da República, cujos médicosbrasileiros recomendaram a cirurgia emCleveland, levou-me a solicitar estas in-formações pois se trata, no caso ora empauta, de um jovem de 27 anos, paraquem se deseja o melhor atendimentopossível.

Assim como a nossa família, acreditoque inúmeras outras famílias gostariamque seus doentes pudessem ter o atendi-mento que ora goza o Sr Presidente,cujos direitos também sáo os de todos osbrasileiros. Anna Maria Thompson —Rio de Janeiro.

Por um Chile livre

Estávamos então em 1973. Ano emque acontece a retirada das Ultimas tro-pas norte-americanas que combateramno Vietnã. Ano em que Peron e Isabelitasào eleitos presidente e vice na Argenti-na. Ano também em que a OPEP —Organização dos Países Exportadoresde Petróleo — passa a ser conhecidamundialmente ao dobrar o preço do bar-ril do óleo. Também foi em 1973 que oPresidente Médici anunciou a escolha deErnesto Geisel para seu sucessor. Masfoi no Chile que iria ocorrer o grande fatopolítico do ano. Golpe militar derrubariao Governo Socialista de Allende. Morre oPresidente e assume o general Pinochet.

Dez anos depois. Estamos de 1983.Ano em que o Papa João Paulo II vai àPolônia, para ver de perto o sofrimentode seu povo sob um regime militar cruele insano. Ano em que os Estados Unidosintensificam o envio de armas e soldadosá América Central, transformando a re-giâo no centro nervoso do Ocidente. Anono qual, em meio a forte crise econômi-ca, o Brasil resolve discutir o nome dosucessor de Figueiredo. Mas é em 1983também, que a saturação do povo doChile, em especial estudantes, operáriose donas-de-casa, chega ao seu pontomáximo. Não é mais possível suportaruma ditadura militar, que como um réuconfesso ergue uma fortaleza à prova debolas e bombas para abrigar seu coman-dante após 1989. Vale aqui ressaltar aincoerência na posição dos valores: exis-te um grupo (em sua maioria militares)que governa o destino de toda umanaçáo, impedida pelo uso da força, dereagir e conquistar o supremo direito deescolher seus próprios caminhos.

Os distúrbios de rua acontecem comfreqüência. Há muita gente sendo presa,desaparecendo, mas resistindo. É preci-so que os militares do Chile entendamque o desgaste do regime alcançou oápice interna e externamente. Ou o Pre-sidente Pinochet encontra um caminholegitimo para devolver o poder ao povo,ou irá entender isso a custa de muita dorpara todos os chilenos e para todos nós,cidadãos conscientes e que não podemosnos calar diante de tal injustiça.

Estamos solidários aos nossos irmãoslatino-americanos. Não só'no Chile, mastambém na Argentina, onde a JuntaMilitar divulgou o maior atentado oficialaos direitos humanos cometido em nos-so Continente — O informe sobre osdesaparecidos. No documento, os milita-res argentinos consideram mortos, fi-lhos, pais, mães, esposas, jovens e velhosque se opuseram a instauração de maisum regime de força no Cone Sul.

É um basta à violência oficial. E umfim ao emprego da força para explorar ohomem e servir-se dele. Que deixem ospovos escolherem livremente seus pró-prios caminhos. A História já provou quemesmo ao errarem, acertam mais que osditadores. Alexandre Simões — 1'etró-polis "(RJ).

As cartas serão selecionadas para publi-cação no todo ou em parte entre as quetiverem assinatura, nome completo e legí-vel e endereço que permita confirmaçãoprévia.

JORNAL DO BRASIL LTDA. Rio de Janeiro, 15 de agosto de 1983

Avenida Brasil, 500 — CEP 20 940 — Riode Janeiro, RJCaixa Postal 23.100 — S. Cristóvão —CEP 20 940 — Rio de Janeiro, RJTelefone — 264-4422 (PABX)Telex — (021) 23 690, (021) 23 262, (021)21 558Classificados por telefone 284-3737©JORNAL DO BRASIL LTDA 1983Os textos, fotografias e demais criaçõesIntelectuais publicados neste exemplarnão podem ser utilizados, reproduzidos,apropriados ou estocados em sistema debanco de dados ou processo similar, emqualquer forma ou meio — mecânico,eletrônico, microfilmagem, fotocópia,gravação, etc. — sem autorização escritados titulares dos direitos autorais.SucursaisBrasília — Setor Comercial Sul (SCSi —Quadra I, Bloco K, Edifício Denasa. 2oandar — telefone: 225-0150 — telex: (061)1011São Paulo — Avenida Paulista. 1 294,15°andar — CEP 01310 — S. Paulo, SP —telefone 284-8133 (PBXi — telex; (011)21061, (011) 23038

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Serviços especiaisBVRJ, Le Monde, The New York Times.

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J

JORNAL DO BRASIL OPINIÃO segunda-feira, 15/8/83 o Io caderno n 11

Coisas da política

Parâmetros na prática

José Augusto Ribeiro

Deputado Ulysses Guima-rnes e os outros 240 sigrmtá-rios do documento que pede

a apreciação peio Congresso dosacordos com o FMI podem ter boasrazões jurídicas para recorrer ao Su-premo pedindo a nulidade das deci-sões do Governo.

Segundo o Art. 44, Item I, daConstituição, é da competência ex-clusiva do Congresso Nacional "re-solver definitivamente sobre os tra-Pados, convenções e atos internacio-nais celebrados pelo Presidente daRepública". As Constituições ante-riores falavam apenas em tratados econvenções, mas a atual incluiu tam-bém o que chama atos internacio-nais. Antes que o grupo batesse emvão à porta do Supremo, o Depu-tado Zanetti, do PMDB do RioGrande do Sul. inspirador e autor dodocumento, foi à famosa clínica daRua Dona Mariana, aqui no Rio, afamosa clínica constitucional do pro-fessor Afonso Arinos, bem entendi-

do, e ouviu que a expressão atosinternacionais foi incluída na Consti-tuição exatamente para cobrir ajosinternacionais como os que vêm sén-do celebradas com o Fundo Monetd-rio. Aliás, o Art. 81, ítem X, diz decompetência privativa do Presidenteda República o "celebrar tratados,convenções e atos internacionais, adreferendum do Congresso Nacio-nal". Essa menção aos atos interna-cionais já figurava na Constituiçãode 67 e nela foi incluída pelo entãoSenador Afonso Arinos — que sabe,como sempre, do que está falando.

Isso quanto à letra da lei. Politi-camente a situação é outra. Em suasduas últimas e tempestuosas passa-gens pelos plenários do Senado e daCâmara, o Ministro Delfim Netosustentou, com o apoio do SenadorRoberto Campos, que, uma vezaprovados pelo Congresso os atosconstitutivos do Fundo Monetário,do qual o Brasil é membro-fundador, o contidiano das relações

do Brasil com o Fundo já não depen-de desse referendo.

Na prática, o recurso ao Supre-mo, pela nulidade dos acordos firma-dos com o FMI â revelia do Congres-so, vai ser um protesto político talvezsem conseqüência jurídica. Porque aconstituição aí presente permite aoGoverno, à revelia do Congresso,fazer coisa muito maior e até muitopior. Sob a invocação da segurançanacional, o Governo pode legislarsobre o que bem quiser e entender: éo caso do decreto-lei 2045, o pacotede julho aprovado na véspera daviagem do Presidente Figueiredo aCleveland. Quem pode' o mais nãopode também o menos?

Se a maioria do Congresso qui-ser, realmente, derrubar ou apreciaros acordos com o FMI, basta concen-trar-se no 2045, que Mr. Reichmann,negociador do Fundo, declarou umparâmetro inseparável dos demaisparâmetros do acordo. Se derrubar o2045, o Congresso terá derrubado

junto os demais parâmetros e osdemais compromissos do acordo.Teoricamente essa derrubada é pos-sível: basta votarem contra o 2045 os240 deputados que assinaram o do-cumento do deputado Zanetti.

Mas a oposição sabe que, se issoacontecer, o Governo pode baixarno mesmo dia outro decreto-lei como mesmo conteúdo e parâmetros,digamos, ligeiramente diferentes:em vez de 80, 79 ou 81% do INPCexpurgado no reajuste de todos ossalários. E o Governo sabe que nãoprecisará ir tão longe — ou tãoperto: como a própria oposição reco-nhece, o mecanismo do decurso deprazo é praticamente infalível. Amenos que, além dos 13 do PTB, oGoverno venha a perder os 40 etantos votos dos dissidentes do PDS.À espera de Jânio

Forte no Rio e no Rio Grande doSul e potencialmente forte no Para-ná, com o ex-Prefeito Jayme Lerner,

o PDT parece ter agora a expectativado reforço do ex-Presidente JânioQuadros em São Paulo.

A ordem dos fatores

Antes do jantar com que recebeuno Rio o presidente nacional doPMDB, Deputado Ulysses Guima-ráes, o Deputado José Aparecido,Secretário de Cultura do Governa-dor Tancredo Neves, esteve em Bra-sflia com o General Golbery. Ou,caso a ordem dos fatores altere oproduto: depois de um encontro emBrasília com o General Golbery, oDeputado José Aparecido recebeupara um jantar no Rio o DeputadoUlysses Guimarães.

Participação, permanente

Os Deputados da Chapa Partici-pação reúnem-se amanhã ou depoisem Brasília para transformar a chapaem movimento permanente. Há

duas outras decisões previstas: declà-rarem-se contra o fechamento dequestão no caso do Decreto 2045 edescompromissados em relação aqualquer projeto do Governo sobreo qual não tenham sido previamenteouvidos.

A Participação elegeu 35% donovo Diretório Nacional do PDS,mas acha que conseguirá mais de50% dos votos caso o Diretório sejachamado a votar o fechamento dequestão.

Do lado do Governo, continua oesforço para compor com a Partici-pação. O Deputado Amaral Nettonão foi afastado da vice-liderançaque ocupa e o Deputado Oscar Al-ves foi convidado para outra vice-liderança.

Josó Augusto Ribeiro é apresentador ecomentarista político do Jornal da Noiteda Rede Bandeirantes.

O se considerar a questão das empre-sas públicas, sociedades de economia

mista e sociedades anônimas sobcontrole ou com participação da União Fe-deral, cumpre reconhecer os seus diversostipos.

Em primeiro lugar, vêm as sociedadesanônimas, em que há participação do Esta-do, direta ou indireta, em conjunto comcapitais privados nacionais e, na maioriadas vezes, com capitais privados estrangei-ros, compondo a conhecida estrutura tripar-tite, sem controle do Governo. Entrou este,no caso, com capital de risco, para implantaratividade pioneira e reforçar a posição dosetor privado nacional na sua associaçãocom empresa externa, que contribui, por suavez. com conhecimentos tecnológicos, expe-riència e, às vezes, mercado assegurado paraparte da produção. Justifica-se, na maioriados casos, a missão do Governo. Dados ospassos iniciais do novo empreendimento, econsolidando-se a operação regular, é natu-ral que se pense na conveniência da reduçãoou supressão da participação do Estado.Nestes casos, existe quase sempre um acor-do entre acionistas a ser observado.

Em segundo lugar, encontram-se socie-dades anônimas fundadas pela iniciativaprivada que, por motivo de insucesso dosseus planos, aprovados e apoiados por Ban-cos oficiais, caíram sob controle destes. Aparticipação indireta do Estado em tais em-presas corresponde, portanto, a um aciden-te. A revenda dessa participação ao setorprivado, no menor prazo possível, evitarásua incrustação na estrutura do Governo.Nem sempre a execução é fácil, porquantoocorrem com freqüência embaraços judi-ciais além das naturais dificuldades de acor-do sobre o valor.

Um terceiro grupo compreende as em-

Ei

Caminhos da reconstrução

Participação do Estado nas empresas

presas públicas e sociedades de economiamista, que foram criadas por iniciativa doGoverno. Subdividem-se em duas catego-rias. A primeira, composta de empreendi-mentos nos quais não se justifica hoje apresença do Estado. Pode ser que, á épocaem que foram criados, também não se justifi-casse, mas isso não vem ao caso, no momen-to. Trata-se, em geral, de atividades que osetor privado nacional tem hoje condiçõesde conduzir, e que devem, portanto, sercolocadas à disposição deste. Compreende,principalmente, subsidiárias das grandesempresas controladas pela União. Há, ainda,as que são de caráter regional e que devemser transferidas aos Estados.

Em relação às que devem ser privatiza-das, o problema crucial reside na diferençaentre o seu patrimônio líquido e o correspon-dente valor econômico. Há grande diversida-de de situações. Algumas sáo lucrativas, oupotencialmente lucrativas, e têm um valorde venda maior do que o valor patrimonialregistrado nos seus livros. Outras, ou sãoruins, ou são de difícil recuperação, e o seuvalor efetivo é menor que o valor patrimo-nial. Na venda, essa divergência torna deli-cadas e sujeitas a muita critica as decisõesdos administradores públicos.

A segunda categoria é a das empresasque, ao serem constituídas, ou adquiridas, oforam intencionalmente, com o objetivo deintervenção do Estado, através da participa-ção direta, em determinado setor de ativida-de econômica. Em alguns casos, tratava-sede atividade em que o poder de decisãotinha de ficar no País, e não se dispunha decapital privado nacional capaz de suportá-lanaquela escala, naquele momento. Em ou-tros casos, porque representava uma ativi-dade que teria um papel preponderante nacondução da política de desenvolvimento

econômico do Governo, que dificilmente po-deria ser exercida através de simples regula-mentação ou indução de atividades particu-lares.

E óbvio que esse conjunto de 180 empre-sas (exclusive as de participação minoritá-ria) não comporta soluções simplistas e re-quer análise, consulta e debate. A nosso ver,e como base para discussão, trata-se, a gros-so modo, de devolver ceTca de 30 empresasao setor privado, de transferir 30 outras,principalmente subsidiárias das grandesempresas sob controle da União, tambémpara o setor privado, e 30 para os Estados.-Seria possível e aconselhável, assim, reduzira cerca de metade, em número, as empresassob controle direto ou indireto da UniãoFederal.

Independentemente dessa política de re-duçáo da dimensão do Governo Federal,tanto no que diz respeito aos órgãos daadministração quanto às empresas, há quecuidar das empresas que ficam. Já vimos,em artigo anterior, que o conjunto tradicio-nalmente lucrativo apresentou, em 1982, me-diocre resultado, embora positivo e que, emmuitos casos, isso se deve ã contenção depreços e tarifas e ao processo de progressivoendividamento a que foram submetidos peloGoverno Central, o que tornou o conjuntoincapaz de gerar recursos para investimen-tos. A par disso, foram sendo tomadas, emmuitas empresas, decisões que puseram emperigo a sua estabilidade futura, como é ocaso de alguns fundos de pensão que foraminstituídos de forma irresponsável e ética-mente discutível.

Com o objetivo de correção de desvios,ou outros ainda não declarados, estão asempresas sendo submetidas, indiscrimina-damente, as mal e as bem administradas, aslucrativas e as deficitárias, as perdulárias, as

Antonio Dias Leitedependentes ou não de recursos do Tesouro,a um mesmo processo de cortes nos investi-mentos e de ingerência na administraçãointerna, que poderá vir a destruir patrimô-nio humano e material, e a sua capacidadede promover e gerir investimentos, indispen-sáveis ao processo de reconstrução do País.Essas correções, que estão sendo propostase executadas discricionariamente por ór-gãos do terceiro nível do Poder Executivo,comprometem, assim, de forma indevida, ofuturo de entidades que foram instituídas,na maioria dos casos, depois de ampla dis-cussão nacional.

Essa atitude atinge, por igual, casosextremos de empresas que permanecerãosob o controle da União. De um lado, a Valedo Rio Doce, maior empresa de mineraçãode ferro do mundo, lucrativa e independentedos orçamentos do Governo, e que estabele-ceu o seu conceito no exterior em acirradacompetição com empresas sediadas em pai-ses altamente desenvolvidos. Entre os extre-mos, cabe ressaltar a posição da EmpresaBrasileira de Correios e Telégrafos — ECT —recentemente constituída (19G9> que, em me-nos de 15 anos, recuperou e renovou osserviços a seu cargo que ostentavam tradi-ção de dezenas de anos de ineficiência. Nooutro extremo, a Rede Ferroviária Federal,da maior importância para a economia na-cional, herdeira de patrimônios e estruturascomplexas, que a duras penas vão sendorenovados, e que, tanto por motivos históri-cos como de ordem social, depende e conti-nuará a depender de subsídios para ocusteio e de recursos externos para investi-mentos.

Para assegurar a vitalidade das que es-tão bem. recuperar as que estão deficientes edispor das desnecessárias, caberia constituircomissão de alto nível para examinar e

Amplia-se o monopólio estatal

IS no que deu a estatização dos negó-cios petrolíferos. Quase três décadasapós a criação da Petrobrás, o Brasil

produz menos de 30% do petróleo necessárioao consumo local. E não tem dinheiro paraimportar os 70% restantes. Tem que se valerda caridade das Sete Irmãs...

No entanto, nessa altura dos aconteci-mentos, nipguém pede o fim do regime mo-nopolista. Assim, não é de admirar que asatuais vicissitudes tenham suscitado preci-samente o contrário do que deveria ocorrer.O monopólio ampliou-se! Agora apropria-sede todas as divisas produzidas pela exporta-ção. "A Petrobrás é sagrada." As divisas,todas-as divisas, são dela. As atividadesagrícolas e fabris, o progresso tecnológicoque se danem. O petróleo não é nosso. OBrasil e os brasileiros caíram sob o domínioda Petrobrás.

A natureza espoliativa do truste intole-rável nunca foi tão nítida quanto agora. Quemais querem os políticos para constatar oassalto de que é vítima a Nação? Os estato-cratas intumesceram a Petrobrás a ponto decolocá-la entre as 20 maiores companhias domundo. Mas o Brasil foi empurrado para avala comum dos inadimplentes subdesen-volvidos.

O silêncio com que a opinião públicaaceita esse estado de coisas comprova que omomento é de pusilanimidade generalizada.Salvo honrosas exceções na imprensa, ogolpe de Estado financeiro pelo qual o Go-verno confiscou a receita de exportações nãosuscitou protestos. Antes, até, houve empre-sários que tentaram justificá-lo, ainda quevertendo fingidas lágrimas por tê-lo sofrido.A ocorrência não é de surpreender. A lide-rança empresarial entre nós é quase semprepresunçosa, pachecal e louvaminheira. Fale-ce de eficácia quanto à defesa do interessegeral. Mas exibe grande perícia em barga-nhas particulares. A liberdade nào se con-quista em banquetes gratulatórios. A con-corréncia livre, a economia de mercado pre-cisam encontrar um partido político que asdefenda.

A natureza ditatorial do monopólio decâmbio é atestada pela declaração de autori-dade, informando-nos que serão subjetivosos critérios de distribuição, entre o povomiúdo, das divisas que sobrarem do festimestatal. Se sobrarem... Uma CEXIM do càm-bio e dessa forma instaurada com total me-nosprezo à legislação em vigor. Todos serãoiguais perante o monopólio cambial — esta-ra inscrito na fachada do Banco Central.Mas. à tinta simpática, legível apenas pelosiniciados, a inscrição se completara com aafirmativa que haverá sempre os que sãomais iguais do que os outros.

O arbítrio, as práticas discricionáriassao inerentes aos regimes monopolistas. Mo-nopólios sáo irremediavelmente detrimento-sos aos interesses coletivos. O regime capita-

Arquivolista gerou, nos Estados Unidos, alguns des-ses monstros. A democracia combateu-oscom legislação específica, até hoje aplicada,com rigor, por zelosos e incorruptíveis inte-grantes do Poder Judiciário da grande repu-blica. Os monopólios estatais sáo mais difí-ceis de combater porque têm a defendê-losGovernos que neles empregam a parentela ea clientela política. Imagine-se a que ponto oprimeiro Rockfeller teria levado a explora-ção da economia popular, se tivesse a servi-lo as classes armadas, a policia e as demaisinstituições do Estado moderno. Talvez atéao ponto a que chegou a Petrobrás, suserânadeste grande país.

O Governo apropriou-se da totalidadeda receita cambial para servir à estatocra-cia, primordialmente, e não para racionarcom eqüidade, entre todas as classes sociais,as divisas tornadas escassas. Tanto isso éverdade que, não obstante a crise de divisas,o Governo preserva em atividade as tra-dings estatais, enormes sangradouros de dó-lares, instituídas ao arrepio de disposiçõesexpressas na Constituição. A bem mais deum quarto de bilhão de dólares elevam-se osprejuízos desses cartórios de intermediaçãode negócios, e os senhores congressistas nãose dispõem a apurar o escândalo. A quantiaé superior a 509c do titulo que o BIS encos-tou na Suíça para nào proclamar a falênciado Brasil.

As estatais estão falidas porque o passí-vel exigível dos respectivos balanços — au-daciosamente manipulados — e muito maiordo que o ativo imediatamente realizável. Aesse ponto chegamos devido às taras pecu-liares ao regime de monopólio: incompetén-cia administrativa e despesas suntuárias.

Qual é então o crédito que merece, paragerir o monopólio de câmbio, o mesmo Go-verno que se acumplicia com as estatais noimenso assalto à economia popular?

Vivêssemos sob governo parlamentar, aquestão de confiança teria que ser colocada,e o Congresso — se fôssemos uma democra-cia — expulsaria do poder os que o exercemtão desastradamente.

O setor público responde por 95% dototal de 1 bilhão 400 milhões de dólares dosatrasados brasileiros no exterior — informouà imprensa um diretor do Banco Central.Isso quer dizer que a tarefa política dereconstrução da democracia exige, impera ti-vãmente, a eliminação, o extermínio, o ani-quilamento dos monopólios estatais, maisnocivos à coletividade do que os trustes ecartéis do alvorecer do capitalismo. Nacio-nalistas. xenofobos e outros energúmenossemi-alfabetizados dirão que propugno adesnacionalização do Brasil. Não fosse orespeito devido aos leitores do JB. eu su-cumbiria ao desejo que acometeu o Sr JoãoFigueiredo, ao sentir os primeiros sinais daconvalescença, e escreveria aqui as cincoletras de um sonoro palavrão. Desnacionali-zar o Brasil foi precisamente o que fizeram

k

-

os monopólios estatais, as Petrobrás da vida, atando-nos todos, de pes e mãos, afinança internacional.

Fosse a industria petrolífera aberta acapitais privados, nacionais e estrangeiros,as importações de petróleo se efetuariamsem recursos ao Tesouro. Além do que operfil do balanço de pagamentos seria muitomelhor em conseqüência do ingresso de ca-pitais privados.

O que fazer, então? Promulgar a morató-ria, unilateralmente, ou repudiar pura e sim-plesmente a dívida externa, como recomen-dam os círculos esquerdistas? A proposiçãoé inepta. O repúdio da dívida externa acarre-taria um colapso econômico e o caos politi-co. As importações de petróleo cessariam dodia para a noite. Os bens e haveres brasilei-ros no exterior seriam arrestados. A Naçãovoltar-se-ia contra si mesma em um arreglode contas que só interessa aos que almejamsubverter o nosso precário equilíbrio social easpiram implantar uma apocalíptica desor-dem no maior país da America do Sul.

O statu quo também é impossível. Im-põe-se, por conseguinte, que o Governo deci-da partir para a renegociação da dividaimediatamente. A procrastinação nessa ma-téria poderá amanhã colocar o País diantede um plano elaborado pelos bancos credo-res, os quais, como é óbvio, levariam emconta primordialmente o próprio interesse.Ao Sr. Aureliano Chaves. Presidente emexercício, cabe a responsabilidade de convocar o mais cedo possível homens idôneos e

Otávio Tirso de Andrade

experientes em finanças e incumbi-los datarefa. No caso de hesitar ou consentir-seadiamentos injustificáveis, a pretexto deque o João esta ai, a História consignará oseu comportamento. Não se lhe pede quemude ministros ou o pitoresco presidente doBanco Central. Que fiquem esses conspicuosindivíduos nas sinecuras onde se aboleta-ram, à espera dos cascudos com que haveráde acariciá-los o convalescente de Cleve-land. A renegociação terá que ser feita semeles. de qualquer maneira, por ja se haveremdesgastado no inútil atrito com banqueirosestrangeiros e instituições internacionais.Não há nada que impeça o Chefe do Executi-vo de agir com a celeridade requerida pelacrise. A situação econômica e financeiradeteriora-se de hora em hora. A política dedar tempo ao tempo — de 1'aire antichambre— como se diz na França — e moralmenteintolerável em momento que exige energia edecisão.

Além da renegociação da divida, decisãoa ser tomada pelo Presidente da República,seja ele quem for, torna-se imperativo que aNação tome consciência de que o estatismoé regime de ratonices benéfico somente acamarilhas privilegiadas —a nomenklatura.

Condescender e assentir na perpetuaçãodo regime de incessante espoliação dos bra-sileiros, promovido pelas estatais, é cami-nhar para o fechamento inevitável, propug-nado ao sol e à sombra pelo grupelho deincompetentes agarrado como ostras às em-presas do Governo. A tese da reeleição do SrJoão Figueiredo — remember Cesinha — éuma proposta de fechamento que não ousadeclarar-se como tal. No caso de ser a prorro-gação do mandato do atual Presidente efeti-vo o preço a pagar para termos uma eleiçãodireta, nào ha que titubear. Todos devere-mos proclamar a uma só voz: viva a eleiçãoindireta!

As republiquetas da América Central,Nicarágua, Honduras, El Salvador, Guate-mala não são totalmente desprovidas deinstituições democráticas. Tais países perse-veram, porém, nos hábitos, usos e costumesque vigeram na fase de apodrecimento finaldo Império Romano. Naquele tempo, comoagora, o Governo era pretoriano. Quer istodizer que o exército designava um generalpara ser Imperador ou supervisionava aatuação do Governo civil. A mesma cousaocorre no Brasil, na Argentina, no Chile e noUruguai. A observação não é minha. Eu a fuiler em um artigo do embaixador inglês An-drew Watson, publicado em edição recentedo London Ilustrated News. A propósito, odiplomata acrescenta: até em Cuba o SrFidel Castro nunca aparece em público emtrajes civis. Está sempre uniformizado. Aoque me permito aduzir: Mussolini. Hitler,Mao-Tse, o imperador Bokasa também in-ventaram uma farda para exibir-se. Khadafié coronel.

Não figuraria o Brasil na oprobriosa rela-

propor a lista das empresas e transferir eavaliar as distorções e a eficiência das em-presas que têm, efetivamente, correspondi-do a um Núcleo de Expansào Econômica doPaís e que devem permanecer. Essa comis-são sugeriria os estudos que devem ser em-preendidos, inclusive no que se refere a umadequado sistema de controle das empresasque permanecem e da administração des-centralizada e à revisão dos fundos de pen-são que, pela sua complexidade, requer oassessoramento especializado de juristas,atuários e financistas.

Em conseqüência dos trabalhos da co-missão, os objetivos e limites de atuaçao decada empresa seriam precisamente redefini-dos em lei. com o requisito de aprovaçãoprévia do Congresso Nacional para partici-pações futuras dessas empresas no capitalde outras, exceto quanto às de caráter mino-rilário do BNDES.

Quanto à questão da escassez de recur-sos e à conquista da auto-suficiência finan-ceira, em moeda nacional, do grupo de em-presas que ficam com a União, caberia:

— Restabelecer a paridade interna dastarifas e preços de produtos, sem ultrapas-sar, todavia, níveis de competição interna-cional;

II — Transformar dividas internas dasempresas com os Bancos oficiais em novasparticipações da União no capital das pri-meiras.

Por outro lado, a reformulação global dadívida externa propiciara a redução doscorrespondentes encargos financeiros.

As propostas de reformulação das dívi-das serão objeto dos proximos artigos.

Antonio Dias Leite é profissional liberal e professorda UFRJ.

ção, se o nosso Exército não houvesse postoabaixo o regime parlamentar civil que vigeupor longos anos no tempo do Império. Aonos aproximarmos do centenário do 15 denovembro, certos historiados começam a seaperceber do caráter extremamente reacio-.nário daquele golpe militar. O regime parla-mentar poderia ter sobrevivido com a Repu-blica e a Federação. O nosso presidencialis-mo sempre foi deturpado pelas exorbitàn-cias do Poder castrense.

A aliança dos militares com a tecnocra-cia é a causa de todos os problemas queagora desafiam o patriotismo de nossos ho-mens públicos. A estatocracia sob auspícioscastrenses não só trouxe o Pais à beira dafalência. Também descurou perigosamentea defesa nacional. A América Latina está atransformar-se em um continente conflagra-do. A nossa Marinha de Guerra, herdeira detantas brilhantes tradições, afundaria emapenas dois dias, se participasse em guerramoderna. Quem o disse foi o honrado Minis-tro da Marinha (O Globo, 29/7/83). Imagine-se a que perigos esteve o Brasil exposto, aotempo das divergências com a Argentina,por causa de Itaipu, se o Poder em BuenosAires estivesse ocupado — felizmente nãoestava — pelo mesmo general bêbado que selançou à idiota guerra nas Falklands.

A situação de insegurança nacional tor-na-se mais grave devido à total escassez dedivisas com que se depara o pais. Ai esta emque deu o milagre do Governo Mediei e afúria estatizante do Governo Geisel.

A crise brasileira tem grande simiütudecom a derrocada do Governo do Xa do Irà. Amesma megalomania que acometeu o faleci-do Imperador é constatavel nos Governosmilitares brasileiros, à exceçáo do períodoCastello Branco. Na velha Pérsia e no Brasilnovo, acreditou-se que a aceleração do tem-po poderia ser obtido com dinheiro. A inuti-lidade desse esforço mereceu uma lúcidaanálise do jornalista Pascal Garcin, em re-cente artigo no Journal dc Genéve que mechegou às mãos pela bondade de um leitor.

A queda da dinastia Pahlavi ocorreuapesar da enorme riqueza petrolífera dopais. Aqui se diz que a crise é causada pelaescassez de petróleo. A preciosa matéria-prima entra ness a história como o Pilatosno credo. A verdadeira natureza do fracasso,lá e cá, além do ignaro menosprezo ao fatortempo, é explicável pelas mesmas causas: amegalomania, a incompetência e a cor-rupçáo.

A crise tenderá a agravar-se paulatina-mente ate surgir-nos. um Khomeini, se osbrasileiros não se capacitarem de que orepúdio à livre iniciativa, na ordem economi-ca, implica a abolição da liberdade no domi-nio intelectual. Não sei como verdade taocomezinha deixa de sensibilizar os Partidosde oposição.Otávio Tirso de Andrade é jornalista.

18 o 1° caderno d flofi-unda-foira, 15/8/83

Falecimentos

Rio de Janeiro

Arildcs Pereira Bastos,¦M. do eclema aiíudo de pul-rriâo, Carioca, viuvo, mora-va em Laranieiras.

Laérolo da silva, 54, dechoque carciiogênlco, noHospital dos Servidores doEstado. Catarinense, eraautônomo. Casado, mora-va lias Laranjeiras.

Clóvls da Silva Ramos,57, de acidente vascularencefálico, no HospitalCardoso Fontes. Carioca,casado com Clotilde Ra-quel de Lima Ramos, tinhadois filhos e morava emBotafogo.

tinte Santiago Peixotode Castro, 79. de insufi-ciência cardíaca, no Insti-tuto Estadual de Cardiolo-gia Aloísio Castro. Cario-ca, viúva de Luís CarlosPeixoto de Castro, moravaem Botafogo.

Quitéria Claudina daSilva, 79, de diabetes, noHospital Naval Nossa Se-nhora da Glória. Alaiíoa-na, viúva de Manoel Clau-dino da Silva, tinha doisfilhos e morava na Penha.

Maria Carolina Prevostdos Santos, 89. de infecçãorespiratória, no HospitalEvangelista do Rio de Ja-neiro. Carioca, viúva deAmaro Monteiro dos San-tos, tinha três filhas e mo-rava em Vila Isabel.

Tiroteio no Ponto de Encontro

mata homem e assusta clientes

JORNAL DO BRASIL

Caminhão

aparece mas

sem tohienoUma carga de 52 tonela-

das de tolueno, que seguiada Bahia para São Paulo,no Mercedes-Benz placade Salvador CA-5454, foiroubada ontem no PostoRelógio, km 14. da Rodo-via Presidente Dutra, emComendador Soares. O ca-minhão foi encontrado ànoite, sem a carga, na Es-trada do Cabral, em Para-carnbi.

O dono do caminhão,Emerson Augusto Freitasda Silva, disse na 56a DP,em Comendador Soares,que estacionara o Merce-des no Posto Relógio, àslOh de ontem, e se dirigiu àcasa de alguns parentespara levar encomendasque trouxe da Bahia.Quando voltou mais tarde,o veículo havia desapare-cido.

A delegacia de Paracam-bi (51a DP) comunicou àFeema o aparecimento docaminhão. A Feema man-dou para o local uma equi-pe de técnicos chefiada pe-lo engenheiro Paulo CésarPetersen Magioli, acompa-nhados de bombeiros doGrupamento de Busca eSalvamento, já que o cami-nhào transportava umacarga altamente infla-mavel.

O detetive inspetor An-tònio Sérgio Fadei Alves,da 51a DP, sofreu umaqueimadura na mão es-querda quando vistoriavao caminhão. Alem da car-ga. os ladrões levaramtambém a bateria e o rádiodo Mercedes-Benz.

Avisos

ReSigíosos

e Fúnebres

Preços paraPublicação:

DIAS ÚTEISOU DOMINGOSLargura Altura CrS

1 col 4 cm 21.768,col 6 cm 31 752,col 4 cm 42.336,

2 col 5 cm 52.920,2 col 6 cm 63.504,

col 10 cm 10 5 840,col 5 cm 79.380,

3 col 6 cm 95 256,col 7 cm 111.732,col 5 cm 105.840,<• col 7 cm 148 776,4 col 10 cm 211.680,

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JORNAL DO BRASIL

"Ambiente calmo, clima demontanha, ldenl para a realizaçãode negócios". A placa — com o•desenho em relevo de um mestre-cuca — sempre esteve penduradano hall de entrada do antigo e fa-moso restaurante e salão de cháPonto de Encontro. A pequena casaestava lotada, ontem de madruga-da, de fregueses ávidos de seusdoces e waífles. De repente, aba-[ando o som ambiente, vieram for-tes estalos do lado da cozinha, co-mo se fosse um aparelho elétricoum curto-circuito ou lâmpadasquebrando.

Não era: eram balas, um tiroteioque provocou pânico nos fregueses,durou mais de 20 minutos e sóacabou do lado de fora, na RuaBarata Ribeiro.

Começou com a entrada de três"pessoas" esquisitas que a genteviu logo que não eram clientes dacasa", como explicou o seu proprie-târio, Edgar Tinoco. Dois deles,Teobaldo Murilo de Aguiar Pereirae Reginaldo da Silva, se dirigiramao banheiro e foram seguidos porum misterioso cliente que estavaarmado. Na troca de tiros que seseguiu, Teobaldo morreu, Reginal-do foi ferido na máo esquerda, e oentregador da casa, José MariaMesquita, recebeu, nas costas, umabala perdida. Mesas voaram, gentefoi pisoteada e se escondeu debaixodas mesas. Tumulto, corre-corre.Na rua, populares procuraram abri-go nos edifícios. Histeria. Tentaramlinchar Reginaldo aos gritos de"mata, mata, mata esses assai-tantes".

"Segurança da casa"Não se sabe o que ocorreu: se foi

tentativa de assalto frustrada ou sehaveria outro motivo para a trocade tiros. Sobre o misterioso clienteforte, alto, de bigodes — que umgarçom logo nos primeiros momen-tos disse ser um "segurança da ca-sa" — formou-se um manto de silèn-cio, apesar de ter sido visto portodos e ter ficado com a arma namáo, mesmo após a chegada dapolícia. Simplesmente, depois demuito tempo, foi que guardou aarma, entrou numa Brasília brancaestacionada em frente ao local esumiu. Antes, porém, quando lheperguntei o motivo de tudo aquilo eme identificquei como jornalista,limitou-se a negar tudo e a olhar-me fixamente, como se quisesseguardar meu rosto. No restauranteninguém se lembrou de pagar aconta.

Restou, apenas, Teobaldo agoni-zante numa poça de sangue, nobanheiro.

O proprietário mandar avisar,no entanto, ao cliente misteriosoque "salvou o restaurante de umassalto", que ele terá uma refeiçãográtis como agradecimento dacasa.

Tiro •O Ponto de Encontro é um local

pequeno, luxuoso e pouco ilumina-do na Avenida Barata Ribeiro 750,quase esquina com Bolívar. As pa-redes são decoradas com jacarandátrabalhado, as poltronas são decouro creme, e a porta tem umvitral ao lado e dois grandes vidrosvermelhos. A iluminação é feita porpequenos lampiões pendurados; eum grande quadro, de dois metrospor l,50m de altura, representandoum célebre cavalo de corrida inglês,domina o local, acentuando a inspi-ração britânica.

Seu forte é a comida: o restau-rante é freqüentado por artistas.La, geralmente por volta das 17h, éservido um legítimo chá inglês damarca Melrose's, feito com águamineral, além de 30 variedades de

doces, a maioria na bnse de gemade ovo, com receitas portuguesas.As musses de chocolate, papos deanjo, tortas, torradas americanas,quindins, pratos como camarão aocatupiri, fllá à Nicola, lhe garantemfregueses fiéis. Ontem a casa estavacheia, casais conversando sobre ofilme ou a peça de teatro a queacabaram de assistir. Era por voltada lh e 20m, e o ex-Deputado Ed-son Khalr e o teatrólogo João Bet-tencourt haviam acabado de che-gar. A casa estava com suas 17meses lotadas.

Dois homens mal vestidos, comjeito de nordestinos, entraram e sedirigiram ao banheiro, no fundo dapequena sala do restaurante, numaante-sala com prateleiras cobertasde vinhos onde fica a caixa regista-dora. Um terceiro ficou junto daporta de entrada. Logo atrás entrouo cliente misterioso, disse qualquercoisa a um garçon em frente à mesaem que eu estava e foi para o ba-nheiro. Começaram os tiros. De ini-cio ninguém percebeu do que setratava, ficou como que um "bran-co geral" por instantes. Mas logogritaram:— Ê tiro.

Começaram os berros, pânico,gente se jogou, embaixo das mesas,ou mesmo no chão, procurandoabrigo. Alguns, ainda assim, fica-ram estáticos. Mas não era possívelficar se escondendo de um tiroteio,num espaço mínimo como o dorestaurante. Os fregueses tentavamchegar até a porta de saída. Minhamulher me puxava para o chão, eeu a puxava para ir embora. Oamigo que nos acompanhava tinhasumido, acho que escondido detrásdos pés de uma mesa. Era precisosair dali, os tiros continuavam.Garçons passavam correndo. Fu-maça. Consegui empurrar uma me-sa no chão e, passando por cima deuns, puxando quem estava comigo,cheguei do lado de fora. Dentro,continuavam ainda o tiroteio e obarulho de louça quebrando.

DesmaiouO edifício Liberal, n° 746 da Ba-

rata Ribeiro, ao lado do Ponto deEncontro, foi invadido por quemestava fugindo. O porteiro abriu aporta e uma senhora desmaiou. Naconfusão, a terceira pessoa que en-trara com os dois supostos assai-tantes, fugira. Abre-se a porta dorestaurante, outra vez, e sai o clien-te misterioso de arma na mão. Ou-tra correria. Ele abre um Brasíliabranco, do outro lado da rua, gritapara telefonarem para a polícia, erearma seu revólver. Demonstramdo conhecer técnicas policiais, eleatravessa a ma, se esconde atrás deum fusca — era o meu, logo o meu— e espera alguém sair. Não demo-ra muito, sai um rapaz desorienta-do e começa a correr na BarataRibeiro, em direção à Rua Barão deIpanema. Mais tiros, novas inva-sóes de portarias de edifícios. Car-ros param e seus ocupantes se es-condem. Não parecia verdade, pa-recia coisa de filme policial de tele-visão, Kojac, Bareta, coisas assim.O cliente misterioso mira seu tirocomo os policiais de cinema, deva-gar, segurando a arma com as duasmãos, frio. Corre atrás do que saiu.Uma mulher mais nervosa, descon-trolada, gritava por seu maridoPaulo, que ainda estava lá dentro.Casais se separam na correria, boi-sas são esquecidas. Algumas pes-soas choram, outras ficam excita-das com o que está acontecendo.

Chega a polícia — uns 15 minu-tos após ser chamada: eram cam-burões e joaninhas do 19° BPM.Armados com metralhadoras, ospoliciais cercam a entrada do Pon-

Paulo Mottato de Encontro. Uma mulher grita:— Meu marido ainda está ládentro!

HisteriaChegam mais viaturas policiais,a Rua Barata Ribeiro está interdi-

tada e os policiais, nervosos, procu-ram outros assaltantes. Chega maisuma jouninha, dentro estava Regi-naldo da Silva, baleado na mão.Fora preso na esquina de LeopoldoMlguez com Bolivar. Populares re-voltados tentam linchá-lo, Algu-mas mulheres pedem que o matem.Junto da joaninha, chega o clientemisterioso, ainda armado. Falacom os policiais como se os conhe-cesse. Dentro do restaurante, osfregueses procuram seus pertences.Está tudo revirado. No banheiro deseis metros quadrados, com lugarpara apenas três pessoas, Teobaldoagoniza, estendido numa poça desangue. Um garçom diz que tirouuma arma da mão dele.

Saio do local e vejo do outro ladoda rua o cliente misterioso, guar-dando seu revólver num Brasíliabranco e conversando na porta doedifício Maria Isabel. Me dirijo aele, digo que sei que foi ele que deuos tiros e pergunto o porquê detudo aquilo. Ele me olha fixo, comoque querendo guardar meu rosto enega tudo. Diz apenas que era maisum cliente, "como você" — afirma.Anda pela rua e não parece estarnervoso. Digo que não pretendoidentificá-lo, só queria a história,pois sou jornalista. Nega tudo, maisuma vez e, a conselho de outrapessoa, entra no Brasília e vai em-bora.

Na porta do Ponto de Encontroo circo estava armado: muita gente,ambulância, policiais. O proprietá-rio nega que o cliente seja o segu-rança da casa. "Náo temos seguran-ça", diz ele. com o sotaque caracte-rístico da cidade de Braga, em Por-tugal. "Acho que não eram assai-tantes profissionais, pareciam nor-destinos desempregados", diz ele,frisando que Teobaldo morrera forade seu restaurante, a caminho dohospital. Diz também que a casa jáfoi assaltada muitas outras vezes.

ForagidoTeobaldo Murilo de Aguiar Fer-

reira tinha 26 anos, era solteiro emorava na Rua Dioneia, 16, na Ro-cinha. Ontem à tarde não havianinguém na casa e seu corpo estáno Instituto Médico-Legal, que, atéentão, alguém tenha aparecido pa-ra reclamá-lo. Reginaldo Luiz daSilva, 21 anos, solteiro, tambémmorador da Rocinha na Estrada daGávea, 15, foi operado ontem noHospital Miguel Couto de duas fra-turas na máo. Depois, depôs na 12°DP. Não foi possível obter maioresinformações na Delegacia, princi-palmente sobre o cliente mistério-so, pois informaram que a ocorrên-cia estava nas mãos do delegadoque "já havia saído". O terceiroassaltante — ou suposto assaltante— ainda está foragido.

Ontem à tarde, os garçons tenta-vam limpar as manchas de sangueno restaurante e apontavam asmarcas de bala no banheiro. Tam-bém no Miguel Couto está o entre-gador e lavador de pratos José Ma-ria Mesquita, cearense, 25 anos,com um tiro nas costas perto dacoluna. Ninguém quer identificar otal cliente misterioso. Uma vizinhaque assistiu a tudo disse: "E paradeixar assim mesmo, pois ele ma-tou gente ruim".

Muitos pensam assim, a maioria.Talvez apenas alguns, dos que esti-verarn, ontem, jantando no local e,por milagre, também não foramatingidos por balas perdidas, é quepoderão discordar dessa opinião.

AVISOS RELIGIOSOS

ALCEU AMOROSO

Li MA

(FALECIMENTO)

4* Os Filhos, Genros, Noras, Netos e

1 Bisnetos comunicam o seu faleci-

mento e convidam para o enterro a se

realizar às 17 horas do dia 15 de Agosto,

no Jazigo da Família no Cemitério de Sâo

João Batista, precedido de Missa de Cor-

po-Presente no Mosteiro de São Bento,

onde o corpo está sendo velado.

COMANDANTE

t

HENRIQUE BAHIA(CENTENÁRIO)

Seus filhos José Henrique e Luiz Aíberto e fa-iiüécia-n oa rentes e amigos para a Missa do Cent^iNascimento 3° feira, cto 16 & ás 1 l.30h na lareia cCruz dos Militaresde

mta

INAH WERNECK BORELLI(30° DIA)

t

Salvador Victor Borelli, Carlos Alberto. Leda.Luiz Victor, Hilma Miranda Bore:li a,na Cristinae Daniei, esposo, filhos, noras e netos convi-dam parentes e amigos para a Missa de 30°Dia que sera celebrada dia 16 as 10 horas, na Igreja

N S. da Conceição e Boa Morte. Rua do Rosárioesquina de Av. Rio Branco.

TempoINI'K/C»chnclni ri» Sul — 0íhl7mln (M/08/8J)

No RioTempo nublado a parcialmente nublado, sujeito a chuviscosisolados no litoral. Temperatura em ligeiro declínio. Ven-tos: Sudoeste a Sul, fracos a moderados. Máxima: 31.4, emBangu; mínima: 18.3. cm Realengo.As Chuvas — Precipitação cm milímetros nas ültimas 24horas: 0.0: acumulada este mis: 23.1; normal mensal; 42.M;acumulada este ano: 831.1; normal anual: 1075.8.O Sol — Nascerá às 06hl8min e o ocaso será ás 17h36min.O Mar no Rio de Janrlro: Prcamar: Ulh4ftmin/0.fim;14h35min/0.7m e 22h38min/ 0.7m. Daixa-mar.*06h33min/1.0m e 18h38min/l.0m. Em Angra dos Reis-Prcamar: 02hl0min/0.5m; 10h02min/(l.')m eI7h5(miin/1.0m. Baixa-mar: 05h37miníl.0m; 14h42min/0.5m e 20h5lniin/0.6m. Ktn Cal» Frio — Prcamar:00h57min/fl.5m c 13h54min/ 0.5m. Baixa-mar:06h26min/0.9m e 18h32min/0.8m.O Salvamar informa que o mar está calmo, com águas a 19graus, correndo de Leste para Sul.

Frente fria no Oceano Atlântico, na altura do litoraldos Estados de Santa Catarina e Paraná, perdendo aatividade no continente. Mostra também nova frente fria naArgentina, com deslocamento para Nordeste.

A Lua

aCrescenteAtd 22/8

D1011Cheia Mi^uante Nova23'8 31/8 ov

fetird uL/ ' F

V

Nos EstadosAmazonas: Nub. a pte. nub.. pnes. chvs. no NoroesteTemp.: estável. Máx. 32.8, Min. 21.6. Roraima: NuliC/pncs. isol. 'Icmp.: estável. Máx. 32.2. Min. 23.5. Acre-/Rondônia: Nub. a pte. nub. Teinp.: estável. Máx. 35.2,Min. 20.4. Pará: Pte. nub. c/pncs. ocs. no Nordeste. Tempestável. Máx. 32.6, Min. 21.4. Amapá: Pte. nub. a nubTemp.: estável. Máx. 32.0, Min. 25.6. Piauí: Pte. nub. clr.Temp.: estável. Máx. 29.0, Min. 17.7. Ceara: Nub a ptenub. Temp.: estável. Máx. 20.3. Min. 28.8. R.G.Norle:Nub. a pte. nub. c/pncs. chvs. no Estado. Temp.. estável.Máx. 31.0. Min. 21.4. Paraíba/Pernambuco: Nub. a ptenub. pnes. csp. no lit. Temp : estável. Máx. 28.(1, Min. 22.1VMaranhão: Nub. a pte. nub. no lit.. demais reg. clr. a ptenub. Temp.: estável. Máx. 32.1, Min. 21.3. Alagoas/StrKi-pe: Nub. a pte. nub. pnes. isol. no lit. Temp : estável. Máx.27.2, Min. 1^.2. Hnhia: Pte. nub. a clr. nub. pte. nub.c/pncs. isol, no lit. Temp.: estável. Máx. 27.f>, Min. 21 8,Mato Grosso: Pte. nub. a clr. Temp.: estável. Máx. 26.6.Min. 23.4. M.G. do Sul: Clr/pte. nublado. Temp.: estável.'Máx. 32.2, Min. 21.0. Goiás: Clr. a pte. nub. nevoa seca noSul. Temp.: estável. Máx. 32.4, Min. 13.7. Brasília: Clr. apte. nub. c/ncvoa seca. Temp,: estável. Máx. 28.2. Min.14.4. Minas Gerais: Pte. nub. a nub. Temp.: estável. Máx.28.:. Min. 13.9. Ksp. Santo: Nub. suj. a chvs. isol. Temp ¦em ligeira elevação. Máx. 29.0. Min. 20.1. S.Paulo: Nub apte. nub. Temp : estável. Máx. 27.(1, Min. 15.4. Paruna:Nub./pte. nub. c/chuviscos isol. a Leste, demais reg. ptenub. Temp.: estável. Máx. 24.1, Min. 11.6. St». Catarina:

ANALISE DA CARTA SINÓTICÀ l>f> MAPA !H) INSTI-lirro NACIONAL DE METEOROLOGIA — I rente friano litoral de São Paulo. Frente (ria de iraca atividade n.iArgentina, anticiclone tropical atlântico c/centro de1024MB entre 20°S/30°W. Anticiclone polar marítimo comcentro de .1022MB entre 32°S/48°W. Previsfics elaboradascom auxílio de fotos do satélite recebidas pela estaçãoreceptora do Inemct.

Nub. c/período de chvs. esp. Temp.: estável. Máx. 18.0.Min. 15.9. K. <;. dn Sul: Nub. c/período de chvs. esp. noCentro Norte. Pte. nub. a nub. suj, a chvs. csp. nas demaisreg. Temp.: estável. Máx. 211.0. Min. 9 2.

No MundoAtenas, 32. nublado; Barbados. 32. claro; Berlim, 22, claro;Bogotá. 17. nublado; Buenos Aires. 19, claro; Caracas. 28.nublado: Chicago. 29, claro: Jacarta, 32. claro; Jerusalém'27, claro; Johanntsburgo, 22, claro; Lima. 22, claro; Lisboa,25, nublado; Londres, 25. nublado; Lm Angeles, 28, claro;Madri. 30, claro; Manila, 30. chuvoso; México, 24, claro;Miami. 34. chuvas; Monlcvldéo. 17, claro; Montreal. 25,'claro; Moscou. 25, nublado; Nassau, 32. nublado; Noval>éli. 34, nublado; Nova Iorque. 21, claro; Paris, 23,nublado; Pequim. 33. nublado; Roma. 30. claro; SanFrancisco. 24. claro; San Juan, 33, claro; Santiago, 18.nublado; Tóquio, 31. claro.

"Banqueiro" do bicho

que

sumiu sábado aparece morto

Milton AmaralSeqüestrado de sua casa, em São

João de Meriti, sábado à noite, por doishomens armados, o ex banqueiro do jo-go-do-bicho Arlindo Rasuck, de 50 anos,foi encontrado morto, na madrugada deontem, amordaçado, manietado e comcinco tiros, em seu carro, o Passat verdeST 1072, na pista que liga a RodoviaPresidente Dutra à Linha Verde, na Pa-vuna. A única testemunha do seqüestroé a mulher de Arlindo, a advogada ElbaRasuck. que atendeu os criminosos, osquais, para obrigá-la a chamar o ex-contraventor, disseram que eram poli-ciais e que estavam em missão oficial.

Arlindo Rasuck, até 1970, era consi-derado um dos mais fortes banqueirosdo jogo-do-bicho na Baixada Fluminen-se, com domínio absoluto em São Joãode Meriti, onde também explorava ou-tros jogos, principalmente o carteado,em cassinos à margem da Rodovia Pre-sidente Dutra. Teve grande influênciapolítica, conseguindo eleger uma vez pa-ra prefeito seu irmão, Elias Rasuck,além de, em várias eleições, apoiar ami-gos candidatos a vereador e deputado,que geralmente eram eleitos. Atualmen-te, segundo seus amigos, era um homempobre.

DrogasArlindo Rasuck, depois que deixou a

contravenção, dedicou-se ao trafico deentorpecentes na Baixada Fluminense eem Copacabana, foi preso em flagrantepela Polícia Federal e condenado. Aosair da prisão, estava pobre e foi traba-lhar com seus quatro irmãos, que expio-ram uma rede de motéis e quatro agén-cias de automóveis, em São João deMeriti. Arlindo, no entanto, tornou-sedependente de drogas e foi o vicio que oprejudicou numa concessionária de mo-tos que lhe havia sido cedida pelos ir-mãos e o levou a falência.

Segundo ainda seus amigos, a famíliatirou de Arlindo certas regalias já que,ao contrário dos irmãos, .ele não queriatrabalhar e gastava grandes somas emdinheiro no consumo de drogas. Emmaio do ano passado, foi trabalhar naempresa de ônibus Transquize Trans-porte Ltda., em Duque de Caxias, tendoa carteira sido assinada como motorista;na verdade, segundo seu irmão Elias,exercia funções junto aos diretores daempresa. Em maio. Rasuck foi despedi-do por motivos que náo foram esclare-cidos.

ViolênciaNo sabado, cerca de 19h30min. Arlin-

Documento de identidadeiwlilli! iflfilicÉ

I

•*** i

Arlindo Rasuck

do estava dormindo em sua casa, na RuaJosé de Carvalho, 93, no bairro de VilaTiradentes, em São Joáo de Meriti,quando chegaram dois homens altos ebem vestidos.

Elba chamou o marido que. de pija-ma, foi à sala conversar com os desço-nhecidos. Foi quando um deles sacou deum revólver e gritou que ele teria deacompanha-los. Com violência, o agarra-ram e pediram a chave do seu carro, queestava estacionado na caiçada. Quandoo Passat se afastou. Elba chamou os doisfilhos do casal — Rogério e Ana — paradizer que não gostara da atitude dospoliciais.

Depois de se comunicar com doisirmãos de Arlindo, ela foi à 64a DP. ondesoube pelo delegado Romem José Vieiraque náo havia qualquer queixa contraArlindo.

Pouco depois da meia-noite, uma tur-ma de ronda do 4o Setor Operacional deRoubos e Furtos de Automóveis faziaronda na área da Linha Verde e encon-trou, nos fundos da Fabrica de Carroce-rias Idenal o Passat verde com os faróisacesos. No chão da parte traseira, estavao corpo de um homem, manietado eamordaçado. O fato foi comunicado aodelegado Henrique Mendes de Fjgueire-do Júnior, da 39a DP. na Pavuna. que jáhavia sido alertado do seqüestro. O dele-gado de São Joáo de Meriti. RomemJosé Vieira, ao ser comumcado. tambémdirigiu-se para o local.

JONAS MACHABANSKISua família comunica com pesar seu falecimentoocorrido ontem. O enterro sairá na capela da ChevraKadisha na Rua Barão de Iguatemi, 306, hoje às09.30h para o •Cemitério de Vila Rosali. Pede-se não

enviar flores.

v

aIDil

18 n l° caderno ? segunda-feira, 15/8/83 n g° Clichê JORNAL DO BRASIL

Falecimentos

Rio de Janeiro

Arildes Pereira Ilnstos,42, de edema agudo de pul-mão. Carioca; viuvo, mora-va em Laranjeiras.

Laércio da Silva, 54, dechoque cardlogénlco, noHospital dos Servidores doEstado. Catarinense, eraautônomo. Casado, mora-va nas Laranjeiras.

Clóvis da Silva Ramos,57, de acidente vascularencefállco, no HospitalCardoso Fontes. Carioca,casado com Clotilde Ra-quel de Lima Ramos, tinhadois filhos e morava emBotafogo.

Rute Santiago Peixotode Castro, 79, de insufl-ciência cardíaca, no Insti-tuto Estadual de Cardiolo-Ria Aloisio Castro. Cario-ca, viúva de Luís CarlosPeixoto de Castro, moravaem Botafogo.

Quitcria Claudina. daSilva. 79, de diabetes, noHospital Naval Nossa Se-nhora da Glória. Alagoa-na. viúva de Manoel Clau-dino da Silva, tinha doisfilhos e morava na Penha.

Maria Carolina Prevostdos Santos, 89. de infecçãorespiratória, no HospitalEvangelista do Rio de Ja-neiro. Carioca, viúva deAmaro Monteiro dos San-tos. tinha três filhas e mo-rava em Vila Isabel.

Caminhão

aparece mas

sem toluenoUma carga de 52 tonela-

das de tolueno, que seguiada Bahia para São Paulo,no Mercedes-Benz placade Salvador CA-5454. foiroubada ontem no PostoRelogio. km 14, da Rodo-via Presidente Dutra, emComendador Soares. O ca-minháo foi encontrado ànoite, sem a carga, na Es-trada do Cabral, em Para-cambi.

O dono do caminhão,Emerson Augusto Freitasda Silva, disse na 56a DP.em Comendador Soares,que estacionara o Merce-des no Posto Relógio, aslOh de ontem, e se dirigiu àcasa de alguns parentespara levar encomendasque trouxe da Bahia.Quando voltou mais tarde,o veículo havia desapare-cido.

A delegacia de Paraeam-bi (51a DP) comunicou âFeema o aparecimento docaminhão. A Feema man-dou para o local uma equi-pe de técnicos chefiada pe-lo engenheiro Paulo CésarPetersen Magioli. acompa-nhados de bombeiros doGrupamento de Busca eSalvamento, já que o cami-nhão transportava umacarga altamente infla-mavel.

O detetive inspetor An-tònio Sérgio Fadei Alves,da 51a DP. sofreu umaqueimadura na mão es-querda quando vistoriavao caminhão. Além da car-ga. os ladrões levaramtambém a bateria e o radiodo Mercedes-Benz.

Engenheiro

é morto por

assaltanteO engenheiro Fiede-

rico Celso Lima Dias,27 anos. íoi morto comum tiro no peito nocomeço da noite deontem quando deixa-va o Estádio cio Mara-cana. logo após o ter-mino cio jogo Botafogoe Flamengo. Mais tar-de, a polícia prendia,na Praça Maua. Jack-son Antoníp Rosa deMiranda, 20 anos. co-mo suspeito cio crime.Este portava um re-volver calibre 22 e ten-tou. na Praça Maua.assaltar o l°-sargentocio Exercito LudovicoCampo do Amaral.

O engenheiro íoi as-saltado e reagiu quan-do entrava na suaFiat. AY-1489. proxi-mo ao viadutQ Odu-valdo Cozi. em frente aEscola Técnica, noMaracana. Ele estavaem companhia de qua-tro amigos, que viramquando o assaltantefez o disparo e correu.Frederico integrava atorcida Raça Rubro-Negra e dificilmenteperdia jogos cio Fia-mengo. O suspeito foiconduzido para a 18aDP. que requisitouexame de balística norevolver calibre 22 einstaurou inquérito.

Tiroteio no Ponto de Encontro

mata homem e assusta clientes

"Ambiente calmo, clima demontanha, ideal para a realizaçãode negócios". A placa — com odesenho em relevo de um mestre-cuca — sempre esteve penduradano liall de entrada do antigo e fa-moso restaurante e salão de cháPonto de Encontro. A pequena casaestava lotada, ontem de madruga-da, de fregueses ávidos de seusdoces e waffles. De repente, aba-fando o som ambiente, vieram for-tes estalos do lado da cozinha, co-mo se fosse um aparelho eletricoum curto-circuito ou lâmpadasquebrando.

Nao era: eram balas, um tiroteioque provocou pânico nos fregueses,durou mais de 20 minutos e soacabou do lado de fora, na RuaBarata Ribeiro.

Começou com a entrada de três"pessoas" esquisitas que a genteviu logo que não eram clientes dacasa", como explicou o seu proprie-tário, Edgar Tinoco. Dois deles,Teobaldo Murilo de Aguiar Pereirae Reginaldo da Silva, se dirigiramao banheiro e foram seguidos porum misterioso cliente que estavaarmado. Na troca de tiros que seseguiu. Teobaldo morreu, Reginal-do foi ferido na mão esquerda, e oentregador da casa. José MariaMesquita, recebeu, nas costas, umabala perdida. Mesas voaram, gentefoi pisoteada e se escondeu debaixodas mesas. Tumulto, corre-corre.Na rua, populares procuraram abri-go nos edifícios. Histeria. Tentaramlinchar Reginaldo aos gritos de"mata. mata. mata esses assai-tarífes".

"Segurança da casa"Não se sabe o que ocorreu: se foi

tentativa de assalto frustrada ou sehaveria outro motivo para a trocade tiros. Sobre o misterioso clienteforte, alto, de bigodes — que umgarçom logo nos primeiros momen-tos disse ser um "segurança da ca-sa" — formou-se um manto de silèn-cio, apesar de ter sido visto portodos e ter ficado com a arma namão, mesmo após a chegada dapolicia. Simplesmente, depois demuito tempo, foi que guardou aarma, entrou numa Brasília brancaestacionada em frente ao local esumiu. Antes, porém, quando lheperguntei o motivo de tudo aquilo eme identificquei como jornalista,limitou-se a negar tudo e a olhar-me fixamente, como se quisesseguardar meu rosto. No restauranteninguém se lembrou de pagar aconta.

Restou, apenas. Teobaldo agoni-zante numa poça de sangue, nobanheiro.,

O proprietário mandar avisar,no entanto, ao cliente misteriosoque "salvou o restaurante de umassalto", que ele terá uma refeiçãográtis como agradecimento dacasa.

TiroO Ponto de Encontro é um local

pequeno, luxuoso e pouco ilumina-do na Avenida Barata Ribeiro 750,quase esquina com Bolívar. As pa-redes são decoradas com jacarandátrabalhado, as poltronas são decouro creme, e a porta tem umvitral ao lado e dois grandes vidrosvermelhos. A iluminação e feita porpequenos lampiões pendurados; eum grande quadro, de dois metrospor l,50mde altura, representandoum célebre cavalo de corrida inglês,domina o local, acentuando a inspi-ração britânica.

Seu forte e a comida; o restau-rante é freqüentado por artistasrLa. geralmente por volta das 17li, éservido um legitimo chá inglês damarca Melrose's. feito com aguamineral, além de 30 variedades de

doces, a maioria na base de gemade ovo, com receitas portuguesas.As musses de chocolate, papos deanjo, tortas, torradas americanas,quindins, pratos como camarão aoeatupiri. fila à Nicola, lhe garantemfregueses fiéis. Ontem a casa estavacheia, casais conversando sobre ofilme ou a peça de teatro a queacabaram de assistir. Era por voltada lh e 20m, e o ex-Deputado Ed-son Khair e o teatrólogo João Bet-tencourt haviam acabado de che-gar. A casa estava com suas 17meses lotadas.

Dois homens mal vestidos, comjeito de nordestinos, entraram e sedirigiram ao banheiro, no fundo dapequena sala do restaurante, numaante-sala com prateleiras cobertasde vinhos onde fica a caixa regista-dora, Um terceiro ficou junto daporta de entrada. Logo atrás entrouo cliente misterioso, disse qualquercoisa a um garçon em frente â mesaem que eu estava e foi para o ba-nheiro. Começaram os tiros. De iní-cio ninguém percebeu do que setratava, ficou como que um "bran-co geral" por instantes. Mas logogritaram:— É tiro.

Começaram os berros, pânico,gente se jogou embaixo das mesas,ou mesmo no chão. procurandoabrigo. Alguns, ainda assim, fica-ram estáticos. Mas não era possívelficar se escondendo de um tiroteio,num espaço mínimo como o dorestaurante. Os fregueses tentavamchegar até a porta de saída. Minhamulher me puxava para o chão. eeu a puxava para ir embora. Oamigo que nos acompanhava tinhasumido, acho que escondido detrásdos pés de uma mesa, Era precisosair dali. os tiros continuavam.Garçons passavam correndo. Fu-maça. Consegui empurrar uma me-sa no chão e, passando por cima deuns, puxando quem estava comigo,cheguei do lado de fora. Dentro,continuavam ainda o tiroteio e obarulho de louça quebrando.

DesmaiouO edifício Liberal, nu 746 da Ba-

rata Ribeiro, ao lado do Ponto deEncontro, foi invadido por quemestava fugindo. O porteiro abriu aporta e urna senhora desmaiou. Naconfusão, a terceira pessoa que en-trara com os dois supostos assai-tantes. fugira. Abre-se a porta dorestaurante, outra vez, e sai o clien-te misterioso de arma na mão. Ou-tra correria. Ele abre um Brasíliabranco, do outro lado da rua, gritapara telefonarem para a policia, erearma seu revólver. Demonstran-do conhecer técnicas policiais, eleatravessa a aia. se esconde atras deum fusca — era o meu, logo o meu— e espera alguém sair. Não demo-ra muito, sai um rapaz desorienta-do e começa a correr na BarataRibeiro, em direção à Rua Baráo deIpanema. Mais tiros, novas inva-sóes de portarias de edifícios. Car-ros param e seus ocupantes se es-condem. Náo parecia verdade, pa-recia coisa de filme policial de tele-visão, Kojac, Bareta. coisas assim.O cliente misterioso mira seu tirocomo os policiais de cinema, deva-gar, segurando a arma com as duasmãos, frio. Corre atrás do que saiu.Uma mulher mais nervosa, descon-trolada, gritava por seu maridoPaulo, que ainda estava fa dentro.Casais se separam na Correria, boi-sas sao esquecidas. Algumas pes-soas choram, outras ficam excita-das com o que esta acontecendo.

Chega a policia — uns 15 minu-tos após ser chamada: eram cam-buroes e joaninhas do 19° BPM.Armados com metralhadoras, ospoliciais cercam a entrada do Pon-

Paulo. Moitato de Encontro. Uma mulher grita:— Meu marido ainda está ládentro!

HisteriaChegam mais viaturas policiais,a Rua Barata Ribeiro está interdi-

tada e os policiais, nervosos, procu-ram outros assaltantes. Chega maisuma joaninha, dentro estava Regi-naldo da Silva, baleado na mão.Fora preso na esquina de LeopoldoMiguez com Bolivar. Populares re-voltados tentam linchá-lo. Algu-mas mulheres pedem que o matem.Junto da joaninlia, chega o clientemisterioso, ainda armado. Falacom os policiais como se os conhe-cesse. Dentro do restaurante, osfregueses procuram seus pertences.Está tudo revirado. No banheiro deseis metros quadrados, com lugarpara apenas três pessoas, Teobaldoagoniza, estendido numa poça desangue. Um garçom diz que tirouuma arma da mão dele.

Saio do local e vejo do outro ladoda rua o cliente misterioso, guar-dando seu revólver num Brasília

• branco e conversando na porta doedifício Maria Isabel. Me dirijo aele, digo que sei que foi ele que deuos tiros e pergunto o porquê detudo aquilo. Ele me olha fixo, comoque querendo guardar meu rosto enega tudo. Diz apenas que era maisum cliente, "como você" — afirma.Anda pela ma e não parece estarnervoso. Digo que não pretendoidentificá-lo. só queria a história,pois sou jornalista. Nega tudo, maisuma vez e, a conselho de outrapessoa, entra no Brasília e vai em-bora.

Na porta do Ponto de Encontroo circo estava armado: muita gente,ambulância, policiais. O proprietà-rio nega que o cliente seja o segu-rança da casa. "Náo temos seguran-ça", diz ele, com o sotaque caracte-ristico da cidade de Braga, em Por-tugal. "Acho que não eram assai-tantes profissionais, pareciam nor-destinos desempregados", diz ele,frisando que Teobaldo morrera forade seu restaurante, a caminho dohospital. Diz também que a casa jáfoi assaltada muitas outras vezes.

ForagidoTeobaldo Murilo de Aguiar Fer-

reira tinha 26 anos, era solteiro emorava na Rua Dioneia, 16, na Ro-cinha. Ontem à tarde não havianinguém na casa e seu corpo estáno Instituto Médico-Legal, que, atéentão, alguém tenha aparecido pa-ra reclamá-lo. Reginaldo Luiz daSilva, 21 anos, solteiro, tambémmorador da Rocinha na Estrada daGávea. 15. foi operado ontem noHospital Miguel Couto de duas fra-turas na mao. Depois, depôs na 12aDP. Não foi possível obter maioresinformações na Delegacia, princi-palmente sobre o cliente mistério-so, pois informaram que a ocorrèn-cia estava nas mãos do delegadoque "ja havia saído". O terceiroassaltante — ou suposto assaltante— ainda está foragido.

Ontem ã tarde, os garçons tenta-vam limpar as manchas de sangueno restaurante e apontavam asmarcas de bala no banheiro. Tam-bem no Miguel Couto esta o entre-gador e lavador de pratos José Ma-ria Mesquita, cearense. 25 anoscom um tiro nas costas perto dacoluna. Ninguém quer identificar otal cliente misterioso. Uma vizinhaque assistiu a tudo disse: "E paradeixar assim mesmo, pois ele ma-tou gente ruim".

Muitos pensam assim, a maioria.Talvez apenas alguns, cios que esti-veram. ontem, jantando no local e.por milagre, também náo foramatingidos por balas perdidas, e quepoderão discordar dessa opinião.

AVISOS RELIGIOSOS

ALCEU AMOROSO

LIMA

(FALECIMENTO)

?L Os Filhos, Genros, Noras, Netos e

I Bisnetos comunicam o seu faleci-

mento e convidam para o enterro a se

realizar às 17 horas do dia 15 de Agosto,

no Jazigo da Família no Cemitério de São

João Batista, precedido de Missa de Cor-

po-Presente no Mosteiro de São Bento,

onde o corpo está sendo velado.

COMANDANTE

HENRIQUE BAHIA

fparentes:<men*o 3"

(CENTENÁRIO!

DS Dd'a a•a «6 8. as

INAH WERNECK BORELLI

t

(30° DIA)Salvador Victor Boreili. Carlos Alberto, lud».Luiz Victor, Hilmá Miranda Botei". Ana C*e Daniel, esposo, filhos noras e netos cor.

parentes e amigo*- para a Missa de -0Dia que será celebrada diaN S. da Conceiçãcesquina dG Av. Rio

TempoIWE/Cachiwlr* do Sul - <M>hl7mln 114/08/8.»

No RioTempo nublado a parcialmente nublado, sujeito a chuviscosisolados no litoral. Temperatura em ligeiro declínio. Ven-tos: Sudoeste a Sul, fracos a moderados. Máxima: 31.4, cmHangu: mínima: 18.3. em Realengo.As Chuvas — Precipitação em milímetros nas últimas 24horas: (1.0; acumulada este mês: 23.1; normal mensal: 42.9;acumulada este ano: 831.1; normal anual: 1075.8.O Sol — Nascerá às ()6hl8min e o ocaso será As 17h36min.O Mur no Rio de Janeiro: Preamar: 0lh46min/0.6m;14h35min/0.7m e 22h38min/ 0.7m. Baixa-mar:06h33min'1.0m c 18h38min'1.0m. I£m Angra dos Reis:Preamar: 02hl()min/0.5m; I()h02min/0.()m e17h56min/I.Om, üaixa-mar: 05h37min/l.0m; 'I4h42min/0.5m e 20h5lmin/0.6m. Km Cnbo Frio — Preamar:(X)h57miri/0.5m e 13h54min/ 0.5m. Òaixa-mar:06h26min/0.9m e I8h32min/0.8m.O Salvamar informa que o mar está calmo, com águas a 19graus, correndo de Leste para Sul.A Lua

HOI311

Frente fria no Oceano Atlântico, na altura do litoraldos Hstad.is de Santa Catarina e Paraná, perdendo aatividade no continente Mostra também nova frente fria naArgentina, com deslocamento para Nordeste.

CrescenteAté 22/8Cheia Miguante31/8

Nos EstadosAmazonas: Nub. a pte nub.. pnes. chvs. no NoroesteTemp.: estável. Máx. 32.8, Min. 21.6. Roraima: Nub.c/pncs. isol. Temp.: estável. Máx. 32.2. Min. 23.5. Acre-/Rondônia: Nub. a pte. nub. Temp.: estável. Máx. 35.2,Min. 20.4. Pará: Pte. nub. c/pncs. ocs. no Nordeste. Temp.estável. Máx. 32.6. Min. 21.4. Amapá: Pte. nub. a nubTemp.: estável. M.ix. 32.0, Min. 25.6. Piauí: Pie. nub. clr.Temp.: estável. Máx. 29.0, Min. 17.7. Ceará: Nub. ;i pie.nub. Temp.: estável. Máx. 20.3. Min. 28.8. R.G.NÓrte:Nub. a pte. nub. c/pncs. chvs. no Listado. Temp.: estável.Máx. 31.0, Min. 21.4. Paraíba/Pernambuco: Nub. a pte.nub. pnes. esp. no lit. Temp.: estável. Máx. 28.0, Min. 22.0.Maranhão: Nub. a pte. nub. no lit.. demais reg. clr. a pte.nub. Temp.: estável. Máx. 32.1. Min. 21.3. Alngoas/Sergi-pe: Nub. a pte. nub. pnes. isol. no In. Temp.: estável. Máx.27.2. Min. 19.2. Bahia: Pte. nub. a clr. nub. pte. nub.c/pncs. isol. no lit. Temp.: estável. Máx. 27.6, Min. 21.8.Mato (írosso: Pte. nub. a clr. Temp.: estável. Máx. 26.6,Min. 23.4. M.C,. do Sul: Clr/pte. nublado. Temp.: estável.Máx. 32.2. Min. 21.0. (Joiás: Clr. a pte. nub. nevoa seca noSul. Temp.: estável. Máx. 32.4. Min. 13.7. Ilrnsilia: Clr. :ipte. nub. c/névoa seca. Temp.: estável. Máx. 28.2. Min.14.4. Minas (ifrais: Pte. nub. a nub. Temp.: estável. Máx28.2. Min. 13.9. Ksp. Santo: Nub. suj. a chvs. isol. Temp.:em ligeira elevação. Máx. 29.9. Min. 20.1. S.Paulo: Nub. apie. nub. Temp,: estável. Máx. 27.(1. Min. 15-1. Parann:Nub./pte. nub. c chuviscos isol. a Leste, demais reg. pte.nub. Temp estável. Máx. 24.1. Min. 11.6. Sta. Catarina:

Análise da carta sinótica do mapa ixj insti-TUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA - Frente friano litoral de São Paulo. Frente (ria ile Iraca atividade naArgentina, anticiclone tropical atlântico c/centro de1024MB entre 20°.S'3ü°W. Anticiclone polar marítimo comcentro de 1022MB entre 32°S/48°W. Previsões elaboradascom auxilio dc fotos do satélite recebidas pela estaçãoreceptora do Inemet.

Nub. c/período de chvs. esp. Temp.: estável. Máx. 18,0,Min. 15.9. R. (i. do Sul: Nub. c/período de chvs esp, noCentro Norte. Pte. nub. a nub. suj. a chvs. esp. nas demaisreg. Temp.: estável. Máx. 20.0, Min. 9.2.

No MundoAtenas. 32. nublado; Barbados, 32. claro; Ikrlim. 22. claro;Bogotá. 17. nublado; Buenos Aires, 19. claro; Caracas. 28.nublado; Chicago, 29. claro; Jacarta. 32, claro; Jerusalém,27. claro; Johanneshurgo. 22. claro; Lima. 22. claro; Lisboa.25. nublado; Londres, 25. nublado; Ix>s Angeles. 28. claro;Madri, 30, claro; Manila. 30. chuvoso; México. 24, claro;Miami. 34. chuvas; Montevidéo. 17. claro; Montreal. 25,claro; Moscou. 25, nublado; Nassau. 32. nublado; NovaI)éli. 34, nublado; Nova Iorque, 21. claro, Paris. 23,nublado; Pequim, 33. nublado; Roma. 30, claro: SanFrancisco, 24. claro; San Juan. 33, claro; Santiago, 18,nublado; Tóquio, 31, claro.

"Banqueiro" do bicho

que

sumiu sábado aparece morto

Milton AmaralSeqüestrado de sua casa, em São

João de Meriti, sábado à noite, por doishomens armados, o ex-banqueiro do jo-go-do-bicho Arlindo Rasuck, de 50 anos,foi encontrado morto, na madrugada deontem, amordaçado, manietado e comcinco tiros, em seu carro, o Passat verdeST 1072. na pista que liga a RodoviaPresidente Dutra à Linha Verde, na Pa-vuna. A única testemunha do seqüestroé a mulher de Arlindo, a advogada ElbaRasuck, que atendeu os criminosos, osquais, para obrigá-la a chamar o ex-contraventor, disseram que eram poli-ciais e qüe estavam em missão oficial.

Arlindo Rasuck. até 1970, era consi-derado um dos mais fortes banqueirosdo jogo-do-bicho na Baixada Fluminen-se, com domínio absoluto em São Joãode Meriti, onde também explorava ou-tros jogos, principalmente o carteado,em cassinos a margem da Rodovia Pre-sidente Dutra. Teve grande influênciapolítica, conseguindo eleger uma vez pa-ra prefeito seu irmão. Elias Rasuck,além de. em várias eleições, apoiar ami-gos candidatos a vereador e deputado,que geralmente eram eleitos. Atualmen-te. segundo seus amigos, era um homempobre.

DrogasArlindo Rasuck. depois que deixou a

contravenção, dedicou-se ao tráfico deentorpecentes na Baixada Fluminense eem Copacabana, foi preso em flagrantepela Policia Federal e condenado. Aosair da prisão, estava pobre e foi traba-lhar com seus quatro irmãos, que expio-ram uma rede de motéis e quatro agén-cias de automóveis, em São João deMeriti. Arlindo. no entanto, tornou-sedependente de drogas e foi o vicio que oprejudicou numa concessionária de mo-tos que lhe havia sido cedida pelos ir-mãos e o levou a falência.

Segundo ainda seus amigos, a famíliatirou de Arlindo certas regalias já que,ao contrário dos irmãos, ele náo queriatrabalhar e gastava grandes somas emdinheiro no consumo de drogas. Emmaio do ano passado, foi trabalhar naempresa de ônibus Transquize Trans-porte Ltda.. em Duque de Caxias, tendoa carteira sido assinada como motorista;na verdade, segundo seu irmão Elias,exercia funções junto aos diretores daempresa. Em maio. Rasuck foi despedi-do por motivos que não foram esclare-cidos.

ViolênciaNo sabado, cerca de 19h30min, Arlin-

Documento de identidade

Arlindo Rasuck

do estava dormindo em sua casa, na RuaJosé de Carvalho, 93, no bairro de VilaTiradentes, em Sáo João de Meriti,quando chegaram dois homens altos ebem vestidos.

Elba chamou o marido que. de pija-ma, foi à sala conversar com os desço-nhecidos. Foi quando um deles sacou deum revólver e gritou que ele teria deacompanha-los. Com violência, o agarra-ram e pediram a chave do seu carro, queestava estacionad,o na calçada. Quandoo Passat se afastou, Elba chamou os doisfilhos do casal — Rogério e Ana — paradizer que não gostara da atitude dospoliciais.

Depois de se comunicar com doisirmãos de Arlindo, ela foi á 64a DP. ondesoube pelo delegado Romem José Vieiraque náo havia qualquer queixa contraArlindo.

Pouco depois da meia-noite, uma tur-ma de ronda do 4" Setor Operacional deRoubos e Furtos de Automóveis faziaronda na área da Linha Verde e encon-trou, nos fundos da Fabrica de Carroce-rias Idenal o Passat verde com os faróisacesos. No chão da parte traseira, estavao corpo de um homem, manietado eamordaçado. O fato foi comunicado aodelegado Henrique Mendes de Figueire-do Júnior, da 39a DP. na Pavuna. que jáhavia sido alertado do seqüestro. O dele-gado de Sáo João de Meriti. RomemJose Vieira, ao ser comunicado, tambémdirigiu-se para o local.

JONAS MACHABANSKISua família comunica com pesar seu falecimentoocorrido ontem. O enterro sa:ra na capela da ChevraKadisha na Rua Baráo de Iguatemi. 306, hoje às09 :30h para o Cemitério de Vila Rosali Pede-se não

enviar flores.

V

B

JORNAL DO BRASIL seffunda-foira, 15/8/83 n i° oadorno ? 13

ECONOMIA/ NEGOCIOS

Receita inicia notificação do

Marizete MundinBrasília — A partir de

hoje, o contribuinte quedeclarou, no Anexo 2 doImposto de Renda doano passado, rendimen-to não tributável supe-rior a Cr$ 5 milhões, re-ceberá uma "mordida"do Leão da Receita Fe-deral. O Correio lhe en-tregará uma notificaçãocobrando o Imposto Ca-lamidade, que será de4% sobre a renda queexceder o teto estabele-cido.

Assim, quem teve ga-nho não tributável deCr$ 6 milhões, em 1982,terá de pagar ao LeãoCr$ 40 mil. A tributaçãoadicional incide sobreos rendimentos declara-dos no item "isentos ounão tributáveis" (obti-do, por exemplo, comherança, bonificação deações, lucro da vendade imóveis, aviso prévioe indenizações, FGTS ecorreção monetária dedepósitos bancários, in-clusive caderneta) e noitem "rendimentos tri-butados exclusivamen-te na fonte" (como desá-gio das operações comdebêntures e prêmiosobtidos em loterias)ambas do Anexo 2 doI.R.

A informação foi dadapelo coordenador de tri-butação da Receita, Ja-mir Doniak. Segundoele, o contribuinte quereceber a notificaçãopoderá quitar seu débi-to em até quatro parce-Ias, sendo que a primei-ra vence em setembro.A expectativa da recei-ta, revelou, é de que seconsiga, de agosto aofinal do ano, uma arre-cadação de Cr$ 60 bi-lhòes com o ImpostoCalamidade.

Doniak assegurouque o Imposto Calami-dade não incidirá sobreas devoluções de IR nafonte recebidas peloscontribuintes. Explicouque só será taxado orendimento superior aCr$ 5 milhões que nãotiver entrado na tabelaprogressiva que tributaos rendimentos lí-quidos.

O coordenador da Re-ceita Federal adiantouque já se espera um nú-mero elevado de recla-mações ou consultas.Por isso a Receita mon-tou esquema de atendi-mento nas Secretariasda Receita em São Pau-lo, Rio de Janeiro, Por-to Alegre e Brasília.Mas adiantou:

— Quem quiser recla-mar da constitucionali-dade do imposto vaiperder tempo, porquenão discutiremos isso/' Segundo ele, os pon-tos de atendimento sóresponderão a dúvidasquanto ao valor do im-posto a pagar.

Doniak fez questão desalientar que rendimen-tos não tributáveisabaixo de Cr$ 5 milhõesnão sofrerão a incidèn-cia do Imposto Calami-dade. Informou que ocontribuinte que rece-ber a notificação só teráum prazo de sete diaspara recorrer do valorestipulado pela Receitado imposto a pagar.

1983

>

Roproduçõo do Manual do Imposto de Rondo de 1983

MINISTÉRIO ÜA IA/EN0A SECRETARIA OA RECEITA TEÜEHALIMPOSTO OE RENDA PESSOA FÍSICA- RECLAfiACÀO OE RENDIMENTOS

ANEXO 2RENDIMENTOS

NÃO TRIBUTADOSNA DECLARAÇÃO

Imposto Calamidade95

Massey e Yalmet estranham

ação da Cogumelo no CADE

Rendimentos isentos ou nio tributáveisAuxilio acidento e pecúlio por invalide/ recebidos poi acidentes no trabalho.Avirj) prévio e indenizações, por rescisão de contrato de trabalho, c FGTS.Bolsas do estudo recebidas

Bonificações em ações, colas ou quinhões de capitalCorreções monetárias de Caderneta de Poupança e as idênticas às das ORTN, exceto as antecipadas.Deságios de Tetras do Tesouro NacionalDiárias e ajudas de custo pagas pelos cofres públicosDiferença entre o lucro efeiivo e o tnbutável na Cédula Diferença entre o lucro apurado e o tnbutável em alienações de bens imóveis, desde que eventuais.

Diferença entre o lucro apurado e o tributável em alienações de participações societáriasLucros aufendos em alienações de bens móveis, dcsrte que eventuaisLucros na alienação de bens imóveis ¦ DL 1950/82 Lucros obtidos em operações em bolsa de mercadorias Lucros na venda de ações negociadas em bolsa de valores

- Pecúlio dos aposentados que retornam ao trabalhoPecúlio recebido de entidade rle previdência privada, decorrente do falecimento ou invalide*pe/manente do participantePrêmios restiiuidos e indenizações pagos por seguradorasProventos de aposentadoria ou reforma • art. 22, Inciso IX, do RIRProventos de inatwdade e reforma até CrS 1.502.000,00 Ipara maiores de 6b anos em 31/121821.Rendimentos do PIS/PASEP Rendimentos de fundos em condomínio e sociedades de investimentos que tenham por obietivo a

administração de carteira diversificada de títulos ou valores mobiliáriosSalário família.Transferencias patrimoniais • doaçõesTransferências patrimoniais ¦ heranças.Outros

Total Transportar paia o item @ do formulário azul IMCTI

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Rendimentos tributados exclusivamente na fonteDeságio percebido na aquisição de debêntures e obrigações da Eletrobrás.Lucros, dividendos e bomlicacões em dinheiro e outros interessesatribuídos a açõesLucro de firma individual em operações com imóveis..Pecúlio pago por entidades de previdência privadaPrêmios em dinheiro obtidos em loterias, concursos e sorteiosRendimentos de partes beneficiárias e de fundadorRendimentos de títulos de renda lixa não obtidos a curto prazoRendimentos obtidos em financiamentos de ooerações a termo em bolsade valoresOutros

2Z

23

aaa53739.

Totais43

imposto na fomel'1.00

.00

.00

.00¦00¦00

_fiO

¦00.00

,00

28

as.32aiaa.3840

46

Valnr,00

.00.-flO^00-u60

.00,00

.00

,00Diferençalbnh3s@menos|£5]lTransportar para o itern@do formulano azul IMCTIII Este imposto não é compensável na declaração M.

Balanço de empresa tem três opçõesLuiz Carlos David

-1 ¦¦¦Investidores ou candidatos a in-vestidores no mercado de ações de-vem, a partir de agora, redobrarcuidados na leitura de balanços dasempresas em que investem ou pre-tendem investir, se se tratar de fir-mas com dívidas em moeda estran-geira.

O alerta é do diretor da divisãode consultoria fiscal e financeira dafirma de auditoria Arthur Ander-sen, Rubens Branco da Silva. Se-gundo ele, as instruções que o Go-vemo baixou sobre o lançamentonos balanços dos efeitos da maxi-desvalorização do cruzeiro são tãoflexíveis que as empresas poderão,conforme sua conveniência, decidirse querem exibir lucro ou prejuízo— sem cometerem ilegalidade, mascorrendo o risco de iludir o investi-dor ou o analista quanto à sua realsituação.

O balanço de uma empresa po-derá estar mostrando lucro apenasporque ela adiou para balanços fu-turos e contabilização parcial outotal da despesa com o aumento,em cruzeiros, da sua divida em dó-lar. Mais cedo ou mais tarde, oprejuízo aparecerá. Uma segundaempresa, ao contrário, poderá atéestar em boa situação, mas seubalanço será pontuado de númerosvermejhos se a despesa for lançadajá este ano.

— Quem pegar três balanços deempresas do mesmo ramo, não terácomo compará-los para tomar umadecisão de investimento — observaRubens Branco, cuja empresa deauditoria é a segunda maior dosetor em operação no país.

Ele sugere que o investidor, parase proteger de números ilusorios,leia cuidadosamente o parecer dosauditores que, "se for bem feito",deverá mostrar o verdadeiro resul-tado de empresa, independente doque ela reconheceu em suas de-

Rubens Brancomonstrações financeiras. Caso o pa-recer seja omisso, a solução será aleitura das notas que obrigatoria-mente acompanham as demonstra-ções financeiras e nas quais o con-tador dirá quais os princípios con-tábeis adotados. Caberá ao investi-dor. então, fazer as contas parachegar ao resultado real.

As pistasCom base no decreto-lei 2029, de

9/6/83, as empresas terão três op-ções. segundo Rubens Branco, paralançar no balanço a diferença entrea variação cambial de sua dividaexterna e a variação das ORTN s(correção monetária).

A primeira é lança-la como des-pesa — o cyie é a maneira tradicio-nal, dentro dos princípios contábeisgeralmente usados, ja que se tratade despesa mesmo. Nesse caso, aempresa estará reduzindo seu lu-cro; em compensação, vai pagar

menos Imposto de Renda. A seguti-da alternativa é lançar a diferençano ativo imobilizado, o que permiti-rã adiar o registro da despesa porum prazo de cinco a 25 anos, quan-do o efeito da máxi de fevereiroainda ira aparecer no balanço daempresa. A terceira alternativa élançar no ativo diferido — com con-seqüência semelhante à da hipóte-se anterior. A única diferença é queo adiamento será por no máximo 5anos. Uma última opção é combi-nar duas ou as três hipóteses ante-riores.

Segundo Rubens Branco, cadaempresa fará sua escolha em fun-ção do resultado que espera ter esteano. Se prevê lucro, provavelmenteoptará por lançar tudo como despe-sa ja neste balanço, diminuindo oImposto de Renda. A desvantagem,para o investidor, ê que ao mesmotempo será reduzido o lucro a dis-tribuir aos acionistas.

No caso de uma empresa queterá prejuízo este ano e prevê man-tê-lo ainda por muitos anos, a alter-nativa será fazer o lançamento noativo imobilizado. Com isso exibiráum prejuízo menor no balanço de83 e ganhara até 25 anos para, final-mente, reconhecê-lo. E se a previ-sào for de prejuízo agora e por, nomáximo, outros quatro anos, a ter-ceira opção será a indicada.

. O diretor da Arthur Andersencomenta que a distância entre averdadeira situação da empresa e aque e exibida no balanço será tãomaior quanto maior for a diferençaentre a correção cambial e a corre-ção monetária até o fim do ano. Asprevisões são de que a primeirachegue a dezembro em 250% e asegunda em 132%. "Isso significauma diferença de 89%, que seracontabilizada nos balanços confor-me a vontade de cada empresa",conclui Rubens Branco.

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A Cogumelo Indústria de Componen-tes para Tratores Ltda., uma pequenafábrica de fundo de quintal, localizada emJacarepaguá, entrou com representaçãono Conselho Administrativo de DefesaEconômica — CADE contra duas grandesempresas estrangeiras — a Massey Fergu-son e a Valmet. Segundo a denúncia, elascopiaram e passaram a fabricar suas ca-bines para tratores agrícolas, a partir de1982, provocando forte queda em seu fa-turamento e a demissão de metade dosempregados.

O presidente do CADE, Paulo Muniz,sensibilizado com a denúncia feita peloempresário Geraldo Pilz, prometeu con-vocar os presidentes das duas empresasestrangeiras para maiores explicações,relatou o dono da Cogumelo. Ele iniciou afabricação de cabines para tratores agrí-colas, industriais e de terraplenagem(uma proteção de fibra de vidro para ooperador do trator) em 1973.

Ouvidas em São Paulo, tanto a Mas-sey Ferguson como a Valmet se declara-ram surpresas com a representação daCogumelo junto ao CADE. Embora aindanão tenham sido convocadas para depor,afirmam que podem provar que possuemprojetos próprios. A Valmet, que fabricacabines para apenas 30% de seus trato-res, concedeu há três anos um selo dequalidade à cabine Cogumelo, que podevender seu equipamento em suas reven-dedoras. A Massey fabrica cabines para amaioria de seus tratores, mas compra hatrês meses jam modelo da Cogumelo paraum trator sofisticado (o 47/80).

"Quero meu filho"

O relato de Geraldo Pilz, que nào secansa de contar sua história, mais pareceum apelo emocional de um pai que per-deu seu filho mais velho e pretende recu-perá-lo a qualquer custo. Com 42 anos,casado, dois filhos, conta que sofreu umforte golpe em 1982, quando Massey Fer-guson e Valmet começaram a colocar nomercado seus tratores já aparelhadoscom cabines semelhantes às fabricadaspela Cogumelo.

A concorrência foi desastrosa para apequena.empresa carioca, cujas vendascaíram de 3 mil 690. em 1981. para 1 mil700 em 1982. Geraldo Pilz, que contavacom 56 empregados, foi obrigado a redu-zir sua equipe para 18. Ele procurou con-tornar a situação diversificando seus ne-,gócios. Mesmo assim não desiste:

—• Quero meu filho de volta. Não meinteressa o pagamento de royalties. Tra-balhei muito tempo nisso. Não posso ad-mitir que uma coisa que criei com tantoesforço seja usurpada.

Gilson Barreto

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í . ' . ;. . 1Geraldo Pilz

Segundo a denúncia ao CADE, a Mas-sey Ferguson e a Valmet copiaram não sódesign como o processo de fabricação dascabines da Cogumelo. A única diferença éque utilizaram chapas de aço como maté-ria-prima, em lugar de fibra de vidro,estrutura tubular e chapas de aço. Oadvogado Gustavo Villela Filho, que pre-parou a representação, disse que no casoda Valmet "a ilegalidade é ainda maisflagrante, pois a empresa chegou a apro-var o produto fabricado pela Cogumelo".

Defesa

O diretor de Materiais da Valmet,Pertti Simula, disse que sua cabine eusada ha 20 anos na Finlândia. A empre-sa — segundo ele — produzia esse equipa-mento somente por encomenda, desde1973, mas passou a equipar seus tratorescom cabine. a partir de 1977, por razõesde ordem comercial. Simula ressalta quea Cogumelo tem selo de qualidade Vai-met e pode aproveitar uma demanda de70% de seus tratores para vender seusequipamentos.

Heitor Mens, responsável técnico daprodução da Massey, contou que a em-presa passou a fabricar cabines para seustratores, a partir de 1982, inspirando-seem projeto da matriz norte-americana.Segundo ele. os equipamentos da Cogu-melo "não foram aprovados tecnicamen-te, principalmente por questões de segu-rança, além de serem três vezes maiscaros do que os nossos".

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SOCIEDADE ANÔNIMA WHITE MARTINSCOMPANHIA ABERTAINSCR. C.G.C. nP 33.000.571/0001-85AVISO AOS DEBENTURISTAS1. A partir de 01.09.1983, estaremos pagando os juros de 2,29479% sobre o valor

nominal das debêntures, atualizado monetariamente naquela data, conformelançamento aprovado pela AGE de 22.08.1979.

2. O atendimento será efetuado nos dias úteis, das 10 às 16 horas, nas agências doBanco Itaú S.A. - Departamento de Serviços de Acionistas - mediante a apre-sentação do cupom n? 16.

3. Agente Fiduciário — Prof. Simão Isaac Benjó.Rio de Janeiro, 12 de agosto de 1983.PEDRO LUIZ COUTINHO COELHOPresidente do Conselho de Administração

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AVISO AOS ACIONISTASA partir do dia 22 de agosto será iniciado o pagamento do 127° dividendo, â razáo deCrS 1,45 por ação.

LOCAIS DE ATENDIMENTOOs acionistas serão atendidos, diariamente, no horário das 1 2:00 ás 16:30hs..tes endereços do BANCO ITAÚ S.A :

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A partir do dia 5 de setembro o atendimento somente será feito na Divisão de Atendi-mento a Acionistas do BANCO ITAÚ S.A. na Praça Pio X, 99, 7? andar, diariamente, nohorário acima indicado.Pessoas JurídicasDivisão de Atendimento a Acionistas — Praça Pio X, 99 * 7? andar, no horário das 1 2:00ás 16 30 horas.

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES1. As pessoas físicas receberão no aio os dividendos a que têm diteito e, em devolução,

as cautelas apresentadas.2. Será indispensável a apresentação do CPF e do documento de identidade.3. As cautelas deverão ser apresentadas em ordem numérica crescente.4. Os bancos, bolsas de valores e demais pessoas jundi.cas receberão o formulário e a

orientação para o seu preenchimento no Departamento de Ações da Companhia apartir de 15.8.1983.

O pagamento dos direitos atrasados até o dividendo n? 126, bem como outros as-suntos de interesse dos Srs. Acionistas, deverão ser tratados, a partir da data desteaviso, no Departamento de Ações da Companhia, na rua Candelária, 66, diariamente,das 8:00 ás 10 30 e das 13:00 ás 15:00 horas.

No período de 22 de agosto a 2 de setembro ficarão suspensas as transferências, conversões, desdobramentos e agrupamentos de cautelas.

Rio de Janeiro. 29 de julho de 1983BRUCE RANDOLPH STRACHAN DONALD

Diretor Financeiro e de Relações com o Mercado

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SOCIEDADE ANONIMA WHITE MARTINS il IMWilBW 1COMPANHIA ABERTA |INSCR. C.G.C. nP 33.000.571/0001-85 IhHHI |NOSSAS ACOES ']AVISO AOS DEBENTURISTAS N«12£££vmo«S I1. A partir de 01.09.1983, estaremos pagando os juros de 2,29479% sobre o valor |

nominal das debentures, atualizado monetariamente naquela data, conforme §lanpamento aprovado pela AGE de 22.08.1979. g!

2. O atendimento sera efetuado nos dias uteis, das 10 Ss 16 horas, nas agencias do jjBanco Itau S.A. - Departamento de Servipos de Acionistas - mediante a apre- |senta<;ao do cupom nP 16. i

3. Agente Fiduciario — Prof. Simao Isaac Benj6. jRio de Janeiro, 12 de agosto de 1983. jPEDRO LUIZ COUTINHO COELHO jPresidente do Conselho de Administra^ao ;.'j

14 ? Io oacierno ? sofçundft-feira, 15/8/83 ECONOMIA/NEGÓCIOS JORNAL DO BRASIL

Informe Econômico

Pensando em cruzeirosA divida externa assusta. Afinal, quaseem 1(X) bilhões de dólares, seus compromissos,

em termos de juros e amortizações, mostram-se demasiado pesados para que, Jls custas deuma prolongada recessão, o Brasil obtenhasaldos comerciais para atcndô-los.

Mesmo com o alcance de um superávitcomercial de 6,3 bilhões de dólares previstopelo Governo, o peso dos juros da dívida — 11bilhões de dólares e dos demais déficits deserviço — 3 a 3,5 bilhões de dólares — não seráaliviado cm 50%.

Mas, enquanto se discute se a solução parao pagamento é uma moratória ou uma renego-ciaçap ampla da dívida com prazos elásticospara o pagamento dos juros e do principal,dando espaço para a economia respirar econcluir alguns projetos destinados à exporta-ção, não deve ser descuidada a dívida interna.

A dívida pública em títulos (Letras doTesouro Nacional e ORTNs) já é superior aCr$ 13 trilhões — 21 bilhões de dólares, ou22% da dívida externa.

Se for considerada ainda a dívida doBanco Central por depósitos de bancos eempresas em moeda estrangeira na Resolução432 e mais os recursos captados pelo Banco doBrasil em RDBs-recibos de depósito bancário(que não deixam de ser utilizados para obterrecursos para tapar o déficit público), a cifrasupera Cr$ 20 trilhões — 32 bilhões de c33% da dívida externa.

dólares,

O Documento dos Empresários, divulga-do semana passada, em São Paulo, ao pedirprioridade: para o saneamento das finançasinternas, certamente tomou como preocupaçãoa hipótese do Governo declarar uma renego-ciação ou uma moratória de sua dívida interna.Um desastre para o setor privado, sobretudopara o mercado financeiro.

Afiando as garras

Uma surpresa para o leão da ReceitaFederal: o Imposto de Renda sobre as opera-ções do open renderam em julho Cr$ 20bilhões, para uma estimativa inicial de Cr$ 5bilhões. A previsão é de que sejam recolhidosanualmente de Cr$ 120 bilhões a Cr$ 150bilhões. E o leão continua afiando suas garras,estudando a reformulação do desconto de até5% a título de despesa com livros técnicos.

O contribuinte poderá valer-se do descon-to, desde que comprove os gastos. O leãocomeçou a ficar desconfiado de que haviamanobras, quando apurou que os livreirosfaturavam muito menos do que o montanteque os contribuintes declaravam.

Ajuste de caixa

O Banco Nacional da Habitação formalizahoje a criação de grupo de trabalho de oitotécnicos — quatro cio BNH e quatro da Abecip— para apresentar, até 30 de setembro, estudopara adequar as operações de financiamento eas previsões da caixa das cadernetas de pou-pança à nova sistemática de pagamento derendimentos mensais.

Ameaça que assusta

O presidente do Sindicato de Revendedo-res de Derivados de Petróleo do Rio deJaneiro, Gil Siuffo, continua preocupado coma ameaça do diretor comercial da Petrobrás.

Carlos Sant'Anna alertou as distribuidorasde derivados de petróleo de capital estrangeirodo País — Texaco, Shell, Esso e Atlantic —

ue em caso de interrupção de fornecimentoe petróleo ao Brasil, por falta de crédito, o

petróleo produzido internamente (330 mil bar-ris/dia em julho) ficaria com as distribuidorasnacionais, basicamente Petrobrás Distribuído-ra e Ipiranga.

Siuffo lembra que cerca de 10 mil postosde abastecimento no País operam com bandei-ra das multinacionais. Como o CNP — Conse-lho Nacional do Petróleo amarra o fornecimen-to de petróleo à bandeira explorada peloposto, no caso de corte às companhias estran-geiras, 10 mil postos podem ficar fora deoperação.

Confiança

Apesar da crise vivida pela classe média ea incerteza sobre o abastecimento de derivadosde petróleo no Brasil, a indústria automobilís-tica instalada no País continua apostando nofuturo do mercado de carros.

Depois do Scort, da Ford, a GMprepara olançamento do Monza três volumes (com por-ta-malas traseiro) para setembro, juntamentecom a pick-up Chevette.

Internacionais

A desvalorização das moedas européias emrelação ao dólar aumentou, consideravelmen-te, o fluxo de turistas norte-americanos naEuropa. A previsão é de que 4 milhões deamericanos visitem a Europa até o final doano. "O verão está quente, mas os dólaresestão chegando", comentou um comerciantelondrino satisfeito com suas vendas em dólar.Milhares de americanos são vistos pedindodescontos na compra de suéteres na Harrod'sde Londres, ou pechinchando redução nospreços dos cintos cie crocodilo junto aos reven-dedores da Gucci, em Roma. Com a alta dodólar, eles estão ficando mais tempo, comendomelhor e comprando mais lembranças paralevar para casa.

A CAF — Corporacion Andina de Fomentoconcordou em liberar uma linha de crédito de 1milhão de dólares para o Equador. O acordo,assinado em Caracas, preve a aplicação dosrecursos em programas agropecuários e melho-ramentos no sistema de distribuição da produ-ção aerícola.

A República Dominicana prorrogou, pormais um ano, a proibição, que vigora desde1980, de importação que atinge a mais de 100produtos, principalmente alimentos e veículos.

Itautec também disputa mercado de informática

ÍNDI( < K( 12/08/83)

INPC — Abril: 7 73%. 6 meses: 52,9% (reajusta os saláriosde Junho), 12 meses: 114,9%; Maio: 5,83; 6 meses: 55%(realustti os salários de Julho); 12 meses: 113,41%, Junho:6,84%; 6 meses: 55,8% (reajuste dos salários de agosto:44,48% — 80% do IN PC); 12 meses: 112,10%; Julho:12,03%; 0 meses: 58,1% (reajuste dos salflrlos de setembro:40,48 — 80% do INPC); 12 meses: 124,31%. A partir deagosto os reajustes salariais sfto equivalentes a 80% doINPC.Aluguel residencial: Junho: 103,41%; Julho: 102,70%;Agosto: 89,7% Setembro: 99,45% (de Janeiro a Julho, oaluguel foi reajustado por 90% do INPC de dois mesesantes da renovação do contrato; a partir de agosto, oreajuste tema por base 80%- do INPC de dois meses antesda renovação do contrato, o mesmo ocorrendo nos alu-gueis semestrais). O aluguel comercial é reajustado pelacorreção monetária anual do mês.Salário minimo — Cr$ 34,770,00 (a partir de l°/5)Inflação (IGP) — Maio: 0,7% (3.455,7); no ano: 49%; 12meses: 118,0%; Junho: 12,3% (3.880,01); no ano: 07,3%; 12meses: 127,2%; Julho: 13,3% (4.390,5) no ano: 89,0%; 12meses: 142,8%.ICV (índice do Custo de Vida) — Maio: 0,9% (3.092,6) noano: 40,9%; 12 meses: 110,2%; Junho: 11,1% (3.430,5); noano: 02,2%; 12 meses: 125,6%; Junho: 12,5% (3.807,0); noano: 83,7%; 12 meses: 136,9%.ICC — (índice do Custo da Construção) — Maio: 7,2%;(2.985,4); no ano: 41,3%; 12 meses: 106,8%; Junho: 5,1%(3.130,3); no ano: 48,4%; 12 meses: 109,5%; Julho: 6,6%(3.344,8); no ano: 58,3%; 12 meses: 111,8%.Correção Monetária — Junho: 8%; no ano: 54,44%; 12meses: 125,6%: Julho: 7,8%; no ano: 66,6%; 12 meses:130,4%; Agosto: 9%; no ano: 81,61%; 12 meses: 136,94%."ORTN — Maio: Cr= 3.911,61; Junho: Cr$ 4.224,54; Julho:CrS 4.554,00; Agosto: Cr$ 4.963,91.UPC — Io ouf31 dez; Cr$ 2.398,55; no trimestre: 21,36%; 12meses: 95,53%; l°jan/31 mar/83; Cr$ 2.910,92; no trimestre:21,4%; 12 meses: 110,21%; Io abr/80 jun/80; junh/83: Cr$3.588,63; no trimestre: 23,38%; 12 meses: 113,2%; Io dejul/80 set/83: Cr$ 4.554,05; no trimestre: 26,9% no ano:89,87%; 12 meses: 130,4%.Correção cambial — No ano: 153,7%; 12 meses: 244,15%.Dólar — Compra: Cr$ 637,83; venda: Cr$ 641,02 (a partirde 11/08).Dólar paralelo — Compra: entre Cr$ 1.080 e CrS 1.100.Venda: entre CrS 1.140 e CrS 1.150. Continua forte aprocura pelo dólar sprcad (diferença entre a compra e avenda) estar alto, o que caracteriza receio dos cambistas,a perspectiva é de alta.Ouro — Cioci (Tel.: 224-4687); compra: Cr$ 14.500; venda:CrS 15.300. Goldmine (Tel.: 224-1970); compra: Cr$ 14.500;venda: Cr$ 15.300. Degussa (Tel.: 252-0235): compra: CrS15.010; venda: CrS 15.800. KDG da Amazônia (Tel.: (011)881-9128); compra: CrS 14.300; venda: CrS 15.200; Auxiliar;compra: CrS 14.800; venda: CrS 16.000 (preços por umgrama de ouro para lingotes de mil gramas).Taxa overnight — (médias SDP); No dia: 2,8%; semanaanterior: 9,17%; mès anterior: 9,81%.Prime rate — Entre 10,5% e 11%.Libor — 11 1/16.MVR (Maior Valor de Referencia) — CrS 17.106.90.UFERJ (Unidade Fiscal do Rio de Janeiro) — CrS 6.800,00(para cálculos de pagamentos de taxas, tributos emultas).IBV (médio) —8.187 (-0,9%); fechamento: 8.166 (-0,3%).

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Letras

de Cambia

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l®,Banca(bqisonnavePÒrVO ÁCÉGRE:iÒ512>'24:5sè$e 26 B333 • BLUMENAU 10473122/1155í'V^ÇUBrria.A;1!^i(223'JB2g,.-SiOi)EJANEiflO;i(Ki|í24.r6í5r.<' •.'»',SÀpTAÚU)-|OtJ}.25!-2flaa»aEU).HORI20NTE;(05l'):212.líH

ELETRGBRAS

CELPA/COELCE/COSERN/CELPE/ENERSULCOMPANHIA AUXILIAR DE EMPRESAS

ELÉTRICAS BRASILEIRAS (CAEEB)CONVITE A FORNECEDORES DE EQUIPAMENTOS

ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS - BRASILI PROJETO DE DISTRIBUIÇÃO DEENERGIA-EMPRÉSTIMO 2138-BR

CONCORRÊNCIA NP PA-523

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A COMPANHIA AUXILIAR DE EMPRESAS ELÉ-TRICAS BRASILEIRAS (CAEEB) receberá até às14:00 horas (hora local) do dia 04 de outubro de1983, no escritório do Coordenador de Compras -Av. Rio Branco, 135, 39 andar, Rio de Janeiro, Bra-sil, propostas lacradas para o fornecimento e entregade QUADROS DE SERVIÇOS AUXILIARES, paraexpansão dos sistemas de subtransmissão e distribui-ção da CENTRAIS ELÉTRICAS DO PARÁ-CELPA,CIA DE ELETRICIDADE DO CEARÁ, COELCE,CIA DE SERVIÇOS ELÉTRICOS DO RIO GRAN-DE DO NORTE - COSERN, CIA DE ELETRICI-DADE DE PERNAMBUCO - CELPE, EMPRESADEENERGIA ELÉTRICA DE MATO GROSSO DOSUL - ENERSUL, representadas pela CAEEB.São solicitadas propostas a fornecedores com sedenos países membros do Banco Internacional paraReconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial-BIRD), Suiça e Taiwan, entidade que financiará acompra do material a que se refere a presente con-corrência. As propostas deverão ser obrigatoriamen-te apresentadas em modelos fornecidos pelaCAEEB e de acordo com as instruções e especifi-cações por ela preparadas, reunidas na "Documen-tação para Propostas", disponível em português einglês, que será fornececida aos interessados me-diante pedido ao Coordenador de Compras, acompa-nhado da quantia não reembolsável de CrS 93.000,00(noventa e três mil cruzeiros), por jogo de dooumen-tos nos dois idiomas. A "Documentação para Pro-postas" somente poderá ser obtida no endereço aci-ma mencionado. Juntamente com as propostas osProponentes deverão apresentar uma "Garantia deProposta" não inferior a 5% (cinco por cento) dovalor dos materiais propostos.

Rio de Janeiro, 15 de agosto de 1983A DIRETORIA

Sfto Paulo — Apesar de continuartendo no Banco Itaú seu principalcliente, a fabrica de computadoresItautec entra para valer na "arena dosleões" (o mercado competitivo da ln-íbrmátlca), vendendo seus equlpamen-tos náo apenas para outros bancos(como o Habitasul), mas para outrostipos de empresas (que compram seumicrocomputador lançado em março).

— Na verdade, o Banco Itaú estásendo uma espécie de cobaia da Itau-tec. Como nossos produtos, principal-mente o caixa automático ATM Bank-tec 1-1030, estão sendo aprovados nodia-a-dia do Banco Itaú, Já entram nomercado competindo para valer — ex-plicou o diretor-técnfco da empresa(Itaú Tecnologia), Carlos EduardoCorreia da Fonseca.

Banco eletrônicoO Banco Itaú está fazendo a cam-

panha publicitária "O maior bancoeletrônico do país". O slogan deve-seao Banktec, nome dado ao produtoque é todo o sistema de computaçãoon line (com informações em temporeal) instalado em 207 de suas milagências espalhadas pelo Brasil. AItautec está instalando uma média detrês a quatro agências eletrônicas porfim de semana, e espera atingir a ter-ceira centena antes de 31 de dezembro.'A meta é atingir pelo menos 50% dasagências do banco em todo o país.Segundo Rubens Lessa VergueiraJr„ diretor de marketing da Itautec, obanco eletrônico é um conjunto queinclui terminais de caixa (os caixas dobanco estão ligados ao computadorcentral, que dá informações sobre omovimento das contas), terminais ad-ministrativos e terminais de consulta.O mais conhecido dos terminais deconsulta é o anunciado na televisão ena imprensa: com um toque de dedos,o correntista do banco fica sabendotudo sobre sua conta.

Mas o terminal de consulta quemais tem entusiasmado os técnicos daItautec é o sistema de "resposta audí-vel" que o banco está experimentandoem Campinas e em 36 agências de SãoPaulo. O correntista usa o telefonepara se comunicar com o computadordo banco. Uma voz feminina e ciberné-tica manda que disque o número desua agência e da conta cujo saldo quersaber. Depois o correntista disca onúmero de uma senha secreta e ouveduas vezes o valor total de seu saldo.

No azulRubens Lessa Vergueiro Jr infor-

mou que a Itautec investiu em seustrês primeiros anos de vida (de 1979 a1982) Cr$ 1 bilhão 600 milhões emprodução de tecnologia própria. Esteano estão sendo investidos mais Cr$ 1bilháo 500 milhões.

Em seu primeiro ano de operaçõesno mercado, a Itautec faturou, segun-do Vergueiro, Cr$ 1 bilhão 800 milhões

José Neumanne Pinto(valores nominais), dos quais 38% emaluguel de equipamentos produzidospela empresa, 37% em locação de solt-ware e assistência técnica e 25% emvendas.

— No segundo ano de operações Jôsalmos do vermelho. Ano passado aln-da houve prejuízo, mas receita e des-pesa quase empataram — Informou.

Com mil funcionários, dos quais 400são técnicos e engenheiros, a Itautecveio, na deflniçáo de seu diretor-técnico, para ser "uma das grandescompanhias de informática do pais".Carlos Eduardo Correia da Fonsecaacredita que o mercado continue acrescer no Brasil a uma média de 20%a 30% por ano, em valores reais.

Caixa automáticoA ATM Banktec 1-1030 é a vedete

dos equipamentos para uso em siste-mas financeiros da Itautec. Instaladoem Campinas e no Centro TécnicoOperacional do Banco Itaú, na Aveni-da do Estado, em São Paulo, esseterminal possibilita o acesso do cor-rentista ao movimento de sua contano banco durante as 24 horas dos setedias da semana. Rubens Lessa Ver-gueira Jr informou que até o fim doano 15 caixas automáticos da linhaestaráo instalados.

Ao usar o caixa automático, o clien-te do banco pode consultar seus saldosem conta-corrente, poupança, aplica-ções e empréstimos, pedir seu extrato

e conta, fazer lançamentos futuros,obter informações sobre taxas, venci-mento de aplicações e de emprésti-mog, saber sobre taxas e vencimentosem opcn market, fazer transferênciade fundos, pagar contas e carnês eautorizar débitos. O cliente pode, prin-cipalmente, sacar dinheiro num fim desemana.

Se o caixa automático é a vedete dosetor financeiro, o microcomputadorItautec 1-7000, contudo, revela em seuvídeo o futuro da empresa, segundoseus diretores. Terminal em vídeo in-teligente de um grande computadorIBM, o micro da Itautec é também umcomputador profissional, um proces-sador de textos e um microssistema.De sua linha, 26 estão sendo entreguesà Escola Politécnica da USP para de-senvolvimento de programas de soft-ware na área de engenharia.

Com esses dois produtos no merca-do, a empresa quer agora partir paraseu aperfeiçoamento técnico, infor-mou Carlos Eduardo Correia da Fon-seca. Os periféricos, os softwares desuporte e aplicativo e a conexão são asprioridades para consolidação de sualinha de produtos. Expansões de me-môria e interface com telex e linhastelefônicas são alguns dos comple-mentos para os próximos meses naestrutura de apoio aos clientes que aItautec está montando.

São Paulo — Ariovaldo dos Santos

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MSpOTlI . O micro Itautec 1-7000 entusiasma Carlos Correia da Fonseca

Banorte adota sistema "on

line"Recife — Um sistema de interliga-

ção on line (imediata) foi o posto emfuncionamento sexta-feira pelo BancoNacional do Norte-Banorte, através doqual 29 agências do banco nos Estadosde São Paulo, Rio de Janeiro, Salva-dor e Recife podem operar simultanea-mente.

O cliente com conta nessas agên-cias pode descontar títulos e duplica-tas, fazer saques sem limites (o limite éo saldo), realizar depósitos e fazer pa-gamentos em qualquer desses Estadose a operação será registrada pelocomputador central na mesma hora,segundo o vice-presidente do Banorte,Antonio Machado Guimarães

A sistemática é simples: se alguémé cliente do banco em Recife, está emSáo Paulo, e tem uma duplicata a serdescontada em Salvador, comparece àagência paulista e, imediatamente,através de um terminal de compu-tador, o gerente aciona as três agên-cias, e a operação cruzada é realizada.

Na mesma hora, se o cliente pedir seusaldo, ele sairá atualizado.

O objetivo do banco, segundo Ma-chado Guimarães, é interligar em online todas as 220 agências. Até dezem-bro o sistema funcionará em todos osEstados brasileiros onde opera. A lei-tura da assinatura do cliente é feitapor microfichas de computador. Cada

. uma é capaz de reproduzir 600 assina-turas.

Os computadores do sistema estãosendo fabricados em Recife pela Digi-rede e a operação foi criada pela equi-pe do setor de informática do banco.Está em funcionamento nas agênciasde Recife, e será estendido a todo oBrasil, o chamado "terminal do clien-te". Com um simples código colocadonum terminal de computador da agên-cia, o cliente recebe o saldo impressoatualizado (atualmente os bancos queoperam com estes terminais possuemvisores onde o funcionário vê o núme-io e o transmite ao cliente.)

O dia 11 agosto de 1983 ficará registrado como uma dato de grande significação para anossa indústria automobilística com o lançamento do novo carro da Ford — o ESCORT — e detoda a sua linha 1984. E a SEDAN — Revendedor Ford — comemorou o evento oferecendo umcoquetel em sua Matriz, na Tijuca, onde compareceram inúmeros convidados. Na foto, umflagrante da festa, vendo-se*o Sr. Pedro Marinho, Diretor-Presidente da SEDAN, ao lado dosSenhores: Desembargador Eugênio Sigaud, Mauro Magalhães, Ronaldo Mesquita, CarlosDodsworth Machado e Raymundo Floresta de Miranda.

Revendedor

reclama

contra CNPO telex do Conselho Na-

clonal do Petróleo (CNP)— que só foi enviado àsempresas distribuidorasde derivados, sem maioresexplicações para os pro-prietários dos 18 mil pos-tos de gasolina do país —fixa um critério de cálculopara o fornecimento decombustível aos revende-dores neste semestre quereduz em um dia a cota aque têm direito atualmen-te, segundo o presidentedo Sindicato dos Revende-dores de Derivados de Pe-tróleo, Gil Siuffo Pereira.

A Texaco, por exemplo,está informando aos pos-tos que funcionam comsua bandeira que só volta-rá a fornecer dentro de al-guns dias, nos casos dosrevendedores que recebe-ram até o dia 10 uma cotade gasolina proporcional-mente superior à que te-riam direito, considerandoque transcorreu apenas aterça parte do mês.

CRITÉRIO DO CNP

O critério do CNP, se-gundo Gil Siuffo, determi-na que o consumo de cadaposto nos seis últimos me-ses seja dividido por 186dias para obtenção dos no-vos limites de fornecimen-to de gasolina a vigorarneste semestre. Como ca-da semestre era antes con-tado com 180 dias, na prá-tica, o novo mecanismo re-duz em um dia por mès acota de cada revendedor. Eo pior, na sua opinião, éque o segundo semestre re-gistra consumo mais ele-vado que o primeiro.— A medida, portanto,já representa um raciona-mento — conclui o empre-sário, lembrando que se oCNP tivesse realmente de-cidido acabar com os boa-tos, deveria fixar um crité-rio mais ágil e público paraos reajustes de preços dosderivados de petróleo. "Al-go semelhante ao que já éfeito com o dólar", exem-plificou.ESPECULAÇÃO

Não está faltando com-bustíveis e o Governo nãoestá pensando em raciona-mento, assegurou ontem,em Brasília, um alto asses-sor do presidente do Con-selho Nacional do Petró-leo, General Oziel AlmeidaCosta.

Na opinião desse asses-sor, o que está havendo éuma tentativa de algunsrevendedores em criar umclima propício para que oCNP aumente as cotas decombustíveis e eles pos-sam estocar para ganharmais com o próximo au-mento de preços. Nem oCNP e nem a Petrobrásvão ceder a essas pressõesdisse. O CNP vai investi-gar as denúncias de queestá faltando combustíveise se elas forem comprova-das, vai punir os responsá-veis.

O presidente do Sindica-to dos Revendedores disseque sexta-feira faltou gaso-lina em Recife e, na quin-ta-feira passada, em al-'guns postos de São Paulo.

Caraíba tem

cobre que o

país importa

Salvador — Mesmo ten-do reduzido, a partir dejulho, o ritmo de produçãode algumas unidades, aCaraíba Metais está comexcesso de cobre estocadona Bahia, informou nestaCapital, o presidente daempresa, Antônio Valente.Acrescentou que a Caraíba

empresa estatal, únicafabricante de cobre metáli-co no País — vai pedir napróxima reunião da Coor-denação de Abastecimen-to, liderada pelo Consider

Conselho de Siderurgiae Não Ferrosos, "a suspen-são imediata das importa-ções do cobre primário".

Antônio Valente expli-cou que "o excesso de esto-ques da Caraíba decorreda não observância docontigenciamento, queprevê a permissão para aimportação do cobre ape-nas depois de vendida, nomercado interno, toda aprodução da empresa".

As previsões de deman-da do cobre, no mercadointerno para 83, feitas peloConsider, foram superesti-madas e o agravamento darecessão obrigou as empre-sas consumidoras a reduzi-rem suas compras do me-tal. De janeiro a julho, oestoque da Caraiba Metaisaumentou em 10 mil 335toneladas.

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Botafogo vence na técnica e

Fotos do Ronoldo Theobald

ATUAÇÕES

Botafogo FlamengoPaulo Sérgio — Pouco exigido na partida, mas mos-trou seu excepcional reflexo numa bola centrada porLeandro, que Osvaldo deixou passar e entraria nocanto. Afora isso, não teve maiores problemas. (-*??)Josimar — Sem ter a quem marcar (não havia nin-guém do Flamengo pela esquerda), foi várias vezes àfrente, em jogadas de alta velocidade. Em algumasocasiões o bandeirinha marcou impedimentos e emoutras ele errou sozinho. (??)Abel — Esteve absoluto na área. Ganhou todas asdisputas e teve tranqüilidade suficiente para orientarseus companheiros. (?**?)Osvaldo — Não teve maiores trabalhos com o confusoataque do Flamengo. Aparecia sempre bem nas joga-das, tanto nas antecipações, quanto nas bolas peloalto. Deu também boa cobertura a Marco Antônio.Ainda no primeiro tempo torceu o joelho e o tornoze-lo, tendo que deixar o campo <??*). Em seu lugarentrou Cristiano. que esteve também absoluto nasdisputadas de bola. (•*???)Marco Antônio — Mostrou categoria em alguns lan-ces e sua experiência serviu para tranqüilizar oscompanheiros e esfriar a partida. Poderia ir um poucomais à frente, mas sua participação foi muito boa napartida. (??+•?!Ademir — Posicionou-se de forma magnífica no cam-po, dando o primeiro combate com apücaçào e nosmomentos certos. Atuou com seriedade, garra e dis-posição, não se descuidando em nenhum momento.(????)Demetrio — Outro que brilhou no meio-de-campo.Realizou excelentes jogadas e quando foi à frentelevou sempre perigo. Sua atuação poderia ser aindamais brilhante se aproveitasse o passe de Nunes emarcasse o segundo gol, ainda no primeiro tempo

Berg — O maior destaque da partida. Aquele quedesequilibrou com sua perfeita colocação suas arran-cadas e seus passes precisos. Marcou o terceiro gol eparticipou decisivamente no lance do segundo, carre-gando a bola desde o seu campo e tocando cominteligência para Geraldo completar. Saiu contundi-do na metade do segundo tempo. (?????) Em seulugar entrou Lupercínio, que realizou duas jogadasde perigo (*¦*•*)Nunes — Não fez gol, mas sua atuação foi destacada.Participou do lance do terceiro e deu muito trabalhoà defesa do Flamengo. Marcou um gol mal anuladopelo juiz e criou excelentes jogadas na área (????)Jérson — Finalmente, uma boa atuação. Lutou os 90minutos com uma garra impressionante. Com a saídade Berg. ele caiu mais para o meio e manteve a defesabem fechada, não dando nenhum espaço aos jogado-res do Flamengo (???)

Raul — Não teve culpa nos gols. No primeiro, estavano lance, mas foi traído pelo toque de Marinho. Nosegundo, Geraldo chutou no seu contrapé, e noterceiro, Berg penetrou sozinho. Na verdade, livrou oFlamengo de uma derrota ainda mais desastrosa

Leandro — Correu muito e nada mais. Errou muitospasses e avançou de forma demasiada, deixando seusetor desprotegido. Na metade do segundo tempo, foideslocado para o meio, mas quando isso aconteceunão restava mais nada ao Flamengo (?)Marinho — Levou desvantagens com Nunes, como nolance do segundo gol, quando permitiu que o atacan-te ganhasse o lance pelo alto para Berg penetrar livree tocar para Geraldo fazer o segundo gol. Parecialento e apático, talvez pelo gol contra que marcou. (?)Mozer — No mesmo nível do companheiro de área. Noprimeiro gol, perdeu a disputa de bola para Geraldo,num lance em que normalmente, pelo seu maiorporte, levaria vantagem com tranqüilidade. Não con-seguiu realizar a função de libero, esquematizadapelo treinador. Esteve muito mal (?)Júnior — Deu espaço para Geraldo e se deu mal.Ainda assim era o mais lúcido do Flamengo. Náoperdeu a tranqüilidade, mas tudo o que tentava nãoera completado por seus companheiros. (??)Andrade — Inteiramente perdido no confuso esque-ma do Flamengo. No seu setor havia muita gente,mas de nada valeu sua habilidade, pois perdia todasas disputas de bola. (?)Elder — Entrou com a missão de marcar Berg. Noinício até que desempenhou seu papel mas aos pou-cos foi sendo envolvido e não teve pernas paraacompanhar a movimentação do jogador do Botafo-go. Além disso, errou muitos passes e acabou substi-tuído (?). Em seu lugar entrou Baltasar, que deu ummelhor padrão de jogo ao Flamengo, mas poucoconseguiu. (?)Adilio — Sem espaços, já que o meio estava conges-tionado, foi inteiramente envolvido. Poderia buscarum melhor posicionamento, caindo para as pontas,onde não havia ninguém. (*)Gilmar — A camisa 10 talvez lhe tenha pesado muito.Foi uma. figura apática, sem imaginação e facilmentemarcável. Poderia ter saído no intervalo, mas CarlosAlberto insistiu um pouco mais. sem qualquer suces-so sucesso, (?) Deu lugar a Carlos Alberto, quemostrou mais serenidade que os demais jogadores eainda foi à frente várias vezes. Com a sua entrada,Leandro foi para o meio. (??)Lieo — Não conseguiu nada. Foi facilmente marcadoe não criou qualquer jogada de ataque. Conseguiu umdos únicos chutes perigosos a gol, mas a bola foi parafora. (?)Robertinho — Como centroavante esteve inteiramen-te perdido, não ganhando nenhuma disputa comAbel. Ao passar para a ponta, pouco restava, já que oFlamengo estava irremediavelmente derrotado. (?)

COTAÇÕES ????? EXCELENTE ???* MUITO BOM ???BOM ?? REGULAR * RUIM Depois, Geraldo e Berg (fundo) comemoram

JORNAL DO BRASIL

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Antonio Maria Filho

BOTAFOGO 3X0 FLAMENGOLocal. MaracanãRonda: Cr$ 65 milhões 071 mil 400Público.- 71 mil 305Juiz: José Roberto WrightBotafogo: Paulo Sérgio, Josimar, Abel, Osvaldo (Crisiiano) i>Marco Antônio; Adefriir, Demétrio e Berg (Lupercínio); Geral-do, Nunes e Jérson.Técnico: Sebastião LeônidasFlamengo: Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andra-de, Adilio, Elder (Baltasar) e Gilmar (Carlos Alberto); Roberti-nho e Lico.Técnico: Carlos Alberto TorresGols: no primeiro tempo, Marinho, contra (aos 37 minutos);no segundo, Geraldo (15) e Berg (16).

Uma exibição como nos velhos tempos.A equipe do Botafogo foi superior em téciii-ca, em garra, em aplicação tática, em cora-gem e sua vitória sobre o Flamengo por 3 a 0(com olé e tudo) acabou sendo muito poucopelo que criou em termos de chances e deespetáculo visual. Foi um time arrebatador.

Seu adversário, o Flamengo, deu pena.Entrou em campo inteiramente desarruma-do, perdido e sem qualquer imaginação. Nãoameaçou o Botafogo em nenhum momento ese expôs demasiadamente, sofrendo a todoinstante contra-ataques perigosos e mortais.Se Raul não estivesse num bom dia, o placarteria sido superior. Sua equipe não tem maisqualquer possibilidade de vencer a TaçaGuanabara.

Sua torcida parecia prever a vitória eesteve representado em maior número que ado Flamengo. A partir do segundo gol —marcado por Geraldo — iniciou-se o carnavalnas arquibancadas. No minuto seguinte,com o gol de Berg, a festa foi ainda maiscontagiante. E aos gritos de "Zico, Zico,Zico" ela ironizava a do Flamengo, que dei-xava o estádio derrotada e revoltada com opresidente Dunshee de Abranches e com otime.

Tática antigaTudo foi bem parecido como na época de

Gérson, Jairzinho, Roberto. O Flamengo pa-recia que dominava o jogo, atacava em mas-sa, mas todas as vezes em que o Botafogoiniciava um contra-ataque era um Deus nosacuda: ficavam três ou quatro jogadorescontra apenas dois.

Só que desta vez foi ainda mais fácil,porque o Flamengo de ontem náo mostrounada. Ninguém caía pelas pontas, seus joga-dores se concentravam no meio do campo eeram desarmados e contidos com facilidadepelos do Botafogo.

Nos minutos iniciais, o Botafogo encon-trou alguma dificuldade porque sua equipeparecia nervosa e errava os passes paraGeraldo e Nunes. Mas quando percebeu queo Flamengo não merecia tantos cuidados,ela se soltou e exibiu um futebol consciente.

Ao contrário do Flamengo, que não cria-va nada, o Botafogo a todo instante faziauma boa jogada. Nunes teve duas excelentesoportunidades para marcar, nas quais Raulfechou bem o ângulo e defendeu. O primeirogol aconteceu aos 37 minutos do primeirotempo, num lance em que Geraldo ganhouuma dividida com Mozer e cruzou para área,onde estavam Nunes e Marinho. Na ânsia desalvar, o zagueiro do Flamengo esticou aperna e tocou para a rede, num lance em queRaul estava na jogada.

Pouco depois, outra grande chance doBotafogo: Demétrio tocou para Nunes, que,de calcanhar, devolveu-lhe na medicla. Oapoiador sozinho, chutou por cima, numajogada em que Raul já estava inteiramentebatido.

No segundo tempo, o panorama quasenão se modificou. E as coisas ficaram aindamais fáceis para o Botafogo, que continuouexplorando os erros do Flamengo. E logo aos15 minutos ampliou sua vantagem: foi umabonita arrancada de Berg, que tocou paraGeraldo marcar. Um minuto depois foi a vezde Berg, que roubou a bola de Marinho,correu em velocidade e chutou violento, decanhota.

Outras chances surgiram para o Botafo-go. Enquanto isso, o Flamengo, inteiramenteperdido, assistia ao olé, à troca de passes e àsarrancadas de Geraldo, Nunes e Lupercínio.

Carlos Alberto tirou Élder no intervalo,colocando Baltasar, e depois trocou Gilmarpor Carlos Alberto, indo este para a lateralpara que Leandro fosse para o ataque. Aequipe ficou mais equilibrada, mas de nadaadiantaram tantas mudanças: elas vieramtarde, quando o resultado já estava decidido.

. Mais Botafogo x Flamengonas páginas 7 e 8

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Basquete não sabe nada dos EUAEloir Macivl o Fernando Paulino Neto

Caracas — O técnico Renato BritoCunha nao tem informações alguma sobre otime dos Estados Unidos, adversário do Bra-sil, amanha. Ele pretende ver hoje EstadosUnidos x México, para ter uma idéia do que oBrasil terá pela frente na sua primeira parti-cipação no basquete do Pan-Americano.

Brito Cunha recebeu informações dosporto-riquenhos de que o time americanotem um poder de marcação ofensiva muitogrande, mas o treinador brasileiro não acre-dita, simplesmente porque eles não tiveramtanto tempo para treinar, pois a preparaçãocomeçou a pouco tempo, com alguns amisto-sos contra a Seleção da República Domini-cana, que deverá surpreender muita gente.- Outro dia soube que os americanosvenceram os dominicanos por uma diferençade 10 pontos (07 a 87). É a única coisa que seideles. Mas os times americanos são semprefortes. O Brasil está se preparando commuita dificuldade, pois aqiü na Vila nunca sesabe se o treino irá mesmo acontecer. O timedos Estados Unidos está treinando fora da-qui, justamente por isso.

Brito Cunha fez uma comparação rápidaentre Brasil e Estados Unidos, chegando àconclusão de que nenhum dirigente brasilei-ro permitiria que ele chegasse à Vila com aequipe de basquete no dia do inicio da com-petição, como estão fazendo os americanos.Ele já definiu o time com Marquinhos, Israel,Adilson, Mareei e Nilo, deixando bem claroque o fato de um jogador começar umapartida não quer dizer que ele seja titular. OBrasil joga contra os Estados Unidos e do-mingo contra o México.

Feminino

Somente anteontem, o técnico AntonioCarlos Barbosa fez um treino com bola, oprimeiro depois do Mundial de Basquete,encerrado há quase duas semanas. Foi umtreinamento de contra-ataques, com quepretende iniciar com uma vitória sua partici-paçáo no Pan, contra Porto Rico, na quarta-feira.

Ontem, a delegação brasileira voltou aacordar cedo e por volta das 8h30min estavapegando o ônibus, junto com a masculinapara realizar um treinamento em um ginásiopróximo à vila olimpica, que foi feito acercade meio-dia.

Barbosa acha que "está tudo bem" comsua equipe e não há problemas para estréiade quarta-feira quando, mais uma vez, vaibasear a sua escalação na armadora Paula ena levantadora Hortència que está bem me-lhor da gripe e já treinou normalmente on-tem. com todas as brasileiras.

A equipe fez ontem exame de feminili-dade.

ESGRIMA

Enquanto esperava a hora de treinar, a ala Hortència fez amizade com um jogadó7 ^'heSdda equipe canadense

EUA dominam

em medalhas

Os Estados Unidos são o país que acumu-lou o maior número de medalhas durante osoito Jogos Pan-Americanos disputados atéagora: têm um total de 1 mil 682 medalhas(822 de ouro), que excede o triplo do segundocolocado, o Canadá, com 541. Em terceiroaparece Cuba, com 497, mas que supera oCanadá em medalhas de ouro: 174 contra 99O Brasil é o sexto da lista, com 263, atrásainda de Argentina (408) e México (341).

Lazaroto entra no

torneio de florlteA esgrima ja disputa hoje a primeira medalha,em florete individual masculino, e o Brasil terá umrepresentante, Roberto Lazaroto. sexto colocadono último Sul-Americano, mas se dizendo, agora,muito melhor em forma para chegar entre os três

primeiros colocados.Treinei ontem com os argentinos — disseLazaroto — um dos favoritos, e vi que estoufazendo tudo certinho. Estou com a cabeça nolugar, o que não aconteceu 110 Sul-Americano.Para mim, os favoritos são os cubanos, os argenti-nos e os venezuelanos. Os norte-americanos eunão conheço.

A competição de esgrima tem uma fase elimi-natória com grupos e seis atletas, de onde seclassificam os três primeiros, depois de jogaremtodos contra todos. A partir daí, serão disputadasas semifinais e finais.

BEISEBOL

Sato acredita numa

boa estréia da equipe

Para quem não participa de um Pan-Americano há 20 anos, o último foi em 63, em SãoPaulo, até que a equipe brasileira de beisebol estáanimada com a possibilidade de conquistar umamedalha. Mas para isso, terá que derrotar hoje aforte equipe de Porto Rico. Os brasileiros achammuito difícil derrotar os cubanos e os norte-americanos.

Para o técnico Mitsuyoski Sato, a tarefa édifícil, mas não impossível:O beisebol no Brasil tem tido uma grandeevolução e, agora, temos condições de disputar deigual para igual com os melhores.

A equipe porto-riquenha já conquistou trêsmedalhas pan-americanas, uma de prata em 59 emChicago, e duas de bronze, em 67 em Winnipeg, eem 79, em San Juan. Os nove brasileiros quecomeçam a partida sáo Nakahorin, Nakamura,Akyiama, Murkoga, Kawakami, Koshino, Watana-be, Akijama e Asegawa. Os jogadores são todos deSão Paulo e Paraná, mas estáo radicados em SáoPaulo.

Pradinho treinou e ficou mais tranqüilo quando soube que mudará de alijamento

Pradinho critica dirigentesMesmo depois de saber que os

dirigentes da natação estão ten-tando arrumar hospedagem noCentro de Caracas para os atle-tas que tenham que disputar eli-minatórias e finais no mesmodia, a exemplo de norte-americanos e canadenses, o re-cordista mundial dos 400 metrosmedley, o brasileiro Ricardo Pra-do, não perdeu o mau humor éafirmou:

— Eles (referindo-se aos diri-gentes brasileiros) querem recor-des mundiais, mas nos dão con-dições e estrutura a nivel deJEB's (jogos estudantis).

Irritado, pois ontem maisuma vez teve dificuldades pararealizar o seu treinamento, Pra-

do disse estar aborrecido, porquese esforça o ano inteiro em umpaís estrangeiro para na hora dacompetição tudo se perder porfalta de estrutura.

Enquanto Prado só se acal-mava ao conversar com os nada-dores norte-americanos, Feman-do Gomes, chefe de equipe, disseestar tudo arranjado entre oCOB e a delegação de nataçãopara que os atletas que foremdisputar as finais não precisemdeslocar-se para a Vila Olímpica,o que acarretaria um desgastemuito grande, com quatro horasde viagem de ônibus em um sódia.

— Nós vamos colocá-los emquartos de hotéis no Centro dacidade. Acho que não teremos

problemas, pois nunca serãomais de três ou quatro nadado-res por dia.

Goes afirmou que armar o es-quema não foi tão fácil assim.

— O Richer negou duas ve-zes, mas, quando nós falamos nafrente do Major Padilha, tudoficou mais fácil, pois o presidentedo COB disse que achava meiodifícil mesmo o esquema da na-tação.

Ele só anunciou isso depoisque soube que o Major Padilhatinha antecipado a decisão an-teontem à noite durante o coque-tel dado pela equipe norte-americana, no Hotel Caracas Hil-ton. e lembrou que nenhum atle-ta deixará de dormir na VilaOlimpica.

PAIS OUROPRATA BRONZE TOTALEstados Unidos 822 535 325 1.682Canada 99 187 255 541Cuba 174 183 140 497Argentina 141 139 128 408Mexico 55 85 201 341Brasi 67 89 107 263Chile 21 39 52 1 12Venezuela 10 34 48 92Porto Rico 24 35 64Colombia 11 19 32 62Jamaica 16 25 47Uruguai 11 24 40Peru 13 20 36Panama 13 19 34Trinidad-Tobago 11 25Rep. Dominicana 17 24Ant. Holandesos 9 18Equador 8 14Guiana 6 11Guatemala 4 ' 8Barbados 4 6Bahamas 15Haiti 11Bermudas 1111 has Virgens 12El Salvador 2 2Costa Rica 10 1Nicaragua 1 1Belize 11

Totais 1.437 1.425 1.497 4.341

BRASIL

Ouro Prata Bonze Ano Total15 11 1951 31

12 1955 171959 22

15 20 19 1963 5411 10 1967 26

14 1971 3013 23 1975 4412 17 1979 38

Totais 67 88 14 263

TODO FWJUSTA AMA A CIDADE

E todos os mineiros, todososgaúchos, to-dos os baianos, até mesmo todos os cari-ocas que vivem e trabalham em São Pau-lo. Porque a Rádio Cidade prova todos osdias, alto e bom som, que bom-humor,alegria, e descontra-

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Etodososmineiros,todososgauchos,to-dos os baianos, ate mesmo todos os can- r1ocasquevivemetrabalhamemSaoPau- |^H«a> (J pi lo.Porque a Radio Cidadeprova todos os

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Basquete não sabe nada dos EUAEloir Maciel r Fernando Paulino Neto

Caracas — O técnico Renato BritoCunha não tem informações alguma sobre otime dos Estados Unidos, adversário do Bra-sll, amanhã. Ele pretende ver hoje EstadosUnidos x México, para ter uma idéia do que oBrasil terá pela frente na sua primeira parti-cipaçáo no basquete do Pan-Americano.

Brito Cunha recebeu informações dosporto-riquenhos de que o time americanotem um poder de marcação ofensiva muitogrande, mas o treinador brasileiro não acre-dita, simplesmente porque eles não tiveramtanto tempo para treinar, pois a preparaçãocomeçou a pouco tempo, com alguns amisto-sos contra a Seleção da República Domini-cana, que deverá surpreender muita gente.— Outro dia soube que os americanosvenceram os dominicanos por uma diferençade 10 pontos (97 a 87). É a única coisa que seideles. Mas os times americanos são semprefortes. O Brasil está se preparando commuita dificuldade, pois aqui na Vila nunca sesabe se o treino irá mesmo acontecer. O timedos Estados Unidos está treinando fora da-qui, justamente por isso.

Brito Cunha fez uma comparação rápidaentre Brasil e Estados Unidos, chegando àconclusão de que nenhum dirigente brasilei-ro permitiria que ele chegasse à Vila com aequipe de basquete no dia do inicio da com-petição, como estão fazendo os americanos.Ele já definiu o time com Marquinhos, Israel,Adilson, Mareei e Nilo, deixando bem claroque o fato de um jogador começar umapartida não quer dizer que ele seja titular. OBrasil joga contra os Estados Unidos e do-mingo contra o México.

Feminino

Somente anteontem, o técnico AntonioCarlos Barbosa fez um treino com bola, oprimeiro depois do Mundial de Basquete,encerrado há quase duas semanas. Foi umtreinamento de contra-ataques, com quepretende iniciar com uma vitória sua partici-pação no Pan, contra Porto Rico, na quarta-feira.

Ontem, a delegação brasileira voltou aacordar cedo e por volta das 8h30min estavapegando o ônibus, junto com a masculinapara realizar um treinamento em um ginásiopróximo à vila olímpica, que foi feito acercade meio-dia.

Barbosa acha que "está tudo bem" comsua equipe e não há problemas para estréiade quarta-feira quando, mais uma vez, vaibasear a sua escalação na armadora Paula ena levantadora Horténcia que está bem me-lhor da gripe e já treinou normalmente on-tem, com todas as brasileiras.

A equipe fez ontem exame de feminili-dade.

esgrÍma

¦ Lazaroto entra no

torneio de floreteA esgrima já disputa hoje a primeira medalha,

em florete individual masculino, e o Brasil terá umrepresentante, Roberto Lazaroto, sexto colocadono último Sul-Americano, mas se dizendo, agora,muito melhor em forma para chegar entre os trêsprimeiros colocados.

— Treinei ontem com os argentinos — disseLazaroto — um dos favoritos, e vi que estoufazendo tudo certinho. Estou com a cabeça nolugar, o que não aconteceu no Sul-Americano.Para mim, os favoritos são os cubanos, os argenti-nos e os venezuelanos. Os norte-americanos eunão conheço.

A competição de esgrima tem úma fase elimi-natória com grupos e seis atletas, de onde seclassificam os três primeiros, depois de jogaremtodos contra todos. A partir dai, serão disputadasas semifinais e finais.

BEISEBOL

Saio acredita numa

boa estréia da equipePara quem não participa de um Pan-Americano há 20 anos, o último foi em 63, em SãoPaulo, até que a equipe brasileira de beisebol estáanimada com a possibilidade de conquistar umamedalha. Mas para isso, terá que derrotar hoje aforte equipe de Porto Rico. Os brasileiros achammuito difícil derrotar os cubanos e os norte-americanos.Para o técnico Mitsuyoski Sato, a tarefa édifícil, mas não impossível:— O beisebol no Brasil tem tido uma grandeevolução e, agora, temos condições de disputar deigual para igual com os melhores.A equipe porto-riquenha jã conquistou trêsmedalhas pan-americanas, uma de prata em 59 emChicago, e duas de bronze, em 67 em Winnipeg, eem 79, em San Juan. Os nove brasileiros quecomeçam a partida são Nakahorin, Nakamura,Akyiama, Murkoga, Kawakami, Koshino, Watana-be, Akijama e Asegawa. Os jogadores são todos deSão Paulo e Paraná, mas estão radicados em SãoPaulo.

Enquanto esperava a hora de treinar, a ala Hortêrwia fez amizade. um. jogador de beisebol da equipe canadense

EUA dominam

em medalhas

Os Estados Unidos são o país que acumu-lou o maior número de medalhas durante os'oito Jogos Pan-Americanos disputados atéagora: têm um total de 1 mil 682 medalhas(822 de ouro), que excede o triplo do segundocolocado, o Canadá, com 541. Em terceiroaparece Cuba, com 497, mas que supera oCanadá em medalhas de ouro: 174 contra 99.O Brasil é o sexto da lista, com 263, atrásainda de Argentina (408) e México (341).

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Os cubanos são considerados adversários difíceis, pelos brasileiros, no judô

JEndô luta por duas medalhas

As competições dos 9° Jogos Pan-Americanos começam hoje e o Brasilparticipa em seis delas, duas dasquais com chance de conquistar suasprimeiras medalhas. No judô, tanto ocampeão mundial júnior da catego-ria meio-pesado, Aurélio Miguel, co-mo o pesado Frederico Flexa estãomuito bem cotados para vencer suascategorias. No tiro, Sílvio Aguiar eDurval Guimarães esperam poderdominar a arma pistola livre e vencera prova.

Nas duas competições, os brasilei-ros tèm como principais adversáriosamericanos, cubanos e canadenses, oque sera uma constância em todos osesportes em que o Brasil tem chancede medalha.

Depois que souber como foi o sor-teio da fase eliminatória, o técnicoGeraldo Bernardes irá instruir Fre-derico Flexa e Aurélio para a compe-tição, procurando dar aos dois o má-ximo de confiança, para que tentem

golpes no momento exato, a fim denão permitir que o adversário façauso com muita facilidade, principiobásico do judô, que é usar a força doadversário contra ele proprio.— Tanto o Flexa como o Auréliosão muitos tranqüilos, mas temosque o,rientar o máximo que a gentepode, pois de fora a gente vê bemmais. Não se acrescenta muito a doisatletas da categoria deles, mas pode-se ajudá-los a conquistar uma me-dalha.

Geraldo Bernardes está tâo tran-qüilo quanto os dois lutadores, queontem pela manhã saíram para umtreino de desintoxicação e voltaramrapidamente para a Vila, para parti-cipar do desfile. Se depender apenasde confiança em seus golpes, Flexa eAurélio saem hoje à noite do tatamecom as medalhas de ouro, pois vãolutar o máximo possível para isso.

No feminino, Soraia André e Cris-tina Krucheysky, respectivamente

pesado e meio-pésado. também tèmchance, mas bem reduzidas, pois ve-nezuelanas e cubanas são fortes nes-sas categorias.

Apesar de se sentirem prejudica-dos ontem pelo fato de nao terem idodisputar uma prova aberta organiza-da pela Federação de Tiro da Vene-zuela, Silvio Aguiar resolveu ir trei-nar num estande próximo a Vila.apenas para não perder o dia. cornoexplicou pela manhã. Ele acordoucedo com o restante do grupo, masnão pôde seguir para a prova abertapor falta de ônibus.

O ambiente no tiro e de purootimismo, com todos os outros atira-dores confirmando o favoritismo deSílvio e Durval Guimarães na provade pistola livre. Márcia Muxagatoparticipa com alguma chance em ca-rabina de ar, procurando melhorarainda mais sua marca para os 400pontos, pois tem 377. Acredita quepossa disputar uma medalha hoje.

PAIS OUROPRATA BRONZE TOTALEstodos Unidos 822 535 325 1.682Canada 99 187 255 541Cuba 174 183 140 497Argentina 141 139 128 408Mexico 55 85 201 341Brasil 67 89 107 263Chile 21 39 52 112Venezuela 10 34 48 92Porto Rico 24 35 64Colombia 11 19 32 62Jamaica 16 25 47Uruguai 11 24 40Peru 13 20 36Panama 13 19 34Trinidad-Tobago II 25Rep. Dominicana 17 24Ant. Holandesas 9 18Equador 8 14Guiana 6 11Guatemala 4 8Barbados 4 6Bahamas 15Haiti 11Bermudas 1 111 has Virgens 12El Salvador 2 2Costa Rica 10 1Nicaragua 11Belize 11

Totais 1.437 1.425 1.497 4.341

BRASIL

Ouro Prata Bonze Ano Total15 11 1951 31

12 1955 171959 22

15 20 19 1963 5411 10 1967 26

14 1971 3013 23 1975 4412 17 1979 38

Totais 67 89 107 263

TOOO PAULISTA AMA ACIDADs

E todos os mineiros, todososgaúchos, to-dos os baianos, até mesmo todos os cari-ocas que vivem e trabalham em São Pau-lo. Porque a Rádio Cidade prova todos osdias, alto e bom som, que bom-humor,alegria, e descontra-

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Regina UcIhxi vence o bloqueio no jífgò-t reino cm que as brasileiras venceram as cunaílcnses de 3 a I)

Futebol faz jogo

decisivo logo na estréia

Caracas — A Seleção Brasileira defutebol estréia contra a da Argentinahojo e praticamente decide a sua sortenos í)" Jogos Pan-Americanos: se ven-cer, tem grandes possibilidades de seclassificar para a disputa da medalhade ouro, porque o outro adversário deseu grupo, o B, é o México. E o vencedordo grupo B estará automaticamente nafinal do torneio de futebol, enquanto osdos grupos A e C serão obrigados afazer outro jogo para decidir quem luta-rã pela medalha de ouro. O jogo começaàs 19 horas — de Brasília — com Safos-missão direta pela TV Record. Canal 9.

Na opinião do técnico Gilson Nu-nes, a mudança feita às vésperas daestréia — o Brasil iria enfrentar EstadosUnidos e Bermudas nas eliminatórias— não influirá na campanha da equipe:

É claro que não. Pois quem vema uma competição como esta com opropósito de ser campeão tem mesmoque enfrentar os mais fortes. E a Argen-tina. que foi à final contra o Brasil,Mundial de Juniores do México, é umadas forças no torneio de futebol. Sepassarmos por ela, estaremos com meiocaminho andado para conquistar a me-dalha de ouro, embora não estejamossubestimando o México, o outro adver-sario do grupo.

O time para hoje está escalado comHugo. Heitor, Everaldo, Guto e Jorgi-nho: Dunga, Edson e Neto; Mauricinho,Marcus Vinícius e Paulinho.

O treino

Depois de uma longa espera, a equi-pe de futebol acabou indo treinar noErigido Iriarte, local do jogo contra aArgentina. Foi uma movimentação rá-pida e o preparador físico Ismael Kurtzgostou do estado geral do time.

A única coisa que o preparadorfísico Ismael Kurtz lamentou foi a faltade jogo que o time do Brasil tem. En-frentar logo o principal adversário noinicio é ruim, segundo ele, porque otime ainda não estará no ritmo dedisputa. Mas. de modo geral, considerao Brasil muito bem preparado, podemdo realmente vencer a Argentina maisuma vez, como fez na final do Sul-Americano e depois do Mundial do Mé-xico.

Essa partida é uma faca de doisgumes. Se a gente vencer, garantimos amedalha de prata, com grande chancesde conseguir a de ouro. Se perder, esta-mos fora. Pegar logo a Argentina noinício so é ruim, porque o time aindanão está "embalado". Mas fisicamentenão naverá problema porque o grupoestá muito bem.

A chama acesa e

o sonho realizadoQuando, exatamente ás 17h'29min

(18h29min no Rio) a chama olímpica foiacesa no Estádio Simon Bolívar, o sonho detodas as pessoas que lotavam as arquiban-eadas e viam a .transmissão pela teve serealizava. A Venezuela, finalmente, começa-va a realizar os 9° Jogos Pan-Americanos.

A festa náo foi perfeita. Houve falhas,mas nada disso importou para o publicoque, alias, nem notou a falta das letras V e A,primeira e ultima de seu pais na bandeira dopainel humano que mudava de acordo comicada delegação que entrava para o desfile!

Nem tampouco viu as falhas do placareletrônico ou do narrador da festa. Pelocontrario, so fez aplaudir entusiasticamentetodos os seus atletas.

O calor estava forte demais e váriaspessoas passaram mal. principalmente asmadrinhas das delegações, que tiveram quese retirar as pressas do estádio.

Quem mais agradou no desfile foi a ex-Miss Universo, em 82. a venezuelana IreneSaez. a rainha dos Jogos, que abriu o desfile.As delegações mais aplaudidas, pela ordem,foram dos Estados Unidos. Cuba e Brasil,que apareceu liderada por Ricardo Prado, oporta-bandeira. Depois, como o forte calor,alguns tiravam o paletó e chegaram até asentar no gramado, no que foram acompa-nhados por outras delegações.

Mas nem só de aplausos foi feita a festa.O presidente do Comitê Olímpico Venezuela-no, Jesus Chirinos foi vaiado duas vezes,quando teve seu nome citado.

O presidente do país. Luís Herrera Cam-pins foi demoradamente aplaudido quandoanunciou solenemente abertos os nonos Jo-Jos Pan-americanos. Ao final, uma surpresa'para os brasileiros. Enquanto o painel hu-mano fazias desenhos, a maioria deles alusi-vos a Simon Bolívar, o libertador nacional,em seu segundo centenário de nascimento,soou nos alto-falantes do estádio a musicaCidade Maravilhosa.

1° DIA

O recordista mundial mcardo Prado abriu o desfde do llrasil

Basquete18 — República Dominicana x Cuba (ho-niens)2()h — Canadá x Porto Rico (homens)22h — Estados Unidos x México (homens)

Beisebol13h — República Dominicana x EstadosUnidos15h — Canadá x Nicarágua17h — Cuba x Antilhas Holandesas17h — Brasil x Porto Rico20h30niin — Venezuela x Colômbia

Ksgrima9h30min — Florete inclivual (homens)

Futebol11 h — Guatemala x Estados Unidos17h — Cuba x Chile19h — Brasil x Argentina21h — Venezuela x Uruguai

Halterofiliship52 quilos, eliminatórias e finais56 quilos, eliminatórias e finais

HipismoAdestramento (equipes)

Hóquei(eliminatória)

Argentina x Chileíõhüóniin — Trinidad Tobaco x Harhados17h;50inin — Canada x Estados Unidos

,1 udõ12hl5min — categorias pesado e meio-pesado (homens e mulheres)18h — finais

SoftbolHomens

llli — República Dominicana x Canadá15li — Estados Unidos x Holanda17b — Cuba x Argentina19b — Bahamas x Panamá21b — Venezuela x Ilhas Virgens

Mu lheres11b — Anlilhas Holandesas x Canadá16b — Porto Rico x listados Unidos18b — Porto Rico x Canada20b — Venezuela x Antilhas Holandesas

TênisEliminatoi ias

l()b — Simples (homens e mulheres)Tiro

lOh — Pistola livre (homens), finalCaifábina de ar (mulheres), finalSkeet (final)

16b21b

10b

Vôlei treina

com o

CanadáO técnico Enici Figueiredo teve

muita sorte e conseguiu o ônibusrapidamente para levar a equipe devôlei feminino á Universidade Si-mão Bolívar, onde acabou realizamdo um excelente treino contra aSeleção do Canadá. O Brasil ven-ceu por 3 a ü, mas o treinador naoficou muito satisfeito com o rendi-mento do time, embora tenha feitoinúmeras substituições, colocandopraticamente uma formação paracada set.

Ficou evidente que ele náo querdefinir ainda o time titular, paraforçar as jogadoras a se empenha-rem o máximo nos treinamentos. ASeleção começou com Jacquêline,Regina Uchoa, Dulce, Vera Mossa,Rita e Fernanda, e terminou comIsabel, Heloísa, Jacqueline, Adria-ne, Marta e Regina Uchoa. Os par-ciais foram de 15 5, 15 8 e 15 13,apesar de o time do Canadá terlutado bastante para, pelo menos,vencer um set, o que nao foi pos-sivel.

ConviteO técnico do Canadá. Lorne Sa-

wula, arquitetou um bom plano pa-ra conseguir que suas jogadorasenfrentassem as do Brasil, pois fi-cou encantado com as jogadas queviu as brasileiras realizarem duran-te a Universiade, onde ficaram coma medalha de ouro. Sawula acordousuas jogadoras bem cedo, tomoucale e ficou na porta do refeitório,marcando os passos das brasileiras,esperando uma oportunidade parafazer o convite.

Assim que as brasileiras saíramdo refeitorio. começou o namoro dotécnico canadense, que so criou co-ragem de fazer a abordagem noestacionamento, fora da Vila, quan-do ele percebeu que o time do Bra-sil estava entrando num pequenoônibus. Perguntou ao preparadorfísico José Inácio se o Brasil iriatreinar na Universidade Simâo Bo-lívár e, diante da resposta afirmati-va, disse que também estava sedirigindo pra la com sua equipe.

O convite veio em seguintía e foirapidamente aceito por Enio. queconsidera o time do Canadá, quartona universiade, atrás de Brasil. Chi-na e Japão, bastante ofensivo, convalgumas jogadoras de alto níveltécnico.

O BRASIL HOJEBeisebol

Faz sua estréia contra PortoRico, no Estádio Paio Verde.

EsgrimaRoberto Lazzarini joga as elimi-natóriãs do florete individual,pela manha. Se conseguir a"'•Jassificação, joga as finais a

Futebol:-.asü e Argentina fazem a ter-ceira partida do programa dehoje. No Bngiclo Iriarte.

J udòO campeao mundial AurélioMiguel, meio-pesado, e Frederi-co Flexa, pesado, tem chancesde conquistar medalhas hojepara o Brasil, mesma condiçãode Soraia André (pesada) eCristina Krucheysky (meio-pesado).

TênisValter Taurisano Marco Barre-to e Silvana Campos LucianaCorsaeo jogam a primeira roda-da da eliminatória, no AltamiraTênis Clube.

TiroSilvio Aguiar, Durval Guima-rães e Wilson Seheidomantelparticipam da prova de pistolalivre, com chance de medalhaindividual e por equipe. MareiaMuxagato participa em carabi-na de ar (sua melhor marca é377 pontos em 400 possíveis).As eliminatórias começam aslOh ide Brasília) com finais emseguida.

JORNAL DO BRASIL PAN-AMERICANO segunda-feira, 15/8/83 O ESPORTES n 3

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vencem corridaCom o tempo de Ilmin37s06, João da

Matta foi o vencedor da Corrida do Dia dosPais. disputada ontem no Condominio NovaIpanema, com a participação de 300 corredo-res. O segundo colocado foi José Baltar, quecompletou a prova em 12minl3s02, seguidode Fábio Vladimir, com 12min35s06.

Na categoria geral feminina a vencedorafoi Dalvirene Paiva, que cruzou a linha dechegada em 12min25s03. A prova, com opercurso de 4,150 quilômetros, movimentouo Condomínio, onde diversas crianças tor-ciam para os pais das janelas e calçadas doprédio. João da Matta disse que foi surpreen-dido pelo tipo de percurso, cheio de curvas eretas:

Pensei que ia correr numa reta. Mas,como cheguei cedo, pude percorré-lo antesda largada e até que gostei, porque deu umaspecto diferente a prova.

O corredor está na fase final dos treina-mentos para a Maratona de Nova Iorque,que será disputada em outubro. Na IV Mara-tona BRADESCO/JORNAL DO BRASIL foio segundo brasileiro a cruzar a linha dechegada, perdendo apenas para PalmirenoBenjamim Campos:Fiquei doente 10 dias antes ria IVMaratona e isso me prejudicou muito. Mas aatuação do Palmireno foi muito boa. Agoraestou pensando na de Nova Iorque e hojefiquei muito contente por ter vencido estaprova e gostaria de dedicar esta vitoria atodos os pais que correram.

José Baltar, que foi o vencedor da IICorrida Rústica do Estúdio 13, realizadasábado, chegou a correr quase a metade dopercurso na frente de João da Matta, masacabou sendo ultrapassado, quando quaseerrou a virada:

Forcei muito na prova de ontem e,quando o João da Matta me ultrapassou,fiquei fim pouco desestimulado. Competircom ele nao é fácil.

Um dos destaques desta corrida foi apresença do ex-jogador de futebol, Doval,que se classificou em segundo lugar na cate-goria de 40 e 44 anos. Alem de praticarfutevòlei na praia, Doval está correndo qua-se todos os dias nas Paineiras. Exibindo amedalha de 2° lugar, Doval bricou com osamigos:Baltar e Joáo da Matta que secuidem. Estou muito bom de corrida.

A corrida do Dia dos Pais foi patrocina-da pelo Carrefour/Rio, com o apoio da AguaMineral Natural Petropolis, Clinica Rescue.A organização técnica é de VIVA — Promo-çòes Esportivas.

Maristela torceu pelo pai, Mormelsen, e quis ir ao pódio

Prosl aumenta vantagem

com vitória na ÁustriaZeltweg, Áustria — O francês Alain

Prost venceu ontem, com seu Renaultturbo, o Grande Prêmio da Áustria deFórmula-1 e isolou-se na liderança doCampeonato Mundial de Pilotos, com51 pontos. O brasileiro Nélson Piquet,da Brabham, chegou em terceiro eestá em segundo lugar, com 37 pontos.René Arnoux. da Ferrari, foi o segundoontem. A próxima prova será o GP daHolanda, dia 28.

Como se esperava, no GP da Áus-tria, disputado em 53 voltas no circui-'to de Osterreiching, de alta velocida-de, predominaram os carros com mo-tor turbo. Dos seis primeiros coloca-dos — Prost. Arnoux, Piquet, EddieCheever (Renault), Nigel Mansell (Lo-tus) e Niki Lauda (McLaren) — só ocarro deste último tinha um motorconvencional. Prost venceu com umamédia de 223,494 quilômetros porhora.

A corrida

O pole position, Patrick Tambay,da Ferrari, manteve sua colocação atéa 21° volta mas, depois do forte assédiode Arnoux e Piquet, acabou ultrapas-sado pelos dois. Piquet chegou aocupar a ponta por algumas voltas atéparar no boxe para reabastecer, navolta 31, como já haviam feito várioscarros, inclusive os dos líderes.

Prost e Arnoux iniciaram então umduelo pela ponta do GP com o pilotoda Ferrari conseguindo manter-se li-der até a 47a volta. A esta altura, comproblemas na quarta marcha, teve deceder a liderança — e a vitória — aProst. que fez uma corrida tranqüilaaté o final. Arnoux e Piquet limitaram-se então a manter suas posiçoes ja que

seus carros não apresentavam o mes-mo rendimento do início da corrida.

Mas a corrida dos dois primeiroscolocados no Mundial esteve ameaça-da na 17a volta quando, ao tentarultrapassar Piquet numa chicana,Prost, que largara na quinta posição,tocou uma das rodas de seu Renaultnuma roda do Brabham do piloto bra-sileiro. Mas o acidente que mais preo-cupou as mais de 100 mil pessoas queassistiram à corrida na tarde quente enublada de ontem aconteceu logo nalargada, pouco antes da primeiracurva. Os carros de Bruno Giacomelli(Toleman), Elio de Angelis (Lotus),Danny Sullivan (Tyrrel) e Marc Surer(Arrows) se chocaram. Os quatroabandonaram a prova.

FÓRMULA-2

O gaúcho Leonel Friedrich. pilotan-do um Mufato/Passat, da Equipe Ipi-ranga. ganhou ontem, no autódromode Cascavel, no Paraná, a quinta pro-va do Campeonato Brasileiro de Fór-mula-2. Em segundo cruzou Adu Cel-so, seguido de César Pegoraro. AnorFriedrich, Victor Marrese e MarcosTroncon.

MUNDIAL DE PILOTOS1. Alain Prost 51 pontos2. Nelson Piquet 37 pontos3. Rene Arnoux 34 pontos4. Patrick Tambay 31 pontos5. Keke Rosberg 25 pontos6. John Watson 18 pontos7. Eddie Cheever 178.NikiLauda 149. JacquesLaffite 1110. Michelle Alboreto 9

classificaqAoGeral Masculino Tempo1" Joao da Matta Ilmiii37s062° .lose Baltar 12minl3s023° Ffibio Wladimir 12h35s0f>15 a 19 anus1" Marcelo Gustavo 13minlls0420 a 24 alios1" Marcos Frost 12min57s0125 a 29 anus1° Alberto Averbug 14minl7s0730 a 34 anus1° Boanerges Cordeiro 12min56s0435 a 39 anos1° Carlos Maia 14niin25s0840 a 44 anos1° Antonio Luis Santana 14min47s0945 a 49 anos1° Antonio Adelino Gomes 17min37s0850 a 54 anos1° Ossian da Silva 17min48s02mais de 55 anos1" Josue de Assis Martins 17niin39sGeral feminino1° Dalvirene Paiva 15min05s032" Maria Raquel Silva 17min32s093" Rosa Maria Melo 17min43s0415 a 19 alios1° Ana Paula Rocha 18min55s0420 a 24 anos Tempo1° Maria Damasceno Costa 23min48s0125 a 29 anos1° Marcia Souza Monteiro 20minl8s0630 a 34 anos1° Heloisa Nunes 18min28s0640 a 44 anos1° Joselina Simao 18min29s0235 a 39 anos1° Manoelina do Nascimento 19min40s0745 a 49 anos1° Erodites Pinto 25mlnl4s0750 a 54 anos1° Marilia Soares de Souza 25min25s09

Los Angeles — Em ótima atua-ção, o Japão superou os EstadosUnidos por 3 a 2, com parciais de15/10, 9/15, 15/12, 8/15 e 15/3, con-qulstando a medalha de ouro doTorneio Pré-Qlímplco de vôlei mas-culino. A equipe brasileira venceu ado Canadá, também por 3 x 2 (15 x17,15 x 13,13 x 15,15 x 10 e 15 x 12),ficando em terceiro lugar na com-petição.

Quanto à equipe brasileira, maisuma vez sentiu a ausência de Mon-tanaro, que voltou a São Paulo con-tundido, enquanto Badá e Fernan-do sentiram os joelhos operados enão puderam jogar o tempo todo.No entanto, o médico da delegação,Dr Roberto Kattan, garantiu queambos não são problemas para osJogos Pan-Americanos.

A partida foi muito equilibrada,durou quase três horas e em razãodo desfalque de Montanaro e ascontusões de Fernando e Badá, pe-la primeira vez no Pré-Olimpico,todos os jogadores foram utiliza-dos. A equipe não jogou bem, tevedificuldades para passar o bloqueiocanadense e errou muitos saques.Renan foi o melhor na quadra, sen-do indicado como um dos melhoresjogadores do Torneio Pré-Olimpico.

Ao final, Bebeto reafirmou que aequipe canadense continua evo-luindo a cada partida internado-nal, acrescentando que não vai serfácil vencer os canadenses nos Jo-gos Pan-Americanos. Lamentou osproblemas físicos de Fernando e deBadá, mas foi tranqüilizado pelomédico Roberto Kattan.

Flamengo ganhabasquete mirim

Após derrotar o Tijuca por 40 a39, o Flamengo foi o campeão doTorneio Inicio do Campeonato Mi-rim de Basquete, disputado ontemno Botafogo, com a participação de9 equipes. Os cestinhas do jogoforam Carlos Silva e Pedro, do Tiju-ca, com 13 pontos.

"Sargaço" éo íita-aznl

Com a participação de 180 bar-cos, a IV Regata do Colégio Navalfoi disputada sábado, em Angra dosReis, com ventos moderados. Obarco Sargaço, comandado peloTenente Gamboa, da Escola Naval,foi o fita-azul.

Na Classe Master, Aloísio deQueiroz foi o vencedor. Nas outrasclasses, os vencedores foram: Opti-mist, categoria A — Ricardo Lau-rie; categoria B — aluno Honaiser;Scaler — aluno Aguiar; Snipe —Alexandre e Carlos Mesquita; Gua-nabara — barco Marreco, do co-mandante Moura; Oceano — barcoTaroa, de Augusto Lefevre.

Na Classe Oceano, categoria A. oprimeiro colocado foi o barco Ta-roa, de Augusto Lefevre. SacatrapoIII, de Armando Nohler, venceu nacategoria B; Suny, de Joáo Alberto,na categoria C, e Toison D'Or, deNilson Vasconcellos, na categoriaC. Na Classe Cruzeiro, o vencedorfoi o barco Villegaignon, do coman-dante Tenente Almeida, do ColégioNaval. Além de prêmios, a regatasorteou uma grande quantidade deequipamento náutico.

Totli fica em7" no xadrez

Bucaramanga, Colômbia — Osoviético Alexei Dreev foi o vence-dor do 3o Campeonato Mundial deXadrez, para menores de 16 anos,ao derrotar ontem o cubano PedroPaneque. O brasileiro To th termi-nou em 7o lugar, com 4,5 pontos.Dreev terminou com 8 pontos.

Ele Esse lideraCopa de ciclismo

A equipe Ele Esse Tijuca. com 43pontos, assumiu a liderança daclassificação geral da II Copa Inver-no de Ciclismo, após a 4a etapa,disputada ontem no circuito urba-no de Guadalupe. A próxima etapaserá disputada dia 28 deste mês.

HOJE NA TV1 lh45min — Record nos Esportes — Ca-nal 9.1 2h — Jogos Pan-Americanos — Canal 7.12li55min — Globo Esporte — Canal J.15h — Jogos Pan-Americanos — Canal 7.19h — Brasil x Argentina (futebol, JogosPan-Americanos) — Canal 9.19h30min — Manchete Esportiva — Ca-nal 6.20h — Jogos Pan-americanos — Canal 7.21 h — Esporte hoje. — Canal 2.23h — Jogos Pan-Americanos — Canal 7.OhOOmin — Boletim dos Jogos Pan-Ameri-canos — Canal 4.

PERCA

II» DO

4 n ESPORTES a segunda-feira, 15/8/83 AMADOR JORNAL DO BRASIL

Alemanha

Hclsínqui — O IoCampeonato Mundialde Atletismo foi encer-rado ontem nesta Capi-tal com uma bonita fes-ta e a distribuição dasmedalhas das últimas11 provas. A campeãmundial é a AlemanhaOriental que ganhou 10medalhas de ouro. OsEstados Unidos fica-ram com o vice-campeonato e a União So-viética com o terceiro lugar. Só dois recor-des mundiais foram superados: o dos 400metros rasos, feminino (Jarmila Kratochvi-lova, da Tcheco-Eslováquia, com 47s99) e odo revezamento 4 x 100 metros, masculino(equipe dos Estados Unidos, com 37s86).

O brasileiro João Batista Eugnio daSilva, que no sábado conseguiu o segundomelhor tempo na semifinal, ontem não foifeliz. Ficou em oitavo lugar nos 200 metrosrasos, com o tempo de 20s80. A prova foivencida pelo norte-americano CalvinSmith, com 20sl4. Outro brasileiro, ThomasHintnaus, ficou em quinto lugar no saltocom vara — 5,50 metros. Assim, o Brasilficou mesmo com apenas uma medalha noMundial: a de bronze dos 800 metros rasos,conquistada por Joaquim Cruz

O último dia

O australiano Robert "Rob" de Castellaconquistou a única medalha para o seu paísao vencer a maratona em 2hl0min3s, àfrente de um desconhecido etíope, KebedeBalacha, e do campeão olímpico WaldemarCierpinski, da Alemanha Oriental.

Nos 1500 metros, feminino, a norte-americana Mary Decker conquistou sua se-gunda medalha de ouro no Mundial. Namesma prova, o inglês Steve Cram venceuem 3min41s58, ficando a 10 segundos dorecorde mundial que pertence a outro in-glês, Steve Ovett. Ovett ficou em quartoontem.

No revezamento 4 x 400 metros, mascu-lino, os favoritos eram os norte-americanos.Mas, na passagem do bastão, o terceirohomem do revezamento, Willie Smith, tro-peçou e caiu, deixando a equipe em sextolugar. A União Soviética venceu com Ser-guei Lovachev, Alexandr Troschilo, NikolaiChernetsky e Viktor Markin. Nos 4 x 400metros, feminino, a vitória ficou com aequipe da Alemanha Oriental.

Os outros vencedores de ontem foram:Marita Koch, da Alemanha Oriental (22sl3nos 200 metros rasos); Serguei Bubka, daUnião Soviética 5,70 metros no salto comvara) Imrich Bugar, da Theco-Eslováquia(67,72 metros no arremesso do disco); HeikeDaute, da Alemanha Oriental (7,27 metrosno salto em distância); e Eamonn Coghlan,da Irlanda (13min28s53 nos 5 mil metros).

AS MEDALHAS DE ONTEMSalto com vara. masculino

ouro — Serjei Bubka (URSS) 5,70mprata — Konstantin Volkov (URSS) 5,60mbronze — Atanass Tarev(Bulgaria) 5,60m

Maratona, masculinoouro — Robert deCastella (Australia) 2h 10min03sprata — Kebede Balacha (Etiopia) 2h 10min27sbronze — Waldemar Cierpinsky (RDA) 2h 10min37s

Salto em distancia, femininoouro — HeikeDaute(RDA) 7,27mprata — Anisoara Cusmir (Romenia) 7,1 5mbronze —Carol Lewis(EUA) 7,04m

200 metros, femininoouro — Marita Koch (RDA) 22s)3prata — Merlene Ottey (Jamaica) 22s 19bronze — KatliyCook(lnglaterra) 22s37

200 metros, masculinoouro—Calvin Smith (EUA) 20sl4prata —ElliottQuow(EUA) 20s41bronze — PietroMenea (Italia) 20s51

1 mil 500 metros, femininoouro — Mary Decker (EUA) 4min00s90prata — Zamira Zaitzeva (URSS) 4min01 s 19bronze—Yekaterina Podkopayeva (URSS) 4min02s25

1 mil 500 metros, masculinoouro — Steve Cram (Inglaterra) 3min41 s58prata — Steve Scott (Estodos Unidos) 3min41 s87bronze — Said Aquita (Marrocos) 3min42s02

Arremesso de disco, masculinoouro — Imrich Bugar(Tcheco-Eslováquia) 67,72mprata — Luis Delis (Cuba) 67,36mbronze—Gejza Valent(Tcheco-Eslováquia) 66,08m

5 mil metros, masculinoouro—Eamonn Coghlan (Irlanda) 1 3min28s53prata—WenerSchildhauer(RDA) ) 3mín30s20bronze — Martti Vainio(Finlândia) 13min30s34

revezamento 4 x 400 metros, femininoouro — RDA. 3min19s73prata — Tcheco-Eslováquia 3min20s32bronze —URSS 3min21sl6

revezamento 4 x 400 metros, masculinoouro — URSS 3min00s79prata —RFA 3min01s83bronze — Inglaterra 3min03s53

CLASSIFICAÇÃO FINALPat's Ouro Prata Bronze Total

1. Alemanha Or. 10 7 5 222. EstadosUnidos 8 9 7 243. UniaoSovietica 6 6 11 234. Tcheco-Eslov. 4 3 2 95. Alemanha Oc. 2 5 186. Inglaterra 2 2 3 77. Polonia 2 1148. Finlandia 1113

Italia 1113Jamaica 1113

11. Australia 10 0 1irlanda 10 0 1Mexico 10 0 1Noruega 10 0 1

15. Espanha 0 10 1Holanda 0 10 1Romenia 0 10 1Cuba 0 10 1Etiopia 0 10 1

20. Bulgaria 0 0 3 321. Nigeria 0 0 11

Brasil 0 0 11Marrocos 0 0 11

* Participaram 161 poises.

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JORNAL DO BRASIL futebol/loteria Bearunda-feira, is/8/83 ? ESPORTES n 5

Seleção viaja para

estréia na Copa América

Sõo Paulo/Arlovoldo do> Santo»

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Palmeiras vence sem moita técnicaSão Paulo — Num jogo sem muita técni-

ca, mas de bastante movimentação, o Pai-meiras venceu, ontem à tarde, no ParqueAntártica, o Santo André, por 1 a 0, gol decabeça do lateral-esquerdo Carlão, aos 25min do primeiro tempo. Com a vitória, oPalmeiras manteve-se na liderança do Cam-peonato Paulista, ao lado do São Paulo, com28 pontos ganhos.

A primeira rodada do segundo turno te-ve, ainda, a vitória do São Paulo sobre aInternacional, em Limeira, por 3 a 2. Careca,da Seleção Brasileira, que estava há 16 jogossem marcar, fez um bonito gol. Renato tam-bém fez o seu.

No Canindé, sem Sócrates, o Coríntiansvenceu o Ferroviária por 2 a 1. dois gols deCasagrande. Os demais jogos tiveram os se-guintes resultados: Juventus 2x1 Taquari-tinga, Ponte Preta 1x0 Portuguesa de Des-portos, Guarani 2x2 São José, São Bento 1 x2 Taubaté, Comercial 1x0 Marilia e América2x0 Botafogo.

Inter vai à EuropaPorto Alegre — Sem os seus dois princi-

pais jogadores de meio-campo — Vilson Ta-dei, contundido, e Ruben Paz, desligado dotime e posto à venda por exigir publicamenteos 26 mil dólares que o clube ainda lhe deve—, a delegação do Internacional embarcouontem à tarde para uma excursão á Europa,principalmente à Espanha, com um fatura-mento previsto de Cr$ 80 milhões.

A saída de Ruben Paz causou muito

impacto na equipe, já que era o principaljogador do time e foi o destaque na recenteexcursão aos Estados Unidos e Canadá. Tan-to jogadores como o técnico Dino Sani aindaestão tentando demover a direção do Inter devender o jogador, mas ainda não consegui-ram. A saída de Paz pode permitir a aquisi-ção do zagueiro Oliveira, do Penarol.

Já o Grêmio, atual campeão da TaçaLibertadores, por problemas de datas, cance-lou sua excursão à Arábia Saudita, e estáorganizando um novo roteiro por países daAmérica Central na próxima semana, masnão terá a participação dos jogadores queestáo na Seleção Brasileira: Tita, Renato,China e Paulo Roberto.

Esporte ganha turnoRecife — Em jogo muito nervoso — dois

torcedores se sentiram mal e foram retiradospela polícia — o Náutico e o Esporte sódecidiram na cobrança de pênaltis o primeiroturno do Campeonato Pernambucano: ga-nhou o Esporte de 5 a 4.

No tempo regulamentar, os dois timesacabaram empatados em 1 a 1, gols de Miran-dinha (Náutico) e Deno (Esporte). O Náuticofez tudo que tinha prometido a sua torcida:dominou o jogo. Mirandinha fez o esperado"Gol do Papai" e o goleiro Pimenta chegou adefender um pênalti no segundo tempo.

Vitória do CatuenseSalvador — Depois de 120 minutos de

jogo sem gols 90 regulamentares e 30 de

prorrogação — o time da Catuense derrotou oItabuna na disputa de pênaltis, e conquistouo segundo turno do Campeonato Baiano noEstádio Antônio Carneiro, na cidade de Ala-goinhas.

A partida decisiva do turno, disputadapor dois times do interior, foi presenciada porum público de 10 mil 503 espectadores, queproporcionaram uma renda de Cr$ 4 milhões600 mil. Lulinha marcou o gol para a Catuen-se na rodada de cobranças de pênaltis e. emseguida, Da Costa, do Itabuna, desperdiçou apenalidade.

As maiores emoções do jogo ocorrerammesmo na fase das cobranças de penalida-des, sobretudo porque o goleiro Veludo doItabuna defendeu dois.

Violência no ParanáCuritiba — A violência voltou a imperar

no Campeonato Paranaense, mas quem saiuganhando foi o Coritiba, que venceu ontem oAtlético, tradicional rival, por 1 a 0, gol deLeia, ex-Fluminense, aos 41min do segundotempo, cabeceando debaixo do gol depois deótimo cruzamento do lateral Washington.

Na partida de ontem, toram expulsos trêsjogadores: Renê e Augusto pelo Atlético eJoáo Luís pelo Coritiba. A violência foi com-pletada com a invasão de campo do garotoMarcos, chefe da torcida organizada atlética-na "Os Fanáticos", que tentou agredir oarbitro Afonso Vítor de Oliveira e só conse-guiu dar uma trombada. Depois recebeu umasaraivada de socos e pontapés do própriojuiz.

A Copa América está começando paraa Seleção Brasileira, que viaja hoje paraQuito, Chegou a vez de Parreira entrarem campo com o seu time e lutar pelosdois pontos. Até agora eram apenas amls-tosos, alguns de testes e outros de exibi-ções, Finalmente será realizado um jogopara valer, nesta quarta-feira, contra oEquador. Apesar de já ser um homemexperimentado — trabalha no futeboldesde 1970—o treinador se sente emocio-nado ao exercer esta fünçáo na SeleçãoBrasileira.

Sou um profissional que tem o cora-ção de amador. Quando jovem decidi queseria um participante do fütebol, nãocomo jogador, mas como preparador físi-co e depois como técnico. Por isso estudeimuito. Mesmo com dificuldades financei-ras fui me formando até fazer cursos ebolsas-de-estudo na Europa. Continueitrabalhando e acho que agora estou nocomeço da reta final, que é chegar àvitória numa Copa do Mundo dirigindo aSeleção Brasileira. Isso não me sai dacabeça e, se depender de garra, dedicaçãoe amor, acho que vamos ter muita alegriano México em 86 — diz Carlos AlbertoParreira, entusiasmado ao ver chegar oseu primeiro obstáculo, numa campanhaque está apenas começando. Em sua pró-pria opinião, ainda falta muito para serealizar neste seu sonho de menino dosubúrbio de Bangu.

Nasce a baseO que deixa Parreira animado é que a

Seleção aos poucos vai contornando seusproblemas e começa a nascer uma baseque ele vai trabalhar até a Copa de 86. Otreinador lamenta até hoje a etapa ini-ciai, quando dos preparativos para a ex-cursáo à Europa, porque nâo havia joga-dores suficientes para fazer até mesmoum treino técnico e tático em São Januá-rio. Daí ele viajar com um time mistopara enfrentar Portugal (4 a 1), País deGales (lal), Suíça (2 a 1) e Suécia (2 a 2).No entanto, aqueles jogos serviram paraele tirar muitas conclusões como as deafastar Luisinho, Pita, Carlos AlbertoBorges, João Paulo e Paulo Isidoro, quemostraram não ter mais condições depermanecer num grupo para a armaçãodefinitiva da nova equipe.

Para o treinador, a viagem serviu paratestar alguns novos que se destacavamem seus clubes e outros mais antigos quehaviam jogado anteriormente na Seleção.É por isto que ele considerou válida aviagem. Só que em termos de armar otime de nada valeu, a não ser as revela-ções de Márcio e Toninho Carlos na defe-sa e Jorginho no meio-campo. Quando ogrupo voltou a se reunir. Parreira aindacomeçou a convocar alguns jogadoresporque náç tinha condições de chamar osdo Grémió por causa da Taça Liberta-dores.

Para mim — explica Parreira — oque interessa é que agora, finalmente,estou trabalhando com o que existe demelhor no futebol brasileiro. Isso nãoquer dizer que os 11 titulares serão osmesmos daqui para frente, pois aindafaltam três anos para a Copa. Mas a basejá está formada. Pode sair um ou outrojogador por não estar bem no momento,mas com respeito à escalaçáo só entramesmo alguém que for sensacional. Co-meçamos com Batão, Márcio, Luisinho ePedrinho e já estamos com Leandro, Már-cio. Mozer e Júnior. Onde encontrar joga-dores melhores? No gol está o Leão, que e

o melhor no momento e tem que apareceroutro do seu nível para poder entrar emseu lugar.

O melo-de-campo também está mo-dlficado. Era Carlos Alberto Borges, Ba-tlsta e Pita e está no momento comAndrade, Jorginho e Tita. Todos os trêssáo do alto nível. O Andrade, além de serfirme na cabeça da área, sai jogando commulta facilidade. A dupla Jorginho e Titapode chegar à consagração se eles manti-verem o nível dos últimos treinos. Sãodois jogadores que correm o campo todo,trabalham na luta pela bola e ainda têmcriatividade. O mais importante é quetambém sáo goleadores. Basta ver osjogos do Palmeiras e do Grêmio.

Pela primeira vez, Parreira fala sobre aSeleção cheio de confiança. Na excursão,ele procurava justificar o fraco futebol daequipe argumentando que a viagem eraapenas para conhecer os jogadores. Ago-ra, não. Agora ele se transforma e falacomo se estivesse discursando, tal a con-fiança com que comenta o potencial dedeterminados setores da Seleção.

Infelizmente, não podemos contarcom o Sócrates, que é um jogador fora desérie, assim como Zico e Falcão, quefazem muita falta a qualquer equipe. Noentanto, vamos começar com Renato(São Paulo), que entrará com a função deagredir. Não vai-se preocupar em armarno meio-campo. Acho que ele sobe bas-tante quando vai para o ataque e é assimque quero vê-lo na Seleçáo, ou seja, pro-curando se encostar o máximo em Rober-to lá perto da área. O certo é que noataque ainda estamos em fase de estudos.O Careca não andou bem e prefiro come-çar com Roberto, que é um homem valen-te, experiente em jogos internacionais eque cresce nesses momentos. Robertonâo tem medo dos zagueiros, seja em boladividida ou mesmo na violência. Gosto deatacante raçudo como ele.

Parreira fala ainda sobre Éder, achan-do que o extrema é muito respeitado peloseu chute, mas quer que ele participemais do conjunto ajudando a cercar oadversário quando o Brasil não está coma bola. Na opinião do treinador, o Brasil éo maior time do mundo com a bola domi-nada, mas precisa aprender a jogar quan-do está sem ela. Parreira quer a Seleçãose posicionando em seu campo logo apóso ataque perder uma jogada lá na frente.Ele não admite que os atacantes fiquemlá na área do adversário enquanto a defe-sa se adianta para apoiar o time. Parreiraquer todos jogadores numa posição defi-nida para cercar os contra-ataques e istosó tem bom efeito quando todo o timetrabalha nesta funçáo.

A conclusão a que se chega, depois deuma série de treinos e amistosos, é que otreinador está com problema para escalaro ponta-direita Renato (Grêmio), que foium dos maiores destaques dos conjuntosnestas últimas semanas. Renato é umextrema agressivo e para jogar na frente otécnico já escalou Éder, pela esquerda. Ohomem da direita, no seu esquema, jogarecuado. Só que Renato, do Grêmio, foitáo sensacional que o técnico pretendeencaixá-lo no time, talvez já durante ojogo em Quito.

O que me alegra é que dá gostotrabalhar agora numa Seleção de altonível como a nossa. Creio que após aCopa América teremos o time definido eaí vamos usar os treinos para montar osesquemas táticos. Depois, vamos ver co-mo fica a Seleção já para as eliminatórias.

Loteria Esportiva Teste 663

Fluminense/RJ30%

Vasco/RJ40% 30%

4| Na estatística oficial este clássico, o Flumi-_i_ nense leva grande vantagem com 68 vitórias,

46 derrotas e 37 empates. Pelos resultadosalcançados nas primeiras rodadas, o Fluminense, líderisolado, está credenciado ao título. O Vasco, semchance na Taça Guanabara, tratou de reforçar o time.contratando Daniel Gonzalez e Paulo Egídio (Corín-tians) e Nenè (Palmeiras). No último jogo: Vasco 3 a 2.Na Loteria: 13 vitórias do Vasco, 10 do Flu e 11empates.

Baliia/BA

50%

X

30%

Atlético/BA

20%

5 Jogo que marca o inicio do 3o turno e o Bahia

está na condição de franco favorito diante doAtlético, de Alagoinhas, jogo que será disputado

na Fonte Nova. O Bahia ganhou o Io turno e estágarantido para o turno final. O Atlético foi último naFase Preliminar do Io turmo e penúltimo no 2U turno.No último jogo: Bahia 1 a 0. Na Loteria: 3 vitórias doAtlético e 5 empates.

S. André/SP30%

X30%

Guaraiii/SP

40%Mesmo tendo que jogar em Santo André, no

Estádio Bruno Jose Daniel, o Guarani tem condi-Çóes de superar as dificuldades naturais do cam-

po adversário, pois sua equipe é bem superior a doSanto André. Inclusive, com o comando de Ènio An-drade, melhorou bastante. O Santo André, mesmo emcasa, joga na retranca. No último jogo: Guarani 2 a 0.Na Loteria: 1 vitória do Guarani.

S. Paulo/SP

60%

X

20%XV Nov. jaú/SP

20%"ffl ° Sâo Pau'° è um dos melhores times doJL tií país' conl varios jogadores a nível de seleção.

Deve, inclusive, se classificar com tranqúili-dade para a fase final. O XV de Jaú melhorou bastantedepois que o técnico Galli corrigiu algumas falhas.Está no mesmo Grupo do São Paulo com chance deficar com a segunda vaga. No último jogo: São Paulo 2a 0. Na Loteria: 1 vitória de cada.

Flamengo/RJ50%

x Bonsucesso/RJ30% 20%

Vitória/BA50%

X30%

Serrano/BA20%

Juventus/SP20%

x P. Desportos/SP30% 50%

2 Este jogo será disputado em Niterói, no CaioMartins. O Flamengo, mesmo enfraquecidocom a venda de Zico, continua com um elenco

de alto nível, tendo vários jogadores na Seleção. Por-tanto, é franco favorito diante do modesto time doBonsucesso. No encontro mais recente: Flamengo 3 a1. Na Loteria: 6 vitórias do Flamengo e 3 empates.

e Depois de fracassar nos dois primerios turnos, o

Vitoria pretende reagir neste 3o turno, pois docontrario vai ficar muito fácil para o Bahia con-

quistar o título. O Serrano, de Vitória da Conquista,-melhorou no 2o turno quando eliminou o próprioVitória. No encontro mais recente: 0 a 0 na Loteria: 1vitória do Serrano e 1 empate.

"S Mesmo sendo um time que não inspiraI BB confiança, principalmente ao apostador, a

Portuguesa de Desportos tem condições desuperar as dificuldades que por certo vai encontrar naRua Javari, diante do Juventus. A Portuguesa esta noGrupo C, onde procura garantir a classificação. OJuventus está no Grupo A e tem chance de passar àfinal. No encontro mais recente: Juventus 1 a 0. NaLoteria: 4 vitórias da Portuguesa, 1 do Juventus e 3empates.

Campo Grande/RJ x20% 30%

Botafogo/RJ50%

Colorado/PR30%

X40%

At!ético/PR30%

3 Mesmo tendo que jogar em ítalo dei Cima. oBotafogo tem todas as condições de se imporao Campo Grande, que participa do campeo-

nato com uma equipe inferior à que disputou a Taça deOuro. O Botafogo, ao contrario, está motivado e cre-denciado pelos resultados positivos, principalmentedepois da vitória sobre o Flamengo. No ultimo jogo:Botafogo 2 a 0. Na Loteria: 3 vitórias do Botafogo, 2 doC. Grande e 1 empate.

S. José/SP20%

Palmeiras/SP30% 50%

Termina o quadrangular decisivo do Io turnom com mais um clássico que sera disputado no

Estádio Dorival de Brito. Mais bem-estruturado.no momento, o Atlético aparece em condições de obtera vitória, embora sua equipe tenha caído de produção.C -Jo' j ado. ao contrário, melhorou com a orientaçãode Cláudio Duarte, que assumiu no lugar de Urubatão.No último jogo: Atlético 1 a 0. Na Loteria: 9 vitórias doAtlético, 3 do Colorado e 13 empates.

4 4 O São José é um dos últimos na classificaçãoJ[ JL seral do Campeonato Paulista, ameaçado de

cair para a 2a Divisão. Esta posição e quepoderá dificultar o favoritismo do Palmeiras, no Esta-dio Martins Pereira. A situaçáo do time palmeirense étranqüila no Grupo D. Mas seu time continua devendouma grande exibiçáo. No último jogo: Palmeiras 2 a 1.Na Loteria aparece pela Ia vez.

Americano/RJ x30% 40%

Goitacáz/RJ30%

Maringá/PR30%

x40%

Coritiba/PR30%

Taubaté/SP30%

Coríntians/SP30% 40%

y§ Existe grande rivalidade entre os dois represen-tantes de Campos no Campeonato Estadual doRio de Janeiro. O Goitacás cumpre campanha

superior à do Americano. Nas cinco primeiras rodadassofreu apenas uma derrota. O Americano começoubem. mas sofreu três derrotas consecutivas. No encon-tro mais recente: 0 a 0 Na Loteria: 2 vitorias doAmericano, 1 do Goitacás e 2 empates.

8 Jogando no Estádio Willie Davies. em Maringá, o

Coritiba vai encontrar sérias dificuldades paraconseguir os dois pontos nesta rodada final doquadrangular decisivo do Io turno. O Maringá, inclusi-ve, jogando em casa derrotou o Atlético e o Colorado.Na Loteria: 4 vitorias do Coritiba. 3 do Maringa e 2empates.

"I dí Sem cluaIcluer chance de classificação noB jgj Grupo C e ainda ameaçado de cair para a 2a

Divisão, o Taubaté tem a vantagem de jogarem casa. Seu time. inclusive, melhorou com as modifi-cações efetuadas por Alfredo Mostarda. O Coríntians.sem dúvida, é muito mais time e lidera o Grupo B.mesmo sem cumprir brilhante campanha. No encontromais recente: Taubaté 2 a 1. Na Loteria: 1 vitoria doTaubaté e 2 empates.

Resultado do Teste 662

CLlJBG EMPATE CLUBE

In

mFlamongo'RJ """ Botalogo RJFlummense RJ Campo Granso RJOp«rano CG MS Corumbsenso MSTiraflentesDF Bras>t a OFiDi'acu'ES R;o BrancaESCeaUCE fi FortatezaCECorit'Ca PR | Atletxo PRColorado PR I Mar,nga<PRPonte'Prcta Si* | P DesportcsSfGuaran SP fl 5. Joie S»Intef-bmcra'SP S Pauio S"Pa'T'.e ras SP S Ar.a-eSP ^CcfinransSP | Ferrovifa SP

Flamengo/RG 0x3 Botafogo/RJFluminense/RJ 1 x 0 Campo Grande/RJ

Operario CG/AAS 5x0 Corumbaense/MSTiradentes/DF 1 x 2 Brasilia/DF

Ibira^u/ES 2 x 1 Rio Branco/ESCeara/CE 0x0 Fortaleza/CE

Coritiba/PR 1 x 0 Atletico/PRColorado/PR 1 x 0 Maringa/PR

Ponte Preta/SP 1 x 0 P. Desportos/SPGuarani/SP 2 x 2 S. Jose/SP

Inter—Limeira/SP 2 x 3 S. Paulo/SPPalmeiras/SP 1 x 0 S. Andre/SPCorintians/SP 2 x 1 Ferroviaria/SP

A Taga de Praia em Cidacle Jardim, teve conio vencedor Full Love, com Kishi na segunaa colocaqao

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On Set pegou muito bem a grama leve e venceu com sobras o GP Francisco Vilela de Paula Machado

I.I NM

3 £955

A Taça de Prata em Cidade Jardim, leve como vencedor Full Love, com Kishi na segunda colocação

Josd Camilo da Silva

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fl n ESPORTES n segunda-feira, 15/8/83 TÜRFE JOENAL DO BRASIL

Esta noite, na Gávea

1* PÁREO — Às )9h45m — 1.000 metro» — Rocorde: 59í2 (CHAPELIER) — Dotação: Cr$400.000,00

2o PÁREO — Às 20hl5m— 1.100 metros — Recorde: Im05s4 (BARTER) — Dotação: CrS240.000,00

3» PÁREO — Às 20h40m — 1.000 metros — Recorde: 59s2 (CHAPELIER) — Dotação: Cr$320.000,00

1 — Vemer, J.F.Reis 57 3° ( 7) Tche Panoche 1.0 NP Im04s2 A RicardoEngroxate, R Marques 57 6° ( 9) Great Emotion 1.1 NL 1m09s2 Rene Mo'ques

2— Sardanito, J.M.Silva 57 3° ( 9) Chumbinho 1.0 NM Im04s1 G.l FerreiraCidamor, I Gon<;alves 57 6° ( 9) Chumbinho 1.0 NM lm04sl S M Almeida3 — Mertdiano, L Caldeira 57 8° (13) Gorbo da Rondo 1 GL lm25* W Pedersen

Cadoc, A.Ferreira 57 9° ( 9) Beetle Classic 1.2 NP 1ml6s S Franca4—7 Frisco. S.Silva 58 3° ( 7) Cameron(SP) 1.4 NE 1m29s I Prev.atti Neto

JackCarreira, J.Pedro 57 2° { 9) Beat Classic -f- 1.2 NP 1ml 6s M MoralesBeautiful Exeter, E.Santos 57 9° ( 9) Chumbinho -f- 1.0 NM lm04$l F.Madalena

• Verner está chegando sempre perto e a oportunidade é boa para que obtenha otriunfo. Sardanito tem figurado bem e pode chegar disputando o primeiro posto. JackCarreira se correr ganha. Meridiano está bem exercitado.

VERNER — SARDANITO — MERIDIANO

4° PÁREO — Às 21h05m — 1.300 metros — Recorde: 1m18s (BARTER) — Dofaqão: Cr$240.000,00

— 1 Osane, J.Freire 5 58 1° ( 7) Leonita 1.0 AM lm04s P Solos' Nelimei, R.Costa 7 57 5° 6) Italianinha * -af- 13 AM lm23sl P Solas— 2 Fa/za, R.Cormo 4 58 4° 7) Z-zta's Rose -of- 1.3 NM lm24sl AOrciuoM

3 Bibana, F.Pereira 3 56 5° (10) Eioa 1.1 AM 1m09s2 Z D.Guede\— 4 Cantaneira,J.Pinto 8 57 3° 7) Zmo's Rose 1.3 NM 1rn24sl J.Coutinho F*

5 Miss Diva, A Ferreira 9 57 5° 8) Loveioy 1.0 NM 1m03s F.Madalena— 6 Leonita, J.Aurelio 1 58 6° 8) Loveioy 10 NM lm03s J.C.Santana

ConchoReta, M.Monteiro 6 58 5° 7) Zi/io's Rose 1.3 NM lm24sl W.PenelosJesse Girl, C.A.Martins 2 58 6° 6) Ave Lira 1.1 NL Im08s2 J.B.Silva

• Nelimei reaparece em turma fraca para o seu padrão normal de corrida e não deveráperder em corrida normal. Sua companheira de número Osane pode formar a dupla,pois continua em grande forma. Fazza, Cantaneira e Leonita podem figurar nomarcador.

NELIMEI — OSANE — LEONITA

5° PÁREO — Às 21h35m — 1.300 metros — Recorde: lml8s (BARTER) — Dotaçòo: Cr$240.000,00

i—I CondeKing. M Monteiro ,.9 58 3° (11) Lagos *(d) 16 GL Im37s2 A. Orciuoli2 Karamajov, O Ricardo. 2 58 8° (11) Artful To Run * 1.3 NP Im23s2 A. Ricardo3B.g Bear, J F Rett.. 13 58 6° ( 8) Hurdler 13 AM Im22s3 H. lobios

f —4 Berchef, J Fre.re . 11 57 6° ( 7) FAn Brake (MG) 1.2 AL 1ml 7s4 A. Pa«m F°Ellthos, I. Lanes v..^ 4 57 6° ( 8) laponi 1.3 NL 1 m23s Rene MarquesBig Bil, A. Ferreira ..8 58 5° (10) Turno (af) 1.3 NP 1m25s F.MadalenaI—7 Kitusco. J Pinto 7 57 .1° ( 8) Hurdler 13 AM Im22s3 Z. D. Guedes

SCobanel.C Bitencurt 3 57 1° ( 8) Darna Baby (CP) 1.0 NL Im05s4 J. C. Quintas9 Aba Real, J. Malta 10 58 5° ( 7) Bahrush (CP) 1.1 NM Iml0s2 J M. Aragao

4-lOTujubo. I. Agostinho 12 58 6° (II) Artful To Run 1.3 NP 1m23s2 W. Pnriersen11 Uderamon, F Silva.... . ...5 57 2° ( 6) Zen (MG) 1.2 AL Iml9s3 S. T. Camara12 Crackshot, M. Ferreira ..... ¦ 6 58 7° ( 8) Beau Ardan 1.6 NP Im42s2 I. C. Borioni13Canlua,C. A. Martins 1 58 2° ( 6) Merino (MG) 1.2 AL 1ml9s3 J B Silva

• Páreo muito difícil reunindo competidores muito irregulares e que nem sempreatuam de acordo com o que se espera. Conde King é o nome do retrospecto e Bercher oseu adversário principal. Ellias, Kitusco e Cantuá são as melhores surpresas.

CONDE KING — BERCHER — KITUSCO

6° PÁREO — Às 22h05m — 1.000 metros — Recorde: 59s2 (CHAPELIER) — Dotação: Cr$400.000,00

1—I Now Again, C A Martins 57 6° ( 9) Foe Flight 1.4 AP Im31s4 J. G. V eira2 Darxona. M Monteiro 57 4° ( 5) Tritoma (MG) I AL lml Is? W Ppnelas

3 Hij.M Ferreira 57 2° (10) Arrtba 10 NP lm03s C. P^iviro4 Mahal, I. Lanes 57 1° (12) Nostra Darna I NM ImlOs A. Nahid

3—5 Fontella, J.M.Silva 57 4° (10) Amba 1.0 NP lm03s P Tr.podi6Credency, J. Fretre 57 11° (II) Afrique I NM l">lbs A Pai'n F°

4 - 7 Qumdale, R. Frpire 57 4° ( 9) Quebala I NP' Im04s2 J. C. Morth8 Snow Bina, G. Guimores 57 3° (13) Eleotica ' NP lml 6s V. Nohid"Garona, J. Pinto 57 9° (10) Mayfair 1-2 NP lml6s V Nohid

• Now Again é o melhor nome do lote e num percurso favorável deve marcar mais umponto para o aprendiz C.A.Martins, sem dúvida um jóquei muito bom. Fontella,mantida em boa forma por Roberto Tripodi, pode formar a dupla. Hij é a mais veloz dacarreira e também deve ser cogitada.Sétimo Páreo

NOVV AGAIN — FONTELLA — HIJ

7° PÁREO — Às 22h35m — 1.300 metros — Recorde: lml8s (BARTER) — Dotação: Cr$400.000,00

1 — JanEke's,A MochadoF0 57 2° (12) Rmo* I NM 1m09s2 J A t"neiraEnglish Sir, J. Aurelio 57 13° (13) Muscari I GL Im24sl R. Nahid2-—3 Etano.J PedroF0 57 50 (| |) Sal'imbancc I GL ImOOs S. MoralesKevu.R S.lva 57 6° (17) Fardodo 1.5 GM Im32s3 F. Ab-eu3~5 Sadim,J.M.Silva 57 10° (1 1) Porter 1.5 GL Im30s2 V NohidA/ Favonto, J? Gorcio 57 150 (|7) Fordado* 1 GM Iai32s3 R Carrppitc4 — Apiako,R Macedo 57 1 |° (17) Fardodo I GM Im32s3 J. CcutmhoYbituso, L Maia 57 jq0 p |j Mushroom I.I NM Iml0s2 C. Pot>aGordon, R Antonio 57 12° (\.U Decho ' NL ln.Ms3 ? P Genes• Jan Ekels reapareceu correndo muito bem e agora, mais aguerrido, ditlcilmente seráderrotado. Etano prefere a pista de grama, mas mesmo na areia não deve ser esquecido,pois o páreo está fraco. Sadim vai muito bem montado e pode surpreender. Ybitusonão confirma seus bons exercícios. Por què?

JAN EKELS — ETANO — Sadim

8° PÁREO — Às 23h00m — 1.300 metros — Recorde: ImlSs (BARTER) — Dotação- Cr$320000.001—1 Make It Now. E Ferreira 57 2° (II) TcpiO I NP Im21s

Gladiatore, M Monteiro 55 2° ( 7) Doc Fo"e I NM 1m()8s?2—3 Dear Boy. J Aurelio 55 1° (12) Duieclaro 1.3 AM ln>20s3Ei Sauce. J Pinto 10 57 4° (10) Klys Boy 1.6 NP 1m42s!3—5 Chaste. E Mar.nho 56 1° (12) Zamber 16 AL lm39s

ElPaysono.P Vignolos 55 7° (II) lorp'd 1 NP Im^:.,OldSmug'c. A S Oiiveno 56 9° (I I) Gone* ' AP lm.J*h

4—0 Zonar.J M.S.Ivo 58 3° (1 1) Torpc1* 13 NP Im,";CasketLove.l Lanes 56 7° (10) Klys Boy 1 NP lin.J2s!Faden. A P Sou.-a 55 5° I 9) Zastre* 13 NM l.r„' .,

• Make It Now está em grande forma e tem àinpias condições de derrotar osadversários, embora alguns deles sejam muito perigosos. Zonar atravessa uma faseesplêndida e na última apertou o favorito. Dear Boy vai montado por J.Aurélio, umjóquei trabalhador e que merece as oportunidades que vem tendo.

MAKE IT NOW — ZONAR — DEAR BOY

9o PAREÔ — Às 23h30m — 1.300 metros — Recorde; lml8s (BARTER) — Dotoçoo: Cr$240.000,00

1—1 Coqoeim. R Freire 4 58 ?J (15) Dom Ri,o 1 NP 1"C?«2 : <'Doffy.GA'.M 5 57 2° ( 7) Desccver !6 NM Im44s3 M V • , -v

Baby Jo, M Pessanha 7 56 7° ( 7) Joe F.tj (CP) i NL > -iov C* L fe'te -aSopa'do.I lares 15 57 t>° (10) Cho«o —af— 1 NM 1 • . .<T J v • F°

1—5 Biue Bravo. C Va'gos 2 56 3° (10) Chorro 1 NIm2?ir P.D^rantiVonose, G F.Silvc 3 551 4° ( C; D< S'efana I N\\ lm2 j«.I G j -xjCanoneu. H Cunha F1 12 55 13° (13) Tudo Be-M 1 *«p 1 • r •% J R S .-nSensoss. E. Santos 1 1 56 6° ( 9) D> Stefano 1 NM 1-. F Maacs en»

3 Cease'ess.DGuigr>oni 16 57 5° (10) G-o"o 1 N\*. Irrtj. JP.Ol'»e.<o10 U'utank, A Fce ro I 56 63 (10) Chcra 1 r-J V> 1 m22w S F-an^a11 Andre H Vasco-:elcs 8 56 6° ( 9) Accu'oto I NP 1 • . • AA'.es12 Grinqal. F S.lva 14 55 7° ( 9) Ma icon • —of— I NL lml ,M; Ht -h0

4—13 Clos Riant, J Ftere 13 56 4° (10) CHco —— 1 NM 1m2 2*1' P Sn'ss14 luon, J Malta 10 55 10° (11) Dom Sondro 1 NP l;r09$4 F P. • -15 K'bunga'u'3. J Au*e'-C 6 58 5° ( 91 D» S'e'ar 13 NM tn 2.1-1 C1 f N -es

Ravano. R An'omo 9 56 83 (99} D« Stefano 1.3 NM 1m23si f.' .c-• Coquelin muito ligeiro pode ganhar na largada. Cios Riant é o maior rival Daffv teveum percurso sem sorte em sua estréia. Náo pode ser excluído das combinações dedupla exata. Ceaselless tem condições de figurar com destaque. Seus exercícios sâobons.

COQUELIN — DAFFY — CLOS RIANT

Full Love

1° PAREÔ — 1.600m — Cr$ 940.000.001. Attorney Generol — L. Yanez2. Empresário — I. QuintanaTempo: l'36"9s. Vencedor: 11,60 — Dupla (23)21,00 — Placès (2) 5,"00 (3) 1,90.2° PAREÔ — L. 1,600m — Cr$ 940.000,001. Bobthen — L. Cavalheiro2. Life Boat — L. YonezTempo: 1 "36"3s. Vencedor: 6,00 — Dupla (16) 26.60

Placês (1) 3,50 (6) 4,90.3° PAREÔ — 1,600m — Cr$ 940 000.001. Agudo — E. Sampaio2. Gung — J. GarciaTempo 1 '36"ls. Vencedor 9.30 — Dupla (24) 20,80

Placès (2) 6,60 (4) 2,60.4° PAREÔ — 1 600m — Cr$ 752 000,001- L®cn Boy — A. Vale2. Equinox — L. C. SilvaTempo: 1'40 ls. Vencedor 11,30 — Dupla (88)16.30 — Placès (9) 5,10 (8) 3,00

ganha em

5° PÁREO — 2.000m — Cr$ 752.000,001. Esguia — L. C. Silva2. Van Dorey — J. F. CosiaTempo: 2'02"ls. Vencedor: 2,20 — Dupla (35) 3,70Ploces (3) 1,60 (5) 1,706o PAREÔ — 1,600m — Cr$ 940.000,001. Gold Horse — J. Silva2. Fujõo — L. YanezTempo: l'37"5s. Vencedor: 2,00 — Dupla (57) 2,30Placès (7) 1,20 (5) 1,20.T PAREÔ — 1.600m Cr$ 11 000 000.00Grande Prêmio "J. Adhemar de Almeida Prado"(Taça de Prata)1° Full Love — I. Quintana2o Ktshi — E. R. FerreiraTempo. l'36"5s. Vencedor: 3.10 — dupla (48) 10,60

piaces (12) 2.00 (7) 8,50

8* PAREÔ — l.OOOm — CrS 752 000,00lc Ovine — R Penachio

C. Jardim

2° Nomenclatura — J. FagundesTempo: 58"8s. Vencedor-. 1,60 — dupla (68) 5,80 —ploces (10) 1,20 (7) 3,80

9° PÁREO — 1,800m — CrS 564 000,001° Vess — E. le Mener Filho2o Boogie Shoes — J. ValeTempo: l'50"4s. Vencedor-. 7,00 — dupla (16) 8,90

ploces (8) 3,70 (1) 1,70.10° PÁREO — 1 200m — Crp 940 000,001° Emine — A Barroso2° Value — J. PedroTempo: l'l4"6s. Vencedor: 3,70 — dupla (23) 16,30

ploces (2) 2,70 (3) 4,50.

1 Io PAREÔ — 1 600rn — CrS 564.000,001° Dancing Sunrise — M. Sanches2. Fog-Boy — AA. LourençoTempo: 1 36'8s M. Vencedor; 2,30 — dupía (15)9,50 — ploces (1) 2,00 (7) 3.80.

• Cajou mostrou progressos e a turma está fraca para o seu padrão normal de corrida.Cadenciado é ligeiro e na distância tem que ser respeitado como um sério rival. Sisãotem figurado bem e na dupla exata é um nome positivo.

CAJOU — CADENCIADO — SISÂOWÊÊÍmOn Set pegou muito bem a grama leve e venceu com sobras o GP Francisco Vilela de Paula Machado

On Sei vence fácil o clássico

• Navarque está em evolução e aparece como favorito da prova que abre a reunião.Yatolah ganhou com firmeza e mesmo subindo de turma continua com possibilidades.Bartolomeu prefere a pista de grama, mas mesmo na areia pode figurar, pois é muitoligeiro. Tristão tem um exercício multo bom.

NAVARQUE — VATOLAH — TRISTÀO

AP lm02»4NI. Im21>NM 1m2MNP Im09s2NP Im09s2NI 1m02i3NM 1m2H4AP lm02\4NL 1m02s3

l Previotli Ne'ol AcurtoW.PederienS.FrançaM NicleviikJ B SilvaH TobíosA RirardoW.Penela»

On Set, por Rio Bravo em Rondina,venceu o Grande Prêmio Francisco Vilela dePaula Machado, marcando lmin35s4/5 nos 1mil 600 metros na pista de grama leve. Emsegundo, finalizou Viga-Mestra, na terceiracolocação, Vistoria. O jóquei da vencedorafoi E. Ferreira que esteve muito seguro emtodo desenrolar da competição.Io PÁREO — 1400 melro# — Pista — Gl — Prêmio Cr$ 400.000,00

Io Porter, CA. Martins 54 16,00 12 5,902o Vincizarzo, J. Esteves 57 22,20 13 5,903o Global. F. Pereira 57 5.20 14 10.604o Champion lord.J Pinto 57 2,20 22 17,205o Notório, E Ferreira 57 2,00 23 1,606o Jetivi, J. Aurélio 57 8,10 24 6.207o Hobus.l. Lanes 55 5,30 33 9.60

34 5.9044 34,90N/C: OLMOSDUPLA EXATA (04 — 08) CrS 110,10.Díf.: Cabeça e 1 1/2 Corpo — Tempo — 1'22"2 (Igual ao record) —Venc. (4) CrS 16,00 — Dup. (24) Cr$ 6,20 — Placé (4) CrS 6,40 e (8) CrS10,00 — Mov. do Páreo CrS 4 558.200,00 — PORTER — M.C. 4 anos —

RS — Rastocuér e Paulette — Criador — Horas Qucbracho — Propr. —Stud A. S. Lima — Treinador P. Morgado.2o PÁREO — 1400 metros — Pisla — GL — PrAmio Cr$ 400.000,00

Io SnowLast.S Silva 57 7,80 11 12,102o Salve Ela. C A. Martins 54 5,30 12 1,803o Enebrina, E. Ferreira 57 1,40 13 6,804o Holininha, I. Lanes 55 3,40 14 23,405o Egayante.R Costa 53 28,90 22 5,606o Lady Parnell, R Antônio 54 9,80 23 2,407o Morella.F. Pereira 57 11,70 24 12,40

33 34,2034 28,80

N/CM: FAQUINHA e JACKELINE COURT.Dif3 e 3 Corpos — Tempo — 1 *24"3 — Venc. (1) CrS 7,80 — Dup.(13) CrS 6,80 — Placé (1) CrS 3,60 e (5) CrS 3.10 — Mov. do Páreo CrS6.233.100,00 — SNOW LAST — F.C. 4 anos — RS — Snow Puppet eChoc — Criador — Haras Fronteira — Propr. Adhemar Suald —Treinador — L. Previatti N.3° PÁREO — 1400 metro* — Pl.to — GL — Prêmio CrS 500.000,00

1° Foujita, E.Ferreiro 56 1,60 11 9,102o Apelido,C.A.Mortins 53 4,90 12 2,003o Vivaldino. J.Pinto 56 2,20 13 4.804o Velado. M.Monteiro 55 2,20 14 5.505° Xis Gold. J. Aurélio 54 I3.B0 22 23.306o RioSol.F Pereira 56 4,90 23 4,607° Aroldo, A Machado 56 7,10 24 6 108o Dombrowski, G.F.Almeida 56 7,10 33 41.309° Ismac. J AAolto 56 66,80 34 14,20

10° Batovo, J.Esteves 56 43,30 44 34,3011° Heptano, Jz Garcia 56 31,30

Dif : 1 1/2 Corpo e Mínimo — Tempo — 1 '23" — Venc (2) CrS1,60 —Dup (23) CrS 4,60 —Placé (2) CrS 1,70 e (5) CrS 2,60 — Mov.do Páreo CrS 8.215.600.00 — FOUJITA ~ M.C. 3 anos — SP — Felic.oe Ipojuco — Criador e Proprietário — Haras São José e Expedictus —Treinador — F. Saraiva.

11 Navarque, J. Pinfo 572 Yatolah, A Macahdo 55Malonohell, 5, Gonçalves 573—4 Bartolomeu,A P.Sou/o. 57Apolomec.C. A Marlini 574—6 Tnstôo.M. Ferreira 57Camer.ton, F. Pereira F° 57

2o ( 9) Ivory TowerIo ( 9) Chamamento*8o ( 9) Ivory TowerIo ( 9) Yatolah-d-9o ( 9) Ivory Toer5o ( 9) Ivory Tower*r ( 9) Giro*

2o ( 0) Caris os10° (I 1) Connors-of-3o ( 8) Jubil4o ( 8) Sogall-af-6o ( 8) Segall7° ( 8) Al Solto4" ( 8) Jubil5o ( 6) Carisios8o ( 8) Al Solto

4° PARK) — 1500 metroi — Pislo — Gt — Pr»mio Cr$ 320 000,001° Dotado, J.B.Fonieca 58 4,80 II 18,402° Five, F.Pereiro 58 2,00 12 9,703° Cantarin, J.Pinto 58 4.60 13 6,304° Find,G.F Almeida 58 6.00 14 3,005° Proseando, J.Queiroz 57 54,70 22 29.906° Frepelo, A.Machado 58 9,10 23 5,407° Gianfranco, G.F.Silva 54 92,90 24 5,408° Sinhd Adamo, D.Guignom 58 32,60 33 17,609° Century, A.Ferreira 58 30,50 34 2,60

10° Aureliano, M Pessanha 57 31,00 44 17,8011° Queguay, M.Andrade 57 21,9012° Big Exeter, J. Aurelio 57 5,20NIC T10 IBA.D.EXATA (08-10) CrS 71,90Dif.: Pescoço e 1 1/2 Corpo — Tempo— 1 '31 "2 — Venc. (8)CrS 4,80 —Dup. (34) CrS 2,60 — Placé (8) CrS 3,70 e (10) CrS 1,60 — Mov. doPáreo CrS 8.288.300,00 — DOTADO — M.C, 5 anos — SP — Noftol oDeclina — Criador — Haras Rio das Pedras — Propr. — Stud Motel —Treinador — I. Acuiio.5o PÁREO — 1600 metro» — Pista — GL — Prêmio CrS 2.000.000,00GRANDE PRÊMIO FRANCISCO VILELA DE PAULA MACHADO —

GRUPO II — SELEÇÃO1° OnSet. E. Ferreira 56 1,50 11 4.502° Viga-Mestro, J Esteves 56 2,10 12 1.503° Vistoria, J. Pinto 56 2,10 13 6,004° Jumble Sale, J. Queiroz 56 16,00 14 8,905° Adotiva, J. Malta 56 25,10 23 4,206° Baronesa.G. F. Almeida 56 3.90 24 12,007° Hive, F.Pereiro 56 14,30 33 46.108° Venus de Milo, J. C. Castillo 56 2,10 34 21.80

44 76,20Dif: 1/2 e 1/2 Corpo. — Tempo— 1*35**4 —Venc. (2) CrS 1.50 — Dup.(12) CrS 1,50 — Placès (2) CrS 1,00 e (1) CrS 1,00 —Mov. doPoreoCrS5.304.800,00 — ON SET •— F. A. 3 anos — SP — Rio Bravo II e Rondina— Criador e Propr. — Haras Santa Mana de Araras — Treinador — W.P Lavor.6o PÁREO — 1400 metros — Pista — GL — Prêmio Cr$ 520.000,00PROVA ESPECIAL1° Dactus.E Ferreiro 59 2,40 11 25,502° Jongoville,J.Malta 59 3,40 12 3,903° Key To Mil..A. Machado 56 3,90 13 4.104° Al-Jabbar,F.Pereiro 56 5,60 14 3,20

5° Pelegrino, J. Pinto 56 ~3,70 22 2,306° HinoFlete, J. Escobar 56 29,90 23 7,007° Gamble Boy, J. Aurelio 58 9,60 24 4,6044 11,40

N/CM: JABOATAO e VIEJO PANCHO. Dif: Paleta e 2 Corpos Tempo1'23" — Venc. (1) CrS 2,40 — Dup. (14) CrS 3,20 —Plocés (1) CrS1.40 e (8) CrS 1,80 — Mov. do Páreo CrS 7.924.700,00 — DACTUS —

M C-. 6 anos — RS — Maverick e Tainha Belo — Criador Haras Sôo LuizPropr — Haros Santa Morio de Araras — Treinador — W. P. Lavor.7o PÁREO — 1300 metros — Pista — AL — Prêmio CrS 400.000,00

1° Es PorteAo, J Freire 55 62,40 II 64.902° Elmir.E.Ferreira 57 4,60 12 6,20

3° Wimbledon King, I.Lanes .... 55 5,10 13 7,004° Tangueiro, R Vieiro 53 21,50 14 24,305° Beta-Malmo, G.F.AImeido 5'7 9,30 22 5,006° DezenoG.,C.Bitencourt 57 5,10 23 1.707° Marinaro, L Correa 57 115,40 24 6.508° Guntur, A.Machado 57 64.80 33 8,509° Seletivo, M Androde 5" 49,90 34 7,50

10° Exmoor, J B Fonseca 57 1,40N/CM SERIZECA/ARIBERTO. DUPLA EXATA (08 -07) CrS 83,90

J A limeiraA P SilvaN A SilvaP.M PlottoJ D MoreiraP.labrePLabrn

58585856565856

Dif: 3/4 de Corpo e Pescoço — Tempo — 1*21 "2 — Venc. (8) CrS 62, 40Dup (33) CrS 8,50 — Placé (8) CrS 17,80 e (7) CrS 2,60 — Mov. doPáreo CrS 9.694 200,00 — ES PORTENO — M A. 4 anos — SP — KublaiK Khan e Garissa II — Criador — Haras Sáo José e Expedictus — Propr.— Carlos Antonio Jorge Soad — Treinador — W. Penelas8° PÁREO — 1000 motrot — Pi.lo — AL — Prêmio CrS 530.000,00PROVA ESPECIAL DE LEILÃO1° Clyde Bill, J.Pinto( + 56 1.50 11 108,401° Vocacionol, F.Pereiro(+).... 56 3,10 12 2,10

3° Podes'a, J.Esteves 56 28.50 13 22,304° Helada, P Vignolas 56 13,30 14 3,905° So Far Away, G.F.Almeida 56 2,90 22 19,006° VileNeuve,M.Andrade 56 41,60 23 6,60

i7° Miss Watson, S.Go-nqalves 52 82,20 24 2,208° JuaninimG.F.Silva 52 106.40 33 68,809°ltaperirim,M.Monteiro. ... ... 49 11,70 34 23,20

44 13,80N/G VERMEIL.( + ) Empataram na Ia colocaçãoDif: Empate e Pescoço — Tempo — 1 '03" 1 — Venc. (3) CrS 1,00 e (9)CrS 1.00 — Dup. (24) CrS 2,20 — Plocé (3) CrS 1,20 e (9) CrS 1,60 —Mov. do Páreo CrS 7.739.700,00 —CLYDE BILL — F.C. 3 anos — PR —Depressa e Actinia — Criador — Rio Grande Agro-Pastoril Ltda —Propr. — Stud Grumser — Treinador — Z. D. Guedes — VOCACIONAL— F. C. 3 anos — RS — Crying To Run e Kessália — Criador — HarasSanta Ana do Rio Grande — Propr. Elias Zaccour — Treinador — F.P.lavor.9o PÁREO — 1300 metros — Pista — NL — Prêmio Cr$ 400.000.00

1° Annibal. J.Pinto 57 1.40 11 3,802° TioPaulo,Jz.Gorcio 57 1,40 12 2,903° Docimeu,J.Freire 55 3.40 13 2.704° Giro, C.A Mortins 54 8.20 14 5.805° Tubifex. J Aurelio 57 6.50 22 28,306° Taj El Moluk, F.Pereiro 57 6,70 23 5,907° Ivory Tower, J.Malta 57 7,00 24 10.40

33 19.6034 15,20

N/C QUICK FLIGHT.Dif: Cobe<;a el 1/2 Corp» — Tempo — 1'20"3 — Venc (1) CrS

1,40 — Dup(l 1) CrS 3,80 — Placé (1) CrS 1.10 — Mov. do Páreo CrS6 730 800,00 — ANNIBAL — M A. 4 anos — SP — Rio Bravo II eAgustina —Criador — Haras Vitória — Propr. — Stud Danillo Borcellos— Treinador — R. Carropito.10° PÁREO — 1200 metros — Pisto — NL — Prêmio Cr$ 500 000,001° Tura.F.Pereira 56 3.50 II 33,90

2° Valorosa.C.A.Martins 53 3.50 12 6,603° Nateira,R.Macedo 56 4,00 13 7,904° Ostentosa, J.Pinto 56 3,30 14 28,905° Lady Curuatd, M Ferreira ... 53 44.60 22 6,906° Ondulatjao. U.Moireles 56 151,80 23 1,207° Fortunio,J.Esteves 56 5.70 24 29.408° Tuyunard, J Aurelio 56 2.50 33 5,209° Khedive. R Costa 52 21,90 34 29.000° Minho Lucia. J.Freire 54 44 132,101° Opera Dancer, A Machado 56 170,60

12° Sun Belo. J.Escobar 56 50,10DUPLA EXATA(07 — 07) CrS 19.80.Dif: 3 Corpos e I 1/2 Corpo — Tempo — 1*15"4 — Venc.(7) CrS 3.50 —Dup(33) CrS 5,20 — Placé (7) CrS 2.70 — Mov. do Parco CrJ8 541.300,00 — TURA F.C. 3 anos — RS —• Tuyuti II e Guajira —Criadpr — Haras Fronteira — Proprietário — Elias Zaccour — Treinadoi— F.P. LavorMOV. GERAL DE APOSTAS: CrJ 89 milhões 824 mil.

Telefoto/Wilson Santos

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1 — 1 Ca|ou,S Silva2 Tiolbo.G. F. Silvo 7

2—3 Cadenciado, J. Pinto 44 Sisôo, A. Ferreira 2

3—5 Mountbatten.C. A. Martins. 66 El Melro, R Antonio I

4—7 Guatemalteco, J. Malta 5Upwell.C. Bitencurt 9Beaujolais, M. Monteiro 8

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JORNAL IK) BRASIL FUTEBOLVldol da Tilndada11

segunda-feira, 15/8/83 D ESPORTES 0 7

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Ao receber de Nunes (atras), Berg (C) teve categoria para evitar a chegada de Júnior e deslocar Raul com um cliute no canto

Leônidas diz que poderia

ter siâo de 8

Se o Botafogo aproveita ametade das chances de gol, nãoseria de 6, como queria a torci-da, mas de 8 a 0.

O desabafo eufórico partiudo emocionado técnico Leòni-das, um antigo ganhador doFlamengo, e que era o respon-sável pelo time na famosa go-leada de 6 a 0, em 1972, logoapós acabar a partida.

Ao analisar o desempenhodo time, Leônidas elqgiou ocumprimento das determina-ções táticas como fator funda-mental para chegar à vitória, eafirmou que o Flamengo come-çou a perder a partir do mo-mento em que escalou jogado-res de meio-campo em excesso.

O Flamengo se enroloucom o esquema de jogo armadoe se perdeu inteiramente. A ri-gor, só exibiu toque de bola,enquanto o Botafogo aliou gar-ra à técnica e conseguiu envol-ver inteiramente o adversário.

O técnico explicou que aatuação dos novatos Ademir eDemétrio ao lado de Berg foiperfeita.Eu sabia que se o Demé-trio se colocasse bem em cam-po, sem querer resolver tudosozinho, renderia bem mais. Ejá esperava que o Ademircuidasse do desarme com efi-ciência, assim como esperavado Berg exatamente o que mos-trou: muita habilidade na con-dução de bola e imprimindovelocidade nas jogadas. Só nãoesperava que a vitoria fosse tãofácil.

O supervisor Gérson classifi-cou a vitória como um resulta-do de aplicação tática.

Foi a vitória da garra, lu-ta e do entrosamento tático daequipe. A turma fez exatamen-te o que costuma produzir nostreinos. Tanto que a preleçáode Leônidas, no intervalo, foitranqüila. Afinal, o time jogavacerto, com segurança e criativi-dade, e atacava com três ouquatro. É claro que, à certaaltura, o time se empolgou, foimuito à frente, mas é difícilsegurar o impeto dos garotos,especialmente os do meio-campo tos três têm 20 anos).

Leônidas marcou a apresen-tação dos jogadores para ama-nhã de manhã, em MarechalHermes. Em princípio, ele sónão poderá contar com o za-gueiro Osvaldo, que torceu joe-lho e tornozelo e teve de sair dojogo. Segundo o médico LídioToledo, Brg não é problema eAtaíde e Alemão deverão tercondições de enfrentar o Cam-po Grande no domingo.

Sérgio DantasO vice-presidente de futebol

Luís Fernando Maia revelouque a cota do Botafogo na par-tida foi de Cr$ 29 milhões. Comesse dinheiro, a diretoria pre-tende colocar em dia os paga-mentos atrasados desde junho.O prêmio pela vitória foi de Cr$355 mil.

A prova de Ademir

Criticado por possuir estilode jogo excessivamente defen-sivo e acusado de desleal, ojovem apoiados Ademir achaque conseguiu provar que tam-bém sabe auxiliar o ataque eque não é violento. Ainda novestiário, lembrou que não en-contrara o pai, como ele umbotafoguense fanático e quenáo o presenteara pelo Dia dosPais.

E tem melhor presenteque oferecer a ele esta vitoria?Mostramos, de inicio ao fim,que o resultado foi justo, maspodia ter sido de mais. Pensoque de uns cinco a zero. Foimeu segundo clássico e a se-gunda vitória. Mas ganhar doFlamengo, realmente, é o queimporta, sobretudo se eu tenhochance de mostrar aos que mecriticam que também sei jogarno ataque. No empate com oAmericano todo o time foi mal,mas quem mais sofreu com ascríticas fui eu. E ao pessoal doBorel (Morro do Borel, na Tiju-ca, onde mora com a família)provei que náo sou violento.Eles vieram ao jogo certos deque eu seria expulso e não vi-ram nem levar cartão amarelo,o que prova que meu futebol eduro, viril, mas leal, na bola.

Assim como Ademir, Demé-trio também não tem a condi-çào de titular assegurada. Umdos destaques do time ontem,Demétrio acha que é necessáriolutar muito para continuar notime.

O importante é aprovei-tar as oportunidades que sur-gem. Tenho entrado bem notime e naturalmente quero ga-rantir uma vaga, mas sei quepara conseguir isso vou ter decontinuar lutando.

Sobre o jogo, o apoiadorlembrou que o Flamengo atra-vessa séria crise.

Toda a confusão ocorridaesta semana na Gávea deve tercontribuído para que o time doFlamengo caisse de produção.Mas o Botafogo teve méritos navitória. Foi assim contra o Vas-co e agora, contra o Flamengo,mostramos nosso jogo veloz eobjetivo.

Frodorico Rozário

Vasco vence e Zanata quer

lançar logo os 3 reforços

Milão. Itália — O Vasco conse-guiu sua segunda vitória em trêsjogos disputados na Itália. On-tem, venceu o Monza por 3 a 1,sem nenhuma dificuldade, diantede um público de 10 mil pessoas.Os jogadores têm o dia livre hojee está programado um passeio aoLago Como.

O técnico Zanata revelou quepretende escalar os zagueiros Da-niel Gonzalez e Nenè, além doponta-esquerda Paulo Egídio. to-dos contratados recentemente,na partida de domingo, contra oFluminense, nas vagas de Celso,Chagas e Marquinho, que, entre-tanto, será mantido como tercei-ro homem de meio-campo.

Os destaques do time na parti-da de ontem foram Dudu e Mar-ceio O primeiro gol foi marcadopor Ceiso, em cobrança de penal-ti sofrido por Ernaní, logo no ini-cio da partida. Ainda no primeiro

tempo, Marcelo aumentou em ca-beçada certeira, aproveitandocentro de Marquinho. e Dudu,após tabelar com Marcelo.

Na segunda fase, o time sepoupou, abusou do toque de bola,e permitiu que Mitri descontasse,em falha da zaga. O Vasco venceucom: Acácio, Galvão, Chagas,Celso (Rondineli) e Joáo Luís;Serginho, Dudu e Amauri (Geo-vani); Ernani, Marcelo e Marqui-nho.

Elói, contratado pelo Gênovaao Vasco, assistiu a partida aolado do presidente Antônio Soa-res Calçada. A delegação embar-ca para Catània amanhã, e en-frenta o Catània na quinta-feira.Se o jogo for realizado à tarde, oregresso ao Brasil se dara à noite,mas se for a noite, a viagem serana sexta-feira, chegando ao Riono sabado

Berg manda

a camisa

para o pai

Oldemário TouguinhóVou mandar essa camisa

para o meu pai, seu Antônio,que a esta hora deve estar namaior alegria em Manaus. Nãovou trocar a camisa com ne-nhum jogador do Flamengo.Agora é a do Botafogo que me-rece ser guardada como lem-brança. Quem diria, logo eu,que so via esta festa do Maraca-na na hora que a televisão noAmazonas passava os gols doFantástico, fazer um gol no Fia-

íengo e sentir a explosão datorcida. Isso até parece um so-nho — dizia Berg, no vestiário,enquanto o massagista Vantuilretirava as ataduras que co-briam todo seu pé direito.

No campo, o jogo continuava.No vestiário o rouperio Jair,com o seu radiofone ligado, con-firmava que permanecia no pia-car de 3 a 0 para o Botafogo. Napequena sala de massagens,deitado sobre a maca, estava ozagueiro Osvaldo, com um sacode gelo sobre a coxa e outro notornozelo. Ao ver Berg ser aten-dido, comentava que tinha sepreparado muito para o jogo eque não entendia como numlance normal, pisou em falso,torceu ao mesmo tempo torno-zelo e joelho da perna direita:

Estou sofrendo muito aquidentro, mas soube pelo Jair quevocê estava sensacional.

Berg continuava sendo aten-dido por Vantuir:

Tudo começou no jogo con-tra o Goitacás. Levei um chuteno pé e por mais que faça trata-mento a dor sempre volta. Nasexta-feira o local ainda doíabastante, mas no dia seguintemelhorou e para eu entrar con-tra o Flamengo fui obrigado ausar uma proteção de atadurasem volta do pé. Isso me dificuí-tou alguma coisa, mas a vonta-de de jogar era tanta que corrimesmo sem estar cem por cen-to. Mas quando apoiei na pernadireita para fazer o giro do meugol. a dor foi demais e náo con-segui ficar em campo.

Ao ouvir o companheiro falardo gol, Osvaldo pediu que elecontasse como foi o lance por-que na hora tinha ido até a salade raios X do Maracanã e nãodeu para ter uma idéia melhorda jogada.

O dono do gol foi o Nunes.Ele estava ali atrás e, quandodominou a jogada, fez um passena medida. Eu apenas corri etoquei direto para o gol. Só deutempo de ver a posição do Raulpara chutar melhor. Não tevejeito, foi bola la na cantinho.Quase não pude ver mais nada.Era uma festa nas arquibanca-das e no campo. Fiquei tão doi-do no lance que nem senti quehavia machucado o pé. Mas lo-go depois as dores aumentarame. por mais que eu quisesse con-tinuar, senti que náo dava. Ocerto é que foi uma felicidademuito grande esse jogo. pois nolance do segundo gol, dei umpasse para o Geraldo, que saiuperfeito. Náo quis chutar por-que o Geraldo estava entrandolivre.

E por ser um dia especialque vou guardar essa camisasuada e mandar para Manaus.Acho que não dá mais para oFlamengo mudar o placar. Vouvoltar para o campo e assistir aofinal do jogo no banco dos reser-vas- Não posso ficar aqui novestiário num momento desse.Quero ver a torcida vibrar nofim da partida.

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SCARLET MOON eNELSON MOTAesquentam as NOITES CARIOCASbatendo papo com: GIANNI AMICO — O

homem que vai levar os artistasbrasileiros para acabar com ofestival de verão na ItáliaMARCOS NANINI A volta de"Doce

Deleite", agora sem Marí-lia Pera.PAULA FRANSSINETTI — Ex-plica como sera a reorganizaçãoda CODERTE

NESTA SEGUNDA, ÀS 23.00 HORAS, NASUA TELINHA.

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Bola Dividida

Sandro Moreyra

§§

gara ganhar do Fia-mengo ontem, com so-bras dc gols c direito aoléy o Botafogo náoprecisou realizar ne-nhuma partida fora deserie. Bastou que ar-masse o seu time dentrodo velho esquema queno passado tantas gló-rias lhe deu.

Sábado escrevi aqui que, não poden-do contar com Alemão e Ataíde, o Bota-fogo iria usar contra o Flamengo o esque-ma preferido pelo seu comando tático(Nílton Santos-ueônidas-Gérson), ou se-ja, fechado na defesa, atraindo o Flamen-go e com isso criando espaços para seuscontra-ataques. Pois foi justamente o queaconteceu ontem em todos os 90 minutos,e é incrível e até inadmissível que umtime de jogadores de experiência e co-mandado por um treinador que jogouvinte anos de bom futebol tenha se manti-do inerte diante dos seguidos contra-ataques do Botafogo, mortíferos para suaaberta defesa.

Nenhuma providência veio do túnelnem ninguém em campo teve a iniciativade fechar os perigosos espaços, da defesarubro-negra. Por eles, o Botafogo domi-nou e deu um passeio no Flamengo. Foitão fácil a vitória que com um pouco maisde calma e um pouco mais de sorte teriarepetido o histórico e polêmico 6 a 0 quesempre alimentou a rivalidade entre asduas torcidas. Fez três gols e pelo menosperdeu outros três até mais fáceis.

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Botafogo viveu um grande dia.Seus torcedores, que tal como nojogo com o Vasco superava nasarquibancadas, há muito não se

alegravam tanto. Uma alegria muito me-recida. aliás, porque poucas torcidas têmsido tão maltratadas e permanecido tãofiéis.' A do Botafogo jamais faltou aoclube, mesmo quancío o clube só lhe davatristezas. Ontem, finalmente, teve o seutão çsperado dia de glória.

E bom ver o Botafogo devolvido àsua verdadeira imagem.

¦ ¦ ¦

TANTO

quanto qualquer outro oBotafogo tem agora o direito depensar no título. Claro que seutime ainda precisa de maior expe-

riência e confiança para acreditar em suaforça. A vitória de ontem foi importanteporque pode ter dado essa auto-suficiência que ainda falta.

Berg despontou de novo como agrande figura do Botafogo. Não apenaspelo passe genial que deu para o segundogol ou o toque perfeito do terceiro, maspelo talento que mostrou em lodo o jogo.Berg é, sem dúvida, um craque que estásurgindo.

53 IS ¦

G

velho Sebastião Leônidas, juntocom Nílton Santos e Gérson, é oprincipal responsável por essa re-cuperação do Botafogo. Os três,

que sabem muito de futebol, só agoraencontraram um ambiente decente paratrabalhar. Do presidente, de seu vice e dodiretor de futebol têm recebido apoio eliberdade total. Como antigos jogadoreseles sabem tratar com o grupo, criandoum ambiente de camaradagem e entendi-mento que está funcionando como se viuontem.

A sorte do Botafogo é que ninguémlá está interessado em faturar prestígio àcusta do time. Isso garante que o liomtrabalho do trio vai continuar sem inter-ferências.

¦ ¦ ¦

QUEM

está ficando exigente é atorcida tricolor. No sábado,vaiou intensamente o Fluminen-se só porque venceu o Campo

Grande por 1 a 0. Queria uma goleaaa.O time, na verdade, não andou bem.Fez um gol de início e se atrapalhoudepois, fazendo sofrer sua torcida até ofinal. A liderança e a invencibilidade, noentanto, foram mantidas. Resta sabercomo o Fluminense vai se apresentarcontra o Vasco, este sim um jogo decisivoda Taça Guanabara. Uma vitória tricolornão parece, entretanto, difícil se levar-mos em conta que o Vasco vai retornartia Europa na véspera da partida cansadoda viagem e das surras que anda tomandopor lá.

SE

HISTORIAS: Cansado de ver o ata-cante adversário perder gols na sua cara.o goleiro explodiu:

Pocha, ate parece que você estávendido!

E estou mesmo — admitiu o cen-troavante.

Então estamos perdidos — vol-veu o goleiro — porque eu tambémestou.

Dunshee remincia e e amea§ado por

^ t ^

^

^mente somos os melhoresdo Brasil, mas isso nao e ,suficientc. A equipe tem

re^^campo^ntdro e isso /I imagem do jogo: tres do Botafogo — Demetrio (E), Ademir e Berg — contra urn do Flamengo Gilrnarnao aconteceu. J a disseo.ue quem nao estiver se mi 11 nwpepa para ser vendido. ^que nao pode e errar bolasfaceis com? se viu neste JoSO Scildaitlhajogo. — disse o tecmcomostrando a sua revolta.

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OPINlAO DO TIME SaS" Ist0 deVe exPlicar a P0UCa r0" E Claf0 ^Ue ist° VnL mente maL '

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A cada semanaum time diferente e assim nocusta muito a acertar. Mas mswho^nao se pode desesperar. De Irepente tudo volta ao nor-nal — disse Junior muito ¦abatido com a derrota. njyna » Bk ¦¦ MTjfffklB ^ M

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jir-a.—'*»' afflSs.pelo treinador. Alguns evi- M&l ,0& gjgjjgl ^ SI Wi ,%* Katavam falar abertamente, kMm n uk &5 ^Ikai WW»>h Sm" Mmas no fundo protestavam m H iWl ^contra os esquemas tati- ^g§S » W P H'SSlS Scos ae Carlos Alberto. ^88^ iHBr m w ea —-- ¦¦a*^ —

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Dunshee renuncia e é ameaçado por

Apesar de derroto de 3 a0, o técnico Carlos AlbertoTorres estava firme no ves-tiario do Flamengo. Co-mentava com segurança aatuação da equipe e argu-mentava que não adiantaapenas ter categoria parajogar se não se entra emcampo com garra.

O Flamengo foi umtime apático no primeirotempo e só melhorou noinicio do segundo, até so-frer o segundo gol. Depoiscontinuou sem brigar. Equalquer time quer brigarpara vencer — comentou otécnico.

O que deixava o treina-dor mais aborrecido nàoeram os erros de marcaçãoou mesmo as falhas na co-bertura, mas a poüca dis-posição que o Flamengoapresentou contra o Bota-fogo.

Temos feito várias ex-perièncias para acertar otime depois que Zico foiembora. Mas nada vinhadando bom resultado. Fi-nalmente decidi optar pelaantiga formação tátk-a daequipe, a que tinha con-quistado a Taça de Ouro.Com o esquema usado napartida final, contra o San-tos, acreditava que tudosaísse bem contra o Bota-fogo. Mas os jogadores naoconseguiram acertar. Oque lamento é que nadavai dar certo enquanto nãohouver um time de compe-tição. Eu queria que o Fia-mengo lutasse assim comoo Botafogo lutou. Técnica-mente somos os melhoresdo Brasil, mas isso não é osuficiente. A equipe temque entrar disposta a cor-rer o campo inteiro e issonão aconteceu. Ja disseque quem nao estiver sesentindo bem no clube quepeça para ser vendido. Oque não pode é errar bolasfáceis como se viu nestejogo. — disse o técnicomostrando a sua revolta.

Amanhã ele volta a con-versar com os jogadoressobre os erros contra o Bo-tafogo e vai exigir um trei-namento intenso para to-da equipe, a fim de que otime possa se recuperar napróxima rodada, contra oBonsucesso. e reiniciaruma nova fase de vitórias.

Os seguranças do Fia-mengo conversaram com otécnico sobre os protestosque a torcida estava fazen-do contra ele no portão desaída. Carlos Alberto nãose importou e disse quetorcida pode até chamá-lode "burro" como aconte-ceu durante o jogo que elerespeita, pois acha o torce-dor com direito de recla-mar contra o que não gos-tar. Mandava inclusiveuma saudação para todosos torcedores do Flamengonesta hora ruim. Na saída,o capitão Siqueira montouum esquema de proteçãocom a Policia Militar e nãohouve problema para otécnico ir embora no seucarro junto com o supervi-sor Roberto Seabra.

4 imagem do jogo: três do Botafogo — Demétrio (E), Ademir e Berg — contra um do Flamengo — Gilmar

João Saldanha

Botafogo, sobrando

presença'de rubro-negros no está-dio. Inédito: até no xadrez doMaracanã, o Botafogo tinha maisgente!

Também nos garotinhos queagora entram no campo na frentedos times. Excelente a idéia. Em-polga os meninos. Aí também oBotafogo estava com mais gente.Certamente os papais faziam maisfé. E, no campo, o time do Botafo-go em partida quase impecávelencheu os espaços e não deixou oFlamengo jogar. O goleiro do Bo-tafogo não fez nada difícil.

Berg, com rara inteligência eextraordinária percepção para darsoluções rápidas às suas jogadas,dá ao time 'nova

personalidade.Berg necessita de mais musculaçãoprofissional para se tornar umgrande jogador do futebol brasilei-ro. É claro que isto virá.

Mas o Botafogo estava certoem tudo e o Flamengo sem nemdar chance aos seus torcedorespresentes de se expandirem. OBotafogo annou para o lado doJúnior com dois homens. Geraldo,magnífico, e Josimar. Os dois iampara cima do lateral do Flamengoe matavam. Ninguém foi socorrerJúnior e por ali foi o caminho dafesta.

É curiosa a sabe-, :rv doria coletiva da

multidão. PareceMffcgk jjmU que sente o cheiro da

t v -)) Pólvora. Das setenta

^'íLwmI mil Pcssoas que Pa~garam ingressos, vi-

j sivelmente, a grandeifejjfy maioria era de bota-

foguenses. O que te-ria feito a torcida do Flamengo,um dos melhores times do Brasil,se recolher e deixar claros tãograndes? A única resposta é asensibilidade do povão.

E o do Flamengo não andacom muito entusiasmo. E o negó-cio do Zico. Há uma lei em fute-boi: cobra não se vende. Zicosozinho não faz toda a falta mas sesabe que o jogo girava em tornodele. Era ponto de partida e, mui-tas vezes, de chegada para as coi-sas. Isto deve explicar a pouca

Bom negócio para o Flamengoo resultado. Não perdeu oportuni-dades porque não as teve. Mas oBotafogo perdeu quatro excelen-tes. Cara a cara. Impecável o timedo Botafogo taticamente. E dentrodo campo se Geraldo e Berg esti-veram um palmo acima, todo otime esteve muito bem. O Botafo-go sobrou. Três a zero foi bomnegócio para o Flamengo, incrível-mente mal. '

OPINIÃO DO TIME

Enquanto o técnico Car-los Alberto Torres reclamada falta de luta da equipe,os jogadores acham que omaior erro do Flamengo énão ter definido até agoraum esquema tático e nemuma escalação base: a ca-da jogo entra um time dife-rente.

A gente joga a bolapara o ataque e ela voltaem seguida. Assim não hádefesa que resista. A gentepassa o tempo todo a cor-rer de um lado para o outrosem saber o que fazer. Épreciso ter um time comconjunto para acabar estesproblemas — argumentouo zagueiro Mozer.

Para o lateral Júnior, oFlamengo ainda nào con-seguiu acertar uma escala-çáo depois que perdeuZico.

A cada semana existeum time diferente e assimcusta muito a acertar. Masnào se pode desesperar. Derepente tudo volta ao nor-nal — disse Júnior muitoabatido com a derrota.

Sentado ,no banco dovestiário, Lico comia umsanduíche e não sentiavontade de falar sobre ojogo e o time. Estava desi-ludido. Ao seu lado Adilio,também mostrando a suatristeza, comentava baixi-nho para Lico que não ti-nha adiantado nada a ar-maçáo tática do time. Li-co, ainda com a bocacheia, apenas balançavacom a cabeça para mostraique concordava com asafirmações do compa-nheiro.

O que estava claro naopinião geral do time e queninguém concorda com asmudanças seguidas feitaspelo treinador. Alguns evi-tavam falar abertamente,mas no fundo protestavamcontra os esquemas tati-cos de Carlos Alberto.

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Você é um incompetente. En-quanto aplica o dinheiro do Zico noopcn, o Eaul apanha os juros e acorreção monetária no fundo da rede.Ou você renuncia ou não sai daquihoje.

Descontrolado, o torcedor conhe-cido por Onça (um homem de quase 2metros e 115 quilos), da Flachope,interpelou de forma violenta o presi-dente Dunshee de Abranches, semtomar conhecimento dos muitos se-guranças que protegiam o dirigentena saída do vestiário. Momentos an-tes, Dunshee anunciara sua renúncia,

ãue só será confirmada após reunião

o Conselho Diretor e do ConselhoDeliberativo ainda a ser marcada.

Mas a interpelação de Onça foiprolongada. Ele estava revoltado enão aceitava qualquer argumentoapresentado por Dunshee:

Você acabou com o nosso ata-que. Deixou que Nunes e Tita fossemembora e ainda vendeu o Zico. Agente só ouve promessas. E deixe ocargo para alguém que esteja dispôs-to a levantar o time.

Dunshee, que ouvia tudo, dando-lhe inteira razão, chegou a oferecer aotorcedor uma procuração para quetentasse a contratação de algum era-que, pois todos que o clube tentouforam negados. Onça nem quis sabere com o dedo em riste respondeu:

O problema é seu. Você é opresidente e você é que tem que con-tratar. Sou um torcedor de arquiban-cada, que viajo em todos os jogos enão agüento mais tanta humilhação— disse Onça, que, do lado de fora doestádio, desafiou uma guarnição daPolícia Militar, que relutou em socor-rer um torcedor que passava mal.

A renúncia

A renúncia de Antônio Augustofoi anunciada logo que abriram o ves-tiário. Estava muito nervoso.

Enquanto a torcida estivercontra mim, o Flamengo não ganharámais nada. Com que clima que essesjogadores entram em jogo, vendo tan-tos protestos nas arquibancadas? Porisso, prefiro sair. Tomei esta decisão evou levá-la amanhã (hoje) para o meuConselho Diretor.

Mas se o Conselho Diretor nãoconseguir fazer Dunshee mudar deidéia, todos os integrantes da direto-ria também renunciarão. E o próprioCarlos Alberto Torres disse que sai seAntônio Augusto não continuar. Deacordo com os estatutos do Flamen-go, saindo o presidente, o ConselhoDeliberativo tem o prazo de 60 diaspara eleger um substituto.

Os dirigentes Adonirã Araújo, Re-natol Noval, Paulo Dantas e Jairo dosSantos já disseram que também re-nunciam se Dunshee mantiver a deci-são. Eduardo Mota. vice-presidentedo clube, e George Helal, presidentedo Conselho Deliberativo, acham queconseguem fazer o Dunshee permane-cer na presidência até dezembro de1984, quando termina seu mandato.

Raul magoado com

vinda de Fillol

Além da decepção pela derrota, Rauldeixou ontem o Maracanã amarguradopela notícia de que o Flamengo vai con-tratar, amanhã, o goleiro Fillol, da Sele-ção Argentina. Ele não fez qualquer críti-ca à diretoria, mas sentia-se perfeitamen-te o quanto lhe custará ficar como reservanestes quatro meses que faltam para en-cerrar sua carreira.

Se bem que o técnico Carlos AlbertoTones anunciou que se Fillol for realmen-te contratado Raul continuará como titu-

• lar. O problema é que além dos 280 mildólares (cerca de Cr$ 160 milhões) que oFlamengo gastará para contratar o golei-ro argentino, Fillol nao aceitará o bancode reservas.

Enquanto deixava o vestiário, sendo oúnico jogador do Flamengo aplaudido nasaída do Maracanã (foi uma das grandesfiguras da partida), Raul procurava justifl-car o interesse dos dirigentes.

É natural que eles estejam preocu-pados em arranjar um goleiro experientepara me substituir. O Abelha é muito bommas talvez eles queiram um mais tarimba-do. Não vou fazer qualquer pressão. En-tendo a situaçao da diretoria. So nãoaceitaria se não estivesse encerrando mi-nha carreira e eles trouxessem o Fillol.

Paulo Dantas, caso nào renuncie tam-bém, viaja terça-feira para Buenos Aires, afim de contratar o jogador ao ArgentinoJuniors.

Campeonato Estadual <l«' 19K.'iTa^a Guanabara — 1" 1'urno

PG J V DGPGC— Fluminense 13 7 6 0 12 1— America 10 6 4 0 9 4— Goitacos 9 6 4 114 6

Botafogo 9 6 3 0 10 4— Flamengo 7 6 3 2 9 6— Americano 6 7 2 3 2 6— Bangu 5 6 1 2 6 7— Vasco 4 5 1 2 7 8

Campo Grande 4 6 1 3 1 5 'Bonsucesso 4 7 0 3 6 10

1 \ — Volta Redonda 3 6 0 3 6 1412 — Sao Cristovao 0 6 0 6 112

Proximos JogosFlamengo x Bonsucesso

Volta Redonda * S6o CristovaoAmericano x Go'facds

Fluminense x VascoCampo Grande x Botatogo

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JORNAL DO BRASIL

Rio de Janeiro Segunda-feira, 15 de agosto de 1983

DE

EM

PROMESSA

PROMESSA,

A ESCOLA DE

DANÇAS FECHOU

único sinal de vida na Escola de Dançasalém da presença do porteiro, são doispes de comigo-ninguém-pode e espadade Sao Jorge, plantados numa velhabarrica. Tao velha quanto o prédio número 15 daRua Visconde de Maranguape, no Largo da Lapaonde a Escola estava instalada desde que saiu doTeatro Municipal, em 1978. Num quadro de indefi-mçao burocrática — não é da Secretaria de Cién-cia e Cultura, não é da Funarj — a Escola, forma-dora de novos profissionais para o Corpo de Bailedo Municipal, não reiniciou seu segundo semestre.mTn^íém -em ideia de Quando irá reiniciá-lo.Infiltrações, mofo, buracos, fios expostos, bar-ras e espelhos poeirentos e enferrujados compõemo atual cenário. Ocupando o térreo, art-déco, e oprimeiro andar do velho prédio de seis andares —nos outros estão o Projeto Rondon, a FonotecaEstadual e a Divisão de Audiovisual — as quatrosalas da Escola estão sob os cuidados do porteiroHenrique do Espirito Santo, que confia em suareabertura: "Pois não dizem que água mole empedra dura tanto bate até que fura?"

Enquanto a reabertura não acontece, dá penaver o abandono, a sujeira, os tutus secando depoisdas últimas chuvas. Nas espaçosas salas de ensinoos pianos Essenfelder, Barratt e Robinson tam-bém estão cobertos de poeira; os camarins maislembram depósitos de trastes velhos, com cadei-ias e escadas. Na sala de estar — em frente aosbanheiros também mofados, esburacados e cheiosde infiltrações — uma parede ainda está cobertade programas, retratos e reportagens sobre balémas chega a ser perigoso andar por entre suascadeiras.Cadeiras que já foram ocupadas por 350 alu-nos, de 8 a 16 anos. Muitos jovens ainda se dirigematé o velho prédio em busca de aulas, como CarlosAlberto Vitorino Jorge, 21 anos, que não sabia dofechamento.Quando o Secretário de Ciência e Cultura, SrDarcy Ribeiro, viu as péssimas condições do pré-dio, em abril, sua impressão de desagrado foi amesma que teriam mais tarde o vice-presidente daFunarj, Hugo Carvana, e a diretora do Departa-mento de Dança, Dalal Achcar. Houve promessado Secretário de reforma das instalações, mas o

quadro permanece o mesmo, agora com umaagravante: as aulas estão suspensas até a conclu-sao das obras — que ainda não começaram — e osalunos não têm local alternativo para a continua-çao do curso.

Em seu apartamento no Leblon, desolada( estou muito triste, os alunos são os mais prejudi-

BÍS8"* ^iretora Lydia Costallat aguarda impa-ciente a liberaçao da verba prometida:— Náo há condições de reabrir assim. Imagi-na, nao tem nem porta de incêndio, só tem umaúnica saída. O Sr. Darcy Ribeiro, quando visitou aescola, ficou revoltado com a situação. Chamouinclusive, jornalistas e mandou tirar fotos Eleprometeu a reforma.No Governo passado, a Escola de Dançasassim como a Escola de Teatro Martins Pena, a deMusica e a 4 de Artes Visuais, faziam parte doInearte. ligado ao Departamento de Cultura, umadas divisões da Secretaria de Educação e Cultura.Com a política cultural do novo Governo criou-sea Secretaria Extraordinária de Ciência e Culturae o setor de dança passou para o âmbito daSupenntendencia de Produção da Funarj. Depar-tamento de Dança, sob a responsabilidade deDalal Achcar. Só que até o momento o Departa-mento de Dança restringe-se apenas ao Corpo deBaile do Teatro Municipal. A Escola de Dançaainda não passou para a alçada da Funarj e porenquanto a fase é de transição, nem lá, nem cáIndefimvelj

o r,,N,° momento estamos no ar — afirma Lydiacostallat. Ainda não passou para a Funarj enáo pertence mais ao Departamento de Cultura. Épraticamente autônoma, quer dizer, até parece Éda Secretaria de Ciência e Cultura mas náo'sesabe ainda de qual divisão.

O

UTRA indefinição burocrático-admi-nistrativa esta contribuindo para a difi-culdade*de obtenção de recursos: a Se-cretaria Extraordinária de Ciência eCultura não está ainda formalizada — a atuilSecretaria é um desmembramento da antiga Se-cretaria de Educação e Cultura — existe de fatomas não de direito. Sua efetivação depende da'aprovação da Assembléia Legislativa.

Pela última conversa que teve com HugoCarvana, Dalal Achcar afirma que a primeiraverba entrará até o final de agosto (Carvana dizque um pedido de crédito especial foi feito àSecretaria de Planejamento e a resposta estásendo aguardada). Prioritário será o conserto doteto, principal causa das infiltrações. Outra solu-çáo é procurar ajuda de empresas privadas, dizDalal:

— Estamos todos preocupados. É muito peri-goso, fios eletricos expostos, infiltração. De nadaadianta ter um ótimo Corpo de Baile se a Escolade Danças, que forma profissionais para lá nãofunciona.

O SUCESSO DO

.TEATRO

ANARQUICO DE

DAR 10 FO

o taz agora. L

Mel GussovThe New York Times

fim da sátira é o primeiro alerta queassinala o fim da verdadeira demo-cracia" — a advertência é do teatrólo-go italiano Dario Fo, impedido deentrar nos Estados Unidos em 1980 por ser suposta-mente favorável ao terrorismo. Grande sucesso naEuropa com Mistero Buffo — que apareceu até naTV italiana, como minissérie — Fo, seu autor e únicoator, espera agora conseguir visto para representar apeça em Nova Iorque, em setembro.

Se o bom senso falar mais alto, o visto seráconseguido. Afinal, ninguém mais contrário ao totali-tarismo e terrorismo — do que Fo, sabem os queconhecem sua arte anárquica e sua vida, que eledefine como uma eterna preocupação "com o ridícu-lo, o riso, o sarcasmo, & ironia e o grotesco". Icono-dasta, provocador, Fo distingue-se, entre os autorescontemporâneos de teatro político — como Arrabal,David Hare e Caryl Churchill — por ser também umbom ator. Pode-se dizer que ele é uma mistura deBertolt Brecht — em sua busca de transformaçãosocial — e Lenny Bruce — em seus modos escatológi-cos e blasfemos.

Embora tenha escrito dezenas de peças, o suces-so mundial de Dario Fo baseia-se principalmente emWáo pagaremos! Não pagaremos! (grande sucesso offBroadway e em Londres), Morte Acidental de UmAnarquista (baseada na história de um terroristaque se jogou ou foi jogado de uma delegacia policialde Milão) e Sobre a Face. Enquanto estas obras nãochegam a Nova Iorque, faz grande sucesso, no PublicTheater, Um Orgasmo Adulto Escapa do Zoológico,oito monólogos sobre a condição feminina, que Foescreveu com sua mulher e freqüente colaboradoraFranca Rame.

Estrelados por Estelle Parsons em Nova Iorque,os monólogos foram ditos pela própria Franca Ramemais de 500 vezes na Itália e também fizeram sucessoem Londres. Mas. embora escrito na década de 70 otexto parece superado, ao menos nos Estados Uni-aos, onde as mulheres são menos oprimidas que naitcUia.Só duas das oito partes da peça tèm maiorinteresse. Uma Mulher Sozinha é uma versão brevefolclórica, de Medéia. Na primeira, a mulher tranca-ílâcla em casa por um marido ciumento é simultanea-mente perseguida por um tarado telefônico, umpassarinho que pia sem parar no apartamento aolado e um cunhado aleijado mas sexualmente amea-

çador. Os outros seis;monólogos são um pot-pourride piadas de vaudeville, frases confessionais e ane-dotas (como a da mãe atarefada que diligentementese prepara para ir trabalhar na fábrica e percebe, derepente, que é domingo), mas o desempenho'deEstelle Parsons é irrepreensível.

Fo é mais engraçado e instigante nas suas peçasmais políticas, como Não Pagaremos! Náo Pagare-rnos!, Morte Acidental de Um Anarquista e Sobre aFace, uma espécie de trilogia contra o consumo acorrupção e o capitalismo.Vi Não Pagaremos! Não Pagaremos! (um tumul-tuado protesto contra a alta do custo de vida, pordonas-de-casa que resolvem boicotar os supermerca-dos) numa matinê cheia de senhoras de meia-idade,

que riram muito com os palavrões e até com asobscenidades de Fo. Quando o marido da heroínafinalmente aceita a rebelião anti-supennercados aplatéia não esconde sua empatia. Da mesma formaquando o personagem de Morte Acidental joga poruma janela da delegacia as fichas secretas, procla-mando que "a justiça chegou", parecia que o Cavalei-ro Solitário ia sair-galopando do palco, aos gritos de"Ai-ô, Silver".

A peça mais recente da trilogia, Sobre a Face,começa com um fato real — o seqüestro do ex-Primeiro-Ministro Aldo Moro — e depois adere àfantasia. Fo imagina o potentado da Fiat, GianniAgneili, seqüestrado pelas Brigadas Vermelhas de-pois fendo num acidente de trânsito e confundidocom o operário da Fiat que o salva. Uma cirurgiaplástica dá a Agneili o rosto do seu salvador epropicia uma comédia de ritmo alucinante sobreidentidades trocadas, charlatanismo médico, comm-çáo industrial e polícia incompetente. Fo sugere qúeAgneili planejara seu próprio seoüestro, e conseguemomentos de extrema hilaridade quando faz agentessecretos, disfarçados de móveis, saírem do aparta-mento para ler uma nota de resgate por sobre oombro de um policial.

Quando se lê a peça, é difícil visualizar esta cenae todas as suas possibilidades cômicas. No palcoparece o equivalente teatral de um desenho anima-do. pois, ao contrário de outros autores politizados,Fo preocupa-se mais com o que acontece em cena —e com o próprio cenário — do aue com o drama.

Ideais para os irmãos Marx — que teriam acres-centado seus próprios cacos aos textos — as peças deFo apresentam problemas de adaptação para tradu-tores e diretores, pois tratam de temas italianos e sãoescritas em linguagem coloquial. Daí a necessidadede bons atores, que possam reproduzir com fidelida-de o humor e o espírito do teatrólogo.

Dario Fo, impedido de entrar nos Estados Unidosconquista Nova Iorque com seu teatro

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8 H CADERNO B O segunda-feira, 18/8/83 JORNAL DO BRASIL

José Carlos Oliveira

DIÁRIO DO

CONDE REDONDO

(TEMA: SER OU NÃO SER CABOTINO)GOSTO; Inverno — Sò faço

«jPi a este Diário as confidén-cias que me envergonham.

mm afia* Nao e, pois, de estranhar,que venha sempre a este caderno, nashoras mais inesperadas, compelido pe-los mais embaraçosos sucessos 111-timos.

Hoje é um dia duro. A confidenciaque quero registrar náo é das maisagradáveis, muito ao contrário... Masquem venceu Chem Kara, o Matadorde Personagens — e eu o venci moral-mente, sem violência corporal — podedar-se ao luxo de abrir o coração numafolha de papel que, afinal de contas,nunca será lida por ninguém...

A questão do Cabotinismo, eis ai aquestão!

Tenho observado esse traço cons-tante no caráter do Homem Brasileiro;traço que se aguça, que transparececom força, justo quanto esse homemalcança a Maturidade. Ao manifestar-se esse traço do nosso caráter, o sujei-to no qual ele aparece se arrisca areceber o apodo de Cabotino. (Desdeque apodo continue significando o quepenso; falta-me tempo para ir ao Di-cionário.) Para dar objetividade aoproblema, é melhor apanhar um exern-pio. ao acaso.

O Dr. Enéas é ótimo exemplo. O Dr.Enéas, aliás, Embaixador Enéas (é mè-dico mas náo exercei; o EmbaixadorEnéas, digo, era um garoto quandoentrou no Instituto Rio Branco; tirounota 10 em tudo; e, súbito, ei-lo Embai-xador em Bruxelas. A coisa aconteceutão velozmente que o Dr. Enéas nãoteve tempo de envelhecer. E quem viua coisa de fora, isto é, todas as pessoasexceto o Embaixador Enéas (que via acoisa do lado de dentro), também náoteve tempo de assimilar a transforma-çao. Foi assim que aconteceu a Coli-são do Dr. Enéas de Dentro com o Dr.Enéas de Fora.

Vejam bem: era um garoto ácPen-trar no Instituto Rio Branco. Colegas,professores, amigos, uns poucos desa-fetos, suas namoradas — a humanida-de. enfim, lhe dava este tratamentocarinhoso: NENEM. O Jovem Neném,como já disse, tirou Nota 10 em tudo eavançou velozmente na carreira diplo-mática. Simultaneamente, tornava-sePensador Alemão, Professor de Direi-to Alfandegário, articulista do Correioda Província Nova — isto sem falar nasua obra literária propriamente dita.quer dizer, o produto exclusivo da suafértil Imaginação, concretizado em oi-to volumes de capa dura. alcandora-dos neste lado do mar e no outro.Assim, houve o poeta Neném, com os50 Sonetos do Exílio; o romancistaNeném, com Vai Chover em Catandu-va e Zulmira Perdeu a Chave; o tea-trólogo Neném, autor da comédia Apo-lodoro Não Foi Convidado e do dramaCom Sua Licença, Embaixatriz; o en-saista Neném, com Alguém Tirou La-wrence Sterne do Universo Macha-diano (monografia provoçadora, quelhe valeria, ao Neném. nove desafetosna Academia, que deste modo lhe fe-chou as portas); e o cançonetista Ne-nem. como esquecé-lo? —; sim, comoesquecê-lo, se o povo ainda hoje asso-via a sua marcha-rancho O MiosotisNáo É Flor Que se Cheire...

Em resumo: Enéas. simplesmente,ou Neném afetuosamente, era umacongregação de talentos! E foi aí queele chegou a Maturidade... e foi ai quecomeçou a perceber que esse trata-mento, "Neném", deixava-o expostoao assédio de criaturas desagrada-veis... e que lá em São Paulo, onde setem uma visão buenairense dá Polis (opaulistano pensa que é o centro doMundo; vai ver, é mesmo)... La em SãoPaulo, um Escritor brincalhão, náotendo coisa melhor a fazer, inventouesta galhofa: "So mesmo no, Brasil, umsujeito chamado Nenem tem a ousadiade fazer conferências sobre a Críticada Razão Pura... O velho Emmanuelnão ficaria alegre se visse a sua Filoso-fia misturada com fraldas e mama-deiras"...

Era uma brincadeira insolente, des-propositada e, de algum modo, mes-quinha. Havia entre os dois homens —o Escritor Brincalhão em Sáo Paulo eo Embaixador Nenem em Bruxelas;havia entre eles, como sói acontecer,uma ruiva dengosa... Ora, a ruiva den-gosa vivia em Paris, que dista poucashoras de Bruxelas, e fica muitas horaslonge, infinitas horas longe da cidaclede São Paulo... Dai que... Vocês com-preendem... Dai que a famosa •'critica

|da razão pura", gerada em São Paulo,

tinha na verdade uma razão secreta eimpura, que o vulgo bem conhece pelotremulo nome de Ciúme... Mas quem,dentre os que tiveram conhecimentoda alfinetada, quem saberia que tudoo que entáo acontecia, so aconteciaporque a ruiva. sobre ser ruiva, aindase tirava por dengosa?... Porque a rui-va ainda sabia fazer beicinho?... Por-que ela ainda dizia "estou dodói",quando estava com dor de cabeça... Averdade é esta: ninguém sabia, salvoaquele triângulo secreto cujo vertice apenugem ruiva amaciava...

Ora; mais vale precipitar o inevitá-vel, uma vez demonstrado que não sepode evitar, do que ficar rodopiandoem torno de tais miudezas... Deixemosem paz a sardenta dengosa (isto mes-mo: era, ademais, sardenta!) e entre-mos de chofre no Assunto:

— Inconformado com a tendênciageneralizada do Ente Social, tendén-cia essa que ameaçava cristalizá-lo emGaroto Imberbe, o Embaixador Ne-ném publicou um artigo no Correio daProvíncia Nova, cujo título era este:Mais Respeito Com Quem Sabe!.

Quem sabe sabe: "mais respeitocom quem sabe" é exigência nietzs-cheana. Enéas Voringen Damasco,que era tal o nome de pia do Embaixa-dor Nenem. enumerava suas façanhasna dimensão do Espirito, enfllêiravaseus títulos e comendas, citava seusprincipais Pensamentos (principais,isto é. a seu abalizado juízo) e termina-va lembrando que, não fora a suaintervenção pessoal, ainda hoje segui-ria em África a matança dos Kaluspelos Bandus... De fato: a guerra dosKalus com os Bandus estava diziman-do ambas as tribos. A coisa já extrapo-lava para atentados contra os Holan-deses do Bairro Holandês de Londres.Nenhuma das grandes potências tinhaa menor simpatia, e por igual antipa-tia, tanto pelos Kalus quanto pelosBandus. Ante a indiferença dos Gran-des deste mundo, os Kalus chacina-vam os Bandus que chacinavam osKalus que... et.c. sangue, etc. horror,etc.! Foi quando entrou em cena oEmbaixador Voringen Damasco, estu-dioso das afinidades mágicas existen-tes entre as tribos desencontradas, epromoveu a missa negra no BosqueHediondo (fronteira de Bandulàndiacom Kalulándia), da qual missa negra(negra no sentido mágico, nao no sen-tido raciali surgiu a coisa mais bonitaque se possa imaginar: PAX. Tudo foifeito por iniciativa pessoal do Dr. Ne-ném — retifico: do Embaixador EnéasVoringen Damasco. E era o que elerecordava aos "Esquecidinhos da Sil-va", no tal artigo lançado em seiscolunas na página Oito do Correio daProvíncia Nova.

Conclusào: o Clube dos Espíritos-de-Porco, cujos afiliados se encontramem toda parte, decretou que o Dr.Neném (sempre lhe nègando; o próprio'nome!)... que o o Dr. Neném era inega-velmente 0 Maior Cabotino da Ci-dade!

E eis que eu. Conde Redondo, mevejo em situação parecida... Eu tarn-bem tenho ímpetos de lembrar aos"Esquecidinhos cia Silva" que não scfua figura pitoresca: nunca fui. a figurapitoresca que eles inventaram... Máscomo fazè-lo, sem me expor ao ridicu-lo? Como faze-lo sem parecer Cabo-tino?

Após dias e mais dias de meditaçãocontinuada, perseverante, torturante,cheguei a dramática evidência de que,PRIMEIRO: Nao me sera possível es-conder por mais tempo, desta hordade maliciosos que me cercam, o eleva-do conceito em que me tenho... SE-GUNDO: Sei quem sou. pois eu e maisninguém me fiz quem sou; e me iorgu-lho de ser quem sou: e... vai ser duroanuncia-lo. mas exijo. EXIJO. FAÇOQUESTÃO FECHADA de que me res-peitem e me dêem o. valor devido.:.Apanhando a bandeira honradamenteEgocêntrica do Escritor Eneas Vorín-gen Damasco, que a recebeu das mãosde Nietzsche... se bem que Nietzsche,nesta altura dos eventos, já estivessemorto, depois de passar sua derradeiratemporada terrestre naquele infernochamado Irren-Heil-und Pflegê-Anstalt — o que vem a ser. na ultimaflor do Lácló, "casa de saúde paraalienados". . Apanhando, entáo, essabandeira de combatente solitário,ciente de nao haver ninguém capaz decompreender-me. aqui proclamó e da-qui sairei proclamando aos quatroVentos: "Mais, respeito com quem sa- 1be!" — CONDE REDONDO.

Casa-Grande & SeiizalaEm meiu ensaio Um livro completa

meio século, comentado por WilsonMartins no JB de 30 de .julho, citeiBalzac e Proust por serem autores deobras extensas, elaboradas em dife-rentes etapas e procurando reeonsti-tuir sociedades humanas: a natureza,o processo e o objetivo de GilbertoFreyre ao escrever sua Introdução áhistória da sociedade patriarcal noBrasil, "ce roman vrai", como da his-toria íntima diziam os Goncourt.

Quando, mais adiante, volto a falarde Balzac e Proust. e citando umeriti-co norte-americano e outro europeuque. apreciando edições estrangeirasde Casa-Grande & Senzala na Catho-lie Sociologieal Review e na NouvelleRevue Française, respectivamente,salientaram que a análise da naturezahumana empreendida por GilbertoFreyre é comparável tanto às dessesdois grandes franceses quanto as deDefoe. Dostoievski. Tolstoi e Cer-vantes.

Se críticos estrangeiros compara-ram Gilberto Freyre a autores dessealto nível, náo me parece que padeço,por cita-los. daquele "incurável com-plexo de inferioridade nacional" a quese reiere Wilson Martins. Nem que tal

Cartascomparação mereça os qualificativosde "elogio fácil, mas superficial" e de"louvor insidioso e humilhante".

Essa explosão final do critico foi. nomínimo, uma injustiça para com velhoe dedicado amigo seu: injustiça refor-çada pelo editor da seção bibliográficado JB. ao destacá-la em epígrafe comorepresentativa de um artigo de modogeral favorável tanto a obra de Gilber-to Freyre como ao ensaio que lhe dedi-quei no ano em que completa meioséculo. Edson Nery da Fonseca — Re-eife

Caçada ImplacávelAo contrario do que afirmou o criti-

co filmíco-televisivo Hugo Gomez em17 e 21 de julho, esclareço que o filmeCaçada Implacável (Open Seasoni. dePeter Collinson. foi exibido nas telasbrasileiras. Apresentou-o. no Rio, oextinto Cine Super-Bruni (ex-Cine As-tória e ex-TV Excelsiori em agosto de1975.

Naquela época, o preço dos ingres-sos era de CrS 5 a meia entrada e CrS10 a inteira; os filmes estrangeiros naoeram abastardados por uma copiagemtupiniquim obrigatoria e nem precedi-dos de eurtas-metragens de gosto du-vidoso. Bons tempos aqueles' Fernan-do Moura — Rio

A VIDA DE STEINBECK

, CENSURA DA

FAMÍLIA ADIA LANÇAMENTO

DE BIOGRAFIA

Jolm Steinbeck

The New York '/ imes

JB S Verdadeiras AventurasfV de John Steinbeck, escri-

tor, ainda não poderão sermm im conhecidas pelo público. Asvésperas do lançamento, a editora Vi-klng aconselhou o biógrafo JaeksonBenson a suprimir algumas passagensdo livro de 1138 páginas, resultado dequase 15 anos de trabalho. Benson,professor de inglês da Universidade deSan Diego, mostrou-se constrangidomas aceitou a supressão, uma exigén-cia da família Steinbeck.

A editora coagiu Benson a expur-gar seu trabalho informando que nao odefenderia, no caso de uma ação judi-ciai, se ele persistisse em manter otexto integral. Nem Benson nem aViking revelaram as passagens corta-das ou modificadas, mas pessoas dafamília Steinbeck disseram que envol-viam fatos ligados aos filhos do escri-tor e à sua segunda mulher (ele foicasado três vezes), a aspirante à atrizGwendolyn Conger.

Steinbeck, que ficou mundialmentefamoso após a publicação de As Vi-nhas da Ira (1939), história de rnigran-tes que buscam vida nova na Califór-nia, conheceu Gwendolyn Conger em1941, em Hollywood. Eles casaram-seem 1943 e divorciaram-se em 1947. Nooriginal de Benson, Steinbeck aparececomo muito apaixonado por Gwendo-lyn, que no final pouco se importavacom ele e, ao deixá-lo, espalhara queum dos filhos era de outro homem.

Este pode ter sido um dos trechosvetados pela família, mas o presidenteda Viking, Irving Goodeman, apenas

admitiu que "os herdeiros de Steln-beck, através de um agente, fez obje-ções a partes da biografia, algumasdelas corrigidas, outras nao". Estasobjeçóes, de qualquer modo, adiaramo lançamento, apesar das provas jaestarem nas mãos de vários revisores.

Além dos milhões de fãs de Steln-beck decepcionados, algumas cente-nas deles ficaram especialmente frus-trados: o lançamento da biografia se-ria o ponto alto do quarto FestivalSteinbeck, que começou domingo, 7de agosto, em Salinas, cidadezinha daCalifórnia onde o escritor nasceu em1902 e que inspirou livros como ALeste do Eden e De Ratos e Homens.Segundo a Viking, o livro sairá emmeados de setembro.

A história do livro de Benson re-monta a 1968, quando familiares deSteinbeck gostaram de um artigo seusobre Ernest Hemingway e o procura-ram para escrever uma biografia auto-rizada do escritor. A família e os exe-cutores do espolio deram a Bensonacesso a milhares de cartas nuncapublicadas e a outros documentos im-portantes para reconstituir a vida deSteinbeck.

Depois de 10 anos de pesquisas etrês escrevendo, Benson, 52 anos. sub-meteu seu texto a Viking há dois anos.Só em maio último, quando as últimasprovas ja estavam sendo revistas, osadvogados da editora, pressionadospelos da família, começaram a temeruma ação judicial. "Disseram-me queeu deveria evitar que as pessoas ficas-sem histéricas e conclui que vivemosnuma época muito litigiosa", disse oautor.

CURSOS

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A Oficina de Criativida-de do Socius está inaugu-raridò um curso cie cerami-ca e desenho para adotes-centes, a ser dado pela pro-fessora Teresa Cristina deFreitas. Inscrições no lo-cal. Rua Masearénhâs deMoraes. 15G. Tel: 235-5412.

O Museu Histórico Na-cionalj através da Coorde-nadoria de Programas'Educacionais e Culturais,e a Universidade do Rio deJaneiro. UNI-Rio, atravésdo Departamento de Mu-seologia, realizarão o pri-melro curso de Especiali-zaçao em Açáo Educativae Cultural nos Museus. Oobjetivo do curso, que sedesenvolvera sob » formade estruturas modulares(22 créditosi e terá cárgatotal de 450 horas, è capa-citar os participantes parao desenvolvimento deações educacionais eculturais etn museus, vol-tadas para 'diferentes seg-mentos populacionais. Oinicio esta programado pa-ra 15 de agosto e o términopara março de 1984. Ocurso sera realizado inte-gralmente no Museu nisto-rico Nacional (Praça Mare-chal Ancora, s n". Rio). In-liirmaçòes e inscrições deKilí as llihHOmm. de segun-da a sexta-feira.

Nos dias 10. 17 e 18 desetembro o Padre HaroldoJ; Rahm, jesuíta que noinicio cia década de 70trouxé dos Estados Unidospara o Brasil o pentecosta-iisfno catolico, estará naPUC para dar mais umcurso Sadliana. O curso .vi-sa ensinar técnicas rápidasde relaxamento e tornarmais fácil et oraçáo. Infór-mações com Regina Cas-tro,-Tel: 274-3875.

O Atelièr de Artes Plásti-cas Hélio Roririinies abreinscrições para os seguiu-(es cursos: Formaçao deProfessores Para Escoli-nha de Arte, com duraçãode-nove meses, aulas prati-cas e teóricas com o proles-sor Hélio Rodrigues e Nie-da Beurlein; Desenho Ani-mado, duraçao de quatromeses, aulas práticas como professor Antonio More-no e Silk Screen, duraçãode três meses, aula práticacom impressão em tecido,papel, vidro, plástico, etc,com o professor AristidèsGarnier. Rua General Dio-nisio. 47-A. Tel: 28li-4(j!)!i ou246-25Ü1. .

O SOCII Íhícia. dia 20 deagosto, seus Cursos Se-mestrais Nas áreas de his-toria e política serão ofere-cidos America Central:Historia e Momento <Prof.Nilton Santos); Anarquis-mo e Autonomismo iProf.Cláudio Miranda); Historiada Republica: Brasil de 30a 74 (Prof. Daniel AaráoReisi e Leitura de Marx:Introdução ao CapitaliProf. Carlos Walter PortoGonçalvesl. Informaçõesna Rua da Lapa, 180 504.tel: 242-0126.

O Sindicato dos Escrito-res promovefá um curso decinema, de 15 de agosto a 9de setembro, com inseri-çóes abertas no sindicato.Rua do Rosário. 109 — 3oandar Participam comoprofessores Jo.se Louzeiro'autor de Pixote. CasoClaudia e outros». Haveraexibição de curtas ilustra-tlvos durante o curso.

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JORNAL DO BRASIL segunda-folra, 115/8/83 D CADERNO B D 3

Programa de peso

O mais difícil de saber no Cnnal Livre que, protngonl-sacio por D Helder Cftmarn, IrA ao ar pela TV Bandeiran-tes no dia 22 6 quem será a maior vedete, se o entrevista-do ou os entrevistadores.o Afinal, compondo n banca de entrevistadores estfto osSrs Afonso Arlnos de Mello Franco, Sobral Pinto, Barbo-,sa Lima Sobrinho, Hello Silva, Oscar Nlemeyer e Eduar-do Portella.

Jamais, em tempo alpum, o profírama conseguiu umtal elenco de sumidades.

Uma das passagens mais deliciosas da entrevista comD Helder é anuela em que o arcebispo pergunta aNiemeyer como ele se sentia como marxista no meio detantos católicos.

Muito bem — respondeu o arquiteto — até porqueminha família, que sempre me rodeou, 6 toda de cató-licos.

E D Ilelder:Eu entendo, sobretudo como admirador da sua

genialidade, que sempre admirei e que sempre meentusiasmou; Só que quem lhe deu toda essa genialida-de foi Deus.

¦ ¦ ¦

Zózimo

Por baixo

Rubwns Monteiro

Curiosidadeo Sem entrar no mérito daquestão, não deixa de sercuriosa a disposição doGoverno do Estado de en-tregar a empresas particu-lares a organização docarnaval carioca.

Afinal, vão 6 todo diaque Governos socialistasprivatizam atividadesexercidas pelo Estado.

Geralmente, acontece ocontrário.

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ABUSOo Os motoristas que se engarrafavam na sexta-feira na Rua Pompeu Loureiro por volta das seis emeia da tarde tiveram que se desdobrar para darpassagem ao veículo que tentava ganhar o CorteCantagalo se fazendo anunciar pelo ruido angus-tiante e estridente de uma sirene.• Só depois de ele passar é que reparavam que setratava de um Opala do Serviço Público Estadualde chapa branca n° RJ-8762.o Conduzidas pelo impaciente motorista, iam abordo duas senhoras.

Quem chega

-V j '¦ ':

m /í • ¦ ' •Luiza Almeida Braga nos salões do RiIO

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Mais um

Está desde ontemno Rio o ator Antho-ny Perkins.

Veio agitar o lan-çamento de Psycho IIe abrilhantar a pre-view do filme promo-

vida por Lúcia e Har-ry Stone na cabinedo Hotel Méridien.• Pela ansiedade eexcitação da platéiade convidados deveter sido uma noitememorável.

A praça voltou a registrar a emissão decheques exóticos. O mais recente e o chequeKleiton e Kledir.

Eu, hein, nem pensar...

DESEMPREGOUm desempregado na Dinamarca recebe de

ajuda do Governo a quantia de 880 dólares pormês.

Quer dizer: um desempregado na Dinamar-ca ganha mais do que um empregado noBrasil.

Dr Edgar d

11a noite

A noite de sábadomeio morna no Floren-tino ganhou um novosabor com a entrada nacasa, já depois de meia-noite, de José Lewgoy, agrande estrela, na peledo Dr Edgard Dumont,da novela Louco Amor.

O ator foi entrando epagando logo o preçoda fama, solicitado ecumprimentado de to-dos os lados pelo seutrabalho na TV.

Diante de um elogiomais exaltado, Lewgoynão deixou o admiradorsem uma resposta. Le-vantou o queixo, comoo personagem que in-terpreta e, despido dequalquer modéstia, dis-se com a voz pausada:— E eu não sei?

• Mais adiante, falandosobre seus colegas deelenco, brindou-os comvários comentários en-graçados e ferinos.® Entre eles o de que overdadeiro Dr Edgardda novela é a atriz Tere-sa Raquel que, de tãodistraída que é, foi emseu carro outro dia parao estúdio, gravou al-guns capítulos e quan-do acabou de trabalhar,esquecida de tudo, pe-gou um táxi e foi paracasa.

A desvalorização Irrefreável do cruzei-ro não significa apenas que no mercadoparalelo um dólar estava valendo nasexta-feira Cr$ 1 mil 150.

Significa também que agora a notamais valiosa do dinheiro brasileiro — Cr$5 mil — vale agora menos de cinco dó-lares.

Em contrapartida, a nota mais alta damoeda americana — vamos ficar com ade 100 dólares, já que a de mil é correnteapenas nas operações entre bancos —passou a valer mais de Cr$ 100 mil.

• Para muitos, isto tem o nome de hurrü-lhação.

ColossoE a Jemiifer Beals, hein?Nossa Senhora!

Jantar políticoUm dos acontecimentos políticos mais

importantes do fim de semana foi o jan-tar com que o Deputado José Aparecidode Oliveira homenageou na sexta-feira oDeputado Ulysses Guimarães.

Entre os presentes, várias figuras dacúpula do PMDB, como o Senador Fer-nando Henrique Cardoso, a Srá MariaConceição Cardoso e os Srs Renato Ar-cher e Celso Furtado.De quebra, representando o PDT, o

Vice-Governador Darcy Ribeiro, que li-derou uma movimentada discussão so-bre o barroco.

Só não se sabe é se o barroco nacultura brasileira ou o barroco da situa-ção atual do país.

a ¦ ¦

CONVERSASComeçam hoje ns

conversas entre FlávioCavalcanti e a TV Glo-bo.

Se chegarem a umacordo, o animador serácontratado e destacadopara estrelar um longoprograma no domingono mesmo horário do deSilvio Santos.

Trata-se, porém, deum projeto para serposto em prática so-mente no ano que vem.

I! D B

Tudo bemJá estava quarta-

feira passada em Cr$150 bilhões o aumentodos depósitos das ca-dernetas de poupançadepois da adoção, diaIo, do rendimentomensal.

Só um dos agentes, oBradeseo, captou nodia seguinte à institui-çáo das 7iovas medidaso belo total de Cr$ 5bilhões.

G El DExtravagânciaO Brasil anda tão es-

quisito que no sábado àtarde dois times depraia terçavam armasnas areias em frente àRua Aníbal de Mendon-ça disputando uma par-tida de futebol ameri-cano.« O football em ques-tão vem a ser um jogodisputado quase todo otempo com as mãos.

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Edição Especial da U.D.Circulação: 20 de agosto de 1983.

O presidente da OAB e SraHélio Saboya foram anfitriões nosábado de um grande almoço norestaurante do MAM.« O marchand Fernando Carlosde Andrade dá hoje o kick-off noCaesar Park de um grande leilãode antigüidades que tem comomaiores atrações preciosas cole-ções de objetos art-nouveau eporcelana chinesa. São ao todo700 lotes que serão vendidos aolongo de uma semana,o A Embaixatriz Glorinha Para-naguá é a homenageada do al-moço que oferece no dia 18 a SraStella Meirelles.

Fazendo um grande sucessoem Montecarlo o Rampoldi, res-taurante do antigo maitre (Regi-ne's de Paris) Luciano. Tendoentre os seus amigos o PríncipeAlbert, de Mônaco, Luciano éhoje um dos reis da noite elegan-te da Cote. Quem liderava hádias uma grande mesa no Ram-

poldi era o banqueiro EdmondSafra.

Uma movimentada feijoadareuniu sábado um grupo de ami-gos no apartamento da VieiraSouto do casal Jorge Adib.

Maria Lúcia Godoy e MiguelProença entram brevemente noestúdio para gravar as 14 Seres-tas, de Villa-Lobos.

Passando uma temporada emBariloche os casais Marcelo Bar-bosa e Roberto Vianna Pinto.

De luto a inteligência nacio-nal com a morte de Alceu Amo-roso Lima, de que, sobretudo noBrasil de hoje, se pode dizer queé uma ausência insubstituível.

Ladeira abaixo« Sabia-se que com a venda deZico o Flamengo ia despencar.• Só não se sabia é que ia ser tãorápido e tão fundo.

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LambertWilson fazo papel deum guiados AlpesSuíços emCinco Dias(le umVerão, deF redZinneman.

ESTREIASDOCES MOMENTOS DO PASSADO (Dolcet Horai).de Carlos Saura Com Assumpta Serna, Inaki Aierra,Álvaro de Luna, Jacques Lalande e Alicia Hermida.Clneme-1 (Av. Prado Júnior, 281 — nâo tem telefone),Pelssandu (Rua Senador Vergueiro. 35 — 265-4653):15h, 17h10min, 19h20min, 21h30min. Tljuca-Palace-2(Rua Conde de Bonfim. 214 — 228-4610): 14h30min,16h40min, 18h50min, 21 h. (16 anos).

O jovem Juan, convencido de que sua vida estómarcada por lembranças do passado, quer recons-trul-lo através de um grupo de atores, que passam ainterpretar os personagens que lhe marcaram. Entreeles, destaca-se a mâe, interpretada por Borta, comquem Juan Passa a tor um intenso relacionamento.Produção espanhola.A MARATONA FINAL (Tho Jerícho Mlle), de MichaelMann. Com Peter Straus, Richard Lawson, Roger Mos-ley, Bnan Sennehy e Ed Lauter. BrunMpanema (RuaVisconde de Pirajâ. 371 — 521-4690): 14h, 16h, 18h.20h, 22h. (14 anos).

Grupos rivais de presos negros e latinos estãosempre em conflito na Penitenciária Folsom. Entreos presos, Rain, condenado à prisão perpétua, sedestaca como corredor, e tem chances de disputaros Jogos Olímpicos. Produção americana.CINCO DIAS DE UM VERÃO (Five Days One Sum-mer), de Fred Zinneman. Com Sean Connery, BetsyBrantley, Lambert Wilson, Jennifer Hilary e Isabel Dean.Rian (Av. Atlântica, 2 964 — 236-61140. Ópers-1 (Praiade Botafogo, 340 — 266-2545): 15h. 17h10min,19h20min, 21h30min Paláclo-1 (Rua do Passeio. 38 -240-6541): 14h. 16h10min, 18h20min. 20h30min). Ca-rioca (Rua Conde de Bonfim, 338 — 228-8178):14h30min, 16h40min, 18h50min, 21 h. (14 anos).

Um médico já maduro leva uma jovem parafazer alpinismo em uma pequena aldeia suíça. Paraescalar as montanhas, têm um jovem guia, e aescalada é marcada por incidentes — descobrem umrapaz desaparecido há dois anos morto — e avalan-chos. Produção americana.BACANAL DO 3o GRAU (Brasileiro), de A. Ponzio ComCláudio Cavalcanti. Shirley Mahmud, Beatriz Araújo,Celena Cola e Roberto Farias Madureira-1 (Rua Dag-mar da Fonseca, 54 — 390-2338): 14h20min, 16h,17h40min, 19h20min. 21 h. Ópera-2 (Praia de Botafogo.340 — 266-2545): 14h50min, 16h30min, 18h10min,19h50min, 21h30min. Vitória (Rua Senador Dantas, 45220-1783): de 23 a 6a às 12h20min, 14h. 15h40mm,17h20min, 19h, 20h40mm, sáb. e dom. âs 14h,15h40min, 17h20min. 19h, 20h40min. (18 anos).Pornochanchada.GOLPE DE MESTRE — 2" PARTE IThe Sting II). deJeremy Paul Kagan. Com Jackie Gleason, Mac Davis,Teri Garr, Karl Malden e ONver Reed Barra-2 (Av dasAméricas, 4666 — 325-6540), Leblon-2 (Av Ataulfo dePaiva, 391 — 239-5048) 15h, 17h10min. 19h20min,21h30min Tijuca Palace-1 (Rua Conde de Bonfim. 214228-4610); 14h30min, 16h40min. 18h50min, 21 hMetro-Boavista iRua do Passeio, 62 — 240-1291).Condor Copacabana (Rua Figueiredo Magalhães. 286255-2610). Largo do Machado-1 (Lgo do Machado,29 — 274-7999): 14h 16h. 18h. 20h. 22h. Art-Méier(Rua Silva Rabelo.' 20 — 249-4Q44I 15h. 17h, 19h. 21h(16 anos). Até quarta no Barra-2. Leblon-2 e Tijuca-Palace-1

Nova Iorque, 1940. Planejado um golpe, Gon-dorff, um criminoso preso na Califórnia, chama seusócio para visitá-lo. Quando se encontram Gondorffexplica seu plano: eles vão dar um golpe emMacalinski, dono de uma luxuosa boite e, assim,vingar-se da morte de Kid Colors, seu amigo, queMacalinski mandou assassinar. Produção ameri-cana.

CONTINUAÇÕES? ????

O DESESPERO DE VERONIKA VOSS (Die Sehnsuchtder Veronika Voss), de Ramer Werner FassbinderCom Rosei Zech. HilmarThate. Cornelia Froboess e EneSchumann Caruso (Av Copacabana. 1362 — 227*3544)- I5h, 17h10min. 19h20nnn. 21h30min. (18 anos)

Munique, 1955. Robert Krohn conhece casual-mente a ex-estrela de cinema Veronika Voss, aindauma atraente mulher. Através do ex-marido, Robertvem a conhecer a verdadeira situação de Veronika,que e viciada em morfina e faz tratamento numaclinica médica. Penúltimo filme de Fassbinder, fale-cido em 10 de junho de 1982. Prêmio de melhorfilme no Festival de Berlim de 1982.Cotação do JB ?????Cotação do leitor- ???? (3 votos)DANTON O PROCESSO DA REVOLUÇÃO (Dantonl.de Andrzej Wajda. Com Gérard Depardieu. WojciechPszoniak, Anne Álvaro o Patrice Chereau. Lido-1 (Praiado Flamengo, 72) 15h30min, 18h15mm, 21h (16anos).

Baseado na peça da dramaturga polonesa Sta-nislawa Przybyszewska, o filme concentra sua narra-tiva basicamente no conflito político entre Danton eRobespierre. Produção franco^polonesa dirigida porWajda imediatamente após O Homem de Ferro.????

MONTENEGRO - PORCOS E PÉROLAS IMontone-gro). de Dusan Makavejev. Com Erland Josephson. PerOscarsson e Susan Anspach Jóia (Av Copacabana.680) 13h, 15h, 17h, 19n. 21 h Novo Orly (Rua AlcindoGuanabara, 211- 13h. 15h. 17h. I9h. 2! 118 anoslMarilyn Jordan, uma americana casada com umrico homem de negocios sueco, leva uma vidaconfortável numa bela casa num subúrbio de Esto-colmo. Na véspera de Ano Novo, seu marido, Mar-tin, tem de fazer uma viagem de negocios. Marilynconhece uma jovem chamada Tirke e aceita seuconvite para dar um giro pela cidade, com um donode cabaré. Produção sueca.? ??

OS HOMENS QUE EU TIVE (Brasileiro), de TerezaTrautman. Com Darlene Glória. Milton Moraes, GracmdoJúnior. Roberto Bonfim. Arduino Colassanti e ítalaNandi Coper-Tijuca (Rua Conde de Bondim, 615)13h40min, 15h20min. 17h, 18h40min. 20h20min (18anos).A história de uma mulher em busca de sualiberdade e afirmação, passando por diversos par-ceiros sexuais e afetivos. Produzido em 1973, estefilme esteve proibido pela censura durante 10 anos,sendo liberado recentemente.

FLASHDANCE — EM RITMO DE EMBALO IFIashdon-ce), de Adrian Lyne Com Jenmfer Beals. Michael Noun.Betmda Bauer. Liiia Skala e Ph.! Bruns Sào Luiz-1 (Ruado Catete. 307 — 285-2296'1, Roxy (Av Copacabana.945 — 236-6245). Leblon-1 (Av Ataulfo de Paiva, 391239-5048) Barra-3 (Av das Américas. 4666 — 325-6487). Veneza (Av Pasteur. 184 — 295-83491 14h,16h, 18h, 20h. 22h Tijuca (Rua Conde de Bonfim. 422268-0790) Odeon (Pça Mahatma Gandhí. 2 — 220-3835)' 13h30m;n. 15h30mm, 17h30mm. 19h30min.21h30min Comodoro (Rua Hadcock Lobo. 145 — 264-2025*. Imperator (Rua Dias da Cruz. 170 — 249-7982).Olaria (Rua Uranos. 1474 — 230-2666)- 15h. 17h. 19h,21 h Madureira-2 (Rua Dagmar da Fonseca. 54 — 390-2338)' de 2a a 6a. às 15h. 17h. 19h, 21h; sáb e dom. às13n, 15h. I7h, 19h, 21h. 114 anos). No Odeon. somdolby stereo

Alex é uma jovem dançarina, que sustenta seussonhos trabalhando de dia como soldadora em umametalúrgica e de noite como dançarina de umaboate. Ela sonha em um dia tornar-se bailarinaprofissional e. para isso, enfrenta todas as dificulda-des que uma jovem independente tem de enfrentar.Produção americana

UM LOBISOMEM AMERICANO EM LONDRES (AnAmerican Werewolf in London) ce John Landis. ComDavid Naughton. Jenny Agutter. Griffio Dunne e Jo^n'.Y-odvv Art-Copacabana Av Copacabana, 759 —/35-4895'. Rio-Sul tRua Marouès de São Vicente. 52 —2";4-4532!. Paratodos -Rua A'q;;>as Corde<*o, 350 —2i-:* 3620' "~r-, '6K ' r" 2'" , 22h Pathé (Pça Fie* a-

no. 45 — 220-3135): de 2" a 63 às 12h. 14h. 16h, 18h.20h, 22h. sáb. e dom, as 14h, 16N, 18h. 20h, 22h. Art-Tijuca (Rua Conde de Bonfim, 406 — 288-6898), Art-Madureira (Shopping Center de Maoureira — 390-1827): 15h. 17h. 19h, 21h, 118 anoslDois estudantes americanos em férias na Ingla-terra são vítimas de um estranho agressor. Ummorre estraçalhado e fora mandado de volta aosEstados Unidos. O outro transforma-se em lobiso-mem. Comédia. Produção americana.Cotação do JB: ?Cotação do leitor: ??? (2 votos)GARGANTA PROFUNDA (Deep Throat). de GerardDamianos. Com Linda Lovelace. íris (Rua da Carioca,49). 10h. 14h, 18h, 22h. Complemento: A EspadaMágica dp Kung Fu. (18 anos).Produção americana do início da década de 70,foi um dos primeiros filmes pornográficos 8 alcançarnotoriedade por tal atributo.ZUMBI 2 — A VOLTA DOS MORTOS (Zumbi 2), daLúcio Fulci. Com Tisa Farrow, lan McCulloch e RichardJohnson. Ricamar (Av. Copacabana. 360 — 237-9932):14h40min. 16h30min. 18h20min, 20h10min, 22h. (18anos).

Uma jovem e um repórter rumam para o Caribea fim de descobrir o mistério dos mortos-vivos, oszumbis. Produção italiana.AS MENINAS DE MADAME LAURA (Brasileiro), deCiro Carpentieri Filho. Com Zélia Diniz. Zilda Mayo.Cimra Camargo. Malu Braga e Zaira Bueno. Palácio-2(Rua do Passeio, 38 — 240-6541); 14h. 15h40min.17h20min. 19h, 20h40min. Astor (Rua Min. EdgardRomeor. 236 — 390-2036): 16h. 17h40min. 19h20min,21 h. (18 anos).A história de cinco mulheres que vivem numbordel.O DIABO NA CARNE DE MISS JONES. de GeraraDamian. Com Georgma Stppelzil. Ramos (Rua Leopoidi-na Rego. 52 — 230-1889): 15h, 16h30min. 18h.19h30mm, 21 h (18 anos)

REAPRESENT AÇÕESCotação do jB; ?????Cotação do leitor: ????? (1 voto)ELES NÃO LSAM BLACK TIE (Brasileiro), de LeonHirszman. Corn Fernanda Montenegro. GianfrancescoGuarmeri. Ca los Albeno Riccelli, Bete Mendes e MiltonGonçalves. -São Luiz-2 (Rua do Catete. 307 — 285-2296), Coptcabana (Av Copacabana, 801 — 255-0953): 14h3Dmin. 16h50min. 19h10min. 21h30min.Barra-1 (Av. das Américas. 4666 — 325-6487). de 2a a6a as 14h30min, 16h50min. 19h10min. 21h30mín. sãbe dom. às 16h50min. 19h10min. 21h30min América(Rua Conde de Bonfim, 334 _ 264-42461- 14n.16h20min, 18h40min. 21h. (16 anosA história de uma família de operários morado-res do ABC paulista, durante uma greve de trabalha-dores. O pai é líder sindical, vè o filho furando umagreve e acaba expulsando-o de casa.Cotação do JB ?????Cotação do leitor: ?????(20 votos)A ESCOLHA DE SOFIA (Sophie's Choice). da A'an JPakula. Com Meryl Streep, Kevin Kline. Peter NacNicol,Rite Karin e Stephen D. Newman Brlstol (Av MinEdgard Romero, 460 — 391-4822). Bruni-Copacabana(Rua Barata Ribeiro, 502 — 255-2908), Bruni-Tijuca(Rua Conde de Bonfim, 370 — 268-2325): 15h. 18h,21 h. (18 anos).

Baseado no romance de William Styron, So-fhie's Choice é a história do crescimento de umescritor, Stingo, através da convivência com umcasal de amantes, em Nova Iorque, no pós-guerra.Ela, Sofia Zawistowska, imigrante polonesa que foraprisioneira no campo de concentração de Auschwitz,onde a tragédia marcou definitivamente sua vida.Ele, Nathan Landau, intelectual judeu e paranóico.Produção americana. Meryl Streep recebeu o Oscarde 1983 do Melhor Atriz.Cotação do JB. ?????Cotação do leitor: ????? (30 votos)GANDHI (Gandhi), de Richard Attenborough Com BenKingsley, Candice Bergen. Edward Fox. John Gielgud.Trevor Howard, John Mills e Martin SheenO filme narra 56 dos 79 anos de MahatmaGandhi (1869-1948), líder espiritual e político daíndia, sinônimo do poder do protesto sem violênciae de uma visão de mundo que contribuiu paralibertar seu pais do colonialismo inglês. Produçãobritància. Vencedor de oito Oscar: Melhor Filme,Diretor, Ator, Roteiro Original, Fotografia, Monta-gem, Cenografia, e Vestuário.Cotação do JB ????Cotação do leitor ??*? (16 votos)BAR ESPERANÇA — O ULTIMO QUE FECHA IBras-ier-ro) de Huqo Carvana Com Marilia Pera. Hugo Carvana,Anselmo Vasconcelos. Nelson Dantas, Louise CardosoPaulo César Pereio e Sylvia Bandeira Lido-2 (Praia doFlamengo. 72) (18 anos)

Bar típico da Zona Sul carioca, freqüentado porartista, jornalista e intelectuais, o cenário para osconstantes conflitos de um casal: Anna Moreno,atriz de teatro que interpreta personagem popularnuma novela de televisão," e Zeca autor de teatro ede TV.Cotação ao JB ???Cotação do leitor ???? (13 votos)BLADE RUNNER — CAÇADOR DE ANDRÓIDES IBIa-de Runner). de Ridley Scott. Com Harrison Ford. RutgerHauer, Sean Voung. Edward James Olmos e M. Em-metx Walsh Cinema-3 (Rua Conde de Bonfim, 229 —234-1058): 14h50min, 17h, 19h10min, 21h20min ',18anos)

A ação passa-se no ano 2020, quando milhõesde pessoas vêem-se obrigadas a imigrar para outrosplanetas em vista da superlotação da Terra. O boorngenético produz animais artificiais, inclusive sereshumanos que recebem o nome de replicantes. Nesteambiente, o Capitão Cryant entra em ação paraenfrentar um grupo de replicantes rebeldes. Produ-çào americana.Cotação do J3' ???Cotação do leitor. *¦**¦*¦ (1 voto)MONTY PHITON NO SHOW DE HOLLYWOOD (Mon-ty Phiton at the Hollywood Bowl). de Tery Hughes eMonty Phython, Seqüências adicionais dirigidas por lanMacnaughton. Com o Grupo Monty Phyton. GrahamChapman. John Cleese, Terry Gilliam e Eric Idle. Scala(Praia de Botafogo. 320 — nâo tem telefone):14h10min. 16h, 17h50min, 19h40min, 21h30min (14anos)

Documentário sobre a apresentação ao vivo dogrupo de comediantes Monty Python no HollywoodBowl durante quatro dias. Produção americana.Cotação do JB ??Cotação d0_ feitor ??? (5 votos)RIO BABILÔNIA (Brasileiro). ae Nevilie D'A!meida. ComJardel Fiiho, Christiane Toríoni, Norma Benguel e JoelBarcelos. Coral (Praia de Botafogo. 316 — não temtelefone.»' 15h. 17h10rri!n. 19h20min. 21h30min (18anos)História ambientada na última semana do anono Rio de Janeiro. Marciano sobrevive de eventuaistrabalhos e. no momento, como guia de turismo,está encarregado de acompanhar Dr. Liberato, umcontrabandista de ouro que volta ao país.Cotação do JB ??Cotação do leitor" ???? (33 votos!VÍTOR OU VITORIA? (Victor/Victoria) de B'ake Ed-wards. Com Juí'e Andrews, James Garner. RobertPreston. Lesley Ann Warren. Atex Karras e John Rhus-Davies. Baronesa (Rua Cánd>do Benioo. 1 747 — 390-5745) 15h. 17h40rrnn. 20h20m;n (14 anos)-Paris, 1934. Victona, uma cantora lírica america-na, esta procurando emprego em qualquer cabaréparisiense e acaba conhecendo um ator homosse-xual. Este a convence a vestir-se de homem e passarpor um conde polaco. Produção anglo-americana.Ganhador do Oscar para Melhor Musica em filmemusicalCotação do -3 ?Cotação dc etc -36 vetos"'MAD MAX 2 — A CAÇADA CONTINUA (Mfd M»« 2)

de George Miller. Com Mel Gilbson, Bruce Spence,Vernon Wells. Emil Mmtye Mike Preston. Coper-Tijuca(Rua Conde de Bonfim. 615): 22h (18 anos). Atédomingo.

Filme ambiontado no futuro, quando a Terratornou-se árida e sem lei, após um conflito nuclear.Os personagens são os mesmos da realização ante-rior, que iniciou a série. Bandos de motoqueiro»praticam pilhagem e saque e são combatidos porMad Max, ex-policial que dirige um carro blindado ausa armas poderosas. Produção australiana.Cotação do JB: ?Cotação do leitor: ?? (22 votos)CONAN, O BÁRBARO (Conan the Barbarlan). de JohnMilius Com Arnold Schwarzebegger. James Earl Jones,Max Von Sydow. Sandhal Bergman e Ben Davidson.Complemento: O Sangrento Lutador Chinò». Rex(Rua Álvaro Alvim, 33 — 240-8285): de 2a a 6a às 12h,16h25min, 18h50min; sáb. e dom. às 14h, 18h25min.(18 anos).

No período pré-histórico, Conan é capturadoainda criança, depois do assassínio de seus pais, etransformado em prisioneiro. Quinze anos depoisele parte disposto a matar o misterioso ThulsaDoom. Produção americana.Cotação do JB: ?Cotação do leitor: ??? (27 votos)CALÍGULA (Caligula), de Giancarlo Lui e Bob Guccio-ne. Com Malcolm McDowelI e Peter 0'Toole. Bruni-Meier (Av. Amaro Cavalcante. 105 — 591-2746).' 15h,18h, 21h. (18 anos)

Filme liberado em versão integral, adaptado dooriginal escrito por Gore Vidal. Produção americana.

MATINÊSAS AVENTURAS COM TIO MANECO - Filme deFlávio Migliaccio. Stúdio-llha (Rua Sargento João Lo-pes, 826): 14h20mm (Livre). Até domingo.

DRIVE-INCotação do JB ????Cotação do leitor ??*?? (3 votos)SARGENTO GETULIO (brasileiro), de Hermano PennaCom Lima Duarte, Orlando Vie<ra, Inez Maciel. FernandoBe/erra. Fiávio Porto. Antônio Leite e figurantes daCidade de Poço Redoncio Ilha Autocine ''Praia de SàoBento. Ilha do Governador — 393-3211) de ?8 a 6a às20h30min, 22h30min, sãb e dom, às 18h30mm,20h30min. 22h30min (18 anos)

Final da década de 40. Sargento Gelúlio leva umpreso, inimigo político üo seu chefe, de Paulo Afon-so a Aracaju. A viagem segue ate o momento emque emissários vindos da Capital informam a Getu-lio que ocorre reviravolta no panorama político. Sementender as mudanças, obstinado na lealdade aochefe, não aceita as contra-ordens e passa a serperseguido.CotaçAo do JB ???CotaçSo do 'eitor ¦*¦??? (1 voto)O DESTINO BATE A SUA PORTA (The PostmanAlways Rings Twice) de Bob Rafelson, Com JackNicholson Jessica l.ange. John Cohcos. Michael Lerner.John P Ryan. Anjelica Hustone William Traylor Jacaré-paguá Auto-Cine 1 (Rua Cândido Benioo. 2973 — 392-6186) 20h. 22h (18 anos)Um aventureiro chega a uma estalagem de beirade estrada e seu proprietário, um imigrante grego,oferece-lhe emprego. Ele se apaixona pela mulherdo comerciante mas acabam vivendo uma relaçãoamorosa marcada pela tragédia. Produção ameri-cana.OS HOMENS QUE EU TIVE 'Brasileiro) de TeresaTrauirnan Com Dar'ene Glória, Milton Moraes GracmdoJúnior Roberto Bonfim. Arduino Colassanti e ítalaNandi Bangu Autocine (Rua Francisco Real. 975.Bangu) de 3a a 5a e dom. as 20h. 22h. 6a e sab. as19h20. 21h20. 23h20 (18 anos) Ver em continuaçõesCotação üo JB ??Cotação do leitor ???? (33 votos)VÍTOR OU VITORIA? (Victor/Victoria). de Blake Ed-wards Com Julie Anorews. James Garner RobertPreston, Lesley Ann Warren. Alex «arras e John Rhus-Davies Lagoa Drive-ln «Av Borges de Medeiros. 1 426--274-7999) 20h. 22h30min (14 anos) VeremReapre-sentaçòosCotação do JB ??Cotação do feitor ??? i5 votos)RIO BABILÔNIA (Brasiieno!. de Nevilie D'Almeida ComJardel Filho, Christiane Torlom, N'orma Benguel e JcelBarcelos Jacarepagua Autocine 2 (Rua Canaido Beni-do. 2Ü73 — 392-6186i 2Gh. 22h (lü anos) Ver emreap'esentaçóes

EXTRASCotação do J3Cotação do leitor ??•#?? d voto)CRIA CUERVOS (Cria Cuervos). de Carlos Saura ComGeraldine Chapnn, Ano Yorrent Conchita Perer. ManeSanchez Almenaros Momca Randall e Hector AlterioHo o e amanhã as 16n la". 20h. Cândido Mendes (RuaJoana Angélica. 63 — 267 7098) (10 anos)Prêmio Especial do Juri do Festival de Cannes,1976. Em uma casa de Madri, onde moram trêsmeninas, a filha de oito anos acredita que tem emsuas mãos o poder sobro o destino dos que arodeiam. Produção espanhola.

A VITIMA POR TESTEMUNHA (Eoux Profondej). deMichel Deville. Com Isabelle Huppert. Jean-Louis Trin-tignant Hoie às 18h. no Centro Cultural Francês. (AvPres. Antônio Carlos. 58). Legendas em português.CINEMA DE ANIMAÇÃO — Exibição de SinfoniaAmazônica (Brasileiro), de Anélio Latini. Hoje às18h30min. no Auditório da Cultura Inglasa (Rua RaulPomoéia, 231/10°) Entrada franca.

GRANDE RIONITERÓIARTE-UFF - Hoje. as 2U\ Lili Marlene com HannaSchygrilla (14 anosl A Noviça Rebelde, com julieAndrews As 14h (Livrei Ate domingoBRASIL - Joana — A Historia de Uma Mulher comTenyHaii De V a sao as 17hZ0n\ 19h!0m. 21h, dom,as 15h20m. 17h20m. 19li10m. ;'!h (18 anosl AteamanhãCENTER 711-6909) - Golpe de Mestre — 2* Parte.com Jackie Gleason As 15h| I7hl0m,n. 19h20min.21h30min (16 anos) Ate quartaCENTRAL (717 0367» Esquadrão do Sexo: o Sadi-CO com P.itrice Vdlota As 18n30mm, !5h:í0min.17h30min 19h30min. 21h30mm (18 anos) Ate quartaICARAI (717-0120) — Flashdance — Em Ritmo deEmbalo Com Jennifer Beals As 13h30mn:. 15h30min17h30nrn. 19h30min. 21h30mm (14 anos)NITERÓI '719-9322) — Caligula, com Malcolm McDo-we« As 14h. I7h. 20h (18 anoslCINEMA-1 (711-9330) — Um Lobisomem Americanoem Londres com Davtd Naughton As 14h. 16n. 18h.20h. 22h (18 anos)TAMOIO (São Gcnçafo) - Garganta Profunda, comLrnda Lovelace As 16h30mm. 18h. 19h30m:n. 21 h (18anos)PETROPOLIS

RECITAL — AprosentaçAo do Jerzi Mi*lowski (violino). Alelda Schwaitjor (piano)e Erich Lohninger (violino). ProgramaSonata Para Dola Vlollnoi, a PlanoOpua 8 n"1 4. do Haydn. Sonata ParaDois Violinos a Plano, do Martmu, DuoConcartanta Opua 67 n° 1 para DolaVlollnoa. de Borlol, o poçoj do Shoata-kovitch o Snrnsnto. Sala Cacllla Malra-laa. Lgo. do Lapa. 47. Hoie, I» 2lh.Ingrossos o Cr$ 3 mil, Cr$ 2 mil odesconto do Cr$ 500 pora ostudantosSEMANA DO 135° ANIVERSARIO DAESCOLA DE MÚSICA —- Programação:hoje, o organista Gorardo Gorosito; ama-nhô, conjunto Música Antiga; quarto»feira, conjuntos da Escola; quinta-feira, oQuarteto do Cordas do UFRJ, sexta-foira, Ouartoto do Harpas da Escola;sábado, as óperas La Zlngaralla. do0'Kelly, o II Maestro dl Capada, doPaer. Salto Leopoldo Miguez. Rua doPassoio, 98, Sempre, às 17h30mm. En-trada franca.NICOLAS DE SOUZA BARROS - Reci-tal de alaúdo e violão. No programa,peças de Bach, Weiss, Aibom?, Grana-dos e Walton. Teatro da UFF, RuaMiguel do Frias, 9, Niterói. Hojo, às 21 h.Ingressos a Cr$ 400SEQUNDA8 LÍRICAS — Recuai deWanda Worneck, Lohia Rachid, ArmandoRocha, lida Lauria e Arsenio Aguirre. Aopiano, o maestro Larry Fountam. TeatroGlauca Rocha. Av. Rio Branco. 179.Hoje, às 18h30min. Ingressos a CrS 600.HARLEY APARECIDA — Recital da pia-nista interpretando Villa-Lobos, L. For*nandez, Marlos Nobre. Ravel e Liszt.Sala da Congregação. Rua do Passeio,98 Hoie, ás 16h. Entrada Iranca.OSB — Concerto sob a regôncia domaestro Isaac Karabtchevsky. Solistas:Aldo Baldm (tenor) e Noel Devos (fago-te). Programa. Maometto, de Rossini;Don Glovanni, de Mozart; O NavioFantasma, de Wagner; Elixir D'Amora,de Donizetti, e peças de Massenet. We-ber e Villa-Lobos. Teatro Municipal, Ci-nelândia (262-6322). Amanhã, às 21 h.MAT1AS DE OLIVEIRA E FÁBIO GAR-DENAL — Recital de violoncelo e piano.No programa, peças de Bach. Schu-mann, Brahms, Villa-Lobos e Tchaikows-ky Auditório do IBAM, Lgo do Ibam, 1.Amanhã, às 21h. Entrada franca.EDSON ELIAS — Recital de piano. Noprograma. Sonatas, de Beethoven. SalaCecília Meireles, Lgo. da Lapa, 47. Quar-ta-feira, às 21 h. Entrada franca._

TEATROA INCELENÇA — Texto de Luiz Marí-nho. Direção de llclemar Nunes. Provapública com os alunos do curso de teatrodo Liceu. Teatro do Liceu, Rua Frederi-co Silva. 86. Hoje, às 19h e 21h30min.A AMANTE INGLESA — Texto de Mar-guerite Duras. Direçào de Paulo AutranCom Paulo Autran, Tóma Carrero e Jac-queline Laurence Teatro da Maison deFranco. Av Antônio Carlos, 58 (220-4779) 2a e 3a, às 21h30min. Ingressos aCrS 3 mil Debates apos o espetáculo

As razões de um crime na versãoda assassina e de seu marido.Cotaçòo do leitor ????? (1 voto)A FAMÍLIA TITANIC - Texto de MauroRosi. Direção de Mauro Ras» e FelipePinheiro Com Claudia J.menez, FelipePinheiro. Pedro Cardoso e Zezé PoelssaTeatro Delfin Rua Humaitá. 275 (266-4396) 2"e3* às2lh30nw.4a.6»esâb..as I7h Ingressos 2a e 3* a CrS 2 m i eCrS 1 mil 500 estudantes, de 4a 6a esãb , a CrS 1 mil Ate dia 1o de outubroFamilia classe média sucumbe a seusproblemas financeiros. Um concursovem a salvá-la.Cotação do Leitor ????? (11 votos)APENAS BONS AMIGOS - Texto cieGeraldo Carneiro Direção de AntônioPedro Cenários e figurinos de SilviaSangirardi Com Luís Carlos Buruca. De-nise Bandeira. Maria Padilha e MiguelFalabeiia Músicos Ronaldo DiamanteGilberto Mareio e Zé Lourenço Teatrode Arena, Rua Siqueira Camnos. 143(235-5348) De 2a a4»,àsg|h,:6a às 18he 24h Ingressos a CrS 1 mil 500

Coletânea de textos que falam ecantam o amor.PRK A MIL — texto e interpretação deAloísio de Abreu. Andréa Dantas e KarenAccioli Direção do fOeison Dantas Co-reografia de Cláudio Baltar Teatro Van-nucci Rua Marquês de Sào Vicente. 523a (274-7246) As 2a e 3a as 21 h30min. 5'as 17h Ingressos a CrS 2 mil. CrS 1 mil500 e CrS 800 (para a ciasse teatral). 5apreço único de CrS 1 mil 500Homenagem ao radio dos áureostempos.FESTIVAL INFANTIL — Programação2a A Troupe de Chico Lua. 3a.aulas decriatividade com o grupo Salame Mm-gué. Ia apresentação de uma peça dogrupo Saleme Minguô. 5a O Circo Che-gou (números circenses) e 6a, exiDiçãode desenhos animados Rio-Sul Shop-ping Center Sempre, as 18h EntradafrancaCotação do feitor ????? (9 votos)MARATONA •• Te xto de Naum Alvesde Souza Direção de Milton DobbmCom Dedma Bernardeüi. Felipe Camar-go. Iza do Eirado, Janser Barreto e ou-t-os Teatro dos Quatro. Rua Marques3e S Vicente E>2 2° I274-989S) 2a e 3aas 2lh30m, de 4a a 6'1. as 17h Ingressosb CrS 1 mil 500 e CrS 2 mil (14 anos)Jovens mostram as suas vivèn-cias no difícil e natural processo decrescimento. Temporada suspensa

SHOWFABIOLA — Show de lançamento do LPLuz de Mim Acompanhamento C»di-nho (piano). Teo Lima (bateria), ArturMaia (baixo), Cafe (percussão) e RomeroLubambo e Cláudio Jorge (violão) Tea-tro Casa Grande Av Afránio de MeloFranco, 290. Hoje, às 21h. Ingressos aCrS 3 mil, com direito a entrada e disco.PROJETO SEIS E MEIA — Show deLeci Brandão (cantora e compositora) eFlavío Salles (cantor) Teatro Carlos Go-mes. Pça Tiradentes 1222-7581). De 2a a6a, às 18h30min. Ingressos a CrS 500.PRA VER A BANDA PASSAR — Acre-sentação da banda de S. João de MeritiTeatro do Sesc de S. João de Meriti.Rua Tenente Manoei Alvarenga Ribeiro,66 Hoje. às 20h.NOITE DE CHORINHO — Apresentaçãodo grupo Chapéu de Palha. Cordão doBola Preta. Av. 13 de Maio, 13 2° Hoje.às 19h Entrada francaWANDA SA E JOÃO DONATO —Show da cantora e dD instrumentistaBiblos Av Lpitacio Pessoa. 1484 Hoje.as 23hO VIRO DA IPIRANGA — Aberto a partirdas 18h e música ao vivo a pari r das21 h De 3a o sáb. âs 22h. apresentaçãode Wanderlei Pereira (bateria), PauloRusso (baixo). Jon Mumz (sax) e RomeroLubambo (guitarra) Todas as 2as-feiras.às 22h, chorinho com o conjunto Nó EmPingo D'Agua e o convidado Deo Rian(bandolim) De 4a a 6a. as 2«ih, númerosteatrais com Stella Miranda e GuilhermeKaran e a pianista Mcema Campos Sáb,e 3a às 22h. Cirino (violão) Todo dom. às17h. Jazz das Cinco, com Mauro Sem-se. lon Mumz e Idriss (sax*. RobertmhoSilva e Wanderlei Pereira (bateria). Ro-mero Lubambo (guitarra), Paulo Russo eZeca Assumção (baixo). Pau'o RcbenoCromcete) e Marcos Resende 'teclados)Rua Ipiranga. 54 i225-4'62' Couvert aCrS 1 mil 500

IVAN DE FREITAS Pinturas. Matlai M»rci«r RuaMarqes. d» S Vicento, D2.30ÍI Sem indica;ío riohorérios. Ato difl 23DISCO cUssico — Mostra e venda de discosAssociação doa 8orvldoraa Civis do Brasil. Av 13dn Maio. 23. autisolo D. Do 2' a fl*. das 9h iis 22hCOLETIVA — Esculturas, múltiplos n relevos deToyota, üalvfto, Arriolia Toledo o outros Aktuall. Av.Atlântica. <1 240/223. Do 2" a 6*. das 12h as 20h. sab .das 14h fts 18h.PINTORE8 HAITIANOS PRIMITIVOS E MODERNOS— Mostra de 77 obras Hotel Rio Palaca Av, Atlânti-ca. 1 240. Sem indicaçío do horários Até dia 23.JOÁO FRANCISCO E PAULO BRITO — PinturasAgência da Classificados do JORNAL DO BRASILAv 28 do Sotombro, 226 B. Do 2° a 6a, das 9h âs 18hAtô dia 26DEZ FOTOGRAFOS PARA O PATRIMONIO — Mos-tra de Edouard Boubat. Bornard Doscamps, MichelKempf e outros Galeria do Teatro Malion deFranca, Av Antônio Carlos. 58 Som indicação dehorários. Até dia 31.ARTE NAIF BRASILEIRA — Colotiva de Elza Maria,Ernane Cortat. Nunciata, Paulo Brito o outros. GaleriaJean Jacques, Rua Ramon Franco, 49, Do 3" a sáb,das 11 h Ar> 20h. Ato dia 3 do setembroAGLAIA — Pinturas Galorla Chartlng, Av Atlântica,4240/217. Do 2a a 6a, das 10h ás 22h; sáb . das 10h ás2011. Ató dia 31.LUIZ FERREIRA — Desenhos Galeria Sérgio Mllliet,Rua Arauio Porto Alegro 80 Do2aa6'\c13s lOhas 15"Ató dia 8 de setembroLUÍS CARLOS DE CARVALHO •— Pastel e aquarelaGaleria Daltro, Rua Tavares de Macedo. 86. NiteróiDe 2a a 6a. das 16h ás 22h, sáb e dom . das 15h ás20h Ate domingoO FAZER LÚDICO DOS ANCIÃOS — Mostra defotografias Aliança de Botafogo, Rua Muniz Barroto,730. Som indicação de horários. Até sexta-feiraFLAVIO FERRAZ — Desenhos e pinturas GaleriaContemporânea, Rua Gal Urquiza, 67/5. De 2a a 6a.das 9h às 11h30mín; das 13h às 19h; sáb . das 9h às13h.MOSTRA PETROBRÂS DE ARTISTAS NOVOS —Coletiva de Elso, Fernando Araújo, e Henrique San-t Anna. Edifício da Petrobrás, Av. Chile. 65. De 2a a6a, das 9h às 17h. Até dia 2613 ARTISTAS — 13 OBRAS — Pinturas, esculturas egravuras de Vergara. Antônio Dias, Sérgio Camargo,Leomlson e outros Galeria Thomas Cohn, Rua Barãoda Torre, 185. De 2a a 6a, das 14h às 21 h; sáb., das 14hàs 18hTITO DE ALENCASTRO Pinturas. Galeria Bonino,Rua Barata Ribeiro, 57. De 2a a sáb . das 10h âs 12h edas 16h às 21h. Até dia 27.CENTENÁRIO DE RICHARD WAGNER — Mostra defotografias, partituras, programas e documentos Palá-cio da Cultura, Rua da Imprensa. 16'3°.De2aa6a. oaslOh às 18h Ate dia 10 de setembro.TAiS SIMON E JORGE GUINLE — Mostra de dese-nhos e pinturas. Galeria da UFF. Rua Miguel de Frias,9, Niterói. De 2a a 6a, das 9h às 20h, sáb e dom, das16h às 20h. Até dia 28.FACES E FASES •- Mostra de An*dia Rodrigues, OAleph. Av Epitácio Pessoa, 770. De 3a a dom., a partirdas 20h. Ate dia 28COLETIVA — Peças de Reis Júnior. João Câmara.Carlos Leão. Marina Colasanti e outros. Galeria Basl-lio. Av Atlântica. 4240 224. De 2a a 6a, das 10hâs21h,sab. e dom , das 10h as 19h. Até dia 14 de setembro.ACERVO — Obras de Newton Rezende, Camões,Mana Alcina, Bracher, Antônio Ma<a e outros. Scopus,Av Atlântica, 4240 207 De 2a a 6a. das 14h as 22h,sab. das 10h as 19h Até dia sábado.

diis I4h ai ?'h, sab , o dom. das 14h as 10h Ató dia31

MA'RIO DE ANDRADE ~ G ravuras Centro PaschoalCarlos Magno. Camoo de S, Bento, Niterói. De 2a a 6a,

7° SALAO CARIOCA DE ARTE Mosl/n do rluMinhos e> gravuras de 65 artistas Memnlno da estaçãoCarioca do Matrô Do 1> a sAb iJas 6h as 23hPSICOTOPOLOGIA DO OLHAR ~ Exposiç/lo dopintura-, do Enoas Vfllle Canlro Emprasarlal RioPraia c)o Botalogo. MH Oénamioia. d.« 121 H 21h.At 6 dia 20ACERVO — Obras do Ruynaldo Fonseca, LaerteMotta, Fukushima. Mabe o outros Galeria Contornonua Marquês (Io S Viconto, 62'701. Do 2* a fia. dailOh as I9h, sao, aa\i lOh ns 13h30mln. Atô se«ta-foiraACERVO Obras do Portinari, Di Cavalcanti, Vicentedo Rimio Monteiro o ouiros Galaria Ralph CamargoAv Atlântico. 4240 Do 2a a 6». dai lOh üs 70h. sat>,das 14h as 18hNAIF - Colotiva do pmturas rin Adolíon do Prado,Aida Lofogo. Aniômo Alves, Fernando P. o outros.Hotol Rogento. Av Atlântica. 3716. Diariamonte, das10h lis 22li Ato dia 30GRAVURAS BRITÂNICAS CONTEMPORÂNEAS —Mostra de 120 gravuras Museu de Arte Moderna,Av Bcirn Mar. s'n°. De 3a a dom , das !2h,1s 18h. Atôdia 11 do setembroARTESANATO BRASILEIRO — Objotos de artistasdo Sul. Mmas Gorais o Goiás Museu do Folclore, Ruado Cateto, 179 De 3a a 6a. das 11 h as 18h. séb odom, das 15h as 18H Até dia 28COLETIVA Obras de Mabe, Krajcborg, MarceloGrassmann. Aldermr Martins e tVakabavasni GalariaRoalidada Av Ataullo de Paiva. 135'226 De 2' a 6a,das 12h às 20h Atô sexta-feiraACERVO —- Obras do Benevento. Mabe. Pancetti,Ornar Rayo. Charles Watson e Adriano de Aquino,'Galer.a Paulo Klab'n. Hua Marquês da S, Vicente!52 204 e Rua Graça Aranha, 57/510. Sem indicação dehorários Ate dia 9 de setembroCOLETIVA — Gravuras e sorigrafias de David daCosta, João Francisco, Apolônio. Débora e outros.Rofugio da Vila Rua Barão de S. Francisco, 345 Semindicação do horanos. Até dia 28.GRANDE LEILÃO DE AGOSTO — LeilSo às 21. depmturas de Fachinetti, Casiagneto, Visconti e peçasorl-nouveau. Caosar Park Hotol, Av Vieira Souto.460. Atô sexta-feira.O TEMPO DO OLHAR — Mostra de fotografias deAlmir Veiga, Ari Gomes, David Zmgg, Evandro Teixeira,Mario Cravo Neto. Rogério Reis. Walter Firmo eoutros. Sola Bornardelli. Museu Nacional de Belas-Aries. Av Rio Branco. 199. De38a6a,das !2has 18h;sàb. e dom., das 15h às 18h. Promoção do JORNALDO BRASIL.GRIGOLI Pinturas Restaurantes Botequim. RuaVise. de Caravelas, 184. Diariamente, das 12h à 1h damanhã. Ate domingo,MARY SMITH E LEONINO LEÃO — Pinturas edesen-j3. Galeria do Ibeu. Av Copacabana, 690 2oDe 2a a 6a. das 15h às 21 h. Até quinta-feira.DOROTHY CALISTO — Pinturas Espaço Paralelo doCentro Calousto Gulbenkian. Rua Benedito Hipôlito,125. De 2a a 6a, das 13h às 18h. Até sexta-feira.

DANÇABANDANÇA EM...LOUQUECEU — Espetáculode dança moderna com Tânia Nardini, JamceBotelho. Silvia Matos. Margarida Abranches eoutros. Coreografia de Tania Nardini, Tony Nardinie Nádia Nardini. Direção de Mário Robeno. TeatroGlaucio Giir*Pça. Cardeal Arcoverde. As 2a e 3aàs 21h30min. Ingressos a CrS 1mil.

RADIO

JORNAL DOBRASIL

AM — 940 KHzNoticiário continuo, com assuntos do Rio e do interiornacionais >> internacionais, a partir das 6h30minBLOCOS NOIICIOSOS. aos 1b e 45 minutos de cadahoraRfrPOR' ER JB. primeiros 6 minutos de cada horaNOII Cl A RI O CEF.dos 30 aos 36 minutos de ceda horaCOMENTÁRIOS, de política e economia, aos 7 mmu-tos de çada hora, com Pery Cotta e Ricardo BuenoNOTICIÁRIO CULTURAL aos 37 minutos de cadahora com Neri VictorINFORMATIVO ECONÔMICO, às 8h30min. 9h15min.18h04mm. com Randoloho de Sou?aINFORMAÇÕES MARÍTIMAS E PORTUÁRIAS, as8h15mm com Pinto AmandoMARKETING E PUBLICIDADE, ás 8h40min com Mar-cio Erlir.hCAMPO E MERCADO, és 2a! e 5aI. às 7h50min comAntônio Carlos CunhaINFORMATICA, as 3as e 6as 7h50min .com IsaacGomesNOIURNO. Ss 23h. com Luis Carlos SarokiiENTREVISTA ESPECIAL, às 2M.4«e6as as 1Jh05m.n(com reorise as 21h)JBI - JORNA:. DO BRASIL INFORMA, as 7h30min,12h30min 18h30min e 0h30min

FM ESTEREO99.7 MHz

HOJE20h — Um Americano em Paris, de Gershwm(Mata --- CDD a raio laser — 17.26). Concerto n° 1,em Mi bemol, para piano e orquestra, de Liszt(Arrau e Colin Davis — 20-54), Serenata n° 1, em Remaior, op.11 de Brahms (Haitink — 45:34), Varia-

çòes Serias, de Meddelssohn (Alicia de Larrocha —11 30), Sinfonia n° 74, em Mi bemol. de tòaydn(Dorati — 21 25); Ponteio e Tocatina. de Lina Piresde Campos (Sérgio Assad — 3 40); Adagio e Rondoem do menor K 617. de Mozart (Zabaleta e OrquestraPaul Kuentz — 10 55); Sinfonia n° 6, em mi bemolmenor, op. 111, de Prokofieff (Rozhdestvensky —38 40)

amajvhA20h — Concerto n° 12, em Lá maior, para pianoo orquestra, K 414 de Mozart (Serkin. Sinfônica deLondres e Abbado — CDD a raio laser — 25-20),Concerto n° 3 (La Cetra), em si menor, de Alessan-

dro Marcello (Holliger. Pellerin e Camerata de Berna —11 21). Sinfonia n° 2 — Ressurreição, de Mahler(Solti — 80-48); Rapsódias Húngaras n°s 11, 10 e 8.de Liszt (Arrau — Gravações de 1951 — 1814).Tenente Kije — Suite, op. 60 de Prokofieff (Marriner— 20 25), Danças para harpa e orquestra, dôDebussy (Zabaleta — 10 35)

D PEDRO !ça D Pedro 24) - Garganta ProfundaCom Linda Lovelace As 15h, 16h30m. 19h. 19n3üm21h. (18 anos! Ate amanhãPETROPOLISMestre — 2* Parte

- - Golpe de

BEIJA-FLOR SOBRE O MORRO —Apresentação de passistas, ntmistas edestaoues da Esco'a de Samba Beija-Fiorce \ íco ? Morro da Urca Av Pas-.eur, o20 i52i-j/37j ocías as seoun-cas-fetras. às 2th ?ng'essos a CrS 4 m-icc^ a passagem dc bontítnho e a CrS 3

GRUPO

ULTRA

APRESENTA

JERZY MILEWSKI

ALEIDA SCHWEiTZER

BEI

EM

Música para 2

violinos

OBRAS DE!J. HAYDN * MARTINÚ

¦ BÉRIOT•SARASATE

DIA 15 AGOSTO

AS 21 HORAS

SALA CECÍLIA MEIRELESLARGO DA LAPA, 47

ML

VENDA DE INGRESSOS:

Teatro- Saia Cecília Meireles-Largo da Lapa, 47

GRUPO ULTRAAv. Almirante Barroso,139a 11 andar Casteio

ER

JORNAL DO BRASIL DIVIRTA-SE segunda-feira, 15/8/83 D CADERNO B D 5

TELEVISÃO

CANAL 2

9:00 ? PATATI PATATÁ.lltOO ? TELECURSO 1° GRAU Ciências n°70 Colação do leitor: ?***? (10 votos).12:15 ? TELECURSO 2o GRAU Matemátican° 22. Colação do leitor ***** (10 votos)12:30 ? TVE NOTÍqlAS — Informativo jorrm-llstico.12:45 ? TEMPO DE ATUALIZAÇÃO Módu-los educacionais13:15 ? MUNDO INDOMÁVEL13:45 ? PATATI PATATÁ.14:00 ? É PRECISO CANTAR Musical comSilvio Cósar, Tom e Dito, Edu Lobo, Jacy daPortela e outros15:00 ? TELERROMANCE Episódio Pie NicClasse C Texto Oswaldo Molles. DireçAo Sér-gio Galvâo Com Herson Capri, Denise deiVecchio e Nair Cristina15:40 ? É FÁCIL. Flashos educacionais15:45 ? JORNAL DA FEIRA16.00 ? GINÁSTICA Com o professor GilliattColação do leitor: ***** (51 votos)

16:30 ? SITIO DO PICA-PAU-AMARELOEpisódio A Gunrra doa Sacis loxto da SilvanPaezzo. Direção do Roberto Vignatti Com ZilkaSalaberrv, Jacyra Sampaio, Suzana Abranchos oAndró Valli Colação do leitor: *** (16 votos),17:00 ? PUMPLIM EA JANELA DA FANTA-SIA. Com Gualba Peçanha17:25 ? BAZAR DO TEM-TUDO Humorlsti-co infantil com Castrinho e Vera Regina.17:40 ? DANIEL AZULAY Hoje O Tênis.18:00 ? OLHA Al Programa sobre as opi-nióes infantis.18:05 ? AS AVENTURAS DO TIO MANECO.O Monstro da Serra do Impossível Texto deLula Torres e Flávio Migiiaccio. Com FlávioMigliaccio. Cotação do leitor: *** (5 votos)18:30 ? EXPLORANDO O MAR INQUIETO.Hoje: A Fauna Entre os Gríos da Areia.19:00 ? TEMPO DE ATUALIZAÇÃO Módu-los educacionais.

19:30 ? TELECURSO 1° GRAU Ciências n"70 CotaçSo do leitor: ***** (26 votos).19:45 ? TELECURSO 2o GRAU MatomAtican° 22. Cotaçrto do leitor: ***<** (10 votos),20:00 ? MUNDO INDOMADO. Ho|o: ArteManual. *21:00 ? ESPORTE HOJE Noticiário esporti-vo. Aprosontaçáo do Eliakim Araújo. Cotação doleitor. *** (19 votos).21:15 ? 1983. EDIÇÁO NACIONAL Comon-tarios de Nahum Sirotsky, Bojunga e TarcísioHolanda, Nina Ribeiro e Virgílio MorotzsohnCotaçflo do leitor. ***** (50 votos).22:00 ? O DIREITO DE TODOS NÓS Hojo:Curandelrlsmo.23:00 ? NOTA JAZZ — Musical, Colação doleitor: ***** (5 votos)0:00 ? TVE NOTÍCIAS — Flash jornalístico.0:05 ? CONVERSA DE FIM DE NOITE Com

Jonas Rezende. Hoje: Emllo Durkheim s oSuicídio.Cotação do leitor: ***** (391votos).

CANAL 4

6:30 ? TELECURSO 2o GRAU Cotação doleitor. ????? (10 votos).

6:45 ? TELECURSO 1o GRAU Cotação doleitor: ***** (10 votos).7:00 ? BOM-DIA, BRASIL Jornalístico apre-

sentado por Carlos Monlort. Cotação do leitor;*** 15 votos).

7:30 ? BOM-DIA, RIO Jornalístico apresen-tado por Glória Maria. Cotação do leitor: * (4votos).

8:00 ? TV MULHER. Programa apresentadopor Maríta Gabriela, Nei Gonçalves Dias e NeyGalvão. Cotação do leitor. *** (71 votos).10:30 ? BALÃO MÁGICO. Programa de varie-dades infantis apresentado pela dupla Simony eFofão. Cotação do leitor: *** (1 voto).12:00 ? SÍTIO DO PICA-PAU-AMARELO.Episódio: Califa Por Um Dia. Texto de MarcosRey. Direção de Geraldo Casé, Roberto Vignati eFábio Sabag. Com Marcelo Picchi, Heloisa Ma-falda e Remaldo Gonzaga.12.40 ? RJ TV. Noticiário,12:55 ? GLOBO ESPORTE. Noticiário esporti-vo. Cotação do leitor. *** (45 votos).13:15 ? HOJE. Noticiário. Apresentado porSônia Maria. Cotaçao do leitor; **** (42votos).

13:40 ? VALE A PENA VER DE NOVO Re-prise da novela Plumas e Paetês. Cotação doleitor: *** (3 votos).14:40 ? SESSÃO DA TARDE Filme: Descal-ço no Parque.16:45 ? SESSÃO AVENTURA — Seriado: OHomem de Seís Milhões de Dólares. Cotaçãodo leitor: *?**? (11 votos).

Foto: Rede Globo

Rosila Tomaz Lopes é aIVanda na novela LoucoAmor. (CANAL 4 — 20H30MIN)

18:10 ? PÃO PÀO, BEIJO BEIJO — Novelade Walter Negrão. Direção de Gonzaga Blota eHenrique Martins. Com Elizabeth Savalla, Cláu-dio Marzo, Maria Cláudia, Edwin Luisi e ArnaudRodrigues. Cotação do leitor: ** (5 votos).19:00 ? GUERRA DOS SEXOS. Texto de Sll-vio Abreu. Direção de Jorge Fernando e GuelArraes. Com Fernanda Montenegro, Paulo Au-tran e Glória Menezes.19:45 ? RJ TV. Jornalístico com Berto Filho.Cotação do leitor: ** (7 votos).20:00 ? JORNAL NACIONAL Noticiárioapresentado por Cid Moreira. Cotação do leitor:?? (154 votos).20:30 ? LOUCO AMOR Novela de GilbertoBraga. Direção de Paulo Ubiratan. Com FábioJr„ Bruna Lombardi. José Lewgoy e TerezaRachel.21:30 ? SUPERCINE Filme: Amor a TodaVelocidade.23:30 ? JORNAL DA GLOBO — Noticiárioapresentado por Eliakim Araújo. Cotação doleitor. ** (39 votos).0:00 ? BOLETIM DOS JOGOS PAN-

AMERICANOS.0:20 ? CORUJA COLORIDA — Filme. Um

Tiro No Escuro.

CANAL 6

15:00 ? SESSÃO DESENHOS Hoje Supe-raventuras, A Família Trololo e D'Artagnan,Sport Billy.17:00 ? CLUBE DA CRIANÇA Programa in-fantil apresentado por Xuxa, com os desenhosanimados Dom Quixote de La Mancha; LordGato e a Turma do Abobrinha, Sport Billy,Goldie Gold e D'Artagnan e os Três Mosque-teiros.19:00 ? PANORAMA MANCHETE Apresen-taçào de Iris Lettieri e Jacira Lucas

19:30 ? MANCHETE ESPORTIVA Apresen-tação Paulo Stem.

19:45 ? JORNAL DA MANCHETE Apresen-tado por Antônio Carlos Bianchini, Ronaldo Ro-sas e Roberto Maia. Comentários políticos deMurilo Mello Filho.20:30 ? TRAPPER JOHN, MÉDICO SeriadoHoje Táxi na Chuva.

21:30 ? BAR ACADEMIA — CHICO BUAR-QUE. Musical com a participação do cantor ecompositor Convidados Ma Betània, Edu Lobo,lom Jobim. Ney Matogrosso e outros. Apresen-tação de Walmor Chagas23:30 ? GRANDE ESTRÉIA ESPECIAL Fil-me A Profecia.

1.00 ? JORNAL DA MANCHETE 2» ediçãoApresentação de Luis Santoro e Cláudia Ribeiro

CANAL 7

8:15 ? GINÁSTICA — Programa educativoCotação do leitor ***** (51 votos).8:45 ? AO DESPERTAR DA FE — Religioso9:15 ? CAVALO AMARELO — Reprise da

novela com Dercy Gonçalves e Rolando Boldrin.10:00 ? ELA — Programa feminino.12:00 ? JOGOS PAN-AMERICANOS Bole-tim esportivo.12:30 ? SHOW DE DESENHOS.15:00 ? JOGOS PAN-AMERICANOS JogoBrasil x Estados Unidos. Futebol.17:00 ? SHOW DE DESENHOS.17:30 ? SCOOBY DOO Desenho

18:00 ? BRAÇO DE FERRO Novela com Wal-ter Stuart. Elizabeth Hartman e Geraldo dei Rey18:30 ? MAÇÃ DO AMOR — Novela de Wil-son Aguiar Filho. Com Yoná Magalhães, Rubensde Falco e Wanda Stefáma.19:15 ? EDIÇÃO LOCAL — Noticiário19:30 ? JORNAL BANDEIRANTES - Noti-ciario com Ronaldo Rosas, Ferreira Martins,Joelmir Betting e Villas-Bòas Corrêa.20:00 C JOGOS PAN-AMERICANOS Bole-tim informativo.20:10 ? OS IMIGRANTES. 1" FASE NovelaReprise

21:00 U CLODOVIL — Programa de varieda-des. Cotação do leitor **** (14 votos)22:00 Q CANAL LIVRE — Hoje entrevistacom Jose Wilker23:00 ? JOGOS PAN-AMERICANOS Bois-tim informativo23:30 ? JORNAL DA NOITE _ Noticiáriocom Joelmir Betting, Aizita Nascimento e JoséAugusto Ribeiro Cotação do leitor **** (18votos)23:50 ? PROGRAMA FERREIRA NETTO -Jornalístico de entrevistas Cotação do leitor???? (105 votos) •

CANAL 99:00 ? IGREJA DA GRAÇA Religioso Com

o missionário R. R Soares. Cotação do leitor???? (6 votos).

9:30 ? TELE-ESCOLA.10:00 ? O DESPERTAR DA FE Religioso.10:30 ? RANGER. Desenho.11:00 ? LANCELOT LINK. Desenho.11:30 ? COZINHANDO COM ARTE — Pro-grama culinário com Zuleika Cerqueira Cotaçãodo leitor'. ????? (28 votos)11:45 ? RECORD NOS ESPORTES - ComTércio de Lima. Cotação do leitor * (I voto)

12:00 ? RECORD EM NOTÍCIAS Noticiáriocom Hélio Ansaldo, Glauce Graieb. José Mene-ghatti, Dionete Forti e outros Cotação do leitor? ?? (14 votos)13:00 ? À MODA DA CASA. Culinária comEtty Frazer Cotação do leitor ***(16 votos)13:15 ? GEORGE, O REI DA FLORESTA De-senho.13:40 ? BLACK STAR — Desenho14:00 ? EDNA SAVAGET - Variedades16:00 ? RANGER. Desenho16:45 ? O BUGGV A JATO - Desenho '

17:30 ? JACKSON FIVE — Desenho18:00 ? O MENINO BIÔNICO — Desenho18:30 ? A FEITICEIRA — Comédia Cotaçãodo leitor ???? (10 votos)19:00 ? SESSÁO AVENTURA. Os Monroes.20:00 ? SESSÁO BANG-BANG - SeriadoBret Maverick.21:00 ? OSCAR Filme Sete Cidades deOuro.23:00 ? NOITES CARIOCAS - Programaapresentado por Scarlet Moon e Nelson MottaCotação do leitor **** (73 votos)

CANAL 11

7:00 ? GINÁSTICA.7:30 ? MISSÃO MAGICA Desenho.8:00 ? PERNALONGA Desenho.8:20 ? PANTERACOR-DE-ROSA Desenho

Cotação do leitor; ***** (3 votos)8:40 ? CACHORRINHO DROOPY Desenho.9:00 ? LIGEIRINHO E SEUS AMIGOS —

Desenho.9:10 ? TOURO E PANCHO Desenho.

9:20 ? FAÍSCA E FUMAÇA Desenho.9:30 ? INSPETOR. Desenho9:40 ? CLUBE DO MICKEY Desenho

10:00 ? LOONEY TUNES — Desenho Cota-çáo do leitor: *** (2 votos).10:20 ? PAPA-LEGUAS — Desenho Cota-ção do leitor: ????? (2 votos).10:40 ? POPEYE — Desenho. Cotação doleitor: *** (3 votos)

11:00 ? A TURMA DO PICA-PAU — Dese-nho. Cotação do leitor **** (9 votos)11:20 ? CLUBE DO MICKEY Desenho11:40 ? A TURMA DO TOM E JERRY Desenho12:00 ? TOM & JERRY Desenho Colaçãodo leitor *** (7 votos)12:20 ? CLUBE DO MICKEY Desenho12:40 ? PICA-PAU — Desenho13:00 ? OS RICOS TAMBÉM CHORAM Re-prise da novela.14:00 ? O POVO NA TV Variedades. Apre-sentação. Wilton Franco Participação de JoséCunha, Cristina Rocha, Roberto Jelferson,Amauri e Sérgio Malandro Cotação do leitor???(239 votos)

Regina Cervantes Cotaçao do leitor ?? (2votos)18:30 ? NOTICENTRO — Jornalístico Apre-sentação de Corrêa Araújo e André CamarinhaComentários esportivos de Jose Resende Co-tação do leilor *** (18 votos)19:00 ? A RAZÃO DE VIVER. Novela de Ma-ritza Garrido Kate Hansen. Mario Cardoso eSedme Muller19:50 O AMOR CIGANO Novela de ManoloRico20:50 o O ANJO MALDITO Novela de LuizaXamar.21:20 ? A MULHER É UM SHOW Com Moa-cyr Franco. Cotação do leitor **** (3votos)

18:00 ? DESPREZO Novela de Luiza Maza e 00:00 O JUSTIÇA EM DOBRO - Seriado

REDE MANCHETE TV DE 1.* CLASSE

25 MILHÕES DE DÓLARES

PARA UMA CLÍNICA DE LUXO!

E 0 HOSPITAL DOS POBRES?

O milionário que mantém a clínica gratuita do San Francisco Memorial Hospitalquer destinar uma doação de 25 milhões de dólares para a construção de umestabelecimento médico de luxo. A clínica dos pobres vai ter que fechar. Isso põe emmovimento a equipe muito louca do Dr. Trapper John, que inventa mil peripéciaspara convencer o doador a mudar de idéia.

TRAPPER JOHH, MÉDICO - A SÉRIE MAIS DIVERTIDA DA TV. NA REDE MANCHÍTÍ

20:30 CANAL 6

GNoar^

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Parapsicologia

O sucesso alcançado noPrograma J. Silvestre

(TV Bandeirantes, terça-feira, 21h) valeu a Maria Li-dia Gomes de Matos um con-vite para participar de Ela(TV Bandeirantes, de segun-da a sexta-feira, lOh). Quar-ta-feira ela fará sua estréiano programa feminino res-pondendo ao vivo a pergun-tas de telespectadores sobreproblemas de relacionamen-to e questões de parapsicolo-gia. Maria Lidia recebeu nasemana passada no Progra-ma J. Silvestre o maior pré-mio já dado por um progra-ma de TV por sua participa-çáo no quadro O Céu E oLimite no qual respondeujustamente sobre Parapsico-logia. Dos mais de Cr$ 65milhões recebidos, ela ficoucom Cr$ 2 milhões e os Cr$ 63milhões restantes doou auma instituição paulista deajuda a hansenianos.

EncontroCaso Verdade apresenta-

V/ do esta semana na GloboCinco Dias Fora da Rotinafoi contado à escritora e

roteirista Eloí Calage, sua au-tora, por uma das mulheresque. durante uma excursão, seperderam na floresta: Evanir.Desde que soube que a atrizNeuza Amaral (a Zefa Cheira-Cheira da novela Paraíso) se-ria a intérprete do seu perso-nagem, Evanir não pensavaem outra coisa senão conhecé-la pessoalmente. Pois conse-guiu. e absolutamente por aca-so: anteontem, as duas se en-contraram na estação do me-trô em Botafogo, Evanir apre-sentou-se a Neuza e as duasconversaram tanto que desço-briram, entre outras coisas emcomum, serem ambas fanáti-cas por bale e pelos netos. Daicombinaram ir juntas na pró-xima recita de bale que vier aacontecer no Teatro Muni-cipal.

Marco Antonlo Cavalcanti

Laerte Morrone e Mário Benvenuti

PIANO E CANTO

RTISTAS fnistrados — em parte, claro. Naverdade, Laerte Morrone e Mário Benvenuti — oGigio e o Guido de Pão Pão, Beijo Beijo — são

ótimos atores que nas horas vagas cantam e tocampiano. Como os dois são descendentes de italianos, nãoé difícil fazer as cenas em que alegram as tardes nachácara de Mamma Vitória (Lélia Abramo). Laerte nãose dedicou muito ao piano, mas Mário chegou a estudarcanto com a mãe da atriz Nidia Licia, Dona Maria AlicePinckerly. É tenor e já cantou muito no coro do colégiode padres Liceu Coração de Jesus.

igHnp

VIOLA

Sérgio Reis

Acompanhado de 25 violei-

ros, o ator e cantor-caipiraSérgio Reis cantará a música doSindicato dos Caçadores das On-ças, de sua autoria, no musicalinfantil A Turma do Pererè, deZiraldo, que a TV Globo está pro-duzindo para exibir em outubro.Os outros números musicais con-firmados sáo: Wanderléa inter-pretando O Despertar da Nature-za, de Guilherme Arantes; MarluiMiranda vai apresentar Não VáTininim; Zezé Motta cantará AMoça da Cidade, de Ivan Lins eVictor Martins; Ricardo GraçaMello —o índio Tininim da histó-ria — o Tema de Tininim e Mari-nela Graça Mello — a índiaTuiuiu — o Tema de Tuiuiu. To-das as letras tèm a participaçãode Ziraldo.

Domingo, o caderno de TV que pega bem todos os canais

OS FILMES DE HOJE

llugo Gomez

Tfc ASEADO em peça de NeilJr% Simon, o homem do toque de

Midas, Descalços no Parquemarcou a estréia nas telas do diretorteatral Gene Saks, que voltaria arecorrer ao autor em seu segundotrabalho cinematográfico IO listra-nho Casal). Comédia leve que o mes-mo Robert Redford estrelou naBroadway com Elizabeth Ashley nopapel aqui vivido por Jane Fonda,Barefoòt in the Park tem um desdo-bramento divertido e desempenhoscorretos. Mildred Natwick repete opapel interpretado no palco e, paravariar, deixa de ser uma mulher maou frustrada, revelando seu lado có-mico e simpático. Mas, quem sur-preencle pela extroversào, quasenum arremedo de sua imagem de .romantic lover, e Charles Boyer,num vizinho excêntrico. Uma obraamena de fácil digestão.

Em Um Tiro 110 Escuro, BlakeEdwards reúne o inspetor trapalhão,Sue Peter Sellers criara um ano an-tes em A Pantera Cor-de-RosaJ ocompositor Henry Mancini e a duplaresponsável pela pantera. De Pattie-Freleng. numa história baseada li-vremente em peça do autor francêsMareei Acharcl, que Tònia Carreromontou entre nós com o titulo deTiro e Queda. Seja porque o perso-nagem principal — um magistrado— 1'oi abandonado e substituído pelodesastrado Clouseau. o que exigiutoda uma reestruturação da trama,seja porque as desventuras do agen-

te já não constituíssem mais surpre-sas, sem falar num quê de forçado nasua comieidade, o fato é que A Shotin the Dark é bem menos divertidodo que A Pantera. Mas há compen-saçoes, como a fotografia de Christo-pher Challis e, principalmente, ocharme petulante de Elke Sommer,com seu nariz arrebitado.

Western semi-historico e semi-religioso, Sete Cidades de Ouro éuma aventura com boas seqüênciasde açáo isoladas em torno da desme-dida ambição dos espanhóis, há doisséculos, em continente americano.Anthony Quinn ainda esperava serdescoberto na América, depois debrilhar 110 ano anterior, sob Fellini,em Na Estrada da Vida.

Variação comercial de O Exorcis-ta, A Profecia é muito mais eletivocomo obra de horror, graças a umahistória intrigante, bom uso da loto-grafia (de Gil Taylor) e um desempe-nho convincente do elenco.

DESCALÇOS NO PARQUETV Globo — I4h40min(Bareffoot in the Park) — Produção norte-americana de1967. dirigida por Gene Saks Elenco Robert Redford.Jane Fonda, Charles Boyer, Mildred Natwick, MabelAlbertson. Herb Edelman. Colorido (109 min)??? Recem-casados (Fonda, Redford) alugamapartamento exíguo, sem elevador, em GreenwichVillage, onde a mulher logo faz camaradagem comum vizinho excêntrico (Boyer), em quem vè umexcelente partido para a mãe viuva (Natwick). Asdeficiências de acomodações, a visita da sogra o ainterferência do novo amigo afetam o bom humordo marido, que vè o casamento perigar. Baseado empeça de Neil Simon. Canção-titulo de Neal Hefti-Johhny Mercer.

SETE CIDADES DE OUROTV Record — 21 h(Seven Citles of Gold) — Produção norte-americana de1956, dirigida por Robert D Webb Elenco RichardEgan. Anthony Quinn, Leslie Bradley. Rita Moreno.

Michael Rennie, Jeffrey Hunter. Eduardo Noriega. Colo-rido (103 min)??Em 1796 começa a se espalhar a noticia de que emalgum lugar da Califórnia ha sete cidades com minas deouro. abandonadas pelos primeiros colonizadores. Aambição dos espanhóis os leva a organizar expediçõespara chegar ate la. em meio a dificuldades de todos ostipos

AMOR A TODA VELOCIDADETV Globo — 21h30min

(Viva Las Vegas) — Produção norte-americana de• 1964. dirigida por George Sidney Elenco: Elvis Presley,Ann-Margret. Cesare Danova. William Demarest. JackCarter. Nicky Blair. Colorido. (85 min)?A fim do participar de um grande prêmio deautomobilismo, piloto (Presley)'segue para Las Ve-gas, onde se apaixona por uma instrutora de nata-ção (Margret). A chegada de um campeão de corri-das italiana (Danova), que passa a cortejá-la, deixa ajovem indecisa. Canção What'd I Say, de RayCharles.

A PROFECIATV Manchete — 23h30min(The Omen) — Produção norte-americana de 1976,dirigida por Richard Üonner Elenco- Gregory Peck. LeeRemick, David Warner, Martin Benson. Harvey Ste-phens, Leo McKern, Billie Whitelaw, Patrick Troughton.Colorido (111 mm)??? Por sugestão de seu conselheiro espiritual,padre Spiletto (Benson), casal (Peck, Remick) queacabara de perder um bebê resolve adotar umacriança, Damien, ctjja mãe morrera de parto namesma data. Anos mais tarde, no aniversário dogaroto (Stephens), sua babá se suicida. Quandoacontecem outras mortes misteriosas, o pai adotivoe um fotógrafo (Warner) estabelocem pontos decontato entre as ocorrências e o menino. Inédito naTV.

UM TIRO NO ESCUROTV Globo — 0h20min(A Shot in the Dark) — Produção norte-americana de1964, dirigida por Blake Edwards. Elenco: Peter Sellers.Elker Sommer. George Sanders, Horbert Lom. TracyReed, Graham Stark, Maurice Kaufman, Ann Lynn.Colorido (101 min)?? Inspetor Clouseau (Sellers) é chamado a invés-tigar o assassinio de um milionário (Sanders) emmansão nas proximidades de Paris e logo passa asuspeitar de uma bela criada (Sommer), por ser avitima um homem dado a conquistas amorosas.Baseado livremente em L'ldiot, de Mareei Achard.

O LEITOR E

CRÍTICONeste cupom publicado diaria-

mente no JORNAL DO BRASIL,o leitor pode opinar sobre qual-quer espetáculo em cartaz, 011qualquer disco, clássico ou popu-lar. recém-lançado. Basta atribuircotações de uma (ruim) a cinco

(ótimo) estrelas. Nas "observa-çòes", pode acrescentar qualquercomentário, inclusive sobre aqualidade da projeção ou o esta-do da sala. As cotações serãocomputadas diariamente. Tiradaa média, esta será publicada jun-to à nota do respectivo espetacu-lo na seção Divirta-se do CadernoB. O cupom deve ser entregue naagência dos Classificados doJORNAL DO BRASIL mais pró-xima de sua casa ou enviado peloCorreio para o JORNAL DOBRASIL, seção Divirta-se, Av.Brasil, 500, 6o andar. CEP 11o 20940.AS COTAÇÕES Dl-VULGADAS REFLE-TEM APENAS A OPI-NIÀO DOS LEITORES

Espetáculo

Local/Canal de TV.

Dia

Cotação

Observações

Hora.

"1

I

i

I

Nome do leitor.

Profissão

Endereço

CEP

.Idade.

, Telefone.

6 a CADERNO B a segfunda-folra, 15/8/83JORNAL DO BRASIL

AVIAÇAO

NOVOS

PLANADORES

DE ALTA

PERFORMANCE

Mário José Sampaio

NO

dia 23 de julho último, R. Pear-son, um piloto com 10 anos deexperiência em vôo a vela, planoucom seu aparelho de uma altitude

de 12 080 metros até um ponto situado 100quilômetros adiante. Durante a fase final dovôo ele julgou sua altitude muito elevada parao pouso, iniciou uma glissada que o fez perder300 metros e fez um toque perfeito nas marcasdo início da pista. A aterrissagem foi feita semfia ps e a aeronave percorreu 1 200 metros atéparar.

Quando finalmente o aparelho brecou,saltaram do Interior do mesmo 61 assustadospassageiros que certamente passaram poruma experiência inesquecível. Esta históriase passou no Canadá e o que existe de estra-nho sobre ela é que estamos descrevendo opouso de um Boeing 767 que pesa 140 tone-ladas.

Durante um vôo entre Montreal e Edmon-ton, há poucas semanas, um 767 estava a 12mil metros de altitude quando uma de suasturbinas se apagou. Os pilotos ao comunica-rem o fato ao centro de controle de vôotiveram o desprazer de verificar que a segun-da turbina também deixara de funcionar. Amaior parte dos sistemas elétricos e hidráuli-cos manteve-se operativa devido ao empregoda unidade auxiliar de força (APU).

Os tripulantes, após comunicarem a si-tuação ao controle de vôo, iniciaram um vôoplanado até a pista mais próxima, que no casoera uma antiga base aérea canadense, agoratransformada em autódromo.

Após planar durante 15 minutos, o pilotofez um pouso exemplar usando apenas a me-tade da pista para parar o avião. A cena foivista por milhares de espectadores que assis-tiam aos treinos de uma corrida de automó-veis. O aparelho foi evacuado através dosescorregas de emergência e, nesta fase, algunsdos passageiros sofreram ferimentos sem im-portància. Os únicos danos sofridos pelo 767foram no trem de pouso dianteiro, que sofreuum colapso após atingir diversas barreirasmetálicas que estavam na pista.

O inquérito efetuado concluiu que o 767sofreu uma pane seca, ou seja, as turbinaspararam por falta de combustível. Segundo aempresa proprietária do avião, o indicador dopainel não estava funcionando e foi usadauma régua especial para a verificação dostanques. O problema é que o medidor, usadoneste caso, era marcado em centímetros queseriam convertidos em litros, em seguida emquilogramas e posteriormente em libras. Nes-ta série de conversões houve uma confusão efoi colocada a bordo apenas a metade doquerosene necessário para o vôo entre Mon-treal e Edmonton.

De qualquer maneira, o incidente serviupara demonstrar que as grandes asas do 767servem para manter a segurança dos passa-geiros, mesmo em longos planeios provocadospor descuidos inadmissíveis no reabasteci-mento.

AERO NEWS

A VARIG acaba de eleger como seu novovice-presidente Edgar N. Araújo. NaFundação Rubem Berta foi eleito vice-presidente Rubel Thomas que acumulaeste cargo com o de diretor da compa-nhia de aviação. Segundo estatística daIATA, para 1982, a VARIG é a primeiraempresa aérea latino-americana em pas-sageiros-quilòmetros transportados e ex-tensão de linhas. No ranking mundial acompanhia brasileira passou do 21° parao 19° lugar em passageiros-quilómetros eatingiu o 17° posto em toneladas-quilômetros transportadas.*** O tráfegoaéreo americano continuou a crescer nosegundo trimestre de 1983. A melhoriada demanda se refletiu em resultadoseconômicos muito favoráveis para algu-mas empresas. A American Airlines lide-rou este grupo, obtendo uma elevação de11% nas receitas e triplicando seu lucro

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Os pilotos de 767 e 757 podem ter uma licençade vôo comum aos dois aviões

UMA LICENÇA, DOIS AVIÕESA Federal Aviation Agency acaba de

aprovar a concessão de licenças comuns parapilotos de aviões Boeing 767 e 757. De agoraem diante um.tripulante técnico de um dosdois aparelhos poderá obter licença para voarno outro, fazendo testes apenas sobre as dife-renças existentes entre os dois modelos.

Embora o 767 seja "wide body" e o 757tenha fuselagem estreita, as cabinas de co-mando de ambos são idênticas e as reações

em vôo e performance são muito semelhantes.É a primeira vez na história da aviação comer-ciai que é obtida uma licença comum paradois aviões diferentes e a mesma só foi conce-dida após extensos testes efetuados em simu-ladores. Para as empresas de aviação estafacilidade oferece menores custos de treina-mento e maior flexibilidade na escala de tri-pulantes, quando ela operar o 767 e o 757.

TARIFAS ECONOMICAS SÓ

EM VÔOS NOTURNOS

OS resultados de tráfego de julho último

náo comprovaram a capacidade das tari-fas econômicas de gerar maior demanda. Aoferta foi aumentada de forma significativamas a procura teve uma elevação pequena,provocando redução de aproveitamentos, emrelação ao mesmo mês do ano anterior.

O pior, entretanto, é que a introdução detarifas rebaixadas além de náo gerar umademanda significativa, transfere o passageirohabitual para os serviços mais baratos. Estefato provoca uma diminuição de receitas porpassageiro-quilómetro e eleva o "break evenpoint". Em julho último, uma das empresasnacionais teve o nível de equilíbrio econômicosituado em 699Í-, enquanto seu aproveitamen-to estava em torno de 64%. Isto sifnifica que

um dos melhores meses do ano não proporcio-nou lucro à companhia em questáo.

A restrição das tarifas econômicas aosvôos entre 22 e 6 horas, deverá limitar acorrosão de "yield", mantendo um atrativopara o usuário. A medida acertada, na atualconjuntura, parece ser a redução de oferta.

Nos Estados Unidos existe um exemploque deve ser observado, a Delta Airlines quedurante mais de 20 anos apresentava a me-lhor lucratividade do setor, tornou-se deficitá-ria. A empresa teve um prejuízo dc 51 milhõesde dólares, no segundo trimestre de 1983 e odéficit foi diagnosticado como conseqüênciada política de descontos agora adotada pelacompanhia.

em relação a igual período do ano passa-do. O superávit desta empresa alcançoua 51 milhões de dólares em apenas trêsmeses. A Pan Am, que vem de um longoperíodo de prejuízos, iniciou uma saudá-vel recuperação, obtendo o segundomaior lucro do trimestre, com 46 milhõesde dólares. A Pan Am melhorou seudesempenho econômico através da redu-ção de custos, que incluíram Congela-mentos salariais e a extinção da frota de747 cargueiros.*** A Air France vai com-pletar 50 anos de existência no dia 30próximo.*** Nos Estados Unidos, ondediversas novas empresas estão-se dedi-cando exclusivamente a serviços de pri-meira classe, surgiu agora um fato origi-nal. A Regent Air pediu autorização paravoar da Califórnia a Nova York transpor-tando, num Boeing 707, entre 22 e 36pessoas. Os passageiros usariam suites

Individuais mas a passagem custaria500 dólares, ou seja, três vezes mais que

a dos serviços normais. O CAB, entretan-to, ainda náo concedeu licença para anova companhia inaugurar seus vôos.***A Rolls Royce está anunciando que aturbina RB-211 de 53 000 libras, usadano Boeing 747, obteve até agora a melhortaxa de retirada de serviço em sua cate-goria.*** Um helicóptero UH-60 Blac-khawk executou um vôo sem escalas de

500 km, que um recorde para a suaclasse. Este feito foi obtido devido àhomologação de novos tanques externosque aumentam o alcance deste aparelhomilitar. O Blackhawk agora pode atra-vessar o Atlântico Norte, usando escalasnormais para a rota.*** A VOTEC vaicompletar brevemente 100 mil horas devôo com sua frota Bandeirantes.***

VM

APENAS BONS AMIGOSGeraldo Carneiro"A montagem dosa os momentos de humor com evocações românticas e

poéticas. Afinal trata-se de amor" (Macksen Luiz/JB — 25/05/83).

O JORNAL DO BRASILconvida você, professor,para assistir "ApenasBons Amigos" de Geral-do v-arneiio. Direção de ;?Antonio Pedro. Cenáriode Sílvia Sangirardi.

^|§|p

:1v Himr^'Irci-

Com Maria Padilha, De-nise Bandeira, MiguelFalabella e Luís Carlos

* Buruca. Ao final do es-! petáculo haverá um de-bate com os professo-

y, .fl, res e elenco.

TEATRO DE ARENAR. Siqueira Campos. 143

16 de agosto — 21:00 horasRetire seu ingresso gratuitamente na bilheteria do Teatro, me-diante apresentação da carteira de professor.

Um programa educacional doJORNAL DO BRASIL

SCARLET MOON eNELSON MOTAesquentam as NOITES CARIOCASbatendo papo com: GIANNI AMICO — O

homem que vai levar os artistasbrasileiros para acabar com ofestival de verão na Itália.MARCOS NANINI — A volta de"Doce Deleite", agora sem Marí-Ü 3 PGTSPAULA' FRANSSINETTI — Ex-plica como será a reorganizaçãoda CODERTE.

NESTA SEGUNDA, ÀS 23:00 HORAS, NASUA TELINHA.

BêCQftB

HOROSCOPO MAX KLIM1

ARIES213 a 20 IPosicionamento iistrológico bas-tanto benéfico para o ariotmocom a passngnm da Lua e domercúrio influenciando suasaçõos no correr do dia, Favoroci-mento em omproendimontosque lhe oxijam grando esforço omuita dodicaçSo. Roconheci-monto pessoal quo o onvaideco-rá Bom momento para o tratosentimental, Entendimonto emfamilia e no amor, Saúdo ommomento neutro. No entanto,não se descuide.

TOURO21 I a 21) 5

Quadro astrotógico do boa disposíçáo para quo o taunno em-proenda atividades ligadas n nú-meros o assuntos bancários. Boadisposição om sua vivênvia pro-fissional. Apoio do colegas e su-ponoros No período da tardo o itnoite podem se materializar algu-mas indicações doslavorrtvoispara o trato om família, Manilostaçôes do inconformismo o into-lerância. Quadro bom para oamor. Saudo estável.

GEMEOS21/5 a 211H

Dia quo lho oxigirá rodobr.idadisposição para suporar um con-dicionamonto astrolôgico noutroom relação íi rotina. Boa disposi-çflo apenas om sua* vivência pos-soa, |unto a amigos o possoas doSua convivência regulai. Nfwacasa a boa influência da Luadevorâ fazê Io mais rocoptivo oatonto a alguns poquonos problo-mas quo marcaram sous últimosdias Busque sor mais com-proensivo om relação A família.Equilíbrio no trato amoroso. Saü-do om fase noutra.

CÂNCER216 a 21 7Momento de boa disposição parasua vivência profissional e finan-ceira. Regência quo marca deforma bastanto intensa a rotinade seu dia Você verá alteradosalguns aspectos mais marcantesde sou comportamento. Influôn-cias benéficas do possoas maisidosas. Procuro manter-se dis-tante de conversas som proveitomais imediato. Harmonia e tran-quilidade em seu trato afetivo.Saúde carente de atenção.

LEÃO??7 n 22 SDia em que as indicações astro-lógicas para o leonino se mos-tram positivas, embora carentesde sua ação. Por isso, mostre-semais dedicado e pronto a agir emqualquer necessidade ligada aoseu trabalho e finanças. Boa notí-cia vinda de pessoa amiga. Re-gència harmoniosa e bastantofavorável em relação ao tratosentimental. Ê possível uma boasurpresa vinda de nativo (a) deSagitário. Saúde regular.

VIRGEM23 S a 22 <)

Você poderá enfrentar, no correrdesta segunda-feira, algum pro-bloma de caráter pessoal deriva-do de ação impensada do umapessoa próxima, Mantenha seuautocontrole e nào se deixe levarpor fácil irritação. As indicaçõesgerais para o seu dia são bcnéfi-cas em termos materiais. Afeti-vamento o momento indica parti-cipaçao e entendimento muitofácil. Saudo em fase de consoli-dação.

LIBRA23 9 a 22 10

Em seu trabalho ou em assuntofinanceiro de importância vocêpoderá enfrentar alguma dificul-dade pratica no correr do diaCuidado com a ação de pessoasque podem influenciá-lo negati-vãmente Não confie em exces-so e resguarde valores e obietosde estima. Pinai do dia de indica-dores excelentes para sua vivèn-cia em familia e no amor, Aspec-tos neutros em relação a suasaúde

ESCORPIÃO23 10 a 21 11

O nativo de Escorpião viverá,nesta segunda-feira, uma exce-lente disposição astrológica, commomentos bastante favoráveispara seu trabalho e a rotina denegócios. Nas finanças procuremanter-se mais cuidadoso comseus gastos. Não deixe decumprir compromissos pessoaisassumidos há algum tempo.Equilíbrio e receptividade em suavivência doméstica e amorosa.Saúde boa.

SAGITARIO22 11 a 21 12

Aspectos de grande positividadepara os seus negócios marcamde forma bastante favorável oseu dia. Indicações de apoio eparticipação para sua rotina denegócios. Favorecimento espe-ciai se você estiver ligado aocomércio. Regência de grandetranqüilidade e harmonia em suavivência doméstica. Quadro mui-to bom para o amor. Manifesta-çóes de ternura e carinho. Saúdecarente de cuidados.

CAPRICORNIO22 12 a 20 1

Hoie você terá um dia bastanteequilibrado, no qual as indica-çòes predominantes se fazemmais pela sua força de vontadeProcure agir com dinamismo eboa disposição Motive se oti-misticamente Noticias de bomsignificado prático Procure enca-rar com mais naturalidade a di-vergéncia de opinião que enco-trar em seu ambiente domésticoTernura e harmonia no amorSaúde em excelente fase

AOUARIO21 1 a 19 2

O aquariano terá hoje uma in-fluência bastante sensível paraas suas atividades de rotina. Indi-cações de apoio e reconheci-mento por parte de pessoas liga-das ao seu trabalho No períododa tarde, evite se expor, espe-cialmente em locais de poucomovimento A influência de Vê-nus se Iara sentir de forma muitoforte em relação a novas con-quistas fascínio e atração Saú-de debilitada

PEIXES20 2 a 20 3

Seu dia poderá se iniciar de for-ma desfavorável. No entanto, vo-cê terá a partir da metade doperíodo, um bom quadro de in-fluências quo moldarão de formabastante positiva seus assuntosmateriais e efetivos. Não se dei-xe dominar pela influência pri-meira de seu dia e use de toda asua lorça de vontade. São bas-tante positivas as indicações liga-das a sua saúde. Vitalidade.

CRUZADAS CARLOS DA SILVA

HORIZONTAIS — 1 — uma dasnotáveis manobras da parte es-portiva ou preparatória para cava-lhada, onde os cavaleiros, se-guindo um atrás do outro, formaum enorme caramujo no centrodo campo ou praça de exibição(pl). 9 — borossilicato e cálcio,em cuia composição entram par-tes variáveis de ferro e manga-nês; 10 — interjelção, o mesmoque eia, 12 — porção inúmera-vel, 13 — elemento de composi-ção prefixai, usado em Quimicapara indicar a falta de um átomode carbònio, 14 — deusa índia-na. 15 —- simbolo do ilinio; 16 —pessoa que veste capa ou pluvialnas procissões, aquele que guar-da roupa em teatros e estabeleci-mentos congêneres, 18 —cons-trução circular, que servia de re-sidència aos prítanes, na antigaAtenas, edifício de teto em lor-ma de abõbada, 20 — norma queregula a sobreposição dos esmal-tes. relação necessária existenteentro qualquer fenômeno e ascondições nas quais ole se mani-festa, 21 — denominação atri-buida a uma pedra dos santuá-rios dos candomblés a qual élavada em solenidade especial,22 — câmaras escuras nos cole-gios, onde os alunos indisciplina-dos eram presos; habitações mi-seráveis; 24 — nome de umbastonete cartilaginoso ou fibro-so que existe sob a língua dosanimais, 25 — deus anão e popu-lar dos antigos egípcios, presidiaao casamento, 26 — sistemafilosófico hindu, que propicia aunião com Deus mediante a con-templaçâo, meditação e totalabstração mental, 30 — peoue-no muro divisório que confina aspeças de salina, vaiado para aságuas, em forma de pequenorego. 32 — dispositivo rotativodos engenhos elétricos de indu-çào, cilindro que impulsiona osbarcos por meio das correntes

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de ar; 33 — denominação atribuí-da à substância amilácea obtidada medula dos sagüeiros.VERTICAIS — 1 — fenda naparle superior lateral de uma va-silha, para medir líquidos, atéchegarem a essa fenda, 2 —forma larvar de determinado ba-tráquio urodelo oriundo do Méxi-co e análogo à salamandra, 3 —descoser-se a sola do calçado; 4— divindade sumeriana; 5 —mulher que dá dinheiro a malan-dro. 6 — pais fantástico idealiza-do pelo inglês Thomas Morus,onde tudo é prefeito, 7 —desig-nativo de dança fetichista própriados negros baianos, 8 — refe-rente ao núcleo de ossificaçáoque corresponde à região maisbaixa do encaixe temporal, 11 —ilhas de coral em forma de círcu-Io, 16 — piparote no alto dacabeça, 17 — membranofòmodos xangós, de barrica ou quintotamponado, 19 — espécie de nócom várias aplicações a bordo.

22 — usar pó-de-arroz em doma-sia no rosto, 23 — orifícios poronde os foles recebem vento; 25— tonelada (no primitivo projetodo sistema métrico, 27 — ele-mento de composição grego quesignifica montanha, 28 — ca-chaça de péssimo sabor; 29 —cabo de vassoura, 30 — a|unta-mento; 31 — simbolo do mer-cúrio.

SOLUÇÕES DO NLIMEROANTERIOR

HORIZONTAIS — talofitas; aco-pe, idos, picu; glena; ados; lon,ul, sima; oligoceno. tatami, ani,oroneta; ed; granito; ãata,sumes.VERTICAIS — tapa; acidular; lo-colito, opus; fe, tilose, adenina,son, saia, gi, comer; monete,otomã, ganga; citas, iüos; anu;im.

Correspondência para: Ruadas Palmeiras, 57 ap. 4 — Bo-

tafogo — CEP 22 270

LOGOGRIFO JERONIMO FERREIRA

PROBLEMA N° 1 3861. assimilar (6)2. canoa pequena (5)3. criança (7)

desagradável (7)em que há fogo (8)

6. enfunar (6)7. espécie de chata (7)8. exaurir (6)9 horrendo (8)

10. inferior (6)

A O E

I

A A I

11 latino (5)12. metal raro (5)13. não nascido (5)14. obscura (6)15. oco (5)16. parvo (6)17. prisioneiro espartano (5)18. relativo ao fogo (5)19. reto (7)20 tormento (7)Palavra-chave 15 letras

Consiste o LOGOGRIFO em encontrar-se determinado vocábulo, cujas vogais já estãoinscritas no quadro acima Ao lado. a direita, e dada uma relação de vinte conceitos, devendo serencontrado um sinônimo para cada um. com o número de letras entre parênteses, todoscomeçados pela letra inicial da palavra-chave As letras de todos os sinônimos estão contidas notermo encoberto, respeitando-se as letras repetidasSoluções do problema n° 1 385; Palavra-chave HISTEROMALACIAParciais' harmala. hálito, hoste, hetaira, hirto, hesitar, hélio; haras. hemácía; hiemal; hiato,haiitose; hacer; herói, horta; hematosar; homerica: horal. harto; halita.

JORNAL^TO BIlASIL ^

Hoffunda-foira,

15/8/83 D CADERNO B 0 7

PEANUTS CHARLES M SCHULTZ AS COBRAS i VERiSSIMO

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JORNAL DO BRASIL HOfçunda-foira, 15/8/83 D CADERNO B n 7

PEANUTS AS COBRASCHARLES M. SCHULTZ VERÍSSIMOE você,

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MAURÍCIO DE SOUSAEU CHAMEI DE-ROCHA, PEDRA,

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_.Assunta Serna c lnaki Aiérra são os intérpretes de Doces Momentos doPassado, de Carlos Saura

TEATRO

"FARRA" PELA

ECOLOGIA

Macksen Luiz

INDIFERENTE à recessão e à crise

econômica, o teatro carioca está pro-curando alternativas de repertório elançando vários espetáculos ao mesmotempo. Esta semana, nada menos do quequatro estréias se oferecem ao público. Acomeçar por hoje, no Teatro do Liceu paraapresentação única — às 19h e 21h30min —de A Incelença, de Luís Marinho, comprólogo de Luís Mendonça, na prova públi-ca da primeira etapa do curso de teatro doLiceu de Artes e Ofícios, e que levou àcriação do grupo alternativo Teatro Liceu.A peça. que ja foi montada por Mendonça,tem nesta versão Iclemar Nunes como dire-tor, e estão previstas temporadas regularesnos meses de setembro (Teatro da Câmarade Vereadores de Caxias), em outubro(Sesc de Sâo João de Meriti) e novembro(Teatro Experimental Cacilda Becker).

Na sexta-feira volta ao Rio, no TeatroIpanema, depois de temporada em SãoPaulo, o grupo carioca Asdrubal Trouxe oTrombone com A Farra da Terra, texto edireção de Hamilton Vaz Pereira. DesdeAquela Coisa Toda que o Asdrubal fez umapausa, aproveitando o período para umcurso no Parque Lage, que resultaria nogrupo Banduendes Agora Estrelados, paraa deserção de alguns elementos — EvandroMesquita criou o conjunto musical Blitz;Perfeito Fortuna desenvolveu a idéia mui-to bem-sueedida do Circo Voador. PatríciaTravassos é a responsável pelo Banduen-des — e para a incorporação de novaspessoas íCarina Cooper, do grupo Manhase Manias; Lena Brito, do Dança Coringa;Luiz Zerbini e Pedro Santos). Do núcleoinicial ficaram apenas Hamilton, ReginaCasé e Luiz Fernando Guimarães.

A Farra da Terra, na definição deHamilton Vaz Pereira, surge a partir "deuma integração com a natureza, com aterra, de sentir mais a terra em si do que oser humano. A presença marcante do sol,da areia, do mar, do rio, nos dias vividosem Trancoso, na Bahia, resultou na idéiado roteiro, alguma coisa que falasse daterra, do planeta". São 15 cenas em duashoras de duração que mistura vários ele-mentos. "Não é um show de musica (aindaque esteja cheio delas, assinadas por Péri-cies Cavalcanti e Hamilton Vaz Pereira, ecujo disco está sendo lançado pela Poly-gram, em produção de Caetano Veloso,junto com o espetáculo), náo é uma apre-sentaçào de vídeo, não é um espetáculo dedança ou circo, e não é um espetáculo deteatro. É tudo isso ao mesmo tempo. Ogrupo procurou dar a mesma ênfase paraas várias áreas não privilegiando nenhumadelas, apesar de que, como trabalho, partiude um grupo de teatro, o peso que estaforma de expressão artística tem é muitogrande." Como é praxe do Asdrubal, tam-bém A Farra da Terra se estende por

longos meses de ensaio. Foi gasto um anona sua preparação e o grupo pretendehomenagear o "planeta Terra, JacquesCosteau. Brigitte Bardott, Bob Marley,Stevie Wonder e Charles Baudelaire".

Ainda na sexta-feira, mas no Sesc daTijuca inicia temporada que se prolongaaté o dia 28. O Dia que Lampião Invadiu oRio de Janeiro, de José Maria Rodrigues,com entrada franca. À semelhança do tra-balho que Maria Rodrigues desenvolveuno Sesc na época da Semana Santa (umaVia Sacra apresentada no belo espaço aoar livre da sede da Tijuca) Lampião "é umatentativa de resgatar a história através deum folguedo, transportando-o para um ou-tro espaço temporal e geográfico. Recolocaos aspectos existentes numa sociedadeagrária no aqui e agora da nossa sociedadeurbana." A montagem, que foi realizadaem dois meses e meio, envolve cerca de 100pessoas, basicamente com participantesdos cursos do Sesc. As músicas utilizadasem O Dia que Lampião Invadiu o Rio deJaneiro são do próprio folguedo com ver-sos recriados por José Maria Rodrigues earranjos do maestro Chico Moreira. Osfigurinos e adereços são de Gilson Barbo-sá, as coreografias de Edvaldo dos SantosReis e bonecos de Toninho Rocha.

Escurial, de Michel Ghelderode, cujaestréia estava prevista para a última quar-ta-feira no Teatro da Aliança Francesa deBotafogo, teve que ser cancelado, em razãode o cenário não se ter ajustado ao exíguoespaço da sala. Como alternativa o grupoO Valete de Salvador fará apenas duasapresentações da montagem dirigida porEric Podor, amanhã, às 18h e 21h, noTeatro Villa-Lobos, pretendendo voltar aoRio, no final do ano, para tentar têmpora-da no Teatro Experimental Cacilda Beckerou no Espaço MEC.

O III Circuito Intersindical e Comuni-tário de Artes Cênicas terá início estasemana, com a seguinte programação: sa-bado, no calçadào de Campo Grande deTeatro na Praça, com o Grupo Dia-a-Dia eNew God City, com o Grupo Samalè Min-gué, no Espaço Livre de Nova Iguaçu,Antigo CREC.

Estão previstos dois lançamentos delivro. Hoje, a partir das 20h30min, no CircoVoador; nos Arcos da Lapa, a Editora Bra-siliense lança Teatro, Televisão e Politica,de Oduvaldo Vianna Filho, organizado porFernando Peixoto. Um livro básico emqualquer estante teatral. E o Inacen mu-dou a data de lançamento do primeirovolume da coleção Teatro de Arthur Aze-vedo. Agora, será na quinta-feira, às 18h,na Sala Memória Aloísio Magalhães.

DANÇA

FIM DE MES

MOVIMENTADO

Antônio José Faro

JR segunda quinzena de agosto assisti-Ht rá a duas estréias importantes em* " matéria de dança, o conjunto sovié-

tico Wirski, e o balé Gabriela que, salvoadiamentos, está programado para o dia25. Até lá, entre os dias 17 e 28, o Grupo Nósna Dança estará se apresentando no Tea-tro do Liceu. Conjugando dança modernacom jazz, o Nós na Dança vem-se destacan-do por suas atitudes iconoclastas e incon-formistas, sendo válido esperar-se pelo me-nos um trabalho sério e inquisitivo, valen-do uma conferida.

CINEMA

Vaz Pe reira defendem a ecologia em A Farra da Terra, queestréia sexta-feira no Teatro Ipanema

NOVO FILME

DE SAURA

Susana Schild

"W"^k OCES Momentos do Passado, doG B espanhol Carlos Saura. é a estréia

mais promissora da semana, quetem ainda, como lançamentos, Cinco Diasde um Verão, do diretor americano FredZinneman, e A Maratona Final, feito origi-nariamente para a televisão, com direçãode Michael Mann. Quinta-feira estréia asegunda parte de Apertem os Cintos, oPiloto Sumiu, a fazer companhia a outracontinuação em cartaz — O Golpe de Mes-tre. Entre as reapresentaçóes destaca-seEles Não Usam Black-Tie. obra vigorosa esensível com direção de Leon Hirszman,baseada na peça de Gianfrancesco Guar-nieri, que volta as telas cariocas depois deexcelente performance nos Estados Uni-dos, onde o filme foi considerado "maravi-lhosamente interpretado, cheio de senti-mento, mas nunca sentimental" pelo criti-co do The New York Times. Vicent Canby.

Carlos Saura, o mais importante dire-tor espanhol da atualidade, muito premia-do em festivais internacionais e, apontadocomo o sucessor de Bunuel, dirigiu DocesMomentos do Passado em 1981, o mesmoano em que também realizou Bodas deSangue. Com uma abordagem semelhanteà De Olhos Vendados — os limites entre arealidade e a representação desta mesmarealidade — Doces Momentos do Passadogira em torno de Juan, que, convencido deque sua vida está marcada por lembran-ças, decide reconstruir o passado com aajuda de atores, que recriarão os persona-gens de sua história. Aos poucos, Juanenvolve-se com uma atriz, Berta, que faz opapel de sua mãe. Com fotografia de TeoEscamillo, o mesmo de Elisa Vida Minha,Mamãe Faz 100 Anos e Bodas de Sangue,Doces Momentos do Passado tem comoatores principais Assunta Serna, comoBerta, e o ator basco lnaki Aierra, comoJuan.

Cinco Dias de um Verão, do veteranoFred Zinneman (High Noon, A um Passoda Eternidade e, mais recentemente, O Diado Chacal e Julia), tem o ex-007 SeanConnery e mais Betsy Brantley, LambertWilson e Jennifer Hilary em uma históriade amor que se passa na década de 30, nosAlpes Franceses. As montanhas são palcode avalanches e dramas amorosos envol-vendo um medido maduro e sua jovemnamorada, um guia, e descobertas inespe-radas para todos os participantes.

Feito para a televisão, com direção dojovem diretor americano Michael Mann, AMaratona Final foi inteiramente rodadoem uma prisão considerada de segurançamáxima — a Penitenciária Estadual deFolsom, em Sacramento, na Califórnia. Ofilme focaliza grupos rivais de presos edestaca um deles, condenado à prisão per-pétua, que sobressai como corredor, e temchances de disputar os jogos olímpicos.Foram utilizados 600 presos como extras, eo elenco é integrado por Peter Straus,Richard Lawson, Ed Lauter e GeoffreyLewis.

Na onda de continuações que invadeHollywood, estréia quinta-feira ApertemOs Cintos, O Piloto Sumiu, segunda Parte,com novo diretor Ken Finkleman e mesmoelenco do original, liderado por RobertHays, Julie Hagerty e Peter Graves. Destavez, o avião deveria levar passageiros àLua, mas imprevistos técnicos provocamtodo tipo de incidente. Na mesma linha dascontinua em cartaz O Golpe de Mestre n° 2,que em comum com o original tem apenaso autor David S. Ward, sem vestígio dodiretor George Roy Hiil. ou de Paul New-man e Robert Redford, substituídos porJeremy Paul Kagan e pelos atores JackeGeason e Mec Davis, como gansters nova-iorquinos da década de 40.

Como extras, o Ciclo de Animação,com desenhos brasileiros de 1953 a 1983, noauditório da Sociedade Brasileira deCultura Inglesa, enquanto o Cine ArteUFF apresentará, em horários diversos,Lili Marlene. A Noviça Rebelde, Mephistoe Ali That Jazz.

TELEVISÃO

DE RARA

QUALIDADE

^f HICO Buarque, Jogos Pan-Hj Americanos e Stefan Zweig são os

destaques de uma semana final-mente repleta de promessas de boas atra-çòes.Hoje

Outro giro. O Caso Verdade, Rede Glo-bo às 17h30min, desta vez conta AmorPingente. Náo sei se na Central ou noantigo bonde de Santa Teresa. VirgíniaCavalcante escreveu, Milton Gonçalves di-rige e entre os intérpretes estão Cosme dosSantos, Lídia Mattos e Elaine Cristina.

Vale a pena. A Rede Manchete mostrahoje, 21h30min, Bar Academia. Primeiroprograma de uma série focalizando compo-sitores atuais da música popular brasileirae seus patronos em suposto silogeu. Oprimeiro é com Chico Buarque e tem entreos convidados Maria Bethãnia e Edu Lobo.Na direção Maurício Shermann e apresen-tação do sempre charmoso WalmorChagas.

Indo. O Canal Livre, Bandeirantes às22h, fincou o pé no programa ao vivo.Ótimo e esperamos que esta forma acaberevitalizando o programa. Hoje o entrevis-tado é José Wilker e perguntam PauloAlberto Monteiro de Barros, garantia deseriedade, ítala Nandi, Rubens Corrêa eoutros. E às 23h, como a Globo, mostraboletim dos Jogos Pan-Americanos. Aocontrário da outra, porém, o Canal 7 vaitransmitir ao vivo algumas de suas compe-tições.Amanhã

Melhor seriado. O Fama que a RedeManchete leva às 20h30min é de longe omais interessante do ramo no momento.Sem violência e com suas histórias senti-mentais compensadas por maravilhososnúmeros de dança.

Ótimo. A Educativa às 22h faz especialchamado Vinte Anos de Romantismo.Acho que tem mais. Qualquer pretextoporém serve para a rara presença de Alte-mar Dutra na televisão. Tem muito maisfãs do que se pensa.Quarta

Dá para arriscar. Às 20h, a Educativamostra de Arte Moderna dentro da sérieMuseus. Agora repletos de arquitetos edesenhistas e quase nenhum especialista.E às 23h Sinal Aberto dá luz verde paraOvídio Bessa, bom valor, Eduardo Guima,Alex Meireles e outros.

Arrasando. Às 21h30min a Globo exibeMorte no Paraíso em Quarta Nobre. Basea-do no livro de Alberto Dines que conta asaga de Stefan Zweig. O roteiro é de DoeComparato, ensina e faz, e Joaquim Assis.No elenco o pouco global Rubens Corrêa,Joana Fomm, Renata Sorrah e outros.Tudo para ser muito bom. E às 22h30mintransmite Brasil e Equador pela CopaAmérica. Depois daquele joguinho do Chi-le nem dá mais para torcer.Quinta

Soberbo. Os Músicos, às 22h na Educa-tiva. reúne Wagner Tiso e Canhoto daParaíba. Estrelas totais em seus estilos.Imperdoável, pois.

MÚSICA

AS 32 SONATAS

DE BEETHOVEN

Luiz Paulo Horta

ja GOSTO continua movimentado.i\ Esta semana, por exemplo, começa¦=>«» na Sala Cecília Meireles uma bem

pensada execução das 32 sonatas parapiano de Beethoven, que reúne alguns dosmelhores pianistas brasileiros e tem oapoio do Projeto Aquarius e da Sul Améri-ca. A série começa quarta-feira com EdsonElias, que interpreta as sonatas op. 22, op.27 n° 2 (Ao Luar), op. 110 e op. 57 (Apassio-nata), e prossegue na qúinta-feira com umaobra colossal de Beethoven — as 33 Varia-çóes sobre uma valsa de Diabelli, op. 120,último caderno pianístico do mestre, a serinterpretado por Caio Pagano. Tocarão,depois, Fernando Lopes, Diana Kacso, An-tonio Guedes Barbosa e outros — todo umpanorama do pianismo brasileiro, aplicadoa um território que é quase a Bíblia dessespianistas.

Hoje à noite, na Sala Cecília Meireles,outra Importante apresentação: a do trioJerzy Milewski, Erich Lehninger (violinos)e Aleida Schweitzer (piano), que tocampeças virtualmente desconhecidas paradois violinos e piano. Milewski e Lehningersão dois violinistas de alto nivel que seintegraram à nossa vida musical; e o con-certo corresponde, também, ao lançamen-to do primeiro de uma série de discos destetrio a ser patrocinada pelo Grupo Ultra/I-maven. Amanhã, no Municipal, a OSB tocasem Antonio Menezes (como estava pro-gramado), mas com dois ótimos solistas:Aldo Baldin (que cantará diversas árias deópera) e Noel Devos, fagotista. Hoje às 21horas, na UFF (Niterói), recital de Nicolasde Souza Barros, que toca Bach num raroalaúde barroco. Às 18h30min, na Uni-Rio(Av. Pasteur 438), conferência ilustrada doprof. Aluisio de Alencar Pinto sobre Emes-to Nazareth. Quarta-feira, no mesmo locale horário, recital da pianista Saiko Sasaki,em peças de Bach. Schumann, Villa-Lobos,Rachmaninov e Bartók.

ARTES PLÁSTICAS

A ARTE

DECORATIVA

VISCONTI

Wilson Coutinho

quase desconhecida experiênciade Eliseu Visconti na arte decora-~ tiva é o tema que amanhã, às 20h,

no Solar Grandjean de Montigny, o pú-blico poderá ver. A mostra — EliseuVisconti e a Arte Decorativa — constade estudos para composição, desenhospara livros, cartazes, selos, ex-libris, vi-trais, grades, luminárias e cerâmicas.Contará também com documentos, foto-grafias e cartas consideradas indispen-sáveis para o entendimento do artistana arte decorativa. Visconti, provável-mente, o mais importante artista daAcademia, assistiu em Paris às aulas deEugène Grasset, que foi consideradouma das grandes expressões do art-nouveau. A exposição consta de umcatálogo assinado por Irma Arestizabal,Mário Barata, Sérgio Lima e LeonardoVisconti Cavalleiro.

Ainda a partir de amanhã, às 21h, naSaramenha, pinturas e desenhos de Ma-ria do Carmo Secco. Fernando Cocchia-ralle, que assina o catálogo, informa que"nas pinturas agora apresentadas,culmina um processo de transformaçãoda obra de Maria do Carmo Secco. Naproposta anterior, cujo núcleo consistiana discussão da relação desenho/pintu-ra, a artista muitas vezes desenhavasobre a tela. Agora, aparece um caminhoque claramente a afasta dessa discus-são. Espaços possíveis — reais e pietóri-cos — se tangenciam na busca de umcontato questionador." Na GB, às 21h.desenhos em pastel de Gregório. "A te-mática de seus trabalhos sao cenas ur-banas e de interior, da sua vivência nacidade de São paulo. onde reside." NaGaleria Macunaíma, às 18h30min, dese-nhos de pássaros de José Eduardo Gar-cia de Moraes. Indayâ expõe, as 21h. naGaleria Divulgação e Pesquisa.

Quarta-feira, no Planetário da Ga-1vea, as 21h, coletiva de pinturas e eseul-turas com obras de Lima Siiva, SolangeTeixeira. Georgina Uchóa. Nina Scher-mann, Sônia Sá e Tereza Carvalho.Quinta-feira, prosseguindo no EspaçoABC. no MAM, os Quasares, uma sériede 11 imagens impressas em off-set. deCarmela Gross, artista paulista de 37anos. "Para Carmela Gross criação eidéia se completam durante o trabalho esua preocupação maior não é com atécnica, mas com as idéias. Dificilmenteela tem na cabeça uma idéia totalmenteacabada do que pretende. O processo éacompanhado da execução, da desço-berta de caminhos, das muitas saídasapontadas pela própria reflexão dianteda criação", informa o catalogo.

Sexta-feira, ãs 22h. apresentação dovideoteatro de Otávio Donnasci no Cen-tro Cultural Cândido Mendes. "O vídeo-teatro não e vídeo, nem teatro. E umalinguagem nova que se realiza no espaçocênico", informa o artista.

POUCO MAS

IMPORTANTE

Maria Helena Dutra

"I&^Ür OVIMENTO pouco mas impor-.LW.JL tanle- No Brasil e até nos shows.

Estes começam sempre pela SérieSeis e Meia do Teatro Carlos Gomes reu-nindo Leci Brandão, precisa ser mais escu-tada, e Flavio Salles. Tem um compacto napraça e estranho timbre de voz. E de hoje asexta. Apenas hoje, no O Viro da Ipiranga,a partir das 22h, Deo Rian como convidadoespecial da Noite do Chorinho, sempreanimada pelo grupo Nó em Pingo D'Água.

Importante. De amanhã até dia 27, às21h na Sala Funarte. reapresentaçáo doelogiadíssimo espetáculo, retirado de discoque teve a mesma repercussão, reunindoPaulo Moura e Clara Sverner. Dois artistasque realmente significam arte refinadamesmo no repertório popular.

E na quinta-feira outra reunião tipoextraordinária. Às 20h no Centro CulturalLarmond, no Jardim Botânico, tocam Ar-tur Moreira Lima, Turibio Santos, Robertode Regina, João Pedro Borges e RobertoSzidon. Iniciativa da gravadora Kuarup,que hoje faz o mais importante trabahocultural em discos do Brasil. Legitima su-cessora portanto da Gravadora MarcusPereira. E às 22h, depois de mostrar seushow em São Paulo, adentra o Canecáo ocompositor e cantor Ivan Lins. O título éDepois dos Temporais e ficara na casa até4 de setembro. Sua arte sempre despertaconfiança até na calmaria.

SHOW

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