Post on 08-Jan-2023
Tecnologia dos revestimentos em construção civilconstrução civil
Profª Drª. Giana SenaEngª Civil, Gestora de Engª da Diretoria de Estudos e Projetos da AGETOP
Professora da Coordenação de Engenharia Civil - PUC-GO
SumárioSumárioSumárioSumárioTecnologia dos Revestimentos emConstrução Civil
Definição, Mecanismo de Aderência, Projeto eEspecificação
Argamassas- Revestimentos de regularizaçãoDefinição, Materiais, Preparo e Dosagem,Recomendações Gerais.Chapisco, EmboçoeReboco.Chapisco, EmboçoeReboco.
Manifestações patológicas / Métodos de reparo
Principais funções dos revestimentos Principais funções dos revestimentos Principais funções dos revestimentos Principais funções dos revestimentos
Proteger os elementos estruturais e de vedaçãoda ação direta dos agentes agressivos;
Auxiliar as vedações no cumprimento das suasfunções como, por exemplo, o isolamentotermo-acústico e a estanqueidade à água e aosgases;
Regularização superficial da alvenaria deRegularização superficial da alvenaria devedação, servindo de base regular e adequadaao recebimento de outros revestimentos, ouconstituir-se no acabamento final;
Melhoria das qualidades de impermeabilidade ede higiene;
Conferir beleza arquitetônica.
ArgamassasArgamassasArgamassasArgamassasDefinição:Definição:Definição:Definição:
A NBR 13529 “Revestimento de Paredes e Tetosde Argamassas Inorgânicas” define a argamassacomo sendo uma mistura homogênea de agregadosmiúdos, aglomerantes inorgânicos e água, contendoou não aditivos ou adições,com propriedadesdeou não aditivos ou adições,com propriedadesdeaderência e endurecimento (ABNT, 1995).São utilizadas na construção civil para assentamento detijolos, blocos cerâmicos, azulejos, ladrilhos, cerâmicase tacos, impermeabilização de superfícies,revestimento e regularização de paredes, pisos e tetos eacabamento de superfícies.
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas ---- PropriedadesPropriedadesPropriedadesPropriedades
No estado fresco:TrabalhabilidadeRetenção de águaAderência inicialRetração na
No estado endurecido:
• Aderência
• Capacidade de absorver deformaçõesRetração na
secagemMassa específica e teor de ar
absorver deformações
• Resistência mecânica
• Resistência ao desgaste
• Durabilidade
Propriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentosADERÊNCIA INICIAL
Propriedade relacionada ao fenômeno mecânico que ocorreem superfícies porosas, pela ancoragemda argamassa nabase, através da entrada da pasta nos poros, reentrâncias esaliências, seguido do endurecimento progressivo da pasta.
É influenciado pelas propriedades da argamassa no estadofresco, pelas característicasda base de aplicação, pelasuperfíciede contatoefetivo entrea argamassae a base efresco, pelas característicasda base de aplicação, pelasuperfíciede contatoefetivo entrea argamassae a base epelas condições atmosféricas na aplicação.
Propriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentos
RETRAÇÃO NA SECAGEM:Ocorre em função da evaporação da água deamassamento da argamassa e, também, pelas reações dehidratação e carbonatação dos aglomerantes, podendocausar a formação de fissuras no revestimento;As fissuras podemser prejudiciais ou não prejudiciais(micro-fissuras). As fissuras prejudiciais permitem a(micro-fissuras). As fissuras prejudiciais permitem apercolação da água pelo revestimento no estadoendurecido, comprometendo sua estanqueidade à água;Os fatores que influenciamessa propriedade são: ascaracterísticas e o proporcionamento dos materiaisconstituintes da argamassa, a espessura e o intervalo deaplicação das camadas e o tempo de sarrafeamento edesempeno.
Propriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentos
RETRAÇÃO NA SECAGEM:
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas ---- PropriedadesPropriedadesPropriedadesPropriedades
No estado fresco:Massa específica e teor de arTrabalhabilidadeRetenção de água
No estado endurecido:
• Aderência
• Capacidade de absorver deformações
Retenção de águaAderência inicialRetração na secagem
absorver deformações
• Resistência mecânica
• Resistência ao desgaste
• Durabilidade
Propriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentosADERÊNCIA
Propriedade que permite ao revestimento ou à interfacerevestimento/substrato absorver e resistir a esforços normais etangenciais. É resultante da resistência de aderência à tração, daresistência de aderência ao cisalhamento e da extensão de aderência daargamassa.
Depende das propriedades da argamassa no estado fresco, dosprocedimentos de execução do revestimento, da natureza ecaracterísticas da base e da sua limpeza superficial.
LOCAL ACABAMENTO Ra (MPa)
PAREDE INTERNA Pintura ou base para reboco ≥ 0,20
Cerâmica ou laminado ≥ 0,30
EXTERNA Pintura ou base para reboco ≥ 0,30
Cerâmica ≥ 0,30
TETO Qualquer acabamento ≥ 0,20
(Limites da resistência de aderência à tração) Fonte: NBR 13749-1996
Propriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentosCAPACIDADE DE ABSORVER DEFORMAÇÕES
Propriedade que permite ao revestimento acomodar ouabsorver pequenas deformações, quer de origemintrínseca àargamassa (retração), ou de origemem pequenasdeformações do substrato.
A capacidade de absorver deformações depende:
• do módulo de deformação da argamassa;
• da espessura das camadas;
• das juntas de trabalho do revestimento;
• da técnica de execução.
O aparecimento de fissuras prejudiciais compromete aaderência, a estanqueidade, o acabamento superficial e adurabilidade do revestimento.
Propriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentosPERMEABILIDADE
Relacionada à passagemde água pela camada derevestimento, constituída de argamassa, que é ummaterialporoso e permite a percolação da água tanto no estado líquidocomo de vapor.
O revestimento deve ser estanque à água, impedindo suapercolação. Mas é recomendávelque o revestimentosejapercolação. Mas é recomendávelque o revestimentosejapermeável ao vapor para favorecer a secagemde umidade deinfiltração ou decorrente da ação direta do vapor d’água.
Essa propriedade depende da natureza da base, dacomposição e dosagemda argamassa, da técnica deexecução, da espessura da camada de revestimento e doacabamento final.
Propriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentosPropriedades dos revestimentos
DURABILIDADE
É uma propriedade do período de uso dorevestimento, resultante das propriedades dorevestimento no estado endurecido e que reflete odesempenhodo revestimentofrente às ações dodesempenhodo revestimentofrente às ações domeio externo ao longo do tempo.
Alguns fatores prejudicama durabilidade dorevestimento, tais como: a fissuração, a espessuraexcessiva, a cultura e proliferação demicroorganismos, a qualidade das argamassas e afalta de manutenção.
Parâmetros para o projeto dos revestimentos de Parâmetros para o projeto dos revestimentos de Parâmetros para o projeto dos revestimentos de Parâmetros para o projeto dos revestimentos de
argamassaargamassaargamassaargamassaA elaboração do projeto do revestimento de argamassa é defundamental importância para a obtenção de umresultadomelhor na produção do revestimento e no seu desempenho,através do aumento da qualidade e produtividade, e da reduçãode falhas, desperdícios e custos.
O projeto deve definir:
o tipo de revestimento (número de camadas);o tipo de revestimento (número de camadas);
o tipo de argamassa;
espessura das camadas;
detalhes arquitetônicos e construtivos;
técnicas mais adequadas para a execução;
o padrão de qualidade dos serviços.
Considerações gerais sobre especificações e Considerações gerais sobre especificações e Considerações gerais sobre especificações e Considerações gerais sobre especificações e
projeto dos revestimentosprojeto dos revestimentosprojeto dos revestimentosprojeto dos revestimentosPROPRIEDADES DA BASE:� Resistência mecânica;
� Integridade / homogeneidade;
� Movimentações irreversíveis;
� Movimentações cíclicas;
� Porosidade e absorção
ESPESSURA/ ACABAMENTO:
� de 5 a 20 mm
MATERIAIS:� Traços (dosagem)
CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO/SOLICITAÇÃO:� Exposição ao intemperismo;
� Fluxo de água na fachada;
� Proteção da fachada;
� Solicitações cíclicas (juntas);
� Manutenção e vida útil dos revestimentos.
� Porosidade e absorção capilar;
� Textura.
� Critérios de recebimento
� Ajustes
Considerações gerais sobre especificações e Considerações gerais sobre especificações e Considerações gerais sobre especificações e Considerações gerais sobre especificações e
projeto dos revestimentosprojeto dos revestimentosprojeto dos revestimentosprojeto dos revestimentos
CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO� Temperatura;
� Água;
� Contaminantes.
PROCESSO EXECUTIVO:� Planeza
� Esquadro, nivelamento e prumo
� Grau de fissuração
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas ---- MateriaisMateriaisMateriaisMateriais
ÁGUA:Misturada ao agregado, à cal e, eventualmente,ao cimento Portland, formará uma massacontínua, sema interposição dos consideráveisvazios que poderão dificultar as reações queconcorremparaaconsolidaçãodoconjunto.concorremparaaconsolidaçãodoconjunto.A mistura da água à cal gera forças internasdecorrentes da sua movimentação e fenômenosde adsorção química e adsorção física.Não deve conter matéria orgânica e colóides emsuspensão e resíduo a 180°C acima dostolerados pelos índices de potabilidade.
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas ---- MateriaisMateriaisMateriaisMateriaisAREIA:
Material particulado de origem mineral, onde predomina o quartzo, de diâmetros entre 0,06 e 2,0 mm.
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas ---- MateriaisMateriaisMateriaisMateriaisAREIA:
PROPRIEDADES
CARACTERÍSTICAS DA AREIA
QUANTO MENOR O MÓDULO
DE FINURA
QUANTO MAIS DESCONTÍNUA
FOR A GRANULOMETRIA
QUANTO MAIOR O TEOR DE
GRÃOS ANGULOSOS
TRABALHABILIDADE MELHOR PIOR PIOR
RETENÇÃO DE ÁGUA MELHOR VARIÁVEL MELHORRETENÇÃO DE ÁGUA MELHOR VARIÁVEL MELHOR
ELASTICIDADE PIOR PIOR PIOR
RETRAÇÃO NA SECAGEM
AUMENTA AUMENTA VARIÁVEL
POROSIDADE VARIÁVEL AUMENTA VARIÁVEL
ADERÊNCIA PIOR PIOR MELHOR
RESISTÊNCIA MECÂNICA
VARIÁVEL PIOR VARIÁVEL
IMPERMEABILIDADE PIOR PIOR VARIÁVEL
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas ---- MateriaisMateriaisMateriaisMateriais
OBSERVAÇÕES PRÁTICAS NORECEBIMENTO DAS AREIAS:
Não deve conter impurezas como placas demicas;
Não devecontergrãosde mineraisem estágioNão devecontergrãosde mineraisem estágiode alteração;
Matéria orgânica (folhas, raízes, caules);
Torrões de minerais;
Granulometria corrida e finos não mais que10% menores que 0,075 cm(peneira 200).
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas ---- MateriaisMateriaisMateriaisMateriaisCIMENTO PORTLAND :
Assim como a cal, é umproduto de origemmineral. Seorigina da calcinação de misturas bemproporcionadas decalcário comalto teor emcálcio e baixo emmagnésio, eargilas. A mistura calcinada – ‘clínquer’, é moída comumapequena porcentagemde gipsita (sulfato de cálciohidratado natural), que modifica suas propriedades,resultando no produto final.Tem ação aglomerante desenvolvida pela reação de seusconstituintes coma água, resultando emneo-formadoshidratados. A reação fundamental que se apresenta para a‘pega’ é a transformação do silicato de cálcio emsilicatohidratado e hidróxido de cálcio.Deve-se atentar para não comprar produto estocado hámuito tempo, pois a umidade do ar age sobre o cimento,“empedrando-o” e diminuindo seu poder cimentante.Produto emsacaria deteriorada tambémdeve ser rejeitado.
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas ---- MateriaisMateriaisMateriaisMateriaisCAL :
Função de ligar de forma eficiente e duradoura, comousem aditivos, os blocos construtivos naturais ouartificiais.Nas argamassas, a cal forma coma água e os inertesque a encorpam, uma mistura pastosa que penetra nasreentrâncias e vazios dos blocos construtivos,reentrâncias e vazios dos blocos construtivos,cimentando-os, principalmente pela recristalização doshidróxidos e de sua reação química como anidridocarbônico do ar.Durante o endurecimento, as partículas muito finas dehidróxidos se aglomeram, formando cristais queaumentamem número e tamanho à medida emque aágua se evapora. Estes cristais se entrelaçamformandouma malha resistente que retémos agregados.
Tecnologia de execução dos revestimentos de argamassaTecnologia de execução dos revestimentos de argamassaTecnologia de execução dos revestimentos de argamassaTecnologia de execução dos revestimentos de argamassa
Ferramentas:
Tecnologia de execução dos revestimentos de argamassaTecnologia de execução dos revestimentos de argamassaTecnologia de execução dos revestimentos de argamassaTecnologia de execução dos revestimentos de argamassa
Procedimentos de execução:
A execução dos revestimentos de argamassa envolveuma série de etapas, comatividades próprias eprocedimentos específicos, que devemestar bemdefinidos para que seja alcançado ummaior nível deracionalização das atividades de execução.
As etapasgerais da execuçãodo revestimentodeAs etapasgerais da execuçãodo revestimentodeargamassa são:preparação da base, definição doplano de revestimento, aplicação da argamassa,acabamento das camadase execução dos detalhesconstrutivos.
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Preparação da base:Conjunto de atividades que visamadequar a base aorecebimento da argamassa.Limpeza da estrutura e da alvenaria, eliminação dasirregularidades superficiais e preenchimento de furos.Chapiscamento da base tambémdeve ser realizado nessaetapa. O chapisco serve para regularizar a absorção dabaseemelhoraraaderência.baseemelhoraraaderência.Limpeza da base: escovação, lavagemou jateamento deareia, a depender da extensão e dificuldade de remoçãodo material.Eliminação de elementos que venhama prejudicar aaderência, tais como: pó, barro, fuligem, graxas e óleosdesmoldantes da estrutura, fungos e eflorescências.
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Definição das referências do plano de revestimento:Referências para a definição do plano a ser obtido (angularidadeprevista no projeto, emrelação aos revestimentos contíguos deparede, teto e piso).Paredes e tetos: ortogonais entre si - o plano do revestimento dessassuperfícies emprumo ou emnível e obedeçendo às espessurasadmissíveis. Nas paredes internas que apresentamabertura, osmarcos já assentados servemcomo referência de espessura, prumo eesquadroparao revestimento.esquadroparao revestimento.No caso das fachadas: locação dos arames de fachada seguida daatividade de mapeamento da fachada, que envolve a medição dasdistâncias entre os arames e a superfície da fachada empontosespecíficos: nas vigas e na alvenaria a meia distância entrevigas.Os arames de fachada devemestar posicionados de forma adequada,alinhados e emesquadro coma estrutura.
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Taliscamento:É a etapa seguinte à definição da espessura dorevestimento, consistindo nafixação de cacos cerâmicos,coma mesma argamassa utilizada para o revestimento, empontos específicos e respeitando a espessura definida.É recomendável que o taliscamento seja feito previamenteem toda a extensão da superfície a ser revestida, de formaque a argamassase encontreendurecida,mantendoasque a argamassase encontreendurecida,mantendoastaliscas fixas e firmes, para apoiareme servirem dereferência para a execução das mestras.As mestras são faixas estreitas e contínuas de argamassafeitas entre duas taliscas, que servemde guia para aexecução do revestimento. Através desses elementos, ficadelimitada uma região onde será aplicada a argamassa.Sobre as mestras, a régua metálica é apoiada para aexecução do sarrafeamento.
Tecnologia de execução dos revestimentos de argamassaTecnologia de execução dos revestimentos de argamassaTecnologia de execução dos revestimentos de argamassaTecnologia de execução dos revestimentos de argamassaDefinição das referências do plano de revestimento:
Taliscamento Taliscamento Taliscamento Taliscamento –––– Execução das mestrasExecução das mestrasExecução das mestrasExecução das mestras
Tecnologia de execução dos revestimentos de argamassaTecnologia de execução dos revestimentos de argamassaTecnologia de execução dos revestimentos de argamassaTecnologia de execução dos revestimentos de argamassaAplicação da argamassa:
A aplicação da argamassa sobre a superfície deve ser feita porprojeção enérgica do material sobre a base, de forma manual oumecânica (argamassa projetada). No caso do revestimento ser dotipo massa única para o recebimento de pintura, a aplicação daargamassa deve ocorrer logo após a execução das mestras. Já nosrevestimentos do tipo emboço e reboco para pintura ou emboçopara cerâmica, isso não é imprescindível.É aconselhável que a aplicação da argamassa seja feita de maneiraseqüencial,em cadatrecho delimitado pelasmestras. Depois deseqüencial,em cadatrecho delimitado pelasmestras. Depois deaplicada a argamassa, deve ser feita uma compressão coma colherde pedreiro, eliminando os espaços vazios e alisando a superfície.Durante a aplicação da argamassa, é importante considerar tambémseu adequado manuseio. Deve-se atentar para as adequadascondições de estocagemda argamassa no balancimou andaime,para o seu tempo de utilização e acréscimo de água para manteraplasticidade somente dentro desse período, e para o seureaproveitamento.
Tecnologia de execução dos revestimentos de argamassaTecnologia de execução dos revestimentos de argamassaTecnologia de execução dos revestimentos de argamassaTecnologia de execução dos revestimentos de argamassa
Acabamento superficial das camadas:Após ser aplicada a argamassa e atingido o tempode sarrafeamento, segue a atividade dosarrafeamento, que consiste no aplainamento dasuperfície revestida, utilizando uma régua dealumínio apoiadanos referenciaisde espessura,alumínio apoiadanos referenciaisde espessura,descrevendo ummovimento de vaivémde baixopara cima. Concluída essa etapa, as taliscas devemser retiradas e os espaços deixados por elas,preenchidos. Depois de umintervalo de tempoadequado, é feito o desempeno e o camurçamento.
Ponto de SarrafeamentoPonto de SarrafeamentoPonto de SarrafeamentoPonto de Sarrafeamento
O sarrafeamento não pode ser feito imediatamente após a chapagem da argamassa. Deve-se aguardar o ‘ponto de sarrafeamento’, que decorre das condições climáticas, da condição de sucção da base e das próprias características da argamassa.
Na prática, para avaliar o ponto de sarrafeamento Na prática, para avaliar o ponto de sarrafeamento deve-se pressionar a argamassa com os dedos. O ponto ideal é quando os dedos não penetram na camada, permanecendo praticamente limpos, porém deformando levemente a superfície.
Tecnologia de execução dos revestimentos de argamassaTecnologia de execução dos revestimentos de argamassaTecnologia de execução dos revestimentos de argamassaTecnologia de execução dos revestimentos de argamassa
Desempeno:O desempeno consiste na movimentaçãocircular de uma ferramenta, denominadadesempenadeira, sobre a superfície doreboco ou da massa única, imprimindo-secerta pressão. Essa operação pode exigir aaspersão de água sobre a superfície.O camurçamento consiste na fricção dasuperfície do revestimento (massa únicaou reboco) com um pedaço de esponja oucom uma desempenadeiracom espuma,com uma desempenadeiracom espuma,através de movimentos circulares. Ocamurçamento proporciona uma texturamais lisa e regular para as superfícies,sendo recomendado no caso doacabamento final especificado dorevestimento ser uma pintura com tintasminerais, com látex acrílico sobre massaacrílica ou com textura acrílica em umaúnica demão.
Classificação das argamassas quanto à sua funçãoClassificação das argamassas quanto à sua funçãoClassificação das argamassas quanto à sua funçãoClassificação das argamassas quanto à sua função
Argamassas de assentamento: têm como finalidade unirelementos de construção. Deve possuir boa plasticidade,facilitando seu manuseio. Não deve deformar-se sem ainfluência de agentes externos.
Argamassas de aderência (chapisco): têm como finalidadeaumentar a rugosidade em superfícies muito lisas, de modo quea argamassa de revestimento encontre melhores condições deaderência.aderência.
Argamassas de regularização (emboço): usadas uniformizarsuperfícies, regularizando o prumo e o alinhamento. Deveevitar infiltração e penetração de água sem impedir a açãocapilar, que transporta a umidade do interior para o exterior daparede.
Argamassa de acabamento (reboco): tem como finalidadeservir de acabamento ou de suporte para a pintura, devendo porisso, ser perfeitamente regular, com pouca porosidade.
Caracterização das camadas do revestimentoCaracterização das camadas do revestimentoCaracterização das camadas do revestimentoCaracterização das camadas do revestimento
Argamassa de Aderência Argamassa de Aderência Argamassa de Aderência Argamassa de Aderência –––– ChapiscoChapiscoChapiscoChapiscoEstas argamassas compõem-se normalmente de cimento eareia grossa traço 1:3, cabendo ressaltar que, pelo tipo deaplicação, sua perda é bastante elevada.
A aplicação desse tipo de argamassa consiste em jogá-la comenergia contra a parede, o que proporciona sua maiorfixação. A intenção é obter uma superfície o mais irregularpossível e com ancoragens mecânicas suficientes paraperfeita aderência da camada seguinte.perfeita aderência da camada seguinte.
Anteriormente à sua aplicação, recomenda-se a molhagemprévia da parede para evitar que a água necessária à reaçãoquímica do cimento na argamassa seja absorvida pelo tijolo,prejudicando suas propriedades.
Também utilizado como revestimento de acabamento,recebendo em alguns casos brita 1 ou seixos rolados em suacomposição. Nesse caso, costuma-se projetá-lo através deuma peneira de malha fina para conseguir um acabamentohomogêneo.
Argamassa de Aderência Argamassa de Aderência Argamassa de Aderência Argamassa de Aderência –––– ChapiscoChapiscoChapiscoChapiscoCHAPISCO TRADICIONAL
Argamassa de cimento, areia e água, adequadamente dosada
Resulta em uma película rugosa, aderente e resistente
Apresenta um elevado índice de desperdício, em função da reflexão do material
Pode ser aplicado sobre alvenaria e estrutura
CHAPISCO INDUSTRIALIZADO
Argamassa industrializada semelhante à argamassa colante
Só é necessário acrescentar a água no momento da mistura, na proporção definida
É aplicado com desempenadeira dentada somente sobre a estrutura de concretoÉ aplicado com desempenadeira dentada somente sobre a estrutura de concreto
Apresenta uma elevada produtividade e rendimento
CHAPISCO ROLADO
Obtido da mistura de cimento e areia, com adição de água e resina acrílica
Argamassa bastante plástica, aplicada com um rolo para textura acrílica em demãos
Pode ser aplicado na fachada, tanto na estrutura como na alvenaria
Proporciona uma elevada produtividade e um maior rendimento do material
Necessita do controle rigoroso da produção da argamassa e da sua aplicação sobre a base
Argamassas de Regularização Argamassas de Regularização Argamassas de Regularização Argamassas de Regularização –––– EmboçoEmboçoEmboçoEmboço
De maneira geral, o emboço é uma argamassa de regularização eproteção, aplicada sobre paredes previamente chapiscadas,composta normalmente de cimento e areia média no traço 1:6.
Mais uma vez cabe ressaltar a importância da operação deumedecimento da superfície, sempre que se vai aplicar a massa,para que não haja absorção rápida da água de amassamento daargamassa e conseqüente diminuição da sua resistência.
Sua espessura deve variar entre 10 e 25 mm.Sua espessura deve variar entre 10 e 25 mm.
O emboço deve ser aplicado no mínimo 24 horas após a aplicaçãodo chapisco.
O emboço deve ser mantido umedecido, particularmente nosrevestimentos externos, por um período de aproximadamente 48horas após sua aplicação.
Na região Centro-Oeste, o emboço constitui a última camada dorevestimento de regularização, sobre o qual assenta-se orevestimento cerâmico.
Argamassas de Regularização Argamassas de Regularização Argamassas de Regularização Argamassas de Regularização –––– EmboçoEmboçoEmboçoEmboço
OBS.: As taliscas devem ser removidas tão logo as
prumadas-guias fiquem concluídas.
O emboço deve ser mantido umedecido, particularmente
nos revestimentos externos, por um período de
aproximadamente 48 horas após sua aplicação.
Na região Centro-Oeste, o emboço constitui a última
camada do revestimento de regularização, sobre o qual
assenta-se o revestimento cerâmico.
Argamassas de Regularização Argamassas de Regularização Argamassas de Regularização Argamassas de Regularização –––– EmboçoEmboçoEmboçoEmboço
Argamassas de Acabamento Argamassas de Acabamento Argamassas de Acabamento Argamassas de Acabamento ---- RebocoRebocoRebocoReboco
Constitui a camada de acabamento de revestimento comespessura em torno de 25 mm, feito com argamassa decimento e areia fina, no traço 1:8, ou com argamassa decimento, cal e areia, no traço 1:2:9, em volume.
Deve ser executado somente após terem sido colocados osmarcos, peitoris, caixas de luz, etc.
A superfície do reboco pode ter acabamento liso (alisadoA superfície do reboco pode ter acabamento liso (alisadocom desempenadeira de aço), camurçado (desempenadocom desempenadeira com feltro ou esponja) ou raspado(superfície raspada com pente de aço).
O reboco pode ser adquirido pronto (massa fina) e seraplicado de forma idêntica ao preparado na obra.
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas ---- EspessurasEspessurasEspessurasEspessuras
No caso do revestimento tipo emboço e reboco, a camada de
REVESTIMENTO ESPESSURA (mm)
Parede interna 5 ≤ e ≤ 20 mm
Parede externa 20 ≤ e ≤ 30 mm
Tetos internos e externos e ≤ 20 mm
Espessuras admissíveis para o revestimento de argamassa (NBR 13749-1996)
No caso do revestimento tipo emboço e reboco, a camada dereboco deve ter, no máximo 5 cm, sendo o restante daespessura referente à camada de emboço. No revestimento dotipo massa única, a espessura admissível é relativa a essacamada.
Caso não seja possível atender às espessuras admissíveis,devem ser tomados cuidados especiais que garantam aaderência do revestimento.
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas ---- EspessurasEspessurasEspessurasEspessuras
No caso da espessura do revestimento estar entre 3 e 5 cm, a
aplicação da argamassa deve ser feita em duas demãos,
respeitando um intervalo de 16 horas entre elas, no mínimo.
Se a espessura for de 5 a 8 cm, a aplicação deve ser feita em
três demãos, sendo as duas primeiras encasquilhadas. Nesses
casos também pode ser previsto o uso de telas metálicas no
revestimento.revestimento.
TIPO DE BASE ESPESSURA MÍNIMA(mm)
Estrutura de concreto em pontos localizados
10
Alvenaria em pontos localizados 15
Vigas e pilares em regiões extensas 15
Alvenarias em regiões extensas 20
Espessuras mínimas nos pontos críticos (USP, 1995)
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas ---- TraçosTraçosTraçosTraços
A definição da composição e dosagemé relativa àargamassa dosada no próprio canteiro de obras, apartir da medição e mistura dos materiais. No casoda argamassa industrializada, a composição edosagem são definidas pelo fabricante, sendonecessáriouma avaliaçãoa ser feita antesdo seunecessáriouma avaliaçãoa ser feita antesdo seuemprego.A composição da argamassa diz respeito aos seusmateriais constituintes. A dosagemdiz respeito aoproporcionamento dos materiais, comumentedenominada traço da argamassa.
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas ---- TraçosTraçosTraçosTraços
MATERIAIS ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NA COMPOSIÇÃ O E DOSAGEM
CIMENTO
Tipo de cimento (características) e classe de resistência
Disponibilidade e custo
Comportamento da argamassa produzida com o cimento
CAL
Tipo de cal (características)
Forma de produção
Massa unitária
Disponibilidade e custo
Comportamento da argamassa produzida com a cal
AREIA
Composição mineralógica e granulométrica
Dimensões do agregado
Forma e rugosidade superficial dos grãos
Massa unitáriaAREIA Massa unitária
Inchamento
Comportamento da argamassa produzida com a areia
Manutenção das características da areia
ÁGUA Características dos componentes da água, quando esta não for potável
ADITIVOS
Uso de aditivos acrescentados à argamassa no momento da mistura ou da argamassa aditivada
Tipo de aditivo (características)
Finalidade
Disponibilidade e custo
Comportamento da argamassa produzida com o aditivo
ADIÇÕES
Tipo de adição (características)
Finalidade
Comportamento da argamassa produzida com a adição
Disponibilidade, manutenção das características e custo
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas ---- TraçosTraçosTraçosTraços
FINALIDADE CIMENTO AREIA OBSERVAÇÃO
Para alvenaria de pedra1 6 Em fundação
1 5 Em muro de arrimo
Para assentamento de pisos1 4 Cerâmicos
1 3 Cimentados
Como suporte em paredes1 3 Chapisco
1 4 Emboço
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas –––– TraçosTraçosTraçosTraços
CAMADAS SOBRE O
CHAPISCO
PAREDESTETO
(concreto ou misto)
EXTERNAACIMA DO
SOLO
EXTERNAABAIXO DO SOLO
INTERNASEXTERNO
OU INTERNOSOLO DO SOLO INTERNO
EMBOÇO 0:1:31:1:6
1:1/4:31:2:8 a 10 ou
1:3:121:2:8 a 10
REBOCO0:1:3 ou
1:2:91:1:6
0:1:3 / 1:1/4:3 ou
1:2:9 / 1:0:3
0:1:3 ou 1:2:9 (+2 a 3 kg FIBRAm³)
Manifestações patológicas nas argamassas de revestimentoManifestações patológicas nas argamassas de revestimentoManifestações patológicas nas argamassas de revestimentoManifestações patológicas nas argamassas de revestimento
CausasCausasCausasCausas decorrentesdecorrentesdecorrentesdecorrentes dodododo traçotraçotraçotraço dadadada argamassaargamassaargamassaargamassa
Argamassa de cimento
Para revestimentos executados emmassaúnica, essacamadadeve ser suficientementeúnica, essacamadadeve ser suficientementeelástica, sua dosagemdeve conter cal e cimentoem proporções adequadas. Observa-se fissuraçãoe descolamento quando esta camada éexcessivamente rica emcimento (proporção 1:2em massa, por exemplo), condição agravadaquando aplicada emespessura maior que 2 cm.
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas –––– ProduçãoProduçãoProduçãoProduçãoOs equipamentos para o transporte da argamassa até o local deaplicação tambémsão variáveis. No caso da argamassa dosada na obraou da industrializada produzida emuma central no canteiro, otransporte pode ser feito pelo elevador, pelo guincho de colunaexterno ou pela grua.Existe também a possibilidade de se produzir a argamassaindustrializada no próprio pavimento onde está sendo executado orevestimento. Dessa forma, não é preciso fazer o transportevertical damassa pronta.Paraa argamassafornecidaem silos, o transportedessematerialemParaa argamassafornecidaem silos, o transportedessematerialempó pode ser feito por meio de mangueiras até o equipamento demistura específico, localizado no próprio pavimento emque estásendo executado o revestimento.A argamassa pode tambémser fornecida emsilo e misturada emumequipamento acoplado ao próprio silo. Depois de feita a mistura dosmateriais, a argamassa pode ser transportada pelo elevador, peloguincho externo de coluna, ou pela grua, dependendo do equipamentode transporte vertical utilizado na obra.
Cronograma dos serviços de execução de revestimentos em argamassaCronograma dos serviços de execução de revestimentos em argamassaCronograma dos serviços de execução de revestimentos em argamassaCronograma dos serviços de execução de revestimentos em argamassa
ITEM N°
VERIFICAÇÃO METODOLOGIA E CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
1
Condições para o início da execução do serviço
Verificar se todas as alvenarias estão concluídas e fixadas.
Checar se os contramarcos estão chumbados.
Averiguar se as instalações nas alvenarias estão concluídas.
Verificar se o traço da argamassa a ser utilizada está definido.
Averiguar se os EPIs estão disponíveis e todos os equipamentos de proteção coletiva instalados conforme a NR 18.
Assegurar o intervalo mínimo de 15 dias entre o término da fixação da alvenaria e o início da execução dos revestimentos.
2 Preparo da base
Observar a remoção de sujeiras tais como materiais pulverulentos, graxas, óleos, desmoldantes, fungos, musgos e eflorescências.
Assegurar a remoção de irregularidades metálicas tais como pregos, fios e barras de tirantes de fôrma e o tratamento de pontas metálicas que não tenham sido removidas.
Providenciar o preenchimento de furos provenientes de rasgos, depressões localizadas, quebra parcial de blocos, ninhos (bicheiras) de concretagem, etc.
Verificar a execução do chapisco sobre o concreto, formando uma película contínua e, quando necessário, sobre a alvenaria, formando uma película não contínua e irregular (a aderência do chapisco deve ser verificada três dias após sua aplicação).
Cronograma dos serviços de execução de revestimentos em argamassaCronograma dos serviços de execução de revestimentos em argamassaCronograma dos serviços de execução de revestimentos em argamassaCronograma dos serviços de execução de revestimentos em argamassa
ITEM N°
VERIFICAÇÃO METODOLOGIA E CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
3 Taliscamento
Verificar a distribuição das taliscas de forma que fiquem espaçadas entre si cerca de 1,5 m a 1,8 m, com tolerância de ± 5 cm.
Conferir a distância de 30 cm das taliscas em relação às bordas das paredes, tetos ou pisos, bem como qualquer outro detalhe de acabamento (quinas, vãos de portas e janelas, frisos ou molduras), admitindo uma tolerância de ± 5 cm.
Conferir a espessura das taliscas com trena metálica ou metro articulado de modo a garantir uma espessura mínima de 5 mm, evitando eventuais engrossamentos desnecessários.evitando eventuais engrossamentos desnecessários.
4Execução do
emboço
Sobre superfícies chapiscadas, verificar o intervalo mínimo de três dias para iniciar a execução do emboço.
Verificar a espessura do emboço em relação à marcação das taliscas, com tolerância de ± 1 mm.
Observar o intervalo entre as cheias nos locais necessários (16 horas).
Avaliar o ponto de sarrafeamento da argamassa pelo teste de compressão da superfície com os dedos.
Analisar o tipo de desempeno aplicado em função do acabamento final previsto.
Verificar a planicidade utilizando uma régua de alumínio com nível de bolha acoplado que deve ficar inteiramente encostada à superfície e com a bolha entre as linhas.
Cronograma dos serviços de execução de revestimentos em argamassaCronograma dos serviços de execução de revestimentos em argamassaCronograma dos serviços de execução de revestimentos em argamassaCronograma dos serviços de execução de revestimentos em argamassa
ITEM N°
VERIFICAÇÃO METODOLOGIA E CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
5Execução do
reboco
Verificar o tipo de desempeno aplicado em função do acabamento final previsto.
Conferir a planicidade por intermédio de uma régua de alumínio com nível de bolha acoplado que deve ficar inteiramente encostada à superfície e com a bolha entre as linhas.
6Acabamento e
limpeza
Verificar os requadros de caixas e janelas ou outros vãos.
Checar o alinhamento e a regularidade dos cantos com uma régua de alumínio com nível de bolha acoplado. Não devem surgir irregularidades ou ondulações.6
limpeza irregularidades ou ondulações.
Observar a limpeza do ambiente, que não deve apresentar restos de argamassa aderidos ao piso.
Organização do Canteiro de ObrasOrganização do Canteiro de ObrasOrganização do Canteiro de ObrasOrganização do Canteiro de Obras
A organização do canteiro de obras envolve o estabelecimento dolocal de armazenagemdos materiais e de produção da argamassa,considerando o seu transporte até o local de aplicação, parapromoveras movimentações como menor número de interferências e melhorescondições de trabalho.A falta de organização do canteiro gera uma deficiência namovimentação de material, a espera por material e a falta deequipamentos, que contribui para o grande desperdício de tempo econsumo exagerado dos recursos humanos.Devem ser definidos os seguintesaspectospara a organizaçãodoDevem ser definidos os seguintesaspectospara a organizaçãodocanteiro de obras:
“lay-out” envolvendo a locação dos equipamentos, áreas deestocagem, áreas para manutenção, vias de transporte interno demateriais e de equipamentos;condições de trabalho e serviço;a organização da utilização dos equipamentos móveis, como asferramentas;uso dos meios de comunicação, como quadros de aviso eaparelhos sonoros.
Organização do canteiro de obrasOrganização do canteiro de obrasOrganização do canteiro de obrasOrganização do canteiro de obras
ARGAMASSA DOSADA NO CANTEIRO
CENTRAL DE PRODUÇÃO → número de equipamentos de mistura adequado ao volume diário de consumo e próxima ao estoque dos materiais e ao equipamento de transporte vertical
ESTOCAGEM INDIVIDUAL DE CADA MATERIAL → maior área de estocagem
INTERFERÊNCIA COM O TRANSPORTE VERTICAL DE OUTROS M ATERIAIS
ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA
CENTRAL DE PRODUÇÃO → possibilidade de redução da ocupação do canteiro e interferência com o transporte vertical dos outros materiais → produção nos pavimentos
DIMINUIÇÃO DAS ÁREAS DE ESTOCAGEM → estocagem dos sacos de argamassa
MAIOR FACILIDADE DE CONTROLE E ESTOCAGEM DO MATERIA LMAIOR FACILIDADE DE CONTROLE E ESTOCAGEM DO MATERIA L
ARGAMASSA FORNECIDA EM SILO
DISPENSA A ORGANIZAÇÃO DE UMA CENTRAL DE PRODUÇÃO → local para instalação do silo
DIMINUIÇÃO DAS ÁREAS DE ESTOCAGEM → todos os materiais constituintes da argamassa ficam armazenados no próprio silo
MAIOR FACILIDADE DE CONTROLE E ESTOCAGEM DO MATERIA LMISTURA FEITA NO EQUIPAMENTO ACOPLADO NO PRÓPRIO SI LO → pode existir interferências ou não com o transporte dos outros materiais
MISTURA NO PAVIMENTO → elimina-se a interferência do transporte dessa argamassa com outros materiais, otimizando a execução do revestimento
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas –––– Detalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes Construtivos
Os detalhes construtivos devemser previstos noprojeto para contribuir para o melhor desempenhodo revestimento de argamassa. Existemdiversostipos de detalhes,sendodestacadosas juntasdetipos de detalhes,sendodestacadosas juntasdetrabalho, os peitoris, as pingadeiras, as quinas ecantos e o reforço do revestimento comtelametálica.
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas –––– Detalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosJuntas de Trabalho
As juntas de trabalho são definidas como o espaço regular cujafunção é subdividir o revestimento para aliviar tensõesprovocadas pela movimentação da base ou do própriorevestimento.Podemser horizontais ou verticais. No caso das juntas dorevestimento de argamassa, o projeto do revestimento develevar emconta o seu posicionamento, largura e material depreenchimento.preenchimento.O espaçamento entre juntas de trabalho varia comalgunsfatores, tais como as características de deformabilidade dosubstrato, a existência de aberturas e as condições deexposição.De uma forma geral, as juntas do revestimento são maisfreqüentes no revestimento de fachadas. Nesse caso,recomenda-se que as juntas horizontais estejamlocalizadas acada pavimento e as verticais a cada 6 m, para painéissuperiores a 24 m².
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas –––– Detalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosJuntas de Trabalho
A localização das juntas deve ser, preferencialmente, noencontro da alvenaria coma estrutura, no encontro de doistipos de revestimento, nos peitoris ou topos das janelas,acompanhando as juntas de trabalho do substrato eacompanhando juntas estruturais.
O perfil da junta de trabalho do revestimento de fachada comacabamentoem pintura deve permitir esconderpossíveisacabamentoem pintura deve permitir esconderpossíveisfissuras e umcorreto escoamento da água.
Nesse tipo de perfil, a profundidade da junta deve ser metadeda espessura da camada de revestimento e, no mínimo, de 15mm, devendo ser deixado 10 mmde revestimento, pelo menos,no fundo da junta. A largura da junta pode variar de 15 a 20mm, mas deve ser definido umvalor específico para a mesmano projeto do revestimento.
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas –––– Detalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosJuntas de Trabalho
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Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas –––– Detalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosJuntas de Trabalho
A junta de trabalho deve ser executada logo após a conclusãodo pano de revestimento, emuma região delimitada,utilizando-se ferramentas adequadas, que permitamo seuadequado posicionamento e alinhamento.Essas ferramentas são uma régua dupla, comlarguraequivalente à largura da junta, que serve de guia para aexecução, e umfrisador, que é o molde do perfil. Asdimensõesdo frisadore da réguadevemserespecificadosnodimensõesdo frisadore da réguadevemserespecificadosnoprojeto.No caso do acabamento do revestimento de argamassa ser acerâmica, recomenda-se que a sua profundidade sejaequivalente à espessura de todo o revestimento até chegar àbase, a largura compatível comas especificações do fabricantee preenchidas commaterial de enchimento e selante. Essajunta pode ser feita antes da aplicação das placas cerâmicas,através do corte do emboço comferramentas adequadas.
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas –––– Detalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosPeitoris
O peitoril é um detalhe que protege a fachada daação da chuva e que precisa ser devidamenteprojetado. No entanto, em função desseselementos não estarem projetados ou executadosdevidamente, verifica-se a ocorrência nãodesejada da deposição de poeira e de manchasde umidade, com cultura de esporos demicroorganismos nessas regiões.Recomenda-se que o peitoril avance na lateralpara dentro da alvenaria, ressalte do plano dafachada pelo menos 25 mm, e apresente umcanal na face inferior para o descolamentodacanal na face inferior para o descolamentodaágua, que é usualmente denominado pingadeira.O caimento do peitoril deve ser de 7%, nomínimo.Recomenda-se, ainda, o emprego de um peitorilpré-moldado ou de pedras naturais, com texturalisa, apresentando baixa permeabilidade à água.O avanço do peitoril para dentro da alvenariaevita que o fluxo de água se concentre naslaterais do peitoril, provocando o surgimento demanchas de umidade e de sujeira na fachada.
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas –––– Detalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosPeitoris
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas –––– Detalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosPingadeiras
As pingadeiras são saliências ou projeções da fachada quepodem ser feitas comargamassa, compedras ou comcomponentes cerâmicos e que servempara o destacamento dofluxo de água sobre a fachada.As pingadeiras de argamassa geralmente são executadas após aconclusão do revestimento e estar associadas a uma junta detrabalho na sua face inferior. Elas devemavançar cerca de 4cmdoplanodafachada.cmdoplanodafachada.As pingadeiras constituídas por faixas de cerâmica ou de pedradevem ser fixadas ao revestimento, já concluído, comumaargamassa colante aplicada sobre o revestimento e sobre otardoz dos componentes cerâmicos ou da pedra.Essa faixa deve se projetar, no mínimo, 20 mmda superfíciedo revestimento e, também, deve estar associada a uma juntade trabalho na sua face inferior. Na face superior da faixa, énecessário fazer umacabamento emargamassa cominclinaçãode 45°.
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas –––– Detalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes Construtivos
Pingadeiras
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas –––– Detalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosPingadeiras
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas –––– Detalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosQuinas e Cantos
As quinas e os cantos são detalhes que devem ser consideradosno projeto,porque envolvem aspectos que irão interferir nas atividades de execução dorevestimento e na sua programação. Esses detalhes podem representar umponto frágil ou de fácil penetração da água, quando não definidos eexecutados corretamente.EXECUÇÃO: É essencial que os dois lados do diedro sejam executadosseqüencialmente, observando o alinhamento da aresta. Da mesma forma,deve ser feita a execução dos cantos.No caso das quinas, em uma das faces da fachada, o revestimento deve serdeixadoinacabadocercade 50 mm até a aresta. Posteriormente,antesdadeixadoinacabadocercade 50 mm até a aresta. Posteriormente,antesdaexecução do revestimento da outra face da fachada, essa facenão revestidae complementada e, em seguida, é revestida a outra face. O acabamentosuperficial do revestimento é realizado, simultaneamente, nos dois lados daquina.É aconselhável que o acabamento das quinas e cantos seja feito comferramentas adequadas (desempenadeiras com lâmina dobrada a 90°), quegarantem a pressão necessária no momento do desempeno.No caso do ângulo entre as fachadas ser superior a 90°, de acordo com oprojeto arquitetônico do edifício, existe a possibilidadede usar umadesempenadeira de quina com ângulo equivalente ao ângulo entre asfachadas.
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas –––– Detalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosQuinas e Cantos
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas –––– Detalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes Construtivos
Reforço do revestimento comtela metálicaO reforço do revestimento de argamassa comtela metálicagalvanizada deve ser feito nas regiões de elevadas tensões dainterface alvenaria-estrutura. Essa solução tambémé adotadano caso dos revestimentos comespessuras superiores ao limitemáximo recomendado por norma.Existemdois tipos de reforço do revestimento:
ARGAMASSA ARMADA – nesse caso, a tela fica imersa na camadaderevestimento;derevestimento;PONTE DE TRANSMISSÃO – nesse caso, a tela é chumbada naalvenaria ou concreto por meio de fixadores (grampos, chumbadores,pinos) e é usada uma fita de polietileno na interface alvenaria-estrutura,para que as tensões sejam efetivamente distribuídas pela tela ao longodo revestimento.
É recomendado que a argamassa armada seja feita emrevestimentos comespessura igual ou superior a 30 mm. Aponte de transmissão pode permitir uma espessura menor dorevestimento de, no mínimo, 20 mm.
Argamassas Argamassas Argamassas Argamassas –––– Detalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosDetalhes ConstrutivosReforço do revestimento comtela metálica
Manifestações patológicas nas argamassas de revestimentoManifestações patológicas nas argamassas de revestimentoManifestações patológicas nas argamassas de revestimentoManifestações patológicas nas argamassas de revestimento
CausasCausasCausasCausas decorrentesdecorrentesdecorrentesdecorrentes dededede deficiênciasdeficiênciasdeficiênciasdeficiências executivasexecutivasexecutivasexecutivasAderência à base
Aspecto da fachada de uma edificação, onde não atentou-se para a homogeneidade do plano, prejudicando a aplicação posterior de revestimento
Manifestações patológicas nas argamassas de revestimentoManifestações patológicas nas argamassas de revestimentoManifestações patológicas nas argamassas de revestimentoManifestações patológicas nas argamassas de revestimento
CausasCausasCausasCausas decorrentesdecorrentesdecorrentesdecorrentes dededede deficiênciasdeficiênciasdeficiênciasdeficiências executivasexecutivasexecutivasexecutivas
Aderência à base
Aspecto de uma fachada com problemas de aderência do revestimento ao substrato, na região dos elementos estruturais, provavelmente devido à presença de
desmoldante
Manifestações patológicas nas argamassas de revestimentoManifestações patológicas nas argamassas de revestimentoManifestações patológicas nas argamassas de revestimentoManifestações patológicas nas argamassas de revestimento
CausasCausasCausasCausas decorrentesdecorrentesdecorrentesdecorrentes dededede deficiênciasdeficiênciasdeficiênciasdeficiências executivasexecutivasexecutivasexecutivasAderência à base
Visualização da manifestação patológica de descolamento do revestimento em placas
Manifestações patológicas nas argamassas de revestimentoManifestações patológicas nas argamassas de revestimentoManifestações patológicas nas argamassas de revestimentoManifestações patológicas nas argamassas de revestimento
CausasCausasCausasCausas decorrentesdecorrentesdecorrentesdecorrentes dededede deficiênciasdeficiênciasdeficiênciasdeficiências executivasexecutivasexecutivasexecutivasAderência
Aspecto observado de desagregação do revestimento de argamassa, na fachada de uma edificação