presidência da república - Relatórios de Auditoria da CGU

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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO CEARÁ RELATO GERENCIAL MUNICÍPIO DE PENTECOSTE 1. Trata o presente Relato dos resultados gerenciais dos exames realizados sobre os 40 Programas de Governo executados na base municipal de Pentecoste - CE em decorrência do 14º Evento do Projeto de Fiscalização a partir de Sorteios Públicos. 2. As fiscalizações tiveram como objetivo analisar a aplicação dos recursos federais no Município sob a responsabilidade de órgãos federais, estaduais, municipais ou entidades legalmente habilitadas. 3. Os trabalhos foram realizados “in loco” no Município, por técnicos da Controladoria- Geral da União – CGU em parceria com servidores do Ministério da Saúde, sob a Coordenação da CGU, no período de 29/11 a 3/12/2004, sendo utilizados em sua execução as técnicas e procedimentos por meio de inspeções físicas e documentais, realização de entrevistas, aplicação questionários e registros fotográficos. 4. Os Programas de Governo que foram objeto das ações de fiscalização, estão apresentados no quadro a seguir, por Ministério Supervisor, discriminando, a quantidade de fiscalizações realizadas e os recursos aproximados aplicados, por Programa. 4.1 Recursos recebidos e quantidade de fiscalizações realizadas Ministério Supervisor Ação Governamental Fiscalizada Quantidade de Fiscalizações Recursos Aplicados Incentivo Financeiro a Municípios Habilitados à Parte Variável do Piso de Atenção Básica – PAB para Assistência Farmacêutica Básica. 01 32.779,00 Atendimento Assistencial Básico nos Municípios Brasileiros 01 321.602,84 Ministério da Saúde Incentivo Financeiro aos Estados, Distrito Federal e Municípios Certificados para a Epidemiologia e Controle de Doenças. 01 61.875,48 Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.” 14º Sorteio de Unidades Municipais – Pentecoste - CE

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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO CEARÁ

RELATO GERENCIAL

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE

1. Trata o presente Relato dos resultados gerenciais dos exames realizados sobre os 40 Programas de Governo executados na base municipal de Pentecoste - CE em decorrência do 14º Evento do Projeto de Fiscalização a partir de Sorteios Públicos.

2. As fiscalizações tiveram como objetivo analisar a aplicação dos recursos federais no Município sob a responsabilidade de órgãos federais, estaduais, municipais ou entidades legalmente habilitadas.

3. Os trabalhos foram realizados “in loco” no Município, por técnicos da Controladoria-Geral da União – CGU em parceria com servidores do Ministério da Saúde, sob a Coordenação da CGU, no período de 29/11 a 3/12/2004, sendo utilizados em sua execução as técnicas e procedimentos por meio de inspeções físicas e documentais, realização de entrevistas, aplicação questionários e registros fotográficos. 4. Os Programas de Governo que foram objeto das ações de fiscalização, estão apresentados no quadro a seguir, por Ministério Supervisor, discriminando, a quantidade de fiscalizações realizadas e os recursos aproximados aplicados, por Programa. 4.1 Recursos recebidos e quantidade de fiscalizações realizadas

Ministério Supervisor

Ação Governamental Fiscalizada Quantidade de

Fiscalizações

Recursos Aplicados

Incentivo Financeiro a Municípios Habilitados à Parte Variável do Piso de Atenção Básica – PAB para Assistência Farmacêutica Básica.

01 32.779,00

Atendimento Assistencial Básico nos Municípios Brasileiros

01 321.602,84

Ministério da Saúde

Incentivo Financeiro aos Estados, Distrito Federal e Municípios Certificados para a Epidemiologia e Controle de Doenças.

01 61.875,48

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

14º Sorteio de Unidades Municipais – Pentecoste - CE

ailtonbj
Retângulo

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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Ministério Supervisor

Programa/Ação Quantidade de

Fiscalizações

Recursos Aplicados

Incentivo Financeiro a Municípios Habilitados à Parte Variável do Piso de Atenção Básica – PAB para a Saúde da Família.

01 378.000,00

Implantação, Aparelhamento e Adequação de Unidades de Saúde dos SUS

01 530.000,00

Modernização e adequação de unidades de saúde do sistema único de saúde - SUS

01 30.000,00

Implantação, ampliação ou melhoria de sistema público de abastecimento de água para a prevenção e controle de agravos em municípios de até 30.000 habitantes.

04 134.796,00

Implantação, ampliação ou melhoria se sistema público de esgotamento sanitário para a prevenção e controle de agravos

02 540.000,00

Implantação de melhorias sanitárias domiciliares para prevenção e controle de agravos.

02 389.222,06

Censo Escolar da Educação Básica. 01 -

Concessão de Bolsa ao Educador 01 89.970,00

Apoio à Ampliação da Oferta de Vagas do Ensino Fundamental a Jovens e Adultos –Fazendo Escola

01 106.373,12

Apoio à Alimentação Escolar na Educação Básica - PNAE.

01 249.586,20

Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar - PNATE.

01 60.175,08

Aquisição e Distribuição de Material Didático para Educação Infantil

01 93.093,00

Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE 06 60.600,00

Programa Nacional de Transporte Escolar - PNTE.

01 60.000,00

Ministério da

Educação

Expansão e Melhoria da Rede Escolar Estadual de Ensino Médio – PROJETO ALVORADA

03 521.219,88

Ministério do Esporte

Implantação de Infra-Estrutura Esportiva para uso de Comunidades Carentes

01 167.426,86

Ministério das Comunicações

Fiscalização da Universalização dos Serviços de Telecomunicações.

01 -

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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Ministério Supervisor

Programa/Ação Quantidade de

Fiscalizações

Recursos Aplicados

Fiscalização da Prestação dos Serviços de Telecomunicações.

01 - Ministério das Comunicações Operação do Sistema de Acesso a Serviços

Públicos por Meio Eletrônico. 01 23.501,88

Fiscalização do Recolhimento das Contribuições Previdenciárias.

01 - Ministério da Previdência

Social Pagamentos de Aposentadorias/Pagamento de Pensões.

02 4.539,32

Ministério do Trabalho e Emprego

Estudos e Pesquisas na Àrea de Trabalho 01 -

Ministério das Cidades

Implantação de Serviços de Saneamento Básico em Municípios Com População de Até 75 Mil Habitantes.

04 615.513,52

Financiamento e Equalização de Juros para a Agricultura Familiar – Pronaf (Lei nº 8.427, de 1992

02 63.036,48 Ministério do

Desenvolvimento Agrário Assistência Financeira a Projetos de Infra-

Estrutura e Serviços Municipais. 03 301.364,51

Ministério da Fazenda

Financiamento e Equalização de juros para a agricultura familiar – Pronaf (Lei nº 8.427, de 1992

02 111.050,81

Ações Emergenciais de Defesa Civil 02 241.653,99

Construção e Recuperação de Obras de Infra-Estrutura Hídrica

03 400.800,69

Fortalecimento da Infra-Estrutura Hídrica 01 140.800,00

Transferência da Gestão do Perímetro de Irrigação Curu-Pentecoste com 1.068 Ha no Estado do Ceara

01 296.536,80

Ministério da Integração Nacional

Emancipação de Perímetros de Irrigação 01 1.889.439,00

Ministério do Turismo

Promoção do Turismo Sustentável Local em Municípios

02 272.279,07

Apoio à Melhoria das Condições Socioeconômicas das Famílias - Nacional

01 58.474,80

Transferência de Renda diretamente às famílias em condições de pobreza e extrema pobreza - Bolsa Escola

01 38.355,00

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate

à Fome Transferência de Renda diretamente às famílias em condições de pobreza e extrema pobreza - Bolsa Família

01 166.660,00

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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Ministério Supervisor

Programa/Ação Quantidade de

Fiscalizações

Recursos Aplicados

Funcionamento dos Conselhos de Gestão Compartilhada da Assistência Social – Nacional

01 - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate

à Fome Serviço de proteção socioassistencial à infância e à adolescência – Nacional

01 61.643,70

TOTAL 64 8.512.369,09 5. Os resultados das fiscalizações realizadas, sempre que os trabalhos tenham evidenciado fatos relevantes que indiquem impropriedades/irregularidades na aplicação dos recursos federais examinados, são demonstrados a seguir, em fascículos específicos por Ministério. 6. Os fascículos a seguir contemplam um detalhamento das seguintes constatações: Ministério da Saúde:

1.1) Deficiência no dimensionamento da rede de distribuição.

1.2) Falta de tratamento na água consumida, população subdimencionada e tubulação fora do padrões da FUNASA.

1.3) Ausência de apresentação das ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra.

1.4) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto.

2.1) Baixa efetividade do projeto

2.2) utilização de equipamento em desacordo com as especificações do Projeto

2.3) Ausência de comprovação de regularidade fiscal da empresa vencedora do certame.

2.4) Ausência de apresentação das ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra.

2.5) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto.

3.1) Baixa efetividade do Projeto.

3.2) Ausência de apresentação das ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra.

3.3) Ausência de comprovação da regularidade fiscal da empresa vencedora do certame.

3.4) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto.

4.1) Pagamento de serviços não executados no valor de R4 56.377,11.

4.2) Instalação de tubulação em diâmetro inferior ao pago.

4.3) Ausência de apresentação das ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra.

4.4) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto.

4.5) Pagamento de serviços por meio de cheque nominal a empresa distinta da contratada e evidências de assinaturas idênticas de endossos de diferentes empresas.

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5.1) Ausência de construção de seis módulos sanitários

5.2) Módulos sanitários sem utilização.

5.3) Ausência de apresentação da ART de execução da obra.

5.4) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto.

6.1) Módulos sanitários executados fora das especificações.

6.2) Ausência de apresentação das ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra.

6.3) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto.

7.1) Módulos sanitários mal conservados e/ou fora das especificações

7.2) Ausência de apresentação das ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra.

7.3) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto.

8.1) Ausência de apresentação das ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra.

8.2) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto.

9.1) Disponibilização da contrapartida municipal em atraso.

9.2) Divergência entre os quantitativos de medicamentos informados como enviados pela Central de Abastecimento Farmacêutica – CAF da Secretaria Municipal de Saúde e os efetivamente recebidos pelas Unidades de Saúde - US.

9.3) Armazenagem inadequada dos medicamentos da Farmácia Básica.

9.4) Controle de estoque da Central de Abastecimento farmacêutica desatualizado.

9.5) Medicamentos armazenados em Unidades de Saúde com prazo de validade vencido e com prazo de validade de difícil visualização.

9.6) Medicamentos da Farmácia Básica insuficientes para o atendimento da população.

9.7) Ausência de farmácia em Unidades de Saúde.

9.8) Medicamentos da Farmácia Básica, em grande quantidade, descartados por prazo de validade vencido.

10.1) Recebimento indevido de recursos financeiros de uma das equipes do Programa Saúde da Família existente no Município.

10.2) Inadequação/inexistência de estrutura física e de equipamentos em Unidades Básicas de Saúde.

10.3) Descumprimento de norma técnica referente ao Programa Saúde da Família.

11.1) Ausência de Plano Municipal de Saúde para o ano de 2004.

11.2) Ausência de pagamento individualizado de despesa realizada, bem como de atesto no documento fiscal comprobatório.

11.3) Utilização indevida dos recursos do PAB - Fixo.

12.1) Ausência de assinatura diária na freqüência dos profissionais contratados para a função de Agente de Vigilância Epidemiológica.

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12.2) Ausência de recolhimento ao INSS da contribuição referente aos descontos efetuados nos salários dos profissionais contratados para a função de Agente de Vigilância Epidemiológica.

12.3) Veículos insuficientes para execução das ações de vigilância em saúde.

12.4) Utilização indevida dos recursos do Teto Financeiro de Vigilância em Saúde – TFVS.

13.1) Ausência de atesto da despesa e de identificação do convênio, no documento comprobatório da despesa.

13.2) Ausência de número de tombamento e termo de responsabilidade do equipamento adquirido.

14.1) Utilização indevida da conta do Fundo Municipal de Saúde na movimentação de recursos de convênio.

Ministério da Educação:

1.1) Ausência de atesto e da identificação do Programa Dinheiro Direto na Escola, nos documentos comprobatórios das despesas.

1.2) Inexistência de plaqueta de tombamento no material permanente adquirido com recursos do PDDE.

1.3) Material permanente pertencente à Escola Balbina Moreira de Azevedo guardado na casa do instrutor da banda da escola.

2.1) Despesa realizada fora do objetivo do programa.

2.2) Documentos de comprovação de habilitação da regularidade fiscal do INSS e FGTS com prazos de vigência posteriores das datas de abertura das licitações.

2.3) Ausência de atesto do recebimento dos materiais nas notas fiscais

2.4) Ausência de informação às unidades escolares sobre o Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE.

3.1) Ausência de apresentação, pela Secretaria de Educação de Pentecoste/CE, do diário de classe da turma da Educação de Jovens e Adultos.

3.2) Divergência entre o número de alunos constantes do censo escolar de 2003 e o registrado no diário de classe.

4.1) Ausência de atesto e da identificação do Programa Brasil Alfabetizado, nos documentos comprobatórios das despesas.

4.2) Desvio de finalidade de convênio

4.3) Ausência de guias de distribuição do material de expediente adquirido com recursos do Programa Brasil Alfabetizado.

4.4) Turmas de alfabetização de jovens e adultos do Programa Brasil Alfabetizado com mais de 25 alunos por sala de aula.

4.5) Ausência de formação continuada de no mínimo 2 horas/aula semanal.

5.1) Fracionamento de despesa evitando realização do processo licitatório na modalidade de Tomada de Preço.

5.2) Ausência de documentos de comprovação de habilitação da regularidade fiscal e documentos de habilitação com prazo de vigência posterior a data da abertura das licitações.

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5.3) Inserção de peças no processo licitatório com datas posteriores à data da abertura das propostas.

5.4) Ausência de atesto do recebimento dos materiais nas notas fiscais.

5.5) Composição do Conselho de Alimentação Escolar em desacordo com a legislação em vigor.

5.6) Desempenho insatisfatório do Conselho de Alimentação Escolar.

5.7) Falta de merenda escolar por aproximadamente cinco dias letivos no ano de 2004.

5.8) Gêneros alimentícios comprados com recursos do PNAE entregue em creche que não tem salas do ensino fundamental.

6.1) Inserção de peças no processo licitatório com datas posteriores à data da abertura das propostas.

6.2) Ausência de documentos de comprovação de habilitação da regularidade fiscal e documentos de habilitação com prazo de vigência posterior a data da abertura das licitações.

6.3) Ausência de atesto do recebimento dos materiais nas notas fiscais

6.4) Desempenho insatisfatório do Conselho do Fundef no acompanhamento e controle social da execução do Programa Educação de Jovens e Adultos – Fazendo Escola.

6.5) Escola com sala de aula noturna do Programa Educação de Jovens e Adultos sem energia elétrica.

6.6) Sala de aula do Programa Educação de Jovens e Adultos sem aula a três dias.

6.7) Falta de merendeira para o preparo da merenda escolar destinada aos alunos da Educação de Jovens e Adultos – Programa Fazendo Escola.

7.1) Saques efetuados da contas corrente do Programa de Apoio ao Transporte do Escolar - PNATE sem a devida comprovação da despesa.

7.2) Ausência de atesto, nos recibos de pagamento, quanto aos serviços prestados.

7.3) Desempenho insatisfatório do Conselho do Fundef no acompanhamento e controle social da execução do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar - PNATE.

Ministério do Esporte:

1.1) Ausência de regularidade fiscal da empresa vencedora do certame.

Ministério das Comunicações:

1.1) Inexistência de posto de atendimento pessoal a usuários do Serviço Telefônico Fixo Comutado-STFC.

Ministério da Previdência Social:

1.1) Óbitos registrados no Livro “C” do Cartório João Gomes da Silva de Pentecoste, que não constam na relação do SISOBI.

1.2 ) Óbitos registrados no Livro “C” do Cartório de Registro Civil de Verçosa, que não constam na relação do SISOBI. 1.3) Ausência de registro de benefício de aposentadoria ou CPF no SISOBI, embora constem no Livro “C” dos Cartórios visitados.

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1.4) Atraso na comunicação de óbitos ao INSS pelo Cartório de 1º Ofício João Gomes da Silva – Pentecoste/CE.

1.5) Atraso na comunicação de óbitos ao INSS pelo Cartório de Registro Civil Verçosa.

1.6) Divergência entre dados do Livro “C” do Cartório João Gomes da Silva - Pentecoste e do SISOBI, em relação à data de nascimento de falecido.

1.7) Divergência entre dados do Livro “C” do Cartório de Registro Civil Verçosa e do SISOBI, em relação à data de nascimento de falecido.

1.8) Divergência entre dados do Livro “C” do Cartório de Registro Civil Verçosa e do SISOBI, em relação à data de lavratura de falecido.

1.9) Óbito registrado na relação extraída do SISOBI e que não consta no Livro “C” do Cartório de registro Civil Verçosa.

2.1) Beneficiários não localizados nos endereços registrados no banco de dados do INSS.

2.2) Beneficiários falecidos sem o óbito ter sido registrado em cartório.

3.1) Ausência de comprovação de recolhimento da Contribuição Previdenciária e registro do Cadastro Específico do INSS – Matrícula CEI da obra.

Ministério do Trabalho e Emprego:

1.1) Descumprimento das normas de funcionamento do Conselho Municipal do Trabalho – COMUT.

1.2) Mandato do Presidente do COMUT com duração superior ao permitido pela legislação.

Ministério das Cidades:

1.1) Falta de manutenção de equipamentos integrantes de obra de abastecimento de água.

1.2) Ausência de regularidade fiscal da empresa vencedora do certame.

2.1) Ausência de comprovação de regularidade fiscal da empresa vencedora do certame.

2.2) Ausência de documentos referente à licenciamento ambiental.

2.3) Ausência de apresentação das ART’s do projeto e da fiscalização da obra.

2.4) Instrumento de Contrato sem data. 2.5) Contratação de obra não contemplada no objeto do Contrato de Repasse.

3.1) Ausência de Certidão Negativa de Débito (CND) fornecida pelo INSS da empresa vencedora do certame.

3.2) Ausência de apresentação das ART’s da execução, do projeto e da fiscalização da obra.

4.1) Falhas na execução do contrato de repasse.

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Ministério do Desenvolvimento Agrário:

1.1) Falta de operacionalização do sistema de abastecimento d’água.

1.2) Ausência de apresentação das ART’s da execução e da fiscalização das obras.

1.3) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do contrato de repasse e sem atesto.

1.4) Ausência de documentos referente ao licenciamento ambiental.

2.1) Ausência de documentos referente à licenciamento ambiental.

2.2) Ausência de apresentação das ART’s da execução e da fiscalização da obra.

2.3) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do contrato de repasse e sem atesto.

3.1) Venda de Conjunto de Irrigação adquirido com recursos do PRONAF.

4.1) Falta de conhecimento por parte de beneficiários de recursos do PRONAF.

Ministério da Fazenda:

1.1) Recursos financiados pelo Pronaf no montante de R$ 7.001,28, sem comprovação da despesa realizada.

1.2) Beneficiários de recursos do Pronaf inadimplentes, no valor R$ 734,42.

2.1) Ausência de comprovação de despesas no valor total de R$ 52.037,22, em relação ao montante de financiamento concedido no valor de R$ 104.049,53.

2.2) Cobrança indevida de taxa em financiamentos do Pronaf no montante de R$ 499,16.

Ministério da Integração Nacional:

1.1) Instalação de poço em propriedade particular fechada.

1.2) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto.

2.1) Ausência de apresentação da ART da execução.

2.2) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto.

3.1) Ausência de documentos referente ao licenciamento ambiental.

3.2) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto.

3.3) Execução de obras de construção de açude em desacordo com o previsto no projeto.

4.1) Ausência de documentos referentes ao licenciamento ambiental.

4.2) Ausência de apresentação das ART’s da execução, fiscalização e projeto das obras.

4.3) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto.

4.4) Ausência de manutenção de obras executadas.

5.1) Termo Contratual assinado sem identificação do prazo de vigência.

5.2) Ausência de apresentação das ART’s da execução e da fiscalização das obras.

5.3) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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6.1) Ausência de documentos referente ao licenciamento ambiental.

6.2) Ausência de apresentação das ART’s da execução e fiscalização obra.

6.3) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto.

6.4) Pagamento de serviços por meio de cheque nominal a empresa distinta da contratada e evidências de assinaturas idênticas de endossos de diferentes empresas.

Ministério do Turismo:

1.1) Ausência de documentos referente ao licenciamento ambiental.

1.2) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do contrato de repasse e sem atesto.

2.1) Ausência de apresentação das ART’s da execução e da fiscalização da obra.

2.2) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do contrato de repasse e sem atesto.

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome:

1.1) Pagamento de benefício a alunos que desde outubro de 2003 não vêm freqüentando as aulas.

1.2) Ausência de encaminhamento do Relatório de Freqüência à Secretaria Nacional do Programa Bolsa Escola – SNPBE.

2.1) Famílias beneficiárias do Bolsa Família não localizadas.

3.1) O Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS não cumpre as diretrizes previstas nos programas assistenciais.

4.1) Instalações inadequadas para crianças de 0 a 6 anos.

Fortaleza, 15 de dezembro de 2004.

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CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE - CE

MINISTÉRIO DA SAÚDE 14º sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos

Sorteio de Unidades Municipais

17/NOVEMBRO/2004

ailtonbj
Retângulo

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

14º Sorteio de Unidades Municipais – Pentecoste/CE

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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE – CE

Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de

Governo financiados com recursos federais foram examinadas, no período de 29 a 03/12/2004, as seguintes Ações sob responsabilidade do Ministério da Saúde:

Implantação, ampliação ou melhoria de sistema público de abastecimento de água para a prevenção e controle de agravos em municípios de até 30.000 habitantes. Construção e ampliação ou melhoria de sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário para controle de agravos. Implantação de melhorias sanitárias domiciliares para prevenção e controle de agravos.

Incentivo Financeiro a Municípios Habilitados à Parte Variável do Piso de Atenção Básica – PAB para Assistência Farmacêutica Básica.

Incentivo Financeiro a Municípios Habilitados à Parte Variável do Piso de Atenção Básica – PAB para a Saúde da Família. Atendimento Assistencial Básico nos Municípios Brasileiros. Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses.

Modernização e Adequação de Unidades de Saúde do Sistema Único de Saúde - SUS. Implantação, Aparelhamento e Adequação de Unidades de Saúde do Sistema Único de Saúde - SUS.

Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração

Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução. Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto àqueles sob sua responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, tendo se manifestado em 22/12/2004, cabendo ao Ministério supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades. Ressaltamos que o Município sob análise não vem cumprindo o disposto no artigo 2º da Lei nº 9.452/97, o qual versa sobre a determinação da Prefeitura do Município notificar os Partidos

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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Políticos, Sindicatos de Trabalhadores e Entidades Empresariais sobre a liberação de recursos por órgãos e entidades da administração federal direta, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista." Constatações da Fiscalização. 1 – Programa: Saneamento Básico - Água Ação: Implantação, ampliação ou melhoria de sistema público de abastecimento de água para a prevenção e controle de agravos em municípios de até 30.000 habitantes. Objetivo da Ação de Governo: dotar os domicílios e estabelecimentos coletivos com abastecimento público de água adequado visando a prevenção e o controle de doenças e agravos. Ordem de Serviço: 158058. Objeto Fiscalizado: execução de obras/serviços de abastecimento d’água. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Convênio nº 389/01. Montante de Recursos Financeiros: R$ 62.596,00. Extensão dos exames: Analisada a totalidade dos recursos repassados. 1.1) Deficiência no dimensionamento da rede de distribuição. Fato: Dentre a amostra selecionada, constatamos que as residências localizadas na parte elevada da comunidade denominada Pedra Branca Ilha possuem uma baixa pressão da água, o que não permite sua utilização normal, demonstrando que o sistema não foi dimensionado de forma adequada. Evidência: Visita “in loco”. Manifestação do Prefeito: “A afirmativa de que o sistema de abastecimento dágua da localidade de Pedra Branca Ilha não foi dimensionado de forma adequada não procede. É sabido, mesmo por segmentos leigos da comunidade, que existem picos de consumo dágua em horários distintos, o que ocasiona pressões, também, distintas à vazão dágua nos domicílios. Este problema poderia ter sido evitado, quando da época da construção, desde que tenha sido dimensionado, prevendo-se estes picos de consumo. Este dimensionamento “ideal” levaria a elevados custos financeiros, incompatíveis com os valores do projeto, e, sobretudo, com a condição financeira desta Prefeitura.” Análise da Equipe: A Prefeitura alega que a baixa pressão com que a água chega em determinadas casas é ocasionada por picos de consumo localizados, entretanto, as declarações dos moradores não corroboram com a sua afirmativa, tendo em vista que a baixa pressão é constante, não se restringindo a determinados horários. Ademais, o dimensionamento do sistema deve prever tanto as irregularidades do terreno, bem como o consumo por família a ser beneficiada, o que se revelou inadequado. Quanto à afirmação de que o dimensionamento ideal levaria a custos financeiros elevados, não pode ser aceita, tendo em vista que não foi acompanhada de dados técnicos que comprovassem a impossibilidade de se alterar o projeto para que o mesmo atendesse aos objetivos propostos.

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1.2) Falta de tratamento na água consumida, população subdimensionada e tubulação fora dos padrões da FUNASA. Fato: De acordo com o Despacho nº 1747/MS/SE/FNS/DICON-Ce, de 19 de outubro de 2004, assinado por Consultor Técnico da FUNASA, ocorreram impropriedades na execução da obra de abastecimento d’água referente ao Convênio nº 389/2001, resultando na não aprovação da Prestação de Contas do referido Convênio, e instauração de Tomada de Contas Especial. As impropriedades relacionadas pelo citado despacho foram as seguintes: a) a informação prestada pela Prefeitura, por intermedio do Ofício nº 290/2004, de 29/09/2004, de que a população atendida foi acrescida em 17 famílias em relação à original, não é procedente, sendo 60 o número de famílias atualmente beneficiadas pelo sistema e que constavam inicialmente no plano de trabalho do convênio pactuado, não alterando dessa forma, o valor do projeto aprovado. b) a população está consumindo água do manancial sem tratamento prévio, pois o filtro bacteriológico e o clorador de pastilhas não estão funcionando, gerando com isso problemas de saúde pública na comunidade atendida pelo Projeto; c) A tubulação usada para execução do sistema utilizando “tubos de irrigação” não seguem critérios normativos para tubulação de sistemas de abastecimento d’água NBR-5647 e não atendem o orçamento e parâmetros técnicos aprovado previamente pela FUNASA. Evidência: Despacho nº 1747/MS/SE/FNS/DICON-Ce, de 19 de outubro de 2004, assinado pelo Engenheiro Gilson Leite de Moura, Consultor Técnico da FUNASA e Parecer nº 457/2004, de 12/11/2004, da Unidade de Convênios do Ministério da Saúde no Ceará. Manifestação do Prefeito: “A afirmação da Controladoria procede parcialmente. Quanto ao tratamento dágua, o mesmo existe e estava em perfeito funcionamento. Este tratamento, no entender dos beneficiários, acarreta despesas financeiras a serem assumidas pela comunidade, como também, contribuía para a redução da pressão da água que é enviada às residências. Assim sendo, a comunidade entendeu que a retirada do “filtro” de tratamento levaria à economia de energia, e, por conseguinte, menos despesas a serem pagas, levando, também, a um aumento no fluxo dágua para as unidades consumidoras, ocasionando, com esta retirada, que a água consumida pelas famílias não seja previamente tratada. Mantivemos entendimentos com a comunidade, em conjunto com o pessoal da Funasa, alertando para as conseqüências danosas que podem resultar do consumo de água não tratada, tendo à comunidade compreendido e se comprometida a recolocar o filtro que fora retirado. Quanto ao dimensionamento da população a ser beneficiada, dita como sub-dimensionada, o fato não é verdadeiro. Quando da elaboração do projeto, em 2001, a comunidade de Pedra Branca Ilha contava com uma população de 260 pessoas, distribuídas em 60 famílias, em seu núcleo principal, a ser beneficiado com o sistema de abastecimento. Com o passar dos anos, mais e mais unidades habitacionais foram construídas, ampliando o núcleo e demandando o abastecimento, contribuindo. Hoje, mais de 100 famílias moram e vivem na citada comunidade, ocasionando, realmente, dificuldades no abastecimento dágua. Em relação à tubulação fora dos padrões da Funasa, este fato realmente aconteceu, à revelia desta Prefeitura. Quando da fiscalização por parte da Funasa, com a obra já concluída, é que este fato veio à tona. Reconstruir a tubulação não seria a solução econômica mais viável, em face dos desperdícios e do elevado prejuízo. A saída, a nosso ver, é cobrar, da executora da referida obra, a devolução da diferença financeira entre o custo da tubulação orçada e aquela realmente utilizada, com a devolução destes recursos a Funasa. Estamos, então, enviando Ofício à empresa contratada,

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solicitando a imediata devolução de valores pagos a maior, a serem calculados, em face da substituição de itens do orçamento contratado. (ANEXO 1)” Análise da Equipe: A justificativa da Prefeitura não é satisfatória, tendo em vista que o fornecimento de água não é feito de forma contínua, ocorrendo dia sim outro não e por apenas algumas horas, portanto, o aumento de energia pelo uso do filtro não é relevante, ademais, o objetivo do projeto é combater algumas enfermidades que se manifestam pelo uso de água sem tratamento, por isso, é premente a necessidade de se utilizar os equipamentos/materiais necessários e é imprescindível o papel do poder público no sentido de conscientizar e cobrar da população beneficiada a utilização do sistema para o controle de doenças. Com relação à afirmativa de que o número de famílias beneficiadas aumentou em relação ao projeto, tal argumento não procede, tendo em vista que de acordo com a fiscalização da FUNASA, gastou-se um montante que corresponderia ao atendimento de mais 17 famílias além das 60 previstas originalmente, entretanto somente foram localizadas 60 que possuíam água encanada, as demais, apesar de demandarem o benefício, não foram contempladas. Portanto, a aplicação de parte dos recursos não foi comprovada. Com relação à mudança nas especificações do projeto, tal fato revela falta de fiscalização e zelo do Ente Municipal para com o bem público, tendo em vista que somente tomou conhecimento da falha por meio da FUNASA. Portanto, a simples cobrança à Empresa responsável pela obra não é suficiente para eximir a responsabilidade da Prefeitura no caso em questão. 1.3) Ausência de apresentação das ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra. Fato: A Prefeitura Municipal não apresentou as ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra de construção de um sistema de abastecimento d’água da Localidade de Pedra Branca/Ilha – Zona Rural, executada pela empresa LRM Comércio e Construções Ltda. (CNPJ: 03.669.838/0001-60), objeto da Carta Convite nº 42/2002, em desacordo com o artigo 16 da Lei nº 5194/66. Evidência: Exame da documentação apresentada. Manifestação do Prefeito: “No tocante ao item retro, temos a informar: a ART referente ao projeto e à fiscalização da Obra está sendo disponibilizada pela empresa. Quanto à ART de execução, enviamos ofício ao CREA, solicitando a remessa a esta Prefeitura, da ART referenciada. (ANEXO 2)” Análise da Equipe: A Prefeitura Municipal apresentou cópia do Ofício nº 307/2004, de 21 de dezembro de 2004, ao CREA-Ce, no qual requer cópia da ART referente à execução da obra, entretanto, essa ação gera apenas uma expectativa de acerto futuro da falha. Com relação à ART de projeto e fiscalização, apresentou cópia da ART nº 388997, de 22/12/2000, porém, o documento está com alguns campos ilegíveis, como os dados do objeto do contrato. Portanto, a justificativa não é satisfatória, devendo o ponto ser mantido. 1.4) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto. Fato: Verificamos, nos processos de pagamento referentes ao convênio, que as notas fiscais de números 053, de 12/7/2002, 059, de 1/8/2002, 075, de 13/11/2002 e 89, de 14/2/2003, emitidas pela

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empresa LRM Comércio e Construção Ltda. (CNPJ: 03.669.838/0001-60) não continham atesto da execução dos serviços, nem tampouco a identificação do número do convênio, contrariando o disposto no art. 30 da IN/STN no 01, de 15/1/1997. Evidência: O fato foi evidenciado por meio da análise dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito: “Com relação ao ponto em apreço, esclarecemos que houve erro formal, não intencional, e que não acarretou qualquer prejuízo, quer financeiro ou operacional, ao erário. Para que fatos desta natureza não venham a acontecer, estamos enviando Memorando aos setores competentes, determinando que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a elas vinculado, bem como, que seja aposto o “carimbo de atesto”, por servidor responsável, em todas as vias das notas fiscais apresentadas. (ANEXO 4)”. Análise da Equipe: O erro alegado pela Prefeitura não é aceitável, tendo em vista que contraria a legislação que rege os instrumentos do convênio, portanto, o ponto deve ser mantido. 2 – Programa: Saneamento Básico – Água. Ação: Implantação, ampliação ou melhoria de sistema público de abastecimento de água para a prevenção e controle de agravos em municípios de até 30.000 habitantes. Objetivo da Ação de Governo: dotar os domicílios e estabelecimentos coletivos com abastecimento público de água adequado visando a prevenção e o controle de doenças e agravos. Ordem de Serviço: 158074. Objeto Fiscalizado: execução de obras/serviços de abastecimento d’água. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Convênio nº 1845/01. Montante de Recursos Financeiros: R$ 72.200,00. Extensão dos exames: totalidade dos recursos repassados. 2.1) Baixa efetividade do projeto Fato: De acordo com informações do responsável pela manutenção do sistema, bem como em decorrência da visita “in loco”, verificamos que das 69 residências que foram beneficiadas com o abastecimento d’água na comunidade de Macacos, apenas 42 encontram-se ocupadas estando as outras abandonadas. Ressaltamos que as casas localizam-se dentro de um assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária- INCRA. Evidência: Entrevista e visita “in loco” Manifestação do Prefeito: “O ponto elencado pela fiscalização da Controladoria não procede, uma vez que o Projeto prevê o abastecimento dágua a todas as residências que integram o Assentamento da localidade de Macacos. O fato de apenas 42 residências, num total de 69, estarem ocupadas não nos diz respeito e para o qual não temos qualquer responsabilidade, pois quem seleciona as famílias a serem assentados é o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, sem qualquer participação desta Prefeitura”.

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Análise da Equipe: Não procede a declaração do Ente Municipal, tendo em vista que no Plano de Trabalho elaborado pela Prefeitura não se faz nenhuma menção à responsabilidades do INCRA e na justificativa da proposição consta o que segue: “Este investimento beneficiará diretamente as famílias residentes na Comunidade de Macacos, que atualmente consomem água de qualidade duvidosa captada de riachos e sem nenhum tipo de tratamento, gerando muitos transtornos, principalmente no tocante a problemas de saúde, haja vista o consumo inadequado de água contaminada. É grande a insistência da população para que o Poder Público torne uma medida séria a respeito desse assunto, mas como os recursos próprios não são suficientes, nada pode ser feito até agora, razão porque se necessita do apoio do Governo Federal para solucionarmos essa situação por demais vexatória. Portanto, através da presente proposta pretendemos reverter esse quadro, como forma de garantir o controle de agravos e possibilitar uma melhor qualidade de vida para nossa população mais carente”. Vale ressaltar, ainda, a responsabilidade da Prefeitura na condução do Programa de Educação em Saúde e Mobilização Social/PESMS. Dessa forma, não se pode aceitar que a Prefeitura não possua responsabilidade pela efetividade do Programa, mas apenas pela execução da obra como alega o Ente Municipal. Em vista disso, o ponto deve ser mantido. 2.2) utilização de equipamento em desacordo com as especificações do Projeto Fato: De acordo com o Parecer nº 409/04, de 10/08/2004, da Divisão de Convênios do Ministério da Saúde no Ceará informa que a Prefeitura não utilizou na construção do sistema tubos 50mm PBA CL-12 (NBR 5647), substituindo-os por tubos de irrigação na rede de distribuição e que a Prefeitura deverá efetuar o ressarcimento à FUNASA do montante de R$ 14.559,66, referentes à impugnação de 21,59% do valor do Convênio. Ressalte-se que a Divisão de Convênios e Gestão, por intermédio do Ofício nº 2190/MS/SE/FNS/DICON/CE, de 10/09/2004, solicita à Prefeitura encaminhar e/ou justificar os itens apontados no referido Parecer e concede prazo de 15 dias a contar do recebimento do Ofício. No Processo FUNASA nº 25140001727/2001-20, referente ao mencionado Convênio, consta duas resposta da Prefeitura: Ofício 296/04, de 28/10/2004, e 297/04, de 03/11/2004. Entretanto, não há manifestação da Fundação acerca da aceitação ou não das justificativas apresentadas pelo Gestor Municipal. Evidência: Parecer nº 409/04, de 10/08/2004, e Ofício nº 2190/MS/SE/FNS/DICON/CE, de 10/09/2004, da Unidade de Convênios do Ministério da Saúde no Ceará. Manifestação do Prefeito: “Com relação a este ponto, informamos que enviamos, à Funasa, os Ofícios de nº 296 e nº 297, de 28/10/2004 e 03/11/2004, respectivamente, apresentando justificativas e solicitando informações de como esta Prefeitura deverá proceder, se for o caso. Até a presente data, não recebemos qualquer resposta a estes Ofícios. Ao recebermos o posicionamento solicitado, envidaremos esforços para a sua rápida implementação, sanando, assim, possíveis prejuízos à obra”.

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Análise da Equipe: Em que pesem as medidas adotadas pela Prefeitura, o ponto deve ser mantido, tendo em vista que ocorreram impropriedades na execução do projeto quanto ao material utilizado e os ressarcimentos oriundos dessas impropriedades ainda não foram realizados pela Prefeitura. Valor Potencial do Prejuízo: R$ 14.559,66 2.3) Ausência de comprovação de regularidade fiscal da empresa vencedora do certame. Fato: Na análise do processo licitatório referente à Carta Convite no 044/2002, constatamos a ausência do documento relativo à comprovação de regularidade fiscal da empresa vencedora do certame, Comercial Vale do Curú Construções Ltda. (CNPJ: 03.805.268/0001-99), quanto às Certidão Negativas de Débito (CND) fornecida pelo INSS, conforme exigência do inciso IV do art. 27, c/c os incisos III e IV do art. 29 da Lei 8666/93 e Edital da Carta Convite. Evidência: Os fatos foram evidenciados por meio da análise do processo licitatório. Manifestação do Prefeito: “A ausência da comprovação da regularidade fiscal da empresa vencedora da Carta Convite nº 044/2002, no caso a Empresa Comercial Vale do Curú Construções Ltda não procede, uma vez que estamos anexando as certidões negativas de débito para com o INSS e ao FGTS, conforme exigência contida no inciso V do Art. 27, combinado com os incisos III e IV do Art. 29 da Lei 8.666/93. (ANEXO 5)”. Análise da Equipe: Não consideramos satisfatórias as alegações do Ente Municipal, tendo em vista que a Prefeitura apresentou somente uma cópia da CND do INSS datada em 21/05/2001 com validade até 20/07/2001, portanto, não cobre o período que foi realizada a licitação (2002). 2.4) Ausência de apresentação das ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra. Fato: A Prefeitura Municipal não apresentou as ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra de construção do sistema de abastecimento d’água na Localidade de Macaco, executada pela empresa Comercial Vale do Curú Construções Ltda. (CNPJ: 03.805.268/0001-99), objeto da Carta Convite nº 044/2002, em desacordo com o artigo 16 da Lei nº 5194/66. Evidência: Exame da documentação apresentada. Manifestação do Prefeito: “Com relação a este ponto de fiscalização temos a informar: estamos apresentando a ART referente ao Projeto e à Fiscalização da obra em apreço. Quanto à ART de execução, estamos enviando Ofício ao CREA solicitando que cópia desta ART nos seja enviada, para posterior remessa a essa Controladoria. (ANEXO 6)”. Análise da Equipe::

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Em que pese a providência adotada pela Prefeitura Municipal quanto à ART de execução, encaminhamento ao CREA do Ofício nº 307/2004, de 21 de dezembro de 2004, requerendo cópia da referida ART, a ressalva deve ser mantida quanto a essa ART, visto que essa medida gera apenas uma expectativa de acerto. Com relação à ART de projeto e fiscalização, o Ente apresentou cópia da ART nº 386030, de 16/11/2000, devendo a ressalva ser desconsiderada com relação a essas ART. 2.5) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto. Fato: Verificamos, nos processos de pagamento referentes ao convênio, que as notas fiscais de números 82, de 24/10/2002, 76, de 26/7/2002, 72, de 29/8/2002 e 69, de 9/8/2002 emitidas pela empresa Comercial Vale do Curú Construções Ltda. (CNPJ: 03.805.268/0001-99) não continham atesto da execução dos serviços, nem tampouco a identificação do número do convênio, contrariando o disposto no art. 30 da IN/STN no 01, de 15/1/1997. Evidência: O fato foi evidenciado por meio da análise dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito: “Com relação ao ponto em apreço, esclarecemos que houve erro formal, não intencional, e que não acarretou qualquer prejuízo, quer financeiro ou operacional, ao erário. Para que fatos desta natureza não venham a acontecer, estamos enviando Memorando aos setores competentes, determinando que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a elas vinculado, bem como, que seja aposto o “carimbo de atesto”, por servidor responsável, em todas as vias das notas fiscais apresentadas. (ANEXO 4)”. Análise da Equipe:

O erro alegado pela Prefeitura não é aceitável, tendo em vista que contraria a legislação que rege os instrumentos do Convênio celebrado entre a Prefeitura e a FUNASA. Portanto, a ressalva deve ser mantida. 3 – Programa: Saneamento Básico - Esgoto Ação: Implantação, Ampliação ou Melhoria de Sistema Público de Esgotamento Sanitário para a Prevenção e Controle de Agravos. Objetivo da Ação de Governo: Dotar os domicílios e estabelecimentos coletivos de sistema público de coleta e tratamento de esgoto sanitário adequado visando a prevenção e o controle de doenças e agravos. Ordem de Serviço: 157963 Objeto Fiscalizado: Construção de Sistema de Esgotamento Sanitário no Distrito de Providência. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Convênio nº 2180/99 Montante de Recursos Financeiros Aplicados: R$ 110.000,00 Extensão dos exames: Analisado o total dos recursos repassados à Prefeitura Municipal. 3.1) Baixa efetividade do Projeto. Fato:

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De acordo com informações prestadas pela Associação de Moradores do Distrito de Providência, bem como constatado em visita “in loco”, verificamos que apenas 20 das 120 residências previstas no Projeto de sistema de esgotamento sanitário, concluído desde 30 de outubro de 2001, conforme Termo de Aceitação Definitiva da Obra assinado pelo Gestor Municipal, efetivaram a ligação de sua residência à caixa receptora da rede de esgoto, resultando num baixo atingimento aos objetivos do Projeto. As razões alegadas pelos moradores foram as seguintes:

a) as casas já possuíam fossas sépticas, e em alguns casos até duas, em vista disso os moradores não achavam necessário gastar com a ligação à rede de esgoto, que é de responsabilidade de cada beneficiário;

b) algumas casas eram germinadas, portanto a ligação à rede de esgoto implicaria na passagem da tubulação por dentro do piso da casa o que geraria mais gastos e transtornos aos ocupantes; e

c) insuficiência de recursos para executar a ligação. Evidência:

Entrevista com o tesoureiro da Associação de Moradores do Distrito de Providência bem como das constatações da visita “in loco”. Manifestação do Prefeito:

“O ponto elencado pela fiscalização da Controladoria não procede, uma vez que o Projeto prevê a construção do sistema de esgotamento sanitário no Distrito de Providência. A obra está concluída em sua totalidade e o fato apontado pela fiscalização de que apenas 20 das 120 residências previstas no projeto terem efetivado a ligação ä caixa receptora da rede de esgoto, é um fato que esta Prefeitura não pode ser responsabilizada. A responsabilidade pela ligação residência/rede de esgoto é inteiramente das famílias beneficiárias pelo projeto. Assim sendo, a baixa efetividade alegada para o projeto em apreço se deve as condições educacionais e costumes da comunidade que prefere a construção de focas sépticas à ligação a rede de esgoto fixa”. Análise da Equipe:

A questionada mais uma vez manifesta-se no sentido de se eximir da responsabilidade pela baixa efetividade do Projeto. A Prefeitura mostra interesse apenas na liberação de recursos e não nos benefícios que o Programa pode trazer.

Quando da elaboração do Plano de Trabalho, na justificativa da proposição, a Prefeitura afirmou:

(...) “Se assim fizermos estamos dando início as ações referentes a uma investimento há tempos aguardado pela população local”.

“Com a construção deste sistema, a Prefeitura Municipal dá um passo importante para a qualidade de vida desta população que atualmente encontra-se em uma situação precária, devido não existir tratamento eficaz para o esgoto, que hoje a céu aberto, é um grande transmissor de doenças e verminoses. A implantação deste projeto será um grande avanço no que diz respeito a saúde e saneamento”.

A época, a Prefeitura alegou que era uma aspiração da população e que a situação encontrada era muito difícil, entretanto, agora parece fazer crer que os cidadãos não tinham isso como prioridade, pois já possuíam fossa séptica. Por isso, a Prefeitura deveria ter feito campanhas de esclarecimento sobre os benefícios na utilização da rede de esgoto, bem como sobre as desvantagens da manutenção das fossas sépticas. Além disso, a viabilidade econômica da rede de esgoto no futuro, manutenção e tratamento, dependerá de maior efetividade (maior número de usuário) por parte da população.

Portanto, não consideramos satisfatórias as justificativas apresentadas pela Prefeitura.

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3.2) Ausência de apresentação das ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra. Fato:

A Prefeitura Municipal não apresentou as ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra de construção do sistema de esgotamento sanitário do Distrito de Providência, executada pela empresa Muralha Construções Ltda. (CNPJ: 03.513.196/0001-06), objeto da Carta Convite nº 25/2000, em desacordo com o artigo 16 da Lei nº 5194/66. Evidência:

Exame da documentação apresentada. Manifestação do Prefeito:

“No tocante às ausências da apresentação das ARTs, referentes à obra no Distrito de Providência, informamos que esta Prefeitura encaminhou Oficio ao CREA, solicitando que sejam enviadas as ARTs referentes à Empresa Muralha Construções Ltda, para posterior envio a esta Controladoria. (ANEXO 2)”. Análise da Equipe:

Em que pese a providência adotada pela Prefeitura Municipal quanto à ART de execução, encaminhamento ao CREA do Ofício nº 307/2004, de 21 de dezembro de 2004, requerendo cópia da referida ART, a ressalva deve ser mantida, visto que essa medida gera apenas uma expectativa de acerto. 3.3) Ausência de comprovação da regularidade fiscal da empresa vencedora do certame. Fato:

Na análise do processo licitatório referente à Carta Convite no 025/2000, constatamos a ausência dos documentos relativos à comprovação de regularidade fiscal da empresa vencedora do certame, Muralha Construções Ltda. (CNPJ: 03.513.196/0001-06), quanto às Certidões Negativas de Débito (CND) fornecida pelo INSS e Certificado de Regularidade de Situação (CRS) perante o FGTS, conforme exigência do inciso IV do art. 27, c/c os incisos III e IV do art. 29 da Lei 8666/93 e Edital da Carta Convite. Evidência:

Os fatos foram evidenciados por meio da análise do processo licitatório. Manifestação do Prefeito:

“A ausência de documentos no processo licitatório (Carta Convite n 025/2000), referentes à regularidade fiscal da Empresa vencedora do certame - Muralha Construções Ltda, procede parcialmente, uma vez que no Processo Licitatório em epígrafe, constam as certidões negativas de débito para com o INSS e falta a certidão negativa para com o FGTS, que estamos providenciando junto ao Tribunal de Contas dos Municípios – TCM, para posterior remessa a essa Controladoria. (ANEXO 8)” Análise da Equipe:

A Prefeitura apresentou cópia da CND-INSS datada em 17/04/2000 com validade até 16/06/2000. Entretanto, como não foi apresentada a CND-FGTS não consideramos satisfatória a justificativa.

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3.4) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto. Fato:

Verificamos, nos processos de pagamento referentes ao convênio, que as notas fiscais de números 052, de3/7/2000, 100, de 25/1/2001 e 142, de 18/10/2001, emitidas pela empresa Muralha Construções Ltda. (CNPJ: 03.513.196/0001-06) não continham atesto da execução dos serviços, nem tampouco a identificação do número do convênio, contrariando o disposto no art. 30 da IN/STN no 01, de 15/1/1997. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da análise dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito:

”Com relação ao ponto em apreço, esclarecemos que houve erro formal, não intencional, e que não acarretou qualquer prejuízo, quer financeiro ou operacional, ao erário. Para que fatos desta natureza não venham a acontecer, estamos enviando Memorando aos setores competentes, determinando que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a elas vinculado, bem como, que seja aposto o “carimbo de atesto”, por servidor responsável, em todas as vias das notas fiscais apresentadas. (ANEXO 4)”. Análise da Equipe:

O erro alegado pela Prefeitura não é aceitável, tendo em vista que contraria a legislação que rege os instrumentos do convênio celebrado entre a Prefeitura e a FUNASA. 4 – Programa: Saneamento Básico - Esgoto. Ação: Implantação, ampliação ou melhoria de sistema público de esgotamento sanitário para a prevenção e controle de agravos. Objetivo da Ação de Governo: Dotar os domicílios e estabelecimentos coletivos de sistema público de coleta e tratamento de esgoto sanitário adequado visando a prevenção e o controle de doenças e agravos. Ordem de Serviço: 158057. Objeto Fiscalizado: Implantação da 1ª etapa do Sistema de Esgotamento Sanitário no Distrito Sede do Município de Pentecoste. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Convênio nº 388/2001. Montante de Recursos Financeiros: R$ 430.000,00. Extensão dos exames: A totalidade dos recursos aplicados. 4.1) Pagamento de serviços não executados no valor de R$ 56.377,11. Fato:

Em verificação física na obra de implantação da 1ª etapa do Sistema de Esgotamento Sanitário no Distrito Sede do Município de Pentecoste, executada pela empresa P&V Construções e Engenharia Ltda, CNPJ: 04.077.537/0001-00, no valor total de R$ 428.154,41, constatamos que não foram executados serviços medidos e pagos pela Prefeitura Municipal de Pentecoste, no montante de R$ 56.377,11, conforme discriminado a seguir: a) Estação Elevatória EE-4

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Item Descrição Unid Quant. P. Unit.(R$) P. Total (R$) 1.2.1 Locação da obra e execução de gabarito m² 93,99 1,20 112,79

2.1.1 Escavação Mecânica solo de 1ª Cat. Prof. Até 2m

m² 213,00 3,01 641,13

2.2.1 Aterro c/compactação mec. Controle, mat. e aquisição.

m³ 127,80 20,00 2.556,00

2.2.2 Reaterro com comp. Manual s/controle, mat. da vala.

m³ 52,43 4,42 231,74

3.1.1 Concreto ciclópico FCK 15 MPA c/ agragado adquirido

m³ 19,00 150,00 2.850,08

3.2.1 Laje pré-fabricada comum p/ forros E= 10 cm

m² 27,80 29,04 807,31

4.1.1 Alvenaria tij. Cerâmico furado, arg. Mista c/cal hidrat. Est = 10cm

m² 175,50 11,92 2.091,96

4.2.1 Alvenaria de pedra argamassa traço 1:3 c/ agragados adquiridos.

m³ 26,33 120,89 3.183,03

5.1.2 Porta externa de cedro lisa completa (1,00x2,10)

un 1,00 170,00 170,00

5.1.3 Porta externa de cedro lisa completa (1,80x2,10)

un 1,00 300,00 300,00

5.1.4 Porta externa de cedro lisa completa (2,00x2,10)

un 1,00 310,00 310,00

5.1.5 Janela veneziana móvel s/acessórios m² 14,10 85,00 1.198,505.2.1 Portão em tubo F.G.. de 2” med (4x2)m,

inclusive un 1,00 900,00 900,00

6.1.1 Cobertura c/telha cerâmica (c/ madeiramento)

m² 45,65 46,30 2.113,60

7.1.1 Imperm. Alv. emb. Revest. c/arg. Cim. e areia esp= 2cm

m² 12,80 10,00 128,00

8.1.1 Chapisco c/ argamassa cim. e pedrisco 1:4 Esp= 7mm

m² 249,77 2,90 724,33

8.1.2 Reboco c/argamassa de cal e areia traço 1:2 Esp= 5mm

m² 249,77 5,10 1.273,83

9.1.1 Piso cimentado Esp=1,5 cm m² 32,85 9,10 298,9410.1.1 Poste de concreto 9/150 duplo T, 2

luminárias fechadas VM 250W un 2 520,00 1.040,00

11.1.1 Pintura esmalte sintético em parede m² 150,40 5,82 875,3311.2.1 Pintura com selador em madeira m 11,00 2,71 29,8111.2.2 Verniz 3 demãos em esquadria de

madeira m² 14,10 4,91 69,23

12.1.1 Grama em áreas externas, inc. material m² 52,30 5,40 282,4213.1.1 Pavimentação em pedra tosca s/

rejuntamento m² 156,22 10,00 1.562,20

14.1.1 Cerca em arame farpado – Estaca pronta virada, c/ 11 fios

m 37,84 19,50 737,88

Total parcial 24.488,11 b) Peças Especiais *

Item Descrição Unid Quant. P. Unit. (R$) P. Total (R$) 1.1 Extremidade ponta e flange c/ aba de

vedação DN 250 un 1,00 657,00 657,00

1.2 Registro de gaveta chato com cabeçote DN 250

un 1,00 1.100,00 1.100,00

1.8 Redução concêntrica FoFo flangeada DN 200x150

un 4,00 227,00 908,00

2.1 Haste de prolongamento DN 250 un 1,00 384,00 384,003.1 Conjunto motor bomba Gresco série T –

1350rpm, T-4 un 2,00 8.830,00 17.660,00

Total parcial 20.709,00* Verificadas por amostragem, tendo em vista a grande quantidade c) Estação de Tratamento de Esgoto Item Descrição Unid Quant. P. Unit. (R$) P. Total (R$) 2.4 Unidade de retenção de sólidos Um 1,00 11.180,00 11.180,00

Total parcial 11.180,00 Total geral ( a + b + c) 56.377,11

Ressalte-se que a Prefeitura Municipal de Pentecoste solicitou, por meio do Ofício nº 147/02, de 3/6/2002, que fosse alterado o projeto inicialmente aprovado pela FUNASA, tendo em vista dificuldades com liberação de área prevista para a implantação de lagoas de estabilização, tendo sido proposto sua substituição por reator anaeróbico, seguido de desinfeção, sendo a solicitação aprovada pela FUNASA, conforme Parecer Técnico, datado de 12/06/2002, constante às fls 155 e 156 do processo/FUNASA nº 25100.005826/2001-57. Com a eliminação da lagoa de estabilização, tornou-se desnecessária a execução da maioria dos serviços previstos para a Estação Elevatória EE-4, entretanto, estes serviços permaneceram na planilha orçamentária contratada e paga pela Prefeitura. Evidência:

Processo/FUNASA nº 25100.005826/2001-57, proposta da empresa P&V Construções e Engenharia Ltda, Notas Fiscais, medições realizadas e verificação física da obra.

1,2 - Estação de Tratamento de Esgoto – ETE

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3- Água após o tratamento 4- Tratamento químico

Manifestação do Prefeito:

“O ponto referenciado no item retro procede parcialmente. As mudanças efetuadas no Projeto Original foram solicitadas e autorizadas pela Funasa, em Parecer Técnico exarado em 12 de junho de 2002. Essas mudanças não foram levadas em consideração pela Equipe de Fiscalização.Com relação à tubulação utilizada, foi instalada tubulação de 75 mm, em substituição à tubulação de 100 mm prevista no Projeto. Assim sendo, estamos enviando Ofício à Empresa P&V Construções e Engenharia Ltda, executora da obra, solicitando, com a devida urgência, informações e posicionamento sobre as constatações contidas no Relatório de Fiscalização, especialmente com relação à devolução da diferença financeira relativa à mudança na dimensão da tubulação. Tão logo recebamos as informações solicitadas, enviaremos à Controladoria. ( ANEXO 9 )”. Análise da Equipe:

O Parecer mencionado pelo Entre Municipal não esclarece se os itens que constam como pagos e não realizados estariam compensados por outros serviços em face da mudança do Projeto. Ademais, a Prefeitura não providenciou a devolução dos recursos pagos referente à tubulação executada fora das especificações, estando no aguardo da Empresa contratada. Este fato demonstra falta de zelo e fiscalização da obra, pois, segundo a Prefeitura, ela só tomou conhecimento do problema quando da realização dos trabalhos da CGU-CE. Portanto, não consideramos satisfatórias as justificativas apresentadas, devendo a ressalva ser mantida. Valor Potencial do Prejuízo: R$ 56.377,11 4.2) Instalação de tubulação em diâmetro inferior ao pago. Fato:

Verificamos que toda a tubulação executada na rede de distribuição era de 150 mm, não tendo sido executadas as tubulações PVC JE de 200mm e tubos concreto armado 500mm, que constavam das medições pagas e planilha orçamentária da empresa vencedora, gerando pagamento a maior de R$ 16.583,98, conforme demonstrado a seguir:

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Descrição Unid. Quant. Diferença a maior p/ Preço Unit 150mm

Total

Assent. De tubos PVC JE DN 200 mm

M 180 0,24 43,20

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Assent. De tubos PVC JE DN 500 mm

M 365 11,11 4.055,15

Tubos PVC JE DN 200 mm M 189 8,17 1.544,13 Tubos concreto armado, série A-2 , DN 500 mm

M 395 27,70 10.941,50

Total 16.583,98 Evidência:

Processo/FUNASA nº 25100.005826/2001-57, proposta da empresa P&V Construções e Engenharia Ltda, Notas Fiscais e medições realizadas e verificação física da obra. Manifestação do Prefeito:

“Com relação a este ponto de fiscalização, estamos enviando Ofício à Empresa P&V Construções e Engenharia Ltda, executora da obra, solicitando, com a devida urgência, informações e posicionamento sobre as constatações contidas no Relatório de Fiscalização, especialmente a instalação de tubulação em diâmetro inferior ao pago. Tão logo recebamos as informações solicitadas, enviaremos à Controladoria. (ANEXO 9)”. Análise da Equipe:

Não consideramos satisfatórias as justificativas apresentadas, visto que o convenente é a Prefeitura, portanto, cabe a ela realizar o laudo da obra e o ressarcimento dos valores utilizados de forma irregular. Vale ressaltar que esse fato demonstra falta de zelo e fiscalização da Prefeitura na execução de suas obras. Diante disso, a ressalva deve ser mantida. Valor Potencial do Prejuízo: R$ 16.583,98 4.3) Ausência de apresentação das ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra. Fato:

A Prefeitura Municipal não apresentou as ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra de implantação da 1ª etapa do sistema de esgotamento sanitário do distrito sede do município, executada pela empresa P&V Construções e Engenharia Ltda. (CNPJ: 04.077.537/0001-00), objeto da Tomada de Preços nº 02/2002, em desacordo com o artigo 16 da Lei nº 5194/66. Evidência:

Exame da documentação apresentada. Manifestação do Prefeito:

“O ponto elencado pela equipe de fiscalização procede parcialmente, uma vez que estamos anexando ART, relativa ao projeto à e fiscalização da obra em apreço, em nome da empresa P&V Construções e Engenharia Ltda. Quanto à ART de execução do Projeto, estamos enviando Ofício à Construtora retrocitada, solicitando que seja enviada a esta Prefeitura cópia desta ART, para encaminhamento à essa Controladoria. ( ANEXO 10 )”. Análise da Equipe:

A Prefeitura apresentou cópia da ART nº 06100000058180023106, de 02/12/2003, referente ao projeto e fiscalização da obra, portanto, o documento foi emitido após o início da obra, de acordo com a documentação constante do Processo nº25140.001865/00-01: Ordem de Serviço de

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10/12/2002 e Termo de Aceitação Definitiva da Obra de 02/03/2004. Ademais, não apresentou a ART de execução do Projeto, portanto, a ressalva deve ser mantida. 4.4) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto. Fato:

Verificamos, nos processos de pagamento referentes ao convênio, que as notas fiscais de números 331, de 13/12/2002, 340, de 28/1/2003, 346, de26/2/2003, 347, de14/3/2003, 405, de 14/4/2003, 409, de 27/5/2003, 418, de 19/9/2003 e 423, de 29/1/2004, emitidas pela empresa P&V Construções e Engenharia Ltda. (CNPJ: 04.077.537/0001-00, não continham atesto da execução dos serviços, nem tampouco a identificação do número do convênio, contrariando o disposto no art. 30 da IN/STN no 01, de 15/1/1997. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da análise dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito:

“Esclarecemos que houve um erro formal, não intencional, e que em nada acarretou de prejuízo quer financeiro ou operacional ao erário. Informamos que estamos orientando aos setores competentes que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a ela vinculado, bem como, seja aposto o carimbo de atesto por servidor responsável em todas as vias das notas fiscais apresentadas.(ANEXO 4)”. Análise da Equipe:

O erro alegado pela Prefeitura não é aceitável, tendo em vista que contraria a legislação que rege os instrumentos do convênio celebrado entre a Prefeitura e a FUNASA.

Vale ressaltar que, em circularização procedida pela CGU-CE para verificação “in loco” do endereço da citada Empresa, constatou-se que no endereço constante das notas fiscais, Rua Raimundo Vitor, 396, no Bairro Parquelândia de Fortaleza, localiza-se uma residência, na qual existe indicação do nome da Empresa na porta da garagem. Entretanto, encontrava-se fechada e, de acordo com os vizinhos, esporadicamente aparece alguém no local. 4.5) Pagamento de serviços por meio de cheque nominal a empresa distinta da contratada e evidências de assinaturas idênticas de endossos de diferentes empresas. Fato:

Na análise realizada nos cheques emitidos pela Prefeitura para pagamento dos serviços, constatamos o que segue:

a) Os cheques nº 850001 (R$ 56.700,00), 850002 (R$ 113.629,47), 850003 (R$ 57.000,00),

850005 (R$ 50.000,00) e 850007 (R$ 30.000,00), conta 7.758-5 do Banco do Brasil, foram emitidos nominais à Empresa P & V Construções e Engenharia Ltda, empresa contratada para efetuar os serviços, referentes ao pagamento das Notas Fiscais nº 331 (R$ 170.329,47), 340 (R$ 57.000,00), 346 (R$ 50.000,00) e 405 (R$ 30.000,00), emitidas pela mesma empresa. Contudo, o cheque nº 850006, conta 7.758-5 do Banco do Brasil, no valor de R$ 30.000,00, foi emitido nominal à Empresa (o nome no cheque se encontra ilegível, mas permite verificar que não é P & V Construções e Engenharia Ltda) diferente da contratada para realizar os serviços referente ao pagamento da Nota Fiscal nº 347, de 14/3/2003, no valor de R$ 30.000,00. Destaca-se que a referida Nota Fiscal foi emitida pela empresa contratada (P & V Construções e Engenharia Ltda).

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b) Há indícios de que as assinaturas dos endossantes dos cheques 850006 – Conta 7.758-5 (Nome da empresa ilegível – ver alínea “a” acima), 850002 – conta 5.889-0 (Lokal Construções e Serviços Ltda ), 850001 e 850003 – conta 5.889-0 (LBM Engenharia, Serviços e Representações Ltda) e 850003 – Conta 7.758-5 ( P&V Construções e Engenharia Ltda), são da mesma pessoa.

c) A Empresa Lokal Construções e Serviços Ltda (ver alínea “b” acima) participou da Tomada de Preço nº 02/2002, cuja vencedora foi a Empresas P&V Construções e Engenharia Ltda. Evidência:

Cheques nº 850001 (R$ 56.700,00), 850002 (R$ 113.629,47), 850003 (R$ 57.000,00), 850005 (R$ 50.000,00) e 850007 (R$ 30.000,00), conta 7.758-5 do Banco do Brasil, Notas Fiscais nº 331 (R$ 170.329,47), 340 (R$ 57.000,00), 346 (R$ 50.000,00) e 405 (R$ 30.000,00), Cheque nº 850006, conta 7.758-5 do Banco do Brasil., Nota Fiscal nº 347, de 14/3/2003, cheque 850002 – conta 5.889-0, cheques nº 850001 e 850003 – conta 5.889-0) e cheque 850003 – Conta 7.758-5. 5 – Programa: Saneamento Básico -Melhorias Sanitárias. Ação: Implantação de melhorias sanitárias domiciliares para prevenção e controle de agravos. Objetivo da Ação de Governo: Dotar os domicílios e estabelecimentos coletivos de condições sanitárias adequadas visando à prevenção e controle de doenças e agravos. Ordem de Serviço: 158070. Objeto Fiscalizado: Construção de Módulos Sanitários Domiciliares. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Convênio nº 2963/01. Montante de Recursos Financeiros: R$ 65.743,80. Extensão dos exames: Analisado todo o valor repassado. 5.1) Ausência de construção de seis módulos sanitários Fato:

Em visita “in loco” a residências listadas na relação de beneficiários, constante do Processo nº 25140001495/2001-18 da FUNASA, atinente ao Convênio nº 2963/01, constatamos que não foram construídos os seguintes módulos sanitários: 5.1.1) Bairro Vila Nova a) Casa localizada à Rua Cristo Redentor nº 494; b) Casa de Maria dos Prazeres Moreira Ribeiro, Rua Cristo Redentor s/nº; c) Casa localizada à Rua Crescêncio Pereira nº 442; e d) Casa localizada à Rua Antonio Cardoso nº 126. 5.1.2) Bairro Planalto a) Helena Lima de Sousa, Rua José Itamar Nunes nº 433; e b) Maria Lima de Sousa Rua José Itamar Nunes nº 433. Evidência:

Visita “in loco”. Manifestação do Prefeito:

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“O ponto referenciado no item retrocitado se deve a alterações realizadas na lista originária dos beneficiários com módulos sanitários residentes nos Bairros Vila Nova e Planalto. Quando da ocasião da construção, por avaliação dos técnicos da Funasa os beneficiários citados no item 5.1.1 e 5.1.2, por condições técnicas foram substituídos por outros seis moradores da mesma área, não acarretando assim qualquer prejuízo financeiro ou operacional ao Programa de Saneamento Básico, uma vez que não houve qualquer alteração de valor ou de serviço.” Análise da Equipe:

Não consideramos satisfatórias as justificativas do Ente Municipal. A Equipe de fiscalização da CGU-CE se fez acompanhar por servidores da Prefeitura, os quais não possuíam a informação de que houve alteração na relação constante do Processo da FUNASA, bem como não sabiam da existência de outra lista com as alterações ocorridas. À época dos trabalhos, a Prefeitura deveria ter disponibilizado essa informação que poderia ser checada quando da visita “in loco”. Além disso, a justificativa apresentada não foi acompanhada de elementos mínimos que pudessem demonstrar o que foi dito, como por exemplo o nome (e/ou apelido) dos novos beneficiários, fotos etc. Da forma como está não há elementos suficientes para se aceitar a justificativa da Prefeitura. Por isso, a ressalva deve ser mantida. 5.2) Módulos sanitários sem utilização. Fato: 5.2.1) Ausência de utilização de banheiros domiciliares. Em visita ao Bairro Planalto, na Rua João Verçosa, verificamos que dois banheiros construídos não estão sendo utilizados. Um dos moradores mudou-se e demoliu a casa, transeuntes do local passaram então a utilizar-se do banheiro, em decorrência disso e pela falta de conservação, o mau cheiro passou a incomodar os vizinhos que terminaram por demolir o banheiro (foto 1). Outro morador também mudou-se e demoliu sua casa, entretanto, cercou o terreno, não permitindo a utilização do módulo por outra pessoa (foto 2). Os moradores do local não souberam informar o nome dessas pessoas que receberam os módulos sanitários, mas disseram que há tempo os dois saíram de suas casas. 5.2.2) Falta de manutenção dos módulos sanitários. Verificamos que os módulos a seguir relacionados não mantém suas características originais e/ou não foram entregues de acordo com os padrões FUNASA. a) Casa localizada à Rua Amaro Rebouças, 710. A descarga do módulo sanitário foi retirada. (foto 3) b) Casa de Antonia de Almeida Rocha, s/n A descarga foi entregue com defeito (não funciona) e a fossa absorvente foi construída em desacordo com o projeto, tendo em vista que a tampa prevista era em pré-moldado em concreto e foi executada em volterrana. (foto 4) c) Casa de Cezanildo Pereira Maciel , s/n (vendida para Joel Lopes Sales) A caixa d’água desabou com as chuvas e o módulo apresenta rachaduras. (foto 5 e 6) d) Casa de Benedita Almeida da Silva, Rua João Versoça s/nº.

Inexistência de caixa d’água em virtude de queda. (foto 7) e) Casa de Lúcia Almeida da Silva, Rua João Versoça s/nº. Caixa d’água utilizada para depósito de lixo. (foto 8) Evidência:

1- Casa e banheiro demolidos. 2- Casa demolida e banheiro remanescente.

3- Descarga retirada. 4- Fossa absorvente em desacordo com as especificações.

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5- Caixa d’água demolida pelas chuvas 6- Rachaduras do módulo sanitário

7- Local onde deveria ter uma cx d’água 8- Caixa d’água utilizada como depósito de lixo e sem vedação.

Manifestação do Prefeito:

“Com referência à ausência de utilização de banheiros domiciliares, informamos que foge a esta Prefeitura qualquer competência legal ou responsabilidade pela sua manutenção ou utilização. No caso em apreço, um dos moradores agraciados, mudou-se e demoliu a referida casa, deixando o banheiro construído à utilização por terceiros, culminando com a sua demolição face aos transtornos que acometia a coletividade. Outro morador, também mutante de endereço, ao demolir a sua casa, cercou o modulo sanitário construído, não permitindo a utilização por terceiros. Infere-se, portanto, que esta Prefeitura não tem qualquer responsabilidade pelos fatos aludidos.

Quanto à manutenção dos módulos sanitários, apontados no item 5.2.2, foge também à esta Prefeitura qualquer responsabilidade pela manutenção destes equipamentos, uma vez que é de inteira responsabilidade de seus moradores/proprietários, ficando esses módulos sob guarda de seus utilizadores.” Análise da Equipe:

A justificativa da Prefeitura no Plano de Trabalho para o Projeto era baseada no fato de que “(...) os locais de intervenção apresentam situações de extrema dificuldade, com a população utilizando um método impróprio e totalmente arcaico de saneamento básico (...)” e “(...) a aprovação do projeto em questão, por conseqüência, proporcionará aos beneficiários as Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno

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possibilidades de uma condição de saneamento mais digna e mais próxima dos mais elementares padrões de sobrevivência”. Nesses casos, a intervenção do poder público municipal não deve se restringir apenas em oferecer o bem físico, mas, também, orientações, por meio de visitas e reuniões com as famílias, à luz do Programa de Educação em Saúde e Mobilização Social, no qual a Prefeitura participa. 5.3) Ausência de apresentação da ART de execução da obra. Fato:

A Prefeitura Municipal não apresentou a ART da execução da obra de construção de 51 módulos sanitários na sede do município, executada pela empresa Santa Terezinha Comércio e Serviços Ltda. (CNPJ: 04.074.041/0001-83), objeto da Carta Convite nº 043/2002, em desacordo com o artigo 16 da Lei nº 5194/66. Evidência:

Exame da documentação apresentada. Manifestação do Prefeito:

“O ponto elencado pela equipe de fiscalização procede, para sanar esta impropriedade estamos enviando Ofício à Construtora responsável, solicitando que nos seja enviada cópia da ART referente à execução da obra, para encaminhamento a essa Controladoria.(ANEXO 11)”. Análise da Equipe:

Em que pese a providência adotada pela Prefeitura, a ressalva apontada no Relatório deve ser mantida, visto que a medida adotada gera apenas uma expectativa de acerto. 5.4) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto. Fato:

Verificamos, no processo de pagamento referente ao convênio, que a nota fiscal de número 066, de 19/8/2002, emitida pela empresa Santa Terezinha Comércio e Serviços Ltda. (CNPJ: 04.074.041/0001-83), não continha atesto da execução dos serviços, nem tampouco a identificação do número do convênio, contrariando o disposto no art. 30 da IN/STN no 01, de 15/1/1997. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da análise dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito:

“Com relação ao ponto em apreço, esclarecemos que houve erro formal, não intencional, e que não acarretou qualquer prejuízo, quer financeiro ou operacional, ao erário. Para que fatos desta natureza não venham a acontecer, estamos enviando Memorando aos setores competentes, determinando que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a elas vinculado, bem como, que seja aposto o “carimbo de atesto”, por servidor responsável, em todas as vias das notas fiscais apresentadas. (ANEXO 4)”. Análise da Equipe:

O erro alegado pela Prefeitura não é aceitável, tendo em vista que contraria a legislação que rege os instrumentos do convênio celebrado entre a Prefeitura e a FUNASA. Por isso, a ressalva deve ser mantida.

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6 – Programa: Saneamento Básico -Melhorias Sanitárias. Ação: Implantação de melhorias sanitárias domiciliares para prevenção e controle de agravos. Objetivo da Ação de Governo: Dotar os domicílios e estabelecimentos coletivos de condições sanitárias adequadas visando à prevenção e controle de doenças e agravos. Ordem de Serviço: 158108. Objeto Fiscalizado: Construção de Módulos Sanitários Domiciliares Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste Qualificação do Instrumento de Transferência: Convênio nº 1061/03. Montante de Recursos Financeiros: R$ 140.257,16. Extensão dos exames: analisado todo o valor repassado. 6.1) Módulos sanitários executados fora das especificações. Fato:

Constatamos, mediante visita a sete beneficiários da instalação de módulos sanitários nas localidades de Serrota e na Sede do Município, os seguintes fatos: 6.1.1) Pedreiras (Sede do Município) a) Casa localizada à Rua Francisco Pedro nº 192: A descarga não está funcionando pois apresenta vazamentos. b) Casa localizada à Rua Francisco Pedro nº 185: Não foi construído o tanque séptico no montante de R$ 119,51 (de acordo com a proposta da firma executora dos serviços). c) Casa localizada à Rua Francisco Pedro nº 192. Fossa absorvente construída fora das especificações, tendo em vista que a tampa prevista era em pré-moldado em concreto e foi executada em volterrana. O módulo sanitário apresenta sinais de infiltração. (Fotos 1 e 2) d) Casa localizada à Rua do Lampião nº 127. O módulo apresenta sinais de infiltração. e) Casa localizada à Rua do Lampião nº 126: Módulo apresenta sinais de infiltração e não foi construído a fossa séptica no montante de R$ 119,51 (conforme proposta da firma executora dos serviços). (fotos 3 e 4) 6.1.2) Distrito de Sebastião de Abreu – Conjunto Novo a) Casa localizada à Rua Raimundo S. de Oliveira nº 2: Vaso sanitário está descolado e a fossa absorvente foi construída fora das especificações. O Projeto previa tampa em concreto armado e foi construída em volterrana. (fotos 5 e 6) Evidência:

Visitas “in loco”, projeto técnico da obra e proposta da firma vencedora do certame.

1- Fossa absorvente 2- Sinais de infiltração

3- Sinais de infiltração 4- Construção apenas da fossa absorvente

5- Fossa absorvente em desacordo com as especificações.

6- Vaso descolado apresentando risco para os usuários.

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Manifestação do Prefeito: “Quanto aos fatos listados no item 6.1.1, temos a informar:

a) A descarga sanitária instalada na residência localizada à rua Francisco Pedro, 192, não esta funcionando em virtude do mau uso e falta de manutenção por parte do beneficiário, fato este que foge totalmente a competência desta Prefeitura. b) A não construção do tanque séptico localizado na casa do beneficiário, à rua Francisco Pedro, 185, explica-se por critérios técnicos, uma vez que, para que o processo químico se processe, é necessária uma profundidade de 1,50m, o que não foi possível devido ao litossolo (solo pedregoso), o que acarretaria grande variação no custo financeiro da obra. Para compensar a não construção do tanque séptico, o sumidouro referente a esta unidade foi ampliado em seu tamanho originário, havendo compensação de custo. c) A mudança no tipo de estrutura da tampa da fossa séptica construída a rua Francisco Pedro, 192, deveu-se a um problema técnico relacionado a vedação do equipamento. A tampa do sumidouro que deveria ter sido executada em concreto pré-moldado, foi feita em volterrana, uma vez que, esta ultima apresenta uma condição melhor de vedação, evitando-se a exalação de odores incômodos à coletividade. d) e e) Os sinais de infiltrações que os módulos sanitários apresentam, dizem respeito às intempéries - sol e chuva – a que estes equipamentos estão expostos, ou a má utilização /conservação por parte dos seus usuários, fatos estes que fogem totalmente à responsabilidade desta Prefeitura. Quanto aos fatos listados no item 6.1.2, temos a informar: a) Quanto ao vaso estar descolado, o fato pode ser explicado pela má utilização do equipamento, pancada, ou sobrepeso, o que, sem dúvida facilmente descolaria o vaso do piso. Este fato, não pode ser imputada à responsabilidade à Prefeitura, pois, decorre de seu uso continuado, com responsabilidade de seus usuários. Quanto à mudança no tipo de estrutura da tampa da fossa séptica construída, construída no Conjunto Novo, distrito de Sebastião de Abreu, deveu-se a um problema técnico relacionado à vedação do equipamento. A tampa do sumidouro que deveria ter sido executada em concreto pré-moldado, foi feita em volterrana, uma vez que, esta ultima apresenta uma condição melhor de vedação, evitando-se a exalação de odores incômodos à coletividade”. Análise da Equipe:

Quanto ao item 6.1.1 a) A Prefeitura, mais do que obrigação, deve ter interesse em contribuir para o alcance dos objetivos de redução de doenças e melhoria na qualidade de vida dos habitantes. Vale lembrar que a justificativa da proposição, constante do Plano de Trabalho do Convênio, menciona: “... O local de intervenção apresenta situações de extrema dificuldade com a população utilizando um método impróprio e totalmente arcaico de saneamento básico. Devido ao fato acima mencionado, a grande maioria das famílias fica exposta a doenças de veiculações sanitárias, transmitidas por fezes humanas. A aprovação do projeto em questão, por conseqüência, proporcionará aos beneficiários as possibilidades de uma condição de saneamento mais digna e mais próxima dos mais elementares padrões de sobrevivência”; À época da solicitação dos recursos, a Prefeitura demonstrou preocupação e interesse em resolver os problemas da comunidade, entretanto, com a conclusão das obras o Ente Municipal não vê mais necessidade de continuar na busca da redução das enfermidades e melhoria da qualidade de vida dessas pessoas. b) Não houve uma demonstração, em termos de planilha de custo, que comprove o que a Prefeitura está afirmando quanto à compensação de custos; c) As mudanças realizadas nos kit sanitários deveriam ter sido objeto de consulta formal à FUNASA, visto que a tampa em pré-moldado é mais adequada para limpeza futura da fossa séptica

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e há diferença de custo com relação ao volterrana. Ademais, a Prefeitura deveria ter apresentado novo orçamento para se verificar a compensação dos custos entre os itens do Projeto; d e “e”) Em vista da natureza da resposta apresentada, mantemos para essas alíneas o mesmo teor da análise realizada pela equipe para a alínea “a”. Quanto ao item 6.1.2 Em vista da natureza da resposta apresentada, mantemos para esse item o mesmo teor da análise realizada pela equipe para as alíneas “a” e “c”, do item 6.1.1. Valor Potencial do Prejuízo: R$ 239,02. 6.2) Ausência de apresentação das ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra. Fato:

A Prefeitura Municipal não apresentou as ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra de construção de 79 módulos sanitários nas localidades Pedreiras e Serrota, executada pela Construtora G. Saraiva Ltda. (CNPJ: 04.343.470/0001-09), objeto da Carta Convite nº 020/2004, em desacordo com o artigo 16 da Lei nº 5194/66. Evidência:

Exame da documentação apresentada. Manifestação do Prefeito:

“Com relação a este ponto, estamos enviando Ofício ao CREA solicitando que nos sejam enviadas cópias das ARTs de execução, projeto e fiscalização referentes à citada obra. (ANEXO 2)” Análise da Equipe:

Em que pese a providência adotada, solicitando cópias da ART ao CREA, mantemos a ressalva, visto que a medida gera apenas uma expectativa de acerto. 6.3) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto. Fato:

Verificamos, no processo de pagamento referente a primeira parcela do convênio, que a nota fiscal de número 333, de 8/7/2004, emitida pela Construtora G. Saraiva Ltda. (CNPJ: 04.343.470/0001-09) não continham atesto da execução dos serviços, nem tampouco a identificação do número do convênio, contrariando o disposto no art. 30 da IN/STN no 01, de 15/1/1997. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da análise dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito:

“Com relação ao ponto em apreço, esclarecemos que houve erro formal, não intencional, e que não acarretou qualquer prejuízo, quer financeiro ou operacional, ao erário. Para que fatos desta natureza não venham a acontecer, estamos enviando Memorando aos setores competentes, determinando que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a elas vinculado, bem como, que seja aposto o “carimbo de atesto”, por servidor responsável, em todas as vias das notas fiscais apresentadas. (ANEXO 4)”. Análise da Equipe:

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O erro alegado pela Prefeitura não é aceitável, tendo em vista que contraria a legislação que rege os instrumentos do convênio celebrado entre a Prefeitura e a FUNASA. Portanto, a ressalva deve ser mantida. 7 – Programa: Saneamento Básico -Melhorias Sanitárias. Ação: Implantação de melhorias sanitárias domiciliares para prevenção e controle de agravos. Objetivo da Ação de Governo: Dotar os domicílios e estabelecimentos coletivos de condições sanitárias adequadas visando à prevenção e controle de doenças e agravos. Ordem de Serviço: 158073 Objeto Fiscalizado: Construção de Módulos Sanitários Domiciliares Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste Qualificação do Instrumento de Transferência: Convênio nº 2390/01. Montante de Recursos Financeiros: R$ 53.905,11. Extensão dos exames: todo o valor repassado para o referido Convênio. 7.1) Módulos sanitários mal conservados e/ou fora das especificações Fato:

Constatamos, mediante visita a sete beneficiários da instalação de módulos sanitários nas localidades de Serrota e na Sede do Município, os seguintes fatos: 7.1.1) Localidade de Irapuã. a) Casa localizada à Rua Irapuá nº 60. Utilização de madeira na construção do módulo sanitário de baixa qualidade.(fotos 1 e 2) b) Casa localiza à Rua Irapuá nº 58. Faltando pia no módulo sanitário. (foto 3) c) Beneficiário Miguel Pereira dos Santos, Irapuá s/nº. Casa abandonada, módulo sem pia e caixa d’água. (foto 4) 7.1.2) Localidade de Cacimbas a) Maria Barbosa de Sousa, Cacimbas s/nº. A pia retirada do módulo e colocada na cozinha da casa e fossa absorvente construída em desacordo com as especificações, tendo em vista que a tampa prevista era em pré-moldado em concreto e foi executada em volterrana. (foto 5, 6 ) b) Beneficiário José Vieira de Sousa, Cacimbas s/nº. Fossa absorvente construída fora das especificações, tendo em vista que o Projeto previa que a tampa da fossa seria construída em concreto armado, entretanto, foi construída em volterrana. A caixa d’água estava quebrada não permitindo uma vedação adequada. (fotos 7 e 8) Evidência:

Fotos 1 e 2 – Madeira de baixa qualidade

3- Faltando pia. 4- Faltando pia e caixa d’água.

5- Pia colocada na cozinha. 6- Fossa absorvente em desacordo com as especificações.

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7- Caixa d’água quebrada. 8- Fossa absorvente construída fora das especificações.

Manifestação do Prefeito:

“As falhas apontadas do item 7.1 retro, se devem exclusivamente à má conservação dos módulos sanitários, por parte dos seus moradores, uma vez que, estes módulos construídos a mais de 2 anos, sofreram ação de sol e chuva, o que além da ação de vândalos que se aproveitam de casas abandonadas ou não habitadas para prática de pequenos furtos, e muitas vezes destes equipamentos do módulos sanitários, como pias, bacias ou encanações”. Análise da Equipe:

Os problemas identificados pela Equipe da CGU-CE estão relacionados, também, com a utilização de material inadequado e que foi aceito pela Prefeitura quando do recebimento da obra. Quanto à mudança na construção da tampa da fossa a Prefeitura não apresentou planilha de custo demonstrando se houve alteração no valor do kit sanitário ou se os custos se compensaram. 7.2) Ausência de apresentação das ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra. Fato:

A Prefeitura Municipal não apresentou as ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra de construção de 50 módulos sanitários nas localidades de Cacimba e Irapuã, executada pela Construtora G. Saraiva Ltda. (CNPJ: 04.343.470/0001-09), objeto da Carta Convite nº 038/2002, em desacordo com o artigo 16 da Lei nº 5194/66. Evidência:

Exame da documentação apresentada. Manifestação do Prefeito:

“Com relação a este ponto, informamos que estamos enviando Ofício ao CREA solicitando que nos sejam remetidas as cópias das ARTs de fiscalização, execução e projeto da obra em apreço. (ANEXO 2)”. Análise da Equipe:

Em que pese a providência adotada, solicitando cópias da ART ao CREA, a ressalva deve ser mantida, visto que a medida adotada pela Prefeitura gera apenas uma expectativa de acerto. Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno

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7.3) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto. Fato:

Verificamos, nos processos de pagamento referentes ao convênio, que a nota fiscal de número 52, de 14/10/2002, emitida pela empresa Construtora G. Saraiva Ltda. (CNPJ: 04.343.470/0001-09), não continham atesto da execução dos serviços, nem tampouco a identificação do número do convênio, contrariando o disposto no art. 30 da IN/STN no 01, de 15/1/1997. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da análise dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito:

“Com relação ao ponto em apreço, esclarecemos que houve erro formal, não intencional, e que não acarretou qualquer prejuízo, quer financeiro ou operacional, ao erário. Para que fatos desta natureza não venham a acontecer, estamos enviando Memorando aos setores competentes, determinando que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a elas vinculado, bem como, que seja aposto o “carimbo de atesto”, por servidor responsável, em todas as vias das notas fiscais apresentadas. (ANEXO 4)”. Análise da Equipe:

A justificativa apresentada pela Prefeitura não é satisfatória, tendo em vista que contraria a legislação que rege os instrumentos do Convênio celebrado entre a Prefeitura e a FUNASA. Por isso, a ressalva deve ser mantida. 8 – Programa: Saneamento Básico -Melhorias Sanitárias. Ação: Implantação de melhorias sanitárias domiciliares para prevenção e controle de agravos. Objetivo da Ação de Governo: Dotar os domicílios e estabelecimentos coletivos de condições sanitárias adequadas visando à prevenção e controle de doenças e agravos. Ordem de Serviço: 158107 Objeto Fiscalizado: Construção de Módulos Sanitários Domiciliares Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste Qualificação do Instrumento de Transferência: Convênio nº 270/02. Montante de Recursos Financeiros: R$ 129.315,99. Extensão dos exames: todo o valor repassado para o referido Convênio. 8.1) Ausência de apresentação das ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra. Fato:

A Prefeitura Municipal não apresentou as ART’s da execução, projeto e da fiscalização da obra de construção de 102 módulos sanitários na localidade Conjunto Novo e 59 na localidade Serrota, executada pela Construtora Santa Terezinha Comércio e Serviços Ltda. (CNPJ: 04.074.041/0001-83), objeto da Carta Convite nº 006/2003, em desacordo com o artigo 16 da Lei nº 5194/66. Evidência:

Exame da documentação apresentada.

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Manifestação do Prefeito: “Com relação a este ponto de fiscalização, estamos enviando Ofício ao CREA solicitando

que sejam enviadas a esta Prefeitura as ARTs referentes à execução, ao projeto e à fiscalização da obra em apreço. (ANEXO 2)”. Análise da Equipe:

Em que pese a providência adotada, solicitando cópias das ART ao CREA, mantemos a ressalva, visto que a medida gera apenas uma expectativa de acerto.

8.2) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto. Fato:

Verificamos, no processo de pagamento referente ao convênio, que a nota fiscal de número 0182, de 12/01/2004, emitida pela Construtora Santa Terezinha Comércio e Serviços Ltda. (CNPJ: 04.074.041/0001-83) não continham atesto da execução dos serviços, nem tampouco a identificação do número do convênio, contrariando o disposto no art. 30 da IN/STN no 01, de 15/1/1997. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da análise dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito:

“Com relação ao ponto em apreço, esclarecemos que houve erro formal, não intencional, e que não acarretou qualquer prejuízo, quer financeiro ou operacional, ao erário. Para que fatos desta natureza não venham a acontecer, estamos enviando Memorando aos setores competentes, determinando que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a elas vinculado, bem como, que seja aposto o “carimbo de atesto”, por servidor responsável, em todas as vias das notas fiscais apresentadas. (ANEXO 4)”. Análise da Equipe:

O erro alegado pela Prefeitura não é aceitável, tendo em vista que contraria a legislação que rege os instrumentos do Convênio celebrado entre a Prefeitura e a FUNASA. Por isso, a ressalva deve ser mantida. 8.3) Prestação de Serviço com emissão de documento fiscal inidôneo e, portanto, sem valor fiscal, com evidências de sonegação dos tributos municipais devidos. Fato:

Verificamos que a Empresa Santa Terezinha Comércio e Serviço Ltda, inscrita sob o C.N.P.J. (MF) n° 04.074.041/0001-83, prestou serviços de engenharia para o Município de Pentecoste nos exercícios de 2002 a 2004, com a emissão dos documentos, conforme relacionamos:

Contrato/ Convênio

Licitante Vencedor Município de Emissão

NF Valor (R$) Data

2963/2001 Santa Terezinha Com. E Serviços Ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)

Horizonte 66 64.005,70

19/08/02

270/2002 Santa Terezinha Com. E Serviços Ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)

Eusébio 182 127.117,86

12/01/04

CR 108.915-30 Santa Terezinha Com. E Serviços Ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)

Pacajus 44 137.426,86

03/04/02

CR 108.915-30 Santa Terezinha Com. E Serviços Ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)

Horizonte 78 70.145,41

10/09/02

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Contrato/ Convênio

Licitante Vencedor Município de Emissão

NF Valor (R$) Data

CR 149.162-93 Santa Terezinha Com. E Serviços Ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)

Eusébio 159 46.697,24

01/12/03

CR 149.162-93 Santa Terezinha Com. E Serviços Ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)

Eusébio 160 56.985,80

01/12/03

CR 149.162-93 Santa Terezinha Com. E Serviços Ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)

Eusébio 212 18.134,64

10/03/04

CR 149.162-93 Santa Terezinha Com. E Serviços Ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)

Eusébio 219 13.535,74

28/04/04

CR 139.313-03 Santa Terezinha Com. E Serviços Ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)

Eusébio 86 127.191,12

23/06/03

CR 145.078-89 Santa Terezinha Com. E Serviços Ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)

Eusébio 186 112.907,95

22/01/04

173/2002 Santa Terezinha Com. E Serviços Ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)

Horizonte 99 103.042,36

05/11/02

Tendo em vista que a empresa em referência, atualmente estabelecida no Município do Eusébio, já foi sediada nos Municípios de Pacajus e Horizonte, conforme consta nas notas fiscais de serviços emitidas. Procedemos consulta por meio de circularização nesses municípios objetivando verificar a autenticidade desses documentos, bem como a própria história e/ou situação da empresa, tendo sido obtidas as seguintes informações: 1) Secretaria de Finanças do Município de Pacajus:

Por meio do Ofício n° 247/2004, de 13/12/2004, em resposta à circularização efetuada junto ao Município, obtivemos as seguintes informações:

1.1) A Empresa teve a autorização n° 03/2001, datada de 02/04/2001, para confeccionar dois blocos de Notas Fiscais de Serviços, com numeração tipográfica de 001 à 050.

1.2) A Secretaria de Finanças do Município informou que o Alvará de Funcionamento concedido à empresa tinha validade até 31/12/2001, e que nos exercícios de 2002, 2003 e 2004 a mesma não renovou tal autorização, bem como nunca apresentou as guias de Notas Fiscais de Serviços para efeito de recolhimento dos tributos municipais devidos. 2) Secretaria de Finanças do Município de Horizonte Por meio do Ofício n° 197/2004, de 13/12/2004, em resposta à circularização efetuada junto ao Município, obtivemos as seguintes informações:

2.1) A Empresa Santa Terezinha Comércio e Serviço Ltda, foi estabelecida nesse município, durante o exercício de 2002, e em decorrência foi autorizada a confeccionar quatro blocos de notas fiscais com numeração de série de 001 a 100.

2.2) A Secretaria de Finanças do Município chancelou apenas o Bloco 01 com documentos numerados de 001 a 025, estando os demais, ainda não utilizados, de posse da Secretaria de Finanças, aguardando prestação de contas do Bloco 01 para liberação dos demais. O Secretário de Finanças ressaltou que não foi concedida nenhuma autorização para a empresa retromencionada para emissão de qualquer nota fiscal de serviços além dos documentos de números de 001 a 025;

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2.3) O Secretario de Finanças informou, ainda, que, por meio de diligência de fiscalização daquela Secretaria foi constatado que os Blocos de Notas Fiscais com seqüência de 026 a 050, 051 a 075 e 076 a 100, foram “clonados” e apreendidos em poder da própria empresa.

Levando em conta que nos documentos (notas fiscais de serviço) emitidos pela empresa junto à Prefeitura Municipal de Pentecoste, com numeração 066, 078 e 099, consta o endereço no Município de Horizonte, deduzimos que se tratam de documentos sem autenticidade legal. Salientamos também, que a nota fiscal de serviço n° 044, emitida em 03/04/2002, ainda registra o endereço no Município de Pacajus, para o qual a empresa nunca apresentou as guias para efeito de recolhimento dos tributos, conforme informação da Secretaria de Finanças do Município de Pacajus, podemos concluir que a mesma vem procedendo de forma irregular no tocante à utilização de documentos inidôneos (sem valor fiscal), com evidências de falta de recolhimento dos tributos municipais devidos. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio das Notas Fiscais de Serviços emitidas 066, 078, 099 e 044 emitida pela Empresa Sta, Terezinha Comércio e Serviço Ltda, pela prestação de serviços de engenharia para a Prefeitura Municipal de Pentecoste, e declarações prestadas pelas Secretaria de Finanças dos Municípios de Pacajus e Horizonte por meio dos Ofícios n° 247/2004 e 197/2004, respectivamente. Manifestação do Prefeito Por meio do Ofício nº 195, de 28/12/2004, o Prefeito apresentou a seguinte justificativa: “Com referência a este ponto, esta Prefeitura não teve qualquer responsabilidade pela sua ocorrência, uma vez que os processos licitatórios foram formalizados corretamente, dentro dos trâmites legais definidos pela legislação específica e as obras concluídas, dentro das especificações constantes dos projetos básicos. Infelizmente, a Empresa Santa Terezinha e Serviço Ltda, executora das obras, emitiu documentação fiscal inidônea, destinada a esta Prefeitura, sem que tivéssemos conhecimento do fato. Na tentativa de sanar esta impropriedade, estamos enviando Ofício à Empresa retrocitada, solicitando que a mesma se pronuncie sob os fatos apontados no Relatório da Controladoria, no prazo máximo de 5 (cinco) dias. Findando este prazo, sem que as devidas informações e providências tenham sido efetivadas, esta Prefeitura tomará as medidas judiciais cabíveis, especialmente à solicitação de instauração de processo judicial, para a apuração dos fatos e definição de responsabilidades.” Análise da Equipe: Em que pese a providência adotada, a ressalva deve ser mantida, visto que foram realizados pagamentos, com recursos federais, com base em documento fiscal inidôneo. 9 – Programa: Farmácia Básica. Ação: Incentivo Financeiro a Municípios Habilitados à Parte Variável do Piso de Atenção Básica – PAB para Assistência Farmacêutica Básica. Objetivo da Ação de Governo: Ampliação do acesso aos medicamentos e à assistência farmacêutica. Ordem de Serviço: 157170. Objeto Fiscalizado: Aquisição e distribuição de medicamentos básicos à população. Agente Executor Local: Prefeitura de Pentecoste - CE. Qualificação do Instrumento de Transferência: Fundo a Fundo.

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Montante de Recursos Financeiros: R$ 32.779,00. Extensão dos exames: R$ 93.001,05 - correspondentes aos medicamentos enviados, no período de novembro de 2003 a outubro de 2004, pela Secretaria de Saúde do Estado do Ceará para o Município de Pentecoste - CE. 9.1) Disponibilização da contrapartida municipal em atraso. Fato: Verificamos que a contrapartida municipal referente ao 3º trimestre, no valor de R$ 12.253,39, só foi disponibilizada em 29/11/2004, ocasionando atraso na correspondente remessa de medicamentos para o Município de Pentecoste. Ressaltamos que a 4ª parcela ainda não foi disponibilizada. Evidência: Acompanhamento dos Medicamentos da Programação Pactuada Integrada elaborada pelo NUASF e cópia dos comprovantes de depósito da contrapartida na Conta Corrente Específica da Secretaria Estadual de Saúde. Manifestação do Prefeito: “O Termo de Adesão ao Programa de Pactuação Integrada (PPI), para aquisição de medicamento, estabelece que a contrapartida municipal pode ser efetuada até o 20º dia do mês subseqüente ao trimestre correspondente. Por questões financeiras, o Município efetuou o repasse do 3º trimestre, em atraso, no dia 29/11/2004, entretanto, isto não ocasionou falta de medicamento para a população, devido ao rigoroso controle de distribuição da CAF e das Farmácias de Dispensação das Unidades de Saúde Municipal. O controle de distribuição tem provado sua eficácia, tanto que mesmo tendo efetuado o pagamento do 3º trimestre não se fez necessária, ainda, a retirada dos medicamentos no NUASF, estando prevista esta ação para a primeira semana de janeiro de 2.005. A 4ª parcela será disponibilizada até o dia 20/01/2005, prazo concedido pelo Termo de Adesão. Assim sendo, apesar do repasse relativo ao 3º trimestre ter sido pago em atraso, o Município, hoje, está em dia com suas obrigações junto ao PPI. (ANEXO 14)” Análise da Equipe: Em que pese o gestor afirmar que muito embora o repasse do recurso relativo ao 3º trimestre tenha sido efetuado em atraso e que “...isto não ocasionou falta de medicamento para a população, devido ao rigoroso controle de distribuição da CAF e das Farmácias de Dispensação das Unidades de Saúde Municipal...”, não consideramos satisfatórias as justificativas apresentadas, tendo em vista que os prazos constantes do Termo de Adesão devem ser observados. 9.2) Divergência entre os quantitativos de medicamentos informados como enviados pela Central de Abastecimento Farmacêutica – CAF da Secretaria Municipal de Saúde e os efetivamente recebidos pelas Unidades de Saúde - US. Fato: Verificamos, por meio de amostragem em 10 medicamentos, divergências entre os quantitativos informados como entregues pela CAF e como recebidos pelas Unidades de Saúde, quais sejam:

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XV DE NOVEMBRO PEDREIRAS SERROTA MEDICAMENTO CAF US DIF. CAF US DIF. CAF US DIF. 1. Ácido Acetilsalicíco 100mg 1.400 2.240 840 1.050 3.720 2.670 650 2.390 1.740 2. Ácido Fólico 5 mg 560 650 90 140 140 0 1.100 1.000 -100 3. Aminofilina 100 mg 240 360 120 620 1.780 1.160 580 1.640 1.060 4. Amoxicilina 500 mg 2.400 3.172 772 2.450 3.400 950 1.900 3.010 1.110 5. Cefalexina 500 mg 790 960 170 884 908 24 1.088 1.008 -80 6. Eritromicina 500 mg 620 479 -141 444 494 50 515 545 30 7. Furosemida 40 mg 810 510 -300 550 650 100 710 1.150 440 8. Metildopa 250 mg 1.700 1.850 150 3.050 3.400 350 1.960 2.220 260 9. Paracetamol 500 mg 3.700 6.700 3.000 5.400 8.900 3.500 2.250 4.050 1.800 10. Ranitidina 150 mg 580 470 -110 460 560 100 600 700 100 Evidência: Mapas de Controles de Medicamentos elaborados pela Secretaria Municipal de Saúde. Manifestação do Prefeito: “Observa-se que a maioria das divergências encontradas entre os quantitativos de medicamentos informados como enviados pela CAF e recebidos pelas Unidades de Saúde são positivas, ou seja, nos mapas de controle de medicamentos das Unidades de Saúde constam quantidades superiores àquelas informadas como dispensadas pela CAF. Isto se explica pelo fato das referidas Unidades estarem recebendo medicamentos de fonte Farmácia Popular, além da Farmácia Básica. O relatório fornecido pela CAF levou em consideração apenas os medicamentos recebidos pelo NUASF, o que causou esta divergência positiva. Para solucionar esta e futuras divergências, inclusive as negativas, estamos determinando à Secretaria de Saúde, através de Memorando, que adote os seguintes procedimentos: mapas de controle da CAF e Unidades de Saúde com informações de quantitativos e fontes de medicamentos, balancete mensal de medicamentos nas Unidades de Saúde com acompanhamento pela Farmacêutica e profissional da Unidade responsável pela dispensação. (ANEXO 15)” Análise da Equipe: Em que pesem as diferenças encontradas serem, em sua maioria positivas, a manifestação da prefeitura reforça a informação de que os controles exercidos pelos responsáveis pelo programa são falhos, uma vez que não fazem distinção dos recebimentos de medicamentos provenientes dos Programas Farmácia Básica e Farmácia Popular. Diante do exposto, permanece a falha conforme registrada. 9.3) Armazenagem inadequada dos medicamentos da Farmácia Básica. Fato: Os medicamentos da Central de Abastecimento Farmacêutico – CAF estão armazenados inadequadamente, tendo em vista a temperatura ambiente, no turno vespertino, superior a 25°C, bem como inexiste ventilação entre as caixas decorrente da insuficiência de espaço reservado para a estocagem da medicação. Ressaltamos que a temperatura é amenizada por meio da utilização de ventilador. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de verificação “in loco”. Manifestação do Prefeito: “Os medicamentos são armazenados em prateleiras e estrados, com ventilação e segurança, no local mais adequado no Município para a estocagem dos mesmos. Além disto, é o local mais

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central na sede do Município, ficando ao lado da farmácia de distribuição, facilitando o acesso e serviços inerentes. Apesar do espaço ser pequeno, são obedecidas as normas básicas de armazenamento, como medicamentos sem contato com o solo, parede e teto, bem como ventilação 24 horas, através da utilização de ventilador. Assim sendo, a armazenagem não pode ser classificada como inadequada.” Análise da Equipe: A equipe de fiscalização mantém o seu posicionamento, pois em que pese a Prefeitura afirmar que “...apesar do espaço ser pequeno, são obedecidas as normas básicas de armazenamento”..., a equipe constatou que o espaço reservado para estoque dos medicamentos é insuficiente e há horas do dia em que o ventilador utilizado não consegue amenizar a temperatura do ambiente.

9.4) Controle de estoque da Central de Abastecimento farmacêutica desatualizado. Fato:

Não foi possível efetuar a verificação da eficiência do controle de estoque na CAF, pois as fichas de prateleira estavam desatualizadas.

Evidência: O fato foi evidenciado por meio de verificação “in loco”. Manifestação do Prefeito: “O controle de estoque da Central de Abastecimento Farmacêutica é realizado mensalmente, logo após a distribuição dos medicamentos para as unidades de saúde, em fichas de prateleiras. Por ocasião da fiscalização estávamos procedendo à distribuição mensal dos medicamentos para as Unidades, portanto, ainda não havia sido realizada a atualização, o que já foi feito. (ANEXO 16)” Análise da Equipe: Não consideramos satisfatória a justificativa apresentada, tendo em vista que a documentação enviada pela Prefeitura não nos permite verificar se os controles foram realmente atualizados.

9.5) Medicamentos armazenados em Unidades de Saúde com prazo de validade vencido e com prazo de validade de difícil visualização. Fato: Verificamos na Unidade de Saúde XV de Novembro medicamentos com prazo de validade vencido, quais sejam: Metronidazol 4 % suspensão oral – 2 frascos e Neoverpamil 80 mg – 60 comprimidos e nas Unidades de Saúde XV de Novembro, Pedreiras e Serrota medicamentos com prazo de validade inscritos nos envelopes de difícil visualização, quais sejam: Eritromicina 500 mg, Hidroclorotiazida 50 mg e Paracetamol 500 mg. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de verificação “in loco”. Manifestação do Prefeito: “Dos sete Postos, do Programa Saúde da Família, apenas em um – o XV de Novembro - foram encontrados dois medicamentos com validade vencida, cujo prazo expirou em outubro de

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2.004. Isto se explica pelo fato da responsável pelo Posto (enfermeira) estar de férias nesta ocasião, uma vez que, mensalmente, são enviados à CAF os medicamentos com validade expiradas. Com relação à difícil visualização dos prazos de validade, nos envelopes de medicamentos, isto é de responsabilidade do laboratório fornecedor, sendo este fato objeto de discussão pelos profissionais prescritores do Município. (ANEXO 17)” Análise da Equipe: Não consideramos satisfatória a justificativa apresentada pela Prefeitura, pois mesmo estando a responsável pelo posto de saúde em férias, deveria haver alguém com a competência de efetuar o controle dos prazos de validade da medicação em estoque. Quanto aos prazos de difícil visualização impressos nos envelopes de medicamentos, concordamos que é de responsabilidade do laboratório fornecedor.

9.6) Medicamentos da Farmácia Básica insuficientes para o atendimento da população. Fato: Verificamos que a quantidade de medicamentos distribuídos nas Unidades de Saúde não é suficiente para o atendimento de toda a demanda da população, tendo em vista que os responsáveis pela distribuição afirmaram que, no final do mês, faltam remédios para serem entregues, quais sejam: Aminofilina 100 mg comprimido, Ampicilina 500 mg comprimido, Digloxina 25 mg comprimido, Furosemida 40 mg comprimido, Diclofenaco de Potássio 50 mg comprimido, Ácido Acetilsalicílico 100 mg comprimido, Cimetidina, Amoxicilina 250 mg suspensão, Ácido Fólico 5 mg comprimido, Eritromicina 2,5 % frasco, Metronidazol 500 mg geléia bisnaga, Diazepan 0,5 mg comprimido, Clorpromazina 100 mg comprimido, Carbamazepina 200 mg comprimido, Cetoconazol 200 mg comprimido, Fenobabital 100 mg comprimido, Omeprazol 20mg comprimido, Prednisona 20 mg comprimido, Ranitidina 150 mg comprimido e Sulfametoxazol + Trimetropina suspensão e comprimido. Evidência: Entrevista com os profissionais responsáveis pela execução do Programa na CAF e nas Unidade de Saúde. Manifestação do Prefeito: “A quantidade de medicamentos distribuídos nas Unidades de Saúde realmente não é suficiente para atender toda a demanda da população, porém este fato não é uma prerrogativa somente do Município de Pentecoste, mas com certeza, da maioria dos municípios brasileiros. Entretanto, é válido salientar que o Município tem minimizado este problema, utilizando o Programa Estadual de Fitoterapia, onde medicamentos à base de plantas medicinais são manipulados no próprio Município, como também tem sido assegurado o atendimento medicamentoso aos programas de atenção básica. Por outro lado, alguns medicamentos citados como insuficientes (Ampicilina, Cimetidina) só são disponibilizados pela Farmácia Popular, ou seja, enviados pelo Governo Federal, não sendo possível sua aquisição pela Farmácia Básica.” Análise da Equipe: Consideramos parcialmente satisfatórias as justificativas apresentadas, tendo em vista a existência de outros medicamentos, conforme relacionados pela equipe como insuficientes, excluídos os dois pertencentes à Farmácia Popular (Ampicilina, Cimetidina), que fazem parte da relação de medicamentos constantes da Programação Pactuada Integrada – PPI. Diante do exposto, o ponto em questão permanece pendente até a regularização do que foi pactuado no termo de adesão ao Programa.

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9.7) Ausência de farmácia em Unidades de Saúde. Fato: Verificamos que as Unidades de Saúde de Casa de Pedra, Macacos e Centro de Saúde não possuem farmácia de dispensação. Os medicamentos da Farmácia Básica são conduzidos pela Equipe de Saúde da Família – ESF. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de verificação “in loco” e entrevista com os responsáveis pela execução do Programa no Município. Manifestação do Prefeito: “Os medicamentos da Farmácia Básica são conduzidos pelas equipes de Casa de Pedra, Macacos e Centro de Saúde, todas do Programa Saúde da Família, para que seja facilitado o acesso a estes medicamentos, pelos pacientes atendidos nas suas próprias localidades, devido à distância geográfica do posto-sede a algumas localidades atendidas pelas equipes, motivo este da não necessidade de farmácia nestas Unidades.” Análise da Equipe: Não consideramos satisfatória a justificativa apresentada pela Prefeitura, pois mesmo que as Equipes de Saúde da Família transportem alguns medicamentos para atendimento da população mais distante alguns medicamentos mais solicitados deveriam ser disponibilizados na própria sede dos postos de saúde. 9.8) Medicamentos da Farmácia Básica, em grande quantidade, descartados por prazo de validade vencido. Fato: Verificamos que em 2004 foi descartada grande quantidade de medicamentos da Farmácia Básica com prazo de validade vencido, quais sejam: Clorpromazina 100mg – 400 comprimidos, Isossorbida 10 mg – 3.914 comprimidos, Levodopa + Carbidopa 250 + 25 mg – 1.000 comprimido, Metronidazol susp. 4 % - 190 frascos e Noretisterona 0,35 mg – 90 cartelas. Evidência: Relatório elaborado pela Central de Abastecimento Farmacêutica. Manifestação do Prefeito: “A Programação Pactuada Integrada de medicamentos é realizada atualmente no Município, sempre no primeiro mês do ano, através de reunião entre o farmacêutico e os prescritores, ocasião onde são definidos quais e quantos medicamentos serão pactuados. O descarte de medicamentos em 2004, por prazo de validade vencida, deve-se, principalmente, a medicamentos pactuados em 2002, onde era levado em consideração, para a pactuação, uma média de consumo dos medicamentos. Este problema foi resolvido a partir de 2003, utilizando a metodologia já descrita.” Análise da Equipe: Não consideramos satisfatória a justificativa apresentada, tendo em vista não apresentar os motivos que ensejaram o descarte de grande quantidade de medicamentos da Farmácia Básica descartados com prazo de validade vencido, que constitui o ponto central do questionamento da equipe.

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10 – Programa: Saúde da Família. Ação: Incentivo financeiro a Municípios habilitados à Parte Variável do Piso de Atenção Básica – PAB para a Saúde da Família. Objetivo da Ação de Governo: Estimular a implantação de equipes de saúde da família, agentes comunitários de saúde e equipes de saúde bucal, nos municípios, visando a reorientação das práticas assistenciais básicas, com ênfase nas ações de prevenção de doenças e promoção da saúde. Ordem de Serviço: 158354 Objeto Fiscalizado: Verificar a aplicação dos recursos destinados para o Piso de Atenção Básica. Agente Executor Local: Prefeitura de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Fundo a Fundo. Montante de Recursos Financeiros: R$ 378.000,00. Extensão dos exames: R$ 378.000,00 - correspondentes aos recursos repassados no período de janeiro a outubro de 2004. 10.1) Recebimento indevido de recursos financeiros de uma das equipes do Programa Saúde da Família existente no Município. Fato: Constatamos que uma das equipes do Programa de Saúde da Família – PSF - Centro de Saúde de Pentecoste ficou sem o profissional médico durante os meses de maio a outubro de 2004, infringindo o Art. 1º, Incisos II da PT/GM/MS nº 2.167/2001. Portanto, os valores recebidos indevidamente importaram no total de R$ 32.400,00 (trinta e dois mil e quatrocentos reais), conforme demonstrado a seguir: 6 meses X R$ 5.400,00 X 1 equipe = R$ 32.400,00 Evidência: Relatórios DATASUS, Atestos de Funcionamento das Equipes de Saúde da Família, extratos bancários e entrevistas realizadas com a comunidade. Manifestação do Prefeito:

“O Município de Pentecoste possui sete Equipes de Saúde da Família, estando uma das equipes, precisamente PSF - Centro de Saúde, sem o profissional médico, durante os meses de maio a outubro de 2004, conforme o atesto de funcionamento desta Equipe, enviado à Secretaria de Saúde do Estado. O documento comprobatório de funcionamento da Equipe é o seu atesto mensal, e o Município tem informado, mensalmente, através do atesto da Equipe PSF - Centro de Saúde, que está sem o profissional médico, durante os meses em questão. Portanto, mesmo esta Prefeitura tendo enviado o documento comprobatório da ausência do referido profissional, os recursos continuaram a serem creditados, não configurando desta forma a culpabilidade do Município. A não contratação de um profissional substituto deveu-se à carência de médico no mercado local e ao desestímulo desses profissionais em saírem de grandes cidades. Além disto, todo o restante da equipe continuou desenvolvendo suas atividades normalmente. Para minimizar o problema, tratando-se de uma equipe localizada na Sede do Município, o Hospital Regional Vale do Curú (Fundação Municipal de Saúde) foi contratado a prestar atendimento médico à população relativa à Equipe citada, fato este que resolveu prontamente a carência retromencionada. (ANEXO 18)” Análise da Equipe: Não consideramos satisfatórias as justificativas apresentadas, tendo em vista que era do conhecimento do Gestor a ausência do profissional médico durante os meses de maio a outubro de

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2004, conforme atesto mensal, o que caracterizou a inexistência da equipe, implicando, assim, na devolução dos recursos aos cofres públicos, motivo pelo qual mantemos o ponto em questão. Valor Potencial do Prejuízo: R$ 32.400,00 10.2) Inadequação/inexistência de estrutura física e de equipamentos em Unidades Básicas de Saúde. Fato:

Verificamos que as sete Unidades de Saúde, onde funcionam as Equipes de Saúde da Família – ESF, apresentam estrutura física e equipamentos inadequados ou inexistentes, considerando os parâmetros do Guia Prático do Programa Saúde da Família, elaborado pelo Ministério da Saúde, em 2001, haja vista as seguintes deficiências:

a) PSF – Sede: - não possui sede própria; - não disponibiliza área onde possam ser realizadas atividades de grupo; - atendimento odontológico é efetuado na Secretaria Municipal de Saúde; - não há geladeira para acondicionamento de vacinas; e - o galpão, onde são efetuadas algumas consultas, não possui forro. b) PSF – XV de Novembro: - o prédio não é forrado e não possui local específico para as atividades de grupo; e - não possui geladeira para acondicionamento de vacinas. c) PSF – Providência: - o prédio não é forrado e não possui local específico para as atividades de grupo. d) PSF – Macacos: - o prédio não é forrado e não possui local específico para as atividades de grupo; - não possui água canalizada; - não possui consultório odontológico; e - não há geladeira para acondicionamento de vacinas. e) PSF – Casa de Pedras: - o prédio não é forrado e não possui local específico para as atividades de grupo; - não possui água canalizada; - não possui consultório odontológico; e - não há geladeira para acondicionamento de vacinas; f) PSF – Serrota: - o prédio não é forrado e não possui local específico para as atividades de grupo. g) PSF – Pedreiras: - o prédio não é forrado e não possui local específico para as atividades de grupo; e - não possui consultório odontológico.

Evidência: O fato foi evidenciado por meio de verificação “in loco”. Manifestação do Prefeito: “Com relação à inadequação/inexistência de estrutura física e de equipamentos em Unidades Básicas de Saúde, temos a informar:

a) Relativo ao PSF - Sede (PSF - Centro de Saúde).

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Está em fase de conclusão a construção da Unidade Sede desta Equipe, através de Convênio com o PROARES, no Bairro Santa Inês, na Sede do Município, o qual foi mostrada à equipe de fiscalização. Esta sede contemplará todos os requisitos necessários ao pleno funcionamento da Equipe, com consultório odontológico incluso. Neste momento, provisoriamente, a Equipe se desloca até a comunidade, no Bairro Santa Inês, e na Sede de sua associação, realiza alguns procedimentos. Para o acompanhamento às gestantes, a Secretaria de Saúde Municipal disponibilizou a esta Equipe um consultório confortável e específico, na Unidade Municipal de Saúde, que funciona no mesmo local da Secretaria de Saúde e um consultório odontológico, no Centro de Saúde. A sede provisória desta Equipe é no Centro de Saúde, distante da comunidade assistida. As atividades de grupo são realizadas, provisoriamente, na Sede da associação e/ou nas dependências de uma escola próxima. A vacinação é feita de forma rotineira pela Equipe, utilizando para o seu transporte equipamento apropriado e seguindo as normas técnicas exigidas.

b) PSF - XV de Novembro. O consultório odontológico desta Equipe é forrado e as demais dependências não o são, devido às condições climáticas desfavoráveis - altas temperaturas - de nossa Região. A Vigilância Epidemiológica do Município possui local e equipamentos apropriados ao armazenamento das vacinas e, dependendo das características de cada Equipe, -localização, abrangência geográfica de atendimento, etc., são utilizados para o transporte das vacinas equipamentos apropriados seguindo as normas técnicas.

c) PSF – Providência. O consultório odontológico é forrado e as atividades de grupo são realizadas na escola da comunidade, que é vizinho ao Posto.

d) PSF - Macacos O posto desta Equipe já possui o local devidamente adequado para colocação do seu consultório odontológico, com sala disponibilizada, revestida em azulejo. A instalação deste consultório está na dependência do término de outra obra, através do PROARES, um novo posto sede para a Equipe PSF - Serrota, estando em fase de conclusão, pois no novo ambiente está previsto um novo consultório odontológico. Sendo assim, o equipamento remanescente será levado para o PSF - Macacos. A Secretaria de Saúde disponibiliza para o atendimento odontológico da comunidade desta Equipe um consultório odontológico, na Sede do Município, instalado no Centro Social Urbano (CSU). O não forramento do prédio e inexistência de geladeira, para acondicionamento de vacinas, é explicada da mesma forma dos itens anteriores. O posto possui cisterna que é abastecida, periodicamente, por veículo específico, que por vez abastece, por motor, a caixa de água.

e) PSF - Casa de Pedras A explicação para o não forramento do prédio é a mesma dos itens anteriores. Vizinho ao Posto tem-se uma escola onde são realizadas as atividades de grupo. A Secretaria de Saúde disponibiliza para esta comunidade o mesmo consultório odontológico da Equipe PSF - Macacos, em dias diferenciados. A inexistência de água canalizada deve-se ao fato de que na própria comunidade não haver este benefício, porém em frente ao Posto tem-se um dessanilizador, sendo esta água utilizada.

f) PSF - Serrota A Mesma justificativa apresentada nos itens anteriores pode ser utilizada para este item, no que diz respeito ao forramento do prédio e atividades de grupo. Ressalte-se que está em fase de conclusão a nova sede deste PSF, através do PROAES.

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g) PSF - Pedreiras O não forramento já foi explicado e as atividades de grupo são realizadas na Escola do Bairro Pedreiras. A Secretaria de Saúde disponibiliza para atendimento a essa comunidade, localizada na Sede, um consultório odontológico instalado na Unidade Municipal de Saúde.” Análise da Equipe: Não consideramos satisfatórias as justificativas apresentadas, tendo em vista que não houve comprovação, por parte do gestor, quanto aos itens em que ele afirma apresentar situação diferente daquela registrada pela equipe. Ademais, a grande maioria das respostas confirmam as informações observadas pela Equipe de Fiscalização. 10.3) Descumprimento de norma técnica referente ao Programa Saúde da Família. Fato: Verificamos o descumprimento de procedimentos inerentes ao Programa Saúde da Família, conforme Portaria GM/MS nº 1.886, de 18/12/97, quais sejam:

a) atendimento médico não é diário; b) atendimento da Equipe de Saúde da Família não atende as 8 horas diárias previstas; e c) existência de filas para o atendimento.

Evidência: Entrevistas realizadas com a comunidade atendida pelas Equipes de Saúde da Família. Manifestação do Prefeito: “A carga horária dos médicos do Programa Saúde da Família é de 40 horas semanais, conforme contrato, porém os mesmos atendem a área geográfica abrangida pela Equipe, isto é, em diferentes localidades, conforme calendário elaborado pela Equipe mensalmente, não permanecendo no posto sede todos os dias da semana. Recentemente, a partir do início de dezembro de 2004, ficou estabelecido pela Prefeitura, horário corrido para todas as suas repartições, carga de 6 horas diárias, tendo início às 8 horas e término às 14 horas, e a Secretária de Saúde tem seguido esta determinação. A existência de filas para o atendimento é inerente à própria atividade, porém isto não constitui problema, pois todos os que procuram os serviços são atendidos. (ANEXO 19)” Análise da Equipe: Não consideramos satisfatórias as justificativas apresentadas, tendo em vista que a manifestação da Prefeitura reforça a informação da Equipe de Fiscalização que o Programa não está sendo cumprido conforme as normas que o regem. Diante do exposto, permanece a falha conforme registrada. 11 – Programa: PAB- FIXO. Ação: Atendimento Assistencial Básico nos Municípios Brasileiros. Objetivo da Ação de Governo: Ampliar o acesso da população rural e urbana à atenção básica, por meio da transferência de recursos federais, com base em um valor per capita, para a prestação da assistência básica de caráter individual ou coletivo, para a prevenção de agravos, tratamento e reabilitação, levando em conta as disparidades regionais. Ordem de Serviço: 157270 Objeto Fiscalizado: Verificar a aplicação dos recursos destinados ao PAB-Fixo.

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Agente Executor Local: Prefeitura de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Fundo a Fundo. Montante de Recursos Financeiros: R$ 321.602,84. Extensão dos exames: R$ 136.352,84 que corresponde aos repasses efetuados nos período de julho a outubro de 2004. 11.1) Ausência de Plano Municipal de Saúde para o ano de 2004. Fato: Verificamos que o Plano Municipal de Saúde em vigência foi elaborado para o biênio 2002/2003. Questionados sobre o assunto, os responsáveis pela execução do Programa no Município afirmaram que mantiveram as metas para o exercício de 2004. Evidência: Cópia do Plano Municipal de Saúde e entrevistas com os responsáveis pela execução do Programa no Município. Manifestação do Prefeito: “A Secretaria de Saúde do Município de Pentecoste vinha realizando todos os anos uma reunião, sempre em dezembro, com todos os técnicos da saúde e mais uma representação dos agentes de saúde, agentes epidemiológicos e do conselho municipal, para discutir as atividades da saúde do ano e elaborar um plano de ação para o ano seguinte. Em dezembro de 2.003 foi realizada esta reunião e elaborado o Plano de Ação das Atividades de Saúde do Município, o qual foi posteriormente apresentado ao Conselho Municipal de Saúde e aprovado em reunião. Como já havíamos elaborado um Plano de Saúde para o biênio 2002/2003 e que as metas seriam mantidas para 2.004, corroboradas pelo Plano de Ação de 2.004, não houve a necessidade de elaboração de um novo plano de saúde, sendo isto aceito pela nossa microrregional. (ANEXO 20)” Análise da Equipe:

Não consideramos satisfatórias as justificativas apresentadas, tendo em vista que não localizamos na documentação apresentada pela Prefeitura documento pela microrregional aprovando as medidas adotadas, e mesmo que essas medidas tenha sido aprovadas pela microrregional, não exime o município de cumprir as exigências normativas ministeriais para sua habititação ao modelo de gestão municipal de saúde. 11.2) Ausência de pagamento individualizado de despesa realizada, bem como de atesto no documento fiscal comprobatório. Fato: Analisando os pagamentos das despesas efetuadas pela Secretaria Municipal de Saúde relativas ao PAB - Fixo, verificamos as seguintes impropriedades, quais sejam: a) Pagamento de despesas com a Empresa Silva e Neto Ltda., Nota Fiscal nº 3752, datada de 15/7/2004, no Valor de R$ 7.000,00 e com a Empresa Auto Peças Pentecoste Ltda., Nota Fiscal nº 1034, datada de 15/7/2004, no valor de R$ 1.000,00, com o mesmo cheque de nº 851.634 no valor de R$ 8.000,00, quando os pagamentos deveriam ser individualizados para cada despesa efetuada, conduta esta que contraria o art. 44, do Decreto nº 93.872/86. b) não houve o atesto de recebimento dos materiais e/ou nas prestações de serviços, contrariando o art. 63, da Lei 4.320/64.

Evidência:

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Documentos de despesas e extratos bancários. Manifestação do Prefeito: “A Empresa Silva e Neto Ltda é a empresa fornecedora de combustível para os veículos dos Programas da Secretária de Saúde e a empresa Auto Peças Pentecoste Ltda, a fornecedora de peças para os referidos veículos. Essas duas empresas pertencem ao mesmo grupo e funcionam no mesmo prédio, sendo este foi o motivo do pagamento ter sido efetuado com único cheque, fato este que não se configura em impropriedade. Ressalte-se que os empenhos, os recibos e as notas fiscais foram emitidos individualmente, para cada despesa. Por uma questão de racionalidade e de economia de tempo e por se tratar de empresas do mesmo grupo, optamos por fazer um único cheque, pagamento esse que não acarretou nenhum prejuízo aos cofres públicos.

Quanto à falta do atesto, esclarecemos que houve um erro formal, não intencional, e que em

nada acarretou de prejuízo quer financeiro ou operacional ao erário. Informamos que estamos orientando aos setores competentes que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a ela vinculado, bem como, seja aposto o carimbo de atesto por servidor responsável em todas as vias das notas fiscais apresentadas. (ANEXO 21)” Análise da Equipe: Não consideramos satisfatórias as justificativas apresentadas pela prefeitura, pois apesar de não ter ocasionado prejuízo ao erário, foram descumpridas normas vigentes da administração pública o que poderia ocasionar a ocorrência de irregularidades nas prestações de contas dos recursos públicos utilizados. 11.3) Utilização indevida dos recursos do PAB - Fixo. Fato:

Em análise procedida nos processos de pagamento e extratos bancários, no período de julho a outubro de 2004, foram detectadas despesas, no valor total de R$ 23.497,69, com recursos financeiros destinados ao PAB - Fixo, incompatíveis com ações/atividades da atenção básica normatizadas pela Portaria GM/MS nº 3.925, de 13/11/98, e com o disposto no item 8.3.1, da Decisão nº 600/2000 - Plenário, de 2/8/2000, movimentadas na conta corrente nº 58.044-9 do Banco do Brasil – Agência nº 0962-8 – Pentecoste/CE, conforme quadro demonstrativo abaixo:

Item Despesa/Credor Documento Data Valor (R$)

1 Assessoria em informática - Dart Consultoria de informática NF 0017 29.07.2004 290,002 Assessoria em informática - Dart Consultoria de informática. NF 0018 10.09.2004 280,003 Assessoria em informática - Dart Consultoria de informática. NF 0019 06.10.2004 1.000,004 Assessoria em informática - Dart Consultoria de informática. NF 0020 17.09.2004 2.000,005 Serviços em recarga de cartucho - Miljet Recarga de Cartucho Ltda. NF 27130 10.08.2004 120,006 Aquisição de peças - Auto Peças Pentecoste Ltda. NF 1083 17.09.2004 2.146,117 Aquisição de peças -Auto Peças Pentecoste Ltda. NF 1048 19.08.2004 908.228 Aquisição de cartucho - CIL – Comércio de Informática Ltda NF 6263 10.09.2004 98,67

9 Aquisição de material de informática – CIL – Comércio de Informática Ltda NF 5394 08.06.2004 538,82

10 Aluguel de um imóvel para funcionários da Secretaria Municipal de Saúde - Maria Ivoneide Rodrigues de Moura. Recibo 20.07.2004 800,00

11 Aluguel de um imóvel para funcionários da Secretaria Municipal de Saúde - Maria Ivoneide Rodrigues de Moura Recibo 20.08.2004 800,00

12 Aluguel de um imóvel para funcionários da Secretaria Municipal de Saúde - Maria Ivoneide Rodrigues de Moura Recibo 20.10.2004

800,00

13 Aluguel de um imóvel para funcionários da Secretaria Municipal de Saúde - Maria Ivoneide Rodrigues de Moura Recibo 11.10.2004 800,00

14 Aquisição de material de expediente e limpeza - Comercial Vicentino NF 277 08.06.2004 743,40

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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Item Despesa/Credor Documento Data Valor (R$) Andrade

15 Aquisição de material destinado ao fardamento dos Agentes de Vigilância Epidemiológica - Comercial Vicentino Andrade NF 278 08.06.2004 2.029,06

16 Serviços de funilaria em veículo pertencente a Secretaria Municipal de Saúde Recibo 22.07.2004 1.620,00

17 Diária a servidor municipal Recibo 14.09.2004 300,0018 Diária a servidor municipal Recibo 20.08.2004 300,00

19 Manutenção na parte hidráulica e elétrica da Secretaria Municipal de Saúde Recibo 17.09.2004 1.170,00

20 Aquisição de cartucho - Cecomil – Comércio e serviços Ltda. CF 63362 10.08.2004 242,0021 Diárias a técnicos e funcionários de escritório - Pentecoste Palace Hotel NF 5000 22.10.2004 960,0022 Aquisição de peças para manutenção de veículos - Auto Peças o Zuza NF 249 01.07.2004 517,80

23 Aquisição de acessórios para manutenção de computadores da Secretaria Municipal de Saúde - STB Informática Ltda. NF 3961 15.09.2004 1.320,00

24 Aquisição de acessórios para manutenção de computadores da Secretaria Municipal de Saúde - STB Informática Ltda. NF 3982 15.09.2004 676,00

25 Diárias a servidor municipal Recibo 04.08.2004 120,0026 Diárias a servidor municipal Recibo 20.08.2004 450,0027 Diárias a servidor municipal Recibo 04.08.2004 240,0028 Diárias a servidor municipal Recibo 04.08.2004 120,0029 Diárias a servidor municipal Recibo 20.07.2004 300,0030 Diárias a servidor municipal Recibo 20.07.2004 450,0031 Diárias a servidor municipal Recibo 14.09.2004 450,0032 Diárias a servidor municipal Recibo 20.10.2004 300,0033 Diárias a servidor municipal Recibo 20.10.2004 450,00

34 Material diversos de informática para a Secretaria Municipal de Saúde –Firma Extra Hipermercados NF 190173 05.06.2004 135,83

Valor Total Pago 23.497,69 Evidência:

Extratos da conta nº 58.044-9 do Banco do Brasil – Agência nº 0962-8, em Pentecoste/CE, vinculada aos recursos do PAB - Fixo destinados ao Município, recibos e notas fiscais. Manifestação do Prefeito: “Insurge-se a comissão de inspeção, asseverando que as despesas objeto do quadro que segue em anexo são incompatíveis com os recursos do programa PAB FIXO.

Dentre as despesas impugnadas devemos considerar os seguintes esclarecimentos:

Com relação aos itens 6, 7, e 22. As despesas realizadas com aquisição de peças, totalizando a importância de R$ 3.572,13 (2.146,11 + 908,22 + 517,80), foram feitas em proveito dos veículos do Programa Saúde da Família, conforme demonstrativo que segue em anexo. Aliás, diga-se a bem da verdade que a frota da Secretaria de Saúde em sua quase totalidade pertence única e exclusivamente ao Programa Saúde da Família, com exceção de 02 veículos pertencentes a Epidemiologia e controle de doenças.

Referente aos itens 10, 11, 12 e 13. A Controladoria acusa a Secretaria de Saúde de ter patrocinado o aluguel de um imóvel, no valor de R$ 3.200,00 para funcionários da Secretaria de Saúde. Na verdade o imóvel não foi alugado para funcionários e sim para funcionamento de uma unidade municipal de saúde onde também funciona a própria secretaria. Tanto é verdade que o citado imóvel é cadastrado junto à Secretaria de Saúde do Estado com o n.° 2562359, na condição de unidade de saúde. Acrescente-se que na referida unidade são realizados procedimentos de atenção básica conforme atesta o Boletim de Produção Ambulatorial (BPA) que segue em anexo. Como se vê, no mínimo houve um equívoco por parte da fiscalização, uma vez que a documentação que segue em anexo é clara como a luz do sol.

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Com relação ao item 16. As despesas efetuadas com serviços de funilaria, no valor de R$ 1.620,00, foram feitos no veículo GOL de placas HXP 2903, conforme explicitado na Nota de Empenho correspondente, sendo que o mesmo é utilizado pelo PSF - SERROTA, conforme demonstrativo dos veículos.

Relacionado ao item 19, na Nota de Empenho da despesa referente a este item, que totaliza R$ 1.170,00, tem-se “despesas efetuadas com serviços prestados à Secretaria de Saúde na manutenção da parte hidráulica e elétrica de prédios da referida Secretaria”. Os prédios referidos, na verdade são os postos das unidades básicas de saúde e da Unidade Municipal de Saúde, tendo em vista que a Secretaria não possui nenhum outro prédio.

Dessa forma, o total das despesas, acima especificada, foi de R$ 9.562,13 que deverá ser excluída do rol elaborado pela fiscalização, ou seja, das despesas impugnadas.

No período compreendido de junho a outubro de 2004, transferimos da conta 7.649-x, para a conta 58.044-9 do Fundo Municipal de Saúde, que recebe recursos oriundos da Secretaria de Saúde do Estado, provenientes de outros procedimentos na área da saúde, a importância de R$ 21.950,00 (vinte e um mil, novecentos e cinqüenta reais), sendo R$ 5.900,00 no dia 08/07, R$ 5.600,00 no dia 08/09 e R$ 4.500,00 no dia 06/10/2004.

Com esses recursos foram pagas as despesas correspondentes aos itens 01, 02, 03, 04, 05 08, 09, 14, 15, 17, 18, 20, 21, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33 e 34.

Como se vê, em resumo, a fiscalização considerou indevidas as despesas objeto do quadro elaborado pela Inspetoria, a importância de R$ 23.497,69. Desse total já provamos que R$ 9.562,13 foram gastos com despesas vinculadas à atenção básica. E como demonstramos no item anterior, foi transferida da conta 7.649-x a importância de R$ 21.950,00 para a conta 58.044-9. Somando as despesas no valor de R$ 9.562,13 + 21.950,00 = 31.512,13, valor esse que supera em muito as despesas consideradas indevidas.

Além do mais, acrescente-se que foram efetuadas e pagas despesas com energia e água para unidades de saúde, no total de R$ 5.906,06 no período de julho a outubro, com recursos do Município, que poderiam ser pagas com recursos do PAB. Por fim, no referido período, foram adquiridos materiais diversos, para manutenção dos postos de saúde no valor R$ 1.000,00 também com recursos próprios, da conta 6.134-4.

Por último, acrescente-se que todas as despesas da Secretaria de Saúde, bem como os Planos de Aplicação Financeira, foram submetidos à apreciação do Conselho Municipal de Saúde e aprovadas, por unanimidade, sem nenhuma ressalva, comprovando-se que a Secretaria de Saúde desenvolve um trabalho em consonância com as normas e procedimentos que regem os recursos destinados à saúde. (ANEXO 22)” Análise da Equipe: Não consideramos satisfatórias as justificativas apresentadas pela Prefeitura de Pentecoste pelos seguintes motivos: a) as despesas elencadas são de natureza administrativa não podendo, portanto, ser utilizados recursos do PAB para a sua realização, pois vai de encontro com a Decisão nº 600/2000 – Plenário do Tribunal de Contas da União;

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b) não houve discriminação, nos processos de pagamentos, da fonte pagadora dos gastos efetuados, não permitindo, portanto, à Equipe de Fiscalização, distinguir com toda a clareza, quais os recursos utilizados para a liqüidação de cada despesa efetuada; e c) o fato das aplicações dos recursos terem sido aprovadas pelo Conselho Municipal de Saúde, não significa que a Prefeitura de Pentecoste esteja cumprindo as normas/diretrizes estabelecidas para o Programa. Valor Potencial do Prejuízo: R$ 23.497,69

12 – Programa: Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde Ação: Incentivo Financeiro aos Estados, Distrito Federal e Municípios Certificados, para as ações de Epidemiologia e Controle de Doenças. Objetivo da Ação de Governo: Promover ações de notificação, investigação, vigilância ambiental, controle de doenças, imunizações, sistemas de informação, supervisão, educação em saúde, comunicação e mobilização social na área de epidemiologia e controle de doenças. Ordem de Serviço:157456 Objeto Fiscalizado: Programação das atividades sob responsabilidade do município para a execução das ações de vigilância em saúde, previstas na Programação Pactuada e Integrada de Vigilância em Saúde – PPI-VS. Agente Executor Local: Prefeitura de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Fundo a Fundo Montante de Recursos Financeiros: R$ 61.875,48. Extensão dos exames: R$ 24.966,36 que corresponde aos repasses efetuados no período de julho a outubro de 2004. 12.1) Ausência de assinatura diária na freqüência dos profissionais contratados para a função de Agente de Vigilância Epidemiológica. Fato: Verificamos que os profissionais contratados com recursos do Programa para as ações de epidemiologia e controle de doenças não assinam freqüência diariamente, inclusive quatro funcionários contratados para serviços gerais e administrativos. Evidência: Folha de freqüência apresentada e entrevista com os responsáveis pela execução do Programa no Município. Manifestação do Prefeito:

“A freqüência dos profissionais contratados com recursos do Programa, para as ações de epidemiologia e controle de doenças, bem como dos não contratados, pertencente a FNS, estava sendo realizada através de “registro de ponto”, pelos responsáveis pelas equipes e não por sua assinatura. Este controle de freqüência estava sendo adotado pela peculiaridade das atividades dos profissionais, onde se tem equipe trabalhando na zona rural, por toda a semana, saindo no início e voltando somente no último dia útil da semana, equipe trabalhando no inicio do dia, nas primeiras horas da manhã e por vezes à noite, etc. Esta orientação de ponto foi repassada ao supervisor local pelo pessoal da microrregional. Embora este modelo seja prático, ele possui falhas e por isso será adotado a freqüência por assinatura individual.” Análise da Equipe:

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Não consideramos satisfatórias as justificativa apresentadas, tendo em vista que não houve comprovação dos registros acerca da assinatura diária na freqüência dos profissionais contratados para a função de Agente de Vigilância Epidemiológica. 12.2) Ausência de recolhimento ao INSS da contribuição referente aos descontos efetuados nos salários dos profissionais contratados para a função de Agente de Vigilância Epidemiológica. Fato: Verificamos que nos exercícios de 2003 e 2004, apesar de terem sido efetuadas as retenções relativas à contribuição previdenciária nos salários dos profissionais contratados para a função de Agente de Vigilância Epidemiológica, os valores não foram recolhidos ao INSS. Evidência: Entrevista com funcionários e responsáveis pela execução do Programa no Município, SA nº 01/2004, datada de 1/12/2004 e Ofício nº 167/2004, datado de 1/12/2004. Manifestação do Prefeito Questionado por meio da SA nº 01/2004, datada de 1/12/2004, o Prefeito de Pentecoste nos informou, por meio do Ofício nº 167/2004, da mesma data que “.....os débitos da Secretaria de Saúde, no que se refere aos encargos junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social, foram incluídos no parcelamento junto à Previdência Social, compreendida as competências de 01/2001 a 08/2003, cuja cópia segue em anexo. No que se refere ao período de 09/2003 a 10/2004, informamos que já solicitamos de forma oficiosa à Previdência Social o levantamento do débito desse período, a fim de que a situação dos servidores seja regularizada em definitivo”. Em complementação, por meio do Ofício nº 189/2004, datado de 22 de dezembro de 2004, o Prefeito de Pentecoste informou ainda que: “O INSS referente ao período de janeiro de 2001 a agosto de 2003 foi incluído no parcelamento da dívida junto ao INSS. Quanto ao período de 09/2003 a outubro de 2004, encontra-se em fase de parcelamento.(ANEXO 23)” Análise da Equipe: Não consideramos satisfatórias as justificativa apresentadas, tendo em vista que não houve comprovação quanto ao parcelamento citado pelo Gestor, pois o anexo 23 refere-se apenas ao Ofício nº 167/2004, de 01/12/2004, apresentado à equipe, por ocasião dos trabalhos de campo, cujo teor encontra-se relatado na manifestação do gestor. 12.3) Veículos insuficientes para execução das ações de vigilância em saúde. Fato: Existem apenas dois veículos disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde para as ações de vigilância em saúde, quais sejam: uma Camioneta C-20 - Placa HVL 3823 e uma Moto XL – Placa HVU 0289, os quais, de acordo com entrevistas realizadas com os responsáveis pela execução do Programa no Município, são insuficientes para a execução das referidas ações. Evidência: Entrevistas realizadas com os responsáveis pela execução do Programa no Município, visita “in loco” e documentação apresentada. Manifestação do Prefeito:

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Os veículos destinados à vigilância epidemiológica e controle de doenças, realmente, são insuficientes, porém as ações estão sendo executadas a contento, pois a Secretaria de Saúde do Município sempre disponibiliza outros veículos, quando necessário. Análise da Equipe: Em que pese a afirmação da prefeitura de que disponibiliza outros veículos quando necessário, não consideramos satisfatórias as justificativas apresentadas, tendo em vista as ações de epidemiologia e controle de doenças/vigilância sanitária não podem ficar na dependência de veículos destinados a outras atividades. Diante do exposto, permanece a falha conforme registrada. 12.4) Utilização indevida dos recursos do Teto Financeiro de Vigilância em Saúde – TFVS. Fato: Em análise procedida nos processos de pagamento e extratos bancários da Conta Corrente nº 7.021-1, da Agência do Banco do Brasil nº 0962-8, específica para a Vigilância em Saúde, no período de julho a outubro de 2004, foram detectadas despesas incompatíveis com ações/atividades da atenção básica para a epidemiologia e controle de doenças, quais sejam: Item Despesa/Credor Documento Data Valor (R$)

1 Aluguel de imóvel destinado a alojamento dos funcionários da Fundação Nacional de Saúde. Recibo 09.07.2004 160,00

2 Aluguel de imóvel destinado a alojamento dos funcionários da Fundação Nacional de Saúde. Recibo 12.08.2004 160,00

3 Aluguel de imóvel destinado a alojamento dos funcionários da Fundação Nacional de Saúde. Recibo 13.09.2004 160,00

4 Aluguel de imóvel destinado a alojamento dos funcionários da Fundação Nacional de Saúde. Recibo 22.10.2004 160,00

5 Diárias a servidor municipal Recibo 30.09.2004 270,006 Diárias a servidor municipal Recibo 23.09.2004 240,007 Serviços mecânicos em veículos da Secretaria Municipal de Saúde Recibo 16.09.2004 265,67

Valor Total Pago 1.415,67 Evidência: Documentação de despesas apresentada. Manifestação do Prefeito: “Os itens 01 a 04 se referem ao aluguel do imóvel onde funciona a Vigilância Epidemiológia e Controle de Doenças - depósito de equipamentos, inseticidas, arquivos etc. -, possuindo um pequeno anexo que funciona como suporte para alojamento dos servidores, quando estão a trabalho.

O item 5 se refere às diárias do Secretário de Saúde, no período de 27, 28 e 29 de setembro de 2004, para custear as despesas na participação de reunião técnica na microrregional de Caucaia, no planejamento de ações estratégicas sobre epidemiologia e controle de doenças.

O item 6 se refere às diárias do servidor José Pinto dos Santos, Técnico em Contabilidade da Secretaria de Saúde, para participar de reunião sobre procedimentos contábeis na área de epidemiologia e controle de doenças, na cidade de Caucaia.

O item 7 se refere a despesas com veículos da Secretaria de Saúde, num montante de R$ 265,67, que estiveram participando de diferentes atividades de combate à dengue, durante os finais de semana do mês de setembro. (ANEXO 24)”

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Análise da Equipe: Consideramos satisfatória a justificativa apresentada com relação aos itens de 1 a 4, haja vista a utilização do imóvel em atividades específicas da vigilância epidemiológica e não apenas como suporte para alojamento dos servidores. Com relação aos itens 5 e 6 – gastos com diárias de servidores, não há, na justificativa apresentada, documentos que comprovem que o deslocamento ocorreu para atender a necessidades da Secretaria Municipal de Saúde com relação à vigilância epidemiológica. Quanto ao item 7, os veículos elencados na Nota de Empenho relativa às despesas efetuadas não correspondem àqueles constantes da Relação dos Veículos e Equipamentos de Epidemiologia e Controle de Doenças apresentada à equipe, por ocasião dos trabalhos de campo, quais sejam: veículo C20 – placas HVL 3823 e moto XL – placas HVU 0289, os quais foram considerados insuficientes, conforme relatado no item 12.3 deste relatório. Dessa forma, permanecem as falhas conforme registradas, relativamente aos itens 5 a 7.

Valor Potencial do Prejuízo: R$ 775,67 13 – Programa: Modernização das Unidades de Saúde do SUS. Ação: Modernização e Adequação de Unidades de Saúde do Sistema Único de Saúde - SUS. Objetivo da Ação de Governo: Elevar o padrão de qualidade e eficiência do atendimento prestado à população por meio da modernização gerencial, física e tecnológica do Sistema Único de Saúde - SUS. Ordem de Serviço: 157574. Objeto Fiscalizado: Grupo gerador diesel de energia de 80 KVA de potência contínua. Agente Executor Local: Prefeitura de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Convênio nº 040/2002 – Siafi nº 451222. Montante de Recursos Financeiros: R$ 30.000,00, sendo R$ 27.000,00 do concedente e R$ 3.000,00 a título de contrapartida. Extensão dos exames: A totalidade dos recursos aplicados no valor de R$ 30.000,00. 13.1) Ausência de atesto da despesa e de identificação do convênio, no documento comprobatório da despesa. Fato: Verificamos que a Nota Fiscal de nº 0188, datada de 10/10/02, no valor de R$ 30.000,00, emitida pela Dynamikus Comércio e Serviços Ltda, empresa fornecedora do grupo gerador, objeto do convênio, estava sem a devida identificação do convênio e sem o atesto de recebimento do equipamento adquirido, contrariando o art. 30 da IN/STN nº 01/97 e o inciso III, § 2º, do art. 63, da Lei nº 4.320/64. Evidência: Cópia da nota fiscal. Manifestação do Prefeito: “Esclarecemos que houve um erro formal, não intencional, não acarretando qualquer prejuízo, financeiro ou operacional ao erário. Informamos que estamos orientando aos setores competentes que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do

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convênio a ela vinculado, bem como, seja aposto o carimbo de atesto por servidor responsável em todas as vias das notas fiscais apresentadas.(ANEXO 4)” Análise da Equipe:

O erro alegado pela Prefeitura não é aceitável, tendo em vista que contraria a legislação que rege os instrumentos de convênios e facilita fraudes, na medida em que permite que uma mesma nota fiscal/recibo possam ser utilizados para comprovar diversas despesas. 13.2) Ausência de número de tombamento e termo de responsabilidade do equipamento adquirido. Fato: Verificamos que o grupo gerador, movido a diesel e adquirido com recursos do Programa, não tem nº de tombamento nem termo de responsabilidade, descumprindo o art. 26, parágrafo único, da IN/STN nº 01/97. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de verificação “in loco” e entrevistas realizadas com os responsáveis pela execução do Programa no Município. Manifestação do Prefeito: “O fato apontado pela equipe de fiscalização procede. Realmente, por lapso do Setor responsável, foi deixado de ser confeccionado o respectivo Termo de Responsabilidade relativo ao equipamento adquirido, bem como, deixou-se de apor a plaqueta identificadora de patrimônio e tombamento. Para sanar estas impropriedades, estamos enviando Memorando à Secretaria de Saúde determinando a adoção de providências imediatas, no sentido de identificar os bens adquiridos – tombamento - bem como elaborar os respectivos termos de responsabilidade. (ANEXO 25)” Análise da Equipe: Não consideramos satisfatória a justificativa apresentada devido ao tempo decorrido entre a aquisição e as medidas adotadas, bem como não foi apresentada documentação comprobatória demonstrando efetivamente a adoção das medidas sanadoras do fato apontado. Ressaltamos que o documento anexo de nº 25 é apenas um ofício determinando a adoção das medidas corretivas. 14 – Programa: Unidades de Saúde do SUS. Ação: Implantação, Aparelhamento e Adequação de Unidades de Saúde do SUS. Objetivo da Ação de Governo: Elevar o padrão de qualidade e eficiência do atendimento prestado à população por meio da modernização gerencial, física e tecnológica do Sistema Único de Saúde - SUS. Ordem de Serviço: 157573. Objeto Fiscalizado: Equipamentos e Materiais permanentes adquiridos para a Fundação de Saúde do Município de Pentecoste. Agente Executor Local: Fundação de Saúde do Município de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Convênio nº 2366/2003 – Siafi nº 497214. Montante de Recursos Financeiros: R$ 530.000,00. Extensão dos exames: A totalidade dos recursos aplicados no valor de R$ 530.000,00. 14.1) Utilização indevida da conta do Fundo Municipal de Saúde na movimentação de recursos de convênio. Fato:

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Os recursos foram movimentados utilizando a conta do Fundo Municipal de Saúde e não em conta corrente específica, contrariando o que dispõe o inciso II do § 1º do art. 20 da IN/STN nº 01/97, impossibilitando, portanto, a verificação da correta aplicação financeira dos recursos que permaneceram em conta corrente, enquanto não utilizados. Evidência: Cópia dos extratos bancários do Fundo Municipal de Saúde onde se evidenciam os pagamentos efetuados. Manifestação do Prefeito: “Não entendemos o posicionamento da fiscalização, quando alega que a Secretaria de Saúde movimentou recursos financeiros de R$ 530.000,00, provenientes do Convênio 2366/2003 – Siafi n.º 497214. Na verdade isso jamais aconteceu porque o Convênio foi firmado diretamente com a Fundação Municipal de Saúde e não com a Secretaria de Saúde. Razão pela qual não temos nenhuma responsabilidade na aplicação desses recursos. (ANEXO 26)” Análise da Equipe: Não consideramos satisfatória a justificativa apresentada, tendo em vista que a documentação encaminhada, no caso um extrato da conta corrente sob o nº 13983, não comprova que a referida conta é específica para a movimentação dos recursos do convênio em questão.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DO CEARÁ

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE - CE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

14º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos

Sorteio de Unidades Municipais

17/NOVEMBRO/2004

ailtonbj
Retângulo

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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE – CE Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de Governo financiados com recursos federais foram examinadas no período de 29/11 a 03/12/2004 as seguintes Ações sob responsabilidade do Ministério da Educação:

Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE.

Censo Escolar da Educação Básica.

Concessão de Bolsa ao Educador (Brasil Alfabetizado ).

Apoio à Alimentação Escolar na Educação Básica - PNAE.

Apoio à Ampliação da Oferta de Vagas do Ensino Fundamental a Jovens e Adultos – Fazendo Escola.

Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar - PNATE.

Programa Nacional de Transporte Escolar - PNTE.

Aquisição e Distribuição de Material Didático para Educação Infantil

Expansão e Melhoria da Rede Escolar Estadual de Ensino Médio - PROJETO ALVORADA

Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração

Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução. Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto àqueles sob sua responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, tendo se manifestado em 22/12/2004, cabendo ao Ministério supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades. Ressaltamos que o Município sob análise não vem cumprindo o disposto no artigo 2º da Lei nº 9.452/97, o qual versa sobre a determinação da Prefeitura do Município notificar as Câmaras Municipais, Partidos Políticos, Sindicatos de Trabalhadores e Entidades Empresariais sobre a liberação de recursos por órgãos e entidades da administração federal direta, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.

Constatações da Fiscalização 1 – Programa: Toda Criança na Escola Ação: Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE. Objetivo da Ação de Governo: Prestar assistência financeira de caráter suplementar às escolas públicas do Ensino Fundamental e às escolas de Ensino Especial mantidas por ONG’s, conforme dados obtidos no Censo escolar do ano anterior ao da concessão do recurso. Ordem de Serviço: 159015, 159016, 159017, 159018, 159019.

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Objeto Fiscalizado: Aquisição de materiais para as escolas do município. Agente Executor Local: Escola de Ensino Fundamental Vicente Feijó de Melo, Escola de 1º Grau Governador Waldemar Alcântara, Escola Balbina Moreira de Azevedo, Escola de 1º Grau Francisco Sá e Escola de 1º Grau Tabelião Raimunda Nonata da Silva. Qualificação do Instrumento de Transferência: Repasse Direto à Escola. Montante de Recursos Financeiros: R$ 35.500,00. Extensão dos exames: Analisado o total dos recursos repassados às escolas no exercício de 2003.

1.1) Ausência de atesto e da identificação do Programa Dinheiro Direto na Escola, nos documentos comprobatórios das despesas.

Fato:

Não identificamos o atesto de recebimento dos materiais/serviços, conforme determina a Lei nº 4.320, de 17/3/1964, nos documentos comprobatórios das despesas realizadas na execução do PDDE (notas fiscais, recibos) apresentados pela Escola de Ensino Fundamental Vicente Feijó de Melo, Escola de 1º Grau Governador Waldemar Alcântara, Escola Balbina Moreira de Azevedo, Escola de 1º Grau Francisco Sá e Escola de 1º Grau Tabelião Raimunda Nonata da Silva. Verificamos, ainda, a inexistência da identificação do Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE, nos documentos comprobatórios das despesas, conforme determina o art. 10 da Resolução/FNDE/CD/Nº 3, de 27/2/2003. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de exame nos documentos comprobatórios das despesas apresentados pelas escolas: de Ensino Fundamental Vicente Feijó de Melo, de 1º Grau Governador Waldemar Alcântara, Balbina Moreira de Azevedo, de 1º Grau Francisco Sá e de 1º Grau Tabelião Raimunda Nonata da Silva, como tendo sido adquiridos com recursos do PDDE/2003. Manifestação do Prefeito: “Com relação ao ponto em apreço, esclarecemos que houve erro formal, não intencional, e que não acarretou qualquer prejuízo, quer financeiro ou operacional, ao erário. Para que fatos desta natureza não venham a acontecer, estamos enviando Memorando aos setores competentes, determinando que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a elas vinculado, bem como, que seja aposto o “carimbo de atesto”, por servidor responsável, em todas as vias das notas fiscais apresentadas.” Análise da Equipe:

Em que pese a afirmação da Prefeitura de que o fato não ocasionou prejuízo ao erário por referir-se a formalidades, mantém-se o registro da impropriedade, tendo em vista que o atesto de que os materiais/serviços foram recebidos/prestados devem constar nos documentos comprobatórios das despesas, com a finalidade de cumprir o disposto o inciso III, § 2º, artigo 63 da Lei n.º 4.320/64. Destaque-se, por pertinente, que a Prefeitura não se manifestou acerca da inexistência de identificação do Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE, nos documentos comprobatórios das despesas, razão pela qual mantemos a impropriedade.

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1.2) Inexistência de plaqueta de tombamento no material permanente adquirido com recursos do PDDE.

Fato: Os bens patrimoniais adquiridos com os recursos transferidos à conta do PDDE da Escola de Ensino Fundamental Vicente Feijó de Melo, da Escola de 1º Grau Governador Waldemar Alcântara, da Escola Balbina Moreira de Azevedo, da Escola de 1º Grau Francisco Sá e da Escola de 1º Grau Tabelião Raimunda Nonata da Silva, não foram incorporados ao patrimônio do Município e não receberam a plaqueta de tombamento como determina o caput e os parágrafos do art. 18 da Resolução/FNDE/CD/Nº 3, de 27/2/2003. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de inspeção “in loco” nos bens patrimoniais adquiridos pelas escolas: de Ensino Fundamental Vicente Feijó de Melo, de 1º Grau Governador Waldemar Alcântara, Balbina Moreira de Azevedo, de 1º Grau Francisco Sá e de 1º Grau Tabelião Raimunda Nonata da Silva, como tendo sido adquiridos com recursos do PDDE/2003. Manifestação do Prefeito: “Com relação a este item, informamos que, a partir da implantação deste Programa nas escolas do Município, no ano de 1997, todos os bens patrimoniais adquiridos ou produzidos com os referidos recursos, ainda não foram, oficialmente, incorporados ao patrimônio do Município. Assim sendo, justifica-se a inexistência de plaqueta de tombamento no material permanente adquirido, ficando essa incumbência a ser realizada oportunamente.” Análise da Equipe: Os esclarecimentos apresentados pela Prefeitura confirmam a inexistência de plaqueta de tombamento no material permanente adquirido com recursos do PDDE, razão pela qual mantemos a impropriedade apontada, uma vez que está em desacordo com o previsto no § 2º do art. 18 da Resolução/FNDE/CD/Nº 3, de 27/2/2003, que diz: “Os municípios e as secretarias de educação dos estados e do Distrito Federal deverão proceder ao imediato tombamento nos seus respectivos patrimônios, fornecendo à UEx das escolas de suas redes de ensino o número do registro patrimonial, de modo a facilitar a identificação do bem.” (grifo nosso)

1.3) Material permanente pertencente à Escola de Ensino Fundamental Balbina Moreira de Azevedo guardado na casa do instrutor da banda da escola.

Fato: Quando da visita “in loco” à Escola de Ensino Fundamental Balbina Moreira de Azevedo constatamos que um surdo e duas caixas de guerras, bens patrimoniais adquiridos com recursos do PDDE, estavam guardados na casa do instrutor da banda da escola, descumprindo o que determina o caput do art. 18 da Resolução/FNDE/CD/Nº 3, de 27/2/2003. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de inspeção “in loco” nos bens patrimoniais adquiridos pela Escola de Ensino Fundamental Balbina Moreira de Azevedo e visita à casa do instrutor da banda. Manifestação do Prefeito: “Para sanar esta impropriedade, determinamos a Secretaria de Educação que providencie a guarda do material permanente - um surdo e duas caixas de guerra - que estavam na casa do instrutor, o que já foi executado, sanando assim o fato apontado.”

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Análise da Equipe: Em que pese a Prefeitura ter encaminhado cópia da Declaração, de 17/12/2004, assinada pelo instrutor da banda e pela diretora da escola, informando que o material foi entregue, mantemos a impropriedade apontada, uma vez que o caput do art. 18 da Resolução/FNDE/CD/Nº 3, de 27/2/2003 diz, in verbis: “Os bens patrimoniais adquiridos ou produzidos com os recursos transferidos à conta do PDDE deverão ser incorporados ao patrimônio do município ou da secretaria de educação do estado ou do Distrito Federal e destinados às respectivas escolas beneficiadas, cabendo a estas a responsabilidade pela guarda e conservação dos bens.” (grifo nosso) 2 – Programa: Toda Criança na Escola Ação: Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE. Objetivo da Ação de Governo: Prestar assistência financeira de caráter suplementar às escolas públicas do Ensino Fundamental e às escolas de Ensino Especial mantidas por ONG’s, conforme dados obtidos no Censo escolar do ano anterior ao da concessão do recurso. Ordem de Serviço: 158906. Objeto Fiscalizado: Aquisição de materiais para as escolas do município. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste Qualificação do Instrumento de Transferência: Repasse Direto à Prefeitura (Fundo a Fundo). Montante de Recursos Financeiros: R$ 25.100,00. Extensão dos exames: Analisado o total dos recursos repassados às escolas no exercício de 2003.

2.1) Despesa realizada fora do objetivo do Programa Dinheiro Direto no Escola - PDDE.

Fato:

Constatamos a realização de despesa no valor de R$ 6.811,50, na aquisição de 3.000 apontadores, 10.000 cadernos brochura e 150 borrachas, material escolar distribuídos aos alunos para uso individual, contrariando o que determina os incisos I a VII do artigo 2º da Resolução/CD/ FNDE nº 003 de 27/02/2003 e Informativo nº 1/2003 do FNDE sobre o Programa Dinheiro Direto no Escola - PDDE. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de exame do processo de pagamento e conforme Nota Fiscal 1430 de 27/08/2003. Manifestação do Prefeito: “O ponto em referência não procede. O PDDE se destina a efetuar pequenas despesas destinadas ao bom funcionamento das escolas. No nosso Município, as escolas encontram-se em perfeito funcionamento, não necessitando de reparos. Como a necessidade das escolas está sempre ligada á falta de material escolar, utilizamos esses recursos na compra de alguns materiais escolares, que se mostraram muito úteis ao bom funcionamento destas escolas. Assim sendo, a utilização destes recursos na compra de pequenas cotas de material escolar não fere a legislação.” Análise da Equipe: O Informativo nº 1/2003 do FNDE com orientações do PDDE, no item 2 – Finalidade e Forma de Execução, diz in verbis: “é facultada a possibilidade de compra de lápis de cera, tinta guache, cartolina etc. para realização de eventos coletivos, como comemoração da semana de arte,

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dia da criança, do índio, da família na escola, além de outros, mas não é recomendada a aquisição de tais (e outros) materiais para distribuição e doação aos alunos;” Diante do exposto, não consideramos satisfatória a justificativa uma vez que não ficou esclarecido a real destinação do material adquirido. Ademais, a quantidade adquirida (3.000 apontadores, 10.000 cadernos brochura e 150 borrachas) foi bastante significativa levando-se em conta que apenas 29 escolas são beneficiadas com recursos do PDDE, portanto, a impropriedade apontada permanece.

Valor Potencial do Prejuízo: R$ 6.811,50 2.2) Documentos de comprovação de habilitação da regularidade fiscal do INSS e FGTS com prazos de vigência posteriores as datas de abertura das licitações.

Fato: Verificamos na Carta Convite nº 044, de 16/7/2003, que o documento de habilitação de regularidade com o FGTS da Empresa G. W. Comercio e Serviço foi emitido em 17/9/2003, com prazo de validade de 5/9/2003 a 4/10/2003, enquanto que a abertura das propostas se deu em 16/7/2003. O mesmo fato ocorreu na Carta Convite nº 051, de 20/8/2003, a qual teve como vencedora à Empresa M. M. Mota Abreu Ladislau - ME, cujo o Certificado de Regularidade do FGTS, junto a Caixa Econômica Federal, data de 22/10/2003, com prazo de validade de 22/10/2003 a 20/11/2003 e o Certificado de Regularidade junto ao INSS data de 28/10/2003, com prazo de validade de até 30/1/2004, enquanto que a data da abertura das propostas constante do Edital foi 11/8/2003. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio de exame das Cartas Convite nº 044/2003 e 051/2003. Manifestação do Prefeito: “Reconhecemos o fato apontado pela equipe de fiscalização, que ocorreu por lapso da Comissão de Licitação. Estamos enviando Ofício à empresa G.W. Comércio e Serviços Ltda solicitando que sejam enviadas cópias da regularidade fiscal do INSS e FGTS, da época da construção.” Análise da Equipe: Os esclarecimentos apresentados pela Prefeitura Municipal de Pentecoste/CE confirmam que os documentos de comprovação de habilitação da regularidade fiscal do INSS e FGTS, constantes dos processos licitatórios, estavam com os prazos de vigência posteriores as datas de abertura das licitações, portanto, o registro da impropriedade apontada permanece.

2.3) Ausência de atesto do recebimento dos materiais nas notas fiscais

Fato: Verificamos que em todas as notas fiscais não constam os atestos de recebimentos dos

materiais adquiridos com recurso do programa, contrariando o que determina o inciso III, § 2º, artigo 63 da Lei nº 4.320/64.

Evidência:

O fato foi evidenciado por meio de exame dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito:

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“Esclarecemos que houve um erro formal, não intencional, e que em nada acarretou de prejuízo quer financeiro ou operacional ao erário. Informamos que estamos orientando aos setores competentes que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a ela vinculado, bem como, seja aposto o carimbo de atesto por servidor responsável em todas as vias das notas fiscais apresentadas.” Análise da Equipe:

Em que pese a afirmação da Prefeitura de que o fato não ocasionou prejuízo ao erário por referir-se a formalidades, mantém-se o registro da impropriedade, tendo em vista que o atesto de que os materiais foram recebidos deve constar nos documentos comprobatórios das despesas, com a finalidade de cumprir o disposto no inciso III, § 2º, artigo 63 da Lei nº 4.320/64. 2.4) Ausência de informação às unidades escolares sobre o Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE. Fato: Verificamos que a Secretaria Municipal de Educação não informa às escolas os valores dos recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE a elas destinados. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de entrevista com professores das escolas: de 1º Grau Doquinha Carneiro, Raimundo Isaías de Sousa, Prefeito José Gomes da Silva, Paraíso da Criança, de 1º Grau Batista. Manifestação do Prefeito: “O ponto constante no item retromencionado não procede. Esta Prefeitura tem buscado atender a todas as normas relativas ao PDDE, dentre elas, a que determina a informação às unidades escolares beneficiadas, da liberação dos recursos do Programa. Estamos recomendando a Secretaria da Educação que, doravante, sejam informadas mensalmente, todas as liberações acontecidas no período, para conhecimento da coletividade.” Análise da Equipe: Em que a justificativa apresentada, mantemos a impropriedade apontada, porque o fato dos professores das escolas visitadas desconhecerem o PDDE evidencia o descumprimento, por parte da Prefeitura Municipal de Pentecoste/CE, da Resolução/FNDE/CD/Nº 3, de 27/2/2003 e da Resolução do FNDE/CD/Nº 10 de 22/3/2004, que estabelecem às Entidades Executoras (Prefeituras) divulgarem as normas relativas aos critérios de distribuição e alocação dos recursos do PDDE, junto às escolas beneficiárias, assegurando a estas e à comunidade escolar participação sistemática e efetiva desde a seleção das necessidades educacionais prioritárias a serem satisfeitas até o acompanhamento do resultado do emprego do recursos de Programa, além de manterem-se informadas sobre os valores destinados, à conta do PDDE.

3 – Programa: Brasil Escolarizado Ação: Censo Escolar da Educação Básica. Objetivo da Ação de Governo: Realizar, anualmente, em parceria com as Secretarias de Educação dos Estados e do Distrito Federal, por escola, a coleta de informações estatístico-educacionais referentes a matrículas e docência, para subsidiar o planejamento e a gestão da Educação nas esferas governamentais, inclusive com impactos sobre a distribuição dos recursos orçamentários e proceder levantamento detalhado das escolas e da população inscrita na educação pré-escolar e nos Ensinos Fundamental e Médio no País.

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Ordem de Serviço: 157665 Objeto Fiscalizado: Diários de classe e fichas de matrículas. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste/CE. Qualificação do Instrumento de Transferência: Não se aplica. Montante de Recursos Financeiros: Não se aplica. Extensão dos exames: Não se aplica.

3.1) Falhas no controle interno na Secretaria de Educação do Município de Pentecoste/CE.

Fato:

Verificamos que o controle interno da Secretaria de Educação do Município de Pentecoste/CE está inadequado, uma vez que não foi localizado o diário de classe da turma da Educação de Jovens e Adultos – EJA da Escola de Ensino Fundamental São José, localizada no Sítio Macacos. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de exame nos diários de classe de dez escolas, fichas individuais dos alunos e fichas de matrículas das dez escolas, incluindo a Escola de Ensino Fundamental São José, localizada no Sítio Macacos. Manifestação do Prefeito: Questionada sobre o assunto, a Equipe Coordenadora do EJA e a Secretária de Educação apresentaram Declaração, de 1/12/2004, informando que o diário não foi encontrado e declarando que a turma existiu com 26 alunos. Instada, novamente, a se posicionar sobre o fato, por meio do Ofício nº 32.753/CGUCE/CGU-PR, de 15/12/2004, a Prefeitura esclareceu: “Com relação ao ponto em referência, informamos que o citado Diário de Classe, consignado como ausente, foi recentemente encontrado. Estamos anexando cópia do citado Diário de Classe, para sanar esta impropriedade.” Análise da Equipe: Em que pese a Prefeitura ter encaminhado cópia do diário de classe, o registro da falha apontada permanece, uma vez que tal fato evidencia a falta de eficiência no controle interno da Secretaria de Educação de Pentecoste/CE.

Ademais, a disponibilização dos documentos deve ocorrer durante os trabalhos de campo, para que possamos realizar os exames necessários. 3.2) Divergência entre o número de alunos constantes do censo escolar de 2003 e o registrado no diário de classe.

Fato: Verificamos que o número de alunos constantes no censo escolar de 2003, referente à turma de Educação de Jovens e Adultos – EJA, da Escola de 1º Grau Tabelião Raimunda Nonata da Silva, localizada na zona rural denominada de Serrota, foi trinta alunos, no entanto, quando da análise no diário de classe referente ao mês de março de 2003, constatamos que apenas estavam freqüentando 28 alunos, ocasionando, portanto, uma divergência de dois alunos.

Evidência:

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O fato foi evidenciado por meio de exame nos diários de classe, fichas individuais dos alunos e fichas de matrículas da Escola de 1º Grau Tabelião Raimunda Nonata da Silva, localizada na zona rural denominada de Serrota. Manifestação do Prefeito: “O ponto constante no item em apreço procede. Efetivamente, o Diário de Classe, elaborado com o número de alunos, por ocasião da matrícula, consta da existência de 30 alunos, com 28 alunos com a freqüência normal. Um dos alunos matriculados desistiu lodo depois da matrícula, não tendo o seu nome retirado da listagem. Outro aluno desistiu no decorrer do curso. Assim sendo, na realidade, não há mais qualquer divergência entre os números do censo escolar e o registrado nos Diários de Classe.” Análise da Equipe: Em que pese as justificativas apresentadas pela Prefeitura Municipal de Pentecoste/CE, o registro da falha permanece, uma vez que o fato apontado retrata a falta de controle no lançamento do quantitativo de alunos informados ao Ministério da Educação para fins de censo escolar. 4 – Programa: Brasil Alfabetizado Ação: Concessão de Bolsa ao Educador. Objetivo da Ação de Governo: Erradicar o analfabetismo no país por meio da correção progressiva das disparidades de acesso e da garantia e padrão de qualidade da alfabetização de jovens e adultos em todo o território nacional. Ordem de Serviço: 158579 Objeto Fiscalizado: Alfabetização de jovens e adultos nos municípios por meio da concessão de bolsa ao alfabetizador e capacitação para o exercício da atividade de alfabetizar e alunos alfabetizados. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste/CE. Qualificação do Instrumento de Transferência: Convênio nº 828018/2003 - Secretaria de Educação Básica do Estado do Ceará. Montante de Recursos Financeiros: R$ 89.970,00. Extensão dos exames: R$ 89.970,00.

4.1) Ausência de atesto e da identificação do Programa Brasil Alfabetizado, nos documentos comprobatórios das despesas.

Fato: Não identificamos o atesto de recebimento dos materiais/serviços, conforme determina o inciso III, § 2º, artigo 63 da Lei nº 4.320, de 17/3/1964, nos documentos comprobatórios das despesas realizadas na execução do Programa Brasil Alfabetizado (notas fiscais, recibos) apresentados pela Secretaria de Educação do Município de Pentecoste/CE.

Verificamos, ainda, a inexistência da identificação do Programa Brasil Alfabetizado – Ministério da Educação/FNDE, nos documentos produzidos para implementação do projeto e nos materiais de divulgação. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de exame nos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito:

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“Esclarecemos que houve um erro formal, não intencional, e que em nada acarretou de prejuízo quer financeiro ou operacional ao erário. Informamos que estamos orientando aos setores competentes que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a ela vinculado, bem como, seja aposto o carimbo de atesto por servidor responsável em todas as vias das notas fiscais apresentadas.” Análise da Equipe:

Em que pese a afirmação da Prefeitura de que o fato não ocasionou prejuízo ao erário por referir-se a formalidades, mantém-se o registro da impropriedade, tendo em vista que o atesto de que os materiais/serviços foram recebidos/prestados devem constar nos documentos comprobatórios das despesas, com a finalidade de cumprir o disposto no inciso III, § 2º, artigo 63 da Lei nº 4.320/64. Destaque-se, por pertinente, que a Prefeitura não se manifestou acerca da inexistência de identificação do Programa Brasil Alfabetizado, nos documentos comprobatórios das despesas, razão pela qual mantemos a impropriedade. 4.2) Desvio de finalidade de convênio

Fato: Verificamos que a Prefeitura Municipal de Pentecoste/Ce firmou Convênio de Cooperação Mútua com à Fundação Banco do Brasil e com o Banco do Brasil, em 7/7/2003, tendo como objeto a implantação e o desenvolvimento do Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos - BBEducar.

Evidenciamos, também, a existência do Convênio nº 203, firmado entre a Secretaria da Educação Básica do Estado do Ceará e a Prefeitura Municipal de Pentecoste, em 15/9/2003, no valor de R$ 89.970,00, tendo como objeto o desenvolvimento do “Projeto Alfabetização é Cidadania”, como parte do Programa Nacional Brasil Alfabetizado. As turmas do BBEducar/Brasil Alfabetizado iniciaram as aulas em agosto de 2003 e finalizaram em fevereiro de 2004, no entanto, as aquisições e os pagamentos foram efetuados em março e maio de 2004, conforme quadro a seguir:

Documento Data Valor (R$) Descrição Folha de pagamento 23/3/04 49.570,00 Pagamento de alfabetizadores Nota Fiscal nº 169 26/5/04 4.743,60 Material de expediente Kit Aluno – Empresa

F.A.Góes Mota – CNPJ: 04.593.682/0001-44 Recibo 21/5/04 1.024,33 Frete de veículo para transportar professores Nota Fiscal nº 62 21/5/04 2.400,00 Alimentação (quentinhas e lanches) – Empresa

Paladar – CNPJ: 05.082.595/0001-95 Evidência: O fato foi evidenciado por meio de exame no Convênio de Cooperação Mútua, de 7/7/2003, no Convênio nº 203, de 15/9/2003, nos processos de pagamento e no extrato bancário. Manifestação do Prefeito: “Com relação a esse ponto de fiscalização, estamos anexando a “Exposição de Motivos”, datada de 03/12/2004, sobre o assunto.” Na Exposição de Motivos a Secretária de Educação do Município de Pentecoste declarou que o material de expediente (kit aluno) foi utilizado “para suprir o material utilizado da Secretaria

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de Educação, que tendo em vista a demora da chegada dos recursos emprestou os materiais para posterior ressarcimento.” Análise da Equipe: A justificativa apresentada pela Prefeitura Municipal de Pentecoste/Ce só vem a confirmar o fato relatado, posto isto, mantemos a impropriedade apontada.

Valor Potencial do Prejuízo: R$ 57.737,93

4.3) Ausência de guias de distribuição do material de expediente adquirido com recursos do Programa Brasil Alfabetizado.

Fato: Não identificamos nos documentos do Programa Brasil Alfabetizado a distribuição do material (duzentas resmas de papel ofício A4 e 587 cadernos) adquiridos conforme Nota Fiscal nº 169, de 26/5/2004, no valor de R$ 4.743,60, da Empresa F.A.Góes Mota, CNPJ: 04.593.682/0001-44. De acordo com a “Exposição de Motivos”, sem número e data, a Secretária de Educação do Município de Pentecoste/Ce informou que “o material foi utilizado pela Secretaria de Educação, que tendo em vista a demora da chegada dos recursos emprestou os materiais para posterior ressarcimento”. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de exame nos processos de pagamento e na “Exposição de Motivos”, sem número e data, da Secretária de Educação de Pentecoste/CE. Manifestação do Prefeito: “Com relação a esse ponto de fiscalização, estamos anexando a “Exposição de Motivos”, datada de 03/12/2004, sobre o assunto.” Na Exposição de Motivos a Secretária de Educação do Município de Pentecoste declarou que o material de expediente (kit aluno) foi utilizado “para suprir o material utilizado da Secretaria de Educação, que tendo em vista a demora da chegada dos recursos emprestou os materiais para posterior ressarcimento.” Análise da Equipe: Em que pesem as justificativas apresentadas, mantemos o registro da impropriedade, uma vez que a aquisição do material de expediente deveria ser destinado ao uso do aluno matriculado no Programa Brasil Alfabetizado. Ademais, não nos foi apresentado nenhum documento que comprove que a Secretária de Educação entregou esse tipo de material aos alunos do Programa, a época das aulas.

Valor Potencial do Prejuízo: R$ 4.743,60

4.4) Turmas de alfabetização de jovens e adultos do Programa Brasil Alfabetizado com mais de 25 alunos por sala de aula.

Fato: Verificamos nas fichas de freqüência do Programa Brasil Alfabetizado, apresentadas pela Secretaria de Educação do Município de Pentecoste, mais de 25 alunos por sala de aula, conforme quadro a seguir:

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Escola Turma Endereço Nº de Alunos em Ago/2003

Doquinha Carneiro 56977 Rua Agapito Cordeiro s/n 29 Vicente Feijó de Melo 56978 Santa Inês 37 Maria Nunes de Abreu 56973 Malhada 28 Vila Nova 56975 Vila Nova 01 33 Evidência: O fato foi evidenciado por meio de exame nas fichas de freqüência do Programa Brasil Alfabetizado. Manifestação do Prefeito: “O Programa Brasil Alfabetizado tem como um dos critérios o quantitativo máximo de 25 alunos por turma. Embora a Coordenação local tenha conhecimento desse critério, em algumas turmas o número de alunos matriculados ultrapassou o limite estipulado, uma vez que, em todas as turmas há desistência de alunos. A matrícula em número maior, não ocasiona problema, pois, com as desistências que ocorrem, número final desejável, de 25 alunos por turma, acaba por ser conseguido ou até não atingido.” Análise da Equipe: A manifestação apresentada não elide a impropriedade uma vez que não foram apresentadas justificativas formais ao gestor do Programa à época, portanto, descumprindo o disposto no item 2.13.1 – Alfabetização de Jovens e adultos, do Manual de Orientações para Assistência Financeira a Programas e Projetos Eduacacionais, aprovado pela Resolução CD/FNDE nº 13, de 28 de abril de 2003.

4.5) Ausência de formação continuada de no mínimo 2 horas/aula semanal.

Fato:

Verificamos que a Secretaria de Educação do Município de Pentecoste não realizou a formação continuada dos alfabetizadores do Programa Brasil Alfabetizado, com no mínimo 2 horas/aula semanal, e sim 4 horas/aula mensal. Salientamos que não foi apresentada justificativa para a não-execução do curso semanal.

Evidência: O fato foi evidenciado por meio de exame no Relatório nº 01/2004, de 30/11/2004, apresentado pela Responsável pelo Programa e pela Secretária de Educação do Município. Manifestação do Prefeito: “A Formação Continuada dos Alfabetizadores foi realizada no Município de Pentecoste mensalmente, com uma carga horária de apenas 04 h/a. A formação realizou-se mês a mês, em face da moradia de alguns dos alfabetizadores ser distante da Sede.” Análise da Equipe: Os esclarecimentos apresentados pela Prefeitura confirmam que a formação continuada ocorre em desacordo com as determinações do Programa, razão pela qual mantemos a impropriedade apontada.

5 – Programa: Brasil Escolarizado

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Ação: Apoio à Alimentação Escolar na Educação Básica - PNAE Objetivo da Ação de Governo: Suprir parcialmente as necessidades nutricionais dos alunos, com vistas a contribuir para a melhoria do desempenho escolar, para a redução da evasão e da repetência, e, para formar bons hábitos alimentares. Ordem de Serviço: 158782 Objeto Fiscalizado: Fornecimento de merenda aos alunos das escolas do município. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste Qualificação do Instrumento de Transferência: Repasse direto à Prefeitura. Montante de Recursos Financeiros: R$ 249.586,20 Extensão dos Exames: Analisado o total dos recursos repassados à Prefeitura Municipal de Pentecoste no exercício de 2004.

5.1) Fracionamento de despesa evitando realização do processo licitatório na modalidade de Tomada de Preço.

Fato: Realização de quatro processos licitatórios na modalidade de carta convite, no espaço de tempo de seis meses, sendo que nos três primeiros processos o valor da aquisição ficou próximo do limite máximo do teto para realização de Tomada de Preço, tornando-se evidente a intenção do gestor de evitar a realização do processo de tomada de preço. Salientamos que o fracionamento contraria as normas licitatórias, bem como a realização da Tomada de Preço torna o processo mais vantajoso para administração pública, considerando o melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e a ampliação da competitividade. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de exame dos processos licitatórios: Convite 008 de 12/3/2004, valor R$ 78.675,69; Convite 013 de 20/5/2004, valor R$ 78.365,55; Convite 032 de 23/8/2004, valor R$ 77.686,81 e Convite 037 de 17/9/2004, valor R$ 10.000,00. Manifestação do Prefeito: “O planejamento da Secretaria de Educação foi realizado para três meses, considerando o valor da parcela mensal repassada pelo Ministério da Educação no valor de 26.122,20 x 3 = 78.366,60 (Setenta e oito mil trezentos e sessenta e seis reais e sessenta centavos), justificando assim a razão pela qual o valor da aquisição ficou próximo do limite máximo do teto para realização de Tomada de Preço. Portanto o objeto não foi fracionado como versa o presente item uma vez que para tanto foi observado o disposto no Art. 15, § IV, da Lei nº 8.66/93 e alterações posteriores.” Análise da Equipe: Em caso análogo, o Tribunal de Contas da União se manifestou, por meio do Acórdão nº 127/2003, in verbis: “9.1. determinar à Prefeitura Municipal de Jacobina/BA que, quando da utilização dos recursos federais advindos do Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE, planeje as compras dos produtos da merenda escolar, mediante prévio processo licitatório, com previsão de execução parcelada do objeto, ou seja, entrega das mercadorias em lotes parciais nos locais, datas e quantidades mais convenientes à Prefeitura, abstendo-se de realizar vários convites e/ou compras diretas, com dispensa de licitação, para objetos idênticos ou semelhantes, de conformidade com os arts. 15, inciso IV e § 7º, inciso II, 22 e 23 da Lei nº 8.666/1993, evitando o fracionamento de despesa, a não ser que a modalidade de licitação escolhida permita, comprovadamente, o melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e a ampliação da competitividade sem perda da economia de escala, nos termos do § 1º do art. 23 da lei acima referida;”

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Diante do exposto, não consideramos satisfatória a justificativa apresentada. Valor Potencial do Prejuízo: R$ 244.728,05

5.2) Documentos de habilitação com prazo de vigência posterior a data da abertura das licitações.

Fato:

Constatamos na Carta Convite nº 013, de 4/5/2004, que a Certidão Negativa de Débito junto ao INSS, da Empresa Comercial Valberto Soares Cardoso, vencedora do certame, data de 2/6/2004 com validade até 31/8/04 e a Certidão de Regularidade do FGTS, datada de 31/5/2004, apresentava data de validade de 31/5/2004 a 29/6/2004, portanto, os referidos documentos estão com as datas posteriores a da abertura das propostas. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de exame na Carta Convite 013/2004. Manifestação do Prefeito: “Com relação a este ponto, estamos enviando Ofício às empresas participantes deste procedimento licitatório, solicitando que sejam enviadas as certidões negativas da regularidade fiscal, emitidas com prazo de validade da época do processo.” Análise da Equipe: Os esclarecimentos apresentados pela Prefeitura Municipal de Pentecoste/CE confirmam que os documentos de comprovação de habilitação da regularidade fiscal do INSS e FGTS, constantes dos processos licitatórios, estavam com os prazos de vigência posteriores as datas de abertura das licitações, portanto, o registro da impropriedade apontada permanece.

5.3) Ausência de atesto do recebimento dos materiais nas notas fiscais.

Fato:

Verificamos que em todas as notas fiscais relativas às aquisições dos gêneros alimentícios, não constam os atestos de recebimentos dos materiais adquiridos, contrariando o que determina o inciso III, § 2º, artigo 63 da Lei nº 4.320/64. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio de exame dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito: “Esclarecemos que houve um erro formal, não intencional, e que em nada acarretou de prejuízo quer financeiro ou operacional ao erário. Informamos que estamos orientando aos setores competentes que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a ela vinculado, bem como, seja aposto o carimbo de atesto por servidor responsável em todas as vias das notas fiscais apresentadas.” Análise da Equipe:

Em que pese a afirmação da Prefeitura de que o fato não ocasionou prejuízo ao erário por referir-se a formalidades, mantém-se o registro da impropriedade, tendo em vista que o atesto de que os materiais foram recebidos deve constar nos documentos comprobatórios das despesas, com a finalidade de cumprir o disposto no inciso III, § 2º, artigo 63 da Lei nº 4.320/64.

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5.4) Composição do Conselho de Alimentação Escolar em desacordo com a legislação em vigor.

Fato: A composição do Conselho de Alimentação Escolar – CAE, nomeado pela Portaria Municipal nº 336, de 20/10/2004, está descumprindo o artigo 12 da Resolução/FNDE/CD nº 38, de 23/8/2004, uma vez que os representantes dos pais e de outros segmentos da sociedade local são professores, coordenador pedagógico e motorista, portanto, vinculados à administração municipal. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de exame na Portaria nº 336, de 20/10/2004 e reunião com os conselheiros realizada em 29/11/2004.

Manifestação do Prefeito: “O ponto de fiscalização procede. A composição do Conselho de Alimentação Escolar foi feita de forma equivocada. Para sanar esta impropriedade, determinamos à Secretaria de Educação que adote as providências necessárias à correção do ponto em apreço.” Análise da Equipe: Os esclarecimentos apresentados pela Prefeitura confirmam o descumprimento ao disposto na legislação do PNAE, razão pela qual mantemos a impropriedade apontada.

5.5) Desempenho insatisfatório do Conselho de Alimentação Escolar.

Fato: Examinando o livro de atas do CAE, verificamos que em 2004 foram realizadas seis reuniões (14/1/2004, 15/10/2004, 19/10/2004, 20/10/2004, 26/10/2004 e 23/11/2004), a primeira foi para aprovar a prestação de contas do PNAE, referente ao exercício de 2003, as outras cinco reuniões foram realizadas para escolher os novos membros do Conselho, inexistindo, portanto, registros acerca do desempenho do CAE quanto às atribuições estabelecidas no artigo 4º da Lei Municipal nº 506, de 25/8/2000 e da Resolução/FNDE/CD/Nº 015, de 16/6/2003 e da Resolução/FNDE/CD/Nº 38, de 23/8/2004. Salientamos que, quando da visita às Escolas Balbina Moreira de Azevedo, Paraíso da Criança e Maria Forte de Freitas, fomos informados pelos professores e merendeiras que nunca foram visitadas e não tinham conhecimento do Conselho de Alimentação Escolar – CAE. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de exame no livro de atas do CAE, reunião com os conselheiros realizada em 29/11/2004 e visita às escolas: Balbina Moreira de Azevedo, Paraíso da Criança e Maria Forte de Freitas.

Manifestação do Prefeito: “Sobre os registros das ações executadas nas escolas, pelo referido Conselho, não atentamos que as mesmas deveriam ser apostas em Atas. Assim sendo, para que as ações do Conselho de Alimentação Escolar tenham efetiva atuação em nosso Município, estamos solicitando, via Ofício, que todas as ações desenvolvidas nas unidades escolares e fora delas sejam registradas nas Atas das respectivas reuniões.” Análise da Equipe:

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Em que pese os esclarecimentos apresentados pela Prefeitura a impropriedade permanece, uma vez que o Conselho não está observando as suas atribuições estabelecidas na Resolução/FNDE/CD/Nº 015, de 16/6/2003 e na Resolução/FNDE/CD/Nº 38, de 23/8/2004, tais como:

a) acompanhamento do processo de licitação de aquisição de alimentos; b) verificação da quantidade e qualidade dos alimentos que chegam às escolas; c) verificação das condições de armazenamento dos alimentos nos depósitos da Prefeitura/Escolas; d) divulgação em locais públicos do montante de recursos financeiros do PNAE transferidos à Prefeitura.

Ademais, em entrevista com professores e merendeiras de escolas municipais constatamos que o CAE não efetua visita às escolas.

5.6) Falta de merenda escolar por aproximadamente cinco dias letivos, por mês, no ano de 2004.

Fato:

Em visita às escolas: Escola de 1º Grau João Rodrigues Cordeiro, Escola Prefeito José Gomes da Silva e Escola Maria Forte de Freitas, localizadas na zona rural, fomos informados pelos professores, merendeiras e alunos que a merenda escolar distribuída não é suficiente para a totalidade dos dias letivos de cada mês, ocorrendo falta de merenda por aproximadamente cinco dias letivos por mês, ou seja, entre uma entrega e outra de gêneros alimentícios. Acrescentamos que, a merendeira e a professora da Escola de 1º Grau João Rodrigues Cordeiro informaram que o cardápio não é seguido porque os gêneros alimentícios entregues são insuficientes para o seu acompanhamento diário. Verificamos, também, falta de merenda na Escola São José, localizada na zona rural, onde formos informados pela Diretora que o motivo da falta de merenda escolar é em função da existência de duas salas com sessenta alunos da Escola Estadual de 1º Grau Etelvina Gomes Bezerra, e que esses alunos estaduais merendam dos gêneros alimentícios entregues à Escola Municipal São José pela Prefeitura de Pentecoste/CE. Constatamos, ainda, no local onde são armazenados os gêneros alimentícios da Escola São José, a existência de seis pacotes de soja vencidos desde 29/6/2004. A merendeira e a professora da escola informaram que esses pacotes foram recebidos no ano passado e que não estão sendo usados no preparo da merenda dos alunos. Informaram, também, que o pacote de soja recebido atualmente é outro. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de visita às escolas, entrevista com professores e merendeiras, registros fotográficos.

Escola São José: seis pacotes de soja vencidos desde 29/6/2004. Manifestação do Prefeito: “Este Município tem uma grande preocupação para que não falte a merenda escolar em suas escolas. O fato apontado se configura como exceção, uma vez se verificou em face ao rigoroso inverno que se abateu sobre a Região, no ano de 2004, com chuvas torrenciais e atípicas para a época, fazendo com que as estradas vicinais que ligam Distritos e comunidades ficassem intransitáveis durante muito dias, dificultando ou impedindo que a distribuição dos gêneros alimentícios fosse possível e inclusive, pelo isolamento de comunidades, resultantes de arrombamentos de pequenos açudes e passagens molhadas, barrando o tráfego de pessoas e veículos. Foi, portanto, um fato isolado que não trouxe prejuízos à educação e aos educandos.” Análise da Equipe: Em que pese as justificativas apresentadas pela Prefeitura Municipal de Pentecoste/CE, a impropriedade permanece, uma vez que de acordo com informações de professores, merendeiras e alunos das três escolas visitadas, a falta de merenda escolar ocorre mensalmente e não apenas no período do inverno. Destaque-se, por pertinente, que a Prefeitura não se manifestou acerca da existência dos seis pacotes de soja vencidos desde 29/6/2004, armazenados na Escola São José, razão pela qual mantemos a impropriedade.

5.7) Gêneros alimentícios comprados com recursos do PNAE entregue em creche que não tem salas do ensino fundamental.

Fato: Em visita ao Centro de Educação Infantil Doquinha Carneiro, localizada na sede do município, fomos informados pela Diretora que desde agosto de 2004 não possuem salas de aula do ensino fundamental, mas continuam recebendo e utilizando, indevidamente, gêneros alimentícios do PNAE destinados ao ensino fundamental. Confirmamos a entrega dos referidos gêneros por meio do documento “Distribuição da Merenda Escolar por Escola PNAE”, relativa aos meses de set e out/2004. Ressaltamos que a referida Escola recebeu, também, gêneros alimentícios do PNAC, conforme guias “Distribuição da Merenda Escolar por Escola PNAC”, relativa aos meses de mar, abr, mai, jun e ago/2004.

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Evidência: O fato foi evidenciado por meio de visita ao Centro de Educação Infantil Doquinha Carneiro, entrevista com a diretora e exame do documento “Distribuição da Merenda Escolar por Escola” do PNAE e Creche.

Manifestação do Prefeito: “O ponto de fiscalização não procede, uma vez que os recursos do PNAE podem ser utilizados na compra de gêneros alimentícios destinados a creches e ao ensino fundamental.” Análise da Equipe:

Sabe-se que serão atendidos pelo PNAE os alunos matriculados na educação infantil oferecida em creches e pré-escolas e no ensino fundamental da rede pública. Mas, o fato questionado é que no Centro de Educação Infantil Doquinha Carneiro não tem sala de aula do ensino fundamental, logo, não tem porque estar recebendo merenda escolar para essa modalidade.

Acrescente-se, que está de acordo com a legislação a distribuição dos gêneros alimentícios

adquiridos com recursos do PNAE destinados aos alunos da creche.

Destaque-se, por pertinente, que quando da visita ao Centro de Educação Infantil Doquinha Carneiro, evidenciamos três guias de distribuição distintas de entrega de gêneros alimentícios, ou seja, duas da Secretaria de Educação (merenda escolar para creche e outra merenda escolar para o ensino fundamental) e uma da Secretaria de Ação Social, adquiridos com recursos do PNAC. Diante do exposto, mantemos o registro da impropriedade. 6 – Programa: Brasil Escolarizado Ação: Apoio à Ampliação da Oferta de Vagas do Ensino Fundamental a Jovens e Adultos – Fazendo Escola. Objetivo da Ação de Governo: Ampliar a oferta de vagas na educação fundamental pública de jovens e adultos e propiciar o atendimento educacional, com qualidade e aproveitamento aos alunos matriculados, por meio de transferência, em caráter suplementar, de recursos financeiros em favor de estados, DF e municípios. Ordem de Serviço: 158754 Objeto Fiscalizado: Formação Continuada de docentes, Remuneração de docentes contratados temporariamente, aquisição de gêneros alimentícios e material didático e atuação do Conselho do Fundef. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste/CE. Qualificação do Instrumento de Transferência: Repasse direto à Prefeitura. Montante de Recursos Financeiros: R$ 106.373,12. Extensão dos exames: Analisado o total dos recursos repassados à Prefeitura Municipal de Pentecoste no exercício de 2004.

6.1) Inserção de peças no processo licitatório com datas posteriores à data da abertura das propostas. Fato: Constatamos que a Carta Convite nº 014/2004, devidamente numerada com numeração seqüencial, apresenta em sua página nº 36, o Certificado de Regularidade do FGTS, cuja data de emissão foi de 27/11/2004, um dia de sábado, dois dias antes do inicio dos trabalhos de fiscalização

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da Controladoria-Geral da União no município, enquanto que a abertura da proposta do convite, constante do Edital, pagina nº 08, data de 21/05/2004. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de exame da Carta Convite 014/2004. Manifestação do Prefeito: “O fato apontado pela equipe de fiscalização procede. Sabedores que este Município foi sorteado para receber os trabalhos de fiscalização da Controladoria-Geral da União, determinamos a todos os Senhores Secretários Municipais o levantamento de todas as pendências na documentação e processos de suas respectivas pastas, sanando, os casos possíveis, as falhas existentes. Quando da análise da Carta Convite nº 014/2003, foi contatada a falta do Certificado de Regularidade para com o FGTS. Da empresa vencedora da licitação. Constatada a falha, solicitamos à Empresa que nos fosse remetida cópia do referido certificado de regularidade, relativo ao período de maio de 2004. A Empresa atendeu a solicitação, enviando o respectivo certificado, emitido, porém com a data atualizada. Recomendamos aos setores competentes e a Comissão de Licitação do Município que erros dessa natureza não venham acontecer.” Análise da Equipe: Os esclarecimentos apresentados pela Prefeitura Municipal de Pentecoste/CE confirmam que os documentos de comprovação de habilitação da regularidade fiscal do INSS e FGTS, constantes dos processos licitatórios, estavam com os prazos de vigência posteriores as datas de abertura das licitações, portanto, o registro da impropriedade apontada permanece.

6.2) Ausência de documentos de comprovação de habilitação da regularidade fiscal e documentos de habilitação com prazo de vigência posterior a data da abertura das licitações.

Fato: Verificamos a ausência, na Carta Convite 034/2004, dos documentos de habilitação de regularidade com INSS e com o FGTS e a certidão de cadastramento de Pessoa Jurídica da Empresa vencedora da licitação, Editora Didática Suplegraf Ltda. Constatamos, também, na Carta Convite nº 014/2004, a ausência da Certidão de Regularidade com o INSS, enquanto que a Certidão de Regularidade com o FGTS data de 27/11/2004, no entanto, a abertura das propostas estabelecida no edital ocorreu em 21/05/2004. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio de exame dos processos licitatórios: Carta Convite 014/2004 e Carta Convite 034/2004. Manifestação do Prefeito: “Estamos enviando Ofício à empresa vencedora do processo licitatório, solicitando as certidões comprobatórias da regularidade fiscal, com prazo de vigência da data da licitação.” Análise da Equipe: Os esclarecimentos apresentados pela Prefeitura Municipal de Pentecoste/CE confirmam que os documentos de comprovação de habilitação da regularidade fiscal do INSS e FGTS, constantes dos processos licitatórios, estavam com os prazos de vigência posteriores as datas de abertura das licitações, portanto, o registro da impropriedade apontada permanece.

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6.3) Ausência de atesto do recebimento dos materiais nas notas fiscais

Fato:

Verificamos que em todas as notas fiscais não constam os atestos de recebimentos dos materiais adquiridos com recursos do programa, contrariando o que determina o inciso III, § 2º, artigo 63 da Lei n.º 4.320/64. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de exame dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito: “Esclarecemos que houve um erro formal, não intencional, e que em nada acarretou de prejuízo quer financeiro ou operacional ao erário. Informamos que estamos orientando aos setores competentes que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a ela vinculado, bem como, seja aposto o carimbo de atesto por servidor responsável em todas as vias das notas fiscais apresentadas.” Análise da Equipe: Em que pese a afirmação da Prefeitura de que o fato não ocasionou prejuízo ao erário por referir-se a formalidades, mantém-se o registro da impropriedade, tendo em vista que o atesto de que os materiais foram recebidos deve constar nos documentos comprobatórios das despesas, com a finalidade de cumprir o disposto no inciso III, § 2º, artigo 63 da Lei n.º 4.320/64.

6.4) Desempenho insatisfatório do Conselho do Fundef no acompanhamento e controle social da execução do Programa Educação de Jovens e Adultos – Fazendo Escola.

Fato: Examinando o livro de atas do Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério - Fundef, verificamos que, nas cinco reuniões realizadas em 2004, não foram discutidos assuntos relativos ao Programa Educação de Jovens e Adultos, fato confirmado pelos conselheiros em reunião realizada em 29/11/2004 com a Equipe de Fiscalização da CGUCE. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de exames do Livro de Atas do Conselho do Fundef (reuniões: 19/2/04, 29/4/04, 17/6/04, 19/8/04, 21/10/04) e entrevista com os conselheiros, realizada no dia 29/11/2004. Manifestação do Prefeito: “Sobre os registros das ações executadas nas escolas, pelo referido Conselho, não atentamos que as mesmas deveriam ser apostas em Atas. Assim sendo, para que as ações do Conselho do Fundef Escolar tenham efetiva atuação em nosso Município, estamos solicitando que todas ações desenvolvidas nas unidades escolares e fora delas sejam registradas nas Atas das respectivas reuniões, especialmente a ações desenvolvidas no âmbito do Programa Educação de Jovens e Adultos.” Análise da Equipe: A alegativa da Prefeitura Municipal de Pentecoste/CE de que não atentou para o registro das ações executadas nas escolas pelo Conselho fossem apostas em atas não pode ser aceita, tendo em vista que os próprios conselheiros afirmaram que não realizam visitas às escolas e que não fazem o acompanhamento e o controle social sobre a transferência e a aplicação dos recursos do

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Programa, conforme estabelecido na Resolução/CD/FNDE/Nº 05, de 2/4/2003 e na Resolução/CD/FNDE/Nº 17, de 22/4/2004. Face ao exposto, permanece a falha conforme registrada.

6.5) Escola com sala de aula noturna do Programa Educação de Jovens e Adultos sem energia elétrica.

Fato: Quando da visita à Escola Maria Forte de Freitas, localizada no Sítio Calumbi, verificamos que a escola não dispõe de energia elétrica, sendo as aulas do Programa Educação de Jovens e Adultos ministradas sob a luz de lampião. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de visita à Escola Maria Forte de Freitas, localizada no Sítio Calumbi e entrevista com a professora da turma da EJA.

Manifestação do Prefeito: “Infelizmente, a Comunidade de Calumbi não dispõe, ainda, de energia elétrica. Para não prejudicar a aprendizagem escolar dos alunos matriculados no turno da noite no EJA não nos resta outra alternativa a não ser a utilização de luz artificial, tipo lampião para a condução das atividades escolares. Reconhecemos que a utilização desta modalidade de iluminação não é a mais apropriada. Estamos envidando esforços junto ao Governo do Estado do Ceará e Coelce para a construção de linhas distribuidora de energia elétrica para a citada Comunidade, beneficiando, assim a referida Escola.” Análise da Equipe: Em que pese a justificativa apresentada pela Prefeitura Municipal de Pentecoste/CE o registro da impropriedade permanece, tendo em vista que ainda não foram efetivadas as ações relacionadas à construção de linhas distribuidora de energia elétrica para a comunidade em referência.

6.6) Sala de aula do Programa Educação de Jovens e Adultos sem aula a três dias.

Fato: Quando da visita à Escola Creche Cantinho do Saber, localizada na sede do Município, às 18:40, do dia 2/12/2004, constatamos que a escola estava fechada. Em entrevista realizada com vizinhos da escola fomos informados que a três dias não há aula. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de visita à Escola Creche Cantinho do Saber e entrevista com vizinhos da escola.

Manifestação do Prefeito: “O fato aconteceu em virtude da celebração da festa da Padroeira do Município, ocasião em que os alunos do EJA não comparecem à sala de aula. Sabedores dessa ausência histórica os diretores das escolas resolveram liberar os referidos alunos para participarem das festividades da Padroeira do Município que acontecem coincidentemente no horário noturno, impedindo a realização das aulas nos cinco dias da semana, que recaem no período da festa.”

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Análise da Equipe: A alegativa da Prefeitura não pode ser aceita tendo em vista que em visita à Escola Creche Paraíso da Criança, situada, também, na sede do Município, em 2/12/2004, às 19:05, período e horário das festividades da padroeira, conforme afirmativa do gestor, constatamos que as aulas estavam sendo realizadas. Ademais, o calendário escolar prevê esses dias como letivos.

6.7) Falta de merendeira para o preparo da merenda escolar destinada aos alunos da Educação de Jovens e Adultos – Programa Fazendo Escola.

Fato: Quando da entrevista realizada com os professores do Programa Fazendo Escola, da Escola Creche Paraíso da Criança, situada na sede do Município, por ocasião de nossa visita em 2/12/2004, às 19:05, fomos informados da inexistência de uma pessoa responsável pelo preparo da merenda escolar noturna, sendo esta preparada pelos próprios professores auxiliados pelos alunos. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de visita à Escola Creche Paraíso da Criança e entrevista com professores. Manifestação do Prefeito: “Face às dificuldades financeiras porque passa este Município, não foi possível a contratação de profissional responsável para o preparo da merenda escolar no turno da noite, quando a Escola Creche Paraíso da Criança recebe aluno do Programa Jovens e Adultos. Ressalte-se que nos turnos manhã e tarde da citada escola existe sempre uma merendeira disponível com carga horária diária de oito, para o preparo da alimentação escolar, a falta de merendeira no turno da noite, contudo não ensejou a suspensão a distribuição da merenda escolar, que é preparada por abnegados professores com ajuda de alguns alunos beneficiários. Estamos envidando esforços para a relocação de funcionário da Secretaria de Educação de outra, para prestar serviços à escola citada como deficiente.” Análise da Equipe: Em que pese a justificativa apresentada pela Prefeitura Municipal de Pentecoste/CE o registro da impropriedade permanece, tendo em vista que cabe à Prefeitura oferecer as condições mínimas necessárias para o desenvolvimento das atividades de preparo da merenda escolar em qualquer turno do dia. 7 – Programa: Brasil Escolarizado Ação: Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar - PNATE. Objetivo da Ação de Governo: Garantir a oferta do transporte escolar aos alunos do Ensino Fundamental público, residentes em área rural, por meio de assistência financeira, em caráter suplementar, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios e aos alunos das escolas de Educação Especial mantidas pelas Organizações Não-Governamentais (ONGs). Ordem de Serviço: 158839 Objeto Fiscalizado: Contratação de serviço de terceiro para transporte escolar no Município. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste/CE. Qualificação do Instrumento de Transferência: Repasse direto à Prefeitura Municipal de Pentecoste. Montante de Recursos Financeiros: R$ 60.175,08. Extensão dos exames: Analisado a totalidade dos recursos repassados pelo FNDE ao Município.

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7.1) Saques efetuados da conta corrente do Programa de Apoio ao Transporte do Escolar - PNATE sem a devida comprovação da despesa. Fato: Foram efetuados saques na conta do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar - PNATE sem a devida comprovação do objeto do gasto, em 24/8/2004, por meio do cheque nº 850023, no valor de R$ 7.898,00, e em 22/9/2004, por meio do cheque nº 850024, no valor de R$ 7.900,00, tendo esses recursos retornado a conta do Programa em 30/9/2004, 37 dias após o saque e em 27/10/2004, 35 dias após o saque, respectivamente. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de análise do extrato da conta corrente do PNATE nº 14.294 e Exposição de motivo de 30/11/2004. Manifestação do Prefeito: Questionada sobre os referidos saques, a Prefeitura se pronunciou através da Exposição de Motivo do Sr. Prefeito, datada de 30/11/2004, afirmando que houve um equívoco ao sacar da conta do PNATE, recursos para pagar aquisição de material de expediente pedagógico, que deveria ser sacado da conta do Programa Salário Educação. Afirma, ainda, que ao perceber o equívoco, providenciaram os depósitos dos recursos sacados na conta do PNATE. Instada, novamente, a se posicionar sobre o fato, por meio do Ofício nº 32.753/CGUCE/CGU-PR, de 15/12/2004, a Prefeitura esclareceu: “O ponto referenciado já foi solucionado uma vez que foram efetuados depósitos na conta do Programa em 30/9/2004 e 27/10/2004, sanando a impropriedade, fato este já verificado e comprovado pela Equipe de Fiscalização.” Análise da Equipe: Tendo em vista que a Prefeitura Municipal de Pentecoste/CE limitou-se a informar que foram efetuados depósitos na conta do Programa em 30/9/2004 e 27/10/2004, o registro da impropriedade deverá ser mantido, uma vez que não foram apresentados documentos que comprovem que essas despesas foram para a aquisição de material de expediente pedagógico referentes ao Programa Salário Educação.

Valor Potencial do Prejuízo: R$ 15.798,00 7.2) Ausência de atesto, nos recibos de pagamento, quanto aos serviços prestados.

Fato:

Verificamos que em todos os recibos de pagamento dos serviços de transporte escolar, não constavam os atestos de que os serviços de transporte dos alunos foram prestados, contrariando o que determina o inciso III, § 2º, artigo 63 da Lei n.º 4.320/64. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de exames dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito: “Com relação ao ponto em apreço, esclarecemos que houve erro formal, não intencional, e que não acarretou qualquer prejuízo, quer financeiro ou operacional, ao erário. Para que fatos desta natureza não venham a acontecer, estamos enviando Memorando aos setores competentes, determinando que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação

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do convênio a elas vinculado, bem como, que seja aposto o “carimbo de atesto”, por servidor responsável, em todas as vias das notas fiscais apresentadas.” Análise da Equipe: Em que pese a afirmação da Prefeitura de que o fato não ocasionou prejuízo ao erário por referir-se a formalidades, mantém-se o registro da impropriedade, tendo em vista que o atesto de que os materiais foram recebidos deve constar nos documentos comprobatórios das despesas, com a finalidade de cumprir o disposto no inciso III, § 2º, artigo 63 da Lei n.º 4.320/64.

7.3) Desempenho insatisfatório do Conselho do Fundef no acompanhamento e controle social da execução do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar - PNATE.

Fato: Examinando o livro de atas do Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério - Fundef, verificamos que nas cinco reuniões realizadas em 2004 não foram discutidos assuntos relativos ao Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar - PNATE, fato confirmado pelos conselheiros em reunião realizada em 29/11/2004, com a Equipe de Fiscalização da CGUCE. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de exames do Livro de Atas do Conselho do Fundef (reuniões: 19/2/04, 29/4/04, 17/6/04, 19/8/04, 21/10/04) e entrevista com os conselheiros, realizada no dia 29/11/2004. Manifestação do Prefeito: “Sobre os registros das ações executadas nas escolas, pelo referido Conselho, não atentamos que as mesmas deveriam ser apostas em Atas. Assim sendo, para que as ações do Conselho do Fundef Escolar tenham efetiva atuação em nosso Município, estamos solicitando que todas ações desenvolvidas nas unidades escolares e fora delas sejam registradas nas Atas das respectivas reuniões, especialmente a ações desenvolvidas, o acompanhamento e exercício do controle social no âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar – PNATE.” Análise da Equipe: A alegativa da Prefeitura Municipal de Pentecoste/CE de que não atentou para o registro das ações executadas nas escolas pelo Conselho fossem apostas em atas não pode ser aceita, tendo em vista que os próprios conselheiros afirmaram que não realizam visitas às escolas e que não fazem o acompanhamento e o controle social sobre a transferência e a aplicação dos recursos do Programa, conforme estabelecido na Resolução/CD/FNDE/Nº 18, de 22/4/2004.

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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE - CE

MINISTÉRIO DO ESPORTE

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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE – CE Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de Governo financiados com recursos federais foi examinada no período de 29/11 a 3/12/2004 a seguinte Ação sob responsabilidade do Ministério do Esporte:

Implantação de Infra-Estrutura Esportiva para uso de Comunidades Carentes

Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução. Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto àqueles sob sua responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, tendo se manifestado em 22/12/2004, cabendo ao Ministério supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades. Ressaltamos que o Município sob análise não vem cumprindo o disposto no artigo 2º da Lei nº 9.452/97, o qual versa sobre a determinação da Prefeitura do Município notificar as Câmaras Municipais, Partidos Políticos, Sindicatos de Trabalhadores e Entidades Empresariais sobre a liberação de recursos por órgãos e entidades da administração federal direta, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. Constatações da Fiscalização 1 – Programa: Esporte Solidário. Ação: Implantação de Infra-Estrutura Esportiva para uso de Comunidades Carentes. Objetivo da Ação de Governo: Tem como objetivo a implantação de infra-estrutura esportiva em comunidades carentes (construção de quadras, ginásios, dentre outras instalações e espaços esportivos) como forma de contribuir para a inserção social e de fomento às práticas esportivas, com vistas a propiciar maior integração social e melhorar a qualidade de vida de pessoas carentes. Ordem de Serviço: 158402 Objeto Fiscalizado: Construção do ginásio coberto poliesportivo de Pentecoste. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Contrato de Repasse nº 119.423-14. Montante de Recursos Financeiros: R$ 167.426,86. Extensão dos Exames: R$ 167.426,86.

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1.1) Ausência de regularidade fiscal da empresa vencedora do certame. Fato:

Na análise do processo licitatório referente à Tomada de Preços nº 001/2001, constatamos a ausência do documento relativo à comprovação de regularidade fiscal da empresa vencedora do certame, Libra Construções Ltda. (CNPJ: 04.487.569/0001-84), quanto à Certidão de Quitação de Tributos Federais (CQTF) fornecida pela Secretaria da Receita Federal (SRF), conforme exigência do inciso IV do art. 27, c/c os incisos III e IV do art. 29 da Lei 8666/93. Evidência:

Os fatos foram evidenciados por meio da análise do processo licitatório. Manifestação do Prefeito “A ausência de documentos no processo licitatório – Tomada de Preços nº 001/2001 – referentes à regularidade fiscal do licitante, procede, uma vez que no processo licitatório em epígrafe, não consta a Certidão Negativa quanto à Quitação de Tributos Federais. Estamos enviando Ofício à empresa vencedora da licitação solicitando a certidão referenciada.” Análise da Equipe Em que pese a providência adotada pela Prefeitura, solicitando da empresa a certidão negativa em pauta, mantemos a ressalva referente ao ponto de fiscalização, visto que a falha não foi corrigida.

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MUNICÍPIO DE PENTECOSTE - CE

MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES

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Sorteio de Unidades Municipais

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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE – CE

Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de Governo financiados com recursos federais e também Programas cujos serviços são prestados em regime de concessão, autorização ou permissão, foram examinadas, no período de 29/11 a 3/12/2004, as seguintes Ações sob responsabilidade do Ministério das Comunicações:

Fiscalização da Prestação dos Serviços de Telecomunicações.

Fiscalização da Universalização dos Serviços de Telecomunicações.

Operação do Sistema de Acesso a Serviços Públicos por Meio Eletrônico. Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração

Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, inclusive sob o regime de concessão, contempla, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos legais, regulamentares e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução. Constatações da Fiscalização 1 – Programa: Oferta dos Serviços de Telecomunicações. Ação: Fiscalização da Prestação dos Serviços de Telecomunicações. Objetivo da Ação de Governo: Garantir a qualidade na prestação dos serviços de telefonia fixa comutada. Ordem de Serviço: 157845. Objeto Fiscalizado: Existência de atendimento pessoal ao usuário. Agente Executor Local: Concessionária do Serviço de Telefônico Fixo Comutado na Região do Plano Geral de Outorga na qual se insere o município. Qualificação do Instrumento de Transferência: Não se aplica. Montante de Recursos Financeiros: Não se aplica. Extensão dos exames: Modalidade de atendimento pessoal a usuários. 1.1) Inexistência de posto de atendimento pessoal a usuários do Serviço Telefônico Fixo Comutado-STFC. Fato:

Verificamos que, no Município de Pentecoste/CE, não existe posto telefônico destinado ao atendimento pessoal aos usuários, de acordo com informações obtidas por meio de entrevistas com a população e Ofício nº 173/2004, de 3/12/2004, assinado pelo Prefeito de Pentecoste, em resposta ao Ofício nº 30559/API/CGUCE/CG-PR, de 25/11/2004. Ressaltamos que não existem outros meios de atendimento pessoal aos usuários do serviço. Evidência:

Entrevista com funcionários do município e Ofício nº 173/2004, de 3/12/2004, assinado pelo Prefeito de Pentecoste, em resposta ao Ofício nº 30559/API/CGUCE/CG-PR, de 25/11/2004..

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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE - CE

MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

14º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos Sorteio de Unidades Municipais

17/NOVEMBRO/2004

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Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE – CE

Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de Governo financiados com recursos federais foram examinadas, no período de 29/11 a 3/12/2004, as seguintes Ações sob responsabilidade do Ministério da Previdência Social:

Pagamento de Aposentadorias/Pagamento de Pensões.

Fiscalização do Recolhimento das Contribuições Previdenciárias. Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração

Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução.

Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto àqueles sob sua responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, tendo se manifestado em 22/12/2004, cabendo ao Ministério supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades.

Constatações da Fiscalização

1 – Programa: Previdência Social Básica Ação: Pagamento de Aposentadorias/Pagamento de Pensões. Objetivo da Ação de Governo: Garantir o reconhecimento e o pagamento de direitos previdenciários previstos em lei. Objeto Fiscalizado: Informações de óbitos registradas no Livro “C” em confronto com as informações do SISOBI. Ordem de Serviço nº: 158706 Agente Executor Local: Cartório do 1º Ofício João Gomes da Silva de Pentecoste e Cartório de Registro Civil Verçosa. Qualificação do Instrumento de Transferência: Não se aplica. Montante de Recursos Financeiros Aplicados: Não se aplica. Extensão dos exames: Exame dos termos de óbitos lançados no Livro “C” do Cartório, em confronto com a relação do SISOBI relativo ao período compreendido entre janeiro de 2002 a agosto de 2004. 1.1) Óbitos registrados no Livro “C” do Cartório João Gomes da Silva de Pentecoste, que não constam na relação do SISOBI. Fato:

Verificamos o registro de 21 óbitos, lançados no Livro “C” do Cartório de 1º Ofício João Gomes da Silva – Pentecoste/Ce, que não foram informados para o INSS, ou seja, não constam da relação extraída do SISOBI, referente ao período de agosto de 2004, conforme discriminado a seguir:

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Número do Termo: 3060 Número da Folha: 71 Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 3/8/2004 Nome do Falecido: Manoel Nery de Sousa Nome da Mãe: Luíza Nery da Conceição Data do Nascimento: 2/4/1942 Data do Óbito: 27/7/2004 Número do benefício da Previdência Social: 1252840869 Número do CPF: 863.735.363-00 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 3061 Número da Folha: 71v Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 4/8/2004 Nome do Falecido: José Moreira Neto Nome da Mãe: Maria Penha da Conceição Data do Nascimento: 21/8/1924 Data do Óbito: 30/7/2004 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: 093.053.193-00 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 3062 Número da Folha: 71v Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 5/8/2004 Nome do Falecido: Maria Sousa da Silva Nome da Mãe: Luisa Barbosa dos Santos Data do Nascimento: 31/3/1948 Data do Óbito: 22/1/1999 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: 366.022.133-34 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 3063 Número da Folha: 72 Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 9/8/2004 Nome do Falecido: Junília Ribeiro da Silva Nome da Mãe: Francisca Ribeiro de Paiva Data do Nascimento: 6/7/1924 Data do Óbito: 2/8/2004 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: 369.981.413-00 ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Número do Termo: 3064 Número da Folha: 72 Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 10/8/2004 Nome do Falecido: Raimundo Cardoso Maciel Nome da Mãe: Felizarda Maria da Conceição Data do Nascimento: 14/9/1914 Data do Óbito: 14/2/2002 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: - ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 3065 Número da Folha: 72v Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 10/8/2004 Nome do Falecido: Felicidade Ferreira Cruz Nome da Mãe: Joana Ferreira do Nascimento Data do Nascimento: 17/4/1931 Data do Óbito: 25/6/2004 Número do benefício da Previdência Social: 756391407 Número do CPF: 682.783.303-87 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 3066 Número da Folha: 72v Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 10/8/2004 Nome do Falecido: Isaura Freitas de Castro Nome da Mãe: Teresa Silva Freitas Data do Nascimento: 7/12/1923 Data do Óbito: 5/8/2004 Número do benefício da Previdência Social: 11346012509 Número do CPF: 532.922.003-34 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 3067 Número da Folha: 73 Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 10/8/2004 Nome do Falecido: Manoel Basílio da Silva Nome da Mãe: Maria Joaquina Basílio Data do Nascimento: 7/1/1927 Data do Óbito: 30/7/2004 Número do benefício da Previdência Social: 11522597365 Número do CPF: 774.386.633-53 Número do Termo: 3068 Número da Folha: 73 Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 10/8/2004

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Nome do Falecido: Francisco Braga da Costa Nome da Mãe: Maria Braga Feitosa Data do Nascimento: 16/8/1910 Data do Óbito: 5/8/2004 Número do benefício da Previdência Social: 115226245-08 Número do CPF: 682.779.703-15 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 3069 Número da Folha: 73v Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 12/8/2004 Nome do Falecido: Maria Rodrigues Pereira Nome da Mãe: Francisca do Nascimento Data do Nascimento: 11/3/1911 Data do Óbito: 5/8/2004 Número do benefício da Previdência Social: 0503481025 Número do CPF: 775.271353-87 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 3070 Número da Folha: 73v Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 13/8/2004 Nome do Falecido: Francisco de Assis Paulino de Castro Nome da Mãe: Maria da Penha Paulino de Castro Data do Nascimento: 22/4/1974 Data do Óbito: 31/7/2004 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: - ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 3071 Número da Folha: 74 Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 16/8/2004 Nome do Falecido: Raimundo Quitéria da Silva Nome da Mãe: Maria Gregoriana das Conceição Data do Nascimento: 5/3/1921 Data do Óbito: 12/8/2004 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: 049.775.053-87 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 3072 Número da Folha: 74 Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 18/8/2004 Nome do Falecido: Sebastião Ferreira de Sousa Nome da Mãe: Francisca Sousa Ferreira Data do Nascimento: 11/9/1929

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Data do Óbito: 13/8/2004 Número do benefício da Previdência Social: 11344306319 Número do CPF: 544.461983-00 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 3073 Número da Folha: 74v Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 20/8/2004 Nome do Falecido: José Nicodemos Alves de Sousa Nome da Mãe: Izabel de Sousa Alves Data do Nascimento: 3/9/1968 Data do Óbito: 9/8/2004 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: - ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 3074 Número da Folha: 74v Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 24/8/2004 Nome do Falecido: Antônio Ribeiro de Paiva Nome da Mãe: Francisca Ribeiro de Paiva Data do Nascimento: 30/6/1913 Data do Óbito: 23/8/2004 Número do benefício da Previdência Social: 0503287253 Número do CPF: - ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 3075 Número da Folha: 75 Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 24/8/2004 Nome do Falecido: Maria de Fátima Ribeiro de Sousa Nome da Mãe: Alexandrina Ribeiro de Sousa Data do Nascimento: 25/12/1955 Data do Óbito: 6/7/2004 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: 430.225.963-91 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 3076 Número da Folha: 75 Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 27/8/2004 Nome do Falecido: Luís Araújo da Silva Nome da Mãe: Josefa da Cunha Araújo Data do Nascimento: 24/1/1922 Data do Óbito: 15/8/2004 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: 532.894.043-15

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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 3077 Número da Folha: 75v Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 27/8/2004 Nome do Falecido: Isabel Moreira da Silva Nome da Mãe: Florinda Pereira dos Santos Data do Nascimento: 4/7/1921 Data do Óbito: 15/8/2004 Número do benefício da Previdência Social: 16762003266 Número do CPF: 53291875320 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 3078 Número da Folha: 75v Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 30/8/2004 Nome do Falecido: Cláudia Maria de Sousa Nome da Mãe: Maria Mirian de Sousa Data do Nascimento: 26/10/1979 Data do Óbito: 18/8/2004 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: 006.724.063-14 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 3079 Número da Folha: 76 Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 31/8/2004 Nome do Falecido: Maria Gorette Costa dos Santos Nome da Mãe: Maria Costa dos Santos Data do Nascimento: 10/5/1961 Data do Óbito: 20/8/2004 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: 018.364.793-95 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 3080 Número da Folha: 76 Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 31/8/2004 Nome do Falecido: Francisco Jairo de Souza Simplício Nome da Mãe: Francisca Helionora de Souza Simplício Data do Nascimento: 13/7/1970 Data do Óbito: 18/7/2004 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Questionado sobre as divergências supracitadas, o Cartório João Gomes da Silva – Pentecoste, informou por meio do Ofício 44/2004, de 2/12/2004, “que os registros de óbitos relativos aos períodos de agosto a outubro de 2004, ainda não foi enviado por não termos Internet em nosso Cartório e o INSS não aceitar mais o envio de formulários”. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio de exame no Livro “C” do Cartório e na relação do SISOBI e Ofício 44/2004, de 2/12/2004. 1.2 ) Óbitos registrados no Livro “C” do Cartório de Registro Civil de Verçosa, que não constam na relação do SISOBI. Fato:

Verificamos o registro de 12 óbitos, lançados no Livro “C” do Cartório de Registro Civil de Verçosa, que não foram informados para o INSS, ou seja não constam da relação extraída do SISOBI, referente ao período de janeiro de 2002 a agosto de 2004: Número do Termo: 752 Número da Folha: 87v Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 10/1/2002 Nome do Falecido: Marcilene Barbosa Barroso Nome da Mãe: Maria Luiza Barbosa Data do Nascimento: 8/6/1996 Data do Óbito: 28/01/2003 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: - ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 753 Número da Folha: 88v Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 6/1/2003 Nome do Falecido: Amadeu Anastácio da Silva Nome da Mãe: Hermínia Vieira da Silva Data do Nascimento: 27/8/1922 Data do Óbito: 4/1/2003 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: - ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Número do Termo: 754 Número da Folha: 89 Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 10/2/2003 Nome do Falecido: Luis Sérgio dos Santos Sousa Nome da Mãe: Maria Júlia dos Santos Data do Nascimento: 15/11/1958 Data do Óbito: 27/2/2002

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Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: - ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 755 Número da Folha: 89v Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 14/3/2003 Nome do Falecido: Margarida de Macedo Teixeira Nome da Mãe: Francisca Cavalcante Macedo Data do Nascimento: 9/4/1929 Data do Óbito: 6/3/2003 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: - --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 756 Número da Folha: 90 Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 17/3/2003 Nome do Falecido: Cristóvão Miguel de Brito Nome da Mãe: Maria de Brito Miguel da Conceição Data do Nascimento: 2/8/1961 Data do Óbito: 9/3/2003 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: - -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 757 Número da Folha: 90v Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 18/3/2003 Nome do Falecido: Manoel Iranildo Rocha de Castro Nome da Mãe: Maria Júlia Rocha de Castro Data do Nascimento: 30/5/1967 Data do Óbito: 26/1/2003 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: - -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 758 Número da Folha: 91 Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 3/4/2003 Nome do Falecido: Antônio Nogueira de Sousa Nome da Mãe: Maria Nogueira de Sousa Data do Nascimento: 20/10/1965 Data do Óbito: 30/3/2003 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: -

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 759 Número da Folha: 91v Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 6/5/2003 Nome do Falecido: Raimundo Nonato Félix Gomes Nome da Mãe: Maria Félix Gomes Data do Nascimento: 15/12/1956 Data do Óbito: 27/4/2003 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: -

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 760 Número da Folha: 92 Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 8/5/2003 Nome do Falecido: Raimundo Bezerra da Silva Nome da Mãe: Francisca Maria da Conceição Data do Nascimento: 22/6/1914 Data do Óbito: 5/5/2003 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: -

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 761 Número da Folha: 92v Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 26/9/2003 Nome do Falecido: Jorge Alberto Pontes Ferreira Nome da Mãe: Eroniza Moura Pontes Data do Nascimento: 8/9/1984 Data do Óbito: 17/5/2003 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: -

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Número do Termo: 780 Número da Folha: 4 Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 2/8/2004 Nome do Falecido: Maria Betiza Moreira Nome da Mãe: Josefa Moreira de Sousa Data do Nascimento: 5/7/1912 Data do Óbito: 16/6/2004 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: -

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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Número do Termo: 781 Número da Folha: 5 Número do Livro: C Data do lançamento do registro: 10/8/2004 Nome do Falecido: Maria dos Anjos da Silva Nome da Mãe: Maria Alves Fernandes da Silva Data do Nascimento: 2/6/1922 Data do Óbito: 7/8/2004 Número do benefício da Previdência Social: - Número do CPF: -

Questionado sobre as divergências supracitadas, o Cartório Verçosa informou que os óbitos,

referentes aos exercícios de 2002, 2003 a 2004, foram encaminhados ao INSS por meio de formulários e via Internet, porém, não foram apresentados, a esta Equipe de Fiscalização, os comprovantes de entrega dos registros ao INSS. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio de exame no Livro “C” do Cartório e na relação do SISOBI. 1.3) Ausência de registro de benefício de aposentadoria ou CPF no SISOBI, embora constem no Livro “C” dos Cartórios visitados.

Fato: Verificamos a ausência do registro do número do benefício da Previdência Social ou do CPF na

planilha enviada a esta CGUCE, disponibilizada pelo SISOBI, conforme discriminado a seguir:

Cartório do 1º Ofício João Gomes da Silva de Pentecoste Termo Folha Benefício Nome do falecido CPF

2723 186 16763535113 João Matos de Paiva 370.008.373-492726 186v 0904051684 Francisco Fernandes Braga -2727 187 16762121358 José Facundo Cavalcante -2731 188 16763990554 Beatriz Soares dos Santos -2732 188 1075122195 Francisco Lopes Pereira 585.048.503-152733 188v 904067106 Antônio Victor Xavier 774.244.843-202736 189 0952892839 José Pereira dos Santos 532.899.513-912737 189v 0503322121 Maria Ferreira de Jesus -2738 189v 0904074439 Raimundo Dias Sousa -2740 190v 11344305460 Rita Alves da Silva 532.886.103-532742 190v 16763158441 Raimunda Santos Pereira -2743 191 16761875782 Amélia Bezerra Luz -2744 191 0989801039 Raimundo Rodrigues de Sousa 507.439.293-492746 192 0903430649 Luiz de França Sousa 548.323.143-002747 192 11344306092 Maria Lenir Soares Guimarães 561.234.263-202748 192 0904077039 José de Assis Holanda 772.182.993-342750 192v 11522549620 Américo Alves de Lima 154.069.893-912751 193 904046974 Adelina Rodrigues Teixeira -2752 193 0952377322 José Soares Gama -2759 195 0924211318 Manoel Ferreira Filho -

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Cartório do 1º Ofício João Gomes da Silva de Pentecoste Termo Folha Benefício Nome do falecido CPF

2761 195v 0952894203 José de Sousa Castro 899.603.433-912766 196v 0904069192 Braz Lopes da Silva 771.149.813-682768 197 16761855340 Maria Rodrigues -2769 197v 10678741988 Francisco Mendes de Sousa 532.892.003-102770 197 16765128604 Laura de Freitas Silva 367.538.743-722771 198 904066800 José Soares de Moura -2773 198 0503282944 Antônio Rogério Furtado 021.554.943-002774 198 1229181854 Pedro Ramos dos Santos -2775 199 1204556005 João Gomes dos Santos 548.325.193-872776 199 0952895080 Eneas Firmiano Filho 772.452.103-492777 199v 0952893460 Vicente Saraiva de Moura 860.567.003-722778 199v 1116465610 Francisca Gomes Alves -2779 200 997200621207 João Saraiva Rocha 324.137.503-042781 200v 1245389537 Manoel Mota Castro 052.209.123-722789 202v 16762121366 Verdiano Pereira Lima 485.270.843-682790 202v 16775522518 Tiago Acácio dos Santos 548.366.113-342791 203 11934350928 Josefa da Silva Alves 712.529.833-872792 204 16764958875 Altina Ferreira da Silva 221.348.593-342796 204 16763610158 Arquilina Ferreira César 685.137.983-042803 206 16761848033 Plautilha Ferreira Nunes 091.546.803-442806 206 11350058330 Daniel Soares dos Santos -2809 207v 0518980995 Antônio Sulino Filho -2810 207 1237942591 Vicente Soares Guimarães 218.439.293-682814 208 11344305010 Benício Delfino de Sousa 369.886.263-872815 209 16763661046 Francisca Mendes da Costa -2818 209v 16762154108 Francisca Braga de Sousa 366.048.443-152819 210 11345876720 João Lopes de Sousa 115194366-002821 210v 11524955285 Francisco Rodrigues Medeiro 093.004.493-202831 213 16765955233 Francisca Barbosa de Sousa -2833 213v 11527301715 Raimundo Inácio Farias -2834 213v 16763113995 Maria Lopes da Silva -2837 214v 16765027611 José Rodrigues Feijó -2838 214v 11344305681 Antônio Elias Teixeira -2839 215 94011301512 Francisca de Mesquita Braga -2840 215 16762774343 Raimundo Ferreira -2844 216 11380201653 Júlio Felix de Moura -2847 217 11344305851 Maria Zilmar Alves Teixeira -2851 218 11525283949 Vicente Lopes Ferreira -2853 218v 11603836670 Luiz Paulo dos Santos -2865 221v 11352514170 José Marques Correia -2867 222 11380200509 Expedito Saraiva dos Santos -2868 222 0947368760 Rita Bernardino de Matos -2869 222v 16762774769 Aderaldo Pereira de Sousa -2870 222v 11517804978 Antônio Bernardo Mendes -2873 223v 11346013017 Sebastião Rodrigues Teixeira -2875 224 16775522888 Raimundo Viana Duarte -

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Cartório do 1º Ofício João Gomes da Silva de Pentecoste Termo Folha Benefício Nome do falecido CPF

2877 24v 11333727423 Maria de Sousa Holanda -2879 225 11548116992 Edmilson Firmino de Sousa -2881 225v 16762121404 Geralda Pereira de Sousa -2889 227v 1213448759 Maria de Fátima Alves de Freitas -2890 228 16763173173 Luiza Soares Paiva -2895 229 6765171267 Francisco Furtado de Oliveira -2896 229v 16766588382 Ana Paula Nogueira de Sousa -2897 229v 11531471271 Valdemiro Rodrigues -2907 232 11407569079 José Ferreira Neto -2910 233 16762154817 Maria de Sousa Chaves -2911 233v 16764477990 José Antônio Domingos de Oliveira -2913 234 11524644999 José Cezar de Souza -2915 234v 11366929955 Maria José de Souza Lima -2916 234v 16762012044 Antônio Moreno de Sousa -2919 235v 1245385639 Rita Lira da Silva -2920 236 11524438540 José Paulo da Silva -2921 236 11522595575 Raimundo Coelho Araújo -2927 237v 1027781583 Raimundo Alberto de Sousa -2934 239v 16761848351 Francisca Gomes Lopes -2936 240 11522596547 Valentim José da Costa -2937 240 16762553649 Diva Flurindo da Silva -2939 241 115264566812 José Geraldo Moreira -2943 242 11531505311 Adonias Ferreira Pinto -2946 242v 11522595745 Domingos Lopes de Freitas -2947 243 11522593645 Raimunda Lopes Tabosa -2948 243 16762743561 Luiza Maria da Conceição de Lima -2950 243v 11344306343 Pedro Teixeira Moraes -2952 244 16765673912 Cícero Mendes do Nascimento -2954 244v 11733433800 Cícero Furtado de Castro -2956 245 11345876054 Evaristo Pereira da Silva -2958 245v 16761848190 Izabel Guimarães de Castro -2959 246 11527301308 Francisco Paulino Jucá -2961 246v 16763113979 Rita Nogueira Lima -2962 246v 11524208579 Plausidio Gomes dos Santos -2963 247 11527301464 Francisco Salvador de Sousa -2964 247 0438200470 José Moreira da Silva -2966 247v 11522634295 José Floriano de Souza -2967 248 16763146486 Brasilina Vital de Souza -2970 248v 11603829878 Antônio Anselmo da Fé -2971 249 16778231581 José Geraldo Pessoa -2973 249v 16761849692 Maria Socorro Nunes -2977 250v 16768746854 Raimundo Queiroz Silva -2979 251 1109110682 Maria Neuza Ferreira Castro -2980 251 11527217803 Josefa de Sousa Menezes -2983 252 11527217781 Antônio Ferreira da Silva -2984 252 1093764209 Adelaide de Oliveira Barbosa -

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Cartório do 1º Ofício João Gomes da Silva de Pentecoste Termo Folha Benefício Nome do falecido CPF

2986 252v 11517786333 Francelino Florêncio de Sousa -2987 253 16762154868 Maria Aguiar dos Santos -2995 255 16763313447 Maria de Lourdes Souza -2996 255 11517154223 Francisco Ferreira Lima -2997 255v 11526456863 Cristina Gomes da Silva -3001 256v 11522594595 Francisco Monteiro Maciel -3002 256v 11527180926 Raimunda Ferreira de Abreu -3004 257 16766666928 Hilda Jerônimo de Sousa -3006 257v 11407570255 Joaquina Soares dos Santos -3013 259v 11525384192 José Barbosa de Melo -3017 260v 16762747192 Otilia Florêncio Braga -3019 261 11524438531 Ana Alves de Araújo -3020 261 16761983399 Pedro Nicodemus Soares Guimarães -3025 262v 11522596067 Manoel Alexandre Alves -3027 263 11522597160 Pedro Soares de Sales -3030 263v 11600259752 Maria da Rocha Lima -3036 265 11522593238 Raimundo Ferreira de Mesquita -3037 265v 11603839148 Raimundo Ramos de Oliveira -3045 267v 11531466006 Pedro Benedito Gomes -3052 269 16761848289 Margarida de Sousa Alves -3055 270 11525820677 Raimunda Maria da Conceição3059 371 11530954902 Francisco Pedro Saraiva -2898 230 16761849536 Gertrudes Barboza Guimarães -2899 230 11524356284 Joana Henrique Pereira -

Cartório de Registro Civil Verçosa734 76 0567810208 Raimundo Moreira da Silva -735 77 0567807207 Zacarias Ricardo de Macedo -737 78 16763107766 Maria Ferreira dos Santos -738 79 503237701 Antônia Maria da Conceição -739 79 0903370336 Maria do Espírito Santo -740 80 0937383813 Antônia Pereira Barros -741 81 0601599250 Elizeu Vieira de Andrade -742 81 0952314552 Expedito Severino de Freitas 867.339.15391744 82 11524205014 Manoel Francisco dos Santos -748 85 11333727440 Maria Madalena de Moura - Evidência:

O fato foi evidenciado por meio de exame no Livro “C” do Cartório e na relação extraída do SISOBI. 1.4) Atraso na comunicação de óbitos ao INSS pelo Cartório de 1º Ofício João Gomes da Silva – Pentecoste/CE. Fato:

O Cartório de 1º Ofício João Gomes da Costa não está comunicando ao INSS, até o dia dez de cada mês, o registro dos óbitos do mês imediatamente anterior, de acordo com o previsto no item 3.7

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do Anexo I da Portaria MPAS nº 847, de 19/3/2001 e art. 68 da Lei nº 8.870, de 15/4/1994, conforme o quadro a seguir: Mês de Competência Data do comprovante de envio Jan/2002 17/4/2002 Fev/2002 17/4/2002 Mar/2002 17/4/2002 Abr/2002 10/6/2002 Jul/2002 19/9/2002 Ago/2002 19/9/2002 Mês de Competência Data do comprovante de envio Jan/2003 15/7/2004 Fev/2003 20/8/2004 Mar/ 2003 20/8/2004 Abr/2003 27/8/2004 Mai/2003 27/8/2004 Jun/2003 27/8/2004 Jul/2003 27/8/2004 Ago/2003 27/8/2004 Set/2003 27/8/2004 Out/2003 27/8/2004 Nov/2003 27/8/2004 Dez/2003 27/8/2004 Jan/2004 30/8/2004 Fev/2004 30/8/2004 Mar/2004 31/8/2004 Abr/2004 31/8/2004 Mai/2004 31/8/2004 Jun/2004 31/8/2004 Jul/2004 31/8/2004 Questionado sobre o atraso das informações, o Cartório João Gomes da Silva – Pentecoste, informou por meio do Ofício 44/2004, de 2/12/2004,“ que a relação de óbitos relativa aos períodos de janeiro, fevereiro, março, abril, julho e agosto de 2002, foram enviados em formulários fora do prazo por acúmulo de trabalho. Os registros de janeiro a dezembro de 2003 e os de janeiro a julho de 2004, foram enviados ao INSS, por disquete através do correio local, não sendo constatado junto ao referido Órgão, seu recebimento e em decorrência desse fato fomos obrigados a remeter nova relação via Internet em data de 20, 27, 30 e 31 de agosto de 2004, justificando portando o retardamento do envio da relação de óbitos do mencionado período. Os óbitos registrados de agosto a outubro de 2004, ainda não foram enviados por não termos Internet em nosso Cartório e o INSS não aceitar mais envio de registros em formulários”. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio de exame nos recibos de encaminhamento dos formulários de óbitos ao INSS.

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1.5) Atraso na comunicação de óbitos ao INSS pelo Cartório de Registro Civil Verçosa.

Fato: O Cartório de Registro Civil Verçosa não está comunicando ao INSS, até o dia dez de cada mês,

o registro dos óbitos do mês imediatamente anterior, de acordo com o previsto no item 3.7 do Anexo I da Portaria MPAS nº 847, de 19/3/2001 e art. 68 da Lei nº 8.870, de 15/4/1994, conforme o quadro a seguir:

Cartório de Registro Civil VerçosaMês de Competência Data do comprovante de envioJan/2004 2/12/2004 Fev/2004 2/12/2004 Mar/2004 2/12/2004 Abr/2004 2/12/2004 Mai/2004 2/12/2004 Jun/2004 2/12/2004 Jul/2004 2/12/2004 Ago/2004 2/12/2004 Set/2004 2/12/2004 Out/2004 2/12/2004 Nov/2004 2/12/2004 Evidência:

O fato foi evidenciado por meio de exame nos recibos de encaminhamento dos formulários de óbitos ao INSS 1.6) Divergência entre dados do Livro “C” do Cartório João Gomes da Silva - Pentecoste e do SISOBI, em relação à data de nascimento de falecido. Fato:

Verificamos divergência na data de nascimento de falecido, quando comparados os dados do SISOBI e os registrados no Livro “C”, conforme discriminado a seguir:

Nome do falecido Termo Nº Data do Nascimento - SISOBI Data do Nascimento - Livro “C”Luiz Paulo dos Santos 2853 22/06/1968 22/06/1938José Marques Correia 2865 02/06/1960 02/06/1930Francisco José da Silva 3040 08/12/1932 08/12/1923 Evidência:

O fato foi evidenciado por meio de exame do Livro “C” do Cartório e a relação fornecida pelo SISOBI.

1.7) Divergência entre dados do Livro “C” do Cartório de Registro Civil Verçosa e do SISOBI, em relação à data de nascimento de falecido. Fato:

Verificamos divergência na data de nascimento de falecido, quando comparados os dados do SISOBI e os registrados no Livro “C”, conforme discriminado a seguir:

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Nome do falecido Termo Nº Data do Nascimento-SISOBI Data do Nascimento-Livro “C”

Raimundo Moreira da Silva 734 27/09/1930 17/09/1930 Manoel Francisco do Santos 744 10/09/1913 10/12/1913 Maria Madalena de Moura 748 02/08/1937 08/08/1937 José Monteiro de Freitas 765 27/02/1925 17/02/1925 Evidência:

O fato foi evidenciado por meio de exame do Livro “C” do Cartório e a relação fornecida pelo SISOBI.

1.8) Divergência entre dados do Livro “C” do Cartório de Registro Civil Verçosa e do SISOBI, em relação à data de lavratura de falecido. Fato:

Verificamos divergência na data de lavratura de falecido, quando comparados os dados do SISOBI e os registrados no Livro “C”, conforme discriminado a seguir:

Nome do falecido Termo Nº Data de Lavratura-SISOBI Data de Lavratura-Livro “C”Francisco Marques Freire 768 28/07/2003 11/12/2004 Iva Batista de Sousa 769 05/02/2004 13/02/2004 José Ramos de Andrade 770 03/03/2004 09/03/2004 Lourencio Martins de Mesquita 771 27/12/2003 15/03/2004 José Onório de Abreu 772 15/03/2004 24/03/2004 José Matos de Sousa 773 04/04/2004 15/04/2004 Edith Felix de Moraes 774 18/04/2004 22/04/2004 Luiza Gomes dos Santos 775 19/04/2004 26/04/2004 Jo´se Ananias de Oliveira 776 24/06/2004 04/06/2004 Maria Rafaeli de Araujo Freitas 777 31/05/2004 09/06/2004 João Paulo Moura de Oliveira 778 30/06/2004 14/07/2004 Raimundo André Soares 779 16/07/2004 20/07/2004

Evidência:

O fato foi evidenciado por meio de exame do Livro “C” do Cartório e a relação fornecida pelo SISOBI.

1.9) Óbito registrado na relação extraída do SISOBI e que não consta no Livro “C” do Cartório de registro Civil Verçosa.

Fato: Verificamos o registro de um óbito na relação SISOBI e que não consta no Livro “C”, referente

a agosto de 2002, conforme discriminado a seguir:.

Nº Termo Nº Folha Lavratura Beneficio Nome do falecido 496 116 09/08/2002 - Maria Francisca da Silva

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Evidência:

O fato foi evidenciado por meio do exame do Livro “C” do Cartório e a relação fornecida pelo SISOBI. 2 - Programa: Previdência Social Básica. Ação: Pagamento de Aposentadorias/Pagamento de Pensões. Objetivo da Ação de Governo: Garantir o reconhecimento e o pagamento de direitos previdenciários previstos em lei. Ordem de Serviço: 158444 Objeto Fiscalizado: Avaliar aposentadorias de pessoas com 90 anos de idade ou mais e com mais de 30 anos de recebimento. Agente Executor Local: Não se aplica. Qualificação do Instrumento de Transferência: Não se aplica. Montante de Recursos Financeiros Aplicados: R$ 4.539,32. Extensão dos exames: Visita a treze de um total de vinte endereços, constantes da relação, enviada a esta CGU, de beneficiários do INSS, com idade acima de 90 anos e mais de 30 anos de (DIB) do Município de Pentecoste - CE.

2.1) Beneficiários não localizados nos endereços registrados no banco de dados do INSS. Fato: Verificamos a existência de informações constantes da relação do INSS enviada a esta CGU que divergem das coletadas junto à comunidade, quais sejam: os beneficiários de nº 0904061191 e 0904050327 residem, atualmente nos Municípios de Fortaleza e Caridade, respectivamente. Ademais, os beneficiários de nº 0904045420, 0904046370, 0904068030, 0904044220 e 0904053482 não foram localizados. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de entrevistas realizadas junto à comunidade e consultas realizadas na Companhia de Águas e Esgotos do Ceará e à Empresa Correios do Brasil S.A.

2.2) Beneficiários falecidos sem o óbito ter sido registrado em cartório. Fato: Verificamos que dois dos quinze beneficiários constantes da relação enviada a esta CGUCE, cujas residências foram localizadas, haviam falecido, quais sejam: nº 0904064492 e 0503287253, sendo que o primeiro não teve seu óbito registrado nos cartórios locais. Evidência: O fato foi evidenciado por meio de entrevista com familiares e declaração de óbito emitidas pela Secretaria Municipal de Saúde.

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3 - Programa: Arrecadação de Receitas Previdenciárias. Ação: Fiscalização do Recolhimento das Contribuições Previdenciárias. Objetivo da Ação de Governo: Aumentar a arrecadação da Previdência Social, mediante ação eficaz de fiscalização e cobrança de créditos previdenciários. Ordem de Serviço: 158593. Objeto Fiscalizado: Contratos de prestação de serviço de mão-de-obra, faturas ou notas fiscais emitidas por empresas contratadas pela Prefeitura, envolvendo recursos federais ou não. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de General Sampaio. Qualificação do Instrumento de Transferência: Não se aplica. Montante de Recursos Financeiros: Não se aplica. Extensão dos exames: Não se aplica. 3.1) Ausência de comprovação de recolhimento da Contribuição Previdenciária e registro do Cadastro Específico do INSS – Matrícula CEI da obra. Fato:

Constatamos que a Prefeitura Municipal de Pentecoste não efetua a retenção da alíquota de onze por cento dos valores brutos das notas fiscais, conforme determina a IN INSS/DC no 100, de 18/12/2003, artigos 158, 159 e 160. Ademais, não foram apresentados comprovantes do Cadastro Específico do INSS – matrícula CEI das obras.

Apresentamos a seguir os Quadros Demonstrativos dos valores a serem comprovados para o

devido recolhimento previdenciário dos aludidos contratos de serviços/obras:

Contrato/ Convênio

Licitante Vencedor NF Valor (R$) Data Rec. INSS

11% (R$)

Contrato s/n SERVLIMP - José Regis Quintela Gomes (CNPJ: 04.876.729/0001-87)

11 22.000,00 02/01/03 - 2.420,00

12 22.000,00 03/02/03 - 2.420,00 13 26.400,00 06/03/03 - 2.904,00 14 26.400,00 04/04/03 - 2.904,00 15 26.400,00 05/05/03 - 2.904,00 16 26.400,00 02/05/03 - 2.904,00 17 26.400,00 01/07/03 - 2.904,00 18 26.400,00 01/08/03 - 2.904,00 19 26.400,00 01/09/03 - 2.904,00 20 26.400,00 01/10/03 - 2.904,00 21 26.400,00 03/11/03 - 2.904,00 22 26.400,00 01/12/03 - 2.904,00 23 26.400,00 05/01/04 - 2.904,00 24 26.400,00 02/02/04 - 2.904,00 24 26.400,00 01/03/04 - 2.904,00 26 26.400,00 01/04/04 - 2.904,00 27 28.400,00 03/05/04 - 3.124,00 28 28.400,00 01/06/04 - 3.124,00 29 28.400,00 01/07/04 - 3.124,00 30 28.400,00 05/08/04 - 3.124,00

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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Contrato/ Convênio

Licitante Vencedor NF Valor (R$) Data Rec. INSS

11% (R$)

31 28.400,00 01/09/04 - 3.124,00 Subtotal 555.600,00 - 61.116,00

1845/01 Comercial Vale do Curu Const. Ltda (CNPJ: 03.805.268/0001/99)

69 15.000,00 09/08/02 - 1.650,00

72 16.000,00 29/08/02 - 1.760,00 76 30.000,00 26/07/02 - 3.300,00 82 9.772,50 24/10/02 - 1.074,98 Subtotal 70.772,50 - 7.784,98

EP 2180/99 Muralha Construções ltda (CNPJ: 03.513.196/0001-06)

52 45.000,00 03/07/00 - 4.950,00

100 10.000,00 25/01/01 - 1.100,00 142 55.040,64 18/10/01 - 6.054,47 Subtotal 110.040,64 - 12.104,47

389/2001 LRM Comércio e Construções Ltda (CNPJ: 03.669.838/0001-60

53 30.000,00 12/07/02 - 3.300,00

59 20.000,00 01/08/02 - 2.200,00 75 5.000,00 13/11/02 - 550,00 89 13.999,50 14/02/03 - 1.539,95 Subtotal 68.999,50 - 7.589,95

2963/2001 Santa Terezinha Com. E Serviços ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)

66 64.005,70 19/08/02 - 7.040,63

Subtotal 64.005,70 - 7.040,63 388/01 P&V Construções e Engenharia

ltda (CNPJ: 04.077.537/0001-00) 331 170.329,47 13/12/02 - 18.736,24

340 57.000,00 28/01/03 - 6.270,00 346 50.000,00 26/02/03 - 5.500,00 347 30.000,00 14/03/03 - 3.300,00 405 30.000,00 14/04/03 - 3.300,00 409 45.000,00 27/05/03 - 4.950,00 418 32.000,00 19/09/03 - 3.520,00 423 13.824,94 29/01/04 - 1.520,74 Sutotal 428.154,41 - 47.096,99

2390/01 Construtora G. Saraiva ltda (CNPJ: 04.343.470/0001-09)

52 52.110,00 14/10/02 - 5.732,10

Subtotal 52.110,00 - 5.732,10 270/2002 Santa Terezinha Com. E Serviços

ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)182 127.117,86 12/01/04 - 13.982,96

Subtotal 127.117,86 - 13.982,96 EP 1061/03 Construtora G. Saraiva ltda

(CNPJ: 04.343.470/0001-09) 333 138.905,99 08/07/04 - 15.279,66

Subtotal 138.905,99 - 15.279,66 CR 101.857-80

Construtora G. Saraiva ltda (CNPJ: 04.343.470/0001-09)

292 89.022,45 11/06/02 - 9.792,47

237 60.844,55 29/05/02 - 6.692,90 Subtotal 149.867,00 - 16.485,37

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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Contrato/ Convênio

Licitante Vencedor NF Valor (R$) Data Rec. INSS

11% (R$)

LRM Comércio e Construções Ltda (CNPJ: 03.669.838/0001-60

28 66.030,63 23/01/02 - 7.263,37

29 44.023,00 21/03/02 - 4.842,53 Subtotal 110.053,63 - 12.105,90

CR 108.915-30

Santa Terezinha Com. E Serviços ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)

44 137.426,86 03/04/02 - 15.116,95

Subtotal 137.426,86 - 15.116,95 CR 113.141-73

P&V Construções e Engenharia ltda (CNPJ: 04.077.537/0001-00)

267 59.538,93 20/11/02 - 6.549,28

408 25.217,46 17/04/03 - 2.773,92 419 20.244,05 07/10/03 - 2.226,85 515 27.148,23 17/12/03 - 2.986,31 Subtotal 132.148,67 - 14.536,35 Construtora Granmármore ltda (CNPJ: 04.912.441/0001-10)

2 14.256,25 20/07/04 - 1.568,19

Subtotal 14.256,25 - 1.568,19 CR 127.510-46

66 28.579,02 23/09/02 - 3.143,69

73 66.682,13 26/11/02 - 7.335,03 Subtotal 95.261,15 - 10.478,73 Santa Terezinha Com. E Serviços ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)

78 70.145,41 10/09/02 - 7.716,00

Subtotal 70.145,41 - 7.716,00 CR 149.162-93

Santa Terezinha Com. E Serviços ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)

159 46.697,24 01/12/03 - 5.136,70

160 56.985,80 01/12/03 - 6.268,44 212 18.134,64 10/03/04 - 1.994,81 219 13.535,74 28/04/04 - 1.488,93 Subtotal 135.353,42 - 14.888,88

CR 119.423-14

Libra Construções Ltda (CNPJ: 04.487.569/0001-84)

1 66.157,45 02/04/02 - 7.277,32

2 5.779,16 17/04/02 - 635,71 3 49.948,44 11/06/02 - 5.494,33 Subtotal 121.885,05 - 13.407,36

CR 139.313-03

Santa Terezinha Com. E Serviços ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)

86 127.191,12 23/06/03 - 13.991,02

Subtotal 127.191,12 - 13.991,02 CR 145.078-89

Santa Terezinha Com. E Serviços ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)

186 112.907,95 22/01/04 - 12.419,87

Subtotal 112.907,95 - 12.419,87 CR 101.857-80

Construtora G. Saraiva ltda (CNPJ: 04.343.470/0001-09)

292 89.022,45 11/06/02 - 9.792,47

237 60.844,55 29/05/02 - 6.692,90 Subtotal 149.867,00 - 16.485,37

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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Contrato/ Convênio

Licitante Vencedor NF Valor (R$) Data Rec. INSS

11% (R$)

LRM Comércio e Construções Ltda (CNPJ: 03.669.838/0001-60

29 44.023,00 21/03/02 - 4.842,53

28 66.030,63 23/01/02 - 7.263,37 Subtotal 110.053,63 - 12.105,90

CR 108.915-30

Santa Terezinha Com. E Serviços ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)

44 137.426,86 03/04/02 - 15.116,95

Subtotal 137.426,86 - 15.116,95 CR 113.141-73

P&V Construções e Engenharia ltda (CNPJ: 04.077.537/0001-00)

267 59.538,93 20/11/02 - 6.549,28

408 25.217,46 17/04/03 - 2.773,92 419 20.244,05 07/10/03 - 2.226,85 515 27.148,23 17/12/03 - 2.986,31 Subtotal 132.148,67 - 14.536,35 Construtora Granmármore ltda (CNPJ: 04.912.441/0001-10)

2 14.256,25 20/07/04 - 1.568,19

Subtotal 14.256,25 - 1.568,19 173/02 Santa Terezinha Com. E Serviços

ltda (CNPJ: 04.074.041/0001-83)99 103.042,36 05/11/02 - 11.334,66

Subtotal 103.042,36 - 11.334,66 PGE 37/02 Construtora G. Saraiva ltda

(CNPJ: 04.343.470/0001-09)176 115.605,42 05/09/03 - 12.716,60

Subtotal 115.605,42 - 12.716,60 PGE 145/03 Construtora Caponga Ltda (CNPJ:

04.521.634/0001-40) 17 23.332,00 19/10/04 - 2.566,52

27 70.000,00 16/11/04 - 7.700,00 Subtotal 93.332,00 - 10.266,52

883/99-MI Terra Perfurações Ltda (CNPJ: 00.197.503/0001-07)

397 28.000,00 27/04/00 - 3.080,00

Subtotal 28.000,00 - 3.080,00 Agroagua Irrigação Ltda (CNPJ: 01.408.001/0001-32)

178 45.000,00 27/04/00 - 4.950,00

189 20.000,00 08/06/00 - 2.200,00 222 47.547,16 27/12/00 - 5.230,19 Subtotal 112.547,16 12.380,19

PGE 837/2000-MI

LBM Engenharia Serviços e Representações Ltda (CNPJ: 10.391.142/0001-80)

484 40.000,00 01/08/01 - 4.400,00

489 60.000,00 07/08/01 - 6.600,00 496 37.411,60 24/09/01 - 4.115,28 Subtotal 137.411,60 - 27.495,46

PGE 62/01 Construtora G. Saraiva ltda (CNPJ: 04.343.470/0001-09)

36 36.057,87 16/09/02 - 3.966,37

33 40.000,00 10/09/02 - 4.400,00 242 30.000,00 06/06/02 - 3.300,00 294 30.000,00 26/06/02 - 3.300,00 Subtotal 136.057,87 - 14.966,37 Total Devido 474.875,09

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Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da análise dos Termos Contratuais e Notas Fiscais por parte da Prefeitura Municipal de Pentecoste. Manifestação do Prefeito: “Quanto ao ponto em apreço, informamos que estamos enviando Ofícios às empresas prestadoras de serviços para que comprove o recolhimento da Contribuição Previdenciária relativa ao item em apreço.” Análise da Equipe: Em que pese a Prefeitura ter apresentado cópia dos ofícios encaminhados às empresas mencionadas, datados de 22/12/2004, solicitando a apresentação dos Cadastros Específicos do INSS – matrícula CEI referentes às obras contratadas, mantemos o registro da falha apontada no presente relatório, tendo em vista que cabe à Prefeitura exigir das empresas, a apresentação tempestiva dos comprovantes de registro do Cadastro Específico do INSS, bem como efetuar a devida retenção do valor relativo à contribuição previdenciária, na forma estabelecida na IN INSS/DC no 100, de 18/12/2003.

Ademais, em resposta ao questionamento formulado por esta Controladoria ao INSS, o Chefe do Serviço de Orientação da Arrecadação do INSS em Fortaleza-CE, por meio do Ofício nº 05.401/1 nº 141/2004, de 15/12/2004, informou que não consta nos cadastros daquela Instituição, registros de matrículas CEI para o município de Pentecoste, relativas às empresas Santa Terezinha Comércio e Serviços Ltda, Construtora G. Saraiva Ltda, Comercial Vale do Curu Construções Ltda, LBM Engenharia Serviços e Representações Ltda, Libra Construções Ltda, Muralha Construções Ltda e Terra Perfurações Ltda.

Valor Potencial do Prejuízo: R$ 474.875,09

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DO CEARÁ

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE - CE

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

14º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos

Sorteio de Unidades Municipais

17/NOVEMBRO/2004

ailtonbj
Retângulo

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

14º Sorteio de Unidades Municipais – Pentecoste/CE

1

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE – CE

Na Fiscalização realizada, a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de Governo financiados com recursos federais, foi examinada, no período de 29/11 a 3/12/2004, a seguinte Ação sob responsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego:

Estudos e Pesquisas na Área do Trabalho.

Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução.

Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto àqueles sob sua responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, tendo se manifestado em 22/12/2004, cabendo ao Ministério supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades. Constatações da Fiscalização 1 – Programa: Gestão da Política de Trabalho e Emprego. Ação: Estudos e Pesquisas na Área do Trabalho. Objetivo da Ação de Governo: Apoiar o planejamento, avaliação e controle dos programas na área do Trabalho. Ordem de Serviço: 159086 Objeto Fiscalizado: Comissão Municipal de Emprego – CME. Agente Executor Local: Comissão Municipal de Emprego – CME. Qualificação do Instrumento de Transferência: Não se aplica. Montante de Recursos Financeiros: Não se aplica. Extensão dos exames: Não se aplica.

1.1) Descumprimento das normas de funcionamento do Conselho Municipal do Trabalho – COMUT.

Fato: O COMUT foi instituído pela Lei nº 492, de 30/9/98, porém, não foi reconhecido pela

Comissão Estadual de Emprego e não há registro de reuniões desse Conselho desde 21/12/98, conforme Registro no 2º Cartório, Livro “B”, Protocolo nº 1080, Página 226.

Dessa forma, verifica-se que a Comissão Municipal do Trabalho de Pentecoste não está

sendo atuante, pois não vem desempenhando as atribuições inerentes a sua competência, conforme previsto no art. 5º da Resolução MTE nº 80, de 19/4/95.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

14º Sorteio de Unidades Municipais – Pentecoste/CE

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Evidência: O fato foi evidenciado por meio de análise no Livro de Atas do COMUT.

1.2) Mandato do Presidente do COMUT com duração superior ao permitido pela legislação.

Fato: O Presidente do Conselho encontra-se no cargo desde 1/10/1998, contrariando o artigo 4º da

Resolução MTE nº 80, de 19/4/95, o qual estabelece que o mandato do Presidente terá duração de 12 meses, sendo vedada a recondução para período consecutivo.

Evidência:

O fato foi evidenciado por meio de cópia da Portaria 149/98, de 1/10/1998, do Prefeito de Pentecoste, que nomeia os membros do COMUT.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DO CEARÁ

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE - CE

MINISTÉRIO DAS CIDADES

14º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos Sorteio de Unidades Municipais

17/NOVEMBRO/2004

ailtonbj
Retângulo

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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE – CE Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de Governo financiados com recursos federais foram examinadas no período de 29/11 a 3/12/2004 a seguinte Ação sob responsabilidade do Ministério das Cidades:

Implantação de Serviços de Saneamento Básico Em Municípios Com População de Até 75 Mil Habitantes.

Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração

Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução. Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto àqueles sob sua responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, tendo se manifestado em 22/12/2004, cabendo ao Ministério supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades. Ressaltamos que o Município sob análise não vem cumprindo o disposto no artigo 2º da Lei nº 9.452/97, o qual versa sobre a determinação da Prefeitura do Município notificar as Câmaras Municipais, Partidos Políticos, Sindicatos de Trabalhadores e Entidades Empresariais sobre a liberação de recursos por órgãos e entidades da administração federal direta, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. Constatações da Fiscalização 1 – Programa: Morar melhor. Ação: Implantação de Serviços de Saneamento Básico Em Municípios Com População de Até 75 Mil Habitantes. Objetivo da Ação de Governo: Ampliar a cobertura dos serviços de coleta e tratamento de esgoto, visando à melhoria do nível de qualidade de vida preferencialmente nos municípios integrantes dos programas Comunidade Solidária e Mortalidade na Infância. Ordem de Serviço: 159139. Objeto Fiscalizado: Execução de obras de construção do sistema de abastecimento de água na localidade de Vila Nova e construção de 160 unidades sanitárias no bairro XV de Novembro. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Contrato de Repasse nº 0101857-80. Montante de Recursos Financeiros: R$ 246.596,00. Extensão dos Exames: R$ 246.596,00. 1.1) Falta de manutenção de equipamentos integrantes de obra de abastecimento de água. Fato:

Constatamos, em visita ao local de instalação da obra de abastecimento de água da localidade de Vila Nova, executada pela empresa LRM Comércio e Construção LTDA, CNPJ nº

03.669.838/0001-60, concluída em março de 2002, que o sistema de tratamento de água não está em funcionamento, tendo em vista que o clorador de pastilhas, assim como os dois filtros de tratamento estão inativos por falta de manutenção. Salientamos que durante entrevistas realizadas com a comunidade houve reclamações quanto à qualidade da água distribuída pelo referido sistema.

Salientamos que não existe, no contrato de repasse, cláusula determinando a quem caberia a manutenção da referida obra.

Evidência:

1 – Detalhe do clorador de pastilhas abandonado. 2 - Detalhe dos filtros que precisam de manutenção. Manifestação do Prefeito

“O ponto em epígrafe procede parcialmente. O desgaste dos equipamentos – filtros e clorador de pastilhas - deve-se ao uso continuado, uma vez que a Obra foi inaugurada há mais de dois anos. Ressalte-se, também, que a população contribui para o desgaste acelerado do Sistema, onde vândalos retiram as pastilhas e danificam os filtros. Sabedores destas ocorrências estamos determinando à Secretaria de Obras que envide esforços no sentido de corrigir as impropriedades apontadas no Relatório”. Análise da Equipe Não consideramos satisfatórias as justificativas apresentadas, visto que cabe a Prefeitura zelar pela manutenção e conservação do sistema de abastecimento d’água. Ademais, a Prefeitura não corrigiu os problemas existentes no sistema, apenas informou que irá envidar esforços no sentido de corrigi-los. 1.2) Ausência de regularidade fiscal da empresa vencedora do certame. Fato:

Na análise do processo licitatório referente à Carta Convite no 024/2001 e do respectivo contrato (sem número), cujo objeto previa a construção de sistema de abastecimento d’água na comunidade de Vila Nova, constatamos a ausência dos documentos relativos à comprovação de regularidade fiscal da empresa vencedora do certame, LRM Comércio e Construções Ltda. (CNPJ: 03.669.838/0001-60), quanto às Certidões Negativas de Débito (CND) fornecida pelo INSS e Certificado de Regularidade de Situação (CRS) perante o FGTS, conforme exigência do inciso IV do art. 27, c/c os incisos III e IV do art. 29 da Lei 8666/93 e Edital da Carta Convite. Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno

Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.” 14º Sorteio de Unidades Municipais – Pentecoste - CE

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Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

14º Sorteio de Unidades Municipais – Pentecoste - CE

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Evidência: Os fatos foram evidenciados por meio da análise do processo licitatório.

Manifestação do Prefeito

“No tocante ao item retromencionado, estamos enviando Ofício à empresa vencedora do certame, LRM Comércio e Construções Ltda, solicitando que seja remetida a esta Prefeitura prova da regularidade fiscal da época da licitação. (ANEXO 38)”. Análise da Equipe

Em face da não apresentação da documentação referenciada no ponto de fiscalização, mantemos a ressalva apontada. 2 – Programa: Morar melhor. Ação: Implantação de Serviços de Saneamento Básico Em Municípios Com População de Até 75 Mil Habitantes. Objetivo da Ação de Governo: Ampliar a cobertura dos serviços de coleta e tratamento de esgoto, visando à melhoria do nível de qualidade de vida preferencialmente nos municípios integrantes dos programas Comunidade Solidária e Mortalidade na Infância. Ordem de Serviço: 159141. Objeto Fiscalizado: Execução de obras de construção de um sistema de esgotamento sanitário na localidade de Sebastião de Abreu ( Serrota ). Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Contrato de Repasse nº 113.141-73/2001. Montante de Recursos Financeiros: R$ 132.000,00. Extensão dos Exames: R$ 132.000,00. 2.1) Ausência de comprovação de regularidade fiscal da empresa vencedora do certame. Fato:

Na análise do processo licitatório referente à Carta Convite no 036/2001 e do respectivo contrato (sem número), cujo objeto previa a execução dos serviços de construção de esgotamento sanitário no Distrito de Sebastião de Abreu, constatamos a ausência dos documentos relativos à comprovação de regularidade fiscal da empresa vencedora do certame, P&V Construções e Engenharia Ltda. (CNPJ: 04.077.537/0001/00), quanto às Certidões Negativas de Débito (CND) fornecida pelo INSS e Certificado de Regularidade de Situação (CRS) perante o FGTS, conforme exigência do inciso IV do art. 27, c/c os incisos III e IV do art. 29 da Lei 8666/93 e Edital da Carta Convite. Evidência:

Os fatos foram evidenciados por meio da análise do processo licitatório. Manifestação do Prefeito

“A ausência de documentos no processo licitatório (Carta Convite n 036/2001), referentes à regularidade fiscal dos licitantes, não procede, uma vez que no Processo Licitatório em epígrafe, consta a certidão negativa de débito para com o INSS e informação de situação de regularidade para com o FGTS, atendendo assim a exigência contida no inciso V do Art. 27, combinado com os incisos III e IV do Art. 29 da Lei 8.666/93. (ANEXO 39)”.

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Análise da Equipe

A Prefeitura apresentou cópia das seguintes certidões: Certidão Negativa de Débito do INSS, de 04/06/2001, com validade até 03/08/2001; Certidão Negativa de Débitos Estaduais, de 08/04/2001, com validade até 08/06/2001; Certidão Quanto à Dívida Ativa da União, de 27/04/2001 com validade de 180 dias. Entretanto, não apresentou a regularidade junto ao FGTS, encaminhou apenas um documento de consulta à situação de regularidade do empregados junto ao FGTS de 01/05/2001.

Vale ressaltar, que em circularização procedida pela CGU-CE, para verificação “in loco” do endereço da citada Empresa, constatou-se que no endereço constante das notas fiscais, Rua Raimundo Vítor, 396, no Bairro Parquelândia de Fortaleza, localiza-se uma residência, na qual existe indicação do nome da Empresa na porta da garagem. Entretanto, encontrava-se fechada e, de acordo com os vizinhos, esporadicamente aparece alguém no local. 2.2) Ausência de documentos referente à licenciamento ambiental. Fato:

Durante análise do processo licitatório referente à Carta Convite no 036/2001 e do respectivo contrato (sem número), cujo objeto previa a execução dos serviços de construção de esgotamento sanitário no Distrito de Sebastião de Abreu, constatamos a ausência dos documentos relativos ao licenciamento (Licença Prévia – LP, Licença de Instalação – LI e Licença de Operação-LO), para o serviços de Execução de Esgotamento Sanitário no distrito de Sebastião de Abreu em Pentecoste, contrariando o disposto no art. 10 da Lei no 6.938, de 31/8/1981 e na Resolução CONAMA no 237, de 19/12/1997. Vale ressaltar que, segundo dispõe o art. 60 da Lei 9.605/98, incorre na pena de detenção de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente, os empreendedores, na hipótese de Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da ausência dos documentos referentes a licenciamento ambiental, para a obra de esgotamento sanitário do distrito de Sebastião de Abreu. Manifestação do Prefeito

“Informamos que para a construção da obra em apreço, infelizmente, não foi solicitado o licenciamento ambiental à Semace”. Análise da Equipe Diante da resposta da Prefeitura, mantemos a ressalva apontada no Relatório. 2.3) Ausência de apresentação das ART’s do projeto e da fiscalização da obra. Fato:

A Prefeitura Municipal não apresentou as ART’s do projeto e da fiscalização da Obra, executada pela empresa P&V Construções e Engenharia Ltda. (CNPJ: 04.077.537/0001/00), em desacordo com o artigo 16 da Lei nº 5194/66.

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Evidência: Exame da documentação apresentada.

Manifestação do Prefeito

“O ponto de fiscalização procede. Infelizmente, não foi solicitada a ART referente à obra. Estamos encaminhando Ofício ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA/CE, solicitando cópia da ART referenciada. ( ANEXO 2 )”. Análise da Equipe

Diante da resposta da Prefeitura, no qual reconhece a falha quanto à ausência de ART, mantemos a ressalva apontada no Relatório. 2.4) Instrumento de Contrato sem data. Fato:

A Prefeitura Municipal apresentou Termo do Contrato (sem número), no valor de R$ 133.329,52, cujo objeto previa a execução dos serviços de construção de esgotamento sanitário no Distrito de Sebastião de Abreu, assinado pelo Prefeito, pelo sócio gerente da empresa P&V Construções e Engenharia LTDA, vencedora do certame, e duas testemunhas, porém sem data. Portanto a Cláusula Quinta que estabelece noventa (90) dias para a entrega definitiva da obra, a partir da data da assinatura do presente instrumento e Cláusula Decima Segunda ficaram sem referência, não fazendo qualquer menção sobre o seu prazo de vigência, contrariando o disposto no §3o do art. 57 da Lei no 8.666/93.

Evidência:

Exame da documentação apresentada. Manifestação do Prefeito

“Realmente, a não aposição de data, foi um lapso de quem preparou o Termo de Contrato. Recomendamos para que fatos desta natureza não mais aconteçam”. Análise da Equipe

Em que pese o comprometimento da Prefeitura no sentido de evitar tal falha, mantemos a ressalva apontada no Relatório. 2.5) Contratação de obra não contemplada no objeto do Contrato de Repasse. Fato:

Constatamos que a Prefeitura Municipal de Pentecoste enviou ofício nº 216/04, de 09/03/2004, ao Gerente de Desenvolvimento Urbano/Gidur/FO/CEF, solicitando a utilização dos recursos provenientes de saldo e rendimento de aplicação financeira referente ao Programa Morar Melhor, para a construção de drenagem na rua da Paz, em desacordo com o objeto do Contrato de Repasse nº 0113.141-73/2000/SEDU/CAIXA, que era o esgotamento sanitário do Distrito de Sebastião de Abreu. Em 6/7/2004, o Parecer Técnico da CAIXA teve manifestação favorável ao pleito, considerando a obra viável, inclusive aprovando o processo licitatório que classificou a empresa executora.

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Ressaltamos que não foi realizada verificação “in loco” das obras referentes a esta

drenagem.

Evidência: O fato foi evidenciado por meio da análise do processo de dispensa de licitação.

Manifestação do Prefeito

“O fato apontado não procede, uma vez que a utilização do saldo dos recursos, relativos ao Programa Morar Melhor, foi aplicado com a autorização da CEF, em Parecer Técnico exarado em 6/7/2004, que opinou pela viabilidade da obra e aprovou o processo licitatório instaurado para a execução da obra. Assim sendo não cabe a esta Prefeitura responsabilidade pelo fato e sim à Gerência de Desenvolvimento Urbano – GIDUR, da CEF em Fortaleza. ( ANEXO 40 )”. Análise da Equipe Não consideramos satisfatórias as justificativas apresentadas pela Prefeitura. A cláusula sétima – da execução financeira, item 7.3, estabelece: “os recursos transferidos pelo CONTRATANTE não poderão ser utilizados em finalidade diversa da estabelecida neste instrumento”. O Parecer Técnico não é parte integrante do Convênio, mas apenas uma opinião que subsidia alterações que serão consignadas no Plano de Trabalho e respaldadas por aditivo ao Contrato de Repasse. A execução dos serviços não teve respaldo legal e está sujeita à devolução dos recursos utilizados. 3 – Programa: Morar melhor. Ação: Implantação de Serviços de Saneamento Básico Em Municípios Com População de Até 75 Mil Habitantes. Objetivo da Ação de Governo: Ampliar a cobertura dos serviços de coleta e tratamento de esgoto, visando à melhoria do nível de qualidade de vida preferencialmente nos municípios integrantes dos programas Comunidade Solidária e Mortalidade na Infância. Ordem de Serviço: 159136. Objeto Fiscalizado: Execução de obras de construção de 131 ( cento e trinta e um ) módulos sanitários no bairro XV de Novembro. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Contrato de Repasse nº 108.915-30/2001. Montante de Recursos Financeiros: R$ 110.500,00. Extensão dos Exames: R$ 110.500,00. 3.1) Ausência de Certidão Negativa de Débito (CND) fornecida pelo INSS da empresa vencedora do certame. Fato:

Durante análise do processo licitatório referente à Carta Convite no 039/2001, de 8/8/2001, e do respectivo contrato (sem número), cujo objeto previa a execução dos serviços de construção de 130 unidades sanitárias no Bairro 15 de Novembro, localizado na sede do município, constatamos a ausência dos documentos relativos à comprovação de regularidade fiscal da empresa Santa Terezinha Comércio e Serviços Ltda. (CNPJ: 04.074.041/0001-83), vencedora do certame, quanto à Certidão Negativa de Débito do INSS, conforme exigência do próprio Edital e do inciso IV do

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art.27, c/c os incisos III e IV do art. 29, da Lei 8.666/93. A Certidão apresentada pela Prefeitura é referente ao período de 4/6/2001 a 3/8/2001, portanto, anterior a data da abertura do certame. Evidência:

Os fatos foram evidenciados por meio da análise do processo licitatório. Manifestação do Prefeito

“A ausência de documentos no processo licitatório (Carta Convite n 039/2001), referentes à regularidade fiscal dos licitantes, não procede, uma vez que no Processo Licitatório em epígrafe, constam as certidões negativas de débito para com o INSS e ao FGTS, atendendo assim a exigência contida no inciso V do Art. 27, combinado com os incisos III e IV do Art. 29 da Lei 8.666/93. (ANEXO 41)”. Análise da Equipe A Prefeitura apresentou os seguintes comprovantes: CRF-FGTS de 01/08/2001, com validade até 30/08/2001; CND-INSS, de 04/06/2001, com validade de 60 dias; CND-PGFN, de 06/06/2001, com validade de 180 dias; e Certidão de Registro e Quitação de Pessoa Jurídica do CREA de 28/03/2001. Portanto, a validade da CND-INSS não abrange o período da licitação que se iniciou em 8/8/2001, assim, mantemos a ressalva constante do presente Relatório. 3.2) Ausência de apresentação das ART’s do projeto, da execução e da fiscalização da obra. Fato:

A Prefeitura Municipal não apresentou as ART’s do projeto, da execução e da fiscalização da construção das 130 unidades sanitárias, localizadas no Bairro 15 de novembro, na sede do município, executada pela empresa Santa Terezinha Comércio e Serviços Ltda. (CNPJ: 04.074.041/0001-83), conforme contrato sem número, infringindo o disposto no artigo 16 da Lei nº 5194/66. Evidência:

Exame da documentação apresentada. Manifestação do Prefeito

“Para sanar esta impropriedade, estamos enviando Ofício ao CREA, solicitando que sejam remetidas a esta Prefeitura cópias das ARTS referenciadas. ( ANEXO 2 )”. Análise da Equipe Em que pese a providência adotada no sentido de sanar a falha, mantemos a ressalva, visto que, efetivamente, ela não foi corrigida. 4 – Programa: Apoio ao Desenvolvimento Urbano de Municípios de Pequeno Porte (6001). Ação: Implantação ou Melhoria de Obras de Infra-Estrutura Urbana em Municípios com até 100.000 Habitantes. Objetivo da Ação de Governo: Apoiar a adequação urbana por meio da adequação de recursos de infra-estrutura urbana que contribuam para a qualidade de vida da população, inclusive adequação de vias para sistemas motorizados e não-motorizados.

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Ordem de Serviço: 159683. Objeto Fiscalizado: Construção de calçamento em pedra tosca, incluindo drenagem, na Rua Gonçalo Sales Pessoa, Sede do Município de Pentecoste. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Contrato de Repasse nº 0165.521-73. Montante de Recursos Financeiros: R$ 126.417,52. Extensão dos Exames: R$ 126.417,52. 4.1) Falhas na execução do contrato de repasse. Fato:

A Prefeitura Municipal de Pentecoste, para a execução da obra Construção de calçamento em pedra tosca, incluindo drenagem, na Rua Gonçalo Sales Pessoa, Sede do Município, firmou contrato, em 17/6/2004, com a Construtora Linha Reta Ltda (CNPJ: 05.624.185/0001-93), com prazo de vigência de 60 (sessenta) dias a partir da data da ordem de serviço, ocorrida em 20/6/2004. Portanto, o prazo contratual encerrou-se em 19/8/2004. Entretanto não foi apresentada a esta Equipe de Fiscalização Termo Aditivo prorrogando sua vigência, sendo que a obra até a presente data não havia sido concluída. Ademais, durante a inspeção física realizada pela Equipe de Fiscalização, não foi localizada a Placa da Obra, conforme exigência contida na cláusula nº 15 do contrato de repasse. Evidência: O fato foi evidenciado por meio da análise do Termo Contratual e durante a inspeção física da obra. Manifestação do Prefeito “O ponto referenciado procede parcialmente. A não colocação de placa de identificação da obra, construída com recursos do Governo Federal, deveu-se ao fato do desconhecimento ou negligência, por parte da empresa executora dos serviços, no caso a Construtora Linha Reta Ltda. Para sanar a impropriedade, estamos enviando Ofício à Construtora referenciada, solicitando a colocação da referida placa, com as especificações constantes do projeto básico. Quanto à afirmação de que o prazo de vigência contratual esteja encerrado, a afirmativa não procede, visto que foram celebrados três Termos Aditivos ao Contrato original, prorrogando o prazo de vigência do mesmo até 20 de fevereiro de 2005, prazo este que, esperamos que a referida obra já esteja construída. (ANEXO 1)” Análise da Equipe Com relação à vigência do contrato, a ressalva deve ser excluída, tendo em vista a documentação apresentada. Quanto à ausência da placa da obra, consideramos falha da Prefeitura e não da Empresa, visto que ela é a responsável direta pelo cumprimento das obrigações do Contrato de Repasse, dentre as quais está inclusa a afixação de placa indicativa da obra no local. Ademais, cabe a Prefeitura, por intermédio de funcionário formalmente designado, a fiscalização do contrato de execução da obra. Por isso, a ressalva deve ser mantida com relação à ausência da placa.

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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE - CE

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

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17/NOVEMBRO/2004

ailtonbj
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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE – CE Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de Governo financiados com recursos federais foram examinadas no período de 29/11 a 3/12/2004 as seguintes Ações sob responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Agrário:

Assistência Financeira a Projetos de Infra-Estrutura e Serviços Municipais.

Financiamento e Equalização de Juros para a Agricultura Familiar – PRONAF (Lei nº 8.427, de 1992)

Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução. Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto àqueles sob sua responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, tendo se manifestado em 22/12/2004, cabendo ao Ministério supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades. Ressaltamos que o Município sob análise não vem cumprindo o disposto no artigo 2º da Lei nº 9.452/97, o qual versa sobre a determinação da Prefeitura do Município notificar as Câmaras Municipais, Partidos Políticos, Sindicatos de Trabalhadores e Entidades Empresariais sobre a liberação de recursos por órgãos e entidades da administração federal direta, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. Constatações da Fiscalização 1 – Programa: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Ação: Assistência Financeira a Projetos de Infra-Estrutura e Serviços Municipais. Objetivo da Ação de Governo: Fortalecer a agricultura familiar, promovendo sua inserção competitiva nos mercados de produtos e fatores. Ordem de Serviço: 158127 Objeto Fiscalizado: Construção de um sistema de abastecimento de água visando atender as localidades de Aroeiras e Martins, construção de uma passagem molhada na sede do município e outra na localidade de Limoeiro. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Contrato de Repasse nº 0127510-46. Montante de Recursos Financeiros: R$ 165.707,20. Extensão dos Exames: R$ 165.707,20.

1.1) Falta de operacionalização do sistema de abastecimento d’água. Fato:

Constatamos, por meio de visita ao local da obra de construção do sistema de abastecimento de água das localidades de Martins e Aroeiras, executado pela empresa LRM Comércio e Construções LTDA, CNPJ nº 03.669.838/0001-60, e entrevistas com moradores das localidades atendidas pelo sistema, que o citado sistema de abastecimento de água, o qual foi concluído em setembro de 2002, conforme Termo de Aceitação da Obra emitido pela Prefeitura Municipal de Pentecoste e assinado em 13/9/2002, nunca funcionou e, que em virtude desse fato, os respectivos moradores tem que pegar a sua água para consumo diário em cacimbas. Ademais, constatamos, também, a ausência da bomba de sucção, que deveria estar localizada e em funcionamento no poço perfurado, o qual foi aterrado. Vale salientar que, as construções e equipamentos integrantes da referida obra se encontram atualmente em estado de abandono e desuso, correndo risco de se deteriorar. Evidência:

1- Detalhe do poço perfurado sem a bomba e aterrado.

2- Vista do filtro em desuso.

3 – Vista do reservatório. 4- Vista do clorador de pastilhas em desuso. Manifestação do Prefeito

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“A não entrada em operação do sistema de abastecimento d’água das localidades de Martins e Aroeiras, concluídos em setembro de 2002, deveu-se ao seu funcionamento precário detectado no

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14º Sorteio de Unidades Municipais – Pentecoste - CE

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início de sua operacionalização, devido à baixa vazão do poço profundo construído para ser a fonte hídrica do Projeto. Para sanar esta impropriedade, concluímos, recentemente a construção e instalação de um novo poço profundo, alimentador do sistema, que se encontra em pleno funcionamento, atendendo às necessidades das coletividades abrangidas”. Análise da Equipe

Não consideramos satisfatórias as justificativas apresentadas pela seguintes razões: a) antes da construção das obras civis do sistema o poço deveria ter passado por testes de vazão e qualidade da água por profissional habilitado, de forma a permitir, com segurança, que o projeto não teria problemas de continuidade; b) o poço alternativo que, de acordo com a Prefeitura, está abastecendo o sistema não foi mostrado à Equipe à época dos trabalhos, assim, não temos como confirmar a existência do mesmo; c) as declarações obtidas junto a beneficiários previstos no Plano de Trabalho não correspondem à afirmação da Prefeitura, pois, segundo esses, o abastecimento está sendo feito junto a cacimbas e está sendo cobrado pelo uso, ao contrário do que disse a Prefeitura que o sistema estaria funcionando;

1.2) Ausência de apresentação das ART’s da execução e da fiscalização das obras. Fato:

A Prefeitura Municipal não apresentou as ART’s da execução e da fiscalização das obras em comento, executadas pelas empresas LRM Comércio e Construções Ltda. (CNPJ: 03.669.838/0001-60), objeto da Carta Convite nº 13/2002, e Santa Terezinha Comércio e Serviços Ltda. (CNPJ: 04.074.041/0001-83, objeto da Carta Convite nº 11/2002, em desacordo com o artigo 16 da Lei nº 5194/66. Evidência:

Exame da documentação apresentada. Manifestação do Prefeito

Para sanar esta impropriedade, estamos enviando Ofício ao CREA, solicitando que sejam remetidas a esta Prefeitura cópias das ARTS referenciadas. ( ANEXO 2 ) Análise da Equipe Não consideramos satisfatória a justificativa apresentada, visto que a ART é uma exigência legal, Lei nº 6.496/77, e deve compor a documentação que respalda a execução da despesa, na forma da IN STN nº 01/97. 1.3) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do contrato de repasse e sem atesto. Fato:

Verificamos, nos processos de pagamento referentes ao contrato de repasse, que a comprovação da despesa não continha atesto da execução dos serviços, nem a identificação do número do contrato de repasse, contrariando o disposto no art. 30 da IN/STN no 01, de 15/1/1997.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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Evidência: O fato foi evidenciado por meio da análise dos processos de pagamento.

Manifestação do Prefeito

“Com relação ao ponto em apreço, esclarecemos que houve erro formal, não intencional, e que não acarretou qualquer prejuízo, quer financeiro ou operacional, ao erário. Para que fatos desta natureza não venham a acontecer, estamos enviando Memorando aos setores competentes, determinando que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio / contrato de repasse a elas vinculado, bem como, que seja aposto o “carimbo de atesto”, por servidor responsável, em todas as vias das notas fiscais apresentadas. ( ANEXO 4 )”. Análise da Equipe

Em que pesem as providências que estão sendo adotadas pela Prefeitura, a ressalva deve ser mantida, visto que se trata de ocorrências que contrariam a legislação inerentes aos instrumentos de convênios, bem como facilita fraudes, na medida em que permite que uma mesma nota fiscal/recibo possa ser utilizado para comprovar diversas despesas. 1.4) Ausência de documentos referente ao licenciamento ambiental. Fato:

Em análise do processo licitatório referente à Carta Convite no 011/2002, constatamos a ausência dos documentos relativos ao licenciamento ambiental (Licença Prévia – LP, Licença de Instalação – LI e Licença de Operação - LO), para a construção e reforma de Passagens Molhadas Objeto do contrato com a empresa Santa Terezinha Comércio e Serviços Ltda. (CNPJ: 04.074.041/0001-83, contrariando o disposto no art. 10 da Lei nº 6.938, de 31/8/1981 e na Resolução CONAMA no 237, de 19/12/1997. Evidência:

Exame da documentação apresentada. Manifestação do Prefeito

“Informamos que para a construção da obra em apreço, infelizmente, não foi solicitado o licenciamento ambiental à Semace”. Análise da Equipe Em face da resposta da Prefeitura, a qual reconhece que não foi solicitado o devido licenciamento ambiental, mantemos a ressalva referente ao ponto de fiscalização. 2 – Programa: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Ação: Assistência Financeira a Projetos de Infra-Estrutura e Serviços Municipais. Objetivo da Ação de Governo: Fortalecer a agricultura familiar, promovendo sua inserção competitiva nos mercados de produtos e fatores. Ordem de Serviço: 158128 Objeto Fiscalizado: Construção de uma passagem molhada na localidade de Providência, recuperação de uma passagem molhada em Vazante Grande e pavimentação em pedra tosca no distrito de Irapuá.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Contrato de Repasse nº 0149162-93/2002. Montante de Recursos Financeiros: R$ 135.657,31. Extensão dos Exames: R$ 135.657,31. 2.1) Ausência de documentos referente à licenciamento ambiental. Fato:

Em análise do processo licitatório referente à Carta Convite no 015/2001, constatamos a ausência dos documentos relativos ao licenciamento ambiental (Licença Prévia – LP e Licença de Operação - LO), para a construção de uma passagem na Localidade de Providência, contrariando o disposto no art. 10 da Lei nº 6.938, de 31/8/1981 e na Resolução CONAMA no 237, de 19/12/1997. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da ausência dos documentos referentes a licenciamento ambiental, para a construção de uma passagem na Localidade de Providência. Manifestação do Prefeito

“Informamos que para a construção da obra em apreço, infelizmente, não foi solicitado o licenciamento ambiental à Semace”. Análise da Equipe Em face da resposta da Prefeitura, a qual reconhece que não foi solicitado o devido licenciamento ambiental, mantemos a ressalva referente ao ponto de fiscalização. 2.2) Ausência de apresentação das ART’s da execução e da fiscalização da obra. Fato:

A Prefeitura Municipal não apresentou as ART’s do projeto e da execução da obra de pavimentação em pedra tosca de trecho da estrada do Irapuá, executada pela empresa Santa Terezinha Comércio e Serviços Ltda. (CNPJ: 04.074.041/0001-83), como também, não apresentou as ART’s da execução e da fiscalização das obras de construção da passagem molhada na Localidade de Providência e reforma de passagem molhada na Localidade de Varzante, executadas pela mesma empresa, objetos da Carta Convite nº 003/2003 e nº 004/2003, em desacordo com o artigo 16 da Lei nº 5194/66. Evidência:

Exame da documentação apresentada. Manifestação do Prefeito

“Para sanar esta impropriedade, estamos enviando Ofício ao CREA, solicitando que sejam remetidas a esta Prefeitura cópias das ARTS referenciadas. ( ANEXO 2 )”.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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Análise da Equipe

Não consideramos satisfatória a justificativa apresentada, visto que a ART é uma exigência legal, Lei nº 6.496/77, e deve compor a documentação que respalda a execução da despesa, na forma da IN STN nº 01/97. 2.3) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do contrato de repasse e sem atesto. Fato:

Verificamos, nos processos de pagamento referentes ao contrato de repasse, que a comprovação da despesa não continha atesto da execução dos serviços, nem tampouco a identificação do número do contrato de repasse, contrariando o disposto no art. 30 da IN/STN no 01, de 15/1/1997. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da análise dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito

“Com relação ao ponto em apreço, esclarecemos que houve erro formal, não intencional, e que não acarretou qualquer prejuízo, quer financeiro ou operacional, ao erário. Para que fatos desta natureza não venham a acontecer, estamos enviando Memorando aos setores competentes, determinando que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio / contrato de repasse a elas vinculado, bem como, que seja aposto o “carimbo de atesto”, por servidor responsável, em todas as vias das notas fiscais apresentadas. ( ANEXO 4 )”. Análise da Equipe

Em que pesem as providências que estão sendo adotadas pela Prefeitura, a ressalva deve ser mantida, visto que se trata de ocorrências que contrariam a legislação inerentes aos instrumentos de convênios, bem como facilita fraudes, na medida em que permite que uma mesma nota fiscal/recibo possa ser utilizado para comprovar diversas despesas. 3 – Programa: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Ação: Financiamento e Equalização de Juros para a Agricultura Familiar – PRONAF (Lei nº 8.427, de 1992). Objetivo da Ação de Governo: Fortalecer a agricultura familiar, promovendo sua inserção competitiva nos mercados de produtos e fatores. Ordem de Serviço: 158978. Objeto Fiscalizado: Empreendimentos financiados. Agente Executor Local: Banco do Nordeste do Brasil. Qualificação do Instrumento de Transferência: Cédulas de Crédito. Montante de Recursos Financeiros: R$ 59.367,48. Extensão dos exames: R$ 59.367,48.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

14º Sorteio de Unidades Municipais – Pentecoste - CE

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3.1) Venda de Conjunto de Irrigação adquirido com recursos do PRONAF. Fato: Segundo informação do próprio beneficiário do financiamento - Operação de Crédito Rural nº 9900070501, de 23 de abril de 1999 - o conjunto de irrigação adquirido pela Nota Fiscal nº 0682, de 03/03/1999, no valor de R$ 5.340,00, havia acabado de ser vendido e entregue, motivo pelo qual não foi inspecionado. Evidência: Entrevista com o beneficiário da Operação de Crédito. 4 – Programa: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Ação: Financiamento e Equalização de Juros para a Agricultura Familiar – PRONAF (Lei nº 8.427, de 1992). Objetivo da Ação de Governo: Fortalecer a agricultura familiar, promovendo sua inserção competitiva nos mercados de produtos e fatores. Ordem de Serviço: 158978. Objeto Fiscalizado: Empreendimentos financiados. Agente Executor Local: Banco do Brasil. Qualificação do Instrumento de Transferência: Cédulas de Crédito. Montante de Recursos Financeiros: R$ 3.669,00. Extensão dos exames: R$ R$ 3.669,00 4.1) Falta de conhecimento por parte de beneficiários de recursos do PRONAF. Fato: Os beneficiários das Operações de Crédito nº 2008244-4; 2008577-X; 2008599-0; 2008638-5; 2008515-0, não souberam responder os questionamentos da Ordem de Serviço em comento, alegando desconhecer informações sobre as referidas operações de financiamento e dos valores envolvidos, impossibilitando-nos efetuar o cotejamento “in loco” das especificações e quantidades objeto das operações de crédito definidas para inspeção. Evidência: Entrevista com os beneficiários das operações de crédito nº 2008244-4; 2008577-X; 2008599-0; 2008638-5; 2008515-0.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DO CEARÁ

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE - CE

MINISTÉRIO DA FAZENDA

14º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos Sorteio de Unidades Municipais

17/NOVEMBRO/2004

ailtonbj
Retângulo

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

14º Sorteio de Unidades Municipais – Pentecoste-CE

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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE – CE Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de Governo financiados com recursos federais foram examinadas no período de 29/11 a 03/12/2004, a seguinte Ação sob responsabilidade do Ministério da Fazenda:

Financiamento e Equalização de Juros para a Agricultura Familiar – PRONAF (Lei nº 8.427, de 1992)

Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução. Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto àqueles sob sua responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, tendo se manifestado em 22/12/2004, cabendo ao Ministério supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades. Constatações da Fiscalização 1 – Programa: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Ação: Financiamento e Equalização de Juros para a Agricultura Familiar – PRONAF (Lei nº 8.427, de 1992). Objetivo da Ação de Governo: Fortalecer a agricultura familiar, promovendo sua inserção competitiva nos mercados de produtos e fatores. Ordem de Serviço: 158554. Objeto Fiscalizado: Dossiê dos mutuários. Agente Executor Local: Banco do Brasil. Qualificação do Instrumento de Transferência: Cédulas de Crédito. Montante de Recursos Financeiros: 7.001,28. Extensão dos Exames: 7.001,28. 1.1) Recursos financiados pelo Pronaf no montante de R$ 7.001,28, sem comprovação da despesa realizada. Fato: Ausência de comprovação de despesas nas Operações de Crédito examinadas, impossibilitando o cotejamento, in loco, das especificações e quantidades objeto do financiamento, descrito nas seguintes Cartas de Crédito Rural: 2008244-4; 2008476-5; 2008921-X; 2008599-0; 2008638-5; 2008515-0; 2008392-0; 2008456-0; 2008577-X e 2008376-9.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

14º Sorteio de Unidades Municipais – Pentecoste-CE

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Evidência: Dossiês das Operações de Crédito: 2008244-4; 2008476-5; 2008921-X; 2008599-0; 2008638-5; 2008515-0; 2008392-0; 2008456-0; 2008577-X e 2008376-9. 1.2) Beneficiários de recursos do Pronaf inadimplentes, no valor R$ 734,42. Fato: As operações de crédito, abaixo relacionadas, apesar de terem sido renegociadas, encontram-se na situação de inadimplência com parcela de amortização do financiamento em atraso: a) 2008244-4 – parcela de 20/03/2004, no valor de R$ 136,00; b) 2008476-5 – parcela de 20/03/2004, no valor de R$ 136,00; c) 2008921-X – parcela de 11/04/2004, no valor de R$ 12,00; d) 2008515-0 – parcela de 20/03/2004, no valor de R$ 91,14; e) 2008392-0 – parcela de 05/05/2004, no valor de R$ 86,00; f) 2008456-0 – parcela de 20/03/2004, no valor de R$ 91,14; g) 2008577-X – parcela de 05/05/2004, no valor de R$ 91,14; e i) 2008376-9 – parcela de 20/03/2004, no valor de R$ 91,00. Evidência: 2008244-4; 2008476-5; 2008921-X; 2008515-0; 2008392-0; 2008456-0; 2008577-X e 2008376-9. Constatações da Fiscalização 2– Programa: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Ação: Financiamento e Equalização de Juros para a Agricultura Familiar – PRONAF(Lei nº 8.427, de 1992). Objetivo da Ação de Governo: Fortalecer a agricultura familiar, promovendo sua inserção competitiva nos mercados de produtos e fatores. Ordem de Serviço: 158515. Objeto Fiscalizado: Dossiê dos mutuários. Agente Executor Local: Banco do Nordeste do Brasil. Qualificação do Instrumento de Transferência: Cédulas de Crédito. Montante de Recursos Financeiros: 104.049,53. Extensão dos Exames: 104.049,53. 2.1) Ausência de comprovação de despesas no valor total de R$ 52.037,22, em relação ao montante de financiamento concedido no valor de R$ 104.049,53. Fato: Os dossiês das Operações de Crédito examinadas, apresentam comprovação parcial de despesas realizadas, impossibilitando o cotejamento, “in loco”, das especificações e quantidades objeto do financiamento, descrito nas Cartas de Crédito Rural abaixo relacionadas: a) nº 9700131601 – recursos liberados no valor de R$ 14.973,68 – Data: 29//12/97 – falta comprovação de despesa no valor de R$ 11.273,68; b) nº 9900070201 – recursos liberados no valor de R$ 11.260,50 – Data: 23/4/99 – falta comprovação de despesa no valor de R$ 5.920,52; c) nº 9900070401 – recursos liberados no valor de R$ 11.260,00 – Data: 23/04/99 – falta comprovação de despesa no valor de R$ 5.920,51;

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

14º Sorteio de Unidades Municipais – Pentecoste-CE

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d) nº 9900114301 – recursos liberados no valor R$ 11.000,00 – Data: 10/12/99 – falta comprovação de despesa no valor de R$ 5.660,00; e) nº 9900114201 – recursos liberados no valor R$ 10.873,30 – Data: 10/12/99 – falta comprovação de despesa no valor de R$ 5.926,30; f) nº 9900121601 – Valor R$ 10.095,35 – Data: 10/12/99 – falta comprovação de despesa no valor de R$ 3.729,35; g) nº 9900114501 – Valor R$ 9.547,00 – Data: 10/12/99 – falta comprovação de despesa no valor de R$ 4.211,13; h) nº 9900114001 – Valor R$ 8.472,50 – Data: 10/12/99 – falta comprovação de despesa no valor de R$ 3.508,51; i) nº 9900072201 – Valor R$ 8.283,60 – Data: 23/04/99 – falta comprovação de despesa no valor de R$ 2.943,61; e j) nº 9900070501 – Valor R$ 8.283,60 – Data: 18/2/99 – falta comprovação de despesa no valor de R$ 2.943,61. Evidência: Dossiês das Operações de Crédito nº 9700131601; 9900070201; 9900070401; 9900114301; 9900114201; 9900121601; 9900114501; 9900114001; 9900072201; e 9900070501. 2.2) Cobrança indevida de taxa em financiamentos do Pronaf no montante de R$ 499,16. Fato: Constatamos a cobrança indevida de taxas nas seguintes Operações de crédito do Pronaf:

a) 9900114201 – pagamento de taxa no valor de R$ 109,14; b) 9900114001 – pagamento de taxa no valor e R$ 85,04; c) 9900114501 – pagamento de taxa no valor de R$ 95,47; d) 9900070201 – pagamento de taxa no valor de R$ 25,00; e) 9900072201 – pagamento de taxa no valor de R$ 25,00; f) 9900114301 – pagamento de taxa no valor de R$ 110,42; g) 9900070401 – pagamento de taxa no valor de R$ 24,09; e h) 9900070501 – pagamento de taxa no valor de R$ 25,00.

Evidência: Dossiês das operações de crédito nº 9900114201; 9900114001; 9900114501;

9900070201; 9900072201; 9900114301; 9900070401; e 9900070501.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DO CEARÁ

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE - CE

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL

14º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos

Sorteio de Unidades Municipais

17/NOVEMBRO/2004

ailtonbj
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Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

14º Sorteio de Unidades Municipais – Pentecoste - CE

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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE – CE Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de Governo financiados com recursos federais foram examinadas no período de 29/11 a 3/12/2004 as seguintes Ações sob responsabilidade do Ministério da Integração Nacional:

Fortalecimento da Infra-Estrutura Hídrica

Construção e Recuperação de Obras de Infra-Estrutura Hídrica

Ações Emergenciais de Defesa Civil

Transferência da Gestão do Perímetro de Irrigação Curu-Pentecoste com 1.068 Ha no Estado do Ceara

Emancipação de Perímetros de Irrigação

Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução. Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto àqueles sob sua responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, tendo se manifestado em 22/12/2004, cabendo ao Ministério supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades. Ressaltamos que o Município sob análise não vem cumprindo o disposto no artigo 2º da Lei nº 9.452/97, o qual versa sobre a determinação da Prefeitura do Município notificar as Câmaras Municipais, Partidos Políticos, Sindicatos de Trabalhadores e Entidades Empresariais sobre a liberação de recursos por órgãos e entidades da administração federal direta, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. Constatações da Fiscalização 1 – Programa: Irrigação Ação: Fortalecimento da Infra-Estrutura Hídrica Objetivo da Ação de Governo: Fortalecimento da Infra-Estrutura Hídrica Ordem de Serviço: 158212 Objeto Fiscalizado: Construção de um sistema de abastecimento de água no distrito de Cruz de Matias e perfuração e instalação de três poços profundos nas localidades de Fazenda Aliança, Tourão e Mulungu, respectivamente. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Convênio nº 883/99. Montante de Recursos Financeiros: R$ 140.800,00. Extensão dos Exames: R$ 140.800,00.

1.1) Instalação de poço em propriedade particular fechada. Fato:

Constatamos, por meio de visita à localidade de Fazenda Aliança, que o poço, reservatório e chafariz foram instalados dentro da referida propriedade, com cerca e sem a instalação de porta de madeira para acesso, a qual estava prevista no orçamento da obra, tal fato impede o livre acesso dos demais moradores ao chafariz. Evidência:

1- Foto do chafariz dentro da propriedade Fazenda Aliança.

2- Foto do chafariz dentro da propriedade Fazenda Aliança.

Manifestação do Prefeito:

“O ponto referenciado não procede uma vez que a construção e instalação do chafariz, embora esteja dentro de uma área particular, no caso a Fazenda Aliança, o acesso e a utilização é livre a todos os moradores da Região, a necessidade da colocação de cerca no entorno da obra deve-se a questões de segurança e preservação, existindo portão de acesso ao local acerca de 30 metros de distância. Para que não restem dúvidas quanto ao procedimento, estamos determinando à Secretaria de Obra que seja imediatamente aberto um portão exatamente em frente ao chafariz para facilitar o acesso das pessoas”. Análise da Equipe: Não consideramos satisfatória a justificativa apresentada, pois a proteção do poço deve ser feita no seu entorno, inclusive com porta de madeira de acesso (na forma prevista no orçamento), ou seja, o poço deve ser separado da propriedade privada.

1.2) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto. Fato:

Verificamos, nos processos de pagamento referentes ao convênio, que a nota fiscal de número 397, de 27/4/2000 emitida pela empresa Terra Perfurações Ltda. (CNPJ: 00.197.503/0001-07), como também, as notas fiscais de número 178,189,222 emitidas, respectivamente, em 27/4/2000, 8/6/2000 e 27/12/2000, pela empresa Agroágua Irrigação Ltda (CNPJ: 01.408.001/0001-32), não continham atesto da execução dos serviços, nem tampouco a identificação do número do convênio, contrariando o disposto no art. 30 da IN/STN no 01, de 15/1/1997. Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno

Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.” 14º Sorteio de Unidades Municipais – Pentecoste - CE

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Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

14º Sorteio de Unidades Municipais – Pentecoste - CE

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Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da análise dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito

“Com relação ao ponto em apreço, esclarecemos que houve erro formal, não intencional, e que não acarretou qualquer prejuízo, quer financeiro ou operacional, ao erário. Para que fatos desta natureza não venham a acontecer, estamos enviando Memorando aos setores competentes, determinando que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio / contrato de repasse a elas vinculado, bem como, que seja aposto o “carimbo de atesto”, por servidor responsável, em todas as vias das notas fiscais apresentadas. ( ANEXO 4 )”. Análise da Equipe

A justificativa apresentada pela Prefeitura não é satisfatória, visto que houve descumprimento de uma obrigação prevista no convênio, por isso, a ressalva deve ser mantida.

2 – Programa: Proágua Infra-Estrutura. Ação: Construção e Recuperação de Obras de Infra-Estrutura Hídrica. Objetivo da Ação de Governo: Construção e Recuperação de Obras de Infra-Estrutura Hídrica. Ordem de Serviço: 158223 Objeto Fiscalizado: Execução de obras de construção da passagem molhada de Irapuá, na localidade de Fazenda Jurema. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Convênio PGE nº 145/2003. Montante de Recursos Financeiros: R$ 147.410,69. Extensão dos Exames: R$ 147.410,69. 2.1) Ausência de apresentação da ART da execução. Fato:

A Prefeitura Municipal não apresentou a ART da execução da obra em comento, efetuada pela Construtora Caponga Ltda. (CNPJ: 04.521.634/0001-40), objeto da Carta Convite nº 02/2004, em desacordo com o artigo 16 da Lei nº 5194/66. Evidência:

Exame da documentação apresentada. Manifestação do Prefeito

“Estamos encaminhando ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA/CE, Ofício solicitando cópias da ART de execução correspondente à obra, cuja documentação está sendo solicitada por esta fiscalização ( ANEXO 2 )”. Análise da Equipe Em que pese a providência adotada pela Prefeitura, solicitando cópias das ART ao CREA/CE, a ressalva deve ser mantida, visto que a referida ação gera apenas uma expectativa de acerto.

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2.2) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto. Fato:

Verificamos, nos processos de pagamento referentes ao convênio, que as Notas Fiscais nºs 017, de 19/10/2004 e 027, de 16/11/2004, não continham atesto da execução dos serviços, nem tampouco a identificação do número do convênio, contrariando o disposto no art. 30 da IN/STN no 01, de 15/1/1997. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da análise dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito

“Com relação ao ponto em apreço, esclarecemos que houve erro formal, não intencional, e que não acarretou qualquer prejuízo, quer financeiro ou operacional, ao erário. Para que fatos desta natureza não venham a acontecer, estamos enviando Memorando aos setores competentes, determinando que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a elas vinculado, bem como, que seja aposto o “carimbo de atesto”, por servidor responsável, em todas as vias das notas fiscais apresentadas. ( ANEXO 4 )”. Análise da Equipe

A justificativa apresentada pela Prefeitura não é satisfatória, visto que houve descumprimento de uma obrigação prevista no convênio, devendo assim a ressalva ser mantida. 3 – Programa: Proágua Infra-Estrutura. Ação: Construção e Recuperação de Obras de Infra-Estrutura Hídrica. Objetivo da Ação de Governo: Construção e Recuperação de Obras de Infra-Estrutura Hídrica. Ordem de Serviço: 158220 Objeto Fiscalizado: Construção do açude Cipó. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Convênio PGE nº 37/2002. Montante de Recursos Financeiros: R$ 115.890,00. Extensão dos Exames: R$ 115.890,00. 3.1) Ausência de documentos referente ao licenciamento ambiental. Fato:

Durante análise do processo licitatório referente à Carta Convite no 37/2002, constatamos a ausência dos documentos relativos ao licenciamento ambiental (Licença de Instalação – LI e Licença de Operação-LO), para a construção de um açude na Localidade de Cipó, contrariando o disposto no art. 10 da Lei nº 6.938, de 31/8/1981 e na Resolução CONAMA no 237, de 19/12/1997. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da ausência dos documentos referentes a licenciamento ambiental, para a construção de um açude na Localidade de Cipó. Manifestação do Prefeito

“Informamos que para a construção da obra em apreço, infelizmente, não foi solicitado o licenciamento ambiental à Semace”.

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Análise da Equipe Em face da resposta apresentada, mantemos a ressalva. 3.2) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto. Fato:

Verificamos, nos processos de pagamento referentes ao convênio, que a nota fiscal original de número 176, de 5/9/2003, emitida pela Construtora G. Saraiva Ltda, não continham atesto da execução dos serviços, nem tampouco a identificação do número do convênio, contrariando o disposto no art. 30 da IN/STN no 01, de 15/1/1997. Salientamos, entretanto, que no processo de prestação de contas enviado ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), a cópia da nota encontra-se perfeitamente identificada com o número do convênio. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da análise dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito

“Com relação ao ponto em apreço, esclarecemos que houve erro formal, não intencional, e que não acarretou qualquer prejuízo, quer financeiro ou operacional, ao erário. Para que fatos desta natureza não venham a acontecer, estamos enviando Memorando aos setores competentes, determinando que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a elas vinculado, bem como, que seja aposto o “carimbo de atesto”, por servidor responsável, em todas as vias das notas fiscais apresentadas. ( ANEXO 4 )”. Análise da Equipe A justificativa apresentada pela Prefeitura não é satisfatória, visto que houve descumprimento de uma obrigação prevista no convênio, devendo a ressalva ser mantida. 3.3) Execução de obras de construção de açude em desacordo com o previsto no projeto. Fato: Constatamos, mediante visita ao açude Cipó, que os muros do sangradouro ( lado direito e lado esquerdo ) do referido açude foram executados fora dos padrões estabelecidos no projeto no que se refere às suas dimensões. Ademais, admitindo-se que a profundidade das fundações executadas dos muros do sangradouro correspondem àquelas previstas no projeto, ou seja, 1,20 m, realizamos cálculo do volume de concreto ciclópico efetivamente utilizado na obra, o qual totalizou em torno de 79,49 m³, porém o volume previsto na planilha orçamentária e, também constante da Relação de Bens Adquiridos, Produzidos ou Construídos com Recursos da União, emitida pela prefeitura após a construção do açude em questão, era de 108,68 m³, o que gerou uma diferença de 29,19 m³. Salientamos que esta diferença em termos financeiros, tomando-se por base a planilha orçamentária da época, seria de R$ 5.656,33. Evidência:

1- Detalhe do muro lateral direito do sangradouro do açude cipó, onde as dimensões foram executadas em desacordo com o projeto.

2- Detalhe do muro lateral esquerdo do sangradouro do açude cipó, onde as dimensões foram executadas em desacordo com o projeto.

Manifestação do Prefeito “O desacordo apontado na execução de construção do açude cipó não procede. O fato se explica pela impossibilidade de cavação, na profundidade de 1,20m, para execução das fundações dos muros do sangradouro, uma vez que o terreno apresentou-se rochoso, tornado a escavação, nesta profundidade inviável no aspecto financeiro, incompatível com os valores do orçamento. A solução técnica encontrada foi a diminuição da profundidade da fundação dos muros, passando de 1,20m para 0,80m, dimensão esse que não comprometia a integridade da obra. Foram utilizados 80 m3 de concreto ciclópico, nas bases da fundação e não os 108m3 consignados na planilha orçamentário da obra. Os 29m3 de concreto ciclópico, restantes, foram utilizados na ampliação do muro do sangradouro, para dar mais segurança à parede, contra possíveis erosões ou enxurradas, esse pequena mudança só veio a melhorar e segurança e funcionalidade da obra, evitando a ocorrência de prejuízos futuros. Assim sendo, o valor financeiro alegado como pago indevidamente, não tem materialidade, uma vez que este foi compensado pelo aumento no serviço.” Análise da Equipe Não consideramos satisfatórias as justificativas apresentadas. A compensação de 29m3 de concreto ciclópico não foi comprovada pela fiscalização, quando da inspeção da obra. Ademais, a Prefeitura não comprovou, por intermédio de planilha de custos, a equivalência dos valores do serviço que foi suprimido com os do que foi acrescido. Valor Potencial do Prejuízo: R$ 5.656,33. 4 – Programa: Defesa Civil. Ação: Ações Emergenciais de Defesa Civil. Objetivo da Ação de Governo: Ações Emergenciais de Defesa Civil. Ordem de Serviço: 157809 Objeto Fiscalizado: Construção de passagens molhadas nas localidades de Patos e Cruz do Matias. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Convênio nº 173/2002. Montante de Recursos Financeiros: R$ 104.153,99.

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Extensão dos Exames: R$ 104.153,99. 4.1) Ausência de documentos referentes ao licenciamento ambiental. Fato:

Durante análise do processo licitatório referente à Carta Convite no 037/2002, constatamos

a ausência dos documentos relativos ao licenciamento ambiental (Licença Prévia – LP, Licença de Instalação – LI e Licença de Operação-LO), para a construção de passagens molhadas na Localidade de Cruz de Matias e Patos, contrariando o disposto no art. 10 da Lei nº 6.938, de 31/8/1981 e na Resolução CONAMA no 237, de 19/12/1997. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da ausência dos documentos referentes a licenciamento

ambiental, para a construção a construção de passagens molhadas na Localidade de Cruz de Matias e Patos. Manifestação do Prefeito

“Informamos que para a construção da obra em apreço, infelizmente, não foi solicitado o licenciamento ambiental à Semace”. Análise da Equipe Em face da resposta da Prefeitura, mantemos a ressalva. 4.2) Ausência de apresentação das ART’s da execução, fiscalização e projeto das obras. Fato:

A Prefeitura Municipal não apresentou as ART’s da execução, fiscalização e projeto da obra em comento, executadas pela Construtora Santa Terezinha Comércio e Serviços Ltda. (CNPJ: 04.074.041/0001-83), objeto da Carta Convite nº 037/2002, em desacordo com o artigo 16 da Lei nº 5194/66. Evidência:

Exame da documentação apresentada. Manifestação da Prefeitura

“Quanto ao ponto em apreço, informamos que estamos enviando Ofício ao CREA solicitando que seja enviada a esta Prefeitura cópias das ARTs referentes à obra em apreço (ANEXO 2 )”. Análise da Equipe Em que pese a providência adotada pela Prefeitura, solicitando cópias das ART ao CREA/CE, a ressalva deve ser mantida, visto que a referida ação gera apenas uma expectativa de acerto. 4.3) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto.

Fato:

Verificamos, nos processos de pagamento referentes ao convênio, que a nota fiscal original de número 99, de 5/11/2002, emitida pela Construtora Santa Terezinha Ltda, não continha atesto da execução dos serviços, nem tampouco a identificação do número do convênio, contrariando o disposto no art. 30 da IN/STN no 01, de 15/1/1997.

Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da análise dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito

“Com relação ao ponto em apreço, esclarecemos que houve erro formal, não intencional, e que não acarretou qualquer prejuízo, quer financeiro ou operacional, ao erário. Para que fatos desta natureza não venham a acontecer, estamos enviando Memorando aos setores competentes, determinando que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a elas vinculado, bem como, que seja aposto o “carimbo de atesto”, por servidor responsável, em todas as vias das notas fiscais apresentadas. ( ANEXO 4 )”. Análise da Equipe A justificativa apresentada pela Prefeitura não é satisfatória, visto que houve descumprimento de uma obrigação prevista no convênio, devendo assim a ressalva ser mantida. 4.4) Ausência de manutenção de obras executadas. Fato: Constatamos, por meio de visita ao local da obra, que a passagem molhada construída na localidade de Patos está bastante danificada em virtude do intenso tráfego de caminhões carregados de areia, embora a referida obra tenha sido concluída em dezembro de 2002, conforme Termo de Aceitação Definitiva da Obra assinado em 11/12/2002. Evidência:

1- Detalhe da obra danificada. 2- Detalhe da obra danificada. Manifestação do Prefeito Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno

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“A informação sobre o estado de conservação da passagem molhada procede e é explicado em virtude do intenso tráfego de caminhões que utilizam a mesma em suas rotas. Para sanar esta impropriedade estamos determinando à Secretaria de Obras que envide esforços no sentido da recuperação da referida passagem molhada, devolvendo-a aos seus usuários em perfeita condição de tráfego”. Análise da Equipe Não consideramos satisfatórias as justificativas apresentadas. A Prefeitura solicitou o recurso para a obra tendo em vista o fluxo de veículos que transitam no local e a impossibilidade do tráfego na época das chuvas. Dessa forma, prevendo o movimento no local, a Prefeitura deveria ter elaborado um projeto de passagem molhada que suportasse o trânsito intenso de veículos. Com relação à recuperação da obra, há apenas uma expectativa de correção das danificações existentes. Portanto, a ressalva deve ser mantida. 5 – Programa: Proágua Infra-Estrutura. Ação: Construção e Recuperação de Obras de Infra-Estrutura Hídrica. Objetivo da Ação de Governo: Construção e Recuperação de Obras de Infra-Estrutura Hídrica. Ordem de Serviço: 157829 Objeto Fiscalizado: Construção do açude Munquenzinho. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Convênio PGE nº 62/2001. Montante de Recursos Financeiros: R$ 137.500,00. Extensão dos Exames: R$ 137.500,00. 5.1) Termo Contratual assinado sem identificação do prazo de vigência. Fato:

A Prefeitura Municipal de Pentecoste, para a execução da obra, firmou contrato, em 5/2/2002, com a Construtora G. Saraiva Ltda. (CNPJ: 04.343.470/0001-09), contudo, o referido contrato não faz qualquer menção sobre o seu prazo de validade, contrariando o disposto no §3o do art. 57 da Lei no 8.666/93. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da análise do Termo Contratual. Manifestação do Prefeito

“A não existência de cláusula com estipulação de prazo de vigência do contrato firmado, em 5/2/2002, com a Construtora G. Saraiva Ltda foi um lapso da Comissão de Licitação que não vislumbrou a identificação de prazo de conclusão dos serviços contratados. Ressalte-se que este fato em nada acarretou de prejuízo financeiros ou operacionais à obra, constituindo-se apenas em falha formal. Recomendamos à Comissão de Licitação que, doravante não deixe de ser fichado prazo de vigência dos respectivos contratos, mesmo que apenas o cumprimento de formalidade legal”. Análise da Equipe

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Em que pese o compromisso assumido pelo Prefeito, a ressalva deve ser mantida, visto que houve descumprimento de norma legal, no caso, parágrafo 3º, art. 57, da Lei nº 8.666/93. 5.2) Ausência de apresentação das ART’s da execução e da fiscalização das obras. Fato:

A Prefeitura Municipal não apresentou as ART’s da execução e da fiscalização da obra em comento, executadas pela Construtora G. Saraiva Ltda. (CNPJ: 04.343.470/0001-09), objeto da Carta Convite nº 06/2002, em desacordo com o artigo 16 da Lei nº 5194/66. Evidência:

Exame da documentação apresentada. Manifestação do Prefeito

“Quanto ao ponto em apreço, informamos que estamos enviando Ofício ao CREA solicitando que seja enviada a esta Prefeitura cópias das ARTs referentes à obra em apreço (ANEXO 2 )”. Análise da Equipe Em que pese a providência adotada pela Prefeitura, solicitando cópias das ART ao CREA/CE, a ressalva deve ser mantida, visto que a referida ação gera apenas uma expectativa de acerto. 5.3) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto. Fato:

Verificamos, nos processos de pagamento referentes ao convênio, que as notas fiscais originais de números 242, de 6/2/2002, 294, de 26/6/2002, 033, de 10/9/2002 e 036, de16/9/2002, emitidas pela Construtora G. Saraiva Ltda, não continham atesto da execução dos serviços, nem tampouco a identificação do número do convênio, contrariando o disposto no art. 30 da IN/STN no 01, de 15/1/1997. Salientamos, entretanto, que no processo de prestação de contas enviado ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), as cópias das notas encontram-se perfeitamente identificadas com o número do convênio. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da análise dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito

“Com relação ao ponto em apreço, esclarecemos que houve erro formal, não intencional, e que não acarretou qualquer prejuízo, quer financeiro ou operacional, ao erário. Para que fatos desta natureza não venham a acontecer, estamos enviando Memorando aos setores competentes, determinando que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a elas vinculado, bem como, que seja aposto o “carimbo de atesto”, por servidor responsável, em todas as vias das notas fiscais apresentadas ( ANEXO 4 )”. Análise da Equipe

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A justificativa apresentada pela Prefeitura não é satisfatória, visto que houve descumprimento de uma obrigação prevista no convênio, devendo assim a ressalva ser mantida. 6 – Programa: Defesa Civil. Ação: Ações Emergenciais de Defesa Civil. Objetivo da Ação de Governo: Ações Emergenciais de Defesa Civil. Ordem de Serviço: 157814 Objeto Fiscalizado: Construção de passagem molhada sobre o Rio Canindé, no Distrito de Providência. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Convênio nº 837/2000. Montante de Recursos Financeiros: R$ 137.500,00. Extensão dos Exames: R$ 137.500,00. 6.1) Ausência de documentos referente ao licenciamento ambiental. Fato:

Durante análise dos processos licitatórios, constatamos a ausência dos documentos relativos ao licenciamento ambiental (Licença Prévia – LP, Licença de Instalação – LI e Licença de Operação-LO), para a obra de execução de uma passagem molhada no Distrito de Providencia, contrariando o disposto no art. 10 da Lei nº 6.938, de 31/8/1981 e na Resolução CONAMA no 237, de 19/12/1997. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da ausência dos documentos referentes a licenciamento ambiental. Manifestação do Prefeito

“Informamos que para a construção da obra em apreço, infelizmente, não foi solicitado o licenciamento ambiental à Semace”. Análise da Equipe

Em face da resposta da Prefeitura, mantemos a ressalva. 6.2) Ausência de apresentação das ART’s da execução e fiscalização obra. Fato:

A Prefeitura Municipal não apresentou as ART’s da execução e fiscalização da obra em comento, executadas pela LBM Engenharia, Serviços e Representações Ltda. (CNPJ: 10.391.142/0001-80), objeto da Carta Convite nº 035/2001, em desacordo com o artigo 16 da Lei nº 5194/66. Evidência:

Exame da documentação apresentada. Manifestação do Prefeito

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”

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“Quanto ao ponto em apreço, informamos que estamos enviando Ofício ao CREA

solicitando que seja enviada a esta Prefeitura cópias das ARTs referentes à obra em apreço. (ANEXO 2 )”. Análise da Equipe Em que pese a providência adotada pela Prefeitura, solicitando cópias das ART ao CREA/CE, a ressalva deve ser mantida, visto que a referida ação gera apenas uma expectativa de acerto. 6.3) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do convênio e sem atesto. Fato:

Verificamos, nos processos de pagamento referentes ao convênio, que as notas fiscais de números 484, de 1/8/2001, 489, de 7/8/2001 e 496, de 24/9/2001, emitidas pela LBM Engenharia, Serviços e Representações Ltda. (CNPJ: 10.391.142/0001-80), não continham atesto da execução dos serviços, nem tampouco a identificação do número do convênio, contrariando o disposto no art. 30 da IN/STN no 01, de 15/1/1997. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da análise dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito

“Com relação ao ponto em apreço, esclarecemos que houve erro formal, não intencional, e que não acarretou qualquer prejuízo, quer financeiro ou operacional, ao erário. Para que fatos desta natureza não venham a acontecer, estamos enviando Memorando aos setores competentes, determinando que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a elas vinculado, bem como, que seja aposto o “carimbo de atesto”, por servidor responsável, em todas as vias das notas fiscais apresentadas. ( ANEXO 4 )”. Análise da Equipe A justificativa apresentada pela Prefeitura não é satisfatória, visto que houve descumprimento de uma obrigação prevista no convênio, devendo assim a ressalva ser mantida. 6.4) Pagamento de serviços por meio de cheque nominal a empresa distinta da contratada e evidências de assinaturas idênticas de endossos de diferentes empresas. Fato:

Na análise realizada nos cheques emitidos pela Prefeitura para pagamento dos serviços, constatamos o que segue:

a) Os cheques 850001 (R$ 40.000,00) e 850003 (R$ 37.411,60), conta 5.889-0, do Banco do Brasil, foram emitidos nominais à Empresa LBM Engenharia, Serviços e Representações Ltda, empresa contratada para efetuar os serviços, referentes ao pagamento das Notas Fiscais nº 484 (R$ 40.000,00) e 496 (R$ 37.411,60), emitidas pela mesma empresa. Contudo, o cheque nº 850002 (R$ 60.000,00), conta 5.889-0 do Banco do Brasil, referente ao pagamento da Nota Fiscal nº 489, de 7/8/01, foi emitido nominal à Empresa Lokal Construções e Serviços Ltda (CNPJ nº 03006795/0001-33), diferente da empresa contratada para efetuar os serviços. Vale ressaltar que a

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referida Nota Fiscal foi emitida pela empresa contratada (LBM Engenharia, Serviços e Representações Ltda).

b) Há indícios de que as assinaturas dos endossantes dos cheques 850002 – conta 5.889-0 (Lokal Construções e Serviços Ltda ), 850001 e 850003 – conta 5.889-0 (LBM Engenharia, Serviços e Representações Ltda) e 850003 – Conta 7.758-5 ( P&V Construções e Engenharia Ltda), são da mesma pessoa. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da análise dos seguintes documentos: Notas Fiscais nº 484 (R$ 40.000,00) e 496 (R$ 37.411,60), o cheque nº 850002 (R$ 60.000,00), conta 5.889-0 do Banco do Brasil, Nota Fiscal nº 489, de 7/8/01.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DO CEARÁ

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE - CE

MINISTÉRIO DO TURISMO

14º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos Sorteio de Unidades Municipais

17/NOVEMBRO/2004

ailtonbj
Retângulo

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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE – CE Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de Governo financiados com recursos federais foram examinadas no período de 29/11 a 3/12/2004 as seguintes Ações sob responsabilidade do Ministério do Turismo:

Promoção do Turismo Sustentável Local em Municípios

Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução. Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto àqueles sob sua responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, tendo se manifestado em 22/12/2004, cabendo ao Ministério supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades. Ressaltamos que o Município sob análise não vem cumprindo o disposto no artigo 2º da Lei nº 9.452/97, o qual versa sobre a determinação da Prefeitura do Município notificar as Câmaras Municipais, Partidos Políticos, Sindicatos de Trabalhadores e Entidades Empresariais sobre a liberação de recursos por órgãos e entidades da administração federal direta, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. Constatações da Fiscalização 1 – Programa: Municipalização do Turismo. Ação: Promoção do Turismo Sustentável Local em Municípios. Objetivo da Ação de Governo: A implantação de infra-estrutura turística nos municípios com potencial turístico. Ordem de Serviço: 158202 Objeto Fiscalizado: Construção do balneário do açude de Pereira de Miranda, localizado na sede do Município. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Contrato de Repasse nº 139.313-03/2002. Montante de Recursos Financeiros: R$ 159.171,80. Extensão dos Exames: R$ 159.171,80.

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1.1) Ausência de documentos referente ao licenciamento ambiental. Fato:

Durante análise do processo licitatório referente à Carta Convite no 069/2002, constatamos a ausência dos documentos relativos ao licenciamento (Licença Prévia – LP, Licença de Instalação – LI e Licença de Operação - LO), para a construção de um balneário no Açude Pereira de Miranda, contrariando o disposto no art. 10 da Lei no 6.938, de 31/8/1981 e na Resolução CONAMA no 237, de 19/12/1997. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da ausência dos documentos referentes a licenciamento ambiental, para a construção de um balneário no Açude Pereira de Miranda. Manifestação do Prefeito:

“Informamos que para a construção da obra em apreço, infelizmente, não foi solicitado o licenciamento ambiental à Semace”. Análise da Equipe: Em função da resposta da Prefeitura, mantemos integralmente o ponto em face do descumprimento do disposto na Resolução nº 237, de 19/12/1997, do CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA.

1.2) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do contrato de repasse e sem atesto. Fato:

Verificamos, nos processos de pagamentos referentes ao contrato de repasse, que a comprovação da despesa não continha atesto da execução dos serviços, nem a identificação do número do contrato de repasse, contrariando o disposto no art. 30 da IN/STN no 01, de 15/1/1997. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da análise dos processos de pagamento. Manifestação do Prefeito:

“Com relação ao ponto em apreço, esclarecemos que houve erro formal, não intencional, e que não acarretou qualquer prejuízo, quer financeiro ou operacional, ao erário. Para que fatos desta natureza não venham a acontecer, estamos enviando Memorando aos setores competentes, determinando que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio a elas vinculado, bem como, que seja aposto o “carimbo de atesto”, por servidor responsável, em todas as vias das notas fiscais apresentadas. ( ANEXO 4 )”. Análise da Equipe:

O erro alegado pela Prefeitura não é aceitável, tendo em vista que contraria a legislação que rege os instrumentos do Contrato celebrado entre a Prefeitura e a Caixa Econômica. Portanto, a ressalva deve ser mantida.

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2 – Programa: Municipalização do Turismo. Ação: Promoção do Turismo Sustentável Local em Municípios. Objetivo da Ação de Governo: A implantação de infra-estrutura turística nos municípios com potencial turístico. Ordem de Serviço: 158203 Objeto Fiscalizado: Urbanização da entrada da Cidade ( Itamarati ) Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Contrato de Repasse nº 145078-89/2002. Montante de Recursos Financeiros: R$ 113.107,27. Extensão dos Exames: R$ 113.107,27. 2.1) Ausência de apresentação das ART’s da execução e da fiscalização da obra. Fato:

A Prefeitura Municipal não apresentou as ART’s da execução e da fiscalização da obra de Urbanização da Entrada da Cidade de Pentecoste, executada pelas Empresa Santa Terezinha Comércio e Serviços Ltda. (CNPJ: 04.074.041/0001-83), objeto da Carta Convite nº 005/2003, em desacordo com o artigo 16 da Lei nº 5194/66. Evidência:

Exame da documentação apresentada. Manifestação do Prefeito:

“Quanto ao ponto em apreço, informamos que estamos enviando Ofício ao CREA solicitando que seja enviada a esta Prefeitura cópias das ARTs referentes à obra em apreço. ( ANEXO 2 )”. Análise da Equipe: Consta na documentação encaminhada cópia do Ofício nº 307/2004, de 21 de dezembro de 2004, ao CREA-Ce, no qual requer cópia da ART referente à execução da obra, entretanto, não consta no referido documento a identificação de seu recebimento pelo Conselho, bem como não consta, dentre as obras relacionadas, menção à obra em questão. Com relação à ART de fiscalização, apresentou cópia da ART nº 388997, de 22/12/2000, porém, o documento apresenta alguns campos ilegíveis, como os dados do objeto do contrato, impossibilitando-nos certificar se refere-se à obra em comento. 2.2) Documentação comprobatória da despesa sem identificação do contrato de repasse e sem atesto. Fato:

Verificamos, nos processos de pagamento referentes ao contrato de repasse, que a comprovação da despesa não continha atesto da execução dos serviços, nem a identificação do número do contrato de repasse, contrariando o disposto no art. 30 da IN/STN no 01, de 15/1/1997. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio da análise dos processos de pagamento.

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Manifestação do Prefeito:

“Esclarecemos que houve um erro formal, não intencional, e que em nada acarretou de prejuízo quer financeiro ou operacional ao erário. Informamos que estamos orientando aos setores competentes que a documentação comprobatória - notas fiscais - seja exigida com a identificação do convênio / contrato de repasse a ela vinculado, bem como, seja aposto o carimbo de atesto por servidor responsável em todas as vias das notas fiscais apresentadas.(ANEXO 4 )”. Análise da Equipe:

O erro alegado pela Prefeitura não é aceitável, tendo em vista que contraria a legislação que rege os instrumentos conveniais.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DO CEARÁ

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE - CE

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE A FOME

14º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos Sorteio de Unidades Municipais

17/NOVEMBRO/2004

ailtonbj
Retângulo

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RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 349

MUNICÍPIO DE PENTECOSTE – CE Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de Governo financiados com recursos federais foram examinadas, no período de 29/11 a 3/12/2004, as seguintes Ações sob responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome: Apoio a Melhoria das Condições Sócioeconômicas das Famílias.

Transferência de Renda diretamente às famílias em condições de pobreza e extrema pobreza – Bolsa Escola. Transferência de Renda diretamente às famílias em condições de pobreza e extrema pobreza – Bolsa Família. Funcionamento dos conselhos de gestão compartilhada da Assistência Social - Nacional. Serviço de proteção socioassistencial à infância e à adolescência – Nacional.

Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução.

Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto àqueles sob sua responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, tendo se manifestado em 22/12/2004, cabendo ao Ministério supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades. Ressaltamos que o Município sob análise não vem cumprindo o disposto no artigo 2º da Lei nº 9.452/97, o qual versa sobre a determinação da Prefeitura do Município notificar os Partidos Políticos, Sindicatos de Trabalhadores e Entidades Empresariais sobre a liberação de recursos por órgãos e entidades da administração federal direta, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. Constatações da Fiscalização 1 – Programa: Transferência da Renda com Condicionantes (Bolsa Escola). Ação: Transferência de renda diretamente as famílias em condição de pobreza e estrema pobreza – Bolsa Escola. Objetivo da Ação de Governo: Incentivar, financeiramente, o progresso educacional das crianças de famílias de menor renda, com renda mensal per capta de R$ 90,00, estimulando a universalização do ensino e contribuindo para a redução da evasão escolar e da repetência. Ordem de Serviço: 157325

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Objeto Fiscalizado: Atuação da Prefeitura Municipal, certificação da atuação e quanto às suas atribuições de monitoramento de condicionalidades pelas famílias e cadastramento único. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste Qualificação do Instrumento de Transferência: Transferência Direto ao Cidadão. Montante de Recursos Financeiros: R$ 38.355,00 Extensão dos exames: R$ 38.355,00 1.1) Pagamento de benefício a alunos que desde outubro de 2003 não vêm freqüentando as aulas. Fato: Verificamos que os alunos listados a seguir vêm recebendo os benefícios do Programa Bolsa Escola, muito embora, desde o mês de outubro de 2003 não vêm freqüentando as aulas.

Nº NIS MÃE NIS CRIANÇA 1 163.52951.81.4 161.78052.79.1 2 163.52985.07.7 160.02890.36.0 3 163.52907.99.8 160.02933.02.7 4 163.52942.35.1 161.77899.03.0 5 163.52882.21.9 161.78034.15.7 6 163.52914.40.4 163.52914.50.1 7 163.52914.67.6 165.27923.62.8 8 163.52867.41.4 165.27980.53.2 9 163.52981.04.7 160.02927.21.3

10 163.52972.43.9 161.78013.56.7 11 163.52886.90.7 161.78038.49.7 12 163.52990.66.6 163.52855.13.0 13 160.02925.86.5 163.52973.68.0 14 163.52944.07.9 160.02889.61.3 15 122.09195.70.7 160.02944.70.3 16 160.02926.53.5 160.02924.82.6 17 161.77944.55.9 160.03015.08.0 18 160.03037.71.8 165.27991.73.9 19 160.03017.37.7 165.27988.00.2 20 161.77891.28.5 161.77915.59.1 21 163.52961.24.0 160.03015.43.9 22 161.77887.29.6 161.77962.27.1 23 163.52990.27.5 165.27867.26.4 24 161.78051.53.1 165.27906.46.4

Salientamos que as freqüências destes alunos foram enviadas, pela Prefeitura, à Caixa Econômica Federal, solicitando as exclusões dos beneficiários por motivo de desistência, entretanto, em análise ao Sistema de Cadastro da Caixa Econômica Federal evidenciamos que os mesmos vêm recebendo os benefícios pelo Programa Bolsa Família. Vale salientar que um dos condicionantes do Programa Bolsa Família é a freqüência escolar igual ou acima de 85%. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio de documentação apresentada, folhas de freqüência e Sistema da Caixa Econômica Federal. Manifestação do Prefeito: “A responsabilidade por estas inconsistências deve-se exclusivamente a falhas na atuação da Coordenação Nacional do Programa que não vem atualizando o cadastro de beneficiários desde 2000, em nosso Município. Assim sendo, esta impropriedade foge totalmente à responsabilidade desta Prefeitura.”

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Análise da Equipe: Em que pese a justificativa apresentada pela Prefeitura, mantemos o registro da falha apontada no presente relatório, tendo em vista a continuação do pagamento do benefício a beneficiários que não cumprem as condicionalidades da freqüência escolar estabelecidas no Programa, conforme artigo 3º da Lei 10.836, de 9/1/2004. 1.2) Ausência de encaminhamento do Relatório de Freqüência à Secretaria Nacional do Programa Bolsa Escola – SNPBE. Fato:

Verificamos que a Prefeitura de Pentecoste não está enviando os Relatórios de Freqüência, trimestralmente, à Secretaria Nacional do Programa Bolsa Escola, conforme especificado nas diretrizes do Programa. Evidência:

O fato foi evidenciado por meio de entrevista com a Secretária de Educação do Município. Manifestação do Prefeito: “A responsabilidade por estas inconsistências deve-se exclusivamente a falhas na atuação da Coordenação Nacional do Programa que não vem atualizando o cadastro de beneficiários desde 2000, em nosso Município. Assim sendo, esta impropriedade foge totalmente à responsabilidade desta Prefeitura.” Análise da Equipe: Não consideramos satisfatória a justificativa apresentada, uma vez que cabe ao Poder Executivo Municipal promover a atualização das informações necessárias ao acompanhamento da freqüência escolar e a transmissão dessas informações ao Ministério da Educação, conforme especificado nas diretrizes do Programa. Dessa forma, mantemos o registro da falha apontada no presente relatório. 2 – Programa: Transferência de Renda com Condicionalidades (Bolsa Família). Ação: Transferência de renda diretamente às famílias em condição de pobreza e estrema pobreza – Bolsa Família. Objetivo da Ação de Governo: Transferência de renda às famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, com renda “per capita” até R$100,00 mensais que visa combater a fome, a pobreza e outras formas de privação das famílias. Ordem de Serviço: 157293 Objeto Fiscalizado: Atuação da Prefeitura Municipal, certificação da atuação e quanto às suas atribuições de monitoramento de condicionalidades pelas famílias e cadastramento único. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste Qualificação do Instrumento de Transferência: Transferência Direto ao Cidadão. Montante de Recursos Financeiros: R$ 166.660,00 Extensão dos exames: R$ 166.660,00 2.1) Famílias beneficiárias do Bolsa Família não localizadas. Fato:

Em nossa visita a 37 famílias beneficiadas pelo Programa., evidenciamos que:

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a) três famílias mudaram-se do município, de NIS nº 165.27922.48-6, 163.52927.91-3 e 162.15469.41-7;

b) uma não recebe o benefício, NIS nº 163.53136.42-1;

c) em entrevista com moradores circunvizinhos do endereço fornecido na amostra, a beneficiária de NIS nº 123.43499.01-4 não era conhecida na localidade. Evidência:

Visita às famílias beneficiadas e entrevistas com vizinhos. Manifestação do Prefeito: “Com relação às impropriedades detectadas neste item, estamos determinando a Secretaria de Agricultura que efetue um levantamento completo no cadastro de beneficiários do Programa Bolsa Família com vistas a sanar as falhas detectadas pela Equipe de Fiscalização desta Controladoria.” Análise da Equipe: Não consideramos satisfatória a justificativa apresentada pela Prefeitura, uma vez que não houve comprovação da efetiva adoção de medidas saneadoras para as impropriedades constatadas, tendo sido apresentada apenas uma expectativa de acerto. Dessa forma, mantemos o registro da falha apontada no presente relatório.

3 – Programa: Gestão da Política de Assistência Social - Conselho. Ação: Funcionamento dos conselhos de gestão compartilhada da Assistência Social - Nacional. Objetivo da Ação de Governo: Estimular, qualificar e fortalecer o exercício do controle social, preconizado na Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS. Ordem de Serviço: 157398. Objeto Fiscalizado: Atuação do Conselho Municipal de Assistência Social. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Não se aplica. Montante de Recursos Financeiros: Não se aplica. Extensão dos Exames: Ações executadas pelo Conselho. 3.1) O Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS não cumpre as diretrizes previstas nos programas assistenciais. Fato: Da análise procedida nas atas das reuniões dos dias 6/2, 18/3, 6/4, 6/5, 17/6, 14/7, 12/8, 9/9, 14/10 11/11 do exercício de 2004, bem como das informações obtidas em entrevista realizada com a Presidente do Conselho, constatamos que o Conselho Municipal de Assistência Social - CMAS de Pentecoste não vem realizando supervisões/fiscalizações com vistas a verificação da aplicação de recursos nas entidades responsáveis pelos programas assistenciais. Evidência: Entrevista com a Secretária do Trabalho e Assistência Social e Livro de atas das reuniões do Conselho Municipal de Assistência Social. Manifestação do Prefeito: “O fato apontado neste item não procede uma vez que, o CMAS é um dos mais atuantes no Município, realizando mensalmente suas reuniões. No presente exercício de 2004, foram realizadas

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10 reuniões, além de inúmeras visitas de supervisão/fiscalização em unidades escolares sob sua jurisdição, buscando discutir problemas e encontrar soluções para situações que impliquem desfavoravelmente na boa condução das atividades escolares. Expressar que este Conselho não cumpre com seus objetivos e finalidades é prova do desconhecimento da atuação deste Órgão.” Análise da Equipe: A justificativa apresentada não é satisfatória, uma vez que as Atas das reuniões do Conselho Municipal de Assistência Social, analisadas por esta Controladoria, não contêm informações acerca da realização de atividades de supervisões/fiscalizações na aplicação dos recursos nas entidades responsáveis pelos programas assistenciais. Referidas Atas tratam de assuntos, tais como: - Repassar aos presentes o conteúdo dos trabalhos durante a Conferência Regional da Assistência Social. - Deliberar sobre aquisição do Centro de Referência da Assistência Social, Casa da Família. - Aprovação do Relatório de Gestão 2003. - Avaliação do Selo UNICEF. - Composição do Conselho Tutelar. Ademais, o Conselho não apresentou relatórios de supervisão/fiscalização relativos à aplicação dos recursos dos programas da área social. Ressalte-se ainda, que não foi encaminhado a esta Controladoria, nenhum documento que ratifique as justificativas apresentadas pela Prefeitura. 4 - Programa: Proteção Social à Infância, Adolescência e Juventude - PAC. Ação: Serviço de proteção socioassistencial à infância e à adolescência - Nacional. Objetivo da Ação de Governo: Assegurar o desenvolvimento integral da criança de 0 a 6 anos em situação de pobreza e risco social, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social. Ordem de Serviço: 157523. Objeto Fiscalizado: Atendimento à Criança em Creche e Outras Alternativas Comunitárias. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Pentecoste. Qualificação do Instrumento de Transferência: Fundo a Fundo. Montante de Recursos Financeiros: R$ 61.643,70. Extensão dos exames: R$ 61.643,70. 4.1) Instalações inadequadas para crianças de 0 a 6 anos. Fato: Em visita às creches beneficiadas pelo Programa constatamos as seguintes impropriedades:

NOME DA CRECHE IMPROPRIEDADES Fundação Joana Gomes da Silva – Creche Vovó Joana

registro junto ao Conselho Nacional de Assistência Social, vencido desde 30/06/1998;

falta certificação de entidade beneficente de Assistência Social; espaço reduzido e falta de equipamentos para o lazer externo dos

beneficiários; instalações inadequadas (cozinha improvisada, espaço da sala de

aula pequeno para uma quantidade de 30 alunos, banheiros de utilização geral – adultos e crianças).

Centro Educacional Infantil Maria Mimosa

falta de equipamentos para o lazer externo dos beneficiários.

Centro Educacional Infantil Paraíso da Criança

falta de equipamentos para lazer externo dos beneficiários; espaço reduzido para o lazer externo; telhado de amianto em toda a creche; e banheiros de utilização geral – adultos e crianças.

Centro Educacional Infantil Julieta Braga

espaço reduzido e falta de equipamentos para lazer externo dos beneficiários;

banheiros de utilização geral – adultos e crianças. NOME DA CRECHE IMPROPRIEDADES

Centro Integrado da Família e da Criança

falta de equipamentos para lazer; falta espaço externo de lazer; banheiros de utilização geral – adultos e crianças galpão improvisado; telhado de zinco (temperatura muito quente e acústica péssima); e infiltrações na parte superior das paredes.

Centro Educacional Infantil Paraíso da Criança Centro Integrado da Família e da Criança

Teto de Amianto Teto de Zinco Fundação Joana Gomes da Silva – Creche Vovó Joana

Fundação Joana Gomes da Silva – Creche Vovó Joana

Banheiro – Utilização Geral Espaço pequeno da Sala de aula para a quantidade de 30 alunos.

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Centro Educacional Infantil Paraíso da Criança Fundação Joana Gomes da Silva – Creche Vovó

Joana

Banheiro – Utilização Geral Cozinha improvisada 1 Fundação Joana Gomes da Silva – Creche Vovó Joana

Centro Educacional Infantil Julieta Braga

Cozinha improvisada 2 Espaço reduzido e falta de equipamentos para lazer externo dos beneficiários

Evidência: Visita “in loco” e registro fotográfico. Manifestação do Prefeito: “As informações contidas no item retrocitado não procedem, uma vez que as referidas escolas, citadas no quadro do item, possuem os equipamentos de lazer essenciais para o atendimento aos alunos. Este Município, evidentemente, não dispõe de condições financeiras para equipar as escolas com o que haja de melhor para os estudantes. Dentro das possibilidades, procuramos atender a clientela.” Análise da Equipe: Em que pese a justificativa apresentada, mantemos o registro da falha apontada neste relatório, tendo em vista que, de acordo com as visitas realizadas pela equipe da CGUCE, foram constatadas, nas creches, instalações inadequadas para o atendimento de crianças.

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Ademais, a Prefeitura não encaminhou a esta Controladoria, comprovação para as informações contidas em sua justificativa.