parte ii poder legislativo - IOERJ

38
PARTE II PODER LEGISLATIVO ESTA PARTE É EDITADA ELETRONICAMENTE DESDE 1º DE JULHO DE 2005 ANO XLVII - Nº 067 SEXTA-FEIRA, 9 DE ABRIL DE 2021 ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Home Page: http://www.alerj.rj.gov.br E-mail: [email protected] ASSEMBLEIA LEGISLATIVA 12ª LEGISLATURA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA LIDERANÇAS LÍDER DO GOVERNO - Márcio Pacheco VICE-LÍDER - 1º Leo Vieira - 2º Rodrigo Amorim MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO - MDB LÍDER DA BANCADA - Rosenverg Reis VICE-LÍDERES - 1º Márcio Canella - 2º Átila Nunes PARTIDO SOCIAL DEMOCRÁTICO - PSD LÍDER DA BANCADA - Delegado Carlos Augusto VICE-LÍDERES - 1º Coronel Salema - 2º Rosane Felix PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA - PSDB LÍDER DA BANCADA - Lucinha VICE-LÍDER - PARTIDO DOS TRABALHADORES - PT LÍDER DA BANCADA - Zeidan VICE-LÍDER - Waldeck Carneiro PARTIDO SOCIAL CRISTÃO - PSC LÍDER DA BANCADA - Chiquinho da Mangueira VICE-LÍDER - Leo Vieira PARTIDO DEMOCRÁTICO TRABALHISTA - PDT LÍDER DA BANCADA - Martha Rocha VICE-LÍDER - Luiz Martins PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO - PSB LÍDER DA BANCADA - Carlos Minc VICE-LÍDER - CIDADANIA LÍDER DA BANCADA - Luiz Paulo PARTIDO PROGRESSISTA - PP LÍDER DA BANCADA - Dionísio Lins VICE-LIDER - Jair Bittencourt PARTIDO LIBERAL - PL LÍDER DA BANCADA - Brazão AVANTE LÍDER DA BANCADA - Marcos Abrahão PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL - PC DO B LÍDER DA BANCADA - Enfermeira Rejane PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO - PTB LÍDER DA BANCADA - Marcus Vinícius VICE-LÍDER - PARTIDO SOCIAL LIBERAL - PSL LÍDER DA BANCADA - Charlles Batista VICE-LÍDERES - 1º Alana Passos - 2º Rodrigo Amorim - 3º Marcelo Dino - 4º Felippe Poubel PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE - PSOL LÍDER DA BANCADA - Renata Souza VICE-LÍDERES - 1º Mônica Francisco - 2º Dani Monteiro REPUBLICANOS LÍDER DA BANCADA - Carlos Macedo VICE-LÍDER - 1º Danniel Librelon - 2º PODEMOS - PODE LÍDER DA BANCADA - Bebeto VICE-LÍDER - SOLIDARIEDADE - SDD LÍDER DA BANCADA - Rodrigo Bacellar VICE-LÍDERES - 1º Anderson Alexandre - 2º Vandro Família - 3º DEMOCRATAS - DEM LÍDER DA BANCADA - Fábio Silva VICE-LÍDERES - 1º Dr. Deodalto - 2º Filipe Soares PARTIDO REPUBLICANO DA ORDEM SOCIAL - PROS LÍDER DA BANCADA - Giovani Ratinho NOVO LÍDER DA BANCADA - Alexandre Freitas DEMOCRACIA CRISTÃ – DC LÍDER DA BANCADA - Marcelo Cabeleireiro VICE-LÍDER - PARTIDO TRABALHISTA CRISTÃO – PTC LÍDER DA BANCADA - Valdecy da Saúde PATRIOTA LÍDER DA BANCADA - Val Ceasa VICE-LÍDER - Elton Cristo PARTIDO DA MULHER BRASILEIRA - PMB LÍDER DA BANCADA - Wellington José PARTIDO VERDE - PV LÍDER DA BANCADA - Eurico Júnior MESA DIRETORA PRESIDENTE - André Ceciliano 1º VICE-PRESIDENTE - Jair Bittencourt 2º VICE-PRESIDENTE - Chico Machado 3º VICE-PRESIDENTE - Franciane Motta 4º VICE-PRESIDENTE - Samuel Malafaia 1º SECRETÁRIO - Marcos Muller 2º SECRETÁRIO - Tia Ju 3º SECRETÁRIO - Renato Zaca 4º SECRETÁRIO - Filipe Soares 1º VOGAL - Brazão 2º VOGAL - Dr. Deodalto 3º VOGAL - Valdecy da Saúde 4º VOGAL - Giovani Ratinho SECRETÁRIO-GERAL DA MESA DIRETORA - Marcus Vinicius Giglio Rodrigues Rego CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR Presidente: Martha Rocha Vice-Presidente: Membros: Márcio Canella, Zeidan, Léo Vieira, Rodrigo Bacellar, Flávio Serafini, Rodrigo Amorim Suplentes: Marcelo Dino CORREGEDOR PARLAMENTAR - CORREGEDOR PARLAMENTAR SUBSTITUTO - Alexandre Knoploch SUMÁRIO Destaque do Legislativo ............................................................ 1 Expediente Despachado pelo Presidente ................................ 1 Indicações ................................................................................... 5 Plenário ...................................................................................... 6 Ordem do Dia .......................................................................... 18 Comissões ................................................................................ 20 Atos e Despachos da Mesa Diretora..................................... 34 Atos e Despachos do Presidente........................................... 36 Atos e Despachos do Primeiro Secretário ............................ 36 Atos e Despachos do Diretor-Geral ....................................... 36 Avisos, Editais e Termos de Contratos.................................. 36 Destaque do Legislativo AVISO Considerando que nos dias 09/04/2021 e 12/04/2021, a Pri- meira Secretaria estará efetuando a mudança para o Edifício Lúcio Costa, informamos que serão recebidos somente os processos que necessitem de urgência em sua tramitação. Rio de Janeiro, 08 de abril de 2021. FÁBIO DA COSTA TORRES Chefe de Gabinete do Primeiro Secretário Matrícula nº 419.831-3 Id: 2308975 Expediente Despachado pelo Presidente PROJETO DE LEI Nº 979/2019 REDAÇÃO DO VENCIDO PARA 2ª DIS- CUSSÃO AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A IM- PLANTAR DELEGACIA ESPECIALIZADA DE ATENDIMENTO À MULHER (DEAM) NO MUNICÍPIO DE RESENDE. A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESOLVE: Art. 1º Fica o Poder Executivo Estadual autorizado a implan- tar Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) no Mu- nicípio de Resende. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala da Comissão de Redação, 08 de abril de 2021. Deputados: MARCELO CABELEIREIRO, Presidente; MÁR- CIO CANELLA; FÁBIO SILVA Autora do Projeto de Lei nº 979/2019: Deputada ENFERMEI- RA REJANE Aprovada a Emenda da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher PROJETO DE LEI Nº 3983/2021 ACRESCENTA O INCISO XIX, AO ART.8º DA LEI 7.174/2015, INS- TITUINDO A ISENÇÃO DE ITDCM NAS DOAÇÕES DE BENS IMÓ- VEIS ENTRE EMPRESAS PRIVADAS E O ESTADO Autor: Deputado FELIPE PEIXOTO DESPACHO : A imprimir e às Comissões de Constituição e Justiça; de Eco- nomia, Indústria e Comércio; de Tributação, Controle da Ar- recadação Estadual e de Fiscalização dos Tributos Estaduais; e de Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeira e Contro- le. Em 08.04.2021. DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE. A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA- NEIRO RESOLVE: Artigo 1º - Acrescenta-se o inciso XIX, ao art.8º, da Lei 7.174/2015, que terá a seguinte redação: Art.8º. (...) XIX - as doações pecuniárias e/ou de bens móveis e/ou imó- veis ao Estado do Rio de Janeiro, englobando-se a Administração Di- reta, Indireta, suas Autarquias e Fundações, provenientes de empre- sas privadas. Artigo 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publica- ção. Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 24 de Março de 2021. Deputado FELIPE PEIXOTO JUSTIFICATIVA A sigla significa Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação e recai sobre quaisquer bens e direitos. A expressão causa mortis se refere à situação em que o bem é transmitido por herança, recaindo o referido imposto quando há doação inter vivos. Os particulares podem doar e ceder o uso de bens privados aos órgãos e entidades administrativas por meio dos instrumentos ju- rídicos previstos no direito privado, sendo um deles a doação, em atenção ao exercício da autonomia privada, observada a titularidade do bem e o direito a sua livre disposição. Não há razão incidir o referido imposto em doação realizadas por empresas privadas, sobretudo aquelas que incentivam o desen- volvimento do Estado. Não há sequer onerosidade por parte do ente escolhido ou qualquer contrapartida que justifique a necessidade de recolhimento de tal imposto. Toda e qualquer doação deve ser rea- lizada de forma integral, com a isenção de qualquer imposto, em es- pecial o ITCMD, de modo a garantir o destino da doação total ao ente escolhido PROJETO DE LEI Nº 3984/2021 DISPÕE SOBRE INSTITUIÇÃO DO PROGRAMA ESTADUAL DE APOIO À ONCOLOGIA INFANTIL E ENFERMIDADES CORRELACIO- NADAS - PROONCOLOGIA INFANTIL E DÁ OUTRAS PROVIDÊN- CIAS. Autor: Deputado BEBETO DESPACHO : A imprimir e às Comissões de Constituição e Justiça; de Saúde; de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso; e de Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeira e Contro- le. Em 08.04.2021. DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE. A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA- NEIRO RESOLVE: Artigo 1º. Fica instituído o Programa Estadual de Apoio à On- cologia Infantil e Enfermidades Correlacionadas - PRO-ONCOLOGIA INFANTIL, visando a prevenção e o combate ao câncer infantil. Parágrafo único- A prevenção e o combate ao câncer infantil englobam a promoção da informação, a pesquisa, o rastreamento, o diagnóstico, o tratamento, os cuidados paliativos e a reabilitação re- ferentes às neoplasias malignas e afecções correlatas. Artigo 2º. O PRO-ONCOLOGIA INFANTIL será implementado visando o repasse estadual a ações e serviços de atenção oncológica Infantil e Enfermidades Correlacionadas, desenvolvidos por instituições de prevenção e combate ao câncer infantil. Artigo 3º. As ações e os serviços de atenção oncológica a serem apoiados com os recursos captados por meio do PRO-ONCO- LOGIA INFANTIL compreendem: I - a prestação de serviços médico-assistenciais, com o in- tuito de agilizar o atendimento e os exames necessários às crianças diagnosticadas com câncer: a) os exames e cirurgias deverão ser iniciados e realizados no prazo máximo de 5 (cinco) dias, após a requisição médica; b) ao acompanhante da criança deverá ser proporcionada to- da estrutura necessária para hospedagem e alimentação; II - a formação, o treinamento e o aperfeiçoamento de recur- sos humanos em todos os níveis; III - a realização de pesquisas clí- nicas, epidemiológicas e experimentais; Artigo 4º. O Poder Executivo regulamentará esta lei em até 30 (trinta) dias a contar da data da publicação. Artigo 5º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publica- ção. Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 07 de Abril de 2021 Deputado BEBETO JUSTIFICATIVA Esta proposta objetiva criar o Programa Estadual de Apoio à Oncologia Infantil e Enfermidades Correlacionadas - PRO-ONCOLO- GIA INFANTIL, com vistas a prevenir e combater o câncer infantil. O programa de prevenção e o combate ao câncer infantil instituídos por este projeto, além do tratamento tradicional aplicado em casos desse jaez, também englobará a promoção da informação junto à população sobre a gama de serviços a serem prestados. O programa PRO-ON- COLOGIA INFANTIL visa a criação de centros de pesquisa, com a utilização de equipamentos de ponta no rastreamento e no diagnóstico da doença, com vistas a adotar o tratamento mais adequado para ca- da enfermidade e os demais cuidados paliativos para a reabilitação. Para que o tratamento seja eficaz, a realização de exames e cirurgias ocorrendo em, no máximo, 5 (cinco) dias, será imperioso pa- ra a recuperação dos menores, sendo assistidos por profissionais al- tamente treinados, cada qual na sua seara. Sempre contando com o acompanhamento de um familiar, para que a criança enferma sinta, durante todo o tratamento, o aconchego da família. PROJETO DE LEI Nº 3985/2021 AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A CONSIDERAR COMO GRUPO PRIORITÁRIO, PARA SER IMUNIZADO COM A VACINA DA COVID- 19, OS GARIS COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 45 ANOS Autor: Deputado BEBETO DESPACHO : A imprimir e às Comissões de Constituição e Justiça; de Saúde; de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social; e de Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeira e Controle. Em 08.04.2021. DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE. A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA- NEIRO RESOLVE: Art.1º - Fica o Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro autorizado a considerar como grupo prioritário os garis, com idade igual ou superior a 45 anos. Parágrafo Único - Consideram-se como profissionais a serem inclusos nesta lei os garis de limpeza urbana, de colheita domiciliar e os coletores de rejeitos hospitalares. Art. 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação Plenário Barbosa Lima Sobrinho 06 de Abril de 2021 Deputado BEBETO JUSTIFICATIVA O ideal é que houvesse imunizante capaz de atender a to- dos, que a campanha tivesse uma aceleração plena, mas a realidade é outra. A ciência, a qual devemos ouvir sempre, orientou que, a prin- cípio, o público-alvo seria o de idosos e profissionais da saúde dentro de uma faixa de idade, e assim foi iniciada a imunização. Diversas são as notícias que tomamos conhecimento. Somos 92 municípios e cada um estabelece seus programas, alguns até contemplam estes profissionais (os garis), mas outros não os mencionam. Ao nosso en- tendimento estes profissionais necessitam da imunização por conta da atividade que exercem, pois, independentemente da Covid-19, eles estão expostos a toda sorte de contaminação.

Transcript of parte ii poder legislativo - IOERJ

PARTE IIPODER LEGISLATIVO

ESTA PARTE É EDITADAELETRONICAMENTE

DESDE 1º DE JULHO DE2005

ANO X LV I I - Nº 067S E X TA - F E I R A , 9 DE ABRIL DE 2021

ASSEMBLEIA LEGISLATIVAHome Page: http://www.alerj.rj.gov.brE-mail: [email protected]

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

12ª LEGISLATURA

3ª SESSÃO LEGISLATIVA

LIDERANÇASLÍDER DO GOVERNO - Márcio PachecoVICE-LÍDER - 1º Leo Vieira - 2º Rodrigo Amorim

MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO - MDBLÍDER DA BANCADA - Rosenverg ReisVICE-LÍDERES - 1º Márcio Canella - 2º Átila Nunes

PARTIDO SOCIAL DEMOCRÁTICO - PSDLÍDER DA BANCADA - Delegado Carlos AugustoVICE-LÍDERES - 1º Coronel Salema - 2º Rosane Felix

PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA - PSDBLÍDER DA BANCADA - LucinhaVICE-LÍDER -

PARTIDO DOS TRABALHADORES - PTLÍDER DA BANCADA - ZeidanVICE-LÍDER - Waldeck Carneiro

PARTIDO SOCIAL CRISTÃO - PSCLÍDER DA BANCADA - Chiquinho da MangueiraVICE-LÍDER - Leo Vieira

PARTIDO DEMOCRÁTICO TRABALHISTA - PDTLÍDER DA BANCADA - Martha RochaVICE-LÍDER - Luiz Martins

PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO - PSBLÍDER DA BANCADA - Carlos MincVICE-LÍDER -

CIDADANIALÍDER DA BANCADA - Luiz Paulo

PARTIDO PROGRESSISTA - PPLÍDER DA BANCADA - Dionísio LinsVICE-LIDER - Jair Bittencourt

PARTIDO LIBERAL - PLLÍDER DA BANCADA - Brazão

AVANTELÍDER DA BANCADA - Marcos Abrahão

PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL - PC DO BLÍDER DA BANCADA - Enfermeira Rejane

PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO - PTBLÍDER DA BANCADA - Marcus ViníciusVICE-LÍDER -

PARTIDO SOCIAL LIBERAL - PSLLÍDER DA BANCADA - Charlles BatistaVICE-LÍDERES - 1º Alana Passos - 2º Rodrigo Amorim - 3º Marcelo Dino -4º Felippe Poubel

PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE - PSOLLÍDER DA BANCADA - Renata SouzaVICE-LÍDERES - 1º Mônica Francisco - 2º Dani Monteiro

REPUBLICANOSLÍDER DA BANCADA - Carlos MacedoVICE-LÍDER - 1º Danniel Librelon - 2º

PODEMOS - PODELÍDER DA BANCADA - BebetoVICE-LÍDER -

SOLIDARIEDADE - SDDLÍDER DA BANCADA - Rodrigo BacellarVICE-LÍDERES - 1º Anderson Alexandre - 2º Vandro Família - 3º

DEMOCRATAS - DEMLÍDER DA BANCADA - Fábio SilvaVICE-LÍDERES - 1º Dr. Deodalto - 2º Filipe Soares

PARTIDO REPUBLICANO DA ORDEM SOCIAL - PROSLÍDER DA BANCADA - Giovani Ratinho

NOVOLÍDER DA BANCADA - Alexandre Freitas

DEMOCRACIA CRISTÃ – DCLÍDER DA BANCADA - Marcelo CabeleireiroVICE-LÍDER -

PARTIDO TRABALHISTA CRISTÃO – PTCLÍDER DA BANCADA - Valdecy da Saúde

PATRIOTALÍDER DA BANCADA - Val CeasaVICE-LÍDER - Elton Cristo

PARTIDO DA MULHER BRASILEIRA - PMBLÍDER DA BANCADA - Wellington José

PARTIDO VERDE - PVLÍDER DA BANCADA - Eurico Júnior

MESA DIRETORA

PRESIDENTE - André Ceciliano

1º VICE-PRESIDENTE - Jair Bittencourt2º VICE-PRESIDENTE - Chico Machado3º VICE-PRESIDENTE - Franciane Motta4º VICE-PRESIDENTE - Samuel Malafaia1º SECRETÁRIO - Marcos Muller

2º SECRETÁRIO - Tia Ju3º SECRETÁRIO - Renato Zaca4º SECRETÁRIO - Filipe Soares1º VOGAL - Brazão2º VOGAL - Dr. Deodalto3º VOGAL - Valdecy da Saúde4º VOGAL - Giovani RatinhoSECRETÁRIO-GERAL DA MESA DIRETORA - Marcus Vinicius Giglio Rodrigues Rego

CONSELHO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR

Presidente: Martha Rocha

Vice-Presidente:

Membros: Márcio Canella, Zeidan, Léo Vieira, Rodrigo Bacellar, Flávio Serafini, Rodrigo Amorim

Suplentes: Marcelo Dino

CORREGEDOR PARLAMENTAR -

CORREGEDOR PARLAMENTAR SUBSTITUTO - Alexandre Knoploch

S U M Á R I ODestaque do Legislativo............................................................ 1Expediente Despachado pelo Presidente ................................ 1Indicações ................................................................................... 5Plenário ...................................................................................... 6Ordem do Dia.......................................................................... 18Comissões ................................................................................ 20Atos e Despachos da Mesa Diretora..................................... 34Atos e Despachos do Presidente........................................... 36Atos e Despachos do Primeiro Secretário ............................ 36Atos e Despachos do Diretor-Geral ....................................... 36Avisos, Editais e Termos de Contratos.................................. 36

Destaque do Legislativo

AV I S O

Considerando que nos dias 09/04/2021 e 12/04/2021, a Pri-meira Secretaria estará efetuando a mudança para o Edifício LúcioCosta, informamos que serão recebidos somente os processos quenecessitem de urgência em sua tramitação.

Rio de Janeiro, 08 de abril de 2021.

FÁBIO DA COSTA TORRESChefe de Gabinete do Primeiro SecretárioMatrícula nº 419.831-3

Id: 2308975

Expediente Despachado pelo Presidente

PROJETO DE LEI Nº 979/2019

REDAÇÃO DO VENCIDO PARA 2ª DIS-CUSSÃO

AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A IM-PLANTAR DELEGACIA ESPECIALIZADADE ATENDIMENTO À MULHER (DEAM)NO MUNICÍPIO DE RESENDE.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DEJANEIRO

R E S O LV E :

Art. 1º Fica o Poder Executivo Estadual autorizado a implan-tar Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) no Mu-nicípio de Resende.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão de Redação, 08 de abril de 2021.Deputados: MARCELO CABELEIREIRO, Presidente; MÁR-

CIO CANELLA; FÁBIO SILVA

Autora do Projeto de Lei nº 979/2019: Deputada ENFERMEI-RA REJANE

Aprovada a Emenda da Comissão de Defesa dos Direitos daMulher

PROJETO DE LEI Nº 3983/2021

ACRESCENTA O INCISO XIX, AO ART.8º DA LEI 7.174/2015, INS-TITUINDO A ISENÇÃO DE ITDCM NAS DOAÇÕES DE BENS IMÓ-VEIS ENTRE EMPRESAS PRIVADAS E O ESTADOAutor: Deputado FELIPE PEIXOTO

D E S PA C H O :A imprimir e às Comissões de Constituição e Justiça; de Eco-nomia, Indústria e Comércio; de Tributação, Controle da Ar-recadação Estadual e de Fiscalização dos Tributos Estaduais;e de Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeira e Contro-le.Em 08.04.2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO RESOLVE:

Artigo 1º - Acrescenta-se o inciso XIX, ao art.8º, da Lei7.174/2015, que terá a seguinte redação:

Art.8º. (...)XIX - as doações pecuniárias e/ou de bens móveis e/ou imó-

veis ao Estado do Rio de Janeiro, englobando-se a Administração Di-reta, Indireta, suas Autarquias e Fundações, provenientes de empre-sas privadas.

Artigo 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publica-ção.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 24 de Março de 2021.Deputado FELIPE PEIXOTO

J U S T I F I C AT I VA

A sigla significa Imposto sobre Transmissão Causa Mortis eDoação e recai sobre quaisquer bens e direitos. A expressão causamortis se refere à situação em que o bem é transmitido por herança,recaindo o referido imposto quando há doação inter vivos.

Os particulares podem doar e ceder o uso de bens privadosaos órgãos e entidades administrativas por meio dos instrumentos ju-rídicos previstos no direito privado, sendo um deles a doação, ematenção ao exercício da autonomia privada, observada a titularidadedo bem e o direito a sua livre disposição.

Não há razão incidir o referido imposto em doação realizadaspor empresas privadas, sobretudo aquelas que incentivam o desen-volvimento do Estado. Não há sequer onerosidade por parte do enteescolhido ou qualquer contrapartida que justifique a necessidade derecolhimento de tal imposto. Toda e qualquer doação deve ser rea-lizada de forma integral, com a isenção de qualquer imposto, em es-pecial o ITCMD, de modo a garantir o destino da doação total ao enteescolhido

PROJETO DE LEI Nº 3984/2021

DISPÕE SOBRE INSTITUIÇÃO DO PROGRAMA ESTADUAL DEAPOIO À ONCOLOGIA INFANTIL E ENFERMIDADES CORRELACIO-NADAS - PROONCOLOGIA INFANTIL E DÁ OUTRAS PROVIDÊN-CIAS.Autor: Deputado BEBETO

D E S PA C H O :A imprimir e às Comissões de Constituição e Justiça; deSaúde; de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso;e de Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeira e Contro-le.Em 08.04.2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO RESOLVE:

Artigo 1º. Fica instituído o Programa Estadual de Apoio à On-cologia Infantil e Enfermidades Correlacionadas - PRO-ONCOLOGIAINFANTIL, visando a prevenção e o combate ao câncer infantil.

Parágrafo único- A prevenção e o combate ao câncer infantilenglobam a promoção da informação, a pesquisa, o rastreamento, odiagnóstico, o tratamento, os cuidados paliativos e a reabilitação re-ferentes às neoplasias malignas e afecções correlatas.

Artigo 2º. O PRO-ONCOLOGIA INFANTIL será implementadovisando o repasse estadual a ações e serviços de atenção oncológicaInfantil e Enfermidades Correlacionadas, desenvolvidos por instituiçõesde prevenção e combate ao câncer infantil.

Artigo 3º. As ações e os serviços de atenção oncológica aserem apoiados com os recursos captados por meio do PRO-ONCO-LOGIA INFANTIL compreendem:

I - a prestação de serviços médico-assistenciais, com o in-tuito de agilizar o atendimento e os exames necessários às criançasdiagnosticadas com câncer:

a) os exames e cirurgias deverão ser iniciados e realizadosno prazo máximo de 5 (cinco) dias, após a requisição médica;

b) ao acompanhante da criança deverá ser proporcionada to-da estrutura necessária para hospedagem e alimentação;

II - a formação, o treinamento e o aperfeiçoamento de recur-sos humanos em todos os níveis; III - a realização de pesquisas clí-nicas, epidemiológicas e experimentais;

Artigo 4º. O Poder Executivo regulamentará esta lei em até30 (trinta) dias a contar da data da publicação.

Artigo 5º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publica-ção.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 07 de Abril de 2021Deputado BEBETO

J U S T I F I C AT I VA

Esta proposta objetiva criar o Programa Estadual de Apoio àOncologia Infantil e Enfermidades Correlacionadas - PRO-ONCOLO-GIA INFANTIL, com vistas a prevenir e combater o câncer infantil. Oprograma de prevenção e o combate ao câncer infantil instituídos poreste projeto, além do tratamento tradicional aplicado em casos dessejaez, também englobará a promoção da informação junto à populaçãosobre a gama de serviços a serem prestados. O programa PRO-ON-COLOGIA INFANTIL visa a criação de centros de pesquisa, com autilização de equipamentos de ponta no rastreamento e no diagnósticoda doença, com vistas a adotar o tratamento mais adequado para ca-da enfermidade e os demais cuidados paliativos para a reabilitação.

Para que o tratamento seja eficaz, a realização de exames ecirurgias ocorrendo em, no máximo, 5 (cinco) dias, será imperioso pa-ra a recuperação dos menores, sendo assistidos por profissionais al-tamente treinados, cada qual na sua seara. Sempre contando com oacompanhamento de um familiar, para que a criança enferma sinta,durante todo o tratamento, o aconchego da família.

PROJETO DE LEI Nº 3985/2021

AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A CONSIDERAR COMO GRUPOPRIORITÁRIO, PARA SER IMUNIZADO COM A VACINA DA COVID-19, OS GARIS COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 45 ANOSAutor: Deputado BEBETO

D E S PA C H O :A imprimir e às Comissões de Constituição e Justiça; deSaúde; de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social; ede Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeira e Controle.Em 08.04.2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO RESOLVE:

Art.1º - Fica o Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiroautorizado a considerar como grupo prioritário os garis, com idadeigual ou superior a 45 anos.

Parágrafo Único - Consideram-se como profissionais a sereminclusos nesta lei os garis de limpeza urbana, de colheita domiciliar eos coletores de rejeitos hospitalares.

Art. 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação

Plenário Barbosa Lima Sobrinho 06 de Abril de 2021Deputado BEBETO

J U S T I F I C AT I VA

O ideal é que houvesse imunizante capaz de atender a to-dos, que a campanha tivesse uma aceleração plena, mas a realidadeé outra. A ciência, a qual devemos ouvir sempre, orientou que, a prin-cípio, o público-alvo seria o de idosos e profissionais da saúde dentrode uma faixa de idade, e assim foi iniciada a imunização. Diversassão as notícias que tomamos conhecimento. Somos 92 municípios ecada um estabelece seus programas, alguns até contemplam estesprofissionais (os garis), mas outros não os mencionam. Ao nosso en-tendimento estes profissionais necessitam da imunização por conta daatividade que exercem, pois, independentemente da Covid-19, elesestão expostos a toda sorte de contaminação.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO���� ����� �

�� �� ���� ��

���������� � �� ����� �� ���

Professor Heitor

www.ioerj.com.br

ASSINATURAS SEMESTRAIS DO DIÁRIO OFICIAL

ASSINATURA NORMAL R$ 284,00SOIRÁIGATSEESODAGOVDA R$ 199,00

R$ 199,00R$ 199,00

para vender assinaturas.

ATENÇÃO: É vedada a devolução de valores pelas assinaturas do D.O.

R$ 132,00R$ 92,40

RECLAMAÇÕES SOBRE PUBLICAÇÕES DE MATÉRIAS:

PREÇO PARA PUBLICAÇÃO:

ENVIO DE MATÉRIAS:

PARTE I - PODER EXECUTIVOAssessoria para Preparo e Publicações

-

PUBLICAÇÕES

AGÊNCIAS DA IMPRENSA OFICIAL - RJ:

NITERÓI - Rua Professor HeitorCarrilho, nº 81 - Centro -Niterói/RJ.Tel.: 2717-6696

RIO - Rua São José, 35, sl. 222/24Edifício Garagem Menezes CortesTels.: (0xx21) 2332-6548, 2332-6550 eFax: 2332-6549

Serviço de Atendimento ao Cliente da Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro: Tel.: 0800-2844675.

DIÁRIO OFICIAL PARTE II - PODER LEGISLATIVO

PODER LEGISLATIVOMarcos Igrejas

Diretor-Geral de Assuntos Legislativos

Claudio Sergio Ornellas de OliveiraDiretor do Departamento

de Atas, Publicações e Anais

Cristina BatistaDiretora-Presidente

Alexandre Augusto GonçalvesDiretor Administrativo

Rodrigo de Mesquita CaldasDiretor Financeiro

Jefferson WoldaynskyDiretor Industrial

PROJETO DE LEI Nº 3986/2021

AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A DETERMINAR A PARTICIPA-ÇÃO COLABORATIVA DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DOESTADO DO RIO DE JANEIRO (CBMERJ) EM CONJUNTO COM OSMUNICÍPIOS NO ENFRENTAMENTO E COMBATE À PANDEMIA DONOVO CORONAVIRUS (COVID-19)Autor: Deputados RUBENS BOMTEMPO, Martha Rocha

D E S PA C H O :A imprimir e às Comissões de Constituição e Justiça; deSaúde; de Defesa Civil; de Assuntos Municipais e de Desen-volvimento Regional; e de Orçamento, Finanças, FiscalizaçãoFinanceira e Controle.Em 08.04.2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO RESOLVE:

Art. 1º. Esta Lei autoriza o Poder Executivo a determinar aparticipação colaborativa do Corpo de Bombeiros Militar do Estado doRio de Janeiro (CBMERJ) em conjunto com os Municípios no enfren-tamento e combate à pandemia do novo coronavírus (COVID-19).

Art. 2º. Fica o Poder Executivo autorizado a determinar aparticipação colaborativa do Corpo de Bombeiros Militar do Estado doRio de Janeiro (CBMERJ) em conjunto com os Municípios para daragilidade e celeridade na vacinação contra o coronavírus.

Art. 3º. O chefe do Poder Executivo Municipal solicitará aoGoverno do Estado do Rio de Janeiro, por meio eletrônico, o auxíliodo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CB-MERJ) na vacinação contra o coronavírus.

Art. 4º. As despesas decorrentes desta Lei serão contempla-das pelo orçamento vigente, devendo ser suplementadas, caso neces-sário.

Art. 5º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados RUBENS BOMTEMPO, MARTHA ROCHA

J U S T I F I C AT I VA

Trata-se de Projeto de Lei que "AUTORIZA O PODER EXE-CUTIVO A DETERMINAR A PARTICIPAÇÃO COLABORATIVA DOCORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEI-RO (CBMERJ) EM CONJUNTO COM OS MUNICÍPIOS NO ENFREN-TAMENTO E COMBATE À PANDEMIA DO NOVO CORONAVIRUS(COVID-19)".

O Estado do Rio de Janeiro apresenta elevados índices deinfecção pelo coronavírus estando sua rede de atendimento em saú-de, tanto a relacionada à oferta de leitos de enfermaria como a detratamento intensivo prestes a entrar em colapso.

Como sabemos, dentre todas as medidas adotadas para acontenção da epidemia a vacinação é a mais eficiente.

Há a previsão de que seja ampliada a oferta de vacinas paraa imunização de nossa população. Urge portanto que estejamos pre-parados para garantir, assim que a vacina esteja disponível em quan-tidade suficiente, uma rápida prestação do serviço de vacinação.

O Corpo de Bombeiros de nosso estado tem capilaridade, ca-pacidade técnica, e dispõe de recursos humanos capaz de ofertar aosmunicípios um apoio eficiente capaz de agilizar o processo de vaci-nação reduzindo, assim, o tempo necessário à imunização da popu-lação fluminense.

Na certeza de que somente com cooperação, articulação esolidariedade, é que venceremos o coronavírus apresentamos a pre-sente proposição para a qual contamos com o imprescindível apoio denossos nobres pares.

PROJETO DE LEI Nº 3987/2021

ALTERA A LEI Nº 4510 DE 13 DE JANEIRO DE 2005, QUE DISPÕESOBRE A ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TARIFAS NOS SERVIÇOSDE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL DE PASSAGEIROS POR ÔNI-BUS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, PARA ALUNOS DO EN-SINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DEENSINO, PARA AS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA EPORTADORAS DE DOENÇA CRÔNICA DE NATUREZA FÍSICA OUMENTAL QUE EXIJAM TRATAMENTO CONTINUADO E CUJA IN-TERRUPÇÃO NO TRATAMENTO POSSA ACARRETAR RISCO DEVIDA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.Autor: Deputado MARCELO CABELEIREIRO

D E S PA C H O :A imprimir e às Comissões de Constituição e Justiça; deTransportes; de Educação; da Pessoa com Deficiência; deSaúde; de Assuntos Municipais e de Desenvolvimento Regio-nal; e de Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeira eControle.Em 08.04.2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO RESOLVE:

Art. 1º - Altera a ementa da Lei nº 4.510, de 13 de janeiro de2005, que passa a vigorar com a seguinte redação:

"DISPÕE SOBRE A ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TARI-FAS NOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL DE PAS-SAGEIROS POR ÔNIBUS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, PARAALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DA REDE PÚBLICAESTADUAL DE ENSINO, PARA AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA EPORTADORAS DE DOENÇA CRÔNICA DE NATUREZA FÍSICA OUMENTAL QUE EXIJAM TRATAMENTO CONTINUADO E CUJA IN-TERRUPÇÃO NO TRATAMENTO POSSA ACARRETAR RISCO DEVIDA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS."

Art. 2º Altera o artigo 1º da Lei nº 4.510, de 13 de janeiro de2005, que passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 1º (...)"É assegurada, na forma, nos limites e sob as condições es-

tabelecidas nesta Lei, isenção no pagamento de tarifa nos serviçosconvencionais de transporte rodoviário intermunicipal de passageirospor ônibus do Estado do Rio de Janeiro, abrangendo eventuais custos

relacionados diretamente com o transporte, em que se incluem as ta-rifas de pedágio e de utilização dos terminais, para alunos do ensinofundamental, médio e técnico de nível médio, integrado, concomitantee subsequente, das redes públicas municipal, estadual e federal, parapessoas com deficiência e para pessoas portadoras de doença crô-nica de natureza física ou mental, cuja interrupção no tratamento pos-sa acarretar risco de vida, estas últimas na forma do artigo 14 daConstituição do Estado do Rio de Janeiro."

Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021Deputado MARCELO CABELEIREIRO

J U S T I F I C AT I VA

O objetivo do presente projeto de lei, é fazer com o que anorma venha a produzir a sua plena efetividade, abrangendo a gra-tuidade de eventuais custos relacionados diretamente com o transpor-te, onde se incluem as tarifas de pedágios e de utilização dos ter-minais.

Deve-se garantir a dispensa do pagamento de valores quemimporte em obstáculo pleno a gratuidade no transporte intermunicipal.

Por fim, solicito aos meus pares a aprovação desse projetode lei, para que as pessoas beneficiadas não tenham nenhum impe-dimento para o exercício do seu direito.

PROJETO DE LEI Nº 3988/2021

DISPÕE SOBRE A CAPACITAÇÃO E O TREINAMENTO DAS GUAR-DAS MUNICIPAIS FLUMINENSES PARA ATUAREM NAS OCORRÊN-CIAS E MEDIDAS RELACIONADAS À LEI FEDERAL Nº 11.340/2006(LEI MARIA DA PENHA).Autor: Deputado SERGIO FERNANDES

D E S PA C H O :A imprimir e às Comissões de Constituição e Justiça; de De-fesa dos Direitos da Mulher; de Segurança Pública e Assun-tos de Polícia; de Assuntos Municipais e de DesenvolvimentoRegional; e de Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeirae Controle.Em 08.04.2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO RESOLVE:

Art. 1º - Fica o Poder Executivo autorizado a celebrar, atra-vés da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, termo de coope-ração com os municípios fluminenses tendo como objetivo o treina-mento e a capacitação das guardas municipais, para fins de atuaremnas ocorrências e medidas relacionadas à Lei Federal nº 11.340/2006(Lei Maria da Penha), visando a prevenção, acolhimento e a proteçãoda integridade física e psicológica das mulheres vítimas de violência.

Parágrafo único - O treinamento descrito no caput deste ar-tigo promoverá a sensibilização, o conhecimento conceitual e jurídico,e as técnicas de abordagem e uso racional da força adaptadas aocontexto da violência doméstica e familiar, dentre outras medidas as-securatórias insculpidas na lei supramencionada.

Art. 2º - Para fins de consecução dos objetivos desta lei, po-derão ser celebradas parcerias com o Tribunal de Justiça, MinistérioPúblico, Defensoria Pública ou qualquer outro órgão público ou enti-dade da sociedade civil que contribua com o treinamento previsto noartigo anterior.

Art. 3º - Ao término do curso de capacitação os guardas mu-nicipais qualificados receberão um 'bóton" lilás como medida de com-provação de conclusão de curso.

§ 1º - O uso do referido "bóton" pelo agente tem o condãode identificá-lo como apto a atuar nas situações que envolva a vio-lência contra a mulher.

§ 2º - Os agentes de segurança de outras forças auxiliaresestaduais, poderão realizar a capacitação, desde que sejam autoriza-dos por seus órgãos de origem e mediante a disponibilidade de va-gas.

§ 3º - A participação no curso de capacitação poderá serconsiderada como título para fins de gratificação, promoção ou pro-gressão de carreira, ficando a critério do respectivo ente.

Art. 4º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publica-ção.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputado SERGIO FERNANDES

J U S T I F I C AT I VA

Diante do atual cenário endêmico no que tange ao feminicí-dio e aos de crimes de violência doméstica como um todo faz se ne-cessário criar mecanismos mais eficientes para a diminuição e porconseguinte extirpação desse mal que assola o Brasil.

Destarte, a sociedade como um todo bem como o poder le-gislativo, poder judiciário e o poder executivo têm função essencialpara um resultado contundente das medidas de proteção contidas naCarta Constitucional de forma genérica e na Lei nº 11.340/06 (Lei Ma-ria da Penha) de forma específica.

Vejamos o dispositivo contido na Magna Carta:"Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial prote-

ção do Estado:(...)§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa

de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir aviolência no âmbito de suas relações".

Vejamos o dispositivo contido na Lei nº 11.340 (Lei Maria daPenha):

"Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para oexercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimen-tação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao es-porte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, aorespeito e à convivência familiar e comunitária.

§ 1º O poder público desenvolverá políticas que visem ga-rantir os direitos humanos das mulheres no âmbito das relações do-mésticas e familiares no sentido de resguardá-las de toda forma denegligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opres-são".

Entre 13 de março e 31 de dezembro de 2020 foram regis-trados 45.477 (quarenta e cinco mil quatrocentos e setenta e sete)crimes sob a Lei Maria da Penha (http://arquivos.pro-d e r j . r j . g o v. b r / i s p _ i m a g e n s / u p l o a d s / i n f o g r a f i c o Vi o l e n c i a m u l h e r 1 a n oisola-mentosocial.pdf ), 74,9% ocorreram dentro das residências e 80,7%das vitimas foram agredidas pelos companheiros ou ex-companhei-ros.

De acordo com os dados disponibilizados pelo Tribunal deJustiça do Estado do Rio de Janeiro, em 2020 foram registrados 95casos de feminicídio no Estado do Rio de Janeiro (http://por-taltj.tjrj.jus.br/web/guest/observatorio-judicial-violencia-mulher/feminici-dio/dados-estatisticos). Foram deferidas 28.894 medidas protetivas(http://portaltj.tjrj.jus.br/web/guest/observatorio-judicial-violencia-mu-lher/vdfm/dados-estatisticos/med-protetivas-urgencia) e realizadas1.978 prisões (http://portaltj.tjrj.jus.br/web/guest/observatorio-judicial-vio-lencia-mulher/vdfm/dados-estatisticos/prisoes).

O acolhimento e recebimento das mulheres vítimas de vio-lência doméstica e familiar deve ser dirigido por profissionais policiaiscompetentes, não só nos casos de violência física como também nosde abuso psicológico. É necessário treinamento dos agentes parasensibilização de gênero assim contribuindo para a interrupção do ci-clo da violência doméstica.

Mormente, este ato normativo visa dar capacitação aos agen-tes das guardas municipais do Rio de Janeiro, no ato de se depa-rarem com uma mulher sendo vítima de violência.

Deste modo, é de extrema importância que este ato seja le-vado em consideração por esta casa, contando com o apoio dosmeus ilustres pares.

PROJETO DE LEI Nº 3989/2021

DISPÕE SOBRE A INCLUSÃO DE SÃO JOÃO DE MERITI, MANGA-RATIBA, ITATIAIA E SILVA JARDIM ENTRE OS MUNICIPIOS RELA-CIONADOS NO INCISO I DO ART. 2º DA LEI Nº 6979/2015.Autor: Deputado MARCOS MULLER

D E S PA C H O :A imprimir e às Comissões de Constituição e Justiça; de Eco-nomia, Indústria e Comércio; de Assuntos Municipais e deDesenvolvimento Regional; de Tributação, Controle da Arre-cadação Estadual e de Fiscalização dos Tributos Estaduais; ede Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeira e Controle.Em 08.04.2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO RESOLVE:

Art. 1º. Autoriza o Poder Executivo a incluir os municípios deSão João de Meriti, Mangaratiba, Itatiaia e Silva Jardim entre os mu-nicípios relacionados no inciso I do art. 2º da Lei nº 6979/2015, que"dispõe sobre tratamento tributário especial de caráter regional aplica-do a estabelecimentos industriais do Estado do Rio de Janeiro."

Art. 2º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publica-ção.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputado MARCOS MULLER

J U S T I F I C AT I VA

O presente Projeto de Lei tem a finalidade de incluir os Mu-nicípios de São João de Meriti, Mangaratiba, Itatiaia e Silva Jardimentre os municípios relacionados no inciso I do art. 2º da Lei nº6979/2015, que "dispõe sobre tratamento tributário especial de caráterregional aplicado a estabelecimentos industriais do Estado do Rio deJaneiro."

Na justificativa do Projeto de Lei nº 153/2015, encaminhandoatravés da Mensagem nº 07/2015, o Senhor Governador do Estadoafirma que:

"A atração de uma empresa industrial para um determinadoestado constitui-se em processo árduo de disputa com outras unida-des federadas, face aos resultados econômicos e sociais resultantesda atividade produtiva.

Além da competição com São Paulo, naturalmente atraentepela presença de um forte parque de fornecedores e do maior mer-cado consumidor do país, a disputa por plantas industriais tem se tor-nado cada vez mais acirrada, com outros estados da Federação ofe-recendo relevantes incentivos, alguns com vantagem comparativa emtermos de impostos federais, como os do nordeste, devido à legis-lação da SUDENE.

No processo decisório de localização de uma empresa con-sidera-se as vantagens competitivas, tais como: existência ou não deum parque de fornecedores local, de um mercado consumidor próxi-mo, condições logísticas de estradas, ferrovias e portos, existência demão de obra qualificada e o nível da carga tributária praticada. Tendoem vista o elevado peso dos tributos no custo das empresas, esteúltimo fator tem se mostrado um relevante diferencial na escolha dolocal a se implantar.

Assim como os estados com vantagens comparativas são na-turalmente mais atraentes, dentro do Estado do Rio de Janeiro asempresas buscam se instalar nos municípios com mais infraestruturae melhores índices de desenvolvimento.

Desta forma, na ausência das vantagens comparativas de in-fraestrutura e desenvolvimento, resta a determinadas regiões apresen-tar um diferencial competitivo via redução da carga tributária.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO

��� ����� � ��� � � �� �� ��

���������� � � � �� �� �� �� ���

A presente proposta de concessão de tratamento tributárioespecial, referente ao ICMS, privilegiando determinadas regiões, re-presenta uma iniciativa do Poder Executivo no sentido de fomentarum melhor equilíbrio regional dentro do estado. Trata-se, portanto, deum esforço de aprimoramento da Lei 5636, de 06 de janeiro de 2010,também de caráter regional que, sem prejudicar o objetivo maior dedar competitividade a regiões menos atraentes à implantação de in-dústrias, busca corrigir distorções prejudiciais, seja à arrecadação deICMS do Estado, seja ao equilíbrio tributário dentro de determinadasatividades econômicas."

Assim, conto com o apoio dos meus nobres Pares nesta Ca-sa, para a aprovação deste Projeto.

PROJETO DE LEI Nº 3990/2021

ALTERA O ARTIGO 9º DA LEI 1481/1989.Autor: Deputado ELIOMAR COELHO

D E S PA C H O :A imprimir e às Comissões de Constituição e Justiça; deObras Públicas; de Economia, Indústria e Comércio; e de Or-çamento, Finanças Fiscalização Financeira e Controle.Em 08.04.2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO RESOLVE:

Art. 1° - O artigo 9º da Lei 1481/1989 passa a ter a seguinteredação:

"Art. 9º - Incumbe à concessionária:I - prestar serviço adequado a todos os usuário, na forma re-

gulamentar e contratual;II - atender às recomendações do concedente para a melho-

ria do serviço;III - manter em dia o inventário e tombamento dos bens vin-

culados à concessão;IV - propor ao Poder Concedente a revisão das tarifas, na

forma prevista no contrato, ficando vedada qualquer revisão paramaior decorrente de variações inerentes ao risco empresarial;

V - cobrar as tarifas na forma fixada no contrato de conces-são;

VI - usar o domínio público necessário à execução do ser-viço;

VII - exercer a política administrativa do serviço, sem prejuízoda ação prioritária do Poder Público;

VIII - prestar o serviço concedido na área de concessão;IX - apresentar relatórios periódicos ao concedente sobre a

prestação do serviço;X - cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares do

serviço e as cláusulas contratuais da concessão;XI - Disponibilizar publicamente para a sociedade, de forma

constante, clara e ostensiva, na rede mundial de computadores, ocusto de operação do serviço concedido mediante planilha detalhada,juntamente com a respectiva base de dados operacionais, bem comoa margem de lucro obtida pelo concessionário acompanhada da de-vida descrição da origem e destino de receitas e despesas, sendo ve-dada mera apresentação de balanço contábil geral;

§ 1º - Observadas as regras do contrato de concessão, aconcessionária poderá, sob sua responsabilidade e risco, e indepen-dentemente de licitação, contratar com terceiros a prestação parcialdos serviços ou a execução de obras incluídos na concessão.

§ 2º - As contratações feitas pela concessionária, nos termosdo parágrafo anterior, serão regidas pelas disposições de direito pri-vado, não se estabelecendo nenhuma relação entre os contratados daconcessionária e o Poder Concedente.

§ 3º - Eventual repasse de subsídio à concessionária porparte do Poder Público para impedir ou reduzir reajuste de tarifa parao usuário, deverá ser precedido de audiência pública promovida pelaComissão Temática Permanente pertinente da ALERJ, onde deverãoser apresentadas com detalhes as circunstâncias da respectiva ope-ração, em que deverá ser garantida ampla e ostensiva publicidade eparticipação popular."

Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputado ELIOMAR COELHO

J U S T I F I C AT I VA

O presente projeto decorre da necessidade iminente de es-truturar meios que garantam mais transparência na exploração de ser-viços concedidos, de forma a garantir ao Estado meios de argumen-tação às ações das concessionárias, e à população o direito de terconhecimento daquilo que lhe afeta diretamente.

Recentemente estamos vendo a movimentação das empresasoperadores de transporte promovendo o reajuste do valor da tarifaalegando perder receita devido à pandemia, que não afetou somenteo transporte, mas todos os segmentos da economia e dos serviçosessenciais, sendo o Estado do Rio de Janeiro e a população Flumi-nense também afetados pela mesma.

É importante salientar que ,na prática, no modo da "conces-são" não há grandes riscos assumidos pelas empresas concessioná-rias ao explorar os serviços que lhe foram concedidos.

O Estado, constantemente é posto em situação a ter que as-segurar o equilíbrio financeiro dos contratos, que muitas vezes é re-tribuído com empresas concessionárias que operam de forma precáriaos seus serviços.

Não são casos isolados, e tampouco inesperadas, as deci-sões das mesmas concessionárias em alterar a forma de serviço - nocaso dos transportes, diminuindo o número de barcas/ônibus/trens/car-ros de metrô -, promovendo assim aglomerações, para assegurarseus respectivos lucros.

A população, principal afetada pela mudança do itinerário, éposta como joguete para forçar a mudança das tarifas. Mudanças es-tas baseadas por informações pouco específicas que não garantemexistir realmente a necessidade da revisão tarifária.

A pouca transparência das informações prestadas pelas con-cessionárias favorece a estas, e prejudica a população - que é pegade surpresa, sem tempo de se organizar frente àquilo que diminuirásua renda familiar - e o Estado, que não possui as ferramentas paraargumentar o reajuste tarifário.

Mais recentemente, a Supervia, após pressão popular devidoa sua mudança tarifária, negociou com o Governo outro reajuste, noentanto, sem qualquer consulta pública e sem esclarecer previamenteà população as condições do acordo que lhe é objeto de interesse.

O resultado é que a população pagará de forma indireta, adiferença entre os reajustes. É urgente a criação de normas que ga-rantam mais transparência, principalmente naquilo que tange serviçosessenciais, correndo o risco de afundar mais ainda o Estado na criseque se encontra.

PROJETO DE LEI Nº 3991/2021

INSTITUI NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO O MÊS"ABRIL LARANJA", DEDICADO À CAMPANHA DE PREVENÇÃO DACRUELDADE CONTRA OS ANIMAIS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊN-CIAS.Autor: Deputado MARCELO CABELEIREIRO

D E S PA C H O :A imprimir e às Comissões de Constituição e Justiça; de De-fesa e Proteção dos Animais; e de Orçamento, Finanças, Fis-calização Financeira e Controle.Em 08.04.2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO RESOLVE:

Art. 1º - Fica instituído no âmbito do Estado do Rio de Ja-neiro o mês "Abril Laranja", dedicado à campanha de prevenção dacrueldade contra os animais.

Art. 2º - 0 "Abril Laranja" passa a integrar o Calendário Ofi-cial de Datas e Eventos do Estado o Rio de Janeiro a ser comemo-rado anualmente no mês de abril de cada ano.

Art. 3º - Nas edificações públicas estaduais, sempre que pos-sível, será procedida a iluminação na cor laranja e a aplicação dosímbolo da campanha ou sinalização alusivos ao tema, durante todo omês de abril.

Art. 4º - No mês do "Abril Laranja" poderão ser desenvolvi-das ações, com os seguintes objetivos:

I - alertar e promover debates sobre o tema;II - estabelecer diretrizes para o desenvolvimento de ações

integradas, envolvendo a população, órgãos públicos, instituições pú-blicas e privadas;

III - estimular, sob o ponto de vista social e educacional, aconcretização de ações, programas e projetos na área.

IV - estimular a realização de feira de adoção de animais do-mésticos bem como de workshops e palestras voltadas à temática deproteção aos animais.

Artigo 5º - O Poder Executivo regulamentará a presente Lei.Artigo 6º - Esta lei entra em vigor na data de sua publica-

ção.Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021Deputado MARCELO CABELEIREIRO

J U S T I F I C AT I VA

O Projeto de Lei ora apresentado tem como objetivo a ins-tituição do "Abril Laranja" no âmbito do Estado do Rio de Janeiro,bem como a sua inclusão no Calendário Oficial de Datas e Eventosdo Estado do Rio de Janeiro, a ser comemorado no mês de Abril decada ano.

A cor laranja foi escolhida pela Sociedade Americana para aPrevenção da Crueldade contra Animais (ASPCA), importante entida-de internacional de proteção animal, para representar o Mês da Pre-venção a Crueldade contra os Animais em todo o mundo. Um mêspara as pessoas refletirem sobre a situação degradante em que mui-tos animais são submetidos, muitas vezes, por toda a vida, sofrendotortura, abuso e exploração.

O Brasil é um país rico em fauna, porém demoramos muitotempo para nos dar conta de cuidar dos nossos animais. Dessa for-ma, assim como vários países, precisamos evoluir bastante em termode legislação do Direito dos Animais pois este ainda é um tema pou-co explorado, embora seja de grande relevância, considerando que asociedade está tomando consciência do quanto é importante cuidardos nossos animais e o quanto o respeito a estes seres é um tematão nobre.

No meio jurídico é crescente a discussão em torno do as-sunto, cada vez mais a sociedade nos cobra um padrão de compor-tamento e uma atitude diferenciados.

Temos o objetivo através deste projeto, assegurar à campa-nha de prevenção da crueldade contra os animais promovendo umamaior conscientização de toda a sociedade a respeito da importânciado tema em questão.

Conto com o apoio dos Nobre Pares para a aprovação destaLei.

PROJETO DE LEI Nº 3992/2021

AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A TRANSFERIR RECURSOSAOS MUNICÍPIOS PARA FINANCIAMENTO COMPLEMENTAR DEPROGRAMAS DE AUXÍLIO FINANCEIRO À ALIMENTAÇÃO DOS ES-TUDANTES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO NA VIGÊNCIA DEDE-CRETOS DE ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICAAutor: Deputado RENATA SOUZA

D E S PA C H O :A imprimir e às Comissões de Constituição e Justiça; deEducação; de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania; deAssuntos Municipais e de Desenvolvimento Regional; e deOrçamento, Finanças, Fiscalização Financeira e Controle.Em 08.04.2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO RESOLVE:

Art. 1º- Fica o Poder Executivo estadual autorizado a trans-ferir recursos aos municípios do Estado do Rio de Janeiro que tive-rem instituído políticas de auxílio financeiro ou distribuição de gênerosalimentícios às famílias que possuam crianças ou adolescentes ma-triculados na rede pública de ensino, durante a vigência de estado decalamidade pública, para fins de financiamento complementar dessesprogramas.

Art. 2º - A transferência de recursos de que trata esta Leipoderá utilizar recursos advindos do Fundo Estadual de Combate àPobreza e às Desigualdades Sociais.

Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 10 de março de 2021.Deputada RENATA SOUZA

J U S T I F I C AT I VA

O estado de calamidade pública decretado em decorrênciada pandemia do coronavírus trouxe consigo uma série de desafios.Para além da extrema gravidade da questão sanitária em si, que jáceifou a vida de mais de 250 mil brasileiros, os impactos socioeco-nômicos da crise agravam-se a cada dia. O Brasil voltou ao mapafome e a situação de miséria e extrema pobreza já acomete milhõesde brasileiros. No Rio de Janeiro, um dos estados com custo de vidamais altos do Brasil, a degradação das condições de vida da popu-lação mais vulnerável é perceptível e se confirma pela análise de da-dos. Um recente estudo da FGV Social indicou que com o corte doauxílio emergencial pela metade, em novembro de 2020, o número depessoas vivendo abaixo da linha da pobreza no Grande Rio saltou de4,96% para 8,27%, De acordo com a pesquisa, este número deve sal-tar para 13% em 2021.

De outro lado, pesquisa divulgada no início de Março de2020, a cesta básica na capital de nosso estado foi elencada a se-gunda mais cara entre as das 17 capitais do país onde os custos sãoacompanhados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estu-dos Socioeconômicos (Dieese). A despesa com a alimentação básicafoi estimada em R $505,55, o que corresponde a 52,58% do saláriomínimo líquido.

Levando em consideração a determinação constitucional queestabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir asdespesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, mo-radia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previ-dência, o Dieese também estima mensalmente o valor do salário mí-nimo necessário. Para a manutenção de uma família de quatro pes-soas, esse pagamento deveria equivaler, em fevereiro de 2020, a R$4.366,51.

Neste cenário, é importante que se destaque que são muitasas famílias que contam com a alimentação escolar para assegurar osustento de suas crianças e adolescentes. Infelizmente, não são rarosos relatos da existência de crianças que fazem suas refeições, ex-clusivamente, no ambiente escolar. A crise sanitária e a impossibili-dade de manutenção das atividades escolares presenciais, ou mesmoas restrições sanitárias necessárias a eventual rotina presencial, temobstado que as escolas sigam oferecendo refeições a seus estudan-tes, razão pela qual é imperiosa a construção de políticas públicaspara assegurar a transferência de recursos para que garantir a se-gurança alimentar destas famílias em contexto tão grave e adverso.Assim, todos os poderes do Estado devem se implicar na garantia àalimentação adequada das crianças.

Diante disso é que apresentamos o presente Projeto de Lei,para autorizar que recursos do Fundo de Combate à Pobreza e àsDesigualdades Sociais (FECP) sejam empregados no apoio aos mu-nicípios do estado com fins de serem empregados em programas deauxílio financeiro destinado às famílias com crianças e adolescentesmatriculados das escolas da rede pública de ensino durante a vigên-cia de decretos de estado de calamidade pública.

PROJETO DE LEI Nº 3993/2021

ALTERA A LEI Nº 9.195, DE 04 DE MARÇO DE 2021, NA FORMAQUE MENCIONA.Autores: Deputados WALDECK CARNEIRO; CARLOS MINC

D E S PA C H O :A imprimir e às Comissões de Constituição e Justiça; de De-fesa do Meio Ambiente; de Agricultura, Pecuária e PolíticasRural, Agraria e Pesqueira; de Ciência e Tecnologia; e de Or-çamento, Finanças, Fiscalização Financeira e Controle.Em 08.04.2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO RESOLVE:

Art. 1º - Adicione-se parágrafo ao artigo 1º da Lei nº 9.195,de 04 de março de 2021, com a seguinte redação:

"Art. 1º (...)Parágrafo único: O Programa de que trata esta Lei incenti-

vará a utilização de equipamentos biodigestores, bem como de outrosdispositivos tecnológicos, nos estabelecimentos citados no caput, nacompostagem de resíduos orgânicos provenientes do processamentode alimentos, de modo a potencializar a ecoeficiência no tratamentodaqueles resíduos por meio do uso de tecnologia de recuperaçãoenergética, com a finalidade de produção de biogás e de biofertilizan-te natural."

Art. 2º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publica-ção.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021Deputados WALDECK CARNEIRO, CARLOS MINC

J U S T I F I C AT I VA

Os biodigestores são tecnologias modernas para transforma-ção de resíduos orgânicos e esterco animal em biogás e biofertilizantenatural. Trata o resíduo orgânico gerando biogás para uso em cozi-nhas de escolas, hospitais, penitenciárias, restaurantes (populares,universitários e de shoppings); além de produzir biofertilizante rico emNPK orgânico, livre de produtos químicos, com nutrientes de forma lí-quida mais rapidamente absorvidos pelas plantas, podendo serem uti-lizados diretamente em hortas escolares, comunitárias, urbanas, hor-tos e pela Agricultura Familiar, diminuindo assim a necessidade de im-portação de fertilizantes químicos e, por outro lado, incrementando adiversificação da matriz energética renovável brasileira.

Refere-se a uma biotecnologia voltada à gestão de resíduose redução de emissões com impactos socioambientais. Evita a polui-ção do ar, solo e água, gerando energia limpa e renovável, além deadubo natural para produção Agroecológica de alimentos saudáveis.

Trata-se de equipamento tecnológico seguro, leve, prático,eficiente e sustentável, dispensa uso de eletricidade e reduz 8 tone-ladas de emissão de carbono ao ano, contribuindo com a mitigaçãode Gases de Efeito Estufa (GEE) que impactam diretamente no cli-ma.

Apropriados para serem instalados em escolas, hospitais, res-taurantes populares e universitários, penitenciárias, shoppings e con-domínios, o uso desses equipamentos com biotecnologia sustentávelvem a ser uma oportunidade de geração de emprego e renda e dediminuição dos custos da administração pública, bem como do impac-to ao meio ambiente e da insegurança alimentar no Estado do Rio deJaneiro.

PROJETO DE LEI Nº 3994/2021

AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A REALIZAR RECENSEAMENTODOS EQUIPAMENTOS QUE MENCIONA PARA FINS DE CUMPRI-MENTO DA LEI ESTADUAL Nº 9.131, DE 14 DE DEZEMBRO DE2020.Autor: Deputado WALDECK CARNEIRO

D E S PA C H O :

A imprimir e às Comissões de Constituição e Justiça; de De-fesa dos Direitos Humanos e Cidadania; de Educação; deSaúde; de Ciência e Tecnologia; de Esporte e Lazer; de Cul-tura; de Assuntos Municipais e de Desenvolvimento Regional;e de Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeira e Contro-le.Em 08.04.2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO RESOLVE:

Artigo 1º: Fica o Poder Executivo autorizado a efetuar recen-seamento dos equipamentos públicos e privados, das áreas de edu-cação, saúde, ciência e tecnologia, esporte e lazer, cultura e assis-tência social, situados em territórios de favela e demais áreas popu-lares, de modo a favorecer o cumprimento da Lei Estadual nº 9.131,de 14 de dezembro de 2020.

Artigo 2º: Para efetuar o recenseamento de que trata o artigo1º, o Poder Executivo levará em conta os levantamentos já existentesnos órgãos estaduais responsáveis pelas políticas de educação, saú-de, ciência e tecnologia, esporte e lazer, cultura e assistência social.

Artigo 3º: Para a definição da metodologia, a elaboração eaplicação dos instrumentos de produção de dados e a análise do ma-terial empírico levantado, no âmbito do recenseamento de que trataesta Lei, o Poder Executivo acionará os órgãos estaduais especiali-zados e celebrará parcerias com instituições de ensino superior, emespecial com aquelas vinculadas à administração pública estadual.

Artigo 4º: O recenseamento deverá compilar, entre outras in-formações sobre os equipamentos recenseados:

I - o endereço dos equipamentos;II - a dependência administrativa dos equipamentos (federal,

estadual, municipal, particular ou outra);III - a situação fundiária da área ocupada pelo equipamento;IV - a avaliação da situação de infraestrutura e manutenção

do equipamento.Artigo 5º: As despesas decorrentes da execução desta Lei

correrão à conta de dotações orçamentárias próprias, que poderão sersuplementadas, se necessário.

Artigo 6º: Esta Lei entrará em vigor na data de sua publi-cação.

Plenário Barbosa Lima, 08 de abril de 2021Deputado WALDECK CARNEIRO

J U S T I F I C AT I VA

O presente Projeto de Lei contribui para criar condições fa-voráveis ao cumprimento da Lei Estadual nº 9.131/2014, que institui oPlano de Desenvolvimento, Cidadania e Direitos em territórios de fa-vela e demais áreas populares, autorizando o Poder Executivo a re-censear equipamentos públicos e particulares situados naqueles ter-ritórios, nas áreas que especifica. Afinal, para implementar políticas,ações e iniciativas naquelas localidades, um dos passos importantes étraçar o mapa de equipamentos, públicos e particulares, nelas já exis-tentes.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO���� ����� �

�� �� ���� ��

���������� � �� ����� �� ���

* PROJETO DE LEI Nº 3831/2021

GARANTE PRIORIDADE DE VACINAÇÃO DA COVID-19 AOS GENI-TORES, TUTORES, CUIDADORES, TÉCNICOS DE ENFERMAGEM EENFERMEIROS QUE AUXILIAM NOS CUIDADOS E BEM-ESTAR DEPESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL, NA FORMA QUEMENCIONA, NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.Autores: Deputados RODRIGO AMORIM, Lucinha, Carlos Macedo,Brazão, Martha Rocha, Bebeto, Zeidan, Dionisio Lins, Tia Ju, AlanaPassos, Celia Jordão, Val Ceasa, Márcio Pacheco, Gustavo Schmidt,Elton Cristo, Dr. Deodalto, Valdecy Da Saúde, Vandro Família, Jair Bit-tencourt, Márcio Canella, Anderson Alexandre, Giovani Ratinho, PedroRicardo, Wellington José, Marcus Vinícius

D E S PA C H O :A imprimir e às Comissões de Constituição e Justiça; deSaúde; e de Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeira eControle.Em 11.03.2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE.* (Republicado por haver saído com incorreções.)

PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 538/2021

CONCEDE O PRÊMIO ANNA NERY DA SAÚDE A SOBERANA OR-DEM HOSPITALÁRIA DE SÃO JOÃO JERUSALÉM, DE RODES MAL-TA S .Autor: Deputado MARCOS ABRAHAO

D E S PA C H O :A imprimir e à Comissão de Normas Internas e ProposiçõesExternas.Em 08.04.2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO - PRESIDENTE

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIROR E S O LV E :

Art. 1º - Concede o PRÊMIO ANNA NERY DA SAÚDE a So-berana Ordem Hospitalária de São João Jerusalém, de Rodes Maltaspelos relevantes serviços prestados em prol da saúde e interesses dasociedade.

Art. 2º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua pu-blicação.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputado MARCOS ABRAHÃOLíder do AVANTE

J U S T I F I C AT I VA

A Ordem de Malta é uma organização internacional católicapontifícia, fundada no século XI na palestina durante as cruzadas.Atualmente a Ordem de Malta é uma organização humanitária reco-nhecida como entidade de direito internacional privado. A Ordem di-rige diversos hospitais e centros de reabilitação. Possui 13.500 mem-bros, 80 mil voluntários permanentes e 42 mil profissionais de saúdeassociados, incluindo médicos e paramédicos. Seu objetivo é auxiliaros idosos, os deficientes, os refugiados, as crianças, os sem-teto eaqueles que se encontram em doenças em estado terminal, atuandoem 5 continentes do mundo, sem distinção de raça ou religião.

PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 539/2021

CONCEDE O PRÊMIO DANDARA PARA JANAINAALVES COSTAAutor: Deputado MÔNICA FRANCISCO

D E S PA C H O :A imprimir e à Comissão de Normas Internas e ProposiçõesExternas.Em 08.04.2021DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO RESOLVE:

Art. 1º. Fica concedido o Prêmio Dandara para Janaina AlvesCosta em virtude da sua meritória e destacada atuação em defesados direitos trabalhistas das mulheres afrodescendentes, latino ame-ricanas e caribenhas.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputada MÔNICA FRANCISCO

J U S T I F I C AT I VA

O Brasil é o país com o maior contingente de trabalhadoresdomésticos do mundo, em números absolutos, segundo dados já di-vulgados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2011,configurando cerca de 7,2 milhões de pessoas nesta atividade profis-sional. O Brasil permaneceu liderando esse número nos dados divul-gados em 2017, sendo 93% deste segmento formado por mulheres,das quais 61% são negras, enquanto 38% são brancas. Apesar disso,esta segue sendo uma das profissões mais invisibilizada, precarizadae desumanizada em todo o país.

A conformação dessa categoria de trabalho no Brasil foi de-lineada pelo traço mais marcante da formação sócio histórica brasi-leira, que são as desigualdades firmadas no regime escravista, per-passando negação de direitos trabalhistas, violação de direitos huma-nos, assédios de todo tipo e até a terceirização de afetos, condicio-nando-as a um lugar de menor valor social. Ainda hoje nega-se a es-sas profissionais o direito de viver plenamente processos que fazemparte da nossa condição humana, para além do trabalho, como o con-vívio social e familiar, em prol da reprodução social plena de quemdetém poder econômico.

Esta atividade profissional encontra ainda dificuldades em seureconhecimento na produção de valor, no ponto de vista da economia,mantendo-se assim uma lógica que empurra uma grande parcela dapopulação trabalhadora, não à toa de maioria feminina com idadeavançada, a um lugar de subalternidade e, mais do que isso, de ne-gação da vida. Nesse momento, em que vivemos a crise global dapandemia da COVID-19 e na qual toda a sociedade se viu diante danecessidade de seguir protocolos sanitários que incluíam o isolamentosocial, a categoria das trabalhadoras domésticas foi duramente atin-gida. Cerca de 1,5 milhões de empregos foram perdidos, grande partedestas profissionais ficaram sem qualquer cobertura assistencial, ou-tras foram mantidas em seus locais de trabalho sem nenhuma segu-rança. O fato mais emblemático desta situação foi o registro do pri-meiro caso de morte por COVID no Brasil de Cleonice Gonçalves,uma trabalhadora doméstica da cidade do Rio de Janeiro, mulher ne-gra e idosa que, impedida de estar em isolamento social, foi conta-minada por sua patroa.

O trabalho doméstico neste país sempre foi dinamizado pelaelite brasileira e feito por mulheres negras e pobres. Ele tem um lugarsocial que persevera desde o tempo colonial, mas a luta e a resis-tência dessas mulheres também vem de longe. É impossível nãomencionarmos Laudelina de Campos Melo, mulher negra, nascida 8anos após a abolição da escravatura, que foi pioneira na luta pelosdireitos das domésticas quando, há oitenta anos atrás, impulsionou aorganização sindical da categoria, numa época em que estas eramimpedidas de serem sindicalizadas. Na década de 30 do século pas-sado, as domésticas não tinham nenhuma cobertura pelas diversas le-gislações trabalhistas vigentes na época.

As reivindicações e o processo organizativo da categoria se-guiram através de mulheres lutadoras que deram continuidade ao le-gado de Laudelina. A PEC das Domésticas de 2013, também pautouo debate público sobre os direitos trabalhistas das domésticas em to-do o Brasil. Portanto, homenagear as atuais referências dessa lutasignifica trazer o debate público para o estado do RJ acerca dessas

trabalhadoras fundamentais e de seus direitos, bem como afirmar namemória desta Casa a história de tantas mulheres domésticas. Em ra-zão disso, propomos o presente projeto de resolução visando conce-der o Prêmio Dandara para Janaina Alves Costa por sua meritória edestacada atuação em defesa dos direitos trabalhistas.

Janaina Alves Costa nasceu na Comunidade Quilombola doMacuco, localizada no Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais, sendoa caçula das mulheres de um total de doze irmãos, sendo a única achegar até o ensino superior. Todas as suas irmãs trabalham comoempregadas domésticas e os seus irmãos como pedreiros, cortadoresde cana e trabalhadores da colheita de café.

Aos 12 anos, Janaina começou a trabalhar informalmente co-mo trabalhadora doméstica. Aos 14 anos, migrou para São Paulo,passando a cuidar dos seus sobrinhos enquanto sua irmã trabalhavacomo empregada doméstica. Aos 17 anos, enquanto cursava o últimoano do Ensino Médio, começou a trabalhar formalmente como babá.Desde cedo vivenciou a discriminação sofrida pela categoria, enfren-tando ofensas pelos colegas de escola em razão do trabalho queexercia. Em razão da necessidade de cumular os estudos com oexercício profissional, foi forçada a faltar às aulas frequentemente emrazão do desrespeito com a sua carga horária no trabalho, impossi-bilitando que chegasse no horário das aulas.

Aos 18 anos, iniciou a graduação em Biologia em uma ins-tituição privada, destinando 75% do seu salário para continuar os es-tudos. Em razão do aluguel da sua primeira casa, de apenas um cô-modo, ultrapassar os 25% restantes, foi obrigada a abandonar o en-sino superior. Nesse período (2012/2013), Janaina ficou desemprega-da e começou a trabalhar como caixa de supermercado, trabalhandocomo babá nos finais de semana. Em 2014, iniciou um trabalho in-formal como babá, mesmo ano em que iniciou a Graduação em His-tória, que veio a concluir em 2017. Ao longo da graduação, em al-guns momentos teve que cumular dois empregos, cumulando o tra-balho como babá com a profissão de acompanhante de idosos, cur-sando o curso no período noturno. Nesse período, ainda exerceu "bi-cos" de limpeza, cozinha e cuidado de crianças. Durante o exercíciodesses trabalhos, Janaina foi vítima de discriminação racial e em ra-zão da sua condição socioecocômica, adoencendo em razão dos pro-cesos vivenciados.

No seu último semestre da graduação, em razão dos proces-sos de violência sofridos, foi forçada a abandonar o trabalho, perden-do sua fonte de renda para pagar o aluguel, a mensalidade do cursode ensino superior e demais contas pessoais. Em decorrência dessasexperiências, Janaina deu início a página "Ela é só a babá" visandocompartilhar essas vivências, que sabia que não afetam somente aela, mas sim atravessa o exercício profissional de milhares de traba-lhadoras cotidianamente.

Iniciativa que organiza desde fevereiro de 2017 e que se tor-nou um espaço importante para visibilizar a realidade histórica dessa ca-tegoria bem como possibilitar que outras profissionais registrem suashistórias e experiências, alcançando atualmente mais de 50.000 pes-soas, sendo a grande maioria trabalhadoras domésticas. A ação de Ja-naina foi movida por sua inquietação e esgotamento diante da ausênciade proteção e dignidade devida para estas profissionais, bem como osentimento de que seu trabalho é facilmente substituível. Assim, a pá-gina configura um espaço fundamental em que estas trabalhadoras re-latam suas próprias histórias, importante para compreensão dos proces-sos históricos de subalternização e desumanização sofrida, bem comopara organização e mobilização dessas trabalhadoras.

Após concluir a graduação, apesar de possuir o diploma deensino superior, Janaina permaneceu desempregada, voltando a tra-balhar como babá e operadora de telemarketing. Brigando para con-tinuar os seus estudos, dedicou sua formação a aprender sobre a his-tória da população negra e das relações étnico-raciais no Brasil, bemcomo sobre o trabalho doméstico e seus mecanismos de violação emarginalização. Em concomitância, seguiu sendo vítima de discrimina-ção racial e lgbtfóbica e adoecendo nos seus ambientes de trabalho,enfrentando o inadmissível para poder pagar o aluguel ao final domês. Enquanto estudava sobre esses mecanismos de violência e osenfrentava em seus trabalhos, Janaina seguiu utilizando as redes co-mo mecanismo de denúncia e luta.

Em 2018, começou a trabalhar numa pizzaria e começou aestudar inglês e espanhol, passando a trabalhar como babá na Co-lômbia, sendo aprovada em 2020 no Mestrado em História, onde se-gue pesquisando trabalho doméstico no Brasil e seus marcadores decor, classe e gênero. Nessa medida, através deste projeto, visamosreconhecer e homenagear a trajetória de Janaina Alves Costa, fun-damental para luta e garantia dos direitos das trabalhadoras domés-ticas.

PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 540/2021

CONCEDE O PRÊMIO DANDARA PARA ANA MARIA LEONE DE JE-SUS FERREIRA.Autor: Deputado MÔNICA FRANCISCO

D E S PA C H O :A imprimir e à Comissão de Normas Internas e ProposiçõesExternas.Em 08.04.2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO - PRESIDENTE

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIROR E S O LV E :

Art. 1º. Fica concedido o Prêmio Dandara para Ana MariaLeone de Jesus Ferreira em virtude da sua meritória e destacadaatuação em defesa dos direitos das mulheres afrodescendentes, latinoamericanas e caribenhas no Estado do Rio de Janeiro.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputada MÔNICA FRANCISCO

J U S T I F I C AT I VA

O Brasil é o país com o maior contingente de trabalhadoresdomésticos do mundo, em números absolutos, segundo dados já di-vulgados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2011,configurando cerca de 7,2 milhões de pessoas nesta atividade profis-sional. O Brasil permaneceu liderando esse número nos dados divul-gados em 2017, sendo 93% deste segmento formado por mulheres,das quais 61% são negras, enquanto 38% são brancas. Apesar disso,esta segue sendo uma das profissões mais invisibilizada, precarizadae desumanizada em todo o país.

A conformação dessa categoria de trabalho no Brasil foi de-lineada pelo traço mais marcante da formação sócio histórica brasi-leira, que são as desigualdades firmadas no regime escravista, per-passando negação de direitos trabalhistas, violação de direitos huma-nos, assédios de todo tipo e até a terceirização de afetos, condicio-nando-as a um lugar de menor valor social. Ainda hoje nega-se a es-sas profissionais o direito de viver plenamente processos que fazemparte da nossa condição humana, para além do trabalho, como o con-vívio social e familiar, em prol da reprodução social plena de quemdetém poder econômico.

Esta atividade profissional encontra ainda dificuldades em seureconhecimento na produção de valor, no ponto de vista da economia,mantendo-se assim uma lógica que empurra uma grande parcela dapopulação trabalhadora, não à toa de maioria feminina com idadeavançada, a um lugar de subalternidade e, mais do que isso, de ne-gação da vida. Nesse momento, em que vivemos a crise global dapandemia da COVID-19 e na qual toda a sociedade se viu diante danecessidade de seguir protocolos sanitários que incluíam o isolamentosocial, a categoria das trabalhadoras domésticas foi duramente atin-gida. Cerca de 1,5 milhões de empregos foram perdidos, grande partedestas profissionais ficaram sem qualquer cobertura assistencial, ou-tras foram mantidas em seus locais de trabalho sem nenhuma segu-rança. O fato mais emblemático desta situação foi o registro do pri-meiro caso de morte por COVID no Brasil de Cleonice Gonçalves,uma trabalhadora doméstica da cidade do Rio de Janeiro, mulher ne-gra e idosa que, impedida de estar em isolamento social, foi conta-minada por sua patroa.

O trabalho doméstico neste país sempre foi dinamizado pelaelite brasileira e feito por mulheres negras e pobres. Ele tem um lugarsocial que persevera desde o tempo colonial, mas a luta e a resis-tência dessas mulheres também vem de longe. É impossível nãomencionarmos Laudelina de Campos Melo, mulher negra, nascida 8anos após a abolição da escravatura, que foi pioneira na luta pelosdireitos das domésticas quando, a oitenta anos atrás, impulsionou aorganização sindical da categoria, numa época em que estas eramimpedidas de serem sindicalizadas. Na década de 30 do século pas-sado, as domésticas não tinham nenhuma cobertura pelas diversas le-gislações trabalhistas vigentes na época.

As reivindicações e o processo organizativo da categoria se-guiram através de mulheres lutadoras que deram continuidade ao le-gado de Laudelina. A PEC das Domésticas de 2013, também pautouo debate público sobre os direitos trabalhistas das domésticas em to-do o Brasil. Portanto, homenagear as atuais referências dessa lutasignifica trazer o debate público para o estado do RJ acerca dessastrabalhadoras fundamentais e de seus direitos, bem como afirmar namemória desta Casa a história de tantas mulheres domésticas. Em ra-zão disso, propomos o presente projeto de resolução visando conce-der o Prêmio Dandara para Ana Maria Leone de Jesus por sua me-ritória e destacada atuação em defesa dos direitos trabalhistas.

Ana Maria Leone de Jesus é uma ativista social nascida norecôncavo baiano na cidade de Governador Mangabeira. Mulher ne-gra, mãe de dois meninos, 52 anos, chegou ao Rio de Janeiro em1980, junto com uma tia, e algum tempo depois iniciou sua trajetóriacomo trabalhadora doméstica passando por vínculos de trabalho muitoprecarizados. Em sua trajetória, Ana sempre se questionou sobre co-mo participar da educação dos filhos que deixava em casa, enquantocriava as crianças de empregadoras brancas, sem ser violentamenteengolida e invisibilizada pela alegoria da casa grande e senzala.

Seus questionamentos a levaram para a faculdade de serviçosocial, após concluir o supletivo do ensino fundamental. Atualmente,Ana é pós graduada em Políticas Públicas de enfrentamento à vio-lência contra a mulher, pela Puc-Rio, Coordenadora da UNEGRO -União de Negras e Negros pela Igualdade em Caxias (RJ) e do Fó-rum Municipal dos Direitos da Mulher de Duque de Caxias. Ana étambém comunicadora Social na radioativa.net e quando começou aparticipar das reuniões da Central de Movimentos Populares, segundoela, teve a certeza de que estava no

caminho certo do ativismo organizado. Os momentos maisimportantes em sua trajetória foram a construção da Marcha das Mu-lheres Negras em 2015, a articulação do Plano Municipal dos Direitosdas Mulheres de Duque de Caxias e a organização das Rodas deConversa no Morro do Sossego, no bairro do Pantanal, no mesmomunicípio.

Nessa medida, através deste projeto, visamos reconhecer ehomenagear a trajetória de Ana Maria, fundamental para a luta e ga-rantia dos direitos das mulheres no Rio de Janeiro.

PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 541/2021

CONCEDE O PRÊMIO DANDARA PARA MARIAIZABEL MONTEIROAutor: Deputado MÔNICA FRANCISCO

D E S PA C H O :A imprimir e à Comissão de Normas Internas e ProposiçõesExternas.Em 08.04.2021DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO RESOLVE:

Art. 1º. Fica concedido o Prêmio Dandara para Maria IzabelMonteiro em virtude da sua meritória e destacada atuação em defesados direitos trabalhistas das mulheres afrodescendentes, latino ame-ricanas e caribenhas no Estado do Rio de Janeiro.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputada MÔNICA FRANCISCO

J U S T I F I C AT I VA

O Brasil é o país com o maior contingente de trabalhadoresdomésticos do mundo, em números absolutos, segundo dados já di-vulgados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2011,configurando cerca de 7,2 milhões de pessoas nesta atividade profis-sional. O Brasil permaneceu liderando esse número nos dados divul-gados em 2017, sendo 93% deste segmento formado por mulheres,das quais 61% são negras, enquanto 38% são brancas. Apesar disso,esta segue sendo uma das profissões mais invisibilizada, precarizadae desumanizada em todo o país.

A conformação dessa categoria de trabalho no Brasil foi de-lineada pelo traço mais marcante da formação sócio histórica brasi-leira, que são as desigualdades firmadas no regime escravista, per-passando negação de direitos trabalhistas, violação de direitos huma-nos, assédios de todo tipo e até a terceirização de afetos, condicio-nando-as a um lugar de menor valor social. Ainda hoje nega-se a es-sas profissionais o direito de viver plenamente processos que fazemparte da nossa condição humana, para além do trabalho, como o con-vívio social e familiar, em prol da reprodução social plena de quemdetém poder econômico.

Esta atividade profissional encontra ainda dificuldades em seureconhecimento na produção de valor, no ponto de vista da economia,mantendo-se assim uma lógica que empurra uma grande parcela dapopulação trabalhadora, não à toa de maioria feminina com idadeavançada, a um lugar de subalternidade e, mais do que isso, de ne-gação da vida. Nesse momento, em que vivemos a crise global dapandemia da COVID-19 e na qual toda a sociedade se viu diante danecessidade de seguir protocolos sanitários que incluíam o isolamentosocial, a categoria das trabalhadoras domésticas foi duramente atin-gida. Cerca de 1,5 milhões de empregos foram perdidos, grande partedestas profissionais ficaram sem qualquer cobertura assistencial, ou-tras foram mantidas em seus locais de trabalho sem nenhuma segu-rança. O fato mais emblemático desta situação foi o registro do pri-meiro caso de morte por COVID no Brasil de Cleonice Gonçalves,uma trabalhadora doméstica da cidade do Rio de Janeiro, mulher ne-gra e idosa que, impedida de estar em isolamento social, foi conta-minada por sua patroa.

O trabalho doméstico neste país sempre foi dinamizado pelaelite brasileira e feito por mulheres negras e pobres. Ele tem um lugarsocial que persevera desde o tempo colonial, mas a luta e a resis-tência dessas mulheres também vem de longe. É impossível nãomencionarmos Laudelina de Campos Melo, mulher negra, nascida 8anos após a abolição da escravatura, que foi pioneira na luta pelosdireitos das domésticas quando, a oitenta anos atrás, impulsionou aorganização sindical da categoria, numa época em que estas eramimpedidas de serem sindicalizadas. Na década de 30 do século pas-sado, as domésticas não tinham nenhuma cobertura pelas diversas le-gislações trabalhistas vigentes na época.

As reivindicações e o processo organizativo da categoria se-guiram através de mulheres lutadoras que deram continuidade ao le-gado de Laudelina. A PEC das Domésticas de 2013, também pautouo debate público sobre os direitos trabalhistas das domésticas em to-do o Brasil. Portanto, homenagear as atuais referências dessa lutasignifica trazer o debate público para o estado do RJ acerca dessastrabalhadoras fundamentais e de seus direitos, bem como afirmar namemória desta Casa a história de tantas mulheres domésticas. Em ra-zão disso, propomos o presente projeto de resolução visando conce-der o Prêmio Dandara para Maria Izabel Monteiro Loureço por suameritória e destacada atuação em defesa dos direitos trabalhistas.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO

��� ����� � ��� � � �� �� ��

���������� � � � �� �� �� �� ���

Maria Izabel Monteiro Loureço nasceu em Campos dos Goy-tacazes no interior do estado do Rio de Janeiro, atualmente residindoem Caxias na região metropolitana do Rio. Mulher negra, 54 anos,oitava filha de dez irmãos, trabalhadora doméstica desde 1989 quan-do muito jovem veio para a capital em busca de emprego. Atualmen-te, Maria Izabel honra o legado da luta sindical desta categoria noRio, atuando como a décima quinta presidenta do Sindicato das Tra-balhadoras Domésticas do município do Rio, antiga Associação dasTrabalhadoras Domésticas do Estado da Guanabara, criada em 1961.

Formada em educação primária pelo curso normal em escolapública, conhece, através do sindicato, o Grupo Teatro do OprimidoMarias do Brasil, formado por trabalhadoras domésticas, no mesmoano em que foi convidada a integrar o grupo, se tornou afiliada dosindicato. Em 2014, através do trabalho realizado junto ao Marias doBrasil, recebeu a Certificação Honrosa da Câmara Municipal do Riode Janeiro. Em 2016, passou a fazer parte do Centro Teatro do Opri-mido. Em 2012, participou como delegada do 11º Congresso Nacionaldos Trabalhadores Domésticos em Recife/PE, se tornando presidentado sindicato em 2018. Em 2019, foi uma das ganhadoras do PrêmioTerezinha Zerbine, pela Ação da Mulher Trabalhadora (PDT), e, noano de 2020, foi uma das ganhadoras do Prêmio Dandara, pela ONGAsplande. Em 2012, Maria Izabel foi convidada a ser colunista daOdara Conecta (Rede de Conexão de pessoas pretas antirracistas).

Nessa medida, através deste projeto, visamos reconhecer ehomenagear a trajetória de Maria Izabel, fundamental para luta e ga-rantia dos direitos das trabalhadoras domésticas no Rio de Janeiro.

PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 542/2021

CONCEDE O PRÊMIO DANDARA PARA ANAZIRMARIA DE OLIVEIRAAutor: Deputado MÔNICA FRANCISCO

D E S PA C H O :A imprimir e à Comissão de Normas Internas e ProposiçõesExternas.Em 08.04.2021DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO RESOLVE:

Art. 1º. Fica concedido o Prêmio Dandara para Anazir Mariade Oliveira em virtude da sua meritória e destacada atuação em de-fesa dos direitos trabalhistas das mulheres afrodescendentes, latinoamericanas e caribenhas.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputada MÔNICA FRANCISCO

J U S T I F I C AT I VA

O Brasil é o país com o maior contingente de trabalhadoresdomésticos do mundo, em números absolutos, segundo dados já di-vulgados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2011,configurando cerca de 7,2 milhões de pessoas nesta atividade profis-sional. O Brasil permaneceu liderando esse número nos dados divul-gados em 2017, sendo 93% deste segmento formado por mulheres,das quais 61% são negras, enquanto 38% são brancas. Apesar disso,esta segue sendo uma das profissões mais invisibilizada, precarizadae desumanizada em todo o país.

A conformação dessa categoria de trabalho no Brasil foi de-lineada pelo traço mais marcante da formação sócio histórica brasi-leira, que são as desigualdades firmadas no regime escravista, per-passando negação de direitos trabalhistas, violação de direitos huma-nos, assédios de todo tipo e até a terceirização de afetos, condicio-nando-as a um lugar de menor valor social. Ainda hoje nega-se a es-sas profissionais o direito de viver plenamente processos que fazemparte da nossa condição humana, para além do trabalho, como o con-vívio social e familiar, em prol da reprodução social plena de quemdetém poder econômico.

Esta atividade profissional encontra ainda dificuldades em seureconhecimento na produção de valor, no ponto de vista da economia,mantendo-se assim uma lógica que empurra uma grande parcela dapopulação trabalhadora, não à toa de maioria feminina com idadeavançada, a um lugar de subalternidade e, mais do que isso, de ne-gação da vida. Nesse momento, em que vivemos a crise global dapandemia da COVID-19 e na qual toda a sociedade se viu diante danecessidade de seguir protocolos sanitários que incluíam o isolamentosocial, a categoria das trabalhadoras domésticas foi duramente atin-gida. Cerca de 1,5 milhões de empregos foram perdidos, grande partedestas profissionais ficaram sem qualquer cobertura assistencial, ou-tras foram mantidas em seus locais de trabalho sem nenhuma segu-rança. O fato mais emblemático desta situação foi o registro do pri-meiro caso de morte por COVID no Brasil de Cleonice Gonçalves,uma trabalhadora doméstica da cidade do Rio de Janeiro, mulher ne-gra e idosa que, impedida de estar em isolamento social, foi conta-minada por sua patroa.

O trabalho doméstico neste país sempre foi dinamizado pelaelite brasileira e feito por mulheres negras e pobres. Ele tem um lugarsocial que persevera desde o tempo colonial, mas a luta e a resis-tência dessas mulheres também vem de longe. É impossível nãomencionarmos Laudelina de Campos Melo, mulher negra, nascida 8anos após a abolição da escravatura, que foi pioneira na luta pelosdireitos das domésticas quando, há oitenta anos atrás, impulsionou aorganização sindical da categoria, numa época em que estas eramimpedidas de serem sindicalizadas. Na década de 30 do século pas-sado, as domésticas não tinham nenhuma cobertura pelas diversas le-gislações trabalhistas vigentes na época.

As reivindicações e o processo organizativo da categoria se-guiram através de mulheres lutadoras que deram continuidade ao le-gado de Laudelina. A PEC das Domésticas de 2013, também pautouo debate público sobre os direitos trabalhistas das domésticas em to-do o Brasil. Portanto, homenagear as atuais referências dessa lutasignifica trazer o debate público para o estado do RJ acerca dessastrabalhadoras fundamentais e de seus direitos, bem como afirmar namemória desta Casa a história de tantas mulheres domésticas. Em ra-zão disso, propomos o presente projeto de resolução visando conce-der o Prêmio Dandara para a Anazir Maria de Oliveira por sua me-ritória e destacada atuação em defesa dos direitos trabalhistas.

Anazir Maria de Oliveira nasceu na Vila Aliança, em Bangu,no estado do Rio de Janeiro. Assistente social e mãe de seis filhos,trabalhou a vida inteira como trabalhadora doméstica. Carinhosamentechamada como Zica pelas companheiras, Anazir lutou por anos pelaregulamentação da profissão, que ela define como sua maior contri-buição na luta pelas mulheres. Ao longo dessa trajetória, contribuiupara a fundação do Sindicato das Domésticas do Município Rio deJaneiro e se somou ao movimento popular de regularização fundiária,se tornando uma importante líder comunitária na Zona Oeste da ca-pital desde o governo Brizola. Com mais de sessenta anos de idade,Anazir enfrentou o desafio de cursar o ensino superior, movida pelanecessidade de ter profissionais de nível superior para gerenciar e va-lidar projetos sociais, se formando em pedagogia e em serviço socialpela Pontifícia Universidade Católica (PUC).

Zica constrói a Central de Movimentos Populares (CMP) doEstado do Rio de Janeiro, integrando sua coordenação, e a ONGCriola. A Central tem como compromisso atuar e defender a luta pordireitos políticos e sociais dos movimentos populares, acolhendo umadiversidade de movimentos. Já a Criola, atua em defesa dos direitossociais das mulheres, em especial mulheres negras, e no fortaleci-mento da igualdade e garantia de direitos políticos e sociais. Não obs-tante, Anazir contribuiu para a fundação da Central Única dos Traba-lhadores (CUT) no Estado do Rio de Janeiro e integrou sua primeiradireção.

Nessa medida, através deste projeto, visamos reconhecer ehomenagear a trajetória de Anazir Maria de Oliveira, fundamental paraluta e garantia dos direitos das trabalhadoras domésticas.

PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 543/2021

CONCEDE A MEDALHA TIRADENTES E O RESPECTIVO DIPLOMAAO ILUSTRÍSSIMO MÉDICO ENDOCRINOLOGISTA DR. MARCELOTINOCO.Autor: Deputado MARCOS ABRAHAO

D E S PA C H O :

A imprimir e à Comissão de Normas Internas e ProposiçõesExternas.Em 08.04.2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO - PRESIDENTE

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIROR E S O LV E :

Art. 1° - Concede a Medalha Tiradentes e o respectivo Di-ploma ao Ilustríssimo Médico Endocrinologista Dr. Marcelo Tinoco

Art. 2° - Esta Resolução entra em vigor na data de sua pu-blicação, revogadas as disposições em contrário.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 23 de março de 2021.Deputados: MARCOS ABRAHÃO, André Ceciliano, Brazão,

Dr. Deodalto, Eurico Júnior, Giovani Ratinho, Luiz Martins, Márcio Ca-nella, Renato Zaca, Rodrigo Amorim, Rosane Félix, Samuel Malafaia,Wellington José.

J U S T I F I C AT I VA

A presente proposição tem por objetivo a concessão da Me-dalha Tiradentes e o respectivo Diploma ao Dr. Marcelo Tinoco, porseus méritos e pelas atividades desenvolvidas, com bravura, retidão ehonestidade, ao longo de sua carreira como Médico Endocrinologista,sempre preocupado com o bem estar da população.

O Dr. Marcelo Tinoco nasceu na Tijuca, bairro da Cidade doRio de Janeiro, no ano de 1966 e aos dois anos, mudou-se para obairro de Campo Grande, onde viveu sua infância com a família.

Foi aprovado no vestibular Cesgranrio em 5º colocação Gerale em 1984 para a faculdade de Farmácia na UFF. No terceiro ano dafaculdade, foi aprovado no primeiro semestre para medicina na UNIGe na UFF, e precisou optar pela UNIG pois não era possível ter duasmatrículas na saúde na UFF. Formou se em 1992 e decidiu se es-pecializar em Endocrinologia para ajudar o irmão que tinha problemascom obesidade e não conseguia êxito em nenhum tratamento. Nasaúde pública, assumiu a direção geral do Hospital Estadual Pedro IIonde instalou a maior enfermaria de AIDS do Rio de Janeiro. Maistarde aceitou o convite para atuar na direção do Hospital Eduardo Ra-bello, onde, ao chegar, havia 38 leitos. Em 3 meses de gestão au-mentou para 180, e mais 50 leitos de hidratação para a dengue queassolava a população na época e também reduziu os óbitos em 70%.Em 2012 foi nomeado Secretário de Saúde e Defesa Civil em Sero-pédica, onde na primeira semana cortou 2 milhões de gastos em RHe 4 milhões de gastos mensais com material hospitalar entre tantosoutros feitos.

Por sua trajetória de persistência e bons serviços prestados apopulação, o Dr. Marcelo Tinoco é merecedor da Medalha Tiraden-tes.

REQUERIMENTO S/Nº - 2021

SOLICITO AO EXMO. PRESIDENTE ANDRÉ CECILlANO A TRAMI-TAÇÃO EM REGIME DE URGÊNCIA DO PROJETO DE LEI Nº3750/2021, QUE DETERMINA A REDUÇÃO PROPORCIONAL DOSALUGUÉIS DE IMÓVEIS QUE TENHAM COMO DESTINAÇÃO A LO-CAÇÃO PARA CASAS DE FESTAS, BUFÊS, EMPRESAS DE FOR-MATURA, ENTRETENIMENTO, FEIRAS E GRANDES PALESTRASNO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DURANTE O PLANO DE CON-TINGÊNCIA DO COVID-19.Autor: Deputado RODRIGO AMORIM

D E S PA C H O :

A imprimir. Deferido automaticamente, nos termos do § 4º, doArt. 127 do Regimento Interno.Em 08.04.2021DEPUTADOS: ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE; JAIR BIT-TENCOURT, 1º VICE-PRESIDENTE; CHICO MACHADO, 2ºVICE-PRESIDENTE; FRANCIANE MOTTA, 3º VICE-PRESI-DENTE; SAMUEL MALAFAIA, 4º VICE-PRESIDENTE; TIAJU, 2º SECRETÁRIO, BRAZÃO, 1º VOGAL.Senhor Presidente, requeiro a Vossa Excelência, fulcro no ar-

tigo 84, § 8°, f, do Regimento Interno desta Casa Legislativa, a tra-mitação em regime de urgência do Projeto de Lei nº 3750/2021, quedetermina a redução proporcional dos aluguéis de imóveis que te-nham como destinação a locação para casas de festas, bufês, em-presas de formatura, entretenimento, feiras e grandes palestras no Es-tado do Rio de Janeiro durante o plano de contingência do COVID-19.

Rio de Janeiro, dia 08 de abril de 2021.Deputados RODRIGO AMORIM, Alana Passos, Alexandre

Knoploch, André Ceciliano, Bebeto, Brazão, Carlos Minc, Chico Ma-chado, Coronel Salema, Danniel Librelon, Dionísio Lins, EnfermeiraRejane, Filippe Soares, Franciane Motta, Jair Bittencourt, Lucinha,Marcelo Cabeleireiro, Márcio Canella, Max Lemos, Mônica Francisco,Renata Souza, Rodrigo Bacellar, Rosenverg Reis, Samuel Malafaia,Tia Jú.

REQUERIMENTO S/N° - 2021

SOLICITO AO EXMO. PRESIDENTE ANDRÉ CECILlANO A TRAMI-TAÇÃO EM REGIME DE URGÊNCIA DO PROJETO DE LEI N°3967/2021, QUE ALTERA OS ARTS. 1°,2°,3° E 4° E ACRESCENTAO ART. 5° A LEI Nº 6.821 DE 25 DE JUNHO DE 2014, QUE DISPÕESOBRE A CRIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCENTIVO À PRODU-ÇÃO DE CERVEJAS E CHOPES ARTESANAIS NO ÂMBITO DO ES-TADO DO RIO DE JANEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.Autor: Deputado RODRIGO AMORIM

D E S PA C H O :A imprimir e à Mesa Diretora.Em 08.04.2021DEPUTADOS: ANDRÉ CECILlANO, PRESIDENTE; SAMUELMALAFAIA, 4° VICE-PRESIDENTE; TIA JU, 2° SECRETÁ-RIO, BRAZÃO, 1° VOGAL.

Senhor Presidente, requeiro a Vossa Excelência, fulcro no ar-tigo 84, § 8°, f, do Regimento Interno desta Casa Legislativa, a tra-mitação em regime de urgência do Projeto de Lei nº 3967/2021, quealtera os arts. 1°, 2°, 3° e 4° e acrescenta o art. 5° a Lei n° 6.821 de25 de junho de 2014, que dispõe sobre a criação do programa deincentivo à produção de cervejas e chopes artesanais no âmbito doEstado do Rio de Janeiro e dá outras providências.

Rio de Janeiro, dia 08 de abril de 2021.Deputados RODRIGO AMORIM, Alana Passos, Alexandre

Knoploch, Bebeto, Brazão, Carlos Minc, Coronel Salema, Danniel Li-brelon, Dionísio Lins, Dr. Deodalto, Enfermeira Rejane, Eurico Júnior,Filippe Soares, Lucinha, Luiz Martins, Marcelo Cabeleireiro, MárcioCanella, Martha Rocha, Max Lemos, Mônica Francisco, Noel de Car-valho, Rodrigo Bacellar, Rosenverg Reis, Samuel Malafaia, Tia Jú.

REQUERIMENTO S/Nº - 2021

SOLICITO AO EXMO. PRESIDENTE ANDRÉ CECILlANO A TRAMI-TAÇÃO EM REGIME DE URGÊNCIA DO PROJETO DE LEI Nº3969/2021, QUE ALTERA O PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 1°, DALEI N° 2.298, DE 28 DE JULHO DE 1994, QUE REGULAMENTA OARTIGO 338, I, DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.Autor: Deputado RODRIGO AMORIM

D E S PA C H O :

A imprimir e à Mesa Diretora.Em 08.04.2021DEPUTADOS: ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE; SAMUELMALAFAIA, 4º VICE-PRESIDENTE; TIA JU, 2º SECRETÁ-RIO, BRAZÃO, 1º VOGAL.

Senhor Presidente, requeiro a Vossa Excelência, fulcro no ar-tigo 84, § 8°, f, do Regimento Interno desta Casa Legislativa, a tra-mitação em regime de urgência do Projeto de Lei nº 3969/2021, quealtera o parágrafo único do art. 1°, da Lei nº 2.298, de 28 de julho de1994, que regulamenta o artigo 338, I, da Constituição do Estado doRio de Janeiro e dá outras providências.

Rio de Janeiro, dia 08 de abril de 2021.Deputados RODRIGO AMORIM, Alana Passos, Alexandre

Knoploch, Bebeto, Brazão, Carlos Minc, Coronel Salema, Danniel Li-brelon, Dionísio Lins, Dr. Deodalto, Enfermeira Rejane, Eurico Júnior,Filippe Soares, Lucinha, Luiz Martins, Marcelo Cabeleireiro, MárcioCanella, Martha Rocha, Max Lemos, Mônica Francisco, Noel de Car-valho, Rodrigo Bacellar, Rosenverg Reis, Samuel Malafaia, Tia Jú.

REQUERIMENTO S/Nº - 2021

SOLICITO AO EXMO. PRESIDENTE ANDRÉ CEClLIANO A TRAMI-TAÇÃO EM REGIME DE URGÊNCIA DO PROJETO DE LEI Nº3970/2021, QUE ALTERA O ARTIGO 2° A LEI Nº 9.222 DE 23 DEMARÇO DE 2021, QUE SUSPENDE A APLICAÇÃO DO REGIME DESUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NA FORMA QUE MENCIONA.Autor: Deputado RODRIGO AMORIM

D E S PA C H O :A imprimir e à Mesa Diretora.Em 08.04.2021DEPUTADOS: ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTE; SAMUELMALAFAIA, 4º VICE-PRESIDENTE; TIA JU, 2º SECRETÁ-RIO, BRAZÃO, 1º VOGAL.

Senhor Presidente, requeiro a Vossa Excelência, fulcro no ar-tigo 84, § 8°, f, do Regimento Interno desta Casa Legislativa, a tra-mitação em regime de urgência do Projeto de Lei nº 3970/2021, quealtera o artigo 2° da Lei nº 9.222 de 23 de março de 2021, que sus-pende a aplicação do regime de substituição tributária na forma quemenciona.

Rio de Janeiro, dia 08 de abril de 2021.Deputados RODRIGO AMORIM, Alana Passos, Alexandre

Knoploch, Bebeto, Brazão, Carlos Minc, Coronel Salema, Danniel Li-brelon, Dionísio Lins, Dr. Deodalto, Enfermeira Rejane, Eurico Júnior,Filippe Soares, Lucinha, Luiz Martins, Marcelo Cabeleireiro, MárcioCanella, Martha Rocha, Max Lemos, Mônica Francisco, Noel de Car-valho, Rodrigo Bacellar, Rosenverg Reis, Samuel Malafaia, Tia Jú.

REQUERIMENTO S/Nº/2021

REQUER ANEXAÇÃO DO PROJETO DE LEI Nº 3968/2021 AO PRO-JETO DE LEI Nº 3918/2021.Autor: Deputado NOEL DE CARVALHO

D E S PA C H O :A imprimir. À Comissão de Constituição e Justiça para aná-lise.Em 08.04.2021.DEPUTADO ANDRE CECILIANO, PRESIDENTE

Requeiro, na forma regimental, a anexação do Projeto de Leinº 3968/2021, de autoria do Deputado Rodrigo Amorim ao Projeto deLei nº 3918/2021 de minha autoria, pois tratam do mesmo objeto, queé a permissão para empresas que vacinarem seus funcionários po-derem ter seus horários de funcionamento mantidos mesmo durante olockdown.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, em 08 de abril de 2021.Deputados NOEL DE CARVALHO

OFÍCIO LMDB N° 57/2021Rio de Janeiro, 08 de abril de 2021.

D E S PA C H O :A imprimir.Em 08.04.2021DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO - PRESIDENTE

Senhor Presidente,Tenho a honra de dirigir-me a Vossa Excelência na qualidade

de Líder do MDB nesta Casa Legislativa, indicar o nome do SenhorDeputado Átila Nunes para integrar a COMISSÃO PARLAMENTAR DEINQUÉRITO - CPI DESTINADA A APURAR AS CAUSAS E CONSE-QUÊNCIAS DOS CASOS DE INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NO ESTA-DO DO RIO DE JANEIRO.

No ensejo, reitero protesto de elevada estima e distinta con-sideração.

Deputado ROSENVERG REIS

Exmº Sr.Deputado ANDRÉ CECILIANODD. Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Ja-neiro.

Indicações

DEPUTADO DR. DEODALTO

4694 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício, Sr. Cláudio Castro, com vistas à Presidente doDER, Sra. Elizabeth Valle Viana, medidas necessárias, no sentido depromover a execução de serviços de recapeamento asfáltico na RJ162 (Rodovia Serramar) no trecho compreendido entre os bairros deJardim Patrícia até Jardim Campomar, município de Rio das Ostras.

4695 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício, Sr. Cláudio Castro, com vistas à Presidente doDER, Sra. Elizabeth Valle Viana, medidas necessárias, no sentido depromover a execução de serviços de recapeamento asfáltico na RJ106 (Rodovia Amaral Peixoto) no trecho compreendido entre os Km153 e Km 159, município de Rio das Ostras.

4696 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício, Sr. Cláudio Castro, com vistas à Presidente doDER, Sra. Elizabeth Valle Viana, medidas necessárias, no sentido depromover a execução de serviços de recapeamento asfáltico na Es-trada Velha Rio Dourado, na região compreendida entre os bairros deJardim Miramar até Jardim Patrícia, município de Rio das Ostras.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO���� ����� �

�� �� �� �� ��

�������� � � �� �� �� �� ���

4694 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício, Sr. Cláudio Castro, com vistas à Presidente doDER, Sra. Elizabeth Valle Viana, medidas necessárias, no sentido depromover a construção de uma rotatória no acesso ao bairro de La-ges, município de Paracambi.

DEPUTADO FILIPE POUBEL

4838 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro em exercício, Sr. Cláudio Castro, com vistas ao Secretário deEstado da Polícia Militar, medidas necessárias para implantação do"Programa Segurança Presente" no bairro Miguel Couto, município deNova Iguaçu.

DEPUTADO LÉO VIEIRA

4698 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício Claudio Castro, medidas necessárias para im-plantação do Programa Segurança Presente no bairro de Vila SãoJoão, município de São João de Meriti.

4699 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício Claudio Castro, medidas necessárias para im-plantação do Programa Segurança Presente no bairro de Vila Norma,município de São João de Meriti.

4700 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício Claudio Castro, medidas necessárias para im-plantação do Programa Segurança Presente no bairro de Venda Velhado município de São João de Meriti.

4701 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício Claudio Castro, medidas necessárias para im-plantação do Programa Segurança Presente no bairro de São Ma-theus, município de São João de Meriti.

4702 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício Claudio Castro, medidas necessárias para im-plantação do Programa Segurança Presente no bairro de Parque Ara-ruama, município de São João de Meriti.

4703 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício Claudio Castro, medidas necessárias para im-plantação do Programa Segurança Presente no município de Nilópo-lis.

4704 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício Claudio Castro, medidas necessárias para im-plantação do Programa Segurança Presente no município de Mesqui-ta.

4705 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício Claudio Castro, medidas necessárias para im-plantação do Programa Segurança Presente no bairro de Jardim Su-maré, município de São João de Meriti.

4706 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício Claudio Castro, medidas necessárias para im-plantação do Programa Segurança Presente no bairro de Jardim Me-trópoles, município de São João de Meriti.

4707 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício Claudio Castro, medidas necessárias para im-plantação do Programa Segurança Presente no bairro de Jardim Bo-tânico, município de São João de Meriti.

4708 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício Claudio Castro, medidas necessárias para im-plantação do Programa Segurança Presente no município de Itaguai.

4709 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício Claudio Castro, medidas necessárias para im-plantação do Programa Segurança Presente no município de Guapi-mirim.

4710 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício Claudio Castro, medidas necessárias para im-plantação do Programa Segurança Presente no bairro de Edem, mu-nicípio de São João de Meriti.

4711 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício Claudio Castro, medidas necessárias para im-plantação do Programa Segurança Presente no bairro de Coelho daRocha, município de São João de Meriti.

4712 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício Claudio Castro, medidas necessárias para im-plantação do Programa Segurança Presente no município de Cachoei-ras de Macacu.

4713 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício Claudio Castro, medidas necessárias para im-plantação do Programa Segurança Presente no bairro de Anchieta.

4731 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício Claudio Castro, medidas necessárias para im-plantação do Programa Segurança Presente no município de Manga-ratiba.

4766 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício Claudio Castro, medidas necessárias para im-plantação de uma Cabine da Polícia Militar na Rua João Vicente nº1202, esquina com Rua Divisoria no bairro de Bento Ribeiro.

4794 - SOLICITA ao Exmo Governador do Estado do Rio deJaneiro, em exercício Claudio Castro, medidas necessárias para im-plantação de Unidade de Polícia Pacificadora - UPP no bairro Areal,município de Angra dos Reis.

4867 - SOLICITA ao Ilmo Presidente da Companhia Estadualde Água e Esgoto - CEDAE, Sr. Sergio Cabral de Sá, a reforma eampliação da Barragem da Banqueta, localizada no bairro Banqueta,município de Angra dos Reis.

DEPUTADO NOEL DE CARVALHO

4825 - SOLICITA ao Exmo Prefeito do Município do Rio deJaneiro Sr. Eduardo Paes, que denomine alguma Unidade de SaúdeMunicipal com o nome do Cardiologista Fernando William.

Id: 2308976

Plenário

ATA DA 68ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA,REALIZADA EM 08 DE ABRIL DE 2021.

Às 12h05min, com a presença dos Senhores Deputados:Adriana Balthazar, Alana Passos, Alexandre Freitas, AlexandreKnoploch, Anderson Alexandre, Anderson Moraes, André Corrêa,André Ceciliano, Átila Nunes, Bebeto, Brazão, Carlos Macedo,Carlos Minc, Célia Jordão, Charlles Batista, Chico Machado, Chi-quinho da Mangueira, Coronel Salema, Dani Monteiro, Danniel Li-brelon, Delegado Carlos Augusto, Dionísio Lins, Dr. Deodalto,Eliomar Coelho, Elton Cristo, Enfermeira Rejane, Eurico Júnior,Fábio Silva, Felipe Peixoto, Filipe Soares, Filippe Poubel, FlávioSerafini, Franciane Motta, Giovani Ratinho, Gustavo Schmidt, JairBittencourt, Léo Vieira, Lucinha, Luiz Martins, Luiz Paulo, MarceloCabeleireiro, Marcelo Dino, Márcio Canella, Márcio Gualberto,Márcio Pacheco, Marcos Abrahão, Marcus Vinícius, Martha Rocha,Max Lemos, Mônica Francisco, Pedro Ricardo, Renata Souza, Re-nato Zaca, Rodrigo Amorim, Rodrigo Bacellar, Rosane Felix, Ro-senverg Reis, Rubens Bomtempo, Samuel Malafaia, Sérgio Fer-nandes, Subtenente Bernardo, Tia Ju, Val Ceasa, Valdecy da Saú-

de, Vandro Familia, Waldeck Carneiro, Wellington Jose, Zeidan(68), assume a Presidência o Senhor Deputado ANDRÉ CECILIANO,Presidente; ocupando os lugares de 1º, 2º, 3º e 4º Secretários, res-pectivamente, os Senhores Deputados: Tia Ju, 2º Secretário; RenatoZaca, 3º Secretário; Filipe Soares, 4º Secretário; Brazão, 1º Vogal.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - “Sob a proteçãode Deus, iniciamos os nossos trabalhos.” Havendo número legal, estáaberta a Sessão.

(É lida pelo Senhor 2º Secretário a Ata da Sessão anteriorque, sem restrições, é considerada aprovada.)

Passa-se à

Ordem do Dia

Anuncia-se a votação - em Discussão Única, em Regime deUrgência:

PROJETO DE LEI 3831/2021, DE AUTORIA DO DEPUTADORODRIGO AMORIM, QUE GARANTE PRIORIDADE DE VA-CINAÇÃO DA COVID-19 AOS GENITORES, TUTORES, CUI-DADORES, TÉCNICOS DE ENFERMAGEM E ENFERMEI-ROS QUE AUXILIAM NOS CUIDADOS E BEM-ESTAR DEPESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL, NA FORMAQUE MENCIONA, NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO.PA R E C E R E S DAS COMISSÕES: DE CONSTITUIÇÃO EJUSTIÇA, PELA CONSTITUCIONALIDADE, COM EMENDAS,CONCLUINDO POR SUBSTITUTIVO; DE SAÚDE, FAVORÁ-VEL, COM O SUBSTITUTIVO DA COMISSÃO DE CONSTI-TUIÇÃO E JUSTIÇA; E DE ORÇAMENTO, FINANÇAS, FIS-CALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE, FAVORÁVEL.R E L ATO R E S : DEPUTADOS MÁRCIO PACHECO, MARTHAROCHA E MÁRCIO PACHECO.(PENDENDO DE PARECERES DAS COMISSÕES: DECONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA; DE SAÚDE; E DE ORÇAMEN-TO, FINANÇAS, FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTRO-LE, ÀS EMENDAS DE PLENÁRIO.)

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Constituição e Justiça sobre as emendas dePlenário, tem a palavra o Deputado Márcio Pacheco.

O SR. MÁRCIO PACHECO (Para emitir parecer) - Boa tarde,Sr. Presidente; boa tarde, Sras. e Srs. Deputados e os que nos acom-panham.

Sr. Presidente, o parecer é favorável com subemenda Aglu-tinativa às Emendas 1, 2, 8 e 10; pela prejudicabilidade das Emendas4, 7 e 9 pela Emenda 1 da CCJ; pela prejudicabilidade das Emendas5, 6 e 12 pela Emenda 2 da CCJ; contrário às demais emendas, con-cluindo por substitutivo, pedindo forma final de redação.

(Lendo):

“PARECER ORAL

DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA ÀS EMENDAS DEPLENÁRIO AO PROJETO DE LEI N.º 3831/2021 QUE “GARANTEPRIORIDADE DE VACINAÇÃO DA COVID-19 AOS GENITORES, TU-TORES, CUIDADORES, TÉCNICOS DE ENFERMAGEM E ENFER-MEIROS QUE AUXILIAM NOS CUIDADOS E BEM-ESTAR DE PES-SOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL, NA FORMA QUE MEN-CIONA, NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.”

Autor: Deputado Rodrigo Amorim

Autores das Emendas: Deputado Luiz Paulo (n.ºs 01 e 02)Deputado Subtenente Bernardo (n.º 03)Deputada Dani Monteiro (n.ºs 04 a 08)Deputada Célia Jordão (n.ºs 09 a 12)Relator: Deputado Márcio Pacheco

FAVORÁVEL COM SUBEMENDA AGLUTINATIVA ÀS EMENDASN.ºS 01, 02, 03, 08 E 10,

PELA PREJUDICABILIDADE DA EMENDAS N.ºS 04, 07 E 09 PELAEMENDA N.º 01 DA CCJ,

PELA PREJUDICABILIDADE DAS EMENDAS N.ºS 05, 06 E 12 PE-LA EMENDA N.º 02 DA CCJ,

CONTRÁRIO ÀS DEMAIS EMENDAS,CONCLUINDO POR SUBSTITUTIVO

I - RELATÓRIOTrata-se de análise de 12 (doze Emendas de Plenário ao

Projeto de Lei N.º 3831/2021 QUE “GARANTE PRIORIDADE DE VA-CINAÇÃO DA COVID-19 AOS GENITORES, TUTORES, CUIDADO-RES, TÉCNICOS DE ENFERMAGEM E ENFERMEIROS QUE AUXI-LIAM NOS CUIDADOS E BEM-ESTAR DE PESSOAS COM DEFI-CIÊNCIA INTELECTUAL, NA FORMA QUE MENCIONA, NO ÂMBITODO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.”

II - PARECER DO RELATORConforme determina o art. 26, §1º do Regimento Interno da

Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro compete a estaComissão de Constituição e Justiça se pronunciar acerca da consti-tucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do projeto.

As emendas n.ºs 01, 02, 03, 08 e 10 agregam ao projeto ori-ginal e por isso devem ser acolhida, mesmo com subemenda aglu-tinativa. As emendas n.ºs 04, 07 e 09 restam prejudicadas pela emen-da n.º 01 da CCJ. As emendas n.ºs 05, 06 e 12 restam prejudicadaspela emenda n.º 02 da CCJ. As demais emendas do ponto de vistadeste relator não se coadunam com a proposição e por isso devemser rejeitadas.

SUBEMENDA AGLUTINATIVA ÀS EMENDAS N.ºS 01, 02, 03, 08 E10

Modifique-se o artigo 1º do Projeto de Lei, que passa a ter aseguinte redação:

“Art. 1º Inclua-se parágrafo 9º ao artigo 1º da Lei n.º 9.040,de 02 de outubro de 2020:

“Art. 1º - ....(...)§9º Ficam abrangidos pelo caput deste artigo os genitores,

tutores, curadores, cuidadores, técnicos de enfermagem e enfermei-ros, que auxiliam nos cuidados e bem-estar de pessoas com deficiên-cia intelectual, devidamente identificadas em laudo médico, a priorida-de de vacinação contra a COVID-19, no âmbito do Estado do Rio deJaneiro.

I - Para fins de comprovação do previsto no §9º, estes de-verão ser exigidos os seguintes documentos:

a) Os genitores de pessoas com deficiência deverão apresen-tar certidão de nascimento do filho com laudo médico devidamentecarimbado e assinado pelo médico assistente;

b) Os tutores e curadores deverão apresentar decisão deconcessão de tutela ou curatela, com laudo médico atestando a de-ficiência do assistido, devidamente carimbado e assinado pelo médi-co;

Os cuidadores, técnicos de enfermagem e enfermeiros deve-rão apresentar relatório médico informando que cuidam diretamenteda pessoa com deficiência intelectual ou declaração da família do pa-ciente com laudo médico do diagnóstico.

II - Para os fins do previsto no §9º, consideram-se doençasintelectuais:

a)Síndrome de Down;b)Síndrome do X-Frágil;c) Síndrome de Prader-Willi;Síndrome de Angelman;Síndrome de Williams;Alzheimer;Transtorno do espectro do autismo (TEA);Doenças incapacitantes, temporárias ou permanentes;Qualquer outra descrita pelo médico.”

Diante do exposto, meu parecer ao Projeto de Lei n.º3831/2021 é FAVORÁVEL COM SUBEMENDA AGLUTINATIVA ÀSEMENDAS N.ºS 01, 02, 03, 08 e 10, PELA PREJUDICABILIDADE DAEMENDAS N.ºS 04, 07 E 09 PELA EMENDA N.º 01 DA CCJ, PELAPREJUDICABILIDADE DAS EMENDAS N.ºS 05, 06 E 12 PELAEMENDA N.º 02 DA CCJ, CONTRÁRIO ÀS DEMAIS EMENDAS,CONCLUINDO POR SUBSTITUTIVO, com a seguinte redação:

SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 3831/2021

ALTERA A LEI N.º 9.040, DE 02 DE OUTUBRO DE 2020, INCLUIN-DO UM PARÁGRAFO 9º AO ARTIGO 1º.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO RESOLVE:

Art. 1º. Inclua-se parágrafo 9º ao artigo 1º da Lei n.º 9.040,de 02 de outubro de 2020:

“Art. 1º - ....

(...)

§9º Ficam abrangidos pelo caput deste artigo os genitores,tutores, curadores, cuidadores, técnicos de enfermagem e enfermei-ros, que auxiliam nos cuidados e bem-estar de pessoas com deficiên-cia intelectual, devidamente identificadas em laudo médico, a priorida-de de vacinação contra a COVID-19, no âmbito do Estado do Rio deJaneiro.

I - Para fins de comprovação do previsto no §9º, estes de-verão ser exigidos os seguintes documentos:

a) Os genitores de pessoas com deficiência deverão apresen-tar certidão de nascimento do filho com laudo médico devidamentecarimbado e assinado pelo médico assistente;

b) Os tutores deverão apresentar decisão de concessão detutela ou sentença com laudo médico devidamente carimbado e as-sinado pelo médico assistente;

Os cuidadores, técnicos de enfermagem e enfermeiros deve-rão apresentar relatório médico informando que cuidam diretamenteda pessoa com deficiência intelectual ou declaração da família do pa-ciente com laudo médico do diagnóstico.

II - Para os fins do previsto no §9º, consideram-se doençasintelectuais:

a)Síndrome de Down;b)Síndrome do X-Frágil;c) Síndrome de Prader-Willi;Síndrome de Angelman;Síndrome de Williams;Alzheimer;Transtorno do espectro do autismo (TEA);Doenças incapacitantes, temporárias ou permanentes;Qualquer outra descrita pelo médico.”

Art. 2º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputado Márcio Pacheco, Relator”

(Conclui a leitura)

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - A Presidênciadefere o pedido de V.Exa.

Para emitir parecer pela Comissão de Saúde, tem a palavraa Deputada Martha Rocha.

A SRA. MARTHA ROCHA (Para emitir parecer) - Sr. Presi-dente, peço a atenção do Deputado Márcio Pacheco, já que na ver-dade nós só votamos o parecer da CCJ, para saber se seria possívelincluir a Emenda 3, do Deputado Subtenente Bernardo. Ele acrescen-ta as doenças que darão a oportunidade de os cuidadores serem imu-nizados. Elogio a iniciativa do projeto de autoria do Deputado RodrigoAmorim. São doenças incapacitantes, temporárias ou permanentes eme parece que essa emenda poderia ser aproveitada. Eu queria aanálise da CCJ, por gentileza.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputado Már-cio Pacheco.

O SR. MÁRCIO PACHECO - Sr. Presidente, nós vamos aco-lher a proposta da Deputada Martha Rocha, Presidente da Comissãode Saúde, acolhendo a Emenda 3.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Ok.Para emitir parecer pela Comissão de Orçamento, Finanças,

Fiscalização Financeira e Controle, tem a palavra o Deputado MárcioCanella. (Pausa) Deputado Márcio Canella. (Pausa)

Deputado Rodrigo Bacellar.

O SR. RODRIGO BACELLAR (Para emitir parecer) - Acom-panho o parecer da CCJ, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Com os pare-ceres emitidos, em votação o substitutivo, com forma final de redação,da Comissão de Constituição e Justiça. Os Srs. Deputados que apro-vam a matéria permaneçam como estão. (Pausa)

Aprovada. Vai a Autógrafo.

O SR. RODRIGO AMORIM - Peço a palavra para declaraçãode voto, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Ao final.

O SR. ALEXANDRE KNOPLOCH - Peço a palavra pela or-dem, no final, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Ao final.

Anuncia-se a Discussão Única, em Regime de Urgência:

PROJETO DE LEI 1668/2019, DE AUTORIA DO DEPUTADODANNIEL LIBRELON, QUE INSTITUI O PROGRAMA DE CA-PACITAÇÃO PARA OS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NASATIVIDADES DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EAGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS.(PENDENDO DE PARECERES DAS COMISSÕES: DECONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA; DE SAÚDE; DE EDUCAÇÃO;DE TRABALHO, LEGISLAÇÃO SOCIAL E SEGURIDADESOCIAL; E DE ORÇAMENTO, FINANÇAS, FISCALIZAÇÃOFINANCEIRA E CONTROLE.)

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Constituição e Justiça, tem a palavra o De-putado Márcio Pacheco.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO

��� ����� � ��� � � �� �� ��

���������� � � � �� �� �� �� ���

O SR. MÁRCIO PACHECO (Para emitir parecer) - Sr. Pre-sidente, o parecer é pela constitucionalidade, com emenda.

(Lendo):

“PARECER ORAL

DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA AO PROJETO DELEI N.º 1668/2019 QUE “INSTITUI O PROGRAMA DE CAPACITAÇÃOPARA OS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NAS ATIVIDADES DEAGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE E AGENTES DE COMBATEÀS ENDEMIAS.”Autor: Deputado DANNIEL LIBRELONRelator: Deputado MÁRCIO PACHECO

(PELA CONSTITUCIONALIDADE, COM EMENDA)

I - RELATÓRIOTrata-se de exame de Projeto de Lei n.º 1668/2019 QUE

“INSTITUI O PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PARA OS PROFISSIO-NAIS QUE ATUAM NAS ATIVIDADES DE AGENTES COMUNITÁ-RIOS DE SAÚDE E AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS.”

II - PARECER DO RELATORConforme determina o artigo 26, parágrafo 1º do Regimento

Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, com-pete a esta Comissão de Constituição e Justiça se pronunciar acercada constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa doprojeto.

O Projeto de lei em análise tem por objetivo instituir progra-ma de capacitação para os profissionais que atuam nas atividades deagentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemiasno âmbito do Estado do Rio de Janeiro, viabilizando o disposto na LeiFederal 13.595/2018.

Inicialmente, destaque-se que é competência do Estado legis-lar sobre questões que envolvam saúde, na forma do que dispõe aConstituição do Estado do Rio de Janeiro, in verbis:

“Art. 73. É competência do Estado, em comum com a Uniãoe os Municípios:

(...)II - cuidar da saúde, assistência pública e da proteção das

pessoas portadoras de deficiência;(...)”“Art. 74. Compete ao Estado, concorrentemente com a União,

legislar sobre:(...)XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;(...)”

Por outro lado, é igualmente dever constitucional do Estadozelar pela saúde, conforme se verifica abaixo do trecho retirado daConstituição da República:

“Art. 8º Todos têm o direito de viver com dignidade.Parágrafo único. É dever do Estado garantir a todos uma

qualidade de vida compatível com a dignidade da pessoa humana, as-segurando a educação, os serviços de saúde, a alimentação, a ha-bitação, o transporte, o saneamento básico, o suprimento energético,a drenagem, o trabalho remunerado, o lazer e as atividades econô-micas, devendo as dotações orçamentárias contemplar preferencial-mente tais atividades, segundo planos e programas de governo.”

“Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municípios:

(...)II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e ga-

rantia das pessoas portadoras de deficiência;(...)”

“Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federallegislar concorrentemente sobre:

(...)XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;(...)”

“Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, ga-rantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à reduçãodo risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igua-litário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recupera-ção.”

“Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços desaúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre suaregulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução serfeita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa físicaou jurídica de direito privado.”

Contudo, com o intuito de aprimorar a proposição, apresentoa seguinte emenda:

EMENDA MODIFICATIVA

Modifica-se o artigo 3º do Projeto de Lei n.º 1668/2019, quepassa vigorar com a seguinte redação:

“Art. 3º - O programa de capacitação poderá ser realizadoatravés de cursos técnicos de atualização e qualificação.

§ 1º - Os cursos de capacitação poderão ser ofertados porinstituições de ensino públicas e privadas do Estado, desde que ha-bilitadas pelo Ministério da Educação e pelo Programa de FormaçãoTécnica para Agentes de Saúde.

§ 2º - Os cursos previstos no caput poderão ser realizados acada dois anos.”

Diante do exposto, meu parecer ao Projeto de Lei n.º1668/2019 é pela CONSTITUCIONALIDADE, COM EMENDA.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputado MÁRCIO PACHECO, Relator”

(Conclui a leitura)

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Saúde, tem a palavra a Deputada Martha Ro-cha.

A SRA. MARTHA ROCHA (Para emitir parecer) - O parecer éfavorável, acompanhando o parecer da CCJ.

Peço a palavra pela ordem, ao final, por gentileza, Sr. Pre-sidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Ok.Para emitir parecer pela Comissão de Educação, tem a pa-

lavra o Deputado Flávio Serafini.

O SR. FLÁVIO SERAFINI (Para emitir parecer) - Boa tarde,Sr. Presidente, boa tarde a todas e todos!

O parecer da Comissão de Educação é favorável. Só estouverificando aqui se há emendas. Um minutinho

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade So-cial, tem a palavra a Deputada Mônica Francisco.

A SRA. MÔNICA FRANCISCO (Para emitir parecer) - Boatarde, Sr. Presidente, boa tarde a todas e todos!

O presente projeto é meritório, visto que promove a qualifi-cação das agentes e dos agentes comunitários de saúde como agen-tes de combate às endemias, que constitui uma categoria fundamentalpara garantia da saúde pública.

É importante destacar que, quando falamos de endemias,muitos são os fatores que determinam esse problema ou interferemnele. Há questões ambientais, sociais, culturais e econômicas. Por es-sa razão, é necessária uma formação mais ampla, para que seja pos-sível compreender os problemas e realizar os diagnósticos com cla-reza, identificando seus determinantes e optando por ações mais efi-cazes numa abordagem integral. Nesse ponto, ressaltamos a atuaçãoexemplar de instituições públicas, como a Escola Politécnica de Saú-de Joaquim Venâncio, da Fiocruz, na formação das equipes de saúdeespecialmente com atenção às favelas e periferias.

Com o fim de aprimorar o projeto, propusemos uma emenda.Nosso parecer final é favorável com emenda, para que os cursos se-jam ofertados por instituições de ensino públicas do Estado, desdeque habilitadas pelo Ministério da Educação e pelo Programa de For-mação Técnica para Agentes de Saúde.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeirae Controle, tem a palavra o Deputado Rodrigo Bacellar.

O SR. RODRIGO BACELLAR (Para emitir parecer) - Acom-panho o parecer da CCJ, Sr. Presidente.

O SR. FLÁVIO SERAFINI - Peço a palavra para emitir pa-recer, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Não entendi,Deputado. V.Exa. não tinha emitido parecer?

O SR. FLÁVIO SERAFINI - Não, não. Eu estava abrindo aquio meu arquivo, não cheguei a concluir.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Educação, tem a palavra o Deputado FlávioSerafini.

O SR. FLÁVIO SERAFINI (Para emitir parecer) - Meu pareceré favorável com emendas.

O projeto é muito importante. É fundamental que esses agen-tes, que são os que fazem a vinculação do nosso sistema de saúdecom a comunidade nos territórios, tenham um processo de formaçãopermanente, de qualificação permanente. As nossas emendas são nosentido de aperfeiçoar o projeto, para que possam ser feitos convê-nios com a rede de escolas técnicas do SUS, que formam para oSistema Único de Saúde.

Eu sou professor da Escola Politécnica de Saúde JoaquimVenâncio, que é uma referência internacional na formação profissionalpara o Sistema Único de Saúde. Sou professor da Escola Politécnicade Saúde Joaquim Venâncio, a que a Deputada Mônica Francisco fezreferência.

É muito importante que, no Estado do Rio de Janeiro, avan-cemos na formação profissional desses trabalhadores tão importantespara o SUS e para a atenção à saúde. Então, o parecer é favorável,com emendas.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Com os pare-ceres emitidos, em discussão a matéria. Não havendo quem queiradiscuti-la, encerrada a discussão.

A presente proposta recebeu seis emendas e retorna às Co-missões.

INCLUÍDA NA ORDEM DO DIA DE ACORDO COM O § 3ºDO ARTIGO 47 DO REGIMENTO INTERNO

Anuncia-se a votação - em 2ª Discussão - Redação do Ven-cido, em Tramitação Ordinária:

PROJETO DE LEI 1121-A/2019, DE AUTORIA DOS DEPU-TADOS MARCELO DINO, TIA JU, ROSANE FELIX E SÉR-GIO LOUBACK, QUE AUTORIZA O PODER EXECUTIVO AESTABELECER A OBRIGATORIEDADE DA INCLUSÃO DOPSICÓLOGO ESCOLAR/EDUCACIONAL NAS REDES PÚ-BLICA E PRIVADA DE ENSINO DO ESTADO DO RIO DEJANEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.PA R E C E R , ÀS EMENDAS DE PLENÁRIO, DA COMISSÃODE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, FAVORÁVEL ÀS EMEN-DAS 01, 03, 04 E 05 E CONTRÁRIO ÀS EMENDAS 02 E06.R E L ATO R : DEPUTADO MÁRCIO PACHECO.(PENDENDO DE PARECERES DAS COMISSÕES: DE AS-SUNTOS DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO;DE EDUCAÇÃO; DE TRABALHO, LEGISLAÇÃO SOCIAL ESEGURIDADE SOCIAL; E DE ORÇAMENTO, FINANÇAS,FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE, ÀS EMENDASDE PLENÁRIO.)

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e doIdoso, tem a palavra a Deputada Rosane Felix. (Pausa) Deputada Ro-sane Felix. (Pausa)

Deputado Fabio Silva. (Pausa) Deputado Fabio Silva. (Pau-sa)

Deputado Danniel Librelon. (Pausa)Deputado Sérgio Fernandes.

O SR. SÉRGIO FERNANDES (Para emitir parecer) - O pa-recer é favorável.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Educação, tem a palavra o Deputado FlávioSerafini.

O SR. FLÁVIO SERAFINI - Sr. Presidente, se não me en-gano, sou autor das Emendas, então, tem que chamar o vice.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputado Ru-bens Bomtempo. (Pausa) Deputado Rubens Bomtempo. (Pausa)

Deputada Zeidan. (Pausa) Deputada Zeidan. (Pausa)Deputado Pedro Ricardo. (Pausa)Deputada Martha Rocha.

A SRA. MARTHA ROCHA (Para emitir parecer) - Favorável,acompanhando o parecer da CCJ.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputada Mô-nica Francisco.

A SRA. MÔNICA FRANCISCO (Para emitir parecer) - Favo-rável, acompanhando o parecer da Comissão de Constituição e Jus-tiça.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputado Már-cio Canella.

O SR. MÁRCIO CANELLA (Para emitir parecer) - Favorável,Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Com os pare-ceres emitidos, em votação o parecer da Comissão de Constituição eJustiça favorável às Emendas 1, 3, 4 e 5 e contrário às Emendas 2 e6.

Os Srs. Deputados que aprovam a matéria permaneçam co-mo estão. (Pausa)

Aprovada.

Em votação o Projeto assim emendado.

A SRA. DANI MONTEIRO - Sr. Presidente, questão de or-dem. Faltou colher o parecer da Comissão de Defesa dos DireitosHumanos e Cidadania.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Aqui, pelo me-nos no meu controle, não tem.

A SRA. DANI MONTEIRO - No meu aqui tem.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - O que é quetem Direitos Humanos com o tema?

A SRA. DANI MONTEIRO - Sobre o controle de pandemias eendemias, acredito que a Comissão de Defesa dos Direitos Humanose Cidadania tenha bastante a contribuir com o tema.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Não, não. Se-não, vamos ter que ouvir todas as Comissões. Eu vou deferir, porque,senão... Pandemia, vamos falar de Defesa Civil, vamos falar de As-suntos Municipais, porque a pandemia acontece no município. Mas aPresidência defere o pedido de V.Exa.

Para emitir parecer pela Comissão de Defesa dos DireitosHumanos e Cidadania, tem a palavra a Deputada Dani Monteiro.

A SRA. DANI MONTEIRO (Para emitir parecer) - O.k. Então,o parecer é favorável a todas as Emendas, Sr. Presidente.

A SRA. MÔNICA FRANCISCO - Questão de ordem, Sr. Pre-sidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Questão de or-dem solicitada pela Deputada Mônica Francisco.

A SRA. MÔNICA FRANCISCO - Eu sou autora de Emendastambém. Eu estava aqui e emiti o parecer. Só para registrar, sou au-tora de Emendas ao Projeto.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - A Presidênciachama os trabalhos à ordem e convida para emitir parecer pela Co-missão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social a Depu-tada Enfermeira Rejane.

A SRA. ENFERMEIRA REJANE (Para emitir parecer) - Eusou favorável, a Comissão de Trabalho, com as Emendas apresen-tadas pela Deputada Mônica Francisco.

O SR. WALDECK CARNEIRO - Questão de ordem, Sr. Pre-sidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputado Wal-deck Carneiro.

O SR. WALDECK CARNEIRO - Acho que há uma confusãocom os Projetos porque, na verdade, já estávamos no Projeto de au-toria do Deputado Marcelo Dino, Deputada Tia Ju, sobre psicólogo es-colar, e a Deputada Dani Monteiro reivindicou parecer sobre o Projetoanterior, a respeito dos agentes comunitários de saúde, controle deendemias. Acho que houve uma confusão, na minha opinião.

A SRA. DANI MONTEIRO - Eu achei que estávamos no PLC21, de 2020.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Não, é o 1121-A, de 2019.

O SR. WALDECK CARNEIRO - É isso.

A SRA. DANI MONTEIRO - Peço desculpas, Sr. Presidente.Era o Projeto anterior.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Tranquilo. En-tão, a Presidência chama os trabalhos à ordem e pede para a as-sessoria desconsiderar o parecer da Comissão de Defesa dos DireitosHumanos.

Deputada Mônica Francisco.

A SRA. MÔNICA FRANCISCO - Pois não, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Então, V.Exa. éautora de Emendas, não é isso?

A SRA. MÔNICA FRANCISCO - No Projeto do DeputadoMarcelo Dino.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - O.k. A Depu-tada Enfermeira Rejane então já deu os pareceres.

A SRA. ENFERMEIRA REJANE - Sr. Presidente, questão deordem, então, porque eu dei parecer com a Emenda também do Pro-jeto anterior. Este parecer agora, da Comissão de Trabalho, Legisla-ção Social e Seguridade Social, é só favorável.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Mas será queeu fiz algo errado, então? Porque eu não pulei...

O SR. WALDECK CARNEIRO - Não, V.Exa. estava certo.

A SRA. MÔNICA FRANCISCO - V.Exa. fez certo.

A SRA. ENFERMEIRA REJANE - Foi certo.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Ok.Então, em votação o parecer da Comissão de Constituição e

Justiça, com parecer favorável às Emendas 1, 3, 4 e 5 e contrário àsEmendas 2 e 6. Os Srs. Deputados que aprovam a matéria perma-neçam como estão. (Pausa)

Aprovada. Vai à Redação Final.Perdão. Foi a CCJ. Agora, em votação o projeto assim

emendado. Os Srs. Deputados que aprovam a matéria permaneçamcomo estão. (Pausa)

Aprovada. Vai à Redação Final.Para declaração de voto, tem a palavra o Deputado Rodrigo

Amorim. Depois, pela ordem, terão a palavra as Deputadas.Deputado Rodrigo Amorim.

A SRA. TIA JU - Sr. Presidente, só uma dúvida: o projetoque V.Exa. colocou em votação agora foi o 1121 ou...

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - 1121.

A SRA. TIA JU - É o projeto de minha autoria. Eu quero fa-zer declaração de voto.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Ok.Deputado Rodrigo Amorim.

O SR. RODRIGO AMORIM (Para declaração de voto) - Sr.Presidente, agradeço aos Deputados, aos colegas que acompanharamesse projeto que eu chamo de uma dose de respeito. Na realidade, aAssembleia Legislativa tem feito história. Desde o início da pandemiaeu não canso de dizer que nós saímos na vanguarda com a sua li-derança, a sua Presidência. Esta é a primeira Casa Legislativa doBrasil que adotou o sistema remoto. Nós tivemos uma produção re-corde legislativa no ano passado e este ano também. Em que pesemtodos os movimentos de politização da pandemia, nós estamos dandoexemplo, saindo na frente e aprovando muitas leis, não só de enfren-tamento, como essa, mas também reconhecendo direitos.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO���� ����� �

�� �� ���� ��

���������� � �� ����� �� ���

Eu recebi uma comissão de pais de pessoas com Síndromede Down que têm tido muita dificuldade no acesso à vacina. Os cui-dadores, os profissionais que cuidam de pessoas com deficiência pre-cisam de uma atenção nossa, uma atenção do Poder Legislativo, dopoder público e, mais uma vez, a Casa sai na frente, na vanguarda.

Agradeço a todos os meus pares a gentileza, a sensatez deaprovar leis, como temos feito, protegendo as pessoas, protegendo ocidadão fluminense e contribuindo de forma modesta, mas fundamen-tal, para atenuar as mazelas da pandemia. Tantas vidas foram cei-fadas, tantos prejuízos foram causados à nossa economia, que tam-bém tefm reflexos nas vidas, e a Assembleia Legislativa mais umavez faz a sua parte. Agradeço. De certa forma, a Assembleia Legis-lativa hoje dá um recado, uma dose da nossa vacina, uma dose derespeito àqueles que dele tanto precisam.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para declara-ção de voto, está inscrita também a Deputada Tia Ju. Pediram a pa-lavra, pela ordem, a Deputada Martha Rocha e, salvo engano, a De-putada Enfermeira Rejane.

O SR. ALEXANDRE KNOPLOCH - Eu também, Sr. Presiden-te.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - O DeputadoAlexandre Knoploch pediu a palavra depois da Deputada Martha Ro-cha. Vamos dar a palavra para declaração de voto e, em seguida,pela ordem. Para declaração de voto, têm a palavra a Deputada TiaJu e, em seguida, os Deputados Martha Rocha, Alexandre Knoploch eEnfermeira Rejane.

A SRA. ENFERMEIRA REJANE - Sr. Presidente, eu não.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Ok.

A SRA. TIA JU (Para declaração de voto) - Sr. Presidente,Sras. e Srs. Deputados presentes, aqueles que nos acompanham pelaTV Alerj e pelas redes sociais, quero declarar meu voto em dois pro-jetos. O primeiro é o Projeto 3831/2021, do Deputado Rodrigo Amo-rim. Parabenizo o autor pela iniciativa belíssima.

Só quem convive com uma pessoa com deficiência em casasabe das dificuldades que enfrenta e das preocupações que tem, nes-te momento de pandemia, no que diz respeito à vacinação dessaspessoas e daqueles que as auxiliam. Parabenizo o autor e, desde já -também o fiz no grupo -, peço, com a permissão do autor, a coau-

toria do projeto.Também venho declarar meu voto no Projeto 1121-A, de mi-

nha autoria com os Deputados Marcelo Dino, Rosane Felix e SérgioLouback. Agradeço a todos os pares a votação nesse projeto. Agra-deço ainda pelas emendas, que contribuíram em muito para que oprojeto criasse mais corpo, ficasse bem mais robusto. Agradeço a to-dos pela votação e pelas emendas, Sr. Presidente.

Ressalto a importância da inclusão do psicólogo escolar edu-cacional na rede pública e privada de ensino, é necessário porque is-so vai um ganho, um bem para o próprio aluno, para os alunos darede. Então, será algo a mais que eles receberão, e sabemos da ne-cessidade de tantas coisas que esse profissional poderá auxiliar, éclaro, sem tirar o direito do orientador educacional, porque nós sa-bemos que o papel de cada um, dentro das suas competências, nósnão podemos abrir mão. Mas ter a inclusão desse psicólogo escolareducacional vai trazer um benefício muito grande para esses alunos,vai ser um benefício para eles e mais uma mão amiga que essesalunos encontrarão.

Então, quero agradecer a todos os meus pares pela votaçãoe agradecer por todas as emendas que contribuíram para a melhoriadeste Projeto.

Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Tem a palavra,pela ordem, a Deputada Martha Rocha.

A SRA. MARTHA ROCHA (Pela ordem) - Presidente, em pri-meiro lugar, quero aproveitar a oportunidade para elogiar o Projeto3831/2021, de autoria do Deputado Rodrigo Amorim, que se preocupacom a prioridade da vacinação dos cuidadores e gestores e técnicosque atuam ajudando aos portadores de síndromes de doença mental,vejo aqui a inclusão do transtorno do autismo. Eu sou autora de umalei que criou o Programa de Atendimento ao Autista, lei essa feita emparceria com o Deputado Márcio Pacheco.

Então, de início, faço a minha saudação ao Deputado Rodri-go Amorim pela sua iniciativa.

A minha fala, Sr. Presidente, é no sentido de que hoje, pelamanhã, todos acordamos impactados com as notícias relativas à in-vestigação do homicídio do menino Henry que vem sendo conduzidapela Polícia Civil, em particular pelo delegado titular da 16ª, DelegadoHenrique Damasceno.

Pela fala hoje na coletiva fornecida pela Polícia Civil, em par-ceria com o Ministério Público, há elementos e com prova robustaque pode indicar que o autor desse homicídio passa, sim, pela atua-ção do seu padrasto, o Vereador Dr. Jairinho, e, também, a sua mãe,a Sra. Monique.

Eu quero fazer um destaque pela atuação da Polícia Civil nacoleta de provas utilizando, cada vem mais, a tecnologia. A PolíciaCivil iniciou a utilização de um software israelense denominado Cel-lebrite Premium, equipamento esse que vai permitir o rastreamentonão só de mensagens, mas também como de imagens e vídeos queestejam acoplados em equipamentos eletrônicos.

Então, os meus aplausos à Polícia Civil, o meu cumprimentoao Secretário da Polícia Civil, Delegado Allan Turnowski, e, principal-mente, à equipe da 16ª DP, conduzida com brilhantismo pelo Dele-gado Henrique Damasceno.

Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Tem a palavrapela ordem, o Deputado Alexandre Knoploch.

O SR. ALEXANDRE KNOPLOCH (Pela ordem) - Obrigado,Presidente. Antes de iniciar, quero parabenizar o senhor. Ontem, nósestivemos lá em Paracambi e eu fiquei muito impressionado com aFábrica do Conhecimento. Acho que projetos como esse de revitali-zação de uma área trazendo conhecimento e educação são muito im-portantes para um Estado como o nosso que precisa avançar, prin-cipalmente, na educação técnica.

Presidente, eu gostaria até de pedir a atenção do senhor edos nobres colegas, todo mundo sabe que nas últimas semanas eutenho sido crítico às ações que o comando da Polícia Militar tem feito.Se não bastassem as mudanças esdrúxulas, as promoções de tenen-te-coronel para coronel, quem está lá em cima, do nada, vai para bai-xo, quem está embaixo do nada vai para cima; como se não bastassetudo isso, como se não bastasse o CAES dos praças que não sai,como se não bastasse os majores que não conseguem promoção,porque foi aprovado nesta Casa, inclusive, eu votei a favor, mas, ameu ver, a Polícia Militar não ouviu os outros oficiais, e aí acaba ten-do ali um funil pois não existe promoção. Como se não bastasse tudoisso, a incompetência e a má gestão começam a vir à tona.

Presidente André Ceciliano e demais colegas, pasmem ossenhores que, no dia 24 de março deste ano, houve um despacho deordenamento de despesas no valor total de R$10 milhões. Vale lem-brar que a Polícia está com os batalhões caindo aos pedaços porquenão tem recursos, porque não tem dinheiro; as comidas, uma porcariaque fornecem para os praças, enfim.

Dez milhões de reais foram gastos, detalhe, sem licitação,com inexigibilidade, porque dizia que não podia ter concorrência. Mas,sabe para quê, Presidente? Para comprar pneu, para comprar óleo decarro, que vende em qualquer esquina, mas não poderia ter licitação.Dez milhões.

Um desses processos, quatro milhões para comprar pneus eoutros itens para carro. Como se não fosse um absurdo!

O SR. MÁRCIO GUALBERTO - Deputado Alexandre Knoplo-ch, me permite um aparte?

O SR. ALEXANDRE KNOPLOCH - Concedo o aparte ao De-putado Márcio Gualberto.

O SR. MÁRCIO GUALBERTO - Aproveitando o ensejo, e ten-do como bastante relevante o que V.Exa. está falando, aproveitandotambém que o tema neste momento é Segurança Pública, eu con-cordo e peço, faço um apelo ao Secretário da Polícia Militar que aten-de aos praças, atenda às reivindicações que os praças estão fazendocom muito respeito pelo fim do rancho; que imediatamente sejam con-vocados aqueles que fizeram CFSD-2014; que sejam revistas as es-calas da Polícia Militar. Aproveitando também o que falou a DeputadaMartha Rocha, que a lei orgânica seja encaminhada para esta CasaLegislativa.

Agradeço a oportunidade.Muito obrigado, Deputado Alexandre Knoploch.

O SR. ALEXANDRE KNOPLOCH - Obrigado.Concluindo, se não bastassem esses dez milhões sem lici-

tação, dez milhões que vão ter que ser explicados por que foram gas-tos de forma absurda, nós tivemos dispensa de licitação também, Pre-sidente, para a contratação de seguro, seguro coletivo de acidentespessoais.

Só eu consultei 12 seguradoras que fazem esse tipo de se-guro. Por que houve dispensa de licitação? E mais: dispensa de li-citação em contrato emergencial - emergencial - para contratar copei-ro - para contratar copeiro! Dois milhões, quinhentos mil. Primeiro, on-de estão esses copeiros? Porque, em qualquer rancho, quem está alifazendo a comida, está servindo e tudo o mais, são os próprios po-liciais militares. Onde está esse dinheiro?

Então, mais uma vez, Presidente, colegas, alguns acham queé perseguição, mas não é perseguição. O Secretário Rogério Figuei-redo é um péssimo administrador. Poderia ser um bom professor deeducação física, mas é um péssimo administrador. Começa a sua his-tória no 18º Batalhão, onde deixou crescer a milícia da Muzema eagora, como Secretário, é uma catástrofe.

E tem mais - e agora a mensagem é para o Sr. SecretárioRogério Figueiredo: eu não tenho medo de historinha, medo de men-sagenzinha por interlocutores. Eu não tenho. Se o senhor quiser con-versar comigo, seja homem, mande mensagem para o meu celular.Agora, não quero mais saber de interlocutores.

Eu vou avançar, eu vou continuar. Tem requerimento de in-formação que eu já pedi para que a Casa mande para a Polícia Mi-litar e vou avançar em todos os feitos pela Polícia Militar nos últimostrês anos.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputada Lu-cinha com a palavra.

A SRA. LUCINHA - Primeiro, eu quero parabenizar o Projetodo Deputado Rodrigo Amorim e solicitar também a coautoria. Projetoimportante, avança cada vez mais em virtude da pandemia que es-tamos vivenciando.

Ontem estive acompanhando o Deputado Luiz Paulo e os de-mais Deputados que fazem parte do Tribunal Misto na audiência deontem, na qual o ex-Secretário Edmar Santos e depois o Governadorafastado fizeram suas explanações, responderam algumas perguntas -apesar de que o Governador não respondeu nada. A todo momento,

ele dizia que não sabia de nada, que ele não era o ordenador dedespesa, que a responsabilidade não era dele. Eu acho engraçado,Deputada Martha Rocha, que na questão do Iabas, oitocentos milhõesforam liberados para o Iabas e eles não queriam não ter responsa-bilidade nenhuma, que isso é um problema do Secretário Edmar e doGabriell, que ele é só estrategista, que ele monta as estratégias, e eutive que rir, porque realmente é um artista. Sem contar que no inícioele chorou, falou da família, dos filhos. Ele esqueceu das inúmeraspessoas que já morreram no Rio de Janeiro e vem morrendo por faltade atendimento na área da Saúde, porque não tem UTI, porque nãotem os insumos, o que já vem desde a gestão dele. Se os hospitaisde campanha tivessem funcionado nós não teríamos perdido a quan-tidade de pessoas que perdemos na gestão na qual ele dizia que erao Governador, que era um homem que tinha capacidade, porque tinhasido juiz. Um péssimo gestor. Então, ontem eu assisti e digo para vo-cês todos indignada com a cara de pau, olhos de peroba desse Go-vernador Wilson Witzel dizendo que ele não é responsável por nada.Engraçado, Deputada Martha Rocha, que pelos oitocentos milhões doIabas ele diz que não é responsável, não, que simplesmente ele de-legou para o Edmar Santos. Se o Edmar delegou para o Gabriell oupara Edson ou não, é como se fosse uma estica, é um termo muitovulgar, mas é uma estica, cada um esticava para um lado, neguinhonão assumia responsabilidade nenhuma.

Então, estive ontem lá, cumprimos com o nosso papel, já es-tão prontas as alegações finais, que nós vamos dar entrada o maisrápido possível para que logo que dê entrada nas alegações finaisque já foram elaboradas e o Deputado Luiz Paulo vai dar entrada pa-ra contar o prazo, para mais rápido ainda termos um julgamento de-finitivo dessa situação. Nós não podemos ficar aguardando ad aeter-num esta situação.

Queria fazer estas observações e dizer também que o ex-Go-vernador tem um problema com a Alerj, adora ficar citando nomes.Acho engraçado com a cara de pau que ele tem, com a incompe-tência na gestão, ainda querer insinuar, e eu até coloquei essa po-sição para o Deputado Luiz Paulo, a falta de respeito que ele sempreteve com o Parlamento fluminense. Então, ontem foi um dia impor-tantíssimo. As perguntas formuladas pelo Deputado Waldeck Carneiro,como Relator, foram importantíssimas, como de outros, também, quefizeram, e o Deputado Luiz Paulo, como sempre, no finalzinho, nãodeixou nem eu falar, porque se eu falasse o barraco ia escancarar,porque aí que eu ia mostrar que a Unir foi requalificada porque foi elequem requalificou, que ela tinha sido desqualificada pelo péssimo ser-viço prestado. Enfim, ontem foi um dia importante, infelizmente, DiaMundial da Saúde e não tínhamos nada para comemorar, mas chorarpor tantas vidas já foram ceifadas por essa pandemia que nós es-tamos vivenciando.

E aproveitar, Deputado André Ceciliano, para dizer que euconcordo em parte, e olha que eu não sou de concordar muito comDeputado Alexandre Knoploch, mas em parte eu concordo com o De-putado Alexandre: tem algumas coisas que estão obscuras e que oComandante Geral da Polícia Militar tem que responder o requerimen-to de informações que ele já fez, porque tem que ficar às claras, temque existir transparência. Eu me recordo que nesses últimos dez dias,a Deputada Martha Rocha acompanhou de perto, eu passava para aDeputada Martha Rocha toda hora as denúncias de aglomeração, defestas, não é? E tendo que ficar ligando para o Comandante, o Co-mandante da minha área. E nem sempre todas as festas foram proi-bidas, algumas funcionaram. Essa é uma coisa também que me dei-xou muito triste.

Eu também vou fazer um requerimento de informação parasaber por que o Comandante da área de Campo Grande não tomouas devidas providências com todas as festas que foram anunciadasatravés de Facebook, de rede social e por que algumas festas ravesficaram, funcionaram, e no final, Deputada Martha, consegui impediralgumas, mas muitas funcionaram e a todo momento nós sabemosque aglomeração é o maior problema desse contágio desse vírus,desse P1, que é um contágio muito maior.

Então, eu queria me expor dessa maneira e dizer ao Coman-dante da Polícia Militar que ele tem que responder não só aos ofíciosdo Deputado Alexandre Knoploch como aos meus, também, que en-caminharei ainda hoje, porque tem que existir transparência, DeputadoAndré Ceciliano. O senhor é um Deputado, Chefe do Poder Legisla-tivo, o senhor nunca deixou de pautar um Projeto de Lei que fossepolêmico ou não, nunca deixou de se posicionar em relação a qual-

quer Deputado que quisesse fazer qualquer indagação à Mesa Dire-tora quanto às proposições apresentadas, como liberação de recursospara a Fiocruz, liberação de recursos para outras instituições da áreade tecnologia. O senhor sempre se pautou pela transparência e pelasua correção. Está na hora de cobrar um pouco dessa transparênciado atual Secretário da Polícia Militar, Coronel Figueiredo.

Deputada Martha Rocha, foi um sufoco tentar impedir as fes-tas. Tive que usar até de outras pessoas para tentar impedir que hou-vesse as festas rave, as festas de pagode e as festas sertanejas queaconteceram durante essa paralisação de 10 dias, como se nada es-tivesse acontecendo.

Um beijo no coração de todos. Já estou chegando. Abraço.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputado Filip-pe Poubel.

O SR. FILIPPE POUBEL - Sr. Presidente, obrigado.Quero parabenizar o Deputado Rodrigo Amorim pelo projeto

de grande relevância, mas, pegando uma carona na fala dos Depu-tados Alexandre Knoploch e Márcio Gualberto, quero dizer que a Po-lícia vem sendo sucateada já há muitos anos e também tem sido usa-da como palco eleitoral. Entra governo, sai governo e há sempre umsalvador da pátria para a Polícia. Cito como exemplo a promessa dobandido ex-Governador Witzel, dizendo que alteraria e melhoraria aescala dos profissionais da segurança pública, mas não passou deum mero discurso.

Mas, agora, Sr. Presidente, venho trazer à tona uma recla-mação que chega, diuturnamente, a meu gabinete. Quero, de ante-mão, convocar o parlamento para que me ajude a quebrar aquela cai-xa de Pandora, aquela caixa-preta que é o Hospital Central da PolíciaMilitar. Milhões do Fuspom vão para lá e nós temos um péssimoatendimento. Isso é dito por todos os profissionais de segurança, queprecisam de um atendimento digno dali. E o que nós temos do Hos-pital da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro é o sucateamento,visto que já tivemos escândalos de desvio de dinheiro na saúde daPolícia Militar.

Então, Sr. Presidente, afirmo, reafirmo e convoco meus co-legas, defensores da segurança pública, defensores da moralidade:vamos, e temos que fazer isso, quebrar essa caixa de Pandora que éo Hospital da Polícia Militar.

Peço ao secretário que responda aos ofícios dos parlamen-tares. Afinal de contas, nós fomos eleitos pelo povo e estamos aquipara representar a vontade popular e representar os servidores do es-tado. Isso é uma falta de respeito com o parlamento. Quero ver seele vai me responder sobre os milhões que são investidos e comoestão sendo usados no Hospital da Polícia Militar.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Nada mais atratar, está encerrada a 1ª Sessão Extraordinária.

(Encerra-se a Sessão às 13 horas)

PRESIDÊNCIA DO SENHOR DEPUTADO ANDRÉ CECILIA-NO, PRESIDENTE

RELAÇÃO DOS PARLAMENTARES PRESENTES NA 68ª SESSÃOEXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 08 DE ABRIL DE 2021

Adriana Balthazar, Alana Passos, Alexandre Freitas, Ale-xandre Knoploch, Anderson Alexandre, Anderson Moraes, AndréCorrêa, André Ceciliano, Átila Nunes, Bebeto, Brazão, Carlos Ma-cedo, Carlos Minc, Célia Jordão, Charlles Batista, Chico Machado,Chiquinho da Mangueira, Coronel Salema, Dani Monteiro, DannielLibrelon, Delegado Carlos Augusto, Dionísio Lins, Dr. Deodalto,Eliomar Coelho, Elton Cristo, Enfermeira Rejane, Eurico Júnior,Fábio Silva, Felipe Peixoto, Filipe Soares, Filippe Poubel, FlávioSerafini, Franciane Motta, Giovani Ratinho, Gustavo Schmidt, JairBittencourt, Léo Vieira, Lucinha, Luiz Martins, Luiz Paulo, MarceloCabeleireiro, Marcelo Dino, Márcio Canella, Márcio Gualberto,Márcio Pacheco, Marcos Abrahão, Marcus Vinícius, Martha Rocha,Max Lemos, Mônica Francisco, Pedro Ricardo, Renata Souza, Re-nato Zaca, Rodrigo Amorim, Rodrigo Bacellar, Rosane Felix, Ro-senverg Reis, Rubens Bomtempo, Samuel Malafaia, Sérgio Fer-nandes, Subtenente Bernardo, Tia Ju, Val Ceasa, Valdecy da Saú-de, Vandro Familia, Waldeck Carneiro, Wellington José, Zeidan

EMENDAS DE PLENÁRIO, EM REGIME DE URGÊNCIA, EM DIS-CUSSÃO ÚNICA, AO PROJETO DE LEI Nº 1668/2019, DE AUTO-RIA DO DEPUTADO DANNIEL LIBRELON.

MODIFICATIVA Nº 01

Modifique-se o § 1º do artigo 3º do Projeto, que passa a tera seguinte redação:

Art. 3º - ...§ 1º - Os cursos de capacitação, que poderão ser presen-

ciais ou remotos, serão ofertados por instituições de ensino públicas eprivadas do Estado, desde que habilitadas pelo Ministério da Educa-ção e pelo Programa de Formação Técnica para Agentes de Saúde.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados: LUIZ PAULO, LUCINHA, André Ceciliano, Rodrigo

B a c e l l a r.

MODIFICATIVA Nº 02

Modifique-se o Artigo 2º, que passa a ter a seguinte reda-ção:

Art. 2º - O programa de capacitação instituído por esta Lei,oferecerá formação continuada, mediante a qualificação e aperfeiçoa-mento técnico dos agentes comunitários de saúde e de combate àsendemias, objetivando o fortalecimento de ações de promoção dasaúde e de prevenção de doenças, proporcionando um melhor aten-dimento à população do Estado do Rio de Janeiro.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados: SUBTENENTE BERNARDO, André Ceciliano, Ro-

drigo Bacellar.

SUPRESSIVA Nº 03

Suprima-se o §2º, do art. 3º do Projeto de Lei nº 1668/2019.Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados: ALEXANDRE FREITAS, ADRIANA BALTHAZAR,

André Ceciliano, Rodrigo Bacellar.

MODIFICATIVA Nº 04

Modifica-se o art. 1º do Projeto de Lei n° 1668/2019, quepassa a ter a seguinte redação:

Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a instituir o progra-ma de capacitação para os profissionais que atuam nas atividades deagentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemiasno âmbito do Estado do Rio de Janeiro.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados: RODRIGO AMORIM, André Ceciliano, Rodrigo

B a c e l l a r.

MODIFICATIVA Nº 05

Modifica-se a ementa do Projeto de Lei n° 1668/2019, quepassa a ter a seguinte redação:

AUTORIZA A INSTITUIÇÃO DO PROGRAMA DE CAPACITA-ÇÃO PARA OS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NAS ATIVIDADES DEAGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE E AGENTES DE COMBATEÀS ENDEMIAS.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados: RODRIGO AMORIM, André Ceciliano, Rodrigo

B a c e l l a r.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO

��� ����� � ��� � � �� �� ��

���������� � � � �� �� �� �� ���

MODIFICATIVA Nº 06

Modifique-se o Artigo 4º do Projeto de Lei n° 1668/2019, deautoria do Deputado Danniel Librelon, que passa a ter a seguinte re-dação:

Art. 4º - O Executivo Estadual promoverá a capacitação téc-nica instituída na presente Lei através da Secretaria de Estado deSaúde.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados: CÉLIA JORDÃO, André Ceciliano, Rodrigo Bacel-

l a r.

ATA DA 69ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA,REALIZADA EM 08 DE ABRIL DE 2021.

Às 13h03min, com a presença dos Senhores Deputados:Adriana Balthazar, Alana Passos, Alexandre Freitas, AlexandreKnoploch, Anderson Alexandre, Anderson Moraes, André Corrêa,André Ceciliano, Átila Nunes, Bebeto, Brazão, Carlos Macedo,Carlos Minc, Célia Jordão, Charlles Batista, Chico Machado, Chi-quinho da Mangueira, Coronel Salema, Dani Monteiro, Danniel Li-brelon, Delegado Carlos Augusto, Dionísio Lins, Dr. Deodalto,Eliomar Coelho, Elton Cristo, Enfermeira Rejane, Eurico Júnior,Fábio Silva, Felipe Peixoto, Filipe Soares, Filippe Poubel, FlávioSerafini, Franciane Motta, Giovani Ratinho, Gustavo Schmidt, JairBittencourt, Léo Vieira, Lucinha, Luiz Martins, Luiz Paulo, MarceloCabeleireiro, Marcelo Dino, Márcio Canella, Márcio Gualberto,Márcio Pacheco, Marcos Abrahão, Marcus Vinícius, Martha Rocha,Max Lemos, Mônica Francisco, Pedro Ricardo, Renata Souza, Re-nato Zaca, Rodrigo Amorim, Rodrigo Bacellar, Rosane Felix, Ro-senverg Reis, Rubens Bomtempo, Samuel Malafaia, Sérgio Fer-nandes, Subtenente Bernardo, Tia Ju, Val Ceasa, Valdecy da Saú-de, Vandro Familia, Waldeck Carneiro, Wellington Jose, Zeidan(68), assume a Presidência o Senhor Deputado ANDRÉ CECILIANO,Presidente; ocupando os lugares de 1º, 2º, 3º e 4º Secretários, res-pectivamente, os Senhores Deputados: Tia Ju, 2º Secretário; RenatoZaca, 3º Secretário; Filipe Soares, 4º Secretário; Brazão, 1º Vogal.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - “Sob a proteçãode Deus, iniciamos os nossos trabalhos.” Havendo número legal, estáaberta a Sessão.

(É lida pelo Senhor 2º Secretário a Ata da Sessão anteriorque, sem restrições, é considerada aprovada.)

Passa-se à

Ordem do Dia

Anuncia-se a votação - em Discussão Única, em Regime deUrgência:

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR 21/2020, DE AUTORIADOS DEPUTADOS ZEIDAN, ANDRÉ CECILIANO E WALDE-CK CARNEIRO, QUE ALTERA A LEI COMPLEMENTAR 184,DE 27 DE DEZEMBRO DE 2018, E DÁOUTRAS PROVIDÊN-CIAS.PA R E C E R E S DAS COMISSÕES: DE CONSTITUIÇÃO EJUSTIÇA, PELA LEGALIDADE; DE LEGISLAÇÃO CONSTI-TUCIONAL COMPLEMENTAR E CÓDIGOS, FAVORÁVEL;DE SAÚDE, FAVORÁVEL; DE DEFESA DOS DIREITOS HU-MANOS E CIDADANIA, FAVORÁVEL; E DE ORÇAMENTO,FINANÇAS, FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE,FAV O R Á V E L .R E L ATO R E S : DEPUTADO LUIZ PAULO, CARLOS MACEDO,MARTHA ROCHA, DANI MONTEIRO E MÁRCIO PACHECO.(PENDENDO DE PARECERES DAS COMISSÕES: DECONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA; DE LEGISLAÇÃO CONSTITU-CIONAL COMPLEMENTAR E CÓDIGOS; DE SAÚDE; DEDEFESA DOS DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA; E DEORÇAMENTO, FINANÇAS, FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA ECONTROLE, ÀS EMENDAS DE PLENÁRIO.)

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Constituição e Justiça, tem a palavra o Sr.Deputado Márcio Pacheco.

O SR. MÁRCIO PACHECO - Na verdade, é uma questão deordem, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Ok.

O SR. MÁRCIO PACHECO - Sr. Presidente, fizemos umaanálise na CCJ aprofundada sobre as emendas feitas a esse projetoapresentado pela Deputada Zeidan e Deputado Waldeck Carneiro, noqual V. Exa. também tem coautoria.

Num detalhamento da competência instituída pela Lei Com-plementar 184, que implementa o Instituto Rio Metrópole, houve umdesencadeamento por parte de muitos prefeitos, que tratam e sepreocuparam com este tema, e quero ressaltar algumas questões, Sr.Presidente. Primeiramente, porque estabelece, mesmo com alteraçãodas Emendas, com rigor uma competência, traz ao Instituto Rio Me-trópole uma competência para tratar de endemia e pandemia quepreocupa os prefeitos, porque faz com que muitos prefeitos, inclusiveos que não fazem parte da Região Metropolitana, por exemplo, o mo-mento em que na hora de se discutir a questão do Estado do Rio deJaneiro no controle da pandemia e das endemias eles estariam foradessa discussão. Então, há uma preocupação do colegiado. Muitosprefeitos interpelando, em conversei com alguns, e falei com V.Exa.Apesar de meritoso, eu quero solicitar, precisamos ampliar a discus-são, quero pedir a V.Exa. que retirasse o Projeto de pauta para am-pliarmos as discussões, porque está trazendo conflito para as prefei-turas no interior do Estado. Quero solicitar a V.Exa. o entendimentopara que este Projeto fosse retirado de pauta.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Quero ouvir oDeputado Waldeck Carneiro e a Deputada Zeidan.

Deputado Waldeck.

O SR. WALDECK CARNEIRO - Sr. Presidente, eu acho opor-tuno aprofundarmos um pouco mais a discussão, lembrando, porém, oseguinte. O texto apresentado pela Deputada Zeidan, que eu e V.Exa.subscrevemos, nem faz menção direta ao Instituto Rio Metrópole. Otexto tem uma preocupação que é estimular a coordenação dos entesfederativos da Região Metropolitana nas ações de enfrentamento àpandemia. O texto original da Deputada Zeidan vai nessa direção,nem menciona o Instituto Rio Metrópole.

Quero lembrar também que nós fizemos audiência pública,conforme V.Exa. sugeriu, na terça-feira de manhã, e o Presidente doInstituto Rio Metrópole esteve presente e se manifestou contrário aoProjeto.

Então, só para deixar claro uma coisa, eu acho oportuno re-tirar de pauta, entender melhor, não tem problema nenhum, eu mes-mo sou autor de três das quatro Emendas que foram apresentadas, aaudiência pública se debruçou sobre as Emendas, o Deputado LuizPaulo fez sugestões para o seu aperfeiçoamento, o Deputado Eliomar,também; o Conselheiro Vicente Loureiro, que é um especialista emRegião Metropolitana, também esteve presente e fez sugestões. E eumandei para o Deputado Márcio Pacheco, que não mencionou, masdialogamos sobre isso, uma proposta diminuta de parecer da CCJ jálevando em conta o aperfeiçoamento das Emendas.

Então, de minha parte, não tem problema retirar de pauta,absolutamente, mas só para defender que o texto original da Depu-tada Zeidan nem falava do Instituto Rio Metrópole. O princípio é ou-tro. O princípio é estimular que os entes federativos da Região Me-

tropolitana tenham uma ação mais coordenada no âmbito metropoli-tano para enfrentar endemias, pandemias e epidemias. E esse dado éinteressante. O Presidente do Instituto Rio Metrópole presente à au-diência, Deputado Márcio, manifestou contrariedade em relação aoProjeto.

Mas, de qualquer maneira, André, se vai sair para discutir-mos melhor, de minha parte não tem nenhum problema.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Mas eu queroouvir a Deputada Zeidan.

A SRA. ZEIDAN - Presidente, desde o início, a intenção sem-pre foi montar uma coordenação ampliada com os entes federativos,com a participação dos prefeitos e das entidades que possam con-tribuir para ações coordenadas de combate ao Covid na região.

Então, eu não tenho nada a me opor pela retirada de pauta.Eu acho que temos que ampliar realmente essa discussão.

Eu estou em trânsito e a minha internet está muito ruim.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputada Zei-dan, deixe-me contribuir aqui.

Deputado Márcio, nós temos um Projeto, de minha autoria edo Deputado Jair Bittencourt, que trata dos consórcios. Vamos falardeste tema naquele Projeto, o.k.? O.k., Deputada Zeidan?

A SRA. ZEIDAN - Oi?

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Nós temos umprojeto que trata do consórcio na área da saúde, eu e o DeputadoJair. De pronto, oferecendo à V.Exa. a coautoria, e ao Deputado Wal-deck, e vamos tratar deste tema lá naquele Projeto.

O SR. MÁRCIO PACHECO - Perfeito, Presidente, perfeito.

A SRA. ZEIDAN - O.k. Por mim, tudo bem.

O SR. MÁRCIO PACHECO - Retira esse, dá coautoria. Seriaperfeito, Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - E, aproveitandoeste momento, o Deputado Rodrigo Amorim ofereceu coautoria aoProjeto dele.

Pediram coautoria os Deputados Lucinha, Carlos Macedo,Deputado Brazão, Martha Rocha, Bebeto, Zeidan, Dionísio Lins, TiaJu, Alana Passos, Célia Jordão, Val Ceasa, Márcio Pacheco, GustavoSchmidt, Val Ceasa, Elton Cristo, Dr. Deodalto.

Está retirado de pauta o Projeto de Lei Complementar21/2020.

Anuncia-se a votação - em Discussão Única, em Regime deUrgência:

PROJETO DE LEI 1119/2015, DE AUTORIA DOS DEPUTA-DOS RENATO COZZOLINO E DR. SADINOEL, QUE DIS-PÕE SOBRE A INCLUSÃO DE MAGÉ E ITABORAÍ ENTREOS MUNICÍPIOS RELACIONADOS NO INCISO I DO ART. 2ºDA LEI 6979/2015.PA R E C E R E S DAS COMISSÕES: DE CONSTITUIÇÃO EJUSTIÇA, PELA CONSTITUCIONALIDADE, COM EMENDA;DE ECONOMIA, INDÚSTRIA E COMÉRCIO, FAVORÁVEL,COM A EMENDA DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO EJUSTIÇA; DE ASSUNTOS MUNICIPAIS E DE DESENVOLVI-MENTO REGIONAL, FAVORÁVEL, COM EMENDA; DE TRI-BUTAÇÃO, CONTROLE DA ARRECADAÇÃO ESTADUAL EDE FISCALIZAÇÃO DOS TRIBUTOS ESTADUAIS, CONTRÁ-RIO, COM VOTO EM SEPARADO, FAVORÁVEL, COM AEMENDA DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,DO DEPUTADO GUSTAVO TUTUCA (RELATOR ORIGINAL);E DE ORÇAMENTO, FINANÇAS, FISCALIZAÇÃO FINANCEI-RA E CONTROLE, FAVORÁVEL.R E L ATO R E S : DEPUTADOS JORGE FELIPPE NETO, WAL-DECK CARNEIRO, ZEIDAN, LUIZ PAULO (RELATOR DOVENCIDO) E MÁRCIO CANELLA.(PENDENDO DE PARECERES DAS COMISSÕES: DECONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA; DE ECONOMIA, INDÚSTRIA ECOMÉRCIO; DE ASSUNTOS MUNICIPAIS E DE DESEN-VOLVIMENTO REGIONAL; DE TRIBUTAÇÃO, CONTROLEDA ARRECADAÇÃO ESTADUAL E DE FISCALIZAÇÃO DOSTRIBUTOS ESTADUAIS; E DE ORÇAMENTO, FINANÇAS,FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE, ÀS EMENDASDE PLENÁRIO.)

O SR. LUIZ PAULO - Questão de ordem, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Antes de co-lhermos os pareceres, ouçamos a questão de ordem do DeputadoLuiz Paulo.

O SR. LUIZ PAULO - Sr. Presidente, esse Projeto é de 2015e inclui dois novos municípios no benefício fiscal da alíquota de 2%,naquilo que foi intitulado Lei Rosinha, Lei Cabral etc. Na época istoera possível; hoje não é, por causa do Regime de Recuperação Fis-cal. assim, sugiro, como questão de ordem, que V.Exa. retire esseprojeto de pauta. Senão, inexoravelmente, para não macular o Regi-me de Recuperação Fiscal, teremos que dar voto contrário. Volto adizer que, em 2015, o projeto era hábil, mas hoje não o é, será maisuma zona de atrito.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputado LuizPaulo, deixe-me tentar ajudar, porque se pode dar um encaminhamen-to e aproveitar as emendas.

Entendo que há uma decisão judicial, do TJ, estendendo obenefício para todos os municípios do Estado, salvo engano, de 17ou 16. Essa é a legislação dos 2% do ICMS, está certo ou não?

O SR. LUIZ PAULO - Isso.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Há algumascondicionantes para o benefício. Se há o benefício no Município A, Bou C, ou mesmo na região, se vai ser instalada uma empresa, euentendo que pode ser no Município J, M, N, porque tem que se en-quadrar nas condicionantes. Eu queria encaminhar para ser um pro-jeto autorizativo.

De novo: salvo engano, salvo melhor juízo, existe uma de-cisão judicial que diz que esse benefício é para todos os municípiosdo Estado do Rio de Janeiro. Logicamente, o parlamentar quer fazeruma emenda, quer aprovar um projeto. Então, dou esse encaminha-mento, o de fazermos um projeto autorizativo.

Quero ouvir o Deputado Luiz Paulo e, depois, o DeputadoMárcio Pacheco.

O SR. LUIZ PAULO - Sr. Presidente, V.Exa. não deixa de terrazão. O Regime de Recuperação Fiscal abre uma brecha para seacompanhar benefícios internos já existentes e estendê-los a outrosmunicípios. Eu não sei só, Sr. Presidente, se essa lei foi açambar-cada pelo ofício que o Poder Executivo fez, à época devida, dizendoquais eram as leis que deveriam ser homologadas pelo Confaz quetinham benefício fiscal - precisamos ver. Se tiver, V.Exa. tem razão; senão tiver, não. Mas, se for autorizativo, Sr. Presidente, que fique claroque é uma ultra exceção à regra, porque esta Casa continua a poderlegislar e ter iniciativa de legislar sobre tributo. Senão, daqui a pouco,começa a virar regra e vamos perder a liberdade que temos de le-gislar sobre tributo. Queria levantar essas duas questões.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Ok. Quero ouviro Deputado Márcio Pacheco, por favor.

O SR. MÁRCIO PACHECO - Sr. Presidente, na propostaapresentada por V.Exa., no artigo 1º de uma das emendas apresen-tadas, com anuência de V.Exa. e do Plenário, poderíamos alterar otexto, dizendo: “Fica o Poder Executivo autorizado” e finalizaríamos omesmo artigo com “submetendo ao Regime de Recuperação Fiscal”.

Nesses termos, eu creio que chegaremos a um acordo. Setodos concordarem, preparamos o texto e enviamos ao grupo: “Fica oPoder Executivo autorizado”, submetido obviamente ao Regime deRecuperação Fiscal.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para avançarum pouquinho mais, Deputado Luiz Paulo. Atenção, Deputado LuizPaulo e todos os Deputados e Deputadas. Nós, para concedermos in-centivo hoje, tem que estar no Confaz, está certo ou não?

O SR. MÁRCIO PACHECO - Ok.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Vamos citar láa lei e vai remeter ao Confaz. Está ok, Deputado?

O SR. MÁRCIO PACHECO - Cita a lei do Confaz.

O SR. LUIZ PAULO - Porque, se tiver já dentro do Confaz, éuma garantia; se não tiver, não vai ter essa garantia.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Ok. Vamos re-meter ao Confaz...

O SR. MÁRCIO PACHECO - Remete ao Confaz no texto,com a forma combinada

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Então, vamoslá.

Para emitir parecer pela Comissão de Constituição e Justiça,tem a palavra o Deputado Márcio Pacheco.

O SR. MÁRCIO PACHECO (Para emitir parecer) - Sr. Pre-sidente, V.Exa. teria que chamar os trabalhos à ordem porque nós es-tamos fazendo o parecer sobre as emendas.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Então. É o mo-mento.

O SR. MÁRCIO PACHECO - Então, sobre as emendas, euvou ter que mudar o parecer.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Se V.Exa. qui-ser, eu avanço e depois retorno. Não, é o último; não tem como.

O SR. MÁRCIO PACHECO - Eu preciso refazer rapidamen-te...

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - V.Exa. segueos termos que nós encaminhamos aqui: autorizativo na lei que cita oConfaz, e V. Exa. depois faz o texto e põe no grupo.

O SR. MÁRCIO PACHECO - Então, parecer favorável comSubemenda à Emenda 1; contrário às demais emendas, concluindopor Substitutivo, pedindo forma final de redação. A princípio era pelaprejudicabilidade da emenda. Nós mudamos, então, para favorávelcom Subemenda à Emenda 1; contrário às demais, concluindo porSubstitutivo, pedindo forma final de redação.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Economia, Indústria e Comércio tem a pa-lavra o Deputado Waldeck Carneiro.

O SR. WALDECK CARNEIRO (Para emitir parecer) - Acom-panho na íntegra o parecer da CCJ.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Assuntos Municipais e de DesenvolvimentoRegional tem a palavra o Deputado Carlos Macedo.

O SR. CARLOS MACEDO (Para emitir parecer) - Sr. Presi-dente, acompanho a CCJ.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Tributação, Controle da Arrecadação Estaduale de Fiscalização dos Tributos Estaduais, tem a palavra o DeputadoLuiz Paulo.

O SR. LUIZ PAULO (Para emitir parecer) - Sr. Presidente,acordo é para ser cumprido.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeirae Controle tem a palavra o Deputado Márcio Canella.

O SR. MÁRCIO CANELLA (Para emitir parecer) - Sr. Presi-dente André Ceciliano, vou acompanhar o parecer da CCJ.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Viram o que oentendimento faz?

Com os pareceres emitidos, em votação o Substitutivo, comforma final de redação, da Comissão de Constituição e Justiça, que aPresidência defere. Os Srs. Deputados que aprovam a matéria per-maneçam como estão. (Pausa)

Aprovada, com voto contrário do Deputado Felipe Peixoto.Vai a Autógrafo.

Nada mais havendo a tratar, está encerrada a 2ª Sessão Ex-traordinária.

(Encerra-se a Sessão às 13h15min)

PRESIDÊNCIA DO SENHOR DEPUTADO ANDRÉ CECILIA-NO, PRESIDENTE

RELAÇÃO DOS PARLAMENTARES PRESENTES NA 69ª SESSÃOEXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 08 DE ABRIL DE 2021

Adriana Balthazar, Alana Passos, Alexandre Freitas, Ale-xandre Knoploch, Anderson Alexandre, Anderson Moraes, AndréCorrêa, André Ceciliano, Átila Nunes, Bebeto, Brazão, Carlos Ma-cedo, Carlos Minc, Célia Jordão, Charlles Batista, Chico Machado,Chiquinho da Mangueira, Coronel Salema, Dani Monteiro, DannielLibrelon, Delegado Carlos Augusto, Dionísio Lins, Dr. Deodalto,Eliomar Coelho, Elton Cristo, Enfermeira Rejane, Eurico Júnior,Fábio Silva, Felipe Peixoto, Filipe Soares, Filippe Poubel, FlávioSerafini, Franciane Motta, Giovani Ratinho, Gustavo Schmidt, JairBittencourt, Léo Vieira, Lucinha, Luiz Martins, Luiz Paulo, MarceloCabeleireiro, Marcelo Dino, Márcio Canella, Márcio Gualberto,Márcio Pacheco, Marcos Abrahão, Marcus Vinícius, Martha Rocha,Max Lemos, Mônica Francisco, Pedro Ricardo, Renata Souza, Re-nato Zaca, Rodrigo Amorim, Rodrigo Bacellar, Rosane Felix, Ro-senverg Reis, Rubens Bomtempo, Samuel Malafaia, Sérgio Fer-nandes, Subtenente Bernardo, Tia Ju, Val Ceasa, Valdecy da Saú-de, Vandro Familia, Waldeck Carneiro, Wellington José, Zeidan

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO����� ��� �

�� ��� ����

��������� � �� ���� �� ����

ATA DA 70ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA,

REALIZADA EM 08 DE ABRIL DE 2021

Às 13:16h, com a presença dos Senhores Deputados: Adria-na Balthazar, Alana Passos, Alexandre Freitas, Alexandre Knoplo-ch, Anderson Alexandre, Anderson Moraes, André Corrêa, AndréCeciliano, Átila Nunes, Bebeto, Brazão, Carlos Macedo, CarlosMinc, Célia Jordão, Charlles Batista, Chico Machado, Chiquinhoda Mangueira, Coronel Salema, Dani Monteiro, Danniel Librelon,Delegado Carlos Augusto, Dionísio Lins, Dr. Deodalto, EliomarCoelho, Elton Cristo, Enfermeira Rejane, Eurico Júnior, Fábio Sil-va, Felipe Peixoto, Filipe Soares, Filippe Poubel, Flávio Serafini,Franciane Motta, Giovani Ratinho, Gustavo Schmidt, Jair Bitten-court, Léo Vieira, Lucinha, Luiz Martins, Luiz Paulo, Marcelo Ca-beleireiro, Marcelo Dino, Márcio Canella, Márcio Gualberto, MárcioPacheco, Marcos Abrahão, Marcus Vinícius, Martha Rocha, MaxLemos, Mônica Francisco, Pedro Ricardo, Renata Souza, RenatoZaca, Rodrigo Amorim, Rodrigo Bacellar, Rosane Felix, Rosen-verg Reis, Rubens Bomtempo, Samuel Malafaia, Sérgio Fernan-des, Subtenente Bernardo, Tia Ju, Val Ceasa, Valdecy da Saúde,Vandro Familia, Waldeck Carneiro, Wellington Jose, Zeidan. (68),assume a Presidência o Senhor Deputado ANDRÉ CECILIANO, Pre-sidente, ocupando os lugares de 1º, 2º, 3º e 4º Secretários, respec-tivamente, os Senhores Deputados: Tia Jú, 2º Secretária; Renato Za-ca, 3ª Secretário; Felipe Soares, 4º Secretário; Brazão, 1º Vogal.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - “Sob a proteçãode Deus, iniciamos os nossos trabalhos” Havendo número legal, estáaberta a Sessão.

(É lida pelo Senhor 2º Secretário a Ata da Sessão anteriorque, sem restrições, é considerada aprovada).

Ordem Do Dia

Anuncia-se a discussão única, em regime de urgência, do:

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR 35/2021, DE AUTORIADA DEPUTADA RENATA SOUZA, QUE ALTERA A LEI4.056/02, PARA ACRESCENTAR O INCISO XXXVI AO SEUARTIGO 3º, NOS TERMOS QUE DISPÕE.(PENDENDO DE PARECERES DAS COMISSÕES: DECONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA; DE LEGISLAÇÃO CONSTITU-CIONAL COMPLEMENTAR E CÓDIGOS; DE EDUCAÇÃO;DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA; DEASSUNTOS MUNICIPAIS E DE DESENVOLVIMENTO RE-GIONAL; E DE ORÇAMENTO, FINANÇAS, FISCALIZAÇÃOFINANCEIRA E CONTROLE.)

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Constituição e Justiça, tem a palavra o De-putado Márcio Pacheco.

O SR. MÁRCIO PACHECO (Para emitir parecer) - Sr. Pre-sidente, eu quero fazer um encaminhamento a V.Exa. sobre este te-ma. Falei há pouco com a Deputada Renata Souza, mas não con-seguimos... Eu não conseguir dar retorno à Deputada.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Então, chamo aatenção da Deputada autora Renata Souza.

O SR. MÁRCIO PACHECO - Ocorre que essa proposta daDeputada Renata Souza altera a lei do FECP. Como ela está fazendoalteração de uma lei já existente, e ela remete a uma questão que éuma obrigatoriedade municipal, e nós já tratamos isso em lei espe-cífica, eu quero chamar a atenção de que pela CCJ nossa intençãoseria: não há outra coisa senão a propor aqui uma Indicação Legis-lativa, ou seja, pela inconstitucionalidade, concluindo pela transforma-ção em Indicação Legislativa, porque não se trata de uma lei espe-cífica que pode se tornar autorizativa. Ela faz uma alteração numa leijá existente. Então, ou essa proposta específica se torna uma Indi-cação Legislativa, ou precisa ser uma lei específica, não uma lei quealtere a lei do FECP.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Faremos da se-guinte questão, Deputada Renata Souza...

Deputada Renata Souza, a Presidência chama a atenção deV.Exa. V.Exa. faz uma lei específica e essa aqui, especificamente, ip-sis litteris, vira uma Indicação. Pode ser?

O SR. MÁRCIO PACHECO (Para emitir parecer) - Até porquejá existe o Supera Rio, Sr. Presidente, que é esse mesmo progra-ma...

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Não, mas esteé para Educação.

O SR. LUIZ PAULO - É para Educação.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Pode ser, De-putada Renata Souza?

A SRA. RENATA SOUZA - Sr. Presidente?

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Sim, DeputadaRenata Souza.

A SRA. RENATA SOUZA - Sr. Presidente, agradeço a ten-tativa de acordo com o presidente da CCJ.

É uma lei que trata da destinação do FECP para possibilitara compra de alimentação na rede para alunos que, caso tenhamos adesativação das aulas, possam receber o cartão-merenda. Eu recebi,por exemplo, famílias que hoje dependem exclusivamente do cartão-merenda para terem uma alimentação para os alunos da rede mu-nicipal, da rede estadual, enfim, ensino fundamental também.

Então, na verdade, não é uma alteração necessariamente daprópria lei. É indicando inclusive a possibilidade da utilização doFECP para o custeio da alimentação na Educação para os alunos eessas famílias. Então, Sr. Presidente, acredito que seja mais simplesdo que temos como efetivação.

Mas eu acho que é importante que esta Casa se debrucesobre este tema. Estamos vendo as pessoas vivendo abaixo da linhada pobreza. Tivemos uma situação, no ano passado, em que cercade 170 milhões foram deixados de ser investidos do próprio FECP,num momento de emergência sanitária.

E a nossa lei, aqui, o nosso PLC indica que esses recursospara o financiamento da alimentação dos estudantes sejam só para operíodo de calamidade pública. Então, eu acho que isso é um ele-mento importante. Dados esses argumentos, eu gostaria de ouvir oDeputado Márcio Pacheco.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deixe-me tentarajudá-la.

O SR. CARLOS MINC - Sr. Presidente, eu também queria...

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Um instante,por favor.

Não adianta mudar a lei do FECP se não entrarmos no Or-çamento. Então, vamos fazer uma Indicação, eu acho que é melhor.V.Exa. faz uma lei e indica a fonte de custeio FECP, aí não altera alei do FECP.

Está entendido, Deputados Waldeck Carneiro, Carlos Minc?

O SR. CARLOS MINC - Sr. Presidente, eu posso fazer umaproposta, como membro da CCJ?

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - O DeputadoLuiz Paulo quer falar também. Claro que pode, Deputado CarlosMinc.

O SR. CARLOS MINC - Não, eu entendi o argumento do De-putado Márcio Pacheco e, também, entendi a defesa da DeputadaRenata Souza. Eu entendi que a Deputada Renata Souza não estáobrigando a fazer, ela está abrindo mais uma possibilidade duranteum determinado período.

A minha proposta seria a seguinte: que nós discutíssemos is-so, como o ponto primeiro, na próxima reunião da CCJ. E tentásse-mos fazer uma composição no próprio plenário da CCJ, tentando vercomo salvar uma ideia que é boa para esse período e que, na ver-dade, não está alterando a essência da lei. Ela está abrindo uma pos-sibilidade nesse período.

Então, a minha proposta seria retirar de pauta e ser pauta dapróxima CCJ para encontrar uma saída.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputado Minc,só ajuda, porque a Deputada vai ter uma indicação aprovada hoje eterá uma lei que ela mesma pode apresentar e que a CCJ se de-bruce e discute.

O SR. CARLOS MINC - Se ela concordar, tudo bem, mas, seela não concordar, eu proponho discutir na CCJ.

O SR. LUIZ PAULO - Sr. Presidente.

O SR. WALDECK CARNEIRO - Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputado LuizPaulo e Deputado Waldeck, em seguida. Depois vamos ouvir a au-tora.

O SR. LUIZ PAULO - Olha só, a mediação sempre é a me-lhor saída. Se for botar para votar com o parecer do Deputado MárcioPacheco, pela inconstitucionalidade, eu vou votar pela constituciona-lidade. Não vejo que fere dispositivo legal em período de pandemia.Mas eu tenho o exemplo do Supera Rio. O Supera Rio nós votamosaqui, com muitas Emendas, com uma série de preceitos, como ele iriase dar, e fomos definir a fonte de recurso lá na Emenda Constitu-cional do Deputado André Ceciliano: 30% do FECP e outros 30% doFecam.

Então, se deixou para definir a fonte lá na Emenda Cons-titucional, sem mexer na lei do Fundo Estadual de Combate à Po-breza, Inclusive, dizendo que seria pelo prazo até 31 de dezembrodeste ano, uma ajuda emergencial.

A Deputada Renata, ela quer na pandemia. Então, se há umcompromisso da Presidência, da Comissão de Constituição e Justiça,dela redigir o Projeto de Lei, dar entrada hoje para ir para a pauta,quiçá, na semana que vem - quem faz pauta não sou eu, é o Pre-sidente -, dizendo que no período de pandemia haverá a possibilidadedeste tipo de auxílio e os recursos serão oriundos do Fundo Estadualde Combate à Pobreza, não está mexendo na lei do Fundo e estáamarrando a fonte de recursos.

Eu acho que essa mediação proposta pelo Deputado AndréCeciliano garante a aprovação no Plenário e pode vir a garantir asanção do Governador. Se formos por embate, na CCJ, vai ser um 4a 3 para um lado ou para o outro. Tomara que seja até para o meu,mas pode ser que não. Mas depois está sujeito ao Veto, à derrubadado Veto. Vai se perdendo muito mais tempo e a fome é agora.

Esta é minha proposta, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Quero ouvir oDeputado Waldeck Carneiro, em seguida, a autora.

O SR. WALDECK CARNEIRO - Serei breve, Sr. Presidente.Entendo que a mediação proposta pode ser boa. Não sou contra,não. Embora a Deputada Renata esteja pura e simplesmente incluindona lei do FECP mais um inciso, uma possibilidade de destinação derecursos, conforme Artigo 3°, nessa situação específica que ela men-ciona, como já foi feito outras vezes, em outros momentos.

Então, sair para uma lei específica dizendo que a fonte decusteio é o FECP, por mim não tem problema, mas, assim, o quesimplesmente está sendo proposto pela Deputada é incluir aquela lis-tagem, que consta no Artigo 3°, das destinações possíveis, destina-ções prioritárias possíveis dos recursos do FECP mais essa destina-ção. Isso já foi feito outras vezes, em outros momentos, para outrositens.

Eu não sou contra a mediação proposta, mas só lembrarque, de fato, não há nenhuma inconstitucionalidade nessa propositura,que é simplesmente mais um inciso, naquele Artigo 3°, dizendo queessa destinação também é possível em relação aos recursos doFECP. Mas eu vou aqui me curvar ao acordo que for celebrado aqui.Sobretudo, o Deputado Luiz Paulo tem razão: resolver o tema de ma-neira mais rápida, porque quem tem forme, tem pressa.

O SR. CARLOS MINC - Também acompanho.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputada Re-nata, por favor.

A SRA. RENATA SOUZA - Sr. Presidente, acho que é isso,nós não tivemos aí qualquer intenção de modificação da lei do FECP.Pelo contrário, nós propomos que, em tempo de pandemia, esse re-curso pode ser utilizado para dar socorro às famílias que dependemexclusivamente da merenda escolar para garantir a alimentação doseu filho. Então, nesse sentido, eu vou acatar a sugestão de V.Exa.para que possamos caminhar e ainda hoje apresentaremos o projetode lei que estabelece esse debate. Esperamos que o assunto possaser trazido à pauta na próxima semana, se houver o acordo do Pre-sidente da CCJ e o de V. Exa.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Vamos ouvi-lo.Deputado Márcio Pacheco.

O SR. MÁRCIO PACHECO - Sr. Presidente, como eu disse,se a Deputada Renata Souza apresentar um projeto de lei específico,vai tramitar na Casa com a mesma responsabilidade e compromissoque sempre tivemos. O que eu disse há pouco é que, no nosso en-tendimento - especificamente, a Lei do Fecp está atrelada diretamenteà LOA, V.Exa. chamou atenção para isso -, era necessário que nósnão apontássemos essa medida imediatamente, numa lei de alteraçãodo Fecp agora, até porque nós não temos a previsão orçamentáriaimediata. Além disso, no nosso entendimento, o Supera Rio, que éuma medida emergencial que está avançando, vai também atenderessa demanda. É nesse sentido que voto pela inconstitucionalidadeda matéria e pela sua transformação em indicação legislativa, sematrapalhar em nada o andamento de um novo projeto na Casa.

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente...

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Um instante.Deputada Renata Souza, pode ser? Transformamos...

A SRA. RENATA SOUZA - Pode ser.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputado Már-cio Pacheco, transformamos em indicação legislativa. Ela representa eo projeto vai para a CCJ.

A SRA. RENATA SOUZA - Perfeito, ok. Está certo, Sr. Pre-sidente. Obrigada.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Constituição e Justiça ao Projeto de Lei Com-plementar, tem a palavra o Deputado Márcio Pacheco.

O SR. MÁRCIO PACHECO (Para emitir parecer) - O pareceré pela inconstitucionalidade, concluindo pela transformação em indica-ção legislativa, Sr. Presidente.

(Lendo:)“PARECER ORAL

DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, AO PROJETO DELEI COMPLEMENTAR N.º 35/2021, QUE “ALTERA A LEI Nº 4.056/02,PARA ACRESCENTAR O INCISO XXXVI AO SEU ARTIGO 3º, NOSTERMOS QUE DISPÕE.”Autora: Deputada RENATA SOUZARelator: Deputado MÁRCIO PACHECO

(PELA INCONSTITUCIONALIDADE, CONCLUINDO PELA TRANS-FORMAÇÃO EM INDICAÇÃO EM INDICAÇÃO LEGISLATIVA)

I - RELATÓRIOTrata-se de Projeto de Lei Complementar n.º 35/2021, QUE

“ALTERA A LEI Nº 4.056/02, PARA ACRESCENTAR O INCISO XXXVIAO SEU ARTIGO 3º, NOS TERMOS QUE DISPÕE.”

II - PARECER DO RELATORConforme determina o artigo 26, parágrafo 1º do Regimento

Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, com-pete a esta Comissão de Constituição e Justiça se pronunciar acercada constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa doprojeto.

O presente projeto de lei complementar tem por objetivo al-terar a lei n.º 4.056, de 31 de dezembro de 2002, com o intuito deincluir um inciso ao artigo 3º.

A proposta em análise é meritória e de extrema relevância,pois visa apoiar os municípios com fins de que seja assegurado au-xílio financeiro à alimentação das famílias que possuem crianças ma-triculadas nas escolas públicas de educação infantil, ensino fundamen-tal e ensino médio, durante o estado de calamidade pública.

No entanto, a proposta pretende criar uma “ação” orçamen-tária de apoio aos Municípios com a finalidade de proporcionar auxíliofinanceiro, todavia a criação de uma “ação”, considerando que já exis-te uma Lei Orçamentária em vigor, demandaria a iniciativa do PoderExecutivo que é o titular, pela Carta Estadual, das leis orçamentáriasnos termos do art. 209:

“Art. 209 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelece-rão:

I - o plano plurianual;II - as diretrizes orçamentárias;III - os orçamentos anuais.”

Ressalte-se ainda que o §5º do mesmo artigo destaca o se-guinte acerca dos FUNDOS:

“Art. 209 - ...

§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:(...)III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as

entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou in-direta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos peloPoder Público.”

Ou seja, a pretensão do PL esbarra em outra vedação pre-vista no art. 211:

“Art. 211 - São vedados:

VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência derecursos de uma categoria de programação para outra ou de um ór-gão para outro, sem prévia autorização legislativa;”

Ocorre que a programação do Fundo Estadual de Combate àPobreza (FECP) já foi elaborada e aprovada na Lei OrçamentáriaAnual de 2021, Lei n.º 9.185, de 14 de janeiro de 2021:

“Art. 13. O Poder Executivo fica autorizado a alterar e a nor-matizar o orçamento e sua execução, no exercício de 2021, visandoatender aos ajustes nas despesas decorrentes dos efeitos econômicosprovocados por:

(...)V - calamidade pública e situação de emergência;”

Associada a tal autorização, temos a Lei do Fundo Estadualde Combate à Pobreza, Lei n.º 4.962, de 20 de dezembro de 2006,que já tem as seguintes previsões:

“Art. 3º Os recursos do Fundo Estadual de Combate à Po-breza e às Desigualdades Sociais, deverão ser aplicados prioritaria-mente nas seguintes ações:

I - complementação financeira de famílias cuja renda mensalseja inferior a um salário-mínimo;

II - atendimento através do programa Bolsa Escola para fa-mílias que tenham filhos em idade escolar matriculados na rede pú-blica de ensino, ou que sejam bolsistas da rede particular;

VI - apoio em situações de emergência e calamidade públi-ca.

XIV - programas de complementação financeira para a obten-ção de renda mínima no Estado do Rio de Janeiro - Renda Melhor;

XIX - apoio a oferta de educação infantil nos municípios comáreas socialmente degradadas.”

Diante do exposto, o meu parecer é pela PELA INCONSTI-TUCIONALIDADE, CONCLUINDO PELA TRANSFORMAÇÃO EM IN-DICAÇÃO EM INDICAÇÃO LEGISLATIVA ao Projeto de Lei Comple-mentar n.º 35/2021.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputado MÁRCIO PACHECORelator”(Conclui a leitura)

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Ok.Emitido o parecer da Comissão de Constituição e Justiça, a

Presidência põe em votação a transformação do Projeto de Lei Com-plementar 3521 em indicação legislativa. Os Srs. Deputados que apro-vam a matéria permaneçam como estão. (Pausa)

Aprovada. Vai à Comissão de Indicaçoes Legislativas.

Anuncia-se a discussão única, em regime de urgência, do:

PROJETO DE LEI 3476/2020, DE AUTORIA DOS DEPUTA-DOS CARLOS MINC, DANI MONTEIRO, MARTHA ROCHA EMÔNICA FRANCISCO, QUE DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃODE UNIDADES ESPECIALIZADAS EM CRIMES RACIAIS EDELITOS DE INTOLERÂNCIA NAS DIVERSAS REGIÕESDO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.(PENDENDO DE PARECERES DAS COMISSÕES: DECONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA; DE SEGURANÇA PÚBLICA EASSUNTOS DE POLÍCIA; E DE COMBATE ÀS DISCRIMINA-ÇÕES E PRECONCEITOS DE RAÇA, COR, ETNIA, RELI-GIÃO E PROCEDÊNCIA NACIONAL.)

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Constituição e Justiça, tem a palavra o De-putado Márcio Pacheco.

O SR. MÁRCIO PACHECO (Para emitir parecer) - Sr. Pre-sidente, solicito a V.Exa. que, se possível, remeta esse projeto nova-mente à CCJ, porque já há uma Lei, a 5931/2015, que dispõe sobrea criação da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, aDecradi.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO

��� ����� � ��� � � �� �� ��

����������� � � � �� �� �� �� ���

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Sabe quem é oautor?

O SR. MÁRCIO PACHECO - V.Exa.? Quem é o autor? É de2015.

O SR. CARLOS MINC - Átila Nunes.

O SR. MÁRCIO PACHECO - Átila Nunes. Como já há umalei, o parecer seria pela prejudicabilidade ou V.Exa. pode remeter amatéria para a CCJ. Não há o que fazer.

O SR. CARLOS MINC - Quero falar, Sr. Presidente, por fa-v o r.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Vamos ouvirum dos autores e em seguida vamos à decisão.

O SR. CARLOS MINC - Sr. Presidente, nós bem conhece-mos essa lei. A Comissão do Cumpra-se brigou muitos anos para queela fosse cumprida. Na verdade, essa demanda surgiu de uma au-diência pública a que estavam presentes todas as Deputadas que sãocoautoras, Mônica Francisco, Dani Monteiro e Martha Rocha, até como apoio do delegado anterior e da delegada atual da Decradi. A su-gestão era de interiorização da delegacia, que tem um quadro muitopequeno, não atende a Campos, não atende ao interior.

É claro que nós conhecemos a lei do Átila e lutamos cincoanos para que ela fosse cumprida. Na audiência apenas se pediu es-sa lei para que a Decradi seja interiorizada - nós estamos modifican-do a lei anterior nesse sentido. É claro que se os Deputados podem,por lei, criar uma delegacia, coisa que o nosso camarada DeputadoÁtila Nunes fez, nós também podemos propor a interiorização, é oque foi feito nessa audiência pública, diga-se de passagem, com apresença e concordância da atual e do anterior delegado da Decradi.Então, é disso que se trata. É claro que tem que saber da lei daDecradi. Isso foi discutido com os próprios e lutamos anos para elaser cumprida.

Então, o ponto não é que existe a lei. Nós estamos modi-ficando a lei para interiorizar.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputado Már-cio Pacheco, só que tem que fazer uma Emenda ao Artigo 1º. Elequer modificar a lei, entendo eu.

O SR. MÁRCIO PACHECO - Nesse caso, sim, Sr. Presiden-te.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Então, V.Exa.poderá fazer o parecer com Emendas, porque já temos 12 Emendasao Projeto, ele sairá de pauta com certeza, aí retorna e ele segue oseu curso normal.

O SR. MÁRCIO PACHECO - Sem problema nenhum, Sr. Pre-sidente. Esta era a sugestão. Eu ir pedir a V.Exa. que remetesse àCCJ para realizar isso, como vossa autorização, não há problema.Parece pela constitucionalidade com Emendas, alterando a lei em vi-g o r.

(Lendo:)“PARECER ORAL

DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, AO PROJETO DELEI Nº 3476/2020 QUE “DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADESESPECIALIZADAS EM CRIMES RACIAIS E DELITOS DE INTOLE-RÂNCIA NAS DIVERSAS REGIÕES DO ESTADO DO RIO DE JANEI-RO.”Autores: Deputados CARLOS MINC, DANI MONTEIRO, MARTHA RO-CHA, MÔNICA FRANCISCORelator: Deputado MÁRCIO PACHECO

(CONSTITUCIONALIDADE COM EMENDAS)

I - RELATÓRIOTrata-se de projeto de lei n.º 3476/2020 QUE “DISPÕE SO-

BRE A CRIAÇÃO DE UNIDADES ESPECIALIZADAS EM CRIMESRACIAIS E DELITOS DE INTOLERÂNCIA NAS DIVERSAS REGIÕESDO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.”

II - PARECER DO RELATORConforme determina o art. 26, §1º do Regimento Interno da

Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, compete a estaComissão de Constituição e Justiça se pronunciar acerca da consti-tucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa do projeto.

Do exame da matéria, verificamos que o projeto em questãoobjetiva criar delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância -Decradis.

Contudo, está em vigor a Lei n.º 5.931, de 25 de março de2011, que “DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DA DELEGACIA DE CRI-MES RACIAIS E DELITOS DE INTOLERÂNCIA - DECRADI.”

Contudo, no intuito de viabilizar a presente proposta, propo-nho as seguintes emendas:

EMENDA MODIFICATIVA N.º 01

Modifica-se a ementa do Projeto de Lei n.º 3476/2020, quepassa a vigorar com a seguinte redação:

“ALTERA A LEI N.º 5.931, DE 25 DE MARÇO DE 2011 NAFORMA QUE MENCIONA.”

EMENDA MODIFICATIVA N.º 02

Modifica-se o artigo 1º do Projeto de Lei n.º 3476/2020, quepassa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1º - Modifica-se o artigo 1º da Lei n.º 5.631, de 25 demarço de 2011, que passa vigorar com a seguinte redação:

Art. 1º Fica criada a Delegacia de Crimes Raciais e Delitosde Intolerância - DECRADI, ou de núcleo especializados, com a fi-nalidade de combater todos os crimes praticados contra pessoas, en-tidades ou patrimônios públicos ou privados, cuja motivação seja opreconceito ou a intolerância.”

EMENDA MODIFICATIVA N.º 03

Modifica-se o artigo 2º do Projeto de Lei n.º 3476/2020, quepassa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 2º - Inclua-se artigo 1-A à Lei n.º 5.631, de 25 de marçode 2011, que passa vigorar com a seguinte redação:

Art. 1-A - As Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de In-tolerância poderão, enquanto não dotadas da infraestrutura adminis-trativa necessária ao desempenho de suas atividades, solicitar apoio aoutras as unidades de polícia administrativo-judiciária da Polícia Ci-vil.”

EMENDA SUPRESSIVA N.º 04

Suprima-se o artigo 3º do Projeto de Lei n.º 3476/2020.

EMENDA SUPRESSIVA N.º 05

Suprima-se o artigo 4º do Projeto de Lei n.º 3476/2020.

Diante do exposto, meu parecer ao Projeto de Lei nº3476/2021 é pela CONSTITUCIONALIDADE COM EMENDAS.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputado MÁRCIO PACHECORelator”(Conclui a leitura)

O SR. CARLOS MINC - Perfeito. Agradeço aqui ao DeputadoMárcio Pacheco e ao Presidente André Ceciliano.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - O.k.Para emitir parecer pela Comissão de Segurança Pública e

Assuntos de Polícia, tem a palavra o Deputado Delegado Carlos Au-gusto.

O SR. DELEGADO CARLOS AUGUSTO (Para emitir parecer)- Acompanho a CCJ, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Combate às Discriminações e Preconceitosde Raça, Cor, Etnia, Religião e Procedência Nacional, tem a palavra oDeputado Danniel Librelon.

O SR. DANNIEL LIBRELON (Para emitir parecer) - Presiden-te, sigo o parecer da CCJ.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - O.k., meu ir-mão.

Com os pareceres emitidos, m discussão a matéria. Não ha-vendo quem queira discutir, encerrada a discussão.

O Projeto recebeu 12 Emendas e retorna às Comissões.Tem a palavra, pela ordem, o Deputado Márcio Canella.

O SR. MÁRCIO CANELLA (Pela ordem) - Aguarde um pou-quinho, Presidente. Estou aguardando a minha assessoria chegar.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Sem problema.Nada mais havendo a tratar na 3ª Sessão Extraordinária, de-

claro-a encerrada.

(Encerra-se a Sessão às 13:35 horas)

PRESIDÊNCIA DO SENHOR DEPUTADO ANDRÉ CECILIA-NO, PRESIDENTE.

RELAÇÃO DE PARLAMENTARES PRESENTES NA 70ª SES-SÃO EXTRAORDINÁRIA DE 08 DE ABRIL DE 2021.

Adriana Balthazar, Alana Passos, Alexandre Freitas, Ale-xandre Knoploch, Anderson Alexandre, Anderson Moraes, AndréCorrêa, André Ceciliano, Átila Nunes, Bebeto, Brazão, Carlos Ma-cedo, Carlos Minc, Célia Jordão, Charlles Batista, Chico Machado,Chiquinho da Mangueira, Coronel Salema, Dani Monteiro, DannielLibrelon, Delegado Carlos Augusto, Dionísio Lins, Dr. Deodalto,Eliomar Coelho, Elton Cristo, Enfermeira Rejane, Eurico Júnior,Fábio Silva, Felipe Peixoto, Filipe Soares, Filippe Poubel, FlávioSerafini, Franciane Motta, Giovani Ratinho, Gustavo Schmidt, JairBittencourt, Léo Vieira, Lucinha, Luiz Martins, Luiz Paulo, MarceloCabeleireiro, Marcelo Dino, Márcio Canella, Márcio Gualberto,Márcio Pacheco, Marcos Abrahão, Marcus Vinícius, Martha Rocha,Max Lemos, Mônica Francisco, Pedro Ricardo, Renata Souza, Re-nato Zaca, Rodrigo Amorim, Rodrigo Bacellar, Rosane Felix, Ro-senverg Reis, Rubens Bomtempo, Samuel Malafaia, Sérgio Fer-nandes, Subtenente Bernardo, Tia Ju, Val Ceasa, Valdecy da Saú-de, Vandro Familia, Waldeck Carneiro, Wellington Jose, Zeidan.EMENDAS DE PLENÁRIO, EM REGIME DE URGÊNCIA, EM DIS-CUSSÃO ÚNICA, AO PROJETO DE LEI Nº 3476/2020, DE AUTO-RIA DOS DEPUTADOS CARLOS MINC, DANI MONTEIRO, MARTHAROCHA E MÔNICA FRANCISCO.

MODIFICATIVA Nº 01

Modifique-se o art. 1º do Projeto, que passa a ter a seguinteredação:

“Art. 1º - Cria delegacias de Crimes Raciais e Delitos de In-tolerância - DECRADIS, ou de núcleo especializados, nas diversas re-giões do Estado do Rio de Janeiro, consoante os índices do InstitutoNacional de Estudos Anísio Teixeira - INEP, sem aumento de despe-sas, especialmente no que se refere às despesas com pessoal, emconformidade com a Lei Estadual nº 5931/2011 e o Decreto nº 18, de21 de agosto de 2018”.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados: LUIZ PAULO, LUCINHA, André Ceciliano, Rodrigo

B a c e l l a r.

MODIFICATIVA Nº 02

Modifique-se o art. 1º do Projeto de Lei nº 3476/2020, quepassa a ter a seguinte redação:

“Art. 1º - Autoriza o Poder Executivo a criar delegacias deCrimes Raciais e Delitos de Intolerância - Decradis, ou de núcleo es-pecializados, nas diversas regiões do Estado do Rio de Janeiro, semaumento de despesas, especialmente no que se refere às despesascom pessoal, em conformidade com a Lei Estadual nº 5931/2011 e oDecreto nº 18, de 21 de agosto de 2018”.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados: ALEXANDRE FREITAS, ADRIANA BALTHAZAR,

André Ceciliano, Rodrigo Bacellar.

SUPRESSIVA Nº 03

Suprima-se o artigo 3º do Projeto de Lei nº 3476/2020.Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados: CHARLLES BATISTA, André Ceciliano, Rodrigo

B a c e l l a r.

MODIFICATIVA Nº 04

Modifique-se o artigo 2º do projeto de lei nº 3476/2020, quepassa a ter a seguinte redação:

Art. 2º- As Delegacias de Crimes Discriminatórios poderãoenquanto não dotadas da infrestrutura administrativa necessária aodesempenho de suas atividades, solicitar apoio a outras unidades depolícia administrativo-judiciária da Polícia Civil.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados CHARLLES BATISTA, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

MODIFICATIVA Nº 05

Modifique-se o artigo 4º do projeto de lei nº 3476/2020, quepassa a ter a seguinte redação:

Art. 4º- As Delegacias de Crimes Discriminatórios poderãodisponibilizar uma linha telefônica 0800 com o objetivo de receber de-núncias e informações sobre discriminação ou desrespeito à cidadaniaou qualquer outro tipo de agressão.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados CHARLLES BATISTA, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

MODIFICATIVA Nº 06

Modifique-se o artigo 1º do projeto de lei nº 3476/2020, quepassa a ter a seguinte redação:

Art. 1º - Autoriza a criação de delegacias de Crimes Discri-minatórios, ou de núcleo especializados, nas diversas regiões do Es-tado do Rio de Janeiro, sem aumento de despesas, especialmente noque se refere às despesas com pessoal, em conformidade com a LeiEstadual nº 5931/2011 e o Decreto nº 18, de 21 de agosto de 2018.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados CHARLLES BATISTA, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

SUPRESSIVA Nº 07

Suprima-se o artigo 3º.Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados MÁRCIO GUALBERTO, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

MODIFICATIVA Nº 08

Modifique-se a ementa, que passa a versar com a seguinteredação:

Art. 3º - Compete aos núcleos criados registrar, investigar,abrir inquérito e adotar os demais procedimentos policiais necessários,nos casos que envolvam violência ou discriminação contra as pes-soas, objetivando a efetiva aplicação da legislação em vigor e asse-gurar os direitos de todos os cidadãos, independente de cor, raça oucredo religioso.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados MÁRCIO GUALBERTO, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

SUPRESSIVA Nº 09

Suprima-se o artigo 2º.Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados MÁRCIO GUALBERTO, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

MODIFICATIVA Nº 10

Modifique-se a ementa, que passa a versar com a seguinteredação:

DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DE NÚCLEOS ESPECIALIZA-DOS EM CRIMES DE RACISMO NAS DIVERSAS REGIÕES DO ES-TADO DO RIO DE JANEIRO.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados MÁRCIO GUALBERTO, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

MODIFICATIVA Nº 11

Modifique-se a ementa, que passa a versar com a seguinteredação:

Art. 1º - Fica o Poder Executivo autorizado a criar núcleosespecializados em Crimes Raciais nas diversas delegacias policiais doEstado do Rio de Janeiro, sem aumento de despesas, especialmenteno que se refere às despesas com pessoal, em conformidade com aLei Estadual nº 5931/2011 e o Decreto nº 18, de 21 de agosto de2018.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados MÁRCIO GUALBERTO, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

MODIFICATIVA Nº 12

Modifique-se o artigo 1º, que passa a versar com a seguinteredação:

Art. 1º - Fica o Poder Executivo autorizado a criar delegaciasde Crimes Raciais e Delitos de Intolerância - Decradis, ou de núcleoespecializados, nas diversas regiões do Estado do Rio de Janeiro,sem aumento de despesas, especialmente no que se refere às des-pesas com pessoal, em conformidade com a Lei Estadual nº5931/2011 e o Decreto nº 18, de 21 de agosto de 2018.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados MÁRCIO GUALBERTO, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

ATA DA 71ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA,REALIZADA EM 08 DE ABRIL DE 2021

Às 13:36h, com a presença dos Senhores Deputados: Adria-na Balthazar, Alana Passos, Alexandre Freitas, Alexandre Knoplo-ch, Anderson Alexandre, Anderson Moraes, André Corrêa, AndréCeciliano, Átila Nunes, Bebeto, Brazão, Carlos Macedo, CarlosMinc, Célia Jordão, Charlles Batista, Chico Machado, Chiquinhoda Mangueira, Coronel Salema, Dani Monteiro, Danniel Librelon,Delegado Carlos Augusto, Dionísio Lins, Dr. Deodalto, EliomarCoelho, Elton Cristo, Enfermeira Rejane, Eurico Júnior, Fábio Sil-va, Felipe Peixoto, Filipe Soares, Filippe Poubel, Flávio Serafini,Franciane Motta, Giovani Ratinho, Gustavo Schmidt, Jair Bitten-court, Léo Vieira, Lucinha, Luiz Martins, Luiz Paulo, Marcelo Ca-beleireiro, Marcelo Dino, Márcio Canella, Márcio Gualberto, MárcioPacheco, Marcos Abrahão, Marcus Vinícius, Martha Rocha, MaxLemos, Mônica Francisco, Pedro Ricardo, Renata Souza, RenatoZaca, Rodrigo Amorim, Rodrigo Bacellar, Rosane Felix, Rosen-verg Reis, Rubens Bomtempo, Samuel Malafaia, Sérgio Fernan-des, Subtenente Bernardo, Tia Ju, Val Ceasa, Valdecy da Saúde,Vandro Familia, Waldeck Carneiro, Wellington Jose, Zeidan. (68),assume a Presidência o Senhor Deputado ANDRÉ CECILIANO, Pre-sidente, ocupando os lugares de 1º, 2º, 3º e 4º Secretários, respec-tivamente, os Senhores Deputados: Tia Jú, 2º Secretária; Renato Za-ca, 3ª Secretário; Felipe Soares, 4º Secretário; Brazão, 1º Vogal.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - “Sob a proteçãode Deus, iniciamos os nossos trabalhos” Havendo número legal, estáaberta a Sessão.

(É lida pelo Senhor 2º Secretário a Ata da Sessão anteriorque, sem restrições, é considerada aprovada).

Passa-se à

Ordem do Dia

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Tem a palavra,para uma questão de ordem, o Deputado Rodrigo Amorim.

O SR. RODRIGO AMORIM (Pela ordem) - Não é questão deordem, Sr. Presidente. Eu vou pedir a V.Exa. a palavra pela ordemassim que possível.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Ao final da pau-ta.

O SR. RODRIGO AMORIM - Obrigado.

Anuncia-se a Discussão Única, em Regime de Urgência:

PROJETO DE LEI 3941/2021, DE AUTORIA DO PODEREXECUTIVO, QUE INSTITUI REGIME TRIBUTÁRIO ESPE-CIAL PARA AS OPERAÇÕES DE SAÍDA INTERNA DE QUE-ROSENE DE AVIAÇÃO - QAV, PROMOVIDAS POR DISTRI-BUIDORA DE COMBUSTÍVEL COM DESTINO AO CONSU-MO DE EMPRESA DE TRANSPORTE AÉREO DE CARGASOU DE PESSOAS.(PENDENDO DE PARECERES DAS COMISSÕES: DECONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA; DE MINAS E ENERGIA; DEECONOMIA, INDÚSTRIA E COMÉRCIO; DE TRANSPOR-TES; DE TRIBUTAÇÃO, CONTROLE DA ARRECADAÇÃOESTADUAL E DE FISCALIZAÇÃO DOS TRIBUTOS ESTA-DUAIS; E DE ORÇAMENTO, FINANÇAS, FISCALIZAÇÃO FI-NANCEIRA E CONTROLE)

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO����� ��� �

�� �� �����

��������� � �� ���� �� ����

O SR. MÁRCIO PACHECO - Peço a palavra para uma ques-tão ordem, Sr. Presidente.

O SR. LUIZ PAULO - Peço a palavra para uma questão deordem, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Tem a palavra,para uma questão de ordem, o Deputado Márcio Pacheco, em segui-da, o Deputado Luiz Paulo.

O SR. MÁRCIO PACHECO - Talvez o Deputado Luiz Paulo eeu tenhamos a mesma questão de ordem. Eu vou aqui tentar fazeruma...

Neste Projeto específico, esta Mensagem do Governo, Sr.Presidente, o parecer na CCJ, obviamente, nós poderíamos aqui terdivergências, seria pela constitucionalidade ou pela constitucionalidadecom Emendas.

Eu já quero encaminhar uma tentativa de negociação. A mi-nha proposta, Sr. Presidente, é que façamos uma audiência públicano início da semana e V.Exa. autorize o retorno à pauta no início dapróxima semana, se possível.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deixa eu ouviro Deputado Luiz, porque é uma Mensagem do Executivo. V.Exa. é oa u t o r.

O SR. MÁRCIO PACHECO - Então, eu quero propor que oDeputado Luiz Paulo faça uma audiência pública e, na terça-feira, vol-tará à pauta.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Ok. DeputadoLuiz Paulo.

O SR. LUIZ PAULO - Presidente, possuo o projeto de lei1596/2019. Se cotejarmos alguns artigos, veremos que são absoluta-mente iguais, porque ambos se inspiraram num decreto do Governoque estava a viger. Então, não podia, essa questão, ficar deliberada,segundo o Confaz, por decreto do Governo.

A redação do Art. 1º, por exemplo, é igualzinha: “Fica incor-porada à legislação tributária estadual a Cláusula V do ConvênioICMS 188, de 4 de dezembro de 2017...”. Primeiramente, essa ques-tão.

A rigor, o parecer deveria ser pela anexação, mas eu nãotenho esse problema de autorias.

O que eu não acho correto é que as emendas propostas pe-lo Palácio ao Deputado Márcio Pacheco restringem o projeto. Eu aca-bei de entrar no Google e vi que nós temos onze municípios que têmaeroportos. Rio de Janeiro é o primeiro, com três aeroportos - Jaca-repaguá, Santos Dumont e Galeão -; depois, temos: Maricá, CaboFrio, Búzios, Arraial do Cabo, Campos, Macaé, Itaperuna, Paraty, An-gra e Resende.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deixa eu tentarcontribuir. É importante o que eu vou dizer, Deputado Luiz Paulo.

O SR. LUIZ PAULO - Deixa eu só concluir meu raciocínio, sóum minutinho.

Não é possível que vendamos QAV com alíquota de 7% so-mente para prestigiar o hub do aeroporto internacional do Galeão, quejá tem um combustível um pouco mais barato, porque recebe o com-bustível por duto. Para todos os outros municípios, o combustível vaipor caminhão.

Então, o que eu quero é harmonizar isso, para que fiquebom para todos...

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deixa eu tentara j u d a r.

O SR. LUIZ PAULO - A alíquota tem que ser para todos enão só para um aeroporto que seja alfandegado e receba voo inter-continental. É claro, se vai ter voo internacional, tem que ser alfan-degado; mas, intercontinental, quer dizer que, se o aeroporto de Ma-caé quiser receber um voo do Chile, ele não pode ter o querosenecom alíquota de 7, porque o Chile está no mesmo continente, Sr. Pre-sidente.

Eu sei ler...

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deixa eu tentarajudar, Deputado Luiz.

Primeiramente, eu entendo que esse projeto é uma forma denós tirarmos o movimento do Santos Dumont para retornar para oGaleão...

O SR. LUIZ PAULO - Mas não matou os outros aeroportos,Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Eu sei. Eu jáencaminhei com o Márcio, agora, fora do microfone. Eu remeto o pro-jeto à CCJ; a Comissão de Tributação, Controle da Arrecadação Es-tadual e de Fiscalização dos Tributos Estaduais, junto com o projetode V.Exa., de 2019, faz o apensamento do projeto e V.Exa. faz umaaudiência.

Eu disse isso na terça-feira aqui, quando falamos da questãoda Cedae, que não dá para prejudicarmos os demais aeroportos porconta do Santos Dumont, mas é importante que busquemos soluçãoporque a Anac transferiu mais de 80% dos voos do Galeão para oSantos Dumont. Acho que há algumas alternativas: ou é para quebrara concessionária do Galeão, ou é para valorizar a concessão que se-rá feita do Santos Dumont.

De qualquer forma, eu dei como exemplo a questão, na ter-ça-feira, das empresas de manutenção que estão saindo do Galeão -as manutenções estão sendo feitas em São Paulo.

Não sei se é algum gênio do Governo Federal, eu disse issoaqui, que está propondo isso. É um bom momento para discutirmos,na audiência pública, esse tema. Eu vou dar o encaminhamento deremeter a matéria à CCJ. O Deputado Márcio Pacheco, pela CCJ, eV.Exa., pela Comissão de Tributação, fazem uma audiência pública.

Aproveitando o que eu ouvi há pouco de um parlamentar,nós vamos chegar lá, na 5ª Sessão eu falo. Eu vou encaminhar aquestão da discussão da Cedae e então eu volto ao tema, porque émais específico para a 5ª Sessão Extraordinária.

Com o acordo costurado, o Projeto 3941/2021 vai ser apen-sado ao Projeto de 2019, ficando a CCJ e a Comissão de Tributaçãode realizarem uma audiência pública.

Anuncia-se a Discussão Única, em Regime de Urgência:

PROJETO DE LEI 3742/2021, DE AUTORIA DO DEPUTADOÁTILA NUNES, QUE DETERMINA A OBRIGATORIEDADEDA PRESENÇA DE UM POLICIAL MILITAR NOS POSTOSDE VACINAÇÃO ESTADUAIS E MUINICIPAIS, VISANDO GA-RANTIR A GUARDA DAS VACINAS.(PENDENDO DE PARECERES DAS COMISSÕES: DECONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA; DE SAÚDE; DE SEGURANÇAPÚBLICA E ASSUNTOS DE POLÍCIA; E DE ORÇAMENTO,FINANÇAS, FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE.)

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Constituição e Justiça, tem a palavra o De-putado Márcio Pacheco.

O SR. MÁRCIO PACHECO (Para emitir parecer) - Sr. Pre-sidente, o parecer é pela constitucionalidade com emendas.

(Lendo):

“PARECER ORAL

DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA AO PROJETO DELEI N.º 3742/2021 QUE “DETERMINA A OBRIGATORIEDADE DAPRESENÇA DE UM POLICIAL MILITAR NOS POSTOS DE VACINA-ÇÃO ESTADUAIS E MUINICIPAIS, VISANDO GARANTIR A GUARDADAS VACINAS.”Autor: Deputado ÁTILA NUNESRelator: Deputado MÁRCIO PACHECO

(PELA CONSTITUCIONALIDADE, COM EMENDAS)

I - RELATÓRIOTrata-se de exame de Projeto de Lei n.º 3742/2021 QUE

“DETERMINA A OBRIGATORIEDADE DA PRESENÇA DE UM POLI-CIAL MILITAR NOS POSTOS DE VACINAÇÃO ESTADUAIS E MUI-NICIPAIS, VISANDO GARANTIR A GUARDA DAS VACINAS.”

II - PARECER DO RELATORConforme determina o artigo 26, parágrafo 1º do Regimento

Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, com-pete a esta Comissão de Constituição e Justiça se pronunciar acercada constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa doprojeto.

O Projeto de lei em análise tem por objetivo determinar apresença de um policial militar nos postos de vacinação estaduais emunicipais, visando garantir a guarda das vacinas.

Inicialmente, destaque-se que é competência do Estado legis-lar sobre questões que envolvam saúde e segurança, na forma doque dispõe a Constituição do Estado do Rio de Janeiro, in verbis:

“Art. 73. É competência do Estado, em comum com a Uniãoe os Municípios:

(...)II - cuidar da saúde, assistência pública e da proteção das

pessoas portadoras de deficiência;(...)”“Art. 74. Compete ao Estado, concorrentemente com a União,

legislar sobre:(...)XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;(...)”

No entanto, a proposta colide com a Constituição Estadualque trata essa matéria como sendo exclusiva do Poder Executivo,conforme transcrito abaixo:

“Art. 112. A iniciativa das leis complementares e ordináriascabe a qualquer membro ou Comissão da Assembléia Legislativa, aoGovernador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público eaos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

§ 1º São de iniciativa privativa do Governador do Estado asleis que:

(...)II - disponham sobre:b) servidores públicos do Estado, seu regime jurídico, provi-

mento de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma etransferência de militares para a inatividade;

(...)”

“Art. 145. Compete privativamente ao Governador do Estado:(...)VI - dispor sobre a organização e o funcionamento da ad-

ministração estadual, na forma da lei;(...)”

Deste modo, os profissionais da segurança pública, especi-ficamente, os policiais militares se enquadram como servidores públi-cos, por isso a competência privativa do Poder Executivo em legislarsobre a matéria.

Nesse sentido, certo de que a proposição legislativa é lou-vável e sua matéria de natureza constitucional, cujo óbice de iniciativalegislativa pode ser superado com as seguintes emendas que propo-nho:

EMENDA MODIFICATIVA N.º 01

Modifica-se a ementa do Projeto de Lei n.º 3742/2021, quepassa vigorar com a seguinte redação:

“FICA O PODER EXECUTIVO AUTORIZADO A DISPONIBI-LIZAR UM POLICIAL MILITAR NOS POSTOS DE VACINAÇÃO CON-TRA COVID-19, VISANDO GARANTIR A GUARDA DAS VACINAS.”

EMENDA MODIFICATIVA N.º 02

Modifica-se o artigo 1º do Projeto de Lei n.º 3742/2021, quepassa vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1º- Fica o Poder Executivo autorizado a disponibilizarum policial militar nos postos de vacinação contra o Covid-19, visandogarantir a guarda das vacinas, evitando que sejam furtadas ou des-viadas para comercialização irregular.”

EMENDA SUPRESSIVA N.º 03

Suprima-se o artigo 2º do Projeto de Lei n.º 3742/2021.

EMENDA MODIFICATIVA N.º 04

Modifica-se o artigo 4º do Projeto de Lei n.º 3742/2021, quepassa vigorar com a seguinte redação:

“Art. 4º - A não observância do disposto nesta Lei, acarretaráaos envolvidos as penalidades legais cabíveis.”

EMENDA ADITIVA N.º 05

Inclua-se um artigo ao Projeto de Lei n.º 3742/2021, com aseguinte redação:

“Art. - O Poder Executivo regulamentará a presente Lei.”

Diante do exposto, meu parecer ao Projeto de Lei n.º3742/2021 é pela CONSTITUCIONALIDADE, COM EMENDAS.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputado MÁRCIO PACHECO, Relator”

(Conclui a leitura)

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Saúde, tem a palavra a Deputada Martha Ro-cha.

A SRA. MARTHA ROCHA (Para emitir parecer) - Sr. Presi-dente, entendo perfeitamente a preocupação do Deputado Átila Nu-nes. Recentemente, tivemos notícia do furto de 50 doses num postode saúde da Prefeitura, no bairro de Coelho Neto. Vou dar parecerfavorável, mas estou apresentando algumas emendas, porque sinto anecessidade do aperfeiçoamento do tema.

Se vai haver a presença de um policial militar, é necessárioque este esteja imunizado, porque o restante dos servidores dos pos-tos de saúde já estará. Seria também pertinente que a Prefeitura es-tabelecesse o pagamento desse servidor pelo Proeis, programa ade-quado para utilizar servidores militares em outras áreas, seja na Pre-feitura ou em outros espaços do Governo.

Eu acho que a Prefeitura do Rio de Janeiro, em particular, aocontratar os serviços daquele posto, seja por OS ou não, o faz sem-pre com uma empresa de segurança. As notícias são de que, no mo-mento do furto, o segurança encontrava-se dormindo. Acho que va-mos trazer uma nova atribuição para a Polícia Militar. Entendo a preo-cupação, mas vejo que esse projeto merece aperfeiçoamento. Mesmoassim, entendendo o interesse do parlamentar, eu voto favoravelmenteao projeto.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Mas é comemenda pela Comissão?

A SRA. MARTHA ROCHA - Eu apresento as emendas pelaComissão.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Ok.Para emitir parecer pela Comissão de Segurança Pública e

Assuntos de Polícia, tem a palavra o Deputado Delegado Carlos Au-gusto.

O SR. DELEGADO CARLOS AUGUSTO (Para emitir parecer)- Acompanho a CCJ, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeirae Controle, tem a palavra o Deputado Márcio Canella.

O SR. MÁRCIO CANELLA (Para emitir parecer) - Sr. Presi-dente André Ceciliano, acompanho o parecer da CCJ.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Com os pare-ceres emitidos, em discussão a matéria. Não havendo quem queiradiscuti-la, encerrada a discussão.

A presente proposta recebeu 21 Emendas e retorna às Co-missões.

O SR. MÁRCIO CANELLA - Peço a palavra pela ordem, Sr.Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Tem a palavra,pela ordem, o Deputado Márcio Canella.

O SR. MÁRCIO CANELLA (Pela ordem) - Sr. Presidente,quero parabenizar o Secretário da Polícia Militar Coronel Figueiredopelo bom trabalho que vem fazendo à frente da Polícia Militar do Es-tado do Rio de Janeiro. Reduziram todos os índices criminais no anode 2019/2020, roubo de veículo, roubo de rua, homicídio, latrocínio,roubo à residência, comércio. No Estado do Rio de Janeiro houve amaior apreensão de fuzis na história e menor taxa de homicídio des-de 1991. Quero parabenizar o Secretário e agradecer, também, pelaintervenção que ele tem feito na Baixada Fluminense, principalmente,na minha Cidade de Belford Roxo. Eu estive lá com o Governador,levei uma demanda muito forte, que era a questão do Roseiral, e hojejá está instalada uma companhia destacada, trazendo mais segurançae dias melhores para aquela população. Então, não poderia deixar devir ao microfone parabenizar o Governador e o Secretário da PolíciaMilitar Coronel Figueiredo.

Muito obrigado.

O SR. RODRIGO AMORIM - Peço a palavra pela ordem, Sr.Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Tem a palavra,pela ordem, o Deputado Rodrigo Amorim.

O SR. RODRIGO AMORIM (Pela ordem) - Sr. Presidente, écoisa rápida. Acompanhei as discussões na Sessão anterior e querodizer que a Comissão de Servidores Públicos nesta Casa foi insta-lada, tenho a honra de presidi-la, já conversei com os demais mem-bros, Deputado Flávio Serafini, estamos propondo um plano de tra-balho, vamos aprovar na semana que vem, deliberar na semana quevem, e dentre os vários itens desse plano inclui a discussão sobre aotimização da jurisdição militar para que possamos rever toda a ques-tão, toda a discussão das punições, das exclusões da Polícia Militare, também, os servidores militares aqui do Estado do Rio de Janeiro,para que possamos acompanhar de perto as demandas inerentes àcategoria, como foram faladas aqui, as promoções tanto de praçaquanto de oficiais, a questão propriamente das exclusões, o vale-transporte, a escala de serviço e, principalmente, Sr. Presidente, umapauta, vamos criar um grupo específico para isso, que é a pauta doconcurso público. No caso específico da Polícia, temos o CFSD-2014,que ainda precisamos botar o dedo nessa ferida e avançar. Já avan-çamos no ano passado, mas precisamos chamar uma nova turmaagora para o Cefap, além de outros concursos que estão em aberto.Tivemos um ganho agora com a mudança de parecer da PGE, depoisde muito esta Casa insistir. Portanto, avançaremos muito no que dizrespeito ao concurso público e será, também, um tema tocado commuito carinho e com muita atenção pela Comissão de Servidores Pú-blicos da Assembleia Legislativa.

A SRA. LUCINHA - Peço a palavra pela ordem, Sr. Presi-dente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Tem a palavra,pela ordem, a Deputada Lucinha, depois o Deputado Alexandre e oDeputado Dionísio Lins.

A SRA. LUCINHA (Pela ordem) - Sr. Presidente, eu queroaproveitar a oportunidade, estou esperando a Elen, que estará aquino plenário, para resolvermos, definitivamente, a Comissão Especialpara tratar de um assunto tão polêmico que é a questão da SuperVia,Metrô, Barcas e das empresas de ônibus, até porque essa Comissãoiniciou-se no ano passado, ficou paralisada durante o período da pan-demia, e foi solicitada por diversos Deputados uma nova comissão es-pecial, mas tanto eu quanto o senhor chegamos à conclusão que eramelhor aproveitar a Comissão Especial do ano passado. Vamos reor-ganizar essa Comissão incluindo o Deputado Eliomar Coelho, que fezquestão de participar, a Deputada Tia Ju, e outros atores, também,como o Deputado Waldeck Carneiro, Luiz Paulo, Martha Rocha, paraque possamos nos aprofundar na questão do transporte de massa,porque a situação está caótica, vivemos momento de pandemia e otransporte público é o maior contágio que temos dessa doença. E, in-felizmente, a população é renegada a qualquer tipo de atendimentosatisfatório, os trens andam superlotados, o metrô, ônibus não tem ea população está padecendo, às vezes andando 3 km da estação detrem até suas casas, porque não tem ônibus.

E quero aproveitar este momento, Deputado André Ceciliano,para parabenizar o playboy aqui do meu lado, se o senhor me per-mite, porque ontem ele estava demais, sabia mais a mulher do Go-vernador afastado do que o próprio Governador. Eu fiquei chocada,juro. Sabia até onde ela compra joias. Fiquei chocada com isso. In-clusive fiquei muito chocada e até brinquei com ele que sabe mais doque o próprio Governador, que disse que não sabia o que a mulherdele sabia ou deixava de fazer, que não era da obrigação dele.

Estranho, não é? Ele mora com a mulher, convive com a es-posa e não sabe de nada? Foi uma figura aquela audiência de on-tem!

Deputado André Ceciliano, eu sou de pouco questionar a Po-lícia Militar, não tenho muito contato com essa área, V.Exa. sabe bemdisso. Sempre autuei dentro das áreas de comunidades, sempre vivi aminha vida na minha própria realidade. Uma hora estava em umaárea, a do narcotráfico, outra hora estava em outra, a da milícia. Euvou vivendo. Já estou assim há quantos mandatos? Quatro de Ve-readora, três de Deputada. Mas eu queria fazer um pedido a V.Exa.,porque fiz um requerimento encaminhado ao Secretário da Polícia Mi-litar, o Coronel Figueiredo.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO

��� ����� � ��� � � �� �� ��

����������� � � � �� �� �� �� ���

Durante dez dias, Deputado André Ceciliano, eu andei na mi-nha região, a Zona Oeste. V.Exa. não pode imaginar o que havia defesta: festa country, funk, pagode, tudo festa! Eu denunciei, Deputado,fiz o meu papel. Em uma ou outra festa a polícia agiu, mas não nasua grande maioria. Como é que a Polícia Militar não toma conhe-cimento dessas festas, se estavam nas redes sociais, se havia car-tazes, se estavam nos grupos de WhatsApp?

Infelizmente, isso aconteceu e eu estou fazendo requerimentode informação questionando o comportamento do comandante. Se eu,Deputada, tenho conhecimento dessas festas, ando na rua, a popu-lação também tem. Fica-se sabendo delas por grupos de WhatsApp,por rede social. Não existe mais papelzinho para comprar não, é tudoaberto. Uma festa rave, na Estrada dos Caboclos, começou às 21 ho-ras e só acabou depois que eu fiz uma denúncia, às 8 horas da ma-nhã seguinte. Todos dos condomínios ali do entorno denunciaram equestionaram, porque ninguém dormia.

Outro fato preocupante, Deputado André Ceciliano: V.Exa. sa-be que os hospitais estão todos comprometidos com a questão daCovid. Imagine, então, o pessoal enchendo a cara em festinha de ra-ve, em bailinho, com um som danado. Aí o cara bate de carro e vaiparar onde? No Hospital Rocha Faria, que está superlotado - salavermelha, sala amarela, cheias de contágio de Covid.

Fiquei muito feliz na segunda-feira. Recordo que V.Exa. in-termediou uma reunião que eu lhe solicitei, com o Presidente da Ce-dae - não sei se V.Exa. se lembra disso. Tivemos uma reunião noseu gabinete, eu, V.Exa., o então Governador, tinha acabado de as-sumir, Cláudio Castro - é um menino, um garoto o nosso Governador.Fizemos essa reunião, não sei se V.Exa. se recorda, e eu pedi quefosse resolvido o problema de falta d'água no Cesarão. Pois bem, oproblema ia completar um ano em maio, mas, graças a Deus, segun-da-feira foi instalada a bomba. Claro que me aborreci muito, cobreimuito, mas segunda-feira a água já começou a chegar à casa dosmoradores do Cesarão, em Santa Cruz. Agradeço. Nossa reunião,junto com a Cedae, junto com o Governador, foi no sentido de ga-rantir água de boa qualidade para a população, porque sem água nãohá como combater a Covid.

Mais uma vez, Deputado André Ceciliano, parabenizo o play-boy, porque ele sabe de tudo. Até joias ele conhece. Vamos lá!

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputado Ale-xandre Freitas, em seguida Deputado Dionísio Lins.

O SR. ALEXANDRE FREITAS - Sr. Presidente, eu li os au-tos, por isso conheço os fatos que envolvem o processo de impea-chment.

Mais uma vez, o Judiciário desrespeita o Estado do Rio deJaneiro, desrespeita o Parlamento, desrespeita o cidadão fluminense.O STF acabou de decretar inconstitucional a lei que autorizava o li-cenciamento de veículos desobrigando o pagamento do IPVA. Ou se-ja, a Alerj aprovou uma lei que permitiu ao cidadão fluminense licen-ciar o seu veículo, porém, o STF entendeu que essa era uma normade trânsito e que o Estado não teria competência para legislar sobreo tema.

É uma vergonha o que fazem com o cidadão fluminense, quejá está tomando pancada atrás de pancada por conta de um lock-down fictício, por conta de uma crise aumentada ainda mais por contade Prefeitos irresponsáveis e autoritário. Agora, com esse seu direitode propriedade, vai ver o IPVA como uma punição e não como umimposto, que é o que deveria ser, apenas. O IPVA vai sendo tratadocomo uma punição e uma restrição direta ao direito de propriedadedo condutor que possui um veículo.

Obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Antes de pas-sar a palavra para o Deputado Dionísio, anuncio que há sobre a me-sa um requerimento do Deputado Márcio Canella: requer, na forma re-gimental, a prorrogação da presente Sessão por 60 minutos, paraconclusão da pauta.

Os Srs. Deputados que aprovam a matéria permaneçam co-mo estão. (Pausa)

Aprovada.Deputado Dionísio Lins.

O SR. LUIZ PAULO - Peço a palavra pela ordem, Sr. Pre-sidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Depois, Depu-tado Luiz Paulo.

O SR. DIONÍSIO LINS - Sr. Presidente André Ceciliano, Sras.e Srs. Parlamentares, quero consignar meu aplauso ao Secretário ecomandante da Polícia Militar. No nosso segmento, a Zona Norte, pre-cisamente Madureira, Vaz Lobo etc., o comandante tem representadoo Governo dignamente. O Coronel Figueiredo tem feito um belo tra-balho, na gestão do Segurança Presente e dos BPMs daqui - o 9º eo 41º -, que têm feito acontecer, garantindo à população um trabalhodigno e honesto.

Na verdade, eu tenho orgulho, hoje, de ter apresentado umPL com o Sr. Presidente André Ceciliano, em que estamos tentandoinibir a venda dos uniformes camuflados e uniformes diversos de mi-litares. Os bandidos ajeitaram meios de comprar na loja, sem apre-sentar carteira de militar, determinados uniformes e utilizá-los. E, comisso, causam desgaste à nossa polícia.

Tiramos da pauta essa semana, a pedido do comandante,que veio ao gabinete, mas peço ao coautor, Sr. Presidente André Ce-ciliano, que o traga de volta na semana que vem. O próprio Gover-nador pediu porque quer sancionar esse objetivo nosso: acabar com avenda de camuflados, a venda de uniformes, o que traz para a políciahonrada um constrangimento. O bandido passa a usar o camuflado,anda para lá e para cá com o fardamento, e o cara não é polícia. Aí,depois, a população fica na descrença, achando que é prática nãorepublicana da polícia.

Faço um apelo ao Sr. Presidente André Ceciliano para que,na próxima semana, na terça-feira, coloquemos isso em votação úni-ca. Até porque temos visto na TV, no noticiário, que todos da milíciaque estão sendo presos têm um armamento perigoso e, do lado, umuniforme de militar, um uniforme camuflado. Sabe por quê? As lojas,hoje, vendem esse tipo de uniforme e não pedem nenhuma identifi-cação.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputado LuizPaulo.

O SR. LUIZ PAULO - Sr. Presidente, eu pedi pela ordem e oque vou fazer não é muito comum. Já houve hoje quatro pela ordenspara fazer intervenção a respeito do Comando Geral da Polícia Mi-l i t a r.

Bem sabe V.Exa. que eu e o Deputado Subtenente Bernardo,que está aqui assistindo, somos autores de uma Lei que define quequem faz vistoria de veículos em logradouro público é o Detran, oagente de trânsito -, tendo que filmar a vistoria, para não haver qual-quer extorsão ao condutor do veículo, carro ou moto. Essa Lei estávigendo mansa e pacificamente.

O Comandante-Geral da Polícia Militar tem insistido em fazerblitz de fiscalização do estado de conservação dos veículos, contra-riando a Lei estadual. E, quando abordado pela mídia, que diz queele não pode fazer isso, ele faz uma leitura enviesada do Código deTrânsito Brasileiro, que eu, particularmente, conheço, Sr. Presidente,uma vez que já fui Secretário de Transportes de município.

Ele diz que a Polícia Militar, dentro do CTB, pode fazer fis-calização de trânsito desde que conveniada. Claro que pode. Desdequando uma autoridade militar não pode multar um infrator que avan-ce um sinal? Claro que pode, principalmente se tiver delegação decompetência e o talonário de multa. Claro que pode.

Mas não é isso que a Polícia Militar tem feito. Tem feito blitzpara ver o estado do veículo e aí cria uma porção de problemas, prin-cipalmente, nesse período da pandemia para os motoboys. Outro dia,vejam o grau que chegou, foram os motoboys fazer entrega em favelacom os seus capacetes. E na favela, sabe quem frequenta, nós te-mos um regime de anomia, as leis que valem para a cidade não va-lem para o comando do narco nem para o comando da milícia. E nãodeixam os entregadores subirem a favela de capacete.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputado Luiz,vamos para a conclusão, por favor.

O SR. LUIZ PAULO - Vou concluir, Sr. Presidente, todo mun-do falou muito sobre isso. De capacete. Tira o capacete. Na hora emque tira o capacete, vem a PM em cima. Aí, o que eles fazem? Vaipagar a multa, perder dias e dias de trabalho. Como é que age? Nãoentrega?

Então, Sr. Presidente, o Deputado Subtenente Bernardo e euencaminhamos um ofício ao Governador pedindo que ele faça umamediação de conflito com a direção da Polícia Militar, porque lei es-tadual é para ser cumprida.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - A Presidên-cia...

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente...

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputado Ro-drigo Amorim. Por gentileza, brevemente.

O SR. RODRIGO AMORIM - Coisa rápida. Tem a ver com adiscussão aqui. Já há um Projeto promovendo alteração da lei a queo Deputado se referiu. Peço para V.Exa. incluir em pauta, porque tra-zer essa discussão para o Plenário é importante, é o 3645. Já estásaneado, é só para pedir a inclusão em pauta. Já está em Regime deUrgência, também.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - O.k.Nada mais havendo a tratar na 4ª Sessão Extraordinária, de-

claro-a encerrada.

(Encerra-se a Sessão às 14h05min)

PRESIDÊNCIA DO SENHOR DEPUTADO ANDRÉ CECILIA-NO, PRESIDENTE

RELAÇÃO DOS PARLAMENTARES PRESENTES NA 71ª SESSÃOEXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 08 DE ABRIL DE 2021

Adriana Balthazar, Alana Passos, Alexandre Freitas, Ale-xandre Knoploch, Anderson Alexandre, Anderson Moraes, AndréCorrêa, André Ceciliano, Átila Nunes, Bebeto, Brazão, Carlos Ma-cedo, Carlos Minc, Célia Jordão, Charlles Batista, Chico Machado,Chiquinho da Mangueira, Coronel Salema, Dani Monteiro, DannielLibrelon, Delegado Carlos Augusto, Dionísio Lins, Dr. Deodalto,Eliomar Coelho, Elton Cristo, Enfermeira Rejane, Eurico Júnior,Fábio Silva, Felipe Peixoto, Filipe Soares, Filippe Poubel, FlávioSerafini, Franciane Motta, Giovani Ratinho, Gustavo Schmidt, JairBittencourt, Léo Vieira, Lucinha, Luiz Martins, Luiz Paulo, MarceloCabeleireiro, Marcelo Dino, Márcio Canella, Márcio Gualberto,Márcio Pacheco, Marcos Abrahão, Marcus Vinícius, Martha Rocha,Max Lemos, Mônica Francisco, Pedro Ricardo, Renata Souza, Re-nato Zaca, Rodrigo Amorim, Rodrigo Bacellar, Rosane Felix, Ro-senverg Reis, Rubens Bomtempo, Samuel Malafaia, Sérgio Fer-nandes, Subtenente Bernardo, Tia Ju, Val Ceasa, Valdecy da Saú-de, Vandro Familia, Waldeck Carneiro, Wellington José, Zeidan

EMENDAS DE PLENÁRIO, EM REGIME DE URGÊNCIA, EM DIS-CUSSÃO ÚNICA, AO PROJETO DE LEI Nº 3742/2021, DE AUTO-RIA DO DEPUTADO ÁTILA NUNES

ADITIVA Nº 01

Acrescenta-se o parágrafo segundo ao art. 1º, com a seguin-te redação:

“§ 2° - Para a atuação do policial militar regulada pelo caputdesde artigo, deverá o mesmo estar devidamente vacinado contra aCOVID-19. ”

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados MARTHA ROCHA, André Ceciliano, Rodrigo Ba-

cellar

ADITIVA Nº 02

Acrescenta-se o parágrafo primeiro ao art. 1º, com a seguinteredação:

“§ 1° - A permanência do policial militar nos postos de va-cinação mencionada no caput está vinculada ao planejamento prévioe favorável a ser elaborado pela Secretaria de Estado de Polícia Mi-litar. ”

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados MARTHA ROCHA, André Ceciliano, Rodrigo Ba-

cellar

MODIFICATIVA Nº 03

Modifique-se o Art. 5º do presente Projeto de Lei, que passaa ter a seguinte redação:

“Art. 5º - O Poder Executivo Estadual poderá celebrar con-vênio com os municípios, nos moldes do Programa Estadual de In-tegração na Segurança (PROEIS) com a finalidade de garantir a pre-sença dos policiais nos postos de vacinação e a remuneração dosmesmos.”

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados MARTHA ROCHA, André Ceciliano, Rodrigo Ba-

cellar

MODIFICATIVA Nº 04

Modifique-se o Art. 4º do presente Projeto de Lei, que passaa ter a seguinte redação:

“Art. 4º - A não observância do disposto no artigo anteriorsujeitará os infratores às sanções impostas pela legislação em vigor,por meio da instauração do processo administrativo disciplinar com-petente, observando-se os princípios da ampla defesa e do contradi-tório. ”

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados MARTHA ROCHA, André Ceciliano, Rodrigo Ba-

cellar

MODIFICATIVA Nº 05

Modifique-se o Art. 2º do presente Projeto de Lei, que passaa ter a seguinte redação:

“Art. 2º - Caberá ao Poder Executivo por meio da Secretariade Estado de Polícia Militar, determinar aos batalhões dessa institui-ção que sejam intensificadas as rondas de viaturas policiais militarespróximas às unidades de saúde de vacinação, com o objetivo de as-segurar a guarda das vacinas. ”

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados MARTHA ROCHA, André Ceciliano, Rodrigo Ba-

cellar

MODIFICATIVA Nº 06

Modifique-se a EMENTA do presente Projeto de Lei, que pas-sa a ter a seguinte redação:

“DETERMINA A OBRIGATORIEDADE DA PRESENÇA DEUM POLICIAL MILITAR NOS POSTOS DE VACINAÇÃO ESTADUAISE MUNICIPAIS, VISANDO GARANTIR A GUARDA DAS VACINAS,DURANTE O PERÍODO DA PANDEMIA PROVOCADA PELA COVID-19, NA FORMA QUE MENCIONA. ”

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados MARTHA ROCHA, André Ceciliano, Rodrigo Ba-

cellar

MODIFICATIVA Nº 07

Modifica-se a Ementa, que passa a contar com a seguinteredação:

DETERMINA A OBRIGATORIEDADE DA PRESENÇA DE UMPOLICIAL MILITAR NOS POSTOS DE VACINAÇÃO ESTADUAIS EMUNICIPAIS, VISANDO GARANTIR A ORDEM NOS LOCAIS DE VA-CINAÇÃO.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados ENFERMEIRA REJANE, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

MODIFICATIVA Nº 08

Modifica-se o artigo 1°, que passa a contar com a seguinteredação:

Art. 1º- Fica determinada a obrigatoriedade da presença deum policial militar nos postos de vacinação estaduais e municipais, vi-sando garantir a ordem no local de vacinação, a segurança dos pro-fissionais de saúde que estejam atuando no local e a guarda das va-cinas.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados ENFERMEIRA REJANE, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

MODIFICATIVA Nº 09

Modifica-se o artigo 3° Projeto de Lei n° 3742/2021, que pas-sa a contar com a seguinte redação:

Art. 3º No ato da entrega dos lotes o Policial militar deveráacompanhar a contagem das doses disponíveis, devendo reportarimediatamente as autoridades competentes eventual discrepância nototal das doses entregues.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados ENFERMEIRA REJANE, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

MODIFICATIVA Nº 10

Modifique-se o art. 1º do Projeto de Lei nº 3742/2021, quepassa a ter a seguinte redação:

“Art. 1º- Fica autorizado o Poder Executivo a determinar apresença de um policial militar nos postos de vacinação estaduais emunicipais, visando garantir a guarda das vacinas, evitando que sejamfurtadas ou desviadas para comercialização irregular. ”

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados ALEXANDRE FREITAS, ADRIANA BALTHAZAR,

André Ceciliano, Rodrigo Bacellar

MODIFICATIVA Nº 11

Modifique-se o artigo 1º do projeto de lei nº 3742/2021, quepassa a ter a seguinte redação:

Art. 1º- Autoriza a presença de um policial militar nos postosde vacinação estaduais e municipais, visando garantir a guarda dasvacinas, evitando que sejam furtadas ou desviadas para comerciali-zação irregular.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados CHARLLES BATISTA, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

MODIFICATIVA Nº 12

Modifique-se o artigo 2º do projeto de lei nº 3742/2021, quepassa a ter a seguinte redação:

Art. 2º - A Secretaria de Estado de Polícia Militar poderá de-terminar aos batalhões da sua instituição que sejam intensificadas asrondas de viaturas policiais militares próximas às unidades de saúdede vacinação com o objetivo assegurar a guarda das vacinas

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados CHARLLES BATISTA, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

MODIFICATIVA Nº 13

Modifique-se o Artigo 4º, que passa a ter a seguinte reda-ção:

Art. 4º - A não observância da disposição do Caput anteriorprevista nesta Lei sujeitará aos infratores e superiores hierárquicos aaplicação das penalidades previstas em leis e regulamentos, obser-vando sempre os princípios da ampla defesa, do contraditório e daproporcionalidade.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados: CHARLLES BATISTA, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

MODIFICATIVA Nº 14

Modifica-se o Artigo 3º, que passa a ter a seguinte redação:Art. 3º: O quantitativo das vacinas destinadas a cada unidade

de saúde deverá ser verificado no ato da entrega pelo responsável daprópria unidade e poderá ser acompanhado pelo policial de plantãopresente na unidade de saúde.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados: RENATA SOUZA, MÔNICA FRANCISCO, DANI

MONTEIRO, ELIOMAR COELHO, FLAVIO SERAFINI, André Ceciliano,Rodrigo Bacellar

MODIFICATIVA Nº 15

Modifica-se o Art. 1º, que passa a ter a seguinte redação:Art. 1º: Fica autorizada a presença de um policial militar nos

postos de vacinação estaduais e municipais, visando garantir a guardadas vacinas, durante a pandemia da COVID 19.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados: RENATA SOUZA, MÔNICA FRANCISCO, DANI

MONTEIRO, ELIOMAR COELHO, FLAVIO SERAFINI, André Ceciliano,Rodrigo Bacellar

MODIFICATIVA Nº 16

Modifica-se a EMENTA, que passa a ter a seguinte redação:AUTORIZA A PRESENÇA DE UM POLICIAL MILITAR NOS

POSTOS DE VACINAÇÃO ESTADUAIS E MUNICIPAIS, VISANDOGARANTIR A GUARDA DAS VACINAS DURANTE A PANDEMIA DACOVID 19.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados: RENATA SOUZA, MÔNICA FRANCISCO, DANI

MONTEIRO, ELIOMAR COELHO, FLAVIO SERAFINI, André Ceciliano,Rodrigo Bacellar

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO����� ��� �

�� �� �����

��������� � �� ���� �� ����

MODIFICATIVA Nº 17

Modifique-se o Art. 1º, que passará a ter a seguinte reda-ção:

Art. 1º - Fica determinada a obrigatoriedade da presença deum agente de segurança pública nos postos de vacinação estaduais emunicipais, visando garantir a guarda das vacinas, que sejam furtadasou desviadas para comercialização irregular.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados: RENATO ZACA, André Ceciliano, Rodrigo Bacel-

lar

SUPRESSIVA Nº 18

Suprima-se o Art. 2°, renumerando-se os demais.Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados: RENATO ZACA, André Ceciliano, Rodrigo Bacel-

larMODIFICATIVA Nº 19

Modifique-se o Art. 3°, que passará a ter a seguinte reda-ção:

Art. 3° - O quantitativo das vacinas destinadas a cada uni-dade de saúde deverá ser verificado no ato da entrega pelo respon-sável da própria unidade com a presença do agente de segurança pú-blica de plantão para garantir o controle de entrega.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados: RENATO ZACA, André Ceciliano, Rodrigo Bacel-

larMODIFICATIVA Nº 20

Modifique-se o Art. 4º, que passar a ter a seguinte redação:Art. 4º - A inobservância do disposto no Art. 3° da presente

Lei sujeitará aos infratores e superiores hierárquicos a aplicação deprocesso administrativo, conduzido por uma comissão especial deapuração da Secretaria de Estado de Saúde em conjunto com a Se-cretaria de Estado responsável pelo agente de segurança públicaplantonista no momento da infração, observando sempre os princípiosda ampla defesa, do contraditório e da proporcionalidade.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados: RENATO ZACA, André Ceciliano, Rodrigo Bacel-

lar

MODIFICATIVA Nº 21

Modifique-se o Art.5°, que passar a ter a seguinte redação:Art. 5° - O Poder Executivo fica autorizado a celebrar con-

vênio com os municípios, com a finalidade de garantir a presença doagente segurança pública nos estabelecimentos de saúde destinadosà vacinação para o combate da Covid-19.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados: RENATO ZACA, André Ceciliano, Rodrigo Bacel-

lar

ATA DA 72ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA,REALIZADA EM 08 DE ABRIL DE 2021.

Às 14h07min, com a presença dos Senhores Deputados:Adriana Balthazar, Alana Passos, Alexandre Freitas, AlexandreKnoploch, Anderson Alexandre, Anderson Moraes, André Corrêa,André Ceciliano, Átila Nunes, Bebeto, Brazão, Carlos Macedo,Carlos Minc, Célia Jordão, Charlles Batista, Chico Machado, Chi-quinho da Mangueira, Coronel Salema, Dani Monteiro, Danniel Li-brelon, Delegado Carlos Augusto, Dionísio Lins, Dr. Deodalto,Eliomar Coelho, Elton Cristo, Enfermeira Rejane, Eurico Júnior,Fábio Silva, Felipe Peixoto, Filipe Soares, Filippe Poubel, FlávioSerafini, Franciane Motta, Giovani Ratinho, Gustavo Schmidt, JairBittencourt, Léo Vieira, Lucinha, Luiz Martins, Luiz Paulo, MarceloCabeleireiro, Marcelo Dino, Márcio Canella, Márcio Gualberto,Márcio Pacheco, Marcos Abrahão, Marcus Vinícius, Martha Rocha,Max Lemos, Mônica Francisco, Pedro Ricardo, Renata Souza, Re-nato Zaca, Rodrigo Amorim, Rodrigo Bacellar, Rosane Felix, Ro-senverg Reis, Rubens Bomtempo, Samuel Malafaia, Sérgio Fer-nandes, Subtenente Bernardo, Tia Ju, Val Ceasa, Valdecy da Saú-de, Vandro Familia, Waldeck Carneiro, Wellington Jose, Zeidan(68), assume a Presidência o Senhor Deputado ANDRÉ CECILIANO,Presidente; ocupando os lugares de 1º, 2º, 3º e 4º Secretários, res-pectivamente, os Senhores Deputados: Tia Ju, 2º Secretário; RenatoZaca, 3º Secretário; Filipe Soares, 4º Secretário; Brazão, 1º Vogal.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - “Sob a proteçãode Deus, iniciamos os nossos trabalhos.” Havendo número legal, estáaberta a Sessão.

(É lida pelo Senhor 2º Secretário a Ata da Sessão anteriorque, sem restrições, é considerada aprovada.)

Passa-se à

Ordem do Dia

O SR. RODRIGO AMORIM - Peço a palavra pela ordem, Sr.Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Pela ordem aofinal.

O SR. RODRIGO AMORIM - É só para registrar a presençado Vereador Jeffinho de Itaperuna, Vereador mais votado de Itaperunae o Macarrão também.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Sejam bem-vin-dos.

Anuncia-se a Discussão Única, em Regime de Urgência:

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 57/2021, DE AUTO-RIA DO DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, QUE SUSTA OSEFEITOS DO DECRETO N.º 47.422, DE 23 DE DEZEMBRODE 2020.(PENDENDO DE PARECERES DAS COMISSÕES: DECONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA; DE SANEAMENTO AMBIEN-TAL; DE ASSUNTOS MUNICIPAIS E DE DESENVOLVIMEN-TO REGIONAL; DE ECONOMIA, INDÚSTRIA E COMÉRCIO;E DE ORÇAMENTO, FINANÇAS, FISCALIZAÇÃO FINANCEI-RA E CONTROLE)

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Constituição e Justiça tem a palavra o De-putado Márcio Pacheco.

O SR. MÁRCIO PACHECO (Para emitir parecer) - Parecerpela constitucionalidade.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Saneamento Ambiental, tem a palavra o De-putado Gustavo Schmidt.

O SR. GUSTAVO SCHMIDT (Para emitir parecer) - Parecerfavorável, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Assuntos Municipais e de DesenvolvimentoRegional, tem a palavra o Deputado Carlos Macedo.

O SR. CARLOS MACEDO (Para emitir parecer) - Favorável,Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Economia, Indústria e Comércio, tem a pa-lavra o Deputado Waldeck Carneiro.

O SR. WALDECK CARNEIRO (Para emitir parecer) - Sr. Pre-sidente, V.Exa. apresenta este Projeto de Decreto Legislativo 57/2021,que propõe que sejam sustados os efeitos do Decreto Estadual bai-xado pelo Governador em exercício, Decreto 47.422 de 23 de dezem-bro de 2020, que é o decreto que dá base para a publicação do edi-tal da concessão internacional nº 1 de 2020, sobre a privatização deserviços de distribuição de água no Rio de Janeiro.

Deputado André Ceciliano, V.Exa. tem uma tese que sustentaesse decreto. E eu tenho integral acordo com esta tese. A tese queV.Exa. desenvolve inclusive na sua exposição de motivos, é uma tesesobre a qual nós temos debatido, inclusive, entre outros fóruns, nofórum que V.Exa. tem coordenado, que reúne vários setores da eco-nomia do Estado, comunidade científica. Enfim, qual seja: a Uniãonão pode continuar tratando o Rio de Janeiro do jeito que vem tra-tando.

Já nos bastam, como problemas, as dificuldades relacionadasà tributação do petróleo, à Lei Kandir. Mas, além disso, nós fomos oúnico Estado que aderiu ao Regime de Recuperação Fiscal em 2017,e é bom lembrar que havia regras duras para o Estado aderir àqueleRegime, o único Estado da Federação que fez isso.

Em 2020, quando expirou o prazo de três anos da primeiraetapa do Regime de Recuperação Fiscal, passamos a ter dificuldadespara ter a prorrogação deste Regime por igual período, por outrostrês anos. Dificuldades que eram políticas, o fundo das dificuldadeseram políticas. Mas, depois, o próprio Ministério da Economia, sob ocomando do Sr. Paulo Guedes, começou a apresentar uma série deobstáculos adicionais e burocráticos para a prorrogação do Regime deRecuperação Fiscal.

Entre outras questões que surgiram nesse intervalo de tem-po, foi a própria Lei Complementar que alterou o regramento geral so-bre o Regime de Recuperação Fiscal. E, agora, com imposições queafetam concursos públicos, que afetam outros aspectos importantesda administração pública nos Estados.

Nós temos que ter, do ponto de vista do Regime de Recu-peração Fiscal, o Estado tem que ter o direito...

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputado Wal-deck Carneiro, com todo o respeito, no momento da discussão. Nósvamos inscrever em discussão, para discutir a matéria. Todos terãodireito.

O SR. LUIZ PAULO - Peço a palavra para discutir a matéria,Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Então, por fa-vor, V.Exa. emita o parecer para que possamos...

O SR. WALDECK CARNEIRO (Para emitir parecer) - Então,peço a palavra para discutir a matéria, por favor, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Um momento.

O SR. LUIZ PAULO - E eu também.

A SRA. MÔNICA FRANCISCO - Peço a palavra para discutira matéria, Sr. Presidente.

O SR. ELIOMAR COELHO - Eu também.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Um instante. Eujá anunciei que eu queria discutir logo, na Sessão anterior. Então, pri-meiro é o Deputado André Ceciliano; segundo, o Deputado WaldeckCarneiro; terceiro, Deputado Luiz Paulo...

A SRA. MARTHA ROCHA - Peço a palavra para discutir amatéria, Sr. Presidente.

A SRA. MÔNICA FRANCISCO - Peço a palavra para discutira matéria, Sr. Presidente.

O SR. ELIOMAR COELHO - Peço a palavra para discutir amatéria, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputado Elio-mar Coelho em quarto...

A SRA. MÔNICA FRANCISCO - Peço a palavra para discutira matéria, Sr. Presidente. Eu falei três vezes.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputada Mô-nica Francisco, Deputada Martha Rocha, Deputada Lucinha.

Um instante, por favor.

A SRA. ENFERMEIRA REJANE - Peço a palavra para dis-cutir a matéria, Sr. Presidente.

A SRA. TIA JU - Peço a palavra para discutir a matéria, Sr.Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Então, vamoslá, Deputados: André Ceciliano, Waldeck Carneiro, Luiz Paulo, EliomarCoelho, Mônica Francisco, Martha Rocha, Lucinha, Renata Souza...

O SR. ALEXANDRE KNOPLOCH - Peço a palavra para dis-cutir a matéria, Sr. Presidente.

A SRA. ENFERMEIRA REJANE - Peço a palavra para dis-cutir a matéria, Sr. Presidente.

A SRA. TIA JU - Peço a palavra para discutir a matéria, Sr.Presidente.

A SRA. DANI MONTEIRO - Peço a palavra para discutir amatéria, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputadas TiaJu, Dani Monteiro, Enfermeira Rejane...

O SR. ALEXANDRE KNOPLOCH - Eu, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputados Ale-xandre Knoploch, Gustavo Schmidt, Alexandre Freitas e Márcio Pa-checo.

O SR. MÁRCIO PACHECO - Não, eu não. Eu só quero pedira palavra pela ordem. Na verdade, é uma questão de ordem. É rá-pida, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Então, vamosde novo, Deputados: André Ceciliano, Waldeck Carneiro, Luiz Paulo,Eliomar Coelho, Mônica Francisco, Martha Rocha, Lucinha, RenataSouza, Tia Ju, Dani Monteiro, Enfermeira Rejane, Alexandre Knoploch,Gustavo Schmidt e Alexandre Freitas.

A SRA. ENFERMEIRA REJANE - E depois encerra, não, é,Sr. Presidente?

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - O quê, Depu-tada?

A SRA. ENFERMEIRA REJANE - Não, para encerrar. Porquenão sabemos o tempo. Encerrar as discussões.

O SR. SAMUEL MALAFAIA - Eu também.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Não, aqui nósnunca encerramos. Se for necessário, nós vamos entrar até as 18 ho-ras.

E, agora, adiciono o Deputado Samuel Malafaia.Sem prejuízo durante as discussões.Então, para discutir.

O SR. MÁRCIO PACHECO - Sr. Presidente?

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Tem a palavra,para questão de ordem, o Deputado Márcio Pacheco.

O SR. MÁRCIO PACHECO - Não, Sr. Presidente, como mui-tos se inscreveram para discussão, eu iria perguntar a V.Exa. se nósconseguiríamos antecipar a Sessão Ordinária, são dois Projetos sim-ples para dar parecer. E V.Exa. poderia fazer com tranquilidade asdiscussões.

Era só um encaminhamento a V.Exa.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Mas teria queser antes de eu anunciar a 5ª Sessão Extraordinária, antes de abrir.Não vai ter jeito.

O SR. MÁRCIO PACHECO - É, porque nós não sabíamosque tantas pessoas iriam fazer o encaminhamento. Sem problema.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Só quero anun-ciar que já há 12 Emendas ao Projeto.

O SR. WALDECK CARNEIRO - Sr. Presidente André Ceci-liano, precisa completar a emissão dos pareceres, então, por favor.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - É verdade.

O SR. WALDECK CARNEIRO (Para emitir parecer) - Então,eu vou completar. É mesmo melhor fazer a discussão durante o pe-ríodo de discussão, V.Exa. tem razão. Meu parecer pela Comissão deEconomia, Indústria e Comércio, embora eu tenha ressalvas ao Artigo2º, fiz emendas a respeito, mas, neste momento, o parecer é favo-rável, sem prejuízo das Emendas que foram apresentadas.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeirae Controle, tem a palavra o Deputado Márcio Canella.

O SR. MÁRCIO CANELLA (Para emitir parecer) - Favorável,Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Com os pare-ceres emitidos, em discussão a matéria. Serei rápido aqui, então.

Nós que acompanhamos 2016, 2017 e 2018, quando vota-mos aquelas medidas duras para que o Estado pudesse aderir ao Re-gime de Recuperação Fiscal, ninguém menos, ninguém mais do queeu apoiei as medidas, votei, tive inclusive problemas com o meu pró-prio partido, que pediu a minha expulsão algumas vezes, por contadas minhas votações aqui no Plenário.

Eu posso dizer aqui que nós - e aí, falo em nome de umagrande maioria do Plenário, sem dúvida, até aqueles que são favo-ráveis à privatização - sabemos que esse PDL é importante, porque éo único instrumento que podemos exigir, para que tenhamos o Re-gime de Recuperação. Porque hoje nós estamos sob liminar. Hoje, oRio está no Regime de Recuperação por uma liminar do PresidenteFux.

E mais do que isso, Deputado Luiz, até o final de março, oEstado já pagou ao Governo Federal um bilhão e 30 milhões dereais, por conta de estarmos no Regime, no acordo de 2017, mesmosob liminar. Um bi e 30 milhões.

Então, se nós discutirmos todo o 2021, daqui a pouco, va-mos pagar quase quatro bilhões de reais sem a garantia de estar noRegime e vendendo o nosso maior patrimônio, que é a nossa Petro-bras, que é a Cedae.

Com muita clareza, independente de alguns discordarem doArtigo 2° e mesmo do Artigo 1° do meu PDL, é muito claro: o Go-verno Federal precisa ter atenção com o Estado do Rio de Janeiro. OEstado que arrecada mais de 160 bilhões de reais em impostos fe-derais, por ano, e recebe em torno de 20% disso por direito, não po-de ser tratado da forma como estamos sendo tratados.

Eu digo muito claramente, porque já falamos hoje em relaçãoao Aeroporto do Galeão. O que a Anac vai fazer é quebrar a con-cessionária do Galeão, quando transfere quase 90% dos voos do Ga-leão para o Santos Dumont. Não sei se é para quebrar, de propósito,a concessionária ou mesmo para valorizar a concessão do SantosDumont no próximo ano.

E aí, eu já vou contribuir, porque, em relação ao benefício doICMS do querosene de aviação, pedi também que os membros daComissão de Defesa do Meio Ambiente, que ainda não está publica-da, possam também participar dessa audiência pública, porque eu te-nho dúvida se podemos ter tanto volume de voo no Santos Dumontcomo estamos tendo. Temos aí alguns dispositivos que podem usarinclusive em relação ao meio ambiente.

Então, o Governo Federal precisa ter atenção com o Estadodo Rio de Janeiro, principalmente, o Ministério da Economia e, prin-cipalmente, o Sr. Guedes. Não vejo nenhuma política de desenvolvi-mento econômico para o Brasil, nenhuma política para o desenvolvi-mento industrial do País, salvo sempre, sempre, a questão do Estadomínimo.

Nós precisamos ter atenção. As encomendas da Petrobrastêm que ser feitas aqui, no Brasil, em especial no Estado do Rio deJaneiro. Precisamos ter atenção em relação à Saúde, com a reaber-tura dos leitos dos hospitais federais, dos nove que estão aqui, noEstado do Rio de Janeiro, em especial, na Capital. Nós precisamoster renovado o Regime de Recuperação.

Eu li hoje uma matéria num jornal de economia dizendo queesse projeto foi a pedido do Governador, para ele não ficar mal como Governo Federal. Esse projeto, eu fiz para defender o Estado doRio de Janeiro. O Governador foi consultado, sim. Mas o projeto jáestava apresentado.

Mandei a matéria que saiu no jornal Valor, no online, na se-gunda-feira. Porque esta não é uma questão de governo; é umaquestão de estado. E a Assembleia Legislativa tem feito a defesa daEstado. Tem feito ao longo dos últimos anos essa defesa muito fir-memente. Exemplo disso foi o que nós aprovamos, ainda em março,a CPI dos Royalties e Participações Especiais.

Eu não tenho dúvidas. Tenho problemas sérios em relação àspetroleiras. Muitas vezes escutamos como se fosse um favor pagarroyalties. É obrigação. A legislação federal é assim, a Constituição de-termina. Senão, nós vamos ficar só olhando, como diz o outro, a ban-da passar de braços cruzados. A Assembleia tem defendido o Estadodo Rio de Janeiro.

Volto a afirmar isso. Em 16 e 17, votamos matérias difíceis,cercados por grades, sob bomba de efeito moral, balas de borracha,gás de pimenta, mas votamos. Porque naquele momento era neces-sário para que o Estado colocasse os salários em dia, para pararaqueles bloqueios feito pelo Governo Federal das contas do Estado.Vvotamos.

Muitos Deputados aqui que estão hoje com mandato estãovotando contra as mensagens, mas também aprimorando aquelasmensagens. Então, o Parlamento votou, aprovou, aderiu ao regime.Não podemos ver o nosso maior patrimônio, Deputado Eurico, a nos-sa Petrobras, que é Cedae, indo a leilão sem qualquer obrigação porparte do Governo Federal, em especial do Ministro Guedes e da Se-cretaria do Tesouro Nacional.

Então, nós vamos discutir o projeto hoje. O projeto já tem 12emendas; sairá de pauta. Na semana, entre o dia 22 e 27, nós vo-taremos, se nada for feito em relação ao regime.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO

��� ����� � ��� � � �� �� ��

����������� � � � �� �� �� �� ���

Num primeiro momento o Ministério da Economia disse quesó ia regulamentar a Lei Complementar 178 em maio. Agora, peloque eu li hoje nos jornais, está dizendo que fará em abril. Se o Go-verno do Estado não aderir ao regime de recuperação, não compac-tuar com o Governo Federal até a semana do dia 27, iremos votarpara que possamos sustar os efeitos do decreto 4722 de 23 de de-zembro de 20. Esse é o meu compromisso como Presidente da As-sembleia. Volto a dizer que, mesmo os parlamentares que são a fa-vor, estão conosco em relação ao regime de recuperação. Esse é onosso compromisso.

Para discutir a matéria, tem a palavra o Deputado Waldeck.

O SR. WALDECK CARNEIRO (Para discutir a matéria) -Obrigado, Deputado André Ceciliano.

Tanto a discussão de V.Exa. quanto a exposição de motivosdo seu PDL têm de minha parte amplo acordo, com algumas ressal-vas.

Mas eu quero, primeiramente, lembrar que o PDL de V.Exa.é o 57/2021 e há um outro PDL, do Deputado Luiz Paulo, meu e devários outros Deputados e Deputadas, que é o 58/2021, que se pro-põe também a sustar os efeitos do decreto estadual de dezembro de2020, que dá base ao leilão da Cedae, a Concorrência Internacional01/2020.

Eu concordo com V.Exa. Em primeiro lugar, nós estamos tra-tando de uma joia da coroa - aliás, a joia da combalida coroa flu-minense -, a última estatal estadual. Não apenas por isso ela é im-portante mas sobretudo pelo papel que o Estado, nesse caso na es-fera estadual, pode, e a meu ver deve desempenhar, na governança,na gestão e no controle de um bem absolutamente essencial à vidadas pessoas, à saúde das pessoas, que é a água.

Portanto, a defesa que faço de uma Cedae pública, estatal eindivisível, e vou chegar ao indivisível, não preconiza que o funcio-namento da Cedae continue, Deputada Mônica Francisco, exatamentedo mesmo jeito. Não é isso o que falamos. Nós entendemos e re-conhecemos que é preciso aprimorar e muito a operação, os proces-sos de funcionamento desta empresa pública estadual. Entretanto, oslimites e as dificuldades na sua operação não devem justificar a suaprivatização ou pelo menos de parte dos serviços que ela presta.

Aliás, um bom desenho para solucionar esse impasse seria,durante muitos anos, investir o lucro líquido da Cedae no aprimora-mento e no aperfeiçoamento da sua própria operação, o que não foifeito. No ano de 2019, um ano simbólico, esta estatal estadual teveum lucro líquido superior a um bilhão de reais. Ora, Deputados e De-putadas, imaginem, Deputado Luiz Paulo, se esse lucro líquido tivessesido todo investido no aprimoramento da Cedae, aprimoramento tec-nológico, ampliação de estações de tratamento, cuidados com os ma-nanciais hídricos de onde ela capta a água. Portanto, esse é um de-bate importante.

Também concordo com a linha de raciocínio do Deputado An-dré Ceciliano, tanto na sua discussão agora quanto na sua exposiçãode motivos, de que não podemos ficar quietos com esse tratamentoantifederativo que a União aplica ao Estado do Rio de Janeiro já háalgum tempo. Além dos problemas estruturantes na legislação brasi-leira que nós já enfrentamos, como a questão da tributação do pe-tróleo no destino e não na origem, que começou no processo cons-tituinte e depois foi, infelizmente, aprimorado, no início dos anos 2000,pelo Deputado Márcio Fortes, mas que tem origem na atuação do en-tão Deputado José Serra na Assembleia Nacional Constituinte; comoa Lei Kandir, que veda a cobrança de ICMS na exportação de pro-dutos primários e semielaborados, nós temos outras questões, como,por exemplo, a supressão de uma política que deu muito certo, De-putada Martha Rocha, que revigorou a indústria naval neste país, De-putada Célia Jordão, que foi a política de conteúdo nacional, que foisuprimida e produziu uma espécie de segunda morte da indústria na-val no Brasil e no Rio de Janeiro, em particular, onde essa indústriafoi a mais importante ou pelo menos uma das duas mais importantesdo mundo.

Há muitas perdas acumuladas pelo Rio de Janeiro. Não po-demos tolerar, de maneira irresignada, esse tratamento da União. Opróprio Regime de Recuperação Fiscal, que sabemos que não incen-tiva o desenvolvimento, ao contrário, mas que produz um alívio decaixa, tendo em vista que dívidas e encargos do Estado com a Uniãoficam suspensos. Agora que perdemos a vigência daquela, entre as-pas, “liminar” do TCU, que nos deixou pendurados, e que depois desetembro de 2020, o prazo de três anos expirou, mas, aí o TCU en-trou no circuito e baixou uma normativa permitindo que o Estado fi-casse ainda no Regime de Recuperação Fiscal até fevereiro desteano. Já estamos em abril.

Na exposição de motivos do Deputado André, ele dá contade que, só em 2021, já pagamos, já voltamos a pagar dívidas e en-cargos com a União na ordem de R$600 milhões.

Então, evidentemente, e que mais não seja, para continuarsem pagar dívidas com a União? O Regime serve para isso. Não nosajuda a desenvolver, não é um regime desenvolvimentista. Não é is-so.

Agora, se o Estado tiver que aderir ao novo Regime sob aégide da Lei Complementar 178, aí fica pior a situação. Temos queter o direito, na hipótese de prorrogação do Regime, que é o que es-tamos falando aqui, sob os marcos que estavam dados a partir de2017.

Agora, a discordância que tenho é que, para mim, o leilão daCedae não deve estar condicionado a nada, porque eu discordo des-se leilão, eu discordo que ele aconteça. Eu entendo a estratégia, euentendo o movimento tático que o Presidente da Casa faz neste mo-mento, e esse movimento tático tem o meu apoio, mas, assim, eunão considero que a questão do leilão da Cedae deva ser colocadasob qualquer condição, porque, na verdade, eu sou contra esse pro-cesso que eu considero lesivo ao interesse público do Estado, lesivo,e não só lesivo como vai na contramão de várias, diversas, centenasde experiências internacionais, de países, cidades, Estados, enfim, pe-lo mundo afora, que tinham vivido processos de privatização do sa-neamento e que estão revertendo, estão revertendo pouco a pouco.Casos emblemáticos, em cidades como Berlim, como Paris, comoBuenos Aires, em alguns Estados dos Estados Unidos, entre outrasexperiências.

Então, tem dois debates aí. O debate sobre a relação entre oEstado e a União. O Estado tem que ter pulso forte, tem que dar osoco na mesa, tem que dialogar, olho no olho, com a União e nãopode suportar esse tratamento indecoroso, repito, antifederativo queviemos recebendo.

Tem um exemplo na exposição de motivos que eu citei re-centemente na reunião da Comissão Especial presidida pela DeputadaCélia Jordão, que é o investimento que a Marinha fez recentementepara contratar, para encomendar várias embarcações, quatro ou cinco,não me lembro agora, corvetas, salvo engano, isso foi feito, foi en-comendado, está gerando muito emprego, só que está gerando em-prego em Santa Catarina, em Itajaí para ser mais específico. Não foino Rio de Janeiro. Sem falar a sucessão de encomendas que vêmsendo feitas desde 2016 na Ásia, na Escandinávia, no setor navalbrasileiro.

Então, assim, eu acho que é muito importante discutir, porum lado, essa relação, e vou concluir, da União com o Estado do Riode Janeiro e não admitir mais, não tolerar mais que o Governo Fe-deral trate o Rio de Janeiro desse jeito.

E é curioso, o Presidente tem origem no Rio de Janeiro. OMinistro da Economia tem origem no Rio de Janeiro. Mas, são pro-fundamente descomprometidos com o desenvolvimento do nosso Es-tado, é preciso que se diga aqui.

(ASSUME A PRESIDÊNCIA O SENHOR DEPUTADO MÁR-CIO GUALBERTO, A CONVITE)

O SR. PRESIDENTE (Márcio Gualberto) - Deputado WaldeckCarneiro, queira concluir, por favor. Seu tempo está esgotado.

O SR. WALDECK CARNEIRO - Vou concluir agora em 30segundos, Deputado Márcio Gualberto. V.Exa. tem razão.

Então, a primeira questão, essa relação do Estado com aUnião; agora, a segunda questão, é o tópico da Cedae propriamentedito. E aí, eu acho que é preciso enfrentar o tema não apenas com aquestão de condicionar a prorrogação do Regime, mas enfrentar o te-ma central que é privatizar ou não privatizar.

Eu defendo que não é necessário, não é preciso, não é omodelo que o mundo esteja apontando para nós. No contexto da pan-demia, inclusive, eu acho assim temerário fazer isso com a empresaestatal de água e esgoto do Rio de Janeiro.

É uma discussão que quero aqui fazer, espremido pelo tem-po, mas ainda assim com alguns elementos que eu queria compar-tilhar com os Deputados na Sessão de hoje.

O SR. PRESIDENTE (Márcio Gualberto) - Muito obrigado,Deputado Waldeck Carneiro.

Em discussão a matéria. Para discuti-la, tem a palavra o De-putado Luiz Paulo.

O SR. LUIZ PAULO (Para discutir a matéria) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, também vou dividir o tema em duas vertentes, comodiz o Deputado Waldeck Carneiro. Princípio de Boulanger, o senhorque é francês: a uma vertente íngreme corresponde uma vertentesuave.

O primeiro, falava a vertente íngreme: respeitem o Rio de Ja-neiro. Neste sentido, apoiamos integralmente a fala do Deputado An-dré Ceciliano, coadjuvada pela fala do Deputado Waldeck Carneiro. AUnião trata o Estado do Rio de Janeiro a pontapé. Como pode decidirquestões dos dois grandes aeroportos da Cidade do Rio de Janeirosem ouvir prefeitos, Governador e o Parlamento fluminense? Comopode? Lei Kandir, petróleo na origem, visão draconiana de Regime deRecuperação Fiscal, e, principalmente, todos esquecem, de 178 bi-lhões de reais, aproximadamente, que o Rio de Janeiro transfere, decarga tributária, incluindo imposto de renda, para a União, que somen-te retorna algo como 20% - somos espoliados pela União. Então, vol-to a dizer: respeitem o Rio.

O Ministro Paulo Guedes prometeu para o País uma econo-mia pujante, neoliberal, com um arremesso imenso de privatizações.Esta economia está na corda bamba, nada tem acontecido e passoua ser a joia da coroa do Ministério da Economia a privatização daCedae. Ora, nós estamos com o nosso Regime de Recuperação Fis-cal garantido por uma medida liminar do Ministro Fux e como medidaliminar, pode cair da noite para o dia. Então, tem toda razão o De-putado André Ceciliano, porque enquanto não renova esse Regime noprazo de nove anos nós estamos pagando parcela da dívida. A pro-posta do Deputado André Ceciliano tem uma condicionante: é que eleretornará à pauta entre o 22 de abril e o 27 de abril, conforme es-tipulou, deste ano, se nada for feito pela União, isto é, se não renovaro Regime de Recuperação Fiscal, mas antes de renovar eles têm queaprovar a regulamentação, e já começaram a dizer que o farão até ofinal de abril. Se vão fazer, eu não sei.

Então, até este ponto, desta vertente que eu chamo íngreme,tem acordo entre aqueles que apoiam a privatização e aqueles que,como eu e tantos outros que vão fazer uso da palavra, DeputadosMônica, Eliomar, Martha Rocha, Carlos Minc, Waldeck Carneiro, Re-nata, Lucinha e tantos outros não apoiam. Nesta primeira vertente háconsenso.

Na segunda vertente, nós temos um PDL com um númeroabaixo do Deputado André Ceciliano que, simplesmente, faz cessar osefeitos do inconstitucional decreto do Governador que autorizou a rea-lização do leilão internacional em 30 de abril, passando por cima deduas legislações que ele não poderia ignorar. E nessa proposta nos-sa, desse PDL, nossa porque não é minha, é de diversos parlamen-tares, o que propomos é tão somente fazer cessar o efeito do decreto- cessando o efeito do decreto, já é licitação.

Esse PDL, Deputada Mônica Francisco, é totalmente coeren-te com a Ação Direta de Inconstitucionalidade que também fizemos -quando digo “fizemos”, refiro-me a uma série de parlamentares e desindicatos -, que está aguardando pronunciamento do Ministério Pú-blico, que sempre fala sobre o tema, para ser apreciada pelo desem-bargador. E o que estamos dizendo? Que é inconstitucional o decreto,porque fere a Lei Estadual de Concessões - o prazo é de 25 anos eo decreto o altera para 35 anos.

Não me venham dizer, como fez um parlamentar ontem, queo regulamento, a Lei do Saneamento Nacional, passou esse prazo pa-ra 35 anos. Se passou para 35 anos, a lei daqui precisa ser adaptadaà de lá, mas não é o decreto instrumento para tal, não corta o víciode inconstitucionalidade de jeito algum. Quando uma lei federal con-traria uma lei estadual, já que não há representação de inconstitucio-nalidade contra ela, adapta-se essa lei estadual à lei federal.

A segunda questão: o Deputado Márcio Pacheco disse que iafazer uma nota técnica e eu tomei um susto porque, na fusão, em 15de março de 1975, quando o Deputado Pedro Brazão ainda não eranascido, houve um decreto-lei que criou a Cedae, fusão de Cedag,Esag e Sanerj. Decreto-lei tem força de lei, por quê? Porque é ins-trumento da ditadura, então, tem força de lei. Há muitos decretos-leisvigendo até hoje, inclusive aqui no Estado do Rio de Janeiro. Essedecreto-lei era sobre uma companhia de água e esgoto. Agora, a Ce-dae foi deslocada para ser, única e exclusivamente, uma companhiapara vender água do Sistema Guandu e do Sistema Imunana/Laran-jal.

Eu me assusto ao ouvir o Deputado Márcio Pacheco dizerque a Cedae vai continuar a ser de água e esgoto, porque vai ad-ministrar os municípios que não assinaram o tempo de adesão. Essespequenos municípios, Deputada Martha Rocha, eram mantidos pelaCedae com subsídio cruzado da Capital, principalmente da AP4 ecom um pouco de AP1 e AP2. Se essas regiões, além de planeja-mento, estão subsidiando o edital, como é que a Cedae, só vendendoágua, vai manter esses municípios? Esses municípios vão acabar, vãoficar sem água nenhuma. Isso é um non sense, para não ser gros-seiro. É absoluta falta de tino, de raciocínio. O nosso projeto visa es-sa questão.

Mais ainda, tenho certeza de que eu, os Deputados WaldeckCarneiro, Martha Rocha, Mônica Francisco, a bancada do PSOL, aDeputada Lucinha e tantos outros emendaram o projeto do André.Qual é a contradição do projeto do André com o nosso? É o artigo2º. O artigo 2º diz que, quando assinar o Regime de RecuperaçãoFiscal, o Governador poderá reeditar o decreto. Nós apresentamosduas opções de emenda. Uma é suprimir o artigo 2º, porque assimficam absolutamente iguais os dois projetos. Mas, se não quiser su-primir, deixa. Só que tem que trocar a palavra “Decreto” por aquiloque é do mundo infraconstitucional, por lei; porque aí é o Parlamentofluminense que vai decidir. Aí vamos medir força. Se o Governo ga-nhar, ganhou na legalidade; e se perder, pede na legalidade. Porquea posição nossa, politicamente, está tomada das formas diversas derepresentações institucionais que fizemos, coletivamente. E não forampoucas: Tribunal de Contas do Estado, CVM, Defensoria Pública e Mi-nistério Público. E não fizemos mais, porque não tem mais nenhumainstituição a fazer.

Então, esta é uma luta e em boa hora...

O SR. PRESIDENTE (Márcio Gualberto) - Deputado LuizPaulo.

O SR. LUIZ PAULO - ...entra de corpo, alma e divindade nasdiscussões do Parlamento fluminense.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Márcio Gualberto) - Muito obrigado,Deputado.

O próximo inscrito é o Deputado Eliomar. Antes, porém, co-mo costuma falar o Deputado André Ceciliano, eu pediria que nós nosativéssemos aos sete minutos regimentais, uma vez que nós temosainda muitos inscritos.

Muito obrigado.Por favor, Deputado Eliomar. Com a palavra o senhor.

O SR. ELIOMAR COELHO (Para declaração de voto) - NobreDeputado que preside os trabalhos desta Sessão, Nobres Deputadase Deputados presentes, imprensa, aqueles que nos assistem pela TVAlerj e aqueles que nos acompanham pelas redes sociais.

Eu gostaria de começar dizendo o seguinte: parece que opovo fluminense, como população do Estado do Rio de Janeiro, ma-tou o pai a tapa, porque o castigo é grande demais. Não é brinca-deira. Há muito tempo que o Estado do Rio de Janeiro - não o Es-tado, os Governos -, o Governo do Estado do Rio de Janeiro temutilizado esse espaço para verdadeiras orgias realizadas com os re-cursos do povo, do público. Esta que é a verdade. Então, é claro queuma hora esta situação tinha que mudar, tinha que começar na mu-dança, trabalhar uma recuperação da vida digna do Estado, e com aparticipação de todos.

Então, eu quero só lembrar como que surgiu a história doRegime de Recuperação Fiscal. Lembro-me perfeitamente da reuniãodo Colégio de Líderes, quando esta proposta foi colocada pela pri-meira vez, inclusive, objeto de questionamentos nesta reunião por par-te dos parlamentares presentes. Inclusive, houve até uma nota técnicado próprio Ministério Público, na qual elencava vários itens da pro-posta considerados como inconstitucionais. E não continha de formaalguma na proposta essa utilização: o uso indevido da Companhia Es-tadual de Águas e Esgoto, Cedae. Não tinha. A primeira vez que foiapresentada essa proposta para a discussão pelos Deputados no Co-légio de Líderes, a Cedae não existia.

Isso ficou em panos quentes, mas retornou para discussãoem uma outra reunião do Colégio de Líderes. Nessa segunda discus-são, a proposta traz embutida a Cedae - Companhia Estadual deÁgua e Esgoto. As informações que chegavam até nós era de queisso se devia à interferência do Moreira Franco com o Sr. Meireles. Éclaro que nós não podíamos, de forma alguma, aceitar a questão daCedae, porque se tratava única e exclusivamente de dilapidação dopatrimônio público, patrimônio do povo fluminense. E mais: a socie-dade civil, devidamente organizada, era totalmente contra. Eram con-tra, por exemplo, o presidente do Clube de Engenharia; a AcademiaNacional de Engenharia; a Sociedade dos Engenheiros e Arquitetosdo Estado do Rio de Janeiro - CAERJ; o Instituto dos Arquitetos doBrasil - IAB; a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Am-biental; o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia; o Conselhode Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro; e a Associação Bra-sileira de Imprensa. São entidades com representação expressiva nasociedade civil organizada que têm tudo a ver, nas suas ações, coma defesa do que chamamos de engenharia nacional.

O Estado do Rio de Janeiro estava pegando a galinha dosovos de ouro e jogando fora. Ao fazer isso, penalizava de forma bru-tal, como vem penalizando até agora, os servidores públicos, porexemplo, que há mais de seis anos não têm aumento, com a ine-xistência de concurso público - ora, se você quer revigorar a admi-nistração pública do Estado, nada melhor do que qualificar seu ser-vidor e dar vida digna a ele para que tenha condições de realizar, damelhor maneira possível, suas funções. Essas coisas têm que ser le-vadas com consideração, e não a adoção dessa política de verdadeiroaustericídio que está sendo imposto ao Estado do Rio de Janeiro.

Para concluir, digo que essa história só teve início porque,infelizmente, o Governo Estado do Rio de Janeiro estava debilitadomoralmente, sem a legitimidade política devida para sentar à mesa denegociação e fazer o que era necessário para melhorar a situação doEstado, para promover as mudanças que realmente deem a este Es-tado a recuperação necessária para colocá-lo no patamar em quesempre esteve. Faltava essa autoridade política, essa moral do go-vernante para sentar à mesa e defender os interesses do Estado doRio de Janeiro, do povo fluminense, e isto não foi feito.

Agora estão querendo, de forma totalmente inconstitucional,por decreto, o que não pode acontecer, entregar à iniciativa privada,alterando até o número de anos estabelecido pela Constituição, pas-sando de 25 para 35 anos. Isto é condenar as gerações futuras doEstado do Rio de Janeiro, da parte de um governo que não zela peloseu povo, por sua população e que deveria ter como preocupação pri-meira a melhoria da condição social do povo fluminense. Essa é averdade.

Temos de ser contra a privatização da Cedae. Privatizaçãoda Cedae, não. Nunca. Vamos defender o Estado do Rio de Janeiro eexigir um tratamento respeitoso por parte de qualquer Poder à popu-lação fluminense.

É o que nós queremos. Contamos com a aprovação da pro-posta apresentada pelo nobre Deputado André Ceciliano, ciente econsciente de que está indo...

O SR. PRESIDENTE (Márcio Gualberto) - Peço concluir, De-putado.

O SR. ELIOMAR COELHO - ...na linha de embarreirar, pri-meiro, a privatização da Cedae e, segundo, de exigir um novo tra-tamento com condições que permitam ao Estado do Rio de Janeirose recuperar e voltar a oferecer uma vida digna para todos nós.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Márcio Gualberto) - Obrigado, Deputa-do.

A próxima oradora inscrita é a Sra. Deputada Mônica Fran-cisco. Insisto, por favor, que a nobre Deputada respeite o tempo desete minutos. Muito obrigado.

A SRA. MÔNICA FRANCISCO - Vou tentar me organizar nossete minutos. Boa tarde, Presidente interino, Deputado Márcio Gual-berto; boa tarde, todas e todos que nos assistem pela TV Alerj eSras. e Srs. Deputados.

Vou tentar ser breve porque boa parte do que eu ia falar jáfoi dito aqui desde a intervenção do nosso Presidente André Cecilia-no, a quem parabenizo pelo projeto apresentado à Casa, como jábem dito aqui, numa tentativa de reforçar a importância de se res-peitar o Estado do Rio de Janeiro.

Acredito, já conhecendo a sensibilidade do Presidente AndréCeciliano e o respeito que tem às discussões feitas no Parlamento,solicitando audiências e ampliando o debate não só com os seus pa-res mas também com a sociedade fluminense e suas instituições, oque sempre faz e sempre orienta para que nós também assim o fa-çamos, que ele terá a sensibilidade de rever a questão que para nósé um ponto sensível, o artigo 2º, já citado pelo Deputado WaldeckCarneiro e também pelo Deputado Luiz Paulo.

Outra questão fundamental nesse projeto é também enten-dermos em que pé estamos em relação não só ao Regime de Re-cuperação Fiscal, mas também ao próprio pacto federativo. Nós es-tamos vivendo um momento muito instável nas relações como entefederativo. Quero ir na esteira das palavras importantes aqui ditas. ODeputado Luiz Paulo usou o termo espoliação, muito bem colocado.Usando um termo do padre João Ferreira de Almeida, na Bíblia Cor-rigida, digo que tanto o Ministro Paulo Guedes quanto o Presidenteda República, que são do Estado do Rio de Janeiro, vêm se con-duzindo de forma extremamente aleivosa, fraudulenta e desleal comeste Estado.

Sob a batuta de Paulo Guedes, nós temos visto uma tenta-tiva de colocar o Rio de Janeiro numa verdadeira camisa de força. ODeputado Eliomar Coelho usou uma expressão interessante: pareceque o Estado do Rio de Janeiro matou o pai a tapas. Parece que nósfizemos e cometemos um pecado absurdo, hediondo.

A tentativa do Ministro Paulo Guedes, nada novo sob o solneste País em escombros, é de colocar o Estado do Rio de Janeironuma situação ainda mais delicada. Ou seja, é impossível! É até umatentativa de minar profundamente a governança fiscal do Estado doRio de Janeiro. É absurda a forma com que o ente federal vem tra-tando este Estado.

O Presidente André Ceciliano, junto com tantos Deputados eDeputadas, com diversas iniciativas já referidas aqui pelo DeputadoLuiz Paulo, a quem eu faço menção mais uma vez, vem fazendo umtrabalho impecável nesta Casa, todos unidos em torno da defesa doEstado do Rio de Janeiro, para construir estratégias para que saiamosdo buraco em que fomos lançados e nos livremos dos processos epegadinhas impostos a nós pelo ente federal.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO����� ��� �

�� ��� ����

��������� � �� ���� �� ����

Esse modelo que é celebrado no País desde 1988 vem, soba égide do pacto federativo, em se tratando do Rio de Janeiro, comtodas as reformas e tantas outras palavras e eufemismos que sãousados, colocando o Estado num lugar absurdo. Agora, vem a ten-tativa de espoliar, de forma aleivosa, fraudulenta, desleal, uma empre-sa como a Cedae.

A nossa divergência já foi muito referida aqui, em relação aoartigo 2º do decreto proposto pelo nosso Presidente. É fundamentalnos defendermos, porque quem paga a banda diz que música vai to-car. É preciso ser sensível em relação aos municípios do interior doEstado do Rio de Janeiro. São 64 municípios sob a égide da Cedae.

Nós vivemos uma crise humanitária sem precedentes. Pareceque há uma crença religiosa em relação a essa questão do equilíbriofiscal. A lei aprovada em 2000, falada aqui, de responsabilidade fiscal,pelo Deputado Waldeck Carneiro, impôs medidas de controle, masvem se aprofundando e nós precisamos mudar. As palavras são fun-damentais, são importantes.

O filósofo francês Michel Foucault - já foi falado da Françaaqui, em alusão do Deputado Waldeck Carneiro, que conhece muitobem o país, viveu lá - falava dos nomes, das palavras, que são im-portantes. Elas são fundamentais, não são gastos sociais. Não é re-duzir gasto social, não é reduzir gasto em saúde, educação. Não égasto, é investimento.

Se um país não investe no seu povo, não tem como crescer.É absurdo como este País descarta as suas potencialidades, queimafloresta, entrega empresa pública superavitária. Nós temos uma em-presa importante. Estamos falando de água, temos que buscar segu-rança hídrica. Temos que garantir transparência na relação com asnossas empresas públicas e não as entregar numa sanha fetichista deprivatização e de espoliação dos nossos bens, sobretudo dos benscomuns.

O desrespeito com o comum, por parte do ente federal, é ab-surdo, chega a beirar o criminoso, haja vista o que acontece na Ama-zônia...

O SR. PRESIDENTE (Márcio Gualberto) - Conclua, Deputa-da.

A SRA. MÔNICA FRANCISCO - Para concluir, Sr. Presidente,precisamos enfrentar, no Estado do Rio de Janeiro, um debate im-portante. Assim como no Nordeste, a defesa do Estado do Rio de Ja-neiro precisa ser incondicional. Precisamos, de fato, garantir que oRio de Janeiro, os seus cidadãos e cidadãs e as suas empresas se-jam tratados com o devido respeito.

Daí a importância da defesa da Cedae como empresa públi-ca que tem a possibilidade de levar água para as pessoas que vivemem condições extremamente vulneráveis, num País em que metadeda população já chega a níveis de insegurança alimentar e nutricional.Nós estamos lançados à beira do abismo. Bem à beira do abismo,lançados à beira do abismo: é um Governo que extermina a vida emtodas as suas matizes, seja nos seus bens comuns, seja na vida dosseus próprios cidadãos.

Então, é preciso levar em consideração que acordos que fo-ram firmados, inclusive homologados no Supremo, por exemplo, comoa permissão de repasses, via Lei Kandir, de 5,2 bilhões para os Es-tados e Municípios, até hoje não foram cumpridos. Ou seja, ninguémviu a cor desse dinheiro, pelo menos aqui, não vimos a cor dessedinheiro.

Ou seja, reforçar que faremos uma defesa incondicional doEstado do Rio de Janeiro, porque defender o Estado do Rio de Ja-neiro é defender as nossas condições de vida também, não só comoparlamentares, que aqui estamos, mas como cidadãos e cidadãs des-te Estado.

Então, é preciso dizer que o que se comete hoje, através doMinistério da Economia, da figura do ministro Paulo Guedes, é umaverdadeira destruição das relações com o Estado do Rio de Janeiro ea tentativa de encantonar este Estado, a partir de uma proposta ab-surda, extremamente questionada, não só no Brasil, mas fora tam-bém, extremamente questionável e questionada em relação a este te-ma.

Então, a iniciativa é meritória e queremos, mais uma vez, pa-rabenizar o nosso Presidente. E nós faremos as articulações possí-veis, os diálogos necessários coletivamente para que possamos avan-çar na melhor proposta final.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Márcio Gualberto) - Obrigado, Deputa-da.

O próximo orador inscrito é a Deputada Martha Rocha, quedispõe de dez minutos.

O SR. FLÁVIO SERAFINI - Inscreva-me, por favor, DeputadoMárcio Gualberto. Desculpe-me, Deputada Martha Rocha.

O SR. PRESIDENTE (Márcio Gualberto) - Inscrito.

A SRA. MARTHA ROCHA - Boa tarde a todas e todos. Euquero, inicialmente, me apresentar como uma força de resistência pa-ra a defesa da Cedae, porque entendo que a Cedae é pública, estatale que água é vida.

Assim o fiz debaixo de bombas, com esta Assembleia Legis-lativa cercada, quando votei contra a privatização da Cedae e entendiperfeitamente quando os meus companheiros que me antecederam,em particular, a Deputada Mônica Francisco, quando ela fala o quantoeste Estado se tornou menor diante da postura do Governo Federalem relação ao nosso Estado.

Não estamos apenas discutindo aqui um movimento para ga-rantir a renovação imediata do Regime de Recuperação Fiscal. O queestamos discutindo aqui é que as forças de poder do Governo Fe-deral são oriundas deste Estado, construíram a sua vida profissional,a exemplo do Ministro Guedes, no Estado e na Cidade do Rio deJaneiro. O Presidente, seus filhos, a mulher da sua vida são oriundosdo Estado do Rio de Janeiro. Aqui construíram sua vida pessoal esua vida profissional e política.

Portanto, não é favor nenhum que seja dado ao Estado doRio de Janeiro o mesmo entendimento que se dá, por exemplo, aoEstado de Santa Catarina, como já foi dito aqui, em que se faz umcontrato com a indústria naval, mas que a construção dos equipamen-tos é feita fora do Rio de Janeiro. E que garantiu, no Estado de San-ta Catariana, a contratação de mais de quatro mil postos de traba-lho.

Quando se fala da venda da Cedae, se fala de uma empresaque trouxe lucro, que traz um lucro de 1,3 bilhão ao ano. Portanto,não estamos aqui fazendo uma apologia emocionada à Cedae. Não.A Cedae tem erros? Claro que tem, mas o erro maior não é do tra-balhador da Cedae. O erro maior é de quem está chefiando o Exe-cutivo e escolhe aqueles que fazem a gestão e a presidência da Ce-dae. Como nós assistimos aí os lamentáveis argumentos apresenta-dos pelo atual presidente da Cedae, no que se refere à geosmina.

E quando você vai falar com os estudiosos do meio ambienteou quando você vai falar com os trabalhadores da Cedae, eles sabemo que fazer e sabem que a solução desse problema passa por in-vestimento, passa por entender a magnitude do que representa a Ce-dae e o tamanho do seu compromisso com a garantia de direitos hu-manos, com a garantia da sobrevivência e com respeito à vida.

Como se tudo isso não bastasse, nós estamos assistindo aum total ato de desrespeito ao Estado do Rio de Janeiro. E é des-respeito a todo tempo e a toda hora. E esse desrespeito começou láatrás, como disse aqui o Deputado Eliomar Coelho, quando não havialiderança política dentro do nosso Estado que nos fez render ao Re-gime de Recuperação Fiscal e fez com que, por um desejo de al-guém do Estado do Rio de Janeiro, por interesses escusos, MoreiraFranco, que eu não canso de repetir que é aquele protagonizou omaior estelionato eleitoral quando disse que resolveria a questão daviolência do Estado do Rio de Janeiro e com isso acabou com o pro-jeto do Ciep, por interesse mesquinho, pessoal, e provavelmente in-decoroso do então Ministro Moreira Franco, que insistiu com a vendada Cedae. E o que faz o Ministro da Economia hoje? Repete esse

movimento, porque no seu desejo de privatizar, na sua incompetênciade fortalecer a economia, de melhorar as relações de contratação, demelhorar a indicação de postos de trabalho, ele tem o último desejo,antes de acabar com o Estado brasileiro e insistir nessa ideia nefastado Estado mínimo, que é a venda, a privatização da Cedae. Esse é oseu trunfo. Ele quer pontuar a sua história à frente do Ministério daEconomia exatamente com a venda da Cedae.

E o que fez o Presidente André Ceciliano? Fez o que estaCasa tem que fazer, estabelecer uma compensação de forças. Mos-trar como fez na sua justificativa o que está acontecendo na indústrianaval, o que está acontecendo com a Petrobras, o que está acon-tecendo com a arrecadação dos impostos federais, onde o Estado doRio de Janeiro é o segundo Estado de maior arrecadação e que re-cebe em troca apenas 20% daquilo que arrecada. É exatamente essacorrelação de forças que foi feita pelo Presidente André Ceciliano aoapresentar o Projeto de Lei que neste momento estamos discutindo.

O SR. PRESIDENTE (Márcio Gualberto) - Peço para concluir,por favor.

A SRA. MARTHA ROCHA - Eu vou concluir, Sr. Presidente.Mas não posso deixar de discordar do Artigo 2º, e aí fiz sim

duas Emendas na linha do que já foi dito pelo Deputado Luiz Paulo,e, também, sou signatária de um Projeto legislativo para inviabilizar apossibilidade da privatização, do leilão internacional que aconteceráem 30 de abril. Não posso deixar de dizer que não concordo com adecisão de permissão para a privatização da Cedae diante da assi-natura do Regime de Recuperação Fiscal. Com isso fiz duas Emen-das no mesmo diapasão do que já foi esclarecido aqui. Uma retirandoesse artigo e a segunda colocando que essa decisão obrigatoriamenteserá debatida através de Projeto de Lei nesta Casa Legislativa, por-que é assim que deve ser, porque é assim que há o mandamentoconstitucional.

Portanto, estas são as nossas considerações, eu queroaplaudir a iniciativa do Deputado André Ceciliano, embora considere oProjeto com algumas imperfeições. Agrada-me muito, Presidente An-dré Ceciliano, esse seu grito de guerra. Acho que esse grito de guer-ra tem que estar incorporado em todos nós que somos do Estado doRio de Janeiro. É preciso que o Governo Federal entenda, isso já di-zia o grande Professor Carlos Lessa, só é bom para o Brasil se forpara o Estado do Rio de Janeiro.

Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Márcio Gualberto) - Muito obrigado,Deputada.

A próxima oradora inscrita é a Deputada Lucinha. (Pausa)Passemos, então, para a próxima inscrita, que é a Deputada

Renata Souza.

A SRA. RENATA SOUZA - Sr. Presidente, Deputadas, Depu-tados, é super relevante que este tema venha a ser discutido nestaCasa. É a primeira vez nesta legislatura que podemos discutir estetema, afinal de contas, muitos Deputados aqui dizem este é um temaque não deve nem mais ser discutido, porque já está aprovada a pri-vatização da Cedae, coisa que eu discordo plenamente, ainda maisnesse momento em que temos uma situação extremamente delicadacom relação à pandemia, com relação à situação de fragilidade nanossa sociedade.

Quero dizer também que, quando temos essa ação do Pre-sidente André Ceciliano em conseguir conduzir algum meio de nego-ciação e debate com o Governo Federal, é essencial, afinal de contaso Brasil está desgovernado; temos um Presidente que ignora a pos-sibilidade de sobrevivência da população em plena pandemia, mastambém temos um Ministro da Economia que diz que “vai tirar o Es-tado do povo”. O que ele quer dizer com isso? Que o povo não pre-cisa ter a preocupação integral do Estado Brasileiro e cada um podeviver a própria sorte. Que absurdo!

Fizemos várias discussões aqui, inclusive, no ano passado. Aprimeira audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos Hu-manos e Cidadania, no ano passado, foi sobre a Cedae, juntamentecom outras presidências e outras Comissões desta Casa Legislativa; ea última audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos Hu-manos e Cidadania, no ano passado, foi sobre a água como um di-reito humano. Eu estou fazendo essa marcação temporal, porque éessencial que compreendamos a água como um direito humano, co-mo já é reconhecido pela ONU e outras entidades internacionais quefalam sobre o direito à vida, que fala e reconhece, por exemplo, aágua e o saneamento básico como essenciais para a vida humana.

Então, neste sentido, não é só violador dos direitos humanos,mas é também ignorar a possibilidade de sobrevivência em plenapandemia. Estamos vendo a população no Rio de Janeiro, nove mi-lhões, exatamente, mais diretamente atingidos por uma água que temgosto ruim, cheiro ruim, que tem cor. Isso é absurdo! E continuamosouvindo do presidente da Cedae que é uma água potável. Aí, quandotodos nós experimentamos, sentimos um gosto de terra, um gostopéssimo, um cheiro horrível.

Então, olha a situação que nós estamos tendo hoje: pico dapandemia, quatro mil pessoas morrendo em 24 horas no Brasil, ondea questão da água é essencial, por exemplo, para a higienização damão, é essencial para que possamos ter um processo de mitigaçãoda contaminação do coronavírus e ainda assim temos um serviço pés-simo e ruim. É claro, estamos embricados, todos nós aqui, da pos-sibilidade de sobrevivência da nossa população. Já são 340 mil pes-soas mortas no Brasil; estamos chegando agora à marca de 40 milpessoas que vivem no Estado do Rio de Janeiro que sucumbiram; naCidade do Rio de Janeiro, já são mais de 20 mil pessoas. Ou seja,estamos vivendo uma situação limite para a humanidade.

Então, não é neste momento que devemos entregar à inicia-tiva privada um bem tão fundamental e importante não só para a so-brevivência humana, mas para a soberania, para a soberania dos Es-tados, para a soberania nacional. Não é à toa que, quando olhamosao redor do mundo, vemos que todos os países que privatizaram aágua e o saneamento básico já estão retomando, já estão reestati-zando esse bem tão precioso e fundamental. O Brasil está indo nacontramão desse processo, quando vemos o marco do saneamentobásico aprovado nacionalmente.

É escandaloso que o Brasil vá na contramão daquilo que omundo está apontando, exatamente no momento em que todos nóssabemos o quanto a água é fundamental, em especial numa pande-mia de Coronavírus que está matando mais de quatro mil pessoas aodia.

Esses são elementos centrais para que possamos não sóreavivar nesta Casa a possibilidade de discutir as questões relacio-nadas à Cedae, mas também de cobrar do Governo federal e do Go-verno estadual uma ação que seja mais conformada com a possibi-lidade de sobrevivência da nossa população.

Sabemos que a Cedae, por anos, foi sucateada com gestõesque ignoravam a possibilidade de a Cedae ser uma empresa de re-conhecimento nacional, que pudesse levar água boa para todos, quepudesse dar garantia de saneamento básico digno.

Todos nós sabemos que a cada real investido em saneamen-to básico, economizamos quatro vezes mais em saúde pública, por-que, como todos sabem, pela água contaminada, aparecem inúmerasdoenças que podem acometer a saúde humana.

É fundamental que compreendamos essa situação para quenão só sejamos terminantemente contra a privatização da Cedae, mastambém para que consigamos uma mobilização coletiva de defesa doacesso à água boa, do acesso ao saneamento básico e de uma ges-tão da Cedae comprometida com a dignidade humana, porque as úl-timas têm sio gestões comprometidas com o sucateamento para jus-tificar a sua privatização. Isso é um absurdo, é criminoso!

Vimos o antigo presidente da Cedae, nesta Assembleia Le-gislativa, sair correndo da nossa audiência pública, realizada por vá-rias comissões desta Casa, quando cobramos ações imediatas da Ce-dae. No entanto, a situação se repete, ainda que a Cedae seja su-peravitária.

Os defensores da privatização da Cedae falam tanto de lu-cro, colocando o lucro acima da vida. A Cedae lucra...

O SR. PRESIDENTE (Márcio Gualberto) - Peço concluir, De-putada.

A SRA. RENATA SOUZA - ... mais de um bilhão por ano. Oproblema da Cedae é de gestão, que está comprometida com o em-presariado, que, neste país, está comprometida com o capital finan-ceiro.

Não é à toa que, no pico da pandemia, apareceram vinte no-vos bilionários no Brasil, como apontou a Forbes. Isso demonstra oquanto não cuidar do povo em plena pandemia está sendo lucrativopara o capital financeiro, para a elite econômica e política deste país.A péssima gestão da pandemia é proposital.

No Estado do Rio de Janeiro, a expectativa de vida está di-minuindo; há um alto índice de desemprego e um alto índice de mi-serabilidade. É possível que cheguemos, em 2021, a 13% de pessoasabaixo da linha da pobreza. Nossa situação, portanto, é muito deli-cada.

Nesse sentido, água é fundamental. Água é vida.Não podemos nos comprometer com essa lógica que vende

as riquezas do nosso Estado para se submeter ao lucro, à sanha deempresários que querem só capitanear as empresas que são funda-mentais para o Brasil e para o Estado do Rio de Janeiro.

Deixo aqui ressaltado que sou extremamente contra a priva-tização da Cedae. Nós, do PSOL, apresentamos emendas que po-dem, e vamos fazer a discussão na próxima semana, inviabilizar aprivatização da Cedae. Queremos que o debate seja feito nesta Casade maneira responsável, de maneira a defender a possibilidade dequalidade de vida no Estado do Rio de Janeiro.

Agradeço, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados. Esperoque possamos ver uma mudança de cenário em defesa da água boapara todos, do saneamento básico, que é um direito humano. Muitoobrigada.

O SR. PRESIDENTE (Márcio Gualberto) - Muito obrigado,Deputada.

Passo a palavra para a próxima inscrita, Deputada Tia Ju.

A SRA. ENFERMEIRA REJANE - Sr. Presidente, acho queeu estava inscrita antes da Deputada Tia Ju.

O SR. PRESIDENTE (Márcio Gualberto) - Para que V.Exa.saiba a ordem, os demais também, na sequência virão Tia Ju, DaniMonteiro, Enfermeira Rejane, Alexandre Knoploch, Gustavo Schmidt,Alexandre Freitas, Márcio Pacheco, Samuel Malafaia e Flávio Serafini.Estes são os inscritos. Deputada Tia Ju. (Pausa)

Passamos a palavra para a próxima inscrita, Deputada DaniMonteiro.

A SRA. DANI MONTEIRO - Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, telespectadores que nos acompanham pela TV Alerj, essetema é fundamental e perpassa por muitas questões. Primeiro, há osproblemas apresentados na modelagem de privatização da Cedae e aprivatização em si. Segundo, consideramos a água um direito huma-no. Falamos não só do direito ao abastecimento de água, mas tam-bém do saneamento, um direito humano reconhecido mundialmente,inclusive pela ONU.

Sabemos que o Regime de Recuperação Fiscal perpassamuito longe a recuperação econômica, efetivamente, do Estado doRio de Janeiro. Ele é um mecanismo de chantagem do Governo Fe-deral para impor privatizações, arrochos salariais e congelamentos damáquina pública do Estado do Rio de Janeiro. Em vez dessas res-trições, a União deveria fazer gastos públicos, investindo no nossoEstado.

O regime de arrecadação dos tributos da União no Estado doRio de Janeiro é de alguma forma draconiano e se reproduziu no Re-gime de Recuperação Fiscal. Acredito que esses são debates quepermeiam o debate central sobre o PDL, o projeto de decreto legis-lativo que susta o efeito de um decreto feito pelo Poder Executivo. Epor que hoje precisamos votar esse PDL? Porque há um decreto le-gislativo, feito pelo então Governador interino Cláudio Castro, no finalde 2020, que prevê a privatização da Cedae, mas não como um todo,e sim da parte da empresa que é lucrativa, que interessa ao capitalfinanceiro, ou seja, o recolhimento da água dos mananciais e o abas-tecimento para a população.

Quando se fala da possibilidade de ampliação do saneamen-to, isso seguirá a cargo do Estado, e não da empresa que ficará comesse bem público, o que abre inúmeras contradições, afinal, não fazsentido que uma empresa que é superavitária, que tem receita demais de um bilhão anual e é o único bem estatal que temos no nossoEstado, seja privatizada, sobretudo com dinheiro público. É muito im-portante que a Alerj, como Poder Legislativo do Estado, se posicionee, principalmente, não se furte a esse debate.

Pela incerteza do Regime de Recuperação Fiscal, o Estadojá desembolsou de serviços da dívida mais de um bilhão. Esse PDL éuma iniciativa necessária, embora haja algumas discordâncias com re-lação ao conteúdo. A legislação anterior, a Lei Complementar Nacio-nal 59/17, previa a adesão do Rio ao Regime de Recuperação Fiscal.Nessa lei complementar está prevista a renovação automática pormais três anos, então, o Rio de Janeiro deveria estar automaticamen-te vinculado ao Regime de Recuperação Fiscal até 2023, sem neces-sidade de renovação.

A Lei Complementar 178 para os demais estados não se so-brepõe a essa lei complementar para o Rio de Janeiro. Nossa dis-cordância com relação a esse PDL atual é efetivamente o artigo 2º,mas antes que eu entre nele, acho muito importante dizer o quantoesse decreto do Executivo é completamente inconstitucional, por vá-rios motivos, daí a necessidade de votarmos hoje o PDL.

O artigo 1º desse decreto prevê apenas, como eu já haviafalado, a concessão do abastecimento de água, não prevê do sanea-mento. Já o artigo 3º prevê uma concessão de 35 anos e a nossalegislação estadual prevê a concessão máxima de 25 anos. O terceiroelemento nos traz ao PDL, efetivamente, pois seu artigo 2º vinculauma aceitação. Ou seja, mesmo com as inconstâncias do decreto doExecutivo, o artigo 2º do PDL que estamos hoje discutindo e votandoo torna válido, contanto que o Rio de Janeiro consiga renovar o Re-gime de Recuperação Fiscal. Ora, esse decreto é completamente in-constitucional. Ele passa por cima de algumas legislações estaduais jáprevistas aqui.

(REASSUME A PRESIDÊNCIA O SENHOR DEPUTADO AN-DRÉ CECILIANO, PRESIDENTE)

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Conclua, por fa-vor, Deputada.

A SRA. DANI MONTEIRO - A Lei 2831/97 prevê 25 anos nomáximo de concessão do serviço público. Outro elemento é que elacontraria decretos-leis do nosso Estado, o Decreto-Lei 39 e o 168.Além disso, ela autoriza que o Poder Executivo faça essa concessão,o que é divergente da lei que foi aprovada aqui em 17.

A Deputada Martha Rocha falou sobre uma cena traumática -eu, certamente, como militante do movimento social, me lembro des-

se momento. Uma lei que foi traumática via como necessária a con-cessão da Cedae para obtenção de empréstimos internacionais, em-préstimos que não aconteceram dessa forma. Hoje vivemos outro mo-mento e é preciso, efetivamente, que a Alerj discuta a privatização daCedae.

Por fim, Sr. Presidente, o que acho que mais irônico em todoesse processo é que a União alega que a necessidade de privatiza-ção da Cedae se dá por causa do dinheiro que vai vir da privatiza-ção, no entanto, está oferecendo, a partir do seu banco público, oBNDES, de 30 a 55% do valor investido na compra da Cedae.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputada, porgentileza, conclua.

A SRA. DANI MONTEIRO - Vou concluir, Sr. Presidente.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO

��� ����� � ��� � � �� �� ��

����������� � � � �� �� �� �� ���

O dinheiro público vai ser usado para a privatização da Ce-dae, quando poderia ser utilizado efetivamente para manter a empre-sa pública.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputada En-fermeira Rejane.

Deputada Enfermeira Rejane.

A SRA. ENFERMEIRA REJANE - Presidente, agradeço aoportunidade.

Falar sobre esta questão é muito importante. Todo mundoaqui já colocou o seu ponto de vista. Nós temos sete minutos parafalar sobre ele, mas não podemos falar sem nos reportar ao ano de2017, quando enfrentamos, dentro da Alerj, e alguns Deputados aindaestão aqui e têm conhecimento disso, de toda a vontade popular quehavia naquele momento contra a privatização da Cedae, contra asmedidas que estavam sendo tomadas pelo Estado do Rio de Janeirode arrocho à nossa população. E naquele momento as pessoas en-frentavam o Parlamento, porque entendiam que não seria aquela Ca-sa, aqueles Deputados que entregariam alguns patrimônios, também,e um desses patrimônios era a Cedae, para a iniciativa privada. Ouseja, eram contra a privatização da Cedae.

E é importante começarmos a falar lembrando esta questão,porque sabemos que nós vivemos em um mundo, e no Estado do Riode Janeiro isso não é diferente, onde respeitamos o processo demo-crático e as nossas leis. E a lei maior do nosso Estado é a Cons-tituição Estadual. E uma dessas prerrogativas que temos na nossaConstituição, tanto a nacional quanto a estadual, é, primeiro, a ques-tão da universalidade do voto; segundo, a predominância da vontadeda maioria, respeitando as minorias, a liberdade de expressão e co-municação, o pluripartidarismo. Aonde eu quero chegar? À questão doplesbicito, do referendo e da iniciativa popular. Esses são instrumen-tos que garantem a nossa democracia.

Na nossa Constituição, Presidente, está lá escrito, e eu querotrazer essa questão para falarmos do PDL, porque, primeiro, temosque falar do que temos na nossa Constituição, que diz que toda equalquer questão pertinente a toda a sociedade - e a questão daágua é um tema que diz respeito à vida, e nós não podemos entregara água, é a vida do povo - deve ser submetida ao referendo popular;que temos que ter um plesbicito, que deve ser coordenado pelo Tri-bunal Regional Eleitoral. E isso, Sr. Presidente, foi apresentado nestaCasa no ano de 2017, e tramita pela Casa uma proposta, assinadapor 2/5 dos Deputados, naquela época, mas que não foi colocada emprática, não foi colocada em votação, porque nós temos que seguir oque está na nossa Constituição, porque, senão, cada um vai fazeraquilo que lhe der na cabeça.

Então, nós precisamos voltar no tempo, voltar a buscar o queestá na Constituição e garantir o referendo do povo em relação àquestão da privatização da Cedae.

Fora isso, Sr. Presidente, naquele momento, em 2017, nósresolvemos e foi aprovada nesta Casa pela maioria, seguindo o queestá na Constituição e no Regimento Interno, uma legislação de 2017que garantia o Rio de Janeiro entrar em um Regime de RecuperaçãoFiscal por nove anos. E agora o que temos é um decreto do Gover-nador. Mais uma vez, a Constituição e as nossas legislações estãosendo atropeladas, porque um Decreto não pode ser maior que umaLei. A Lei de 2017 foi rasgada por um Decreto do Governador, quepermite a modificação de uma legislação que foi aprovada lá atrás.

O que está sendo apresentado é um PDL, e concordamoscom ele. Temos que elevar a nossa voz contra o fato de que deci-sões aprovadas nesta Casa de Leis estão, infelizmente, sendo ras-gadas por outros mecanismos do Governo Federal. Precisamos en-grossar nossa posição. Somos contrários. Precisamos garantir que es-ta Casa tenha sua autonomia e fazer com que o Rio de Janeiro sejarespeitado. Como já foi dito por vários Deputados, o Rio de Janeiroestá sendo muito maltratado, de forma desrespeitosa. Precisamos tra-balhar para que a legislação seja respeitada.

O PDL que foi apresentado por V.Exa. tem uma questão deque discordamos, porque esse Decreto não pode ter fundamentomaior do que uma legislação aprovada nesta Casa. Por conta disso, énecessário aprofundar o debate, é necessário que retomemos o pro-tagonismo do Rio de Janeiro para que o Governo Federal entendaque este Estado tem arrecadação, tem um papel perante os demaisestados e o Brasil. Nossa arrecadação é fundamental, e o Rio de Ja-neiro precisa ser visto de forma que possa voltar a crescer, voltar ater economia forte, voltar a ser o Estado que orgulha a nação.

Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - O próximo ora-dor inscrito é o Deputado Alexandre Knoploch.

O SR. ALEXANDRE KNOPLOCH - Sr. Presidente, primeira-mente, quero esclarecer algumas questões, porque diversos Deputa-dos falaram e devemos colocar cada coisa na sua caixinha.

É importante dizer - e já disse isso no Colégio de Líderes -que o Estado não é poder concedente de nada relacionado à distri-buição e tratamento de água e esgoto, como eu ouvi aqui; isso cabeaos municípios e está no marco do saneamento. Não adianta fazerdiscurso político porque a lei do marco do saneamento é clara. Querodeixar isso claro, porque o que cabe ao Estado é a produção, que,diga-se de passagem, está uma porcaria; basta ver o que temos con-sumido.

Outro detalhe é que, por ser dos municípios, que em um de-terminado momento aderiram, na Região Metropolitana, à concessãoem conjunto da distribuição - que, por acaso, é da Cedae, se não forpela Cedae, os municípios saem disso e vão vender por conta pró-pria. Aí, o valor da Cedae vai diminuir naturalmente. É importante se-parar muito bem isso.

Temos a ADI do Supremo Tribunal Federal, de 2013, quecriou o ente metropolitano; temos o estatuto da metrópole, de 2015;tem o marco regulatório, de 2020. Por acaso, acabou calhando de es-sa questão da Cedae se fundir a isso.

Mas o que eu queria também explicitar, e aí tenho de con-cordar com o Presidente André Ceciliano, é que isso está servindocomo uma barganha. É muito provável que se vendermos a Cedae,ou pelo menos a distribuição, esse dinheiro vá para a União - existe oentendimento de que o dinheiro irá para a União. Então, temos queter muito cuidado. Isso causa uma segurança jurídica muito grandeentre aqueles que participariam do leilão.

Também não adianta falar que a Cedae tem um superávit deum bilhão. Tem hoje um bilhão, mas podem ter certeza de que muitoem breve ela não terá. Estará em condição falimentar porque a con-cessão cabe aos municípios, é simples assim. Gostaria de deixar issoclaro.

Parabenizo o Governo do Estado, a Secretaria da Casa Civile o Presidente, que foi muito feliz na fala acerca do Galeão. Eu soutotalmente contra mudar a mensagem e colocar os outros aeroportosdo Estado do Rio de Janeiro. Nós precisamos salvar o Galeão. Doisvoos por manhã saindo do Galeão é um absurdo. O investimento feitonaquele aeroporto não pode ser jogado no lixo. Eu fico imaginandoNova Iorque maltratando o John Kennedy como maltratamos o Ga-leão.

Para se ter uma ideia, hoje, o Aeroporto La Guardia só estáfazendo voo no máximo a cidades com 800 quilômetros. Aqui que-remos fazer diferente, queremos deixar o Santos Dumont virar aero-porto internacional e o Galeão virar só um aeroporto de cargas. Aliás,nem isso vai acontecer. Já temos visto dificuldades no Galeão porcausa de outras situações, como, por exemplo, o transporte até o lo-cal, a segurança e por aí vai.

Precisamos salvar o Galeão. Muitos empregos são gerados na-quele aeroporto, são gerados diversos negócios. Foi investido não ape-nas no Galeão, mas também no seu entorno, dinheiro da iniciativa pri-vada e do poder público. Então, precisamos salvar o Galeão. Se o Go-verno Federal não tem demonstrado tal interesse, tem demonstrado in-teresse em expandir o Santos Dumont por meio de uma nova conces-são, lamento. O Santos Dumont nem tem estrutura para isso. Basta vero tamanho da pista, basta ver a estrutura do aeroporto por si só.

Sou solidário ao Governo do Estado, sou solidário ao Pre-sidente André Ceciliano no sentido de que esse debate seja aprofun-dado. Precisamos aprovar o benefício do combustível para aquelesque estão operando no Galeão.

Concluindo, Sr. Presidente, parabenizo o Deputado MárcioCanella, o maior Deputado da história representando Belford Roxo,sem dúvida. A cada cinco pessoas em Belford Roxo pelo menos qua-tro admiram o trabalho do Deputado Márcio Canella. Quando parabe-nizou o Secretário Rogério Figueiredo, ele o fez com razão, porque oDeputado Márcio Canella conseguiu algo que era muito impossível: le-var uma companhia para a região do Roseiral, que era um inferno emelhorou muito. Então, gratidão. A Bíblia diz que temos de dar honraa quem merece honra e que devemos ser gratos. O Deputado MárcioCanella foi muito feliz na declaração dele.

À Tijuca conseguimos levar as Recom e o Tijuca Presente.Mas, infelizmente, no mais, continuo com a minha opinião sobre o Se-cretário da Polícia Militar.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputado Gus-tavo Schmidt.

Som na tribuna, por gentileza. Atenção assessoria, som natribuna.

O SR. GUSTAVO SCHMIDT - Boa tarde, Sr. Presidente An-dré Ceciliano, boa tarde queridas Deputadas, queridos Deputados, de-mais telespectadores que estão nos assistindo através da TV Alerj, émuito importante o debate neste exato momento falando da privatiza-ção da Cedae. E esse PDL, do Presidente André Ceciliano, com mui-ta coragem, com muita inteligência, nesse exato momento, coloca emPlenário, vem em boa hora.

Eu sou filho e neto de cedaeano, como todos sabem. Nósbatalhamos, com muito orgulho, junto com os cedaeanos, contra essaprivatização da Cedae. Nós, ao longo de dois anos de nosso man-dato, fizemos diversas audiências públicas e em uma delas o ex-pre-sidente, Sr. Hélio Cabral, saiu pela porta dos fundos desta Casa.

A Cedae, ao longo desses últimos dois anos de Governo, oSr. Cláudio Castro, Governador em exercício, estava como vice, nachapa do Wilson Witzel, defendia a Cedae pública antes da eleição. ACedae vem sendo achincalhada, vem sendo desmantelada, através dademissão de 54 funcionários, que eram do seu corpo técnico, e dediversas outras ações que o poder público, poder político, com inge-rência na Cedae, atrapalha o desenvolvimento de uma companhiaque, todos sabem, é lucrativa, é uma companhia de excelência, eque, desde 1975, vem prestando um serviço de qualidade para a po-pulação fluminense.

E a última coisa que a população do nosso Estado tem é aCedae. Uma empresa com quase sete mil funcionários, entre concur-sados e terceirizados, está às portas de ser privatizada, de ser en-tregue para o poder privado, sem ao menos ter um devido estudo,uma devida conclusão de que se é a forma correta ou não de sef a z e r.

Temos diversos colegas nesta Casa que lutam ao nosso la-do, Deputado Luiz Paulo, Deputado Waldeck Carneiro, Deputada Re-nata Souza, Deputada Lucinha, Deputada Mônica Francisco, e tantosoutros, desculpem-me não lembrar de todos neste momento, mas eutenho certeza de que esta Casa quase na totalidade defende a Cedaepública.

Chega a ser ridículo olharmos os jornais e vermos uma con-cessão de 35 anos oferecendo investimentos na casa de 32 bilhões,Deputado Luiz Paulo sabe muito bem disso, sabendo que a Cedaehoje lucra um bilhão e cem, e com projeções, se bem gerida, e eutenho certeza de que tem total capacidade de ser bem gerida, de lu-crar muito mais.

Vemos hoje o Governo do Estado, o Governador CláudioCastro segurando as obras nas diretorias da Cedae, que têm dinheiroem caixa, por conta dessa privatização. O dinheiro da Cedae tem queestar em tubo no chão, Governador Cláudio Castro. O dinheiro da Ce-dae tem que estar colocando água na Rocinha, na obra da Rocinha,que, por sinal, está parada.

Uma das cláusulas do edital fala que essas empresas queganharem o contrato, senhores, têm que investir, ao longo de 35anos, um bilhão e oitocentos milhões. A obra da Rocinha, só a Ro-cinha, é mais de um bilhão. Eram seis etapas e está parada na pri-meira etapa. Está cheia de buraco, um caos total para a populaçãodaquela região.

E o sonho de muitos que ali moram de ter uma obra queestava sendo bem-feita, uma obra de muita qualidade, a primeira eta-pa foi concluída com sucesso, com total benfeitoria para aquela po-pulação, não há mais esse sonho por conta de um Governo que pa-rou as obras da Cedae e que está estagnado por conta dessa pri-vatização.

O PDL que V.Exa. colocou neste Plenário, e eu sou contrasó ao 2º artigo, como bem eu falei para V.Exa. mais cedo, como tan-tos outros Deputados também aqui falaram, mas eu também acho quenão é direito de um carioca, como o Ministro da Economia, o Sr. Pau-lo Guedes, ele deveria ter vergonha de ser carioca, por estar ven-dendo a última coisa.

Como V.Exa. bem disse, Sr. Presidente, a Petrobras nossa, aPetrobras da água do nosso Estado, que é uma empresa muito lu-crativa, de querer colocar como troféu, nesse momento, ameaçando oEstado do Rio de Janeiro no RRF, no Regime de Recuperação Fiscal,e colocando a Cedae, que é um bem de todos nós.

Eu tenho certeza de que o Sr. Paulo Guedes deveria se en-vergonhar, como fluminense, de estar fazendo isso. E a Cedae, portantas e tantas brigas, mais ainda de estar vendo isso acontecer.

Portanto, Sr. Presidente, eu gostaria de terminar a minha falapedindo a todos os cedaeanos, a todos os familiares de cedaeanos e,principalmente, aos nossos colegas desta Casa que se juntem, seunam, porque estamos deixando a maior coisa que temos em nossoEstado, o único patrimônio que sobrou, governo após governo, que foiachincalhada, mas sobreviveu, aos trancos e barrancos, estamos dei-xando para a iniciativa privada.

E como bem disse a Deputada Renata Souza, anteriormenteà minha fala, é uma empresa que é muito mais social do que mo-netária. O Rio de Janeiro está indo na contramão das demais capitaisde todo o mundo e está privatizando algo que em todos os outroslocais do nosso planeta está reestatizando.

Portanto, deixo a minha tristeza e a minha revolta com tudoisso que está acontecendo. Infelizmente, estão colocando a Cedae co-mo troféu e moeda de troca nessa covardia, por conta de governospassados, e ela nem tem culpa de todo esse problema.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - O próximo ora-dor inscrito é o Deputado Alexandre Freitas. (Pausa) Deputado Ale-xandre Freitas. (Pausa)

Deputado Márcio Pacheco. (Pausa) Deputado Márcio Pache-co. (Pausa)

Deputado Samuel Malafaia. (Pausa) Deputado Samuel Mala-faia. (Pausa)

Deputado Flávio Serafini.

O SR. FLÁVIO SERAFINI - Boa tarde, Sr. Presidente. Boatarde, Deputados e Deputadas. O Projeto de Decreto Legislativo apre-sentado pelo Deputado Presidente desta Casa, André Ceciliano, nostraz o debate fundamental sobre o futuro da Cedae. A Cedae é umaCompanhia de Água e Esgoto do Estado do Rio de Janeiro, nossaúltima empresa estatal, que presta serviços à população e que temconseguido acumular, ano a ano, uma taxa de lucro milionária, emalguns momentos bilionária.

Eu começo falando disso, porque é importante compreenderque esse projeto de privatização da Cedae não atende, de nenhumaforma, a um requisito de buscar a privatização buscando gerar recei-tas para o Estado. Pelo contrário, nós temos aí uma empresa pública,que gera uma lucratividade bilionária para o Estado, que está paraser vendida, leiloada, repartida. Por que privatizá-la? É a perguntaque fazemos para aqueles que têm defendido essa entrega do pa-trimônio público.

Entendemos que a água é um bem comum. Não há vida hu-mana, não há vida sem água. Então, a gestão da água ser pública éalgo harmônico com a ideia de que a sua gestão deva ter como prin-cípio norteador a garantia do acesso a esse bem comum para toda apopulação.

A gestão da água, partindo desse princípio, é muito diferenteda gestão da água como uma mercadoria, por menos que temos vistocrescer no Brasil, mas que, de alguma forma, cresce na contramãodo que tem acontecido em outros países, que inclusive reviram pro-cessos de privatização de serviços de água, de serviços de sanea-mento.

Por quê? São direitos, direitos sociais, direitos humanos, di-reitos básicos para a garantia da vida da humanidade. Se você pri-vatiza esses direitos e a questão do lucro e da mercantilização se tor-nam empecilhos para o acesso a esses direitos, o processo de pri-vatização vai na contramão do que a humanidade precisa para viver.

Então, ressaltamos que é muito ruim imaginar um processoem que a gestão, a distribuição de água, a coleta de saneamento setransforme em objeto de mercantilização, de lucratividade.

Mas essa privatização tem mais elementos. Essa privatizaçãoé fruto de uma chantagem que o Estado do Rio de Janeiro tem so-frido. Quando esteve ali, no Governo Pezão, e o Estado do Rio deJaneiro teve uma grande queda na atividade econômica e isso se re-flete numa grande queda de arrecadação, o Governo Federal, então,na época da gestão do Michel Temer, começa um processo de chan-tagem para forçar a privatização da Cedae, uma privatização que éabsolutamente negativa para o Estado do Rio de Janeiro, por quê?Porque é uma empresa de água, então, por princípio, é importanteque ela tenha gestão pública e porque é uma empresa extremamentelucrativa e nesse período em que começa esse debate, da recupe-ração fiscal, a Cedae consegue uma decisão judicial que mostra quepor ela ser uma empresa pública, ela tem que ter um regime tributáriodiferenciado e o Governo Federal vinha cobrando impostos da Cedaecomo se empresa privada ele fosse. Com essa decisão judicial a Ce-dae passou a ser também credora junto ao Governo Federal, tem bi-lhões de reais a receber em devolução de impostos cobrados de for-ma irregular uma vez que a Cedae era uma empresa pública.

Então, o Governo Federal, nessa relação de chantagem queestabelece com o Rio de Janeiro de completo desequilíbrio no pactofederativo, ele quer botar a faca no pescoço do Estado do Rio deJaneiro com relação à dívida que o Estado tem com a União, umadívida aliás, questionada, com taxas de juros absolutamente escor-chantes, não tem nem comparação os juros que o Rio de Janeiro pa-ga ao Governo Federal com os juros que o BNDS cobra de qualquerempréstimo que ele faz ao setor privado.

O Estado do Rio de Janeiro, e a maior parte do Estado daFederação, paga juros absolutamente inaceitáveis e faz com que es-sas dívidas sejam mecanismos permanentes de pressão e chantagemdo Governo Federal sobre os Estados.

Também, no caso da Cedae, ainda temos um crédito da Ce-dae a receber o Governo Federal que nunca é colocado nesse ba-lanço de contas para ser deduzido, para permitir um entendimentoque faça com que o Estado do Rio de Janeiro consiga inclusive sairdesse momento de aperto fiscal que ele tem enfrentado desde que aatividade econômica despencou no nosso Estado.

Além disso, eu quero destacar um elemento: a privatizaçãoda Cedae está vinculada a um empréstimo que foi contraído juntocom a mesma instituição financeira que fez parte do processo de an-tecipação de royalties e participações especiais do petróleo vinculadosao Rioprevidência e realizado no período da gestão Sérgio Cabral,Pezão, tendo como um dos principais articuladores o Sr. Gustavo Bar-bosa que, dentre outras funções, foi presidente do Rioprevidência.

É importante destacar isso porque essa mesma instituição fi-nanceira de origem francesa, ela se aproveita de um momento de fra-gilidade financeira do Estado do Rio de Janeiro e ganha, de uma for-ma bastante abusiva de dois lados. Por um lado, com essa operaçãoque hoje faz com que o Estado do Rio de Janeiro pague uma dastaxas de juros mais altas do mundo...

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Peço para con-cluir, por favor, Deputado Flávio Serafini.

O SR. FLÁVIO SERAFINI -... de antecipação de receitas. Epor outro, ela coloca a Cedae como garantia desse empréstimo rea-lizado naquele momento de dificuldade financeira no Estado do Rio deJaneiro.

Então, a privatização da Cedae é cercada por essas situa-ções que empurram para um processo de privatização do patrimôniopúblico, que é absolutamente lesivo aos interesses públicos do Estadodo Rio de Janeiro.

Então, somos contrários, entendemos que esse PDL nos per-mite avançar nessa discussão, vamos defender que essa suspensãoda privatização seja de forma permanente, para que possamos cobrar,sim, que a Cedae faça investimento para melhorar a qualidade daágua, para levar água onde ainda não tem.

Neste momento de crise para o Rio de Janeiro, a Cedae temum ambicioso plano de investimento, para fazer a economia funcionar,levar água de qualidade, levar a coleta de esgoto para os diferentesmunicípios, que vai nos ajudar a enfrentar a crise, melhora a quali-dade ambiental e fazer com que a Cedae cumpra cada vez melhor oseu papel de fornecer a água tratada e contribuir com a coleta deesgoto e os diferentes municípios do Estado do Rio de Janeiro.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Obrigado.Deputado Alexandre Freitas, o mais breve possível, porque

V.Exa. já teve sua chance, não estava online.

O SR. ALEXANDRE FREITAS - Obrigado, Presidente.Presidente, a água é um bem difuso e nunca jamais será pri-

vatizada, esta é que é a verdade. Não é verdade que o mundo estáno movimento de reestatização de água, não é verdade que o lucroda Cedae justifique sua manutenção à frente das prestações de ser-viço, não é verdade que estamos privatizando a água, nem mesmoque estamos privatizando a Cedae. O que estamos fazendo é umaconcessão relacionada à distribuição de água, que é prejudicada porconta da incompetência, da ineficiência e dos interesses que per-meiam essa estatal antiga, ultrapassada, que há muito tempo já de-veria ter sido privatizada.

A concessão vai obrigar as empresas interessadas e quevencerem a licitação a cumprir critérios de universalização de água,de qualidade na hora de distribuir e principalmente das perdas, asquais, de forma recorrente, são usadas por pessoas da Cedae quedizem que ela perderia lucratividade porque, ao acabar com a perdade água, que hoje é estimada em mais de 50%, a Cedae vai perderreceita. Ou seja, é um argumento absurdo, pelo qual pessoas de den-tro da empresa dizem que a empresa precisa desperdiçar água parapoder gerar renda. Esse é um argumento esdrúxulo e desconectadoda realidade, principalmente desconectado dos interesses da popula-ção.

A verdade é que, com a concessão da distribuição, o Rio,que hoje não tem qualquer capacidade de investimento, vai ver, final-mente, uma coisa central para a dignidade da pessoa humana, que éo saneamento básico, recebendo investimentos de forma eficiente...

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - V.Exa. me con-cede um aparte, Deputado Alexandre Freitas?

O SR. ALEXANDRE FREITAS - Claro, Presidente, que con-cedo.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Fui prefeito naBaixada Fluminense e construí algumas estações de tratamento deesgoto. Há algumas estações de tratamento de esgoto de municípiosque contribuem para o Guandu: Ribeirão da Lajes, Rio Santana e Riodos Poços, que formam o Guandu, em Queimados, e a Cedae nunca,nunca fez manutenção nas estações. A qualidade da água que be-bemos hoje é por conta dessa falta de manutenção em algumas es-tações de tratamento de água dos rios de municípios que contribuempara o rio Guandu.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO����� ��� �

�� �� �����

��������� � �� ���� �� ����

É uma outra falácia dizer que vai haver investimentos. Eu vinos jornais que irão investir 30bi; um secretário de Estado já me falouem mais de 100bilhões, ontem. Talvez seja como a AP5: não investiu,até agora, um centavo. Falou-se muito em investimento, e nada. Tal-vez seja igual à antiga CEG, que também tinha o compromisso defazer investimentos de ampliação das redes e não fez, a exemplo doque foi dito pela própria agência que regula os serviços.

Dessa história de que a iniciativa privada faz investimento, eutenho dúvida, porque não foi assim com a CEG e não foi assim coma AP5.

Obrigado, Deputado.

O SR. ALEXANDRE FREITAS - Perfeito, Presidente. Essaspreocupações são extremamente legítimas, mas um ponto é pacífico:se o Estado é ruim na gestão do dinheiro, e isso é um fato - vemosisso de forma corriqueira em diversos setores -, ele consegue ser umpouco menos pior na hora de fiscalizar. Então, cabe ao Estado fis-calizar se as empresas que venceram a concessão vão investir aquiloque está no contrato. É mera questão de cobrar a execução daquiloque foi firmado por meio do contrato público, e é legítimo cobrarmosisso.

Mas fato é, Presidente, que, há 45 anos, a população do Es-tado do Rio de Janeiro vem sofrendo com essa estatal que, ano apósano, fornece água podre, para não dizer coisa pior, para o cidadãofluminense. Paracambi, como o senhor mesmo disse, é uma vítimadessa estatal. E não só Paracambi. Eu mesmo sou autor de diversasreclamações contra a Cedae, e meu nome está lá na Agenersa, por-que eu sou o prejudicado, na qualidade de cliente da Cedae, que,assim como outros tantos cidadãos fluminenses, sofre com a quali-dade da água que é fornecida. Novamente, estamos sofrendo com acrise da geosmina e, o que é pior, a Cedae é tão ineficiente, que, aotentar tratar, especialistas dizem que ela está contaminando a águacom metais pesados.

O Deputado Luiz Paulo gosta de falar que não concorda como modelo, eu também não concordo. Eu acho que temos que priva-tizar tudo. É privatizar a captação de água, privatizar o tratamento deágua. É assim que tem que ser.

O Estado é horroroso na hora de querer fornecer alguma coi-sa. E essa história de que a água é essencial, é óbvio que a água éessencial, assim como a energia elétrica aqui no Estado do Rio deJaneiro é a mais cara do País, com o ICMS extorsivo, na casa dos32%, onde você precisa ser milionário para ligar o ar-condicionado.

Então, sim, a água é essencial, mas mais essencial ainda éo alimento. Imagine se o Estado fornecesse alimento para a popu-lação. Eu acho que a fome seria muito pior.

Então, Presidente, obviamente que aqui o senhor tem umaliado na questão federal. Eu acho que o pacto federativo é o quemais prejudica o Estado do Rio de Janeiro. O Estado do Rio de Ja-neiro perde no ICMS do consumo, ele perde no ICMS do combustível,ele perde na arrecadação federal, porque dá bilhões e bilhões para oGoverno Federal e recebe uma merreca. E aí vai uma crítica ao Pre-sidente. Por que o Presidente, que é do Estado do Rio de Janeiro,não nasceu aqui, mas fez toda a sua vida, principalmente, a sua vidapolítica no Estado do Rio de Janeiro, por que ele não investe mais nonosso Estado?

Temos o presidente do STF também que é do Estado do Riode Janeiro, e aí também já sofremos outra derrota, como eu falei aquiem Plenário. O cidadão fluminense agora vai ter que quitar o IPVAem meio a uma pandemia para poder andar de carro.

E, até pouco tempo, tinha o presidente da Câmara também,que não fazia absolutamente nada. E aí vai uma crítica à nossa ban-cada federal, que há décadas...

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Peço para con-cluir, por favor, Deputado.

O SR. ALEXANDRE FREITAS - Que há décadas e décadasnão trata dos interesses do Estado do Rio de Janeiro. Fica aquelapataquada de discurso de esquerda e de pautas identitárias, enfim, eo Estado do Rio de Janeiro é totalmente esquecido pela bancada fe-deral há décadas.

Então, precisamos mudar isso. Precisamos que o Estado doRio de Janeiro se faça presente, mostre a sua força.

E aí, um Deputado Estadual nosso de Santa Catarina disseque o pacto federativo para Santa Catarina é como se a União trou-xesse as pessoas e Santa Catarina fornecesse a carne, a cerveja e ochurrasco. E eu repliquei: Sinto muito, mas dadas as devidas propor-ções, considerando o ICMS, ICMS do combustível, arrecadação deimpostos federais, Santa Catarina pode chegar no máximo com o vi-nagrete. Quem chega com o churrasco inteiro é o Rio de Janeiro.

E seríamos muito maior que São Paulo se o pacto federativofosse minimamente justo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Não havendoquem queira discutir, encerrada a discussão.

A Presidência anuncia que o PDL 5721 recebeu 12 Emendase retorna às Comissões.

Nada mais havendo a tratar na 5ª Sessão Extraordinária, de-claro-a encerrada.

(Encerra-se a Sessão às 16h13min)

PRESIDÊNCIA DOS SENHORES DEPUTADOS ANDRÉ CE-CILIANO, PRESIDENTE; MÁRCIO GUALBERTO, A CONVITE

RELAÇÃO DOS PARLAMENTARES PRESENTES NA 72ª SESSÃOEXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 08 DE ABRIL DE 2021

Adriana Balthazar, Alana Passos, Alexandre Freitas, Ale-xandre Knoploch, Anderson Alexandre, Anderson Moraes, AndréCorrêa, André Ceciliano, Átila Nunes, Bebeto, Brazão, Carlos Ma-cedo, Carlos Minc, Célia Jordão, Charlles Batista, Chico Machado,Chiquinho da Mangueira, Coronel Salema, Dani Monteiro, DannielLibrelon, Delegado Carlos Augusto, Dionísio Lins, Dr. Deodalto,Eliomar Coelho, Elton Cristo, Enfermeira Rejane, Eurico Júnior,Fábio Silva, Felipe Peixoto, Filipe Soares, Filippe Poubel, FlávioSerafini, Franciane Motta, Giovani Ratinho, Gustavo Schmidt, JairBittencourt, Léo Vieira, Lucinha, Luiz Martins, Luiz Paulo, MarceloCabeleireiro, Marcelo Dino, Márcio Canella, Márcio Gualberto,Márcio Pacheco, Marcos Abrahão, Marcus Vinícius, Martha Rocha,Max Lemos, Mônica Francisco, Pedro Ricardo, Renata Souza, Re-nato Zaca, Rodrigo Amorim, Rodrigo Bacellar, Rosane Felix, Ro-senverg Reis, Rubens Bomtempo, Samuel Malafaia, Sérgio Fer-nandes, Subtenente Bernardo, Tia Ju, Val Ceasa, Valdecy da Saú-de, Vandro Familia, Waldeck Carneiro, Wellington José, Zeidan

EMENDAS DE PLENÁRIO, EM REGIME DE URGÊNCIA, EM DIS-CUSSÃO ÚNICA, AO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº57/2021, DE AUTORIA DO DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO

MODIFICATIVA Nº 01

Modifique-se o Artigo 2º, que passa a ter a seguinte reda-ção:

Art. 2º - A edição de Lei com o mesmo intuito fica condi-cionado à prorrogação do Regime de Recuperação Fiscal.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021Deputados LUIZ PAULO, LUCINHA, WALDECK CARNEIRO,

André Ceciliano, Rodrigo Bacellar

SUPRESSIVA Nº 02

Suprima-se o Artigo 2º.Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021Deputados LUIZ PAULO, LUCINHA, WALDECK CARNEIRO,

André Ceciliano, Rodrigo Bacellar

MODIFICATIVA Nº 03

Modifica o Art. 2º, que passa a ter a seguinte redação:

Art. 2º: Não se poderá autorizar abertura de procedimento li-citatório para a CONCESSÃO DA PRESTAÇÃO REGIONALIZADADOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ES-GOTAMENTO SANITÁRIO E DOS SERVIÇOS COMPLEMENTARESDOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO sem aprova-ção de lei específica pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio deJaneiro.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021Deputados RENATA SOUZA, MÔNICA FRANCISCO, DANI

MONTEIRO, ELIOMAR COELHO, FLAVIO SERAFINI, André Ceciliano,Rodrigo Bacellar

SUPRESSIVA Nº 04

Suprime o Art. 2º.Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados RENATA SOUZA, MÔNICA FRANCISCO, DANI

MONTEIRO, ELIOMAR COELHO, FLAVIO SERAFINI, André Ceciliano,Rodrigo Bacellar

MODIFICATIVA Nº 05

Modifique-se o art 2º do presente Projeto de Lei, que passaa ter a seguinte redação:

Art. 2°. É vedada a alienação/ privatização da Companhia Es-tadual de Águas e Esgoto (CEDAE) sem a aprovação de Lei espe-cífica pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 8 de abril de 2021.Deputados MARTHA ROCHA, André Ceciliano, Rodrigo Ba-

cellar

SUPRESSIVA Nº 06

Suprima-se o Art. 2º do presente Projeto de Decreto Legis-lativo.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados MARTHA ROCHA, André Ceciliano, Rodrigo Ba-

cellar

SUPRESSIVA Nº 07

Suprima-se o disposto no artigo 1º.Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados RODRIGO AMORIM, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

SUPRESSIVA Nº 08

Suprima-se o disposto no artigo 2º.Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados RODRIGO AMORIM, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

SUPRESSIVA Nº 09

Suprima-se o disposto no artigo 3º.Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados RODRIGO AMORIM, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

MODIFICATIVA Nº 10

Modifique-se o artigo 2° do projeto de decreto lei n° 57/2021,que passa a contar com a seguinte redação:

“Art. 2º - A edição de novo decreto deve observar o direito epreferência previsto no parágrafo quarto do art 68 da Constituição Es-tadual”.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados ENFERMEIRA REJANE, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

SUPRESSIVA Nº 11

Suprima-se o artigo 2º.Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021Deputados WALDECK CARNEIRO, André Ceciliano, Rodrigo

BacellarMODIFICATIVA Nº 12

Modifique-se o artigo 2º, que passa a ter a seguinte reda-ção:

“Art. 2º - O Poder Executivo poderá enviar mensagem à As-sembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) com omesmo intuito, após a prorrogação do Regime de Recuperação Fis-cal.”

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021Deputados WALDECK CARNEIRO, André Ceciliano, Rodrigo

Bacellar

ATA DA 23ª SESSÃO ORDINÁRIAREALIZADA EM 08 DE ABRIL DE 2021.

Às 16h14min, com a presença dos Senhores Deputados:Adriana Balthazar, Alana Passos, Alexandre Freitas, AlexandreKnoploch, Anderson Alexandre, Anderson Moraes, André Corrêa,André Ceciliano, Átila Nunes, Bebeto, Brazão, Carlos Macedo,Carlos Minc, Célia Jordão, Charlles Batista, Chico Machado, Chi-quinho da Mangueira, Coronel Salema, Dani Monteiro, Danniel Li-brelon, Delegado Carlos Augusto, Dionísio Lins, Dr. Deodalto,Eliomar Coelho, Elton Cristo, Enfermeira Rejane, Eurico Júnior,Fábio Silva, Felipe Peixoto, Filipe Soares, Filippe Poubel, FlávioSerafini, Franciane Motta, Giovani Ratinho, Gustavo Schmidt, JairBittencourt, Léo Vieira, Lucinha, Luiz Martins, Luiz Paulo, MarceloCabeleireiro, Marcelo Dino, Márcio Canella, Márcio Gualberto,Márcio Pacheco, Marcos Abrahão, Marcus Vinícius, Martha Rocha,Max Lemos, Mônica Francisco, Pedro Ricardo, Renata Souza, Re-nato Zaca, Rodrigo Amorim, Rodrigo Bacellar, Rosane Felix, Ro-senverg Reis, Rubens Bomtempo, Samuel Malafaia, Sérgio Fer-nandes, Subtenente Bernardo, Tia Ju, Val Ceasa, Valdecy da Saú-de, Vandro Familia, Waldeck Carneiro, Wellington Jose, Zeidan(68), assume a Presidência o Senhor DEPUTADO ANDRÉ CECILIA-NO, PRESIDENTE, ocupando os lugares de 1º, 2º, 3º e 4º Secretá-rios, respectivamente, os Senhores Deputados: T ia Ju, 2ª Secretária,Renato Zaca, 3º Secretário; Filipe Soares, 4º Secretário; Brazão, 1ºVo g a l .

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - “Sob a proteçãode Deus, iniciamos os nossos trabalhos”. Havendo número legal, estáaberta a Sessão.

(É lida pelo Senhor 2º Secretário a Ata da Sessão anteriorque, sem restrições, é considerada aprovada).

Passa-se à

Ordem do Dia

Anuncia-se a discussão única, em regime de urgência, do:

PROJETO DE LEI 532/2019, DE AUTORIA DA DEPUTADATIA JU, QUE DISPÕE SOBRE A CASSAÇÃO DA INSCRI-ÇÃO ESTADUAL DE EMPRESAS QUE PROVOQUEMMAUS-TRATOS A ANIMAIS E DÁ OUTRAS PROVIDÊN-CIAS.PA R E C E R DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,PELA CONSTITUCIONALIDADE, COM EMENDAS, CON-CLUINDO POR SUBSTITUTIVO.R E L ATO R : DEPUTADO MÁRCIO PACHECO.(PENDENDO DE PARECERES DAS COMISSÕES: DE DE-FESA E PROTEÇÃO DOS ANIMAIS; DE ECONOMIA, IN-DÚSTRIA E COMÉRCIO; E DE ORÇAMENTO, FINANÇAS,FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE)

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Defesa e Proteção dos Animais, tem a pa-lavra o Deputado Rodrigo Amorim. (Pausa)

Deputado Bebeto.

O SR. BEBETO (Para emitir parecer) - Favorável, Presiden-te.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Obrigado, meuirmão.

Para emitir parecer pela Comissão de Economia, Indústria eComércio, tem a palavra o Deputado Waldeck Carneiro.

O SR. WALDECK CARNEIRO (Para emitir parecer) - O pa-recer da Comissão de Economia, Indústria e Comércio é favorável.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Orçamento, Finanças, Fiscalização Financeirae Controle, tem a palavra o Deputado Rodrigo Bacellar. (Pausa)

Deputado Márcio Pacheco. (Pausa)Deputado Eliomar Coelho.

O SR. ELIOMAR COELHO (Para emitir parecer) - Favorável,Presidente.

O SR. CARLOS MINC - Presidente, questão de ordem sobrea votação.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Com os pare-ceres emitidos, para questão de ordem, tem a palavra o DeputadoCarlos Minc.

O SR. CARLOS MINC - Presidente André Ceciliano e Depu-tado Márcio Pacheco, estou com uma dificuldade: não consigo abrir oparecer da CCJ, mas lembro que na semana passada aprovamos umprojeto contra tatuagem em animais, meu com o Deputado DelegadoCarlos Augusto, e a CCJ o transformou em uma lei que modificava ouque acrescentava um artigo ao Código de Defesa Animal de 2018.

A minha pergunta, como não estou conseguindo abrir, é se oparecer da CCJ faz a mesma coisa com esse projeto: que ele sejaalgum artigo acrescido ao Código de Defesa Aninal, como foi feito nasemana passada.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputado Car-los Minc, a emenda modificativa 1 acrescenta o incisivo IV ao artigo11 da Lei 3.900, de 19 de julho de 2002, que institui o Código Es-tadual. Emenda modificativa 2: “Modifica-se o caput do artigo 1 doprojeto 532/2019”. “O Artigo 11 da Lei 3900, de 19 de julho de 2002,passa a vigorar acrescido do inciso IV com a seguinte redação...” Es-tá bom?

O SR. CARLOS MINC - Está ótimo. Obrigado.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Com os pare-ceres emitidos, em discussão a matéria. Não havendo quem queiradiscuti-la, encerrada a discussão.

A presente proposta recebeu 4 emendas e retorna às Comis-sões.

Anuncia-se a discussão única, em regime de urgência, do:

PROJETO DE LEI 3580/2021, DE AUTORIA DO DEPUTADOBRAZÃO, QUE AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A CON-SIDERAR A PRESTAÇÃO DE ATIVIDADES EDUCACIONAIS,COM AULAS PRESENCIAIS, TANTO NA REDE PÚBLICAQUANTO NA REDE PRIVADA, COMO ATIVIDADE ESSEN-CIAL, DURANTE A VIGÊNCIA DO PLANO DE CONTINGÊN-CIA DO NOVO CORONAVÍRUS (COVID-19).(PENDENDO DE PARECERES DAS COMISSÕES DECONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, DE SAÚDE E DE EDUCA-ÇÃO.)

A SRA. RENATA SOUZA - Questão de ordem, Sr. Presiden-te.

A SRA. ADRIANA BALTHAZAR - Eu também, Sr. Presiden-te.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para questãode ordem, tem a palavra a Deputada Renata e, em seguida, a De-putada Adriana.

A SRA. RENATA SOUZA - Sr. Presidente, quero chamar aatenção do Presidente da CCJ porque recentemente foi aprovada umabaixa em diligência solicitada pela CCJ para a Secretaria de Saúde eEducação. Parece que o projeto não deveria voltar à pauta neste mo-mento. Gostaria de um esclarecimento do Presidente da CCJ.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Em relação àquestão de ordem da Deputado Renata, demais parlamentares, ocompromisso era voltar em uma data específica com ou sem a baixaem diligência, com a resposta da secretaria - foi isto o que nós com-binamos aqui. O projeto recebeu 26 emendas, vai sair de pauta eagora não tem mais compromisso de retornar à pauta. Ok?

Deputada Adriana.

A SRA. RENATA SOUZA - Perfeito. Obrigada.

A SRA. ADRIANA BALTHAZAR - Quero parabenizar o Depu-tado Brazão pelo projeto e dizer que, como conversamos ontem noplenário, há vários outros projetos nesse sentido, um dos quais doDeputado André Correa. O Deputado Rodrigo Amorim, quando eu fa-lei que estava entrando com um projeto nesse sentindo, disse quetambém havia um projeto dele na mesma direção.

Então, quero sugerir ou propor que juntemos esses projetostodos e façamos um projeto comum de todos nós em relação a esseassunto tão importante, que tem recebido tanto apoio, tantas assina-turas da sociedade.

Quero saber o que o senhor e os demais Deputados quepropuseram também nesse sentido dizem a respeito. Obrigada, Pre-sidente.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO

��� ����� � ��� � � �� �� ��

����������� � � � �� �� �� �� ���

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Vai retornar àsComissões. Quando chegar à CCJ, peço ao Presidente da CCJ quereúna todos os projetos e faça uma ou mais audiências públicas an-tes de os projetos retornarem ao plenário. Está certo?

A SRA. ADRIANA BALTHAZAR - Obrigada, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Constituição e Justiça, tem a palavra o De-putado Márcio Pacheco. (Pausa) Deputado Márcio Pacheco. (Pausa)

Deputado Rodrigo Bacellar. (Pausa) Deputado Rodrigo Bacel-lar. (Pausa)

Deputado Chico Machado. (Pausa)Deputado Rodrigo Amorim.

O SR. RODRIGO AMORIM (Para emitir parecer) - Acompa-nho a CCJ, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Deputado LuizPaulo quer falar?

O SR. LUIZ PAULO - Sim, Sr. Presidente. Eu vou dar o pa-recer pela CCJ, como é que ele vai acompanhar a CCJ?

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente, eu pensei queestivesse fazendo pela Comissão de Orçamento, Finanças, Fiscaliza-ção Financeira e Controle. É pela CCJ?

O SR. LUIZ PAULO - Não, não. Precisa do parecer da CCJ.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Aqui no meusistema, pelo meu acompanhamento, não tem parecer da Comissãode Constituição e Justiça ao PL 3580.

O SR. LUIZ PAULO - Então, Sr. Presidente, o que estou di-zendo ao senhor é que o Deputado Márcio Pacheco ...

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Mas tem queme avisar, Deputado Luiz Paulo.

O SR. LUIZ PAULO - Sim, estou lhe avisando agora. Eu fi-quei com o dedo avisando, mas não falei, e o senhor não tem obri-gação de ver meu dedo.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Eu vi o dedo,mas como estou seguindo a ordem da Comissão, chamei o DeputadoRodrigo Amorim. Mas não tem problema.

A Presidência convida o Deputado Luiz Paulo para emitir pa-recer pela Comissão de Constituição e Justiça.

O SR. LUIZ PAULO (Para emitir parecer) - Sr. Presidente, oDeputado Flávio Serafini já tinha me alertado sobre a questão desteProjeto, que seria necessário antes as oitivas da Secretaria de Edu-cação e Saúde, e V.Exa. resolveu bem. Ele vai sair de pauta, virãoessas oitivas que já foram feitas, se juntarão outros processos simi-lares e terá uma grande audiência pública. E o Deputado Márcio Pa-checo procurou amenizar as questões mais difíceis que tinha a re-dação original. Então, o parecer, e eu vou ler, é favorável com quatroEmendas, propondo um Substitutivo com a seguinte redação:

“Autoriza o Poder Executivo a classificar como serviço essen-cial as atividades e serviços relacionados ao comércio, que especifica,respeitando as competências municipais e as autoridades sanitárias,durante o período de reconhecimento de emergência na saúde públicadecretado pelo Estado do Rio de Janeiro, em decorrência da pande-mia do novo coronavírus. Inciso IX ao Artigo 1º - As atividades edu-cacionais da rede pública e da rede privada.

Parágrafo 4º ao Artigo 1º - As atividades de que trata o IncisoX deste artigo respeitará o direito dos pais e responsáveis em optarempela modalidade de educação à distância, quando disponíveis”.

Eu, particularmente, Sr. Presidente, acho que ficou um poucomais amena, porque acho que não é competência do Parlamento de-finir nenhum serviço essencial, porque quem dá alvará para funcio-namento de escola são os municípios. Então, no fundo, você estariaatropelando a competência municipal. Na rede do Estado existe hojeuma articulação, que está bem estruturada, entre a Secretaria de Edu-cação e a Secretaria de Saúde, e são ouvidas as partes inerentes aomagistério, para tomar essas medidas, e tem, inclusive, um plano detrabalho sobre tal já apresentado. A amenização que este Projeto trazcom essas Emendas da CCJ é que está respeitando a competênciamunicipal e das autoridades sanitárias. Então, está dizendo o quê? ASecretaria de Saúde fala e falam as autoridades municipais, onde temcada uma das escolas. Então, acho que ficou mais ameno, mas estácheio de Emendas e com as audiências públicas podem entrar mais.

Não sei se o Deputado Flávio Serafini está entendendo quetalvez agora dê com a posição do Deputado André Ceciliano de terum melhor equilíbrio.

Muito obrigado.(Lendo:)

“PARECER ORAL

DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA AO PROJETO DELEI N.º 3580/2021 QUE “AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A CON-SIDERAR A PRESTAÇÃO DE ATIVIDADES EDUCACIONAIS, COMAULAS PRESENCIAIS, TANTO NA REDE PÚBLICA QUANTO NAREDE PRIVADA, COMO ATIVIDADE ESSENCIAL, DURANTE A VI-GÊNCIA DO PLANO DE CONTINGÊNCIA DO NOVO CORONAVÍRUS(COVID-19)”Autor: Deputado BRAZÃORelator: Deputado LUIZ PAULO

(PELA CONSTITUCIONALIDADE, COM EMENDAS)CONCLUINDO POR SUBSTITUTIVO

I - RELATÓRIOTrata-se de exame ao Projeto de Lei N.º 3580/2021 QUE

“AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A CONSIDERAR A PRESTAÇÃODE ATIVIDADES EDUCACIONAIS, COM AULAS PRESENCIAIS, TAN-TO NA REDE PÚBLICA QUANTO NA REDE PRIVADA, COMO ATI-VIDADE ESSENCIAL, DURANTE A VIGÊNCIA DO PLANO DE CON-TINGÊNCIA DO NOVO CORONAVÍRUS (COVID-19)”

II - PARECER DO RELATORConforme determina o art. 26, §1º do Regimento Interno da

Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, compete a estaComissão de Constituição e Justiça se pronunciar acerca da consti-tucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa do projeto.

A proposta em análise pretende autorizar o Poder Executivoa considerar a prestação de atividades educacionais, com aulas pre-senciais, tanto na rede pública quanto na rede privada, como ativi-dade essencial, durante a vigência do Plano de Contingência no CO-vid-19.

Inicialmente, destaque-se que é competência do Estado legis-lar sobre questões que envolvam educação, na forma do que dispõea Constituição do Estado do Rio de Janeiro, in verbis:

“Art. 73. É competência do Estado, em comum com a Uniãoe os Municípios:

(...)V - proporcionar os meios de acesso a cultura, a educação e

a ciência;(...)XII - estabelecer e implantar política de educação para a se-

gurança do trânsito.”“Art. 74. Compete ao Estado, concorrentemente com a União,

legislar sobre:(...)IX - educação, cultura, ensino e desporto;(...)”

Por outro lado, é igualmente dever constitucional do Estadozelar pela educação de sua população, conforme se verifica abaixo dotrecho retirado da Constituição da República:

“Art. 8º Todos têm o direito de viver com dignidade.Parágrafo único. É dever do Estado garantir a todos uma

qualidade de vida compatível com a dignidade da pessoa humana, as-segurando a educação, os serviços de saúde, a alimentação, a ha-bitação, o transporte, o saneamento básico, o suprimento energético,a drenagem, o trabalho remunerado, o lazer e as atividades econô-micas, devendo as dotações orçamentárias contemplar preferencial-mente tais atividades, segundo planos e programas de governo.”

“Art. 306. A educação, direito de todos e dever do Estado eda família, promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,visa ao pleno desenvolvimento da pessoa e a formação do cidadão; oaprimoramento da democracia e dos direitos humanos; a eliminaçãode todas as formas de racismo e de discriminação; o respeito dos va-lores e do primado do trabalho; à afirmação do pluralismo cultural; aconvivência solidária a serviço de uma sociedade justa, fraterna, livree soberana.”

Nesse contexto, verifica-se que é obrigação do Estado garan-tir o pleno acesso à educação, bem como harmonizá-la com o exer-cício pleno do direito fundamental à mesma, por todos os cidadãos doEstado do Rio de Janeiro. Esse dever gera, para o Poder Público, anecessidade de implementar medidas concretas para o atendimentodos direitos acima narrados.

Com efeito, a proposição em análise merecer ter seguimentonesta Casa Legislativa, sobretudo por estar em consonância com osditames constitucionais e infraconstitucionais do ordenamento jurídicopátrio.

Por fim, apenas no intuito de aprimorar o Projeto de Lei nº3000/2020, proponho as seguintes emendas:

EMENDA MODIFICATIVA N.º 01

Modifica-se a ementa do Projeto de Lei nº 3580/2021, quepassa a vigorar com a seguinte redação:

“ALTERA A LEI Nº 8929, DE 15 DE JULHO DE 2020, NAFORMA QUE MENCIONA.”

EMENDA MODIFICATIVA N.º 02

Modifica-se o artigo 1º do Projeto de Lei nº 3580/2021, quepassa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1º - Modifica-se a ementa da Lei n.º 8.929, de 15 dejulho de 2020, que passa a vigorar com a seguinte redação:

“AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A CLASSIFICAR COMOSERVIÇO ESSENCIAL AS ATIVIDADES E OS SERVIÇOS RELACIO-NADOS AO COMÉRCIO QUE ESPECIFICA, RESPEITANDO ASCOMPETÊNCIAS MUNICIPAIS E AS AUTORIDADES SANITÁRIAS,DURANTE O PERÍODO DE RECONHECIMENTO DE EMERGÊNCIANA SAÚDE PÚBLICA DECRETADO PELO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO EM DECORRÊNCIA DA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍ-RUS (COVID-19).”

EMENDA ADITIVA N.º 03

Inclua-se um artigo ao Projeto de Lei nº 3580/2021, com aseguinte redação:

“Art. - Inclua-se inciso IX ao artigo 1º da Lei n.º 8.929, de 15de julho de 2020, com a seguinte redação:

Art. 1º - ...IX - As atividades educacionais da rede pública e da rede

privada.”

EMENDA ADITIVA N.º 04

Inclua-se um artigo ao Projeto de Lei nº 3580/2021, com aseguinte redação:

“Art. - Inclua-se parágrafo 4º ao artigo 1º da Lei n.º 8.929, de15 de julho de 2020, com a seguinte redação:

Art. 1º - ...§4º - As atividades de que trata o inciso IX deste artigo res-

peitará o direito dos pais/responsáveis e responsáveis que optarempela modalidade “Educação à Distância”, quando disponível.”

Diante do exposto, meu parecer ao Projeto de Lei n.º3580/2021 é pela CONSTITUCIONALIDADE, COM EMENDAS, CON-CLUINDO POR SUBSTITUTIVO, com a seguinte redação:

SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI N.º 3580/2021

ALTERA A LEI Nº 8929, DE 15 DE JULHO DE 2020, NA FORMAQUE MENCIONA.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO RESOLVE:

Art. 1º - Modifica-se a ementa da Lei n.º 8.929, de 15 dejulho de 2020, que passa a vigorar com a seguinte redação:

“AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A CLASSIFICAR COMOSERVIÇO ESSENCIAL AS ATIVIDADES E OS SERVIÇOS RELACIO-NADOS AO COMÉRCIO QUE ESPECIFICA, RESPEITANDO ASCOMPETÊNCIAS MUNICIPAIS E AS AUTORIDADES SANITÁRIAS,DURANTE O PERÍODO DE RECONHECIMENTO DE EMERGÊNCIANA SAÚDE PÚBLICA DECRETADO PELO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO EM DECORRÊNCIA DA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍ-RUS (COVID-19).”

Art. 2º - Inclua-se inciso IX ao artigo 1º da Lei n.º 8.929, de15 de julho de 2020, com a seguinte redação:

“Art. 1º - ...IX - As atividades educacionais da rede pública e da rede

privada.”

Art. 3º - Inclua-se parágrafo 4º ao artigo 1º da Lei n.º 8.929,de 15 de julho de 2020, com a seguinte redação:

“Art 1º - ...§4º - As atividades de que trata o inciso IX deste artigo res-

peitará o direito dos pais/responsáveis e responsáveis que optarempela modalidade “Educação à Distância”, quando disponível.”

Art. 4º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publica-ção.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputado LUIZ PAULORelator”(Conclui a leitura)

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Obrigado.Para emitir parecer pela Comissão de Saúde, tem a palavra

a Deputada Martha Rocha.

A SRA. MARTHA ROCHA (Para emitir parecer) - Presidente,em primeiro lugar, eu quero manifestar a minha profunda preocupaçãocom este Projeto, por isso que tanto o Deputado Serafini quanto eusolicitamos a baixa em diligência, e no nosso entendimento a baixaem diligência deve ser respeitada senão não haveria a motivação pa-ra decidir, até porque no Estado do Rio de Janeiro, como já foi ditoaqui, as decisões sobre a retomada das aulas passa por uma obe-diência da Secretaria de Estado de Educação ao que determina aárea da Saúde.

Então, parece-me que é da nossa parte uma imprudênciaexaminar um Projeto que entre outras coisas alega que em hipótesenenhuma as aulas podem ser interrompidas. Ainda que haja esse tipode modificação feita pela CCJ, eu acho que o Projeto merece serexaminado e merece a manifestação das autoridades que enfrentam agrave crise sanitária.

Eu tenho mantido um diálogo com alguns organismos daárea da ciência, da pesquisa, e assim tem sido feito com a EscolaNacional de Saúde Pública da Fiocruz. Eu recebi ontem um documen-to do Dr. Hermano Albuquerque Castro, Dr. André Reynaldo SantosPerissé, eles fazem considerações ao retorno das aulas no Municípiodo Rio de Janeiro, eles nos informam que a taxa de contaminaçãocontinua elevada, e que de acordo com as informações do covidíme-tro da UFRJ há uma evolução da pandemia, um momento da velo-cidade da propagação do vírus. Dentre as observações que esse do-cumento faz, ele coloca a questão de que em todo o Estado há umaocupação de mais de 90% dos leitos de enfermaria e de UTI, quandoque é determinado pelo Conselho Nacional, pelo Conselho dos Se-cretários Municipais é que haja uma faixa livre de no mínimo 25% deleitos de enfermaria e de UTI. Uma nota técnica que foi elaborada porum grupo da Fiocruz nos informa que o que é preciso fazer é ofe-recer inclusão digital, é definir estratégias do direito de alimentaçãodos alunos; é incentivar a campanha de vacinação, e, aí, quero la-mentar a decisão que tirou de prioritária a vacinação dos profissionaisda Educação, decisão judicial, e dos funcionários da Segurança Pú-blica. Quero lamentar o decreto do Governador de 7 de abril que li-berou parques de diversão e parques temáticos. Nós estamos vivendoa maior crise sanitária que este País já enfrentou. Então, eu acho quenós temos que também pensar, isso já foi dito aqui nos nossos de-bates, a questão da saúde mental, a prevenção à violência, a pro-teção das crianças e dos adolescentes.

Por isso, Presidente, eu vou dar o meu voto contrário. Eu te-nho muita dificuldade, apesar de todas as tentativas de aperfeiçoa-mento deste Projeto, eu não posso receber um documento que eu re-cebi de uma instituição de pesquisa, e dar, enquanto pelo mérito, ovoto favorável a este Projeto.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Obrigado, De-putada.

A SRA. MARTHA ROCHA - Só um minutinho, por favor, Pre-sidente.

Quero externar aqui minha admiração pelo Deputado Brazão.Sei que o Deputado Brazão teve o interesse de, entendendo que aescola é necessária para as crianças, mas, antes de retomar à es-cola, nós devemos tomar outras providências para garantir a seguran-ça, a vida das nossas crianças, dos nossos adolescentes e dos nos-sos professores, e qualquer profissional da Educação.

Obrigada.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Para emitir pa-recer pela Comissão de Educação, tem a palavra o Deputado FlávioSerafini.

Eu tenho um compromisso de médico às 16 horas, tinha. En-tão, peço que seja breve.

O SR. FLÁVIO SERAFINI (Para emitir parecer) - Sr. Presi-dente, Deputados e Deputadas, quando este Projeto veio à pauta pelaprimeira vez, eu manifestei, junto com a Deputada Martha Rocha, aminha preocupação, solicitando que a Secretaria de Saúde e que Se-cretaria de Educação fossem ouvidas.

O projeto, ao defender que a educação é um serviço essen-cial, delimita que, nessa condição, não pode ser interrompida em hi-pótese alguma, mesmo com a pandemia. Eu rebato essa ideia. Aeducação é um direito fundamental da população, consagrado pelaConstituição - por isso, tem orçamento vinculado na Constituição; porisso, é obrigação do Estado ofertar a educação para a população -,mas isso não faz dela um serviço essencial.

Serviço essencial é aquele cuja interrupção de forma imedia-ta dificulta a sobrevivência das pessoas em sociedade - é a falta dealimentos, de energia elétrica, de transporte. O projeto, ao definir edu-cação como serviço essencial, cria dois problemas: um, tentar impor apermanência das aulas enquanto durar a pandemia, seja qual for asituação desta; dois, impacta no direito de greve, na liberdade de or-ganização dos trabalhadores da educação, questões que são funda-mentais para pensar a organização democrática da nossa sociedade.

Hoje, na Região Sudeste, chegamos a uma situação em quehá mais óbitos relacionados à Covid do que nascimentos. Essa 'gri-pezinha' está impactando a nossa estrutura demográfica, e isso émuito grave. Temos visto vários Prefeitos e até o Governador CláudioCastro retirar qualquer limite com relação à situação da pandemia pa-ra definir a interrupção de atividades presenciais, dentre elas a edu-cação.

Não vou me tornar, de forma alguma, cúmplice dessas açõesque contrariam a avaliação de vários cientistas - a Deputada MarthaRocha aqui citou notas técnicas da Fiocruz, da UFRJ -, inclusive depesquisadores da Secretaria de Saúde. A última portaria da Secretariaque definia as condições de funcionamento das escolas nas diferentescondições de contágio estipulava que, na bandeira vermelha e nabandeira roxa, as aulas deveriam ser interrompidas. O GovernadorCláudio Castro sustou esse artigo do decreto e criou uma situação deanomia que tem como único resultado possível a maior exposição dascomunidades escolares ao vírus e, portanto, maior contágio e maiornúmero de óbitos.

Nesse sentido, não podemos coadunar com esse projeto,embora o parecer da CCJ o tenha amenizado um pouco. O sentidodo projeto só pode trazer mais problemas para a saúde pública. Apropósito, eu tenho movido ações judiciais em vários municípios paraque as aulas sejam interrompidas quando estão nas bandeiras ver-melha e roxa. Não considero que defender que a escola funcionequando as pessoas estão morrendo na maior pandemia que já atingiunosso País seja defender a escola pública. Isso não é defender aeducação, isso é expor a população a um risco cada vez maior decontágio.

O parecer da Comissão de Educação é contrário ao projeto.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Com os pare-ceres emitidos e decorrido o tempo regulamentar, a discussão do pro-jeto ficará para a próxima terça-feira.

O SR. RODRIGO AMORIM - Já pode me inscrever para dis-cutir a matéria, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (ANDRÉ CECILIANO) - Não, não. Napróxima semana, quem estiver na Presidência vai trazer o projeto pa-ra discussão.

Retiro meu compromisso de fazer audiência pública. O Pre-sidente que estiver aqui na próxima terça-feira é que vai dizer o quefazer. Na próxima semana não estarei presente. Desejo a todos umasemana proveitosa!

Está encerrada a Sessão.

(Encerra-se a Sessão às 16:30 horas)

PRESIDÊNCIA DO SENHOR DEPUTADO ANDRÉ CECILIA-NO, PRESIDENTE.

RELAÇÃO DE PARLAMENTARES PRESENTES NA 23ª SES-SÃO ORDINÁRIA DE 08 DE ABRIL DE 2021.

Adriana Balthazar, Alana Passos, Alexandre Freitas, Ale-xandre Knoploch, Anderson Alexandre, Anderson Moraes, AndréCorrêa, André Ceciliano, Átila Nunes, Bebeto, Brazão, Carlos Ma-cedo, Carlos Minc, Célia Jordão, Charlles Batista, Chico Machado,Chiquinho da Mangueira, Coronel Salema, Dani Monteiro, DannielLibrelon, Delegado Carlos Augusto, Dionísio Lins, Dr. Deodalto,Eliomar Coelho, Elton Cristo, Enfermeira Rejane, Eurico Júnior,Fábio Silva, Felipe Peixoto, Filipe Soares, Filippe Poubel, FlávioSerafini, Franciane Motta, Giovani Ratinho, Gustavo Schmidt, Jair

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO����� ��� �

�� ��� ����

��������� � �� ���� �� ����

Bittencourt, Léo Vieira, Lucinha, Luiz Martins, Luiz Paulo, MarceloCabeleireiro, Marcelo Dino, Márcio Canella, Márcio Gualberto,Márcio Pacheco, Marcos Abrahão, Marcus Vinícius, Martha Rocha,Max Lemos, Mônica Francisco, Pedro Ricardo, Renata Souza, Re-nato Zaca, Rodrigo Amorim, Rodrigo Bacellar, Rosane Felix, Ro-senverg Reis, Rubens Bomtempo, Samuel Malafaia, Sérgio Fer-nandes, Subtenente Bernardo, Tia Ju, Val Ceasa, Valdecy da Saú-de, Vandro Familia, Waldeck Carneiro, Wellington Jose, Zeidan.EMENDAS DE PLENÁRIO, EM REGIME DE URGÊNCIA, EM DIS-CUSSÃO ÚNICA, AO PROJETO DE LEI Nº 532/2019, DE AUTORIADA DEPUTADA TIA JÚ.

MODIFICATIVA Nº 01

Modifique-se o art. 1º do Substitutivo da CCJ, que passa ater a seguinte redação:

“Art. 1º O artigo 11 da Lei 3.900 de 19 de julho de 2002 pas-sa a vigorar, acrescido do inciso IV, com seguinte redação:

Art. 11 Em situação comprovada de abuso, maus-tratos ououtras condutas cruéis especificada anteriormente, deverão ser ado-tados os seguintes procedimentos:I - Apreensão imediata do animal por órgão competente;II - interdição do local;III - encaminhamento do responsável à autoridade policial, para quesejam adotadas as medidas cabíveis;IV - cassação da inscrição estadual das empresas que violem as dis-posições da presente Lei, permitida apenas após trânsito em julgadode sentença condenatória que reconheça a prática de uma das con-dutas descritas no caput.”

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados ALEXANDRE FREITAS, ADRIANA BALTHAZAR,

André Ceciliano, Rodrigo Bacellar

MODIFICATIVA Nº 02

Modifica-se o art. 1º, que passa a ter a seguinte redação:“Art. 1º - As pessoas jurídicas estabelecidas no Estado do

Rio de Janeiro poderão ter sua inscrição estadual cassada, quandoficar comprovado, após o devido trâmite judicial, que as mesmas, poratos que derivem diretamente ou necessariamente de sua atividade,realizem, o consintam, o estimulem, concorra diante de atos e agres-sões que se configurem maus-tratos, cometidas por seus funcionários,estagiários e/ou prestadores de serviço.

Parágrafo Único - O disposto no caput deste vale igualmentenos casos de omissão de superior hierárquico em fazer cessar osmaus-tratos cometidos por seu subordinado”.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados RODRIGO AMORIM, André Ceciliano, Rodrigo Ba-

cellar

MODIFICATIVA Nº 03

Modifique-se o § 2º, que passa a ter a seguinte redação:“Art. 2º - (...)(...)§ 2º - A proibição a que se refere o § 1º deste Art. perdurará

pelo prazo de 10 (dez) anos, contados a partir do trânsito em julgadoda decisão judicial da sentença condenatória”.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados SUBTENENTE BERNARDO, André Ceciliano, Ro-

drigo Bacellar

M O D I F I C AT I VA Nº 04

Modifique-se o parágrafo 2º do artigo 2º, que passa a ter aseguinte redação

“Art. 2º.(...)§ 2º - A proibição ao que se refere o §1º deste art. Perdu-

rara pelo prazo de 10 (dez) anos, a partir do trânsito em julgado dadecisão judicial da sentença condenatória”.

Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 08 de abril de 2021.Deputados LUIZ MARTINS, André Ceciliano, Rodrigo Bacel-

lar

Id: 2308977

Comissões

PERMANENTES

COMISSÃO DE ASSUNTOS MUNICIPAIS E DE DESENVOLVIMEN-TO REGIONAL

ATA DA REUNIÃO DE INSTALAÇÃOAos seis dias do mês de abril de dois mil e vinte e um, às onze ho-ras e trinta minutos, reuniu-se a Comissão de Assuntos Municipais eDesenvolvimento Regional, com a presença dos Senhores DeputadosCarlos Macedo, Eurico Junior, Pedro Ricardo, Chico Machado, FelipePeixoto, membros efetivos deste órgão técnico, para a realização daReunião de Instalação remota, em meio digital criado de acordo como Art. 6° do Ato "N"/MD/N° 651/2020, de acordo com o Art. 35 doRegimento Interno, assumiu a Presidência o Senhor Deputado EuricoJunior. Havendo número regimental, Sua Excelência declarou abertosos trabalhos, nos termos do edital de convocação publicado em05/04/2021 e informou que esta reunião tem como objetivo eleger oPresidente e o Vice-Presidente desta comissão. Foram indicados paraos cargos, respectivamente, os Deputados CARLOS MACEDO e EU-RICO JUNIOR. Após tomada nominal de votos, foram os mesmoseleitos por unanimidade. Depois de empossado, o Senhor Presidente,fazendo uso da palavra, pronunciou-se, agradecendo a todos os pre-sentes, comprometendo-se a desempenhar com a máxima dedicaçãoas atribuições a ele confiadas. Com a palavra, manifestou-se ampla-mente o Senhor Deputado EU RICO JUNIOR, Vice-Presidente. Pros-seguindo, o Senhor Presidente propôs que as reuniões ordinárias se-jam realizadas toda terça feira às treze horas e trinta minutos, na salatrezentos e dezesseis do Palácio Tiradentes, o que foi aceito por to-dos. Comunicou amantença do secretário CARLOS EDUARDO DOS SANTOS LEMOS.Nada mais havendo a tratar e como ninguém mais quisesse fazer usoda palavra, Sua Excelência suspendeu a reunião para que eu, CarlosEduardo dos Santos lemos, Secretário, lavrasse a presente ata. Rea-bertos os trabalhos, foi a mesma lida e aprovada, tendo sido assinadapor mim e pelo Senhor Presidente, que em seguida encerrou a reu-nião. Sala das Comissões, seis de abril de dois mil e vinte e um. (a)Deputado CARLOS MACEDO - Presidente; (a) Carlos Eduardo dosSantos Lemos - Secretário, matrícula nº 201.374-6.

TEMPORÁRIAS

COMISSÃO ESPECIAL PARA ACOMPANHAR E BUSCAR SOLU-ÇÕES PARA O FORTALECIMENTO E AMPLIAÇÃO DA INDÚSTRIANAVAL E DE OFFSHORE E DO SETOR DE PETRÓLEO E GÁS DOESTADO DO RIO DE JANEIRO

(REQUERIMENTO nº 213/2021)ATA DA 1ª REUNIÃO ORDINÁRIA

Aos cinco dias do mês de abril de dois mil e vinte e um, às quatorzehoras e cinco minutos, via Plataforma Zoom (videoconferência), reu-niu-se a Comissão em epígrafe, instituída pelo Requerimento n°213/2021, sob a Presidência da Senhora Deputada CÉLIA JORDÃO,com a presença dos Senhores Deputados WALDECK CARNEIRO,RUBENS BOMTEMPO, FELIPE PEIXOTO e ROSENVERG REIS,membros efetivos. Havendo número regimental, Sua Excelência, a Se-nhora Presidente, declarou aberta a primeira Reunião Ordinária, con-forme convocação por edital, publicado na data de vinte e cinco demarço do corrente ano. Em continuidade, a Senhora Presidente agra-deceu a todos os Deputados presentes e informou que a reunião temcomo objetivo a aprovação do plano e cronograma dos trabalhos, fa-lou sobre a importância da indústria naval e sobre a contribuição des-

ta comissão no fomento do trabalho e renda. Prosseguindo, a Senho-ra Presidente leu e identificou os principais pontos do plano de tra-balho e do cronograma. Em seguida, o Senhor Deputado RUBENSBOMTEMPO informou que a Lei do REPETRO tem redação de difícilentendimento e informou que o Senhor Deputado WALDECK CARNEI-RO teria maiores detalhes pois participou do processo de elaboração.Em continuidade, a Senhora Presidente continuou a leitura dos prin-cipais pontos do plano de trabalho e passou a palavra para o SenhorDeputado WALDECK CARNEIRO, que sugeriu o convite a um mem-bro da Assessoria Fiscal da Alerj para assessorar os trabalhos destacomissão, informou que a assessoria possui levantamento de dadossobre o tema da comissão, sugeriu o convite aos sindicatos dos me-talúrgicos, e exemplificou os sindicatos de Niterói, Angra dos Reis eSão Gonçalo. Em prosseguimento, a Senhora Presidente sugeriu a in-clusão da Marinha do Brasil na lista de reuniões. Em sequência, oSenhor Deputado ROSENVERG REIS deixou consignado a aprovaçãodo plano e cronograma de trabalho. Seguindo, a Senhora Presidentecolocou em votação o envio de ofício solicitando ao Presidente oapoio da Assessoria Fiscal, sendo aprovado por unanimidade. Con-tinuando, a Senhora Presidente sugeriu o chamamento da Firjan, Se-cretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, Secretaria de Fa-zenda do Estado, Sindicatos e Associação de Classes para próximareunião, passando a palavra para os Deputados fazerem suas colo-cações. Prosseguindo, o Senhor Deputado RUBENS BOMTEMPO su-geriu o chamamento da Secretaria de Fazenda, Secretaria de Desen-volvimento Econômico e Firjan em um dia, o restante em uma outrareunião. Em seguida, o Senhor Deputado FELIPE PEIXOTO sugeriufazermos somente com os órgãos de Governo, chamando assim so-mente a Secretaria de Fazenda e Secretaria de Desenvolvimento Eco-nômico, sugeriu também que as reuniões fossem nas segundas-feiras,às 14 horas, as reuniões ordinárias da comissão e nas quartas-feiras,às 10 horas, as visitas externas, reuniões extraordinárias e oitivas dasentidades. Em continuidade, o Senhor Deputado WALDECK CARNEI-RO sugeriu para a próxima reunião a oitiva do Senador NELSINHOTRAD, relator da lei 4199/2020, que tramita no Senado Federal, sobrea Lei de Cabotagem. Em prosseguimento, a Senhora Presidente co-locou em votação a oitiva do Senador NELSINHO TRAD para a pró-xima reunião, Secretaria de Fazenda e Secretaria de DesenvolvimentoEconômico, Marinha do Brasil, Firjan, Sindicatos e as Entidades deClasses, com datas a serem definidas, sendo aprovado por unanimi-dade. Seguindo, a Senhora Presidente colocou em votação, que asreuniões desta comissão sejam realizadas nas segundas-feiras, às 14horas e nas quartas-feiras, às 10 horas, sendo aprovado por unani-midade. Em seguida, não havendo quem mais desejasse fazer uso dapalavra, a Senhora Presidente agradeceu a presença de todos e deupor encerrada a presente reunião, da qual, para constar, eu, AndréLuiz Coutinho Merlo, matrícula 201.762-2, Secretário “ad hoc”, lavrei apresente Ata, que, após lida e aprovada, vai assinada por mim e pelaSenhora Presidente. Sala das Comissões, 05 de abril de 2021. (a)André Luiz Coutinho Merlo - Secretário(ad hoc) (a) Deputada CÉLIAJORDÃO - Presidente

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO - CPI DESTINADA AINVESTIGAR E APURAR OS CASOS DOS INÚMEROS INCÊNDIOS

QUE TÊM OCORRIDO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(RESOLUÇÃO Nº 198/2019)

ATA DA 5ª REUNIÃO ORDINÁRIAAos quatorze dias do mês de fevereiro de dois mil e vinte, às 11 ho-ras, na sala número trezentos e onze do Palácio Tiradentes, reuniu-sea Comissão em epígrafe, instituída pelo Requerimento n° 198/2019,sob a Presidência do Senhor Deputado ALEXANDRE KNOPLOCH,com a presença dos Senhores(as) Deputados(as) RODRIGO AMORIMe JORGE FELIPPE NETO membros efetivos. Havendo número regi-mental, o Senhor Presidente abriu os trabalhos da quinta reunião or-dinária com o objetivo de debater as causas e consequências do in-cêndio no Ninho do Urubu. Em continuidade, o Senhor Presidenteagradeceu a presença do Dr. Rodrigo Dunshee, Vice-Presidente Geraldo Flamengo, do Sr. Jaime Correia da Silva, Vice-Presidente de Ad-ministração do Flamengo, Sr. Alexandre Wrobel, Sr. Edson Colman daSilva, Sr. Reinaldo Belloti, Sr. Marcelo Sá, Sr. Fernando Bandeira, ad-vogado do Flamengo, Sr. Luiz Felipe Pondé, engenheiro do Flamengo,Sr. Frederico Luz, ex-CEO do Flamengo, Sra. Sandra Nunes da Ro-cha Fagundes, da Prefeitura do Rio de Janeiro, Sra. Alba Pereira, Sr.Wedson Cândido de Matos, Sra. Sara Cristina de Matos, Sr. CristianoEsmeril de Oliveira, Sr. Darlei Pisetta, Sr. Wanderlei Dias, familiaresdas vítimas, Dra. Maria Júlia Miranda, da Defensoria Pública, Dra.Cíntia Guedes, da Defensoria Pública, Sra. Andréa Bastos, relaçõesinstitucionais da Light, Dr. Yuri Sahione, advogado da NHJ, Sra. Cláu-dia Rodrigues, representante da NHJ, Dra. Juliane Mobelli, MinistérioPúblico do Trabalho, Dra. Daniele Cramer, Ministério Público do Tra-balho. Em prosseguimento, o Senhor Presidente informou que a reu-nião será diferente da anterior, não serão permitidos perguntas entreaqueles que estão na sessão, sendo todas as perguntas dirigidas àComissão. Continuando, o Senhor Presidente lembrou que de acordocom o Código Penal, estão todos sob juramento, o testemunho. Po-dem reservar-se o direito de ficarem calados, caso achem convenien-te, porém informou que aquela reunião não era um tribunal de inqui-sição. Seguindo, o Senhor Presidente lembrou que a CPI não tem aprerrogativa de tentar fazer qualquer negociação do Flamengo, juntoas família e passou a palavra para o Senhor Deputado RODRIGOAMORIM que realizou seu discurso. Em prosseguimento, o SenhorPresidente iniciou com os questionamentos ao Senhor RodrigoDunshee, que respondeu a todas as questões. Em sequência, o Se-nhor Presidente passou a palavra para os demais Deputados e nãohavendo quem mais desejasse fazer uso da palavra, o Senhor Pre-sidente iniciou as perguntas ao Senhor Frederico Luz, que respondeua todos os questionamentos. Continuando, o Senhor Presidente pas-sou a palavra para os demais Deputados, e não havendo quem maisdesejasse fazer uso da palavra, o Senhor Presidente passou a pa-lavra para a Senhora Paula Wolf, que fez sua colocação. Em seguida,o Senhor Presidente passou a palavra para o Senhor RodrigoDunshee que fez sua intervenção. Em continuidade, o Senhor Presi-dente agradeceu e iniciou os questionamentos ao Senhor AlexandreWrobel, que respondeu prontamente a todas as perguntas. Seguindo,o Senhor Presidente passou a palavra para os demais Senhores De-putados, e não havendo quem mais desejasse fazer uso da palavra, oSenhor Presidente passou a palavra para a Senhora Sandra Nunes,que fez sua colocações. Continuando, o Senhor Presidente passou apalavra para os demais Senhores Deputados, que fizeram seus ques-tionamentos. Em seguida, o Senhor Presidente passou a palavra parao Senhor Wedson Matos, que fez seu pronunciamento. Na sequência,o Senhor Presidente iniciou os questionamentos ao Senhor MarceloSá, que respondeu as questões. Em prosseguimento, o Senhor Pre-sidente passou a palavra para os demais Senhores Deputados, e nãohavendo quem mais desejasse fazer uso da palavra, o Senhor Pre-sidente agradeceu e passou a palavra para o Senhor Daniel Negreirosque fez seu pronunciamento. Em seguida, o Senhor Presidente pas-sou a palavra para o Senhor Tiago Câmara para suas considerações.Prosseguindo, o Senhor Presidente passou a palavra para os demaisSenhores Deputados, e não havendo quem mais desejasse fazer usoda palavra, o Senhor Presidente agradeceu e passou a palavra parao Senhor Rafael Torres que respondeu aos questionamentos. Em con-tinuidade, o Senhor Presidente passou a palavra para o Senhor Ed-son Colman que realizou sua fala e respondeu aos questionamentos.Em prosseguimento, o Senhor Presidente agradeceu e passou a pa-lavra para os demais Senhores Deputados, e não havendo quem maisdesejasse fazer uso da palavra, o Senhor Presidente agradeceu e ini-ciou as perguntas para a Senhora Claudia Rodrigues, que respondeutodas as questões. Continuando, o Senhor Presidente agradeceu epassou a palavra para os demais Senhores Deputados, e não haven-do quem mais desejasse fazer uso da palavra, o Senhor Presidenteagradeceu e passou a palavra para o Senhor Serafim Neto, que agra-deceu, fez seu discurso e respondeu aos questionamentos solicitados.Seguindo, o Senhor Presidente agradeceu e passou a palavra para osdemais Senhores Deputados, e não havendo quem mais desejassefazer uso da palavra, o Senhor Presidente passou a palavra para oSenhor Jaime Correia, que atendeu prontamente, respondendo aosquestionamentos. Em continuidade, o Senhor Presidente agradeceu e

passou a palavra para os demais Senhores Deputados, e não haven-do quem mais desejasse fazer uso da palavra, o Senhor Presidenteretornou os questionamentos para o Senhor Rodrigo Dunshee, querespondeu prontamente a todas as questões. Em seguida, o SenhorPresidente agradeceu e passou a palavra para os demais SenhoresDeputados, e não havendo quem mais desejasse fazer uso da pa-lavra, o Senhor Presidente passou a palavra para a Senhora Alba Pe-reira, que fez sua dissertação. Continuando, o Senhor Presidente pas-sou a palavra para o Senhor Darley Pisetta, que fez a sua fala. Se-guindo, o Senhor Presidente passou a palavra para o Senhor Luiz Fe-lipe Pondé, que fez seu discurso e respondeu aos questionamentos.Em sequência, o Senhor Presidente agradeceu, fez suas considera-ções e passou a palavra para os demais Senhores Deputados, e nãohavendo quem mais desejasse fazer uso da palavra, o Senhor Pre-sidente agradeceu a presença de todos e deu por encerrada a pre-sente Reunião, da qual, para constar, eu, André Luiz Coutinho Merlo,matrícula 201.762-2, Secretário da Comissão, lavrei a presente Ata,que traz em anexo as notas taquigráficas com o inteiro teor do ocor-rido. Reabertos os trabalhos, foi a ata lida, aprovada e assinada pormim e pelo Senhor Presidente. Sala das Comissões, 14 de fevereirode 2020. (a) André Luiz Coutinho Merlo - Secretário (a) DeputadoALEXANDRE KNOPLOCH - Presidente

(Notas Taquigráficas)

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Bom dia a to-dos. Às 11h00 do dia 14 de fevereiro de 2020, na condição de Pre-sidente da Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigare apurar as causas dos inúmeros incêndios que têm ocorrido no Es-tado do Rio de Janeiro, e contando com a presença dos SenhoresDeputados Rodrigo Amorim, Vice-Presidente; e Jorge Felippe Neto,Relator, dou por abertos os trabalhos da 5ª Reunião Ordinária comobjetivo de debater as causas e consequências do incêndio no Ninhodo Urubu. Contando com a presença das seguintes autoridades: Dr.Rodrigo Dunshee, Vice-Presidente Geral do Flamengo; Sr. Gilney Pen-na Bastos, Vice-Presidente de Patrimônio... Ele se encontra? Não. Sr.Jaime Correia da Silva, Vice-Presidente de Administração, tambémnão se encontra. Está aqui? Obrigado. Sr. Alexandre Wrobel; EdsonColman da Silva; Marcus Vinicius Medeiros, monitor do Flamengo...Não se encontra, né? Marcelo Sá, engenheiro. Obrigado. FernandoBandeira, advogado do Flamengo; Luiz Felipe Pondé, engenheiro doFlamengo; Frederico Luz, ex-CEO do Flamengo; Sandra Nunes daRocha Fagundes, da Prefeitura do Rio; Sr. Wedson Cândido de Ma-tos, pai do Pablo. Presente. Sara Cristina de Matos, mãe do Pablo;Sr. Cristiano Esmeril de Oliveira, pai do Christian; Sr. Darley Pisetta,pai do Bernardo; Maria Júlia Miranda, Defensoria Pública; Cíntia Gue-des, também da Defensoria Pública; Andréa Bastos, Relações Insti-tucionais da Light; Luiz Carlos Menezes, também da Light; Rafael Tor-res, da Light; Daniel Negreiros, da Light também; Gislaine FernandesNunes, advogada do Riquelmo. Presente? Não. Yuri Sahione, advo-gado da NHJ; Carlos Monteiro, da NHJ; e Cláudia Rodrigues, da NHJ.Bom, antes de iniciar, a gente vai falar um pouquinho dos procedi-mentos que vão ser hoje, diferente da semana passada. Não vai serpermitido nenhuma pergunta entre aqueles que estão na sessão. To-das as perguntas, se deferidas, deverão ser feitas a esta Comissão, ea Comissão repassa. Mas, a princípio, nós também iremos limitar, atépara poder ter uma sessão mais célere. As testemunhas que foramconvocadas, agradeço. Lembro que, de acordo com o Código Penal,estão todas sob juramento, o testemunho. Podem também se reservaro direito de ficar calado, caso achem conveniente, mas aqui não é umtribunal de inquisição. A gente quer chegar, de fato, ao que aconte-ceu, como aconteceu e como foi o pós disso. Lembrando que estaCPI não tem a prerrogativa de tentar fazer qualquer negociação doFlamengo junto às famílias. Isso cabe ao Flamengo e cabe às famí-lias. Mas nós chamamos aqui as famílias, primeiro, para elas cola-borarem com as investigações da CPI e, também, aproveitar o espaçopara fazer alguns acordos como... - não entre valores e tudo o mais,mas, como, por exemplo, aconteceu semana passada - no qual eugostaria de deixar claro que o Flamengo fez um acordo com esta Co-missão apenas para a família do Sr. Wedson, que entrou no Ninho doUrubu, às 10h, devido a ele ter que voltar a sua cidade. As outrasfamílias não estavam aqui, e não foi feito nenhum acordo. Então, es-tamos divulgando isso publicamente, porque ficou a questão se as ou-tras famílias tinham feito esse acordo. Se fizeram, fizeram direto como Flamengo. Por esta Comissão, através do Sr. Belotti, o acordo foifeito com a família do Sr. Wedson. Correu, até onde eu sei, com totaltranquilidade. Entraram, fizeram as suas homenagens ao Pablo. Bom,dando prosseguimento - e aí vou pedir a colaboração do Vice-Pre-sidente, Rodrigo Amorim - nós, ao longo dessa última semana, aca-bamos sofrendo pressões de todos os lados, de diversas pessoas pe-dindo por um, por outro. Cabe ressaltar que a Comissão, primeiro, éindependente. Segundo, que não é esse caminho que vai fazer al-guém ter algum tipo de privilégio, ou algo do tipo. Aqui todos estãoem normais condições de igualdade. Todos vão ter o direito a falar, ase expressar e tudo o mais. Vou passar a palavra para o Vice-Pre-sidente, Rodrigo Amorim, que quer fazer algumas perguntas até sobreessas questões que estão sendo levantadas agora.

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente, bom dia a todosos presentes, bom dia a Vossa Excelência, Deputado Jorge FelippeNeto também. Sr. Presidente, não apenas o que Vossa Excelênciaaponta no que diz respeito às pressões, ligações, ameaças e outrostipos de tentativa, de tentar, de fazer com que esta Comissão sejaobstaculizada. Na verdade, é algo mais grave, Sr. Presidente. Não seise com a finalidade de me intimidar, pelo menos, ou os demais mem-bros desta Comissão, recebemos uma denúncia apócrifa no sentidode que Deputados da Assembleia Legislativa tinham cobrado vanta-gem ao Flamengo e a empresas ligadas ao Flamengo para mudar orumo desta Comissão. Então, Sr. Presidente, uma vez que Vossa Ex-celência já fez o alerta aqui às testemunhas aqui presentes que, umavez falando, estarão sob a égide do Código Penal, no sentido de quedevem falar somente a verdade, é fundamental, sobretudo com a pre-sença da Imprensa, com a transmissão da TV Alerj, que desde já re-queiro que a Mesa Diretora envie ao meu gabinete, no prazo maisrápido possível, a transcrição ou a transmissão de todo o conteúdodessa audiência de hoje em mídia digital para que eu tome as pro-vidências que ache necessária, de remessa aos órgãos pertinentes,gostaria, Sr. Presidente, que Vossa Excelência questionasse aquelesrepresentantes da atual direção do Flamengo se houve, por parte dealgum Deputado desta Casa, sobretudo Deputado desta Comissão,qualquer tentativa ou pedido de vantagem no sentido de mudar os ru-mos do trabalho desta CPI.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Deputado Ro-drigo Amorim, defiro o seu pedido. Vou fazer essa pergunta ao Sr...Dr. Rodrigo Dunshee. Dr. Rodrigo, existiu algum tipo de negociaçãode pedido de vantagens com relação ao Flamengo e esta Casa, prin-cipalmente aos Deputados de um modo geral, para ter alguma van-tagem nesta Comissão, ou em outras ligadas à Assembleia Legisla-tiva?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Não. De forma nenhuma. Es-sa acusação apócrifa é absurda. Nós estamos aqui presentes paraprestar os esclarecimentos, inclusive agradecendo a presença do Mar-cos Brás, que, não obstante não tenha sido intimado, veio para pres-tar solidariedade às famílias e ao Flamengo. Portanto, a gente estápresente. Não teve nada disso. A gente agradece esta Casa o tra-tamento que tem sido dado pelo simples fato do respeito que nos temcomo nós temos aos senhores e a esta Casa também. Obrigado.

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente, questão de or-dem.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Pois não.O SR. RODRIGO AMORIM - Antes de Vossa Excelência

prosseguir na pergunta aos membros do Flamengo, gostaria que Vos-sa Excelência incluísse, de forma objetiva, a outra Comissão que,coincidentemente, nós também fazemos parte; alguns Deputados,coincidentemente, fazem parte desta Comissão e da outra ComissãoEspecial, que está instalada justamente para averiguar as questões doMaracanã, legado Olímpico e tudo o mais, e diretamente envolve oFlamengo. Quero deixar claro aqui que, em diligência externa, nósconstatamos dentro do Maracanã, por exemplo, diversas irregularida-

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO

��� ����� � ��� � � �� �� ��

����������� � � � �� �� �� �� ���

des cometidas pelo Flamengo e que constarão no relatório final. Nãosou o Relator, sou o Presidente daquela Comissão, mas constarão norelatório final, no sentido de que o Flamengo trabalha, por exemplo,com uma empresa fornecedora de alimentos no Maracanã sem qual-quer contrato. Que essa empresa tem o CNPJ tirado dentro do es-paço público, que é o Maracanã. Que não tem alvará de absoluta-mente nada. Que comercializa os alimentos ali dentro de forma irre-gular sem a devida... ou, ao que tudo indica, arrecadação tributáriacompetente, ou seja, uma gama de irregularidades passando... Comoexemplifiquei na outra sessão aqui, por exemplo. Pode parecer lúdico,grotesco, mas a questão da pipoca, que em doze dias de jogos noMaracanã nessa reta final, no ano passado, do Campeonato Brasileiroarrecadou mais de R$ 1 milhão, ou seja, a gente não está falando decifra pequena. As irregularidades são muitas. Não há qualquer inves-timento por parte do Flamengo no estádio. Está tudo ali muito pre-cário. Isso vai constar... Gostaria que Vossa Excelência consignasse eregistrasse na pergunta se há algum tipo de oferecimento de vanta-gem, seja nesta Comissão, seja na Comissão Especial do Esporte, ouqualquer outro procedimento que envolva o Flamengo e, sobretudo,as empresas que atuam junto com o Flamengo, porque falar que nãofoi do Flamengo, tudo bem, é uma instituição, mas pode fazer via ou-tras empresas. Quero deixar as coisas muito claras. A gente está vi-vendo um período que o assassinato de reputação é permanente. En-tão, para querer diminuir o trabalho dessa Comissão, desmerecer otrabalho dessa Comissão trazendo algum caso de corrupção, ou coisado tipo, não me assustaria. Então, quero deixar muito claro e obje-tivamente: se alguém tem alguma coisa aqui para dizer que for pe-dido alguma coisa, que fale agora. A gente esclarece esse negócio,extrai peças onde for necessário. Toca esse negócio para a frente.Não tenho medo de absolutamente nada. Tenho duzentas ameaçasde morte. Sou ameaçado constantemente. Sou um dos Deputadosmais combativos desta Casa. Nada vai me parar. Não tenho medo doFlamengo. Não tenho medo de empresário. Não tenho de absoluta-mente ninguém. Então, gostaria que Vossa Excelência reforçasse nosentido de que não se trata apenas desta Comissão, que se trata daoutra Comissão também e, além disso, as empresas que se relacio-nam com o Flamengo.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Deputado Ro-drigo Amorim, acredito que o Dr. Rodrigo Dunshee tenha se referido aqualquer tipo de relacionamento, seja esta Comissão, ou seja a ou-tras. Correto?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Com certeza.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Então, vamos...

diante da fala, vamos voltar ao objeto desta Comissão.O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente. Questão de or-

dem, Sr. Presidente.O SR. RODRIGO DUNSHEE - Quero só falar um minuto da

minha presença...O SR. RODRIGO AMORIM - Com todo o respeito ao Dr. Ro-

drigo Dunshee, ele fala em nome da instituição ou em nome próprio?É necessário saber se a autoridade máxima aqui do Flamengo, emnome da instituição, Clube de Regatas do Flamengo, faz essa asser-tiva, porque amanhã vai dizer que não: que o Flamengo recebeu. OFlamengo vai denunciar. Que ele fale em nome próprio, tudo bem. Eupreciso que... ou todos os representantes do Flamengo aqui, ou a ins-tituição Clube de Regatas do Flamengo fale. Não está claro isso paramim, Sr. Presidente.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Ou que faça uma investi-gação interna para chegar a essa conclusão.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Alguém do Fla-mengo presente tem informação de alguma irregularidade, algum pe-dido feito por Deputados desta Casa... lojas do Flamengo, qualquercoisa do tipo?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Eu não tenho conhecimentode nada. Esse assunto, Maracanã, especialmente, desconheço qual-quer coisa. Mas o Reinaldo Belotti - eu sugiro - se os senhores qui-serem ouvi-lo, ele é mais próximo do assunto Maracanã. Com relaçãoà Comissão de hoje, com certeza, não existe nada. Também nuncaouvi falar nada de Maracanã. O Flamengo também estará presentepara prestar esclarecimento sobre o Maracanã, que é uma unidadeseparada do clube, que é tocada junto com o Fluminense. Mas achoque seria importante. Sugiro ao senhor ouvir também o Belotti, que éo CEO do Flamengo, e que fica mais diretamente ligado a essa uni-dade, Maracanã.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Presidente...O SR. RODRIGO AMORIM - Por favor, Sr. Presidente.O SR. JORGE FELIPPE NETO - ... pode me dar um minu-

to?O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Só anunciar

também a presença do Vice-Presidente de Futebol, Sr. Marcos Braz.Antes de passar a palavra para o CEO do Flamengo, Reinaldo Belotti,vou passar a palavra para o Deputado Jorge Felippe Neto.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Presidente, é sabido por to-dos nós que, desde que iniciamos o mandato e começamos a entrarnos temas relacionados ao desporto de alto rendimento, as pressõesforam muitas. E não foram, cá para nós aqui, para obter qualquer tipode vantagem para o Flamengo, e sim tentar aliviar para uma pessoaou para outra. Isso a gente sabe que não vai funcionar. As tentativassão válidas. Nós todos temos o nosso círculo de amizades, o nossocírculo profissional. É possível que pessoas cheguem a nós tentandodaqui e lá. Cabe a nós como Parlamentares rechaçar qualquer tipo deinfluência externa que possa mitigar o importante trabalho das Comis-sões que participamos. Agora, primeiro de tudo, queria ter acesso aessa denúncia. Sei como foi. Segundo, que fundamental seja... estoulembrando de uma história - quero deixar isso aqui registrado - quan-do eu tentei, em 2015, abrir a então CPI do Futebol, consegui o nú-mero de assinaturas regimentais necessárias para esta Casa implan-tar a CPI, protocolizei à Mesa Diretora. A coisa acabou não andando,mas também recebi diversas ameaças, entre elas a de que iriam virna Comissão dizer que vantagens devidas foram tentadas, oferecidas.Aquela coisa. A tentativa de intimidação a todo momento. Então, issome parece, nesta data de hoje, ser uma prática recorrente do setor eque a gente não pode omitir. É fundamental, para resguardar esta Co-missão e para resguardar o próprio Flamengo, Sr. Rodrigo Dunshee,que o Flamengo faça as apurações internas e remeta também paraesta Comissão. Isso é fundamental.

O SR. RODRIGO AMORIM - Me permite, Sr. Deputado. Pararesguardar a própria instituição, porque, se houve qualquer tipo detentativa de macular a imagem, a nossa é normal, porque...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - A gente aproveita e colocano objeto da CPI, inclusive.

O SR. RODRIGO AMORIM - Agora, coloca o Flamengo tam-bém. Acho que é importante também considerar que, ao término dostrabalhos desta Comissão, que a gente faça uma apuração devida,até porque quem está exposto e quem tem imagem pública somosnós. Então, quero deixar de forma muito objetiva aqui, muito clara,que topo qualquer tipo de enfrentamento, discussão. Que não temoabsolutamente nada. Não temo ameaça. Fui perseguido. E o Depu-tado Knoploch estava comigo jantando. Ao sair do restaurante Assa-dor, aqui no Aterro do Flamengo - isso já foi registrado em sede dePolícia Civil - um carro perseguindo a gente, apagado. Nós entramosnuma rua errada de propósito. A segurança que nos acompanhava fi-cou alerta. Quando eles perceberam que a gente estava alerta foramembora. Uma hora da manhã, um carro apagado. Então, qualquer tipode intimidação, ou ameaçar dizendo que eu sou corrupto, isso nãopega, porque não sou e nunca serei. Ameaçar fisicamente tambémnão tenho medo. Fazer qualquer tipo de emboscada, ameaça pessoal,também não tenho medo. Então, só para deixar claro aqui, publica-mente, que não tenho medo de qualquer gracinha. É importante Vos-sa Excelência relatar também, porque isso influencia diretamente aimagem do próprio clube, que já vem muito desgastada com essaquestão do incêndio, da forma como está conduzindo. O simples fatode estar aqui nesta Comissão também desgasta a imagem do clube,que vive da sua própria imagem. Então, é importante também que oFlamengo colabore nesse sentido de esclarecer qualquer tipo de con-versa dessa natureza, porque também estará zelando pela própriaimagem da instituição centenária, que é o Flamengo.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Dando prosse-guimento, também anunciar a presença da Sra. Alba Valéria, mãe doJorge Eduardo, e o Sr. Wanderley Dias, pai do Jorge Eduardo. Sejambem-vindos. Na semana passada, tivemos aqui uma sessão...

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente, ainda nessaquestão. Não quero ser enfadonho, mas que Vossa Excelência regis-tre, de forma clara, objetiva, a negativa dos representantes da insti-tuição Clube de Regatas do Flamengo do que foi questionado, do te-ma que foi levantado, dessas mensagens que chegaram. Gostaria queVossa Excelência registrasse isso em ata para que nós possamos,depois, tomar as medidas pertinentes, seja remessa dessa ata - atéporque é uma sessão pública - para quem quer que seja, para qual-quer autoridade policial, Ministério, seja lá quem for, mas que fiqueregistrado nos anais desta Casa que, no dia de hoje, nós abordamosesse assunto de forma clara e objetiva aqui na CPI. Mais uma vez,ratificando o meu pedido, que seja encaminhado ao meu gabinete tãologo a TV Alerj consiga a cópia integral dessa sessão de hoje.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Acompanho oDeputado Rodrigo. Perfeito. Peço à Secretaria desta Comissão quedeixe registrada toda a nossa indagação junto não só ao Flamengo,mas a todos os presentes nesta sala, que, pela parte do Flamengo,houve a negação de qualquer tipo de vínculo, proposta...

O SR. RODRIGO AMORIM - Para esta e qualquer outra Co-missão.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Para esta equalquer outra Comissão. E nenhuma pessoa presente nesta reuniãose manifestou com relação a alguma vantagem devida. Agora, vamosprosseguir. Na semana passada, tivemos uma reunião longa, de 6 ho-ras. Ouvimos o Flamengo, ouvimos o Ex-Presidente Eduardo Bandeirade Mello, ouvimos a Polícia Civil, ouvimos o Corpo de Bombeiros, ou-vimos o Ministério Público e também ouvimos as famílias. Hoje, nósnão convocamos aqueles que estavam anteriormente aqui para a gen-te poder ter mais informações. Então, a gente, antes de chegar ao diado ocorrido, vamos voltar e começar pelo Sr. Fred Luz, que foi CEOdo Flamengo e que fazia a gestão dos contratos ali do Flamengo. Co-meço, Sr. Fred Luz, perguntando como o senhor teve ciência do con-trato do Flamengo junto à NHJ, que começou na gestão do MárcioBraga... Não é isso? Patrícia Amorim? Patrícia Amorim. E foi o inícioda retomada da construção do CT do Flamengo. E se o senhor tinhaalguma ciência que os meninos poderiam estar vindo a usar essescontêineres como alojamento, como dormitório. O que o senhor temde informações, remetendo anteriormente à sua gestão. Bom dia.

O SR. FRED LUZ - Bom dia a todos. Eu gostaria só, antesde começar, de me solidarizar com todas as famílias. Sou pai de trêsfilhos, avô de quatro netos e não consigo nem de perto imaginar ador de todos eles. E quero aqui me colocar à disposição deles, noque estiver ao meu alcance, para ajudá-los. Dito isso, agradeço aoportunidade de estar aqui para prestar os esclarecimentos necessá-rios. Com relação à NHJ e aos meninos serem hospedados e até dor-mirem nos módulos, quando começamos no Flamengo, já existiammódulos da NHJ lá. Houve expansão e houve, sim, contratação demódulos com o objetivo de hospedar esses meninos dentro do pro-cesso do Flamengo. E a informação que eu sempre tive da área téc-nica do Flamengo era que esses módulos eram perfeitamente ade-quados para que esses meninos ali ficassem, os módulos habitacio-nais.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Quem lhe informou isso foio Flamengo?

O SR. FRED LUZ - Quem me informou isso foram os dire-tores da área técnica do Flamengo, que eram subordinados a mim.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Não foi a NHJ?O SR. FRED LUZ - Não, a NHJ, eu suponho que tenha dado

essas garantias, essas informações a eles. A NHJ, no meu entendi-mento, é quem dava a garantia de qualidade para que os meninos alificassem hospedados. Essa é a informação que eu tinha do pessoalda área técnica do Flamengo.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Quem era o gerente do CTe quem é o pessoal da área técnica?

O SR. FRED LUZ - O gerente do CT, na época, era o Sr.Luiz Humberto, subordinado ao Marcelo Helman. E, na minha estru-tura, eu tinha um diretor de meios, que durante um certo tempo foi oSr. Paulo Dutra e, depois, o Marcio Garotti. E, subordinado a eles,tinha a área de patrimônio, onde estavam os engenheiros e o pessoaltécnico. Então, essas informações vinham de lá, e cabia a mim ana-lisar se o contrato estava dentro do orçamento e se atendia aos ob-jetivos e às demandas do Departamento de Futebol.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Quem são os responsáveispelo patrimônio? Como funcionava essa cadeia de comando?

O SR. FRED LUZ - Inicialmente, eram duas pessoas que tra-balhavam nessa área… Eu não me lembro o nome de um. Era Wag-ner, eu não sei o sobrenome, e a Melissa Paim. Depois foi o MarceloSá, que, quando a gente veio para fazer a construção do CT, prin-cipalmente o nº 2, ele veio a gerenciar essa área.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, existia por parte daengenharia do Flamengo, junto à NHJ, um aval que esses contêinerespoderiam ser utilizados como alojamento, como dormitório, e não ofe-reciam risco iminente ou não iminente para aqueles jovens que lá es-tavam.

O SR. FRED LUZ - Era isso que sempre ouvi e sempreacreditei.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Isso está documentado?O SR. FRED LUZ - Não, isso era informal.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Ouviu de quem?O SR. FRED LUZ - Estou falando. Dessas pessoas, do meu

Diretor, na época, de Meios, que era o Paulo Dutra. Porque a gentejá usava esses módulos... Já eram usados como dormitórios para osprofissionais. Isso veio de trás. Então, não tinha nenhum motivo paraimaginar que aquilo fosse inadequado.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, só pra deixar claro.O senhor afirma que o Sr. Paulo Dutra foi ao senhor, o senhor ques-tionou com relação à possibilidade de alojar aqueles meninos numcontêiner, e o Paulo Dutra falou que esses contêineres são adequa-dos para alojamento, com base em documentos da NHJ ou informa-ções da NHJ?

O SR. FRED LUZ - A informação que eu tinha era exata-mente essa: que esses contêineres eram perfeitamente adequadospara hospedar as crianças. Inclusive, eu cheguei a visitar alguns de-les.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Do Paulo Dutra? O PauloDutra lhe disse isso?

O SR. FRED LUZ - De quem estava na época, porque oPaulo Dutra depois saiu e continuou o Marcio Garotti.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, quem estava naépoca era o Paulo Dutra?

O SR. FRED LUZ - O Paulo Dutra passou por um período,sim, e, depois, o Marcio Garotti.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, quem lhe deu essainformação?

O SR. FRED LUZ - Qualquer um que tenha falado comigo.Eu tinha um conhecimento...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, todos lhe deram es-sa informação?

O SR. FRED LUZ - Eu não me lembro das conversas no de-talhe, Deputado.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, não seja levianocom esta Comissão.

O SR. FRED LUZ - Não, eu não estou sendo leviano, o se-nhor me desculpe.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - A gente não pode ser in-consequente naquilo que a gente fala. O senhor falou que o PauloDutra era o responsável e que os responsáveis falaram para o se-n h o r. . .

O SR. FRED LUZ - Falaram.O SR. RODRIGO AMORIM - Me permite um aparte, Depu-

tado Jorge Felippe?O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Deputado Ro-

drigo Amorim.

O SR. RODRIGO AMORIM - Dr. Fred Luz, Vossa Senhoriafoi CEO do Flamengo na gestão Bandeira de Mello. É impressionanteque a gestão Bandeira de Mello - eu já usei a mesma metáfora nasessão anterior... O Ex-Presidente Bandeira de Mello, o CEO do Fla-mengo, Fred Luz, são exatamente iguaizinhos ao Governo Luís InácioLula da Silva: eles não sabiam de nada, não lembram quem era. Éexatamente a mesma coisa! O Presidente não sabia quem era, nãose recorda o nome, não sabe o que aconteceu e foi alguém subor-dinado que fez. Existe uma figura no Direito que é culpa in eligendo,que é quando um subordinado induz a erro, comete qualquer trans-gressão, aquele que o indicou e que está hierarquicamente acima temuma responsabilidade objetiva. É importante deixar claro que o cerneda questão, como bem disse o Presidente... Obviamente que não temaqui assassinos de crianças de dez anos. É óbvio que essa fatali-dade, esse acidente foi algo que consternou todo mundo. O Flamen-go, em momento nenhum, quis que esses jovens morressem, as fa-mílias tampouco, nem o Rio de Janeiro. Algo que comoveu o Rio deJaneiro como um todo, as outras torcidas, uma tragédia. Agora, é evi-dente que é necessária uma apuração para que se chegue no cerneda questão, de como foi esse acidente. Se foi por negligência, se foipor aceitar o que estava errado e ser complacente com aquilo. Temque ter responsabilidade objetiva. Óbvio que a questão dos contêine-res, me parece, salvo melhor juízo, numa primeira análise, que quemaluga o contêiner não pode ficar verificando a forma pela qual estásendo utilizado. É o Flamengo que alugou e deu a destinação, ade-quada ou não adequada. Agora, é importante que o questionamentodo Deputado Jorge Felippe, a gente chegue com mais especificidadenesse questionamento, porque, se o Flamengo alugou para uma fi-nalidade, deveria ter feito aquela finalidade. Se teve alguma transgres-são do Flamengo no sentido de mudar a finalidade da aplicação domaterial alugado, que, pelo que vimos aqui na perícia apresentada pe-la Polícia Civil, absolutamente não poderia ser... Não só Polícia Civil,mas as NRs que regulamentam a questão trabalhista, o próprio Corpode Bombeiros e outros órgãos que estiveram aqui na assentada an-terior, deixam claro que aquele ali não era o ambiente adequado parahotelaria. Reforçando a linha em que Vossa Excelência está indo, éfundamental que a gente saiba, porque esse é o cerne da questão.Como bem disse o Presidente, não é fazer a intermediação das fa-mílias, por mais que isso nos compadeça, por mais que a forma pelaqual o Flamengo tem tratado essas famílias é digna de que esta Co-missão intervenha ou tente intervir, mas aqui a gente não vai definirnenhum tipo de indenização... Nós não somos o Judiciário para isso,existe uma via adequada. Agora, chegar no objeto desta CPI, que sãoos incêndios, as causas, é fundamental, e a linha em que Vossa Ex-celência está prosseguindo é, a meu ver, a que a gente devemosavançar. Então, gostaria que Vossa Excelência seguisse nessa lógi-ca.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Só retomar a lógica do...O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Pois não, De-

putado.O SR. JORGE FELIPPE NETO - ...se Vossa Excelência me

permitir. O que aconteceu, o que ficou claro na última audiência? Te-ve um hiato na cadeia hierárquica do Flamengo com relação aos in-diciados. Foram indiciados, pelo eminente Delegado, os engenheiros edepois o Presidente do clube. A partir desse momento nós já enten-demos que houve comunicação interna que pode responsabilizar ou-tros membros. Por que é importante esse questionamento, Dr. Fred?Se eu alugo para Vossa Excelência um computador, e você começa apraticar crimes digitais nesse computador, eu não tenho nada a vercom isso. Mas, a partir do momento em que você me pergunta “Seráque seu computador é adequado para eu cometer um crime?”, aí acoisa fica esquisita. Se eu não fizer nenhum tipo de comunicação, oulhe retirar o computador. Aí a gente vai ter problemas no qual eu pos-so ser responsabilizado. Eu gostaria que o senhor aclarasse a res-ponsabilidade, primeiro, da NHJ, e, segundo, da declaração... Aliás,primeiro da declaração que o senhor deu anteriormente: quem veiofalar desse assunto? Porque, uma vez que o senhor adentrou na hi-pótese, na assertiva, no fato de que o senhor foi comunicado e sepreocupou com relação à possibilidade de alojar ou não aqueles me-ninos no contêiner, que era impróprio para isso, o senhor ou está seresponsabilizando no momento em que protege alguém nessa cadeiade comando do Flamengo, ou o senhor vai ter que destinar um res-ponsável. Não tem muito como fugir disso. Isso não muda a respon-sabilidade da NHJ. Se há documento, se há algum tipo de conteúdoprobatório que possa levar à mesma conclusão que o Delegado che-gou, de indiciamento da NHJ, ou se pura e simplesmente o Flamengochegou e não avisou nada e falou: “Olha, eu quero pegar um con-têiner seu. Quero comprar um contêiner, quero alugar um contêiner.”Quero saber qual foi a hipótese que a gente está versando aqui.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Só antes decontinuar, quero anunciar a presença do Deputado Paulo Teixeira.Que seja bem-vindo aqui. O senhor pode também fazer uso da pa-lavra para perguntas ou qualquer coisa que se faça necessário.

O SR. PAULO TEIXEIRA - Bom dia, Deputado.O SR. FRED LUZ - Deputado Jorge Felippe, desculpe se

eventualmente eu não fui claro. O Flamengo alugou módulos da NHJ,porque a demanda era essa, com o propósito de alojar meninos nes-ses módulos.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Esse propósito foi aclaradoà empresa?

O SR. FRED LUZ - Eu julgo que sim. Eu não conversei coma NHJ, eu julgo que sim. Porque, se um módulo foi alugado para alo-jar pessoas lá - tinha, inclusive, ar-condicionado, tinham camas -, euacredito que tenham sido, sim. Eu acreditei o tempo todo que isso eramuito claro, tanto que esses módulos ficaram lá durante muito tempo;alguns já estavam lá e outros foram acrescentados.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - O contêiner já veio com ca-ma?

O SR. FRED LUZ - Não, o Flamengo colocou as camas lá,eu suponho.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Quem do Flamengo colocoucamas lá?

O SR. FRED LUZ - Esses detalhes eu não sei lhe dizer. Por-que eu não sei nem se essa tarefa de colocar as camas lá era daárea patrimonial ou se era do próprio Departamento de Futebol.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Mas alguém do Flamengo,potencialmente o Sr. Paulo Dutra ou outro que era da área, quandoquestionado pelo senhor, respondeu que, segundo informações daempresa, era seguro alojar aqueles meninos?

O SR. FRED LUZ - Perfeitamente.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - O senhor, quan-

do assumiu a gestão, esse contrato junto à NHJ já existia?O SR. FRED LUZ - Já existiam contratos com a NHJ. Não

sei precisar exatamente, porque eu assumi a direção geral do clubeem 2014. O clube estava em funcionamento. Quando nós entramos, oclube estava em uma situação muito difícil. O Ninho demandava mui-tas melhorias. O Departamento de Futebol demandava muito por es-sas melhorias. Na época não tinha nem... tinha muita dificuldade,mas, ao longo do tempo, nós fomos fazendo as melhorias. Como asinstalações eram provisórias, todas as melhorias que foram feitas atéa construção do CT nº 1 foram feitas, todas as instalações, tanto deescritório quanto eventualmente de dormitórios, com módulos daNHJ.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Então, o senhortinha ciência do objeto do contrato entre a NHJ e o Flamengo? Osenhor chegou a dar uma lida nesse contrato? No objeto dizia queseria utilizado como hotelaria?

O SR. FRED LUZ - Eu não cheguei a ler esses contratos.Por quê? Porque meu papel era muito mais o de olhar a questão fi-nanceira e dos objetivos. Os contratos do Flamengo passam pelo De-partamento Jurídico do Flamengo e são assinados pelo Presidente doclube, que é a única pessoa no clube que assina os contratos.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Deputado Ro-drigo Amorim.

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente, eu insisto nessatese de que a gente precisa chegar em quem sabe. É fundamentalque a gente saiba se no contrato o objeto versava sobre aluguel demódulos, dos contêineres, para escritório, para depósito ou para ho-telaria. Esse é o cerne da questão.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO����� ����� �

�� �� ���� ��

���������� � �� ����� �� ���

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Acho que é im-portante, Deputado Rodrigo Amorim, só no intuito de colaborar, que agente requeira ao Flamengo esse contrato entre a NHJ e Flamengo,para a gente entender qual era o objeto. Porque... A gente vai ouvirtambém a NHJ, mas qual era o objeto? O objeto era apenas para serutilizado como local administrativo?

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Presidente, se a minha me-mória estiver certa, o Delegado, na audiência anterior, disse que a cer-tificação da NHJ foi fornecida pelo próprio Flamengo. Ou seja, a NHJcolocou ao Flamengo a certificação técnica daquele equipamento. E quefoi fornecido à Polícia. Ou seja, além do contrato, o cliente atestou oproduto... Eles sabiam do que se tratava, do que poderia e não poderiausar e as especificações técnicas daquele equipamento. Seria importan-te diligenciar à NHJ que eles imediatamente consigam a cópia dessecontrato ou eventuais documentos que tenham enviado ao Flamengo,justamente para fazer essa avaliação. Porque, aí, a responsabilidade se-ria do corpo técnico do Flamengo - seria dos engenheiros, seria, enfim...- do corpo técnico do Flamengo que não se adequou àquela norma. Évocê descumprir a ABNT. Aí, é o seu Crea, né?

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Bom, vamosp r o s s e g u i r.

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Pois não.A SRA. PAULA WOLF - Salvo engano, semana passada...O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Microfone, por

favor. O microfone é necessário para captação do áudio pela...O SR. JORGE FELIPPE NETO - Tem que gravar em ata.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Doutora, só se

apresenta...A SRA. PAULA WOLF - Bem breve. Excelência, salvo enga-

no, semana passada estivemos aqui...O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Só se apresen-

ta, por favor, para ...A SRA. PAULA WOLF - Eu dou Paula Wolf, advogada da fa-

mília do Jorge Eduardo.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Pois não.A SRA. PAULA WOLF - Semana passada estivemos aqui

com o Delegado de Polícia e ele fez uma leitura de um histórico doCT e falou que ele foi retomado na época da Presidente PatríciaAmorim. Fez um histórico. Nesse histórico, ele tinha dito que os con-têineres foram alugados com o objetivo de consultórios médicos e re-feitório. Ele falou isso expressamente, se a gente puder resgataraquela última sessão. Ele falou isso expressamente. Inclusive, ele dis-se que era a razão pela qual as portas internas do contêiner, queeram os quartos, estavam sendo usados como quartos, eram portasde correr, porque ali eram consultórios médicos. Então, eu gostariaque Vossa Excelência perguntasse para o Fred Luz se ele tem esseconhecimento de que ali era utilizado como consultório médico e re-feitório, antes de ser colocado como alojamento para essas crianças.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Obrigado, dou-tora.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Um bom questionamentose, desde o início, ele já foi usado como instalação de hotelaria ou seanteriormente foi usado em algum momento para escritório ou refei-tório ou consultório.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Deputado, o Sr.Fred Luz, pelo que eu entendi - e aí vou passar a palavra novamentepara ele -, ele chegou com o contrato já assinado em andamento, doscontêineres, e ele soube de forma informal, junto ao corpo técnico,que aqueles contêineres estavam tendendo para aquela situação. En-tão, vamos fazer aqui uma exemplificação. Ele chegou a uma deter-minada empresa, a empresa está em funcionamento, tem diversoscontratos ali dentro, e ele soube que aqueles contratos estão aten-dendo às necessidades da empresa. A princípio, foi isso que eu en-tendi. O senhor teve alguma informação de que ou o escopo, objetodo contrato não era para aquilo, ou existia uma ideia inicial daquelescontêineres serem utilizados para outros fins, por exemplo, para finsambulatoriais ou qualquer coisa do tipo e depois foi transformado emdormitório?

O SR. FRED LUZ - Não, eu não tive essa informação. O queé fato é que alguns deles eram usados com essas funções que osenhor está falando, como ambulatório, como escritório e tudo o mais,e outros eram, sim, utilizados como hospedagem dos meninos da ba-se, primeiro do futebol profissional e, ao longo do tempo, também, co-mo dos meninos da base.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Certo.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Sr. Fred.O SR. FRED LUZ - Pois não.O SR. JORGE FELIPPE NETO - O senhor, como CEO, não

tem nem nunca teria a função de fazer decisões mínimas acerca doclube, da manutenção, de utilização do espaço, de organização do es-paço interno, muito embora talvez uma coisa ou outra pudesse serreferendada pelo senhor. Mas, como CEO, na questão gerencial, co-mo gestor, o mínimo que se deve é justamente atribuir as funções acada pessoa, a cada setor, montar organograma e fazer a questãogerencial funcionar. Não imagino que, de forma nenhuma, por exem-plo, o mesmo exemplo do Deputado Knoploch, nosso Presidente. Ima-gine que eu sou um Secretário de Estado e alguém, um fiscal de umcontrato lá na ponta, foi lá e deu uma nota fraudulenta. Nunca que eupoderia saber. Ah, porque o cara prestou o serviço errado, ou nãoprestou, e o cara atestou a nota como sendo um serviço perfeito.Nunca que eu poderia saber estando Secretário, mas, uma vez que oassunto vem à baila, eu tenho que me esforçar, tanto quanto possível,para designar o sindicante dessa questão e, ao mesmo tempo, co-laborar na investigação e colocar a correta responsabilidade de cadaum dos envolvidos para que as autoridades tomem o seu entendimen-to. O que eu quero saber é simples: quem são os responsáveis, acadeia de comando, a tomada de decisão... Não importa se o con-têiner já estava lá funcionando como alojamento. O que importa é quealguém decidiu manter como alojamento. Alguém teve acesso às in-formações, segundo o senhor, de que o alojamento era adequado.Quem foram essas pessoas? É isso.

O SR. FRED LUZ - Vou tentar esclarecer. Nós tínhamos umacadeia, que eu já expliquei aqui, do comando do futebol, das pessoasque administravam o futebol e, no entanto, tem ali as demandas dodia a dia, e tínhamos o pessoal da área de patrimônio. O pessoal dofutebol, da divisão de base do futebol, se reportava ao Carlos Noval,que, por sua vez, se reportava ao Diretor de Futebol - e, ao longo dotempo, foram muitos Diretores de Futebol. Na cadeia de comando dopatrimônio, o Diretor de Meios foi o Sr. Paulo Dutra, que se reportavaa mim - a mim se reportavam o Paulo Dutra e o Diretor de Futebol.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Desculpe, o senhor podedizer o que faz o Diretor de Meios?

O SR. FRED LUZ - O Diretor de Meios é responsável porquatro áreas, ou era, porque essa estrutura no Flamengo não é for-mal, ela não faz parte do Estatuto.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Mas ela tem umorganograma.

O SR. FRED LUZ - Tem um organograma.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Montado em ata

de reunião, eu imagino.O SR. FRED LUZ - É, eu não sei se ela está registrada em

ata de reunião, mas ela existia de fato, que era o seguinte: se re-portava a mim o Sr. Paulo Dutra, que tinha sob sua administraçãoquatro áreas: Financeira, Administrativa, Patrimônio e Recursos Huma-nos. O Sr. Paulo Dutra, no final do ano de 17 - não consigo lhe pre-cisar exatamente o mês -, saiu do Flamengo e foi substituído peloSenhor Márcio Garotti. Então, eram dois comandos: o futebol, que ti-nha demanda do uso das pessoas, que conversava, via área admi-nistrativa, com a área de patrimônio, quando era necessária a colo-cação de instalações a mais.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - E o Vice-Presidente de Pa-trimônio, o que fazia?

O SR. FRED LUZ - A função dos Vice-Presidentes é mais...Eles são os estatutários. Então, eles é que existem formalmente naestrutura do clube, mas eles mais supervisionam, acompanham,olham e eventualmente fazem demandas ao pessoal do corpo exe-cutivo para fazerem as coisas que o clube está precisando. Essa eramais ou menos a forma que a gente funcionava.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - O Vice-Presidente da épocaera muito ativo nessas questões de supervisão?

O SR. FRED LUZ - O de Patrimônio era ativo, e o de Fu-tebol também era ativo. Duas áreas que são muito ativas dentro doFlamengo.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Quantos dias na semanaeles ficavam, por exemplo, na sede ou visitavam o CT?

O SR. FRED LUZ - Isso é difícil falar, não sei te dizer, masnão era uma coisa assim tão... ativa no sentido de querer saber, deacompanhar, mas eles não tinham as funções executivas. Então, elesnão tinham uma obrigação de horário. Quem ficava lá todos os dias otempo todo eram os executivos, que eram remunerados para isso.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - A que o senhor atribui onome do CT ter sido dado ao Vice-Presidente de Patrimônio da épo-ca, que foi qualificado pelo Ex-Presidente Bandeira como o herói daconstrução daquele centro de treinamento?

O SR. FRED LUZ - Olha só, eu não participei dessa decisão,mas o Alexandre Wrobel foi uma pessoa que até de antes da admi-nistração do Eduardo Bandeira de Melo, já vem de antes, foi um dosque compôs a direção, sempre foi um entusiasta muito grande do de-senvolvimento, do Centro de Treinamento, e teve uma atuação, umaliderança para buscar que as coisas ali fossem bem-feitas e feitas,tanto no CT no 1, como no CT no 2. Eu acho que deve ter sido esse omotivo.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - E como é que essa lide-rança para as coisas saírem bem-feitas funcionava?

O SR. FRED LUZ - Ué, cobrando, abrindo frentes, pedindopara os diversos Conselhos do clube politicamente aprovarem o de-senvolvimento. Eu suponho que tenha sido assim, mas, como ele estápresente aqui, talvez seja melhor até o senhor perguntar a ele. Euestou dando o meu testemunho da minha imaginação.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Só para entender, porqueeu achei bastante interessante o fato de o ex-presidente Bandeira deMelo ter colocado essa alcunha de herói do CT.

O SR. FRED LUZ - Eu não falo em nome do Presidente,mas que ele teve uma liderança que eu acho que foi muito positivapara que o Flamengo chegasse às instalações do CT que chegou,assim, a minha avaliação pessoal é que sim.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Mas, em nenhum momentoele se envolveu no projeto executivo ou na obra em si, ou na su-pervisão de manutenção do CT, ou qualquer outra questão estruturaldaquele centro de treinamento. Ele nunca colocou isso em ata de reu-nião, nunca colocou isso em reunião, nunca cobrou ninguém direta-mente, senão o senhor.

O SR. FRED LUZ - Assim, eu não sei de todos os detalhes,porque o Flamengo funciona de uma forma assim meio matricial...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Meio bagunçada.O SR. FRED LUZ - Não, bagunçada, não. É completamente

diferente de matricial, desculpe.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Não, olha só...O SR. FRED LUZ - Eu estou lhe pedindo desculpas.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Não, não. Com todo o res-

peito. Essa é uma opinião pessoal...O SR. FRED LUZ - Ok, respeito.O SR. JORGE FELIPPE NETO - ...diante do que foi colocado

por todos. Eu acho até que a atual gestão melhorou isso bastante,mas, na época, pelo próprio depoimento do Bandeira de Melo, tinhauma estrutura informal, estruturas paralelas, estruturas superpostas,estruturas não é bem matricial.

O SR. FRED LUZ - Aí é uma questão de julgamento.O SR. JORGE FELIPPE NETO - É, mas, voltando à questão,

ele nunca se envolveu, então, em nenhuma questão estrutural etc.?Repiso a pergunta.

O SR. FRED LUZ - Que eu tenha conhecimento, não.O SR. RODRIGO AMORIM - Senhor Presidente, eu tenho

um questionamento.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Pois não, De-

putado.O SR. RODRIGO AMORIM - Quem, à época que Vossa Ex-

celência estava no clube, presidia o Conselho Deliberativo?O SR. FRED LUZ - Teve o Dr. Delair durante eu acho que o

primeiro mandato praticamente todo. Depois, o Dr. Rodrigo DunsheeAbrantes, que foi o Presidente do Conselho Deliberativo no período...É porque o Conselho Deliberativo, o mandato é independente, até aeleição numa outra data, mas é próximo.

O SR. RODRIGO AMORIM - Deputado Jorge Felippe, SenhorPresidente, Deputado, é importante... No Estatuto do Flamengo, noart. 88, define a competência do Conselho Deliberativo. Dentre elas,em alguns incisos... Vou citar apenas dois, mas poderia citar outrostantos que se enquadram ao caso. O inciso IX diz: “Compete ao Con-selho Deliberativo autorizar a realização de obras de construção, re-formas, adequação de espaço físico, ampliação de imóveis etc. etc.etc., assim como a assinatura de contratos, exceto relacionados aofutebol e ao esporte.” Então, fica claro para mim que... E aí eu vouler o segundo inciso, que eu acho absolutamente pertinente, emboratenhamos outros. O segundo inciso dá sequência ao inciso X: “au-torizar a aquisição, a alienação de imóveis, observando o disposto doartigo tal, bem como assinatura de contratos”. Qualquer interpretação,qualquer exegese que façamos aqui, evidentemente um contêiner seequipara a um imóvel. Tanto é... O Flamengo não fazia isso porque oFlamengo transgredia essa e outras regras tantas, haja vista que oCT funcionou na gestão anterior, na sua gestão, na atual gestão, semalvará, sem Habite-se, sem documento nenhum, com a complacênciada Prefeitura do Rio de Janeiro. Essa é uma opinião minha. Agora,aquele espaço é um espaço que precisa de informação da Prefeitura.Quando se aluga um contêiner para qualquer finalidade, há um acrés-cimo de IPTU. O Flamengo, mais uma vez, não fez porque o Fla-mengo transgride, mas qualquer mortal que não seja magnífico comoo Flamengo, acima do bem ou do mal como o Flamengo, paga umacréscimo de IPTU. Ou seja, em qualquer das hipóteses, pelo Regi-mento do próprio clube, pelo Estatuto do próprio clube, deveria tam-bém passar pelo Conselho. Então, se não passou, houve uma trans-gressão no próprio estatuto do clube e, mais uma vez, eu volto a ob-servar aqui atentamente todas as perguntas do Deputado Jorge Fe-lippe Neto, mas é fundamental porque, ao meu ver, esse é o cerneda questão. O Flamengo tem autoridade, óbvio, de contratar o con-têiner. Contratou o contêiner, mas aplicou o contêiner para uma fina-lidade estranha ao contrato original, porque não é possível, e não pre-cisa - me perdoem os engenheiros do Flamengo - mas qualquer pes-soa com um mínimo de bom senso sabe que aquelas jaulas nãoeram o local adequado para que mais de vinte jovens dormissem,com uma microjanela gradeada, num material altamente inflamável. Fi-cou mais uma vez verificado pela perícia da Polícia Civil aqui que so-mente uma das paredes tinha a proteção antichamas. Então, a gentevai estender essa audiência durante um tempão, tem mais dezenasde pessoas para serem ouvidas, e a gente não consegue chegar efe-tivamente em quem foi o responsável por colocar aqueles jovens na-quele espaço, para dormirem naquele espaço. A gente está indo, vol-tando, perguntando quem tinha autorizado, quem não tinha autorizado,quem tinha dito OK, quem não tinha dito OK, mas a gente não tem ocontrato. E a grande questão é a seguinte: os jovens estavam dor-mindo naquela jaula que o Flamengo colocou, que não é adequada, enão precisa ser um gênio da engenharia para dizer que aquilo não éadequado. É mais do que óbvio. Então, Sr. Presidente, eu gostariaque Vossa Excelência otimizasse, com todo o carinho da condição deVossa Excelência, com todo o respeito, não querendo interferir jamais,mas a gente tinha que otimizar essa questão, porque está muito cla-ro. A gente precisa otimizar. Apresentei aqui o Estatuto do clube, queo Flamengo transgride de fora e transgride de dentro, pelo que pa-rece. A gente precisa chegar a quem... É simples a pergunta: quempermitiu, autorizou que os jovens dormissem naquele espaço confina-do, naquela jaula - mais uma vez digo -, que se transformou numforno de micro-ondas e assassinou esses jovens. É só essa a ques-tão. A gente está indo, voltando, já se passou mais de uma hora,quase uma hora, e a gente não consegue sair do lugar, Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Deputado Ro-drigo Amorim, pertinente sua fala porque nos parece, pelo menos atéesse momento, que se não tinha um responsável, todos são respon-sáveis.

O SR. RODRIGO AMORIM - Mais o Conselho. O Conselhodeliberava sobre assinatura de contratos, adequação de espaço físicoetc.

O SR. FRED LUZ - Exceto de futebol. Não sabemos se essecontrato foi assinado pelo Futebol ou Patrimônio.

O SR. RODRIGO AMORIM - Quero crer que, quando elesfalam sobre futebol, era contratação de jogador, que aí o clube nãoprecisa deliberar, é diretriz técnica do clube. Quero crer. Agora, peçoa V.Exa. que requeira ao Flamengo a juntada aqui à Comissão dasatas deliberatórias do Conselho, no sentido de autorizar o contratocom a empresa locadora de contêineres.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Assim como ocontrato entre a NHJ e o Flamengo, vamos pedir também as atascom relação a essas contratações, para a gente chegar até o mo-mento que foi feito. Porque uma coisa que não fica claro é quem con-tratou e quem autorizou, porque todos os que vêm aqui vão fazendoum ciclo de quem ninguém foi responsável, e a gente precisa enten-der como isso se deu. A gente tem... A gente vai passar a palavra jápara o Dr; Alexandre Wrobel, mas, antes, porém, o Sr. Dr. RodrigoDunshee quer fazer alguma intervenção, e também a família... o Sr.Darley, não é isso? Ok. Vou passar primeiro a palavra para o Sr. Ro-drigo; logo em seguida eu passo. O senhor permite que ele faça umbreve relato?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Claro.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Leva só o mi-

crofone para ele, por favor.O SR. DARLEY PISETTA - Boa tarde a todos, desculpem in-

tervir. Eu só gostaria de colocar ao Deputado uma coisa. Quando osenhor se refere à jaula, cuidado. Eram nossos filhos que estavamlá.

O SR. RODRIGO AMORIM - Senhor, não estou depreciandoninguém. Estou falando do ambiente físico, aquilo era uma jaula gra-deada.

O SR. DARLEY PISETTA - Mas nossos filhos é que estavamlá, eram nossos filhos.

O SR. RODRIGO AMORIM - O que expõe a gravidade. Nãoestou me referindo de forma depreciativa aos seus filhos.

O SR. DARLEY PISETTA - Eu jamais... Só deixa eu terminar,por favor.

O SR. RODRIGO AMORIM - De forma nenhuma. Agora, cla-ro que aquilo era uma jaula.

O SR. DARLEY PISETTA - Só deixa eu terminar. Se fosseseu filho, você não deixaria lá. Primeira coisa. Se fosse jaula, se osenhor soubesse que era jaula.

O SR. RODRIGO AMORIM - O senhor não sabia?O SR. DARLEY PISETTA - Nem eu não sabia, nem ele, nem

ele, nem ele.O SR. RODRIGO AMORIM - O que demonstra a gravidade

do fato, senhor.O SR. DARLEY PISETTA - Agora, respeitem as crianças que

estavam lá, assim como o Flamengo tem que respeitar também...O SR. RODRIGO AMORIM - Não estou faltando... Sr. Pre-

sidente.O SR. DARLEY PISETTA - ...quando falam... Só me dá li-

cença, deixa eu terminar, pô!O SR. RODRIGO AMORIM - Termine.O SR. DARLEY PISETTA - Eu te ouvi até agora. Me ouça,

por favor. Não estou aqui para te julgar, nem julgar o Flamengo, porfavor. Eu só quero respeito. Assim como o Dr. Landim disse que ne-nhum dos nossos meninos chegariam a profissional do Flamengo, outalvez dificilmente chegariam, tá?, eu quero o mesmo respeito do se-nhor quando o senhor se trata em jaula.

O SR. RODRIGO AMORIM - O senhor encerrou?O SR. DARLEY PISETTA - O meu filho, filho do Christian,

filhos deles não eram animais para estarem em jaula. Então, assim,me desculpe, eu só estou colocando, é uma crítica para que isso nãoafete a gente.

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente?O SR. DARLEY PISETTA - Tinha algumas falhas lá, tinha fa-

lhas, tem, tem falhas, claro que tem.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Com todo o respeito, Pre-

sidente, isso não é objeto da Comissão. A gente respeita a dor dasfamílias, o Deputado Rodrigo Amorim não teve o menor interesse...

O SR. RODRIGO AMORIM - Senhor presidente, fui citado...O SR; JORGE FELIPPE NETO - ...por evidência, enfim, pre-

judicar nem as famílias, nem a memória daqueles meninos. Isso émais do que evidente. A gente está aqui inclusive para colaborar naelucidação e oportunizamos um canal de diálogo que a família até en-tão não tinha tido com o Flamengo.

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente?O SR. DARLEY PISETTA - Não, só quero deixar claro...O SR. JORGE FELIPPE NETO - ...para o bom andamento

dos trabalhos, é necessário que a gente se mantenha numa linha deatuação...

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Deputado JorgeFelippe, Deputado Rodrigo Amorim, por favor. Senhor Darley, o se-nhor... Vamos encerrar a palavra do senhor só para... Vou passar apalavra para o Deputado Rodrigo Amorim. Não sei se o senhor teveoportunidade de acompanhar a sessão anterior.

O SR. RODRIGO AMORIM - Não, não teve, não estavaaqui.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Acredito quenão. Caso o senhor estivesse, o senhor veria que a expressão uti-lizada pelo Deputado Rodrigo Amorim como “jaula” não foi para de-preciar os filhos dos senhores. Muito pelo contrário. Foi para mostrara forma precária com que os filhos dos senhores estavam sendo pos-tos naquele local. Aliás, o Deputado Rodrigo Amorim tem sido o De-putado mais enfático na luta de tentar esclarecer a questão do aci-dente. Então, eu entendo as dores das famílias, todos nós aqui temosfilhos, só que nós estamos aqui para colaborar. Se o senhor criaruma animosidade com a Comissão, quem se prejudica mais não é aComissão, é o senhor. Então, só estou colocando a situação colocadaque a gente não tem nenhum intuito de favorecer o Flamengo, nemde favorecer as famílias. A gente quer aqui apurar a verdade. Se osenhor teve a oportunidade de acompanhar o inquérito policial, existeuma situação, ao nosso ver, estranha, onde foi colocado no inquéritoo indiciamento do Ex-Presidente e depois passa para os engenheiros.Do engenheiro ao Presidente existem diversas pessoas envolvidasnesse meio do caminho. Então, a gente quer saber quem são os res-ponsáveis. E, mais do que isso, o filho do senhor poderia, sim, serum grande profissional, poderia chegar à seleção, ninguém sabe.Qualquer um que diga isso é um absurdo, porque ninguém consegueprever o futuro. Então, a gente está aqui. Esta Comissão se colocoudesde a semana passada inclusive buscando alternativas para trazeras famílias que vêm de fora. Eu sei que existe o custo, o traslado, agente conseguiu ajudar umas, outras nem tanto porque a Comissãonão tem recursos públicos. Eu destinei recurso do meu bolso para tra-zer pessoas para cá porque eu sei que é importante ouvir o senhor eouvir todos vocês. Eu entendo a dor, mas entenda que esta Comissãoestá aqui para apurar a verdade e está para ajudar. Eu sei que osenhor fica triste em ouvir algumas vezes algumas expressões, mas,mais uma vez, a gente está aqui para colaborar. Vou passar a palavrapara o Deputado Rodrigo Amorim.

O SR. RODRIGO AMORIM - Senhor Presidente. Senhor, euquero, em primeiro lugar, pedir desculpas ao senhor, caso o senhortenha interpretado como uma ofensa ao seu filho. Eu sou pai de duascrianças, um de treze anos, da idade do seu filho, uma de nove anos.Poderia ser o meu filho, que gosta de esportes e, assim como o seu,tem um sonho de jogar futebol, fazer outros esportes. Eu me colocono seu lugar e sei o quanto é doloroso para o senhor estar aqui. Nasessão anterior, nós visualizamos uma apresentação de slides, rea-lizada pelo corpo técnico da Polícia Civil do Rio de Janeiro, com ima-gens extremamente fortes. Nós, inclusive, pedimos aos pais que aquiestavam que saíssem da sala porque tinha imagens fortes ali. No quediz respeito ao ambiente físico, o espaço físico, o filho do senhor in-felizmente, assim como os demais, e aqueles também que não foramvítimas fatais, mas foram vítimas graves, eles foram vítimas por umúnico aspecto. Mais uma vez, digo que o Flamengo nunca teve von-

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO

��� ����� � ��� � � �� �� ��

����������� � � � �� �� �� �� ���

tade de assassinar nenhum jovem, que isso é um clamor que abalouo Rio de Janeiro e o Brasil, abalou o esporte do Brasil e do mundo.No entanto, os filhos dos senhores simplesmente morreram pelo fatode estarem abrigados num espaço confinado, inapropriado ao uso eque se assemelha a uma jaula, o que torna o caso muito grave. En-tão, quando eu utilizo e não tiro o termo “jaula”, eu me refiro espe-cificamente ao que aquilo foi. E me permito trazer a esta Comissão aliteralidade, com o dicionário, do que significa jaula: “Jaula é uma cai-xa encerrada, com paredes feitas de grades, madeira ou qualquer ou-tro material resistente, utilizada ao confinamento”. Aquele contêinerera uma jaula fechada, com material inadequado, com a porta tran-cada e, sobretudo, com a única janela totalmente gradeada. Defini-tivamente, não sou engenheiro, mas aquele espaço nunca deveria tersido utilizado para acomodar mais de vinte crianças sem monitor. Por-que, naquela noite, não havia monitor dormindo com seus filhos. En-tão, esse foi o único motivo pelo qual nós estamos aqui hoje tratandodesse tema extremamente doloroso para todos, inclusive para o pró-prio Flamengo. Eu me solidarizo à sua dor, ao seu sentimento. Ficaaqui o meu abraço, o meu pedido de desculpas pela rudeza das pa-lavras, mas, em momento nenhum, me direcionei para ofender a me-mória do seu filho. Jamais. Muito pelo contrário. Como bem disse oPresidente, talvez tenha sido um dos mais enfáticos na assentada an-terior, e mantenho esse termo rude, mas que traduz a realidade, por-que a gente precisa enfrentar essa questão que, a meu ver, não foienfrentada nas instâncias anteriores. Então, tem aqui a palavra, o ca-rinho e toda a solidariedade não só minha, mas desta Comissão, comas famílias e sobretudo com o senhor.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Vou passar apalavra para o Dr. Rodrigo Dunshee, que queria fazer uma interven-ção. Pois não, doutor.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - O Conselho Deliberativo doFlamengo é um órgão formado por 2.700 conselheiros. E ele é comose fosse, mais ou menos, guardadas as diferenças, o Legislativo. Ouseja, totalmente diferente do Executivo. Esse contrato não passou pe-lo Conselho Deliberativo, porque a alçada do Conselho Deliberativo ésó acima de quatro milhões e meio de reais. Então, queria só prestaresse esclarecimento de que não passou e por que não passou. Foiassinado pelo executivo e inclusive o senhor disse que era para oFlamengo apresentar. O Flamengo vai apresentar o contrato que o se-nhor requisitou.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Obrigado, Dr.Rodrigo Dunshee. Vamos passar a palavra ao Dr. Alexandre Wrobel,que foi o Vice-Presidente de Patrimônio. Segundo o Dr. Eduardo Ban-deira de Melo, talvez tenha sido a figura mais emblemática desse CT,diante das adversidades para construir o CT e tudo o mais. Doutor,primeiro agradecer sua presença. Início com algumas perguntas. Era,na gestão do senhor, o momento que a Prefeitura do Rio de Janeirointerdita o CT e o CT continua operando de forma normal, mesmotendo essa interdição por parte da Prefeitura? E aí, complemento, di-zendo que o senhor tinha também conhecimento desses contêineres eque eles estavam sendo utilizados para dormitório, mesmo com umapossível, de acordo com a norma NBR vigente, mesmo com uma nãoconformidade para ser um local de hotelaria? Bom dia.

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Bom dia, Deputados, todosos presentes. É um assunto muito doloroso. Primeiro, só fazer uma...Deputado Jorge Felippe, na verdade, o nome do CT é PresidenteGeorge Helal. Deram o nome só de um dos módulos, em minha ho-menagem, não sei se justa ou não, mas certamente porque, como oFred disse, sempre fui um grande entusiasta das melhorias estruturaisdo clube e batalhei muito por isso. Deputado Alexandre, eu assumiessa pasta - vou fazer um breve resumo, se me permite Vossa Ex-celência - em meados de 2010, convidado pela Presidente PatríciaAmorim. Na verdade, ela tinha até me convidado duas ou três vezesantes, eu não aceitei, depois acabei aceitando, movido pela paixão ru-bro-negra. Sou advogado, não sou engenheiro, tenho um escritório deadvocacia, tenho uma empresa de administração, ou seja, tenho mi-nha vida profissional, mas, movido pela paixão, acabei aceitando oencargo que ela me incumbiu. Nem existia, na verdade, Deputado,naquela época, a Vice-Presidência de Patrimônio. Eu acho que ela foicriada depois. Eu tinha praticamente três atribuições: uma era daruma destinação à casa de São Conrado - não sei se Vossa Exce-lência lembra -, que serviu de concentração para o Flamengo, queera na Fadel-Fadel; dois, o prédio do Morro da Viúva, que estava de-teriorado, abandonado, ali na Praia do Flamengo; e três, tirar do pa-pel efetivamente o sonho da construção dos dois CTs - CT de base eos prédios, CT da base e o CT do profissional. Assumi naquele pe-ríodo, fiquei na Vice de Patrimônio até 2015. Em 2015, eu saí. As-sumiu, durante um período, o Wallim Vasconcellos. Se não me en-gano, ficou até início de 2016. Depois, voltei a assumir. O meu tra-balho da Vice-Presidência, aliás, eu acho que de todas as Vice-Pre-sidências, é um trabalho muito mais estratégico. Não tem como agente... Vossa Excelência perguntou da presença no clube. Nós tínha-mos reuniões às segundas-feiras à noite a cada quinze dias; quandoera necessário, era convocado. O trabalho dos Vice-Presidentes eramuito mais estratégico, de correr atrás de funding, de dinheiro. Douum exemplo: a casa de São Conrado, nós fizemos uma licitação; oprédio do Morro da Viúva, foi a primeira vez na história do Flamengo,eu coordenei, fizemos uma licitação pública, publicada em jornal in-clusive e levamos adiante o negócio. A construção do CT, a mesmacoisa, também uma licitação, publicamos edital. Então, essa parte es-tratégica, de correr atrás, de conseguir dinheiro - os dois CTs forambasicamente construídos com dinheiro proveniente da negociação doMorro da Viúva. Primeira vez lá com a EBX, que acabou não sendolevada adiante; depois, com a Cyrela. Eu brigava muito por isso, bri-gava loucamente, efetivamente por isso, porque eu entendia que eraum salto que o Flamengo deveria dar nesse sentido. O nosso traba-lho era esse trabalho realmente macro, de fazer a estratégia do De-partamento. Desculpe. Vossa Excelência havia perguntado uma outracoisa.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Se o senhor ti-nha ciência da utilização dos contêineres para dormitório e se tinhaciência que a normativa vigente da NBR mostra ali diversas não con-formidades para ser utilizado como hotelaria.

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Quando nós assumimos, láatrás ainda, na gestão da Presidente Patrícia, nós chegamos a con-tratar, naquela oportunidade... Tinha contêineres, não era para dormi-tório, era para academia e para ambulatório, alguma coisa nesse sen-tido. Naquele momento, ainda não existia uma estrutura profissionaldo clube. O clube mudou muito ao longo dos anos. Depois disso, ba-sicamente, eu passei a fazer o trabalho, como eu disse, da Vice-Pre-sidência. Sabia, sim, ou seja, que existia, que os garotos dormiam,não tinha a menor... Vou até lhe contar um episódio aqui interessante.O acidente foi 8 de fevereiro, né? Ou seja, mais ou menos um mês emeio depois, num domingo, eu fui a uma padaria no Leblon, TalhoCapixaba. Vossa Excelência talvez conheça. Chegando lá, encontreium Diretor do clube. E aí, logicamente lamentando o ocorrido, eu fa-lei: “Poxa, mas que loucura, como isso foi acontecer?” Ele falou: “Po-xa, Wrobel, você vê. Há pouco tempo nós tivemos que... pedimos pa-ra a NHJ trocar de lugar o contêiner, e eles exigiram que nós fizés-semos a troca, que eles não fariam essa... não trocariam de lugar.Exigiram que nós fizéssemos a compra, a aquisição de novos vinte eseis contêineres.” Ou seja, isso aí pode ser confirmado. Eu soube dis-so um mês e meio depois. Então, assim, efetivamente, não estavanesse dia a dia do funcionamento efetivo do CT. Agora, sabia queservia de dormitório. Há muitos anos eu não entrava, não tinha a me-nor ideia de quantos dormiam, como dormiam - isso não era, efeti-vamente, a minha competência. Vossa Excelência perguntou tambémcom relação à interdição. Não, interdição, eu nunca soube. Efetiva-mente, eu nunca soube, e me causa até uma certa estranheza, umCT com a visibilidade do CT do Flamengo, com a imprensa todo dia,ou seja, estar interditado e não sair em lugar nenhum, não ter... Issoaí realmente me causa estranheza.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Deputado Ro-drigo Amorim.

O SR. RODRIGO AMORIM - Bom dia. O senhor, em 2018,estava lá?

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Estava.O SR. RODRIGO AMORIM - Em 2018, teve a inauguração

da ampliação de algo, teve uma festividade no sentido de...

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Foi em dezembro, se nãome engano, a inauguração do prédio profissional.

O SR. RODRIGO AMORIM - Que não tem Habite-se, esseprédio.

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Desculpe, novembro.O SR. RODRIGO AMORIM - Que não tem Habite-se, esse

prédio.O SR. ALEXANDRE WROBEL - Não sei, Deputado.O SR. RODRIGO AMORIM - Tampouco licença. Tampouco

alvará de funcionamento. Tampouco licença do Corpo de Bombeiros.Quem, na gestão do Flamengo, autoriza uma inauguração, como Vos-sa Excelência bem relata aqui, de algo tão badalado, sem nenhumdocumento apropriado? O que faz isso? O Flamengo estar acima dobem e do mal? O Flamengo ser essa instituição magnânima capaz detentar intimidar o funcionamento desta Comissão? De influenciar, obs-taculizar? Nós, que estamos aqui, no gozo de um mandato, à frentede uma CPI, com os poderes constitucionais que a CPI tem. Imaginaessas famílias, numa relação de absoluta hipossuficiência em relaçãoao clube. Agora, me causa mais uma vez estranheza como uma Di-retoria, ou o Presidente, ou o CEO, ou o Diretor, ou o Vice-Presiden-te, ou o Conselho Deliberativo, ou seja lá quem for bota para fun-cionar algo sem absolutamente nenhum documento, nem bombeiros,nem licença, nem alvará, nem sequer Habite-se. Isso, de fato, mecausa estranheza e, Senhor Presidente, considero que seja também,assim como desvendar essa questão específica de quem autorizou,como foi essa relação com os contêineres, é fundamental que a genteapure também como o Flamengo, e por que e balizado em que o Fla-mengo agia, e atuava e mantinha todas as suas unidades funcionan-do, pelo menos referentes ali a esse campus do CT, sem qualquerdocumentação. É importante, até porque teve uma inauguração emnovembro, ou dezembro de 2018, com a presença das maiores au-toridades da Prefeitura do Rio de Janeiro, o que mostra que a minhatese de que a Prefeitura do Rio de Janeiro é complacente com essatransgressão do Flamengo. Aliás, eu sou suspeito para falar em com-placência, omissão, desídia, incompetência da Prefeitura do Rio deJaneiro. Afirmo e reafirmo a total incompetência e omissão da Pre-feitura do Rio de Janeiro, mais uma vez evidenciada nesse caso denovembro ou dezembro de 2018. Obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Por favor, dou-t o r.

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Deputado, o que eu possolhe garantir com relação às tarefas da minha área, e Vossa Excelên-cia logicamente pode checar, e eu posso também, porque não tenhomais nenhum, ou seja, poder, mas posso solicitar, é que... Lhe douum exemplo: licença de obras. Rigorosamente em dia. Todas as li-cenças de obra do CT1, do CT2, do Morro da Viúva, tudo. Era umcuidado extremo, e quem conviveu comigo sabia disso. Nós não co-locamos um único tijolo sem ter a licença de obras expedida. Eu tiveo cuidado ainda adicional. Nós tínhamos uma licença para a cons-trução de um ginásio na Gávea, um pequeno ginásio, até antes, ter-minando a nossa gestão, detalhes, tal, eu até fiz um questionamentopara a gestão: vocês têm interesse em construir? Não têm? Não sa-biam se teriam ou não, eu tive o cuidado de fazer o pagamento darenovação dessa licença, para que depois eles decidissem o que fa-zer. Então, com relação a obras, o que era efetivamente minha res-ponsabilidade, tudo rigorosamente em dia. Nós não colocamos umúnico tijolo sem licença de obra, tudo aprovado. Tivemos que fazeruma outra aprovação, porque alteramos o projeto inicial, que era umprojeto lá de trás. Esperamos quase um ano para começar a obra,atrasamos a obra em função da expedição dessa licença de obra. Noque diz respeito à minha pasta, salvo melhor juízo, respeito plena-mente sua posição, Deputado, a gente teve todo o cuidado e zelo domundo nesse sentido.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Presidente.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Deputado Jorge

Felipe Neto.O SR. JORGE FELIPE NETO - Desculpa. Deputado Amorim

deseja continuar sua...O SR. RODRIGO AMORIM - Antiguidade é posto. Respeito

Vossa Excelência.O SR. JORGE FELIPE NETO - Eu respeito os cabelos bran-

cos.O SR. RODRIGO AMORIM - Vossa Excelência não vai falar

de cabelo nessa Comissão, não, né?O SR. JORGE FELIPPE NETO - Não, o meu está acabando.

Estou até deixando... Enfim... Enquanto há, a gente aproveita. DoutorWrobel, por que o seu nome, e não o nome do Diretor de Meios daépoca, ou dos diretores, está como uma láurea no CT do Flamengo?

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Essa história, Deputado, eufui pego absolutamente de surpresa. Eu acho que todos estão... Nodia da inauguração. No dia da inauguração. Meu trabalho é um tra-balho voluntário. Eu até cheguei a questionar, na época. Falei depoiscom o Eduardo, eu falei: “Olha, eu acho que não mereço isso tudo.Tem várias pessoas que fizeram muito mais pelo Flamengo do que eufiz.” E eles falaram: “Olha, isso aí é uma forma de remuneração pelasua dedicação.” Eu te digo, Deputado, me dói demais. É uma tristezaprofunda o que aconteceu, profunda, mas a consciência com relaçãoao que a gente fez, nesse sentido, no sentido da consciência, eu te-nho tranquilidade, porque, realmente, nós trabalhamos loucamente pa-ra dar estrutura ao clube.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Dr. Alexandre, eu não tenhodúvida disso.

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Não, eu estou só tentandojustificar, é porque eu imagino que essa seja uma forma, a melhorforma, inclusive, que poderia ter de remunerar...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Homenagear o seu extremocuidado e a sua dedicação...

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Vou lhe dar um exemplo,Deputado,

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Nesse caso do CT, porque,não por outro motivo, seu nome foi dado a uma estrutura do Centrode Treinamento, e não outra estrutura.

O SR. ALEXANDRE WROBEL - É um prédio. Sim, sim, sim.Era menino assim, era o que eu...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - O que o senhor fez nesseCentro de Treinamento com relação à sua pasta, às suas funções ouaté extrafunção. O que foi realizado pelo senhor?

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Me dediquei... Na verdade,desde o início, eu sempre - como eu disse - eu sempre considerei umpasso essencial. Você via a estrutura dos outros clubes e o Flamengonão tinha absolutamente nada. Eu sempre falei que a única vez naminha vida que eu tive vergonha de ser rubro-negro foi na primeiravez que eu fui ao CT, em 2010, junho ou julho de 2010. Que aquiloera um pântano. Era um pântano.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Quais eram as responsa-bilidades do Senhor, na construção...

O SR. ALEXANDRE WROBEL - O senhor está perguntadopor que eu fiz... Exatamente. Isso.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - O senhor tirou licença? Osenhor captou recursos?

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Isso, era nisso que eu iac h e g a r.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - O senhor supervisionou aobra?

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Isso.O SR. JORGE FELIPPE NETO - O senhor supervisionou o

projeto? O senhor endossou o projeto?O SR. ALEXANDRE WROBEL - Perfeito. Era nisso que eu ia

chegar. E, desde o início, eu sabia que o Flamengo não tinha dinheiropara aquilo, para a construção dos CTs. Então, o que eu comecei afazer? Tentar buscar um funding, tentar buscar um meio do Flamengoarrecadar recursos para que pudesse fazer efetivamente a construçãodos dois prédios, dos dois CTs. O Morro da Viúva, eu via como umsuperpatrimônio do clube que estava depreciado, abandonado. Eu,desde o início, eu falava: “Gente, nós temos que tentar pegar dessepatrimônio e investir num outro patrimônio.” E aí nós conseguimos.Essa negociação toda de licitação do Morro da Viúva foi toda con-duzida por mim. Então, conseguimos o funding para a primeira etapa,

através do Morro da Viúva. Depois, o negócio acabou melando. Aí nasegunda etapa, também, fizemos uma licitação, onde eu consegui, e aEBX devolveu o prédio ao Flamengo. Nós conseguimos recurso pelasegunda vez, e aí nós decidimos ir aplicar na segunda etapa. Eu via-jei, por conta própria, para visitar sete ou oito CTs aí, ou seja, váriosdo Brasil e mundo afora, para entender o que tinha de melhor. Fi-zemos a licitação do escritório de arquitetura, a construção ficou acargo da Lafer Engenharia, que é uma empresa super-renomada, co-nhecida. Nós fizemos uma licitação pública, sete empresas apresen-taram propostas, com envelope lacrado, fechado. O dia a dia eu nãofazia, mas eu me dediquei muito nesse aspecto.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - O senhor teve acesso aoprojeto dos novos módulos do CT?

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Dos prédios?O SR. JORGE FELIPPE NETO - Dos módulos.O SR. ALEXANDRE WROBEL - O que Vossa Excelência

chama de módulos? Desculpa, o senhor...O SR. JORGE FELIPPE NETO - Do contêiner.O SR. ALEXANDRE WROBEL - Do container, não. O projeto

do contêiner?O SR. JORGE FELIPPE NETO - É.O SR. ALEXANDRE WROBEL - Não. Eu tenho tudo. E sei

cada detalhe, onde fica, inclusive, banheiro dos dois prédios. Isso comcerteza absoluta.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - O senhor endossou isso emalguma reunião?

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Dos prédios? Desculpe.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Dos contêineres, onde fi-

cam os meninos dormindo.O SR. ALEXANDRE WROBEL - Vamos lá, me desculpe, De-

putado. É porque até tem um erro da minha parte, porque nós cha-mávamos o CT, mesmo os prédios de módulo de futebol profissionale módulo do futebol de base, mas era prédio, prédio, prédio. Os pré-dios, as construções efetivas, tudo, sei de todos os detalhes do pro-jeto, do escritório que foi contratado, da empresa, 100%. Dos contêi-neres, onde ficava, qual era a modificação que seria feita, quem dor-mia, quantos dormiam. De forma nenhuma. De forma nenhuma. In-clusive, Excelência. quando não tinha obra no CT - durante algummomento, a obra foi paralisada, voltou -, eu ficava...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Eu tenho aqui uma pesqui-sa rápida no Google, duas dezenas de entrevistas, o senhor respon-dendo, sempre em quaisquer questionamentos com relação ao CT.Me parecia que a sua função, enfim, não formalizado no Estatuto doFlamengo, mas sua função era cuidar desse Centro de Treinamento.E, numa delas - Vossa Senhoria cita aqui -, perguntado pelo Wan-derson Emerick, o senhor é perguntado se o módulo que ficará nabase tem quartos suficientes para todos os garotos ou se era precisoalguma adequação na estrutura? O senhor responde: “Cada quartopassará a acomodar quatro atletas, ou seja, teremos capacidade, numprimeiro momento, para até 96 garotos.”

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Perfeito.O SR. JORGE FELIPPE NETO - “Como o projeto do CT é

modular, havendo necessidade, nada impede a construção de quartosadicionais.”

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Perfeito.O SR. JORGE FELIPPE NETO - “Fora isso, faremos algu-

mas adequações, como, por exemplo, transformar a sala de coletivade imprensa em dois novos vestiários, aumento do refeitório, etc.”

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Perfeito, Deputado. Isso écom relação ao prédio. É exatamente isso. É porque às vezes há ummal-entendido nesse sentido.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Como é que foi feito essemódulo do prédio?

O SR. ALEXANDRE WROBEL - É prédio, construção alve-naria normal, exatamente como tem os dois CTs. Quando eu digo is-so, essa entrevista que eu disse, é exatamente isso mesmo. Porque oque acontece? Primeiro nós construímos o primeiro prédio, que é on-de ficava o futebol profissional, que a gente chamou de módulo, tá,mas módulo é o nome assim, talvez, mal aplicado.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Porque, coincidentementemódulo é exatamente o mesmo nome que a NHJ chama os contêi-neres.

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Isso. Isso, por isso que euestou falando que induz a esse equívoco. A minha entrevista estáperfeita, e eu reitero absolutamente tudo o que eu disse aí. Quandoeu digo desses quartos, é o quarto da obra definitiva, que o futebolprofissional dormia lá. Tinham lá, dormiam dois em cada quarto, e, namudança para o prédio novo, aquilo voltaria para a categoria de base,que é como está hoje. Mas, módulo, Excelência, desculpe, é prédio, oque, certamente, acaba dando uma interpretação equivocada. Mas éexatamente isso que eu falei e repito tudo, é exatamente isso mesmo.Mas esse módulo que a gente fala é o prédio.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - E o senhor que apresentoutambém as obras do novo CT aos sócios.

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Apresentei, do prédio, sim.O SR. JORGE FELIPPE NETO - E o senhor não tinha ciên-

cia de que os meninos estavam dormindo naquela estrutura de con-têiner?

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Não, eu sabia - falei e repito- eu sabia que os contêineres serviam de dormitórios para os meni-nos.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Mas o senhor, tão próximodessa estrutura toda do CT, das obras, da construção, lidando com aquestão documental de licenciamento de obra, licenciamento perantea Fazenda para o funcionamento, o senhor, em nenhum momento sa-be quem autorizou ou indicou aquele local como adequado para aque-les meninos dormirem lá?

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Vamos lá, Deputado. Fisca-lizei as obras, sim, conduzidas pelo meu Departamento. Durante o pe-ríodo de obras eu ia com uma certa frequência ao CT, não sempre,mas uma vez a cada vinte dias, quando havia necessidade de eu ir.Existia um corpo técnico. A estrutura do Flamengo foi toda profissio-nalizada. Lhe digo: não entrava num dos contêineres, num dos mó-dulos habitacionais, “contêiner” que a gente fala, há muito, muito tem-po. Não tinha a menor noção de quantas pessoas dormiam e comodormiam. Essa de fato não era minha atribuição. Das obras, sim, e eufiscalizava, acompanhava, mostrei aos sócios, tudo o mais. Agora, fo-ra isso - confesso - não tenho nem competência técnica para isso.Sou advogado, não sou engenheiro. Mesmo que eu eventualmenteentrasse, eu acho que não teria competência para falar: “Olha, estáerrado, tem cama demais ou a porta assim, acolá...” Eu, de fato, nãotenho.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, o senhor, como Vi-ce- Presidente de Patrimônio, justamente pela falta de qualificaçãotécnica para questões de engenharia ou arquitetura - o senhor é ad-vogado, o senhor não é um expert no assunto construção civil -, osenhor se resguardava de algum funcionário seu, de alguém próximo,alguém de confiança para lhe dar as informações técnicas necessá-rias. Ninguém nunca lhe avisou ou que tinha duas dezenas de me-ninos ali dormindo num local inadequado, que não era propício paraisso... isolamento, cuja possibilidade de flamabilidade era enorme?

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Jamais, jamais.O SR. JORGE FELIPPE NETO - O senhor também, há muito

tempo, não procurava saber, não tinha entrado nesses contêineres,não sabia quantas pessoas dormiam, efetivamente, lá?

O SR. ALEXANDRE WROBEL - As obras, com certeza ab-soluta. Os contêineres, não.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Apesar de ser da sua fun-ção patrimonial...

O SR. ALEXANDRE WROBEL - O quê?O SR. JORGE FELIPPE NETO - Entender a funcionalidade

de cada módulo de patrimônio, enfim...O SR. ALEXANDRE WROBEL - Não, não. Inclusive, Exce-

lência, o CT tem uma administração própria. O CT tem uma admi-nistração própria. Então, ainda mais o Vice-Presidente de Patrimôniodificilmente chegava a mim e: “Olha, mudou isso de lugar ou botamostrês pessoas, tiramos quatro, botamos dois a mais...” Como eu contei,eu fiquei sabendo que trocaram 26 contêineres um mês e meio de-pois por um acaso. Então, isso não chegava.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO����� ��� �

�� �� �����

��������� � �� ���� �� ����

O SR. JORGE FELIPPE NETO - E o senhor estava na fun-ção desde 2010, certo?

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Isso, até 2015, depois euvoltei, 2016.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Quem era o gerente do CTresponsável pela troca de função do alojamento? O senhor deve terconhecimento disso, até porque é interesse muito mais, e a prudênciarecomenda, de Vossas Senhorias que estão aqui hoje respondendo aessa Comissão, do que desta Comissão propriamente dita ou desteDeputado propriamente dito, desvendar quem são os responsáveis,porque de maneira nenhuma me paira responsabilidade sobre isso.Muito embora haja a possibilidade que Vossa Senhoria tem a respon-sabilização nessa história, por conta da cadeia funcional. Uma vezque o Presidente foi indiciado, não faz muito sentido quem deveriainformar e municiar de informação o Presidente não estar indiciado.Bom, quem era o responsável...

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Vamos lá, novamente,O SR. JORGE FELIPPE NETO - ...pela troca? Quem decidiu:

“Isso aqui não vai ser mais refeitório e consultório” - sei lá o quê -“vai ser alojamento”?

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Qual era, só para reiterar,papel do Patrimônio, que eu diversas vezes fazia? Nós vamos come-çar a obra do segundo prédio. Eu precisava que aquele espaço fosselimpo, para que a gente pudesse fazer o canteiro de obras. Eu che-gava para o Paulo Dutra ou para o Marcelo Sá, e falava: “Gente, te-mos que limpar para canteiros de obras.” A partir dali, o negócio eracomigo. O CT teve alguns administradores, Luiz Humberto, MarceloHelman, o Paulo Dutra. Não era administrador, mas era o Diretor deMeios. Então, quem fazia essa informação... O que eu imagino? ODepartamento de Futebol de Base necessitava de acomodação paramais três atletas ou necessitava de um vestiário ou necessitava deum ambulatório, alguma coisa nesse sentido. Fazia a requisição, e oPaulo Dutra levava adiante, chegava ao CEO do clube, mas isso nãochegava...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, era sempre o Diretorde Meios...

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Para esse tipo de trabalho,sim.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Seja pela manutenção doC T.

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Pela manutenção, é.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Seja pela destinação fun-

cional...O SR. ALEXANDRE WROBEL - Pela manutenção existe

uma...O SR. JORGE FELIPPE NETO - ...daquela estrutura ali pre-

sente.O SR. ALEXANDRE WROBEL - Deputado, existe como se

fosse um gerente do CT, que cuida do CT como um todo: pintura deum muro, troca da grama, isso, aquilo, coisas que de fato...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Mas ele tem essa autono-mia para emitir nota, para emitir pagamento, escolher empresa, con-tratar gente... Ele tem essa autonomia?

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Não. Para contratar, não.Ele tem para solicitar ao Diretor de Meios.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, o Diretor de Meios éinformado de absolutamente tudo o que seja necessário para realizara função.

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Imagino... Imagino que, des-sas coisas assim mais relevantes, imagino que sim.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Inclusive, o gerente solicitaa mudança de função ao Diretor de Meios. Por exemplo, se eu queroque a sala deixe de ser sala de comissão e seja enfermaria,

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Ah, sim, sim.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Não é o gerente que de-

cide, é o Diretor de Meios.O SR. ALEXANDRE WROBEL - Eu imagino que seja uma

decisão em conjunta. Eu acho que o Departamento de Base deve so-licitar junto ao gerente, o gerente viabiliza junto ao Diretor deMeios...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - O que é o Departamento deBase, é o Diretor de Futebol?

O SR. ALEXANDRE WROBEL - É, porque dentro da estru-tura do Flamengo, apesar de não ter uma Vice-Presidência de Futebolde Base, existe um Diretor de Base, a pessoa que responde pela ca-tegoria de base.

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente...O SR. ALEXANDRE WROBEL - Imagino que fazia as soli-

citações.O SR. RODRIGO AMORIM - Deputado Jorge Felippe.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - A gente está

com uma...O SR. JORGE FELIPPE NETO - Você só vai puxando o no-

velo, está ficando muito claro que a Diretoria de Meios tem uma res-ponsabilidade eminente nisso.

O SR. RODRIGO AMORIM - Pensei que V. Exa. tinha en-cerrado. Eu estou acompanhando atentamente o andamento da...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Fique à vontade. Agora, ter-mina o questionamento.

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente, duas horas evinte de audiência. Nós não chegamos à resposta de duas questõessimples. A primeira pergunta - e será a minha última pergunta à ex-gestão do Flamengo. Quem autorizou o Flamengo a funcionar seja nocontêiner, no CT, como um todo, nos prédios, sem nenhum documen-to adequado? Dois: quem, objetivamente, autorizou ou designou aque-le local para que vinte e tantas crianças, atletas dormissem? É só es-sa a questão, Presidente. Então, eu queria que Vossa Excelência rea-firmasse esse meu questionamento. Objetivamente, quem colocou oCT para funcionar sem nenhum documento? Segundo: quem autori-zou que duas dezenas de jovens atletas dormissem num local ina-dequado? Simples.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Eu acho queantes de continuar com o Dr. Alexandre Wrobel, acho que é impor-tante a gente fazer... Tem mais alguma pergunta para o ex-CEO FredLuz?

O SR. RODRIGO AMORIM - Refazer essa pergunta, Sr. Pre-sidente.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Tá.O SR. RODRIGO AMORIM - Nós verificamos aqui, na assen-

tada anterior, que o Delegado de Polícia aqui esteve, assim como aPolícia Científica da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. Nóstivemos acesso ao relatório conclusivo da Delegacia. Agora teremos adenúncia do Ministério Público. E essa CPI tem a legitimidade e acompetência funcional originária, conferido por lei, pela Constituição,de inclusive, no seu relatório, indiciar. Eu tenho críticas àqueles queforam indiciados pela Polícia Civil. Acho que não está claro, e outrospersonagens devem, sim, responder ao processo. E esta Comissãotem a capacidade disso. Então, é importante que a gente chegue,efetivamente, aos nomes.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Deputado, euvou...

O SR. RODRIGO AMORIM - E só para concluir a perguntapara Vossa Excelência. A minha pergunta tanto para o senhor, quantopara o Ex-Vice-Presidente, é no sentido de... Primeiro: quem autorizouo Flamengo a inaugurar algo e botar em funcionamento sem nenhumdocumento adequado? E segundo: quem autorizou os jovens a dor-mirem naquele local?

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Só para cola-borar. Eu vou passar a palavra para a Sra. Sandra Nunes, que re-presenta a Prefeitura do Rio. Boa tarde, Sra. Sandra. E já abro comum questionamento que o clube, segundo informações, chegou a sermultado 31 vezes pela Prefeitura do Rio, sem ter o alvará estabele-cido, e que o mesmo chegou a ser interditado. O que a Prefeituratem a relatar com relação a essas multas e, também, se o clube es-tava interditado? Desculpe, o clube, não, o CT do Ninho do Urubu.

A SRA. SANDRA NUNES - Primeiro: boa tarde a todos. Que-ro parabenizar esta Casa pela iniciativa da CPI. Acho que realmenteé o momento da gente apurar os fatos e chegar a uma conclusão que

dê respeito e dignidade a essas famílias. A Prefeitura - fazendo umbreve histórico - teve um auto de infração lavrado no dia 20/10/2017pela constatação do funcionamento sem alvará. E esse auto de in-fração gerou um edital de interdição, que foi afixado no local, no CTdo Flamengo, no dia 24 de outubro do mesmo ano.

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente, posso fazer umapergunta aqui? Desculpa, qual era o ano?

A SRA. SANDRA NUNES - 2017.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Só para aclarar uma coisa

que eu acho que é interessante, para Vossa Senhoria. Vossa Senho-ria não está representando a Prefeitura, está representando a Secre-taria Municipal de Fazenda.

A SRA. SANDRA NUNES - Eu estou representando Secre-taria Municipal de Fazenda.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então. Vossa Senhoria nãotem informação quanto a eventuais informações de Habite-se ou de-fesa civil.

A SRA. SANDRA NUNES - Não, aí teria que ser questionadono órgão competente.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Ok, mas vamos lá. Pros-seguindo.

A SRA. SANDRA NUNES - Após essa interdição, que me ge-ra um pouco de espanto, acredito eu que a parte jurídica toda do Fla-mengo, algum órgão teve ciência disso, e foram lavrados, realmente,os 31 autos de infração, desde então.

O SR. RODRIGO AMORIM - Foi afixado...A SRA. SANDRA NUNES - Afixado no local, pessoalmente,

pela fiscal de atividades econômicas, na época, responsável pela fis-calização.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Quem era o fiscal?A SRA. SANDRA NUNES - Eu não tenho aqui detalhes do

nome da fiscal que foi a fiscal autuante, mas a gente tem todos essesdetalhes, todas essas informações registradas em qualquer requeri-mento desta Casa à Prefeitura, e teremos o maior prazer de apre-sentar todos os detalhes.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Veja se estou correto. Pre-sume-se que toda vez que a Prefeitura notifica alguém, a notificaçãoé dada ao gerente do estabelecimento, alguém com algum poder de-cisório que se demostre responsável por fazer as comunicações in-ternas naquela empresa, correto?

A SRA. SANDRA NUNES - Sim.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Quem foi o responsável que

assinou a notificação no Flamengo? As notificações.A SRA. SANDRA NUNES - Na realidade, os autos de infra-

ção são recepcionados e, provavelmente, temos o registro disso, dequem recebeu os autos de infração todos, e o edital de interdição,também, temos isso registrado na gerência responsável, que é daBarra da Tijuca. Então, é só questão de fazermos esses levantamen-tos e apresentarmos à Casa.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - A senhora disse algo queme chama muito a atenção que a interdição - e aí é óbvio - ficouafixada essa interdição junto ao Ninho do Urubu, e desde a semanapassada, Deputado Rodrigo Amorim, todos que sentam aqui falamque não sabiam da interdição.

A SRA. SANDRA NUNES - Pois é, então...O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, ou esse papel é do

tamanho de um cartão de crédito, que ninguém conseguia ver, ou to-dos que estavam lá precisam rapidamente ir ao oftalmologista, por-que, até onde eu sei, uma interdição afixada - e isso a gente podeaferir até nos processos de fiscalização junto com o Corpo de Bom-beiros e até a própria Prefeitura - é bem visível.

O SR. RODRIGO AMORIM - Inclusive com a afixação na en-trada do estabelecimento.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Inclusive é padrão pergun-tar: o senhor é o gerente do local? Quem é o responsável pelo local?Quem é a maior hierarquia daqui para que a gente possa entregaressa notificação? Tem algum histórico...

A SRA. SANDRA NUNES - Deputados, acredito que isso te-nha sido cumprido, esse ritual.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Tem alguma informação jun-to à Prefeitura da regularização e depois da desinterdição do local?

A SRA. SANDRA NUNES - Então, seguindo aqui o histórico,nós tivemos, em 13 de fevereiro... A Justiça, então, na época, proibiua entrada de menores adolescentes. E nós efetivamos, no dia 27 defevereiro, a interdição efetiva das atividades, haja vista que nesse pe-ríodo ainda não havia uma obediência ao edital de interdição emitidoem 2017. Após isso...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Desculpa, fevereiro de queano, pois não?

A SRA. SANDRA NUNES - Fevereiro de 2019.O SR. JORGE FELIPPE NETO - 19.A SRA. SANDRA NUNES - Isso.O SR. JORGE FELIPPE NETO - OK.A SRA. SANDRA NUNES - No dia 11/3/19, foi deferida uma

concessão de tutela antecipada em ação judicial - eu tenho o númerodo processo - em curso, na 8ª Vara da Fazenda Pública, para emis-são do alvará para atividades de baixo impacto que não requereriam,pela lei em vigor, na Prefeitura do Município, o certificado do Corpode Bombeiros. Então, com essa determinação judicial, nós concede-mos, no dia 12 de março, o alvará para atividades de baixo risco comrestrição dos locais aprovados, com base na planta chancelada pelaSMU e na licença de obras que foi prorrogada naquele momento.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - A senhora tem ciência senessa planta constava o alojamento construído ali, nove contêineres?A junção de nove contêineres?

A SRA. SANDRA NUNES - Não. A planta que foi apresen-tada não apresentava esses módulos, esses contêineres.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - A planta não tinha isso?A SRA. SANDRA NUNES - Não.O SR. JORGE FELIPPE NETO - E atividade de baixo impac-

to, alojamento, hotelaria...A SRA. SANDRA NUNES - Não, com a exclusão... Foi bem

colocado na restrição de exclusão da hospedagem, proibição da hos-pedagem no local. Teria sido liberado a parte da academia, o treina-mento nos campos. Isso está bem claro no alvará que foi concedido àépoca.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, é possível que hajaentendimento de que documento fraudulento ou equivocado teria sidoentregue à Prefeitura, e, também, judicialmente, o Juízo teria sido le-vado a erro pelo que prevê a legislação, pelo fato de existir o alo-jamento?

A SRA. SANDRA NUNES - Deputado, eu não tenho ideia deque isso possa ter acontecido, acredito que não. Espero até que não,não tenha acontecido nenhum tipo...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Mas a senhora disse que aplanta não tinha previsão de alojamento, não tinha estrutura...

A SRA. SANDRA NUNES- Nós estivemos em vistoria lá nodia 12/2, após o sinistro. Essa parte estava totalmente isolada.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Estava isolada. Mas o queé isolada?

A SRA. SANDRA NUNES - Com tapumes, estava isolada.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Ou seja, vocês foram fazer

uma vistoria e o Flamengo escondeu o que existia ali.A SRA. SANDRA NUNES - Deixa eu lhe explicar. A nossa

atribuição, na Secretaria de Fazenda, é concessão da inscrição tribu-tária e o respectivo alvará de funcionamento. A questão da fiscaliza-ção das edificações que lá estavam e que foram depois concedidospara a licença de obras, isso cabe a outro órgão da Prefeitura.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Que é o Urbanismo.A SRA. SANDRA NUNES - Sim.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Tá. Mas vocês fizeram a

vistoria?A SRA. SANDRA NUNES - Sim. Nós fizemos a vistoria para

verificar se os locais onde eles estavam com a pretensão da utiliza-ção para atividades de baixo impacto estariam adequados.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - E vocês não viram o alo-jamento ou o alojamento foi escondido?

A SRA. SANDRA NUNES - Eu não posso afirmar se foi es-condido.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Mas a senhora falou quetinha tapumes.

A SRA. SANDRA NUNES - Eles não estavam disponíveis pa-ra visitação. Até porque, provavelmente, estavam velados para a pe-rícia policial, não sei.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Foi depois do sinistro?A SRA. SANDRA NUNES - Foi depois do sinistro.O SR. RODRIGO AMORIM - Deputado Jorge Felippe, o ta-

pume, o isolamento de área é uma exigência legal da polícia cien-tífica.

A SRA. SANDRA NUNES - É, provavelmente, era isso.O SR. RODRIGO AMORIM - A grande questão é...O SR. JORGE FELIPPE NETO - Mas eu não tinha enten-

dido.O SR. RODRIGO AMORIM - Mas a linha de inteligência de

Vossa Excelência está perfeita. Na verdade, o Flamengo transgrediu eenganou, a partir do momento que entregou as plantas equivocadas -digamos assim - para ser muito ameno com as palavras, a partir de

agora. As plantas equivocadas, porque tinha ali, como é notório e éinclusive o objeto desta Comissão, o alojamento, dormitório; então, oFlamengo, sequer, além de todas as transgressões e a falta de do-cumentação, ainda enganou, quando apresenta uma documentaçãoque não condizia com, efetivamente, era a aplicação com a realidade.Está claro. Para mim, está claro.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Deixa eu só concluir, trintasegundos. O seguinte: então, essa decisão judicial foi antes ou depoisdo acidente?

A SRA. SANDRA NUNES - Como eu disse, essa decisão ju-dicial foi no dia 11 de março, após o incidente.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Após o acidente. Deixa eusó... Só para entender aqui. A interdição foi feita no dia 20/8/17, éisso?

A SRA. SANDRA NUNES - Não. No dia 20/10/17.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Tá. 20/10/17. E até o dia

11/03/19, como teve a decisão judicial, estava interditado?A SRA. SANDRA NUNES - Sim, ele permaneceu interditado

e por isso ocorreram 31 autos de infração, que muitos deles cumu-lativos por data. Isso não quer dizer que tenham sido 31 dias deconstatação.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - OK. Mas a gente tem aí oespaço...

A SRA. SANDRA NUNES - Eu quero só frisar que a nossainterdição é uma interdição administrativa, assim como o auto de in-fração. Cabe ao empresário, ao responsável, acolher e acatar essainterdição.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - OK, mas vamos lá. Então,no dia 20/10/2017 até 11/3/2019 estava interditado. A decisão judiciallibera todos os espaços do clube, inclusive o alojamento ou só o cam-po?

A SRA. SANDRA NUNES - Isso está bem claro no alvaráque foi concedido à época. Só a parte aberta, os campos, cinco cam-pos, e o refeitório sem cocção e a academia.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, se hoje tiver um alo-jamento no Flamengo, funcionando, está irregular?

A SRA. SANDRA NUNES - Não. É que eu não acabei o his-tórico.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Pois não.A SRA. SANDRA NUNES - Então, houve um Termo de Ajus-

te de Conduta, junto ao Corpo de Bombeiros, em maio de 19 - tenhoo processo, aqui, administrativo - onde foram apresentados toda do-cumentação, e o certificado englobando todas as áreas do CT do Fla-mengo. Em função disso, foi concedido o alvará, porque o Bombeiroaté declarou claramente - tenho até a cópia aqui - de que esse Termode Ajuste de Conduta ele teria o valor de um certificado de aprovaçãodo Corpo de Bombeiros para o funcionamento de toda a área. Então,com base nisso, foi concedido um alvará, em 29 de maio de 19.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - A consulta prévia de local.Quais foram as atividades que o Flamengo insculpiu naquela...

A SRA. SANDRA NUNES - Eu tenho que pesquisar aqui,porque de cabeça...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - A senhora tem cópia doprocesso aí?

A SRA. SANDRA NUNES - Não, cópia do processo, tenhoalguns processos e tenho aqui... Toda a documentação - volto a falar- estarão disponíveis na Prefeitura, é só solicitar no requerimento, to-dos os detalhes nós repassaremos tudo para vocês.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Depois da vos-sa contribuição aqui em microfone, é só a senhora autorizar a gentetirar cópia dessa documentação e manter sob sigilo da Comissão, pa-ra análise,

A SRA. SANDRA NUNES - OK.O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente,O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Pois não.O SR. RODRIGO AMORIM - Aproveitar o ensejo para dirigir

uma pergunta à Prefeitura, cumprimentando Vossa Excelência. Só pa-ra adequar essa questão cronológica. O clube foi interditado em quedata?

O SR. JORGE FELIPPE NETO - 20/10/17.O SR. RODRIGO AMORIM - 20/10/2017?O SR. JORGE FELIPPE NETO - Isso.O SR. RODRIGO AMORIM - Houve desinterdição, por parte

da Prefeitura?A SRA. SANDRA NUNES - Não.O SR. RODRIGO AMORIM - Então, Sr. Presidente, quando

houve o incidente, o clube estava interditado.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Sim.O SR. RODRIGO AMORIM - Portanto, quem funcionava des-

respeitando a interdição da Prefeitura do Rio de Janeiro deve ser in-diciado também. A culpa está clara. Sr. Presidente, é muito óbvio, agente está perdendo aqui tempo, quase três horas de audiência. Agente não chega ao responsável de quem botou os garotos para dor-mirem naquele local inadequado. Primeiro ponto. A gente não chegaao responsável de quem autorizou o Flamengo a fazer inauguração,botar o CT para funcionar como um todo, sem a devida documen-tação do Corpo de Bombeiros, da Prefeitura, e por aí vai. Não che-gamos a esse responsável ainda. E algo mais grave que se revelaagora: o clube estava interditado no dia do incêndio. O clube estavainterditado. Quem coloca um estabelecimento para funcionar, interdi-tado, de forma irresponsável, e ocorre um incidente daquela magni-tude, ele, no mínimo, no mínimo, ele assumiu o risco de transgredir. Eonde está o indiciamento?

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - É fundamental,Vossa Excelência está corretíssima, Deputado Rodrigo Amorim.

O SR. RODRIGO AMORIM - A gente não precisa de três ho-ras de audiência para isso.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - A gente só temque entender o seguinte: o edital de interdição pode ter sido afixado eexarado naquele momento. Intra-autos, dentro do processo, aquilo tersido flexibilizado, dado um prazo para o Flamengo, algum requerimen-to por parte do Flamengo. Se não houve, aí...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Mas mesmo assim, que eletenha tido, continuava interditado.

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente, pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - A Fazenda pode

responder melhor essa pergunta, que ela responda para mim.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Você pode colocar exigên-

cias e manter o funcionamento provisoriamente.A SRA. SANDRA NUNES - Não. Não pode.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Não pode?A SRA. SANDRA NUNES - Não pode.O SR. RODRIGO AMORIM - Deputado Jorge Felippe.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Só um minutinho.A SRA. SANDRA NUNES - Não. Não mais. Havia um alvará

provisório que foi extinto. A figura do alvará provisório foi extinto em2016.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - 2016.A SRA. SANDRA NUNES - É.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, a interdição é ime-

diata? Não há prazo para o cumprimento de exigências?

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO

��� ����� � ��� � � �� �� ��

����������� � � � �� �� �� �� ���

O SR. RODRIGO AMORIM - É autoaplicável, Deputado.A SRA. SANDRA NUNES - Não. Não. Está interditado.O SR. RODRIGO AMORIM - Está interditado. Então, veja-

mos. Vou refazer a minha assertiva.A SRA. SANDRA NUNES - A parte tem que cumprir as exi-

gências para obter o alvará. Não cumpre, não tem alvará.O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente, vou refazer a

minha assertiva. Deputado Jorge Felippe, o Flamengo, o Ninho doUrubu, pegou fogo, matou dez jovens, interditado.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Interditado.O SR. RODRIGO AMORIM - O Ninho do Urubu foi inaugu-

rado, interditado. Com a presença das mais altas autoridades da Pre-feitura do Rio de Janeiro. Onde mais esta CPI quer chegar? Quer ou-vir mais quem? Vossas Excelências não estão convictos do que acon-teceu? De forma muito simples, isso não é um Tribunal de Inquisição,todos nós somos solidário à dor da família, nenhum dirigente do Fla-mengo, do passado ou do presente, é assassino, queria matar dezjovens. Foi algo de clamor popular, sensibilizou todas as torcidas, sen-sibilizou o Brasil, o Rio de Janeiro e o mundo. Isso é evidente. Nin-guém aqui quer perseguir ninguém, isso aqui não é... o intuito não éesse. Agora, está muito claro. Ao meu ver, Sr. Presidente, nós es-tamos aqui... É extenuante, é desgastante emocionalmente para as fa-mílias, para todos nós aqui envolvidos. Estamos indo para três horasde audiência, discutindo o sexo dos anjos. Sr. Presidente - repito,desculpe ser enfático - o incêndio - acabamos de constatar - o in-cêndio ocorreu com o Ninho do Urubu interditado. O Ninho do Urubufoi inaugurado, com ampla divulgação pela mídia, com a presença dasmais altas autoridades do Município do Rio de Janeiro, interditado. Oque confirma o que eu disse: a complacência da Prefeitura do Rio. Oque confirma o que eu disse: a desídia dos dirigentes do Flamengo,e, infelizmente, o preço que se pagou está aí: são as famílias queperderam os seus filhos.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Deputado,A SRA. SANDRA NUNES - Eu só queria fazer um aparte,

em relação a essa acusação. É uma acusação bem grave, em re-lação...

O SR. RODRIGO AMORIM - Não é acusação, é constatação.A SRA. SANDRA NUNES - Tudo bem, sim.O SR. RODRIGO AMORIM - Eu estou equivocado?A SRA. SANDRA NUNES - Não.O SR. RODRIGO AMORIM - O incêndio aconteceu com a

instituição interditada.A SRA. SANDRA NUNES - Não. Deputado, eu aqui não es-

tou...O SR. RODRIGOAMORIM - Vossa Excelência disse que é

uma acusação grave.A SRA. SANDRA NUNES - Não. Acusação da vossa parte.O SR. RODRIGO AMORIM - Então, por favor, responda à

minha pergunta, objetivamente. Pela Prefeitura do Rio de Janeiro, oincêndio aconteceu com a instituição interditada. Certo ou errado?

A SRA. SANDRA NUNES - O CT do Flamengo, no dia 8 defevereiro, estava interditado pela Prefeitura.

O SR. RODRIGO AMORIM - Interditado, data do incêndio.Então, eu estou correto na minha assertiva?

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Só para...O SR. RODRIGO AMORIM - Só um minuto, Sr. Presidente.A SRA. SANDRA NUNES - A parte que eu queria fazer não

era sobre a questão...O SR. RODRIGO AMORIM - É importante. A minha acusa-

ção é essa. A inauguração do CT do Flamengo aconteceu com a ins-tituição interditada - certo ou errado? - pela Prefeitura do Rio,

A SRA. SANDRA NUNES - Correto.O SR. RODRIGO AMORIM - Com a presença das mais altas

autoridades da Prefeitura do Rio.A SRA SANDRA NUNES - A parte que eu queria comentar é

isso. Essa questão de presença de servidor ou...O SR. RODRIGO AMORIM - Autoridades da Prefeitura do

Rio.A SRA. SANDRA NUNES - Autoridades, constatação de al-

guma improbidade, de algum servidor, isso tem que ser colocado porescrito e apresentado para nós apurarmos...

O SR. RODRIGO AMORIM - Não. Não. Sr. Presidente. Sr.Presidente. Estão aqui...

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Deputado.O SR. RODRIGO AMORIM - ...os ex-diretores do Flamengo.

Pergunto de forma objetiva sobre o juramento que foi feito anterior-mente: havia autoridades da Prefeitura do Rio de Janeiro presentes,em dezembro ou novembro de 2018, por ocasião da inauguração doCT do Flamengo. Sim ou não? É objetivo, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Sr. AlexandreWrobel, na inauguração do CT, quem é da Prefeitura que estava pre-sente?

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Não sei falar, Deputado.Não, quem estava presente, da Prefeitura?

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Mas eu falo.O SR. ALEXANDRE WROBEL - Mas que tinha autoridade,

sim, mas quem...O SR. JORGE FELIPPE NETO - O Presidente Eduardo Ban-

deira de Melo falou na anterior que estava o Prefeito Marcelo Crivella,que estavam o Secretário de Esporte e outras autoridades que elenão se recorda. Então...

O SR. ALEXANDRE WROBEL - O Prefeito Marcelo Crivella,sinceramente, eu acho que não, Deputado. Não, me lembro não. Ago-ra, autoridade sim, mas quem faz isso é o cerimonial do clube. Defato, mas o Prefeito, pelo que eu me lembre, não. Posso estar equi-vocado, mas não me lembro dele estar presente, não.

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente, se ele afirma sehavia autoridades...

O SR. ALEXANDRE WROBEL - Sim, havia, sim.O SR. RODRIGO AMORIM - ...porque a palavra que está em

jogo é a minha. Havia autoridades da Prefeitura do Rio de Janeiro?O SR. ALEXANDRE WROBEL - Sim.O SR. RODRIGO AMORIM - E o Ex-Presidente, Eduardo

Bandeira de Melo falou sob juramento, na assentada anterior, essasmesmas assertivas; então, não sou eu o mentiroso.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Prosseguindo eagradecer a Sra. Sandra. Acho que a gente já chegou aqui a um en-tendimento, e não acredito mais ser necessária a participação do Sr.Fred Luz e do Dr. Alexandre Wrobel, porque, de fato, houve uma -vamos dizer, no mínimo - uma omissão, para não dizer algo pior, por-que estava afixado naquele local a interdição. Correto? E isso foi pas-sado aqui pela Prefeitura. A não ser que alguém tenha arrancado opapel, que também não é difícil que seja.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Isso a gente vai saber nosautos que a Comissão vai... Presidente, seria bom a gente escutar aNHJ com a presença dos...

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - OK. Vamos, en-tão, pedir só um pouco de paciência. Mas, antes de passar para aNHJ, acho que a Prefeitura não seria mais necessária. Deputado Jor-ge Felippe, Deputado Rodrigo Amorim.

O SR. RODRIGO AMORIM - De acordo com a condução deVossa Excelência.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Agradecer àSra. Sandra a presença, e pedir à Secretaria que oficie à Prefeituratodo esse histórico documental e também pedir à Prefeitura que bus-que nos seus históricos, até porque a participação das autoridades éregistrada dentro dos processos administrativos de cada Secretaria,quais eram as autoridade presentes naquele evento.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Sr. Presidente, se eu pudercontribuir brevemente... Por favor. Só um minutinho, Sr. Wedson. Sócontribuir. Os autos dos processos da Fazenda, Urbanismo e doCOR-Vias, licenciamento da Rio Luiz, Rio Águas, ficam na COR-Vias,que era ligada à Secretaria de Conservação.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Ok. Peço à Se-cretaria que remeta também à Prefeitura, a pedido aqui do nosso re-lator, de todo o histórico da COR-Vias, com relação ao CT. Dandocontinuidade... Sr. Wedson, o senhor quer fazer um pronunciamento?O senhor tem que fazer a pergunta para a Presidência, e aí a Pre-sidência... Só passar o microfone, por favor.

O SR. WEDSON CÂNDIDO DE MATOS - Boa tarde. O meunome é Wedson, sou o pai do Pablo Henrique. Só gostaria de fazeruma pequena pergunta. Eu faço uma festa na minha casa, chamo di-versos convidados. Todo mundo comparece e chega na hora eu nãosei quem são os convidados que estavam na festa? Não dá para en-tender. Foi inaugurado, foi fulano, foi sicrano, foi beltrano, mas nin-guém sabe quem foi. Quem são as autoridades que foram convidadaspor ele que ele não sabe? Então, entrou na casa, fez a festa e saiu?Não pode ser desse jeito. Estamos aqui para falar o que aconteceu.É igual ao que está acontecendo aqui. Quem foi? Não sei, não lem-bro, não estava, foi fulano. Não. Não existe, gente. Existe o nome. Omeu nome é Wedson Cândido de Matos, Sara Cristina da Silva Ma-tos. Vamos pôr os nomes, vamos pôr os pingos nos ii. Já basta osofrimento que nós estamos aqui com essa rodinha de muita mentiraque está saindo aqui: “Porque fulano não sabe”, “na minha época,não lembro”, “na minha época, não vi”. E todo mundo é cego? Vocêpõe diversos garotos dentro de um contêiner, ninguém sabe quemcomprou, ninguém sabe quem autorizou. Aí o contêiner está interdi-tado, não pode entrar. Porque para nós, pais, estava interditado lá.Porque nós chegávamos no portão do CT e tínhamos que voltar paratrás. Nós não tínhamos autorização de entrar lá. Eu não sabia nemonde que o meu filho dormia. Porque um menino, com 13, 14 anos,ele está naquela flor, ele quer jogar futebol. Você acha que ele ia fa-lar: “Ah, pai, estou dormindo...”. Desculpa, viu, Pesetta. Desculpa. “Euestou dormindo numa jaula aqui.” Vocês acham que ele ia me falarisso? Gente, chegar ao Flamengo não é para qualquer um, não. OFlamengo é um time grande. Agora, só que os responsáveis têm quepôr a cara a bater: “Fui eu quem liberei, fui eu que comprei, fui euque assinei para pagar.” Mas, na hora de cobrar da gente, na hora decolocar nossos filhos numa jaula, tinha um monte. Mas tinha era ummonte, não era pouco, não. Na hora de eu chegar lá com a mala domeu filho, com a bolsinha dele, segurança punha a mão no meu pei-to: “Daqui pra fora.” Aí, aparecia muitos. Mas agora, na hora de as-sumir... É igual ele falou, que tem filho, que tem neto. Será que sefossem os filhos deles, eles iam aceitar dentro de um contêiner? Sefossem os netos deles, eles iam aceitar dentro de um contêiner? Euvou falar para vocês, francamente. Eu estou vivendo graças aos meusdois netos. Porque, infelizmente, o Flamengo abriu um buraco no meupeito, no meu coração, que eu não vou conseguir tapar nunca mais.Essa é a minha vida que eu levo. Essa é a minha vida. Agora, gente,pais, mães, não vamos mentir, não. Filho não sabe mentir, não. Eununca aceitei uma mentira do meu filho. Tinha dia que ele chegava efalava: “Pai, treinei muito mal hoje.” Eu falei: “Então, você se vira, queamanhã eu quero que você me dê uma notícia boa.” Eu cobrava deledo jeito que fui cobrado do meu pai. Eu dei a educação para ele dojeito que o meu pai me educou. Eu não sei chegar para a minha es-posa... se eu contar para ela uma mentira, ela vai ver na minha caraque é mentira minha. Então, gente, não vão tapar o sol com a pe-neira. Vamos colocar os pingos nos ii. Entendeu? Aconteceu, nós es-tamos só com a dor e com o enrolo. Cada um que vem aqui, “eu nãosei”, “eu não sabia”, “eu não vi”. Então, não adianta. Obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Dando continui-dade, Deputado Rodrigo Amorim, Deputado Jorge Felippe Neto deuuma saída. Para mim está claro que, desde a semana passada, exis-te uma obstrução clara de chegar à informação correta de quem bo-tou. Todos que são perguntados são unânimes em dizer: “Eu não sa-bia.” Então, diante disso, eu queria ouvir os engenheiros do Flamengoe também vamos passar, logo em seguida, para a NHJ. Começo peloSr. Marcelo Sá. Quem foi que aprovou aqueles contêineres serem uti-lizados para dormitórios? Existia o conhecimento da NHJ? A quem osenhor se reportava para passar tais decisões, tais informações, equem também era subordinado a cuidar da manutenção desses con-têineres?

O SR. MARCELO SÁ - Boa tarde a todos. Sr. Presidente,senhores e senhoras aqui presentes. Quero registrar meu profundosentimento para com as famílias. Sr. Presidente, só uma breve con-textualização. Eu fui contratado pelo Flamengo, pelo Diretor de Meios.Então, o Diretor de Meios, Paulo Dutra, em agosto de 2017... Antesdisso, eu havia prestado serviço técnico na obra do CT 1, que ficavalá embaixo, na obra, na construção. Quando fui entrevistado e con-tratado, me foi dito que estavam criando um cargo de Diretor Adjuntode Patrimônio, e eu seria responsável tão somente pelas grandesobras que o Flamengo viria a realizar, ao longo de 2018, que seriam,a principal delas, a obra do CT 2, que a gente chama, que é o modoprofissional, aqui mencionado. Para deixar claro, eu ficava subordina-do, primeiro, ao Diretor de Meios, Paulo Dutra, e depois Márcio Ga-rotti, conforme o Fred Luz já colocou aqui. Acima, o CEO, Fred Luz e,atualmente, o Reinaldo Belotti, e depois aos Vice-Presidentes. No ca-so, o Vice-Presidente de Patrimônio. Era, à época, o Alexandre Wro-bel e o atual, o Gilney. Ok? Então, contextualizada essa cadeia, euqueria falar também sobre as responsabilidades, que é o que está to-do mundo colocando aqui. A responsabilidade do meu Departamentocabe tão somente à execução das obras definitivas, licenciadas, apro-vadas em projeto legal e que ali constam. Todas as obras, conformedito pelo nosso Ex-Vice-Presidente, sempre estiveram licenciadas. Eisso dá para checar no sistema da Prefeitura. Não só estiveram, co-mo ainda estão licenciadas. Tanto é que, quando da interdição do CT,em fevereiro de 2019, se não me engano, até para constar, somenteas pessoas da obra podiam entrar no CT, porque ela estava devida-mente licenciada. Então, o CT foi interditado, mas as obras continua-ram. Ok?

A SRA. SANDRA NUNES - Só um aparte. A interdição dolocal, da área toda do CT, a interdição administrativa foi afixada emoutubro de 17, dia 20 de outubro de 2017. Está bom?

O SR. MARCELO SÁ - Ok. Eu estou falando pelas obras,não pela operação.

A SRA. SANDRA NUNES - Isso. E aí, o aconteceu? Foramlavrados 31 autos de infração, até o dia do sinistro, autos adminis-trativos, e, no dia 27 de fevereiro, por uma determinação da Justiça,de não permitir a entrada de adolescentes e crianças ao local, foi fei-ta uma nova afixação do mesmo edital de interdição, que já tinha sidoafixado em outubro, e foi colocado lá na guarita a Guarda Municipal,uma equipe para controlar e não permitir a entrada.

O SR. MARCELO SÁ - Ok.A SRA. SANDRA NUNES - Então, foi uma interdição efetiva

em cima de uma determinação da Justiça.O SR. MARCELO SÁ - Ok. Posso continuar?O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Pois não.O SR. MARCELO SÁ - Continuando. Eu estava falando só

das obras, tá. A minha atribuição se restringia tão somente a - sim-plificando - tapume para dentro. Tapume para dentro era comigo. Res-ponsabilidade minha.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Os contêinereseram com o senhor?

O SR. MARCELO SÁ - Não, os contêineres eram estruturasprovisórias. Mais uma vez, como eu contextualizei, participei dasobras do CT 1, como contratado, como outros tantos, e fui contratadoem agosto de 2017. De agosto de 2017 em diante, as estruturas mo-dulares NHJ foram sendo retiradas, reduzindo, até zerar, recentemen-te. Com respeito às estruturas provisórias - essas eram estruturasprovisórias, não eram definitivas, não estavam no projeto legal apro-vado na Prefeitura...

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Quem era oresponsável pelas estruturas provisórias?

O SR. MARCELO SÁ - Olha, quem fazia a gestão, pagamen-to dessas estruturas provisórias, fazia o contato com a NHJ, salvo en-gano, era o então Diretor de Administração do CT.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Ok. Mas quem,dentro do CT, era responsável? Provavelmente, o Diretor não chegavaali e via: “Olha, chegou um contêiner aqui, deixa eu entrar nele e vero que tem dentro dele.” Dentro do CT, quem era o responsável porver esses contêineres, ver o que chegou, acompanhar, de fato, o queestá sendo entregue dentro do contratado?

O SR. MARCELO SÁ - Tá. Vou responder após agosto de2017. Ok?

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Sim.

O SR. MARCELO SÁ - Nós, da engenharia, o que nós fa-zíamos? Nós fazíamos o nivelamento e executávamos as bases emconcreto. A NHJ vinha e montava tudo. Especificamente, nessa área -eu tenho imagens aqui do Google Earth - do alojamento, exatamente

ali, onde foi desmobilizado, ao final de 2017, de agosto, setembro, ou-tubro, provavelmente, foram desmobilizadas ali as academias e partedos alojamentos. Salvo engano, ali que eram os alojamentos dos an-tigos jogadores, em 2014, 10. Então, se ele precisar... Ficou um pe-daço, que era onde esses garotos estavam alojados.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Mas, então, va-mos lá. Então, só para a gente poder otimizar aqui essa sessão. Osenhor... não eram da sua responsabilidade os contêineres; não foi osenhor quem contratou...

O SR. MARCELO SÁ - Não.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Não foi o se-

nhor que era o fiscal dos contêineres...O SR. MARCELO SÁ - Não. Da operação, manutenção e

gestão...O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - O contêiner es-

tar ali ou não não faz a menor diferença para o trabalho do senhor?O SR. MARCELO SÁ - Neste caso específico, fazia. Eu pre-

cisava que eles fossem retirados para a gente executar a obra.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Está bom. Mas,

enquanto estava ali, não era sua responsabilidade?O SR. MARCELO SÁ - Eu não fazia essa gestão.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - E o senhor

acredita que o contêiner era de responsabilidade da Diretoria de Ad-ministração. É isso?

O SR. MARCELO SÁ - Como dito há pouco, não sei se foipelo Fred Luz ou pela Alexandre Wrobel, havia, há, ainda existe umaDiretoria de Administração específica para o CT, que faz toda a ges-tão, operação e manutenção.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Está bom.O SR. MARCELO SÁ - Posso continuar...O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Só para a gente

otimizar. Porque, senão, todo mundo vai querer dar um histórico enão só a gente está perdendo muito tempo, mas, realmente - vou seraté bem sincero - a gente está perdendo é a paciência com o Fla-mengo. Porque está rodando muito, e a gente quer chegar quem éque administrava os contêineres. E todo mundo que fala, ninguém ad-ministra, fica difícil. Então, se não tiver uma informação para colabo-rar, a gente prefere passar, daqui a pouco, a palavra para outro ec o n t i n u a r.

O SR. RODRIGO AMORIM - Como diz no popular, chovendono molhado.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Chovendo nomolhado. Então, o senhor quer colaborar com mais alguma coisa emrelação ao contêiner?

O SR. MARCELO SÁ - Vamos lá. Acho que acabei de falar efirmar. O Departamento de Patrimônio é tão somente responsável porobras. Manutenção, operação e gestão, Diretoria de Administração doC T.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Ok. Mas o dePatrimônio é responsável por contratar e depois repassa para o...

O SR. MARCELO SÁ - Somente obras. Obras definitivas.Só.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Entendi.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Vamos lá. Obra definitiva é,

por exemplo...O SR. MARCELO SÁ - Prédio tijolo.O SR. JORGE FELIPPE NETO - O senhor fazer o calçamen-

to desses contêineres, fazer... A instalação do ar condicionado. Quemfez o buraco do ar condicionado?

O SR. MARCELO SÁ - Já vem pronto, no módulo NHJ, salvoengano.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Quem colocou cama lá den-tro?

O SR. MARCELO SÁ - Não sei lhe precisar, mas, com cer-teza, não foi a engenharia, que só fazia as obras. Absoluta certeza.Não fomos nós. Administração.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Sim. O Diretor de Meios eo Diretor de Administração. Elucide para mim qual é a diferença dafunção de cada um deles.

O SR. MARCELO SÁ - Eu estava colocando. O meu cargo,Diretor-Adjunto de Patrimônio. É engenharia, obra.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - O senhor ficava subsidiadopelo Diretor de Meios.

O SR. MARCELO SÁ - Acima de mim, Diretor de Meios. An-tes, Paulo Dutra; depois, Márcio Garotti. Isso eu estou falando deagosto de 2017, em diante, quando eu entrei. Acima do Diretor deMeios, o CEO; acima do CEO, os Vice-Presidentes.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - E onde entra a Adminis-tração nesse cronograma?

O SR. MARCELO SÁ - A minha dúvida é... Só não vou afir-mar, porque não tenho certeza, se o Diretor de Meios... o Diretor deAdministração - perdão - está vinculado ao Diretor de Meios ou ao VPde Administração.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - O Sr. Fred pode elucidar?O SR. MARCELO SÁ - Prefiro que ele responda.O SR. FRED LUZ - Eu vou até repetir, porque eu já cheguei

a responder isso aqui. Debaixo do Diretor de Meios, tinham quatroáreas: Finanças, Patrimônio, Administração e Recursos Humanos.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Quem era essede Administração?

O SR. FRED LUZ - Marcelo Helman. Eu cheguei a citar aquitambém.

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente, perguntar ao Sr.Marcelo Sá. O senhor disse que era só responsável pelas obras de-finitivas.

O SR. MARCELO SÁ - Perfeito.O SR. RODRIGO AMORIM - E, para suprir esses contêineres

com esgoto e elétrica, era de responsabilidade do senhor?O SR. MARCELO SÁ - Também não. Inclusive, Sr. Rodrigo

Amorim, Vice-Presidente, eu, posterior ao inquérito - desculpe se eufalar alguma besteira técnica, jurídica -, eu me preocupei em fazeruma petição, que foi entregue ao Ministério Público e está lá à dis-posição para todos, com farta documentação, comprovando tudo oque eu estou aqui falando ou já disse. Ok?

O SR. JORGE FELIPPE NETO - O senhor pode nos remetercópia disso?

O SR. MARCELO SÁ - Sim. Não sei como fazê-lo, mas,sim.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Imediatamente, por quais-quer meios.

O SR. MARCELO SÁ - Ok. Pode registrar.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Sr. Marcelo,

obrigado.O SR. MARCELO SÁ - Para responder, do Rodrigo Amorim,

acho que não cheguei a finalizar a resposta. Especificamente, a liga-ção desses contêineres em questão, há nos depoimentos dos eletri-cistas e bombeiros - depoimento, Polícia, inquérito - um deles afirman-do que foi o próprio quem fez a ligação de hidráulica e esgoto, e ostrês afirmando que a ligação elétrica, quando não era feita por eles -posso estar falando algum português errado aqui - era feita por em-presa terceirizada.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Desculpe. Quem é o pró-prio?

O SR. MARCELO SÁ - Os depoentes lá, bombeiros e ele-tricistas da equipe de Administração do CT, que eram responsáveispor manutenção, pequenas ligações, coisas do gênero.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Sem supervisão da enge-nharia?

O SR. MARCELO SÁ - Não. A equipe de Patrimônio, maisuma vez, só é...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - A equipe de Patrimônionem desenhava planta, arquitetura interna, decoração de interior...

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO����� ��� �

�� ��� ����

��������� � �� ���� �� ����

O SR. MARCELO SÁ - Tudo terceirizado e contratado, comrespeito aos prédios definitivos, o prédio atual da base, prédio pro-fissional. Mais uma vez, do tapume para dentro, o senhor pode meperguntar o que o senhor quiser. Do tapume para fora, havia uma Di-retoria específica, no caso do CT, responsável por isso e por tudo oque ali acontecia. O licenciamento de obras, mais uma vez, sempreesteve em dia e ainda está. Ainda há obra para fazer lá dentro.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - O senhor foi indiciadop o r. . .

O SR. MARCELO SÁ - Fui e fiquei muito surpreso.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Por que o senhor acha que

foi indiciado?O SR. MARCELO SÁ - E impressionado.O SR. JORGE FELIPPE NETO - O que o senhor teria a di-

zer, com relação a isso, em termos de defesa, fora o que o senhor jáfalou?

O SR. MARCELO SÁ - Deputado Jorge Felippe Neto, estouadorando a oportunidade de poder estar aqui falando, porque eu es-tou há meses - desculpa - sofrendo, em paralelo às famílias, porque éuma tragédia que eu não tenho o que falar. Eu tenho filho também. Omeu pai morreu na mesma época. E foi muito pesado ver o meu no-me ali e do Pondé, nós, responsáveis pelas obras dos prédios, mo-déstia a parte, espetaculares. Não tenho o que falar, não tem umavírgula. E eu só sexta-feira passada, assistindo aqui à CPI - até agra-deço, bacana a oportunidade de as pessoas poderem falar -, só entãoeu ouvi do delegado o porquê do meu indiciamento e do dele, juntocom o do Bandeira. E vou ser sincero: ouvi e não entendi.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Nem eu.O SR. MARCELO SÁ - Graças a Deus. Porque essa opor-

tunidade que estou tendo aqui de me colocar, é o único local em queeu posso me colocar. Desculpe.

O SR. RODRIGO AMORIM - Fique à vontade.O SR. MARCELO SÁ - Porque é um absurdo. Se eu ainda

estou lá no Flamengo, se eu ainda estou aqui falando para vocês égraças a essa gestão do Flamengo, que me acolheu, como profissio-nal, modéstia à parte, competente. Tanto que, mais uma vez, do ta-pume para dentro, podem procurar, não tem uma vírgula, nada. Dis-posição de documentos, se vocês quiserem, se entrar no Sicop daPrefeitura, que é o sistema que registra digitalmente toda a história,está tudo ali. Não tem como alguém enganar alguém.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - O senhor teria sido indicia-do pelo Delegado, que foi, no mínimo, obscuro nessa declaração.

O SR. MARCELO SÁ - O que eu acredito é o seguinte. Eufui um dos primeiros a depor, e eu respondi perguntas que me foramfeitas.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Ele disse que os senhoresteriam ciência da inadequação do contêiner para o fim de alojamento.Isso em alguma forma chegou ao conhecimento de Vossa Senhoria?

O SR. MARCELO SÁ - Vamos lá. Eu vou repetir o que já foidito aqui: aqueles contêineres estão lá desde 2010. Quando assumi,em agosto de 17, vou ser sincero, estavam em fase de desmobili-zação e de deslocamento, indo de um lugar para outro. Recentemen-te, até, acho que possa falar aqui, a NHJ apresentou lá toda a do-cumentação que a gente pediu, de bombeiro etc., aprovação do bom-beiro lá de um módulo que existe, e, aparentemente, o bombeiro estáanalisando, acho que está nessa fase... Tudo ok, tá? Eu não possoresponder sobre essa migração... quem decidiu... Quem decidiu botaros meninos dormindo em módulos habitacionais? Foi muito anterior àminha entrada, muito.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Quem o senhor acha...O SR. MARCELO SÁ - Não sei.O SR. JORGE FELIPPE NETO - ...seria o responsável...O SR. MARCELO SÁ - Não faço...O SR. JORGE FELIPPE NETO - ...estatutário para isso?O SR. MARCELO SÁ - Prefiro nem responder porque...O SR. JORGE FELIPPE NETO - Seria a Administração?O SR. MARCELO SÁ - ...eu não tenho tanto conhecimento

da questão de organograma e Estatuto quanto, no caso, o Fred tem.Talvez pudesse, desculpa, perguntar a ele.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Existe algum funcionário noFlamengo com mais tempo de casa que pudesse responder a essapergunta?

O SR. MARCELO SÁ - Atualmente? Funcionário atual?O SR. JORGE FELIPPE NETO - Alguém que o senhor possa

i n d i c a r.O SR. MARCELO SÁ - Não sei se o ex-CEO podia respon-

der de algo à época...O SR. JORGE FELIPPE NETO - Não, esse CEO acho que

não quis responder. Estou falando...O SR. FRED LUZ - Não, não é questão de não querer res-

ponder, é questão de não ter a informação para passar.(Falas paralelas)O SR. FRED LUZ - Eu vou endereçar a você.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, ele não tem a in-

formação para passar.O SR. FRED LUZ- Espera aí... Desculpa. Posso completar?O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Pois não.O SR. FRED LUZ - Eu falei aqui. O Diretor do Futebol de

Base na época era o Sr. Carlos Noval, que respondia pelo futebol, eo Diretor de Meios, que tinha todas as áreas debaixo dele, era o Pau-lo Dutra, e depois o Márcio Garotti. Eu não sei quando foram feitosexatamente esses remanejamentos. Então, um demandava e o outro,através da sua estrutura, atendia. Então, eu acho que chegando aívai se esclarecer muito bem, porque a demanda sempre veio do fu-tebol. Então, o futebol administrava aquilo ali. Aquilo ali era um casoreal, os garotos... Eu falei, não é que eu não tivesse conhecimento,como o Wrobel também falou, que essas crianças estivessem habi-tando esses módulos. Elas estavam.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Não, o senhor disse...O SR. FRED LUZ - O ponto não é esse. O ponto é quem...O SR. JORGE FELIPPE NETO - E não é bate-boca. Olha

só, o senhor disse que não sabe quem deu a ordem ou quem emitiua ordem de alojar os meninos ali. Então, eu estou perguntando ao Sr.Marcelo se ele porventura sabe de algum funcionário que pudesse in-dicar, pelo menos, o lapso temporal em que isso ocorreu, alguma ou-tra informação que ajude essa Comissão.

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente e Sr. Deputado,repito, a gestão Bandeira de Melo, a gestão Fred Luz, é o modeloLula de gestão: “não sei, não conheço e nunca vi”. Repito, estamoshá três horas chovendo no molhado e já constatamos o fato impor-tante e nada vai andar.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Por favor, Sr.Marcelo.

O SR. MARCELO SÁ- Posso falar? A pergunta, então, do Sr.Jorge Felippe, se eu poderia indicar alguém, eu acho que alguém...Talvez quem esteja lá desde o início, muito mais tempo, seja o Ex-Diretor, o atual Diretor da Base Carlos Noval que, no seu depoimento,falou o histórico. No depoimento dele consta o histórico dessas tran-sições do CT. Estou lembrando aqui agora, basta ler o depoimentodele.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - É porque o consta... Nãochegou a cópia do inquérito criminal para essa Comissão. Então, agente também está de mãos atadas com relação a esse depoimento.

O SR. MARCELO SÁ - E até para complementar - não seinem se vou falar demais - há um bloco ainda em execução lá no CThoje, por acaso, também módulos, que foram discutidas as plantas,está dentro do projeto legal, está dentro do projeto do bombeiro, estátudo direitinho. Só para ficar registrado.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Dou por satisfeito.O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente, uma questão de

ordem, gostaria de acostar a essa Comissão ao que foi alegado pormim anteriormente a fotografia no canal oficial de divulgação do Fla-mengo de autoridades da Prefeitura do Rio, aqui mais especificamen-te a Sra. Patrícia Amorim, Secretária de Esportes do Município do Riode Janeiro, presente, inaugurando algo que estava interditado pelaprópria instituição que ela representa. Então para acostar aos docu-mentos dessa Comissão.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Eu vou inclusivepedir que a Secretaria faça requisição ao Flamengo - provavelmentedeve ter um setor de cerimonial - para saber quem estava presentenaquela inauguração. Queria agradecer ao Sr. Marcelo por tudo o quefoi declarado aqui. Vou, prosseguindo, vou passar para a Light, por-que eles pediram, diante de um compromisso, e é importante ter umentendimento aqui. Quem está presente da Light são a Sra. AndréaBastos, Luiz Carlos Menezes, Rafael Torres e Daniel Negreiros. Euvou fazer a pergunta, e vocês decidem quem está mais apropriado afalar. A gente tem relatos que naquela semana houve diversos pro-blemas de transmissão oriundo da Light. Inclusive, no dia da fatali-dade, há relatos de picos de energia, inclusive também relatos em ho-téis próximos que aconteceram ações similares, inclusive aparelhoseletroeletrônicos, eletrodomésticos, vindo a ter ali os seus problemasdiagnosticados, tendo que trocar e tudo o mais. Também temos ciên-cia que o próprio Clube de Regatas Flamengo solicitou à Light umesclarecimento sobre o ocorrido naquela região e que a Light foiomissa em prestar esse esclarecimento. Assim como temos relato daprópria Polícia Judiciária, a Polícia Civil, sobre a mesma questão deomissão de informações. Gostaria, por favor, de pedir à Light que sepronunciasse com relação àquela semana e propriamente àquele diae o porquê não respondeu os ofícios, em especial do próprio Clubede Regatas Flamengo, que era um dos interessados.

O SR. DANIEL NEGREIROS - Boa tarde a todos. O meu no-me é Daniel Negreiros, sou Superintendente da Light. Queria saudaros deputados membros da CPI, o Alexandre, Rodrigo Amorim, FelippeNeto. A Light, como sempre, está presente. Aliás, em todos os mo-mentos estamos presentes aqui quando demandados. Isso mostrarealmente o nosso compromisso com a sociedade, com a governa-bilidade, com a municipalidade, principalmente com a parceria que agente monta com essa Casa sempre que somos demandados. E to-das as informações que nos são dadas pelas demais instituições pú-blicas nós prestamos, até porque temos o dever, somos a única con-cessionária de serviço público aqui na Região Metropolitana do Rio deJaneiro. E, com relação aos eventos que aconteceram, que antece-deram à fatalidade, a Light categoricamente... Aí não são ilações, sãoregistros que estão nos nossos equipamentos que medem as gran-dezas elétricas. Não houve nenhum tipo de registro de oscilações ouperturbações, seja na noite que antecedeu a tragédia, seja na ma-drugada que antecede a tragédia. Então, a Light afirma categorica-mente, sem sombras de dúvidas, mais uma vez, pautados nos seusregistros, equipamentos, que são de última geração, que contêm to-das essas informações, não há registro de nenhum tipo de perturba-ção. Esse circuito atende 6.350 consumidores. Não há nenhum pe-dido, nenhum pedido durante essa semana ou nas semanas que sesucederam de equipamentos queimados na região. Então, assim, maisuma vez, só corrobora com que os nossos registradores, os nossosrelés, os nossos acumuladores de informações nos comprovaram so-bre o assunto. Então, assim, o que a Light tem a falar é o que real-mente está registrado nas nossas instalações. Com relação à infor-mação, prestação de informações, eu vou passar a palavra para o Dr.Tiago Câmara, que é nosso representante jurídico que acompanhoude perto isso...

O SR. TIAGO CÂMARA - Boa tarde, senhores. Sr. Presiden-te, a minha contribuição é simples aqui, apenas para dizer que fomosoficiados pela Delegacia para prestar informações. No caso do ofíciodatado de 14 de fevereiro de 2019, ele pedia: “enviar com a máximaurgência o gráfico de oscilografia do CT Jorge Helal, Ninho do Urubu,situado à Estrada dos Bandeirantes, 25.997, no período compreendidoàs 5h do dia 7/2/2019 até as 6h do dia 8/2”. Respondemos a esseofício dia 20, pelo menos a petição está no dia 20 de março. A ins-petora Luciete Gomes recebe dia 21/3/2019, prestando os esclareci-mentos aqui. Isso está no documento público do inquérito, que ba-sicamente diz que não há como apresentar o gráfico de oscilografiasolicitado por Vossa Senhoria, seja porque referida função não integraos requisitos técnicos mínimos para o sistema de medição previsto noitem 3 da seção 5.2 no módulo 5 do Progis. Essa parte técnica, essedetalhamento, a gente pode ver com os nossos engenheiros aqui queé parte do equipamento lá do CT. Então, essa informação foi prestadapara a Delegacia de Polícia e no Ministério Público especificamente;na Promotoria de Tutela Coletiva, nós tivemos dois ofícios, ambosrespondidos, também dentro do prazo regular. Que basicamente vaitraçar um pouco da história de engenharia que aconteceu naquele pe-ríodo. Como o Daniel disse, nós temos aqui as informações do dia ea cada minuto inclusive, a cada grupo de cinco minutos especifica-mente dos nossos equipamentos.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Houve interrupção, os ní-veis de DEC/FEC estão adequados?

O SR. TIAGO CÂMARA - Gente, tem sobre DEC/FEC na re-gião?

O SR DANIEL NEGREIROS - Pode repetir a pergunta, De-putado?

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Vamos ser mais simples.Houve algum - vamos chamar - pico de energia elétrica ou algumainterrupção que possa ter emitido uma sobrecarga no aparelho de arcondicionado?

O SR. DANIEL NEGREIROS - Na madrugada que antece-deu, na noite que antecedeu, no momento da tragédia, não houve ne-nhum pico registrado nos nossos acumuladores, nas nossas instala-ções. Nenhum.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Nem alguma alteração defrequência, seja o FEC ou o... DEC/FEC?

O SR. DANIEL NEGREIROS - Nenhum imprevisto que en-volva o Ninho do Urubu na noite anterior, na madrugada e na hora daocorrência.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Nenhum é impossível. Al-gum nível de oscilação existe na rede de vocês. Vocês têm os níveisdaquela data?

O SR. DANIEL NEGREIROS - Temos todos os gráficos e to-dos os níveis para colocar. Não houve nenhuma transgressão. O queacontece, a rede de corrente alternada é senoidal; então, por si sóela já fez uma variação. Isso é simples. Então, quando a gente falanenhuma, é que está dentro dos limites detectados pela Agência Na-cional de Energia Elétrica. Não houve nenhum pico que possa causarqualquer tipo de dano à instalação elétrica.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Aí tranquilidade pessoal mi-nha de dizer que esses níveis são absolutamente intoleráveis. Aí éuma opinião minha com relação à agência, que ela é extremamenteleniente. Você pode dar para a gente essa documentação?

O SR. DANIEL NEGREIROS - Claro.O SR. JORGE FELIPPE NETO - E se essa vistoria, essa pe-

rícia foi da própria da empresa ou houve algum tipo de perícia ex-terna que você saiba, seja da Polícia Civil, seja de algum auditor in-dependente?

O SR. DANIEL NEGREIROS - Com relação às informações,uma vez oficiado, prestaremos, como sempre fizemos, qualquer tipode informação a esta Casa. Com relação à perícia eu vou devolver...

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Só para acres-centar também, os senhores tiveram ciência do pedido do Flamengocom relação à documentação relativa a todos aqueles possíveis picosou incidentes na rede elétrica naquele dia?

O SR. TIAGO CÂMARA - Veja, Presidente, vou tentar res-ponder à sua pergunta da seguinte forma: em 2018, nós fizemos umafiscalização de rotina nos nossos clientes. Dentre eles, o CT lá doNinho do Urubu, e foi verificado que existia uma não conformidade.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Qual não con-formidade?

O SR. TIAGO CÂMARA - Aí eu preciso que o pessoal daengenharia detalhe isso.

O SR. RAFAEL TORRES - Boa tarde a todos. Foi constatadoum aumento de carga à revelia e a instalação de um gerador tambémà revelia. Quando a gente fala “à revelia”, significa que toda a do-cumentação técnica de qualquer mudança elétrica na instalação dasubestação tem que ser submetida à Light para aprovação. Nesse ca-so não foi, e praticaram isso sem conhecimento da Light.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Quem “praticaram”? Quempraticou?

O SR. RAFAEL TORRES - O representante técnico do CT doFlamengo.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Então tinha umg e r a d o r. . .

O SR. RAFAEL TORRES - Só um minuto. Desculpa, Sr. Pre-sidente.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Pois não.O SR. RAFAEL TORRES - Só para esclarecimento, toda ins-

talação de MT exige por regulamentação que seja... tenha um repre-sentante técnico que possua RT e que possua a devida autorização.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Inclusive da própria prefei-tura através do GEN. Vocês sabem se isso foi...

O SR. RAFAEL TORRES - Então, essa área não nos com-pete; o que compete é cobrar o representante técnico que vai avaliara instalação. A gente vê a parte elétrica.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - O senhor pode indicarquem era o representante técnico, o responsável técnico dessa...

O SR. RAFAEL TORRES - No momento, de cabeça, não,mas tem a documentação. Toda apresentação de documentação re-cebe um formulário que, no nosso jargão, é um CTC ou um CTS,depende do tipo de instalação. E ali o representante técnico tem queassinar e apresentar a RT comprovando que ele tem qualificação téc-nica.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - A Light sempre contribuiucom essa Casa, enfim, isso é, enfim, um absoluto fato. Agora, há ne-cessidade de oficiar? A gente não está requerendo formalmente, bas-ta vocês se comprometerem com a entrega dos documentos...

O SR. RAFAEL TORRES - Podemos.O SR. JORGE FELIPPE NETO - ...citados aqui nessa au-

diência...O SR. RAFAEL TORRES - Ok. Perfeitamente. A gente reme-

te para os senhores.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Só um minuti-

nho. Qual foi a data que foi feita essa vistoria no Flamengo e foi vistaessas não conformidades?

O SR. RAFAEL TORRES - A vistoria foi feita em 13/6/2018...Perdão, 12/6/2018. A gente enviou... No processo, quando a genteconstata uma deficiência técnica que não é emergencial, a gente temum procedimento para dar um prazo para regularização.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Está bom. E is-so era um gerador...

O SR. - Gerador e aumento de carga à revelia. Ou seja,mais transformatação do que foi dada entrada no início.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Isso pode ter gerado umacúmulo de carga na fiação e na hora da... que ligou o equipamento,aquilo ter forçado o equipamento internamente com excesso de cargajustamente por esse... enfim, você entende de elétrica mais do queeu.

O SR. RAFAEL TORRES - Entendi. Ok. A parte interna dainstalação não é responsabilidade da concessionária.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Sim, sim. Com a sua pe-rícia enquanto técnico em eletricidade, em elétrica, enfim, a utilizaçãodesse gerador, o aumento dessa carga à revelia da concessionáriapode ter gerado neste equipamento de ar condicionado um excessode carga ao ponto de gerar, não sei, a quebra do disjuntor, enfim...

O SR. RAFAEL TORRES - Deixa eu tentar explicar como éque funciona: tem a fonte e tem a carga. Para a Light, poderia geraralgum dano na rede dela. Para a instalação interna, ela passa a serfonte, o transformador é fonte. Então, não geraria sobrecarga na ins-talação interna, mas para as redes da Light poderia. A fonte alimentauma carga, perfeito? O transformador do cliente para a gente é a car-ga. A carga interna do cliente eu desconheço, e o transformador pas-sa a ser a fonte para ele. Então, eu não posso dizer se teria sobre-carga na rede. Depende do que ele ligou na ponta. Então, um exem-plo, só para dar esclarecimento...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Exatamente, dependendodo que ligou na ponta e dependendo da capacidade do transformadoré potencialmente um caso desse aumento de carga à revelia ter ge-rado esse problema todo?

O SR. RAFAEL TORRES - Não, o aumento de carga não.Depende do que ele instala na ponta. Exemplo: se você tiver umatomada e botar um monte de benjamin e ligar um monte de aparelho,aí isso sim pode dar sobrecarga na instalação do cliente. Ao fato dotransformador, se ele não está adequado para atender aquela carga,o transformador pode ser prejudicado, e a não carga. Deu para en-tender? O transformador para o cliente, ele é fonte. Então, só com-plementando aqui as datas, a gente notificou o Flamengo oficialmenteem 18/6, a primeira notificação; em 24/7 a gente fez a segunda no-tificação; e em 20/9 o CT nos chamou para fazer inspeção, comis-sionamento da proteção e foi dada como adequada.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - 20/9/18?O SR. RAFAEL TORRES - 20/9/2018. Então, em 20/9/2018 a

gente atestou que a subestação, não a parte interna, a subestaçãoaté o ponto de entrega estava adequado para ser energizado.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Ok.O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente, tenho um ques-

tionamento se a empresa consegue identificar quando o Flamengo ouqualquer outro consumidor entra com o gerador próprio e não mais aenergia transmitida pela empresa.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - E só, mais umavez, reafirmando que, aliás, fazer novamente o questionamento: porque a Light não respondeu ao Flamengo quando o Flamengo fez opedido dos laudos técnicos, enfim, com relação àquele dia que acon-teceu o acidente?

O SR. RAFAEL TORRES - Com relação à primeira perguntado Sr. Deputado, não, não temos como saber. Porque, por proteção,para não haver risco na rede, quando se liga o gerador, se ilha acarga, porque, senão, poderia ter algum problema na nossa rede. En-tão, a gente não tem condição de perceber se ligou o gerador ounão. Com relação à resposta ao Flamengo, vou passar para o Tiagoaqui.

O SR. TIAGO CÂMARA - Desconhecemos. Nesse exato mo-mento, desconhecemos esse pedido. E mesmo uma não resposta daLight. Nesse exato momento o que nós temos, que é o relato dosnossos engenheiros, nossos representantes, levando em consideraçãoa partir de junho de 2018 os eventos de aumento de carga à revelia,a tomada de decisão sobre a notificação do Flamengo, passa-se, en-tão, esse período onde o Flamengo faz a sua melhoria, a sua regu-larização sobre esse aumento de carga, voltamos, identificamos se aspendências são sanadas ou se não são sanadas. Uma vez vista aliberação, o cumprimento desse exercício todo, a gente libera aquelapendência, digamos assim. A partir deste momento em diante, não te-mos, não temos pedidos ou solicitação ou nota para o serviço de au-mento de carga para o ano de 2019. E respondendo diretamente, Sr.Presidente, eu desconheço, neste momento, pela documentação queeu tenho, que há um pedido neste sentido, ou mesmo uma não res-posta da empresa.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - A senhora querfazer uma pergunta? Passa o microfone para ela, por favor.

A SRA. - Queria fazer uma pergunta para o representante daLight.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Não, não. Apergunta para a Presidência.

A SRA. - Só para que a gente possa entender, até porque ospais estão questionando aqui. Popularmente, o que ele diz era um“gato”, pela linguagem popular, porque os pais não estão entendendo.Esse gerador, esta fiação não autorizada seria o que a gente conhecepopularmente como “gato”?

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Doutora, vou in-deferir a pergunta porque, primeiro que o representante da Light dei-xou claro que não é um “gato”, é uma...

A SRA. - Então, era essa a pergunta.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - É um gerador...A SRA. - Não autorizado. É isso?O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Na verdade, o

que eu entendi - depois o senhor vai poder contribuir comigo. O ge-rador, quando se coloca, precisa passar para a Light. Só que o ge-rador foi posto no dia 12/6 e foi regularizado no dia 20/9/18.

A SRA. - A gente entendeu isso. Nós só queremos saber sedurante esse período é o considerado...

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO

��� ����� � ��� � � �� �� ��

����������� � � � �� �� �� �� ���

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Que não foi natragédia. Então, é até irrelevante essa informação aqui. Porque, se ti-nha uma irregularidade no dia 12/8, e foi solucionado no dia 20/9, e oacidente foi em 8 de fevereiro de 2019, não faz a menor diferença.Então, por isso é que eu indeferi...

A SRA. - Não, é que não faz diferença... Ele disse o seguin-te: que ele fiscalizou da porta para fora, e que não da porta para den-tro.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Mas a funçãoda empresa...

A SRA. - Sim, era essa a minha segunda pergunta, se po-deria voltar, esse gerador poderia continuar funcionando sem que elestivessem conhecimento, porque não havia uma fiscalização da portapara dentro. É essa a minha pergunta.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Sim, entendo.Só que, mais uma vez, não cabe à Light essa resposta, porque aLight é do portão para fora. O que ela precisa ser avisada é se existealguma modificação para poder receber a carga. Não é isso?

O SR. RAFAEL TORRES - Perfeitamente, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Então, foi dito

que não teve essa notificação. A Light notificou o Flamengo, e o Fla-mengo corrigiu isso no dia 20/9.

O SR. RAFAEL TORRES - Exato.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - ...de 2018.O SR. RAFAEL TORRES - Em tese, pode até ter tido alguma

transgressão da porta para dentro...A SRA. - Era isso o que eu queria saber.O SR. RAFAEL TORRES - ...que não compete, não compete

à concessionária.A SRA. - Eu sei que não compete. Eu queria saber se eles

saberiam, ou não. Era essa a pergunta.O SR. RAFAEL TORRES - E, no que diz respeito especifi-

camente ao termo “gato”, “gato”, popularmente, é aquela ligação clan-destina com furto de energia, que não é o caso.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Que não é oque ocorria, correto?

O SR. RAFAEL TORRES - Correto. Definitivamente não erao caso.

A SRA. - Ok, está explicado. A minha segunda pergunta éque, na semana passada, o Sr. Belotti informou aqui que eles tiverama informação da Light que naquele dia tiveram picos de energia. Euqueria saber dele quem passou essa informação para ele ter trazidoessa informação para a CPI.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Eu vou deferir apergunta da senhora, porque realmente a gente teve a informação, in-clusive também temos a informação do pedido do Flamengo questio-nando a Light. Então, vou passar para o Flamengo só para poderacrescentar. Por favor.

O SR. - Boa tarde a todos. Só o fato de o Flamengo ter queinstalar lá um gerador, já fica claro, não foi na minha gestão, mas jáfica claro que ele precisava de mais confiabilidade no fornecimento deenergia elétrica. Se assim não fosse, não instalaria. Porque um ge-rador é caro, demanda diesel, tem manutenção, etc.

O SR. RODRIGO AMORIM - Mas, muitas vezes, serve paraeconomizar também a fatura.

O SR. - Dependendo, sim. Mas não a diesel, a diesel, não. Eno caso do Flamengo era diesel.

O SR. RODRIGO AMORIM - O que é legítimo.O SR. - No dia do acidente, e aí foi o motivo que nós fi-

zemos dois e-mails para a Light, não foi só um, nós fizemos um, nãoobtivemos resposta, fizemos outro, e isso eu posso disponibilizar paraquem quiser. E nós só paramos de perguntar quando nós soubemos,através do nosso advogado, que a Polícia Civil tinha feito perguntasemelhante. Então, achando que, como autoridade superior já estavaperguntando, não cabia mais a gente perguntar. Até hoje não tivemosa resposta. E o que nos motivou a pedir, mandar esse e-mail para aLight? Foram os diversos relatos de picos de energia imediatamenteantes da tragédia. E não estou falando de um, dois. O CT estavacheio de gente, tinha muita gente no CT que relatou isso. Tem osvizinhos em volta que relataram isso; tem uma estação de TV na re-gião, que eu não me lembro de qual, que relatou isso. E só um dadoa mais: falta regularmente energia no CT, regularmente. Essa semana,uma ou duas vezes já caiu; semana passada mais de cinco. Na apre-sentação de um dos nossos jogadores recentemente. E isso pode serverificado nas transmissões. Faltou energia no meio, no meio.

O SR. RODRIGO AMORIM - O fornecimento de energia na-quela região é de péssima qualidade, cá entre nós.

O SR. - Quando eu vi, eu vi a árvore caída em cima da linhade distribuição da Light - eu vi - no dia da tragédia. Ninguém me con-tou, isso não foi relato, isso eu vi. Quanto à falta de energia nessedia, se isso foi fator preponderante, ou não, no acidente, eu não pos-so garantir. Agora, que faltou energia várias vezes, a partir do dia 6,os relatos que nós temos é que sim, faltou. Não foi uma, nem duas,nem três. Foram várias vezes.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - A gente precisa,porque essa constatação, se é que venha a ser feita, que houve pi-cos, é muito importante porque a gente sabe que pico de energiacausa problemas nos eletrodomésticos. Porém, a gente precisa de fa-tos, ou materiais ou testemunhais. Então, a gente precisa que essaspessoas que de fato testemunharam isso venham e se coloquem àdisposição para falar: “Olha, eu presenciei tal situação.” Porque isso éde suma importância. A Light alega, diante dos seus acompanhamen-tos técnicos, que não houve nenhum incidente com relação, apesarde naquele dia ter tido uma tempestade, se eu não me engano, noRio de Janeiro, e sabemos que as vias naquela região são vivas aé-reas. Em vias aéreas é normal, em uma tempestade, ter queda deenergia e tudo o mais. Então, é importante a gente conseguir essasprovas testemunhais porque de fato a gente precisa chegar comoacontece esse incidente no ar-condicionado. E, se me permitem, euvou passar a palavra para o técnico de... Pois não.

O SR. - Nos depoimentos que foram dados à Polícia Civil,tem mais de um depoimento que relata isso.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Vou passar parao técnico de refrigeração, Sr. Edson. Sr. Edson, boa tarde. Era o se-nhor que cuidava da manutenção dos ar-condicionados? O senhorcuidava da manutenção dos ar-condicionado do Flamengo. Como éque eram essas manutenções? Nós temos a informação que dias an-teriores teve outro ar-condicionado que teve problema, que chegou asair fumaça. Depois foi feita uma revisão geral, não foi feita? Comose sucedeu ali o trabalho do senhor?

O SR. EDSON COLMAN DA SILVA - Boa tarde a todos, aosdirigentes, aos pais. Como aqui foi falado, eu também tenho filho daidade de vocês, e é uma dor. A gente não consegue imaginar. Agora,vou tentar responder ao senhor dentro da minha simplicidade. Eu tra-balho no Clube de Regatas do Flamengo prestando serviços há maisde 27 anos ininterruptos. Durante esses 27 anos eu construí a minhafamília em cima desse trabalho, em cima de me esforçar para fazersempre o melhor possível dentro das limitações humanas, mas fazercom amor à instituição, com amor às pessoas que ali trabalham, edurante esses 27 anos e dois, três meses, talvez, nunca tivemos pro-blema nenhum, com nenhum equipamento eletrônico, que seja de re-levância... Claro, se dá um defeito, troca dessa forma, mas nada quefosse nem um milésimo proporcional ao que houve lá. A nossa ma-nutenção segue de acordo com o contrato que a gente na época ti-nha em vigor com o Clube do Flamengo. A manutenção é feita... Temalguns tipos de manutenções, né? A manutenção tem alguns nomesdiferentes, a manutenção preventiva, que você faz a visita, limpa filtro,máscara, vê como está o comportamento do ar-condicionado, checaaté com as pessoas se apresentou alguma dificuldade, se está ge-lando bem, se não está; além de, claro, se tiver algum problema, elesrelatam a nós, relatam à direção, o seu gerente, ou à pessoa res-ponsável, eles relatam a nós, ou até pessoalmente por telefone. Pos-so continuar?

O SR. - Pois não. Pois não. Desculpa.O SR. EDSON COLMAN DA SILVA - Das partes aparentes,

filtro, máscara, espuma e outras possíveis anomalias visuais. Tem amanutenção corretiva, que você, a pedido ou através da manutenção,você vê se precisa tirar o aparelho, levar para oficina para desmontar,

para lavar com produto adequado, segundo as normas, e fazer a ma-nutenção consertiva. Se tiver um defeito, você vai lá e soluciona oproblema, ou troca o que for necessário, ou condena o aparelho, den-tro do que for.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Sr. Edson, sópara a gente poder seguir, porque a gente já está muito tempo aqui.Como é que se deu o tema da manutenção desse ar-condicionadopropriamente dito, que veio a ter o problema, e anteriormente teve ou-tro. Como foi feito do primeiro a esse segundo? Teve um ciclo de ma-nutenção? Como foi feito?

O SR. EDSON COLMAN DA SILVA - Tá. Um pouquinho an-tes de acabarem as férias, a menina responsável lá, eu não saberiadizer o nome dela, procurei aqui no celular, mas está sem a internet,mas eu poderia... Está no meu depoimento junto ao delegado, o no-me dela. Ela disse: “Seu Edson, os meninos... está para acabarem asférias, vem dar uma revisada, tirar a poeira.” Normal, manutenção pre-ventiva. Fomos lá no início... foi em janeiro?

O SR. - Fevereiro.O SR. EDSON COLMAN DA SILVA - Fevereiro, no início do

mês para fazer a manutenção não só lá no contêiner, não só lá nessealojamento, mas fazer uma revisão no refeitório, fazer a revisão parapreparar ali tudo bonitinho, ficar isento das poeiras lá; na antiga casatambém que tinham lá alguns aparelhos, dormitório também. Fizemostudo dentro de uma normalidade, até dentro da contratual, e fizemosno local essa manutenção, que não é a retirada do aparelho, é lim-peza de partes aparentes. E, conforme a gente ainda tinha lá uns cin-co dias antes de iniciar as atividades do CT, com a volta dos meninosde férias, eu falei para mim: “Vou levar o meu carro, carro de pas-seio, vou tirar dois ares-condicionados e vou levar para fazer manu-tenção, revisão lá, ficar mais limpo, mais bonitinho.” Desculpa a es-pontaneidade, as frases bonitinhas, essa coisa, tá? E entregamos,dois, três dias depois. Foi o tempo de vim para a Gávea, fazer lá naoficina que tem lá com toda a assistência que é necessária. E re-tornamos para colocar lá o ar-condicionado. E viemos embora. E dei-xei lá tudo funcionando. Está aqui uma coisa que a gente citou, masnão é... é que as vezes a gente chega lá, tá lá, aí, está demorando,aí a gente almoça lá, nunca tivemos problema. Se tiver um lanche, agente lancha também. O ar está ligado, a gente sempre teve um bomrelacionamento com todos os funcionários ali dentro do vaivém. Se eunão precisar a data, não me tenha como... Acho que dois dias depoisme ligam, acho que foi depois da chuva. A gente entregou o ar-con-dicionado, beleza. Passou lá dois dias, acho que, depois da chuva, amenina me ligou dizendo que tinha tido um problema em um dosares-condicionados. Até o momento ela não tinha citado qual foi, tinhatido um problema no ar-condicionado, que é essa... Eu vi lá, eu ouvidizer, através dela, que tinha visto uma faísca, alguém do lado de fo-ra tinha visto uma faísca no interior do ar-condicionado. E que elestinham tirado o ar-condicionado, desligou lá as chaves, botou o ar-condicionado lá numa mesa, num lugar fora do contêiner. Eu, che-gando lá, tirei o ar da caixa, da gaveta. Quando se tira esse modelode ar-condicionado, ele vem todo fechado. Puxei de dentro da gavetae constatei o que tinha saído essa faísca, que é: na parte do ven-tilador do ar-condicionado existem conexões, existe capacitor, existe ocomando, igual a um ar-condicionado comum de casa, não é de con-trole remoto, vai lá, o botãozinho e tal. Internamente o cliente, a pes-soa de casa não sabe, mas a gente vê lá, e existem conexões dentrodele, que até no meu depoimento, isso está nos autos com o De-legado. Eu não sei se...

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - A gente precisaevoluir. Quando o senhor tirou, o que o senhor encontrou de anomaliapara ser o causador daquele incidente?

O SR. EDSON COLMAN DA SILVA - Encontrei nessa cone-xão que vem de fábrica, que até no depoimento, não sei se fui eu, sefoi a advogada, ou o delegado, a gente procurando a melhor palavra,aquilo é um facilitador para ter acesso ao ventilador. Você pode tirar oventilador sem precisar desmontar totalmente o ar-condicionado.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Tá. Mas, aí, oque o senhor encontrou de anomalia?

O SR. EDSON COLMAN DA SILVA - Eu encontrei, nessa co-nexão havia... Justamente a faísca saiu dali, uma ou sobrecarga, oualguma coisa que você... É que eu não trouxe aqui, mas eu poderiatrazer até uma peça, procurar, é como se fosse uma tomada. Vocêpluga uma na outra, não tem como ter assim um mau contato porqueela tem travas. Só colocar. Ah, colocou e não ligou, não plugou, nãovai funcionar o ar porque não vai dar corrente, não vai conseguir darcorrente para o ventilador. Então, você pluga, ela tem os seus en-caixezinhos e funciona na sua totalidade, e são internos.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Aí o senhor de-tectou que nesse conector?

O SR. EDSON COLMAN DA SILVA - Nesse lugar, foi nessa,foi isso que foi o motivo de eles terem me ligado para ir lá. O que foique eu fiz? Consertei. Eu cortei a conexão fora, que ela era só umfacilitador, é só um ajudador para ter acesso, fiz a emenda

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Fez uma ligaçãodireta.

O SR. EDSON COLMAN DA SILVA - Que aquilo ali não énada de defesa,

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Não, tudo bem.O SR. EDSON COLMAN DA SILVA - Isso, fiz a ligação lá.

No termo técnico, você... são lá quatro fios na conexão, e isso sem-pre fiz, e posso lhe mostrar mais um ou dois ares lá do CT, você faza conexão individual, cor com cor, que é para nem ter erro, você faza conexão, isola e não há como você juntar tudo e passar a fita epronto. Você isola eles, e deixa eles como estava lá no conector,afastado um cabo do outro.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - E depois desseincidente desse ar-condicionado, que foi um ar-condicionado diferentedo que aconteceu o problema.

O SR. EDSON COLMAN DA SILVA - A mesma qualidade dear, a mesma marca.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - bem, mas va-mos lá. Aconteceu esse incidente, o senhor fez a correção normalali...

O SR. EDSON COLMAN DA SILVA - Normal, não foi inci-dente de fogo, não foi incidente de nada.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Tudo bem, masa minha pergunta é que depois disso o senhor chegou a fazer umarevisão em todos os outros que estavam lá, ou só corrigiu esse epronto?

O SR. EDSON COLMAN DA SILVA - Não. Até no nosso de-poimento, inclusive numa nota que eu vi pela internet do Flamengo, ena nota também que eu vi, claro, a gente lê os outros autos, os ou-tros depoimentos, da própria menina, constatando que a gente foi fei-to. Inclusive, o monitor também do dia lá da manhã, comigo. Não seise o monitor da noite é o mesmo. Que a gente reviu aquele ali, con-sertamos, tiramos o ar que estava no local, repomos para o seu local,e esse consertado a gente colocou no local. Nós religamos todos osaparelhos, os seis do container.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Foi feita revisãonos outros?

O SR. EDSON COLMAN DA SILVA - Fomos na casa, aondecolocamos o ar, ligamos todos novamente. Se eu falar agora que eufui no refeitório, é porque o refeitório estava ...

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Não, tudo bem,Sr. Edson,

O SR. EDSON COLMAN DA SILVA - E ficamos lá para maisde três horas, entre conserto, entre ligar, entre fazer o lanche...

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Tudo bem, mas,chegou a fazer revisão nos outros, inclusive naquele que veio a ser oponto principal do incêndio?

O SR. EDSON COLMAN DA SILVA - Todos os ar-condicio-nados já tinham sido com a manutenção preventiva feita alguns diasantes, que era para funcionamento e limpeza. Então, a gente, a me-dida que vai botando a máscara, botando filtro, a gente liga eles e vaipara o outro, vai ficando ligado. E, após o meu retorno lá para esseconserto lá desse conector, nós deixamos todos eles ligados nova-mente. A menina, ela não ficou acompanhando, mas provavelmentese interagiu com o monitor, e o laudo também, a nota do Flamengo

nos dias depois confirmando, através lá dos testemunhos do pessoal,de que nós religamos os ar-condicionados, constatamos a sua nor-malidade e o princípio do que houve no primeiro é independente defalta de luz, falta de... é um defeito que se dá, elétrico.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Eu entendi, Sr.Edson, mais ou menos. O Deputado Rodrigo Amorim, o senhor querfazer alguma pergunta para o Sr. Edson? Sr. Edson, com todo o res-peito, eu entendi, mas a gente está muito redundante nessa história.Eu já entendi que o senhor recebeu o comunicado de um incidentede um, foi lá, fez o reparo, e o outro o senhor não tinha a menorciência do que poderia acontecer. Não é isso?

O SR. EDSON COLMAN DA SILVA - A gente fez a manu-tenção normal.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Estava com amanutenção em dia.

O SR. EDSON COLMAN DA SILVA - Foi feita manutençãonaquela semana anterior a volta dos meninos.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Está bom. Agra-deço o depoimento do senhor.

Do Flamengo, alguém quer fazer para a Presidência algumapergunta que seja encaminhada para a Light? (Pausa) Não?

O SR. BRUNO - Sr. Presidente, eu só gostaria de fazer che-gar às suas mãos o documento que a defesa do Sr. Edson trouxe,que diz respeito ao manual de instrução do ar-condicionado. Há umparecer técnico de engenharia que foi elaborado a pedido da defesa,e, também, o instrumento contratual entre o Clube de Regatas do Fla-mengo e a NHJ, o que a defesa entende que vai demonstrar efe-tivamente qual foi a causa do incidente, do trágico incidente, e quetodos nós lamentamos.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Pois não.O SR. BRUNO - E fica muito claro que no momento em que

você tem uma recomendação do fabricante, da Consul, para que sejainstalado um disjuntor, que é um instrumento de segurança, de dezAmpère e a NHJ coloca um de 20. Então, no momento em que essaluz, e existe no inquérito policial registra funcionários do Flamengoque chegaram antes e que falam que a luz caiu, entrou o gerador edepois a luz volta, e que depois são ouvidos gritos, muito provavel-mente essa luz volta e ela volta com uma carga muito maior. No mo-mento em que você não tem esse instrumento de segurança, que é odisjuntor, instalado de forma correta, esse superaquecimento pode ge-rar esse incêndio.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Não tinha dis-juntor?

O SR. BRUNO - Tinha o disjuntor, mas o disjuntor era um de20 Ampères, e a recomendação do fabricante era o disjuntor de dezAmpères.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Mas o de 20,teoricamente, não é maior do que o de dez?

O SR. BRUNO - Mas é justamente o contrário. Esse é o errocomum, que todo mundo acha, que o de 20 Ampères vai ajudar. Mui-to pelo contrário, um ar-condicionado desses, ele tem uma voltagemde seis, se você coloca um disjuntor de dez, ele não dobra sequer asua capacidade, e, com isso, o instrumento de segurança é acionadoe ele desarma, e não tem o superaquecimento por incêndio. Quandovocê instala um de 20, você superaquece esse equipamento em maisde três vezes, e aí você tem efetivamente o fogo.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - E esse, o NHJque botaria?

O SR. BRUNO - Segundo o contrato, sim.Então, só para fazer chegar às mãos de V.Exa.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Está ok. Obri-

gado.O SR. BRUNO - Presidente.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Pois não.O SR. BRUNO - Perguntas para a Light eu não tenho não,

mas tenho uma solicitação. Que, se possível, responda os nossos e-mails, que nós fizemos na época da...

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - O senhor temcópia dos e-mails?

O SR. BRUNO - Posso mandar para essa Comissão.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Porque aí a

gente encaminha para a Light, e a Light pode apurar internamente oporquê de não ter respondido.

Vamos passar para a NHJ para a gente entender.Os senhores querem fazer mais algum comentário à Light?

Por favor, estão dispensados. Obrigado.Dispensar também o Sr. Fred Luz. Acho que não tem mais

nada a apresentar. Agradecer a participação. Vou pedir, só, por favor,ao Dr. Alexandre Wrobel, só mais um pouquinho só para a gente de-pois entrar no tema das famílias, caso queiram fazer algum questio-namento. Também a Sra. Sandra, agradecer pela presença. E, depois,a gente vai falar com o Sr. Serafim, auditor fiscal do trabalho, mas,vai ser bem breve.

Bom, passar para a NHJ.Prosseguindo aqui com a NHJ, a primeira pergunta que eu

faço, é como é que se deu esse contrato junto com o Flamengo; seexistia ciência que esse container seria utilizado para dormitório; e setambém tinha consciência que esse container detinha produtos infla-máveis.

Liberar também o Sr. Edson. Obrigado, Sr. Edson.A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Sr. Presidente, boa tarde.

Nós tínhamos conhecimento de que o uso do container alugado parao alojamento era para dormitório, isso tinha sido notificado pelo timede engenheiros do Centro de Treinamento do Flamengo, que semprefoi a equipe que nos procurava para poder fazer a locação dos con-têineres.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - E a senhoraacredita que os contêineres que a NHJ alugou estavam preparadospara alojamento?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Perdoe-me, mas eu nãoentendi a sua pergunta.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Os contêineresque foram alugados, a senhora disse que a NHJ tinha ciência queseriam utilizados para dormitório.

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Certo.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - A senhora acre-

dita que esses contêineres, que são de propriedade da NHJ, sãoapropriados para dormitórios?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - O uso do container é sem-pre dado pelo locador. A empresa que está nos alugando o container,a gente faz a solicitação conforme a demanda. Então, se chega paraa gente a demanda de 100 m2 para abrigar um escritório, um dor-mitório, a preocupação pela adaptação do uso tem que ser do loca-dor. Eu sou apenas uma... locatário, me perdoe. Nós somos uma em-presa de locação de equipamentos. O uso a que se destina, o usofinal a que se destina, é sempre de responsabilidade do locatário.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Mas a senhora,como proprietária do equipamento, conseguiria saber se esse equipa-mento é próprio para o uso que o locatário vai fazer dele, ou não. Atéporque, como tinha ciência do dormitório, a senhora saberia o seguin-te: esse equipamento meu pode ser dormitório porque ele atende anormativa, ou ele não atende. Então, a pergunta é, a NHJ tinha ciên-cia que esse equipamento que foi alugado por vocês poderia ter al-gum risco e materiais inflamáveis?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Não, nós não tínhamosciência de que tinha materiais inflamáveis dentro dele. Mas nós tínha-mos ciência do uso do container para dormitório. E, hoje, o equipa-mento modular, o produto que a gente aluga, ele tem certificaçõesque nos garantem que há o uso do módulo como habitação. Então,se ele pode ser utilizado para habitação, ele pode ser usado para es-critório, como ele também pode ser utilizado para dormitório.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Então, a NHJnão tinha ciência que dentro desse produto, e, aí, não estou dizendode forma móvel, mas de forma imóvel. Ou seja, na infraestrutura docontainer existiam materiais inflamáveis.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO����� ��� �

�� �� �����

��������� � �� ���� �� ����

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Depois que a gente faz aentrega do equipamento, a gente chama o responsável técnico do clu-be para poder fazer uma vistoria, se a entrega está dentro do que foisolicitado. A partir daí, se assina um documento de ciência do que foientregue, se está de acordo com o que foi solicitado, e a gente nãotem mais acesso ao equipamento. Só se tiver, por exemplo, um pe-dido de manutenção. A gente, por exemplo, teve uma chuva forte eno buraco do ar-condicionado entrou água. Eles pedem para vir e derepente calafetar aquela área. Aí, a gente vai ter acesso novamenteao módulo. Mas, uma vez que eu faço a entrega do equipamentocom o aceite do cliente, eu não volto mais lá para aferir o que foicolocado dentro.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Sim, mas deacordo com a perícia do Instituto de Criminalística, o material infla-mável não era oriundo do Flamengo, era oriundo do próprio container.Então, a pergunta é: vocês tinham a informação que no containerexistiam materiais inflamáveis, ou seja, materiais que já vêm com ocontainer?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - A NHJ do Brasil, ela alugamódulo, mas o painel ela importa de uma empresa chamada Pano-rania, em Firenze, na Itália. Esse produto, ele vem com certificaçõesinternacionais europeias dizendo que o produto tem com um tipo depoliuretano que é autoextinguível, com classificação, com terminolo-gias que garantem o uso da habitação do nosso equipamento. Então,informar se eu sabia que o produto era auto inflamável, não. Porquea gente adquire o produto de uma fábrica europeia que nos atesta,nos aere, em documentos que já foram entregues inclusive no pro-cesso, a possibilidade de uso. Então, a gente não sabia que, como osenhor está dizendo, o produto era, ou é inflamável. A gente sabeque o produto é autoextinguível, ele tem componentes como qualqueroutro equipamento que tem aqui nessa sala, se tivesse um início deincêndio, pode pegar fogo. Mas, a gente tem esses certificados.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Como é que sedeu esse comunicado do Flamengo de que aqueles contêineres se-riam utilizados para dormitórios? O contrato original especificava qualseria o uso dele, ou apenas dizia o seguinte: eu quero tantos con-têineres com tantos ares-condicionados, e a forma como vai ser uti-lizado cabe ao locatário?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Vou responder em duaspartes.

O pedido vem sempre da área de engenharia do Clube deRegatas do Flamengo exigindo um novo espaço, pedindo que a genteprovidencie conforme a demanda, e eles nos mandam um croqui doque eles precisam que seja aplicado nessa nova área. A gente fazuma vistoria técnica, e depois apresenta um layout replicando aquiloque veio como demanda.

Quando a gente faz a entrega do equipamento novamente, agente faz uma vistoria junto com a pessoa que está nos contratandopara verificar se está de acordo com o que foi solicitado.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Que é a áreade engenharia?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Que é a área de engenharia.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Porque a gente

ouviu anteriormente aqui que a área de engenharia não tinha ciênciade como eram os contêineres, que apenas fazia a base para a ins-talação dos contêineres. Quem fazia o aceite de entrega dos contêi-neres que eles estavam de acordo era a engenharia?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Era a área de engenhariado Flamengo.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Deputado JorgeFelippe.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Pelo que entendi, o Sr.Marcelo Sá disse que ele recebeu o container, mas ele, eu não sei sefoi informado pela NHJ, não fazia ciência do que estava contido nes-se container em termos de material. Era aquele sanduíche do con-tainer. Eu entendi certo ou errado?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Eu acho que foi isso tam-bém que eu entendi, mas, veja. Eu trabalho em uma empresa, sougestora de um departamento, se alguém vai me fazer uma entrega eeu não estou disponível para receber, eu demando que um funcio-nário da minha equipe venha receber esse equipamento. Então, pro-vavelmente...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Não, olha só. Tudo temnorma. Tudo tem norma, tudo tem ABNT.

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Sim, tudo tem norma.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Tá. O container na ABNT,

ele servia para quais finalidades?A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Para uso de dormitório alo-

jamento.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Tá. Então, vocês tinham

ciência de que aquilo seria utilizado como dormitório?A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Sim. Inclusive nós repor-

tamos isso no inquérito.O SR. JORGE FELIPPE NETO - E mais alguém do Flamen-

go sabia que isso era destinado a alojamento?A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Foi dessa forma que a de-

manda chegou para a gente.O SR. JORGE FELIPPE NETO - E vocês têm comprovação

documental disso? E quem teria solicitado isso a NHJ, desta forma?A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Sim. Nós temos os e-mails

que foram trocados entre as empresas, fazendo a solicitação.O SR.JORGE FELIPPE NETO - Tá. E a senhora pode for-

necer também a ABNT na qual se enquadra o container de vocês?A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Posso, posso sim. A gente

reza sempre pela NR 18 e pela NR24. São as duas ABTs que a gen-te apresenta na entrega dos equipamentos.

O SR. RODRIGO AMORIM - Deputado Jorge Felippe, pelaprimeira vez em duas audiências exaustivas tem aqui uma afirmaçãode que o Flamengo tinha o conhecimento, é óbvio que tinha, mas queo Flamengo oficializou que a utilização desses contêineres era paradormitório. Fato esse que foi negado aqui desde o início, ficou essejogo de empurra, que era diretoria tal, que era a superintendência,que era isso, era aquilo, e agora, pela primeira vez. Então, é funda-mental que a gente apure essa questão, e aí eu reforço aqui, façouma questão se esse container, esse módulo que foi alugado, qual acapacidade dele? Se isso havia previsão no contrato e se isso estáinserido em alguma norma da própria empresa.

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Dentro do projeto que oClube de Regatas me encaminhou para execução, ele tinha a deter-minação do volume de quartos, e não da quantidade de pessoas queiriam ocupar esses cômodos. Então, eles me pediam tantos metrosquadrados de equipamento, subdivididos em tantas salas, em tantosquartos, em tantos banheiros, e assim que vêm todas as demandasdos nossos clientes. Então, a quantidade de pessoas que eles iamcolocar para dormir dentro do alojamento, a gente não tem essa in-formação.

O SR. RODRIGO AMORIM - Mas existe uma limitação téc-nica.

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Sim. Existe, houve um di-mensionamento para execução e aplicação dos sanitários para poderatender a norma. Então, a gente sabe pela norma o quanto que temque ter de vasos sanitários e banheiros para ser ocupado por umadeterminada quantidade de pessoas. Mas, isso não determina se oque foi colocado dentro do alojamento tinha referência ao que foi so-licitado para a gente. A gente não faz essa aferição.

O SR. RODRIGO AMORIM - Eu vou fazer a pergunta. O seucontainer, esquece o Flamengo, o seu container, ele aguenta, ele abri-ga, português claro, ele suporta quantas pessoas simultaneamente?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Não exista na legislação...O SR. RODRIGO AMORIM - Não, não é na legislação...A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Sim, mas...O SR. RODRIGO AMORIM - ...quanto suporta, quantas pes-

soas podem estar ali dentro?A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Aqui nessa área deve...O SR. RODRIGO AMORIM - É adequado a quantos?A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Aqui nessa área deve ter

120m², no nosso contêiner 15m². Então a gente pode concluir que, seaqui tem 120m² e o contêiner tem 15, pelo menos 1/3 das pessoasque estão aqui, então...

Não necessariamente...O SR. RODRIGO AMORIM - Não é isso que eu estou per-

guntando, senhora.A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Não necessariamente tenha

o número.O SR. RODRIGO AMORIM - Eu não estou, aqui não tem,

não tem bobo aqui, é obviamente que a gente não está se referindo àfísica, quantas pessoas ocupam o mesmo lugar no espaço. Se a gen-te entupir um contêiner de xm², vai estabelecer um número x de pes-soas.

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Mas você tem que esta-b e l e c e r. . .

O SR. RODRIGO AMORIM - Eu estou estabelecendo paraum funcionamento normal, corriqueiro.

A senhora disse que aquilo ali foi projetado e contratado peloFlamengo para servir de dormitório. Aí, o meu primeiro questionamen-to: naquele projeto apresentado, em servindo de dormitório - como asenhora bem disse -, quantas pessoas estariam abrigadas...

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Não foi relatada a quan-tidade de pessoas, mas no desenho que eles mandavam...

O SR. RODRIGO AMORIM - No desenho que eles manda-ram, eram quantas?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - ...apresentava-se a condi-ção de duas beliches por cômodo. Quantas pessoas eles colocavamdentro das camas eu não sei, eu sei que no desenho havia duas be-liches por cômodo.

O SR. RODRIGO AMORIM - Mas é isso que eu estou per-guntando: dentro do projeto que a senhora concebeu, com base nasinformações que o cliente lhe passou, para quantas pessoas estavaprogramada aquela formatação do seu contêiner locado ao Flamen-go?

O SR. RODRIGO AMORIM - A pergunta é simples.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Deixa eu tentar responder.A norma diz o seguinte: “Nas instalações móveis, inclusive

contêineres destinados a alojamentos com camas duplas, tipo beliche,a altura entre uma cama e outra, no mínimo, 90 cm”.

Aí, vem aqui é...desculpa, não, altura não.O SR. RODRIGO AMORIM - Deputado, é simples assim,

eles locando um bem, certo?O SR. JORGE FELIPPE NETO - Na norma tem o espaço en-

tre uma cama e outra...O SR. RODRIGO AMORIM - Concordo que a cama tem...O SR. JORGE FELIPPE NETO - ...quantidade de banheiro?

Te m .O SR. RODRIGO AMORIM - Concordo, concordo, tem que

respeitar a norma, agora eu digo o seguinte...O SR. JORGE FELIPPE NETO - Quem tem que responder é

o Flamengo.O SR. RODRIGO AMORIM - ...é uma questão contratual, a

não ser, o Flamengo exorbitou, aí a responsabilidade é do Flamengo,mas se eu estou locando algo meu, vou dar um exemplo: eu sou umalocadora de automóveis, loco para V.Exa. passar as férias com seusdois lindos filhos e sua esposa...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Numa Brasília amarela.O SR. RODRIGO AMORIM - Uma Brasília amarela, que eu

sei que a regra do Detran, do CONTRAN estipula que x passageiros,a regra nós sabemos.

Agora, se V.Exa. resolve botar 400 pessoas dentro da Bra-sília amarela, e quebra a Brasília amarela, eu, como proprietário quetenho que zelar, vou lhe cobrar por esse prejuízo. E vou lhe dizer nahora de cobrar que a sua responsabilidade se deu não só pelo con-trato, mas porque V.Exa. exorbitou o número de pessoas, isso é umaquestão. Agora, para fazer essa cobrança eu tenho que lhe dizer:“Olha, esse carro suportava apenas x pessoas.”

A empresa não sabe quantas pessoas suporta. Então, podebotar quem bem entender. Para a empresa pouco importa. Se o Fla-mengo exorbita da quantidade de pessoas, para a empresa não temproblema nenhum?

A pergunta é objetiva, tinha um projeto, um desenho, umaformatação de x quartos, etc.

Quanto a empresa considera correto, adequado que tivessemali dentro?

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Quantas camas poderiamexistir? Pronto, fica mais fácil. Quantas camas poderiam existir?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - A gente não faz a análisedo quanto, qual é a capacidade de uso do cômodo, isso vem sobre ademanda do cliente. O cliente me diz que dentro de um espaço de15m² ele quer aplicar duas camas beliches, a gente subentende quevão ser ocupados por quatro pessoas, mas isso é uma preocupaçãodo contratante, não da gente.

O SR. RODRIGO AMORIM - Isso está claro para mim, quemvai colocar o número de pessoas é o contratante. É fato. Agora,quantas pessoas a empresa subentende que estava fornecendo aque-le espaço para quantas pessoas, que ficou subentendido?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Cada cômodo quatro pes-soas.

O SR. RODRIGO AMORIM - Então, objetivamente, naquelemódulo, quantas pessoas?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Se no desenho vinha a in-formação de duas beliches, duas beliches são ocupadas por quatropessoas.

O SR. RODRIGO AMORIM - Senhora, eu não vi o desenhoe não vi o contrato.

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Ok.O SR. RODRIGO AMORIM - Se eu estou lhe perguntando, é

porque eu não vi nem o desenho nem o contrato.A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - É porque a gente apresen-

tou isso nos laudos.O SR. RODRIGO AMORIM - Eu sei, mas não foi apresen-

tado aqui, o que eu tenho de laudo é outra pergunta que eu vou fa-z e r.

Eu estou há 15 minutos para a senhora me responder o nú-mero. Para quantas pessoas estava planejado aquele módulo?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Por cômodo, quatro pes-soas.

O SR. RODRIGO AMORIM - Eu não sei quantos cômodostinham, eu não tive acesso ao inquérito.

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Tinham...eu não me recor-do também, mas...

O SR. RODRIGO AMORIM - Só vi ali o laudo, mas...O SR. JORGE FELIPPE NETO - Eram seis cômodos.A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Seis cômodos.O SR. RODRIGO AMORIM - Era a pergunta...O SR. JORGE FELIPPE NETO - Eram seis cômodos...O SR. RODRIGO AMORIM - Olha como é que as coisas ren-

dem!O SR. JORGE FELIPPE NETO - ...para dormitório e três pa-

ra corredor...A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Corredor e sanitário e ba-

nheiro.O SR. RODRIGO AMORIM - Pronto.O meu outro questionamento: ficou claro aqui, no que foi exi-

bido pela Polícia Técnica do Rio de Janeiro, que apenas uma das pa-redes tinha ali a proteção antichamas; as demais, não.

Queria entender se isso, claro que é fato porque foi compro-vado ali, mas o porquê disso, se era proposital; se a empresa tinhaconhecimento que somente uma das paredes tinha proteção anticha-mas; e, no caso de um dormitório, se é padrão da empresa alugarmódulos que servem para dormitório contendo apenas uma paredecom proteção antichamas.

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Como eu falei no início, agente aluga o módulo e compra de uma fábrica os painéis que fazema composição de fechamento desses módulos. A gente não trabalhacom três tipos de produtos, a gente trabalha com um tipo de painel.Não existe um painel com um produto que bloqueia a chama. Todosos painéis que a gente utiliza têm a mesma característica técnica.

Não vou colocar em dúvida o que foi constatado aqui na úl-tima audiência da CPI porque eu não estava presente e eu não tenhoacesso a essa informação, mas eu não tenho dois produtos, um quetinha um que tinha um produto que era protegido por chama e outroque não era, entende?

O SR. RODRIGO AMORIM - Então, essa informação é per-tinente, eles só trabalham com um produto.

Agora, a senhora, na hora de fazer publicidade do seu pro-duto, a senhora bota, dentre o rol de coisas atrativas do seu produto,de virtudes do seu produto, que ele tem proteção antichama?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Proteção, não, que ele éum produto de chapa de aço, com espuma de poliuretano expandido,ele é autoextinguível, ou seja, se for provocado a chama, ele não sepropaga. É isso o que a gente oferece.

O SR. RODRIGO AMORIM - Então, o que aconteceu ali foium erro de projeto, seja por culpa da empresa, seja por culpa da em-presa de quem a senhora compra as chapas de aço.

Mas ficou claro na perícia, e, aí, quem sou eu, e quem é asenhora para contestar a Polícia Científica, me parece que não houvecontratação por parte da empresa de um laudo ou de uma assistênciatécnica pericial, então vamos levar em consideração que aquilo quefoi exposto pela perícia científica condiz porque eles estão habilitadospara isso, e as fotografias nos revelaram, enfim. Acho que o conjuntoprobatório que foi trazido e que deu ensejo ao laudo, a formatação dolaudo por parte da Polícia Científica, ele, em tese, é irrefutável.

O que ficou claro para a gente ali é que algumas paredesestavam colocadas e que uma delas apenas tinha essa proteção, es-sa formatação para se tornar autoextinguível, no caso de chama que,numa análise muito objetiva, foi um dos fatores preponderantes para apropagação do incêndio da forma que foi.

Então, é necessário que a gente apure quem causou esseproblema. Se foi a empresa que lhe fornece o material que lhe en-ganou ou se foi a empresa que enganou o Flamengo fornecendo algoque definitivamente não tinha uma barreira de chama.

O que a senhora pode dizer desse aspecto?A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Eu acho que a gente está

à disposição para prestar qualquer tipo de esclarecimento que for so-licitado, a gente sempre, desde o início, está se colocando favorá-vel...

O SR. RODRIGO AMORIM - Aqui é o local adequado para asenhora prestar esclarecimentos.

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Sim, mas, assim, o senhornão me fez uma pergunta direta, o senhor fez uma explanação.

O SR. RODRIGO AMORIM - Sim, então, eu vou fazer umapergunta direta: por que apenas uma das paredes do seu contêinertinha proteção antichama?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Eu não sei lhe responderporque eu não tenho um outro produto...

O SR. RODRIGO BACELLAR - Pronto, essa é uma respos-ta.

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - ...um outro produto que ve-nha...

O SR. RODRIGO AMORIM - Essa é uma resposta, não sa-ber responder, mas o fato concreto é esse que eu estou lhe apre-sentando.

Segundo fato que eu lhe apresento: por que, contrariando asNRs - que já explicitamos aqui -, a porta dos dormitórios era umaporta de correr?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Foi uma exigência do clu-be.

O SR. RODRIGO AMORIM - Então, a empresa contrariou aNR.

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Não, é... dentro do...O SR. RODRIGO AMORIM - Porque o clube exigiu.A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - ...que a gente entende - eu

até fiz um apontamento aqui antes de vir porque eu fiquei, acrediteique essa informação fosse ser colocada em pauta -, dentro da normadiz que no alojamento não pode ter porta de correr, mas a norma nãodiz que em dormitório não possa ter porta de correr. Alojamento é oconjunto de módulos, mas o dormitório equivale-se à parte onde elesdormem, entende? Era um conjunto modular, não eram todos contêi-neres, não eram adaptados para que eles dormissem, era um con-junto.

O SR. RODRIGO AMORIM - Então, a senhora quer...A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - É como se fosse essa sala,

essa área fosse para eles dormir, essa área fosse para eles usaremcomo sanitário.

O SR. RODRIGO AMORIM - Então, a senhora que é expert,talvez a maior empresa do Brasil desse ramo.

Por que a senhora acredita que a NR estabeleça que paraalojamento não possa ter porta de correr? O que leva a uma NR co-locar esse determinado item num conjunto de normas?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Eu entendi sua pergunta,eu acho que o senhor esteja querendo que eu responda que é paraproteger, no caso de incêndio, a evacuação da área.

O SR. RODRIGO AMORIM - Perfeito.A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Entendo perfeitamente a

sua lógica.O SR. RODRIGO AMORIM - Eu que nunca trabalhei na vida

com isso.A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - No entanto, a NR, ela não

determina isso, na questão do alojamento, apenas para contêiner, épara qualquer área que sirva de alojamento. Inclusive uma área, porexemplo, de habitação civil, entende?

Então, assim...O SR. RODRIGO AMORIM - Agora, a senhora imagina que

em um módulo seu, que as pessoas estão ali dormindo, ou seja, in-defesa...todo ser humano - não importa se era um garoto de 10 anos,de 80, não importa -, em tese, quando está dormindo, está absolu-tamente indefeso, não reage de imediato. Se existe uma normativapara proteger o indivíduo, no caso de alojamento, acordado, essa nor-ma, por óbvio, deveria ser replicada com muito mais ênfase no casode dormitório.

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Mas essa é uma preocu-pação de quem me contrata. Eu executo um projeto, entende? O pro-jeto vem com a determinação do meu cliente, exigindo que existamseis cômodos de tantos metros, com porta de correr, um corredor...

O SR. RODRIGO AMORIM - Se o seu cliente pedir para asenhora transgredir a lei, a senhora transgride?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Não, a questão não é es-sa, a questão é que essa preocupação pelo uso e pela condição aque vai se destinar o equipamento é sempre do meu cliente e não dagente.

O SR. RODRIGO AMORIM - Mas não é o Flamengo que tema responsabilidade de observar as NRs na construção ou formataçãodos módulos.

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - É de quem formata o pro-jeto.

O SR. RODRIGO AMORIM - É a empresa que ele contra-tou.

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Não, eu executo, quem for-mata o projeto é quem me demanda.

O SR. RODRIGO AMORIM - Senhora, eu compro um carro,quem tem a obrigação de atender as normas daquela seara é a mon-tadora de automóveis. Então, quem tem que saber se um carro temque ser dotado de equipamentos de segurança como cinto de segu-rança, por exemplo, é a montadora. Eu não posso comprar um carroe pedir para a montadora me entregar um carro sem cinto de segu-rança.

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - A sua analogia, eu com-preendi, no entanto, a demanda veio do Clube de Regatas. A deman-da veio de que houvessem as portas de correr para que viesse a termais espaço...

O SR. RODRIGO AMORIM - Então, o Clube de Regatas doFlamengo pediu que a senhora burlasse a regra, e a senhora burlou.

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Não, o Clube de Regatas,ele me pediu que entregasse um alojamento com portas de correr,ok? E dentro da norma não está determinando que não possa ter por-ta de correr dentro do alojamento, entende? A diferença.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO

��� ����� � ��� � � �� �� ��

����������� � � � �� �� �� �� ���

O SR. RODRIGO AMORIM - A senhora sabia que aquilo aliera para ser, e acabou de falar a essa CPI que tinha conhecimentoque o seu módulo estava sendo contratado para servir de alojamento.E, aí, eu vou além: não só serviu de alojamento, mas serviu tambémde alojamento com dormitório. Porque alojamento e dormitório é amesma coisa. Pode ser o mesmo alojamento...

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Não para as normas.O SR. RODRIGO AMORIM - Não, para as normas, sim, um

dormitório é um alojamento.O alojamento é mais grave, é uma característica mais grave.

O dormitório tão somente é um alojamento no qual as crianças tam-bém dormiam. Ficavam lá alojadas, descansando dos treinos e tudomais. E ainda mais grave: dormiam nesse alojamento. Então, a se-nhora conhecia as regras pertinentes ao alojamento.

A senhora conhecia o fato de que o Flamengo lhe contratoupara fornecer um módulo para alojamento, ou seja, a senhora tinhaobrigação de cumprir a NR.

Aí, o Flamengo pede para a senhora descumprir a NR, e asenhora descumpre a NR.

Vamos ser objetivos, a gente está indo para quatro horas deaudiência e as coisas não avançam. É sim ou não, é objetividade. Asenhora não cumpriu, então, o que dispunha na NR, o que estavadisposto na NR, a pedido o Flamengo, sim ou não?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Sim.O SR. RODRIGO AMORIM - Obrigado, só isso.0 SR. JORGE FELIPPE NETO - Espera aí...O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Só um minuti-

nho, eu vou passar a palavra, mas...uma pergunta básica, e, aí, eugostaria da NHJ responder.

Sra. Cláudia, quem é que conversava com a NHJ no dia adia com relação ao contrato que vocês tinham com o Flamengo?Quem fazia o dia a dia com vocês? A senhora, pelo o que eu sei, égestora comercial.

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Correto.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Então, era a ge-

rente de contas do Flamengo e tinha um outro lado ali que, vamosdizer, era o fiscal do contrato do Flamengo, que conversava durante odia a dia ali - “Olha, tem uma demanda assim, tem uma demandaassada; o disjuntor x deveria ser y, tem como trocar?” -, ou sei lá -“está enferrujando” -, qualquer coisa do tipo. Tinha alguém que faziaesse contato. Quem era a pessoa e qual era o setor dela?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - As pessoas que nos pro-curavam para fazer esse meio de campo era sempre o pessoal daengenharia do Clube de Regatas. Eram eles ou a administração dopróprio CT, através de uma pessoa que eu acho que hoje já nem tra-balha mais lá. Eles é que entravam em contato. O arquiteto, ou oengenheiro do clube, ou o responsável pela administração do CT en-trava em contato com a gente requerendo a nossa visita para poderconversar e receber uma nova demanda ou alterar uma demanda jáexistente.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Essas deman-das eram sempre feitas presencialmente ou através de e-mail, porexemplo?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Primeiro, por e-mail e de-pois presencialmente.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Vocês se impor-tariam de encaminhar para essa Comissão cópia desses e-mails?Quem passava, como é que eram esses e-mails? Porque uma coisaque me chama atenção é que a senhora é enfática sempre em relatarque quem fazia essa ponte junto com a NHJ era o setor de enge-nharia.

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Correto.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Está ok.A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Porque é o único setor do

Clube de Regatas que a gente tinha acesso, que era o setor de en-genharia, a administração do CT. A gente não tinha... por exemplo, agente trocava e-mails, o contrato é redigido pelo departamento jurí-dico, mas eu particularmente nunca conheci ninguém do departamentojurídico do Flamengo, entende?

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Entendi.A Dra. Paula queria fazer uma pergunta. Depois a gente pas-

sa para a Dra. Cíntia.Pois não, doutora.A SRA. PAULA - Excelência, eu tenho uma pergunta, antes

eu quero só fazer um registro aqui, por oportuno.Só para lembrar que na data de hoje, o Jorge Eduardo es-

taria completando 17 anos, então eu queria falar isso para todos vo-cês que deve estar sendo uma data ainda mais difícil para a D. Albae para Sr. Vanderlei.

Voltando à pergunta, é o seguinte: na última Sessão, a genteviu que o alojamento, que esse dormitório servia para 26 crianças. Aconta não está fechando. São seis quartos com duas beliches porquarto, isso dá 24 espaços, 24 leitos. Eu queria saber do Flamengocomo eram acomodadas 26 crianças quando o dormitório estavacheio. A primeira pergunta é essa.

E a segunda pergunta é que a gente viu - peço perdão àsfamílias, mas a gente não pode deixar de falar disso - aqui na períciatécnica que foram encontrados em um dos quartos três crianças. Por-que muito, provavelmente, a porta, com a dilatação pelo fogo, ela nãoabriu, então três estavam presos dentro do quarto justamente por es-sa porta de correr que o Flamengo solicitou ao contêiner.

Então, eu gostaria de saber se ela também tinha essa infor-mação de que três crianças não conseguiram sair de um dos quartosporque a porta de correr estava emperrada, que não poderia ser portade correr, era porta de abrir que era para ter que estar lá.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Obrigado, Dra.Paula.

A pergunta do Dra. Cíntia é algo parecido?Faz para a Mesa só para depois a gente poder passar as

perguntas em seguida.A SRA. CÍNTIA GUEDES - Boa tarde, Deputados.A minha pergunta também é para que possa ser respondida

pela empresa.Nós vimos, eu, por exemplo, estive lá no dia seguinte ao in-

cêndio junto com o Ministério Público, e, além das portas de correr,um outro motivo que impediu que os meninos saíssem é que as ja-nelas eram gradeadas.

A minha pergunta é: quem pediu as grades? O Flamengo pe-diu expressamente que fossem colocados com grade, foram entreguescom grades, o Flamengo depois colocou as grades?

Então, a minha pergunta era exatamente essa.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Obrigado, dou-

tora.Primeiro, passar para NJH: como é que foi o tema das gra-

des? Isso foi passado pelo Flamengo, o Flamengo fez a alteração nocontêiner, essas grades já vieram? Como se deu, aí, a colocaçãodessas grades?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Nós temos um tipo de ja-nela que tem as grades, e sempre que há uma solicitação por partedo cliente retirá-las, a gente faz a aplicação e retira, porque é plugand play. Então, assim, geralmente, usualmente - nesse caso eu nãome recordo porque já tem muito tempo -, como foi solicitado a apli-cação da janela, eu acredito que da mesma forma que foram solici-tadas para todos os demais contêineres que a gente entregou desdea inauguração do CT Ninho do Urubu.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Obrigado.Com relação à pergunta dos jovens, eu vou passar para o,

não sei se o Dr. Alexandre Wrobel vai saber responder, já que foi agestão anterior... Pois não.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Desculpa, mas só para re-pisar a importância do questionamento feito por Vossa Excelência nosentido dela... da Senhora Cláudia responder quem era o contato porparte do Flamengo ou os contatos por parte do Flamengo nessa trocade informações, e-mails e, portanto, responsabilidade.

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Eu me comprometo em es-tar encaminhando os e-mails que foram feitos de troca...

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Eram diversaspessoas?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Eram diversas pessoas daárea de Engenharia, da área de Administração...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Você não sabe lembraruma?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - - Sim, eu me lembro deuma arquiteta que na época trazia bastante demanda para gente, Me-lissa Paim. Era uma arquiteta que já foi citada aqui no início da CPI.Tinha os outros engenheiros por ali, que já passaram pelo CT. A gen-te trabalha para o Clube de Regatas desde a aquisição do CT Geor-ge Helal. Então, foram bastantes pessoas com quem a gente já tratoude assuntos pertinentes à entrega de contêiner.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Vossa Senhoria se compro-mete com essa Comissão de enviar toda a troca de mensagens, porquaisquer meios documentais, físicos ou digitais, a esta Comissão en-tre NHJ e Flamengo?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Sim. Sem problema algum.A gente tem todo o interesse em elucidar isso.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Está bom. Obri-gado. Acho que talvez a gestão atual seja mais fácil. Quantos jovenstinham naquele contêiner? Qual era a quantidade de jovens, em mé-dia, que ficavam nos contêineres que vieram a ter o incidente?

O SR. - No dia do acidente tinham 26. Eu já mandei verificar- eu não tenho certeza absoluta, mas quase - que eram seis porquarto.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - E aí eram três beliches?O SR. -Três beliches.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Mais alguma

pergunta?O SR. - É... Só porque o Sr. Jaime fez presença aqui nessa

Comissão até o momento, e a gente não escutou o diretor...O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Não, a gente

vai chegar agora no momento de ouvir a administração atual, porquea gente teve diversos aqui... Começamos lá da gestão anterior...

Deputado Jorge Felippe Neto, Deputado Rodrigo Amorim ealguém presente aqui têm alguma pergunta que queira ser endereça-da a essa Mesa, que possa ser repassada para o Dr. Alexandre Wro-bel? Porque a gente vai entrar na gestão atual.

O SR. - Presidente.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Pois não.O SR. - Eram três beliches por quarto.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Três beliches

por quarto.O SR. - Com seis ocupantes.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Seis ocupantes.O SR.JORGE FELIPPE NETO - Só uma pergunta, Presiden-

te. A NHJ usualmente utiliza os termos alojamento e dormitório comocontido na norma, como sinônimos? Qual a diferença entre alojamentoe dormitório?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Alojamento, quando a gen-te fala, por exemplo, em canteiro de obras, eles precisam de um alo-jamento para abrigar duzentos homens num período ininterrupto dedoze horas. Então, aquele alojamento vai ter armários para eles guar-darem seus EPIs, seus materiais pessoais, vão ter uma área para tro-ca de roupa, vai ter uma área para higiene pessoal e uma área parasanitários. Então, a gente considera isso um alojamento.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Tá. Na norma regulamen-tadora, é clara a distinção entre alojamento e dormitório tanto é que,em determinado espaço...

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Sim, tem essa distinção.O SR. JORGE FELIPPE NETO - ...eles colocam o dormitório

dos alojamentos. O fato da porta de correr estar no dormitório viola anorma. Sim ou não?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Eu pedi ajuda aos nossosengenheiros buscarem essa informação junto a todas as normativasexistentes, e toda a conclusão que foi chegada a isso é de que nãohouve a infração pelo uso das portas de correr. Eu não tenho conhe-cimento técnico em relação à aplicabilidade das portas de correr nodormitório, mas buscando esse conhecimento técnico junto aos enge-nheiros que fazem esse tipo de aplicação junto à NR, não existe umainfração pela aplicação da porta de correr em ambiente de dormitó-rio.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Última pergunta, Presidente.A perícia do Carlos Éboli colocou o material supostamente autoextin-guível num teste de inflamabilidade, que ele devia resistir ao menoscinco segundos de fogo numa bancada, e isso não ocorreu. Isso di-fere dos atestados, das certificações que vocês possuem? Vocêsatestariam que, se esse teste fosse novamente feito, ou que teve al-gum problema na perícia do Carlos Éboli ou que esse teste, nova-mente feito, esse material aguentaria?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Nós ficamos bastante cu-riosos na parte do laudo do Carlos Éboli e tentamos replicar. Tenta-mos não. Nós replicamos alguns ensaios dentro da nossa própria fá-brica, até para poder aferir se o produto que a gente estaria ali aindacomercializando tinha realmente essa característica. Então, nós pega-mos, através de vários ensaios, que a gente também está disposto aestar cedendo para essa Comissão para observar...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Vocês fizeram uma períciaprópria de vocês?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Nós fizemos uma períciaprópria nossa para identificar o nível de inflamabilidade do painel. Porquê? Por tudo o que foi relatado, ele pegou fogo em muito poucotempo, pelo que foi relatado na perícia.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Manda para a gente a pe-rícia também?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Posso. Posso enviar, sim.A gente fez até alguns ensaios, e a gente está disposto a replicarisso até na presença dos senhores, caso seja necessário. A gente pe-gou um maçarico de corte que chega a aguentar de setecentos a milgraus de temperatura diretamente sobre o painel, e demorou muitotempo para se perfurar a chapa de aço. E, quando chegou no recheiode poliuretano, ele não propagou fogo. Então, a gente tem isso gra-vado. E a gente pode provar isso a qualquer momento, inclusive...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Mas vocês fizeram o testetransversal disso, do corte transversal, de se o fogo se iniciasse nacamada de poliuretano o resultado seria...

A SRA. CLAÚDIA RODRIGUES - Não, porque a camada depoliuretano não é exposta em nenhuma parte do projeto. Simplesmen-te a camada de poliuretano tem uma moldura de aço...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Mas se fosse? Mas se fos-se? O poliuretano pegaria fogo e inflamaria todo o local, todo o pai-nel?

A SRA. CLAÚDIA RODRIGUES - A gente não fez esse en-saio, porque a gente não faz a aplicação do painel de forma trans-versal. Eu entrego uma caixa, um módulo totalmente fechado, total-mente estanque, com todas as partes do componente desse painel,não permitindo acesso ou o contato da parte do recheio dentro donosso equipamento.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Agradeço a par-ticipação da NHJ. Os senhores, caso queiram permanecer, fiquem àvontade, mas já se... Querem fazer algum questionamento? Pois não,d o u t o r.

O SR. - Presidente, só como o Dr. Bruno muito bem colocou,com relação a questões elétricas, acho que vai seguir com os escla-recimentos adicionais que vão ser apresentados a essa Comissão,que há uma especificação do tipo do produto, do ar-condicionado quepode ser utilizado a partir da instalação dimensionada. Acho que issoa Comissão vai poder investigar melhor, mas, ao que parece, a pe-rícia do Carlos Éboli reconheceu que o aparelho empregado era di-ferente da capacidade das instalações que foram especificadas con-tratualmente. Mas isso é conclusão de Vossas Excelências. Mas se-rá...

O SR. PRESIDENTE (Alexandre knoploch) - Não, eu só es-tou colocando um ponto importante. Existia no contrato. Porque o quefoi passado aqui é que deveria ter um disjuntor de dez ampères ebotaram um de vinte. Vocês entregaram com um de vinte. Mas vocêsentregaram ao Flamengo uma especificação do ar-condicionado quedeveria estar ali devido a aquele disjuntor ser x, e para... Enfim. Eteve alguma alteração?

O SR. - Sem entrar em detalhes de eletricidade, mas no con-trato há uma especificação do aparelho recomendado para instalaçãoque acompanha o módulo.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre knoploch) - E essa reco-mendação foi seguida pelo Flamengo?

O SR. - Essa é uma questão do usuário. Não passa por fis-calização da companhia.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre knoploch) - Vocês não têminformação se foi seguida ou não.

O SR. - Não. O que a gente sabe é o que aconteceu emrazão do trabalho pericial não...

O SR. PRESIDENTE (Alexandre knoploch) - Podemos passaressas especificações...

O SR. - Isso está no contrato. Mas a gente pode forneceroutras especificações do material empregado na parte elétrica tam-bém.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre knoploch) - Quem seria oresponsável, na visão de vocês, por esse trágico incidente?

O SR. - Excelência, eu acho que a empresa não está emcondições de fazer afirmação com relação a nada. A gente acha queisso é um trabalho das autoridades e de Vossas Excelências. Nossotrabalho é fornecer o melhor, a maior quantidade de informações. Eusó reportei um fato.

O SR. - Não, o senhor fez uma indicação de que isso estariafora da especificidade técnica, a questão da instalação elétrica...

O SR. PRESIDENTE (Alexandre knoploch) - O Carlos Ébolidisse. O Carlos Éboli identificou.

O SR. - Maravilha. Isso seria relevante para nós por quê?Ou para a NHJ?

O SR. PRESIDENTE (Alexandre knoploch) - Está bom. Agente informa a Vossa Excelência as especificações que são entre-gues, o que consta nos termos contratuais. Mas essa outra conclusãofoi feita pela perícia técnica. Não foi feita pela empresa. Igual como omanual do usuário. Lá diz aquilo... como deve ser utilizado e o quedeve ser utilizado.

O SR. - Vocês fornecem esse manual do usuário?O SR. PRESIDENTE (Alexandre knoploch) - Não, não. Eu fiz

uma analogia. Mas no contrato há uma especificação de que vem umrecorte de ar-condicionado para um ar-condicionado modelo x. É issoque a empresa entrega. Agora a empresa não entrega o ar-condicio-nado, nem sabe se é o aparelho correto nem se ele está bem man-tido. Essa parte do usuário, só como o Doutor Bruno fez uma colo-cação com relação à instalação elétrica, nós iremos oferecer à Co-missão essa documentação que coloca o modo que a empresa tra-balha, independentemente do que aconteceu. Isso é com todo cliente.É assim que sai da especificação com relação à montagem e à parteelétrica.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - OK. Queriaagradecer a participação da NHJ. E, caso os senhores queiram ir, ossenhores estão dispensados. Vamos...

Pois não. Só o microfone. A gente vai depois ouvir rapida-mente aqui o Doutor Serafim Neto, que veio contribuir e está aquidesde o início, quietinho ali.

Pois não.A SRA. - Ministério Público do Trabalho.O SR. PRESIDENTE (Alexandre knoploch) - Pois não, dou-

tora.A SRA. - A última pergunta técnica. Quantos metros quadra-

dos tinha o contêiner e quantos metros quadrados tinha cada quarto,então, dentro do contêiner?

O SR. PRESIDENTE (Alexandre knoploch) - À NHJ, pararesponder à questão levantada aqui pelo Ministério Público do Traba-lho.

A SRA. - A razão da minha pergunta.O SR. PRESIDENTE (Alexandre knoploch) - Pois não.A SRA. - Para não precisar voltar o microfone, é porque a

NR 24 também fala da dimensão que tem que ter. Então, já que oFlamengo falou que eram três beliches por quarto, e não dois, e aNHJ primeiro falou que eram dois beliches por quarto, parece que aíhá uma disparidade de informações. O tamanho não está batendo.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre knoploch) - Perfeito.A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - É, eu respondi com base

no que eu me recordo do desenho que nós recebemos do Clube deRegatas. No desenho tinha o espaço de duas beliches. Eu não faço aalocação da beliche, eu faço a alocação do módulo. E, em relação àpergunta do espaço destinado, eu realmente não me recordo. Mas,quando eu for fazer o envio dos e-mails trocados, com o projeto quea gente recebeu, ali está bem determinado. Então, eu acho que dápara fazer essa leitura com mais clareza. O total e a capacidade decada cômodo, tudo isso está bem detalhado no projeto. Um módulotem quinze metros, mas não necessariamente um cômodo foi proje-tado em quinze metros. Ele pode ter sido projetado em menos espaçoou em mais espaço, dependendo da distribuição dos equipamentos.OK?

O SR. PRESIDENTE (Alexandre knoploch) - OK. Pois não,Doutora Paula.

A SRA. PAULA - Ela disse, no depoimento dela, que as por-tas de correr foram um pedido do Flamengo. Isso está no contrato,está só no projeto? Se ela se lembra onde está isso, porque essaquestão da porta de correr é uma questão que a gente entende muitorelevante, porque foi uma barreira. A gente atentar talvez existiremmais sobreviventes nessa tragédia.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - A questão daporta de correr foi colocada no objeto do contrato, é das especifica-ções do contêiner ou foi uma coisa subsequente depois de ter con-tratado e aí teve esse pedido de alteração?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - A referência da porta decorrer veio junto ao projeto. O projeto vem com o desenho do que seespera que a gente replique dentro do espaço destinado para a áreaque eles estão contratando.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Entendi. Depu-tado.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Esses contêineres primeiroforam instalados como consultório e refeitório, certo?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Não, eu estou ouvindo issoalgumas vezes, e eu não retruquei. Mas, de verdade, os equipamen-tos foram sendo sempre trocados. A gente entregou uma academia.Aí houve o tempo útil do uso da academia até a construção do prédioque hoje está lá estabelecido. Quando houve a inauguração do pré-dio, pediram para a gente retirar a área da academia porque iria terobra. A gente foi lá e desmobilizou a academia. Em momento alguma gente reaproveita o que está instalado para fazer a ocupação deum novo uso. Então, é sempre um novo projeto.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, essa Comissão, Pre-sidente, foi levada a crer que era uma mesma estrutura que, ao longodo tempo, foi se ampliando e mudando de função. A NHJ afirmaaqui...

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Essa informação não estácorreta.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - ...que isso é falso.A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Essa informação não é ver-

dadeira. A cada novo negócio, a cada novo ambiente, a gente vinhacom novos equipamentos para fazer a entrega. Nessa área que hou-ve...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - E com relação a alojamentocom dormitório? Quando foi essa entrega?

A SRA. CLÁUDIA ROIDRIGUES - Tiveram duas datas espe-cíficas. A primeira entrega com um volume x de equipamentos...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Data?A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Eu não me recordo. Me

desculpa, mas, na entrega da documentação a gente vai poder teressa constatação de datas. A gente teve duas entregas desse dor-mitório.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Isso sempre foi requeridopelo Flamengo?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Requerido pelo Flamengo.Primeiro ele requereu para uma área x de cômodos. Depois ele re-quereu uma ampliação para uma área y de espaços.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO����� ��� �

�� ��� ����

��������� � �� ���� �� ����

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Em nenhum momento aNHJ planejou aquele espaço? O planejamento do espaço foi pelo Fla-mengo?

A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Exatamente.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Vocês somente executaram

o serviço de corte ou alguma adequação ou outra...A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Exatamente. A gente vende

um módulo de quinze metros quadrados.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Quem botou a porta de cor-

rer foram vocês?A SRA. CLÁUDIA RODRIGUES - Quem aplicou a porta de

correr ao projeto fomos nós.O SR. JORGE FELIPPE NETO - As grades foram vocês?A SRA. CLÁUDIA RODEIGUES - As grades, tudo o que

compõe o módulo fomos nós. Tudo o que está dentro do módulo foi oClube de Regatas.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Tá. É isso.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - É isso? Bom,

agradecer à NHJ, que se encontra dispensada. Eu vou rapidamenteaqui passar a palavra para o Sr. Serafim Neto. Depois vamos entraraqui ouvindo a Defensoria Pública e as famílias. E, logo em seguida,o Flamengo.

Sr. Serafim, boa tarde. Desculpa aí tanto tempo o senhoraguardando para colaborar. Como o senhor teve conhecimento do ca-so e, antes, como o senhor via essa questão toda do Flamengo, alidas acomodações? No conceito trabalhista, aquilo ali estava em con-formidade? Como é que foi para o senhor toda essa execução?

O SR. SERAFIM NETO - Primeiramente, boa tarde a todos.Basicamente o CT do Flamengo foi fiscalizado pela Seção de

Segurança e Saúde no questionamento da construção das obras dosmódulos que eles consideram os definitivos. A etapa 1 e a etapa 2, aobra civil. Na época da fiscalização, não se atentou para o detalhe dodormitório, porque, como foi de dia, não estava em uso, ou o pessoalestava treinando alguma coisa. Não houve esse direcionamento dafiscalização. A fiscalização, no caso lá, foi tão somente com as cons-truções definitivas, do módulo 1 e do módulo 2 dos profissionais.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Mas se tivesseessa fiscalização, dentro dos parâmetros da fiscalização, estaria den-tro da normalidade? Não?

O SR. SERAFIM NETO - Eu posso falar pela inspeção pos-terior ao incidente. Nós fomos lá junto com o Ministério Público doTrabalho e o Ministério Público e...

Fazer só um esclarecimentozinho, que houve uma confusãoda NHJ sobre o normativo. Misturou ABNT com Norma Regulamen-tadora. Norma Regulamentadora é norma de uso. As ABNTs são asnormas da Associação Brasileira de Normas Técnicas, são normas defabricação. É onde deveria estar o recheio, o popular recheio de ma-terial incombustível, que se provou não ser, no caso em questão. Aparte elétrica tem que atender à NBR 5410.

Eu fiz a investigação inicial do acidente. O módulo em ques-tão eu não poderia analisar a parte elétrica porque ele já não existiamais. Nós investigamos módulos similares no local, depois nos diri-gimos à fábrica da NHJ, acompanhamos a fabricação e a montagemdo módulo, principalmente no quesito da instalação elétrica, que era asituação que nos chamava a atenção desde o início como propaga-dora da situação.

Em relação ao dormitório, o módulo usado, nós encontramosalgumas inconsistências, não conformidade, como se diz. As portasde correr, o dimensionamento que eles falam que é quatro... acesso.Ou seja, você já diminui a área útil de cada módulo. O dimensiona-mento não é somente pegar a medida do módulo e dividir? E o cor-redor de acesso que fica comum, que é área comum? O gradeamen-to. A respeito do gradeamento. Procurei em toda a norma técnica daABNT, não encontrei, infelizmente, nada que dissesse “esse gradea-mento está errado”. Eu não acho lógico, porque o módulo da NHJ, aanálise que eu fiz, ele tem um módulo-padrão com gradeamento, por-que normalmente é usado em área externa. Então, você precisa dogradeamento como guarda de valores, de escritório, de almoxarifado,para você evitar um acesso. No caso lá, deveria ter sido pensado poralguém - não sei quem - qual vai ser o meu uso, o meu destino domódulo qual seria? Eu tenho necessidade disso aqui? Não tenho.

A porta de correr é outra situação. Ela é usada simplesmentepara ganhar espaço interno. Você usa a porta de correr, você nãotem área perdida de abertura de porta. Mas, no caso de um sinistro,uma situação, você fica prejudicado. Outra coisa: todo aquele módulodos novos contêineres só tinha um acesso. Porta única de entrada esaída. Deu problema. Isso a legislação não permite. Você tem que terno mínimo uma saída de emergência. Outra situação: alimentaçãoelétrica lá, alimentação elétrica do módulo de contêiner está questio-nado e autuado pelo Ministério do Trabalho. Está no nosso relatório.O relatório não está finalizado, que eu dependo dessa última infor-mação da perícia técnica sobre o material incombustível, que nós nãofizemos essa análise. Quem fez foram eles, e até muito bem. Nósvamos pegar essa informação, anexar o nosso e emitir o nosso re-latório final. Mas o dimensionamento elétrico e a distribuição elétricainterna do contêiner não está em conformidade com a Norma Técnica5410. Tem algumas inconformidades. Não vou comentar aqui, masconstarão do relatório as não conformidades que o Ministério do Tra-balho encontrou.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - O senhor pode-ria depois nos encaminhar esse relatório...

O SR. SERAFIM NETO - Com certeza.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - ...completo ou

parcial porque a gente... Acho que o dia de hoje, Deputado RodrigoAmorim, a gente evoluiu muitas coisas.

O SR. RODRIGO AMORIM - Muito, muito.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - A gente evoluiu

eu o CT estava irregular. Nós evoluímos na questão dos dormitórios,que estavam totalmente fora dos padrões. A gente falou aqui de portade correr, a gente falou aqui de quantidade de pessoas que estavamdentro dos contêineres. Nós falamos aqui da questão elétrica, que foidebatido se deveriam ser dez Amperes ou vinte. E a NHJ falou quetem um entendimento de que equipamentos deveriam ser botados lá.Então, a gente tem diversos fatores aqui em que evoluímos muito, pa-ra chegarmos aí.

Eu, particularmente, quem sou eu para questionar o inquéritopolicial, que foi longo, ouviu a todos, mas a gente veio para cá com ohiato do presidente ao engenheiro. Não entendi muito bem qual foi ocritério adotado aí. Também a NHJ cita sempre a engenharia comoreferência nesse contato, e que, para mim, é óbvio que pode ser di-ferente do Flamengo, mas para mim faz sentido a engenharia tratardesses temas. Então, eu acho que evoluímos bastante, não é, De-putado Rodrigo Amorim? O senhor quer fazer alguma pergunta para oSr. Serafim?

O SR. RODRIGO AMORIM - Acho que já está claro, Sr. Pre-sidente, quando ele estabelece aqui de forma muito... Parabéns pelotrabalho. Eu estava trocando olhares aqui quando a empresa se ma-nifestava. E, para mim, está claro. Na realidade, houve um descum-primento tanto da NR quanto da ABNT. A ABNT se refere à falta dorecheio dos blocos. A gente percebeu de forma muito objetiva ali noque foi estabelecido pela perícia, que tinha apenas um com proteção.Outros não. Material inflamável, confinamento. De fato não tinha amenor necessidade de grade ali, porque era dentro de um ambienteinterno. Então, está equivocado a forma de construção e está equi-vocada a forma de utilização. E, aí, ela tem responsabilidade, sim,porque, quando o Flamengo pede que se monte algo para utilização,que ela sabia, como bem diz ali, que era destinado a dormitório efere uma das normativas que deixa muito claro, como, por exemplo, aquestão das portas de correr, então está evidente, ao meu ver, salvomelhor juízo, a responsabilidade da empresa.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Deputado JorgeFelippe Neto está ausente.

O Sr. Serafim quer fazer mais algum comentário pertinente?Que bom seria se todos fossem iguais ao Serafim, rápido, direto, ob-jetivo...

O SR. SERAFIM NETO - Engenheiro. Engenheiro é cartesia-no. Não tem jeito.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Obrigado, Sr.Serafim. Vamos passar agora a palavra para as vítimas. Quer primeiroouvir o Flamengo? Deputado Rodrigo Amorim?

O SR. RODRIGO AMORIM - De acordo, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - - Eu também

voto de acordo. A gente hoje também tem a possibilidade de ouvir aDefensoria Pública, que tem sido muito importante nesse diálogo dopós. Mas, a gente vai começar aqui ouvindo o Flamengo.

Passar a palavra para o Doutor Rodrigo Dunshee.Dr. Rodrigo, eu já início com algumas perguntas. Todo o

evento aconteceu já na gestão do presidente Landim. E, por sua vez,a gestão já pegou o CT interditado. O CT estava interditado. E comonós ouvimos aqui, da Prefeitura, afixado, inclusive afixado na guarita.Na semana passada, o Clube de Regatas Flamengo, tanto a gestãoanterior quanto a atual, negou que tivesse conhecimento da interdi-ção. Que nos parece até estranho diante da afixação dessa interdi-ção. Então, eu gostaria de saber do senhor se o senhor, como vice-presidente geral e jurídico, tinha conhecimento disso, se houve algumprocesso de transição da gestão anterior para a gestão atual, inclu-sive, com essa situação, e se, após tomar conhecimento, qual foi aação inicial do Flamengo.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - OK. Bom, vamos por partes.Eu sou vice-presidente geral, mas o Presidente estava no

exercício. Então, o meu cargo efetivo é como procurador-geral do Fla-mengo. E eu não tive conhecimento logicamente, porque, a princípio,como advogado, eu aproveito o recesso forense para tirar férias coma minha família. Eu só cheguei no Rio de Janeiro no dia 21, 22 dejaneiro daquele ano.

Agora, embora eu pessoalmente não saiba das coisas, mechamou atenção - e acho que é uma coisa que deve ser consideradapor essa Comissão - o fato de que a gestão passada, todos os mem-bros da gestão passada alegam que não têm conhecimento da inter-dição, uma interdição que foi afixada na porta do CT, em 2017. E nósda gestão atual, muito menos. Quer dizer, se eles não sabem, elesnão poderiam ter nos passado algo que eles não sabem. Efetivamen-te - eu não posso falar sobre transição porque eu estava viajando -,eu acho que o Reinaldo Belotti seria a pessoa mais indicada, o Jaimetambém poderia mencionar se houve. Mas eu li no inquérito que teriahavido algumas conversas. Acho que eles podem esclarecer uma si-tuação que eu não participei. Desculpa perguntar. Teve mais algumapergunta que eu estou deixando passar? Não?

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Não, das queeu fiz, são essas mesmas. Tá OK.

O Sr. Jaime quer fazer algum complemento em cima dessaquestão da interdição? O senhor é Vice-Presidente de Administração;logo, toda a parte administrativa do Flamengo acredito que o senhortenha conhecimento.

O SR. JAIME CORREIA DA SILVA - Boa tarde. Eu sinto quetalvez não vá colaborar muito.

Eu faço parte do Conselho Diretor, como vice-presidente deAdministração. Sou conselheiro já há alguns anos, mas dessa admi-nistração é a primeira vez que eu participo como um Vice-Presidente.Eu entrei para isso agora em janeiro, participar da Administração. Eessa questão lá do Ninho, do nosso CT, eu conheci o CT quando euentrei agora. Tive uma visita lá em 2019. Foi quando eu conheci oCT. Fiz uma visita com o administrador. Um dos Diretores, que era oMarcelo Helman, que trabalhava, ele estava ligado a mim, e eu pedipara que ele... Fui lá com ele me mostrar como é que é, conhecer oCT, conhecer algumas pessoas que tinham alguma coisa ligada à mi-nha, que é administração. Olhei o CT 1, o CT 2 ali. E eu nem percebiessa questão dos meninos que dormiam lá. Eu não tinha esse co-nhecimento. Só vi lá o contêiner aonde tinha uma área administrativa.Essa eu vi porque o Helman, na época, ele tinha lá uma salinha.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Isso foi em que ano?O SR. JAIME CORREIA DA SILVA - Quando teve o incên-

dio.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - 2019?O SR. JAIME CORREIA DA SILVA - 19. Na realidade, eu es-

tive lá dois dias antes do incêndio. Estava tudo normal. Mas eu nãotinha conhecimento, nada sobre essa questão dos meninos. É umacoisa que a gente estava aos poucos tomando conhecimento. Na rea-lidade, os vice-presidentes em geral, com exceção de alguns, que vãoao CT, nós lidamos muito... O trabalho é lá na Gávea. Eu só fui láporque tinha alguma coisa de administração lá e eu quis saber, co-nhecer as pessoas. Foi a primeira vez que eu fui ao CT, e lá eu nãotive como conhecer, como era o funcionamento, a operação, enfim.Por isso que me surpreendeu essa questão de saber que os meninosdormiam, enfim, ficavam lá. Claro que eles treinavam e tal. Agora,que dormia lá eu nem sabia disso.

E, respondendo a essa questão aqui sobre a interdição, nãotinha o menor conhecimento disso, não tinha essa informação. Nós,vice-presidentes, lidamos muito mais lá na Gávea. E isso lá no CT éum pouco separado essa operação lá do CT da gente. Com exceçãode alguns casos, como o meu, que sou administração, que eu estavacomeçando a ver isso lá.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Mas a administração, a vi-ce-presidência de Administração, ela engloba também o CT?

O SR. JAIME CORREIA DA SILVA - Engloba. Isso é verda-de, mas tem o diretor, que está ligado à administração também. Ago-ra, com a nova direção, o Belotti que lida com essa questão opera-cional. E a gente, como vice-presidente, fica pouco ligado, só naquestão por fora. As decisões nós não participamos na operação. Sóna questão... Na nossa reunião, que são às segundas-feiras que nósnos reunimos para decidir alguma coisa de forma geral, mas não ope-racionalmente. Então, lá no CT, pouco se sabe o que está aconte-cendo.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Então, as Vice-Presidências não sabem o que acontece no clube.

O SR. JAIME CORREIA DA SILVA - Em geral, não. Ao me-nos aqueles que estão ligados lá, como é o futebol, futebol de base.Isso sim, estão lá.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, se hoje acabassecom os Vice-Presidentes, não faria a menor falta para o Flamengo.

O SR. JAIME CORREIA DA SILVA - Não, isso lá no CT. Lána Gávea nós temos, nós respondemos pelas decisões. Quer dizer,nas reuniões a gente decide, os vice-presidentes, decide o que estáse fazendo lá no Flamengo. Nós votamos, damos a nossa opinião edecidimos isso. Agora, lá no CT, coisa de futebol, por exemplo, é oque mais tem lá, são coisas que são decididas mais lá, com o pes-soal que está ligado ao futebol.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, fazendo uma ana-logia aqui bem esdrúxula, se hoje tiver uma boca de fumo no Ninhodo Urubu, nenhuma vice-presidência vai saber.

O SR. JAIME CORREIA DA SILVA - Só os que estão lá. Eos diretores, certamente, se tiver algum evento que foge às opera-ções, os trabalhos normais, aí é claro que o diretor vai passar para agente. Mas o CEO é que sabe tudo que está acontecendo em termosoperacionais.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - O senhor tem dever de di-ligência com relação à sua parte, está certo?

O SR. JAIME CORREIA DA SILVA - Sim.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, o senhor não buscou

saber nesse mês que o senhor entrou, até o acidente, o posiciona-mento de cada processo. Não foi deixado documento com o senhor, osenhor não analisou isso nesse mês. Inclusive no período de transi-ção porque, geralmente, entre gestões, existe o período de transição.

O SR. JAIME CORREIA DA SILVA - Era o segundo mês quenós estávamos lá. Janeiro, fevereiro e estávamos começando a definiressa questão de administração, essa questão operacional. Então, nãotinha ainda detalhes desse trabalho. É claro que, depois...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - A gestão anterior não dei-xou documentação com o senhor? Porque você tem um caderno deencargo que passa de gestão para gestão. Você tem uma transiçãoentre gestões. Você tem tudo isso. A gestão anterior não deixou issocom Vossa Senhoria?

O SR. JAIME CORREIA DA SILVA - Não. Isso não tem. Issoa gente foi definir... A nossa administração agora é diferente, tem ou-tra organização. Tem um conhecimento de gestão, que eu consideromuito melhor do que tinha antes, pelo que eu sei. E essas respos-tas... Por exemplo, o Belotti pode responder muito melhor, que ele co-nhece toda a questão operacional de todo o clube.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, a gente conclui quea gestão anterior obstruiu uma transição de forma clara e obstruiu oacesso à informação da nova gestão?

O SR. JAIME CORREIA DA SILVA - Eu não diria que obs-truiu. É falta de uma... talvez esclarecimento, de uma administraçãoque comunicasse melhor. Talvez conhecimento de comunicação egestão. Não é obstruir, ele não impediu da gente... Tanto é que eutive a iniciativa de ir lá visitar o CT, em fevereiro, antes do acidente,por minha própria conta, E lá que eu conheci alguma coisa. Foi quan-do eu vi o CT, vi, enfim, o CT2, que já estava terminada a obra. Eessas informações sobre os contêineres e tal, isso nem sabia queexistia.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Caramba, isso é muito gra-ve. Muito grave. Sabe por quê? Porque o Flamengo é uma instituiçãoúnica. E a continuidade gerencial tem que existir. Porque, por exem-plo, se houve uma fraude contábil e a gestão anterior não enviou pa-ra a atual gestão, fica por isso mesmo?

O SR. JAIME CORREIA DA SILVA - A questão contábil aí éoutro vice-presidente. Aí ele se...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Dando aqui um exemplo,mas qualquer outro tipo de documento fraudulento, qualquer outro. Éde uma responsabilidade tremenda assumir uma gestão sem ter a do-cumentação necessária para se posicionar diante dos fatos relevantesdo clube, né? É um risco. É um risco a que o senhor se expôs, muitogrande.

O SR. JAIME CORREIA DA SILVA - Em casos muito impor-tantes, é claro que a gente conversa tudo isso na nossa reunião, doCOD, Conselho Diretor. Nem tudo precisa se colocar. Mas, coisas im-portantes que têm que decidir nós decidimos ali na nossa reunião.Mas, os detalhes operacionais de cada direção, isso fica a cargo doReinaldo, que é o que decide essas coisas aí.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Vou fazer umapergunta, Deputado Jorge Felippe Neto, até para o Dr. RodrigoDunshee.

Doutor, o senhor foi Presidente do Conselho Deliberativo nagestão passada. Conselho esse que tinha uma Comissão e obras queacompanhou a construção do CT. Mesmo o senhor acompanhando is-so de perto, como presidente, como tendo uma comissão abaixo dosenhor, o senhor não tinha conhecimento da interdição?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Doutor, o Conselho Delibera-tivo é como se fosse uma Casa Legislativa. Essa comissão não au-xilia o Presidente. Essa comissão auxilia os conselheiros. Ela analisaas questões que são submetidas pela Diretoria, pela alçada acima dequatro milhões e meio e que vão à votação do Plenário.

A questão dos alojamentos foi toda feita e deliberada na ges-tão passada. Eu, a única vez que fui no CT antes do acidente, foi nainauguração, com pompa em circunstância, que foi feita naquela épo-ca, em 18. Então, o Conselho Deliberativo tem uma comissão paraum contrato que foi submetido. Qual foi o contrato que foi submetido?Da construção de um módulo enorme, um prédio que é hoje o mó-dulo profissional do Flamengo, que foi feito por um contrato com aLafem, de 26 milhões de reais. E sobre isso essa comissão deve tervisto os projetos todos, e ela pode falar sobre isso.

Mas eu só queria esclarecer: não é o Presidente do Conse-lho. O Presidente do Conselho tem um voto igual a todos os outros2.700 conselheiros.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - O senhor fezuma analogia interessante, que o conselho deliberativo é como se fos-se um parlamento. O senhor se considera, da gestão anterior, umabase da gestão ou uma oposição? Como o senhor era do conselhodeliberativo.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Eu sou uma pessoa do clubemuito antiga. Meu pai foi presidente Flamengo, foi o presidente daépoca do campeonato mundial, sucedeu ao Márcio Braga. Eu comeceino Flamengo a participar lá como uma pessoa bem jovem. Eu nãotenho grupos. Eu sou uma pessoa mais... eu sou uma pessoa inde-pendente. Então, assim, eu fui indicado pelos meus amigos e váriosamigos da situação e da oposição da época. E eu tive uma votaçãoótima numa eleição independente. Então, foi assim. Mas eu não meconsidero nem de situação, nem de posição. No final, acabei aderindoà chapa do Rodolfo Landim, a chapa roxa, e me elegi vice-presiden-te.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - E não tinha umgrupo desse conselho deliberativo que se considerava oposição?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Teve uma pessoa que con-correu comigo na eleição, é isso?

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Não, não. Opo-sição à gestão Bandeira de Mello.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Oposição à gestão Bandeirade Mello...

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Devia ter umgrupo lá de conselheiros que...

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Tinha.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - E esse grupo

não fiscalizava a gestão Bandeira de Mello? Porque o parlamento fis-caliza o Governo.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Todos os conselheiros fisca-lizam a gestão. Então eles participam, é bem... Só que, assim, só emvalores acima de 4 milhões e meio de reais.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Só fiscaliza oque é relativo à parte contábil? E não, por exemplo, à administraçãodo clube?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - As contas, por exemplo, es-tatutariamente, em abril, as contas da gestão têm que ser aprovadaspelo conselho deliberativo. E aí os conselhos vão lá, fiscalizam, tempareceres das comissões independentes, das finanças, conselho fis-cal, várias comissões. E vários outros assuntos: alteração estatutária,contratos acima de 4 milhões e meio de reais, exceto os do futebol.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Mas a adminis-tração do clube em si, ninguém fiscaliza?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Não, hoje se, por exemplo...O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Quem fiscaliza

o CEO? Hoje, por exemplo, se o Belotti resolver o seguinte. Ele sentacom o Landim e fala o seguinte: “Olha só, vamos pegar o campo quetem aqui e vamos fazer, em cima aqui da Gávea e está tudo certo”.Não tem custo, vamos imaginar que não tenha custo. “Mas queremosfazer aqui.”

O conselho não fiscaliza isso? Não tem, por exemplo, umaoposição que vai falar assim: “Não, eu não quero. Eu vou eu achoque isso é errado, vai convocar o conselho”. Não existe isso?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Não. O que existe é o con-selho fiscal que... Nesses valores de alçada do conselho diretor, o re-gime é absolutamente presidencialista. E o conselho diretor pode, emalgumas matérias, serem votadas no conselho diretor. Mas normal-mente o regime é presidencialista e, como o Fred Luz nos disse aí, opresidente assina todos os contratos, chega a ser cansativo.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Existe um conselho fiscal eum conselho de administração?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Existe um conselho fiscal eum conselho de administração.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - O que faz o conselho deadministração?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - O conselho de administraçãotambém é um órgão legislativo, só que a instância do conselho deadministração é de 2 milhões e 800 e até 4 milhões e meio.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Não. O conselho de admi-nistração administra. Ele não é um conselho financeiro só e somen-te.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - E vê mais a parte... Não, não.Não, mas no Flamengo não. Eu vou explicar: o conselho de admi-nistração do Flamengo cuida do orçamento.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - O que também o conselhofiscal faz.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO

��� ����� � ��� � � �� �� ��

����������� � � � �� �� �� �� ���

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Também. E o conselho deli-berativo aprova as contas. Então um faz o orçamento, aprova o or-çamento, fiscaliza as questões financeiras de uma alçada um poucomenor, fiscaliza o conselho diretor e o outro vê questões maiores: ascontas e contratos acima de 4 milhões e meio. Então, assim que estáno está no estatuto. São várias competências divididas e assim fun-ciona. Parece meio híbrido, mas...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Está bom. Mas, com rela-ção à tomada de decisão, ela exclusiva então do CEO desde que nãohaja conteúdo financeiro?

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Ou do Presiden-te.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Seria... É, do CEO se repor-tando ao presidente.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então ele tem o dever es-tatutário de fazer todas as comunicações de tudo que acontece aopresidente e o presidente os conselhos?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Todas as questões na alçadade valor da diretoria, eles podem tomar, mas eles têm que saber queelas estão sendo fiscalizadas pelo conselho fiscal, podem ser glosa-das, podem ser recusadas, pode dizer que está errado, que foi feitauma irregularidade. E aí os, quando forem votar as contas, vão re-provar as contas.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Como advogado com muitomais tempo de carreira do que eu, o senhor não considera arriscadoe altamente recomendável que se assuma uma administração ondevocê tenha informação?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Eu acho que toda empresa eórgão governamental que tem mudança de poder de tempos em tem-pos não pode depender dos novos administradores para prosseguirsua vida. Então, assim, os profissionais do Flamengo é que são aque-la alma do dia a dia do Flamengo. Então, a memória não se perdecom troca de gestão.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Quem nomeia o CEO?O SR. RODRIGO DUNSHEE - O presidente.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Única e exclusivamente?O SR. RODRIGO DUNSHEE - Sim. Admitir e demitir é com-

petência do presidente.O SR. JORGE FELIPPE NETO - E abaixo do CEO?O SR. RODRIGO DUNSHEE - Abaixo do CEO? Não enten-

di.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Os diretores por

exemplo.O SR. JORGE FELIPPE NETO - O diretor de administração

e de meios?O SR. RODRIGO DUNSHEE - Também é o presidente. Qual-

quer funcionário do clube, os departamentos vão indicando ao presi-dente se tem que contratar...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então só existe uma merarelação fiduciária ali? O cara confia, bota o cara. Se ele quiser co-municar ou não ao presidente ou aos conselhos, tudo bem? É issoque é o Flamengo?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Como qualquer empresa, exis-te um nível de autonomia. Tem que ter alguma autonomia, senão aempresa, se for muito engessada, ela não anda.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Disso eu não tenho dúvi-da.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Sim.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Mas relatar algo que você

tomou a sua autonomia e a sua discricionariedade para realizar écompletamente diferente de você engessar, engessar, dar ou não darautonomia. Certo?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Certo, mas eu não entendi di-reito. Assim, nós estamos falando muito na parte de princípios, nãoé? De gestão.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Eu só quero saber o se-guinte: o responsável pela tomada de decisão pode ser um fulano “a”,“b" ou “c", nomeado, indicado, pelo presidente. E ninguém tinha deverde fazer as comunicações aos conselhos de administração e delibe-rativo. O conselho basicamente não segue uma pauta junto do CEOou da estrutura funcional do Flamengo, ele inventa o que fazer?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Não. A diretoria, até onde eusei, sempre passa as diretrizes gerais da gestão, para serem execu-tadas pelos diretores. E cobra depois os resultados. O Flamengo éauditado...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - E os diretores... E é claroque tem o movimento inverso. Os diretores informam desses resul-tados para o Flamengo.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Sim.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Como são feitas essas... é

ata de reunião, é e-mail, é por vários meios. Como é que é feito is-so?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - A documentação, existe a do-cumentação contábil e as comunicações internas. E os executivos, detempos em tempos, vão na diretoria e dão conta, relatam o que estáacontecendo, como é que está acontecendo, como é que está sendo.Especialmente, uma coisa importante, que sempre tem exposição, é aquestão das finanças. Como estão as finanças, como não estão.

Outra questão que é explicada são novos contratos, coisasimportantes que estão acontecendo. Mas, tudo dentro dessa alçadada diretoria. Quando é um valor superior, o conselho diretor propõe,mas tem que ser aprovado por conselho superiores.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Por exemplo: independen-temente do valor, um contrato de alojamento - da compra desses con-têineres - não passou por nenhum conselho?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Teria... eu não estava lá noconselho, então eu não tenho certeza se passou ou não passou. Teriaque olhar essas atas do conselho diretor da época.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Mas é acima de4 milhões que passa pelo conselho, não é isso?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Não, mas, no conselho diretor,contratos de menor valor podem ser submetidos ao conselho.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Entendi.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Mas quem assina?O SR. RODRIGO DUNSHEE - Quem assina é o presidente,

sempre. Agora, um contrato da NHJ, tem que olhar essas atas. Eu teconfesso que eu não tive essa curiosidade de saber se foi aprovadopelo próprio conselho diretor.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Além do senhor, existe maisalguém da atual administração do Flamengo que estava na gestão an-terior?

O SR. RODRIGO DUNSHEE - O vice-presidente geral, Mau-rício Gomes de Matos. Ele era o vice-presidente geral do Bandeira deMello. Alexandre, você lembra de alguém mais que tenha prosseguidosem ser eu e sem ser o Maurício? Não, dos funcionários, houve...(Pausa)

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Não, não. Dos vice-presi-dentes.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Que eu me lembre, é o Mau-rício Gomes de Matos. (Pausa)

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Então, quem?O SR. RODRIGO DUNSHEE - O Landim foi vice-presidente,

o Valim.O SR. EDSON CÂNDIDO DE MATOS - Eu posso fazer um

questionamento aqui, rapidinho?O SR. JORGE FELIPPE NETO - Ou seja, a maioria dos vice-

presidentes se manteve na gestão ulterior?O SR. RODRIGO DUNSHEE - Não. São dois mandados

completamente diferentes e duas lideranças completamente diferen-tes.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - É, quem ficou ejá saiu: foi o Valim, BAP ficou uma parte do outro...

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Valim, BAP, Landim,Dunshee, Wrobel...

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Houve um racha...O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - O Wrobel não.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Não, não, não.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - O Dunshee erado conselho deliberativo. Mas também não era do anterior? Eu achoque o senhor está entendendo. Vamos só passar a palavra para o...

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Não. Mas não são gestões,completamente, diferentes. Resguardam-se similaridades entre uma eoutra...

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Não, são ges-tões que disputaram a eleição. Então, assim, houve um combate...

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Que ocasionalmente disputa-ram a eleição. Mas, que também disputaram eleição juntos na eleiçãoa n t e r i o r.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - É PSL versusAliança. Bom, doutor, vou passar ali para o Seu Edson.

O SR. EDSON CÂNDIDO DE MATOS - - Não vou tomar mui-to tempo seu não.

O SR. ALEXANDRE KNOPLOCH - Seu Edson, o senhorsempre faz a pergunta para a Presidência, por favor.

O SR. EDSON CÂNDIDO DE MATOS - Está. Eu queria per-guntar para o Jaime que ele falou que não tinha conhecimento e nãoconhecia os meninos da base. Eu queria perguntar a ele se ele co-nheceu Vinícius Júnior, Paquetá, Reinier. E vou emendar uma pergun-ta para o Dr. Rodrigo Dunshee: onde que foram os critérios, quaisforam os treinos que ele acompanhou, que ele deu um parecer natelevisão que os nossos filhos não chegariam ao profissional do Fla-mengo? É só isso que eu quero saber.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Vou perguntarprimeiro para o Sr. Jaime. O senhor disse desconhecer o alojamentodos jovens lá.

O SR. EDSON CÂNDIDO DE MATOS - Não. Ele disse nãoconhecia os jovens que ficavam no alojamento. Aí eu perguntei a ele.Porque, se ele é administrador, ele não conhece as estrelas do Fla-mengo? Os nossos filhos para ele então não tinham valor nenhum.Porque o valor é o que é vendido. Porque os nossos filhos infeliz-mente para o Flamengo eram um bom negócio. Agora já é despesa.É diferente agora.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Sr. Jaime, comoé que o senhor tinha acesso à informação... O futebol talvez seja omaior patrimônio do Flamengo. É inegável isso. O Flamengo tem tudoque tem graças ao futebol. Não é graças à regata nem ao vôlei en-fim. É graças ao futebol. O Flamengo tem um histórico de ser o queé graças à categoria de base.

O senhor disse aqui que - e aí o senhor pode até corrigir -que não conhecia muito bem a estrutura de base, inclusive sobre osalojamentos e, por sua vez, as pessoas. Primeiro, o que o senhor co-nhecia de base e principalmente desses jovens? E, segundo, se o se-nhor não tinha a menor ideia de que o alojamento deles era ali, ondeo senhor imaginava que era o alojamento dos jovens?

O SR. JAIME CORREIA DA SILVA - Bom, primeiro vale dizerque eu entrei para a administração em janeiro. Antes de janeiro, de-zembro de 2018, eu não tinha conhecimento de nada da administra-ção anterior. Não tinha acesso a nada. De jogadores, de base. O queeu... lhe respondendo. Esses jogadores, Vinícius Jr., Paquetá e tal, eutinha o conhecimento como todo torcedor tem. Eu nem conhecia elesnão. Eu não ia lá.

Então, eu nunca tive contato nem com os profissionais. Hoje,eu não tive contato com nenhum ainda. A gente pouco vai lá. Co-nheço como todos vocês conhecem. Porque eu estou começandoagora. Quem tem mais contato com os jogadores e com essa partedo CT são o vice-presidente de futebol, o vice-presidente da base.Esses conhecem todos com certeza. Respondendo a sua pergunta,seria o vice-presidente de futebol ou de futebol de base. Eu não tivecontato com nenhum deles ainda.

Qual a outra pergunta?O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Onde o senhor

imaginava ser o alojamento do...O SR. JAIME CORREIA DA SILVA - Olhe, eu, quando fui lá

no CT, eu vi as obras, o CT2, que foi uma coisa fantástica aquelaobra. Gostei de conhecer. E eu estava conhecendo o CT. Então, essaparte... os contêineres ficavam logo na entrada ali, do lado esquerdo.Eu não conhecia aquilo, nem vi. Eu não sabia mesmo que eles sealojavam ali. Eu sabia que eles usavam aquilo.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - O senhor ima-ginava que o container poderia ser qualquer coisa. Poderia ser es-critório...

O SR. JAIME CORREIA DA SILVA - Que eles fossem paralá, por exemplo, fiquem lá ao longo do dia e depois fossem para umhotel ou alguns, que moram fora do Rio de Janeiro. Não tinha essaideia. A gente não tem essa coisa formada não.

Vocês que são pais, claro, sabem muito mais do que a genteo que ocorre lá com os meninos. A gente... Claro que, se eu fosse deoutra administração, eu teria essa resposta. E como hoje eu tenho.Eu fui lá outras vezes. No dia do acidente, quando eu soube que es-tava... eu fui para lá de manhã. Foi numa sexta-feira parece. Eu es-tive lá acompanhando. Aí eu comecei a conhecer o que era. Ali, dalipara cá que eu comecei a conhecer. Deu para esclarecer? Se tiveralguma pergunta, eu posso...

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Não, não. Sópassar para o Dr. Rodrigo. O senhor chegou a, em alguma mídia, ci-tar que não tinha perspectiva desses meninos serem profissionais oufossem jogar pelo Flamengo, não importa, mas que eles viessem aevoluir? Porque é importante a gente ter esse entendimento até comouma resposta a diversas indagações com relação a esse ponto es-pecífico.

É óbvio que esta Comissão não vai entrar no mérito de va-lores de indenização, isso não cabe à gente. Mas, é importante agente criar alguns parâmetros, até para a gente entender onde vai aboa-fé ou não do Flamengo. Isso também são elementos importantesde indiciamentos e tudo mais. Então se o senhor puder responder porf a v o r.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Ok. Sr. Edson, não é? Inclu-sive, Sr. Edson, eu queria dizer o seguinte. Outro dia eu estava emcasa, cheguei em casa, foi no dia em que eu acho que o senhor deuuma entrevista ou foi aqui que foi a sessão. O senhor perguntou co-mo é que eu dormia, o Landim e o Marcos Braz.

E eu recebi esse recado do meu filho. Eu cheguei em casa,ele me mostrou. E o senhor atingiu seu objetivo até mais, porque nãochegou só a mim, chegou ao meu filho.

Quero dizer para o senhor o seguinte. Eu, pessoalmente, co-mo Rodrigo, eu não me sinto responsável por isso. Eu era um vice-presidente jurídico, um advogado, que não participei em nada da si-tuação que causou a morte do seu filho. A gente tenta entender osofrimento do senhor, mas é impossível. Porque talvez, se eu tivesseperdido meu filho, que é meu filho único, não sei se o seu... Era seufilho único também, não é? O Pablo.

O SR. EDSON CÂNDIDO DE MATOS - Era. Era ele e minhafilha.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Pois é. Talvez eu não tivessemais razão de viver. É uma situação muito dolorosa. E, assim, aquicomo Rodrigo, embora eu não tenha nada a ver com a morte de seufilho, eu só posso pedir perdão, para todos vocês. Porque a gente éhumano. Mas eu sou advogado do Flamengo. É muito normal as par-tes atribuírem ao advogado uma relação de que: “Pô, esse cara nãovale nada”. Mas não é. A gente tem alma.

Queria só dizer para o senhor para complementar - que eudisse outro dia é que o Flamengo não... embora eu saiba que o se-nhor... Aliás, se o senhor quiser brigar comigo ou qualquer um de vo-cês, eu vou receber e vou dar a outra face, porque os senhores estãosofrendo, muito mais do que eu já sofri na minha vida.

O SR. EDSON CÂNDIDO DE MATOS - Nós não estamosaqui para brigar não. Nós estamos aqui para saber a verdade.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Só garantir apalavra. Por favor, Dr. Rodrigo.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Eu não fico chateado. Jamaisvou ficar. Então eu quero dizer que eu não disse que o filho do se-nhor ou de nenhum dos senhores chegaria. O que eu disse é o se-guinte, que eu me lembro: é que para Flamengo - ou eu, no caso, oua diretoria, no caso a diretoria - não estaria considerando a estatística- isso foi a minha participação que eu me lembro - para fazer essas

propostas. Porque, se fossem consideradas as estatísticas, eu nãocomplementei. Mas a gente estava fazendo essas propostas muitoacima dessas estatísticas, foi isso que eu quis dizer. Obrigado.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Sr. Presidente, posso?O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Pois não.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Só fazer um registro aqui,

porque eu acho que é um consenso geral, Dr. Dunshee, que a in-denização, se é crime, se não é crime, se é dever de indenizar porato lícito ou se teve dolo eventual. Está faltando uma aula de huma-nidade para o Flamengo. Está faltando. Não nos cabe dar essa aulanão. Eu só quero fazer esse registro para uma reflexão.

Porque para mim é incrível alguém ter que pedir autorizaçãopara acender uma vela para o filho, com ou sem jornalista e tal. Eacho que quem está dando essa margem também para os advoga-dos, até as famílias tomarem conta dessa situação e os apelos e tal,é o próprio Flamengo, por conta desse decurso de prazo de um ano.Eu acho que essas questões vocês podem resolver fora daqui, foradaqui. Mas essa reflexão é fundamental ser feita.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Não, eu concordo. Essa ques-tão do CT, eu assisti pela televisão, a doutora solicitou aqui e houveuma solução. Eu acho que o Reinaldo Belotti é quem pode falar so-bre isso, porque foi a decisão tomada aqui, surgiu aqui. Ele está mui-to mais apto do que eu.

Sobre todas as questões, o que eu quero dizer é o seguinte,do ponto de vista humano, eu também acho que a gente... Eu gos-taria até de falar um pouquinho.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Pois não.O SR. RODRIGO DUNSHEE - Quando aconteceu essa tra-

gédia, o Landim chamou todo mundo. Ele tem experiência nessaquestão de gestão de crise, porque já passou por uma crise na Pe-trobras. E aí ele disse: “olha, prioridade - prioridade - do que a gentetem que ter”, aí colocou um Grupo de Trabalho, “a prioridade são asfamílias”.

E aí esse grupo se dedicou a trazer as famílias e tentar fazeraquilo da melhor maneira. Eu não vou nem me alongar, porque nãotem como fazer da melhor maneira, é muito difícil. Traz a família, temfuneral, tem situação, tem hospital, tem milhões de coisas muito di-fíceis, mas foram feitas satisfatoriamente pelo Flamengo.

O que eu acho que possa ter acontecido e que a gente quermelhorar é o seguinte: com o tempo, os contatos foram rareando. Osatendimentos psicológicos que foram colocados à disposição pelo pú-blico se resumiram, até onde eu sei, a três famílias, hoje em dia. E oFlamengo, o que eu recebi agora recentemente é que, próximo doaniversário de 1 ano, vários familiares falaram que o Flamengo nãoestava mais presente, que não tinha feito uma ligação, que não pro-curou.

E eu procurei saber do Flamengo, das pessoas do Flamengo,recursos humanos e todo mundo que estava trabalhando em cima dis-so, se havia alguma reclamação das famílias, se havia algum e-mailou algum WhatsApp não respondido, se tinha alguma questão, algu-ma solicitação, alguma família insatisfeita formalmente, se alguém ti-nha falado alguma coisa. Não, não tinha.

Então, quando eu soube dessa reclamação, nós soubemosda diretoria, foi próximo ao aniversário de um ano. Nós, então, reu-nimo-nos e fizemos uma comissão, uma comissão de relacionamentocom as famílias, com três vice-presidentes. O vice-presidente de em-baixada, o vice-presidente de futebol de base e o vice-presidente deresponsabilidade social.

Esses três vice-presidentes vão formar um grupo para estarmais presente. Para usar as embaixadas do Flamengo, que têm a ca-pilaridade por todo o Brasil, para estar mais presente. O Flamengo vaiconvidar mais essas famílias, vai combinar mais coisa. Eu acho que,independentemente dessa questão indenizatória, tem o lado humano.E, se nos faltou, de alguma forma, por mais que não houvesse algumpedido desatendido, faltou, acho, que ao Flamengo esse olhar. E, co-mo houve essa reclamação, a gente acordou e vai dar o atendimento.O melhor possível. Vamos tentar combinar e tentar separar as coisas,entendeu? Uma coisa é a financeira, e ninguém quer colocar valor nofilho de ninguém; e outra coisa é humana. Eu acho que a gente podetentar conciliar essas duas coisas. No dia que a gente conseguir con-ciliar essas duas coisas vai começar a melhorar muito as duas.

Obrigado.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Doutor, antes de

passar para os senhores, a Dra. Cíntia, da Defensoria, tem outroscompromissos. Dra., a senhora quer fazer alguma intervenção queache necessária agora, nessa situação aqui Flamengo e, também,com relação às famílias? Alguma pergunta ou até algum posiciona-mento da Defensoria, alguma coisa que a senhora acha relevante pa-ra nós colocarmos aqui?

A SRA. CINTIA GUEDES - Não. Na realidade, eu não vim naoutra audiência, que foi na semana passada, mas o promotor que es-tá junto com a Defensoria, que entrou com ação junto conosco e queparticipou das negociações, o Dr. Pedro, ele veio e ele me disse queexpôs todo... Como foram as primeiras negociações, como foi a câ-mera de composição de litígio, porque que não deu certo etc. Então,eu não vejo necessidade. Se houver necessidade, se os Deputadosquiserem mais algum esclarecimento sobre isso. Porque ele me disseque fez todo um relato detalhado da nossa participação.

E, depois disso, o que eu poderia acrescentar é que nóscontinuamos buscando, até individualmente, com o advogado que estápresente aqui, um acordo em relação às famílias. Não foi possível.

Nós acabamos ingressando com uma ação, que houve o de-ferimento da liminar, para pagar os R$ 10.000,00. E, ontem, nós en-tramos com o que seria o pedido principal, foi distribuído ontem à noi-te, hoje, não sei se o juiz vai publicizar, enfim, se a imprensa já estáciente disso. Mas, buscando justamente a indenização. Tanto dos fa-miliares dos falecidos quanto dos sobreviventes, até o advogado deum dos meninos sobreviventes já veio me procurar hoje, porque queringressar na ação junto com a Defensoria.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - Sr. Presidente, eu tenho sóuma pergunta para a Defensora.

A DRA. CINTIA GUEDES - Pois não.O SR. JORGE FELIPPE NETO - Doutora, vosso cargo lhe

permitiu o acesso ao inquérito criminal? A senhora teve acesso aoinquérito criminal?

A DRA. CINTIA GUEDES - Não, eu tive acesso ao relatóriofinal do inquérito.

O SR. JORGE FELIPPE NETO - A senhora concorda comaquele relatório e substancialmente com aqueles indiciamentos? A se-nhora teria alguma coisa a acrescentar a isso? Uma questão alter-nativa mesmo.

A DRA. CINTIA GUEDES - É, eu sou defensora pública daárea cível, eu não trabalho na área criminal, Deputado. Então, eu nãoposso nem dizer se eu concordo ou discordo. O relatório aponta si-tuações que geraram negligência, imperícia, desleixo, omissões.

Então, para mim, que estou atuando basicamente na questãodas indenizações das famílias, nós esperamos o relatório até para fa-zer essa ação principal, essa ação coletiva, porque ele nos apontasubsídios que mostram o grau de culpa do clube. Isso é importantepara a gente enquanto questão cível. Mas, eu não posso dizer se euconcordo ou se eu discordo, porque eu não acompanhei as investi-gações. Eu acho que isso é a promotoria criminal quem vai fazer.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Eu quero agra-decer à Defensoria, e nos colocar à disposição. Se quiserem algumdocumento que a CPI tenha, podemos fornecer de forma até célere.

E, antes de continuar, Dr. Rodrigo, quero fazer uma suges-tão. Essa Casa tem, por tradição, o diálogo. Aqui, é uma Casa deacordos, tanto é que o Dr. Belotti fez o acordo do senhor Edson paraestar lá, como efeito de sugestão, que eu acho válido.

Sabemos que o calendário do futebol do time profissional émuito corrido. O Flamengo esse ano vai ter mais jogos, provavelmen-te, do que teve no ano anterior, devido ao êxito do ano que passou.Eu acho, não sei se o time sub-20, não sei se o time Master poderia,mas eu acho até pelo apelo da torcida do Flamengo, que está 100%do lado das famílias, que o Flamengo poderia organizar um jogo noMaracanã, um jogo no Maracanã, pode ser com os Masters, não im-porta.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO����� ��� �

�� �� �����

��������� � �� ���� �� ����

Tenho certeza de que a torcida do Flamengo pagaria os in-gressos, lotaria o estádio, o estádio hoje com capacidade para 65 mil.Enfim, e essa renda fosse toda revertida para as famílias, indepen-dentemente das indenizações, como uma forma de humanidade, comoo senhor bem disse aqui. Tenho certeza de que ajudaria também asfamílias de alguma forma.

Então, fica aqui como uma sugestão, independentemente dotime que vai ser, se vai ser o Master...

O SR. RODRIGO AMORIM - Excelente ideia.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - ...se vai ser o

time de anciões do Flamengo, não importa. Tenho certeza que... Comcerteza... Aliás, eu tenho a plena convicção de que a torcida vai lotaro Maracanã.

O SR. RODRIGO AMORIM - O esforço seria muito bacanado Flamengo.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Pois é. Se oscustos do Flamengo para esse jogo, sei que tem custo de segurança,a Casa se coloca à disposição de conversar com todas as empresasque estiveram envolvidas, todas.

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente, em dez jogos,por exemplo, com a pipoca clandestina que o Flamengo comercializano Maracanã, irregular, ela arrecadou quase um milhão de reais. Sócom o valor da pipoquinha, o Flamengo já conseguiria, obviamenteque não é uma cifra que vai reparar a dor de absolutamente ninguém,mas conseguiria, por exemplo, prestar uma maior atenção e destinaresses recursos às famílias.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Pois é, eu achoque nós teríamos uma renda legal, uma renda boa. É óbvio que osenhor não tem como dar resposta agora. Só como sugestão e terum compromisso de que a diretoria do Flamengo vai pensar, vai pen-sar em fazer um evento como esse. Nós temos jogadores aí que jáestão aposentados e, com certeza, teriam o maior prazer de gratui-tamente fazer isso.

Inclusive, esta Casa teve entendimento ontem de que se oFlamengo não quiser fazer isso, nós vamos procurar jogadores comoo Zico e tantos outros e vamos usar as atribuições que são da Alerjjunto ao Governo do Estado para requerer o Maracanã para fazer es-se jogo. Mas, seria muito mais bonito se o Flamengo fizesse isso, atépor uma questão de humanidade e, também, uma ajuda. Nós estamosvendo que são diversos pais que vieram de longe. São pessoas sim-ples. Então, eu acho que seria de bom tom.

Voltando aqui à questão do fatídico dia. A gente chegou adiversas conclusões, a interdição, da questão do container, enfim, jácitado aqui. Se o senhor me permite e não quiser acrescentar maisnada, eu vou passar a palavra para as famílias, para que elas pos-sam também expressar todo o sentimento delas desde aquele dia etudo mais...

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente...O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Eu vou só pedir

para as famílias entenderem que aqui não é um tribunal de inquisi-ção. Eu estou acreditando, se o Flamengo está aqui, independente-mente de qualquer coisa, é porque, de alguma forma, ele quer voltara ter o diálogo. Então, vamos aproveitar a oportunidade para ter odiálogo e tentar chegar a uma solução para todas. Inclusive, até paraos advogados que representam, para termos esse entendimento deque nós estamos aqui todos de boa vontade para tentar evoluir nes-sas questões.

Vou passar a palavra aqui. A senhora Alba queria falar. Se-nhora Alba, por favor.

A SRA. ALBA - Boa tarde.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Boa tarde.A SRA. ALBA - Eu quero perguntar: vocês esperaram um

ano para acordar?Eu gostaria de saber, porque eles esperaram um ano para

acordar e há um ano que a gente não dorme. Eles inauguram o CT.Em 2018, ainda não estava pronto. Nossos meninos chegaram no Ni-nho com alojamento sem armário. Mas, os nossos filhos puderam irpara um alojamento sem armário e o profissional não pôde ir para oalojamento sem estar pronto. Qual é a diferença? Eles são humanos.Eram meninos, gente, iguais aos outros.

Então, eu acho assim: se tem que esperar um ano paraacordar, ele não leem jornal, não leem revista? Porque a gente, o anotodo, falou que a gente não teve um contato. A gente conheceu opresidente Landim, no Maracanã, assim mesmo, só deu boa noite. Eeu acho que um time tão grande não tem um presidente para ele virfalar? Manda sempre vice e advogado. Por que que ele não pode vir?E eu queria perguntar diretamente para ele como é que ele deita edorme todos os dias.

Eu queria perguntar para ele. Para nenhum de vocês, não.Porque ele é o presidente. Por que que ele nunca vem nas entre-vistas? Não foi naquele hotel lá no Rio? Uma vez só, assim mesmopassou, foi embora. Eles acham que a gente só quer... Eu não querodinheiro, não. Porque dinheiro a gente queria para gastar com nossosfilhos.

Com certeza, a gente como pai, e muitos ali do Flamengosabiam que ali tinha meninos que iriam ser jogadores. Muitos. Mas,agora, porque faleceu, vai falar que nenhum iria virar jogador? É mui-to fácil falar, porque não vai saber mesmo, não é?

E para o Sr. Jaime, os contêineres não existiam, porque naplanta ali era um estacionamento. Então, o senhor nunca iria saberque os contêineres existiam desistir, porque na planta ali era um es-tacionamento. Então, eles não faziam parte da planta. Obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Quem mais?Para podermos fazer um acúmulo e vamos repassando.

O Dr. Carlos esteve conosco na última audiência. Relatouque o seu cliente foi uma vítima que está em vida, está no interior,não é isso, Dr. Carlos? Relatou também algumas situações de ques-tão de saúde dele, até sobre o histórico escolar, se eu não me en-gano. Eu acho que o senhor pode perguntar aqui para nós. Depoisrepassamos. Porque eu acho que é até uma coisa simples que o Fla-mengo pode resolver até de forma rápida.

Por favor, passo a palavra para o Dr. Carlos.O SR. CARLOS - Exatamente, Sr. Presidente. Boa tarde a

todos. Buscando aqui o ensejo e as palavras do Dr. Rodrigo, em re-lação ao lado humanitário, eu quero trazer exatamente esta questão.

Faço um apelo para que o Flamengo faça chegar às mãosda Dona Carla, que é a mãe do Naydjel, o histórico escolar, tantasvezes requerido e jamais atendido. Então, eu faço chegar a V. Exa.este apelo, buscando realmente um reconhecimento e um trato maishumanitário nesta questão.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Obrigado, Dr.Carlos. Vamos ouvir mais alguém, porque aí nós já juntamos um blo-co com três e repassamos para o Flamengo. Vou passar para o se-n h o r. . .

O SR. DARLEI PISETTA - Darlei.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Desculpe, Sr.

Darlei. Sr. Darlei, por favor.O SR. DARLEI PISETTA - Eu quero primeiro pedir desculpas

ao Deputado pela forma que eu me exaltei antes.O SR. RODRIGO AMORIM - De forma nenhuma.O SR. DARLEI PISETTA -Eu acho que eu não estava pre-

parado para ouvir um termo daquele. Quem é pai, eu acho que sabedo que eu estou falando. Eu quero dizer ao Sr. Jaime, é Jaime, nãoé? A grandeza do Flamengo pela torcida, pelo clube, pela história doFlamengo, é lamentável, Sr. Jaime.

Eu acho que foi, assim... Faltaram-me palavras agora, maseu acho que o senhor dizer que não conhece o CT, que após um anoo senhor está conhecendo o clube, é, assim, um desrespeito com agente até. E com a torcida do Flamengo. Eu garanto que o Flamengo,a torcida do Flamengo não quer isso do senhor.

Quer, sim, que o senhor fiscalize, que o senhor esteja pre-sente, não seja uma figura. A estátua já tem lá, do Zico, lá na frente.Não precisa de mais uma estátua. Talvez, a dos nossos meninos lá.Isso, sim, talvez precise. Mas, tudo bem. Eu acho que faltou sensi-bilidade para o Flamengo.

Eu sempre prezei pela verdade. Sempre que eu procurei, euprocurei não, a imprensa me procurou, sempre procurei falar a ver-dade. Eu estou sentindo nisso uma mudança um pouco no Flamengo,

por conta do Dr. Rodrigo. Eu tive que procurá-lo, mas ele me res-pondeu. Três vezes. Isso já aconteceu. Mas, por parte do presidentenão existe isso.

A gente quer realmente a palavra de quem tem a caneta namão, de quem tem o poder. E quem possa decidir mesmo. Tenho cer-teza de que eles estão com dor no coração também, que eles estãosentindo o que nós estamos sentindo. Mas, por que o presidente Lan-dim não está aqui?

Então, deixo só mais duas palavrinhas. Acho que falta hu-mildade para reconhecer, tipo assim: “não, nós erramos, vamos con-sertar”. Estão fazendo isso agora, pelo que o senhor nos comentouaqui. Tomara! Tomara que isso aconteça. E façam o simples. Se fos-se feito o simples desde o início, já estava resolvido. Se fosse feito osimples desde o início, nós não estaríamos aqui. Já são quase seishoras que estamos aqui, ou cinco horas, sei lá.

Então, este é o meu recado. Obrigado.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Tivemos a per-

gunta do Dr. Carlos. Ah, depois vamos voltar para fazer...(FALA FORA DO MICROFONE)Pois não.O SR. EDSON CÂNDIDO DE MATOS - Rodrigo, igual você

falou que está...O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Só se refere

sempre, senhor...O SR. EDSON CÂNDIDO DE MATOS - Ah, sim. Desculpe,

desculpe. É porque o que acontece: no seu caso, por exemplo, o ga-roto que ele representa está sem o histórico. Eu, há um ano que euestou lutando, por causa dos documentos do meu filho.

Um ano, dia de 8 de fevereiro fez um ano. Mandei diversasmensagens para Gabriela, a Gabriela me retornou terça-feira passada,não é doutora? Quinta-feira. Aí já tinha um ano e alguns dias. Pas-saporte, cartão de vacina, segunda via de carteira dele que ele guar-dava, a documentação do meu filho foi só liberada aqui. Não sei nemcomo foi liberada, porque ele tinha essa segunda via de identidade,que eles liberaram o corpo dele. O Flamengo está tentando reparar?Está. Mas, o Flamengo nunca meu de um telefonema. Nunca! Nãorecebi um telefonema de qualquer diretor que seja do Flamengo. Nun-ca! Nenhum diretor nunca me ligou.

Eu falei semana passada e torno a repetir, eu fiquei sabendoque meu filho tinha falecido pela mídia. Ninguém do Flamengo ligou efalou: Sr. Edson, aconteceu isso, aconteceu aquilo, seu filho morreu.Ninguém! Mas na hora de me ligar cobrando documentação, que tiveque perder dois, três dias de serviço para tirar o passaporte e elaperder, aí sim eles me pressionavam. Mas por que hoje eles não ten-tam, por favor, acabar um pouquinho com essa dor minha? Gente, éigual o Pisetta falou: vamos fazer o simples? Lá atrás nós não “pre-cisava” ficar com essa dor que nós estamos aqui. Agora vou falar,vocês me desculpem, muitas vezes a gente não sabe pôr as pala-vras, mas eu torno a falar e falo todos os dias, meu filho não tempreço, o meu filho não tem preço, o meu não. Esperei ele 40 anos econvivi com ele 14.

Novembro do ano passado ele fez 15 anos, pergunta se adiretoria do Flamengo lembrou de Pablo Henrique. O Jorge está fa-zendo hoje aniversário, estaria. Pergunta se alguém do Flamengolembrou hoje do Jorge. Ninguém. Ninguém. Não são filhos. Nós queperdemos, que estamos com a dor, nós que perdemos, nós não va-mos ter mais não. Aquele beijinho no rosto, aquele telefonema “ben-ção pai”, acabou, nós não temos isso mais não. O travesseirinho, osono, só Deus sabe. É oito seis comprimidos de manhã, oito, seis denoite para dormir. Entendeu? É umas coisas que vai chateando, vaiminando a gente. “Ah, porque o Flamengo está dando todo suporte”.Como é que o Flamengo me deu suporte se meu filho morreu 5 ho-ras da manhã do dia 8, eu recebi ele 16h40, do dia 9? Eu fiquei sa-bendo que meu filho morreu através da mídia. Então, isso não existede suporte. Infelizmente, não existe esse suporte. Estou falando pormim, pela minha esposa, meus netos, a minha família. A respeito de-les eu não posso falar, eu falo por mim.

Só que, infelizmente, Flamengo, continuo falando, instituiçãogrande, um clube gigante, não tem precisão de nós passarmos namão do Flamengo o que nós estamos passando. Não tem precisãodisso. Infelizmente, nós estamos passando humilhação, que eu nãocriei meu filho e não queria isso pra ele. Eu estou tendo que vir numaCPI para “mim” saber se meu filho tinha algum valor para o Flamen-go. Eu vou ter que enfrentar juiz, não sei quem, para saber o valor davida do meu filho.

Eu tenho 54 anos, vou fazer 55. Eu não tenho estudo não,mas tenho orgulho da minha profissão. Criei eles tudo assim. Edu-cando, cobrando, a mãe cobrando, então eu falo para vocês: gente,quem tem seus filhos abrace, beije, porque eu não tenho mais o meu.Eu não tenho mais. Eu não tenho, a Dona Alba não tem, o Christiannão tem, o Pisetta não tem. Então, a CPI é para isso. Não é para agente chegar aqui e mentir, falar que “ah, fulano...” Não, gente. Va-mos pôr os pingos nos “is”. Vamos pôr os pingos nos “is”, por que oque acontece? Esse sofrimento meu eu peço a Deus que não acon-tece igual ao meu filho. Eu vou carregar ele para o caixão. Eu recebimeu filho e nem sabia se a cinza era dele. Então pronto. “Ah, re-conheceram por causa do PH”. Quantos PH têm no mundo? QuantosPH tem dentro do Flamengo? É difícil. A vida é muito difícil. Obri-gado.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Obrigado, Sr.Edson.

Vou passar agora às perguntas para o Flamengo, que foramcolocadas aqui. Antes de mais nada, gostaria de fazer um breve co-mentário. Eu sou flamenguista, flamenguista roxo, sócio torcedor, con-fesso até que nem precisaria ser sócio torcedor, porque tenho diver-sos amigos que têm camarote no Flamengo, no Maracanã, me cha-mam, tudo, mas faço questão de ajudar o clube. Sempre fui muitobem tratado quando precisávamos conversar com o Flamengo, atra-vés do Sr. Alexander Santos, o Sr. Belotti sempre presente aqui, in-clusive na semana passada, no qual não tinha sido convocado, eleesteve presente. Agora, deixo aqui registrado que todas as vezes queencontrei com o Presidente Rodolfo Landim era notória a prepotênciana cara dele. Então, assim, isso não estou falando pelas famílias, es-tou falando por mim. Dr. Rodrigo Dunshee está aqui, vi total boa von-tade de resolver, desde 11 horas da manhã, eu sei que é cansativo, eé isso que faz a gente ter convicções perante as pessoas.

Dr. Landim não está aqui, porque foi um acordo que nós fi-zemos, a gente sempre vai cumprir qualquer acordo, mas deixo claroque às vezes a gente em mudar, ainda mais na figura de gestor, aforma de lidar, porque o impacto que a gente causa é muito grande.

E aproveitar, diante da pergunta do Sr. Carlos, do históricoescolar, que acho que é uma coisa simples, talvez o Flamengo con-siga de forma mais fácil, a Sra. Alba também que colocou ali até aquestão da humanização de estar próximo do Flamengo em datas,tem datas que são complicadas, aniversário dos filhos, Dia das Mães,Dia dos Pais, poderem estar sentindo o filho mais próximo e os úl-timos anos os filhos deles não foram com eles, foram com o Flamen-go.

Então, passar a palavra para o Dr. Rodrigo para ver comopode ajudar, Sr. Carlos e Sr. Darlei, que colocaram aqui de formamuito clara. Veja que a reclamação sempre é a mesma. Nenhumadas famílias aqui está falando de valores, todas estão falando da faltade assistência humana que o Flamengo poderia ter com elas e nãotem.

Só para finalizar, que a gente pudesse destinar uma data, Dr.Rodrigo, daqui a um mês, daqui a um mês e meio, só para a genteter a resposta do Flamengo com relação a se a gente consegue fazeresse jogo. Se o Flamengo falar “não consigo”, a gente aqui na Casavai conseguir esse jogo, de uma forma ou de outra. Não vai usar tal-vez a camisa oficial do Flamengo, que é o que nós gostaríamos, masusar um vermelho e preto qualquer, mas que represente de algumaforma para poder fazer essa forma de ajuda às famílias.

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente, me permiteacrescentar com o intuito só de otimizar aqui a questão.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Pois não.O SR. RODRIGO AMORIM - Acrescentar, Sr. Presidente,

uma indagação aqui ao Dr. Rodrigo no sentido de que há sobre amesa o relato de que, eventualmente, numa reunião, o senhor tenhadito que “as famílias não conseguiriam tirar dinheiro do Flamengo ...

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Desculpe-me.Só agradecendo a Dra. Cíntia, me desculpe, acabei me esquecendode V. Exa. A senhora está liberada. Obrigado por colaborar com acomissão.

O SR. RODRIGO AMORIM - Cumprimentar a Defensoria Pú-blica. Transmitir um abraço ao Defensor Público Geral Dr. Rodrigo.Tenha um carinho sempre desta Casa.

A SRA. CÍNTIA GUEDES - Está bom. Obrigada.O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente, só indagar se

houve em algum momento palavras de V. Exa. no sentido de que “asfamílias não conseguiriam tirar dinheiro do Flamengo por que o Pre-sidente Landim tem curso de negociação”.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Não, não é verdade.O SR. RODRIGO AMORIM - Importante, porque essa ques-

tão vai exatamente ao encontro do que estamos falando aqui da re-lação do clube com as famílias e, sobretudo, o que foi dito na se-mana anterior, que é o tema aqui de o Flamengo alegar que as fa-mílias estariam colocando advogados para interagir com o clube, es-tariam criando óbices e obstáculos nessa relação. Então, é algo que éde fato relevante para nós.

E eu trouxe à tona aqui na semana passada também um ví-deo exibido pela própria Fla-TV, pelo próprio marketing do Flamengo,em que a gente comentou aqui na hora e, de fato, esse vídeo temalguns trechos que nós destacamos, inclusive já faz parte do proce-dimento aqui da comissão, no sentido que seria de fato a forma comofoi colocada pelo presidente. Ratifico as palavras do Deputado Ale-xandre Knoploch, no sentido da antipatia pessoal e do difícil trato como presidente Landim, mas para mim pouco importa. Não preciso aquifazer amigos, tão pouco na relação com o Flamengo. A diretoria doFlamengo, graças a Deus, passa e a instituição permanece, a insti-tuição centenária permanece. Então, não faço nenhum apelo pelo afe-to do Sr. Landim, quero que ele cuide da vida dele.

Agora, mais uma vez, trago aqui, e essa CPI inúmeras vezesconstatou que o Flamengo se sente acima do bem e do mal. O Fla-mengo inaugura algo que estava interditado; durante o incêndio, es-tava interditado, o Flamengo não tem ainda hoje o Habite-se daqueleimóvel. O Flamengo, durante todo esse tempo, desde à construçãoaté agora, trabalhou sem nenhuma documentação, numa afronta aopoder público, porque se considera acima do bem e do mal. As pres-sões que sofremos nesta Casa de tentativa de interferência nos ru-mos dessa comissão, por diversos atores, demonstram a força do Fla-mengo que tenta exercer sobre aqui a comissão e sobre nossos man-datos. A mim não afronta absolutamente nada, porque não tenho me-do de absolutamente ninguém.

Agora, imagina numa situação dessa em que fica evidente ahipossuficiência, a relação desvantajosa para as famílias, eu imaginocomo deve ter sido e como tem sido essa relação do clube com asfamílias. Aqui a gente não tem o intuito, até não tem o poder paraisso, de tentar reparar, de tentar sequer intermediar, mas sem dúvidanenhuma sempre que nós estivermos aqui à frente dessa comissãoserá sim um ambiente em que os senhores poderão falar, poderão seexpressar. Será permitido o contraditório de todas as partes e é im-portante que cheguemos agora no final dessa assentada justamentecom esse objeto, que o Flamengo possa, e aqui saúdo o Dr. Rodrigo,que talvez pela primeira vez nesse processo inteiro, tenha percebidoalguma relação de afeto, de pré-disposição, sem animosidade. Então,saúdo V. Exa. pela forma que trouxe o assunto aqui, pela humildadeque trouxe o assunto aqui, e é de dignificar sim, porque é a primeiravez que percebo alguém, em nome do Flamengo, falar sobre essetema, embora aqui o Dr. Belotti, o próprio Alexander também, o tempointeiro em outras comissões também sempre foram solícitos e abertos,mas especificamente eles não falam dessa relação institucional doFlamengo.

Então, é importante, Sr. Presidente, e saúdo V. Exa. por per-mitir que esse último momento da assentada seja destinado justamen-te nessa relação das famílias com o clube.

E nos abraçamos aqui e quero, mais uma vez, deixar o meuafeto a todos, a família do Pablo, na semana passada, já tivemosoportunidade de falar, mas deixar o meu afeto ao senhor. Mais umavez, me perdoe pela rudeza nas palavras, mas de fato é necessáriotrazer essa rudez, assim como trouxemos outros elementos na sema-na passada, porque a questão é muito grave. Não é somente o fatodo acidente que é uma lástima, não tenho dúvida nenhuma, mas tudoque está nesse contexto é necessário ser trazido aqui, às vezes deforma rude para que a gente chegue a um resultado final. Mas, sei oquanto isso é doloroso. Mais uma vez me coloco no seu lugar e sin-ta-se por nós sempre cumprimentado e abraçado e levo aqui, Sr. Pre-sidente, uma sugestão. Que essa comissão faça, em nome dos heróisdo ninho, desses jovens que perderam suas vidas, que a gente con-siga entregar às famílias, pode ser algo absolutamente simbólico, quenão represente grande coisa, mas o reconhecimento por parte do Es-tado do Rio de Janeiro através de uma Moção de Aplausos, que vaiser entregue, caso aprovemos aqui, em cada família, mas que a gen-te possa acompanhar uma nova Moção em nome dessa CPI a todasas famílias.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Deputado, achoque a gente pode ir mais além. A gente pode fazer uma Medalha Ti-radentes para todos e, junto com a Casa, me comprometo a aprovarem Plenário e todos eles terem, inclusive a gente buscar junto à Pre-feitura do Rio e junto ao Estado, para buscarmos logradouros e ter onome de cada um desses espalhados pela cidade, pelo Estado doRio de Janeiro, como forma de reconhecimento e agradecimento tam-bém, Não tenho dúvida que, independente se foram jogadores pro-fissionais ou não, a gente vê pelos pais que educação eles tiveramem casa. Então, não tenho dúvida que seriam grandes homens parao Estado do Rio de Janeiro e para o Brasil.

Passar a palavra para o Dr. Rodrigo. Dr. Rodrigo, se acharpertinente passar para o Dr. Belotti ou alguma questão melhor, fica àvontade.

Pois não. (Pausa)O SR. DARLEI PISETTA - Que esse fato sirva de antes dos

meninos do Ninho e depois né? Para que mude não só no Flamen-go.

Eu, assim, acho que estou aqui disponível para qualquer coi-sa que eu possa ajudar o Flamengo, o Atlético, o Curitiba, com al-gumas coisas que a gente como pai passa aqui fora. Não é só noFlamengo que tem problema, tem em todos. Então, que esse casosirva para melhorar acho que na base do Brasil inteiro.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Obrigado Sr.D a r l e y.

Dr. Rodrigo, por favor.O SR. RODRIGO DUNSHEE - Vou começar falando sobre

essa questão do jogo.No passado, quando aconteceu essa tragédia, não sei se po-

de ser realizado, acho que não deve ser fácil, mas eu acho que nãodeve ser impossível.

Não sou presidente do Flamengo, sou vice-presidente jurídi-co, mas chegou a ser cogitado esse jogo na época de ser feito. E agente teve a preocupação de não fazer naquele momento, porque aresponsabilidade pelo evento, independente dessa questão da culpa,se foi de um, se foi de outro, é do Flamengo, portanto a gente ficoucom medo de terceirizar a responsabilidade e ser mal interpretado.Acho que já passou um ano e acho que está na hora da gente dis-cutir isso e essa comissão que foi formada justamente para fazer es-ses eventos, para dar uma atenção maior às famílias, esse assuntovai ser levado lá para que a gente possa ...

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Agradeço ao se-n h o r.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - E tenho certeza que os jo-gadores vão ter o maior prazer de fazer esse jogo, tem um calendáriomuito difícil, mas sabemos que é importante.

Sobre essa questão do currículo escolar, essa é uma ques-tão, parece que, o diretor jurídico aqui detrás me disse, que o pro-blema é com o GPI. Eu gostaria, se pudesse, se ele pudesse expli-c a r.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - GPI é a esco-la?

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO

��� ����� � ��� � � �� �� ��

����������� � � � �� �� �� �� ���

O SR. - GPI é a escola onde ele estudava e está com algumproblema que eu não sei qual é para dar o currículo, ou melhor, ohistórico.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Se o senhor pu-der pedir ao Flamengo, passa para essa comissão ou para o meugabinete que a gente invoca diretamente ao GPI para fazer, o maisrápido possível, essa entrega para o Sr. Carlos. Isso a gente conse-gue fazer.

O SR. - Por favor, você encaminha tudo sobre esse assunto,quais são as dificuldades.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Só passar o no-me, porque aí a gente faz isso aqui. Obrigado.

O SR. RODRIGO DCUNSHEE - Obrigado.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Dr. Belotti vai

responder? Só a questão do Sr. Danrlei dessa aproximação do Fla-mengo junto às famílias.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Isso tem a ver com o jogo,tem a ver com essa comissão, tem razão. Ela falou. Existe a questãoproativa e passiva. O Flamengo ficou meio passivo. Botou o psicó-logo, botou assistente social e não foi proativo em procurar as famí-lias. Eles têm razão, mas eles fizeram essa reclamação mais recen-temente, pelo menos para mim chegou. O Pisetta mandou um recadopara mim através de advogado, esse eu recebi. E a cliente da Dra.Cíntia, a mãe do Samuel, também mandou e também fiz um contatocom ela, mas foram os únicos dois que eu recebi como advogado doFlamengo. E eu retornei.

Então, acho que a gente tem que deixar essa comissão tra-balhar, eu estou à disposição dessas famílias, todo mundo que quiserconversar comigo eu estou à disposição e estou à disposição dos ad-vogados também. O escritório do Dr. Piquet, através do Willian e doMárcio, está negociando questões de acordo, mas eu estou à dispo-sição para o resto todo. Não tem problema nenhum.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Obrigado. Al-guém mais? Por favor, doutor.

O SR. - Boa noite, Sr. Presidente e demais. Boa noite aquiao corpo do Flamengo. Estou falando, primeiramente, em nome dosadvogados, deixar bem claro que os advogados sequer ou algum mo-mento foi empecilho para o Flamengo conversar com essas famílias.A gente jamais propôs isso aos nossos clientes, muito pelo contrário,sempre a gente fala que tem que haver e que busque ter essa con-versa. Inclusive, eu represento a família do Cristian, que está aqui re-presentado pelo pai dele. Nós tivemos uma conversa com o Flamengoem agosto, através do meu sócio, o Sr. Pedro Ferreira, com o WillianFigueiredo, ele ficou de, em cinco dias, nos dar uma resposta se simou não, até hoje a gente está aguardando. Então, se esse descasodo Flamengo não é só com as famílias, não, é só também com osadvogados. Aí ele vem jogar na mídia que os advogados estão atra-palhando. Como o senhor mesmo constatou aqui, Sr. Deputado, nin-guém está falando de valores, hora nenhuma. Nós não falamos devalores. A gente está falando de valores humanos, coisa que o Fla-mengo não está tendo.

Infelizmente, Sr. Reinaldo, semana passada, foi muito triste,principalmente, para o meu cliente; ele queria acender uma vela parao filho dele, vocês impediram de ele entrar. O senhor entrou, o clienteestava representado pela Dra. Mariju. O que isso?! O seu treinadordo Flamengo falou que “o campeonato Carioca, para ele, pouco im-porta”. Eu sou flamenguista. Sou apaixonado pelo clube, pelo time,mas essa administração não está me representando, Sr. Rodrigo. Asatitudes que vocês estão tendo não estão levando o lado emocionaldessas famílias. Eles estão em um estresse devido a esse fato e odescaso que vocês não têm noção. O pai ser impedido de acenderuma vela! Isso é falta de carisma, é falta de competência.

Esta Casa fez uma moção para as famílias, através do De-putado Ferreirinha, e eu vim representando as famílias, por eu moraraqui no Rio. O Flamengo esteve representando pelo Sr. Rodrigo. Elesequer virou para mim, falou a assim - meus sentimentos aos fami-liares. É a prepotência que o Deputado falou. Pela primeira vez, mastambém eu quero te parabenizar, pela primeira vez, você se dirigiu,Sr. Presidente, às famílias e pediu desculpas, depois de um ano, maspediu.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Você está enganado porque,assim, eu não te conhecia

O SR. - Não.O SR. RODRIGO DUNSHEE - E você, naquele dia foi rude

comigo no microfone.O SR - Não.O SR. RODRIGO DUNSHEE - Por que você não falou co-

migo?O SR - Não.O SR. RODRIGO DUNSHEE - Por que você não se iden-

tificou?O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Olha só, gen-

te...O SR. RODRIGO DUNSHEE - Você foi rude.O SR - Eu... identifiquei, Sr. Presidente...O SR. RODRIGO DUNSHEE - Foi o único advogado que es-

tava na plateia que foi rude.O SR - Eu estava na plateia.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Doutor, olha só.

(falas paralelas)O SR. RODRIGO DUNSHEE - Devia pegar o seu discurso

daquele dia e ver o que o senhor falou. O senhor foi rude.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Vamos garantir.O SR. - Não fui rude.O SR. RODRIGO DUNSHEE - E eu trato todos os advoga-

dos bem. Nunca tratei ninguém mal.O SR - Eu não estou tratando ninguém...O SR. RODRIGO DUNSHEE - Eu quero te dizer o seguinte,

eu não lhe conhecia. Com eu ia te cumprimentar?O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Dr. Rodrigo, va-

mos só...O SR. RODRIGO DUNSHEE - Eu não lhe conhecia. Depois

eu vi, mas você foi rude.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Gente, olha só,

aqui.O SR. RODRIGO DUNSHEE - Pega o seu discurso e vê.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Vamos direcio-

nar, sempre aqui. Doutor, eu entendo todas as suas colocações e vãoser pertinentes. Eu só estou querendo fazer um entendimento aquique a gente já teve o momento de estresse entre as famílias e o Fla-mengo.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - Sim.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Isso já foi pu-

blicado na mídia. Eu acho que, se a gente não ultrapassar esse mo-mento, a gente não sai do lugar. Eu acho que existe aqui o enten-dimento do Flamengo, como o dos doutores, que a gente precisaavançar, e a gente só vai avançar com diálogo. Eu falo até por ex-periência própria; talvez eu seja o Deputado aqui que mais tenha cria-do confusão nesse plenário, e vai passando o tempo e a gente vê oseguinte: só brigar não adianta. A gente precisa dialogar.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - O senhor tem toda razão. Eupeço desculpa, mas é que eu fiquei meio magoado aquele dia, mas jápassou. Acho que a gente tem que se entender. O senhor desculpatambém.

O SR. - Exatamente. Com certeza. Da minha parte também.O SR. RODRIGO DUNSHEE - Eu não lhe conhecia. Quando

eu cheguei, eu não lhe conhecia.O SR. - Eu nunca falei da pessoa Rodrigo, sempre me re-

ferindo ao representante do clube. Estamos entendido.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Então, conti-

nua.O SR. - Eu só quero deixar bem claro o seguinte: nós, ad-

vogados, a gente não é empecilho para qualquer tipo de conversa.Nós também estamos aguardando. Como o Dr. Rodrigo falou, ele éadvogado, ele defende a parte do Flamengo; nós também estamosdefendendo os interesses dos nossos clientes, e a gente está tendouma paciência muito grande. Se fosse ganância pelo dinheiro, todasas ações estariam distribuídas. E se você procurar aí, seu eu não meengano, só tem uma.

Então, eu quero deixar bem claro - nós também estamosabertos ao diálogo, nós também estamos aguardando. Até o nossoposicionamento, como eu falei, a gente esteve lá em agosto. Então,assim, aí o meu cliente vira - poxa, se eles não estão reportando avocês, imagina a gente. Vamos respeitar um pouquinho eles, a dordeles. Eu quero que a questão financeira, que vá ser discutida, agente vai sempre discutir, mas que o clube seja humano com essasfamílias, seja próximo a eles, que faça esse contato. Poxa, gente teveo Dia dos Pais, Dia das Mães, sequer uma mensagem, sequer umalembrança. Isso faz diferença para eles. Está bom?

Obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Obrigado. Dra.

Paula e a Dra. Mariju. Dra. Mariju, pois não.A SRA. MARIJU - Eu vou me referir, se o senhor me per-

mitir, diretamente ao Flamengo como uma abertura. A gente ficoumuito magoado com o Flamengo sempre dizendo que nós éramos umentrave. Jamais, jamais, jamais.

Então, eu estou aqui, neste momento, abrindo os braços aoFlamengo dizendo - acolham essas famílias. Nós jamais fomos entra-ves. Acho que houve uma contradição do Flamengo porque, no mo-mento em que, sempre falou que a gente era o entrave, na ida aoNinho, para acender a vela, o único que foi autorizado foi quem tinhaadvogado ali naquele momento representando. Então, realmente, euacho que faltou uma humanidade naquele momento, mas já está ul-trapassado. Nós, agora, queremos resolver o problema.

Eu fiquei muito preocupada com algumas situações ocorridasaqui hoje. Parece-me que a engenharia e a presidência viraram osbois de piranha. Já que iniciaram os dois, vamos jogar aí. Então, efe-tivamente, eu acho que foi decidido dois bois de piranha e que pena,lamento por vocês e espero que vocês lutem. Não acredito que vocêssejam os responsáveis, com tanta gente acima de vocês. Eu nãoacredito que vocês sejam os responsáveis. Então, eu quero deixaraqui a minha solidariedade porque todo mundo viu o que aconteceuaqui nesta Casa hoje. Já que já foram indiciados dois, vamos jogar aculpa nesses dois. Essa foi a sensação que nós tivemos.

Mas, eu só quero deixar bem claro que também a minha fa-mília nunca foi procurada. Eu recebi também um telefonema do Dr.Pedro, oito meses atrás, eu acho. O Dr. Pedro me disse que a pro-posta do Flamengo era aquela e que não haveria contraproposta. En-tão, não havendo contraproposta, não se inicia nenhuma negociaçãoporque uma negociação faz parte de contraproposta. Quando alguémliga e diz - a proposta é essa: ou tu aceita ou tu não aceita.

Mas estamos abertos, estamos de coração aberto, um cora-ção completamente doído porque nós, advogados, temos feitos talvezo que vocês deveriam ter feito. Faz um ano que nós temos dadoapoio a essas famílias. Embora vocês digam, e há algumas declara-ções “que nós somos o entrave” e a torcidas às vezes diga que “nóssomos quem quer dinheiro”, nós temos posto do nosso bolso o di-nheiro para estar aqui para dar uma palavra de carinho, para ligar nodia, para saber se eles estão bem, se eles estão dormindo, se con-seguiram os antidepressivos. A minha família já deixou claro que nun-ca nenhum telefonema do Flamengo. Então, essa ideia do psicólogo àvontade, nos parece que, assim, olha, se vocês quiserem, nos pro-curem. Enquanto eu acho que a postura tinha que ser assim - vocêsestão precisando? Nós vamos procurá-los.

Então, fica aqui o meu pedido do Flamengo para que pro-curem para que ajudem, porque ali, na família que eu represento, temdois seres humanos dilacerados que tentam acordar todo dia, quetentam dormir com oito antidepressivos, que perderam as suas pro-fissões, porque uma pessoa que dirige não pode dirigir com antide-pressivo. Então, humanidade! Acho que falta humanidade.

Acho que o presidente Landim tinha que estar aqui. O senhordisse que foi feita uma comissão, essa comissão está inoperante, co-mo parece, por tudo, sempre, a gente não sabe como o Flamengochegou onde chegou porque ninguém sabe nada do que acontece noFlamengo. Ninguém age, ninguém conhece. A gente ouviu aqui, doinício ao fim, dizendo “não sei, não vi, não conheço”. Vocês adminis-tram o clube sem saber o que acontece ali. O senhor me desculpa,Sr. Jaime, mas o senhor aceita uma vice-presidência sem saber doque se trata. Então, qualquer ser humano que tenha o mínimo de in-teligência sabe que isso não é possível.

Só vou acabar e lhe dou a palavra.Então, mais uma vez, eu vou finalizar só dizendo para vocês

que, embora eu não concorde com nenhuma palavra do que foi ditoaqui, nós estamos abertos e eu vou esperar um telefonema do ju-rídico do Flamengo, que disse que nos procurou, para que, se nãoprocurou, agora procure, porque a família está aberta para encerrarisso porque eles precisam virar essa página.

O SR. JAIME CORREIA DA SILVA - Sr. Presidente, o senhorme permite, por favor?

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Só, antes depassar a palavra, vou passar aqui o questionamento da Dra. Marijuno que tange a questão de contato com a família.

Com relação ao Dr. Jaime, eu não vou deferir, até porquenão cabe à doutora julgar a inteligência do Dr. Jaime, até porque seestá na vice-presidência do Flamengo, tem as suas qualidades, assuas convicções e a gente não pode também aqui desqualificar nin-guém.

Então, Doutor, por favor.O SR. WILLIAN - Sr. Presidente, muito obrigado. Uma boa

tarde a todos. Como V.Exa. já deixou consignado, nós já ultrapassa-mos algumas fases, mas de maneira alguma aqui queremos estabe-lecer contraditórios ou desmentir ninguém.

Mas o nosso escritório teve essa missão pelo Flamengo, commuita honra, para procurar as famílias, e sempre com muito respeito.Aqui, na assentada passada, eu mencionei ainda como se deu, noprimeiro momento, sentarmos juntos ao Ministério Público Estadual eMinistério Público do Trabalho, que está aqui presente, e, junto à De-fensoria Pública, Dra. Cíntia liderava as negociações. Depois eu tivemuitos contatos com a Dra. Cíntia porque ela, individualmente, a De-fensoria, através dela, representava uma das famílias, a família doSamuel, e nós tivemos vários contatos, propostas, porque, e eu la-mento falar disso aqui agora, mas de números, porque essa era aminha função, eu estava encarregado disso, de discutir valores e pro-postas. A Dra. Paula Wolf, que eu citei também aqui na semana pas-sada, estive com ela, algumas vezes nós trocamos e-mails, trocamosmensagens por telefone.

Então, digo, não estou aqui querendo estabelecer nenhumcontraditório, mas não haveria nenhuma razão para fazer uma distin-ção entre uma família e outra, pelo contrário. A gente procurou todasas famílias, fizemos acordo com três famílias e meia, é canal não foisó a Defensoria e o Ministério Público e o Ministério Público do Tra-balho, depois a gente passou para uma rodada no Tribunal de Jus-tiça, liderada pelo desembargador Cury. O desembargador Cury, atra-vés da sua assessoria determinou que todas as famílias fossem in-timadas. A gente tentou aquela via, não foi possível, não estou di-zendo aqui qual o motivo que isso não foi possível, mas nós tenta-mos. E depois, individualmente, nós tentamos.

E aqui, já que a gente está no momento de mea culpa, sepor acaso falhou a comunicação do lado de cá, nós temos que nosdesculpar também, mas que nós procuramos todas as famílias quenós tínhamos diretrizes bases para procurar essas famílias, e se al-guma vez os valores eram distantes, talvez isso não tenha aproxima-do. Com outras aproximou mais por conta da questão dos valores es-tarem mais próximos.

Mas, é obvio que o Flamengo vem renovando isso, eu faleiisso com a Dra. Paula ontem, nós conversamos ontem por telefone,eu falei - Dra. Paula, nós queremos reabrir as negociações não sópela comissão que o Dr. Rodrigo colocou, aqui, mas porque o Fla-mengo está traçando novas ideias, novas formas de tentar ampararessas famílias, como foi dito aqui, não tem preço para isso, e essamissão é muito difícil para nós também. Eu sou pai também de duascrianças, uma menina e um menino. Toda vez que eu venho para cáou tenho que ter esse contato, isso dói a mim também.

Assim, faço de novo aqui, se houve essa falha, mas não foinada individualizado com uma família ou outra porque com as outrasa gente... algumas a gente teve sucesso, com outras a gente vemconversando; e se houve falha com relação à família que vocês re-

presentam, por favor, a partir da semana que vem, a gente vai re-novar com essas novas ideias, novas propostas que o Dr. Rodrigo es-tá buscando junto à diretoria, e a gente, obviamente, vai estar sempreaberto. Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Eu só queria,mais uma vez, frisar, inclusive para os pais, que a gente quer acre-ditar que hoje é o novo marco nessa situação porque o Flamengo es-tá se colocando aqui, e isso a gente está aqui para buscar também odiálogo. O Flamengo está se colocando aqui fazendo a mea culpa,mostrando que errou nessa condução, e todos nós, ser humanos, nóssomos passíveis de erro, todos nós. Então, diante disso, o corpo ju-rídico do Flamengo, corpo administrativo do Flamengo está se colo-cando na situação de criar novos entendimentos, novos parâmetros.

A gente chegou aqui na situação do jogo, de conversar no-vamente com as famílias com relação a indenizações e tudo o mais.Acho que as famílias vão ter a nova... têm a oportunidade aqui dedesabafar. Interessante, Deputado Rodrigo Amorim, que as famílias,em nenhum momento, colocaram a questão de dinheiro, não, foi sem-pre questão de atendimento, de acolhimento, coisa que, de fato, nãoaconteceu.

Então, acho que a gente cria aqui o novo marco. A genteestá em uma CPI que é gravada, que, independente do inquérito,acho que é importante a gente evoluir nessa questão. Acho que osadvogados que estão aqui têm essa consciência que a gente sai da-qui com muito mais do que entramos, acho que para todos os lados.Eu acho que a gente precisa evoluir. As questões de embate na im-prensa, e tudo o mais, não já passou. A gente vai continuar à dis-posição aqui para poder seguir nesse caminho, independente do in-quérito sobre o incêndio, de as famílias e o Flamengo conseguiremconversar, porque o que a gente percebeu, Dr. Rodrigo, na últimavez, que nem conversar conseguiam. Tinha ali uma situação muitoruim, que é ruim para o Flamengo também por causa da imagem de-le, é ruim para as famílias que perderam o bem mais preciso quetêm, que são os seus filhos. Então, acho que a gente sai daqui comum marco, com um marco que, daqui para frente, o Flamengo vaiconseguir fazer esse atendimento e resolver.

Dra. Paula, quer falar alguma coisa?A SRA. PAULA - Quero, quero, sim.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Pois não.A SRA. PAULA - Como os outros advogados falaram, eu

quero falar, primeiro, confirmar, eu falei, realmente, ontem, eu ligueipara Dr. William, falei que a gente está realmente querendo saberqual é a posição do clube. A gente notou uma mudança de compor-tamento positivo, pena que isso não veio da presidência, a gente la-menta, assim como os outros colegas falaram, eu quero falar também,até porque ele se coloca muito à vontade para sempre falar dos ad-vogados ou das advogadas, no caso meu e da Dra. Mariju. Então, euqueria falar que a gente lamenta muito ele não estar aqui presente.Mais uma vez, eu não vejo o que possa ser mais importante do queele estar aqui, presencialmente, para falar com essas famílias, parafalar com a dona Alba e com o Sr. Wanderley: - poxa, hoje, é o ani-versário do Jorge. Meus sentimentos. É essa falta de humildade, no-vamente.

Eu gostaria também de registrar que a gente está falando deuma mudança de comportamento do Flamengo, nessa questão dasnegociações, reabrir de novo, mas deixar registrado, Excelência, queas famílias querem respostas também. A gente não está aqui paradiscutir valores, como foi dito inúmeras vezes. Esta CPI, mais umavez, eu parabenizo a existência dela porque deu não só voz às fa-mílias como mostrou, realmente está mostrando o que de fato acon-teceu. A perícia foi superimportante na semana passada, foi superbemfeita, bem detalhada, e, com isso, mais e mais questionamentos vãosendo feitos pelas famílias e pela sociedade como um todo.

É muito triste a gente sair daqui: sem saber quem colocouesse CT para funcionar; quem colocou um prédio interditado. Porquenão importe que mude a gestão. Você tem uma interdição. Você édono de uma empresa que tem duas indústrias, vamos supor, uma naGávea e uma lá na Estrada dos Bandeirantes, você tem dois pontosonde você desenvolve o seu produto, que são os jogadores, os seuscampos, enfim, e você tem um interditado, isso não é prioridade? Éimpossível isso ser menos importante do que qualquer orçamento de4 milhões e meio, isso é muito mais importante, isso inviabiliza oexercício à finalidade da instituição. Para os jogadores profissionais,não estariam lá, os treinamentos não estariam lá, os jogadores de ba-se não estariam lá, ninguém estaria lá.

Então, não adianta a gente sair daqui: “Ah, o Flamengo vairetomar, o Flamengo reconhece que errou, o Flamengo vai fazer con-tato”, agora, a gente quer saber o seguinte, Flamengo, quem colocouum centro de treinamento interditado para funcionar? Quem chamouautoridades da Prefeitura do Rio de Janeiro, o Prefeito, pela informa-ção que a gente soube, o Prefeito Marcelo Crivella estava presentenessa inauguração, pelo menos foi o que foi dito na semana passadapelo presidente do Flamengo. Então, a gente tem muitos questiona-mentos, porque isso é um absurdo. Se eu abro hoje um negócio enão tenho autorização para funcionar, tenho certeza que se a Prefei-tura interditar eu não vou poder ficar lá fazendo como se nada tivesseacontecido e muito menos chamando o Prefeito para ir lá visitar.

Vocês viram um pouquinho do que é lidar com um gigantecomo Flamengo, vocês viram um pouquinho, e vocês, digo na impes-soalidade, me perdoem, mas, V.Exas. viram o que é lidar com o Clu-be Regata do Flamengo, imagina nós, meros advogados, famílias dosjogadores, imagina com tem sido o nosso dia-a-dia.

Então, eu só queria deixar registrado, parabenizar mais umavez porque sem isso, essa mudança do comportamento do Flamengo,infelizmente, não está vindo de uma espontaneidade de um ato dereflexão do Clube, pelo menos a meu ver, me desculpe se eu tiverenganada. Essa mudança está vindo por conta de uma pressão so-cial, principalmente pela existência dessa CPI porque antes, antes nãocitavam “retomando”, “vamos falar”, “vamos comissão”, isso não es-tava acontecendo, se isso estiver acontecendo agora, que ótimo. Mas,que pena que a motivação não foi interna e que pena também, Ex-celência, que a motivação que fazer um jogo, de fazer algo que per-mita uma renda para essas famílias não foi uma coisa que partiu doclube.

A homenagem a esses meninos, que a gente esperava quefosse ter, que seria o mínimo vindo de um clube com tantas omissõese negligências que geram um fato desse, então, o mínimo que a gen-te esperava era que essas homenagens desses meninos fossem fei-tas com a presença das famílias, o que adianta entrar no Maracanã edizer que em homenagem às famílias, botar uma bandeira do Flamen-go enorme se os familiares não foram convidados? Qual é o motivodisso tudo? É marketing? É para sociedade ver? É para inglês ver?Isso não está certo.

E nós, nós, advogados, estamos aqui ao lado das nossas fa-mílias, do lado de todos eles e continuaremos aqui. Nunca fomos en-traves, mas, nós também vamos falar o que acontece de fato. A gen-te não vai se calar por ser o gigante Flamengo. Não tenho nada como Flamengo, não sou torcedora de time nenhum e mesmo se o fosse,o meu marido é flamenguista, o meu filho é flamenguista, eu, por aca-so, não sou, mas, e mesmo que o fosse, não ia mudar a minha po-sição. Porque a negligência é de uma empresa, é de uma grande ins-tituição, independente da qualidade do futebol, da qualidade de tudo.Chegar numa CPI e falar que não sabe que em 2018, veja só, não éem 1800 não, que em 2018 autorizou a inauguração de um centro detreinamento sem habite-se, sem alvará? Aí, salvo engano, o ex-pre-sidente, Dr. Alexandre, disse assim, a gente sempre estava com aslicenças de obra toda em dia, mas, calma, quando a gente faz umaobra, eu não sou advogada, não sou engenheira, quando a gente fazuma obra, a gente tem todas as licenças de obra em dia para, aofinal, ir para autoridade competente que deu licenças de obra e pediro quê? O documento final da obra que é o habite-se, a construção.

Eu pergunto, cadê esse habite-se? Porque não foi dada en-trada, não foi dada entrada, sabia que estava interditada e não iaconseguir o habite-se, ou seja, ficou um gap na nossa informação quea gente não entende no histórico, como um clube chega aqui e dizque tem todas as licenças de obra, mas, não explica, como não tevehabite-se, qual foi a exigência, ou se nem exigência teve, e como foiessa inauguração.

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO����� ��� �

�� �� �����

��������� � �� ���� �� ����

Então, eu quero registrar que mesmo, independentemente dequalquer indenização que seja ajustada com 3, com 20 famílias nãoimporta, a gente quer essas respostas, eu acho que isso é um direitoque essas famílias têm. Obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Dra. Obrigado.Vale já de informação, a CPI oficiou o Ministério Público para

que ele não remeta a denúncia ao Judiciário tendo em vista que agente acredita que precisa encaminhar o nosso relatório para o Mi-nistério Público para complementar e ser muito mais robusto ao Ju-diciário.

Então, a gente vai fazer um relatório apartado para só do Ni-nho do Urubu que será enviado para o Ministério Público para queele faça, de forma mais robusta, o encaminhamento para a Justiça.

Então, já deixo aqui como informação. Estamos formando ou-tros entendimentos diferentes da Polícia Judiciária, acho que tem atos,tem algumas situações um pouco estranhas e a vantagem da CPI éque a gente consegue alcançar objetivos e elementos de forma talvezaté mais evidentes do que estava colocado pela Polícia Judiciária.

O Flamengo quer colocar mais alguma solução que ache im-portante? (Pausa) Por favor.

O SR. RODRIGO DUNSHEE - - Eu só queria agradecer aessa Casa, aos senhores Deputados, Sr. Presidente, Dr. Rodrigo, porter permitido essa conversa. Eu chamo de conversa porque fui no fi-nal..., que tenha permitido a gente quebrar um pouco esse gelo. Éimportante que a gente possa sentar. Quero agradecer às advogadase ao advogado também porque, da minha parte, nunca julguei vocêsentrave à nada, pelo contrário, sou advogado, não posso desmerecera minha profissão. Talvez tenha sido um mal-entendido de uma pes-soa que é leiga, mas não veio da minha parte, entendeu? Eu achoque o advogado é um facilitador, é um instrumento das famílias eacho que a gente precisa estar junto para chegar a um denominadorcomum. Independentemente de qualquer coisa, eu acho que o traba-lho da comissão é esse, é tentar chegar à verdade real, o importantesão duas questões, a parte da conversa, que foi ótima, acho que elavai poder evoluir, essa comissão vai ajudar, tenho certeza absoluta ea outra questão, o trabalho que está sendo muito bem feito e que vaiavançar no sentido de encontrar, colaborar com a verdade real.

Obrigado a todos.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Só para corrigir

uma injustiça, eu vou deixar o Engenheiro Luiz Felipe Pondé fazertambém as considerações, acho que também foi indiciado, né? A gen-te deu chance também para o Marcelo poder falar.

Falar também para o engenheiro Marcelo se sentir confortá-vel, peça à sua defesa que faça uma defesa e mande para essa Ca-sa e, se quiser, também vir conversar e apresentar, vai ser bem-vindoaqui, o advogado vai sempre ter a prerrogativa de conversar a horaque quiser, de qualquer lado que seja. A gente não está aqui parafazer nenhum inquérito injusto, muito pelo contrário. Coloco não só acomissão como o meu gabinete, acredito que o Deputado RodrigoAmorim também idem e o relator Jorge Felippe Neto para que con-verse e tragam e possam colocar aqui as suas considerações.

Sr. Luiz Felipe o senhor tem a palavra.O SR. LUIZ FELIPE PONDÉ - Boa noite a todos, queria só

passar os meus sentimentos para a família, que é uma dor, eu nãoconsigo calcular, agradecer, é o momento que a gente pode explicar,tem alguns fatos que não estão bem esclarecidos.

Só para contar um pouco, eu fui contratado pelo Flamengoquando tinha 23 anos, então, é o meu primeiro emprego, o meu pri-meiro emprego, a minha primeira experiência de trabalho. Eu trabalheino Flamengo até 2018, até início de 2018, então, eu já estava fora doFlamengo há um ano antes do incêndio, então, eu já estou fora doFlamengo há dois anos e sempre eu sou citado como engenheiro doFlamengo e eu já estou fora do clube há dois anos. Então, eu nãotive uma participação, eu não tinha nem como... não estava no dia,enfim.

A Dra. Cláudia da NHJ falou que a gente era uma solicitaçãoque vinha da engenharia, a demanda, o cliente, dentro do Flamengo,como o Dr. Jorge Felipe falou, o carro-chefe do Flamengo é o futebol,então, o cliente era o futebol, então o departamento de futebol pas-sava as demandas para o diretor de meios e para a própria NHJ, Co-mo o Dr. Rodrigo Amorim falou, uma pessoa que é departamento defutebol, eles solicitavam, é igual uma montadora, você não solicita umcarro, alguma coisa, o fabricante tem que garantir o cliente,,, às vezeso cliente está pedindo uma coisa que não pode ser feita, é igual vocêir numa loja de imóveis modulados com armários, você vai chegar evai dizer “olha, eu queria assim, assado a minha cozinha” e a em-presa vai dizer “não é possível, por isso, por isso e isso”. No depoi-mento de todos os engenheiros da NHJ, eles sempre falaram queeles eram, são os responsáveis pela execução de todos os projetos,então, todos os projetos deles tinham um carimbo dizendo que elesseguiam todas as normas, as leis competentes, então, eles, toda res-ponsabilidade, eles mesmos mostraram que são deles.

O inquérito policial botou que era nossa responsabilidade, mi-nha responsabilidade e do Marcelo, que eram as ligações elétricasque já tiveram vários depoimentos das pessoas da administração,confirmando que eram eles que faziam essas ligações, eram respon-sabilidade da administração, existia um gerente, um diretor de admi-nistração que era totalmente separado da diretoria de patrimônio. En-tão, assim, o Marcelo explicou bem, eu fui contratado, como era omeu primeiro emprego, eu tinha 23 anos, era para cuidar de umaobra específica que era a obra do CT1, que era obra de concreto, eraorientação do RH não ter nenhum contato com a outra parte do CT,quer dizer, eu só ficava focado dentro da obra. Não podia acessarnenhuma outra área fora se não fosse a obra, então, era uma orien-tação deles. Eu não podia ter contato com nenhum atleta, com ne-nhum profissional do futebol, nada! Não podia almoçar com eles, euestacionava o carro em outro lugar então, era completamente sepa-rado a obra do funcionamento da administração e eles tinham umaadministração própria lá, com equipes de manutenção, profissionaishabilitados para fazer qualquer tipo de instalação elétrica, hidráulica etudo. Como ele falou, até agora não consigo entender porque a genteestá sendo envolvido e tudo e eu, como era o meu primeiro emprego,eu tinha pouco experiência, eu nem recebia como engenheiro, eu re-cebia menos do que o salário base do CREA.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Mas o senhorfoi contratado como engenheiro?

O SR. LUIZ FELIPE PONDÉ - Sim, na carteira, foi assinadocomo engenheiro, mas, não recebia o salário-base porque era o pri-meiro emprego, então, eu não ..., acredito que a gente não tenha es-sa responsabilidade.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Sr. Luiz Felipe,deixa eu fazer uma pergunta, o senhor fica à vontade se não quiserresponder. O senhor entende que o indiciamento, o seu nome, é in-justo, correto?

O SR. LUIZ FELIPE PONDÉ - Correto.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - O senhor acre-

dita, e aí eu vou usar o jargão popular, que esse inquérito jogou abomba no lado mais fraco?

O SR. LUIZ FELIPE PONDÉ - Acredito que sim.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - O senhor teve,

em algum momento, contato com a HNJ quando estava no Flamen-go?

O SR. LUIZ FELIPE PONDÉ - Depois do incêndio? Não.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Não, no mo-

mento em que o senhor trabalhava lá, mandou algum e-mail?

O SR. LUIZ FELIPE PONDÉ - Sim, como eu era da pasta depatrimônio que era... eu era o nível mais baixo da minha estruturahierárquica, então, eu não tinha poder decisório nenhum. Então, eusempre reportava aos meus superiores e o meu superior, que era é omais que eu teria contato, que é o Paulo Dutra, às vezes, passavaumas demandas de... olha, liga para eles e cobra alguma coisa, en-tão, era isso, ligava para HNJ e cobrar, não tinha..., não partia demim nada ...

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Mas, situação,por exemplo, ah, o senhor passou algum e-mail para HNJ dizendo “euquero, eu preciso de um contêiner aqui assim, assado”?

O SR. LUIZ FELIPE PONDÉ - Sim, exatamente, a demandavinha do diretor de futebol de base, que era o Carlos Noval e elepassava isso para o diretor, aí eu não sei como funciona a estrutura,se era reunião, se era e-mail, se era uma simples ligação, e a ordemvinha para... devia passar pelo Marcelo, tem arquiteto no clube tam-bém, então, passava pelo arquiteto e chegava até mim: “olha, a NHJprecisa fazer isso”. Então, foi passado para NHJ uma demanda docliente que não era a obra em si porque isso não tinha nada a vercom a obra, “olha, precisa disso” e a NHJ, com os engenheiros pro-jetistas deles, faziam o projeto e adequavam às modulações deles.Eles, em nenhum momento, pelo menos, até onde sei, eles deixavamo cliente criar estruturas, eles é que faziam, a partir de uma demandade um cliente, “olha, eu quero X quartos”, eles vão dar uma opção eaí isso era passado para o futebol, “olha opção atende? Então, podeprosseguir”, “ah, não atende, volta”, eles faziam outra opção e apre-sentavam novamente, isso tudo era passado para o departamento defutebol e passava por todas as instâncias acima de mim.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - O senhor che-gou a ler o inquérito que foi remetido?

O SR. LUIZ FELIPE PONDÉ - Sim.O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - O que o senhor

acho de mais estranho no inquérito? O senhor leu, ela constatou oseu nome, o que o senhor acho de mais estranho? “caramba, porqueisso aqui...” e aí eu estou falando, o senhor é leigo juridicamente, euestou falando como uma pessoa leiga, o que o senhor entendeu alicomo minimamente estranho?

O SR. LUIZ FELIPE PONDÉ - Sr. Alexandre, em todas asacusações do inquérito existiam depoimentos que debatiam elas. En-tão, assim, até o meu advogado fez uma petição como o promotorexatamente debatendo isso ponto a ponto. O inquérito dizia que... agente fez projeto e tinha um depoimento da HNJ dizendo que elessão responsáveis pelos projetos, eles não liberam por contrato o clien-te criar nada, a HNJ é que faz, é HNJ que projeta.

Tem uma parte dizendo que os engenheiros fizeram energi-zação do contêiner, eu não sei nem ligar uma tomada. Existe um pro-fissional habilitado, um eletricista contratado pela administração quefez isso. A diretoria de patrimônio não tinha nenhum funcionário quefizesse esse tipo de instalação. Dentro do CT só tinha um pedreiro eum ajudante, que era para auxiliar a obra, os outros serviços eramtodos terceirizados e sempre... é só pegar uma folha de funcionáriosque você vai ver que nunca teve; pelo menos, é o que eu posso tedizer, no período que fiquei, do meio de 2016 até início de 2018, nun-ca teve, é o que eu posso te passar, que foi um ano antes da tra-gédia.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Só para finalizarmeus questionamentos, mais uma vez lembro que se o senhor nãoquiser responder, fica à vontade. O senhor acredita, lendo o inquérito,que deveria ter alguém ali que não estava nesse inquérito? No in-diciamento.

O SR. LUIZ FELIPE PONDÉ - No indiciamento? Eu concordototalmente como o que o Jorge Felipe falou, que, assim, não é pos-sível que foi só os dois engenheiros e o presidente, tem muita genteaqui no meio do caminho. Só que como eu não tinha, eu era a po-sição mais baixa da minha linha, eu não tinha contato com as pes-soas de cima, não tinha o menor contato, então, não sei quem to-mava as decisões. Então, até onde eu conheci, era o Paulo Dutra,mas, era o diretor da minha pasta, mas, além dele, eu não posso teprecisar quem fez.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Deputado Ro-drigo Amorim, o senhor quer fazer alguma pergunta?

O SR. RODRIGO AMORIM - Sr. Presidente, eu escutei falaresse tal de Paulo Dutra umas quatrocentas vezes aqui hoje. Achofundamental que V.Exa. convoque esse indivíduo para que esteja aquiconosco.

E me solidarizo ao senhor por uma covardia, ao meu ver, efaço sem o menor constrangimento, não só como advogado, mas, so-bretudo como Deputado dessa CPI, de constatar que a conta sempresobra para o mais fraco, então, que o senhor não se desestimule comessa covardia, que a sua carreira não sofra abalos diante dessa co-vardia e tenha a nossa solidariedade aqui para tentar tecnicamentereparar o rumo de toda essa questão e da própria conclusão do fato.Mais uma vez, obviamente, que aqui ninguém diante de uma tragédiadessa, seria até mais desumano ainda que a própria tragédia, ficarremoendo os fatos, querer punir por punir a qualquer custo, querercabeças aqui. Está muito claro, pela forma humilde que essas pes-soas expressam a sua dor, que ninguém aqui exige a cabeça de nin-guém. Ninguém nunca falou sequer em prisão para alguém aqui, masque, efetivamente, só um tratamento digno, um carinho, um reconhe-cimento. Ninguém nunca falou em prisão, em punição, em dinheiro.

Agora, a questão está muito clara, a gente demandou muitotempo hoje nesta audiência, acho que avançamos muito em todos osaspectos, talvez o mais importante de todos seja de fato essa rela-ção... pode não ter partido diretamente do Flamengo, mas é meritóriaa forma com que o Flamengo se coloca hoje, mais uma vez cum-primentando V. Exa., independente do que ensejou. A forma que asadvogadas também têm sempre colocado de forma muito técnica,muito digna, parabéns também pela atuação. Parabéns à conduta dafamília.

Eu acho que a gente avança muito nesta CPI, na condiçãode V. Exa., Presidente e eu acho que essa questão dos engenheiros,que foram indiciados, ao meu ver, absolutamente equivocadamente.Mas que a gente possa também reparar concluindo para uma apu-ração, como está sendo feita, mais objetiva dos fatos e que a gentepossa, em sede de relatório final, tentar fazer, ainda que por viastransversas, essa reparação. E, sem dúvida nenhuma, olhar para fren-te e tentar dar calor, dar carinho a essas famílias, reconhecê-los, re-conhece-los como pessoas importantes, Não só para suas famílias,mas sobretudo para o desporto no Rio de Janeiro. Eu sempre digo,em outras ocasiões aqui neste plenário, que o esporte é sem dúvidanenhuma uma grande ferramenta não só de formação moral, de com-plemento de tudo que se aprende na escola, como também, no casodeles, profissionais do futebol, que se tornariam, tenho convicção dis-so, uma grande ferramenta de inclusão social.

Eu acho que o grande trabalho que a gente faz aqui hoje e,só para completar, o senhor tem a nossa solidariedade aqui de en-xergar os fatos que foram trazidos a esta Comissão por um outroprisma e que, felizmente, a gente consegue fazer constitucionalmentepor via do relatório final.

Obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - A Defensoria, jáfoi. A Dra. Virginia, quer se pronunciar; Dra. Juliana também, se qui-ser fazer uso da palavra, por favor.

A SRA. VIRGÍNIA - Pelo Ministério Público do Trabalho, euqueria parabenizar também esta Comissão, eu acho que muito do quese falou vai ser de grande importância para a nossa atuação, nós te-mos o inquérito instaurado, no âmbito do MPT, para tratar do incêndioe das consequências, considerando o meio ambiente do trabalho.

Falar também que, embora o foco aqui seja o incêndio e no-tadamente as famílias dos que faleceram, mas tem também outras fa-mílias, outros meninos que estavam presentes e que também tiveramabalos induvidosos, abalos psíquicos. Pelo que soubemos também,por notícias de jornal, não diretamente, não formalmente, ao que pa-rece, alguns, inclusive, já tiveram os contratos rescindidos. Uma dasquestões que, no âmbito da negociação que nós tentamos com o Fla-mengo tão logo ocorreu o acidente, era manter, era conseguir umagarantia provisória de emprego para esses meninos que sobrevive-ram, e ao que parece isso não está sendo cumprido. Existiam tam-bém trabalhadores que sofreram, que participaram do evento, e quesofreram também abalos psicológicos. Até onde a gente sabe, a elestambém não foi garantida uma estabilidade. Então, tem essa questãotrabalhista que ainda não tivemos notícias se o Flamengo tem inte-resse em fazer parte da negociação, se ele tem interesse em manteressa estabilidade.

Mas, enfim, nós colocamos o Ministério Público novamente àdisposição, se o Flamengo está apresentando aqui uma nova postura,de reabrir contatos e reabrir possibilidades de negociação, o MinistérioPúblico do Trabalho, enquanto Estado, ele e se coloca à disposiçãopara participar de eventuais negociações, tanto no que diz respeito àsindenizações para as famílias, tanto no que diz respeito às indeniza-ções para os meninos que sobreviveram, para a questão dos traba-lhadores e eventual dano moral coletivo.

Temos interesse, Excelência, desde já, nós já pedimos emnome do Ministério Público, das conclusões desta CPI para ser re-metida ao Ministério Público do Trabalho, porque será de bastante im-portância para eventual encaminhamento do inquérito civil que temoslá, para os autos de infração a que o Dr. Serafim fez referência epara uma eventual ação.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Já fica aqui pelaComissão franqueado ao Ministério Público do Trabalho, antes até dorelatório pronto, qualquer informação que ache pertinente, a secretariaestá à disposição para fornecer para a V. Exas.

Dra. Juliane.A DRA. JULIANE - Apenas uma última pergunta a técnica,

Dra. Virgínia já falou, eu gostaria de perguntar ao engenheiro, que fa-lou que os croquis eram apresentados pela NHJ, havia uma demandae a NHJ apresentava os croquis e quem é aprovava o croqui?

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Pode respondero Sr. Marcelo Sá ou o Sr. Luiz Felipe.

O SR. LUIZ FELIPE PONDÉ - Esse croqui que era apresen-tado para NHJ, na verdade era uma cópia fiel de alojamentos que jáexistiam dentro do CT desde 2014, 2015. Então, o contêiner em queocorreu o acidente já existia lá dentro uma cópia exatamente igual,com a mesma modulação, com grade, com porta de correr e tudo foiexatamente retirado de um projeto que já existia lá dentro e foi re-plicado em outro local.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - E no Flamengo,quem é que aprovava? A NHJ mandava...

O SR. LUIZ FELIPE PONDÉ - A NHJ mandava um projetotodo detalhado era encaminhado para... era encaminhado para os di-retores, era ou o Paulo Dutra, Diretor de Meios ou o Carlos Noval,que era o diretor de Futebol, eram as pessoas que aprovavam.

Obrigado.

Doutora, quer fazer mais alguma pergunta?

A SRA. - Apenas agradecer mais uma vez, o Ministério Pú-blico do Trabalho está solidário com todas as famílias e pedir à Co-missão que quando fizer o relatório final que considere também aque-las pessoas que a Dra. Virgínia já comentou, os sobreviventes e tam-bém os trabalhadores que sofreram danos imensuráveis. Participaramdo resgate, ajudaram e depois viram os resultados e, depois tiveramque voltar ao trabalho no dia seguinte, naquele ambiente, embora nãoexatamente, o local estava interditado pela perícia, mas ao lado.

Então, o Ministério Público do Trabalho também está olhandopara esses trabalhadores e pedimos à Comissão que também con-sidere isso quando fizer o seu relatório final.

O SR. PRESIDENTE (Alexandre Knoploch) - Doutora, a Co-missão está à disposição, se a senhora quiser marcar de vir aquitambém para conversar conosco, trazer mais elementos com relaçãoa esses trabalhadores, eu acho que vai ser de grande valia.

Bom, já chegamos quase às 18 horas, queria agradecer aparticipação de todos os presentes. Não tendo mais nada a tratar, de-claro encerrada esta sessão. Obrigado.

Id: 2308978

Atos da Mesa Diretora

ATO "E"/MD/Nº 1974/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno,

R E S O L V E :

NOMEAR GILSON ETTINGER, matrícula nº 428.036-8, paraexercer o cargo em comissão de Assistente VI, símbolo CCDAL - 7,junto a Assessoria da Presidência, na vaga decorrente do falecimentode Deise de Sá Cardoso dos Santos.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1975/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno,

R E S O L V E :

NOMEAR SÉRGIO DE FARIA ROCHA, matrícula nº 410.570-6, para exercer o cargo em comissão de Assistente IX, símbolo CC-DAL - 9, junto ao Departamento de Expediente e Comunicações, navaga decorrente da exoneração de Marcelo Damasceno de Oliveira.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1976/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno,

R E S O L V E :

NOMEAR ANDREIA LIMA DE MACEDO, matrícula nº428.040-0, para exercer o cargo em comissão de Assistente IX, sím-bolo CCDAL - 9, junto a Subdiretoria-Geral da Escola do Legislativo,na vaga decorrente da exoneração de Vinicius Matheus de AguiarBarros.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1977/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5862/2021

R E S O L V E :

EXONERAR, a pedido, BRUNA MANIERO COUTO, matrículanº 427.330-6, do cargo em comissão de Assessor Parlamentar VI,símbolo CCDAL - 6, que vinha exercendo junto ao Gabinete do De-putado Alexandre Knoploch.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO

��� ����� � ��� � � �� �� ��

����������� � � � �� �� �� �� ���

ATO "E"/MD/Nº 1978/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5874/2021

R E S O L V E :

EXONERAR, a pedido, JOSIANE DE ALBERGARIA GO-MES, matrícula nº 426.803-3, do cargo em comissão de AssessorParlamentar V, símbolo CCDAL - 5, que vinha exercendo junto à Li-derança do SOLIDARIEDADE - Deputado Rodrigo Bacellar.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1979/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5723/2021

R E S O L V E :

EXONERAR, a pedido, JOAQUIM PERY ANTONIO JUNIOR,matrícula nº 421.233-8, do cargo em comissão de Assessor Parlamen-tar VII, símbolo CCDAL - 7, que vinha exercendo junto ao Gabinetedo Deputado Flavio Serafini.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1980/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5854/2021

R E S O L V E :

EXONERAR, a pedido, HUGO BUSTAMANTE TRE, matrículanº 425.873-7, do cargo em comissão de Assessor Parlamentar III,símbolo CCDAL - 3, que vinha exercendo junto ao Gabinete do De-putado Felipe Peixoto.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1981/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 4756/2021

R E S O L V E :

EXONERAR, a pedido, ALESSANDRO MOURA DOS SAN-TO S , matrícula nº 421.392-2, do cargo em comissão de Assessor Par-lamentar VIII, símbolo CCDAL - 8, que vinha exercendo junto ao Ga-binete do Deputado Márcio Canella.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1982/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 4759/2021

R E S O L V E :

EXONERAR, a pedido, SANDRO EDUARDO BATISTA DESOUZA, matrícula nº 422.557-9, do cargo em comissão de AssessorParlamentar I, símbolo CCDAL - 1, que vinha exercendo junto ao Ga-binete do Deputado Márcio Canella.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1983/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5878/2021

R E S O L V E :

EXONERAR, a pedido, junto à 1ª Vice-Liderança do PDT -Deputado Luiz Martins, LUIZ EDUARDO ALVES DE OLIVEIRA, ma-trícula nº 412.410-3, do cargo em comissão de Assessor ParlamentarV, símbolo CCDAL - 5, que vinha exercendo junto à 1ª Vice-Liderançado PDT - Deputado Thiago Pampolha.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1984/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5856/2021

R E S O L V E :

NOMEAR LUIZ ERNANI ALVES LACAILLE CALDAS, matrí-cula nº 427.156-5, para exercer o cargo em comissão de AssessorParlamentar III, símbolo CCDAL - 3, junto ao Gabinete do DeputadoFelipe Peixoto, na vaga decorrente da exoneração de Hugo Busta-mante Tre.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1985/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5720/2021

R E S O L V E :

NOMEAR MARCIO LOPES CARVALHO PREGAL, matrículanº 428.038-4, para exercer o cargo em comissão de Assessor Par-lamentar IX, símbolo CCDAL - 9, junto ao Gabinete do Deputado Ru-bens Bomtempo.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1986/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5297/2021

R E S O L V E :

NOMEAR GILBERTO ATAIDE DA SILVA, matrícula nº428.039-2, para exercer o cargo em comissão de Assessor Parlamen-tar VIII, símbolo CCDAL - 8, junto ao Gabinete da Deputada CeliaJordão.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1987/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 4758/2021

R E S O L V E :

NOMEAR SANDRO EDUARDO BATISTA DE SOUZA, matrí-cula nº 422.557-9, para exercer o cargo em comissão de AssessorParlamentar VIII, símbolo CCDAL - 8, junto ao Gabinete do DeputadoMárcio Canella, na vaga decorrente da exoneração de AlessandroMoura dos Santos.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1988/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 4757/2021

R E S O L V E :

NOMEAR ALESSANDRO MOURA DOS SANTOS, matrículanº 421.392-2, para exercer o cargo em comissão de Assessor Par-lamentar I, símbolo CCDAL - 1, junto ao Gabinete do Deputado Már-cio Canella, na vaga decorrente da exoneração de Sandro EduardoBatista de Souza.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1989/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5687/2021

R E S O L V E :

NOMEAR BRUCE FERREIRA DA COSTA, matrícula nº428.024-4, para exercer o cargo em comissão de Assessor Parlamen-tar VI, símbolo CCDAL - 6, junto ao Gabinete da Deputada Zeidan, navaga decorrente da exoneração de Lucas Pacheco Carneiro.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1990/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5751/2021

R E S O L V E :

NOMEAR ROBERTO KREPK JUNIOR, matrícula nº 428.031-9, para exercer o cargo em comissão de Assessor Parlamentar IX,símbolo CCDAL - 9, junto ao Gabinete do Deputado André Corrêa, navaga decorrente da exoneração de Valdene Gois Silva Lima.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1991/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5736/2021

R E S O L V E :

NOMEAR BRUNO SANT´ANNA ARAUJO LUIZ, matrícula nº428.030-1, para exercer o cargo em comissão de Assessor Parlamen-tar VII, símbolo CCDAL - 7, junto ao Gabinete do Deputado FlavioSerafini, na vaga decorrente da exoneração de Joaquim Pery AntonioJ u n i o r.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1992/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5459/2021

R E S O L V E :

NOMEAR RAPHAEL HENRIQUE JESUS DA COSTA, matrí-cula nº 428.037-8, para exercer o cargo em comissão de AssessorParlamentar VI, símbolo CCDAL - 6, junto ao Gabinete do DeputadoRodrigo Amorim, na vaga decorrente da exoneração de Marcelo LuizBaronto Sampaio.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1993/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5396/2021

R E S O L V E :

NOMEAR JURACI PEREIRA DA SILVA, matrícula nº428.033-5, para exercer o cargo em comissão de Assessor Parlamen-tar VI, símbolo CCDAL - 6, junto ao Gabinete do Deputado FelipePeixoto, na vaga decorrente da exoneração de Ana Raquel de Miran-da.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1994/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5410/2021

R E S O L V E :

NOMEAR PAULA MARTINES FERREIRA, matrícula nº428.034-3, para exercer o cargo em comissão de Assessor Parlamen-tar VI, símbolo CCDAL - 6, junto ao Gabinete da Deputada AdrianaBalthazar, na vaga decorrente da exoneração de Amanda Melo RaiterClarindo.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1995/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5755/2021

R E S O L V E :

NOMEAR GILBERTO ALVES PORTO, matrícula nº 428.032-7, para exercer o cargo em comissão de Assessor Parlamentar IX,símbolo CCDAL - 9, junto ao Gabinete do Deputado Eurico Junior.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

ATO "E"/MD/Nº 1996/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5805/2021

R E S O L V E :

NOMEAR FERNANDA CASTRO RENA, matrícula nº428.035-0, para exercer o cargo em comissão de Assessor Parlamen-tar V, símbolo CCDAL - 5, junto à 1ª Vice-Liderança do PDT - De-putado Luiz Martins, na vaga decorrente da exoneração de LuizEduardo Alves de Oliveira.

Rio de Janeiro, 8 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO

* ATO "E"/MD/Nº 1903/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5610/2021

R E S O L V E :

NOMEAR ELEN GONÇALVES DO VALE MONTEIRO, matrí-cula nº 428.012-9, para exercer o cargo em comissão de AssessorParlamentar VII, símbolo CCDAL - 7, junto ao Gabinete do DeputadoEurico Junior, na vaga decorrente da exoneração de Matteus Viana daSilva.

Rio de Janeiro, 7 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO*(Republicado por haver saído com incorreções no D.O.

de 08.04.2021.)

* ATO "E"/MD/Nº 1917/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5623/2021

R E S O L V E :

EXONERAR, a pedido, junto ao gabinete da Deputada AlanaPassos, ARIANA SOUZA LIMA RIZETO, matrícula nº 427.796-8, docargo em comissão de Assessor Parlamentar V, símbolo CCDAL - 5,que vinha exercendo junto à 1ª Vice-Liderança do PSL-Deputado An-derson Moraes.

Rio de Janeiro, 7 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO*(Republicado por haver saído com incorreções no D.O.

de 08.04.2021.)

* ATO "E"/MD/Nº 1919/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5628/2021

R E S O L V E :

NOMEAR ARIANA SOUZA LIMA RIZETO, matrícula nº427.796-8, para exercer o cargo em comissão de Assessor Parlamen-tar V, símbolo CCDAL - 5, junto à Liderança do PSL-Deputado Charl-les Batista, na vaga decorrente da exoneração de Flavio Berço Fer-nandes, concomitantemente com sua própria exoneração.

Rio de Janeiro, 7 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO*(Republicado por haver saído com incorreções no D.O.

de 08.04.2021.)

* ATO "E"/MD/Nº 1923/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5699/2021

R E S O L V E :

NOMEAR MISSLENE DUARTE DE SOUZA DE MARINS,matrícula nº 428.025-1, para exercer o cargo em comissão de Asses-sor Parlamentar IX, símbolo CCDAL - 9, junto ao Gabinete do De-putado Marcos Abrahão, na vaga decorrente da exoneração de AlexTeixeira Nunes.

Rio de Janeiro, 7 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO*(Republicado por haver saído com incorreções no D.O.

de 08.04.2021.)

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO����� ��� �

�� ��� ����

��������� � �� ���� �� ����

* ATO "E"/MD/Nº 1926/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5667/2021

R E S O L V E :

NOMEAR ALINE DE SOUZA FERREIRA GONÇALVES, ma-trícula nº 428.018-6, para exercer o cargo em comissão de AssessorParlamentar IX, símbolo CCDAL - 9, junto ao Gabinete do DeputadoDr. Deodalto, na vaga decorrente da exoneração de Roberto Deme-trius De Menezes Da Silva.

Rio de Janeiro, 7 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO*(Republicado por haver saído com incorreções no D.O.

de 08.04.2021.)

* ATO "E"/MD/Nº 1932/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5649/2021

R E S O L V E :

EXONERAR, a pedido, ISABEL CRISTINA MELLO RODRI-GUES DE CARVALHO, matrícula nº 421.487-0, do cargo em comis-são de Assessor Parlamentar V, símbolo CCDAL - 5, que vinha exer-cendo junto ao Gabinete do Deputado Dr. Deodalto.

Rio de Janeiro, 7 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO*(Republicado por haver saído com incorreções no D.O.

de 08.04.2021.)

* ATO "E"/MD/Nº 1945/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno, e tendo em vistaas informações contidas no Processo Nº 5669/2021

R E S O L V E :

NOMEAR ROBERTO DEMETRIUS DE MENEZES DA SILVA,matrícula nº 423.641-0, para exercer o cargo em comissão de Asses-sor Parlamentar VII, símbolo CCDAL - 7, junto ao Gabinete do De-putado Dr. Deodalto, na vaga decorrente da exoneração de FranciniCoelho da Rocha, concomitantemente com sua própria exoneração.

Rio de Janeiro, 7 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO*(Republicado por haver saído com incorreções no D.O.

de 08.04.2021.)

* ATO "E"/MD/Nº 1955/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno,

R E S O L V E :

NOMEAR AVELARDY DOS SANTOS MACHADO FILHO,matrícula nº 426.823-1, para exercer o cargo em comissão de Assis-tente VII, símbolo CCDAL - 7, junto à Assessoria Especial de Plená-rio, concomitantemente com sua própria exoneração.

Rio de Janeiro, 7 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO*(Republicado por haver saído com incorreções no D.O.

de 08.04.2021.)

* ATO "E"/MD/Nº 1957/2021

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe con-fere o Inciso V do artigo 18 do Regimento Interno,

R E S O L V E :

NOMEAR VINICIUS MATHEUS DE AGUIAR BARROS, ma-trícula nº 420.376-6, para exercer o cargo em comissão de AssistenteVIII, símbolo CCDAL - 8, junto à Assessoria Especial de Plenário, navaga decorrente da exoneração de Avelardy dos Santos Machado Fi-lho, concomitantemente com sua própria exoneração.

Rio de Janeiro, 7 de abril de 2021.DEPUTADO ANDRÉ CECILIANO, PRESIDENTEDEPUTADO MARCOS MULLER, 1º SECRETÁRIO*(Republicado por haver saído com incorreções no D.O.

de 08.04.2021.)

Despachos da Mesa Diretora

Em 08.04.2021

Processo nº:2084/2016 - SUBDIRETORIA-GERAL DE RECURSOS HU-

MANOS - SDGRHA MESA DIRETORA, em reunião realizada nesta data, deci-

diu, com base no parecer da douta Procuradoria-Geral da Alerj, bemcomo no despacho da Subdiretoria-Geral de Controle Interno, a pror-rogação do convênio firmado entra a ALERJ e o Centro de IntegraçãoEmpresa Escola do Estado do Rio de Janeiro - CIEE.

Processo nº:18526/2019 - DEPARTAMENTO GRÁFICOA MESA DIRETORA, em reunião realizada nesta data, deci-

diu, com base no despacho da Subdiretoria-Geral de Controle Interno,e em conformidade com o relatório da Comissão de Licitação, pelahomologação da licitação por Pregão Presencial nº 23/2020, tendo opregoeiro adjudicado o objeto do certame à licitante MGL INDÚSTRIA,COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA, vencedora do certame.

Processo nº:22647/2019 - DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIOA MESA DIRETORA, em reunião realizada nesta data, deci-

diu, com base no despacho da Subdiretoria-Geral de Controle Interno,bem como no parecer da douta Procuradoria-Geral da Alerj, autorizaro aditamento ao Contrato nº 06/2020.

Processo nº:5387/2020 - SUBDIRETORIA-GERAL DE ENGENHARIA E

ARQUITETUTA -SDGEAA MESA DIRETORA, em reunião realizada nesta data, deci-

diu, com base no parecer da douta Procuradoria-Geral da Alerj, bemcomo no despacho da Subdiretoria-Geral de Controle Interno, autori-zar o aditamento ao Contrato nº 16/2020, firmado entre à ALERJ e aempresa Visual Sistema Eletrônico.

Processo nº:472/2021 - SUBDIRETORIA-GERAL DE FINANÇAS - SDGFA MESA DIRETORA, em reunião realizada nesta data, deci-

diu, com base no parecer da douta Procuradoria-Geral da Alerj, bemcomo no despacho da Subdiretoria-Geral de Controle Interno, autori-zar a emissão de empenho por estimativa em favor do DETRAN -RJ.

Processo nº:473/2021 - SUBDIRETORIA-GERAL DE FINANÇAS - SDGFA MESA DIRETORA, em reunião realizada nesta data, deci-

diu, com base no parecer da douta Procuradoria-Geral da Alerj, bemcomo no despacho da Subdiretoria-Geral de Controle Interno, autori-zar a emissão de empenho por estimativa em favor ao DepartamentoNacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT.

Processo nº:1903/2021 - SUBDIRETORIA-GERAL DE ENGENHARIA E

ARQUITETURA - SDGEAA MESA DIRETORA, em reunião realizada nesta data, deci-

diu, nos termos do parecer da douta Procuradoria-Geral, bem comono despacho da Subdiretoria-Geral de Controle Interno, reconhecer adívida e autorizar a emissão do respectivo Termo de Reconhecimentode Dívida, em favor da empresa GREEN AIR AR CONDICIONADOEIRELI pelos serviços prestados no mês de dezembro de 2020.

Processo nº:3119/2021 - DEPARTAMENTO APOIO COMISSÕES ESPE-

CIAIS E INQUÉRITO - DACPA MESA DIRETORA, em reunião realizada nesta data, deci-

diu deferir o solicitado no presente processo.

Despachos do Presidente

Em 07.04.2021

Processo nº* 5815/21 - PRESIDÊNCIADEFERIDO.*(Omitido no D.O. de 08.04.2021.)

Atos do Primeiro Secretário

Em 07.04.2021

ATO “E”/GS/Nº 122/2021O PRIMEIRO SECRETÁRIO DA ASSEMBLÉIA LEGISLATI-

VA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições quelhe confere o Artigo 32 do Regulamento da Secretaria, e tendo emvista as informações contidas no Processo nº 5530/2021,

R E S O L V E:

DESIGNAR o servidor requisitado ADRIANO DE SOUZAQ U I N TA N I L H A , matrícula nº 308.568-5, para exercer a função grati-ficada de Auxiliar I, símbolo CAI-16, junto à Liderança do PTC - De-putado Valdecy da Saúde, na vaga decorrente da dispensa de FelícioSouza da Silva.

Em 08.04.2021

ATO “E”/GS/Nº 123/2021O PRIMEIRO SECRETÁRIO DA ASSEMBLÉIA LEGISLATI-

VA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições quelhe confere o Artigo 32 do Regulamento da Secretaria, e tendo emvista as informações contidas no Processo nº 5804/2021,

R E S O L V E:

DESIGNAR o servidor requisitado CARLOS EDUARDOMARTINS DE SOUZA, matrícula nº 307.941-5, para exercer a funçãogratificada de Auxiliar I, símbolo CAI-16, junto à Liderança do PDT -Deputado Luiz Martins, na vaga decorrente da dispensa de Evertonda Conceição Gomes.

Despachos do Primeiro Secretário

Em 08.04.2021.

Processos nºs:25875/2019 - SÁVIO EXPEDITO GONDIM MAFRA11773/2020 - HUGO WERNECK CORDEIRO DA CRUZ1120/2021 - BRUNA TEIXEIRA MELO1163/2021 - HIGOR PORTO3338/2021 - LORENA CRISTINA LIMA DA SILVA3649/2021 - DANIELLE RIBEIRO DE LIMA LEZIODEFIRO de acordo com as informações constantes dos pro-

cessos.

Atos do Diretor-Geral

Em 08.04.2021.

PORTARIA “N”/DG/Nº 017/2021O DIRETOR-GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições regula-mentares,

R E S O L V E:

DESIGNAR os servidores abaixo mencionados para constituí-rem Comissão Especial encarregada de realizar a seguinte licitaçãona modalidade de pregão presencial:

1 - Processo: 4.508/2018

Pregoeiro:n Manoel Augusto do Nascimento Barreto, matrícula nº

200.920-7;Equipe de Apoio:n Lucio André Pinto Ferraz, matrícula nº 201.614-5 8 (Pre-

goeiro Substituto).n Carlos Cardoso de Moraes, matrícula nº 201.625-1.n Sergio Gomes Novo, matrícula nº 425.049-4;n Cleber Alex da Silva Gargaglione, matrícula nº 201.682-2.n Ivan Teixeira Vital, matrícula nº 300.433-0.

PORTARIA “N”/DG/Nº 018/2021O DIRETOR-GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições regula-mentares,

R E S O L V E :

DESIGNAR os servidores abaixo mencionados para constituí-rem Comissão Especial encarregada de realizar a seguinte licitaçãona modalidade de pregão presencial:

Processo: 3.765/2021

Pregoeiro:Manoel Augusto do Nascimento Barreto, matrícula nº

200.920-7;Equipe de Apoio:Lucio André Pinto Ferraz, matrícula nº 201.614-5 8 (Pregoeiro

Substituto).Carlos Cardoso de Moraes, matrícula nº 201.625-1.Sergio Gomes Novo, matrícula nº 425.049-4;Cleber Alex da Silva Gargaglione, matrícula nº 201.682-2.Ivan Teixeira Vital, matrícula nº 300.433-0.

PORTARIA “E”/DG/Nº 177/2021O DIRETOR-GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO, NO USO DE SUAS ATRIBUIÇÕESR E G U L A M E N TA R E S ,

CONSIDERANDO o disposto no art. 67, da Lei Federal nº8.666/1993, e de acordo com o disposto no art. 21, da Portaria'N'/DG/Nº 10/2008,

CONSIDERANDO a autorização do Exmo. Senhor PrimeiroSecretário no processo nº 5.319/2021:

R E S O L V E :

DESIGNAR, com efeito a partir de 01/04/2021, o servidorLeandro de Oliveira Pinho, matrícula nº 201.695-4, para exercer a fun-ção de gestor do Contrato Administrativo nº 10/2020, em substituiçãoao servidor Paulo Roberto Plácido de Oliveira, matrícula nº 201.691-3.

Despachos do Diretor-GeralEm 07.04.2021.

FÉRIASProcessos nºs:5124/2021 - CELIA BARBOSA ALBUQUERQUE5110/2021 - ISABEL CRISTINA FRANKLIN DE MIRANDA3558/2021 - MARCELLE ANDREA PEREIRA DE FREITAS5353/2021 - IRENILDA DE SOUSA COSTA5201/2021 - CARLOS HENRIQUE ALVES PEREIRA DE

SOUZA5352/2021 - VALDEMIRA DA SILVA BEZERRA5341/2021 - MARLI REGINA DE SOUZA COSTADEFERIDOS.

LICENÇA-MÉDICAProcesso nº:14696/2020 - EVANDRO DA FONSECADEFERIDO.

Id: 2308979

Avisos, Editais e Termos de Contratos

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA

EDITAL DE CONVOCAÇÃONos termos do Art. 6º do Ato da Mesa Diretora N/MD/ Nº 651/2020,combinado com o §2º do art. 43 do Regimento Interno, convoco osSenhores Deputados RODRIGO BACELLAR, CHICO MACHADO, RO-DRIGO AMORIM, LUIZ PAULO, CARLOS MINC e ROSENVERGREIS, membros efetivos; MAX LEMOS, MÔNICA FRANCISCO, LUIZMARTINS, WALDECK CARNEIRO, ANDERSON MORAES, DR. DEO-DALTO e MÁRCIO CANELLA, suplentes, da Comissão de Constitui-ção e Justiça, para a 3ª Reunião Extraordinária Remota, a ser rea-lizada no dia 14 de abril de 2021, às dez horas, através de votaçãoeletrônica, com a seguinte ORDEM DO DIA:

I - Reenvio de Plenário, pendendo de parecer desta Comissão ao:

Relator: Deputado MÁRCIO PACHECO

1. PROJETO DE LEI Nº 2906/2020, de autoria do Deputado Leo Viei-ra, que “QUE ALTERA A LEI Nº 5502 DE 15 DE JULHO DE 2009,QUE DISPÕE SOBRE A SUBSTITUIÇÃO E RECOLHIMENTO DE SA-COLAS PLÁSTICAS EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS LOCA-LIZADOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COMO FORMA DECOLOCÁ-LAS À DISPOSIÇÃO DO CICLO DE RECICLAGEM E PRO-TEÇÃO AO MEIO AMBIENTE FLUMINENSE E ACRESCENTA O AR-TIGO 98-A À LEI Nº 3467/2000.”

2. PROJETO DE LEI Nº 3107/2020, de autoria do Deputado Brazão,que “DISPÕE SOBRE A PROIBIÇÃO DE COBRANÇA DE VALORESADICIONAIS-TAXAS PARA EMISSÃO DE 1ª VIA DE DOCUMENTOSREQUERIDOSPELOS ESTUDANTES E/OU SEUS RESPONSÁVEIS.”

3. PROJETO DE LEI Nº 3218/2020, de autoria da Deputada Francia-ne Motta, que “OBRIGA OS ESTACIONAMENTOS DE SHOPPINGSCENTERS, CENTROS COMERCIAIS, SUPERMERCADOS, ESTABE-LECIMENTOS ASSEMELHADOS E PARQUÍMETROS A REALIZA-REM A COBRANÇA DE FORMA FRACIONADA DE ACORDO COMO TEMPO DE PERMANÊNCIA DO USUÁRIO NO ÂMBITO DO ES-TADO DO RIO DE JANEIRO.”

4. PROJETO DE LEI Nº 3477/2020, de autoria dos Deputados CarlosMinc, Dani Monteiro, Martha Rocha e Mônica Francisco, que “DISPÕESOBRE A CRIAÇÃO DO SUBTÍTULO NOS REGISTROS DE OCOR-RÊNCIA DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, DE-NOMINADO LGBTQIFOBIA E A PRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO DEDADOS ESTATÍSTICOS PELO INSTITUTO DE SEGURANÇA PÚBLI-CA, NA FORMA QUE MENCIONA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.”

II - Discussão e votação dos pareceres às proposições abaixo:

Relator: Deputado MÁRCIO PACHECO

5. EMENDAS DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 649/2019, deautoria do Deputado André Ceciliano, que “ALTERA A LEI ESTADUALNº 7035, DE 07 DE JULHO DE 2015.”

Relator: Deputado CARLOS MINC6. EMENDAS DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 345/2011, deautoria do Deputado Paulo Ramos, que “DISPÕE SOBRE O FUNCIO-NAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS DE PODOLOGIA NO ESTA-DO DO RIO DE JANEIRO.”

7. EMENDA DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 2476/2013, deautoria do Deputado Bebeto, que “DETERMINA PROCEDIMENTOSPARA AS VENDAS A PRAZO, VISANDO A PLENA UTILIZAÇÃO DOBEM ADQUIRIDO, NA FORMA QUE MENCIONA.”

8. EMENDA DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 300/2015, deautoria do Deputado Paulo Ramos, que “DISPÕE SOBRE A DISPO-NIBILIZAÇÃO DE CAIXAS INDEPENDENTES PARA ATENDIMENTOBANCÁRIO E DE APOSTAS EM CASAS LOTÉRICAS NO ÂMBITODO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.”

Relator: Deputado CHICO MACHADO

9. EMENDAS DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 1664/2012, deautoria do Deputado Márcio Pacheco, que “ALTERA A LEI 5.645, DE06 DE JANEIRO DE 2010, INCLUINDO O DIA 25 DE MAIO COMO O“DIA ESTADUAL DA CONSCIENTIZAÇÃO DAS PESSOAS DESAPA-RECIDAS.”

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO

��� ����� � ��� � � �� �� ��

����������� � � � �� �� �� �� ���

10. EMENDAS DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 1354/2016,de autoria dos Deputados Dionísio Lins e Waldeck Carneiro, que“DISPÕE SOBRE A UTILIZAÇÃO DE LEGENDAS EM TODOS OSFILMES E DESENHOS VEICULADOS NAS SALAS DE CINEMA NOÂMBITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.”

11. EMENDAS DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 2070/2016,de autoria da Deputada Martha Rocha, que “ALTERA DISPOSITIVOSDA LEI Nº 3.451, DE 28 DE AGOSTO DE 2000, QUE DISPÕE SO-BRE A OBRIGATORIEDADE DA PUBLICIDADE DO NOME DOSPROFISSIONAIS DE SAÚDE PLANTONISTAS E DÁ OUTRAS PRO-VIDÊNCIAS.”

12. EMENDAS DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 2262/2016,de autoria do Deputado Rosenverg Reis, que “DETERMINA ESPECI-FICAÇÕES A SEREM OBSERVADAS NA FABRICAÇÃO E COMER-CIALIZAÇÃO DE TROCADORES DE BEBÊS NO ÂMBITO DO ESTA-DO DO RIO DE JANEIRO.”

13. EMENDAS DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 3378/2017,de autoria do Deputado Dr. Julianelli, que “INSTITUI O SELO LUGARAMIGO DO PEITO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO NA FORMAQUE MENCIONA.”

Relator: Deputado RODRIGO AMORIM

14. EMENDAS DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 402/2015, deautoria do Deputado Renato Cozzolino, em que “FICA AUTORIZADOO PODER EXECUTIVO A CRIAR O CURSO DE PRÉ VESTIBULARGRATUITO NO ÂMBITO ESTADUAL E DÁ OUTRAS PROVIDEN-CIAS.”

Relator: Deputado ROSENVERG REIS

15. EMENDAS DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 269/2011, deautoria do Deputado Luiz Paulo, que “CRIA O PROGRAMA DE RA-CIONALIZAÇÃO DO SISTEMA DE TRANSPORTES DA REGIÃO ME-TROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO.”

16. EMENDAS DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 750/2011, deautoria do Deputado Waguinho, que “DISPÕE SOBRE O SERVIÇODISQUE-DENÚNCIA DE AGRESSÕES CONTRA PROFESSORESQUE SOFRERAM OU PRESENCIARAM ALGUM TIPO DE AGRES-SÃO, VIOLÊNCIAS OU AMEAÇA FÍSICA OU VERBAL NAS ESCO-LAS PÚBLICAS E PRIVADAS.”

17. EMENDAS DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 1077/2011,de autoria do Deputado Thiago Pampolha, que “DISPÕE SOBRE ACRIAÇÃO DE CEMITÉRIO E CREMATÓRIO PARA ANIMAIS DOMÉS-TICOS DE PEQUENO E MÉDIO PORTE NO ESTADO DO RIO DEJANEIRO.”

18. EMENDAS DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 1737/2012,de autoria do Deputado Marcelo Freixo, que “ALTERA A LEI Nº 2877DE 22 DE DEZEMBRO DE 1997, QUE DISPÕE SOBRE O IPVA -IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTO-RES E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.”

19. EMENDAS DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 1952/2013,de autoria do Deputado Átila Nunes, que “ALTERA A LEI Nº 126, DE10 DE MAIO DE 1977, NA FORMA QUE MENCIONA.”

20. EMENDAS DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 2730/2014,de autoria do Deputado Luiz Paulo, que “DISPÕE SOBRE A RES-PONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E CIVIL DE PESSOAS JURÍDI-CAS PELA PRÁTICA DE ATOS CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚ-BLICA, ESTADUAL E MUNICIPAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.”

21. EMENDA DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 2763/2014, deautoria do Deputado Dica, que “OBRIGA O PRESTADOR DE SER-VIÇOS DE ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES AFORNECER AO CONSUMIDOR, AO TÉRMINO DA PRESTAÇÃO DESERVIÇO, COMPROVANTE DISCRIMINADO.”

22. EMENDA DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 431/2015, deautoria do Deputado Nelson Gonçalves, que “AUTORIZA O PODEREXECUTIVO A CRIAR O SISTEMA DE APOIO AO DISTRITO INDUS-TRIAL, DENOMINADO CONDOMÍNIO DO AÇO, NO MUNICÍPIO DEVOLTA REDONDA.”

23. EMENDAS DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 813/2015, deautoria do Deputado Marcelo Freixo, que “INSTITUI DIRETRIZES PA-RA A PRESTAÇÃO DE AUXÍLIO, PROTEÇÃO E ASSISTÊNCIA ÀSVÍTIMAS DE VIOLÊNCIA, NA FORMA QUE MENCIONA.”

24. EMENDA DE PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI Nº 2881/2020, deautoria do Deputado Márcio Canella, que “DETERMINA MEDIDAS SA-NITÁRIAS MÍNIMAS A SEREM OBSERVADAS POR ACADEMIAS DEMUSCULAÇÃO, GINÁSTICA E ESPORTIVA, INCLUINDO DE LUTASE DANÇAS, NA FLEXIBILIZAÇÃO E RETOMADA DA ECONOMIA NOESTADO DO RIO DE JANEIRO, COMO FORMA DE PREVENÇÃO ECONTINGENCIAMENTO AO NOVO CORONA VÍRUS (COVID-19)”

III - Discussão e votação dos pareceres:

Relator: Deputado MÁRCIO PACHECO

25. PROJETO DE LEI Nº 4255/2018, de autoria do Deputado ÁtilaNunes, que “INSTITUI A POLÍTICA ESTADUAL DE PROTEÇÃO DOSDIREITOS DA PESSOA COM TRANSTORNO DE ESPECTRO AUTIS-TA - TEA, NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.”

26. PROJETO DE LEI Nº 3645/2021, de autoria do Deputado RodrigoAmorim, que “ALTERA O ARTIGO 6º DA LEI N.º 8.269 DE 27 DEDEZEMBRO DE 2018, BEM COMO INCLUI O PARÁGRAFO ÚNICOAO REFERIDO ARTIGO.”

Relator: Deputado RODRIGO BACELLAR

27. PROJETO DE LEI Nº 239/2019, de autoria do Deputado ChicoMachado, que “REVOGA O INCISO I DO ART. 3º DA LEI Nº 4.824DE 24 DE JULHO DE 2006 E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.”

Relator: Deputado CARLOS MINC

28. PROJETO DE LEI Nº 3858/2018, de autoria da Deputada MarthaRocha, que “CRIA O SISTEMA DE REGISTROS ESTATÍSTICOS DEMORTES DE AGENTES DO DESIPE E DE BOMBEIROS MILITARESFORA DO SERVIÇO.”

29. PROJETO DE LEI Nº 4552/2018, de autoria do Deputado ÁtilaNunes, que “DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DE PROGRAMA DE PRE-VENÇÃO DA SAÚDE DA SÍNDROME DE ZOLLINGER-ELLISON(ZES) OU HIPERGASTRINEMIA, NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIODE JANEIRO.”

30. PROJETO DE LEI Nº 4557/2018, de autoria do Deputado ÁtilaNunes, que “DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DE PROGRAMA DE PRE-VENÇÃO DA SAÚDE À DOENÇA XANTOMATOSE CEREBROTENDI-NOSA, NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.”

31. PROJETO DE LEI Nº 3228/2020, de autoria do Deputado RenanFerreirinha, que “ALTERA A LEI Nº 5.645, DE 06 DE JANEIRO DE2010, INCLUINDO NO CALENDÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO RIODE JANEIRO A “FEIRA DA AMÉRICA LATINA DE TEATRO PARA AINFÂNCIA E JUVENTUDE”.”

Relator: Deputado CHICO MACHADO

32. PROJETO DE LEI Nº 514/2015, de autoria do Deputado AndréCeciliano, que “DISPÕE SOBRE O RECOLHIMENTO DE ALIMENTOSQUE OFEREÇAM RISCOS À SAÚDE DOS CONSUMIDORES DOESTADO DO RIO DE JANEIRO.”

33. PROJETO DE LEI Nº 2111/2016, de autoria do Deputado AndréCeciliano, que “DISPÕE SOBRE A OBRIGATORIEDADE DAS DISCI-PLINAS QUE ESPECIFICA NO CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO DAREDE PÚBLICA E PRIVADA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.”

Relator: Deputado LUIZ PAULO

34. PROJETO DE LEI Nº 1466/2019, de autoria do Deputado MárcioCanella, que “ALTERA A LEI 7.568, DE 09 DE MAIO DE 2017, PARADETERMINAR A IMPRESSÃO DE SENHAS EM BRAILLE E CHAMA-MENTO POR VOZ PARA FINS DE ATENDIMENTO E DÁ OUTRASPROVIDÊNCIAS.”

35. PROJETO DE LEI Nº 2734/2020, de autoria da Deputada MarthaRocha, que “DECLARA PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL,IMATERIAL, DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO A CULTURA DASRODAS DE SAMBA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.”

36. PROJETO DE LEI Nº 3065/2020, de autoria do Deputado RenatoZaca, que “CLASSIFICA CONCEIÇÃO DE MACABU COMO MUNICÍ-PIO DE INTERESSE TURÍSTICO.”

37. PROJETO DE LEI Nº 3072/2020, de autoria do Deputado RenatoZaca, que “CLASSIFICA SUMIDOURO COMO MUNICÍPIO DE INTE-RESSE TURÍSTICO.”

Relator: Deputado RODRIGO AMORIM

38. PROJETO DE LEI Nº 1196/2015, de autoria dos Deputados AnaPaulo Rechuan, Bruno Dauaire, Zeidan, que “ALTERA A LEI Nº 1954DE 1992 QUE DISPÕE SOBRE A CONCESSÃO DE INCENTIVOSFISCAIS PARA REALIZAÇÃO DE PROJETOS CULTURAIS E DÁ OU-TRAS PROVIDÊNCIAS.”

39. PROJETO DE LEI Nº 2771/2017, de autoria da Deputada MarthaRocha, que “DISPÕE SOBRE A REALIZAÇÃO DE EVENTOS ES-PORTIVOS DE ARTES MARCIAIS NO ESTADO DO RIO DE JANEI-RO, NA FORMA QUE MENCIONA.”

40. PROJETO DE LEI Nº 3323/2020, de autoria do Deputado MárcioPacheco, que “ALTERA O ANEXO DA LEI Nº 5.645, DE 06 DE JA-NEIRO DE 2010, INCLUINDO NO CALENDÁRIO OFICIAL DE EVEN-TOS DO ESTADO O DIA DO TRADUTOR INTÉRPRETE DE LI-BRAS.”

41. PROJETO DE LEI Nº 3332/2020, de autoria do Deputado MárcioPacheco, que “ALTERA O ANEXO DA LEI Nº 5.645, DE 06 DE JA-NEIRO DE 2010, INCLUINDO NO CALENDÁRIO OFICIAL DE EVEN-TOS DO ESTADO O DIA DO AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO.”

42. PROJETO DE LEI Nº 3788/2021, de autoria do Deputado MárcioPacheco, que “DECLARA COMO PATRIMÔNIO CULTURAL IMATE-RIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO A ORQUESTRA SINFÔNI-CA BRASILEIRA-OSB.”

IV - Discussão e votação dos pareceres às proposições abaixo:

Relator: Deputado MÁRCIO PACHECO

43. PROJETO DE LEI Nº 3823/2021, de autoria do Deputado Dr.Deodalto, que “DISPÕE SOBRE PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR FI-LIADO ÀS ASSOCIAÇÕES E COOPERATIVAS DE AUTOGESTÃODE PLANOS DE PROTEÇÃO CONTRA RISCOS PATRIMONIAIS NOESTADO DO RIO DE JANEIRO.”

Relator: Deputado RODRIGO BACELLAR

44. PROJETO DE LEI Nº 4078/2018, de autoria do Deputado CarlosMinc, que “ESTABELECE PROCEDIMENTOS PARA A ESTRUTURA-ÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DOS SISTEMAS DE LOGÍSTICA REVER-SA E CONDICIONA A CONCESSÃO E RENOVAÇÃO DE LICENÇASDE OPERAÇÃO À COMPROVAÇÃO DESTE ATENDIMENTO.”

45. PROJETO DE LEI Nº 120/2019, de autoria do Deputado MárcioCanella, que “ALTERA A LEI Nº 8.152, DE 05 DE NOVEMBRO DE2018, PARA DISPOR SOBRE A REVISTA DE OBJETOS PARA IN-GRESSO NAS INSTIUIÇÕES BANCÁRIAS, NA FORMA QUE MEN-CIONA.”

46. PROJETO DE LEI Nº 460/2019, de autoria dos Deputados Dr.Deodalto; Rodrigo Amorim; Márcio Pacheco; Bebeto; Léo Vieira; JoãoPeixoto; Brazão; Giovani Ratinho; Fabio Silva; Dr. Serginho; Val Cea-sa; Alana Passos; Capitão Nelson; Carlo Caiado; Coronel Salema;Danniel Librelon; Filipe Soares; Franciane Motta; Gustavo Tutuca;Marcelo Cabeleireiro; Márcio Gualberto; Renato Zaca; Samuel Mala-faia; Tia Ju; Valdecy Da Saúde, que “ALTERA A LEI 4528 DE 2005,QUE DISPÕE SOBRE O SISTEMA DE ENSINO DO ESTADO, A FIMDE INCLUIR A PREVISÃO DA EDUCAÇÃO DOMICILIAR”.

47. PROJETO DE LEI Nº 1067/2019, de autoria do Deputado Sub-tenente Bernardo, que “DISPÕE SOBRE A OBRIGATORIEDADE DAMANUTENÇÃO DE BRIGADA DE INCÊNDIO NA FORMA QUE MEN-CIONA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.”

Relator: Deputado CARLOS MINC

48. PROJETO DE LEI Nº 1935/2016, de autoria do Deputado MiltonRangel, que “DISPÕE SOBRE O ACESSO DE ANIMAIS DOMÉSTI-COS AOS ABRIGOS EMERGÊNCIAIS, CASAS DE PASSAGEM, AL-BERGUES E CENTRO DE SERVIÇOS DESTINADOS AO ATENDI-MENTO DAS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA.”

Relator: Deputado CHICO MACHADO

49. PROJETO DE LEI Nº 1576/2012, de autoria do Deputado SamuelMalafaia, que “ESTABELECE PREFERÊNCIA NA CRIAÇÃO DE CON-VÊNIO NO SETOR DE INFRAESTRUTURA ENTRE O GOVERNODO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E OS MUNICÍPIOS.”

50. PROJETO DE LEI Nº 1937/2013, de autoria do Deputado AndréCeciliano, que “REGULAMENTA O CREDENCIAMENTO DE PROFIS-SIONAIS DE SAÚDE PELAS OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚ-DE NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.”

Relator: Deputado LUIZ PAULO

51. PROJETO DE LEI Nº 2917/2020, de autoria do Deputado DannielLibrelon, que “ALTERA O ANEXO DA LEI Nº 5645, DE 6 DE JANEI-RO DE 2010, INCLUINDO NO CALENDÁRIO OFICIAL DO ESTADODO RIO DE JANEIRO A SEMANA ESTADUAL DA CONSCIENTIZA-ÇÃO SOBRE A ESQUIZOFRENIA.”

52. PROJETO DE LEI Nº 3076/2020, de autoria do Deputado RenatoZaca, que “ALTERA A LEI Nº 5645/2010 E INCLUI NO CALENDÁRIOOFICIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, O “DIA DA SOCIEDA-DE MUSICAL VINTE E DOIS DE OUTUBRO” LOCALIZADA NO MU-NICÍPIO DE SÃO FIDÉLIS QUE SERÁ COMEMORADO NO DIA 22DE OUTUBRO.”

V - Discussão e votação dos pareceres às proposições abaixo:Relator: Deputado MÁRCIO PACHECO

53. PROJETO DE LEI Nº 513/2015, de autoria do Deputado FlávioSerafini, que “INSTITUI AOS PROFESSORES DE TODOS OS NÍVEISDO ENSINO PÚBLICO E PRIVADO, NO EXERCÍCIO DA PROFIS-SÃO, O DIREITO AO PAGAMENTO DE MEIA-ENTRADA EM EVEN-TOS DE NATUREZA ESPORTIVA, CULTURAL E DE LAZER.”

54. PROJETO DE LEI Nº 3188/2017, de autoria do Deputado RenatoCozzolino, em que “O PODER EXECUTIVO PODERÁ TRANSFOR-MAR ESCOLA DA REDE ESTADUAL DE EDUCAÇÃO EM COLÉGIOMILITAR, NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.”

55. PROJETO DE LEI Nº 114/2019, de autoria do Deputado Max Le-mos, que “INSTITUI ASSESSORIA JURÍDICA, BEM COMO A DEFE-SA TÉCNICA PARA SERVIDORES DO ESTADO DO RIO DE JANEI-RO, POR INTERMÉDIO DA PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO,EM PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E JUDICIAIS QUE VENHAM ARESPONDER EM RAZÃO DO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES.”

56. PROJETO DE LEI Nº 474/2019, de autoria do Deputado Fábio Sil-va, que “DISPÕE SOBRE A LAVRATURA DE TERMOS DE OCOR-RÊNCIA DE IRREGULARIDADE NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIODE JANEIRO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.”

Relator: Deputado RODRIGO BACELLAR

57. PROJETO DE LEI Nº 106/2019, de autoria da Deputada AlanaPassos, que “ALTERA A REDAÇÃO DO ART. 11 DA LEI N.º 2.877/97E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.”

58. PROJETO DE LEI Nº 509/2019, de autoria dos Deputados LuizPaulo; Filippe Poubel; Max Lemos; Eliomar Coelho; Martha Rocha;Renan Ferreirinha; Chicão Bulhões; Alexandre Knoploch; EnfermeiraRejane; Waldeck Carneiro; Lucinha, que “ALTERA A LEI N° 4.321, DE10 DE MAIO DE 2004 QUE DISPÕE SOBRE A CONCESSÃO DE IN-CENTIVOS FISCAIS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.”

Relator: Deputado CHICO MACHADO

59. PROJETO DE LEI Nº 1367/2012, de autoria do Deputado ÁtilaNunes, que “PROIBE A COBRANÇA DE TAXA OU TARIFA DE ES-GOTO SEM A EFETIVA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO NO ÂMBITO DOESTADO DO RIO DE JANEIRO.”

Relator: Deputado LUIZ PAULO

60. PROJETO DE LEI Nº 2783/2020, de autoria do Deputado WaldeckCarneiro, que “PROÍBE A INCLUSÃO DE ALIMENTOS EMBUTIDOSNA COMPOSIÇÃO DAS MERENDAS DAS REDES PÚBLICAS ESTA-DUAIS, NA FORMA QUE MENCIONA.”

61. PROJETO DE LEI Nº 1860/2020, de autoria do Deputado Alexan-dre Knoploch, que “AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A INSTALARCOMPANHIA DESTACADA OU UNIDADE DE POLÍCIA MILITAR NASUNIVERSIDADES ESTADUAIS DO RIO DE JANEIRO.”

VI - Discussão e votação dos pareceres às proposições abaixo:Relator: Deputado RODRIGO BACELLAR

62. PROJETO DE LEI Nº 2190/2016, de autoria do Deputado MiltonRangel, que “ALTERA A LEI Nº 2657, DE 26 DE DEZEMBRO DE1996, PARA DISPOR SOBRE A INCLUSÃO DAS PESSOAS APO-SENTADAS OU PENSIONISTAS COMO BENEFICIÁRIAS DA ISEN-ÇÃO DO ICMS NA AQUISIÇÃO DE VEÍCULO.”

63. PROJETO DE LEI Nº 3686/2017, de autoria do Deputado ÁtilaNunes, que “DISPÕE SOBRE A OBRIGATORIEDADE DE RESERVADE VAGAS PARA ADVOGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE ÓR-GÃOS E ENTIDADES PÚBLICAS ESTADUAIS.”

64. PROJETO DE LEI Nº 4062/2018, de autoria do Deputado FilipeSoares, que “ALTERA A LEI 2877/97, QUE DISPÕE SOBRE O IM-POSTO SOBRE PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES EDÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.”

65. PROJETO DE LEI Nº 45/2019, de autoria do Deputado AlexandreKnoploch, que “DISPÕE SOBRE A OBRIGATORIEDADE DA DESTI-NAÇÃO DE 10% (DEZ POR CENTO) DO TOTAL ARRECADADO EMBILHETERIA DE EVENTOS COM CAPACIDADE DE PÚBLCO SUPE-RIOR A 2 (DUAS) MIL PESSOAS ÀS CORPORAÇÕES DA POLÍCIAMILITAR E POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E DÁOUTRAS PROVIDÊNCIAS.”

66. PROJETO DE LEI Nº 59/2019, de autoria do Deputado Subtenen-te Bernardo, que “DISPÕE SOBRE A OBRIGATORIEDADE DA RE-MOÇÃO DE POLICIAIS MILITARES, POLICIAIS CIVIS, AGENTESPENITENCIÁRIOS, BOMBEIROS MILITARES E GUARDAS MUNICI-PAIS RECEPCIONADOS NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE PARA UNI-DADES HOSPITALARES PRIVADAS NA FORMA QUE MENCIONA, EDÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.”

67. PROJETO DE LEI Nº 304/2019, de autoria do Deputado Gil Vian-na, que “AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A CONCEDER INCEN-TIVO FISCAL PARA ESTIMULAR A PRODUÇÃO E O USO DE CAR-ROS ELÉTRICOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.”

68. PROJETO DE LEI Nº 359/2019, de autoria do Deputado JorgeFelippe Neto, que “GARANTE A GRATUIDADE DE ESTACIONAMEN-TO EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E PRESTADORES DESERVIÇOS SEMPRE QUE COMPROVADOS O CONSUMO SUPE-RIOR À TRÊS VEZES O VALOR DO ESTACIONAMENTO.”

Relator: Deputado LUIZ PAULO

69. PROJETO DE LEI Nº 3557/2017, de autoria do Deputado SamuelMalafaia, que "DISCIPLINA A ADOÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO-ESCOLAR PARA A PRÉ-ESCOLA, PARA O ENSINO FUNDAMENTALE PARA O ENSINO MÉDIO DA REDE PRIVADA DE ENSINO NO ES-TADO DO RIO DE JANEIRO."

70. PROJETO DE LEI Nº 84/2019, de autoria do Deputado MárcioCanella, que “DETERMINA A AFIXAÇÃO DE CARTAZ AO LADO DECADA BOMBA DE ABASTECIMENTO NOS POSTOS DE COMBUS-TÍVEL COM OS VALORES DE CUSTO E A RESPECTIVA MARGEMPERCENTUAL EM RELAÇÃO AO PREÇO DE VENDA DE CADA TI-PO DE COMBUSTÍVEL.”

71. PROJETO DE LEI Nº 937/2019, de autoria do Deputado DannielLibrelon, que “DISPÕE SOBRE A OBRIGATORIEDADE DE AFIXA-ÇÃO DE PLACAS OU CARTAZES, EM LOCAIS VISÍVEIS E DE FÁ-CIL ACESSO, EM TODOS OS POSTOS DE COMBUSTÍVEIS DO ES-TADO DO RIO DE JANEIRO, DIVULGANDO O DIREITO DO CON-SUMIDOR DE SOLICITAR A REALIZAÇÃO DE TESTE PARA AVE-RIGUAR A QUALIDADE DO COMBUSTÍVEL.”

72. PROJETO DE LEI Nº 1844/2020, de autoria do Deputado MárcioCanella, que “DISPÕE SOBRE A UTILIZAÇÃO OBRIGATÓRIA DECÂMERAS DE VIGILÂNCIA ELETRÔNICA NO TRANSPORTE INTER-MUNICIPAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.”

73. PROJETO DE LEI Nº 2846/2020, de autoria do Deputado Ander-son Moraes, que “DISPÕE SOBRE A INSENÇÃO DO IMPOSTO SO-BRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ICMS PARAAQUISIÇÃO DE ARMAS DE FOGO E MUNIÇÕES AOS COLECIO-NADORES, ATIRADORES, CAÇADORES - CAC´S.”

Sala da Comissão de Constituição e Justiça, 08 de abril de 2021.(a) Deputado MÁRCIO PACHECO, Presidente

��Á��� ��������� ���� �� ��� � �� ���

PODER LEGISLATIVO����� ��� �

�� �� �����

��������� � �� ���� �� ����

COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DA MULHER

EDITAL DE CONVOCAÇÃOConvoco, na forma regimental, as Senhoras Deputadas Renata Sou-za, Vice-Presidente, Alana Passos, Tia Ju e Zeidan, membros efetivose as/os Senhoras/es Deputadas/os Dani Monteiro, Martha Rocha, Fá-bio Silva e Marcelo Dino, membros suplentes deste órgão técnico, pa-ra a 2ª Reunião Extraordinária, a ser realizada no dia 13 de abril de2021 às 11:30 horas, por meios digitais (Via Wathsapp) conforme Ato“N”/”MD”/Nº 651/2020, publicado em 13 de março de 2020, com a se-guinte Ordem do Dia:

I. Discussão e votação da seguinte Audiências Pública:1. Discutir o cumprimento dos dispositivos da Lei 8621/2019, que ins-tituiu o Estatuto da Mulher Parlamentar e ocupante de cargo ou em-prego público no âmbito do Estado do Rio de Janeiro. (Oficio GDTJ140/21 - Deputada Tia Ju);

II. Discussão e votação das seguintes Audiências Pública Conjuntacom a Comissão de Trabalho e Seguridade Social.2. TRABALHADORAS DO COMERCIO: Uma categoria na linha defrente que é ESQUECIDA e segue superexplorada!3.A invisibilidade das mulheres que atuam nos serviços domésticos eos novos desafios da reprodução.

Em 08 de Abril de 2021.(a) Deputada ENFERMEIRA REJANE - Presidenta.

ESCOLA DO LEGISLATIVO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

E D I TA L

PA L E S T R AATIVIDADE FÍSICA, AUTOCONTROLE E PRODUTIVIDADE

Evidências da Neurociência

A Escola do Legislativo do Estado do Rio de Janeiro(ELERJ), no intuito de colaborar com as crescentes demandas por ca-pacitação no Poder Legislativo, realizará a Palestra ATIVIDADE FÍSI-CA, AUTOCONTROLE E PRODUTIVIDADE - Evidências da Neuro-ciência.

A atividade será realizada de forma híbrida, conjugando asmodalidades presencial e a distância, desta forma, propiciando maioralcance nos diversos municípios do nosso estado.

A palestra tem por objetivo apresentar uma reflexão sobre asevidências da Neurociência sobre os significativos efeitos da promo-ção da prática de atividades físicas para a melhora das condições desaúde social individual, coletiva e governamental, bem como reduçãodos gastos públicos com saúde e o aumento da produtividade.

A atividade será realizada de forma colaborativa pelo profes-sor Valter Fernandes, Mestre em Educação Física pela Escola deEducação Física e Desporto da UFRJ. Doutorando no Programa dePós-Graduação em Psiquiatria e Saúde Mental - PROPSAM(IPUB/UFRJ), docente de Educação Física do Centro Universitário Au-gusto Motta (UNISUAM), pesquisador sobre a influência do exercíciofísico, no desempenho e desenvolvimento cognitivo infantil, membrodo Grupo de Trabalho da Salvaguarda da Capoeira (IPHAN/RJ), comexperiência em Educação Física escolar, com formação no método'International Baccalaureate - MYP/PYP - Physicaland Health Educa-tion'e Membro da LASchool - Escola Latino-Americana de Educação,Cognição e Neurociência e do Laboratório de Neurociência do Exer-cício (IPUB/UFRJ).

PÚBLICO-ALVO: Servidores da Assembleia Legislativa, dasCâmaras Municipais e público em geral.

CARGA HORÁRIA: 1 hora e 30 minutos.D ATA : 28 de abril de 2021 (quarta-feira)HORÁRIO: 11h às 12h30VAGAS PRESENCIAIS: Serão disponibilizadas no máximo 50

(cinquenta) vagas presenciais, tendo em vista as medidas de distan-ciamento social para enfrentamento da pandemia do novo Coronaví-rus-COVID-19.

O uso de máscara será obrigatório.LOCAL DO ENCONTRO PRESENCIAL: Escola do Legisla-

tivo do Estado do Rio de Janeiro, Rua México, nº 125, 2º andar -AUDITÓRIO

ENDEREÇO ELETRÔNICO DA TRANSMISSÃO AO VIVO:Facebook.com/escoladolegislativorio

TÓPICOS QUE SERÃO ABORDADOS:Evidências sobre os efeitos da inatividade física.Funções executivas e autocontrole.

Atividade física como um investimento no capital humano.Efeitos do exercício físico na cognição.Programas baseados em evidências científicas com resulta-

dos.Recomendações para promoção da prática de atividades fí-

sicas para melhora da saúde mental e desempenho cognitivo.Evidências da neurociência sobre reduções significativas nos

gastos públicos com saúde.Aumento da produtividade econômica de toda sociedade, in-

dividual e coletiva, pública e privada.A melhora das condições de saúde social individual, coletiva

e governamental.

INSCRIÇÃO:

Todos os interessados em participar da palestra, presencial-mente ou à distância, deverão realizar a inscrição através de qualquerum dos links abaixo, até o dia 27 de abril de 2021:

http://bit.ly/38F3rWU ou https://tinyurl.com/fta46cwzA Escola do Legislativo reserva-se o direito de cancelar o en-

contro, caso não atinja o número mínimo de inscrições.As inscrições obedecerão a ordem cronológica de solicitação

e, oportunamente, a Escola do Legislativo entrará em contato, poremail, para confirmação.

CERTIFICAÇÃO:

a) Será certificado o aluno que comparecer à palestra pre-sencial.

b) Na modalidade à distância, será certificado o aluno quetenha realizado inscrição em um dos links acima e que participe dainteração no chat, com perguntas e comentários.

O certificado é válido para o Relatório de Atividades Comple-mentares - RAC.

Informações adicionais: (21) 2588-1373.

Em 23 de março de 2021.

ROSEMERY BORGES PEREIRAMatr. nº 307.905-0Subdiretora-Geral da Escola do Legislativo do Estado do Rio

de Janeiro

Id: 2308980