PITÁGORAS SISTEMA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR SOCIEDADE LTDA CURSO DE PSICOLOGIA
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PITÁGORAS SISTEMA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR SOCIEDADE LTDA CURSO DE PSICOLOGIA
JOSE RICARDO DOS SANTOS MARQUES
Relatório de Estágio Básico I (Obrigatório) em Psicologia Social
__________________________
São Luís 2015
JOSE RICARDO DOS SANTOS MARQUES
Relatório de Estágio Básico I (Obrigatório) em Psicologia Social
__________________________
Relatório apresentado ao Curso de Psicologia da faculdade Pitágoras, para demonstrar as atividades de estágio curricular obrigatório desenvolvido no (a) AESF, Associação Educadora São Francisco
de Assis.
São Luís 2015
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................4
2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ...........................................................6
2.1 Caracterização do campo de estágio...............................................6
2.2 Atividades desenvolvidas pelo estagiário ......................................8
2.3 Reconhecimento do Campo............................................................8
2.4 Oficina 1: Dinâmica Linha da Vida...................................................9
2.5 Oficina 2: Dinâmica das Diferenças................................................10
2.6 Oficina 3: Dinâmica Caixa de Pandora............................................11
2.7 Oficina 4: Dinâmica Pra quem você tira o Chapéu..........................12
2.8 Oficina 5: Dinâmica dos Pares........................................................13
3 CONCLUSÃO.......................................................................................14
REFERÊNCIAS.......................................................................................15
ANEXOS ... ..........................................................................................16
1. INTRODUÇÃO:
Os problemas mais significativos entre as mulheres mais idosas são a
solidão, a pobreza e a privação social, sobretudo entre as viúvas mais velhas e as
mulheres não casadas que vivem sozinhas e dependem da ajuda para sobreviver. A
tríade pobreza, solidão e doença ocorre frequentemente entre as mulheres idosas,
constatou em estudo realizado no Rio de Janeiro. (VERAS,1994)
A proporção da população “mais idosa”, ou seja, a de 80 anos e mais, está
aumentando. Isso quer dizer que a população considerada idosa também está
envelhecendo. Em 2000, esse segmento foi responsável por 12,6% do total da
população idosa. Tais alterações levam a uma heterogeneidade do segmento
populacional chamado idoso. Por exemplo, esse grupo etário abrange um intervalo
de aproximadamente 30 anos. Compreende pessoas na faixa de 60 anos, que, pelos
avanços tecnológicos da medicina, podem estar em pleno vigor físico e mental bem
como pessoas na faixa de 90 anos, que devem se encontrar em situações de maior
vulnerabilidade. (CAMARANO, 1999).
Segundo Camarano (2002), o crescimento da população idosa é
conseqüência de dois processos: a alta fecundidade no passado, observada nos
anos 1950 e 1960, comparada à fecundidade de hoje, e a redução da mortalidade
da população idosa. Por um lado, a queda da fecundidade modificou a distribuição
etária da população brasileira, fazendo com que a população idosa passasse a ser
um componente cada vez mais expressivo dentro da população total, resultando no
envelhecimento pela base. Por outro, a redução da mortalidade trouxe como
conseqüência o aumento no tempo vivido pelos idosos, isto é, alargou o topo da
pirâmide, provocando o seu envelhecimento.
4
Influenciada pelo diálogo e cooperação com outras áreas do saber, como a
Biologia e a Sociologia, a Psicologia do Envelhecimento avançou nos aspectos
relativos ao planejamento e estratégias de pesquisa e na integração de outras
variáveis que não apenas a idade na explicação de fenômenos multidimensionais e
multicausais (NERI, 2002). À luz do paradigma “life-span” de compreensão do
desenvolvimento humano, a heterogeneidade intra e interindividual do
envelhecimento é observada a partir da consideração das influências de natureza
socioculturais (tais como gênero, coortes, papéis), socioeconômicas (tais como
educação e renda), psicossociais (como os mecanismos de autorregulação do Self)
e biológicas (como o status de saúde e funcionalidade física) atuantes ao longo de
toda a vida. Além do refinamento metodológico da pesquisa sobre o envelhecimento,
a consolidação da Psicologia do Envelhecimento possibilitou, entre outros ganhos,
um maior diálogo entre as próprias subdisciplinas da Psicologia (como a Psicologia
Cognitiva, a Psicologia da Aprendizagem, a Psicologia Social e a Psicometria) na
tentativa de descrever e explicar tanto os processos de declínio quanto os de
manutenção e desenvolvimento em domínios psicológicos específicos na velhice.
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2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
2.1 Caracterização do Campo de estágio
O Estágio Básico I foi realizado na AESF, Associação Educadora São Francisco
de Assis que é organizada e gerida por padres da igreja católica da ordem
franciscana, que fica localizada na Praça João Lisboa, Igreja do Carmo N°360
Centro - São Luís – MA CEP: 65010-310, é uma entidade de caráter civil religioso,
sem fins lucrativos que possui vários projetos como um museu sacro e a casa do
pão.
A Província mantém cinco “Casas do Pão de Santo Antônio”, nas cidades de:
Macapá (AP), Belém (PA), Capanema (PA), e duas em São Luís (MA) e a sua
finalidade é alimentar pessoas carentes que vivem à margem da sociedade. Possui
dois frades exclusivos só para este trabalho, as demais casas são administradas por
frades das suas respectivas fraternidades. O Convento do Carmo, o responsável
pela administração desse trabalho é frei Lázaro, além de cuidar desse projeto, ele
ainda é o superior do Convento do Carmo. “O Pão de Santo Antônio da Igreja do
Carmo” como é conhecido já vem de muitos anos. Os responsáveis foram sempre os
Guardiões do Convento e durante todos estes anos fez a diferença para inúmeras
pessoas do Centro de São Luis que não tem onde se alimentar.
Além da alimentação o Frei Lázaro estar buscando parcerias para ampliar as
ações da Casa. No momento ele também busca voluntários para agregar valores,
como atendimento médico, jurídico e outras ajudas que venham ao encontro das
necessidades dos que ali buscam atendimento. Através do Centro de Promoção
Humana, a nossa Província Capuchinha Nossa Senhora do Carmo, realiza a cada
dia as palavras de Jesus: ‘porque tive fome, e me destes de comer’. “O testemunho
da caridade, que neste lugar encontra especial concretude, com seu serviço a favor
dos pobres, está, portanto empenhada em anunciar a todos a verdade sobre o
homem, que é amado por Deus, criado à sua imagem, redimido por Cristo e
chamado à comunhão eterna com Ele”.
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A iniciativa é fruto de uma tradição trazida pelos frades cappuccinos da Itália,
que, em Milão, possuíam em suas igrejas locais onde eram distribuídas comidas
para idosos carentes. Quando se instalaram aqui no Maranhão, o costume foi
preservado e implantado na Igreja do Carmo, através da Casa do Pão. “Antes se
entregava apenas pão porque durante as terças-feiras eram realizadas celebrações
ao Santo Antônio, padroeiro dos pobres, onde as pessoas levavam pão como forma
de pagamento de promessas. Depois, nós pegávamos esses alimentos e
distribuíamos às pessoas carentes”, lembrou o Frei Lázaro Nunes, diretor da
entidade.
Agora com nova estrutura, reformada ano passado, e contando com 25
voluntários, a Casa do Pão distribui alimento de qualidade, cujo cardápio é
preparado especialmente por uma nutricionista que prescreve refeições ricas para
manter os idosos com o pique a mil durante todo o dia.
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Atividades desenvolvidas pelo estagiário :
2.2 Reconhecimento do Campo (1° dia)
No primeiro dia fomos recebidos pela Psicóloga Voluntaria (Ana Beatriz Rocha
Lima) da casa do Pão e logo após, nos dirigimos a uma sala para uma conversa
com Frei LUÍS Ao termino da conversa com o Frei, conversamos com o Josué
(Restaurador do Museu) e Iraci Soares (Curadora do Museu), no qual nos
mostraram algumas peças do Museu.
Depois a Prof. Ana Beatriz falou sobre a convivência com os idosos e falou
sobre o espaço físico da igreja, e também da Casa do Pão. Foi proposto um
cronograma de atividade que fazemos ao longo do estágio.
FREI LUIS GIUDICCI
Figura 01: Primeira visita á AESF, palavra com o Frei .
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2.3 OFICINA 1: Dinâmica (Linha da Vida)
Participantes: A dinâmica foi realizada com 10 idosos e oito estagiários do
curso de Psicologia da Faculdade Pitágoras.
Procedimentos: Foram entregues para cada participante (idosos)
cartolinas, lápis de cores, canetas hidrocor e foi solicitado que cada
participante indicasse na linha da vida, datas e fatos importantes ao decorrer
de sua vida.
Avaliação da Atividade: A principio teve uma certa resistência de alguns em
participar da dinâmica, alegando não saber escrever. Informados de que
estaríamos auxiliando, sentiram-se a vontade e foram lembrando
acontecimentos que marcaram suas vidas e fomos auxiliando datando cada
acontecimento que os mesmos ia nos relatando.
Objetivo: Trabalhar a socialização e a memória de curto, médio e longo prazo
Figura 02: Oficina Linha da Vida .
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2.4 OFICINA 2: Atividade ( “Das diferenças”)
Participantes: A atividade foi realizada com 13 idosos e 7 estagiários do
curso de Psicologia da Faculdade Pitágoras.
Procedimentos: Foram distribuídas folhas de papel sulfite em branco e
canetas para os participantes. Um estagiário dava o sinal para que todos os
participantes desenhassem o que ele solicitasse. Logo após o sinal era
pedido que desenhassem rosto com olhos e nariz. Em seguida, foi pedido que
desenhassem uma boca, depois o pescoço e um tronco. Ao terminar a
atividade foi dito para que todos parassem de desenhar e que todos
mostrassem seus desenhos e trocassem.
Avaliação da Atividade: Após compreenderem a proposta da dinâmica, cada
idoso pegou o lápis e caneta e começaram a colocar em pratica o desenho
que lhes eram solicitados com a ajuda de todos nós estudantes. Acabado
todos os desenhos, puderam perceber o quanto estavam diferentes todos os
desenhos, sabendo que foi pedido o mesmo para todos.
Objetivo: Promover o autoconhecimento, melhora da auto estima, promover
entrosamento e laços afetivos no grupo.
Figura 03: Oficina das Diferenças .
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2.5 OFICINA 3: Atividade (Caixa de Pandora)
Participantes: A atividade foi realizada com 13 idosos e 7 estagiários do
curso de Psicologia da Faculdade Pitágoras.
Procedimentos: Foram colocados todos os idosos em circulo, logo após foi
apresentado por um estagiário a proposta da dinâmica. Possuía uma caixa ( a
caixa de pandora ), e nesta possuía alguns objetos, de acordo com o total de
idosos que possuía no grupo, ou seja 13 objetos. Foi entregue cada objeto e
cada um teria que dizer a utilidade dos seus respectivos objetos. Após isso,
foi pedido que falassem na ordem, todos os objetos que lhes foram
entregues.
Avaliação da Atividade: Esta atividade, permite que os idosos relembrem
objetos e suas devidas utilidades no dia-a-dia. Além disso, permite que
trabalhem a memoria ao tentar relembrar cada objeto que cada um possua e
relatar todos na devida ordem.
Objetivo: Estimular a memória, a atenção, linguagem, conhecimento de
figuras e socialização.
Figura 04: Oficina Caixa de Pandora . 11
2.6 OFICINA 4: Atividade (Para quem você tira o chapéu)
Participantes: A atividade foi realizada com 13 idosos e 7 estagiários do
curso de Psicologia da Faculdade Pitágoras.
Procedimentos:
Foi utilizado um chapéu e um espelho. O espelho foi colado no fundo do
chapéu. O estagiário escolhe uma pessoa do grupo e pergunta se ela tira o
chapéu para a pessoa que ver e o porquê, sem dizer o nome da pessoa.
Pode ser feito em qualquer tamanho de grupo e o estagiário deve fingir que
trocou a foto do chapéu antes de chamar o próximo participante.
Avaliação da Atividade : Após colocar todos em circulo, um dos estagiários
explicam como será a dinâmica. Após cada um responder a pergunta se tira
ou não o chapéu pra pessoa que está ali no representada no interior do
chapéu, sendo que lhes é mostrado a própria imagem num espelho. Todos
ficam surpresos ao se verem no espelho, e se autovalorizam contando suas
qualidades e afirmando que tiram o chapéu e o motivo da retirada do chapéu.
Objetivo: Trabalhar o autoconhecimento e a autoestima.
Figura 05: Oficina Pra quem você tira o Chapéu .
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2.7 OFICINA 5: Atividade (Dinâmica dos Pares)
Participantes: A atividade foi realizada com 13 idosos e 7 estagiários do
curso de Psicologia da Faculdade Pitágoras.
Procedimentos: pedaço de papel em branco e caneta. No papel contem
palavras que são pares (ex: brinco e orelha, mesa e cadeira, pires e xícara,
olhos e óculos) em seguida entrega-se de forma aleatória para os
participantes. Depois da primeira etapa formam-se os pares para dinâmica de
apresentação, ou seja é explicado que ao lerem a palavra irão identificar os
pares. E depois irão ficar em duplas e vai ser dado 5min para que eles
possam falar um sonho seu para o seu par. E em seguida irão à frente de
todos para apresentarem o sonho do seu par.
Avaliação da Atividade: Permitiu nesta atividade que os idosos interagissem
entre si, trabalhassem a memoria e a criatividade ao formar os pares de cada
palavra selecionada pelos estagiários .
Objetivo: Permitir que trabalhem em grupo a Interação, criatividade, memoria.
Figura 06: Oficina Dinâmica dos Pares .
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3. CONCLUSÃO
Percebeu-se durante o período do Estágio com os Idosos um processo de
envelhecimento caracterizado por perdas cognitivas, comportamentais e sociais .
Também foi observado que o grupo era caracterizado pela feminizarão, ou seja, a
maioria dos idosos eram mulheres, apesar de possuir a minoria de idoso homens.
Com a chegada da terceira idade o idoso tende a se isolar, ficando apenas em casa,
mas foi percebido que este grupo heterogêneo de idosos eram bem interativos, pois
boa parte deles se conheciam, tendo em vista que eles já se encontram todos os
dias, alguns dos idosos se veem desde quando foi fundado o projeto Casa do Pão.
Com o desenvolvimento das atividades pelos estagiários, algumas perdas foram
nitidamente notadas, como por exemplo: Memória , Autocuidado, Alterações na
Motricidade e lentidão nos movimentos.
Já nos aspectos psicológicos e Sociais, percebeu-se uma redução da rede de apoio
social para com alguns dos idosos, bem como a solidão, carência de atenção .
E por fim, algo que marcou tanto no grupo dos idosos, como na equipe responsável
pelo preparo do almoço, estagiários e também pela psicóloga e também supervisora
dos estagiários foi o voluntariado .
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REFERÊNCIAS VERAS, RP & ARTES, MIC. A população Idosa no Brasil: Considerações acerca do uso de indicadores de saúde. In: MInayo, MCS (Ed.). Os Muitos Brasis: Saúde e População na Década de 80. São Paulo: Hucitec Editores, 1994.
NERI, A. L. (2002). Teorias Psicológicas do Envelhecimento. In E. V. de Freitas, L. Py, A. L.
Neri, F. A. X. Cançado, M. L. Gorzoni, & S. M. da Rocha, Tratado de Geriatria e
Gerontologia (pp. 32-46). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
CAMARANO, A. A., PASINATO, M. T. Envelhecimento, condições de vida e política
previdenciária: como ficam as mulheres? Rio de Janeiro: IPEA, jun. 2002 (Texto para
Discussão, 883).
Envelhecimento da população brasileira: uma contribuição demográfica. Rio de Janeiro:
IPEA, 2002 (Texto para Discussão, 858).
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