Post on 22-Apr-2023
Principais autores: Johan C.I. Kuylenstierna and Trilok S. Panwar,Mike Ashmore, Duncan Brack, Hans Eerens, Sara Feresu, Kejun Jiang, Héctor Jorquera,Sivan Kartha, Yousef Meslmani, Luisa T. Molina, Frank Murray, Linn Persson, Dieter Schwela, Hans Martin Seip, Ancha Srinivasan, and Bingyan Wang.
Revisão: Michael J. Chadwick and Mahmoud A.I. Hewehy.
Coordenação Geral: Volodymyr Demkine.
Adaptação Brasileira: Ricardo Motta Pinto–Coelho.
Cap. 01Cap. 01 – Atmosfera
Os gráficos mostram a evolução dos valoresdo comércio mundialvolume (1985–2005), do Produto Total do Globo- GDP (1987–2004), Emissões atmosféricas de CO2 (1990–2003) e a área total usada pelas atividades agrícolas (1987–2002). Os números ao lado das esferas terrestres representam a área disponível por habitante, em hectares.
Os limites da sustentabilidade
O desenvolvimentohumano atual aproxima-se perigosamente dos limitesda capacidade de suportedo planeta terra.
A mudança climática é o maior desafio global. Impactos já são evidentes, e as mudanças na disponibilidade de água, segurança alimentar e aumento do nível do mar irão afetar drasticamente muitos milhões de pessoas. Gases de efeito estufa antropogênico (GEE), principalmente CO2, são os principais fatores de mudança. Os impactos das atividades humanas sobre o clima são visíveis e inequívocos. A temperatura média da Terra aumentou cerca de 0,74 °C durante o século passado. Os impactos desse aquecimento incluiem: (a) aumento do nível do mar, (b) aumento da frequência e intensidade das ondas de calor, (c) tempestades, inundações e secas. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) prevê aumentos entre 1,8 e 4 ° C para o século atual.Há uma preocupação crescente sobre a possibilidade de mudanças nos padrões de precipitação e disponibilidade de água, afetando assim a segurança alimentar. As principais mudanças são projetadas para as regiões, como a África, que são as áreas menos capazes de lidar com a questão. A elevação do nível do mar ameaça milhões de pessoas, os grandes centros econômicos nas zonas costeiras e a própria existência do pequeno é estados de terra. A busca da adaptação às mudanças climáticas é agora uma prioridade.Devemos estar preparados para adotar medidas drásticas para reduzir as emissões de carbono no setor de transportes, agronegócio e produção de energia.
O homem está mudando o clima....
Gases Efeito Estufa e o Aquecimento Global
O maior impacto do homem sobre a biosfera refere-se às emissões de CO2 principalmente devido à queima de combustíveis fosseis. O gráfico ao lado ilustra as emissões desse gás por continentes. As cocentrações desse gás na atmosfera eram de 280 ppm antes da Revolução Industrial e agora atingem quase 400 ppm. A situação parece estar totalmente fora de controle já que, desde 1987 (linha tracejada branca), as emissões de CO2
derivadas dos combustíveis fósseis aumentaram 33%
Ciclo do Carbono
O homem interfere nesse ciclo de modo muito importante seja pela emissão de carbono derivado da produção e queima de combustíveis fósseis, fabricação de cimento, bem como pelo aumento das emissões devida às atividades agro-pecuárias e através da produção de energia. Os oceanos são responsáveis pela manutenção (ainda que precária) do equilíbrio desse ciclo.
Escala de tempo para retorno ao equilíbrio para as emissões de CO2 e para conter e remediar o aumento do nível dos oceanos
Aumento da Temperatura
Hoje, é inquestionável que existe um claro aumento das anomalias de temperaturas mais elevadas em todo o globo. O grande risco é estarmos entrando em uma faixa de variação que é irreversível.
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4
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Feedbacks positivos para o aumento da temperaturas na Terra
1- O aumento do vapor de água na atmosfera
2- Derretimento de geleiras e diminuição da superficie da Terra coberta com neve.
3- Derretimento do “permafrist” na Sibéria com liberação de enormes quantidades de metano (CH4)
4- A única maneira de combater esses “sinergismos” é diminuindo as emissões de CO2.
Distribuição Global de Geleiras e Glaciares
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A maior parte das geleiras e calotas polares estão diminuindo rapidamente de tamanho
Pinto-Coelho, R.M. & K. Havens. 2014. Crise nas Águas. Educação, ciência e governança, juntas, evitando conflitos gerados por escassez e perda de qualidade das águas. Recóleo Editora, Belo Horizonte, (MG). ISBN 978-85-61502-05-8, 162 pgs.
Balanço de massa de uma geleira nos EUA Pin
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Degelo sazonal da calota de gelo na Groenlândia.
Pinto-Coelho, R.M. & K. Havens. 2014. Crise nas Águas. Educação, ciência e governança, juntas, evitando conflitos gerados por escassez e perda de qualidade das águas. Recóleo Editora, Belo Horizonte, (MG). ISBN 978-85-61502-05-8, 162 pgs.
O homem vem falhando na luta contra as emissões de gases de efeito estufa ao longo das últimas duas décadas. Já em 1987, o Relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Comissão Brundtland ) alertava para o aumento acentuado e contínuo das emissões de CO2 e CH4.A resposta global ao Protocolo de Kyoto está longe de ser adequada.
Estudos recentes mostram que o custo total de medidas para mitigar a mudança climática corresponderiam a uma pequena fração da economia global.
É urgente Integrar as questões climáticas no planejamento do desenvolvimento, especialmente em setores tais como energia, transportes, agricultura , florestas e desenvolvimento de infra-estrutura, tanto a nível de políticas quanto de implementação. Da mesma forma, as políticas que facilitem a adaptação às alterações climáticas nos setores vulneráveis, como a agricultura, são cruciais para minimizar os impactos negativos.
O Clima muda, os ecossistemas sofrem e a festa continua ....
- Os poluentes orgânicos persistentes de economias industriais acumulam no Ártico, afetando as pessoas que não são responsáveis pelas emissões. O "buraco" sobre a Antártida na camada de ozônio estratosférico aumenta os níveis de radiação ultravioleta na região é hoje a maior de sempre. Emissões de substâncias que empobrecem a camada de ozono (ODS) têm diminuído ao longo dos últimos 20 anos, no entanto, a preocupação com o estado do ozônio estratosférico ainda persiste. - O ozônio troposférico (pouco acima do nível do solo) está aumentando em todo o hemisfério norte. Esse é um poluente regional, afetando a saúde e as culturas humanas. - Medidas de prevenção evitando a destruição do ozônio estratosférico foram tomadas por alguns países industrializados. Essas ações foram fundamentais para causarem reduções na produção e consumo de ODS. Embora as emissões de ODS tenham diminuído ao longo dos últimos 20 anos, estima-se que a camada de ozônio sobre a Antártida não recuperará totalmente até que entre 2060 e 2075, assumindo o pleno cumprimento do Protocolo de Montreal.
O Ozônio é um problema tanto na troposfera (excesso) quanto na estratosfera (falta)
Protocolo de Montreal
Um dos sucessos mais importantes já obtidos no controle de emissões de gases pelo homem foi a redução na fabricação dos gases que afetavam a camada de ozônio. Esse sucesso foi obtido a partir de um acordo internacional, o Protocolo de Montreal.
Ozônio na Troposfera
As concentrações do ozônio na troposfera estão associadas ao homem. O ozônio é formado em complexas reações fotoquímicas e é bastante prejudicial a saúde humana. O aumento desse tipo de ozônio está associado a inflamações respiratórias, aumento das taxas de mortalidade infantil e também queda na produção de alimentos.
As atividades humanas nos EUA geram ozônio que se espalha por boa parte do oceano Pacífico.
Médias anuais das concentrações de ozônio na troposfera para o ano 2000 como resultado de várias simulações.
Como fazer para evitar o Caos?O rápido crescimento da demanda de energia, transporte e outras formas de consumo continua a resultar em poluição do ar, e são responsáveis pelo crescimento absoluto - sem precedentes – das emissões antrópicas de GEE. Desde que a Comissão Brundtland enfatizou a necessidade urgente de lidar com esses problemas, a situação mudou, em alguns casos, para melhor, mas em outros, para pior. A população está aumentando, e as pessoas usam a energia baseada em combustíveis fósseis cada vez mais para consumir mais bens e viajar mais, as pessoas cada vez mais usam carros como o seu modo de transporte favorito. A aviação está crescendo rapidamente e o aumento do comércio, como parte da economia globalizada, leva ao crescimento no transporte de mercadorias por via marítima. Todas as pressões acima estão sendo um pouco compensadas pelo aumento da eficiência e / ou pelo uso de novas tecnologias. É evidente que uma mudança de paradigma requer muito mais liderança e colaboração.
Gases Efeito Estufa
EnergiaConsumo
Transporte
AumentoPopulacional
O uso da energia no contexto das metas do Milênio (MDG)
Estudos da UNEP indicam que o aumento do consumo de combustíveis fósseis necessário para que sejam atingidas as metas do milênio (MDG goals) não chega a 1,0% das emissões de CO2 atuais. Esse aumento será destinado a melhorar as condições de vida de bilhões de pessoas que vivem muito próximo ou abaixo da linha da pobreza (uso de fogão a lenha, falta de acesso à eletricidade em casa e falta de acesso ao transporte público eficiente e de qualidade para o trabalhador e seus filhos e dependentes).
Fontes de energia usadas em escala global em 1987 e 2004
É notável que a humanidade tem usado cada vez mais energia, principalmente a energia proveniente do petróleo, carvão (mineral e vegetal) e do gás natural. É digno de se mencionar o uso quase que imperceptível da energia solar e eólica sendo que é importante a quantidade de energia fornecida pelos biocombustíveis (etanol e biodiesel).
Quais são os principais poluentes da atmosfera?
Do ponto de vista de saúde púbica, a maioria das agências reguladoras considera os seguintes poluentes como os mais importantes: teor de partículas em suspensão (TPS), dióxido de enxôfre (SO2), ozônio na troposfera (O3), chumbo (Pb). No Brasil, por exemplo, ainda temos que melhorar muito os índices de partículas em suspensão em nossas cidades, particularmente as partículas menores do que 10 µm (PM10) e do que 2,5 µm (PM2.5).Os poluentes do ar são chamados de primários quando o homem já os emite na forma em que são encontrados na atmosfera. Os poluentes secundários tais como o O3 são formados a partir de poluentes primários tais como o SO2, NOx e NH3 e outros compostos voláteis (VOC´s).
As partículas em suspensão contém compostos tais como os nitratos, amônio, carbono orgânico e poeira do solo que, por sua vez, contém uma diversidade de elementos químicos (Al, Fe, Si, etc).
Existe, ainda, uma categoria especial de poluentes do ar que incluem os metais pesados, os VOC´s (benzeno, tolueno, etc.), os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (PAH´s) e os poluentes orgânicos persistentes (POP´s) tais como a dioxina e os furanos. Todos eles são originados principalmente pela queima de combustíveis fósseis.
A amônia e o metano, por sua vez, tem origem nas atividades de criação de animais ou na agricultura.
Fonte: OMS, 2006.
Legenda: SPM: particulas em suspensão, SO2: óxido de enxôfre, NO2: óxido de nitrogênio, NH3: amônia, CO: monóxido de carbono, O3: ozônio, POP´s: poluentes orgânicos persistentes (ex: dioxinas, furanos), PAH´s: hidrocarbonetos poliaromáticos, VOC´s: compostos orgânicos voláteis (ex: benzeno, tolueno, xilenos).
SPM
SO2
NO2
CO
O3
Pb
VOC´s
POP´s
PHA´s
Poluentes NH3
Poluentes da Atmosfera
Mais de 2 milhões de pessoas em todo o mundo deverão morrer prematuramente, a cada ano, devido à poluição do ar interior e exterior. Embora a qualidade do ar melhorou drasticamente em algumas cidades, muitas áreas ainda sofrem com a poluição do ar excessiva.
A poluição do ar diminuiu em algumas cidades, em diferentes partes do mundo, através de uma combinação de melhoria de tecnologia e medidas políticas. No entanto, o aumento da atividade humana está compensando parte dos ganhos. A procura de transporte aumenta a cada ano, e é responsável por uma parte substancial do nível de emissões antrópicas de GEE.
Muitas pessoas, especialmente na Ásia, onde estão as cidades mais poluídas, ainda sofrem com níveis muito elevados de poluentes no ar que respiram, particularmente a partir de partículas muito finas, o principal poluente atmosférico que afeta a saúde humana. Isso também está relacionado com a expansão industrial maciça em muitas cidades asiáticas que estão produzindo bens para a economia global. Esta poluição também reduz a visibilidade, criando neblina urbana e regional.
Os tigres asiáticos estão se asfixiando....
Poluentes da atmosfera, tempo médio de residência e a escala de tempo de seus impactos sobre a biota.
Muitas comunidades pobres ainda dependem da biomassa tradicional e do carvão para cozinhar. A saúde das mulheres e das crianças em particular sofre como resultado da poluição do ar interior. Cerca de 1,6 milhões de pessoas devem morrer prematuramente a cada ano devido a esse tipo de poluição.
Muitos poluentes atmosféricos , incluindo enxofre e óxidos de nitrogênio aceleram os danos aos materiais, incluindo edifícios históricos.
O transporte a longa distância de uma variedade de poluentes do ar continua a ser um motivo de preocupação para a saúde humana e dos ecossistemas e para a prestação de serviços ecossistêmicos.
A poluição doméstica é importante em países pobres
Estimativas globais de doenças atribuídas à poluição doméstica (uso de lenha para o preparo de alimentos).
A – Poluição doméstica
Fonte: GEO 4
Intensidade de uso versus número per capta de veículos em 58 regiões metropolitanas em todo o globo.
Espaço na cidades requerido para ser transportar o mesmo número de pessoas com automóveis, ônibus e bicicletas.
As cidades, em todo o mundo, tornam-se, cada vez mais, reféns dos automóveis. Eles ocupam todos os espaços, aumentam a violência urbana, isolam o cidadão do mundo ao redor, exigem altos investimentos em infra-estrutura de transporte, poluem a atmosfera, geram ruídos e muita poluição sonora e, sobretudo, não solucionam a questão do transporte nas grandes cidades.
Estimativas globais de doenças atribuídas à poluição urbana causada por indústrias e pelos veículos movidos principalmente a diesel ou gasolina.
B – Poluição fora das residências
Poluição por Partículas em Suspensão
Os impactos dessa forma de poluição sobre a saúde humana irão depender muito das características físicas e químicas das partículas inaladas. O tamanho da partícula é muito importante porque, quando elas são maiores do que 10 µm, elas não entram nos pulmões e têm um curto tempo de residência na atmosfera. Por isso, o cuidado deve ser maior com partículas menores do que esse limite.
O interesse recente tem recaído principalmente nas partículas ultrafinas, ou seja, aquelas menores do que 0,1 µm. Essas partículas são normalmente insolúveis em água e podem passar dos pulmões para o sangue. Apesar dos avanços da medicina, são ainda escassos os estudos sobre os efeitos dessa forma de poluição sobre os seres humanos. Sabe-se apenas que os efeitos podem ser sérios e, muitas vezes, ligados a doenças que comumente afetam todos nós tais como o câncer, ataques cardíacos ou problemas neurológicos severos.
Fonte: Lippman, 2003; Pope and Dockey, 2006.
Mortes prematuras devidas à poluição atmosférica (PM10) fora das residências (principalmente aquela devida aos automóveis e demais veículos).
As partículas em suspensão na atmosfera e que são menores do 10 µm são associadas a várias doenças e devem ser monitoradas nas grandes cidades ou em locais onde existam densidades elevadas de seres humanos e de animais.
Estimativas das médias anuais de partículas em suspensão (PM10) em cidades com mais de 100.000 habitantes para o ano de 1999.
Poluição do Ar(Europa)
A despeito das reduções na poluição atmosférica, essa forma de poluição ainda traz grandes riscos à saúde humana mesmo em áreas mais desenvolvidas tais como na Europa. As principais ameças vêm do uso intensivo do automóvel graças às suas emissões de PM10, PM2.5, VOC´s, O3, SO2
e NOx .
Concentrações médias anuais de poluentes atmosféricos (µg.m-3) em algumas cidades selecionadas em vários continentes.
Concentrações médias anuais de poluentes atmosféricos (µg.m-3) em algumas cidades selecionadas em vários continentes.
Poluição Atmosférica
Ela afeta tanto a saúde humana, quanto a dos animais e também o crescimento de plantas tais como o trigo. No exemplo abaixo, o trigo teve seu crescimento muito prejudicado (-40%) ao ser submetido ao ar de regiões poluídas do Paquistão.
Impactos nos
Ecossistemas Impactos no Bem Estar
Saúde Alimento Segurança Sócio-economia Outros
Má qualidade do
ar
Doenças
cardíacas e
respiratórias,
asma, mortes
prematuras
Queda na
produção e
aumento de
preços
Aumento de
conflitos
Aumento nas
despesas com
saúde e
controle de
poluição
Queda no
Turismo e
aumento de
desastres
naturais
Acidificação Diminuição de
florestas e outros
ecossistemas
Corrosão de
materiais
Aumento nos
custos de
operação e
manutenção
Queda no
Turismo (ex.)
Eutrofização Água de má
qualidade e
doenças de
veiculação
hídrica
Queda na pesca Queda na
biodiversidade
Aumento no
custo da água
potável
Queda no
Turismo,
aumento do
stress urbano
Associações entre problemas ambientais e o bem-estar da sociedade
Fator Depleção Ozônio
(estratosfera)
Mudanças Climáticas Poluição Atmosférica
Até 1987 2007 Até 1987 2007 Até 1987 2007
População Importante Redução per
capta
Importante Ainda mais
importante
Importante
(áreas urbanas)
Ainda mais
importante
Agricultura Negligenciável Problemas com
brometo de
metila
Importante
(emissões NH4 e
NO2)
Ainda mais
importante
Emissões de NH4
e Pesticidas
Ainda mais
importante
Deflorestamento Negligenciável Negligenciável Importante
(emissões de
CO2)
Ainda mais
importante
Emissões de COx,
PM e NOx
Ainda mais
importante
(Fogo)
Indústria Maior emissor Grande declínio
na produção de
ODS
Importante Importante mas
com algum
progresso
Importante Algum
decréscimo
Eletricidade Negligenciável Negligenciável
(?)
Importante Ainda mais
importante
Importante Variável
Transporte Relevante Declínio
acentuado
Importante Ainda mais
importante
Emissões de PB,
CO e NOx
Variável mas
com pioras
regionais
Consumo
(Básico)
Relevante Declínios
generalizados
Pequena
contribuição
Média
contribuição
Importante Ainda mais
importante
(áreas rurais)
Consumo
(Luxo)
Importante Declícios Importante Ainda mais
importante
Moderado Ainda mais
importante
Inovação Científica Alguns
progressos
Soluções
importantes já
presentes
Progressos na
eficiência
energética
Progressos na
geração de
energia
Importante Melhorias
significativas em
vários campos
Rede político-
institucional
Apenas inicial Grandes avanços Ainda mais
importante
Melhorias
consideráveis
Progressos
apenas nos
países
desenvolvidos
Progressos em
vários países
Natureza Políticas Medidas
Redução na emissão de gases
GHG
Internacional 356 países da EC aceitaram o Protocolo de Kyoto
Regional 14 estados dos EUA adotaram as resoluções do Centro Global de
Mudanças Climáticas – 2007
Local 650 administrações municipais em todo o mundo já adotam o
programa CCP – Cities for Climate Protection
Setor Privado 48 companhias dos EUA adotaram as regras rígidas de emissões
de GHG da USEPA (2006)
Medidas Regulatórias Energia – processos Novos padrões da indústria e do consumo
Energia Renovável Novos padrões da indústria e do consumo
Materiais Novos padrões da indústria e do consumo
Biocombustíveis e outros Novos padrões da indústria e do consumo
Reciclagem Novas leis, inovação tecnológica e novos impostos
Economia Taxação Taxas do carbono, Taxas de Poluição, Taxas sobre Combustíveis
Subsídios Subsídios para novos equipamentos na indústria, etc.
Tecnologia Acordos e compromissos Acordos internacionais, nacionais, inter-setoriais visando a
adoção de novas tecnologias em determinadas cadeias
produtivas.
Novas Tecnologias Novos padrões, novas taxas que incentivem a indústria a adotar
as inovações tecnológicas disponíveis e padronizadas.
Sequestro de Carbono Obrigações para transferência de tecnologias, etc.
Outros Crescimento da consciência
ambiental
ONG´s, Midia, ações educativas em diversos setores da
sociedade.
Opções de políticas visando a mitigação da crise ambiental.
Acordo- Ano Protocolo Substância Cobertura
Geográfica
Ano-Alvo Metas
Acordo internacional de
poluição do ar – LRTAP
(1979)
Protocolo de
Aahus (1998)
Metais
pesados (Cd,
Pb e Hg)
UNECE (ex.
USA e Canadá)
2005-2011 Redução das emissões para valores antes de uma
data combinada e variável para cada caso
Protocolo de
Aahus (1998)
POP´s UNECE (ex.
USA e Canadá)
2004-2005 Redução ou mesmo a eliminação das descargas
de POP´s (Dioxina, furanos, hidrocarbonetos
aromáticos policíclicos
Protocolo de
Gothenburg
(1999)
SOx, NOx,
VOCs e NH4
UNECE (ex.
USA e Canadá)
2010 Corte nas emissões de SOX de 63% e de NOx em
41% e de VOC em 40% e de amônia de 17%
Convenção de Viena
(1985)
Protocolo de
Montreal
(1987)
ODS
(substâncias
que afetam a
camada de
ozônio)
Global 2005-2010 Todos os países se comprometem a eliminar a
produção de CFC em 1 de janeiro de 2010
Convenção da ONU sobre
Mudanças Climáticas-
UNFCCC, (1992)
Protocolo de
Kyoto (1997)
Emissões de
GHG (CO2,
CH4, N2O,
HFCs, PFCs,
SF6)
36 países
aceitaram as
metas
2008-2012 Os países se comprometem a cortar a emissão de
GHG em 5% a partir de 1990 (países da ANNEX)
ou a partir dos anos 2008-2012 (demais)
Convenção de Estocolmo,
2000
POP´s Global Reduzir ou eliminar os agentes mais perigosos
POP´s (12 agentes principais).
Acordos internacionais mais recentes para a redução dos poluentes da atmosfera.
* Os doze POP´s mais perigosos: PCBs (polychlorinated biphenyls), dioxins, furans, aldrin, dieldrin, DDT, endrin, chlordane, hexachlorobenzene (HCB), mirex, toxaphene, heptachlor. Sources: UNECE 1979–2005, Vienna Convention 1987, UNFCCC 1997, Stockholm Convention 2000
Fator de Sucesso Ozônio (Estratosfera) Mudança Climática Poluição Atmosférica
1987 2007 1987 2007 1987 2007
Problema Confiança na Ciência Aceito e reconhecido
publicamente
Problema ainda existe
mas sob controle
Primeiros
sinais da
ameaça
potencial
Reconhecido
amplamente
Publico
reconhece o
problema
Problema reduzido mas
persiste alguns casos
de solução complicada
Avaliação
Econômica
Benefícios Socais são
superiores aos custos
Medidas caras mas
viáveis
Custo das medidas foi
reduzido
Poucas
informações
disponíveis
Numerosos estudos
existentes
Várias opções
tecnológicas
As reduções daqui para
frente irão custar muito
mais caro
Negociação Capacidade de Liderança Lideranças iniciais dos
EUA e da EU
n.d. n.d. Processo complexo
com vários atores
envolvidos e interesses
não declarados.
Maioria das
ações
concentradas ao
nível nacional.
Mudança de foco para
a escala regional em
alguns casos para a
escala global.
Solução Tratados com Protocolos
Objetivos e Rigorosos
Protocolos existem
mas com medidas
ainda insuficientes.
Protocolos foram
corrigidos e as ações
são suficientes.
Inexistente Primeiras medidas
(UNFCCC, 1992 e o
Protocolo de Kyoto,
1997)
Poucas ações em
nível nacional ou
regional.
Harmonização entre os
padrões e as
tecnologias.
Implementaç
ão e Controle
Suporte financeiro,
Fundos e Instituições
Confiáveis
Início do esquema em
operação.
Implementação em
escala global, com
191 países ratificando
a maioria dos
tratados.
n.d. Base legal para a
efetiva redução das
emissões dos GHG a
partir de 2008-2012.
166 países ratificaram
o P. Kyoto.
Nível nacional Variável com grande
harmonia das ações em
escala regional com a
comunidade
internacional.
Tratados Diplomacia Eficiente Convenção de Viena
(1985)
Protocolo de
Montreal (1987)
Quatro grandes
emendas ao
protocolo de
Montreal com grande
sucesso alcançado.
n.d. UNFCCC, 1992.
Protocolo de Kyoto,
1997.
Convenção
UNECE CLRTAP
(1979)
Protocolo UNECE
para SO2 e NOx
LRTAP e outros acordos
regionais.
Perspectivas Liderança Política e
Controles Eficientes
Desenvolvimento de alternativas viáveis e
combate ao comércio ilegal. Ex: Trabalho com
brometo de metila.
O risco de efeitos irreversíveis está
crescendo. Necessidade urgente de
melhorar e universalizar o protocolo
de Kyoto.
O desafio é a disseminação de soluções
(tecnológicas, institucionais) em escala
global.
Progressos alcançados e fatores-chave para a gestão dos problemas ambientais da atmosfera (1987-2007)
Mudanças de Estado Impactos no ambiente e
ecossistemas Impactos no bem estar da sociedade em geral
Poluição não-doméstica
Saúde Alimento Sócio Economia e Segurança Outros
Ozônio na Troposfera Perda dos serviços dos eco
sistemas e da
biodiversidade
Inflamações respiratórias.
Aumento das taxas de
mortalidade.
Diminuição da produção
agrícola. Diminuição da renda.
Diminuição dos dias trabalhados.
Metais pesados, PAH´s e
VOC
Piora da qualidade do ar Aumento dos casos de
câncer
Contaminação dos
alimentos.
Aumento dos gastos com a saúde.
POP´s Contaminação dos
ecossistemas
(bioacumulação na cadeia
alimentar)
Diminuição na segurança
alimentar e nos níveis de
saúde.
Queda na produção de
pescado.
Perda de eficiência na cadeia da
pesca.
Aumento das vulnerabilidades dos
povos em altas latitudes.
Poluição doméstica
Ar tóxico
Impactos às comunidades
afetadas.
Aumento das taxas de
mortalidade infantil e
materna.
Aumento das vulnerabilidades. Outros impactos em mulheres e
crianças.
Mudanças Climáticas
GHG
Aumento na temperatura Mortes devidas ao stress
térmico.
Aumento de doenças
tropicais e mediadas por
vetores.
Aumento do risco de
eventos de fome.
Diminuição da produção
de alimentos em zonas
áridas e semi-áridas.
Aumento das vulnerabilidades.
Aumento do gasto com
refrigeração.
Perda da eficiência econômica em
muitos locais.
Risco de extinção de
comunidades.
Aumento das vulnerabilidades de
populações mais pobres.
Eventos extremos
Aumento da temperatura
sup. Oceano
Variação da precipitação
Degelo
Acidificação dos oceanos
Ozônio na estratosfera
Diminuição dos ODS
Variação dos níveis de ODS
Aumento da radiação UV-B
Buraco de ozônio nos polos
Câncer na pele
Danos aos olhos
Danos nos sistemas
imunológicos
Impactos na cadeia
planctônica com redução
na pesca
Diminuição na produção
de alimentos
Diminuição no tempo ao ar livre.
Aumentos nos gastos de
prevenção a exposição a rad. UV.
Aquecimento global
Legenda: GHG: gases formadores do efeito estufa; POP´s: poluentes orgânicos persistentes; ODS: substâncias que interferem na camada de ozônio (ex: CFC), PAH: hidrocarbonetos poliaromáticos, VOC: compostos orgânicos voláteis.
Tab. 2.2 – Associações entre problemas ambientais e o bem-estar da sociedade (parte II)
Soluções em Desenvolvimento
Legenda1 -Contaminação microbiológica2 - Vazamento de óleo3 - Poluição do ar nas cidades4 - Florescimento de algas5 - Contaminação local por tóxicos6 - Fragmentação7 - Destruição de habitats8 - Colapso na pesca9 - Espécies exóticas10 - Chuva ácida11 - Degradação de solos12 - Ozônio na troposfera13 - Depressão do ozônio na estratosfera14 - Sobre-exploração da água doce 15 - Acidificação dos oceanos16 - Extinção de espécies17 - POP´s18 - Aumento do nível do mar19 - Mudanças climáticas
Soluções Existentes
Problemas Reversíveis
Problemas Irrevesrsíveis
Ar
Água
Solo2
1
3 4 5
6 7 8 9
10 11
12
13
14
1516
17
18 19
Pinto-Coelho, R.M. & K. Havens. 2014. Crise nas Águas. Educação, ciência e governança, juntas, evitando conflitos gerados por escassez e perda de qualidade das águas. Recóleo Editora, Belo Horizonte, (MG). ISBN 978-85-61502-05-8, 162 pgs.
PoluiçãoOs mecanismos existentes para combatê-la são adequados, enquanto a gestão da qualidade do ar em muitas partes do mundo, exige o reforço dos recursos institucionais, humanos e financeiros para a implementação. Onde a poluição do ar foi reduzida, os benefícios econômicos associados superaram os custos da ação.
Mudança do ClimaPara a mudança climática, abordagens mais inovadoras e eqüitativas para mitigação e adaptação são cruciais e elas vão exigir mudanças sistêmicas nos padrões de consumo e de produção. Muitas políticas e tecnologias necessárias para combater as emissões de gases de efeito estufa e poluentes atmosféricos estão atualmente disponíveis e são rentáveis. A verdade é que apenas alguns países têm adotado de modo mais intenso tais modificações. É mais do que claro que temos que exigir de nossas autoridades mais esforço e dedicação nesse aspecto.
Melhoria da Qualidade do Ar e
Mitigação do Efeito Estufa
Políticas e Leis Inovadoras
Inovação Científica e Tecnológica
Mudanças de hábitos de Consumo
Monitoramento e Controle
Poluição do ar e Mudanças no Clima: existe uma saída?
Assembléia Geral
UNEP AMA(MEA)
PDNU(UNDP)
FMI(IMF and
other)
FAO, UNESCO,
OMS
OMC(WTO and
other)
Grupo da ONU para o Desenvolvimento
Conselhos Executivos
Governança Internacional - ONU
Comissão em Des. Sustentável
Grupo da ONU para a Gestão
Ambiental
Regime doMeio Ambiente
Regime doDesenvolvimento
Regime doComércio
Muito Obrigado !
Prof. Dr. Ricardo Motta Pinto-Coelho LGAR – ICB - UFMG
Para outras informaçõesLGAR-ICB-UFMGSala I3 254Telefone: 031 3409 2574E-mail: rmpc@icb.ufmg.brhttp://ecologia.icb.ufmg.br/~rpcoelho/BEDS/