Relatório FINAL: Avaliação dos impactos decorrentes do lançamento de efluentes urbanos no Rio...
Transcript of Relatório FINAL: Avaliação dos impactos decorrentes do lançamento de efluentes urbanos no Rio...
Universidade Federal do Espírito SantoPrograma Institucional de Iniciação Científica
Relatório Final de Pesquisa
Título do Subprojeto: Avaliação dos Impactos Decorrentes do Lançamento
de Efluentes Urbanos no Rio São Mateus - ES
Identificação: Avaliação dos impactos decorrentes do lançamento de efluentes urbanos no Rio São Mateus-ES.
Grande área do CNPq.: 1.00.00.00-3 - Ciências exatas e daterra
Área do CNPq: 1.06.00.00-0 - Química
Título do Projeto:
Caracterização Hidroquímica e Avaliação da Qualidade da Água do Rio
São Mateus-ES
Professor Orientador: Prof. Dr. Aloísio José Bueno Cotta
Estudante PIBIC: Maria Vittória Leite Guedes Vargas
Resumo: Aqui estão apresentados parte dos resultados obtidos durante a caracterização das
águas dos Rios São Mateus e de seu afluente, rio Abissínia, a qual é conduzida com intuito de
verificar os impactos causados pelo lançamento dos efluentes urbanos da cidade de São
Mateus sobre a qualidade destas águas. Verificou-se que dentre os diversos parâmetros de
qualidade da água estudados, o mais afetado pelos efluentes municipais é oxigênio dissolvido
(OD), o qual para o rio Abissínia é completamente consumido devido o lançamento direto de
esgoto sanitário rico em matéria orgânica biodegradável (MOB). O que causa severo impacto
sobre este curso d'água. Para o rio São Mateus, tal aporte de pode ser preocupante (dada a
possibilidade de significativa depleção do OD durante os períodos de estiagem), conforme foi
verificado após modelagem utilizado a metodologia proposta por Streeter e Phelps (1925), com
auxílio do software livre o AD'ÁGUA 2.0. Contudo, para o período considerado 06/2012 a
07/2013, devido a grande capacidade de diluição das águas do rio São Mateus, proporcionada
por sua elevada vazão frente à carga de MOB despejada, o rio não apresentou valores que
excedem o preconizado na resolução CONAMA, 357 (2005) para rios classe 2.
Palavras chave: Qualidade da água, oxigênio dissolvido, efluente urbano, capacidade de
autodepuração.
1 – Introdução
1
Universidade Federal do Espírito SantoPrograma Institucional de Iniciação Científica
Relatório Final de Pesquisa
Nas últimas décadas, os problemas ambientais têm se tornado cada
vez mais críticos e frequentes. Estes estão, em sua maioria,
associados ao crescimento populacional e ao aumento das atividades
industriais, os quais não são acompanhados de investimentos para
mitigação de seus impactos. Tais impactos, associados a ação
antrópica, podem ser observados através das alterações da qualidade do
solo, ar e água. Sem dúvida, a o comprometimento da qualidade das
águas é um dos principais problemas da sociedade brasileira.
A cidade de São Mateus é uma das mais ricas na porção norte do
ES com uma população superior a 100.000 habitantes (IBGE 2010) e alto
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), o qual passou de
0,610 em 2000 para 0,735 em 2010 (PNUD 2013). Apesar disso, a cidade
não dispõe de estação de tratamento de esgoto, e como consequência, os
despejos domiciliares e aqueles decorrentes de atividades industriais
são lançados diretamente no rio São Mateus, o qual cruza a cidade, e
no rio Abissínia, o qual deságua no rio São Mateus poucos quilômetros
após receber boa parte dos despejos da cidade.
Dentre os gases dissolvidos na água, o oxigênio molecular (O2) é
um dos mais importantes na dinâmica e caracterização dos ecossistemas
aquáticos (Esteves, 1998). A água em contato com o ar está geralmente
saturada com O2, o conteúdo de oxigênio molecular dissolvido (OD) pode
alcançar valores acima de 100% de saturação quando acrescido pelo O2
produzido por plantas aquáticas durante a fotossíntese e pela areação
natural promovida pelo fluxo da água ou pela ação de ventos. Por outro
lado, um decréscimo no OD ocorre sempre quando a temperatura se eleva
ou quando os processos que consomem oxigênio, como a respiração animal
e a degradação da biomassa, superam os processos que promovem a
aeração da água.
Em um ambiente equilibrado, todo o oxigênio dissolvido (OD)
consumido durante a degradação da matéria orgânica é rapidamente
reposto pela reaeração natural da água, evitando assim déficits de OD.
Porém, reduções acentuadas podem ocorrer, com implicações severas,
quando grandes quantidades de matéria orgânica biodegradável, como a
2
Universidade Federal do Espírito SantoPrograma Institucional de Iniciação Científica
Relatório Final de Pesquisa
presente no esgoto doméstico, são lançadas nos ambientes aquáticos
(Braga 2005). Entretanto, é possível lançar despejos em ecossistemas
aquáticos sem comprometer sua dinâmica, para isso, deve-se estimar a
quantidade de MOB que o rio consegue assimilar ou autodepurar. A
avaliação desta capacidade de autodepuração do rio São Mateus
constitui o foco desta pesquisa.
1.1 -Área de estudo
A bacia do rio São Mateus localiza-se no norte do Espírito Santo
e no leste de Minas Gerais abrangendo uma área aproximada de 13.500
km². São dois os principais rios que drenam sua área: o rio Cotaxé ao
Norte (Braço Norte) com 244 km de extensão, e o rio Cricaré ao Sul
(Braço Sul) com 188 km de extensão. A confluência dos Braços Norte e
Sul ocorre no baixo curso da bacia, no município de São Mateus-ES,
onde passa a se chamar Rio São Mateus, Figura 1. Nesta região as
chuvas apresentam distribuição sazonal, com o período seco ocorrendo
entre Maio e Setembro, e o período de maior precipitação entre
novembro e fevereiro, o qual geralmente concentra acima de 70% da
precipitação anual.
Diversos parâmetros da qualidade da água foram monitorados em
dois pontos do rio São Mateus. Um localizado aprox. 2 km à montante da
cidade e outros após o rio São Mateus receber parte dos efluentes
municipais e as águas do rio Abissínia, o qual também recebe os
efluentes municipais. Os mesmos parâmetros também foram monitorados em
um ponto do rio Abissínia, imediatamente antes deste alcançar o rio
São Mateus.
3
Universidade Federal do Espírito SantoPrograma Institucional de Iniciação Científica
Relatório Final de Pesquisa
FIGURA 1. Porção da bacia do rio São Mateus pertencente ao Espírito
Santo.
A bacia do rio São Mateus é desde suas nascente até a sua foz
recebe uma significativa carga de poluentes, na forma de esgoto
sanitário, lançados pelas mais de 20 cidades por onde ela está
distribuída, com um total populacional de mais de 430.000 habitantes
(IBGE 2010). A cidade de São Mateus-ES não dispõe de estação de
tratamento de esgoto, por isso os despejos urbanos são diretamente
lançados no rio. Além disso, a qualidade dessas águas é também afetada
por outras fontes difusas de poluição associadas a atividades
agrícolas e industriais de diversos portes. Em sua porção mineira, a
qualidade das águas é monitorada pelo IGAM, porém tais informações
para o Rio São Mateus não estão disponíveis.
2 – Objetivos
4
Universidade Federal do Espírito SantoPrograma Institucional de Iniciação Científica
Relatório Final de Pesquisa
Este projeto de pesquisa objetivou avaliar os impactos causados
pelos efluentes lançados pela cidade de São Mateus-ES sobre a
qualidade das águas do Rio São Mateus e avaliar a capacidade de
autodepuração do rio.
3 – Metodologia
A qualidade da água foi avaliada através dos parâmetros:
oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (DBO5,20),
condutividade, pH, fósforo solúvel e temperatura determinados em
diferentes pontos amostrais, sendo um a montante da cidade de São
Mateus-ES e em um ponto (a jusante) após o rio São Mateus receber os
efluentes lançados pela cidade. A partir de tais dados os impactos
sobre as águas do rio São Mateus foram avaliados e comparados com os
valores de referência da Resolução CONAMA 357, 2005.
Para avaliar a capacidade de autodepuração do rio, além das
medidas realizadas nos pontos amostrais, uma simulação com o programa
AD`ÁGUA 2.0 foi realizada considerando-se a vazão de referência e
características hidráulicas do rio, além de outros dados obtidos no
âmbito desta investigação.
3.1 - Definição da vazão de referência e outros parâmetros hidráulicos
Os dados de vazão do rio São Mateus, estação fluviométrica Boca
da Vala, e de precipitação foram obtidos da base de dados hidrológicos
da Agência Nacional de Águas (ANA- SNIRH) e combinados com as curvas
de regionalização de vazão para à bacia (CPRM 2002), a fim de estimar
a vazão de referência para o rio São Mateus no trecho em estudo. A
vazão mínima de referência (Qmin,7,10) foi estabelecida considerando-se
uma área de drenagem (A) de 12.700 km2, com uma precipitação média (P)
de 1,1 m/ano, empregando-se a curva de regionalização de vazão
proposta pela CPRM (2002) para esta bacia, considerando um período (D)
de sete dias (Qmin,7,10=0,0008xA1,0659xD0,1659xP-0,1109).
5
Universidade Federal do Espírito SantoPrograma Institucional de Iniciação Científica
Relatório Final de Pesquisa
No ponto amostral, a vazão do rio Abissínia foi determinada
medindo-se a velocidade da água (método do flutuador), sua largura e
profundidade, para se estimar sua descarga sobre o rio São Mateus. A
vazão do rio São Mateus foi estimada, durantes as amostragens,
utilizando-se o mesmo procedimento.
3.2 - Parâmetros da qualidade da água determinados
Foram coletadas e analisadas amostras de água do rio São Mateus
(a montante e jusante da cidade) e do rio Abissinia, a fim de
identificar e quantificar as possíveis perturbações causadas pelo
lançamento desses efluentes (constituído principalmente por esgoto
doméstico não tratado) nestas águas.
Os parâmetros físico-químicos foram medidos in-situ utilizando
sensores específicos. Para OD e temperatura utilizou-se o oxímetro
ExStick RE300 e o medidor portátil HI98130, marca HANNA, para pH e
condutividade. O mesmo oxímetro foi empregado nas determinações de
DBO5,20, conforme a Norma Técnica NBR 12614, para encubação sem semente.
O teor de sólidos totais foi obtido pelo método gravimétrico, seguindo
NBR 10664. As concentrações de fósforo foram determinadas pelo método
colorimétrico do Azul de Molibidênio, após a filtração em papel de
filtro quantitativo (JP 41).
4 – Resultados
A vazão mínima de referência (Qmin,7,10) de 15,6 m3/s foi calculada
para o rio São Mateus, considerando-se a curva de regionalização de
vazão proposta pela CPRM (2002) para esta bacia. Para o rio
Abissínia, a vazão medida variou entre 0,5 e 0,7 m3/s, resguardando um
intervalo de 3 dias sem chuvas.
Na Tabela 1 resume alguns dados obtidos no âmbito desta pesquisa
durante junho de 2012 e julho de 2013 são comparados com os valores
afixados na resolução do CONAMA, 357 (2005).
6
Universidade Federal do Espírito SantoPrograma Institucional de Iniciação Científica
Relatório Final de Pesquisa
TABELA 1- Comparação entre os dados obtidos e os padrões paralançamentos dos efluentes em corpos receptores afixados na resolução do CONAMA, 357 (2005)
Parâmetro
CONAMA357,
classe 2
Faixa de valores encontradosRio Abissínia Rio SM antes da
cidadeRio SM
depois dacidade
OD >5 <0,3 4,5-7,5 4,4-7,0DBO5,20 <10 45-120 1,5-2,6 2,5-3,5Fósfor
o 0,15 3,6-4,5 0,02-0,06 0,04-0,09
pH 6-9 4,5-5,0 6,5-6,9 6,6-7,1 OD, DBO5,20 e Fósforo dados em mg/L.
As fotos abaixo (Figura 2), foram obtidas em 03/06/2013 no ponto
amostral do rio Abissínia. E ilustram o comprometimento da qualidade
de suas águas.
Figura 2. Fotos das águas do rio Abissínia, obtidas em 03/06/2013.
5 – Discussão e Conclusões
O rio Abissínia apresentou-se severamente impactado pelo
lançamento dos efluentes urbanos, registrando durante o período
estudado valores de OD sempre próximos a 0 mg/L, isto é completamente
anôxico e com elevada DBO5,20 em torno de 100 mg de O2/L. Neste ponto os
valores de P, variaram de 3,6 a 4,5, expresso em mg/L de PO43. Além de
apresentar fortes odores, águas bastante turvas com muito material
7
Universidade Federal do Espírito SantoPrograma Institucional de Iniciação Científica
Relatório Final de Pesquisa
particulado em suspensão, condutividade 450 a 550 μS/cm e pH entre 6,5
e 6,8.
No ponto antes da cidade, o rio São Mateus apresentou teores de
OD variando de 6,5 a 7,5 mg/L, os quais correspondem a uma saturação
superior a 80%, DBO5,20 entre 1 a 2 mg de O2/L, teores de P entre 0,06
e 0,09 mg/L. Após receber os efluentes da cidade e as águas do rio
Abissinia (severamente impactado) detectou-se uma pequena deterioração
nestes parâmetros para as águas do rio São Mateus, o qual passa a
apresentar saturação de OD entre 60 a 80%, DBO5,20 entre 2 a 3 mg de
O2/L e P entre 0,09 e 0,12 mg/L. Conforme, proposto por Lamparelli
(2004), tais valores de P, permitem sua classificação de estado
trófico, como mesotrófico. Isto é, um corpo d’água com produtividade
intermediária, sujeito ao processo de eutrofização e comprometimento
da qualidade da água, mas ainda em nível aceitável. A pequena extensão
das alterações destes parâmetros para as águas do rio São Mateus, se
devem ao seu grande poder de diluição, o qual apresentou durante o
período estudado vazões entre 40 a 60 m3/s. Não se detectou
significativa alteração nos valores de condutividade ≈ 200 μS/cm e pH
≈ 7 nos pontos antes e após a cidade.
A modelagem da capacidade de autodepuração, foi realizada
utilizando-se o programa AD'ÁGUA 2.0, cujas variáveis de entra são:
vazão, concentração de oxigênio dissolvido e DBO5,20 para o rio, a
montante do lançamento, e para o efluente, coeficientes de
desoxigenação (K1 = 0,46 dia-1, foi determinada em ensaio cinético
realizado num intervalo de 15 dias, com medidas de DBO a cada 3 dias)
e de reaeração (K2, = 0,12 dia-1, foi estimada a partir das
características hidráulicas do rio, empregando-se a função de O'Connor
e Dobbins (1985), descrita em Sperling (2007), velocidade e
temperatura médias das águas, da concentração de saturação do OD e da
concentração mínima permissível de OD, esta última é limitada a 5
mg/L, uma vez que o rio São Mateus ainda não foi enquadradi, sendo,
portanto, considerado, como de Classe 2. Abaixo são apresentados os
dados utilizados na modelagem da capacidade autodepuração e o perfil
8
Universidade Federal do Espírito SantoPrograma Institucional de Iniciação Científica
Relatório Final de Pesquisa
do oxigênio dissolvido (Figura 3) para o rio São Mateus, após receber
as águas do rio Abissínia, o qual foi assumido como transportador dos
efluentes municipais para rio São Mateus.
Dados de entrada do modelo
Efluente (rio Abissínia)
Vazão: 0,5 m³/s
DBO5,20: 100 mg/L
K1: 0,46 dia-
1 OD: 0,0 mg/L
Curso d'água (rio São Mateus)
Figura 3. Estimativa do perfil de oxigênio dissolvido ao longo do
percurso do rio São Mateus após receber as águas (severamente
impactadas) do rio Abissínia, obtido com o programa AD’ÁGUA.
Conforme apresentado na Figura 3, o rio São Mateus esta sujeito
(durante os períodos de seca) a sérios impactos decorrentes do
lançamento dos efluentes municipais ricos em MOB, os quais podem levar
a uma significativa depleção do oxigênio dissolvido. Impacto este, que
ameaça a manutenção da vida aquática.9
Vazão de referência: 15,6m3/s Classe: 2
Velocidade média: 0,05 m/s
Altitude média: 1m
Profundidade média: 15 m Temperatura: 26º C
Percurso: 50 km DBO5,20 do rio: 2 mg/L
OD: 7,50 mg/L K2: 0,12 dia-1
Universidade Federal do Espírito SantoPrograma Institucional de Iniciação Científica
Relatório Final de Pesquisa
Os resultados obtidos no âmbito desta pesquisa complementam os
dados que estão sendo levantados para compor um panorama geral da
qualidade das água do rio São Mateus. A qual constitui o objetivo
principal do projeto ao qual este subprojeto pertence. O monitoramento
será continuado até a conclusão do projeto principal.
6 – Referências Bibliográficas
AD'ÁGUA 2.0. Programa Ad'Água 2.0 para estimativa de autopeduração decursos d'água.(http://www.mundogeomatica.com.br/Programa_Ad'%C3%81gua2.0.htm).Acesso em: 10/05/2012.ANA-SNIRH. Agência Nacional de Águas. Sistema Nacional de Informaçõessobre Recursos Hídricos (http://www.ana.gov.br/portalsnirh/).Acessoem: 01/08/2013.BRAGA, B. Introdução à Engenharia Ambiental. 2ª Ed. São Paulo: PersonPrentice Hall, 2005.CPRM. Serviço Geológico do Brasil. Relatório-síntese do trabalho deRegionalização de Vazões da Sub-bacia 55.(http://www.cprm.gov.br/rehi/regionalizacao/sint_reg55.pdf). Acessadoem: 10/05/2012IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010)(http://www.ibge.gov.br) Acesso em: 10/05/2012.LAMPARELLI M. C. Grau de trofia em corpos d'água do estado de SãoPaulo: avaliação dos métodos de monitoramento. São Paulo, 2004. Tesede doutorado- Instituto de Biociências Universidade de São Paulo.PNUD (2013) Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Atlasdo Desenvolvimento Humano no Brasil.(http://www.pnud.org.br/IDH/Atlas2013.aspx?indiceAccordion=1&li=li_Atlas2013). Acessado em 14/08/2013.SPERLING, M. Estudos e modelagem da qualidade da água de rios. BeloHorizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental/UFMG, vol.7, 2007.CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 357, de 17 deMarço de 2005. Brasília (http://www.mma.gov.br/port/conama). Acessoem: 01/05/2012.
10