Projeto roteiro das aguas 2012
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PROGRAMA QUALIESCOLAENSINO FUNDAMENTAL II
Geografia – Teresina/PI
Pesquisa de Campo: InstrumentoEssencial para o Ensino de Geografia
VI
“Roteiro das Águas”
PROGRAMA QUALIESCOLAENSINO FUNDAMENTAL II
Geografia – Teresina/PI
TERESINA, OUTUBRO/2012
1-IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
1.1.TITULO: Pesquisa de campo: instrumento essencial parao ensino-aprendizagem de geografia – Roteiro dasÁguas
1.2. INSTITUIÇÃO: Centro de Formação “Odilon Nunes” /Instituto Qualidade no Ensino - IQE
1.3. ENDEREÇO: Rua Magalhães Filho S/N; BAIRRO:Marquês
CIDADE: Teresina ESTADO: PI
1.4. PÚBLICO ALVO: Professores cursistas e formadores doIQE/Geografia
de Teresina-PI;
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1.5. PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 09 a 11 de novembro de 2012
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2- JUSTIFICATIVA:
No ensino de Geografia é fundamental o estudo da
organização do espaço geográfico. A observação das
paisagens, e de seus processos formadores, permite
reconhecer suas estruturas e, a partir delas, as condições
de vida oferecidas à população no espaço da cidade, das
unidades federativas e da totalidade do país.
Considera-se a pesquisa de campo como uma experiência
fundamental para aguçar os sentidos, e despertar no aluno
a vontade de estudar mais, e conhecer melhor aspectos da
realidade que conhecia apenas em teoria. Deste modo, o
trabalho de campo torna-se cada vez mais indispensável no
ensino de Geografia, dentre outras ciências empíricas,
apesar de haver uma carência de metodologias adequadas
para incorporá-lo nas práticas de ensino-aprendizagem no
cotidiano escolar.
Tendo como guia teorias estudadas em sala de aula,
que direcionam as escolhas para organização de visitas a
distintos lugares e observação das paisagens, realização
de entrevistas e coleta de dados, são criadas novas
condições para um ensino mais significativo. Este ensino
se conecta às demandas pela formação de cidadãos
intelectualmente mais preparados, portanto mais capazes de
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participar ativamente da sociedade brasileira presente e
futura.
Uma maior compreensão dos processos socioespaciais
(tanto da primeira natureza, quando do meio geográfico já
transformado pelo trabalho humano) torna-se possível com a
prática do trabalho de campo, ampliando-se os recursos
existentes no espaço arquitetônico da escola, muitas
vezes, bastante limitados.
A escolha do recorte da realidade a ser
estudada é etapa fundamental do trabalho de campo, pois
possibilita ao estudante utilizar habilidades já
trabalhadas em classe, além de estimular o desenvolvimento
de muitas outras. Esses são alguns dos fundamentos para a
escolha do tema “Roteiro das Águas.”
Segundo Lacoste, 1985, o trabalho de campo para não
ser somente empirismo, deve articular-se a formação
teórica que é, ela também, indispensável. Saber pensar o
espaço, não é colocar somente os problemas no quadro
local; é também articulá-los eficazmente aos fenômenos que
se desenvolvem sobre extensões muito mais amplas.
Para Kayser,(1985) a pesquisa de campo é um meio e
não um objetivo em si mesma. É a pesquisa indispensável a
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análise da situação social, trata-se, repetindo, situação
social e não situação espacial. O espaço não pode ser
estudado pelo geógrafo como uma categoria independente, de
vez que ele é nada mais que um dos elementos do sistema
social.
Sabemos que o planeta Terra tem ¾ de suasuperfície recoberta por água, sendo que desse totalapenas em torno de 3% é água doce, mas somente menos de 1%pode ser aproveitada para consumo humano, pois o restanteencontra-se inacessível em geleiras ou no subsolo. Alémdisso, a água está geograficamente muito concentrada empoucos países ou regiões. Por isso esse recurso já é fontede conflitos e tensões no cenário mundial, principalmenteem áreas de climas áridos, onde há escassez. Como se nãobastasse, pesa ainda a velocidade com que estamos poluindoe desperdiçando um bem tão precioso e vital para ahumanidade.
O Brasil é privilegiado por possuir cerca de 12%de toda á água doce do mundo, a maior bacia hidrográfica(amazônica), o maior rio ( Amazonas) e os maioresaquíferos de todo o planeta (Alter do Chão e Guarani), mastambém somos um dos povos que mais desperdiça, degrada esubutiliza suas riquezas hídricas.
Dentro desse contexto, o Piauí apresenta-se como umestado extremamente rico em recursos hídricos, não só emquantidade, mas também pela qualidade da água que possui.Além de uma vasta hidrografia fluvial, formada em suamaior parte pela bacia do Parnaíba, maior bacia
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genuinamente nordestina e segunda em importância doNordeste, também apresenta grande riqueza em águassubterrânea, ostentando a condição de maior provínciahidrogeológica do Nordeste, com destaque para o vale doGurguéia, um dos maiores lençóis freáticos do país. Aindamerecem destaque nossas 69 lagoas.
A hidrografia exerceu papel fundamental no processode ocupação e povoamento do Estado, chamando a atençãodos nossos colonizadores desde o início, que acabaramfincando raízes e fazendas ao longo dos vales dos nossosprincipais rios, processo esse que deu origem àsprincipais cidades piauienses, tornando-se assimdecisiva para a organização espacial e socioeconômica doEstado. No entanto, nos últimos anos o processo demodernização da economia piauiense vem impondo, em nome do“progresso”, danos violentos as nossas reservas hídricas.
Partindo dessas premissas, a equipe de formação doIQE/Geografia de Teresina (PI) propõe como trabalho finalda quarta etapa do curso de formação contínua emGeografia, Caderno Conceito e Ação 4 ( Unidades I, II, IIIe IV) esta pesquisa de campo, com a finalidade deinstrumentalizar o professor para o trabalho docente narede municipal de ensino, bem como, incentivar a produçãode conhecimento sobre o espaço geográfico piauienses,especialmente a região do baixo Parnaíba.
3- OBJETIVOS :
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Geral:
Compreender a importância dos recursos hídricos para
a organização espacial do Piauí.
Específicos:
Possibilitar a prática da pesquisa de campo aos
professores de Geografia, como instrumento de ensino
e aprendizagem;
Promover estratégias de coleta de informações durante
a pesquisa de campo, tais como: entrevistas,
fotografias, filmagem, mapeamento, desenho, etc.
Produzir material didático, tais como textos, mapas,
painel fotográfico e documentário, sobre os recursos
hídricos e sua relação com os municípios pesquisados,
a partir da análise do material coletado.
Verificar como os recursos hídricos influenciam a
organização sócio-espacial e econômica das
comunidades estudadas;
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4- METODOLOGIA/PROCEDIMENTOS:
Fundamentação teórica sobre a importância do trabalho
de campo como instrumento do ensino-aprendizagem em
Geografia;
Observação e registro da paisagem através de:
- Produção textual;
- Registro fotográfico;
- Filmagem;
- Confecção de mapas e croquis;
Plenárias e avaliações de resultados preliminares
Oficinas para culminância e produção de conhecimento
geográfico, a partir do material coletado no trabalho
de campo.
5- RECURSOS:
5.1.Humanos:
35 Cursistas;
05 Formadores.
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5.2.Materiais/Financeiros/Serviços:
SERVIÇOS QUANTIDADE VALOR(R$)Aluguel de ônibus para transporte 01
R$ 4.000,00
Aluguel do barco parao Delta do Parnaíba
40 pessoas
R$ 40,00 per capita
T O T A L
R$ 5.600,00
Obs: sujeito a modificação conforme disponibilidade de recursos
6. AVALIAÇÃO
Dar-se-á durante o desenvolvimento do trabalho decampo e no término do projeto como uma avaliação de grupodestacando as seguintes atividades:
Produção de texto contendo síntese do trabalho
Produção de documentário
Produção de painel
Discussões e debates orientados
7.CRONOGRAMA
DIA 09/11/2012
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SÁIDA: 6:00h –Centro de Formação Odilon Nunes
1ª PARADA: 7h30 – Açude do Bezerro – José de Freitas.
2ª PARADA: 09h30 – Rio Longá e Maratauã – Barras
3ª PARADA: 12h00 – Cachoeira do Urubu –Esperantina/Batalha
* almoço
4ª PARADA: 15h00 – Lagoa do Cajueiro - Joaquim Pires
5ª
PARADA: 17h30 – Luís Correia (hotel)
6ª
PARADA: 20h00 – Porto das Barcas - Parnaíba
DIA 10/11/2012
6h30 – Café da Manhã
1ª PARADA: 7h30 - Praia da Pedra do Sal – Parnaíba
2ª PARADA: 8h30 - Porto dos Tatus – Delta do Parnaíba
12h00: Almoço no barco
19h00: Jantar no hotel
20h00: Reconhecimento do Espaço Geográfico de Parnaíba com base notema da pesquisa de campo.
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DIA 11/11/2012
7h00 – Café da Manhã
1ª PARADA: 7h30 – Orla de Luís Correia
2ª PARADA: 8h30 - Obras do Porto de Luís Correia
12h00: Almoço
14h00: Saída para Teresina
19h00: Chegada em Teresina
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8.BIBLIOGRAFIA:
Atlas da Bacia do Parnaíba. Companhia de Desenvolvimento dos Valesdo Sao Francisco e do Parnaiba – CODEVASF. Plano de Acao para oDesenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaiba, PLANAP : sinteseexecutiva : Territorio Entre Rios / Companhia de Desenvolvimentodos Vales do Sao Francisco e do Parnaiba – CODEVASF. – Brasilia, DF: TDA Desenhos & Arte Ltda., 2006.
ANTUNES, Celso. “O que é uma aula?”, “O que é conhecimento?”, “Oque é ensinar?”, “O que é aprender?” e “Como saber se o alunoaprendeu?” in Professores e Professauros. Reflexões sobre a aula epráticas pedagógicas diversas. Rio de Janeiro: Vozes, 2009, págs.22 a 43.
BENKO, Georges. “Mundialização da Economia, Metropolização doMundo”. FFLCH/USP. Revista do Departamento de Geografia, 15 (2002)45–54
Brasil. Ministério da Educação: Parâmetros Curriculares Nacionais.Geografia, 1998.
CARTA CEPRO. Diagnóstico das Condições Ambientais do Estado do Piauí,Teresina,1996.
______________. PIAUÍ: Caracterização do Quadro Natural, Teresina,1996.
Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e doParnaíba – CODEVASF. O Vale do Parnaíba. Livro 02.2006
Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e doParnaíba – CODEVASFPlano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia doParnaíba, PLANAP: Atlas da Bacia do Parnaíba – Brasília, DF: TDADesenho & Arte Ltda., 2006.
Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e doParnaíba – CODEVASF
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Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia doParnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território dos Carnaubais /Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e doParnaíba – CODEVASF. – Brasília, DF : TDA Desenhos & Arte Ltda.,2006.
Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e doParnaíba – CODEVASFPlano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia doParnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território da PlanícieLitorânea / Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Franciscoe do Parnaíba – CODEVASF. – Brasília, DF : TDA Desenhos & ArteLtda., 2006.
Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e doParnaíba – CODEVASFPlano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia doParnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território dos Cocais /Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e doParnaíba – CODEVASF. – Brasília, DF : TDA Desenhos & Arte Ltda.,2006.
GASPARIN, João Luiz. Problematização. Explicitação dos PrincipaisProblemas da Prática Social (Capítulo 2, págs. 35 a 49);Instrumentalização. Ações Didático-Pedagógicas para a Aprendizagem.Procedimentos Práticos (Capítulo 3, págs. 107 a 127). Uma Didáticapara a Pedagogia Histórico-Crítica.Campinas: Editora AutoresAssociados, 2007.
GEOGRAFIA – Caderno Conceito e Ação – EF II. INSTITUTO QUALIDADE NOENSINO, 2009. São Paulo.
LIMA, Luiz Cruls. FFLCH/USP. “Além das Águas: A Discussão noNordeste do Rio São Francisco”.. Revista do Departamento deGeografia. 17 (2005). 94-100.
OLIC, Nelson Bacic. “A Questão Nordestina: Permanências e
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Mudanças”. Portalimpacto.com.br
STEIMBACH, Allan Andrei. O Processo de Ensino numa PerspectivaHistórico-Crítica (Sd, 07 págs).
SILVEIRA, Maria Laura. Uma Situação Geográfica: do Método aMetodologia in Revista TERRITÓRIO, ano IV, n. 6, jan/jun, 1999.págs. 21 a 28.
SANTOS, Milton. “Do Meio Natural ao Meio Técnico CientíficoInformacional”. A Natureza do Espaço (São Paulo, Hucitec, 1996, pp.187-197);
SANTOS, Milton. O Espaço e seus elementos. Questões de Método inEspaço e Método. São Paulo: Nobel, 1985, págs. 5 a 20.
_______________. Do físico ao humano. Do natural ao artificial.Geografia física, Geografia humana in Metamorfoses do EspaçoHabitado. São Paulo: HUCTEC, 1994, págs. 87 a 93.
SOUZA, Maria Adélia de. “Meio Ambiente e DesenvolvimentoSustentável – As Metáforas do Capitalismo”. In TERRITORIAL(www.territorial.org.br biblioteca virtual)
Zoneamento Ecológico-Econômico da Bacia do Rio Parnaíba. MINISTÉRIODO MEIO AMBIENTE. Programa Zoneamento Ecológico-Econômico.Brasília.2005