Vol. 3: documentação de arquivo

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UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA MUSEALIZAÇÃO DO SAGRADO Práticas museológicas em torno de objectos do culto católico Volume III – Anexos Maria Isabel Rocha Roque Dissertação para obtenção do Grau de Doutor Orientadora: Prof. Doutora Natália Correia Guedes Lisboa, 2005

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UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA

MUSEALIZAÇÃO DO SAGRADO

Práticas museológicas em torno de objectos do culto católico

Volume III – Anexos

Maria Isabel Rocha Roque

Dissertação para obtenção do Grau de Doutor

Orientadora:

Prof. Doutora Natália Correia Guedes

Lisboa, 2005

II

ÍNDICE

Volume III: Anexo documental ...........................................................................................1

Anexo 4 a 6: O arquivo da Mediateca Intercultural ................................................2

Anexo 4: Exposição “Encontro de Culturas”, Lisboa, 1994 ....................................3

4.1. Projecto, Março de 1993....................................................................................7

4.2. Guião da exposição, Junho de 1993 ................................................................24

4.3. Plano de actividades, Novembro de 1993 .......................................................30

4.4. Relatório de actividades, Dezembro de 1993 ..................................................32

4.5. Lista geral de peças, Maio de 1994 .................................................................35

4.6. Painéis de texto; sinalética e informações .......................................................76

4.7. Plantas..............................................................................................................85

4.8. Inauguração, 13 de Julho de 1994 .................................................................117

4.9. Visitantes .......................................................................................................121

4.10. Publicações e textos de apoio ......................................................................125

4.11. Bases de dados.............................................................................................164

4.12. Projecção de filmes e diapositivos ..............................................................172

4.13 Serviço educativo e de extensão cultural......................................................174

4.14. Actividades para o público infantil..............................................................183

4.15. Ciclo de conferências ..................................................................................186

4.16. Acções de formação para professores .........................................................189

4.17. Simpósio de Arte Sacra ...............................................................................195

4.18. Concertos musicais ......................................................................................199

4.19. Semana das Missões....................................................................................206

4.20. Festa de S. Francisco Xavier .......................................................................208

4.21. Livraria ........................................................................................................210

4.22. Relatório do serviçode extensão cultural, Janeiro de 1995 .........................213

Anexo 5: Exposição “Incontro di Culture”, Vaticano, 1996 ................................224

5.1. Guião da exposição, Junho de 1995 ..............................................................227

5.2. Painéis e textos informativos .........................................................................230

5.3. Plantas............................................................................................................242

5.4. Abertura ao público, 28 de Março a 30 de Junho de 1996 ............................254

5.5. Publicações ....................................................................................................256

III

5.6. Visita guiada ..................................................................................................269

Anexo 6: Exposição “Fons Vitæ”, Pavilhão da Santa Sé na Expo’98 .................282

6.1. Projecto, Setembro de 1995...........................................................................285

6.2. Guião da exposição........................................................................................302

6.3. Textos introdutórios e painéis .......................................................................306

6.4. Plantas............................................................................................................313

6.5. Publicações ....................................................................................................328

6.6. Bases de dados...............................................................................................333

6.7. Comemorações do Dia Nacional...................................................................342

6.8. Público ...........................................................................................................348

1

Anexo Documental

2

Anexos 4 a 6: O ARQUIVO DE EXPOSIÇÕES DA MEDIATECA INTERCULTURAL

A Mediateca Intercultural, ou Centro de Estudos do Património Cultural, dirigida pela Prof.

Doutora Natália Correia Guedes, foi criada na Universidade Católica Portuguesa com o intuito de

receber parte do arquivo da Exposição Encontro de Culturas: oito séculos de missionação

portuguesa (Lisboa, 1994) e de dar continuidade a alguns projectos iniciados no âmbito dessa

apresentação, nomeadamente o de inventaria r em suporte informático o património construído no

âmbito da influência missionária portuguesa e promover a investigação no âmbito da arte sacra.

Na sequência daquela exposição, a Mediateca Intercultural disponibilizou infra-estruturas e fez o

acompanhamento museográfico de várias exposições de arte sacra de que também guarda os

respectivos arquivos: Incontro di culture: otto secoli di evangelizzazione portoghese, Vaticano,

1996; Crowning glory: images of the Virgin in the arts of Portugal, Newark, Estados Unidos, em

1997; A arte de trabalhar a madeira: António Ângelo um entalhador do século XVIII, exposição

essencialmente de talha religiosa, Mindelo, em 1997, e Maputo, em 2003; Fons vitae, exposição

do Pavilhão da Santa Sé na Expo’98; S. Francisco Xavier: a sua vida e o seu tempo, exposição

itinerante no Japão em 1999; 500 Anos das Misericórdias Portuguesas: solidariedade de geração

em geração, Lisboa, 2000.

Destes arquivos apresentamos documentos referentes às seguintes exposições:

− Encontro de Culturas: oito séculos de missionação portuguesa (Anexo 4);

− Incontro di culture: otto secoli di evangelizzazione portoghese (Anexo 5);

− Fons vitae (Anexo 6).

Sempre que possível, recolhemos os documentos em formato electrónico, sem introduzir

quaisquer alterações no conteúdo, mas convertendo para formatos actuais.

1

Anexo Documental

2

Anexos 4 a 6: O ARQUIVO DE EXPOSIÇÕES DA MEDIATECA INTERCULTURAL

A Mediateca Intercultural, ou Centro de Estudos do Património Cultural, dirigida pela Prof.

Doutora Natália Correia Guedes, foi criada na Universidade Católica Portuguesa com o intuito de

receber parte do arquivo da Exposição Encontro de Culturas: oito séculos de missionação

portuguesa (Lisboa, 1994) e de dar continuidade a alguns projectos iniciados no âmbito dessa

apresentação, nomeadamente o de inventaria r em suporte informático o património construído no

âmbito da influência missionária portuguesa e promover a investigação no âmbito da arte sacra.

Na sequência daquela exposição, a Mediateca Intercultural disponibilizou infra-estruturas e fez o

acompanhamento museográfico de várias exposições de arte sacra de que também guarda os

respectivos arquivos: Incontro di culture: otto secoli di evangelizzazione portoghese, Vaticano,

1996; Crowning glory: images of the Virgin in the arts of Portugal, Newark, Estados Unidos, em

1997; A arte de trabalhar a madeira: António Ângelo um entalhador do século XVIII, exposição

essencialmente de talha religiosa, Mindelo, em 1997, e Maputo, em 2003; Fons vitae, exposição

do Pavilhão da Santa Sé na Expo’98; S. Francisco Xavier: a sua vida e o seu tempo, exposição

itinerante no Japão em 1999; 500 Anos das Misericórdias Portuguesas: solidariedade de geração

em geração, Lisboa, 2000.

Destes arquivos apresentamos documentos referentes às seguintes exposições:

− Encontro de Culturas: oito séculos de missionação portuguesa (Anexo 4);

− Incontro di culture: otto secoli di evangelizzazione portoghese (Anexo 5);

− Fons vitae (Anexo 6).

Sempre que possível, recolhemos os documentos em formato electrónico, sem introduzir

quaisquer alterações no conteúdo, mas convertendo para formatos actuais.

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ANEXO 4 – Exposição Encontro de Culturas, Lisboa 1994

A Exposição Encontro de Culturas: oito séculos de missionação portuguesa foi a primeira grande

iniciativa museológica da Igreja portuguesa após as determinações do Vaticano acerca da matéria,

nomeadamente através da Comissão Pontifícia para a Conservação do Património Artístico e

Histórico da Igreja, criada em 1988, e da que lhe sucedeu, em 1993, sob a nova designação de

Comissão Pontifícia para os Bens Culturais da Igreja. Não será a isso alheio o facto de a

Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) ter escolhido, para Comissária-Geral desta exposição,

Natália Correia Guedes, consultora desta comissão Portugal.

Aproveitando a realização da Lisboa 94 - Capital Europeia da Cultura, que criou uma conjuntura

privilegiada às iniciativas culturais e estimulou uma série notável de ocorrências que (em parte, na

sequência do que havia acontecido com a Europália 92) dinamizaram o panorama museológico

nacional, na mesma altura em que a Igreja portuguesa celebrava os Cinco Séculos de

Evangelização e Encontro de Culturas (para a qual havia sido nomeado um Secretariado

Nacional), a CEP decidiu organizar uma grande exposição temporária sobre esta temática. Dado

que, à altura, estavam em curso as obras de recuperação do Mosteiro de S. Vicente de Fora para

posterior ocupação do Patriarcado de Lisboa, foi decidido que a realização da exposição nesse

espaço ofereceria uma ocasião oportuna para reabertura do edifício.

A exposição Encontro de Culturas foi, ainda, o ponto de partida para a realização de outras

exposições temporárias, embora nem todas da iniciativa da CEP e que, sem o apoio de uma

estrutura permanente, quer a nível de acervos, quer de equipamento, manteve a Comissária-Geral

e o Comissariado Técnico, exclusivamente constituído para este ciclo de exposições: Incontro di

Culture, promovida pelo Governo e pela CEP, apresentada no Vaticano, em 1996 (Anexo 4);

Fons Vitae, promovida pela Santa Sé na Expo’98 (Anexo 5); 500 Anos das Misericórdias

Portuguesas: Solidariedade de geração em geração, promovida pela Comissão para as

Comemorações dos 500 Anos das Misericórdias, apresentada em Lisboa, no Convento das

Mónicas em 2000. De todas estas, cujo arquivo se encontra na Mediateca Intercultural da

Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, apresentamos documentação em anexo.

Além destas, a Exposição Encontro de Culturas foi o ponto de partida para as seguintes

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exposições também comissariadas por Natália Correia Guedes: Crowning Glory, apresentada em

Newark em 1997, que recuperava as peças daquela relacionadas com a iconografia mariana; St.

Francis Xavier: his life and times, itinerante em seis cidades japonesas (Kawasaki, 15 de Janeiro a

14 de Março de 1999; Yamagushi, de 6 de Abril a 30 de Maio; Tóquio, de 10 de Junho a 20 de

Julho; Kagoshima, de 31 de Julho a 29 de Agosto; Okasaki, de 11 de Setembro a 24 de Outubro;

Nagasaki, de 12 de Novembro a 5 de Dezembro), a partir do núcleo xavieriano; S. Francisco

Xavier, exposição comemorativa do 5.º Centenário do Santo em Lisboa em 2005.

Do ponto de vista da investigação e da conservação do património, a exposição foi uma

oportunidade para recuperar, valorizar e estudar objectos e temas: corrigiu erros sistemáticos nos

inventários, nomeadamente em torno dos objectos em madrepérola, provenientes da Terra Santa,

ou da tipologia dos Menino Jesus Bom-Pastor, à época, referidos respectivamente, como

provenientes da Índia e como S. Joãozinho; identificou peças que se julgava perdidas ou se

encontravam desprezadas; possibilitou a limpeza e restauro de um considerável número de

objectos, nomeadamente o da Nossa Senhora do Restelo, escultura em pedra de ançã de

assinalável valor histórico, simbólico e artístico (e que, por via da complexidade desse restauro,

não pôde ser exposta); permitiu a descoberta de valores associados a algumas peças, como a

primeira fixação gráfica conhecida da língua vietnamita.

Por seu turno, a área ocupada pela Encontro de Culturas no Mosteiro de S. Vicente de Fora foi

posteriormente convertida em espaço museológico: as zonas em torno dos claustros do Piso 3

servem actualmente a exposição dos painéis de azulejos das Fábulas de La Fontaine; nas salas do

Piso 2, onde estavam os núcleos “Contributo científico do missionário” e “Música”, foi instalado

o Museu do Patria rcado. As zonas de acesso e de apoio à exposição, como a Recepção, Casas de

Banho e Cafetaria continuam em funcionamento.

A exposição Encontro de Culturas torna-se, por tudo isto, significativa da actividade museológica

de iniciativa eclesiástica da última década do século XX em Portugal. De facto, são várias as

razões que permitem assumir esta exposição como uma referência: teve a iniciativa da CEP;

implicou a participação de todas as dioceses portuguesas; estabeleceu contactos com dioceses de

países em que decorreu a acção missionária portuguesa, de África ao Brasil; teve o concurso dos

museus do Vaticano; e envolveu em todas as fases do processo as ordens religiosas de que traçava

a história até à actualidade.

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PRESIDÊNCIA DA EXPOSIÇÃO

Presidente

D. João Alves, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa

Representante da Conferência Episcopal Portuguesa

D. Albino Mamede Cleto, Bispo Auxiliar de Lisboa

Comissária Geral

Dr.ª Maria Natália Correia Guedes

Responsável pelo projecto de recuperação do Mosteiro e execução da obra

Arq. Jorge de Brito e Abreu

Comissão Científica

Prof. Doutor Joaquim Veríssimo Serrão

Prof.ª Doutora Maria do Rosário Azevedo Cruz

Prof. Doutor José Caria Mendes

Prof. Doutor Artur Nobre de Gusmão

Prof. Doutor José Pinto Peixoto

Prof. Doutor Augusto Mesquitela Lima

Prof.ª Doutora Maria Augusta Barbosa

Prof. Doutor José de Pina Martins

P.e António Lopes, S.J.

P.e Adélio Torres Neiva, C.S.S.p

Frei António do Rosário, O.P.

Frei Henrique Pinto Rema, O.F.M.

Comissariado técnico

Maria Isabel Rocha Roque

Dália Maria Godinho Guerreiro

Luísa Alexandra Mendes Antunes

Maria de Lurdes Carrión Perdigão

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Secretariado

Elisabete Correia

Contabilidade

Leopoldina Silva

Projecto e coordenação de montagem

José Maria Cruz de Carvalho

João Bento de Almeida

Design gráfico

B2 Atelier de design: José Brandão e Nuno Vale Cardoso

Montagem

Construções António Martins Sampaio

Sinalização

Sinaléctica

Instalações eléctricas

Vítor Vajão

Restauro de objectos

Instituto José de Figueiredo

Paço Ducal de vila Viçosa – Oficina de Restauro de Têxteis

Tela – Restauração de Obras de Arte

Leonor de Barros e Carvalhosa

Barreto e Gonçalves, Lda.

Transportes e embalagem

Transporta, SA

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4.1. – PROJECTO, Março de 1993

Descrição:

O projecto apresentava o tema da Exposição Encontro de Culturas: oito séculos de missionação

portuguesa, definia os parâmetros em que se desenvolveria essa abordagem e contextualizava a

realização no âmbito da ocorrência Lisboa 94 – Capital Europeia da Cultura.

Foi utilizado como dossier de apresentação da exposição, o qual foi enviado em anexo às primeiras

abordagens aos Bispos de todas as dioceses portuguesas e de países onde Portugal desenvolveu

actividade missionária, responsáveis de ordens religiosas, coleccionadores, patrocinadores e outras

entidades a quem se pretendia sensibilizar para o evento.

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Conferência Episcopal Portuguesa

ENCONTRO DE CULTURAS

CINCO SÉCULOS DE MISSIONAÇÃO PORTUGUESA

Projecto de Exposição Temporária

Lisboa, Mosteiro de S. Vicente de Fora - 1994

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I - A exposição II - A temática 1. Introdução 2. Conteúdos 3. Realização III - A orgânica institucional

Documentação Anexa:

- Mapa elaborado pelo Revº Pe. António Lopes, S.J. - Planta da localização de S. Vicente de Fora em Lisboa - Fachada e interior da Igreja de S. Vicente de Fora, in Serões, "Arquitectura da Renascença em

Portugal", Alberto Haupt - Plantas do 1º e 2º piso de S. Vicente de Fora, com indicação da área a utilizar na exposição - Cartas dirigidas pelo Senhor Cardeal D. António Ribeiro à Drª Natália Correia Guedes e ao Prof.

Doutor Joaquim Veríssimo Serrão, em 1993.01.28

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I - A exposição

Integrada no programa de comemorações de "Cinco séculos de evangelização e encontro de culturas" promovido pela Conferência Episcopal Portuguesa, pretende-se organizar, no Mosteiro de S. Vicente de fora, uma Exposição Temporária sobre Missionação Portuguesa, de modo a divulgar os mais significativos testemunhos materiais produzidos através do encontro de culturas provocado por essa missionação: - a cultura portuguesa transposta para além mar e o seu diálogo com as culturas locais, desde o século XV até aos nossos dias, integrando as diversas etapas históricas no respectivo contexto social, político e religioso.

Embora algumas iniciativas tenham sido realizadas há anos, para apresentar ao público este tema, nunca se efectuaram em âmbito nacional, nem, sobretudo foram concebidas com critérios objectivos. A Exposição ocupará uma área de cerca de 1500 m2, no Mosteiro seiscentista de S. Vicente de Fora - um dos monumentos de maior impacto arquitectónico de Lisboa; nela se prevê que venham a figurar 400 objectos, aproximadamente, utilizados ou produzidos nos Continentes "descobertos" - obras de arte (alfaias litúrgicas, pintura, escultura e mobiliário), obras literárias (catecismos e vocabulários em línguas indígenas, gramáticas pictográficas, "instruções", "visitações") assim como mapas geográficos, reconstituições de engenhos, movimentos de Hospitais e Misericórdias, maquettes de edifícios e urbanizações, objectos etnográficos, etc..

O desenvolvimento das Secções temáticas (cujos títulos se baseiam, em parte, no "Congresso Internacional de História", promovido pela Universidade Católica Portuguesa, em 1992), processar-se-á com a colaboração de especialistas em cada matéria, sob a orientação de uma Comissão Científica.

A visita à Exposição inicia-se no piso 1 (com acesso pelo Largo fronteiro à fachada principal da Igreja, Pátio das Laranjeiras, ou pela Cerca, por onde será feito o acesso de deficientes motores e onde será permitido o estacionamento de viaturas); nesse piso se localizam a zona de acolhimento de visitantes e a Livraria para venda de publicações, material audio-visual e reproduções de faiança do antigo refeitório dos frades).

No piso 2 o visitante tem acesso directo à antiga Portaria do Mosteiro, cujo tecto, recentemente restaurado, é obra de Vicente Baccarelli (1710) e a sete salas onde se inicia o percurso da Exposição, 1ª Secção - "Apoio à acção missionária no Continente":

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O acesso aos dois claustros é-lhe facultado, assim como à Sacristia, onde, através de painéis fotográficos, se irá apresentar uma breve introdução à história do próprio Mosteiro, fazendo referência à obra de evangelização dos Cónegos regrantes de Stº Agostinho, que nele tiveram a sua sede.

No 3º piso, o percurso da Exposição, abrangendo 4 salas e os dois claustros, inclui a 2ª Secção - "Missionação histórica nas áreas geográficas da expansão portuguesa" e a 3ª Secção - "Missionação contemporânea".

A maior atenção será dada à componente pedagógica, de modo a não constituir apenas uma Exposição-amostragem de objectos, mas se obtenha um impacto cultural interdisciplinar; para atingir esse fim haverá, junto de cada peça ou grupo de peças, painéis explicativos, localizando-os no tempo, no espaço e na tecnologia, estabelecendo comparações, fazendo notar determinados pormenores.

Para atendimento do público em idade escolar estarão disponíveis monitoras, assim como se prevê a possibilidade de acompanhamento de grupos a casos pontuais de deficientes.

As publicações, propositadamente elaboradas para a Exposião, terão em conta os diferentes níveis etário e cultural dos visitantes.

Integrada no âmbito desta iniciativa da Conferência Episcopal Portuguesa, programam-se actividades culturais complementares - conferências, concertos, projecção de vídeos.

As vitrines e painéis serão especialmente concebidos para os espaços referidos, não interferindo com os estilos, cromática e materiais existentes - cantarias, azulejos ou talha - tentando obter volumes que se integrem e valorizem os espaços, proporcionando um percurso claro e bem sinalizado.

Toda a regulamentação vigente em matéria de segurança será rigorosamente cumprida, como se observarão os condicionalismos impostos internacionalmente para a melhor conservação dos objectos, recorrendo a equipamento apropriado.

Prevê-se que a Exposição esteja aberta ao público diáriamente, à excepção das 3ª feiras e feriados, das 10 às 17 H., durante o primeiro semestre de 1994, coincidindo com o facto de Lisboa ser declarada, pela Comunidade Europeia, "Capital Cultural da Europa"; aguarda-se cerca de meio milhão de visitantes, sendo a publicidade efectuada não só pelos processos habituais - desdobrável, cartaz, "media" - mas, também pelos canais próprios da Igreja.

O financiamento decorre por verbas da Conferência Episcopal Portuguesa, completado por patrocínios mecenáticos.

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II - A temática

1. Introdução

1. Celebrar Cinco Séculos de evangelização e encontro de culturas significa para a Igreja em Portugal "recordar o passado, celebrar o presente e preparar o futuro"1. Efectivamente, ao contemplarmos a acção missionária a partir deste pequeno povo, se nos maravilhamos com aquilo que o Espírito de Deus fez através de nós, somos também convidados a tomar consciência da actualidade, nomeadamente da fraternidade que une as Igrejas implantadas pela missionação portuguesa,e sentimos o dever de colher no passado lições para o futuro. A experiência missionária portuguesa é rica de ensinamentos apostólicos.

Quais?

2. Primeiramente o de que é real e muitas vezes palpável a verdade dita por S.Paulo: Deus serve-se do que é humilde para fazer grandes coisas. O importante é que o Evangelizador tome consciência de que foi chamado por Deus para ser enviado. Rico ou pobre, letrado ou simples, capitão ou marujo, clérigo ou leigo, ele ganha coragem apostólica nessa consciência de chamado e, àqueles a quem fala, apresentar-se-á como enviado de Deus para levar a Boa Nova.

3. Outra lição a aprender é a do respeito e amor pelos povos a quem se transmite a riqueza levada. O mistério da Incarnação é o paradigma deste ensinamento. Para revelar aos humanos aquilo que é transcendente, o Verbo faz-se carne. O missionário far-se-á irmão daqueles que evangeliza, tornando-se, como Cristo, igual a eles nos costumes, na linguagem, nos padrões da vida, que não colidam com o Evangelho.

4. Tal não é possível sem uma atitude inicial de amor, humildade e capacidade de encontro. Os grandes apóstolos de todos os tempos, também aqueles que partiram de Portugal, recebem do Espírito Santo capacidades redobradas de auscultação dos outros, de facilidade para o diálogo, de êxitos na adaptação, de apreço por aquilo que o outro é, pela cultura que o outro tem.

5. Esse amor por aquele a quem se dá e de quem se aprende produz amor no evangelizado, que vê então um verdadeiro irmão no missionário que lhe transmitiu a fé. O diálogo e a permuta tornam-se fáceis.

1 D. António Ribeiro, Cardeal Patriarca , Homilia em Fátima, no anúncio das comemorações (4 de Abril de 1989).

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6. E aquele que foi semear e agora contempla a colheita fica-se em acção de graças, ao ver que os novos cristãos são agora adultos e missionários. São eles que partem para outras terras e vêm também à Europa semear e servir em nome de Deus. O Evangelho brilha...e anda de mão em mão. 2. Conteúdos

Temática - Missionação Portuguesa e Encontro de Culturas

Secção 1. Apoio à acção Missionária no Continente

1.1. A orientação oficial política, cultural e religiosa

1.2. A formação do Missionário

Secção 2. Missionação histórica nas áreas geográficas da expansão portuguesa

2.1. Ilhas Atlânticas e África Ocidental

2.2. África Oriental

2.3. Oriente

2.4. Brasil

Secção 3. Missionação Contemporânea

3.1. Perspectiva antropológica

3.2. Perspectiva pastoral e teológica 3. Realização

Objectos a expor Número aproximado - 400 Tipologia - Obras literárias, artísticas, técnicas e científicas Materiais - Papel, madeira, metal, couro e outros materiais orgânicos.

Local - Mosteiro de S. Vicente de Fora, em Lisboa

Area disponível para a Exposição - cerca de 1500 m2, conforme plantas anexas (XX, XXI)

Duração - 1º Semestre de 1994

Horário de abertura ao público - diáriamente, excepto à 3ª feira e feriados, das 10 às 17 horas.

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III - A Orgânica institucional

Comissão de honra - a indicar oportunamente

Comissária Geral - Maria Natália Correia Guedes, Membro da "Comissão Pontifícia para a Conservação do Património Artístico e Histórico da Igreja"

Comissão Científica:

Presidente - Prof. Doutor Joaquim Veríssimo Serrão, Presidente da Academia Portuguesa da História. Membros - Frei António do Rosário, O.P. - Frei Henrique Pinto Rema, O.F.M. - Revº Pe. António Lopes, S.J. - Revº Pe. Adelino Torres Neiva, C.S.Sp - Profª Doutora Maria do Rosário Themudo Barata (Hist. Geral Europeia) - Prof. Doutor Artur Nobre de Gusmão (História de Arte) - Prof. Doutor José de Pina Martins (História da Cultura) - Prof. Doutor José Pinto Peixoto (História da Ciência e tecnologia) - Prof. Doutor José Caria Mendes (História da Medicina e da Assistência) - Profª Doutora Maria Augusta Barbosa (História da Música) - Prof. Doutor Augusto Mesquitela de Lima (Antropologia Cultural)

Comissão Técnica:

Coordenador da obra de recuparação do Mosteiro

Arqº Jorge de Brito e Abreu (Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais)

Designer

Pintor José Maria Cruz de Carvalho

Técnico de Segurança

Coronel Álvaro Sabo

Serviço Pedagógico (relações públicas, contacto com as escolas, organização de visitas)

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Drª Maria Isabel Roque

Secretariado

N.B. - Compete à Comissão Científica elaborar os textos introdutórios de cada Secção e Sub-Secção, seleccionar os objectos a expor e orientar os redactores das fichas descritivas dos objectos a expor - Especialistas a indicar oportunamente pela Comissão científica.

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4.2. – GUIÃO DA EXPOSIÇÃO, Junho de 1993

Descrição:

Na sequência das primeiras reuniões preparatórias da Comissão Científica da Exposição Encontro

de Culturas: oito séculos de missionação portuguesa para identificação dos assuntos a

desenvolver e após o levantamento inicial de um conjunto de peças a figurar na exposição, foi

elaborado o guião que passaria a nortear a pesquisa de novos dados e objectos e que serviria de

base, ainda que com alterações e reajustes, à estrutura definitiva da exposição.

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I. GUIÃO EXPOSITIVO

PARTE 1: Mosteiro de S. Vicente de Fora

Piso 2

1. Recepção - Exposição introdutória sobre o Mosteiro de S. Vicente de Fora

Coord.: Drª Manuela Birg, Dr. Ferreira, Arq. Brito e Abreu

plantas originais

elementos de cantaria

fotografias (recuperação do edifício)

textos

2. Botica

Coord.: Prof. Sousa Dias (Associação Nacional das Farmácias), Drª Paula Basso

exposição documental sobre boticas de conventos e saúde pública

objectos da ANF e de Museus Nacionais

reconstituição de um horto

3. Sacristia (com referência aos cavaleiros teotónicos)

Crónica do Mosteiro de S. Vicente de Fora

Livro da Irmandade

cerâmica conventual

tecidos medievais

4. Panteão

Painel com as dinastias e as relações familiares da Casa de Bragança

(retirar o túmulo do Rei da Roménia)

5. Capela dos Meninos da Palhavã

Painel informativo

peças relativas a S. Vicente (iconografia do Santo padroeiro de Lisboa)

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6. Panteão dos Patriarcas de Lisboa

Painel informativo

Pintura: A Ressurreição (tábua da Charola de Tomar)

PARTE 2: Encontro de Culturas

Comissária-Geral.: Dr.ª Natália Correia Guedes

Piso 3

1. Portaria

Painel - Missionação portuguesa no Ultramar - cronologia

Escultura – Nossa Senhora do Restelo

Piso 2

Sala 1

Ordem de Cristo

Regra e definição da Ordem de Cristo

Padrão com a cruz de Cristo

Bulas

Sala 2

Mártires de Marrocos e Santo António

pintura

escultura

relíquias

casula (remissão dos cativos?)

Sala 3

Terra Santa (custódia dos Franciscanos)

objectos em madrepérola: presépio, sacras, crucifixos, via sacra)

relicários do Santo Lenho

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Sala 4

A formação do missionário (por Ordens ou globalmente?)

mapas: casas e colégios de formação

arquitectura

curriculum pedagógico (Biblioteca do Noviciado da Cotovia)

colecção de instrumentos científicos

Viagens marítimas

ex-votos

Livro de Lázaro Luís

Claustros

Missionação em África

cartografia

Guiné: alfaias em talha

Cabo Verde: objectos em fibras naturais

S. Tomé: alfaias em prata provenientes da Diocese

Rio do Ouro: bandeiras

Benim: esculturas em bronze

Zaire: inscrições de Ielala

Congo: iconografia

Serra Leoa: marfins

Angola: pintura, escultura, alfaias e obras impressas

Moçambique: plantas, escultura, alfaias

Etiópia: manuscrito (referência ao Preste João)

Missionação no Oriente:

Índia

iconografia: pintura, escultura

marfins

ourivesaria

mobiliário

paramentaria

documentação: manuscritos e impressos

S. Francisco Xavier

S. João de Brito

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China

iconografia: pintura, escultura

porcelana

paramentaria

documentação impressa

objectos científicos: Observatório de Pequim

Macau

iconografia

alfaias

sino

Timor

iconografia (fotografias da actualidade?)

panos e alfaias

Japão (salas ao lado do claustro, sobre a escadaria)

pintura

lacas nambam

documentação impressa

referência à embaixada dos quatro meninos japoneses

Brasil

iconografia: pintura

cartografia

escultura barroca

ourivesaria

documentação: manuscritos e impressos

Arquitectura de influência missionária

painéis fotográficos

dados informatizados de acesso público

Missionação actual

mapas

gráficos

fotos da missionação actual

objectos devocionais

NOTA: No início de cada núcleo haverá um mapa, uma tábua cronológica e um texto introdutório.

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II. EQUIPAMENTOS DE APOIO

Piso 1

Recepção

Acolhimento ao público

Loja

Venda de publicações

Venda de objectos diversos (reproduções de achados arqueológicos do Mosteiro, etc.)

Cafetaria

(a ser explorada por empresa externa)

Piso 3

Auditório (sala anexa ao claustro oriental)

projecção de filmes acerca do tema da exposição ou afins

conferências

III. SERVIÇO DE EXTENSÃO CULTURAL

Serviço educativo

Visitas guiadas

Preparação de percursos em função das diversas tipologias de público (escolar, diocesano,

etc.)

Actividades para grupos pré-escolares

Gabinete de imprensa

Preparação de dossiers de imprensa

Publicidade das actividades complementares (conferências, visitas guiadas, projecções)

Acolhimento de imprensa

30

4.3. – PLANO DE ACTIVIDADES, Novembro de 1993

Descrição:

O plano de actividades foi elaborado tendo como premissa a abertura da Exposição Encontro de

Culturas: oito séculos de missionação portuguesa em Março de 1994. Contudo, as obras de

restauro do Mosteiro de S. Vicente de Fora obrigaram a um adiamento de cerca de quatro meses,

pelo que a exposição foi inaugurada a 13 de Julho de 1994.

Esta contingência permitiu dilatar os prazos de execução de algumas das tarefas e introduzir a

realização de fichas descritivas para o catálogo. Por esse motivo, acrescentamos um quadro com

os tempos reais de execução.

31

PLANO DE ACTIVIDADES

Previsão de Novembro de 1993 Actividade Nov. 93 Dez. 93 Jan. 94 Fev. 94 Mar. 94

Execução de fotografias

Restauro das peças

Redacção do catálogo, desdobrável, cartaz

Impressão do catálogo, desdobrável, cartaz

Execução de vitrinas e painéis

Impressão das legendas

Recolha de objectos

Montagem da exposição

EXECUÇÃO Novembro de 1993 a 13 de Julho de 1994 Actividade Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul.

Fotografia das peças

Redacção do catálogo

Execução das vitrinas e painéis

Recolha das peças

Restauro das peças

Redacção e impressão do desdobrável e cartaz

Montagem da exposição

Impressão do catálogo

32

4.4. – RELATÓRIO DE ACTIVIDADES, Dezembro de 1993

Descrição:

Em Dezembro de 1993, o Comissariado da Exposição Encontro de Culturas: oito séculos de

missionação portuguesa, o apresentou à Conferência Episcopal Portuguesa um relatório das

actividades desenvolvidas até à data.

33

RELATÓRIO SUMÁRIO DE ACTIVIDADE EXERCIDA PELO COMISSARIADO DA EXPOSIÇÃO

entre Maio e Julho de 1993

I - Investigação e recolha de elementos 1 - Em território português 1.1 - Arquivos e Bibliotecas:

- registo e leitura de bibliografia relacionada com a temática em causa, existente em Bibliotecas e Arquivos de Lisboa;

- consulta de Arquivos Fotográficos estatais e privados, para selecção de imagens; - programação e realização da primeira fase da informatização dos dados referidos.

1.2 - Museus.

- selecção de objectos para inclusão do original ou de fotografia. 1.3 - Instituições religiosas:

- realizaram-se visitas a diversos mosteiros do Norte e Centro para recolha de elementos históricos e actuais e divulgação da iniciativa.

2 - Em dioceses de países de língua portuguesa e de países outrora pertencentes ao padroado

português - foram enviadas circulares a todas as dioceses de países de língua portuguesa para

divulgação e pedido de empréstimo de objectos.

II - Programação 1 - Reuniões da Comissão Científica

- realizaram-se cinco reuniões da Comissão Científica para análise do esboço do projecto datado de Janeiro de 1993 e acompanhamento das fases subsequentes.

34

2 - Reuniões com os "designers" - programaram-se quatro reuniões com os designers para acerto de critérios gerais e

escolha de materiais expositivos e percursos; - a 16/7, foi- lhes entregue uma "Relação Provisória" com a designação das peças e

respectivas dimensões.

3 - Elaboração da "Relação Provisória" (referida em 2) que contém 493 peças provenientes maioritariamente de colecções eclesiásticas.

4 - Inicio do envio de pedidos de empréstimo de peças a diversas entidades.

III - Divulgação

1 - Estabeleceram-se contactos com diversos órgãos de comunicação social para apresentação do projecto e planeamento conjunto da divulgação.

2 - Foram divulgadas, directamente pela Conferência Episcopal Portuguesa, duas notas de

imprensa.

35

4.5. – LISTA GERAL DE PEÇAS, Maio de 1994

Descrição:

A lista geral de peças serviu de suporte aos procedimentos finais para a execução do projecto da

Exposição Encontro de Culturas: oito séculos de missionação portuguesa. A primeira coluna

corresponde à sequência geral das peças na exposição; a segunda, a uma ordenação anterior por

temas; a terceira, refere numerações de listagens anteriores. As diversas numerações reflectem as

indecisões, trocas e ajustamentos, bem como a introdução de novas peças ao longo do processo de

investigação. A marcação das peças nas plantas (vd. anexo 4.7.) corresponde à numeração da

segunda coluna.

Na última coluna, apresenta-se uma descrição sumária da peça, tipologia e dimensões, essenciais

para as tarefas de fotografia, recolha e transporte das peças e para o delineamento do projecto

museográfico. Sem critérios de uniformização, esta listagem caracteriza-se por ser um documento

de referência que comporta, ainda que de forma sucinta, informações pertinentes nesta fase dos

trabalhos. No caso das dimensões, podem ter sido introduzidos dados inexactos (c.), para

orientação do autor do projecto museográfico.

Dentro de cada núcleo as peças foram organizadas por tipologias: pintura, escultura, têxteis,

ourivesaria, artes decorativas, documentação. Nos núcleos mais pequenos esta organização apenas

se encontra implícita; os núcleos com maior número de peças (por ex. 15 – Índia) foram

subdivididos de acordo com estas categorias tipológicas.

Notas: A falta de elementos essenciais como as dimensões é realçada (Dim.).

O símbolo ð que o empréstimo da peça não tinha sido confirmado.

Informações não autorizadas, como a identificação das igrejas proprietárias de peças,

foram camufladas (....).

36

Por se tratar de um documento Word, as peças introduzidas depois da última listagens são

colocadas na sequência certa, mas sem lhe ser atribuído o número de ordem geral, ainda que o

possa ter na ordenação do tema.

Ex.:

(S/ n.º) 04 Fragmentos arqueológicos provenientes de escavações no Paço Episcopal da Praia, em Cabo Verde (20), porcelana e cerâmica. Séc. XVI-XVII. A CONFIRMAR

A este suporte documental em formato de tabela eram acrescentadas colunas com os dados

relativos aos proprietários, local, valor de seguro atribuído e tema em que se inseriam na

exposição, a partir das quais se ordenava e estruturava o texto para a elaboração, respectivamente,

de cartas circulares com os pedidos de empréstimo, listagens para as seguradoras, o fotógrafo ou a

empresa de transporte.

Ex.:

Descrição Tema Proprietário Morada Valor seguro Bula do Papa João XXII - Ad ea ex quibus 1319. Dim. 98,5x50cm ANTT Gaveta 7, Maço 8, Nº 1

01 ANTT Lisboa, Alameda da Universidade

----.000$

Para a coordenação dos trabalhos relativos às fichas ou às fotografias para o catálogo e ao restauro

requerido por algumas peças, acrescentava-se igualmente colunas com indicações para a marcação

dessas tarefas e outras de preenchimento rápido (X) para controlo do trabalho efectuado.

Ex. (listagem para controlo da execução dos trabalhos fotográficos):

Descrição Proprietário Contacto Foto Bula do Papa João XXII - Ad ea ex quibus 1319. Dim. 98,5x50cm ANTT Gaveta 7, Maço 8, Nº 1

ANTT (Drª Ana Canas) Contacto: tel. 7811500; fax.: 793 72 30.

X

Ex. (para controlo das tarefas de restauro)

Descrição Restauro 240 2

9 Maquete de Igreja de Nossa Senhora da Saúde, Nagapatam, miolo de palmeira Dim. 60x60x97cm MC, Fátima, Nº SM-18

Limpeza superficial Colagem de elementos soltos Preenchimento de lacunas (Leonor Carvalhosa)

37

01 - ORDEM DE CRISTO 1. 01 4.01

76 Bula do Papa João XXII - Ad ea ex quibus 1319. Dim. 98,5x50cm ANTT Gaveta 7, Maço 8, Nº 1

2. 02 4.02 77

Regimento da Ordem de Cristo. 1326. Dim. 75x66cm ANTT Gaveta 7, Maço 13, Nº 27

3. 03 4.03 89

Bula do Papa Nicolau V - Romanus Pontifex. 1455. Dim. 62,2x82,5cm ANTT Bula Maço 7, Nº 29

4. 04 4.04 90

Bula do Papa Calisto III - Inter Caetera, quœ nobis. 1456. Dim. ANTT Gaveta 7, Maço 13, Nº 7

5. 05 4.07 91

Doação da Ig. de Santa Maria, Ceuta, à Ordem de Cristo. 19.09.1460. Dim. 33x50,5cm ANTT Coleção especial, parte 1, caixa 72

6. 06 4.05 7

Bula de Sisto IV - Æterni Regis clemencia. 1481. Dim. 33x23cm ANTT Maço 9, Nº 1

7. 07 4.06 9

Bula de Alexandre VI - Innefabilis et Summis. 1497. Dim. 34x70cm ANTT Bula maço 16, Nº 22

8. 08 4.11 95

Bula de Leão X - Pro Excellenti. 1514 Dim. 54x71,3cm ANTT Bula maço 20, Nº 34

9. 09 4.10 94

Bula de Paulo III - Aequum Reputamos. 1534. Dim. 67x83 cm ANTT Bula maço 23, Nº 28

10. 10 ð

4.08 92

Tratado entre Portugal e a Santa Sé sobre o Padroado do Oriente (5) 1859. Dim. 23,5x38,1; 22x34,5; 21,3x32; 25,5x37,5; 20,6x32,8. ANTT Tratado dos Estados Pontifícios, Cx 1 - CF

02 - NORTE DE ÁFRICA 11.

01 5.06 101

Casula dos Mártires de Marrocos Dim. DCoimbra Ig. de Santa Cruz

12. 02 ð

5.02 97

Santos Mártires de Marrocos, pintura a óleo sobre tela. Séc. XVI. Dim. 180x110 cm MS, Setúbal

13. 03 ð

5.12 365

Santos Mártires de Marrocos, alto relevo em marfim. Dim. 21,5x14,7x5,7cm; c/ moldura: 37x26,5x10,7 MMP, Portalegre.

38

14. 04 ð

5.11 646 418

Mártires de Marrocos (8), grupo escultórico. Dim. 120x45 (cada) DPorto Ig. de S. Francisco, Porto Limpeza

15. 05 5.09 127

Trabalhos de Jesus (...). 2 vols. Fr. Thome de Jesus. Lisboa 1733. Dim. 21,5x15cm ACL Nº Inv. E. 583/1 e E. 583/2

03 - SANTO ANTÓNIO 16. 01 6.02

105 Milagre de S. António, pintura sobre madeira. Dim. 185x102cm DLisboa Capela de N. S. dos Milagres, Lapa, nº de ordem 6

17. 02 6.03 106

Milagre de S. António, pintura sobre madeira. Dim. 185x102cm DLisboa Capela de N. S. dos Milagres, Lapa, nº de ordem 7

18. 03 ð

6.04 107

S. António, escultura em madeira policromada. Dim. 125 cm DLisboa Madalena

19. 04 6.05 108

Busto relicário de S. António. Dim. 36x23x27cm DLisboa S. Nicolau, nº de ordem 80

20. 05 6.07 110

Sto António, escultura em madeira, arte indo-portuguesa. Dim. 37,5cm CP Dr.ª Maria do Rosário, Coimbra

21. 06 ð

6.08 111

Braço relicário de S. António Dim. 60 cm MSR, Ig. de S. António

22. 07 6.06 109

Relicário de prata, com relíquia de S. António. Dim. 19x9cm DLisboa N. Srª da Encarnação, nº de ordem 23

04 - CUSTÓDIA DA TERRA SANTA 23. 01 7.01

113 Maquete dos Lugares Santos de Jerusalém. Dim. cx. de vidro 29,5x43,5x43,5cm; min. 20x30x39cm FCB

24. 02 7.02 114

Crucifixo com base, decorado com embutidos de madrepérola. Dim. 34x13x6cm DLisboa N. Srª do Resgate, Anjos

25. 03 7.04 116

Crucifixo com base decorado com embutidos de madrepérola. Dim. 49x21cm DLisboa S. Pedro, Óbidos

26. 04 7.05 117

Crucifixo com base, decorado com embutidos de madrepérola. Dim. 143x37x22cm DLisboa Basílica da Estrela, nº de ordem 67

27. 05 7.06 118

Crucifixo com base, decorado com embutidos de madrepérola. Dim. 81cm; base 23x14cm DLisboa Basílica da Estrela, nº de ordem 68

28. 06 7.07 119

Crucifixo com base, decorado com embutidos de madrepérola. Dim. 102x48x23,5cm; base 29cm DLisboa S. Nicolau, nº de ordem 24

29. 07 7.08 120

Crucifixo com base, decorado com embutidos de madrepérola. Dim. 45x20x5,5cm DLisboa S. Nicolau, nº de ordem 26

39

30. 08 a 10

7.10 122

Conjunto de sacras. Dim. grande 45x36cm; pequenas 25x23cm DLisboa S. Nicolau, nº de ordem 20

31. 11/ 24 ð

7.11 615

Via Sacra, decorada com embutidos de madrepérola. Dim. (14) 24x22cm DLisboa Mosteiro da Encarnação

32. 25 7.13 124

Presépio, maquineta de madeira exótica decorada com placas de madrepérola. Dim 56x66x29cm MC, Fátima Nº 270

33. 26 ð

7.19 461

Cofre em madeira exótica, com decoração em madrepérola embutida Dim. 16x21x14cm CP Arq. José Lico

34. 27 7.24 648 420

Rosário em madrepérola. Dim. 69cm Casa Museu Frederico de Freitas, Funchal

35. 28 ð

7.16 402

Caixa-relicário em madeira com embutidos de madrepérola Dim. 4,5x8x2,5cm CP Arq. José Lico

36. 29 7.12 123

Relicário com o Santo Lenho Dim. 37,5x15cm DLisboa Graça, nº de ordem 9

37. 30 7.17 128

Itinerario da Terra Santa e suas particularidades Frey Pantaleam d'Aveyró. Lisboa, 1593. Dim. 19,5x14cm DLisboa Seminário Franciscano, Luz

38. 31 7.14 125

Breve Sumário dos Conventos, Igrejas, Capelas, e lugares Santos (...) Lisboa, 1617. Dim. 19,5x13,5cm IBL Res. 8761

38. a 32 ð

7.20 694

Relação Sumária dos Lugares Santos de Jerusalém 1706. Dim. 21x15cm (enc. 22,5x16cm) DLisboa Seminário Franciscano, Luz

39. 33 ð

7.21 639 536

Paraíso Seráfico. 3 vols. 1734. Dim. 30x21,5cm DLisboa Seminário Franciscano, Luz

40. 34 ð

7.22 640 538

Viagem Santa, Peregrinação Devota. 1748. Dim. 21,5x16,5cm DLisboa Seminário Franciscano, Luz

41. 35

7.15 126

Fiel Cópia dos Relaçõs, que a Santa Custódia da Terra Santa (...). Fr. João dos Prazeres. Lisboa, 1750. Dim. 21x15cm IBL Microfilme F. 3668

42. 36 ð

7.23 647 544

Itinerário da India por terras até este reino de Portugal com a descrição de Jerusalém. Dim. 20x15cm IBL Res. 429 P

05 - REGRAS CONVENTUAIS 43. 01

ð 8.03 131

Instituta ordinis beati/Franscisci 1530. Dim. 20x15cm FCB Inv. 67

40

44. 02 8.02 130

Livro das constituycões & costumes (…) dos Canonicos regrantes da ordem de nosso Padre sancto Augustinho Coimbra, 1536. Dim. 17,5x13cm IBL Res. 1569 P

45. 03 8.01 129

Regras da Companhia de Iesu Lisboa, 1582. Dim. 13,5x7,5cm IBL Res. 158 P

46. 04 8.04 132

Regras dos Beneditinos 1586. Dim. 19,5x14cm FCB Inv. 477

06 - A PREPARAÇÃO DO MISSIONÁRIO 47. 01 9.25

157 De Laudibus Astronimae. Valerium Superchio. Pádua,1490 ? Dim. 20,5x15cm FCUL Res. 12

48. 02 9.27 159

Epitoma in Almagestum Ptolomaei Johannes Regiomontanus. Veneza, 1496. Dim. 30,5x21,5cm FCUL Res. 9

49. 03 9.20 152

Autores historiae ecclesiasticae (...) Eusébio de Cesarea. Basileia, 1523. Dim. 30,5x21cm FCUL Res. 44

50. 04 9.13 145

Olympia, Nemea, Pythia, Esthmia Píndaro. 1526. Dim. 11x16x3cm BA 62-II-261

51. 05 9.04 136

____ Platão. 1527 (?) Dim. 15x20,5x3cm BA 38-VI-39

51. a 06 9.08 140

Comentarium de Bello Gallico Caio Julio César. 1528 Dim. 10,5x16x4,5cm BA 15-II-14

52. 07 9.19 151

Dionysii Halicarnassei de origine urbis Romae (…) Dionisio de Halicarnasso. Paris, 1529. Dim. 29x20cm FCUL Res. 76

53. 08 9.17 149

Epistolae, panegyricus et de viris illustribus Plínio. 1531. Dim. 11x16x5cm BA 74-IV-251

54. 09 9.33 165

Liber de Scholastica 1532. Dim. 20x14cm FCB Inv. 75

41

55. 10 9.26 158

Doctissimi viri et mathematicarum disciplinarum (…) Johannes Regiomontanus. Nuremberga, 1533. Dim. 29x19,5cm FCUL Res. 10

56. 11 9.34 166

Espelho de Perfeição 1533. Dim. 14,5x21cm IBL Res. 170V

57. 12 9.01 133

Grammatica da lingua portuguesa com os mandamentos da Santa Madre Igreja João de Barros. Lisboa, 1540. Dim. 20x15,5cm IBL Res. 5658 P

58. 13 9.14 146

Rhetoricorum ad Thedecteu Aristoteles. 1540. Dim. 17x10,5cm IBL L. 1539 P.

59. 14 9.15 147

Metaphisicorum libri duodecim Aristóteles. 1541. Dim. 17,2x10,5cm IBL SA 5165 P

60. 15 9.05 137

Universum Poema Virgilio. 1541. Dim. 20x30,5x6,5cm BA 60-VI-14

61. 16 ð

9.35 167

Livro dos remédios contra os sete pecados mortais 1543. Dim. 15,3x10,2cm FCB Inv. 129.

62. 17 9.10 142

De Instituendo Studiorum Ratione (...) Sto Basilico Magno. Paris, 1544. Dim. 17x10,5cm IBL L. 18002 P

63. 18 9.12 144

Epistolae Demostenes. Paris, 1550. Dim. 22x15cm; 20x14,5cm IBL L. 901/2 V

64. 19 9.36 168

Exercícios espirituais de S. Inácio 1553. Dim. 9,8x7cm FCB Inv. 175.

65. 20 9.06 138

Cathilinario y Ivgurta Salustio. Anvers, 1554. Dim. 12,5x6,5cm IBL HG 4438 P

66. 21 9.16 148

De la Orationi (...) genere deliberatius latina fotte italiane Cícero. 1556. Dim. 15x10cm IBL L. 872 P

67. 22 9.09 141

Sermones Libri Quator Horácio. 1561 Dim. 18x24x6,5cm BA 58-V-52

42

68. 23 9.21 153

Logica Paolo Veneto. Veneza. Dim. 19,5x14,5cm FCUL Res. 5

69. 24 9.11 143

Epistolae in S. Basilio S. Gregório Nazianzeno. 1566. Dim. 24x34,5x9cm BA 1-XI-22

70. 25 9.24 156

Institutionum dialectiarum libri octo Pedro da Fonseca. 1575. Dim. 17x12cm IBL Res. 2323 P

71. 26 9.23 155

Commentariorum in libros metaphysicorum Aristotelis Stagiritae Pedro da Fonseca. Roma, 1577. Dim. 23x17cm FCUL Res. 91, 92

72. 27 9.37 169

Livro insigne das flores e perfeiçoens das vidas dos gloriosos santos do velho e novo testamento (...) Marcos Marulo Spalatense de Dalmacia. Lisboa, 1579. Dim. 26x20cm IBL Res. 173 A

73. 28 9.32 164

Francisci Valesii covaruuiani, controversiarum naturalium ad tyrones (…) Francisco Vallés. Alcala, 1580 Dim. 30x21cm FCUL Res. 43

74. 29 9.18 150

Geographiae libri octo Ptolomeu.1584. Dim. 40x28cm FCUL Res. 50

75. 30 9.28 160

Christophori Clavii Bambergensis ex Societate Iesu in Sphaeram Ioannis de Sacro Bosco Commentarius Christoph Clavius. Roma, 1585. Dim. 21,5x16,5cm FCUL Res. 24

76. 31 9.22 154

Isagoge Philosophica Pedro da Fonseca. 1591. Dim. 14x8,5cm IBL Res. 1504 P

77. 32 9.07 139

Librarum Decades Tito Livio. Paris, 1593. Dim. 32x21cm IBL Res. 1685 A

78. 33 9.03 135

Movimento do orbe lusitano - tomo I, Theologia Escholástica et Positiva 1622, fls. 406-415 Dim. 22x32,5x5cm BA 50-V-35

79. 34 9.02 134

De Institutione Grammatica Emmanuelis Alvari. Évora, 1728. Dim. 21x15cm IBL Res. 2354

80. 35 9.29 161

Elementos de Geometria Plana, e sólida, segundo a ordem de Euclides Manuel de Campos. Lisboa, 1735. Dim. 20,4x14,2cm MOPBC Cota 1402 C

43

81. 36 9.30 162

Compendio dos elementos de Mathematica necessários para o estudo das Sciencias Naturaes e Bellas Letras Inácio Monteiro. Coimbra, 1756. Dim. 17,3x11cm MOPBC Cota 122 B

82. 37 9.31 163

Memorias [de Mathematica e Phisica] da Academia Real das Sciencias de Lisboa Fr. José Maine. Lisboa, 1797-99. Dim. 29,8x21cm MOPBC Cota 569 D

07 - AS GRANDES VIAGENS 83. 01 10.08

177 Ex-voto Fazendo Uiagem Me.l Gomes Ferras de Lxª/pª Pernâõ Bvqvo na caravela por nome S. Ant.º/foi por cabo Verde, & estando svrta no porto/da çidade de S. tiago em o pr.º de Ovtvbro do anno de 1655 (...). Dim. 53x70,8cm DViana do Castelo Ig de S. Domingos, Viana do Castelo

84. 02 10.05 174

Ex-voto M. q f. N.S. do Castello a Antonio do Coutto f.º de Antonio do Coutto de Cains de=/Cima Cons.º de Azurara q indo na Jornada da india p.ª o Convento de S. franc.co xaui=/er da Comp.ª de Jesus da Cidade de goa (...) no Anno de 1717. Dim. 34,8x49,5 DViseu, Ig. de Senhora do Castelo, Mangualde.

85. 03 10.07 176

Ex-voto Milagre que fes o milagro/zo Sao Gonzalo d Amarante no Brazil a Manoel Pereira Marante ui/ndo da Uilla Noba da Rainha aos 13 de Ianro de 1744 (...). Dim. 65,5x70,5cm (80x83cm) Dporto Ig. de S. Gonçalo, Amarante

86. 04 10.09 178

Ex-voto M. q. fes o Sr da Uela Crus a loze de Souza Baros saindo do Porto para/Pernambuco lhe deo huma tempestade q. estiveraõ brados apegandose/com o mesmo Sr. os livrou de tamanho prigo 1772 annos. Dim. 40,3x29cm Dporto Ig. de Sr. da Vera Cruz, Candal, Vila Nova de Gaia

87. 05 10.04 173

Ex-voto Em o anno de 1778 vindo da Bahia a Náo Nossa Senhora da Ajuda e S. Pedro de Alcandra comandada pelo Cap.m de Mar e Guerra Joje dos S.tos Ferr.ª. Dim. 220x122cm MM

88. 06 10.03 172

S. Francisco Xavier aplacando as ondas. Pintura a óleo sobre tela. Dim. 74x85cm MM, prov. Colégio da Companhia de Jesus, Capela de N. Srª da Conceição, Évora.

89. 07 10.11 180

Ex-voto. Milagre que fes S. Gonçalo á gente da Gallera Fama por intércessaõ de hum/seu devoto vindo do Rio de Janeiro, estando ao Oeste dos Açores 24 gráos em 26 de 8br.º 1831 Dim. 34,1x24,4cm (42x32cm) DPorto Ig. de S. Gonçalo, Amarante

44

90. 08 10.06 175

Ex-voto. Milg.r q f.s N.S. de Almodn.ª a Lino Lvis do Reis,/uendo-se em g.r perg.º na viagem do maranham recorendo a S.ª f.e lib.re 1821. Dim. 35,8x26,8cm DVila Real Ig. de Senhora de Almodena

91. 09 10.12 181

Ex-voto. Milagre qve fes N. S. do Pt.º de Ave nas Minas do=/Ovro Preto em hv escravo de Ioaõ de Azevedo na. do lv=/gar de Loivos do Tr.º da v.ª de Montealegre o qval esteve hv/ano doente (...). Dim. 46x29,5cm (54x37,5cm) DBraga Senhora do Porto de Ave, Taíde, Póvoa de Lanhoso

92. 10 10.10 179

Ex-voto. O capitam M.el Roiz Viana vindo do Rio de Jan.ro em a /nav por abogacaõ N. S.ª da Penha de Fransa e Sam Cae-/tano em 21 de 7.bro lhe dev huã tempostade q lhe abrio/com mta agoa a proa. Dim. 56,2x42,6cm DPorto Ordem Terceira de S. Francisco, Azurara

93. 11 -- 697 546

Menino Jesus, escultura em madeira, imagem de torna viagem. Dim: 90x45cm CP, D. Marcus Noronha da Costa.

94. 12 10.19 547

Nossa Senhora que, segundo a tradição, acompanhau a frota de Paulo da Gama. Dim. DBeja Ig. de Ferreira do Alentejo.

95. 13 ð

10.18 604

Altar portátil Dim. 91x105x57cm CP Alpoim Calvão

96. 14 10.01 170

Livro de todo o Universo (...). Lázaro Luis. 1563. Dim. 63x44cm ACL

97. 15 10.15 183

Carta (cópia) do Pe. jesuíta Pero Gomes relatando o naufrágio que sofreu durante a viagem da China para o Japão e a sua posterior ida para Macau. Post. 1582. Dim. 36,4x25,5cm ANTT Arm. Jesuítico, lv. 28, fls 171v-175

98. 16 10.17 358

Roteiro das viagens dos portugueses para Goa e de Goa para o Reino pelos pilotos Gaspar Ferreira, João Ramos e Simão Castenho. 1595-1603. Dim. 29x21,5 ACL Nº Inv. Ms. A. 128

99. 17

_____ 8

Rol dos mantimentos, boticas, armas e munições que seguiram nas naus da India, navios da armada e outros navios com destino às "partes ultramarinas". Dim. 31x21cm AHU Cx. 1 - 1-IX-1625, doc. 51

08 - CABO VERDE 100. 01

ð 11.06 612

D. Francisco de S. Agostinho, Bispo de Cabo Verde, pintura a óleo sobre tela Dim. 207x119cm ACL

101. 02 11.04 188

Moldura em fibra vegetal. Dim. 33x28cm MAC Nº de Inv. D. 84.1.456 - Cabo Verde ?

102. 03 11.05 189

Base para patena em fibra vegetal. Dim. 21,2x17cm MAC Nº de Inv. 90.10.38 - Cabo Verde ?

45

04 ð

Fragmentos arqueológicos provenientes de escavações no Paço Episcopal da Praia, em Cabo Verde (20), porcelana e cerâmica. Séc. XVI-XVII. A CONFIRMAR

103. 05 11.01 185

Carta Régia para a fundação de um colégio da Companhia de Jesus. 1606. Dim. 31x21cm AHU, cx. 1, doc. nº 3

104. 06 11.02 186

Ofício do Bispo de Cabo Verde, D. José, para o ministro e secretário dos Negócios da Marinha e Ultramar a pedir a criação de um Seminário-Liceu na província (e anexos). Lisboa, 1865. Dim. 26,5x21cm AHU Cabo Verde, p. 76

105. 07 11.03 187

Ofício do Governador Geral de Cabo Verde para o ministro e secretário dos Negócios da Marinha e Ultramar a comunicar que a tribo gentílica de Bolor abraçou o cristianismo e analiza a importância desse facto (...). Dim. 26,5x21cm AHU Cabo Verde, p. 67

09 - GUINÉ 106. 01 12.07

616 D. Frei Luis das Chagas, pintura a óleo sobre tela. Dim. 82x72cm CP Gaivão

107. 02 12.01 190

Colar de couro com cruz. Dim. 37cm MAC Nº Inv. Guiné-101

108. 03 ð

12.05 202

Bandeira de Rio do Ouro, com a cruz de Cristo ao centro. Dim. c. 150x150 cm ACL Consolidação e colocação em suporte

109. 04 ð

12.06 321

Bandeira de Rio do Ouro, com cruz de Cristo, homem e cão. Dim. c. 150x150 cm ACL Consolidação e colocação em suporte

110. 05 ð

12.03 192

Relaçam annal das cousas que fezeram os Padres da Companhia de IESUS nas partes da India Oriental e no Brasil, Angola, Cabo verde, Guine (...). Fernão Guerreiro. Lisboa, 1605. Dim. 19,7x14cm IBL Res. 445 P

111. 06 12.02 191

Conversam de Elrei de Bissav (...). António Rodrigues da Costa. Lisboa, 1653. Dim. 19,5x15cm IBL Res. 8802 P

112. 07 ð

12.04 193

Memorias verdadeyras de dous lastimosos cazos sucedidos em Guiné em 22 de Fevereiro de 1742 (...). António Coelho.1749. Dim. 20x15,5cm ACL Nº Inv. 11.463.75

08 ð

Báculo Dim. Bispo da Guiné

09 ð

Mitra Dim. Bispo da Guiné

46

10 - S. TOMÉ 113. 01 13.04

649 548

D. Bernardo da Cruz, Bispo de S. Tomé, pintura a óleo sobre tela. Dim. 190x91cm Universidade de Coimbra

114. 02 550

D. Frei Sebastião de S. Paulo, Bispo de S. Tomé, pintura a óleo sobre tela. Dim. 110x92cm ANTT

115. 03 13.01 194

Porta-paz, prata. Fins do séc. XVI. Dim. 20,8x12cm SCST

116. 04 13.02 195

Cruz Processional, prata dourada e prata Princípios do séc. XVII. Dim. 88x37,5cm SCST

117. 05 498

Crossa de um báculo episcopal, prata. Princípios do séc. XVII. Dim. 49cm SCST

118. 06 13.03 196

Fachada da Sé de S. Tomé. Dim. 41,2x32,5cm AHU Col. Cartografia MS-VII CM 192

11 - ÁFRICA CENTRAL E ANGOLA 119. 01 14.03

199 Frei António do Espírito Santo, pintura a óleo sobre tela. Dim. 110x92cm DLisboa Convento dos Cardais, Mercês

120. 02

14.54 652 551

Frei Manuel da Cruz, pintura a óleo sobre tela. Dim. Museu de Évora

121. 03 14.04 200

Dom Frei Alexandre da Sagrada Família, pintura a óleo sobre tela. Dim. 62,5x48cm ACL

122. 05 14.18 214

Crucifixo, bronze. Dim. 40x19cm Vaticano, M. Missionário

123 06 14.32 692

Missionário, escultura em madeira policromada. Dim. 49x17cm MAC Nº Inv. Angola 1.142

124. 07 14.37 233

Crucifixo, ébano. Dim. 31x16,5cm MAC Nº de Inv. 82.4.145 - Angola

125. 08 14.13 209

Crucifixo, pedra de Bakongo, Angola. Dim. 35x13,5cm SG Vit. 79

ð

Naveta, em prata. DLuanda

ð

Naveta, em prata. DLuanda

ð

Turíbulo de prata DLuanda

126. 09 14.19 215

Custódia de Massangano Dim. 73cm MNAA Nº Inv. 187 Our.

47

127. e 128.

10

14.31 227 e 228

Naveta, prata. + colher? Punção de Beja ou Baía (Séc. XVIII), ourives: DFV Proveniente da Igreja da Muxima (Rio Quanza) Dim. 16,5x23,9cm MNSR Nº Inv: 129

129. 11 14.02 198

Hostiário-pixide, marfim, arte afro-portuguesa. Dim.:14,5x12,5 cm MGV Inv. 183

130. 12 14.09 205

Colar de marfim com cruz. Dim. 27,5cm MAC Nº de Inv. Angola 186

131. 13 14.10 206

N'zambi Dim. 30x19cm DPorto Mosteiro Beneditino de Singeverga

132. 14 14.11 207

N'zambi com cruz ao peito Dim. 30x22cm DPorto Mosteiro Beneditino de Singeverga

133. 15 14.15212

Imagem de boi cavalo funante. Dim. 26,5x10cm MAC Nº de Inv. Angola 1.062

134. 16 14.08 204

Duplo chocalho. Dim. 26x9cm MAC Nº de Inv. Angola 1.008

135. 17 14.16 211

Colar de couro com aplicações de missangas desenhando uma cruz e, na extremidade uma concha. Dim. 40cm (fechado); 78cm (aberto) MAC Nº de Inv. Angola 79.65.58

136. 18 14.38 234

Castiçal, madeira. Dim. 45x14cm MAC Nº de Inv. 80.34.48 - Angola

137. 19 14.39 235

Castiçal, madeira. Dim. 50x16cm MAC Nº de Inv. 80.34.46 - Angola

138. 20 14.40 236

Castiçal, madeira.. Dim. 23x13,5 MAC Nº de Inv. 80.34.45 - Angola

139. 21 14.41 237

Píxide, madeira.. Dim. 27,3x11,2cm MAC Nº de Inv. 80. 34.75, 1 e 2/2 - Angola

140. 22 14.42 238

Píxide, madeira. Dim. 33x9cm MAC Nº de Inv. 80. 34.74, 1 e 2/2 - Angola

141. 23 14.43 239

Píxide, madeira. Dim. 22,3x11,8cm MAC Nº de Inv. 80. 34.73, 1 e 2/2 - Angola

142. 24 14.44 240

Píxide, madeira. Dim. 27,5x7cm MAC Nº de Inv. 80. 34.72, 1 e 2/2 - Angola

143. 25 14.45 241

Cálice, madeira. Dim. 12,5x8,5cm MAC Nº de Inv. 80.34.76 - Angola

144. 26 14.46 242

Cálice, madeira. Dim. 14,5x13,8cm MAC Nº de Inv. 80.34.5 - Angola

48

145. 27 14.47 243

Cálice, madeira. Dim. 15x9,7cm MAC Nº de Inv. 80.34.4 - Angola

146. 28 14.48 244

Cálice, madeira. Dim. 13,5x9cm MAC Nº de Inv. D. 84.1.771 - Angola

147. 29 14.49 245

Cálice, madeira. Dim. 15x9,8cm MAC Nº de Inv. D. 84.1.775 - Angola

148. 30 14.50 246

Cálice, madeira. Dim. 14,3x9cm MAC Nº de Inv. D. 84.1.749 - Angola

149. 31 14.51 247

Cálice, madeira. Dim. 18,3x8,2cm MAC Nº de Inv. D. 84.1.538 - Angola

150. 32 14.52 248

Cálice, madeira. Dim. 10,6x8cm MAC Nº de Inv. D. 84.1.774 - Angola

151. 33

14.20 216

Cabeção, Bakongo, Angola Dim. 64x40cm SG Vit. 75

152. 34 553 Barrete, Bakongo, Angola Dim. 26x14cm SG Vit. 75

153. 35 554 Distintivo papal, Bakongo, Angola Dim. 30x18cm. SG Vit. 75

154. 36 14.29 225

Carta do Rei do Congo ao Papa Júlio II. Manicongo. 1512. Dim. 45,5x29,5cm ANTT CC-P. II - M.30 - Doc. 1

155. 37 14.34 230

Carta de D. Afonso, Rei do Congo, a D. Manuel I. 1517. Dim. 31x21,5cm ANTT CC, I-36-114

156. 38 14.07 203

Relatione del Reami di Congo et delle Circonvicine Contrade. Filippo Pigafetta. Roma,1591. Dim.22x16,5cm FCB Inv. 5

157. 39 14.23 219

Doutrina Christãa. P. Marcos Iorge. Lisboa, 1624. Dim. 19,5x14cm IBL Res. 269

158. 40 14.27 223

Gentio de Angola Sufficientemente instruido nos mysterios de nossa sancta Fé (...). Francisco Pacconio. Lisboa, 1642. Dim. 14,3x9,5cm IBL Res. 227 P

159. 41 ð

14.25 221

Gentilis Angollae Fidei Mysteriis (...). P. Antonium de Coucto. Roma, 1661. Dim. 22,5x16,5cm IBL Res. 3933 P In folio.

49

160. 42 14.21 217

Istorica descriptione de tre Regni Congo, Matamba et Angola sitvati nell'Etiopia Inferiore Occidentale e delle Missioni Apostoliche (...) P. Cavazzi de Montecucollo. Milão, 1690. Dim. 24,2x17,3cm IBL Res. 2965 V

161. 43 14.26 222

Arte da Língua de Angola. P. Pedro Dias. Lisboa, 1697. Dim. 15,5x10cm IBL Res. 239 P/F 1354

162. 44 14.22 218

Livro de António Godinho (c/ gravura: brasão do rei do Kongo, Mbemba-a-Nzinga). Séc. XVII. Dim. 43x32cm ANTT CF, estante 2, prateleira 7, nº 164

163. 46 14.24 220

Memórias do Convento de S. Francisco da Villa de Mogadouro de Nossa Senhora das Flores, na Província de Trás-os-Montes, e de S. José de Angola. Fins do séc. XVIII. Dim. 21x25,2cm ACL Nº Inv. Ms. V. 473

164. 47 14.28 224

Explicações de Doutrina Cristã em portuguez e angolense para uso das Missões do Interior de Angola (...). Lisboa, 1855. Dim. 19x12cm AHU L 3767

12 - MOÇAMBIQUE 165. 01 15.02

250 Pia baptismal. Ig. de Sena, Moçambique. Dim. 86x51cm (sem peanha). SG

166. 03 15.08 256

Crucifixo, madeira; imagem, terminais da cruz em metal, arte africana Dim.14x25cm DLeiria MC, Fátima, Nº SM-600

167. 04 15.09 257

Crucifixo, madeira; imagem, terminais da cruz em metal, arte africana Dim. 48x25cm DLeiria MC, Fátima, Nº SM-601

168. 05 15.07 255

Crucifixo liso com Cristo em relevo, madeira escura com decoração incisa mais clara Dim. 35x21cm DPorto Mosteiro Beneditino de Singeverga

169. 06 15.11 259

Cristo, pau preto, Mombaça. Dim. 41,5x24cm DLisboa CONFHIC

170. 07 15.03 251

Nossa Senhora do Rosário, marfim Dim. 31cm DPorto Mosteiro Beneditino de Singeverga

171. 08 ð

15.04 252

Missionário, madeira, arte africana. Dim. c. 50cm DLisboa Seminário Franciscano Campo de Ourique

172. 09 15.14 262

Sacra, prata, Tete. Dim. 41x57cm MNAA Nº Inv. 194

173. 10 15.22 270

Cálice, madeira. Dim. 9x5cm MAC Nº de Inv. 301 - Moçambique

50

174. 11 15.23 271

Cálice, madeira. Dim. 9,2x5cm MAC Nº de Inv. 300 - Moçambique

175. 12 15.24 272

Cálice, madeira. Dim. 11x8,5cm MAC Nº de Inv. 298 - Moçambique

176. 13 15.21 269

Cálice, corno de rinoceronte. Dim. 10,5x4,2cm MAC Nº de Inv. 302 - Moçambique

177. 14 15.17 265

Cálice de pé alto, madeira. Dim. 35x12,4cm MAC Nº Inv. 293 - Moçambique

178. 15 15.18 266

Cálice de pé alto, madeira. Dim. 36,7x11cm MAC Nº Inv. 291 - Moçambique

179. 16 15.19 267

Cálice de pé alto, madeira. Dim. 36,4x11,2cm MAC Nº Inv. 294 - Moçambique

180. 17 15.20 268

Cálice de pé alto, madeira. Dim. 39,8x12,5cm MAC Nº Inv. 292 - Moçambique

181. 18 15.25 273

Píxide, madeira. Dim. 14,6x5,4cm MAC Nº de Inv. 146 - Moçambique

182. 19 15.12 260

Petição do Pe Manuel Rodrigues que vai como capelão do galeão Conceição Pequena para os Rios de Monomotapa (...). Dim. 28x21cm AHU Cx. 2, (ant. a 28-VI-1636), doc. 16

183. 20 15.28 276

Lista dos cristãos e paroquianos da freguesia de São Tiago de Tete, da administração dos rios de Sena. Frei Simão de Santo Tomás. Dim. 30,5x21,5cm AHU Cx. 5, 18-VI-1735, doc. 50

184. 21 ð

15.29 277

Rol dos fregueses da Sé Matriz de Sena. Dim. 31x22cm AHU Cx. 5, 16-VI-1735, doc. 45

185. 22 ð

15.30 278

Rol da cristandade que se achou na freguesia de Zumbo na melhor forma que pode ser. Dim. 31,5x21,5 cm AHU Cx. 5, 16-VI-1735, doc. 46

13 - ETIÓPIA 186. 01

ð 16.01 279

Documento de D. Afonso de Albuquerque a pedir um pano da Paixão de Cristo para enviar ao Preste João. (tradução?) Goa, 1512 Dim. 21x30 cm ANTT

187. 02 16.02 280

Carta de Galawdewos, Imperador da Etiópia, a D. João III, recomendando-lhe Miguel Castanhoso que em seus reinos se batera valentemente contra o Islã. 1544. Dim. 26x7,5cm ANTT Casa Forte, Doc. Arábicos, Cx. 1

51

188. 03 16.03 281

Ethiopia Oriental (...). Padre Frei João dos Santos. Évora, 1609. Dim. 28,5x20cm ACL Nº Inv. 11.5.14

189. 04 16.04 282

Relaçam Geral do Estado da Christandade de Ethiopia; (...). Manuel da Veiga. Lisboa, 1628. Dim. 20x14cm IBL Res. 424 P

190. 05 16.05 283

Verdadeira informaçam das terras de Preste Joam (...). Padre Francisco Alvarez. Dim. 27x21cm ACL Nº Inv. Ms A. 139

14 - PÉRSIA 191. 01 17.01

284 Nª Senhora da Pérsia, escultura em madeira policromada. Dim. 165cm DLisboa Graça nº de ordem 40 Limpeza

192. 02 17.06 288

Livro dos Evangelhos. Trad. em persa, por Pe. Manuel Pinheiro. (s/l), 1607. Dim. 26,5x16,6cm IBL Res. Cód. 7965

193. 03 17.07 289

Breve Relaçam d'algumas cousas mais notáveis, que os Religiosos de Sancto Agostinho fizerão em Persia (...). Lisboa, 1609. Dim. 14,5x11,5cm BGUC Nº Inv:

194. 04 17.05 287

Relaçam em que se tratam as guerras e grandes vitorias que alcançou o grãde Rey da Pérsia (...). Pe. António de Gouveia. Lisboa, 1611. Dim. 18,5x14cm IBL Res. 875 P

195. 05 17.09 291

Breve Relaçam das Christandades que os Religiosos de N. Padre Sancto Agostinho tem a sua conta nas partes do Oriente (...). Lisboa, 1630. Dim. 14x9cm IBL Res. 616 P

196. 06 17.04 286

Compromisso da Irmandade de Nª Senhora da Pérsia Dim. 50x30cm DLisboa Graça, nº de ordem 134

197. 07 17.10 292

Relação do novo caminho qve fez por terra, e mar, vindo da India para Portvgal no anno de 1663. Pe. Manuel Godinho. Lisboa, 1665. Dim. 18,5x13,5cm IBL Res. 388 P

198. 08 17.08 290

Relação Verdadeira do glorioso Martírio da Sereníssima Rainha Gativanda de Dopoli (...). Pe. Fr. Ambrósio dos Anjos. Dim. 32,5x24cm ANTT Liv. Ms. nº 731, fls. 428-438

15 – INDIA 15-A – PINTURA 199. 01

ð 18.16 662 569

Santo Jesuíta, pintura (S. Inácio de Loyola?) Dim: DAngra Graciosa

52

200. 02 ð

18.17 663 585

Santo Jesuíta, pintura (S. Francisco Xavier?) Dim: DAngra Graciosa

201. 03 ð

565

D. Frei Aleixo de Menezes, Bispo de Goa, pintura a óleo sobre tela. Dim. 76x59,5cm DBraga Paço Arquiepiscopal

202. 04 18.04 296

Frei Paulo da Estrela, Bispo de Meliapor, pintura a óleo sobre tela. Dim. 214x124cm ACL

203. 05 18.07 653 598

D. Frei Cristóvão da Silveira, Bispo de Goa, pintura a óleo sobre tela. Dim. 210x121,5cm M. de Angra do Heroísmo

204. 06 18.03 295

Frei Inácio de Santa Teresa, pintura a óleo sobre tela. Atrib. a Domingos Sequeira Dim. 242x177,4cm MALF Nº Inv. 817

205. 07 18.01 293

D. António Brum da Silveira, pintura a óleo sobre tela. Dim. 100x60cm CP Augusto Athaíde

206. 08 ð

691

D. Frei Lourenço de Santa Maria, Arcebispo de Goa, pintura a óleo sobre tela. Pintura a óleo sobre tela. Dim. DAlgarve Paço Episcopal de Faro.

207. 09 18.13 659 599

D. Frei Manuel de Santa Catarina - Bispo de Cochim (1779) e Arcebispo de Goa (1784-1812), pintura a óleo sobre tela. Dim: 109x90,5cm ME, Évora

208. 10 18.14 600

D. Frei José da Soledade-Bispo de Cochim (1783-1800?), pintura a óleo sobre tela. Dim: 108x89cm ME, Évora

210. 12 18.08 654 602

Bramina/S. Pedro, pintura a óleo sobre tela. Dim. 54x71cm CP Alpoim Calvão

211. 13 18.09 655 641

Bahe de Lançol, pintura a óleo sobre tela. Dim. 54x71cm CP Alpoim Calvão

212. 14 18.10 656 642

Pangim/Gentio de Angraça/Gentia de Pano, pintura a óleo sobre tela. Dim. 54x71cm CP Alpoim Calvão

213. 15 18.11 657 643

Begarim/Bahe/Dangim, pintura a óleo sobre tela. Dim. 54x71cm CP Alpoim Calvão

214. 16 18.12 658 644

Hospital Real Militar/Gentio de Cabaia/Gentia de Lançol, pintura a óleo sobre tela. Dim. 54x71cm CP Alpoim Calvão

15-B - ESCULTURA INDO-PORTUGUESA 215. 01

ð 19.16 314

Nossa Senhora do Rosário, prata. Dim. 70x30cm DEvora Ig. de Santo Antão IMAGEM PROMOCIONAL (cartaz, catálogo, desdobrável)

53

216. 02 ð

19.15 313

Nossa Senhora com o Menino, escultura. Dim. 42 cm; base: 14,5x9,5cm CP Casa de Mateus

217. 03 19.19 317

Nossa Senhora da Conceição, marfim. Dim. 20,5cm DLisboa S. Gregório Magno, Alcobaça, nº de ordem 2

218. 04 ð

19.28 606

Nossa Senhora, escultura, marfim com policromia Dim. 27,5x11,5cm CP Almeida Barreto

219. 05 19.39 704 645

Nossa Senhora do Rosário, marfim. Dim. 30cm CP Francisco Hipólito Raposo

220. 06 646

Nossa Senhora, escultura, corpo em madeira, braços e mãos em marfim. Dim. 34x14cm CP, D. Marcus Noronha da Costa

221. 07 647

S. José, escultura, corpo em madeira, braços e mãos em marfim. Dim. 34x14cm CP, D. Marcus Noronha da Costa

222. 08 ð

19.37 666 648

Nossa Senhora, madeira policromada. Dim 104x42x23cm DLisboa Patriarcado

223. 09 ð

19.40 668 649

Nossa Senhora, madeira policromada. Dim 53x18x15 cm DLisboa Patriarcado

224. 10 19.25 323

Nossa Senhora da Conceição, madeira policromada. Dim. 32cm CP Dr.ª Maria do Rosário - Coimbra

225. 11 19.27 324

Presépio, baixo relevo em talha policromada. Dim. 40x32cm Vaticano, M. Missionário

226. 12 19.31 384

Presépio, imagens em marfim. Dim. 37x50,5x31cm MS, Setúbal

227. 13 19.11 309

Menino Jesus Bom Pastor, marfim. Dim. 28cm DLisboa N. Srª da Purificação, Montelavar, nº de ordem 27

228. 14 19.04 664 650

Menino Bom Pastor, marfim. Dim. 35cm DLisboa Seminário Franciscano Campo de Ourique

229. 17 ð

19.01 299

Crucifixo Dim. DLisboa S. Romão, Carnaxide, nº de ordem 14

230. 15 19.12 310

Menino Jesus Bom Pastor (O Sonho de Jacob), marfim . Dim. 50x46cm DEvora Ig. dos Terceiros, Elvas

231. 18 19.03 301

Crucifixo, madeira forrada a prata, com imagem em marfim. Dim. 125cm DLisboa S. Pedro de Penaferrim, Sintra

232. 16 19.13 311

Menino Jesus Bom Pastor, marfim. Dim. 46x16x12,5cm DLisboa S. Nicolau, nº de ordem 49

233. 20 19.06 304

Crucifixo Dim. 173cm DLisboa Santos-o-Velho, nº de ordem 71

54

233.a 19 ð

Cristo, escultura em marfim. Com cruz de madeira com embutidos de marfim, arte mogol. Dim. 108 cm (só imagem); cruz ? Câmara Municipal do Montijo. Limpeza e consolidação

234. 21 19.07 305

Crucifixo. Dim. alt. 126cm DLisboa S. Maria, Óbidos, nº de ordem 17

235. 23 19.33 665 651

Retábulo, marfim. Dim.46,6x33,3x6cm CP Francisco Hipólito Raposo

236. 22 19.08 306

Crucifixo. Dim. 104x48cm DSetubal N. Srª da Saúde, nos de ordem 13 e 13-A

237. 25 19.22 320

S. João Baptista, marfim e ébano. Dim. 38cm DLisboa S. Lucas, Freiria , Torres Vedras, nº de ordem 17

238. 24 19.34 667 652

Triptíco, marfim. Dim: 8,3x10cm CP Francisco Hipólito Raposo

239. 26 19.29 605

Frade franciscano, escultura em marfim; bordão de prata. Dim. 20,5x6,5cm CP Almeida Barreto

240. 29 18.05 297

Maquete de Igreja de Nossa Senhora da Saúde, Nagapatam, miolo de palmeira Dim. 60x60x97cm MC, Fátima, Nº SM-18 Limpeza, consolidação e preenchimento

241. 27 19.32 642 653

Lápide funerária Dim. 130x58cm (sem peanha) SG

241.a 30 18.06 298

Maquete de Igreja de S. Tomé, Madras, miolo de palmeira. Dim. 60x50x80cm MC, Fátima, Nº SM-18-A Limpeza, consolidação e preenchimento

242. 28 19.26 611

Pedra votiva, proveniente de Chaul, decoração no anverso e reverso Dim. 102x88x18cm MAS (Ig. S. João de Alporão, Santarém) Nº de Inv. 526

15-C - OURIVESARIA INDO-PORTUGUESA 243. 01

ð 20.03 327

Cofre, filigrana de prata. Dim. 12,5x16x9cm CP Guimarães Ferreira

244. 02 20.01 325

Urna do Santíssimo, filigrana de prata. Dim. 48x38cm DLisboa Santos-o-Velho, nº de ordem 20

245. 03 20.13 337

Cruz relicário, prata. Dim. 40cm DViana do Castelo Ig. de S. Francisco, Ponte de Lima

246. 05 20.19 669 654

Cofre, tartaruga e prata. Dim: 20,5x10x9cm DFunchal Paço Episcopal

247. 06 20.04 328

Cofre, tartaruga e prata. Dim. 25x27cm DLisboa N. Srª da Encarnação, Ameixoeira, nº de ordem 11

55

248. 07 ð

20.16 613

Cofre, madeira policromada revestida a tartaruga, com aplicações de prata. Dim. 15x20x10cm DAlgarve Ig. Matriz de Monchique Limpeza e consolidação

08 ð

Vara do Bispo de Cochim, prata cinzelada. Séc. XVIII. Dim. 200x5cm CP

249. 09 20.07 331

Caldeirinha com hissope, prata cinzelada. Dim. hissope 30cm; caldeirinha 24x17cm DSantarém Ig. da N. S. da Piedade, nº de ordem 16

250. 10 a 12

20.08 332

Conjunto de sacras, prata cinzelada. Dim. grande 61x50cm; pequenas 41x29cm DSantarém Ig. da N. S. da Piedade, nºde ordem19

251. 13 a 15

20.09 333

Conjunto de sacras, prata cinzelada. Dim. grande 36x32cm; pequenas 26x20,5cm DSantarém Ig. da N. S. da Piedade, nºde ordem 20

252. 16 a 17

20.10 334

Duas sacras pequenas, prata cinzelada. Dim. 40x29cm DSantarém Ig. da N. S. da Piedade, nº de ordem 21

253. 18 20.11 335

Par de galhetas, prata cinzelada. Dim. prato 18x13cm; alt. 13cm DSantarém Ig. da N. S. da Piedade, nº de ordem 18

254. 19 20.12 336

Gomil e bacia, prata cinzelada. Dim. bacia 37x27cm; gomil 28cm DSantarém Ig. da N. S. da Piedade, nº de ordem 17

255. 20 20.18 322 003

Salva, prata cinzelada. Dim. 30,5cm CP Arq. Brito e Abreu.

256. 21 74

Salva, prata cinzelada. Dim. 45cm CP Arq. Brito e Abreu

257. 22 20.17 93 75

Gomil, prata cinzelada. Dim. 35x16cm CP Arq. Brito e Abreu

258. 23 322

Salva aneleira, prata cinzelada. Dim. 17x13cm CP Arq. Brito e Abreu

259. 24 344

Taça de pingos, prata cinzelada. Dim. 7x13cm CP Arq. Brito e Abreu

260. 25 390

Bule, prata cinzelada. Dim. 25x17cm CP Arq. Brito e Abreu

261. 26 395

Açucareiro, prata cinzelada. Dim. 16x13cm CP Arq. Brito e Abreu

262. 27 505

Leiteira, prata cinzelada. Dim. 12x11cm CP Arq. Brito e Abreu

263. 28 535

Taça, prata cinzelada. Dim. 11x6cm CP Arq. Brito e Abreu

56

264. 29 537

Copo, prata cinzelada. Dim. 11x8,5cm CP Arq. Brito e Abreu

265. 30 542

Fruteira, prata cinzelada. Dim. 26x17cm CP Arq. Brito e Abreu

266. 31 543

Palmatória, prata cinzelada. Dim. 13x6,5cm CP Arq. Brito e Abreu

267. 32 545

Chávena e pires, prata cinzelada. Dim. 15cm; 7,5x12cm CP Arq. Brito e Abreu

15-D – MOBILIÁRIO INDO-PORTUGUÊS 268. 01 19.38

703 549

Caixa de hóstias, marfim. Dim. Alt.11cm; Ø 10cm CP Francisco Hipólito Raposo

269. 02 20.15 339

Terço em marfim. Dim. 45cm DLisboa N. Srª da Encarnação, Benedita, Alcobaça

270. 03 21.01 340

Estante para missal, madeira exótica com incrustações de marfim. Dim. 36x28x20cm DBraga Seminário de Santiago Consolidação das incrustações

271. 05 ð

21.05 542 557

Oratório em madeira indo-português, tendo nos volantes a figuração de duas santas (?) em baixo relevo. Dim. 85x108x22 cm CP Arq. José Lico

272. 06 21.06 345

Escritório com emblema dos Jesuítas. Dim. 12,3x40,9x32cm CP José Lico

15-E - TECIDOS 273. 01 22.01

347 Pano indiano, usado como cobertura de altar. Dim. 224x44cm DLisboa Capela de N. S. de Monserrate

274. 02 22.02 348

Véu de ombros. Dim. 265x81cm (franja 4cm) DLisboa N. Srª da Conceição Velha, nº de ordem 97

275. 03 22.03 349

Véu de ombros. Dim. 210cm DLisboa S. Maria Madalena, nº de ordem 164

276. 05 ð

22.09 622 558

Frontal de altar, tendo como figura central Santa Maria Madalena. Dim. 73x170cm CP Arq. José Lico

277. 06 ð

22.10 671 559

Pano de sacrário bordado. Dim: 32x18cm DSantarém Ig. de Nossa Senhora da Piedade

15-F - DOCUMENTAÇÃO 278. 01 23.01

354 Dicionário Concani-Português e Português-Concani. Dim. 20x19,1 cm ACL Nº Inv. Ms. A 138

279. 02 23.02 355

Vocabulário da linguoa canarim. Dim. 25x18,5cm IBL Cód. 3195

57

280. 03 23.03 356

Vocabulário da Lingoa canarina com versam portuguesa. Dim. 14,8x10,7cm IBL Cód. 3044

281. 04 23.14 367

Copia de vnas Cartas de algunos padres y hermanos de la compania de Iesus que escriuieron de la India, Iapon y Brasil (...). 1555. Dim. 20x14cm IBL Res. 435 P

282. 05 23.13 366

Avisi Particulari dall' Indie di Portugallo. (...). Roma, 1557. Dim. 16x10cm IBL Res. 2138 P

283. 06 23.18 371

Constituicones do Arcebispado de Goa, aprouadas pello primeiro cõcilio prouincial. Arquid. de Goa. Goa, 1568. Dim. 28x18,5cm IBL Res. 134 A

284. 07 23.17 370

Alguns capítulos tirados das cartas que viram este anno de 1588 dos padres da Companhia de Iesu que andam das partes da India, China, Japão & Reino de Angola. Pde. Amador Rebello. Lisboa, 1588. Dim. 15,5x11cm IBL Res. 234 P

285. 08 23.04 357

Compendio de alguas Cartas que este anno de 97 vierão dos Padres da Companhia de Iesu, que residem na India e na corte do grão Mogor e nos Reinos da China e Japão, e no Brasil (...). Amador Rebello. Lisboa, 1598. Dim. 14x9cm IBL Res. 2789 P

286. 09 23.22 375

Cartas qve o padre Nicolao Pimenta da Companhia de IESU Visitador nas partes do Oriente (...). Nicolau Pimenta. Lisboa, 1602. Dim. 13,5x9cm IBL Res. 236 P

287. 11 23.16 369

Jornada do Arcebispo de Goa Dom Frey Aleixo de Menezes primaz da India Oriental (...). António de Gouveia. Coimbra, 1606. Dim. 27x19,5cm IBL Res. 537 V

288. 12 23.07 360

Relaçam annual das cousas que fizeram os padres da Companhia de Iesu nas partes da India Oriental (...). Fernão Guerreiro. Dim. 9x14cm ACL Nº Inv. 11.482.17

289. 13 23.15 368

Carta de D. Aleixo de Menezes aos Padres Agostinhos, Goa, 24 de Dezembro de 1609. Treslado de letra do séc. XVIII. Dim. 34,5x24x0,2cm BPADE Cód. CXV-2-9

58

290. 14 23.11 364

Primeira parte da História dos Religiosos da Companhia de Jesus e do que fizeram com a Divina Graça da Conversão dos infiéis a Nossa Sancta Fee Catholica nos Reynos e Provincia da India Oriental. Pde. Sebastião Gonçalves. Ponte de Lima?, 1614. Dim. 30,5x21cm IBL Res. Cód. 915

291. 15 23.19 372

Doutrina Christam em Lingoa Bramana Canarim. (...). Tomás Estevão. Colégio de Rachol, 1622. Dim. 14,3x10,5cm IBL Res. 1089

16 23.20 373

Doutrina Cristã em lingua Cocani Dim. 23,5x16,5cm IBL Res. 2847 V Só existe Facsimile?

292. 17 23.21 374

Declaracam Da Doutrina Christam, collegida do Cardeal Roberto Belarmino da Cõpanhia de IESU e outros autores Composta em lingoa Bramana (...). Diogo Ribeiro, Rachol, 1632. Dim. 20,3x13,5cm IBL Res. 416 P

293. 18 23.23 376

Arte da Lingoa Canarim. Tomás Estevão. Rachol, 1640. Dim. 19,5x14,5cm IBL Res. 408 P

294. 19 23.24 377

Gloriosa Coroa d'esforçados religiosos da Companhia de Iesu mortos polla fe catholica nas Conquistas dos Reynos da Coroa de Portugal. Fr. Bartolomeu Guerreiro, Lisboa, 1642. Dim. 26,5x19cm IBL Res. 786 V

295. 20 23.25378

Magseph: Assetat idest Flagellum Mendaciorum (...). Pe. António Fernandes. Goa, 1642. Dim. 21x16cm IBL Res. 414 P

296. 21 23.26 379

Vida da Santissima Virgem Maria. Pde. António Fernandes. Goa, 1652. Dim. 20x15,5cm IBL Res. 415 P

297. 22 23.08 361

História da fundação do Real Convento de Santa Mónica da Cidade de Goa (...). Frei Agostinho de Santa Maria. Lisboa, 1699. Dim. 21x15,7cm ACL Nº Inv. 11.489.13

298. 23 23.09 362

Carta de edificação. Gloriosos trabalhos dos missionareos da Companhia de Jesus na missam de Madurá (...). Lisboa, 1743. Dim. 21x14,6cm ACL Nº Inv. 11.42.14

299. 24 23.27 380

Memorial das missões Relligiosas que mandou a nossa Provincia (...). Fr. Antonio de Moraes. Séc. XVIII. Dim. 19,5x14,5cm ACL Nº Inv. Ms. V 495

16 - S. FRANCISCO XAVIER 300. 01 24.09

389 Pregação de S. Francisco Xavier em Goa, pintura a óleo sobre tela. André Reinoso. Dim. 96x162cm MSR Nº Inv. 96.

59

302. 02 24.07 387

S. Francisco Xavier, pintura a óleo sobre tela. Dim. 76x52,5cm DCoimbra Sé Nov a

303. 03 24.13 393

Milagre de S. Francisco Xavier, pintura a óleo sobre tela. Dim. 99,5x88,5cm MM Prov. Colégio da Companhia de Jesus, Capela de N. Srª da Conceição, Évora.

304. 04 24.01 381

Panorama de Lisboa e partida de S. Francisco de Xavier para a India, pintura a óleo sobre tela. Dim. 131x431cm MNAA Nº Inv. 390 P

305. 05 24.02 382

Chegada de S. Francisco Xavier a Goa, pintura a óleo sobre tela. Dim. 131x431cm MNAA Nº Inv. 389 P

306. 06 ð

24.04 451 560

S. Francisco Xavier, pintura a óleo sobre cobre. Dim. 19,5x15cm CP Arq. José Lico

307. 07 400

Padres da Companhia de Jesus, desenho sobre papel. Dim. 44x32cm Roma, ARSJ

308. 08 24.10 390 561

S. Francisco Xavier, escultura em madeira policromada. Dim. 120x70x45cm; base 34x27cm DBraga Seminário de Santiago

309. 09 24.23 403

Busto relicário de S. Francisco Xavier, madeira esculpida. Dim. 34x29cm; peanha 15x17cm DBraga Seminário de Santiago Limpeza

310. 10 ð

24.11 391

S. Francisco de Xavier, escultura em marfim, arte indo-portuguesa. Dim. 22x10cm CP Almeida Barreto

311. 11 ð

24.29 608

S. Francisco Xavier, escultura indo-portuguesa, corpo de madeira estufada e policromada; cabeça, mãos e pés em marfim. Dim. 32,7x18,5 cm CP Almeida Barreto

312. 12 24.16 396

Cruz-relicário, prata. séc. XVII. Dim:36x18,5 cm MNMC Nº Inv:6210 O-129

313. 13 24.03 450

Cruz indo-portuguesa, tendo na base, um caranguejo, em alusão a um dos milagres de S. Francisco Xavier. Dim. 83cm Misericórdia de Aljezur

314. 14 ð

24.30 607

Medalhão,baixo relevo em marfim, representando S. Francisco Xavier, com moldura em filigrana de prata. Dim. 16x9,8cm CP Almeida Barreto

315. 15 24.17 397

Campainha de S. Francisco Xavier. Dim. Ø10cm; alt. cerca de 20cm DLisboa Casa Provincial Jesuítas

316. 16 24.19 399

Sandália de S. Francisco Xavier Dim. (caixa - 45x30x15cm) DCoimbra Noviciado SJ

317. 17 24.24 404

Escrivaninha em madeira com S. Francisco Xavier Dim. 43x28x15cm SG Vit. 110

60

318. 18 ð

24.25 405

Carta de S. Francisco Xavier. Dim. 28x21cm CP Marcus Noronha da Costa

319. 19 24.14 394

Carta autografada de S. Francisco de Xavier a D. João III. Dim. 20x10cm DLisboa Casa Provincial Jesuítas

320. 20 24.26 406

Breve da beatificação de S. Francisco Xavier. Dim. 31,5x23cm MSR Nº Inv. 170

321. 21 24.28 408

História da vida do padre Francisco de Xavier e do que fizerão na India os mais Religiosos da Companhia de Iesu. Pe. João de Lucena. Lisboa, 1600. Dim. 27x19cm IBL Res. 2258 V

322. 22 24.27 407

Relacam de hvm prodigioso milagre qve o glorioso S. Francisco Xauier Apostolo do Oriete obrou (...). Manuel de Lima. India, 1636. Dim. 15x10cm IBL Res. 5662 P

17 - S. JOÃO DE BRITO 323. 01 25.06

414 O Beato João de Brito catequizando os Índios, pintura a óleo sobre tela. Ass. M.M. Bordalo Pinheiro Dim. 138x105,3cm MAB, Bragança

324. 02 25.03 411

Arca relicário com medalhões em baixo relevo representando a vida de S. João de Brito, prata. Augsburgo. Dim. 55x88x40cm MSR Limpeza

325. 03 25.04 412

Documento autógrafo de S. João de Brito Dim. 20x10cm DLisboa Casa Provincial Jesuítas

326. 05 25.02 410

S. João de Brito, gravura. Dim. 29x21cm IBL Icon: E. 1643 P

18 - TIBETE 327. 01

ð 26.07 673 562

P. António Andrade, pintura a óleo sobre tela. (Procurar biografia) Dim. 117x97cm ACL

328. 02 29.10 470

Novo Descobrimento do Gram Catayo, Ov Reinos de Tibet (...). Pe. António de Andrade. Lisboa, 1626. Dim. 21,3x15,5cm ANTT S.P., N. 17333 CF

19 – CHINA 19A – PINTURA 329. 01 26.01

415 Dom Frei Alexandre Gouveia, Bispo de Pequim, pintura a óleo sobre tela. Dim. 220x124cm ACL

330. 02 26.02 416

Frei Angelino de S. José, pintura a óleo sobre tela Dim. 110x92cm DLisboa Convento dos Cardais, Mercês

61

331. 03 ð

26.03 426

Missionário chinês moribundo, pintura sobre papel. Tem icomografia na outra face. Dim.146x71cm CP Arq. José Lico

19B - ESCULTURA E ARTES DECORATIVAS 332. 01 27.10

430 Santíssima Trindade, madeira policromada. Séc. XVII. Dim. 58cm DLamego Ig. Matriz de Cever

333. 02 ð

27.17 610

Nossa Senhora com o Menino, escultura cíngalo-portuguesa (?), madeira, peanha com a cabeça de um dragão. Dim. 58,5x18,5 cm CP Almeida Barreto

334. 03 27.08 428

Custódia relicário, prata. China/Macau, séc. XVII-XVIII. Dim. 40x18,5cm MSR Nº Inv.F.A. da Ig. de S. Roque, 60

335. 04 27.09 429

Custódia. China. Dim. 71x38cm Vaticano, M. Missionário

336. 05 27.01 421

Menino Jesus, marfim, arte sino-portuguesa. Dim. 18,1cm CP Francisco Hipólito Raposo

337. 06 ð

27.19 399 563

Cristo, marfim do Ceilão. Dim. 60x62 cm CP Arq. José Lico

338. 07 ð

27.16 609

Nossa Senhora com o Menino, escultura em marfim. Dim. 14,5x6 cm CP Almeida Barreto

339. 08 ð

27.21 675 564

Taça, porcelana "azul e branco", com a insc. AVE MARIA Dim. 10,8x Ø 25,2 cm CP Alpoim Calvão

340. 10 27.07 427

Pote, porcelana da China "azul e branco". Dim. 32,9x31,0 cm base 16,0 cm CMAG Inv. SEC. 118.

341. 11 27.06 674 566

Pote, porcelana da China "azul e branco" com as armas dos Agostinhos. Dim. 32,9x31x16cm CP Alpoim Calvão

342. 12 27.05 425

Par de garrafas "Meiping", porcelana da China "azul e branco". Época Kangxi. Dim. 26,5cm CP Alpoim Calvão

343. 13 27.12 432

Prato, com representação do Baptismo de Cristo, porcelana chinesa. Dim. ∅ 24,5cm. CP Eng. José Luis Osório

344. 14 27.13 444

Prato, com representação do Calvário (Cristo entre o bom e o mau ladrão), porcelana chinesa. Séc. XVIII. Dim. ∅ 24,5cm. CP Eng. José Luis Osório

345. 15 27.14 445

Prato, com representação do Calvário (Cristo entre a Virgem e S. João), porcelana chinesa azul e branca. Séc. XVIII. Dim. ∅ 26,5cm. CP Eng. José Luis Osório

346. 16 27.15 446

Xícara e pires, com representação do Calvário (Cristo entre a Virgem e S. João), porcelana chinesa azul e branca. Séc. XVIII. Dim. ∅ 12,5cm. CP Eng. José Luis Osório

62

347. 17

27.03 423

Paixão de Cristo, porcelana da China. Dim. Ø 22cm Vaticano, M.Missionário AS 10.503

347.a 18 Paixão de Cristo, porcelana da China. Dim. Ø 22cm Vaticano, M.Missionário AS 10.503

347.b 19 Paixão de Cristo, porcelana da China. Dim. Ø 22cm Vaticano, M.Missionário AS 10.503

20 Taça rectangular com as armas de D. João Amorim Pessoa, Arcebispo de Goa, porcelana da China.Dinastia Qing, Época Chieng-Lung. Dim. Ø 22,5cm CP, D. Maria Luísa Canelhas

348. 21 27.04 424

Pote de bronze esmaltado, com a Ig. de Petan Dim. 80x40cm Vaticano, M. Missionário

349. 22 ð

27.18 398

Oratório com caracteres chineses. Dim. 85x38x13cm CP Arq. José Lico

19C - TECIDOS 350. 01

ð 28.01 433

Casula de D. Diogo de Sousa. China. Dim. c. 110x80cm DBraga Tesouro da Sé

351. 02 ð

28.04 449

Casula roxa com pássaros bordados. Dim. c. 110x80cm DBraga Tesouro da Sé

353. 04 28.08 453

Casula em seda branca, bordada a ouro e policromia, representando hastes vegetais, flores e aves. China, séc. XVIII Dim. c. 110x80cm MMil, Capela da Vitória, Luso

354. 05 ð

28.07 452

Pluvial em seda branca, bordada a ouro e policromia, representando hastes vegetais, flores e aves. China, séc. XVIII Dim. MMil, Capela da Vitória, Luso

355. 06 ð

28.09 454

Véu de ombros em seda branca, bordada a ouro e policromia, representando hastes vegetais, flores e aves. China, séc. XVIII Dim. MMil, Capela da Vitória, Luso

356. 07 28.11 456

Frontal de altar, cetim branco com decoração bordada a seda, arte sino-portuguesa, séc. XVII. Dim. 100x192cm FCUL Proveniente do Noviciado da Cotovia. MC 3

357. 08 28.12 457

Frontal chinês. Dim. 276x98cm DLisboa S. Nicolau, nº de ordem 112

358. 09 28.13 458

Frontal chinês. Dim. 286x96cm DLisboa S. Nicolau, nº de ordem 113

359. 10 28.14 459

Véu de ombros. Dim. 146,5x78cm DAlgarve Ig. Matriz de Portimão, nº de ordem 3/22

63

360. 11 28.15 623 655

Pano de armar. Dim.235x110 DAlgarve Ig. Matriz de Portimão

19D - DOCUMENTAÇÃO 361. 01 29.05

465 Carta que os Padres e Irmãos da companhia de Iesus escreveuerão dos Reynos de Iapaõ e China (...). Évora, 1598. Dim. 26x26cm ACL

362. 02 29.01 460

Tratado em que se cõtam muito por extenso as cousas da China cõ suas particularidades & assi do reino Dormuz (...). Fr. Gaspar da Cruz. Évora, 1570. Dim. 18,5x14cm IBL Res. 386 P

363. 03 29.02 462

Relatione della Grande Monarchia della Cina (...). Álvaro Semedo. Roma, 1643. Dim. 22x16cm IBL Res. 3207 V

364. 04 29.11 471

Consulta do conselho ultramarino para a criação de um seminário para a formação dos locais. Tonquim, 1697. Dim. 30,2x21cm (3 docs., c/ 4 pág. cd.) AHU Macau, cx. 2, doc. 24

365. 05 29.04 464

Império de la China y Cultura Evangelica En El (...). Manuel de Faria e Sousa. Lisboa, 1731. Dim. 29,8x21cm ANTT S.P., n. 1418

366. 06 29.12 472

Relação Summaria da prizam, tormentos e glorioso martyrio dos veneraveis padres Antonio Joseph português e Tristam de Atimis italiano, ambos da Companhia de Jesus da vice-Provincia da China. Lisboa, 1751. Dim. 19,5x ACL Nº Inv. 11.463.32

367. 07 29.09 469

Aviso de D. Rodrigo de Sousa Coutinho, secretário de Estado da Marinha, ao superior da Congregação da Missão de Lisboa comunicando-lhe a aprovação régia da entrega da igreja de São José de Pequim a dois missionários daquela congregação (...). Queluz, 1799. Dim. 21,6x21,2cm ANTT Congregação de Rilhafoles de Lisboa, cx. 5, m.2, n.1

368. 08 29.08 468

Vocabulário chinês. Séc. XVII. Dim. 19,5x14,5cm IBL Cód. 7968

369. 09 29.06 466

Cartas dos padres Filipe do Rosário, José do Rosário, Tomé Vicente e Francisco do Rosário da missão portuguesa de Toquim (...). Dim. 29,7x20,8cm ANTT Arq. das Congregações, nº 1139, fl. 10v-14v

370. 10 ð

29.03 463

Missal Dim. 41,5x28x4cm DSetubal N. Srª da Conceição, Costa da Caparica

64

371. 11 29.07 467

Representação dos literatos e plebeus cristãos da província de Cantão à Rainha (D. Maria II) para interceder junto do Sumo Pontífice devido à infiltração de missionários franceses e consequentes perseguições. Dim. 25x20cm (6fls.); desdobrável em chinês Dim. 25,5x83,5cm AHU, Sala 12, Macau, pasta 18, capilha 4

20 - COCHINCHINA 301. 01

ð 26.05 419

Arca relicário do primeiro mártir da Cochinchina, madeira. Dim. 20x30cm MSR

372. 02 29.13 473

Notícias sumarias das perseguições da missam da Conchichina principiada e continuada pelos padres da Companhia de Jesus (...). Lisboa, 1700. Dim. 30,9x20,5cm ACL Nº Inv. 11.477.5

21 - MALACA 373. 01

656 D. Frei José Maria Sant'Ana, Bispo de Malaca e Angra, pintura a óleo sobre tela. Dim. 220x165cm ANTT

374. 02 ð

21.07 401

Tríptico de madeira exótica entalhada, proveniente de Malaca (?). Dim. 44x30cm CP Arq. José Lico

22 - MACAU 375. 01 31.01

481

Frei Marcelino José da Silva, Bispo de Macau, pintura a óleo sobre tela. Dim. 210x122cm ACL

376. 02 ð

31.23 634

Píxide, ouro com esmaltes, trabalho oriental. Séc. XVII. Dim. 22cm DMacau (encontra-se no Paço Episcopal)

377. 03 ð

31.24 635

Píxide, ouro relevado e cinzelado, trabalho oriental. Séc. XVII. Dim. 27cm DMacau S é

378. 04 ð

31.16 627

S. José com o Menino ao colo, madeira e marfim. Séc. XVIII. Dim. 27x16x40cm DMacau S é

379. 05 ð

31.20 631

Nossa Senhora da Boa Morte, madeira e marfim, coroa de prata. Trabalho oriental. Séc. XVIII. Dim. 63x46x30cm DMacau S é

380. 06 31.17 628

Santíssima Trindade, peça de altar, madeira e marfim. Dim. 43x16cm DMacau S é

381. e 382.

07 ð

34.04 636 e 633

Estante de missal em madeira lacada e… Dim. 42x29cm; … CP Arq. José Lico

383. 08 31.04 483

Prato de porcelana com frontispício da Ig. de S. Paulo, Macau. Dim. Ø 23,5cm SG Vit. 128

384. 09 ð

31.21 632

Dois estandartes da Congregação de Nossa Senhora do Rosário. Haste: madeira revestida a prata; bandeira: seda azul e prata recortada e cinzelada. Dim. Bandeira:59x59cm; haste: 250cm DMacau S é

65

385. 10 ð

31.14 625

Estandarte de Santa Catarina de Sena, seda bordada a fio de ouro. Séc. XVIII-XIX. Dim. 125x328cm DMacau S é

386. 11 ð

31.15 626

Estandarte de Nossa Senhora da Boa Viagem, seda bordada a fio de ouro. Séc. XVIII-XIX. Dim. 132x344cm DMacau S é

387. 12 31.25 675 657

Maquete da Igreja de S. Lourenço. Dim: 115x84x110cm Missão de Macau

388. 13 ð

31.28 676 658

Maquete da Ig. de S. Paulo. Dim: 100x70x200cm Missão de Macau

389. 14 31.09 488

Carta do Ouvidor de Macau a D. Filipe III sobre o número de conventos, rendas e bens. Macau, 1621. Dim. 33,5x24,5cm AHU Macau, cx. 1, doc. 8

390. 15 31.10 489

Consulta: expulsão dos Missionários da província de Cantão. Lisboa, 1734. Dim. 31,5x22cm (8 fls.) AHU Macau, cx. 3, doc. 75

391. 16 31.08 487

Carta do Bispo de Macau para o Rei D. José com historial do bispado (...) e anexo. Macau, 1774. Dim. 34,5x22cm AHU Macau, cx. 7, doc. 15

392. 17 31.05 484

Mapa do Bispado de Macau. Dim. 37x29cm AHU Cart. Ms.

393. 18 31.07 486

Franciscan Monastery of Macau, gravura. 1814. Dim. 25,5x20,5cm AHU Gravura.

394. 19 31.06 485

Church of St. Lazarus Near Macau, gravura. 1814. Dim. 25,5x20,5cm AHU Gravura.

395. 20 31.03 492

Frontespício da Igreja de S. Paulo em Macau, desenho. Dim. 48x39,5cm AHU

23 - JAPÃO 396. 02 33.12

509 Mártires do Japão, pintura a óleo sobre tela. Dim. (sem moldura) 174x92cm CP Arq. João Teixeira

397. 03

33.09 680 660

Beato Francisco Pacheco, pintura a óleo sobre tela. Dim: CP Condessa de Vilapouca

398. 04 33.07 504

Padre Miguel Cardoso, mártir do Japão, pintura a óleo sobre tela Dim. 121x196cm DBraga Seminário de Santiago

66

399. 05

33.02 499

Retrato de um mártir do Japão, rolo, pintura sobre papel. Dim. 205x82cm Vaticano, M. Missionário

06 Retrato de um mártir do Japão, rolo, pintura sobre papel. Dim. 205x82cm Vaticano, M. Missionário

07 Retrato de um mártir do Japão, rolo, pintura sobre papel. Dim. 205x82cm Vaticano, M. Missionário

400. 08

32.02 494

Introdução, martírio e glória, três rolos com a história do cristianismo no Japão, pintura sobre papel. Dim. 32x604cm; 32x705cm; 32x598cm Vaticano, M. Missionário

401. 11 32.03 495

Chegada dos Portugueses ao Japão, rolo, pintura sobre papel. Dim. 303x90cm Vaticano, M. Missionário

402. 12 33.08 505 661

Padre Luis Frois, escultura em madeira, arte indo-portuguesa. Dim. 167x57cm MM Nº Inv. 109

403. 13 33.14 690 662

Cruz relicário do Beato Francisco Pacheco, madeira. Dim: 50x24cm CP Condessa de Vilapouca Limpeza

404. 14

33.03 501

Édito de proibição ao cristianismo, madeira, Japão. Dim. 84x32cm Vaticano, M. Missionário

405. 15 Édito de proibição ao cristianismo, madeira, Japão Dim. 70x25cm Vaticano, M. Missionário

406. 16 33.04 500

Édito, madeira, Japão. Dim. 182x29cm Vaticano, M. Missionário

407. 17 33.05 502

Fumié. Séc. XVI-XVII Dim. 21x16cm Vaticano, M. Missionário

408. 18 34.01 510

Estante de missal, arte nambam. Dim. 36x33cm DLisboa Mosteiro dos Jerónimos

408.a 19 34.02 511

Estante de missal, arte nambam. Dim. 45,5x31,5cm DBeja Ig. de Serpa

409. 20 34.03 512

Estante de missal, arte nambam. Dim. DPorto Castelo de Paiva

410. 21 ð

34.05 691 663

Cofre eucarístico, arte nambam. Dim. 15,5x23x13cm DFunchal Ig. S. Mª Maior

411. 22 ð

34.06 692 664

Oratório, arte nambam. Dim. 47,2x35x5,1cm S. C. Misericórdia, Sardoal

67

412. 23 35.09 521

Catecismus Christianus Fidei (...). Pde. Alexandre Valignano. Lisboa, 1586. Dim. 19,5x14cm IBL Res. 1894 P

413. 24 35.06 518

Carta do padre Luis Froes da Companhia de Iesus em a qual da relação das grandes guerras, alterações & mudanças que ouue nos reynos de Iapão (...). Luis Froes. Lisboa, 1589. Dim. 14,5x9,5cm IBL Res. 237 P

414. 25 35.07 519

De missione legatorum japonesium ad romanam curiam. Pde. Duarte de Sande. Macau, 1589. Dim. 14,7x10,3cm BGUC Nº Inv: 13-17

415. 26 32.05 497

Cartas do Iapam nas quaes se trata da chegada a quellas partes dos fidalgos Iapões que ca vierão (...). Lisboa, 1593. Dim. 14,5x10,9cm IBL Res. 235 P

27 35.02 515

Dicionário Dim. IBL, Res 2126 V

416. 28 35.08 520

Apologia en la qual se responde a diversas calumnias que se escreuieron contra los padres de la Cõpania de IESU de Iapon y de la China (...). Pde. Alexandre Valignano. Dim. 27,1x17,6cm ANTT C.F. nº 70

417. 29 35.03 515

Primeira parte do vocabulário lvsitanico latino. Pe Manoel Barreto. 1607. Dim. 35,2x26 cm ACL Nº Inv. Ms. A. 255 a 257

418. 30 35.04 516

Carta do Bispo do Japão. Nagasaqui, 1612. Dim. 31x21cm AHU Macau, cx. 1, doc. 3

419. 31 33.10 507

Relaçam da persegviçam qve teve a christandade de Iapam (...). Pde. Gabriel de Matos. Lisboa, 1616. Dim. 14,1x9,5cm IBL Res. 238 P

420. 32

508 Relacam da ditosa morte.... Dim. IBL Res 1302 P

420.a 33 ð

35.10 522

Arte Breve da Lingoa Iapoa (...). João Rodrigues. Amacao, 1620. Dim. 19x14,5cm BA CIM 50-XI-3

421. 34 33.06 503

Relação da gloriosa morte de quatro Embaixadores portugueses da cidade de Macau com sincoenta e sete christãos da sua companhia, degolados todos pela fé de christo em Nangassaqui (...). António Francisco Cardim. Lisboa, 1643. Dim. 20,5x14cm IBL Res. 4130 P

68

422. 35 35.01513

Rosas de Japam, candidas açucenas e ramalhete de fragantes (...). Lisboa, 1709. Dim. 18,5x14,5cm IBL H.G. 4402 P

24 - TIMOR 423.

01 ð

36.02 417

Fr. Alexandre da Sagrada Família, Bispo de Malaca, pintura a óleo. Dim. 113x90cm IBL Sala de Leitura da Iconografia.

424.

02 36.07 3 665

Anel de D. António Joaquim de Medeiros, Bispo de Timor, ouro e pedras preciosas. Dim. CP, Com. Alpoim Calvão

25 - BRASIL 425.

02 37.14 695 666

D. Frei Luis de Santa Teresa - Bispo de Olinda (1738-1757), pintura a óleo sobre tela. Séc. XVIII Dim: 108x80cm ME, Évora

426.

03 37.09 534

Frei João da Cruz, pintura a óleo sobre tela. Dim. 110x92cm DLisboa Convento dos Cardais, Mercês

427.

04 37.01 526

Dom Frei João Evangelista, Bispo do Grão Pará, pintura a óleo sobre tela. Dim. 212x124cm ACL

429.

05 37.02 527

Dom Frei Caetano Brandão, Bispo do Grão Pará, pintura a óleo sobre tela. Dim. 216x124cm ACL

430.

06 37.03 528

D. Bartholomeu do Pilar, 1º Bispo do Pará, gravura. Dim. 20,5x14,5cm AHU Personagens.

431.

07 37.08 533

D. Bernardo Rodrigues Nogueira, 1º Bispo de S. Paulo. Dim. 73x94 (sem moldura) CP Viscondessa de Valdemouro

432.

08 39.07 344 668

D. José Estaço, pintura a óleo sobre tela. Dim. 82x72cm CP Gaivão

433.

09 ð

669

Bispo do Maranhão, pintura a óleo sobre tela. Dim. 220x130 CP Ana Maria Reimão

434.

11 38.09 543 671

Nossa Senhora, escultura barroca, mármore, com coroa de prata. Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto. Dim. 40cm Vaticano M. Missionário

435.

12 38.03 537 672

Nossa Senhora da Aparecida, pau preto. Dim. 50cm DLisboa CONFHIC, Nº Inv. 829

436.

13 40.01 698 673

Salva de prata com as armas do Bispo do Maranhão Dim: 38cm CP Dr. Pestana de Vasconcelos

437.

14 ð

40.03 699 674

Matriz sigilar com as armas do Bispo do Maranhão (descrever as armas) Dim: 3,2x3cm CP Dr. Pestana de Vasconcelos

438.

15 ð

38.01 535 675

Cruz que, segundo a tradição, foi usada na primeira missa no Brasil. Dim. 37,5x19cm; base: 33x28cm (falta a altura). DBraga Tesouro da Sé

69

439.

16

37.13 694 676

Urna do Santíssimo, tartaruga com aplicações de prata. Dim c. 100x100cm DPortalegre Ig de Arronches

440.

17 ð

37.12 693 677

Arca de esmolas. Dim. 46x30x30cm CP Alpoim Calvão

441.

18 44.18 587

Planta nova da matriz de Nossa Senhora da Oliveira dos Campinhos. Baía. Dim. 34,9x24,5cm AHU Cart. Ms.

442.

19 44.05 574

Planta das Cazas superiores do Palácio/Planta das Cazas inferiores do Palácio para a construção do novo Paço Episcopal em S. Paulo. Dim. 28,4x36cm (alçado) AHU Cart. Ms.

443.

21 44.01 570

Carta da Companhia de Jesus na Vice-Província do Maranhão. Brasil, 1752. Dim. 65x47cm IBL D. 284 A

444.

22 44.08 577

Compromisso da Irmandade do Santíssimo Sacramento. Dim. 34x22,3cm AHU Cód. nº V 1810; cd. 1771

445.

23 44.14 583

História da Companhia de Jesus da Província do Maranhão e Pará (...). 1759. Dim. 31,1x23cm ANTT Manuscrito do Brasil, nº 36

446.

24 44.17 586

Planta (e alçados) da Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Arraial de Ithairas, Comarca de Goyas. Goias. Dim. 12,5x33cm AHU Cart. Ms.

447.

25 44.07 576

Compromisso da Irmandade de S.Vicente Ferrer dos homens pretos do arraial da Passagem , freguesia da cidade de Mariana. 1794. Dim. 34x21cm AHU Cód. nº 1305

448.

27 44.03 572

Vila de Oeiras, Brasil. Dim. 65x50,6cm IBL D. 118 R

449.

28 44.04 573

Planta e alçados de edifícios para aquartelamentos militares e de uma Capela de N. S. do Rosário dos Soldados, no sítio de N. S. da Palma, na Baía, Brasil. Dim. 32x49,5cm IBL D. 204 A

450.

45 14.53 651 555

Planta da Aldeia de S. Joze de Mozamedes, desenho. Dim. 90,1x50,9cm IBL D. 117 R

451.

26 44.02 571

Paisagem. Alagoas. Dim. 35x39cm AHU Icon. Minas Gerais

452.

29 44.23 592

Perspectiva de vários edifícios entre os quais o Ospício de Nossa Senhora da Penha dos Capuchinhos (ca 1801). Pernambuco. Dim. 43,8x31,9cm AHU Cart. Ms.

70

453.

30 44.19 588

Hospício de Nossa Senhora Mãe dos Homens na Serra da Caraca. Desenho de Frei Lourenço de Nossa Senhora, cartografia anexa aos documentos de Minas Gerais. Dim. 84,5x67,3cm AHU Cart. Ms.

454.

31 44.20 589

Mapa da freguesia da Una e seus limites, assinalando igreja matriz e suas filiais, os oratórios dos engenhos e os engenhos nela existentes. Alagoas. Dim. 34,3x22,2cm AHU Cart. Ms.

455.

32 43.01 568

Copia de vnas cartas embiadas del Brasil por el padre Nobrega (...). Coimbra, 1551-52. Dim. 19x14,5cm; 15x10,5cm IBL Res. 842//3P

456.

34 44.06 575

Enformação da missa do Pe Christovuão de Gouueia às partes do Brasil no anno de 83 Do clima e terra do Brasil e de algª cousas notaueis que se achão assim na terra como no mar. Fernão Cardim. 1583. Dim. 20,5x15,3x2,7cm BPADE

457.

35 44.12 581

Catecismo na Língoa Brasilica (...). António de Araújo. Lisboa, 1618. Dim. 14x9cm IBL Res. 305 V

458.

36 44.09 578

Arte da Língua Brasilica. Pde. Luís Figueira. Lisboa, 1621. Dim. 14,5x9,5cm IBL F 5481

459.

37 44.25 545 678

Chronica da Companhia de Iesu do Estado do Brasil (...). Simão de Vasconcellos. Lisboa, 1663. Dim. 36,5x24,5cm IBL Res. 499 A

460.

38 44.11 579

Catecismo Doutrina Christãa na Lingua Brasilica (...). Luis Vicencio Mamiani. Lisboa, 1698. Dim. 14x9,5cm IBL Res. 247 P

461.

39 44.10 580

Katecismo Indico da Lingua Kariris (...). Bernardo de Nantes. Lisboa, 1709. Dim. 15,3x9,5cm IBL Res. 248 P

462.

40 44.15 584

Regimento e Leys sobre as MIssoens do Estado do Maranhão, & Pará (...). Lisboa, 1724. Dim. 37x25x6,5cm AHU Cód. 1214, nº 53, pág. 478 a 510, Impresso, Cópia IBL

26 - INÁCIO DE AZEVEDO 463.

01 ð

37.05 530

Beato Inácio de Azevedo, pintura a óleo sobre tela. Dim. 152,5x112cm CP Dinis da Fonseca

464.

41 37.07 532

Jesuítas na Ásia, Miscellanea 4, Livro de varias cartas de S. Francisco Xavier (...). fl.130-152, História dos Padres e Irmãos que morrerão hindo para o Brazil (...). Macau, 1746. Dim. 31,5x23x2,5cm BA 49-VI-9, fl 130-152

71

465.

33 37.06 531

Enformação da morte do Padre Ignatio de Zavedo e de seus companheiros. Dim. 42,5x29cm IBL Cód. 4532

27 - PADRE JOSÉ ANCHIETA 466.

01

42.04 670 679

P. José de Anchieta Dim. Ig. de Jesus, Roma

467.

02 42.03 567

Arte de Gramática da Língua mais usada no Brasil. José Anchieta. Coimbra, 1595. Dim. 15x9,7x1cm BPADE Res. 274

468.

03 42.02 566 680

Vida do Veneravel Padre Ioseph de Anchieta da Companhia de Jesus (...). Simão de Vasconcelos. Lisboa, 1672. Dim. 29x20,5cm IBL Res. 3705 V

28 - PADRE ANTÓNIO VIEIRA 469.

01 ð

41.01 557 681

Padre António Vieira, pintura a óleo sobre tela. Dim. 146x118cm IBL Gab. da Senhora Presidente.

470.

02 ð

41.02 558 682

Padre António Vieira, busto em bronze. Dim. 57x35cm ACL

471.

03 ð

41.08 564 683

Carta do Padre António Vieira. Maranhão, 1657. Dim. 31x22cm IBL MSS, cx. 7, nº 47

472.

04 41.06 562 684

Petição que o Pe Antonio Vieyra da Companhia de Jesus fez ao conselho geral do Santo Officio por prencipio da sua defesa (...) no anno de 1665. Dim. 29,7x20,4cm ACL Nº Inv. Ms A. 104

473.

05 41.05 561 685

Sermoens do P. António Vieira (...). António Vieira. Lisboa, 1679-1748. Dim. 21x15cm (11 vol.: 1, 4, 5, 6, 7, 8, 11, 12, 13, 14, 15) MOPBC Cota 1114 C

474.

06 41.07 563 686

Papel nas cortes que fez o principe regente D. Pedro, depois Rei de Portugal, seu autor o Pe Antonio Vieira da Companhia de Jesus. Séc. XVII. Dim. 36x25,3cm ACL Nº Inv. Ms. V. 19

475.

07 41.03 559 687

P. Antonio Vieira, Brasil-Jesuítas, gravura a buril preto sobre papel. Dim. 16,5x11,3cm AHU Nº 436

476.

08 41.04 560 688

Vida do Apostolico Padre António Vieira (...). Pde. André Barros. Lisboa, 1746. Dim. 30x21cm IBL Res. 974 V

477.

09 ð

41.10 709 689

P. Antonio Vieira a pregar aos indíos. Brasil-Jesuíta, gravura a cores sobre papel. Dim. 20,3x15,3cm AHU Nº

29 - CONTRIBUTO CIENTÍFICO DOS MISSIONÁRIOS

72

478.

01 30.02 476

Regimento da Declinaçam do Sol. 1564. Dim. 31x21cm ANTT Ms. Liv., n. 869.

479.

02 30.03 477

Curso de Sciencias Mathematicas. Pde. Francisco da Costa. Dim. 28x22cm BA Cód. 46.VIII.18

480.

03 30.05 479

Tratado de Hydrographia. Pde. Francisco da Costa. Dim. 23x17cm BA Cód. 49.III.19

481.

04 30.06 480

Curso Astrológico. Pe. João Delgado. Dim. aprox. 22x16,5 BPP Cód. 664

482.

05 44.13 582

História dos Animais e Árvores do Maranhão. Fr. Cristóvão de Lisboa. Dim. 30x23cm AHU Cód. n. 1660

483.

06 10.16 184

Orbe Affonsino ov Horoscopio Vniversalis (...). P.M. Valentim Estancel. Évora, 1658. Dim. 16x11cm IBL Res. 220P

484.

07 a 65? ð

30.01 475

Observatório de Pequim, colecção de 59 desenhos a tinta da China sobre papel de arroz. Dim. c. 38x38cm . AHU A escolher: 6 (?)

485.

66 36.01 525

Virtude de algumas plantas da Ilha de Timor. Fr. Alberto de S. Tomás. Dim. 34,5x27,5cm AHU Cód. n. 449.

486.

67 30.04 478

Esphera Astronomica. Pde. Luis Gonzaga. 1700-2. Dim. 32x23cm BA Cód. 46.VIII.21

487.

68 44.21 590

Colecção incompleta de sete cartas do Brasil, da autoria dos Padres da Companhia de Jesus, Diogo Soares e Domingos Capaci. Rio de Janeiro. Dim. 38x25cm AHU Cart Ms.

488.

69 29.14 474

Flora cochinchinensis: sistens plantas in regno Cochinchina nascentes. Padre João Loureiro. Lisboa, 1790. Dim. 25,5x20cm ACL Nº Inv. 11.364.6

489.

70 44.24 593

Floræ Fluminensis (...). Aloysii de Vasconcellos e Sousa. (Brasil), 1825 Dim. 31x22cm IBL SA 4782 V

73

490.

71 ð

690

Description Geographique, Historique, Cronologique, Politique, et Physique de l'Empire de la Chine et de la Tartarie Chinoise (...). Par de P. J. B. du Halde, de la Compagnie de Jesus. A La Hare chez Scheurleer, M.DCC.XXXVI Dim. 27x21cm (cada) DLisboa Jesuítas, Brotéria,

490.a 72 Collecção de várias receitas e segredos particulares das principais boticas da nossa Companhia de Portugal, da India, de Macau e do Brasil. Roma, 1766. Roma, Arquivo da Companhia de Jesus.

30 – MÚSICA (As peças numeradas de 491 a 571 correspondem a instrumentos musicais africanos, asiáticos ou brasileiros e, tendo sido objecto de um tratamento específico, não foram incluídas no catálogo da exposição.) 31 - MISSIONAÇÃO ACTUAL 572.

01 D. José Sebastião Neto, Bispo de Angola e Congo, pintura a óleo sobre tela. Dim. 150x100cm DSantarém Paço Episcopal.

573.

02 D. António Barroso, baixo relevo em gesso dourado. Dim. 125x105cm DPortalegre Castelo Branco Seminário Liceal das Missões

574.

03 45.10 603

S. José, escultura em madeira. Dim. 74cm Vaticano, M. Missionário

575.

04 45.10 603

Nossa Senhora com o Menino, escultura em madeira. Dim. 71cm Vaticano, M. Missionário

576.

05 14.36 232

Nossa Senhora com o Menino, escultura em madeira. Dim. 32x8,4cm MAC, Nº de Inv. 82.4.144 - Angola

577.

06 14.14 210

Oratório portátil de Nossa Senhora de África, folha de Flandres e elementos recuperados. Dim. 17x23,5cm MAC, Nº de Inv. 80.34.267 - Angola

578.

07

14.55 707

Verga, com inscrição cristã. Cabinda. Legenda: NKEMBO/KUOI/YESU KKISTU Dim. CP, Gen. Themudo Barata

579.

08

45.01 594

Túnica bordada e estola. Zaire. Dim. DBraga Mis. Combonianos, Famalicão

580.

10 15.01 249

D. Frei Teófilo de Andrade, Primeiro Bispo de Nampula, Moçambique, pintura a óleo sobre tela. Dim. 200x150cm DLisboa Seminário Franciscano, Lumiar

581.

11 45.03 596

Nossa Senhora, escultura em marfim. Moçambique. Dim. 19,5x4cm DLisboa CONFHIC

582.

12 45.02 595

Sacrário em pau preto com representação do presépio. Moçambique, Mombaça. Dim. 28x28cm DLisboa CONFHIC, Nº de Inv. 751

583.

13

45.12 671

Nossa Senhora com o Menino, escultura em pau preto. Dim. 40cm DLisboa Seminário Franciscano Campo de Ourique

74

584.

14 ð

Cristo, escultura em sândalo. Dim. c. 100cm DMoçambique

585.

15 45.08 601

Nossa Senhora, escultura em sândalo. India Dim. 30x10cm DLisboa CONFHIC Nº Inv. 1868

586.

16 24.12 392

S. Francisco Xavier, arte indo-portuguesa, escultura em madeira policromada. Dim. 100x40cm DBraga Santuário, Sameiro

587.

17 22.07 353

Capa de D. José da Costa Nunes, Patriarca da Índia, seda e arminho. Dim. 150cm; cauda: 250cm D Lisboa CONFHIC.

588.

18 Alva de D. José da Costa Nunes, Patriarca da Índia, linho. Dim. 150cm D Lisboa CONFHIC.

589.

19 Chapéu de D. José da Costa Nunes, Patriarca da Índia, seda. Dim. ∅ 38cm D Lisboa CONFHIC.

590.

20 Mitra de D. José da Costa Nunes, Patriarca da Índia, seda. Dim. 90x30cm D Lisboa, CONFHIC.

591.

21 Báculo de D. José da Costa Nunes, Patriarca da Índia, prata dourada. Dim. 170cm D Lisboa CONFHIC.

592.

22 ð

Cruz de D. José da Costa Nunes, Patriarca da Índia, ouro. Dim. 15,5x9cm D Lisboa CONFHIC.

593.

23 Anel de D. José da Costa Nunes, Patriarca da Índia, ouro. Dim. D Lisboa CONFHIC.

594.

24 Luvas de D. José da Costa Nunes, Patriarca da Índia. Dim. 28x15cm D Lisboa CONFHIC.

595.

25 Sapatos de D. José da Costa Nunes, Patriarca da Índia, seda bordada. Dim.27x10cm D Lisboa CONFHIC.

596.

26 45.11 614

Casula, algodão branco estampado (capolana) Dim. 150cm DLisboa Seminário Franciscano Campo de Ourique

597.

27 ð

45.13 702

Nossa Senhora. China. Dim: 20cm CP D. Arquiminio

598.

28 32.04 496

Nossa Senhora e o Menino, rolo, pintura sobre papel. Japão. Dim. 128x60cm Vaticano, M. Missionário.

599.

29 37.11 395

Pe. Cândido Azevedo Mendes Dim. 51x63cm Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes

600.

36.03 506

Dicionário Portuguez-Galoli Pe. Manuel Alves da Silva. Macau, 1905 Dim. 17,8x12,7cm CP Mons. Jorge Duarte

75

601.

36.04 556

Dicionário Tetum-Português Cón. Manuel Patrício Mendes. Macau, 1935 Dim. 18,7x12,5cm CP Mons. Jorge Duarte

602.

36.05 115

Método Prático para Aprender o Tetum. Pe. Abílio José Fernandes. Macau, 1937 Dim. 8,3x14,6cm CP Mons. Jorge Duarte

603.

36.06 303

Catecismo Badac no Oração ba Ioro-Ioron/Pequeno Catecismo e Orações para todos os dias Manuel Fernandes Ferreira. Macau, 1907 Dim.9x15cm CP Mons. Jorge Duarte

604.

02 15.05 253

Enterro (três figuras carregando um morto e outra em atitude de oração), escultura em madeira, arte africana. Dim. 40x30cm MC, Fátima, Nº 322-E

209. 11 ð

640

D. João Amorim Pessoa., Arcebispo de Goa, pintura a óleo sobre tela. Séc. XVIII Dim. 80x74cm DBraga Paço Arquiepiscopal.

605.

Crucifixo, sandalo africano Séc. XX Maputo Ig. S. António de Polana

76

4.6. – PAINÉIS DE TEXTO SINALÉTICA E INFORMAÇÕES

Descrição:

Juntamente com a lista geral de peças, foi entregue ao arquitecto da Exposição Encontro de

Culturas: oito séculos de missionação portuguesa o elenco de textos (I) que deviam integrar os

painéis à entrada de cada núcleo expositivo.

Cada tema era apresentado pelo título, introduzido por breves citações de textos coevos e

expressivos do contexto missionário e ilustrado por uma imagem alusiva.

O texto era tratado em letra recortada, clara sobre fundo escuro; as imagens consistiam em

grandes ampliações fotográficas. Todos os elementos eram colados sobre os painéis verticais ou,

eventualmente, sobre o revestimento parietal e marcavam a sequência do percurso expositivo.

A grafia dos textos foi actualizada.

A sinalética (II) tinha por objectivo orientar o visitante e informá-lo acerca dos vários espaços

visitáveis do Mosteiro e das infra-estruturas de apoio oferecidas pela exposição.

77

I. TEXTOS INFORMATIVOS PT 1 “Ide e fazei discípulos de todas as nações, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”

Mateus XXVIII, 19. “Vós, Portugueses, poucos quanto fortes, Que o fraco poder vosso não pesais; Vós que à custa de vossas várias mortes A lei da vida eterna dilatais: Assim do Céu deitadas são as sortes Que vós, por muito poucos que sejais, Muito façais na santa Cristandade. Que tanto, ó Cristo, exaltas a humildade!”

Luís de Camões, Lusíadas, Canto VII, 3. PT 2

Com a presente iniciativa quer a Conferência Episcopal Portuguesa lembrar os nossos maiores na fé e na evangelização e manifestar-lhes o seu grande apreço pelas obras que nos legaram no campo religioso e cultural. As numerosas Igrejas diocesanas dos vários continentes, nascidas da acção missionária a partir de Portugal, são a nossa maior recompensa e alegria pela fidelidade à mesma fé, pela coragem no testemunho cristão, pelo dinamismo na sua vida pastoral e pelo vigor da sua acção missionária. Esta Exposição é- lhes também dedicada, com a alegria de irmãos da mesma família.

D. João Alves, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa PT 3

NORTE DE ÁFRICA “Em Ceuta converteu muitos renegados à Igreja; com os enfermos fazia oficio de médico, com os feridos, de cirurgião curando as suas chagas e aplicando-lhes medicamentos, com uns e outros de cozinheiro dando- lhes os alimentos com grande caridade e levando-os aos calabouços com pasmo dos próprios mouros... “

D. Jerónimo de Mascarenhas, referindo-se à acção do Pde. João Nunes Barreto, Historia de la ciudad de Ceuta.

SANTO ANTÓNIO DE LISBOA “E se António era luz do mundo, como não haveria de sair da Pátria? “

P. António Vieira, Sermão de Santo António, Roma, 1672.

78

PT 4

TERRA SANTA “Entre todos os filhos da Igreja Católica nenhuns há que sejam mais bem recebidos ou menos odiosos aos Turcos, senhores daquelas terras, do que são os frades de S. Francisco”

Fr. Francisco de Santiago, Relação ... dos lugares santos de Jerusalém, Lisboa, 1706. PT 5 REGRAS CONVENTUAIS “Sua vida nessa terra, quanto ao vestir, comer, beber e dormir e quanto ao mais será conforme ao que a terra consentir. “

Regimento para os Agostinhos que vão para a Mina, 1572. “A nossa vocação é ir dum lugar para o outro e viver em qualquer parte do mundo onde se espera maior serviço de Deus e maior ajuda das almas.”

Constituições da Companhia da Jesus, 1582. “Índia, Brasil e partes outras d'Além... se animem os religiosos para que queiram ir lá.”

Congregação Portuguesa da Ordem de S. Bento, 1590. PT 6 A FORMAÇÃO DO MISSIONÁRIO “Aqueles que forem enviados precisarão de duas coisas: deverão ter sido antes muito provados e perseguidos no mundo e que tenham muita experiência e conhecimento de si mesmos. Hão-de possuir muitas letras e sabedoria. Muito treinados na filosofia. Muito abertos ao dialogo.”

Francisco Xavier, 1552. PT 7 AS GRANDES VIAGENS “Virgem, do mar estrela, neste lago E nesta noite um farol que nos guia, Para o porto seguro um certo norte; Quem em vos atinar, quem poderia Abrir somente os olhos, vendo o estrago Que atrás olhando deixa feito a morte? Quem proa me daria com que corte Por tão brava tormenta? De toda a parte venta, De toda espanta o tempo, feio e forte. Mas tudo que será? Co'a vossa ajuda, Névoa que foge ao vento Que num momento se levanta e muda.”

Sá de Miranda, Canção a Nossa Senhora, século XVI.

79

PT 8 CABO VERDE “A principal causa que obrigou a que mandassem povoar estas ilhas foi a redução do gentio delas e a promulgação do Santo Evangelho pelo que vos encomendo que o gentio de todo o distrito das ditas Ilhas venha em conhecimento de nossa Santa Fé.”

Regimento de Governador de Cabo Verde, 1676. PT 9 GUINÉ “São muito fáceis de dobrar e tirá- los destas erróneas e enganos. Eles mesmos com suas mãos quebram os seus ídolos.”

Frei André de Faro, sobre as Missões da Guiné, 1663-64. PT 10 S. TOMÉ “Na ilha de S. Tomé ficaram os padres pregando quotidianamente, doutrinando pela muita ignorância que há naquelas partes da doutrina evangélica e ensinando gramática a todos os que querem aprender.”

Consulta do Conselho Ultramarino, 1697. PT 11 ANGOLA “A gente é muito boa, quanto à sua simplicidade e conversação. Todavia, nas coisas de Deus, são muito poucos os que entendem a verdade.”

Padre Jâcome Dias, 1548 PT 12 MOÇAMBIQUE “Não adoram a Deus, nem têm ídolos a que adorem, nem imagens, nem templos, nem usam de sacrifícios. E assim dificultosamente se convertem, nem aceitam a lei de Cristo, que muitas vezes lhes pregamos.”

Frei João dos Santos, Ethiopia Oriental, 1609 PT 13 ETIÓPIA “Fomos visitar o imperador, que nos recebeu com muita benevolência e alegria e contentamento de todos os demais, estando ao redor da sala todos os seus grandes.”

Padre Manuel da Veiga, Relação Geral do Estado da Cristandade da Etiópia, 1628. PT 14 PÉRSIA

“O Xá quis saber da nossa comprida viagem, atónito com os seus de lhe dizermos que andáramos mais de cinco mil e quinhentas léguas, sempre por àgua. E disse: nós, quando muito, venceremos homens, mas estes são vencedores do mar e do tempo.”

Frei António de Gouveia, Relação em que se tratam as guerras e as grandes vitórias que alcançou o grande rei da Pérsia, 1611.

80

PT 15 ÍNDIA “Ordenaram todos uma irmandade debaixo da invocação da Santa Fé, cuja empresa fosse criar em letras e bons costumes moços de todas as nações daquelas partes, para que vindo a ser sacerdotes tornassem a pregar o Evangelho a suas próprias terras...”

João de Lucena, Historia da vida do Padre S. Francisco Xavier, Lisboa, 1778 PT 16 S. FRANCISCO XAVIER “Veio mais movido pela inspiração divina do que pela razão humana. Oh, que qualidades vi nele durante esses poucos dias que o contactei! Que coração tão aceso no amor de Deus! Com que chamas arde de amor ao próximo! Que zelo tem para acudir às almas enfermas ou mortas!”

Melchior Nunes Barreto, Carta, Bassaim, 1552. PT 17 S. JOÃO DE BRITO “Esta a conta, que toda se cifra na particular protecção com que Deus Nosso Senhor aqui nos ampara, e vai propagando sua santa fé sem amparo humano, antes contradizendo-a os Reis, Príncipes, Governadores e Letrados destas terras em que vivemos.”

João de Brito, Carta, Madurai, 1683. PT 18 TIBETE “Muitas vezes nos era necessário ir por cima da neve com o corpo como quem vai nadando, porque desta maneira não nos afundávamos tanto... Nos pés, mãos e rosto não tinhamos sentimento, porque com o demasiado rigor do frio, estávamos totalmente sem sentidos.”

Padre António Andrade, Tibete, 1624. PT 19 CHINA “Da parte de Vossa Alteza levo-lhe uma peça a qual nunca foi enviada por nenhum rei nem senhor àquele rei, que é a lei verdadeira de Jesus Cristo nosso redentor e Senhor. Este presente que Vossa Alteza lhe envia é tão grande, que, se ele o conhecesse, o estimaria mais que ser rei tão poderoso como é.”

S. Francisco Xavier, Carta a D. João III, 1552. PT 20 COCHINCHINA “Não cabiam em si de prazer os neófitos, por verem outra vez Igreja pública no seu reino. E posto que se renovassem as proibições, quer aos padres de não ensinar a lei dos portugueses aos cochinchinas, quer a estes de não a receberem, iam à casa dos padres de noite às escondidas e também de dia com disfarces.”

Notícias sumárias das perseguições da missão da Cochinchina, Lisboa, 1700. PT 21 MALACA “Ando continuamente em ilhas rodeadas de inimigos e em terras que carecem de todos os remédios para as doenças corporais e de quase todos para a conservação da Vida. Melhor é chamá-las “Ilhas de esperar em Deus”, do que “Ilhas do Mouro”.”

S. Francisco Xavier, Carta, Malaca, 1548.

81

PT 22 JAPÃO “Esta ilha de Japão está muito disposta para nela se acrescentar muito a nossa Santa fé, e se nós soubéssemos falar a língua, não tinha dúvida nenhuma em acreditar que se fariam muitos cristãos.”

S. Francisco Xavier, Carta, Kagoshima, 1549. PT 23 TIMOR “ Capelinha de missão Toda caiada de luar Ou posta ao sol do sertão! Lembra mãos juntas a orar! Velhas portas e janelas! É por elas que entra o Sol, Como que a acender as velas Ou, nas almas, um farol!”

Padre Jorge Barros Duarte, Timor Jeremiada, Lisboa, 1990. PT 24 BRASIL “A missa foi ouvida por todos com muito prazer e devoção. Ali estava o Capitão com a bandeira de Cristo com que saiu de Belém, a qual esteve sempre ao alto, na parte do Evangelho.”

Pêro Vaz de Caminha, Carta, referindo a 1ª missa celebrada no Brasil, 1500. PT 25 PADRE JOSÉ DE ANCHIETA “Corriam bandos, deixando seus sertões, para o lugar aonde moravam os padres, para fazer suas habitações. Não reparando em suor e trabalho, os nossos, trazendo junto com os índios a terra e a àgua às costas, por fazer-se humanos com eles.”

Simão de Vasconcelos, Vida do Venerável Padre José de Anchieta, Lisboa, 1672. PT 26 PADRE MANUEL DA NÓBREGA “Esta gentilidade nenhuma coisa adora, nem conhece a Deus; somente aos trovões chama Tupane, que é como quem diz coisa divina. E assim nós não temos outro vocábulo mais conveniente para os trazer ao conhecimento de Deus, que chamar- lhe Pai Tupane.”

Manuel da Nóbrega, Cartas do Brasil, 1549-1560. PT 27 BEATO INÁCIO DE AZEVEDO “Era o Padre Inácio um dos homens que vimos nesta vida muito ajudado de Deus. Espantava e cativava a gente com quem conversava porque se via que não fazia isto com eloquência natural, senão com graça divina e muita prudência sobrenatural. ”

Informação da morte do Padre Inácio de Azevedo e seus companheiros, séc. XVII.

82

PT 28 PADRE JOSÉ ANCHIETA “Neste tempo que estive em Piratininga, servi de médico e barbeiro, curando a muitos daqueles índios... Não digo mais, senão que aparelheis grande fortaleza interior e grandes desejos de padecer, de maneira que, ainda que os trabalhos sejam muitos, vos pareçam poucos.”

Simão de Vasconcelos, Vida do Venerável Padre José de Anchieta, Lisboa, 1672. PT 29 PADRE ANTÓNIO VIEIRA “É uma pedra, como dizeis, esse Índio rude? Pois trabalhai e continuai com ele (que nada se faz sem trabalho e perseverança), aplicai o cinzel um dia, e outro dia, dai uma martelada, e outra martelada, e vós vereis como dessa pedra tosca e informe, fazeis não só um homem, senão um cristão, e pode ser que um santo”.

Padre António Vieira, Sermões, 1679-1748. PT 30 DIREITOS HUMANOS “As injustiças e tiranias, que se tem executado nos naturais destas terras, excedem muito as que se fizeram na África... e tudo mandado obrar pelos mesmos que tinham maior obrigação de fazer observar a mesma lei...” Padre António Vieira, Carta a D. Afonso VI, 1657. PT 31 DIFUSÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA PELA MISSIONAÇÃO “As armas e os padrões portugueses postos em África e na Ásia e em tantas mil ilhas fora da repartição das três partes da Terra, materiais são, e pode-as o tempo gastar: pero não gastará doutrina, costumes, linguagem que os Portugueses nestas terras deixarem.”

João de Barros, Diálogo em louvor da nossa Linguagem. PT 32 CONTRIBUTO CIENTÍFICO DA MISSIONAÇÃO “Chegou finalmente o dia dos eclipses do sol e da lua, e neles se averiguou que os nossos cálculos quadravam perfeitamente com as observações. Foi grande a honra dos Europeus. Oxalá que assim como a verdadeira Matemática triunfou, assim a verdadeira Fé católica alcance ainda maior triunfo.”

Padre André Pereira, Pequim, 1732. PT 33 RENASCIMENTO MISSIONÁRIO “Que cada um de vos se torne hoje testemunha audaz do Evangelho de Jesus Cristo, ao encontro de tantas vidas famintas de Deus: Portugal, convoco-te para a missão.”

João Paulo II, Lisboa, 1991.

83

II. SINALÉTICA Exterior Pendão

Encontro de Culturas

Oito Séculos de Missionação Portuguesa ____________________________

The Meeting of Culture

Eight Centuries of Portuguese Missionary Activity Horário: Diariamente das 10.00 às 18.00 horas Encerra às segundas-feiras.

Colocação: no muro, junto ao portão de acesso ao Pátio das Laranjeiras Pátio das Laranjeiras Pendão

Encontro de Culturas

Oito Séculos de Missionação Portuguesa ____________________________

The Meeting of Culture

Eight Centuries of Portuguese Missionary Activity

Colocação: na parede, à direita acima da porta de acesso à exposição Piso 1 Placas de sinalização: Serviços de apoio Bilheteira/Informações Cafetaria WC [H] WC [M] Colocação: átrio à entrada para o Pátio das Laranjeiras Espaços visitáveis do Mosteiro Botica Cisterna Colocação: à entrada de cada um dos espaços

84

Quadros informativos: Planta geral com indicação do percurso (Quadro dos patrocinadores) Colocação: anexo junto à cisterna

Piso 2

Placas de sinalização Núcleos expositivos A música ao serviço da missionação Renascimento missionário e nova missionação Colocação: nos claustros, à entrada de cada espaço Serviços de apoio Secretariado da Exposição Bases de dados: Património construído de influência missionária portuguesa no mundo Catálogo da exposição Encontro de Culturas Colocação: nos claustros, à entrada de cada espaço Espaços visitáveis do Mosteiro Portaria Sacristia / obras de restauro em curso Panteão da Casa de Bragança Panteão dos Patriarcas de Lisboa História do Mosteiro de S. Vicente de Fora [capela dos Meninos de Palhavã] Colocação: nos claustros, à entrada de cada espaço Piso 3 Placas de sinalização 6 setas de percurso Colocação: para os núcleos 8, 15, 21, 28, 31 e 33 Núcleos expositivos Japão Brasil Colocação: à entrada de cada núc leo, junto às setas de sinalização Serviços de apoio Projecção de vídeos Colocação: à entrada do auditório (prever espaço para afixar o programa) (Representante da CEP, Comissão Científica e ficha técnica da exposição)

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4.7. – PLANTAS

Descrição:

O projecto arquitectónico da Exposição Encontro de Culturas: oito séculos de missionação

portuguesa foi entregue ao atelier do Arq. João Bento de Almeida.

A área musealizável compreendia:

− piso 1, com entrada pelo pátio das Laranjeiras, a recepção, loja e cafetaria;

− piso 2, portaria, 3 salas da ala sul, sacristia, capela dos Meninos de Palhavã, Panteão dos

Patriarcas e o patamar da escadaria dos Patriarcas;

− piso 3, as designadas salas do antigo arquivo (ala poente), claustros e respectivos anexos e

o topo da escadaria dos Patriarcas.

Foi decidido tapar as paredes das salas e claustros do piso 1 com revestimento de azulejo que

interferissem na exposição. Por motivos de segurança, todas as portas e janelas do claustro

superior não utilizadas foram emparedadas. As janelas para o interior do claustro foram cobertas

com pano-cru.

Bento de Almeida fez o levantamento dimensional do edifício e desenhou as plantas da área a

musealizar. A partir do guião e da lista definitiva das peças elaborou um conjunto de plantas e

cortes, incluindo a implantação da estrutura expositiva envolvente, em que se integravam os

painéis e vitrinas, e dos equipamentos museográficos. A localização das peças era anotada nas

plantas e cortes.

Todas as plantas foram desenhadas à mão; os desenhos de pormenor foram desenhados à mão

levantada.

Do conjunto de 42 plantas e desenhos entregues, apresentamos onze (3, 4, 5, 6, 9, 18, 23, 25, 32,

40, 42 e 43, segundo a numeração do autor), exemplares do trabalho efectuado. Para cada núcleo,

elaborou um mapa de peças, com imagem e dimensões, e cuja numeração estabelecia a relação

com a planta respectiva.

No final, inserimos imagens da montagem da exposição.

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1 – Piso 3

S. Vicente de Fora 3.º Piso João Bento de Almeida Escala da planta original: 1/200 [Imagem a 39%] Planta 3 Descrição: Planta da globalidade da Exposição Encontro de Culturas, no piso 3, com marcação dos vários núcleos e espaços de circulação. A exposição tinha início e desenvolvia-se maioritariamente neste piso, terminando no piso 2, ao qual se acedia pela escadaria dos Patriarcas. Os núcleos estão identificados pelo título e respectivo número inserido em caixa £ (vd. legenda). Tem notas remissivas para plantas e desenhos de pormenor. Legenda: (quebra na numeração entre os n.os 15 e 21, 24 e 27):

1. A Ordem de Cristo e o Padroado português

2. Mártires de Marrocos 3. Santo António de Lisboa 4. Terra Santa 5. Regras conventuais 6. Formação do missionário 7. Grandes viagens 8. Missionação em Cabo Verde 9. Missionação na Guiné 10. Missionação em S. Tomé 11. Missionação em Angola 12. Missionação em Moçambique 13. Missionação na Etiópia

14. Missionação na Pérsia 15. Missionação na Índia 21. S. Francisco Xavier 22. S. João de Brito 23. Missionação no Tibete 24. Missionação na China 27. Informática (auditório) 28. Missionação na Cochinchina 29. Missionação em Malaca 30. Missionação em Macau 31. Missionação no Japão 32. Missionação em Timor 33. Missionação no Brasil

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2 – Piso 3, lado ocidental S. Vicente de Fora 3.º Piso João Bento de Almeida Escala da planta original: 1/100 [Imagem a 39%] Planta 4 Descrição: Planta da primeira parte da Exposição, no piso 3, com marcação dos núcleos em torno do claustro ocidental. Estão anotados os suportes expositivos:

− estrutura de madeira a cobrir determinadas zonas de parede e a definir os espaços de circulação;

− painéis de texto na introdução de cada núcleo temático; − vitrinas móveis e embutidas na estrutura; bases ou plintos.

Os núcleos estão identificados pelo título e respectivo número inserido em caixa £ (vd. legenda). Legenda:

0. Entrada 1. A Ordem de Cristo e o Padroado

português 2. Mártires de Marrocos 3. Santo António de Lisboa 4. Terra Santa 5. Regras conventuais 6. Formação do missionário 7. Grandes viagens

8. Missionação em Cabo Verde 9. Missionação na Guiné 10. Missionação em S. Tomé 11. Missionação em Angola 12. Missionação em Moçambique 13. Missionação na Etiópia 14. Missionação na Pérsia 15. Missionação na Índia

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3 – Piso 3, lado oriental S. Vicente de Fora 3.º Piso João Bento de Almeida Escala da planta original: 1/100 [Imagem a 39%] Planta 5 Descrição: Planta da segunda parte da Exposição, no piso 3, com marcação dos núcleos em torno do claustro oriental. Estão anotados os suportes expositivos:

− estrutura de madeira a cobrir determinadas zonas de parede e a definir os espaços de circulação;

− painéis de texto na introdução de cada núcleo temático; − vitrinas móveis e embutidas na estrutura; bases ou plintos.

A central eléctrica (Q. ELÉCTRIC) está marcada junto à porta de serviço e saída de emergência, não assinalada como tal. Os núcleos estão identificados pelo título e respectivo número inserido em caixa £ (vd. legenda). Legenda:

13. Missionação na Etiópia 14. Missionação na Pérsia 15. Missionação na Índia 21. S. Francisco Xavier 22. S. João de Brito 23. Missionação no Tibete 24. Missionação na China

27. Informática (auditório) 28. Missionação na Cochinchina 29. Missionação em Malaca 30. Missionação em Macau 31. Missionação no Japão 32. Missionação em Timor 33. Missionação no Brasil

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4 – Piso 3, salas a ocidente S. Vicente de Fora Ordem de Cristo, N. África, St.º António, Terra Santa, Reg. Conventuais, prep. Missionário, grandes viagens João Bento de Almeida Escala da planta original: 1/50 [Imagem a 39%] Planta 6 Descrição: Planta das primeiras salas da Exposição, na ala poente do piso 3, compreendendo a entrada e os núcleos introdutórios ao tema global da exposição (núcleos de 1 a 7, vd. legenda). Marca a localização exacta dos textos, imagens e objectos em relação aos suportes expositivos (painéis, vitrinas, paredes e bases). Os núcleos estão identificados pelo título e respectivo número inserido em caixa £ (vd. legenda). As peças são identificadas pelo número de ordem (ex.: 1) da segunda coluna da lista geral de peças (vd. anexo 4.5.). Os elementos expositivos estão cotados, bem como as distâncias entre eles e em relação ao edifício. As linhas de corte ao longo da planta estabelecem a relação com o desenho do corte não inserido neste conjunto. Legenda:

0. Entrada 1. A Ordem de Cristo e o Padroado

português 2. Mártires de Marrocos 3. Santo António de Lisboa

4. Terra Santa 5. Regras conventuais 6. Formação do missionário 7. Grandes viagens

B – bases ET – estrados PN – pano cru PR – parede PT – painel de texto

RPR – revestimento de parede (de maior dimensão que o RP)

VT – vitrina VTA – vitrina alta

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5 – Piso 3, ala ocidental do 1.º claustro (a ocidente) S. Vicente de Fora C. Verde; Guiné, S. Tomé Plantas e cortes João Bento de Almeida Escala da planta original: 1/50 [Imagem a 39%] Planta 9 Descrição: Planta e cortes (4), longitudinais (2) e transversais (2), do início do percurso no claustro a ocidente do piso 3, compreendendo os primeiros núcleos relativos à missionação na costa ocidental de África e arquipélagos do Atlântico (núcleos de 8 a 10, vd. legenda). Marca a localização exacta dos textos, imagens e objectos em relação aos suportes expositivos (painéis, vitrinas, paredes e bases). Nos cortes, os elementos da arquitectura original do edifício estão igualmente pormenorizados, tornando perceptível a relação entre a estrutura e os elementos museográficos que lhe foram justapostos: o forro das paredes até ao nível da imposta; as janelas sobre o claustro (corte 1-2) e a porta de acesso (corte 2-1). Nos cortes, sempre que possível, as peças encontram-se delineadas (ex.: pintura; cruz no interior da vitrina vertical, no corte 1-2). Está igualmente delineado o esquema que presidia aos painéis introdutórios (vd. corte 2-1, à esquerda). Os núcleos estão identificados pelo título e respectivo número inserido em caixa £ (vd. legenda). As peças são identificadas pelo respectivo número de ordem (ex.: 1) da segunda coluna da lista geral de peças (vd. anexo 4.5.). Os elementos expositivos estão cotados, bem como as distâncias entre eles e em relação ao edifício. Legenda:

8. Missionação em Cabo Verde 9. Missionação na Guiné

10. Missionação em S. Tomé

B – bases PN – pano cru PT – painel de texto RP – revestimento de parede

RPR – revestimento de parede (de maior dimensão que o RP)

VT – vitrina VTA – vitrina alta

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6 – Piso 3, sala na ala oriental do 2.º claustro (a oriente) S. Vicente de Fora Informática [auditório] João Bento de Almeida Escala da planta original: 1/50 [Imagem a 39%] Planta 18 Descrição: Planta e cortes (4), longitudinais (2) e transversais (2), do auditório. Está assinalada a plateia, bem como o dispositivo de projecção:

- suporte para o projector - armadura com tela de projecção.

Esta sala foi escolhida para auditório por não ter luz natural. Este esquema foi posteriormente alterado, dado que ao escolher o sistema de videoprojector (BARCO), se tornou evidente que a retroprojecção era mais eficaz. A nova instalação foi igualmente dirigida por Bento de Almeida. O auditório tinha capacidade para 24 lugares sentados. O dispositivo de projecção está cotado. Legenda:

B – bases PR – parede

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7 – Pisos 2-3, escadaria dos Patriarcas S. Vicente de Fora Brasil, P.e José Anchieta, P.e António Vieira João Bento de Almeida Escala da planta original: 1/50 [Imagem a 39%] Planta 23 Descrição: Planta do final do percurso no piso 3 e transição para o piso 2, através da escadaria dos Patriarcas, até à Capela de Santo António, onde finalizava a percurso histórico, com os núcleos da missionação do Brasil (núcleos de 33 a 35, vd. legenda). Marca a localização exacta dos textos, imagens e objectos em relação aos suportes expositivos (painéis, vitrinas, paredes e bases). Os núcleos estão identificados pelo título e respectivo número inserido em caixa £ (vd. legenda). As peças são identificadas pelo respectivo número de ordem (ex.: 1) da segunda coluna da lista geral de peças(vd. anexo 4.5.). Os elementos expositivos estão cotados, bem como as distâncias entre eles e em relação ao edifício. As linhas de corte ao longo da planta estabelecem a relação com o desenho do corte (não inserido neste conjunto). Legenda:

33. Brasil 34. Padre José Anchieta 35. Padre António Vieira B – bases PN – pano cru PT – painel de texto PR – parede RPR – revestimento de parede (de maior dimensão que o RP) VT – vitrina

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8 – Piso 3, equipamento da 1.ª sala (Ordem de Cristo e Padroado português) S. Vicente de Fora Vitrines VT1 e VT2, pormenores P1 a P5 João Bento de Almeida Escala da planta original: 1/10 [Imagem a 39%] Desenho 25 Descrição: Desenho dos equipamentos museográficos (painéis e vitrinas) para a primeira sala do Piso 3 e respectiva implantação em função dos elementos arquitectónicos pré-existentes. As vitrinas destinavam-se à exposição das bulas papais (manuscritos em pergaminho). Indica a cor e o tipo de material a usar. Todos os elementos estão cotados. O desenho foi feito à mão levantada. Legenda:

P – painel de vitrina VT – vitrina

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9 – Vitrinas S. Vicente de Fora Vitrines VT 16, 17, 18, 19, [20], 21 e 23 João Bento de Almeida Escala da planta original: 1/10 [Imagem a 39%] Desenho 32 Descrição: Desenho dos equipamentos museográficos (painéis e vitrinas) e respectiva implantação em função dos elementos arquitectónicos pré-existentes. Os núcleos a que se destina o equipamento estão identificados pelo número inserido em caixa £. A vitrina 16 destinava-se à exposição vertical de bandeiras; na 17, ficava um conjunto de grandes cruzes de assento com a figura de Cristo e figurinhas acessórias em marfim; a 19, apresentava véus de ombros e frontais; na 20, expunha-se uma variedade de objectos devocionais; na 21, conjugavam-se alfaias litúrgicas em prata e tartaruga; a 23, destina-se a três rolos verticais com pinturas japonesas. A vitrina 18, que se destinava à exposição de um Cristo em marfim, a que inicialmente se supunha ser necessário efectuar um suporte em acrílico, foi substituída por uma vitrina alta depois de se ter confirmado a existência da cruz original. Todos os elementos estão cotados. Legenda:

P – painel de vitrina PN – pano cru PR – parede RP – revestimento de parede RPR – revestimento de parede (de maior dimensão que o RP) VT – vitrina VTA – vitrina alta

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10 – Paredes S. Vicente de Fora Paredes PR 1 a 10 João Bento de Almeida Escala da planta original: 1/20 [Imagem a 39%] Desenho 40 Descrição: Desenho de paredes, de fundo ou divisórias, para enquadramento das peças ou de suporte a textos e imagens. São apresentados 10 modelos com indicação do material a usar e anotando, para cada um deles, o número de unidades necessárias. Os núcleos a que se destina o equipamento estão identificados pelo número inserido em caixa £. Todos os elementos estão cotados. Legenda:

PR – parede

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11 – Painéis de texto, estrados, panos e vidros S. Vicente de Fora Painéis, estrados, panos e vidros João Bento de Almeida S/escala [Imagem a 39%] Desenho 42 Descrição: Desenho de pormenor de:

− painéis de texto (2) e respectivo encaixe (escala 1/1) aos revestimentos de parede; − estrados (3); − panos de pano cru (3), para tapar janelas, com instruções para a respectiva suspensão; − painéis forrado a pano cru (4), para suporte de paramentos; − vidros (6).

Todos os modelos têm indicação do material a usar e do número de unidades necessárias. Os núcleos a que se destina o equipamento estão identificados pelo número inserido em caixa £. Todos os elementos estão cotados. Legenda:

B – bases

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12 – Bases S. Vicente de Fora Bases B João Bento de Almeida S/escala [Imagem a 39%] Desenho 43 Descrição: Desenho das bases, ou plintos, de sustentação às peças e a colocar dentro ou fora das vitrinas. São apresentados 29 modelos com indicação do material a usar e anotando, para cada um, o número de unidades necessárias. Os núcleos a que se destina o equipamento estão identificados pelo número inserido em caixa £. Todos os elementos estão cotados. Legenda:

B – bases

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13 – Mapa de peças China: artes decorativas

111

14 – Montagem da exposição

Núcleo da China: aspecto do início das obras, com arranque do emparedamento das portas.

Núcleo de Angola: aspecto da parte final da montagem, sendo parcialmente visível, à esquerda, a

porta emparedada e a cobertura parietal.

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Sala da Formação do Missionário: armação para a cobertura das paredes.

Núcleos de Cabo Verde e Guiné: revestimento parietal com equipamento museográfico e, ao fundo,

definição do percurso com parede falsa.

113

Núcleos de Timor, Cochinchina e Malaca, no início do restauro arquitectónico.

Núcleos de Timor, Cochinchina e Malaca, no final do arranjo museográfico.

114

Núcleo de S. Francisco Xavier, no início do restauro arquitectónico.

Núcleo de S. Francisco Xavier, durante o restauro.

115

Núcleo de S. Francisco Xavier, durante a instalação da estrutura museográfica.

Núcleo de S. Francisco Xavier, durante a instalação da estrutura museográfica. Ao fundo, as vitrinas

do núcleo da Índia.

116

Núcleo da China, durante a instalação da estrutura museográfica.

Núcleo da China, aspecto final.

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4.8. – INAUGURAÇÃO, 13 de Julho de 1994

Descrição:

A Exposição Encontro de Culturas: oito séculos de missionação portuguesa foi inaugurada a 13

de Julho de 1994.

A inauguração foi antecedida, na Igreja do Mosteiro, por uma sessão solene presidida por D. João

Alves, presidente da CEP. Estiveram presentes o Cardeal Patriarca, D. António Ribeiro, e o

Primeiro-Ministro, Prof. Aníbal Cavaco Silva.

A sessão terminou com um programa musical alusivo à temática da exposição.

118

I. CONVITE [Imagem a 80%]

119

I. PROGRAMA [Imagens a 50%]

120

121

4.9. – VISITANTES

Descrição:

A estatística de visitantes à Exposição Encontro de Culturas: oito séculos de missionação

portuguesa era feita através da contabilização dos ingressos.

Havia várias categorias de bilhetes: três individuais (normal, reduzido e grátis); duas de colectivos

(familiar e grupo).

A tabela de preços (I), colocada à entrada, informava acerca das condições para obter um bilhete

reduzido ou de grupo ou para ter acesso gratuito. Os visitantes estrangeiros não tinham direito a

redução. Ao contrário do que acontecia com os museus nacionais, os professores e os membros de

associações profissionais como o ICOM e a APOM não tinham direito a qualquer redução.

O responsável pela bilheteira fazia o registo diário (III) dos bilhetes entregues ou vendidos. Os

dados anotados eram posteriormente introduzidos numa folha Excell, o que permitia manter a

estatística de visitantes actualizada e a partir da qual foi elaborado o gráfico com a evolução do

público da exposição (IV).

122

I. TABELA

BILHETES: 1 - Bilhete unitário - 500$00 2 - Preços especiais para visitantes nacionais: Familiar (4 pessoas) - 1 600$00 Com redução de 40% - 300$00 menores de 14 anos portadores do Cartão de Estudante portadores do Cartão Jovem pensionistas/reformados Grupos diocesanos devidamente identificados: 25 pessoas (preço/pessoa = 200$00) 3 - Entradas GRÁTIS domingo de manhã - 10 às 13 horas Visitas de estudo (grupos escolares e de catequese)

123

II. BILHETES

(Maqueta para impressão tipográfica)

CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA

Exposição "Encontro de Culturas"

BILHETE AVULSO: 500$00

Nº de série -------

CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA Nº de série --------

Exposição "Encontro de Culturas,

Oito Séculos de Missionação Portuguesa"

BILHETE AVULSO: 500$00

CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA

Exposição "Encontro de Culturas"

BILHETE FAMILIAR: 1 800$00

Nº de série -------

CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA Nº de série --------

Exposição "Encontro de Culturas,

Oito Séculos de Missionação Portuguesa"

BILHETE FAMILIAR: 1 800$00

CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA

Exposição "Encontro de Culturas"

BILHETE REDUZIDO: 300$00

Nº de série -------

CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA Nº de série --------

Exposição "Encontro de Culturas,

Oito Séculos de Missionação Portugues a"

BILHETE REDUZIDO: 300$00

CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA

Exposição "Encontro de Culturas"

ENTRADA GRÁTIS

Nº de série -------

CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA Nº de série --------

Exposição "Encontro de Culturas,

Oito Séculos de Missionação Portuguesa"

ENTRADA GRÁTIS

CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA

Exposição "Encontro de Culturas"

BILHETE DE GRUPO

Nº de pessoas _______

Preço _______

CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA Nº de série --------

Exposição "Encontro de Culturas,

Oito Séculos de Missionação Portuguesa"

BILHETE DE GRUPO:

Nº de pessoas_______

Preço _______

124

III. FOLHA DE REGISTO DIÁRIO

FOLHA DIÁRIA

DATA: _____ de __________de 1994

Dia da semana: __________________

Nº de série

de a

Bilhetes Preço unitário Nº visitantes Soma

Avulso 500$00

Familiar 1600$00

Reduzido 300$00

Grátis ------

Grupo diocesano 200$00

TOTAIS

IV. ESTATÍSTICA DE VISITANTES

Mapa de visitantes

02.0004.0006.0008.000

10.00012.00014.00016.000

Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Total de visitantes: 61.170

125

4.10. – PUBLICAÇÕES E TEXTOS DE APOIO

Descrição:

As edições promovidas pela Exposição Encontro de Culturas: oito séculos de missionação

portuguesa foram:

− cartaz;

− desdobrável;

− mupi;

− roteiro;

− catálogo;

− colecção de postais (16).

O responsável pelo grafismo de todas as edições foi José Brandão, do Atelier B2; no catálogo,

trabalhou em colaboração com Nuno Vale Cardoso.

O cartaz (I) e o desdobrável (II) constituíram o principal meio promocional da exposição. Foram

distribuídos pelas escolas oficiais e do ensino particular e cooperativo, através dos serviços do

Ministério da Educação, universidades, instituições culturais e recreativas, postos de turismo e

entidades hoteleiras da região da Grande Lisboa, bem como por todas as paróquias e organismos

religiosos do continente.

Os cartazes em formato mupi, para publicidade de rua, foram espalhados em Lisboa, com o apoio

da Câmara Municipal, na primeira semana de Dezembro, coincidindo com os dois feriados e na

proximidade das férias do Natal, tendo como objectivo fomentar o afluxo do público nestas datas.

O roteiro apresentava o texto introdutório de D. João Alves, Presidente da CEP, o texto do

desdobrável, a ficha identificativa das peças (texto das legendas) e a planta da exposição. Dada a

procura, foi traduzido para inglês e cedido em exemplares policopiados.

O catálogo (III) reproduzia a estrutura da exposição: cada núcleo abria com uma imagem de

página inteira e a citação dos painéis introdutórios, embora geralmente mais extensa. Inseria, em

cada núcleo, textos produzidos pelos membros da Comissão Científica ou por especialistas de

126

reconhecido mérito nos vários temas. As peças apresentam uma ficha descritiva de tipo inventário

e eram, com raras excepções, acompanhadas por fotografia.

A colecção de postais (IV) reproduzia 16 dos objectos mais significativos desta exposição.

Dada a afluência de visitantes estrangeiros, o comissariado promoveu a tradução de uma nota

informativa acerca da exposição e do Mosteiro em espanhol, francês, inglês, italiano e alemão

(V).

O serviço de extensão cultural produziu fichas de comentário (VI) para a maioria dos núcleos da

exposição, onde estabelecia o fio condutor entre os objectos e o tema. Estas fichas (2 exemplares

em português e 1, em inglês) foram plastificadas e colocadas nas bolsas de acrílico inseridas nos

painéis introdutórios dos vários núcleos.

O conjunto das fichas foi policopiado e agrupado em cadernos que passaram a ser cedidos

gratuitamente a professores, guias turísticos e jornalistas e foram inseridos nas pastas de

documentação das acções de formação e do simpósio. Nestes cadernos inseria-se, ainda, a lista

dos instrumentos musicais expostos e alguns textos do catálogo:

− “Uma iniciativa da Conferência Episcopal Portuguesa”, por D. João Alves, Presidente da

CEP

− “Inculturar a fé”, por D. Albino Cleto, representa da CEP no Comissariado da Exposição

− “Encontro de Culturas, uma leitura de testemunhos materiais”, por Natália Correia Guedes

Comissária da Exposição

− “Regras conventuais de ordens missionárias”, pelo P.de Artur Roque de Almeida

− “Difusão da língua portuguesa pela missionação”, pelo Justino Mendes de Almeida

− “A Companhia de Jesus e o Observatório Astronómico de Pequim nos séculos XVI e

XVII”, pelo Mário Fernandes

Em colaboração com os CTT, foi feita uma edição extraordinária de 4 selos com tarifas correntes,

envelope e carimbo do primeiro dia, com a reprodução de objectos da Exposição (VII).

127

I. CARTAZ Ficha bibliográfica

Encontro de culturas [ Visual gráfico] : oito séculos de missionação portuguesa : exposição /

Conferência Episcopal Portuguesa ; design José Brandão - Atelier B2

Lisboa : C.E.P., 1994.

1 cartaz : color. ; 68x48 cm

128

II. DESDOBRÁVEL

[Imagens a 50%]

129

III. CATÁLOGO Ficha bibliográfica

Igreja Católica. – Conferência Episcopal Portuguesa; Brandão, José, tec. graf.; Atelier B2, tec.

graf.

Encontro de culturas : oito séculos de missionação portuguesa : [catálogo de exposição] /

[org.] Conferência Episcopal Portuguesa ; coord. Natália Correia Guedes Guedes ; colab.

Maria Isabel Rocha Roque, Dália Guerreiro, Maria Luísa Antunes

Lisboa : C.E.P., 1994.

479 p. a 2 colns : il. ; 31 cm

130

IV. POSTAIS

[Imagens a 80%]

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136

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138

V. NOTA INFORMATIVA

[espanhol]

ENCUENTRO DE CULTURAS

OCHO SIGLOS DE ACCIÓN MISSIONERA PORTUGUESA

Esta exposición tiene lugar en el Monasterio de San Vicente de Fora, de

julio a diciembre de 1994, por iniciativa de la Conferencia Episcopal

Portuguesa, fecha que coincide con el hecho de haber sido Lisboa declarada

Capital Europea de la Cultura.

En esta muestra son dados a conocer los más significativos testimonios

materiales producidos a través del encuentro de culturas provocado por la

acción de las misiones, o sea, la cultura portuguesa transportada por ultramar

(Africa, India, China, Japón, Brasil) y su diálogo con las culturas locales desde

el siglo XII hasta nuestros días, con la consecuente integración de las más

variadas etapas históricas en el respectivo contexto social, artístico, científico y

religioso.

En esta exposición figuran cerca de seiscientas piezas, la mayor parte de las

cuales presentadas en público por primera vez, utilizadas o producidas en zonas

de expansión portuguesa: obras de arte, objetos etnográficos, manuscritos e

impresos, catecismos y vocabularios en lenguas indígenas.

En complemento, el visitante podrá consultar una base de datos con

imagenes relativa al patrimonio religioso construído en zonas de influencia

portuguesa.

El visitante tiene acceso a las antiguas Porteria, Sacristía y Botica del

Monasterio de los Canónigos Reglantes de San Agustín y a los Panteones de

los monarcas de la Dinastía de Braganza y de los Patriarcas de Lisboa.

Abierto todos los días (excepto lunes) de 10.00 a 18.00

139

[francês]

RENCONTRE DE CULTURES

HUIT SIÈCLES D'ŒUVRE MISSIONAIRE DES PORTUGAIS

L'exposition, située dans les locaux du Monastère de S. Vicente de Fora, de

juillet à décembre 1994, est née d'une iniciative de la Conférence Épiscopale

du Portugal; la date coïncide avec la proclamation de Lisbonne comme

Capitale Européenne de la Culture.

L'exposition met à la portée du public, comme témoignage, les piéces les

plus significatives produites par la rencontre des cultures, telle qu'elle s'est faite

à travers l'œuvre missionaire - la culture portugaise transposée dans les terres

d'Outre-mer (Afrique, Inde, Chine, Japon, Brésil) et en dialogue avec les

cultures locales et ce du XIIe siècle à nos jours; elle permet d'en ressituer les

étapes historiques dans leur contexte social, artistique, scientifique et religieux

respectif.

Les six-cents d'objects exposés (dont la majorité est presenté au public pour

la premiére fois) ont été utilisés ou produits dans les régions d'expansion

portugaise; ils comprennent des œuvres d'art, des objects etnographiques, des

manuscrits et imprimés, des catéchismes et vocabulaires dans les langues

autochtones.

En complément de l'exposition, le visiteur peut consulter une base de donnés

comprennant documents visuels, concernant le patrimoine religieux

architectural existant dans les régions où s'est exercée l'influence portugaise.

Les visiteurs ont également libre accès aux clôitres, à la Conciergerie, à la

Sacristie et à la Pharmacie de l'ancien monastère des Chanoines Réguliers de

Saint Augustin, ainsi qu'au panthéon royal de la Dynastie de Bragance et à

celui des Patriarches de Lisbonne.

Ouvert tous les jours (sauf lundi) de 10.00h a 18.00h

140

[inglês]

THE MEETING OF CULTURES EIGHT CENTURIES OF PORTUGUESE

MISSIONARY WORK

This exhibition is being held at the S. Vicente de Fora Monastery, from July

to December 1994, by the initiative of the Portuguese Episcopal Conference,

and it coincides with the fact that Lisbon has been declared The European

Capital of Culture.

This exhibition will reveal the more significant material testimonials of

cultures joined by missionary work - the transposition of Portuguese culture

overseas (Africa, India, China, Japan and Brazil) and its dialogues with the

local cultures, since the XII Century until the present date, integrating the

different historical stages within its respective social, artistic, scientific and

religious context.

Approximately six hundred objects are exhibited to the public, most of

which for the first time, used or produced within the areas of Portuguese

expansion: art objects; ethnographic objects; manuscripts and printed material,

catechisms and vocabularies in indigenous languages.

Furthermore, the visitor will be able to consult an image supported date

base, covering the religious patrimony constructed in the areas where the

Portuguese influence was felt. The visitor will have access to the ancient Main

Gates, Vestries and Dispensaries of the Cónegos Regrantes de Santo Agostinho

Monastery, to the Pantheons of the Bragança Dinasty Kings and the Lisbon

Patriarchs.

Open Daily (except of Mondays) from 10a.m. to 6 p.m.

141

[italiano]

INCONTRO DI CULTURE

OTTO SECOLI DI ATTIVITÁ MISSIONARIA PORTOGHESE

Questa espozione si realizza presso il monastero di S. Vicente de Fora, da

luglio a dicembre 1994, per iniziativa della Conferenza Episcopale Portoghese,

coincidendo con la proclamazione di Lisbona, Capitale Europea della Cultura.

Sono esposti testimonianze materiali piú significative prodotte dall'incontro

della cultura portoghese missionaria con quella oltre mare (Africa, India, Cina,

Giappone, Brasile) dal secolo XII al nostri giorni, integrando le diverse tappe

storiche nel rispettivo contesto sociale, artistico, scientifico e religioso.

Si trovano esposti circa seicento oggetti; la maggiore parte di essi sono

presentati al pubblico per la prima volta; oggetti usati o prodotti in zone di

espansione portoghese: opere di arte, oggetti etnografici, manuscritti e

stampati, catechismi e vocabolari in lingue indigene.

Il visitatore potrá consultare una base dati attraverso immagini, relative al

patrimonio religioso costruito in zone di influenza portoghese.

Ha pure accesso al chiostro e all'antica Porteria, Sacrestia e Farmacia del

Monastero dei Canonici Regolari di Sant'Agostino e al Pantheon dei monarchi

della Dinastia di Bragança e dei Patriarchi di Lisbona.

Aperto tutti i giorni (eccetto il lunedí) dalle ore 10 alle 18.

142

[alemão]

KULTUREN- BEGEGNUNG

ACHT JAHRHUNDERTE PORTUGESISCHER HEIDENBEKEHRUNG

Diese Ausstellung findet im Kloster von S. Vicente de Fora, von Juli bis

Dezember 1994, als Iniciative der portugiesischen Bischofskonferenz,

zeitgleich mit Lissabons Status als Europas Kulturhauptstadt 94, statt.

Es werden die bedeutendsten, durch die Kulturenbegegnung der

Heidenbekehrung entstandenen, materiellen Zeugnisse ausgestellt - die nach

Ubersee ubertragene portugiesische Kultur und ihr Umgang mit den lokalen

Kulturen vom XII Jahrhundert bis in die heutigen Tage bekanntgemacht, sowie

die verchiedenen historischen Etappen in den jeweiligen sozialen, artisrischen,

wissenschaftlichen und religiosen Kontext eingeordnet.

Zur Ausstellung gehoren etwa sechshundert Gegenstande, zum groBtenteil

erstmalig ausgestellt, die in Zonen portugiesischer Expansion verwendet oder

hergestellt wurden: Kunstwerke; ethnographische Gegenstande, Manuskripte

und Drucksachen; Katechismen und Worterverzeichnisse in eingeborenen

Sprachen. Als Erganzung steht dem Besucher eine Datenbank zur Verfugung,

die mit Bildern des in portugiesischen EinfluBzonen erbauten religosen

Erbgutes gespeist ist. Der Besucher hat Zugang zur alten Vorhalle, Sakristei

und Apotheke des Klosters der Cónegos Regrantes de Santo Agostinho und zu

den Pantheonen der Monarchen der Dynastie von Bragança und der Patriarchen

von Lissabon.

Taglich auBer Montage (von 10.00 bis 18.00 Uhr)

143

VI. FICHAS DE COMENTÁRIO AOS NÚCLEOS

O Padroado português e a Ordem de Cristo

O propósito de Evangelização esteve, desde o

início, inerente ao processo de expansão portuguesa

em terras de África, do Oriente e do Brasil, como um

dos seus mais explícitos objectivos. Os contactos que

então se iniciaram nessas paragens abriram um vasto

campo de acção missionária, que a Santa Sé procurou

compensar e estimular através de bulas facultando pri-

vilégios extraordinários.

A Bula Romanus pontifex (I. 3), do Papa

Nicolau V, em 1455, concedia a D. Afonso V e ao

infante D. Henrique, bem como a todos os futuros reis

de Portugal, os direitos, regalias e tributos sobre as

terras conquistadas em África e ilhas a ela adjacentes,

desde os cabos Bojador e Não até à Guiné, além de

toda a sua costa meridional; permitia a edificação de

igrejas nos lugares já adquiridos e nos lugares que

viessem a adquirir, cujos padroados lhes ficariam a

pertencer. Juntava-lhes, ainda a faculdade de poderem

comerciar com os povos autóctones, fixando que nin-

guém, sem a sua autoridade, pudesse navegar naqueles

mares.

A Bula Inter caetera (I. 4), do Papa Calisto III,

em 1456, outorgava, à Ordem de Cristo, a jurisdição

espiritual nos mesmos lugares, determinando que o

descobrimento daquelas áreas não pudesse ser feito

senão pelos reis portugueses. O direito de Padroado era

entregue ao Infante D. Henrique - cuja assinatura

abreviada se encontra no documento da doação da

Igreja de Santa Maria em Ceuta (I. 5) - como adminis-

trador da Ordem.

A Bula Aeterni regis clementia (I. 6), do Papa

Sisto IV, em 1481, confirmava os direitos adquiridos,

estabelecendo a concórdia entre os reis de Portugal

e Castela no respeitante à espiritualidade de todas as

terras descobertas, desde o Cabo Bojador até à índia.

Porém o direito de padroado régio nas missões,

no aspecto de apresentação dos bispos ao Papa, para

confirmação, só surge de facto no séc. XVI.

A Bula Pró excelenti (I. 8), de Leão X, em

1514, criava a diocese do Funchal, que viria a ser a

mais extensa do mundo, incorporando nela todas as

ilhas e terras descobertas por Portugal. Concedia, aos

reis de Portugal, o direito de apresentar ao Papa o

bispo que teria a jurisdição dos vigários e, ao mestre

ou administrador da Ordem de Cristo, o direito de

apresentar pessoas idóneas para outras dignidades e

benefícios. Porém, ao reconhecer-se a dificuldade em

administrar uma área tão extensa, a Sé do Funchal foi

posteriormente elevada a Arcebispado e se erigiram as

quatro dioceses sufragâneas de Santiago, de S. Tomé,

de Goa e de S. Miguel, cujos prelados seriam de apre-

sentação régia.

Após a erecção desta diocese, pela Bula

Aequum reputamos (I. 9), do Papa Paulo III, em 1534,

o direito de Padroado, inclusive quanto aos benefícios,

até aí da apresentação dos mestres ou administradores

apostólicos da Ordem de Cristo, passa para os reis de

Portugal.

A Bula Inefabili et summipatri providentia (I.

7), do Papa Alexandre VI, 1497, específica esta

determinação concedendo a D. Manuel e a seus suces-

sores, todos os direitos e tributos sobre as terras con-

quistadas, desde que nelas nenhum outro príncipe

cristão possuísse direitos anteriormente adquiridos.

144

A Custódia da Terra Santa

O local em que Cristo viveu tornou-se

Terra Santa, à qual a cristandade sempre prestou um

culto muito especial, aí se dirigindo em peregrinação

e recolhendo relíquias de que merecem particular

destaque as relacionadas com os instrumentos da Pai-

xão e, sobretudo, as da cruz ou Santo Lenho (IV. 34).

S. Francisco de Assis, fiel à devoção pela Pai-

xão de Cristo, enviou os seus frades à Terra Santa,

que ele próprio visitou, a fim de organizar aí uma

pequena comunidade. Apesar da conquista dos últimos

lugares da Palestina, pelos muçulmanos, e da conse-

quente expulsão dos cristãos, os franciscanos resisti-

ram, entre perseguições e martírios.

Com o apoio de príncipes cristãos da Europa,

conseguiram a custódia da Igreja do Santo Sepul-

cro e dos Lugares Santos, confirmada por diversas

bulas papais, ficando, ainda, com a incumbência de

amparar os peregrinos que, de toda a cristandade, aí

afluíam, para o que fundaram diversos conventos, com

hospícios, os quais, desde logo, se tornaram destino de

frades portugueses. Testemunho da presença francis-

cana na Terra Santa é a produção de peças em madeira

de oliveira com embutidos ou revestida a madrepérola,

reproduzindo cenas do Novo Testamento e temas ico-

nográficos franciscanos, em baixo relevo ou com dese-

nho linear inciso e realçado a preto, verde ou

vermelho.

A maquineta do presépio (IV. 30) (cuja repre-

sentação se vulgarizou a partir de Francisco de Assis e

por influência dos seus frades) apresenta a moldura

preenchida pelas representações da Virgem e S.

José, pelos animais da gruta, pastores em adoração

e outros carregando presentes, anjos turiferários,

querubins e, no topo, pelos três Reis Magos, conduzi-

dos pela Estrela de Belém.

A Via-Sacra (IV. 29) é composta por catorze

cenas da Paixão de Cristo: a condenação à morte; o

transporte da cruz; a primeira queda; o encontro com

a Virgem; a ajuda de Simão Cireneu a carregar a cruz;

Verónica a limpar-lhe a face; a segunda queda; con-

solando as mulheres de Jerusalém; a terceira queda; o

despojamento das vestes; a crucificação, a morte; a

entrega do corpo a sua mãe; a deposição no sepul-

cro. Os símbolos da Paixão decoram as molduras e

frontões: o pano de Verónica; a lanterna de Malchus; a

orelha agarrada ao cutelo de S. Pedro; a túnica

sem costura; o cálice de fel; a mão que esbofeteou

Cristo; o martelo, a tenaz e os cravos; o galo da

renegação; a esponja com vinagre e a lança com que

o corpo foi trespassado; a coluna; os açoites da

flagelação; os dados com que sortearam a túnica; a

jarra e a bacia em que Pilatos lavou as mãos; a bolsa

dos trinta dinheiros de Judas; a cana verde; e a escada.

Os crucifixos retomam a temática da Paixão de

Cristo e respectivos símbolos (IV. 24, 25e 26). Cristo

surge frequentemente acompanhado pela representa-

ção da Virgem e de S. João Evangelista, compondo a

representação do Calvário (IV. 27), ou por Nossa

Senhora das Dores (IV. 24 e 25). As hastes apresen-

tam uma iconografia mais variada: a Anunciação, o

Presépio, a Adoração dos Reis Magos e Cristo entre

os discípulos (IV. 26); a Ultima Ceia, Cristo no

horto, o beijo de Judas e Cristo a carregar a cruz (IV.

24). Em todas estas peças são, ainda, apresentados S.

Francisco de Assis (IV. 25, 26 e 27) e outros santos

franciscanos, entre os quais se salienta Santo António

(IV. 24 e 26). Mais rara é a iconografia dominicana: S.

Domingos de Gusmão, S. Catarina de Sena e Nossa

145

Senhora do Rosário (IV. 25).

No conjunto de Sacras (IV. 28) reaparecem os

temas relacionados com a Paixão de Cristo

(Última Ceia, Cristo no horto, Beijo de Judas,

Cristo preso à coluna e Ecce Homo), na central;

porém, nas laterais, surge o Baptismo de Cristo, no

lado da Epístola, e S. João Evangelista, no do Evan-

gelho. Todas estas peças estão marcadas com a cruz

do Santo Sepulcro e com as armas dos franciscanos

(dois braços cruzados sobre a cruz).

Testemunho, também, da presença dos missio-

nários portugueses na Terra Santa são os inúmeros

relatos das peregrinações que aí se efectuaram e as

descrições destes locais (IV. 34 a 41), de que se des-

taca o Breve Sumario dos Conventos, Igrejas, Capelas

e lugares santos que a Sagrada religião dos frades

menores da Observância têm a seu cargo na cidade

de Jerusalém e Terra Santa, do Frei Pedro da Porciún-

cula, padre comissário de Jerusalém (IV. 36).

146

Evangelização em Cabo Verde e Guiné

A pedido de D. João IV, o Papa Clemente VII

criou a diocese de Cabo Verde, confirmada por bula de

Paulo III, a 3 de Novembro de 1534. A esta diocese

ficava a pertencer, além do arquipélago, a costa do

continente africano, desde o rio Gâmbia até ao cabo das

Palmas.

De facto, apesar do clima não ser propício, a

localização geográfica do arquipélago, em pleno

oceano Atlântico, permitiu um relativo desenvolvi-

mento.

A testemunhar a vitalidade da Ilha de Santiago,

base de abastecimentos das frotas que se dirigiam para

África, Oriente e Brasil, encontrou-se um conjunto de

fragmentos dos séculos XVII e XVIII nas escavações

realizadas, na zona da Sé e áreas limítrofes da Cidade

Velha: fragmentos de panelas com decoração incisa

revelando forte influência do africano (VIII. 103 e

104); uma tampa de vaso litúrgico decorada por uma

flor estilizada, de tipologia islâmica tardia (VIII. 105);

fragmentos de prato (VIII. 106) e de tigela (VIII. 107)

em porcelana da china, com decoração a azul e branco.

Filipe II ordenou, em carta de 1606 (VIII.

108) a fundação de uma residência e um colégio

para os padres jesuítas, a fim que estes se ocupassem

na pregação e conversão dos habitantes das ilhas e de

toda a costa, bem como na acção apostólica junto dos

portugueses que aí residiam. Seguiram-se outras mis-

sões franciscanas que, embora com algumas interrup-

ções, tiveram a seu cargo a evangelização destas

paragens.

A criação, em 1866, do Seminário-Liceu de

S. Nicolau, solicitada por D. José Alves Feijó logo

no início do seu bispado (VIII. 109), concedeu um

novo impulso à vida religiosa e cultural da ilha.

É, ainda, da segunda metade do séc. XIX o ofí-

cio do governador-geral, no qual este comunica que a

tribo gentílica do Bolor abraçou o cristianismo, anali-

sando a importância deste facto (VIII. 110).

Consequência da divulgação do cristianismo

junto às tribos locais é a interpenetração dos símbolos

e imagens religiosas na sua produção artesanal: uma

gravura com a representação de um sacerdote junto

a um Cristo crucificado, emoldurada por uma cerca-

dura de fibra vegetal entrelaçada (VIII. 101); e, no

mesmo material, uma patena (VIII. 102) cujo

campo é preenchido por uma cruz.

A missionação na Guiné desenvolveu-se

sobretudo a partir do século XVII, com a chegada

dos jesuítas, os quais deixaram um registo da acti-

vidade apostólica aí desenvolvida, através das car-

tas escritas entre 1602 e 1603, compiladas numa

relação anual pelo Padre Fernando Guerreiro (IX.

115).

Os franciscanos chegaram à Guiné pouco

depois, encarregando-se da evangelização e assis-

tência no território.

É desta época a Conversão do Rei de Bissau

(IX. 116) e o baptismo do seu primogénito, recebendo

o nome de D. Manuel, fruto da acção de D. Frei

Vitoriano da Costa, (bispo de Cabo Verde entre

1687 e 1705), cujas celebrações se realizaram con-

forme o cerimonial descrito por António Rodrigues

da Costa.

Os franciscanos defrontaram-se com as mes-

mas dificuldades já anteriormente sentidas pelos

jesuítas, acrescidas pela oposição cada vez mais

sistemática do islamismo e do feticismo. Há notícia de

vários obstáculos ao desempenho da sua acção missio-

nária, como os que são relatados nas Memórias

147

verdadeiras de dois lastimosos casos sucedidos na

Guiné em dois religiosos missionários da

Observância de S. Francisco (IX. 117).

A dificuldade em vencer as práticas de feitiçaria

e a interpenetração de símbolos cristãos noutros domí-

nios da religiosidade e de crenças indígenas está

patente no colar (IX. 112), usado como guarda de

corpo, amuleto frequente entre os mandingas,

composto por pequenos blocos de madeira e, even-

tualmente, por transcrições do Alcorão, revestido a

couro lavrado e em cuja decoração se salienta uma

cruz.

A mesma simbologia preenche o campo das duas

bandeiras (IX. 113 e 114): em cada uma se apresenta a

cruz de Cristo rodeada por ornamentação local.

148

A evangelização em S. Tomé e Príncipe

Os primeiros missionários em S. Tomé foram

franciscanos e agostinhos; há notícia do envio de

sacerdotes negros de volta para S. Tomé, os quais

tinham sido, de pequenos, mandados educar em Lisboa.

A pedido de D. João II, o Papa Clemente VII, criou a

diocese de S. Tomé confirmada por bula de Paulo III.

A nova diocese abrange as ilhas de S. Tomé, Prín-

cipe, Fernando Pó, Santa Helena e Ano Bom e a costa

africana desde o Cabo das Palmas até ao das Agulhas,

além do Cabo da Boa Esperança.

O esboço arquitectónico da Sé de S. Tomé (X.

123) apresenta o alçado da fachada principal, a qual,

apesar de sucessivas alterações tem mantido as princi-

pais características da sua traça original.

As três peças em prata cinzelada do século

XVII são provenientes da Sé. O porta-paz (X. 120), de

estrutura arquitectónica, apresenta, numa edícula, um

baixo-relevo com a cena da Deposição de Cristo no

Túmulo. No tímpano, inscreve-se uma cruz latina.

A cruz processional (X. 121), obedecendo for-

mal e estruturalmente aos modelos europeus, revela

uma decoração menos experiente, parecendo ser de

manufactura local; a indecisão do artesão é mais notó-

ria nos caracteres da inscrição [de 1682], em que

inverte um dos algarismos. Os ornamentos, em que se

integram motivos europeus adaptados ao gosto local e

outros caracteristicamente africanos, são incisos: ele-

mentos volutiformes, que organizam espaços em

forma de carteias, e outros, lineares, compondo uma

decoração entrecruzada e a tracejado. De salientar,

ainda, os pássaros dispostos a espaços regulares.

O báculo (X. 122) apresenta uma decoração

marcadamente europeia com caneluras, godrões, folhas

de acanto e carteias envoltas em motivos fitomórficos.

Na sequência do primeiro enrolamento, desenvolve-se

uma cornucópia da fortuna.

149

Evangelização em Angola

Os avanços políticos e comerciais portugueses

na zona costeira do continente africano foram seguidos

pela acção apostólica dos missionários que procura-

vam difundir a fé cristã entre os povos nativos.

Na Serra Leoa, o cristianismo foi introduzido por

missionários portugueses que, no século XV, aí cria-

ram uma promissora cristandade que deixou vestígios

de alguma importância religiosa e artística, denotando

a influência ocidental na produção artesanal local,

como acontece no hostiário (XI. 135), em marfim,

com a superfície integralmente preenchida por quadros

de iconografia cristã: Árvore de Jessé; Adoração; Visi-

tação; Presépio; Adoração dos Reis Magos; Apresenta-

ção no Templo; e Fuga para o Egipto.

Os primeiros missionários entraram no

Congo ainda nos finais do século XV. Nzinga-a-Nku

foi o primeiro rei congolês a contactar com os portugue-

ses e a receber o baptismo, tomando o nome de João;

porém, a sua conversão sem bases sólidas devolveu-o

progressivamente ao paganismo. Mas a tradição da

cerimónia do baptismo antes da entronização dos anti-

gos reis do Congo, envergando vestes solenes como as

apresentadas (XI. 159 a 161), ornadas com a cruz

de Cristo, continuou até ao século XVII.

O filho e sucessor de Nzinga-a-Nku, Mbemba-

a-Nzimga, baptizado com o nome de Afonso – cujo

brasão, com simbologia cristã, se encontra no Livro

da nobreza e perfeição das armas dos reis cristãos

(XI. 170) – iniciou um período de apogeu que duraria

ao longo de todo o século XVI. Reatou as relações

com a cristandade, de que são testemunho as cartas

enviadas ao Papa Júlio II, em 1512, pela qual, depois

de lhe prestar obediência, faz a história da cristiani-

zação no seu reino (XI. 162) e, em 1517, a D.

Manuel, rei de Portugal, dando notícias acerca de

igrejas que aí estava a construir (XI. 163). Grupos de

missionários afluíram ao Congo e desenvolveram uma

intensa actividade apostólica, pregando pela conver-

são e morigeração dos costumes dos habitantes autóc-

tones, levando-os a queimar os feitiços e a abandonar

as práticas pagãs.

Os jesuítas entraram em Angola, em 1560, com

Paulo Dias de Novais. Os contactos entre os dois rei-

nos facilitaram a evangelização. Em 1570, chegaram

ao Congo os Dominicanos e, em 1584, os Carmelitas

Descalços.

Em 1640, a Propaganda Fide fundou a missão

do Congo e confiou-a aos Capuchinhos

os quais estenderam a sua acção aos reinos vizinhos, o

que ficou registado na Histórica Descrição dos Três

Reinos do Congo, Matamba e Angola, do padre

António Cavazzi (XI. 168).

O progresso das missões nesta região fez com

que o Papa Clemente VII desmembrasse de S. Tomé a

diocese de Angola e Congo; a sede era em S. Salvador

do Congo, mas, no final do século XVII, passou para

Luanda, ficando os prelados a ser designados por bis-

pos de Angola.

Coincidente com este surto missionário a partir

do continente europeu, regista-se a afluência de alfaias

religiosas em prata cinzelada do séc. XVII: as nave-

tas (XI. 132 e 133) e o turíbulo (XI. 134) da Sé de

Luanda; o cálice hostiário (XI. 135), proveniente de

Massangano; e, mais recente, a naveta (XI.

136), com punção de Beja ou Baía, da Igreja de

Muxima, junto do rio Quanza. Os mais antigos vestí-

gios da influência do imaginário católico na produção

local são os crucifixos em liga de cobre (XI. 126) ou

em madeira com aplicações deste metal (XI. 127 e

150

128), fundido segundo a antiga técnica congolesa.

Apresentam algumas características comuns: a figura

de Cristo com feições rudimentares e volumes corpo-

rais simplificados; a presença de figurações simbóli-

cas de orantes (XI. 126) e de placas decoradas com

motivos geométricos (XI. 127 e 128) a ornamentar a

haste e os braços da cruz.

O n'zambi (XI. 139 e 140), que surge a partir do

séc. XVII, é outra interpretação do crucifixo ou da

imagem de Cristo na cruz: uma figura humana, com

uma cruz sobre o peito e cabeça coberta, em posição

erecta com os braços abertos, numa atitude cruciforme

e enquadrada num pórtico. Uma representação similar

do europeu surge no funante (XI. 141), figura ritual de

comerciante, com uma cruz sobre o peito, montado

num boi-cavalo.

A integração de elementos cristãos em objectos

e adornos usados como símbolos de poder, com

atributos que ultrapassam a função meramente deco-

rativa, é outro dos aspectos da influência missionária

nas culturas locais (XI. 142 e 143).

A interpenetração das culturas europeias e afri-

canas é, porém, mais incisiva na produção autóctone

em que o artista interpreta e reformula os dados que

lhe são fornecidos. As alfaias religiosas (XI. 144 a

149) são peças de madeira entalhada, apresentando

zonas enegrecidas pelo fogo e decoração incisa ao

gosto local, embora, do ponto de vista formal, procu-

rem seguir os modelos europeus. Os castiçais (XI.

144 a 146) são ornados com motivos locais: figurinhas

antropomórficas orantes, bustos, máscaras e pássaros.

As píxides (XI. 147 a 149) são decoradas com moti-

vos geométricos e apresentam na tampa, ao invés do

habitual remate em forma de pomba, um pássaro de

grandes dimensões (XI.148 e 149) ou uma simples

pega (XI. 147).

151

Evangelização em Moçambique

A evangelização em Moçambique coincide com

o estabelecimento de comerciantes portugueses em

pontos estratégicos ao longo da costa, ainda que, de

início, se tivesse quase circunscrito às capelanias das

fortalezas.

A tentativa mais notória de missionação no

local é a do padre jesuíta D. Gonçalo da Silveira e do

Padre André Fernandes em Inhambane e

Monomopata, que terminou em martírio, no ano de

1561.

Foram os dominicanos os primeiros a fixar-se

definitivamente em Moçambique, ficando, desde o

início do século XVII, com a missionação de Madagás-

car e do Monomopata a seu cargo.

Entretanto, a perspectiva de encontrar ouro no

interior do continente levou os portugueses a subir ao

longo dos rios, estabelecendo-se em pontos estratégi-

cos. As feitorias de Sena e Tete consolidaram a pre-

sença no Zambeze e foram importantes pólos de mis-

sionação, sobretudo após a fundação de residências

jesuíticas, em ambos os locais, no início do século

XVIII. Estes assumiram então a responsabilidade de

evangelização desta zona até à costa. Da sua acção

ficou-nos a notícia através da Lista dos cristãos e fre-

gueses desta freguesia de S. Tiago de Tete (XII. 187) e

do Rol dos fregueses da Sé Matriz de Sena (XII. 188).

A pia baptismal (XII. 173) é proveniente da antiga

capela da fortaleza de Sena. Da igreja de Tete veio a

sacra (XII. 176), em prata cinzelada, com uma

exuberante decoração de flores e folhas exóticas à

maneira oriental, evidenciando a influência indiana.

Nos finais do século XVIII, chegaram os

Irmãos de S. João de Deus e, a partir desta altura,

podemos encontrar em Moçambique missionários de

outras ordens e clero secular europeu, indiano e afri-

cano.

Em Moçambique predomina a escultura em

madeira, sendo muito hábeis na arte da talha. O cruci-

fixo (XII. 174) apresenta a figura de Cristo com uma

volumetria rudimentar, mas que contribui para acentuar

o esquema cruciforme da peça. Os cálices (XII. 181 a

184), recolhidos em Inhambane, modificam o modelo

europeu, não só pelo material usado, como sobre-

tudo do ponto de vista formal, que se torna, por vezes,

muito elaborado, sobretudo porque se trata de um

trabalho de talha em monobloco. Mais simples é o

cálice (XII. 180), esculpido em chifre de rinoceronte.

O grupo escultórico (XXX. 510), em pau-preto,

que revela um trabalho artístico muito elaborado; a

décima-quarta estação da Via-Sacra é interpretada no

momento em que Cristo morto é transportado por

uma das mulheres da Galileia, José de Arimateia e S.

João, precedido pela Virgem. Todas as figuras, de

grande expressividade, ainda que vistas de perfil,

apresentam características feições negróides.

152

Evangelização na Índia

A extensão religiosa do Padroado Português

levou o Papa Paulo III, em 1558, a elevar Goa a

arquidiocese e a fundar os bispados de Malaca e

Cochim. Em 1572, os seus arcebispos receberam o

título de Primazes da índia, o que confirmava Goa

como grande centro espiritual, a partir do qual se

organizava toda a evangelização no Oriente, envol-

vendo várias ordens religiosas: Jesuítas, Franciscanos,

Dominicanos e Carmelitas.

As directrizes desta acção missionária encon-

tram-se definidas nas Constituições do arcebispado de

Goa (XV. 290), aprovadas em 1564 no concílio pro-

vincial, em que estiveram presentes, além dos repre-

sentantes das várias dioceses do Oriente, o superior

oriental da Companhia de Jesus e os provinciais de S.

Domingos e S. Francisco: confirmou a obrigação da

coroa portuguesa em divulgar o cristianismo; reconhe-

ceu o valor das missões para espalhar o culto de um só

Deus, proibindo as manifestações de influência islâ-

mica e politeísta que fossem contrários à sua lei;

defendeu, sobretudo, que a conversão dos orientais se

não efectuasse pela força, mas aceitando o respeito

das castas e tolerando as tradições que não violassem

o espírito da religião cristã.

A intensa actividade missionária, as ordens

religiosas que nela se envolveram e o princípio de

tolerância de que estavam imbuídos reflectiram-se na

produção artística posta ao serviço dessa mesma evan-

gelização. A arte indo-portuguesa, florescente entre os

séculos XVI a XVIII, revelou enorme originalidade,

resultante da fusão das concessões europeias com os

modelos e influências locais. Predominam as for-

mas ocidentais, mas a maior parte dos materiais

usados, bem como a sua ornamentação são de origem

indiana.

Peça curiosa pela sua raridade é a dupla estela

funerária (XV. 248) que apresenta, no anverso, a ins-

crição lapidar de um português e sua mulher,

enquanto, no reverso, se manteve a decoração geomé-

trica de tipo islâmico e transcrições do Alcorão.

A pedra votiva (XV. 249), proveniente de

Chaúl, é também uma peça de aproveitamento com

decoração em ambas as faces: numa, o emblema dos

jesuítas; na outra, dois anjos em adoração do Santís-

simo. Qualquer destes motivos é frequente em guarni-

ções de edifícios religiosos. A riqueza ornamental

que estes apresentam está patente na miniatura da

Catedral de S. Tomé, em Madrasta (XV. 251).

Também provém de uma igreja de Cochim, a porta,

inserida numa guarnição de formas arquitectónicas,

em madeira enta lhada e policromada, com a repre-

sentação de S. Miguel Arcanjo, couraçado e de lança

em punho, mas sem o dragão com que costuma apare-

cer e tal como acontece na escultura de vulto (XV.

246).

No âmbito da escultura indo-portuguesa, são

fundamentais as figuras religiosas em marfim. A partir

de modelos europeus, os artistas locais recriavam-nas,

adaptando-lhes características indianas, tais como a

simetria, a frontalidade e a volumetria hierática.

A representação da Virgem é muito frequente,

quer em atitude de oração, com as mãos postas sobre

o peito, num gesto tipicamente oriental (XV. 222),

quer figurando Nossa Senhora da Conceição (XV.

221), ou como Mãe de Deus (XV. 220 e 223), segu-

rando ao colo o Menino que apresenta os atributos de

Salvador do Mundo.

A figura do Menino Jesus Bom Pastor (XV. 232

a 234) retoma uma representação de Buda, com

expressão absorta, quase dormente, a cabeça apoiada

153

sobre a mão e sentado com as pernas traçadas.

Encontra-se no topo de um monte rochoso, escalo-

nado em vários registos e em cujos flancos, cobertos

de vegetação, se encontra o rebanho a pastar; este cená-

rio é interrompido, ao centro, por uma fonte com cha-

fariz. Estas representações são enriquecidas pelo pre-

sépio (XV. 233 e 234), pela cena do baptismo de

Cristo (XV. 233), ou por santos penitentes, ao gosto da

Contra-Reforma e cuja representação iconográfica

os enquadra neste ambiente naturalista: Maria Mada-

lena na gruta penitencial (XV. 232 e 233); S. Pedro

(XV. 233 e 234); S. Jerónimo (XV. 233 e 234); S.

João Baptista (XV. 232 a 234); Santo Antão e S.

Paulo eremita (XV. 233). É ainda frequente a presença

de S. Francisco de Assis e de S. Domingos de

Gusmão (XV. 233), fundadores de ordens missioná-

rias muito influentes na índia, e dos quatro evangelistas

(XV. 233 e 234), com os respectivos atributos.

Nos crucifixos (XV. 235 a 240), a figura de

Cristo é tratada com grande rigor anatómico. Entre

estes merece especial destaque a representação de

maiores dimensões (XV. 237). Cristo agonizante,

tem os olhos postos no alto e a boca entreaberta numa

expressão dolorosa. Todo o corpo é tratado com relevo

muito naturalista, notando-se a ossatura, a tensão dos

músculos e tendões e os rebordos da pele junto às feri-

das que se distribuem por todo o corpo, testemunhando

a coroa de espinhos sobre a testa, os açoites, o peso

da cruz sobre os ombros, os grilhões nos pulsos e as

quedas no caminho para o Calvário.

Por vezes, a cruz insere-se numa base de

modelo arquitectónico (XV. 236 e 238 a 240), com

embasamentos, entablamentos e enrolamentos laterais,

rematando por frontões triangulares ou por elementos

em forma de cúpula. Nesta base, podem inscrever-se

edículas preenchidas por iconografia diversa, mas

habitualmente relacionada com cenas da Paixão (XV.

238 a 240) e Morte (XV. 238). Aos pés da cruz, as

figuras da Virgem e de S. João Evangelista completam

a representação do Calvário.

As cruzes e as bases são de madeira revestida a

prata cinzelada (XV. 236 e 238), ou em liga de

cobre recortada (XV. 239 e 240). De ornamentação

mais elaborada, no estilo mogol, a cruz latina (XV.

237) apresenta grande abundância de detalhes, com

minuciosos entalhes de várias madeiras e marfim natu-

ral e poli cromo.

As figuras que compõem o Presépio (XV. 230)

estão representadas de forma muito naturalista; sobre-

tudo, no que respeita aos pastores que são retratados

em situações episódicas do seu quotidiano, contras-

tando com o exotismo de alguns animais. O cenário

naturalista, encimado por uma representação arqui-

tectónica, é certamente europeu. Contrariamente, no

presépio (XV. 229), em talha, as figuras principais da

cena são muito rígidas, distribuindo-se simetricamente

numa perspectiva muito rudimentar.

S. João Baptista é representado ainda menino

(XV. 243), deitado numa das posições de Buda, e na

fase de adulto (XV. 244), vestindo túnica curta em

pau-santo, figurando uma pele de animal de que man-

tém a cabeça e os membros com garras.

É frequente a utilização da madeira no corpo das

figuras e o marfim na cabeça, mãos e pés, como acon-

tece com a Nossa Senhora e S. José (XV. 224 e 225).

O retábulo (XV. 241) com estrutura arquitectó-

nica agrupa os principais temas da iconografia indo-

portuguesa: Santo Agostinho; a Sagrada Família enci-

mada por Deus Pai e pelo Espírito Santo; S. Pedro

pontífice; S. Domingos de Gusmão; a coroação da

Virgem; S. Francisco de Assis; S. João Baptista; Nossa

Senhora da Conceição; e S. Miguel Arcanjo. O tríptico

(XV. 242) retoma alguns destes temas: a ladear a

coroação da Virgem, os volantes apresentam os santos

154

fundadores dos dominicanos e franciscanos.

O marfim pode também ser encontrado nou-

tros tipos de produção: torneado, como no hostiário

(XV. 273), que apresenta uma decoração de sulcos

paralelos ou concêntricos; embutido como na cruz (XV.

237) ou no escritório (XV. 277), em que juntamente

com osso e madeiras exóticas compõe uma decoração

tipicamente indiana, ou na estante de missal (XV.

275). De realçar, nestas duas últimas peças, a inscrição

IHS (iniciais de Iesus Homnibus Salvator), emblema

dos jesuítas.

Na escultura em madeira, destaca-se a repre-

sentação de Nossa Senhora (XV. 226 a 228) obede-

cendo aos princípios formais referidos nos modelos

em marfim: a Virgem com o Menino (XV. 227),

sentado sobre as mãos à frente do corpo, acentuando a

frontalidade e simetria da composição; Nossa Senhora

da Conceição (XV. 226) salienta também estas carac-

terísticas. Apresentam carnação e estofado em que

predominam os vermelhos e azuis com vestígios de

dourado. De produção mais recente, a Nossa Senhora

da Conceição (XV. 228), embora repita os modelos

anteriores, revela uma simplificação do trabalho

escultórico e do acabamento geral da peça.

No grupo da iconografia mariana merece espe-

cial destaque a Nossa Senhora do Rosário (XV. 219).

A Virgem, com o Menino sobre o braço esquerdo,

segura, nas mãos, um rosário completo. Em prata,

ambas as figuras, com feições orientais, apresentam

carnação na cabeça e mãos. A envolver o conjunto,

assente sobre um esferóide de nuvens povoado de

anjos, abre-se um resplendor em forma de mandorla,

com engastes de pedras e vidros coloridos, num trata-

mento idêntico ao das coroas.

O baixo-relevo representando S. Domingos (XV.

247) alude à aparição da Virgem inspirando-lhe o

culto do rosário como arma para combater a heresia.

No âmbito da ourivesaria destacam-se os tra-

balhos em prata filigranada (XV. 252 a 254) e cin-

zelada (XV. 259 a 273).

A urna do Santíssimo (XV. 253) apresenta em

cada uma das faces a árvores da vida, tema simbó-

lico comum ao budismo e às tradições cristãs, asso-

ciado à regeneração perpétua e à imortalidade, o que

o liga à função da peça como sacrário de quinta-feira

santa.

As peças em prata cinzelada são provenientes do

espólio de D. António Pedro da Costa, primeiro bispo

de Damão, compreendendo alfaias litúrgicas e baixela

doméstica. O primeiro grupo compreende: dois con-

juntos de sacras (XV. 260 e 261); duas sacras laterais

(XV. 262); um par de galhetas com bandeja (XV. 263);

bacia e gomil (XV. 264); caldeirinha com hissope

(XV. 259). Do segundo, apresentam-se: salvas (XV.

265 e 266); gomil (XV. 267); um serviço de chá

(XV. 269) composto por bule, taça de pingos, leiteira,

açucareiro, chávena e pires; taça e copo (XV. 270);

fruteiro (XV. 271); palmatória com apagador (XV.

272); uma aneleira (XV. 278). Todas as peças, à excep-

ção da caldeirinha (XV. 259), que apresenta registos

lisos, são de estilo idêntico: campo integralmente

preenchido com decoração miúda de enrola mentos

vegetalistas e pequenas flores dispersas, por vezes inter-

rompida pela apresentação de animais (leões, cães,

gazelas e outros), agrupados em pares ou isolados,

sobre campo de pontilhado leve.

Os cofres eucarísticos (XV. 252 e 255 a 257),

receptáculos destinados à reserva da hóstia, apresen-

tam-se quer em filigrana de prata (XV. 252), quer em

tartaruga (XV. 255 a 257), com fechaduras, asas e

guarnições em prata. Num dos cofres (XV. 257), a

pintura de ramagens, sobre a madeira em que foi mon-

tado, é visível sob a placa de tartaruga.

O oratório de pousar (XV. 276), em forma de

155

templete, com os diversos elementos arquitectónicos

profusamente decorados, apresenta nos volantes Santa

Catarina de Sena, imagem da iconografia dominicana,

e Santa Catarina de Alexandria que frequentemente

lhe é associada.

Também nos tecidos (XV. 279 a 282) se obe-

dece à tendência para o preenchimento ornamental de

todos os espaços: no pano de altar (XV. 279) surgem

cornucópias, ornamento indiano; nos véus de

ombros (XV.280 e 281), desenvolve-se uma decoração

losangular a partir de um motivo central em forma de

resplendor, que ficaria sobre as costas do celebrante,

apresentando-se num deles (XV. 281), um ramo de

trigo e cachos de uva em alusão à Eucaristia; o frontal

de altar (XV. 282), por seu turno, representa Maria

Madalena penitente, reclinada, numa posição búdica

frequente na arte indo-portuguesa, e rodeada pelos

seus atributos e rica decoração vegetalista, vendo-se, em

segundo plano, ao centro, após os trinta anos de peni-

tência a ser elevada por dois anjos.

156

Evangelização na China

Ao longo do século XVI houve várias tentativas

de acção missionária na China, algumas delas relativa-

mente bem sucedidas e envolvendo várias ordens reli-

giosas.

O dominicano Frei Gaspar da Cruz, juntamente

com outros irmãos, chegou à China em 1556, demo-

rando-se em Cantão o tempo suficiente para recolher

as informações necessárias ao seu Tratado das coisas

da China com suas particularidades e do Reino de

Ormuz (XIX. 366).

Em 1583, graças à diplomacia e auxílio econó-

mico de portugueses, os jesuítas Miguel Ruggieri e

Mateus Ricci fundaram a primeira missão católica da

época pós-medieval na China.

O desenvolvimento missionário que se lhe

seguiu fez com que, em 1690, as dioceses de Nanquim

e Pequim se desmembrassem de Macau, formando as

três o Padroado Português na China.

Até meados do século XVIII, os jesuítas afluí-

ram à China, através de Macau, sendo na sua maio-

ria, portugueses, macaenses, indianos e de outros

pontos do Padroado Português do Oriente. A constru-

ção da primeira catedral na diocese de Pequim, em

Petam - cuja frontaria é reproduzida com bastante

rigor no pote de bronze esmaltado (XIX. 357) - seguiu

o modelo jesuítico tradicional, evidenciando a influên-

cia da Companhia.

Os dominicanos e franciscanos chegaram à

China em 1631 e 1633.

Mercê dos contactos com o ocidente e da con-

sequente intensificação das trocas comerciais, as por-

celanas (XIX. 345 a 356), as sedas (XIX. 358 a 364)

e os marfins esculpidos (XIX. 342 a 344) encomen-

dados pela Europa com grande êxito.

Testemunho constante da presença missionária

é o conjunto de objectos em porcelana, abarcando um

período que vai desde o século XVI ao XIX.

Alternando com as armas reais portuguesas e

com emblemática budista, vinhetas com paisagens e

outros ornamentos ao gosto chinês, introduzem-se ele-

mentos da iconografia cristã nas peças de porcelana

com decoração a azul cobalto sob o vidrado (XIX.

345 a 348).

Um dos mais antigos exemplares conhecidos é

a taça (XIX. 345), da Dinastia Ming, com o fundo

decorado pelo leão budista a jogar com a bola de

brocado, mas em cuja borda corre a inscrição cristã

com o início da Avé-Maria; no exterior, além da esfera

armilar, encontra-se, entre crisântemos estilizados, o

monograma jesuíta IHS, circundado pela coroa de

espinhos.

Neste período, são frequentes os objectos com

legendas e emblemas de ordens religiosas. Os exempla-

res conhecidos mais numerosos terão sido encomenda-

dos por jesuítas. O pote (XIX. 346) destinava-se ao

Colégio de S. Paulo, em Macau: profusamente deco-

rado, ostenta no registo central seis medalhões com

heráldica da Companhia de Jesus e as iniciais "S" e

"P", separados entre si por ramos florais de inspiração

europeia. Também outras ordens religiosas, como os

agostinhos e franciscanos fizeram encomendas

deste tipo: o pote (XIX. 347), certamente destinado

ao Convento de Santo Agostinho, em Macau, ostenta

o emblema da ordem – a águia bicéfala coroada e

pousada sobre um coração trespassado – entre decora-

ção de motivos chineses; um par de garrafas (XIX.

348) com armas de S. Francisco – dois braços cruzados,

saindo de nuvens, com as mãos pregadas nos braços de

uma cruz.

Durante o século XVIII e primeira metade do

157

XIX, encontram-se peças avulsas com cenas inspiradas

no Novo Testamento, copiadas a partir de desenhos

e gravuras europeias. Um prato (XIX. 352) mostra a

cena do Baptismo de Cristo, segundo o Evangelho

segundo S. Mateus, 3-16, cuja indicação surge na

legenda. Um outro prato (XIX. 353) apresenta Cristo

crucificado entre o bom e o mau ladrão e, aos pés da

cruz, a Virgem, S. João Evangelista e Maria Madalena,

enquanto um grupo de soldados tira a túnica à sorte. A

cena do Calvário repete-se ainda num prato (XIX.

354) e na xícara e pires (XIX. 355): no centro de um

horizonte muito esquematizado, Cristo, na cruz, é

ladeado por duas figuras orientais. De salientar a volu-

metria exagerada da figura de Cristo, idêntica à repre-

sentação dos Imortais da iconografia chinesa.

Pertencentes a uma série dedicada ao Ciclo da

Paixão, três pratos com decoração "família

verde", apresentam, no fundo, a Última Ceia (XIX.

349), o Ecce Homo (XIX. 350) e a Crucificação (XIX.

351), numa representação iconográfica muito porme-

norizada segundo os modelos europeus, mas rodeadas,

na aba, por reservas em ponta de lança, um motivo

ornamental chinês muito frequente.

A tecelagem e os bordados constituíam uma das

mais importantes oficinas no domínio da produção

artística chinesa, sendo, por isso, aproveitada pelos

missionários para a confecção de paramentaria. Plu-

viais, dalmáticas (XIX. 358), casulas (XIX. 359 e

360), estolas ou manipules, embora mantendo a sua

estrutura convencional realçada por galões, adoptam

os motivos decorativos do imaginário chinês. Aves e

flores são bordados a sedas polícromas de variado e

intenso colorido sobre tecidos de seda. A dalmática

(XIX. 358) é preenchida por hastes de crisântemos e

peónias que se desenvolvem a partir de vasos bojudos,

sobre os quais assentam pavões de cauda aberta em

leque, enquanto outros pássaros, pousados ou em voo,

surgem por entre a folhagem; numa das casulas

(XIX. 360) repete-se idêntica ornamentação floral. Na

casula (XIX. 359) desenvolve-se uma decoração simé-

trica formando um padrão acartelado, em que se inse-

rem pássaros e conchas, mas criando um efeito com-

pletamente diferente, por se tratar de uma peça em

brocado de prata bordado a fio de ouro.

Nos frontais de altar (XIX. 362 a 364), ressur-

gem os mesmos motivos vegetalistas organizados em

campos delimitados por galões; no centro do campo

são frequentes símbolos cristãos, como a cruz com

resplendor (XIX. 363), ou o trigrama IHS inscrito

numa coroa de espinhos (XIX. 364). Neste conjunto

salienta-se um dos frontais (XIX. 362), pela forte inter-

penetração de elementos cristãos e chineses: o campo

central apresenta uma águia bicéfala e, nos lados, dois

vasos bojudos com crisântemos e peónias, entre os

quais voam borboletas, ladeados por dragões e leões a

brincar com a bola de brocado; no centro da sanefa,

inscreve-se o trigrama IHS com resplendor.

A produção de pequenas figuras religiosas

esculpidas em marfim denota igualmente a influência

missionária, quer através da adopção de imagens típi-

cas chinesas, passando a atribuir-lhes características do

imaginário cristão - como é o caso da pequena escul-

tura venerada como Nossa Senhora e o Menino (XIX.

342) - ou introduzindo modelos marcadamente euro-

peus, tratados depois segundo a tradição local. O

Menino Jesus (XIX. 343), deitado e dormente, apre-

senta fisionomia chinesa, com olhos oblongos e entrea-

bertos, nariz direito, orelhas de grandes lóbulos pen-

dentes e pequenas covas a ladear a boca.

O Cristo crucificado morto (XIX. 344), em ima-

gem avulsa, apresenta um tratamento próximo dos tra-

balhos cingaleses: face afilada, tronco alongado e

membros esguios com mãos de dedos finos.

A estrutura das custódias (XIX. 340 e 341) é

158

marcadamente europeia: base de secção quadrangular,

fuste com nó e receptáculo rodeado por resplendor

raiado encimado por cruz. Sendo de material diferente

– prata cinzelada (XIX. 340) ou metal esmaltado (XIX.

341), o que implica soluções ornamentais igualmente

diversas, os motivos imbricados, tipicamente orientais,

são constantes em qualquer uma delas.

159

Evangelização no Japão

A fixação de portugueses no Japão, a partir de

1524-43, e a chegada de S. Francisco Xavier, em

1549, marcaram o início de um intenso intercâmbio

cultural deste país com o Ocidente e, do qua l, os mis-

sionários foram os principais protagonistas.

Atraídos pela nova religião, os daimos de

Amura e Orima converteram-se, arrastando consigo as

populações locais, bem como alguns nobres do Bungo,

cujo exemplo foi seguido pelo próprio senhor do reino,

Otomo Yoshishige.

Deste contacto surgiram peças de arte nambam

(XXII. 413 a 417), destinadas ao culto litúrgico, as

quais, embora mantendo a estrutura em madeira

segundo os tradicionais modelos europeus, apresentam

a superfície laçada a negro (uruxi), com decoração a

ouro, prata e cores (maqui-é), com incrustações de

madrepérola (raden), compondo uma ornamentação de

elementos vegetalistas (cameleiras, pessegueiros, citri-

nos, ácer, boninas e campainhas, entre outros), que são

motivos tradicionais nos objectos culturais do xin-

toísmo e alusivos aos votos de longevidade, fecundi-

dade e fidelidade. Eventualmente, tal como acontece

no cofre eucarístico (XXII. 416), podem surgir pássa-

ros por entre a folhagem.

As estantes de missal (XXII. 413 a 415) apre-

sentam, no anverso, interrompendo esta decoração

naturalista, o trigrama IHS circundado por um resplen-

dor raiado, emblema dos jesuítas.

De salientar, o oratório (XXII. 417) em cujo

painel central se intrega uma pintura a óleo sobre

cobre, representando a Virgem com o Menino ao

colo, numa interpretação que segue os modelos euro-

peus da época; os volantes são preenchidos com os

tradicionais motivos da flora nipónica; no frontão, a

mesma decoração envolve o emblema jesuítico.

Distinguiu-se, nesta altura, entre outros o Padre

Luís Fróis (XXII. 407), cuja actividade missionária se

desenvolveu em Tacuxima, Quioto e Bungo, reco-

lhendo valiosos dados sobre a vida e a cultura do

povo japonês e que transmitiu depois ao mundo oci-

dental, através de cartas e relatos, nos quais dava

igualmente notícia das mudanças políticas que aí

ocorriam e da perseguição que se levantava contra os

cristãos.

Hideióxi (ou Taicosama, como era conhecido

entre os portugueses), depois de submeter os daimos

rebeldes à autoridade central, publicou um édito

(XXII. 409 a 411), proibindo os japoneses de seguir a

religião católica e ordenando a expulsão dos missio-

nários.

Em 1597, Hideióxi ordenou o suplício de 23

franciscanos e três jesuítas, em Nagasaqui. A pintura

"Mártires do Japão" (XXII. 399) apresenta uma ver-

são incompleta do acontecimento, certamente de

encomenda franciscana, dado que apenas são represen-

tados frades desta ordem. A provar a importância cres-

cente do clero local, formado em colégios e seminários

entretanto fundados no Japão, regista-se no martírio de

Nagasaqui a presença de dezanove japoneses, entre

os quais Paulo Miki (XXII. 402), Paulo Suzuki e o

pequeno Gabriel (XXII. 403) e Pedro Ozaki (XXII.

404).

Os éditos foram novamente divulgados, numa

segunda fase, durante os reinados de Hidetada e

Temitsu, originando nova onda de perseguições e

martírios.

Os cristãos eram identificados pelos

"Fumie". Os primeiros eram pinturas, mas a rápida

deteriorização que sofriam levou as autoridades a

substituí-los por imagens em metal, como a de Nossa

160

Senhora da Conceição (XXII. 412), medalha de ori-

gem europeia que pertenceu a padres ou a leigos cris-

tãos do Japão. Confiscada pelas autoridades de

Nagasaqui, foi depois embutida em madeira para ser

usada durante as perseguições, como processo eficaz de

descobrir os convertidos: estes, ao recusarem pisar a

imagem sagrada, denunciavam a sua fé.

Entre 1617 e 1632, foram inúmeros os cris-

tãos que morreram em Nagasaqui ou em Tóquio, entre

os quais, se encontravam os Beatos Francisco Pacheco

(XXII. 400) – a quem pertencem as relíquias apre-

sentadas (XXII. 408) - e Miguel Carvalho (XXII.

401).

A História do Cristianismo no Japão (XXII.

405), pintura a aguarela sobre papel em três rolos,

interpreta a evangelização à semelhança do ciclo da

vida de Cristo, nos seus momentos de Paixão e Glória.

Após um quadro introdutório representando a prega-

ção de Cristo aos apóstolos, história inicia-se com a

chegada de S. Francisco Xavier, vindo de Malaca, à

costa do Japão, sendo guiado por Paulo Angero, o

japonês convertido com quem formara o plano de

evangelizar estas terras. A partir deste momento,

desenrolam-se três fases distintas: a Introdução do

cristianismo, ou seja, a divulgação da doutrina, as

pregações dos missionários em locais públicos, as

conversões e a consagração de novas igrejas; a Pai-

xão, ou o martírio dos que preservaram na nova fé,

como o perpetrado em Nagasaqui, minuciosamente

representado com a indicação de todos os mártires, e

a clandestinidade dos que permaneceram fiéis; e, por

fim, a Glória da reabertura do Japão ao cristianismo.

Identifica-se, ainda, no terceiro rolo, a publicação dos

éditos em locais públicos e a utilização dos fumiés.

Mais esquemática é a Introdução do Cristia-

nismo no Japão (XXII. 406), pintura sobre papel. A

representação da evangelização desenvolve-se em

registos sucessivos, da base em direcção ao topo de

uma montanha: em primeiro plano, a chegada de uma

nau portuguesa, vislumbrando-se missionários no con-

vés e na azáfama do porto; ao longo da colina, serpen-

teia uma procissão com pálio e estandartes encimados

por cruz, culminando numa cerimónia da bênção de

um sino com as iniciais IHS, enquanto grupos disper-

sos ouvem as pregações dos missionários; no cimo,

assiste-se ao martírio dos cristãos, queimados ou

degolados, cujas almas se elevam aos céus, em torno

da Virgem com o Menino.

161

Evangelização no Brasil

A frota de Pedro Álvares Cabral atingiu a costa

brasileira a 22 de Abril de 1500; em sinal de agrade-

cimento, Frei Henrique de Coimbra rezou então a

primeira missa no local, junto à cruz de ferro que

seguia no barco principal da frota (XXIV. 444).

Com o regime de governadores-gerais, a partir

de 1549, fundou-se a cidade da Baía, que se erigiu em

Bispado, em 1551, o único no Brasil durante o século

seguinte.

O próprio governador-geral prestigiou a cate-

quese dos primeiros jesuítas junto dos autóctones, pro-

movida pelo Padre Manuel da Nóbrega (XXV. 467) e

seus companheiros, mais tarde auxiliado por José de

Anchieta (XXVII. 472 a 474) com quem fundou a

província jesuítica, tornando-se este último, pela

importância da acção missionária que aí desenvolveu, o

"Apóstolo do Brasil". Depois dos jesuítas, em finais

do século XVI, começaram a chegar ao Brasil benedi-

tinos, franciscanos, capuchinhos e carmelitas.

Todas as ordens se empenharam na catequese

dos índios e na educação dos colonizadores, para o que

fundaram colégios e escolas. De grande relevância foi

também o seu trabalho na assistência, criando hospi-

tais, casas de beneficência e hospícios como o de

Nossa Senhora da Penha dos Capuchinhos (XXIV.

458) e o de Nossa Senhora Mãe dos Homem na Serra

da Caraça (XXIV. 459), mandado construir por Frei

Lourenço.

Merecem especial destaque as missões que os

jesuítas fundaram na bacia do rio Paraná, agrupando

em aldeias, chamadas reduções, os índios guara-

nis, de que é exemplo a Planta da aldeia de S.

José de Mossâmedes (XXIV. 456). O esquema destas

reduções obedecia a um esquema convencional que

defendia a reunião dos índios num aglomerado junto a

uma igreja, visando um triplo objectivo: o ensino da

doutrina cristã; a aprendizagem de um trabalho regu-

lar; a utilização dos índios cristãos contra os inimigos

externos. A aldeia de S. José de Mossâmedes distribui-

se em torno de uma vasta praça quadrangular, no topo

da qual se apresenta, ao centro, a igreja. Do outro lado

da praça, a residência do general e as dependências

anexas para os escravos e a cavalariça. À esquerda da

igreja, a casa do capelão. Os flancos são ocupados

pelas residências dos índios, interrompidas, no lado

direito, pela s casas do regente e do administrador das

roças. Ainda na praça, a oficina de carpintaria, ao lado

da igreja, e as casas do tear e da fiação, junto à casa do

general. No lado direito, está assinalado o curral e o

bananal.

O século XVIII é marcado pelo elevado

número de igrejas (XXIV. 447, 452, 455, 457 e

469) e outros edifícios religiosos (XXIV. 448) de

grande importância arquitectónica. As igrejas adopta-

ram, de início, o estilo jesuítico seguido, logo depois,

pelo barroco, de que é exemplo a Planta da Igreja de

Nossa Senhora de Ithahiras (XXIV. 452), que integra

um conjunto de cinco desenhos: o alçado do frontis-

pício; o tecto apainelado; uma parede da ilharga, com

a representação da pia baptismal, do púlpito e de um

altar dedicado a Santo António; a planta; os arcos do

coro, o tecto e a ilharga da capela -mor com a porta

da sacristia. Merece destaque na Planta dos Quartéis de

Nossa Senhora da Palma (XXIV. 455), a capela

destinada ao serviço religioso do quartel, com planta

hexagonal.

A confirmar a proliferação de edifícios religio-

sos construídos, observa-se, no Mapa da Freguesia da

Una (XXIV. 460), a igreja matriz e suas filiais e, no

desenho da Vila de Oeiras do Piauhi (XXIV. 454), ao

162

centro da vila, a matriz e, um pouco mais afastadas, as

igrejas de Nossa Senhora da Conceição e de Nossa

Senhora do Rosário.

A escultura esteve intimamente ligada à arqui-

tectura religiosa, sendo um complemento estético da

igreja, em cujo estilo se integra. A imagem de Nossa

Senhora (XXIV. 440), escultura em mármore, prove-

niente de Ouro Preto, em Minas Gerais, é exemplar do

barroco brasileiro: a figura evidencia uma atitude

exaltante, com o rosto virado para o alto e uma ligeira

torção corporal, sendo o dinamismo da composição

realçado pela modulação do panejamento esvoaçante.

No mobiliário destas igrejas, encontravam-se

peças como a arca (XXIV. 446), em jacarandá enta-

lhado e marchetado e que foi recolhida na Igreja de

Nossa Senhora de Santo António dos Homens Pretos

no Recife, ou a Urna do Santíssimo (XXIV. 445), um

sacrário em forma de baú, oferta do Bispo de Olinda,

em madeira revestida a placas de tartaruga com apli-

cações de prata em forma de carteia, onde corre, em

frases parcelares o hino litúrgico "Tantum ergo".

Nossa Senhora da Aparecida (XXIV. 441) é a

padroeira do Brasil. Segundo a tradição, em 1737, um

marinheiro, ao lançai a rede à água, uma pequena ima-

gem truncada, à qual, num lance sucessivo, se acres-

centou o rosto de Nossa Senhora da Conceição, com a

face negra. Tendo a imagem sido colocada num orató-

rio frequentado pelas gentes locais, logo começou a

operar prodígios sob a invocação de Nossa Senhora da

Aparecida.

163

VII. SELOS, ENVELOPE E CARIMBO DO PRIMEIRO DIA

[Imagens a 90%]

164

4.11. – BASES DE DADOS Catálogo da Exposição Encontro de Culturas (DocBase) Arquitectura religiosa de influência missionária portuguesa (MS-Server)

Descrição:

A Exposição desenvolveu um trabalho pioneiro e experimental no âmbito das aplicações

informáticas em museologia.

Foi adoptado para a elaboração do catálogo o programa que estava a ser utilizado, também de

forma experimental, no Palácio Nacional da Ajuda. Dado que, na altura, não havia, no mercado

português, produtos de bases de dados com parametrizações específicas para museus, este

programa (DocBase) era uma aplicação para bibliotecas (CDS-ISIS) adaptado para uma ficha de

inventário de objectos museológicos (I).

Dado que o programa funcionava em ambiente DOS, tinha uma difícil gestão de imagem. Serviu

de base para a elaboração do catálogo, do roteiro e das legendas. Para o efeito foram criados

vários modelos de pré-visualização e impressão (II), sendo necessário adaptar a nomenclatura de

alguns campos, conforme assinalado.

Por outro lado, ainda que se revelasse bastante eficaz na gestão dos dados textuais, a seriação e

exportação dos dados era feita por programação, recorrendo a linhas de comando em DOS, o que

dificultava a utilização por parte de um utilizador comum.

Em finais de 1993, a empresa que desenvolvia o programa MS-Server propôs ao comissariado a sua

utilização em modo de teste.

Dado que este programa funcionava em ambiente gráfico (Windows), tinha um interface mais amigável,

permitindo criar parametrizações específicas, suportava um número ilimitado de caracteres por campo e de

imagens por registo, permitia a pesquisa em todos os campos e a criação de campos tabelados, foi decidida

a sua utilização, criando uma base de dados do património arquitectónico de influência missionária

portuguesa (III).

A recolha documental e fotográfica foi efectuada em arquivos existentes em Portugal, sobretudo nos das

ordens religiosas missionárias.

165

No percurso da exposição, no Piso 2, junto ao núcleo “Contributo científico do missionário”, foi criado um

gabinete de informática (IV), com dois postos de acesso livre (um para cada base de dados).

A base de dados do catálogo fornecia informação detalhada acerca de cada objecto, mas apresentava um

espólio de peças que, por qualquer motivo, não se encontravam exposta, apesar de terem sido identificadas

com relação à temática.

A base de dados de arquitectura permitia mostrar uma importante vertente da acção missionária, mas que

de outra forma não cabia no espaço de uma exposição de bens móveis.

Ambas as bases de dados continuaram a ser implementadas na Mediateca Intercultural da Universidade

Católica Portuguesa.

166

I. PARAMETRIZAÇÃO: MODELO DE FICHA (DocBase)

Inventário actual

Proveniência

Colecção

Descrição

Quantidade

Data

Autor

Origem (Proveniência)

Insc. e/ou subs.

Marca

Fornecedor

Altura

Largura

Profundidade

Diâmetro

Peso

Fot.

Outras dimensões

Materiais

Localização

Exposições

Bibliografia

Avaliação

Restauros

Observações

- Rubricas a não preencher

167

II. MODELOS DE PRÉ-VISUALIZAÇÃO E IMPRESSÃO (DocBase) 1. Ficha integral

1

2

Inventário actual ð Designação

­ nº de catálogo;

­ nome do objecto; título do livro; título da pintura;

17 Proveniência ð Colecção

­ proprietário actual e respectivo nº de inventário;

23 Colecção ð Proprietário

(identificação do proprietário, quando se pretende manter o sigilo)

18 Descrição

­ descrição e comentários histórico-artísticos ou científicos;

16 Quantidade

6 Data

3 Autor

5

Origem

­ local de fabrico dos objectos; local de impressão e tipografia dos livros;

8 Insc. e/ou subs.

­ transcrição das legendas dos objectos;

9 Marca

4 Fornecedor ð Escola

10 Altura

11 Largura

12 Profundidade

13 Diâmetro

15 Peso

26 Fot.

14 Outras dimensões

7 Materiais

­ designação dos materiais empregues e técnica de fabrico;

22 Localização ð designação do núcleo da exposição em que se insere;

20 Exposições

21 Bibliografia

24 Avaliação ð valor para efeitos de seguro

168

25 Restauros

19 Observações 2. Ficha para as legendas e roteiro

01 Inventário actual ð Designação

­ nº de catálogo;

­ nome do objecto; título do livro; título da pintura;

03 Autor

04 Fornecedor ð Escola

05 Origem

­ local de fabrico dos objectos; local de impressão e tipografia dos livros;

06 Data

17 Proveniência ð Colecção

­ proprietário actual e respectivo nº de inventário; 2. Ficha para o catálogo

01 Inventário actual ð Designação

­ nº de catálogo;

­ nome do objecto; título do livro; título da pintura;

03 Autor

04 Fornecedor ð Escola

05 Origem

­ local de fabrico dos objectos; local de impressão e tipografia dos livros;

06 Data

07 Materiais

­ designação dos materiais empregues e técnica de fabrico;

08 Insc. e/ou subs.

09 Marca

10 Altura

11 Largura

12 Profundidade

13 Diâmetro

169

14 Outras dimensões

15 Peso

16 Quantidade

17 Proveniência ð Colecção

­ proprietário actual e respectivo nº de inventário;

18 Descrição

­ descrição e comentários histórico-artísticos ou científicos;

19 Observações ð nome do autor da ficha;

20 Exposições

21 Bibliografia

22 Localização ð designação do núcleo da exposição em que se insere;

23 Colecção ð Proprietário

(identificação do proprietário, quando se pretende manter o sigilo)

24 Avaliação ð valor para efeitos de seguro

25 Restauros

26 Fot.

170

III. PARAMETRIZAÇÃO: MODELO DE FICHA (MS-Server) Écran Ficha

Écran Descrição

171

IV. PAINEL DO GABINETE DE INFORMÁTICA

PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO de influência missionária portuguesa no Mundo

Base de dados

Recolha processada nos arquivos de: - AC – Prof. António do Carmo - AHU – Arquivo Histórico Ultramarino - AQ – Almirante Queiroz - FB – Arquivo do Arq. Fernando Batalha - JD – Monsenhor Jorge Duarte - JF – Dr. José Ferreira - MM – Arquivo do Museu Militar - OFM – Arquivo da Ordem Franciscana - PA – Padre Ambrósio - PB – Prof. Pereira Brandão - SJ – Arquivo Jesuíta Realização:

Maria Isabel Roque Dália Maria Guerreiro Paulo Fernandes Carlos do Rosário

Patrocínios:

Hewlett Packard Sony Portuguesa Documentação e Tratamento de Imagem, Ldª. Unisys

__________________________________________________

INVENTÁRIO DE PATRIMÓNIO MÓVEL (catálogo da Exposição)

Base de dados Recolha

Maria Isabel Roque Dália Maria Guerreiro António Rafael Maria José Ferreira

Patrocínios:

Hewlett Packard Sony Portuguesa Unisys Documentação, Informática e Desenvolvimento, Ldª IBL/Porbase

172

4.12. – PROJECÇÃO DE FILMES E DIAPOSITIVOS

Descrição:

O Comissariado da Exposição pediu a todas as ordens religiosas missionárias a cedência de filmes

que documentassem aspectos actuais ou históricos da sua actuação. Idêntico pedido foi

endereçado à Logomedia e à TDM (Tele Difusora de Macau), que cederam algumas das suas

produções.

Foi elaborada uma selecção de 22 filmes, cuja listagem foi afixada à entrada do auditório,

juntamente com a indicação do filme que estava a ser projectado. Permitia-se, deste forma, que

qualquer visitante pudesse solicitar o visionamento de um dos filmes disponíveis.

Pela sua importância e significado, as seguintes obras expostas no núcleo “Contributo científico

do missionário” foram integralmente fotografadas e convertidas em vídeo a passar em contínuo

nesse núcleo:

− História dos animais e árvores do Maranhão.

Fr. Cristóvão de Lisboa. 1625-1631. Códice sobre papel

− Observatório de Pequim

P. Fernando Verbeist. Século XVII-XVIII. Gravuras sobre papel de arroz.

173

LISTA DE FILMES DISPONÍVEIS Nº Título Duração/minutos

1 25 anos das Doroteias em Moçambique: Peregrinação a Boroma 180

2 500 Anos de Evangelização de Angola 30

3 Congresso Eucarístico na Coreia 30

4

Doroteias em Moçambique: - Maputo - Casa Regional - Tete: lar de S. Paulo

180

5

Missionação no Japão - A grande nau de Amacao - Tanegegashima a ilha da espingarda - Os cristãos ocultos de Nagasaki

180

6

Inculturação no Malawi: - A árvore de Kachere e o campo de milho - Viver é mudar - Ninguém consegue carregar o tecto sozinho

50

7 Nos caminhos de S. Tomé 25

8 O Santo Padre em Moçambique 30

9 Ordenação do Padre Apolónio, Moçambique 95

10 Os Índios Yanomani 42

11 Pedras de Ielala 30

12 S. João de Brito 30

13

Vídeo institucional para a Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses: - A Cartografia Portuguesa e a construção da imagem do mundo - O estado e a careira da Índia - Imagens do Oriente - A arte do ouro e da prata

87

14 Moçambique 25

15 S. Vicente 25

16 Peregrinação dos Bispos de Angola 25

17 Evangelização na Coreia: - A glória de Ayuthaya - Malaca onde tudo começou

125

18 Os Encontros de João Paulo II - no coração de África 180

19 Celebração da abertura do Sínodo africano 10/04/1994 180

20 Evangelização na Coreia 25 Se tiver preferência por algum destes filmes, poderá visiona-lo, quando a projecção em curso terminar, indicando a sua escolha a um dos guardas.

174

4.13. – SERVIÇO EDUCATIVO E DE EXTENSÃO CULTURAL

Descrição:

O serviço de extensão cultural da Exposição Encontro de Culturas: oito séculos de missionação

portuguesa assumiu a respectiva divulgação (I), a organização de visitas guiadas (II a IV), a

dinamização junto às escolas (V) e o acolhimento a grupos em horário especial, bem como a

elaboração da fichas do catálogo e das fichas de comentário (4.10., VI)

A partir de Outubro, às quartas-feiras, dia que se registava como o de menor afluência de público,

havia actividades específicas para crianças (4.14).

Promoveu as seguintes actividades paralelas:

− ciclo de conferências (4.15)

− acções de formação para professores (4.16)

− simpósio de arte sacra (4.17)

− concertos (4.18)

− semana das Missões (4.19)

− Festa de S. Francisco Xavier (4.20)

175

I. PLANO DE DIVULGAÇÃO, Junho de 1994 1. Solicitar a divulgação da Exposição através dos Secretariados Nacionais da Conferência

Episcopal Portuguesa.

2. Solicitar a divulgação da Exposição junto às escolas, através da Secretaria de Estado do

Ensino Básico e Secundário, nomeadamente pelas D. G. dos Ensinos Bárico e Secundário e

da Extensão Educativa e das várias Delegações Regionais.

3. Enviar de um texto informativo (aproximadamente uma página de formato A4, escrita a 2

espaços) acerca do local, data e horário de abertura da Exposição, bem como do seu

conteúdo programático, a ser publicado no número imediatamente anterior a Março de 93

das publicações dos seguintes organismos e/ou noutros canais de informação que possuam:

Obras Missionárias Pontifícias

Conferência Nacional dos Superiores Maiores dos Institutos Religiosos

Federação Nacional dos Superiores Maiores dos Institutos Religiosos Femininos

Instituto Camões – Direcção de Serviços Difusão da Língua e Cultura Portuguesa

Comissão dos Descobrimentos Portugueses

Câmara Municipal de Lisboa – Divisão de Animação e Divulgação Cultural

Instituto de Promoção Turística

Associação dos Professores Católicos

Associação de Professores de História

Associação Portuguesa de His toriadores de Arte

Comité Nacional do ICOM

Associação Portuguesa de Museologia

Associação Portuguesa de BAD

Movimento de Educadores Católicos

Movimento Católico de Estudantes

Movimento do Apostolado das Crianças

Federação das Instituições de Terceira Idade

Associação dos Rádios de Inspiração Cristã

176

4. IMPRENSA

4.1. Divulgação de notas informativas (dois a três parágrafos sucintos) acerca do local, data e

horário de abertura da Exposição, bem como do seu conteúdo programático e,

eventualmente, artigos teóricos dentro da temática em revistas da especialidade e noutras

que habitualmente publiquem temas de História de Arte ou de divulgação turística:

História

Colóquio Artes

Artes e Leilões

Artes Plásticas

Ler

Intercidades – Revista

TAP – Revista

4.2. Divulgação da Exposição, através de um texto e 1 a 2 imagens, da exposição no nº de Julho

ou Agosto de todas as revistas mensais.

4.3. Divulgação da abertura da Exposição através de

agências noticiosas (Lusa)

canais de televisão – noticiários e outros programas de divulgação cultural

canais de rádio nacionais e regionais da zona de Lisboa – noticiários e outros programas de

divulgação cultural

imprensa escrita – semanários (jornais e revistas) e diários.

Pedir a colaboração de jornais de grande tiragem (Público, Diário de Notícias, Expresso)

para introduzir num dos seus suplementos infantis o roteiro proposto pelo serviço

educativo, no todo ou em parte a definir.

5. Divulgação, através do envio do roteiro da Exposição, junto às Embaixadas, associações ou

grupos de imigrantes dos Palop’s, Brasil e Índia.

6. Divulgação, através do envio do roteiro da Exposição, junto a operadores turísticos da

zona de Lisboa: associações de guias, agências de viagens e turismo, hotéis, etc..

177

II. PLANO DE VISITAS GUIADAS, Julho de 1994

VISITAS GUIADAS na exposição Idade dos visitantes

Nível escolar Duração da visita

até aos 10 anos 1º ao 6º ano de escolaridade 1h a 1h 30min*

10 aos 15 anos 7º ao 9º ano 1h a 1h 30min

a partir dos 17 anos a partir do 10º ano 1h 30 min a 2h

* incluindo tempos de pausa para actividades lúdicas ou de expressão e/ou visionamento de filmes ou diapositivos.

Horário das visitas guiadas:

10h – 12h 30min = 150 minutos 14h 30min – 17h = 150 minutos

Intervalo de entrada de cada grupo de visita

15min – fazendo dois percursos distintos (1º a 2º piso e 2º a 1º piso) 30min – utilizando um único percurso (1º a 2º piso) Acompanhamento de visitas (com duração de 1 hora), seguindo um percurso único (do 1º ao 2º piso), com interva los de 30 minutos:

30 60 90

120 150

- período de 30 minutos. Ocupação de monitores – 2 + 1

Acompanhamento de visitas (com duração de 1 hora), seguindo dois percursos paralelos, tendo início alternadamente no 1º e no 2º piso, com intervalos de 15 minutos:

15 30 45 60 75 90

105 120 150

- período de 30 minutos. Ocupação de monitores – 2 + 1

178

Monitores:

Funções: número

acompanhamento de visitas 4

assegurar a rotatividade das visitas 2

apoio ao auditório 2

apoio junto aos computadores 2

suplentes 2

TOTAL 12

VISITAS AO FIM DE SEMANA:

− visitas guiadas à exposição;

− visita guiada pela cidade, seguindo o roteiro de Lisboa missionária, integrando a

Exposição no seu percurso.

Monitores:

Funções: número

acompanhamento de visitas 2

assegurar a rotatividade das visitas 1

apoio ao auditório 2

apoio junto aos computadores 2

suplentes 2

visita na cidade 1

TOTAL 10

179

III. ANÚNCIO DE VISITAS GUIADAS Colocado no painel de entrada e junto à bilheteira

VISITAS GUIADAS

3ª a 6ª feira

12.00 às 18.00 horas Se o seu grupo é composto por mais de 10 pessoas e pretende uma visita guiada à Exposição, por favor, dirija-se à portaria.

____________________________

GUIDED TOURS

Tuesday through Friday 12.00 a.m. to 6.00 p.m.

If your group consists of more than 10 people and you wish to have a tour guide, please inquire at the entrance.

180

IV. FOLHA PARA MARCAÇÃO DE VISITAS GUIADAS Dia _____ /_____ Dia da semana __________ Manhã:

Tarde:

181

V. DIVULGAÇÃO JUNTO DAS ESCOLAS

ENCONTRO DE CULTURAS,

OITO SÉCULOS DE MISSIONAÇÃO PORTUGUESA

Exposição temporária no

Mosteiro de S. Vicente de Fora, Lisboa

Por iniciativa da Conferência Ep iscopal Portuguesa, e coincidindo com o facto de Lisboa ser declarada, “Capital Cultural da Europa”, está a ser organizada a Exposição “Encontro de Culturas, oito séculos de missionação portuguesa”, que terá lugar no Mosteiro de S. Vicente de Fora, de Março a Outubro de 1994.

Pretende-se divulgar os mais significativos testemunhos materiais produzidos através do encontro de culturas provocado por essa missionação: a cultura portuguesa transposta para além mar e o seu diálogo com as culturas locais, desde o século XII até aos nossos dias, integrando as diversas etapas históricas no respectivo contexto social, político e religioso.

Prevê-se que nela venham a figurar cerca de 500 objectos, utilizados ou produzidos em zonas de expansão portuguesa: obras de arte (alfaias litúrgicas, pintura, escultura e mobiliário), objectos etnográficos, obras manuscritas e impressas de teor literário e científico, catecismos e vocabulários em línguas indígenas, gramáticas pictográficas, relações de viagens, etc. Estará acessíve l ao visitante uma base de dados informatizada relativa ao património religioso construído nas zonas de influência portuguesa.

O desenvolvimento das várias secções temáticas tem vindo a processar-se com a colaboração de especialistas em cada matéria, sob a orientação de uma Comissão Científica.

O visitante da Exposição terá oportunidade de acesso directo às antigas Portaria, Sacristia e Botica do Mosteiro, onde se incluirá uma breve introdução à história do monumento, à obra de evangelização dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, que nele tiveram a sua sede, e aos Panteões dos Patriarcas de Lisboa e da Dinastia de Bragança.

Para atendimento do público escolar estarão disponíveis monitoras que, em colaboração com os professores, adequarão a visita aos vários níveis de escolaridade e tema de exploração pretendidos, de acordo com as várias disciplinas. A respectiva marcação deverá ser feita, a partir de Janeiro de 1994, junto ao Serviço Educativo da Exposição “Encontro de Culturas - oito séculos de missionação portuguesa”, através do telefone 01/8885652.

A Exposição estará aberta ao público diariamente, à excepção das 3ª feiras, das 10 às 17h.

O acesso será pelo largo fronteiro à fachada principal da Igreja.

Oportunamente serão divulgadas actividades complementares à Exposição.

182

Destacar e enviar para: Serviço Educativo da Exposição Encontro de Culturas Mosteiro de S. Vicente de Fora Campo de Santa Clara 1100 LISBOA

ENCONTRO DE CULTURAS, OITO SÉCULOS DE MISSIONAÇÃO PORTUGUESA

Escola: Endereço Tel. Fax. Turma: Ano: Nº de alunos: Disciplina: Data prevista para a visita: Professor responsável: Contacto: Observações:

Assinatura:

183

4.14. – ACTIVIDADES PARA O PÚBLICO INFANTIL

Descrição:

A partir de Outubro, todas as quartas-feiras, por se ter verificado ser o dia da semana com menor afluência

de público, eram especialmente dedicadas ao público infantil.

A divulgação foi feita mediante a afixação do anúncio (I) no painel à entrada, na bilheteira e nos jardins de

infância, escolas do ensino básico e ATL da zona (Alfama, Mouraria, Graça e Sapadores).

Organizaram-se as seguintes actividades específicas:

− Visita guiada ao núcleo de S. Francisco Xavier;

Neste local, a autora da obra infantil S. Francisco Xavier (II), Carmina Correia Guedes, contava a

história do santo com recurso às ilustrações do livro.

− Atelier: actividades de artes plásticas (desenho, pintura e modelação em barro).

Estas actividades destinavam-se a grupos com marcação prévia.

184

I. ANÚNCIO

VISITA GUIADA

A Viagem de Francisco

Crianças entre os 6 e 10 anos Tema: S. Francisco Xavier

Horário: 4ª feira – 11.00 horas

ATELIER

A nossa imagem

Crianças entre os 4 e 6 anos

Horário: 4ª feira – 15.00 às 18.00 horas

Início: 12 de Outubro

185

II. LIVRO

Ficha bibliográfica

GUEDES, Carmina Correia Guedes

São Francisco Xavier / texto e desenhos de Carmina Correia Guedes

Porto : Edições ASA, 1994.

Edição recomendada pelo Comissariado da Exposição “Encontro de Culturas: oito séculos de missionação

portuguesa”, Lisboa 1994

186

4.15. – CICLO DE CONFERÊNCIAS

Descrição:

O Presidente da República, Dr. Mário Soares, visitou a Exposição Encontro de Culturas: oito séculos de

missionação portuguesa a 3 de Outubro.

À visita, seguiu-se uma conferência proferida pelo Doutor Jorge Borges de Macedo.

O acontecimento teve a formalidade de uma inauguração: a exposição abriu propositadamente para o

efeito, dado tratar-se de uma 2.ª feira, dia de fecho semanal, sendo o ingresso feito por convites (I).

Inaugurava-se, assim, um ciclo de conferências que se prolongou até Dezembro (II).

As conferências versavam assuntos relacionados com a exposição e foram maioritariamente proferidas por

membros da Comissão Científica ou por autores dos textos do catálogo.

Tinham lugar na portaria do Mosteiro, que para o efeito se constituía em auditório, às 18.00 horas e eram

antecedidas por uma visita guiada à exposição.

187

I. CONVITES (redução digital: 90%)

188

II. CICLO DE CONFERÊNCIAS

CICLO DE CONFERÊNCIAS

Outubro Dia 3

18.00 h Experiência Humana e Evangelização: o caso do P.e Gonçalo da Silveira Prof. Doutor Jorge Borges de Macedo Professor Catedrático da Universidade de Lisboa

Dia 20

18.00 h A contribuição dos Missionários e outros religiosos para o conhecimento da matéria médica no império português (século XVI a XVIII) Prof. Doutor José Pedro de Sousa Dias Professor na Faculdade de Farmácia de Lisboa

Dia 27

18.00 h S. Francisco Xavier, missionário na Índia Padre António Lopes, S.J.

Novembro Dia 3

18.00 h D. António Barroso, bispo missionário e os missionários de Cernache de Bonjardim Padre Manuel Castro Afonso Missionário na Zâmbia

Dia 10

18.00 h Arquitectura religiosa indo-portuguesa Arqº José Manuel Fernandes Professor Auxiliar na Faculdade de Arquitectura de Lisboa

Dia 17

18.00 h A missionação na Guiné Padre Henrique Pinto Rema, OFM Missionário na Guiné

Dia 24

18.00 h Portugal e a Terra Santa Padre António Pereira da Silva Comissário de Portugal na Terra Santa

Dezembro

Dia 15 18.00 h

A missionação portuguesa no Norte de África Prof. Doutor Francisco Dias Farinha Professor Catedrático da Universidade de Lisboa

ENTRADA GRATUITA Mosteiro de S. Vicente de Fora, Lisboa; Telefones: 888 56 52 e 888 25 03; Fax: 888 56 52 Transportes: Eléctrico - Carreira 28 (em frente ao Mosteiro) Autocarro - Carreiras 12, 26, 30, 35 e 107 (Sapadores)

189

4.16. – ACÇÕES DE FORMAÇÃO PARA PROFESSORES

Descrição:

A fim de preparar as visitas de grupos escolares, o serviço de extensão cultural da Exposição

Encontro de Culturas: oito séculos de missionação portuguesa organizou uma acção de formação para

professores (I), cuja divulgação foi enviada, com o apoio dos serviços do Ministério da Educação,

para todas as escolas da área da Grande Lisboa, em finais de Agosto, de modo a que os

professores pudessem ter acesso à informação no início do ano lectivo e pudessem planear uma

visita durante o primeiro período escolar.

Na ficha de inscrição (II), os participantes tinham a possibilidade de escolher o tema que

pretendiam desenvolver:

– Missionação portuguesa

– Influência da arte portuguesa em África, Índia e Brasil

– Contributo científico do missionário

– A aculturação da música autóctone na liturgia

Isto permitiu ao serviço de extensão cultural organizar subgrupos entre os participantes, e orientar

a visita, adequando a exposição às várias áreas lectivas, indicando ao longo do percurso os

elementos mais destacados em cada um dos temas. À visita, seguia-se, no período da tarde,

sessões de trabalho para aprofundamento dos temas e lançamento de pistas a desenvolver nas

visitas com os grupos escolares.

A acção de formação foi agendada para 14 de Setembro. Estiveram presentes 76 professores, com

a seguinte distribuição por grupos:

190

Tema N.º de participantes

Missionação portuguesa 17

Influência da arte portuguesa em África, Índia e Brasil 20

Contributo científico do missionário 23

A aculturação da música autóctone na liturgia 4

Outros (participantes inscritos no próprio dia) 12

Contudo, o êxito da iniciativa e o elevado número de inscrições obrigaram à marcação de outra

acção para 13 de Outubro. Dado que entretanto tiveram início as actividades infantis, abriu-se um

novo tema (III):

– Actividades infantis: visitas e atelier

Estiveram presentes 44 professores, com a seguinte distribuição por grupos:

Tema N.º de participantes

Missionação portuguesa 9

Influência da arte portuguesa em África, Índia e Brasil 4

Contributo científico do missionário 14

A aculturação da música autóctone na liturgia 4

Actividades infantis: visitas e atelier 12

Foi passado um certificado de presença a cada participante (IV).

191

I. PROGRAMA, 14 de Setembro

REUNIÃO COM PROFESSORES 14 de Setembro de 1994

PROGRAMA

HORAS (cor do cartão)

10.00 Acolhimento

Entrega de documentação

10.30 Apresentação

Maria Natália Correia Guedes, Comissária Geral

Pausa para café

11.00 Visita guiada à Exposição

1º e 4.º grupo Missionação Portuguesa; Música Natália Correia Guedes Luísa Antunes

rosa

laranja

2º grupo Influência da arte portuguesa Isabel Roque

vermelho

3º grupo Contributo científico do missionário Dália Guerreiro

azul

13.00 Almoço

14.30 Encontro com o Senhor D. Albino Cleto, Bispo Auxiliar de Lisboa,

representante da Conferência Episcopal Portuguesa

15.00 Sessões de trabalho

1º grupo Missionação Portuguesa Padre António Lopes, SJ Luísa Antunes

rosa

2º grupo Influência da arte portuguesa Isabel Roque

vermelho

3º grupo Contributo científico do missionário Dália Guerreiro

azul

4º grupo A aculturação da música Adelina Amorim

laranja

16.00 Distribuição dos certificados de participação

192

II. FICHA DE INSCRIÇÃO

[imagem a 75%]

193

III. PROGRAMA, 13 de Outubro

REUNIÃO COM PROFESSORES 13 de Outubro de 1994

PROGRAMA

HORAS (cor do cartão) 10.00 Acolhimento

Entrega de documentação

10.30 Apresentação

Maria Natália Correia Guedes, Comissária Geral

Pausa para café

11.00 Visita guiada à Exposição

1º e 4.º grupo Missionação Portuguesa; Música Natália Correia Guedes Luísa Antunes

rosa laranja

2º e 5.º grupo Influência da arte portuguesa Isabel Roque

vermelho verde

3º grupo Contributo científico do missionário Dália Guerreiro

azul

13.00 Almoço

14.30 Encontro com o Senhor D. Albino Cleto, Bispo Auxiliar de Lisboa,

representante da Conferência Episcopal Portuguesa

15.00 Sessões de trabalho

1º grupo Missionação Portuguesa Padre António Lopes, SJ Luísa Antunes

rosa

2º grupo Influência da arte portuguesa Isabel Roque

vermelho

3º grupo Contributo científico do missionário Dália Guerreiro

azul

4º grupo A aculturação da música Adelina Amorim

laranja

5.º grupo Actividades infantis: visitas e atelier Carmina Correia Guedes

verde

16.00 Distribuição dos certificados de participação

194

IV. CERTIFICADO DE PRESENÇA

[imagem a 75%]

195

4.17. – SIMPÓSIO DE ARTE SACRA

Descrição:

A Comissão Nacional de Arte Sacra e do Património Cultural da Igreja e o Comissariado da

Exposição Encontro de Culturas: oito séculos de missionação portuguesa organizaram um

simpósio subordinado ao tema “Património Cultural da Igreja e Evangelização”, nos dias 4 e 5 de

Novembro, promovido pela CEP.

Os Bispos D. António Francisco Marques e D. Albino Mamede Cleto, respectivamente o

Presidente da Comissão Nacional de Arte Sacra e o delegado da CEP no Comissariado da

Exposição, enviaram cartas-circulares a todos os bispos da Diocese, informando acerca da

iniciativa (I e II).

Do programa (III), constavam: conferências seguidas de debate; visitas à Exposição e ao Arquivo

Histórico do Patriarcado de Lisboa, igualmente instalado no Mosteiro; um concerto de órgão

(4.18, I).

Houve 98 participantes, provenientes de todo o país.

196

I. CARTA-CIRCULAR do Presidente da Comissão Nacional de Arte Sacra, 30 de Setembro [Imagem a 70%]

197

II. CARTA-CIRCULAR do delegado da CEP para a Exposição Encontro de Culturas [Imagem a 70%]

198

III. PROGRAMA, 4-5 Novembro [Imagens a 55%]

199

4.18. – CONCERTOS MUSICAIS

Descrição:

A última fase do restauro do órgão da igreja do Mosteiro de S. Vicente de Fora coincidiu com a

abertura da Exposição Encontro de Culturas: oito séculos de missionação portuguesa, pelo que

esta associou ao seu calendário de actividades os dois primeiros concertos aí efectuados e

organizados pela Lisboa 94:

– 16 de Outubro, por José Uriol;

– 23 de Outubro por Joaquim Simões da Hora.

O Comissariado tomou então a iniciativa de prolongar este ciclo com três concertos, a 4 e 17 de

Novembro e a 3 de Dezembro, assinalando outras actividades promovidas ou apoiadas pela

Exposição:

– Simpósio “Património cultural da Igreja e evangelização”, a 4 de Novembro (I), por

Joaquim Simões da Hora;

– Encontro de Directores das Escolas Superiores de Música da Europa, a 17 de Novembro

(II), por Antoine Sibertin-Blanc;

– Festa de S. Francisco Xavier, a 3 de Dezembro, por Joaquim Simões da Hora.

Nos dias de concerto, a exposição encerrava mais tarde, permitindo, a quem assistisse ao

concerto, a visita gratuita, com acesso directo da igreja ao claustro.

A Fundação Banco Comercial Português patrocinou dois concertos nos claustros do Mosteiro,

integradis na 3.ª Temporada de Música da Orquestra Metropolitana de Lisboa, Ciclo Música de

Câmara:

– a 25 de Novembro, pelo Quinteto Mistral (III);

– a 26 de Novembro, pelo Quarteto Rossini (IV).

A Fundação promoveu, ainda, outro concerto mais restrito numa das salas do Piso 1.

200

I. PROGRAMA DO CONCERTO DE ÓRGÃO, 4 de Novembro

[Imagens a 70%]

201

II. PROGRAMA DO CONCERTO DE ÓRGÃO, 17 de Novembro [Imagens a 70%]

202

III. PROGRAMA DA ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA, 25 de Novembro [Imagens a 70%]

203

204

IV. PROGRAMA DA ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA, 26 de Novembro [Imagens a 70%]

205

206

4.19. – SEMANA DAS MISSÕES

Descrição:

O Dia Mundial das Missões, instituído pelo Papa Pio XI, em 1926, comemora-se no penúltimo

domingo do mês de Outubro. Em 1994, calhou a 23 de Outubro.

A Exposição Encontro de Culturas: oito séculos de missionação portuguesa, de temática missionária,

assinalou esse dia e a semana que o antecedeu com uma programação especial e prolongou o horário de

funcionamento.

207

Dia Mundial das Missões PROGRAMA DE ACTIVIDADES

18 a 23 de Outubro

Durante a semana de 18 a 23 de Outubro, a Exposição “Encontro de Culturas, Oito Séculos de Missionação Portuguesa” prolonga o horário de abertura até às 20.00 horas. Destacam-se as seguintes actividades: Dia 19 15.00 horas – Visita dos membros da Academia Portuguesa de História

Dia 20

15.00 horas – Visita dos membros da Academia Nacional de Belas Artes

18.00 horas – Conferência “A contribuição dos missionários para o conhecimento da matéria médica no Império Português, do séc. XVI a XVIII”, pelo Prof. Doutor José Pedro de Sousa Dias.

Dia 23 – DIA MUNDIAL DAS MISSÕES

Entrada gratuita

11.00 horas – Coros africanos religiosos, pelo Grupo Lumen Gentium, nos claustros do Mosteiro

16.00 horas – Concerto de órgão, pelo Prof. Simões da Hora, na Igreja de S. Vicente de Fora, integrado no ciclo de “Lisboa 94”.

208

4.20. – FESTA DE S. FRANCISCO XAVIER

Descrição:

O Comissariado da Exposição Encontro de Culturas: oito séculos de missionação portuguesa, em

colaboração com a Casa de Goa, comemorou a Festa de S. Francisco Xavier, a 3 de Dezembro,

com um programa específico para a comunidade goesa em Lisboa.

209

210

4.21. – LIVRARIA

Descrição:

O comissariado da Exposição Encontro de Culturas: oito séculos de missionação portuguesa, em

colaboração com as Edições Paulinas, organizou um espaço de livraria, junto à entrada, onde eram

vendidas as publicações da exposição.

Em conjunto, elaboraram uma lista de publicações que foram colocadas para venda à consignação

(I).

Para completar essa lista, foi enviada uma carta-circular a todos os institutos religiosos

masculinos com actividade missionária, solicitando que informem acerca de outras obras desta

temática que pretendessem colocar à consignação na livraria.

Além disso, foram colocadas à venda reproduções de achados arqueológicos da época medieval

encontrados no Mosteiro e com inscrição alusiva.

211

I. RELAÇÃO DE PUBLICAÇÕES

1.1 - História da Missionação:

BRÁSIO, António, Monumenta Missionária Africana, 12 vols., 2ª Série, Academia Portuguesa de História, Lisboa, 1979.

REGO, António da Silva, Documentação para a História das Missões do Padroado Português do Oriente, 4 vols., reedição facsimilada da edição de 48, Fundação Oriente e Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, Lisboa, 1991.

Congresso Internacional de História - Missionação Portuguesa e Encontro de Culturas, Actas, 4 vols., Col. Memorabilia Christiana, Braga, 1993.

Introdução para o Bispo de Pequim e outros documentos para a História de Macau, reedição facsimilada de 1943, Instituto Cultural de Macau, 1988.

JUUKI, Diego, SJ, Luís de Almeida (1525-1583) - médico, caminhante, apóstolo, Instituto Cultural de Macau, 1989.

LOUREIRO, Rui Manuel (introdução, versão portuguesa e notas), Um Tratado sobre o Reino da China dos Padres Duarte Sande e Alessandro Valignano (Macau, 1590), Instituto Cultural de Macau, 1992.

PINTADO, Pe Manuel, A Voz das Ruínas, Instituto Cultural de Macau, 1988.

PINTADO, Pe Manuel, Um Passeio por Malaca Antiga, Instituto Cultural de Macau, 1990.

PIRES, Benjamim Videira, SJ, A Embaixada Mártir, Instituto Cultural de Macau, 1988.

RODRIGUES, Francisco, Jesuítas Portugueses Astrónomos na China, Instituto Cultural de Macau, 1990.

COSTA, João Paulo de Oliveira e, A Missão de S. João de Brito, Biblioteca Evangelização e Culturas, nº 6, ed. do Secretariado Nacional das Comemorações dos 5 Séculos.

GABRIEL, Manuel Nunes, Caconda - Berço da Evangelização no Planalto Central em Angola, Biblioteca Evangelização e Culturas, nº 5, ed. do Secretariado Nacional das Comemorações dos 5 Séculos.

GABRIEL, Manuel Nunes, D. Afonso I, Rei do Congo, Um missionário leigo do século XVI, Biblioteca Evangelização e Culturas, nº 3, ed. do Secretariado Nacional das Comemorações dos 5 Séculos.

GABRIEL, Manuel Nunes, Os Jesuítas na Primeira Evangelização de Angola, Biblioteca Evangelização e Culturas, nº 7, ed. do Secretariado Nacional das Comemorações dos 5 Séculos.

GONÇALVES, Cerqueira, ROLO, A. Leite, Cinco Séculos de Evangelização e Encontro de Culturas - 3 estudos fundamentais, Biblioteca Evangelização e Culturas, nº 1, ed. do Secretariado Nacional das Comemorações dos 5 Séculos.

Grupo de trabalho do Secretariado, Roteiro Lisboa Missionária, Biblioteca Evangelização e Culturas, nº 4, ed. do Secretariado Nacional das Comemorações dos 5 Séculos.

MUACA, Eduardo A.., Breve História da Evangelização de Angola, 1491-1991, Biblioteca Evangelização e Culturas, nº 2, ed. do Secretariado Nacional das Comemorações dos 5 Séculos.

212

NEVETT, Alberto, S. João de Brito e o seu tempoe, Col. Testemunhas, Editorial A.O., Braga.

PACHECO, Monteiro, Simão Rodrigues, Iniciador da Companhia de Jesus em Portugale, Col. Testemunhas, Editorial A.O., Braga.

PEDROSO, Dário, SJ, S. João de Brito - Quando a culpa é virtude, Col. Testemunhas, Editorial A.O., Braga.

SANTOS, Januário, Santo António, Col. Testemunhas, Editorial A.O., Braga.

GONÇALVES, Margarida Osório, Enviados em Missão, Edições Paulistas.

ROMA, Giuseppe di, Santo António de Lisboa, Edições Paulistas.

SOUSA, José Augusto Alves de, Os Jesuítas em Moçambique, Livraria Apostolado da Imprensa.

HENDERSON, Lawrence, A Igreja em Angola, Edições Além-Mar.

1.2 Missionação actual:

O Espírito Santo na vida da Igreja e do Mundor, Carta Encíclica Dominum et Vivificantem, João Paulo II, 1987, Col. Documentos Pontifícios Editorial A.O., Braga.

Vocação e Missão dos Leigos na Igreja e no Mundo, Exortação Apostólica Christififeles Laici, João Paulo II, 1990, Col. Documentos Pontifícios Editorial A.O., Braga.

Missão de Cristo Redentor, Carta Encíclica Redemptoris Missio, João Paulo II, 1991, Col. Documentos Pontifícios Editorial A.O., Braga.

1.3 Livros infantis:

PASQUALINO, F., Santo António, Edições Paulistas.

CARDOSO, M. Sofia P., Com Bobó no Brasil, Edições Paulistas.

CARDOSO, M. Sofia P., Com Bobó na Selva Negra, Edições Paulistas.

GUEDES, Carmina Correia Guedes, São Francisco Xavier, Edições ASA, 1994.

213

4.22. – RELATÓRIO DO SERVIÇO DE EXTENSÃO CULTURAL, Janeiro de 1995

Descrição: O Serviço de Extensão Cultural elaborou e entregou na CEP o relatório de actividades que realizou no

âmbito da Exposição Encontro de Culturas.

214

O ATENDIMENTO DOS VISITANTES E

A ACTIVIDADE PEDAGÓGICA COMPLEMENTAR

1. Informação no percurso

No piso 0 do Mosteiro, o visitante dispunha de vários serviços de apoio: livraria com títulos

relativos ao tema da missionação; a cafetaria, equipada para servir refeições ligeiras e ligada a uma

esplanada panorâmica sobre o rio; bengaleiro; e telefone público.

O percurso da exposição tinha início no piso 2, desenrolando-se ao longo de 4 salas e dos

claustros, e terminava em 3 salas do piso 1. O discurso expositivo foi estruturado em 31 sectores

temáticos. Cada sector era identificado pelo título e ilustrado por curtas citações de autores da

época, convertidas em português actual, e ampliações fotográficas alusivas ao tema.

Disponíveis para consulta no local, havia dois tipos de informação em folhas plastificadas: uma,

mais extensa e especializada, que correspondia aos textos do catálogo relativos ao sector; outra, em

português e inglês, que introduzia o tema a partir de uma leitura directa e integrada das peças mais

significativas, não excedendo geralmente duas páginas de formato A4.

Estiveram expostas 558 peças (pintura, escultura, ourivesaria, têxteis, cerâmica, talha,

manuscritos e impressos), definidas por legendas que continham as seguintes entradas: número de

ordem; título ou designação; autor; data; origem; material; proprietário e cota.

215

Um mapa-mundi com a representação das dioceses que tiveram origem em Lisboa e

posteriormente em Goa, permitia ao visitante identificar, geográfica e cronologicamente, a extensão

do padroado português e localizar cada uma das zonas referidas. O quadro "Missionários do

Padroado Português canonizados ou beatificados ou cuja causa está a ser introduzida" mostrava o

reconhecimento histórico da Santa Sé.

2. Meios audiovisuais

Intercalado no circuito, o auditório, com lotação para 50 pessoas sentadas, estava equipado

com sistema de projecção vídeo em écran de grandes dimensões, sem perda de definição de imagem,

disponibilizando-se 22 títulos, com duração média de 30 minutos.

A lista de títulos era facultada ao público, permitindo-lhe visionar os da sua preferência. À

entrada da sala, uma placa indicava o título do filme em exibição, bem como a respectiva duração e a

proveniência.

O auditório, colocado num ponto adiantado do percurso, funcionava também como zona de

repouso geralmente aproveitada pelo público; a possibilidade de escolher um filme teve grande

adesão.

A fechar o percurso no primeiro piso, foi instalado um módulo equipado com aparelho de

televisão e vídeo, para projecção de duas sequências de imagens fixas, ilustrando os temas das

últimas salas: uma focava aspectos da missionação actual e da sua extensão pedagógica e assistencial;

a outra referia o contributo científico do missionário. A projecção era diária e obedecia a um horário

fixo.

3. Meios informáticos

Foram disponibilizadas ao público duas bases de dados instaladas em PC’s. O acesso era

livre, de forma a facilitar uma consulta personalizada e independente. A base "Encontro de Culturas"

compreendia um universo de cerca de 800 registos, que correspondia a uma pré-selecção de peças

216

com características adequadas ao âmbito da exposição e a partir da qual se fez a escolha definitiva,

servindo de suporte ao catálogo.

A base de dados "Património construído de influência missionária portuguesa no mundo"

continha informação acerca dos elementos arquitectónicos que, pelas suas características intrínsecas,

apenas cabiam em imagem no espaço expositivo: locais de culto, missões, espaços de assistência e

ensino, residências de missionários ou clero secular.

Verificou-se que o acesso livre, por vezes, convidava a uma exploração abusiva do

equipamento, causando danos no software e hardware, o que implicou vários períodos de

inactividade por avaria. Por seu lado, a presença de um monitor na sala eventualmente inibia a

consulta.

4. Material didáctico

Foram publicados um desdobrável, que fazia uma breve introdução à exposição, um roteiro,

destinado essencialmente a acompanhar a visita individual, e um catálogo, para consultas posteriores

mais aprofundadas.

O desdobrável, com tiragem de 20000 exemplares, era ilustrado com algumas pecas e

continha uma informação sucinta acerca da exposição: justificação da iniciativa; caracterização global

dos objectos apresentados; enumeração dos locais visitáveis do mosteiro e dos serviços disponíveis;

local, horário de abertura e contactos.

O roteiro teve uma edição de 5000 exemplares e incluía os seguintes dados acerca de todas as

peças: número de ordem; título ou designação; autor; escola; data; origem; material; proprietário. Na

contracapa, encontrava-se a planta dos três pisos do mosteiro, com a indicação dos vários sectores e

serviços de apoio.

O catálogo teve uma edição de 3000 exemplares. Incluía 35 artigos relativos aos títulos dos

vários sectores ou em áreas afins, produzidos por especialistas, reunindo-se, desta forma, uma súmula

informativa do estado actual da investigação no domínio da história da missionação. As fichas das

peças, continham, para lá da informação fornecida no roteiro, as seguintes entradas: inscrição;

dimensões em cm; quantidade; descrição estética e iconográfica; autor da ficha; cota. Todos os

objectos museológicos e os mais significativos documentos foram reproduzidos em fotografias a

217

cores. A completar o catálogo, inseriram-se o mapa-mundi com a representação das dioceses que

tiveram origem em Lisboa e em Goa e o quadro "Missionários do Padroado Português canonizados

ou beatificados ou cuja causa está a ser introduzida".

O roteiro e o conjunto de folhas que estavam nos vários sectores, fazendo uma leitura global da

exposição com referência explícita às peças expostas, foram traduzidos para inglês, policopiados e

vendidos na livraria. À entrada, os visitantes estrangeiros podiam obtê-los, a título de empréstimo,

entregando-os no fim da visita, colmatando o facto de as tabelas conterem apenas informação em

português; uma folha policopiada era fornecida, aos visitantes estrangeiros, com a tradução do texto

do desdobrável em espanhol, francês, inglês, alemão e italiano.

5. Material de colecção

Uma colecção de 16 postais, reproduzindo peças expostas, foi editada numa tiragem de 3000

exemplares cada, abarcando os vários assuntos e tipologia das peças expostas.

Em colaboração com os Serviços de Filatelia dos Correios de Portugal, foi feita uma edição

extraordinária de 4 selos com tarifas correntes, envelope e carimbo de primeiro dia, com o título

Encontro de Culturas - Missionação Portuguesa, a partir igualmente de objectos que integraram a

exposição.

6. Actividades paralelas

O Comissariado desenvolveu actividades paralelas à Exposição, sendo todas elas pretexto

para visitas guiadas, quer durante o horário habitual, quer implicando uma abertura extraordinária:

ciclo de conferências, simpósio, reuniões de Academias e grupos profissionais, concertos e

festividades. Para estas actividades foi instalado, na antiga Portaria do Mosteiro, um auditório com

capacidade para 150 pessoas sentadas.

O ciclo de 8 conferências relacionadas com a história da missionação teve a colaboração de

alguns dos autores do catálogo e outros investigadores. Tinham lugar à quinta-feira, por ser o dia da

semana tendencialmente com menor número de visitantes e que, desta forma, se procurou dinamizar,

218

apelando ao interesse de novas camadas de público. Para além deste programa, realizaram-se

conferências sobre missionação actual, as quais se poderiam definir como um testemunho de vida

relatado pelos seus protagonistas.

O simpósio Património Cultural da Igreja e Evangelização, organizado por iniciativa

conjunta da Comissão Nacional de Arte Sacra e do Património Cultural da Igreja e do Comissariado

da exposição, destinou-se aos responsáveis pela salvaguarda de bens patrimoniais da Igreja

portuguesa. A maioria das dioceses do continente esteve representada, registando-se apenas a

ausência de Bragança, Lamego e Portalegre/Castelo Branco; das ilhas, apenas a diocese de Angra se

fez representar.

Com carácter extraordinário, tendo a exposição como pretexto, as Academias Portuguesa de

História e Nacional de Belas Artes realizaram duas sessões no auditório da exposição. Na sessão da

Academia Portuguesa de História, é de realçar a palestra, proferida pelo Prof. Doutor Joaquim

Veríssimo Serrão, presidente da Academia e da Comissão Científica da exposição, tendo sido

facultada entrada livre ao público.

O programa de uma reunião da Conferência Episcopal Portuguesa, em Fátima, incluiu uma

deslocação a Lisboa para que todos os Senhores Bispos pudessem, em conjunto, ver e avaliar a

exposição, realizada por sua iniciativa. Também a Comissão Portuguesa do Conselho Internacional

de Museus (ICOM), conciliou uma das suas reuniões periódicas, com a visita à exposição,

abordando não só aspectos temáticos relacionados com a evangelização, como outros de natureza

museológica.

O Encontro de Directores das Escolas Superiores de Música da Europa - 21° Congresso

realizou a sua sessão de encerramento no Mosteiro, antecipando-se o horário de abertura da

exposição, para que pudessem integrar a visita no seu programa.

A Pastoral Juvenil organizou uma jornada de reflexão no contexto do Encontro de Culturas,

reunindo 150 jovens que, com os catequistas ou dirigentes, visitaram a exposição em pequenos

grupos, após o que se reuniram na Portaria para as conclusões finais.

A ocorrência do Dia Mundial das Missões exigiu uma programação excepcional: durante toda

a semana, o horário de abertura foi alargado até às 20.00 horas, reforçando-se o serviço de visitas

guiadas; no próprio dia, realizou-se, nos claustros do piso 1, um concerto de música africana, pelo

grupo da Paróquia de Santos.

219

O dia de S. Francisco Xavier foi comemorado em colaboração com a Casa de Goa. Do

programa constaram: visita à exposição; conferência; eucaristia; concerto pelo grupo de músicas e

cantares tradicionais de Goa; e jantar indiano.

Em conexão com o ciclo de concertos de órgão na Igreja do Mosteiro, o horário de abertura

da exposição foi alargado, permitindo-se a entrada de visitantes até meia hora após o término da sua

realização.

O Comissariado promoveu, no contexto do sobredito Simpósio, um concerto de órgão na

igreja do Mosteiro e, por iniciativa de uma instituição bancária, dois concertos, de cordas e de

metais, nos claustros e numa das salas do piso 1.

Em horário extraordinário, foram recebidos alguns grupos que, aproveitando um espaço de

convívio, promoveram almoços e jantares, servidos na cafetaria ou nas zonas anexas, sempre

antecedidos pela visita à exposição.

7. Divulgação

A promoção da exposição baseou-se, de início, essencialmente na distribuição de cartazes e

desdobráveis.

O cartaz, mostrando uma das peças, informava acerca do lugar, prazo, horário de abertura e

contacto telefónico. Na zona de Lisboa, foram entregues nos postos de turismo e de Lisboa’94, em

embaixadas, juntas de freguesia, museus, bibliotecas, arquivos, universidades, associações de recreio

e cultura, os quais, na maior parte, lhes deram suficiente destaque. Foram enviados dois exemplares a

todas as igrejas do país, solicitando aos seus responsáveis que os afixassem em local público; através

do ICEP, chegaram igualmente aos organismos e instituições portuguesas espalhadas pelo mundo.

Distribuíram-se desdobráveis em todos os lugares onde haviam sido entregues os cartazes,

bem como em hotéis, restaurantes, livrarias, papelarias e nas casas comerciais da zona do Mosteiro,

pedindo que, colocados em local visível, fossem retirados livremente pelos interessados.

Juntamente com a divulgação das actividades do serviço educativo, foram enviados a todos as

escolas e colégios da zona de Lisboa, Santarém e Lisboa, cartaz e desdobráveis, solicitando a sua

divulgação nas salas de professores e zonas de convívio dos alunos.

220

Em colaboração com uma estação de televisão, realizou-se um spot televisivo, o qual passava

diariamente em horário nobre, antes do noticiário, atingindo, portanto elevados índices de audiência.

Na primeira quinzena de Dezembro, coincidindo com a ocorrência de dois feriados e a proximidade

das férias de Natal, fez-se a publicidade de rua, através de cartazes de grande dimensão, instalados

nos "mupis" da Câmara de Lisboa.

Todas as actividades e ocorrências paralelas que se desenvolveram a partir da exposição eram

antecipadamente divulgadas junto de 50 agências noticiosas e meios de comunicação, da imprensa

escrita, rádio e televisão. Além da difusão destas notícias, houve reportagens e programas de fundo, a

propósito da exposição e que muito contribuíram para a sua divulgação.

8. Atendimento ao público

O número de visitantes registados na bilheteira atingiu 61170; analisando a sua distribuição ao

longo do período de abertura da exposição, verifica-se um índice de afluência progressivo.

Apesar de não ter sido lançado inquérito para estudo do público, a sua observação directa e a

análise dos livros do visitante, permitem-nos concluir a sua heterogeneidade.

Durante os primeiros meses (Julho, Agosto e Setembro), houve uma elevada percentagem de

estrangeiros. A maioria não se dirigia à exposição pelo evento em si, mas porque o espaço do

Mosteiro é amplamente divulgado nos roteiros turísticos internacionais; outros foram impelidos pela

221

informação obtida quer nos postos de turismo e de Lisboa 94 (sendo muitas vezes esta a razão da

sua deslocação a Portugal, surgindo muitos comentários que comparavam favoravelmente a

exposição com as demais da capital), quer nos hotéis. Em ambos os casos, o eco foi sempre o de

uma surpresa positiva.

A partir de Outubro, começaram a afluir, em maior número, os visitantes nacionais, coincidindo

com o início da emissão do spot televisivo e com as notícias divulgadas pela imprensa falada e escrita,

acerca das actividades paralelas que então tiveram início, registando-se apenas uma quebra

acentuada na semana de Natal.

Pela análise dos bilhetes vendidos (normais; com redução para estudantes e reformados;

familiares; e para grupos superiores a vinte pessoas) pode inferir-se que: durante a semana e

exceptuando as escolas, o visitante vinha isolado ou em pequenos grupos de duas a três pessoas; ao

sábado e domingo, a exposição era visitada essencialmente por núcleos familiares; as visitas de

grupos não escolares repartiram-se indiferenciadamente por todos os dias, notando-se aos domingos

a presença de excursões vindas de fora de Lisboa.

Avaliando as marcações de visitas, as escolas, com 78%, demarcam-se significativamente dos

restantes grupos; apesar de toda a divulgação feita através dos canais próprios da Igreja, visando os

grupos paroquiais e, em especial os de catequese, estes não ultrapassam a marca de 11%, em

equilíbrio com os restantes grupos de origem indiferenciada (igualmente com 11%).

O serviço de extensão cultural funcionou durante todo o período da exposição, mantendo-se

disponível para atender todos os visitantes que pedissem qualquer informação, ou guiando as visitas

previamente marcadas com grupos superiores a dez pessoas, excepto nas manhãs de domingo, em

222

que a entrada era gratuita, o que atraía um elevado número de visitantes, dificultando um correcto

acompanhamento.

Para apoiar a preparação das visitas de grupo, o comissariado organizou pastas com

documentação, não só relativa aos vários serviços e actividades desenvolvidas no âmbito da

exposição, como também a cópia de alguns dos textos do catálogo e de outros com informação mais

concreta acerca dos vários sectores, constituindo o modelo base de uma visita global à exposição. As

pastas foram distribuídas a todos os organizadores de visitas que as solicitaram ao serviço de

extensão cultural; este manteve-se igualmente aberto, durante todos os dias úteis, para a realização de

reuniões preparatórias, através das quais se procurava adequar a visita às características e interesses

específicos do grupo.

No início do ano lectivo, os professores dos distritos da área da grande Lisboa foram

convidados a participar em duas jornadas de informação, cujo programa incluía uma visita orientada à

exposição e sessões de trabalho, presididas pelo Bispo D. Albino Cleto (representante da CEP, junto

do comissariado), tendo por objectivo analisar em conjunto diferentes vias de abordagem a partir de

três temas propostos, relacionados com a história, a ciência e a arte decorrentes da missionação. O

número de professores que, após esta iniciativa, se sentiu preparado para conduzir e explorar a visita

com os seus alunos, foi elevado.

O público escolar começou a afluir desde a semana de abertura do ano lectivo até após o

término do primeiro período, progredindo o índice de visitas (à excepção dos finais de Novembro e

início de Dezembro, altura que coincidiu com a época de avaliações e a ocorrência de feriados), com

uma média diária superior a 200 alunos.

223

O nível do 10° ao 12° ano de escolaridade registou o maior índice de presenças, na ordem dos

45%, logo seguido pelo nível do 7° ao 9°, com 28%; esta maioria parece poder atribuir-se ao longo

percurso da exposição e à temática missionação/expansão, relacionadas com os próprios programas

de estudo, sendo que as relações que, a partir daí, se podem estabelecer num domínio interdisciplinar

apelam a uma maior capacidade de abstracção e desempenho cognitivo mais desenvolvido.

Os níveis da pré-primária e do 1° ao 4° ano tiveram uma presença de 13%. Esta percentagem,

relativamente elevada, deve-se essencialmente à presença do Autocarro Cultural, da Câmara de

Lisboa, que incluiu a exposição na sua programação, bem como à boa receptividade da proposta

para esta faixa etária, de uma visita ao sector de S. Francisco Xavier, seguida de actividades de

expressão plástica, tendo como apoio pedagógico a publicação de Carmina Correia, S. Francisco

Xavier, das Edições ASA.

O serviço de extensão cultural funcionou como o elo de comunicação entre a mensagem,

subjacente à mostra, e os públicos que a ela acederam. Para tal, houve que adequar vários tipos de

discurso, com progressivos níveis de informação transmitida não só ao longo do percurso como em

toda a programação paralela, permitindo uma resposta satisfatória, coerente e oportuna às várias

solicitações e correspondendo à intenção do comissariado de apelar os vários estratos sócio-

culturais, com tipos de interesse e vivências tão diversificados quanto possível.

Maria Isabel Roque

Dália Guerreiro

(Serviço de Extensão Cultural da Exposição)

224

ANEXO 5 – Exposição Incontro di Culture, Vaticano, 1996

A Exposição Encontro de Culturas: oito séculos de missionação portuguesa foi reposta no

Vaticano em 1996, sob a designação Incontro di Culture: otto secoli di evangelizzazione

portoghese, a pretexto do encerramento das comemorações do nascimento de Santo António.

A exposição foi uma iniciativa conjunta do Governo Português e da Conferência Episcopal

Portuguesa e, em geral, manteve os objectivos da apresentação em Lisboa: documentar e divulgar

a história da missionação portuguesa e a influência que gerou noutros povos e culturas.

Encarada como uma oportunidade privilegiada para apresentar uma área significativa do

património artístico português de matriz religiosa, a exposição apresentada em Lisboa foi

reformulada. O público a que se destinava não possuía os referenciais históricos comuns no

registo cognitivo do público português, pelo que a exposição apresentava um guião diferente que

alterava a sequência do discurso. Além disso, apresentava novas peças e novos textos

introdutórios.

225

Presidência da Exposição

Comissária Geral

Maria Natália Correia Guedes

Comissão Científica

Joaquim Veríssimo Serrão

Maria do Rosário Azevedo Cruz

José Caria Mendes

Artur Nobre de Gusmão

José Pinto Peixoto

Augusto Mesquitela Lima

Maria Augusta Barbosa

José de Pina Martins

P.e António Lopes, S.J.

P.e Adélio Torres Neiva, C.S.S.p

Frei António do Rosário, O.P.

Frei Henrique Pinto Rema, O.F.M.

Comissárias adjuntas

Maria Isabel Rocha Roque

Dália Maria Godinho Guerreiro

Projecto

Américo Silva

Montagem

Construções António Martins Sampaio

Traduções

Sr. Maria Antonieta Audisio

Maria Ivone Mollet

Anne Morais de Barros

226

Restauro de objectos

Instituto José de Figueiredo

Paço Ducal de vila Viçosa – Oficina de Restauro de Têxteis

Tela – Restauração de Obras de Arte

Leonor de Barros e Carvalhosa

Barreto e Gonçalves, Lda.

Transportes e embalagem

RN Trans

227

5.1. – GUIÃO DA EXPOSIÇÃO, Junho de 1995

Descrição:

Com base na lista de peças que haviam sido apresentadas na Exposição Encontro de Culturas:

oito séculos de missionação portuguesa, em Lisboa, foi definida uma reformulação da anterior

estrutura, alterando a orgânica e a sequência do discurso. Com o objectivo de responder às

expectativas de um novo público, mais alargado e diversificado, o guião da Exposição Incontro di

Culture: otto secoli di evangelizzazione portoghese abandonava a narrativa histórico-geográfica,

mais diacrónica, e, definindo as principais linhas temáticas da acção missionária portuguesa e

apresentá- las numa abordagem sincrónica e transversal às várias épocas e regiões.

228

I. GUIÃO EXPOSITIVO 1. Introdução: história da missionação portuguesa

− Nossa Senhora e as quatro partes do mundo 2. As viagens

– Ex-votos relacionados com viagens oceânicas – imagens de torna-viagem − altar-portátil (usado em viagens marítimas) − relatos de naufrágios

3. A Santa Sé e o Padroado português – bulas papais – cadeira do bispo de Ceuta – referência à Ordem de Cristo

4. Contactos entre os missionários portugueses e gentes de várias culturas – documentação manuscrita e impressa: cartas de missionários – cartas do rei do Congo – busto do Negrita (ig. de Santa Maria Maior, em Roma) – armas do rei do Congo e do Preste João – Constituições do arcebispado de Goa

5. A missionação e a arte – Terra Santa: madrepérolas – Guiné: alfaias em talha − Cabo Verde: objectos em fibras naturais − S. Tomé: alfaias em prata provenientes da Diocese − Rio do Ouro: bandeiras − Serra Leoa: marfins (hostiário) − Angola: pintura, escultura e alfaias litúrgicas em prata e madeira − Moçambique: escultura e alfaias litúrgicas em madeira – Pérsia: escultura; cofre oferecido pelo rei de Ormuz – Índia: pintura, escultura, tecidos, marfins e ourivesaria indo-portuguesa – China: pintura, escultura, paramentaria e porcelana chinesa – Macau: iconografia e alfaias litúrgicas – Japão: rolos pintados e lacas nambam – Brasil: a cruz da 1.ª missa; escultura barroca e ourivesaria

6. A missionação e a linguística – documentação manuscrita e impressa: catecismos, vocabulários e gramáticas redigidos por

missionários – mapa-mundi com a marcação das regiões onde é falada a língua portuguesa e os crioulos

portugueses

7. A missionação e a investigação científica – cartografia – tratados de astronomia – Observatório de Pequim – registos de fauna e flora locais

229

– documentação manuscrita e impressa: descoberta de novos itinerários e descrição de novas terras

– arquitectura: plantas, fachadas, maquetas e elementos arquitectónicos destacados

8. A missionação e a defesa dos direitos humanos – Padre António Vieira e a controvérsia acerca da escravatura – cartografia: plantas de hospícios e casas de assistência – compromissos de irmandades – Reduções índias no Brasil: Carta de S. José de Mossâmedes – Mapa das Misericórdias portuguesas construídas em África, no Oriente e no Brasil durante

os séculos XVI e XVII.

9. Missionários mais notáveis, beatos e santos – Mártires de Marrocos – Santo António de Lisboa – Primeiros padres da Companhia de Jesus – S. Francisco Xavier – S. João de Brito – Mártires do Japão – Padre Luís Fróis – Padre Manuel da Nóbrega – Beato Inácio de Azevedo – D. António Barroso – documentação manuscrita e impressa: relatos de perseguições e martírios

10. Missionação na actualidade – Painel com fotografias actuais do trabalho missionário

II. EQUIPAMENTOS DE APOIO Recepção

Acolhimento ao público Loja

Venda de publicações

230

5.2. – PAINÉIS E TEXTOS INFORMATIVOS

Descrição:

Dado que se previa que a entrada na Exposição Incontro di Culture: otto secoli di

evangelizzazione portoghese se inserisse num plano de visita mais global à Basílica e Praça de S.

Pedro, o esquema de informações a facultar ao longo do percurso expositivo deveria ser sintético

e linear de forma a permitir uma evolução rápida, cingindo-se a tópicos que fornecessem um justo

enquadramento dos objectos e permitissem uma leitura rápida do seu significado no corpo da

exposição.

Na zona da entrada, como um espaço introdutório à exposição, apresentavam-se dois textos de

autores fundamentais da língua portuguesa e que, de alguma forma, davam o mote ao tema das

descobertas e da evangelização.

Os núcleos (de 1 a 10) eram introduzidos por uma frase, sendo que o conjunto destas frases

enunciava, resumidamente, a exposição (I).

Os temas secundários eram introduzidos pelos designados painéis de percurso (II) e algumas

peças eram ilustradas por foto- legendas (III).

O texto era tratado em letra castanho escuro, recortada, colada em painéis cinza claro, verticais e

colocados obliquamente em relação ao revestimento das paredes.

Todos os textos, incluindo as legendas, estavam em português, inglês e italiano.

231

I. NÚCLEOS

I. Os missionários portugueses anunciam Jesus Cristo a povos de além-Atlântico

II. Os missionários partem do país mais ocidental da Europa, acompanhando os navegadores,

na descoberta de novas rotas e gentes

III. O corajoso empenhamento dos missionários portugueses é reconhecido pela Santa Sé

IV. O anúncio evangélico espalha-se por diferentes culturas

V. A inculturação é evidente nas expressões artísticas

VI. O contacto de culturas expressa-se nas expressões linguísticas

VII. A modernidade de actuação dos missionários portugueses é notória na investigação

científica

VIII. Os missionários contribuem para o desenvolvimento integral de povos e nações e foram

pioneiros na defesa dos direitos do homem

IX. Ser missionário é caminhar para a santidade

X. Portugal é convocado para a missão de hoje pelo Papa João Paulo II

232

II - PAINÉIS DE PERCURSO [PP] PP 0 [intróito] “Ide e fazei discípulos de todas as nações, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”

Mateus XXVIII. 19. “Vós, Portugueses, poucos quanto fortes, Que o fraco poder vosso não pesais; Vós que à custa de vossas várias mortes A lei da vida eterna dilatais: Assim do Céu deitadas são as sortes Que vós, por muito poucos que sejais, Muito façais na santa Cristandade. Que tanto, ó Cristo, exaltas a humildade!”

Luís de Camões, Lusíadas, Canto VII, 3, 1567. PP 1 [Núcleo I]

Mapa mundi com referência a: − localização de Portugal com referência a Lisboa − rotas dos Descobrimentos

- rota da costa de África - rota da índia - rota do Brasil

− linha do Tratado de Tordesilhas − Dioceses com origem em Lisboa e Goa, englobando-as todas no mesmo mapa e fazendo

distinção entre as que tiveram origem em Lisboa (numeração árabe) e em Goa (numeração romana).

Cronologia comparada PP 2 [Núcleo II]

Esquema de uma nau vista em corte Viagem de uma nau da Índia (estimativa):

Duração 6 a 7 meses Chefias Capitão

Piloto Meirinho (justiça) Capelão

233

Lotação 800 pessoas: 150 tripulantes 250 soldados 400 passageiros (mercadores, missionários, barbeiro cirurgião e povo)

Óbitos durante a viagem 5 a 10% por fome, doença, vitaminoses, etc. Alimentação Biscoito, arroz, carne salgada, peixe, frutos e legumes

secos, vinho e água Ocupações dos passageiros:

entretenimento Jogos tradicionais e de azar, teatro e canto actos litúrgicos Orações diárias, missa aos sábados, domingos e dias

santos, procissões e representações PP 3 [Núcleo III]

[Foto] Sé Catedral. Século XVI, Funchal, Ilha da Madeira.

Reconhecendo o Tratado de Tordesilhas, que dividia o mundo pelo meridiano que passava a 370 léguas a oeste de Cabo Verde, a bula “Pro excellenti praeeminentia”, de 12 de Junho de 1514, erige a diocese do Funchal que compreendia todas as terras adquiridas desde a fronteira sul da Mauritânia até à Indochina, a este, e até ao Brasil, a oeste. PP 4 [Núcleo IV] “A partida dos missionários para África, América e Ásia não foi somente a satisfação da curiosidade, mas foi principalmente a paixão de querer ajudar os povos a acederem ao conhecimento da fé cristã.”

D. João Alves, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, 1994. PP 5 [Núcleo V]

[Fotos] Imagens de Nossa Senhora feitas em África, na índia, no Japão e no Brasil, em dioceses do Padroado Português.

“Defendendo e cultivando as riquezas culturais de cada comunidade humana, a Igreja de Cristo, universal por vocação, promove o intercâmbio de valores, das expressões e das artes.” D. Albino Cleto, Bispo Auxiliar de Lisboa, 1994. PP 6 [Núcleo VI]

[Reproduções] Ave Maria (em português, canarim e concanim)

234

“Pelo domínio das línguas dos povos dos mundos novos e o estudo simultâneo da língua portuguesa se atingirá o ideal de comunhão de almas e corpos.” Justino Mendes de Almeida, 1994. PP 7 [Núcleo VII]

[Reprodução] O Observatório de Pequim na actualidade.

“Pregadores do Evangelho, matemáticos, astrónomos, médicos, cartógrafos, exploradores dos céus e das longínquas paragens do Oriente, estiveram, afinal, no centro do mundo.” Mário Fernandes, 1994. PP 8 [Núcleo VIII]

[Reprodução] Planta da aldeia de S. José de Mosamedes. Desenho, 2a metade do século XVIII, Arq. Histórico Ultramarino, Lisboa.

A aldeia de S. José de Mossâmedes (Brasil) obedecia a um plano convencional que organizava os índios num aglomerado em torno da igreja, visando ensinar- lhes a doutrina cristã e uma profissão. PP 9 [Núcleo IX]

[Foto] Cofre com os restos mortais de sete missionários franciscanos portugueses, martitizados em Marraqueche, em 1585. Mosteiro de S. Vicente de Fora, Lisboa.

“Em Ceuta, com os enfermos fazia ofício de médico, com os feridos, de cirurgião curando as suas chagas, com uns e outros era cozinheiro dando- lhes os alimentos com grande caridade, com pasmo dos próprios mouros.”

D. Jerónimo de Mascarenhas, referindo-se à acção do Pde. João Nunes Barreto, Historia de Ia ciudadde Ceuta, ed. 1918.

PP 10 [Núcleo V]

[Foto] Reprodução fotográfica de imagens de missões actuais.

“As numerosas Igrejas diocesanas dos vários continentes, nascidas da acção missionária a partir de Portugal, são a nossa maior recompensa e alegria pela fidelidade à mesma fé, pela coragem no testemunho cristão, pelo dinamismo na sua vida pastoral e pelo vigor da sua acção missionária. Esta Exposição é- lhes também dedicada, com a alegria de irmãos da mesma família.”

D. João Alves, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, 1994.

235

III – FOTO-LEGENDAS [FL] FL 1 [junto à peça: Nossa Senhora e as quatro partes do mundo] “Virgem, do mar estrela, neste lago E nesta noite um farol que nos guia, Para o porto seguro um certo norte; Quem em vos atinar, quem poderia Abrir somente os olhos, vendo o estrago Que atrás olhando deixa feito a morte? Quem proa me daria com que corte Por tão brava tormenta? De toda a parte venta, De toda espanta o tempo, feio e forte. Mas tudo que será? Co’a vossa ajuda, Névoa que foge ao vento Que num momento se levanta e muda”

Sá de Miranda, Canção a Nossa Senhora, 1481-1558. FL 2 [junto à peça: Busto do rei do Congo] António Manuel Nevunda (1570-1608), “O Negrita”, primo do rei do Congo, foi enviado a Roma, em 1604, como embaixador, para prestar obediência ao Papa e tratar de questões relativa s à evangelização. Muito doente, foi acolhido no Vaticano e visitado pelo Papa Paulo V. Encontra-se sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. [Foto]

Paulo V visita “O Negrita”. Fresco, século XVI, Biblioteca Vaticana.

FL 3 [núcleo IV] Em 1582, quatro jovens japoneses, evangelizados por jesuítas portugueses e italianos, foram convidados a vir à Europa, como embaixadores, tendo sido recebidos pelos papas Gregório XIII e Sixto V e por Filipe I de Portugal, a quem leram as cartas de amizade dos daimios cristãos do Bungo, Arima e Omura. [Reprodução]

Os quatro embaixadores, com trajes oferecidos pelo Papa Gregório XIII, e o Padre Diogo de Mesquita, que os acompanhou. Desenho, século XVI, Lês Fontaines, Chantilly.

236

FL 4 [junto à peça: Miniatura do Santo Sepulcro de Jerusalém] A partir do século XVI, foram numerosos os missionários franciscanos portugueses que evangelizaram a Terra Santa. [Reprodução]

Panorama de Jerusalém com a paixão de Cristo. Em primeiro plano, ajoelhada, a Rainha D. Leonor, fundadora das Misericórdias Portuguesas. Pintura flamenga, século XVI, Mosteiro da Madre de Deus, Lisboa.

FL 5 [junto à peça: Hostiário, proveniente da Serra Leoa] [Foto]

Cruz de Cristo, rochedos de Ielala, na foz do rio Zaire, Congo, em finais do século XV. FL 6 [junto à peça: Píxide, proveniente de Macau] [Reprodução]

Vista de Macau. Gravura.

FL 7 [junto à peça: D. Frei Alexandre da Sagrada Família, Bispo de Malaca e Timor] [Reprodução]

Cristãos do Malabar (costa ocidental da índia) Códice, meados do século XV, Biblioteca Casanatense, Roma.

FL 8 [junto à peça: D. Frei Alexandre da Sagrada Família, Bispo de Malaca e Timor] [Foto]

Festa na missão de Barique, por ocasião da entrada do novo missionário. Padre Jorge Barros Duarte, (fal. em 1995), 1949, Timor.

FL 9 [junto à peça: Cruz, que presidiu à primeira missa do Brasil] “A missa foi ouvida por todos com muito prazer e devoção. Ali estava o Capitão com a bandeira de Cristo com que saiu de Belém, a qual esteve sempre ao alto, na parte do Evangelho.”

Pêro Vaz de Caminha, Carta, referindo a primeira missa celebrada no Brasil, 1500.

237

[Reprodução]

Primeira missa no Brasil, Meireles de Lima (1832-1903). Em primeiro plano, ajoelhada, a Rainha D. Leonor, fundadora das Misericórdias Portuguesas. Pintura, Museu de Belas-Artes, Rio de Janeiro.

FL 10 [núcleo VI] [Mapa]

Expansão da língua portuguesa, nos séculos XV/XVI. FL 11 [núcleo VI] Foi ao serviço da evangelização que as primeiras oficinas tipográficas se estabeleceram fora da Europa (Congo, 1492). [Reprodução]

Frontispícios de livros editados em Rachol (índia), Macau e Nagasaqui (Japão). FL 12 [junto à peça: Padre António de Andrade] “Muitas vezes nos era necessário ir por cima da neve com o corpo como quem vai nadando, porque desta maneira não nos afundávamos tanto... Nos pés, mãos e rosto não tínhamos sentimento, porque com o demasiado rigor do frio, estávamos totalmente sem sentidos.” Padre António Andrade, jesuíta, primeiro europeu a contactar o Tibete, Tibete, 1624. [Mapa]

Rota das viagens ao Tibete pelos Padres Azevedo e António de Andrade (1625). FL 13 Mediateca Intercultural Património móvel e imóvel de influência missionária portuguesa no mundo. Base de dados iniciada em 1994, durante a Exposição “Encontro de Culturas, Oito Séculos de Missionação Portuguesa” (Mosteiro de S. Vicente de Fora, Lisboa), cuja recolha decorre presentemente na Universidade Católica Portuguesa. Está à disposição de qualquer utilizador a quem se agradecem elementos complementares que possa disponibilizar ao Comissariado. [Fotos]

Imagem de uma Igreja do Brasil Layout da base de Dados

238

FL 14 [junto à peça: Padre António Vieira] “Temos contra nós o povo, as religiões, os donatários e igualmente todos os que nesse Reino estão interessados no sangue e suor dos índios; e porque sustentamos que se lhes guardem as leis e regimentos de V.M., e defendemos que se não cativem, e que aos que servem lhes paguem o seu trabalho, por estas duas causas tão justificadas incorremos no ódio e perseguição de todos.” Padre António Vieira, jesuíta, Carta a D. João IV, 8 de Dezembro de 1655. [Reprodução]

Padre António Vieira a pregar aos índios, C. Legrand. Litografia, 1841.

FL 15 [junto à peça: Compromisso da Irmandade de São Vicente Ferrer] As primeiras Misericórdias foram instituídas pela Rainha D. Leonor, a partir de 1498, e expandiram-se por todo o Padroado português, atingindo mais de uma centena nos finais do século XVI. São confrarias laicas que têm por objectivo cumprir as Obras de Misericórdia: ensinar os simples, castigar os que erram; consolar os tristes; perdoar a quem errou; rogar a Deus pelos vivos e defuntos; remir os cativos e presos; curar os enfermos; cobrir os nus; dar de comer e beber a famintos e sequiosos; dar pousada aos peregrinos; enterrar os mortos. [Reprodução]

Compromisso da Misericórdia de Lisboa, pormenor da primeira página. Códice, 1498. Mapa das Misericórdias instituídas em África, no Oriente e no Brasil

FL 16 [núcleo IX]

[Quadro] Missionários portugueses canonizados

FL 17 [junto à peça: Casula, dita dos Mártires de Marrocos] “A maior glória dos frades no Norte de África foi a assistência aos cativos, o trabalho dos resgates e o martírio que sofreram nessas missões tão arriscadas tentando converter os muçulmanos.”

António Dias Farinha, 1994.

239

FL 18 [junto à peça: Milagre de Santo António] “E se António era luz do mundo, como não haveria de sair da Pátria?”

Padre António Vieira, Sermão de Santo António, Roma, 1672 [Fotos]

1. Local onde, segundo a tradição, nasceu Santo António. Igreja de Santo António, Lisboa.

2. Vestígios do antigo convento Agostinho onde o Santo professou. Mosteiro de S. Vicente de Fora, Lisboa.

3. Igreja de Santa Cruz, Coimbra. Fernando Martins de Bulhões, Santo e Doutor da Igreja (Lisboa, c. 1195 – Arcela, 1231). Professou em Lisboa como Cónego Regrante de Santo Agostinho; transitou para Santa Cruz de Coimbra onde, em 1220, decidiu tornar-se franciscano, com o nome de António. Grande pregador desenvolveu intenso apostolado no Norte de África, em Itália e em França. A devoção a Santo António expandiu-se por todo o mundo. FL 19 [junto à peça: Relação Verdadeira do glorioso martírio da sereníssima Rainha Gativanda] [Foto]

Confissão da Rainha Gatevanda da Geórgia (Pérsia), martirizada em 1624. Painel de azulejos, século XVIII, Convento de Nossa Senhora da Graça, Lisboa.

FL 20 [junto à peça: Os primeiros padres da Companhia de Jesus] “Veio mais movido pela inspiração divina do que pela razão humana. Oh, que qualidades vi nele durante esses poucos dias que o contactei! Que coração tão aceso no amor de Deus! Com que chamas arde de amor ao próximo! Que zelo tem para acudir às almas enfermas ou mortas!”

Melchior Nunes Barreto, Carta de Bassaim (Índia), 1552.

[Mapa] Itinerário de S. Francisco Xavier, entre 1542 e 1552.

S. Francisco Xavier, (Xavier, Navarra, 1506 – Sanchoão, China, 1552). Formado em Artes e Teologia pela Universidade de Paris, foi um dos fundadores da Companhia de Jesus. Em 1541, partiu, como Núncio Apostólico, para o Extremo Oriente, no âmbito do Padroado Português, onde a sua intensiva acção missionária o distinguiu como Apóstolo das Índias. FL 21 [junto à peça: João de Brito catequizando os índios]

240

“Esta a conta, que toda se cifra na particular protecção com que Deus Nosso Senhor aqui nos ampara, e vai propagando sua santa fé sem amparo humano, antes contradizendo-a os Reis, Príncipes, Governadores e Letrados destas terras em que vivemos.”

João de Brito, Carta de Madurai (Índia), 1683. S. João de Brito (Lisboa, 1647 – Oriur, Madure, 1693). Ordenado sacerdote jesuíta, parte para a índia, em 1673. Adoptando os hábitos dos pandarás-suamis, que não colidissem com a religião católica, a fim de facilitar o contacto com a população local, percorreu o sudoeste da índia, obtendo elevado número de conversões. Perseguido pela sua acção missionária, foi preso e martirizado. FL 22 [junto à peça: Noticias sumarias das perseguições da missam da Conchichina] “Não cabiam em si de prazer os neófitos, por verem outra vez Igreja pública no seu reino. E posto que se renovassem as proibições, quer aos padres de não ensinar a lei dos portugueses aos cochinchinas, quer a estes de não a receberem, iam à casa dos padres de noite às escondidas e também de dia com disfarces.”

Notícias sumárias das perseguições da missão da Cochinchina (actual Vietname), Lisboa, 1700.

FL 23 [junto à peça: Beato Inácio de Azevedo] “Era o Padre Inácio um dos homens que vimos nesta vida muito ajudado de Deus. Espantava e cativava a gente com quem conversava porque se via que não fazia isto com eloquência natural, senão com graça divina e muita prudência sobrenatural.”

Informação da morte do Padre Inácio de Azevedo e seus companheiros (40 missionários martirizados ao largo das Canárias, quando se dirigiam para o Brasil), século XVII.

241

IV - SINALÉTICA Exterior Pendão

Encontro de Culturas Oito Séculos de Missionação Portuguesa ____________________________ The Meeting of Culture Eight Centuries of Portuguese Missionary Activity Horário: Diariamente das 10.00 às 18.00 horas Encerra às segundas-feiras.

Colocação: preso entre as colunas, à entrada, e no primeiro janelão sobre a Praça de S.

Pedro.

Quadros informativos:

– Comissariado da exposição – Coleccionadores – Patrocinadores

Colocação: à entrada, atrás da bilheteira

242

5.3. – PLANTAS

Descrição:

O projecto arquitectónico da Exposição Incontro di Culture: otto secoli di evangelizzazione

portoghese foi entregue a Américo Silva.

A área musealizável de cerca de 2.000m2 compreendia toda a galeria meridional, projectada como

um acesso coberto entre a colunata e o pórtico da basílica de S. Pedro, conhecida como o Braccio

di Carlo Magno.

O espaço longilíneo é marcado pela presença, ao longo das laterais de toda a galeria por grandes

janelas rectangulares que, no exterior, inseridas entre duplas pilastras adossadas, prolongam o

esquema da colunata. Foi, por isso, decidido cobrir toda a superfície parietal com painéis de

madeira; o tecto era coberto por faixas de pano-cru. Dado que o pavimento, de tijolo romano,

apresentava uma inclinação de 5º, os painéis de madeira tiveram de ser cortados com essa

inclinação a fim de manter a verticalidade.

Os materiais expositivos foram construídos integralmente em Portugal; no Vaticano procedeu-se

apenas à respectiva montagem final. As vitrinas soltas, horizontais e verticais, foram

reaproveitadas da exposição de Lisboa.

Américo Silva fez o levantamento dimensional do edifício e desenhou duas plantas (I e II), como

referência para pedido de orçamento, e um desenho de pormenor à mão levantada (III). O projecto

definitivo foi apresentado em planta (IV) e maqueta (V).

243

I – Estudo 1

[Braccio Carlo Magno] Estudo para pedido de orçamento (hipótese 1) Américo Silva Julho/Agosto de 1995 Escala da planta original: 1/100 [Imagem a 29%] Descrição: Planta da globalidade do espaço onde iria decorrer a Exposição “Incontro di Culture”, com marcação das várias estruturas de apoio e a circulação junto à entrada (acesso pela Praça de S. Pedro). Nesta hipótese, o espaço central era deixado quase sem interferências, à excepção de algumas vitrinas soltas, inserindo-se as restantes na estrutura parietal. Tem marcado, respectivamente à direita e à esquerda da entrada, os espaços da loja (venda e publicações) e da recepção.

244

245

II – Estudo 2

[Braccio Carlo Magno] Estudo para pedido de orçamento (hipótese 2) Américo Silva Julho/Agosto de 1995 Escala da planta original: 1/100 [Imagem a 29%] Descrição: Planta da globalidade do espaço onde iria decorrer a Exposição “Incontro di Culture”, com marcação das várias estruturas de apoio e a circulação junto à entrada (acesso pela Praça de S. Pedro). Nesta hipótese, o espaço central era cortado por paredes oblíquas à estrutura parietal, definindo com maior nitidez o espaço de circulação e a estrutura dos vários núcleos temáticos. Tem marcado, respectivamente à direita e à esquerda da entrada, os espaços da recepção e vendas e das publicações. Foi a partir deste estudo que se elaborou o projecto definitivo.

246

247

III – Desenho de pormenor [Equipamento museográfico] Estudo para pedido de orçamento Américo Silva Julho/Agosto de 1995 Escala da planta original: 1/100 [Imagem a 30%] Descrição: Desenhos de pormenor de:

− estruturas em grades de madeira desmontáveis com peças amovíveis; − plintos; − vitrinas (horizontais) com vidros.

Descreve as seguintes características das estruturas em grades de madeira, para a cobertura das paredes:

− estrutura colocada de modo a permitir aberturas para vitrinas; − estrutura em madeira leve de “casquinha”; − placas de contraplacado de 6mm em madeira clara “faia” ou similar; − vidros de 6/7mm.

Os elementos expositivos estão cotados e apresentam relação com a escala humana.

248

249

IV – Planta

Planta da exposição Projecto: Américo Silva Design (sobre o desenho do projecto): José Brandão Fevereiro de 1996 S/escala [Imagem a 110%] Descrição: Planta da exposição com marcação dos núcleos temáticos. Legenda:

I. Os missionários portugueses anunciam Jesus Cristo a povos de além-Atlântico II. Os missionários partem do país mais ocidental da Europa, acompanhando os navegadores,

na descoberta de novas rotas e gentes III. O corajoso empenhamento dos missionários portugueses é reconhecido pela Santa Sé IV. O anúncio evangélico espalha-se por diferentes culturas V. A inculturação é evidente nas expressões artísticas

VI. O contacto de culturas expressa-se nas expressões linguísticas VII. A modernidade de actuação dos missionários portugueses é notória na investigação

científica VIII. Os missionários contribuem para o desenvolvimento integral de povos e nações e foram

pioneiros na defesa dos direitos do homem IX. Ser missionário é caminhar para a santidade X. Portugal é convocado para a missão de hoje pelo Papa João Paulo II

250

251

V – Maqueta

Vista geral, a partir do acesso exterior à galeria do Braccio Carlo Magno.

252

Últimos núcleos (V a X)

Zona de entrada e primeiros núcleos (I a V).

A seta estabelece a correspondência entre as zonas representadas.

253

Zona da entrada

Loja e painel do núcleo III.

Núcleo V: Índia e Japão.

254

5.4. – ABERTURA AO PÚBLICO, 28 de Março a 30 de Junho de 1996

Descrição:

A Exposição Incontro di Culture: otto secoli di evangelizzazione portoghese foi inaugurada a 28

de Março de 1996, pelo Primeiro-Ministro português, Eng. António Guterres, pelo Secretário de

Estado do Vaticano, Mons. Ângelo Sodano e pelo Presidente da Conferência Episcopal

Portuguesa, D. João Alves (I).

A exposição esteve aberta ao público até ao final de Junho, todos os dias, excepto às quartas-

feiras (por ser o dia da audiência papal na Praça de S. Pedro, com dispositivos de segurança que

implicavam o encerramento do local), entre as 10.00 e as 17.00 horas. O ingresso era pago (II).

255

I. CONVITE [Imagem a 80%]

II. BILHETE DE INGRESSO [Imagem a 80%]

256

5.5. – PUBLICAÇÕES

Descrição:

As edições promovidas pela Exposição Incontro di Culture: otto secoli di evangelizzazione

portoghese foram:

− cartaz;

− desdobrável;

− roteiro;

− catálogo.

O responsável pelo grafismo de todas as edições foi José Brandão, do Atelier B2; no catálogo,

trabalhou em colaboração com Nuno Vale Cardoso.

O cartaz (I) e o desdobrável (II) constituíram o principal meio promocional da exposição. Foram

distribuídos na Salla Stampa do Vaticano, no comércio local, museus, bibliotecas, livrarias e

igrejas de Roma. O cartaz foi editado em italiano; o desdobrável, em português, inglês e italiano.

O roteiro apresentava o texto introdutório de D. João Alves, Presidente da CEP, o texto do

desdobrável, a ficha identificativa das peças (texto das legendas) e a planta da exposição. Foi

publicado em português, inglês e italiano.

O cartaz, o desdobrável e o roteiro foram feitos a partir da matriz da edição portuguesa.

O catálogo (III) reproduzia a estrutura da exposição: inseria, em cada núcleo, os textos

apresentados no catálogo da exposição em Portugal, mas aqui com outra sequência; cada núcleo

abria com uma imagem de página inteira e frase dos painéis introdutórios. As peças apresentam a

ficha idêntica à das legendas e do roteiro e eram, com raras excepções, acompanhadas por

fotografia.

Com a parceria da empresa informática que patrocinava o uso das bases de dados, a SOGETI, foi

editado um CD-Rom (IV) de apoio à exposição e segundo o modelo de catálogo electrónico.

257

I. CARTAZ

Ficha bibliográfica

Incontro di culture [ Visual gráfico] : Portogallo missionário : otto secoli di evangelizzazione

portoghese : exposição / Governo della Republica Portoghese ; Conferenza Episcopale

Portoghese; design José Brandão - Atelier B2

Lisboa : [s.n.], 1996.

1 cartaz : color. ; 68x48 cm

258

II. DESDOBRÁVEL Edição em português [Imagens a 50%]

259

Edição em italiano [Imagens a 80%]

260

III. CATÁLOGO Ficha bibliográfica

Igreja Católica. – Conferência Episcopal Portuguesa

Encounter of cultures : Eight Centuries of Portuguese Mission Work, Vatican April to June,

1996: [catálogo de exposição] / [org.] Portuguese Episcopal Conference ; coord. Natália

Correia Guedes; colab. Maria Isabel Rocha Roque, Dália Guerreiro ; transl. Maria Ivone

Mollet, Anne Morais de Barros

Lisboa : C.E.P., 1996.

382 p.: il. ; 31 cm

261

Folha de rosto

[Imagens a 39%]

262

IV. CD-ROM

Os textos, peças e respectiva descrição, em português e inglês, relativos a exposição de

Lisboa e do Vaticano, estavam disponíveis num CD-ROM realizado em parceria com a Sogeti.

Após o ecrã de entrada (1), o acesso processava-se através do menu (2), com as seguintes

propostas de pesquisa e navegação:

− base de dados – pesquisa no universo das imagens do catálogo da exposição de

Lisboa, por campos tabelados e em texto livre;

− textos – reposição dos textos de especialistas elaborados para o catálogo;

− cronologia – pesquisa de peças por séculos;

− mapas – pesquisa por zonas geográficas

− visita guiada – pesquisa pela planta da exposição no Vaticano.

Assim, do menu principal, podia aceder-se à base de dados (3), onde era possível efectuar a

pesquisa no universo de peças das duas exposições (de Lisboa e do Vaticano), aos textos dos

especialistas (4); a partir da cronologia (5), chegávamos a uma pré-selecção de obras (6) e, daí, à

base de dados; através dos mapas (7) era possível visualizar as peças da exposição dentro de cada

núcleo temático (8); a visita guiada referia-se à exposição do Vaticano (9-12) e continha um

pequeno filme (12). A partir de qualquer uma das opções de selecção (por tábua cronológica, pelo

mapa com as zonas geográficas, ou pela visita guiada, acedia-se à ficha das peças através de um

“clique” do rato sobre a respectiva imagem.

263

1. Ecrã de entrada

2. Menu principal

264

3. Registo da base de dados

4. Apresentação de um texto introdutório do catálogo

265

5. Selecção por tabela cronológica

6. Visualização de peças pré-seleccionadas a partir da tabela cronológica

266

7. Selecção por zona geográfica

8. Visualização de peças pré-seleccionadas a partir de uma zona geográfica

267

9. Visita guiada à exposição com navegação através da planta

10. Visita guiada: em cada núcleo, opção pela visualização das peças ou de um filme.

268

10. Visita guiada: opção pela visualização das peças.

10. Visita guiada: em cada núcleo, opção pela visualização de um filme.

269

5.6. – VISITA GUIADA

Descrição:

O comissariado da Exposição Incontro di Culture: otto secoli di evangelizzazione portoghese

realizou uma visita guiada à exposição em formato texto, baseada nas fichas de comentário

elaboradas para a Exposição Encontro de Culturas (Vd. Anexo 4.10, VI), a qual foi traduzida para

espanhol, francês, inglês, italiano, alemão e japonês. As várias versões foram registadas em áudio

e eram disponibilizadas, com o equipamento adequado, aos visitantes que o solicitassem na

recepção (I).

270

I. VISITA GUIADA

[Versão portuguesa]

Bem-vindo à Exposição "Encontro de Culturas, Oito Séculos de Missionação Portuguesa".

Vou conduzi- lo numa visita guiada, pedindo-lhe que tenha como pontos de referência os painéis

numerados a algarismos romanos, de que transcrevemos os títulos.

As indicações de percurso, à esquerda e à direita, são dados tendo como referência o visitante

virado de costas para a entrada principal.

Painel I

Os missionários portugueses anunciam Jesus Cristo a povos de além Atlântico desde

o século XII.

Iniciamos o percurso pela sua direita.

A missionação portuguesa remonta à época da reconquista cristã, na Península Ibérica,

relacionando-se posteriormente com o movimento de expansão marítima em terras de África, do

Oriente e do Brasil.

O mapa-múndi mostra as principais rotas dos descobrimentos portugueses junto à costa de África,

para a Índia e para o Brasil e apresenta as Dioceses que tiveram origem em Lisboa e Goa.

A escultura Nossa Senhora e as Quatro Partes do Mundo evidencia o propósito dos

missionários em unificar os povos e as culturas dos quatro continentes sob a mesma crença cristã.

Painel II

Os missionários partem do país mais ocidental da Europa, acompanhando os

navegadores na descoberta de novas rotas e gentes.

O esquema, relativo à carreira da Índia, ilustra as difíceis condições de viagem para as novas

zonas de missionação: a longa duração, a fome, a doença. Os Ex-votos (quadros narrativos que

cumprem um voto por uma graça recebida) aludem a outras dificuldades: as tempestades, os

ataques e os naufrágios. Tudo isto tornava a viagem num espaço de missionação por excelência.

Daí, a presença do altar-portátil em torno do qual se celebravam os rituais litúrgicos, e as

271

imagens devocionais de que os passageiros se faziam acompanhar, como o Menino Jesus , uma

imagem de torna-viagem, que acompanhou um governador entre o Brasil e Portugal.

Painel III

O corajoso empenhamento dos missionários portugueses é reconhecido pela Santa

Sé.

Voltamos atrás, à esquerda.

A imagem da Sé do Funchal ilustra a referência àquela que foi, no século XVI, a diocese mais

extensa do mundo, compreendendo todas as terras do sul da Mauritânia, até à Indochina, a este, e

até ao Brasil, a oeste.

A expansão marítima portuguesa e os contactos que então se iniciaram com outras culturas

abriram um vasto campo de acção missionária, levando à formação de várias dioceses

ultramarinas. A cadeira de estrado, do século XV, pertenceu ao Bispo de Ceuta, na altura em

que a sede deste bispado se situou em Valença do Minho, no norte de Portugal, de onde esta peça

é proveniente. A empresa da missionação nas novas regiões era então confiada à ordem de Cristo,

cujo emblema é apresentado no véu de cálice.

A Santa Sé procurou compensar e estimular este esforço através de bulas facultando privilégios

extraordinários, como as que se encontram expostas na vitrina seguinte. Entre estas merece

particular relevo a Bula Aequum reputamus, do Papa Paulo III, em 1534, a qual atribui o direito

de Padroado e respectivos benefícios aos reis de Portugal; esta determinação é especificada pela

Bula Inefabili et summi patri providentia, do Papa Alexandre VI, 1497, a qual concede a D. Ma-

nuel, rei de Portugal, e a seus sucessores, todos os direitos e tributos sobre as terras conquis tadas,

desde que nelas nenhum outro príncipe cristão possuísse direitos anteriormente adquiridos.

Painel IV

O anúncio evangélico espalha-se por diferentes culturas.

Retomando o lado direito do percurso, encontramos, nas duas vitrinas em frente, cartas e relatos

feitos por missionários acerca da sua actividade apostólica e o registo dos mais variados aspectos

de que se revestiam os contactos com outros povos.

Alguns destes contactos foram particularmente significativos, como o encontro com o imperador

Galawdews, da Etiópia, encarado no Ocidente como o mítico Preste João, o rei cristão para lá do

272

mundo muçulmano, que enviou ao rei português uma carta escrita em copta e encimada pela

representação de Cristo na cruz.

Os Jesuítas, sobretudo, enviavam regularmente os relatos da sua actividade para a Europa, onde

eram objecto de edições cuidadas. Numa primeira fase, a compilação procurava abranger a maior

extensão geográfica, de África às Índias Orientais e ao Brasil, de forma a evidenciar a extensão da

sua acção missionária, como é o caso das Cartas de Jesuítas apresentadas.

Painel V

A inculturação é evidente nas expressões artísticas.

Retomamos o percurso da esquerda.

A inculturação dos valores cristãos na arte produzida nas várias regiões onde chegaram os

missionários portugueses está patente nas interpretações da figura de Nossa Senhora e que são, da

esquerda para a direita: de África, a Nossa Senhora com o Menino ao colo; da Índia, a Nossa

Senhora da Conceição, de pé sobre o crescente lunar, com as mãos postas sobre o peito num

gesto tipicamente oriental; da China, Nossa Senhora com o Menino, a qual retoma uma figura

característica do imaginário chinês; do Brasil, Nossa Senhora da Aparecida, a padroeira daquele

país.

Ao longo do percurso, a marcar as várias zonas, encontram-se retratos de bispos de algumas das

principais dioceses do padroado português.

Contornando pela esquerda, passando junto a uma interpretação guineense da figura do

missionário, encontramos uma vitrina com peças provenientes da Terra Santa. Os franciscanos

portugueses que, desde o século XIII, para lá se dirigiram, importaram para numerosas igrejas

portuguesas, peças em madeira de oliveira com embutidos ou revestidas a madrepérola,

reproduzindo cenas do Novo Testamento e temas iconográficos franciscanos, em baixo relevo ou

com desenho linear inciso e realçado a preto, verde ou vermelho. Entre elas, uma miniatura do

Santo Sepulcro, com o brasão de Jerusalém e as armas dos franciscanos, pode ser desmontada,

permitindo ver a edícula do Túmulo, no centro da Anastasis, bem como as capelas centrais e

laterais. Esta peça foi oferecida à rainha D. Catarina de Bragança por um Bispo da Grã Bretanha.

Na vitrina em frente, a Sagrada Família, proveniente de Angola, introduz-nos na produção

artística africana, apresentando-nos Nossa Senhora com o Menino ao colo e S. José, soba sentado

com as pernas cruzadas e a fumar cachimbo.

Retomamos o lado direito do percurso.

273

Na costa ocidental e ilhas adjacentes de África, a divulgação do cristianismo junto aos povos

locais traduziu-se na interpenetração dos símbolos cristãos na sua produção artesanal em matérias

naturais como fibras entrelaçadas, conchas e madeira entalhada. Na vitrina, à direita, apresentam-

se peças das zonas de Cabo Verde e Guiné, merecendo especial destaque o báculo oferecido ao

Bispo da Guiné-Bissau, pela comunidade local.

A inculturação processava-se também pela importação de modelos nitidamente europeus para os

novos espaços de missionação. Uma das peças mais antigas que evidencia este aspecto é o

hostiário em marfim, do século XV-XVI, proveniente da Serra Leoa, integralmente decorado

com cenas religiosas, sobretudo relacionadas com o nascimento e infância de Cristo, e

apresentando, na tampa, as armas reais portuguesas e a cruz de Cristo. É o caso, também, das

alfaias litúrgicas, em prata, provenientes de S. Tomé e Príncipe e Angola, na mesma vitrina.

Porém, a cruz processional, obedecendo formal e estruturalmente aos modelos europeus, revela

uma decoração tipicamente africana, parecendo ser de manufactura local.

A interpenetração das culturas europeia e africana é, porém, mais incisiva na produção autóctone

em que o artista interpreta e reformula os dados que lhe são fornecidos. As alfaias em madeira

entalhada, embora do ponto de vista formal procurem seguir os modelos europeus, apresentam

uma decoração com motivos geométricos e outros elementos ao gosto local, como as figurinhas

antropomórficas orantes que ornamentam o castiçal, ou a galinhola do mato que remata a tampa

da píxide .

Porém, nesta zona, a inculturação é particularmente significativa na reformulação do modelo

europeu da figura de Cristo na cruz. Proveniente do antigo reino do Congo, do século XVII, o

crucifixo, em liga de cobre fundido segundo a antiga técnica congolesa, apresenta as principais

características dos modelos desta zona: a figura de Cristo com feições rudimentares e volumes

corporais simplificados. Outra interpretação da imagem de Cristo na cruz, muito característica

desta zona, surge nos n'zambi que apresentam um europeu, com cruz sobre o peito e cabeça

coberta, em posição cruciforme e enquadrados num pórtico rectangular.

Ainda nesta vitrina, encontram-se as vestes solenes que os antigos reis do Congo envergavam na

cerimónia do baptismo, a qual se celebrava antes da entronização; têm a cruz de Cristo, entre os

habituais motivos geométricos.

À esquerda da vitrina, encontram-se duas bandeiras, provenientes da zona do Congo, ambas

apresentando no centro uma interpretação local da cruz de Cristo.

Na vitrina à esquerda, estão peças provenientes de Moçambique, evidenciando a predominância,

nesta zona, da arte da talha, sobretudo em pau preto, como acontece no sacrário em forma de

cubata, em torno da qual se desenrola a representação do presépio com figuras africanas, ou na

274

décima quarta estação da Via Sacra, em que as todas as figuras (as que carregam o corpo de

Cristo e, sobretudo, a Virgem que o segue) são muito expressivas.

No Crucifixo, em sândalo africano, a figura de Cristo, cujas feições de olhos e boca entreabertos

denotam grande sofrimento, é representada em exagerada contorção e com volumes

desproporcionados que realçam o dramatismo da agonia.

Os cálices, recolhidos em Inhambane, Moçambique, modificam o modelo europeu, não só pelo

material usado, como sobretudo do ponto de vista formal, que se torna muito elaborado, até

porque é trabalhado em monobloco.

À esquerda desta vitrina, encontra-se uma pia baptismal, proveniente de Moçambique.

Retomamos o percurso da esquerda, junto à casula, da mesma zona, com um bordado disperso de

borboletas, gafanhotos, libélulas e outros insectos.

Ao lado, a imagem de Nossa Senhora da Pérsia é proveniente da irmandade com a mesma

invocação que, em Lisboa, se encarregava de providenciar às necessidades da missionação

naquela zona. A importância da acção dos missionários foi reconhecida pelo próprio Xá que

ofereceu o cofre em cristal veneziano ao Arcebispo da Índia, com a condição de que este o

enviasse para o convento lisboeta, de onde aqueles partiam.

A arte indo-portuguesa, florescente entre os séculos XVI a XVIII, revelou enorme originalidade,

resultante da fusão das concessões europeias com os modelos e influências locais. Predominam as

formas ocidentais, mas a maior parte dos materiais usados, bem como a sua ornamentação são

tipicamente indianos.

Continuando o percurso da esquerda, encontramos um presépio, cujas figuras são representadas

de forma muito naturalista, contrastando com o exotismo de alguns animais.

A pedra votiva, a seguir, proveniente de Chaúl, Índia, é uma peça arquitectónica de

aproveitamento com decoração em ambas as faces: numa, o emblema dos jesuítas; na outra, dois

anjos em adoração do Santíssimo, sendo qualquer destes motivos frequente em guarnições de

edifícios religiosos.

Sobre estas duas últimas peças, encontra-se um véu de ombros, em gaze de seda e fio de ouro,

com decoração tipicamente indo-portuguesa.

Retomamos o percurso à direita.

Na vitrina da direita, está um oratório, em forma de templete, que apresenta, nos volantes, a

árvore da vida indiana, e as imagens cristãs de Santa Catarina de Sena, de iconografia

dominicana, e Santa Catarina de Alexandria, que lhe é frequentemente associada. No interior, a

imagem de Nossa Senhora, segurando ao colo o Menino com os atributos de Salvador do

Mundo.

275

Na vitrina de parede, ao fundo, encontram-se um sacrário e duas sacras, provenientes de igrejas

de Moçambique, mas com decoração vegetalista indo-portuguesa associada a quadros de

iconografia cristã.

Esta inculturação de valores revela-se particularmente na escultura indo-portuguesa: a partir de

modelos europeus, os artistas locais recriavam-nos, adaptando- lhes características indianas, tais

como a simetria, a frontalidade e a volumetria hierática e, por vezes, uma coloração forte, como

sucede no Presépio apresentado.

Nesta vitrina, merece destaque Nossa Senhora do Rosário, em prata. A Virgem, com o Menino

sobre o braço, segura, nas mãos, um rosário. As figuras, com feições e postura orientais, são

enquadradas por um resplendor em forma de mandorla, com engastes de pedras e vidros

coloridos.

No âmbito da escultura indo-portuguesa, são fundamentais as figuras religiosas em marfim, com

as que são apresentadas na vitrina ao lado.

A figura do Menino Jesus Bom Pastor retoma uma representação de Buda, em meditação, a

cabeça apoiada sobre a mão e sentado com as pernas traçadas. Encontra-se no topo de um monte

rochoso, escalonado em vários registos e em cujos flancos, cobertos de vegetação, se encontra o

rebanho a pastar.

Na parede, encontra-se um retábulo, cuja estrutura arquitectónica reproduz o modelo das igrejas

maneiristas indo-portuguesas.

A cruz apresenta várias imagens em marfim: Cristo, tratado com grande rigor anatómico; as

figuras da Virgem e de S. João Evangelista, aos pés da cruz. Esta insere-se numa base de modelo

arquitectónico, figurando o Monte do Calvário, na qual se inscreve iconografia relacionada com a

Paixão e Morte.

Ainda nesta vitrina, encontram-se cofres eucarísticos, receptáculos destinados à reserva da

hóstia, e uma urna do Santíssimo; esta apresenta em cada uma das faces a árvore da vida, tema

simbólico comum ao budismo e à tradição cristã, associado à regeneração perpétua e à

imortalidade, o que a liga à função da peça como sacrário de quinta-feira santa.

Retomando o percurso da esquerda, após um escritório com decoração mogol, no meio da qual se

destaca o emblema da Companhia de Jesus, IHS, encontra-se uma vitrina com alfaias litúrgicas

(conjunto de sacras, caldeirinha com hissope, galhetas e bacia com gomil), parte do espólio

do primeiro bispo de Damão, cujas armas estão representadas no véu de sacrário. Todas as

peças, à excepção da caldeirinha, são de estilo idêntico: campo integralmente preenchido com

decoração miúda vegetalista e pequenas flores dispersas, por vezes interrompida pela apresenta-

ção de animais (leões, cães, gazelas e outros).

276

À direita, também proveniente de uma igreja da Índia, uma porta, cuja decoração evoca a função

simbólica da entrada no templo: S. Miguel Arcanjo, que preside à entrada dos justos no reino dos

céus.

No bloco central, merece especial destaque a representação de Cristo agonizante na cruz. Todo o

corpo é tratado com relevo muito naturalista, notando-se a ossatura, a tensão dos músculos e

tendões e os rebordos da pele junto às feridas que se distribuem por todo o corpo, testemunhando

a coroação de espinhos, os açoites, o peso da cruz sobre os ombros, os grilhões nos pulsos e as

quedas no caminho para o Calvário.

Retomamos o percurso à direita, onde encontramos várias peças provenientes da China. Um

conjunto formado por pano de armar, baldaquino portátil e véu de ombros tem a superfície

integralmente preenchida por bordado a fio de ouro e sedas, compondo figuras de anjo envoltas

por nuvens caracteristicamente chinesas, em torno de elementos alusivos à função a que se

destinam: a exposição do Santíssimo.

Na vitrina da esquerda, abarcando um período que vai desde o século XVI ao XIX, encontra-se

um conjunto de objectos em porcelana, entre os quais as peças com decoração a azul cobalto sob

o vidrado. Um dos mais antigos exemplares conhecidos é a taça, da Dinastia Ming, com o fundo

decorado pelo leão budista a jogar com a bola de brocado, mas em cuja borda corre a inscrição

cristã com o início da Avé-Maria; no exterior, além da esfera armilar portuguesa, encontra-se,

entre crisântemos estilizados, o monograma jesuíta IHS, circundado pela coroa de espinhos. São

frequentes os objectos com legendas e emblemas de ordens religiosas, como o pote que ostenta as

armas dos Jesuítas, ou a garrafa com as dos franciscanos. Durante o século XVIII e primeira

metade do XIX, encontram-se peças avulsas com cenas inspiradas no Novo Testamento, copiadas

a partir de desenhos e gravuras europeias.

A estrutura da custódia é marcadamente europeia: base de secção quadrangular, fuste com nó e

receptáculo rodeado por resplendor raiado encimado por cruz, mas decorada com motivos

imbricados chineses.

A produção de paramentos foi muito importante na China, onde os missionários aproveitaram as

oficinas de bordados, bem como os motivos tradicionais: aves e flores de variado e intenso

colorido, como na dalmática e na casula que se encontram na vitrina ao lado, após os painéis.

Continuando o percurso pela esquerda, encontramos uma referência a Timor: uma cena da festa

de recepção a Mons. Jorge Duarte, na missão de Barique, em 1949; a capela, ao fundo, tem

paredes de cana entrelaçada e cobertura com folhas de palmeira.

Voltamos ao bloco central, junto ao frontal de altar, que representa Maria Madalena penitente,

reclinada, numa posição búdica frequente na arte indo-portuguesa.

277

Contornando este bloco, encontramos objectos de arte nambam, surgidos dos contactos que os

missionários portugueses estabeleceram no Japão. As peças destinadas ao culto litúrgico, o

oratório e o cofre litúrgico, embora mantendo a estrutura em madeira segundo os tradicionais

modelos europeus, apresentam a superfície lacada a negro, com decoração a ouro, prata ou cores

e com incrustações de madrepérola, compondo uma ornamentação vegetalista tradicional e

alusiva aos votos de longevidade, fecundidade e fidelidade do xintoísmo. O oratório tem, no

painel central, uma representação da Nossa Senhora com o Menino, numa pintura a óleo sobre

cobre.

A espingarda tem representados, no cano, os símbolos da Paixão de Cristo.

A história da missionação neste país está contada de modo esquemático na pintura sobre papel

Introdução do Cristianismo no Japão: em primeiro plano, a chegada de uma nau portuguesa,

vislumbrando-se missionários no convés e na azáfama do porto; ao longo da colina, serpenteia

uma procissão com pálio e estandartes encimados por cruz, enquanto grupos dispersos ouvem as

pregações dos missionários; no cimo, assiste-se ao martírio dos cristãos, queimados ou degolados,

cujas almas se elevam aos céus, em torno da Virgem com o Menino.

Retomando o percurso da esquerda, uma vitrina com peças provenientes de Macau, entre as quais

se destaca a representação de Nossa Senhora da Boa Morte, motivo iconográfico frequente na

zona: deitada sobre uma cama de dossel, a Virgem repousa, em atitude dormente, com os olhos

semicerrados.

S. José e o Menino são representados com uma exuberância de cores própria da zona, quer a

nível das vestes, quer na peanha que os suporta.

A píxide , estruturalmente europeia, apresenta na decoração um motivo esmaltado oriental.

Em cada um dos lados da vitrina, encontram-se dois estandartes. À direita, o estandarte de Santa

Catarina de Sena apresenta iconografia dominicana: a santa ajoelha aos pés de Nossa Senhora

do Rosário e ao lado de S. Domingos de Gusmão. À esquerda, o estandarte de Nossa Senhora

da Boa Viagem; a Virgem, assente sobre nuvens, tem o Menino ao colo, enquanto a outra mão

segura uma embarcação, sendo todo o conjunto envolto por um resplendor de cariz oriental.

Avançando em direcção ao centro, encontramos, destacada, a cruz de ferro que presidiu, em

1500, à primeira missa celebrada no Brasil, em acção de graças pela chegada da frota de Pedro

Álvares Cabral ao novo continente descoberto.

Nas vitrinas atrás desta, estão peças provenientes do Brasil. A imagem de Nossa Senhora,

proveniente de Ouro Preto, em Minas Gerais, é exemplar do barroco brasileiro. A urna do

Santíssimo é um sacrário em forma de baú, oferecido ao Bispo de Olinda, em madeira revestida a

placas de tartaruga com aplicações de prata onde se inscreve o hino litúrgico "Tantum ergo". A

278

salva, com contraste de um ensaiador português, pertenceu a um bispo do Maranhão, conforme

atesta o brasão episcopal ao centro.

Painel VI

O contacto de culturas manifesta-se nas expressões linguísticas.

Voltando às duas vitrinas que ficaram atrás, de cada um dos lados do percurso, expõem-se livros

de orações, catecismos, rituais e vocabulários, não só no continente, como também em tipografias

próprias criadas nessas zonas, sobretudo pela Companhia de Jesus. Os missionários foram, a par

dos mercadores, um dos mais importantes veículos de expansão da língua portuguesa. Por outro

lado, assumindo-se como estudiosos das línguas locais, a fim de facilitar a sua comunicação com

os indigenas e, portanto, permitir uma melhor divulgação e assimilação dos conceitos cristãos, os

missionários foram os primeiros a transpor para a escrita inúmeras línguas até então apenas orais.

Entre eles destacamos o Padre José de Anchieta, cujo retrato se encontra na vitrina do lado

direito do percurso: compôs a Arte da Gramática da Língua Mais Usada na Costa do Brasil,

ou seja, dos índios tupi-guarani.

Painel VII

A modernidade de actuação dos missionários é notória na investigação científica.

Continuando o percurso à direita, temos o retrato Padre António de Andrade, o primeiro europeu

a entrar no Tibete, e o livro que regista esse facto.

Não foi apenas nas viagens de exploração geográfica, decorrentes da sua busca de novas zonas de

evangelização, que os missionários se distinguiram no âmbito científico. Na generalidade, eram

pessoas com uma formação muito exaustiva em áreas tão diversificadas como a matemática,

geometria, física, astronomia, botânica, zoologia. Quando partiam em missão, estes

conhecimentos permitiam-lhes, noutros contextos científicos, efectuar pesquisas e avanços nos

diversos âmbitos, de que são exemplo as espécies expostas nas vitrinas à esquerda.

O estudo da fauna e da flora ficou registado em álbuns como os que apresentamos; a botânica,

nomeadamente, teve grande importância pela sua aplicabilidade à farmacologia e ao tratamento

de doenças.

O estudo sistemático do firmamento permitiu uma aferição das cartas de navegação e um

aprofundamento do conhecimento astronómico; daí a realização de obras como o Regimento da

279

Declinação do Sol, ou o Observatório de Pequim, construído no século XVII, sob a orientação

de missionários, e de que apresentamos algumas gravuras na parede de fundo.

Entre as duas vitrinas, a Colecção das Sete Cartas da Costa do Brasil evidencia o papel dos

missionários na cartografia terrestre de zonas até à data desconhecidas na Europa.

Retomando o percurso da esquerda, encontramos a referência a um outro aspecto complementar

da actividade missionária: a arquitectura.

Este aspecto toma particular evidencia na construção de igrejas que repetem, nos outros

continentes, os modelos europeus, como se pode observar nos desenhos, gravuras e miniaturas

expostas. O contraste entre as várias tradições estilísticas encontra-se bem patente no pote de

bronze, em cujo bojo se apresentam várias construções chinesas e, no meio destas, a catedral de

Pequim, a primeira a ser construída na diocese, seguindo o modelo jesuítico europeu.

Característica deste modelo foi a Igreja de S. Paulo em Macau, de que apenas resta a fachada e

escadaria, conforme a miniatura apresentada.

Neste espaço, encontra-se um terminal informático com uma base de dados sobre o património

arquitectónico construído por influência missionária portuguesa no mundo, que o convidamos a

consultar.

Painel VIII

Os missionários contribuíram para o desenvolvimento integral de povos e nações e

foram pioneiros na defesa dos direitos do homem.

Retomamos o percurso da direita, onde se reproduz um desenho do século XVIII, com a planta da

Aldeia de S. José de Mossâmedes, Brasil, a qual evidencia o programa de missionação jesuítica

junto aos índios do Amazonas, organizando-os em pequenos aglomerados criados em torno de

uma igreja e junto a oficinas e empresas agrícolas, visando ensinar- lhes a doutrina cristã e uma

profissão.

Figura pioneira da defesa dos índios brasileiros contra os colonos que os pretendiam escravizar

foi o Padre António Vieira, missionário português no Brasil, cujo busto e retrato apresentamos.

Nos seus sermões e nos textos que nos deixou, como os que estão expostos, ficou o registo da sua

actividade em prol da promoção desses povos, em estudos de profunda observação antropológica,

inovadora para a época.

280

Painel IX

Ser missionário é caminhar para a santidade.

Continuamos no percurso da direita.

Os Mártires de Marrocos foram cinco franciscanos italianos, a quem S. Francisco de Assis

enviou ao Norte de África, no início do século XIII, passando por Portugal. A sua representação

iconográfica refere o momento do martírio que ali sofreram. As suas relíquias foram embrulhadas

num pano de que posteriormente se fez a casula apresentada à esquerda, no bloco central, e

enviadas para o Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, onde foram recebidas com tal solenidade e

emoção que Santo António, da Ordem dos Agostinhos, decidiu tornar-se franciscano e, tal como

eles, ir missionar para o Norte de África. No lado esquerdo deste bloco, encontra-se a

representação de Santo António de Lisboa, o primeiro santo missionário português; um exemplo

da universalidade do culto a este santo é a estatueta feita por um artista popular indiano no século

XIX.

Continuando o percurso pela direita, duas pinturas, uma com a panorâmica de Lisboa, a outra

com a de Goa, aludem à viagem de S. Francisco Xavier para a Índia, em 1541, como núncio

apostólico no âmbito do Padroado Português, e onde a sua intensiva acção missionária o

distinguiu como Apóstolo das Índias. No sacrário que se encontra ao centro, a ladear a Última

Ceia, estão, na face esquerda, S. Inácio de Loyo la e, na direita, S. Francisco Xavier, fundadores

da Companhia de Jesus. Seguindo pelo percurso da esquerda, encontramos algumas relíquias e

peças com a representação iconográfica do santo, habitualmente a afastar a sotaina sobre o peito,

como sinal do fervor religioso que lhe incendiava o coração. A sua morte, na ilha de Sanchoão,

próximo da costa chinesa, ocorreu em 1552 e está representada no baixo-relevo em madeira

entalhada.

Segue-se a referência a S. João de Brito, jesuíta missionário na Índia, para onde partiu em 1673 e

cuja zona sudoeste percorreu incessantemente, adoptando os hábitos dos pandarás-suamis, a fim

de facilitar o contacto com a população local, tal como aparece na pintura S. João de Brito

evangelizando os indianos. Perseguido, foi preso e martirizado. Nas faces laterais da tampa da

arca relicário, os baixos-relevos contêm várias cenas do martírio.

Voltando ao lado direito do percurso, encontramos a História do Cristianismo no Japão, em três

rolos de papel, a qual interpreta a evangelização em três momentos, à semelhança da vida de

Cristo: o Nascimento, ou seja, a divulgação da doutrina, as pregações dos missionários em locais

públicos, as conversões e a consagração de novas igrejas; a Paixão, ou o martírio dos que pre-

servaram na nova fé, no final do século XVI e início do XVII, como o de Nagasaqui,

281

minuciosamente representado com a indicação de todos os mártires, e a clandestinidade dos que

permaneceram fiéis; e, por fim, a Glória da reabertura do Japão ao cristianismo. Identificam-se,

ainda, no terceiro rolo, os éditos de proibição ao cristianismo, como a placa de madeira que se

encontra exposta, e a utilização dos fumiés, como o exposto na vitrina ao lado, e que os daimios

obrigavam os cristãos a pisar, tendo o martírio como alternativa.

No centro, a escultura em madeira representa o Padre Luís Fróis, cuja actividade missionária se

desenvolveu no Japão, durante a 2ª metade do século XVI, recolhendo valiosos dados sobre a

vida e a cultura do povo japonês e que transmitiu depois ao mundo ocidental, através de cartas e

relatos, nos quais dava igualmente notícia das mudanças políticas que aí ocorriam e da

perseguição que se levantava contra os cristãos.

Ainda neste bloco, no lado oposto, encontramos a referência ao Beato Inácio de Azevedo,

jesuíta, que foi martirizado juntamente com quarenta companheiros, ao largo das Canárias,

quando se dirigiam para o Brasil, em actividade missionária.

Ao lado, um pequeno cofre contém as relíquias do catequista André , o primeiro mártir cristão da

Cochinchina.

Neste bloco, virado para a parede do fundo, o retrato de D. António Barroso, prelado de

Moçambique e bispo de Meliapor que, entre finais do século XIX e início do século XX, realizou

importante actividade missionária em África e na Índia, segundo os parâmetros actuais de acção

social e humanitária junto às populações locais.

Painel X

Portugal é convocado para a missão de hoje pelo Papa João Paulo II

Na parede em frente, encontra-se uma série de imagens que focam alguns dos vários aspectos de

que se reveste a missionação actual, empreendida por portugueses nas mais variadas zonas do

mundo.

Tivemos muito gosto em acompanhá-lo nesta visita, que agradecemos.

O Comissariado está ao dispor para esclarecimentos.

282

ANEXO 6 – Exposição Fons Vitae, Pavilhão da Santa Sé na Expo’98

A EXPO'98 decorreu em Lisboa de 22 de Maio a 30 de Setembro de 1998, enquadrada no regime

jurídico das exposições internacionais, definido pelo BIE (Bureau International des Expositions) e

inserida num conjunto de acções comemorativas dos descobrimentos, que assinalavam a

importância histórica das gesta marítima portuguesa nas últimas décadas do século XV,

culminando com a primeira viagem marítima à Índia, feita por Vasco da Gama, em 1498, e a

chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, em 1500. Alargou, porém, a perspectiva de

comemoração histórica a um âmbito mais global, propondo um tema relacionado com a

responsabilidade contemporânea em acções de preservação ambiental: Os oceanos: um

património para o futuro.

Na sequência da apresentação no Vaticano da exposição Incontro di Culture, a Santa Sé nomeou

Natália Correia Guedes, como Comissária Adjunta do Pavilhão da Santa Sé, na Expo’98, e do

qual era Comissário-Geral, o Núncio Apostólico em Lisboa, Mons. Edoardo Rovida. Também o

Comissariado Técnico da exposição manteve a equipa da Exposição Encontro de Culturas.

O comissariado do Pavilhão da Santa Sé, atendendo a que representava um país sem orla costeira

nem qualquer relação directa com o mar, decidiu focar um assunto adjacente – a água, como fonte

de vida, a desenvolver numa perspectiva teológica e litúrgica – e apresentá- lo museograficamente.

Seriam expostos objectos de valor patrimonial e artístico, provenientes de colecções portuguesas e

do Vaticano, estruturados de acordo com os vários aspectos definidos no guião, maioritariamente

encerrados em vitrinas e identificados por legendas. Contudo, e atendendo às características do

público destes eventos, a perspectiva museológica mais do que a função informativa, privilegiaria

uma assumida intenção cénica.

283

Comissão de Honra

D. Angelo Sodano, Cardeal, Secretário de Estado do Vaticano

D. João Alves, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa

D. José Policarpo, Patriarca de Lisboa

Comissário-geral

Mons. Edoardo rovida, Núncio Apostólico

Comissária-geral adjunta

Maria Natália Correia Guedes

Consultora da Comissão Pontifícia para os Bens Culturais da Igreja

Comissão científica

Cón. Manuel Clemente, Reitor do Seminário dos Olivais

P.e António Rego, Director do Secretariado de Comunicações Sociais

P.e José Jacinto de Farias, Professor da Universidade Católica Portuguesa

P.e Luís Pereira da Silva, Prior da Sé de Lisboa

P.e Nuno da Silva Gonçalves, S.J., Historiador das Missões

P.e Tolentino Mendonça, Capelão da Universidade Católica Portuguesa

Comissariado técnico

Carmina Correia Guedes

Dália Maria Godinho Guerreiro, Directora do Pavilhão

Maria Isabel Rocha Roque, Chefe de Protocolo

Projecto de arquitectura e coordenação de montagem

Américo Silva

Montagem

Construções António Martins Sampaio

Projecto de iluminação e instalações eléctricas

Vítor Vajão

284

Ampliações fotográficas

António Góis

Transporte e embalagem

Carrola Transportes

Audiovisuais

P.e António Rego

Informática

Dália Guerreiro

285

6.1. – PROJECTO, Setembro de 1995

Descrição:

O projecto apresentava uma proposta de exposição para o Pavilhão da Santa Sé na Expo’98, sob o

título Fons Vitæ.

Foi utilizado como dossier de apresentação da Exposição, o qual foi enviado em anexo aos pedidos de

patrocínio e empréstimo de peças.

286

FONS VITAE EXPO 98

287

Parecer acerca da utilização do Pavilhão da Santa Sé

Maio a Setembro de 1998

1. Introdução

2. Memória descritiva

2.1. Comissão científica

2.2. Condições técnicas do edifício

2.3. Temática

- A Simbologia da água no cristianismo

- As comunidades missionárias do litoral oceânico

2.4. Divulgação

- Publicações

- Animação:

- Concurso para jovens catecúmenos lusófonos

- Festa de S. Pedro, Dia nacional do Pavilhão

3. Estimativa de orçamento

4. Conclusão

288

1. INTRODUÇÃO

O projecto global da EXPO 98 consta, resumidamente, da brochura “Dive into the future”; prevê-

se que seja inaugurada a 22 de Maio de 1998, tendo a duração de quatro meses e aguardando-se a

visita de 14 milhões de pessoas (Doc. 1). Já aderiram a esta iniciativa uma centena de Países, cuja

população total corresponde a cerca de 85% da população mundial.

A 16/5/95 a Nunciatura Apostólica transmitiu a “adesão de princípio “ da Santa Sé à EXPO 98

(Doc. 2), respondendo ao convite que lhe fora formulado pelo Primeiro-Ministro de Portugal, dirigido ao

Senhor Cardeal Angelo Sodano a 18/1/95.

Em Agosto desse ano, a Secretaria de Estado do Vaticano assegurou oficialmente a sua

participação (Doc. 3) e fez-se representar pelo Senhor Núncio Apostólico na cerimónia em que foi

içada, na sede da EXPO, a bandeira da Santa Sé.

Posteriormente, a Santa Sé convidou a Conferência Episcopal Portuguesa a colaborar numa

exposição no citado local; importa analisar os elementos técnicos e financeiros disponíveis, numa

primeira análise, para apresentar o assunto à consideração superior.

A temática global a que todos os Pavilhões internacionais se devem subordinar será “Os Oceanos

- um património para o futuro”. Irão, assim, surgir nos Pavilhões internacionais cerca de uma centena

de apresentações com os mais recentes resultados da investigação científica na área da biologia, tal

como recintos espectaculares com seres vivos (Oceanário) e certamente pavilhões com temáticas

comerciais, industriais, exploração petrolífera, etc. relacionadas com os Oceanos. Numa palavra, os

oceanos vistos numa óptica terrestre.

Consideremos agora o que convirá ao Pavilhão da Santa Sé desenvolver, sabendo que têm de

respeitar a temática global acima referida.

Proponho “A água, fonte de vida “, subdividida em três sectores:

− “A simbologia da água no cristianismo”

− “As comunidades missionárias do litoral oceânico”

− “Materiais dos oceanos utilizados nas alfaias litúrgicas”.

289

O Pavilhão da Santa Sé apresentaria, assim, uma visão teológica da água, como contraponto à

visão terrestre contemplada nos outros Pavilhões.

Proceder-se-ia a uma pesquisa de objectos relacionados com os aspectos referidos, não só em

todas as Dioceses portuguesas, como em Dioceses do antigo Padroado. Numa iniciativa de tanto

prestígio, o Estado português, tal como coleccionadores privados, não deixarão de colaborar Haverá

todo o interesse em incluir objectos museológicos da Santa Sé, peças etnográficas ou peças autores

famosos, que nunca tenham figurado em Exposições portuguesas, de modo a serem mais um pólo de

atracção de visitantes.

O público que irá afluir será heterogéneo sob o ponto de vista de crença religiosa - budistas,

muçulmanos, etc., que entrarão no Pavilhão da Santa Sé por uma curiosidade global e pelo prestígio

adquirido por este Estado noutras exposições mundiais anteriores. A mensagem terá, por conseguinte,

que se adaptar a públicos diversificados, exigindo maior informação, admitindo a total ignorância na

matéria ou mesmo predisposição agressiva.

290

2. MEMÓRIA DESCRITIVA

2.1. Comissão científica

É fundamental a constituição de uma Comissão Científica que apoie o Comissariado desde o

início, integrando especialistas em matérias relacionadas com a temática em causa, como liturgia, história

da Igreja, teologia pastoral, entre outras.

2.2. Condições técnicas do edifício

Prevê-se que as instalações, a construir até final de 1996, venham a ter uma área aproximada de

972 m2 (correspondente a 3 módulos de 324 m2 cada), localizadas junto da entrada Norte, a de maior

afluência de público (Doc.4). Aquela área corresponde a pouco mais do dobro da área ocupada pela

Exposição “Encontro de Culturas “ (com 490m2), que decorreu no Vaticano; sendo assim, se vier a ser

seleccionado o mesmo volume de peças (cerca de 280), o impacto visual poderá ficar muito mais

valorizado.

Em Exposições mundiais anteriores, o Pavilhão da Santa Sé incluiu uma pequena capela, local para

recolhimento e oração ecuménica; acresce que é fundamental uma zona para actividades multimediáticas,

o que me leva a concluir ser aceitável a área acima proposta.

O edifício vai ser construído com a solidez necessária a poder ser reutilizado posteriormente para

um dos Pavilhões da Feira das Industrias; o mesmo não sucede com a área internacional Sul, em

materiais metálicos pré-fabricados, desmontáveis após a EXPO.

Interiormente, o Pavilhão do Santa Sé terá 9m de pé direito e os acabamentos das paredes

possibilitarão a suspensão de quadros ou vitrines verticais sem necessidade de dupla parede; será

dotado de todas as infra-estruturas necessárias ao funcionamento normal (água, luz, saneamento básico,

telefone), posto à disposição, gratuitamente, a partir de Dezembro de 1997 (Doc. 5). Os encargos com

o fornecimento de energia, água, telefone e segurança decorrerão por conta da entidade utilizadora.

O referido Pavilhão confina com os Pavilhões da Rússia (5 módulos), Alemanha (4 módulos),

Turquia (3 módulos) e Mónaco (1 módulo).

Pela leitura dos dossiers que me foram facultados pelo Comissariado da EXPO 98 durante a

reunião de Países participantes (Lisboa, 20 e 21 de Maio passado), julgo provável virem a estar

291

reunidas, em Dezembro de 1997, condições de conservação e segurança para uma Exposição de

objectos históricos e artísticos de valor.

2.3. Temática

Sendo uma das principais missões da Igreja “baptizar “, sacramento que pressupõe a utilização de

água, como elemento simbólico purificador, proponho que seja este um dos aspectos a desenvolver.

Mas a água aparece quer no Antigo Testamento quer nos Evangelhos noutros contextos, merecedores

de referência: a água componente na criação do Universo, a água que brota da rocha e que sacia, a água

que se separa ou se solidifica dando passagem segura, a água que fertiliza.

De mencionar também a simbologia paleocristã do peixe e da âncora, fonte de inspiração de

artistas de todos os tempos, assim como objectos de arte sacra executados com materiais provenientes

dos oceanos ou de cursos de água - em coral, em madrepérola, em concha ou noutras formações

marinhas, talvez pouco comuns em colecções portuguesa mas que constam de Museus do Vaticano.

Numa primeira tentativa de levantamento de objectos, indico os seguintes tópicos:

a) Objectos

− relacionados com a água: concha, bacia e pia baptismais; hissope, caldeira e pluvial;

galhetas; purificador das mãos; lavabo de sacristia; cálice; bacia de lava-pés; bacia e

gomil; aquamanil; armários para palas e corporais

− relacionados com o sal: saleiro e colher baptismais

− executados com materiais provenientes dos oceanos: madrepérola, corais, pérolas,

conchas

b) Iconografia:

− relacionada com a fauna aquática: iconografia em sepulturas paleo-cristãs e em tecidos e

capitéis medievais; caranguejo de S. Francisco Xavier

− relacionada com a pesca: bênção dos barcos, baptismo das redes, ex-votos sobre

temática marítima, santos protectores dos pescadores e navegadores (S. Pedro, Nossa

Senhora do Restelo, da Penha de França, dos Navegantes, da Agonia, etc.)

− relacionada com episódios do Antigo Testamento: criação dos Oceanos, dilúvio,

292

episódio de Jonas, visão de Ezequiel, travessia do Mar Vermelho, o rochedo de Horeb,

− relacionada com episódios dos Evangelhos - João Baptista no Jordão, Mateus 111,6;

Baptismo de Cristo, Mateus III, 13; Jesus caminhando ao longo do mar da Galileia,

Mateus IV, 18; Vós sois o sal da terra, Mateus V, 13; Jesus domina a tempestade no

mar, Mateus VIII; Jonas no ventre do monstro marinho, Mateus XII, 38; Parábola da

rede, Mateus XIII, 47; Multiplicação dos peixes, Mateus XIV, 17; Jesus e Pedro andam

sobre a água, Mateus XIV, 22; Bodas de Cana, João, II, 7; A fonte de Jacob, Jesus e a

Samaritana, João IV, 7; Cura do paralítico de Betsaida, João, V,1; Jesus anda sobre as

águas, João, VI, 16; Se alguém tem sede venha até mim em beba, João.VII, 37; Lava-

pés dos Apóstolos, João XIII, 5; Golpe da lança, João XIX, 31 (Fons Vitae).

A devoção dos homens do mar a Nossa Senhora e a diversos Santos é expressa em inúmeros ex-

votos, pictóricos ou escultóricos, cujos exemplares mais significativos figurariam na Exposição; são

invocações que atravessaram os oceanos e se implantaram por todos os continentes por intermédio dos

mareantes portugueses.

Aí se inculturaram, como muitas outras temáticas evangélicas materializadas nas mais diversas

expressões plásticas, de igual modo referenciáveis na Exposição.

Uma embarcação poderia figurar com todas as “artes “ e decorações típicas de invocação cristã,

incluindo um andor de S. Pedro; seria o pretexto para referir o baptismo das redes e a procissão no mar.

O Comissariado da “Expo 98 “ pretende que seja transmitida uma mensagem de presente e

sobretudo de futuro - como o prepara o homem de hoje e que perspectivas se lhe abrem.

Oportunidade que o Pavilhão do Santa Sé poderá desenvolver incluindo referência à missionação

actual, aos projectos em curso e à evolução que se prevê venham a ter.

293

2.4. DIVULGAÇÃO

Além das publicações habituais (desdobrável, roteiro e catálogo), a Exposição será tanto mais

apelativa quanto mais modernas forem as tecnologias utilizadas para a comunicação - além de

transparências iluminadas, efeitos de som e luz, muros de imagens, projecções interactivas, bases de

dados informatizadas; estas técnicas exigem equipamentos muito dispendiosos, mas habitualmente

consegue-se interessar patrocinadores com a contrapartida da publicidade.

Como hipótese de projecções multimediáticas e interactivas, indico:

1. Aspectos dos lugares santos - Rio Jordão, poço da samaritana, Mar Vermelho

2. Baptistérios paleo-cristãos de Portugal - Idanha-a-Velha, Mértola

3. Locais de baptismos históricos em áreas de missionação - Congo, Índia, Japão, etc.

4. Iconografia relacionada com o conteúdo expositivo

Concurso para jovens catecúmenos lusófonos

Tendo como objectivo entusiasmar a juventude lusófona que frequenta a catequese, para a

Exposição “Fons Vitae “, animando simultaneamente e atraindo público, sugiro o lançamento

de um concurso de expressão plástica sobre esta temática. Com a ajuda de catequistas,

pedagogos e artistas estabelecer-se-iam critérios de candidatura e selecção, organizando-se

uma mostra dos trabalhos vencedores, sendo os prémios uma viagem à Expo 98, com o

patrocínio de Companhias aéreas.

Festa de S. Pedro, Dia Nacional do Pavilhão da Santa Sé

Com a colaboração de paróquias portuguesas piscatórias - Peniche, Nazaré, Vila do

Conde, Armação de Pêra, entre outras - no dia de S. Pedro organizar-se-ia o “Dia Nacional

“ no terreiro do Pavilhão que, por coincidência, é exactamente o dia da Festa Nacional na

Santa Sé .

294

295

3. ESTIMATIVA DE ORÇAMENTO

É prematuro apresentar um cálculo financeiro, com algum realismo, visto que dependerá do tipo de

objectos a expor, da sua proveniência (de Portugal, do Vaticano e de Países lusófonos), de condições

especiais de conservação e segurança que impliquem, do tipo de informação que se pretende

proporcionar ao público, etc.

No entanto, conhecendo a disponibilidade imediata quer do Santa Sé, quer da Conferência

Episcopal Portuguesa para colaborar na sensibilização de patrocinadores nacionais e estrangeiros e,

completando este dado fundamental, com o resultado positivo de uma sondagem informal que efectuei a

alguns patrocinadores da Exposição “Encontro de Culturas” (designadamente, Ministério da Cultura,

Caixa Geral de Depósitos, Banco Torta & Açores, Banco Comercial Português, Correios de Portugal,

Companhias de Seguros) julgo vir a ser possível reunir verba suficiente para organizar uma Exposição

com idêntica dignidade da que decorreu no “Braccio Carlo Magno “.

Qualquer das entidades portuguesas referidas fez notar a urgência da formalização dos pedidos de

patrocínio.

4. CONCLUSÃO

O facto de ser a primeira e única oportunidade dada ao nosso País, neste século, de receber uma

exposição mundial e a disponibilização gratuita de um dos melhores locais para implantação do Pavilhão

da Santa Sé são dois motivos de peso a ter em conta numa decisão final.

Será um risco a dependência da adesão de patrocinadores; mas idêntico ou maior risco se correu

na fase preparatória da Exposição “Encontro de Culturas “ e tudo leva a crer, que o aspecto lucrativo

mais importante, o pedagógico, tenha sido largamente obtido.

Como se dispõe apenas de ano e meio para todos os trabalhos de pesquisa, selecção, obtenção

de autorizações de empréstimo, angariação de patrocínios, projecto museográfico, elaboração do

catálogo, etc. são prioritárias as seguintes decisões:

− nomeação de um “Comissário geral “ do Pavilhão para se ocupar de imediato do projecto e

da gestão globais da Exposição. Segundo o “contrato de participação “, o Comissário terá

296

que apresentar, até 22 de Maio de 1997, todo o programa científico, técnico e financeiro,

data em que a Santa Sé assinará o referido contrato com a EXPO’98.

− nomeação de um Conselho cientifico a quem incumbirá colaborar na elaboração do guião e

na programação do Catálogo indicação ao Comissariado da EXPO 98 de um “Dia

Nacional “ do Pavilhão da Santa Sé para tornar mais publicitada a sua participação; sugiro

que seja escolhido o dia 29 de Junho, festa de S. Pedro, patrono dos homens do mar e que

seria oportunidade para organizar actividades de âmbito não só erudito, mas sobretudo

popular.

Maria Natália Correia Guedes

297

298

299

300

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302

302

6.2. – GUIÃO DA EXPOSIÇÃO

Descrição:

Dado que a Exposição Fons Vitæ se destinava a um público heterogéneo e com a expectativa de

uma visita rápida, a concepção museológica deveria impelir uma apreensão imediata do discurso

que pretendia enunciar e em que a disposição e sequência dos objectos deveria valer por si, ainda

que secundados pelas legendas, sem o apoio de dados informativos adicionais.

A selecção dos objectos foi rigorosa, no sentido de não escolher obras demasiado frágeis ou de

valor excepcional; a maioria ficou encerrada em vitrinas ou protegidas por separadores não

demasiado óbvios mas inibidores de uma excessiva aproximação.

Esta circunstância foi compensada, no sentido de acentuar a função apelativa do espaço

museográfico, com a introdução de alguns registos mais cenográficos, como o da reconstituição

do baptistério paleocristão de Torre de Palma e o da zona de recolhimento. Nesta última, a

intenção era assumidamente catequética, em conexão com os objectivos propagandísticos que

norteiam este tipo de eventos, mas que num espaço museológico tradicional exigiria uma maior

contenção.

303

I. GUIÃO EXPOSITIVO 1. Criação – A água no Antigo Testamento

Cenas bíblicas: − Génesis − Arca de Noé − Jonas e a baleia − Moisés na rocha de Horeb

Tipologia de objectos: − reprodução fotográfica (com iluminação retrospectiva) − lapidária paleocristã − tapeçaria

2. A nova criação – A água no Novo Testamento

Temas: − O baptismo de Cristo ð Baptismo − Bodas de Cana − Episódio de Cristo com a Samaritana

Tipologia de objectos: − escultura − pintura − andor processional − miniatura (da capela de S. João Baptista) − marfim − desenho − ourivesaria: conchas de baptismo ð representação simbólica de todas as dioceses portuguesas através de uma concha

baptismal − tapeçaria

3. A água na liturgia

Temas: − bênçãos − Lava-pés − eucaristia − Bodas de Cana

Objectos: − bacia para a cerimónia de água benta − depósitos de água benta − piazinhas de água benta − pluviais − caldeirinha e hissope − serviço para a cerimónia do lava-pés − serviço de lavabo − salvas e galhetas − cálices eucarísticos

304

− cálices ministeriais − vasos purificadores

Tipologia de objectos: − pintura − cerâmica − marfim − maquineta − ourivesaria − têxteis

4. Alfaias litúrgicas e objectos litúrgicos em materiais marinhos

Materiais: − madrepérolas − tartaruga − conchas − corais − narval − osso de cachalote

Objectos: − conchas de peregrino − maquinetas − quadros da via sacra − cofres − cofres eucarísticos − cofres relicários − relicários − cruz processional − firmais − naveta − paramentos: casula − missais e livros de orações (capas) − terços − medalhões e placas com iconografia religiosa − registos de Santos

Objectos com alusões marítimas: − barra de pano de altar: fonte da vida − lápides com representação de símbolos cristológicos (peixe e âncora) − casula (com motivos marítimos) − prato com peixes

Temática de alusão marítima: − Nave mística − Barca de Nossa Senhora da Boa-Morte

4. Barca de Pedro (S. Pedro, pescador e primeiro Papa)

Temas:

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− iconografia relativa a S. Pedro − Primazia de S. Pedro − S. Pedro, primeiro Papa ð salientar a relação com o Pavilhão da Santa Sé

Tipologia de objectos: − escultura − alto-relevo “Senhor dos Navegantes” (primazia de Pedro) − maquineta − tapeçaria − paramentaria − trono papal

5. O espírito sobre as águas

Temas: − altar portátil (para celebrações no alto-mar) − invocações dos pescadores − ex-votos

Tipologia de objectos: − escultura − pintura − mobiliário

II. EQUIPAMENTOS DE APOIO Recepção

Acolhimento ao público Loja

Venda de publicações

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6.3. – TEXTOS INTRODUTÓRIOS E PAINÉIS

Descrição:

Dado que, embora o conteúdo do Pavilhão da Santa Sé tivesse uma apresentação de tipo

museológico, se inseria num espaço de feira, com uma grande intensidade e diversidade de público, as

propostas de informação acessória foram reduzidas ao mínimo. Ao longo do percurso da Exposição

Fons Vitæ, os vários temas iconográficos eram introduzidos pelo título, acompanhados de uma breve

citação bíblica, em letra recortada e colada directamente sobre os painéis de revestimento das

paredes (I).

Os quadros dos patrocinadores, coleccionadores e comissariado, também em letra recortada e

colada, estavam colocados em painéis à entrada.

Nas vitrinas de objectos litúrgicos (conchas, cálices, serviço de galhetas e hissope), foram

introduzidas painéis fotográficos em que a utilização da água se tornava explícita (II).

Todos os textos, incluindo as legendas, estavam escritos em português e inglês.

307

I. NÚCLEOS

[Zona da entrada]

No princípio, Deus criou os céus e a terra. A terra era informe e vazia. As trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. Génesis 1, 1-2 O Paraíso, o rio de água viva

Um rio nascia no Éden e ia regar o jardim, dividindo-se, a seguir em quatro braços. O nome do primeiro é Pison, rio que rodeia toda a região de Évilat, onde se encontra oiro, oiro puro, sem misturas e também se encontra lá bdélio e ónix. O nome do segundo rio é Gheon, o qual rodeia toda a terra de Cus. O nome do terceiro é Tigre e corre ao Oriente da Assíria. O quarto rio é o Eufrates. Génesis 2, 10-14 Arca de Noé

Entraram com Noé na arca, dois a dois, todas as espécies de seres animados por sopro de vida. De toda a carne, macho e fêmea, como Deus havia ordenado a Noé. Depois o Senhor fechou a porta atrás dele. Choveu torrencialmente durante quarenta dias sobre a terra. As águas cresceram e levantaram a arca, que foi elevada por sobre a terra. Génesis 7, 15-17

Depois soltou novamente a pomba, que voltou para junto dele à tarde, trazendo no bico uma folha verde de oliveira. Noé soube então, que as águas tinham baixado sobre a terra. Génesis 8, 10-11 Moisés no Rochedo de Horeb

O Senhor respondeu a Moisés: «Coloca-te à frente do povo, leva contigo alguns anciãos de Israel, segura na tua mão a vara com que feriste o rio e caminha. Eu estarei diante de ti sobre o rochedo de Horeb. Baterás no rochedo e dele brotará água; então, o povo poderá beber». Êxodo 17, 5-6 Jonas

O Senhor fez que ali houvesse um grande peixe para engolir Jonas; e Jonas esteve três dias e três noites no ventre do peixe. (...) Então o Senhor ordenou ao peixe, e este vomitou Jonas na praia. Jonas 2, 1-11 Bodas de Caná

Havia ali seis talhas de pedra para a purificação dos judeus, e cada uma delas levava duas ou três medidas. Disse-lhes Jesus: «Enchei de água essas talhas». E encheram-nas até cima. Disse-lhes depois: «Tirai agora e levai ao chefe de mesa». Assim fizeram. O chefe de mesa, depois de provar a água transformada em vinho, como não sabia de onde viera, pois só o sabiam os servos que tinham

308

tirado a água, chamou o noivo, e disse-lhe: «Toda a gente serve primeiro o vinho bom, e, quando os convidados tiverem bebido bem, serve então o pior. Tu, porém guardaste o vinho bom até agora!» João 2, 7-10 Jesus e a Samaritana

Chegou uma mulher da Samaria para tirar água e Jesus disse-lhe: «Dá-Me de beber» (...) A samaritana respondeu-Lhe: «Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber a mim, que sou uma mulher samaritana?» (...) Jesus respondeu-lhe: «Se conhecesses o dom de Deus e Quem é Aquele que Te diz: ‘Dá-Me de beber’, tu é que lhe terias pedido, e Ele dar-te-ia uma água viva». João 4, 7-11

Jesus retorquiu: «Quem bebe desta água voltará a ter sede; mas quem beber da água que Eu lhe der jamais terá sede, porque a água que Eu lhe der tornar-se-á nele uma nascente de água a jorrar para a vida eterna». João 4, 13-14 S. João Baptista

João Baptista apareceu no deserto a pregar um baptismo de arrependimento para a remissão dos pecados. Saíam ao seu encontro todos os da província da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém e eram baptizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. (...) E pregava assim: «Depois de mim, vai chegar outro que é mais poderoso do que eu, diante do Qual não sou digno de me prostrar para Lhe desatar as correias das sandálias. Eu vos baptizarei em água, mas Ele baptizar-vos-á no Espírito Santo». Marcos 1, 4-8 Baptismo de Cristo

Então veio Jesus da Galileia, ter com João, ao Jordão, para ser baptizado por ele. João opunha-se dizendo: «Eu é que tenho necessidade de ser baptizado por Ti. E Tu vens a mim?» Jesus, porém, respondeu-lhe: Deixa por agora: Convém que cumpramos assim toda a justiça». João, então, permitiu-o. Uma vez baptizado, Jesus saiu da água e eis que os Céus se Lhe abriram e viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e vir sobre Ele. E uma voz vinda do céu, dizia: «Este é o Meu Filho muito amado, no Qual pus toda a Minha complacência». Mateus 3, 13-17 Lava-Pés

Sabendo Jesus que o Pai depositara nas Suas mãos todas as coisas e que havia saído de Deus e ia para Deus, levantou-Se da mesa, tirou as vestes, e, tomando uma toalha, colocou-a à cinta. Depois, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que pusera à cinta. João 13, 3-5

309

Nave Mística

Entrou numa das barcas, que era de Simão, pediu-lhe que se afastasse de terra e, sentando-Se, pôs-Se a ensinar, da barca, a multidão. Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo; e vós lançai as redes para a pesca». Lucas 5, 3-4 S. Pedro

Passando ao longo do mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse-lhes: Vinde após Mim e farei de vós pescadores de homens». Deixando imediatamente as redes seguiram-n’O. Marcos 1, 16-18

Fitando-o, Jesus disse-lhe: «Tu és Simão, filho de João; chamar-te-ás Cefas» (que quer dizer Pedra). João 1, 42

310

II. PAINÉIS FOTOGRÁFICOS

Colocação: junto às conchas baptismais

311

Colocação: junto aos serviços de lavabo

312

Colocação: junto aos cálices e serviços de galhetas

313

6.4. – PLANTAS

Descrição:

A área musealizável correspondia a dois módulos de exposição delineados pela Expo’98, com

324m2 cada um e localizados na zona Norte.

Os projectos da Exposição Fons Vitæ no âmbito da arquitectura e iluminação foram entregues,

respectivamente, a Américo Silva e a Vítor Vajão, que apresentaram memórias descritivas para o

seu trabalho (I e II).

Com base nas plantas entregues pelo Comissariado da Expo’98, Américo Silva desenhou as

plantas (III a IV) e o corte (V).

Duas zonas da exposição foram objecto de projecto mais pormenorizado: a zona da reconstituição

do baptistério, com planta (VI) e corte (VII), e a zona de recolhimento, que inclui outros

equipamentos móveis (VIII).

O projecto incluiu também a execução da maqueta (IX). Apesar de, nesta, estar prevista a entrada

pela parede Norte, a concepção do espaço interno manteve a mesma lógica, volumetria e, no

essencial, a disposição dos objectos e elementos expositivos.

314

I – MEMÓRIA DESCRITIVA: PROJECTO ARQUITECTÓNICO

315

II – MEMÓRIA DESCRITIVA: PROJECTO DE ILUMINAÇÃO

316

317

III – PLANTA GERAL

EXPO’98 Pavilhão da Santa Sé, Lisboa Planta geral, distribuição das peças, desenho n.º 1 Américo Silva 22/10/97 Escala da planta original: 1/50 [Imagem a 30%] Descrição: Planta da globalidade do espaço onde iria decorrer a Exposição “Fons Vitæ” e respectiva estrutura museográfica com marcação de linhas de corte. Estão assinaladas as zonas de recepção, recolhimento e repouso/serviços, bem como a localização de seis televisores. Define o sentido da circulação à entrada e no acesso às zonas de reconstituição do baptistério e de recolhimento. O elevador previsto junto ao baptistério foi substituído por uma rampa. A zona de reconstituição do baptistério está representada em corte.

318

319

IV – PLANTA GERAL COM DISTRIBUIÇÃO DAS PEÇAS

EXPO’98 Pavilhão da Santa Sé, Lisboa Planta geral, distribuição das peças, desenho n.º 2 Américo Silva 22/10/97 Escala da planta original: 1/50 [Imagem a 30%] Descrição: Planta da globalidade do espaço onde iria decorrer a Exposição “Fons Vitæ, com marcação dos vários núcleos e espaços de circulação. Os núcleos estão identificados pelo título. Os objectos são designados pelo nome ou pelo número. Tem marcado, à esquerda da entrada, o espaço da loja. A zona de reconstituição do baptistério está representada em corte.

320

321

V – CORTES

EXPO’98 Pavilhão da Santa Sé, Lisboa Cortes A, B, C, D, E, F, desenho n.º 4 Américo Silva 22/10/97 Escala da planta original: 1/50 [Imagem a 29%] Descrição: Cortes com os elementos da estrutura cotados e apresentando relação com a escala humana. O corte A, B é feito no sentido longitudinal, com vista para a parede Oeste. Identifica-se, da esquerda para a direita: a vitrina do fundo; a dos materiais oceânicos; a tapeçaria da Primazia de Pedro interrompida pelo módulo relativo a S. Pedro; os ex-votos; a zona de recolhimento; entrada; a tapeçaria de Moisés na rocha de Horeb. O corte C D é transversal, sobre as zonas do núcleo Barca de S. Pedro e da reconstituição do baptistério. O corte E, F é transversal sobre a zona da entrada, identificando-se a loja, a tapeçaria de Moisés na rocha de Horeb, os suportes para a lapidária paleocristã e a vitrina das conchas, junto à pia baptismal (que mudaria para a zona de recolhimento). Ao centro, desenha-se a planta do tecto rebaixado, através da estrutura de cabo de aço esticado e dos panos longitudinais e transversais que a cobriam.

322

323

VI – PLANTA DA RECONSTITUIÇÃO DO BAPTISTÉRIO

EXPO’98 Pavilhão da Santa Sé, Lisboa Baptistério da Torre de Palma, “Planta geral” – implantação, desenho n.º 1/3 Américo Silva 28/1/98 Escala da planta original: 1/10 [Imagem a 19%]

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VII – CORTES DA RECONSTITUIÇÃO DO BAPTISTÉRIO

EXPO’98 Pavilhão da Santa Sé, Lisboa Baptistério da Torre de Palma, Cortes A, B, C, D, E, F, G, H, desenho n.º 2/3 Américo Silva 28/1/98 Escala da planta original: 1/10 [Imagem a 29%]

325

VIII – DESENHOS DE PORMENOR: ZONA DE RECOLHIMENTO

EXPO’98 Pavilhão da Santa Sé, Lisboa Planta geral, desenho n.º 2 Américo Silva 21/Abril/98 Escalas da planta original: 1/50; 1/10 [Imagem a 29%] Descrição: Planta e corte da zona de recolhimento com referência à escala humana. Apresenta o desenho do motivo ao centro do tapete com a interpretação do peixe como símbolo cristológico e o respectivo nome grego, o qual seria iluminado pontualmente a partir do centro da cúpula. Esta seria pintada a azul forte e os elementos simbólicos a que se refere seria a introdução de pequenas lâmpadas intermitentes que simulariam a cúpula celeste (vd. II – Memória descritiva: projecto de iluminação) e a pomba do Espírito Santo em talha dourada posta sobre a pia baptismal (aqui não representada) e que passaria posteriormente para este espaço (vd. Descrição em V – Cortes), sendo colocada no ângulo oposto ao da entrada. A parede que faz o anteparo da entrada seria substituída por uma coluna. Regista-se ainda os desenhos de uma vitrina tipo e dos suportes para as peças de lapidária, em chapa de ferro de 1/15cm tratada a jacto de areia e perfurada.

326

327

IX – MAQUETA

Vista a partir do lado Norte

Vista a partir do lado Sul

328

6.5. – PUBLICAÇÕES

Descrição:

As edições promovidas pelo Comissariado da Exposição Fons Vitæ foram:

− cartaz promocional do dia nacional;

− desdobrável (I);

− catálogo (II).

O responsável pelo grafismo de todas as edições foi José Brandão, do Atelier B2.

O catálogo (II) reproduzia a estrutura da exposição: cada núcleo abria em página dupla com

grafismo alusivo à água com o título e uma citação bíblica. As peças eram referenciadas com

ficha descritiva e fotografia. Inseria, em cada núcleo, os textos produzidos pelos membros da

Comissão Científica e quadros com fichas de comentário alusivos aos vários temas iconográficos

e tipologias de objectos. No final, apresentava a programação das actividades programadas pelo

Pavilhão (Dia Nacional e concurso de artes plásticas) e a versão em inglês.

No dia nacional, os CTT promoveram a edição de um carimbo especial (III).

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I. DESDOBRÁVEL

[Imagens a 75%]

330

331

II. CATÁLOGO Ficha bibliográfica

Santa Sé; Brandão, José, tec. graf.; Atelier B2, tec. graf.

Fons Vitae : Pavilhão da Santa Sé na Expo 98 : [catálogo da exposição] / coord. Natália

Correia Guedes; colab. Carmina Correia Guedes, Dália Guerreiro, Maria Isabel Rocha Roque ;

trad. Sister M. Colm McCool

[Lisboa : Pavilhão da Santa Sé na Expo 98, 1998]

240 p. : il. ; 29 cm

332

III. CARIMBO DO DIA NACIONAL

[Imagens a 100%]

[Imagens a 75%]

333

6.6. – BASES DE DADOS

Descrição:

O sistema MS-Server permitiu a parametrização de um ambiente de bases de dados

hierarquizadas:

Museu – base de dados com referência a todas as peças identificadas no âmbito da

exposição, a partir da qual se processou o catálogo e as legendas da exposição

e se elaboraram as listagens para os seguros, transportes e fotografias (I);

Exposições – base de dados com referência aos proprietários das peças, permitindo

fazer a gestão dos empréstimos (II).

Alguns dados da base de dados Museu foram disponibilizados no espaço expositivo, num

designado Quiosque Multimédia, que permitia: visualizar peças que se integravam no tema

da exposição, mas não estavam expostos; permitir o acesso à ficha dos objectos; fazer

consultas personalizadas e interactivas (III).

Foram também disponibilizadas as bases de dados de património arquitectónico

(Patrimonio) com baptistérios paleocristãos (IV).

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I. BASE DE DADOS MUSEU

Écran Ficha

Écran Descrição

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Écran Documentação

Écran Administração

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Exemplos de listagens

Listagem para transportes e fotografias

Listagem para catálogo

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Listagem de pedido de empréstimo/recibos

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II. BASE DE DADOS EXPOSIÇÕES

Écran Ficha/exposição

Écran Administração

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III. QUIOSQUE MULTIMÉDIA

Página inicial

340

Écran de pesquisa

Écran de síntese

341

IV. BASE DE DADOS PATRIMONIO

Écran de pesquisa

Écran de síntese

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6.7. – COMEMORAÇÕES DO DIA NACIONAL

Descrição:

O Dia Nacional do Pavilhão da Santa Sé foi comemorado a 29 de Junho por coincidir com o dia

nacional deste Estado e se festejar S. Pedro.

A programação partiu de uma ideia de Dália Guerreiro e Isabel Roque no sentido de envolver

grupos católicos de todo o país e de promover uma tradição das comunidades piscatórias com

uma elevada valia cénica, a procissão ao mar, num espaço e contexto inéditos como o da Expo. O

projecto foi depois elaborado e executado por Luís Neves e Óscar Casaleiro.

As comemorações duraram três dias (de sábado a 2.ª feira, 29 de Junho), marcados por

celebrações dentro e fora do recinto da Expo:

− 27 de Junho, sábado – procissão ao mar (I), com inicio na Doca Pesca de Lisboa e

fim na marina da Expo;

− 28 de Junho, domingo – missa solene celebrada por D. Ângelo Sodano no Mosteiro

dos Jerónimos, com a presença dos pescadores participantes na procissão ao mar e

respectivas famílias. Esta celebração foi ocasião para a imposição do pálio ao

Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo (II);

− 29 de Junho, 2.ª feira, dia nacional do pavilhão – comemorações oficiais e

espectáculos de música e dança em todos os palcos da Expo (III).

343

I. PROCISSÃO AO MAR

COMEMORAÇÕES DO DIA NACIONAL DO PAVILHÃO DA SANTA SÉ

Coordenação Maria Natália Correia Guedes

Colaboração Luís Manuel de Oliveira Neves

Óscar Enrech Casaleiro

Procissão no rio Tejo e Missa no Mosteiro dos Jerónimos

27 e 28 de Junho de 1998

Comissão Organizadora

Pe. Carlos Augusto Noronha Lopes Director Nacional do Apostolado do Mar

Pe. Delmar Barreiros

Director do Serviço de Migrações e Turismo do Patriarcado de Lisboa

Comte Luís Reis Ágoas Assessor para a Área Marítima

Maria do Céu Baptista

Directora do Departamento Cultural do INATEL

Cristina Moço Representante da Mútua dos Pescadores

Integrado no Dia Nacional do Pavilhão da Santa Sé, dia de S. Pedro, o Comissariado

programou uma procissão de embarcações provenientes de comunidades piscatórias onde

habitualmente se realizam festejos no mar dedicados a Nossa Senhora e a diversos Santos de sua

devoção. Uma Procissão... Porquê?

As Comunidades piscatórias cristãs estão em festa; celebra-se S. Pedro, pescador da

Galileia, a quem Jesus chamou e constituiu como o primeiro no grupo dos apóstolos. A imagem

do padroeiro dos pescadores, desce cada noite, em que o barco e a companha vão ao mar, do altar

onde se encontram, ao coração de cada um que na luta contra tanta adversidade, quer continuar a

dizer como Pedro diante de Jesus: “Salva-me Senhor!”.

344

Chegado o dia de S. Pedro, faz-se a procissão trazendo à rua, engalanada e festiva, a

imagem do Padroeiro; de certo num testemunho gritante de fé, como que para dizer a quem passa

ou vê passar: “É como este que eu quero acreditar em Jesus!”.

Mas também para que na sua imagem, o Santo Homem do mar, ao ver o casario, as ruas, a

praia, o mar, enfim....O cenário da vida de cada dia, deixe a sua bênção, lance o seu olhar e acima

de tudo interceda por todos e quantos hoje, entre dúvidas e certezas, saúde e doença, alegrias e

tristezas, querem continuar a afirmar:

- “A quem iremos nós Senhor? Só tu tens palavras de vida eterna?”

... E passa a procissão!

Dia 26 de Junho

- viagem por mar das embarcações vindas dos portos de Viana do Castelo, Esposende, Caxinas, Póvoa de Varzim, Matosinhos, Afurada, Gafanha da Nazaré, Buarcos, Nazaré, Peniche, Ericeira, Cascais, Constância, Montijo, Sesimbra, Setúbal, Sines, Fuzeta e Ilha da Culatra atracando na Doca de Pedrouços;

- viagem por terra das imagens e respectivos andores, dos locais de origem até Lisboa (Mosteiro dos Jerónimos), efectuada em veículos disponibilizados pelas autarquias;

- decoração dos andores, no Mosteiro dos Jerónimos (Sala do Capítulo). Dia 27 de Junho 7h00 - transporte dos andores do Mosteiro dos Jerónimos para a Doca de Pedrouços. Na Doca

actuarão duas bandas de música durante a saída solene das embarcações. Incorporam-se na procissão, no rio, além das respectivas tripulações, familiares e

membros do clero. A presidência embarca numa lorcha de Macau. 09h15 - procissão no rio, a partir da Doca de Pedrouços até à Expo’98 (Doca dos Olivais). Uma vez atracados na marina da Expo, realiza-se o desembarque das imagens, e a

organização dos participantes inicia-se no pontão, onde se inicia a procissão. 15h00 - a procissão no recinto da Expo começa na rua imediata ao pontão, obedecendo à

seguinte composição: 1ª banda; pendão; cruz processional do Patriarcado e cereais (3 acólitos); andores e respectivas bandeiras; acólitos e cruz ao pálio; clero (presbíteros); Bispos; turife rário (acólito); pálio com o Presidente da procissão; entidades oficiais e civis; 2ª Banda; população.

A procissão termina perto do Pavilhão da Santa Sé, no largo fronteiro ao Pavilhão da Utopia, onde estará um trono com uma imagem de S. Pedro, pertencente à Igreja do Divino Espírito Santo, do Montijo. Os andores com as imagens colocar-se-ão em semicírculo. Neste local estará colocado um ambão para a proclamação da palavra. Sua Eminência o Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, profere a Homilia.

Dia 28 de Junho 10h00 - Colocação dos andores com as imagens nas naves laterais do Mosteiro dos Jerónimos. 12h00 - Missa concelebrada, no Mosteiro dos Jerónimos, orientada pela “Obra do Apostolado

do Mar” e com a presença das comunidades piscatórias e entidades envolvidas no projecto. Preside à cerimónia Sua Eminência o Cardeal Angelo Sodano.

345

R ELAÇÃO DAS ENTIDADES E N V O L V I D A S N O P R O J ECTO Mosteiro dos Jerónimos COMUNIDADES PISCATÓRIAS Paróquia de Monserrate (Viana do Castelo) Paróquia de S. Miguel (Apúlia) Paróquia de Santa Maria dos Anjos (Esposende) Paróquia de S. Tiago (Castelo de Neiva) Paróquia de S. Salvador (Matosinhos) Paróquia de Caxinas (Vila do Conde) Paróquia de Leça da Palmeira (Leça) Paróquia de Cortegaça (Cortegaça) Paróquia de Esmoriz (Esmoriz) Paróquia de S. Pedro (Afurada) Vigararia de Aveiro Paróquia de Nossa Senhora da Saúde (Costa Nova e Praia da Barra) Paróquia de Carriço e Marinha das Ondas (Matos do Carriço ) Paróquia da Pederneira (Nazaré) Paróquia de Nossa Senhora da Ajuda (Peniche) Paróquia de S. Julião Mártir (Constância) Paróquia de S. Pedro (Ericeira) Paróquia de Nossa Senhora da Assunção e Ressureição de Cristo (Cascais) Paróquia de Penha de França (Lisboa) Paróquia do Divino Espírito Santo (Montijo) Paróquia de Vila Santiago (Sesimbra) Paróquia de Anunciada (Setúbal) Paróquia de S. Sebastião (Setúbal) Paróquia de SS. Salvador (Sines) Paróquia de Fuzeta e Moncarapacho (Fuzeta) Paróquia de Nossa Senhora do Rosário (Olhão) Paróquia de Ferragudo e Alvor (Alvor) COMISSÕES DE FESTAS Comissão de Festas de Nossa Senhora de Tróia (Setúbal) Comissão de Festas do Senhor Jesus das Chagas (Sesimbra) Comissão de Festas do Senhor Jesus das Chagas (Sesimbra) Comissão de Festas do Senhor Jesus das Chagas (Sesimbra) Comissão de Festas do Senhor Jesus das Chagas (Sesimbra) Comissão de Festas de Nossa Senhora da Boa Viagem (Peniche) Comissão de Festas de Sines (Sines) MÚTUA DOS PESCADORES Mútua dos Pescadores de Matosinhos Mútua dos Pescadores de Sesimbra Mútua dos Pescadores do Montijo Mútua dos Pescadores do Algarve ESCUTEIROS MARÍTIMOS CORPO NACIONAL DE ESCUTAS

346

INSTITUTO DE SOCORROS A NÁUFRAGOS DOCA DE PEDROUÇOS AUTARQUIAS Câmara Municipal de Viana do Castelo Câmara Municipal da Póvoa do Varzim Câmara Municipal de Vila do Conde Câmara Municipal do Porto Câmara Municipal de Matosinhos Câmara Municipal de Gaia Câmara Municipal de Ílhavo Câmara Municipal de Aveiro Câmara Municipal da Figueira da Foz Câmara Municipal da Nazaré Câmara Municipal de Peniche Câmara Municipal de Constância Câmara Municipal de Mafra Câmara Municipal de Cascais Câmara Municipal do Montijo Câmara Municipal de Sesimbra Câmara Municipal de Setúbal Junta de Freguesia da Anunciada (Setúbal) Câmara Municipal de Sines Câmara Municipal de Olhão CAPITANIAS DE PORTOS Capitania do Porto de Viana do Castelo Capitania do Porto de Viana do Castelo - Delegação Marítima de Esposende Capitania do Porto da Póvoa de Varzim Capitania do Porto de Vila do Conde Capitania do Porto de Leixões Capitania do Porto do Douro Capitania do Porto de Aveiro Capitania do Porto da Figueira da Foz Capitania do Porto da Nazaré Capitania do Porto de Peniche Capitania do Porto de Cascais Capitania do Porto de Cascais - Delegação Marítima da Ericeira Capitania do Porto de Lisboa Capitania do Porto de Setúbal Capitania do Porto de Setúbal - Delegação de Sesimbra Capitania do Porto de Sines Capitania do Porto de Olhão - Delegação Marítima da Fuzeta Departamento Marítimo do Norte Departamento Marítimo do Sul FORPESCAS / DOCAPESCA Direcção Geral da Forpescas

347

Forpescas de Viana do Castelo Forpescas de Matosinhos Forpescas de Ílhavo Forpescas de Vila do Conde Forpescas de Lisboa Forpescas de Sesimbra Docapesca de Sines Forpescas de Olhão SINDICATOS Sindicato de Pescadores do Norte Sindicato de Pescadores da Zona Centro Sindicato de Pescadores de Buarcos ASSOCIAÇÕES DE ARMADORES Fenacoop Pesca Associação de Armadores de Pesca Artesanal da Zona Oeste Associação Mútua Financeira Livre dos Armadores da Pesca Geral do Centro Associação dos Mestres e Armadores da Nazaré Associação PROPEIXE Associação de Armadores da Pesca do Norte Associação de Mestres e Armadores de Peniche MESTRES E COLABORADORES José Vicente da Cunha (Mestre Caravela) - Matosinhos José dos Anjos Moreira - Leça da Palmeira Manuel Cação Loureiro de Abreu (Mestre Manecas) - Buarcos António Miguel Maia Lé - Buarcos Joaquim Isaúl Botija da Gorda - Buarcos António Guerra Mano (Ti Bento) - Buarcos Carlos Mendes Martelo - Buarcos Maria Celeste Botija da Gorda (Celeste Russa) - Buarcos Maria José Lourenço dos Santos (Zeza) - Buarcos Mestre Adelino - Gafanha da Nazaré Joaquim Nuno Carlinhos Meco (Mestre Fleca) - Nazaré António Maia - Peniche António Barros - Peniche Rui Manuel Vitorino - Peniche Joaquim Leitão Farto - Peniche Joaquim Manuel Dias Leitão - Peniche Mestre Manuel Vidas - Peniche Mário Tomás Sá - Ericeira António Manuel Martins Carvalho - Cascais Leonel Júlio Cagica - Sesimbra Joaquim Mendes Simões - Fuzeta José Manuel Lopes Sardo - Olhão Joaquim Mendes Simões - Olhão Com.te José Manuel Condesso - Ferragudo Mestre António Pacheco Martins - Alvor

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II. MISSA NOS JERÓNIMOS, 28 de Junho

Homilia do Cardeal Angelo Sodano na Missa no Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa

Senhor Patriarca de Lisboa e amados Concelebrantes

Distintas Autoridades Irmãos e Irmãs em Cristo!

«A toda a hora bendirei o Senhor, o seu louvor estará sempre na minha boca (...) enaltecei comigo

ao Senhor e exaltemos juntos o seu nome»: são palavras do Salmo 33, com as quais a solene

liturgia desta Festa nos convida a louvar o Senhor e a dar-Lhe graças pela sua presença no meio

de nós.

Louvor a Deus pelo testemunho apostólico dado por São Pedro e São Paulo, que confirmaram

com o sangue a pregação do Evangelho.

Louvor a Deus pelas grandes figuras de Santos e Mártires que suscitou na Sua Igreja, ao longo de

vinte séculos de história.

Esta Santa Missa quer ser também louvor a Deus pela epopeia missionária realizada por tantos

cristãos de Portugal que, sulcando os oceanos, levaram a Boa Nova de Jesus Cristo até às regiões

mais distantes.

Louvor a Deus pelo extraordinário dinamismo apostólico que distingue actualmente as novas

Igrejas do Brasil, da África e da Ásia, nascidas ao longo destes quinhentos anos de sementeira do

Evangelho.

Louvor a Deus, enfim, pelo cuidado com que a Igreja portuguesa procura responder aos desafios

que o início do terceiro milénio lhe traz, e descobrir os novos espaços humanos que esperam por

um maior esforço evangelizador.

1. O empenho apostólico dos Santos Pedro e Paulo

Neste empenho evangelizador servem- nos de exemplo os Apóstolos Pedro e Paulo. Foram os

primeiros a partir anunciando o Evangelho de Cristo pelo mundo conhecido de então, inclusive

sulcando as águas do Mar até chegarem às margens do rio Tibre, em Roma, tendo aí selado com o

martírio o testemunho de Cristo. Todos os anos, no dia 29 de Junho, a Igreja reúne numa única

349

celebração o martírio sofrido por Pedro na Colina do Vaticano, e por Paulo no lugar designado

das «Três Fontes».

Ouvimos na primeira leitura da Eucaristia a miraculosa libertação de Pedro, e o livro dos Actos

dos Apóstolos descreve as viagens tormentosas que Paulo enfrentou. Sabemos que Pedro era

pescador: geralmente não se assustava com as dificuldades do mar. Quanto a Paulo, não hesitou

em atravessar as águas do Mediterrâneo sempre que o exigiram as suas viagens apostólicas; mas,

quando era levado prisioneiro para Roma, a custo se salvou de uma furiosa tempestade, que fez

encalhar o barco e o despedaçou ao largo da ilha de Malta; por Deus, os passageiros salvaram- se.

2. O espírito missionário dos portugueses

Nestes dois Apóstolos, vemos representada toda aquela multidão imensa de missionários que, ao

longo dos séculos, levaram o Evangelho até aos confins da terra. Como escreve na sua Carta aos

Romanos (cf. 15, 24), São Paulo chegou a inc luir nos seus planos apostólicos a evangelização da

Península Ibérica, onde se pensava estar o «finis terrae». Mas, quanto fossem extensos tais

confins da terra, ficaria estabelecido apenas com a gesta dos descobrimentos. Foram estes que

deram ao Ocidente uma ideia realista do que era a face do orbe e do pouco que nele representava

o mundo cristão. Sem este conhecimento experimental careceria, porventura, de sentido a visão

mística de Santo Inácio de Loiola na qual lhe foi dado contemplar «toda a superfície e redondeza

da terra e quantas almas nela jaziam nas trevas e se perdiam ». O novo horizonte da expansão

portuguesa e espanhola proporcionou à evangelização missionária uma irradiação universal como

nunca tinha acontecido nos quinze séculos anteriores da vida da Igreja.

E quis Deus que, de entre os vários motivos que presidiram às descobertas, fosse exactamente o

seu papel missionário a manter-se vivo e perene no presente. Desactualizaram-se as opções

políticas, transformou-se a economia; mas a presença missionária, que gerou uma simbiose

cultural inspirada no cristianismo, foi aquela que resistiu ao tempo, atravessou a história e é

testemunhada hoje pelo menos nas 57 dioceses que tiveram origem a partir de Lisboa e nas 26

formadas a partir de Goa.

Sei que numerosas efemérides comemorativas do nascimento de muitas delas têm sido ocasião

para celebrações ao longo destes anos 90 com o termo previsto para o ano 2000, em que será

celebrado o levantamento da primeira Cruz no Brasil. De muitos modos, pode-se constatar a

extraordinária vitalidade dessas Comunidades irmãs, cujos cristãos se tornaram arautos do

Evangelho entre vizinhos ou mesmo em terras distantes. De facto, se é admirável a expansão

missionária efectuada a partir de Portugal europeu, igualmente ext raordinária é também a que

350

irradiou de Goa e de Cochim, de Macau e de Timor, de Malaca e de Singapura, de Angola e de

Moçambique, de São Tomé e de Bissau, de Cabo Verde e do Brasil.

3. A fé dos pescadores

Por todo o lado ressoa hoje a mesma confissão de Pedro: «Ó Senhor, Tu és o Messias! Ó Senhor,

Tu és o Filho do Deus vivo». Estas palavras não são invenção humana, como Jesus explicou a

Simão Pedro: «Não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos

Céus» (Mt 16, 17). Simão Pedro recebeu-as do Pai, nós recebêmo-las de Pedro e, assim, passando

de mão em mão, o Pai do Céu quer fazer chegar a Boa Nova da Redenção a toda a criatura.

Um dia Jesus exclamou, para quem quisesse ouvir: «Se alguém tem sede venha a Mim e beba! Do

seio daquele que acredita em Mim, correrão rios de água viva» (Jo 7, 37). Esta «água viva» não é

propriedade de ninguém, ou melhor, só a possui verdadeiramente quem, tendo-a encontrado, por

sua vez a dá.

Amados irmãos e irmãs, muitos de vós deixaram, nestes dias, as suas fainas diárias e as suas

casas, e vieram com os seus barcos, os Santos da sua devoção e o testemunho da sua fé cristã,

para prestarem juntos a sua homenagem a São Pedro pescador e Àquele que hoje é o seu Sucessor

em Roma, João Paulo II. Trago de Roma a saudação afectuosa do Santo Padre para todos vós aqui

presentes e, de modo especial, para quantos recolhem no mar a bênção de Deus para a mesa dos

homens. Obrigado pela vossa fé! Obrigado pela solidariedade com que viveis as horas difíceis e

às vezes trágicas da vossa vida! O meu sentido «obrigado» às vossas famílias que de longe vos

acompanham e guardam na sua oração!

4. A necessidade de remar

Amado povo do mar, a Virgem Mãe te guie como Estrela boa e segura ao longo de todas as

marés! Que Ela guarde na vossa alma o tesouro maior, que é o fruto do seu ventre sagrado, Jesus!

A vossa presença aqui é expressão dos sentimentos cristãos que vos animam. Como eu disse, só

possuímos o que damos! Não é assim com o peixe que apanhais e vendeis Abandonado nos

cabazes, de nada vos serve... Serve-vos só quando o passais a outrem. Que a vossa fé irradie ao

vosso redor, iluminando a família e a sociedade, em todos suscitando uma santa «inveja» da

felicidade eterna.

Mantende viva a vossa fé em Cristo, amai a Igreja de que sois membros activos. À semelhança do

que Cristo disse a Pedro, repito a todos: Sede pescadores de homens. Sobre a barca da Igreja

todos nós devemos remar. Ninguém se pode limitar a ser espectador. «Toda a Igreja é chamada a

evangelizar; no seu grémio, porém, existem diferentes tarefas evangelizadoras que hão-de ser

351

desempenhadas. Tal diversidade de serviços na unidade da mesma missão é que constitui a

riqueza e beleza da evangelização» (Evangelii nuntiandi,66).

5. As diversas responsabilidades

Os primeiros responsáveis pela missão evangelizadora são os Sucessores dos Apóstolos, a saber,

os Bispos, com os presbíteros seus cooperadores. Também hoje, na vanguarda desta obra, estão os

Bispos, os sacerdotes e tantos religiosos e religiosas de Portugal. Apraz-me mencionar aqui os

cerca de 900 missionários e os mais de 100 leigos portugueses comprometidos com a missão em

mais de 52 países do mundo. Eles fizeram-se ao largo; não deixemos de os acompanhar, fazendo-

lhes sentir a nossa solidariedade de todas as formas possíveis. Uma particular bênção do Santo

Padre para todos.

6. Conclusão:

Venha o vosso Reino! Todos unidos avançaremos assim no nosso compromisso apostólico a favor

da vinda do Reino de Cristo. Rezemos e trabalhemos todos para isso. Esta é a nossa vocação:

«Adveniat Regnum Tuum»! Devemos trabalhar até vir o Senhor.

Irmãos e irmãs!

Na segunda leitura, ouvimos que São Paulo, sentindo a morte próxima, escrevia ao seu discípulo

Timóteo: «Chegou o momento de içar as velas... e partir». E conclui: «Combati o bom combate,

terminei a minha carreira, guardei a fé» (cf. 2 Tim 4, 6-7). Assim possa suceder connosco.

Amém.

Disponível em: http://www.vatican.va/roman_curia/secretariat_state/1998/documents/rc_seg-st_19980628_sodano- lisbona_po.html (consulta em 2005.08.01)

352

III. DIA NACIONAL

Espectáculos

29 de Junho de 1998

Assessoria Técnica e Artística

Pe. João Caniço Coros

Maria do Céu Baptista

Cantares e Danças de Comunidades Piscatórias

O ambiente de festa é o timbre da celebração do Dia Nacional da Santa Sé. A festa é a

intromissão da divindade na vida quotidiana, dando corpo à simbologia religiosa ou

transformando em acto ritual os mais variados acontecimentos, desde o simples dia de anos ou o

estar juntos até às acções de profunda gratidão e veneração.

Neste sentido, as manifestações deste Dia privilegiam a música e a dança, como aquelas

manifestações que melhor poderiam visualizar o carácter festivo pretendido. Não é por acaso que

a música é definida, desde a antiguidade, como a “arte divina” por excelência. A arte musical, na

sua originalidade essencial, ultrapassa a materialidade e a fixidez das outras artes, pela sua

motivação espiritualista, a sua emoção impulsionadora, a sua revelação etérea e o seu carácter

universal; por isso, se prolonga no além.

Sempre as manifestações cristãs, através da história, vestiram o traje da festa, ora acertando

com o ritmo do seu fundador e da sua própria história, ora acompanhando as cores da natureza: o

roxo quaresmal nas estevas primaveris, a alvura pascal no branco e ouro da flor de Abril, o fogo

do Espírito no Maio inteiro. A festa ao ritmo do homem e da natureza.

Assim, a festa deste Dia é feita essencialmente da exibição da música, uma cantada, seja em

coros (a maioria) seja em solos fadistas e outra executada para a dança quer de ranchos folclóricos

quer de bailado clássico. De tudo um pouco, até porque os coros se subdividem por idades em

infantis/juvenis e adultos, e por géneros musicais, dando a conhecer a heterogeneidade das

culturas que convivem no País, algumas delas provenientes de outros povos e latitudes.

Não queremos, por fim, deixar esquecida a representatividade de todas as dioceses do País,

unindo-se em festiva comemoração com a Santa Sé, sobretudo pelo que ela mais representa: o

Sucessor de Pedro, elemento visível da união que Cristo pediu para os Seus discípulos.

353

Pequenos Cantores Coro de Nossa Senhora do Cabo Academia de Santa Cecília Coro Infantil da Rádio Renascença Coro Infantil da Junta de Freguesia de Santo António dos Cavaleiros Coro Juvenil de Santa Maria Grupo de Cavaquinhos do Centro de Arte e Cultura Popular de S. Pedro do Bairro Coro Infantil Miles Pacis Coral Juvenil Sílvia Marques Tunas Académicas Tuna Académica da Universidade Católica Portuguesa de Lisboa Tuna Académica Feminina da Universidade Católica do Porto Tuna Académica Feminina da Universidade Católica de Braga Tuna Académica da Universidade Católica Portuguesa de Braga Tuna Académica da Universidade Católica Portuguesa do Porto Tuna Académica da Universidade Católica Portuguesa da Figueira da Foz Tuna Académica da Universidade Católica Portuguesa de Viseu Tuna Académica da Universidade Católica Portuguesa de Leiria - Sine nomine Coros Diocesanos Coro de Aveiro Coro D. Pedro de Cristo Coro Eborae Musica Coro Brigantino Coro de Lamego Grupo Coral Alla Brevis Coro de Lisboa da Rádio Renascença Coro Ars Musica Orfeão da Praia da Vitória Coro In Vita Musica Grupo Coral Lopes Morago Coro Paroquial de São Miguel da Sé de Castelo Branco Coro de Chaves Coro de Lama, Barcelos Coro do Porto Coral Ossónoba Coro Laudate de S. Domingos de Benfica Coral do Orfeão de Leiria Coro do Carmo, Beja Orfeão Madeirense Coros Lusófonos Coro Angolano Coro Timorense Grupo da Guiné Grupo Suryá (Índia) Coro do Brasil Coro Lumen Gentium (Angola) Coro Juvenil Sol Nascente (Timor)

354

Coro de Cabo Verde Associação Goa, Damão e Diu (Índia) Xipane-pane (Moçambique) Coros Gregorianos Capela Gregoriana Laus Deo Coro Renovação Coro de Santa Maria de Belém Coral Stella Vitae Coro Solemnis Cantares de Comunidades Piscatórias Grupos de comunidades piscatórias portugueses Grupo Mujeres das Astúrias (Espanha) Grupo Somensforening de Stavenger (Noruega) Partituras religiosas Banda da Armada Passos Nossos, Palavras Nossas Pedro Romeiras Arte Multiforme Movimento dos Focolares Quando o Fado é Oração In Nomine Jesus, Fonte da Água viva Frei Hermano da Câmara, Coro dos Antigos Orfeonis tas de Coimbra e Guitarras

348

6.8. – PÚBLICO

Descrição:

A Exposição Fons Vitæ, patente no Pavilhão da Santa Sé, usufruiu da afluência de público

habitual em eventos como a grande exposição internacional em que se inseria (I).

Além disso, a vertente patrimonial e museológica adoptada, por contraste com outros pavilhões

fortemente tecnológicos, funcionava como uma alternativa à oferta mais generalizada, e como tal

foi divulgada e propagandeada. Também os eventos que organizou a pretexto do dia nacional e a

celebração de um baptismo, largamente difundidos pela imprensa, provocaram um afluxo com

reflexos na própria Expo: a semana do dia nacional ficou registada como uma das 10 semanas

mais concorridas (II), até à data.

I. ESTATÍSTICA DE VISITANTES

Mapa de visitantes

050.000

100.000150.000200.000250.000300.000350.000400.000

Maio Junho Julho Agosto Setembro

Total de visitantes: 1.202.536

349

II. REGISTO DOS DIAS MAIS VISITADOS

350