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Agarantiadeacessocrescenteaserviçosdequalidadequepromovamasatisfaçãodasnecessidadesdoscidadãoséumcompromissoclaramenteassumidopelo
ProgramadoXVIIGovernoConstitucional.Nestesentido,oreforçodacoesãonacional,aigualdadedeoportunidades,obem-estareamelhoriadascondiçõesde
vida,sãofactoresdeterminantesparaaconstruçãodeumasociedademoderna,justa,cujaparticipaçãoeresponsabilidadedoscidadãossãofundamentaispara
oexercíciodeumacidadaniaplenaeactiva.
Énestecontextoqueapreocupaçãoaoníveldaqualificaçãodosequipamentossociaissurge,sendotempodeosajustaràsnovasexigências,aliandoasquestões
daequidadeeuniversalidadedassuasrespostas,nãosóàsquestõesdegestãoeficazeeficientedosrecursos,mastambémnoquerespeitaàgestãodaqualidade
esegurançadosseusedificados.
Garantiraexistênciadeumconjuntoderequisitosparaaconstruçãodenovosequipamentossociaiseparaaadaptaçãodosexistenteséoobjectivoqueagora
sepretendeconcretizar,atravésdasRecomendaçõesTécnicasparaEquipamentosSociaisdesenvolvidaspeloISS,I.P.queaquiseapresentam.
EstasRecomendaçõesTécnicasconstituem-secomouminstrumentodereferênciaedetrabalho,dotadodecritériosorientadoresemetodológicoseníveisde
exigênciamaiselevadosparaosedificadosdasrespostassociais.
Apartirdeagorapassaaestardisponíveluminstrumentoqueassegura,nãoapenasorespeitopelasdirectivascomunitáriasemmatériadeedificado,mas
tambémasuautilizaçãoúnica,paratodasasrespostassociais,respeitandoosprincípiosgeraisdegarantiadaqualidade.
PedroManuelDiasdeJesusMarques
SecretáriodeEstadodaSegurançaSocial
NotadeAbertura
I GENERALIDADES 5
I.1 DEFINIÇÕESGERAIS 5
I.2 ÂMBITODEAPLICAÇÃODASRTES 5
I.3 ESTRUTURADOPRESENTEDOCUMENTO 5
I.4 CRITÉRIOSDEINTERPRETAÇÃO 6
II LOCALIZAÇÃOEINSERÇÃOURBANA 1
II.1 DISCIPLINAURBANÍSTICAEDEORDENAMENTODOTERRITÓRIO 1
II.2 CRITÉRIOSDELOCALIZAÇÃO 2
II.3 ACESSIBILIDADEEMOBILIDADE 4
II.4 OUTRASINFRA-ESTRUTURASESERVIÇOSURBANOS 7
II.5 SEGURANÇAECONFORTO 7
II.6 CRITÉRIOSDEINTERPRETAÇÃOEAPLICAÇÃO 10
II.7 ASPECTOSADMINISTRATIVOS 11
II.8 BIBLIOGRAFIADEREFERÊNCIA 13
III. PROGRAMAESPACIO-FUNCIONAL 1
III.1 OBJECTIVOSDEFUNCIONAMENTO 1
III.2 CAPACIDADEDOESTABELECIMENTO 2
III.3 CARACTERIZAÇÃODOEDIFICADO 4
III.4 ESPAÇOSECOMPARTIMENTOS 5
III.5 EQUIPAMENTOEMOBILIÁRIO 22
III.6 CRITÉRIOSDEDIMENSIONAMENTODOSESPAÇOSECOMPARTIMENTOS 29
III.7 ADAPTABILIDADEDOESPAÇO 44
III.8 ACESSIBILIDADEAPESSOASCOMMOBILIDADECONDICIONADA 46
III.9 BIBLIOGRAFIADEREFERÊNCIA 53
IV. SEGURANÇA,SALUBRIDADEECONFORTO 1
IV.1 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE 1
IV.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO 4
IV.3 SEGURANÇACONTRAINTRUSÃOEVANDALISMO 13
IV.4 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO 17
IV.5 ESTANQUIDADEÀÁGUA 25
IV.6 QUALIDADEDOARINTERIOR 29
IV.7 CONFORTOHIGROTÉRMICOEEFICIÊNCIAENERGÉTICA 36
Índice
IV.8 CONFORTOACÚSTICO 45
IV.9 CONFORTOVISUAL 53
IV.10 ILUMINAÇÃOARTIFICIAL.EFICIÊNCIAENERGÉTICA 72
V. CONSTRUÇÃO 1
V.1 FUNDAÇÕES 1
V.2 ESTRUTURAS 3
V.3 PAREDESEXTERIORES 6
V.4 PAREDESINTERIORES 14
V.5 PAVIMENTOS 18
V.6 ESCADASERAMPAS 22
V.7 COBERTURAS 23
V.8 PREENCHIMENTODEVÃOS 26
V.9 GUARDASECORRIMÃOS 45
V.10 REVESTIMENTOSEXTERIORESEMPAREDESEXTERIORES 47
V.11 REVESTIMENTOSINTERIORESEMPAREDESETECTOS 60
V.12 REVESTIMENTOSEMPISOSERODAPÉS 70
V.13 REVESTIMENTOSEMESCADASERAMPAS 82
V.14 REVESTIMENTOSEMCOBERTURAS 86
VI. INSTALAÇÕESEEQUIPAMENTOS 1
VI.1 ABASTECIMENTOEDISTRIBUIÇÃODEÁGUA 1
VI.2 DRENAGEMDEÁGUASRESIDUAIS 9
VI.3 RECOLHADERESÍDUOSSÓLIDOS(RECOLHASELECTIVA) 16
VI.4 VENTILAÇÃOEEVACUAÇÃODEPRODUTOSDACOMBUSTÃO 28
VI.5 CLIMATIZAÇÃO 36
VII. ECONOMIA,DURABILIDADEEMANUTENÇÃO 1
ANEXO1
MANUALDEMANUTENÇÃOEUTILIZAÇÃO–ELEMENTOSPARAASUAELABORAÇÃO 1
ANEXO2
RECOMENDAÇÕESGERAISDESEGURANÇAAOINCÊNDIO–NOVOSESTABELECIMENTOS 1
ANEXO3
RECOMENDAÇÕESGERAISDESEGURANÇAAOINCÊNDIO–ESTABELECIMENTOSEXISTENTES 1
I. GENERALIDADES
I.1 DEFINIÇÕESGERAIS
Noâmbitodopresentedocumentoaplicam-seasdefiniçõesseguintes:
- Estabelecimento/Equipamento–unidadedeapoiosocialondeseexercemasactividadesoperacionais,administrativase logísticasquelhesãopróprias,
abrangendo os edifícios e demais instalações, os logradouros e as outras áreas de terreno situadas no interior do prédio, incluindo o estacionamento
privativo;
- Lardeidosos–respostasocial,desenvolvidaemequipamento,destinadaaalojamentocolectivo,deutilizaçãotemporáriaoupermanente,parapessoasidosas
ououtrasemsituaçãodemaiorriscodeperdadeindependênciae/oudeautonomia[19];
- Idoso–pessoacom65oumaisanos;
- Cliente–pessoaouentidadequesolicitaosserviçosdeumCentrodeDia.Nesteâmbito,oconceitodeclienteabrangeasseguintesentidades:idosoefamília
ourepresentantelegal.
- Serviço–conjuntodeactividadesetarefasprestadaspeloCentrodeDia,levadasacabopelomesmoepostasàdisposiçãodosclientes.
I.2 ÂMBITODEAPLICAÇÃODASRTES
AsRecomendaçõesTécnicasaplicam-seanovosestabelecimentos(ainstalaremedifíciosconstruídosderaizouemedifíciosjáexistenteseaadaptarparao
efeito)eaestabelecimentosexistentes(emfuncionamentooucomlicenciamentoaprovadoàdatadepublicaçãodaspresentesRecomendações).AoInstitutoda
SegurançaSocial,I.P.competepromoveraaplicaçãodasRTES.
I.3 ESTRUTURADOPRESENTEDOCUMENTO
Opresentedocumentoestáestruturadoemsetepartesdistintaseanexos,asaber:
- ParteI–GENERALIDADES,ondeseapresentamasdefiniçõesgeraisnecessáriasàcompreensãododocumento,critériosdeinterpretaçãoeaestruturado
própriodocumento;estaparteincluitambéminformaçãosobreoâmbitodeaplicaçãodasrecomendações;
- ParteII–LOCALIZAÇÃOEINSERÇÃOURBANA,ondeseabordamaspectosdadisciplinaurbanísticaedoordenamentodoterritórioeseincluiinformação
sobreoscritériosdelocalizaçãodosestabelecimentos,exigênciasdeacessibilidadeemobilidade,desegurançaeconfortoedeoutrasinfra-estruturasurbanas,
assimcomocritériosdeinterpretaçãoeaplicaçãodasdisposiçõesapresentadaseaspectosadministrativosquelhesestãosubjacentes;
- ParteIII–PROGRAMAESPACIO-FUNCIONAL,ondesedefinemosobjectivosdefuncionamentodoestabelecimento,asuacapacidadeeosindicadoresde
pessoalnecessárioàprestaçãodosserviçospropostos,ese inclui informaçãosobreacaracterizaçãodoedificado,asfunçõeseactividadesadesenvolver
e os respectivos espaços e compartimentos, as necessidades especificas de equipamento emobiliário e os critérios de dimensionamento dos espaços e
compartimentos,tendoemespecialatençãoaacessibilidadeapessoascommobilidadecondicionada;
- ParteIV–SEGURANÇA,SALUBRIDADEECONFORTO,ondeseincluiinformaçãosobresegurançaestrutural,aoincêndio,contraintrusãoenautilização
normal,assimcomoestanquidadeàágua,qualidadedoarinterioreconfortohigrotérmico,acústico,visual,táctilemecânico;
- ParteV–CONSTRUÇÃO,ondeseincluiinformaçãosobreoselementosprimáriosesecundáriosdaconstruçãoerespectivosrevestimentos;
- ParteVI–INSTALAÇÕESEEQUIPAMENTOS,ondeseincluiinformaçãosobreabastecimentoedistribuiçãodeágua,drenagemdeáguasresiduais,recolhade
resíduossólidos,ventilaçãoeevacuaçãodeprodutosdacombustão,instalaçõeseléctricas,comunicaçõeseclimatização;
- ParteVII–ECONOMIA,DURABILIDADEEMANUTENÇÃO,ondeseabordamprincípiosgeraissobreeconomia,durabilidade,manutençãoesustentabilidade.
- ANEXOS,ondeseincluemelementosparaaelaboraçãodeummanualdemanutençãoeutilização(Anexo1)erecomendaçõesgeraissobresegurançaao
incêndio(Anexos2e3).
Aolongodotextosãoapresentadasreferênciasentreparêntesesrectos,queremetemparaabibliografiaquesurgeagrupadanofinaldasrespectivaspartes(caso
daspartesIIeIII)oudosrespectivoscapítulos(casodaspartesIV,V,VIeVII).
I.4 CRITÉRIOSDEINTERPRETAÇÃO
Terminologiautilizada
AterminologiautilizadanaredacçãodasespecificaçõesdasRecomendaçõesTécnicastemoseguintesignificado:
a) “deve/devem”implicaasatisfaçãoobrigatóriadeumaespecificaçãoerefere-seacondiçãomínima;
b) “pode/podem”apresentaumaopçãooualternativaaceitável;
c) “érecomendável”introduzumaespecificaçãoaconselhável;
d) “caso/se”introduzumaespecificaçãoacumprirquandoseverificaumadeterminadacondição.
SobreaparteII–LocalizaçãoeInserçãoUrbana
Ocapítulodedicadoàlocalizaçãoeinserçãourbanadosequipamentossociaiscontémumconjuntoderecomendaçõestécnicasquedevemserentendidascomo
directrizesounormasorientadoras,ouseja,comonormasdestituídasdecaráctervinculativo.
Ocarácterorientadordasrecomendaçõeshabilitaasentidadeschamadasaintervirnaescolhadeterrenosdestinadosaequipamentossociaiscomuminstrumentotécnico
quepermitefundamentartecnicamenteassuasdecisões–aspectorelevadopelovigentesistemadegestãoterritorial(1)–,sem,contudo,inviabilizarliminarmentesoluções
que,apesardemenosperfeitas,serevelamcomoasmaisadequadasàscircunstânciaslocaiseàeventualexiguidadedosmeiosdisponíveisparaasuaconcretização.
Aflexibilidadenaaplicaçãodasrecomendaçõesurbanísticasaquipropostaséobviamentelimitadapeladisciplinaconsagradanaleigeral,nosregulamentosespeciaisdeâm-
bitonacionalouregionale,emparticular,nosregulamentosdosplanosmunicipaisdeordenamentodoterritórioenosregulamentosmunicipaisdeurbanizaçãoeedificação.
Sabidoqueosregulamentosmunicipaissãofrequentementeomissosemmatériadelocalizaçãoeinserçãourbanadosequipamentoscolectivos,asrecomendações
adianteformuladasperfilam-secomopossíveisnormasdecaráctersupletivo,capazesdesuperareventuaisomissõesderegulamentoslocais,designadamente
quandoestesserevelempoucoexigentesemmatériadeenquadramentourbanísticodasinstalaçõesdestinadasagrupossociaismaisoumenosvulneráveis.
Ahipótesedeconferiràsrecomendaçõesumcaráctermanifestamentevinculativo,nocasodaausênciaoudosilênciodosregulamentosmunicipaisaplicáveis,
temrazãodeser,masdeveráserequacionadaemtermosdefuturo,emfunçãododesenvolvimentoqueoGovernovieradaraoProgramaNacionaldaPolítica
deOrdenamentodoTerritório(PNPOT),oinstrumentodecúpuladosistemadegestãoterritorialrecentementeaprovadopelaAssembleiadaRepública(2).
Comefeito,éaoPNPOTquecompeteestabelecerasdirectrizesqueenquadramosplanosmunicipaisdeordenamentodoterritório,quandoestessepropõem
definirosparâmetrosaobservarnodimensionamentodasáreasdestinadasàimplantaçãodeequipamentosdeutilizaçãocolectiva(3).
Nocasodosequipamentosdesegurançasocial,agénesedosparâmetrosparaoseudimensionamento,bemcomoafixaçãodeoutroscritériosparaasuaavaliação
emtermosqualitativos,certamenteresultarádapassagemàpráticadaseguintemedidaconsideradaprioritáriapeloPNPOT:“reforçarodesenvolvimentodas
RedesSociais,atravésdaconsolidaçãoealargamentodasparceriasanívellocaledoaprofundamentodaabordagemestratégica,articulando-as,nomeadamente,
comosinstrumentosdegestãoterritorial(2007-2013)”(4).
(1)Veroregimejurídicodosinstrumentosdegestãoterritoriale,emespecial,asdisposiçõessobreofundamentotécnicodessesinstrumentos,contidasnoartigo7.ºdoDecreto-Lein.º380/98,de22deSetembro.
(2)VeraLein.º58/2007,de4deSetembro,queaprovaoProgramaNacionaldaPolíticadeOrdenamentodoTerritório,DiáriodaRepública,1.ªsérie,n.º170,de4deSetembrode2007,pp.6126-6181(veraindaas
declaraçõesderectificaçãon.º80-A/2007,de7deSetembro,en.º103-A/2007,de2deNovembro),emespecialopontodedicadoàmedidaprioritária“4.4.–Dinamizarredesdeequipamentoscolectivoseprogramas
pararespondercomeficáciaàsnecessidadesdosdiferentesgrupossociaisedasfamílias,promovendoaintegraçãodosgruposmaisvulneráveisfaceàpobrezaeàexclusãosocialegarantindoasegurançaatodosos
cidadãos”,p.6171.
(3)Veroregimejurídicodaurbanizaçãoedaedificaçãoe,emespecial,asdisposiçõessobreacedênciadeterrenosparaespaçosverdesedeutilizaçãocolectiva,infra-estruturaseequipamentos,contidasnosartigo42.º
e43.ºdoDecreto-Lein.º555/99,de16deDezembro.
(4)VerLein.º58/2007,de4deSetembro.
As presentes recomendações urbanísticas constituem, por assimdizer, uma tentativa de antecipação das directrizes a que se refere o PNPOT, obviamente
destituídasdadignidadequesólhespoderáserconferidacomaplenaecabalintegraçãodessasmesmasrecomendaçõesnosistemadegestãoterritorial.
Composiçãodapáginaeapresentaçãodasespecificações
Apágina estáorganizadaemduas colunas, umaparaapresentaçãodas especificações aplicáveis anovos estabelecimentos (colunaesquerda) eoutrapara
apresentaçãodasespecificaçõesaplicáveisaestabelecimentosexistentes(colunadireita).Parafacilitaraleituraepermitirumaanálisecomparativa,evitou-se
arepetiçãodeespecificaçõesiguaisnasduascolunas.Nestecaso,asespecificaçõesemquestãosãoapenasapresentadasnacolunaesquerdaeasrespectivas
manchas de texto sãomarcadas com traços verticais e setas a indicar que se aplicam igualmente a estabelecimentos existentes (coluna direita). Todas as
especificaçõessãonumeradasàesquerdadapágina.
Especificaçõescomunsaestabelecimentosnovoseexistentes
Especificaçõesdiferentesparaestabelecimentosnovoseexistentes
Especificaçãoaplicávelapenasaestabelecimentosexistentes
Especificaçãoaplicávelapenasanovosestabelecimentos
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II. LOCALIZAÇÃOEINSERÇÃOURBANA
II.1 DISCIPLINAURBANÍSTICAEDEORDENAMENTODOTERRITÓRIO
I.1.1 A criação de estabelecimentos de apoio social da iniciativa de entidadespúblicas ou instituições particulares de solidariedade social, ao abrigo deacordos de cooperação comos serviços competentes da Segurança Social,deveserefectuadanostermosdodispostonoartigo37.ºdoDecreto-lein.º64/2007,de14deMarço.
I.1.2 A criação de estabelecimentos de apoio social da iniciativa de entidadesprivadasquevisamaprestaçãodeserviçosemcontextoexclusivodemercadonão é condicionada à correspondência em necessidades sociais locaispreviamente identificadas, mas deve ser acompanhada de uma descriçãosucinta das condições locais e dos reflexos da criação do estabelecimentosobreaofertaeaprocuralocaldosserviçosaqueoestabelecimentoirádarresposta.
I.1.3 A instalação, o funcionamento e a manutenção dos estabelecimentos deapoiosocial,qualquerquesejaasuaentidadepromotoraougestora,devemaindaobservarosseguintescritériosgeraisdedisciplinaurbanística:
a) Conformidadecomaclassificaçãoeaqualificaçãodo soloestabelecidapelosPlanosMunicipaisdeOrdenamentodoTerritório(PMOT)emvigorparaaáreaterritorialemqueselocalizam;
b) Conformidade com os regulamentos municipais de urbanização e deedificaçãoemvigor;
c) Conformidadecomosparâmetrosdeusoeedificabilidadeestabelecidosemalvarádelicençadeloteamento,quandoaplicável.
Osestabelecimentosdeapoiosocialdeentidadespúblicasoudeinstituiçõesparticulares de solidariedade, quando geridos ao abrigo de acordos decooperaçãocomosserviçoscompetentesdaSegurançaSocial,devemrespeitaraorganizaçãodoterritórioesatisfazerasnecessidadessociaisidentificadasnosinstrumentosdegestãoterritorialenosprogramasdeacçãoterritorial.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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I.1.4 Os prédios destinados à instalação de estabelecimentos de apoio socialdevemteroseuestatutojurídico-administrativodefinidoeassuasestremasunivocamentematerializadas no terreno à data de emissão da licença ouautorizaçãodeutilização.
II.2 CRITÉRIOSDELOCALIZAÇÃO
II.2.1 Osprédiosdestinadosà instalaçãodeestabelecimentosdeapoiosocial,ouporestesocupados,devemestarlocalizadosemsoloqualificadoporPMOTparaqualquerdosseguintesusos:
a) Residencial;
b) Equipamentoscolectivos(públicosouprivados);
c) Administraçãoeserviços(públicosouprivados).
d) Mistos, compreende todos ou alguns dos usos referidos nas alíneasanteriores.
II.2.2 Nas áreas referidas no número anterior, são critérios preferenciais delocalização:
a) Acentralidaderelativamenteàáreade influência,àestruturaactivadoterritórioeaospercursosquotidianosdaspopulaçõesqueservem;
b) Aexistência,nasuazonadevizinhança,deoutrosestabelecimentosdeapoiosocialedesaúde,existentesouprevistos,susceptíveisdeproporcionarapartilha,aintegraçãooucomplementaridadesnarealizaçãodeactividadesedefunçõeslogísticasedeapoioespecializado;
c) Aexistência,nasuazonadevizinhança,deparquesurbanos,jardinspúblicoseoutrosespaçosurbanosounaturaissusceptíveisdeproporcionaráreasdepasseio,recreioelazeraoarlivreaosclientesdoestabelecimentodeapoiosocial;
Osprédiosocupadosporestabelecimentosdeapoiosocialdevemteroseuestatuto jurídico-administrativodefinidoeas suasestremasunivocamentematerializadasnoterreno.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
d) A existência, na sua zona de proximidade, de outras organizaçõescomunitárias, públicas ou privadas, que permitam a participação dosclientesdosestabelecimentosdeapoiosocialnassuasactividades;
e) Aexistência,nasuazonadeproximidade,depontosnodaiseinterfacesdetransportespúblicos;
f) A boa acessibilidade rodoviária geral, sem prejuízo do disposto nosnúmerosII.2.6eII.3.2destasRecomendações;
g) A proximidade de outros equipamentos urbanos de natureza cultural,desportivaecomercial.
II.2.3 A localizaçãoouapermanênciadeestabelecimentosdeapoiosocialnãoéadmissível emáreasqualificadasemPMOTparaouso industrial, salvonocasodecrechesedesdeque:
a) O regulamento do plano municipal expressamente preveja a exclusivainstalaçãodeactividadesindustriaisnãopoluentes;
b) Sejam devidamente asseguradas as condições de conforto acústicopara adequada utilização das instalações, designadamente mediante oisolamentoacústicodasfachadas.
II.2.4 Osprédiosdestinadosà instalaçãodeestabelecimentosdeapoiosocial,ouporestesocupados,devemrespeitarosafastamentosmínimosrelativamenteacemitérioseaestabelecimentosclassificadoscomoinsalubres,incómodos,tóxicosouperigososfixadosnosPMOT,osquais,emqualquercaso,nãodevemserinferioresa200m.
II.2.5 A localizaçãoouapermanênciadeestabelecimentosdeapoiosocialnãoéadmissívelemprédioscomlocalizaçãoadjacentea:
a) Linhas de água, permanentes ou temporárias, cujas margens não seencontremconsolidadas;
b) Linhas de água, permanentes ou temporárias, que transportem águasresiduaisnãotratadas;
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c) Terrenosalagadiçosoudenívelfreáticoelevado,favorecendoaformaçãodeneblinasenevoeirosecondiçõesdeelevadahumidadenosolo;
d) Terrenosqueevidenciemmáscondiçõesdeestabilidade,nomeadamente:
• Emrazãodasuaestruturageológicaoudasuanaturezageotécnica,bemcomodoescoamentodaságuassuperficiaisesubterrâneas;
• Em razão da ocorrência de declives muito acentuados ou taludes,naturais ou de escavação, susceptíveis de instabilização por causasnaturaisouporacçãohumana.
II.2.6 Osprédiosdestinadosàinstalaçãodeestabelecimentosdeapoiosocialnãopodemaindaterlocalização:
a) Adjacente a vias principais e vias rápidas urbanas, a vias das redesrodoviáriasnacionaleaviasdaredeferroviárianacional;
b) Queimpliqueoatravessamentodeníveldequalquerdestestiposdeviaspor parte dos clientes do estabelecimento, nos percursos pedonais queligamoacessoprincipaldoprédio:
• ÀsáreasdeestacionamentoreservadonaviapúblicaaqueserefereonúmeroII.3.17.
II.3 ACESSIBILIDADEEMOBILIDADE
II.3.1 Os prédios destinados à instalação de estabelecimentos de apoio socialdevemsersempreservidosporviapública,aqualsedeveencontraremplenoe normal funcionamento à data de emissão da licença ou autorização deutilização.
II.3.2 A via pública a que se refere o número anterior deve ser uma via deacesso local ou uma via distribuidora local. Excepcionalmente, no caso depovoaçõesdedimensãoinferiora2500habitantes,podetambémserumaviadistribuidora.
A permanência de estabelecimentos de apoio social não é admissível emprédios situadosnavizinhançade locaiscomprovadamenteperigososparaa circulação rodoviária e pedonal, designadamente dos pontos negrosgeoreferenciadosnaBasedeDadosRodoviáriadoInstitutodasEstradasdePortugal.
Osprédiosocupadosporestabelecimentosdeapoiosocialdevemsersempreservidosporviapúblicaemadequadoenormalfuncionamento.
Aviapúblicaaqueserefereonúmeroanteriorpodeserumaviadeacessolocal,umaviadistribuidoralocalouumaviadistribuidora.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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II.3.3 Osprédiosdestinadosàinstalaçãodeestabelecimentosdeapoiosocialdevemser servidospor,pelomenos,umacarreira regularde transportespúblicoscomparagemsituadanasuazonadeproximidade,quando localizadosemáreaurbanadotadadessesserviços.
II.3.4 Quando os prédios destinados à instalação de estabelecimentos de apoiosocial, ou por estes ocupados, se localizarem em áreas urbanas não dota-dasde carreiras regularesde transportespúblicosou foradasáreasurba-nas, a entidade promotora ou gestora deve demonstrar as condições deacessibilidade dos clientes, pelo menos, no período de início e de fim dohoráriodefuncionamentodosestabelecimentos.
II.3.5 Noscasosemqueascondiçõesdeacessibilidadereferidasnonúmeroanteriorforemmanifestamenteinadequadas,asentidadespromotorasougestorasdosestabelecimentosdeapoiosocialdevemasseguraraexistênciadosmeiosdetransportenecessáriosaoregularfuncionamentodessesestabelecimentos.
II.3.6 AviapúblicareferidanonúmeroII.3.1devecompreenderáreasdestinadasàcirculaçãodeveículosmotorizadoseáreasdestinadasàcirculaçãopedonal,devidamente pavimentadas e dotadas de iluminaçãopública e das demaiscaracterísticas técnicas necessárias para assegurar, de forma permanente,a circulação de veículos e pessoas em boas condições de funcionalidadee segurança, atentas as intensidades de tráfego motorizado e pedonalocorrentesnolocal.
II.3.7 Ospasseiosecaminhospedonaissituadosnazonadevizinhançadosprédiosdestinados à instalação de estabelecimentos de apoio social, ou por estesocupados,devemobedeceràsnormastécnicasparamelhoriadaacessibilidadedaspessoascommobilidadecondicionada,constantesdoanexoaoDecreto-Lein.º163/2006,de8deAgosto.
II.3.8 Quandooacessoaointeriordosedifíciosondeseencontraminstaladososestabelecimentosdeapoiosocialforrealizadodirectamenteapartirdaviapública,devemaindaser satisfeitosos requisitosestabelecidosnonúmeroIII.8daspresentesrecomendações.
II.3.9 As vias públicas situadas na zona de vizinhança dos prédios destinadosà instalação de estabelecimentos de apoio social, ou por estes ocupados,devemaindaserdotadasdecaracterísticastécnicasedispositivosacrescidosdesinalização,confortoesegurança,activaepassiva,queprivilegiemasua
Osprédiosocupadosporestabelecimentosdeapoiosocialdevemserservidospor,pelomenos,umacarreiraregulardetransportespúblicoscomparagemsituada na sua zona de proximidade, quando localizados em área urbanadotadadessesserviços.
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utilizaçãopedonal, emparticularnoque respeitaà iluminaçãopública, aoassinalamento,marcação, protecção e controlo das passagens de peões, àlargura e protecção exterior dos passeios, à drenageme revestimento dospavimentoseàdotaçãodemobiliáriourbanopermitindopausaspararepousonospercursosapé.
II.3.10 Asviaspúblicasreferidasnonúmeroanterior,bemcomoosdispositivosdesinalização e segurança nelas instalados, devem ser objecto de cuidadosacrescidos de gestão, conservação e reparação por parte da autarquia darespectivajurisdição.
II.3.11 Alocalizaçãodosestabelecimentosdeapoiosocialdeveserindicadaatravésdesinaléticadeorientaçãourbanacolocadanasviaspúblicassituadasnasuazonadeproximidade.
II.3.12 A colocação da sinalética a que se refere o número anterior deve ter emconsideraçãoaestruturaactivadoterritórioeospercursosdominantesneleestabelecidos.
II.3.13 Osprédiosdestinadosàinstalaçãodeestabelecimentosdeapoiosocial,ouporestesocupados,devemserdotadosdeestacionamentoprivativo,quecompreenderáumaáreaparaviaturasprópriaseumaáreaparacargasedescargas.
II.3.14 O dimensionamento das áreas de estacionamento referidas no númeroanterior deve observar o disposto nos PMOT em vigor para a área delocalizaçãodoprédio.
II.3.15 NaausênciadeespecificaçãodosparâmetrosdedimensionamentodasáreasdeestacionamentonosPMOTemvigor,aplicam-sesupletivamenteosvaloresmínimosindicadosnoquadroseguinte:
Viaturaspróprias Cargasedescargas1lugar 2lugares
NaausênciadeespecificaçãodosparâmetrosdedimensionamentodasáreasdeestacionamentonosPMOTemvigor,aplicam-sesupletivamenteosvaloresmínimosindicadosnoquadroseguinte:
Viaturaspróprias Cargasedescargas1lugar 1lugar
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
Nota–Dimensõeslinearesnominaisdolugardeestacionamento:5,0mx2,5m,acrescidodeumafaixadeacessolateral,comumalarguramínimanãoinferiora1metro.
Nota–Dimensõeslinearesnominaisdolugardeestacionamento:5,0mx2,5m,acrescidodeumafaixadeacessolateral,comumalarguramínimanãoinferiora1metro.
II.3.16 Quandoasnecessidadesdeestacionamento,dimensionadasnostermosdosnúmerosII.3.14eII.3.15,nãopuderemsersatisfeitas,notodoouemparte,no interior dos prédios destinados à instalação dos estabelecimentos deapoiosocial,ouporestesocupados,essafunçãodeveserasseguradanasuazonaadjacente,atravésdaprevisãoexpressadelugaresdeestacionamentoreservadonaviapúblicaouemparquepúblico.
II.3.17 Cabeaomunicípiodajurisdiçãodoprédio,emcoordenaçãocomaentidadepromotoraougestoradoequipamentosocialecomosserviçoscompetentesda Segurança Social, executar ou mandar executar as obras e instalar osdispositivosemedidasaquesereferemosnúmerosanterioresecobrarparaoefeitoastaxasprevistasnalei.
II.4 OUTRASINFRA-ESTRUTURASESERVIÇOSURBANOS
II.4.1 Osprédiosdestinadosàinstalaçãodeestabelecimentosdeapoiosocial,ouporestesocupados,devemserservidosporsistemaspúblicosdeabastecimentodeágua,dedrenagemdeáguasresiduais,derecolhaderesíduossólidosurbanose de comunicações telefónicas de rede fixa, os quais se devem encontraremfuncionamentonormalàdatadeemissãodalicençaouautorizaçãodeutilização.
II.4.2 Nocasodenãoserfundadamentepossívelcumpriradequadamenteodis-postononúmeroanterior,admite-seorecursoasoluçõesalternativas,des-dequedevidamente licenciadasemonitorizadaspelasentidadescompe-tentes.
II.4.3 Osespaçosprivadoseopercursopúblicodeacessoprincipalaoequipamentode apoio social devem encontrar-se completamente construídos eem funcionamento normal à data de entrada em funcionamento doestabelecimento.
II.5 SEGURANÇAECONFORTO
II.5.1 Os prédios destinados à instalação de estabelecimentos de apoio social érecomendável que cumpramos requisitos de distânciamáxima ao quartelde bombeiros e devem cumprir os requisitos de acessibilidade local dasviaturasdebombeirosedisponibilidadedeáguaparaextinçãodeincêndios,estabelecidosrespectivamentenoRegulamentoGeraldosSistemasPúblicose
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Cabeaomunicípiodajurisdiçãodoprédio,emcoordenaçãocomaentidadeproprietária do equipamento social e com os serviços competentes daSegurança Social, executar ou mandar executar as obras e instalar osdispositivosemedidasaquesereferemosnúmerosanterioresecobrarparaoefeitoastaxasprevistasnalei.
PrediaisdeDistribuiçãodeÁguaedeDrenagemdeÁguasResiduais,aprovadopeloDecretoRegulamentarn.º23/95,de23deAgosto.
II.5.2
II.5.3
II.5.4 Para efeitos de aplicação do disposto no Regulamento Geral do Ruído,aprovadopeloDecreto-Lein.º9/2007,de17deJaneiro,aszonasadjacentesa prédios destinados à instalação de estabelecimentos de apoio social, oupor estes ocupados, é recomendável que sejam classificadas como “zonassensíveis”(5),salvomotivodevidamenteponderadoejustificadonoPMOTounomapaderuídoqueprocedeàreferidaclassificação.
II.5.5 Naproximidadedoestabelecimentodeapoiosocialdevemserobservadososvaloreslimiteeasmargensdetolerânciaparaasconcentraçõesdepoluentesnoarambiente,fixadosnostermosdoart.º3.ºdoDecreto-Lein.º111/2002,de 16 de Abril, devendo o seu cumprimento ser demonstrado através da
Seoestabelecimentodeapoiosocialseencontrarintegradoemedifíciosouconjuntosedificadosdestinadosausosdistintosdoresidencial,nomeadamentecomercial,serviços,hospitalaroudeensino,sãocumulativamenteaplicáveisosrequisitosdedistânciamáximaaoquarteldebombeirosedeacessibilidadeaviaturasdebombeirosestabelecidosnosRegulamentosdeSegurançacontraIncêndioespecíficosdessesusos,aplicando-seocritériodoníveldeexigênciamaiselevado.
Se o prédio ocupado pelo estabelecimento de apoio social se encontrarlocalizadoemcentrourbanoantigo,sãoaindacumulativamenteaplicáveisasdisposiçõesrelativasàscondiçõesparaintervençãodosbombeirosprevistasnos art.º 21º a 25º dasMedidas Cautelares de SegurançaContra Risco deIncêndioemCentrosUrbanosAntigos,aprovadaspeloDecreto-Lein.º426/89,de26deDezembro.
(5)«Zonasensível»aáreadefinidaemplanomunicipaldeordenamentodoterritóriocomovocacionadaparausohabitacional,ouparaescolas,hospitaisousimilares,ouespaçosdelazer,existentesouprevistos,podendo
conterpequenasunidadesdecomércioedeserviçosdestinadasaservirapopulaçãolocal,taiscomocaféseoutrosestabelecimentosderestauração,papelariaseoutrosestabelecimentosdecomérciotradicional,sem
funcionamentonoperíodonocturno.
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apresentaçãodevaloresdemediçãoactualizados,provenientesdasacçõesdeavaliaçãorealizadaspelaentidaderegionalcompetente,oudemediçõesrealizadas com essa finalidade específica por entidade certificada para oefeito,deacordocomoscritériosestabelecidosnos termosdoart.º7.ºdomesmodiploma.
II.5.6 Emzonasoulocalidadesemqueexistamestabelecimentosousedesenvol-vamactividadesqueconstituamfontespontuaissignificativasdeemissãodepoluentesatmosféricos,comotalreferenciadasnoinventárioregionalaqueserefereoart.º8º/2doDecreto-Lein.º78/2004,de3deAbril,ousejamcausa identificadademauscheiros,permanentesoutemporários,osprédiosdestinadosàinstalaçãodosestabelecimentosdeapoiosocial,ouporestesocupados,devemainda satisfazeros seguintes critériosdelocalização:
a) Nocasodefontesdeemissãodepoluentesatmosféricos,estaremdelasafastadosdeumadistânciasuperioràdistânciadediluiçãoestabelecidanaregulamentaçãoaplicávelparaostiposdepoluentesevaloresdeemissãoemcausa;
b) Nocasodefontescausadorasdemauscheiros,estaremsituadosforadoquadrantedoventodominante,determinadocombasenosdadosdoAtlasdoAmbiente,doInstitutodoAmbiente.
II.5.7 Os prédios destinados à instalação dos estabelecimentos de apoio social,ouporestesocupados,devemterorientaçãogeográficacompatívelcomasatisfaçãodosrequisitosdeexposiçãosolardosedifíciosedoslogradourosdestas Recomendações, tendo em consideração o seu declive médio, asobstruçõesexistentesnasuaenvolvente,bemcomoasobstruçõesquevirãoaocorrernessaenvolventeporforçadedireitosdeedificaçãoprevistosemPMOT em vigor ou já constituídos por alvará de loteamento ou alvará delicençadeconstruçãoválida.
II.5.8 Osprédiosdestinadosàinstalaçãodeestabelecimentosdeapoiosocialnãodevemestarsituados,notodoouemqualquerparte,sejaestaedificadaounão,soblinhasdetransportedeenergiaeléctricadealtaemédiatensãoousobre condutas de adução de água ou de transporte de líquidos ou gasescombustíveis,bemcomonointeriordasrespectivasáreasdeprotecção.
Os estabelecimentos de apoio social não devem permanecer instaladosemprédiossituados,no todoouemqualquerparte, sejaestaedificadaounão,soblinhasdetransportedeenergiaeléctricadealtaemédiatensãoousobre condutas de adução de água ou de transporte de líquidos ou gasescombustíveis,bemcomonointeriordasrespectivasáreasdeprotecção.
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II.5.9 Cabeàentidadepromotoraougestorafazerademonstraçãodequeolocaldeimplantaçãodoestabelecimentosatisfazasexigênciasestabelecidasnosnúmerosanterioresemmatériadesegurançacontraincêndio,exposiçãoaoruído,qualidadedoarexterioreexposiçãosolar.
II.6 CRITÉRIOSDEINTERPRETAÇÃOEAPLICAÇÃO
II.6.1 Paraefeitosdeinterpretaçãoeaplicaçãododispostonosnúmerosanteriores,deveentender-sepor:
a) Promotor (do estabelecimento/equipamento) – a pessoa, singular oucolectiva, pública ou privada, que pretende explorar, explora ou possuioestabelecimentodeapoiosocial,ouemquemtenhamsidodelegadospoderesdeterminantessobreofuncionamentodoestabelecimento,nostermosdalegislaçãoaplicável.
II.6.2 Paraefeitosdeinterpretaçãoeaplicaçãododispostonosnúmerosanteriores,deveentender-sepor:
b) Zonaadjacente–afracçãodeterritórioenvolventedoprédiodestinadoàinstalaçãodoequipamentosocial,atéumadistâncianãosuperiora50metros,medidaemlinharectaapartirdequalquerdoslimitesdoprédio;
c) Zonadevizinhança(ousimplesmentevizinhança)–afracçãodeterritórioenvolventedoprédiodestinadoà instalaçãodoequipamentosocial,atéumadistâncianãosuperiora200metros,medidaempercursoefectivonoterreno,apartirdopontodeacessoprincipalaoprédio;
d) Zona de proximidade (ou simplesmente proximidade) – a fracção deterritório envolvente do prédio destinado à instalação do equipamentosocial,atéumadistâncianãosuperiora400metros,medidaempercursoefectivonoterreno,apartirdopontodeacessoprincipalaoprédio.
II.6.3 Paraefeitosdeinterpretaçãoeaplicaçãododispostonosnúmerosanteriores,deveaindaentender-sepor:
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a) Usodo solo–aactividadeouactividadesque têmoupodemter lugarnumadadafracçãodelimitadadoterritório;
b) Prédio–umaunidadefundiária,materialejuridicamenteconstituída,queédestinadaporPMOTouporautorizaçãoadministrativaàedificaçãoeusourbanos.Quandoconstituídaatravésdeumaoperaçãodeloteamentourbanotemadesignaçãoparticulardelote;
c) Via principal – uma via estruturante do conjunto do aglomeradourbano,queligaváriasáreasurbanasentresie/oucanalizaotráfegodeatravessamento,querinterno,querdoexterior;
d) Viadistribuidora–viaestruturantedeumaáreaurbana,comfunçõesderepartiçãodotráfegoprovenientedasviasprincipais;
e) Viadistribuidoralocal–umaviaestruturantedasunidadesmorfológicasoufuncionaisemquesedivideotecidourbanonointeriordeumaáreaurbana,quearticulaváriasviasdeacessolocal;
f) Via de acesso local – a unidade básica da trama viária que organiza otecido urbano. Corresponde ao conceito de “rua” e serve directamenteosprédioseosedifícioseosespaçospúblicosderecreioe lazernasuavizinhança;
g) Funcionamento normal – a condição de utilização de uma infra-estrutura,serviçoouespaçourbano,deacordocomoscritériostécnicosque orientarama sua concepção e realização, excluídos os períodos demanutençãoereparaçãoquesejamnecessáriosaolongodasuavidaútil.
II.7 ASPECTOSADMINISTRATIVOS
II.7.1 A fundamentaçãoaque se refereonúmero II.1.1 ouadescrição sucinta aqueserefereonúmeroII.1.2édaresponsabilidadedaentidadepromotoraou gestora do estabelecimento, devendo constar do respectivo pedido delicenciamento,quandoforocaso.
II.7.2 AapreciaçãodocumprimentodoscritériosestabelecidosnosnúmerosII.1.1,II.2.1,II.2.3aII.3.3,II.3.5aII.3.8,II.3.12aII.3.15,II.4.2eII.5.8,seráobjectodepareceremitidopelosserviçostécnicosmunicipaisdaautarquiadajurisdiçãodoprédiodestinadoàinstalaçãodoestabelecimentodeapoiosocial.
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II.7.3 A apreciação do cumprimento dos critérios estabelecidos nonúmero II.4.1seráobjectodepareceresemitidospelaentidadegestoradecadaumadasinfra-estruturaseserviçosurbanosreferenciados.
II.7.4 A apreciação do cumprimento dos critérios estabelecidos nos númerosII.5.1 a II.5.5 será objecto de parecer emitido pelo serviço municipal deprotecçãocivildaautarquiada jurisdiçãodoprédiodestinadoà instalaçãodoestabelecimentodeapoiosocialoupeloServiçoNacionaldeBombeiroseProtecçãoCivil,consoantefordeterminadonaleiparaotipoesituaçãodoestabelecimento.
II.7.5 A localizaçãodosestabelecimentosdeapoiosocialnascondiçõesprevistasno número II.5.6 será objecto de parecer emitido pela entidade regionalresponsávelpelaobservânciadosvaloreslimitedepoluiçãodoarambiente.
II.7.6 AemissãodospareceresprevistosnosnúmerosanterioresdeterminaaindaaobrigaçãodeatempadacomunicaçãodosserviçoscompetentesdaSegurançaSocial, da ocorrência de qualquer alteração das condições urbanísticas eambientaisdolocal,emmoldesquesejamsusceptíveisdepôremcausa,deformatemporáriaoupermanente,ocumprimentodoscritériosobjectodecadaparecer.
II.7.7 AeventuallocalizaçãodoprédiodestinadoàinstalaçãodoestabelecimentodeapoiosocialemáreaclassificadaemPMOTparaousoindustrial,nascondiçõesprevistas no número II.2.3, terá carácter excepcional e a sua autorizaçãoadministrativa será sempre justificada e expressamente condicionadano alvará à verificação periódica da efectiva satisfação dos parâmetrosambientaisedesegurançaestabelecidosnaspresentesRecomendações.
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II.8 BIBLIOGRAFIADEREFERÊNCIA
II.8.1 REFERÊNCIAS
[1] CAMPOS,V.–Normas Técnicas para Projecto de Urbanização. LNEC, Lisboa:1993.
[2] GONÇALVES,F.–Disposições Legais Aplicáveis ao Projecto e à Execução de Obra.LegislaçãodeUrbanismoeConstrução.(LUC)8,LNEC,Lisboa:2004.
[3] SOARES,A.EANTUNES,G.–Enquadramento Jurídico da Resposta Social Lar de Idosos.MinistériodoTrabalhoedaSolidariedadeeIPQ.(LUC).Lisboa:2000.
[4] WHO–Air Quality Guidelines for Europe(2ndEdition).WorldHealthOrganiza-tion,WHORegionalPublications,EuropeanSeriesn.º91,Copenhagen:2000.
[5] DirecçãoGeraldaAcçãoSocial.NúcleodeDocumentaçãoTécnicaeDivulgação–Centro de Dia.GuiãoTécnico.Lisboa:DGAS,1996.13p.
LEGISLAÇÃODEREFERÊNCIA
[6] DECRETO-LEIn.º37.575,de8deOutubrode1949–Estabelece,paraprotecçãodeedifíciosescolares,umadistânciamínimadeafastamentoemrelaçãoacemitérios e estabelecimentos classificados como insalubres, incómodos,tóxicosouperigosos.
[7] DECRETO-LEIn.º 243/86, de20deAgosto–AprovaoRegulamentoGeraldeHigiene e Segurança doTrabalho nos EstabelecimentosComerciais, deEscritórioeServiços.
[8] DECRETO-LEIn.º426/89,de26deDezembro–AprovaMedidasCautelaresdeSegurançaContraRiscodeIncêndioemCentrosUrbanosAntigos.
[9] DECRETO-LEI n.º 64/90, de 21 de Fevereiro – Aprova o Regulamento deSegurançacontraIncêndioemEdifíciosdeHabitação.
[10] DECRETO REGULAMENTAR n.º 23/95, de 23 de Agosto – Aprova oRegulamentoGeraldosSistemasPúblicosePrediaisdeDistribuiçãodeÁguasedeDrenagemdeÁguasResiduais.
[11] DESPACHONORMATIVON.º12/98,de25deFevereiro–EstabeleceasNormasparaascondiçõesdeinstalaçãoefuncionamentodosLaresparaIdosos.
[12] LEIn.º48/98,de11deAgosto–Estabeleceasbasesdapolíticadeordenamentodoterritórioeurbanismo.
[13] DECRETO-LEIn.º276/99,de23deJulho–DefineaslinhasdeorientaçãodapolíticadegestãodaqualidadedoaretranspõeparaaordemjurídicainternaaDirectivan.º96/62/CE,doConselho,de27deSetembro,relativaàavaliaçãoegestãodaqualidadedoarambiente.
[14] DECRETO-LEIn.º380/99,de22deSetembroEstabeleceoregimejurídicodosinstrumentosdegestãoterritorial.
[15] DECRETO-LEI n.º 292/2000, de 14 deNovembro–Aprova oRegimeLegalsobreaPoluiçãoSonora.
[16] DECRETO-LEIn.º111/2002,de16deAbril–DáexecuçãoaoDecreto-Lein.º276/99,de23deJulho,estabelecendoosvaloreslimiteeoslimiaresdealertaparaasconcentraçõesdedeterminadospoluentesnoarambiente,bemcomoosmétodosecritériosdeavaliaçãodasrespectivasconcentraçõesenormassobreinformaçãoaopúblico.
[17] DECRETO-LEIn.º78/2004,de3deAbril–Estabeleceoregimedeprevençãoecontrolodasemissõesdepoluentesparaaatmosfera.
[18] DECRETO-LEI n.º 163/2006, de 8 de Agosto – Define as condições deacessibilidadeasatisfazernoprojectoenaconstruçãodeespaçospúblicos,equipamentoscolectivoseedifíciospúblicosehabitacionais.
[19] DECRETO-LEIn.º9/2007,de17deJaneiro–AprovaoRegulamentoGeraldoRuído.
[20] DECRETO-LEIn.º64/2007,de14deMarço–Defineoregimedelicenciamentoedefiscalizaçãodaprestaçãodeserviçosedosestabelecimentosdeapoio
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socialemquesejamexercidasactividadeseserviçosdoâmbitodasegurançasocialrelativasacrianças,jovens,pessoasidosasoupessoascomdeficiência,bemcomoosdestinadosàprevençãoereparaçãodesituaçõesdecarência,dedisfunçãoedemarginalizaçãosocial.
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III. PROGRAMAESPACIO-FUNCIONAL
III.1 OBJECTIVOSDEFUNCIONAMENTO
III.1.1 SãoobjectivosespecíficosdosLaresdeIdosos[19]:
a) Acolherpessoasidosas,ououtras,cujasituaçãosocial,familiar,económicae/oudesaúdenãolhespermitepermanecernoseumeiohabitualdevida;
b) Assegurar a prestação dos cuidados adequados à satisfação dasnecessidades,tendoemvistaapromoçãoemanutençãodaautonomiaeindependência;
c) Proporcionaralojamentotemporário,comoformadeapoioàfamília;
d) Criar condições que permitam preservar e incentivar a relação inter--familiar;
e) Encaminhar e acompanhar os clientes para soluções adequadas à suasituação.
III.1.2 Para a concretização dos objectivos referidos anteriormente, o Lar devegarantireproporcionaraosclientes:
a) A prestação de todos os cuidados adequados à satisfação dassuas necessidades, tendo em vista a manutenção da autonomia eindependência;
b) Umaalimentaçãoadequada,atendendo,namedidadopossível,ahábitosalimentareseagostospessoaisecumprindoasprescriçõesmédicas;
c) Umaqualidadede vidaque compatibilizea vivência emcomumcomorespeitopelaindividualidadeeprivacidadedecadacliente;
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d) A realização de actividades de animação sociocultural, recreativa eocupacional que visem contribuir para um clima de relacionamentosaudável entre os clientes e para a manutenção das suas capacidadesfísicasepsíquicas;
e) Umambientecalmo,confortávelehumanizado;
f) Osserviçosdomésticosnecessáriosaobem-estardoclienteedestinados,nomeadamente, à higiene do ambiente, ao serviço de refeições e aotratamentoderoupas.
III.1.3 OfuncionamentodoLardevefomentar:
a) A convivência social, através do relacionamento entre os clientes edestescomosfamiliareseamigos,comopessoaldoLarecomaprópriacomunidade,deacordocomosseusinteresses;
b) Aparticipaçãodosfamiliares,oupessoaresponsávelpelointernamento,noapoioaocliente,desdequeesteapoiocontribuaparaummaiorbem--estareequilíbriopsico-afectivodocliente
III.1.4 O Lar deve ainda permitir a assistência religiosa, sempre que o cliente asolicite,ou,naincapacidadedeste,apedidodosseusfamiliares.
III.1.5 As especificações dos serviços a prestar devem sempre ter em conta osrequisitos legais e regulamentares emvigor, nomeadamenteos relativos àsegurança,higieneesaúde.
III.2 CAPACIDADEDOESTABELECIMENTO
III.2.1 OsLaresdevempossuirumacapacidadereduzida,tendoemvistaaprestaçãode um atendimento correcto e individualizado, com as consequênciasbenéficasquedaíadvêmparaosclientes.
III.2.2 AcapacidadedosLaresdeveserestabelecidaemfunção:
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a) Dasnecessidadesdapopulaçãoqueservem;
b) De factores económicos (custo de obras de construção, reconstrução,ampliação e/ou alteração, custo de apetrechamento, custo deexploração);
c) Daqualidadedoserviçoproporcionadoaosclientes.
III.2.3 AcapacidadedosLaresnãopodeultrapassaros120clientes,distribuídosporunidadesespacialmente individualizadas,deoraemdiantedesignadasporUnidadesFuncionais.
III.2.4 AcapacidademáximadeumaUnidadeFuncionaléde40clientes.
III.2.5 Os Lares podem criar o número de Unidades Funcionais necessárias atéatingiremacapacidadetotalreferidaemIII.2.3.
III.2.6
III.2.7
III.2.8 OsclientesdevemserdistribuídasporcadaUnidadeFuncionalemgruposheterogéneos,nomeadamentesobopontodevistaetário,dascapacidadesfísicas,doequilíbrioafectivoedasociabilidade.
III.2.9 CadagrupodeclientesdeumaUnidadeFuncionaldeveserconfiadoaumaequipa de pessoal técnico e auxiliar específica, sem prejuízo de dever serpermitido,epoderserfomentado,oconvíviointer-grupos.
Em Lares com uma única Unidade Funcional, a capacidade máxima daUnidadeFuncionalpodeserde60clientes.
Lares em funcionamento que não cumpram o estabelecido em III.2.3 eIII.2.4,ouemIII.2.6,devemadaptar-seàscapacidadesexigidasnumprazoaestabelecerpelosserviçoscompetentesdaSegurançaSocial,nãoaceitandomaisclientesatéatingiremosmáximospermitidos,oucriandoasUnidadeFuncionaisnecessáriasparaabsorverosclientesemexcesso.
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III.3 CARACTERIZAÇÃODOEDIFICADO
III.3.1 Os equipamentos sociais devem ser concebidos, construídos e exploradosdemodo a assegurar condições de acessibilidade e deutilização aomaiornúmero possível de pessoas, de forma autónoma, confortável e segura,independentemente da sua idade, grau de mobilidade ou capacidade depercepção(verIII.8e[3]).
III.3.2 ÉrecomendávelqueoLarfuncioneemedifício(s)autónomo(s)epossuaáreanãoconstruídaenvolventeao(s)edifício(s)parapossibilitaroseuresguardoemrelaçãoàviapúblicaeespaçoexteriordevidamentetratadoparapermitirodesenvolvimentodeactividadespelosclientes.
III.3.3 Érecomendávelqueavolumetriado(s)edifício(s)nãoultrapasseostrêspisos.Noentanto,onúmerodepisosdeveseranalisadocasoacaso,emfunçãodaenvolventeurbana.
III.3.4 CasoainstalaçãodoLarseverifiqueempartedeedifíciodestinadoaoutrosfins:
a) DevesersalvaguardadaaindependênciadasáreasautilizarpeloLar;
b) Devemseradoptadassoluçõesqueimpossibilitemaquedadeobjectosoudelixosobreosespaçosdeacessoedeestarnoexterior.
III.3.5 OLar,queremedifício(s)deusoexclusivo,queremedifício(s)destinado(s)aoutrosfins,deveobedeceràsseguintescondições:
a) Terplacade identificação, visíveldedia edenoiteapartirdoexterior,esituadaaumaalturasuficienteparaquenãopossaserobstruídaporveículos;
b) Teracessodirectoapartirdoexteriorepermitiraaproximaçãodeveículosao(s)edifício(s);
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c) Tercontrolodeacessosdemodoacriarumambientedesegurançaenãoserpossívelalguémentrareacederao interiordo(s)edifício(s) semservisto;
d) Nãoadoptarmedidasdesegurançaqueimpliquemlimitaçõesàliberdadedosclientesourestrinjamasuamobilidadeesociabilidade;
e) Fomentararelaçãoentreointerioreoexteriordoedifícioepermitirqueosclientestenhamfrancavisibilidadeparaoexterior;
f) Assegurar, quer no interior quer no exterior, a eliminação de barreirasfísicas,nomeadamentenoqueserefereaacessos,circulações,instalaçõessanitárias, uma vez que essas barreiras constituem um verdadeiroobstáculoàmobilidadedosclientes;
g) Osespaçoslocalizadosemcavesópodemserdestinadosaactividadesarealizarpelosclientesseseencontrarememconformidadecomodispostonoartigo77ºdoRegimeGeraldasEdificaçõesUrbanas;
h) Não ter espaços acima do 3º andar destinados a actividades a realizarpelosclientes.
III.3.6 CasooLarpossuamaisdoqueumedifíciodestinadoaactividadesadesenvolverpelosclientes,devemexistirpassagenscobertasaligarosedifíciosentresicom,pelomenos,protecçãocontraachuva.
III.3.7 A concepção, construção, alteração, ampliação ou reconstrução do(s)edifício(s) que serve(m) de suporte ao Lar deve permitir a adaptação e apolivalência dos espaços que o(s) compõem, potenciando a flexibilidadeeaadaptabilidade,emrespostaàevoluçãodapopulaçãoqueservemouàalteraçãodoobjectivoqueestevenasuaorigem(verIII.7).
III.4 ESPAÇOSECOMPARTIMENTOS
III.4.1 OLardeIdososdevesercompostoporÁreasFuncionaisqueconstituemaestruturaorgânicadoedifício,entendendo-seporÁreaFuncionaloconjuntode espaços e compartimentosnecessáriosparadesempenhar as funções aquesedestinam,devidamentearticuladasentresiporformaapossibilitaroseubomfuncionamento.
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III.4.2 OsespaçosecompartimentosqueconstituemcadaÁreaFuncionaltêmumainterligaçãoforteentresieasualocalizaçãodeveterematençãooscritériosdefinidosnopresentecapítulo.
III.4.3 Paraalémdodispostonopresentecapítulo,osespaçosecompartimentosdevem ainda respeitar os critérios de dimensionamento apresentados emIII.6esatisfazerasexigênciasdesegurança,salubridadeeconfortodefinidasemIV.
III.4.4 OLardevecompreenderosespaçosecompartimentoscorrespondentesàsseguintesÁreasFuncionais:
a) ACESSOS(verIII.4.8);
b) DIRECÇÃOESERVIÇOSTÉCNICOEADMINISTRATIVO(verIII.4.9);
c) CONVÍVIOEACTIVIDADES(verIII.4.10);
d) REFEIÇÕES(verIII.4.11);
e) ALOJAMENTO(verIII.4.12);
f) SERVIÇOSDECOZINHAEDELAVANDARIA(verIII.4.13);
g) SERVIÇOSDESAÚDE(verIII.4.14);
h) SERVIÇOSDEAPOIO(verIII.4.15);
i) DESCANSOEHIGIENEDOPESSOAL(verIII.4.16).
III.4.5 AsUnidadesFuncionaisaqueserefereonúmeroIII.2.3devemserautónomasnoqueserefereàsseguintesÁreasFuncionais:
a) ConvívioeActividades;
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b) Refeições;
c) Alojamento.
III.4.6 AsUnidadesFuncionaisdevemserparcialmenteautónomasnoqueserefereàsseguintesÁreasFuncionais:
a) ServiçosdeSaúde;
b) DescansoeHigienedoPessoal.
III.4.7 As Unidades Funcionais devem partilhar os Serviços de Cozinha e deLavandaria,visandoaoptimizaçãodoscustosdeapetrechamento,exploraçãoemanutençãodasinstalações.
III.4.8 ÁREADEACESSOS
III.4.8.1 AÁreadeAcessosdestina-seprioritariamenteaoacolhimento/recepçãodosclientesedasrespectivasfamíliaseaoabastecimentodoestabelecimentoedevesatisfazerasespecificaçõesqueseseguem.
III.4.8.2 Estaáreadeveincluirosseguintesespaços:
a) AcessoPrincipal;
b) AcessodeServiço.
III.4.8.3 OAcessoPrincipal,queserveosclientes,opessoaltécnicoeadministrativoe os visitantes, deve dispor de zonas destinados a recepção / acolhimentoe espera e de espaço livre suficiente para permitir a circulação e o fácilencaminhamentodaspessoasparaointerioreoexteriordoedifício.
III.4.8.4 Na proximidade da zona de recepção devem existir instalações sanitáriasseparadasporsexoeacessíveisapessoascommobilidadecondicionada[3].
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Na proximidade da zona de recepção devem existir instalações sanitáriasseparadas por sexo e acessíveis a pessoas com mobilidade condicionada.Estasinstalaçõespodemnãoseracessíveissepróximoexistirumainstalaçãosanitária específica para pessoas commobilidade condicionada, que nestecasopodemservirambosossexos(VerIII.8e[3]).
III.4.8.5 Estas instalações sanitárias podem ser as exigidas na Área de Direcção eServiçosTécnicoeAdministrativo(verIII.4.9.10).
III.4.8.6 As circulações até ao Acesso Principal e a partir deste até às áreas depermanência dos clientes devem permitir uma utilização fácil e segura eincluir,nomínimo,umpercursoacessível(verIII.8).
III.4.8.7 Noexterior,juntoda(s)porta(s)exterioresdoAcessoPrincipal,deveexistirumaáreacobertaparaprotegerosclientesdecondiçõesclimatéricasadversas.
III.4.8.8 O Acesso de Serviço, que serve ao pessoal em serviço na Cozinha e naLavandaria e ao abastecimento do Lar, deve permitir a aproximação deviaturasparacargasedescargaserecolhadelixo.
III.4.9 ÁREADEDIRECÇÃOESERVIÇOSTÉCNICOEADMINISTRATIVO
III.4.9.1 AÁreadaDirecçãoeServiçosTécnicoeAdministrativosdestina-sea localdetrabalhodadirecçãodoestabelecimentoedopessoaltécnico,aarquivoadministrativo e a expediente relacionado com a gestão financeira e dopessoaldoLar;devesatisfazeralegislaçãoemvigor,comdestaqueparaasprescriçõesmínimasde segurança e saúdenos locais de trabalho [5], e asespecificaçõesqueseseguem.
III.4.9.2 Estaáreadevelocalizar-senaproximidadedoAcessoprincipaledeveincluirosseguintesespaços:
a) GabinetedaDirecção;
b) Gabinete(s)Administrativo(s);
c) Gabinete(s)Técnico(s);
d) InstalaçãoSanitária.
Noexterior,juntodaportadoAcessoPrincipaldo(s)edifício(s),érecomendávelqueexistaumaáreacobertaparaprotegerosclientesdecondiçõesclimatéricasadversas.
ÉrecomendávelqueoAcessodeServiço,queserveaopessoalemserviçonaCozinhaenaLavandariaeaoabastecimentodoLar,permitaaaproximaçãodeviaturasparacargasedescargaserecolhadelixo.
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III.4.9.3 Paraalémdosespaçosreferidosnonúmeroanterior,LarescommaisdoqueumaUnidadeFuncionaldevemaindadispordosseguintesespaços:
a) SaladeReuniões;
b) SaladeArquivo.
III.4.9.4
III.4.9.5 OGabinetedaDirecçãodestina-seatrabalhoindividualdodirectortécnicoeareceberosclientes;deveincluirumpostodetrabalhoindividualeumazonaparareceber/reunir.
III.4.9.6 O(s) Gabinete(s) Administrativo(s) destina(m)-se à realização das tarefasadministrativasedegestãocorrentedoestabelecimento;deve(m)dispordeumazonaparainstalaçãodeposto(s)detrabalhoindividualedeumazonadestinadaaarquivoadministrativo.
III.4.9.7 O(s)Gabinete(s)Técnico(s)destina(m)-seàrealizaçãodetrabalhoindividuale de reuniões do pessoal técnico (técnicos do serviço social, psicólogos,animadores),incluindoreuniõescomosfamiliaresdosclientes;deveincluirumazonaparainstalaçãode,pelomenos,umpostodetrabalhoindividual,umazonaparaarealizaçãodepequenasreuniõeseumazonaparaoarquivodos processos dos clientes. É recomendável que cada Unidade FuncionaldisponhadeumGabineteTécnicopróprio.
III.4.9.8 Para além do(s) espaço(s) de reunião previsto(s) noGabinete daDirecçãoe no(s) Gabinete(s) Técnico(s), em Lares com mais do que uma UnidadeFuncional deve existir uma Sala de Reuniões, prioritariamente destinadaà realizaçãode reuniõesentreos técnicosdestacadosnas váriasUnidadesFuncionais.
III.4.9.9 LarescommaisdoqueumaUnidadeFuncionaldevemaindadispordeumaSaladeArquivo,destinadaaoarquivogeraldoLareaarrumodematerialdeconsumo.
III.4.9.10 A Área da Direcção e Serviços Técnico e Administrativo deve dispor deinstalações sanitárias separadas por sexo e acessíveis a pessoas commobilidade condicionada, sem prejuízo das necessidades previstas para ahigienedopessoal(verIII.4.16).
Larescomcapacidadeaté40podemnãodispordeGabineteTécnico.
AÁreadaDirecçãoeServiçosTécnicoeAdministrativodevepossuirinstalaçõessanitárias.Érecomendávelaexistênciadeinstalaçõessanitáriasseparadasporsexo e acessíveis a pessoas commobilidade condicionada, semprejuízo dasnecessidadesprevistasparaahigienedopessoal(verIII.4.16).
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III.4.10 ÁREADECONVÍVIOEACTIVIDADESOCUPACIONAIS
III.4.10.1 AÁreadeConvívioeActividadesOcupacionaisdestina-seaoconvívio,lazererealizaçãodeactividadesadesenvolverpelosclientesedevesatisfazerasespecificaçõesapresentadasnosnúmerosseguintes.
III.4.10.2 Estaáreadevelocalizar-senaproximidadedoAcessoPrincipal,outerumaarticulaçãofácilcomele,eincluirosseguintesespaços:
a) Sala(s)deEstar;
b) Sala(s)deActividadesOcupacionais;
c) EspaçoExterior;
d) InstalaçõesSanitárias.
III.4.10.3 Para além dos espaços referidos no número anterior, é recomendável aexistênciadosseguintesespaços:
a) SaladeMovimento;
b) SaladeCuidadosdeEstética;
c) Biblioteca.
III.4.10.4 Caso o Lar possuamais do que umaUnidade Funcional, pelomenos umaunidade de cada um dos espaços a que se refere o número anterior temcarácter obrigatório, devendo a sua utilização ser partilhada por todos osclientesdoLar.
III.4.10.5 A(s) Sala(s) de Estar é(são) um compartimento(s) destinado(s) a estar econvíviodosclientes;deve(m)proporcionarzonasacolhedorasediversificadas,dedicadas a actividades tais como ver televisão, jogar (jogos de mesa),conversar,ouvirmúsica,etc.
ÉrecomendávelqueestaáreaselocalizenaproximidadedoAcessoPrincipal,outerumaarticulaçãofácilcomele,edeveincluirosseguintesespaços:
a) Sala(s)deEstar;
b) Sala(s)deActividadesOcupacionais;
c) InstalaçõesSanitárias.
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III.4.10.6 É recomendável que a(s) Sala(s) de Estar seja(m) dimensionada(s) para omáximode20clientes(verIII.6),sejamcontíguasemcadaUnidadeFuncionalepossibilitemasualigação(p.e.atravésdeportasdecorrer)parajunçãodosespaçosemocasiõesespecíficas.
III.4.10.7 A(s)Sala(s)deActividadesOcupacionaisé(são)compartimento(s)dedicado(s)àrealizaçãodeactividadestaiscomopintura,modelação,costura,etc.
III.4.10.8 ASaladeMovimentoéumcompartimentodedicadoaactividadestaiscomoginásticaefisioterapia.
III.4.10.9 ASaladeCuidadosdeEstéticadevedisponibilizaraosclientes,nomínimo,cuidadosdecabeleireiro,manicuraepedicura.
III.4.10.10 ABibliotecaéumcompartimentodedicadoaactividadesrelacionadascomaleituraeescritaedevedisporde,pelomenos,umpostodeacessoàInternet.
III.4.10.11 As Instalações Sanitárias existentes nesta Área devem ser separadas porsexoe,pelomenos,umadelasdeveseracessívelapessoascommobilidadecondicionada[3].
III.4.10.12
III.4.10.13 O Lar deve dispor de Espaço Exterior próprio para o desenvolvimento deactividades e lazer dos clientes, facilmente acessível a partir dos espaçosinterioresdestinadosaconvívio.
III.4.10.14 O Espaço Exterior a que se refere o número anterior deve encontrar-seprotegidodosquadrantesdondeprovêmaschuvaseosventosdominantes.
AsInstalaçõesSanitáriasexistentesnestaÁreadevemserseparadasporsexoeérecomendávelque,pelomenos,umadelassejaacessívelapessoascommobilidadecondicionada[3].
LaresquenãopossuamnestaÁreaInstalaçõesSanitáriasseparadasporsexoe acessíveis a pessoas com mobilidade condicionada devem, pelo menos,dispordeumainstalaçãosanitáriaespecíficaparapessoascommobilidadecondicionada,quepodeservirparaambosossexosedeveestarintegradaoupróximadasrestantesinstalaçõessanitárias[3].
É recomendável que o Lar disponha de Espaço Exterior próprio para odesenvolvimentodeactividadese lazerdosclientes, facilmenteacessívelapartirdosespaçosinterioresdestinadosaconvívio.
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III.4.10.15
III.4.11 ÁREADEREFEIÇÕES
III.4.11.1 AÁreadeRefeiçõesdestina-seàtomadaderefeiçõescorrentespelosclientesedevesatisfazerasespecificaçõesapresentadasnosnúmerosseguintes.
III.4.11.2 ÉrecomendávelqueestaáreaselocalizenaproximidadedaÁreadeConvívioeActividadesedeveincluirosseguintesespaços:
a) Copa(s);
b) Sala(s)deRefeições;
c) InstalaçõesSanitárias.
III.4.11.3 A(s)Copa(s)destina(m)-seàrecepçãoedistribuiçãoderefeiçõespreparadasna Cozinha e à preparação local de pequenas refeições; deve(m) tercomunicaçãodirectacoma(s)Sala(s)deRefeições,atravésdevãosoubalcões“passa-pratos”.
III.4.11.4 EmestabelecimentoscomumaúnicaUnidadeFuncional,a(s)Copa(s)podemserdispensadasseasSala(s)deRefeiçõesselocalizaremjuntodaCozinhaehouvercomunicaçãocomarespectivaZonadeDistribuição.
III.4.11.5 A(s)Sala(s)deRefeiçõesdestina(m)-seàtomadaderefeiçõespelosclientes,nãopode(m)ser localdepassagemparaoutrosespaçosedeve(m)possuirboascondiçõesacústicas(verIV.8)efrancaligaçãovisualcomoexterior.
III.4.11.6 Érecomendávelquea(s)Sala(s)deRefeiçõesseja(m)dimensionada(s)paraaté 20 clientes (ver III.6), sejam contíguas em cada Unidade Funcional epossibilitemasualigação(p.e.atravésdeportasdecorrer)parajunçãodosespaçosemocasiõesespecíficas.
CasooLarnãopossuaEspaçoExterior,devedispordemeiosquefacilitemo acesso a praças e jardins públicos e manter um programa regular dedeslocaçãoaoexterior.
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III.4.11.7 As Instalações Sanitárias existentes nesta Área devem ser separadas porsexoe,pelomenos,umadelasdeveseracessívelapessoascommobilidadecondicionada[3].
III.4.11.8
III.4.11.9 As Instalações Sanitárias referidas nos números anteriores podem serdispensadas desde que haja proximidade entre as Salas de Refeições eas Instalações Sanitárias previstas para a Área de Convívio e ActividadesOcupacionais(VerIII.4.7)
III.4.12 ÁREADEALOJAMENTO
III.4.12.1 A Área de Alojamento destina-se a dormir e descanso dos clientes e devesatisfazerasespecificaçõesapresentadasnosnúmerosseguintes.
III.4.12.2 Esta área deve localizar-se em sector de acesso restrito, afastado dasactividadeseequipamentosruidosos,eincluirosseguintesespaços:
a) Quartos,cominstalaçãosanitáriaprópria;
b) Sala(s)deEstarcomcopa;
c) Rouparia(s);
d) Compartimento(s)desujos;
e) Banho(s)Geriátrico(s).
III.4.12.3 OsQuartosdevemser:
a) IndividuaisouDuplos.
b) Agrupadospornúcleoscomomáximode10quartos.
AsInstalaçõesSanitáriasexistentesnestaÁreadevemserseparadasporsexoeérecomendávelque,pelomenos,umadelassejaacessívelapessoascommobilidadecondicionada[3].
LaresquenãopossuamnestaÁreaInstalaçõesSanitáriasseparadasporsexoe acessíveis a pessoas com mobilidade condicionada devem, pelo menos,dispordeumainstalaçãosanitáriaespecíficaparapessoascommobilidadecondicionada,quepodeservirparaambosossexosedeveestarintegradaoupróximadasrestantesinstalaçõessanitárias[3].
OsQuartosdevemser:
a) Individuais,decasalouDuplos.
b) Agrupadospornúcleoscomomáximode10quartos.
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III.4.12.4 Nomínimo,25%donúmerototaldequartosdevecorresponderaquartosindividuais,sendorecomendávelqueestespossamatingiros50%.
III.4.12.5 OsQuartosdevemobedeceraosseguintesrequisitos:
a) Terumambienteagradável,evitandooaspectohospitalar;
b) Terventilaçãoeiluminaçãonaturaisedispordesistemasderegulaçãodaentradadeluznatural(verIV.9);
c) Ter luz de cabeceira em todas as zonas de dormir, com controloacessívelapartirdacamaebotãodechamadaligadoàredeinternadecomunicação;
d) Ter espaço para a colocação de objectos pessoais, tais como relógio efotografias;
e) Terumsistemamanualdeaberturaeencerramentodasportas,dotipomuleta.
III.4.12.6 Todososquartosdevemseracessíveis,ouseja,devempermitiroacessoeacirculaçãodepessoasemcadeiraderodas;aacessibilidadedosquartosdevesatisfazeraodefinidoemIII.8.
III.4.12.7 Todos os quartos devem ter Instalação Sanitária própria, completamenteacessível[3]ecomacessoprivativo.
III.4.12.8 Cadanúcleodeaté10quartosdevedisporde:
a) SaladeEstar,comcopa;
b) Rouparia.
III.4.12.9 Cadapisocomquartose/ouUnidadeFuncionaldevepossuir:
a) BanhoGeriátrico;
Pelomenos,50%dosquartosdevemseracessíveis,ouseja,devempermitiroacessoeacirculaçãodepessoasemcadeiraderodas;aacessibilidadedosquartosdevesatisfazeraodefinidoemIII.8.
TodososquartosdevemterInstalaçãoSanitáriaprópria,comacessoprivativo;asinstalaçõesdosquartosacessíveisdevemsercompletamenteacessíveis[3].
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b) CompartimentodeSujos.
III.4.12.10 ASaladeEstaréumespaçodeapoiolocalparausodosclientesedevedispordeumapequenacopaparapermitirapreparaçãoderefeiçõesligeiras.EmUnidadesFuncio-naiscomcapacidadenãosuperiora15clientes,aSaladeEstarpodenãoexistir.
III.4.12.11 ARoupariadestina-seaarrumaçãoderoupadecamaedeatoalhadosparautilizaçãoporpartedopessoalquerealizaalimpezadosquartos;podeserumcompartimentoouarmáriosencastrados(localizados,p.e.,aolongodoscorredoresdeacessoaosquartos).
III.4.12.12 OBanhoGeriátricoéumcompartimentoparabanhodeajuda;devepermitiroacessoàbanheira,nomínimo,portrêslados,terespaçolivreparamanobraroclienteemcadeiraderodasepermitiroacessoeusodemacanoseuinterior.
III.4.12.13 OCompartimentodeSujosdestina-seaapoiaraprestaçãodecuidadosdehigieneapessoasacamadas;deveseranexoaoBanhoGeriátricoedispordepiadedespejoshospitalares.
III.4.12.14 No caso de Lares com capacidade igual ou inferior a 15 clientes, o BanhoGeriátricopodeserdispensado.
III.4.13 ÁREADESERVIÇOSDECOZINHAEDELAVANDARIA
III.4.13.1 AÁreadeServiçosdeCozinhaedeLavandariadestina-seapreparaçãoderefeiçõesetratamentoderoupaedevesatisfazeralegislaçãoemvigor,comdestaqueparaoRegulamentodaHigienedosGénerosAlimentícios[5][6],easespecificaçõesqueseseguem.
III.4.13.2 Estaáreadeveincluirosseguintesgruposdeespaços:
- Cozinha;
- Lavandaria.
III.4.13.3 ACozinhadevelocalizar-sejuntoaoAcessodeServiçoeincluirosseguintesespaços:
a)Umespaçoprincipal,organizadoemtrêszonas:
-ZonadeHigienizaçãodosmanipuladoresdealimentos;
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-ZonadePreparaçãodealimentos;
-ZonadeConfecçãodealimentos.
b)EspaçocomplementardaCozinha,integradonoespaçoprincipaloucomcomunicaçãodirectacomeste,organizadoemduasoutraszonas:
-Zona(s)deLavagemdeloiçaedeutensíliosdecozinha(tambémdesignadaporCopasuja);
-Zona(s)deDistribuiçãodasrefeições(tambémdesignadaporCopalimpa).
c)Espaçosanexos,compostospor:
-DespesadeDia;
-CompartimentodeFrio;
-CompartimentodoLixo.
III.4.13.4 Não sendo obrigatório efectuar uma separação rígida entre as zonasreferidas na alínea a) do número anterior, é recomendável haver algumaindividualizaçãoentreelas.
III.4.13.5 EmLarescomumaúnicaUnidadeFuncional,érecomendávelqueacozinhase localizenaproximidadeda(s)Sala(s)deRefeiçõesequea(s)Zona(s)deDistribuiçãocomunique(m)comestasatravésdevãos“passa-pratos”.Estesvãosdevemdispordeseparaçãoentreapassagemdepratosconfeccionadosearecolhadeloiçasujaedispordemeiosdeencerramentoparaoisolamentodacozinhaemcasodeincêndio(verIV.2).
III.4.13.6 Caso a localização da(s) Sala(s) de Refeições não permita a comunicação
directacomaZonadeDistribuiçãodaCozinhaeopercursoaefectuarpelosalimentos,entreaCozinhaea(s)Copa(s)da(s)respectivasSala(s)deRefeições,deveprocessar-seatravésdezonas,quenãosejamacessíveisaosclientes,ou
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“montapratos”comcritérioseparativoentrepratosconfeccionadoseloiçasuja(comdoismonta-pratosdistintos).
III.4.13.7 CasooLarrecorraàconfecçãodealimentosnoexterior,aCozinhapodesersimplificada,devendocontudoexistirosespaçosnecessáriosparaproceder,emcondiçõesdehigieneedebomfuncionamento,àrecepçãoearmazenamentodasrefeiçõeseaoseuaquecimentoerespectivadistribuição.
Nestecaso,aZonadePreparaçãodealimentosassimcomoaZonadeConfecçãodealimentospodemterdimensõesmaisreduzidas(oequipamentoautilizarpodeserdotipodoméstico,namedidaemquesóserãoaíconfeccionadaspequenasrefeições);aszonasdeLavagemdeloiçaeutensíliosedeDistribuiçãodas refeiçõesmantêm-se, bem comoos espaços anexos (Despensa deDia,CompartimentodeFrioeCompartimentodoLixo).
III.4.13.8 As zonasdePreparação,Confecção e Lavagemdevem ser delimitadasporcaleirascomgrelhadedrenagemeorespectivorevestimentodepisodeveserlaváveleantiderrapante(verV.12).
III.4.13.9 A Despensa de Dia é um compartimento destinado à recepção earmazenamento dos produtos alimentares frescos destinados ao consumodiário;érecomendávelquetenhaacessodirectoàCozinha,selocalizepróximodaZonadePreparaçãodealimentosepossualigaçãofácilaoexterior(AcessodeServiço)paraefeitosdeabastecimento.
III.4.13.10 OCompartimentodeFriodestina-seaoarmazenamento,emequipamentospróprios, de produtos alimentares refrigerados e congelados; deve serfacilmenteacessívelapartirdaCozinhaedeveseradequadamenteventiladodevidoaoselevadosíndicescaloríficosproduzidos.
III.4.13.11 OCompartimentodoLixodeveserfacilmenteacessívelapartirdaZonadeLavagemdeloiça(semobrigaraoatravessamentodeoutrosespaços),possuircapacidadeadequadaàperiodicidadederecolhaprevista,facilitarasoperaçõesdemudançadecontentoreseteracessodirectopeloexterior(verVI.3).
III.4.13.12 A Cozinha, incluindo os compartimentos anexos, devem possuir boascondiçõesdehigiene,ventilaçãoerenovaçãodoar(verVI.4)
III.4.13.13 A Lavandaria destina-se ao tratamento da roupa e deve ser facilmenteacessívelapartirdoAcessodeServiço.
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III.4.13.14 A Lavandaria deve ser composta, no mínimo, por seis zonas distintas,perfeitamenteseparadas:
a) ZonadeExpediente
b) ZonadeLavagem;
c) ZonadeSecagem;
d) ZonadeCostura;
e) Engomadoria;
f) ZonadeArmazenamento.
III.4.13.15
III.4.13.16 Paraalémdaszonasreferidasnonúmeroanterior,érecomendávelaexistênciadeumEstendalnoexterior,comacessofácilapartirdaZonadeLavagem.
III.4.13.17 ALavandariadevepossuirboascondiçõesdehigiene,ventilaçãoerenovaçãodoar(verVI.4).
III.4.13.18 AZonadeLavagemdeveserdelimitadaporcaleirascomgrelhadedrenagemparadelimitaçãodazonahúmidaeorespectivorevestimentodepisodeveserlaváveleantiderrapante(verV.12).
III.4.13.19 CasooLarrecorraaotratamentodaroupanoexterior,aLavandariapodenãosercompleta,devendocontudoexistirosespaçosnecessáriosparaproceder,emcondiçõesdehigieneedebomfuncionamento,aoenvioeàrecepçãodaroupaerespectivodepósitoeseparação.
ALavandariadevesercomposta,nomínimo,porseiszonasdistintas:
a) ZonadeExpediente
b) ZonadeLavagem;
c) ZonadeSecagem;
d) ZonadeCostura;
e) Engomadoria;
f) ZonadeArmazenamento.
Nãosendoobrigatórioefectuarumaseparaçãorígidaentretodasaszonasreferidas no número anterior, a zona de Lavagem deve ser perfeitamenteseparadaeérecomendávelhaveralgumaindividualizaçãoentreasrestanteszonas.
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Neste caso, devem existir duas zonas distintas, respectivamente para oarmazenamento de roupa suja e de roupa limpa (estas zonas podem serconstituídasporarmários).
III.4.14 ÁREADESERVIÇOSDESAÚDE
III.4.14.1 AÁreadeServiçosdeSaúdedestina-seaoacompanhamentodasaúdedosclientes e deve satisfazer a legislação em vigor e as especificações que seseguem.
III.4.14.2 Estaáreadeveincluirosseguintesespaços
a) Gabinete(s)deSaúde;
b) Enfermaria;
c) InstalaçõesSanitárias.
III.4.14.3 O Gabinete de Saúde é um espaço dedicado a atendimento de clientes(consultasecuidadosdesaúdecorrentes)eaapoioaostécnicosnoscuidadosaprestaraosclientes;deveterespaçodetrabalhoparamédicoe/ouenfermeiraeparaumacamaarticuladaouduasmacas.Èrecomendávelqueesteespaçosejaorganizadoemduaszonasseparadas,umaparaconsultaseoutraparatratamentos.
III.4.14.4 CadaUnidadeFuncionaldevedispordeumGabinetedeSaúdepróprio,comInstalaçãoSanitáriaanexa.
III.4.14.5 AEnfermariaéumespaçodedicadoaoacolhimentoetratamentodeclientesemsituaçãodedoençaocasionale/ouconvalescença;deveterumalocalizaçãonoedifícioquepermitaafácilligaçãoaoexterior,porformaaevitarqueaeventualnecessidadedeevacuaçãoobrigueaoatravessamentodeespaçosutilizadospelosclientes.
III.4.14.6 AEnfermariadevetercapacidadeparaatender,nomínimo,5%dosclientes,emcompartimentoscomocupaçãoindividual,duplaoutripla.Onúmerodecamasintegradasnesteespaçonãocontribuiparaadefiniçãodacapacidadedoequipamento.
Estaáreadeveincluirosseguintesespaços
a) Gabinete(s)deSaúde;
b) InstalaçõesSanitárias.
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III.4.14.7 A Enfermaria devemdispor de Instalação Sanitária anexa, completamenteacessível.JuntodaEnfermariadeveexistirumBanhoGeriátrico.
III.4.15 ÁREADESERVIÇOSDEAPOIO
III.4.15.1 A Área de Serviços de Apoio destina-se à arrumação e armazenagem deequipamento,mobiliário,materiaiseprodutosnecessáriosaofuncionamentodoLaredevesatisfazerasespecificaçõesqueseseguem.
III.4.15.2 Devem ser previstos, no mínimo, três tipos de compartimentos dearrecadação,semprejuízodeoutros,conformeadimensãoeasnecessidadesdefuncionamentodoestabelecimento:
a) Arrecadaçõesgerais;
b) Arrecadaçõesdegénerosalimentícios;
c) Arrecadaçõesdeprodutoseequipamentosdelimpeza;
OacessoàsArrecadaçõesdeveráserfeitoatravésdezonasdeacessorestrito.
III.4.15.3 AArrecadaçõesdevem:
a) Poderserfechadasàchave;
b) Permitirumadequadocontrolodosmateriaisinflamáveisouperigosos;
c) Assegurar a facilidade de limpeza e a renovação do ar, natural e/ouforçada.
III.4.15.4 AsArrecadaçõesgeraispodemnãoconstituirumespaçoúnico,masvárioscompartimentosdistribuídospeloslocaismaisconvenientes.
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III.4.16 ÁREADEDESCANSOEHIGIENEDOPESSOAL
III.4.16.1 AÁrea deDescanso eHigiene do Pessoal destina-se a proporcionar locaisdedescanso,estarehigienedopessoalaoserviçodoLaredevesatisfazeralegislaçãoemvigor,comdestaqueparaasprescriçõesmínimasdesegurançaesaúdenoslocaisdetrabalho[4]e[7],easespecificaçõesqueseseguem.
III.4.16.2 Alocalizaçãodestaáreadeveassegurarofácilacessopelopessoaleincluir,nomínimo,osseguintesespaços:
a) Sala(s)doPessoal;
b) InstalaçõesSanitárias.
III.4.16.3 EmLares comcapacidade superior a 15 clientes, devemexistir instalaçõesparaopessoaladjacentesàÁreadeServiçosdeCozinhaedeLavandaria,comutilizaçãopreferencialpelopessoalaíaexercerfunções,nomínimocomosseguintesespaços:
a) Vestiárioscombalneários;
b) InstalaçõesSanitárias.
III.4.16.4 ASaladoPessoaléprincipalmenteumlocaldedescansoedeestar.CasonãoexistamVestiáriosnasuaproximidade,deveincluirumazonaparaarrumaçãoderoupaeobjectosdeusopessoal.
III.4.16.5 OsVestiáriosdevemserseparadosporsexoedispordebalneários,comzonasdechuveirosedelavatórios.
III.4.16.6 As Instalações Sanitárias devem ser separadas por sexo e, quando hajaproximidade entre as instalações para o pessoal previstas em III.4.16.2 eIII.4.16.3,podemconstituirumúniconúcleo.
III.4.16.7 Onúmeroea localizaçãodosespaçosdedescansoedehigienedopessoaldevemassegurarofácilacessopelaspessoasaoserviçonoLar.CadaUnidadeFuncionaldevedispor,nomínimo,deumaSaladePessoaledeInstalaçõesSanitárias,semprejuízododispostopelalegislaçãoemvigor[4]e[7].
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III.5 EQUIPAMENTOEMOBILIÁRIO
III.5.1 OLardevedispordetodooequipamentoemobiliárionecessáriosparapoderprestaradequadamenteosserviçosprevistos.OmobiliáriodoLardeveser,nogeral,semelhanteaousadonahabitação,porformaacontribuirparacriarumambientepróximodofamiliar.
III.5.2 O mobiliário a utilizar pelos clientes deve satisfazer a um conjunto derequisitos,nomeadamente:
a) Sercómodoeagradávelàvista;
b) Sersimplesesemarestasagressivas;
c) Utilizarmateriaisnaturais(evitarmateriaissintéticos);
d) Serdefácillimpeza;
e) Terresistênciamecânicaeestabilidadeadequadasaousoprevisto;f) Tercaracterísticasqueconsideremasdiversaslimitaçõesdemobilidadee
asdiferençasdeantropometriadosclientes.
III.5.3 Nogeral,asportasdasinstalaçõessanitáriasdevemabrirparaoexteriordocompartimento,ospuxadoresdasportasdevemsermanuaisedotipomuletaeasfechadurasdevempermitirasuaaberturapelointeriorepeloexteriordosrespectivoscompartimentos.
III.5.4 O estadode conservaçãodomobiliário e equipamentodeve ser verificadoregularmente,paraimpedirqueasuadegradaçãocauseacidentes.
III.5.5 ÁREADEACESSOS
III.5.5.1 NestaáreaérecomendávelqueasZonasdeRecepção/AcolhimentoeEsperasejam omais humanizadas possível e possuammobiliário e equipamentoadequados.Estaáreadevedispordecâmarasdevigilância,paraapoiarno
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controlodeentradaesaídadepessoaseajudaramanterasegurançadasinstalações.Deveaindaserprevistaainstalaçãodeumtelefonepúblico.
III.5.5.2 Nas Instalações Sanitárias, o equipamento a considerar é de lavatório esanita.AInstalaçãoSanitáriaAcessíveldevesatisfazerascondiçõesdefinidasnalegislaçãoemvigor[3].
III.5.5.3
III.5.5.4 Deveser instaladoporteiroeléctricoesimplescampainhadechamadanasportasdoAcessoPrincipaledoAcessodeServiço.
III.5.6 ÁREADEDIRECÇÃOESERVIÇOSTÉCNICOEADMINISTRATIVO
III.5.6.1 Nestaáreadeveserprevistaaexistênciademobiliárionormaldeescritório;naszonasdedicadasareunir/receberclientesefamiliaresdeveserprevistaaexistênciacadeirasadequadasparaoefeito.
III.5.6.2 Todos os gabinetes devem dispor de um ponto de acesso à Internet e detelefoneligadoàredefixa.
III.5.6.3 NaInstalaçãoSanitária,oequipamentoaconsiderarédelavatórioesanita.
III.5.7 ÁREADECONVÍVIOEACTIVIDADES
III.5.7.1 TendoemconsideraçãoqueasSalasdeEstarsãooslocaisondeageneralidadedos clientes passa omaior parte do dia, deve ser dada especial atenção àselecção do respectivo mobiliário e à decoração do espaço, por forma afomentaroconvívioeasociabilidade.
III.5.7.2 À semelhançadas zonasde estarnashabitações, as SalasdeEstardevemdispordeaparelhosdeáudioevídeoedejogosdemesa.ÉrecomendávelaexistênciadeumpontodeacessoàInternetedeestantesparaacolocaçãodelivroserevistas
III.5.7.3 As Salas de Actividades Ocupacionais devem ser flexíveis por forma acomportaremasactividadesquemelhorrespondemaosinteressesdosclientes;pelomenosumasaladevedispordebancadadetrabalhocompontodeágua.
As Instalações Sanitárias de utilização conjunta por pessoas com e semmobilidade condicionada devem satisfazer as condições definidas nalegislaçãoemvigor[3].
ÉrecomendávelquetodososgabinetesdisponhamdeumpontodeacessoàInternetedetelefoneligadoàredefixa.
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III.5.7.4 A Sala de Movimento deve ser equipada com aparelhos de ginástica demanutençãoe/oudefisioterapia,seleccionadosdeacordocomasindicaçõestécnicasdeprofissionaisdasespecialidades.
III.5.7.5 A Sala de Cuidados de Estética deve dispor, no mínimo, de equipamentoprofissionaldecabeleireiro.
III.5.7.6 ABibliotecadevedispordeestantesparalivros,demesasdeleituraeescritae,pelomenos,deumpostoinformáticocomacessoàInternet.
III.5.7.7 NasInstalaçõesSanitárias,oequipamentoaconsiderarédelavatórioesanita.NaInstalaçãoSanitáriaAcessível,olavatórioeasanitadevemsatisfazerascondiçõesdefinidasnalegislaçãoemvigor[2].
III.5.7.8 No Espaço Exterior devem ser criadas áreas de sombra, que podem serconseguidasatravésdeárvores,pérgulas,etc.,ecolocadomobiliárioadequadoeadaptadoàscaracterísticasenecessidadesdosclientes.
III.5.8 ÁREADEREFEIÇÕES
III.5.8.1 NasSalasdeRefeiçõesdeveter-seematençãooseguinte:
a) Oslugaressentadosdevemserindividuais;
b) Érecomendávelautilizaçãodemesaspara4pessoas;
c) Pelomenos50%dasmesasdevemseradequadasaousoporpessoasemcadeiraderodas.
III.5.8.2 DeveserprevistoumsistemaderecepçãoparaAM/FMeparaasestaçõesprincipaisdetelevisãoecolocadastomadasnasSalasdeRefeições.
III.5.8.3 CasooLarrecorraàconfecçãodealimentosnoexteriore/oupossuamaisdoqueumaUnidadeFuncional,asCopasdevemdispor,nomínimo,de:
a) Bancadaparaarecepçãoderefeiçõesconfeccionadaserespectivoempratamento;
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b) Bancadacomduascubaseescorredouroecomespaçoparaapreparaçãodepequenasrefeições;
c) Placadefogão,frigoríficoemáquinadelavarloiça;
d) Armários superiores e inferiores emnúmero suficienteparaarrumodegéneros,deloiçaeutensíliosdecozinhaeaindadeprodutosdelimpeza,devidamenteseparados.
III.5.8.4 SealoiçasujadasrefeiçõesprincipaisnãoforlavadanaCopa,deveserprevistaaexistênciademeiosadequadosdetransportedaloiçaparaaCozinha(p.e.monta-pratosoucarrodearrumaçãodeloiça).
III.5.8.5 NasInstalaçõesSanitárias,oequipamentoaconsiderarédelavatórioesanita.NaInstalaçãoSanitáriaAcessível,olavatórioeasanitadevemsatisfazerascondiçõesdefinidasnalegislaçãoemvigor[3].
III.5.9 ÁREADEALOJAMENTO
III.5.9.1 NosQuartos,oreferidomobiliáriodeveatender,emespecial,aoespecificadoemIII.8eàsseguintesdisposições:
a) Pelomenos80%dascamasdevemserindividuais,devendoexistircamasarticuladas na percentagem mínima de 30% da totalidade de camasexistentes;
b) Devemexistirmesasderefeiçõesprópriasparaapoioàscamasarticuladasnamesmaproporçãodestas;
c) Osquartosdevemserequipados,nomínimo,comroupeiros individuaiscomespelhoemesas-de-cabeceiratambémindividuais;
d) Adimensãodascamaséaestandardizadaeestasdevemsercolocadasdetopoemrelaçãoaumadasparedes,permitindooacessoapartirdostrêsladosrestantes.
III.5.9.2 Nosquartos individuais deve ser integradauma cama individual acessível.Nosquartosduplospodemserintegradasduascamasindividuais,dasquaispelomenosumadeveseracessível,ouumacamadecasalacessível.
Nosquartosindividuaisacessíveisdeveserintegradaumacamaindividualaces-sível.Nosquartosduplosacessíveispodemserintegradasduascamasindividu-ais,dasquaispelomenosumadeveseracessível,ouumacamadecasalacessível.Nosquartosdecasalacessíveisdeveserintegradaumacamadecasalacessível.
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III.5.9.3 OequipamentomínimodasInstalaçõesSanitáriasprivativasdosQuartosdevesercompostoporlavatório,sanita,bidéeducheembutidoouniveladocomopavimento,combancorebatívelnazonadoduche.Todooequipamentodevesercompletamenteacessívelesatisfazerascondiçõesdefinidasnalegislaçãoemvigor[3].
III.5.9.4 No compartimento para Banho Geriátrico deve ser instalado o seguinteequipamento:
a) Banheiraacessível,comtelefonededuche;
b) Sanitaelavatório,amboscomajudatécnica.
III.5.9.5 NoCompartimentodeSujosdeveexistirumapiadedespejoshospitalares.
III.5.9.6 ASaladeEstardevedispordemesaecadeiraspara,nomínimo,4pessoasedeumapequenacopaequipadacombancadacomcubaeescorredouro,placadefogãosimples,comdispositivodesegurança,frigoríficodepequenasdimensõesearmárioparaarrumaçãodeloiçaeutensílios.
III.5.9.7 NaÁreadeAlojamentodeveserprevistoumsistemadesinalizaçãoacústicaeluminosaquepermitaorápidopedidodesocorroporpartedosutilizadores.Devemserinstaladosbotõesdechamadaemtodasasdependênciasocupadasporclientes,taiscomoQuartos(umporcama),SalasdeEstareInstalaçõesSanitárias.
Osquadrosdealvoscorrespondentesdevemserinstaladosno(s)Gabinete(s)deSaúde,podendoserrepetidosnosGabinetesTécnicoseAdministrativos,na(s)Sala(s)doPessoalejuntodasunidadesdequartos,porexemplo,na(s)Sala(s)deEstardeapoioaosquartos.
III.5.10 ÁREADESERVIÇOSDECOZINHAEDELAVANDARIA
III.5.10.1 A Cozinha deve comportar o equipamento necessário para permitir asua utilização de forma funcional e adequada ao número de refeições aconfeccionar.
Oequipamentomínimodasinstalaçõessanitáriasprivativasdosquartosdevesercompostoporlavatório,sanita,bidéeducheembutidoouniveladocomopavimento,combancorebatívelnazonadoduche.Nosquartosacessíveis,asInstalaçõesSanitáriaseorespectivoequipamentodevemseracessíveisesatisfazerascondiçõesdefinidasnalegislaçãoemvigor[3].
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III.5.10.2 ACozinhadeveincluir:
a) Umlavatório,localizadojuntoàentradadoespaçoprincipaldaCozinha,comáguacorrenteetorneiradecomandonãomanual;
b) Bancadasecubasdelavagemdosalimentos,distintasparacarne,peixeelegumes(ZonadePreparação);
c) Bancada de apoio e equipamentos de confecção, localizados sob oequipamentodeexaustão(ZonadeConfecção);
d) Bancada para recepção de loiça suja, recipiente para resíduos, cuba(s) delavagemdeloiçaeutensíliosemáquinadelavarloiça(ZonadeLavagem);
e) Bancada,comprateleirasegavetas,paraaprédistribuiçãodospratos;
f) Mobiliário (armários, prateleiras, gavetas) e equipamento de frio(frigorífico e arca congeladora) para armazenagem e conservação degénerosalimentícios(CompartimentodeFrio);
g) Armários para arrumação separada de utensílios, aparelhos e produtosutilizadosnahigieneelimpezadacozinha.
III.5.10.3 ALavandariadevecomportaroequipamentonecessárioparapermitirasuautilizaçãodeformafuncionaleadequadaaotratamentodaroupa,deformamanualeautomática.
III.5.10.4 ALavandariadeveincluir:
a) Depósitospararecepçãoderoupasuja;
b) Máquinasdelavaredesecarroupa;
c) Depósitos,armárioseprateleirasparaguardararoupalavada;
d) Mesadecosturaebancadaparapassararoupaaferro.
III.5.10.5 EmLarescomcapacidadesuperiora15clientes,aCozinhaeaLavandariadevemserobjectodeprojectoespecíficoparaainstalaçãodosequipamentos,fixosemóveis,bemcomodasmáquinaseaparelhosnecessários.
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III.5.11 ÁREADESERVIÇOSDESAÚDE
III.5.11.1 OGabinetedeSaúdedevedispordeumacamaarticuladaoudeduasmacas,deumarmáriofarmáciaedeumfrigoríficoparamedicamentosquenecessitemdeserguardadosno frio.Esteespaçodeveaindadispordeum lavatórioede recipientes para deposição selectiva de resíduos do tipo hospitalar dosgruposIIIeIV(respectivamenteresíduosderiscobiológicoedeincineraçãoobrigatória).
III.5.11.2 AEnfermariadevedispordemobiliáriohospitalar(camasarticuladas,macas,etc.) em número suficiente para responder à capacidade de atendimentoprevista.Aorganizaçãodoespaçoeorespectivomobiliáriodevemserobjectodeestudoespecífico,apoiadoportécnicosprofissionaisdaáreadasaúde.
III.5.11.3 OequipamentomínimodasInstalaçõesSanitáriasdeapoioaoGabinetedeSaúde deve ser composto por lavatório, sanita, bidé e duche embutido ouniveladocomopavimento,combancorebatívelnazonadoduche.Todooequipamento deve ser completamente acessível e satisfazer as condiçõesdefinidasnalegislaçãoemvigor[3].
III.5.11.4 OequipamentomínimodasInstalaçõesSanitáriasdeapoioàEnfermariadeveser composto por lavatório e sanita, ambos comajuda técnica e banheiraacessível,comtelefonededuche.
III.5.12 ÁREADESERVIÇOSDEAPOIO
III.5.12.1 Todas as arrecadações devem dispor de estantes, armários e sistemas dearmazenamentodiversos,adequadosaosmateriais,produtos,equipamentos,etc.,nelasarmazenados.
III.5.13 ÁREADEDESCANSOEHIGIENEDOPESSOAL
III.5.13.1 ASaladoPessoaldevedispor,nomínimo,demesae cadeiras emnúmerosuficienteparaaspessoasqueautilizamemsimultâneo.ÉrecomendávelaexistênciadearmáriosindividuaiscomfechaduraedeumpontodeacessoàInternet.
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III.5.13.2 OsVestiáriosdevemdispordearmáriosindividuaiscomfechaduraebancosem número suficiente para os seus utilizadores; os balneários devem terchuveiroselavatórios.
III.5.13.3 OequipamentodasInstalaçõesSanitáriasparaopessoaldevesercompostoporlavatóriosesanitas.
III.6 CRITÉRIOSDEDIMENSIONAMENTODOSESPAÇOSECOMPARTIMENTOS
III.6.1 DEFINIÇÃODEÁREAÚTIL
III.6.1.1 Paraefeitosdeinterpretaçãodopresentecapítulo,considera-seáreaútildeumespaço/compartimentoaáreadepavimentodesseespaço/compartimen-to,calculadadeacordocomasregrasdemediçãoindicadasnonúmerose-guinte.
III.6.1.2 Namediçãodasáreasúteisdosespaços/compartimentosdevemser:
a) incluídasasáreas:- delimitadaspeloperímetrointeriordasparedesdocompartimento;- sobvãosdeportaoudejaneladesacadacujopé-direitonãosejainferiora
2,00m;- ocupadasporarmáriosfixos;- ocupadasporaparelhosfixos(p.e.,aquecimento)queseprojectampara
foradoplanodaparede.b) excluídasasáreas:- ocupadas por pilares, condutas ou outros elementos construídos
destacadosdoperímetrodocompartimento;- compé-direitoinferioraomínimoregulamentar;- ocupadasporcorredores(espaçoscomlargurainferiorouiguala1,50m)
nointeriordoscompartimentos.
III.6.1.3 Na base do cálculo das áreas úteis estiveram os seguintes indicadores depessoal, tendocomoreferênciaumLarde Idososcomcapacidadepara40clientes:
• Umtécnicodeserviçosocial;• Umanimadorsocialoueducadorsocial;• Umenfermeiro;• Oitoajudantesdelar(incluivigilâncianocturna);
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• Quatroempregadosauxiliares;• Umcozinheiro;• Trêsajudantesdecozinha;• Doisajudantesdelavandaria.
III.6.2 CIRCULAÇÕES
III.6.2.1 Asáreasúteisdosespaçosdecirculaçãoecomunicaçãointernasãodefinidoscasoacaso,emfunçãodasopçõesdoprojecto.Contudo,oscorredoresdevemterumalarguranãoinferiora1,5meospercursosacessíveisdevemsatisfazeralegislaçãoemvigor[3]easdisposiçõesmaisexigentesdefinidasemIII.8.
III.6.3 ÁREADEACESSOS
III.6.3.1 AdimensãodaáreadeAcessoPrincipaldependedirectamentedadimensãodoedifícioenãopode terumaáreaútil inferiora 12m2,não incluindoasinstalaçõessanitáriasreferidasemIII.4.8.4.
III.6.3.2 AscabinasdasInstalaçõesSanitáriasprevistasparaaáreadeAcessoPrincipalnãopodemterumaáreaútilinferiora2,72m2(1,60mX1,70m).
III.6.3.3 No dimensionamento do Acesso de serviço devem ser consideradas asdimensõesdascaixas/pacotes/carrinhosquefazemoabastecimento.
III.6.4 ÁREADEDIRECÇÃOESERVIÇOSTÉCNICOEADMINISTRATIVO
III.6.4.1 Nestaárea,osespaçosprevistoserespectivasáreasúteismínimasdevemser:
a) GabinetedaDirecção-12m2;
b) InstalaçãoSanitária(cabina)-2,72m2;
c) Gabinete(s) Administrativo(s) – 12 m2; área útil mínima por posto detrabalho:2m2;
Os corredores devem ter uma largura não inferior a 1,2m e os percursosacessíveisdevemsatisfazera legislaçãoemvigor [3] e asdisposiçõesmaisexigentesdefinidasemIII.8.
AdimensãodaáreadeAcessoPrincipaldependedirectamentedadimensãodo edifício e não pode ter uma área útil inferior a 9m2, não incluindo asinstalaçõessanitáriasreferidasemIII.4.8.4.
AsInstalaçõesSanitáriasprevistasparaaáreadeAcessoPrincipalnãopodemterumaáreaútilinferiora2,72m2(1,60mX1,70m).Ahaverumainstalaçãosanitáriaacessívelparautilizaçãoporambosossexos,asuaáreaútildevesernãoinferiora4,84m2(2,20mX2,20m).
Nestaárea,osespaçosprevistoserespectivasáreasúteismínimasdevemser:
a) GabinetedaDirecção-10m2;
b) InstalaçãoSanitária(cabina)-2,72m2;
c) Gabinete(s)Administrativo(s)–10m2;áreaútilmínimaporpostodetrabalho:2m2;
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d) Gabinete(s)Técnico(s)–12m2;áreaútilmínimaporpostodetrabalho:2m2;
e) SaladeReuniões–14m2;
f) SaladeArquivo–6m2.
III.6.5 ÁREADECONVÍVIOEACTIVIDADES
III.6.5.1 NestaÁrea,osespaçoserespectivasáreasúteismínimasdevemser:
a) Sala(s)deEstar–20m2; 2,0m2/clientee considerandoautilizaçãoemsimultâneo,nomínimo,de80%dosclientes;
b) Sala(s)deActividadesOcupacionais–16m2;0,5m2/cliente;
c) SaladeMovimento–20m2;0,5m2/cliente;
d) SaladeCuidadosdeEstética–12m2;
e) Biblioteca–16m2;
f) InstalaçõesSanitárias–3m2;
g) InstalaçãoSanitáriacompletamenteacessível–4,84m2.
III.6.5.2 AsInstalaçõesSanitáriasexistentesnestaáreadevemserdeumaporcada10 clientes; em estabelecimentos com mais de 15 clientes, as instalaçõesreferidasnaalíneaf)donúmeroanteriorpodemsersubstituídaspornúcleossanitárioscomlavatóriosecabinascomsanita.
III.6.5.3 AsSalasdeEstardegrandesdimensõesdevemserevitadas;aáreamáximarecomendáveldecadaSaladeEstaréde40m2.
III.6.6 ÁREADEREFEIÇÕES
III.6.6.1 NestaÁrea,osespaçoserespectivasáreasúteismínimasdevemser:
a) Copa–6m2;
d) Gabinete(s)Técnico(s)–10m2;áreaútilmínimaporpostodetrabalho:2m2;
e) SaladeReuniões-10m2;
f) SaladeArquivo-1,5m2.
NestaÁrea,osespaçoserespectivasáreasúteismínimasdevemser:
a) Sala(s) de Estar – 15 m2; 2,0 m2/cliente e considerando autilizaçãoemsimultâneo,nomínimo,de80%dosclientes;
b) Sala(s)deActividadesOcupacionais–10m2;0,5m2/cliente;
c) InstalaçõesSanitárias–2,72m2;
d) InstalaçãoSanitáriacompletamenteacessível–4,84m2;
e) SaladeMovimento-15m2;0,35m2/cliente;
f)SaladeCuidadosdeEstética-6m2;
g)Biblioteca-10m2.
NestaÁrea,osespaçoserespectivasáreasúteismínimasdevemser:
a) Copa–6m2;
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b) Sala(s)deRefeições–30m2;2,5m2/cliente;
c) Instalaçõessanitárias–3m2;
d) Instalaçãosanitáriacompletamenteacessível–4,84m2.
III.6.6.2 AsSalasdeRefeiçõesdegrandesdimensõesdevemserevitadas;aexistirem,devemdisponibilizarzonasdiversificadas,separadasentresi.AáreamáximarecomendáveldecadaSaladeRefeiçõeséde50m2.
III.6.7 ÁREADEALOJAMENTO
III.6.7.1 AsáreasúteismínimasdosespaçosexistentesnestaÁreadevemser:
a) QuartoIndividual–10m2;
b) QuartoDuplo–16m2;
c) InstalaçãoSanitáriaprivativa–4,50m2;
d) Rouparia–3m2;
e) SaladeEstarcomcopa–12m2;
f) CompartimentodeSujos–6m2;
g) BanhoGeriátrico–10m2.
III.6.8 ÁREADESERVIÇOSDECOZINHAEDELAVANDARIA
III.6.8.1 ACozinhadeveserdimensionadaparaonúmeroderefeiçõesaprepararemsimultâneo;asáreasúteismínimasdacozinhaerespectivosanexosdevemser:
a) Cozinha(espaçoprincipal)–20m2(até15refeiçõesouconfecçãoexterna);
b) Sala(s)deRefeições–20m2;2,0m2/cliente;
c) Instalaçõessanitárias–2,72m2;
d) Instalaçãosanitáriacompletamenteacessível–4,84m2.
AsáreasúteismínimasdosespaçosexistentesnestaÁreadevemser:
a) QuartoIndividual–10m2(acessível)ou9m2(nãoacessível);
b) QuartoDuplo–16m2(acessível)ou13m2(nãoacessível);
c) QuartodeCasal–15m2(acessível)ou12m2(nãoacessível);
d) InstalaçãoSanitáriaprivativa–4,50m2;
e) Rouparia–3m2;
f) SaladeEstarcomcopa–12m2;
g) CompartimentodeSujos–3m2;
h) BanhoGeriátrico–10m2.
ACozinhadeveserdimensionadaparaonúmeroderefeiçõesaprepararemsimultâneo;asáreasúteismínimasdacozinhaerespectivosanexosdevemser:
a) Cozinha (espaço principal) – 10 m2 (até 15 refeições ou
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30m2 (superior a 15 e até40 refeições); 42m2 (superior a40e até80refeições);54m2(superiora80eaté120refeições);
b) DespensadeDia–4m2(estaáreapodesersubdividida);
c) CompartimentodeFrio–4m2;
d) CompartimentodoLixo–4m2.
III.6.8.2 O dimensionamento do Compartimento do Lixo deve atender ao tipo derecipientesderecolha,aosistemadedescargaparaosrecipientes,aosistemaeperiodicidadedemudançadosrecipientes,aosistemaeperiodicidadederecolhaeaovolumeprováveldelixosaproduzir.
III.6.8.3 ALavandariadeveserdimensionadatendoematençãoonúmerodecamasdoLar.Asuaáreaútilmínimadeveserde20m2(até15camasoutratamentoderoupanoexterior);30m2(superiora15eaté40camas);42m2(superiora40eaté80camas);54m2(superiora80eaté120camas).
III.6.9 ÁREADESERVIÇOSDESAÚDE
III.6.9.1 AsáreasúteismínimasdosespaçosdestaÁreadevemser:
a) GabinetedeSaúde–14m2;
b) Enfermaria:- compartimentocomocupaçãoindividual–14m2;- compartimentocomocupaçãodupla–18m2;- compartimentocomocupaçãotripla–24m2;- larguramínimadocompartimento–3,5m.
c) InstalaçãoSanitária–4,42m2.
III.6.9.2 AEnfermariadevetercapacidadeparaatender,nomínimo,5%dosclientes.OnúmerodecamasintegradasnoespaçodeEnfermarianãocontribuiparaadefiniçãodacapacidadedoequipamento.
confecçãoexterna);20m2(superiora15eaté40refeições);30m2(superiora40eaté80refeições);54m2(superiora80eaté120refeições);
b) DespensadeDia–4m2(estaáreapodesersubdividida);
c) CompartimentodeFrio–4m2;
d) CompartimentodoLixo–1,5m2.
ALavandariadeveserdimensionadatendoematençãoonúmerodecamasdoLar.Asuaáreaútilmínimadeveserde12m2(até15camasoutratamentoderoupanoexterior);30m2(superiora15eaté40camas);42m2(superiora40eaté80camas);54m2(superiora80eaté120camas).
AsáreasúteismínimasdosespaçosdestaÁreadevemser:
a) GabinetedeSaúde–12m2;
b) InstalaçõesSanitárias–3m2.
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III.6.10 ÁREADESERVIÇOSDEAPOIO
III.6.10.1 AsáreasúteismínimasdosespaçosdestaÁreadevemser:
a) Arrecadaçõesgerais–20m2;
b) Arrecadaçõesdegénerosalimentícios–6m2;
c) Arrecadaçõesdeprodutoseequipamentosdelimpeza–4m2.
III.6.11 ÁREADEDESCANSOEHIGIENEDOPESSOAL
III.6.11.1 Osespaçoserespectivasáreasúteismínimasdasdiversasinstalaçõesparaopessoaldevemser:a) Sala(s)doPessoal-10m2;2m2/pessoapresenteemsimultâneo;
b) Vestiário(s)–6m2;0,80m2/pessoa;
c) InstalaçãoSanitária-3m2;
d) InstalaçãoSanitáriacomduche-3,50m2.
III.6.12.1 ÁREADEACESSOS
III.6.12.1.1 ÁtriodeEntradaPrincipal ÁreamínimadefinidaemIII.6.3.1.
AsáreasúteismínimasdosespaçosdestaÁreadevemser:
a) Arrecadaçõesgerais–6m2;
b) Arrecadaçõesdegénerosalimentícios–4m2;
c) Arrecadaçõesdeprodutoseequipamentosdelimpeza–3m2.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.3.1
III.6.12 CRITÉRIOSSUBJACENTESAOCÁLCULODAÁREAMÍNIMADEACORDOCOMASRTES
Pretende-sedeterminarasáreasmínimas(útilebruta)queseencontramafectasaoequipamentodeLardeIdososrecorrendoaoscritériosestipuladospelasRTESparanovosestabelecimentoseparaestabelecimentosexistentes.
Paraesteefeitoforamconsideradasascombinaçõesdecompartimentosdasquaisresultaumaáreamaisreduzidae,nassituaçõesemquenãoseencontra
estipuladaumaáreamínima,adimensãoadequadaparagarantirafuncionalidadeeasegurançadosutilizadores,deacordocomoscritériosapresentadosnosnúmerosseguintes.
AsinstalaçõessanitáriasprevistasemIII.4.8.4coincidemcomasinstalaçõessanitáriasdeapoioàÁreadaDirecçãoeServiçosTécnicoeAdministrativoprevistasemIII.4.9.10.
Oacessodeserviçoprocessa-sedirectamenteparaumcanaldecirculação.
III.6.12.2 ÁREADADIRECÇÃOESERVIÇOSTÉCNICOEADMINISTRATIVO
III.6.12.2.1 GabinetedaDirecção ÁreamínimadefinidaemIII.6.4.1.
III.6.12.2.2 GabineteAdministrativo ÁreamínimadefinidaemIII.6.4.1.
III.6.12.2.3 GabineteTécnico ÁreamínimadefinidaemIII.6.4.1.
III.6.12.2.4 SaladeReuniões DeacordocomIII.4.9.3,esteespaçosóéobrigatórioemLarescommaisdo
queumaUnidadeFuncional.
III.6.12.2.5 SaladeArquivo DeacordocomIII.4.9.3,esteespaçosóéobrigatórioemLarescommaisdo
queumaUnidadeFuncional.
III.6.12.2.6 InstalaçõesSanitárias AsinstalaçõessanitáriasprevistasemIII.4.9.10coincidemcomasinstalações
sanitáriasdeapoioàÁreadeAcessoprevistasemIII.4.8.4.
III.6.12.3 ÁREADECONVÍVIOEDEACTIVIDADES
III.6.12.3.1 Sala(s)deEstar ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.
III.6.12.3.2 Sala(s)deActividadesOcupacionais ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.
As instalações sanitárias previstas em III.4.8.4 coincidem com as instalaçõessanitárias de apoio à Área da Direcção e Serviços Técnico e AdministrativoconformeprevistoemIII.4.9.10.
Oacessodeserviçoprocessa-sedirectamenteparaumcanaldecirculação.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.4.1.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.4.1.
De acordo com III.4.9.4, Lares com capacidade até 40 podem não dispor deGabineteTécnico.ÁreamínimadefinidaemIII.6.4.1.
DeacordocomIII.4.9.3,esteespaçosóéobrigatórioemLarescommaisdoqueumaUnidadeFuncional.ÁreamínimadefinidaemIII.6.4.1.
DeacordocomIII.4.9.3,esteespaçosóéobrigatórioemLarescommaisdoqueumaUnidadeFuncional.ÁreamínimadefinidaemIII.6.4.1.
As instalações sanitáriasprevistasem III.4.9.10coincidemcomas instalaçõessanitáriasdeapoioàÁreadeAcessoprevistasemIII.4.8.4.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.
III.6.12.3.3 SaladeMovimento DeacordocomIII.4.10.4,esteespaçosóéobrigatórioemLarescommaisdo
queumaUnidadeFuncional.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.
III.6.12.3.4 SaladeCuidadosdeEstética DeacordocomIII.4.10.4,esteespaçosóéobrigatórioemLarescommaisdo
queumaUnidadeFuncional.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.
III.6.12.3.5 Biblioteca DeacordocomIII.4.10.4esteespaçosóéobrigatórioemLarescommaisdo
queumaUnidadeFuncional.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.
III.6.12.3.6 Instalaçõessanitárias De acordo com III.4.10.11, considerou-seuma instalação sanitária separada
por sexo e devendo, pelo menos, uma delas ser acessível a pessoas commobilidadecondicionada.
DeacordocomIII.6.5.2,considerou-sequeasinstalaçõessanitáriasexistentesnesta área devem ser de uma por cada 10 clientes; em estabelecimentoscommaisde15clientes,asinstalaçõespodemsersubstituídaspornúcleossanitárioscomlavatóriosecabinascomsanita.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.
DeacordocomIII.4.10.4,esteespaçosóéobrigatórioemLarescommaisdoqueumaUnidadeFuncional.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.
DeacordocomIII.4.10.4,esteespaçosóéobrigatórioemLarescommaisdoqueumaUnidadeFuncional.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.
DeacordocomIII.4.10.4esteespaçosóéobrigatórioemLarescommaisdoqueumaUnidadeFuncional.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.
DeacordocomIII.4.10.11,considerou-seumainstalaçãosanitáriaseparadaporsexoesendorecomendávelque,pelomenos,umadelassejaacessívelapessoascommobilidadecondicionada.
DeacordocomIII.6.5.2,considerou-sequeasinstalaçõessanitáriasexistentesnestaáreadevemserdeumaporcada10clientes;emestabelecimentoscommaisde15clientes,asinstalaçõespodemsersubstituídaspornúcleossanitárioscomlavatóriosecabinascomsanita.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.5.1.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
III.6.12.4 ÁREADEREFEIÇÕES
III.6.12.4.1 Copa De acordo com III.4.11.3 e III.4.11.4, considerou-se que em Lares com uma
UnidadeFuncionalapenasasaladerefeiçõesselocalizajuntodacozinhae,portanto,acopaestáinseridanamesma.
III.6.12.4.2 Sala(s)deRefeições Área mínima definida em III.6.6.1. Consideraram-se duas salas por cada
UnidadeFuncional.
III.6.12.4.3 Instalaçõessanitárias Considerou-sequeháproximidadeentreaSaladeRefeiçõeseasinstalações
sanitáriasdaÁreadeConvívioedeActividades.DeacordocomIII.6.5.2,estasinstalaçõessanitáriaspodemserdispensadas.
III.6.12.5 ÁREADEALOJAMENTO
III.6.12.5.1 Quartos ÁreamínimadefinidaemIII.6.7.1. Aconjugaçãodequartosindividuaiseduplosdaqualresultaumaáreamenor
seráde6(25%de23quartos)quartosindividuaise17quartosduplos. Emestabelecimentosnovostodososquartostêmqueseracessíveis. O número de quartos que resulta da conjugaçãomais favorável obriga à
constituiçãode3UnidadesdeQuartos.
DeacordocomIII.4.11.3eIII.4.11.4,considerou-sequeemLarescomumaUnidadeFuncionalapenasasaladerefeiçõesselocalizajuntodacozinhae,portanto,acopaestáinseridanamesma.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.6.1.
Considerou-sequeháproximidadeentreaSaladeRefeiçõeseas instalaçõessanitáriasdaÁreadeConvívioedeActividades.DeacordocomIII.6.5.2,estasinstalaçõessanitáriaspodemserdispensadas.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.7.1.
Aconjugaçãodequartosindividuaiseduplosdaqualresultaumaáreamenorseráde6(25%de23quartos)quartosindividuaise17quartosduplosemUnidadesFuncionaiscom40idosos.
AconjugaçãodequartosindividuaiseduplosdaqualresultaumaáreamenornaUnidadeFuncionalcom60 idososseráde10 (25%de35quartos)quartosindividuaise25quartosduplos.
Emestabelecimentosexistentesapenas50%dosquartostêmqueseracessíveis.Daqui resulta que a conjugaçãomais favorável será aquela emque todos osquartosindividuais(6)sãoacessíveiseosrestantes(6)duplos,atéperfazer50%dosquartos(12),também,paraUnidadescom40idosos.
ParaaUnidadecom60Idososaproporçãoseráde10quartosindividuaisacessíveis(atotalidade)e8quartosduplosacessíveis,oqueperfazumtotalde18quartosacessíveis,correspondentea50%dosquartos.
Onúmerodequartosqueresultadaconjugaçãomaisfavorávelobrigaàconstituiçãode3UnidadesdeQuartosemcadaumadasUnidadesFuncionaiscom40Idososede4UnidadesdeQuartosnaUnidadeFuncionalcom60Idosos.
III.6.12.5.2 SaladeEstarcomCopa Considerou-seumasaladeestarporcadaNúcleodeQuartos(3).
III.6.12.5.3 Rouparia Considerou-seumaroupariaporcadaNúcleodeQuartos(3).
III.6.12.5.4 CompartimentodeSujos ConformeIII.4.12.9,cadapisodequartose/ouUnidadeFuncionaldevepossuir
umCompartimentodeSujos.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.7.1.
III.6.12.5.5 BanhoGeriártico ConformeIII.4.12.9,cadapisodequartose/ouUnidadeFuncionaldevepossuir
umBanhoGeriártico.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.7.1.
III.6.12.6 ÁREADESERVIÇOSDECOZINHAEDELAVANDARIA
III.6.12.6.1 Cozinha ÁreamínimadefinidaemIII.6.8.1.
III.6.12.6.2 Despensadedia ÁreamínimadefinidaemIII.6.8.1.
III.6.12.6.3 CompartimentodeFrio ÁreamínimadefinidaemIII.6.8.1.
III.6.12.6.4 CompartimentodoLixo ÁreamínimadefinidaemIII.6.8.1.
III.6.12.6.5 Lavandaria ÁreamínimadefinidaemIII.6.8.3.
Considerou-seumasaladeestarporcadaNúcleodeQuartos.
Considerou-seumaroupariaporcadaNúcleodeQuartos.
ConformeIII.4.12.9,cadapisodequartose/ouUnidadeFuncionaldevepossuirumCompartimentodeSujos.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.7.1.
ConformeIII.4.12.9,cadapisodequartose/ouUnidadeFuncionaldevepossuirumBanhoGeriártico.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.7.1.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.8.1.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.8.1.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.8.1.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.8.1.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.8.3.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
III.6.12.7 ÁREADESERVIÇOSDESAÚDE
III.6.12.7.1 GabinetedeSaúde ÁreamínimadefinidaemIII.6.9.1.
III.6.12.7.2 Enfermaria ÁreamínimadefinidaemIII.6.9.1.
Aopçãoentreotipodeocupaçãoprevista(individual,duplaoutripla)paraaenfermariateveemconsideraçãoacombinaçãodequartosdaqualresultauma área total mais reduzida tendo em conta que a capacidade mínimaadmitidaparaesteespaçoseráde5%donúmerototaldeclientes.
AenfermariapoderásercomumatodasasUnidadesFuncionaismascadaUnidade Funcional deve possuir um Gabinete de Saúde com instalaçãosanitária (acessível) em anexo. Por este motivo considerou-se que nosequipamentoscomumaúnicaUnidadeFuncionalserásuficienteaconstituiçãodeumainstalaçãosanitáriaacessívelqueincluaobanhogeriátrico,partindodoprincípioquetodososcompartimentosincluídosnaÁreadeServiçosdeSaúdesãoconfinantes.
Quando o equipamento possui mais do que uma Unidade Funcional estasituação jánão seráaceitável e seránecessário consideraruma instalaçãosanitáriaacessíveljuntodoGabinetedeSaúdeemcadaUnidadeFuncionaleumainstalaçãosanitáriaacessívelqueincluaobanhogeriátricojuntodaenfermaria.
III.6.12.7.3 Instalaçãosanitária ÁreamínimadefinidaemIII.6.9.1.
III.6.12.8 ÁREADESERVIÇOSDEAPOIO
III.6.12.8.1 ArrecadaçõesGerais ÁreamínimadefinidaemIII.6.10.1.
III.6.12.8.2 Arrecadaçõesdegénerosalimentícios ÁreamínimadefinidaemIII.6.10.1.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.9.1.
De acordo com III.4.14.2, a Enfermaria não é um espaço obrigatório nosEstabelecimentosExistentes.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.9.1.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.10.1.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.10.1.
III.6.12.8.3 Arrecadaçõesdeprodutos/equipamentosdelimpeza ÁreamínimadefinidaemIII.6.10.1.
III.6.12.9 ÁREADEDESCANSOEHIGIENEDOPESSOAL
III.6.12.9.1 Saladepessoal ÁreamínimadefinidaemIII.6.11.1.
III.6.12.9.2 Vestiários Consideraram-seosvestiárioscominstalaçõessanitáriascomduche,separa-
dosporsexoemconformidadecomIII.4.16.5eIII.4.16.6.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.10.1.
ÁreamínimadefinidaemIII.6.11.1.
Consideraram-seosvestiárioscominstalaçõessanitáriascomduche,separadosporsexoemconformidadecomIII.4.16.5eIII.4.16.6.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
III.6.13 QUADROCOMPARATIVO
ÁreasFuncionaisÁREASÚTEISMÍNIMAS(m2)
NovosEstabelecimentos EstabelecimentosExistentes
1UF(40Idosos) 2UF(80Idosos) 3UF(120Idosos) 1UF(40Idosos) 1UF(60Idosos) 2UF(80Idosos) 3UF(120Idosos)
ÁreadeAcessos
ÁtriodeEntradaPrincipal 12,00 12,00 12,00 9,00 9,00 9,00 9,00
TotalParcial: 12,00 12,00 12,00 9,00 9,00 9,00 9,00
ÁreadaDirecçãoeServiçosTécnicoeAdministrativo
GabinetedaDirecção 12,00 12,00 12,00 10,00 10,00 10,00 10,00
GabineteAdministrativo 12,00 12,00 12,00 10,00 10,00 10,00 10,00
GabineteTécnico 12,00 12,00 12,00 10,00 10,00 10,00
SaladeReuniões 14,00 14,00 10,00 10,00
SaladeArquivo 6,00 6,00 1,50 1,50
InstalaçõesSanitárias 5,44 5,44 5,44 5,44 5,44 5,44 5,44
TotalParcial: 41,44 61,44 61,44 25,44 35,94 46,94 46,94
ÁreadeConvívioedeActividades
Sala(s)deEstar 64,00 128,00 192,00 64,00 96,00 128,00 192,00
Sala(s)deActividadesOcupacionais 20,00 40,00 60,00 20,00 30,00 40,00 60,00
SaladeMovimento 40,00 60,00 28,00 42,00
SaladeCuidadosdeEstética 12,00 12,00 6,00 6,00
Biblioteca 16,00 16,00 10,00 10,00
InstalaçõesSanitárias 6,00 12,00 18,00 8,16 13,60 16,32 24,48
InstalaçãoSanitáriaAcessível 9,68 19,36 29,04 4,84 4,84 9,68 14,52
TotalParcial: 99,68 267,36 387,04 97,00 144,44 238,00 349,00
ÁreadeRefeições
Copa 12,00 18,00 12,00 18,00
Sala(s)deRefeições 100,00 200,00 300,00 80,00 120,00 160,00 240,00
InstalaçõesSanitárias
TotalParcial: 100,00 212,00 318,00 80,00 120,00 172,00 258,00
Áreas FuncionaisÁREASÚTEISMÍNIMAS(m2)
Novos Estabelecimentos Estabelecimentos Existentes
1UF(40Idosos) 2UF(80Idosos) 3UF(120Idosos) 1UF(40Idosos) 1UF(60Idosos) 2UF(80Idosos) 3UF(120Idosos)
Área de Alojamento
Quartoindividualacessível 60,00 120,00 180,00 60,00 100,00 120,00 180,00
Quartoindividualnãoacessível
Quartoduploacessível 112,00 224,00 336,00 96,00 128,00 192,00 288,00
Quartoduplonãoacessível 117,00 221,00 234,00 351,00
Instalaçãosanitáriaprivativa 103,50 207,00 310,50 103,50 157,50 207,00 310,50
Rouparia 9,00 18,00 27,00 9,00 12,00 18,00 27,00
SaladeEstarcomCopa 36,00 72,00 108,00 36,00 48,00 72,00 108,00
Compartimentodesujos 6,00 12,00 18,00 3,00 3,00 6,00 9,00
BanhoGeriátrico 10,00 20,00 30,00 10,00 10,00 20,00 30,00
TotalParcial: 336,50 673,00 1009,00 434,50 679,50 869,00 1303,50
Área de Convívio e de Actividades
Cozinha 30,00 42,00 54,00 20,00 30,00 30,00 54,00
DespensadeDia 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00
CompartimentodeFrio 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00
CompartimentodoLixo 4,00 4,00 4,00 1,50 1,50 1,50 1,50
Lavandaria 30,00 42,00 54,00 30,00 42,00 42,00 54,00
ServiçodetratamentodeRoupanoexterior
TotalParcial: 72,00 96,00 120,00 59,50 81,50 81,50 117,50
Área de Serviços de Saúde
GabinetedeSaúde 14,00 28,00 42,00 12,00 12,00 24,00 36,00
Enfermaria
Ocupaçãoindividual
Ocupaçãodupla 18,00 36,00
Ocupaçãotripla 48,00
Áreas FuncionaisÁREASÚTEISMÍNIMAS(m2)
Novos Estabelecimentos Estabelecimentos Existentes
1UF(40Idosos) 2UF(80Idosos) 3UF(120Idosos) 1UF(40Idosos) 1UF(60Idosos) 2UF(80Idosos) 3UF(120Idosos)
Área de Alojamento
Quartoindividualacessível 60,00 120,00 180,00 60,00 100,00 120,00 180,00
Quartoindividualnãoacessível
Quartoduploacessível 272,00 544,00 816,00 96,00 128,00 192,00 288,00
Quartoduplonãoacessível 143,00 221,00 286,00 429,00
Instalaçãosanitáriaprivativa 103,50 207,00 310,50 103,50 157,50 207,00 310,50
Rouparia 9,00 18,00 27,00 9,00 12,00 18,00 27,00
SaladeEstarcomCopa 36,00 72,00 108,00 36,00 48,00 72,00 108,00
Compartimentodesujos 6,00 12,00 18,00 3,00 3,00 6,00 9,00
BanhoGeriátrico 10,00 20,00 30,00 10,00 10,00 20,00 30,00
TotalParcial: 496,50 993,00 1489,00 460,50 679,50 921,00 1381,50
Área de Convívio e de Actividades
Cozinha 30,00 42,00 54,00 20,00 30,00 30,00 54,00
DespensadeDia 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00
CompartimentodeFrio 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00
CompartimentodoLixo 4,00 4,00 4,00 1,50 1,50 1,50 1,50
Lavandaria 30,00 42,00 54,00 30,00 42,00 42,00 54,00
ServiçodetratamentodeRoupanoexterior
TotalParcial: 72,00 96,00 120,00 59,50 81,50 81,50 117,50
Área de Serviços de Saúde
GabinetedeSaúde 14,00 28,00 42,00 12,00 12,00 24,00 36,00
Enfermaria
Ocupaçãoindividual
Ocupaçãodupla 18,00 36,00
Ocupaçãotripla 48,00
Áreas FuncionaisÁREASÚTEISMÍNIMAS(m2)
Novos Estabelecimentos Estabelecimentos Existentes
1UF(40Idosos) 2UF(80Idosos) 3UF(120Idosos) 1UF(40Idosos) 1UF(60Idosos) 2UF(80Idosos) 3UF(120Idosos)
Área de Serviços de Saúde (cont.)
Instalaçãosanitária 4,42 8,84 13,26 3,00 3,00 6,00 9,00
TotalParcial: 36,42 72,84 103,26 15,00 15,00 30,00 45,00
Área de Serviços de Apoio
ArrecadaçõesGerais 20,00 20,00 20,00 6,00 6,00 6,00 6,00
Arrecadaçõesdegénerosalimentícios 6,00 6,00 6,00 4,00 4,00 4,00 4,00
Arrecadaçõesprodutos/equipamentosdelimpeza 4,00 4,00 4,00 3,00 3,00 3,00 3,00
TotalParcial: 30,00 30,00 30,00 13,00 13,00 13,00 13,00
Área de Descanso e Higiene do Pessoal
SaladoPessoal 10,00 20,00 30,00 10,00 10,00 20,00 30,00
Vestiários 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00
Instalaçãosanitária 6,00 9,00 6,00 9,00
Instalaçãosanitáriacomduche 7,00 7,00 7,00 7,00 7,00 7,00 7,00
TotalParcial: 29,00 45,00 58,00 29,00 29,00 45,00 58,00
Somatóriodaáreaútildoscompartimentos: 757,04 1469,64 2098,74 762,44 1126,88 1504,44 2199,94
Áreaútiltotal,incluindoacréscimoparacirculações(*)
870,60 1690,09 2413,55 853,93 1262,11 1684,97 2463,93
(*)15%paraosnovosestabelecimentose12%paraosestabelecimentosexistentes
Conversão da área útil em área bruta:(**) 1088,25 2112,61 3016,94 1067,42 1577,63 2106,22 3079,92(**)Ab/Au=1,25
Área de construção por cliente 27,2m2/idoso 26,4m2/idoso 25,1m2/idoso 26,7m2/idoso 26,3m2/idoso 26,3m2/idoso 25,7m2/idoso
Áreas FuncionaisÁREASÚTEISMÍNIMAS(m2)
Novos Estabelecimentos Estabelecimentos Existentes
1UF(40Idosos) 2UF(80Idosos) 3UF(120Idosos) 1UF(40Idosos) 1UF(60Idosos) 2UF(80Idosos) 3UF(120Idosos)
Área de Serviços de Saúde (cont.)
Instalaçãosanitária 4,42 8,84 13,26 3,00 3,00 6,00 9,00
TotalParcial: 36,42 72,84 103,26 15,00 15,00 30,00 45,00
Área de Serviços de Apoio
ArrecadaçõesGerais 20,00 20,00 20,00 6,00 6,00 6,00 6,00
Arrecadaçõesdegénerosalimentícios 6,00 6,00 6,00 4,00 4,00 4,00 4,00
Arrecadaçõesprodutos/equipamentosdelimpeza 4,00 4,00 4,00 3,00 3,00 3,00 3,00
TotalParcial: 30,00 30,00 30,00 13,00 13,00 13,00 13,00
Área de Descanso e Higiene do Pessoal
SaladoPessoal 10,00 20,00 30,00 10,00 10,00 20,00 30,00
Vestiários 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00
Instalaçãosanitária 6,00 9,00 6,00 9,00
Instalaçãosanitáriacomduche 7,00 7,00 7,00 7,00 7,00 7,00 7,00
TotalParcial: 29,00 45,00 58,00 29,00 29,00 45,00 58,00
Somatóriodaáreaútildoscompartimentos: 917,04 1789,64 2578,74 788,44 1126,88 1556,44 2277,94
Áreaútiltotal,incluindoacréscimoparacirculações(*)
1054,60 2058,09 2965,55 883,05 1262,11 1743,21 2551,29
(*)15%paraosnovosestabelecimentose12%paraosestabelecimentosexistentes
Conversão da área útil em área bruta:(**) 1318,25 2572,61 3706,94 1103,82 1577,63 2179,02 3189,12(**)Ab/Au=1,25
Área de construção por cliente 33,0m2/idoso 32,2m2/idoso 30,9m2/idoso 27,6m2/idoso 26,3m2/idoso 27,2m2/idoso 26,6m2/idoso
Os equipamentos sociais devem ser alterados ou ampliados de modo a seadequaràrealidadenacionalearesponderdeumaformaeficazàsnecessidadese aspirações dos clientes. Essas necessidades e aspirações têm um carácterdinâmico e sugerem um conhecimento mínimo da evolução da sociedade,sobretudoatendendoàfortedinâmicademudançasocial.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
III.7 ADAPTABILIDADEDOESPAÇO
III.7.1 Osequipamentossociaisdevemserconcebidosdemodoaseadequaremàrealidade nacional e a responderem de uma forma eficaz às necessidadeseaspiraçõesdosclientes.Essasnecessidadeseaspiraçõestêmumcarácterdinâmico e sugeremum conhecimentomínimo da evolução da sociedade,sobretudoatendendoàfortedinâmicademudançasocial.
III.7.2 Osestabelecimentosdevemserconcebidosdeformaapotenciarapolivalênciadeusoseaspossibilidadesdeposterioralteraçãodascaracterísticasfísicasdosespaçosqueosconstituemduranteoseuciclodevidaútil(períododeuso),nosentidodeosadequaradiferentescapacidades,atransformaçõesdosistemafuncionalouanovosusos.
III.7.3 Paraprosseguiroobjectivodefinidononúmeroanterior,podemseradoptadas,porexemplo,asseguintesestratégias:
a) Flexibilizaçãodasinfra-estruturas;
b) Criaçãodeespaçosneutros(adaptáveis);
c) Concepçãoestruturalneutra;
d) Concepçãodefachadamodular;
e) Circulaçãoalternativa.
III.7.4 Aflexibilizaçãodasinfra-estruturaspodeserconcretizadaatravésdesoluçõesquepossibilitemalteraçõesdelocalizaçãodospontosdeacessoetipodeuso,comoporexemplo,infra-estruturassobpavimentoflutuanteousobretectosfalsos.
III.7.5 Acriaçãodeespaçosneutrospodeserconcretizadaatravésdautilizaçãodepoucasdivisóriasrígidasoumesmopelatotaldescompartimentaçãodecertasáreasfuncionais,sendoaorganizaçãodoespaçoconferida,porexemplo,pelacolocaçãodemobiliárioeequipamento.
w
w
w
w
w
w
w
w
III.7.6 Aconcepçãoestruturalneutrapode,porexemplo,serconcretizadaatravésdaminimizaçãodaestrutura,utilizando-sevãosgrandeseonúmeromínimopossível de pontos de apoio, estrategicamente colocados, de forma a nãoobrigaraumarepartiçãorígidadoespaçointerior.
III.7.7 Aconcepçãodefachadamodularpode,porexemplo,serconcretizadaatravésde vãos simétricos e equidistantes de modo a não condicionar possíveisalteraçõesdacompartimentaçãointeriordo(s)edifício(s).
III.7.8 Acirculaçãoalternativapode,porexemplo,serconcretizadaatravésdacriaçãodepercursosalternativos,comligaçõesduplasoumúltiplas,permitindoisolarzonasoualteraroníveldeprivacidadedecertosespaçosecompartimentos,semprequetalsetornenecessário.
III.7.9
III.7.10
III.7.11
III.7.12 É recomendável que a adopção de estratégias de adaptabilidade prevejaprioritariamentepossíveisalteraçõesnaorganizaçãoespacialdasseguintesáreasfuncionais:
a) ÁreasdeConvívioeActividades;
b) ÁreasdeRefeições;
c) ÁreasdeAlojamento.
Paraalémdasestratégiasreferidasnospontosanteriores,podeaindarecorrer--se,porexemplo,àsseguintesestratégias:
a) Alteraçãodacompartimentação;
b) Construção de novos espaços por expansão vertical e/ouhorizontal.
Aalteraçãodacompartimentaçãointeriorpode,porexemplo,serconcretizadaatravésdacolocaçãoe/ouremoçãodemobiliário,construçãoe/oudemoliçãodeparedes“leves”econstruçãoe/oudemoliçãodeparedes“convencionais”.
Aconstruçãodenovosespaçosporexpansãoverticale/ouhorizontalpode,porexemplo,serconcretizadaatravésdaconstruçãodenovoscorposaoedifício.
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III.7.13 Aimplantaçãodolarnorespectivolotedeveserpensadademodoagarantirasestratégiasacimaenunciadas,nomeadamente,arelaçãoentreoedifícioeorestanteespaçoexteriordolote(logradouro).
III.7.14 Osprojectistasdevemrealizarumaanálisedoprogramaespacio-funcionalconstante das presentes Recomendações, sendo recomendável a discussão(evalidação)da(s)solução(ões)proposta(s)comosserviçoscompetentesdaSegurança Social. É recomendável que os projectistas apresentem estudosesquemáticosquemostremaspossibilidadesdeevoluçãoda(s)solução(ões).
III.8 ACESSIBILIDADEAPESSOASCOMMOBILIDADECONDICIONADA
III.8.1 Ascaracterísticasdospercursosedosespaçosacessíveisdevemsatisfazeraodefinidonalegislaçãoemvigor[3]easdisposiçõesmaisexigentesdefinidasnosnúmerosseguintes.
III.8.2 No logradourodoLar, todosospercursospedonaisdevemseracessíveis apessoascommobilidadecondicionada;podemnãoseracessíveisos:
a) Percursossituadosemespaçosexterioresrecreativos,emqueseadmitequeapenasospercursosprincipaissejamacessíveisdesdequeexistaumpercursoacessívelatodasasinfra-estruturas;
b) Percursos utilizados exclusivamente por pessoal de manutenção ereparação.
c) Percursosdeacessoaespaçosnãoutilizáveis.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
NologradourodoLardeveexistirpelomenosumpercursoacessívelapessoascommobilidadecondicionadaentreaviapública,todososespaçosexteriorese todos os edifícios que o constituem; podemnão ter acesso através deumpercursoacessívelos:
a) Espaços em que se desenvolvem funções que podem serrealizadasemoutroslocaissemprejuízodobomfuncionamentodoLar;
b) Espaçosparaosquaisexistemalternativasacessíveisadjacentesecomcondiçõesidênticas;
c) Espaçosutilizadosexclusivamenteporpessoaldemanutençãoereparação;
d) Espaçosutilizadosexclusivamentepessoaldeserviço;
e) Espaçosnãoutilizáveis.
III.8.3 Nointeriordo(s)edifício(s)doLar,todosospercursosdevemseracessíveis,comexcepçãodosquedãoacessoexclusivamentea:
a) Espaçosparaos quais existemalternativas acessíveis adjacentes e comcondiçõesidênticas;
b) Espaços utilizados exclusivamente por pessoal de manutenção ereparação;
c) Espaçosnãoutilizáveis.
III.8.4 Naconcepçãodospercursosedosespaçosacessíveisdeveserdadaespecialatençãoaosseguintesaspectos:
a) Zonasdemanobra
b) Pisoseseusrevestimentos
c) Ressaltosnopiso
d) Larguraealturalivres
e) Alcance
f) Objectossalientes
g) Comandosecontrolos
h) Portas
i) Corrimãosebarrasdeapoio
No interior do(s) edifício(s) do Lar, deve existir pelo menos um percursoacessível entre o Acesso Principal e todos os espaços interiores e exterioresque os constituem; podem não ser acessíveis os percursos que dão acessoexclusivamentea:
a) Espaços em que se desenvolvem funções que podem serrealizadasemoutroslocaissemprejuízodobomfuncionamentodoLar;
b) Espaçosparaosquaisexistemalternativasacessíveisadjacentesecomcondiçõesidênticas;
c) Espaçosutilizadosexclusivamenteporpessoaldemanutençãoereparação;
d) Espaçosutilizadosexclusivamenteporpessoaldeserviço;
e) Espaçosnãoutilizáveis.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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III.8.5 PERCURSOACESSÍVEL
III.8.5.1 NosLaresdeIdosos,todososespaçosecompartimentosqueosconstituemdevemteracessoporpercursoacessível.
Apenaspodemnãoteracessoporpercursoacessívelosseguintesespaços:
a) EspaçosqueconstituemosServiçosdeApoio;
b) Espaçosquesejamutilizadosexclusivamenteporpessoaldemanutençãoereparação;
c) Espaçosnãoutilizáveis.
III.8.5.2 Nos percursos acessíveis, é recomendável que não existam escadas, masquandoumamudançadenívelforinevitável,podemexistirescadasseforemcomplementadasporrampas,ascensoresouplataformaselevatórias.
III.8.5.3 Asportasdevemterumlarguraútilnãoinferiora0,77m.
AsportasdeacessoàEnfermariadevemterumalarguraútilmaiordemodoapermitiraentradaesaídadecamasarticuladas.
Alarguraútildevesermedidaentreafacedafolhadaportaquandoabertaeobatenteouguarniçãodoladooposto;seaportafordebatenteoupivotantedeveconsiderar-seaportanaposiçãoabertaa90°.
III.8.5.4 Osdispositivosdeoperaçãodasportasdevemserdemuleta,comcontornofinal.
III.8.6 QUARTOS
III.8.6.1 Nos quartos duplos deve ser integrada, pelomenos, uma cama individualacessívelouumacamadecasalacessível;nosquartos individuaisdeveserintegradaumacamaindividualacessível.
NosLaresde Idososdevemteracessoporpercursoacessível,pelomenos,osespaços e os compartimentos do Acesso Principal, a(s) Sala(s) de Estar, a(s)Sala(s)deRefeição,o(s)Quarto(s)easInstalaçõesSanitáriasacessíveis.
Asportasdevemterumlarguraútilnãoinferiora0,77m
ÉrecomendávelqueasportasdeacessoàEnfermariatenhamumalarguraútilmaior,demodoapermitiraentradaesaídadecamasarticuladas.
Alarguraútildevesermedidaentreafacedafolhadaportaquandoabertaeobatenteouguarniçãodoladooposto;seaportafordebatenteoupivotantedeveconsiderar-seaportanaposiçãoabertaa90°.
Nosquartosdecasalacessíveisdeveserintegradaumacamadecasalacessível;nos quartos duplos acessíveis deve ser integrada, pelo menos, uma camaindividualacessível;nosquartosindividuaisacessíveisdeveserintegradaumacamaindividualacessível.
wIII.8.6.2 Ascamasintegradasnosquartosdevemterdimensõesdeusoquesatisfaçamaodefinidoemseguida.
Camaindividualnãoacessível
A ≥0,60m B ≥0,60m C ≥1,00m
Camaindividualacessível
A ≥1,50m B ≥0,90m C ≥1,00m D ≥0,90m
Camadecasalacessível A ≥1,50m B ≥0,90m C ≥1,00m D ≥ 0,90m
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III.8.6.3 Érecomendávelqueasuperfíciesuperiordocolchãodascamasestejaaumaalturadopavimentocompreendidaentre0,45me0,50m.
III.8.6.4 Osroupeiroseosarmáriosdearrumaçãointegradosnosquartosdevemterdimensõesdeusoquesatisfaçamaodefinidoemseguida:
Roupeiroouarmáriodearrumação(portasdeabrir) A* ≥1,50m B ≥0,90m
*Dimensãoigualaocomprimentodoroupeirooudoarmáriodearrumaçãocomumvalornãoinferioraodefinido.
Roupeiroouarmáriodearrumação(portasdecorrer) A ≥1,20m B ≥0,80m
III.8.6.5 É recomendável que o acesso a roupeiros e armários de arrumação estejatotalmentedesobstruídoemtodaasualargura.
III.8.6.6 Seosroupeirosearmáriosdearrumaçãosedestinaremaousoexclusivoporpessoasemcadeiraderodas,érecomendávelque:
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a) Acalhasdefixaçãodovarãoparapendurarcabidespermitamcolocarovarãoaumaalturaajustávelentre0,90me1,40m;
b) Ovarãoparapendurarcabidesestejacolocadoaumaalturadopavimentode1,20m;
c) Obordosuperiordasprateleiras, incluindo-seacolocadasobreovarãoparapendurarcabides,estejaaumaalturadopavimentocompreendidaentre0,40me1,40m;
d) Aalturadasprateleirasaopavimentosejaajustável;
e) Asprateleirastenhamumaprofundidadede0,40m;
f) O fundo das gavetas esteja a uma altura do pavimento compreendidaentre0,40me1,10m.
III.8.6.7 Seosroupeirosearmáriosdearrumaçãosedestinaremaousoeventualporpessoasemcadeiraderodaseexisteapossibilidadedeassistênciadeclientessemlimitações,érecomendávelque:
a) Ascalhasdefixaçãodovarãoparapendurarcabidespermitamcolocarovarãoaumaalturaajustávelentre1,20me1,70m;
b) Ovarãoparapendurarcabidesestejacolocadoaumaalturadopavimentode1,70m;
c) O bordo superior das prateleiras interiores, incluindo-se a colocadasobreovarãoparapendurarcabides,estejaaumaalturadopavimentocompreendidaentre0,30me1,80m;
d) Aalturadasprateleirasaopavimentosejaajustável.
III.8.6.8 É recomendável que os roupeiros e armários de arrumação permitam aentrada dos estribos da cadeira de rodas no seu interior, satisfazendo asseguintescondições:
a) terumalarguranãoinferiora0,50m;
b) nãoexistiremsocos,batentesoucalhaselevadasdopavimento;
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c) nãoexistiremprateleirasougavetasnaparteinferiorqueconstituamumobstáculoàaproximaçãodeumapessoasemcadeiraderodas.
III.8.6.9 É recomendável queomovimentodasportasdos roupeiros e armáriosdearrumaçãoserealizenoplanofrontaldoarmário(ex.:portasdecorrer,defoleoudeacordeão).
III.8.6.10 Quandoforemprevistascómodasnosquartos,érecomendávelquetenhamdimensõesdeusoquesatisfaçamaodefinidoemseguida:
Cómoda(acessível) A ≥1,20m B ≥1,20m
III.8.6.11 Érecomendávelinstalarnosquartos,juntoàcabeceiradascamas,sistemasde aviso (ex.: chamada de pessoal de serviço), de controlo (ex.: ventilação,aquecimento/arrefecimento,interruptoresdeluzdoquartoedainstalaçãosanitáriaprivativa),edecomunicação(ex.:telefone,rádio).
III.8.6.12 Érecomendávelquenaszonasdecirculaçãosejacolocadailuminaçãojuntodopavimento,quepermitaacirculaçãoduranteanoite.
III.8.6.13 Érecomendávelquesejamprevistosnafasedeprojectoeindicadosnafasede construção os pontos de fixação para eventuais suportes auxiliares demovimentação.Ospontosdefixaçãodevempossuirumacapacidadedecarganãoinferiora1,5kN
III.8.6.14 Todososquartosdevempermitiroacessodeumapessoaemcadeiraderodasaointeriordainstalaçãosanitáriaprivativa.
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III.9 BIBLIOGRAFIADEREFERÊNCIA
[1] DECRETOLEIn.º64/2007,de14deMarço–Defineoregimedelicenciamentoedefiscalizaçãodaprestaçãodeserviçosedosestabelecimentosdeapoiosocial.
[2] DESPACHO NORMATIVO n.º 12/98, de 25 de Outubro – Aprova as normasreguladorasdascondiçõesdeinstalaçãoefuncionamentodosLaresdeIdosos.
[3] DECRETO-LEIn.º163/2006,de8deAgosto-Aprovaasnormastécnicasparamelhoriadaacessibilidadedaspessoascommobilidadecondicionada.
[4] DECRETO-LEI n.º 243/86, de 20 de Agosto– Regulamento Geral de Higienee Segurança do Trabalho nos Estabelecimentos Comerciais, de Escritório eServiços.
[5] DECRETO-LEIn.º425/99,de21deOutubro-AlteraoRegulamentodaHigienedosGénerosAlimentícios,aprovadopeloDecreto-Lein.º67/98,de18deMarço.
[6] DECRETO-LEIn.º67/98,de18deMarço-AprovaoRegulamentodaHigienedosGénerosAlimentícios (transposição para a ordem jurídica nacional daDirectivan.º93/43/CE,doConselho,de14deJunho).
[7] PORTARIAn.º987/93,de6deOutubro-Aprovaasprescriçõesmínimasdesegurançaesaúdenoslocaisdetrabalho(transposiçãoparaaordemjurídicanacionaldaDirectivan.º89/654/CEE,doConselho,de30deNovembro).
[8] DECRETO-LEIn.º101/2006,de6deJunho-CriaaRedeNacionaldeCuidadosContinuadosIntegrados
[9] CEP – A Programação de Equipamentos Colectivos. Centro de Estudos dePlaneamento–EstudosUrbanoseRegionais,Lisboa:Agosto1981.
[10] MFP/SEP-Equipamentos Colectivos. Volume IV – Saúde, Segurança Social. Normas para programação de equipamentos colectivos. Recolha dos critérios existentes.Ministério das Finanças e do Plano, Secretaria de Estadodo Planeamento.Lisboa:Dezembro1978.
[11] DGORH-DGSS-Instruções para equipamentos colectivos do âmbito da segurança social. População idosa – lares.Doc1/1983.SecretariadeEstadodaSegurançaSocial,Lisboa:1983.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
[12] DirecçãoGeraldaAcçãoSocial.NúcleodeDocumentaçãoTécnicaeDivulgação–Lar para Idosos.GuiãoTécnico.Lisboa:DGAS,1996.37p.
[13] DirecçãoGeraldaAcçãoSocial.NúcleodeDocumentaçãoTécnicaeDivulgação–Centro de Dia.GuiãoTécnico.Lisboa:DGAS,1996.13p.
[14] DirecçãoGeraldaAcçãoSocial.NúcleodeDocumentaçãoTécnicaeDivulgação–Serviços de Apoio Domiciliário.GuiãoTécnico.Lisboa:DGAS,1996.12p.
[15] DirecçãoGeraldaAcçãoSocial.NúcleodeDocumentaçãoTécnicaeDivulgação– Cuidados Familiares às Pessoas Muito Idosas. Documento Temático N.º 5.Lisboa:DGAS,1996.
[16] DirecçãoGeraldaSolidariedadeeSegurançaSocial-Centro de Noite.GuiãoTécnico.Lisboa:DGSSS,2004.11p.
[17] InstitutodaSegurançaSocial–Gestão da Qualidade das Respostas Sociais – Centro de Dia.Lisboa:2005.
[18] InstitutodaSegurançaSocial–Gestão da Qualidade das Respostas Sociais – Serviço de Apoio Domiciliário.Lisboa:2005.
[19] DGSSFC – Respostas Sociais – Nomeclaturas / conceitos. Direcção-Geral daSegurançaSocial,daFamíliaedaCriança,Lisboa:Janeiro2006.
[20] DGSSS - Normas para a Programação e Caracterização de Equipamentos Colectivos. Equipamentos de Solidariedade e Segurança Social.DirecçãoGeraldaSolidariedadeeSegurançaSocial.Lisboa:Dezembro2001.
[21] DGSSS–Orientação técnica, Circular n.º11 de 24-06-2004. Modelos de Acordo de Cooperação: Creche, Lar para idosos. Direcção Geral da Solidariedade eSegurançaSocial.Lisboa:2004.
[22] MTS/ME-ISO 9001:2000 para Lares de Idosos.Lisboa:MinistériodoTrabalhoedaSolidariedadeeMinistériodaEconomia.Lisboa:2001.
[23] MSST–Carta Social. Rede de serviços e equipamentos. Relatório 2005.[emlinha]Disponível em <URL: http://www.dgeep. mtss.gov.pt/estudos/cartasocial/csocial2005.pdf>
[24] AENOR-UNE 158001. 2000 – Gestión de servicios en las residências mayores. Gestión integral.Novembro2000.
[25] AENOR-UNE 158002. 2000 – Gestión de servicios en las residências mayores. Espacios e instalaciones de una residencia.Novembro2000.
[26] AENOR-UNE 158003. 2000 – Gestión de servicios en las residências mayores. Dotaciones y equipamientos.Novembro2000.
[27] AENOR-UNE 158004. 2000 – Gestión de servicios en las residências mayores. Cualificación del personal. Formación.Novembro2000.
[28] DECRETOn.º41/1998(1998-03-10),daComunidadeAutónomadoPaísBasco,publicado no BOPV n.º 66, de 7 de Abril de 1998 – Estabelece os requisitos mínimos, materiais e funcionais, dos serviços sociais residenciais para a terceira idade no âmbito da Comunidade do País Basco.
[29] DECRETO n.º 125/2005 (2005-05-31), da Comunidade Autónoma do PaísBasco,publicadonoBOPVn.º104,de3deJunhode2005–Altera as disposições transitórias do Decreto 41/1998.
[30] DépartementdelaSantéetdel’ActionSociale-Exigences et recommandations en matière de surfaces, d’organisation et d’equipement des établissements médico-sociaux,CantondeVaud,1998.
[31] DépartementdelaSantéetdel’ActionSociale-Directives et recommandations architecturales des établissements médico-sociaux vaudois (DAEMS), Etat deVaud,Version7.1,2003.
[32] CHRISTIAEN,MariePaule–Vivre mieux dans un environnement visuel adapté. Lumiè-res, contrastes et repères au service des personnes âgées en EMS.AssociationpourleBiendesAveuglesetmalvoyants.Genève:Maio2004.[ISBN:29700087-3-4]
[33] DEHAN, Philippe - L’habitat des personnes âgées. Du logement adapté aux établissements spécialisés.Paris:EditionsduMoniteurs,1997.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
[34] HEYWOOD,Frances[et.al.]-Housing and home in later life.UK:OpenUniversityPress,2002.
[35] KIVILEHTO,Sari;VÄISÄNEN,Kirsi–Elder at Home – Case 3 (Finland). Participatory planning of dwelling modifications in a block of flats.TTSInstitute-DepartmentofHomeEconomics.Helsinki:Março2004.
[36] PALLA;MariaJoão–Normas para a programação de equipamentos colectivos, vol. 1 a 4.MPAT,Gabinetedeestudoseplaneamentodaadministraçãodoterritório,DSOT,Janeiro1990
[37] PEACE,SheilaM. [et. al.] - Inclusive Housing in Ageing Society.UK:ThePolicyPress,2001
[38] SCHWARZ,Benyamin[et.al.]-Aging, Autonomy and Architecture.USA:TheJohnHopkinsUniversityPress,1999
[39] SCML–Programa funcional. Equipamento para idoso.ServiçodeAcçãoSocialdaSantaCasadaMisericórdiadeLisboa.Lisboa:1983.
[40] TORRINGTON, Judith - Upgrading buildings for older people. London: RibaEnterprisesLda,2004.
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IV. SEGURANÇA,SALUBRIDADEECONFORTO
IV.1 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE
IV.1.1 PRINCÍPIOSGERAIS
IV.1.1.1 Os edifíciosno seu conjunto, assim comoasdiversaspartes constituintes,devem apresentar estabilidade e resistência mecânica aos esforços quepodemocorrerduranteotempodevidaútildoedifício.
IV.1.1.2 As estruturas dos edifícios devem poder desempenhar com segurança afunção a que se destinam, devendo a segurança ser entendida e avaliadaem conformidade com o disposto na regulamentação nacional e noutrosdocumentosnormativosaplicáveis.
IV.1.2 MODODEEXPRESSÃO
IV.1.2.1 As exigências relativas à resistênciamecânica e à estabilidade devem serexpressasconsiderandooníveldesegurançadaestabilidadeedaresistênciaestrutural do edifício e das suas partes constituintes em relação aosestadoslimitesúltimosedeutilizaçãoparaascombinaçõesdeacçõesmaisdesfavoráveis.
IV.1.3 QUANTIFICAÇÃO
IV.1.3.1 Os critérios a utilizar na verificação da segurança das estruturas são, emgeral,ospreconizadosnodocumento[2].
IV.1.4 RECOMENDAÇÕESCOMPLEMENTARES
IV.1.4.1 Demodo a permitir a adaptabilidade de, pelomenos, alguns espaços dosedifíciosaalteraçõesprogramáticasefuncionais,recomenda-seque:
a) Oselementosestruturaisresistentesverticais,emespaçosdevidamenteidentificados,nãodificultemposterioresalteraçõesdacompartimentaçãointernadasconstruções;
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b) Oselementosestruturaishorizontaisdisponhamdesuficientecapacidaderesistenteparadiferentesutilizaçõesquepossamviraseratribuídasaospisoselevados.
IV.1.4.2 Quandoseprevejaqueaosedifíciospossamseratribuídasfunçõesespeciaisnoâmbitodeplanosdeemergênciaemsituaçõesdecatástrofe,particularmentedecatástrofesísmica,recomenda-sequeasestruturassejamdimensionadasde forma a garantirem a operacionalidade dos edifícios e dos respectivosespaçosemtaiscondições.
IV.1.5 REFERÊNCIASGeral
[1]DECRETO-LEIn.º38/382,de7deAgostode1951,eposterioresalterações–Regulamento Geral das Edificações Urbanas(RGEU).
[2]DECRETO-LEI n.º 235/83, de 31 deMaio – Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes(RSA).
[3]EN1990:2002–Eurocode: Basis of structural design.Brussels:CEN.
[4]EN1991:2002–Eurocode 1: Actions on structures.Brussels:CEN.
[5]EN1998-1:2004–Eurocode 8: Design of structures for earthquake resistance – Part 1: General rules, seismic actions and rules for buildings. Brussels :CEN.
Fundações[6]ESPECIFICAÇÃO LNEC E 217: 1968 – Fundações directas correntes.
Recomendações.Lisboa:LNEC.
[7]ESPECIFICAÇÃO LNEC E 218: 1968 – Prospecção geotécnica de terrenos. Colheita de amostras.Lisboa:LNEC.
[8]EN1997-1:2004–Eurocode 7: Geotechnical design – Part 1: General rules.Brussels:CEN.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
Estruturasdebetãoarmadoepré-esforçado[9]DECRETO-LEIn.º349-C/83,de30deJulho–Regulamento de Estruturas de
Betão Armado e Pré-esforçado(REBAP).
[10]DECRETO-LEIn.º330/95,de14deDezembro–Estabelece a obrigatoriedade de aplicação da NP ENV 206:1993 – Betão. Comportamento, produção, colocação e critérios de conformidade.
[11]NPEN206-1:2000–Betão. Parte 1: Especificação, desempenho, produção e conformidade. Lisboa:IPQ.
[12]EN 1992-1-1: 2004–Eurocode 2: Design of concrete structures. – Part 1-1: General rules and rules for buildings.Brussels:CEN.
[13]Documentos de Homologação (DH) LNEC relativos a soluções estruturais não tradicionais de construção.ListadosDHdisponívelnaInternet:www.lnec.pt/qpe
Estruturasmetálicas[14]DECRETO-LEIn.º21/86de31deJulho–Regulamento de Estruturas de Aço
para Edifícios(REAE).
[15]EN1993-1-1:2005–Eurocode 3: Design of steel structures – Part 1-1: General rules and rules for buildings.Brussels:CEN.
Estruturasmistasaço-betão[16]EN 1994-1-1: 2004 – Eurocode 4: Design of composite steel and concrete
structures – Part 1-1: General rules and rules for buildings.Brussels:CEN.
Estruturasdemadeira[17]EN 1995-1-1: 2004 – Eurocode 5: Design of timber structures. – Part 1-1:
General – Common rules and rules for buildings.Brussels:CEN.
Estruturasdealvenaria[18]EN1996-1-1:2005–Eurocode 6: Design of masonry structures. – Part 1-1:
General rules for reinforced and unreinforced masonry structures. Brussels:CEN.
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IV.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO
AsexigênciasdeâmbitogeralaplicáveisaosedifíciosintegralmenteocupadosporLaresdeIdososestãodefinidasnoAnexo2“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”.EmIV.2.3apenasseincluemosaspectosespecíficosrelativosaosLaresdeIdosos.
IV.2.1 PRINCÍPIOSGERAIS
IV.2.1.1 Os edifícios devem proporcionar condições de segurança ao incêndiosatisfatórias,asquaisdevemconcretizar-seemexigênciascomosseguintesobjectivos:
a) Reduziraprobabilidadedeocorrênciadoincêndio;
b) Limitarodesenvolvimentodoincêndio;
c) Facilitaraevacuaçãodoedifício;
d) Permitiraintervençãodosbombeiros;
e) Definir as condições de exploração dos edifícios na perspectiva dasegurançaaoincêndio.
IV.2.1.2 Demodoareduziraprobabilidadedeocorrênciado incêndio,osprodutosdeconstruçãodevemapresentarumaadequadaqualificaçãodereacçãoaofogo.Poroutrolado,asinstalaçõeseosequipamentosdevemapresentarumestadodeconservaçãoquenãoaumenteoriscodedeflagraçãodoincêndio.
IV.2.1.3 De modo a limitar o desenvolvimento do incêndio, devem ser utilizadosmateriaiscomumaadequadaqualificaçãodereacçãoaofogoeosedifíciosdevem dispor de compartimentação corta-fogo, exigências que, emdeterminadoscasos,sãocomplementadascomainstalaçãodemeiosactivosdeprotecção.
AsexigênciasdeâmbitogeralaplicáveisaosedifíciosintegralmenteocupadosporLaresde IdososestãodefinidasnoAnexo3“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”.EmIV.2.3apenasseincluemosaspectosespecíficosrelativosaosLaresdeIdosos.
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IV.2.1.4 Demodoafacilitaraevacuaçãodosedifícios,osespaçosinteriores,asviasde evacuação, a compartimentação corta-fogo e os meios de controlo defumodevemseradequadamentedimensionadose,emdeterminadoscasos,os edifícios devem ser providos de sistemas automáticos de detecção deincêndio.
IV.2.1.5 Demodoafacilitaraintervençãodosbombeiros,devemexistirviasdeacessoquepermitamumaadequadaaproximaçãoaoedifíciodasviaturasutilizadasnasoperaçõesdecombateesalvamento,edevemexistirmeiosdecombateaoincêndioadequadosacadasituaçãoemconcreto.
IV.2.1.6 Com o objectivo de reduzir o risco de incêndio, garantir a segurança dosutilizadores e facilitar a intervenção dos bombeiros, devem ser adoptadosprocedimentos apropriados no que se refere à exploração dos edifícios dopontodevistadasegurançaaoincêndio.
IV.2.2 MODODEEXPRESSÃO
IV.2.2.1 As exigências relativas à segurança ao incêndio devem ser expressasconsiderandoosseguintesfactoresfundamentais:
a) Risco de incêndio dos edifícios: atribuição de categorias de risco aosedifícios (1.ª, 2.ªou3.ª categoriade riscodoedifício),deacordocomodefinidonas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”incluídasemanexoaopresentedocumento;
b) Locaisderiscodosedifícios:classificaçãodoslocais(locaisderiscoA,B,C,DeE),deacordocomodefinidonas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”incluídasemanexoaopresentedocumento;
c) Comportamentoaofogodosmateriaiseprodutosdeconstrução:classesdereacçãoaofogo,deacordocomasespecificaçõesLNEC(M0,M1,M2,M3,M4)[1a6],oudeacordocomanormalizaçãoeuropeia(A1,A2,B,C,D,EeF),paraosmateriaisemgeral,excluindoosrevestimentosdepisoeosprodutoslinearesdeisolamentotérmicodetubos:A1FL,A2FL,BFL,CFL,DFL,EFLeFFLparaosrevestimentosdepiso;eA1L,A2L,BL,CL,DL,ELeFLparaosprodutoslinearesdeisolamentotérmicodetubos)[7a14].
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IV.2.2.2 Comportamentoaofogodoselementosdeconstrução:classesderesistênciaaofogo,deacordocomasespecificaçõesLNEC(EF,CFePC)[15]oudeacordocomanormalizaçãoeuropeia (R,E,EI,REeREI) [16, 17].Relativamenteàsportaseseusdispositivosderetençãoefecho,bemcomooutroselementosqueguarneçamvãos,condutaseseusregistoscorta-fogo,paraosquaissejaexigidaresistênciaaofogopadrão,devempossuirelementosdeidentificaçãoperenes, onde deve constar o número do certificado ou documento dehomologação,onomedofabricanteeaqualificaçãoderesistênciaaofogo.
IV.2.2.3 Classificaçãodeaparelhosdeaquecimentoautónomo:tiposdeaparelhosdeaquecimentoautónomosdeacordocomaNP4415(apenasseadmitindoosdotipoC).
IV.2.3 QUANTIFICAÇÃO
IV.2.3.1 Classificação dos locais e dos edifícios sob o ponto de vista de risco deincêndio
IV.2.3.1.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.
IV.2.3.1.2 Para além do estabelecido no número anterior, deve ainda respeitar-se oseguinte:
a)OslocaisderiscoDdevemsituar-senopisodesaídaparaoexteriordoedifício.
b)Seseverificarquetalnãoépossível,torna-senecessáriodotaroedifíciodeumascensorcomascaracterísticasindicadasemIV.2.3.6.
IV.2.3.2 Acessibilidade aos edifícios e disponibilidade de água para combate aoincêndio
IV.2.3.2.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.
Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.
Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
IV.2.3.3 Limitaçõesàpropagaçãodoincêndiopeloexteriordosedifícios
IV.2.3.3.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.
IV.2.3.4 Condiçõesgeraisdecomportamentoaofogo,isolamentoeprotecção
IV.2.3.4.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.
IV.2.3.4.2 Para além do estabelecido no número anterior, deve ainda respeitar-se oseguinte:
- Omobiliário, os elementos em relevo ou suspensos e os elementos dedecoração temporária devem respeitar as exigências feitas sobre estamatérianoRSCIETH(Artigos42.º,43.ºe44.º)[18].
IV.2.3.5 Condiçõesgeraisdeevacuação
IV.2.3.5.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.
IV.2.3.5.2 Para além do estabelecido no número anterior, deve ainda respeitar-se oseguinte:
a) O efectivo de pessoas acamadas, ou limitadas na mobilidade ou nascapacidadesdepercepçãoereacçãoaumalarme,devesercorrigidopelofactor1,5paraefeitodedimensionamentodeviasdeevacuaçãoesaídas;
b) Ascâmarascorta-fogoporondesejaprevisívelaevacuaçãodepessoasemcamasdevem,ainda,satisfazeroseguinte:
- Áreamínimade6m²;- Distânciamínimaentreportasde3m;- Larguramínimadasportasde1,2m.
IV.2.3.6 Instalaçõestécnicas
IV.2.3.6.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.
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Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.
Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.
Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.
Para além do estabelecido no número anterior, deve ainda respeitar-se oseguinte:
a) O efectivo de pessoas acamadas ou limitadas na suamobilidadeounas suascapacidadesdepercepçãoe reacçãoaumalarme,devesercorrigidopelofactor1,5paraefeitodedimensionamentodeviasdeevacuaçãoesaídas.
Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.
IV.2.3.6.2 Paraalémdoestabelecidononúmeroanterior enoRSCIETH (CapítuloV)[18], os ascensores destinados ao transporte de pessoas em camas devemaindarespeitaroseguinte:
a) Possuíremacessoprotegidoporcâmaracorta-fogoemtodosospisos,comexcepçãodosátriosdeacessodirectoaoexterioresemligaçãoaoutrosespaçosinterioresdistintosdecaixasdeescadasprotegidas;
b) Estarem equipados com um dispositivo complementar ao de chamadaindicado no RSCIETH (Secção III do Capítulo V), constituído por uminterruptor accionado por chave própria, colocado no piso do nível dereferência,quedesencadeiaumasegundaoperaçãoeoscolocaaoserviçoexclusivodosbombeirosoudopessoalde segurançaafectaaoedifício,restabelecendoaoperacionalidadedosbotõesdeenviodacabinaedosdispositivos de comando de abertura das portas. A referida chave e arespectivacópiadevemestarlocalizadasnoPostodeSegurança;
c) Teremcapacidadedecarganominalnãoinferiora630kgou,quandosedestinemaapoiaraevacuaçãodepessoasemmacasoucamasousetratedeascensoresdeacessoduplo,nãoinferiora1000kg;
d) Teremdimensõesmínimasde1,10mx1,40mou,quandosedestinemaapoiaraevacuaçãodepessoasemmacasoucamas,de1,10mx2,10m;
e) Terem portas de patamar e de cabina, deslizantes de funcionamentoautomático,comlarguranãoinferiora0,8mou,quandosedestinemaapoiaraevacuaçãodepessoasemmacasoucamas,nãoinferiora1,10m;
f) Possuíremumsistemade intercomunicaçãoentrea cabinaeopisodoplanodereferênciaeoPostodeSegurança;
g) Serem apoiados por fontes de energia de emergência, nas condiçõesindicadasnoRSCIETH(SubsecçãoIIdaSecçãoIIdoCapítuloV).
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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IV.2.3.7 Sinalizaçãoeiluminaçãodesegurança
IV.2.3.7.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.
IV.2.3.8 Meiosdedetecção,alarmeealerta
IV.2.3.8.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.
IV.2.3.8.2 Para além do estabelecido no número anterior, deve ainda respeitar-se oseguinte:
a) OsmeiosdedifusãodoalarmeemcasodeincêndioafectosaoslocaisderiscoDdevemserconcebidosdemodoanãocausarempânico,sódevendoserreconhecíveispelosfuncionários,trabalhadoreseagentesdesegurançaquepermaneçam,vigiemoutenhamqueintervirnesseslocais;
b) Nos locais de risco D existentes nos edifícios da 2.ª categoria de riscoousuperior,deveexistirumpostonãoacessívelaopúblicoquepermitaacomunicaçãooralcomopostodesegurança,noqualtambémdevemexistirmeiosdedifusãodoalarmecomas características referidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”incluídasemanexoaopresentedocumento.
IV.2.3.9 Meiosdeextinção
IV.2.3.9.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.
IV.2.3.10 Controlodapoluiçãodoar
IV.2.3.10.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.
IV.2.3.11 Meiosdecontrolodefumo
IV.2.3.11.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.
Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.
Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.
Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.
Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.
Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.
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IV.2.3.12 Organizaçãoegestãodasegurança
IV.2.3.12.1 Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo2.
IV.2.3.12.2 Para além do estabelecido no número anterior, deve ainda respeitar-se oseguinte:
a) Edifíciosda1.ªcategoriaderisco:- Onúmeromínimodeelementosafectoàequipadesegurançadeveser
igual2;- Asmedidasdeauto-protecçãoaadoptardevemserasseguintes: - Procedimentosemcasodeemergência; - Planodeprevenção; - Formaçãoemsegurançacontraincêndio.
b) Edifíciosda2.ªcategoriaderisco:- Onúmeromínimodeelementosafectoàequipadesegurançadeveser
igual4;- Asmedidasdeauto-protecçãoaadoptardevemserasseguintes: - Procedimentosemcasodeemergência; - Planodeprevenção; - Formaçãoemsegurançacontraincêndio.
c) Edifíciosda3.ªcategoriaderisco:- Onúmeromínimodeelementosafectoàequipadesegurançadeveser
igual5;- Asmedidasdeauto-protecçãoaadoptardevemserasseguintes: - Procedimentosemcasodeemergência; - Planodeprevenção; - Formaçãoemsegurançacontraincêndio.
Devemsersatisfeitasasexigênciasdefinidasnas“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”apresentadasnoAnexo3.
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IV.2.3.12.3 NoscasosemqueexistemlocaisderiscoDcompessoaspermanentementeacamadas,empisosdistintosdodasaídaparaoexteriordoedifício,deve--seagravardeumaunidadeonúmerodeelementosafectosàsequipasdesegurança.
IV.2.4 REFERÊNCIAS [1] ESPECIFICAÇÃOLNECE365: 1990–Segurança contra incêndio. Reacção ao
fogo dos materiais de construção. Critérios de classificação.Lisboa:LNEC.
[2] ESPECIFICAÇÃOLNECE366: 1990–Segurança contra incêndio. Reacção ao fogo dos materiais de construção. Ensaio no queimador eléctrico.Lisboa:LNEC.
[3] ESPECIFICAÇÃOLNECE 367: 1991– Segurança contra incêndio. Reacção ao fogo dos materiais de construção. Ensaio na cabina de radiação.Lisboa:LNEC.
[4] ESPECIFICAÇÃOLNECE 368: 1991–Segurança contra incêndio. Reacção ao fogo dos materiais de construção. Ensaios no Bico de Bunsen.Lisboa:LNEC.
[5] ESPECIFICAÇÃOLNECE 369: 1991–Segurança contra incêndio. Reacção ao fogo dos materiais de construção. Ensaio no epirradiador.Lisboa:LNEC.
[6] ESPECIFICAÇÃOLNECE 370: 1991–Segurança contra incêndio. Reacção ao fogo dos materiais de construção. Ensaio no painel radiante.Lisboa:LNEC.
[7] EUROPEANCOMMISSION (EC) –The European classification system for the reaction to fire performance of construction products.Brussels:TheCommission,December1999.(GuidancePaperG).
[8] EN 13501-1: 2002 – Fire classification of construction products and building elements – Part 1: Classification using test data from reaction to fire test.Brussels:CEN.
[9] EN 13238: 2001 –Reaction to fire tests for building products – Conditioning procedures and general rules for selection of substrates.Brussels:CEN.
[10] ENISO11925-2:2002.–Reaction to fire tests – Ignitability of building products subjected to direct impingement of flame – Part 2: Single-flame source test.Brussels:CEN.
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[11] EN13823:2002.–Reaction to fire tests for building products – Building products excluding floorings exposed to the thermal attack by a single burning item.Brussels:CEN.
[12] ENISO1182:2002–Reaction to fire test for building products – Non-combustibility.Brussels:CEN.
[13] ENISO1716:2002–Reaction to fire tests for building products – Determination of the heat of combustion.Brussels:CEN.
[14] ENISO9239-1:2002.–Reaction to fire tests for floorings – Part 1: Determination of the burning behaviour using a radiant heat source.Brussels:CEN.
[15] ESPECIFICAÇÃOLNECE364:1990–Segurança contra Incêndio. Resistência ao fogo de elementos da construção. Métodos de ensaio e critérios de classificação.Lisboa:LNEC.
[16] COMISSÃOEUROPEIA(CE)– Decisão da Comissão de 3 de Maio de 2000 que aplica a Directiva 89/106/CEE do Conselho no que respeita à classificação do desempenho dos produtos de construção, das obras e das partes das obras de construção em termos da sua resistência ao fogo (2000/367/CE) e sua rectificação.JornalOficialdasComunidadesEuropeias(JOCE),
L133,2000-06-06,p.26-32;L219,2001-08-14,p.30.
[17] EN 13501-2: 2000 – Fire classification of construction products and building elements. Part 2: Classification using data from fire resistance tests, excluding ventilation services.Brussels:CEN.
[18] DECRETO-LEI n.º 409/98, de 23 deDezembro–Regulamento de Segurança Contra Incêndio em Edifícios do Tipo Hospitalar.
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IV.3 SEGURANÇACONTRAINTRUSÃOEVANDALISMO
IV.3.1 INTRUSÃOHUMANAEVANDALISMO
IV.3.1.1 Princípiosgerais
IV.3.1.1.1 Oselementosdeconstruçãodaenvolventedosedifíciosdevemconferirumaprotecçãoadequadaaosutilizadoreseaosbenscontraaintrusãoindesejáveldepessoaseactosdevandalismo.
IV.3.1.1.2 Osedifícios,consoanteasuadimensãoeoriscodeocorrênciadeacçõesdeintrusãoedevandalismo,devemserprovidosdedispositivosquepermitamdificultaressasacçõesedesistemasdedetecçãoealertaadequados.
IV.3.1.1.3
IV.3.1.2 Mododeexpressão
IV.3.1.2.1 As exigências relativas à segurança contra intrusão humana e vandalismodevemserexpressasconsiderandoosseguintesfactores:
a) Níveldedificuldadedeabertura,desmontagemoucortedoselementosda envolvente dos edifícios nomeadamente, paredes, portas, janelas eclarabóiasquesejamacessíveispeloexterior;
b) Níveldeeficáciadosdispositivoscontraintrusão;
c) Níveldeeficáciadossistemasdedetecçãoealerta.
IV.3.1.3 Quantificação
IV.3.1.3.1 Aspartesopacasdasparedesexterioresdosedifíciosdirectamenteacessíveispeloexteriordevemapresentarresistênciasatisfatóriaàacçãodeobjectoscortantesouperfurantesdeusocorrentee,nocasodeseremconstituídasporpainéisprefabricados,nãodevemserfacilmentedesmontáveis.
Nos estabelecimentos existentes sujeitos a intervenções de adaptação e/ourequalificação, deve ser sempre realizada uma avaliação inicial de forma averificaraviabilidadedeseremcumpridasasexigênciasbásicasdesegurançacontraintrusão.
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IV.3.1.3.2 Asportasexterioresdosedifíciosdevemapresentarcaracterísticasadequadasde protecção contra a intrusão de pessoas, mediante designadamente aconsideraçãodosseguintesaspectos:a) Dimensõeslivresdeeventuaissuperfíciesenvidraçadasnelasexistentes;
b) Resistênciamecânicadosrespectivosvidros;
c) Resistênciamecânicadasferragensefechaduras.VerV.8(Preenchimentodevãos)
IV.3.1.3.3 As janelas directamente acessíveis pelo exterior devem apresentarcaracterísticas adequadas de segurança contra a intrusão de pessoas,mediantedesignadamenteaconsideraçãodosseguintesaspectos:
a) Resistênciamecânicadoscaixilhos;
b) Resistênciamecânicadasferragensefechos;
c) Característicasdosfechosqueimpeçamasuaaberturapeloexterior.VerV.8(Preenchimentodevãos)
IV.3.1.3.4 Asgradesdeprotecçãoeventualmenteexistentesemvãosdeportasexterioresedejanelasdirectamenteacessíveispeloexteriordevemapresentarresistênciamecânicasatisfatóriaenãoserfacilmentedesmontáveis.
IV.3.1.3.5 O sistema de alarme contra intrusão, quando exista, deve apresentarcaracterísticassatisfatóriasdefiabilidade.
IV.3.1.4 Recomendaçõescomplementares
IV.3.1.4.1 Recomenda-sequeosestabelecimentossejamdelimitadosporvedaçãoquegarantacondiçõessatisfatóriasde:
a) Segurança,tendoemcontaascondiçõesgeraisdesegurançadolocaldeimplantação;
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b) Qualidadevisual;
c) Economiaedurabilidade.
IV.3.1.4.2 Sempre que o terreno disponível seja excessivo para as necessidades doestabelecimento,recomenda-sequeavedaçãoindicadanonúmeroanteriorconfineapenasaáreaapropriadadeterrenoquepermitasatisfazeraessasnecessidades,independentementedeoutrasvedaçõesquedelimitemaárearestantedoterreno.
IV.3.1.4.3 Recomenda-se que o acesso dos utilizadores e do público em geral aoestabelecimentosefaça,semprequepossível,atravésdeumaúnicaentradaprincipaldotadadeportariaoudebalcãoderecepçãoeobedecendoaindaàsseguintescondições:
a) Entrada claramente visível da recepção de forma a monitorizar aspessoas;
b) Existênciademeiosdeintercomunicaçãoentreaportariaeadirecçãodoestabelecimento.
IV.3.1.4.4 Duranteanoitedeveserdeixadaligadaailuminaçãoexterioreosportõesdeentradadevemserfechadosàchave.
IV.3.1.4.5 Recomenda-se que as medidas adoptadas contra a intrusão humana e ovandalismosejamdevidamentecompatibilizadascomasrelativasàsegurançaaoincêndio,nomeadamentenanãoinviabilizaçãodecaminhosesaídasdeevacuação.
IV.3.2 INTRUSÃODEANIMAIS
IV.3.2.1 Princípiosgerais
IV.3.2.1.1 Oselementosdeconstruçãodaenvolventedosedifíciosdevemconferirumaprotecçãoadequadaaosutilizadoreseaosbenscontraaintrusãoindesejáveldeanimais.
IV.3.2.2 Mododeexpressão
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IV.3.2.2.1 As exigências relativas à segurança contra intrusão de animais devem serexpressasconsiderandooseguintefactor:− Nível de eficácia dos dispositivos contra a intrusão de animais pelas
aberturasdeventilação,pelossistemasdedrenagemdeáguasresiduaisouporoutrasaberturas.
IV.3.2.3 Quantificação
IV.3.2.3.1 Asaberturasdeventilaçãodas caixasdeardospavimentosedosdesvãosdascoberturas,bemcomooutrasaberturasexistentesparaoexterior,devemserconvenientementeprotegidascontraapenetraçãodeanimaiseobjectos,nomeadamentepelorecursoaredesdeprotecçãoouaoutrosmateriaiscomresistênciamecânicasatisfatóriaeadequadosaofimemvista.
IV.3.2.4 Recomendaçõescomplementares
IV.3.2.4.1 Recomenda-se que os locais destinados a armazenagem e preparação dealimentossejamparticularmentecuidadosemrelaçãoàprotecçãocontraaintrusãodeanimais.
IV.3.2.4.2 Recomenda-se que os locais destinados ao armazenamento dos resíduossólidos sejam particularmente cuidados em relação à protecção contra aintrusãodeanimais.VerVI.3[Recolhaderesíduossólidos(recolhaselectiva)]
IV.3.3 REFERÊNCIAS
[1] CONSELHOSUPERIORDEOBRASPÚBLICASECOMUNICAÇÕES(CSOPT)–Projecto de Regulamento Geral das Edificações.Lisboa:CSOPT,Janeirode2007.
[2] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Exigências funcionais e construtivas para edifícios escolares. Documento 1. Lisboa: LNEC,Abril1993.(Relatório76/93–NPC).
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IV.4 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO
IV.4.1 SEGURANÇANACIRCULAÇÃO
IV.4.1.1 Princípiosgerais
IV.4.1.1.1 Os acessos e circulações, quer nos espaços exteriores, quer no interiordos edifícios, devem ser concebidos de modo a evitar a ocorrência deacidentes pessoais decorrentes do uso normal, nomeadamente devidos aescorregamento,tropeçamento,obstruçãoedesamparo.
IV.4.1.1.2
IV.4.1.1.3
IV.4.1.2 Mododeexpressão
IV.4.1.2.1 As exigências relativas à segurança na circulação devem ser expressasconsiderandoosseguintesfactores:
a) Escorregamento–Coeficientedeatritodosrevestimentosdepiso;
b) Obstrução–Dimensãoegeometriadosespaçosdecirculação;
c) Tropeçamento – Desvios de planeza geral e local dos revestimentosde piso; ausência ou indicação da existência de obstáculos (elementosverticaistransparentes,degrausisolados);
d) Desamparo–Inclinaçãodeescadasederampasdeacesso;existênciadecorrimãos.
IV.4.1.3 Quantificação
IV.4.1.3.1 Os revestimentos de piso não devem ser escorregadios, devendo para talapresentarvaloresdecoeficientesdeatritoquesatisfaçamaoespecificado
Em edifícios existentes deve ser realizada uma avaliação das condições desegurançanacirculaçãodeformaaverificaraviabilidadedecumprimentodosrequisitosdefinidosparaosedifíciosnovos.
Em qualquer caso devem ser satisfeitos os requisitos tendentes a evitar aocorrênciadeacidentesqueponhamemriscoaintegridadefísicadaspessoas,tendoematençãoodispostoemIV.4.1.3.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
emV.12(Revestimentosempisoserodapés)eV.13(Revestimentosemescadaserampas).
IV.4.1.3.2 A verificação da resistência ao escorregamento dos revestimentos de pisoa utilizar em comunicações horizontais, átrios de entrada e locais húmidos,nomeadamentecozinhas,instalaçõessanitáriasoubalneários,deveserefectuadanascondiçõesmaisdesfavoráveis,ouseja,comasuperfíciemolhada.
VerV.12(Revestimentosempisoserodapés)eV.13(Revestimentosemescadaserampas)
IV.4.1.3.3 Ascirculaçõeshorizontaiseverticaisdevemter,emtodooseudesenvolvimento,umaalturalivredeobstruçõesquepermitaoacessoepermanênciadepessoassemexistiroriscodecolisão,devendoparatalsatisfazeraoespecificadonoDecreto-Lein.º163/2006,de8deAgosto(Secção4.5).
IV.4.1.3.4 A larguradosespaçosdecirculaçãodeveser talquenãohajaobstruçãoàlivrepassagemdosutilizadores,nãodevendo,emcondiçõesdeusonormal,essesespaçosserocupadospormobiliárioououtroequipamento.
IV.4.1.3.5 OsrevestimentosdepisonãodevemultrapassarosdesviosdeplanezageralelocalespecificadosemV.12(Revestimentosempisoserodapés).
IV.4.1.3.6 Demodoareduziroriscodetropeçamentodosutilizadores,osespaçosdecomunicaçãoecirculaçãodevemobservarasseguintescondições:
a) Nãodevemexistirobstáculosnopavimento,taiscomosaliênciaslocaisoudegrausisolados,comexcepçãodassoleirasdeporta;
b) Nãodevemexistirelementosverticaisquesepossamquebrardumaformaperigosasobaacçãodechoques(ex.:elementosdevidro);
c) Nãodevemexistirelementosverticaistransparentesquepossamnãoservistosecomosquaissepossacolidir.
VerV.12(Revestimentosempisoserodapés)
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IV.4.1.3.7 Osespaçosdecirculaçãodevemdispordeumníveldeiluminaçãosuficiente,bemcomodeiluminaçãodeemergênciaedesinalizaçãodesaídas.
VerIV.9(Confortovisual)eAnexo2“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”
IV.4.1.3.8 AscaracterísticasdasescadasedasrampasdevemsatisfazeraoespecificadonoDecreto-Lein.º163/2006,de8deAgosto(secções2.4e2.5)eàsexigênciasespecíficas constantes de III.8 – Acessibilidade a pessoas commobilidadecondicionada.
IV.4.2 SEGURANÇANOCONTACTO
IV.4.2.1 Princípiosgerais
IV.4.2.1.1 Oselementosdeconstruçãodevemserconcebidoserealizadosdeformaanãoapresentarem,naszonasacessíveis,rugosidadeexcessiva,arestascortantesou saliências perigosas e temperaturas superficiais capazes de provocarlesõesouferimentosnosutilizadores;nãodevemaindacontersubstânciasperigosas capazes de provocar danos à saúde, caso sejammanuseados ouingeridos.
IV.4.2.1.2
IV.4.2.1.3
IV.4.2.2 Mododeexpressão
IV.4.2.2.1 As exigências relativas à segurança no contacto devem ser expressasconsiderandoosseguintesfactores:
a) Nívelderiscosprovenientesdesuperfíciesrugosas,dearestascortantesoudesaliênciasperigosas;
b) Temperaturasuperficialdaspartesacessíveisdoselementosdeconstruçãosusceptíveisdeficaremquentesàsuperfície;
Em edifícios existentes deve ser realizada uma avaliação das condições desegurançanocontactodeformaaverificaraviabilidadedecumprimentodosrequisitosdefinidosparaosedifíciosnovos.
Em qualquer caso devem ser satisfeitos os requisitos tendentes a evitar aocorrênciadeacidentesqueponhamemriscoaintegridadefísicadaspessoas,tendoematençãoodispostoemIV.4.2.3.
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c) Substânciasperigosascontidasnosprodutosdeconstruçãoouporeleslibertadas.
IV.4.2.3 Quantificação
IV.4.2.3.1 Os paramentos acessíveis não devem ser cortantes ou ter esquinas comângulos vivos ou saliências perigosas, nem apresentar rugosidade queprejudiqueobem-estarouaintegridadefísica,causandolesõesouferimentosnosutilizadoresqueascontactem.
VerV.10(Revestimentosexterioresemparedesexteriores)e V.11(Revestimentosinterioresemparedesetectos)
IV.4.2.3.2 Os elementos salientes, nomeadamente em zonas de circulação e locaisde utilização comum, não devem propiciar situações perigosas para osutilizadores.
IV.4.2.3.3 Atemperaturasuperficialdaspartesquentesacessíveisdeveser,emgeral,inferiora45°C,salvoseasuaaparênciaexteriorassinalardemodoevidentequeexisteperigodequeimadura.
VerVI.1(Abastecimentoedistribuiçãodeágua)
IV.4.2.3.4 Osprodutosutilizados em revestimentosdeparedes edepisonãodevemcontersubstânciasperigosascapazesdeprovocardanosàsaúdecasosejammanuseadosouingeridos.
VerV.10(Revestimentosexterioresemparedesexteriores)e V.11(Revestimentosinterioresemparedesetectos)
IV.4.3 SEGURANÇADOSDISPOSITIVOSDEPROTECÇÃOCONTRAQUEDAS
IV.4.3.1 Princípiosgerais
IV.4.3.1.1 Osdispositivosdeprotecção,taiscomoguardas,vedaçõeseoutros,utilizadosnomeadamenteemjanelas,varandas,galerias,escadasecoberturas,devemser concebidos e localizados de forma a evitar a ocorrência de acidentesdevidosaquedasdepessoasoudeobjectos,emsituaçõesdeusonormal,deexecuçãodeoperaçõestécnicaseaindadecirculaçãonoexterior.
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IV.4.3.1.2
IV.4.3.1.3
IV.4.3.2 Mododeexpressão
IV.4.3.2.1 As exigências relativas à segurança dos dispositivos de protecção contraquedasdevemserexpressasconsiderandoosseguintesfactores:
a) Alturadeprotecçãodasguardas;
b) Afastamentoentreoselementosconstituintesdasguardasabertas;
c) Facilidadedeescalamento.
IV.4.3.3 Quantificação
IV.4.3.3.1 Paraaquantificaçãodasexigênciasdesegurançadosdispositivosdeprotecçãocontra quedas com base nos factores referidos no número anterior, deveatender-seàsdisposiçõesconstantesde:
a) Acessibilidadedepessoascommobilidadecondicionada(III.8);
b) Guardasecorrimãos(V.9).
IV.4.4 SEGURANÇAAACÇÕESDECHOQUE
IV.4.4.1 Princípiosgerais
IV.4.4.1.1 Os elementos de construção e os respectivos dispositivos de ligação emontagemdevemserconcebidoserealizadosdeformaaevitaraocorrênciadeacidentespessoaisdevidosaacçõesdechoqueresultantesdaquedaoudaprojecçãodepessoasoudeobjectossobreesseselementos,emsituaçõesdeusonormal.
Em edifícios existentes deve ser realizada uma avaliação das condições desegurançadosdispositivosdeprotecçãocontraquedasdeformaaverificaraviabilidadedecumprimentodosrequisitosdefinidosparaosedifíciosnovos.
Em qualquer caso devem ser satisfeitos os requisitos tendentes a evitar aocorrênciadeacidentesqueponhamemriscoaintegridadefísicadaspessoas,tendoematençãoodispostoemIV.4.3.3.
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IV.4.4.1.2
IV.4.4.1.3
IV.4.4.2 Mododeexpressão
IV.4.4.2.1 Asexigênciasrelativasàsegurançaaacçõesdechoquedevemserexpressasconsiderandoosseguintesfactores:
a) Resistênciaachoquesdecorpomole;
b) Resistênciaachoquesdecorpoduro.
IV.4.4.3 Quantificação
IV.4.4.3.1 Paraaquantificaçãodasexigênciasàsegurançaaacçõesdechoquecombasenos factores referidos no número anterior, deve atender-se às disposiçõesconstantesde:
a) Paredesexteriores(V.3);
b) Paredesinteriores(V.4);
c) Preenchimentodevãos(V.8).
IV.4.5 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃODEINSTALAÇÕESEEQUIPAMENTOS
IV.4.5.1 Princípiosgerais
IV.4.5.1.1 As instalações e os equipamentos dos edifícios devem ser concebidos,localizados e estabelecidos de modo a evitar a ocorrência de acidentes
Em edifícios existentes deve ser realizada uma avaliação das condições desegurançaaacçõesdechoquedeformaaverificaraviabilidadedecumprimentodosrequisitosdefinidosparaosedifíciosnovos.
Em qualquer caso devem ser satisfeitos os requisitos tendentes a evitar aocorrênciadeacidentesqueponhamemriscoaintegridadefísicadaspessoas,tendoematençãoodispostoemIV.4.4.3.
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pessoaisdecorrentesdousonormal,nomeadamentedevidosaelectrocussão,asfixia,intoxicação,explosão,queimadurasououtrascausasprevisíveis.
IV.4.5.1.2
IV.4.5.1.3
IV.4.5.2 Mododeexpressão
IV.4.5.2.1 Asexigênciasrelativasàsegurançanautilizaçãodeequipamentosdevemserexpressasconsiderandoosseguintesfactores:
a) Electrocussão:- Acessibilidadedepartesdainstalaçãoeléctricasobtensão;- Característicasdaligaçãoàterradainstalaçãoeléctrica;- Característicasdosistemadeprotecçãocontraoraio.
b) Asfixiaeintoxicação:- Estanquidadedarededegás;- Fiabilidadedosaparelhosdecombustão;- Característicasdosistemadeventilaçãoedascondutasdeexaustão.
c) Explosão:- Estanquidade de reservatórios e canalizações de gás e de líquidos
inflamáveis;- Fiabilidadedosaparelhosdecombustão;- Característicasdosistemadeventilaçãoedascondutasdeexaustão.
d) Queimaduras:- Temperaturasuperficialdecomponentesacessíveis;- Temperaturadefluidosdeaquecimento(ar,vapor,líquidos).
Em edifícios existentes deve ser realizada uma avaliação das condições desegurançanautilizaçãodeinstalaçõeseequipamentosdeformaaverificaraviabilidadedecumprimentodosrequisitosdefinidosparaosedifíciosnovos.
Em qualquer caso devem ser satisfeitos os requisitos tendentes a evitar aocorrênciadeacidentesqueponhamemriscoaintegridadefísicadaspessoas,tendoematençãoodispostoemIV.4.5.3.
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IV.4.5.3 Quantificação
IV.4.5.3.1 A quantificação das exigências relativas à segurança na utilização deequipamentosdevefazer-sedeacordocomalegislaçãonacionalecomunitáriaaplicável.
IV.4.5.4 Recomendaçõescomplementares[11]
IV.4.5.4.1 Osquadroseléctricosdevem-seencontrarsemprefechados,inacessíveisaosutilizadoresedesimpedidos.
IV.4.5.4.2 Todasasmassasmetálicasdevemestarligadasàterra.
IV.4.5.4.3 Osaparelhosdeiluminaçãoerestantesequipamentoseléctricos,localizadosnoexterior,incluindogaleriasexterioresealpendres,devemserestanques.
IV.4.5.4.4 Asinstalaçõeseosequipamentoseléctricosdevemestarprotegidoscontracontactosdirectos,demodoaprotegeraspessoasdosriscosdecontactocompeçasemtensão.
IV.4.5.4.5 Todososequipamentoseléctricosdevemestarprotegidoscomdispositivossensíveisacorrentesdiferenciais/residuais,osquaisdevemserperiodicamentetestados.
IV.4.6 REFERÊNCIAS
[1] DECRETO-LEIn.º163/2006,de8deAgosto–Regime de acessibilidade aos edifícios, e estabelecimentos que recebem público, via pública e edifícios habitacionais.
[2] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Exigências funcionais e construtivas para edifícios escolares.Documento1.Lisboa:LNEC,Abrilde1993.(Relatório76/93-NPC).
[3] DESPACHO41/MES/85de1985-02-05–Recomendações Técnicas para Habitação Social.Lisboa:ImprensaNacional-CasadaMoeda,1988.
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[4] FUNDODEFOMENTODAHABITAÇÃO(FFH)– Instruções para Projectos de Habitação Promovida pelo Estado.Lisboa:FFH,1978.
[5] Comunicação da Comissão a propósito dos Documentos Interpretativos da Directiva 89/106/CEE do Conselho. JornalOficialdasComunidadesEuropeias,C62de1994-02-28.
[6] CONSELHOSUPERIORDEOBRASPÚBLICASECOMUNICAÇÕES(CSOPT)–Projecto de Regulamento Geral das Edificações.Lisboa:CSOPT,Janeirode2007.
[7] ESPECIFICAÇÃOLNECE470:2005–Guardas: Características dimensionais e métodos de ensaio.Lisboa:LNEC.
[8] VIEGAS, JoãoCarlos–Componentes de edifícios. Selecção de caixilharia e seu dimensionamento mecânico.Lisboa:LNEC,2006.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE51).
[9] EUROPEAN ORGANISATION FOR TECHNICAL APPROVALS (EOTA) –Determination of impact resistance of panels and panel assemblies. Brussels:EOTA,2003.(TechnicalReportTR001).
[10] EUROPEAN ORGANISATION FOR TECHNICAL APPROVALS (EOTA) –Guideline for European Technical Approval for internal partitions kits for use as non-load bearing walls.Brussels:EOTA,1998.(ETAG003).
[11] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA-GERAL DO MINISTÉRIO DAEDUCAÇÃO–Manual de utilização, manutenção e segurança nas escolas.Lisboa:MinistériodaEducação,2003.
[12] INSTITUTONACIONALDEHABITAÇÃO (INH); LABORATÓRIONACIONALDEENGENHARIACIVIL(LNEC)–Guia técnico de reabilitação habitacional. 2 Vols.Lisboa:INH/LNEC,2006.(NãoSeriadosNS108).
IV.5 ESTANQUIDADEÀÁGUA
IV.5.1 PRINCÍPIOSGERAIS
IV.5.1.1 A envolvente dos edifícios deve ser concebida, dimensionada e realizadademodoque, tendoemcontaasdeformaçõesprevisíveisda construçãoe
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asvariaçõesdimensionaisdosseuselementosconstituintes,nãopermitaapenetração,atravésdela,daáguadachuvaincidenteoudaneve,eapresenteaindasuficientecapacidadedeevacuação.
IV.5.1.2
IV.5.1.3 Aparteenterradadaenvolventedosedifíciosdeveserconcebida,dimensionadaerealizadademodoquenãoseverifiqueapenetração,atravésdela,daáguaprovenientedosolo.
IV.5.1.4
IV.5.1.5 Nos locaishúmidose,dummodogeral,emtodosaquelesondeapresençadaáguapossa terumcarácterpermanenteoupelomenosprolongado,oselementosdeconstruçãoquepossamestarsujeitosaessapresença,assimcomoas respectivas ligações–emparticular,a ligaçãoentreospisoseosparamentosdasparedes–,devemserestanquesàágua.
IV.5.1.6
IV.5.1.7 As redes de distribuição de água e de drenagem de águas residuais, oselementosdeequipamentonelasintegradoseosaparelhossanitáriosdevemassegurarestanquidadeàáguaemcondiçõesnormaisdeuso.
Paraefeitodonúmeroanterior,emedifíciosexistentesdeveserverificadooestadode fendilhaçãodos seus elementos construtivos, nomeadamentedosseusrevestimentos,demodoaavaliaranecessidadedeintervençãolocalizadaougeneralizada.
Para efeito do número anterior, em edifícios existentes deve verificar-se aexistênciadevestígiosdehumidadenosparamentos interioresdeparedesepavimentos(oudetectos,sesobcoberturasajardinadas),demodoaavaliaranecessidadedeintervençãolocalizadaougeneralizada.
Para efeito do número anterior, em edifícios existentes deve verificar-se aexistência de vestígios de humidade nos tectos do piso subjacente e nosparamentosdasparedesconfinantesdesselocalhúmido,doladodosespaçosaeleadjacentes,demodoaavaliaranecessidadedeintervençãolocalizadaougeneralizadana impermeabilizaçãodopavimentoedosrespectivosrematescomasparedesconfinantes.
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IV.5.1.8
IV.5.2 MODODEEXPRESSÃO
IV.5.2.1 As exigências de estanquidade à água da chuva devem ser expressasconsiderandoosseguintesfactores:
a) Estanquidadeàáguadachuva:- Pressãolimitedeestanquidade:valormáximodapressãoestáticadoar
paraaqualaestanquidadeàáguaficaassegurada;- Presençaouausênciade infiltraçõesde água, sobo efeitoda chuva
incidenteacompanhadadaacçãodovento;- Estagnaçãooutransbordodaáguadasredesdedrenagemdeáguasob
oefeitodachuvaincidente.
b) Estanquidadeàáguaprovenientedosolo:- Permeabilidadeàáguasoboefeitodapressãodacamadaaquíferano
seunívelnaturalmaiselevado;- Capilaridadedasparedesedospavimentos.
c) Estanquidadeàáguaprovenientedointerior:- Presençaouausênciadeinfiltraçõessobaacçãodeáguaacumulada;- Presençaouausênciadeinfiltraçõessobaacçãodeáguaprojectada;- Pressãomáximaparaaqualnãoseproduzqualquerfugaoudeformação
dastubagensdaredededistribuiçãodeágua.
IV.5.3 QUANTIFICAÇÃO
IV.5.3.1 Paraaquantificaçãodasexigênciasdeestanquidadeàáguacombasenosfactores definidos no número anterior deve atender-se às disposiçõesconstantesdeV(Construção)eVI(InstalaçõeseEquipamentos).
IV.5.4 RECOMENDAÇÕESCOMPLEMENTARES
IV.5.4.1 De modo a assegurar a estanquidade à água da envolvente dos edifícios,recomenda-seautilizaçãodemateriaisimpermeáveisouaadopçãodedisposiçõesconstrutivasadequadas.
Paraefeitodonúmeroanterior,emedifíciosexistentesdeveobservar-seotipodemanchas de humidade (mais claras oumais escuras) que possa ocorrer,geralmentecomcarácterlocalizado,nasprevisíveiszonasondeselocalizemastubagensemquestão.
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IV.5.4.2
IV.5.4.3 Demodoanãoafectaroisolamentotérmicoeadurabilidadedosedifícios,recomenda-se a adopção de disposições construtivas que impeçam que aáguaprovenientedoexterioratinjaosmateriaisdeconstruçãosensíveisàsuapresença,nomeadamenteosmateriaiscomfunçõesdeisolamentotérmico.
IV.5.4.4
IV.5.4.5 Demodoaevitarotransportedeáguasinfiltradasparaointeriordosedifíciosatravés das canalizações destinadas à instalação eléctrica, recomenda-separticularatençãoaorespectivotraçado.
IV.5.4.6
IV.5.4.7 De modo a evitar infiltrações de água para outras zonas dos edifícios,recomenda-separticularatençãonaescolhadosrevestimentosinterioresdosespaçosquepossamsersujeitosaprocessosdelimpezacomáguaabundante,como cozinhas, salas de refeições e instalações sanitárias, bem como naadopçãodedisposiçõesconstrutivasadequadasnasrespectivasligações.
IV.5.4.8
IV.5.4.9 Demodoaevitarafracturadoselementosdeequipamentoedosaparelhossanitários integradosnas redesdedistribuiçãodeáguaededrenagemde
Paraefeitodonúmeroanterior,emedifíciosexistentes,casoasintervençõesarealizarsejamlocalizadas,deveverificar-seacompatibilidadedosmateriaisesistemasutilizadoscomosexistentes.
Paraefeitodonúmeroanterior,emedifíciosexistentesdevemtomar-semedidasde protecção dos materiais de isolamento térmico, podendo, em caso dedeterioraçãosignificativadosmesmos,substituí-losintegralmente.
Paraefeitodonúmeroanterior,emedifíciosexistentes,setalanomaliaocorrer,deveprocurar-seolocaldepenetraçãodaáguademodoapoderserreparadaazonarespectiva.
Paraefeitodonúmeroanterior,seosrevestimentosinterioresdessesespaçosforemmotivodessasinfiltrações,devemtratar-seassuperfíciespertinentescomprodutosimpermeáveisàáguaeeventualmenteresistentesàacçãodecertosagentesquímicos.Nestescasosaintervençãoseráquasesempregeneralizadanospavimentos,podendoserlocalizadanazonainferiordasparedes.
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águasresiduais,comprometendoasuaestanquidade,recomenda-sequeosmesmosapresentemelevadaresistênciaaochoque.
IV.5.4.10
IV.5.5 REFERÊNCIAS
[1] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Exigências funcionais e construtivas para edifícios escolares. Documento 1. Lisboa: LNEC,Abril1993.(Relatório76/93–NPC).
[2] HENRIQUES, Fernando–Humidade em paredes. 3.ª ed. Lisboa: LNEC, 2001.(ColecçãoEdifíciosCED1).
[3] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA Civil (LNEC) – Curso de revestimento de paredes.Lisboa:LNEC,1990.(CursoseSemináriosCS15).
[4] LUCAS,JoséA.Carvalho–Revestimentos de ligantes sintéticos para paramentos interiores de paredes. Lisboa: LNEC, 1990. (InformaçãoTécnicaEdifícios ITE27).
[5] NASCIMENTO,JoséM.–Classificação funcional dos revestimentos de piso e dos locais. Classificação “UPEC” e “Gws”.Lisboa:LNEC,1991.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE29).
[6] LOPES,J.Grandão–Anomalias em impermeabilizações de coberturas em terraço.6.ªed.Lisboa:LNEC,2006.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE33).
IV.6 QUALIDADEDOARINTERIOR
IV.6.1 PRINCÍPIOSGERAIS
IV.6.1.1 Osedifíciosdevemserprojectados,construídosemantidosdeformaaqueaqualidadedoarnoseuinteriorsejaadequada,empermanência,àocupaçãohumana.
IV.6.1.2 Paraasseguraraqualidadedoarinteriorpreconiza-seaadopçãosimultâneadetrêsestratégias:
Quandoseobserveaexistênciadefracturasoudeterioraçõesquecomprometamaestanquidadedosaparelhoseequipamentosaqueserefereonúmeroanterior,deveproceder-seàsuasubstituição.
Asintervençõesdereabilitaçãodosedifíciosdevemserconcebidaserealizadasdeformaagarantirqueaqualidadedoarnoseuinteriorsejaadequada,empermanência,àocupaçãohumana.
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a) Minimizaçãodasfontesdepoluiçãonointerior;
b) Extracçãolocaljuntodefontespoluentes;
c) Diluição dos poluentes gerados pelos ocupantes e fontes difusas porrenovaçãodoarinterior.
IV.6.1.3 Osistemadeventilaçãodeveserconcebidotendoemcontaadiversidadedeespaçoseactividadesdesenvolvidas,demodoapreveniramigraçãodeodorese poluentes das zonasmais poluídas (ex.: cozinha, instalações sanitárias elavandaria)paraaszonasmaislimpas(ex.:salasdeactividadesegabinetes).
IV.6.1.4 Dependendo da dimensão do edifício e da potência de climatização osrequisitosdequalidadedoardevemsatisfazeroespecificadono
RCTTE[5]ounoRSECE[6],conformeoregulamentoaplicável.
IV.6.2 MODODEEXPRESSÃO
IV.6.2.1 As exigências relativas à qualidade do ar interior devem ser expressasconsiderandoosseguintesfactores:
a) Caudaisdeventilaçãoemm3/h,m3/(h.m2),m3/(h.ocupante)ourenovaçõesdearporhora;
b) Limites máximos para a concentração de poluentes no ar interior deacordocomopreconizadonosdocumentos[2,3];
c) Áreaútildasaberturasdasfolhasmóveis(m2).
IV.6.3 DETERMINAÇÃO
IV.6.3.1 Osfactoresreferidosnonúmeroanteriordevemserdeterminadosdeacordocomosseguintescritérios:
NasintervençõesdereabilitaçãodosedifíciosdeveseravaliadaapossibilidadedeseremcumpridososrequisitosdequalidadedoarespecificadosnoRCTTEounoRSECE,conformeoregulamentoaplicável,tendoemcontaadimensãodoedifício,apotênciadeclimatizaçãoeocustodaintervençãodareabilitaçãoarealizar.
Osfactoresreferidosnonúmeroanteriordevemserdeterminadosdeacordocomosseguintescritérios:
a) Caudais de ventilação: determinação experimental, em determinadosmomentoseparaas condiçõesmeteorológicasexistentes, combasenamedição dos caudais insuflados ou extraídos, ou na técnica dos gasestraçadores[5];
b) Concentraçãodepoluentesnoar interior:medição realizadadeacordocommetodologiacompatívelcomasexigênciasdoRSECE;
c) Áreaútildaaberturadas janelas:determinaçãocombasenasecçãodaaberturaquandoasfolhasmóveisseencontramabertas.
IV.6.4 QUANTIFICAÇÃO
IV.6.4.1 Caudaisdeventilação
IV.6.4.1.1 Adiluiçãodospoluentesresultantesdarespiraçãoemetabolismohumanoe das emissões resultantes dosmateriais deve ser efectuada combase narenovação do ar interior, realizada por ventilação natural, mecânica ouhíbrida.
IV.6.4.1.2 O caudal de ventilação mínimo destinado a assegurar a qualidade do arinteriordevesergarantidoempermanênciaindependentementedeasjanelase portas se encontrarem fechadas. A abertura das janelas será útil parapermitiraosocupantesintensificaraventilaçãoemdeterminadosperíodos.
IV.6.4.1.3 Emcada tipodeespaçodeve serasseguradoumcaudaldeventilaçãonãoinferioraosvaloresindicadosnoquadroseguinte.
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a) Caudaisdeventilação:determinaçãoexperimentalcombasenamediçãodoscaudaisinsufladosouextraídosounatécnicadosgasestraçadores;
b) Inquéritos aos ocupantes destinados a obter a percepçãoqueestestemsobreaqualidadedoarinterior.Seexistiremmaisde20%dosocupantesinsatisfeitosdevemserprevistasintervençõesdeformaamelhoraraqualidadedoarinterior;
c) Mediçãodaconcentraçãodepoluentesnoarinterior.
Emcadatipodeespaçodeveserasseguradoumcaudaldeventilaçãonãoinferioraosvaloresindicadosnoquadroseguinte.Tratando-sedereabilitação,poderáserencaradaapossibilidadedeadoptarcaudaisdeventilaçãomenores,osquaisserãocomplementadospelaaberturadejanelaspelosocupantes,nacondiçãodequeumareduçãodocaudalsetraduzaapenasemincomodidade.
(m³/h.m2)
Tipodeactividade
Quartos
Saladeactividades
Saladerefeições
edeconvívio
Gabinetesadministrativos
Gabinetedesaúde
Renovações
dearporhora
1
1
1
1
1
(m³/h.ocupante)
35
35
35
35
35
Caudaisdeventilação(1)
(m³/h)
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IV.6.4.1.4 Com excepção dos quartos e cozinha, nos períodos de não-ocupação dosespaçososcaudaisdeventilaçãoexpressospodemserreduzidosparametade,deformaaminimizarasperdastérmicaseosconsumosdeenergia.
IV.6.4.1.5 Se não for assegurado que os materiais de construção são classificadoscomo ecologicamente limpos, os sistemas de renovação de ar devem serdimensionadosparafornecer,senecessário,oscaudaisindicadosnoquadroanterior,acrescidosde50%.
IV.6.4.1.6 Ahotedofogãodeveserseleccionadadeformaaasseguraraeficazcaptaçãodospoluentes,devendoestardimensionadadeacordocomanormaNP10374 e comumcaudal não inferior a 180m3/h. Parapermitir a extracçãodocaudaldeareevitardepressõesexcessivas,deveserasseguradaaadmissãodeumcaudal de ar equivalente para esse espaço através de aberturas naenvolventeinterior(portasouparedesquedelimitemesseespaço).
(m3/h.m2)
5
5
Tipodeactividade
Corredores
Ginásio
Lavandaria
Cozinha(hotedesligada)
Instalaçãosanitária
Arrecadações
Vestiários
Outrosespaços,sem
ocupaçãohumana
oucomocupação
temporária
Outrosespaços,com
ocupaçãohumana
Renovações
dearporhora
2
2
4
0,5
1
0,5
1
(m3/h.ocupante)
35
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Caudaisdeventilação(1)
(m3/h)
60
(1)Exemplos:Quartocom2ocupantese40m3devolumeinterior;Caudal=Max(70;40)=70m3/h; Saladeconvíviocom12ocupantese325m3devolumeinterior;Caudal=Max(420;325)=420m3/h.
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IV.6.4.1.7 Nospólostécnicos,saladogeradorecaldeirasdeveserasseguradoocaudalde ar novo necessário ao bom funcionamento dos aparelhos e deve serassegurada a evacuação dos produtos da combustão através de condutas.Deformacomplementardevemserasseguradososrequisitosdeventilaçãoe desenfumagem previstos na regulamentação de segurança ao incêndioaplicável.
IV.6.4.2 Aberturadasfolhasmóveisdasjanelas
IV.6.4.2.1 Aventilaçãodosedifíciosdevepoderserintensificadaatravésdaaberturadas janelas. O dimensionamento das aberturas das janelas pode serrealizadodeacordocomoprEN15242[8],deformaaassegurarumcaudalmédiodepelomenos5renovaçõesdearporhoradoedifíciooudepartesdoedifício.
IV.6.4.2.2 Demodosimplificado,admite-sequeparaasseguraraventilaçãointensadosespaçossejaminstaladasjanelascomfolhasmóveiscomumaáreadeaberturanãoinferiora5%daáreadepavimentodesseespaçoequeexistamaberturasinterioresquepossibilitemoescoamentodoarentrefachadasopostas.Partedessaaberturadeveestarsituadaacimade 1,75mdopavimento.
IV.6.5. RECOMENDAÇÕESCOMPLEMENTARES
IV.6.5.1 Minimizaçãodasfontesdepoluiçãointerior
IV.6.5.1.1 Na selecção dos produtos de limpeza recomenda-se a não-utilização deprodutosàbasedeamónia,solventesorgânicoseoutrassubstânciasquímicasqueafectemaqualidadedoarinterior.
IV.6.5.1.2 Recomenda-sequesejaevitadaaacumulaçãodesubstânciasperigosasparaasaúdenointeriordosespaçosdoedifícioondeseverifiqueapermanênciadepessoas.
IV.6.5.1.3 Recomenda-se que osmateriais de construção, emparticular osmateriaisderevestimento,comotintas,vernizes,estuques,madeiras,contraplacadosemateriaisfibrosos, sejamseleccionadosde formaanão libertaremgasespoluentesparaoarinterior,devendoserfavorecidososquesejamcertificadoscomoecologicamentelimpos.
Deveseverificadoseosmateriaisdeconstrução,emparticularosderevestimento,comotintas,vernizes,estuques,madeiras,contraplacadosemateriaisfibrosos,libertamgasespoluentesparaoar interioremquantidadeexcessiva,devendonessascircunstânciasserprevistaasuasubstituiçãopormateriaisecologicamentelimpos.
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IV.6.5.2 Sistemadeventilação
IV.6.5.2.1 Recomenda-sequeaadmissãodoarexteriorserealizeatravésdeaberturasde ventilação específicas, situadas em locais adequados da fachada ou dacoberturaeafastadasdezonaspoluídas,taiscomo,locaisdeestacionamento,aberturasdeexaustãodaventilação,tubosdeventilaçãodeesgotosejuntoaopavimentoexteriordoedifício.
IV.6.5.2.2 SeaqualidadedoarexteriornazonaenvolventedoedifícioforconsideradapelomenosnaclasseMédia [4]em95%dotempo,éadmissívelefectuaraadmissãodoarnovoexterioratravésdegrelhasauto-reguláveisaplicadasnaenvolventeexteriordoscompartimentosdezonas“não-poluídas”.NoscasosemqueaqualidadedoarexteriorsejainferioràclasseMédiaemmaisde5%dotempo,érecomendávelqueoarnovosejaobjectodefiltragemadequada,funçãodapoluiçãodoarexterior[6],antesdeserinsufladoparaoedifício.
IV.6.5.2.3 Parapreveniramigraçãodospoluentesdaszonasmaispoluídas(ex.:cozinha,instalações sanitárias e lavandaria) para as outras zonas é recomendávelprocederàextracçãodoarviciadonessescompartimentosdirectamenteparao exterior, criando uma ligeira depressão em relação aos compartimentosadjacentes.O ar extraído nesses compartimentos deve ser proveniente decompartimentosadjacentesoupoderáseradmitidodirectamentedoexterior.Tendoemcontaascondiçõesclimáticasfavoráveis,recomenda-seaaplicaçãode janelas com folhasmóveis destinadas a possibilitar a intensificação daventilaçãodessesespaços,nomeadamenteatravésdefolhasmóveiscomeixohorizontalinferior(folhasdeventilação).
IV.6.5.2.4 Tendoemcontaquedurantealgunsperíodosdoanoascondiçõesatmosféricas(baixadiferençadetemperaturaentreointerioreoexterior,baixavelocidadedo vento) podem inviabilizar o adequado funcionamento do sistema deventilação natural, recomenda-se que a ventilação dos espaços das zonaspoluídasmaiscríticas(ex.:cozinha,instalaçõessanitáriaselavandaria)sejaassegurada por meios mecânicos. Esta estratégia também permitirá umacertarenovaçãodoardosrestantesespaços(quepodeserintensificadacomaberturasdejanelas)seaadmissãodearforefectuadacomgrelhasaplicadasnaenvolventeexteriordoscompartimentosmaislimpos.
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IV.6.5.2.5 Érecomendadoaindaprocederàventilaçãomecânicadoslocaisinteriores,esemjanelasparaoexterior,ounoslocaisemque,devidoaconstrangimentosexteriores ao edifício (privacidade, ruído, segurança, outros), as janelaspermaneçamfechadas.
IV.6.5.2.6 Nasarrecadaçõeseoutroslocaissemocupaçãohumana,commateriaiscomodorfracoecomumaáreaemplantainferiora2m2,poderáseraceitávelasseguraraventilaçãodesseespaçocomaberturasrealizadasadoisníveisdiferentes,umaaberturapróximadopavimentoeoutranumacotaacimade2m.
IV.6.5.2.7 Demodoaoptimizaraintensificaçãodaventilação,recomenda-sequesejaprivilegiadaaventilaçãotransversal,assegurandoaexistênciadejanelasemfachadasopostasedeaberturasnaenvolventeinterior,quepossibilitemesseescoamentodoar.
IV.6.5.2.8 Para permitir um certo controlo da ventilação transversal e minimizar oriscodedesconforto,recomenda-sequeasjanelassejamdotadasdefolhasgiratóriasdeeixohorizontalinferior,comaberturaparaointerior(folhasdeventilação).
IV.6.6 DEFINIÇÕES
IV.6.6.1 Materiais ecologicamente limpos são aqueles que apresentam uma taxa deemissãodecompostosorgânicosvoláteistotais(COVT)inferiora0,2mg/m2/h,deformaldeídoinferiora0,05mg/m2/h,deamóniainferiora0,03mg/m2/hedecomponentescancerígenosdacategoria1daIARCinferiora0,0005mg/m2/h.Osvaloreslimitesreportam-seàunidadedesuperfíciedomaterial.
IV.6.6.2 Índicedaqualidadedoarexterioréumindicadordaqualidadedoarnoqualsãoconsideradososseguintespoluentes:monóxidodecarbono(CO),dióxidode azoto (NO2), dióxido de enxofre (SO2), ozono (O3) e partículas finas ouinaláveis(medidascomoPM10).
IV.6.6.3 Zonasmaispoluídassãoaszonasondesãolibertadosparaoarcommaiorintensidade alguns poluentes, por via das actividades nelas desenvolvidascomo,porexemplo,acozinha,asinstalaçõessanitáriasealavandaria.
IV.6.6.4 Zonasmais limpassãoosespaçosdoedifícioondeosprincipaispoluenteslibertadosresultamdometabolismohumanocomo,porexemplo,osquartos,gabinetesesalasderefeiçõesedeconvívio.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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IV.6.7 REFERÊNCIAS
[1] NP1037-4:2001–Ventilação e evacuação dos produtos da combustão dos locais com aparelhos a gás. Instalação e evacuação das cozinhas profissionais.Lisboa:IPQ.
[2] ANSI/ASHRAEStandard62.1–Ventilation for acceptable indoor air quality.Atlanta:ASHRAE,2004.
[3] CR1752:1998–Ventilation for buildings – Design criteria for the indoor environment.Brussels:CEN.
[4] INSTITUTODOAMBIENTE(IA)–Índice da qualidade do ar exterior.DisponívelnaInternet:http://www.qualar.org/index.php?page=1>
[5] ENISO12569:2000–Thermal performance of buildings – Determination of air change in buildings.Tracergasdilutionmethod.Brussels:CEN.
[6] DECRETO-LEIn.º79/2006,de4deAbril–Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização de Edifícios (RSECE).
[7] EN13799:2004–Ventilation for non-residential buildings – Performance requirements for ventilation and room-conditioning systems.Brussels:CEN.
[8] prEN15242:2005–Ventilation for buildings – Calculation methods for the determination of air flow rates in buildings including infiltration.Brussels:CEN/TC156.
[9] DECRETO-LEIn.º80/2006,de4deAbril–Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).
IV.7 CONFORTOHIGROTÉRMICOEEFICIÊNCIAENERGÉTICA
IV.7.1 CONFORTOHIGROTÉRMICO
IV.7.1.1 PrincípiosGerais
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IV.7.1.1.1 Osedifíciosdevemserconcebidos,realizados,equipadoseutilizadosdeformaapermitirquesecriememantenhamnoseuinteriorcondiçõesdeconfortohigrotérmico, tendo em conta o número e as exigências específicas dosocupantesdosdiferenteslocaiseonormalfuncionamentodosequipamentosnelesinstalados.
IV.7.1.1.2 Demodo a satisfazer os objectivos estabelecidos no número anterior, nãodevem gerar-se nos ocupantes sensações de desconforto higrotérmicodevidas,nomeadamente:
a) Aperdasouganhosexageradosdecalor;
b) A desigualdades excessivas de temperatura entre as diversas partes docorpo;
c) Adificuldadesdeeliminarocalorgeradopelometabolismo,oqualdependedotipodeactividaderealizada,quenocasonãofavoreceumasituaçãodehigrotermiaestável;
d) Àocorrência,porperíodoslongos,desecagemouhumidificaçãoexcessivasdapeleoudasviasrespiratórias,resultantesdeteoresdehumidadeemambientesextremos.
IV.7.1.1.3 A obtenção de condições satisfatórias de conforto higrotérmico deve serasseguradacomumcustoglobalmínimo(considerandooscustosinicial,deexploraçãoedemanutenção)associadoaoseventuaismeiosmecânicosdeclimatização necessários (aquecimento, ventilação, refrigeração), semque,noentanto,sejampostosemcausaaqualidadedoarnemoutrosaspectosdoconfortoambienteinterior.
Osedifíciosexistentesdevemserequipadoseutilizadosdeformaapermitirquesecriememantenhamnoseuinteriorcondiçõesdeconfortohigrotérmico,tendoemcontaonúmeroeasexigênciasespecíficasdosocupantesdosdiferenteslocaiseonormalfuncionamentodosequipamentosnelesinstalados.
Recomenda-sequequandoseprevejaarealizaçãodeintervençõesdemanutenção,deconservaçãooudereabilitaçãonosedifíciosexistentes,osaspectosrelacionadoscom o respectivo desempenho higrotérmico e energético sejam devidamenteponderados.
Noâmbitodeumadas intervençõesacimareferidas, recomenda-sequesejamavaliadasaoportunidadeeaviabilidadetécnico-económicada implementaçãodesoluçõespassivasouactivasquevisem,queramelhoriadaqualidadetérmicadoedifícioquera limitaçãodoscustosenergéticosassociadosàsatisfaçãodasexigênciasdeconfortohigrotérmico.
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IV.7.1.1.4 As regras e recomendações que se apresentam aplicam-se a edifícios semsistemas de climatização centralizados, a edifícios com potências declimatização (aquecimento, refrigeração ou ventilação) inferior a 25 kWouaedifícioscomáreainferiora1000m2.Nosrestantescasos,asregraserecomendaçõesaplicáveissãoasconstantesdeIV.7.2.
IV.7.1.2 Mododeexpressão
IV.7.1.2.1 As exigências relativas ao conforto higrotérmico devem ser expressasconsiderandoosseguintesfactores:
a) Característicasdecomportamentotérmicodosedifícios:- Necessidadesnominaisdeenergiaútildeaquecimento(Ni),expressas
emconsumosnominaisporunidadedeáreaútildepavimento[kWh/(m2.ano)];
- Necessidadesnominaisdeenergiaútildearrefecimento(Nv),expressasemconsumosnominaisporunidadedeáreaútildepavimento[kWh/(m2.ano)].
b) Parâmetroseíndicesfundamentaisdeconfortoambienteinterior:- Temperaturasdoarouoperativa;- Humidaderelativaouabsolutadoar;- Assimetriasradiantes(verticalehorizontal);- Assimetriaverticaldatemperaturadoar;- Temperaturasuperficialdopavimento;- Velocidadedoar;- ÍndicesPMV(votomédioprevisível),PPD(percentagemprevisívelde
insatisfeitos) e DR (percentagem previsível de insatisfeitos devido acorrentesdear).
c) Parâmetrostérmicosadicionais:- Coeficientesdetransmissãotérmicadoselementosdaenvolventedos
edifícios;- Classedeinérciatérmicadoedifício;- Factorsolardosvãosenvidraçados.
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IV.7.1.2.2
IV.7.1.3 Quantificação
IV.7.1.3.1 A quantificação das exigências de conforto higrotérmico com base nosfactoresreferidosnonúmeroanteriordevefazer-sedeacordocomalegislaçãonacionalaplicável[1]eatenderaindaaoscritérioseàinformaçãoconstantesdosdocumentos[3,4,5].
IV.7.1.4 Recomendaçõescomplementares
IV.7.1.4.1 Independentemente da adopção de valores recomendados nas referênciasbibliográficas assinaladas [1, 3, 4], e referentes aos diversos parâmetrosambientais, térmicos e energéticos, recomenda-se que a temperaturaambienteinteriornãosejainferiora18°Cnemsuperiora27°C,dependendodaépocadoanoedotipodeutilizaçãodosespaçosinteriores.EmIV.7.2eVI.5(Climatização)sãoprestadasrecomendaçõesadicionaisrelativasàselecçãoeutilizaçãode equipamentos individuaisde climatizaçãoque contribuirãoparaasatisfaçãodestarecomendação.
IV.7.1.4.2 Domesmomodo, recomenda-se que a taxahorária de renovaçãode ar sejaadequadaaotipodeutilizaçãoenúmerodeutilizadoresfrequenteseocasionaisdosdiferentesespaçosinteriores.EmIV.6(Qualidadedoarinterior)sãoprestadasrecomendaçõesadicionaisrelativasàventilaçãoadequadadessesespaços.
IV.7.1.4.3 Visandoautilizaçãoracionaldascondiçõesclimáticasnaturaisexteriores,eemparticulararadiaçãosolar,noaquecimentoenoarrefecimentodosdiferentesespaçosinteriores,recomenda-sequeosedifíciossejamorientadostendoematençãoessascaracterísticasclimáticaseasnecessidadesdeinsolação.
Paraosedifíciosexistentesrecomenda-seocálculodosíndiceseparâmetrosdecaracterizaçãododesempenhotérmicodefinidosnoDecreto-Lein.º80/2006,de4deAbril[1],demodoaapoiaraidentificaçãodeaspectosquepossamjustificaraimplementaçãodemedidasprioritáriasdemelhoria.
Se os edifícios existentes, sem sistemas de climatização centralizados, foremobjectodegrandesremodelaçõesoualterações,devemsatisfazeraosrequisitosconstantesdoDecreto-Lein.º80/2006,de4deAbril[1].
Asampliaçõesdosedifíciosexistentes,semsistemasdeclimatizaçãocentralizados,ficam sujeitas ao cumprimento das exigências definidas no Decreto-Lei n.º80/2006,de4deAbril[1].
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IV.7.1.4.4 Paratirarpartidoda inérciatérmicainteriordosedifícios,queé,emgeral,benéficaparaodesempenhotérmicodosespaços interiores,emparticularnosperíodosquentes,recomenda-seque:
a) OsedifícioslocalizadosnaszonasclimáticasdeVerãoV2eV3apresenteminérciatérmicainteriorelevada;
b) O aproveitamento dos benefícios da inércia térmica seja apoiado pelorecursoàventilação(natural,depreferência)duranteosperíodosemqueatemperaturaexterioréinferioràtemperaturainterior;
c) De modo a maximizar os ganhos solares úteis nos períodos frios e aminimizarosganhosindesejadosnosperíodosquentes,recomenda-sequeos vãosenvidraçados sejamprovidosdedispositivosdeprotecção solarcolocadospeloexterioredecoresclaras.
IV.7.1.4.5 Recomenda-sequenaconcepçãoenaselecçãodosdispositivosdeprotecçãosolar sejam ponderados outros eventuais benefícios complementares,nomeadamentenoâmbitodailuminaçãonatural,daoclusãonocturnaedaventilaçãonatural.
IV.7.1.4.6 Paraminimizarosindesejadosganhostérmicossolaresnosperíodosquentes,atravésdareflexãoedosombreamentoeficazdaradiação,recomenda-sequeosacabamentosexterioresdoselementosopacosdaenvolventedosedifícios(paredes,caixilhosecoberturas)sejampreferencialmentedecoresclaras.
IV.7.1.4.7 No caso de coberturas com desvãos não-habitados, ou de elementos comespaçosdearentreumrevestimentoexteriordepequenaespessura(lajetas,chapas,pedraseladrilhosderevestimentoexteriorindependente)easoluçãode isolamento térmico, recomenda-se que sejam adoptadas disposiçõesconstrutivasquepermitamarespectivaventilação.
IV.7.2 EFICIÊNCIAENERGÉTICA
IV.7.2.1 Princípiosgerais
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IV.7.2.1.1 Os edifícios e as suas instalações energéticas devem ser concebidos,projectados, construídos e utilizados de forma a minorar o consumo deenergia,principalmentedeenergiafóssil,aolongodociclodevida,incluindoafasedeconstrução,utilizaçãoedefimdevidadoedifício.
IV.7.2.1.2
IV.7.2.1.3
IV.7.2.1.4 Os sistemasde climatizaçãodevemser concebidos, construídos, utilizadosemantidosdeformaapermitirquesecriememantenhamnointeriordosedifícios ou espaços condições de conforto higrotérmico, tendo em contaas exigências específicas dos ocupantes dos diferentes locais e o normalfuncionamentodosequipamentosnelesinstalados.
IV.7.2.1.5 Orecursoasistemasdeclimatizaçãomecânicadeveserminimizadotendoemcontaoacréscimodecustosnaconstruçãoenaexploraçãodoedifício,devendoserprivilegiadasassoluçõespassivas.
IV.7.2.1.6 Paraminimizarosconsumosdeenergiaaclimatizaçãopodeserlimitadaaosespaços com ocupação prolongada, devendo a distribuição de espaços e aqualidadetérmicadaenvolventesatisfazeraosrequisitosdefinidosemIV.7.1.
IV.7.2.1.7 Ainstalaçãodesistemasdeaquecimentodeveserponderadaparaosespaços/edifíciosemque,apesardaqualidadetérmicaexigidaparaaenvolventeefaceaumacorrectautilizaçãodosdispositivosdecontrolosolaredaventilação,sejaprevisívelexistiremduranteosperíodosdeocupaçãomaisde20horasporanocomtemperaturadoarinteriorinferiora16°C.
Noâmbitodoprojectodereabilitaçãotérmicaeenergética,recomenda-sequeseja efectuada uma avaliação técnica e económica de diferentes soluções eque sejamadoptadas asmais eficientes.Nesse âmbitopode ser importante arealização de uma auditoria energética (de aplicação obrigatória nos edifíciosabrangidospeloRSECE)paraauxiliaroestudotécnicoeeconómico.Salienta-sequenesteâmbitodevesertidaemcontaareabilitaçãotérmicadaenvolvente,osistemadeiluminaçãodosequipamentosconsumidoresdeenergia,adistribuiçãodosactividades/espaços,etc.
Dependendo dos recursos financeiros disponíveis, deve procurar-se substituirequipamentosqueapresentembaixorendimentoporequipamentomaisrecentecommaior eficiência, como por exemplo as caldeiras emotores eléctricos defuncionamentoprolongado.
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IV.7.2.1.8 Ainstalaçãodesistemasdearrefecimentodeveserponderadaparaosespaços/edifíciosemque,apesardaqualidadetérmicaexigidaparaaenvolventeefaceaumacorrectautilizaçãodosdispositivosdecontrolosolaredaventilação,sejaprevisívelexistiremduranteosperíodosdeocupaçãomaisde20horasporanocomtemperaturadoarinteriorsuperiora29°C.
IV.7.2.1.9 Nos espaços/edifícios em que seja requerida a utilização de sistemas deaquecimento estes devem ser concebidos e dimensionados de forma aassegurar uma temperatura operativa de 20 °C ± 2 °C para as condiçõesclimáticasexterioresprevistasnoRCCTEounoRSECE,devendoserrespeitadososrequisitosdestinadosalimitarfenómenosdedesconfortolocal.
IV.7.2.1.10 Nos espaços/edifícios em que seja requerida a utilização de sistemas dearrefecimento estes devem ser concebidos e dimensionados de forma aassegurar uma temperatura operativa de 25 °C ± 2 °C para as condiçõesclimáticasexterioresprevistasnoRCCTEounoRSECE,devendoserrespeitadososrequisitosdestinadosalimitarfenómenosdedesconfortolocal.
IV.7.2.1.11 Semprequeaclimatizaçãodosespaçossejaefectuadaatravésdesistemascom indução de escoamentos de ar com velocidade importante, deve sersalvaguardado que não são geradas correntes de ar incómodas e que sãocumpridososrequisitosparaonívelderuído.
IV.7.2.1.12 Na avaliação dos sistemas de climatização utilizam-se como parâmetrosas potências térmicas nominais de aquecimento e de arrefecimento, asnecessidadestérmicasanuaisdeaquecimentoedearrefecimentoeoíndicedeeficiênciaenergética(IEE).
IV.7.2.1.13 Quando forem instalados sistemas de climatização estes devem satisfazeraos requisitos da legislação nacional aplicável, nomeadamente RSECE eregulamentos sobre segurança das instalações eléctricas, combustíveis ereservatóriossobpressão.
Quando forem instalados sistemas de climatização estes devem satisfazer osrequisitosdalegislaçãonacionalaplicável.ORSECEédecumprimentoobrigatóriopara as grandes intervenções de reabilitação relacionadas com a envolvente,as instalações mecânicas de climatização ou os demais sistemas energéticosdoedifícioeàszonasampliadasemedifíciosexistentes(emqueaintervençãonaparteoriginalnãoatingeolimiardefinidoparasasgrandesintervençõesdereabilitação).
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IV.7.2.1.14 NosrestantescasosemqueoRSECEnãosejadecumprimentoobrigatório,deveoprojecto,construçãoemanutençãodossistemasenergéticossatisfazeraosrequisitosprevistosnesseregulamento.
IV.7.2.2 Mododeexpressão
IV.7.2.2.1 As exigências relativas à eficiência energética devem ser expressasconsiderandoosseguintesfactores:
a) Númerodehorascomtemperaturaoperativasuperiora29°Cnaestaçãodearrefecimento;
b) Númerodehorascomtemperaturaoperativainferiora16°Cnaestaçãodeaquecimento;
c) Potenciatérmicanominaldeaquecimento;
d) Potênciatérmicanominaldearrefecimento;
e) Necessidadesnominaisdeenergiaútildeaquecimento;
f) Necessidadesnominaisdeenergiaútildearrefecimento;
g) Indicadordeeficiênciaenergética(IEE)[2].
IV.7.2.3 Quantificação
IV.7.2.3.1 Aquantificaçãodonúmerodehorasemquesãoexcedidasastemperaturasoperativasde29°Ce16°CdeveserrealizadacomprogramadesimulaçãotérmicadeedifíciosquesatisfaçaaosrequisitosindicadosnoRSECE.
IV.7.2.3.2 A quantificação das potências térmicas nominais de aquecimento e dearrefecimentodeveserefectuadadeacordocomametodologiaespecificadanoRSECE.NocasodeedifíciosnãoabrangidospeleRSECE,aspotênciastérmicasnominaisdeclimatizaçãopodemserobtidascommétodossimplificados,porexemplooespecificadonaversãode1998doRSECE.Atemperaturainteriorde confortoa considerarnocálculodaspotências térmicasnominaisdeveestardeacordocomoindicadonoRSECE,20°Cnoperíododeaquecimentoe25°Cnoperíododearrefecimento.
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IV.7.2.3.3 AquantificaçãodasnecessidadestérmicasanuaisdeclimatizaçãodeveserefectuadadeacordocomametodologiaespecificadanoRSECE.NocasodeedifíciosabrangidospeloRCCTE,asnecessidadestérmicasdeclimatizaçãopodemserobtidascomométodoprevistonesseregulamento.
IV.7.2.3.4 AquantificaçãodoindicadordeeficiênciaenergéticadeveserrealizadodeacordocomométododefinidonoRSECE.Nãoseencontrandoespecificadosos perfis de utilização e um limitemáximo para o indicador de eficiênciaenergética para os equipamentos sociais objecto destas RecomendaçõesTécnicas,recomenda-sequeosmesmossejamcalculadoscombasenoscritériosdefinidos no RSECE para actividades que se considerem equiparadas paraesteefeito(ex.:restaurante/serviçoderefeiçãoouhospitais/estabelecimentodesaúdeseminternamento).
IV.7.3 REFERÊNCIAS
[1] DECRETO-LEIn.º80/2006,de4deAbril–Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).
[2] DECRETO-LEIn.º79/2006,de4deAbril–Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização de Edifícios (RSECE).
[3] SANTOS,C.PINAdos;MATIAS,Luís–Coeficientes de transmissão térmica de elementos da envolvente dos edifícios.Versãoactualizada2006.Lisboa:LNEC,2006.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE50).
[4] ISO 7730: 2005 – Ergonomics of the thermal environment. – Analytical determination and interpretation of the PMV and PPD indices and local thermal comfort criteria.Geneve:ISO.
[5] CENREPORTCR1752:2000–Ventilation for buildings. Design criteria for the indoor environment.Brussels:CEN.
[6] INSTITUTO NACIONAL DE HABITAÇÃO (INH)/LABORATÓRIO NACIONALDEENGENHARIACIVIL(LNEC)–Guia Técnico de Reabilitação Habitacional.2Vols.Lisboa:INH/LNEC,2006.
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IV.8 CONFORTOACÚSTICO
IV.8.1 PRINCÍPIOSGERAIS
IV.8.1.1 Osestabelecimentosdevemserconcebidos,realizadoseequipadosdemodoaproporcionaremaosutilizadorescondiçõessatisfatóriasdeconfortoacústico,tendoemcontaasualocalizaçãoemrelaçãoàsfontesderuídoexteriores,ascaracterísticasdacompartimentaçãoedosmateriaisdecondicionamentoacústicoutilizados,eoruídodeequipamentoseinstalações.
IV.8.1.2 AsexigênciasaverificarseguemcomadaptaçõesodispostonoRegulamentodos Requisitos Acústicos dos Edifícios [2] para os edifícios hospitalares econtemplamosseguintesaspectos:
a) Isolamentosonorodosespaçosinterioresrelativamenteafontesderuídoexteriores;
b) Isolamentosonorodacompartimentaçãointerior;
c) Característicasdereverberaçãodeespaçosinteriores;
d) Ruídoproduzidoporequipamentos.
IV.8.1.3 Demodoaassegurarcondiçõessatisfatóriasdeconfortoacústicoemrelaçãoàsfontesderuídoexterior,devemsersatisfeitasasseguintescondições:
a) Osestabelecimentosnãodevemlocalizar-seemzonassensíveisoumistas,ouondenãovigoreumplanodeurbanizaçãooudepormenor,semprequeseobservemvaloresdoindicadordoruídoambienteexterior,superioresaospreconizadospelodispostononúmero1doArtigo11.ºdoRegulamentoGeraldoRuído[1];
b) As fachadas dos respectivos edifícios devemapresentar um isolamentosonoro satisfatório relativamente ao ruído de proveniência exterior aoestabelecimentoouderecintosderecreioe lazerexterioresaeste,masqueointegrem.
IV.8.1.4 Demodoaassegurarqueatransmissãosonoraentreespaçosinteriores,emcondiçõesnormaisdeutilização,nãoperturbeasactividadesnelesrealizadas,
Osestabelecimentosdevemproporcionaraosutilizadorescondiçõessatisfatóriasde conforto acústico, tendo em conta a sua localização em relação às fontesderuídoexteriores,ascaracterísticasdacompartimentaçãoedosmateriaisdecondicionamentoacústicoutilizados,eoruídodeequipamentoseinstalações.
Demodo a assegurar condições satisfatórias de conforto acústico em relaçãoàs fontes de ruído exterior, recomenda-se que sejam satisfeitas as seguintescondições:
a) Osestabelecimentosnãodevemlocalizar-seemzonassensíveisoumistas,ouondenãovigoreumplanodeurbanizaçãooudepormenor,semprequeseobservemvaloresdoindicadorderuídoaplicável ao ambiente exterior superiores aos preconizadospelodispostononúmero1doArtigo11.ºdoRegulamentoGeraldoRuído[1];
b) Asfachadasdosrespectivosedifíciosdevemapresentarumiso-lamentosonorosatisfatóriorelativamenteaoruídodeprove-niênciaexterioraoequipamentosocialouderecintosderecreioelazerexterioresaeste,masqueointegrem.
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oselementosdecompartimentaçãodevemapresentarumisolamentosonoroadequado.
IV.8.1.5 Demodoaassegurarcondiçõessatisfatóriasdeconfortoacústico,osespaçosdosedifícios,emparticularaquelesondeénecessárioqueexistamcondiçõesde reverberação específicas, devem ser convenientemente dimensionadose dispor de revestimentos que permitam obter tempos de reverberaçãoadequadosàsactividadesnelesrealizadas.
IV.8.1.6 De modo a assegurar condições satisfatórias de conforto acústico, osequipamentos não devem produzir ruído excessivo nos espaços onde serealizemactividadesqueexigemconcentraçãoesossego
IV.8.1.7 Osedifícios,ouqualquerdas suaspartes, sãoconsideradosconformesaosrequisitos acústicos aplicáveis quando preencherem cumulativamente asseguintescondições:
a) Ovalorobtidoparao índicede isolamento sonoroa sonsde conduçãoaérea, normalizado, D2m,n,w ou Dn,w,acrescido do factor I (I = 3 dB),satisfazaolimiteespecificado;
b) Ovalorobtidoparao índicede isolamentosonoroasonsdepercussão,L’n,w,diminuídodofactorI(I=3dB),satisfazaolimiteespecificado;
c) Ovalorobtidoparaoníveldeavaliação,LAr,diminuídodofactorI[I=3dB(A)],satisfazaolimiteespecificado;
d) Ovalorobtidoparaotempodereverberação,T,diminuídodofactorI(I=25%dolimiteregulamentar),satisfazaolimiteespecificado.
IV.8.1.8 Adeterminaçãodoíndicedeisolamentosonoroasonsdeconduçãoaérea,normalizado,D2m,n,wouDn,w,do índicede isolamento sonoroa sonsdepercussão,L’n,w,dotempodereverberação,T,edoníveldeavaliação,LAr,deveserefectuadaemconformidadecomodispostonanormalizaçãoportuguesaaplicávelou,casonãoexista,nanormalizaçãoeuropeiaouinternacional.
Demodoa assegurar condições satisfatórias de conforto acústico, os espaçosdosedifícios,emparticularaquelesondeénecessárioqueexistamcondiçõesdereverberação específicas, devem dispor de revestimentos que permitam obtertemposdereverberaçãoadequadosàsactividadesnelesrealizadas.
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IV.8.2 ISOLAMENTOSONOROAORUÍDOPROVENIENTEDOEXTERIOR
IV.8.2.1 Mododeexpressão
IV.8.2.1.1 Asexigênciasrelativasaoisolamentosonoroaoruídoprovenientedoexteriordevemserexpressasconsiderandooseguintefactor:- Índice de isolamento sonoro a sons de condução aérea, normalizado,
D2m,n,w(emdB).
IV.8.2.2 Determinação
IV.8.2.2.1 O factor referido no número anterior é determinado de acordo com oscritériosdefinidosem[4]e[6].
IV.8.2.3 Quantificação
IV.8.2.3.1 O índice de isolamento sonoro a sons de condução aérea, normalizado,D2m,n,w, entre o exterior dos edifícios (emissão) e os compartimentosinteriores, como locais receptores (recepção), deve satisfazer as condiçõesseguintes:
a) D2m,n,w≥33dB(emzonasmistas);
b) D2m,n,w≥28dB(emzonassensíveis).
IV.8.2.4 Recomendaçõescomplementares
IV.8.2.4.1 Recomenda-sequeosedifíciossejamdispostosentresieemrelaçãoaoslocaisexterioresdorecintoemqueoequipamentosocialseintegrademodoqueasactividadesruidosasnãoperturbemoslocaisquerequeirammaiorsossego.
IV.8.3 ISOLAMENTOSONOROENTRELOCAISINTERIORES
IV.8.3.1 Mododeexpressão
IV.8.3.1.1 Asexigênciasrelativasaoisolamentosonoroentrelocaisinterioresdevemserexpressasconsiderandoosseguintesfactores:
Recomenda-sequeosedifíciosseencontremdispostosentresieemrelaçãoaoslocaisexterioresdorecintoemqueoequipamentosocialseintegrademodoqueasactividadesruidosasnãoperturbemoslocaisquerequeirammaiorsossego.Casonãoseverifiquemestespressupostosdevemseradoptadasmedidascorrectivasaoníveldoreforçodoisolamentodaenvolventeexteriore/oudareorganizaçãodosespaçosfuncionaisinteriores.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
Oíndicedeisolamentosonoroasonsdeconduçãoaérea,normalizado,Dn,w(emdB), entre locais do edifício, deve satisfazer as condições indicadas no quadroseguinte.
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a) Índicedeisolamentosonoroasonsdeconduçãoaérea,normalizado,Dn,w(emdB);
b) Índicedeisolamentosonoroasonsdepercussão,L’n,w(emdB).
IV.8.3.2 Determinação
IV.8.3.2.1 Osfactoresreferidosnonúmeroanteriorsãodeterminadosdeacordocomoscritériosdefinidosem[3],[5],[6]e[7].
IV.8.3.3 Quantificação
IV.8.3.3.1 Oíndicedeisolamentosonoroasonsdeconduçãoaérea,normalizado,Dn,w(emdB),entre locaisdoedifício,devesatisfazerascondições indicadasnoquadroseguinte.
Locaisderecepção
Locaisdeemissão
Quartos
Salasadministrativas
Salasdeconvívio
edeactividades
Saladerefeições
ecozinhas
Salasdeserviços
desaúdeede
instalaçõespara
opessoal
Circulaçõesinternas*
Quartos
≥48≥48≥48
≥50
≥48
≥33
Salas
administrativas
-
≥45≥45≥
≥45≥
≥45
≥30
Salasdeconvívio
edeactividades
-
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≥45
≥45
≥45
≥30
Salasdeserviços
desaúdeede
instalaçõesparao
pessoal
-
-
-
≥45
≥45
≥30
(*)Considerandoquehaveráportadecomunicaçãocomoslocaisreceptores;setalnãoforocaso,osvaloresindicadosserãoacrescidosde18dB
Locaisderecepção
Locaisdeemissão
Quartos
Salasadministrativas
Salasdeconvívio
edeactividades
Saladerefeições
ecozinhas
Salasdeserviços
desaúdeede
instalaçõespara
opessoal
Circulaçõesinternas*
Quartos
≥45≥45≥45
≥47
≥45
≥33
Salas
administrativas
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≥42≥42≥
≥42≥
≥42
≥30
Salasdeconvívio
edeactividades
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≥42
≥42
≥42
≥30
Salasdeserviços
desaúdeede
instalaçõespara
opessoal
-
-
-
≥42
≥42
≥30
(*)Considerandoquehaveráportadecomunicaçãocomoslocaisreceptores;setalnãoforocaso,osvaloresindicadosserãoacrescidosde18dB
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IV.8.3.3.2 Nointeriordoslocaisderecepçãodefinidosnoquadroanterior,oíndicedeisolamentosonoroasonsdepercussão,L’n,w,provenientedeumaexcitaçãode percussão normalizada sobre pavimentos de outros locais do edifício(emissão)devesatisfazerascondiçõesseguintes:
a) L’n,w≤60dB(seolocalemissorforcozinhaousaladerefeições);
b) L’n,w≤65dB(paraosrestanteslocaisemissores).
IV.8.3.4 Recomendaçõescomplementares
IV.8.3.4.1 Recomenda-sequeosdiversosespaçosdoedifíciosejamdispostoseagrupadosdeacordocomosníveisdoruídoquepossamaíserproduzidoseosossegoou a tranquilidade de que se necessita para o adequado desempenho dasactividadescorrelacionadas.
IV.8.3.4.2 Paraefeitodonúmeroanterior,recomenda-sequesejaevitada,semprequepossível,alocalizaçãodosespaçosinterioresondeénecessárioexistirmaissossego,comosejamosquartoseasáreasadministrativas,naenvolventedosedifíciosexpostaazonasruidosas.
IV.8.3.4.3 Do mesmo modo, recomenda-se que seja evitada a confrontação directaentre esses espaços interiores com os mais ruidosos do estabelecimento,designadamente cozinha, sala de refeições e espaços de convívio e deactividades.
IV.8.4 CARACTERÍSTICASDEREVERBERAÇÃODEESPAÇOS
IV.8.4.1 Mododeexpressão
IV.8.4.1.1 Asexigênciasrelativasàscaracterísticasdereverberaçãodosespaçosdevemserexpressasconsiderandooseguintefactor:
-Tempodereverberação,T(s).
IV.8.4.2 Determinação
Nointeriordoslocaisderecepçãodefinidosnoquadroanterior,oíndicedeisolamentosonoroasonsdepercussão,L’n,w,provenientedeumaexcitaçãode percussão normalizada sobre pavimentos de outros locais do edifício(emissão)devesatisfazerascondiçõesseguintes:
a) L’n,w≤63dB(seolocalemissorforcozinhaousaladerefeições);
b) L’n,w≤68dB(paraosrestanteslocaisemissores).
Recomenda-sequeosdiversosespaçosdosedifícios estejamagrupadosdeacordocomosníveisdoruídoquepossamnelesserproduzidoseosossegoouatranquilidadenecessáriosparaoadequadodesempenhodasactividadescorrelacionadas.Casonãoseverifiqueestepressupostodevemsertomadasmedidasaoníveldareorganizaçãodosespaçosfuncionaisemcausa.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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IV.8.4.2.1 O factor referido no número anterior é determinado de acordo com oscritériosdefinidosem[8]e[11].
IV.8.4.3 Quantificação
IV.8.4.3.1 Nassalasdeconvívioedeactividadesenassalasderefeições,consideradasmobiladas normalmente e sem ocupação, o tempo de reverberação, T,correspondente à média aritmética dos valores obtidos para as bandasde oitava centradas nas frequências de 500Hz, 1000Hz e 2000Hz, devesatisfazeracondiçãoseguinte:
T≤ 0,15V1/3
emqueVéovolumedocompartimento,expressoemm3.
IV.8.4.3.2 Os paramentos interiores dos átrios e corredores de circulação devem serdotadosderevestimentosabsorventessonoros,cujaáreadeabsorçãosonoraequivalente,A(m2),correspondenteàmédiaaritméticadosvaloresobtidosparaasbandasdeoitavacentradasnas frequênciasde500Hz, 1000Hze2000Hz,satisfaçaàcondiçãoseguinte:
A≥0,25xSp
emqueSprepresentaaáreadepavimentodoslocaisconsiderados,emm2.
IV.8.4.3.3 Aáreadeabsorçãosonoraequivalente,A,referidanonúmeroanterior,devesercalculadapelaexpressãoseguinte:
A=αm×S
emqueαmcorrespondeàmédiaaritméticadoscoeficientesdeabsorçãosonoraαSabinenointervalo500Hz-2OOOHzeSrepresentaaáreadorevestimentoabsorventesonoro.
IV.8.4.4 Recomendaçõescomplementares
Os paramentos interiores dos átrios e corredores de circulação devem serdotadosderevestimentosabsorventessonoros,cujaáreadeabsorçãosonoraequivalente,A(m2),correspondenteàmédiaaritméticadosvaloresobtidosparaasbandasdeoitavacentradasnas frequênciasde500Hz, 1000Hze2000Hz,satisfaçaàcondiçãoseguinte:
A≥0,15xSp
emqueSprepresentaaáreadepavimentodoslocaisconsiderados,emm2.
Aáreadeabsorçãosonoraequivalente,A,referidanonúmeroanterior,devesercalculadapelaexpressãoseguinte:
A=αm×S
emqueαmcorrespondeàmédiaaritméticadoscoeficientesdeabsorçãosonoraαSabine no intervalo500Hz-2000Hze S representaaáreado revestimentoabsorventesonoro.
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IV.8.4.4.1 Recomenda-seque,nocasodassalasderefeições,setenhaematençãootipodemateriaisautilizarnacorrecçãoacústicadestetipodeespaços,namedidaemque se torna necessário compatibilizar a funcionalidade em causa e anecessidadedemanutençãoregular,oqueimplicaautilizaçãodemateriaisduráveis, com superfícies expostas não rugosas nem porosas, permitindocondições de lavagem fácil e permanente sem a ocorrência de desgaste,deterioraçãoedegradaçãodomaterialaplicado.
IV.8.5 RUÍDODEEQUIPAMENTOS IV.8.5.1 Mododeexpressão
IV.8.5.1.1 As exigências relativas ao ruído produzido por equipamentos devem serexpressasconsiderandooseguintefactor:
- Níveldeavaliaçãodoruídoparticulardeequipamentos,LAr.IV.8.5.2 DeterminaçãoIV.8.5.2.1 O factor referido no número anterior é determinado de acordo com os
critériosdefinidosem[12].
IV.8.5.3 Quantificação
IV.8.5.3.1 NointeriordoslocaisderecepçãoindicadosnoquadroconstantedeIV.8.3.3.1oníveldeavaliação,LAr,doruídoparticulardeequipamentosdoedifíciodevesatisfazerascondiçõesseguintes:
a) LAr≤≤38dB(A)(seofuncionamentodoequipamentoforintermitente);
b) LAr≤≤33dB(A)(seofuncionamentodoequipamentoforcontínuo).
IV.8.5.4 Recomendaçõescomplementares
IV.8.5.4.1 Demodoaevitarqueoruídoproduzidopelosequipamentosepropagadoquerporviaaérea(ex.:pelascondutasdeinsuflaçãoeextracçãodear)querporviaestrutural,originesituaçõesdeincomodidadenosespaçosmaissensíveisdosedifícios,recomenda-seque:
NointeriordoslocaisderecepçãoindicadosnoquadroconstantedeIV.8.3.3.1oníveldeavaliação,LAr,doruídoparticulardeequipamentosdoedifíciodevesatisfazerascondiçõesseguintes:
a) LAr ≤ 40 dB(A) (se o funcionamento do equipamento forintermitente)
b) LAr ≤ 35 dB(A) (se o funcionamento do equipamento forcontínuo).
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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a) Sejamcolocadosapoiosresilientesnospontosdecontactocomaestruturadosedifíciosafimdeminoraraintensidadedosruídosdepercussãoquesepossamtransmitiratravésdamesma;
b) Se tal for necessário, se proceda também ao encapsulamento dosequipamentosafimdeselimitarapropagaçãoderuídoaéreo.
IV.8.5.4.2 Demodoaminorarapropagaçãodevibraçõesgeradaspelofuncionamentodos equipamentos, e que possam ser causa de incomodidade, recomenda-se que sejam adoptadas disposições construtivas similares nos apoios dosequipamentos,assimcomonospontosdecontactocomaestruturaoucomacompartimentaçãodosedifícios.
IV.8.6 REFERÊNCIAS
[1] DECRETO-LEI n.º 9/2007, de 17 de Janeiro – Regulamento Geral do Ruído (RGR).
[2] DECRETO-LEI n.º 129/2002, de 11 de Maio – Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE).
[3] ENISO140-4:1998–Acoustics–Measurement of sound insulation in buildings and of building elements. Part 4: Field measurements of airborne sound insulation between rooms.Brussels:CEN.
[4] ENISO140-5:1998–Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements. Part 5: Field measurements of façade elements and façades.Brussels:CEN.
[5] ENISO140-7:1998–Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements. Part 7: Field measurements of impact sound insulation of floors.Brussels:CEN.
[6] ENISO717-1:1996–Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of building elements. Part 1: Airborne sound insulation.Brussels:CEN.
[7] ENISO717-2:1996–Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of building elements. Part 2: Impact sound insulation. Brussels:CEN.
[8] ENISO3832:2000–Acoustics – Measurement of reverberation time of rooms with reference to other acoustical parameters.Brussels:CEN.
[9] ENISO12354-1:1999–Building Acoustics – Estimation of acoustic performance of buildings from the performance of elements. Part 1: Airborne sound insulation between rooms.Brussels:CEN.
[10] ENISO12354-2:1999–Building Acoustics – Estimation of acoustic performance of buildings from the performance of elements. Part 2: Impact sound insulation between rooms.Brussels:CEN.
[11] EN ISO 12354-6: 2002 – Acoustics – Estimation of acoustic performance of buildings from the performance of elements. Part 6: Sound absorption in enclosed spaces.Brussels:CEN.
[12] NP 1730: 1996–Acústica – Descrição e medição do ruído ambiente. Lisboa :IPQ.
[13] SILVA,P.Martinsda–Acústica de edifícios.Lisboa:LNEC,1978.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE8).
[14] PATRÍCIO,JorgeV.–Condicionamento acústico de estabelecimentos de restau-ração e unidades similares.Lisboa:LNEC,2001.(NãoSeriadosNS87).
[15] PATRÍCIO,JorgeV.–Isolamento sonoro a sons aéreos e de percussão. Metodologias de caracterização.Lisboa:LNEC,1999.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE45).
[16] DOMINGUES,M.Odete–A acústica nos edifícios. Materiais e sistemas absorventes sonoros: coeficientes de absorção sonora.Lisboa:LNEC,2005.(NãoSeriadosNS103).
IV.9 CONFORTOVISUAL
IV.9.1 ILUMINAÇÃONATURAL
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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IV.9.1.1 Princípiosgerais
IV.9.1.1.1 Os espaços interiores dos edifícios devem proporcionar condições deiluminaçãonaturaladequadas,dospontosdevistadeníveisdeiluminação,uniformidadeeausênciadeencandeamento,paraarealizaçãodastarefaseactividadesvisuaisquenelesdecorremdeummodopreciso,emcondiçõesdeconfortoedesegurançaesemfadigavisualparaosutilizadores.
IV.9.1.1.2 Na impossibilidade de dotar todos os espaços de condições de iluminaçãonaturalapropriadas,deveserconsiderada,paraasatisfaçãodessascondições,aseguinteordemdepreferência:
a) Espaçosdestinadosaocupaçãohumanaprolongada (ex.: salasdeestar,gabinetesadministrativos)eespaçosdetransiçãoexterior-interior;
b) Espaçosdepassagem(ex.:espaçosdecirculaçãoverticaisehorizontais);
c) Espaçosemqueaocupaçãohumanaéocasionaloutipicamentedecurtaduração(ex.:arquivos,instalaçõessanitárias,áreasdearrumos);
d) Espaçosdestinadosaserutilizadosnamaiorpartedotempoemcondiçõesdeobscurecimento.
IV.9.1.1.3 Noprojectodosedifíciosdeveter-seemconsideraçãoascaracterísticasespecíficasdailuminaçãonatural,nomeadamenteasuavariaçãotemporalecomascondiçõesatmosféricas;nestesentido,osobjectivosaatingirdevemserosseguintes:
a) Assegurar,duranteamaiorpartedosperíodosdeutilizaçãoenamaioráreapossível,condiçõesparaaobtençãodeiluminaçãonaturaladequadaparasatisfaçãodasexigênciasdeiluminaçãoambienteedeconfortovisualrequeridaspelasactividadesprevistasparacadaespaço;
b) Dotar a instalação de iluminação artificial com características quepermitammaximizaroaproveitamentodailuminaçãonaturalnosperíodosemqueesta,porsisó,éinsuficiente.
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IV.9.1.1.4 Para dar satisfação aos objectivos referidos nos números anteriores, osvãosdeiluminaçãodevemserprovidoscomdispositivosdesombreamentoreguláveisparacontroloemodelaçãodaluznatural,quepossibilitem:
a) Ocontrolodosníveisdeiluminaçãonosespaçosinterioresmedianteactuaçãoselectivasobreosdispositivosdesombreamento,quedevemserajustáveis,flexíveiseversáteis,epermitiraindaoobscurecimentodosespaços;
b) A eliminaçãoouamitigaçãode situaçõesde encandeamento, pela luzdocéuoupelaluzdoSol,semcomprometeroaproveitamentodailuminaçãonatural.
IV.9.1.2 MododeexpressãoIV.9.1.2.1 Asexigênciasrelativasàiluminaçãonaturaldevemserexpressasconsiderando
osseguintesfactores:
a) Níveisdeiluminaçãonatural:- Factordeluzdodia-FLD(%)[3]
b) Uniformidadedailuminaçãonatural:- Factordeuniformidadedailuminaçãonatural[3]
c) Níveismáximosdetolerânciaecontrastesdeluminância:- Incidênciasolaremplanosdetrabalho- Luminância(cd/m2)- Relaçãoentreasluminânciasnocampodevisão
IV.9.1.3 Quantificação
IV.9.1.3.1 O factor de luz do dia nos espaços dos edifícios deve respeitar os valoresindicadosnoquadroseguinte[5].
V.9.1.3.2 Ofactorde luzdodia referidononúmeroanteriordeveseravaliadonumplanohorizontal a umaalturadopisode aproximadamente0,85m (salvoindicações específicas incluídas nas observações do quadro constante dopresente número). Adicionalmente, o factor de luz do dia mínimo deveseravaliadoaumadistânciadaparedeopostaaosvãosdeiluminaçãonãosuperiora1,00mneminferiora0,60m.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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IV.9.1.3.3 Emespaços iluminadosporvãosenvidraçados laterais,auniformidadedasiluminâncias (oudoFLD)nãodeve ser inferior a0,2, sendo0,3o valordereferência[6]e[7].
IV.9.1.3.4 Emespaçoscomiluminaçãonaturalzenital,auniformidadedasiluminâncias(oudoFLD)nãodeveserinferiora0,7,sendo0,8ovalordereferência.
IV.9.1.3.5 Os planos de trabalho devem poder sermantidos ao abrigo da incidênciadirectadaradiaçãosolar.
IV.9.1.3.6 Aluminânciamédiadequalqueráreadosparamentosdosespaçosdosedifícioscomdimensõesde0,60mx0,60mnocampodevisãodosutilizadoresnãodevesersuperiora850cd/m2.
IV.9.1.3.7 A relação das luminâncias das superfícies iluminadas por luz natural eabrangidaspelocampodevisãodosutilizadoresnãodevesersuperiora40.
IV.9.1.4 Recomendaçõescomplementares
Espaços/Actividades
Entradaerecepção
Áreasdecirculação,
corredores
eescadas
Enfermaria
Salasdeleituraelazer
Salas/Gabinetesdopessoal
Quartosdedormir
Salasdeestar
ecompartimentos
multifunções
Cozinha
Posiçãodemedição/
cálculo/Observações
1,20mdopiso
Pisosdeespaçosde
circulaçãoecorredores.
Degrausdeescadas
Alturadacabeceira
dascamas
Factordeluz
dodiamédio(%)
2
2
3,5
3,5
3,5
1
1,5
2
Factordeluz
dodiamínimo(%)
0,6
0,6
1
1,5
1,5
0,3
0,5
0,6
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IV.9.1.4.1 De modo a minimizar os problemas de encandeamento nos edifícios,recomenda-seque:
a) Emlocaiscomocupaçãopermanenteoufixa,sejaevitadaaincidênciadaluzdirectadoSolnosprincipaisplanosde trabalho,bemcomoa visãodirecta, através dos vãos envidraçados, de porções de céu demasiadobrilhantesoudesuperfíciesexterioresinsoladas;
b) Sejam utilizados acabamentos superficiais de cores claras e mate (emparticularnasparedesquecontêmosvãosenvidraçados),quepermitemareduçãodoscontrastesdebrilhoentreosvãoseassuperfíciesadjacentes,eaconsequentemelhoriadoconfortovisual;
c) Em corredores e outros espaços de comunicação horizontal estreitos elongos,serecorraailuminaçãonaturallateralouzenital,seevitemvãosenvidraçadosnosrespectivostoposdessaszonaseospavimentospossuamumacabamentomateparaminimizar os riscosde encandeamentoporreflexãodevidosaosvãos,lumináriasououtrassuperfíciesbrilhantes;
d) Em escadas e outros espaços de comunicação vertical, se utilizemacabamentossuperficiaisdecoresclarasemate,eseeviteavisãodirectade porções brilhantes de céu através de vãos envidraçados para quemdesceasescadas.
IV.9.1.4.2 Demodoaatenderàsdificuldadesvisuaisedemobilidadedaspessoasidosasqueutilizemosestabelecimentos–queemregratêmnecessidadedemaisluz que os mais novos para a realização das mesmas tarefas visuais emcondiçõesdesegurançaeconfortoepodemserparticularmentesensíveisaoencandeamento–recomenda-seque:
a) Nosespaçosutilizadosporpessoasidosasosníveisdeiluminaçãosejamsuperiores àqueles que seriam adequados a pessoas sem problemasde visão, sendo o aumento desses níveis de iluminação conseguidopreferencialmentemedianteiluminaçãoartificialsuplementarlocalizada;
b) Nosespaçosreferidosnaalíneaanteriorseevitem:i)apresençadefontesdeiluminaçãointensasnocampodevisão; ii)aalternânciadezonasdesombra e de luz, potencialmente causadoras de desconforto e fadigavisual; iii)aexistênciadereflexosnopisodecorredores iluminadosnassuasextremidadesporvãosenvidraçados.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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IV.9.1.5 Definições
IV.9.1.5.1 Factor de luz do dia (FLD) –Quociente (expresso empercentagem) entrea iluminância natural num ponto de um plano situado no interior de umcompartimentodevidaaumcéucomumadistribuiçãodeluminânciassupostaou conhecida, e a iluminância exterior simultânea num plano horizontal,proveniente de um hemisfério desobstruído desse céu. Assume-se que adistribuiçãode luminânciasdocéuconsideradoéadeumCéuEncoberto-PadrãodaCIE[3]equeacontribuiçãodaluzdirectadoSolparaambasasiluminânciaséexcluída.
IV.9.1.5.2 Céu encoberto-padrão da CIE - Céu completamente coberto por nuvensdensas, espessas e escuras para o qual o quociente entre a luminância deumafracçãodecéucomumângulodeelevação(a)acimadohorizonte(La)ealuminâncianozénite(Lz)édadopelaseguinteexpressão:
La=Lz(1+2.sena)/3
IV.9.1.5.3 Factor de uniformidade da iluminaçãonatural (Unif) –Quociente entre ailuminâncianaturalmínimaeailuminâncianaturalmédianumplanosituadono interior de um compartimento. Ambas as iluminâncias são calculadas/medidasaolongodeumplanodetrabalhooudereferência,habitualmentehorizontaleaumaalturade0,85mdopiso.
IV.9.1.5.4 Encandeamento-Condiçõesdevisãonasquaisseexperimentaquerincómodo,querreduçãodaaptidãoadistinguirobjectos,queroutrosproblemasvisuais,emconsequênciadeumadistribuiçãodesfavoráveldeluminânciasoudoseuescalonamentoentrevaloresextremosmuitodiferentes,ouemconsequênciade contrastes excessivos no espaço e no tempo. O encandeamento podeclassificar-se como incapacitador (encandeamento que prejudica a visãodos objectos sem causar necessariamente uma sensação desagradável) oudesconfortável(encandeamentoqueproduzumasensaçãodesagradávelsemprejudicarnecessariamenteavisãodosobjectos).
IV.9.2 ILUMINAÇÃOARTIFICIAL
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IV.9.2.1 Princípiosgerais
IV.9.2.1.1 Os edifícios devem ser providos de dispositivos de iluminação eléctricaqueproporcionemaquantidadeeaqualidadede iluminaçãonecessáriasàrealizaçãodastarefasvisuais,quandotalnãoforpossívelapenascomrecursoàiluminaçãonatural.
IV.9.2.1.2 Ailuminaçãoproporcionadapelosdispositivosreferidosnonúmeroanteriordeveevitarafadigavisualdosutilizadores,originada,querpelainadequaçãodosníveisdeiluminação(iluminâncias)relativamenteaousodosespaçoseàsactividadesneleexercidas,querporexcessodosníveismáximosdetolerânciavisualeporcontrastesdeluminosidadequeoriginemencandeamento,queraindapelainstabilidadeepelamáqualidadedaluz.
IV.9.2.1.3 Na concepção e no dimensionamento da iluminação artificial dos espaçosinterioresnosedifíciosdeveatender-seaosseguintesaspectos:
a) Tipoecaracterísticasdaslâmpadaseluminárias;
b) Eficiênciaenergéticadossistemasdeiluminação;
c) Medidasmaisadequadasdearticulaçãocomailuminaçãonatural;
d) Existência de sistemas de iluminação eléctrica de segurança eemergência.
IV.9.2.1.4 Ossistemasdeiluminaçãoartificial(lâmpadas,lumináriasecontrolos)devemproporcionar um ambiente visual adequado, em condições de eficiênciaenergética.
IV.9.2.2 Mododeexpressão
IV.9.2.2.1 Asexigênciasrelativasàiluminaçãoartificialdevemserexpressasconsiderandoosseguintesfactores:a) Níveisdeiluminaçãoartificial:
- Iluminânciamantida-Em(lux)
b) Uniformidadedasiluminânciasdasfontesdeiluminaçãoartificiais:
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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- Factordeuniformidadedasiluminânciasdevidasafontesdeiluminaçãoartificiais
c) Parâmetrosrelacionadoscomoencandeamento:- Índicedeencandeamento–UGR- Luminânciadasfontesdeiluminação(cd/m2)- Ráciosdeluminâncias
d) Parâmetros relacionados coma estabilidade e composição espectral daluz:- Quociente entre a luminância máxima instantânea e a luminância
média(%)- ÍndiceCIEderestituiçãodecores–Ra
IV.9.2.3 Quantificação
IV.9.2.3.1 A iluminânciamantida (Em)nosespaçosdosedifíciosdeve, em funçãodasactividades visuais mais comuns neles realizadas, respeitar os valoresindicadosnoquadroseguinte[2].Ailuminânciamantidadeveseravaliadaaolongodosprincipaisplanosdetrabalho,habitualmentehorizontaiseaumaalturadopisodeaproximadamentede0,85m(salvoindicaçõesespecíficasincluídasnasobservaçõesdoquadro).
RequisitosdeiluminaçãoparaespaçosinterioreseactividadesemLaresdeIdosos[2]
Tipodeespaço,tarefaouactividade Em(lux) UGR Ra Observações
Espaçosdepassagemecirculação
Espaçosdecirculaçãoecorredores 100 28 80 iluminânciasaoníveldopiso
EscadaseElevadores 150 25 80 Iluminânciasaoníveldo
pisooudosdegraus
Zonascomuns–Compartimentosderepouso,pararefeições,sanitárioseparacuidadosdesaúde
Salasdeestar/convívio 100 22 80 Iluminaçãoadicional
localizadaparaleitura/
escritaeactividades
visuaisdeexigências
médias(500lux)
Salasparaexercíciofísico 300 22 80
Vestiários,instalaçõessanitários 200 25 80
Enfermaria 500 19 80
Salasdeatendimentomédico 500 16 90
Saladerefeições 200 22 80
Espaçosdeleitura 500 19 80
Áreasadministrativasedepessoaldeapoio
Cópias,trabalhoadministrativo 300 19 80
Escrita,leitura,dactilografia 500 19 80
Gabinetesindividuais/múltiplos 500 19 80
Salasdereuniões 500 19 80 Ailuminaçãodeveser
controlável
Recepção 300 22 80
Arquivos 200 25 80
Preparaçãoderefeiçõesearmazenagem
Cozinha/copa 500 22 80
Compartimentosdearmazenagem 100 25 80
Espaçosdedormireáreasafins
Quartosdedormir 150 - -
Instalaçõessanitárias 200 22 80
Corredores:duranteodia 200 22 80 iluminânciasaoníveldopiso
Corredores:duranteanoite 50 22 80 iluminânciasaoníveldopiso
Salasdedia 200 22 80 iluminânciasaoníveldopiso
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IV.9.2.3.2 Independentementedascaracterísticasespecíficasdastarefasvisuaisedosvalores referidos no quadro anterior, a iluminância ambientemantida emqualquerespaçoocupadodemodocontínuonãodeveserinferiora200lux.
IV.9.2.3.3 Nosespaçosemqueserealizemtarefasvisuaisenaszonasnasuaproximidadeo factordeuniformidadedas iluminânciasdevidasa fontesde iluminaçãoartificialnãodeveser,respectivamente,inferiora0,7ea0,5.
IV.9.2.3.4 Oíndicedeencandeamentodainstalaçãodeiluminaçãoartificial(UGR)nãodevesersuperioraosvaloresindicadosnoquadroanterior.
IV.9.2.3.5 A luminânciadasfontes luminosasqueseencontremnocampovisualdosutilizadores,amenosde52°acimadahorizontal,nãodevesersuperiora3000cd/m2.
IV.9.2.3.6 A relação das luminâncias das superfícies iluminadas por luz artificial eabrangidaspelocampodevisãodosutilizadoresnãodevesersuperiora30.
IV.9.2.3.7 A luminânciamáxima instantânea das fontes de iluminação artificial nãodeveexcederemmaisde20%asualuminânciamédia.
IV.9.2.3.8 Oíndicederestituiçãodecores(Ra)dasfontesdeiluminaçãoartificialnosespaçosdosedifícios,nãodeve,emfunçãodasactividadesnelesrealizadas,serinferioraosvaloresindicadosnoquadroanterior.
IV.9.2.4 Recomendaçõescomplementares
IV.9.2.4.1 SãoaplicáveisàiluminaçãoartificialasrecomendaçõescomplementaresparaailuminaçãonaturalconstantesdeIV.9.1.4.1.
IV.9.2.4.2 De modo a atender aos problemas de visão das pessoas idosas ou comdeficiênciasvisuaisnão-corrigidas,recomenda-sequeailuminânciamantidaemespaçosdecirculação(ex:escadas)eemplanosdetrabalholocalizadospararealizaçãode tarefasvisuaisdeexigênciamédia/elevada (ex: leituraeescrita)seja,respectivamente,decercade300e1000lux.
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IV.9.2.4.3 Recomenda-se que a iluminação das saídas e entradas proporcione umazonadetransiçãodemodoaevitarvariaçõessúbitasdeiluminânciasentreointerioreoexterior,dediaoudenoite.
IV.9.2.4.4 Recomenda-se que a generalidade dos locais disponha de comutação deluzquepermitagraduaroníveldeiluminaçãoequearegulaçãodosníveisde iluminação artificial seja efectuada preferencialmente com recurso adispositivosderegulaçãocontínua(vulgo“dimmers”).
IV.9.2.4.5 Recomenda-sequeosespaçosdecomunicação(ex:corredoreseescadas)edecirculaçãodisponhamdeiluminaçãonaturaleartificial,queproporcionecondições satisfatórias de visão e de mobilidade, e consequentemente desegurança aos utilizadores, e que os respectivos sistemas de controlo dailuminação artificial durante o período nocturno sejam preferencialmenteautomáticoseaccionadospordetectoresdepresençaoumovimento.
IV.9.2.4.6 Demodoapermitiraobtenção,nosespaçosdecomunicaçãoecirculação,dascondiçõesindicadasnonúmeroanterior,recomenda-seque,nessesespaços:
a) Asfontesdeiluminaçãoselocalizempreferencialmentenasparedesenãosejamdirectamentevisíveisparaevitaroencandeamentodirectoe/ouporreflexãonopavimento,sendoconsequentementeailuminaçãodos espaços obtida por reflexão nos paramentos das paredes e dotecto;
b) Ospavimentospossuamumacabamentosuperficialmatedemodoanãofavoreceremoencandeamentoporreflexãodefontespotencialmenteencandeantes(vãosenvidraçados,luminárias,etc.);
c) Ospavimentos,osdegraus,ospatamaresdasescadaseoscorrimãossejamadequadamenteiluminados.
IV.9.2.4.7 Recomenda-sequeasinalizaçãodassaídasedospercursosdeemergênciasejadotadadeblocosautónomos.
IV.9.2.5 Definições
IV.9.2.5.1 Iluminânciamantida(Em)-Valormínimodailuminânciamédiaaolongodeumadeterminadaáreaduranteoperíododevidadeumainstalação.Exprime--seemlux.
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IV.9.2.5.2 Factordeuniformidadedasiluminânciasdevidasafontesdeiluminaçãoartificial(Unif)-Quocienteentreailuminânciamínimaeailuminânciamédia,numplanosituadonointeriordeumcompartimento,devidasàiluminaçãoartificial.
IV.9.2.5.3 Índicedeencandeamento(UGR)-Parâmetro,propostopelaCIE-ComissãoInternacionaldeIluminação,paraclassificaçãodograudeencandeamentodeumainstalaçãodeiluminaçãoartificial[3].
IV.9.2.5.4 Eficácia luminosa de uma fonte de iluminação - Quociente entre o fluxoluminosoemitidoporumafontedeiluminaçãoeaenergiaeléctricaporelaconsumida.Exprime-seemlúmenporWatt(lm/W).Quantomaiselevadoforovalormaisenergeticamenteeficienteseráafontedeiluminação.
IV.9.2.5.5 Luminância - Termo que expressa a intensidade da luz emitida numadeterminada direcção pela área unitária de uma superfície luminosa oureflectora. É o equivalente físico do que é subjectivamente designado porbrilho.Éexpressoemcandelaspormetroquadrado(cd/m2).
IV.9.2.5.6 Plano de trabalho (ou de referência) - Plano no qual uma determinadaactividade visual é efectuada. Em regra, no domínio da iluminação emespaçosinteriores,assume-sequeoplanodetrabalhoéumplanohorizontal,aumaalturadeaproximadamente0,85mdopisoelimitadopelasparedesdocompartimento.
IV.9.3 CONTACTOVISUALCOMOEXTERIOR
IV.9.3.1 Princípiosgerais
IV.9.3.1.1 Osespaçosdosedifíciosdevemserconcebidosedimensionadosdemodoaasseguraraos seusutilizadoresocontactovisualcomoambienteexterior,salvoseasactividadesarealizarnosmesmosforemelasprópriasimpeditivasdessecontacto.
IV.9.3.1.2 Casonão sejapossível proporcionar aberturaspara contacto visual comoambiente exterior em todos os espaços, deve ser atribuída prioridade aos
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espaçosdeestar,lazereconvívio,aosquartosdedormireaosdemaisespaçoscomocupaçãocontínua(comoespaçosadministrativos).
IV.9.3.2 Mododeexpressão
IV.9.3.2.1 Asexigênciasrelativasaocontactovisualcomoexteriordevemserexpressasconsiderandoosseguintesfactores:
a) Dimensões,formaelocalizaçãodosvãosenvidraçados;
b) Propriedadesdetransmissãodaluzdosenvidraçados.
IV.9.3.3 Quantificação
IV.9.3.3.1 Asdimensões, formae localizaçãodosvãosenvidraçadossãoosprincipaisfactorescondicionantesdocontactovisualcomoexterior.Estascaracterísticasdevemsercompatíveiscomasexigênciasrelativasàiluminaçãonaturaleadomíniosafins(confortotérmicoeconfortoacústico).
IV.9.3.3.2 Demodoapermitirumadequadocontactovisual comoexterior,aalturaacimadopisodopeitorildasjanelascomessasfunçõesnãodevesersuperiora1,00m.
IV.9.3.3.3 Demodoaassegurarcondiçõesadequadasdecontactovisualcomoexterior,osvãosenvidraçadosdevemobservarasseguintescondições:
a) Dispordeenvidraçadoscomtransmitânciasvisíveiselevadas;
b) Não apresentar, em geral, envidraçados coloridos e reflectantes quealteramapercepçãodoambienteexterior;
c) Nãoapresentar,emgeral,envidraçadosnãotransparentesouqueintroduzamdeformaçõesópticas(ex.:tijolosdevidrooucertosmateriaisplásticos).
IV.9.3.4 Recomendaçõescomplementares
IV.9.3.4.1 De modo a optimizar as condições de contacto visual com o exterior,recomenda-seque:
a) Aoestabelecerasdimensõeseproporçõesdasjanelasparaessecontacto
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visual,seatendaaotipodevistas,àsdimensõesdosespaçosinteriores,eàposiçãoeàmobilidadedosutilizadores;
b) Seprivilegiem,semprequepossível,as janelasdesacada,emparticularemespaçosemqueasprincipaisactividadessejamefectuadasnaposiçãodesentado;
c) Não sejam dispostos vãos envidraçados para contacto visual com oexteriorcasoexistamobstruçõesexteriores significativas, emparticularseessasobstruçõesforemconstituídasporedifíciosoumurosdemasiadopróximos,oulogradouros.
IV.9.3.4.2 Recomenda-seaindaque:
a) Se procure proporcionar, sempre que possível, a existência de vistasagradáveis,designadamenteparaáreasverdes,paisagensnaturaiseáreaspedonais;
b) Sejamevitadasvistasparazonasdemasiadomovimentadas,viasdetráfegodeveículosintenso,zonascomerciaisruidosas,etc.
IV.9.3.4.3 Nocasodeespaçosprovidosdevãosparacontactovisualcomoexteriorapenasnumadasparedes,recomenda-sequeasrespectivasáreasenvidraçadasnãosejaminferioresaosvaloresindicadosnoquadroseguinte[1],semprejuízodaconsideraçãodeoutrosaspectosrelevantesparaocorrectodimensionamentodosvãos,taiscomoacaptaçãodeluznaturalsuficiente,osganhoseperdastérmicas,asnecessidadesdeventilaçãoeoisolamentoacústico.
Áreasenvidraçadasrecomendadasparaumadequadocontactovisualcomoexterior,nocasode
compartimentoscomjanelasapenasnumaparede[7]
Profundidadedocompartimento(m) Percentagemdaáreadaparede(vistadointerior)
ocupadapelasjanelas(%)
<8 20
8-11 25
11–14 30
>14 35
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IV.9.4 NÍVEISDEINSOLAÇÃO
IV.9.4.1 Princípiosgerais
IV.9.4.1.1 Demodoagarantir condiçõesadequadasde salubridade, confortoebem--estardosutilizadores,osespaçosdosedifíciosdevempoder recebera luzdirectadoSolatravésdevãosenvidraçadosduranteumperíododetempomínimodiário.
IV.9.4.2 Mododeexpressão
IV.9.4.2.1 As exigências relativas aos níveis de insolação devem ser expressasconsiderandooseguintefactor:
- Garantiadeincidênciasolarnosvãosenvidraçadosduranteumperíododetempomínimodiário.
IV.9.4.3 Quantificação
IV.9.4.3.1 Osedifíciosdevemserlocalizados,orientadoseconcebidosdemodoque:
a) Oscompartimentosrecebamumainsolaçãosuficiente;nocasodenãoserpossívelproporcionarascondiçõesdeinsolaçãomaisadequadasemtodosos compartimentos (ex.: devido a orientações desfavoráveis dos vãos, àpreexistênciadeobstruçõesexterioressignificativas,ouàausênciadevãosenvidraçados)deveseratribuídaprioridadeaosespaçosdeestar,lazereconvívio,aosquartosdedormiredemaisespaçoscomocupaçãocontínua(ex.:comoespaçosadministrativos);
b) O período de tempo durante o qual as superfícies envidraçadas doscompartimentosdevemestarexpostasàradiaçãosolardirectanãodeveserinferiora2horasdiárias,contadasnosdias21deFevereiroou21deOutubro;acontagemdesteperíododeveserfeitaentreas7eas17horassolaresequandoosraiossolaresqueincidemnosvãosestejamcontidosno diedro vertical de 140° cujo plano bissector inclua o eixo desse vãoenvidraçado.
IV.9.4.3.2 A verificaçãodos requisitosmencionadosnaalíneab)donúmeroanteriordeve ser efectuada através de métodos fundamentados, que tomem emconsideraçãoaorientaçãodosenvidraçadoseascondiçõesdeobstruçãoaquefiquemsujeitos.
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IV.9.4.4 Recomendaçõescomplementares
IV.9.4.4.1 Recomenda-se que a satisfação de condições mínimas de insolação nãoprejudiqueodesempenhotérmicodosedifícioseoconfortotérmicoevisualdosutilizadores.
IV.9.4.5 Definições
IV.9.4.5.1 Insolação - Soma dos intervalos de tempo, ao longo de um determinadoperíodo(hora,dia,mês,ano),duranteoqualháincidênciadaluzdirectadoSolnumadeterminadasuperfície.
IV.9.5 POSSIBILIDADEDEOBSCURECIMENTO
IV.9.5.1 Princípiosgerais
IV.9.5.1.1 Osvãosdeiluminaçãodeespaçospararepousoousimilares(ex.:quartosdedormir)devemserprovidosdedispositivosquepermitamoobscurecimentodosespaçosemquestão.
IV.9.5.2 Mododeexpressão
IV.9.5.2.1 Asexigênciasrelativasàpossibilidadedeobscurecimentodevemserexpressasconsiderandooseguintefactor:
- Níveisdeiluminação.IV.9.5.3 Quantificação
IV.9.5.3.1 Osvãosde iluminaçãodequartosesalasdevempoderserobturadosparaobscurecimento,permitindoumnívelde iluminação inferiora0,2 luxparaquemdormeourepousa.
IV.9.5.4 Recomendaçõescomplementares
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IV.9.5.4.1 Nosespaçosdosedifíciosondeserealizamactividadesquerequeiramoseuobscurecimento,recomenda-sequeosvãosenvidraçadossejamprovidoscomdispositivos opacos que garantam o obscurecimento durante os períodosdiurnoenocturno.
IV.9.6 ASPECTODASSUPERFÍCIES
IV.9.6.1 Princípiosgerais
IV.9.6.1.1 Os paramentos dos elementos de construção e dos equipamentosdevem apresentar aspecto satisfatório; nesse sentido, deve evitar-se quecaracterísticasinadequadasdecorebrilho,aexistênciadeirregularidadesedeoutrosdefeitossuperficiais,eafaltadeplaneza,horizontalidade,verticalidadeeesquadriapossamtornarasuavisãoincómodaoudesagradável.
IV.9.6.1.2 Osparamentosexteriorese interioresdevemapresentarsuperfícieregular,sem defeitos aparentes, tais como, bolhas, amolgaduras, empenos efissuração.
IV.9.6.2 Mododeexpressão
IV.9.6.2.1 As exigências relativas ao aspecto das superfícies devem ser expressasconsiderandoosseguintesfactores:
a) Regularidadegeométricadesuperfíciesearestas:- Desviosgeométricos,emtermosdeplaneza,verticalidadeehorizonta-
lidadedassuperfíciesedelinearidadedasarestas
b) Uniformidadeeperfeiçãodassuperfícies:- Níveldedefeitos,taiscomosaliênciaslocalizadas,fissuras,empolamento
oudescolamento
c) Característicasdereflexãodaluz:- Reflectância,coretexturadosmateriais
IV.9.6.3 Quantificação
IV.9.6.3.1 Para a quantificaçãodas exigências relativas à regularidadede superfíciese arestas deve atender-se às especificações aplicáveis constantes de V.(Construção).
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IV.9.6.3.2 Osacabamentosdassuperfíciesinterioresdevempossuircoresereflectânciasquenãoprejudiquemo seudesempenho funcional e contribuamdemodopositivoparaadistribuiçãodailuminaçãoeocontrolodoencandeamento.
IV.9.6.3.3 Os acabamentos superficiais das paredes e tectos devem ser de cor clarae mate. Os pavimentos podem ser mais escuros mas devem possuir umacabamentomateparaminimizaçãodoencandeamentoporreflexão.
IV.9.6.3.4 Areflectânciadosacabamentosdassuperfíciesinterioresdevesatisfazeraosvaloresindicadosnoquadroseguinte[2].
IV.9.6.4 Recomendaçõescomplementares
IV.9.6.4.1 Relativamenteaosparamentosexteriores:
a) Recomenda-sequeavariaçãotemporaldacor,dobrilhoedareflectânciados paramentos exteriores seja uniforme e contínuo, sem originarcontrastesincómodosoudesagradáveis;
b) Recomenda-se que os paramentos exteriores não originem reflexõesespecularesdaluzdoSolquepossamconstituircausadeincómodoparaosutilizadoresdosedifíciosedosespaçosexterioresvizinhos;
c) Recomenda-sequenosedifíciossejamproporcionadasascondiçõesparaque não ocorram, nos paramentos exteriores das fachadas e empenas,manchasouescorrimentosprovenientesdoselementosconstituintesoudacobertura,sejamelesdevidosàcorrosão,aosprodutosdeimpregnaçãoouadeslavamentoirregulardassuperfícies;
Gamasdereflectânciasdassuperfíciesinteriores[2]
Superfícies Reflectânciasrecomendadas
Tectos 0,6a0,9
Paredes 0,3a0,8
Planosdetrabalho 0,2a0,6
Pisos 0,1a0,5
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d) Recomenda-seque,nosparamentosexterioresdasfachadaseempenas,asfixaçõesexterioressejamemnúmeroreduzidoeresistentesàcorrosão.
IV.9.6.4.2 Relativamenteaosparamentosinteriores:
a) Recomenda-sequeosparamentosinterioressejamlisosouderugosidademoderada,deformaapermitirasuafácilmanutenção;
b) Demodoapoderemserobtidascondiçõesadequadasdeconfortovisualededistribuiçãodailuminaçãonosespaçosinteriores,recomenda-seque:- Asreflectânciasdosparamentosdeparedesetectossejamsuperiores
àsdospisos;- As paredes onde se integram vãos envidraçados possuam uma
reflectânciamínimade0,6;- Asreflectânciasdospisosnãosejaminferioresa0,2nemsuperioresa
0,4;- Asreflectânciasdomobiliáriointeriornãosejaminferioresa0,3.
IV.9.6.4.3 Relativamenteaosequipamentos:- Recomenda-se que as superfícies domobiliário e dos equipamentos
apresentemcor,brilhoetexturaregularesesemdefeitosaparentes.
IV.9.6.5 Definições
IV.9.6.5.1 Reflectânciadeumasuperfície-Quocienteentreofluxoluminosoreflectidoporumasuperfícieeofluxoluminosonelaincidente.
IV.9.6.5.2 Superfíciemate-Superfíciecomapropriedadededifundiraluzreflectida.
IV.9.7 REFERÊNCIAS
[1] EN 12665: 2002 – Light and lighting. Basic terms and criteria for specifying lighting requirements.Brussels:CEN.
[2] EN12464:2002–Light and lighting. Lighting of work places - Part 1: Indoor work places.Brussels:CEN.
[3] COMMISSION INTERNATIONALE DE L´ECLAIRAGE (CIE) – International lighting vocabulary.4thEd.Paris:IEC/CIE,1987.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
[4] COMMISSIONINTERNATIONALEDEL´ECLAIRAGE(CIE)–Discomfort glare in interior lighting.Paris:IEC/CIE,1995.
[5] CHARTERED INSTITUTION OF BUILDING SERVICES ENGINEERS (CIBSE)–CIBSE code for interior lighting.London:CIBSE,1994.
[6] CHARTERED INSTITUTIONOF BUILDING SERVICES ENGINEERS (CIBSE) –Daylighting and window design.London:CIBSE,1999.(LightingGuidesLG10)
[7] CARVALHO,L.C.–Insolação e iluminação natural dos edifícios.Lisboa:FCUL/LNEC,1997.
[8] CHRISTIAEN,M.P.–Vivre mieux dans un environnement visuel adapté.Genève:ABA,2004.
[9] FUNDODEFOMENTODAHABITAÇÃO(FFH)– Instruções para projectos de habitação promovida pelo Estado. Capítulo V – Exigências de habitabilidade e durabilidade.Lisboa:FFH,1978.
[10] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Proposta de revisão do RGEU. Critérios para garantia das condições adequadas de insolação nos edifícios.Lisboa:LNEC,2004.
[11] SANTOS,AntónioJosé–Desenvolvimento de uma metodologia de caracterização das condições de iluminação natural nos edifícios baseada na avaliação “in situ”.Lisboa:LNEC,2002.(TesesdeMestradoLNECTM14).
[12] SILVA,A.Cavaleiro;MALATO,J.–Geometria na insolação de edifícios.Lisboa:LNEC,1969.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE5).
IV.10 ILUMINAÇÃOARTIFICIAL.EFICIÊNCIAENERGÉTICA
IV.10.1 PRINCÍPIOSGERAIS
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IV.10.1.1 Ossistemasdeiluminaçãoartificial(lâmpadas,lumináriasecontrolos)devemproporcionarumambientevisualadequado,numdeterminadoespaço,emcondiçõesdeeficiênciaenergética.
IV.10.1.2 Um projecto de iluminação artificial energeticamente eficiente deveconsiderarosseguintesaspectos:
a) Maximizaçãodautilizaçãodailuminaçãonatural;
b) Evitariluminânciasartificiaisdesnecessariamenteelevadas;
c) Incorporação de lâmpadas, luminárais e respectivos mecanismos decontroloomaiseficientespossível;
d) Inclusãodesistemasdecontroloeficienteseversáteis.
IV.10.2 MODODEEXPRESSÃO
IV.10.2.1 Asexigênciasrelativasàeficiênciaenergéticadailuminaçãoartificialdevemserexpressasconsiderandoosseguintesfactores:
a) Eficáciadasfontesdeiluminação:- Eficácialuminosa(lúmen/Watt)
b) Potêncialuminosainstaladaporunidadedeárea:- Densidadedepotêncialuminosainstalada(Watt/m2)
c) Períododefuncionamentodosequipamentosdeiluminação:- N.º de horas de utilização do período de operação (horas) dos
equipamentos
IV.10.3 QUANTIFICAÇÃO
IV.10.3.1 Eficáciadasfontesdeiluminação
IV.10.3.1.1 As lâmpadas utilizadas devem possuir uma eficácia luminosa tão elevadaquanto possível. Nos espaços interiores deve-se privilegiar a utilização delâmpadaseconomizadorasdeenergia,nomeadamentelâmpadasfluorescentestubularesdeúltimageraçãoelâmpadasfluorescentescompactas.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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IV.10.3.1.2 A eficácia luminosa das fontes de iluminação, em função da sua potêncianominal, deve ser igual ou superior aos valores indicados no quadroseguinte.
IV.10.3.2 Potêncialuminosainstaladaporunidadedeárea
IV.10.3.2.1 A potência luminosa instalada por unidade de área, nos compartimentos/áreas, em funçãodas iluminânciasmantidas requeridas (ver IV.9.2.3.1)nãodevemsersuperioresaosvaloresmáximosindicadosnoquadroseguinte.
IV.10.3.3 Períododefuncionamentodosequipamentosdeiluminação
Valoresrecomendadosdaeficácialuminosa(lm/W)delâmpadas
emfunçãodasuapotêncianominal(W)[1]
Potêncianominal(Watt) Eficácialuminosarecomendada(lúmen/Watt)
<15W ≥40lm/W
15–40W ≥50lm/W
>40W ≥60lm/W
NOTA:Apotênciadobalastronãoéincluídanadeterminaçãodaeficáciadaslâmpadas
Valoresmáximosrecomendadosparaapotêncialuminosainstaladaporunidade
deárea(W/m2)emfunçãodasiluminânciasmantidasrequeridas[1]
Iluminâncias Potêncialuminosainstaladapor
unidadedeárea(W/m2)
(valoresmáximosrecomendados)
(lux) Máxima
50lux 3,2W/m2
100lux 4,5W/m2
300lux 10,0W/m2
500lux 15,0W/m2
750lux 20,0W/m2
1000lux 25,0W/m2
NOTA:Osvalores indicadosnãoseaplicamasistemasde iluminaçãoindirecta(sistemasemquea iluminaçãoéproporcionadademodoindirectomediantereflexão)
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IV.10.3.3.1 Duranteosperíodosdeutilizaçãodosdiversos compartimentos, o recursoà iluminação eléctrica deve ser efectuado apenas quando os requisitos deiluminaçãonãopossamsersatisfeitospelaluznatural.
IV.10.3.3.2 Paraefeitodonúmeroanterior,todososespaçosinterioresdevemserdotadosde sistemas de controlo da iluminação eléctrica eficazes que permitam oajustedosníveisdeiluminaçãoartificialemfunçãodosníveisdeiluminaçãonatural e das necessidades de iluminação específicas (ver RecomendaçõesComplementares).
IV.10.4 RECOMENDAÇÕESCOMPLEMENTARES
IV.10.4.1 Érecomendávelqueaslumináriasautilizarsejamescolhidasemfunçãodosobjectivosdeiluminaçãoaatingir,proporcionandoosníveisdeiluminação,aprotecçãocontraoencandeamentoeadireccionalidadedaluzdesejados,comomenorconsumodeenergiapossível.
IV.10.4.2 Recomenda-sequealimitaçãodapotêncialuminosainstaladaporunidadedeárea,traduzidapelosvaloresindicadosemIV.10.3.2.1nãocoloqueemcausaosvaloresdasiluminânciasmantidasenecessáriasàrealizaçãodastarefasvisuais(verIV.9.2.3)emcondiçõesdesegurançaeconfortoparaosocupantes.Osvaloresrecomendadosreferidosassumemumaproveitamentoadequadodailuminaçãonaturalnosespaçosecompartimentosinteriores.
IV.10.4.3 Recomenda-sequeossistemasdecontrolodailuminaçãoeléctricaasseguremque a luz é disponibilizada na quantidade adequada, no local adequado edurante o período de tempo adequado. No quadro constante no númeroseguinte apresentam-se recomendações relativas aos tipos de controlo dailuminaçãoeléctricaem funçãodo tipodeespaços.Osprincipaisaspectosque influenciam a escolha do tipo de controlos da iluminação são: i) adisponibilidadeda luznatural; ii) ospadrõesdeutilizaçãodosespaços; iii)a possibilidade ou não de regulação gradual das fontes de iluminação; iv)ograudesofisticaçãodesejávelparaocontrolo;v)oscustosdecapitaleopotencialdeeconomiaemenergiaeléctricaparailuminação.
IV.10.4.4 Os principais modos de controlo da iluminação eléctrica, que podem serusadosseparadamenteouemcombinação,são:i)controlomanuallocalizado;ii) controlo temporizado; iii) controlo por “reset”; iv) controlo de ocupação(detecçãodepresenças);v)controlofotoeléctricoON/OFFegradual.Atítulo
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
ilustrativoapresenta-senoquadroseguinteumabrevedescriçãodasprincipaisaplicações,emfunçãodotipodeespaços.
Tipodeespaço
Individualc
Partilhadod
Temporariamente
ocupadoe
Ocasionalmente
visitadof
Ocupaçãoelevada
Manualaopé
daporta
Manualflexível
OFFtemporizado,
ONmanual
Contrologradual
fotoeléctrico
Manualflexível
OFFtemporizado,
ONmanual
Contrologradual
fotoeléctrico
Manuallocal
Manualflexível
Detecçãode
presenças
OFFtemporizado,
ONmanual
Contrologradual
fotoeléctrico
Nãoaplicável
Ocupaçãobaixa
Manualaopéda
porta
Manualflexível
OFFtemporizado,
ONmanual
Manualflexível
OFFtemporizado,
ONmanual
Contrologradual
fotoeléctrico
Detecçãode
presenças
Manuallocal
Detecçãode
presenças
Manualflexível
OFFtemporizado,
ONmanual
Controlopor
chave
Detecçãode
presenças
Manuallocal
OFFtemporizado,
ONmanual
Controlopor
chave
Ocupaçãoelevada
Manualaopéda
porta
Manualflexível
Flexívelmanual
ON/OFF
temporizado
Manuallocal
Detecçãode
presenças
Nãoaplicável
Ocupaçãobaixa
Manualaopéda
porta
Manualflexível
detecçãode
presenças
Manualflexível
Detecçãode
presenças
Manuallocal
Detecçãode
presenças
Manualflexível
OFFtemporizado,
ONmanual
Controlopor
chave
Detecçãode
presenças
Manuallocal
OFFtemporizado,
ONmanual
Controlopor
chave
Iluminadoporluznaturala Nãoiluminadoporluznaturalb
Tiposdecontrolodeiluminaçãorecomendados
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IV.10.5 Definições
IV.10.5.1 Eficácia luminosa de uma fonte de iluminação – Quociente entre o fluxoluminosoemitidoporumafontedeiluminaçãoeaenergiaeléctricaporelaconsumida.Exprime-seemlúmenporWatt(lm/W).Quantomaiselevadoforovalormaisenergeticamenteeficienteseráafontedeiluminação.
Tipodeespaço
Comunsg
Geridoh
Ocupaçãoelevada
ON/OFF
fotoeléctrico
Contrologradual
fotoeléctrico
Contrologradual
fotoeléctrico
ON/OFF
temporizado
Manual
centralizado
ON/OFF
fotoeléctrico
Programável
Ocupaçãobaixa
Detecçãode
presenças
OFFtemporizado,
ONmanual
Contrologradual
fotoeléctrico
ON/OFF
fotoeléctrico
Contrologradual
fotoeléctrico
ON/OFF
temporizado
Manual
centralizado
ON/OFF
fotoeléctrico
Programável
Ocupaçãoelevada
ON/OFF
temporizado
Detecçãode
presenças
Manual
centralizado
ON/OFF
temporizado
Programável
Ocupaçãobaixa
Detecçãode
presenças
OFFtemporizado,
ONmanual
Manual
centralizado
ON/OFF
temporizado
Programável
Iluminadoporluznaturala Nãoiluminadoporluznaturalb
Tiposdecontrolodeiluminaçãorecomendados
Notaa,b–UmadeterminadaáreacomumFactordeLuzdoDia(verIV.9–Confortovisual)inferiora0,5%podeser
classificadacomonão-iluminadaporluznatural;c–pequenoscompartimentosparaumaouduaspessoas,comogabinetesindividuaisouduplos;d–áreascomocupaçãomúltiplacomoáreasdotipo“openplan”,porexemplo;e–salasdereunião,quartosdehotéiseáreasemqueosocupantesesperamoperaroscontrolosdailuminação
artificialquandoestãopresentes;f–arrecadações,armazéns,zonasdeestantesembibliotecas,alasdearmazénseinstalaçõessanitárias;g–áreasdecirculaçãoemqueosocupantesesperamqueostrajectossejamiluminados,masquefrequentemente
nãoesperamserelesaoperaroscontrolos;h–átrios,halls,restaurantes,bibliotecaselojas,emquealguéméresponsávelpelailuminação,masgeralmente
demasiadoocupadoparaacontrolareemqueosutilizadoresindividuaisnãoesperamcontrolarailuminação.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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IV.10.5.2 Iluminânciamantida(Em)-Valormínimodailuminânciamédiaaolongodeumadeterminadaáreaduranteoperíododevidadeumainstalação.Exprime--seemlux.
VerIV.9(Confortovisual)
IV.10.6 REFERÊNCIAS
[1] CHARTERED INSTITUTION OF BUILDING SERVICES ENGINEERS (CIBSE)–Energy efficiency in buildings.London:CIBSE,2004.(GuideF)
[2] EN 12665: 2002 – Light and lighting. Basic terms and criteria for specifying lighting requirements.Brussels:CEN.
[3] EN12464:2002–Light and lighting. Lighting of work places – Part 1: Indoor work places.Brussels:CEN.
[4] COMMISSION INTERNATIONALE DE L’ÉCLAIRAGE (CIE) – International lighting vocabulary.4thEd.Paris:IEC/CIE,1987.
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V. CONSTRUÇÃO
V.1 FUNDAÇÕES
V.1.1 PRINCÍPIOSGERAIS
V.1.1.1 As fundações, entendidas como o conjunto de elementos que permitem atransmissãodascargasdasestruturasao terreno,devemserconcebidasedimensionadas, ou verificadas, de modo a satisfazerem as exigências quelhessãoaplicáveis,noquerespeitanomeadamenteàresistênciamecânicaeestabilidade,àestanquidadeàáguaeàdurabilidade.
V.1.1.2 Oestudodolocaldeconstrução,comvistaaidentificarassuascaracterísticasrelevantesparaasfundaçõesdosedifíciosnovos,deveterumdesenvolvimentoadequado à dimensão do empreendimento, podendo limitar-se em casossimples ao mero reconhecimento do terreno. Em casos mais complexos,deve realizar-se uma prospecção geotécnica do terreno, complementadaeventualmentecomensaiosin situedelaboratório.
V.1.1.3 Salvo justificação especial, os edifícios apenas devem ser implantadosem terreno que permita a realização de fundações directas a pequenaprofundidadeeondeosníveisfreáticosseencontremabaixodacotaprevistaparaabasedessasfundações.
V.1.1.4
V.1.2 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE
V.1.2.1 As fundações devem ser concebidas e dimensionadas, ou verificadas, demoldeagarantiraosedifícios,emconjugaçãocomasrespectivasestruturas,estabilidadenascondiçõesdesegurançaregulamentarmentefixadas.
V.1.2.2 Asfundaçõesdevemserdevidamenteadaptadasàscaracterísticasdoterreno,pelo que na sua concepção e no seu dimensionamento se deve atender,entreoutrosfactores,ànatureza,àmorfologiaeàcapacidadedecargadoterreno.
Emedifíciosexistentesdevemsercorrigidasassituaçõesdasfundaçõescomdeficiênciadesegurançaestrutural.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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V.1.2.3 Salvosituaçõesdevidamentejustificadas,devememgeralserprevistasvigasdefundaçãoparatravamentoinferiordoselementosverticais,asquaisdevempermitirtambémoapoiodalajetérreae,nocontornodoedifício,servirdeembasamentoàsparedesexteriores.
V.1.2.4
V.1.3 ESTANQUIDADEÀÁGUA
V.1.3.1 Asfundaçõesdevemserconcebidaseexecutadasdemodoanãopropiciaremoacessodahumidadedosoloàconstrução.
V.1.4 REFERÊNCIAS
[1] DECRETO-LEIn.º38382,de7deAgostode1951,ealteraçõesposteriores–Regulamento Geral das Edificações Urbanas(RGEU).
[2] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes.
[3] ESPECIFICAÇÃOLNECE217:1968–Fundações directas correntes. Recomendações.Lisboa:LNEC.
[4] ESPECIFICAÇÃOLNECE218:1968–Prospecção geotécnica de terrenos. Colheita de amostras.Lisboa:LNEC.
[5] DECRETO-LEI n.º 349-C/83, de 31 deMaio –Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado (REBAP).
[6] DECRETO-LEIn.º330/95,de14deDezembro–Estabelece a obrigatoriedade de aplicação da NP ENV 206: 1993 – Betão. Comportamento, produção, colocação e critérios de conformidade.
[7] NP EN 206-1: 2000 – Betão. Parte 1: Especificação, desempenho, produção e conformidade.Lisboa:IPQ.
[8] EN1990:2002–Eurocode: Basis of structural design.Brussels:CEN.
[9] EN1991:2002–Eurocode 1: Actions on structures.Brussels:CEN.
Emedifíciosexistentes,casoasfundaçõesnãoapresentemníveisdesegurançasatisfatórios,devemserimplementadasasacçõesdereforçonecessáriasparalhesconferirasegurançaadequada.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
[10] EN1992-1-1:2004–Eurocode 2: Design of concrete structures – Part 1-1: General rules and rules for buildings.Brussels:CEN.
[11] EN 1997-1: 2004 – Eurocode 7: Geotechnical design – Part 1: General rules.Brussels:CEN.
[12] EN 1998-1: 2004–Eurocode 8: Design of structures for earthquake resistance – Part 1: General rules, seismic actions and rules for buildings.Brussels:CEN.
V.2 ESTRUTURAS
V.2.1 PRINCÍPIOSGERAIS
V.2.1.1 Asestruturasdosedifíciosdevemsatisfazerasexigênciasquelhesãoaplicáveis,nomeadamente no que respeita à resistência mecânica e estabilidade, àsegurançaaoincêndioeàdurabilidade.
V.2.1.2 Averificaçãodasegurançadasestruturasdosedifíciosemrelaçãoàsacçõesa que possam ser submetidas deve ser efectuada com base em modelosestruturaisapropriadosaotipodeestruturaetendoemcontaosregulamentosedocumentosnormativosdeíndoleestruturalaplicáveis.
V.2.1.3 Osprojectosdeestruturas,nosrespectivoselementosescritosedesenhados,devemapresentar, comodesenvolvimentonecessárioede formaclara, oscritériosadoptadosnodimensionamentoenaverificaçãodasegurançadessasestruturas,assimcomoainformaçãorelativaàgeometria,àsdimensõeseàconstituiçãodasmesmas,noqueserefereaosseuconjuntoeacadaumadassuaspartes.
V.2.1.4
V.2.2 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE
V.2.2.1 As estruturas dos edifícios devem ser concebidas e dimensionadas, ouverificadas, de modo a garantirem, em conjunto com as fundações, aestabilidade desses edifícios nas condições regulamentares de segurançae de acordo com os critérios definidos em IV.1 (Resistência mecânica eestabilidade).
V.2.2.2 As estruturas devem ser, tanto quanto possível, regulares e simétricas, demodoaminimizarosesforçosdevidosàacçãosísmica.
Emedifíciosexistentesdevemsercorrigidasassituaçõesdasestruturascomdeficiênciadesegurançaestruturaledesegurançaaoincêndio.
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V.2.2.3 Os elementos estruturais verticais, em espaços devidamente identificados,não devem dificultar posteriores alterações da compartimentação internadasconstruções.
V.2.2.4 A utilização de elementos estruturais verticais constituídos por paredesdebetãoarmadooudeparedesde alvenaria resistente é condicionadaaodispostononúmeroanterior.
V.2.2.5 As estruturas devem ser concebidas, ou verificadas, de forma a limitar adeformabilidade estrutural, nomeadamente de vigas e lajes, para cargasverticais, a fim de limitar a fendilhação de paredes de preenchimento,sobretudonoscasosdelajesfungiformesedelajesemconsola.
V.2.2.6 O uso de soluções estruturais não-tradicionais está condicionado à préviaapreciaçãoouhomologaçãopeloLNECdessassoluçõesoudossistemasdeconstruçãoqueascontemplam,nascondiçõesestabelecidasno
Art.º1.ºdoREBAP.
V.2.2.7 Aescolhadasoluçãoestruturalaadoptaremcadacasodeveserdevidamenteponderada,deformaaresultarsempreasoluçãoglobalmentemaiseconómicafaceaoscondicionamentosexistentes.
V.2.3 SEGURANÇAAOINCÊNDIO
V.2.3.1 Asestruturasdosedifíciosdevemaindaserconcebidasedimensionadas,ouverificadas,demodoque,emcasodeincêndio,asuacapacidaderesistentepossasergarantidaduranteumperíododetempodeterminadoquepermitaaevacuaçãodoedifíciopelosseusocupantesemcondiçõesseguras;parataloselementosestruturaisdevemserdeclassesderesistênciaaofogoadequadasàsfunçõesquedesempenham,tendoemcontaoportedoedifício,demodoasatisfazerasdisposiçõesreferidasemIV.2(Segurançaaoincêndio).
V.2.3.2
V.2.4 REFERÊNCIAS
Emedifíciosexistentes,casoasrespectivasestruturasapresentemclassesderesistênciaaofogodesajustadasemrelaçãoàsfunçõesquedesempenham,devemserimplementadasacçõescomvistaàsatisfaçãododispostoemIV.2(Segurançaaoincêndio).
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
Geral
[1] DECRETO-LEIn.º 38 382, de 7deAgostode 1951, e alteraçõesposteriores–Regulamento Geral das Edificações Urbanas(RGEU).
[2] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA).
[3] EN1990:2002–Eurocode: Basis of structural design.Brussels:CEN.
[4] EN1991:2002–Eurocode 1: Actions on structures.Brussels:CEN.
[5] EN 1998-1: 2004–Eurocode 8: Design of structures for earthquake resistance – Part 1: General rules, seismic actions and rules for buildings.Brussels:CEN.
Estruturasdebetãoarmadoepré-esforçado
[6] DECRETO-LEI n.º 349-C/83, de 30 de Julho–Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado (REBAP).
[7] DECRETO-LEIn.º330/95,de14deDezembro–Estabelece a obrigatoriedade de aplicação da NP ENV 206: 1993 – Betão. Comportamento, produção, colocação e critérios de conformidade.
[8] NP EN 206-1: 2000 – Betão. Parte 1: Especificação, desempenho, produção e conformidade.Lisboa:IPQ.
[9] EN1992-1-1:2004–Eurocode 2: Design of concrete structures – Part 1-1: General rules and rules for buildings.Brussels:CEN.
[10] EN1992-1-2:2004–Eurocode 2: Design of concrete structure Part 1-2: General rules – Structural fire design.Brussels:CEN.
[11] Documentos de Homologação (DH) do LNEC relativos a soluções estruturais não-tradicionais de construção.ListadosDHdisponívelnaInternet:www.lnec.pt/qpe.
Estruturasmetálicas
[12] DECRETO-LEIn.º21/86,de31deJulho–Regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios (REAE).
[13] EN1993-1-1:2005–Eurocode 3: Design of steel structures – Part 1-1: General rules and rules for buildings.Brussels:CEN.
[14] EN1993-1-2:2005–Eurocode 3: Design of steel structures – Part 1-2: General rules – Structural fire design.Brussels:CEN.
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Estruturasmistasaço-betão
[15] EN1994-1-1:2004–Eurocode 4: Design of composite steel and concrete structures – Part 1-1: General rules and rules for buildings.Brussels:CEN.
[16] EN1994-1-2:2004–Eurocode 4: Design of composite steel and concrete structures – Part 1-2: General rules – structural fire design.Brussels:CEN.
Estruturasdemadeira
[17] EN1995-1-1:2004–Eurocode 5: Design of timber structures – Part 1-1: General – Common rules and rules for buildings.Brussels:CEN.
[18] EN1995-1-2:2004–Eurocode 5: Design of timber structures – Part 1-2: General – Structural fire design.Brussels:CEN.
Estruturasdealvenaria
[19] EN1996-1-1:2005–Eurocode 6: Design of masonry structures. Part 1-1: General rules for reinforced and unreinforced masonry structures.Brussels:CEN.
[20] EN1996-1-2:2005–Eurocode 6: Design of masonry structures – Part 1-2: General rules – Structural fire design.Brussels:CEN.
V.3 PAREDESEXTERIORES
V.3.1 PRINCÍPIOSGERAIS
V.3.1.1 Asparedesexterioresdevemsatisfazerasexigênciasquelhessãoaplicáveis,no que respeita nomeadamente à resistência mecânica e estabilidade, àsegurançaaoincêndio,àsegurançacontraintrusão,àsegurançanautilização,àestanquidadeàágua,aoconfortohigrotérmico,aoconfortoacústico,aoconfortovisual,eàdurabilidade.
V.3.1.2 Em edifícios existentes devem ser corrigidas as deficiências das paredesexterioresrelativamenteàresistênciamecânicaeestabilidade,àsegurançaao incêndio e à estanquidade à água, sendo recomendável amelhoria dascondiçõesdedesempenhonoquerespeitaàsrestantesexigênciasaqueasparedesdevemsatisfazer.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
V.3.1.3 Nassituaçõesmaiscorrentes,emqueasparedesexterioressãoconstituídasporalvenariasrevestidas,cabeaoconjuntotosco-revestimentoasatisfaçãodageneralidadedessasexigências, emboraa contribuiçãodecadaumdoscomponentes (toscos ou revestimentos) tenhamaior oumenor relevânciaconsoanteotipodeexigênciaasatisfazer.
V.3.1.4 Asespecificaçõesapresentadasnosnúmerosseguintesreferem-se,emgeral,àparedenoseuconjunto;asespecificaçõesaplicáveisapenasaosrevestimentosconstam de V.10 (Revestimentos exteriores em paredes exteriores) e V.11(Revestimentosinterioresemparedesetectos).
V.3.2 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE
V.3.2.1 As paredes exteriores, quer tenham ou não funções estruturais, devemapresentarestabilidadeeresistênciamecânicasatisfatóriasfaceaosesforçosque nelas podem ser induzidos, nomeadamente pela actuação de cargaspermanentesedesobrecargas,esobasacçõesclimáticasprevisíveis,devendoconservaressascaracterísticasduranteavidaútildosedifícios.
V.3.2.2
V.3.2.3 Paraassoluçõescorrentesdeparedesexteriores,constituídasporpanosdealvenariadepreenchimentodemalhasestruturaisdebetãoarmado,devemserconsiderados,emparticular,osseguintesaspectos:
a) As dimensões máximas dos panos de alvenaria entre elementos detravamentodevemserdefinidasdeformaalimitarassuas“esbeltezas”(relaçãoentreadimensãohorizontalouverticaleaespessura)paravaloresqueasseguremasuaadequadaestabilidade;
b) Oapoiodasparedesnosrespectivoselementosdesuporte(bordosdelajesouvigasdebordadura)deveinteressar,depreferência,todaaespessuradospanosdealvenaria,nãoincluindoosrevestimentos;
c) Nocasodeparedesconcebidasparaficarem ligeiramentesalientesdossuportes,alarguradeapoiodopanodealvenariadeveser,nomínimo,de2/3darespectivaespessura,semprejuízodaadopçãodeoutrasdisposiçõescomplementaresparamelhoriadasuaestabilidade;
d) Adeformabilidadedoselementosdesuporte(lajesouvigas)dasparedesdeve ser compatível com a capacidade relativamente reduzida de
Emedifíciosexistentes,casoasparedesexterioresnãoapresentemestabilidadee resistência mecânica satisfatórias, devem ser implementadas acções dereforçoparalhesconferirasegurançaadequada.
Paraassoluçõescorrentesdeparedesexteriores,constituídasporpanosdealvenariadepreenchimentodemalhasestruturaisdebetãoarmado,devemserconsiderados,emparticular,osseguintesaspectos:
a) Casoseverifiquequeasdimensõesmáximasdospanosdealvenarianãogarantemumaadequadaestabilidade,devemserrealizadasacçõesdereforçocomvistaalimitarassuas“esbeltezas”, designadamente através da construção deelementosdetravamentode formaaparcelarospanosdealvenaria;
b) Caso se verifique que o apoio das paredes nos respectivoselementosdesuporte(bordosdelajesouvigasdebordadura)sefazdeformadeficiente,compartedaespessuradopanodesapoiada,etraduzindo-seemproblemasdeestabilidadeoudefendilhaçãosignificativadospanos,devemseradoptadassoluçõesparacorrecçãodessassituações(ex.:acolocação,apartirdoelementodesuporteexistente,dedispositivosparaprolongamentodoapoiodessasparedes);
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deformaçãoqueasparedes e os respectivos revestimentosapresentamsemqueocorraasuafendilhação;
e) Tratando-sedeparedesqueseapoiememlajesfungiformesmaciçasdebetão,deveprever-se,semprequenecessário,elementosderigidificaçãodosbordosdessas lajesde formaa reduzir a suadeformabilidadeparavalorescompatíveiscomacapacidadededeformaçãodasparedes;
f) Asparedesdevemtercapacidadeparaabsorverasvariaçõesdimensionaisaqueestãosujeitas,nomeadamenteporacçãodasvariaçõestérmicasedasvariaçõesdoseuteordeágua;
g) Paraefeitodaalíneaanterior,devemserprevistas,quandotalsejustifique,juntas demovimento verticais convenientemente espaçadas, tendo ematenção, entre outros factores, a natureza dos materiais constituintesda alvenaria (ex.: tijolos cerâmicos oublocos de betão), a existência dezonassingulares(ex.:aberturasdevãos)eapormenorizaçãoconstrutivaespecíficaadoptada(ex.:colocaçãodearmadurasmetálicasdereforçonasjuntashorizontaisdeargamassadaalvenaria);
h) Osvaloresmáximoscorrentementeespecificadosnanormalizaçãoaplicávelparaadistânciaentrejuntasdemovimentosãode6mparaparedesdealvenariadeblocosdebetãoede12mparaparedesdealvenariadetijolosdebarrovermelho.
V.3.2.4 Referências
[1,4,11,15,16]
V.3.3 SEGURANÇAAOINCÊNDIO
V.3.3.1 Asparedesexterioresdevemserdegeometriaeclassederesistênciaaofogoadequadasàsfunçõesquedesempenham,tendoemcontaasualocalizaçãonoedifícioeoportedeste,demodoasatisfazerasdisposiçõesdaregulamentaçãodesegurançaaoincêndioaplicáveleaoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio).
c) Caso se verifique deformação excessiva dos elementosde suporte (lajes ou vigas) das paredes, traduzindo-se nafendilhação destas, recomenda-se um eventual reforço daresistênciaàflexãodoselementosdesuporte,paraalémdoreforçodasparedesdealvenarianaszonasafectadas;
d) Caso as paredes apresentam insuficiente capacidade paraabsorver as variações dimensionais a que estão sujeitas,traduzindo-senasuafendilhaçãoouemsinaisdepresençade humidade, recomenda-se a execução de juntas demovimento verticais convenientemente espaçadas tendoematenção,entreoutrosfactores,anaturezadosmateriaisconstituintesdaalvenaria,aexistênciadezonassingulareseapormenorizaçãoconstrutivaespecíficaadoptada.
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V.3.3.2
V.3.3.3 Referências
Anexo2“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”
V.3.4 SEGURANÇACONTRAINTRUSÃOEVANDALISMO
V.3.4.1 Asparedesexterioresdevemconferirumaprotecçãoadequadaaosocupanteseaosseusbens,contraintrusõesindesejáveisdepessoas,animaiseobjectos.Para o efeito, as paredes que se localizamnos pisos inferiores não devempoderserdestruídasporobjectoscortantesdeusocorrente,nemfacilmentedesmontadas, nomeadamente no caso de serem constituídas por painéisprefabricados,nemaindafacilmenteatacáveispelosroedores.Poroutrolado,as aberturas de ventilação e outras eventualmente existentes nas paredesdevemterdispositivosqueimpeçamoacessodeanimais.
V.3.4.2
V.3.4.3 Referências
[4]
V.3.5 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO
V.3.5.1 As paredes exteriores devem apresentar resistência mecânica e estabilidadesatisfatóriasfaceaosesforçosquenelaspodemserinduzidosacidentalmentesobacçõesdechoqueresultantesdequedaouprojecçãodepessoasouobjectos.
V.3.5.2 Para efeito do disposto no número anterior, a energia correspondente àsacçõesdechoqueaconsiderarnaconcepçãodasparedesdeveterematençãoasfunçõesdosespaçosconfinantescomasparedeseosriscosassociadosaoexercíciodessasfunções.
V.3.5.3
Emedifíciosexistentes,casoasparedesexterioresnãoapresentemaclassederesistênciaaofogoadequadaàsfunçõesquedesempenhamtendoemcontaasualocalizaçãonoedifícioeoportedeste,devemserimplementadasacçõescomvistaàsatisfaçãodoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio).
Anexo3“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”.
Emedifíciosexistentes recomenda-seacorrecçãodas situaçõesemqueasparedes exteriores não confiramprotecção adequada aos ocupantes e aosseusbens,contraintrusõesindesejáveisdepessoas,animaiseobjectos.
Emedifíciosexistentes,casoasparedesexterioresnãoapresentemresistênciamecânicaeestabilidadesatisfatórias faceaosesforçosquenelaspodemserinduzidosacidentalmentesobacçõesdechoque,devemserrealizadasacçõesdereforçodeformaacorrigiressasdeficiências.
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V.3.5.4 Paraaavaliaçãoexperimentaldaresistênciaaacçõesdechoque(decorpomoleedecorpoduro)dasparedesdevemsertomadascomoreferênciaasespecificaçõescontidasnodocumentonormativodaEOTA“TechnicalReportTR 001: 2003 – Determination of impact resistance of panels and panelsassemblies”[12],emparticularnoscasosemqueasparedessãoconstituídasporsoluçõesnão-tradicionaisparaasquaisnãoexistasuficientepráticadeutilização.
V.3.5.5 Referências
[12,13,19]
V.3.6 ESTANQUIDADEÀÁGUA
V.3.6.1 As paredes exteriores devem apresentar estanquidade à água satisfatória,impedindo a penetração da água do exterior para o interior através desoluçõesconstrutivasederevestimentosexterioresadequados.
V.3.6.2
V.3.6.3 A selecção da solução construtiva deve ter em conta a severidade daexposiçãodasparedesàchuvaeaovento,aqualpodesertraduzidaatravésdeparâmetrosassociadosàlocalizaçãodoedifício,àprotecçãodaparedeemrelaçãoàacçãodovento,eàalturaaquesesituaotopodaparede.
V.3.6.4 Paraassoluçõescorrentesdeparedesexteriores,constituídasporpanosdealvenariadepreenchimentodemalhasestruturaisdebetãoarmado,poder-se-ão assumir como genericamente aplicáveis os critérios do documentonormativofrancês“DTU20.1–Travauxdebâtiment–Ouvragesenmaçonneriedepetitséléments–paroisetmurs.Partie3–Guidepourlechoixdestypesdemurdefaçadeenfonctiondusite”[15],quetipificaassoluçõescorrentesdeparedesdealvenariacomdesempenhosatisfatóriofaceadiferentesgrausdeseveridadedeexposiçãoàchuvaeaovento.
Emedifíciosexistentes,casoasparedesexterioresnãoapresentemestanquidadeà água satisfatória, traduzindo-se nomeadamente em sinais de presença dehumidadenointerioredeoutrasanomaliasqueindiciemadeterioraçãodosmateriaisconstituintesouquecomprometamascondiçõesdesaúdeedehigienedosutilizadores,devemserrealizadasacçõesdereparaçãodessasdeficiências,designadamenteatravésda implementaçãodedisposiçõesconstrutivasederevestimentosexterioresadequados.
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V.3.6.5 No caso de paredes com paramentos revestidos com argamassa de reboco(correntesoupré-doseadosemfábrica),amanutençãodaestanquidadeàáguada chuva depende, em larga medida, da não-existência de fendilhação nosrevestimentosexteriores.Nessesentido,paraalémdeumacorrectaformulaçãoe aplicação dos rebocos (ver V.10 – Revestimentos exteriores em paredesexteriores),devemserdevidamenteconsideradasasdeformaçõesprevisíveis,a longoprazo,doselementosestruturaisqueservemdesuporteàsparedes,de forma a quenão seja ultrapassada a capacidade relativamente reduzidadedeformaçãoqueasparedeseos respectivos revestimentosnormalmenteapresentam,comaconsequenteocorrênciadasuafendilhação.
V.3.6.6 Referências
[4,15]
V.3.7 CONFORTOHIGROTÉRMICO
V.3.7.1 As paredes exteriores, como elementos constituintes da envolvente dosedifícios,devemcontribuirparaprotegertermicamenteoambienteinteriordos edifícios contra as condições desfavoráveis do ambiente exterior esuasvariações,paraoquedevemapresentarníveisde isolamento térmicoadequadosàseveridadedoclimadecadaregião.Adicionalmente,nãodevemapresentar zonas localizadas onde, por razões de deficientes condições deisolamentotérmico,possamocorrercondensaçõessuperficiaisnoparamentointeriorquedêemorigemadegradaçõesdomesmo.
V.3.7.2 Parasatisfaçãodascondiçõesestabelecidasnonúmeroanterior,asparedesdevemcumprirasdisposiçõesaplicáveisdoRegulamentodasCaracterísticasdeComportamentoTérmicodosEdifícios[2].
V.3.7.3
V.3.7.4 Referências
[2]
V.3.8 CONFORTOACÚSTICO
V.3.8.1 As paredes exteriores devem assegurar aos espaços situados no interior
Emedifíciosexistentes,casoasparedesexterioresnãoapresentemadequadosníveisdeisolamentotérmicoeocorramcondensaçõessuperficiaisnoparamentointeriorassociadasadegradaçãodorevestimentodomesmo,recomenda-seoreforçodesseisolamentodeformaasatisfazerascondiçõespreconizadasparaoefeito(verIV.7–Confortohigrotérmicoeeficiênciaenergética).
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dos edifíciosumaprotecção acústica satisfatória relativamente aos ruídosproduzidosemespaçosexterioreseemedifícioscontíguosouvizinhos.
V.3.8.2 Parasatisfaçãodascondiçõesestabelecidasdonúmeroanterior,asparedesdefachadadevemapresentaríndicesdeisolamentosonoroasonsdeconduçãoaéreanormalizado(D2m,n,w)satisfazendooscritériosaplicáveisdefinidosemIV.8(ConfortoAcústico).
V.3.8.3
V.3.8.4 Assoluçõesconstrutivasaadoptardevemserdevidamentefundamentadasnoâmbitodoprojectodecondicionamentoacústicodoedifício.Tratando-sedeparedesqueintegram,emgeral,diversostiposdeelementos–zonasopacas (de alvenaria, ou outros materiais), vãos envidraçados e caixas deestores–,háqueatenderespecialmenteaofactodeoisolamentosonorosermuitocondicionadopelodesempenhoacústicodosvãosnelasexistentes.
V.3.8.5 Referências
[3]
V.3.9 REFERÊNCIAS
[1] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA).
[2] DECRETO-LEIn.º80/2006,de4deAbril– Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).
[3] DECRETO-LEI n.º 129/2002, de 11 de Maio – Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE).
[4] DESPACHOn.º41/MES/85,de14deFevereiro–Recomendações Técnicas para Habitação Social (RTHS).Lisboa:ImprensaNacional-CasadaMoeda,1988.
[5] EN771-1:2003/A1:2005–Specification for masonry units – Part 1: Clay masonry units.Brussels:CEN.
Emedifíciosexistentes,casoasparedesexterioresnãoasseguremaosespaçossituadosno interiordosedifíciosumaprotecçãoacústicasatisfatóriarelativa-menteaosruídosproduzidosemespaçosexterioreseemedifícioscontíguosouvizinhos, recomenda-seacorrecçãodessasdeficiênciasde formasatisfazerascondiçõespreconizadasparaoefeito(verIV.8–Confortoacústico).
[6] EN771-3:2003/A1:2005–Specification for masonry units – Part 3: Aggregate concrete masonry units (dense and light – weight aggregates).Brussels:CEN.
[7] EN998-2:2003–Specification for mortar for masonry – Part 2: Masonry mortar.Brussels:CEN.
[8] EN845-1:2003–Specification for ancillary components for masonry. Part 1: Ties, tension straps, hangers and brackets.Brussels:CEN.
[9] EN845-2: 2003–Specification for ancillary components for masonry. Part 2: Lintels.Brussels:CEN.
[10] EN845-3:2003–Specification for ancillary components for masonry. Part 3: Bed joint reinforcement of steel meshwork.Brussels:CEN.
[11] EN 1996-2: 2006 – Eurocode 6 – Design masonry structures. Part 2: Design considerations, selection of materials and execution of masonry.Brussels:CEN.
[12] EUROPEAN ORGANISATION FOR TECHNICAL APPROVALS (EOTA) –Determination of impact resistance of panels and panel assemblies. Brussels:EOTA,2003.(TechnicalReportTR001).
[13] EUROPEAN ORGANISATION FOR TECHNICAL APPROVALS (EOTA) –Guideline for European Technical Approval for internal partitions kits for use as non-load bearing walls.Brussels:EOTA,1998.(ETAG003).
[14] ISO 6241: 1984 – Performance standards in building – Principles for their preparation and factors to be considered.Geneve:ISO.
[15] NFP10-202-1:1994–Travaux de bâtiment. Ouvrages en maçonnerie de petits élé-ments – parois et murs.Paris:AFNOR.(DocumentTechniqueUnifiéDTU20.1)
[16] BS5628:Part3:2005–British standard code of practice for use of masonry. Part 3: Materials and components, design and workmanship.London:BSI.
[17] MINISTERIODEVIVIENDA–Código Técnico de la Edificación (CTE).Documento Básico HS – Salubridad, Parte HS 1 – Protección frente a la humedad. Madrid:MinisteriodeVivienda,2006.
[18] SYNDICAT D’ÉTUDES INTERINDUSTRIES – CONSTRUCTION (IC-IB) [et al]–Guide des Performances du Bâtiment.Vol2:Façades.Bruxelles:IC-IB,1980.
[19] Comunicação da Comissão Europeia a Propósito dos Documentos Interpretativos da Directiva 89/106/CEE do Conselho (94/C62/01).JornalOficialdasComunidadesEuropeias,N.ºC62/1,de28deFevereirode1994.
[20] INSTITUTONACIONALDEHABITAÇÃO (INH); LABORATÓRIONACIONALDEENGENHARIACIVIL(LNEC)–Guia Técnico de Reabilitação Habitacional.2Vols.Lisboa:INH/LNEC,2006.
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V.4 PAREDESINTERIORES
V.4.1 PRINCÍPIOSGERAIS
V.4.1.1 Asparedesinterioresdevemsatisfazerasexigênciasquelhessãoaplicáveis,no que respeita nomeadamente à resistência mecânica e estabilidade, àsegurançaaoincêndio,àsegurançanautilização,aoconfortohigrotérmico,aoconfortoacústico,aoconfortovisualeàdurabilidade.
V.4.1.2
V.4.1.3 Nassituaçõesmaiscorrentes,emqueasparedesinterioressãoconstituídasporalvenariasrevestidas,cabeaoconjuntotosco-revestimentoasatisfaçãodageneralidadedessasexigências, emboraa contribuiçãodecadaumdoscomponentes (toscos ou revestimentos) tenhamaior oumenor relevânciaconsoanteotipodeexigênciaasatisfazer.
V.4.1.4 Asespecificaçõesapresentadasnosnúmerosseguintesreferem-se,emgeral,àparedenoseuconjunto;asespecificaçõesaplicáveisapenasaosrevestimentosconstamdeV.11(Revestimentosinterioresemparedesetectos).
V.4.2 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE
V.4.2.1 As paredes interiores, quer tenham ou não funções estruturais, devemapresentarestabilidadeeresistênciamecânicasatisfatóriasfaceaosesforçosque nelas podem ser induzidos, nomeadamente pela actuação de cargaspermanenteseacidentais(entreasquaisascargasexcêntricasdecorrentesdasuspensãodeequipamentooumobiliárionumdosparamentos).
V.4.2.2
V.4.2.3 Paraassoluçõescorrentesdeparedesinteriores,constituídasporpanosdealvenaria,devemserconsiderados,emparticular,osseguintesaspectos:
Em edifícios existentes devem ser corrigidas as deficiências das paredesinterioresrelativamenteàresistênciamecânicaeestabilidadeeàsegurançaaoincêndio,sendorecomendávelamelhoriadascondiçõesdedesempenhonoquerespeitaàsrestantesexigênciasaqueasparedesdevemsatisfazer.
Emedifíciosexistentes,casoasparedesinterioresnãoapresentemestabilidadee resistência mecânica satisfatórias, devem ser implementadas acções dereforçoparalhesconferirasegurançaadequada
Para as soluções correntes de paredes interiores, constituídas por panos dealvenaria,devemserconsiderados,emparticular,osseguintesaspectos:
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a) As dimensões máximas dos panos de alvenaria entre elementos detravamentodevemserdefinidasdeformaalimitarassuas“esbeltezas”(relaçãoentreadimensãohorizontalouverticaleaespessura)paravaloresqueasseguremasuaadequadaestabilidade;
b) Adeformabilidadedoselementosdesuporte(lajesouvigas)dasparedesdeve ser compatível com a capacidade relativamente reduzida dedeformaçãoqueasparedes e os respectivos revestimentosapresentamsemqueocorraasuafendilhação.
V.4.2.4 Referências
[1,4,15,16]
V.4.3 SEGURANÇAAOINCÊNDIO
V.4.3.1 Asparedes interioresdevemserdeclassederesistênciaaofogoadequadaàsfunçõesquedesempenham, tendoemcontaa sua localizaçãonoedifícioeoportedeste,demodoasatisfazerasdisposiçõesdaregulamentaçãodesegurançaaoincêndioaplicáveleaoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio).
V.4.3.2
V.4.3.3 Referências
Anexo2“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”
V.4.4 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO
V.4.4.1 Asparedesinterioresdevemapresentarresistênciamecânicaeestabilidadesatisfatóriasfaceaosesforçosquenelaspodemserinduzidosacidentalmentesob acções de choque resultantes de queda ou projecção de pessoas ouobjectos.
V.4.4.2 Para efeito do disposto no número anterior, a energia correspondente àsacçõesdechoqueaconsiderarnaconcepçãodasparedesdeveterematençãoasfunçõesdosespaçosconfinantescomasparedeseosriscosassociadosaoexercíciodessasfunções.
a) Casoseverifiquequeasdimensõesdospanosdealvenarianãogarantemumaadequadaestabilidade,devemserrealizadasacçõesde reforço comvista a limitar as suas “esbeltezas”,designadamente através da construção de elementos detravamentodeformaaparcelarospanosdealvenaria;
b) Caso se verifique deformação excessiva dos elementosde suporte (lajes ou vigas) das paredes, traduzindo-se nafendilhação destas, recomenda-se o eventual reforço daresistênciaàflexãodoselementosdesuporte,paraalémdoreforçodasparedesdealvenarianaszonasafectadas.
Emedifíciosexistentes,casoasparedesinterioresnãoapresentemaclassederesistênciaaofogoadequadaàsfunçõesquedesempenhamtendoemcontaasualocalizaçãonoedifícioeoportedeste,devemserimplementadasacçõescomvistaàsatisfaçãodoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio).
Anexo3“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”
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V.4.4.3
V.4.4.4 Paraaavaliaçãoexperimentaldaresistênciaaacçõesdechoque(decorpomoleedecorpoduro)dasparedesdevemsertomadascomoreferênciaasespecificaçõescontidasnodocumentonormativodaEOTA“TechnicalReportTR001: 2003–Determinationof impact resistanceof panels andpanels assemblies” [12],emparticularnoscasosemqueasparedessãoconstituídasporsoluçõesnão-tradicionaisparaasquaisnãoexistasuficientepráticadeutilização.
V.4.4.5 Referências
[12,13,17]
V.4.5 CONFORTOHIGROTÉRMICO
V.4.5.1 Quando confinem com espaços não-aquecidos, as paredes interiores devemcontribuirparaprotegertermicamenteoambienteinteriordosedifícioscontraascondiçõesmenosfavoráveisdaquelesespaços,paraoquedevemapresentarníveisde isolamentotérmicoquesatisfaçamàsdisposiçõesdoRegulamentodasCaracterísticasdeComportamentoTérmicodosEdifícios[2].
V.4.5.2
V.4.5.3 Referências
[2]
V.4.6 CONFORTOACÚSTICO
V.4.6.1 As paredes interiores devem assegurar aos espaços que delimitem umaprotecçãoacústicasatisfatóriarelativamenteaosruídosproduzidosnoutrosespaçosdoedifíciooudeedifícioscontíguos.
Emedifíciosexistentes,casoasparedesinterioresnãoapresentemresistênciamecânicaeestabilidadesatisfatóriasfaceaosesforçosquenelaspodemserinduzidosacidentalmentesobacçõesdechoque,devemserrealizadasacçõesdereforçodeformaacorrigiressasdeficiências.
Emedifíciosexistentes,casoasparedesinterioresnãoapresentemadequadosníveisdeisolamentotérmicoeocorramcondensaçõessuperficiaisnoparamentointeriorassociadasadegradaçãodorevestimentodomesmo,recomenda-seoreforçodesseisolamentodeformaasatisfazerascondiçõespreconizadasparaoefeito(verIV.7–Confortohigrotérmicoeeficiênciaenergética).
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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V.4.6.2 Para efeito do disposto no número anterior, as paredes interiores devemapresentar índices de isolamento sonoro a sons de condução aéreanormalizado (Dn,w) satisfazendo os critérios aplicáveis definidos em IV.9(Confortoacústico).
V.4.6.3
V.4.6.4 Assoluçõesconstrutivasaadoptardevemserdevidamentefundamentadas
noâmbitodoprojectodecondicionamentoacústicodoedifício.
V.4.6.5 Referências
[3]
V.4.7 REFERÊNCIAS
[1] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA).
[2] DECRETO-LEIn.º80/2006,de4deAbril–Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).
[3] DECRETO-LEI n.º 129/2002, de 11 de Maio – Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE).
[4] DESPACHOn.º41/MES/85,de14deFevereiro–Recomendações Técnicas para Habitação Social (RTHS).Lisboa:ImprensaNacional-CasadaMoeda,1988.
[5] EN771-1:2003/A1:2005–Specification for masonry units – Part 1: Clay masonry units.Brussels:CEN.
[6] EN771-3:2003/A1:2005–Specification for masonry units – Part 3: Aggregate concrete masonry units (dense and light – weight aggregates).Brussels:CEN.
[7] EN998-2:2003–Specification for mortar for masonry – Part 2: Masonry mortar.Brussels:CEN.
[8] EN845-1:2003–Specification for ancillary components for masonry. Part 1: Ties, tension straps, hangers and brackets.Brussels:CEN.
[9] EN845-2: 2003–Specification for ancillary components for masonry. Part 2: Lintels.Brussels:CEN.
Emedifíciosexistentes,casoasparedesinterioresnãoasseguremaosespaçosquedelimitemumaprotecçãoacústicasatisfatóriarelativamenteaosruídosproduzidosnoutrosespaçosdoedifíciooudeedifícioscontíguos,recomenda-seacorrecçãodessasdeficiênciasdeformasatisfazerascondiçõespreconizadasparaoefeito(verIV.8–Confortoacústico).
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
[10] EN845-3:2003–Specification for ancillary components for masonry. Part 3: Bed joint reinforcement of steel meshwork.Brussels:CEN.
[11] EN 1996-2: 2006 – Eurocode 6 – Design masonry structures. Part 2: Design considerations, selection of materials and execution of masonry.Brussels:CEN.
[12] EUROPEAN ORGANISATION FOR TECHNICAL APPROVALS (EOTA) –Determination of impact resistance of panels and panel assemblies. Brussels:EOTA,2003.(TechnicalReportTR001).
[13] EUROPEAN ORGANISATION FOR TECHNICAL APPROVALS (EOTA) –Guideline for European Technical Approval for internal partitions kits for use as non-load bearing walls.Brussels:EOTA,1998.(ETAG003).
[14] ISO 6241: 1984 – Performance standards in building – Principles for their preparation and factors to be considered.Geneve:ISO.
[15] NFP10-202-1;1994–Travaux de bâtiment. Ouvrages en maçonnerie de petits éléments – parois et murs. Paris:AFNOR. (DocumentTechniqueUnifiéDTU20.1).
[16] BS5628:Part3:2005–British standard code of practice for use of masonry. Part 3: Materials and components, design and workmanship.London:BSI.
[17] Comunicação da Comissão Europeia a Propósito dos Documentos Interpretativos da Directiva 89/106/CEE do Conselho (94/C62/01).JornalOficialdasComunidadesEuropeias,n.ºC62/1,de28deFevereirode1994.
[18] INSTITUTONACIONALDEHABITAÇÃO (INH); LABORATÓRIONACIONALDEENGENHARIACIVIL(LNEC)–Guia Técnico de Reabilitação Habitacional.2Vols.Lisboa:INH/LNEC,2006.
V.5 PAVIMENTOS
V.5.1 PRINCÍPIOSGERAIS
V.5.1.1 Os pavimentos dos edifícios devem satisfazer as exigências que lhes sãoaplicáveis,noquerespeitanomeadamenteresistênciamecânicaeestabilidade,àsegurançaaoincêndio,àestanquidadeàágua,aoconfortohigrotérmico,aoconfortoacústicoeàdurabilidade.
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V.5.1.2 Ospavimentosdosedifíciosaquesereferemaspresentesespecificaçõessãoentendidoscomoincluindoa laje,orevestimentodepisoeorevestimentode tecto, embora as especificações relativas a estes revestimentos sejamestabelecidasemV.12(Revestimentoempisoserodapés).
V.5.1.3
V.5.2 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE
V.5.2.1 Os pavimentos dos edifícios devem ser concebidos e dimensionados, ouverificados, de modo a suportarem, nas condições regulamentares desegurançaedeacordocomoscritériosdefinidosemIV.1(Resistênciamecânicaeestabilidade),asdiferentesacçõesaquepodemsersubmetidos.
V.5.2.2 A estrutura resistente e os respectivos elementos constituintes devemapresentarresistênciamecânicasatisfatóriafaceaosesforçosquenelespodemserinduzidoseconservaressaresistênciaduranteavidaútildosedifícios.
V.5.2.3
V.5.3 SEGURANÇAAOINCÊNDIO
V.5.3.1 Os pavimentos dos edifícios devem ser concebidos e dimensionados, ouverificados,demodoque,emcasodeincêndio,asuacapacidaderesistentepossasergarantidaduranteumperíododetempodeterminadoquepermitaaevacuaçãodosedifíciospelosseusocupantesemcondiçõesseguras;paratalospavimentosdevemserdeclassesderesistênciaaofogoadequadasàsfunçõesquedesempenham,tendoemcontaoportedoedifício,demodoasatisfazerasdisposiçõesreferidasemIV.2(Segurançaaoincêndio).
V.5.3.2
V.5.4 ESTANQUIDADEÀÁGUA
V.5.4.1 Ospavimentostérreos,bemcomoospavimentosdoslocaishúmidose,emgeral,todosaquelesondepodeverificar-seapresençaprolongadadeágua,
Emedifíciosexistentesdevemsercorrigidasassituaçõesdepavimentoscomdeficiênciadesegurançaestrutural,desegurançaaoincêndioedeestanquidadeàágua,sendorecomendávelamelhoriadascondiçõesdedesempenhonoquerespeitaàsrestantesexigências.
Em edifícios existentes, caso os pavimentos não apresentem segurançaestruturalsatisfatória,devemserimplementadasacçõesdereforçoparalhesconferirasegurançaadequada.
Emedifíciosexistentes,casoosrespectivospavimentosapresentemclassesderesistência ao fogo desajustadas em relação às funções que desempenham,devemserimplementadasacçõescomvistaàsatisfaçãododispostoemIV.2(Segurançaaoincêndio).
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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devemapresentarestanquidadesatisfatória, impedindo,querapenetraçãodaáguadoexteriorparao interior, querapassagemdaáguaparaoutroslocaisdeandaressubjacentes.
V.5.4.2 Parasatisfaçãodasexigênciasdeestanquidadeàáguaenunciadasnonúmeroanterior,ospavimentostérreosdevemrespeitarascondiçõesseguintes:
a) Quando assente directamente sobre o terreno, o pavimento deve serconvenienteprotegidocontraaeventualascensãodahumidadedosolo,medianteainterposiçãodeumacamadaimpermeávelouqueassegureadrenagemeficientedessahumidade;
b) Quando assente sobre caixa-de-ar, esta deve ser ventilada medianteaberturas de arejamento praticadas nas respectivas paredes, com umaáreatotalde,pelomenos,1:1000daáreaemplantadacaixa-de-ar.
V.5.4.3
V.5.5 CONFORTOHIGROTÉRMICO
V.5.5.1 Quandointegremaenvolventedosedifíciosouconfinemcomespaçosnãoaquecidos, ospavimentosdevemcontribuirparaproteger termicamenteoambienteinteriordosedifícios.
V.5.5.2 Ospavimentossobreespaçosabertosounãoaquecidose,emcertassituações,os pavimentos térreos assentes directamente sobre o terreno devemapresentar níveis de isolamento térmico adequados, devendo satisfazer asdisposiçõesdoRCCTE.
V.5.5.3
Emedifíciosexistentes,casoospavimentosnãoapresentemestanquidadeàágua satisfatória, traduzindo-se nomeadamente em sinais de presença dehumidadenointerioroudeoutrasanomaliasqueindiciemadeterioraçãodosmateriaisconstituintesouquecomprometamascondiçõesdesaúdeedehigienedosutilizadores,devemserrealizadasacçõesdereparaçãodessasdeficiências,designadamenteatravésda implementaçãodedisposiçõesconstrutivasederevestimentosexterioresadequados.
Em edifícios existentes, caso os pavimentos exteriores ou em contacto comlocaisnãoaquecidosnãoapresentemníveisdeisolamentotérmicoadequadose ocorram condensações superficiais no paramento interior associadas a
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V.5.5.4 Referências
[1,3]
V.5.6 CONFORTOACÚSTICO
V.5.6.1 Os pavimentos dos edifícios devem assegurar aos espaços que confinemouseparemumaprotecçãoacústicasatisfatóriarelativamenteaossonsdecondução aérea e aos sons de percussão produzidos noutros espaços doedifício.
V.5.6.2 Para efeito do disposto no número anterior, os pavimentos devem serqualificadosporíndicesdeisolamentosonoroasonsdeconduçãoaéreaeasonsdepercussãocujosvaloressatisfaçamoscritériosaplicáveisdefinidosemIV.8(Confortoacústico).
V.5.6.3
V.5.6.4 Referências
[2,4]
V.5.7 REFERÊNCIAS
[1] DECRETO-LEIn.º80/2006,de5deMarço–Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).
[2] DECRETO-LEI n.º 129/2002, de 11 de Maio – Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE).
[3] SANTOS,C.Pinados;MATIAS,Luis–Coeficientes de transmissão térmica de elementos da envolvente dos edifícios.Versãoactualizada2006.Lisboa:LNEC,2006.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE50).
[4] SILVA,P.Martinsda–Acústica de edifícios.Lisboa:LNEC,1995.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE8).
degradaçãodorevestimentodomesmo,recomenda-seumaacçãodereforçodesseisolamentodeformaasatisfazerascondiçõespreconizadasparaoefeito(verIV.7–Confortohigrotérmicoeeficiênciaenergética).
Emedifíciosexistentes,casoospavimentosnãoassegurem,aosespaçossituadosno interior dos edifícios, uma protecção acústica satisfatória relativamenteaossonsproduzidosemespaçoscontíguos,recomenda-seacorrecçãodessasdeficiênciasdeformasatisfazerascondiçõespreconizadasparaoefeito(verIV.8–Confortoacústico).
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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V.6 ESCADASERAMPAS
V.6.1 PRINCÍPIOSGERAIS
V.6.1.1 Asescadaserampasdosedifíciosdevemserconcebidasedimensionadas,ouverificadas,demodoasatisfazerasexigênciasquelhessãoaplicáveis,noquerespeitanomeadamenteàresistênciamecânicaeestabilidade,àsegurançaaoincêndioeàdurabilidade.
V.6.1.2 Asescadaserampasdosedifíciosaquesereferemaspresentesespecificaçõessãoentendidascomoincluindoalaje,orevestimentodepisoeorevestimentode tecto, embora as especificações relativas a estes revestimentos sejamestabelecidasemV.13(Revestimentosemescadaserampas).
V.6.1.3
V.6.2 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE
V.6.2.1 As escadas e rampas dos edifícios devem ser concebidas e dimensionadasde modo a suportarem, nas condições regulamentares de segurança, asdiferentesacçõesaquepodemsersubmetidas.
V.6.2.2 A estrutura resistente e os respectivos elementos constituintes devemapresentarresistênciamecânicasatisfatóriafaceaosesforçosquenelespodemserinduzidoseconservaressaresistênciaduranteavidaútildosedifícios.
V.6.2.3
V.6.2.4 Referências
VerIV.1(Resistênciamecânicaeestabilidade)
V.6.3 SEGURANÇAAOINCÊNDIO
V.6.3.1 As escadas e rampas devem ser construídas com materiais da classe dereacçãoaofogoadequadasàsfunçõesquedesempenhem,tendoemcontaa
Emedifíciosexistentesdevemsercorrigidasassituaçõesdeescadaserampascomdeficiênciadesegurançaestruturaledesegurançaaoincêndio.
Emedifíciosexistentes,casoasescadasouasrampasnãoapresentemsegurançaestruturalsatisfatória,devemserimplementadasacçõesdereforçoparalhesconferirasegurançaadequada.
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sualocalizaçãonoedifícioeoportedeste,demodoasatisfazerasdisposiçõesreferidasemIV.2(Segurançaaoincêndio).
V.6.3.2
V.7 COBERTURAS
V.7.1 PRINCÍPIOSGERAIS
V.7.1.1 As coberturas dos edifícios devem ser concebidas e dimensionadas, ouverificadas,demodoasatisfazerasexigênciasquelhessãoaplicáveis,noquerespeitanomeadamenteàsegurançaestrutural,àsegurançaaoincêndio,àsegurançacontraintrusão,àestanquidadeàágua,aoconfortohigrotérmico,aoconfortoacústicoeàdurabilidade.
V.7.1.2 As coberturas dos edifícios a que se referem as presentes especificaçõessãoentendidascomooconjuntocobertura-tecto,emboraasespecificaçõesrelativas aos revestimentos de coberturas sejam estabelecidas em V.14(Revestimentoemcoberturas).
V.7.1.3
V.7.2 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE
V.7.2.1 Ascoberturasdosedifíciosdevemserconcebidasedimensionadasdemodoa suportarem, nas condições regulamentares de segurança, as diferentesacçõesaquepodemsersubmetidas.
V.7.2.2 A estrutura resistente e os respectivos elementos constituintes devemapresentar resistência mecânica satisfatória face aos esforços que nelespodem ser induzidos e conservar essa resistência durante a vida útil dosedifícios.
V.7.2.3
Em edifícios existentes, caso as respectivas escadas e rampas apresentemmateriaisdaclassedereacçãoaofogodesajustadaemrelaçãoàsfunçõesquedesempenham, devem ser implementadas acções com vista à satisfação dodispostoemIV.2(Segurançaaoincêndio).
Emedifíciosexistentesdevemsercorrigidasassituaçõesdecoberturascomdeficiênciadesegurançaestrutural,desegurançaaoincêndioedeestanquidadeàágua,sendorecomendávelamelhoriadascondiçõesdedesempenhonoquerespeitaàsrestantesexigências.
Emedifíciosexistentes,casoaestruturadacoberturanãoapresentesegurançaestruturalsatisfatória,devemser implementadasacçõesdereforçopara lheconferirasegurançaadequada.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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V.7.2.4 Referências
VerIV.1(Resistênciamecânicaeestabilidade)
V.7.3 SEGURANÇAAOINCÊNDIO
V.7.3.1 AscoberturasdevemsatisfazerasdisposiçõesreferidasemIV.2(Segurançaaoincêndio),nomeadamentenoquesereferea:
a) Classederesistênciaaofogodarespectivaestruturaquandoconstituídapor laje, tendo em conta o porte do edifício, a eventual utilização dacoberturacomocaminhodeevacuaçãodeemergênciaemcasodeincêndioeaexistênciadevãosemparedesexterioressobranceirasàcobertura;
b) Classes de reacção ao fogo dos materiais dos respectivos elementosestruturaisnosoutroscasos,bemcomodorevestimentodacoberturaedumaeventualesteiradetecto,tendoemcontaoportedoedifício.
V.7.3.2
V.7.4 SEGURANÇACONTRAINTRUSÃOEVANDALISMO
V.7.4.1 Os elementos constituintes das coberturas devem conferir protecçãoadequadacontraintrusõesindesejáveisdepessoas,animaiseobjectos.
V.7.4.2 Referências
VerIV.3(Segurançacontraintrusãoevandalismo)
V.7.5 ESTANQUIDADEÀÁGUA
V.7.5.1 As estruturasdas coberturasdevem ser protegidaspor revestimentosquelhesasseguremestanquidadeàáguadachuvaeàneve,deacordocomoscritériosdefinidosemV.14(Revestimentoemcoberturas).
Emedifíciosexistentes,casooselementosdaestruturadacoberturaapresentemuma classe de resistência ao fogo desajustada em relação às funções quedesempenhamouumainadequadaclassedereacçãoaofogodosrespectivosmateriaisconstituintes,devemserimplementadasacçõescomvistaàsatisfaçãododispostoemIV.2(Segurançaaoincêndio).
Em edifícios existentes recomenda-se a correcção das situações em que ascoberturasnãoconfiramprotecçãoadequadaaosocupanteseaosseusbenscontraintrusõesindesejáveisdepessoas,animaiseobjectos.
Em edifícios existentes, caso as coberturas não apresentem estanquidade àáguaeànevesatisfatória,traduzindo-senomeadamenteemsinaisdepresençasignificativa de humidade no interior ou de outras anomalias que indiciem
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V.7.5.2 Referências
VerIV.5(Estanquidadeàágua)
V.7.6 CONFORTOHIGROTÉRMICO
V.7.6.1 As coberturas devem contribuir para proteger termicamente o ambienteinteriordosedifícioscontraascondiçõesdesfavoráveisdoambienteexterioresuasvariações,paraoquedevemapresentarníveisdeisolamentotérmicoadequadosàseveridadedoclimadecadaregião.
V.7.6.2 Ascoberturasnãodevemapresentarzonaslocalizadasonde,porrazõesdedeficientescondiçõesdeisolamentotérmico,possamocorrercondensaçõessuperficiaisnoparamentointeriorquedêemorigemàdegradaçãodomesmo,devendosatisfazerasdisposiçõesdoRCCTE[1].
V.7.6.3 Referências
[1,3]
V.7.7 CONFORTOACÚSTICO
V.7.7.1 Ascoberturasdosedifíciosdevemasseguraraosespaçosqueconfinemouseparem uma protecção acústica satisfatória relativamente aos sons deconduçãoaéreaprovenientesdoexterior.
V.7.7.2 Ascoberturasdevemserqualificadasporíndicesdeisolamentosonoroasonsdeconduçãoaéreacujosvaloressatisfaçamoscritériosestabelecidosparaaenvolventeexteriordeedifícios(verIV.8–Confortoacústico).
V.7.7.3 Referências
[2,4]
deterioraçãodosmateriaisconstituintesouquecomprometamascondiçõesdesaúdeedehigienedosutilizadores,devemserrealizadasacçõesdereparaçãodessasdeficiências,designadamenteatravésdaimplementaçãodedisposiçõesconstrutivasadequadas.
Emedifíciosexistentes,casoascoberturasnãoapresentemadequadosníveisde isolamento térmico e ocorram condensações superficiais no paramentointeriorassociadasadegradaçãodorevestimentodomesmo,recomenda-seoreforçodesseisolamentodeformaasatisfazerascondiçõespreconizadasparaoefeito(verIV.7–Confortohigrotérmicoeeficiênciaenergética).
Em edifícios existentes, caso as coberturas não assegurem aos espaços queconfinemouseparemumaprotecçãoacústicasatisfatóriarelativamenteaossonsdeconduçãoaéreaprovenientesdoexterior, recomenda-seacorrecçãodessasdeficiênciasdeformasatisfazerascondiçõespreconizadasparaoefeito(verIV–Confortoacústico).
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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V.7.8 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO
V.7.8.1 Ascoberturas,mesmoquandonãoutilizáveis,devemserprovidasdemeiosdeacessoedecirculaçãoquepermitamquerainspecçãodasuaestruturaresistenteedosrevestimentoscomvistaadetectareventuaisanomalias,nomeadamenteperdasdedurabilidadedosmateriaisedeficiênciasdaestanquidade,querafácilesegurarealizaçãodetrabalhosdelimpeza,conservaçãoereparação.
V.7.8.2 Referências
VerVII(Economia,durabilidadeemanutenção)
V.7.9 REFERÊNCIAS
[1] DECRETO-LEIn.º80/2006,de5deMarço–Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).
[2] DECRETO-LEIn.º129/2002,de11deMaio–Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE).
[3] SANTOS, C. Pina dos;MATIAS, Luis –Coeficientes de transmissão térmica de elementos da envolvente dos edifícios.Versãoactualizada2006.Lisboa :LNEC,2006.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE50).
[4] SILVA,P.Martinsda–Acústica de edifícios.Lisboa :LNEC, 1995. (InformaçãoTécnicaEdifíciosITE8).
V.8 PREENCHIMENTODEVÃOS
V.8.1 PRINCÍPIOSGERAIS
V.8.1.1 Ospreenchimentosdevãos,exterioresouinteriores,abrangemasjanelas,osenvidraçados,oselementosdecerramentodosvãosexterioreseasportas.Paraalémdissosãotambémtratadosnestecapítuloosaspectosinerentesàsfachadaslevesdealumínioevidro.Otermocaixilharia,seguidamenteempregue,inclui,nestecontexto,janelas,portasefachadasleves.Opreenchimentodacaixilhariarefere-seaoelementoquepreencheoespaço interiordeumcaixilho,sendogeralmenteconstituídoporvidro.
Emedifíciosexistentes recomenda-sea realizaçãodeacçõesde reparaçãoebeneficiaçãodoselementosdacobertura,tendoemvistagarantirumadequadoperíododevidaútil.
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V.8.1.2 Nestetextosãoespecificadasasexigênciasgeraisaplicáveisapreenchimentosdevãos,bemcomoaformacomopodeserverificadaasuasatisfaçãoatravésda avaliação do desempenho desses produtos da construção. Tratando-sedeprodutosabrangidospelaDirectivadosProdutosdaConstrução[2]estãojá preparadas ou em finalização normas de produto, harmonizadas, queespecificam o desempenho mínimo necessário para permitir a marcaçãoCEdessesprodutos,bemcomoasuaformadeavaliação.Estetextotememconsideraçãoaexistênciadessasnormasdeprodutoeespecificaosníveisdedesempenhonecessáriosparaaaplicaçãodessesprodutosdaconstrução.
V.8.1.3 Tendoemcontaqueacaixilharia,talcomooutrosprocessosconstrutivos,deveser adequada aouso em termosda segurança, habitabilidade, durabilidade,conforto e funcionalidade e que deve ainda subordinar-se a critérios deracionalidade e economia, a sua selecçãodeve ser realizadade acordo comasrecomendaçõesdoLNECrespectivas[1].Esteaspectoésalientadoquandorelevanteaolongodestetexto.
V.8.1.4 Estes componentes devem ser modulados, integrar soluções construtivastipificadaserecorreraousodemateriaiseelementosnormalizados.
V.8.1.5
V.8.1.6
Nocasodeserencaradaapossibilidadedereabilitaçãodepreenchimentosdevãos, a profundidade da intervenção depende do seu estado de conservação.Podemserconsideradosdoisníveisdiferenciadosdeintervenção:oprimeiro,desubstituiçãototaldospreenchimentosdevãos,semprequeestesseapresentemsignificativamentedegradadoseasuareconstruçãosemostreeconomicamenteinviávelouseconsideraçõeseconómicasefuncionaissobreodesempenhoglobaldaenvolventeaconselharemàadopçãodenovospreenchimentosdevãos;osegundo,desubstituiçãoparcialdoselementosdegradados,semprequeseverifiqueserareparaçãomaiseconómicadoqueasubstituiçãototaldospreenchimentosdevãos.Semprequeocorrerasubstituiçãodepreenchimentosdevãos,aplicam-seintegralmenteosaspectosdestasregrasreferentesaconstruçãonova.
A alteração das característicasmecânicas e funcionais decorrentes da insta-laçãodenovospreenchimentosdevãosoudareabilitaçãodosexistentesdeveser necessariamente considerada nos outros aspectos de desempenho doedifícionosquaispossaterimpacte,porexemplonosaspectosdeventilaçãoeclimatização(umavezqueaalteraçãodapermeabilidadeaoardaenvolventepodeterimpactesmuitosignificativos).Asuaconsideraçãodeveserreflectidanadocumentaçãodeavaliaçãodaconformidadeemitidanoâmbitodosdomíniosafectados. A sua não-consideração deve ser objecto de justificação escritaintegradanadocumentaçãodeavaliaçãodaconformidadeelaboradanoâmbitodospreenchimentosdevãos.
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V.8.2 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE
V.8.2.1 Ospreenchimentosdevãos,querinteriores,querexteriores,devemapresentarresistênciamecânicaedurabilidadesatisfatóriasfaceaosesforçosinduzidos,quernoseunormalfuncionamento,queremresultadodemanobraserradasacidentais,edeocorrênciaprovável,porpartedosutilizadores.
V.8.2.2
V.8.2.3 Acaixilhariaeenvidraçadosexterioresdevemapresentarresistênciamecânicae durabilidade satisfatórias face ao seu grau de exposição aos agentesatmosféricoseàacçãodaintempérie.
V.8.2.4 Aresistênciamecânicadacaixilhariaexteriordeveserespecificadadeacordocomodocumento“Componentesdeedifícios.Selecçãodecaixilhariaeseudimensionamentomecânico”,doLNEC[1].
V.8.2.5 Para os restantes tipos de preenchimento de vãos exteriores devem serconsideradas as pressões de dimensionamento referidas no documento“Componentes de edifícios. Selecção de caixilharia e seu dimensionamentomecânico”,doLNEC[1],tendoemcontaosadequadoscoeficientesdepressão.
V.8.2.6 Para especificação da resistência mecânica de preenchimentos de vãosinteriores deve considerar-se que estes devem resistir a uma diferença depressãode600Pa.
V.8.2.7 Opreenchimentodosvãosnãoparticipanasegurançadaestruturadoedifício,devendo ser assegurado que as reacções da estrutura, os assentamentos,as flechas e dilatações a que os edifícios estão normalmente sujeitos nãoinfluenciamoseudesempenho.
V.8.2.8 Tendo em consideração a natureza dos seus materiais constituintes, aconcepçãodospreenchimentosdevãoseasuacolocaçãoemobradevemsertaisqueasvariaçõesdimensionaisdevidasàsvariaçõesdetemperaturaedehumidadenãoafectemsensivelmenteaestabilidadedospreenchimentosdevãos,afimdenãocomprometerasegurançadosocupantes.
Nos casos de construções existentes os preenchimentos de vãos não devemapresentar sinais dedeformaçãoplásticaoude roturadequalquerdos seuselementosoucomponentes.
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V.8.2.9 Afixaçãodeveserdimensionadadeformaaque,devidoàacçãodosagentesexternosedosesforçosdevidosaofuncionamento,nãoseverifiquedeformaçãoexcessivaouroturanemnopreenchimentodevãonemnoguarnecimentodovão.Nocasodacaixilharia,aavaliaçãodadeformaçãodeveserfeitatendoemcontaasespecificaçõesdodocumento“Componentesdeedifícios.Selecçãodecaixilhariaeseudimensionamentomecânico”,doLNEC[1].
V.8.2.10 Em especial a caixilharia exterior deve ser pontualmente fixada ao vãomantendo folgas entre o aro e o vão que permitam assegurar algumaindependência relativamente a pequenos movimentos diferenciais locais,nomeadamenteosdevidosàsdeformaçõesimpostaspelaacçãodoventoàcaixilhariaeasdilataçõesdiferenciaisentreocaixilhoeaenvolventedovão.Aesserespeitodeve-secumpriraespecificaçãoindicadaemV.8.13.
V.8.2.11 Dainstalaçãodospreenchimentosdevãosnosrespectivosvãosnãodevemresultar deformações aparentes ou deformações que venham a reduzir odesempenhomecânicoefuncionalespecificado.
V.8.2.12 A caixilharia deve ser concebida de forma a que seja possível colocar ospreenchimentos respectivos com as folgas necessárias para evitar que osefeitoshigrotérmicossejamsusceptíveisdeprovocarroturaeaqueaentregadospreenchimentosnoscaixilhossejaadequadaparaqueosesforçossejamtransmitidosentreosvárioselementossemocasionardeformaçõesexcessivasourotura.
V.8.2.13 Osvidrosinstaladosemcaixilhosdevemserapoiadosemcalçosdeformaaserasseguradooposicionamentocorrectodovidro,asseguraratransmissãodosesforçosentreocaixilhoeovidroatravésdospontosadequados,evitaradeformaçãoexcessivadoscaixilhosdevidoaopesoprópriodovidroeevitarocontactodirectodovidrocomocaixilho.
V.8.2.14 Naausênciadedocumentaçãonacionalsobreocalçamentodosvidrosdevemseguir-seasespecificaçõesdanormafrancesaNFP78-201-1[3].
V.8.2.15 O preenchimento da caixilharia deve ser dimensionado em termos da suaresistênciamecânica tendo em conta a acção do vento e a acção do seuaquecimentodiferencial.
V.8.2.16
V.8.2.17 Osvidrosqueconstituemopreenchimentodasfolhasdejanelasdevemterespessuraproporcionadaàssuasdimensõesfaciaisenãoinferiora3mm.
Nos casos de construções existentes é necessário avaliar a espessura ecaracterísticas dos preenchimentos instalados e evidenciar, através de umamemóriadescritivaedecálculo,asuaadequação.
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V.8.2.18 Osvidrosqueconstituemopreenchimentodasfolhasdeportasdevemterespessuraproporcionadaàssuasdimensõesfaciaisenãoinferiora4mm.
V.8.2.19 No que respeita ao seu dimensionamento relativamente ao estado limiteúltimo,devemserconsideradososvalorescaracterísticosdapressãodinâmicadoventoreferidosnoRegulamentodeSegurançaeAcçõesparaEdifíciosePontes[4].
V.8.2.20 Naausênciadedocumentaçãonacionalsobreodimensionamentomecânicodosvidrosdeveusar-seométododedimensionamentopropostonanormafrancesaNFP78-201-1[3],tendocontaqueoscoeficientesdesegurançaggegm,previstosnoRegulamentodeSegurançaeAcçõesparaEdifíciosePontes[4],estãojáincluídosnométododecálculopropostonessanorma.
V.8.2.21 Aadequaçãoemtermostermo-mecânicosdovidroutilizado,nosentidodeevitarasuaroturadevidoaaquecimentodiferencial,deveserverificado,naausência de documentação nacional sobre estamatéria, de acordo com anormafrancesaNFP78-201-1/A1[5].
V.8.3 SEGURANÇAAOINCÊNDIO
Os elementos de preenchimento de vãos devem satisfazer as disposiçõesreferidasemIV.2(Segurançaaoincêndio).
V.8.4 SEGURANÇACONTRAINTRUSÃOEVANDALISMO
V.8.4.1 Oselementosdeconstruçãodaenvolventedoedifíciodevemconferirumaprotecçãoadequadaaosocupanteseaosbenseequipamentosnointeriordoedifíciocontraintrusõesindesejáveisdepessoas,animaiseobjectos.
V.8.4.2
V.8.4.3 Asportasejanelasexterioresnãodevemabrir-sepeloexteriorexceptoquando,porrazõesdeacessodosutilizadores,forconsideradonecessáriodispordessapossibilidade, por exemplo em portas de entrada e janelas de sacada quedãoacessoavarandasouaterraços.Nessecaso,devemserimplementadosdispositivosdefechoquepossamexcluiroacessopeloexterior.
No caso das construções já existentes podem ser tomadas medidascomplementaresparaserevitadaaintrusão.
V.8.4.4 Ospreenchimentosdevãoseseuselementosconstituintesacessíveisnãodevempoderserfacilmentedanificadosporobjectoscortantesoucontundentesdeusocorrente,nosentidodeserempoucosusceptíveisàintrusão.Exceptuam-seoselementosdevedação,pré-formadosouextrudidosnolocalnodecursodaconstruçãoque,pelasuanatureza,nãotêmpossibilidadedecumprirestaexigência.
V.8.5 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO
V.8.5.1 Os preenchimentos de vãos e os elementos que os integram não devemconstituirriscodequedaoudeferimentoparaaspessoas.
V.8.5.2 Amanobradaspartesmóveisedosseusacessóriosnãodeve,emcondiçõesnormais,originarperigoalgumparaoutilizador.
V.8.5.3 A caixilharia deve ser capaz de resistir à acções de choques quando seencontrar nas condições especificadas no documento “Componentes deedifícios.Selecçãodecaixilhariaeseudimensionamentomecânico”,doLNEC[1],paraesseefeito.
V.8.5.4 Anaturezadosenvidraçadosedosvidrosqueconstituemopreenchimentodos caixilhos deve ser seleccionada tendo em conta a necessidade de serevitada a queda de pessoas através desses vãos e a necessidade de seremevitadosferimentos.
V.8.5.5 Na ausência de documentação nacional sobre a selecção da natureza dosvidros, tendo em conta estes aspectos da segurança na utilização normal,devemseguir-seasespecificaçõesdanormafrancesaNFP78-201-1[3].
V.8.5.6 Nautilizaçãodevidroscujoplanotenhaumaposiçãoquenãosejavertical,devemsertomadoscuidadosparaquenãoexistaoriscodeaquedadovidro,inteirooufragmentado,constituirumriscoparaasegurançadaspessoas.
V.8.5.7 Na ausência de documentação nacional sobre os requisitos a cumprir porvidroscolocadosemplanosnãoverticaisdevemseguir-seasespecificaçõesdanormafrancesaNFP78-201-1[3].
V.8.5.8 Oesforçodemanobradasfolhasmóveisdospreenchimentosdevãosdeveser limitado, de acordo com a sua utilização. Nesse sentido, devem sercumpridasasexigênciasde limitaçãodoesforçodemanobra incluídasnasrecomendaçõesdoLNECrespectivas[1].
V.8.5.9
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Nocasodasconstruçõesjáexistentes,emcasodedúvida,estasforçaspodemsermedidasnolocalcomrecursoaumdinamómetro.
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V.8.5.10 Adicionalmente às exigências referidas V.8.5.8 as portas providas dedispositivos mecânicos não-motorizados de fecho automático que servemespaçospúblicosondeexistampessoas idosasdevemcumprirosrequisitosdaclasse2deforçasdemanobra,deacordocomanormaEN12217[7],easrestantesportasqueservemessesespaçosdevemcumprirosrequisitosdaclasse3deforçasdemanobra,deacordocomamesmanorma.
V.8.5.11 Devemestarprevistostodososmecanismosnecessáriosparatornarsimplesefácilamanobradasfolhasmóveisdospreenchimentosdevãosedosseusacessórios.
V.8.5.12 Quandoforemutilizadosestoresenroláveiscomoelementosdecerramentodevãos,estesdevemsermanobráveisdointerioredevemserpreferencialmenteprojectáveis.
V.8.5.13 Assuperfícies,queestiveremaoalcancenormaldaspessoas,doscomponentesdepreenchimentodevãosedasfachadas levesnãodevemserexcessivamenterugosasdeformaaquepossamcausarferimentos,nempossuirgumescortantes.
V.8.6 ESTANQUIDADEÀÁGUA
V.8.6.1 Acaixilhariaexteriordeveserestanqueàáguadachuvasobaacçãodovento,dentrodecertoslimites.Aespecificaçãodaestanquidadeàáguadacaixilhariadeveserrealizadadeacordocomodocumento“Componentesdeedifícios.Selecçãodecaixilhariaeseudimensionamentomecânico”,doLNEC[1].
V.8.6.2
V.8.6.3 A porta de entrada principal dos edifícios deve ser resguardada contra aincidênciadirectadachuva,medianteousodeumapaladeprotecçãoouorecuodaportarelativamenteaoplanodafachada.
No caso das construções já existentes considera-se aceitável que, através deinspecção,severifiquequenãoexistempontosdedescontinuidadedavedaçãonasjuntasfixasquepossamoriginarinfiltraçõesdeáguaequenãoexistemvestígiosque,directamenteouindirectamente,evidenciemaexistênciadeinfiltraçõesdeágua.Naexistênciadedúvidasquantoaodesempenhodacaixilhariadeve serrealizadoumensaiodeprotótipo.
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V.8.7 QUALIDADEDOARINTERIOR
V.8.7.1 Acaixilhariaexteriorparticipanoobjectivodemanteraadequadaqualidadedoarinteriordeduasformas:(i)mantendoquandofechadaumapermeabilidadeaoarsuficientementereduzidaparanãoperturbaroesquemadeventilaçãoconcebido para o edifício; (ii) possibilitando a sua abertura de forma aintensificartemporariamenteaventilaçãodaszonasadjacentes.
V.8.7.2 Considera-se cumprido o princípio de não-perturbação do esquema deventilação se a classe de permeabilidade ao ar da caixilharia representaruma permeabilidade ao armenor do que a especificada na concepção daventilação.
V.8.7.3
V.8.7.4 Salvoexcepçõesdevidamentejustificadas,emtodososlocaisquedisponhamde janelas para o exterior devem existir folhas móveis que permitam aintensificaçãodaventilação.
V.8.8 CONFORTOHIGROTÉRMICO
V.8.8.1 Acaixilhariaexterior,constituindopartedaenvolventedoedifício,participatalcomoestanasexigênciasdeconfortohigrotérmicoatravésdalimitaçãoda permeabilidade ao ar e da limitação da transmissão do calor. Nessesentido,devemsercumpridasasexigênciasdelimitaçãodapermeabilidadeaoarincluídasnasrecomendaçõesdoLNECrespectivas[1].Noquerespeitaao desempenho térmico deve ser cumprida a regulamentação nacionalaplicável aos edifícios. Para a avaliação do desempenho térmico doscaixilhoserespectivoscerramentosdevãosdevemseguir-seasrespectivasrecomendaçõesdoLNEC[6].
V.8.8.2
V.8.8.3 Apossibilidadedeocorrênciadecondensaçõesdeveserreduzidadeformaaquenãosejacriadoumambientepropícioaodesenvolvimentodefungosedebolores.Neste sentido deve ser evitada a ocorrência significativa de condensações,tendoemcontaoteorlocaldevapordeáguaeatemperaturasuperficialdacaixilharia.Recomenda-seaadopçãodométododeverificaçãoconstantenasrecomendaçõesdoLNECsobredimensionamentotérmicodecaixilharia[6].
Aalteraçãododesempenhodacaixilhariaemtermosdasuapermeabilidadeaoarpodegeraralteraçõessignificativasnodesempenhodossistemasdeventilaçãoedeclimatização.
No caso das construções já existentes a necessidade de cumprimento destasexigênciaslimita-seaoqueestiverdefinidonaspartesrespectivasdestasregraseaoexigidonaregulamentaçãonacional.
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V.8.8.4
V.8.8.5 Devemprever-sedispositivosadequadosparaaretençãoeeventualeliminação
daságuasdecondensação,semprequeaocorrênciadecondensaçõessobrea superfície interior da caixilharia seja susceptível de afectarmateriais ouacabamentos adjacentes. Se esses dispositivos comportarem orifícios paraevacuaçãodeáguaparaoexterior,estesdevemserconcebidosdeformaaquenãoocorraperdadaestanquidadedoedifíciosobacçãodovento.Paraalémdisso,deveserenglobadonocaixilhorespectivo,paraefeitosdeclassificação,oacréscimodapermeabilidadeaoarqueessesorifíciosoriginam.
V.8.9 CONFORTOACÚSTICO
V.8.9.1 No contexto da aplicação da regulamentação nacional relevante paraesteaspecto,areduçãodapermeabilidadeaoarnacaixilhariaexterioreaadopção de vidros isolantes, em especial devido ao aumento damassa devidro,participamnoobjectivodedotaraenvolventedeummaiorisolamentosonoro.Poderáhaversituaçõesemquesejanecessáriaaadopçãodecaixilhariademenorpermeabilidadeaoaredepreenchimentosdacaixilhariacommaiorisolamentosonorodoqueodecorrentedodimensionamentotérmico.
V.8.10 CONFORTOVISUAL
V.8.10.1 Acor,obrilhoeareflectividadedoselementosdospreenchimentosdevãosdevemmanter-seconstantesou,pelomenos,variarnotempodeumamaneirauniformeecontínuasemformaçãodecontrastesoumanchas.
V.8.10.2 Nãodevemocorrermanchasouescorrimentossobreafachada,provindodoselementosquecompõemospreenchimentosdevãosexteriores,quersejamdevidosàcorrosão,queraosprodutosdeestanquidade.
V.8.10.3 Não são admissíveis quaisquer fixações aparentes nos preenchimentos devãos, excepto aquelas que se integrem no tratamento arquitectónico dafachadaedosespaçosconfinantes.
V.8.10.4 Assuperfíciesdospreenchimentosdevãosdevemapresentar,sobluzrasante,umasuperfícieregularesemdefeitosaparentes.
Nocasodasconstruçõesjáexistentesnãoéadmissívelaexistênciademarcasdefungosoudebolores.
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V.8.10.5 Aeventualrugosidadedassuperfíciesdospreenchimentosdevãosnãodevecontribuirparaaconcentraçãodepoeiraseformaçãodeescorrimentos.Paraalémdissonãodeveprejudicaramanutenção.
V.8.10.6 As linhas contínuas dos preenchimentos de vãos não devem terdesalinhamentosvisíveis,nãoprevistosnoprojectodearquitectura,quandoobservadasapartirdoslocaisacessíveisapessoas.
V.8.10.7 A caixilharia e os envidraçados exteriores devem ser dispostos de formaaassegurar o contacto visual com o ambiente exterior. Quando o objectivoda suautilização seprendeexclusivamentecoma iluminaçãodosespaçosedificados (ex.: iluminação zenital) não há necessidade de assegurar estecontactovisual.
V.8.10.8 A caixilharia exterior deve ser concebida de forma aminimizar as partesopacasdovãoparamaximizarquerocontactovisualcomoexterior,queroaproveitamentodaluznatural,semprejuízodorespeitopelaexigênciaderesistênciamecânicadocaixilho.
V.8.10.9 Quandoaspartestransparentesestãolimpasesecasdevemassegurarumavisibilidadenãodeformantedointeriorparaoexteriorquandofornecessárioassegurarocontactovisual, inclusivamentenocasodeutilizaçãodevidrosisolantes,nointeriordosquaisnãoéadmissívelaexistênciadecondensaçõesnemdepósitosdepoeira,quandonãoéacessívelparalimpeza.
V.8.10.10 Os vãos de iluminação dos espaços de repouso, bem como os vãos deiluminaçãodeoutroscompartimentoshabitáveis,devempoderserobturadosparaobscurecimentoatravésdaaplicaçãodecerramentosdevãos.
V.8.11 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO
V.8.11.1 Asfachadaslevesdevemserconcebidaserealizadasdeformaaque,querasuasegurança,querassuascaracterísticasfuncionaisnãosedegrademparaumperíodo de vida igual ao previsto para o do edifício, admitindo-se queestescomponentesserãosubmetidosacuidadosnormaisdeconservação.Naausênciadeoutrareferênciaadmite-sequeesseperíodoé,nomínimo,de50anos.
V.8.11.2
V.8.11.3 Asjanelasexterioresdevemserconcebidaserealizadasdeformaaque,quera sua segurança, quer as suas características funcionais não se degrademparaumperíododevidaigualacercademetadedoprevistoparaoedifício,
No caso das construções já existentes os preenchimentos de vãos não devemapresentarindíciosdeataquebiológicooudecorrosão.
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admitindo-sequeestescomponentesserãosubmetidosacuidadosnormaisdeconservação.
V.8.11.4 Nocasodeoutrospreenchimentosdevãoscujanaturezapermitaasuareparaçãoousubstituiçãosemquemaisdoqueumcompartimentosejaafectado,semacolocaçãodeandaimesexterioresesemautilizaçãodemecanismoselevatóriosnãoexistentesnopróprioedifício,admite-sequeessespreenchimentosdevãossejamconcebidoserealizadosdeformaaque,querasuasegurança,querassuascaracterísticasfuncionaisnãosedegrademparaumperíododevidaigualametade do previsto para o edifício, admitindo-se que estes componentesserãosubmetidosacuidadosnormaisdeconservação.
V.8.11.5 Nosrestantescasosnãoconsideradosnosnúmerosanteriores,admite-sequeospreenchimentosdevãossejamconcebidose realizadosde formaaque,querasuasegurança,querassuascaracterísticasfuncionaisnãosedegrademparaumperíododevidaigualaoprevistoparaoedifício,admitindo-sequeestescomponentesserãosubmetidosacuidadosnormaisdeconservação.
V.8.11.6 Ospreenchimentosdevãosdevemapresentardurabilidadesatisfatóriafaceaoseugraudeexposiçãoaosagentesatmosféricoseàacçãodosutilizadores.
V.8.11.7 Ospreenchimentosdevãoserespectivosdispositivosdeligaçãoeacessóriosdevemserconcebidosdeformaaevitarqueacçõesdechoque–emconsequênciadequedaoudeprojecçãodepessoasoudeobjectos, emsituaçõesdeusonormaloudasoperaçõesdemanutençãodoslocaisimplicandoadeslocaçãode móveis, equipamento e uso de utensílios – provoquem nos mesmosdeterioraçõesqueprejudiquemassuascaracterísticasfuncionaise,deformainadmissível, o seu aspecto. Exclui-se desta exigência o preenchimento devidro, amenos que o seu dimensionamento tenha previsto a aplicação deacçõesdechoque.
V.8.11.8 Os preenchimentos de vãos podem ser realizados com materiais cujaprevisível durabilidade, quando estes componentes são submetidos acuidadosnormaisdeconservação,sejasuperioraoseuprevisívelperíododevida.Estadurabilidadepodeserconferidapelanaturezadomaterialutilizado,pelaimpregnaçãodomaterialutilizadocomprodutosadequadose/oupelaaplicaçãoderevestimentos.
V.8.11.9 Quandoospreenchimentosdevãosincluíremmadeiranasuaconstituição,aclassederiscodeataquebiológicoaconsideraréaclasse1parapreenchimentosdevãosexterioreseaclasse3parapreenchimentosdevãos interiores,deacordocomanormaNPEN335-2[8].
V.8.11.10 Nocasodesepretenderutilizarmadeiranão-tratadaempreenchimentosdevãosexteriores,estadeveterasclassesdedurabilidade1,2ou3,relativamenteaosfungos,serduráveloumedianamentedurávelrelativamenteàstérmitasedurávelrelativamenteaoscarunchos,deacordocomanormaNPEN350-2[9].Estasexigênciasexcluemautilizaçãodeborne.
V.8.11.11 A utilização demadeira não-tratada no preenchimento de vãos interioresrequerapenasquesejadurávelrelativamenteaoscarunchos,deacordocomanormaNPEN350-2[9].
V.8.11.12 Se a durabilidade natural da madeira a utilizar for insuficiente face àsexigências anteriores, deve ser prevista a aplicação de um tratamentopreservadorcomasseguintescaracterísticas:
a) No caso de preenchimentos de vãos exteriores deve ser aplicado umtratamentopreservadorfungicida(preferencialmenteemprofundidade),quesimultaneamentetenhaacçãoinsecticidaetermiticida,adequadoàclasse3deriscodeataquebiológico;
b) No caso de preenchimentos de vãos interiores deve ser aplicado umtratamentopreservadorinsecticida,poraplicaçãosuperficial,adequadoàclasse1deriscodeataquebiológico.
V.8.11.13 Amadeiradeveterumaclassedeimpregnabilidade,deacordocomaNPEN350-2[9],compatívelcomotratamentoaaplicar.
V.8.11.14 Quandoseusamadeiratratada,ocerne,geralmentedifícildeimpregnar,deveterumadurabilidadecompatívelcomaclassederiscodeataquebiológico,considerandoquenãoéimpregnado.
V.8.11.15 As ferragens e os fechos dos preenchimentos de vãos devem apresentardurabilidade satisfatória perante as acções repetidas de funcionamentodaquelescomponentes.
V.8.11.16 Adurabilidadedosvidrosisolantesdeveserdemonstradaatravésdeensaiodeprotótipo,deacordocomanormaEN1279-1[10].
V.8.11.17 Asgolasdoscaixilhosquerecebemosrespectivospreenchimentosdevemserventiladasdeformaareduzirapossibilidadedainfiltraçãodaáguadachuva
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eapermitiraevaporaçãodeeventuaisinfiltraçõesouadrenagemdaáguadachuva,nocasodeocorrereminfiltraçõescomcaudaissignificativos.
V.8.11.18 Todasaspartesdospreenchimentosdevãosdevemseracessíveisparamanutençãoprogramadaouparalimpezasemacolocaçãodeandaimesexterioresesemautilizaçãodemecanismoselevatóriosnãoexistentesnopróprioedifício.Paraalémdisso,otipodemovimentodasfolhasmóveisdacaixilhariaexteriordeveserdemoldeapermitir, quer a limpezados respectivospreenchimentos emcondiçõescómodasapartirdointerior,querofuncionamentosimultâneodoselementosdecerramentodessesmesmosvãos.
V.8.11.19 Osdispositivosquepermitemeventualmenteefectuarmanobrasdestinadasacolocaraspartesmóveisdajanelaemposiçãodeefectuarasualimpezadevem ser concebidos de forma a que: (i) as manobras sucessivas nãoapresentemperigoparaooperador,mesmonocasodemanobraerrada;(ii)afolhasejamantidaemposiçãoconvenienteparalimpezaporumdispositivoapropriado(fechoououtro); (iii)ooperadorsepossaapoiarna janelasemperigodequedaparaoexterior.
V.8.11.20 A substituição de vidros partidos deve poder também ser realizada sema colocação de andaimes exteriores e sem a utilização de mecanismoselevatóriosnãoexistentesnopróprioedifício.
V.8.11.21 Osperfismetálicoscomcortetérmicoutilizadosnaexecuçãodecaixilhariadevem ser ensaiados e avaliados de acordo com a norma EN 14024 [14].EnquantonãoforpossívelprocederàmarcaçãoCEdestassériesdeperfis,admite-seautilizaçãodesérieshomologadaspeloLNEC.
V.8.11.22 OsperfisdePVCutilizadosnaexecuçãodecaixilhariadevemserensaiadoseavaliadosdeacordocomanormaEN12608[15].
V.8.12 ACABAMENTOSEREVESTIMENTOS
V.8.12.1 Osacabamentoserevestimentosdospreenchimentosdevãosdevemconferir--lheumaprotecçãoadequadafaceàagressividadedoambienteexteriorebomaspecto.
V.8.12.2 Nocasodasconstruçõesjáexistentesosrevestimentosnãodevemapresentarindí-ciosdedegradaçãoqueponhaemcausaadurabilidadedopreenchimentodevão.
V.8.12.3 Recomenda-sequenaespecificaçãodacaixilhariahajaumcuidadoparticularna definição dos acabamentos e revestimentos. Quando se optar porcaixilhariatermolacadaouanodizadadevemserexigidas,respectivamente,asmarcasdequalidadeQualicoat[11]eQualanod[12].
V.8.12.4 Noquerespeitaaosperfiscomrevestimentoportermolacagemdevemsertidosemcontaosseguintesaspectos:
a) Assuperfíciesdecortedosperfisemqueoalumíniofiquedesprotegido,emespecialemzonaspoucoventiladaspropíciasàpermanênciadeáguacomsaiscomcaráctermaisprolongado,devemserprotegidasatravésdeprodutoadequadoparaevitaroinícioeaprogressãodecorrosão;
b) Nassituaçõesdemaiorexposiçãoaoambientemarítimoérecomendávelque o pré-tratamento (ataque do alumínio) seja superior ao mínimorecomendado nas Directivas Qualicoat [11], que é de 1 g/m². Nessascondições,deveserespecificadoumvalorde2g/m²eserexigidoqueolacadortenhalicençaparaproduzirperfislacadosdestaclasse.
V.8.12.5 Para que seja garantida a uniformidade da cor do revestimento portermolacagememtodaacaixilhariadoedifíciodevemaindacumprir-seosseguintesrequisitos:
a) Osperfisdevemserprovenientesdomesmolacadoredeveserutilizadatintaempódomesmolote;
b) Asdiferençasdecorentreperfis,edestesemrelaçãoaopadrãodoSistemadeCoresRALseleccionado,serão,semprequenecessário,determinadaspor um colorímetro, com as características cromáticas referidas nascoordenadasL*a*b*doSistemaCIE1976(CIELAB);
c) AsdiferençasdecoradmissíveisserãotaisqueasvariaçõesdosparâmetrosL*a*b*satisfaçamasseguintescondições:
∆L* ≤ 0,5 e ∆a* ≤ 0,5 e ∆b* ≤ 0,5ou
∆E* ≤ 0,5
d) Asdiferençasdebrilhoentreperfis,edestesemrelaçãoaopadrãoRALseleccionado,serão,semprequenecessário,determinadasporummedidordebrilho,comângulodeincidêncialuminosade60°;
e) As diferenças de brilho admissíveis dependem da categoria e terão asseguintestolerâncias:
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- Categoria1(cormate): [0;30]==>±3unidades- Categoria2(corsemi-brilhante): [31;70]==>±5unidades- Categoria3(corbrilhante): [71;100]==>±5unidades
V.8.12.6 Noquerespeitaaosperfisanodizadosdevemsertidosemcontaosseguintesaspectos:
a) AselecçãodaespessuradaanodizaçãodependedaagressividadedomeioambienteedeveserfeitadeacordocomanormaNP1482[16];
b) Emensaiodecolmatagem,aperdademassanãodeveexceder20mg/dm²;
c) A superfície do alumínio anodizado não deve apresentar defeitosobserváveisàdistânciade3m;
d) Asdiferençasdecoradmissíveis,umavezquevariamdecorparacor,devemseracordadascasoacasoentreoclienteeofornecedorpreviamenteaofornecimento.
V.8.13 INSTALAÇÃODECAIXILHARIAEXTERIOR
V.8.13.1 Acompatibilizaçãodastolerânciasconstrutivasdosvãoscomosrespectivoscaixilhos, para permitir a produção em série destes quando aplicáveis avãos com as mesmas dimensões nominais, deve ser realizada através daexistênciadefolgasperiféricas,queserãocolmatadasatravésdedispositivodeestanquidadeadequado.
V.8.13.2 Recomenda-sequeaestanquidadedajuntaaro/vãosejarealizadaatravésdaapli-caçãodeummastiquedesilicone.Aaderênciadessemastiqueaovãodeveseranalisadapeloseufornecedorepropostaasoluçãoqueassegureumaligaçãodu-rável.Essasolução,emalgunscasos,passapelaaplicaçãopréviadeumprimáriooupelaadequaçãodaformulaçãodomastiquedesiliconeaoseusuporte.
V.8.13.3 Najuntaaro/vãodeveserutilizadoumcordãodefundodejuntaconstituídoporummaterialinerterelativamenteaoselementosqueocontactam.
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V.8.13.4 Acaixilhariadeveserinstaladanosvãosdeformaaobedeceraosseguintesrequisitos:a) A folga periférica entre o aro do caixilho e o vão deve ser superior à
combinaçãomaisdesfavoráveldas tolerânciasdeexecuçãodovãoedoaro do caixilho, de forma a permitir a execução dos caixilhos em sériesem implicara confrontaçãodas suasdimensões comasdimensõesdorespectivovão;
b) Afolgaentreoarodocaixilhoeovãodevesercolmatadacomcalços,dematerialnaturalmentedurável,colocadosjuntodosparafusosdeligaçãoaro/vão;
c) Aestanquidadedajuntaaro/vãodeveserasseguradapelaaplicaçãodeummastiquedesilicone,extrudidonolocal,formandoumalinhadevedaçãocontínua;
d) Afolgaentreoarodocaixilhoeovãonazonadeaplicaçãodalinhadevedaçãodemastiquedeveestarcompreendidaentre5mme10mm;
e) Aprofundidadedalinhadevedaçãodemastiquenãodeveserinferiora5mm;
f) Deveserinstaladopreviamenteumfundodejunta,deformaapermitiracorrectaaplicaçãodomastiquedesilicone,semprequeaformadosperfisdealumíniodoaronãoconstituirumaconcavidadeadequadaàaplicaçãodomastique;
g) Ocordãodemastiquedeveseraplicadoemjustaposiçãoentreosperfisdealumínioeovão,semquesejarealizadoumcordãotriangulardecanto.
V.8.13.5 Noque respeitaaosaspectosquenãoestão referidosnestedocumento, aadequaçãodainstalaçãodasjanelasaosvãosdeveserverificada,naausênciade documentação nacional sobre esta matéria, de acordo com a normafrancesaNFP24-203-1[13].
V.8.13.6 No que respeita aos aspectos específicos relacionados como transporte einstalação de vidros, na ausência de documentação nacional sobre estamatéria,devemserseguidososcuidadosespecificadosnanormafrancesaNFP78-201-1[3].
V.8.14 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE
V.8.14.1 A avaliação da conformidade dos preenchimentos de vãos com estasexigências pode ser realizada por ensaio, cálculo (por exemplo, no que
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respeitaàresistênciamecânicaàacçãodoventoouaodesempenhotérmico)oupor inspecção (quando se tratadaverificaçãode requisitosapenasporobservaçãovisual,porexemplonoquerespeitaaoaspecto).
V.8.14.2
V.8.14.3 O uso de preenchimentos de vãos não-tradicionais deve ser condicionado àexistênciadeparecertécnicofavoráveloudedocumentodeaprovaçãotécnica.AmarcaçãoCEdeumpreenchimentodevãoouasuaaprovaçãotécnica,comníveis de desempenho iguais ou superiores aos especificados nas presentesRecomendações Técnicas, pressupõe a sua adequação ao uso, dispensando arealizaçãodeoutrasacçõesdeverificaçãodaconformidadedoproduto.
V.8.14.4 Oreferidononúmeroanteriornãosignificaquesejapossíveldispensarasverificações inerentesàsuamontagememobra,umavezqueadeficienteexecuçãodesses trabalhospodecomprometeroadequadodesempenhodeumpreenchimentodevão.
V.8.14.5 Nocontextodaespecificaçãodospreenchimentosdevãosedasuamontagememobradevemsercumpridasasseguintesfases:
1. Preparaçãodeprojectodeexecução(contendoaspeçasdesenhadaseoscálculosdedimensionamentonecessáriosàcomprovaçãododesempenho,quando aplicável, à sua execução oficinal emontagem em obra) e suarevisão.Destafaseresultaumprojectodeexecuçãorelativamenteaoqualpodeserverificadaaconformidadedospreenchimentosdevãosemobra.
2. Selecçãodeprotótipoparaensaio.Esteensaiodestina-seacomprovaraadequaçãodamontagememobraprevistaemprojectoeaevidenciaracapacidadetécnicadoinstaladorparaofazer.Onúmerodeprotótiposaensaiardeveseradequadoàdimensãodaobraedevereflectirosdiferentestiposdepreenchimentosdevãosexistentes.Recomenda-sequeparacadaobrasejarealizadopelomenosoensaiodeumprotótipo,amenosqueemváriasobrasdepequenadimensão(commenosde500m²deáreacobertacada)sejammontadososmesmostiposdepreenchimentosdevãospelo
Noscasosdeconstruçõesexistentesadmite-sequeaavaliaçãodaconformidaderelativamenteatodasasexigênciasdestedocumentosejarealizadaporinspecção,devendo resultar daí um relatório que evidencie as observações realizadas ejustifiqueaconformidadecomestasregras.
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mesmoinstalador,podendoconsiderar-senestecontextoquesetratamdeumaobraúnica.
3. Verificaçãodaconformidadedaobracomoprojectodeexecução,comasrecomendaçõesdecorrentesdosensaiosdeprotótipoecomastécnicasdeexecuçãoadequadas.
V.8.14.6 Admite-sequeesteprocessopossasersimplificadoparaospreenchimentosde vãosquenão correspondamà caixilharia exterior, comaeliminaçãodafase2.
V.8.14.7 Aavaliaçãodaconformidadedospreenchimentosdevãoscomasexigênciasquantificadasdestedocumento,quandoforfeitaporensaioespecíficoparaaobra,podesersimultâneacomacomprovaçãodacapacidadedofabricante/instalador.
V.8.14.8 Aavaliaçãodaconformidadedosrevestimentosdosperfisportermolacagemouanodizaçãocomasexigênciasdasmarcasdequalidade,respectivamente,QualicoateQualanod,deveserfeitamedianteaapresentaçãodecópiadocertificadoválidodolacadorouanodizador.
V.8.14.9 Paraavaliaçãodaconformidadedaespessuradaanodizaçãoéadmissíveladeclaraçãodeconformidadedoanodizador.AconformidadedacolmatagemrelativamenteàperdademassaemensaiodeveserdemonstradaatravésdeBoletimdeEnsaio.
V.8.14.10 Naverificaçãodaconformidadedacordosperfisanodizadosdeveter-seemcontaqueasdiferentesorientaçõesdosperfispodemoriginaraobservaçãodediferentescores.Emcasodedúvidadeveserrealizadoumensaiolaboratorialdemediçãodacor.
V.8.15 DOCUMENTAÇÃO
V.8.15.1 ComaconclusãodostrabalhosoempreiteirodeveentregaraoDonodaObraumprocessocontendotodaainformaçãonecessáriaàmanutençãoeutilizaçãodospreenchimentosdevãos.Domesmodevemconstarosseguinteselementos:
a) Memóriadescritivaejustificativa;
b) Especificaçõesdemateriaiseequipamentosefectivamenteinstalados;
c) Relaçãodefornecedoresdemateriaiseequipamentos.Nestaalíneainclui-seaidentificaçãoeoscontactos(morada,telefoneefax)dosfornecedoresdosmateriaisaplicadosnaobra;
Nocasodasconstruções jáexistentesdeveexistirouserelaboradaaseguintedocumentação:
a) Memória justificando que as alterações introduzidas nacaixilharianãoafectamodesempenhodeoutrasinstalaçõesdoedifício(quandoaplicável);
b) Relatório de inspecção, eventualmente acompanhado dememóriadescritivaedecálculo(senecessário),evidenciandoa comprovação da conformidade com os requisitos destetexto;
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d) Peças desenhadas da obra efectivamente realizada (telas finais). Nestaalíneaincluem-se,pelomenos,todasaspeçasdesenhadasconstantesdoprojecto(actualizadasfaceàobrarealizada);
e) Manualdeinstruçõesdemanutençãoeutilização,incluindopelomenososeguinte:- explicaçãosucintadomododeutilizaçãodospreenchimentosdevãos
aplicadosnoedifício;- acçõesdemanutençãoesuaperiodicidade;- listadepeçasdesubstituiçãoincluindoreferênciacomercialecontacto
defornecedor;- produtos de limpeza incluindo referência comercial e contacto de
fornecedor.
V.8.16 REFERÊNCIAS
[1] VIEGAS,JoãoC.–Componentes de edifícios. Selecção de caixilharia e seu dimensio-namento mecânico.Lisboa:LNEC,2006.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE51).
[2] DECRETO-LEI n.º 113/93, de 10 de Abril –Transpôs para o direito interno a Directiva do Conselho n.º 89/106/CEE, de 21 de Dezembro de 1988, que aproxima as legislações dos Estados-membros no que se refere aos produtos de construção (Directiva dos Produtos da Construção).
[3] NFP78-201-1: 1998–Travaux de bâtiment. Travaux de miroiterie-vitrerie. Partie 1: cahier des clauses techniques.Paris:AFNOR.(DocumentTechniqueUnifiéDTU39).
[4] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes.
[5] NFP 78-201-1/A1: 1998–Travaux de bâtiment. Travaux de miroiterie-vitrerie. Partie 1: cahier des clauses techniques – Amendement A1. Paris: AFNOR.(DocumentTechniqueUnifiéDTU39).
[6] PINTO,Armando–Componentes de edifícios. Características e dimensionamento térmico de vãos envidraçados.Lisboa:LNEC,2005.
[7] EN12217:2003–Doors – Operating forces – Requirements and classification.Brussels:CEN.
c) Registosdeensaioseventualmenteefectuados;
d) Manualdeinstruçõesdemanutençãoeutilização,incluindopelomenososeguinte:- explicação sucinta domodo de utilização dos preenchi-
mentosdevãosinstaladosnoedifício;- acçõesdemanutençãoesuaperiodicidade;- produtosdelimpezaautilizar.
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[8] NPEN335-2:1994–Durabilidade da madeira e de produtos derivados. Definição das classes de risco de ataque biológico. Parte 2: Aplicação à madeira maciça.Lisboa:IPQ.
[9] NP EN 350-2: 2000 – Durabilidade da madeira e de produtos derivados. Durabilidade natural da madeira maciça. Parte 2: Guia da durabilidade natural da madeira e da impregnabilidade de espécies de madeira seleccionadas pela sua importância na Europa.Lisboa:IPQ.
[10] EN1279:2002–Glass in building – Insulating glass units.Brussels:CEN.
[11] QUALICOAT– Specifications for a quality label for paint, lacquer and powder coatings on aluminium for architectural applications.Zurique:Qualicoat.
[12] QUALANOD–Directives concernant le label de qualité pour le film anodique sur l’aluminium corroyé destiné à l’architecture.Zurique:Qualanod.
[13] NFP24-203-1:1993–Travaux de bâtiment. Menuiseries métalliques. Partie 1: cahier des clauses techniques.Paris:AFNOR.(DocumentTechniqueUnifiéDTU37.1).
[14] EN14024:2004–Metal profiles with thermal barrier – Mechanical performance – Requirements, proof and tests for assessment.Brussels:CEN.
[15] EN12608:2003–Unplasticized polyvinylchloride (PVC-U) profiles for the fabrication of windows and doors – Classification, requirements and test methods. Brussels :CEN.
[16] NP1482:1985–Alumínio anodizado. Características do revestimento dos produtos destinados a construção civil.Lisboa:IPQ.
[17] EN13241-1–Industrial, commercial and garage doors and gates – Product standard – Part 1: Products without fire resistance or smoke control characteristics.Brussels:CEN.
[18] EN12635:2002–Industrial, commercial and garage doors and gates – Installation and use.Brussels:CEN.
V.9 GUARDASECORRIMÃOS
V.9.1 PRINCÍPIOSGERAIS
V.9.1.1 Asguardassãoelementosdestinadosaprotegeraspessoasquepermaneçamou circulem na sua proximidade contra o risco de queda fortuita sem noentantoimpedirasuapassagemforçadaouvoluntária.
V.9.1.2 Sempre que se verifique a inadequação das guardas e corrimãos instaladosdevido,queraenvelhecimentonatural,queranovasexigênciasregulamentaresdesegurança,queramanifestaçõespatológicasqueponhamemcausaagarantia
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V.9.1.3
V.9.2 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE
V.9.2.1 As guardas devem possuir resistência mecânica satisfatória, de modo agarantirem a segurança na sua utilização, considerando acções de tipofortuitoouinvoluntário.
V.9.3 SEGURANÇAAOINCÊNDIO
V.9.3.1 Asguardasdevemserconstituídaspormateriaisdeclassedereacçãoaofogoque satisfaça às disposições da regulamentação de segurança ao incêndioaplicáveleaoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio).
V.9.4 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO
V.9.4.1 As guardas devem ter uma altura mínima, designada de protecção, queéfunçãodasuaespessuraenãodeveser inferioraosvalores indicadosnoquadroseguinte.
V.9.4.2 Paraefeitosdodispostononúmeroanterior,entende-sepor:
a) Altura mínima da guarda, a distância medida na vertical entre aface superior da guarda e o ponto mais alto onde as pessoas possamestacionar;
b) Espessuradaguarda, adistânciamedidanahorizontal entreosbordosexteriore interiordoelementodeapoiosuperior (corrimão)ouentreobordoexteriorouinteriordequaisquersingularidadesquefaçampartedaguardaeafaceopostadocorrimão.
dos seusníveis de desempenho funcional, deveproceder-se a intervençõesnosentidodasuareabilitaçãoeadequação.
Asintervençõesdereabilitaçãoe/ouadequaçãodasguardasecorrimãosdevemobjectivarasuaadaptaçãoaosrequisitosregulamentares,actuais,aplicáveis.
Alturamínimadeprotecçãodasguardas
Espessura(m) ≤0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 ≥≥0,50Altura(m) 1,00 0,97 0,95 0,92 0,90 0,85 0,80
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V.9.4.3 É recomendável o acréscimo de 0,10 m às alturas definidas no caso deguardasamaisde9macimadosolo.Noentanto,tendoemcontaotipodeutilização previsto para estes edifícios, recomenda-se, independentementedoposicionamentodasguardas,aadopçãodestecritério.
V.9.4.4 Asguardasdevemserconcebidasdemodoanãofacilitarasuaescalada,nãodevendoserconstituídasporelementoshorizontais.
V.9.4.5 Semprequeasguardassejamconstituídasporelementosverticais(barretase prumos), o afastamento entre estes ou entre estes e quaisquer outroselementosverticaisouhorizontaisnãodeveexceder0,10m.
V.9.4.6 Oafastamentoentreaguardaeoparamentodafachadanãodeveexceder0,09m.
V.9.5 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE
V.9.5.1 Aavaliaçãodaconformidadedasguardascomasexigênciasrelativasàresis-tência mecânica e às características dimensionais deve ser realizada porobservaçãovisualeporensaiosdeacordocomaEspecificaçãoLNECE470:2005[1],atéàexistênciadenormaportuguesaoueuropeiaaplicável.
V.9.6 REFERÊNCIAS
[1] ESPECIFICAÇÃOLNECE470:2005–Guardas. Características dimensionais e métodos de ensaio.Lisboa:LNEC.
V.10 REVESTIMENTOSEXTERIORESEMPAREDESEXTERIORES
V.10.1 PRINCÍPIOSGERAIS
V.10.1.1 Osrevestimentosexterioresdeparedesdevemobedeceraosrequisitosgerais,considerando-seaindaquedevemapresentarumdesempenhomelhoradoemrelaçãoaosdosedifícioscorrentesnosaspectosrelacionadoscomasegurança–segurançaaofogoesegurançanautilização–enosaspectosrelacionadoscom“Higiene,SaúdeeAmbiente”,porsetratardeedifíciosdestinadosaosextractosmaisvulneráveisdapopulação,emrelaçãoaosquaisestasquestõessepõemcomacuidadeaindamaiorquenocasogeral.
V.10.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO
V.10.2.1 Osrevestimentosexterioresdasparedesdevemserdeclassedereacçãoaofogoadequadaàsfunçõesquedesempenham,tendoemcontaasualocalização,
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de modo a satisfazer as disposições da regulamentação de segurança aoincêndioaplicáveleaoestabelecidoemIV.2.(Segurançaaoincêndio).
V.10.2.2
V.10.3 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO
V.10.3.1 No caso de revestimentos desligados do suporte – como os das fachadasventiladas–osistemade ligaçãodevesercapazde resistiràs solicitaçõesdeserviçosemroturanemdeformaçãoexcessivaede formadurável.Estaresistênciamecânicadeveserjustificadanamemóriadescritivaporcálculo,porensaios,ourecorrendoadocumentaçãotécnicacredíveldofornecedor,baseadaemensaiosrealizadosemlaboratórioindependente.Orevestimentodeve ser concebido emontadode formaa viabilizar inspecçõesperiódicasao sistema de fixação, que devem ser incluídas no respectivo Plano deManutenção e permitir detectar precocemente qualquer degradação dosistema(ex.:corrosão).
V.10.3.2 No caso de revestimentos constituídos por peças prefabricadas coladas–comoosazulejose ladrilhosdeváriosmateriais–oprodutodecolagemdeveseradequadoparaexterioresecompatívelcomomaterialconstituintedaspeçaseaplicadodeacordocomas recomendaçõespertinentes.Faz-senotarqueafixaçãopor colagemdepeças só se consideraadmissívelparapeçasdepequenasdimensões(nãosuperioresa0,30mx0,30m),demassarelativamentereduzida(nãosuperiora40kg/m2).Aaderênciadosistemaderevestimentodeveser,comprovadamente,nãoinferiora0,5MPa,apósciclosclimáticosdeenvelhecimentoartificialacelerado.
Caso os revestimentos existentes não verifiquem o requisito expresso nonúmeroanteriordevemsersubstituídosporoutrosqueosverifiquem,ou,setalforinviável,sertomadasmedidasqueminimizemosriscos.
Asreparaçõesrelacionadascomosaspectosreferidosdevemserrealizadasnomaiscurtoprazopossível.
Nocasoderevestimentosdesligadosdosuporte,osistemadeligaçãodevesercapazderesistiràssolicitaçõesdeserviçosemroturanemdeformaçãoexcessiva e de forma durável. Esta resistênciamecânica deve ser avaliadaatravésdainspecçãodorevestimentoedoseusistemadefixação,observando,nomeadamente, a existência de fissurações (do revestimento, das fixaçõesoudospontosdeapoio),corrosãodeelementosmetálicosoudeformaçõesexcessivas. Caso alguma destas anomalias ou outro sintoma significativosejamdetectados,deveserrevistoereparadoorevestimentoe,seforcasodisso,reforçadoosistemadefixação.
Aestabilidadedosistemareforçadodeveserjustificadanamemóriadescritivaporcálculo,porensaios,ourecorrendoadocumentaçãotécnicacredíveldofornecedor, baseada em ensaios realizados em laboratório independente.Semprequepossível,orevestimentodeveserconcebidoemontadodeformaaviabilizarinspecçõesperiódicasaosistemadefixação,quedevemserincluídasno respectivo Plano de Manutenção e permitir detectar precocementequalquerdegradaçãodosistema.
Nocasoderevestimentosconstituídosporpeçasprefabricadascoladas–comoosazulejoseladrilhosdeváriosmateriais–deveverificar-seaestabilidadeemserviçodorevestimentoatravésdeumainspecção,observando,nomeadamente,aexistênciadepeçasdestacadasoucomaderênciadeficiente(casoemqueemitemsomaocoquandopercutidas)edepeçasfissuradas.Casosedetectemanomaliasdessetipo,seránecessáriofazerumdiagnósticodascausas,determinandosesetratadeproblemaspontuaisouseindiciaumafaltadeestabilidadegeneralizada.Noprimeirocaso,devemreparar-seaszonasafectadas,substituindoerecolandoadequadamenteaspeçasfissuradasousoltas;nosegundo,deveserremovido
V.10.3.3
V.10.3.4 Asegurançanautilizaçãoderevestimentosexterioresconstituídospormassasaplicadassobreosuportepodeserpostaemcausapelodesprendimentodeplacasdematerial.Assim,deveserverificadaaboaaderênciadosmesmosaosuporte,principalmentenocasoderebocosououtrosrevestimentoscujamassapossaoriginarsituaçõesdeperigoparaquemcirculanasimediações.Considera-seadequadaumaaderênciamédiade,pelomenos,0,3MPaapósciclosdemolhagem/secagem,aqual,nocasodeprodutospré-doseadosemfábrica,devesercomprovadapelofornecedordorevestimentoe,nocasodosrevestimentosdoseadosemobra,deveserverificadain situpelafiscalização.
orevestimentoeproceder-seanovacolagemcomprodutoscomprovadamenteapropriadoseseguindométodosdeaplicaçãocorrectos.
Emcasodesubstituição,aaderênciadonovosistemaderevestimentodeveser,comprovadamente,nãoinferiora0,5MPa,apósciclosclimáticosdeenvelhe-cimentoartificialacelerado.
Faz-senotarqueafixaçãoporcolagemdepeçassóseconsideraadmissívelparapeças de pequenas dimensões (não superiores a 0,30m x 0,30m), demassarelativamentereduzida(nãosuperiora40kg/m2).Assim,seaspeçasforemdedimensões oumassa superiores, deve substituir-se o revestimento por outroqueverifiqueosrequisitosreferidos,queratravésdousodepeçasdemenoresdimensões,queraplicandoumsistemadefixaçãodotipomecânico.
Asreparaçõesrelacionadascomosaspectosreferidosnonúmeroanteriordevemserrealizadasnomaiscurtoprazopossívele,senãoforemimediatas,devemsertomadasmedidasparaminimizarosriscosdesegurança(ex.:interditarasáreasdecirculaçãoafectadas).
Asegurançanautilizaçãoderevestimentosexterioresconstituídospormassasaplicadas sobre o suporte pode ser posta em causa pelo desprendimento deplacasdematerial.Assim,deveserverificadaaboaaderênciadosmesmosaosuporte,principalmentenocasoderebocosououtrosrevestimentoscujamassapossaoriginarsituaçõesdeperigoparaquemcirculanasimediações.
Essa verificação deve ser realizada através de inspecções que identifiquemeventuaisdestacamentos,perdasdeaderência(detectáveispelosomaoco)oufendasdegrandeabertura.
Aszonasondeseverificaremessessintomasdevemserreparadaspormeiodaextracçãodosrevestimentosseguidadaaplicaçãodenovosrevestimentoscomboascondiçõesdeaderência,compatíveiscomospreexistentes.Emalternativa,seadimensãodasanomaliasojustificar,podemsersubstituídososrevestimentos,por outros bem seleccionados e aplicados de forma a garantirem aderênciaadequada.
Nocasodesubstituiçãodosrevestimentos,considera-seadequadaumaaderênciamédiade,pelomenos,0,3MPaapósciclosdemolhagem/secagem,aqual,nocasodeprodutospré-doseadosemfábrica,devesercomprovadapelofornecedordorevestimentoe,nocasodosrevestimentosdoseadosemobra,deveserverificadain situpelafiscalização.
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V.10.3.5 Os revestimentos aplicados em zonas baixas, em situação de libertaremsubstânciasquepossamseringeridas,intencionalouacidentalmente,pelosutilizadores,nãodevemcontersubstânciastóxicas.Osfornecedoresdevemestar em condições de comprovar esse facto, principalmente no caso derevestimentosorgânicos,maissusceptíveisaesserisco.
V.10.3.6 Os materiais de revestimento não devem produzir emissões tóxicas oupoluentesparaaatmosfera.Esteriscopodeexistiremalgunsrevestimentosorgânicos ou com componente orgânica, ou em revestimentos com fibrasmuitofinasnasuaconstituição.
V.10.3.7 Naszonasmaisbaixasdosparamentos(até1,50mdosolo)osacabamentosexterioresdasparedesnãodevemterarestascortantes–porexemplo,certostiposdepainéisoudeplacasdepedra–ourugosidademuitopronunciada–porexemplo,algunsacabamentosde rebocosdecimentodo tipo tirolês–capazesdeferiroumagoarosutilizadoresemgeral.Tambémnãodevem
Asreparaçõesrelacionadascomosaspectosreferidosdevemserrealizadasnomaiscurtoprazopossívele,senãoforemimediatasehouversituaçõesderiscoeminente,devemsertomadasmedidasparaminimizaresserisco.
Os revestimentos aplicados em zonas baixas, em situação de libertaremsubstâncias que possam ser ingeridas, intencional ou acidentalmente, pelosutilizadores,nãodevemcontersubstânciastóxicas.
Casoosrevestimentosexistentesapresentemindíciosdelibertaçãodessetipodesubstâncias,essacircunstânciadeveserverificadaatravésdeensaiose, sese comprovar, os revestimentosdevemser substituídosporoutros isentosdesubstânciastóxicas.
Os fornecedores dos revestimentos a aplicar devem estar em condições decomprovarqueelesnãolibertamsubstânciastóxicas,principalmentenocasoderevestimentosorgânicos,maissusceptíveisaesserisco.
Asreparaçõesrelacionadascomosaspectosreferidosdevemserrealizadasnomaiscurtoprazopossívele,senãoforemimediatas,devemsertomadasmedidasparaminimizar os riscos de segurança (ex.: interditar as zonas de circulaçãoafectadasoucobriraszonasperigosasdeparede).
Sesedetectarem indíciosdeemissões tóxicasoupoluentesparaaatmosferadosmateriaisusados,nomeadamentenocasode revestimentosorgânicosoucomcomponenteorgânica,ouemrevestimentoscomfibrasmuitofinasnasuaconstituição,deveprocurarverificar-seatravésdeensaiosessefacto;emcasodecomprovação,estesrevestimentosdevemsersubstituídosporoutrosisentosdesteproblema.
Asreparaçõesrelacionadascomosaspectosreferidosdevemserrealizadasnomaiscurtoprazopossívele,senãoforemimediatas,devemsertomadasmedidasparaminimizar os riscos de segurança (ex.: interditar as zonas de circulaçãoafectadasoucobriraszonasperigosasdeparede).
Nas zonasmais baixasdosparamentos (até 1,50mdo solo) os acabamentosexterioresdasparedesnãodevemterarestascortantes–porexemplo,certostiposdepainéisoudeplacasdepedra–ourugosidademuitopronunciada–porexemplo,algunsacabamentosderebocosdecimentodotipotirolês–capazesdeferiroumagoarosutilizadoresemgeral.
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ter condutibilidade térmica tal que os torne susceptíveis de aquecera temperaturas capazes de produzir queimaduras (ex.: alguns painéismetálicos).
V.10.3.8 Referências
[1,4,5,6,7,8,9,11,12,13,14,15]
V.10.4 ESTANQUIDADEÀÁGUA
V.10.4.1 Os revestimentos exteriores de paredes têm uma influência significativa nascondições de salubridade e de conforto do edifício. Assim, os revestimentosdevemoferecerumaboacapacidadedeprotecçãoàágua,complementandoaestanquidadedasparedesexterioresde formaadequadaà soluçãodeparedeadoptada;paratal,nãodevemsermuitosusceptíveisàfendilhaçãoedevemteruma resistência à penetração da água líquida suficiente para complementaradequadamenteadotoscodaparede.
V.10.4.2
V.10.4.3 Osrevestimentosexterioresdeparedesnãodevem,poroutrolado,constituirbarreirasàpassagemdovapor,devendoporissoapresentarumapermeabili-dadeaovapordeáguaelevada,quefavoreçaaeliminaçãodovapordeáguaque seproduzno interiordoedifícioea secagemdosmateriaisde suporteeventualmentehumedecidosduranteosperíodosdechuva.
Para satisfação desta condição, a espessura da camada de ar de difusãoequivalentedorevestimentoexteriornãodevesersuperiora2m.
Seosrevestimentosexistentesnãoverificaremestacondiçãodevemserreparadosdeformaacumpriremorequisitoreferidonumprazoconsideradorazoável.
Osrevestimentosdaszonasmaisbaixastambémnãodevemtercondutibilidadetérmica tal que os torne susceptíveis de aquecer a temperaturas capazes deproduzirqueimaduras(ex.:algunspainéismetálicos).
Os revestimentos existentes nessas condições devem ser substituídos ouprotegidosdeformaanãoconstituíremperigo.
Casoseverifiqueaexistênciadedeficiênciasdeestanquidadedasparedesdevemserapuradasasrespectivascausasatravésdeumainspecção;seseconcluirqueessascausasserelacionamcomfaltadecapacidadedeimpermeabilizaçãodosrevestimentos,nomeadamenteporfendilhaçãooudestacamentodestesoupordeficiênciasdeaplicação(ex.:rematesmalexecutados),devemserrealizadasasreparaçõesnecessáriasàreposiçãodaestanquidadedasparedes.
Osrevestimentosexterioresnãodevemconstituirbarreirasàpassagemdovapor,devendomanterumapermeabilidadeaovapordeáguaelevada,quefavoreçaaeliminaçãodovapordeáguaqueseproduznointeriordoedifícioeasecagemdosmateriaisdesuporteeventualmentehumedecidosduranteosperíodosdechuva.
Para satisfação desta condição, a espessura da camada de ar de difusãoequivalentedorevestimentoexteriornãodevesersuperiora2m.
Sesedetectaremindíciosdeinsuficientepermeabilidadeaovapordeáguadosrevestimentosexteriores,nomeadamenteaexistênciadecondensaçõesnointerior
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V.10.4.4
V.10.4.5 Referências [7,8,9,11,18]
V.10.5 CONFORTOHIGROTÉRMICO
V.10.5.1 Asoluçãodeparedeintegrandoosrespectivosrevestimentosdevecontribuirparaassegurarumisolamentotérmicoadequadodaenvolvente,deacordocomaseveridadedoclimadecadaregião,nosentidodegarantirboascondiçõesdeconfortonointeriordoedifíciosemnecessidadedegastosexcessivosemaquecimentoouemarrefecimento.
V.10.5.2 Aspontestérmicaseventualmenteexistentesdevemsercorrigidas,demodoaminimizarascondensaçõesnointerior.Paratal,pode-serecorreràincorporaçãodeisolamentotérmiconorevestimentoexteriorouaoutrassoluções.Ainclusãode isolamento térmico no revestimento exterior – por exemplo através derevestimentos por elementos descontínuos com isolante incorporado, defachadasventiladascomisolantepreenchendopartedalâminadear(juntoaosuporte)oudesistemascompósitosdeisolamentotérmicopeloexteriordotipoETICS–temalgumasvantagensemrelaçãoaoutrassoluções,entreasquaissedestacaacorrecçãodaspontestérmicasreduzindoaocorrênciadecondensaçõesnointerioremzonaslocalizadaseamaiorcontribuiçãoparaoconfortotérmicodeVerãodevidoaoaproveitamentodainérciatérmicadatotalidadedaparede.
semoutracausaaparenteouempolamentosdoprópriorevestimentotambémnãoatribuíveisaoutrascausas,deveseranalisadaaviabilidade–financeiraetécnica–desubstituiçãodorevestimentoporoutrodemenorpermeabilidadeaovapordeágua;seessahipótesenãoforconsideradaviável,devemsertomadasmedidasqueminimizemosefeitosdessadeficiência,taiscomoumreforçodaventilaçãoeumreforçodoisolamentotérmico.
Enquanto os problemas de susceptibilidade à fendilhação se colocamessencialmenteemrelaçãoaosrebocos–correntesoupré-doseadosemfábrica–asexigênciasdepermeabilidadeaovapordeáguasãomaissensíveisparaosrevestimentosde ligante sintético;por suavez,os revestimentosconstituídosporelementoscolados(ladrilhosepedras),quandomalconcebidos,podemterfendilhaçãodasjuntasouserpoucopermeáveisaovapordeágua.
Asreparaçõesrelacionadascomosaspectosreferidosnonúmeroanteriordevemserrealizadasnumprazoconsideradorazoável.
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V.10.5.3
V.10.5.4 Osacabamentosexterioresdaszonascorrentesdasparedesdevemtercoresclaras,combaixocoeficientedeabsorçãosolar,demodoanãofavorecerumexcessivoaquecimentodasparedes,que,alémdasdesvantagensaoníveldocomportamentotérmico,temtambémdesvantagenssignificativasaoníveldadurabilidadedosrevestimentosedosprópriossuportes.
V.10.5.5
V.10.5.6 Referências
[2,11,12,16,17]
V.10.6 CONFORTOVISUAL
V.10.6.1 Osacabamentosexterioresdasparedesdevemproporcionarparamentoscomsuperfícieregularedesempenada,semdefeitosaparentes.
V.10.6.2
V.10.6.3 Osparamentosdasparedesconferidospelosseusacabamentosexterioresdevemapresentar cor, brilho e características tais que não dêem origem a reflexõesespecularesdaluzdoSolincómodosparaosocupantesdeedifíciosvizinhos.
V.10.6.4.
V.10.6.5 Aeventualvariaçãonotempodascaracterísticasreferidasanteriormentedevefazer-sedeummodouniforme,semprovocarcontrastesdesagradáveisentrezonasdiferenciadasdosparamentos.
Eventuais deficiências de isolamento térmico da envolvente devem serconsideradasecorrigidasnaperspectivaglobaldaenvolventee,emparticular,daparede,podendoencarar-se,entreoutrassoluçõespossíveis,ahipótesedoreforçodeisolamentodorevestimentoexteriorporexemploatravésdaaplicaçãodeumrevestimentodeisolamentotérmicopeloexteriordotipoETICS.
Anãoverificaçãodorequisitoexpressonopontoanteriornumedifícioexistentepodenãodeterminar,sóporsi,umaintervençãonafachada;noentanto,deveserconsideradaapossibilidadedeumarepinturacomcoresclaras,se,oulogoque,foremrealizadasacçõesdemanutençãooudereabilitaçãodafachada.
Anãoverificaçãodorequisitoexpressononúmeroanteriornumedifícioexistentepodenãodeterminar,sóporsi,umaintervençãonafachada;noentanto,devemserconsideradaaviabilidadedetomarmedidasparaassegurararegularidadeedesempenodafachada,se,oulogoque,foremrealizadasacçõesdemanutençãooudereabilitaçãodafachada.
Casoseverifiqueaanomaliaexpressanonúmeroanteriornumedifícioexistentedevem ser tomadasmedidas para a corrigir, por exemplo através de pinturaapropriada,numprazoconsideradorazoável.
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V.10.6.6
V.10.6.7 Referências
[14]
V.10.7 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO
V.10.7.1 Osrevestimentosexterioresdeparedesdevemsercompatíveiscomanaturezae a constituição dos respectivos suportes e ter uma durabilidade elevada,exigindoapenasoperaçõesperiódicasdemanutençãoligeira.Osrevestimentospredominantementemineraisoferecem,emgeral,durabilidademaiselevada,peloquedevemserusadospreferencialmente.
V.10.7.2 No caso de revestimentos de constituição mais complexa (ex.: fachadasventiladas, ETICS, placas de pedra fixadas mecanicamente, etc.) devem serprevistosnoprojectoPlanosdeManutençãoperiódicaquepermitamaadopçãodemedidaspreventivasoudereparaçãoprecocedeeventuaisanomalias.
V.10.7.3 Osrevestimentosdevemapresentaradequadaresistênciaàsacçõesclimáticasprevisíveisemcadaregião:chuva,calor,frio,ventosfortes,ambientesalino,etc.
V.10.7.4 Osparamentosexterioresdasparedesdevemapresentarresistênciamecânicasatisfatóriaperanteacçõesdeabrasão,riscagem,choqueeoutrasdecorrentesda circulação dos utilizadores junto a esses paramentos. Os revestimentosde isolamento térmico do tipo ETICS são particularmente susceptíveis aestas acções, devendo, portanto, assegurar-se o seu bom comportamento,nomeadamente através de soluções de reforço nas zonas mais baixas dasparedes(zonascorrespondentesaopisotérreo).
V.10.7.5 Osparamentos exterioresdasparedesnãodevem favorecer adeposiçãodepoeiras,oestabelecimentodecaminhospreferenciaisdeescorrimentodeáguadachuva,ouacolonizaçãobiológica.
V.10.7.6 Parasatisfaçãodosobjectivosindicadosnonúmeroanterior,osrevestimentosnão devem ter rugosidade superficial muito acentuada que fixe as poeiras
Aanomaliaexpressanonúmeroanteriorpodenãodeterminar,sóporsi,umaintervençãonafachadadeumedifícioexistente;noentanto,deveserconsideradaaviabilidadedeacorrigirse,oulogoque,foremrealizadasacçõesdemanutençãooudereabilitaçãodafachada.
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e dificulte a lavagem, sobretudo nos casos em que, pelas suas situação eorientação ou pela ausência de elementos arquitectónicos de protecção dafachada, os paramentos possam ficar particularmente expostos à poluiçãoatmosféricaouàspoeirastransportadaspelovento.Noentanto,tambémsãodeevitarrevestimentosmuito lisoseabsorventesoupegajosos,assimcomorevestimentoscomcomponenteorgânicasusceptíveisàcolonizaçãobiológica,pelomenosemfachadasexpostasaNorte.
V.10.7.7 Estescuidadossãoaplicáveisaosrebocos–correntesoupré-doseadosemfábrica–aosrevestimentosdeligantesintéticoeàstintas,eaindaaosrevestimentosconstituídosporpedrasoupor elementosprefabricados, coladosoufixadosmecanicamente. No caso dos rebocos deve ainda garantir-se espessurasuficiente e condições de aplicação adequadas (evitando, nomeadamente,aaplicaçãocomtempohúmidoesuportessaturados),demodoa impediroefeitodavisualizaçãodasjuntaseblocosdaalvenariasubjacenteconhecidopeladesignaçãocorrentede“fantasmas”.
V.10.7.8
V.10.7.9 Referências
[7,8,9,11,19,20]
V.10.8 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE
V.10.8.1 A avaliação da conformidade dos revestimentos exteriores de paredes podeser realizadapor ensaio e/oupor inspecção (quando se tratada verificaçãode requisitosapenasporobservaçãovisual,porexemplonoque respeitaaoaspecto).
V.10.8.2 Ousoderevestimentosnão-tradicionaisdevesercondicionadoàexistênciadeparecertécnicofavoráveloudocumentodeaprovaçãotécnica.
V.10.8.3 A marcação CE ou a aprovação técnica de um revestimento com níveisde desempenho iguais ou superiores aos especificados nas presentesRecomendaçõesTécnicaspressupõea suaadequaçãoaouso,dispensandoarealizaçãodeoutrasacçõesdeverificaçãodaconformidadedoproduto.Talnãosignificaquesejapossíveldispensarasverificaçõesinerentesàsuaaplicação
Casoseobservemindíciosdedurabilidadereduzida,nomeadamenteemrelaçãoaosaspectosreferidosnosnúmerosanteriores,taldevesertidoemcontanosPlanosdeManutençãoperiódicaa implementar,estabelecendoperiodicidadesreduzidas das acções de manutenção e considerando a possibilidade desubstituiçãoporsoluçõesmaisduráveisse,oulogoque,foremrealizadasacçõesdemanutençãooudereabilitaçãodafachada.
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emobra,umavezqueadeficienteexecuçãodoscorrespondentes trabalhospodecomprometerodesempenhodorevestimento.
V.10.9 EXEMPLOSDESOLUÇÕESSATISFATÓRIAS
V.10.9.1 Sem prejuízo da satisfação do disposto em V.10.8, admite-se que cumpremgenericamenteosrequisitosenunciadosdeV.10.1aV.10.7asseguintessoluçõesdeacabamentosexterioresdeparedesdeedifíciosdeconstruçãotradicional:
a) Revestimentostradicionaisdeligantesminerais,deargamassasdecimentoeareiaou,preferivelmente,decimento,caleareia,aplicadasem2ou3camadas,epinturacomtintadeemulsãoaquosacombaseempolímerosintéticotexturada(tintadeareia)ounão-texturada(tintadeágua);
b) Revestimentospré-doseadosdeligantemineraldotipomonocamada;
c) Tijolomaciçoouperfuradodeparamentoàvista;
d) Revestimentosdeladrilhosdetipocerâmico,comocamadadeacabamentode revestimentos tradicionais de ligantes minerais, desde que comcaracterísticasdeabsorçãodeáguaadequadasàutilizaçãoemparamentosexteriores.
V.10.9.2 Emrelaçãoàssoluçõesreferidasnasalíneasa),b)ed)donúmeroanterior,asargamassasausardevemserbemdoseadas,deformaateremboaaderência,mas serem pouco susceptíveis à fendilhação e bastante deformáveis. Acolagemdosladrilhosdevegarantirboaaderênciaaosuportemastertambémelasticidade suficiente para não provocar fendilhação. Os acabamentos porpinturadevemterboaaderênciaeboadurabilidade.
V.10.9.3 SemprejuízodasatisfaçãododispostoemV.10.8,admite-sequecumpramosrequisitosenunciadosdeV.10.1aV.10.7asseguintessoluçõesnão-tradicionaisderevestimentosexterioresdeparedesdeconstruçãotradicional:
a) Revestimentos pré-doseados de ligante mineral sem pigmentação namassa acabados com revestimentos plásticos espessos (revestimentossintéticos comespessura e resistência superior às tintas, conferida poragregadofino)oucomtintasdeemulsãoaquosacombaseempolímerosintéticotexturada(tintadeareia)ounão-texturada(tintadeágua);
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b) Sistemas de revestimento com painéis prefabricados – de materiaiscerâmicos ou compósitos – fixados mecanicamente ao suporte, comlâminadearventilada(fachadasventiladas);
c) Sistemas compósitos de isolamento térmico exterior com revestimentosobreisolante(ETICS);
d) Sistemas de revestimento com painéis prefabricados para isolamentoexteriordefachadas(Vêtures).
V.10.9.4 Emtodososexemplosdesoluçõestradicionaisenão-tradicionaisassoluçõesdevemcontemplarumreforçodeprotecçãodaszonasmaisbaixasdasparedes(socos)emrelaçãoaacçõesmecânicas.Admite-sequeessereforçopodeserobtidocomaexecuçãodesocosdeguarnecimentodasfachadasdosedifícioscomumaalturadepelomenos0,40m,realizadoscomcantaria,betãoaparente,tijolodeparamentoàvista,marmoriteouladrilhosdegréscerâmico,ouaindaoutrosmateriaiscomboaresistênciaaodesgasteesusceptíveisdesemanteremlimpos.
V.10.9.5
I.1.1 REFERÊNCIAS
Regulamentos
[1] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA).
[2] DECRETO-LEIn.º80/2006,de4deAbril–Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).
[3] DECRETO-LEIn.º129/2002,de11deMaio–Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE).
NormaseEspecificações
[4] NP56:1963–Assentamento de azulejos e ladrilhos.Lisboa:IPQ.
[5] EN 12004: 2001/A1: 2002 – Adhesives for tiles. Definitions and specifications.Brussels:CEN.
[6] EN 14411: 2003 – Ceramic tiles. Definitions, classification, characteristics and marking (ISO 13006: 1998 alterada).Brussels:CEN.
Nocasodosrevestimentosexistentesaadequaçãoaousodassoluçõesadoptadospodetambémseravaliadapeladurabilidadeebomdesempenhodemonstradosduranteoperíododeutilizaçãojádecorrido.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
[7] EN998-1: 2003–Specification for mortars for masonry. Part 1: Rendering and plastering mortar.Brussels:CEN.
[8] EN1062:2000–Paints and varnishes. Coating materials and coating systems for exterior masonry and concrete.Brussels:CEN.
[9] ESPECIFICAÇÃOLNECE5:1952–Execução de marmorites.Lisboa:LNEC.
[10] EN13914-1:2005–Design, preparation and application of external rendering and internal plastering – External rendering.Brussels:CEN.
GuiasEOTA
[11] EUROPEANORGANISATIONFORTECHNICALAPPROVALS(EOTA)–External thermal insulation composite systems with rendering.Brussels:EOTA,March2000.(ETAG004).
[12] EUROPEANORGANISATIONFORTECHNICALAPPROVALS(EOTA)–Guideline for European Technical Approval of Vêtures kits – prefabricated units for external wall insulation. Draft ETAG.Brussels:EOTA,Nov.2004.(ETAG017).
Outradocumentaçãotécnica
[13] LUCAS,J.A.Carvalho–Classificação e descrição geral de revestimentos para paredes de alvenaria ou de betão.Lisboa:LNEC1990.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE24)
[14] LUCAS,J.A.Carvalho–Exigências funcionais de revestimentos de paredes.Lisboa:LNEC,1990.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE25)
[15] LUCAS, J. A. Carvalho – Revestimentos de paredes independentes do suporte executadas com telhas cerâmicas planas.Lisboa:LNEC,1994.(InformaçãoTécnicaMateriaisdeConstruçãoITMC21).
[16] PAIVA, J.Vasconcelos–Medidas de reabilitação energética em edifícios.Lisboa:LNEC,2000.(ComunicaçãoCOM73).
[17] SANTOS, C. Pina dos;MATIAS, Luis –Coeficientes de transmissão térmica de elementos da envolvente dos edifícios. Versão actualizada 2006. Lisboa: LNEC,2006.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE50).
[18] LABORATÓRIONACIONALDEENGENHARIACIVIL(LNEC)–Revestimentos em edifícios recentes.Lisboa:LNEC,2004.(CadernosEdifíciosCAD3).
[19] EUSÉBIO, M. Isabel – Durabilidade de tintas plásticas. Lisboa: LNEC, 1985.(InformaçãoTécnicaMateriaisdeConstruçãoITMC2).
[20] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Bases para homologação de revestimentos de impermeabilização de ligante sintético para para- mentos exteriores de paredes.Lisboa:LNEC,Julhode1995.(Relatório199/95-NCCt).
Informaçãotécnicacomplementar
[21] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Bases para homologação de revestimentos pré-doseados de ligante mineral com base em cimento.Lisboa:LNEC,Outubrode1995.(Relatório289/95-NCCt).
[22] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Curso de Especialização sobre revestimentos de paredes – 1.º módulo.Lisboa:LNEC,1990.(CursoseSemináriosCS15).
[23] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Curso de Especialização sobre tintas, vernizes e revestimentos por pintura para a construção civil.Lisboa:LNEC,1990.(CursoseSemináriosCS14).
[24] EUSÉBIO,M.Isabel–Tintas. Características dos constituintes e da película seca.Lisboa:LNEC,1985.(InformaçãoTécnicaMateriaisdeConstruçãoITMC3).
[25] UNION EUROPÉENNE POUR L’AGRÉMENT TECHNIQUE DANS LACONSTRUCTION (UEAtc) –Directivas Comuns UEAtc para a homologação de revestimentos delgados de massas plásticas para paredes. Lisboa: LNEC, 1978.(TraduçãoT701).
[26] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Consultas e respostas n.º 2 – Manchas em tijolos de revestimento de paredes.Lisboa:LNEC,1956.(CirculardeInformaçãoTécnicaCIT21).
[27] LUCAS, J. A. Carvalho; ABREU, Miguel – Revestimentos cerâmicos colados. Descolamentos.Lisboa:LNEC,2005.(InformaçãoTécnicaPatologiaeReabilitaçãodasConstruçõesITPRC4).
[28] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Manchas de vegetação parasitária em paramentos rebocados de alvenaria.Lisboa:LNEC,1954.(CirculardeInformaçãoTécnicaCIT18).
[29] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Curso de especialização sobre isolamento térmico de edifícios.Lisboa:LNEC,1995.
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V.11 REVESTIMENTOSINTERIORESEMPAREDESETECTOS
V.11.1 PRINCÍPIOSGERAIS
V.11.1.1 Osrevestimentosinterioresdeparedesdevemobedeceraosrequisitosgeraisconsiderando-seaindaquedevemapresentarumdesempenhomelhoradoemrelaçãoaosedifícioscorrentesnosaspectosrelacionadoscomasegurança–segurançaaofogoesegurançanautilização–enosaspectosrelacionadoscom“Higiene,SaúdeeAmbiente”,porsetratardeedifíciosdestinadosaosextractosmaisvulneráveisdapopulação,emrelaçãoaosquaisestasquestõessepõemcomacuidadeaindamaiorquenocasogeral.
V.11.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO
V.11.2.1 Osrevestimentosexterioresdasparedesdevemserdeclassedereacçãoaofogoadequadaàsfunçõesquedesempenham,tendoemcontaasualocalização,demodoasatisfazerasdisposiçõesdaregulamentaçãodesegurançaaoincêndioaplicáveleaoestabelecidoemIV.2.(Segurançaaoincêndio).
V.11.2.2
V.11.2.3
V.11.3 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO
V.11.3.1 A segurançanautilizaçãode revestimentos interioresdeparedesconstituídospormassasaplicadassobreosuporte(ex.:rebocoseestuques)ouporpeçascola-das(ex.:ladrilhos,azulejos,pedras)podeserpostaemcausapelodesprendimen-todeplacasdematerialoudepeças.Assim,deveserverificadaaboaaderênciaaosuporte,querderebocos,estuquesprojectados,ououtrosrevestimentoscujamassapossaoriginarsituaçõesdeperigoparaquemcirculanasimediações,querde ladrilhosouplacasdepedracujaquedapossa,também,causarferimentos.
V.11.3.2
Casoosrevestimentosexistentesnãoverifiquemorequisitoexpressononúmeroanterior devem ser substituídos por outros que os verifiquem, ou, se tal forinviável,sertomadasmedidasqueminimizemosriscos.
Asreparaçõesrelacionadascomosaspectosreferidosdevemserrealizadasnomaiscurtoprazopossível.
Asreparaçõesrelacionadascomosaspectosreferidosnonúmeroanteriordevemserrealizadasnomaiscurtoprazopossívele,senãoforemimediatasehouversitua-çõesderiscoeminente,devemsertomadasmedidasparaminimizaresserisco.
V.11.3.3 Os revestimentos interiores de paredes constituídos por massas aplicadassobre o suportedevemapresentaruma resistência de aderênciamédianãoinferiora0,3MPa,aqual,nocasodeprodutospré-doseadosemfábrica,devesercomprovadapelofornecedordorevestimentoe,nocasodosrevestimentosdoseadosemobra,deveserverificada in situpelafiscalização.
V.11.3.4 As peças coladas, commassa significativa, dos revestimentos interiores deparedesdevemapresentaruma resistênciade aderênciamédianão inferiora0,5MPa,apósciclosmolhagem/secagem,aqualdevesercomprovadapelofornecedor.
V.11.3.5 Os revestimentos interiores de paredes aplicados em zonas baixas, emsituaçãode libertaremsubstânciasquepossamser ingeridas, intencionalouacidentalmente,pelosutilizadores,nãodevemcontersubstânciastóxicas.
V.11.3.6
V.11.3.7 Os fornecedores devem estar em condições de comprovar esse facto,principalmentenocasoderevestimentosorgânicos,maissusceptíveisaesserisco.
V.11.3.8
V.11.3.9 Osrevestimentosinterioresdaszonasdosparamentosmaisbaixasdasparedes(até1,50mdopavimento)nãodevemterarestasvivas–porexemplocertostiposdepainéisoudeplacas–nemrugosidadeouasperezaexcessiva–porexemplo pintura com tinta de areia ou acabamento rugoso de massas decimento–quepossacausarferimentosoudoremquemostocar,voluntáriaouinvoluntariamente.
V.11.3.10
V.11.3.11 Referências
[1,5,6,7,10,11,12,14]
Nocasodesubstituiçãodosrevestimentos,paraosrevestimentosconstituídospormassasaplicadasconsidera-seadequadaumaresistênciadeaderênciamédiade,pelomenos,0,3MPa,aqual,nocasodeprodutospré-doseadosemfábrica,devesercomprovadapelofornecedordorevestimentoe,nocasodosrevestimentosdoseadosemobra,deveserverificadain situpelafiscalização.
Casoosrevestimentosexistentesapresentemindíciosdelibertaçãodessetipodesubstâncias,essacircunstânciadeveserverificadaatravésdeensaiose, sese comprovar, os revestimentosdevemser substituídosporoutros isentosdesubstânciastóxicas.
Asreparaçõesrelacionadascomosaspectosreferidosnonúmeroanteriordevemserrealizadasnomaiscurtoprazopossívele,senãoforemimediatas,devemsertomadasmedidasparaminimizarosriscosdesegurança(porexemplo,interditarosespaçosafectadosoucobriraszonasperigosasdasparedes).
Seosrevestimentosexistentesnãoverificaremacondiçãoreferidanonúmeroanteriordevemserreparadosnumprazoconsideradorazoável.
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V.11.4 ESTANQUIDADEÀÁGUA
V.11.4.1 Asparedesdascozinhas,dosespaçosparalavagemderoupaedasinstalaçõessanitárias,bemcomoasparedesdosespaçosdestinadosarecolhadelixo,devemser revestidascom lambrisdealturaadequadaànaturezadautilizaçãodoslocaisenãoinferiora2mnocasodascozinhasea1,50mnocasodosrestantesespaços,constituídospormateriais imputrescíveis, impermeáveisàágua,desuperfícieaparentelisaelaváveleresistentesàacçãodaáguaadicionadadedetergente.
Estesrevestimentosdevemserdecorclara.
As ligações entre os revestimentos de paredes e os pavimentos devem serconstituídasporrodapésarredondados,parafacilitaralimpeza.
V.11.4.2
V.11.4.3 Osacabamentosdasrestantesáreasdasparedesedostectosdascozinhaseinstalaçõessanitáriasdevemserdecoresclaraseterresistênciaadequadaàlavagemcomáguaadicionadadedetergente,àacçãodovapordeáguae,nocasodascozinhas,aindaàacçãodosvaporesgordurosos.
V.11.4.4
V.11.4.5 Referências
[6,11,19,20]
V.11.5 QUALIDADEDOARINTERIOR
V.11.5.1 Osrevestimentosinterioresdeparedesetectosnãodevemproduziremissõestóxicas ou poluentes para a atmosfera. Este risco pode existir em algunsrevestimentosorgânicosoucomcomponenteorgânica,ouemrevestimentoscomfibrasmuitofinasnasuaconstituição.
Casonãoexistamesteslambrisounãoapresentemosrequisitosexigidos,deveproceder-seàsuaexecuçãonumprazorazoável.
Caso os acabamentos existentes não verifiquem estes requisitos devem serreabilitados,porexemploatravésdeumarepinturacomtintasdecaracterísticasapropriadas,numprazorazoável.
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V.11.5.2
V.11.5.3
V.11.5.4 Osrevestimentosdaszonassuperioresdasparedesedostectosdezonasdeusogeralcolectivo(salasdeestar,salasderefeições,etc.)devempreferencialmenteter característicasdehigroscopicidadeque lhespermitamcontribuirparaoequilíbriohigrométricodoarinterior,exercendoalgumaacçãoreguladoradahumidadedoar.
V.11.5.5 Referências
[7,11,12]
V.11.6 CONFORTOHIGROTÉRMICO
V.11.6.1 Asoluçãodeparedeintegrandoosrespectivosrevestimentosdevecontribuirparaassegurarumisolamentotérmicoadequadodaenvolvente,deacordocomaseveridadedoclimadecadaregião,nosentidodegarantirboascondiçõesdeconfortono interior semnecessidadedegastos excessivos emaquecimentoou em arrefecimento. Deve também ser garantida a correcção das pontestérmicas,demodoaminimizarascondensaçõesnointerior.
V.11.6.2 Parasatisfaçãodosobjectivosenunciadosnonúmeroanterior,pode-serecorrerasoluçõesdeisolamentotérmicopeloexterior,aisolamentonacaixadeardeparedesduplas,ouainda,nocasogeral,asoluçõesdeisolamentotérmicopelointerior,atravésderevestimentosinterioresadequados.Noentanto,considera-se que nos espaços de uso colectivo dos edifícios em causa as soluções deisolamento térmico pelo interior são dificilmente compatíveis com outrasexigênciasapontadas,comoaresistênciamecânicaearesistênciaàlavagem,peloqueserápreferíveloptarporoutrotipodesolução.
V.11.6.3
Seforemdetectadosindíciosdeemissõestóxicasoupoluentesparaaatmosferadosmateriaisusados,nomeadamentenocasode revestimentosorgânicosoucomcomponenteorgânica,ouemrevestimentoscomfibrasmuitofinasnasuaconstituição,deveprocurarverificar-seatravésdeensaiosessefacto;emcasodecomprovação,estesrevestimentosdevemsersubstituídosporoutrosisentosdesteproblema.
Estassubstituiçõesdevemserrealizadasnomaiscurtoprazopossívele,senãoforemimediatas,devemsertomadasmedidasparaminimizarosriscosdesegu-rança(porexemplo,interditarosespaçosafectadosoucobriraszonasperigosasdasparedes).
Eventuais deficiências de isolamento térmico da envolvente devem serconsideradasecorrigidasnaperspectivaglobaldaenvolventee,emparticular,daparede.
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V.11.6.4 Referências
[2,15,16]
V.11.7 CONFORTOACÚSTICO
V.11.7.1 Os revestimentos interioresdasparedesentre salasdeusocolectivodevemcomplementaro isolamentoacústicoa sonsaéreosdessasparedesedevemcontribuir para a reduçãodo tempode reverberação.Os revestimentosdostectosdevemcontribuirparaareduçãodotempodereverberaçãoe,nocasodos revestimentos de tectos entre pisos, podem também contribuir para oisolamentoasonsdepercussão.
V.11.7.2
V.11.7.3 Referências
[3]
V.11.8 CONFORTOVISUAL
V.11.8.1 Os revestimentoseacabamentos interioresdasparedesedos tectosdevemconferiraosrespectivosparamentosumasuperfícieregularedesempenada,semfissurasnemdefeitosaparentesdetectáveissobiluminaçãorasante.
V.11.8.2 Os acabamentos das paredes devem apresentar condições de planeza,verticalidade e esquadria tais que permitam o correcto posicionamento deequipamentosuspenso.
V.11.8.3
Caso os revestimentos existentes não tenhamas características expressas nonúmeroanterior, emespaçosonde tal originedesconforto significativo, deve-seanalisaraviabilidadedesubstituiçãodos revestimentosouamelhoriadascaracterísticasacústicas.
Anãoverificaçãodorequisitoexpressononúmeroanteriornumedifícioexistentepodenãodeterminar,sóporsi,umaintervençãonasparedes;noentanto,deveserconsideradaaviabilidadedecorrigirosdefeitosderegularidadeedesempenodorevestimento,se,oulogoque,foremrealizadasacçõesdemanutençãooudereabilitaçãodoedifício.
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V.11.8.4 Os acabamentos das zonas correntes das paredes e dos tectos devemproporcionarambientesclarosefavorecerautilizaçãodeiluminaçãonatural.
V.11.8.5
V.11.8.6 Referências
[14]
V.11.9 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO
V.11.9.1 Os revestimentos interiores de paredes e tectos devem ser compatíveiscomanaturezaea constituiçãodos respectivos suportes edevem terumadurabilidade elevada, exigindo apenas operações periódicas demanutençãoligeira. Os revestimentos predominantementeminerais oferecem, em geral,durabilidademaiselevada,peloquedevemserusadospreferencialmente.
V.11.9.2 Osparamentosinterioresdasparedesdesalasdeusocolectivoedeespaçosdecirculaçãodevemapresentarresistênciamecânicasatisfatóriaecompatívelcomouso,peranteacçõesdeabrasão,riscagem,choqueeoutrasdecorrentesdautilizaçãodessesespaços.Nessesentido,semprequeosrevestimentosnãosatisfaçamporsisósataisexigências,essasparedesdevemserrevestidas,atéumaalturamínimade1,50m,comlambris(oucombarrasdeprotecçãoemfunçãodomobiliárioexistente)decaracterísticasadequadas.
V.11.9.3 Naszonasdecirculaçãoasarestasdasparedesdevemserprotegidascomperfisadequadosembebidosnorevestimentoouacabamento,semprequeoprópriorevestimentoouacabamentonãoasseguresuficienteresistênciaaacçõesdechoquenessespontos.
V.11.9.4 Os revestimentoseacabamentos interioresdasparedesedos tectosdevemconferiraosrespectivosparamentosumasuperfíciesemrugosidadeacentuadaepoucoabsorvente,deformaanãofavoreceraretençãodepoeiraseanãodificultaralimpezadosparamentos.
V.11.9.5 Osrevestimentosinterioresdeparedesdevemterumaresistênciaàlavagemcomáguaedetergenteadequadaàsuautilização,nomeadamentenoquedizrespeitoaoslambris.
V.11.9.6 Oslambrisdascozinhasdevemaindaserresistentesàacçãodasgorduras.
Anãoverificaçãodorequisitoexpressononúmeroanteriornumedifícioexistentepodenãodeterminar,sóporsi,umaintervençãonasparedes;noentanto,deveserconsideradaapossibilidadedeumarepinturacomcoresclarasse,oulogoque,foremrealizadasacçõesdemanutençãooudereabilitaçãodoedifício.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
V.11.9.7
V.11.9.8 Referências
[20,21]
V.11.10 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE
V.11.10.1 Aavaliaçãodaconformidadedosrevestimentosinterioresdeparedespodeserrealizadaporensaioe/ouporinspecção(quandosetratadaverificaçãoderequi-sitosapenasporobservaçãovisual,porexemplonoquerespeitaaoaspecto).
V.11.10.2 Ousoderevestimentosnão-tradicionaisdevesercondicionadoàexistênciadeparecertécnicofavoráveloudocumentodeaprovaçãotécnica.
V.11.10.3 A marcação CE ou a aprovação técnica de um revestimento com níveisde desempenho iguais ou superiores aos especificados nas presentesRecomendaçõesTécnicaspressupõea suaadequaçãoaouso,dispensandoarealizaçãodeoutrasacçõesdeverificaçãodaconformidadedoproduto.Talnãosignificaquesejapossíveldispensarasverificaçõesinerentesàsuaaplicaçãoemobra,umavezqueadeficienteexecuçãodoscorrespondentes trabalhospodecomprometerodesempenhodorevestimento.
V.11.11 EXEMPLOSDESOLUÇÕESSATISFATÓRIAS
V.11.11.1 Semprejuízo da satisfação do disposto emV.11.10, admite-se que cumpremgenericamenteosrequisitosenunciadosdeV.11.1aV.11.9asseguintessoluçõesde revestimentos interiores de paredes e tectos de edifícios de construçãotradicional:
a) Acabamentosdeparedesemgeral:revestimentostradicionaisdeligantesminerais(argamassasdecimentoeareia,ou,preferivelmente,decimento,cal e areia, aplicadas em duas camadas, complementadas com umguarnecimentodemassadeareiaoudeestuquedegesso)epinturacom
Casoseobservemindíciosdedurabilidadereduzida,nomeadamenteemrelaçãoaosaspectosreferidosnosnúmerosanteriores,taldevesertidoemcontanosPlanosdeManutençãoperiódicaa implementar,estabelecendoperiodicidadesreduzidasdasacçõesdemanutençãoeconsiderandoapossibilidadede subs-tituiçãodosrevestimentosexistentesporsoluçõesmaisduráveisse,oulogoque,foremrealizadasacçõesdemanutençãooudereabilitaçãodoedifício.
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tintadeemulsãoaquosacombaseempolímero sintéticonão-exturada(tintadeágua)ou,ainda,compapeldeparedelavável;
b) Lambris em cozinhas, instalações sanitárias e outros espaços de usocomum:azulejosdefaiançafina,ouladrilhosdegréscerâmico,ou,ainda,sistemas de pintura de dois componentes, preferencialmente de baseepoxídica,sobrerevestimentosdeligantesminerais;
c) Lambrisemcomunicações:marmoritepolida,ladrilhosdetipocerâmico,betãoàvistapintadoouenvernizado(desdeque,nestecaso,atintaouoverniztenhamcaracterísticasderesistênciaedurabilidadeapropriadas);
d) Tectosdeespaçossecos:revestimentostradicionaisdeligantesminerais(argamassas de cimento e areia, ou, preferivelmente, de cimento, cal eareia,aplicadasemduascamadas,complementadascomumestuquedegesso)eacabamentocomtintadeemulsãoaquosacombaseempolímerosintéticonãotexturada(tintadeágua);
e) Tectosdeespaçoshúmidos:revestimentostradicionaisdeligantesminerais(argamassasdecimentoeareia,ou,preferivelmente,decimento,caleareia,aplicadasemduascamadas,complementadascomumguarnecimentodemassade areia ou comumestuquede gesso) e acabamentofinal comtintaepoxídicaoudeesmalte,resistentesaovapordeáguae,nocasodascozinhas,avaporesgordurosos.
V.11.11.2 Em relação às soluções referidasnonúmero anterior, as argamassas ausardevemserbemdoseadas,deformaateremboaaderência,masserempoucosusceptíveisàfendilhaçãoebastantedeformáveis.Acolagemdosazulejosouladrilhosdevegarantirboaaderênciaaosuporte,mastertambémelasticidadesuficienteparanãoprovocarfendilhação.Osacabamentosporpinturadevemterboaaderênciaeboadurabilidade.
V.11.11.3 SemprejuízodasatisfaçãododispostoemV.11.10,admite-sequecumpramosrequisitosenunciadosdeV.11.1aV.11.9asseguintessoluçõesnão-tradicionaisderevestimentosinterioresdeparedesetectos:
a) Revestimentos pré-doseados de ligante mineral sem pigmentação namassacomplementadoscomestuquetradicionaldegessooucomestuquesintéticoeacabadoscomtintasdeemulsãoaquosacombaseempolímerosintéticonão-texturadas(tintasdeágua);
b) Estuques de gesso pré-doseados, aplicáveis por projecção directamentesobreosuporte,acabadoscomtintasdeemulsãoaquosacombaseempolímerosintéticonão-texturadas(tintasdeágua).
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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V.11.11.4
V.11.12 REFERÊNCIAS
Regulamentos
[1] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA).
[2] DECRETO-LEIn.º80/2006,de4deAbril–Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).
[3] DECRETO-LEIn.º129/2002,de11deMaio–Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE).
NormaseEspecificações
[4] NP56:1963–Assentamento de azulejos e ladrilhos.Lisboa:IPQ.
[5] EN 12004: 2001/A1: 2002 – Adhesives for tiles. Definitions and specifications.Brussels:CEN.
[6] EN 14411: 2003 – Ceramic tiles. Definitions, classification, characteristics and marking (ISO 13006: 1998 alterada).Brussels:CEN.
[7] EN998-1: 2003–Specification for mortars for masonry. Part 1: Rendering and plastering mortar.Brussels:CEN.
[8] ESPECIFICAÇÃOLNECE5:1952–Execução de marmorites.Lisboa:LNEC.
[9] EN13279-1:2005–Gypsum binders and gypsum plasters. Part 1: Definitions and requirements.Brussels:CEN.
[10] EN 13914-2: 2005 –Design, preparation and application of external rendering and internal plastering – Part 2: Design considerations and essential principles for internal plastering.Brussels:CEN.
Nocasodosrevestimentosexistentesaadequaçãoaousodassoluçõesadoptadospodetambémseravaliadapeladurabilidadeebomdesempenhodemonstradosduranteoperíododeutilizaçãojádecorrido.
[11] NP4378:1999–Tintas e vernizes. Tintas aquosas lisas para paredes interiores de edifícios.Classificaçãoeespecificação.Lisboa:IPQ.
[12] EN233: 1989–Wallcoverings in roll form. Specification for finished wallpapers, wall vinyls and plastics wallcoverings.Brussels:CEN.
Outradocumentaçãotécnica
[13] LUCAS,J.A.Carvalho–Classificação e descrição geral de revestimentos para paredes de alvenaria ou de betão.Lisboa:LNEC1990.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE24)
[14] LUCAS,J.A.Carvalho–Exigências funcionais de revestimentos de paredes.Lisboa:LNEC,1990.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE25)
[15] PAIVA,J.Vasconcelos–Medidas de reabilitação energética em edifícios.Lisboa:LNEC,2000.(ComunicaçãoCOM73).
[16] SANTOS, C. Pina dos; Matias, Luis – Coeficientes de transmissão térmica de elementos da envolvente dos edifícios. Versão actualizada 2006. Lisboa: LNEC,2006.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE50).
[17] LABORATÓRIONACIONALDEENGENHARIACIVIL(LNEC)–Revestimentos em edifícios recentes.Lisboa:LNEC,2004.(CadernosEdifíciosCAD3).
[18] EUSÉBIO, M. Isabel – Durabilidade de tintas plásticas. Lisboa: LNEC, 1985.(InformaçãoTécnicadeMateriaisdeConstruçãoITMC2).
[19] LUCAS, J. A. Carvalho – Revestimentos de ligantes sintéticos para paramentos interiores de paredes.Lisboa:LNEC,1990.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE27).
[20] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Bases para homologação de revestimentos pré-doseados de gesso para paramentos interiores de paredes.Lisboa:LNEC,Julhode1995.(Relatório196/95-NCCt).
Informaçãotécnicacomplementar
[21] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Bases para homologação de revestimentos pré-doseados de ligante mineral com base em cimento.Lisboa:LNEC,Outubrode1995.(Relatório289/95-NCCt).
[22] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Curso de Especialização sobre revestimentos de paredes – 1.º módulo.Lisboa:LNEC,1990.(CursoseSemináriosCS15).
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[23] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Curso de Especialização sobre tintas, vernizes e revestimentos por pintura para a construção civil.Lisboa:LNEC,1990.(CursoseSemináriosCS14).
[24] EUSÉBIO,M.Isabel–Tintas. Características dos constituintes e da película seca.Lisboa:LNEC,1985.(InformaçãoTécnicaMateriaisdeConstruçãoITMC3).
[25] UNION EUROPÉENNE POUR L’AGRÉMENT TECHNIQUE DANS LACONSTRUCTION (UEAtc) –Directivas Comuns UEAtc para a homologação de revestimentos delgados de massas plásticas para paredes. Lisboa : LNEC, 1978.(TraduçãoT701).
[26] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Consultas e respostas n.º 2 – Manchas em tijolos de revestimento de paredes.Lisboa:LNEC,1956.(CircularesdeInformaçãoTécnicaCIT21).
[27] LUCAS, J. A. Carvalho; ABREU, Miguel – Revestimentos cerâmicos colados. Descolamentos.Lisboa:LNEC,2005.(InformaçãoTécnicaPatologiaeReabilitaçãodasConstruçõesITPRC4).
[28] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Manchas de vegetação parasitária em paramentos rebocados de alvenaria.Lisboa:LNEC,1954.(CircularesdeInformaçãoTécnicaCIT18).
[29] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Curso de Especialização sobre isolamento térmico de edifícios.Lisboa:LNEC,1995.
V.12 REVESTIMENTOSEMPISOSERODAPÉS
V.12.1 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE
V.12.1.1 Sempre que o revestimento de piso desempenhe simultaneamente funçõesresistentes,deveproceder-seàverificação,porviaanalíticaouexperimental,darespectivaestabilidadeeresistênciaestrutural,paraasdiversascombinaçõesdeacçõessusceptíveisdeintervirduranteasuavidaútil.
V.12.1.2 Caso o revestimento, no todo ou em parte, apresente um estado de degradaçãoque comprometa as suas funções resistentes, deve ser substituídopor outro com
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V.12.1.3 Naverificaçãoporviaanalítica,calcula-seoníveldesegurançaemrelaçãoaosestadoslimitesoupelométododastensõesadmissíveis,tendoemcontaascarac-terísticasdoscomponentesedosmateriaisconstituintesdopavimento.Asacçõesaconsiderarnaverificaçãoanalíticadoníveldesegurançasãoasacçõesestáti-cas(acçõespermanentes,sobrecargas,acçõestérmicas,etc.)edinâmicas(acçõesacidentais,acçãodovento,etc.)queseencontramdefinidasnaregulamentaçãonacional.Devemserapresentadoscálculosjustificativosdasoluçãoadoptada.
V.12.1.4 A verificação experimental do nível de segurança do pavimento pode serefectuadasubmetendoumprotótipodomesmoaacçõesdeflexãoedechoqueparaverificaçãodaresistênciamecânicaedeformabilidade.
V.12.1.5 Referências
[1,2,3]
V.12.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO
V.12.2.1 Osrevestimentosdepiso interioresdevemserdeclassedereacçãoao fogoadequadaàsfunçõesquedesempenham,tendoemcontaasualocalização,demodoasatisfazerasdisposiçõesdaregulamentaçãodesegurançaaoincêndioaplicáveleaoestabelecidoemIV.2.(Segurançaaoincêndio).
V.12.3 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO
V.12.3.1 Os pisos interiores não devem apresentar desvios de horizontalidade, nemdeformações de carácter geral ou localizado que prejudiquem a circulaçãodosutilizadores;essesdesviosedeformaçõestambémnãodevemimpediroudificultarocorrectoposicionamentodoequipamentoedomobiliário.
V.12.3.2 Relativamenteàplanezadopisodevedistinguir-seaplanezageraldaplanezalocal, sendo esta última relevante, não só para evitar desnivelamentosincompatíveiscomomobiliário,comotambémparaoconfortovisual.
V.12.3.3 A verificação da planeza local deve ser efectuadamediante amedição dosdesviosmáximosconstatadossobosbordosdumaréguarígidacolocadasobreorevestimentoemtodasasdirecções.Essesdesviosdevemser inferioresouiguaisaosvaloresindicadosnoquadroseguinte.
característicasidênticasdemodoasatisfazerasexigênciasreferidasnonúmeroanterior.
Comprimentodarégua(m) 2 1 0,6 0,2
Desviosmáximos(mm) 5 3 2 1
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V.12.3.4
V.12.3.5 Ainclinaçãomáximaadmissíveldasuperfíciedopisoemrelaçãoàhorizontaldeveserinferiorouiguala2%,exceptoemcirculaçõesemrampa.
V.12.3.6
V.12.3.7 Os revestimentos de piso devem proporcionar condições satisfatórias desegurança à circulação dos utilizadores, não devendo ser escorregadios,particularmente no caso de comunicações horizontais, átrios de entrada elocaishúmidos,nomeadamentecozinhas,instalaçõessanitáriasoubalneários.
V.12.3.8 Paraefeitodonúmeroanterior,ocoeficientedeatritodosrevestimentosdepiso,quandodeterminadoscomrecursoaoensaiocomopêndulodeStanley,devesersuperiorouiguala0,40.
V.12.3.9 Osrevestimentosautilizaremzonashúmidasdevemsatisfazeraodispostononúmeroanteriormesmoquandoensaiadoscomasuperfíciemolhada.
V.12.3.10
V.12.3.11 Os revestimentos de piso não devem apresentar ressaltos ou rebaixos emsuperfíciecorrente.Nocasodesoleirasdevãos, senão forpossívelevitaraexistênciaderessaltosourebaixosdepiso,aalturadestesnãodeveexcederosseguintesvalores:
- Soleiras de portas de patamar e de vãos abrindo para varandas ououtras:0,02m.
Caso os revestimentos apresentem desvios da planeza local superiores aoslimitesindicadosnonúmeroanteriorérecomendávelqueseprocedaatrabalhosdecorrecçãogeraloulocalizadadessasanomalias.Seessesdesviosexcederemodobrodosindicadosnoquadrodeveproceder-seàreparaçãodorevestimento.
Seosrevestimentosdepisoapresentaremvaloresdeinclinaçãosuperioresaosreferidosrecomenda-sequeseanalisemosriscosdeescorregamentotendoemcontaotipoderevestimento.
É recomendável que os revestimentos de piso cumpram as exigências atrásespecificadasemrelaçãoaocoeficientedeatrito.Semprequeovalordocoeficientedeatritosejainferiora0,35deveproceder-seàsubstituiçãodorevestimentodepisoouàrealizaçãodetrabalhosquepermitamalteraraquelacaracterísticadorevestimentodemodoaaumentarocoeficientedeatrito.
É recomendável que os revestimentos de piso não apresentem ressaltos ourebaixosemsuperfíciecorrente.Nocasodesoleirasdevãos,senãoforpossívelevitaraexistênciaderessaltosourebaixosdepiso,érecomendávelqueaalturadestesnãoexcedaosseguintesvalores:
- Soleirasdeportasdepatamaredevãosabrindoparavarandasououtras:0,02m.
V.12.3.12
V.12.3.13 Referências
[1,4,5,6]
V.12.4 ESTANQUIDADEÀÁGUA
V.12.4.1 Noscasosemqueosrevestimentossejamaplicadosempisostérreossujeitosahumidadeascendente,osmateriaisconstituintesdosrevestimentoseacolaeventualmente usada na respectiva aplicação devem apresentar reduzidasensibilidadeàacçãodaáguaou,casotalnãoseverifique,devemadoptar-sedisposiçõesconstrutivasqueimpeçamoacessodareferidahumidade.
V.12.4.2 Noscasosemqueosrevestimentosdepisosejamaplicadosempavimentossobrelocaisondepossamviraserproduzidaselevadasquantidadesdevapor,devem prever-se barreiras pára-vapor que impeçam a humidade de atingir,querorevestimento,querorespectivoplanodecolagem,seforcasodisso.
V.12.4.3 Nocasodeaplicaçãoderevestimentosdepisoemlocaishúmidosoulocaisondeapresençadeáguasobreopisopossatercarácterpermanenteou,pelomenos,prolongado,devemserasseguradascondiçõesdeestanquidadeadequadasdemodoaimpedirainfiltraçãodaáguaatravésdopavimento.
V.12.4.4 A aplicação de um revestimento de piso não estanque num local em quea presença de água sobre o pavimento possa ter carácter permanente ouprolongado (ex. cozinhas industriais, instalações sanitárias colectivas, etc.),obriga à execução de uma camada de impermeabilização que garanta aadequada estanquidade do pavimento. Nestas circunstâncias deve aindagarantir-seque, tantoo revestimentodepiso, comoosmateriaisusadosnarespectivaaplicaçãoemobra,sejaminsensíveisàacçãodaágua.
V.12.4.5
V.12.4.6 Referências [7]
Se os revestimentos apresentarem desníveis superiores aos preconizados nonúmero anterior é recomendável que se proceda a trabalhos de reparação,eventualmente localizados, que permitam eliminar o risco de queda dosutilizadores.
Se devido à falta de estanquidade do pavimento ocorrerem infiltrações noscompartimentossubjacentes,deveproceder-seàsubstituiçãodorevestimentode piso procedendo à realização dos trabalhos necessários para garantir aestanquidade.
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Érecomendávelqueosmateriaisutilizadosemrevestimentosdepisonãolibertemsubstânciasvoláteisincómodasparaosutilizadores,devendosersubstituídosseassubstânciasemitidasforemsusceptíveisdeprovocardanosnasaúdedosmesmos.
Sempre que as soluções construtivas não permitam assegurar o necessárioconfortodosutilizadoresdevemprever-se soluçõesqueasseguremo referidoconfortonaszonasdepermanênciacomrecurso,porexemplo,atapetes.
V.12.5 QUALIDADEDOARINTERIOR
V.12.5.1 Osmateriaisutilizadosemrevestimentosdepisonãodevemlibertarsubstânciasvoláteisincómodasparaosutilizadoresoususceptíveisdeprovocardanosnasaúdedosmesmos.
V.12.6 CONFORTOHIGROTÉRMICO
V.12.6.1 A temperatura superficial dos revestimentos, em especial nos casos depavimentossobreespaçosabertos,devemanter-seacimadumnívelmínimoadmissíveldemodoaevitaracriaçãodecondiçõesdedesconfortotérmicoe,adicionalmente,reduziroriscodecondensaçõessuperficiaisquepossamafectarasegurançanacirculaçãoeadurabilidadedosprópriosrevestimentos.
V.12.6.2 Para cumprimento do objectivo enunciado no número anterior, em locaishúmidos– temperatura e humidade do ar interior de 20 °C e 70%HR– atemperaturasuperficialdosrevestimentosdepisodevesersuperiorouiguala12°Ceemlocaissecos–temperaturaehumidadedoarinteriorde20°Ce40%HR–devesersuperiorouiguala10°C.
V.12.6.3 Nos locaisondeseverificaapermanênciadosutilizadoresduranteperíodosprolongados devem prever-se soluções construtivas que, pelas suascaracterísticas, não possam causar incomodidade em consequência doarrefecimentodospés.
V.12.6.4
V.12.6.5 Noslocaisquedisponhamdesistemasdeaquecimentointegradonopavimento,devemprever-sedispositivosderegulaçãoqueasseguremqueatemperaturasuperficialdorevestimentodepisosemantenhaemvaloresnãosuperioresa26°C.
V.12.6.6 Referências
[1]
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V.12.7 CONFORTOACÚSTICO
V.12.7.1 O pavimento, incluindo os respectivos revestimentos, deve assegurar umisolamento sonoro adequado, quer quanto à transmissão de ruídos aéreos,querquantoàtransmissãoderuídosdepercussão
(verIV.8–Confortoacústico).
V.12.8 CONFORTOVISUAL
V.12.8.1 Osrevestimentosdepisonãodevemapresentaràsuperfíciedefeitosaparentes,manchasoufissuras.
V.12.8.2 Nocasodosrevestimentoscomercializadosem ladrilhos,apósaplicaçãoemobra,osdesviosmáximosadmissíveisdasarestasdestes,relativamenteaumalinhamédiadefinidaaolongodajunta,nãodevemexceder5mm.
V.12.8.3 Osrevestimentosdepisodevemapresentarcoloraçãouniforme.
V.12.8.4 Osrevestimentosdepisodevemapresentarbrilhouniforme.
V.12.8.5 Referências [1,8,9]
V.12.9 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO
V.12.9.1 Osrevestimentosdepisodevemsercompatíveiscomanaturezaeaconstituiçãodosrespectivossuportes.
V.12.9.2 Ascolaseventualmenteutilizadasnaaplicaçãodosrevestimentosdevemsercompatíveiscomosmesmos.
V.12.9.3 Os revestimentos de piso devem apresentar resistência e durabilidadesatisfatórias,faceàsacçõesaque,emfunçãodoslocaisondesejamaplicados,possamficarsujeitos.Ascaracterísticasfuncionaisque,destepontodevista,
É recomendável que o pavimento, incluindo os respectivos revestimentos,assegureumisolamentosonoroadequado,querquantoàtransmissãoderuídosaéreos,querquantoàtransmissãoderuídosdepercussão(verIV.8–Confortoacústico).
Semprequeseprocedaaobrasderemodelaçãoprofundadeveassegurar-seasatisfaçãodestasexigências.
É recomendável que os revestimentos de piso não apresentem à superfíciedefeitosaparentes,manchasoufissuras.
Nos casos em que estas anomalias sejam significativas devem procurar-sesoluçõesdereparaçãolocalizada.
É recomendável que os revestimentos comercializados em ladrilhos, apósaplicaçãoemobra,nãoapresentemdesviosdasarestas, relativamenteaumalinhamédiadefinidaaolongodajunta,queexcedam5mm.
Érecomendávelqueosrevestimentosdepisoapresentemcoloraçãouniforme.
Semprequeseregistemvariaçõessignificativasdecoloraçãodeveprocurar-secorrigirestaanomalia.
Érecomendávelqueosrevestimentosdepisoapresentembrilhouniforme.
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condicionarãoadurabilidadedosrevestimentossão:aresistênciamecânicaaodesgasteeàacçãodecargaspontuais,eocomportamentofaceàpresençadaáguaeàacçãodosprodutosquímicosempregues,quernousocorrentedoslocais,quernasrespectivasoperaçõesdelimpeza.
V.12.9.4 Osrevestimentosdepisodevemapresentarcaracterísticastaisquepermitama fácil manutenção do seu estado de limpeza sem recurso a técnicas ouequipamentosespeciais.
V.12.9.5 Nos locais onde se preveja a necessidade de desinfecção dos pisos devemaplicar-serevestimentosquesejaminsensíveisàacçãodosprodutosutilizadosemtaisoperações.
V.12.9.6 Asbasesdasparedesconfinantesdosdiferentesespaçosdosedifíciosdevemserprotegidascomrodapés,semprequeosrevestimentosdasparedesnessaszonas não apresentem resistência mecânica satisfatória perante acções deabrasão, riscagem e choque e outras decorrentes, quer da circulação dosutilizadores,querdasoperaçõesdelimpezadessesespaços.
V.12.9.7 Os revestimentos de piso resilientes ou laminados devem assegurar umadurabilidadenãoinferiora10anos,deacordocomoscritériosdefinidosnasnormaseuropeias aplicáveis. Paragarantir essadurabilidade, osmateriais autilizarnoslocaisdepermanênciaouderepousodosutilizadoresdevemserpelomenos das classes de resistência ao uso 33 ou 32 consoante esteja ounãoprevistoousodecadeirasoudeoutromobiliáriocomrodas.Emzonasdecirculaçãodevemprever-serevestimentosdaclassederesistênciaaouso34.
V.12.9.8 Osmateriaisderevestimentodepisoresilientesoulaminadosaaplicaremzonashúmidasdevemserfornecidosemroloeapresentarcaracterísticastaisquepos-sibilitemasoldaduradasjuntasentrepeçascontíguas.Nocasodezonasondesejaprevisívelapermanênciadeáguasobreopisoporperíodosprolongados(porexemplo,instalaçõessanitáriascolectivas,balneários,cozinhasindustriais,etc.)devemaindaadoptar-se,naexecuçãodosrematesdorevestimentocomosele-mentosemergentes,disposiçõesconstrutivasqueasseguremarespectivaestan-quidadeàágua(porexemplo,executandooprolongamentodorevestimentodemodoarevestirasuperfíciedoelementoconfinanteatécercade0,20macimadacotadopisoacabadoecalafetandosuperiormenteesserematedemodoaim-pedirapenetraçãodeáguaqueeventualmentepossaescorrerpeloparamentovertical).
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V.12.9.9 Os revestimentos de piso de madeira ou com base em madeira devemapresentarumperíododevidaútilnãoinferiora25anosdeacordocomoscritériosdefinidosnasnormaseuropeiasaplicáveis.Asespéciesdemadeiraautilizarnestesrevestimentosdevemapresentarelevadadurezaeestabilidadedimensionaladequada.
V.12.9.10 Os revestimentos deplacas depedra e os revestimentos cerâmicos ou combaseem liganteshidráulicosdevemapresentarumperíododevidaútilnãoinferiora25anosdeacordocomoscritériosdefinidosnasnormaseuropeiasaplicáveis.Quandoaplicadosemlocaisqueprevisivelmentepossamviraestarhúmidos,osrevestimentosemquestãodevemapresentarsuficienteresistênciaaoescorregamento,porrazõesdesegurançanautilização.
V.12.9.11 Referências
[11]
V.12.10 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE
V.12.10.1 A avaliação da conformidade dos revestimentos e acabamentos em pisos erodapéspodeser realizadaporensaioseoupor inspecção (quandosetratadaverificaçãoderequisitosapenasporobservaçãovisual,porexemplonoquerespeitaaoaspecto).
V.12.10.2 Ousoderevestimentosnão-tradicionaisdevesercondicionadoàexistênciadeparecertécnicofavoráveloudocumentodeaprovaçãotécnica.
V.12.10.3 AmarcaçãoCEouaaprovaçãotécnicaderevestimentocomníveisdedesempenhoiguaisousuperioresaosespecificadosnaspresentesRecomendaçõesTécnicaspressupõeasuaadequaçãonouso,dispensandoarealizaçãodeoutrasacçõesdaverificaçãodaconformidadedoproduto.Talnãosignificaquesejapossíveldispensaras verificações inerentesà suaaplicaçãoemobra,umavezqueadeficiente execução dos correspondentes trabalhos pode comprometer odesempenhodorevestimento.
V.12.11 EXEMPLOSDESOLUÇÕESSATISFATÓRIAS
V.12.11.1 Semprejuízoda satisfaçãododisposto emV.12.10, admite-seque cumpremgenericamenteosrequisitosaplicáveisenunciadosdeV.12.1aV.12.9asseguintessoluçõesderevestimentoseacabamentosempisos:a) Emzonassecascomlimpezaporviaseca:
- Soalho executado com réguas de madeira maciça ou com réguasde madeira colada, com largura máxima de 100 mm, encerado ouenvernizado;
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
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- Parquete de tacos de carvalho, de pinho ou azinho, encerado ouenvernizado;
- Parquete-mosaico de pinho, de azinhooude eucalipto, enceradoouenvernizado;
- Ladrilhosdeaglomeradodecortiça(comespessurade5mm,pelomenos);- Revestimentosdelinóleoemladrilhosouemrolos;- Revestimentosvinílicosemladrilhos;- Revestimentoscombaseemborrachaemladrilhosouemrolos;- Revestimentoslaminados(tipoflutuante).
b) Emzonassecascomlimpezaporviahúmidaouemzonashúmidas:- Revestimentosvinílicosemrolosaplicadoscomjuntassoldadas;- Revestimentoscombaseemborracha,emrolos,aplicadoscomjuntas
soldadas;- Tijoleira cerâmica ou, preferencialmente, ladrilhos cerâmicos
prensados,consoanteotipodeutilizaçãodolocal;- Ladrilhoshidráulicosdegranuladooudepasta;- Marmorite;- Revestimentos de placas de pedra obtidas de rochas eruptivas ou
metamórficascomcaracterísticasadequadas.
c) Emespaçosdeusocomum:- Betonilhadecimentocompigmentoafagadaequeimadaàcolher;- Marmorite;- Ladrilhoshidráulicosdegranuladooudepasta;- Ladrilhosdegréscerâmico;- Betãobetuminoso;- Calçadadevidraçocomjuntasargamassadas.
V.12.11.2 Semprejuízoda satisfaçãododisposto emV.12.10, admite-seque cumpremgenericamenteosrequisitosaplicáveisenunciadosdeV.12.1aV.12.9asseguintessoluçõesderodapés:
a) Emzonassecas:rodapédemadeiradepinhoouréguadeaglomeradodecortiçacoladacontraaparede;
b) Emzonashúmidas(cozinha,espaçosparalavagemderoupaeinstalaçõessanitárias):rodapédematerialidênticoaodorevestimentodepiso;
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c) Emespaçosdeusocomum:rodapédematerialidênticoaodorevestimentodepiso.
V.12.12 As soleiras das portas de entrada dos edifícios devem ser de pedra comcaracterísticasadequadas.
I.1.5 REFERÊNCIAS
[1] SYNDICATD’ÉTUDESINTERINDUSTRIES,CONSTRUCTION(IC-IB)–Guide des performances du bâtiment. Vol. 5: Planchers et escaliers.Bruxelles:IC-IB,1980.
[2] UNION EUROPÉENNE POUR L’AGRÉMENT TECHNIQUE DANS LACONSTRUCTION (UEAtc) –Directivas Comuns UEAtc para a homologação de pavimentos não tradicionais de betão armado ou pré-esforçado. Lisboa: LNEC,Junhode1968.
[3] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA).
[4] CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUEDE LA CONSTRUCTION (CSTC) –Écarts admissibles sur les dimensions.Bruxelles,CSTC,1979.(Noted’InformationTechnique127).
[5] NASCIMENTO,José–Bases de assentamento de revestimentos de pisos resilientes.Lisboa:LNEC,1995.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE38).
[6] FEDERATIONNATIONALEDUBATIMENT–Règles professionnelles de préparation des supports courants en vue de la pose de revêtements de sols minces.Paris:Sociétéd’EditionduBâtimentetdesTravauxPublics,Janvier1976.
[7] UNION EUROPÉENNE POUR L’AGRÉMENT TECHNIQUE DANS LACONSTRUCTION (UEAtc)–Directivas Comuns UEATc para a homologação de revestimentos delgados de piso.Lisboa:LNEC,1974.(TraduçãoT566).
[8] AMERICANSOCIETYFORTESTINGANDMATERIALS(ASTM)–Color differences of opaque materials.(ASTMD2244-79).
[9] AMERICANSOCIETYFORTESTINGANDMATERIALS(ASTM)–Standard Test Method for specular gloss.(ASTMD523-80).
[10] ESPECIFICAÇÃOLNECE5:1952–Execução de marmorites.Lisboa:LNEC.
[11] HENN,Walter–Les revêtements des sols.Paris:Dunod,1967.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
[12] NASCIMENTO,JoséM.–Classificação funcional dos revestimentos de piso e dos locais. Classificação “UPEC” e “GWs”.Lisboa :LNEC,1991.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE29).
[13] BAYON,René–Sols industriels.Paris:Eyrolles,1971.
[14] NPEN12103: 1999–Revestimentos de piso resilientes. Forros de aglomerado de cortiça.Especificação.Lisboa:IPQ.
[15] NPEN12466:1999–Revestimentos de piso resilientes.Vocabulário.Lisboa:IPQ.
[16] NPEN14085:2003–Revestimentos de piso resilientes. Especificação dos painéis de revestimento de piso para instalação flutuante.Lisboa:IPQ.
[17] NPEN1817:1999–Revestimentos de piso resilientes. Especificações dos revestimentos de piso lisos, homogéneos e heterogéneos, de borracha.Lisboa:IPQ.
[18] NP EN 655: 1997 – Revestimentos de piso resilientes. Ladrilhos de aglomerado composto de cortiça com camada de uso em policloreto de vinilo. Especificações.Lisboa:IPQ.
[19] EN13413:2001–Resilient floor coverings. Polyvinyl chloride floor coverings on a filled fibrous backing. Specification.Brussels:CEN.
[20] EN13553:2002–Resilient floor coverings. Polyvinyl chloride floor coverings for use in special wet areas. Specification.Brussels:CEN.
[21] EN 14521: 2004 –Resilient floor coverings. Specification for smooth rubber floor coverings with or without foam backing with a decorative layer.Brussels:CEN.
[22] EN 14565: 2004–Resilient floor coverings. Floor coverings based upon synthetic thermoplastic polymers. Specification.Brussels:CEN.
[23] EN 548: 2004 – Resilient floor coverings. Specification for plain and decorative linoleum.Brussels:CEN.
[24] EN649:1996/A1:2003–Resilient floor coverings. Homogeneous and heterogeneous polyvinyl chloride floor coverings. Specification.Brussels:CEN.
[25] EN650:1996–Resilient floor coverings. Polyvinyl chloride floor coverings on jute backing or on polyester felt backing or on polyester felt with polyvinyl chloride backing. Specification.Brussels:CEN.
[26] EN651:1996/A1:2003–Resilient floor coverings. Polyvinyl chloride floor coverings with foam layer. Specification.Brussels:CEN.
[27] EN652:1996–Resilient floor coverings. Polyvinyl chloride floor coverings with cork-based backing. Specification.Brussels:CEN.
[28] EN653: 1996–Resilient floor coverings. Expanded (cushioned) polyvinyl chloride floor coverings. Specification.Brussels:CEN.
[29] EN654:1996/A1:2003–Resilient floor coverings. Semi-flexible polyvinyl chloride tiles. Specification.Brussels:CEN.
[30] EN685:1995/A1:2003–Resilient floor coverings. Classification.Brussels:CEN.
[31] EN 686: 1997 – Resilient floor coverings. Specification for plain and decorative linoleum on a foam backing.Brussels:CEN.
[32] EN687:1997–Resilient floor coverings. Specification for plain and decorative linoleum on a corkment backing.Brussels:CEN.
[33] EN688:1997–Resilient floor coverings. Specification for corklineum.Brussel:CEN.
[34] EN13226:2002–Wood flooring. Solid parquet elements with grooves and/or tongues.Brussels:CEN.
[35] EN13227:2002–Wood flooring. Solid lamparquet products.Brussels:CEN.
[36] EN13228:2002–Wood flooring. Solid wood overlay flooring elements including blocks with an interlocking system.Brussels:CEN.
[37] EN13488:2002–Wood flooring. Mosaic parquet elements.Brussels:CEN.
[38] EN13489:2002–Wood flooring. Multi-layer parquet elements.Brussels:CEN.
[39] EN13629:2002–Wood flooring. Solid pre-assembled hardwood board.Brussels:CEN.
[40] EN13756:2002–Wood flooring. Terminology.Brussels:CEN.
[41] EN13990:2004–Wood flooring. Solid softwood floor boards.Brussels:CEN.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
[42] EN 14342: 2005 – Wood flooring. Characteristics, evaluation of conformity and marking.Brussels:CEN.
V.13 REVESTIMENTOSEMESCADASERAMPAS
V.13.1 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE
V.13.1.1 Sempre que o revestimento do cobertor dos degraus desempenhe simul-taneamentefunçõesresistentes,deveproceder-seàverificaçãodarespectivaestabilidadeeresistênciaestrutural,paraasdiversascombinaçõesdeacçõessusceptíveisdeintervirduranteasuavidaútil.
V.13.1.2
V.13.1.3 Essaverificaçãopodeserfeitaporviaanalítica,calculandooníveldesegurançaemrelaçãoaosestadoslimites,oupelométododastensõesadmissíveis,tendoem conta as características dos componentes e dosmateriais constituintesdo pavimento. As acções a considerar na verificação analítica do nível desegurançasãoasacçõesestáticas (acçõespermanentes,sobrecargas,acçõestérmicas, etc.) e dinâmicas (acções acidentais, acção do vento, etc.) que seencontram definidas na regulamentação nacional. Devem ser apresentadoscálculosjustificativosdasoluçãoadoptada.
V.13.1.4 Referências
[1,2,3]
V.13.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO
V.13.2.1 Os revestimentosdos lanços, patamares epatinsdas escadas edas rampasinterioresdevemsatisfazerasdisposiçõesdaregulamentaçãodesegurançaaoincêndioaplicáveleoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio).
V.13.3 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO
Casoorevestimento,notodoouemparte,apresenteumestadodedegradaçãoquecomprometaassuasfunçõesresistentes,devesersubstituídoporoutrocomcaracterísticasidênticasdemodoasatisfazerasexigênciasreferidasnonúmeroanterior.
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V.13.3.1 Os acabamentos dos lanços, patamares e patins das escadas e das rampasdevem proporcionar condições satisfatórias de segurança na circulaçãodosutilizadores, paraoquenãodevemser escorregadios;nessamedida, oscobertoresdosdegrausdasescadascomacabamentodevemserprovidosdefaixasantiderrapantesedecorcontrastante.
V.13.3.2 Ocoeficientedeatritodosrevestimentos,quandodeterminadocomrecursoaoensaiocomopêndulodeStanley,devesersuperiorouiguala0,40.
V.13.3.3 Osrevestimentosautilizaremzonashúmidasdevemsatisfazeraodispostononúmeroanteriormesmoquandoensaiadoscomasuperfíciemolhada.
V.13.3.4 Referências
[1,4]
V.13.4 QUALIDADEDOARINTERIOR
V.13.4.1 Osmateriaisutilizadosemrevestimentosdeescadasederampasnãodevemlibertarsubstânciasvoláteisincómodasparaosutilizadoresoususceptíveisdeprovocardanosnasaúdedosmesmos.
V.13.5 CONFORTOVISUAL
V.13.5.1 Os revestimentos de escadas e rampas não devem apresentar à superfíciedefeitosaparentes,manchasoufissuras.
V.13.5.2 Osrevestimentosdepisodasescadaserampasdevemapresentarcoloraçãouniforme.
V.13.5.3 Osrevestimentosdepisodasescadasedasrampasdevemapresentarbrilhouniforme.
V.13.5.4 Referências
[1,5,6]
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Érecomendávelqueosmateriaisutilizadosemrevestimentosdeescadaserampasnãolibertemsubstânciasvoláteisincómodasparaosutilizadores,devendosersubstituídosseassubstânciasemitidasforemvoláteissusceptíveisdeprovocardanosnasaúdedosmesmos.
Érecomendávelqueosrevestimentosdeescadaserampasnãoapresentemàsuperfíciedefeitosaparentes,manchasoufissuras.
Noscasosemqueestasanomaliassejamsignificativasdeve,sepossível,procurar-sesoluçõesdereparaçãolocalizada.
Érecomendávelqueosrevestimentosdepisodasescadaserampasapresentemcoloraçãouniforme.
Semprequeseregistemvariaçõessignificativasdecoloraçãodeveprocurar-secorrigirestaanomalia.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
V.13.6 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO
V.13.6.1 Osacabamentosdoslanços,patamaresepatinsdasescadasedasrampasdevemsercompatíveiscomanaturezaeaconstituiçãodosrespectivossuportes.
V.13.6.2 Os revestimentos e acabamentos em escadas e rampas devem apresentarresistência e durabilidade satisfatórias, face às acções a que possam ficarsujeitos.Ascaracterísticasfuncionaisque,destepontodevista,condicionarãoadurabilidadedosrevestimentoseacabamentossão:aresistênciamecânicaaodesgasteeàacçãodecargaspontuais,eocomportamentofaceàpresençadaáguaeàacçãodosprodutosquímicosempregues,quernousocorrentedoslocais,quernasrespectivasoperaçõesdelimpeza.
V.13.6.3 Asbasesdasparedesconfinantescomescadaserampasdevemserprotegidascom rodapés, constituídos com material idêntico ao dos revestimentos depiso contíguos, semprequeos revestimentosdasparedesnessas zonasnãoapresentem resistência mecânica satisfatória perante acções de abrasão,riscagemechoqueeoutrasdecorrentes,querdacirculaçãodosutilizadores,querdasoperaçõesdelimpezadessesespaços.
V.13.6.4 Osrevestimentosdepisodevemapresentarcaracterísticastaisquepermitama fácil manutenção do seu estado de limpeza sem recurso a técnicas ouequipamentosespeciais.
V.13.7 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE
V.13.7.1 Aavaliaçãodaconformidadedos revestimentoseacabamentosemescadaserampaspodeserrealizadaporensaioe/oupor inspecção(quandosetratadaverificaçãoderequisitosapenasporobservaçãovisual,porexemplonoquerespeitaaoaspecto).
V.13.7.2 Ousoderevestimentosnão-tradicionaisdevesercondicionadoàexistênciadeparecertécnicofavoráveloudocumentodeaprovaçãotécnica.
V.13.7.3 A marcação CE ou a aprovação técnica de um revestimento com níveisde desempenho iguais ou superiores aos especificados nas presentesRecomendaçõesTécnicaspressupõea suaadequaçãoaouso,dispensandoarealizaçãodeoutrasacçõesdeverificaçãodaconformidadedoproduto.Talnãosignificaquesejapossíveldispensarasverificaçõesinerentesàsuaaplicação
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emobra,umavezqueadeficienteexecuçãodoscorrespondentes trabalhospodecomprometerodesempenhodorevestimento.
V.13.8 EXEMPLOSDESOLUÇÕESSATISFATÓRIAS
V.13.8.1 Sem prejuízo da satisfação do disposto em V.13.7, admite-se que cumpremgenericamenteosrequisitosaplicáveisenunciadosdeV.13.1aV.13.6asseguintessoluçõesderevestimentoseacabamentosemescadaserampas:
a) Emcobertoresdedegraus:- placasdepedra;- peçascerâmicasoudebetão;- marmoritepolida;- betonilhadecimentocompigmentoafagadaequeimadaàcolher.
b) Empatamaresepatinsdeescadaseemrampas:- soluçõesidênticasàsprevistasparaosrevestimentosdepiso(verV.12
–Revestimentoempisoserodapés).
V.13.9 REFERÊNCIAS
[1] SYNDICATD’ÉTUDESINTERINDUSTRIES,CONSTRUCTION(IC-IB)–Guide des performances du bâtiment. Vol. 5: Planchers et escaliers.Bruxelles:IC-IB,1980.
[2] UNION EUROPÉENNE POUR L’AGRÉMENT TECHNIQUE DANS LA CONS-TRUCTION(UEAtc)–Directivas Comuns UEAtc para a homologação de pavimentos não tradicionais de betão armado ou pré-esforçado.Lisboa:LNEC,Junhode1968.
[3] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA).
[4] FEDERATIONNATIONALEDUBATIMENT–Règles professionnelles de préparation des supports courants en vue de la pose de revêtements de sols minces.Paris:Sociétéd’EditionduBâtimentetdesTravauxPublics,Janvier1976.
[5] AMERICANSOCIETYFORTESTINGANDMATERIALS(ASTM)–Standard Test Method for specular gloss.(ASTMD523-80).
[6] EN685:1995/A1:2003–Resilient floor coverings. Classification.Brussels:CEN
[7] ESPECIFICAÇÃOLNECE5:1952–Execução de marmorites.Lisboa:LNEC.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
V.14 REVESTIMENTOSEMCOBERTURAS
V.14.1 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE
V.14.1.1 Osrevestimentosdecoberturasdevemapresentarresistênciamecânicasatisfatóriaparasuportarem,emcondiçõesdesegurança,asacçõesaquesãosubmetidos.
V.14.1.2
V.14.1.3 Os revestimentos descontínuos das coberturas inclinadas devem assentarnumalajedeforrocontínua,dispostasegundoaspendentesdacobertura,ou,preferivelmente,numaestruturasecundária(demadeira,debetãooumetálica),devidamentedimensionadasegundooscritériosregulamentaresdesegurança.
V.14.1.4
V.14.1.5 Referências
[1]
V.14.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO
V.14.2.1 Os revestimentos de coberturas devem ser de classe de reacção ao fogoadequadaàsfunçõesquedesempenham,tendoemcontaasualocalização,demodoasatisfazerasdisposiçõesdaregulamentaçãodesegurançaaoincêndioaplicáveleaoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio).
V.14.2.2
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Para efeito do número anterior deve ser observado e avaliado o estado deconservação desses revestimentos, nomeadamente, se tal for consideradonecessário, através de ensaios. Os revestimentos que se encontrem partidos,fissuradosoucorroídosdevemsersubstituídospornovosdomesmotipodosexistentes. Se tal não for possível, e se for economicamente justificável, deveencarar-seentãoasubstituiçãointegraldorevestimento.
Oestadodeconservaçãodalajedeforrooudaestruturasecundáriadeveserconvenientementeavaliado.Quandosejustifiqueasubstituiçãodepartedealgumdesseselementos,devemadoptar-seasmedidasdesegurançaconvenientesnãosódazonaafectadacomodaszonasadjacentesedaglobalidadedorevestimentodacobertura.
Caso tenham sido removidas protecções dos revestimentos de cobertura,especialmentedecoberturasemterraço,quecontribuíamparaamelhoriada
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V.14.2.3 Os elementos da estrutura secundária dos revestimentos descontínuos dascoberturasinclinadasdevemserdeclassederesistênciaaofogoedereacçãoaofogoadequadasàsfunçõesquedesempenham,àsualocalizaçãoeaoportedoedifício,devendosatisfazerasdisposiçõesdaregulamentaçãodesegurançaaoincêndioaplicáveleaoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio).
V.14.3 SEGURANÇACONTRAINTRUSÃOEVANDALISMO
V.14.3.1 Os revestimentos de coberturas, embora não tenham funções específicas degarantirasegurançacontraaintrusão,devemconstituirumobstáculoàmesma.
V.14.4 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO
V.14.4.1 Afixaçãoeomododecolocaçãodosrevestimentosdecoberturasdevemserrealizadosdetalformaquenãoconduzamaoseudesprendimentodosuporte.Nocasodetelhaspodesernecessário,consoanteograudeexposiçãodacoberturae a pendente das suas vertentes, aplicar arames nas “orelhas de aramar”;nocasodaschapasdefibrocimento,metálicasousemelhantes,énecessáriocolocaronúmeroadequadodepeçasdefixação;enocasoderevestimentosdeimpermeabilizaçãoindependentesdecoberturasemterraçoouaderentesasuportesdefracacoesão,énecessárioaplicarprotecçõespesadas(lajetasdebetão,calhaurolado,etc.).
V.14.4.2
V.14.4.3 Referências
[1]
V.14.5 ESTANQUIDADEÀÀGUA
V.14.5.1 Os revestimentos de coberturas devem conferir àsmesmas estanquidade àáguadachuvae,quandoforcasodisso,àneve.
V.14.5.2
classificaçãodosrevestimentossobpontodevistadereacçãoaofogo,devemserrepostastaisprotecçõesemcondiçõesidênticasàsoriginais.
Devem ser avaliadas as condições de ligação do revestimento ao suporte,recolocando os elementos dos revestimentos que se encontrem deslocados,substituindoaspeçasdefixaçãodosrevestimentosdescontínuosdecoberturasinclinadasqueseencontremdeterioradaserecolocandoasprotecçõespesadasdecoberturasemterraço.
A verificação de repasses de água da chuva para os espaços subjacentes àcoberturapermitirádefinirograudeintervençãonasubstituiçãodoselementosderevestimentoafectados.
NovosEstabelecimentosnúmero EstabelecimentosExistentes
V.14.5.3 Nocasodascoberturasinclinadascomrevestimentosdescontínuos,asrespec-tivaspendentesdevemsersuficientesparaasseguraro fácilescoamentodeáguadachuvabatidapelovento,semquehajapenetraçãodestaparaointe-rior.Essaspendentesdevemserfixadastendoemconta,porumlado,ograudeseveridadedaexposiçãodascoberturasàchuvaincidentee,poroutro,ana-turezaeotipodoselementosdescontínuos,oprocessodejunçãoporencaixeouporsimplessobreposiçãodesseselementoseaeventualaplicaçãodecom-plementosdeestanquidadenasrespectivasjuntasousobessesrevestimentosdescontínuos.
V.14.5.4
V.14.5.5 Nocasodascoberturasemterraço,arespectivapendentedevesersuperiorouiguala2%.
V.14.5.6
V.14.5.7 Nocasodascoberturasemterraço,estasdevemserprovidasdeumacama-dadeprotecçãomecânicaapropriadaànaturezadaimpermeabilizaçãoeàsrespectivascondiçõesdeaplicação,eaindaaotipodeutilizaçãodacobertura.Essacamadadeve,complementarmente,protegera impermeabilizaçãoouacamadasubjacente (camadade isolamento térmico,nocasodascoberturas“invertidas”)daincidênciadirectadaradiaçãosolar.
V.14.5.8
V.14.5.9 Referências
[3a21]
Casoaspendentesdascoberturasinclinadassetenhammostradoinsuficientesparagarantiraestanquidadeàáguadosrevestimentossemcomplementosdeestanquidade, devem aplicar-se esses complementos, se tal for possível; casocontrário,ousealteraasoluçãoderevestimentoouseaumentaapendentedacobertura.
Caso seobservemacumulaçõesdeágua sobrea superfíciedas coberturaemterraço,apenasseconsideranecessáriocorrigiressaspendentes,faceaocustoelevadoque tal trabalho emgeral acarreta, se se tiver de intervir por outrasrazões, nomeadamente para eliminar infiltrações de água para o interior doedifício.
Casotenhasidoremovidaacamadadeprotecçãodorevestimentodascoberturasemterraçoquedesempenhavaasfunçõesreferidasnonúmeroanterior,deveserrepostaessacamadadeprotecçãonasmesmascondiçõesoriginais.
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V.14.6 CONFORTOHIGROTÉRMICO
V.14.6.1 Os revestimentos descontínuos das coberturas devem assegurar umsombreamentoeficazàconstruçãosubjacentecontraaincidênciadaradiaçãosolar.Nocasodecoberturasemterraçoessesombreamentopodeserconferidoporlajetasdesombreamentocolocadassobreapoiosdeplásticooubetão.
V.14.6.2
V.14.6.3 Referências
[22,23,24]
V.14.7 CONFORTOACÚSTICO
V.14.7.1 Osrevestimentosdecoberturasdevemcontribuirparaoisolamentosonoroaruídosdepercussãoproduzidospelaacçãodachuvaedogranizo.Estesruídospodem ser particularmente incómodos no caso de revestimentos de chapametálicasimples.
V.14.7.2
V.14.7.3 Referências
[25,26]
A colocação de lajetas de sombreamento nas coberturas em terraço, se nãoconstituíremasoluçãooriginal,obrigaàverificaçãodasegurançaestruturaldalajedebetãodacobertura.
Casosejanecessárioprocederaoreforçodoisolamentotérmicodacobertura,acamadadematerialisolantedeveseraplicadanaposiçãoadequadaconsoanteo tipo de cobertura. Essa camada deve preferivelmente ser colocada sobre aestruturaresistente.
Emcoberturasinclinadasessacamadadeisolamentotérmicopodeseraplicadasobre a esteira, se o desvão da cobertura não for habitável, ou segundo asvertentes, no caso contrário. Em coberturas em terraço essamesma camada–nestecasoconstituídaporpainéisdepoliestirenoexpandidoextrudido(XPS)–podeseraplicadasobreasuperfícieexistente,semnecessidadederemoçãodeoutrascamadas,desdequedevidamenteprotegidacomumaprotecçãopesada,tendoematençãoavaliaçãodacapacidaderesistentedalajedebetãoarmadodaestruturaresistente.
Emsoluçõesderevestimentodotiporeferidononúmeroanterior,podemreduzir-seosníveissonorosparaointeriordosespaçosmedianteacolocação,aolongodavertentedacobertura,deumforrode tectocomummaterialabsorventeacústicoconvenientedispostosobreesseforro.
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V.14.8 CONFORTOVISUAL
V.14.8.1 Assuperfíciesaparentesdosrevestimentosdecoberturasdevemapresentarcor,brilhoecaracterísticastaisquenãodêemorigemareflexõesespecularesdaluzdoSolincómodasparaosocupantesdeedifíciosvizinhos.
V.14.9 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO
V.14.9.1 Osrevestimentosdascoberturasdevemapresentardurabilidadesatisfatóriafaceàacçãodosagentesatmosféricoseàsacçõesdecorrentesdautilizaçãonormal.
V.14.9.2
V.14.9.3 Amanutençãodosrevestimentosdeveserintegradanamanutençãodarespectivacobertura,recomendando-sequesejafeitapelomenosumavezporanoantesdoiníciodaépocadachuva.Devedar-separticularatençãoàverificaçãodaszonasderematedosrevestimentos:platibandasououtroselementosemergentesdacobertura,caleiras,embocadurasdetubosdequedaesoleirasdeportas.
V.14.9.4 Referências [28,29]
V.14.10 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE
V.14.10.1 Aavaliaçãodaconformidadedos revestimentoseacabamentosemcoberturaspodeserrealizadaporensaioe/ouporinspecção(quandosetratadaverificaçãoderequisitosapenasporobservaçãovisual,porexemplonoquerespeitaaoaspecto).
V.14.10.2 Ousoderevestimentosnão-tradicionaisdevesercondicionadoàexistênciadeparecertécnicofavoráveloudocumentodeaprovaçãotécnica.
V.14.10.3 A marcação CE ou a aprovação técnica de um revestimento com níveis dedesempenhoiguaisousuperioresaosespecificadosnaspresentesRecomendaçõesTécnicaspressupõeasuaadequaçãoaouso,dispensandoarealizaçãodeoutrasacçõesdeverificaçãodaconformidadedoproduto.Talnão significaque seja
Quando o tempo de vida dos revestimentos das coberturas o justifique, osrevestimentosdevemsersubstituídosintegralouparcialmente.Talsubstituiçãodeve sempre verificar-se quando esteja comprometida a segurança dosutilizadoresouaestanquidadeàáguadacobertura.
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possíveldispensarasverificações inerentesàsuaaplicaçãoemobra,umavezqueadeficienteexecuçãodoscorrespondentestrabalhospodecomprometerodesempenhodorevestimento.
V.14.11 EXEMPLOSDESOLUÇÕESSATISFATÓRIAS
V.14.11.1 Sem prejuízo da satisfação do disposto em V.14.10, admite-se que cumpremgenericamenteosrequisitosaplicáveisenunciadosdeV.14.1aV.14.9asseguintessoluçõesderevestimentosdescontínuosdecoberturasinclinadasdeedifíciosdeconstruçãotradicional:
a) Telha cerâmica (de encaixe simples como a telhamarselha, de encaixeduplo,deabaecanudoouromana);
b) Chapaonduladadefibrocimentosemamianto;
c) Painéis-sanduíche com paramentos metálicos confinando um materialisolantetérmico;
d) Soletosdeardósia.
V.14.11.2 Aescolhadasoluçãoderevestimentodescontínuoaadoptardeveasseguraruma adequada integração dos edifícios no ambiente urbano e paisagísticoexistente.
V.14.11.3 Semprejuízoda satisfaçãododispostoemV.14.10enosnúmeros seguintesdo presente V.14.11, admite-se que cumpram genericamente os requisitosaplicáveisenunciadosdeV.14.1aV.14.9asseguintessoluçõesderevestimentodeimpermeabilizaçãocombaseemmembranasprefabricadasparacoberturasemterraço:
a) Sistematradicionaldecamadasmúltiplascombaseemtelasoufeltrosbetuminosos;
b) SistemacombaseemmembranasdebetumepolímeroAPPouSBS;
c) SistemacombaseemmembranasdePVC.
V.14.11.4 Recomenda-sequeossistemasdeimpermeabilizaçãotradicionaisdecamadasmúltiplascombaseemmembranasbetuminosas,quersejamindependentesquer sejam aderentes ao suporte, apresentem, pelo menos em superfíciecorrente,aseguinteconstituição:
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a) massa total dosprodutosbetuminosos (incluindoamassadas telas oufeltros):10kg/m2;
b) númerodetelasoufeltrosbetuminosos:três.
V.14.11.5 No caso dum sistema tradicional de camadas múltiplas com base emmembranasbetuminosasaderente,aprimeiramembranadevesercoladaaosuportecombetumeasfálticoinsufladoaquenteouporsoldadura,consoanteasuaconstituição.
V.14.11.6 No caso dasmembranas de betume-polímero recomenda-se a aplicação deduasmembranascompelomenos3mmdeespessuranominalcadaeemquepelomenosumadelasdisponhadeumaarmaduradepoliéstercomumamassamínimade150g/m2;essasmembranasdevemsercoladasentresiporacçãodachamademaçaricoecoladasounãoaosuporte,utilizandoamesmatécnica,consoantesetratardumsistemaaderenteouindependente.
V.14.11.7 NocasocorrespondenteàutilizaçãodemembranasdePVC,recomenda-sequesejautilizadaumamembranaarmadacompelomenos1,2mmdeespessuranominal.
V.14.11.8 Semprequeacoberturaemterraçointegreumaprotecçãopesadaconstituindoumacamadarígida,essacamadadeveficardessolidarizadadosistemadeimper-meabilizaçãosubjacentedemodoanãocondicionarosmovimentosrelativosdeumaedeoutroeareduzirassimoriscodedegradaçãodaimpermeabilizaçãoduranteavidaútildoedifício.Adessolidarizaçãoemcausapoderáserobtidacom a interposição duma camada constituída, por exemplo, por um feltrogeotêxtiloudepoliéster,aqualcontribuirátambémparaminimizarosriscosresultantesdasacçõesmecânicasquevenhamaocorrerduranteaaplicaçãodascamadassobrejacentesdessaprotecçãopesada.
V.14.12 REFERÊNCIAS
[1] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA).
[2] EN490:1994–Concrete roofing tiles and fittings – Product specifications.Brussels:CEN.
[3] EN492:1994/AC:1996/A1:1999–Fibre-cement slates and their fittings for roofing – Product specification and test methods.Brussels:CEN.
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[4] EN494: 1994/AC: 1996/A1: 1999– Fibre-cement profiled sheets and fittings for roofing – Product specification and test methods.Brussels:CEN.
[5] EN501:1994–Roofing products from metal sheet – Specification for fully supported roofing products of zinc sheet.Brussels:CEN.
[6] EN 502: 1999 – Roofing products from metal sheet –- Specification for fully supported products of stainless steel sheet.Brussels:CEN.
[7] EN504:1999–Roofing products from metal sheet – Specification for fully supported products of copper sheet.Brussels:CEN.
[8] EN505:1999–Roofing products from metal sheet – Specification for fully supported products of steel sheet.Brussels:CEN.
[9] EN506:2000–Roofing products from metal sheet – Specification for self-supporting roofing products of copper or zinc sheet.Brussels:CEN.
[10] EN507:1999–Roofing products from metal sheet – Specification for fully supported products of aluminium sheet.Brussels:CEN.
[11] EN 508-1: 2000 – Roofing products from metal sheet – Specification for self-supporting products of steel, aluminium or stainless steel sheet – Part 1: Steel.Brussels:CEN.
[12] EN 508-2: 2000 – Roofing products from metal sheet – Specification for self-supporting products of steel, aluminium or stainless steel sheet – Part 2: Aluminium.Brussels:CEN.
[13] EN 508-3: 2000 – Roofing products from metal sheet – Specification for self-supporting products of steel, aluminium or stainless steel sheet – Part 3: Stainless steel.Brussels:CEN.
[14] EN516:1995–Prefabricated accessories for roofing – Installations for roof access – Walkways, treads and steps.Brussels:CEN.
[15] EN517:1995–Prefabricated accessories for roofing – Roof safety hooks.Brussels:CEN.
[16] EN534:1998– Corrugated bitumen sheets.Brussels:CEN.
[17] EN544:1998–Bitumen shingles with mineral and/or synthetic reinforcements.Brussels:CEN.
[18] EN607:1995–Eaves gutters and fittings made of PVC-U – Definitions, requirements and testing.Brussels:CEN.
[19] EN612:1996/AC:1996–Eaves gutters and rainwater down-pipes of metal sheet –- Definitions, classifications and requirements.Brussels:CEN.
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[20] EN1304:1998/A1:1999–Clay roofing tiles for discontinuous laying –- Products definitions and specifications.Brussels:CEN.
[21] EN1462:1997–Brackets for eaves gutters – Requirements and testing.Brussels:CEN.
[22] DECRETO-LEIn.º80/2006,de4deAbril–Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).
[23] SANTOS, C. Pina dos;MATIAS, Luís –Coeficientes de transmissão térmica de elementos da envolvente dos edifícios. Lisboa: LNEC, 2006. Versão actualizada2006.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE50).
[24] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Curso de especialização sobre isolamento térmico de edifícios.Lisboa:LNEC,1995.
[25] DECRETO-LEIn.º9/2007,de17deJaneiro–Regulamento Geral do Ruído.
[26] DECRETO-LEIn.º129/2002,de11deMaio–Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios.
[27] LABORATÓRIONACIONALDEENGENHARIACIVIL(LNEC)–Revestimentos em edifícios recentes.Lisboa:LNEC,2004.(CadernosEdifíciosCAD3)
[28] LOPES,J.Grandão–Revestimentos de impermeabilização de coberturas em terraço.Lisboa:LNEC,1994.(InformaçãoTécnicaEdifíciosITE34).
[29] LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) – Curso de Coberturas de edifícios. Lisboa: LNEC, 1976. (CursosdeFormaçãoProfissionalCPP516).
[30] LOPES, J.Grandão–Sistemas de impermeabilização tradicionais de coberturas em terraço. Contribuição para a preparação dum projecto de norma portuguesa.Lisboa:LNEC,1992.(NãoSeriadosNS66).
[31] LOPES, J. Grandão – Sistemas de impermeabilização tradicionais de terraços-jardins. Contribuição para a preparação dum projecto de norma portuguesa.Lisboa:LNEC,1994.(NãoSeriadosNS70).
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VI. INSTALAÇÕESEEQUIPAMENTOS
VI.1 ABASTECIMENTOEDISTRIBUIÇÃODEÁGUA
VI.1.1 PRINCÍPIOSGERAIS
VI.1.1.1
VI.1.1.2 Osestabelecimentosdevemdispordesistemadedistribuiçãodeáguapotável,alimentadoatravésderedepúblicaeindependentedequalquersistemadeáguacomoutraorigem.
VI.1.1.3 No caso de estabelecimentos cujo espaço seja considerado como zona deabrigoemcasodecatástrofepelosserviçosdeprotecçãocivil,deveprever-seumaadequadacapacidadedearmazenamentodeáguapotável,devendoser tomadas todasasprecauçõesnecessáriasdestinadasaacautelaranãocontaminaçãodaáguaarmazenada.
VI.1.1.4 Astubagenspodemsermontadasàvista,emcaleiras,emductos,emtectosfalsosouembutidas,tendoemcontaarealizaçãodeeventuaisoperaçõesdemanutençãoe/oureabilitação.
VI.1.1.5 Astubagensdestinadasàconduçãodaáguaemzonasexterioresaoedifíciopodemserinstaladasemvalas,paredesoucaleiras,devendo,nestescasos,ter-seemconta
Semprequeseverifiqueainadequaçãodossistemasdedistribuiçãodeáguainstaladosdevido,queraumenvelhecimentonatural,queranovasexigênciasregulamentares, quer a manifestações patológicas que ponham em causaa garantia dos seus níveis de desempenho funcional, deve proceder-se aintervençõesnosentidodasuareabilitaçãoeadequação.
As intervenções de reabilitação e/ou adequação dos sistemas prediaisde distribuição de água devem objectivar a sua adaptação aos requisitosregulamentaresaplicáveis,àsatisfaçãodosníveisdeexigênciadosutilizadoresemtermosdeconfortoehigiene,eàinstalaçãodeequipamentosquetenhamemcontaanecessidadederacionalizaçãodosconsumosdeáguaedeenergia.
Areabilitaçãodevepreconizarsoluçõesquegarantamummaisfácilacessoaosistema (equipamentos, acessórios e tubagens), permitindo, posteriormente,uma mais fácil identificação de eventuais anomalias, com o consequenteaumentodaceleridadenasuacorrecção.
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ascondiçõesclimáticasdaregiãoeaactuaçãodecargas,quepodemjustificaraadopçãodesoluçõesdeisolamentotérmicoedeprotecçãomecânicadastubagens.
VI.1.1.6 Otraçadodascanalizaçõesdeveserconstituídoportroçosrectos,comtrajectóriashorizontaiseverticais(comexcepçãodossistemascomtubagensdepolietilenoreticulado–PEX–instaladoscommangadeprotecção),ligadosentresiatravésdeacessóriosapropriados;ostroçoscomtrajectóriashorizontaisdevempossuirinclinaçãoascendentenosentidodoescoamentodofluido,decercade0,5%,deformaaevitaraacumulaçãodearnastubagens.
VI.1.1.7 AsdisposiçõesregulamentarescontidasnoRegulamentoGeraldosSistemasPúblicosePrediaisdeDistribuiçãodeÁguaedeDrenagemdeÁguasResiduais[2]sãoaplicáveis,semressalvas,aossistemasdeabastecimentoedistribuiçãodeáguadosestabelecimentosaquesereferemestasRecomendaçõesTécnicas.
VI.1.1.8 Recomenda-se a adopção de sistemas de aquecimento de água para finsdomésticosesanitárioscentralizadosedotadosdecircuitoderetornopararecirculaçãodaágua.
VI.1.1.9 Recomenda-seaadopçãodesoluçõestécnicaseainstalaçãodedispositivosdeutilizaçãoedeoutrosequipamentosqueminimizemoconsumodeágua,semnoentantopôremcausaodesempenhofuncionaladequadodossistemas.
VI.1.1.10
VI.1.1.11
VI.1.1.12
As deficiências no abastecimento em termos de pressão e caudal estãogeralmente relacionadas com a incorrecta determinação nos projectos dascaracterísticasdedesempenhodoselementoselevatóriose/ousobrepressores(casoexistam),comaalteraçãodascondiçõesiniciaisdofornecimentoporpartedasentidadesgestorasdossistemaspúblicosdeabastecimento,ouaindacomaumentosnosníveisdeconsumo.
As incrustações de calcário no interior das tubagens, quando assumemproporçõessignificativas,conduzemaumareduçãodassecçõesdepassagem,comaconsequentereduçãonosníveisdecaudaledepressão.
As deficiências no fornecimento de água quente aos dispositivos deutilizaçãodeuma instalaçãoadvêmgeralmenteduma incorrectaconcepção,dimensionamento e inadequação do sistema destinado à sua produção edistribuição.Estasdeficiênciassãogeralmentematerializadasporacentuadasvariaçõesdecaudaletemperaturanospontosdeconsumo.
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VI.1.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO
VI.1.2.1 Osestabelecimentosdevemserdotadosdesistemasdecombateaincêndiosque satisfaçamàsdisposiçõesda regulamentaçãode segurançaao incêndioaplicáveleaoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio).
VI.1.2.2 Asredesdedistribuiçãodeáguadestinadasaocombateaincêndiodevemserindependentesdosoutrossistemasprediaisdedistribuiçãodeágua,admitindo-se como partes comuns os ramais de alimentação aos diferentes sistemasexistentes.
VI.1.2.3 Quando as tubagens são isoladas termicamente, os respectivos produtosisolantesdevem ser de classede reacção ao fogoadequadaàs funçõesquedesempenham de modo a satisfazerem às disposições da regulamentaçãodesegurançaao incêndioaplicáveleaoestabelecidoem IV.2 (Segurançaaoincêndio).
VI.1.2.4 Nocasodeatravessamentos,afimdeevitaratravésdosmesmosapropagaçãode um eventual incêndio, as juntas devem ser seladas commateriais comcaracterísticas intumescentes, que assegurem uma resistência ao fogocompatívelcomadoelementoatravessado.
VI.1.3 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO
VI.1.3.1 Ossistemasprediaisdedistribuiçãodeáguasdevemserconcebidosdeformaaqueseobtenhaumdesempenhofuncionaladequado,eaqueasuautilizaçãoseprocessedemodoseguroeconfortávelparaosutilizadores.
VI.1.3.2 Deve prever-se a instalação de válvulas de seccionamento à entrada dosramais de distribuição, a montante de purgadores de ar, nos ramais deintrodução,amontanteeajusantedoscontadores,nasentradasdasdiferentesinstalaçõessanitáriasecozinhas,enosramaisdealimentaçãodeautoclismos,equipamentodelavagem,fluxómetros,equipamentosdestinadosàproduçãodeáguaquenteequaisqueroutrosemque sejaprevisível anecessidadedecortenoabastecimentodeáguaparaeventuaisoperaçõesdemanutençãoe/oureabilitação.
VI.1.3.3 Osequipamentos ligadosa redesdeáguadestinadaaoconsumohumanoeaquelesondesejaprevisívelaalteraçãodascaracterísticasdaáguafornecidadevemsermunidosdedispositivodeprotecção,nomínimo,dotipoválvuladeretenção.
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VI.1.3.4 Ossistemasoupartesdossistemasemquesetorneprevisíveladegradaçãodaágua,querporestagnação,querporcontactocommeioseventualmentecontaminantes(ex.:redesdecombateaincêndio,redesderega,etc.),devemsermunidosamontantededispositivodeprotecção(oqualdeveserfunçãodograudecontaminaçãoprevisível)queimpeçaoretornodaágua,afimdeevitaraeventualcontaminaçãodaáguadistribuída.
VI.1.3.5 Sempre que o traçado das redes não seja demolde a evitar a acumulaçãodearnointeriordastubagenseafacilitarasuasaída,deveequacionar-seanecessidadedainstalaçãodepurgasdear.
VI.1.3.6 Astubagensdestinadasaotransportedeáguaquentedevem,semprequeostraçadosopermitam,desenvolver-separalelamenteàsdestinadasaotransportedeáguafria,eficardelasafastadasdeumadistâncianão inferiora0,05m;quandonahorizontal,asprimeirastubagensdevemserposicionadasaumacotasuperioràdassegundas.
VI.1.3.7 Astubagensdevemseridentificadasdeacordocomotipodeáguatransportada,emconformidadecomanormalizaçãoportuguesaaplicável[3].Emtubagensquedisponhamdeisolamentotérmicooudequalqueroutrorevestimento,aidentifi-caçãoquantoaotipodeáguatransportadadeveserapostasobreesteúltimo.
VI.1.3.8 Nocasodetubagensinstaladasemcaleiras,esemprequeseverifiqueapossibili-dadedeparaasmesmaspoderemserencaminhadaságuasdelavagemououtras,ascaleirasdevemdispordesistemadedrenagemdemodoaevitarocontactoeeventualcontaminaçãodaáguatransportadapelastubagensaíinstaladas.
VI.1.3.9 Sempre que a temperatura superficial de tubagens que estejam acessíveissejasuperiora45°C,estasdevemserprotegidasdemodoaevitareventuaisqueimadurasporcontactodosutilizadores.
VI.1.3.10 No caso de existência de sistemade distribuição de água não potável, estedeveserperfeitamenteidentificadoeosdispositivosdeutilizaçãodevemaindadispordeavisobemvisível,constituídopormaterialdurável,indicandotratar-sedeáguaimprópriaparaconsumohumano.
VI.1.3.11 Quandoofornecimentodeáguaaoedifícionãosejaasseguradoporsimplesligaçãodosistemapredialàredepública,esejainstaladoumsistemaelevatórioe/ousobrepressor,devemsertomadasasprecauçõesnecessáriasparaacautelarqueomesmonãoseconstituacomofontedecontaminaçãodaágua.
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VI.1.3.12 Atemperaturadaáguaquenteparafinssanitáriosnadistribuiçãodeveestarcompreendida entre50e60 °C;nasunidadesdeproduçãoe acumulaçãoatemperaturadeveoscilarentre70e80°C,demodoapreveniraproliferaçãobacteriana,comoporexemploaLegionella.
VI.1.3.13 As tubagens devem ser instaladas ou fixadas sem que fiquem sujeitas aquaisquer constrangimentos, salvo os previstos no projecto, de modo quesemprequehajalugaravariaçõesdassuasdimensõeslineares,porefeitodadilataçãooucontracção,elassepossamdarlivremente.
VI.1.3.14 Noatravessamentodeelementosestruturaisououtros,deveficarasseguradaadessolidarizaçãodastubagens,atravésdainterposiçãoentreastubagenseoselementosatravessadosdematerialqueasseguretalindependência(ex.:mangasdeprotecção),afimdeevitaraeventualtransmissãodetensõesàstubagenspormovimentosestruturaisdoedifício.Oespaçolivreentreasmangaseastubagensdeveserpreenchidocommaterialquenãoimpeçaosmovimentosdestas.
VI.1.3.15 Recomenda-se que, sempre que existam juntas de dilatação nos edifíciosdispostas na direcção transversal ao desenvolvimento das tubagens, sejamnestas instaladas juntasdedilatação.Dos tiposde juntasdedilataçãomaisvulgarmenteutilizados–juntas“braçosdedilatação”,“liras”ejuntasdotipo“telescópico”–,asúltimasconstituemasoluçãopreferencial.
VI.1.4 ESTANQUIDADEÀÁGUA
VI.1.4.1 Os sistemas de distribuição de água devem manter-se estanques quandosujeitosaosníveisdepressãodefinidosemtermosregulamentares[2].
VI.1.4.2 Averificaçãodaestanquidadedasredesdeveserefectuadacomtodaaredeàvista,eapósteremsidoretiradososdispositivosdeutilizaçãoeobturadasasextremidades,atravésdasuasujeiçãoaumapressãointernadeáguadeumavezemeiaapressãomáximadeserviçoprevista,comummínimode900kPa.
VI.1.4.3
VI.1.4.4
As perdas de estanquidade devidas a fenómenos de corrosão, e/ou a umainadequada ligaçãoentreelementosda instalação,manifestam-se,nocasodetubagensembutidas,atravésdemanchasnasparedesporondecorreme,nocasodetubagensinstaladasàvista,atravésdeexsudaçõesederramesparaospavimentos.
Asroturasdastubagensmetálicasestãoassociadasadiversostiposdecorrosão,comorigemquerapartirdointerior,querdoexterior,funçãodotipodemetalque as constitui, das características químicas da água transportada e da suatemperatura,bemcomoadeficiênciasdeinstalação.
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VI.1.4.5
VI.1.4.6
VI.1.4.7
VI.1.5 CONFORTOHIGROTÉRMICO
VI.1.5.1 Nas tubagens destinadas à distribuição de água quente e, sempre quese justifique, nas destinadas à distribuição de água fria, deve prever-se aaplicaçãodeisolantestérmicosenvolventescomespessuraecaracterísticasadequadas. Os valores mínimos relativos às espessuras dos isolantesdevem ser compatíveis com as características do isolante da tubagem ecomatemperaturadaágua,noâmbitodaregulamentaçãonacionalsobrecomportamentotérmicoeclimatizaçãodeedifícios[4,5].
VI.1.6 CONFORTOACÚSTICO
VI.1.6.1 Noatravessamentodeelementosestruturaisououtros,deveficarasseguradaadessolidarizaçãodas tubagens, de acordo comos critérios indicados emVI.1.3,afimdeevitarumaeventualpropagaçãoderuídosevibraçõesatravésdaqueleselementos.
VI.1.6.2 Quandoseverifiqueaexistênciadeequipamentomecânicoououtros(ex.:sistema elevatório e/ou sobrepressor), devem ser tomadas as precauçõesnecessárias para acautelar que omesmo não se constitua como fonte deperturbaçãosonoraparaosutilizadores,dandocumprimentoàsexigênciascontidasnoRegulamentodosRequisitosAcústicosdosEdifícios[6].
Àstubagensdemateriaistermoplásticosestãoporvezesassociadosfenómenosde envelhecimento prematuro e redução das suas características iniciais deresistênciamecânica, comaconsequenteeclosãodeperdasdeestanquidade,por inadequaçãodopolímeroqueasconstituiparafuncionaradeterminadastemperaturas.Umoutrofactorassociadoàdeterioraçãodestestiposdetubagemtemavercomaincapacidadedomaterialconstituintepararesistiràacçãodosraiossolares(ultravioletas).
Umaoutracausadedegradação,comespecialincidêncianastubagensdemate-riaisplásticos,consistenaintroduçãodetensõesexcessivas,provocadasporva-riaçãodassuasdimensõeslinearesassociadasavariaçõesdetemperatura,oupormovimentosdiferenciaisdoselementosdaconstruçãoaosquaisestãoligadas.
Casoseverifiquequalquerdasanomaliasreferidasnosnúmerosanteriores,devemsertomadasasmedidasnecessáriasdemodoaatenuarouasuprirosseusefeitos.
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VI.1.6.3 Recomenda-seaadopçãodesoluçõestécnicaseainstalaçãodedispositivosdeutilizaçãooudeequipamentosqueminimizemaproduçãoderuído.
VI.1.6.4
VI.1.6.5
VI.1.6.6
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VI.1.6.8
VI.1.6.9
VI.1.6.10
VI.1.6.11
VI.1.7 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO
VI.1.7.1 Ossistemasprediaisdedistribuiçãodeáguasdevemserconcebidosdeformaafacilitarasoperaçõesdemanutenção.
Acirculaçãodaáguaavelocidadeexcessivae/ouaelevadaspressõesconstituifonte de vibrações, as quais se propagam através da água e das tubagens aelevadasvelocidades,comaconsequenteproduçãoderuídos.
Quando a rede alimenta dispositivos de utilização de fecho brusco (ex.:fluxómetros),ouquandosedáaparagemdeumelementodebombagem,seatubagemhorizontaldealimentaçãooudedescargaédepequenodiâmetro,oquefazaumentaravelocidadedeescoamentodaágua,podemocorrerfenómenosdechoquehidráulico(golpedearíete),comaconsequenteproduçãoderuídos.
Asmudanças bruscas de diâmetro, bem como a existência de singularidades(acessóriosdeligaçãoentretroçosdetubagens)nasredes,sãocausadorasdeturbulências no escoamento e fenómenos de cavitação, com a consequenteproduçãoderuídos.
Quandoastubagensficamsujeitasasignificativosgradientestérmicos(tubagensdestinadas ao transporte de água quente), há lugar a variações das suasdimensões,comoseuconsequentereajustamentoposicional,acompanhadodaproduçãoderuídos.
Oararrastadonointeriordastubagensacumula-senospontosaltosdarede,provocando, devido à sua compressibilidade, perturbaçõesno escoamento, asquaisgeralmenteconduzemàproduçãoderuídos.
As instalações elevatórias e/ou sobrepressoras, sempre que entram emfuncionamento,transmitemvibraçõesqueràscanalizaçõesqueraoedifício,comaconsequenteproduçãoderuídos.
Tambémalgunsaparelhosedispositivosdeutilizaçãosão,nãoraramente,fontedeproduçãoderuído.
Caso se verifique qualquer das anomalias referidas nos números anteriores,devemsertomadasasmedidasnecessáriasdemodoaatenuarouasuprirosseusefeitos.
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VI.1.7.2 As tubagens, quando não embutidas, devem ficar instaladas de modo agarantirumafastamentonãoinferiora0,05memrelaçãoaoelementodesuporte(tectos,paredesoupavimentos,etc.),considerando-secomofazendopartedastubagensquaisquerisolantesourevestimentosnelasintegrados.
VI.1.7.3 Osmateriaiseequipamentosconstituintesdossistemasdevemserportadoresdeníveisdequalidadeededurabilidadecompatíveiscomavidaútilprevistaparaoedifício.
VI.1.7.4 Osprodutosautilizarnoisolamentotérmicodastubagensdevemserimpu-trescíveis, não corrosíveis e resistentes aosmicrorganismos e àhumidade;quandosujeitosaacçõesextremas,devemserprotegidosdemodoaevitarasuadegradaçãoouenvelhecimento,deacordocomasindicaçõesdofabrican-te(ex.:protecçãocomfolhadealumínio).
VI.1.7.5 O projectista/construtor deve fornecer ummanual de uso e manutençãodossistemas,oqualdeveconter,paraalémdasrecomendaçõesdeutilizaçãotendentesànãointroduçãodedeficiênciasfuncionaisnosmesmos,indicaçõessobreaperiodicidadeeomododerealizaçãodasnecessáriasoperaçõesdeinspecçãoemanutençãodossistemas,demodoagarantiraolongodasuavidaútilníveisdedesempenhofuncionalsatisfatórios.Omanualdeveaindaconterinformaçãosobreasmarcasefornecedoresdetubagens,dispositivosdeutilização,aparelhossanitárioserestantesequipamentosinstalados.
VI.1.8 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE
VI.1.8.1 Aavaliaçãodaconformidadedossistemasdeabastecimentoedistribuiçãodaáguapodeserrealizadaporensaio,porcálculo(porexemplo,noquerespeitaaodimensionamentohidráulico)ouporinspecção(quandosetratadaverificaçãode requisitos apenas por observação visual, por exemplo no que respeita aoaspecto).
VI.1.8.2 O uso de sistemas não-tradicionais deve ser condicionado à existência deparecertécnicofavoráveloudocumentodeaprovaçãotécnica.
VI.1.8.3 A marcação CE ou a aprovação técnica de um aparelho, dispositivo oucomponentecomníveisdedesempenhoiguaisousuperioresaosespecificadosnaspresentesRecomendaçõesTécnicaspressupõeasuaadequaçãoaouso,dispensandoa realizaçãodeoutrasacçõesdeverificação.Talnãosignifica
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quesejapossíveldispensarasverificaçõesinerentesàsuaaplicaçãoemobra,uma vez que a deficiente execução dos correspondentes trabalhos podecomprometerodesempenhodosistema.
VI.1.9 REFERÊNCIAS
[1] PEDROSO, Vítor M. R. – Manual dos sistemas prediais de distribuição e de drenagem de águas.Lisboa:LNEC,2000.(ColecçãoEdifíciosCED7).
[2] DECRETOREGULAMENTARn.º23/95,de23deAgosto–Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais.
[3] NP182:1986–Identificação dos fluidos, cores e sinais para canalizações.Lisboa:IPQ.
[4] DECRETO-LEIn.º79/2006,de4deAbril–Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização de Edifícios (RSECE).
[5] DECRETO-LEIn.º80/2006,de4deAbril–Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).
[6] DECRETO-LEI n.º 129/2002, de 11 de Maio – Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE).
VI.2 DRENAGEMDEÁGUASRESIDUAIS
VI.2.1 PRINCÍPIOSGERAIS
VI.2.1.1
VI.2.1.2
VI.2.1.3
Sempreque se verifiquea inadequaçãodos sistemasdedrenagemdeáguasresiduais instaladosdevido,queraumenvelhecimentonatural,queranovasexigênciasregulamentares,queramanifestaçõespatológicasqueponhamemcausaagarantiadosseusníveisdedesempenhofuncional,deveproceder-seaintervençõesnosentidodasuareabilitaçãoeadequação.
As intervenções de reabilitação e/ou adequação dos sistemas prediais dedrenagemdeáguasresiduaisdevemobjectivarasuaadaptaçãoaosrequisitosregulamentaresaplicáveis,àsatisfaçãodosníveisdeexigênciadosutilizadoresemtermosdeconfortoehigiene,eàinstalaçãodeequipamentosquetenhamemcontaanecessidadederacionalizaçãodosconsumosdeáguaedeenergia.
Areabilitaçãodevepreconizarsoluçõesquegarantamummaisfácilacessoaosistema (equipamentos, acessórios e tubagens), permitindo, posteriormente,uma mais fácil identificação de eventuais anomalias, com o consequenteaumentodaceleridadenasuacorrecção.
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VI.2.1.4 Osestabelecimentosdevemdispordesistemadedrenagemdeáguasresiduaisdomésticasligadoaosistemapúblicodedrenagem,casoesteexista.
VI.2.1.5 Osestabelecimentosdevemdispor,igualmente,deumsistemadedrenagemdeáguasresiduaispluviaisligadoaosistemapúblicodedrenagemdeáguaspluviais,casoesteexista.
VI.2.1.6 Independentemente do tipo de sistema público de drenagem ou da suainexistência,amontantedacâmaradoramaldeligaçãoossistemasprediaisdedrenagemdeáguasresiduaisdomésticasepluviaisdevemserseparativos.
VI.2.1.7 Ossistemasprediaisdeáguasresiduaisdomésticasdevemserdotadospelomenosdeventilaçãoprimária,obtidaatravésdoprolongamentodostubosdequedaatéàsuaaberturaparaaatmosfera;nocasodeinexistênciadetubosdequeda (ex.: edifíciosdeumsópiso), devemser implantadas colunasdeventilaçãoqueasseguremaventilaçãodetodoosistema.
VI.2.1.8 Não devem ser instalados nos sistemas prediais de drenagem quaisquerdispositivos que impeçam a ventilação do sistema público através dossistemasprediais.
VI.2.1.9 Nocasodeinexistênciadesistemapúblicodedrenagemdeáguasresiduaisdomésticas,devemsercriadososmeiosquepossibilitemadepuraçãodessaságuasresiduais,demodoaqueposteriormentepossamserlançadasnumalinhadeáguaouinfiltradasnosolo.
VI.2.1.10 O processo de tratamento privado dos efluentes domésticos pode serobtido através de fossas sépticas, seguidas de órgãos complementares detratamento,osquaisdevemserseleccionadosemfunçãodaáreadestinadaà sua implantação, da proximidade de poços, da existência de lençóisfreáticosoulinhasdeágua,datopografiadoterrenoedotipodesolo,cujascaracterísticasdevemserobtidasatravésdeensaiosrealizadosin situ.
VI.2.1.11 As tubagens podem ser montadas à vista, em caleiras, ductos ou tectosfalsos,ouembutidas,considerandoanecessidadedeeventuaisoperaçõesdemanutençãoe/oureabilitação.
VI.2.1.12 Recomenda-se que os tubos de queda destinados à evacuação de águaspluviaisselocalizemnoexteriorouemespaçoscomunsdoedifício.
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VI.2.1.13 Asdisposiçõesregulamentarescontidasno“RegulamentoGeraldosSistemasPúblicosePrediaisdeDistribuiçãodeÁguaedeDrenagemdeÁguasResiduais”[2]sãoaplicáveis,semressalvas,aossistemasdedrenagemdeáguasresiduaisdosestabelecimentosaquesereferemestasRecomendaçõesTécnicas.
VI.2.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO
VI.2.2.1 Nocasodeatravessamentos,afimdeevitaratravésdosmesmosapropagaçãodeumeventualincêndio,asjuntasdevemserseladascommateriaiscomcarac-terísticasintumescentes,queasseguremumaresistênciaaofogocompatívelcomadoelementoatravessado,noâmbitodaregulamentaçãodesegurançaaoincêndioaplicáveledoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio).
VI.2.3 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO
VI.2.3.1 Os sistemas prediais de drenagem devem ser concebidos de forma a queseobtenhamdesempenhosfuncionaisadequados,equeasuautilizaçãoseprocessedemodoseguroeconfortávelparaosutilizadores.
VI.2.3.2 Nas situações em que as águas residuais sejam recolhidas a nível inferiorao do arruamento em que se encontra instalado o colector público dedrenagem,estasdevemserelevadaspormeiosmecânicosparaumnívelpelomenoscomplanarcomodoreferidoarruamento,apartirdoqualdevemserencaminhadasporgravidadeparaosistemapúblicodedrenagem.
VI.2.3.3 Asbaciasderetreteousimilares,quandoinstaladosembateria,devemserdotadasdeventilaçãosecundáriaindividual.
VI.2.3.4 Nosaparelhosembateria,comexcepçãodasbaciasderetreteesimilares,casonãosefaçaaventilaçãosecundáriaindividual,osramaisdeventilaçãocolectivosdevemserligadosaoramaldedescarga,nomáximodetrêsemtrêsaparelhos.
VI.2.3.5 Osaparelhos sanitários, ralos, câmarasde inspecçãoedemaisdispositivosligados aos sistemas prediais de drenagem de águas residuais domésticasdevemserdotadosdefechohídricoqueimpeçaapassagemdeodoresparaointeriordoedifício.
VI.2.3.6 Ocalibredossifõesainstalarnãodevesersuperioraodosrespectivosramaisdedescarga.
VI.2.3.7 Asinstalaçõessanitárias,cozinhaseespaçostécnicosdevemserdotadosnospavimentosderalosougrelhasdotadosdefechohídrico.
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VI.2.3.8 As tubagens devem ser identificadas de acordo com o tipo de águatransportada, em conformidade com a normalização portuguesa aplicável[3].Emtubagensquedisponhamderevestimentos,aidentificaçãoquantoaotipodeáguatransportadadeveserapostasobreestesúltimos.
VI.2.3.9 Paraos sistemasprivadosde tratamentoapenasdevemserencaminhadaságuasresiduaisdomésticas.
VI.2.3.10 Recomenda-seautilizaçãodetubagensdemateriaisdereduzidarugosidadeecomtraçadospoucosinuosos.
VI.2.3.11 As tubagens devem ser instaladas ou fixadas sem que fiquem sujeitas aquaisquer constrangimentos, salvo os previstos noprojecto, demodoque,semprequehajalugaravariaçõesdassuasdimensõeslineares,porefeitodadilataçãooucontracção,elassepossamdarlivremente.
VI.2.3.12 Noatravessamentodeelementosestruturaisououtros,deveficarasseguradaadessolidarizaçãodastubagens,atravésdainterposiçãoentreastubagenseoselementosatravessadosdematerialqueasseguretalindependência(ex.:mangasdeprotecção),afimdeevitaraeventualtransmissãodetensõesàstubagenspormovimentosestruturaisdoedifício.Oespaçolivreentreasmangaseastuba-gensdeveserpreenchidocommaterialquenãoimpeçaosmovimentosdestas.
VI.2.3.13 Recomenda-se que, sempre que existam juntas de dilatação nos edifíciosdispostasnadirecção transversalaodesenvolvimentodas tubagens, sejamnestasinstaladasjuntasdedilatação.
VI.2.3.14 Nassituaçõesemqueaságuasresiduais transportemsignificativosteoresdegordurasoumatériassólidas(águasprovenientesdeunidadesdeproduçãoali-mentar),devemserinstaladascâmarasderetenção(omaispróximopossíveldafontedeprodução)destinadasareternoseuinteriorestassubstâncias,asquaiseventualmentepodempôremcausaodesempenhofuncionaldossistemas.Ascâmarasderetençãodevemserdimensionadasdemodoateremovolumeeasu-perfícielivreadequadosaocaudalefluente,aoteordegorduraeàquantidadedesólidosareter.Preferencialmentedevemserusadoselementosprefabricados.
VI.2.3.15 Os tubos de queda, quando localizados no exterior, e quando o materialconstituintedastubagensnãopossuaresistênciamecânicaadequada,devemserprotegidoscontraacçõesdechoque,atéumaalturanãoinferiora2,50macimadoterrenocircundante.
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VI.2.3.16
VI.2.3.17
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VI.2.4 ESTANQUIDADEÀÁGUA
VI.2.4.1 Ossistemasdedrenagemdevemmanter-seestanquesquandosujeitosaosníveisdepressãoparaqueforamdimensionados.
VI.2.4.2 A verificação da estanquidade do sistema deve ser feita de acordo com opreconizadoemtermosregulamentares[2].
VI.2.4.3
VI.2.4.4
Quandoseverificaadescargadeumaparelhosanitário,ocorreaformaçãodeumtampãonorespectivoramaldedescarga,oqualprovocaumaaspiração,ocasionandoumareduçãodaalturadofechohídricodosifão.Estefenómeno,designado por auto sifonagem, é tantomais intenso quantomenor for asecçãodoramal,maiorasuadimensãolinearemaiorasuainclinação.
Osentupimentosnossistemasdedrenagemdeáguasresiduaisdomésticasacontecem maioritariamente por uso inadequado dos sistemas pelosutilizadores (lançamentodeobjectoscomofraldasepensoshigiénicosnosmesmos),outrasvezesporinsuficientecapacidadedearrastamentoeaindapordeficienteconstruçãodascâmarasdeinspecção,especialmentedassuassoleiras.
Os entupimentos nos sistemas de drenagem de águas pluviais devem-sefundamentalmente a entupimentos nos ralos de pinha que encimam ostubosdequeda,geralmenteporfaltademanutençãoelimpezadascaleirasealgerozes.
Casoseverifiquequalquerdasanomaliasreferidasnosnúmerosanteriores,devemsertomadasasmedidasnecessáriasdemodoaatenuarouasuprirosseusefeitos.
As perdas de estanquidade estão geralmente associadas a uma inadequadaligação entre elementos da instalação, a um envelhecimento natural ouprovocado,aentupimentose,mais raramente,a fenómenosdecorrosão,osquaissemanifestam,nocasodetubagensembutidas,atravésdemanchasnasparedesporondecorreme,nocasodetubagensinstaladasàvista,câmarasdeinspecçãoecaixasdereunião,atravésdeexsudaçõesederrames.
Nos sistemas de drenagem de águas pluviais as perdas de estanquidadeverificam-se,fundamentalmente,devidoaerrosdeconcepçãoe/ouexecução,àpassagemdeáguadascaleirasparaointeriordosedifíciose,comalgumafrequência,adeficiênciasemtermosdeimpermeabilizaçãodascaleiras.
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VI.2.4.5
VI.2.4.6
VI.2.4.7
VI.2.4.8
VI.2.5 CONFORTOACÚSTICO
VI.2.5.1 Noatravessamentodeelementosestruturaisououtros,deveficarasseguradaa dessolidarização das tubagens, de acordo comos critérios indicados emIV.2.3,afimdeevitarumaeventualpropagaçãoderuídosevibraçõesatravésdaqueleselementos.
VI.2.5.2 Quando se verifique a existência de equipamento mecânico ou outro(ex.: sistema elevatório), devem ser tomadas as precauções necessáriasparaacautelarqueomesmonão se constitua como fontedeperturbaçãosonoraparaosutilizadores,dandocumprimentoàsexigênciascontidasnoRegulamentodosRequisitosAcústicosdosEdifícios[4].
VI.2.5.3 Recomenda-seaadopçãodesoluçõestécnicaseainstalaçãodedispositivosdeutilizaçãooudeequipamentosqueminimizemaproduçãoderuído.
Asroturasdastubagensmetálicasestãoassociadasadiversostiposdecorrosão,comorigemquerapartirdointeriorquerdoexterior,funçãodotipodemetalqueasconstitui,dascaracterísticasquímicasdaáguatransportadaedasuatemperatura,bemcomoadeficiênciasdeinstalação.
Àstubagensdemateriaistermoplásticosestãoporvezesassociadosfenómenosde envelhecimento prematuro e reduçãodas suas características iniciais deresistênciamecânica,comaconsequenteeclosãodeperdasdeestanquidade,porinadequaçãodopolímeroqueasconstituiparafuncionaradeterminadastemperaturas. Um outro factor associado à deterioração destes tipos detubagemtemavercomaincapacidadedomaterialconstituintepararesistiràacçãodosraiossolares(ultravioletas).
Uma outra causa de degradação, com especial incidência nas tubagens demateriais plásticos, consiste na introdução de tensões inadmissíveis nastubagens,provocadasporvariaçãodassuasdimensões linearesassociadasavariaçõesdetemperatura,oupormovimentosdiferenciaisdoselementosdaconstrução.
Caso se verifiquequalquerdasanomalias referidasnosnúmerosanteriores,devemsertomadasasmedidasnecessáriasdemodoaatenuarouasuprirosseusefeitos.
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VI.2.5.4 Recomenda-se o recurso a tubagens de materiais com característicasabsorventesedemaiorespessura.
VI.2.5.5
VI.2.5.6
VI.2.5.7
VI.2.6 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO
VI.2.6.1 Ossistemasprediaisdedrenagemdevemserconcebidosdeformaafacilitarasoperaçõesdemanutençãoe/ouconservação.
VI.2.6.2 As tubagens, quando não embutidas, devem ficar instaladas de modo agarantirumafastamentonãoinferiora0,05memrelaçãoaoelementodesuporte (tectos, paredes, pavimentos, etc.), considerando-se como fazendopartedastubagensquaisquerisolantesourevestimentosnelasintegrados.
VI.2.6.3 Osmateriaiseequipamentosconstituintesdossistemasdevemserportadoresdeníveisdequalidadeededurabilidadecompatíveiscomavidaútilprevistaparaoedifício.
VI.2.6.4 O projectista/construtor deve fornecer ummanual de uso e manutençãodossistemas,oqualdeveconter,paraalémdasrecomendaçõesdeutilizaçãotendentesànãointroduçãodedeficiênciasfuncionaisnosmesmos,indicaçõessobreaperiodicidadeeomododerealizaçãodasnecessáriasoperaçõesdeinspecçãoemanutençãodossistemas,demodoagarantiraolongodasuavidaútilníveisdedesempenhofuncionalsatisfatórios.Omanualdeveaindaconterinformaçãosobreasmarcasefornecedoresdetubagens,dispositivosdeutilização,aparelhossanitárioserestantesequipamentosinstalados.
VI.2.7 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE
VI.2.7.1 Aavaliaçãodeconformidadedossistemasdedrenagemdeáguasresiduaispodeserrealizadaporensaio,porcálculo(porexemplo,noquerespeitaaodimensiona-
Odeficientedimensionamentodostubosdequeda,atravésdaadopçãodetaxasde ocupação inadequadas, pode ocasionar a formação de tampões, os quaisrebentamdevidoàsvariaçõesdepressãoverificadas,dandoorigemadescargasruidosasesifonagensinduzidasporcompressãoouaspiraçãonossifõescujosramaisconvirjamparaestes.
Asinstalaçõeselevatórias,semprequeentramemfuncionamento,transmitemvibrações,queràscanalizações,queraoedifício,comaconsequenteproduçãoderuídos.
Caso se verifique qualquer das anomalias referidas nos números anteriores,devemsertomadasasmedidasnecessáriasdemodoaatenuarouasuprirosseusefeitos.
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mentohidráulico)ouporinspecção(quandosetratadaverificaçãoderequisitosapenasporobservaçãovisual,porexemplonoquerespeitaaoaspecto).
VI.2.7.2 O uso de sistemas não-tradicionais deve ser condicionado à existência deparecertécnicofavoráveloudocumentodeaprovaçãotécnica.
VI.2.7.3 A marcação CE ou a aprovação técnica de um aparelho, dispositivo oucomponentecomníveisdedesempenhoiguaisousuperioresaosespecificadosnaspresentesRecomendaçõesTécnicaspressupõeasuaadequaçãoaouso,dispensandoa realizaçãodeoutrasacçõesdeverificação.Talnãosignificaquesejapossíveldispensarasverificaçõesinerentesàsuaaplicaçãoemobra,uma vez que a deficiente execução dos correspondentes trabalhos podecompremeterodesempenhodosistema.
VI.2.8 REFERÊNCIAS
[1] PEDROSO, Vítor M. R. – Manual dos sistemas prediais de distribuição e de drenagem de águas.Lisboa:LNEC,2000.(ColecçãoEdifíciosCED7).
[2] DECRETOREGULAMENTARn.º23/95,de23deAgosto– Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais.
[3] NP182:1986–Identificação dos fluidos, cores e sinais para canalizações.Lisboa:IPQ.
[4] DECRETO-LEI n.º 129/2002, de 11 de Maio – Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE).
VI.3 RECOLHADERESÍDUOSSÓLIDOS(RECOLHASELECTIVA)
VI.3.1 PRINCÍPIOSGERAISVI.3.1.1
VI.3.1.2 Arecolhaderesíduossólidos(recolhaselectiva)aquesereferemaspresentesrecomendaçõesabrangeoconjuntodeinfra-estruturasdestinadasaotrans-porteearmazenagemderesíduosnolocaldasuaprodução.
Asobrasderemodelaçãoe/oudereabilitaçãoemedifíciosexistentes,devemprocurarsatisfazerosrequisitosregulamentaresemvigor,nomeadamenteosestabelecidosnoRegulamentoMunicipalaplicável.
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VI.3.1.3 Deveprever-seumsistemadeevacuaçãoderesíduossólidoslocalizadoeconcebi-dodemodoaevitaresforçosexcessivosaosutilizadoreseaopessoalencarregadodasoperaçõesdelimpeza,manutençãoeevacuaçãoperiódicadosdespejos.
VI.3.1.4 Emcadaedifíciodeveexistir,aoníveldarua,umlocaldestinadoarecipientescomunsderecolhadelixos,comformaedimensõesadequadasàfácilcolocação,usoeremoçãodetaisrecipientes,osquaisdevemseremnúmerocompatívelcomasuacapacidadeecomovolumeprevistodelixosdoedifício.
VI.3.1.5 Osresíduossólidosproduzidosnoedifíciodevemserrecolhidosdeformaselecti-va,nomeadamentequantoaopapel,vidro,plásticos,pilhas,resíduosdomésticos,eoutrosquevenhamaserconsideradosseleccionáveis,deacordocomaregula-mentaçãomunicipalaplicável,semrecursoacondutas,exceptuando-seoscasosemquerazõesdeordemtécnicafundamentadajus-tifiquemsoluçãodiferente.
VI.3.1.6 Os produtores de resíduos sólidos devemutilizar os recipientes indicados edistribuídospelaCâmaraMunicipalemfunçãodosistemaderecolhadefinidoparaaáreaouparaocasoespecífico,nomeadamente:oscontentoresherméticosnormalizadosdistribuídospelosedifícios,oscontentorespúblicosdegrandecapacidadecolocadosnaviapública,osvidrões,ospapelões,osecopontoseosecocentros.
VI.3.1.7 Quando existir sistema vertical de deposição, todos os resíduos devem serdevidamenteacondicionadosantesdasuadeposiçãonaconduta,cadafracçãodeve depositar-se na comporta correspondente e não se devem depositarresíduoslíquidosnemobjectoscortantesoudevidro.
VI.3.1.8 Sóépermitidaadeposiçãoderesíduossólidosnosrecipientesdestinadosparaoefeito,devendosersemprefechadaarespectivatampa.
VI.3.1.9 Todososprojectosdeloteamento,construçãonova,reconstrução,ampliação,remodelação e reabilitação de edifícios devem possuir um dos sistemas dedeposiçãodefinidosnasNormasTécnicasdeDeposiçãodeResíduosSólidosdoRegulamentoMunicipalaplicável,salvose,noscasosdeampliação,remodelaçãoereabilitação,talforcomprovadamenteinviáveldopontodevistatécnico.
VI.3.2 CONCEPÇÃOEDIMENSIONAMENTO
VI.3.2.1 Quandonãoseprevejasistemaalternativoderecolhaderesíduossólidos,deveexistir pelomenos um compartimento encerrado, bem ventilado e facilmenteacessível do exterior, destinado a depósito de contentores, com dimensõesrelacionadascomonúmerodecontentoresadequadosàsnecessidadesdoedifícioeàscaracterísticasdosistemaderecolha,comaáreamínimade6,00m2.
Os resíduos sólidos produzidos no edifício devem ser recolhidos de formaselectiva, nomeadamente quanto ao papel, vidro, plásticos, pilhas, resíduosdomésticos,eoutrosquevenhamaserconsideradosseleccionáveis,deacordocomaregulamentaçãomunicipalaplicável.
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VI.3.2.2 Ocompartimentocolectivodearmazenagemdecontentores,quandoforinteriorao edifício, deve estar localizado de forma a que o percurso efectuado peloscontentoresatéaopontoderecolhanãosejaefectuadopelointeriordoedifício.
VI.3.2.3 Quandoolocaldedeposiçãodosresíduosforexterioraoedifício,deveestarsituadodeformaanãointerferircomospercursospedonaisedeacessoemveículoaoedifício.
VI.3.2.4 Adistânciadoscontentoresatéàviaturaderecolhanãodevesersuperiora20m.Oacessoatéaolocalderecolhadevesergarantidocompassagemdedimensõesmínimasde1,30mdelargurae2,20mdealtura,semdegraus.
VI.3.2.5 Ovãodeportadeacessoaocompartimentocolectivodearmazenagemdevepossuirumalarguraútilnãoinferiora0,90meumaalturaútildepassagemnãoinferiora2,00m.Aportadevepossuiraberturadeventilaçãoinferioresuperior.
VI.3.2.6 O compartimento, quando encerrado, deve apresentar um pé-direito não
inferiora2,20m.Deveserdotadodeumpontodeáguasituadoaumaalturanãoinferiora0,60m,contadaapartirdoplanodopavimento,deumpontodedrenagemedeumpontodeluzcominterruptorestanque.
VI.3.2.7 Quando existir um sistema vertical de deposição de resíduos, a condutaverticaldevetersecçãoútilproporcionadaaonúmerodeutilizadores,devendoapresentarumdiâmetromínimode0,50m.
VI.3.2.8 A conduta vertical deve ter a sua secção transversal projectada dentro docompartimentodestinadoaodepósitodosresíduoseadistânciaentreasuafaceexternaeasparedesnãodeveserinferiora0,15m.
VI.3.2.9 Acondutaverticaldeveapresentarumdispositivodeobturaçãoquepermitaas operações de substituição dos contentores de recepção. Este obturadordeveser facilmentemanobrávelequandonaposiçãodeabertodevedeixartotalmentelivreaaberturainferiordaconduta.Deveserdeaçoinoxidáveleoconjuntoobturador/estruturadesuportedevesersuficientementerobustopara suportar acções de choque resultantes da queda dos resíduos sólidos.Nenhumapeçaconstituintedoobturadordeveterespessurainferiora6mm.
VI.3.2.10 Acondutaverticaldevedesembocarnovazio,aumaalturacompreendidaentre1,30me1,75macimadopiso,compatívelcomotipodecontentoresutilizadosnaáreaondeoedifíciovaiserconstruído.
Ocompartimento,quandoencerrado,deveapresentar, semprequepossível,umpé-direitonãoinferiora2,20meserdotadodeumpontodeágua,deumpontodedrenagemedeumpontodeluz.
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VI.3.2.11 Otroçoacimadaúltimabocacolectoradeveserprolongadoatécomunicarcomaatmosfera.Admite-sequenotroçoacimadaúltimabocacolectoraexistamdesviosdesdequesejamantidaasecçãotransversaldaconduta.Asaídadacondutaparaaatmosferadeveserprotegidacontraaáguadachuvaeaformadarespectivasecçãotransversaldevesercircular.
VI.3.2.12 Ocompartimentodedeposiçãonospisos,casoexista,deveservirumúnicopisoeterumaáreanãoinferiora0,80m2edimensõesemplantanãoinferioresa0,70m.Éobrigatóriaainstalaçãodeumpontodeluz,cominterruptorlocali-zadojuntoàportadeacesso.Ovãodeportadeacessoaocompartimentodevepossuirumalarguraútilnãoinferiora0,70meumaalturaútildepassagemnãoinferiora2,00m.Aportadeveabrirparadentrodocompartimentoepos-suirbatentesmetálicosemtodaasuaextensão.
VI.3.2.13 Asportasbasculantesdevemfuncionarporgravidade,istoé,garantiroencer-ramentoautomáticodaporta.Osistemadearticulaçãodevesercomprova-damenteresistente.Devemserprovidasdepuxadoresmetálicoseinstaladasdemodoanãoobstruir,emqualquercircunstância,aquedalivredosresíduossólidosprovenientesdospisossuperiorese,quandoabertas,deveficarcomple-tamentevedadooacessoàcondutavertical.
VI.3.2.14 Aportabasculantenãodevepermitirolançamento,nointeriordacondutavertical,deumvolumedeformatocúbicodearestasuperiora0,225m.Abocacolectoradeveterasdimensõesmínimasde0,30mx0,30meocentrogeométricodabocacolectoradeveestarlocalizadoaumaalturadopisoentre0,80me1,00m.
VI.3.2.15 Acondutaqueligaabocacolectoraàcondutaverticaldeveteroeixogeométricocominclinaçãonãosuperiora30ºcomavertical.Adistânciaentreafaceinternadabocacolectoraeafaceinternadacondutaverticalnãodeveserinferiora0,20m.
VI.3.2.16 OsistemadedeposiçãoderesíduosadoptadodeveserdimensionadodeacordocomafórmulaindicadanasNormasTécnicasdeDeposiçãodeResíduosSólidosemEdificaçõesanexasaosRegulamentosMunicipais.Odimensionamentodeveserefectuadoemfunçãodaocupaçãoprevista,dotipoevolumederesíduosproduzidosedacapacidaderequeridatendoemcontaafrequênciadarecolhaeasdimensõeseotipodecontentoresutilizados.
VI.3.3 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE
VI.3.3.1 A conduta verticalde resíduos sólidos, comopartedeumedifíciode váriospisos,deveteroseupesoprópriosuportadopelaestruturadesseedifício.
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VI.3.4 SEGURANÇAAOINCÊNDIO
VI.3.4.1 Asinstalaçõesdeevacuaçãodelixosdevemrespeitar,paraalémdoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio)enoAnexo2“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”,paraoslocaisderiscoC,asexigênciasindicadasnosnúmerosaseguir.
VI.3.4.2 Ocompartimentocolectivodearmazenagemdecontentoresdevelocalizar-sepreferencialmentenopiso térreo sem ligaçãoa caixasdeescadae câmarascorta-fogo.
VI.3.4.3 O compartimento colectivo de armazenagem de contentores não pode tertectosfalsos.
VI.3.4.4 Olocaldedeposiçãoderesíduos,quandoadossadoaoedifício,nãodeveficaraumadistânciainferiora2,00mdeumvãoeaparedeemcontactocomoedifíciodeveserdaclassederesistênciaaofogoCF90(EI90).
VI.3.4.5 Quando o sistema de deposição de resíduos for vertical, todos os seuscomponentesdevemserestanques,construídoscommateriaisdaclasseM0(A1)egarantiraclassederesistênciaaofogoCF60(EI60).Acondutaverticaldeve ser construída em material não combustível. Deve ser instalado umsistemadedetecçãoeextinçãoautomáticasdeincêndio.
VI.3.4.6 Ascondutasdevemseparar-sedorestodoscompartimentosdoedifícioatravésdeparedes comuma resistência ao fogoCF60 (REI 60) ou, caso se tratemdeparedes não resistentes,CF 60 (EI 60). As portas basculantes devem sermetálicasoudequalqueroutromaterialincombustívelM0(A1)eserdaclassederesistênciaaofogoCF60(EI60).
VI.3.5 SEGURANÇACONTRAINTRUSÃOEVANDALISMO
VI.3.5.1 Oselementosdeconstruçãodaenvolventedocompartimentodearmazenagemdecontentoresdevemconferirumaprotecçãoadequadaaosocupantesdoedifícioeaosseusbens,contraintrusõesindesejáveisdepessoas,animaiseobjectos.
VI.3.5.2 Asaberturasdeventilaçãodocompartimentodearmazenagemdecontentoresdevemterdispositivosqueimpeçamoacessodeanimais.
Asinstalaçõesdeevacuaçãodelixosdevemrespeitar,paraalémdoestabelecidoemIV.2(Segurançaaoincêndio)enoAnexo3“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”,paraoslocaisderiscoC,asexigênciasindicadasnosnúmerosaseguir.
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VI.3.5.3 Quandoolocaldedeposiçãodosresíduossesituaremzonaexterioraoedifíciopodeconsiderar-seahipótesedeserfeitaasuadelimitaçãoatravésdevedaçãooudeumabrigo.
VI.3.6 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO
VI.3.6.1 Ocompartimentocolectivodearmazenagemdecontentoresdevedisporsedeformaafacilitarasoperaçõesdemovimentaçãodosrecipientesdevendoapresentar--se,regrageral,livredepilares,degrausouquaisqueroutrosobstáculos.
VI.3.6.2 Ocompartimentodevelocalizar-seaoníveldopisotérreo,parafácilacessoàsviaturasderecolha,nãopodendohaverdegrausentreesteeaviapública.
VI.3.6.3 Quandonosacessos e circulaçõesnão forpossível evitarosdesníveis, estesdevemserreduzidosaomínimoedisporderampasoudeoutrosmeiosquenãoobriguemapercursospordegrau.
VI.3.6.4 Asrampasdevemteramenorinclinaçãopossívelenuncasuperiora5%paravencerumadiferençadenívelemcadalançonãosuperiora0,50m.Quandoadiferençadenívelemcadalançoforsuperioraoindicado,asrampasdevempossuirplataformashorizontaisdedescansonabaseenotopodecadalançocomumcomprimentonãoinferiora2,00m.
VI.3.6.5 Orevestimentodopavimentodeveserfeitaemmaterialcerâmicoououtroquesejaresistenteaochoqueequesejaanti-derrapante.
VI.3.6.6 Assoleirasdevemterumaalturamáximade0,02m,devendosersutadasemtodaalarguradovãoemcasodeimpossibilidadedecumprimentodestadimensão.
VI.3.6.7 Adeposiçãoderesíduossólidosnosrecipientesnãodeveserexecutadaagranel,nemconterresíduoslíquidosouliquefeitos,cortantes,passíveisdecontaminaçãooudecausardanonopessoalqueexecutaaoperaçãoderecolha.
VI.3.6.8 Quandoosistemadedeposiçãoderesíduosforvertical,aligaçãodosdiversostroçosconstituintesdacondutaverticaldeveserconcebidaeexecutadadetalmodoqueasjuntasfiquemtotalmenteestanquesenãooriginemressaltosoudescontinuidadesnointeriordamesma.Asuperfícieinternadacondutadeveserlisaeresistenteaoschoquesdecorrentesdafunçãoaquesedestina.
VI.3.6.9 A deposição de resíduos de vidro não é permitida no sistema vertical dedeposição.
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VI.3.7 ESTANQUIDADEÀÁGUA
VI.3.7.1 Oselementosdeconstruçãodocompartimentodearmazenagemdecontentoresdevemserestanqueseresistiràpresençapermanenteouprolongadadeágua.
VI.3.7.2 Orevestimentointernodasparedesdeveserexecutado,dopavimentoaotecto,commaterialliso,comcaracterísticasdeimpermeabilidadeequivalentesaosazulejos,elavável.
VI.3.7.3 Ostectosdevemserlisoserevestidosnatotalidadecommateriaisqueofereçamcaracterísticasdeimpermeabilidadeequivalentesaosazulejos.
VI.3.7.4 Orevestimentodopavimentodeveserdematerialimpermeáveleexecutadocompendentenãoinferiora2%nemsuperiora4%,convergindoparaumpontoderecolhadeáguassifonadoapartirdoqualadrenagemdeáguasresiduaisdeveserfeitaparaorespectivocolector.
VI.3.7.5 Devehaverespecialatençãoàzonadejunçãoentreasparedeseospavimentosdeformaagarantir-seaestanquidadeàáguatambémdestaszonas.
VI.3.7.6 Nossistemasverticaisdedeposiçãoderesíduos,asparedesdocompartimentodedeposiçãonospisosdevemserrevestidasdesdeopavimentoatéaotectocomazulejos,mosaicoscerâmicosourevestimentossimilares,eotectodeveserrevestidodeformaaevitaraconcentraçãodehumidade.Opavimentodeveserdematerialimpermeável,degranderesistênciaaochoqueeaodesgaste,comjuntasespaçadasnomáximode1mmeexecutadasdeformaamanteromesmonívelemtodaaextensãodocompartimento.
VI.3.8 QUALIDADEDOARINTERIOR
VI.3.8.1 Osistemadedeposiçãoderesíduossólidosdevepermitirasuafácilremoção,emboascondiçõesdehigieneesemquepossamproduzir-seefeitosdeacumulaçãoefermentaçãodosmesmos,comosinerentesriscosdedisseminaçãodeagentespatogénicosedelibertaçãodegasesnocivoseodoresincómodos.
VI.3.8.2 Deveserasseguradaaventilaçãodocompartimentocolectivodearmazenagemdecontentores.
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VI.3.8.3 A ventilação do compartimento deve ser feita através de vão com áreacorrespondente a 1/10 (um decimo) da área do compartimento, abertodirectamenteparaoexterior,ouporventilaçãoforçadaquegarantaumcaudalderenovaçãodearequivalente,salvaguardandoemambososcasosummínimodeseisrenovaçõesdearporhora.
VI.3.8.4 O vãode porta de acesso ao compartimento colectivo de armazenagemdecontentores deve possuir aberturas de ventilação inferior e superior comdimensõesnãoinferioresa0,10mx0,30m.Aaberturadeventilaçãoinferiordevesituar-sea0,20mdosoloeserprotegidacomrededemalhade0,01m.
VI.3.8.5 A ventilaçãopode ser garantida atravésde esquadrias basculantesde vidroaramado,venezianasdemetal,etc.
VI.3.8.6 A localizaçãoeconcepçãodestescompartimentosdevemser taisquea suatemperaturainteriornãosejasuperiora30°C.
VI.3.8.7 Nosprojectosdesistemavertical,devemestarprevistasmedidaseficazesdeventilação.Asbocasdedespejodevemfuncionarfacilmenteesatisfazeraosrequisitosdeperfeitavedaçãoehigienenasuautilização.
VI.3.8.8 Ovãodeportadeacessoaocompartimentodedeposiçãonospisosdevepossuiraberturasdeventilaçãoinferioresuperiorcomdimensõesnãoinferioresa0,10mx0,30m.Aaberturadeventilaçãoinferiordevesituar-sea0,20mdosoloeserprotegidacomrededemalhade0,01m.
VI.3.9 CONFORTOACÚSTICO
VI.3.9.1 A localização do compartimento de armazenagem de contentores deve serestudadadeformaaevitarasuacontiguidadecomquartosousalasderepouso.Quandotalnãoforpossível,devemseradoptadasdisposiçõesqueatenuemapropagaçãoderuídos.
VI.3.9.2 Nos sistemas de deposição verticais, as portas basculantes devem ter umfuncionamentosilencioso.
VI.3.9.3 No casodos sistemas verticais, a ligaçãodas condutasà estruturadeve sertal que a frequência de ressonância do conjunto, durante a utilização, nãoultrapasseos30Hz[17].
VI.3.9.4 Noscompartimentosdedeposiçãonospisos,opavimentodeveserflutuanteedeveterumafrequênciaderessonânciamáximade50Hz[17].
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VI.3.10 CONFORTOVISUAL
VI.3.10.1 O compartimento de armazenagem de contentores deve apresentar umailuminânciamédianãoinferiora60lux.
VI.3.11 EXIGÊNCIASDELIMPEZA,DURABILIDADEEMANUTENÇÃO
VI.3.11.1 Oscompartimentosdearmazenagemcolectivadecontentoresdevemserbemventiladosepossuirdisposiçõesapropriadasparaasualavagemfrequente.
VI.3.11.2 Osrevestimentoseacabamentosinterioresdocompartimentonãodevemserpropíciosàacumulaçãodepoeirasesujidades.
VI.3.11.3 Duranteavidadoedifícioocompartimentonãodeveteroutrofimquenãosejaoderecepçãoderesíduossólidos.
VI.3.11.4 No compartimento de armazenagem de contentores devem encontrar--se afixadas, de forma bem legível, as instruções sobre amelhor forma deacondicionaredepositarosdiferentestiposderesíduosenormasdeusoedemanutenção.Os contentoresdevemestar convenientementeassinaladosdeacordocomafracçãoderesíduoscorrespondente.
VI.3.11.5 O compartimento deve ser sempremantido emperfeito estado de higiene,segurançaefuncionalidade.
VI.3.11.6 No compartimento de armazenagem de contentores devem realizar-seactividadesdemanutençãocomperiodicidadeadequadaaofuncionamentodecadaestabelecimento.
VI.3.11.7 Atítuloindicativoapresentam-se,noquadroseguinte,asactividadesdemanutençãoerespectivasperiodicidadesrecomendadasparaedifíciosdehabitação[17].
VI.3.11.8 Em sistemas de deposição verticais, as portas basculantes devem estarcorrectamenteassinaladassegundoafracçãoderesíduoscorrespondente.Noscompartimentosdedeposiçãonospisosdevemestarafixadasasinstruçõesenormasdeusoemanutenção.
VI.3.11.9 A conduta vertical deve ser provida de umoumais colares de descarga deáguasobpressãoque,emconjuntocomoescovilhãodelimpeza,asseguremalavagemperfeitadaconduta.
VI.3.11.10 Aportabasculantedevepermitirasuafácilretiradaparavistoriadacondutavertical.
VI.3.11.11 O proprietário ou administração do edifício é responsável pelas condições desalubridadedosistemadedeposiçãoportransporteverticalderesíduossólidos.
VI.3.11.12 Nos componentes do sistema de deposição vertical devem realizar-seactividadesdemanutençãocomperiodicidadeadequadaaofuncionamentodecadaestabelecimento.
VI.3.11.13 A título indicativo apresentam-se, no quadro seguinte, as actividades demanutençãoerespectivasperiodicidadesrecomendadas,paraoscomponentesdosistemadedeposiçãoverticalemedifíciosdehabitação[17].
Actividadeseperiodicidadedemanutenção(sistemavertical)
Componentes Actividades PeriodicidadeCondutavertical Limpezadascondutasporgravidade Inspecçãoereparaçãodosdanosencontrados 6meses Limpezadasportasbasculantes 1semanaCompartimento Limpezadopavimento 1semanadedeposiçãonospisos Limpezadasparedes,dasportasedasjanelas 2meses Limpezageraldasparedesetectos,incluindo 6meses elementosdosistemadeventilação,luminárias,etc. Desinfecção,desinfestaçãoedesratização 6meses
Actividadeseperiodicidadedemanutenção(sistemahorizontal)
Actividades PeriodicidadeLimpezadoscontentores 3diasDesinfecçãodoscontentores 1,5mesesLimpezadopavimentodocompartimentodoscontentores 1diaLavagemdopavimentodocompartimentodecontentorescommangueira 2semanasLimpezadasparedes,portasejanelas,etc. 4semanasLimpezageraldasparedesetectosdocompartimento,incluindoelementos 6semanasdosistemadeventilação,luminárias,etc.Desinfecção,desinfestaçãoedesratizaçãodocompartimentodecontentores 1,5meses
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VI.3.12 DOCUMENTAÇÃOEINFORMAÇÃOTÉCNICA
VI.3.12.1 Os projectos dos sistemas de deposição de resíduos sólidos fazem parteintegrante dos projectos de arquitectura correspondentes à construção,alteraçãoouampliaçãodosedifícios.
VI.3.12.2 Oprojectodosistemadedeposiçãoderesíduossólidosdeveincluirumamemóriadescritivaejustificativaondeconstemadescriçãodossistemas,asrespectivasdimensões,osmateriaiseequipamentosautilizar,adescriçãodosdispositivosdeventilaçãoelimpezaeoscálculosnecessáriosaoseudimensionamento.
VI.3.12.3 Oprojectodosistemadedeposiçãoderesíduossólidosdeveincluirelementosgráficos, que contenham a distribuição esquemática dos contentores nocompartimento.
VI.3.12.4 Oprojectodosistemadedeposiçãoderesíduossólidosdeveincluirumcorteverticaldoedifícioàescalamínimade1/100,apresentandoocompartimentocolectivodearmazenageme,quandoforcasodisso,dostubosdequeda,sistemadeventilaçãoecompartimentodedeposiçãonospisosdoedifício.
VI.3.12.5 O projecto do sistema de deposição de resíduos sólidos deve apresentarpormenoresàescalamínimade1/20doscompartimentosecondutavertical,nocasodossistemaspreveremestescomponentes.
VI.3.13 REFERÊNCIAS
[1] DECRETO-LEI n.º 38382/1951, de 7 de Agosto, e posteriores alterações –Regulamento Geral das Edificações Urbanas (RGEU).
[2] DECRETO-LEIn.º64/90,de21deFevereiro–Regulamento de Segurança contra Incêndio em Edifícios de Habitação.
[3] DECRETO-LEIn.º409/98,de23deDezembro–Regulamento Geral de Segurança contra Incêndio em Edifícios do Tipo Hospitalar.
[4] DECRETO-LEIn.º414/98,de31deDezembro–Regulamento de Segurança contra Incêndio em Edifícios Escolares.
[5] DECRETO-LEIn.º239/97,de9deSetembro–Estabelece as Regras a que fica sujeita a Gestão de Resíduos.
Os projectos dos sistemas de deposição de resíduos sólidos devem fazerparteintegrantedoprojectodearquitecturacorrespondenteàalteraçãodosedifícios.
[6] CONSELHOSUPERIORDEOBRASPÚBLICASECOMUNICAÇÕES(CSOPT)–Pro-jecto de Regulamento Geral das Edificações.VersãoJaneirode2007.Lisboa:CSOPT,2007..
[7] SERVIÇONACIONALDEBOMBEIROSEPROTECÇÃOCIVIL(SNBPC)–Projecto de Regulamento Geral de Segurança contra Incêndio em Edifícios.Lisboa:SNBPC,2005.
[8] FUNDODE FOMENTODAHABITAÇÃO (FFH)– Instruções para Projectos de Habitação Promovida pelo Estado.Lisboa:FFH,1978.
[9] DESPACHOn.º41/MES/85,de14deFevereiro– Recomendações Técnicas para Habitação Social (RTHS).Lisboa:ImprensaNacional–CasadaMoeda,1988.
[10] DUARTE, J. Pinto; PAIVA, J. Vasconcelos –Normas Técnicas para Projecto de Edifícios de Habitação.Lisboa:LNEC,1995.(NãoSeriadosNS73).
[11] CÂMARAMUNICIPALDELISBOA–Regulamento de Resíduos Sólidos da Cidade de Lisboa. BOLETIMMUNICIPAL Ano XI, n.º 547 de 12 de Agosto de 2004.DisponívelnaInternet:www.cm-lisboa.pt.
[12] CÂMARAMUNICIPALDOPORTO–Regulamento Municipal de Resíduos Sólidos Ur-banos e Limpeza Pública e Normas Técnicas para os Sistemas de Deposição de Resíduos Sólidos Urbano em Edificações no Concelho do Porto.SeparataaoBoletimMunicipaln.º3640,de20deJaneirode2006.DisponívelnaInternet:www.cm-porto.pt.
[13] CÂMARA MUNICIPAL DE VILA NOVA DE GAIA – Regulamento de Resíduos Sólidos Urbanos e Higiene Pública do Município de Vila Nova de Gaia.DisponívelnaInternet:www.cm-gaia.pt.
[14] CÂMARA MUNICIPAL DE CASCAIS – Regulamento de Resíduos Sólidos do Município de Cascais.DisponívelnaInternet:www.cm-cascais.pt.
[15] CÂMARAMUNICIPALDEALBUFEIRA–Regulamento de Resíduos Sólidos e Higiene Urbana do Município de Albufeira.DisponívelnaInternet:www.cm-albufeira.pt.
[16] THESTATIONERYOFFICE–The Building Regulations 2000. Approved document H – Drainage and waste disposal. H6–Solidwastestorage.UnitedKingdom:TheStationeryOffice,2002.
[17] MINISTÉRIODEVIVIENDA–Código Técnico de la Edificación. Documento Básico HS: Salubridad. HS2: Eliminación de residuos. Madrid: Ministério de Vivienda,2006.
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VI.4 VENTILAÇÃOEEVACUAÇÃODEPRODUTOSDACOMBUSTÃO
VI.4.1 PRINCÍPIOSGERAISVI.4.1.1 Aconcepçãodossistemasdeventilaçãoedeevacuaçãodosprodutosdacombustão
deverespeitarosprincípiosdefinidosemIV.6(Qualidadedoarinterior).
VI.4.1.2 Osdispositivosdecombustãodevemserservidosporcondutasparaevacuaçãodosprodutosdacombustãoedevemseralimentadosporarnovodeformaaquefuncionemnassuascondiçõesnominais.
VI.4.1.3
VI.4.1.4 Acoexistênciade sectoresdoedifício servidospor sistemasoudispositivosdeventilaçãomecânica com outros sectores servidos por sistemas de ventilaçãonaturalestácondicionadaànãoexistênciadeinterferênciaentreessessistemas,uma vez que a depressão causada pelos sistemas ou dispositivos mecânicospodeprovocarainversãodatiragemnascondutasdeventilaçãonatural,sendoespecialmentegravosonocasodosprodutosdacombustão.Estasituaçãoapenaséaceitávelseforemsatisfeitosrequisitosespecíficos.
VI.4.1.5
VI.4.1.6 Para efeito do número VI.4.1.4, considera-se satisfeita a exigência de nãoexistir interferência entre os sistemas desde que as zonas de comunicaçãocomunsentreessessectoresestejamseparadasentresi.Estaseparaçãodeveserexecutadaatravésdautilizaçãodeportasdebaixapermeabilidadeaoar,emconformidadecomaSecção7.5danormaNP1037-1[1],providasdefechoautomático,nãodevendoaindaexistirqualqueraberturapermanente.
Nocasodosedifíciosexistentes,nãoéadmissívelqualquerreduçãodesecçãodascondutasreferidasnonúmeroanteriorqueponhaemcausaasegurançadosutilizadoresouadisponibilidadedosaparelhosagás.
Nocasodesoluçõesdestetipojáinstaladaseemuso,asuapermanênciaemfuncionamentosóéaceitáveldesdequeseverifiqueexperimentalmentequeasdepressõescausadaspelosdispositivosousistemasmecânicosdeexaustãonãoafectamosdispositivosdeventilaçãonatural.Talverificaçãopodeserrealizadaatravésdamediçãodavariaçãodepressão,comossistemasmecânicosactivoseinactivos,geradasnosespaçosventiladosnaturalmentemaisafectados.
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VI.4.2 CONCEPÇÃOEDIMENSIONAMENTO
VI.4.2.1 Na ausência de norma portuguesa ou europeia aplicável à concepção edimensionamento dos sistemas de ventilação, o projectista deve especificarclaramentequalodocumentodereferênciaseguidonoprojectoeevidenciaroseucumprimento.Casosejanecessáriosocorrer-sedediferentesdocumentosdereferência,deveevidenciarasuacompatibilidade.
VI.4.2.2 Osistemadeventilaçãodeveserdimensionadoparaasseguraroscaudaisdeventilaçãodeterminados.Nodimensionamentodosistemadeventilaçãodeveserasseguradooequilíbrioentreocaudaldearnovoadmitidoeocaudaldearextraído,emtodooedifícioeporsectoresdeventilaçãodoedifício.
VI.4.2.3 Para a concepção e dimensionamento de sistemas de ventilação naturalrecomenda-sequesejaseguidaametodologiadecálculoprevistananormaEN13465[2]easprescriçõesdanormaNP1037-1[1].
VI.4.2.4 Sempre que as potências dos aparelhos a gás de projecto excedam asespecificadasnanormaNP1037-1[1],deveproceder-seaodimensionamentotérmicoedemecânicadefluidosdaschaminésdeacordocomanormaEN13384[3].
VI.4.2.5 A especificação de chaminés deve ter em conta os requisitos indicados nanormaEN1443[4].
VI.4.2.6 Para a concepção e dimensionamento de sistemas de ventilação mecânicarecomenda-se que sejam seguidas as prescrições da norma NF P 50-410(DTU68.1)[5]oudeoutrosdocumentosdereferência,porexemploASHRAEFundamentals[11].
VI.4.2.7 Paraaexecuçãodesistemasdeventilaçãomecânicarecomenda-sequesejamseguidasasprescriçõesdanormaNFP50-411-1(DTU68.2)[6].
VI.4.2.8 Paraaconcepçãoedimensionamentodaventilaçãodascozinhasdeveaplicar-seanormaNP1037-4[7].Aexigênciaconstantenestanormarelativaàdisposiçãodahotedeveseralteradadeformaaqueestaseestendaaté,pelomenos,0,30mparaalémdoplanoverticaldosaparelhosqueassiste.
VI.4.2.9 Exceptuam-sedonúmeroanteriorascozinhasquepelascaracterísticasdasuautilizaçãoedimensãopossamserassimiladasacozinhasdomésticas,devendonesse caso respeitar a norma NP 1037-1 [1], no caso de serem ventiladasnaturalmente, ou a norma NF P 50-410 (DTU 68.1) [5], no caso de seremventiladasmecanicamente.
VI.4.2.10 ParaoposicionamentodosaparelhosagásdeveserseguidaaNP1037-3[8].
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VI.4.2.11 Oposicionamentodassaídasparaoexteriordascondutasdeevacuaçãodosprodutosdacombustão,comexcepçãodasqueservemprodutosdacombustãodogásprovenientesdeaparelhosindividuaiscompotênciainferiora40kW,devemobedeceraodispostonoCapítulo9.3.3danormaNP1037-1[1].
VI.4.2.12
VI.4.2.13 As condutas que servem os compartimentos de serviço não devem servircompartimentosprincipais.
VI.4.2.14 Asbocasdeextracçãoqueservemomesmocompartimentooulocaispróximosnãodevemestarligadasaextractoresdistintos,amenosquesejaasseguradaainexistênciaderefluxoeacontaminaçãodaszonasmaislimpas.
VI.4.2.15 Recomenda-sequeaconcepçãodainstalaçãoprevejaapossibilidadedeexistirregulaçãodocaudal(manualouautomática),porrazõesdeeconomiaenergéticaeconforto.Nocasodelocaiscomextracçãomecânicadearrecomenda-seautilizaçãodeaberturasderegulaçãoautomática.
VI.4.2.16 Asaberturasdeadmissão,passagemeexaustãodeardevemserposicionadasdeformaaquenãopossamserobturadasnodecursodautilizaçãonormaldoedifício.
VI.4.2.17
VI.4.3 RESISTÊNCIAMECÂNICAEESTABILIDADE
VI.4.3.1 AresistênciamecânicadoscomponentesautoportantesdeveserevidenciadaatravésdedimensionamentotendoemcontaasacçõesprevistasnoRegula-mentodeSegurançaeAcçõesparaEstruturasdeEdifíciosePontes [10]eoregulamento estrutural ou eurocódigo aplicáveis ao tipo de construção emcausa.
Nocasodeinstalaçõespreexistenteseemfuncionamentodeveserverificadoex-perimentalmenteseofuncionamentodosaparelhosdecombustãopodeprovocara contaminação do ar interior compoluentes, quer através da sua admissãoporjanelas,querporaberturasdeadmissãodear.Devemserconsideradasascondiçõesmeteorológicasmaisdesfavoráveiserealizadaasuajustificaçãonosregistosdeensaio,queserãoconsideradososdocumentosdecomprovaçãodaconformidade.
Nocasodasconstruçõesjáexistentesadmite-sequesejajustificadoatravésdosprocedimentosdeutilizaçãoemusoquetaisaberturasnãosãoobturadas.
Nocasodasconstruçõesjáexistentesadmite-sequeaverificaçãodaadequaçãodos componentes autoportantes nos aspectos de resistência mecânica sejaefectuada por inspecção.No caso de se revelarem anomalias que possam seroriginadasporinsuficiênciadasuaresistênciamecânica,estadeveserevidenciadaatravésdedimensionamentotendoemcontaasacçõesprevistasnoRegulamentodeSegurançaeAcçõesparaEstruturasdeEdifíciosePontes[10]eoregulamentoestruturaloueurocódigoaplicáveisaotipodeconstruçãoemcausa.
VI.4.4 SEGURANÇAAOINCÊNDIO
VerIV.2(Segurançaaoincêndio)
VI.4.5 SEGURANÇACONTRAINTRUSÃOEVANDALISMO
VI.4.5.1 As instalaçõesdeventilaçãoedeevacuaçãodeprodutosdacombustão,emespecialassuascondutascolocadasnoexteriorquandoadossadasàsfachadasdosedifícios,nãodevempossibilitaroescalamento.
VI.4.5.2
VI.4.6 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO
VI.4.6.1 Osequipamentosdeventilação,exceptuandoasaberturasdeadmissão,passa-gemeexaustãodear,sódevemseracessíveisaosfuncionários(elementosquedesempenhamumaactividadeprofissionalnoedifício).
VI.4.6.2 Oesforçodemanobradosdispositivosqueintegramossistemasdeventilaçãodeveserlimitado,deacordocomasuautilização.
VI.4.6.3 Ascondutasondesãoescoadosprodutosdacombustãocujasuperfícieexteriorpossaatingirtemperaturassuperioresa45ºCnãodevemestaracessíveisaocontactocomosutilizadoresdosedifícios.
VI.4.6.4 As superfícies dos elementos dos sistemas de ventilação que estiverem aoalcancenormaldaspessoasnãodevemserexcessivamenterugosas,deformaaquepossamcausarferimentos,nempossuirgumescortantes.
VI.4.7 CONFORTOHIGROTÉRMICO
VI.4.7.1 Ascaracterísticaseoposicionamentodasaberturasdeadmissãoedepassagemdear,bemcomodeexaustãodearoudeprodutosdacombustão,devemserdemoldeaquedofuncionamentodessasaberturasnãoresultedesconfortoparaosocupantesdoedifícionemdegradaçãodaconstruçãooudeficiênciasnofuncionamentodosequipamentosaíexistentes.
VI.4.8 CONFORTOACÚSTICO
VI.4.8.1 Nocontextodaaplicaçãodaregulamentaçãonacionalrelevanteparaesteas-pecto,ossistemasdeventilaçãopodemconstituirumafontederuído,querde-vidoàtransmissãodoruídoaéreoproduzidopeloventiladoratravésdascon-dutas,querpelaproduçãoderuídonosseuscomponentesdevidoàvelocidadedoescoamentodoar,assimcomodoquepossasertransmitidoporviasólida
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No caso das construções já existentes devem ser tomadas medidas com-plementaresparaserevitadooescalamento.
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(sistemasdeapoioefixação).Paraalémdisso,devesertidoemconsideraçãoqueaexistênciadecondutasdeventilaçãoservindosimultaneamentedoiscom-partimentosdistintospodeconduziraumareduçãodoisolamentosonoro,namedidaemqueestabelecemumapontefónicaentreestescompartimentos.
VI.4.9 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO
VI.4.9.1 Partes dos sistemas de ventilação que são inacessíveis para efeitos desubstituição, por estarem integrados na construção do edifício, devem serconcebidaserealizadasdeformaaque,querasuasegurança,querassuascaracterísticasfuncionaisnãosedegrademparaumperíododevidaigualaoprevistoparaodoedifício,admitindo-sequeessaspartesserãosubmetidosacuidadosnormaisdeconservação.Naausênciadeoutrareferênciaadmite-sequeesseperíodoénomínimode50anos.
VI.4.9.2
VI.4.9.3 Ossistemasdeventilaçãoeosseuscomponentesdevemapresentardurabilidadesatisfatóriafaceaoseugraudeexposiçãoaosagentesatmosféricos(quandocolocadosnoexterior),aosfluidoscomosquaiscontactam(emespecialosqueescoamnoseuinterior)eàacçãodosutilizadores.
VI.4.9.4 Todososelementosdossistemasdeventilaçãoedeevacuaçãodosprodutosde combustão, incluindoas respectivas condutas, devemser acessíveisparalimpeza, podendohavernecessidadede integrarnos sistemasde ventilaçãoportasdeinspecçãoelimpeza.
VI.4.9.5 Asbocasdeextracçãoedeadmissãodeardevemserfacilmentedesmontáveisparapermitiralimpezaperiódica.
VI.4.9.6 Todososelementosdossistemasdeventilaçãoedeevacuaçãodosprodutosdecombustão,exceptoquandoconstituemparteintegrantedaconstruçãodoedifício,devemseracessíveisparareparaçãoesubstituição.
VI.4.9.7 Todososelementosecomponentesdossistemasdeventilaçãocomumavidaútilprevistasignificativamenteinferioràdainstalaçãodevemterelementosdesubstituiçãodevidamenteaprovisionados.
Nocasode reabilitaçãode instalações já existentesdevemser cumpridasasexigênciasdedurabilidadeedemanutençãoaplicáveisaconstruçõesnovas.
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VI.4.9.8 Amanutenção deve ser realizada de acordo com o previsto noManual deManutençãoeUtilizaçãodoedifício.
VI.4.10 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE
VI.4.10.1 A avaliação da conformidade dos sistemas de ventilação com as exigênciasestabelecidaspodeserrealizadaporensaio,porcálculo(porexemplo,noquerespeitaaodimensionamentoaerodinâmicoouaodesempenhotérmico)ouporinspecção(quandosetratadaverificaçãoderequisitosapenasporobservação,porexemplonoquerespeitaaotraçado).
VI.4.10.2 Ousodesistemasdeventilaçãoinovadoresdevesercondicionadoàexistênciadeparecertécnicofavoráveloudedocumentodeaprovaçãotécnica.
VI.4.10.3 AmarcaçãoCEdeumaparelho,dispositivooucomponente,ouasuaaprovaçãotécnica, com níveis de desempenho iguais ou superiores aos especificadosnaspresentesRecomendaçõesTécnicas,pressupõea suaadequaçãoaouso,dispensandoarealizaçãodeoutrasacçõesdeverificaçãodaconformidadedoproduto.Talnãosignificaquesejapossíveldispensarasverificaçõesinerentesà suamontagem em obra e integração no sistema de ventilação, uma vezque a deficiente execução desses trabalhos pode comprometer o adequadodesempenhodosistema.
VI.4.10.4
VI.4.10.5 O projecto de execução e o caderno de encargos técnico devem sersuficientemente detalhados de forma a possibilitarem a verificação daconformidadedaobracomoseuconteúdo.
VI.4.10.6
Nocasodeedifíciosexistentesacomprovaçãodaconformidadedossistemasdeventilaçãocomestasexigênciaspodetambémserrealizadapormediçãodirectadas taxas de ventilação dos locais, por exemplo através dométodo dos gasestraçadores.Nocasodeventilaçãonaturaloperíodoouperíodosdemediçãodevemteremcontaasdiversascondiçõesmeteorológicas (nomeadamentediferentescondiçõesdevelocidadeedirecçãodovento,bemcomodiferentestemperaturasexteriores).Dadoqueoprocedimentoexperimentalpodesermorosoedispendioso,casosejautilizadoparacomprovaçãodaconformidade,deveserencaradaasuasimplificaçãoatravésdaanálisedassituaçõesprevisivelmentemaisdesfavoráveisedaextrapolaçãodosresultadosobtidosparaoutroslocaiseparaoutrascondiçõesmeteorológicascomrecursoacálculo.
Nocasodasconstruçõesjáexistentes,dadaapossibilidadedepartedaventilaçãoserrealizadaporaberturadasjanelas(verIV.6–Qualidadedoarinterior)deveserelaboradaumamemóriadescritivaedecálculorelativamenteaosistemadeventilaçãoinstaladoexplicitandoclaramenteoscaudaisdeventilaçãoprevistos,asuaconformidadecomestasregraseaformadasuaobtenção.Essedocumentoseráutilizadoparaaverificaçãodaconformidadedosistemadeventilaçãocomestasregras.
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VI.4.10.7 A definição dos ensaios para avaliação da conformidade do sistema deventilaçãomecânicainstaladoédaresponsabilidadedoprojectistaedeveserindicadonoprojecto.OprojectistadeveprocederàdefiniçãodosensaiostendoemcontaanormaEN12599[9].Osensaiosdevemabrangerascondiçõesmaisdesvantajosasdefuncionamento,envolvendoaactivaçãodosaparelhosagás.
VI.4.11 DOCUMENTAÇÃOEINFORMAÇÃOTÉCNICA
VI.4.11.1 Adocumentaçãorelativaaossistemasdeventilaçãoeevacuaçãodosprodutosdecombustãodeveincluir:(i)projectodeexecução;(ii)autoderecepçãocomespecificação(emanexo)dosensaiosrealizadosedosrespectivosresultados;(iii)manualdeinstruçõesdeutilização;(iv)etiquetagemdosequipamentos;(v)manualdemanutenção.
VI.4.11.2 OProjectodeExecuçãodeveincluirosestudosdeconcepçãoedimensionamentoda instalação e permitir a verificação da conformidade com os documentosnormativosseguidos.Domesmodevemconstarosseguinteselementos:memóriadescritivae justificativa,definiçãoedescriçãogeraldo sistemadeventilação,indicação dos caudais nominais (para cada abertura de exaustão e para ascondutas),cálculosdedimensionamento(condutasdeevacuação,condutasdeligação,aberturasdeadmissãodear,aberturasdeevacuação,passagensdearinteriores),quadro-resumoindicandooscaudaisetiposdeventilaçãoemcadacompartimento,permeabilidadeaoarespecificadaparaacaixilhariaexteriorepreenchimentosdevãosdecomunicaçãoentrediferentessectoresdeventilação,especificaçõesdemateriaiseequipamentosepeçasdesenhadas.
VI.4.11.3 OManualdeInstruçõesdeUtilizaçãodeveexplicaraoutilizadorofuncionamentoglobaldo sistemadeventilação implementadonoedifício, indicarde formaclara as instruções de funcionamento das bocas reguláveis pelo utilizador(definindoascondiçõesdeutilizaçãoquedevempresidiràselecçãodoscaudais)eindicarasacçõesdelimpezaaempreenderquenãorequeiramaintervençãodepessoalespecializado,asuaperiodicidadeetodoosmateriaisnecessários(nomeadamenteprodutosdelimpeza).
VI.4.11.4 Todososelementosquepodemseraccionadospeloutilizador (ex.:asbocasreguláveis) devem estar etiquetados de forma visível e durável indicandoclaramente o modo de operação e a correspondência de cada posição deregulaçãoaorespectivocaudal.
Nocasodasconstruções jáexistentesadocumentaçãotécnicadeve incluir: (i)memóriadescritivaedecálculodosistemadeventilaçãoexistente;(ii)registosdos ensaios de verificação que eventualmente tenham sido realizados e dosrespectivosresultados;(iii)manualdeinstruçõesdeutilização;(iv)etiquetagemdosequipamentos;(v)manualdemanutenção.
A memória descritiva e de cálculo deve incluir os estudos de verificação dodesempenho da instalação e permitir a verificação da conformidade com osdocumentosnormativosseguidos.Domesmodevemconstarmemóriadescritivaejustificativa,definiçãoedescriçãogeraldosistemadeventilação,indicaçãodoscaudaisnominais(paracadaaberturadeexaustãoeparaascondutas),cálculosde dimensionamento (condutas de evacuação, condutas de ligação, aberturasdeadmissãodear,aberturasdeevacuação,passagensdearinteriores)quandoaanálisedodesempenhonãoforsustentadaporavaliaçãoexperimental,quadro-resumo indicandoos caudais e tiposde ventilação emcada compartimento epermeabilidadeaoarestimadaparaacaixilhariaexteriorepreenchimentosdevãosdecomunicaçãoentrediferentessectoresdeventilação(quandoaanálisedodesempenhonãoforsustentadaporavaliaçãoexperimental).
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VI.4.11.5 OManual deManutenção deve especificar todas as acções demanutençãoprevistas,indicandoasuaperiodicidade,osmateriaisnecessárioseareferênciadaspeçasdesubstituição,bemcomoindicaçãodafirmaqueascomercializa.Estemanual deve também especificar as peçasmais susceptíveis de avaria(nomeadamente,nocasodeventilaçãomecânica,correiadoextractor,motor,etc.)eoseumododesubstituição,desdequetaltarefapossaserconfiadaaoTécnicoResponsávelpelainstalação.
Estasinformaçõesdevemintegrar-senoManualdeManutençãoeUtilizaçãodoestabelecimento.
VI.4.12 REFERÊNCIAS
[1] NP1037-1:2002–Ventilação e evacuação dos produtos da combustão dos locais com aparelhos a gás. Parte 1: Edifícios de habitação. Ventilação natural.Lisboa:IPQ.
[2] EN 13465: 2004 – Ventilation for buildings – Calculation methods for the determination of air flow rates in dwellings.Brussels:CEN.
[3] EN13384:2002–Chimneys – Thermal and fluid dynamic calculation methods.Brussels:CEN.
[4] EN1443:2003–Chimneys – General requirements.Brussels:CEN.
[5] NFP50-410:1995–Installations de ventilation mécanique contrôlée – Règles de concep-tion et de dimensionnement.Paris:AFNOR.(DocumentTechniqueUnifiéDTU68.1).
[6] NFP50-411:1993–Travaux de bâtiment. Exécution des installations de ventilation mécanique. Partie 1 : cahier des clauses techniques. Paris: AFNOR. (DocumentTechniqueUnifiéDTU68.2).
[7] NP1037-4:2001–Ventilação e evacuação dos produtos da combustão dos locais com aparelhos a gás. Parte 4: Instalação e ventilação das cozinhas profissionaisLisboa:IPQ.
[8] NP1037-3:2002–Ventilação e evacuação dos produtos da combustão dos locais com aparelhos a gás. Parte 3: Volume dos locais. Posicionamento dos aparelhos a gás.Lisboa:IPQ.
[9] EN12599:2002–Ventilation for buildings. Test procedures and measuring methods for handing over installed ventilation and air conditioning systems.Brussels:CEN.
[10] DECRETO-LEIn.º235/83,de31deMaio–Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA).
[11] ASHRAE– ASHRAE Fundamentals Handbook.Atlanta:ASHRAE,2005.
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VI.5 CLIMATIZAÇÃO
VI.5.1 PRINCÍPIOSGERAIS
VI.5.1.1 Asinstalaçõesdeclimatizaçãodevemserconcebidas,instaladasemantidasdeformaaassegurarascondiçõesdeconfortohigrotérmicoprevistasemIV.7(Con-fortohigrotérmicoeeficiênciaenergética)paraoslocaisconsideradosnecessários.Algunsespaços,peloseureduzidoperíododeocupaçãooupeloreduzidonúmerodehorasdedesconfortoprevisível,podemdispensarorecursoàclimatização.
VI.5.1.2 NaapreciaçãodanecessidadedeinstalaçãodesistemasdeclimatizaçãodevemserseguidososprincípiosecritériosdefinidosemIV.7.2.
VI.5.1.3 Ossistemasdeclimatizaçãodevemserconcebidosdeformaintegradacomaarquitectura,aqualidadetérmicadaenvolvente,operfildeutilizaçãodosespa-çosdoedifícioeascargasinternasdeiluminação,equipamentoseocupantes,optimizandoaeficiênciaenergéticadoedifícioecumprindoosrequisitosdeconfortoesegurançaaplicáveis.
VI.5.1.4 NocasodeedifíciosdotadosdesistemasdeclimatizaçãomecânicaequesejamabrangidospeloRSECE(áreasuperiora1000m2,potênciatérmicadossistemasdeclimatizaçãosuperiora25kW),devemsercumpridasasexigênciasregula-mentaresprevistas.Nocasodeedifícioscomsistemasquenãosejamabran-gidospeloRSECE,as instalaçõesenergéticasdevemobedeceraosprincípiosdefinidosnesseregulamento,nomeadamentenosaspectosdeprojecto,ensaio,instalaçãoemanutenção.
VI.5.1.5 O sistema de climatização a adoptar deve atender ao tipo de utilização eocupação dos espaços, devendo ser privilegiados sistemas demaior inércianoslocaiscomocupaçãocontínuaouquecareçamdeclimatizaçãocontínuaesistemasdemenorinérciaparaespaçoscomocupaçãodecurtaduração.
VI.5.1.6 Osistemadeclimatizaçãodeveserconcebidoedimensionadoatendendoaosrequisitos de confortohigrotérmicodefinidos em IV.7.2, devendooprojectoapresentar:
a) Memóriadescritivaejustificativaenotasdecálculocontendo:- Descriçãogeraldoedifício,comidentificaçãodoslocaiseocupação;- Característicastérmicasdoselementosdaenvolvente;- Condiçõesclimáticasexteriores;
ORSECEédecumprimentoobrigatórioparaasgrandesintervençõesdereabili-taçãorelacionadascomaenvolvente,asinstalaçõesmecânicasdeclimatizaçãoouosdemaissistemasenergéticosdoedifícioeàszonasampliadasemedifíciosexistentes(emqueaintervençãonaparteoriginalnãoatingeolimiardefinidoparasasgrandesintervençõesdereabilitação).ORSECEtambémseaplicaàins-talaçãodenovossistemasdeclimatizaçãoequandoapotênciatérmicainstaladaésuperiora25kW.
- Condiçõesdeambienteinteriorconsideradas,caudaisdeventilaçãoedescriçãodoperfildeocupaçãoedascargastérmicasdosdiferentesespaços;
- Paraoslocaisondesãorequeridascondiçõesdeconfortohigrotérmicodevemserindicadasastemperaturasinterioresprevisíveisnaausênciadesistemadeclimatizaçãoeonúmerodehorasemquesãoexcedidasastemperaturasde16°Cede29°C;
- Resultadosdocálculodascargastérmicasporzonaeparaoedifícioe das necessidades térmicas anuais do edifício, com indicação dosmétodosdecálculoadoptados;
- Descriçãodetalhadadosistemadeclimatizaçãoprojectadoparacadazonadoedifício;
- Dimensionamento das redes de distribuição de fluidos térmicos (are água), com determinação das características das bombas (caudal,pressão, rendimento, potência absorvida, potência instalada evelocidade de rotação), dos ventiladores (caudal, pressão estáticae dinâmica, rendimento, potência absorvida, potência instalada evelocidadederotação)edeeventuaismecanismosdeequilíbrio;
- Dimensionamentodacentral térmicadeproduçãodecaloredefrioedaunidadede tratamentodear, comespecificaçãodas classesdefiltrosdaUTA;
- Selecção e especificação dos diversos elementos da instalação combasenosresultadosdodimensionamento;
- Dimensionamentodosquadrosedainstalaçãoeléctricadosistemadeclimatização;
- Descriçãodetalhadadosistemadecontroloeregulaçãodainstalaçãodeclimatizaçãoedeeventuaissistemasdegestãocentralizada;
- Indicaçãodasnecessidadesdefornecimentodeenergia(electricidade,gás,fuel,etc.)paraosistemadeclimatização,osquaisserãoobjectodedimensionamentonoprojectodessasinstalações;
- Cálculo dos consumos energéticos mensais e anuais dos sistemasenergéticos e de climatização do edifício, determinação do IEE everificaçãodolimiteindicadoemIV.7.2.
b) Desenhoseesquemasdefuncionamentodasinstalaçõesenergéticas:- Esquemadeprincipiodacentraltérmicadeproduçãodecalorefrioe
dosequipamentosauxiliares;- Esquemadeprincipiodasredesdedistribuiçãodosfluidostérmicose
dosseusacessórioscomindicaçãodoscaudaisetemperaturas;- Esquemadeprincípiodosistemadecontrolodainstalação;- Esquemadainstalaçãoeléctricadosistemadeclimatização;- Esquemadainstalaçãodeabastecimentodecombustíveis;- Plantadasaladasmáquinas;- Desenhos detalhados do sistema de climatização que permitam a
boa execução dos trabalhos com indicação das condutas, tubagens,
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unidadesterminais,registos,válvulas,acessórios,fixaçãoeapoiosdoscomponenteseequipamentos.
c) Mapa de medições indicando a quantidade e qualidade dos trabalhosnecessáriosparaaexecuçãodosistemadeclimatização;
d) Cadernodeencargosdetalhandoascondiçõestécnicas,geraiseespeciais,dosistemadeclimatização;
e) Especificação dos ensaios a realizar para a regulação e a recepção dainstalaçãodeclimatização;
f) Paraafasedelicenciamento,elaboraçãodasfichasprevistasnoRCCTEounoRSECE,termoderesponsabilidadedotécnicoresponsávelpeloprojectodeclarando a satisfação dos requisitos regulamentares e declaração deconformidadesubscritaporumperitonoâmbitodoSCE.
Alistaanteriorpodeseradaptadatendoemcontaadimensãoeosequipamentosutilizadosnosistemadeclimatização.
VI.5.2 SEGURANÇAAOINCÊNDIO
VI.5.2.1 O sistema de climatização deve ser concebido e instalado de modo a nãoconstituircausadeincêndionemcontribuirparaasuapropagação,deacordocomaregulamentaçãodesegurançaaoincêndioaplicáveleoestabelecidoemIV.2(SegurançaaoIncêndio).
VI.5.3 SEGURANÇACONTRAINTRUSÃOEVANDALISMO
VI.5.3.1 Osistemadeclimatizaçãodeveserconcebidoeinstaladodemodoaminimizaroriscodeintrusãodepessoaseactosdevandalismo.
VI.5.3.2 Ascondutasetubagensdosistemadeclimatização,principalmenteassituadasnasfachadas,nãodevempossibilitaroescalamento.
VI.5.3.3 Osistemadeclimatizaçãodeveserconcebidoeinstaladodemodoaminimizaroriscodeintrusãodeanimais,devendoserprevistasredesdeprotecçãonasaberturasdossistemasdeventilaçãomecânica.
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VI.5.4 SEGURANÇANAUTILIZAÇÃO
VI.5.4.1 O sistema de climatização deve ser concebido e instalado de modo a nãoapresentar nas zonas acessíveis rugosidade excessiva, arestas cortantes ousaliênciasperigosascapazesdeprovocarlesõesouferimentosnosocupantes;nãodevemaindacontersubstânciasperigosascapazesdeprovocardanosàsaúde,casosejammanuseadosouingeridos.
VI.5.4.2 Alocalizaçãodasunidadesterminaisdosistemadeclimatizaçãodeveserestudadadeformaaminimizarelementossalientes,nomeadamenteemzonasdecirculaçãoelocaisdeutilizaçãocomum,enãodevempropiciarsituaçõesperigosasparaosutilizadores. Nesse sentido, as unidades terminais do sistema de climatizaçãodevemserinstaladaspreferencialmentenotectooujuntodotecto,devendoserlimitadaasuautilizaçãojuntoaopavimentodaszonasdecirculação.
VI.5.4.3 AstubagensderedesdeáguadevemobedeceraoprevistoemVI.1(Abastecimentoedistribuiçãodeágua).
VI.5.4.4 Atemperaturasuperficialdaspartesquentesacessíveisdosistemadeclimatiza-çãodeveserinferiora45°C,salvoseestiveremsituadasemlocaisdeacessocondi-cionadoeestiverassinaladodemodoevidentequeexisteperigodequeimadura.
VI.5.4.5 Atemperaturasuperficialdaspartesfriasacessíveisdosistemadeclimatizaçãodevesersuperiora0°C.
VI.5.4.6 Osequipamentoseléctricosdevemsatisfazerosrequisitosdeprotecçãoeléctrica.
VI.5.4.7 O sistema de climatização deve estar dotado de dispositivos de segurança(pressostatos, termóstatos, válvulas de segurança, vasos de expansão,purgadores)queminimizemoriscodeacidentes.
VI.5.4.8 Osequipamentosmecânicos(motores,ventiladores,etc.)devempossuirprotecçãomecânicaqueeviteoferimentodepessoasemsituaçõesdecontactoinadvertido.
VI.5.4.9 Os equipamentos mecânicos e de produção térmica devem estar situadospreferencialmente num compartimento (espaço) independente (ou mesmoseparado)doedifíciodeacessoreservadoaopessoalespecializadoeostentarna porta a indicação “Sala das máquinas”. No caso de serem instaladosequipamentos com potência nominal superior a 70 kW tem de ser criadanecessariamenteumasaladasmáquinas.Asaladasmáquinasdeveestardotadada ventilação adequada para garantir o bom funcionamento dos aparelhosde combustão, dos sistemas frigoríficos ou da bomba de calor, reunindo ascondiçõesprevistasnasnormas,regulamentoselegislaçãoespecíficaaplicável.Asaladasmáquinasnãodeveestarsituadaabaixodoníveldoterreno.
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VI.5.4.10 Juntodasunidadesterminaiseórgãosderegulaçãoecontrolodevemexistirindicaçõeselucidativasquantoaomododeoperar.
VI.5.4.11 Deve ser fornecido manual de utilização das instalações energéticas e declimatização,fornecendoindicaçõessintéticasparaosocupantesedetalhadasparaopessoaltécnicoespecializado.
VI.5.5 ESTANQUIDADEÀÁGUA
VI.5.5.1 Asredesdeáguaeasredesdedrenagemdeáguasdecondensaçãodevemserestanques.
VI.5.5.2 Deveserrealizadoensaiodeestanquidadeàáguadasredescomestasàvistaesemisolamentotérmico.
VI.5.5.3 O atravessamento dos elementos da construção pelas tubagens ou pelascondutasnãopodecomprometeraestanquidadeàáguadoedifício.
VI.5.5.4 Nos sistemas em que seja utilizada água como fluido térmico o ramal quealimentaocircuitofechadodeveestardotadodefiltroecontadordeáguaparaocontrolodefugas.Nasinstalaçõesdeáguaemcircuitofechadotemdeserasseguradaaindependênciaentrearededeabastecimentodeáguaeocircuitofechadoparaevitaracontaminaçãodarededeáguapotável.
VI.5.6 CONFORTOHIGROTÉRMICOEEFICIÊNCIAENERGÉTICA
VI.5.6.1 Aquecimentoambiente
VI.5.6.1.1 Independentemente dos resultados obtidos para o número de horas comtemperaturainferiora16°C,considera-sequeosespaçosfrequentadospelosocupantes(áreasdeactividades,convívio,refeiçõeserepouso)eosgabinetesdevemestardotadosdesistemadeaquecimentoambiente.
VI.5.6.1.2 Na selecção do tipo de sistema de aquecimento ambiente devem ser tidosemcontaaminimizaçãodoconsumodeenergiaeoscustosdeinvestimentoe de exploração da instalação, e deve ser dada preferência a sistemas comdistribuiçãodeáguaquente,sendodesaconselhadossistemasdeaquecimentocombasenoefeitodeJoule.
VI.5.6.1.3 Nocasodesistemascomáguaquente,odimensionamentoeaconcepçãodacentraltérmicadeveteremcontaaproduçãodeáguaquentesanitária.
VI.5.6.1.4 Osistemadevepreverocontroloindividualizadodascondiçõesdeconfortoemcadaespaço.Omecanismodecontrolodevepermitirdesligaroaquecimentodosdiferentesespaços,tendoemcontaanãoocupaçãodosmesmosouapreferênciadosocupantes.Paraminimizarosconsumosdeenergia,oaquecimentoambientedeveestarlimitadoaumatemperaturamáximade22°C.
VI.5.6.1.5 Aredededistribuiçãodofluidotérmicodeveserdevidamenteisoladadeformaaminimizarasperdastérmicas,emconformidadecomoespecificadonoanexoIIIdoRSECE[1].
VI.5.6.1.6 Ascaldeirasinstaladasdevemsatisfazeraosrequisitosdadirectivacomunitáriarelativa às exigências de rendimento para novas caldeiras de água quentealimentadascomcombustíveislíquidosougasosos[13].
VI.5.6.1.7 Asbombasdecalordevemserprojectadas,construídas,instaladaseensaiadasdeacordocomanormaNPEN378[9].
VI.5.6.2 Arrefecimentoambiente
VI.5.6.2.1 Independentemente dos resultados obtidos para o número de horas comtemperatura superior a 29 °C, pelo menos os espaços frequentados pelosocupantesduranteoperíododiurno(áreadeactividades,convívioerefeições)devem estar dotados de sistema de arrefecimento ambiente, devendo osistemadearrefecimentoserextensívelaosgabineteseàszonasderepousonosedifíciossituadosnaszonasclimáticasV2eV3.
VI.5.6.2.2 Naselecçãodotipodesistemadearrefecimentoambientedevemsertidosemcontaaminimizaçãodoconsumodeenergiaeoscustosdeinvestimentoedeexploraçãodainstalação.
VI.5.6.2.3 Osistemadevepreverocontroloindividualizadodascondiçõesdeconfortope-losocupantes.Nosespaçoscomunsocontrolodeveserefectuadoapenaspelosfuncionários.Omecanismodecontrolodevepermitirdesligaroarrefecimentodosdiferentesespaços,tendoemcontaanãoocupaçãodosmesmosouaprefe-rênciadosocupantes.Paraminimizarosconsumosdeenergia,oarrefecimentoambientedeveestarlimitadoaumatemperaturamínimade23°C.
VI.5.6.2.4 Aredededistribuiçãodeveserdevidamenteisoladacombarreirapára-vaporde forma a minimizar as perdas térmicas e a ocorrência de condensaçõessuperficiais,emconformidadecomoespecificadonoanexoIIIdoRSECE[1].
VI.5.6.2.5 Nossistemasdearrefecimentoondesejaprevisívelaocorrênciadecondensaçõesna unidade terminal (ex.: ventilo-convectores, unidade evaporadora) devemestarprevistosdrenosparaaáguadecondensação.Adrenagemdecondensadosdeve serencaminhadaparaa redededrenagemdeáguas residuaispluviaisoudeáguasresiduaisdomésticas.Nocasodeorespectivoramalestarligado
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àrededeáguas residuaisdomésticas,deveserdotadode fechohídricoqueimpeçaapassagemdeodores.
VI.5.6.2.6 Para minimizar as necessidades de arrefecimento deve ser assegurada aintensificação da ventilação no período nocturno através de ventilaçãotransversalpelaaberturadasfolhasmóveisouporsistemamecânico.
VI.5.6.2.7 Osequipamentosdearrefecimentoeasbombasdecalordevemserprojectadas,construídas,instaladaseensaiadasdeacordocomanormaNPEN378[9].
VI.5.6.3 Aspectoscomuns
VI.5.6.3.1 Alocalizaçãodasunidadesterminaisdeveserestudadadeformaaassegurarumambiente interiorhomogéneoeaminimizar fenómenosdedesconfortolocal,comoaassimetriadatemperaturaradianteeoriscodecorrentesdear.
VI.5.6.3.2 Naconcepçãodosistemadeclimatizaçãoeventilaçãodeveprocurar-seestabeleceroescoamentodoardoslocaisclimatizadosparaos locaiseventualmentenãoclimatizados,promovendoahomogeneizaçãotérmicadoambienteinterior.
VI.5.6.3.3 Naespecificaçãodossistemasdearrefecimentooudabombadecalordeveserdadapreferênciaaosfrigorigéneosqueminimizemopotencialdeaquecimentoglobalequeminimizemopotencialdedestruiçãodacamadadeozono.
VI.5.6.3.4 O fornecimento de energia eléctrica ao sistema de climatização deve serobjectodecircuitoindependenteedotadodecontadordeenergia.Ascaldeirastambémdevemserdotadasdecontadordecombustível.
VI.5.6.3.5
VI.5.6.4 Eficiênciaenergética
VI.5.6.4.1 Nosnúmerosseguintessãoidentificadosváriosaspectosdeprojectoquedevemsertidosemcontaparamaximizaraeficiênciaenergéticadoedifício.
VI.5.6.4.2 Apotênciatérmicadosequipamentosainstalarnãodeveexcederem40%ovalordapotênciatérmicanominaldeterminadadeacordocomoreferidoemIV.7.2,sendocontudoadmissíveladoptarequipamentodesérienoescalãodepotênciaimediatamentesuperior.
Devemserinspeccionadostodososdispositivosdesegurançadasinstalaçõesdeclimatização,nomeadamentedosequipamentoseléctricosedosequipamentossobpressãoe,casosejanecessário,devemsertomadasasmedidasadequadasparareporosníveisdesegurançaprevistosnalegislaçãoenormalizaçãoaplicável.
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VI.5.6.4.3 Nos edifícios abrangidos pelo RCCTE as necessidades térmicas anuais e asnecessidadesdeenergiaprimárianãopodemexcederoslimitesdefinidosnoRCCTE.NosedifíciosabrangidospeloRSECErecomenda-sequeasnecessidadestérmicasdeterminadaspelametodologiadoRSECEnãoexcedamtambémoslimitesdoRCCTE,atendendoaquenoRSECEapenasexistemlimitesparaasnecessidadesenergéticastotaisanuais.
VI.5.6.4.4 Osedifíciosdevemsatisfazeraolimitedoíndicedeeficiênciaenergética(IEE)definidoemIV.7.2.
VI.5.6.4.5 No projecto de novos sistemas de climatização devem ser respeitados osrequisitosdeeficiênciaenergéticadeacordocomoprevistonoArtigo14.ºdoRSECEedesdequesejamviáveiseconomicamente.
VI.5.6.4.6 Naconcepçãoarquitectónicaedaenvolventedoedifíciodevemsercontempladasassoluçõespassivasdeaquecimento/arrefecimentoedeiluminaçãonatural(verIV.7.1eIV.9.1).Ossistemasdeiluminaçãoartificialdevemsatisfazeraoslimitesrecomendados em IV.10 (Iluminação artificial. Eficiência energética). Deve serincentivadaautilizaçãodeequipamentoseficientes(ex.:computadorespessoais,máquinas de fotocópias, impressoras). Devem ser dadas instruções sintéticassobreaformadeutilizaçãoeficientedessesequipamentoseotécnicoresponsáveldoestabelecimentodeveacompanharasuaimplementaçãoaolongodotempo.
VI.5.6.4.7 Naconcepçãodasredesdedistribuiçãodefluidosdevemserminimizadasasperdasdecargaedevemserseleccionadosequipamentoseficientestambémpara a carga parcial. Como referência deve limitar-se a potência eléctricainstaladaparaaventilaçãomecânicaa0,5W/(m3/h),devendoessapotênciaserinferiora0,25W/(m3/h)eminstalaçõesdeelevadaeficiência.
VI.5.7 CONFORTOACÚSTICO
VI.5.7.1 Osistemadeclimatizaçãodeveserconcebido,instaladoeutilizadodeformaasatisfazerosrequisitosdeconfortoacústico.
VI.5.7.2 Osistemadeclimatizaçãonãodeveconstituirumafontederuídoimportanteparaoambientecircundante.
VI.5.7.3 Os elementos mecânicos com emissão de ruído e vibrações devem estarafastadosdosespaçosondeserealizamactividadesqueexigemconcentraçãoesossego.
VI.5.7.4 No atravessamento de elementos da construção deve ser assegurada adessolidarizaçãodastubagensecondutasparaevitarapropagaçãoderuídosevibrações.
Na concepção das redes de distribuição de fluidos devem serminimizadas asperdasdecargaedevemserseleccionadosequipamentoseficientestambémparaa cargaparcial.Como referênciadeve limitar-seapotênciaeléctrica instaladaparaaventilaçãomecânicaa1,0W/(m3/h),devendoessapotênciaserinferiora0,50W/(m3/h)eminstalaçõesdeelevadaeficiência.
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VI.5.7.5 Devem ser evitados ruídos associados ao escoamentodefluidos, através daminimizaçãodasperdasdecargaoureduçãodasvelocidadesdeescoamento,sendo particularmente importante uma adequada selecção das unidadesterminaisdeinsuflaçãoeextracçãodear.
VI.5.8 QUALIDADEDOAR
VI.5.8.1 Osistemadeclimatizaçãodeveserconcebido,instaladoeutilizadodeformaaasseguraraqualidadedoarinterior.
VI.5.8.2 Osistemadeclimatizaçãodeveserconcebido,instaladoeutilizadodeformaaminimizaroimpactenaqualidadedoarexterior,principalmentenaszonaspróximas do edifício, através de uma adequada localização dos pontos deevacuaçãodearpoluídooudosprodutosdacombustão.
VI.5.8.3 Nossistemasdeclimatizaçãoemquehajaproduçãodeaerossóis(ex.:torresde arrefecimento ou humidificadores por água liquida) deve ser avaliada apresençadecolóniasdeLegionelladeacordocomoprevistonoRSECE[1].
VI.5.8.4 Ascondutasdedistribuiçãodeardevemsermetálicaserígidaseoisolamentodeveseraplicadonoladoexteriordascondutas.Ascondutasflexíveisdevemlimitar-seaostroçosdepequenocomprimentoparaligaçãoàsunidadesterminais.
VI.5.9 DURABILIDADEEMANUTENÇÃO
VI.5.9.1 Osistemadeclimatizaçãodeveserconcebido,instaladoesubmetidoaacçõesdemanutençãopreventivadeformaaassegurarumperíododevidaútilnãoinferiora25anos.
VI.5.9.2 Osmateriaiserespectivosrevestimentosdevemserseleccionadostendoemcontaoseugraudeexposiçãoepossuirumadurabilidadedepelomenos25anosquantosubmetidosàstarefasdemanutençãonormais.
VI.5.9.3 Naconcepçãodossistemasdeclimatizaçãodeveserprevistooacessoatodososcomponentesdainstalaçãoparapossibilitarasualimpezaemanutenção,incluindoalimpezadointeriordascondutas.Nessesentido,quandonecessário,no projecto devem ser previstas portas de visita ao interior das condutas ecomponentesdainstalação.
VI.5.9.4 Todososregistosezonasdedescontinuidadedascondutasdeardevemestaracessíveisparalimpezaemanutenção.
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VI.5.9.5
VI.5.9.6 Astubagenspodemsermontadasàvista,emcaleiras,emductos,emtectosfalsos ou embutidas, tendo e conta a realização de eventuais operações demanutençãooureabilitação.(verVI.1.1).
VI.5.9.7 Osmateriaisdeisolamentotérmicodastubagensecondutasdevemserimputres-cíveis,nãocorrosivos,nãofriáveis,resistentesaosmicrorganismoseàhumidade.
VI.5.9.8 As condutas e tubagens devem estar fixas de modo permanente através depeçascomespaçamentoadequadoparaassegurarorespectivosuportedevendo,quandonecessário,serinstaladaspeçasparacompensarasdilataçõestérmicas.
VI.5.9.9 Asgrelhasedifusoresdevemserdesmontáveisparafacilitarasualavagemelimpeza.
VI.5.9.10 No projecto devem estar especificados os acessórios que permitam umafácilmonitorizaçãododesempenhodosistemae indiciemanecessidadedeintervençõesdemanutençãodosistemadeclimatização.
VI.5.9.11 Comopontosdemediçãoparamonitorizaçãoeminstalaçõescompotênciadeclimatizaçãosuperiora25kWdevemprever-seosseguintes[1]:a) Consumoeléctriconosmotorescompotênciasuperiora5kW;
b) Estadodecolmatagemdosfiltrosdear;
c) Estadodecolmatagemdosfiltrosdeágua;
d) Estadoaberto/fechadodosregistoscorta-fogo;
e) Gasesdecombustãodecaldeirascompotênciasuperiora100kW;
f) Temperaturadoarexterior;
g) Temperaturadoarinteriorporzonaclimatizada;
h) Temperaturadaáguadeida/retorno;
i) TemperaturadeinsuflaçãodearnasUTA;
j) Contadores de energia para os equipamentos de produção térmica(sistemasfrigoríficos,bombadecalorecaldeiras).
VI.5.9.12 Devesernomeadoumtécnicoresponsávelpelofuncionamentodossistemasenergéticosedeclimatizaçãodoedifício, incluindoa suamanutenção,bemcomoagestãodainformaçãotécnicaedosconsumosdeenergia.
Devemsercriadaszonasdeacessoaoscomponentesdainstalaçãoparapossibilitarasuamanutenção,incluindoalimpezadointeriordascondutas.
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VI.5.9.13 O projectista e o instalador devem fornecer um manual de utilização emanutençãodossistemasenergéticosedeclimatização,oqualdeveestabelecerastarefasdemanutençãoprevistas(tendoemcontaasinstruçõesdosfabricantesdosequipamentos),recomendaçõessobreocontroloeeventualregulaçãodasinstalaçõesenergéticas.
VI.5.9.14 Noplanodemanutençãodeveconstar:
a) Identificaçãocompletadoedifícioeasualocalização;
b) Identificaçãoecontactosdotécnicoresponsável;
c) Caracterização sumária do edifício e representação esquemática dosistemadeclimatizaçãocomaidentificaçãodosseuscomponentes;
d) Descrição detalhada dos procedimentos de manutenção em função dosequipamentos,incluindoaperiodicidadedasinspecções,limpeza,manutençãoeindicaçãodasqualificaçõesdotécnicoquerealizaessastarefas;
e) Folhaderegistodasintervençõesdemanutençãorealizadasporequipamento;
f) Planodemediçõesarealizareregistodessainformaçãoparaconstituiçãode histórico do funcionamento da instalação. As caldeiras e outrosequipamentos de produção de calor ou frio devem ser inspeccionadosperiodicamentedeacordocomoprevistonoArtigo36.ºdoRSECE;
g) Otécnicoresponsáveldevemanteruma listaactualizadadoseventuaisprestadoresdeserviçosdemanutençãoedoscontactosdosfornecedoresdeequipamentosecomponentes.
VI.5.10 AVALIAÇÃODACONFORMIDADE
VI.5.10.1 Aavaliaçãodaconformidadedossistemasenergéticosedeclimatizaçãopodeserrealizadaporensaio,porcálculoouporinspecção.
VI.5.10.2 Oprojectoeocadernodeencargosdevemsersuficientementedetalhadosdefor-maapossibilitaremaverificaçãodaconformidadedaobracomoseuconteúdo.
VI.5.10.3 Os ensaios de recepção da instalação devem ser especificados na fase deprojectoedevemprever(AnexoXIVRSECE[1]):
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a) Ensaiosdeestanquidadedarededetubagens,arealizarcomatubagemàvistaesemisolamentotérmico;
b) Ensaiosdeestanquidadedarededecondutas,arealizarcomascondutasàvistaesemisolamentotérmico;
c) Mediçãodos caudaisdeáguaedear emcada componentedo sistema(radiador,ventilo-convector,UTA,grelhadeinsuflaçãoeextracção);
d) Mediçãodosconsumosdeenergianospropulsoresdefluidos,caldeiraemáquinafrigorifica;
e) Verificaçãodasprotecçõeseléctricas;
f) Verificaçãodosistemadecontroloeregulação;
g) Limpezadasredesecomponentes;
h) Naexecuçãodosensaiosenadefiniçãodoscritériosdeaceitaçãodevemserseguidososregulamentoseasnormasaplicáveis,nomeadamente:NPEN378[9],EN14336[10],EN15378[11],EN12599[12].
VI.5.10.4 Após a construção devem ser entregues os certificados dos materiais eequipamentosinstalados.
VI.5.10.5 Osequipamentosdevemostentarchapadeidentificaçãoemlocalbemvisívele ser acompanhados de documentação técnica em língua portuguesa comindicaçãodassuaspropriedadesprincipais.
VI.5.10.6 A recepção das instalações só pode ser efectuada após a entrega das telasfinais,domanualdeutilização,domanualdemanutenção,doscertificadosedocumentaçãotécnicadosequipamentos,dorelatóriodosensaiosderecepçãoedocertificadoemitidopeloperitoqualificadonoâmbitodoSCE.
VI.5.11 REFERÊNCIAS
[1] DECRETO-LEIn.º79/2006,de4deAbril–Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização de Edifícios (RSECE).
[2] DECRETO-LEIn.º118/98,de7deMaio–Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização de Edifícios (RSECE).
[3] DECRETO-LEIn.º80/2006,de4deAbril–Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).
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[4] DECRETO-LEI n.º 78/2006, de 4 de Abril – Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE).
[5] GOULDING, J. R. [et al.] – Energy in architecture. The european passive solar handbook.London:B.T.Batsford,1992.
[6] ASHRAE – 2007 ASHRAE Handbook – HVAC Applications. Atalanta: ASHRAE,2007.
[7] ASHRAE–2005 ASHRAE Handbook – Fundamentals.Atalanta:ASHRAE,2005.
[8] ASHRAE–2004ASHRAE Handbook –HVAC systems and equipment.Atalanta:ASHRAE,2004.
[9] NPEN378:2001–Sistemas frigoríficos e bombas de calor. Requisitos de segurança e protecção ambiental. Partes 1 a 4.Lisboa:IPQ.
[10] EN14336:2004–Heating systems in buildings – Installation and commissioning of water based heating systems.Brussels:CEN.
[11] EN15378:2007–Heating systems in buildings – Inspection of boilers and heating systems.Brussels:CEN.
[12] EN12599:2000–Ventilation for buildings – Test procedures and measuring methods for handing over installed ventilation and air conditioning systems.Brussels:CEN.
[13] Directiva 92/42/CEE relativa às exigências de rendimento para novas caldeiras de água quente alimentadas com combustíveis líquidos ou gasosos,de 21 de Maio de 1992, e posteriores actualizações.
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VII. ECONOMIA,DURABILIDADEEMANUTENÇÃO
VII.1.1 REQUISITOSGERAIS
VII.1.1.1 Osedifíciosdevemserconcebidosdeformaasatisfazeremaexigênciadeumcustoglobalmínimoduranteoseuperíododevidaútil,entendendo-seporesteúltimooperíododuranteoqualasconstruçõesmantêmumdesempenhocompatívelcomasexigênciasestabelecidas,semnecessidadedeintervençõesparaalémdasuamanutenção.
VII.1.1.2 Nafasedeprojecto(eemtodasasfasessubsequentesnasquaishajalugaraintervençãonoedifício),devemserescolhidassoluçõesqueminimizemocustototaldoedifício,compostopeloscustosdeinvestimentoinicial(construçãooucompradoedifício),deexploração/utilização(particularmenteoscustosdeenergia),demanutençãoedereparação/substituiçãoeaindapeloscustosdefimdociclodevidadoedifício(ex.:demoliçãoe/oureconversão).
VII.1.1.3 Aescolhadoselementosedosequipamentosdaconstruçãodevesersuportadaporanáliseseconómicas relativasaoperíododevidaútildoedifício.Essasanálisespoderãorecorrer,porexemplo,amapasondefigurememprevisãooscustosmencionadosnaorçamentaçãodistribuídosaolongodetodooperíododevidaútil,eaocálculodaactualizaçãodetodosessesmontantesparaoinstanteinicial,utilizandoumataxadeactualizaçãoadequada.Nestaanálisedevecontudoserponderado,paraalémdoscustos,oníveldequalidadeededesempenhodoselementoseequipamentosdaconstruçãoeasuaadequaçãoaosobjectivospretendidos.
VII.1.1.4 Oscustosdeinvestimentoinicialassociadosàconstruçãoouàaquisiçãodeumedifícioresultamdosomatóriodeváriasparcelasenglobadasnoquesedenominaporcustodeproduçãoeporcustofinal.
VII.1.1.5 Ocustodeproduçãointegraosencargosenvolvidosnaconstruçãodoedifício,nomeadamenteoscustosdosmateriais,dosequipamentosedamão-de-obra,oscustosdemão-de-obraindirecta,osencargosadministrativosefinanceirosda empresa construtora e os encargos de estaleiro da obra. Neste custo
Osedifíciosexistentesdevemserutilizados,mantidosegeridosdemodoasatisfazeremaexigênciadeumcustoglobalmínimoduranteoperíododevida útil dosmesmos, entendendo-se por este último o período durante oqualasconstruçõesmantêmumdesempenhocompatívelcomasexigênciasestabelecidas,semnecessidadedeintervençõesparaalémdasuamanutenção.As soluções técnicas desses edifícios devem, deste modo, permitir umaminimizaçãoconjuntadoscustosdeexploração,demanutençãoedefimdeciclodevidadosedifícios.
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consideram-se incluídos todos os encargos relacionados coma construçãodosedifícios,comexcepçãodoscustosdas infra-estruturas,doterreno,doprojecto e da actividade de fiscalização/gestão da qualidade. Este custo édirectamente comparável ao valor das propostas apresentadas a concursopelosempreiteiros(valordeadjudicação).
VII.1.1.6 Ocustodeproduçãoreferidoaom2deáreabruta(áreamedidapeloperímetroexteriordasparedesdoedifício)obtém-seapartirdeumaexpressãogenéricaquetemaseguintedecomposição:
Cprod=Cdirx(1+%equip+%estal+%encest+%lucro+%encfin+%infla)
emque:
Cprod–custodeproduçãodoedifícioreferidoaom2deáreabruta
Cdir–custodirectodoedifícioreferidoaom2deáreabruta
%equip– incidênciadocustodeequipamentosnocustodirectodacons-trução
%estal–incidênciadocustodeestaleironocustodirectodaconstrução
%encest–incidênciadosencargosdeestruturadaempresanocustodirectodaconstrução
%lucro–incidênciadomontantedoslucroseimprevistosnocustodirectodaconstrução
% encfin– incidência dos encargosfinanceiros no custo directo da cons-trução
%infla–incidênciadainflaçãonocustodirectodaconstrução
VII.1.1.7 OcustodirectoCdirpodeserobtido,atítulodereferência,apartirdasFichasdeRendimentosdoLNEC[3],asquaiscontêm,paraalémdosrecursosnecessáriosà realização das operações de construção, os custos a elas associados. Pode
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noentantoserestimadoemfunçãodoníveldequalidadedaconstrução,dastipologiasexistentesedosencargosfinanceiros,peloqueosvaloresdocustodeproduçãoCprodsãotambémafectadosporestesfactores.
VII.1.1.8 Aoutraparceladocustoquecompõeoinvestimentoinicialéocustofinal.Ocustofinalrepresentaosomatóriodosencargosrelativosàconstruçãodainstalaçãoesuaenvolvente,istoé,todososencargosdirectoseindirectosdo(s)edifício(s),doterreno,dasinfra-estruturas,dosprojectosedasactividadesdecoordenação, defiscalizaçãode obra e de gestãodaqualidade. Este custocorrespondeàtotalidadedosencargossuportadospelodonodeobra.
VII.1.1.9 Ocustofinalreferidoaom2deáreabrutapodeserobtidoapartirdeumaexpressãoquetemaseguintesdecomposição:
Cfinal=Cprodx(1+%finCprod+%proj+%infra+%fininfra)+Cterrx(1+%finterr)
emque:
Cfinal–custofinaldoedifícioreferidoaom2deáreabruta
Cprod–custodaproduçãodoedifíciocalculadonaexpressãoanterior
%finCprod–incidênciadosencargosfinanceirosnocustodeproduçãodaconstrução
%proj–incidênciadocustodoprojectonocustodeproduçãodaconstrução
%infra–incidênciadocustodasinfra-estruturasnocustodeproduçãodaconstrução
%fininfra–incidênciadosencargosfinanceirosdasinfra-estruturasnocustodeproduçãodaconstrução
Cterr–custodoterrenoreferidoaom2deáreabrutadaconstrução
% fin terr – incidência dos encargos financeiros relativos à aquisição doterreno
VII.1.1.10 Noscustosdeexploraçãodevemsercontabilizados,entreoutros,oscustosdeenergia(gás,electricidade,combustíveleoutros),oscustosdeconsumíveis(ilu-minação,equipamentoselectromecânicos,equipamentoseléctricos,água,gases,arcomprimido,etc.)eoscustosdecomunicações(telefones,Internet,TVsatélitee/oucabo,etc.)
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VII.1.1.11 Noscustosdemanutençãodevemsercontabilizadasasacçõesdemanutençãopreventivaeasacçõesdemanutençãocorrectiva.Asacçõesdemanutençãopreventiva são as que ocorrem periodicamente e programadas no tempo,com o objectivo de permitir que a vida útil prevista para os elementos eequipamentos da construção seja atingida sem perda de desempenho. Asacções de manutenção correctiva são aquelas que ocorrem na sequênciadeanomaliasounãoconformidadesetêmporobjectivoreporascondiçõesiniciaisdedesempenho.Estasacçõesdemanutençãodevemterporobjectotodososelementoseequipamentosquecompõemosedifícios,emparticularoselementosprimários,oselementossecundárioseasinstalaçõestécnicas.
VII.1.1.12 Nafasedelançamentodoconcursoparaexecuçãodaobra,éimportantequesejaelaboradopeloprojectistaummapadequantidadesdetrabalhocompleto,comarticuladosqueidentifiquemobjectivaeinequivocamenteostrabalhosarealizar,oqueseencontraincluídoe/ounãoincluído,equepreferencialmentetenhamumaligaçãofacilitadaàscláusulastécnicasespeciaisdocadernodeencargoscomelesrelacionadas(ex.:atravésdaadopçãodeumsistemadenumeração/codificaçãodeartigoscomumcomaquelascláusulas).
Estemapadeveorganizar-seseguindopreferencialmenteaseguinteestruturamínima:
1) Estaleiro
2) Trabalhospreparatórios
3) Demolições
4) Movimentodeterras
5) Arranjosexteriores
6) Fundaçõeseredesenterradas
7) Estruturasdebetãoarmadoe/oupré-esforçado
8) Estruturasmetálicas
9) Estruturasdemadeira
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10)Estruturasdealvenariaecantaria
11)Estruturasmistas
12)Paredes
13)Elementosdecantaria
14)Elementosdecarpintaria
15)Elementosdeserralharia
16)Elementosdeplástico
17)Isolamentoseimpermeabilizações
18)Revestimentoseacabamentos
19)Vidroseespelhos
20)Pinturaseenvernizamentos
21)Instalaçõeseequipamentosdeáguas
22)Instalaçõeseequipamentosmecânicos
23)Instalaçõeseequipamentoseléctricos
24)Ascensoresemonta-cargas
25)Equipamentofixoemóvel
VII.1.1.13 Nasespecificaçõestécnicasdocadernodeencargosdevemestardefinidoscomobjectividadeerigoroscritériosdemediçãoaaplicaremcadatrabalho,demodoaqueoclausuladodosmapasdequantidadesdetrabalho,asquantidadesquenelesfiguram,osorçamentoselaboradospelosempreiteiros,arealizaçãodastrabalhosemobraeasuafacturaçãosejamtodosinterpretados,“lidos”e realizados segundo a mesma linguagem, prevenindo-se desta forma aocorrênciadeeventuaisconflitos,situaçõesdenão-qualidadeesobrecustosemobra.Aestepropósito,poderãoserutilizadasas regrasdemediçãodoLNECconstantesdoCursosobreRegrasdeMedição[2].
VII.1.1.14 Emfasedeobradeveserasseguradoumcontrolorigorosodos“trabalhosamais” (e os “trabalhos amenos”, quando existirem), contabilizando separa-
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damente segundo as seguintes rubricas: trabalhos damesma natureza doscontratuaiscomquantidadesexcedidasrelativamenteaoprevisto;trabalhosnovosdenaturezaigualatrabalhoscontratuaiscomaplicaçãodepreçoscon-tratuais;trabalhosdenaturezadiferentedoscontratuaiscompreçonovoacor-dado.Deveaindaserorganizadoumdossierondeseincluatodaainformaçãorelevanterelativaàquelestrabalhosamais,nomeadamente:justificativosdanecessidadedarealizaçãodotrabalho;propostajustificadadetrabalhoedepreçodoEmpreiteiro;autorizaçãodoDonodeObraparaarealizaçãodotra-balho;emediçõesdotrabalhorealizado.
VII.1.1.15 Aindaemfasedeobra,devesergarantidaarealizaçãocorrectadarevisãodepreços,decorrentedaaplicaçãoda legislaçãoemvigorsobreamatéria[3,4],particularmentenosaspectosqueserelacionamcomautilizaçãodefórmulaspolinomiais,comosejam:aaplicaçãodasfórmulaspolinomiais,autilizaçãodosíndicespublicadoseactualizados,econsideraçãodosefeitosnaquelasrevisõesdosadiantamentosedosatrasosdaobrarelativamenteaoprevisto(planodepagamentos).
VII.1.1.16
VII.1.2 INSTRUMENTOSTÉCNICOS
VII.1.2.1 Asentidadesgestorasdosedifíciosdevemdispordeinstrumentostécnicosenquadradores e orientadores das actividades ligadas à utilização e àmanutenção dos edifícios. Nestes instrumentos técnicos englobam-se osseguintestiposdedocumentos:CompilaçãoTécnica;ManualdeUtilizaçãoedeManutençãodosEdifícios;PlanodeManutenção;BasedeDadossobrecustosdeexploraçãodemanutençãoedereparação/substituição.
VII.1.2.2 A Compilação Técnica é um documento que reúne toda a informação denaturezatécnicarelevanteparaautilização,amanutençãoeareparaçãodasinstalaçõeseequipamentosdasconstruções.Devetercontributosdosdiversosintervenientes na construção (Projectista(s), Empreiteiro(s), Fornecedoresdemateriaisedeequipamentos,FiscalizaçãoeGestordaQualidade)edevesercompletadanodecorrerdetodooprocessoconstrutivo.Estedocumentoconstitui uma peça fundamental para a caracterização técnica do objectoconstruído,paraasuacorrectaexploraçãoeutilizaçãoeparaarealizaçãoemsegurançadasacçõesdemanutençãoedereparação/substituiçãonecessárias.
Noscustosdefimdeciclodevidasãocontabilizadasasacçõesdedemoliçãoe/oudereconversãoassociadasaofimdousodoedifício.
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VII.1.2.3 A Compilação Técnica deve ser constituída pelos seguintes conteúdosmínimos:
a) Fasedeprojecto|contributosdo(s)Projectista(s):- Peças escritas mais significativas (ex.: Memória Descritiva e
Justificativa);- PeçasDesenhadasmaissignificativas(ex.:plantas,alçadosecortesde
arquitectura);- Peçasdesenhadasdosprojectosdeinstalaçõestécnicasederedes(ex.:
plantaseperspectivas).
b) Fasedeobra|contributosdo(s)Empreiteiro(s),Fornecedoresdemateriaisedeequipamentos,FiscalizaçãoeGestordaQualidade:- Especificaçõestécnicasdemateriaisdeacabamentos;- Especificaçõestécnicasdeequipamentoselectromecânicos;- Documentos da qualidade (certificados, registo de verificações e
ensaios)dosmateriaiseequipamentosmaisrelevantesdaobra;- Plano de Manutenção, com indicações do tipo, meios necessários
e periodicidade da manutenção dos elementos e equipamentos daconstrução;
- Plano de segurança com as medidas a adoptar na utilização e nasoperaçõesdemanutençãodasinstalaçõeseequipamentos;
- Telasfinais.
c) Fase de utilização | contributos do(s) Projectista(s) e da(s) equipas deintervenção:- Peçasescritasedesenhadaseespecificaçõestécnicasmaissignificativas
relacionadascomintervençõesdealteraçãorealizadas.
VII.1.2.4 OManualdeUtilizaçãoedeManutençãodosedifícioséumdocumentocoma informaçãoconsideradaessencialparacorrectautilizaçãodosedifíciosepara a realização das acções demanutenção necessárias. Este documentodeve conter informações sobre procedimentos recomendáveis para autilização e manutenção dos edifícios, tais como: especificação do tipo emododeutilizaçãodosprincipaiscomponentes,instalaçõeseequipamentos;especificaçãodeprocedimentosgeraisdemanutenção;especificaçãodeumprogramademanutençãopreventivadecomponentes,de instalaçõesedeequipamentos dos edifícios; identificação dos componentes edifícios cujafaltademanutençãoécrítica.
NoAnexo1aopresentedocumentoapresentam-se,atítuloexemplificativo,ostópicosparaaelaboraçãodeumManualdeUtilizaçãoeManutenção.
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VII.1.2.5 OPlanodeManutençãodos edifícios é umdocumento coma informaçãodetalhada sobre a manutenção preventiva e correctiva dos componentes,das instalações e dos equipamentos dos edifícios. Deve descrever osprocedimentos de manutenção preventiva e correctiva ilustrados comfluxogramas de processo, o tipo de acções a realizar, osmeios humanos emateriaisautilizaremcadaintervenção,eestabelecerasuacalendarização.Deveaindaindicaroscritériosparaareparaçãoesubstituiçãodosdiversoscomponentes,instalaçõeseequipamentosdosedifícios.
VII.1.2.6 A constituição de uma Base de Dados sobre custos de exploração e demanutençãoéumimportanteauxílioàsactividadesdegestãodosedifícios,devendo ser promovidas com carácter de obrigatoriedade pelas entidadesresponsáveis por aquela gestão. Para cada componente, instalação eequipamentodosedifícios,devesercompilada informaçãosobreoscustosdeexploraçãoedemanutençãopreventivaecorrectivaverificadosaolongodoperíododevidaútil,bemcomoumresumodasacçõesrealizadasedasuaperiodicidade.
VII.1.3 REFERÊNCIAS
[1] MANSO, A.; FONSECA, M.; ESPADA, J. – Informação sobre custos. Fichas de Rendimentos.Lisboa:LNEC,2004.
[2] FONSECA,M.–Curso sobre Regras de Medição na construção. Lisboa:LNEC,1997.(CursoseSemináriosCS26).
[3] DECRETO-LEIn.º6/2004,de6deJaneiro–Estabelece o regime de revisão de preços das empreitadas de obras públicas e de obras particulares e de aquisição de bens e serviços.
[4] DESPACHOn.º1592/2004,de23deJaneiro–Estabelece novas fórmulas-tipo de revisão de preços para empreitadas postas a concurso a partir de 1 de Fevereiro de 2004.
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Anexo1—ManualdeManutençãoeUtilização—ElementosparaasuaElaboração
ÍNDICE
1. CARACTERIZAÇÃOGLOBALDOEDIFÍCIO
1.1 IDENTIFICAÇÃODOEDIFÍCIO(CADASTRO)
1.1.1 Localizaçãodoedifício
1.1.2 Datadeconstrução
1.1.3 Caracterizaçãofuncional
1.1.4 Identificaçãodoproprietárioecontactos
1.1.5 Registoslegais:conservatóriapredial,finançasemunicipal
1.1.6 Plantasdelocalização.Limitesdoterreno.Serventias
1.1.7 Documentaçãofotográfica
1.1.8 Elementosdas“telasfinais”
1.1.9 Peçasescritas
1.1.10 Livrodeobra
1.2 IDENTIFICAÇÃOPORELEMENTOSDECONSTRUÇÃODOEDIFÍCIO
1.2.1 Preparaçãodoterreno
Anexo1—ManualdeManutençãoeUtilização—ElementosparaasuaElaboração
1.2.2 Fundações
1.2.3 Estruturas
1.2.4 Paredesexteriores
1.2.5 Paredesinteriores
1.2.6 Pavimentos
1.2.7 Escadaserampas
1.2.8 Coberturas
1.2.9 Preenchimentodevãos
1.2.10 Guardasecorrimãos
1.2.11 Revestimentos
1.2.12 Equipamentosfixosesinalização
1.3 IDENTIFICAÇÃOPORINSTALAÇÕESTÉCNICASDOEDIFÍCIO
1.3.1 Abastecimentoedistribuiçãodeágua
1.3.2 Drenagemdeáguasresiduais
1.3.3 Abastecimentodegás
1.3.4 Redeeléctrica
1.3.5 Climatização
1.3.6 Iluminação
1.3.7 Telecomunicações
1.3.8 Ascensores(elevadoresemonta-cargas)
1.3.9 Segurançaaoincêndio
1.3.10 Segurançacontraintrusão
1.4 INFRA-ESTRUTURASNOLOGRADOURO
1.4.1 Drenagenscomplementares
1.4.2 Estacionamentos
1.4.3 Iluminaçãoexterior
1.4.4 Espaçosajardinados
1.4.5 Vedaçõesecercas
1.4.6 Pavimentos
1.4.7 Mobiliárioexterior
1.4.8 Canalizaçõesdeinstalações
1.4.9 Sinalização
2. ACTIVIDADESRELACIONADASCOMAMANUTENÇÃO
2.1 GESTÃODAMANUTENÇÃO
Definiçãodetarefasdecorrentesdagestãodamanutenção.Recolha,verificaçãoeorganizaçãodetodaainformaçãonecessáriaàgestãodamanutençãodo
edifício.Providenciarocorrectoarquivodadocumentação(catalogaçãoeacesso).
Tiposdedocumentação:
- Manuaiscominstruçõesdeutilização,exploraçãoemanutençãoparaelementosconstrutivoseparasistemasdeinstalações.Especificaçõesdemateriaise
equipamentosefectivamenteinstalados.Relaçãodefornecedoresdemateriaiseequipamentos(moradas,telefonesefax).Listasdepeçasdesubstituiçãoe
referênciascomerciais;
- Documentaçãodecarácteradministrativo:contratoscelebradoscomentidadesexteriores(empresasdeprestaçãodeserviços,seguradoras);
- Documentaçãorelativaasituaçõesdeemergênciaelistadetelefones;
- Estabelecimentodecontratoscomempresasexteriores,paraexecuçãodeoperaçõesdemanutençãocomplexasoudegrandevolumedetrabalhos.Seleccionar,
formareacompanharopessoalencarreguedamanutençãocorrentedoedifício.
2.2MANUTENÇÃOPLANEADAEMANUTENÇÃOCORRENTE
Definiçãodeprogramademanutençãoplaneada:periodicidadeseelementosconstrutivosousistemas.
Manutençãoplaneada:manutençãodealgunssubsistemas(AVAC,postodetransformação),pinturasexterioreinterior,substituiçãoereparaçãoderevestimentos
depiso.
Execuçãodeoperaçõescorrentesdemanutençãodesimplesexecução:pequenassubstituições(lâmpadasearmadurasdeiluminação,vidros,etc.)epequenas
reparações(torneiras,fechaduras,interruptoreseléctricos)elimpezadacobertura.
2.3REALIZAÇÃODEINSPECÇÕES
Inspecçõesefectuadasregularmentedeacordocomasprescriçõesdosfabricantes, legislaçãoounormasemvigorououtradocumentação(ex.:elevadores).
Metodologiaderecolhadeinformação.
Existênciadelistasdeverificação(checklists)paraasdiversaspartesdoedifíciocomosaspectosaverificar.
Fichaspararegistodasinformaçõesrecolhidas.
Critériosdeclassificaçãodoestadodeconservaçãoporelementoseglobaldoedifício.
3. ACTIVIDADESRELACIONADASCOMAEXPLORAÇÃOEFUNCIONAMENTO
3.1 GESTÃODECUSTOS(ANÁLISEDOCUSTOGLOBAL)
Recolhaeregisto,deformasistemática,doscustosiniciaisecustosdecorrentesdaexploraçãoemanutençãodoedifício.
Custosdemanutenção:actividadesplaneadaseactividadesdiversasnãoplaneadas.
Actividadesdiversasnãoplaneadas:executadasporpessoalpermanente(salários,equipamentosemateriais,armazenamentoefuncionamentodeoficina)ou
executadasporempresas(subcontratação-facturas).
Custosdeexploração:limpezadasinstalações,aquisiçãodematériasconsumíveisedeenergia,contratoseaquisiçãodeserviços.
Actividadesdelimpeza:executadasporpessoalpermanente(despesascomopessoaleaquisiçãodemateriaiseequipamentos)ouexecutadasporempresas
(subcontratação-facturas).
Aquisiçãodematériasconsumíveisedeenergia:água,gás,electricidade,outros.
Contratoseaquisiçãodeserviços:seguros,telecomunicações,segurançadoedifício,outros.
Outrasdespesas:pessoaldeapoio,serviçosadministrativos,outros.
3.2 GESTÃODEENERGIA
Controlodomodelodeconsumodeenergiadoedifícioeminimizaçãodosdesperdícios.
Acçõesdeformaçãoededivulgaçãodeinformaçãoútiljuntodosclientesedemaispessoal.
Viabilidadedeaplicaçãodenovastecnologias.
Recolhadedados(consumosmensaiseanuais)natotalidadedoedifícioouporzonas.
Contabilizaçãodeperdasdeenergiaexageradasemelementosoucomponentesdaenvolvente,perdaspormauisolamentodastubagensecanalizações,deficiente
funcionamentodosequipamentos.
Estudodepotenciaisoportunidadesdeconservaçãodeenergia.
3.3GESTÃODESEGURANÇAAOINCÊNDIO
Análisedasquestõesrelacionadascomaprevenção,facilidadedeevacuaçãodepessoas,protecçãoefacilidadedeintervençãodosbombeiros.
Formaçãoetreinodosclientesepessoal.
Existênciademanualdesegurança.
Verificaçãodedesobstruçãodosespaçosreservadosparaasaídadeemergência,dasportasdesaídadeemergênciaeportascorta-fogo.
3.4GESTÃODESEGURANÇACONTRAINTRUSÃO
Estabelecimentodeumsistemadesegurançacontraintrusão:nomeaçãodoresponsávelpelasegurança,protecçãodoslocais,acessos,movimentodeviaturase
demateriais,emergências,organizaçãodaequipadesegurança,esquemaseinstruçõesdetrabalho.
Consideraçãodehipótesedesubcontrataçãoaempresaespecializada.
3.5GESTÃODALIMPEZAEHIGIENE
Objectivos:
Garantirumambientesaudávelparaosocupantes,aumentaraduraçãodavidaútildosrevestimentos,aumentarasegurançanautilizaçãoesegurançaao
incêndioeemsistemasAVAClimitarodesenvolvimentodebactérias.
Estabelecimentodeprogramaparaexecuçãodasdiversasoperaçõesedefiniçãodosrecursoshumanos,materiaiseequipamentosnecessários.
ÍNDICE
1. APRESENTAÇÃODAMETODOLOGIAEDAESTRUTURAADOPTADA 9
2. CLASSIFICAÇÃODOSLOCAISEDOSEDIFÍCIOSSOBOPONTODEVISTADERISCODEINCÊNDIO 11
2.1 Terminologia 11
2.2 Classificaçãodoslocaisedosedifícios 11
2.2.1 Classificaçãodoslocaisderisco 11
2.2.2 Classificaçãodoriscodeincêndiodosedifícios 13
3. ACESSIBILIDADEAOSEDIFÍCIOSEDISPONIBILIDADEDEÁGUAPARACOMBATEAOINCÊNDIO 14
3.1 Terminologia 14
3.2 Condiçõesdeacessoaosedifícios 14
3.3 Disponibilidadedeágua 15
3.3.1 Aspectosgerais 15
3.3.2 Marcosdeincêndio 15
3.3.3 Bocas-de-incêndio 15
3.3.4 Depósitos 15
4. LIMITAÇÕESÀPROPAGAÇÃODOINCÊNDIOPELOEXTERIORDOEDIFÍCIO 15
4.1 Terminologia 15
4.2 Paredesexterioresdeconstruçãotradicional 17
4.3 Paredesdeempena 18
Anexo2—RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio—NovosEstabelecimentos
4.4 Paredesnão-tradicionais 18
4.4.1 Aspectosgerais 18
4.4.2 Fachadasdevidro 18
4.4.3 Duplasfachadasdevidro 18
4.5 Revestimentosexterioresnão-tradicionais 18
4.6 Coberturas 19
4.6.1 Exigênciasgerais 19
4.6.2 Coberturasemterraço 19
4.6.3 Outrascoberturas 20
5. CONDIÇÕESGERAISDECOMPORTAMENTOAOFOGO,ISOLAMENTOEPROTECÇÃO 20
5.1 Terminologia 20
5.2 Compartimentaçãocorta-fogo 20
5.3 Resistênciaaofogodeelementosestruturais 21
5.4 Exigênciasrelativasacablagemdiversa 21
5.5 Compartimentoscorta-fogo 21
5.6 Isolamentoeprotecçãodepátiosinteriores 22
5.7 IsolamentoeprotecçãodoslocaisderiscoB 22
5.8 IsolamentoeprotecçãodoslocaisderiscoC 23
5.9 IsolamentoeprotecçãodoslocaisderiscoD 23
Índice
5.10 IsolamentoeprotecçãodoslocaisderiscoE 23
5.11 Postodesegurança 24
5.12 Protecçãodasviashorizontaisdeevacuação 24
5.13 Protecçãodasviasverticaisdeevacuação 25
5.13.1Aspectosgerais 25
5.13.2Protecçãonopisodesaída 25
5.13.3Protecçãoparaosrestantespisos 26
5.14 Isolamentodeoutrascirculaçõesverticais 26
5.15 Isolamentoeprotecçãodascaixasdoselevadores 27
5.16 Isolamentoeprotecçãodecanalizaçõesecondutas 27
5.16.1Aspectosgerais 27
5.16.2Condiçõesdeisolamento 27
5.16.3Característicasdosductos 28
5.16.4Dispositivosdeobturaçãoautomática 28
5.17 Protecçãodevãosinteriores 28
5.17.1Resistênciaaofogodeportas 28
5.17.2Dispositivosdefechoeretençãodasportasresistentesaofogo 28
5.17.3Dispositivosdefechodasportinholasdeacessoaductosdeisolamento 29
5.18 Reacçãoaofogo 29
5.18.1Viasdeevacuaçãohorizontais 29
5.18.2Viasdeevacuaçãoverticaisecâmarascorta-fogo 29
5.18.3Locaisderisco 29
5.18.4Outrascomunicaçõesverticaisdosedifícios 30
5.18.5Tectosfalsos 30
5.18.6Materiaisdecorrecçãoacústicaemparedesetectos 30
6. CONDIÇÕESGERAISDEEVACUAÇÃO 30
6.1 Terminologia 30
6.2 Cálculodoefectivo 33
6.3 Evacuaçãodoslocais 33
6.3.1 Númerodesaídas 33
6.3.2 Larguradassaídasedoscaminhosdeevacuação 34
6.3.3 Distânciasapercorrernoslocais 34
6.3.4 EvacuaçãodoslocaisderiscoA 34
6.3.5 EvacuaçãodoslocaisderiscoB 35
6.3.6 EvacuaçãodoslocaisderiscoD 35
6.3.7 EvacuaçãodelocaisderiscoE 35
6.4 Viashorizontaisdeevacuação 35
6.4.1 Característicasgerais 35
6.4.2 Distânciasmáximasapercorrer 36
6.4.3 Determinaçãodalarguraútildasviashorizontais 36
6.4.4 Característicasdasportas 36
6.5 Viasverticaisdeevacuação 37
6.5.1 Númerodeviasverticais 37
6.5.2 Característicasdasviasverticais 37
6.5.3 Característicasdasescadas 38
6.5.4 Casosespeciaisderampas,escadasmecânicasetapetesrolantes 38
6.5.5 Característicasdeguardasdasviasdeevacuaçãoelevadas 39
6.6 Câmarascorta-fogo(CCF) 39
7. INSTALAÇÕESTÉCNICAS 39
7.1 Terminologia 39
7.2 Condiçõesgerais 40
7.3 Aparelhosdeaquecimentoautónomos 40
7.3.1 Condiçõesdeinstalação 40
7.3.2 Protecçãodoselementosincandescentesouinflamados 41
7.3.3 Aparelhosautónomosutilizandocombustíveislíquidosougasosos 41
7.4 Aparelhosdequeimadecombustíveissólidos 41
7.5 Líquidosegasescombustíveis 41
7.5.1 Armazenamentoelocaisdeutilização 41
7.5.2 Instalaçõesdeutilização 42
8. SINALIZAÇÃOEILUMINAÇÃODESEGURANÇA 43
8.1 Sinalização 43
8.1.1 Aspectosgerais 43
8.1.2 Dimensões 43
8.1.3 Formatosemateriais 43
8.1.4 Localizaçãoevisibilidadedasplacas 43
8.2 Iluminação 44
8.2.1 Iluminaçãodeemergência 44
8.2.2 Iluminaçãodesubstituição 45
8.2.3 Iluminaçãodeambienteedebalizagemoucirculação 45
8.2.4 Utilizaçãodeblocosautónomos 45
9. MEIOSDEDETECÇÃO,ALARMEEALERTA 46
9.1 Terminologia 46
9.2 Aspectosgerais 47
9.2.1 Dispositivosdeaccionamentomanualdoalarme 47
9.2.2 Detectoresautomáticos 47
9.2.3 Difusoresdealarmegeral 48
9.2.4 Centraisdesinalizaçãoecomando 48
9.2.5 Fontesdeenergiadeemergência 48
9.2.6 Concepçãodasinstalaçõesdealerta 49
9.2.7 Sistemamanualdealerta 49
9.2.8 Configuraçõesdasinstalaçõesdealarme 49
9.2.9 LocaisderiscoC 50
9.2.10Pavimentosetectosfalsos 50
10. MEIOSDEEXTINÇÃO 50
10.1 Terminologia 50
10.2 Critériosgerais 51
10.3 Meiosdeprimeiraintervenção 51
10.3.1Edifícioselocaisderiscoondedevemserusados 51
10.3.2Númeroedimensionamentodosextintores 52
10.3.3Localização 52
10.4 Redesdeincêndioarmadadotipocarretel 52
10.4.1Edifícioscomredesdeincêndioarmadas 52
10.4.2Locaiscomredesdeincêndioarmadas 52
10.4.3Númeroelocalizaçãodasbocas-de-incêndiodotipocarretel 53
10.4.4Característicasdasbocas-de-incêndiodotipocarretel 53
10.4.5Alimentaçãodasredesdeincêndioarmadasdotipocarretel 53
10.5 Meiosdesegundaintervenção 53
10.6 Bocadealimentação 54
10.7 Localizaçãodasbocasdepiso 54
10.8 Característicaselocalizaçãodasbocas-de-incêndioarmadasdotipoteatro 54
10.9 Depósitodarededeincêndiosecentraldebombagem 54
11. CONTROLODAPOLUIÇÃODOAR 55
11.1 Detecçãoautomáticadegáscombustível 55
11.1.1 Locaisondedeveserinstalada 55
11.1.2 Característicasdossistemasautomáticosdedetecçãodegáscombustível 55
12. CONTROLODEFUMO 55
12.1 Terminologia 55
12.2 Critériosgerais 55
12.3 Concretizaçãodosmeios 56
13. ORGANIZAÇÃOEGESTÃODASEGURANÇA 56
13.1 Terminologia 56
13.2 Critériosgerais 57
13.3 Responsávelpelasegurança 58
13.4 Condiçõesdealteraçõesdeuso,delotaçãooudeconfiguraçãodosespaços 58
13.5 Condiçõesparaaexecuçãodetrabalhosdiversos 58
13.6 Medidasdeauto-protecção 58
13.7 Concretizaçãodasmedidasdeauto-protecção 59
13.7.1Aspectosgerais 59
13.7.2Instruçõesdesegurança 59
13.7.3Registosdesegurança 59
13.7.4Procedimentosdeprevenção 59
13.7.5Planodeprevenção 60
13.7.6Procedimentosemcasodeemergência 61
13.7.7Planodeemergência 61
13.7.8Formaçãoemsegurançaaoincêndio 62
13.7.9Exercíciosdesimulação 63
Referências 63
1. APRESENTAÇÃODAMETODOLOGIAEDAESTRUTURAADOPTADA
Aspresentes“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”(RGSI)têmcomoâmbitodeaplicaçãoosedifíciosnovosintegralmenteocupadospelarespostasocialLardeIdosos.
Asmedidasapresentadasreferem-seaosaspectoscomunsaosedifíciosemcausa,enquantoqueosespecíficossãoexpressosemIV.2(SegurançaaoIncêndio). AsmedidasconsideradasnestasRGSIprocuramterpresentearealidadelegislativadoPaíssobreestamatériaparaosedifíciosemcausaequeé,actualmente,a
deumvazioquasetotal.
Contudo,estarealidadepodeserradicalmentealteradadentrodealgumtempo,poisaguarda-seapublicaçãodeumprojectoderegulamento[5],jáconcluído,relativoapraticamentetodosostiposdeedifícios,incluindocreches,centrosdediaelaresdeidosos.
Nesseprojectoderegulamento,constituídoporumapartecomumaosdiversostiposdeutilização,complementadapormedidasespecíficasacadaumadelas,ascrechessãoconsideradasnautilização-tipoIV(comadesignaçãogenéricadeEscolares),enquantoqueoscentrosdediaeoslaresdeidosossurgemassociadosàutilização-tipoV(comadesignaçãogenéricaHospitalareseLaresdeIdosos).
Verifica-sequeoconteúdodoregulamentoemvigorrelativoaosedifíciosescolares [1]ésemelhanteaodoshospitalares [2]eambossão,emgrandeparte,idênticosaodoprojectogeralderegulamento[5],peloqueasmedidascontidasnestasRGSIresultam,depoisdefeitasasnecessáriasadaptações,dasexistentesnosseguintestextos:
- RegulamentodeSegurançacontraIncêndioemEdifíciosEscolares[1]; - RegulamentodeSegurançacontraIncêndioemEdifíciosdeTipoHospitalar[2]; - NormasdeSegurançacontraIncêndioaObservarnaExploraçãodeEstabelecimentosEscolares[3]; - NormasdeSegurançacontraIncêndioaObservarnaExploraçãodeEstabelecimentosdeTipoHospitalar[4]; - ProjectodeRegulamentoGeraldeSegurançaContraIncêndioemEdifícios[5].
Comparandoosconteúdosdosregulamentosrelativoaedifíciosescolares[1,3]ehospitalares[2,4]comoprojectoderegulamento[5],relativamenteàsdiferentesmatérias,verificam-seasseguintessituações:
Situação1–Amesmamatériaétratadadeformaidêntica Nestecasoodocumentoagoraelaboradoremeteasmedidasaconsiderarparaosregulamentosemvigoranteriormentereferidos[1,2,3,4].
Situação2–Amesmamatériaétratadadeformadiferente Nestecasoéfeitaumaadaptaçãodasmedidasconsideradasnoprojectoderegulamento[5].
Paraalémdassituaçõesdescritas,verifica-seaindaumaoutra,deexpressãomuitoreduzida,relativaamatériasquesãotratadasnoprojectoderegulamentomasnãoosãonosregulamentosemvigor,tendonestecasosidofeitaumaadaptaçãodasmedidaspropostasnesseprojecto.
Relativamenteàqualificaçãoaofogodosprodutosdaconstrução(materiaiseelementos)verifica-seumasituaçãoparticular,poisapesardeexistirjánormalizaçãoeuropeiasobreamatéria,estaaindanãofoiadoptadanoPaís.Defacto,todaaregulamentaçãodesegurançaao incêndioéanterioràpublicaçãodaquelasnormas,peloqueasexigênciasrelativasàquelamatériasãofeitasdeacordocomEspecificaçõesLNEC,nãotendoaindasidoestabelecidaoficialmenteuma“correspondência”entreosdoissistemasdeclassificação.
Poroutrolado,noprojectoderegulamento[5]asexigênciasemmatériadereacçãoederesistênciaaofogosãojáfeitasdeacordocomanormalizaçãoeuropeia.
Faceaestarealidadeoptou-seporapresentaraquelasexigênciasdeacordocomasEspecificaçõesLNEC,indicandoentreparêntesisessasmesmasexigênciasfeitasdeacordocomanormalizaçãoeuropeia.
Parafinalizarrefere-sequeestedocumento,relativoàsmedidasdesegurançaaadoptaremedifíciosdealturanãosuperiora28m,ocupadosexclusivamenteporumdasvalênciasanteriormentereferidas,temaseguinteestrutura:1–Apresentaçãodametodologiaedaestruturaadoptada
2–Classificaçãodoslocaisedosedifíciossobopontodevistaderiscodeincêndio
3–Acessibilidadeaosedifíciosedisponibilidadedeáguaparacombateaoincêndio
4–Limitaçõesàpropagaçãodoincêndiopeloexteriordosedifícios
5–Condiçõesgeraisdecomportamentoaofogo,isolamentoeprotecção
6–Condiçõesgeraisdeevacuação
7–Instalaçõestécnicas
8–Sinalizaçãoeiluminaçãodesegurança
9–Meiosdedetecção,alarmeealerta
10–Meiosdeextinção
11–Controlodapoluiçãodoar
12–Controlodefumo
13–Condiçõesdeauto-protecção
AsmedidascontidasnesteAnexosódevemservirdereferênciaatéaomomentoemqueseverifiqueapublicaçãodoRegulamentoGeraldeSegurançaContraIncêndioemEdifícios
2. CLASSIFICAÇÃODOSLOCAISEDOSEDIFÍCIOSSOBOPONTODEVISTADERISCODEINCÊNDIO
2.1 TERMINOLOGIA
AlturadeumedifícioDiferençadecotaentreopisomaisdesfavorávelsusceptíveldeocupaçãoeoplanodereferência.Quandooúltimopisocobertoforexclusivamentedestinadoainstalaçõeseequipamentosqueapenasimpliquemapresençadepessoasparafinsdemanutençãoereparação,talpisonãoentranocômputodaalturadoedifício.Omesmosucedeseopisofordestinadoaarrecadaçõescujautilizaçãoimpliqueapenasvisitasepisódicasdepessoas.Aosedifíciosconstituídosporcorposdealturasdiferentessãoaplicáveisasdisposiçõescorrespondentesaocorpodemaioraltura,exceptuando-seoscasosemqueoscorposdemenoralturaforemindependentesdosrestantes.
Osedifíciosclassificam-se,consoanteasuaaltura,deacordocomatabelaseguinte:
EfectivoNúmeromáximodepessoasestimadoparaocuparem,emsimultâneo,umdadoespaçodeumedifíciooudeumestabelecimento.
PlanodereferênciaPlanoparaleloaospisosdeumedifício,quecontémaviadeacesso,seestaforhorizontal,ouintersectaoplanoqueacontém,ameiodeumvãodeacessodirectoaumcaminhodeevacuaçãodoedifício.Nocasodeexistiremdoisoumaisplanosdereferência,porexemplo,principaledetardoz,seráconsideradoomaisfavorávelparaasoperaçõesdosbombeiros,istoé,odemaiorcota,paraospisoselevadoseodemenorcotaparaospisosparcialoutotalmenteenterrados.
PúblicoOcupantesdeumedifíciooudeumestabelecimentoquenãoresidemnemtrabalhamhabitualmentenesseespaço.
2.2 CLASSIFICAÇÃODOSLOCAISEDOSEDIFÍCIOS
2.2.1 ClassificaçãodoslocaisderiscoParaefeitodedefiniçãodasmedidasaaplicar,osdiferenteslocaisexistentesnosedifíciosemcausa,comexcepçãodasviasdeevacuação,sãoclassificadosdeacordocomoestabelecidonosnúmerosseguintes.
Classificação Pequena Média
Altura(H) H ≤ 9m 9m<H ≤ 28m
2.2.1.1 Locais de risco A
Locaisquenãoapresentamriscosespeciais,nosquaisseverifiquemsimultaneamenteasseguintescondições:- Oefectivototalnãoexceda100pessoas;- Oefectivodepúbliconãoexceda50pessoas;- Maisde90%dosocupantesnãoseencontremlimitadosnamobilidadeounascapacidadesdepercepçãoereacçãoaumalarme;- Asactividadesnelesexercidasouosprodutos,materiaiseequipamentosquecontêmnãoenvolvamriscosagravadosdeincêndio.
QuandooefectivodeumconjuntodelocaisderiscoAinseridosnomesmocompartimentocorta-fogoultrapassarosvaloreslimitesanteriormentereferidos,entãooconjuntoéconsideradoumlocalderiscoB.
2.2.1.2 Locais de risco B
Locaisacessíveisapúblicoouaopessoalafectoaoestabelecimentocomumefectivototalsuperiora100pessoasouumefectivodepúblicosuperiora50pessoas,nosquaisseverifiquemsimultaneamenteasseguintescondições:
- Maisde90%dosocupantesnãoseencontremlimitadosnamobilidadeounascapacidadesdepercepçãoereacçãoaumalarme;- Asactividadesnelesexercidasouosprodutos,materiaiseequipamentosquecontêmnãoenvolvamriscosagravadosdeincêndio.
Esteslocaisdevemsituar-sepreferencialmenteemníveispróximosdassaídasparaoexterior.Contudo,sesesituaremabaixodessassaídas,adiferençaentreacotadestaseadopavimentodolocalnãodevesersuperiora6m.
2.2.1.3 Locais de risco C
Locaisqueapresentamriscosagravadosdeeclosãoededesenvolvimentodeincêndiodevido,queràsactividadesnelesdesenvolvidasqueràscaracterísticasdosprodutos,materiaisouequipamentosquecontenham,designadamenteacargadeincêndio.Nosedifíciosemcausaesseslocaispodemcorresponderaespaçoscomo,porexemplo:
- Locaisondesejamproduzidos,depositados,armazenadosoumanipuladoslíquidosinflamáveisemquantidadesuperiora10l;- Cozinhasemquesejam instaladosaparelhos,ougruposdeaparelhos,paraconfecçãodealimentosousuaconservação,compotência totalútil
superiora20kW;- Locaisdeconfecçãodealimentosquerecorramacombustíveissólidos;- Lavandariaseroupariasemquesejaminstaladosaparelhos,ougruposdeaparelhosparalavagem,secagemouengomagemcompotênciatotalútil
superiora20kW;- Instalaçõesdefrioparaconservaçãocujosaparelhospossuampotênciatotalútilsuperiora70kW;- Arquivos,depósitos,armazénsearrecadaçõesdeprodutosoumaterialdiversocomvolumesuperiora100m³;- Locaisderecolhadecontentoresoudecompactadoresdelixocomcapacidadetotalsuperiora10m³;
- Locaisafectosaserviçostécnicosemquesejaminstaladosequipamentoseléctricos,electromecânicosoutérmicoscompotênciatotalsuperiora70KW,ouarmazenadoscombustíveis;
- Locaiscobertosdeestacionamentodeveículoscomáreasuperiora50m²,comexcepçãodosestacionamentosindividuais.
OslocaisderiscoCdevemsituar-seaoníveldoplanodereferênciaenaperiferiadoedifício,nãopodendocomunicardirectamentecomlocaisderiscoB,DeE,nemcompostosdesegurançaeviasverticaisquesirvamoutrosespaçosdoedifício.
2.2.1.4 Locais de risco D
Locaisdeumestabelecimentocompermanênciadepessoasacamadas,oudestinadosareceberemcriançascomidadenãosuperioratrêsanos,oupessoaslimitadasnamobilidadeounascapacidadesdepercepçãoereacçãoaumalarme.Quantoàsualocalizaçãodevemrespeitarasseguintescondições:
- Devemsituar-se,preferencialmente,nopisodesaída;- Casosesituemempisosacimadopisodesaídadoedifício,aalturadessespisosnãodevesersuperiora9m(alturamedidadeacordocomodisposto
em2.1);- Nãodevemsituar-seabaixodopisodesaídadoedifício.
2.2.1.5 Locais de risco E
Locaisdeumestabelecimentodestinadoadormida,emqueaspessoasnãoapresentemaslimitaçõesindicadasnoslocaisderiscoD.Esteslocaisnãodevemsituar-seempisosabaixododasaídaparaoexteriordoedifício.
2.2.2 ClassificaçãodoriscodeincêndiodosedifíciosOriscodeincêndioassociadoaosedifíciosemcausa(equipamentossociais),dependedosseguintesfactores,deacordocomoindicadonoQuadro1:
- Alturadoedifício;- Efectivo;- LocalizaçãodassaídasdoslocaisderiscoD
Quadro1–Categoriasderiscodosedifícios
Efectivomáximo
Categoria Alturamáxima Total DoslocaisderiscoD LocaisderiscoDcomsaídasindependentes
directasaoexteriornoplanodereferência
1.ª 9m 100 25 Aplicávelatodos
2.ª 9m 500 100 Nãoaplicável
3.ª 28m 1.500 400 Nãoaplicável
3. ACESSIBILIDADEAOSEDIFÍCIOSEDISPONIBILIDADEDEÁGUAPARACOMBATEAOINCÊNDIO
3.1 TERMINOLOGIA
Boca-de-incêndioHidrante,normalmentecomumaúnicasaída.Podeserarmada,destinando-seaoataquedirectoaumincêndio.Podeserexteriornãoarmada,destinando-seaoreabastecimentodosveículosdecombateaincêndios.Nestecasodeveexistirumaválvuladesuspensãonoramaldeligaçãoqueaalimenta,parafechodesteemcasodeavaria.Podeserinteriornãoarmada,destinando-seaocombateaumincêndiorecorrendoameiosdosbombeiros.
FachadaacessívelFachada através da qual é possível aos bombeiros lançar as operações de socorro a todos os pisos, quer directamente através de, nomínimo, uma saídacorrespondenteaumcaminhodeevacuação,queratravésdospontosdepenetraçãodesignadosnopresenteAnexo.
HidranteEquipamentopermanentementeligadoaumatubagemdedistribuiçãodeáguaàpressão,dispondodeórgãosdecomandoeumaoumaissaídas,destinadoàextinçãodeincêndiosouaoreabastecimentodeveículosdecombateaincêndios.Oshidrantespodemserdedoistipos:marcodeincêndioouboca-de-incêndio(deparedeoudepavimento).
MarcodeincêndioHidrante, normalmente instaladona rede pública de abastecimento de água, dispondode várias saídas, destinado a reabastecer os veículos de combate aincêndios.Trata-se,portanto,deummeiodeapoioàsoperaçõesdecombateaumincêndioporpartedosbombeiros.
ViadeacessoaoedifícioViaexterior,públicaoucomligaçãoàviapública,dondesejapossívelaosbombeiroslançareficazmenteasoperaçõesdesalvamentodepessoasedecombateaoincêndio,apartirdoexterioroupelointeriordeedifíciosrecorrendoacaminhosdeevacuação(horizontaisouverticais).
3.2 CONDIÇÕESDEACESSOAOSEDIFÍCIOS
Osedifíciosdevemserservidosporviasquepermitamaaproximação,oestacionamentoeamanobradasviaturasdosbombeiros,bemcomooestabelecimentodasoperaçõesdesocorro.Estasviasdevemaindadaracessoaparedesexterioresatravésdasquaissejapossívelaentradadosbombeirosnointeriordospisosocupados.
EstasviasdevemrespeitarasexigênciasestabelecidasnoRegulamentodeSegurançacontraIncêndioemEdifíciosEscolares[1],nocasodascreches,enoRegulamentodeSegurançacontraIncêndioemEdifíciosdeTipoHospitalar[2]paraoscentrosdediaelaresdeidosos.
3.3 DISPONIBILIDADEDEÁGUA
3.3.1 AspectosgeraisOfornecimentodeáguaparaabastecimentodosveículosdosbombeirosdeveserasseguradoporhidrantesexteriores,alimentadospelaredededistribuiçãopúblicaou,excepcionalmente,porredeprivada,nafaltadecondiçõesdaquela.
Osmodelos dos hidrantes exteriores deverão ser do tipo homologado, em conformidade com as normas portuguesas ou, na sua falta, de acordo com asespecificaçõesdaAutoridadeNacionaldeProtecçãoCivil(ANPC),devendodar-sepreferênciaaosmarcosdeincêndiorelativamenteàsbocasdeincêndio,semprequetalforpermitidopelodiâmetroepressãodaredepública.
3.3.2 MarcosdeincêndioOsmarcosdeincêndiodevemserinstaladosjuntoaolancildospasseiosquemarginamasviasdeacessoparaque,nomínimo,fiquemlocalizadosaumadistâncianãosuperiora30mdequalquerdassaídasdoedifícioquefaçampartedoscaminhosdeevacuaçãoedasbocasdealimentaçãodasredessecasouhúmidas,quandoexistam,eserprotegidoscontrachoquesdeviaturaspor trêsbarrasmetálicasemU invertido,comdiâmetromínimode40mm,colocadasnasuaperiferia,a0,60mdomarco,pintadasavermelhofogo(RAL3000).
3.3.3 Bocas-de-incêndioAsbocas-de-incêndiodevemserinstaladasnasparedesexterioresdoedifícioounosmurosdelimitadoresdolote,aumacotavariandoentre0,6e1,0mrelativamenteaospasseios,devendoprever-seumaporcada15mdecomprimentodeparede,oufracção,quandoestaexcederos7,5mpodendo,emalternativa,serinstaladassobospasseios,juntoaoslancis.
Emqualquerdoscasosdeverãoserinstaladasemcaixaprópriaeestardevidamenteprotegidasesinalizadas.
3.3.4 DepósitosNoscasosemquenãoexisteredepúblicadeabastecimentodeágua,oshidrantesserãoabastecidosatravésdedepósitoderededeincêndioscomcapacidadenãoinferiora60m3,elevadooudotadodesistemadebombagem,garantindoumcaudalmínimode20l/sporcadahidrante,comummáximodedois,àpressãodinâmicamínimade150kPa.
4. LIMITAÇÕESÀPROPAGAÇÃODOINCÊNDIOPELOEXTERIORDOEDIFÍCIO
4.1 TERMINOLOGIA
Câmaracorta-fogoCompartimentocorta-fogoindependente,comumgrauderesistênciaeosmeiosdecontrolodefumoprevistosnesteAnexo,queestabelece,emregra,acomunicaçãoentredoisespaçoscomoobjectivodegarantiraprotecçãotemporáriadeumdelesouevitarapropagaçãodoincêndioentreambos.Sódevepossuirvãosdeacessoaessesespaços,protegidosporportasresistentesaofogoeaumadistânciatalquenãopermitaasuaaberturasimultâneaporumaúnicapessoa.
Compartimentocorta-fogoPartedeumedifício,compreendendoumoumaisespaços,divisõesoupisos,delimitadaporelementosdeconstruçãoaqueseexigeresistênciaaofogoadequadadeformaa,duranteumperíododetempodeterminado,garantirasuaprotecçãoouimpedirapropagaçãodoincêndioaorestodoedifícioou,ainda,afraccionaracargadeincêndio.
Continuidadedefornecimentodeenergiae/oudesinalPropriedadedeumelementointegradonumainstalaçãodemanteracapacidadedefornecimentodeenergiaoudetransmissãodesinal,duranteumperíododetempodeterminado,quandosujeitoàacçãodeincêndio.
EstabilidadeaofogoPropriedadedeumelementodeconstruçãocomfunçõesdesuportedecargas,capazderesistiraocolapsoduranteumperíododetempodeterminado,quandosujeitoàacçãodeincêndio.
EstanquidadeaofogoPropriedadedeumelementodeconstruçãocomfunçãodecompartimentaçãodenãodeixarpassar,duranteumperíododetempodeterminado,qualquerchamaougasesquentes.
FechoautomáticoPropriedadedeumelementodeconstruçãoqueguarneceumvãode,emsituaçãodeincêndio,tomarouretomaraposiçãoquegaranteofechodovãosemintervençãohumana.
IsolamentotérmicoPropriedadedeumelementodeconstruçãocomfunçãodecompartimentaçãodegarantirqueatemperaturanafacenãoexpostaaofogo,desdeoseuinícioeduranteumperíododetempodeterminado,nãoseelevaacimadedadovalor.
ParededeempenaParedelateraldeumedifício,semaberturas,comafunçãodeisolamentorelativamenteaedifícioscontíguos,jáexistentesouaconstruir.
ReacçãoaofogoRespostadeumprodutoaocontribuirpelasuaprópriadecomposiçãoparaoinícioeodesenvolvimentodeumincêndio,avaliadacombasenumconjuntodeensaiosnormalizados.
RegistoDispositivomóveldeobturaçãodasecçãodeumacondutaoudeumaabertura,abertooufechadonasuaposiçãonormal,decomandoautomáticooumanual.
RegistoresistenteaofogoRegistodeaccionamentoautomáticocomumadadaqualificaçãoderesistênciaaofogodeterminadaemensaionormalizadoderesistênciaaofogopadrão,destinadoaimpedirapropagaçãodeumincêndiooudosseusefeitosatravésdeumacondutaoudeumaabertura,duranteumcertoperíododetempo.
ResistênciaaofogoPropriedadedeumelementodeconstrução,oudeoutroscomponentesdeumedifício,deconservar,duranteumperíododetempodeterminado,aestabilidadee/ouaestanquidadee/ouoisolamentotérmicoe/ouaresistênciamecânicae/ouqualqueroutrafunçãoespecífica,quandosujeitoaoprocessodeaquecimentoresultantedeumincêndio.
ResistênciaaofogopadrãoResistênciaaofogoavaliadanumensaiocomumprogramatérmicodefogonormalizado.
SistemadecortinadeáguaSistemaautomáticoconstituídoportubagenseaspersoresdeáguaque,apósadetecçãodeumincêndio,projectaumalâminacontínuadeáguasegundoumplanovertical(cortina),isolandodapenetraçãodofumoedaschamasdoisespaçoscontíguos.Essacortinadeveirrigarumasuperfície(tela,vidro,metal,etc.),melhorandooseucomportamentoaofogo.
4.2 PAREDESEXTERIORESDECONSTRUÇÃOTRADICIONAL
Nas paredes exteriores, os troços de elementos de fachada compreendidos entre vãos situados em pisos sucessivos da mesma prumada, pertencentes acompartimentoscorta-fogodistintos,devemterumaalturasuperiora1,10m.
Seentreessesvãossobrepostosexistiremelementossalientestaiscomopalas,galeriascorridasouvarandas,prolongadasmaisde1mparacadaumdosladosdessesvãos,ouquesejamdelimitadaslateralmenteporguardascheias,ovalorde1,10mcorresponderáàdistânciaentrevãossobrepostossomadacomadobalançodesseselementos,desdequeestesgarantamaclassederesistênciaaofogopadrãoCF60(EI60).
Naszonasdasfachadasemqueexistamdiedrosdeaberturainferiora135°,deveserestabelecidadecadaladodaarestadodiedroumafaixavertical,garantindoaclassederesistênciaaofogoCF30(EI30).
Alarguradaquelasfaixasverticaiséestabelecidaemfunçãodoângulodeaberturadodiedroenãodeveserinferioraosseguintesvalores:- Ângulodeaberturanãosuperiora100°–1,50m- Ângulodeaberturasuperiora100°enãosuperiora135°–1,00m
Nocasodediedrosentrecorposdoedifíciocomalturasdiferentes,afaixaestabelecidanocorpomaiselevadodeveserprolongadaportodaasuaaltura,comummáximoexigívelde8macimadacoberturadocorpomaisbaixo.
Asexigênciasanterioresrelativasàszonasdasfachadasqueformamumdiedroinferiora135°nãoseaplicamnaquelasqueestãoavançadasourecuadasde1m,oumenos,doseuplanogeral,nemnasquepertencemaomesmocompartimentocorta-fogo.
Asparedesexterioresdosedifícios,quandoestesconfrontemcomoutrosaumadistânciainferioràindicadanoQuadro2,devemgarantir,nomínimo,aclassederesistênciaaofogopadrãoEI60(REI60)eosvãosnelaspraticadosdevemserguarnecidosporelementosfixosPC30(E30).
Quadro2–Afastamentodereferênciaentreedifíciosparaqualificaçãodaresistênciaaofogodeparedesexteriores
Nocasodeedifícioscommaisdeumpisoemelevaçãoaclassedereacçãoaofogodosrevestimentosexterioresdasfachadas,doselementostransparentesdasjanelasedeoutrosvãos,dacaixilhariaedosestoresoupersianasexterioresdeveser,pelomenos,aindicadanoQuadro3.
Alturadoedifício(H) Distânciamínimaentreasfachadas(L)
H≤9m L<4m
H>9m L<8m
Quadro3–Classedereacçãoaofogodosrevestimentosexteriores,caixilhariaeestoresoupersianas
4.3 PAREDESDEEMPENA
AsparedesexterioresdaempenadevemgarantirumaresistênciaaofogopadrãodaclasseEI60eelevar-seacimadascoberturasde0,6m,nomínimo,quandoestasnãogarantamaresistênciaaofogopadrãoestabelecida,formando“guarda-fogos”.
4.4 PAREDESNÃO-TRADICIONAIS
4.4.1 AspectosgeraisAsparedesnão-tradicionaisdevemsersujeitasaumaapreciaçãotécnicaaefectuarpeloLNECouporentidadereconhecida.
4.4.2 FachadasdevidroNasfachadascortinadevidroosrequisitosimpostosparaostroçosdeelementosdefachadacompreendidosentrevãossituadosempisossucessivosdamesmaprumada(ver4.2),podemsersatisfeitospelautilizaçãodeelementos interioresdeconstrução,porexemplo lajecompletadaporguardacontínua interioreselagemsuperior,sendoadistânciaentreafachadaeesteselementosinterioresdeprotecçãonãosuperiora0,2m.
4.4.3 DuplasfachadasdevidroNasduplasfachadasdevidroventiladasosrequisitosimpostosparaostroçosdeelementosdefachadacompreendidosentrevãossituadosempisossucessivosdamesmaprumada(ver4.2)podemsersatisfeitospelautilizaçãodesoluçõesiguaisàsindicadasparaasfachadascortina,aplicadasnafachadaemcontactocomoespaçointeriordoedifício.
4.5 REVESTIMENTOSEXTERIORESNÃO-TRADICIONAISOssistemasderevestimentosexterioresnão-tradicionaisdevemsersujeitosaumaapreciaçãotécnicaaefectuarpeloLNECouporentidadereconhecida.OselementosconstituintesdossistemasderevestimentodescontínuosfixadosmecanicamenteaosuporteecomespaçodearventiladodevemapresentarumaclassedereacçãoaofogomínimaigualàindicadanoQuadro4.
Paredessemaberturas Paredescomaberturas
Revestimentos Revestimentose Caixilhariaeestores
elementostransparentes oupersianas
M2(C-s3d1) M1(B-s2d0) M1(B-s3d0)
Quadro4–Classedereacçãoaofogodossistemasderevestimentodescontínuos,fixadosmecanicamenteaosuporte,comespaçodearventilado
Asexigênciasconsideradaspodemserdesagravadasdesdequeduranteaapreciaçãotécnicareferidaseverifiquequeforamconsideradasmedidasquepermitemasuaredução.
Nocasodesistemascompósitosparaisolamentotérmicoexteriorcomrevestimentosobreisolante(ETICS),querosistemaqueromaterialdeisolamentotérmicoqueointegradevemapresentarumaclassedereacçãoaofogomínimaigualàindicadanoQuadro5.
Quadro5–Classedereacçãoaofogodossistemascompósitosparaisolamentotérmicoexteriorcomrevestimentosobreisolante(ETICS)edomaterialdeisolamentotérmico
Complementarmentedeve-severificarqueoisolantetérmicodossistemasETICSnãoapresentapersistênciadeinflamaçõesquandoensaiadodeacordocomasespecificaçõesLNEC
4.6 COBERTURAS
4.6.1 ExigênciasgeraisExceptuandoosedifíciosapenascomumpisoacimadoplanodereferência,ascoberturasdevemsersempreacessíveisapartirdascirculaçõesverticaiscomuns,oudecirculaçõeshorizontaisquecomelascomuniquem,podendoesseacessoserefectuadoporalçapão.Aexistênciadevãosemparedesexterioressobranceirosacoberturasdeoutrosedifícios,oudeoutroscorposdomesmoedifício,sódeveserpermitidaseosmateriaisderevestimentodessacoberturagarantiremaclassedereacçãoaofogoM0(A1)numafaixacomalargurade4mmedidaapartirdaparede.Nocasodeexistiremnaprópriacoberturaelementosenvidraçados,dotipoclarabóiaououtros,situadosnareferidafaixade4m,devemserfixosegarantirumaclassederesistênciaaofogopadrãoCF60(EI60)ousuperior.
Oselementosdeobturaçãodosvãospraticadosnacoberturaparailuminação,ventilaçãoououtrasfinalidades,esituadosforadafaixaindicadaanteriormente,devemserconstituídospormateriaisdaclasseM0(A1).
4.6.2 CoberturasemterraçoAscoberturasemterraçodevemterumaguardaexterioremtodaasuaperiferia,comasalturasacimadelasiguaisàsdefinidasparaasparedesdeempena
Elementos Edifíciosatéaos9mdealtura Edifíciosentreos9meos28mdealtura
Estruturadesuportedosistemadeisolamento M2(C-s2d0) M1(B-s2d0)
Revestimentodasuperfícieexternadaparede M2(C-s2d0) M1(B-s2d0)
Revestimentosdassuperfíciesqueconfinamoespaçodearventilado M2(C-s2d0) M1(B-s2d0)
Isolantetérmico M3(D-s3d0) M1(B-s2d0)
Elementos Edifíciosaté9m Edifíciosentreos9meos28mdealtura
Sistemacompleto M2(C-s3,d0) M1(B-s3,d0)
Isolantetérmico M4(Ed2) M4(Ed2)
referidasem4.3(Paredesdeempena),independentementedaexistênciaounãodos“guarda-fogos”.Seessaguardafordescontínua,adistâncianahorizontalentreaberturasoufiosdeveser,nomáximo,de0,12m.
Oselementosdaestruturadacoberturadevemgarantir,nomínimo,umaclassederesistênciaaofogopadrãoCF(REI)comoescalãodetempoexigidoparaoselementosestruturaisdoedifício,eosmateriaisderevestimentoexteriordevemterumaclassedereacçãomínimaM4(EFL).
4.6.3 OutrascoberturasParaestascoberturasconsidera-sesuficientequeoselementosestruturaissejamconstituídoscommateriaisdaclassedereacçãoaofogoM0(A1),commadeiramaciçaoucomlameladosdemadeiracolados,enquantoqueorevestimentoexteriordeveser,nomínimo,daclassedereacçãoaofogoM2(C-s2d0).
5. CONDIÇÕESGERAISDECOMPORTAMENTOAOFOGO,ISOLAMENTOEPROTECÇÃO
5.1 TERMINOLOGIAPátiointerior(átrio,poçodeluzousaguão)Vazio interior correspondenteaumvolumeaproximadamenteparalelepipédicocujamenordimensãohorizontalé inferiorà respectivaaltura.Consoanteaexistênciaounãodecoberturadesigna-serespectivamenteporcobertoouaoarlivre.Opátiointerioréaindadesignadoaberto,nocasodeumoumaispisosseencontraremabertosempermanênciasobreovaziocentraloufechado,quandoasfachadasinterioresforemtotalmenteprotegidasporelementosdeconstrução,queràfacedessevazio,querrecuadas.Designa-seporalturadopátioadistânciamedidanaverticalentreascotasdoátriodeacessoaointeriordovazioedopavimentodoúltimopisoutilizadodandoparaessevazio.Designa-sepormenordimensãodopátiointerioradistânciaentre:
- Focinhodaslajesdagaleria–nosátriosabertos;- Elementosverticaisdefachada–nosátrioscobertosfechados;- Focinhodaslajeseelementosverticais–nosátriosabertosdeumladoefechadosdooutro.
5.2 COMPARTIMENTAÇÃOCORTA-FOGOOsedifíciosdevemserdivididosemcompartimentoscorta-fogoquepermitam limitarapropagaçãodo incêndio, sendoessacompartimentaçãoobtidaporelementosdaconstruçãocontínuos(pavimentoseparedes),atravessandopisosetectos,garantindoduranteumdeterminadotempoafunçãodesuporte,adeestanquidadeàschamasegasesquenteseadeisolamentotérmico.
Semprequeesseselementossejamatravessadosporcanalizaçõesoucondutas,deve-seprocederàsuaselagemouterregistoscorta-fogocomcaracterísticasderesistênciaaofogopadrãoiguaisàdosreferidoselementos,ouametadedessetemposealojadasemductosedesdequeaportadeacessoaestegaranta,também,metadedessevalor.
Asviasdeevacuação interioresprotegidas,ascomunicaçõesverticaisnãoseláveisaoníveldospisos, taiscomocondutasde lixo,couretesdegás,caixasdeelevador,eoslocaisderiscoC,devemconstituirsemprecompartimentoscorta-fogoindependentes.
5.3 RESISTÊNCIAAOFOGODEELEMENTOSESTRUTURAISOselementosdeconstruçãocomfunçãodesuportedevempossuiraresistênciaaofogopadrãomínimaindicadanoQuadro6.
Quadro6–Resistênciaaofogopadrãomínimadeelementosestruturaisdeedifícios
5.4 EXIGÊNCIASRELATIVASACABLAGEMDIVERSAAscablagenseléctricaedefibraópticaeasdesistemasdeenergiaousinal,bemcomoosseusacessórios,tubosemeiosdeprotecção,quesirvamossistemasdesegurança,devemficarembebidosouprotegidosemductopróprioou,emalternativa,garantirasclassesderesistênciaPouPH.
OsescalõesdetempomínimosaassegurardevemserosindicadosnoQuadro7,comexcepçãodospercursosdecablagemnointeriordeviasdeevacuaçãoprotegidas,horizontaiseverticais.
Quadro7–Escalõesdetempomínimosparaprotecçãodecircuitoseléctricosoudesinal
5.5 COMPARTIMENTOSCORTA-FOGOOsdiversospisosdevemconstituircompartimentoscorta-fogodiferentes,semprejuízodascondiçõesdeisolamentoeprotecçãoreferentesalocaisderiscoexistentesnessespisos,nãodevendoultrapassarasáreasmáximasindicadasnoQuadro8.
Quadro8–Áreasassociadasàcompartimentaçãodefogo
Categoriasderiscodoedifício Funçãodoelementoestrutural
1.ª 2.ª 3.ª
EF30(R30) EF60(R60) EF90(R90) Apenassuporte
CF30(REI30) CF60(REI60) CF90(REI90) Suporteecompartimentação
Aplicaçãodainstalaçãodeenergiaoudesinal Categoriaderisco Escalãodetempo(minuto)
Retençãodeportasresistentesaofogo,obturaçãodeoutrosvãosecondutas,bloqueadores 1.ªou2.ª 15
deescadasmecânicas,sistemasdealarmeedetecçãodeincêndiosedegasescombustíveis, 3.ª 30
oudispositivosindependentescomamesmafinalidade
Iluminaçãodeemergênciaesinalizaçãodesegurançaecomandosemeiosauxiliares 1.ªou2.ª 30
desistemasdeextinçãoautomática 3.ª 60
Controlodefumo,pressurizaçãodeáguaparacombateaoincêndio,ascensoresprioritários 1.ªou2.ª 60
debombeiros,ventilaçãodelocaisafectosaserviçoseléctricos,sistemasemeios 3.ª 90
decomunicaçãonecessáriosàsegurançacontraincêndio
Característicasdospisos Áreasmáximasdecompartimento
corta-fogoporpiso
PisoscomlocaisderiscoD 800m²
ExceptopisoscomlocaisderiscoD 1.600m²
Nosedifíciosatéaos9mdealturapoderáadmitir-sequetrêspisosconstituamumsócompartimentocorta-fogo,desdequeaáreaútiltotaldessespisosnãoexcedaosvaloresmáximosindicadosnoQuadro8enenhumdelesultrapasse800m²,nemsesituemaisdoqueumpisoabaixodoplanodereferênciaeoslocaisderiscoDestejamlocalizadosexclusivamentenopisodesteplano.
Oscompartimentoscorta-fogoaqueserefereestenúmerodevemserisoladosporelementosdeconstruçãocomumaclassederesistênciaCF(EIouREI)comumescalãodetempomínimode30minutos.
5.6 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODEPÁTIOSINTERIORESSemprejuízodoreferidononúmeroanteriorsãopermitidososespaçoslivresinteriores,designadosporpátiosinterioresoupoçosdeluz,desdeque:
a) Amenordassuasdimensõesemplanta,faceàalturadopátio(H,expressaemmetro),sejasuperiora:- H, para H ≤ 7 m- √7H, para H > 7 m
b) Asparedesdoedifícioqueconfinemcomessepátiorespeitemascondiçõesdelimitaçãodepropagaçãodofogoestabelecidasem4(LimitaçõesàPropagaçãodoIncêndiopeloExteriordoEdifício);
c) Todososrevestimentosinterioresdepátioscobertossejam,pelomenos,daclassedereacçãoaofogoA2-s1d0,paratectoseparedes,edaclasseCFL-s2paraosrevestimentosdepiso;
d) AenvolventedepátiosinteriorescobertosfechadosqueosseparedelocaisdotipoDouEoudecaminhosdeevacuaçãohorizontaisquesirvamlocaisderiscoD,tenhaobrigatoriamenteumaresistênciaaofogopadrãodaclasseEI30ousuperior.
Aprotecçãodaenvolventereferidaemd),nocasodecaminhosdeevacuaçãoquesirvamlocaisderiscoE,sobranceirosapátios,podeserapenasgarantidapormeios activos de controlo de fumo complementados por painéis de cantonamento oupor telas accionadas por detecção automática, a localizar nessaenvolvente
5.7 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODOSLOCAISDERISCOBOslocaisderiscoBdevemserseparadosdoslocaisadjacentesporelementosdaconstruçãoquegarantam,pelomenos,asclassesderesistênciaaofogopadrãoindicadasnoQuadro9.
Quadro9–ResistênciaaofogopadrãomínimadoselementosdaenvolventedelocaisderiscoB
5.8 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODOSLOCAISDERISCOCOslocaisderiscoCdevem,emregra,serseparadosdosespaçosadjacentesporelementosdaconstruçãoquegarantam,pelomenos,asclassesderesistênciaaofogopadrãoindicadasnoQuadro10.
Quadro10–ResistênciaaofogopadrãomínimadoselementosdaenvolventedelocaisderiscoC
Nocasodecozinhasligadasasalasderefeiçõesépermitidoqueapenasospavimentos,asparedeseasportasnaenvolventedoconjuntosatisfaçamascondiçõesrequeridasnonúmeroanterior,desdequesejamobservadasasdisposiçõesdecontrolodefumoprevistosem12(ControlodeFumo).
5.9 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODOSLOCAISDERISCODOs locaisderiscoDdevemserseparadosdosadjacentesporelementosdaconstruçãoquegarantam,pelomenos,asclassesderesistênciaao fogopadrãoindicadasnoQuadro11.
Quadro11–ResistênciaaofogopadrãomínimadoselementosdaenvolventedelocaisderiscoD
Esteslocais,desdequetenhamdimensãosuperiora400m²,devemtambémsersubcompartimentadosporelementoscomaqualificaçãoderesistênciaaofogopadrãoindicadanoquadro.
5.10 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODOSLOCAISDERISCOEOslocaisderiscoEdevemserseparadosdoslocaisadjacentesporelementosdaconstruçãoquegarantam,pelomenos,asclassesderesistênciaaofogopadrãoindicadasnoQuadro12.
Elementosdeconstrução Resistênciaaofogopadrãomínima
Paredesnãoresistentes CF30(EI30)
Pavimentoseparedesresistentes CF30(REI30)
Portascomdispositivodefechoautomático PC15(E15C)
Elementosdeconstrução Resistênciaaofogopadrãomínima
Paredesnãoresistentes CF60(EI60)
Pavimentoseparedesresistentes CF60(REI60)
Portascomdispositivodefechoautomático PC30(E30C)
Elementosdeconstrução Resistênciaaofogopadrãomínima
Paredesnãoresistentes CF60(EI60)
Pavimentoseparedesresistentes CF60(REI60)
Portascomdispositivodefechoautomático PC30(E30C)
Quadro12–ResistênciaaofogopadrãomínimadoselementosdaenvolventedelocaisderiscoE
5.11 POSTODESEGURANÇAOpostodesegurançadeveserseparadodosespaçosadjacentesporelementosdaconstruçãoquegarantam,pelomenos,asclassesderesistênciaaofogopadrãoindicadasnoQuadro13.
Quadro13–Resistênciaaofogopadrãomínimadoselementosdaenvolventedopostodesegurança
5.12 PROTECÇÃODASVIASHORIZONTAISDEEVACUAÇÃOOsedifíciosdevemterviashorizontaisprotegidasnosseguintescasos:
- Vias,incluindoátrios,integradasnascomunicaçõescomunsemedifíciosda3.ªcategoriaderisco;- Vias,incluindoátrios,integradasnascomunicaçõescomuns,quandooseucomprimentoexcedaos30m;- Viasdepisoslocalizadosabaixodoplanodereferência,semprequeoseucomprimentosejasuperiora10m;- ViasincluídasnoscaminhoshorizontaisdeevacuaçãodelocaisderiscoB,semprequeesseslocaisnãodisponhamdeviasalternativas;- ViasincluídasnoscaminhoshorizontaisdeevacuaçãodelocaisderiscoD;- Vias,outroçosdevia,emimpassecomcomprimentosuperiora10m,exceptosetodososlocaisqueserviremdispuseremdesaídasparaoutrasvias
deevacuação;- Galeriasfechadasdeligaçãoentreedifíciosindependentesoucorposindependentesdomesmoedifício.
Asviasreferidas,quandointeriores,quenãodêemacessodirectoalocaisderiscoC,DouE,devemserseparadasdosrestantesespaçosdopisoporparedeseportasdaclassederesistênciaaofogopadrãomínimaindicadanoQuadro14,deacordocomaalturadoedifícioemquesesituem.
Elementosdeconstrução Resistênciaaofogopadrãomínima
Paredesnãoresistentes CF30(EI30)
Pavimentoseparedesresistentes CF30(REI30)
Portas PC15(E15C)
Elementosdeconstrução Resistênciaaofogopadrãomínima
Paredesnãoresistentes EI90
Pavimentoseparedesresistentes REI90
Portas E45C
Quadro14–Resistênciaaofogopadrãomínimadoselementosdaenvolventedeviashorizontaisdeevacuaçãointerioresprotegidas
AsviashorizontaisdeevacuaçãointerioresquedêemacessodirectoalocaisderiscoDouEdevemserseparadasdosrestantesespaçosdopisoporparedeseportascujaclassederesistênciaaofogopadrãosejaamaiordasconstantesdoQuadro13oudosQuadros9,10,11ou12,consoanteoslocaisderiscoemcausa.
Semprequeasviashorizontaisexterioressesituemnaáreadeumrectângulodefinidopelasperpendicularesàfachadaàdistânciade2m,deumedooutroladodeumvão,epelaparalelaaomesmoàdistânciade8m,essevãoouaviadevemserdotadosdeelementoscomaclassemínimaderesistênciaaofogopadrãoPC30(E30),amenosqueovãosesitueamaisde6macimadavia,comexcepçãodaquelasemqueexistamimpasses,situaçãoemqueosvãosdaprópriafachadanãonecessitamdeprotecção.
5.13 PROTECÇÃODASVIASVERTICAISDEEVACUAÇÃO
5.13.1 AspectosgeraisTodasasviasverticaisdeevacuaçãodevemserprotegidas,exceptoaquelasqueseencontremnasseguintessituações:
- EmedifíciosdepequenaalturaemqueeventuaislocaisderiscoDsesituamexclusivamentenopisodoplanodereferência;- Escadasqueinterligamníveisdiferentesnointeriordeummesmocompartimentocorta-fogo.
Asviasverticaisdeevacuaçãoparaasquaisseexigeprotecçãodevemserseparadasdosrestantesespaçosporparedesepavimentosapresentandoclassederesistênciaaofogocomumescalãodetemponãoinferioraoexigidoparaoselementosestruturaisdoedifício,conformeindicadoparaasviashorizontais.
Asviasverticaisdeevacuaçãoexterioresdevemgarantirasdistânciasdesegurançaanteriormentereferidasparaasviashorizontaisdeevacuação.
OsacessosàsviasverticaisdeevacuaçãodevemserprotegidosnascondiçõesindicadasnosQuadros15e16.
5.13.2 ProtecçãonopisodesaídaNospisosdesaídaparaoexterioraprotecçãodasviasverticaisdeevacuaçãodeveserfeitadeacordocomascondiçõesexpressasnoQuadro15.
Alturadoedifício Paredesnãoresistentes Paredesresistentes Portascomdispositivo
defechoautomático
Pequena CF30(EI30) CF30(REI30) PC15(E15C)
Média CF60(EI60) CF60(REI60) PC30(E30C)
Quadro15–Protecçãodosacessosaviasdeevacuaçãoverticaisprotegidaslocalizadosnopisodesaídaparaoexterior
5.13.3 ProtecçãoparaosrestantespisosNosdiferentespisosdoedifício,comexcepçãododesaídaparaoexterior,aprotecçãodasviasverticaisdeevacuaçãodeveserfeitadeacordocomascondiçõesexpressasnoQuadro16.
Quadro16–Protecçãodosacessosaviasdeevacuaçãoverticaisprotegidasnãolocalizadosnopisodesaídaparaoexterior
5.14 ISOLAMENTODEOUTRASCIRCULAÇÕESVERTICAISAscirculaçõesverticaisinterioresquenãoconstituamviasdeevacuaçãodevem,emregra,serseparadasdosrestantesespaçosporparedeseportasdaclassederesistênciaaofogopadrãoindicadanoQuadro17,deacordocomaalturadoedifícioemquesesituem.
Saídasdeviasenclausuradas Viaacimadoplanodereferência Viaabaixodoplanodereferência
Directaaoexterior Semexigências Semexigências
Emátriocomacessodirecto Semexigências PortasPC30comdispositivo
aoexterioresemligaçãoaoutros defechoautomático(E30C)
espaçosinteriorescomexcepção
decaixasdeelevadoresprotegidas
Restantessituações PortasPC30comdispositivo PortasPC30comdispositivo
defechoautomático(E30C) defechoautomático(E30C)
Tipodevia Acesso Viaacimadoplanodereferência Viaabaixodoplanodereferência
Enclausurada Dointerior PortasPC30comdispositivo Câmarascorta-fogo
defechoautomático(E30C)
Doexterior PortasPC15comdispositivo PortasPC15comdispositivode
defechoautomático(E15C) fechoautomático(E15C)
Aoarlivre Dointerior PortasPC30comdispositivo PortasCF30comdispositivode
defechoautomático(E30C) fechoautomático(EI30C)
Doexterior Semexigências Semexigências
Quadro17–Resistênciaaofogopadrãomínimadoselementosdaenvolventedecirculaçõesverticaisquenãoconstituemviasdeevacuação
5.15 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODASCAIXASDOSELEVADORESAsparedeseportasdepatamardeisolamentodascaixasdoselevadoresdevemcumprirodefinidonoQuadro16relativamenteàsclassesderesistênciaaofogopadrão,desdequetodosospisossesituemacimadosolo,devendoasreferidasportasserdefuncionamentoautomático.
5.16 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODECANALIZAÇÕESECONDUTAS
5.16.1 AspectosgeraisAsdiversascondutasecanalizações(eléctricas,deesgoto,degases,incluindoasdearcomprimidoedevácuo,bemcomoascondutasdeventilação,detratamentodear,deevacuaçãodeefluentesdecombustão,dedesenfumagemedeevacuaçãodelixos)relativasàsinstalaçõesaquerespeitam,semprequesirvamlocaisderiscoC,osedifíciosultrapassemaalturade9moupossuamlocaisderiscoD,devemserisoladaseprotegidas,recorrendoparaissoaumdosseguintesmeios:
- Alojamentoemductos;- Atribuiçãoderesistênciaaofogoàsprópriascanalizaçõesoucondutas;- Instalaçãodedispositivosnointeriordascondutasparaobturaçãoautomáticaemcasodeincêndio.
Considera-sesuficientequeasparedesdascondutas,dascanalizaçõesoudosductosqueasalojemapresentemclassederesistênciaaofogopadrãonãoinferiorametadedarequeridaparaoselementosdeconstruçãoqueatravessem.
5.16.2 CondiçõesdeisolamentoAscondutasecanalizações,comexcepçãodasdeventilaçãoetratamentodear,devemseralojadasemductosdesdequepossuamdiâmetronominalsuperiora315mm,ousecçãoequivalente.
Ascanalizaçõeseascondutasaseguirindicadas(enãoabrangidaspelacondiçãoanterior)devemserdotadasdemeiosdeisolamentoquegarantamaclassederesistênciaaofogopadrãoexigidaparaoselementosatravessados:
- Condutasoucanalizaçõescomdiâmetronominalsuperiora75mm,ousecçãoequivalente,queatravessemparedesoupavimentosdecompartimentaçãocorta-fogooudeseparaçãoentrelocaisocupadosporentidadesdistintas;
- Condutas que conduzam efluentes de combustão provenientes de grupos geradores, centrais térmicas, cozinhas e aparelhos de aquecimentoautónomos;
- Condutasoucanalizaçõescomdiâmetronominalsuperiora125mm,ousecçãoequivalente,compercursosnointeriordelocaisderiscoC(isolamentonospercursosfeitosnoslocaisderiscoC).
Asexigênciasexpressasanteriormentenoqueserefereaosmeiosdeisolamentosãoconsideradassatisfeitasnosseguintescasos:- Condutasmetálicascompontodefusãosuperiora850OC;- CondutasdePVCdaclasseBcomdiâmetronominalnãosuperiora 125mm,desdequedotadasdeanéisdeselagemnosatravessamentos,que
garantamaclassederesistênciaaofogopadrãoexigidaparaoselementosatravessados.
Alturadoedifício Paredesnãoresistentes Paredesresistentes Portascomdispositivodefecho
automático
Pequenaoumédia CF30(EI30) CF30(REI30) PC15(E15C)
Asadufas,osramaisdedescargaeostubosdequedadascondutasdeevacuaçãodelixodevemserestanques,construídoscommateriaisdaclasseM0(A1)egarantiraclassederesistênciaaofogopadrãoCF60(EI60(i‹-›o)).
Ascondutasdasinstalaçõesdecontrolodefumoemcasodeincêndiodevemsatisfazerasdisposiçõesconstantesde12(ControlodeFumo).
Emcondutasisoláveispormeiodedispositivosdeobturaçãoautomáticaemcasodeincêndio,asexigênciasderesistênciaaofogoexpressasnestenúmeropodemserasseguradasapenasnospontosdeatravessamentodasparedesoudospavimentos.
5.16.3 CaracterísticasdosductosOsductosdevemserconstruídoscommateriaisdaclasseM0 (A1)e, comasexcepçõesa seguirprevistas, ser seccionados, semprequepossível,por septosconstituídospormateriaisdaclasseM0(A1)nospontosdeatravessamentodeparedesepavimentosdecompartimentaçãocorta-fogooudeisolamentoentrelocaisocupadosporentidadesdistintas.
Nosductosdestinadosaalojarcanalizaçõesdelíquidosegasescombustíveis:- Nãoépermitidoqualquerseccionamento;- Ostroçosverticaisdevemdispordeaberturaspermanentesdecomunicaçãocomoexteriordoedifíciocomáreanãoinferiora0,10m2,situadasuma
nabasedoductos,acimadoníveldoterrenocircundante,eoutranotopo,aoníveldacobertura.
AsportasdeacessodevemserdaclassederesistênciaaofogopadrãoPC30comdispositivodefechoautomático(E30C).
5.16.4 DispositivosdeobturaçãoautomáticaOaccionamentodosdispositivosdeobturaçãoautomáticareferidosem5.16.1devesercomandadopormeiodedispositivosdedetecçãoautomáticadeincêndio,duplicadospordispositivosmanuais.
5.17 PROTECÇÃODEVÃOSINTERIORES
5.17.1 ResistênciaaofogodeportasAclassederesistênciaaofogopadrão,CFouPC(EIouE),dasportasque,nosvãosabertos,isolamoscompartimentoscorta-fogo,deveterumescalãodetempoigualametadedaparedeemqueseinserem,exceptonoscasosparticularesreferidosnopresenteAnexo.
5.17.2 DispositivosdefechoeretençãodasportasresistentesaofogoAsportasdeacessoouintegradasemcaminhosdeevacuaçãocomqualificaçãoderesistênciaaofogodevemsersempreprovidasdedispositivosdefechoqueasreconduzamautomaticamente,pormeiosmecânicos,àposiçãofechada.Estasportas,quandoporrazõesdeexploraçãodevamsermantidasabertas,têmdeserprovidasdedispositivosderetençãoqueasconservemnormalmentenaquelaposiçãoeque,emcasodeincêndio,aslibertemautomaticamente,provocandooseufechoporacçãododispositivoreferidono5.16.4,devendoserdotadasdedispositivoselectordefechoseforemderebatercomduasfolhas.
Nasportasequipadascomdispositivosderetençãodeveserafixada,nafaceaparentequandoabertas,ainscrição:«Portacorta-fogo.Nãocolocarobstáculosqueimpeçamofecho».
Amanutenção,emsituaçãonormalnaposiçãoaberta,deportasdeacessoaviasverticaisdeevacuaçãonãoéadmitidaemnenhumcaso.
5.17.3 DispositivosdefechodasportinholasdeacessoaductosdeisolamentoAsportinholasdeacessoaductosdeisolamentodecanalizaçõesoucondutasdevemsermunidasdedispositivosquepermitammantê-lasfechadas,garantindoaclassificaçãoC.
5.18 REACÇÃOAOFOGO
5.18.1 ViasdeevacuaçãohorizontaisOsmateriaisderevestimentodeparedes,tectosepavimentosemviasdeevacuaçãohorizontaisdevemterumaqualificaçãodereacçãoaofogonãoinferioràindicadanoQuadro18.
Quadro18–Reacçãoaofogomínimadosrevestimentosemviasdeevacuaçãohorizontais
5.18.2 Viasdeevacuaçãoverticaisecâmarascorta-fogoAsclassesmínimasdereacçãoaofogodosmateriaisderevestimentodeparedes,tectosepavimentosemviasdeevacuaçãohorizontaiseverticais,bemcomodascâmarascorta-fogosão,nomínimo,asindicadasnoQuadro19.
Quadro19–Reacçãoaofogomínimadosrevestimentosemviasdeevacuaçãoecâmarascorta-fogo
5.18.3 LocaisderiscoAsclassesmínimasdereacçãoaofogodosmateriaisderevestimentodeparedes,tectosepavimentosdelocaisderiscoA,B,C,D,EsãoasindicadasnoQuadro20.
Elemento Aoarlivreeedifícios Emedifíciosde
depequenaaltura médiaaltura
Paredesetectos M2(C-s3d1) M1(B-s2d0)
Pavimentos M3(DFL) M3(DFL)
Elemento Exteriores Interiores
Paredesetectos M1(B-s3d0) M0(A2-s1d0)
Pavimentos M2(CFL) M2(CFL-s1)
Quadro20–ClassesdereacçãoaofogomínimasexigidasaosrevestimentosdoslocaisderiscoA,B,C,DeE
5.18.4 OutrascomunicaçõesverticaisdosedifíciosOsmateriaisutilizadosnaconstruçãoounorevestimentodecaixasdeelevadores,condutaseductos,ouquaisqueroutrascomunicaçõesverticaisdosedifícios,devemterumareacçãoaofogodaclasseM0(A1).
5.18.5 TectosfalsosOsmateriaisconstituintesdostectosfalsosdevemgarantirodesempenhodereacçãoaofogoexigidoparaostectoseparedesdosespaçosondeestãoinseridos,desdequeessedesempenhonãosejainferioraodaclasseM1(B-s1d0),comexcepçãodosexistentesemlocaisderiscoAquedevemser,pelomenos,daclassedereacçãoaofogoM2(C-s2d0).
Osmateriaisdeequipamentosembutidosemtectosfalsosparadifusãodeluz,naturalouartificial,nãodevemultrapassar25%daáreatotaldoespaçoailuminaredevemgarantirumareacçãoaofogo,pelomenos,daclasseM2(C-s2d0).
TodososdispositivosdefixaçãoesuspensãodetectosfalsosdevemgarantirumareacçãoaofogodaclasseM0(A1).
5.18.6 MateriaisdecorrecçãoacústicaemparedesetectosOsmateriaisdecorrecçãoacústicaaplicadosemparedesetectos,incluindoostectosfalsos,devemsatisfazerasexigênciasimpostasparaosdiferenteslocaisderiscoondesesituam,deacordocomasexigênciasfeitasemnúmerosanteriores.
6. CONDIÇÕESGERAISDEEVACUAÇÃO
6.1 TERMINOLOGIA
Barraanti-pânicoDispositivomecânicoinstaladonumaportaquepermita,emcasodeevacuaçãodeemergência,asuafácilaberturapormerapressãodocorpodoutilizador,semquetenhaquerecorreràssuasmãos.
Caminhodeevacuação(oucaminhodefuga)Percurso entre qualquer ponto, susceptível de ocupação, num recinto ounumedifício atéuma zonade segurança exterior, compreendendo, emgeral, umpercursoinicialnolocaldepermanênciaeoutronasviasdeevacuação.
Elementos Locaisderisco
A B C D E
Paredesetectos M1(B-s2d0) M0(A2-s1d0) M0(A1) M0(A1) M0(A1)
Pavimentos M3(DFL–s2) M2(CFL–s2) M0(A1FL) M2(CFL–s2) M2(CFL–s2)
CapacidadedeevacuaçãodeumasaídaNúmeromáximodepessoasquepodempassaratravésdessasaídaporunidadedetempo.
DistânciadeevacuaçãoComprimentoapercorrernumcaminhodeevacuaçãoatéseatingirumaviadeevacuaçãoprotegida,umazonadesegurançaouumazonaderefúgio.
EscadasuplementarEscadaadicionalàsexigidasparaaevacuação,instaladaparasatisfazernecessidadesfuncionais.
EvacuaçãoMovimentodeocupantesdeumedifícioparaumazonadesegurança,emcasodeincêndiooudeoutrosacidentes,quedeveserdisciplinado,atempadoeseguro.
FuncionáriosOcupantesdeumedifíciooudeumestabelecimentoqueneledesenvolvemumaactividadeprofissionalrelacionadacomautilização-tipodoedifício,queimplicaoconhecimentodosespaçosafectosaessautilização.
Impasse(paraumpontodeumespaço)Situação,segundoaqualapartirdeumpontodeumdadoespaçoaevacuaçãosóépossívelatravésdoacessoaumaúnicasaída,paraoexteriorouparaumaviadeevacuaçãoprotegida,ouasaídasconsideradasnãodistintas.Adistânciadoimpasse,expressaemmetros,émedidadessepontoàúnicasaídaouàmaispróximadassaídasconsideradasnãodistintas,atravésdoeixodaspassadeirasmarcadasnopavimento,outendoemconsideraçãoosequipamentosemobiliáriosfixosainstalarouemlinha,seasduassituaçõesanterioresnãoforemaplicáveis.
Impasse(paraumaviahorizontal)Situaçãosegundoaqual,apartirdeumpontodeumadadaviadeevacuaçãohorizontal,aevacuaçãosóépossívelnumúnicosentido.Oimpasseétotalsesemantémemtodoopercursoatéumasaídaparaumaviadeevacuaçãoverticalprotegida,umazonadesegurançaouumazonaderefúgio.Adistânciadoimpassetotal,expressaemmetros,émedidapeloeixodavia,desdeessepontoatéàreferidasaída.Oimpassepodetambémserparcialsesemantémapenasnumtroçodaviaatéentroncarnumaoutraondeexistam,pelomenos,duasalternativasdefuga.Adistânciadoimpasseparcial,expressaemmetros,émedidapeloeixodotroçoemimpassedesdeessepontoatéoeixodaviahorizontalondeentronca.
SaídaQualquervãodispostoaolongodoscaminhosdeevacuaçãodeumedifícioqueosocupantesdevamtransporparasedirigiremdolocalondeseencontramatéumazonadesegurança.
SaídadeemergênciaSaídaparaumcaminhodeevacuaçãoprotegidoouparaumazonadesegurança,quenãoestánormalmentedisponívelparaoutrautilizaçãopelopúblico.
SaídasdistintasemrelaçãoaumpontoSaídasparaasquais,apartirdesseponto,sepossamestabelecerlinhasdepercursoparaambas,tendoemcontaomobiliárioprincipalfixoeoequipamento,divergindodeumângulosuperiora45O,medidoemplanta.
Unidadedepassagem(UP)Unidade teórica utilizada na avaliação da largura necessária à passagem de pessoas no decurso da evacuação. A correspondência em unidadesmétricas,arredondadapordefeitoparaonúmerointeiromaispróximo,éaseguinte:
- 1UP=0,9m- 2UP=1,4m- NUP=N×0,6m(paraN>2)
ViadeevacuaçãoComunicaçãohorizontalouverticaldeumedifícioqueapresentacondiçõesdesegurançaparaaevacuaçãodosseusocupantes.Asviasdeevacuaçãohorizontaispodemsercorredores,antecâmaras,átrios,galeriasou,emespaçosamplos,passadeirasexplicitamentemarcadasnopavimentoparaesseefeito,querespeitemascondiçõesdopresenteAnexo.Asviasdeevacuaçãoverticaispodemserescadas,rampas,ouescadasetapetesrolantesinclinadosapresentadasnopresenteAnexo.Asviasdeevacuaçãopodemserprotegidasounão:asprotegidaspodemserenclausuradas(interiores)ouexteriores;asnãoprotegidasnãogarantem,totalouparcialmente,ascondiçõesregulamentaresdasviasprotegidas,maspodemserautorizadasnascondiçõesapresentadasnesteAnexo.
Viadeevacuaçãoenclausurada(ouprotegidainterior)Via de evacuação protegida, estabelecida no interior do edifício, dotada de sistema de controlo de fumo e de envolvente com uma resistência ao fogoespecificada.
ViadeevacuaçãoexteriorViadeevacuaçãoprotegida,aoarlivreouamplaepermanentementeventilada,queestásuficientementeseparadadorestodoedifíciooudeedifíciosvizinhos,queremafastamentoquerporelementosdeconstruçãocujaresistênciaaofogopadrãoestádeacordocomoexplicitadonopresenteAnexo.Estaviapodeestartotalmentenoexteriordeumedifícioouneleparcialmenteencastrada,devendo,nestecaso,dispordeumaabertura,aolongodoselementosdeconstruçãoemcontactocomoexterior,abrangendotodooespaçoacimadarespectivaguarda.
ViadeevacuaçãoprotegidaViadeevacuaçãodotadademeiosqueconferemaosseusutentesprotecçãocontraosgases,ofumoeofogo,duranteoperíodonecessárioàevacuação.OsrevestimentosdoselementosdeconstruçãoenvolventesdasviasdeevacuaçãoprotegidasdeverãoexibirumareacçãoaofogoconformeasespecificaçõesdopresenteAnexo.Numaviadeevacuaçãoprotegidanãopodemexistirductos,nãoprotegidos,paracanalizações,lixosouparaqualqueroutrofim,nemquaisqueracessosaductos,nemcanalizaçõesdegasescombustíveisoucomburentes,líquidoscombustíveisouinstalaçõeseléctricas.Exceptuam-se,nesteúltimocaso,asquesejamnecessáriasàsuailuminação,detecçãodeincêndiosecomandodesistemasoudispositivosdesegurançaou,ainda,decomunicaçõesemtensãoreduzida.Exceptuam-seaindaascanalizaçõesdeáguadestinadasaocombateaincêndios.
ZonadesegurançadeumedifícioLocal,noexteriordoedifício,ondeaspessoassepossamreunir,protegidasdosefeitosdirectosdeumincêndionesseedifício.
6.2 CÁLCULODOEFECTIVOAsviasdeevacuaçãodevemserdimensionadascombasenoefectivodoslocaisqueservem,oqualédeterminadoapartirdeíndicesdeocupaçãoprevistosparaosdiferentesespaços,pelosserviçoscompetentes.
Osíndicessãomedidosempessoaspormetroquadradopodendo,paraoscasosemquenãoexistem,seradoptadososreferidosnoQuadro21.
Quadro21–Númerodeocupantesporunidadedeáreaemfunçãodousodosespaços
Nassituaçõesemquenummesmoedifícioexistamlocaisdistintosquesejamocupadospelasmesmaspessoasemhoráriosdiferentes,oefectivototalaadoptarparaaglobalidadedeveconsiderarqueessesefectivosparciaisnãocoexistememsimultâneo.
6.3 EVACUAÇÃODOSLOCAIS
6.3.1 NúmerodesaídasAssaídasdevemserdistintasdemodoadificultaroseubloqueiosimultâneoemcasodeincêndio,indicando-senoQuadro22onúmeromínimoarespeitar
Quadro22–Númeromínimodesaídasdelocaiscobertosemfunçãodoefectivo
Nãosãoconsideradasparaonúmerodesaídasutilizáveis,emcasodeincêndio,asqueseencontramnasseguintescondições:- Asdotadasdeportasgiratóriasoudedeslizamentolateralnãomotorizadas;
Espaços Índicesdeocupação
(pessoas/m2)
Balneáriosevestiários 1,00
Espaçosdeensinonãoespecializado 0,60
Gabinetesdeescritório 0,10
Locaisdedormida 1,00
Salasdeconvívioerefeitórios 1,00
Salasdeescritórioesecretarias 0,20
Salasdeesperaeexamesedeconsultas 1,00
Salasdereunião,deestudoedeleiturasemlugaresfixosousalasdeestar 0,50
Zonadeactividades(gimnodesportivos) 0,15
Efectivo(númerodepessoas) Númeromínimodesaídas
1a50 Uma
Entre51e500 Duas
- Asequipadascomportasmotorizadaseobstáculosdecontrolodeacessoexceptose,emcasodefaltadeenergiaoudefalhanosistemadecomando,abriremautomaticamentepordeslizamentolateral,recolhaourotação,libertandoovãorespectivoemtodaasualargura,oupuderemabrir-senosentidodaevacuaçãoporrotação,segundoumângulonãoinferiora90O,quandosujeitasapressãomanual.
6.3.2 LarguradassaídasedoscaminhosdeevacuaçãoAlarguraútildoscaminhosdeevacuaçãoedassaídasdelocaisemedifíciosdevesatisfazeroscritériosexpressosnoQuadro23,nãodevendoserinferiora2UPquandooefectivoultrapassaras200pessoas.
Quadro23–Númeromínimodeunidadesdepassagem(UP)emespaçoscobertosemfunçãodoefectivo
Constituemexcepçõesaoscritériosindicadosnestequadroosseguintescasos:- AssaídasdelocaisderiscoA,cujoefectivosejainferiora20pessoas,quandodotadasdeportasdelarguranormalizadainferiora1UP;- Espaçoscomefectivosuperiora50pessoasempisosabaixodoníveldesaídaparaoexterior,emquealarguramínimaésempresuperiora2UP.
Naszonasdetransposiçãodeportascomlargurasuperiora1UPépermitidaumatolerânciade5%naslargurasmínimasreferidas.
6.3.3 DistânciasapercorrernoslocaisOs caminhoshorizontais de evacuaçãodevemproporcionar o acesso rápido e seguro às saídas de piso através de encaminhamentos claramente traçados,preferencialmenterectilíneos,comumnúmeromínimodemudançasdedirecçãoetãocurtosquantopossível.
Adistânciamáximaapercorrernos locaisdepermanênciaemedifíciosaté seatingira saídamaispróxima,paraoexteriorouparaumaviadeevacuaçãoprotegida,deveseraseguinte:
- 15mnoslocaisemimpasse;- 30mnoslocaiscomacessoasaídasdistintas.
Nocasodelocaisamploscobertossituadosnopisodoplanodereferênciacomsaídasdirectasparaoexterioreáreasuperiora800m2,éadmissívelqueasdistânciasmáximasreferidassejamaumentadasde50%.
6.3.4 EvacuaçãodoslocaisderiscoANoslocaisderiscoA,omobiliário,osequipamentoseoselementosdecorativosdevemserdispostosdemodoaqueospercursosatéàssaídassejamclaraeperfeitamentedelineados,devendonoscasosemqueaáreaésuperiora50m2alarguramínimadecadasaídaseriguala1UP.
Efectivo(númerodepessoas) NúmeromínimodeUP
1a50 Uma
51a500 Umapor100pessoasoufracção,maisuma
6.3.5 EvacuaçãodoslocaisderiscoBOmobiliário,osequipamentoseoselementosdecorativosdevemserdispostosdemodoaqueospercursosatéàssaídassejamclaraeperfeitamentedelineadoseestaremsolidamentefixadosaopavimentoouàsparedessemprequenãopossuampesoouestabilidadesuficienteparapreveniroseuarrastamentoouderrube,pelosocupantes,emcasodefugaprecipitada.
Emespaçosfechadosecobertos,servidospormesas,emqueazonaafectaàsuaimplantaçãopossuaumaáreasuperiora50m2,devemsersatisfeitasasseguintescondições:
- Quandoasmesasforemfixas,devesergarantido,paracirculaçãodeacesso,umespaçamentoentreelascomlarguramínimade1,50m;- Quandoasmesasnãoforemfixas,asomadassuasáreasnãopodeexceder25%daáreadazonaafectaàimplantaçãodasmesmas.
Ascirculaçõesreferidasdevemserestabelecidasrespeitandoasdistânciasmáximasapercorrernoslocaisconstantesem6.3.3.
NocasodelocaisderiscoBondeeventualmentepossamviraocorrereventosdevemaindaserprevistosespaçosparaosrespectivosequipamentoseductosoutubagensparaalojaroscaboscorrespondentes.
Quandoanaturezadoeventoobrigueopúblicoaefectuarumdeterminadopercurso,estedeve,semprequepossível,serestabelecidoemsentidoúnico.
6.3.6 EvacuaçãodoslocaisderiscoDOslocaisderiscoDdevemsatisfazerodispostoparaoslocaisderiscoAeassuassaídasdevemconduzir,directamenteouatravésdeoutrolocalderiscoD,aviasdeevacuaçãoprotegidasouaoexteriordoedifício.
6.3.7 EvacuaçãodelocaisderiscoEAssaídasdoslocaisderiscoEdevemconduzir,directamenteouatravésdeoutrolocalderiscoD,aviasdeevacuaçãoprotegidasouaoexteriordoedifício.
6.4 VIASHORIZONTAISDEEVACUAÇÃO
6.4.1 CaracterísticasgeraisAsviashorizontaisdeevacuaçãodevemconduzir,directamente,aviasverticaisdeevacuaçãoouaoexteriordoedifício.Seumaviadeevacuaçãopossuirumalarguravariável,aolongodoseucomprimento,situaçãosóaceitávelsefordeaumentonosentidodasaída,étidaemcontaasuamenorlarguraparaaavaliaçãodocorrespondentevaloremUP.
Nasviasdeevacuaçãocommaisde1UPépermitidaaexistênciadeelementosdedecoração,placaspublicitáriasoudeequipamentoscompreendidosnoespaçodecirculação,desdequesatisfaçamasseguintescondições,àsquaistambémsedevemsujeitaroselementosdesinalizaçãodesegurança:
- Sejamsolidamentefixadosàsparedesouaospavimentos;- Nãoreduzamaslargurasmínimasimpostasemmaisde0,10m;- Nãopossuamsaliênciassusceptíveisdeprenderovestuárioouosobjectosnormalmentetransportadospelosocupantes.
Aexistência,numaviadeevacuação,deelementoscontínuosaolongodetodaaviaecomumaalturamáximade1,10m,podereduzirasualargura,decadalado,numvalormáximoiguala:
- 0,05mparaasviascomumaUP;- 0,10mparaasviascommaisdoqueumaUP.
Osdesníveisexistentesnasviashorizontaisdeevacuaçãodevemdistarmaisde1mdequalquersaídaeservencidosporrampacomdeclivenãosuperiora6%,podendotambém,quandonãoinferioresa0,30mounãosirvamlocaisderiscoD,servencidosporgruposdedegrausiguais,emnúmeronãoinferioradois.Asrampasreferidasdevempossuirrevestimentoantiderrapante,semprequesirvamlocaisderiscoDouquandoasualarguraforsuperiorouiguala3UP.
6.4.2 Distânciasmáximasapercorrer
6.4.2.1 Vias de evacuação interioresAdistânciamáximaapercorrerdequalquerpontodasviashorizontaisdeevacuação,medidasegundooseueixo,atéseatingirumasaídaparaoexteriorouparaumaviadeevacuaçãoverticalprotegida,nãodeveexceder:
- 15m,emimpasse;- 30m,quandonãoestáemimpasse.
Adistânciade30m,anteriormentereferida,éreduzidapara20mnasseguintessituações:- Empisosabaixodoplanodereferência;- ViasqueservemlocaisderiscoD.
6.4.2.2 Vias de evacuação exterioresNocasodeviashorizontaisexterioressãoadmissíveisdistânciasmáximasduplasdasindicadasparaasinteriores.
6.4.3 Determinaçãodalarguraútildasviashorizontais
6.4.3.1 Pisos sem saída para o exteriorAlarguraútilmínimadostroçosdasviasdeevacuaçãohorizontaisdospisossemsaídaparaoexteriordeveserdeterminadadeacordocom6.3.2,considerandooefectivodoslocaisservidosporessaviaoutroço,emfunçãodaproximidadeàssaídasparaasviasverticaisouparaoexterior.
6.4.3.2 Pisos com saída para o exteriorAlarguraútilmínimadostroçosdasviashorizontaisqueestabeleçamligaçãoentreviasverticaisdeevacuaçãoesaídasparaoexteriordoedifíciodeveserdeterminadaconsiderandoomaiordosseguintesvalores:
- Númerodeutilizadoresprovenientesdopisodesaída,nostermosdonúmeroanterior;- Númerodeutilizadoresconsideradosparaodimensionamentodasviasverticaisdeevacuaçãoservidasporessetroço,determinadadeacordocom
6.5.2(Característicasdasviasverticais).
6.4.4 CaracterísticasdasportasAsportasutilizáveispormaisde50pessoasdevemrespeitarasseguintescondições:
- Abrirfacilmentenosentidodaevacuação;- Nãosernecessáriorecorrerameiosdedesbloqueamentodeferrolhosououtrosdispositivosdetrancamento.Constituemexcepçõesaestascondições
asportasdispostasemlocaisdestinadosatratamentopsiquiátricoouacriançasouadolescentes,desdequeesseslocaissejamsujeitosavigilânciapermanenteequeasuaaberturaimediatasejaasseguradaemcasodenecessidade;
- Disponhamdesinalizaçãoindicativadomododeoperar;- Quandodeacessodirectoaoexterior,devepermanecerlivreumpercursoexteriorquepossibiliteoafastamentodoedifíciocomumalarguramínima
igualàdasaídaenãopossuir,atéumadistânciade3,0m,quaisquerobstáculossusceptíveisdecausaraquedadaspessoasemevacuação.
Asportasdotipovaivémdeduasfolhas,quandoaevacuaçãoforpossívelnosdoissentidosdevem:- Comportarsuperfíciestransparentesàalturadavisão,semprejuízodaqualificaçãoderesistênciaaofogoquelheéexigidanesteAnexo;- Possuirbatentesprotegidoscontraoesmagamentodemãos;- Dispordesinalização,emambososlados,queorienteparaaaberturadafolhaqueseapresentaàdireita.
Asportasdesaídautilizáveispormaisde200pessoasdevemserequipadascomsistemasdeaberturadotadosdebarrasantipânico,comexcepçãodoscomponentesdeobturaçãodosvãosquesejammantidosnaposiçãoabertaduranteosperíodosdeocupação,desdequenãosejamprovidosdedispositivosdefechoautomáticoemcasodeincêndio,bemcomoàsportasquenãodisponhamdequalquertrincoousistemadefecho,istoé,quepossamabrirfacilmenteporsimplespressãonassuasfolhas.
Asportasqueabramparaointeriordeviasdeevacuaçãodevemserrecedidas,afimdenãocomprometerapassagemnasviasquandoseencontremtotalouparcialmenteabertas,nãopodendonunca,emcasodemanifestaimpossibilidadedocumprimentodestaexigência,nasposiçõesintermédiasreduziremmaisde10%aslargurasúteismínimasimpostasparaasviasdeevacuaçãonopresenteAnexo.
6.5 VIASVERTICAISDEEVACUAÇÃO
6.5.1 NúmerodeviasverticaisAsviasverticaisdeevacuaçãodevemsercontínuasaolongodasuaalturaatéaopisoaoníveldoplanodereferênciamaispróximodospisosqueservemeoseunúmerodecorredalimitaçãodasdistânciasapercorrernosseuspisos.
Semprequesejamexigíveisduasoumaisviasverticaisdeevacuaçãoquesirvamosmesmospisosdeumedifício,osvãosdeacessoàsescadasouàsrespectivascâmarascorta-fogo,casoexistam,devemestaraumadistânciamínimade10m,ligadosporcomunicaçãohorizontalcomum.
6.5.2 CaracterísticasdasviasverticaisAsviasquesirvampisossituadosabaixodopisodoplanodereferêncianãodevemcomunicardirectamentecomasquesirvamospisosacimadesseplano.
Emedifíciosaté9mdealturaasviasverticaisdeevacuaçãopoderãonãoserprotegidas,desdequetenhamapenasumpisoabaixodoplanodereferênciaenãoconstituamaúnicaviaverticaldeevacuaçãodelocaisderiscoBeD.
AscomunicaçõesentrelocaisderiscoCeviasprotegidasqueservemexclusivamentelocaisdestetipodevemserfeitasatravésdecâmaracorta-fogo.
Alarguraútilemqualquerpontodasviasverticaisdeevacuaçãonãodeveserinferioràcorrespondentea1UPporcada70utilizadores,oufracção.
Onúmerodeutilizadoresaconsiderarparaodimensionamentodalarguraútildasviasdeevacuaçãoverticaisé,emcadanível,ocorrespondenteàmaiorsomadosefectivosemdoispisosconsecutivosporelasservidosnessenível.
Nocasodepisoscomacessoamaisdeumavia,onúmerodeocupantesaevacuarporcadaumadelasdevesercalculadosegundoocritérioestabelecidoparaasviashorizontais.
6.5.3 CaracterísticasdasescadasAs escadas incluídas nas vias verticais de evacuação devem ter as características estabelecidas no Regulamento Geral de Edificações Urbanas (RGEU)complementadaspelasseguintes:
- Númerodelançosconsecutivossemmudançadedirecçãonopercursonãosuperioradois;- Númerodedegrausporlançocompreendidoentre3e25;- Emcadalanço,osdegrausdevemterasmesmasdimensõesemperfil;- Seosdegrausnãopossuíremespelho,deveexistirumasobreposiçãomínimade50mmentreosseuscobertores;- Adistânciamínimaapercorrernospatamares,medidanoeixodaviaemescadascomlargurade1UP,ea0,5mdafaceinterioremescadascom
largurasuperior,deveserde1m.
Nasescadascurvas,oslançosdevemterasseguintescaracterísticas:- Decliveconstante;- Larguramínimadoscobertoresdosdegraus,medidaa0,6mdafaceinteriordaescada,de0,28m;- Larguramáximadoscobertoresdosdegraus,medidanafaceexteriordaescada,de0,42m.
Sósãoadmitidasescadascurvascomlargurainferiora2UPquandoestabeleçamacomunicaçãoexclusivamenteentredoispisos,localizadosacimadoplanodereferência,edesdeque:
- NãosirvamlocaisderiscoD;- Exista,pelomenos,umaviadecomunicaçãoverticalquesirvaessespisoserespeiteasrestantesdisposiçõesde6.5.2.
Asescadasdevemserdotadasde,pelomenos,umcorrimãocontínuo,oqual,nasescadascurvas,sedevesituarnasuafaceexterior.
Asescadascomlarguraigualousuperiora3UPdevemtercorrimãodeambososladoseosseusdegrausdevempossuirrevestimentoantiderrapante.Asescadascomlargurasuperiora5UPdevempossuirtambémcorrimãosintermédios,demodoaqueo intervaloentredoiscorrimãossucessivosnãosejasuperiora5UP.
6.5.4 Casosespeciaisderampas,escadasmecânicasetapetesrolantesAsrampasquefaçampartedasviasverticaisdeevacuaçãodevemterasseguintescaracterísticas:
- Declivemáximode10%,exceptonasrampassusceptíveisdeutilizaçãoporpessoascommobilidadecondicionada,situaçãoemqueodeclivemáximoadmissívelseráde6%;
- Distânciamínimade2mapercorrernospatamares,medidanoeixodaviaemrampascomlargurade1UP,ea0,5mdafaceinterioremrampascomlargurasuperior;
- Pisoantiderrapante.
Nãosãopermitidasescadasmecânicasnemtapetesrolantesnasviasverticaisdeevacuação.
6.5.5 CaracterísticasdeguardasdasviasdeevacuaçãoelevadasAalturamínimadasguardasdasviasdeevacuaçãoelevadas,medidaemrelaçãoaopavimentoouaofocinhodosdegrausdavia,deveseraindicadanoQuadro24,emfunçãodadiferençadecotasentreopavimentoouocobertordodegraudavia,nopontoconsiderado,eoplanohorizontalaquesejamsobranceiras
Quadro24–Alturamínimadasguardasdeviasdeevacuaçãoelevadas
Asguardasdasescadaselevadasdevemsercontínuas,pelomenosentreosespelhoseoscobertoresdosdegraus.
Quandoasguardasdasviasdeevacuaçãoelevadasforemdescontínuas,adistâncianahorizontalentreosprumosserá,nomáximo,de0,12m.
6.6 CÂMARASCORTA-FOGO(CCF)
Ascâmarascorta-fogodevemsatisfazerasseguintescondições:a) Áreamínimade3m²,exceptoseutilizávelpormaisde50pessoas,casoemquedeveser,nomínimo,iguala6m²;b) Distânciamínimaentreportasde1,20m;c) Pé-direitonãoinferiora2m;d) Dimensãolinearmínima1,40m;e) Aaberturadasportasdascâmarasdeve,emgeral,efectuar-se:
- Nosentidodasaída,quandoacâmaraestáintegradanumcaminhodeevacuação;- Paraointeriordacâmara,nosrestantescasos.
7. INSTALAÇÕESTÉCNICAS
7.1 TERMINOLOGIA
AparelhodeaquecimentoautónomoAparelhoindependente,fixooumóvel,queproduzeemitecalorparaoambientenolocalondeestáinstalado.Podeserdecombustãodirecta,recorrendoacombustíveissólidos,líquidosougasosos,ousemcombustão,alimentadoporenergiaeléctrica.Deveestaremconformidadecomasespecificaçõesecondiçõestécnicasdeinstalaçãoconstantesdasnormasportuguesasoueuropeiasaplicáveisacadatipodeaparelho.
Diferençadecotas Alturadaguarda
Nãosuperiora6m 0,90m
Superiora6m 1,20m
AscensorprioritárioparabombeirosElevadorsituadonafachadadeumedifícioounoseu interior,dispondonestecasodecaixaprópriaprotegida,equipadocommaquinaria, fontedeenergiapermanenteecomandosespecialmenteprotegidos,comdispositivodecomandoparautilizaçãoexclusivapelosbombeiros,emcasodeemergência.
DispositivodechamadaedecomandodoascensorprioritárioparabombeirosBotãocomprotecçãodesegurança,localizadononíveldoplanodereferência,permitindocolocaroelevadorimediatamentesoboseucontrolo.
TempoderespostaTempoentreoprimeiroalertaeachegadaaolocaldosveículosdesocorrodosbombeiros,comadimensãoadequadaadarinícioaocombateaincêndios.
7.2 CONDIÇÕESGERAISAsinstalaçõestécnicasdevemserconcebidas,instaladasemantidasnostermoslegais,demodoquenãoconstituamcausadeincêndionemcontribuamparaasuapropagação.Estasinstalações,paraalémdasmedidaspropostasnosnúmerosseguintes,devemrespeitarasexigênciasestabelecidasnoRegulamentodeSegurançacontraIncêndioemEdifíciosEscolares[1],nocasodascrechesenoRegulamentodeSegurançacontraIncêndioemEdifíciosdeTipoHospitalarparaoscentrosdediaelaresdeidosos[2].
7.3 APARELHOSDEAQUECIMENTOAUTÓNOMOS
7.3.1 CondiçõesdeinstalaçãoSóépermitidaainstalaçãodeaparelhosdeaquecimentoautónomosemlocaisderiscoAenosderiscoBcomefectivoinferiora500pessoas.Nosrestanteslocaisderiscoenasviasdeevacuaçãodequalquerlocalapenassãopermitidosaparelhosautónomosexclusivamentealimentadosaenergiaeléctrica,quenãoapresentemresistênciasemcontactodirectocomoar,nempossuampotênciatotalinstaladasuperiora25KW.
OsaparelhosautónomosdecombustãodevemserfixadosemelementosconstruídoscommateriaisdaclasseM0(A1)e,quandoinstaladosemlocaisderiscoBenasviasdeevacuação,serfixadosàsparedesouaospavimentos.
Nocasodeaparelhosinstaladossobreopavimento,deveserprevistaumafaixaemseuredorcomalarguramínimade0,3m,construída,ourevestida,commateriaisdaclasseM0(A1FL).
Naausênciade regulamentaçãoespecíficaaplicável aaparelhosautónomosde combustão, adistânciamínimadosqueimadoresaquaisquerelementosdeconstrução,decoraçãooumobiliário inflamáveisdeve serde0,50m,exceptoseesseselementos foremprotegidosde formaeficazcommateriais isolantestérmicosdaclasseM0(A1),casoemquepodeserreduzidapara0,25m.
Osaparelhosdecombustão semcircuitodequeimaestanqueapenas sãopermitidosem locaisdotadosdeventilaçãodemodoaproporcionarumnúmeroadequadoderenovaçõesporhora,cumprindoaregulamentaçãoportuguesaaplicável.
7.3.2 ProtecçãodoselementosincandescentesouinflamadosOselementosincandescentesouinflamadosdosaparelhosautónomosdecombustãodevemserprotegidos,demodoaprevenircontactosacidentaiseprojecçõesdepartículasparaoseuexterior.
7.3.3 AparelhosautónomosutilizandocombustíveislíquidosougasososEstesaparelhosdevemserdotadosdedispositivosdecorteautomáticodefornecimentodecombustívelquando,porqualquermotivo,seextinguirachama.Aexistência,noslocaisderiscoAederiscoBcomefectivoinferiora500pessoas,deaparelhosautónomosdeaquecimentoquandoutilizemcombustíveisgasosossóépermitidanasseguintessituações:a) DesdequepossuamaclassificaçãoTipoC,emconformidadecomaNP4415.b) Sejamtubosradiantescujapotênciainstaladanãosejasuperiora400Wpormetroquadradodaáreaútildolocalqueservem,possuamválvuladecorte
manualfacilmenteacessível,depreferênciacomumatodososaparelhosdomesmotipodocompartimento,eestejamafastadosdequalquermaterialcombustívelnãoprotegido,pelomenosàsdistânciasde:- 1,25mparabaixo,medidarelativamenteaoseueixo;- 0,50mparacimadoqueimador;- 0,15mparacimadoreflector;- 0,60mlateralmente.
c) Sejampainéisradiantes,emlocaisdepé-direitosuperiora7,00m,cujapotênciainstaladanãosejasuperiora400Wpormetroquadradodaáreaútildolocalqueservemeestejamafastadosdequaisquerrevestimentosouelementosdedecoraçãocombustíveisde1,00m,nomínimo.
7.4 APARELHOSDEQUEIMADECOMBUSTÍVEISSÓLIDOSOs aparelhos de combustão queutilizam combustíveis sólidos, nomeadamente lareiras, braseiras para aquecimento, fogões de sala e salamandras, apenassãopermitidosemlocaisderiscoAouemlocaisderiscoBcomefectivonãosuperiora200pessoas,nãodevendoexistirquaisquerelementoscombustíveisdeconstrução,dedecoraçãooupeçasdemobiliárioaumadistânciainferiora1,00mdaenvolventeexteriordosreferidosaparelhos,exceptoseforemprotegidoscommateriaisisolantestérmicosdaclasseM0(A1),casoemqueaqueladistânciapodeserreduzidapara0,50m.
Quando aqueles aparelhos foremde fogo aberto, devemneles ser interpostosmeios que evitema projecção de partículas inflamadas para o ambiente docompartimentoeosespaçosondeforeminstaladosdevemserbemventilados,demodoaproporcionarumnúmeroadequadoderenovaçõesporhora.
Emtodososespaçosondepossamserutilizadososaparelhosdecombustãoqueutilizamcombustíveissólidosdevemseradoptadasmedidasespecíficasdeauto-protecção,nomeadamentedeprevençãoedevigilância.
7.5 LÍQUIDOSEGASESCOMBUSTÍVEIS
7.5.1 ArmazenamentoelocaisdeutilizaçãoParasatisfaçãodasexigênciasdesegurançadevemseratendidasasdisposiçõesdaregulamentaçãodesegurançaemvigorrelativaaestasinstalações.
OsespaçosquecontenhamlíquidosougasescombustíveissãoclassificadosemlocaisdeutilizaçãooudearmazenamentodeacordocomoQuadro25.
Quadro25–Classificaçãodosespaçosemfunçãodaquantidadedelíquidosougases
Éinterditaautilizaçãoouodepósitodelíquidosougasescombustíveis,emqualquerquantidade,nosseguintesespaços:- Viasdeevacuação,horizontaiseverticais;- LocaisderiscoD,exceptoparaocasodelíquidosinflamáveisnaquantidadeexclusivamentenecessáriaaumdiadeactividadedecadalocal.
Noslocaisdeutilizaçãonointeriordosedifíciossóépermitidaaexistênciadegasescombustíveisnasseguintessituações,exclusivamentereferentesagarrafasoucartuchos:
- DeGPLnonúmeromáximodequatrogarrafas,cheiasouvazias,ouemcartuchos,emqualquerdoscasoscomcapacidadeglobalnãosuperiora106dm3erespeitandoasdisposiçõesdalegislaçãoaplicável,nomeadamentedaPortarian.º460/2001,de8deMaio;
- DegásdistintodoGPL,porcompartimentocorta-fogononúmeromáximodeduasgarrafas,cheiasouvazias,comcapacidadeglobalnãosuperiora106dm3,necessáriasaofuncionamentodeaparelhos,noslocaisenascondiçõesemquetalsejapermitidonostermosdopresenteAnexoedalegislaçãoespecíficaaplicável.
Devemserdevidamentesinalizados,indicandooperigoinerenteeaproibiçãodefumaroudefazerlume,todososespaçosquecontenhamgasescombustíveiseosquecontenhamumvolumetotaldelíquidoscombustíveissuperioraosvaloresaseguirindicados:
- 10L,seoseupontodeinflamaçãoforinferiora21OC;- 50L,seoseupontodeinflamaçãoforigualousuperiora21OCemenorque55OC;- 250L,seoseupontodeinflamaçãoforigualousuperiora55OC.
Devemserdotadosdeventilaçãonaturalpermanentepormeiodeaberturasinferioresesuperiorescriteriosamentedistribuídas,comsecçãototalnãoinferiora1%dasuaárea,comummínimode0,10m²,todososespaçosreferidosnonúmeroanterior,independentementedeseremconsideradoslocaisderiscoCounão.
Éproibidaainstalaçãodereservatórios,enterradosounão,oudequaisqueroutrosdepósitosdecombustíveis,líquidosougasosos,debaixodeedifícios.
7.5.2 InstalaçõesdeutilizaçãoAscanalizaçõesdelíquidosegasescombustíveisnointeriordeedifícios,entreoslocaisdeutilizaçãoeosquecontêmosreservatóriosouentreesteseeventuaispontosdeabastecimentoexteriores,independentementedapotênciadosequipamentosalimentados,devemcumprirasdisposiçõesdesteAnexo,nomeadamentenoqueserefereaoscondicionalismosdasuainstalaçãoeaoisolamentoeprotecçãoemductos.
Classificação Líquidoscombustíveis Gasescombustíveis
VolumeemL(V) Capacidadetotaldos
Pontodeinflamação(Pi) recipientesemdm³(C)
Pi<21OC 21oC<Pi <55oC Pi≥55oC
Utilização V≤20 V≤100 V≤500 C≤106Armazenamento V>20 V>100 V>500 C>106
Numamesmautilização-tiponãoépermitidaaexistênciade instalaçõesdeutilizaçãodegasescombustíveisprovenientesde redesou fontescentrais,queutilizemgasesdefamíliasdistintas:gásnaturalegásdepetróleoliquefeito.
Oslocaisdeutilizaçãodefluidoscombustíveisexistentesnosedifícioserecintossãoclassificados,paratodososefeitosprevistosnesteAnexo,locaisderiscoC,desdequecontenham:
- Reservatóriosdecombustíveislíquidos;- Equipamentosagáscujapotênciatotalsejasuperiora40kW.
Todososlocaisdeutilizaçãoeosquecontêmosreservatóriosdainstalaçãodevemdispordeválvuladecortedeemergênciadaalimentaçãooudofornecimentodecombustível,devendoaquelasválvulasserdevidamentesinalizadaseestarpermanentementeacessíveis,sendolocalizadasnoexteriordoscompartimentos,comexcepçãoparaoslocaisdeutilizaçãoquetambémincluamoseureservatórioexclusivo,situaçãoemquesepoderãolocalizarnoseuinterior.Nascentraistérmicasnãoépermitidooemprego,comocombustível,delíquidosinflamáveiscompontodeinflamaçãoinferiora55°Cnemoarmazenamentodematériasinflamáveis.
8. SINALIZAÇÃOEILUMINAÇÃODESEGURANÇA
8.1 SINALIZAÇÃO
8.1.1 AspectosgeraisAsinalizaçãoainstalardeveobedeceraodeterminadopelalegislaçãonacional,designadamenteoDecreto-Lein.º141/95,de14deJunhoeaPortarian.º1456-A/95,de11deDezembro,nãopodendoasuavisibilidadeserobstruídaporquaisquerobjectos,osquaistambémnãodevemperturbar,pelaintensidadedasuailuminaçãooupelasuaformaecor,essasinalização.
8.1.2 DimensõesAsplacasdevemterumaárea(A)nãoinferioràdeterminadaemfunçãodadistância(d)aquedevemservistas,comummínimode6m,conformeaseguinteexpressão:
A ≥ d2
2000
8.1.3 FormatosemateriaisAsplacasdesinalizaçãoindicarãorespectivamenteproibição,perigoeemergênciaconsoanteoseuformatoforcircular,triangularourectangularedevemserexecutadasemmaterialrígido,fotoluminescente,quegarantaascondiçõesdereacçãoaofogoexigidasparaelementosemrelevooususpensos.
8.1.4 Localizaçãoevisibilidadedasplacas8.1.4.1 Aspectos geraisAsinalizaçãodentrodoslocaisdepermanênciadeveráserclaramentedistinguíveldequalquerpontodesselocalcujalinhadeobservaçãorelativamenteàplacafaçaumângulosuperiora45Ocomaparedeondeselocalizaoobjecto,elementoouequipamentosinalizado.
Todaasinalizaçãoreferenteàsindicaçõesdeevacuaçãoelocalizaçãodemeiosde1ªintervenção,alarmeealerta,quandocolocadanasviasdeevacuação,deverásê-lonaperpendicularaosentidodasfugaspossíveisnessasvias.
Noslocaisdemudançadedirecçãodasreferidasviasserá,obrigatoriamente,colocadasinalizaçãoadequadaaosentidodafugaatomar,deformainequívoca.
Noslocaisdepermanênciaenasviashorizontaisdeevacuaçãoacessíveisapúblicodeveservisívelumaplacaindicadoradesaídaoudesentidodeevacuação,pelomenos,apartirdequalquerpontosusceptíveldeocupação.
Nasviasverticaisdeevacuaçãodevemsermontadasplacasnopatamardeacesso,indicandoonúmerodoandarouasaída,seforocaso,enopatamarintermédio,indicandoosentidodaevacuação,nomínimo.
Adistânciadecolocaçãodasplacasnasviasdeevacuaçãoenoslocaisdepermanênciadevevariarentre6e30m.
Asplacasdesinalizaçãodeverãosercolocadasomaispróximopossíveldasfontesluminosasexistentes,aumadistânciainferiora2memprojecçãohorizontal,masnãocoladassobreosaparelhos,exceptonosseguintescasos,emqueasinalizaçãopodesercolocadadirectamentesobreosdifusoresdeumaoudeduasfaces:
- Emviasdeevacuação;- Emedifíciosda1.ªcategoriaderiscodesdequeacolagemdospictogramassobreosequipamentosnãoprejudiqueosníveisdeiluminaçãomínimosagarantir
nemasdimensõesmínimaslegaisdasplacasfaceàsdistânciasdevisibilidade.
8.1.4.2 Distribuição das placas de sinalizaçãoAdistribuiçãodasplacasdesinalizaçãodevepermitiravisibilidadeapartirdequalquerpontoondeainformaçãoquecontêmdevaserconhecida,podendo,comesseobjectivo,serefectuadadasseguintesformas:
- Paralelaàsparedescominformaçãonumasóface;- Perpendicularàsmesmasparedes,oususpensadotecto,cominformaçãoemduplaface;- A45Ocomaparede(panorâmica),cominformaçãonasduasfacesexteriores.
Asplacasquefiquemsalientesrelativamenteaoselementosdeconstruçãoqueassuportamdevemserfixadasaumaalturaigualousuperiora2,10menãosuperiora3m.
8.2 ILUMINAÇÃO
8.2.1 IluminaçãodeemergênciaTodos os espaços deverão ser dotados de um sistema de iluminação de emergência de segurança e, em alguns casos, de um sistema de iluminação desubstituição.
Ailuminaçãodeemergênciadevecompreender:- Iluminaçãodeambiente,destinadaailuminaroslocaisdepermanênciahabitualdepessoas,reduzindoaocorrênciadesituaçõesdepânico;- Iluminaçãodebalizagemoucirculação,comoobjectivodefacilitaravisibilidadenoencaminhamentosegurodaspessoasatéaumazonadesegurançae,
ainda,possibilitaraexecuçãodasmanobrasrespeitantesàsegurançaeàintervençãodosmeiosdesocorro.
8.2.2 IluminaçãodesubstituiçãoAiluminaçãodesubstituição,quandoexistir,deveterumafontedealimentaçãodiferentedadeemergência.
8.2.3 IluminaçãodeambienteedebalizagemoucirculaçãoNasinstalaçõesdeiluminaçãodeambienteedebalizagemoucirculaçãoaslâmpadasdedescarga,quandoexistam,devempossuirtemposdearranquenãosuperioresa:
- 5sparaatingir50%daintensidadedeiluminação;- 60sparaatingir100%daintensidadedeiluminação.
Aautonomiadefuncionamentodailuminaçãodeambienteedebalizagemoucirculaçãodeveseraadequadaaotempodeevacuaçãodosespaçosqueserve,comummínimode15minutos.
NoslocaisderiscoB,CeD,enaszonasdevestiárioscomáreasuperiora10m2eosdestinadosautentescommobilidadecondicionada,devemserinstaladosaparelhosdeiluminaçãodeambiente.
Ailuminaçãodeambientedevegarantirníveisdeiluminânciatãouniformesquantopossível,comumvalormínimode1lux,medidonopavimento.
Nailuminaçãodebalizagemoudecirculaçãoosdispositivosdevemgarantir5lux,medidosa1mdopavimentoouobstáculoaidentificar,esercolocadosamenosde2memprojecçãohorizontaldosseguinteslocais:
- Intersecçãodecorredores;- Mudançasdedirecçãodeviasdecomunicação;- Patamaresdeacessoeintermédiosdeviasverticais;- Câmarascorta-fogo;- Botõesdealarme;- Comandosdeequipamentosdesegurança;- Meiosde1.ªintervenção;- Saídas.
8.2.4 UtilizaçãodeblocosautónomosAutilizaçãodeblocosautónomos,permanentesenãopermanentes,devesatisfazerascondiçõesseguintes:
- Serdotipofluorescente,quandoutilizadosemiluminaçãodeambiente;- Serdotadosdesistemasdetelecomandoquepermitamcolocá-losemestadoderepousoforadosperíodosdeocupaçãodosespaços;- Semprequesejaminstaladosblocosautónomosdevemserdotipopermanente,independentementedacategoriaderisco.
9. MEIOSDEDETECÇÃO,ALARMEEALERTA
9.1 TERMINOLOGIA
AlarmeSinalsonoroe/ouluminoso,paraavisoeinformaçãodeocorrênciadeumasituaçãoanormaloudeemergência,accionadoporumapessoaouporumdispositivoousistemaautomático.
AlarmegeralAlarmeemitidoparadifundiroavisodeevacuaçãoà totalidadedosocupantesdeumedifíciooudeumestabelecimento.Nos locaisondeexistampessoaslimitadasnamobilidadeounacapacidadedepercepçãoereacçãoaumalarme,destina-setambémadesencadearasoperaçõesdestinadasaapoiaraevacuaçãodasreferidaspessoascomlimitações.
AlarmelocalAlarmequetempordestinatáriosapenasosocupantesdeumespaçolimitadodeumedifíciooudeumestabelecimentoeopessoalafectoàsegurança.
AlarmerestritoAlarmeemitidoexclusivamenteparaavisodeumasituaçãodeincêndio,aopessoalafectoàsegurançadeumedifíciooudeumestabelecimento.
AlertaMensagemtransmitidaaosmeiosdesocorro,quedevemintervirnumedifício,estabelecimentoouparquedeestacionamento,emcasodeincêndio,nomeadamenteosbombeiros.
DetectorautónomodeactuaçãoTipodedetectordeincêndioque,nãofazendopartedeumsistemadealarmedeincêndio,éutilizadoparaaccionarequipamentos,dispositivosousistemascomplementares.
SistemaautomáticodedetecçãoealarmedeincêndioSistemadealarmeconstituídoporcentraldesinalizaçãoecomando,detectoresautomáticosdeincêndio,botõesparaaccionamentomanualdoalarmeemeiosdifusoresdealarme.Estesistema,numasituaçãodealarmedeincêndios,tambémpodedesencadearautomaticamenteoutrasacções,nomeadamenteoalertaeocomandodedispositivos,sistemasouequipamentos.
SistemadealarmedeincêndioConjuntodecomponentesquedãoumalarmedeincêndio,sonoroe/ouvisualouqualqueroutro,podendotambéminiciarqualqueroutraacção.
9.2 ASPECTOSGERAISOsedifíciosdevemserequipados,comasexcepçõesindicadasnestedocumento,cominstalaçõesquepermitamdetectaroincêndioe,emcasodeemergência,difundiroalarmeparaosseusocupantes,alertarosbombeiroseaccionarsistemaseequipamentosdesegurança.
Osespaçosqueestejamprotegidostotalmenteporsistemafixodeextinçãoautomáticadeincêndiosporáguaenãopossuamcontrolodefumopormeiosactivosestãoisentosdedetecçãoautomática.
- Princípiosdefuncionamentodasinstalações.
Nosperíodosdeexploraçãoasinstalaçõesdevemestarnoestadodevigília,factoquedevesersinalizadonacentral,quandoestaexista.
Aactuaçãodeumdispositivodeaccionamentodoalarmedeveprovocar,deimediato,ofuncionamentodoalarmerestritoe,eventualmente,oaccionamentodosdispositivosdecomandodesistemaseequipamentosdesegurança.
Nosedifíciosquenãodisponhamdemeioshumanosparaexplorarumasituaçãodealarmerestrito,aactuaçãodeumdispositivodeaccionamentodoalarmedeveprovocar,deimediato,ofuncionamentodoalarmegeral.
Nosoutrosedifíciosdeveexistirumatemporizaçãoentreosalarmesrestritoegeral,demodoapermitira intervençãodopessoalafectoàsegurança,paraeventualextinçãodacausaquelhedeuorigem,semprocederàevacuação.
Atemporizaçãoreferidadeveterduraçãoadaptadaàscaracterísticasdoedifícioedasuaexploração,devendoaindaserprevistosmeiosdeprocederàsuaanulaçãosemprequesejaconsideradooportuno.
Oalarmegeraldeveserclaramenteaudívelemtodososlocaisdoedifício,terpossibilidadedesoarduranteotemponecessárioàevacuaçãodosseusocupantes,comummínimodecincominutos,edeserligadooudesligadoaqualquermomento.
Umavezdesencadeados,osprocessosdealarmeeasacçõesdecomandodasinstalaçõesdesegurançanãodevemserinterrompidosemcasodeocorrênciaderupturas,sobreintensidadesoudefeitosdeisolamentonoscircuitosdosdispositivosdeaccionamento.
Atransmissãodoalerta,quandoautomática,devesersimultâneacomadifusãodoalarmegeral.
9.2.1 DispositivosdeaccionamentomanualdoalarmeOsdispositivosdeaccionamentomanualdoalarmedevemserinstaladosnoscaminhoshorizontaisdeevacuação,semprequepossíveljuntoàssaídasdospisosedelocaissujeitosariscosespeciais,acercade1,50mdopavimento,edemodoaquenãosejamocultadosporquaisquerelementosdecorativosououtros,nemporportas,quandoabertas.
9.2.2 DetectoresautomáticosOsdispositivosdedetecçãoautomáticadevemserseleccionadosecolocadosemfunçãodascaracterísticasdoespaçoaproteger,doseuconteúdoedaactividadeexercida,cobrindoconvenientementeaáreaemcausa.
9.2.3 DifusoresdealarmegeralOsdifusoresdealarmegeraldevem,semprequepossível,serinstaladosforadoalcancedosocupantese,nocasodesesituaremaumaalturadopavimentoinferiora2,25m,serprotegidosporelementosqueosresguardemdedanosacidentais.
Osinalemitidodeveserinconfundívelcomqualqueroutroeaudívelemtodososlocaisdoedifícioourecintoaquesejadestinado.
Nocasodedifusoresdealarmegeralintegradosemunidadesautónomas,estasdevemassegurarasseguintesfunções:- Alimentaçãodosdifusoresemcasodefalhanoabastecimentodeenergiadarede,apartirdesistemadeemergência;- Interrupçãodosinaldealarmegeral,querpormeiosmanuais,querdeformaautomática,apósumtempodeterminado;- Noslocaisequipadoscominstalaçõesdesonorização,osinaldealarmegeralpodeconsistirnumamensagemgravada,previamenteaprovadapelaANPC,
prescrevendoclaramenteaordemdeevacuação,aqualdeveserautomaticamentedifundidaapósainterrupçãodoprogramanormal.
9.2.4 CentraisdesinalizaçãoecomandoAscentraisdesinalizaçãoecomandodasinstalaçõesdevemsersituadasemlocaisreservadosaopessoalafectoàsegurançadoedifício,nomeadamentenopostodesegurança,quandoexistir,eassegurarasseguintesfunções:
- Alimentaçãodosdispositivosdeaccionamentodoalarme;- Alimentaçãodosdifusoresdealarmegeral,nocasodeestesnãoseremconstituídosporunidadesautónomas;- Sinalizaçãodepresençadeenergiaderedeedeavariadafontedeenergiaautónoma;- Sinalizaçãosonoraeópticadosalarmesrestritoegeraledoalerta;- Sinalizaçãodoestadodevigíliadasinstalações;- Sinalizaçãodeavaria,testeoudesactivaçãodecircuitosdosdispositivosdeaccionamentodealarme;- Comandodeaccionamentoedeinterrupçãodoalarmegeral;- Temporizaçãodosinaldealarmegeral,quandoexigido;- Comandodossistemaseequipamentosdesegurançadoedifício,quandoexigido;- Comandodeaccionamentodoalerta.
Quandonãoforpossívelinstalaracentraldesinalizaçãoecomandojuntodopostodovigilanteresponsávelpelasegurança,deveequipar-seosistemacomumquadrorepetidordaquelaunidade,instaladonumlocalvigiadoempermanência.
9.2.5 FontesdeenergiadeemergênciaAsfontesdeenergiadeemergênciadevemassegurarofuncionamentodasinstalaçõesdealarmenocasodefalhanaalimentaçãodeenergiadaredepública.
Estasfontesdevemserincorporadasnacentral,ounasunidadesautónomasdealarme,eassegurarofuncionamentodossistemasdeacordocomosseguintescritérios:
- Emedifíciosnãovigiadosempermanência,funcionarnoestadodevigília,porumperíodomínimode72horas,seguidodeumperíodode30minutosnoestadodealarmegeral;
- Emedifíciosvigiadosempermanência,funcionarnoestadodevigília,porumperíodomínimode12horas,seguidodeumperíododecincominutosnoestadodealarmegeral.
Asfontesdeenergiadeemergênciaqueapoiamasinstalaçõesdedetecção,alarmeealertanãopodemservirquaisqueroutrasinstalações.
9.2.6 ConcepçãodasinstalaçõesdealertaOssistemasdetransmissãodoalertapoderãosermanuaisouautomáticos,sendonesteúltimocasoefectuadoatravésderedetelefónicaprivativaoucomutada,públicaouprivada.Aceita-sequeosistemadealertaautomáticopossa,ainda,serefectuadoatravésderederádio,desdequeosrespectivosequipamentosterminaispossuamfontedeenergiadeemergênciacomcapacidadecompatívelcomosperíodosconstantesde9.2.6.
9.2.7 SistemamanualdealertaOsistemadealertamanualconsisteempostostelefónicosligadosàredepública,devidamentesinalizadosesempredisponíveis,localizadosjuntoàcentraldesinalizaçãoecomando.Nestespostosdeveserafixadodeformaclaraonúmerodetelefonedacorporaçãodebombeirosaalertar.
Nosespaçosqueestejamequipadoscominstalaçõesdesonorização,osinaldealarmegeralpodeconsistirnumamensagemgravada,previamenteaprovadapelaANPC,prescrevendoclaramenteoavisodeevacuação.Osmeiosdedifusãodoalarmeemcasodeincêndionesteslocais,quandooefectivoforsuperiora200pessoas,eduranteapermanênciadepúblico,devemserconcebidosdemodoanãocausarempânico,privilegiando-seaadopçãodamensagemgravadaanteriormentereferida,cujadifusãodeveserfeitademodoautomáticoeserprecedidadaligaçãodosaparelhosdeiluminaçãodeemergênciadeambienteebalizagemoucirculação.
9.2.8 ConfiguraçõesdasinstalaçõesdealarmeParaefeitosdeconcepçãodossistemasdealarmeconsideram-seasconfiguraçõesindicadasnoQuadro26.
Quadro26–Configuraçõesdasinstalaçõesdealarme
Componentesefuncionalidade Configuração
1 2 3
Botõesdeaccionamentodealarme x x x
Detectoresautomáticos x x
Centraldesinalizaçãoecomando Temporizações x x
Alertaautomático x
Comandos x x
Fontelocaldealimentação x x x
deemergência
Protecção Total x
Parcial x x
Difusãodoalarme Nointerior x x x
Noexterior x
Osedifíciosda1.ªcategoriaderisco,exclusivamenteacimadosolo,devemserdotadasdeumsistemadealarmedaconfiguração2.
Quantoaosedifíciosda2.ªe3.ªcategoriaderiscodevemserdotadasdeinstalaçõesdealarmedaconfiguração3.
9.2.9 LocaisderiscoCOslocaisderiscoC,independentementedasualocalização,devemsemprepossuirsistemadealarmedaconfiguração2.
9.2.10 PavimentosetectosfalsosDevempossuirdetecçãoautomáticadeincêndiososespaçosconfinados,designadamentedelimitadosportectosfalsoscommaisde0,60mdealturaouporpavimentos sobreelevadosemmaisde0,20m,desdequenelespassemcablagensousejam instaladosequipamentooucondutas susceptíveisdecausaroupropagarincêndiosoufumo.
Quandoosespaçosconfinadosaquireferidosforemprotegidospordetectorespontuais,mesmoquesejamintegradosemsistemasendereçáveis,deveexistir,emlocalvisível,sinalizaçãoópticadessesdetectores.
10. MEIOSDEEXTINÇÃO
10.1 TERMINOLOGIA
AgenteextintorSubstânciasólida,líquidaougasosaespecificamenteadequadaparaextinguirumincêndio,quandoaplicadaemdeterminadascondições.
Boca-de-incêndioarmadaHidrantequedispõedeumamangueiramunidadeagulheta,comsuporteadequadoeválvulainterruptoraparaaalimentaçãodeágua,inseridonumainstalaçãohidráulicaparaserviçodeincêndiosprivativadeumedifíciooudeumestabelecimento.
Boca-de-incêndiotipoteatroBoca-de-incêndio armada cujamangueira éflexível.Deve estar em conformidade comaNPEN671-2. Trata-se deummeio de 2.ª intervenção em caso deincêndio.
Carreteldeincêndioarmado(ouboca-de-incêndiotipocarretel)Boca-de-incêndioarmadacujamangueiraésemi-rígidaeestáenroladanumsuportetipocarretel.DeveestaremconformidadecomaNPEN671-1.Trata-sedeummeiode1.ªintervençãoemcasodeincêndio.
RedehúmidaTubagemfixaerígidamontadanumedifício,permanentementeemcarga,ligadaaumarededeágua,exclusivamentedestinadaaocombateaincêndios.
ColunasecaCasoparticulardeumaredeseca,constituídaporcondutaverticalcomumpequenotroçohorizontale,eventualmente,pequenosdesviosdeligação,quandonãopossaserconstituídaporumúnicoalinhamentovertical.
ColunahúmidaCasoparticulardeumaredehúmida,constituídaporcondutaverticalpermanentementeemcarga,eventualmentecompequenosdesviosdeligação,quandonãopossaserconstituídaporumúnicoalinhamentovertical.
RedesecaTubagemfixaerígidamontada,comcarácterpermanente,numedifícioedestinadaaserligadaaosistemadealimentaçãodeáguaafornecerpelosbombeirosepostaemcarganomomentodautilização.Trata-sedeumainstalaçãodestinadaaapoiarasoperaçõesdecombateaumincêndioporpartedosbombeiros.Paratal,disporádeumaentradadealimentaçãoduplade70comuniõesStorzde75mm,emlocalexterioracessívelaosbombeiros,ebocas-de-incêndiointerioresnãoarmadas,cadaumadelascomduassaídasde45comuniõesStorzde52mm.
ExtintordeincêndioAparelhocontendoumagenteextintor,quepodeserdescarregadosobreumincêndioporacçãodeumapressãointerna.DeveestaremconformidadecomasNPEN3,NPEN1866eNP4413.
GrupohidropressorConjuntodebombas,respectivoscomandosedispositivosdemonitorizaçãodestinadosafornecerocaudalepressãoadequadosaumainstalaçãohidráulicaparacombateaincêndios.
RededeincêndioarmadaRededeágua,exclusivamentedestinadaaocombateaincêndios,mantidapermanentementeemcargaedotadadebocas-de-incêndioarmadas.
10.2 CRITÉRIOSGERAISOsmeiosdeintervençãoainstalarnointeriordosedifíciospodemserosseguintes:
- Meiosdeprimeiraintervenção(extintoresportáteisemóveis,redesdeincêndioarmadaseoutros);- Redessecasouhúmidasparaasegundaintervenção;- Outrosmeios,casoseconsideremnecessários.
10.3 MEIOSDEPRIMEIRAINTERVENÇÃO
10.3.1 EdifícioselocaisderiscoondedevemserusadosAutilizaçãodeextintoresdeveserfeitaemtodososedifícios,independentementedasuacategoriaderisco.Oslocaisaseguirindicadosdevempossuirsempreextintores:
- LocaisderiscoC;- Postosdesegurança;- Cozinhas.
Nascentrais térmicascompotênciaútil superiora70kWdevemser instaladososseguintesmeiosadicionaisdeprimeira intervenção,consoanteotipodecombustívelutilizado:
- Noscasosdecombustívelsólidooulíquidodeveminstalar-seextintoresdasclasses34B,àrazãodedoisporqueimador,comummáximoexigíveldequatro,paraalémdeumrecipientecom100ldeareiaeumapá;
- Noscasosdecombustívelgasosodeveinstalar-seumextintordepóquímicopolivalente,daclasse5A/34B.
Ascozinhasdevemserdotadosdemantasignífugasemcomplementodosextintores.
10.3.2 NúmeroedimensionamentodosextintoresOnúmerodeextintoresainstalardevesertalqueadistânciaapercorrerdequalquerpontosusceptíveldeocupaçãoatéaoextintormaispróximonãoexceda15m.
Paraefeitodedimensionamentopodeutilizar-seoseguintecritério:- 18ldeagenteextintorpadrãopor500m2oufracçãodeáreadepavimentodopisoemquesesituem;- Umporcada200m2depavimentodopisooufracção,comummínimodedoisporpiso.
10.3.3 LocalizaçãoOsextintoresdevemserinstaladosemlocaisbemvisíveisesinalizados,colocadosemsuportepróprio,demodoqueoseumanípulofiqueaumaalturanãosuperiora1,20mdopavimentoelocalizadospreferencialmentedeacordocomasseguintesindicações:
- Nascomunicaçõeshorizontaisou,emalternativa,nointeriordascâmarascorta-fogo,quandoexistam;- Nointeriordosgrandesespaçosejuntoaosseusacessos.
10.4 REDESDEINCÊNDIOARMADADOTIPOCARRETEL
10.4.1 EdifícioscomredesdeincêndioarmadasOsedifíciosclassificadoscomode2.ªcategoriaderisco,ousuperior,devempossuirredesdeincêndioarmadas,guarnecidascombocas-de-incêndiodotipocarretel.
10.4.2 LocaiscomredesdeincêndioarmadasDevemserdotadosderedesdeincêndioarmadasosseguinteslocais:
- Locaisquepossamrecebermaisde200pessoas;- Zonasemedifíciosdeacessodifícil,porseremsituadasemempreendimentoscomplexos,ouquenãoapresentemumaorganizaçãosimplesdosespaços
interiores,semprequeexigidopelaANPC.
10.4.3 Númeroelocalizaçãodasbocas-de-incêndiodotipocarretelOnúmerodebocasinstaladaseasualocalizaçãodevepermitirsatisfazerasseguintescondições:
- Ocomprimentodasmangueirasutilizadaspermitaatingirtodosospontosdoespaçoaproteger,nomínimo,porduasagulhetasaumadistâncianãosuperiora5m;
- Adistânciaentreasbocasnãosejasuperioraodobrodocomprimentodasmangueirasutilizadas;- Existaumaboca-de-incêndionoscaminhoshorizontaisdeevacuaçãojuntoàsaídaparaosverticaisaumadistânciainferiora3mdorespectivovãode
transição;- Existaumaboca-de-incêndiojuntoàsaídadeumlocalouzonaquepossarecebermaisde200pessoas.
10.4.4 Característicasdasbocas-de-incêndiodotipocarretelOscarretéisdeincêndiodevemaindacumprirosseguintesrequisitos:
- Oseumanípulodemanobradevesituar-seaumaalturadopavimentonãosuperiora1,50m;- Oscarretéisdetamborfixodevemserexclusivamenteparainstalaçãoàfacedaparedeepossuirguiaderoletesomnidireccional;- Oscarretéisencastrados,comousemarmário,devemserdotipoderodaroudepivotar;- Osarmáriosdevemsersempredotipohomologadoemconjuntocomocarretelearespectivaportainstaladaàfacedaparedeousalientedesta,porformaa
quepossarodar180ºnasuaabertura;- Aeixocomoscarretéis,instaladosounãoemarmário,deveexistirumespaçodesimpedidoelivredequaisquerelementosquepossamcomprometeroseu
acessoouasuamanobra,comumraiomínimo,medidoemplanta,de1mealturade2m.
10.4.5 AlimentaçãodasredesdeincêndioarmadasdotipocarretelArededealimentaçãodasbocas-de-incêndiodevegarantirasseguintescondições,emcadaboca-de-incêndioemfuncionamento,commetadedasbocasabertas,atéummáximoexigíveldequatro:
- Pressãodinâmicamínimade250kPa;- Caudalinstantâneomínimode1,5l/s;- Aalimentaçãodasbocas-de-incêndiodeve,emgeral,serasseguradaporcanalizaçõesindependentesapartirdoramaldeligaçãodoedifícioàredepública;- Admite-seque,emzonasondeosistemadeabastecimentopúblicoapresentegarantiasdecontinuidade,empressãoecaudal,esemprequeaANPCopermita,
aalimentaçãosejafeitaapartirdaredepública.
Nosrestantescasos,ascondiçõesdepressãoedecaudaldevemserasseguradasporgrupossobrepressoresque,quandoaccionadosaenergiaeléctrica,deverãoserapoiadosporfontesdeenergiadeemergência.
Apressãodaáguanasredesdeincêndiodeveserindicadapormeiodemanómetrosinstaladosnosseuspontosmaisdesfavoráveis.
10.5 MEIOSDESEGUNDAINTERVENÇÃOOsedifíciosclassificadosna3.ªcategoriaderiscodevemserservidosporredeshúmidasdotadasdebocas-de-incêndioarmadas.
Estaredehúmidadevemanter-sepermanentementeemcarga,comáguaprovenientedeumdepósitoprivativodoserviçodeincêndios,pressurizadaatravésumgruposobrepressorpróprioapoiadoporumafontedeenergiadeemergência.
Estarededeveterapossibilidadedealimentaçãoalternativapelosbombeiros,atravésdetuboseco,dediâmetroapropriado,ligadoaocolectordesaídadasbombassobrepressoras.
Nassituaçõessusceptíveisdecongelamentodaágua,podemserutilizadasredessecasemsubstituiçãodashúmidas,medianteacordodaANPC.
10.6 BOCADEALIMENTAÇÃOAbocasiamesadealimentaçãodevelocalizar-senoexteriordoedifíciojuntoaumpontodeacessodosbombeiros,noplanodereferência,demodoaqueasuadistância(comprimentodoramal)àcolunaverticalnuncaexceda14m.
10.7 LOCALIZAÇÃODASBOCASDEPISOAsbocas-de-incêndiodasredessecasehúmidasdevemserdispostasnospatamaresdeacessodascomunicaçõesverticais,ounascâmarascorta-fogo,quandoexistam,apartirdo5ºpisoacimadoplanodereferênciaoudo3.ºpisoabaixodesseplano.
Admite-sealocalizaçãodasbocas-de-incêndioàvista,dentrodenichosoudentrodearmários,desdequedevidamentesinalizadasequeadistânciaentreoeixodasbocaseaparteinferiordosnichosouarmáriosseja,nomínimo,de0,50m.
Essasbocasdevemserduplas,comacoplamentodotipoSTORZ,comodiâmetrode junçãoDN52mm,tendoorespectivoeixoumacotarelativamenteaopavimentovariandoentre0,80me1,20m.
10.8 CARACTERÍSTICASELOCALIZAÇÃODASBOCAS-DE-INCÊNDIOARMADASDOTIPOTEATROAsbocasdeincêndiotipoteatro,commangueirasflexíveisediâmetrosde45ou70mm,devemlocalizar-se,porordemdeprioridade,nacaixadaescada,emcâmarascorta-fogo,seexistirem,ounoutroslocaispermitindoqueocombateaumeventualincêndiosefaçasempreapartirdeumlocalprotegido.
10.9 DEPÓSITODAREDEDEINCÊNDIOSECENTRALDEBOMBAGEMSemprequesetornenecessáriaumacolunahúmida,eladeveseralimentadaporumdepósitoquepoderáserelevadoouenterrado,respeitandoodispostonoDecretoRegulamentar23/95,de23deAgosto.
Acapacidadedodepósitodevesercalculadacombasenovalorde3m³porboca-de-incêndio,comummínimode50m³.
Ogruposobrepressordevegarantirascondiçõesdecaudalepressão,respectivamentede4l/se400KPa,naboca-de-incêndiomaisdesfavorável,commetadedelasemfuncionamento,nummáximodequatro.
Acentraldebombagemdeverásercertificada,emconformidadecomasnormasportuguesasou,nasuafalta,deacordocomasespecificaçõesdaANPC.
11. CONTROLODAPOLUIÇÃODOAR
11.1 DETECÇÃOAUTOMÁTICADEGÁSCOMBUSTÍVEL
11.1.1 LocaisondedeveserinstaladaDevemserdotadosdeumsistemaautomáticodedetecçãodegáscombustível:
- TodososlocaisderiscoC,ondefuncionemaparelhosdequeimadessetipodegásousejamoslocaisdearmazenamento;- Todososductos,instaladosemedifíciosouestabelecimentosda2.ªcategoriaderiscoousuperior,quecontenhamcanalizaçõesdegáscombustível;- Todososlocaiscobertosondeseprevejaoestacionamentodeveículosqueutilizemgasescombustíveis.
11.1.2 CaracterísticasdossistemasautomáticosdedetecçãodegáscombustívelEstessistemasdevemserconstituídos,dumaformageral,porunidadesdecontroloesinalização,detectores,sinalizadoresóptico-acústicos,transmissoresdedados,cabos,canalizaçõeseacessórioscompatíveisentresiedevidamentehomologados.
Ainstalaçãodestesistemadeveráserefectuadademodoaqueadetecçãodogásprovoqueocorteautomáticodofornecimentodomesmo,completadoporumsistemadecortemanualàsaídadasinstalações,numazonadefácilacessoebemsinalizada.
Ossinalizadores,acolocarnoexterioreinteriordoslocaismencionadosem11.1.1,devemconternodifusor,bemvisível,ainscrição”ATMOSFERAPERIGOSA”eaindicaçãodotipodegás.
12. CONTROLODEFUMO
12.1 TERMINOLOGIA
DesenfumagemAcçãoderemoçãoparaoexteriordeumedifíciodofumo,docaloredosgasesdecombustãoprovenientesdeumincêndio,atravésdedispositivospreviamenteinstaladosparaoefeito.
12.2 CRITÉRIOSGERAISOsedifíciosdevemserdotadosdemeiosquepromovamalibertaçãoparaoexteriordofumoedosgasestóxicosoucorrosivos,reduzindoacontaminaçãoeatemperaturadosespaços,emantendocondiçõesdevisibilidade,nomeadamentenasviasdeevacuação.
Ocontrolodofumoproduzidonoincêndiopodeserrealizadoporvarrimento,oupeloestabelecimentodeumahierarquiarelativadepressões,comsubpressãonumlocalsinistradorelativamenteaoslocaisadjacentes,comoobjectivodeosprotegerdaintrusãodofumo.
Adesenfumagempodeserpassiva,quandorealizadaportiragemtérmicanatural,ouactiva,noscasosemqueseutilizemmeiosmecânicos.
Asinstalaçõesdedesenfumagempassivacompreendemaberturasparaadmissãodeareaberturasparalibertaçãodofumo,ligadasaoexterior,querdirectamentequeratravésdecondutas.
Nasinstalaçõesdedesenfumagemactiva,ofumoéextraídopormeiosmecânicoseaadmissãodearpodesernaturalourealizadaporinsuflaçãomecânica.Asinstalaçõesdeventilaçãoedetratamentodeardosedifíciospodemparticiparnocontrolodofumoproduzidosnoincêndio,desdequesejamsatisfeitasasexigênciasexpressasnonúmeroseguinte.
12.3 CONCRETIZAÇÃODOSMEIOSAconcretizaçãodosmeiosdecontrolodefumodeveserfeitodeacordocomasexigênciasestabelecidasnoRegulamentodeSegurançacontraIncêndioemEdifíciosEscolares[1],nocasodascreches,enoRegulamentodeSegurançacontraIncêndioemEdifíciosdeTipoHospitalarparaoscentrosdediaelaresdeidosos[2].
13. ORGANIZAÇÃOEGESTÃODASEGURANÇA
13.1 TERMINOLOGIA
DelegadodesegurançaPessoadesignada, pelo responsável de segurançadeumdada entidade, para dirigir e coordenar asmedidas de auto-protecçãodessa entidade, na áreadasegurançaaoincêndio.
PlanodeactuaçãoDocumento,componentedoplanodeemergência,noqualestáindicadaaorganizaçãodasoperaçõesadesencadearpelodelegadoeagentesdesegurança,emcasodeocorrênciadeumasituaçãoperigosa.
Planodeemergência(ouplanodeemergênciainterno)Documentonoqualestãoindicadasasmedidasdeauto-protecçãoaadoptar,porumaentidade,parafazerfaceaumasituaçãodeincêndionas instalaçõesocupadasporessaentidade,nomeadamenteaorganização,osmeioshumanosemateriaisaenvolvereosprocedimentosacumprirnessasituação.Deveconteroplanodeactuaçãoeodeevacuação.
PlanodeevacuaçãoDocumento,componentedoplanodeemergência,noqualestãoindicadososcaminhosdeevacuação,zonasdesegurança,regrasdecondutadaspessoaseasucessãodeacçõesateremlugarduranteaevacuaçãodeumlocal,estabelecimento,recintoouedifício,emcasodeincêndio.
PlanodeprevençãoDocumentonoqualestãoindicadosaorganizaçãoeosprocedimentosaadoptar,porumaentidade,paraevitaraocorrênciade incêndioseparagarantiramanutençãodoníveldesegurançadecorrentedasmedidasdeauto-protecçãoadoptadaseapreparaçãoparafazerfaceasituaçõesdeemergência.
PlanodesegurançaConjuntodemedidasdeauto-protecção(organizaçãoeprocedimentos)tendentesaevitaraocorrênciadeincêndiosealimitarassuasconsequências.Écompostoporumplanodeprevençãoeumplanodeemergência.
PlantadeemergênciaPeçadesenhadaesquemática,referenteaumdadoespaço,comarepresentaçãodoscaminhosdeevacuaçãoedosmeiosautilizaremcasodeincêndio,contendoaindaasinstruçõesgeraisdesegurançaaplicáveisaesseespaço.DeveestarconformecomaNP4386.
PostodeSegurançaLocal,permanentementevigiado,dumedifícioondeépossívelcontrolartodosossistemasdevigilânciaedesegurança,osmeiosdealertaedecomunicaçãointerna,bemcomooscomandosaaccionaremsituaçãodeemergência.
PrevençãocontraincêndioConjuntodemedidaseatitudesdestinadasadiminuiraprobabilidadedeeclosãodeumincêndio.
PrimeiraintervençãoMedidadeauto-protecçãoqueconsistenaintervençãonocombateaumincêndiodesencadeada,imediatamenteapósasuadetecção,pelosocupantesdeumedifício,recintoouestabelecimento.
ProtecçãocontraincêndioConjuntodemedidaseatitudesdestinadasalimitarosefeitosdeumincêndio.
RegistosdesegurançaConjuntodedocumentos,auditáveispelaANPCouseusagentes,quecontémosregistosdeocorrênciasrelevantesederelatóriosrelacionadoscomasegurançaaoincêndio.Asocorrênciasdevemserregistadascomdata(deinícioefim)peloresponsávelpeloseuacompanhamento,referindo-se,nomeadamente,àconservaçãooumanutençãodascondiçõesdesegurança,àsmodificações,alteraçõesetrabalhosperigososefectuados,incidenteseavariasou,ainda,visitasdeinspecção.Deentreosrelatóriosaincluirnosregistosdesegurança,destacam-seosdasacçõesdeinstruçãoedeformação,dosexercíciosdesegurançaedeeventuaisincêndiosououtrassituaçõesdeemergência.
ResponsáveldesegurançaÓrgãooupessoadirigentehierárquicomáximodaentidaderesponsávelpelocumprimentopermanentedasmedidasdesegurançaaoincêndionumedifício,estabelecimento,recintoouparquedeestacionamento.Nocasodeestabelecimentosoudeparquesdeestacionamentointegradosemedifíciosdeutilizaçãomúltipla,oresponsávelpelasegurançadosespaçoscomunsdoedifícioéoórgãodeadministraçãodoedifício.Nocasodeespaçosdehabitaçãoessaresponsabilidadecompeteaosproprietáriosdosfogose,nosespaçoscomuns,aoórgãodeadministraçãodoedifício.
SegundaintervençãoIntervençãonocombateaumincêndiodesencadeada,imediatamenteapósoalarme,pelosbombeirosouporequipasespecializadasaoserviçodoresponsáveldesegurançadeumedifício,parquedeestacionamento,estabelecimentoourecinto.
13.2 CRITÉRIOSGERAISOsedifíciosdevem,nodecursodasuaexploração,serdotadosdemedidasdeorganizaçãoegestãodasegurançaepossuíremumpostodesegurança(PS),quepoderásituar-senaáreadarecepção,destinadoacentralizartodaainformaçãorelativaàsegurançaaoincêndio,osmeiosprincipaisderecepçãoedifusãodealarmesedetransmissãodoalerta,bemcomoacoordenarosmeiosoperacionaiselogísticosemcasodeemergência.
13.3 RESPONSÁVELPELASEGURANÇAOedifíciodevepossuir um responsável pela segurançaao incêndio (RS), o qual deverá velar pela implementaçãodasmedidasdeorganização e gestãodasegurançareferidasnestedocumento.
Nassituaçõesdeincêndioqueenvolvamaintervençãodosbombeiros,passaaserocomandantedasoperaçõesdesocorroaassumiraresponsabilidadedestasoperações,devendooRSprestar-lhetodaacolaboraçãosolicitada.
13.4 CONDIÇÕESDEALTERAÇÕESDEUSO,DELOTAÇÃOOUDECONFIGURAÇÃODOSESPAÇOSOslocaisdecadaedifíciotêmumusoelotaçãocompatíveiscomasfinalidadesparaqueforamconcebidos,peloqueeventuaisalteraçõesquepossamsofrer,mesmoqueextraordinárias,devemserautorizadas,porescrito,peloRS,apósestudodasimplicaçõesquepossamterdopontodevistadasegurançaaoincêndio.
13.5 CONDIÇÕESPARAAEXECUÇÃODETRABALHOSDIVERSOSOstrabalhosdeconservação,manutenção,beneficiação,reparação,modificaçãooualteraçãoqueenvolvamprocedimentosquepossamprejudicaraevacuaçãodosocupantesdevem,emregra,serrealizadosnosperíodosemqueseverificaumamenorafluênciadepúblico.Casosemanifesteimpossibilidadedesatisfaçãodoreferido,devemserpreviamenteimplementadosmeiosdeevacuaçãoalternativossatisfazendoasdisposiçõesdopresentedocumento.
Quanto aos trabalhosque envolvamautilizaçãode substâncias,materiais, equipamentos ouprocessosque apresentem riscosde incêndiooude explosão,nomeadamente pela produção de chama nua, faíscas ou elementos incandescentes em contacto com o ar, associados à presença demateriais facilmenteinflamáveis,carecemdeautorizaçãoexpressadoRS,devendoazonadeintervençãoserconvenientementeisoladaedotadadosmeiosdeintervençãoedesocorrosuplementaresapropriadosaoriscoemcausa.
13.6 MEDIDASDEAUTO-PROTECÇÃODevemserimplementadasnosedifíciosmedidasdeauto-protecçãoconstituídaspormedidaspreventivasemedidasdeintervençãoemcasodeemergência.Asmedidaspreventivastêmcomoobjectivoimplementaratitudes,procedimentoseacçõesdestinadosalimitarosriscosdeeclosãodeincêndios,enquantoqueasdeintervençãodestinam-seaprepararosocupantesparapoderemreagiraumasituaçãodeemergência.
Asmedidasdeauto-protecçãoenvolvemváriosaspectos,destacando-seosseguintes:- Instruçõesdesegurança;- Registosdesegurança;- Procedimentosdeprevenção;- Planodeprevenção;- Procedimentosemcasodeemergência;- Planodeemergência;- Formaçãoemsegurançaaoincêndio;- Exercíciosdesimulação.
13.7 CONCRETIZAÇÃODASMEDIDASDEAUTO-PROTECÇÃO
13.7.1 AspectosgeraisParaconcretizaçãodasmedidasdeauto-protecçãoosRSestabelecerãoaorganizaçãonecessária,recorrendoparaissoaosfuncionáriosafectosaoedifício,osquaisdevemterumaadequadaformação.Deveserimplementadoumserviçodesegurançaaoincêndio(SSI),constituídoporpessoalafectoaofuncionamento,quepodeserconstituídopelospessoalafectoaoedifício,demodoaassegurarempermanênciaapresença,nomínimo,deumelementocomformaçãoadequadaemmatériadesegurançaaoincêndio.OSSIdeveserconstituídoporpessoasassegurandogarantiasdeaptidãofísica,conhecimentostécnicos,formaçãoetreinoemmatériadesegurançacomprovadosporiniciativadoRSedeacordocompadrõesadequados.Oselementosnomeadosparaasequipasdesegurançadevemser responsabilizadospeloRS relativamenteaocumprimentodasatribuiçõesque lhes foremcometidasnaorganizaçãodesegurançaestabelecida.EmIV.2(Segurançaaoincêndio)destasRecomendaçõeséfeitaaconcretizaçãodestasmedidasrelativamenteacadaumdosequipamentossociais.
13.7.2 InstruçõesdesegurançaNoslocaisderiscoC,DeEdevemserafixadas,emlocaisvisíveis,designadamentenasportasdeacessoaosreferidoslocais,instruçõesdesegurançadestinadasaosocupantes,asquaisdevemconteraseguinteinformação:
- Procedimentosdeprevençãoedeemergênciaaplicáveisaoespaçoemquestão,incluindoosrelativosaoalarme,acumpriremcasodedetecçãooupercepçãodeumincêndioeosdealerta;
- Plantadeemergênciasimplificada,ondeconstemasviasdeevacuaçãoqueservemesseslocais,bemcomoosmeiosdealarmeeosdeprimeiraintervenção;- Técnicasdeutilizaçãodosmeiosdeprimeiraintervençãoedeoutrosmeiosdeactuaçãoemcasodeincêndioquesirvamosespaçosdoedifício.Devemaindaexistirinstruçõesgeraisdesegurançanasplantasdeemergênciareferidasem13.7.7.
13.7.3 RegistosdesegurançaOsRSdevemgarantir a existência de registos de segurança, destinados à inscriçãode ocorrências relevantes e à guardade relatórios relacionados comasegurançaaoincêndio,devendocompreender,designadamente,osseguinteselementos:
- Anomaliasobservadasnasoperaçõesdeverificação,conservaçãooumanutençãodasinstalaçõestécnicas,dossistemasedosequipamentosdesegurança,incluindoasuadescrição,impacte,datasdasuadetecçãoeduraçãodarespectivareparação;
- Relaçãodetodasasacçõesdemanutençãoefectuadaseminstalaçõestécnicas,dossistemasedosequipamentosdesegurança,comindicaçãodoelementointervencionado,tipodeacçãoefectuada,motivo,dataeresponsável;
- Descriçãosumáriadasmodificações,alteraçõesetrabalhosperigososefectuadosnosespaços,comindicaçãodasdatasdeseuinícioefinalização;- Relatóriosdeocorrênciasdirectasouindirectamenterelacionadascomasegurançaaoincêndio,taiscomoalarmesintempestivosoufalsos,princípiosde
incêndioouactuaçãodeequipasdeintervençãodoedifício;- Cópiadosrelatóriosdeintervençãodosbombeiros,emincêndiosououtrasemergências;- Relatóriossucintosdasacçõesdeformaçãoreferidasem13.7.8,bemcomomençãodosaspectosmaisrelevantesdosexercíciosdesimulaçãoreferidosem
13.7.9.
13.7.4 ProcedimentosdeprevençãoDevemseradoptadosprocedimentosdeprevenção,aadoptarpelosocupantes,destinadosagarantirpermanentementeosseguintesaspectos:
- Acessibilidadedosmeiosdesocorroaosespaços;- Acessibilidade,dosveículosdesocorrodosbombeiros,aosmeiosdeabastecimentodeágua(hidrantesexteriores);
- Praticabilidadedoscaminhosdeevacuação;- Eficáciadaestabilidadeaofogoedosmeiosdecompartimentação,isolamentoeprotecção;- Acessibilidadeaosmeiosdealarmeedeintervençãoemcasodeemergência;- Vigilânciadosespaços,emespecialosdemaiorriscodeincêndioeosqueestãonormalmentedesocupados;- Conservaçãodosespaçosemcondiçõesdelimpezaearrumaçãoadequadas;- Segurançanoarmazenamentodematériasesubstânciasperigosas;- Segurançaemtodosostrabalhosdemanutenção,recuperação,beneficiação,alteraçãoouremodelaçãodesistemasoudasinstalações,queimpliquemum
riscoagravadodeincêndio,introduzamlimitaçõesemsistemasdesegurançainstaladosouquepossamafectaraevacuaçãodosocupantes.
Osprocedimentosde exploraçãoedeutilizaçãodas instalações técnicas, equipamentos e sistemas,nomeadamentedos referidosnestedocumento, devemincluirasrespectivasinstruçõesdefuncionamento,osprocedimentosdesegurança,adescriçãodoscomandosedeeventuaisalarmes,bemcomodossintomaseindicadoresdeavariaqueoscaracterizam.
Quantoaosprocedimentosdeconservaçãoedemanutençãodasinstalaçõestécnicas,dispositivos,equipamentosesistemasexistentesnosedifícios,devemserbaseadosemprogramascomestipulaçãodecalendárioselistasdetestesdeverificaçãoperiódica,constituindoexcepçãooshidrantesexteriores,quandonãoseencontremsobajurisdiçãodaentidadequeexploraoedifício.
Fazaindapartedestasmedidaspreventivasvelarparaque,naszonaslimítrofesouinterioresdeáreasflorestadas,qualqueredifíciopermaneçalivredematocomcontinuidadehorizontalsusceptíveldefacilitarapropagaçãodeumincêndio,aumadistânciade50mdoedificado.
13.7.5 PlanodeprevençãoOplanodeprevençãodeveserconstituídopelosseguinteselementos:a) Datadaentradaemfuncionamentodoedifício;b) IdentificaçãodoRS;c) Identificaçãodeeventuaisdelegadosdesegurança;d) Plantas,àescalade1:100ou1:200,comarepresentaçãoinequívocadosseguintesdados,recorrendoàsimbologiaconstantedasnormasportuguesas:
- Classificaçãoderiscoeefectivoprevistoparacadalocal,deacordocomodispostonopresenteAnexo;- Viashorizontaiseverticaisdeevacuação,incluindooseventuaispercursosemcomunicaçõescomuns;- Localizaçãodetodososdispositivoseequipamentosligadosàsegurançaaoincêndio;- Osprocedimentosdeprevençãodefinidosnonúmeroanterior;- Osregistosdesegurançareferidosem13.7.3.
Oplanodeprevençãoeosseusanexosdevemseractualizadossemprequeasmodificaçõesoualteraçõesefectuadasnoedifícioojustifiquem,devendoexistirnoPSumexemplardoplanodeprevenção.
13.7.6 ProcedimentosemcasodeemergênciaParacadaedifíciodevemserdefinidosecumpridososprocedimentoseastécnicasdeactuaçãoemcasodeemergência,aadoptarpelosocupantes,contemplandonomínimoosseguintesaspectos:
- Procedimentosdealarmeacumpriremcasodedetecçãooupercepçãodeumincêndio;- Procedimentosdealerta;- Procedimentosaadoptarparagarantiraevacuaçãorápidaeseguradosespaçosemrisco;- Técnicasdeutilizaçãodosmeiosdeprimeiraintervençãoedeoutrosmeiosdeactuaçãoemcasodeincêndioquesirvamosespaçosdoedifício;- Procedimentosderecepçãoeencaminhamentodosbombeiros.
Todososprofissionaisafectosaoedifícioemcausadevemsercapazesdeutilizarosextintoresportáteis.
13.7.7 PlanodeemergênciaOplanodeemergência(PE)temcomoobjectivofundamentalsistematizaraevacuaçãoenquadradadosocupantes,limitarapropagaçãoeasconsequênciasdosincêndios,recorrendoameiosprópriosinstaladosnoedifícioedeveconstarde:
- Organizaçãoemsituaçãodeemergência;- Entidadesinternaseexternasacontactaremsituaçãodeemergência;- Planodeactuação;- Planodeevacuação,comrealceparaoslocaisderiscoD;- Anexocomasinstruçõesdesegurançareferidasem13.7.2;- Anexocomasplantasdeemergência.
Aorganizaçãoemsituaçãodeemergênciadevecontemplar:- AidentificaçãodoselementosquedesempenhamfunçõesnoSSI,respectivasmissõeseresponsabilidades,aconcretizaremsituaçõesdeemergência;- OsorganogramashierárquicosefuncionaisdoSSIcobrindoasváriasfasesdodesenvolvimentodeumasituaçãodeemergência,nomeadamenteasactividades
relativasaoplanodeactuaçãoeaoplanodeevacuação.
Quantoaoplanodeactuaçãodevecontemplaraorganizaçãodasoperaçõesadesencadearpordelegadoseagentesdesegurançaemcasodeocorrênciadeumasituaçãoperigosaeosprocedimentosaobservar,abrangendoosseguintesdomínios:
- Conhecimentopréviodosriscospresentesnosespaçosafectosaoedifício,nomeadamentenoslocaisderiscoC;- Procedimentosaadoptarememcasodedetecçãooupercepçãodeumalarmedeincêndio;- Planificaçãodadifusãodoalarmerestritoegeraledatransmissãodoalerta;- Coordenaçãodasoperaçõesprevistasnoplanodeevacuação;- ActivaçãodosmeiosdeprimeiraintervençãoquesirvamosespaçosdosPostosTerritoriais,apropriadosacadacircunstância,incluindoastécnicasdeutilização
dessesmeios;- Execuçãodamanobradosdispositivosdesegurança,designadamentedecortedaalimentaçãodeenergiaeléctricaedecombustíveis,defechodeportas
resistentesaofogoedasinstalaçõesdecontrolodefumo;- Prestaçãodeprimeirossocorros;- Protecçãodelocaisderiscoedepontosnevrálgicosdoedifício;- Acolhimento,informação,orientaçãoeapoioaosbombeiros;- Reposiçãodascondiçõesdesegurançaapósumasituaçãodeemergência.
Oplano de evacuação deve contemplar as instruções e os procedimentos a observar pelo pessoal afecto ao edifício, relativos à articulação das operaçõesdestinadasagarantiraevacuaçãoordenada,totalouparcial,dosespaçosconsideradosemriscopeloRSeabrangerosseguintesdomínios:
- Encaminhamentorápidoesegurodosocupantesdessesespaçosparaoexteriorouparaumazonasegura,mediantereferenciaçãodeviasdeevacuação,eventuaiszonasderefúgioepontosdeencontro;
- Assegurarqueninguémfiquebloqueado;- Confirmaçãodaevacuaçãototaldosespaçosegarantiadequeninguémaelesregressa.
Asplantasdeemergência,aelaborarparacadapisodoedifício,devemrespeitaroseguinte:- Serafixadasemposiçõesestratégicasjuntoaosacessosprincipaisdopisoaquesereferem;- SerafixadasnoslocaisderiscoCeE;- EstardisponíveiscópiasdetodasasplantasdeemergênciadoedifícionorespectivoPS,podendoseracompanhadasdeesquemasdeemergência;- Quandosolicitado,seremdisponibilizadascópiasaocorpodebombeirosemcujaáreadeactuaçãoprópriaseinseremosespaçosafectosdoedifício.
Oplanodeemergênciaeosseusanexosdevemseractualizadossemprequeasmodificaçõesoualteraçõesefectuadasnoedifícioojustifiquem.
Nopostodesegurançareferidodeveestardisponívelumexemplardoplanodeemergência.
13.7.8 FormaçãoemsegurançaaoincêndioTodososelementoscomatribuiçõesprevistasnasactividadesdeauto-protecçãodevempossuirformaçãonodomíniodasegurançaaoincêndio.Aformação,obtidamedianteafrequênciadeacções,adefiniremprogramaestabelecidoporcadaRS,podeserdosseguintestipos:a) Sensibilizaçãoparaasegurançaaoincêndio,atravésdesessõesinformativasquedevemcobrirouniversodopessoalafectoaoedifício,comosseguintes
objectivos:- Familiarizaçãocomosespaçosdoedifícioeidentificaçãodosrespectivosriscosdeincêndio;- Cumprimentodosprocedimentosgenéricosdeprevençãocontidosnoplanodeprevenção;- Cumprimentodosprocedimentosdealarme;- Cumprimentodosprocedimentosgeraisdeactuaçãoemcasodeemergência,nomeadamentedosdeevacuação;- Instruçãodetécnicasbásicasdeutilizaçãodosmeiosdeprimeiraintervenção,nomeadamenteosextintoresportáteis.
b) Formaçãoespecíficadestinadaaoselementosque,nasuaactividadeprofissionalnormal,lidamcomsituaçõesdemaiorriscodeincêndio,nomeadamenteosqueaexercememlocaisderiscoCouD;
c) Formação específica para os elementos que possuem atribuições especiais de actuação em caso de emergência, nomeadamente para as seguintesactividades:- Emissãodoalerta;- Evacuação;
13.7.9 ExercíciosdesimulaçãoIndependentementedacategoriaderiscodoedifíciodeverealizar-se,anualmente,umexercíciodeevacuação,planeado,executadoeavaliadocomacolaboraçãodocorpodebombeirosdaáreaondesesituaoedifício.
Osocupantesdevemterconhecimentopréviodarealizaçãodesteexercício,podendonãoserrigorosamenteestabelecidaadatae/ouhoraprogramadas.
Referências
[1] DECRETO-LEIn.º414/98,de31deDezembro–RegulamentodeSegurançacontraIncêndioemEdifíciosEscolares.
[2] DECRETO-LEIn.º409/98,de23deDezembro–RegulamentodeSegurançaContraIncêndioemEdifíciosdoTipoHospitalar.
[3] PORTARIAN.º1444/2002,de7deNovembro–NormasdeSegurançacontraIncêndioaObservarnaExploraçãodeEstabelecimentosEscolares.
[4] PORTARIAN.º1275/2002,de19deSetembro–NormasdeSegurançacontraIncêndioaobservarnaexploraçãodeEstabelecimentosdeTipoHospitalar.
[5] AUTORIDADENACIONALDEPROTECÇÃOCIVIL.(ANPC)–Propostade“RegulamentoGeraldeSegurançaContraIncêndioemEdifícios”.Lisboa:ANPC,2006.
ÍNDICE
1. APRESENTAÇÃODAMETODOLOGIAADOPTADA 3
2. CLASSIFICAÇÃODOSLOCAISEDOSEDIFÍCIOSSOBOPONTODEVISTADERISCODEINCÊNDIO 3
3. ACESSIBILIDADEAOSEDIFÍCIOSEDISPONIBILIDADEDEÁGUAPARACOMBATEAOINCÊNDIO 3
4. LIMITAÇÕESÀPROPAGAÇÃODOINCÊNDIOPELOEXTERIORDOEDIFÍCIO 4
4.1 Paredesexterioresdeconstruçãotradicional 4
4.2 Paredesdeempena 4
4.3 Paredesnão-tradicionais 4
4.4 Coberturas 44.4.1 Exigênciasgerais 44.4.2 Coberturasemterraço 44.4.3 Outrascoberturas 4
5. CONDIÇÕESGERAISDECOMPORTAMENTOAOFOGO,ISOLAMENTOEPROTECÇÃO 4
5.1 Compartimentaçãocorta-fogo 4
5.2 Resistênciaaofogodeelementosestruturais 4
5.3 Exigênciasrelativasacablagemdiversa 5
5.4 Compartimentaçãodefogo 5
5.5 Isolamentoeprotecçãodepátiosinteriores 5
5.6 IsolamentoeprotecçãodoslocaisderiscoB 5
5.7 IsolamentoeprotecçãodoslocaisderiscoC 5
5.8 IsolamentoeprotecçãodoslocaisderiscoD 5
Anexo3—RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio—EstabelecimentosExistentes
5.9 IsolamentoeprotecçãodoslocaisderiscoE 5
5.10 Postodesegurança 5
5.11 Protecçãodasviashorizontaisdeevacuação 5
5.12 Protecçãodasviasverticaisdeevacuação 6
5.13 Isolamentodeoutrascirculaçõesverticais 6
5.14 Isolamentoeprotecçãodascaixasdoselevadores 6
5.15 Isolamentoeprotecçãodecanalizaçõesecondutas 6
5.16 Protecçãodevãosinteriores 6
5.17 Reacçãoaofogo 7
6. CONDIÇÕESGERAISDEEVACUAÇÃO 7
6.1 Condiçõesgerais 7
6.2 Característicasdasportas 8
7. INSTALAÇÕESTÉCNICAS 8
8. SINALIZAÇÃOEILUMINAÇÃODESEGURANÇA 8
9. MEIOSDEDETECÇÃO,ALARMEEALERTA 8
10. MEIOSDEEXTINÇÃO 8
11. CONTROLODAPOLUIÇÃODOAR 8
12. CONTROLODEFUMO 8
13. ORGANIZAÇÃOEGESTÃODASEGURANÇA 8
Referências 8
Índice
1. APRESENTAÇÃODAMETODOLOGIAADOPTADAAspresentes“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”(RGSI)têmcomoâmbitodeaplicaçãoosedifíciosexistentesocupadospelarespostasocialLardeIdosos.
Asmedidas propostas referem-se aos aspectos comuns aos edifícios em causa e resultam, em parte, das observações decorrentes das visitas realizadas aestabelecimentosemfuncionamento.
Comoosedifíciosobjectodeestudoseencontramjáconstruídose,normalmente,emfuncionamento,nemsempreépossívelaplicarasmedidasdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovos[1]destacando-se,aestepropósito,asseguintessituações:
Situação1– Aimplementaçãodasmedidaspropostasnaregulamentaçãoimplicam,dopontodevistaconstrutivo,obrasprofundasEnquadram-senestasituaçãoexigênciascujocumprimentoimplicaalteraçõesfísicasdoedifícioecujaconcretizaçãoé,porvezes,difícil.Referem-se,atítulodeexemplo,asexigênciasrelacionadascomaacessibilidadeaosedifícios,asparedesexterioresdeconstruçãotradicional,asparedesdeempena,aresistênciaaofogodeelementosestruturais,acompartimentaçãoaofogo,oisolamentoeprotecçãodepátiosinteriores,comaevacuaçãoeocontrolodefumo.
Situação2– Aimplementaçãodasmedidaspropostasnaregulamentaçãonãoimplicam,dopontodevistaconstrutivo,obrasprofundasEnquadram-senestasituaçãoexigênciascujocumprimentonãoimplicaalteraçõesfísicasprofundasdoedifícioecujaconcretizaçãoé,normalmente,viável.
Referem-se,atítulodeexemplo,asexigênciasrelacionadascomoisolamentoeprotecçãodoslocaisderisco,instalaçãodepostodepostodesegurança,protecçãodasviashorizontaisdeevacuação,protecçãodasviasverticaisdeevacuação,isolamentodeoutrascirculaçõesverticais,isolamentoeprotecçãodecanalizaçõesecondutas,protecçãodevãosinteriores,resistênciaaofogodeportas,reacçãoaofogo,instalaçõestécnicas,sinalizaçãoeiluminaçãodesegurança,meiosdedetecção,alarmeealerta,meiosdeextinção,controlodapoluiçãodoareexploraçãodosedifícios
Assim,porquecadaumdosestabelecimentosapresentaespecificidadespróprias,asmedidaspropostasnãopodemdarumarespostaobjectivaeeficazparatodasassituaçõesqueocorrem,recomendando-sequesejarealizadoumestudodesegurançaaoincêndio,devendoestedocumentoserencaradosomentecomouminstrumentoorientadordametodologiaadesenvolveredasmedidasaimplementar.
Asmedidascontidasnesteanexoterãodeserarticuladascomaspropostasparaosnovosedifícios[1]eservirãodereferênciaatéaomomentoemqueseverifiqueapublicaçãodoRegulamentoGeraldeSegurançaContraIncêndioemEdifícios.
2. CLASSIFICAÇÃODOSLOCAISEDOSEDIFÍCIOSSOBOPONTODEVISTADERISCODEINCÊNDIORelativamenteaestamatériamantêm-seasdefiniçõeseasclassificaçõesrelativas,queralocaisderiscoqueraoriscodautilização,queforamestabelecidasparaosnovosedifícios[1].
3. ACESSIBILIDADEAOSEDIFÍCIOSEDISPONIBILIDADEDEÁGUAPARACOMBATEAOINCÊNDIOOsedifíciosexistentesdevempossuiradequadasviasdeacessoquepermitamaosbombeirosdesenvolveremtodasasoperaçõesnecessáriasparaocombatedeeventualincêndioeasalvamentodosocupantes,bemcomodisponibilidadedeáguaparacombateaoincêndio(marcosdeágua,bocasdeincêndiooudepósitos).
Casoseverifiquequeosarruamentosemcausanãopermitemaacessibilidadedasviaturasdosbombeiroslocaisdeacordocomindicadoparaosnovosedifícios,enãosejaexequívelumaintervençãoqueelimineascondicionantesexistentes,éimprescindívelqueseverifiqueaadopçãodemedidascompensatóriasquepodemconsistir,porexemplo,noreforçodosmeiosdeextinçãoedonúmerodeelementosdaequipadesegurançaindicadosparaosnovosedifícios[1].
4. LIMITAÇÕESÀPROPAGAÇÃODOINCÊNDIOPELOEXTERIORDOEDIFÍCIO
4.1 PAREDESEXTERIORESDECONSTRUÇÃOTRADICIONALNoqueserefereàsparedesexterioresdeconstruçãotradicionaldeveserfeitaumaavaliaçãodascondiçõesgeraisedapossibilidadedemelhoriadealgunsaspectosqueeventualmentenãorespeitemasexigênciasfeitasparaosnovosedifícios.
4.2 PAREDESDEEMPENANoqueserefereàsparedesdeempenadeveserfeitaumaavaliaçãodascondiçõesgeraisedapossibilidadedemelhoriadealgunsaspectosqueeventualmentenãorespeitemasexigênciasfeitasparaosnovosedifícios.
4.3 PAREDESNÃO-TRADICIONAISCasoosedifícios sejamdotadosdeparedesexterioresnão-tradicionaisestasdevemrespeitarasexigências formuladasparaosnovosedifícios,devendoseradoptadasmedidasquelimitemapossibilidadedepropagaçãodoincêndioatravésdessasparedes.
4.4 COBERTURAS
4.4.1 ExigênciasgeraisDevemserobservadasasrecomendaçõespropostasparaosnovosedifícios.
4.4.2 CoberturasemterraçoDevemserobservadasasrecomendaçõespropostasparaosnovosedifícios.
4.4.3 OutrascoberturasDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
5. CONDIÇÕESGERAISDECOMPORTAMENTOAOFOGO,ISOLAMENTOEPROTECÇÃO
5.1 COMPARTIMENTAÇÃOCORTA-FOGODeve-seprocurarcumprirasexigênciassobreestamatériareferidasparaosedifíciosnovos,emborasereconheçaquenemsempreissoserápossível.Assim,quandoseverificaressaimpossibilidade,deveseravaliadaadimensãodoincumprimentoe,consequentemente,dasmedidascompensatóriasaadoptar,quepodemconsistirnumadasseguintes,deentreasváriaspossíveis:
- Reforçodaqualificaçãoderesistênciaaofogodoselementosdecompartimentação,oquepodeserconseguido,porexemplo,recorrendoaplacasdegesso;- Introduçãodemeiosautomáticosdeextinção;- Reforçodosmeiosdeextinçãoedasequipasdesegurança.
5.2 RESISTÊNCIAAOFOGODEELEMENTOSESTRUTURAISDeveserfeitaumadeterminaçãodaqualificaçãoderesistênciaaofogodoselementosestruturaisdoedifício.Noscasosemqueoselementosnãoapresentemaqualificaçãoexigidaparaosnovosedifícios[1],deveráserponderadaanecessidade,ounão,deprocederàmelhoriadasuacapacidadededesempenho,oquepodeserconseguidoàcustadeprodutosignífugosouintumescentesouàaplicaçãoderevestimentosqueretardematransmissãodecaloraoselementosaproteger.
5.3 EXIGÊNCIASRELATIVASACABLAGEMDIVERSATodaacablagemrelacionadacomequipamentosesistemasdesegurançaaoincêndiodeveficarembebida,ouprotegidaemductopróprioou,emalternativa,garantirasclassesderesistência,PouPH,deacordocomoexigidoparaosnovosedifícios.
5.4 COMPARTIMENTAÇÃODEFOGOCasoseverifiquequeoedifícionãorespeitaasexigênciasdecompartimentaçãodefinidasparaosnovosedifícios,neméviávelintroduzirtalcompartimentaçãodemodoarespeitarasáreasmáximasdoscompartimentosdefogodefinidosparaosnovosedifícios,deveserfeitaumaavaliaçãodanecessidadedeintroduzirmedidascompensatóriasquepodemconsistirem:- Reforçodosmeiosdedetecçãodeincêndio;- Introduçãodemeiosautomáticosdeextinção;- Reforçodasequipasdesegurança.
5.5 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODEPÁTIOSINTERIORESCasoseverifiqueaexistênciadepátiosinteriorescobertos,todososrevestimentosinterioresdevemser,pelomenos,daclassedereacçãoaofogoA2-s1,paraosrevestimentosdetectoseparedes,edaclasseCFL-s2paraosrevestimentosdepiso.
AenvolventedepátiosinteriorescobertosfechadosadjacentealocaisdotipoDouEoudecaminhosdeevacuaçãohorizontaisquesirvamlocaisderiscoD,teráobrigatoriamenteumaresistênciaaofogopadrãodaclasseEI30ousuperior.
Aprotecçãodaenvolventereferidaanteriormente,nocasodecaminhosdeevacuaçãoquesirvamlocaisderiscoE,sobranceirosapátios,podeserapenasgarantidapormeiosactivosdecontrolodefumocomplementadosporpainéisdecantonamentoouportelasaccionadaspordetecçãoautomática,alocalizarnessaenvolvente.
Asparedesdoedifícioqueconfinemcomessepátiodevemrespeitarasexigênciasdelimitaçãodepropagaçãodofogoestabelecidasparaosnovosedifícios.
5.6 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODOSLOCAISDERISCOBDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios[1].
5.7 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODOSLOCAISDERISCOCDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
5.8 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODOSLOCAISDERISCODDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
5.9 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODOSLOCAISDERISCOEDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios[1].
5.10 POSTODESEGURANÇAOedifíciodeveserdotadodeumpostodesegurançaquerespeiteascondiçõesdefinidasparaosnovosedifícios.
5.11 PROTECÇÃODASVIASHORIZONTAISDEEVACUAÇÃODevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
5.12 PROTECÇÃODASVIASVERTICAISDEEVACUAÇÃO
5.12.1 AspectosgeraisDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
5.12.2 ProtecçãonopisodesaídaDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
5.12.3 ProtecçãoparaosrestantespisosDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
5.13 ISOLAMENTODEOUTRASCIRCULAÇÕESVERTICAISRecomenda-sequeascirculaçõesverticaisinterioresquenãoconstituamviasdeevacuaçãorespeitamasexigênciasfeitassobreestamatériaparaosedifíciosnovos.
5.14 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODASCAIXASDOSELEVADORESCasoseverifiqueaexistênciadeelevadordeve-severificaroseuisolamentorespeitaasexigênciasdefinidasparaosnovosedifícios.
5.15 ISOLAMENTOEPROTECÇÃODECANALIZAÇÕESECONDUTAS
5.15.1 AspectosgeraisDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
5.15.2 CondiçõesdeisolamentoDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
5.15.3 CaracterísticasdosductosDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
5.15.4 DispositivosdeobturaçãoautomáticaDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
5.16 PROTECÇÃODEVÃOSINTERIORES
5.16.1 ResistênciaaofogodeportasDevemserobservadasasrecomendaçõespropostasparaosnovosedifícios.
5.16.2 DispositivosdefechoeretençãodasportasresistentesaofogoDevemserobservadasasrecomendaçõespropostasparaosnovosedifícios.
5.16.3 DispositivosdefechodasportinholasdeacessoaductosdeisolamentoAsportinholasdeacessoaductosdeisolamentodecanalizaçõesoucondutasdevemsermunidasdedispositivosquepermitammantê-lasfechadas,garantindoaclassificaçãoC.
5.17 REACÇÃOAOFOGO
5.17.1 ViasdeevacuaçãohorizontaisDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
5.17.2 Viasdeevacuaçãoverticaisecâmarascorta-fogoDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
5.17.3 LocaisderiscoDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
5.17.4 OutrascomunicaçõesverticaisdosedifíciosDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
5.17.5 TectosfalsosDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
5.17.6 MateriaisdecorrecçãoacústicaemparedesetectosDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
6. CONDIÇÕESGERAISDEEVACUAÇÃO
6.1 CondiçõesgeraisDeveserfeitaumaavaliaçãodascondiçõesgeraisdeevacuaçãodoedifícioincluindo:- Larguradoscaminhosdeevacuaçãonointeriordoslocais;- Númerodesaídasdoslocais;- Larguradassaídasdoslocais;- Distânciaapercorrernoslocais;- Larguralivreasviashorizontaisdeevacuação;- Númerodeviasverticaisdeevacuação;- Larguradasviasverticaisdeevacuação.
Casoseverifiqueaexistênciadeinsuficiênciasrelativamenteaoexigidoparaosnovosedifíciosenãosejapossívelasuaeliminação,devemserconsideradasmedidascompensatórias,destacando-seasseguintes:- Reforçodosmeiosautomáticosdedetecçãodeincêndioexigidosparaosedifíciosnovos;- Reforçodasequipasdesegurançaexigidasparaosedifíciosnovos;- Reorganizaçãodosespaços,colocandonopisodesaídaparaoexteriortodosaquelesquesãoutilizadosporpessoascomlimitaçõesdiversas.
Adimensãodasmedidascompensatóriasaadoptardecorre,naturalmente,dograudeinsuficiênciaexistentesemcadasituaçãoemconcreto.
6.2 CaracterísticasdasportasOslocaisquedãoparaviasdeevacuaçãodevemserdotadosdeportascomqualificaçãoderesistênciaaofogoedotadasdemecanismodefechoautomáticodeacordocomodefinidoparaosedifíciosnovos.
7. INSTALAÇÕESTÉCNICASDeveproceder-seàvistoriadasinstalaçõestécnicascomoobjectivodedetectareventuaisanomaliaseinsuficiências.
Todasasanomaliaseinsuficiênciasdetectadasdevemsereliminadasdemodoaquetodasasinstalaçõesestejamdotadasdascondiçõesimpostasnaregulamentaçãoespecíficaenasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
8. SINALIZAÇÃOEILUMINAÇÃODESEGURANÇADevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
9. MEIOSDEDETECÇÃO,ALARMEEALERTADevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
10. MEIOSDEEXTINÇÃODevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
11. CONTROLODAPOLUIÇÃODOARDevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios.
12. CONTROLODEFUMODevemexistirmeiosquepromovamalibertaçãoparaoexteriordofumoedosgasestóxicosoucorrosivos,nascondiçõesdefinidasparaosnovosedifícios.
Casoseverifiqueaimpossibilidadedeadoptarosmeiospreconizadosnoessesmeiosecomoageneralidadedosedifíciosexistentessãodepequenaaltura,ocontrolodefumonoscasosemqueeleéexigidopoderáserfeitorecorrendoasoluçõesdiversas.
Umasoluçãopossívelconsiste,quandonãoexisteprotecçãodaligaçãoentreasviasverticaisdeevacuaçãoeasviashorizontais,naintroduçãodeentradasdeentradasdear,aoníveldecadapiso,nasextremidadesdasviashorizontaisdeevacuação,esaída,notopodascaixasdeescada,comáreaiguala1m2.
13. ORGANIZAÇÃOEGESTÃODASEGURANÇADevemserobservadasasrecomendaçõesdesegurançaaoincêndiopropostasparaosnovosedifícios,asquaispodemseragravadascomoformadecompensaronãocumprimentodedeterminadasexigênciasfeitasparaosedifíciosnovos.
Referências
[1] LABORATÓRIONACIONALDEENGENHARIACIVIL(LNEC)– Recomendações Técnicas para Equipamentos Sociais – Lares de Idosos.Anexo1Edifíciosnovos–“RecomendaçõesGeraisdeSegurançaaoIncêndio”.Lisboa:LNEC,2007.