Universidade Corporativa Banco do Brasil . CURSO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO BB Caderno de...
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Universidade Corporativa Banco do Brasil .
CURSO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL NO BB
Caderno de Textos
Objetivo geral de aprendizagem
Aplicar o Modelo de Atuação Integrada em Desenvolvimento Sustentável na execução da estratégia em sustentabilidade no BB.
Diretoria Gestão de Pessoas – Dipes Março/2015
3
Educando para a Sustentabilidade
Papel
Desenvolver a excelência humana e profissional de seus públicos,
por meio da criação de valor em soluções educacionais,
contribuindo para a melhoria do desempenho organizacional e o
fortalecimento da imagem institucional do Banco do Brasil.
Para cumprir com o seu papel, a UniBB adota princípios educacionais que norteiam o desenvolvimento das ações de formação profissional.
Princípios Educacionais
O aluno como sujeito da aprendizagem – O aprendiz é reconhecido como agente da educação, pois ele assume o compromisso com seu aprendizado, tendo o educador como facilitador deste processo. As tendências pedagógicas que buscam formatar o educando como sujeito passivo, mero receptor, são rejeitadas.
Diálogo e conscientização – O trabalho docente é conduzido por meio do diálogo, com respeito mútuo entre educador e educando, para a elaboração conjunta do saber que busca sempre a conscientização sobre a realidade e a capacidade de nela intervir.
Problematização da realidade – Os temas estudados referem-se a questões concretas e são discutidos de maneira não dogmática, possibilitando o desenvolvimento da capacidade crítica. Quando o homem compreende sua realidade, pode levantar hipóteses, procurar soluções e tentar transformá-la.
Abordagem complexa e visão multirreferencial – O estudo e a reflexão sobre os temas apresentados são conduzidos sob um enfoque sistêmico e articulado, a partir da conjugação de diferentes perspectivas.
Aprender a aprender – Mais do que a construção de determinado conhecimento, o trabalho educativo objetiva desenvolver no educando a capacidade de aprender.
Extraído da Proposta Político-Pedagógica para atuação em gestão de pessoas
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ÍNDICE
................................................................................................................. 6 APRESENTAÇÃO
ESTRUTURA DO CURSO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO BANCO DO BRASIL ................... 7
TTEEXXTTOO 11 -- RREEGGRRAASS DDOO JJOOGGOO .............................................................................................. 9
TTEEXXTTOO 22 -- RREEFFLLEEXXÕÕEESS SSOOBBRREE SSUUSSTTEENNTTAABBIILLIIDDAADDEE EE RREELLAATTÓÓRRIIOO BBRRUUNNDDTTLLAANNDD ..................... 10
TTEEXXTTOO 33 -- CCAASSEESS DDEE AATTUUAAÇÇÃÃOO EEMM DDEESSEENNVVOOLLVVIIMMEENNTTOO SSUUSSTTEENNTTÁÁVVEELL ................................. 13
TTEEXXTTOO 44 -- NNEEGGÓÓCCIIOOSS SSOOCCIIAAIISS –– IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO .................................................................... 32
TTEEXXTTOO 55 -- DDEEPPOOIIMMEENNTTOO DDOO GGEERREENNTTEE BBBB .......................................................................... 40
TTEEXXTTOO 66 -- EESSTTUUDDOO DDEE CCAASSOO ............................................................................................. 42
TTEEXXTTOO 77 -- MMOODDEELLOO DDEE AATTUUAAÇÇÃÃOO IINNTTEEGGRRAADDAA EEMM DDEESSEENNVVOOLLVVIIMMEENNTTOO SSUUSSTTEENNTTÁÁVVEELL ............. 45
TTEEXXTTOO 88 -- MMAAPPEEAAMMEENNTTOO .................................................................................................. 47
TTEEXXTTOO 99 -- PPAADDSS ............................................................................................................. 49
TTEEXXTTOO 1100 -- AAÇÇÕÕEESS CCOOMMPPLLEEMMEENNTTAARREESS MMCCMMVV .................................................................. 51
TTEEXXTTOO 1111 -- AATTUUAAÇÇÃÃOO FFBBBB NNAASS AAÇÇÕÕEESS CCOOMMPPLLEEMMEENNTTAARREESS ................................................ 55
TTEEXXTTOO 1122 -- RREESSOOLLUUÇÇÃÃOO 44332277 -- BBCCBB ................................................................................ 56
Referências Bibliográficas ............................................................................................. 60
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APRESENTAÇÃO
Caro colega,
O caderno que está em suas mãos tem todos os textos que serão utilizados durante o curso.
Para contribuir na redução da quantidade de papel impresso, reforçando o compromisso assumido pelo Banco na Agenda 21, a UniBB solicita que você não risque ou amasse o seu Caderno de Textos, porque ele será reutilizado por colegas das próximas turmas.
Se após o curso você desejar rever o Caderno de Textos, poderá acessá-lo no Portal da UniBB: www.unibb.com.br, em Catálogo de Cursos > Arquivos da Biblioteca Digital > RSAE no BB > DS no BB – Caderno deTextos.
Bom estudo!
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ESTRUTURA DO CURSO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO BANCO DO
BRASIL
DENOMINAÇÃO COMPLETA : DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO BB.
DENOMINAÇÃO RESUMIDA : CURSO DS NO BB.
CÓDIGO: 5596
ÁREA DE CONHECIMENTO: RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL.
CONHECIMENTO TAO: DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
PÚBLICO: OPERADORES DO PADS NAS AGÊNCIAS, ADMINISTRADORES DE AGÊNCIAS, ASSESSORES
DE SUPERINTENDÊNCIAS (MERCADO DS), GERENTES DE NEGÓCIOS DS, ASSESSORES UNS.
DESEMPENHOS ESPERADOS
DISSEMINAR A ESTRATÉGIA DS NO AMBIENTE DE TRABALHO.
RELACIONAR A ESSÊNCIA BB À ESTRATÉGIA EM SUSTENTABILIDADE PARA A GERAÇÃO DE NEGÓCIOS
SUSTENTÁVEIS.
UTILIZAR A FERRAMENTA DE IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES EM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COM
BASE NA METODOLOGIA PROPOSTA.
IMPLEMENTAR AS AÇÕES EM DS PARA A REALIZAÇÃO DE NEGÓCIOS NA COMUNIDADE.
OBJETIVO GERAL DE APRENDIZAGEM : APLICAR O MODELO DE ATUAÇÃO INTEGRADA EM
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA EXECUÇÃO DA ESTRATÉGIA DO BB EM SUSTENTABILIDADE..
REQUISITOS: SINAPSE - MODELO DE ATUAÇÃO INTEGRADA EM DS – CÓDIGO EDUCA: 4313.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
UNIDADE I – ESSÊNCIA DO BANCO DO BRASIL E ESTRATÉGIA EM DS.
UNIDADE II – AÇÕES DE DS NO BB
UNIDADE III – MODELO DE ATUAÇÃO INTEGRADA EM DS
UNIDADE IV – PLANO DE AÇÕES EM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (PADS) E DIRECIONAMENTO
ESTRATÉGICO.
CARGA HORÁRIA: 16
NÚMERO DE PARTICIPANTES: 24
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EESSSSÊÊNNCCIIAA BBBB:: ““BBAANNCCOO DDEE MMEERRCCAADDOO CCOOMM EESSPPÍÍRRIITTOO
PPÚÚBBLLIICCOO””
TTEEXXTTOO 11 -- RREEGGRRAASS DDOO JJOOGGOO
Instruções
Vocês estão participando de um jogo no qual o objetivo é somar o máximo de pontos possível.
Não é permitida nenhuma comunicação verbal ou corporal entre os grupos, apenas intragrupo.
Após o início do jogo o educador não fornecerá mais nenhuma informação aos participantes.
Os grupos devem levantar os seus cartões simultaneamente, quando do sinal do educador.
Caso um ou mais grupos atrasem o levantamento dos cartões, ou levantem dois cartões ao mesmo tempo, a rodada será anulada e nenhum grupo pontuará.
A tabela abaixo representa as combinações possíveis entre os cartões recebidos pelos grupos.
Tabela de Pontos:
4 Amarelos Perde 1 ponto cada
3 Amarelos Ganha 1 ponto cada
1 Azul Perde 3 pontos
2 Amarelos Ganha 2 pontos cada
2 Azuis Perde 2 pontos cada
1 Amarelo Ganha 3 pontos
3 Azuis Perde 1 ponto cada
4 Azuis Ganha 1 ponto cada
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TTEEXXTTOO 22 -- RREEFFLLEEXXÕÕEESS SSOOBBRREE SSUUSSTTEENNTTAABBIILLIIDDAADDEE EE
RREELLAATTÓÓRRIIOO BBRRUUNNDDTTLLAANNDD
A palavra Sustentável provém do latim: sustentare (sustentar, conservar,
cuidar) e vem sendo cada vez mais utilizada para expor preocupações da sociedade
em torno de politicas de preservação ambiental, cuidados sociais e justiça
econômica. Certamente, muitas empresas estão compreendendo a importância
desse tema para a elaboração de sua estratégia de futuro e de sucesso.
Entretanto, a complexidade e a multidisciplinaridade do assunto, o torna,
muitas vezes, distante da exata compreensão de seu significado.
Por isso, para entendermos a importância desse tema nos dias de hoje é
crucial identificarmos a forma como ele surgiu e como vem sendo desenvolvido ao
longo dos anos. Assim, será possível conhecer melhor o impacto desse conceito em
nosso dia a dia.
Com a Crise de 1929, o mundo experimentou uma grande estagnação da
atividade econômica, e junto com ela, a ruína dos pilares da interpretação clássica
da economia. Esse evento possibilitou uma nova postura econômica por parte dos
principais países capitalistas, influenciando-os a adotarem medidas que
impulsionassem o poder de compra das pessoas.
Esse comportamento pautado pela expansão do consumo (e
consequentemente da produção) levou as empresas a explorarem sobremaneira
diversos recursos naturais e minerais, causando sequelas irreparáveis na vida de
muitas pessoas e do meio ambiente.
A partir da década de 1960, diversos grupos passaram a reagir a esse cenário,
cobrando das empresas posturas mais comprometidas com os aspectos sociais e
ambientais em suas atuações. Isso culminou em diversas propostas que ajudaram a
ver o desenvolvimento econômico para além do simples crescimento do PIB.
Hoje o conceito de Desenvolvimento Sustentável é tido como amplo e
complexo, abrangendo variáveis nem sempre mensuráveis, tais como aspectos
culturais, políticos, éticos e de diversidade. Entretanto, PEÑAFIEL E RADOMSKY
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(2013) alertam que um ponto a ser destacado no debate sobre Desenvolvimento
Sustentável é a disputa sobre a importância da esfera econômica na consolidação
desse conceito. De acordo com esses autores, existem pelo menos duas
concepções divergentes nessa abordagem.
Enquanto uma delas trata o Desenvolvimento Sustentável como um fator
inserido no estudo da economia, onde as dimensões sociais e ambientais deveriam
ser pensadas como desdobramentos do campo econômico, a outra abordagem
ressalta que aspectos como justiça social, respeito ambiental, aceitação cultural e
viabilidade econômica precisariam ser tratados conjuntamente, sem estarem
necessariamente atrelados à visão instrumental da economia.
No início dos anos 80, a ONU passou a demonstrar maior preocupação com os
impactos do desenvolvimento econômico no meio ambiente. Com isso, em 1987, a
Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente (World Commission on Environment and
Development – WCED) publicou o denominado Relatório de Brundtland, cujo nome
fez referência à então presidente da comissão e ex-primeira ministra da Noruega,
Gro Harlem Brundtland.
Nesse relatório foi expresso pela primeira vez o conceito de ―desenvolvimento
sustentável" utilizado até os dias atuais e definido como aquele que ―Satisfaz as
necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras
de suprir suas próprias necessidades".
Desse modo a natureza passa a ser vista como parte integrante de um sistema
que originalmente deveria ser cíclico, excluindo o comportamento predador do
modelo desenvolvimentista predominante.
Entre as medidas apontadas pelo relatório, estão:
redução do consumo de energia;
desenvolvimento de tecnologias para uso de fontes renováveis de energia;
preservação dos ecossistemas;
atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia), dentre outras.
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O Relatório contempla informações relacionadas às necessidades do mundo
contemporâneo em torno das questões sociais, econômicas e ambientais. Além
disso, destaca temas como: utilização racional do uso da terra e sua ocupação, uso
e disponibilização de água, saneamento básico e expansão de centros urbanos.
Um dos grandes avanços trazidos por esse documento foi o reconhecimento de
que a pobreza generalizada é uma consequência presente no processo de
expansão populacional e humana e essa premissa exige de nós compromissos
coerentes com os valores democráticos, participativos e inclusivos.
Por fim, o papel do relatório na abordagem dos limites dos recursos naturais
ajudou a orientar ações e compromissos entre empresas, governos e a sociedade
civil na construção de um mundo que seja cada vez mais capaz de se desenvolver
de forma cíclica, gerando o mínimo de impacto possível para o meio ambiente.
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TTEEXXTTOO 33 -- CCAASSEESS DDEE AATTUUAAÇÇÃÃOO EEMM DDEESSEENNVVOOLLVVIIMMEENNTTOO
SSUUSSTTEENNTTÁÁVVEELL
CASE 1 – SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL BB (SGA)
Contextualização
O Banco do Brasil, alinhado à sua Essência, seus valores e compromissos
socioambientais, vem desenvolvendo ações internas e externas voltadas ao melhor
entendimento dos impactos ambientais em suas operações e em seus investimentos
e financiamentos. Esta gestão vem proporcionando à empresa agregar melhorias
em seus processos e serviços.
O compromisso com a sustentabilidade no Banco reporta à década de 1990,
onde tem início a busca pela eficiência energética. Nesse período ocorre a troca de
equipamentos do sistema de iluminação e dos condicionadores de ar por modelos
mais ecoeficientes.
O Banco preocupa-se com o meio ambiente e procura prevenir a poluição,
atender à legislação e melhorar continuamente suas atividades e serviços, a fim de
contribuir para o desenvolvimento sustentável, praticando a sustentabilidade em
suas unidades.
A partir de 2003 o assunto passou a ser definitivamente pauta das decisões
estratégicas e operacionais do Banco quando o Conselho Diretor aprovou a criação
do Sistema de Gestão Ambiental do Banco do Brasil (SGA BB) e de uma estrutura
organizacional específica para tratar do tema, transversalmente na Empresa.
Sistema de Gestão Ambiental do Banco do Brasil (SGA BB)
O SGA BB consiste em um conjunto de ações adotadas para a implementação
de diretrizes ambientais em seus processos especificando competências,
comportamentos, procedimentos e exigências a fim de avaliar e controlar os
impactos ambientais de suas atividades, buscando a eficiência no uso dos recursos
naturais (água, energia, combustíveis fósseis, papel e outros), a redução dos
impactos socioambientais (emissão de gases do efeito estufa, geração de resíduos,
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compras sustentáveis), a mitigação de riscos legais e o resguardo da imagem da
empresa junto a seus stakeholders.
Nos negócios, o SGA assessora a identificação de oportunidades para o
desenvolvimento de produtos que atendam às demandas originadas por questões
ambientais (tendências ou novas regulamentações sobre o uso dos recursos
naturais) e mudanças climáticas (demanda de financiamentos de setores como a
agricultura e infraestrutura para a adaptação).
O Banco também firmou parceria com a Agência Nacional de Águas, Fundação
Banco do Brasil e WWF Brasil, desenvolvendo o Programa Água Brasil com o intuito
de aprimorar e desenvolver soluções para a gestão de recursos hídricos e resíduos
sólidos nos meios rural e urbano.
Os esforços em gestão ambiental do Banco do Brasil e seus resultados estão
divulgados nos relatórios socioambientais (Relatório Anual, CDP Climate Change,
GHG Protocol Brasileiro). Esse tipo de ação faz com que o Banco seja
reconhecimento em índices como o Dow Jones Sustainable Index (DJSI), da Bolsa
de Valores de Nova Iorque, e o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da
Bolsa de Valores de São Paulo, além de publicações especializadas como o CDP
Global 500, Newsweek Green Ranking, entre outros.
Todas estas ações, desenvolvidas no âmbito do SGA BB, são auditadas e
validadas por organismos internacionais e que, atualmente, certificam o Banco em
normas socioambientais como a ISO 14001 (Gestão Ambiental), ISO 14064 (Gestão
de Carbono), FSC (Gestão da Cadeia de Custódia de Papel), GHG Protocol
(Inventário de Emissões de Gases do Efeito Estufa) e LEED (Construções e
Operações Sustentáveis).
O SGA ampara-se nas seguintes premissas:
Educação: Capacitar os funcionários em responsabilidade ambiental visando
esclarecer, conscientizar para disseminação de mudança de comportamento
interno e da cultura sustentável para os diversos públicos;
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Comunicação: Sensibilizar e disseminar os conceitos e as práticas de
ecoeficiência aos funcionários e demais públicos, inclusive quanto aos
resultados obtidos;
Mudança de Processos: Adequar espaços e equipamentos, racionalizar o uso
e consumo de bens e analisar processos sob o prisma do conceito de
ecoeficiência;
Requisitos Legais: Introduzir requisitos contratuais legais referentes ao meio
ambiente.
Resultados socioambientais e financeiros do SGA BB
A melhoria contínua do desempenho socioambiental das atividades, produtos e
serviços do Banco do Brasil tem proporcionado a empresa a redução progressiva do
consumo de insumos, dos custos operacionais, do impacto ao meio ambiente e do
risco legal. Abaixo apresentamos um dos resultados do SGA:
Case - Projeto Videoconferência
Partindo do diagnóstico do Inventário de Emissões de Gases do Efeito Estufa
(GEE), Ano 2008, foi observado o impacto financeiro e socioambiental das inúmeras
viagens aéreas realizadas pelos funcionários do Banco.
A adoção de Salas de Áudio e Videoconferência possibilitou ganhos
socioambientais e financeiros ao Conglomerado. conforme abaixo:
Objetivos do Projeto
Reduzir impacto ambiental (Emissões de GEE);
Reduzir despesas com emissões de passagens aéreas;
Reduzir tempo e deslocamento de funcionários para pequenas reuniões.
Ações desenvolvidas
Sensibilização e envolvimento do Conselho Diretor e de diversas áreas;
Benchmarking em grandes empresas;
Dimensionamento da rede interna – atendimento amplo;
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Requisitos técnicos para Licitação da solução;
Implementação das Salas de Videoconferências;
Capacitação;
Reconhecimento - Acordo de Trabalho/PLR.
Resultados1 e cenário atual
RESULTADOS ALCANÇADOS
Redução de 56% da emissão de bilhetes De 115 mil para 65 mil bilhetes/ano
Redução de 64% da emissão de CO2 De 13 mil TCO2eq
2 para 4,1 mil TCO2eq /
ano
Redução de 58% de despesas com passagens Aproximadamente R$ 8 milhões de economia acumulada no período
Foram implantadas 237 salas de áudio e videoconferência, contemplando todos os
estados do país – Diretorias, Superintendências e Unidades de Apoio a Negócios e
Gestão. Atualmente, a solução também está implementada nas unidades do Banco
do Brasil no exterior, além de outras redes de instituições parceiras;
O Projeto proporcionou a redução de 8.900 toneladas de CO2 equivalentes em cinco
anos de trabalho e uma economia de aproximadamente R$ 8 milhões de reais, já
descontados os custos de instalação e manutenção.
CASE 2 – PLANO DE AÇÃO EM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (PADS)
Contextualização
O Modelo de Atuação Integrada em Desenvolvimento Sustentável é uma
evolução da forma como o Banco do Brasil atua em desenvolvimento sustentável,
reforçando seu posicionamento como Banco de Mercado com Espírito Público.
O Modelo busca convergir ações em desenvolvimento sustentável
considerando a área de atuação das agências (jurisdição), integrando estratégias de
atuação do Banco com produtos, clientes e canais.
1 - Dados dos inventários de Gases de Efeito Estufa (GEE), período de 2008 a 2013. 2 - toneladas de dióxido de carbono equivalente - medida de conversão e padronização dos gases de efeito estufa (GEEs) em dióxido de carbono (CO2),
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A atuação se dá a partir da visão integrada entre as potencialidades e
demandas dessa área, contemplando diversas possibilidades de motivação: desde o
apoio a segmentos específicos (a exemplo de categorias profissionais e a cadeias
produtivas), além de políticas públicas e projetos em andamento de entidades
parceiras (SEBRAE, SENAI, ONGs, Câmaras de Dirigentes Lojistas, Associações
Comerciais) entre outras iniciativas.
O Modelo possibilita organizar e dar visibilidade à atuação das dependências
que já possuem ações em desenvolvimento sustentável, bem como permite que
outras dependências vislumbrem essas oportunidades, independentemente de
características especiais, porte ou localização.
Com o Modelo de Atuação Integrada em DS, o Banco passa a exercer o papel
de apoiador do desenvolvimento sustentável, reconhecendo iniciativas locais e
direcionando esforços para o compartilhamento de ações com os atores locais.
A implementação do Modelo ocorre por meio do Plano de Ações em
Desenvolvimento Sustentável – PADS, que é a ferramenta que auxilia a
operacionalização das ações em desenvolvimento sustentável no âmbito das
agências.
PADS na Agência Pipiripau3
A atuação socioambiental do Banco do Brasil se mostra presente em todas as
localidades do país. No interior do Estado da Bahia, no município de Pipiripau a
atuação do Banco com o foco em desenvolvimento sustentável fica evidente.
O Banco do Brasil estava para entregar o empreendimento Loteamento
Pipiripau, com 91 unidades habitacionais, fruto do Programa Minha Casa Minha Vida
(PMCMV) no município.
A elaboração do PADS permitiu ao gerente geral da agência 9997 - Pipiripau
se articular com a prefeitura municipal para a entrega do empreendimento. Esse
movimento permitiu ao Banco identificar também outras oportunidades de atuação
socioambiental no município.
3 - Baseado em caso real com nome de Agência Fictícia.
18
O município de Pipiripau é considerado polo de artesanato e hortifrutigranjeiro
na região. Entretanto, essas atividades estavam desestruturadas, com os
trabalhadores sendo explorados pelos atravessadores, péssimas condições de
trabalho e baixa remuneração.
A cidade também conta com uma AABB, permitindo a implantação do
Programa AABB Comunidade.
A articulação entre a agência, Superintendência Estadual, prefeitura municipal
e várias secretarias, permitiu a elaboração do PADS em Pipiripau. Abaixo encontra-
se as oportunidades mapeadas e as ações desenvolvidas.
OPORTUNIDADES MAPEADAS AÇÕES DESENVOLVIDAS
Empreendimento PMCMV – Loteamento Jatobá Entrega dos contratos PMCMV loteamento Jatobá; Abertura de contas correntes com os beneficiários.
Parceria/Projeto com Município
Estruturação do Programa AABB Comunidade; Jornada Pedagógica Sec. Educação do Município; Encaminhar proposta para programa de Inclusão
Digital doação de computadores; Implantar Telecentro no Distrito Entroncamento; Apresentação de projetos recursos FIA.
Atividades Produtivas do Município Polo de Artesanato Polo de Hortifrutigranjeiro
Apoiar os artesãos membros da associação; Disponibilizar oficina de Educação Financeira
(Saúde financeira não tem preço).
Oportunidades não vinculadas
Manutenção do programa Ecoeficiência; Implantação coleta seletiva na dependência com
repasse de material para cooperativa de catadores local.
Resultados alcançados
Implantação do Programa AABB Comunidade - projeto iniciado com o atendimento de 100 crianças;
Apresentação de três projetos com recursos do Fundo da Infância e Adolescência - FIA – 2 Projetos aprovados (―Construindo o Futuro‖ e ―Escola da Cidadania‖), totalizando R$ 200.000,00;
Implantação programa Ecoeficiência na agência;
Realização da oficina de Educação Financeira (Saúde financeira não tem preço) com a participação dos artesãos do entroncamento;
Eleição de nova diretoria, registro da Ata da Associação de Artesãos e abertura da conta corrente da Associação;
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Bancarização dos artesãos (membros da associação) e contratação de operações de MPO;
Reunião da diretoria da Associação de Artesãos, Prefeitura Municipal e Banco do Brasil, resultando na doação, pela Prefeitura, de terreno para a construção da sede da Associação;
Realização de Oficina DRS;
Doação de um computador para Associação de Artesãos;
Organização da 1ª Feira dos Artesãos do Entroncamento, realizada com apoio da Prefeitura e do Banco do Brasil;
Doação de computadores para a Instituição Atendimento Educacional Especializado Alegria de Viver;
Assinatura de contratos PMCMV loteamento Pipiripau;
Reunião com os moradores do PMCMV loteamento Pipiripau e empresa responsável pela implantação do Projeto de Trabalho Social, proporcionando a abertura de contas correntes para os beneficiários;
Participação do Banco do Brasil na Jornada Pedagógica da Secretaria de Educação do Município, permitindo a divulgação dos produtos e serviços do Banco e das ações do município;
Realização de reunião com entreposto de hortifrutigranjeiro.
A elaboração do PADS na agência permitiu a ampla atuação em
desenvolvimento sustentável do Banco do Brasil no município, proporcionando a
realização de negócios, a fidelização de clientes, o estreitamento da relação da
agência com o Poder Público local e a identificação do Banco do Brasil como o
Banco da Inclusão e Transformação.
Na visão da Superintendência Estadual, os resultados alcançados, não
somente em termos financeiros e negociais, mas também sob o aspecto
socioambiental e de imagem, afirma que o PADS veio fortalecer a ação do Banco do
Brasil junto à sociedade e seus clientes.
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CASE 3 – ESTRATÉGIA NEGOCIAL DRS
Contextualização
O Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) é uma estratégia negocial que
busca impulsionar o desenvolvimento sustentável das regiões onde o Banco do
Brasil está presente, por meio da mobilização de agentes econômicos, sociais e
políticos, apoiando atividades produtivas economicamente viáveis, socialmente
justas e ambientalmente corretas, sempre observada e respeitada a diversidade
cultural.
A Estratégia Negocial DRS tem como público-alvo:
Pessoas físicas e jurídicas: envolvidas em atividades produtivas, qualquer que seja o nível de organização em que se encontrem;
Beneficiários: pessoas físicas e jurídicas beneficiadas por ações do Banco e/ou de Parceiros, constantes no Plano de Negócios DRS - PN DRS;
Parceiros (Integrantes Externos): são pessoas físicas e/ou jurídicas responsáveis por desenvolverem ações constantes no PN DRS.
Os objetivos da Estratégia DRS são:
Promover a inclusão socioprodutiva, por meio da geração de trabalho e renda;
Fortalecer a agricultura familiar e o empreendedorismo urbano;
Impulsionar o associativismo e o cooperativismo;
Ampliar a inclusão financeira e os negócios sociais;
Estimular o protagonismo local, visando a inclusão e transformação das pessoas envolvidas nas atividades produtivas apoiadas;
Aderir às oportunidades negociais e apoiar iniciativas de Desenvolvimento Sustentável em andamento.
O Plano de Negócios DRS (PNDRS) é elaborado a partir do aplicativo DRS Web
disponível no endereço (http://UNS.bb.com.br) link: Negócios Sustentáveis>
Aplicativo DRS Web e possui as seguintes etapas:
1. Inclusão de Atividade Produtiva
2. Registro de Anotações Históricas
3. Registro de Integrantes DRS
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4. Elaboração do Diagnóstico (por meio de Matriz SWOT)
5. Elaboração de Plano de Negócios DRS
6. Análise Técnica (para planos com atividades rurais)
7. Parecer da Agência
8. Análise de Aderência (Realizado pelo Cenop)
9. Análise de Risco (Realizado pela Dicre)
10. Parecer da Superintendência Estadual
11. Implementação
Plano de Negócio DRS de reciclagem no município de Santa Rita do Vale4.
Em 2009, o Conselho Municipal de Desenvolvimento do Meio Ambiente (CODEMA)
de Santa Rita do Vale, convidou o Banco do Brasil, por meio da agência localizada
na cidade, a participar do Projeto Reciclagem com Cidadania.
O trabalho foi realizado no Aterro Municipal, tendo como uma das principais ações
estruturar a atividade de reciclagem da localidade.
A agência 9998 – Santa Rita do Vale identificou a oportunidade de implementar a
Estratégia Negocial DRS do Banco do Brasil. Com a participação de parceiros – uma
empresa de informática da cidade, um escritório contábil, a Prefeitura Municipal e a
Fundação Banco do Brasil – a agência elaborou o Plano de Negócios DRS de
Reciclagem.
O Plano de Negócios DRS permitiu a organização dos catadores, resultando na
fundação da Associação dos Agentes Ecológicos de Santa Rita do Vale. Dentre os
muitos resultados, destacam-se:
Os ―agentes Ecológicos de Santa Rita‖, como gostam de ser chamados os
catadores, passaram a ter infraestrutura e condições dignas de trabalho,
incluindo refeitórios, sanitários, local com acesso à internet e três refeições
diárias asseguradas pela prefeitura;
Acesso à bancarização, permitindo a abertura de conta correntes, acesso ao
crédito e a produtos e serviços financeiros para os catadores;
4 - Baseado em caso real com nome de município Fictício.
22
Acesso a recursos não reembolsáveis oriundos da FBB, que também cedeu à
cooperativa um caminhão adequado à coleta;
Melhoria da renda dos cooperados, que inicialmente era de R$ 350,00 e
atualmente é próxima a R$1.000,00 mensais.
Transformação e inclusão social
A secretária da associação, e também catadora, a Sra. Francisca,
carinhosamente chamada pelos colegas de Kika, hoje é beneficiária do FIES, graças
ao apoio de um funcionário do Banco do Brasil que lhe ofereceu a oportunidade de
financiamento estudantil. No ano de 2014, Kika, 50 anos, catadora e mãe, com muito
orgulho iniciou seu primeiro ano de pedagogia.
CASE 4 – PROGRAMA ÁGUA BRASIL
Contextualização5
Em 2010, quatro importantes instituições brasileiras uniram-se por um objetivo
comum: a preservação da água e dos rios. E, da parceria entre WWF-Brasil, Banco
do Brasil, Fundação Banco do Brasil e Agência Nacional de Águas, surgiu o Água
Brasil, um Programa que dissemina práticas sustentáveis ao redor do país, além de
promover a conscientização e mudança de atitude da sociedade com relação à
conservação ambiental.
O Programa Água Brasil possui quatro eixos ou frentes principais. São elas:
Projetos Socioambientais (Água e Agricultura; Cidades Sustentáveis; Consumo Responsável e Reciclagem);
Mitigação de riscos;
Novos Negócios;
Comunicação e Engajamento.
O Programa Água Brasil tem como objetivo em suas principais iniciativas:
5 Fonte: Água Brasil. Disponível em: <http://bbaguabrasil.com.br>. Acesso em: 13 mar. 2015
23
Melhoria da qualidade das águas e ampliação da cobertura da vegetação
natural em 14 microbacias hidrográficas representativas dos biomas
brasileiros, por meio de agricultura sustentável;
Estímulo à mudança de comportamento e valores em relação à produção e
destino dos resíduos sólidos urbanos em cinco cidades de diferentes portes e
regiões;
Disseminação e reaplicação de modelos e melhores práticas de preservação
e conservação de recursos hídricos;
Aperfeiçoamento dos critérios socioambientais utilizados nos processos de
financiamento e investimento do Banco do Brasil;
Aprimoramento dos modelos de negócios voltados ao desenvolvimento
regional sustentável e ampliação do portfólio de produtos e serviços
financeiros com atributos socioambientais.
O Programa está presente em todos os biomas brasileiros, com projetos em
sete bacias hidrográficas e cinco cidades.
No meio rural, o Programa desenvolve projetos que exploram boas práticas
agropecuárias, agroecologia, restauração florestal, extrativismo, produção
sustentável, sempre com o objetivo de conservar o solo e a água para garantir a
segurança hídrica e alimentar para a comunidade local. De acordo com as
características de cada localidade, são implementadas Unidades Demonstrativas
(UD), que servem como experimento para essas práticas que, depois, servem como
modelo para outras regiões do país.
Já no meio urbano, o Água Brasil tem o objetivo estimular a mudança de
comportamento e valores em relação à produção e destinação de resíduos sólidos
para diminuir a pressão sobre os recursos hídricos, incentivar a estruturação da
cadeia de reciclagem, promover a educação ambiental junto à população, além de
gerar trabalho e renda para os catadores de materiais recicláveis. O Programa
também tem um papel fundamental no apoio às prefeituras municipais para a
implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) nas cinco cidades
24
selecionadas, que são: Belo Horizonte (MG), Caxias do Sul (RS), Natal (RN),
Pirenópolis (GO) e Rio Branco (AC).
A parceria busca, ainda, o aperfeiçoamento dos critérios socioambientais na
análise de crédito e investimentos e a implementação de modelos de negócios
sustentáveis. O setor bancário é estratégico para a conservação da natureza, em
função do importante papel que exerce no financiamento da produção agrícola e de
outras atividades.
Água Brasil realiza oficina de Boas Práticas Agropecuárias e Restauração
Florestal
No mês de novembro de 2014, o Programa Água Brasil realizou uma oficina de
discussão e validação dos portfólios de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) e
Restauração Ecológica e Florestal de um município no interior de São Paulo, onde o
Programa atua na bacia do rio que banha o município.
A oficina reuniu diferentes públicos, entre produtores de cana-de-açúcar,
associações parceiras, usinas de cana, representantes do poder público (secretarias
do meio ambiente e da agricultura), Banco do Brasil, além de outras instituições
parceiras, como SEBRAE, CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) e
empresas privadas, como Bunge e Pro Terra.
Durante o evento, os participantes tiveram a oportunidade de discutir sobre
temas como Restauração Florestal, certificação Bonsucro e Boas Práticas Agrícolas.
De acordo com a análise do Programa Água Brasil, essa é uma região onde o
plantio de cana-de-açúcar é muito expressivo. Por isso, é preciso promover boas
práticas agroecológicas em observância aos principais impactos gerados pela
atividade.
Diferente das outras bacias onde o Programa atua, em que a maioria dos
beneficiários trabalham com agricultura familiar, a bacia daquele rio é formada, em
sua maioria, por grandes propriedades, sendo sua principal atividade econômica a
cultura de cana-de-açúcar.
Neste contexto, o Programa Água Brasil chega para promover um trabalho de
restauração ecológica, por meio da implantação de seis Unidades Demonstrativas
25
(UD), onde são testadas diferentes técnicas. Cada UD recebe diferentes tratamentos
que vão desde semeadura direta, condução de lianas até plantio de mudas em
diferentes espaçamentos, com objetivo de identificar modelos mais aplicáveis à
particularidade de cada propriedade.
De acordo com o engenheiro agrônomo responsável pelo projeto, e um dos
parceiros na região, o Água Brasil trouxe mais conhecimento para os produtores e
para as empresas locais. Antes do Programa, já os produtores tinham uma
preocupação com a restauração e recuperação de áreas de proteção permanentes
(APP) na bacia. Mas, agora, ganharam conhecimento e um direcionamento maior
sobre como tornar o negócio mais sustentável.
CASE 5 – GESTÃO DE CALAMIDADES
Contextualização6
De acordo com o Decreto Nº 7.257, de 4 de agosto de 2010, calamidade é uma
situação de emergência, ou seja, uma situação anormal, provocada por desastres,
causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento parcial da
capacidade de resposta do poder público do ente atingido.
Desta forma, o Estado de calamidade pública é considerado uma situação
anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o
comprometimento substancial da capacidade de resposta do poder público do ente
atingido.
Em comum acordo com os princípios de Ética Empresarial e Responsabilidade
Socioambiental, visando preservar o conceito da Organização, o respeito aos
direitos e às expectativas de seus públicos, e a qualidade de seus relacionamentos,
o Banco do Brasil visa:
Praticar a ética da responsabilidade, ou seja, busca promover o máximo bem
para o maior número de pessoas, numa perspectiva de universalização dos
6 Fonte: IN 397
26
direitos da cidadania, por meio de propósitos que a sociedade brasileira avalia
como bons;
Preocupar-se com as consequências das ações dos funcionários para a
realização da missão e dos negócios da Empresa, bem como para as
atividades desta junto à sociedade;
Não respaldar o uso de quaisquer meios para a obtenção de resultados. Nem
todos os meios são justificáveis, mas apenas aqueles que estão de acordo
com os fins da própria ação. Fins éticos exigem meios éticos.
Os objetivos da Gestão de Calamidades para o Banco do Brasil são assistir e
diminuir o drama sofrido por funcionários, clientes e comunidade atingidos por
catástrofes, por meio de ações que consistem em um conjunto de medidas pré-
aprovadas.
A sociedade é beneficiada pela atuação do Banco por meio de ações
emergenciais, que envolvem a abertura de conta para recebimento de doações em
espécie em nome de Órgãos Públicos (Defesa Civil, Corpo de Bombeiros,
Prefeituras Municipais). As dependências do Banco do Brasil realizam campanhas
de arrecadação de alimentos não perecíveis, roupas, eletrodomésticos e utensílios
para distribuição aos moradores das localidades atingidas pela catástrofe.
Fortes chuvas atingem estado do sudeste brasileiro
No final de 2013, fortes chuvas atingiram um importante estado do sudeste
brasileiro, provocando inundações e enxurradas. Dos 78 municípios do Estado 47
foram afetados, contabilizado 4.669 desabrigados, 41.520 desalojados e 49 pessoas
feridas e 8 mortos.
O evento causou elevado prejuízo em algumas agências do BB naquele
estado, em virtude de inundação que afetou móveis, equipamentos e arquivos das
unidades. Outras 10 agências apresentaram danos pontuais, tais como, infiltração e
dificuldade de acesso às unidades por parte dos funcionários. Além dos prejuízos
registrados no atendimento e na rede física, 8 funcionários e 17 colaboradores
tiveram prejuízo com a catástrofe.
27
Em 21/12/2013, o Governador do Estado decretou situação de emergência nos
78 municípios. Após identificar tais ocorrências, a Superintendência Estadual
acionou o Fórum Tático Operacional7 (FOTAO) para elaboração de diagnóstico e
implementação de plano de ação, conforme instrui o programa para enfrentamento
de calamidades do BB. O programa prevê um conjunto de medidas pré-aprovadas
de apoio emergencial a funcionários, clientes e comunidades atingidas por
catástrofes naturais. As ações adotadas no estado foram:
PLANO DE AÇÃO – ESTADUAL
Funcionários Colaboradores
Concessão PAS – Catástrofe Natural para cobertura de despesas com aquisição ou reforma de bens essenciais danificados pela chuva;
Priorizar tratamento das situações de falta, abono, etc.; Abertura de conta corrente para recebimento de doações para o público interno.
Clientes
Cartões Devolução dos encargos, por solicitação do cliente.
Emissão de 2ª via sem tarifas.
Mercado Agro
Levantamento da extensão das perdas para acionamento dos seguros rurais;
Alteração do cronograma, de forma massificada, das parcelas de custeio e investimento com vencimento entre 15/12/2013 e 31/12/2014;
Disponibilização de recursos para contratação de operações nas linhas de crédito rural, nas regiões afetadas pela calamidade;
Priorização das operações de produtores das regiões afetadas.
Mercado Governo
Negociação com o Ministério do Trabalho, criação de linha para atendimento aos municípios com recursos do FAT;
Solicitação de antecipação do pagamento de benefícios do INSS aos moradores das áreas atingidas.
Mercado PJ
Negociação de condições especiais no programa BNDES PER até R$ 100 mil;
Prorrogação da parcela de capital de giro com vencimento em Dez/2013 e Jan/2014;
Fluxo diferenciado para análise e estabelecimento de limite de crédito junto à Dicre das empresas localizadas no município atingido.
Mercado PF Atendimento priorizado de clientes com sinistro de automóvel; Suspensão de cancelamentos por inadimplência, de seguros
patrimoniais, pelo prazo de 90 dias.
Comunidade
Abertura de conta corrente para receber doações; Compra de água mineral e cestas básicas para distribuição imediata pelos
funcionários do BB; Doação de recursos financeiros às entidades credenciadas no Fundo da Infância
e Adolescência (FIA) para recuperação dessas entidades.
7 Para maiores informações consulte a IN 291.
28
Na ocasião verificou-se ainda a mobilização de funcionários e voluntários BB, por
meio do Portal do Voluntariado BB (www.voluntariadobb.com.br) e reunião entre
Ecoas, para arrecadação de recursos financeiros, alimentos, materiais de higiene e
limpeza e outros itens para apoio as vítimas atingidas pela chuva.
O valor arrecadado nessa ação para os funcionários e colaboradores do Banco
atingidos pela calamidade foi superior a R$ 30.000,00.
CASE 6 – PROGRAMA DE INCLUSÃO E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL POR MEIO
DA DOAÇÃO DE COMPUTADORES SUBSTITUÍDOS
Contextualização8
O Banco do Brasil vem, desde 2003, implementando o Programa de
Modernização do seu Parque Tecnológico, que prevê a substituição de
equipamentos defasados tecnologicamente por outros com melhor desempenho.
Desse processo, é criado o Programa de Inclusão e Transformação Social por
meio da Doação de Computadores Substituídos – PID, que é a destinação de
microcomputadores substituídos, para doações a projetos que possibilitem o uso da
tecnologia da informação e comunicação, visando à ampliação da cidadania e
melhoria das condições de vida e trabalho.
O Programa tem como objetivo contribuir com a inclusão e a transformação
social, impulsionando o desenvolvimento social, econômico, ambiental e cultural, por
meio da doação de microcomputadores substituídos.
Apresenta como premissa conferir benefício social à destinação dos
microcomputadores substituídos priorizando os projetos que oportunizam o acesso
das populações carentes às tecnologias digitais.
A doação deve ser exclusivamente para fins e uso de interesse social (Lei
8.666/1993, art. 17, inciso II).
O Programa favorece o relacionamento do Banco do Brasil com a sociedade e
entes públicos, por meio das ações sociais locais, regionais e nacionais.
8 Fonte: IN 397
29
Doação de computadores à Prefeitura de Cidade Luz.
Em maio de 2012, a Superintendência Estadual do Banco do Brasil identificou
algumas comunidades carentes de Cidade Luz que não tinham acesso à internet e
tecnologias da informação. De forma a contribuir com a inclusão e a transformação
social, impulsionar o desenvolvimento local e vislumbrando uma oportunidade
negocial, a Superintendência procurou a prefeitura do município. Por meio do
Programa de Inclusão e Transformação Social por meio da Doação de
Computadores Substituídos do BB é possível doar microcomputadores que não são
mais utilizados pelo Banco e estão em bom estado.
Após consultar os normativos (IN-397) e verificar com os intervenientes (UNS e
Cenop) a capacidade de atendimento de uma grande doação de computadores,
verificou-se que poderia doar cerca de 2.000 máquinas no prazo de três anos. A
formalização de um convênio como esse atenderia a aspectos sociais, ambientais e
negociais.
O prefeito recebeu o gerente de Negócios e de Desenvolvimento Regional
Sustentável (DRS), o gerente geral do Setor Público e o superintendente de governo
do Banco do Brasil daquele estado. Na reunião, os executivos do Banco firmaram
um acordo e apresentaram o cronograma de entrega de dois mil computadores à
Prefeitura de Cidade Luz. A doação faz parte de um termo de cooperação técnica
entre o Banco e o município, que tem como objetivo criar uma parceria de incentivo
à inclusão digital na cidade.
Do total, 500 computadores foram entregues à Secretaria Municipal de
Educação em 2013 e instalados nos telecentros comunitários. A cidade receberia os
outros 1,5 mil equipamentos entre 2014 e 2015. ―É uma forma de reciclar os
computadores e ao mesmo tempo organizar um espaço importante para os
cidadãos. Os telecentros têm uma função relevante para a inclusão digital, para a
formação e qualificação profissional além de prestar um serviço à comunidade, com
acesso livre à Internet‖, destacou o prefeito.
O gerente de Negócios também apresentou outros tipos de ações que podem
ser realizadas em parceria com o município para fomentar o desenvolvimento
econômico e social: ―Somos parceiros do município para qualquer ação social, seja
30
na área da educação, seja cultural, enfim. É importante que a gente se envolva com
a comunidade e por isso estamos priorizando convênios com as prefeituras‖.
CASE 7 – PROGRAMA VOLUNTARIADO BB
Contextualização9
Desde a colonização do Brasil o trabalho voluntário está presente em diversos
momentos de nossa história. A primeira experiência desse trabalho é evidenciada
com a fundação da Santa Casa de Misericórdia de Santos, em 1543. Nas últimas
décadas, algumas figuras importantes como o sociólogo Herbert de Souza, o
Betinho, e a Irmã Dulce possibilitaram difundir a prática do voluntariado no Brasil a
partir da mobilização de comunidades para o exercício da cidadania e da atenção ao
próximo.
Conforme definido na Lei 9608/98, o serviço voluntário caracteriza-se pela
atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de
qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos
cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social.
Desta forma, o Banco do Brasil desenvolveu o Programa Voluntariado BB, um
conjunto de ações desenvolvidas no âmbito da empresa, que buscam introduzir e
consolidar os conceitos e pressupostos do voluntariado na cultura organizacional,
apoiando e incentivando o envolvimento dos funcionários da empresa, da ativa ou
aposentados, familiares e amigos, para a prestação de serviço voluntário.
O objetivo do Programa é fomentar a cultura de voluntariado no Banco do
Brasil e a participação de seus funcionários, da ativa e aposentados, familiares e
amigos em ações que promovam a qualidade de vida, justiça social, proteção do
9 Fonte: IN 405
31
meio ambiente e outras voltadas à construção da cidadania plena, tanto nas práticas
internas quanto no relacionamento com as comunidades onde estão inseridos.
Projeto Voluntários BB em Arariguana.
A funcionária Ana Carolina10 do Banco do Brasil sempre teve vontade de
desenvolver um trabalho voluntário junto à comunidade, ajudando pessoas em
situação de vulnerabilidade social. Em sua dependência, encontrou colegas que
também tinham o mesmo desejo e estavam interessados em apoiar algum projeto
social.
Por intermédio de um amigo, conheceu o Projeto ABID Solidário, da
Associação Beneficente Irmãs Dorcas situada no município de Arariguana, que tem
como objetivo capacitar jovens e adultos de uma comunidade carente para o
mercado de trabalho.
A funcionária percebeu a oportunidade de apoiar a Associação e propôs a
criação de um Comitê de Voluntários BB em sua agência para desenvolvimento de
ações em conjunto. Ao consultar o Portal do Voluntariado BB
(www.voluntariadobb.com.br) verificou que o Projeto Voluntários BB FBB seria uma
possibilidade de captação de recursos financeiros à inciativa e encaminhou uma
proposta para a seleção.
O projeto de capacitação de jovens e adultos nas áreas de corte e costura,
bordados a máquina, culinária, artesanato foi contemplado com R$ 53.000,00 em
recursos da Fundação Banco do Brasil.
Além da capacitação profissional, os 170 beneficiários do projeto
desenvolveram seu comprometimento com a sustentabilidade, princípios do
empreendedorismo, ética e cidadania, imprimindo um diferencial competitivo.
Os beneficiários foram inseridos no mercado de trabalho, atuando em
indústrias, comércio ou em iniciativas próprias.
10
Nome meramente representativo.
32
Percebeu-se também, como resultado da implementação do projeto na
comunidade, a redução da evasão escolar; o aumento do nível de aprovação escolar
e a elevação na renda familiar dos beneficiários.
TTEEXXTTOO 44 -- NNEEGGÓÓCCIIOOSS SSOOCCIIAAIISS –– IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO
Negócios Sociais são Iniciativas economicamente viáveis que buscam soluções
para problemas sociais, com o objetivo de resolver desigualdades socioeconômicas, de
forma sustentável, garantindo renda, inclusão produtiva e acesso aos serviços públicos.
São exemplos de negócios sociais: MPO (Microcrédito Produtivo Orientado), FIES
(Fundo de Financiamento Estudantil), BB Crédito Acessibilidade, PMCMV (Programa
Minha Casa Minha Vida), PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar).
A participação do Banco do Brasil nos negócios sociais procura abranger os
diferentes setores da sociedade, disponibilizando produtos e serviços de qualidade a
uma população que necessita ter acesso aos serviços bancários.
Os Negócios sociais possuem um vasto espectro de ações que vão desde a
formação e desenvolvimento do cidadão – casos da educação, acesso à cultura e às
políticas de trabalho e renda, até a democratização do acesso ao crédito produtivo,
como as políticas voltadas à agricultura familiar, por exemplo.
MICROCRÉDITO PRODUTIVO ORIENTADO (MPO)
33
Durante séculos, a sociedade vivenciou a evolução das empresas, testemunhando
a priorização do acesso ao crédito àquelas de grande porte ou às pessoas que tivessem
garantias capazes de minimizar o risco dos credores. Desta forma, aqueles que
possuíam poucos recursos ou garantias acabavam obtendo crédito apenas por meio de
agiotas, que minavam as chances de empreendedores obterem resultados satisfatórios
a partir de seus esforços.
Na década de 1970, Mohamad Yunus, um professor de economia de Bangladesh,
percebendo que as necessidades financeiras de alguns empreendedores eram
extremamente pequenas, decidiu quebrar esse paradigma e emprestar pequenas
quantias de dinheiro a microempreendedores naquele país.
A experiência deu tão certo que sua atitude financeira de dar crédito aos pequenos
empreendedores criava um novo conceito de microcrédito, e mais tarde inaugurava o
primeiro banco no mundo especializado nesse tipo de produto, o Grameen Bank,
também conhecido como o Banco dos Pobres.
O Programa Crescer de Microcrédito Produtivo Orientado, do Ministério de
Desenvolvimento Social, é um Programa criado pelo Governo Federal com o objetivo de
facilitar o acesso de micro e pequenos empreendedores ao crédito orientado,
incentivando assim, a criação de novos empreendimentos e a geração de trabalho e
renda.15.
Nesse contexto, o Microcrédito Produtivo Orientado (MPO) age como uma
importante ferramenta capaz de atender às necessidades financeiras de pessoas físicas
e jurídicas – empreendedoras de atividades produtivas de pequeno porte.
Uma das principais vantagens dessa linha é que os negócios são acompanhados
por meio de relacionamento direto de funcionários dos bancos públicos federais que
operam o programa, preparados para orientar e acompanhar o desenvolvimento
sustentável do empreendimento16.
O MPO também é uma ótima opção de serviço financeiro em prol de objetivos
sociais, uma vez que, por meio do acompanhamento de pessoas capacitadas para a
assessoria aos empreendedores, desenvolve os micro empreendimentos e fortalecem
os laços econômicos entre as pessoas mais desassistidas impulsionando-as à geração
de sua própria renda.
15
http://www.mds.gov.br 16
http://www.bb.com.br
34
Por ser uma forma de empréstimo, o microcrédito necessita ser adotado em
ambiente onde haja um nível mínimo de atividade econômica, já que a proposta não é
assistencialista.
A orientação do cliente em todo o processo é uma peça-chave para que haja
adimplência nos contratos e continuidade do seu negócio de forma sustentável.
Com base nas experiências de vários programas de microcrédito ao redor do
mundo e no Brasil, o Banco do Brasil criou uma metodologia própria para o programa do
MPO, onde o funcionário do BB capacitado ou prestador de serviço temporário treinado
realizam visitas, orientam os clientes, preenchem os formulários, acolhem e digitalizam
os documentos, registram as propostas nos sistemas do Banco, acompanham as
operações, dentre outras ações.
O MPO é composto por duas principais linhas:
Capital de giro: operações que financiam os itens de manutenção e insumos
para o processo produtivo;
Operações de investimento: operações que financiam os itens que produzirão
os bens e serviços e que não serão consumidos no processo produtivo.
Sabemos que gerar sustentabilidade financeira para empreendedores individuais e
pequenos empreendedores e mudar a vida de milhares de brasileiros a partir desse
negócio social é um grande desafio para a Empresa.
BB CRÉDITO ACESSIBILIDADE
De acordo com dados do Censo de 2010 divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), o Brasil tem 45,6 milhões de pessoas com deficiência, seja
visual, auditiva, motora ou mental. Esse número representa 23,9% da população do
país. A deficiência mais registrada na pesquisa foi a visual, apontada por 35,7 milhões
de brasileiros.
O Direito das pessoas com mobilidade reduzida ou portadoras de necessidades
especiais é abordado na Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes (ONU, 1975)
35
que identifica como deficiente ―qualquer pessoa incapaz de assegurar por si mesma,
total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal, em
decorrência de uma deficiência congênita ou não, em suas capacidades físicas,
sensoriais ou mentais‖.
Com um número tão grande de pessoas apresentando algum tipo de deficiência, as
ações da sociedade sobre o tema tem ganhado cada vez mais importância e propiciado
a criação de mecanismos que promovam cidadania e melhor qualidade de vida das
pessoas com deficiência.
Reconhecendo a importância desse tema para a construção de uma sociedade
mais justa e humana, o Banco do Brasil lançou o BB Crédito Acessibilidade, uma linha
de crédito com a finalidade de financiamento de bens e serviços de Tecnologia Assistiva
destinados às pessoas com deficiência, valendo-se de recursos de microcrédito
(exigibilidade de 2% dos saldos de depósito à vista).
O Público-alvo da linha é composto por Pessoa Física com limite de crédito
aprovado e vigente que possua sublimite específico para a linha BB Crédito
Acessibilidade e PMA (Prestação Máxima Admitida), além de qualquer cliente que queira
adquirir tais equipamentos para destinar a terceiros.
Podem ser financiados os produtos de Tecnologia Assistiva oficializada pela
Portaria Interministerial MF, MCTI e SDH Nº 362, de 24 de outubro de 2012. Cadeira de
rodas, órteses, próteses e impressoras braile são alguns exemplos de bens passíveis de
financiamento.
PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA - PMCMV
O nosso país sofre de muitas mazelas sociais resultantes da nossa herança
histórica e política que fez da educação, da saúde e do acesso à moradia, questões de
difícil solução que demandam políticas públicas específicas que considerem os direitos
constitucionais universais conforme previsto nos Artigos 5º e 6º da Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988.
36
O PMCMV visa diminuir o déficit habitacional, com foco na população com renda
familiar até R$ 5.000,00 e imóvel com valor máximo de R$ 190.000,00 (dependendo do
município). Instituído em 2009, o Programa cria mecanismos de incentivo à produção e
aquisição de novas unidades habitacionais.
A Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades realiza o
monitoramento e avaliação do Programa, a partir das informações que são
disponibilizadas pelos agentes financeiros, inclusive o Banco do Brasil.
O BB atua no âmbito do PMVMC por meio do financiamento a pessoas jurídicas na
construção de empreendimentos imobiliários destinados à habitação popular e do
financiamento às pessoas físicas interessadas em adquirir unidades habitacionais
enquadradas nas regras do Programa.
São subprogramas do PMCMV atendidos pelo BB:
a) MCMV – PNHR - Financiamento imobiliário destinado a agricultores familiares e
trabalhadores rurais que objetiva subsidiar a produção ou reforma de imóveis com
recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS.
Público-alvo: Agricultores familiares e trabalhadores rurais com renda familiar bruta
anual de R$15.000,00 (quinze mil reais) comprovada através da Declaração de Aptidão
ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - DAP, posseiros de
terras públicas ou ocupantes de terras particulares e ocupantes de terras particulares a
mais de 5 anos.
b) MCMV – PNHU – Conforme Quadro Resumo17 MCMV:
17 - Fonte - Sinapse/Crédito Imobiliário/Programa Minha Casa, Minha Vida –Urbano.
16 - Dados sujeitos à alteração constante. Consultar sempre atualizações.
37
FUNDO DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL (FIES) – IN 757
O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é um programa do Ministério da
Educação criado em 1999 em substituição ao Programa de Crédito Educativo
(PCE/CREDUC). Em 2010, o BB passou a compartilhar a função de agente repassador
desse recurso, contribuindo com o objetivo de ampliar o acesso à educação superior a
todo País.
O FIES é destinado a financiar, prioritariamente, a graduação no Ensino Superior
de estudantes que não têm condições de arcar com os custos de sua formação e
estejam regularmente matriculados em instituições não gratuitas, cadastradas no
Programa e com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior (SINAES).
Em 2010 o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) passou a
ser o Agente Operador do FIES, assumindo a disponibilidade de recurso e o risco do
crédito. Além disso, passou a ser permitido ao estudante solicitar o financiamento em
qualquer período do ano, de acordo com a sua necessidade, com indicação de um único
curso e com possibilidade de contratação contínua18.
18 - http://sisfiesportal.mec.gov.br/fies.html.
38
O Público-alvo do programa são os estudantes regularmente matriculados em
cursos superiores de Instituições de Ensino participantes do Programa e que tenham
avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação (Exame
Nacional do Ensino Médio - ENEM). É necessário, ainda, que o beneficiado, tenha renda
familiar mensal bruta de no máximo 20 salários mínimos e percentual de
comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita igual ou superior a 20%
(vinte por cento)9.
O limite concedido pelo FIES não impacta o limite de crédito eventualmente
concedido aos correntistas do BB. Além disso, o Banco é remunerado por atuar como
Agente Financeiro na contratação do programa.
PRONAF
Criado pelo Governo Federal em 1995, o Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf) destina-se a estimular a geração de renda e melhorar o uso
da mão de obra familiar, por meio do financiamento de atividades e serviços rurais
agropecuários e não agropecuários desenvolvidos em estabelecimento rural ou em
áreas comunitárias próximas.
O objetivo do Programa é fortalecer atividades do agricultor familiar, integrá-lo à
cadeia do agronegócio, aumentar sua renda e agregar valor ao produto e à propriedade,
mediante a profissionalização dos produtores e familiares, a modernização do sistema
produtivo e a valorização do produtor rural familiar.
Os créditos do financiamento podem destinar-se a:
a) Custeio – atividades agropecuárias e não agropecuárias, de beneficiamento ou
de industrialização da produção própria ou de terceiros enquadrados no Pronaf, de
acordo com projetos específicos ou propostas de financiamento.
b) Investimento - atividades agropecuárias ou não agropecuárias, para
implantação, ampliação ou modernização da estrutura de produção, beneficiamento,
industrialização e de serviços, no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais
próximas, de acordo com projetos específicos.
39
c) Integralização de cotas-partes pelos beneficiários nas cooperativas de produção
– capitalização de cooperativas de produção agropecuárias formadas por beneficiários
do Pronaf.
Os beneficiários do Pronaf são pessoas que compõem as unidades familiares de
produção rural e que comprovem seu enquadramento, mediante apresentação da
Declaração de Aptidão ao Programa (DAP) ativa e desde que atendam aos critérios
estabelecidos (IN 1).
Os créditos individuais, independentemente da classificação dos beneficiários a
que se destinam, devem objetivar, sempre que possível, o desenvolvimento do
estabelecimento rural como um todo.
O BB oferece no âmbito do Programa as seguintes linhas de crédito:
Custeio da produção agropecuária (IN: 610-1):
Pronaf - Custeio - Grupo A/C;
BB Pronaf Custeio - Agricultor Familiar;
Pronaf Agroindústria - Custeio;
Investimento da produção agropecuária e não-agropecuária ( [IN: 613-1] ):
Pronaf - Reforma Agrária - Planta Brasil - Grupo A;
Pronaf A - Recuperação das Unidades Familiares;
Pronaf - Investimento - Grupo B;
Pronaf Agroindústria;
Pronaf Florestal;
BB Pronaf Programas Especiais - Semi-Árido;
Pronaf Mulher;
BB Pronaf Programas Especiais - Jovem;
Pronaf Agroecologia
Pronaf Eco;
Pronaf Eco Dendê ou Seringueira
BB Pronaf Mais Alimentos.
40
TTEEXXTTOO 55 -- DDEEPPOOIIMMEENNTTOO DDOO GGEERREENNTTEE BBBB
Depoimento19 do Gerente Geral da Agência Taquarema em 10/02/2015. A
dependência está preenchendo Diagnóstico sobre a atividade produtiva de
Artesanato (Argila e Madeira) para subsidiar a elaboração de PN DRS e possui um
Plano de Ações em DS validado.
Sr Gerente: De início tive dificuldade em mobilizar as pessoas, pois algumas
estavam descrentes do plano por já terem participado de outros projetos (bancos e
outras entidades), que não tiveram continuidade e/ou não foram concluídos. Da mesma
forma encontrei este sentimento com alguns representantes de órgãos públicos.
A agenda dos encontros e reuniões foi outro desafio, pois grande parte dos
trabalhadores era informal e a maioria tinha outros afazeres domésticos, sem falar no
cansaço do dia de trabalho.
Por conta do volume de trabalho na agência, acabei atuando sozinho e isso gerou
uma sobrecarga, pois para ganhar a confiança das pessoas eu tinha que estar muito
próximo deles e a minha presença e atuação direta dava mais credibilidade ao processo.
19 Depoimento inspirado em história real, com personagens e agência fictícias.
41
Notei que à época muitos dos participantes nunca tinham falado diretamente com um
gerente do BB.
Outra questão foi a falta de articulação e a desorganização dos participantes.
Percebi muita falta de conhecimento no tocante à administração da associação, visto
que a mesma estava com a documentação (estatuto e atas) desatualizada e sem
registro. Tivemos que atuar como consultores, orientando a regularização e sugerimos
uma campanha para regularizar e intensificar a filiação dos associados e a manutenção
das mensalidades.
Junto com as ações de reestruturação da associação surgiu uma demanda para
estudar a viabilidade para a organização de uma cadeia produtiva (artesanato). Foi
necessário visitar os empreendedores para conhecer as suas realidades e obter
informações para embasar o plano de ações. Definir as ações do plano foi outro desafio.
O tempo escasso não nos favorecia.
Estruturar a associação foi um trabalho hercúleo e necessário para levantar a
relação de associados e verificar como o Banco poderia realizar negócios com aquele
público, principalmente identificando e adequando-os aos nossos produtos, notadamente
os de cunho social.
Posso afirmar que este foi um dos maiores desafios, pois apesar de termos
realizado palestras de educação financeira, o atendimento teve que ser individualizado e
personalizado, visto que estávamos diante de situações diferentes, onde tínhamos
pessoas que nunca tinham tido contato com uma instituição financeira e outras que sim.
Conciliar a condução e a continuidade das ações também deu trabalho, pois com o
passar do tempo nossos encontros passaram a ter mais pessoas e isso gerou o
interesse de vereadores e de outras pessoas voltadas à política, e fazer tudo isso de
forma apartidária e isenta não foi tarefa das mais fáceis.
Apesar de todas essas dificuldades, conseguimos mobilizar as lideranças locais e
implementar um Plano de Ações em Desenvolvimento Sustentável (PADS) que foi
fundamental para simplificar a atuação negocial e potencializar o papel do BB na
comunidade.
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TTEEXXTTOO 66 -- EESSTTUUDDOO DDEE CCAASSOO
Abaixo será apresentado um estudo de caso levando em consideração dados de um
município hipotético do país. Neste exemplo, aproveite para buscar o maior número de
informações da localidade, as características de sua população e possíveis
oportunidades de atuação para uma Agência do Banco do Brasil.
O censo realizado pelo IBGE em 2010 mostrou que a cidade de Paraíso do Sol
possuía 43.200 habitantes. Cerca de 55% da população é feminina e 45% masculina. A
maior parte (60%) da população é economicamente ativa.
A base econômica do município está caracterizada como:
Agricultura/agronegócio: 30%
Indústria: 10%
Serviços: 60%
A produção agrícola de Paraíso do Sol é conta com grandes propriedades rurais
que produzem cana-de-açúcar para as usinas locais de açúcar e álcool. No município
existem três usinas, totalizando oito em toda a região – municípios vizinhos.
Outra atividade importante na agricultura local é a bovinocultura de leite, que conta
com uma forte associação entre os produtores. Há também cerca de 800 pequenas
propriedades rurais que produzem hortifrutigranjeiros, com grande destaque para a
fruticultura e produtos orgânicos.
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Em relação à indústria, há pequenas fábricas moveleiras, metalúrgicas e de
processamento de frutas, que atende clientes na região e até fora do estado.
Em relação aos serviços e comércio há grande concentração de pequenas
empresas em diversos ramos de atuação, principalmente no varejo de calçados e
confecções, móveis e alimentação. Paraíso do Sol também conta com uma feira
itinerante duas vezes por semana.
Apesar de ser uma cidade de pequeno porte, Paraíso do Sol apresenta um bom
índice de desenvolvimento humano, com bom sistema de saúde público e privado, além
de um bom sistema de educação, com duas faculdades privadas e uma estadual, além
de escolas técnicas. O Sebrae também está presente no município.
Na última semana a cidade foi condecorada com o prêmio Gestor Eficiente da
Merenda Escolar, ação do Programa Fome Zero. O Prêmio busca dar visibilidade às
prefeituras que realizam uma gestão criativa, inovadora e, sobretudo, eficiente do
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A prefeitura compra dos produtores
rurais do município 100% dos alimentos da merenda escolar.
A população de Paraíso do Sol também está muito alegre, pois se aproxima o
período da Feira de Exposição Agropecuária local. Esse evento reúne produtores
agrícolas da região, grandes expositores, apresentações artísticas culturais e musicais,
atraindo um grande público da região.
Na abertura anual da feira, o prefeito irá aproveitar o momento para noticiar a
participação do município no Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) – Programa
Nacional de Habitação Urbana (PNHU) – Faixa 1. Para moradores da cidade com renda
familiar de até R$ 1.600,00. O empreendimento Sol Dourado será composto por 500
unidades habitacionais, atendendo cerca de duas mil pessoas mais carentes do
município.
Outro fato importante que o município apresentou ultimamente foi a estruturação e
formalização da Cooperativa de Materiais Reciclados de Paraíso do Sol. A cooperativa
empregará inicialmente 25 funcionários que faziam coleta seletiva de forma
desorganizada no município.
Contudo, a prefeitura não dispõe de orçamento para muitas melhorias das
condições de trabalho dos catadores. Foi disponibilizado um galpão para a sede da
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cooperativa, mas a coleta ainda é incipiente, pois é realizada de maneira manual. Os
equipamentos de separação (esteira) e embalagem (prensa) são precários.
O Banco do Brasil possui uma dependência no município, a Agência Paraíso do
Sol. No município há cerca de sete instituições bancárias, além do BB, e a concorrência
pelos clientes é acirrada.
O Gerente Geral Antônio foi recém-empossado há um mês. Ele está muito
preocupado com os indicadores do Sinergia, pois a Agência não vem apresentando
bons resultados nos dois últimos semestres.
Antônio, ao conversar com um de seus funcionários, o colega Carlos, que trabalha
na Agência há mais de cinco anos, descobre que a prefeitura não tem um bom
relacionamento com o Banco do Brasil há alguns anos. O rompimento do
relacionamento entre a prefeitura e o Banco tinha ocorrido por uma discussão entre o
prefeito anterior e o gerente à época.
Carlos aproveitou o momento e contou um pouco como sobre a dinâmica da
cidade, dos principais parceiros do Banco e sobre as autoridades locais. Também
apresentou seu projeto voluntário de esporte com crianças, que realiza desde quando
entrou na agência, na AABB local. Ele conta ao gerente Antônio que gostaria de ampliar
o projeto, contudo não dispõe de recursos para isso.
O gerente então indica ao seu colega que realize algumas capacitações sobre o
tema voluntariado, pois em sua agência anterior houve um projeto de Voluntariado
apoiado com recursos não reembolsáveis. Ao mesmo tempo, melhora os índices de
capacitação da agência que estão baixos.
Outra funcionária, a Vera, que se juntou à conversa entre os dois colegas disse
estar preocupada com a situação da Agência que não dá destinação correta aos
resíduos gerados. Ela também fala que acabara de realizar naquela semana um curso
sobre o Modelo de Atuação Integrada em Desenvolvimento Sustentável. Explica que o
Modelo contribui para uma atuação estratégica da Agência na busca de negócios
sustentáveis, ações sociais com a comunidade, ações ambientais da agência e o
fortalecimento da Instituição Banco do Brasil no município.
Após a conversa, Antônio, Carlos e Vera ficam animados e motivados a mudar a situação da Agência. O gerente convoca uma reunião geral com todos os funcionários
45
para colher informações e buscar a união da equipe na construção de um Plano de Ação.
TTEEXXTTOO 77 -- MMOODDEELLOO DDEE AATTUUAAÇÇÃÃOO IINNTTEEGGRRAADDAA EEMM
DDEESSEENNVVOOLLVVIIMMEENNTTOO SSUUSSTTEENNTTÁÁVVEELL
INTRODUÇÃO
Os resultados gerais do Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), retratam os avanços sociais do Brasil na última década.
Além do aumento de renda, houve avanços nos indicadores sociais, como queda da
mortalidade infantil e aumento da frequência escolar.
A combinação de políticas sociais de distribuição de renda nos últimos anos
conduziu o Brasil a se firmar entre as maiores economias do mundo. O País é a sétima
maior, ficando atrás apenas de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França e
Reino Unido. A posição leva em conta o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de
tudo o que um país produz.
O padrão de consumo também mudou. A sociedade pede produtos e serviços
voltados especificamente para as questões sociais e ambientais e exige, cada vez mais,
que as organizações avaliem os possíveis impactos à sociedade e ao ambiente
decorrentes de suas atividades. Nenhuma empresa escapa dessa exigência, muito
menos os bancos, que devem fazer frente aos riscos, diretos e indiretos, inerentes à
utilização de seus créditos.
O Banco do Brasil busca estar sempre à frente em suas iniciativas, sendo uma
referência no mercado financeiro e a sustentabilidade é destacada como um de seus
valores estratégicos, estando cada vez mais presente e incorporada em seus negócios.
46
Para continuar avançando nesse importante desafio, o Banco do Brasil elaborou o
Modelo de Atuação Integrada em Desenvolvimento Sustentável.
O Modelo busca convergir ações em desenvolvimento sustentável considerando a
área de atuação das agências (jurisdição). Esse processo ocorre com base no
aproveitamento de oportunidades negociais e do apoio a iniciativas em andamento,
conduzidas por parceiros e relacionadas ao tema desenvolvimento sustentável.
A atuação se dá a partir da visão integrada sobre as potencialidades e demandas
dessa área, contemplando diversas possibilidades de motivação: desde o apoio a
segmentos específicos (a exemplo de categorias profissionais e a cadeias produtivas),
além de políticas públicas e projetos em andamento de entidades parceiras (SEBRAE,
SENAI, ONGs, Câmaras de Dirigentes Lojistas, Associações Comerciais) entre outras
iniciativas.
O Modelo possibilita organizar e dar visibilidade à atuação das dependências que
já possuem ações em desenvolvimento sustentável, bem como permite que outras
dependências vislumbrem essas oportunidades, independentemente de características
especiais, porte ou localização.
Os objetivos do Modelo são:
Integrar estratégias, ações, projetos e programas das diversas áreas do Banco,
de acordo com os preceitos da Agenda 21 BB;
Contribuir para as estratégias de atuação com os clientes do segmento mercado
emergente e empreendedores formais e informais, priorizando o aumento da carteira de
crédito, da rentabilidade e do retorno de imagem ao Banco;
Buscar maior sinergia entre BB, FBB, BESC Clube, Agentes externos na atuação
em desenvolvimento sustentável e demais empresas e entidades do Conglomerado.
Contribuir para a geração de resultados relacionado ao tema desenvolvimento
sustentável.
As premissas são os fundamentos do Modelo, ou seja, os aspectos essenciais que
devem ser considerados em todas as etapas da Metodologia:
Capacitação – Os funcionários devem conhecer os conceitos para estarem aptos
a explorar todas as possibilidades que o Modelo oferece;
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Alinhamento com as estratégias das áreas gestoras de canais, clientes e
produtos. As áreas gestoras devem fornecer informações que permitam a sinergia entre
suas estratégias e a implementação do Modelo.
Compartilhamento de Ações – Devem ser apoiados, preferencialmente, programas,
projetos ou ações em andamento, potencializando os resultados para o desenvolvimento
sustentável.
Por fim, o Modelo de Atuação Integrada em DS amplia as possibilidades das
agências atuarem em diversas ações tendo como indutor o Desenvolvimento
Sustentável e para sua concretização são destacadas as seguintes etapas: 1)
Mapeamento; 2) Plano de ação; e 3) Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação.
TTEEXXTTOO 88 -- MMAAPPEEAAMMEENNTTOO
MAPEAMENTO
É o diagnóstico da área de atuação e de respectivas oportunidades, alinhado ao
Sinergia BB e ao Acordo de Trabalho das Dependências. Tal etapa ocorre de forma
sistematizada, com levantamento de informações relacionadas ao tema
desenvolvimento sustentável, no âmbito interno, envolvendo as áreas gestoras de
canais, clientes e produtos, e externo, a exemplo de iniciativas dos Governos Federal,
Estadual e Municipal e outras entidades de abrangência nacional.
A partir da análise da realidade é possível identificar as necessidades e as
potencialidades da região, e as oportunidades existentes que reúnam mais
características propícias ao desenvolvimento sustentável, como a existência de
mobilização social, parceiros locais com projetos em andamento, entre outras.
Os colegiados constituídos no território – fóruns, conselhos, comitês, câmaras e
grupos técnicos - são uma forma de mapear as oportunidades existentes e atuar em
parceria, pois são espaços de participação social e de articulação entre o poder público
e os representantes de diversos segmentos sociais de uma localidade.
Os colegiados facilitam o planejamento de ações e a coordenação de programas,
projetos e políticas públicas. Exemplos de colegiados constituídos são:
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Colegiados territoriais: fóruns constituídos por instituições da sociedade civil e das
três esferas do poder público. Têm como função planejar ações e articular políticas
públicas em prol do desenvolvimento rural sustentável e exercer o controle social sobre
políticas e programas públicos.
Comitês de Bacias Hidrográficas: órgãos colegiados com poderes consultivos e
deliberativos, atribuídos por leis, com a participação de usuários das bacias, da
sociedade civil organizada, de representantes de governos municipais, estaduais e o
federal, para gestão de recursos hídricos.
Para identificar as oportunidades negociais no território, deve-se observar:
Público-alvo da oportunidade: possibilidade de levantamento de lista de
beneficiários, com indicação de CPF;
Horizonte temporal da oportunidade: selecionar iniciativas por acontecer ou em
andamento;
Projetos e parcerias formalizados: existência de protocolos de intenção ou
acordos com entidades renomadas, entidades privadas e do terceiro setor;
Iniciativas governamentais ou políticas públicas: existência de programas,
cadastros, ações de capacitação e demais ações em que seja possível identificar
público-alvo.
As oportunidades são identificadas pelo Banco do Brasil de acordo com a Matriz de
Mapeamento, conforme mostra a figura abaixo:
49
Várias dependências já desenvolvem ações de oferta de produtos e serviços e
iniciativas de ênfase social e ambiental em sua jurisdição. O Modelo, por meio do Plano
de Ações em Desenvolvimento Sustentável (PADS), permite o mapeamento das ações
existentes e o planejamento para expansão de ações, a partir da visão integrada sobre a
área de atuação, considerando os preceitos do desenvolvimento sustentável.
TTEEXXTTOO 99 -- PPAADDSS
Plano de Ações em Desenvolvimento Sustentável - PADS
O planejamento para integração das diversas iniciativas do Banco do Brasil ocorre
por meio do PADS. São elaboradas ações, classificadas nas dimensões econômica,
social ou ambiental, que podem estar relacionadas, por exemplo, a: Estratégia DRS,
práticas com RSA, produtos e serviços – com ênfase em negócios sociais e crédito
produtivo, Investimento Social Privado – FBB e BESC Clube, e gestão ambiental –
Programa Ecoeficiência.
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Uma vez mapeadas as oportunidades negociais para atuação em desenvolvimento
sustentável, é hora de planejar ações para aproveitá-las. O PADS deve ser elaborado
considerando as oportunidades negociais elencadas, e de preferência estar alinhado a
projetos ou ações em andamento no local.
O PADS é composto dos seguintes itens:
1. Informações gerais: são informações sobre o município em que a agência
está localizada, para auxiliar na identificação de necessidades e de
oportunidades em sua área de atuação.
2. Oportunidades negociais: oportunidades, iniciativas, projetos ou ações
em andamento no local por empresas, entidades do terceiro setor ou pelo
governo, selecionadas para o planejamento de ações.
3. Eixos: econômico, social e ambiental.
4. Ações: são as atividades necessárias para atingir os objetivos definidos,
com descrição (especificidades relevantes).
5. Resultados esperados: quantificação do que se pretende alcançar.
As ações são registradas na Ferramenta PADS, disponível no Portal da UNS
(http://uns.bb.com.br/nds), seguindo o ciclo dos instrumentos de avaliação de
desempenho do Banco (Sinergia BB e Acordo de Trabalho), e a cada semestre o Plano
deve ser reavaliado para inclusão, manutenção, revisão ou exclusão de ações,
acompanhando as necessidades e oportunidades mapeadas na área de atuação da
agência.
Alguns questionamentos devem ser feitos, no sentido de potencializar os
resultados a serem alcançados:
1. Quais oportunidades devem ser aproveitadas?
2. Quais os principais objetivos a serem perseguidos?
3. Existem iniciativas, programas, projetos ou ações, de governo ou privados
que possam contribuir para alcance dos objetivos?
4. Quais ações são necessárias para se alcançar os objetivos?
5. Qual o resultado a ser alcançado com cada ação?
51
TTEEXXTTOO 1100 -- AAÇÇÕÕEESS CCOOMMPPLLEEMMEENNTTAARREESS MMCCMMVV
Conceitos
O Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) é um programa nacional de
habitação do Governo Federal criado em 2009 com o objetivo de diminuir o déficit
habitacional do País. Tem como finalidade criar mecanismos de incentivo à produção e à
aquisição de novas unidades habitacionais, à requalificação de imóveis urbanos e à
produção ou reforma de habitações rurais.
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Compreende dois subprogramas — o Programa Nacional de Habitação Urbana
(PNHU) e o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) — e seu público alvo de
cada programa.
Como Instituição Financeira Oficial Federal, na qualidade de um dos Agentes
Executores do Programa, o BB buscou uma maneira diferenciada de atuar no MCMV.
Para isso, estão previstas Ações Complementares nos empreendimentos contratados
que possuem o Projeto de Trabalho Social (PTS) e que permitem também dar
publicidade às práticas negociais e administrativas adotadas pelo Banco.
Nesse processo, o BB não deve assumir a responsabilidade sobre a execução das
ações obrigatórias do PTS, definidos pela legislação como atribuição do Ente Público no
PNHU e da Entidade Organizadora no PNHR. Isso significa atuar por meio de soluções
com foco em desenvolvimento sustentável que complementem as ações do PTS, com o
objetivo de fortalecer iniciativas para a geração de negócios, inclusão social, redução de
desigualdades, conservação ambiental e mitigação de riscos.
Conforme descrito na Portaria nº 168 (12.04.2013) do Ministério das Cidades, o
Projeto de Trabalho Social - PTS deve ser desenvolvido com as famílias beneficiárias,
por meio de um ―conjunto de ações inclusivas, de caráter socioeducativas, voltadas para
o fortalecimento da autonomia das famílias, sua inclusão produtiva e a participação
cidadã, contribuindo para a sustentabilidade dos empreendimentos habitacionais‖.
Nas Ações Complementares, o BB inicialmente atuará apenas no PNHU – Faixa 1.
A implementação do PTS, neste caso, é executado pelo Ente Público.
Estão aptos a atuar como Ente Público o Distrito Federal, os Estados e os
Municípios que aderirem ao PMCMV, bem como os respectivos órgãos das
administrações direta ou indireta, que firmarem Termo de Adesão ao Programa,
conforme Anexo da Portaria nº 24, de 18.01.2013, do Ministério das Cidades
(Informações Auxiliares).
Projeto de Trabalho Social (PTS)
Com a Política Nacional de Habitação, o PTS passou a ser parte obrigatória dos
projetos de intervenção habitacional. Trata-se de uma atividade essencial a ser realizada
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com as famílias beneficiadas, envolvendo várias ações que podem ser iniciadas antes
da obra e continuarem após a ocupação pelos novos moradores dos imóveis.
O principal objetivo do trabalho social é viabilizar o exercício da participação cidadã
e promover a melhoria de qualidade de vida das famílias beneficiadas pelo projeto,
mediante trabalho educativo que favoreça a organização da população, a educação
sanitária e ambiental, a gestão comunitária e condominial e o desenvolvimento de ações
que, de acordo com as necessidades das famílias, facilitem seu acesso ao trabalho e a
melhoria da renda familiar.
Público Alvo
• Pessoas físicas beneficiárias dos empreendimentos - o BB oferece produtos e
serviços em resposta às necessidades desse público, que será conhecido a partir de
Lista Social apresentada pelo Ente Público, em apoio ao protagonismo local.
Além disso, vale ressaltar que o Ente Público (Prefeitura ou Governo do Estado) é
responsável pelo Projeto de Trabalho Social (PTS) – o BB apoia soluções
complementares ao PTS;
Metodologia
A metodologia das Ações Complementares segue a mesma lógica do Modelo de
Atuação em DS, prevendo as etapas de Mapeamento, Planejamento e
Acompanhamento.
Objetivos do BB ao Atuar com Ações Complementares
Apoiar empreendimentos com soluções sustentáveis.
Incentivar geração de negócios.
Mitigar riscos.
Fidelizar clientes e seus familiares.
Bancarizar mercado emergente.
Satisfazer os públicos: governo, empresas e pessoas físicas.
Obter reconhecimento do BB como Banco da Inclusão Social.
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Ampliar o relacionamento com intervenientes
Integrar estratégias, serviços, produtos e TS.
O PADS nas Ações Complementares
O PADS será utilizado para integração de Ações Complementares. As ações
mapeadas visam dinamizar os aspectos produtivos e econômicos, sociais e ambientais,
a fim de potencializar os empreendimentos.
Deve identificar oportunidades e oferecer soluções adequadas para cada
empreendimento e conjunto de beneficiários.
Para a escolha das ações, observe:
• A importância da valorização de atores locais e da organização social e
comunitária;
• A adoção de ações que conservem ou preservem o meio ambiente e que
contribuam para a sustentabilidade dos empreendimentos;
• O apoio à dinamização de aspectos produtivos e econômicos, aos negócios
sociais e a identificação de oportunidades negociais.
Mapeamento
É o diagnóstico da área de atuação da agência e de necessidades e oportunidades
verificadas na jurisdição, de forma sistematizada.
Operacionalmente, o mapeamento é iniciado a partir do momento em que o
empreendimento atinge o estágio de 80% ou mais de execução da obra.
Planejamento
Caracteriza-se pela definição e inclusão de ações em desenvolvimento sustentável
em forma de ações na ferramenta PADS, conforme a realidade local do
empreendimento, seu entorno e jurisdição das agências. A agência pode propor ajustes,
adaptações e inclusão de novas ações no Plano a partir do acompanhamento da
execução do PTS, das ações complementares e da conjuntura local.
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Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação
Trata-se da gestão e aprimoramento das ações realizadas e prevê o
acompanhamento da execução das soluções pelas Superintendências e Rede de
Agências, por meio de indicadores.
O monitoramento objetiva acompanhar a implementação do Plano de Ações,
considerando a execução das ações programadas, os resultados negociais obtidos e o
planejamento de novas ações conforme alterações nas conjunturas interna e externa.
A avaliação objetiva verificar a eficácia dos PADS. Ao identificar os sucessos e as
falhas, a avaliação permite a correção de rumos e processos, tornando-os mais
eficientes e adequados para alcançar os resultados desejados.
TTEEXXTTOO 1111 -- AATTUUAAÇÇÃÃOO FFBBBB NNAASS AAÇÇÕÕEESS CCOOMMPPLLEEMMEENNTTAARREESS
A Agência Condutora do PADS deve acompanhar a aplicação das Tecnologias
Sociais (TS) previstas para os empreendimentos atendidos pelas ações
complementares. Para essa aplicação, vale destacar que o credenciamento da
Instituição Local para reaplicação de tecnologias sociais nos empreendimentos será
realizado pela Fundação Banco do Brasil – FBB.
A 1ª Tecnologia Social deve ser de mobilização social e organização
comunitária. Essa TS contempla também a realização de ação de educação financeira
com os responsáveis familiares das unidades habitacionais do empreendimento e a
aplicação do questionário de auto recenseamento.
Já a 2ª TS é selecionada pelos beneficiários em conjunto com a Instituição Local
responsável pela sua reaplicação, e pode ser escolhida dentre as descritas abaixo:
1. Tema: Agroecologia
a. TS: Gestão comunitária de resíduos orgânicos e agricultura urbana
(Revolução dos Baldinhos)
b. TS: Produção Agroecológica de Alimentos em Meio Urbano
2. Tema: Resíduos Sólidos
a. TS: Redecriar Joias Sustentáveis na Ilha das Flores
56
3. Tema: Educação
a. TS: Criação de Bibliotecas Comunitárias Vaga Lume
A Agência Condutora com ações no PADS, que conte com aplicação de
Investimento Social Privado, conforme os critérios normatizados pela FBB deve
formalizar a parceria junto ao Ente Público Local por meio do Protocolo de Intenções
FBB – Município, conforme modelo disponível na Instrução Normativa BB (IN – 947).
O prazo previsto para reaplicação das duas tecnologias sociais nos
empreendimentos é de 10 meses após o início da 1ª TS, de mobilização social e
organização comunitária.
Ressalta-se que a aplicação da primeira Tecnologia Social (mobilização
social e organização comunitária) se dará após 90 (noventa) dias da entrega do
empreendimento.
TTEEXXTTOO 1122 -- RREESSOOLLUUÇÇÃÃOO 44332277 -- BBCCBB
BANCO CENTRAL DO BRASIL – RESOLUÇÃO 4.327
RESOLUÇÃO Nº 4.327, DE 25 DE ABRIL DE 2014
Dispõe sobre as diretrizes que devem ser observadas no estabelecimento e na implementação a Política de Responsabilidade Socioambiental pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de
dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetário Nacional, em sessão
57
realizada em 24 de abril de 2014, com base no disposto nos arts. 4º, incisos VI e VIII, da referida Lei, 2º, inciso VI, e 9º da Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1965, 20, § 1º, da Lei nº 4.864, de 29 de novembro de 1965, 7º da Lei nº 6.099, de 12 de setembro de 1974, 1º, inciso II, da Lei nº 10.194, de 14 de fevereiro de 2001, 1º, § 1º, e 12, inciso V, da Lei Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009, e 6º do Decreto - Lei nº 759, de 12 de agosto de 1969,
R E S O L V E U:
CAPÍTULO I DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre as diretrizes que, considerados os
princípios de relevância e proporcionalidade, devem ser observadas no estabelecimento e na implementação da Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
Parágrafo único. Para fins do estabelecimento e da implementação da PRSA, as instituições referidas no caput devem observar os seguintes princípios:
I - relevância: o grau de exposição ao risco socioambiental das atividades e das operações da instituição; e
II - proporcionalidade: a compatibilidade da PRSA com a natureza da instituição e com a complexidade de suas atividades e de seus serviços e produtos financeiros.
CAPÍTULO II DA POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Art. 2º A PRSA deve conter princípios e diretrizes que norteiem as ações
de natureza socioambiental nos negócios e na relação com as partes interessadas.
§ 1º Para fins do disposto no caput, são partes interessadas os clientes e usuários dos produtos e serviços oferecidos pela instituição, a comunidade interna à sua organização e as demais pessoas que, conforme avaliação da instituição, sejam impactadas por suas atividades.
§ 2º A PRSA deve estabelecer diretrizes sobre as ações estratégicas relacionadas à sua governança, inclusive para fins do gerenciamento do risco socioambiental.
§ 3º As instituições mencionadas no art. 1º devem estimular a participação de partes interessadas no processo de elaboração da política a ser estabelecida.
58
§ 4º Admite - se a instituição de uma PRSA por:
I - conglomerado financeiro; e
II - sistema cooperativo de crédito, inclusive a cooperativa central de crédito, e, quando houver, a sua confederação e banco cooperativo.
§ 5º A PRSA deve ser objeto de avaliação a cada cinco anos por parte da diretoria e, quando houver, do conselho de administração.
CAPÍTULO III DA GOVERNANÇA
Art. 3º As instituições mencionadas no art. 1º devem manter estrutura de
governança compatível com o seu porte, a natureza do seu negócio, a complexidade de serviços e produtos oferecidos, bem como com as atividades, processos e sistemas adotados, para assegurar o cumprimento das diretrizes e dos objetivos da PRSA.
§ 1º A estrutura de governança mencionada no caput deve prover condições para o exercício das seguintes atividades:
I - implementar as ações no âmbito da PRSA;
II - monitorar o cumprimento das ações estabelecidas na PRSA;
III - avaliar a efetividade das ações implementadas;
IV - Verificar a adequação do gerenciamento do risco socioambiental estabelecido na PRSA; e
V - identificar eventuais deficiências na implementação das ações.
§ 2º É facultada a constituição de comitê de responsabilidade socioambiental, de natureza consultiva, vinculado ao conselho de administração ou, quando não houver, à diretoria executiva, com a atribuição de monitorar e avaliar a PRSA, podendo propor aprimoramentos.
§ 3º Na hipótese de constituição do comitê a que se refere o § 2º, a instituição deve divulgar sua composição, inclusive no caso de ser integrado por parte interessada externa à instituição.
CAPÍTULO IV DO GERENCIAMENTO DO RISCO SOCIOAMBIENTAL
Art. 4º Para fins desta Resolução, define-se risco socioambiental como a
possibilidade de ocorrência de perdas das instituições mencionadas no art. 1º decorrentes de danos socioambientais.
Art. 5º O risco socioambiental deve ser identificado pelas instituições mencionadas no art. 1º como um componente das diversas modalidades de risco a que estão expostas.
59
Art. 6º O gerenciamento do risco socioambiental das instituições mencionadas no art. 1º deve considerar:
I - sistemas, rotinas e procedimentos que possibilitem identificar, classificar, avaliar, monitorar, mitigar e controlar o risco socioambiental presente nas atividades e nas operações da instituição;
II - registro de dados referentes às perdas efetivas em função de danos socioambientais, pelo período mínimo de cinco anos, incluindo valores, tipo, localização e setor econômico objeto da operação;
III - avaliação prévia dos potenciais impactos socioambientais negativos de novas modalidades de produtos e serviços, inclusive em relação ao risco de reputação; e
IV - procedimentos para adequação do gerenciamento do risco socioambiental às mudanças legais, regulamentares e de mercado.
Art. 7º As ações relacionadas ao gerenciamento do risco socioambiental devem estar subordinadas a uma unidade de gerenciamento de risco da instituição.
Parágrafo único. Independente da exigência prevista no caput, procedimentos para identificação, classificação, avaliação, monitoramento, mitigação e controle do risco socioambiental podem ser também adotados em outras estruturas de gerenciamento de risco da instituição.
Art. 8º As instituições mencionadas no art. 1º devem estabelecer critérios e mecanismos específicos de avaliação de risco quando da realização de operações relacionadas a atividades econômicas com maior potencial de causar danos socioambientais.
CAPÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 9º As instituições mencionadas no art. 1º devem estabelecer plano
de ação visando à implementação da PRSA.
Parágrafo único. O plano mencionado no caput deve definir as ações requeridas para a adequação da estrutura organizacional e operacional da instituição, se necessário, bem como as rotinas e os procedimentos a serem executados em conformidade com as diretrizes da política, segundo cronograma especificado pela instituição.
Art. 10. A PRSA e o respectivo plano de ação mencionado no art. 9º devem ser aprovados pela diretoria e, quando houver, pelo conselho de administração, assegurando a adequada integração com as demais políticas da instituição, tais como a de crédito, a de gestão de recursos humanos e a de gestão de risco.
Art. 11. As instituições mencionadas no art. 1º devem aprovar a PRSA e o respectivo plano de ação, na forma prevista no art.10, e iniciar a execução das ações correspondentes ao plano de ação segundo o cronograma a seguir:
60
I - até 28 de fevereiro de 2015, por parte das instituições obrigadas a implementar o Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (Icaap), conforme regulamentação em vigor; e
II - até 31 de julho de 2015, pelas demais instituições.
Art. 12. As instituições mencionadas no art. 1º devem:
I - designar diretor responsável pelo cumprimento da PRSA;
II - formalizar a PRSA e assegurar sua divulgação interna e externa; e
III - manter documentação relativa à PRSA à disposição do Banco Central do Brasil.
Art. 13. O Banco Central do Brasil poderá determinar a adoção de controles e procedimentos relativos à PRSA, estabelecendo prazo para sua implementação.
Art. 14. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Referências Bibliográficas
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