diário oficial poder legislativo

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ANO XLIX – VITÓRIA-ES, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE NOVEMBRO DE 2015 – Nº 7884 – 200 PÁGINAS DPL - Editoração, Composição, Diagramação e Arte-Final. Reprografia: Impressão 1ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 18ª LEGISLATURA MESA DIRETORA THEODORICO FERRAÇO - DEM Presidente ENIVALDO DOS ANJOS - PSD 1º Secretário CACAU LORENZONI - PP 2º Secretário RAQUEL LESSA - SD LUZIA TOLEDO 1ª Vice-Presidenta MARCOS MANSUR - PSDB BRUNO LAMAS - PSB 3ª Secretária 2º Vice-Presidente 4º Secretário GABINETE DAS LIDERANÇAS DEM - PMDB - Guerino Zanon PT - Nunes PR – Gilsinho Lopes PSB - Freitas PDT - Euclério Sampaio PSDB - Pr.Marcos Mansur PV - PRP - Dary Pagung PEN - Rafael Favatto PMN - Janete de Sá PTC - Eliana Dadalto PPS - Sandro Locutor PP - Erick Musso PSD - RS – Marcos Bruno SD – Raquel Lessa GILDEVAN FERNANDES - PV Líder do Governo ERICK MUSSO – PP Vice-Líder do Governo REPRESENTAÇÃO PARTIDÁRIA DEM THEODORICO FERRAÇO. PMDB GUERINO ZANON, DOUTOR HÉRCULES, LUZIA TOLEDO E MARCELO SANTOS. PT JOSÉ CARLOS NUNES, PADRE HONÓRIO E RODRIGO COELHO. PR GILSINHO LOPES. PSB BRUNO LAMAS E FREITAS. PDT DA VITÓRIA E EUCLÉRIO SAMPAIO. PSDB PASTOR MARCOS MANSUR E SERGIO MAJESKI. PV GILDEVAN FERNANDES. PRP ALMIR VIEIRA, DARY PAGUNG E HUDSON LEAL. PEN DOUTOR RAFAEL FAVATTO. PMN JANETE DE SÁ. PTC ELIANA DADALTO. PPS AMARO NETO E SANDRO LOCUTOR. PP CACAU LORENZONI E ERICK MUSSO. PSD ENIVALDO DOS ANJOS. RS MARCOS BRUNO. SD RAQUEL LESSA. Esta edição está disponível no site: www.al.es.gov.br Endereço: Avenida Américo Buaiz Quadra RC4-B 03 - Enseada do Suá - CEP: 29050-950 Editoração: Simone Silvares Itala (027) - 3382-3666 e 3382-3665 e-mail: [email protected] DIÁRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO

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ANO XLIX – VITÓRIA-ES, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE NOVEMBRO DE 2015 – Nº 7884 – 200 PÁGINAS

DPL - Editoração, Composição, Diagramação e Arte-Final. Reprografia: Impressão

1ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 18ª LEGISLATURA

MESA DIRETORA

THEODORICO FERRAÇO - DEM Presidente

ENIVALDO DOS ANJOS - PSD 1º Secretário

CACAU LORENZONI - PP 2º Secretário

RAQUEL LESSA - SD

LUZIA TOLEDO 1ª Vice-Presidenta

MARCOS MANSUR - PSDB

BRUNO LAMAS - PSB 3ª Secretária 2º Vice-Presidente 4º Secretário

GABINETE DAS LIDERANÇAS

DEM - PMDB - Guerino Zanon PT - Nunes PR – Gilsinho Lopes PSB - Freitas

PDT - Euclério Sampaio PSDB - Pr.Marcos Mansur PV - PRP - Dary Pagung PEN - Rafael Favatto

PMN - Janete de Sá PTC - Eliana Dadalto PPS - Sandro Locutor PP - Erick Musso PSD - RS – Marcos Bruno SD – Raquel Lessa

GILDEVAN FERNANDES - PV Líder do Governo

ERICK MUSSO – PP Vice-Líder do Governo

REPRESENTAÇÃO PARTIDÁRIA

DEM THEODORICO FERRAÇO. PMDB GUERINO ZANON, DOUTOR HÉRCULES, LUZIA TOLEDO E MARCELO SANTOS. PT JOSÉ CARLOS NUNES, PADRE HONÓRIO E RODRIGO COELHO. PR GILSINHO LOPES. PSB BRUNO LAMAS E FREITAS. PDT DA VITÓRIA E EUCLÉRIO SAMPAIO. PSDB PASTOR MARCOS MANSUR E SERGIO MAJESKI. PV GILDEVAN FERNANDES. PRP ALMIR VIEIRA, DARY PAGUNG E HUDSON LEAL. PEN DOUTOR RAFAEL FAVATTO. PMN JANETE DE SÁ. PTC ELIANA DADALTO. PPS AMARO NETO E SANDRO LOCUTOR. PP CACAU LORENZONI E ERICK MUSSO. PSD ENIVALDO DOS ANJOS. RS MARCOS BRUNO. SD RAQUEL LESSA.

Esta edição está disponível no site: www.al.es.gov.br Endereço: Avenida Américo Buaiz – Quadra RC4-B 03 - Enseada do Suá - CEP: 29050-950

Editoração: Simone Silvares Itala – (027) - 3382-3666 e 3382-3665

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DIÁRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO

DIÁRIO OFICIAL

PODER LEGISLATIVO

COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO Presidente: Rodrigo Coelho. Vice-Presidente: Raquel Lessa. Efetivos: Eliana Dadalto, Gildevan Fernandes, Janete de Sá, Rafael Favatto e Marcelo Santos. Suplentes: Nunes, Dary Pagung, Almir Vieira, Luzia Toledo, Euclério Sampaio, Pe. Honório e Amaro Neto.

COMISSÃO DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE Presidente: Rafael Favatto. Vice-Presidente: Erick Musso. Efetivos: Bruno Lamas, Dary Pagung e Gildevan Fernandes. Suplentes: Raquel Lessa, Almir Vieira, Euclério Sampaio, Edson Magalhães e Marcelo Santos.

COMISSÃO DE CULTURA E COMUNICAÇÃO SOCIAL Presidente: Marcos Bruno. Vice-Presidente: Da Vitória. Efetivos: Amaro Neto. Suplentes: Sergio Majeski, Euclério Sampaio e Rafael Favatto.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO Presidente: Luzia Toledo. Vice-Presidente: Bruno Lamas. Efetivos: Rodrigo Coelho, Raquel Lessa e Marcos Bruno. Suplentes: Gildevan Fernandes, Sergio Majeski, Padre Honório, Edson Magalhães e Gilsinho Lopes.

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS Presidente: Nunes. Vice-Presidente: Padre Honório. Efetivos: Dary Pagung, Sergio Majeski e Marcos Bruno. Suplentes: Rodrigo Coelho, Eliana Dadalto, Doutor Hércules e Janete de Sá.

COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO Presidente: Doutor Hércules. Vice-Presidente: Almir Vieira. Efetivos: Suplentes: Eliana Dadalto, Dary Pagung, Hudson Leal, Amaro Neto e Marcos Bruno. COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Presidente: Eliana Dadalto. Vice-Presidente: Padre Honório. Efetivos: Marcelo Santos. Suplentes: Rafael Favatto, Rodrigo Coelho e Janete de Sá. COMISSÃO DE COOPERATIVISMO Presidente: Marcos Mansur Vice-Presidente: Hudson Leal Efetivos: Marcos Mansur, Hudson Leal e Doutor Hércules. Suplentes: Sergio Majeski, Almir Vieira e Luzia Toledo.

COMISSÃO DE AGRICULTURA, DE SILVICULTURA, DE AQUICULTURA E PESCA, DE ABASTECIMENTO E DE REFORMA AGRÁRIA Presidente: Janete de Sá. Vice-Presidente: Padre Honório Efetivos: Raquel Lessa, Eliana Dadalto e Freitas Suplentes: Erick Musso, Nunes, Da Vitória, Sandro Locutor e Marcos Bruno. COMISSÃO DE FINANÇAS, ECONOMIA, ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE E TOMADA DE CONTAS Presidente: Dary Pagung. Vice-Presidente: Euclério Sampaio. Efetivos: Hudson Leal, Luzia Toledo, Almir Vieira, Edson Magalhães e Freitas. Suplentes: Rodrigo Coelho, Raquel Lessa, Erick Musso, Doutor Hércules, Gilsinho Lopes, Da Vitória e Bruno Lamas. COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Presidente: Gilsinho Lopes. Vice-Presidente: Sandro Locutor. Efetivos: Pastor Marcus Mansur. Suplentes: Edson Magalhães, Luzia Toledo e Doutor Hércules. COMISSÃO DE SEGURANÇA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO Presidente: Euclério Sampaio. Vice-Presidente: Da Vitória. Efetivos: Almir Vieira, Gildevan Fernandes e Gilsinho Lopes. Suplentes: Erick Musso, Sandro Locutor, Bruno Lamas, Amaro Neto e Janete de Sá. COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO Presidente: Amaro Neto. Vice-Presidente: Nunes Efetivos: Luzia Toledo. Suplentes: Dary Pagung, Hudson Leal e Sandro Locutor.

COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, INCLUSÃO DIGITAL, BIOSSEGURANÇA, QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, ENERGIA, GÁS NATURAL, PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS Presidente: Sergio Majeski. Vice-Presidente: Nunes. Efetivos: Pastor Marcos Mansur. Suplentes: Eliana Dadalto, Almir Vieira e Bruno Lamas.

COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA, DE DESENVOLVIMENTO URBANO E REGIONAL, DE MOBILIDADE URBANA E DE LOGÍSTICA Presidente: Edson Magalhães. Vice-Presidente: Marcelo Santos. Efetivos: Amaro Neto, Rodrigo Coelho e Doutor Hércules. Suplentes: Gildevan Fernandes, Gilsinho Lopes, Luzia Toledo, Padre Honório e Sergio Majeski. COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE DROGAS Presidente: Marcelo Santos. Vice-Presidente: Gilsinho Lopes. Efetivos: Suplentes: Freitas, Raquel Lessa e Sergio Majeski.

DEPUTADO CORREGEDOR-GERAL: Hudson Leal - PRP

DEPUTADO OUVIDOR: Da Vitória - PDT

LIGUE OUVIDORIA: 3382-3846 / 3382-3845 / 99531-9393 e-mail: [email protected]

Publicação Autorizada Atos do Presidente Atos Legislativos Atos Administrativos pág. 1 Atas das Sessões e das Reuniões das Comissões Parlamentares pág. 2 a 196 Suplementos

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 1

ATOS ADMINISTRATIVOS

SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

• SEGUNDA-FEIRA - 23.11.15 •

HORA PROGRAMAS SINOPSES

07h00 STJ: DIREITO MEU DIREITO

SEU

Entenda a nova resolução do Conselho Nacional de Educação que vai

facilitar e organizar a revalidação de diplomas estrangeiros no Brasil. Saiba

como a nomeação em concurso público deve ser acompanhada, e também de

que forma a justiça pode reverter algumas situações. E ainda, agora a

Fazenda Pública tem um prazo para quitar as dívidas de precatório.

07h30 FIOCRUZ – CIÊNCIA E

LETRAS

O programa traz: Vértice do impensável.

08h00 TSE: BRASIL ELEITOR Acompanhe os trabalhos da Justiça Eleitoral.

08h30 EM DISCUSSÃO Apresenta os principais debates que ocorrem durante a semana nas Sessões

Ordinárias e Extraordinárias.

09h00 COMISSÃO DE TURISMO (V) Reunião ordinária.

11h00 COMISSÃO DE SEGURANÇA

(V)

Reunião ordinária.

12h00 MUNICÍPIOS CAPIXABAS Conheça mais o Espírito Santo com a série Municípios que traz: São Mateus.

12h15 BIOGRAFIA Eurico de Aguiar Salles nasceu em Vitória em 1910. Graduou-se em direito e

atuou no cenário político brasileiro com destaque nacional.

12h30 MPE - MP COM VOCÊ

O programa recebe a Promotora de Justiça de Linhares e Subcoordenadora do

Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica (Nevid), Graziella Deprá

Bittencourt. A convidada fala sobre Lei Maria da Penha, o aumento da

violência contra mulher no Espírito Santo e a forma como o estado vem

buscado soluções para este problema.

13h00 UM DEDO DE PROSA

O aeroclube do Espírito Santo completou 75 anos e ganhou um livro

comemorativo. Na obra, Alfredo Cesar da Silva conta como os trabalhos da

instituição cresceram ao longo do ano e como o Aeroclube funciona

atualmente.

13h30 COMISSÃO DE FINANÇAS (V) Reunião ordinária.

14h30 PANORAMA Telejornal com as notícias do Legislativo capixaba.

14h50 INTER-SESSÃO Trabalhos do Legislativo estadual.

15h00 SESSÃO ORDINÁRIA Trabalhos do Legislativo estadual.

18h00 INTER-SESSÃO Trabalhos do Legislativo estadual.

18h15 AÇÃO PARLAMENTAR

O deputado Rodrigo Coelho comenta sua atuação parlamentar, lembrando a

experiência adquirida também como gestor da Secretaria de Estado de

Assistência Social.

19h00 SESSÃO ESPECIAL (V) Discussão sobre a consciência negra e a implementação da lei 10.639/2003,

no Estado.

22h00 PANORAMA Telejornal com as notícias do Legislativo capixaba.

22h15 SESSÃO ORDINÁRIA Trabalhos do Legislativo estadual.

00h15 INTER-SESSÃO Trabalhos do Legislativo estadual.

Legenda: (R) – REPRISE; (V) – AO VIVO OBS.: A programação da TV ALES pode sofrer alterações em função dos trabalhos legislativos.

2 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

ATAS DAS SESSÕES E DAS REUNIÕES DAS COMISSÕES PARLAMENTARES

COMISSÃO DE DEFESA DA

CIDADANIA. VIGÉSIMA SEGUNDA REUNIÃO

ORDINÁRIA, DA PRIMEIRA SESSÃO

LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA DÉCIMA

OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 20

DE OUTUBRO DE 2015.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –

Havendo número legal, invocando a proteção de Deus

declaro abertos os trabalhos desta Comissão.

Inicialmente, saúdo todos os membros que

compõe esta Comissão, os Senhores Deputados Padre

Honório, Dary Pagung e Sergio Majeski. Saúdo também

todo o público presente, os servidores da Casa, em

especial os que acompanham esta Comissão, e todos

que nos assistem pela TVAles.

Convido o Senhor Secretário a proceder à

leitura da ata da vigésima primeira reunião ordinária,

realizada em 06 de outubro de 2015. (Pausa)

(O Senhor Secretário procede à

leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Em

discussão a ata. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Pela

aprovação.

O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Pela

aprovação.

O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – Pela

aprovação.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Ata

aprovada como lida.

Solicito ao Senhor Secretário que proceda à

leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê:

EXPEDIENTE:

CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:

OF. 1310/2015 - Informando a celebração do

convenio n.º 006/2015 - SDH/PR - Programa

de Proteção a Criança e Adolescentes ameaçados de morte. PPCAAM, entre a

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência

da República e Secretaria de Estado de

Assistência Social e Direitos Humanos.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –

Encaminhar cópia aos membros efetivos para

conhecimento.

Continua a leitura do Expediente.

OF. 07/2015 - da Senadora Vanessa Grazziotti,

Procuradora Especial da Mulher Federal,

convidando para participar do encontro dos

“Entes Federados: Pacto pelos Direitos das

Mulheres”, a ser realizado no dia 14 de

outubro, às 14 horas, no Salão Negro do

Congresso Nacional.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –

Ciente. À secretaria da Comissão para encaminhar

ofício agradecendo o convite e informando da

impossibilidade do comparecimento.

Continua a leitura do Expediente.

OF. 55/2015 – do Excelentíssimo Senhor

Deputado Estadual Carlos Antônio, Presidente

da Frente Parlamentar de mobilização nacional

Pro-Criança e Adolescente, convidando para

participar da reunião que será realizada no dia

23 de outubro de 2015, às 9h, na sala das

reuniões das comissões da Assembleia

Legislativa do Estado do Paraná.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –

Ciente. Encaminhar cópia aos membros desta Comissão

para ciência e manifestação.

Continua a leitura do Expediente.

Processo Administrativo - n.º 153369/2015 – do Senador Paulo Paim, Presidente da

Comissão de Direitos Humanos, solicitando

espaço para realização da audiência pública no

dia 19 de novembro de 2015, às 14h, sobre o

PLC 30/2015, que dispõe sobre os contratos de

terceirização e as relações de trabalho deles

decorrentes.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Ciente. À secretaria da Comissão para tomar as devidas

providências.

Continua a leitura do Expediente.

Processo Administrativo n.º 153989/2015 –

do Diretor de Consultoria Temática da Ales,

designando a servidora Laurdeliz Gomes

Merçon Fernandes para acompanhar e

assessorar tecnicamente as reuniões ordinárias

da Comissão de Defesa da Cidadania e dos

Direitos Humanos.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –

Ciente. Informar que a servidora mencionada já faz

parte desta Comissão e está nos assessorando com seu serviço de grande importância.

Continua a leitura do Expediente

O SR. SECRETÁRIO lê:

PROPOSIÇÕES RECEBIDAS:

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 3

Projeto de Lei n.º 49/2015 Autor: Senhora Deputada Luzia Toledo

Ementa: Obriga os produtores de alimentos

congelados a fazer constar nas embalagens o

peso anterior e posterior ao congelamento.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –

Designo como relator dessa matéria, o Senhor Deputado

Dary Pagung.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê:

Projeto de Lei n.º 59/2015 Autor: Senhor Deputado Sandro Locutor

Ementa: Torna obrigatória a inclusão do

registro da informação, reclamação e/ou

solicitação do consumidor, no banco de dados

das empresas que possuem call center no

Estado do Espírito Santo à partir do primeiro

atendimento.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –

Designo como relator dessa matéria, o Senhor Deputado

Padre Honório.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê:

Projeto de Lei n.º 118/2015

Autor: Senhor Deputado Bruno Lamas

Ementa: Dispõe sobre a área escolar de

segurança como espaço de prioridade especial

do Estado do Espírito Santo.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –

Designo como relator dessa matéria, o Senhor Deputado

Sergio Majeski.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê:

Projeto de Lei n.º 168/2015

Autor: Senhor Deputado Almir Vieira

Ementa: Dispõe sobre a isenção de cobrança

dos estacionamentos privados em clínicas,

centros de coleta e hospitais particulares, aos

doadores de sangue.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –

Avoco a matéria para relatar.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê:

Projeto de Lei n.º 195/2015

Autor: Senhor Deputado Sergio Majeski

Ementa: Dispõe sobre o direito de receber,

gratuitamente, outro produto idêntico ou

similar, a sua escolha, em igual quantidade, o

consumidor que constatar a existência a

existência de produto exposto à venda com

prazo de validade vencido.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –

Como essa matéria do Senhor Deputado Sergio

Majeski tem um grande alcance, designo como relator

dessa matéria, o Senhor Deputado Padre Honório.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê:

Projeto de Lei n.º 251/2015

Autor: Senhor Deputado Hudson Leal

Ementa: Estabelece a obrigatoriedade de

academias, clubes desportivos e demais

estabelecimentos de práticas desportivas a

disponibilizarem profissionais de educação

física qualificados para o atendimento de

emergência no âmbito do Estado do Espírito

Santo.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –

Designo como relator dessa matéria, o Senhor Deputado

Dary Pagung.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê:

Projeto de Lei n.º 311/2015

Autor: Senhora Deputada Eliana Dadalto

Ementa: Declara como Patrimônio Cultural do

Estado do Espírito Santo o instrumento musical

concertina.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –

Designo como relator dessa matéria, o Senhor Deputado

Sergio Majeski.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê:

Projeto de Decreto Legislativo n.º 67/2015

Autor: Senhor Deputado Dary Pagung

Ementa: Concede título de Cidadania Espírito-

Santense ao senhor Rimaldo Barbosa de Sá Junior.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –

Como o projeto do Senhor Deputado Dary Pagung é de

grande alcance, avoco a matéria para relatar.

PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS:

Projeto de Lei n.º 42/2015

Autor: Senhor Deputado Gilsinho Lopes

Ementa: Dispõe sobre a presença obrigatória

do corretor de seguros ou de seu representante

legal em todos os estabelecimentos que

comercializam seguros

Relator: Senhor Deputado Marcos Bruno

Entrada na Comissão: 30/10/2015

Prazo do Relator: 20/10/2015

Prazo da Comissão: 27/10/2015

Projeto de Lei n.º 151/2015 Autor: Senhor Deputado Gilsinho Lopes

Ementa: Dispõe sobre o horário e dias em que

os fornecedores de produtos ou serviços

poderão efetuar serviços de telemarketing e

4 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

cobrança de débitos por telefone aos

consumidores.

Relator: Senhor Deputado Nunes

Entrada na Comissão: 30/10/2015

Prazo do Relator: 20/10/2015

Prazo da Comissão: 27/10/2015

Projeto de Lei n.º 207/2015

Autor: Senhor Deputado Cacau Lorenzoni

Ementa: Estabelece que as empresas ao

realizarem o cancelamento do contrato de

“débito em conta” com a instituição bancária

terão que comunicar ao consumidor, por carta

registrada na modalidade de Aviso de

Recebimento - AR o fim do contrato.

Relator: Senhor Deputado Dary Pagung

Entrada na Comissão: 30/10/2015

Prazo do Relator: 20/10/2015

Prazo da Comissão: 27/10/2015

Projeto de Lei n.º 299/2015

Autor: Senhor Deputado Marcos Bruno

Ementa: Institui o Programa Estadual de

Doação de Livros - PEDLivros - literários e

paradidáticos e dá outras providências.

Relator: Senhor Deputado Sergio Majeski

Entrada na Comissão: 30/10/2015

Prazo do Relator: 20/10/2015

Prazo da Comissão: 27/10/2015

Projeto de Resolução n.º 46/2015 Autor: Senhor Deputado Euclério Sampaio

Ementa: Inclui o inciso XVIII ao artigo 54 do

Regimento Interno, que dispõe sobre a

Comissão de Segurança.

Relator: Senhor Deputado Padre Honório

Entrada na Comissão: 30/10/2015

Prazo do Relator: 20/10/2015

Prazo da Comissão: 27/10/2015

PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS: Não houve no período.

PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA: Não houve no período.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Processo administrativo n.º 152871/2015 da senhora

Josiane Maria de Rocha Guidoni, solicitando averiguar

agressões físicas sofridas no presídio feminino de

Cariacica BUBU.

Vou encaminhar esse ofício para Delegacia

Especializada de Crimes no Sistema Carcerário e

Socioeducativo Doutor Gabriel Duarte Monteiro.

Em discussão. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Com o

relator.

O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Com o

relator.

O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – Com

o relator.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – O

parecer é aprovado à unanimidade pela Comissão de

Defesa da Cidadania.

Processo administrativo n.º 153587/2015 do

senhor Paulo Adão dos Santos, encaminhando denúncia

de omissão por parte da Polícia Civil, em que relata,

conforme B.O. 2542/2003, ameaça de morte, e solicita

providências desta Comissão.

A proposta é encaminhar ofício para os

seguintes órgãos: Procuradoria-Geral do Estado do

Espírito Santo, doutor Rodrigo Rabello Vieira;

Defensoria Pública do Espírito Santo, doutor Leonardo

Oggioni de Miranda; secretário de Segurança Pública,

doutor André de Albuquerque Garcia, e também para à

doutora Gracimeri Gaviorno, da Delegacia de Polícia

Civil.

Em discussão. (Pausa)

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Dary Pagung.

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Ele cita a

denúncia ou só está ... Gostaria de ver depois. O ofício

está aí?

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – O

ofício?

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Presidente, já está em minhas mãos.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT ) – A

sugestão é encaminhar esse ofício aos seguintes órgãos,

entendeu Senhor Deputado Dary Pagung, à

Procuradoria-Geral, à Defensoria Pública, ao Secretário

de Segurança e à Delegacia de Polícia Civil. Essa é a

sugestão da Comissão. É um processo administrativo.

Portanto, V. Ex.ª gostaria de apreciar melhor o pedido?

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Senhor

Presidente, na verdade, ele anexou ao processo

administrativo vários documentos, inclusive o BO. Não

temos informação se esse BO, se a Polícia Civil já

tomou providências. V. Ex.ª simplesmente vai

encaminhar a essas autoridades?

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Correto.

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Senhor

Presidente, voto favorável. Mas gostaria de ter visto

antes. É importante encaminhar sim.

Continua em discussão o parecer. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Favorável.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 5

O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Favorável.

O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – Favorável.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – A

Presidência acompanha. Aprovado o encaminhamento

do ofício.

Processo Administrativo n.º 153579/2015, da

senhora Mariza Almeida Felipe, encaminhando

denúncia em que solicita providências quanto aos atos

sofridos pelo seu filho de nove anos.

Encaminhar ofício aos seguintes órgãos: à

doutora Viviane Brito Borili, da Vara da Infância e

Juventude, de Vitória; e à doutora Larissa Lacerda de

Oliveira, da Delegacia de Proteção à Criança e ao

Adolescente.

Em discussão. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) –

Favorável.

O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) –

Favorável.

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Favorável.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES - PT) – A

Presidência acompanha. Aprovado o encaminhamento

do ofício.

A Comissão de Defesa da Cidadania e dos

Direitos Humanos desta Casa recebeu no dia 15 de

setembro o Conselho da Juventude. Naquela

oportunidade, conhecemos um pouco a atuação desse

Conselho junto à sociedade. A estada desse Conselho

resultou no dia 15 de setembro do corrente ano nesta

Casa de Leis, em uma audiência pública que teve como

proponente o Senhor Deputado Sergio Majeski.

Temos como proposta ouvir todos os Conselhos

e conhecer um pouco mais sobre suas atuações e

também dificuldades que enfrentam no exercício de

suas funções, como foi relatado na oportunidade em que

o Senhor Deputado Sergio Majeski convidou para fazer

essa reunião com o Conselho da Juventude. Estamos

também solicitando aos demais Conselhos para que

pudessem ter oportunidade de estar nesta Comissão

fazendo esse mesmo relato.

Gostaríamos de apresentar um cronograma para

dar continuidade a essa oportunidade para que os

conselheiros estejam presentes: no dia 27 de outubro

estamos propondo que o senhor Luís Inácio da Silva

Rocha, presidente do Conselho Estadual dos Direitos

Humanos esteja presente à reunião desta Comissão; no

dia 3 de novembro, o Conselho Estadual do Trabalho,

cujo presidente é o senhor Haroldo Olívio Marcelini

Massa; dia 10 de novembro a representante do Conselho

Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher do Estado

do Espírito Santo, Maria Betania Silva Raul; e dia 17 de

novembro a representante do Conselho Estadual dos

Direitos da Criança e do Adolescente do Estado do

Espírito Santo, Senhora Nilda Maria Turra Ferreira,

também para fazer o mesmo relato que o representante

do Conselho da Juventude fez nesta Comissão.

Coloco em discussão o requerimento do

cronograma para ouvir os representantes desses

conselhos. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Pela

aprovação.

O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Pela

aprovação.

O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB) - Pela

aprovação.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES - PT) -

Aprovado o cronograma à unanimidade.

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Senhor

Presidente, pela ordem! Acabamos de aprovar esse

processo administrativo do Paulo Adão dos Santos que

chegou a nossa comissão. Tive um tempo maior para

analisar e vi que o despacho do procurador-geral da

Casa, doutor Julio Chamun, era para encaminhar

para os procuradores designados e esta comissão tem

dois procuradores designados, mas vi que o despacho

final, onde V. Ex.ª vai encaminhar, foi um despacho do

Marcelo Siano, o diretor das comissões. Já aprovamos,

mas gostaria que V. Ex.ª, antes de encaminhar, pedisse

aos nossos procuradores designados da comissão que

dessem uma olhada no processo para orientar de forma

jurídica a melhor forma possível para que a nossa

comissão encaminhe para as autoridades competentes.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES - PT) - Não

vejo nenhum problema, mas me parece que o supervisor

da comissão já conversou informalmente. Mas não tem

dificuldade nenhuma, Senhor Deputado Dary Pagung.

Acho que é possível sim que antes de encaminharmos à

Procuradoria-Geral, à Defensoria Pública e ao secretário

de segurança e também à Delegacia de Polícia,

encaminharmos para os procuradores desta comissão.

(Pausa) Envio prévio. Está certo, Senhor Deputado

Dary Pagung? Está resolvido.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Padre

Honório para relatar.

O SR. PADRE HONÓRIO (PT) – Proposta

de Emenda Constitucional n.º 08/2015, de autoria do

Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, que altera o

artigo 69 da Constituição do Estado do Espírito Santo.

Descrito o objeto da presente preposição, devemos

ressaltar que o parecer desta Comissão de Defesa da

Cidadania e dos Direitos Humanos abrange apenas a

análise do seu mérito, estando prejudicada qualquer

outra análise sob o ponto de vista diverso que compete a

outras comissões nos termos regimentais.

Assim, sob a ótica da defesa dos direitos

difusos e coletivos, pois com a sua aprovação irá

beneficiar uma gama indeterminada de pessoas,

6 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

podemos concluir que a presente proposta de emenda

constitucional se afigura como de relevante interesse

público. Logo, não restam dúvidas de que a proposição

em foco tem o intuito de prevenir, defender e promover

os direitos individuais e coletivos da população do

Estado do Espírito Santo.

Pelas considerações aduzidas, adotamos

posicionamento favorável à aprovação da matéria, razão

pela qual sugerimos aos membros desta douta comissão

a adoção do seguinte: a Comissão de Defesa da

Cidadania e dos Direitos Humanos é pela aprovação da

Proposta de Emenda Constitucional n.º 08/2015, de

autoria do Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos e

outros Parlamentares.

O SR. PRESIDENTE - (NUNES - PT) - Em

discussão o parecer. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) - Com o

relator.

O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) -

Depois de uma explanação tão fantástica e um parecer

tão minucioso, não me resta outra alternativa, que não

acompanhar o relator.

O SR. PRESIDENTE - (NUNES - PT) –

Farei a mesma coisa, nobre Senhor Deputado Sergio

Majeski. portanto, aprovado o parecer do Senhor

Deputado Padre Honório á unanimidade.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Sergio

Majeski para relatar a Proposta de Emenda

Constitucional n.º 09/2015, que acrescenta o art. 32-A à

Constituição do Estado do Espírito Santo, determinando

a publicação mensal de todos os gastos dos Poderes e

órgãos do Estado e dos municípios.

O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – Como

o Presidente já disse, essa proposta acrescenta o art. 32-

A à Constituição do Estado do Espírito Santo,

determinando a publicação mensal de todos os gastos

dos Poderes e órgãos do Estado e dos municípios.

Essa proposta do Senhor Deputado Enivaldo

dos Anjos é de extrema importância e fundamental. É

uma coisa que tenho dito o tempo inteiro, a

transparência em todos os Poderes é fundamental, seja

do que for, porque, se é o povo que paga, tem que saber

quanto, como e com que está sendo gasto seu dinheiro.

Há até uma figura que rola pela internet de uma

frase atribuída à Margaret Thatcher que diz que não

existe dinheiro público, existe dinheiro do cidadão,

existe o meu e o seu dinheiro, o dinheiro de todo mundo

e dessa forma deve ser muito bem tratado.

Portanto, a Comissão de Defesa da Cidadania e

dos Direitos Humanos é pela aprovação da proposta do

Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos.

O SR. PRESIDENTE - (NUNES - PT) - Em

discussão o parecer. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) - Com o

relator.

O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Agora,

sim. Com uma explicação extremamente convincente e

um relatório trabalhado com muita espontaneidade e

competência, com o relator.

O SR. PRESIDENTE - (NUNES - PT) –

Acompanho o relator. Portanto, aprovado o parecer à

unanimidade.

Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 95/2015, de

autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, que proíbe

empresas e estabelecimentos comerciais que

disponibilizam atendimento telefônico gratuito - 0800 -

de recusar ou bloquear ligações de celulares.

Esse projeto, por certo, tem uma propositura

sobre a análise e insere-se na definição de normas

específicas de competência, portanto, do estado

membro, passível de ser editada por iniciativa

parlamentar.

Concluímos que o projeto de lei se afigura

como de interesse público, devendo, inclusive, ser

aprovado nesta Casa de Leis. Pelas considerações

aduzidas, adotamos o posicionamento favorável à

aprovação da matéria, razão pela qual, sugiro aos

demais membros desta Casa a adoção do seguinte

parecer.

Existem duas emendas ao projeto. Então,

pedimos à Comissão de Defesa da Cidadania pela

aprovação do Projeto de Lei n.º 95/2015, de autoria do

Senhor Deputado Gilsinho Lopes, com a adoção das

emendas n.os

01 e 02.

A Emenda n.º 01 do Projeto de Lei fala do

inciso III, do artigo 2.º, do Projeto de Lei n.º 95/2015,

de autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, que

visa proibir que as empresas e os estabelecimentos

comerciais que disponibilizam atendimento telefônico

gratuito 0800 recusem ou bloqueiem ligações de

celulares, passa a ter a seguinte redação:

Inciso III. Em caso de reincidência, aplica-se em dobro a multa prevista no

inciso I do presente artigo.

E agora a Emenda n.º 02, do Projeto de Lei n.º

95/2015. O artigo 3.º do Projeto de Lei n.º 95/2015, de

autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, que visa

proibir que as empresas e os estabelecimentos

comerciais que disponibilizam atendimento telefônico

gratuito 0800 de recusem ou bloqueiem ligações de

celulares, passa a ter a seguinte redação:

Art. 3.º. Esta Lei entrará em vigor 90

(noventa) dias após a sua publicação.

Então, são duas emendas. Uma no inciso III e

outra no artigo 3.º do mesmo Projeto de Lei n.º 95/2015.

O nosso relato é pela aprovação com essas duas

emendas. É isso?

Em discussão o parecer. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 7

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB) – Pela

aprovação, depois do seu brilhante parecer, presidente.

O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Acompanho o Senhor Deputado Sergio Majeski,

votando pela aprovação.

O SR. DARY PAGUNG - (PRP) – Com o

relator.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES - PT) –

Aprovado à unanimidade.

Projeto de Lei n.º 144/2015 do Senhor

Deputado Hudson Leal, que dispõe sobre a identificação

dos profissionais de educação física contratados por

estabelecimentos que exerçam atividades ligadas às

áreas de atividade física e do desporto, conforme

critérios estabelecidos pelos artigos 2.º, I, II, III e 3.º da

Lei Federal n.º 9.696/1998 e da Resolução n.º 52/2002

do Conselho Federal de Educação Física.

O relator desta matéria é o nobre Senhor

Deputado Sergio Majeski. Solicito ao nobre deputado

que faça a leitura do seu parecer.

O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB) – Como

já foi dito pelo presidente, dispõe sobre a identificação

dos profissionais de educação física contratados por

estabelecimentos que exerçam atividades ligadas às

áreas de atividade física e do desporto, conforme

critérios estabelecidos pelos artigos 2.º, I, II, III e assim

por diante.

A preocupação do Senhor Deputado Hudson

Leal, que é médico de carreira, é pelo fato de que há

uma propagação de estabelecimentos, como academias,

por exemplo, e nem sempre há o cuidado com a

contratação de profissionais efetivamente formados e

credenciados. Portanto, é uma preocupação muito

nobre, uma vez que uma atividade física mal orientada

pode ter reflexos pelo resto da vida de uma pessoa.

Portanto, é um projeto que sim, tem a

preocupação, inclusive, com a saúde física das pessoas.

Desse modo, concluímos que o Projeto de Lei n.º

144/2015 deva ser aprovado no exame de mérito desta

Comissão, seguindo sua tramitação regular por não

haver ou não conter vícios contrários à sua natureza, o

que sugerimos aos membros desta Comissão com as

Emendas Modificativas n.os

01 e 02, nos termos do

Parecer n.º 317/2015, apresentados na Comissão de

Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação.

Relatamos pela aprovação da matéria e

pedimos aos nobres pares que nos acompanhe.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Em

discussão o parecer. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Com o

relator.

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Com o

relator.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – A

Presidência acompanha o voto do relator.

Parecer aprovado à unanimidade.

Projeto de Lei n.º 235/2015, de autoria da

Senhora Deputada Janete de Sá, que institui o Dia do

Reconhecimento e Lembrança às Vítimas do Genocídio do Povo Armênio.

Continua com a palavra o Senhor Deputado

Sergio Majeski, para relatar o projeto.

O SR. SÉRGIO MAJESKI – (PSDB) – Senhor Presidente, V. Ex.ª está me dando muito

trabalho, estou tendo que relatar praticamente tudo!

Gostaria que V. Ex.ª distribuísse melhor isso e ocupasse

melhor o imperador de Baixo Guandu e o Senhor

Deputado Padre Honório. S. Ex.as

precisam trabalhar

mais!

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – É

porque sempre conversamos, Senhor Deputado, eu e os

Senhores Deputados Padre Honório e Dary Pagung, e

percebemos que V. Ex.ª tem em seu gabinete uma

quantidade enorme de assessores capazes de dar conta

de todos esses relatórios. Portanto, passamos as

matérias para V. Ex.ª com muita tranquilidade, sabendo

que V. Ex.ª dará conta!

O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – O

Projeto de Lei n.º 235/2015, de autoria da Senhora

Deputada Janete de Sá, como disse o Senhor Presidente,

institui o Dia do Reconhecimento e Lembrança às

Vítimas do Genocídio do Povo Armênio.

Essa é uma proposta um tanto inusitada, pois

não se reconhece muito que no Espírito Santo haja

muitos descendentes de armênios, até duvido um pouco

que grande parte da população saiba que exista um país

chamado Armênia!

No entanto, trata-se de um acontecimento

histórico e, sem sombra de dúvidas, relevante,

principalmente para o mundo católico. O genocídio teria

se dado na região da Armênia, que passou por muito

tempo fazendo parte da antiga União Soviética e voltou

a ser um país independente apenas em 1991, por conta

da desintegração da União Soviética, mas continua até

hoje um país com relações bastante complicadas. A

Armênia fica situada mais ou menos na região do

Cáucaso, uma região historicamente conturbada.

Relatamos pela aprovação da matéria por não

haver nenhum tipo de impedimento para que seja

instituído o Dia do Reconhecimento e Lembrança às

Vítimas do Genocídio do Povo Armênio, mas

lembramos S. Ex.as

de que a Turquia – os turcos são

acusados de terem promovido esse massacre – não

concorda com o termo genocídio para esse episódio.

Inclusive, há, volta e meia, relações complicadas da

Turquia com alguns países que insistem nessa questão

do genocídio. Não entrarei nesse mérito. Só gostaria de

lembrar que existe esse desagrado por parte do povo

turco.

O nosso parecer é pela aprovação do projeto.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Em

8 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

discussão o parecer. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Embora

não tenha discutido a matéria, mas V. Ex.ª já disse da

dedicação que têm todos os gabinetes e principalmente

o gabinete do Senhor Deputado Sergio Majeski, que

está trabalhando a relatoria dos projetos com muita

consciência.

Não vejo muito motivo para falar de um dia

especial para esta questão, porque temos centenas de

questões no mundo todo, inclusive no nosso país, de

genocídio. Teria, então, que começar a lembrar dos

outros também.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES - PT) - Principalmente o genocídio que aconteceu com o povo

indígena.

O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Com os

negros e com os nossos menores, todos os dias, nas

periferias. Isso é muito preocupante. Mas, como o

Deputado disse que não há razão para a reprovação,

voto com o relator.

O SR. DARY PAGUNG - (PRP) - Senhor

Presidente, depois da aula de história e de geografia que

o Senhor Deputado Sergio Majeski deu relatando o

projeto da Senhora Deputada Janete de Sá, também voto

com o relator.

O SR. PRESIDENTE - (NUNES - PT) - A

Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade.

Projeto de Lei n.º 241/2015, de autoria da

Senhora Deputada Luzia Toledo, que altera dispositivos

da Lei n.º 9.297, de 16/09/2009, para adequar o termo

agricultura familiar à nova nomenclatura agroindústria

familiar.

Sou o relator, mas antes de falar o nosso

parecer, queria falar um pouco deste projeto, que

recebeu o Parecer n.º 244/2015, pela

constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa

técnica legislativa, emitido pela Comissão de

Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação,

vindo a seguir a esta Comissão de Defesa da Cidadania

e Direitos Humanos para exame e parecer de mérito, na

forma do art. 52 do Regimento Interno da Assembleia

Legislativa.

Segundo a justificativa da autora, a propositura

tem como objetivo alterar dispositivos da Lei nº 9.297,

de 16/09/2009, para adequar o termo agricultura

familiar à nova nomenclatura agroindústria familiar.

Queria dizer aos nobres Deputados que a

Senhora Deputada Luzia Toledo, ao solicitar esta

alteração, colocando agroindústria familiar... A lei

anterior que antecede esta solicitação e está vigente hoje

tem a nomenclatura agricultura familiar.

Estamos fazendo uma emenda ao projeto de lei

para que permaneça agricultura familiar, ou seja, não

acabe com o termo agricultura familiar. Acrescenta a

expressão agroindústria familiar, mas também mantém

a nomenclatura agricultura familiar, para prestigiar o

homem do campo, aquele que fica no interior. Sabemos

da importância da agricultura familiar. A agroindústria é

importante, mas é importante também que valorizemos

o homem do campo, principalmente quanto à

agricultura.

Então, pedimos aos nobres companheiros que

aprovem o projeto da Senhora Deputada Luzia Toledo,

aprovando também a adoção desta emenda que

gostaríamos de propor.

A Emenda n.º 001 ao projeto fala o seguinte:

O artigo 1.o do Projeto de Lei n.º

241/2015, de autoria da Senhora

Deputada Luzia Toledo, passa a ter a seguinte redação:

“Incentiva o desenvolvimento do

turismo rural na agroindústria familiar

e agricultura familiar no Estado e dá outras providências.”

No projeto de S. Ex.ª não teria agricultura

familiar. Mas acrescentamos esta terminologia

O art. 1.º - Ficam definidas como atividade do turismo rural na

agroindústria familiar e agricultura

familiar todas as atividades turísticas que ocorrem nas unidades de produção

que mantém atividades típicas da

agroindústria familiar e agricultura familiar, disposto a valorizar, respeitar

e compartilhar seu modo de vida, o patrimônio cultural e ao natural,

ofertando produtos e serviços de

qualidade e proporcionando o bem-estar aos envolvidos. (NR)

Então, onde tem sempre agroindústria familiar

acrescentando a nomenclatura agricultura familiar

também.

Considerando-se as atividades de

turismo rural na agricultura, na agroindústria familiar e agricultura

familiar nas seguintes formas de ocorrências:

VII – Serviço de alimentação e estabelecimento como restaurante,

cafés coloniais, que ofereçam alimentação típica ou de preparo

especial, sendo normalmente situados

em locais estratégicos próximos a outros atrativos.

“Art. 3º As atividades do turismo rural na agroindústria familiar e agricultura

familiar estão alicerçadas e comprometidas com os seguintes

princípios:

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 9

(...)

IV – contribuir para a revitalização do território rural e para o resgate e

melhoria da autoestima dos

operadores da agroindústria familiar e agricultura familiar;

(...)” (NR)

Art. 4º Considera-se agroindústria familiar e agricultura familiar as

unidades produtivas rurais que

possuam as seguintes características:”

(...). (NR)

Portanto, essa é nossa emenda ao Projeto de Lei

n.º 241/2105, de autoria Senhora Deputada Luzia

Toledo. É bom ressaltar que tivemos uma conversa com

a assessoria da Senhora Deputada Luzia Toledo sobre

essa questão da inclusão da agricultura familiar ao

projeto. S. Ex.ª entendeu que também tem um grande

alcance essa questão da nomenclatura agricultura

familiar junto com a agroindústria familiar. Portanto, a

Comissão de Defesa da Cidadania é pela aprovação do

Projeto de Lei n.º 241/2015, de autoria da Senhora

Deputada Luzia Toledo, com essa emenda aditiva que

acabamos de relatar.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES - PT) - Em

discussão a matéria. (Pausa)

O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Senhor

Presidente, peço a palavra para discuti-la.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES - PT) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Padre

Honório.

O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) - Senhor

Presidente e senhores membros desta comissão, fico

preocupado, e V. Ex.ª já explicou bem, que quando se

trata de agroindústria familiar pode ser uma

agroindústria dentro da cidade. Quando se vai à roça,

compra-se leite e se faz queijo dentro da cidade, ou se

vai ao interior comprar uva e se faz geleia na cidade, ou

biscoito, enfim. Tenho percebido, muitas vezes, que

esse termo usado agro, agro, agro, está mais voltado

para o agronegócio, isso é um perigo porque daqui a uns

dias até os agricultores familiares esquecerão sua

identidade, sua origem. Por isso, gostaria de parabenizar

essa preocupação de V. Ex.ª em garantir dentro dessa

proposta o fortalecimento dessa nomenclatura porque

não podemos perder de vista. Então, é somente neste

sentido que gostaria de lembrá-lo.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES - PT) - Continua em discussão o parecer. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Com o

relator, com a emenda.

O SR. DARY PAGUNG –(PRP) - Com o

relator, com a emenda.

O SR. SERGIO MAJESKI - Com o relator,

com a emenda.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES - PT) - Aprovado o parecer à unanimidade.

Passo a relatar o Projeto de Resolução n.º

27/2015, de autoria do Senhor Deputado Sergio

Majeski, que acrescenta o parágrafo 2.ª ao art. 162, da

Resolução n.º 2700/2009, de 15/07/2009, dispondo

sobre a convocação de Secretário de Estado em caso de

acúmulo de pedidos de informação não atendidos.

O relator dessa matéria é o nobre Senhor

Deputado Marcos Bruno, como S. Ex.ª está ausente,

solicito ao Senhor Deputado Dary Pagung que faça a

leitura do parecer.

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Senhor

Presidente, o Projeto de Resolução n.º 27/2015, como

V. Ex.ª disse, acrescenta o parágrafo 2.º ao art. 162 da

Resolução n.º 2700, que nada mais é do que o nosso

Regimento Interno.

O Senhor Deputado Sergio Majeski está

propondo que o acúmulo de cinco pedidos de

informação na forma prevista pelo parágrafo 2.º do art.

57 da Constituição Estadual, direcionados ao mesmo

Secretário de Estado e não atendidos, acarretará

automaticamente, sob responsabilidade da Mesa, na

aplicação do disposto no Inciso III do art. 165 deste

Regimento. O Senhor Deputado Sergio Majeski

está incluindo mais um parágrafo no art. 162 da

Resolução do nosso Regimento Interno e a nosso ver é

importante. Não tenho dúvida nenhuma de que isso

acrescenta e muito. Quando uma comissão ou qualquer

membro desta Casa faz um pedido de informação, esse

pedido de informação tem que ser respondido. O Senhor

Deputado Sergio Majeski está propondo que esse

parágrafo 2.º seja incluído para garantir isso.

Nosso parecer é pela aprovação do Projeto de

Resolução n.º 27/2015, do Senhor Deputado Sergio

Majeski.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Em

discussão o parecer.

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Com o

relator.

O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – Com

o relator.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – A

Presidência acompanha o voto do relator.

O parecer foi aprovado à unanimidade.

O Projeto de Resolução n.º 33/2015, de autoria

do Senhor Deputado Doutor Hudson Leal, institui a

comenda “Jairo Maia”, concedida pela Assembleia

10 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Legislativa a profissionais da área da Comunicação.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Sergio

Majeski para relatar.

O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – Como

já disse o nobre Presidente, trata-se do Projeto de

Resolução n.º 33/2015, de autoria do Senhor Deputado

Doutor Hudson Leal, institui a comenda “Jairo Maia”,

concedida pela Assembleia Legislativa a profissionais

da área da Comunicação.

A matéria tem relevância e foi analisada por

esta Comissão. O nome da medalha é bastante

conhecido em todo o Espírito Santo. Não há quem não

tenha ouvido, pelo menos uma vez, o nome Jairo Maia,

ou pelo menos com o rádio ligado em casa e a nossa

mãe ou alguém que trabalhava em casa ouvindo.

A Comissão de Defesa da Cidadania e dos

Direitos Humanos é pela aprovação do Projeto de

Resolução n.º 33/2015, de autoria do Senhor Deputado

Doutor Hudson Leal. É assim que relatamos e

esperamos que os nobres pares acompanhem.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Em

discussão o parecer.

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Com o

relator.

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Com o

relator.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – A

Presidência acompanha o voto do relator.

O parecer foi aprovado à unanimidade.

Por fim, o Projeto de Resolução n.º 42/2015, de

autoria do Senhor Deputado Bruno Lamas, que institui a

Comenda de Ordem do Mérito Lei Maria da Penha. O

relator dessa matéria é este deputado.

O Projeto de Resolução n.º 42/2015, de autoria

do Senhor Deputado Bruno Lamas visa instituir a

Comenda de Ordem do Mérito Lei Maria da Penha.

A Lei Maria da Penha surge como resultado de

um esforço coletivo dos movimentos de mulheres e

poderes públicos no enfrentamento à violência

doméstica e familiar. O alto índice de mortes de

mulheres no país fez com que fosse instituída a Lei

Maria da Penha.

Embora a lei tenha apoio significativo de toda a

sociedade, sua implementação trouxe à tona muitas

resistências, que convivem com a aceitação da violência

doméstica como crime de menor poder ofensivo e

reforçam as relações de dominação do sistema

patriarcal.

Para tentar reduzir as estatísticas e fazer com

que o Espírito Santo deixe de ser um dos estados mais

perigosos para a mulher, o governo tem investido em

três programas: visitas tranquilizadoras às mulheres

vítimas de violência; tornozeleiras eletrônicas; e o

programa Homem que é Homem,

Mas é bom frisar que há também, nesta Casa de

Leis, inclusive, um projeto de autoria do nosso mandato

que institui uma multa ao agressor todas as vezes que a

vítima necessitar de serviços públicos. Portanto,

também é uma lei que apresentamos nesta Assembleia

Legislativa que foi aprovada e sancionada pelo Governo

do Estado.

Está faltando o Poder Executivo regulamentar

esse projeto de lei, mas esse projeto também é uma

forma de minimizar essa violência contra a mulher, ou

seja, é mais um projeto que pode trazer um prejuízo ao

bolso do agressor, o que acaba fazendo com que ele seja

intimidado a cometer agressões contra a mulher por

conta dessa multa.

Essa comenda tem um grande alcance.

Percebemos a importância deste projeto do Senhor

Deputado Bruno Lamas. Portanto a Comissão de Defesa

da Cidadania e dos Direitos Humanos é pela aprovação

do Projeto de Resolução n.º 42/2015, de autoria do

Senhor Deputado Bruno Lamas.

Pedimos aos Senhores Deputados que

acompanhem nosso relatório.

Em discussão. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Com o

relator.

O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – Com

o relator.

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Senhor

Presidente, posso me abster? Estou brincando, mas voto

favoravelmente em respeito ao relatório de V. Ex.ª.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Obrigado, Senhor Deputado Dary Pagung, por

acompanhar nosso parecer.

O parecer é aprovado à unanimidade pela

Comissão de Defesa da Cidadania.

É preciso que uma mulher apresente uma

comenda para os homens. Pode haver algum homem

que apanhe de mulher, mas se apanhar de mulher,

podem ter certeza que é merecedor, pois a mulher não

bate no homem sem ele merecer.

Os Senhores Deputados desejam fazer uso da

palavra antes de encerrarmos a reunião?

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Padre

Honório.

O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Senhor

Presidente, mais uma vez, obrigado. Mais uma vez,

cumprimento os Senhores Deputados Sergio Majeski e

Dary Pagung. Sempre escutei que, neste planeta, o ser

humano estaria tendo em primeiro lugar seus direitos

garantidos. E é o que não estou percebendo muitas

vezes. Três situações, nesta semana, deixaram-me meio

confuso em relação à essa questão. Primeiro,

apresentamos uma preocupação com o alto índice de

acidentes com motos e carros, passando pelas vias com

mais aglomerações. E apresentamos ao Estado pedido

de colocação de redutores de velocidade. A resposta que

tivemos foi estarrecedora: Olha, identificamos e nesses

locais não temos índices de acidentes fatais. Disse: Mas

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 11

os redutores são colocados para não deixar morrer. É

preciso deixar morrer para depois colocar? Só num

desses lugares já morreram duas pessoas; e esta semana

houve mais um acidente. Tenho que deixar morrer

quantas pessoas?

Hoje estive na Eco101 com a comunidade

Cajeiras, de João Neiva. Fui visitar o local, onde na

parte em que será feita a duplicação existem várias

residências. As pessoas têm recibos de compra e venda,

recolhem IPTU desde 1974, há quarenta e um anos, e

simplesmente receberam uma notificação da Eco101

para desocupar suas residências em quinze dias, porque

a empresa tem que fazer ... Fomos ao local hoje com o

prefeito, duas vereadoras e representantes da

comunidade. E dentro das colocações: Ah, não, porque

não poder fazer aqui porque aqui tem o rio que passa próximo. E tem o terreno da Vale. Então, disse: Olha,

entre o rio, que pode ter um bracinho que pode se

aproximar um pouco e entre a Vale, que joga pó na cara

de todo mundo, é preferível tirar as famílias que moram

lá há quarenta anos? Perguntei onde fica o direito da

moradia, garantido pela Constituição.

Percebo que nossa Comissão é uma Comissão

que tem um dever muito grande de estar,

principalmente, dando voz àqueles que não têm voz,

como as pessoas da periferia, os jovens.

Fico muito satisfeito de estar nesta Comissão.

Gostaria de pedir a V. Ex.ª que encaminhasse, talvez,

uma presença da Comissão naquela comunidade. Hoje

pedi, no local, a presença da ANTT, que é agência da

União, com o deputado federal Givaldo Vieira. Mas

gostaria de encaminhar, nesta reunião, uma presença

nossa junto àquelas famílias, para sermos um braço

junto a eles neste momento de dificuldade.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Senhor Deputado Padre Honório, vamos solicitar ao

nosso supervisor da Comissão de Defesa da Cidadania e

a nossos procuradores que acompanham esta Comissão,

para vermos o que é possível ser feito em relação a

esses moradores de João Neiva.

Poderíamos, na próxima reunião desta

Comissão, trazer alguma informação mais precisa do

que pode ser feito para sermos mais pragmáticos com

relação a essa questão da visitação. Vamos lá visitar,

mas acho que precisávamos colher algumas informação.

Acho que o supervisor e o procurador podem verificar o

que é possível ser feito indo lá. Em vez de só fazer a

visita, poderíamos levar alguns encaminhamentos para

aquele pessoal naquela comunidade. Pode ser assim?

Vamos solicitar ao nosso supervisor e aos

nossos procuradores que vejam o que é possível ser

feito para agirmos com relação a essa demanda que o

Senhor Deputado Padre Honório nos trouxe.

Encaminhado assim? Na próxima reunião, por

favor, algumas sugestões.

Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a

reunião e convoco os Senhores Deputados para a

próxima, à hora regimental.

Está encerrada a reunião.

Encerra-se a reunião às 14h32min.

COMISSÃO DE CIÊNCIA,

TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, INCLUSÃO

DIGITAL, BIOSSEGURANÇA, QUALIFICAÇÃO

PROFISSIONAL, ENERGIA, GÁS NATURAL,

PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS. DÉCIMA

SEGUNDA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA

PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA

DA DÉCIMA OITAVA LEGISLATURA,

REALIZADA EM 23 DE JUNHO DE 2015.

O SR. PRESIDENTE – (SERGIO MAJESKI - PSDB) – Havendo número legal, invocando a

proteção de Deus declaro abertos os trabalhos desta

Comissão.

Convido a senhora secretária a proceder à

leitura das atas da segunda reunião extraordinária,

realizada em 29 de abril de 2015, e da terceira reunião

extraordinária, realizada em 6 de maio de 2015. (Pausa)

(A Senhora Secretária procede à

leitura das atas)

O SR. PRESIDENTE – (SERGIO MAJESKI - PSDB) – Em discussão as atas. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. NUNES - (PT) – Pela aprovação.

O SR. ALMIR VIEIRA - (PRP) – Pela

aprovação.

O SR. PRESIDENTE – (SERGIO MAJESKI

- PSDB) – Aprovadas as atas como lidas.

Solicito ao senhor secretário que proceda à

leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê:

EXPEDIENTE: Não houve no período.

O SR. PRESIDENTE – (SERGIO MAJESKI - PSDB) – Passa-se à Ordem do Dia.

Gostaria de propor um convite ao diretor de

tecnologia da informação da Assembleia Legislativa,

senhor Jonston Antônio Caldeira de Souza Junior, para

expor sobre a segurança da rede de informática da

Assembleia Legislativa e demais assuntos pertinentes à

tecnologia.

Para que os colegas entendam, o Jonston é

responsável pelo setor de tecnologia que envolve a

questão da internet, dos e-mails e tal. Então, queremos

conhecer qual é a segurança que o gabinete tem, por

exemplo, quando enviamos e-mails, quando usamos o

sistema interno, quem é que tem acesso a isso, além do

gabinete, e quem é que mais acessa essas questões. Um

caso prático. Outro dia, meu assessor abriu um e-mail e

aponta se aquilo já está aberto em outro lugar, e estava,

mas no gabinete não tinha ninguém. Quer dizer, tinha

alguém em algum lugar acessando esse arquivo.

Então, nós queremos entender quem é que

acessa, qual é o grau de segurança que temos com a

12 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

documentação que você recebe, que você expede ou que

você arquiva no sistema para que nos sintamos seguros

em relação àquilo que está acontecendo.

O convite ao Jonston Antônio Caldeira de

Souza Junior é para que entendamos como isso se dá,

como essas coisas acontecem, qual é a segurança que

temos, quem além de nós ou dele próprio tem acesso,

quem tem senhas, enfim.

Em discussão a proposta.

O SR. NUNES - (PT) - Além dessa

preocupação que o senhor presidente levanta com

relação à questão da segurança dos deputados, seria

também motivo de conversarmos com essa pessoa

responsável pela informática da Assembleia Legislativa

sobre os motivos que levam - nos gabinetes pelo menos,

em nosso gabinete - a essa dificuldade de também

termos acesso à internet que não seja essa ligada direto

à Assembleia Legislativa. Às vezes, queremos ter um

caminho sem ser esse tradicional, que tem conectado

com a Casa. Aí, acabamos não tendo condição. E há

uma burocracia muito grande até para contratarmos esse

serviço de outra operadora. Acho que seria muito legal

até para que possamos encontrar um caminho para

viabilizar isso. Acho que é uma boa iniciativa, acho que

é bacana. Numa época de modernidade, de tecnologia

os deputados às vezes e os próprios funcionários,

servidores do nosso gabinete têm essa dificuldade,

porque são poucos computadores ligados à rede e, às

vezes, queremos ter outro trabalho que não seja esse

necessariamente de usar a rede da Assembleia

Legislativa. Ficamos com essa dificuldade. Acho que

convidá-lo para conversar um pouco sobre isso é uma

boa iniciativa.

O SR. PRESIDENTE – (SERGIO MAJESKI

- PSDB) – Continua em discussão a proposta. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. NUNES - (PT) – Pela aprovação.

A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) – Pela

aprovação.

O SR. ALMIR VIEIRA - (PRP) – Pela

aprovação.

O SR. PRESIDENTE – (SERGIO MAJESKI - PSDB) – Aprovada a proposta à unanimidade.

Na semana passada, aprovamos um

requerimento para que o secretário viesse nos explicar

como foi feito o Plano Estadual de Educação,

principalmente no que tange à questão da tecnologia.

Por exemplo: o artigo 2.º das diretrizes diz que uma das

diretrizes é o desenvolvimento da tecnologia e da

ciência no Estado. Gostaríamos de entender como está

previsto isso para os próximos dez anos, como a

tecnologia chegará às escolas, como será aprimorada.

Foi aprovado na verdade na semana passada, só

que o nosso requerimento tem que passar pelo plenário.

Não é nem uma questão de colocar em votação hoje, é

só para afirmar que já tínhamos assinado o

requerimento na semana passada. Não é nem uma

questão de deliberação, isso foi deliberado na semana

passada. Só estamos mencionando que iremos enviar o

requerimento para o plenário. Não se trata de

deliberação, porque isso foi deliberado na semana

passada.

Na verdade, hoje, o secretário deveria estar

aqui, mas o Regimento diz que az convocação tem que

passar pelo plenário. Logo, encaminharemos o convite

para o plenário.

Apesar de a Constituição Estadual e a

Constituição Federal dizerem claramente que as

comissões têm autonomia para convocação sem passar

pelo plenário, que o Regimento Interno diz sobre passar

pelo plenário, tanto a Constituição Federal quanto a

Constituição Estadual dizem que as comissões são

autônomas para que se faça isso sem passar pelo

plenário. Exatamente as comissões do Congresso

Nacional fazem isso sem passar pelo plenário.

Imaginem se cada pessoa convocada para uma reunião

de comissão tivesse que passar sempre pelo plenário!

Então tira a autonomia das comissões e acho, no caso

deste requerimento, que é uma ótima oportunidade de o

secretário, depois de tantos atropelos nas questões

relativas ao Plano Estadual, ficasse feliz com o convite

e viesse aqui dizer: Olha, formulamos pensando nisso,

assim, assim. Temos esse e esse projeto ou pensamos

em estar estudando sobre esse caminho para o desenvolvimento da ciência e tecnologia acoplada à

educação. Parece-me que há sempre uma coisa assim. Os

secretários são o quê? Se comandam uma pasta, são os

grandes entendedores disso. Então para uma explicação

mais razoável, mais pormenorizada não vejo onde está o

problema. Parece-me, vemos pelos cantos as pessoas ali

e tal; como se isso fosse uma coisa do outro mundo.

Isto aqui é o Parlamento, é uma Casa de debate,

uma Casa de discussão. Ninguém está aqui para

desmoralizar ninguém. Se nós fazemos tudo dentro de

uma democracia, dentro de uma questão respeitando os

princípios mais básicos do republicanismo, o que há de

mais nisso tudo? É uma forma estranha de encararmos a

democracia.

Sou parlamentar, então qualquer instituição que

quiser me convocar ou que quiser me convidar para

prestar esclarecimentos sobre aquilo que estou fazendo,

sobre os meus projetos, sobre o que estou discursando,

terei um imenso prazer em ir. Será uma grande

oportunidade para esclarecer aquilo que penso, aquilo

que executo, aquilo que eu escrevo, aquilo que eu falo,

aquilo que eu proponho. Fica parecendo que as pessoas

têm sempre algo a esconder ou algo que não está bem

feito ou está feito às escondidas, às sombras e não se

pode causar um debate maior sobre o assunto.

Como disse, na semana passada, havíamos

deliberado, portanto, não tem que deliberar novamente.

Só passaremos o requerimento para o plenário, para

convocação do senhor secretário Haroldo Rocha, para

que S. Ex.ª venha nos explicar sobre o Plano Estadual

de Educação, no que tange à ciência, à tecnologia, à

qualificação profissional e à inclusão digital, que fazem

parte da nossa comissão, da comissão que presido e

aqueles que se debruçaram atentamente sobre o Plano

Estadual de Educação devem ter visto que ciência,

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 13

tecnologia, qualificação profissional e inclusão digital

aparecem em cerca de metade das metas e em uma

quantidade imensa de estratégias e ainda citada no art.

2.º das diretrizes, que estão no início do Plano Estadual.

Portanto, não há o que alguém afirmar que estamos

extrapolando também a nossa função, porque isso seria

mérito da Comissão de Educação.

A minha questão é que se as pessoas realmente

leram o Plano Nacional, o Plano Estadual, e se

debruçaram sobre o que está escrito ali e como está

escrito, estamos só fazendo o nosso trabalho, modéstia à

parte, muito bem feito.

Nada mais havendo a tratar declaro encerrada a

reunião, antes, porém, convido os Senhores Deputados

para a próxima, que será ordinária.

Está encerrada a reunião.

Encerra-se a reunião às 13h59min.

COMISSÃO DE PROTEÇÃO AO MEIO

AMBIENTE. TERCEIRA REUNIÃO ORDINÁRIA,

DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA

ORDINÁRIA DA DÉCIMA OITAVA

LEGISLATURA, REALIZADA EM 27 DE ABRIL

DE 2015.

O SR. PRESIDENTE – (BRUNO LAMAS - PSB) – Havendo número legal, invocando a proteção de

Deus, declaro abertos os trabalhos desta Comissão.

Boa-tarde a todos e boa-tarde Senhor Deputado

Dary Pagung. Àqueles que nos acompanham ao vivo

pela televisão e, àqueles que nos visitam, cumprimento

todos na pessoa do empresário de Jacaraípe, Serra, meu

amigo, Pedro Nunes. Sejam todos bem-vindos.

Solicito a Senhora Secretária que faça a leitura

da ata da segunda reunião ordinária, realizada em 30 de

março de 2015.

(A Senhora Secretária procede à

leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE – (BRUNO LAMAS) –

Em discussão a ata. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Pela

aprovação.

O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO –

(PEN) – Pela aprovação.

O SR. PRESIDENTE – (BRUNO LAMAS) – Registro a presença do Presidente desta Comissão,

Senhor Deputado Doutor Rafael Favatto, e de Claudinei, militante ativo da causa meio ambiente, do

Ibraf, em Jacaraípe.

Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor

Deputado Doutor Rafael Favatto. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE – (DOUTOR

RAFAEL FAVATTO) – Assumo a presidência dos

trabalhos neste momento e solicito à Senhora Secretária

que proceda à leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

EXPEDIENTE:

CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS: Não houve no período.

PROPOSIÇÕES RECEBIDAS:

Não houve no período.

PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS

SENHORES DEPUTADOS: Não houve no período.

PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS:

Não houve no período.

PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA: Não houve no período.

2 - ORDEM DO DIA:

Deliberar Convite aos Senhores Leonardo

Merçon e Augusto Cesar Coutinho Brandão, do

Instituto Últimos Refúgios, para 4.ª Reunião

Ordinária desta Comissão, com objetivo de

discutirem sobre: Sensibilização Ambiental.

O SR. PRESIDENTE – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO – PEN) – Como sugeri, a data é

no dia 11 de maio, segunda-feira, no horário das 12h30,

na próxima reunião ordinária.

Alguma sugestão dos Senhores Deputados

Bruno Lamas ou Dary Pagung?

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Pela

aprovação.

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Pela

aprovação.

O SR. PRESIDENTE – (DOUTOR

RAFAEL FAVATTO – PEN) – Aprovada a data do

dia 11 de maio de 2015, segunda-feira, no horário das

12h30.

Gostaria também de colocar em votação que

solicitássemos a presença do palestrante Alberto Pego

para falar também sobre recursos hídricos, para que

traga sua experiência também para esta Comissão. S. S.ª

esteve recentemente na Europa e desceu o Rio Senna.

Gostaria de colocar em discussão a solicitação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Pela

aprovação.

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Senhor

Presidente, aproveitando a oportunidade, informo que

estivemos, na última reunião da CPI, quinta-feira, com

Henrique Lobo, funcionário da Vale, um grande

14 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

estudioso praticamente dos rios do mundo inteiro e que

tem estudos sobre o rio Doce. Gostaríamos também de

convidar S. S.ª para vir a esta Comissão.

O SR. PRESIDENTE – (DOUTOR

RAFAEL FAVATTO – PEN) – Em votação a

solicitação da presença do Henrique Lobo.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Pela

aprovação.

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Pela

aprovação.

O SR. PRESIDENTE – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO – PEN) – Acompanho o voto

dos Senhores Deputados. Aprovada a vinda dos dois

próximos palestrantes, cada um na data que a Comissão

determinará posteriormente.

Gostaria já de pedir que o Sebastião Elias

Júnior, Secretário Executivo do Fundo Estadual de

Recursos Hídricos do Espírito Santo, faça apresentação,

com objetivo de discutir o tema Fundágua.

Ficaremos lá embaixo para prestar melhor

atenção à sua palestra.

O SR. SEBASTIÃO ELIAS JÚNIOR – Boa-

tarde a todos! Em primeiro lugar, gostaria de agradecer

a oportunidade de trazer um pouco a informação sobre

os fundos veiculados à Seama. Esta é uma oportunidade

de darmos visibilidade a esses fundos que já existem há

cinco ou seis anos. Parte da sociedade capixaba ainda

desconhece esses fundos que têm uma importância

muito grande na área ambiental.

Sei que o tempo é curto, mas tentarei aproveitar

a oportunidade para falar sobre os dois fundos que

temos vinculados à Seama: Fundema e Fundágua.

Peço que os senhores monitorem o tempo para

que nos organizemos.

Como disse, temos o Fundema e o Fundágua.

O Fundema é um fundo que já existe há mais tempo,

desde 1999, mas foi reformulado em 2009. E o

Fundágua foi criado em 2008, na perspectiva de atender

ao pagamento do serviço ambiental, que era algo novo

no Brasil e também no Estado. Em 2012 vimos uma

necessidade de reformulação, quando houve outra lei

alterando-o e melhorando essa dinâmica de operação do

fundo.

Minha ideia é mostrar como é essa

operacionalidade dos fundos. Começando pelo

Fundema, ele tem um conselho consultivo, que é o

Conselho Estadual de Meio Ambiente. A Lei 5013

definiu como conselho consultivo um conselho já

instituído no Estado, o Consema. Esse conselho indica

os representantes de um conselho gestor, que é um

conselho mais efetivo e que aprova os recursos que

serão alocados em determinada proposta. O conselho

consultivo define quem serão os membros do conselho e

também o plano de aplicação bienal.

Podemos observar que esse fundo é

administrado pela Seama. O conselho gestor tem como

presidente o diretor do Iema. Veremos que no outro

fundo, ora é o diretor do Iema, ora é o diretor da

Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos

(Seger) que presidem esses fundos, fazendo essa ligação

entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e

Recursos Hídricos (Seama) e as autarquias vinculadas a

ela.

Hoje o Conselho é formado pela sociedade civil

e pelo Conselho Gestor do Fundo Estadual do Meio

Ambiente (Fundema). São seis representantes, dois de

cada segmento. Pela sociedade civil são os Senhores

Iberê Sassi e Lauro da Cunha Narciso. O Iberê é do

Instituto Guaiamum e o Lauro do Instituto Sinhá

Laurinha. Do setor empreendedor é o Senhor Roosevelt

da Silva Fernandes, que representa a Federação das

Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) e o

Senhor Rubens Pupin, representante do Sindirochas. Do

Poder Público, os Senhores Luciano Macal,

representante da Seama, e Tiago Oliveira, da Secretaria

de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e

Pesca (Seag).

A lei já define algumas linhas de alocação dos

recursos; linhas prioritárias. O Fundema basicamente

está ligado à educação ambiental, à recuperação de área

degradada e à unidade de conservação. Há outras

questões, mas na pratica é educação ambiental,

recuperação, sempre fazendo elo com essas unidades.

Como disse, o conselho consultivo aprovou um

plano de aplicação e indicou esses representantes. O

conselho gestor, com base nesse plano de aplicação,

aprova o rateio dos recursos e define essas regras de

execução.

O plano de aplicação 2014/2015, o Conselho

Estadual do Meio Ambiente (Consema) optou por

deixar que fossem executadas as ações do plano bienal

anterior, que é especificamente apoio à Área de

Proteção Ambiental (Apa) de Conceição da Barra e ao

Parque Estadual de Forno Grande. Esta tendo uma

reforma no parque e parte desses recursos veio do

Fundema.

A demanda espontânea é permitir que entidades

civis, prefeituras, instituições de ensino e de pesquisa

possam apresentar propostas ao fundo. Fizemos isso em

2014. Recebemos dez propostas que estão em fase de

avaliação, mas teve uma boa procura. Na demanda

estimulada foi um projeto de apoio ao programa de

educação ambiental do Estado.

Como disse o conselho gestor define esse rateio

dos recursos. Ele separou aquilo que era necessário para

as ações de 2012/2013 e o que restou ele dividiu trinta

por cento para uma linha e setenta por cento para outra.

Mas isso é dinâmico. À medida do necessário eles

podem mudar esse rateio.

Temos neste slide mais um panorama do que

foi aprovado, como eu falei, na Apa de Conceição da

Barra. Encaminhamos para lá um proposta no valor de

quarenta mil reais que foi aprovada e temos algumas

das deliberações também.

É importante trazermos que a lei permite várias

formas de fontes de recursos do fundo: orçamentária,

decorrentes de acordo, convênio, mas na prática o que

entra de recursos no Fundema são os produtos das

multas ambientais e florestais, aquelas que não cabem

mais recurso administrativo. Até costumamos brincar

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 15

que pela dinâmica da cobrança de multa não entram

recursos, pingam recursos no Fundema. É uma fonte

muito difícil de ser trabalhada desta maneira que está,

mas a Secretaria já está trabalhando para tentar

melhorar essa operacionalidade. Uma das propostas é

que não sejam do fundo somente essas multas de

segunda instância, mas sim todas as multas ambientais,

o que seria interessante, pois aumentaria quase dez

vezes a arrecadação do fundo.

Dentro da Secretaria e em conversa também

com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do

Espírito Santo (Idaf), estamos trabalhando para ver se

conseguimos encaminhar à Assembleia Legislativa,

futuramente, uma proposta no sentido de alterar a

legislação, permitindo que todas as multas sejam para o

fundo.

Outra fonte, que não é muito apropriada, mas

que está acontecendo hoje são rendimentos dos fundos.

Se houver uma baixa operacionalidade, acaba que esses

recursos aumentam de rendimento. É bacana ver esse

colchão aumentar, mas, na prática, recurso público se

quer fazer rodar, fazer isso voltar à sociedade. A ideia é

que quanto menor o rendimento é porque mais estamos

atuando.

O slide mostra um panorama do fundo depois

de reformulado. Podemos observar, em cima, que a

receita não é muito considerável assim, imaginando que

é um fundo que tem que apoiar a política de meio

ambiente com todas essas necessidades que tem. Lógico

que o Iema e a Seama apoiam. Mas se pensar em fundo,

em cinco anos o fundo arrecadou dois milhões de reais.

A proposta é fazer isso aumentar com a possibilidade de

todas as multas ambientais serem arrecadadas para o

fundo.

Existe uma compensação financeira pelo uso

dos recursos minerais, denominada CFEM que, no

Estado, é algo em torno de quatro bilhões de reais por

ano. E, uma de nossas ideias na proposta é que esses

recursos da compensação financeira da exploração

mineral também sejam para o Fundema. Lógico que

isso será ainda aprimorado para essa proposta ser

apresentada. Mas, enfim, no Fundema, é isto que temos:

um fundo que em cinco anos conseguiu arrecadar dois

milhões de reais. Aplicamos efetivamente quatrocentos

e sessenta mil. Mas há um comprometimento de um

milhão, duzentos e cinquenta mil reais. Então, embora

se tenha dois milhões de reais, o saldo efetivo hoje é

quatrocentos e setenta mil reais.

Falamos que temos dois Fundos. Mas o

Fundágua meio que se divide em duas subcontas e, na

prática, é quase a gestão de outro fundo: a subconta

cobertura florestal e a subconta recursos hídricos. Isso

foi uma mudança que aconteceu em 2012.

A subconta recursos hídricos tem o conselho

consultivo, que é o CERH, conselho instituído, o

Conselho Estadual de Recursos Hídricos e um conselho

gestor, formado por três representantes. Atualmente o

conselho gestor, em sociedade civil é Ricardo Miranda

Braga, pelo Instituto Injapa; em usuários é Roosevelt da

Silva Fernandes, pela Findes; e pelo poder público, até

fevereiro foi Gilmar Dadalto, substituído por Maurício

Pogian, que representa a Seag.

A lei traz quais ações prioritárias podem

utilizar recursos do fundo. Neste caso mais específico

da subconta recursos hídricos. Podemos ver que é apoio

ao sistema de recursos hídricos, aos comitês, construção

de barragens, por exemplo, de que volta e meia estamos

ouvindo falar agora devido à questão da escassez

hídrica e tal. Então, o fundo é um caminho possível.

A Agência Estadual de Recursos Hídricos já

apresentou uma proposta nesse sentido. Enfim, tudo que

é necessidade do sistema, a maioria delas está

contemplada nesses itens, incisos, do art. 6.º da lei.

Então, tem um caminho que podemos utilizar para

atender a essas demandas.

Como falei, há um plano de aplicação. As

linhas para 2014 e 2015 são: fortalecimento de comitês;

estudos estratégicos e projetos de obras de infraestrutura

– barragens, por exemplo, já estava contemplada, desde

o início de 2014, a possibilidade nessa segunda linha;

fortalecimento dos instrumentos de gestão, que é plano

de bacias, outorga - o que o sistema demandar, nesse

sentido, poderia ser apresentado, pode ser apresentado

ao fundo -; fortalecimento do CERH, que é o Conselho

Estadual de Recursos Hídricos.

E do mesmo modo do Fundema, temos uma

linha de demanda espontânea. Abrimos um edital em

2014, recebemos agora vinte propostas. Também mostra

que as organizações estão tentando captar recursos via

fundo. Vemos algumas dificuldades das entidades sem

fins lucrativos, principalmente, para atender a toda

legislação de convênio. Talvez tenhamos que evoluir

nesse sentido, mas é uma porta aberta e as instituições

tentam captar recursos por essa linha.

A dinâmica do conselho gestor, fez-se o rateio

dos recursos de acordo com as linhas que foram

aprovadas. Como disse, tem uma proposta de barragens

no valor de sete milhões de reais. Foi uma proposta

apresentada pela Agerh.

Sobre a fonte de recurso do fundo, é a mesma

coisa que acontece no outro fundo: na lei há várias

possibilidades; na prática, temos meio por cento dos

royalties de petróleo que vai para essa subconta. Cem

por cento da compensação das hidrelétricas que o

Estado recebe está em torno de três milhões por ano. E

mais os recursos de rendimento.

Com a criação da agência, meio por cento dos

royalties, que dá em torno de quatro milhões por ano,

foi alocado para a utilização pela Agerh. Ela apresenta

um plano de investimento que atenda o sistema de

recursos hídricos, então ela solicita esse recurso, que

pode ser utilizado em investimento.

No slide há um panorama do recurso do fundo,

que é um pouco mais robusto principalmente devido à

questão dos royalties de petróleo. O fundo gastou em

torno de três milhões nessa subconta até agora, mas já

tem um comprometimento de quase vinte. Então entrou

vinte e sete milhões, mas às vezes para quem

acompanha mais de perto: nossa, um fundo com vinte e sete milhões em uma subconta e não utiliza? Na

verdade, ele tem todo um comprometimento já com

ações aprovadas pelo conselho que dá em torno de vinte

milhões; executados três milhões desse valor.

A outra subconta, cobertura florestal que tem...

(Pausa)

Essas são as aprovações no conselho gestor.

16 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Naquela linha de fortalecimento dos comitês, uma das

aprovações foi firmar parceria com Oscips para atender

aos comitês. Foram abertos editais, estamos esperando

Oscips nos procurarem.

A subconta cobertura florestal vai ter um viés

maior com a segunda apresentação. Ela atende, na sua

essência, ao programa Reflorestar e ao pagamento do

serviço ambiental que o Estado vem realizando.

A composição do conselho consultivo é

indicada pelo governador. O diretor-presidente desse

conselho é o diretor do Iema. O conselho é formado por

três representantes além do presidente, e sua formação

atual é Murilo Pedroni, da Federação de Agricultura do

Espírito Santo, Maurício Buffon, da Associação de

Cacauicultores de Linhares, e a Ana Ivone, servidora da

Seama.

O art. 7.º da lei define onde pode ser utilizado o

recurso. Na sua essência é para implementação do

programa de pagamento de serviço ambiental e

pagamento aos produtores de uma forma geral. Então os

insumos, faz-se um projeto – depois o Marcos Sossai

vai explicar com mais clareza – ,faz um contrato com

um produtor rural, ele vai receber em insumos para

recuperar uma área, por exemplo, e vai receber recurso

por uma mata que já existe, o serviço ambiental que ele

já vem prestando para a sociedade, isso está num

contrato e o recurso sai dessa fonte.

Mesma dinâmica de formação de conselho. As

linhas de 2014 e 2015 são instituir o pagamento do

serviço ambiental; estruturação e implementação do

programa, porque não basta ter recurso para pagar o

produtor, por trás disso tem toda uma boa dinâmica

ligada à Seama e a operacionalização disso é bem

elevada para nós. Estudos, serviços e obras é uma linha

também; e demanda espontânea, nesse caso a gente

ainda não abriu nenhum edital.

O rateio da aplicação dos recursos, a própria lei

já define que oitenta por cento do recurso dessa

subconta vai para o pagamento de serviço ambiental,

para o produtor rural. Mais na frente vou mostrar que

ela tem uma robustez maior de recurso, esse recurso já

está carimbado, vinculado pela lei que é para o

pagamento ao produtor rural.

Recurso efetivamente, 2,5 % dos royalties e

rendimento da conta. O Sossai, como gerente do

Programa Reflorestar, tenta outros caminhos possíveis

de recurso, um deles é o Banco Mundial, sempre tenta

trazer algum aporte de recurso além desse já vinculado,

porque é uma subconta pesada para se trabalhar.

Quem olhar vai falar que é muito recurso, mas

na verdade, na hora de rodar um programa desses que

estamos pensando, com dois mil contratos, parece muito

recurso, mas na hora que coloca o programa em ação,

não é tanto assim.

Essa conta fica com recurso maior de royalties

de petróleo, em 2014, por exemplo, recebeu vinte e dois

milhões e, ao todo, a subconta recebeu sessenta milhões

de reais. Está um pouquinho desatualizado, já aumentou

um pouco mais de um milhão, mas se observarmos o

que já está comprometido, na verdade tem menos

dinheiro do que precisa.

Lógico que ainda não tem o orçamento de

2015, que tem como cobrir essa necessidade de sessenta

e seis milhões, mas é interessante mostrar isso porque

parece que tem muito recurso, que o fundo não tem uma

operação, o que não é verdade, mas o recurso já está

comprometido com as ações que estão em andamento.

Só para mostrar um pouco nossas angústias.

Temos dois fundos, na prática, três, uma secretaria

executiva, a Seama vem, a todo instante, tentando

estruturar para que a gente possa, de fato, executar

todos os programas vinculados aos fundos, mas a nossa

equipe é bastante reduzida. A partir de 2013 começou a

ter um respiro e a gente começou a receber uma equipe

maior, principalmente para atender a demanda de

pagamento de serviço ambiental do Programa

Reflorestar. É isso.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR RAFAEL FAVATTO - PEN) - Vamos passar ao segundo

palestrante, Marcos Franklin Sossai, coordenador do

Programa Reflorestar, com o objetivo de discutir sobre

o programa de serviços ambientais. É engenheiro

florestal, Mestre em Ciência Florestal, Doutor em

Entomologia.

Entomologia é a ciência que estuda os insetos

sob todos os seus aspectos e relações com o homem, as

plantas, os animais e o meio ambiente.

O SR. MARCOS FLANKLIN SOSSAI – Boa-tarde.

Agradeço o convite para falar com os senhores.

Tentarei ser objetivo porque é muita informação e

pouco tempo.

Primeiramente, com relação ao programa

Reflorestar, foi pedido para falar sobre PSA, serviços

ambientais. Mas, hoje, no estado, a ação que opera essa

política de pagamento é o programa Reflorestar. Já foi,

no passado, os Produtores de Águas, vocês devem

recordar. Contudo, hoje, quem opera essa política

estadual é o programa Reflorestar.

Uma coisa importante que sempre coloco é que

esse programa foi criado com base em várias

experiências que aprendemos e testamos ao longo dos

últimos dez ou onze anos, incluindo, por exemplo, o

próprio Produtores de Águas, que já falei, e Florestas

para a Vida, uma ação que tem o apoio do Banco

Mundial e traz o conhecimento de várias partes do

mundo em relação aos serviços ambientais e outras

ações do governo.

Assim, não começamos a fazer isso outro dia.

Estamos neste Estado, que é pioneiro no Brasil, em

termos de política de PSA. Tivemos, por exemplo, a

primeira legislação estadual sobre PSA em 2008. É

importante notar isso.

Basicamente, um grande diferencial do nosso

programa, incluindo o PSA, é que não trata somente a

parte ambiental ou econômica. Era muito comum, até

bem pouco tempo, olhar muito a produção sem dar

atenção ao meio ambiente, ou olhava-se a questão

ambiental sem pensar no produtor rural, que tem que ter

renda. Esse programa trata a questão ambiental,

econômica e social da mesma forma. Sabemos que não

basta pensar em meio ambiente sem pensar no produtor

rural, que é quem está na ponta, e também não funciona

o contrário.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 17

Quem coordena esse programa é a Seama, mas

é uma política em que todos estão juntos: Seag, Incaper,

Idaf, Iema. E, claro, não funciona se o produtor rural

não quiser, pois ele é voluntário. Preparamos uma

proposta, um pacote, para estimular o produtor rural a

entrar, mas se ele não quiser, não acontece.

O nosso objetivo focal é manter, recuperar e

ampliar a cobertura florestal, gerando renda ao produtor

rural. Quer dizer, propomos conservar e recuperar a

questão ambiental, mas sempre que possível associar

isso a questão econômica para que o produtor rural

possa trazer os benefícios ambientais, mas também ter

renda porque tem que ter produção. É bom para ele e

para nós.

Falamos sobre os pagamentos de serviços

ambientais, faço isso sempre que falo com o produtor

rural porque é uma política do Estado e poucos

conhecem, poucos sabem o que são serviços ambientais.

Explicarei o que são serviços ambientais e onde entra o

pagamento desses serviços.

Essa é uma imagem ilustrativa, uma área do

nosso estado, uma região montanhosa com processo

erosivo bem grave. É possível ver isso sem precisar ser

da área para saber que está ruim. Então, se vier uma

chuva, a água – o bem mais precioso que temos – que

deveria infiltrar no solo, vai sair do sistema. Coloquei as

setinhas azuis junto com as marrons, mostrando a água

e o solo indo embora. O certo é a água infiltrar e

alimentar as nascentes, que é onde temos água. Sem ter

o bom manejo, sem ter a floresta, não há isso.

Na figura de lá, colocamos uma floresta, que

pode ser uma prática amigável, conciliando a geração

de renda com a proteção. Quando vier aquela chuva,

acontecerá o que voltamos a falar, recentemente, com a

época da escassez, que é o ciclo hidrológico. A água

não brota na torneira e também não brota na nascente.

Ela tem que infiltrar lá em cima nas montanhas, na

encosta, no topo de morro. Tem que infiltrar, pegar o

lençol freático e chegar à nascente; depois de muito

tempo que chegará as nossas torneiras. Ela não nasce

nas torneiras como muitos pensam.

Essa tela mostra como é o ciclo hidrológico,

todo o processo. Tentamos resgatar isso no campo

porque muitas vezes não acontece mais, tendo em vista

que a água está escorrendo pelos morros, levando junto

material orgânico. A água que deveria ficar lá em cima

está descendo e deixando de cumprir o seu papel. Boa

parte disso acontece por culpa dos ser humano, que vem

fazendo o uso inadequado do recurso natural.

Essa imagem mostra uma área protegida.

Coloquei o nosso arcabouço legal atual. Já falei que este

Estado foi pioneiro, em 2008, quando houve a primeira

lei sobre PSA. Na ocasião, também tivemos a lei que

criou o Fundágua. Em 2012, reformulamos a lei, vamos

dizer assim, revimos o nosso conceito de PSA. Desde

de 2012, com essa nova lei que foi aprovada nessa Casa

de Leis, nosso conceito de PSA ficou muito mais

amplo. Antigamente, talvez os senhores lembrem,

reconhecíamos somente pela mata conservada, a

floresta em pé. Hoje, verão que pagamos não somente

pela mata em pé, mas também para que o produtor

possa recuperar a floresta. Não só a mata nativa, mas

em muitos casos aquela mata que vai conciliar geração

de renda com a proteção do solo.

Então, esse slide, mostrando uma área

protegida, mostra uma área com manejo inadequado,

sem a cobertura correta. Embaixo consegue-se ver o

solo indo embora. Bem embaixo tem um ribeirão

passando, está totalmente assoreado. Isso é problema

para todo mundo.

Voltando um pouquinho à questão do PSA. O

serviço ambiental é o benefício que a floresta presta ao

ser humano. Isso que é serviço ambiental, é o benefício.

Há outros benefícios. Podemos pensar, por exemplo, no

carbono. Quando a mata sequestra o carbono, também é

um serviço ambiental. A Pedra Azul, que atrai o

turismo, também é um serviço ambiental. Para nós, o

mais importante é o serviço ambiental ligado à água.

Quer dizer, infiltração de água no solo e produção de

água. Então, esse é o serviço ambiental. Quando se paga

por ele, é quando esse benefício é importante não só

para um, mas para a sociedade. Quanto esse benefício é

geral, coletivo, a política vem e diz: Se para mim é

importante reconhecer esse serviço ambiental, ou fazer

com que ele apareça de novo, então, vamos pagar ao produtor rural, que é aquele que pode permitir que a

mata se mantenha ou que ela se recupere. Essa política

de pagamentos de serviços ambientais tem essa visão,

de reconhecer o produtor rural, que faz manter a floresta

ou que recupera floresta, que vai gerar serviços

ambientais.

Esse slide mostra de forma bem ilustrativa

como a cobertura e o bom manejo do solo podem

proteger a água. No primeiro galãozinho o solo está

exposto. Joga-se água e ela sai toda turva embaixo. No

meio, apenas uma camada de material orgânico já

melhora. Na ponta, um gramado tentando mostrar uma

floresta. A água sai filtrada. Mostra-se bem facilmente

para criança, para todo mundo, como funciona o papel

da floresta filtrando e fazendo a água infiltrar no solo.

Essas são as modalidades que apoiamos no

programa. Voltando, apoiamos as modalidades que

manterão a floresta em pé. Esse slide mostra como seria

a floresta em pé. Continuamos pagando pela floresta em

pé. O programa não reduziu o que fazia antes,

acrescentou benefícios. Pagamos pela floresta em pé.

Há uma diferença bem importante. Quando falo

que ampliamos o conceito de PSA, é que colocamos

duas linhas de PSA. É fácil entender. Temos o PSA de

longo prazo e o PSA de curto prazo. No longo prazo é

quando se reconhece o serviço ambiental que já existe.

Ele está ali, como a mata em pé. Está prestando

benefícios, está recompensado o produtor rural, que faz

manter aquele benefício. Então, a mata em pé, por

exemplo, gera um benefício ambiental e se remunera o

produtor rural com o PSA de longo prazo.

De outra forma, temos área degradada que está

contribuindo para lançar sedimentos ao curso d’água.

Primeira coisa, questão legal. O programa não obriga o

produtor a fazer nada, sugerimos a ele que recupere

aquela largura de faixa de beira de rio, que a lei diz que

tem que recuperar. Mas ele não é obrigado a fazer isso

pelo programa. Vamos sugerir a ele, caso não faça, pode

ser que tenha alguma restrição mais à frente. Mas

vamos recuperar a área que o produtor rural quiser fazer

na sua propriedade.

18 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Para plantar há um custo alto. Sabemos que se

plantar qualquer cultura: café, mata nativa, seringueira,

qualquer coisa, há custo de mão de obra e custo de

investimentos, para comprar muda, cerca e tudo mais. O

programa aporta recursos para o produtor comprar

insumos, comprar cerca, muda, adubo e etc., para que

possa fazer o plantio. Essa é a grande diferença do

formato atual do PSA. (Pausa) O café puro, não. É

floresta. O café pode entrar em algumas modalidades

que misturam culturas florestais com agronômicas,

sobre o que vou falar em seguida.

Repassamos o recurso que é o PSA de curto

prazo. Esse é um investimento único para que ele

capitalize, compre os insumos e possa gerar os serviços

ambientais. Depois que a mata cresce, também pode ter

acesso ao PSA de longo prazo, porque aquela área passa

a gerar serviços ambientais.

Esse slide está ilustrando uma área de

pastagem. Para nós, melhorar pouco é melhor do que

não melhorar nada. Então, vamos melhorar o pasto. O

produtor rural tem um pasto, vamos colocar algumas

árvores, que aumentarão a infiltração, conectarão

fragmentos florestais, isso é importante pra fauna.

Coloquei nesse slide alguns exemplos. Colocamos

linhas de árvores em curva de nível; podemos proteger

o topo de morro; podemos cercar a área baixa, que é

uma área de água, onde podemos aflorar a água, por

exemplo. Conseguimos melhorar a paisagem plantando

algumas árvores e conseguimos manter o uso atual, que

nesse caso é o pasto. Estamos colocando, por exemplo,

um sistema silvipastoril, que é quando colocamos

árvores no pasto. O pasto é ruim e pode melhorar e pode

ser bem melhor. A nossa visão é que se dá para

melhorar, vamos melhorar. Não queremos acabar com a

cultura de ter o pasto. Tem que ter o pasto. Tem que ter

a produção de alimentos. Então, melhoraremos a

questão ambiental.

Nesse caso seria um PSA de curto prazo para

que o produtor consiga comprar as mudas, as cercas, o

adubo, para que possa transformar aquele modelo

anterior nesse modelo atual, que visivelmente é muito

mais interessante sob o ponto de vista ambiental.

Esse slide mostra um pasto com pouca

infiltração. Boa parte da água iria embora também e

junto com ela o solo. Essa outra imagem mostra outras

formações que conseguimos potencializar a água

infiltrando no solo. Quer dizer, melhoramos bastante.

Existem vários estudos científicos hoje que mostram

que plantando algumas árvores no pasto aumenta-se

muito a qualidade ambiental.

Cada modalidade. Floresta em pé sempre o

PSA é de logo prazo, que é o reconhecimento do

benefício prestado. Recuperação com plantio ou

cercamento, que são as de cima no slide, as duas são

para plantar mata nativa, quer dizer, a do meio,

plantaremos muda de mata nativa, um custo maior,

então, tem um curto prazo e depois o longo prazo, e na

regeneração natural apenas isolamos a área, é mais fácil

de fazer. Há áreas com fragmentos próximos, apenas

isolamos e o mato cresce sozinho. É mais fácil para o

produtor rural, porque não tem mão de obra e é mais

barato pro Estado também.

Nesse slide, as linhas de baixo são as práticas

que vão ter conservação e renda. Seria, por exemplo,

um sistema agroflorestal. É fácil entender. Há cultura

agronômica e florestal. Esse modelo está bem

misturado. Tem café, palmito, banana, madeira,

inclusive para colher se for no lugar certo.

E esse slide mostra um sistema agroflorestal

organizado: seringueira, banana, pode ter café. Sempre

tem que ter alguma espécie nativa e sempre tem que

parecer floresta. Então, só um cafezal não se encaixaria.

Teria que ter um café nesse meio.

Nesse slide temos seringueira com cacau. Então

vemos uma formação florestal que cumpre o papel da

floresta, de filtrar água no solo, de proteger aquela

matéria orgânica, e temos também renda para o

produtor rural.

Esse é o açaí, que é muito famoso hoje. Aquela

tigela de açaí. Pode ser pupunha. Apoiamos também

culturas que protegerão o solo. Não temos corte raso,

que é quando cortamos tudo. Colheremos ou apenas

uma haste ou o fruto. Então, conseguimos manter o solo

sempre protegido com a espécie.

Pasto com seringueira. Para que só o pasto?

Vamos colocar a seringueira que protegerá o solo e

teremos outra fonte de renda.

Esse slide mostra o boi embaixo da árvore. A

gente tem uma cultura equivocada de que não pode ter

árvore em pastos. Pode sim! Desde que utilizando a

espécie correta e com bom manejo da pecuária. Então,

podemos ter um pasto muito melhor, com benefícios

ambientais muito maiores se fizermos da forma correta.

Esse slide mostra áreas experimentais de

espécies nativas junto com o eucalipto, por exemplo, e

conseguimos plantar espécies para colher. O produtor

rural tem de ter madeira. Se fizer isso num lugar

correto, poderá colher. O programa só apoia pelo

manejo florestal, quer dizer, nunca corte raso. O

manejo, o produtor tirará este ano algumas espécies, no

ano que vem outros indivíduos. Então, sempre tem o

solo coberto.

Nesse slide são as linhas do programa. Tem lá a

principal forma de estímulo que é o PSA que nessa

visão reformulada está abrangendo todo o Estado. Hoje,

o Programa Reflorestar está em setenta e três

municípios do Estado, e apenas cinco municípios não

tem um produtor cadastrado. Uma coisa importante é a

extensão florestal, quer dizer, para tudo isso acontecer

tem que ter projeto técnico, tem que ter contato com o

produtor rural, que é recurso público que vai para suas

mãos, e tem contrato dizendo onde ele investirá o

recurso, o dinheiro. Aquele PSA de curto prazo que ele

recebe, é o dinheiro carimbado para uso específico para

comprar aqueles insumos que vão como doação. Mas se

ele fizer o uso incorreto, consta no contrato que vira

empréstimo, tem que devolver. Então, isso é importante.

Para fazer isso tem que ter a pessoa atendendo

ao produtor rural. Isso era um gargalo nosso, uma

dificuldade nossa, porque o Iema, o Incaper etc., temos

vários afazeres e não conseguimos dar escala de

atendimento que precisávamos. Para resolver isso,

contratamos empresas, licitamos e contratamos

empresas que hoje atendem a todo o Estado do Espírito

Santo e faremos isso todos os anos com recursos do

Fundágua, aquela parcela que pode ser usada para outro

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 19

fim que não o PSA.

Nesse slide temos os valores que pagamos.

Primeiro, as modalidades que falei aos senhores, a

floresta em pé, a recuperação com o plantio, com o

cercamento, sistema agroflorestal, silvipastoril e

florestas de manejo. Temos o recurso de investimento

que é o PSA de curto prazo. O dinheiro para comprar os

insumos que o produtor tem que comprar para plantar

aquelas novas árvores, naquelas áreas; e, na última

coluna, o PSA de longo prazo que é o reconhecimento

que o produtor receberá pela mata que conservou ou

pela mata que está recuperando. Esses valores foram

calculados com base nesses insumos: cerca, muda,

fertilizante, formicida, hidrogel e, quando puder, o

herbicida, nem sempre pode colocar o herbicida no caso

do local, é o valor máximo que pode receber. Por

exemplo: recuperação com plantio, que é para plantar

mata nativa, pode chegar até oito mil e cento e sessenta

oito reais/hectare. É o valor de investimento para

comprar aquelas coisas. Mas, por exemplo, se o

produtor não tiver que colocar cerca porque não tem

boi, o valor será um pouco menor. Se tiver que colocar

menos mudas que previmos, o valor será menor. Então,

aquele é o valor máximo que a lei prevê, mas pode ser

menos.

Nesse slide temos uma ilustração como é hoje e

como ficaria a propriedade com o programa. Ali mostra

bem rapidamente uma área de quinze hectares, com café

e pasto. Esse produtor rural recebe por ano dez mil

reais, é só fazer conta de produção, reduzindo a área de

pastagem sem reduzir o rebanho, plantando no sistema

agroflorestal e recuperando a nascente, teria um

investimento do programa de vinte a vinte e dois mil

reais, quer dizer, um benefício ambiental que é visível, e

economicamente o produtor rural mais do que dobra sua

renda depois de nove anos. Então, melhora a questão

econômica do produtor rural, junto com isso tem a

questão social, logicamente, e também um grande

ganho ambiental. Essas contas são feitas com dados

atuais, não é achismo; é conta feita de fato mesmo.

É assim que funciona nosso programa, que é

em ciclos, e todo ano seguimos esse ciclo. Neste ano

estamos no primeiro grande ciclo, já foram dois, mas o

primeiro foi pequeno. Começamos em baixa escala.

Para terem ideia, em 2013 e em 2014 foram cento e

cinquenta e três produtores atendidos. Para este ano de

2015 nossa previsão é de mil e quinhentos a dois mil

produtores atendidos. Estamos aumentando muito nossa

escala de atuação graças à contratação de empresas que

atenderão ao produtor rural e ao fortalecimento do

Fundágua que também faz uma parte importante no

processo.

Basicamente todo ano mapeamos a área onde

atuaremos e depois priorizamos a área de atuação.

Faremos isso agora no próximo ciclo. Quais são as áreas

importantes para se aumentar a produção de água no

Estado? É onde então atuaremos com mais foco. Depois

tem a parte de mobilização, pois é crucial chegar até o

produtor rural e explicar como o programa funciona.

Isso dá um trabalho danado, mas estamos conseguindo

fazer.

A parte de baixo era o nosso gargalo. Hoje,

continua sendo difícil, mas continuamos fazendo bem.

É a parte de fazer para técnico, fazer o pagamento ao

produtor rural e fiscalizar. É importante dizer isso. É

recurso público e todo ano temos que ir até o local para

monitorar e fiscalizar se ele está fazendo aquilo

corretamente. Verificamos os erros e se eles existirem,

corrigimos o processo e repetimos.

Mostramos também algumas ações que são

paralelas: estão no programa Reflorestar e são

fundamentais como o Sebastião Elias Júnior falou agora

há pouco. O programa não é somente o PSA em si, pois

tem que haver toda uma base de gestão para podermos

operá-lo.

Esse é basicamente um contrato nosso de

imageamento do Estado para saber quanto temos de

floresta no Estado hoje e quanto tínhamos em 2008 e as

principais culturas do Estado e com isso conseguir

monitorar como o nosso Estado está em termos de

vegetação nativa.

Esse é um exemplo. As imagens dão um

detalhe muito bom em termos de visibilidade. Essa é a

imagem de 2014 e quase conseguimos ver a placa do

carro do sujeito. Conseguimos ver, de fato, do

escritório, o que está acontecendo com o produtor rural.

Conseguimos ver as elevações que chamamos de

modelo digital de elevação. Dá para fazer isso e vermos

o relevo da propriedade.

Essa é a mesma imagem que mostra o antes e o

depois: 2008 e 2014. Esse é um mapeamento daquela

imagem. Cada cor significa um tipo de uso: mata nativa,

café, pastagem. As cores mudam e isso significa que

mudou o uso do solo de seis anos até agora.

Conseguimos ver isso do escritório sem ter que ir a

campo. Estamos mapeando vinte e cinco categorias no

Estado: mata nativa, mata nativa em estágio inicial,

café, pasto, enfim, as principais culturas do Estado estão

listadas.

Isso é algo fenomenal porque estamos

começando a conseguir monitorar supressão florestal

irregular. Temos a imagem de 2008 e a atual.

Comparamos o uso do solo de 2008 e vemos que está

havendo corte. Em alguns casos não é preciso perguntar

ao Idaf, pois é mata nativa e ela não pode ser cortada.

Se vemos que ela sumiu é porque o corte está irregular.

Podemos atuar com fiscalização e punir aqueles que

estão fazendo algo irregular. É algo que temos que

pensar: fazemos um esforço muito grande para plantar e

há corte irregular acontecendo. Não podemos enxugar

gelo, temos que plantar e vigiar aquilo que existe.

A imagem mostra uma área florestal em 2008 e

ao lado uma área que foi cortada, na maioria dos casos

de forma irregular. Floresta de novo. Dá para vermos

que aquela área virará uma erosão.

Esse é o nosso sistema. O programa tem

fomento para plantio e fiscalização para inibir corte

irregular. Para que tudo isso funcione é preciso haver

um sistema. Tivemos apoio para fazer isso. Tudo que

tem no programa hoje funciona no sistema online.

Ninguém consegue fazer isso se não for pelo sistema.

Isso é importante porque, às vezes, o produtor liga e diz

que alguém o cobrou para fazer projeto. Não existe isso.

O Estado é que banca tudo. O projeto e tudo são no

sistema. O único custo hoje para o produtor rural no

programa é a sua mão de obra. É ele quem executa o

20 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

plantio e o mantém.

A imagem mostra que delimitamos a

propriedade e o sistema calcula automaticamente a área

e coloca a parte hídrica, onde há floresta e demais usos.

Depois ele calcula automaticamente, de acordo com o

código florestal, qual o passivo ambiental que ele tem.

Não obrigamos que ele faça, mas se ele fizer será

beneficiado. Se ele não fizer isso com o programa que

tem recurso, depois ele terá que fazer por obrigação,

pois em alguma hora o Idaf cobrará dele. Oferecemos a

ele a oportunidade de plantar e de se adequar com o

apoio do governo.

O sistema calcula para cada área. Aquele

azulzinho ali seria, por exemplo, uma área de

intervenção que ele definiu.

O sistema calcula quantas mudas vão ali,

quanto de cerca, enfim, todos os insumos calcula

automaticamente; calcula o valor de investimento.

Neste caso, ele colocou doze mil reais de investimento.

Uso proposto, onde vai ter a intervenção. Nesse

caso, aquele amarelinho e aquele verdinho são as áreas.

Então, daqui um ano, nós vamos verificar se ele pintou,

se ele cuidou daquelas áreas.

Um resumo de como funciona. Quanto à

floresta em pé, nós pagamos durante cinco anos, no

máximo, por dez hectares por propriedade rural. O valor

por hectare hoje é de duzentos e quarenta e três reais,

que é o VRTE. Isso todo ano aumenta um pouquinho.

Então, tem todo ano, o PSA de longo prazo, durante

cinco anos.

No caso de planta de mata nativa, ele tem o

curto prazo, que é por hectare, e pode chegar a oito mil

e poucos reais. Sempre que houver investimento de

curto prazo, nós pagamos em três vezes: cinquenta por

cento no primeiro ano; trinta no segundo; e vinte no

terceiro.

É claro que para pagar o segundo e o terceiro,

tem de ter monitoramento, para ver se ele está fazendo o

investimento. E também nesses casos ele tem o longo

prazo, que é aquele reconhecimento de que a floresta

que ele plantou está gerando.

As práticas que geram renda, que é sistema

agroflorestal, silvopastroril e floresta de manejo, não

tem o PSA de longo prazo, porque embora elas gerem

serviços ambientais, também geram renda. Então a

gente não paga a longo prazo; paga só para que ele

possa plantar naquelas áreas. Da mesma forma, o valor

que der, paga-se em três vezes: cinquenta por cento,

trinta por cento, e vinte por cento.

Esse é um resumão de várias coisas

importantes. Hoje, a principal fonte de recursos é

royalties de petróleo e gás. Mas tem, por exemplo, fonte

de doação que está no Fundágua. Entrou agora, neste

início de ano. Tem dinheiro de financiamento que está

sendo feito agora com o Bird. Tem parcerias que nós

fazemos, para captar recursos, enfim, existem outras

fontes sendo colocadas.

Uma coisa importante, o recurso é público e

nós temos de fiscalizar. Isso é feito de forma bem

intensa para garantir o uso correto do recurso.

De novo, o dinheiro que é para comprar insumo

é um dinheiro carimbado. O produtor rural tem de fazer

uso correto. Ele tem de prestar contas com nota fiscal e

tudo direitinho. Se ele não fizer o uso correto daquilo,

ele tem de devolver e isso está no contrato que ele

ensina.

O dinheiro que ele recebe pelo benefício

ambiental emprestado, que é o da floresta em pé, por

exemplo, que é ao longo prazo, é dele e ele pode fazer

qualquer uso.

A distribuição dos nossos contratos. Licitamos

sete empresas. Tem uma área que tem uma

sobreposição, porque tem dinheiro específico de

doação. Nós estamos colocando mais recurso. Mas

ganharam essas empresas, e elas estão com uma meta.

Só nesse mapa existem mil e quinhentos atendimentos a

serem feitos.

Para terem uma ideia, nós estamos investindo,

em média, vinte mil reais por propriedade rural. Só aí

dão trinta milhões de investimentos. Para este ano

estamos fazendo um salto de escala, que não existe no

Brasil, mas o estamos fazendo no Estado do Espírito

Santo. Isso é só para destacar.

Temos dois pontos focais importantes no

programa, que é parte técnica, o núcleo de gestão do

programa Reflorestar, e o Fundágua. É o recurso. A

parte administrativa e financeira é o Fundágua. Tem a

parte técnica e a parte do Fundágua. Os dois funcionam

juntos. Não existe o Reflorestar sem o Fundágua.

Nós operamos o recurso da subconta com a

cultura florestal. Podemos citar subcontas específicas

para garantir a transparência no uso dos recursos.

Também estamos oferecendo ao produtor rural que está

participando, para auxiliar, fazer para ele o cadastro

ambiental rural, que é uma obrigação, junto ao Idaf.

Também o produtor rural que quiser fazer a sua

adequação total, poderá fazer com o PRA, Programa de

Regularização Ambiental, se quiser. Nós não

obrigamos, mas se ele quiser fazer, fazemos para ele.

Quer dizer, nós repassamos o recurso para recuperar

aquelas áreas.

Esse é um retrato do que fizemos de pagamento

no mês passado. Nós estamos um pouquinho em atraso

este ano, mas estamos agora começando a ganhar escala

para as metas deste ano.

Esse é o nosso site para fazer o cadastro:

www.reflorestar.cargell.com.br/registro. Hoje, olhei

agora cedo, e havia dois mil quinhentos e quatorze

cadastros. Todos os dias que olhamos aumentam dez,

vinte cadastros. Então, hoje está uma procura bem

grande pelo programa. E, como falei, tudo que acontece

no programa está no sistema.

Estamos criando uma interface. Deve ficar

pronto dentro de quatro ou seis meses, talvez. Qualquer

pessoa pode abrir o sistema e ver a propriedade rural

que está sendo atendida, como era, como é, e como vai

ficar ou está ficando com a ação do programa.

Neste slide, a cara do nosso cadastro.

Basicamente é o nome, endereço, etc. Ele vai mostrar as

modalidades que têm interesse e quanto quer fazer:

Quero fazer uma recuperação de mata nativa em três

hectares. Coloca no cadastro. Isso não é escrever em

pedra. A pessoa está dizendo o que tem intenção de

fazer. Pode ser que mude depois, mas para nós é

importante que o acerto seja grande, porque usamos isso

para mensurar investimentos.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 21

Neste slide, o meu contato, o programa e o

telefone. Estamos à disposição para qualquer

esclarecimento. Desculpa a rapidez, mas o tempo era

curto. Obrigado.

O SR. PRESIDENTE – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO) – Agradecemos aos dois

palestrantes: Sebastião Elias Júnior, Secretário

Executivo do Fundo Estadual de Recursos Hídricos do

Espírito Santo e Marcos Sossai, coordenador do

Programa Reflorestar, a fala sobre o programa de

serviços ambientais.

Eu e os Senhores Deputados Bruno Lamas e

Dary Pagung, agradecemos aos dois a presença. Suas

falas foram muito esclarecedoras.

O Senhor Deputado Gildevan Fernandes, que

está acidentado, hoje não está nesta reunião; e o Senhor

Deputado Erick Musso, que ficou preso no trânsito.

Inclusive S. Ex.ª mandou uma mensagem para a

Comissão justificando a ausência.

Gostaria de requisitar a palestra para que fique

na Comissão e faça parte desta Casa e, depois, deixar

com a taquigrafia.

Parabenizo-os pelo trabalho. Contem com esta

Casa de Leis. Estamos aqui para auxiliá-los e dar

transparência e conhecimento aos serviços dos

senhores. O Idaf, o Incaper, a Secretaria de Meio

Ambiente, têm um papel muito diferenciado neste novo

Governo, nesta nova gestão do Governador Paulo

Hartung, onde S. Ex.ª tem falado que a priorização dos

recursos hídricos, desenvolvimento das bacias,

recuperação das bacias, recuperação das florestas, têm

um papel importante nesta gestão.

A palestra foi esclarecedora, nos proporcionou

novos conhecimentos. Perguntei ao Senhor Deputado

Bruno Lamas se tem algum questionamento e S. Ex.ª

disse que também só tem elogios à apresentação.

Gostaria de agradecer e deixar as portas da Comissão

aberta para todo o órgão.

Na 4.ª reunião ordinária, dia 11 de maio,

teremos a presença dos Senhores Leonardo Merçon e

Augusto Cesar Coutinho Brandão, do Instituto Últimos

Refúgios.

Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a

reunião e convoco os Senhores Deputados para a

próxima, à hora regimental.

Está encerrada a reunião.

Encerra-se a reunião às 13h58min.

COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE

DROGAS. NONA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA

PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA

DA DÉCIMA OITAVA LEGISLATURA,

REALIZADA EM 04 DE AGOSTO DE 2015.

O SR. PRESIDENTE – (MARCELO SANTOS - PMDB) – Havendo número legal,

invocando a proteção de Deus declaro abertos os

trabalhos desta Comissão.

Registro a presença do Senhor Deputado

Gilsinho Lopes, vice-presidente; e do Senhor Deputado

Padre Honório, sempre presente em nossas reuniões.

Agradeço aos nossos colaboradores, à

procuradoria, à equipe de imprensa, à TV Ales e a você,

que nos dá a oportunidade de chegar com as

informações e os fatos pela TV Ales e pelo Canal

Cidadão.

Convido o Senhor Secretário a proceder à

leitura da ata da quinta reunião extraordinária, realizada

em 22 de junho de 2015. (Pausa)

(O Senhor Secretário procede à

leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE – (MARCELO SANTOS - PMDB) – Em discussão a ata. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. GILSINHO LOPES - (PR) – Pela

aprovação.

O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Pela

aprovação.

O SR. PRESIDENTE – (MARCELO

SANTOS - PMDB) – A Presidência acompanha.

Ata aprovada como lida.

Convido o Senhor Secretário a proceder à

leitura da ata da sétima reunião ordinária, realizada em

26 de maio de 2015. (Pausa)

(O Senhor Secretário procede à

leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE – (MARCELO

SANTOS - PMDB) – Em discussão a ata. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. GILSINHO LOPES - (PR) – Pela

aprovação.

O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Pela

aprovação.

O SR. PRESIDENTE – (MARCELO

SANTOS - PMDB) – A Presidência acompanha.

Ata aprovada como lida.

Convido o Senhor Secretário a proceder à

leitura da ata da oitava reunião ordinária, realizada em

07 de julho de 2015. (Pausa)

(O Senhor Secretário procede à

leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE – (MARCELO

SANTOS - PMDB) – Em discussão a ata. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. GILSINHO LOPES - (PR) – Pela

aprovação.

22 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O SR. ERICK MUSSO – (PP) – Pela

aprovação.

O SR. PRESIDENTE – (MARCELO

SANTOS - PMDB) – A Presidência acompanha.

Ata aprovada como lida.

Solicito ao Senhor Secretário que proceda à

leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê:

EXPEDIENTE:

CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:

Ofício n.º 2574/2015 – do secretário Nacional

de Segurança Pública, doutor Marcello Barros

de Oliveira, que em resposta ao OF/GDMS/N.º

055/2015 informa que no momento não dispõe

de editais abertos para celebração de convênios

com repasse de recursos aos entes da federação

e que a adesão dos municípios de Cariacica e

Serra no programa “Crack: é possível vencer”,

não se concretizou por falta de adequação das

autoridades municipais e que em diversas

ocasiões foram previamente cientificadas,

conforme se infere nos documentos anexos.

O SR. PRESIDENTE – (MARCELO

SANTOS – PMDB) – Temos a presença do vice-líder

do Governo, o Senhor Deputado Erick Musso, a quem

agradecemos a presença e ao mesmo tempo

parabenizamos pelo trabalho que vem desenvolvendo

em Plenário na busca de soluções junto aos colegas com

o objetivo único de melhorar as ações promovidas pelo

governo em prol do cidadão capixaba.

Senhor Deputado Erick Musso, eu e o Senhor

Deputado Gilsinho Lopes, vice-presidente desta

Comissão, estivemos oficialmente no dia 08 de abril no

Ministério da Justiça conversando com o Senhor Vitore

Maximiano, secretário Nacional de Política sobre

Drogas, quando levamos algumas demandas do nosso

estado, até porque vale o registro que presidir uma

comissão que trata de tema tão delicado como o

enfrentamento ao tráfico, a violência, o tratamento do

dependente químico e políticas que visem a ser

aprimoradas no nosso Estado. Ao longo desses quase

sete meses à frente desta comissão, com o apoio

irrestrito e integral do Senhor Deputado Gilsinho Lopes

e desta Casa, inclusive de V. Ex.ª, fizemos um amplo

debate. Estivemos com o vice-governador César

Colnago, levando para S. Ex.ª a demanda da

comunidade terapêutica que, com a mudança de

governo, ficou com o convênio em aberto e a

comunidade terapêutica tem feito um trabalho muito

legal no tratamento dos dependentes. Conseguimos

corrigir idas e vindas com o vice-governador, com

outros membros do Governo, com V. Ex.ª, inclusive. Eu

e o Senhor Deputado Gilson Lopes, representantes desta

Comissão, logramos êxito. O êxito não é desta

Comissão. É de todos nós, capixabas, porque o

programa Rede Abraço é muito bacana, tem ajudado

muitas famílias alcançadas por esse mal, principalmente

o crack. Fizemos reuniões no Ministério Público e o

Doutor Éder Pontes da Silva nos recebeu e se colocou à

disposição, colocando a entidade à disposição, uma vez

que já faz esse trabalho para que possamos ajudar no

combate ao tráfico na Delegacia de Tóxicos e

Entorpecentes e nos reunimos também com o Delegado

Lugão, chefe daquela delegacia especializada.

Estivemos com outros representantes do Governo do

Estado das mais diversas áreas e de outros poderes,

tratando desse tema com a devida responsabilidade, até

que fomos ao ministro de Políticas sobre Drogas do

Ministério da Justiça levar uma demanda que, no meu

entendimento, - não tenho uma especialização nessa

área, mas do especialista e delegado de Polícia,

Deputado Gilson Lopes, elaboramos um documento e

entregamos ao ministro que, prontamente, despachou,

dizendo que estaria encaminhando da Secretaria

Nacional de Políticas sobre drogas para a Secretaria

Nacional de Segurança Pública, solicitando a liberação

dos equipamentos que ora pleiteávamos.

Passo a dizer primeiro que, além de fazer um

pedido, para que pudéssemos ter atendido cidades como

primeiramente Cariacica, Vila Velha, Serra e Linhares,

que lideram o ranking da violência contra a mulher,

tráfico de drogas, contra negros, pobres, menores e

adolescentes, fizemos aqui um elogio ao trabalho das

polícias. Mesmo com todos esses problemas que

enfrentamos de violência no Espirito Santo, colocamos

aqui a disponibilidade do Governo do Estado em

enfrentar os problemas que estão à sua frente.

Setenta por cento, hoje, da população

carcerária, estamos falando de uma população de mais

de dezessete mil presos, proporcionalmente o Espírito

Santo é o Estado que mais tem presos no Brasil, diante

de sua pequena população. Dos setenta por cento desses

presos, quarenta por cento são traficantes e os outros

trinta tem envolvimento com o tráfico.

O governo federal fez um programa bem legal e

o nome, inclusive, é bem sugestivo: Crack, é possível

vencer. Esse programa foi feito em um convênio com o

município de Vitória e a Polícia Militar e hoje, em

frente à Rodoviária de Vitória, na Ilha do Príncipe, pode

se ver um micro-ônibus pintado com o emblema da

Polícia Militar, duas viaturas e duas motocicletas-

viatura que foram cedidas pelo governo federal nesse

programa.

Os policiais são capacitados pelo mesmo

programa. Os equipamentos são os mesmos utilizados

pela Polícia Federal no combate às drogas, cedidos ao

município de Vitória em um convênio em que a Polícia

Militar mesma administra esse patrimônio. Pois bem,

esse resultado do trabalho desses equipamentos, falado

pela própria Polícia Militar, é que nos levou, o Senhor

Deputado Gilsinho Lopes e eu, a Brasília para solicitar

ao ministro, uma vez que a estrutura desses carros

atualmente é de vinte câmaras, espalhados na região e

com a base móvel de videomonitoramento que funciona

das 7h às 21h. Fica instalada em frente à Rodoviária de

Vitória. Segundo a Polícia Militar, na primeira quinzena

de março, comparada com a do mesmo período do ano

anterior, houve uma redução imediata de trinta e cinco

por cento do número de ocorrências. Segundo a própria

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 23

PM, o número de roubos na região chegou a zerar

durante o dia. O número de usuários caiu e o tráfico, da

mesma forma. Ou seja, uma ferramenta importante que

não ataca apenas no enfrentamento ao tráfico, mas

roubo, furto, sequestro. E nós despachamos com o

ministro. Saímos do local, eu e o Senhor Deputado

Gilsinho Lopes, comemorando a positividade com que

nos atendeu o ministro Vitore André Zilio Maximiano,

dizendo que encaminharia ao secretário nacional e tinha

convicção de que teríamos nosso pleito atendido. Mais

tarde, acho que uma semana ou duas, ele nos

comunicou que das quatro cidades, duas seriam

atendidas: o município de Cariacica e o de Serra.

Encaminhou-nos o ofício que S. Ex.ª mesmo... Aí já é a

Secretaria Nacional de Segurança Pública, encaminhou

ao prefeito de Cariacica Geraldo Luzia de Oliveira

Júnior dizendo que o assunto programa Crack, é

Possível Vencer é a confirmação da gestão de bens para

entrega de veículos. Ao me remeter esse ofício, mais

uma vez comemoramos e mesmo assim eu e o Senhor

Deputado Gilsinho Lopes ficamos aguardando ver para

crer. O ofício do ministro ao prefeito de Cariacica dizia

o seguinte, resumindo:

1. Ao cumprimentá-lo cordialmente, sirvo-me do presente para informar que os veículos do kit de equipamentos do Programa “Crack, é possível vencer”, destinados à utilização no município de Cariacica, se encontram na fase final de implementação para entrega, nas seguintes quantidades: uma Base Móvel, que é o micro-ônibus, dois veículos sedan, que é para auxiliar; e duas motocicletas.

2. De acordo com as informações constantes no Plano de Ação apresentado pelo município, o município enviou ao ministro um plano de ação, cadastrado no Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR), a área prioritária indicada, se relaciona à região denominada Grande Campo Grande. (...)

É o local que há maior fluxo de pessoas, diante

do comércio pujante, e que tem a maior incidência de

assalto, roubo, sequestro, uso e tráfico de drogas.

4. Considerando o tempo transcorrido entre o registro do Plano de Ação e a efetiva de aquisição dos veículos acima informados, os quais receberão as cores e características da instituição recebedora final do patrimônio, solicitamos a confirmação do órgão Gestor da Base Móvel para fins de definição deste padrão, até o dia 9/03/2015.

Ou seja, eles só queriam neste momento o

termo de adesão e dizer que cor seria. Se seriam as

cores do município, se seriam as cores da guarda ou se

seriam a da polícia. Apenas isso.

5. Para estes fins, destacamos os integrantes da equipe da SENASP para

contato (...)

E colocou aqui: Tenente-Coronel PM Ronimar

Vargas Jobim, e o fiscal de contrato Marcos Cleiton

Freitas Lopes. O que podíamos esperar? Receberemos

agora essa ferramenta importante no município de

Cariacica para enfrentar o tráfico de drogas. Cariacica é

a segunda cidade no País que mais mata jovens e

adolescentes, e setenta por cento da causa é o tráfico de

drogas. É uma cidade que não oferece equipamento

público ao cidadão. No local não se tem uma área de

lazer decente, não se faz cultura, esporte, nada disso.

Sequer tem as ruas pavimentadas e saneamento básico

existente. Há um problema de gestão. Qual é nosso

papel? Não é apenas criticar. No que posso contribuir?

E perguntando para mim mesmo, como deputado e

presidente desta comissão, junto com o Senhor

Deputado Gilsinho Lopes e com outros colegas, como

podemos colaborar para o município de Cariacica?

Fizemos visita ao ministro, que nos deu a resposta e o

atendimento. Mas no dia 07 de julho recebemos um

ofício do ministro da Justiça dizendo o seguinte:

Assunto: Comissão de Políticas sobre

Drogas do Poder Legislativo do

Espírito Santo

Anexo: Ofício 529/2015/GAB

SENASP/SENASP-MJ (0189957) Ofício 530/2015/GAB

SENASP/SENASP-MJ (0189969)

Senhor Presidente,

1 - Em atenção ao Ofício GDMS/N.º 055/2015, no que se refere à solicitação do estado do Espírito Santo para apoio à disponibilização de itens de segurança pública, esta Secretaria Nacional de Segurança Pública informa que, no momento, não dispõe de editais abertos para celebração de convênios com repasse de recursos, assim como, não há previsão de novos contratos para aquisições diretas de equipamentos, visando os entes da federação.

Tomei um susto ao ler o primeiro parágrafo.

Falei: Poxa, ele me disse que iria doar os equipamentos

e agora diz que acabou! Mas como uma carta não se lê

pelo primeiro parágrafo e sim por tudo que nela consta,

fiz a leitura por completo:

2 - Com relação ao histórico do processo inicial de pactuação e adesão

24 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

do município de Cariacica, em 11 de março de 2013, o Comitê Gestor Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas foi reunido, a fim de que os atos necessários ao Programa “Crack, é possível vencer” - Plano de Ação Local fossem iniciados. Estes ocorreram no Município de Serra, em 12 de março de 2013. 3 - Após a inserção das propostas de adesão no Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República – SIMPR, pelos Pontos Focais dos Municípios, foram solicitadas adequações nos planos de ação, por meio de pareceres parciais e parecer final, para que fossem iniciadas as negociações e firmado o Termo de Adesão.

4 - Importante destacar que a adesão dos municípios ao Programa depende da assinatura do Termo de Adesão, pelas autoridades competentes, e que, neste intuito, mantivemos vários contatos com os pontos focais, a fim de solicitar o envio do documento, devidamente assinado, a esta Secretaria Nacional, viabilizando as adesões.

5 - Referente à expansão e implantação das bases móveis com vídeomonitoramento – ouçam todos isso - informamos que foram realizadas todas as tentativas de resolução junto aos representantes do Programa, nas localidades de Serra e Cariacica, Estado do Espírito Santo, visando a obtenção de definições sobre a gestão das bases móveis, o que é imprescindível para proceder à caracterização dos veículos no padrão dos órgãos executores.

Ou seja, bastava a prefeitura de Cariacica dizer:

Olha, será a Guarda ou será a Polícia Militar. Não

fizeram.

6 - Foi realizada uma consulta formal aos prefeitos de Serra e Cariacica, em 03 de março de 2015, nos termos dos Ofícios n.º 529 e 530, anexos, para solicitar a confirmação das informações contidas no Plano de Ação Local, cadastrados pelos municípios, no SIMPR. 7 - Em 06 de março de 2015 os ofícios mencionados acima, também foram

encaminhados aos endereços eletrônicos dos pontos focais informados no Plano de Ação Local no SIM-PR (0205772) e (0205787), no entanto, não obtivemos resposta desses municípios para esses contatos. 8 - Foram realizados, ainda, contatos telefônicos, em vários momentos, com os pontos focais, para que fosse apresentada uma resposta ao solicitado pela equipe da Secretaria Nacional de Segurança Pública e para que fossem manifestadas informações acerca das razões pelas quais os municípios não chegavam às definições necessárias sobre a adesão ao Programa. 9 - Para subsidiar despacho e esclarecer quanto à exiguidade de prazos para solução, informamos abaixo as datas limites para entrega dos bens, em cada contrato e respectivas localidade pendente de informação. Estes prazos já foram objeto de prorrogação, dentro do possível, nos termos contratuais. 10 - Os bens, os quais estavam destinados para cada município, estão relacionados a seguir: 11- Assim, considerando os prazos contratuais acima discriminados e as obrigações assumidas pela

Administração junto aos fornecedores, bem como, a não adesão oficial dos dois municípios ao Programa, mediante assinatura do Termo de Adesão, informamos que não há mais tempo hábil para efetivar a referida adesões e, dessa forma, os bens serão disponibilizados a municípios que já aderiram ao Programa “Crack, é possível vencer”, para ampliação das ações de acordo com os termos já pactuados.

12-Vale ressaltar que foram realizados

todos os esforços, a fim de darmos

Localidade Bens Contrato Prazo de

entrega

Cariacica

01 Base

Móvel

73/2014 17/07/2015

02 Veículos

sedan

79/2014 06/05/2015

02

Motocicletas

80/2014 07/06/2015

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 25

andamento ao processo de entrega e aquisição de equipamentos.

13. Por fim, a adesão dos municípios em questão ao Programa “Crack, é

possível vencer”, poderá mostrar-se

pertinente em próxima oportunidade, mediante atendimento por completo

dos requisitos necessários para

pactuação com essa Secretaria Nacional de Segurança.

Atenciosamente, Marcelo Barros de Oliveira

Secretário Nacional de Segurança Pública – Substituto

Não se tem o que comemorar. Se tivesse aqui o

maior opositor do prefeito de Cariacica e se ele fizesse

qualquer tipo de comentário, vibrando e sorrindo diante

dessa, que posso dizer fatalidade, o expulsaria da

Comissão.

Não se pode brincar com o sonho das pessoas,

com a vida das pessoas.

Uma cidade que não tem equipamento público

decente; uma cidade que não planeja o futuro das

pessoas; uma cidade que não tem creche para as mães -

mães chefes de família, que não têm marido, que tem de

trabalhar e largar o filho com vizinho para tomar conta,

porque na maioria das vezes o filho coloca fogo na casa

ao acender a boca do fogão para esquentar a comida e

morreu queimado -; uma cidade que não tem ruas

pavimentadas; uma cidade que não tem saneamento

básico; uma cidade que vive de carnaval e futebol e que

não consegue fazer uma política social decente porque

alega não ter dinheiro, mas perde o que não gastaria um

real para ter e enfrentar violência ou tráfico.

Não pararei por aqui, nem o Senhor Deputado

Gilsinho Lopes. E nem me cansarei de pedir apoio ao

vice-líder do governo e aos demais Senhores

Deputados, porque que se fizer isso estarei sendo

covarde com o meu município, estarei virando as costas

para aqueles que sonham um dia ver a cidade de

Cariacica tornar-se um lugar melhor de se viver, de criar

as nossas famílias e ver os nossos filhos com um futuro

decente. Enfrentar esse mal do século, que é o crack.

As drogas batem na porta de mais um cidadão a

cada dia. E não é mais problema de camada social, de

bairros pobres. A droga bate na porta na Praia do Canto.

O crack chega a lugares que nunca imaginávamos que

chegaria. Bate em Cariacica, como bate na Praia do

Canto, em Jardim da Penha, Paria da Costa e em

qualquer outro lugar. No país, em nosso Estado e no

mundo.

Temos que fazer nossa parte. Não podemos

meramente dizer que é responsabilidade do prefeito, que

ele se elegeu e tem que fazer a parte dele. Não podemos

fazer isso. Esta Comissão aqui não faz isso.

O que estamos assistindo é uma cidade que

sequer consegue receber aquilo que é doado a ela: um

equipamento de ponta, que é utilizado pela força

policial mais evidente no País - o Senhor Deputado

Gilsinho Lopes está aqui, é delegado de polícia -, a

Polícia Federal, que tem dado certo num município rico

como Vitória, que buscou essa parceria. Mas Cariacica

está jogando o dinheiro fora. Deve estar sobrando

dinheiro pra caramba! Deve estar sobrando dinheiro

para quem mora no bairro Aparecida, em Porto de

Santana, em Nova Rosa da Penha, em Flexal, em

Mucuri. Deve estar sobrando dinheiro para o prefeito

fazer tudo que está faltando. E perdemos a grande

oportunidade de começar com um equipamento que fez

um resultado positivo na capital e que nos espelhamos

nele. Se tivesse dado errado, não perderíamos nosso

tempo indo a Brasília com o Senhor Deputado Gilsinho

Lopes.

Então, meus amigos, quero dizer que estou

triste, mas que não pararei de trabalhar e de buscar

recurso para a nossa cidade. Solicitarei ao secretário de

Segurança Pública que no próximo cadastramento, mais

uma vez, inclua o nome de Cariacica. E trabalharemos

juntos para que o prefeito busque pessoas competentes,

até porque, talvez, ele não seja do ramo da

administração pública, mas tem de se cercar de pessoas

que possam assessorá-lo, como faço nesta Comissão.

Estão aqui o nosso procurador, os

colaboradores e a TV para me corrigir caso eu fale

errado ou faça alguma manifestação que esteja em

desacordo com a legislação, por exemplo. Por isso

tenho ao meu lado um delegado de polícia experiente,

que já rodou quase todos os municípios do Espírito

Santo enfrentando bandido, trocando tiro e colocando

na cadeia vagabundo; para me dar as informações que

não tenho como presidente. Não sei de tudo, mas me

cerco de pessoas que podem me auxiliar. Quando não

sei, pergunto ao Senhor Deputado Gilsinho Lopes:

Como funciona isso? Quando preciso de ajuda, vamos

eu e o Senhor Deputado Gilsinho Lopes pedir ao

Governo, ao líder do Governo, ao vice-líder do

Governo. Não esperei a prefeitura fazer a parte que lhe

cabe mas não faz; perguntei para mim mesmo: O que posso fazer para minha cidade? E tenho feito.

Então, digo para você, cidadão, para você que

nos dá a oportunidade de entrar na sua casa por este

canal importante, que estou muito triste por perder essa

ferramenta importante. O Município de Serra também

perdeu; e lá tem outro histórico, tem outra economia,

existem outros equipamentos que não existem em

Cariacica. No Município de Serra o prefeito pode até

justificar; eu não concordo. Mas, em Cariacica não.

Peço desculpa pelo meu desabafo. Mas, Senhor

Deputado Erick Musso, todos os dias vejo, em

Cariacica, uma criancinha usando crack. Vejo, todos os

dias, uma mãe viciada, que tem esse mesmo filho.

Todos os dias eu e esse cidadão recebemos gente nesta

Comissão pedindo ajuda para internar o filho na

Comunidade Terapêutica que ajudamos o Estado a

quitar o débito que tinha com ela. E fazemos.

Saímos desta Casa e fomos à Deten. Pedimos

ao Governo do Estado que a transforme em uma divisão

para que possa ter o número maior de policiais, pois há

uma única delegacia em Serra para atender questões

relacionadas ao tráfico de drogas no Espírito Santo

todo. E alguém viu a gente batendo no Governo por

causa disso? Claro que não. É aquilo: tenho que

colaborar. Então, eu e o Senhor Deputado Gilsinho

Lopes escrevemos: Olha, tem que transformá-la em

26 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

uma divisão. Mandamos para o Ministério Público. O

doutor Eder Pontes respondeu que encaminhou ao

presidente do Tribunal. O Ministério Público e Tribunal

de Justiça vão oficiar o Governo dizendo: Precisa

melhorar a Deten. Porque a conta vai para eles. Ah, tem

tráfico de drogas aqui. Não em polícia. E a Justiça? Ela

só vai julgar aquilo que ela receber. Então, nosso papel

é colaborar.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado

Gilsinho Lopes.

O SR. GILSINHO LOPES – (PR) – Senhor

Presidente, Senhor Deputado Erick Musso, nossos

colaboradores, os que nos assistem em suas residências

e todos que se encontram no plenário.

Registro que é lamentável, porque percorremos

os caminhos que temos para trazer os recursos, uma vez

que o município carece de economia a altura para tratar

de todos os problemas que temos.

Estivemos em Brasília por mais de uma vez.

Estivemos com o ministro do Supremo Tribunal, com o

ministro do STJ, com os senadores, com os deputados

federais de nosso Estado tentando que fossem

disponibilizadas emendas levando uma abrangência

maior do fechamento das fronteiras e das divisas no

estado porque isso auxilia coibir... Agora, perder uma

oportunidade ímpar como essa é lamentável.

Sou um dos deputados que não tem pretensão

nenhuma de tirar o cargo. Quem se elegeu permanecerá

no cargo. Ele padecerá por suas mazelas, por sua

inoperância, pela falta de competência, porque apenas

chegar e falar, ter discurso pronto, não adianta.

Hélcio Joaquim Corrêa Mesquita, procurador

desta Casa, advogado de Conceição da Barra, meu

amigo. Estive em Conceição da Barra sem recursos

nenhum. Fazíamos, com a Polícia Militar, operações,

em conjunto. Naquela oportunidade não havia Guarda

Municipal, nos idos de 1980. E fazíamos o

enfrentamento da violência com muita tranquilidade e

muito respeito ao cidadão.

Hoje, o Senhor Deputado Marcelo Santos

mostra que o índice na proporcionalidade de presos no

sistema prisional do estado é o maior de todos os

estados da federação. A maioria é por tráfico de drogas.

Mas temos que fazer uma análise dessa maioria.

Aqueles que são advogados, que militam na área penal,

sabem que a tipificação dos crimes de drogas é de

maneira muito draconiana. Muito draconiana! Muitas

vezes a pessoa está no lugar errado, na hora errada e é

conduzida e autuada numa associação ao tráfico. Não

cabe fiança, não cabe liberdade provisória e ele fica no

sistema prisional agarrado por dois anos até concluir o

processo, que é demorado. E as famílias sofrem; as idas

e vindas ao advogado geram despesas e fica muito

difícil.

Hoje estou recebendo a mãe de um rapaz que

deu carona para uma pessoa e essa pessoa estava sendo

monitorada pela Lei n.º 9.296, no seu telefone. E

quando ele o deixou na porta de casa, foi preso. Não

tinha nenhuma participação e está preso dentro da

Operação Arquipélago, realizada pelo Nuroc, e está

preso há mais de oito meses. Alguns já foram alguns

liberados e ele ainda se encontra preso porque tinha

ligações dele, mas nenhuma comprometedora, porque

eu cheguei a ver o processo junto ao Poder Judiciário.

O Senhor Deputado Marcelo Santos é

extremamente competente, capta as mensagens muito

rápido. S. Ex.ª preside esta Comissão e tenho aprendido

mais com S. Ex.ª do que S. Ex.ª comigo, porque sempre

que tem dúvida sobre determinado assunto procura este

deputado, mas procura pesquisar o assunto; e a

assessoria também é muito competente.

Senhor Deputado Marcelo Santos, tenho

orgulho de trabalhar nesta Comissão, ser amigo de V.

Ex.ª e acima de tudo ser de Cariacica. Quando fui

delegado em Cariacica pela primeira vez, em 1993, o

pai de V. Ex.ª era prefeito de Cariacica. A primeira

Delegacia da Mulher foi construída e erguida pelas

mãos do saudoso Aloízio Santos, na rua Bom Pastor. E

está lá até hoje. No momento está sendo demolida. E

após a saída do pai de V. Ex.ª daquela prefeitura, os

alugueis deixaram de serem pagos e a situação está na

Justiça até hoje. A gente tem que reviver o passado para

verificar as raízes. E V. Ex.ª tem raiz, caráter,

determinação e estava preparado.

Trabalhei na campanha para que V. Ex.ª fosse o

nosso prefeito de Cariacica. Não obtivemos êxito, mas

nem por isso atacamos ninguém ou fizemos algum ato

reprovando quem foi referendado pelas urnas. Estamos

vendo que a população está sofrendo. A população sofre

e nós, cariaciquenses, sofremos também porque

queremos o bem dos nossos irmãos cariaciquenses.

Vi no Expediente o ofício que V. Ex.ª fez para

o Doutor Eder Pontes pedindo aumento de efetivo do

Ministério Publico no combate ao tráfico de drogas

porque tem que dar suporte para as delegacias

especializadas, pois o tráfico de droga é muito rápido,

age em uma velocidade maior do que a da internet

porque eles trabalham por códigos e, além disso, têm

ramificações em todo o país e no exterior. Sabemos que

os grandes traficantes não usam droga, não pegam em

droga, nem pegam no dinheiro. Têm contabilidade

especializada para fazer a lavagem de dinheiro com

compra de apartamento, de veículos e uma série de

outras coisas.

Sabemos que muitos dos membros do

Ministério público são honrados, decentes e

trabalhadores. Mas o que nos entristece é que alguns

não cumprem com o seu real papel. Deixam de estar nas

comarcas nas segundas-feiras e nas sextas-feiras, só vão

nas terças-feiras, quartas-feiras e quintas-feiras. É TQQ.

Isso prejudica e muito porque você está em

uma investigação e precisa da ação do Ministério

Público e do juiz para referendar os requerimentos de

medidas cautelares e essas medidas não são expedidas

em tempo hábil. Aí cheiraram tudo, venderam tudo,

fumaram tudo e, simplesmente, a sociedade vai

aumentando o índice de dependentes e de homicídios.

Recentemente foi preso um adolescente com

dois quilos e meio de maconha, na semana passada, em

Cariacica. Já está no presídio e sua família já está sendo

ameaçada porque tem que pagar os dois quilos e meio

de droga. Esse trabalho tem que ser em conjunto do

Ministério Público e do Poder Judiciário.

Outra pauta do expediente foi o ofício que V.

Ex.ª encaminhou para o secretário de Segurança Pública

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 27

com relação à denúncia dos dados estatísticos que

estariam sendo manipulados. S. Ex.ª respondeu, mas em

um parágrafo quis dar uma apertada. Estava lendo em

adiantada síntese e quis dizer que as informações, as

denúncias apócrifas prejudicam um bom trabalho.

Trabalhamos com o Disque-Denúncia, uma lei

de minha autoria, e essas denúncias estão se

transformando na melhor ferramenta de combate à

violência e à criminalidade, embora haja algumas

pessoas se utilizando do Disque-Denúncia, dessa

ferramenta, para desvirtuar, tirar a polícia de um setor

para poder passar naquele setor. Mas, na maioria das

vezes, as denúncias são frutíferas e acabamos

prendendo várias pessoas.

A Deten, a Polícia Militar, na área de

Inteligência, têm feito um trabalho brilhante. Temos que

parabenizar as Polícias Civil e Militar do nosso estado.

O índice de resolubilidade dos crimes de homicídios,

dos crimes que estão acontecendo no Estado é de

quarenta a cinquenta por cento, enquanto a média

nacional é de oito a dez por cento. Os presídios

estão lotados exatamente porque cometeu o delito e está

sendo alcançado. Hoje temos o videomonitoramento.

Quero dizer ao vice-líder do governo que temos que

conversar como governador, estamos pecando, em

alguns municípios foram instalados os aparelhos do

Olho Digital, o programa do ex-governador, e foram

liberadas várias câmeras de videomonitoramento que

não estão em funcionamento.

Um objeto importante, uma ferramenta

importante tem que estar em pleno funcionamento.

Mataram um rapaz que vendia joias e o corpo foi

encontrado em Minas Gerais. Seguimos toda a trajetória

e conseguimos capturar a placa do veículo e o horário

em que ele passou por meio de câmeras de

videomonitoramento, desde Vitória. Quando chegou ao

município de Cariacica, todas estavam simplesmente

sem funcionar. Em Vila Velha, as câmeras de

videomonitoramento estão sem funcionamento. Agora,

como o coronel Alexandre Ramalho, possivelmente

haverá o funcionamento.

Retornando à questão da perda de investimento.

É muito triste e lamentável porque nós nos dedicamos.

Vejam que nós, deputados, estivemos em Brasília em

vários ministérios por mais de quatro ou cinco vezes, e

ainda tomei falta como se fosse falta. Eu estava lá

buscando recursos para o Estado do Espírito Santo; e os

prefeitos, tanto da Serra quanto de Cariacica,

desperdiçando esses recursos que estavam

disponibilizados. Era simplesmente uma resposta dizer

a cor, o padrão e em qual padrão que seria. Mas a

imprensa ainda diz que fui o campeão de faltas e foram

quatro audiências. As outras seis faltas foram faltas com

atestado médico por um problema de saúde e o médico

me deu quinze dias. Qualquer trabalhador tem direito a

isso. Mas, infelizmente, ainda tem esses escárnios que

sofremos da imprensa do nosso Estado. Mas isso não

diminui a nossa vontade, a nossa disposição e a nossa determinação de defender o nosso Estado.

V. Ex.ª, Senhor Deputado Erick Musso, sabe

como nós trabalhamos. Temos votado em todos os

projetos do governador Paulo Hartung, e mesmo quando

requer regime de urgência, nós acompanhamos o regime

de urgência e temos votado porque sabemos que há o

interesse do Governo em realinhar todos os trabalhos

que já foram feitos. Trabalho que temos que reconhecer

que foram trabalhos bonitos e perfeitos que foram feitos

no Governo passado, e agora tem que dar sequência a

este trabalho.

Hoje, o governador me ligou ontem à noite

pedindo que eu fosse a Vila Velha para inaugurar dois

campos Bom de Bola. Eu disse ao senhor governador

que eu teria imenso prazer em estar lá, mas que temos a

Comissão de Políticas sobre Drogas e que não posso

faltar. Depois tenho a Comissão de Defesa do

Consumidor, na qual sou presidente e não posso faltar.

Somos pautados por matérias que não sabemos

por onde estão caminhando essas pautas de matéria na

qual tentam denegrir nossa imagem sendo que estamos

presentes de manhã, de tarde e de noite. Eu, o Senhor

Deputado Marcelo Santos e o Senhor Deputado Erick

Musso vimos de Aracruz e todos os dias de manhã cedo

estamos aqui. Saímos daqui às 7, 8 ou 9h da noite

trabalhando e atendendo às pessoas que vêm. Agora

mesmo, chegou o prefeito de Governador Lindenberg,

Paulo Coradini, nosso amigo. Veio de lá para fazermos

o atendimento e para dar atenção. Tem que sair na

secretaria e tem que fazer esse trabalho, pois esse é o

trabalho que a sociedade, às vezes, não compreende e a

imprensa ainda distorce toda essa situação.

Parabenizo V. Ex.ª, Senhor Presidente, porque

V. Ex.ª tem demonstrado competência e interesse para a

resolução dessa situação caótica.

Ontem, vi o prefeito de Vila Velha saindo às

ruas tentando recolher aqueles dependentes químicos

que estão nas ruas, os craqueiros, e muitos se recusando

a ir. Está aí a necessidade da intervenção do Poder

Judiciário para a internação compulsória. Isso é

requisitado pela autoridade competente. Se não tiver o

juiz ou promotor na comarca, com certeza não será

possível conduzir aquele cidadão que está em situação

de risco iminente, pois tem o risco de contrair doença,

risco de morte, tem o risco de praticar assalto e tem

todos os riscos necessários tanto a favor quanto contra

ele. E, com isso, ficamos em uma situação difícil.

Quando V. Ex.ª coloca no papel e digo que

papel não sobe escada, não desce elevador, não anda de

avião e não faz nada, então, temos que ir pessoalmente e

fomos e fizemos nosso papel e estamos aqui para

atender aos anseios da sociedade. Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE – (MARCELO SANTOS - PMDB) – Obrigado, Senhor Deputado

Gilsinho Lopes. Quero cumprimentar o prefeito Paulo

Coradini e agradecer pela presença. Quero

cumprimentar o Senhor Deputado Nunes, também

presente que nos dá a honra de estar conosco.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Erick

Musso.

O SR. ERICK MUSSO - (PP) – Bom-dia a

todos. Somente pedi a palavra ao Senhor Presidente

Marcelo Santos para que eu possa cumprimentar a

Comissão de Políticas sobre Drogas que é presidida por

V. Ex.ª, em parceria com o Senhor Deputado Gilsinho

Lopes. É a primeira vez que venho participar in loco e

pude comprovar, nada mais nada menos, do que aquilo

28 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

que eu já tinha certeza, Senhor Deputado Marcelo

Santos, que é um trabalho sério, profícuo, competente,

como sempre presidido por V. Ex.ª.

Como V. Ex.ª mesmo falou, é o mal do século,

é o que tem assolado as famílias capixabas e brasileiras,

que são as drogas, que têm desvirtuado os jovens do

caminho correto, que têm tirado filhos tão jovens dos

braços das mães.

A Assembleia Legislativa tem dado sua

contribuição nesta Comissão, por meio desses dois

nobres deputados, em um trabalho de combate às

drogas. Pode parecer uma gota no oceano e algumas

pessoas podem até achar que é um trabalho de enxugar

gelo, mas se não houver o primeiro passo, ninguém

chegará à linha de chegada com a vitória.

Uma corrida, uma caminhada, um atleta de

ponta não consegue vencer uma olimpíada ou um

campeonato se não der o primeiro passo. E V. Ex.as

têm

dado não só o primeiro, como vários passos, passos

firmes, passos competentes e coerentes na busca desse

combate às drogas.

Fica aqui meu parabéns e coloco também o

nosso mandato, coloco esse link com o Governo do

Estado à disposição desta Comissão e a favor do

Espírito Santo.

Parabéns a V. Ex.as

.

O SR. PRESIDENTE – (MARCELO

SANTOS – PMDB) – Obrigado, Senhor Deputado

Erick Musso.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê:

Ofício n.º 1974/2015 – da procuradora-geral de

Justiça em exercício, doutora Elda Márcia

Moraes Spedo, que em resposta ao

OF/GDMS/N.º 097/2015, informa que remeteu

cópia do referido ofício ao Tribunal de Justiça

do Estado e que, para potencializar o combate

ao crime, inclusive ao tráfico de drogas, e

realizar melhor acompanhamento da atividade

policial, o ministério público do Estado reuniu

os cargos de promotor de justiça que atuam na

temática, procurando melhor proporcionar

estrutura de tais órgãos de execução, conforme

se denota dos documentos anexo.

O SR. PRESIDENTE – (MARCELO SANTOS – PMDB) – Antes de pedir que encaminhe

cópia aos membros efetivos e suplentes, agradeço a

manifestação da Procuradoria de Justiça do Estado na

figura do Procurador-Geral Eder Pontes, da substituta

Elda Márcia, por entender que esse é um problema

importante e tem que estar na Ordem do Dia,

encabeçando a pauta das discussões.

O Ministério Público encaminhou o ofício ao

Tribunal de Justiça, pedindo que o mesmo também se

manifeste. E acredito que a manifestação também não

será diferente, positiva, como foi a do Ministério

Público.

Encaminhar aos demais membros efetivos e

suplentes.

Senhor Deputado Gilsinho Lopes, diante dos

ofícios encaminhados pelo Ministério da Justiça, da

Secretaria Nacional de Segurança Pública e de Política

sobre Drogas, que encaminhemos esses ofícios também

aos vereadores de Cariacica, aos líderes populares, para

tomarem conhecimento primeiro dos trabalhos que

estamos desenvolvendo e do não recebimento desses

equipamentos por falta de uma equipe técnica, talvez,

que pudesse dar uma atenção devida ao que entendo ser

prioridade.

Ofício ao Ministério Público, comunicando que

todo trabalho dele, com relação ao enfrentamento ao

tráfico, à droga, e por consequência à violência, sofreu

um prejuízo por não ter uma ferramenta importante

como esta, disponibilizada pelo Governo Federal.

Da mesma forma, encaminhar à procuradoria e

também à promotoria de Cariacica. Da mesma forma

aos juízes criminais do município de Cariacica e ao

diretor do fórum do município.

Senhor Deputado Gilsinho Lopes, V. Ex.ª

concorda?

O SR. GILSINHO LOPES – (PR) – Senhor

Presidente, de acordo.

O SR. PRESIDENTE – (MARCELO

SANTOS – PMDB) – Também ao chefe do DPJ e às

demais delegacias pertinentes.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê:

Ofício n.º 326/2015 – do secretário estadual de

Segurança pública, André de Albuquerque

Garcia, que em resposta ao

OF/GDMS/n.º192/2015, informando o modelo

utilizado nas classificações de ocorrências

policias da legislação penal e processual penal,

bem como que segue as recomendações da

Secretaria Nacional de Segurança Pública,

Senasp.

O SR. PRESIDENTE - (MARCELO SANTOS - PMDB) – Ciente. Encaminhe cópia também

tanto para os titulares quanto para os membros suplentes

desta Comissão.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê:

PROPOSIÇÕES RECEBIDAS:

Não houve no período.

PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS

SENHORES DEPUTADOS: Não houve no período.

PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS: Não houve no período.

PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA: Não houve no período.

ORDEM DO DIA:

A que ocorrer.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 29

COMUNICAÇÕES As que ocorrerem.

O SR. PRESIDENTE - (MARCELO

SANTOS - PMDB) – Antes de encerrar a reunião,

queria também que fosse encaminhado ofício à

Secretaria Nacional de Segurança Pública, lamentando a

não adesão por parte dos municípios de Serra e

Cariacica.

Reafirmamos nosso compromisso de continuar

lutando no enfrentamento às drogas e ao tráfico.

Reiteramos mais uma vez o pedido para que seja

disponibilizado, assim que abrir o cadastramento de

cidades que possam pleitear essa ferramenta, incluindo,

mais uma vez, o nome de Cariacica, por ser uma cidade

que carece de investimentos, principalmente nesta área.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado

Gilsinho Lopes.

O SR. GILSINHO LOPES - (PR) – Senhor

Presidente, gostaria que fosse consignado, no ofício,

que apresentemos escusas em nome dos dois municípios

que foram silentes diante de um investimento tão grande

que poderiam receber.

Peço a V. Ex.ª que sejam incluídas nossas

escusas pelos dois municípios, porque se eles não

tiveram a oportunidade de encaminhar um ofício para

receber investimento desta monta e fomos nós que

interferimos, deve-se encaminhar aos municípios para o

ministro, dizendo para ele que pedimos desculpas.

O SR. PRESIDENTE - (MARCELO SANTOS - PMDB) – Não só aos dois ministros, como

ao ministro da Justiça. Da mesma forma, encaminhar

aos dois prefeitos, dizendo que a Comissão lamenta a

não adesão dos municípios a esse programa.

O Senhor Deputado Gilsinho Lopes quer fazer

alguma consideração a mais?

O SR. GILSINHO LOPES - (PR) –

Tranquilo, Presidente, temos mais uma rodada. Tenho

outra Comissão.

O SR. PRESIDENTE - (MARCELO

SANTOS - PMDB) – Agradeço a presença de todos,

reiterando a presença do prefeito Paulo Coradini. Muito

obrigado pela sua presença.

Agradeço, também, a presença do meu Vice-

Presidente, Senhor Deputado Gilsinho Lopes; da nossa

assessoria; da TV Ales; e do presidente da Federação de

Motociclismo, Renan da Silva Loubak. E agradecer

você, cidadão, que nos dá oportunidade de entrar na sua

casa, mostrando o trabalho que desenvolvemos na

Assembleia, neste caso, na Comissão de Políticas sobre

Drogas.

Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a reunião e convoco os Senhores Deputados para a

próxima, à hora regimental.

Está encerrada a reunião.

Encerra-se a reunião às 11h09min.

COMISSÃO PARLAMENTAR DE

INQUÉRITO DA SONEGAÇÃO DE TRIBUTOS.

VIGÉSIMA QUINTA REUNIÃO ORDINÁRIA DA

PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA

DA DÉCIMA OITAVA LEGISLATURA,

REALIZADA EM 03 DE NOVEMBRO DE 2015.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Havendo número legal, invocando a

proteção de Deus declaro abertos os trabalhos desta

comissão.

Convido a senhora secretária a proceder à

leitura da ata da vigésima terceira reunião ordinária,

realizada em 20 de outubro de 2015; e da vigésima

quarta reunião ordinária, realizada em 27 de outubro de

2015. (Pausa)

(A Senhora Secretária procede à

leitura das atas)

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Em discussão as atas. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. CACAU LORENZONI – (PP) – Pela

aprovação.

O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Pela

aprovação.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Aprovadas as atas como lidas.

Aproveitando o início da reunião faremos

algumas deliberações. A primeira é com relação à

transposição, não é a do rio São Francisco, mas a do

prazo de funcionamento da CPI para a próxima sessão

legislativa.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. CACAU LORENZONI – (PP) – De

acordo, Senhor Presidente.

O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – De

acordo, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Aprovada.

Ficou na dependência de oficiar à Secretaria de

Segurança, ao Ministério Público e ao Tribunal de

Justiça para agendar um horário da comissão sobre

força-tarefa para arrecadar. Discutimos da outra vez que

precisamos de uma reunião com esses Poderes para

discutir como a CPI poderia articular com eles uma

força-tarefa em cima desse sistema de arrecadação

levantado junto com os dois delegados que

compareceram da última vez, que têm toda estrutura de

apuração dessas sonegações, mas elas não estão sendo

executadas. Os próprios delegados disseram aqui que

depende de denúncia. Como a CPI tem já várias coisas

que constatam sonegação, estávamos com a ideia de

30 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

fazer uma audiência a esses Poderes propondo a criação

dessa força-tarefa para buscar arrecadação em vários

segmentos, principalmente na área de combustível que,

segundo informações extraoficiais, existe uma

defasagem de mais de cem milhões/mês de arrecadação

e esse setor está atuando sem nenhuma fiscalização,

sem nenhuma tarefa específica para levantar essas

questões.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. CACAU LORENZONI – (PP) –

Senhor Presidente, é valido esse pedido de V. Ex.ª.

Concordo com a reivindicação de V. Ex.ª.

O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – De

acordo, Presidente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Aprovado.

Outra proposta. Recebemos uma denúncia do

sistema que funciona na associação dos procuradores do

Estado. Eles têm uma associação e dessa associação

eles recebem a tal sucumbência, mas não recebem

através do procurador. Esse dinheiro vai para uma

associação que eles criaram e essa associação repassa o

dinheiro para os procuradores sem pagar imposto de

renda, sem pagar os impostos.

Recentemente, o juiz Doutor Jorge, que hoje é

desembargador, deu uma sentença condenando essa

associação a devolver uma parte desse dinheiro, de um

acordo que fizeram, para o estado, e cancelando,

inclusive, o direito de os procuradores fazerem esses

acordos porque esses acordos têm que ser feitos

segundo a sentença judicialmente.

O governador, recentemente, também deu uma

declaração sobre isso, e nós, então, com base nesses

documentos que recebemos aqui e que a gente pode

passar às mãos dos deputados, porque até a decisão da

Justiça diz que esse dinheiro tem que ir para o estado

para depois o estado repassar para o procurador, quer

dizer, ele não pode ir direto para o procurador através

da associação e a associação não presta conta, não

coloca no portal Transparência quanto que entrou e nem

para quem vai o dinheiro.

Então a nossa proposta aqui é fazer uma quebra

de sigilo da associação, Apes, para tomar conhecimento

de quanto que entrou nessa associação até hoje e para

quem foi destinado esse dinheiro uma vez que ela não

obedece às regras de prestação de contas nem

publicação no site do estado do que ela arrecada e a

quem paga.

Estamos fazendo essa proposta de quebra de

sigilo para que possamos ter conhecimento de quanto é

que eles arrecadam nessa sucumbência, para quem vai o

dinheiro e quanto que cada um está recebendo. Esse

último acordo desse documento era um acordo em que o

estado tinha sessenta e sete milhões para poder receber

e a procuradoria foi lá e fez um acordo. Recebeu dois

milhões de honorários e baixou a dívida de sessenta e

sete para dezessete milhões. Essa denúncia foi parar na

justiça e a justiça condenou a associação a devolver o

dinheiro e condenou a associação de não mais poder

fazer esse acordo. Isso então tem sido feito em vários

momentos e através dessa associação dos procuradores

fazem acerto em prejuízo do estado.

Então, a nossa proposta é de fazer uma quebra

de sigilo da associação para poder conhecer essas contas

e saber em quanto que o estado está sendo prejudicado

ali; qual é a sonegação de imposto de renda desse

dinheiro e submetemos aos senhores deputados.

O SR. CACAU LORENZONI – (PP) –

Senhor Presidente, estou de acordo.

Eu também gostaria que fosse deliberado,

devido a um acordo que o governo do estado está

fazendo com as empresas, referente ao Refis, que nos

fosse enviado pela Secretaria da Fazenda a relação dos

quinhentos maiores devedores atualizados.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Nesse caso já existe uma quebra de

sigilo com relação a esses quinhentos devedores. É só o

encaminhamento então da reatualização.

O SR. CACAU LORENZONI – (PP) –

Exatamente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Aí não é nova quebra de sigilo. Esse

caso depende de deliberação e de a gente conhecer essas

contas.

O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – De

acordo, Presidente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Então a secretaria fica de preparar a

documentação de quebra de sigilo dessa conta da Apes,

Associação do Ministério Publico, e tem um documento

ali... E oficiar à Secretaria da Fazenda para atualizar os

valores das quinhentas empresas que já foi quebrado o

sigilo com relação ao valor atual das dívidas se houve

algum acerto ou qual é a situação.

Anotamos aqui algumas coisas mais.

Transposição do prazo: Fica prorrogado até dia

03/05/2016.

Oficiar ao Ministério Público sobre

procedimento com relação à TV a cabo. Não sei se

vocês se recordam que na última reunião ouvimos dois

delegados de polícia que tratam de fiscalizar sonegações

porque, por exemplo, o sujeito faz assinatura de TV a

cabo, mas se ele não paga à empresa que ligou ou se usa

a TV a cabo sem pagar, ele está dando prejuízo ao

estado, porque vinte e cinco por cento do valor daquela

taxa é de imposto. Daí nosso interesse em atualizar, em

forçar esse recebimento, porque, segundo o dono da

RCA, que veio aqui, ele tem trinta por cento de

sonegação e falta de pagamento, e mais uns trinta por

cento de pessoas que ligam sem ser pela empresa. Quer

dizer, a RCA vai e liga em um prédio, aí os outros

moradores pegam um gato e ligam também.

O Estado tem duas delegacias para apurar esse

tipo de fraude. Na verdade, o sujeito que está usando o

gato não está dando prejuízo só à empresa que tem o

sistema, está dando prejuízo também ao Estado, porque

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 31

ele teria que pagar vinte e cinco por cento do serviço. E

esse é um valor que, juntando, só a RCA tem dez mil

assinantes, sem falar na NET também, que ainda não

entramos, que deve ter mais de quarenta, cinquenta mil.

A ideia aqui seria fazer um ofício da CPI

pedindo ao Ministério Público que instaure

procedimento para apurar a sonegação de impostos via

TV a cabo e também internet. Existe uma disputa de

que as empresas acham que não devem ICMS sobre

ligação de internet. A Secretaria da Fazenda autua e eles

ficam discutindo na Justiça, todas elas, alegando que há

uma súmula que diz que sobre internet não é devido o

ICMS.

A sugestão dos Deputados Cacau Lorenzoni e

Padre Honório.

O SR. CACAU LORENZONI - (PP) – De

acordo, Senhor Presidente, com essa reivindicação.

O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Estou de

acordo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – O delegado Ailton, que é o que teria

que fazer essas apurações, em depoimento aqui disse

que só apura se houver uma reclamação.

Então, anotei aqui para vocês apreciarem a

gente fazer um ofício encaminhando, inclusive, não os

valores, porque está em quebra de sigilo, mas fazendo

um pedido de apuração e investigação dessa situação da

TV a cabo e internet que não estão recolhendo os

impostos, para que possa, com esse documento da

comissão em mãos, abrir o inquérito para poder fazer a

apuração.

Deputado Cacau Lorenzoni.

O SR. CACAU LORENZONI - (PP) – De

acordo, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Deputado Padre Honório.

O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Estou de

acordo.

Gostaria até de uma informação de V. Ex.ª.

Tenho escutado muito essa questão desse seguro que

cobram dos agricultores; os bancos cobram dos

agricultores, o Proagro, e quando vai fazer o

financiamento, os agricultores se sentem obrigados a

aceitarem esse seguro.

Quando acontecem esses problemas como

temos neste momento, os bancos estão sonegando aos

agricultores esses benefícios. Gostaria de perguntar a V.

Ex.ª se caberia a esta comissão estar fazendo um estudo

mais aprofundado dessa questão.

Os agricultores sempre depositaram esse

dinheiro e agora não têm alcance aos benefícios desse

recurso. Gostaria de saber de V. Ex.ª se caberia, nesta comissão, estarmos também ajudando os agricultores a

reverem esses direitos.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Normalmente essa situação se dá no

banco oficial ou no banco privado?

O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – São os

bancos privados e também os oficiais, principalmente o

Banco do Brasil, os bancos do Estado, as seguradoras,

nem tanto o banco, as seguradoras que estão ligadas a

esses bancos.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Poderíamos ouvir o superintendente

do Banco do Brasil, para podermos saber.

O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) –

Precisaríamos ter um pouco mais de esclarecimento,

porque é muita gente que está perdendo recurso e não

tem um esclarecimento mais aprofundado em relação a

isso.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Então, a gente vai botar para deliberar

aqui ouvir o superintendente do Espírito Santo do

Banco do Brasil. A Caixa Econômica também está

mexendo com isso?

O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Mais o

Banco do Brasil e o Banco do Estado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – O superintendente do Banco do

Brasil, para comparecer na reunião da comissão na

próxima terça-feira, para falar sobre – aí depois o

Senhor Deputado Padre Honório passa o textozinho –, o

seguro, sobre o Proagro. Esclarecendo que é com

relação ao seguro. O seguro do Proagro aos produtores.

O superintendente-geral do Banco do Brasil.

O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – A gente

até poderia, Senhor Presidente, ter na pauta, talvez na

próxima terça-feira esteja muito em cima, talvez daqui a

quinze dias, nesse dia a presença da presidente da

Comissão de Agricultura, Senhora Deputada Janete de

Sá e, também, a presença do Presidente da Comissão

sobre a crise hídrica, Senhor Deputado Nunes, porque

essas comissões são muito procuradas para ajudar os

agricultores a terem uma posição mais clara sobre isso.

Então, essas pessoas, esses deputados, talvez

poderiam nos ajudar muito para esclarecer um pouco

essa questão.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Então, vamos incluir, oficiar, para a

próxima reunião a presença da Senhora Deputada Janete

de Sá e do Senhor Deputado Nunes, para serem nossos

convidados à Mesa para ouvir e também fazer

questionamentos ao superintendente do Banco do

Brasil.

Senhor Deputado Cacau Lorenzoni.

O SR. CACAU LORENZONI - (PP) – Estou

de acordo, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Senhor Deputado Padre Honório,

vamos fazer na próxima agora ou no dia 17?

32 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Dia 17.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, 17/11.

Tem alguma coisa para deliberar, Senhor

Deputado Cacau Lorenzoni?

O SR. CACAU LORENZONI - (PP) – Não.

É só aquele pedido, mesmo, da atualização dos

devedores do Estado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Senhor Deputado Padre Honório, tem

alguma deliberação?

O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Não.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Consulto à secretaria se o depoente

convocado para depor está presente. Quem é? (Pausa)

O nosso procurador está aí? A próxima reunião será no

dia 10? Não fica muito em cima? Poderia ser na outra

terça-feira, dia 17. E depois no dia 24, para dar tempo.

Não podemos fazer coercitivamente, porque

não foi intimado ainda. Então, vamos fazer o seguinte.

A informação que tenho aqui é que o dono da empresa

convocado está com problema de saúde. Vamos fazer

essa intimação para o comparecimento coercitivo do

atual proprietário, ficando condicionado ao exame de

saúde. Quer dizer, se ele apresentar, ele não precisa vir.

E o diretor, atual responsável, para o dia 24, juntamente

com ele. Esse aí tem de ser convocado uma vez, para

depois, se ele não comparecer... Deu para entender? O

primeiro, o que está doente, tem que ser

coercitivamente. Se ele realmente não puder vir, ele vai

apresentar o documento e aí a comissão vai acolher.

Concordam os deputados com essa agenda?

O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – De

acordo, Senhor Presidente.

O SR. CACAU LORENZONI - (PP) – Está

concordado, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Então, fica deliberado para as

reuniões do dia 17 e para o dia 24.

O convocado para depor hoje não comparecer,

que é uma das maiores devedoras que tem. Esse do dia

24 é com relação a ele e a quem responde pela empresa.

Tem de levantar quem responde, então.

Agradecemos aos senhores deputados e

agradecemos a todos que estiveram presentes aqui.

Vamos fazer um estudo para apertar mais, porque o

pessoal está começando a fugir da CPI. Vamos correr

em cima desse povo, agora. Obrigado.

Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a

presente reunião. Antes, porém, convoco os senhores

deputados para a próxima, que será ordinária, dia

10/11/2015.

Está encerrada a reunião.

Encerra-se a reunião às 11h26min.

COMISSÃO PARLAMENTAR DE

INQUÉRITO DA MÁFIA DOS GUINCHOS.

VIGÉSIMA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA

PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA

ORDINÁRIA, DA DÉCIMA OITAVA

LEGISLATURA, REALIZADA EM 05 DE

OUTUBRO DE 2015.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Havendo número legal, invocando a

proteção de Deus declaro abertos os trabalhos desta

Comissão.

Convido a senhora secretária a proceder à

leitura da ata da décima nona reunião ordinária,

realizada em 28 de setembro de 2015. (Pausa)

(A Senhora Secretária procede à leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Estamos com um problema de

presença e dependíamos apenas de mais dois Senhores

Deputados para discutir e aprovar a ata e dar

prosseguimento à sessão.

Estamos recebendo o Senhor Deputado Doutor

Hércules. S. Ex.ª está pedindo permissão para colocar

um botãozinho, não é? O laçozinho do Outubro Rosa.

Vamos autorizar para colocar, principalmente no

fotógrafo, nos Procuradores, que não estão participando

da campanha.

Solicito à secretaria avisar aos deputados que é

às 11h. Recebemos um documento do Tribunal de

Contas e tem um parecer dizendo que para poder apurar

o que a CPI pretende com relação aos contratos de

estacionamentos de rotativos, precisa que seja

deliberado pela CPI. A nossa Procuradoria já deu um

parecer a respeito do assunto. Vamos ler esse parecer,

para aproveitar.

Trata-se de Termo de Notificação nº 2.160/20115 em

que o Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo solicita que a CPI da Máfia do Guincho apresente

àquela Corte de Conta documentos que comprovem que

o pedido exarado no ofício subscrito pelo Exmo. Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, em

que requer a apuração de possíveis irregularidades nos procedimentos licitatórios do serviço de parquímetro no

município de Colatina, passou pelo crivo e foi aprovado

pelo Colegiado desta CPI. Em linhas gerais, o TCE negou a auditoria requerida

sob dois fundamentos.

O primeiro seria a suposta falta de instrução documental da denúncia apresentada pela Comissão

Parlamentar de Inquérito, citando os incisos II e III do art. 94 c/c §1º, VI do art. 99 da Lei Complementar

Estadual nº 621/2012.

Deste modo, segundo consta na Manifestação Técnica Preliminar nº 556/2015, caberia a esta CPI instruir o

pedido de auditoria com os documentos hábeis para demonstrar minimamente as informações sobre o fato,

a autoria, as circunstâncias e os elementos de

convicção, além de estar colacionar junto a denúncia

um indício de prova.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 33

O segundo seria a ausência de deliberação e aprovação formal do requerimento em voga.

Assim sendo, a Procuradoria da Assembleia Legislativa, analisando o Regimento Interno do TCE,

sugeriu que esta CPI delibere formalmente acerca de

um pedido de inspeção e auditoria no processo licitatório relativo aos parquímetros de Colatina nos

termos do disposto no art. 175, II do Regimento Interno

do TCE-ES, inexistindo, neste caso, a necessidade de serem colacionados os documentos exigidos pelo TCE

por se tratar de uma prerrogativa desta Comissão Parlamentar.

Art. 92. São competentes para solicitar ao Tribunal de

Contas a prestação de informações e a realização de inspeções e auditorias: [...]

II - as Comissões permanentes ou de inquérito da

Assembleia Legislativa e das Câmaras Municipais.

(original sem grifo ou destaque)

Art. 175. São legitimados para solicitar ao Tribunal a

prestação de informações, pronunciamento e a

realização de inspeções e de auditorias:[...] II - Presidentes de comissões permanentes ou de

inquéritos da Assembléia Legislativa e das Câmaras Municipais, quando por estas aprovadas e desde que se

refira a matéria inerente à respectiva comissão. Parágrafo único. O Tribunal não conhecerá de

solicitação encaminhada por quem não seja

legitimado.(original sem grifo ou destaque) No que tange a pertinência temática objeto da CPI e o

contrato a ser auditado, cumpre ressaltar que estamos

investigando o possível conluio entre os donos de pátio que amontoam veículos guinchados por diversos

motivos, dentre eles o não pagamento do parquímetro, e

os demais agentes públicos e privados eventualmente

envolvido nessa máfia, o que inegavelmente pode

atingir os proprietários das concessões de parquímetros, os quais, sem sombra de dúvida, desejam

ver os veículos que não pagam as taxas rebocados imediatamente como forma de pressão de cobrança.

Assim sendo, coloco em votação o presente pedido de

inspeção e auditoria no processo licitatório relativo aos parquímetros de Colatina nos termos do disposto no

art. 175, II do Regimento Interno do TCE-ES.

Em resumo, o Tribunal de Contas, que acha que

é poder, resolveu questionar a Assembleia e só aceitar

pedido de apuração no caso de fundamentação, juntar

provas, e é aprovado pela CPI. Eu até vou pedir depois

aos procuradores para estudar uma forma da gente

tentar fazer uma ação contra o Tribunal de Contas. Eu

entendo que se um deputado estadual faz uma denúncia

ao Tribunal de Contas pedindo que apure os atos de

realização de uma licitação, o Tribunal não tem direito e

nem poder de querer apresentação de provas, porque se

ele é órgão de fiscalização ele tem que ir lá fiscalizar.

Quem tem que fornecer a prova para a Assembleia é

exatamente o Tribunal de Contas, que é o órgão

fiscalizador. Só que precisa acrescentar que queremos ver se

o processo de licitação ocorreu normalmente, quantas

empresas participaram, porque nós estamos querendo

apurar exatamente a licitação, porque nós temos

informação de que na licitação só participou uma

empresa. Se foram cumpridos todos os prazos e

acrescentar nesse pedido de apuração.

Vamos submeter aos deputados a aprovação

desse pedido de apuração no contrato de licitação da

empresa do rotativo de Colatina, acrescentando que

queremos que eles averiguem o contrato, levantem as

informações, de que forma que foi feito, se teve mais

empresas, se publicaram no ato certo.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Com o pleito de V. Ex.ª.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –

Acompanho V. Ex.ª.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, peço à Procuradoria para

acrescentar só que é para apurarem se o processo

licitatório foi feito de acordo com as regras e com a Lei

8.666. Vamos estudar a possibilidade de contestar

judicialmente e encaminhar essa decisão deles. É um

parecer que eles fizeram aqui.

O Tribunal de Contas inventou agora de ditar

normas para a Assembleia. O Tribunal de Contas não

quer mais apurar nenhuma informação de deputado que

não seja aprovado pelo plenário das comissões

permanentes e CPI, e ainda fizeram um monte de

exigência de que a gente mande documento, mande

motivação. O Tribunal de Contas é um órgão, não é

poder; é subordinado à Assembleia. Eles teriam que

fazer a averiguação solicitada para encaminhar para a

Assembleia.

Miguel, veja com a Senhora Deputada relatora

quem ela quer que chame primeiro. São três.

Em discussão a ata. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Aprovada a ata como lida.

Solicito à Senhora Secretária que proceda à

leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

EXPEDIENTE:

CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:

PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 153598/2015 -

encaminhado pelo Senhor Carlos Augusto Lopes (ex-

diretor do Detran) em que apresenta esclarecimentos

sobre o período em que foi gestor do órgão e fornece

informações sobre aluguel de pátio central.

O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Junte-se aos autos e dê ciência à

relatora.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

OFÍCIO CIRCULAR GAB.MB N.º 124/2015, do

Gabinete do Senhor Deputado Marcos Bruno

justificando sua ausência na reunião ordinária do dia 28

de setembro de 2015.

34 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Ciente. Junte-se aos autos.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

OFÍCIO N.º 387/2015 – Detran-ES, encaminhando

resposta dos repasses a Empresa Guardauto, conforme

solicitado no OF/CPI n.º 165/201.

O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Ciente. Dê ciência à relatora.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

PROCESSO ADMINISTRATIVO N.º 153220/2015 da Bermudes e Mendonça Advogados, representando a

Empresa Facom F. de Almeida Construções Ltda,

requerendo vista dos autos da CPI para obtenção de

cópia.

O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Ciente. Em Mesa para despacho.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

PROCESSO ADMINISTRATIVO N.º 153639/2015 da Vilela Silva Gomes e Miranda Advogados

representando o Senhor Fernando Calixto, requerendo

carga dos autos da CPI para extração de cópias.

O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Ciente. O comparecimento perante a

CPI não garante direitos à cópia dos autos. Remeter ao

requerente cópia do requerimento de criação da

comissão, informando sobre conteúdo do ofício de

convocação que esclarece os motivos da intimação.

Queria comentar isso com os Senhores

Deputados, porque agora a comissão pede alguém para

vir depor e o advogado entra querendo cópia inteira do

processo. Então entendo que é desnecessário até porque

o final da Comissão Parlamentar de Inquérito é que

indiciará ou não alguém. Então, se todos que forem

prestar esclarecimento pedirem cópia do processo...

Despachamos que é para encaminhar uma cópia do

requerimento que motivou a CPI e o ofício que a

secretaria deve agora fazer sempre fazer referência,

como faz, de qual motivação a pessoa está sendo

ouvida.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

PROCESSO ADMINISTRATIVO N.º 153406/2015

do Tribunal de Contas do ES encaminhando Decisão

Monocrática Preliminar - DECM 1522/2015 em relação

à solicitação da Comissão de Apuração de Possíveis

Irregularidades nos Procedimentos Licitatórios do

Serviço de Parquímetro no município de Colatina.

O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Ciente. Coloco em deliberação

auditoria de inspeção para apuração de possíveis

irregularidades no procedimento licitatório do serviço

de parquímetro no município de Colatina.

Encaminhar ofício ao TCE devidamente

instruído com as notas taquigráficas comprovando a

deliberação do requerimento. É mais ou menos isso que

acabamos de decidir.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

Email enviado pelo senhor Rafael Freitas de Lima,

advogado da senhora Hilda Rocha, proprietária de

veículo apreendido por força de mandado judicial,

apresentando denúncia sobre apreensão de veículo e

encaminhando documentos a esta Comissão.

O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Ciente. Coloco em deliberação da

comissão o convite para essa cidadã prestar

esclarecimento.

Vocês entenderam? É um email encaminhado

pelo Rafael Freitas de Lima, advogado da senhora Hilda

Rocha, proprietária do veículo apreendido por força de

um mandado judicial, apresentando denúncia sobre

apreensão do veículo encaminhando documentos a essa

comissão.

Gostaríamos de saber se a comissão aprova

ouvir essa senhora. Traga esse oficio para a relatora dar

uma olhada e depois no final decidimos.

Tenho até uma denúncia que está chegando,

que não sei se será lida hoje. Parece que não será. A

pessoa teve um carro apreendido e depois foi buscar o

carro e ele não estava lá. Foi vendido. Vendido e dado

documento do veículo apreendido. Esse documento está

chegando à comissão para deliberarmos com relação a

ouvir essa senhora que teve o carro vendido pelo pátio.

A SR.ª SECRETÁRIA lê: Expediente lido.

O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Muito obrigado, passemos à fase

seguinte.

Pela segunda vez, deliberaremos pela

aprovação da ata, a pedido do Miguel. Já foi feito isso,

mas como ele não está prestando atenção, vamos, de

novo, deliberar pela aprovação sem discussão da ata.

Todos nós concordamos, não é isso?

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Pela aprovação, com certeza.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Miguel, está aprovado.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Senhor Presidente, pela ordem! Eu queria só que V. Ex.ª

preparasse para mim, não sei se a Senhora Deputada

Janete quer, mas eu queria um certificado desse para

mim.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) - V. Ex.ª já tem o dono do certificado,

não precisa desse certificado.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 35

Nós vamos ouvir o senhor Alcebiades.

Eu queria que o senhor falasse o nome e o

endereço, para a taquigrafia anotar, fazendo o favor.

O SR. ALCEBIADES GOMES – Alcebiades

Gomes. Rua Florentino Avidos, n.º 5, Itanguá,

Cariacica.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – A profissão do senhor?

O SR. ALCEBIADES GOMES – Vigilante e

sou pastor da Assembleia de Deus.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Pastor, eu vou ler para o senhor o

requerimento que motivou a Comissão Parlamentar de

Inquérito. É um documento que é assinado por mais de

dez deputados, porque o Regimento Interno solicita até

dez. É o Requerimento n.º 110, que criou a Comissão

Parlamentar de Inquérito, e trata de:

(...) apurar denúncias relacionadas a “MAFIA DOS

GUINCHOS” e “PATIO / ESTACIONAMENTO / DEPÓSITO” de veículos apreendidos e possível

conluio entre autoridades, prestadores de serviços e

lesão ao cidadão, além de investigar participação de servidor publico e empresas terceirizadas com intuito

de lesar o contribuinte, conforme documentação anexa.

A CPI está devidamente composta por matérias

do Folha Vitória, A Gazeta, jornal Século Diário, coluna do Elimar Côrtes. Tem também uma denúncia

do Ministério Público, feita em 2008, em que

apresentou denúncia contra vários policiais militares. E

agora, recentemente, o juiz, hoje promovido a

desembargador, Jorge, deu uma sentença e condenou

vários oficiais - coronel, major, vários policiais - pela

prática de participação entre os donos de pátios, mais a

associação da Polícia Militar, esse conluio entre os

policiais militares, que recebiam dinheiro. Já vieram

aqui várias pessoas e confirmaram que passavam

dinheiro, dando a entender aquilo que todo mundo na

cidade e no estado já pensa: que esses pátios têm

participação com alguns policiais. Quer dizer, eles têm

o direito de colocar ali carros apreendidos. Mas também

passam a dar dinheiro a policiais para poderem prender

todo carro que veem na rua para mandarem para lá, para

gerar um pagamento de guincho e gerar mais as diárias,

que são trinta e três reais por dia.

O senhor tem conhecimento desses fatos?

O SR. ALCEBIADES GOMES – O que

aconteceu comigo foi o seguinte: eu, chegando em

Itacibá, entre o colégio Terfina e o Extrabom, já caí

dentro da blitz, e só tinha o meu carro naquele momento

ali. Eles já estavam com o guincho preparado para

poder guinchar o carro. E, sem que eu pudesse

perguntar o porquê, um dos policiais já disse para mim

o seguinte: Você vai ter que pegar alguém para pegar o carro aqui. Eu não tinha entendido nada até aquela

hora. Tudo bem, eu estava com o carro em dia, com a

documentação em dia, e eles dizem que eu teria que

pegar alguém para pegar meu carro ali. Imediatamente

eu entreguei os documentos para ele e saí dali para

procurar alguém para pegar o carro para mim.

Em um dado momento, um motoqueiro passa

perto de mim e diz: Volta lá que eles vão guinchar o teu

carro. Não entendi nada. Eu retorno e encontro uma

senhora policial olhando o porta-malas do meu carro.

Eu pergunto para ela: Senhora, a senhora vai guinchar

o meu carro? Ela disse: Você não poderia ter se

ausentado daqui. Mas eu conversei com ela: Mas quem mandou eu me ausentar foi ele, o outro policial. Já

perdi muito tempo contigo. A partir dali eu comecei a pensar o seguinte:

Bom, é melhor eu ficar quieto, e vou só obedecer. E aí o

que aconteceu? Fui lá na mesa, assinei um documento

que eles mandaram eu assinar. Eles me entregaram

aquele documento e me disseram que eu teria que pegar

a minha carteira de motorista três dias depois, no

Batalhão de Trânsito.

De meia-noite até às 9h, o meu carro foi levado

lá para Rosa da Penha, de Itacibá para Rosa da Penha.

De meia-noite até às 9h eu paguei quase trezentos reais.

Realmente providenciei, fui lá, peguei, e tudo bem. E aí

fiquei aguardando. Uns três dias depois fui lá pegar

minha carteira no Batalhão de Trânsito.

Até aí ninguém disse nada para mim, que eu

estava alcoolizado. Quando veio a multa, foi que veio

dizendo que eu estava dirigindo embriagado. Não bebo,

poxa. Não bebo nada de álcool. E aí comecei conversar

com um, com outro; até então, nunca fui parado em

blitz, nunca tive este tipo de problema. Aí comecei a

perguntar: Como é que faço com isso aqui, como é que

faço com isso aqui. Inclusive até o Coronel Rubinho, de

Itacibá, me aconselhou a mandar para a Defensoria

Pública isso, porque ele também me conhece há muitos

anos, como o Senhor Deputado Marcelo Santos. Em

Cariacica todo mundo me conhece e sabe que... Tenho

exemplos ali em Cariacica.

Daí um rapaz fez para mim o encaminhamento

para o Detran, quando retornou, dizendo que estava

indeferido, quer dizer, não aceitaram. Aí comecei a

procurar uma forma de que retirassem essa multa por

uma coisa que não fiz. Mas o meu carro, de meia-noite

até 9h, paguei quase trezentos reais para tirar o carro de

lá. Outra coisa: não aceitam cartão, não aceitam cheque,

só dinheiro na mão.

Vim à Assembleia Legislativa, conversei com

seus assessores e me orientaram a estar aqui.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Pastor, o senhor lembra se do nome

desses policiais?

O SR. ALCEBIADES GOMES – Não

lembro, senhor. Se botar perto de mim aqui agora, não

sei quem é nenhum deles, porque não olhei para a cara

de nenhum deles. Era meia-noite e pouco e estava só, lá.

Não ia ficar encarando ninguém uma hora dessas da

noite.

O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – O senhor se lembra... A gente tem

como levantar isso através da data certinha. O senhor

lembra qual foi o dia do mês isso?

36 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O SR. ALCEBIADES GOMES – Está aqui...

O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) - Dia do mês, horário e vamos levantar

através do Comando para saber quem são esses

policiais.

O SR. ALCEBIADES GOMES – 15/04/2013.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – 15/04/2013. Vou pedir à Secretaria,

viu Miguel, para anotar aí. Vamos pegar cópia. Pedir

para anotar, porque a gente vai fazer requerimento...

O SR. ALCEBIADES GOMES – Aliás, não,

É 20/03/2014, às 00h3min.

O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) - Pedir para anotar para enviar um

ofício ao Comando da Polícia Militar para saber quem

são os policiais que estavam nessa viatura, de acordo

com cópia do auto. O senhor só tem essa cópia aí?

O SR. ALCEBIADES GOMES – Não, pode

ficar com ela. Tenho outras....

O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Se o senhor não tiver, a gente vai

tirar uma cópia e deixar essa aí com o senhor.

Faça uma cópia e deixe com ele, para não

perder o documento, para a gente averiguar para saber

quem são os policiais que... Porque isso aí é uma

responsabilidade criminal do policial. Como é que faz

um auto... O senhor fez bafômetro?

O SR. ALCEBIADES GOMES – Não, nada

disso.

O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Como é que o sujeito bota no

documento... Porque isso é um documento que implica

em desagravo, em motivo de processar. Porque se o

senhor não faz uso de álcool, é um pastor, como é que

vão botar, sem fazer exame, no laudo de multa de que o

motorista estava embriagado? Mas a gente vai tomar as

devidas providências por aqui, e fazer isso chegar ao

esclarecimento e até um pedido de desculpas públicas

do Comando da Polícia Militar. Vão ter que fazer isso aí

sob pena de responder o processo, também o Comando

da Polícia Militar por ter mandado esse tipo de policial.

Ainda mais ontem que o Fantástico mostrou

que tem policial que vai com viatura e tudo para roubar,

assaltar loja e tomar dinheiro de traficante.

O senhor tem assim, mais... O senhor sofreu

alguma pressão depois desse período? O senhor teve

assim algum problema com essa...

O SR. ALCEBIADES GOMES – Mais nada.

A partir daquele momento ali fui embora, passaram com

o carro já perto de mim; eu estava indo para casa a pé,

meia-noite; eles passaram com o carro em cima do

guincho, foram embora. O que eu fiz foi correr atrás

para tirar o carro de lá no outro dia...

O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E pagou essas... o senhor tem cópia

dessas taxas todas aí, não é?

O SR. ALCEBIADES GOMES – Acredito

que sim. Se não tiver, posso procurar lá.

O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Se tiver, pode fazer cópia para a

gente. O senhor não lembra o número da viatura não,

não é?

O SR. ALCEBIADES GOMES – Não me

lembro do número da viatura nem se olhar... se colocar

perto de mim agora nem sei quem é, porque não olhei

para a cara de ninguém.

O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Não, porque eu também fui saber

ontem que essas viaturas têm número. A 924 lá de Rio

Grande do Norte... E é bom que a gente fique sabendo

que realmente não precisa ficar anotando placa não,

anotar o número da viatura já tem toda escala de quem

está naquela viatura, os dias tudo direitinho.

O SR. ALCEBIADES GOMES – Positivo.

O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Tem que ver, Deputada, parece

que...Tive uma informação aqui de que no auto tem o

policial, tem a matrícula dele no auto de infração. Tem

o auto de infração aí? O senhor se lembra? Guardou

esse auto de infração do policial?

O SR. ALCEBIADES GOMES – Deixa eu

dar uma olhadinha aqui...

O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Acho que tem. O auto de infração é o

outro. Senhor Deputado Marcelo Santos, V. Ex.ª

gostaria de...

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Gostaria sim. Pergunto ao pastor Alcebiades: Há quanto

tempo o senhor é pastor pela Igreja Assembleia de

Deus?

O SR. ALCEBIADES GOMES – Vinte e oito

anos.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Quantos anos?

O SR. ALCEBIADES GOMES – Vinte e oito

anos.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – No

momento em que o senhor foi abordado, sentiu-se

intimidado com a forma como foi abordado pelos

policiais?

O SR. ALCEBIADES GOMES – Na verdade

eu estava sozinho naquele momento. Estou acabando de

dizer que nunca fui enfrentado por policial nenhum em

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 37

lugar nenhum, nem aqui, nem no Rio, nem em São

Paulo, nem em Maceió. Em todos os lugares em que

passei, nunca fui abordado por policiais para nada.

Então, temos certo receio, lógico. Entendeu?

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O

senhor se apresentou dizendo que é pastor da Igreja

Assembleia de Deus?

O SR. ALCEBIADES GOMES – Eles não

pediram nada. O soldado fez sinal para eu parar o carro

e fui parando. Antes que terminasse de estacionar o

carro, o policial já falou comigo assim: O senhor vai ter

que arranjar alguém aqui para pegar seu carro. Nesta

hora entreguei meus documentos, que na época estavam

em dia. Agora está tudo atrasado, mas na época estavam

em dia. Entreguei o documento a ele e já saí para

procurar alguém. Eu estava indo ao Edgar, do esporte,

mas antes que eu chegasse, alguém passou com a moto

e falou: Volta porque vão guinchar seu carro. Voltei e

ela só falou comigo: Já perdi muito tempo com você.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Presidente, registro no seio da comissão que não vou

dizer que conheço o pastor Alcebiades não. O pastor

Alcebiades me conhece há muitos anos, foi um grande

amigo de meu pai. O pastor Alcebiades tem um trabalho

fantástico, Senhora Deputada Janete de Sá, a senhora

conhece, em Cariacica. É um servo de Deus e tem feito

um trabalho de resgatar vidas. Além do papel de

evangelização, o pastor Alcebiades tem feito um

trabalho no enfrentamento da violência, falando aos

seus fiéis dos dependentes químicos que são levados à

igreja, enfim, faz um trabalho social que chega a lugares

onde o braço do Estado sequer alcançou.

Registro, pelo tempo que conheço o pastor

Alcebiades, que é um exemplo. É um pastor sério,

honrado e nunca teve nada que desabonasse sua

conduta. Tem uma conduta ilibada. Quero crer que foi

um erro praticado pelos agentes da polícia ao

notificarem o senhor sem sequer o conhecer. Nem

sequer deram a oportunidade de o senhor se apresentar

para saberem quem é o pastor Alcebiades. Fico triste

porque da mesma forma que foi alcançado o senhor,

quantas pessoas foram vítimas desse tipo de abordagem,

sem sequer cometerem qualquer ato de infração?

Senhor Presidente, peço para que adotemos

alguma medida, além dessa que V. Ex.ª apresentou de

comunicar o Batalhão de Trânsito solicitando as

informações dos agentes de polícia, dos policiais que

estavam no exercício da função. Que ao mesmo tempo

comuniquemos, se assim for necessário. O senhor deve

ter entrado com recurso, foi negado... Aliás, quero saber

quem teve um recurso admitido por esta Jari. Não

existe.

Recentemente um radar fixo multou um carro a

novecentos quilômetros por hora. Novecentos. Foi

noticiado no jornal O Globo e a mulher que estava

dirigindo o carro perdeu o recurso na Jari. Olhem só,

imaginem aquele pobre diabo que julgou isso, onde ele

estava com a cabeça? A impressão que fica é que talvez,

se ele negar, terá algum benefício com essas empresas

que existem, como Perkons e tantas outras. E o pastor

Alcebiades foi vítima, talvez, de um erro crasso

cometido pelos policiais que o abordaram.

Senhor Presidente, faço o registro porque

conheço esse senhor. Naturalmente vivemos em um país

que discrimina mesmo o negro, e a cor da pele dele

pode ser que tenha influenciado uma decisão dessa. Em

nome da Assembleia Legislativa, permita-me presidente

da CPI, relatora e eu como vice, pedir desculpas ao

senhor por essa ação equivocada desse policial. Muito

obrigado, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Antes de passar a palavra à Senhora

Deputada Janete de Sá, peço a Procuradoria que prepare

neste momento, no papel da Assembleia, uma nota de

desagravo ao pastor porque nós três deputados

assinaremos dizendo, inclusive, o fato de em sua multa

ter sido colocado que estava embriagado, sem ter feito o

teste, constando que é pastor na comunidade de

Cariacica. E assinarmos ao terminar o seu depoimento

nota de desagravo feita pela comissão pelo S. S.ª

passou.

Concedo a palavra a Senhora Deputada Janete

de Sá.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –

Cumprimento o pastor Alcebiades Gomes. Sabemos o

trabalho que faz para ajudar as pessoas com

dependência, inclusive química. Acho estranho,

realmente o que aconteceu. Fui procurada pelo pastor e

solicitei a nossa assessoria, Senhor Deputado Enivaldo

dos Anjos, que encaminhasse o requerimento dele a V.

Ex.ª para que pudéssemos tomar esse depoimento e

verificar o que aconteceu.

De fato fica muito complicado quando o pastor

coloca que se quer lhe foi oferecido a possibilidade de

fazer o bafômetro. Uma coisa que é estranha, no

mínimo estranho acreditar, de forma documentada, de

que o condutor está sob efeito de álcool quando sequer

fez o bafômetro.

Em nosso país, infelizmente, Senhor Deputado

Enivaldo dos Anjos e Senhor Deputado Marcelo Santos,

estão exagerando em determinadas situações. Deixo

claro que sou totalmente contra a condução sob efeito

de álcool e sob efeito de drogas psicoativas. Mas

precisamos de mais. Muitas vezes o condutor é

abordado numa blitz, ou até mesmo por uma viatura que

está sem o bafômetro. Precisa-se ter outros mecanismos.

Existe mecanismo de verificar a sobriedade do

condutor, e não ir tachando que o condutor está sob

efeito de álcool sem ter feito nenhum teste; sem ter feito

o teste de equilíbrio, porque visualizar o olho se está

vermelho... Quem é alérgico? Já acordo com o olho

vermelho. Tem gente que já acorda com o olho

vermelho por ser muito alérgico e coça o olho. Muitas

pessoas que são alérgicas, são prejudicadas. Se for por

visualizar o olho vermelho, muitas pessoas alérgicas,

que têm os olhos avermelhados e, no entanto, não estão

sob o efeito do álcool.

Conheço várias que têm essa situação. Já saem

tachando sem, muitas vezes, ter o aparelho. Acredito

que o senhor não deva ter sido abordado com o

bafômetro porque não tinham o aparelho, talvez até por

38 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

conta da cor, não sei por que razão chegaram a essa

conclusão com relação ao senhor.

Acho que temos que fazer um pedido de

investigação para verificar, também, se a denúncia, o

procedimento legal a ser adotado, inclusive, pela

comissão para fazermos um reparo na situação ora

reclamada.

O pastor Alcebiades não viria a esta reunião,

não teria depois de um tempo relativamente razoável -

um ano depois - para continuar contestando essa

situação, se não tivesse com razão, se não tivesse

clareza com o que está fazendo. Acredito nisso, pastor.

Se fosse para o senhor esconder, era mais fácil. Bom,

pago lá minha multa e escondo porque sou pastor. Mas

se está reclamando é uma prova de que o senhor quer

ver resolvida uma questão em que se considera

injustiçado. E, terá sim, da nossa parte, o acatamento

dessa questão que está denunciando. Que possamos

verificar e reparar esse possível erro que pode ter sido

cometido com o senhor.

Outra questão que aproveito para relatar é de

que essas juntas, as Jaris e, também, o que é julgado em

2.ª estância, no Detran, pelos advogados do órgão, é

uma vergonha. É uma vergonha. Por mais razão que o

condutor tenha, nunca tem razão; é só um procedimento

protelatório. E vem aqui pedir porque querem ser

alçados a procurador. Bom, para ser procurador não

pode só fazer ctrl c, ctrl v, não pode apenas copiar uma

situação e fazer dela uma solução para tudo. Tem que

estudar um pouco mais, tem que aprofundar.

Não é possível que ninguém esteja certo

perante as Jaris e perante o corpo de advogados do

Detran. Não é possível. Todos estão errados, só eles

estão certos. Tem alguma coisa errada. Para queremos,

para reivindicarmos, ser um pouco mais, ser além, ter

um status qualificado é preciso também ser um

diferencial e apresentar qualificação. Então, portanto

espero que fiquemos atentos para essas demandas que

muitas vezes vêm para esta Casa pedindo ajuda dos

deputados para que ajudem em determinadas causas.

Não são todos. Graças a Deus, não são todos,

mas muitas pessoas da área jurídica do Detran é ctrl c, ctrl v, não esmiúçam, não estudam a causa detidamente

para poder verificar se o condutor tem razão ou não,

simplesmente vão ao fio da legislação ou até mesmo no

ctrl c e ctrl v tratando todos de uma mesma maneira

sem sequer ter o mínimo de consideração com o que o

condutor está falando. O condutor sempre, mais não é

uma vez ou outra não, sempre está errado perante o

Detran. Ele acaba sendo lesado e fica por isso mesmo. É

a força contra a correnteza e acaba a gente vendo essas

discrepâncias que vemos, senhor Alcebiades,

apresentadas pelo senhor, lamentavelmente.

Peço ao nosso presidente que realmente

delibere um requerimento de investigação por parte do

comando do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar

para verificar o que, de fato, houve e que possamos

tomar as providências no sentido de estar fazendo o ressarcimento.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Vamos submeter à aprovação o

requerimento da Senhora Deputada Janete de Sá.

Como vota o Senhor Deputado?

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Pela aprovação.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Também sou pela aprovação. Solicito

à secretaria que prepare o ofício hoje ainda.

O senhor pagou já o... o recurso foi negado?

O SR. ALCEBIADES GOMES – Foi negado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E o senhor já pagou ou está em grau

de recurso ainda?

O SR. ALCEBIADES GOMES – Eu não quis

pagar porque se eu pago dá entender que estou

aceitando a situação. Não vou aceitar uma situação

dessa. Paguei lá para tirar o carro. No primeiro dia, às

9h, paguei quase trezentos reais. Lá eu paguei, agora a

multa não.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – O Jadir não está aí não?

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Mas seu

IPVA já está vencido?

O SR. ALCEBIADES GOMES – Venceu,

claro.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor

não vai poder dirigir, pastor. No caso, se o senhor tiver

como pagar, é melhor o senhor pagar poder regularizar

seu veículo para que o senhor possa conduzir e aí o

senhor reclama na Justiça essa questão porque o senhor

vai ficar cerceado de um direito que o senhor tem que é

de conduzir seu veículo.

Senhores Deputados, podemos juntar a

reclamação por que ele foi julgado na Jari, como sempre

é negado o recurso, ele vai ter que recorrer ao Detran,

que fosse juntado para ver se os advogados do Detran,

que tanto vêm pedir aqui para ter o mesmo status de

procurador, se eles se debruçam na causa e resolvem o

problema mediante também ser juntado junto ao recurso

dele esse documento que a gente pode já ter do Batalhão

de Trânsito que cometeu essa situação.

O SR. ALCEBIADES GOMES – Deputada

Janete, deixa eu pedir um conselho a respeito para eu

poder entender, sou leigo nesse assunto. Não vou poder

dirigir, mas eles já me deram suspensão da carteira

também. Então, de qualquer maneira eu pagando ou não

pagando, lá eu estou suspenso.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Então, o

senhor entrega a carteira para poder correr o tempo e

recorre.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Senhora Deputada Janete de Sá, o Poder Público pode

rever seus atos a qualquer tempo. Então, acho que

poderíamos encaminhar esse documento ao Detran, ao

DER, não é?

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 39

O SR. ALCEBIADES GOMES – A multa

está aí, entreguei agora.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – É estrada.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Então foi estadual, foi 080?

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Ali é 080.

O SR. ALCEBIADES GOMES – Do lado do

Extrabom.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Foi

na José Sette?

O SR. ALCEBIADES GOMES – Entre o

Extrabom...

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Foi

na José Sette.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – O senhor já tirou o boleto dos valores

atualizados?

Façam uma cópia disso, por favor, para mim

por que tem ainda possibilidade do Detran reconsiderar

as taxas. Parece que vi que tem mais de mil reais de

pátio. Então, tem condições de recuperar isso. O ideal é

uma ação no Judiciário para suspender, inclusive, a

apreensão de carteira pelo fato da embriaguez, porque

se não tem comprovação, o guarda, só, não pode, sem

fazer exame, declarar a embriaguez.

Mas, junto com esse documento, a gente vai

depois prestar uma ajuda por intermédio dos deputados

ao senhor, no sentido inclusive de recorrer dessa

decisão. A gente tem caso aqui já confirmado de que o

Judiciário manda tornar sem efeito aquilo que foi feito

sem a devida comprovação.

Para um guarda dizer que a pessoa está

alcoolizada, sem fazer o bafômetro, não tem nenhuma

hipótese, até porque teria que ser com três testemunhas,

fora o policial militar, quer dizer, seria outra situação.

O senhor tem mais alguma coisa que gostaria

de informar?

O SR. ALCEBIADES GOMES – Estou

satisfeito.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Vamos agradecer e pedir ao senhor

que aguarde só para fazermos a nota que os três

deputados assinarão de desagravo, para poder o senhor

ter reconhecido seu direito de cidadão e não concordar

com esse ato errado da Polícia Militar.

Peço para fazer a entrada do próximo, a

Senhora Deputada define. Gostaria que o senhor se

identificasse para a taquigrafia, o nome e o endereço.

O SR. FERNANDO CALIXTO – Meu nome

é Fernando Calixto. Sou proprietário da empresa Tec

Gold Sistemas, que opera o rotativo de Vitória. Meu

endereço é rua Turiassu, 2237, no bairro Perdizes, em

São Paulo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Esse acompanhante que o senhor tem

é...

O SR. FERNANDO CALIXTO – Meu

advogado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – O senhor pode dizer o nome, por

favor?

O SR. CRISTIANO VILELA DE PINHO –

Bom dia. Cristiano Vilela de Pinho.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – OAB, por favor.

O SR. CRISTIANO VILELA DE PINHO –

221594, OAB/São Paulo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Fenando, vou ler para o senhor o

requerimento que deu causa a esta Comissão

Parlamentar de Inquérito. É o Requerimento n.º

110/2015, firmado pelo número necessário de

deputados para promover a abertura de uma CPI,

deferido pelo Plenário da Assembleia e trata de:

(...) apurar denúncias relacionadas a “MAFIA DOS GUINCHOS” e “PATIO / ESTACIONAMENTO /

DEPÓSITO” de veículos apreendidos e possível

conluio entre autoridades, prestadores de serviços e lesão ao cidadão, além de investigar participação de

servidor publico e empresas terceirizadas com intuito

de lesar o contribuinte, conforme documentação anexa

Esse requerimento foi acompanhado de cópia

de notícias dos jornais Folha Vitória, A Gazeta, a

Tribuna, Século Diário, blog do jornalista Elimar

Côrtes, além de outros sites da região da Grande Vitória

e até do interior do estado.

Junto a essa documentação, também foi juntada

uma denúncia feita pelo Ministério Público em 2008 por

quatro senhores promotores em que, na apuração que

fizeram, constataram que policiais militares tinham

composição de acordo, conluio com os donos de pátios

e esses donos de pátio davam contribuições para essa

associação da Polícia Militar, dinheiro das empresas de

pátio, e esse dinheiro não era devidamente, era dado

como contribuição, não era um imposto, uma taxa legal,

e foi usado para várias coisas, entre elas para beber,

para comprar uísque, para comprar cerveja, e uma série

de coisas. Em face disso, dessa denúncia feita pelo

Ministério Público, o juiz da época, hoje desembargador

do Estado, apresentou uma sentença condenando vários

coronéis da Polícia Militar, alguns estão na reserva, e

vários policiais, em face dessas acusações que, no

entender da denúncia, o juiz entendeu que a denúncia tinha argumentação forte e condenou esses policiais.

Estamos ouvindo todo o segmento envolvido

com essa situação, de Detran, de pátio, de guincho e

também de empresas que têm e mantêm rotativo,

porque existem afirmações de que esses policiais,

40 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

principalmente aqui em Vitória, atuavam também nessa

ligação com os pátios para guinchar carro de

estacionamento rotativo, levá-los para os pátios e gerar

um valor de transporte de pátio, mais as diárias dos

carros, e isso criou um problema de revolta muito

grande.

Convidamos os senhores aqui para poderem

esclarecer como é a atuação de vocês, como foi esse

processo licitatório e se vocês receberam isso ou apenas

foram chamados: Oh! tem um estacionamento e vocês não querem pegar para vocês? Queríamos que o senhor

se manifestasse se o senhor tem conhecimento disso e

como foi essa relação contratual entre a sua empresa e a

prefeitura.

O SR. FERNANDO CALIXTO – Na

verdade, participei de um certamente em que minha

empresa deu a maior outorga, e hoje acredito que a

minha empresa é a maior outorga do Brasil, são trinta e

dois por cento para a Prefeitura de Vitória. Como era a

maior outorga, minha empresa ganhou.

Referente ao pátio de guincho, acho que não

consigo falar sobre isso porque, na verdade, a minha

empresa não tinha nada a ver com a parte de guincho.

Não era eu que guinchava e não tinha nenhuma atuação

com a parte dos guinchos.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Mas o senhor tem conhecimento, ou

teve conhecimento ou alguém da sua empresa, de que,

em face do estacionamento rotativo, na sua área,

existiam carros guinchados?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Não.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – A empresa não sabia disso?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Não.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Então, tem estacionamento que vocês

comandam, passou do horário ou não recolheu, o senhor

não tem conhecimento de nenhuma providência? A

pessoa fica lá o tempo que quiser e ninguém fala nada?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Não, na

verdade, aí passava o guarda municipal e via que o

carro estava sem o tíquete, ele multava. Daí para lá, eu

já não atuava.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Mas o senhor sabe que, no

prosseguimento, havia o guinchamento?

O SR. FERNANDO CALIXTO – O

guinchamento.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – O seu contrato com a prefeitura, no

edital, tinha essa combinação, de que o carro, não

pagando o estacionamento ou não tendo a comprovação

que pagou, poderia ser guinchado?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Não, de

maneira nenhuma. Na verdade, no edital não apontava

isso. Apontava a infração de trânsito, mas daí a

guinchar, não.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – No contrato que o senhor participou e

acabou sendo vencedor, qual é o critério estabelecido

para o caso de o motorista utilizar a vaga sem pagar?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Multa.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Mas a multa feita pela sua empresa

ou pelos guardas?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Pelos

guardas municipais. Eu não tenho poder, eu não multo

ninguém.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Qual é a relação que havia entre os

guardas e a sua empresa?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Nenhuma.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Quem fazia essa comunicação? A sua

empresa fazia com os guardas? Quem acionava o

guarda para saber que o carro estava ilegal?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Na ronda

deles, e eu também acionava, quer dizer, a empresa

avisava, ligava para o 190.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Na orientação da sua empresa, o seu

encarregado ou o seu gerente, quando a pessoa

estaciona, não tem, não fez o pagamento lá e colocou,

qual é o período que isso gera motivo para a chamada

do guarda ou chamada de guincho?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Na verdade,

quando um funcionário identificava que o veículo

estava com o tíquete vencido ou sem, ele acionava,

comunicava à Guarda.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – A orientação da empresa era para

isso, detectado por sua empresa, por seus funcionários?

O SR. FERNANDO CALIXTO – É, porque

está no decreto, arts 8.º e 9.º, que toda vez que tivesse

um carro...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Os seus funcionários são orientados

para isso, toda vez que tiver um carro sem o tíquete...

O SR. FERNANDO CALIXTO – Sem o

tíquete e o tíquete vencido, aciona a Guarda.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Qual é o prazo de tolerância que a sua

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 41

empresa dá? Porque, por exemplo, a pessoa estaciona

por uma hora, aí passaram vinte minutos, qual é o

procedimento que seus funcionários são orientados a

fazer?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Eu acho

que o procedimento era vinte minutos.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Com vinte e dois minutos. Então, eu

acertei sem querer acertar. Com vinte e dois minutos?

O SR. FERNANDO CALIXTO – É, uma

tolerância, sempre o funcionário dava, aí, depois,

acionava.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Depois acionava.

Se a pessoa estiver chegando exatamente na

hora, dois ou três minutos, cinco minutos ou dez

minutos depois que venceu o prazo. E ele chegar e o

carro ainda não foi guinchado, mas já foi acionado.

Qual é a orientação que a sua empresa dá para com o

usuário?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Aí eu já

não tenho nada a ver com isso. Aí é entre o guarda

municipal e o dono do veículo. Porque, aí, se ele vai

aplicar a multa ou não, eu já não me meto nessa parte.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Bom, esse estacionamento, o valor

dele é pago na máquina do parquímetro.

O SR. FERNANDO CALIXTO – No

parquímetro.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – E a prefeitura tem percentual dele?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Sim,

senhor.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – E quanto que a sua empresa passa

para os guardas desse valor?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Para os

guardas?

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – É.

O SR. FERNANDO CALIXTO – Nada.

Passamos a outorga para a prefeitura.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Você não tem nenhum convênio com a associação dos guardas ou com o sindicato?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Nada, nada,

nada.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Com nada?

O SR. FERNANDO CALIXTO – É direto

com a prefeitura.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Senhora Deputada Janete de Sá,

deseja fazer perguntas?

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Eu estou

observando, Senhor Presidente, que algumas questões

que estão sendo informadas pelo senhor Fernando, sócio

proprietário da Tec Gold, não batem com algumas

informações que aqui foram prestadas pelo secretário

responsável pelo trânsito na prefeitura de Vitória. Mas

vamos ouvir, vamos checar o que existe de diferença.

Primeiro, quero cumprimentá-lo, agradecer por

estar aqui conosco prestando informações. E pedir ao

senhor que fosse extremamente verdadeiro, porque as

contradições podem prejudicá-lo.

Temos aqui uma linha de investigação, já

ouvimos a prefeitura de Vitória, e estou observando

que, realmente, algumas coisas que o senhor fala parece

estar havendo um desencontro de informações,

principalmente no que se refere à multa e à Guarda,

dessa espécie de conivência da empresa com a Guarda

Municipal. Porque a prefeitura assegurou que a Guarda

não era chamada pela empresa. Não eram funcionários

de vocês que chamavam a Guarda. Que o guarda, em

fiscalização no local, via que os tíquetes de pagamento

não estavam afixados e que ele, dessa maneira, pedia a

remoção. E o senhor mesmo está aí, certificando que o

seu funcionário, verificando que alguns carros que

estavam estacionados estavam sem o tíquete, ele próprio

chamava a Guarda, para que a Guarda pudesse acionar o

guincho e tirando, o que, no meu entendimento, é

estranho.

E quero ver qual é o decreto que diz isso. É até

um absurdo, porque com é que pode a Guarda prestar

um serviço para a iniciativa privada. Tendo em vista,

inclusive, que o contrato, pelo que vi, da prefeitura com

a empresa do senhor, prevê tempo para regularização,

multa, no caso de não regularizar. Multa, uma

penalidade da empresa mesmo, não é pelo Código

Brasileiro de Trânsito. Uma penalidade da empresa pelo

fato de a pessoa que usou a vaga não ter pagado ou ter

se atrasado em pagar, ela tem um tempo. Tenho o

contrato, eu não estou com ele aqui agora, mas eu posso

mandar pegar, onde o proprietário tem condições de

resolver, quitando a pendência com a empresa por uma

regra estabelecida no próprio contrato. O que não tinha

nada a ver com o Código Brasileiro de Trânsito, tendo

em vista que essas vagas são regulares, essas vagas

foram, na verdade, terceirizadas, mas eram vagas

normalmente regulares e, quando não tinha

terceirização de estacionamento, elas eram ofertadas

normalmente a quem chegasse primeiro.

Depois, quando passou a terceirizar na

modalidade de colocar os parquímetros, aí sim, essas

vagas foram reguladas pela iniciativa privada e eu não

estou conseguindo compreender. É por isso que eu te

pergunto, porque existe denúncia de que a Guarda

Municipal estava a serviço da iniciativa privada no

42 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

sentido de providenciar a celeridade na remoção dos

veículos que estavam sem pagamento para desocupar as

vaga para a iniciativa privada. Queria que o senhor me

esclarecesse essa questão, se isso procede.

O SR. FERNANDO CALIXTO – Não. Não

procede. Eu falei aqui para o deputado que a Guarda

Municipal fazia a ronda, ela via os carros que estavam

irregulares e providenciava a multa, o guincho. E, claro,

os meus funcionários também, quando estão

trabalhando ali, quando viam um carro irregular

comunicavam. Não que a Guarda também tinha o

procedimento deles normal, de ronda. Eles, quando

viam um carro irregular...

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Senhor

Fernando, está gravado. Está gravado o que o senhor

falou. O senhor disse anteriormente, inclusive, que os

seus funcionários acionavam a Guarda. Isso está

gravado.

O SR. FERNANDO CALIXTO – Sim

senhora, está gravado. Falei que tinha ronda e mais os

meus funcionários.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Então,

Senhor Presidente, fica demonstrado que, de fato,

existia uma conivência entre a empresa, que

naturalmente orientava seus funcionários, com a

Guarda. A Guarda era acionada para desocupar com

rapidez uma vaga que era terceirizada com objetivo, que

era uma vaga lucrativa. Não está pagando, a Guarda

funcionava para desocupar a vaga rapidamente para que

ela fosse ocupada por um outro proprietário que pagasse

o estacionamento, quando rezam no contrato da

empresa com a Prefeitura de Vitória regras de tempo.

Até quanto tempo pode, não fez, tem que regularizar. Só

aí o Código Brasileiro de Trânsito é acionado pelas

multas legais que existem no Código Brasileiro de

Trânsito, depois que passasse por esse crivo dessa

penalidade, que já está prevista em contrato. Então,

quero só registrar isso porque fica detectada, aqui, essa

conivência.

Outra questão que gostaria de te perguntar é se

o senhor sabe informar quantas empresas participaram

do certame licitatório junto com o senhor. Se o senhor

tem noção, já que participou desse certame.

O SR. FERNANDO CALIXTO – Eu acredito

que foi a minha empresa, a Tec Gold, a Hora Park, que

faz o estacionamento de Vila Velha, a Explora Parking,

uma empresa de Brasília.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Como é o

nome?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Explora

Parking, uma empresa de Brasília. Acredito que mais uma empresa do Sul. Acho que cinco empresas.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor

acredita que cinco empresas participaram. E o senhor

justifica que o senhor venceu porque a outorga do

senhor era na ordem de quantos por cento?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Trinta e

dois por cento. 32,78%, para ser exato.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Outra

questão. Qual o valor mensal de arrecadação da sua

empresa, aproximadamente?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Para a

outorga ou faturamento?

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Faturamento da sua empresa.

O SR. FERNANDO CALIXTO – Em torno

de trezentos e poucos mil reais. Não estou bem certo,

porque como a operação é...

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Sua

margem e lucro nesse negócio?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Hoje,

minha margem está em torno de dez, doze por cento.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor

pode precisar quanto que o senhor passa, desses valores,

para a Prefeitura?

O SR. FERNANDO CALIXTO – 32.78.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Essa

margem é bruta? Esses trezentos mil que o senhor fala é

bruto?

O SR. FERNANDO CALIXTO – É bruto. O

que fatura. Entrou no parquímetro cem mil reais,

exemplo, 32.78 % é da Prefeitura de Vitória.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor

está desde quando operando no parquímetro com a

empresa em Vitória?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Desde

novembro. Fará um ano no mês que vem.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor

sabe precisar quanto faturou nesse período?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Não. Assim

precisamente, não, porque começou, foi uma ordem

crescente. Não consigo precisar.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor

poderia nos informar de forma documentada?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Com

certeza.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Eu

gostaria que esse requerimento fosse aprovado, sim,

Senhor Presidente?

Outra questão. Quantos funcionários o senhor

possui no rotativo de Vitória operando?

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 43

O SR. FERNANDO CALIXTO – Hoje em

torno de setenta funcionários.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor

tem conhecimento de que existe um decreto que obriga

a empresa concessionária a notificar o dono do veículo

sem o tíquete de pagamento em até quarenta e oito

horas, para que ele possa promover esse pagamento

administrativo, que é o que falei aqui no início?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Sei. Um

decreto que... Sei.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Sim.

Existe uma denúncia de que os proprietários de veículos

irregulares não recebem essa notificação por escrito

para regularização de sua situação. O senhor pode dizer

se conhece?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Não, não

conheço. A empresa sempre cumpriu a lei, então não

conheço essa...

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Então, na

verdade, vocês não estão usando esse procedimento

porque o senhor falou que chama o guarda, pede aos

seus servidores para chamarem o guarda, então vocês

não estão usando esse procedimento de notificar o

usuário da vaga?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Na verdade,

a minha notificação não vira infração, não vira multa.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Sim. Sim.

Ela não vira, mas olha só. Só para termos clareza do que

está sendo perguntando. Ela não gera multa, mas faz

parte de um contrato em que o usuário tem um tempo

para regularizar até gerar multa. Ele tem esse tempo.

Pelo que o senhor disse, não há espera desse tempo. A

Guarda é acionada ou, se ela passar ali, é chamada para

promover a remoção, ou seja, está claro aqui que o

usuário está sendo lesado dentro do contrato, porque ele

não está tendo essa notificação de se não pagar - não

estou com o contrato - mas as três primeiras horas

parece que paga o dobro ou o triplo. Ele tem as

condicionantes, no próprio contrato, que tem que ser

efetuada essa fiscalização pelo empregado de sua

empresa, notificando, inclusive, aquele proprietário o

tempo que ele tem para poder regularizar sua situação,

aí, sim, depois disso, é que entra-se o Código Brasileiro

de Trânsito, que são remoção..., a menos que ele esteja

em vaga reservada para deficiente físico, para idoso,

mas as vagas normais, que se não houvesse a

terceirização, estariam disponíveis. Essas vagas não

estão reguladas pelo Código Brasileiro de Trânsito.

Estão no caso de se passar toda essa peneira do que o

seu servidor tem que informar ao seu usuário. O senhor

me disse que não estão fazendo isso, que vocês chamam o guarda. Por que não estão fazendo? Por que não estão

cumprindo o contrato em vigor com a prefeitura?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Não, a

empresa cumpre o contrato. O decreto saiu acredito que

uns cinco a seis meses implementando a notificação, de

que já estávamos operando. Mas a nossa notificação não

vira nem se a pessoa não pagar as três vezes que fala

que tem que pagar não vira multa. A nossa notificação

não vira infração de trânsito.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Sim, mas

não é para virar, mas passando dos prazos aí, sim, a

Guarda...

O SR. FERNANDO CALIXTO – Nem assim.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Mas aí a

Guarda, sim, teria que ser acionada.

O SR. FERNANDO CALIXTO – Aí é a

Guarda, não é a empresa.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Aí a

Guarda teria que ser acionada, poderia até ser pelo

funcionário do senhor, não tem problema, porque

expiraram-se os prazos. Ele caiu na situação comum.

Porque, no nosso entendimento, só poderia multar ou

acionar a Guarda após quarenta e oito horas. É o que

está no contrato que o senhor assinou. Se ele é bom ou

ruim, se ele está certo ou errado, foi o contrato que o

senhor assinou, que a empresa do senhor assinou. Que

só poderia haver remoção... Não estando em vaga que

está regulada por lei, porque tem vaga que está regulada

por lei, que é o caso de estacionamento de deficientes,

de idosos, está regulado por lei. Nessa, sim, cabe, a

qualquer momento, remoção. Passou um pouco da vaga

e está atrapalhando o trânsito. Essas estão reguladas por

lei.

Mas, fora isso, está no contrato que o senhor

assinou. Se o contrato é bom ou ruim, se ele, na

verdade, praticamente não permite remoção, porque

quarenta e oito horas depois que pode, só depois de

quarenta e oito horas é que pode chamar a Guarda, não

importa. Foi o contrato que o senhor assinou, e ele

precisa ser cumprido. Ele não está sendo cumprido.

O SR. FERNANDO CALIXTO – Mas quem

faz a remoção não sou eu.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Mas é o

que está no decreto, inclusive. No decreto consta isso.

No decreto consta a questão das quarenta e oito horas.

O servidor do senhor tem que informar ao usuário ao

que ele tem direito. O senhor não pode orientar seu

funcionário a chamar a Guarda para poder rebocar

veículo no estacionamento privado, que está sob o

comando da iniciativa privada, porque, com isso, o

senhor está lesando o próprio contrato. Está no seu

contrato e está no decreto. São as informações... Se o

senhor não está agindo assim, o senhor precisa verificar,

porque é isso que está acontecendo. Só parou agora

porque nós fizemos a CPI mediante essas denúncias,

porque virou uma verdadeira indústria de rebocar

veículos no estacionamento privado. Criou um

transtorno em Vitória.

Não estamos querendo prejudicar a empresa do

senhor, não estamos querendo... Não estamos aqui

falando em romper um contrato. Em muitos lugares,

principalmente na Praia do Canto, onde o

44 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

estacionamento rotativo foi colocado, deu uma

segurança maior aos lojistas. Nós não estamos falando

quanto a isso. Nós estamos falando como o senhor,

sócio proprietário da empresa, tem que observar o que o

senhor assinou e o que a lei diz. E dentro da orientação

de seu servidor, o usuário está sendo lesado. É isso.

Por gentileza, se não parar de fazer isso, nós

vamos ter que tomar uma providência pela CPI, porque

o seu servidor está orientado a chamar a Guarda. Hoje

não está acontecendo porque nós denunciamos aqui, nós

proibimos, e a prefeitura editou um novo decreto, que

remoção tem que ter a avaliação do responsável por

aquela área, pelos guardas daquela área. E aí parou com

esse rebocamento, que estava acontecendo em larga

escala em Vitória, enriquecendo, inclusive, guardas,

com suspeitas de propina, de favorecimento entre pátios

junto com a Guarda Municipal, quatro, cinco guardas

municipais campeões de multas e de pedido de remoção

em Vitória, principalmente.

Isso avolumando depois, de uma forma muito

extraordinária, muito significativa. Não gosto nem de

falar a palavra extraordinária, que é uma palavra boa, e

na verdade a situação é de um comportamento negativo

para a sociedade. Mas, assim, muito volumosos foram

os rebocamentos por conta dessa iniciativa, podendo,

inclusive, queimar a empresa. Podendo queimar a

empresa perante a sociedade, que começou a tomar ódio

da iniciativa privada, do estacionamento privado,

porque passou a ser penalizada com essa questão.

Casos, para o senhor ter uma ideia,

insignificantes, de cinco minutos de atraso, de dez. Se o

senhor não sabe, então acompanhe, porque estamos aqui

denunciando. Casos de cinco minutos de atraso, casos

de uma pessoa que se atrasou em uma consulta. Ela

pagou por duas horas, mas consulta médica hoje o

senhor sabe a fila que é. Ela atrasou dez minutos, e o

carro dela estava em cima do reboque. Então coisas

assim.

Inclusive, eu quero chamar a atenção, porque

queima a sua empresa. O senhor participou de um

certame. O nosso Estado é um Estado correto em

cumprir a lei, em cumprir os contratos, mas realmente

essa situação colocou vocês em uma situação

complicada. Eu aproveito para pedir que o senhor

oriente, peça a sua equipe administrativa para orientar

os seus profissionais para que... É inadmissível. Tem

uma regra no contrato e uma regra no decreto. Que essa

regra no contrato e essa regra no decreto seja cumprida.

Que o usuário, seja afixado no carro dele o tempo que

ele tem. Se ele não pagar, qual penalidade está imposta.

Que seja afixado para dar, inclusive, informação ao

usuário e ele poder quitar o seu procedimento. Ninguém

é caloteiro, as pessoas que ocupam uma vaga dessas não

estão fazendo calote, mas de fato têm problema. Têm

problema de pagar, têm problema na hora que começa a

funcionar o serviço; às vezes chega mais cedo. Tem que

ter essas tolerâncias todas. Há o problema de muitas

vezes não encontrar o funcionário de vocês. Digo, porque a gente mora, aqui é na Grande Vitória. O

senhor não é daqui do estado, é?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Não.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Pois é. Na

Grande Vitória tudo é muito perto. Não é como outros

estados. Aqui, estamos a cinco quilômetros um

município do outro. Então é muito comum vir de um

município para o outro para estacionar, e eu estou vendo

isso, é o nosso dia a dia. É o nosso dia a dia, e a gente

muitas vezes não consegue encontrar o funcionário de

vocês para poder ajudar ali a resolver um problema, a

máquina não está aceitando, a máquina não está

funcionando, ou houve até mesmo uma depredação, que

acontece.

O SR. FERNANDO CALIXTO – Com

certeza.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Acontece,

mas que é preciso que seja resolvido. Então a orientação

que dou é que oriente a sua equipe. Porque o contrato

que o senhor assinou, se é bom ou ruim, não me

interessa, o contrato que o senhor assinou e o decreto

estão sendo descumpridos. Já visualizamos aqui que

está sendo descumprido.

O SR. FERNANDO CALIXTO – Pode

deixar, deputada, que vou tomar esse cuidado. Vou

tomar esse cuidado da tolerância.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – E nós,

Presidente, acho assim, que precisamos ver porque o

secretário de Segurança de Vitória falou aqui uma coisa

diferente que o proprietário da Tec Gold está falando.

Quer dizer, que a prefeitura sabia dessa situação e

tardiamente tomou uma providência. Assim mesmo ela

não foi de todo. Agora diminuíram bastante, de forma

significativa, os guinchamentos, mas ainda pode ser

feito mediante procurar o servidor, o funcionário que é

responsável pela região e não apenas o guarda ser o

responsável por definir por esse rebocamento.

Acho que cabe à gente verificar no que houve

contradição e, se for o caso, pedir inclusive uma

acareação para poder verificar melhor esses

depoimentos. Porque existe contradição nos

depoimentos que aqui foram apresentados pelo

secretário responsável pela segurança, pelo trânsito de

Vitória com o que está apresentando o sócio

proprietário da empresa Tec Gold. Se for o caso, a gente

levanta onde está a contradição e, se necessário for, um

pouquinho mais na frente, a gente pede essa acareação.

Mas estou verificando aqui uma contradição grande.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – O senhor deseja fazer mais

alguma...?

O SR. FERNANDO CALIXTO – Estou à

disposição.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, está bom.

Vamos agradecer presença ao senhor.

O SR. FERNANDO CALIXTO – Obrigado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – E as informações aqui fornecidas.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 45

Peço nossas desculpas por estar ocupando o tempo, mas

a gente precisa concluir os trabalhos, a averiguação.

O SR. FERNANDO CALIXTO – Que isso!

Estou pronto. Obrigado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Muito obrigado.

Peço para entrar o próximo, por favor. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Gostaria de pedir ao senhor para se

identificar, por favor.

O SR. ADELCIO ANTONINI – Bom-dia.

Meu nome é Adelcio Aparecido Antonini. Sou diretor

de operações da Hora Park Sistema de Estacionamento

Rotativo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – De qual município?

O SR. ADELCIO ANTONINI – A Hora Park

é uma empresa nacional e, no caso, temos operação na

cidade de Vila Velha.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Acompanhando o senhor é a

advogada?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Doutora Ana

Lúcia, sim.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Poderia se identificar, por favor? E

dizer a OAB.

A SR.ª ANA LÚCIA PENÓN GONÇALVES

– Boa-tarde, excelências. Sou Ana Lúcia Penón

Gonçalves, OAB-SP: 192951.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Obrigado.

O senhor tem conhecimento dos fatos que

geraram esta Comissão Parlamentar de Inquérito? Sabe

os motivos?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Somente

pelo que foi noticiado pela imprensa.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Por informação, o senhor tem

conhecimento de que apura questões de estacionamento,

guincho e irregularidades no Detran. E essa denúncia

também vem em noticiários, quase que diários, nos

jornais Folha Vitória, A Gazeta, A Tribuna, Século

Diário, na coluna do blog do Elimar Côrtes e mais

outras peças que instruem a Comissão Parlamentar de

Inquérito, inclusive uma denúncia feita em 2008 pelos

quatro promotores de justiça do Espírito Santo, que

resultaram em uma condenação pelo juiz, hoje

desembargador do Espírito Santo, que condenou

coronéis de Polícia Militar e outros oficiais em face da

constatação de uma ligação entre os pátios, os guardas e

a Polícia Militar. Estamos exatamente apurando porque

já tendo sido condenado pela Justiça, existe já

comprovação dos fatos noticiados e alegados de que

existe um conluio entre os donos de pátios, os guardas

municipais e a polícia, lógico que não estamos falando

de todos porque há vários guardas municipais e

policiais, estamos falando de alguns deles, com essa

associação, na época, da Polícia Militar. E já há

depoimentos confirmando que esses donos de pátios

doavam dinheiro a essa associação para receber essa

proteção.

Estamos ouvindo também os proprietários de

estacionamento rotativo porque também há denúncia de

que os donos de estacionamento utilizam guardas

municipais e da Polícia Militar para fazer cobrança do

estacionamento. Quer dizer, se a pessoa estacionou e

não colocou o tíquete em cima ou se colocou e passou

do horário, os donos de pátio acionam a polícia ou os

guardas para fazerem a multa, a apreensão e retenção do

veículo para, impositivamente, receberem seu

estacionamento.

Estamos também apurando isso porque temos

essas reclamações, essas denúncias de que até em caso

de vinte ou dez minutos além do que foi pago, os donos

de pátio, quer dizer, sua empresa se utiliza do

chamamento de guardas que chegam, aplicam multas e

não aceitam mais, nem a pessoa querendo pagar a

diferença de vinte minutos, dez minutos ou uma hora,

consegue se livrar da multa e, em algum caso, consegue

se livrar dos guinchos, que também são chamados

imediatamente. E, além da multa do guarda e do

pagamento de estacionamento, ainda gera um transporte

de guincho, que custa de cento e noventa reais para

cima, e, além disso, no pátio, gera diária de trinta e três,

trinta e dois ou trinta e cinco. Pelos boletos que o

Detran fornece desses pátios, não sabemos nem se são

trinta porque temos impressão de que isso gira até em

torno de mais porque temos, nos autos, o comprovante

de que uma moto, que custa hoje, nova no mercado,

quatro mil reais, recebeu trinta e um mil reais de aluguel

de pátio. Então, temos a impressão de que isso fica à

vontade, de que é de acordo com a cara que eles

colocam.

Então, o senhor tem conhecimentos desses

fatos que acabei de narrar aqui?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Não.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – O senhor não tem conhecimento de

que ninguém foi condenado até agora? Não tem

conhecimento de que...?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Não. Não

tenho.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Nem pela imprensa?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Pela

imprensa, no decorrer da CPI, com informações básicas.

Não tenho detalhes e não tenho conhecimento.

46 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – De que houve essas condenações?

Existe alguma relação do seu trabalho de

empresa diretamente com os guardas na operação de

cobrança desses estacionamentos?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Não.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Na sua empresa, como seu gerente ou

seu administrador se comporta quando verifica que o

carro está sem o tíquete ou passou do horário

do tíquete?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Bom, no

caso específico do contrato da operação da cidade Vila

Velha, através de uma legislação municipal, foi

estabelecida a criação do estacionamento rotativo nas

vias públicas, estabelece uma sistemática para que o

usuário, quando encontrado em situação sem o

pagamento da tarifa pela ocupação do espaço na via

pública, receba, primeiramente, um aviso de cobrança

de tarifa, feito pelas nossas orientadoras que, além de

terem a função de orientar os usuários, informam sobre

as várias formas de pagamento que o usuário tem para

se utilizar do estacionamento. A partir desse momento,

são estabelecidos os prazos, de acordo com essa

legislação municipal, para que ele possa efetuar o

pagamento da tarifa, devido ao espaço que está

ocupando.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) No seu contrato existe, então, a

garantia dada pelo município de que ele exerce a função

punitiva e a função de cobrança do valor do

estacionamento?

O SR. ADELCIO ANTONINI – O contrato

estabelece que eu tenho a concessão para a gestão dos

espaços nas vias públicas e o momento até o qual a

concessionária atua, não só na implantação de todo

sistema, na implantação dos equipamentos, na

manutenção dos equipamentos, na orientação ao

usuário, até o momento da emissão do aviso de

cobrança de tarifa feita aos usuários.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – No contrato, então, reza que se

estacionei e fiquei irregular, não é sua empresa que

toma nenhuma providência contra mim?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Não.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Reza que seus funcionários acionam

a Guarda Municipal?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Não. Não

aciona a Guarda. Emitimos um aviso de cobrança de

tarifas, que são emitidos não só por meio de um

impresso colocado no painel, mas através de um

equipamento eletrônico que chamamos de tablet, como

se fosse um celular, em que tem um programa

preestabelecido. Essa informação, quando gerado esse

aviso de cobrança da tarifa, vai online para o órgão

gestor de trânsito da Prefeitura de Vila Velha, que

acompanha toda sistemática operacional do dia a dia na

cidade.

A partir do momento da emissão do aviso, a

prefeitura tem ciência, através do seu órgão gestor, do

que está acontecendo na via pública. Não nos compete

nenhum tipo de autuação e muito menos comunicar ou

chamar diretamente qualquer guarda municipal para

fazer qualquer tipo de atuação.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Conheço tudo isso. Já pesquisei

nesse processo, já sei que é assim.

A minha pergunta objetiva é a seguinte: quando

eu estaciono e não pago a taxa, nem no paquímetro,

nem naquelas máquinas, nem pelo telefone, nem

naquele sistema que aparece por aí, estou irregular em

cima da sua vaga, - porque, com o contrato que as

prefeituras fizeram, os municípios deram a vaga para

vocês pelo período que está no contrato - então,

estacionei, na sua vaga, irregular, quem faz a

verificação de que estou irregular?

O SR. ADELCIO ANTONINI – As nossas

agentes verificam que não houve o pagamento da tarifa

e, a partir desse momento, emitem aviso de cobrança de

tarifa.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Enviam essa via para onde?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Para o

sistema online, no qual a prefeitura acompanha online a

informação. A prefeitura ou gestão de trânsito.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Era isso que eu já sabia, mas queria

que você confirmasse. O procedimento, então, é que o

seu funcionário estabelece um comunicado à guarda

municipal.

O SR. ADELCIO ANTONINI – Não.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Estabelece o comunicado para quem?

Para o prefeito direto?

O SR. ADELCIO ANTONINI – À gestão do

contrato ou ao órgão responsável pela gestão do

contrato da prefeitura. Não temos contato direto com a

Guarda.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Então o seu funcionário constata...

O SR. ADELCIO ANTONINI – Verifica,

gera uma informação através de um sistema...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Gera informação para onde?

O SR. ADELCIO ANTONINI –

Essa informação vai para o Departamento de Trânsito, à

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 47

Secretaria de Segurança, que tem um gestor...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E não é a Guarda que comanda?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Não sei

responder para o senhor. Há um gestor do contrato que

tem essa informação online. A partir daí,

provavelmente, comunica aos órgãos fiscalizadores, não

compete a nós.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – A sua empresa, então, não sabe

disso? Age inocentemente nisso? Não sabe para onde

vai essa notificação?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Essa

notificação gera como um sistema de veículos que estão

estacionados sem o pagamento da tarifa, ao qual emito

um aviso de cobrança de tarifa ao usuário. E, a partir

desse momento, ele tem um prazo, de acordo com a

legislação, para regularizar. Ele tem cinco minutos para

ir ao equipamento ou a qualquer outro meio de

pagamento e efetuar o pagamento da tarifa, ou, então,

até vinte e quatro horas para efetuar o pagamento da

tarifa conhecida como pós-utilização.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Eu sei. Eu Também sou advogado.

O SR. ADELCIO ANTONINI – Não sou

advogado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Vamos falar povão, vamos falar a

linguagem do povo. Para quem o seu funcionário manda

a notificação de que o meu carro está irregular?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Para a

Prefeitura Municipal de Vila Velha através, hoje, da

Secretaria Municipal de Segurança, que tem um órgão

de trânsito que monitora o contrato e tudo que acontece

em relação a esse contrato.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, a suas funcionárias mandam a

nota para os guardas?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Não.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Vamos falar no popular, porque se

ficar na teoria...

O SR. ADELCIO ANTONINI – Não, eu

entendo. Não é na teoria. Se V. Ex.ª me permite, ...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Você manda para a Secretaria de

Segurança de Trânsito, não é isso?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Isso.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Quem comanda os guardas do

município de Vila Velha?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Não conheço

quem é a pessoa que comanda.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – A sua advogada não pode te orientar?

Porque a sua empresa não pode ser tão inocente assim,

ela tem que saber o que ela faz e para onde vai.

O SR. ADELCIO ANTONINI – Eu posso

voltar a explicar. Nossas funcionárias... (Pausa)

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Como depoimento, não, mas pode

orientar.

O SR. ADELCIO ANTONINI – Se V. Ex.ª

me permite, como ela me orientou, vou dar uma geral

sobre o funcionamento do sistema, como V. Ex.ª já

conhece, mas só para entender até onde chega nosso

trabalho. Primeiro, é uma concessão de gestão do

espaço na via pública. O objetivo do estacionamento

rotativo é democratização do espaço.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Se você quiser, vou te poupar disso

aí. Estou querendo saber se a sua empresa sabe para

quem, para qual setor da prefeitura vai a notificação.

Calma aí, só quero essa explicação. Vai para onde? Vai

para o prefeito? Para a mão do prefeito?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Não, vai para

órgão gestor de trânsito da prefeitura de Vila Velha.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Que é o quê?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Que é hoje

um órgão ligado atualmente a Secretaria Municipal de

Segurança.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – A quem são ligados os guardas do

município de Vila Velha? A qual setor?

O SR. ADELCIO ANTONINI –

Provavelmente ligados a essa Secretaria, mas nós não

comunicamos diretamente ao guarda...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Mas é lógico que você não pode

comunicar ao guarda.

O SR. ADELCIO ANTONINI – E sim ao

órgão responsável, que cuida do sistema de

estacionamento.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – É lógico, mas você comunica ao

setor de controle de trânsito.

O SR. ADELCIO ANTONINI – De

estacionamento rotativo da prefeitura. Exatamente.

48 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então são os guardas.

O SR. ADELCIO ANTONINI – Exatamente,

Senhor deputado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Está bom.

Vou encerrar minha parte e vou passar para a

deputada que está querendo perguntar.

O SR. ADELCIO ANTONINI – Obrigado.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Primeiro,

gostaria de cumprimentar o senhor Adelcio Antonini.

Agradeço ao senhor por estar aqui na Comissão

prestando os esclarecimentos que julgamos necessários

diante das denúncias que temos recebido. Como a sua

empresa também faz parte desse sistema, que envolve

estacionamento, trânsito, remoção, multa, por esta

razão, foram chamados para prestar esses

esclarecimentos.

Gostaria que o senhor me explicasse o passo a

passo. Um proprietário estaciona um veículo numa

vaga, que se não fosse privada, ela seria ofertada, estaria

lá à disposição do usuário. Ela foi privatizada, vocês

controlam essas vagas. Não estou falando em vaga

regulamentada por lei, como no caso de estacionamento

para deficiente e para idoso. Estou falando em vagas

comuns, como existiam. E aí a pessoa não pagou, ela

não pagou a primeira hora. Ela não pagou. Como

funciona? Qual é o passo a passo?

O senhor disse que é feita uma notificação

online e vai para órgão na Secretaria de Segurança e

Trânsito, responsável pelo trânsito, para que ele tome

ciência de que tem um usuário numa vaga privada que

não está pagando o estacionamento. Vocês mandam

isso. Agora, sai um impresso para poder notificar, no

carro, nesse mesmo tempo, o usuário? É isso que quero

saber. Se vocês notificam o usuário, aí o usuário sabe o

procedimento que ele tem x tempo para poder pagar,

para regularizar. Esse passo a passo que quero entender.

E aí, isso que vocês fizeram, vai online para a prefeitura

saber que vocês fizeram. É isso? Quero que me explique

isso.

O SR. ADELCIO ANTONINI – Perfeito.

Voltando então ao procedimento. As nossas

orientadoras, circulando pelas ruas, verificam que os

veículos encontram-se estacionados na área de

estacionamento rotativo e, nesse caso, quando

constatam um veículo que não houve o pagamento da

tarifa pelas várias formas que o usuário tem a sua

disposição, ela então coloca um aviso de cobrança de

tarifa. O nome que utilizamos é uma cobrança da tarifa

a qual me foi designado essa concessão. E nesse aviso

tem todas as instruções de regularização. Estou com um

envelope aqui que tem as instruções de regularização,

como proceder no prazo de cinco minutos, como

proceder no prazo de vinte e quatro horas, de acordo

com o que estabelece a legislação municipal, que

regulamentou o estacionamento.

Aqueles dados que são enviados online, como

expliquei, também são impressos através de um

formulário do sistema que nossas meninas trabalham,

que tem no tablet, tem uma impressora que tem todos os

dados: o horário, o local, a latitude, a longitude, ou seja,

para demonstrar que aquele veículo encontra-se

georreferenciado pelo GPS naquela área, que é uma

área de estacionamento rotativo regulamentado, e gera

essa informação. Então, esses dados que vão para o

sistema, para o controle do poder público, são também

impressos e colocados no painel do veículo, junto com

as instruções que ele tem para regularização. Essas são

as normas estabelecidas pelo nosso contrato e pela

legislação.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor

saberia nos informar se esses veículos... Sei que não

cabe ao senhor, que não é o senhor que multa. O senhor

tem um contrato que está alegando que cumpre.

Gostaria inclusive que essas informações, Miguel, você

recolhesse para nós, porque precisamos da informação

toda, inclusive como é o tíquete, tudo direitinho.

Gostaria de saber do senhor se tem informação

se esses carros, estando nesses locais, são guinchados

como forma de desocupar vaga.

O SR. ADELCIO ANTONINI – Não.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Dentro do

prazo que o usuário tem direito, o senhor assegura que

esses carros não são guinchados?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Não, não são

guinchados. Até porque o usuário tem vinte e quatro

horas para efetuar o pagamento da tarifa. Pelo não

pagamento da tarifa, não.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Eles não

são guinchados pelo não pagamento da tarifa.

Quero perguntar também outra coisa. O senhor

sabe informar quantas empresas participaram do

certame licitatório com o senhor?

O SR. ADELCIO ANTONINI – De Vila

Velha, que me recordo, foram vinte licitações de que já

participei, mas devem ter sido duas ou três empresas.

Não tenho exatamente, na memória, esse número para te

dizer agora, mas, pelo menos duas com certeza foram.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Qual o

repasse que o senhor faz para o município nesse

negócio?

O SR. ADELCIO ANTONINI – 6.25% da

receita bruta.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Que

vocês determinam como outorga.

O SR. ADELCIO ANTONINI – Isso. Repasse

mensal.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor

pode nos informar qual é o valor mensal arrecadado

pela empresa no estacionamento de Vila Velha?

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 49

O SR. ADELCIO ANTONINI – A média

mensal desses últimos três anos de operação está em

torno de cento e noventa e um mil reais.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Bruto,

não é?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Receita

bruta.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – E no ato

da cobrança que saem os 6.25 de outorga para a

prefeitura?

O SR. ADELCIO ANTONINI – No ato da

cobrança do usuário?

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Isso.

O SR. ADELCIO ANTONINI – Pode-se

dizer que sim, porque cada pagamento feito pelos

usuários do sistema, seja no parquímetro, seja no

sistema do celular, como o nobre deputado já

mencionou, essa informação, além de ser gerada online

pelo poder público, ele tem monitoramento do que está

acontecendo. Cada equipamento, cada sistema fornece

um relatório constando exatamente o valor.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Sim, mas

não é tirado na hora em que faz o pagamento. Na

verdade vocês fazem o repasse mensal.

O SR. ADELCIO ANTONINI – Faz-se o

repasse mensal. No final do mês você presta conta,

encaminha para o poder público todos os comprovantes

dessa máquina registradora, podemos dizer assim, que

tem todos os dados desde o início do funcionamento do

equipamento até aquele momento da coleta. E, com

base nisso, nos relatórios extraídos, é feito totalizador, é

feito então o pagamento da outorga e o recolhimento de

todos os impostos devidos.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – A

máquina repassa esses relatórios.

O SR. ADELCIO ANTONINI – Sim. No

momento, cada vez que for feita uma coleta, emite

imediatamente o relatório, reportando tudo o que

aconteceu com aquela máquina desde o início, desde a

última coleta, e o valor coletado. Com base nesses

relatórios, nessas fitas, o poder público tem total

controle e auditoria sobre esses valores.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Qual o

percentual de lucro mensal de vocês do negócio?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Hoje é de

cinco por cento.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Quantos

funcionários vocês possuem?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Trinta e três

funcionários.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Vocês

operam só no Centro de Vila Velha?

O SR. ADELCIO ANTONINI – No Centro,

uma parte do Centro, e no bairro Glória.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor

tem conhecimento, o senhor já me disse do decreto,

desculpe-me.

Basicamente... Há mais alguma coisa? (Pausa)

Já me disse, seis por cento.

O SR. ADELCIO ANTONINI – 6.25%

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – 6.25%.

Estou satisfeita com as respostas, Senhor

Presidente. Só quero aqui registar que já tínhamos

observado que a empresa Hora Park tinha um

comportamento diferente da empresa Tec Gold em

Vitória. Eles não têm essa conivência com a Guarda

Municipal, acionando a Guarda através de seus

servidores para remover os veículos nos

estacionamentos em que operam.

Já havia observado isso e que esses veículos,

mesmo porque não temos denúncias nesse sentido,

então entendemos que isso deva proceder e que é um

comportamento de estar cumprindo o contrato que, se é

bom ou ruim, teremos que analisar o contrato, mas que

foi assinado entre as partes, entre a empresa e a

Prefeitura de Vila Velha, não penalizando e não

fomentando a indústria da multa e das remoções.

Que fique bem claro, como as pessoas estão

nos assistindo, é importante falarmos isso para

acompanharem o que estamos tratando aqui. Na hora

em que essa notificação é feita ao usuário e ele tem um

tempo para pagar, para regularizar sua situação, ali está

a garantia de que aquele estacionamento será pago. É a

garantia que a empresa tem. Então, fomentar, desocupar

a vaga, porque se ficar o dia todo, ele pagará pelo tempo

que ficou. Ele tem o limite, mas ele pagará.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – V. Ex.ª não entendeu que eles têm o

mesmo sistema. Eles comunicam e a Guarda vem

multar. A única diferença que tem, é que não tem

guincho. Mas também usam do serviço público para

arrecadar estacionamento. É o mesmo critério.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Mas, no

meu entendimento, pelo que eu compreendi e visualizei,

eles não usam... o nosso problema grave era exatamente

o problema das remoções que estavam criando um

transtorno muito grande. Estou falando das remoções,

Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Mas lá também tem remoção.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Estou

querendo dizer que, neste caso, no meu entendimento,

não existe a fomentação, como estava em Vitória e que

foi, inclusive, fator de muitas denúncias, de estar

fomentando a indústria da multa e da remoção, como

50 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

estava acontecendo aqui em Vitória.

Claro que temos acompanhado, através das

denúncias, e, à medida que elas se intensifiquem, vamos

verificar se, de fato, o depoimento que aqui foi dado

procede. Mas tenho, neste momento, esse entendimento

de que há uma diferença de comportamento da Hora

Park para a Tec Gold nessa administração do

estacionamento privado. Tenho esse entendimento já

desde o início. Foi falado pela secretária Fabiana

Maioral, quando era na época, e agora não vi

contradição no que foi falado entre a secretária,

responsável pelo trânsito, e a empresa. Só isso que

quero registrar.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Eu penso diferente e vou apenas fazer

o questionamento.

Esse procedimento, que gera os valores do

estacionamento, é operado tudo pela empresa?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Sim.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – A prefeitura fica sabendo disso

como? Por relatório?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Pelos

relatórios, pelas fitas que ela audita do equipamento e

online. Ela tem um sistema instalado na sede dela pelo

qual ela acompanha cada movimento de cada

equipamento.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – O relatório que o senhor manda, ela

toma conhecimento através desse relatório?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Do relatório

impresso pelo equipamento, não pela empresa, e sim

pelo sistema.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Sei. Mas não é ela que tem essa

operação, essa operação é da sua empresa?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Porque eu

sou concessionário desse serviço.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Eu sei.

O SR. ADELCIO ANTONINI – Então, como

concessionário, a informação e a receita são da empresa,

ela presta conta, audita a empresa e a empresa presta

conta.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Você opera esse sistema e comunica a

ela, não é isso?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Comunico e

ela acompanha. A qualquer momento ela pode,

inclusive, ir ao equipamento e pedir a fita de coleta

naquele momento.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Mas o controle é da sua empresa. Ela

transferiu essa obrigação dela para você no contrato?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Sim. Mas

inteiramente à disposição do poder público a qualquer

momento para ser auditado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Depois do dia que você recebe o

valor do rotativo, quantos dias depois você passa esse

dinheiro ao município, em média?

O SR. ADELCIO ANTONINI – É

encaminhado ao poder público no final do mês, no mês

subsequente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Se eu pagar o estacionamento no dia

1.º...

O SR. ADELCIO ANTONINI – Após a

aprovação da prestação de contas, eu tenho um prazo

para depositar. Não tenho essa informação na memória,

mas posso providenciar essa informação ou, se o senhor

me der um momento para fazer a leitura do contrato, eu

estabeleço, o prazo está aqui no contrato.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Eu pago o estacionamento no dia 1.º,

esse valor que eu pago você repassa para a prefeitura

que dia?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Após a

prestação de contas, no mês subsequente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Então, você fica vinte e nove, trinta

dias, com esse dinheiro meu na sua conta?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Pagando os

trinta e três funcionários, a amortização de todos os

investimentos e toda manutenção.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Não perguntei isso. Perguntei se você

fica com esse dinheiro nesse período?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Fico com

esse dinheiro para cuidar de toda gestão.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Ele fica aplicado esse dinheiro ou fica

na gaveta?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Vai para a

área financeira da empresa para fazer todo pagamento

das obrigações que ela tem com relação ao contrato.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Está bom. O senhor tem mais alguma

coisa que o senhor gostaria de deixar explicado?

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 51

O SR. ADELCIO ANTONINI – Não. Estou

inteiramente à disposição para qualquer dúvida. Estarei

aqui para esclarecer qualquer dúvida.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Vou solicitar à Procuradoria que faça

o estudo para averiguar no Tribunal de Contas para

auditar esses contratos na mesma forma. Inclusive

acrescentando essa diferença de um contrato para o

outro, com relação ao pagamento de outorga ao

município. Quer dizer, essa diferença. E, inclusive,

vendo também esse período em que o dinheiro fica

parado na conta da empresa, e se o município recebe

esse dinheiro com juros e ver quais são os juros

bancários do dinheiro depositado. Verificar no Tribunal

de Contas se esse dinheiro é remunerado ou se ele é

apenas pago nesse período que fica na empresa, sem

remuneração ao município. Com isso, queremos

verificar o prejuízo que o município leva com essa

situação.

Muito obrigado. Vamos encerrar os trabalhos

de hoje agradecendo a todos pela presença. A pauta da

próxima segunda-feira não existirá, porque ela já está

com um feriado, então, vamos ter na outra segunda-feira

a pauta.

Não podemos fazer requerimento, porque não

temos quorum para deliberar sobre requerimento. Então,

todos os requerimentos ficam na dependência de

aprovação e de apreciação na próxima sessão, que não

será na segunda-feira, mas será na próxima. Mas se V.

Ex.ª quiser apenas ler o requerimento, aproveitar o

momento para ler, vamos ouvir, sem, portanto, decidir,

por falta de quorum.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –

Agradeço, Senhor Presidente.

O requerimento que gostaria de fazer, para ser

submetido na próxima reunião, é para que a Comissão

faça uma vistoria nos pátios que estão credenciados pelo

Detran. Que façamos uma vistoria surpresa, sem

marcar, para que possamos ver como está o nível de

empilhamento, como estão acomodados esses veículos.

Outra coisa, pedir ao Ministério Público que

mande um procurador ou um promotor para

acompanhar os trabalhos da CPI, tendo em vista que o

nosso promotor foi deslocado e não está tendo o

acompanhamento do Ministério Público, in loco, nas

necessidades e perguntas em que podemos precisar

dessa assessoria, dessa ajuda, desse auxílio.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Muito obrigado.

O senhor recebeu o certificado de presença?

O SR. ADELCIO ANTONINI – Sim.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Muito obrigado a todos os presentes e

até a próxima, pulando a próxima segunda-feira, na

outra segunda-feira, à hora regimental.

Está encerrada a reunião.

Encerra-se a reunião às 12h47min.

COMISSÃO PARLAMENTAR DE

INQUÉRITO DA MÁFIA DOS GUINCHOS.

VIGÉSIMA PRIMEIRA REUNIÃO ORDINÁRIA,

DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA

ORDINÁRIA, DA DÉCIMA OITAVA

LEGISLATURA, REALIZADA EM 19 DE

OUTUBRO DE 2015.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Declaro abertos os trabalhos desta

Comissão Parlamentar de Inquérito, em que os

funcionários tanto fazem questão de trabalhar, e solicito

à secretária que faça a leitura da ata da vigésima reunião

ordinária, realizada em 5 de outubro de 2015.

(A senhora secretária procede à leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Solicito à senhora secretária que

proceda à leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

EXPEDIENTE:

CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:

Processo Administrativo n.º 153845/2015, do

secretário de Segurança da Prefeitura de Vitória, senhor

Fronzio Calheira Mota, solicitando cópia de seus

depoimentos prestados em 25 de maio e 17 de agosto de

2015.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Defiro o pedido por cópia da

publicação no Diário da Assembleia Legislativa

mediante recibo.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

Correspondência do Sindiguincho-ES, solicitando

reunião da diretoria com V. Ex.ª, com a máxima

urgência, para tratar de assunto referente à matéria da

máfia dos guinchos divulgada pela mídia, de licitação

de serviço de guincho, e do cadastro geral de guincho

no Espírito Santo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Deputado, essa é uma

correspondência do Sindiguincho. O negócio está tão

organizado que tem até sindicato do guincho. Estão

solicitando uma reunião da diretoria com a máxima

urgência para tratar de assunto referente à matéria

referente aos guinchos. Se concordar, designarei V. Ex.ª

para receber esse pessoal.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Faço isso.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Encaminhar esse ofício ao gabinete

do Senhor Deputado Marcelo Santos para marcar essa

reunião com o Sindiguincho para S. Ex.ª ouvir o

sindicato.

52 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

Processo Administrativo n.º 153815/2015, do Detran

encaminhando resposta ao OF.CPI n.º 177/2015, que

solicita esclarecimento acerca do requerimento do

senhor Clebio Luiz Bertoldi.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Aos procuradores da CPI para

apresentar alternativa para solucionar o problema. Dê

ciência também à relatora.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

E-mail encaminhado pelo senhor Alberto Alves Dias,

apresentando informações e denúncias sobre serviço de

guincho e pátio para guarda de veículos apreendidos.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Na CPI para analisar com os

membros. Enviar cópia a todos eles.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

E-mail encaminhado pelo senhor Alberto Alves Dias,

solicitando que a CPI da Máfia dos Guinchos convide a

senhora Maria Reco para participar de reunião da

Comissão.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Juntar à CPI e encaminhar cópia aos

membros da Comissão para decidir sobre ouvir ou não.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

Ofício n.º 935/2015 Setran/GAB, da Secretaria

Municipal de Transportes, Trânsito e Infraestrutura

Urbana de Vitória, em resposta ao Of.GDJS n.º

126/2015, onde foi solicitado cancelamento de todas as

multas emitidas nos últimos três meses e o

ressarcimento dos valores pagos ao serviço de guincho

feito pelos proprietários de veículos removidos de

forma irregular.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Esse requerimento foi feito pelo

Senhor Deputado Marcelo Santos ou pela Senhora

Deputada Janete de Sá com relação ao cancelamento de

todas as multas emitidas nos últimos três meses. Foi a

Senhora Deputada Janete de Sá. Encaminhe para

avaliação de S. Ex.ª.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

Correspondência enviada pela empresa Guardauto

Serviço de Remoção, Depósito e Guarda de Veículos.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Dê ciência à relatora.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

COMUNICAÇÕES:

Objetivo da Comissão: Apurar denúncias

relacionadas à “Máfia dos Guinchos” e “Pátio/Estacionamento/Depósito” de veículos

apreendidos e possível conluio entre autoridades,

prestadores de serviços e lesão ao cidadão, além de investigar participação de servidor público e empresas

terceirizadas com intuito de lesar o contribuinte.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Muito obrigado.

Peço que façam entrar a senhora Luciene Maria

Becacici Esteves Vianna, ex-diretora do Detran.

(Pausa) Nossa Comissão é composta de cinco

membros, precisaríamos de três membros presentes para

tomar o seu depoimento. Já que a Senhora Deputada

Janete de Sá, relatora desta CPI, está na Comissão de

Agricultura juntamente com a Senhora Deputada

Raquel Lessa, e ainda, o Senhor Deputado Marcos

Bruno, está com seu gabinete lotado de pessoas para

atender, consulto a senhora para saber se teria algum

problema a ouvirmos com a minha presença e a do

Senhor Deputado Marcelo Santos, do contrário,

teríamos que adiar o seu depoimento.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Não tem problema algum,

podemos seguir em frente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Registro a presença do ilustre Senhor

Deputado Doutor Hércules.

Lerei para a senhora o requerimento n.º

110/2015, que propõe uma Comissão Parlamentar de

Inquérito, devidamente assinada por mais de dez

Senhores Deputados, conforme exigência do Regimento

Interno da Casa, em que criou uma Comissão

Parlamentar de Inquérito para apurar denúncias

relacionadas à “Máfia dos Guinchos” e

“Pátio/Estacionamento/Depósito” de veículos

apreendidos e possível conluio entre autoridades,

prestadores de serviços e lesão ao cidadão, além de

investigar participação de servidor público e empresas

terceirizadas com intuito de lesar o contribuinte.

O documento vem acostado de vários

depoimentos, de várias reportagens, da Folha Vitória, A

Gazeta, A Tribuna, jornal Século Diário, Blog do

Elimar Côrtes e outros documentos, também uma cópia

de uma denúncia feita pelo Ministério Público, firmada

por quatros senhores promotores que ensejou a

condenação de vários oficiais da Polícia Militar, que foram condenados em face de ter sido comprovado que

havia entre a Polícia Militar e os donos de pátios e de

guinchos uma contribuição mensal de participação pelas

apreensões, pela guarda de veículos.

A senhora tem conhecimento desses fatos

relatados em nossa Comissão?

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 53

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Tenho conhecimento daquelas

questões que saíram publicadas nos jornais, apenas do

que li.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – A senhora tem conhecimento dessa

condenação de vários oficiais da Polícia Militar, com

relação a essa situação do guincho e dos pátios?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA –

Com relação à condenação, não; às notícias que foram

veiculadas, sim.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Também pela imprensa?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Sim.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – A senhora exerceu o cargo de

Direção-Geral do Detran em que período?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Foi de 12 de março de 2007 a

17 de março de 2009.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Nesse período em que esteve à frente

do Detran, foi o período em que foram feitos os

credenciamentos dos pátios? A senhora chegou a fazer

algum credenciamento? Chegou a renovar algum

contrato?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Bem, como já tem sete anos,

terei dificuldade de me lembrar os credenciamentos que

foram efetivados ou renovados no meu período de

gestão. Protocolei um pleito no Detran, trouxe até uma

cópia, solicitando informações a respeito dessas

atividades que exerci no meu período de gestão. Mas

provavelmente sim, não sei se pátios, clínicas ou outros

tipos de serviços, efetivamente, trabalhavamos com

credenciamentos. Todos os serviços prestados eram

credenciados ao órgão: transportador escolar, pátio,

fabricante de placas, clínicas, de acordo com o próprio

Código de Trânsito Brasileiro.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Foi na sua gestão que iniciou o

credenciamento de pátio, foi depois ou foi antes?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Não, não. Foi anterior, já era o

exercício, já era prática no Estado, e demos

prosseguimento a essa prática, até por entender que

estava previsto no art. 22 do Código, senão me engano.

E, da mesma forma, na legislação do Estado, há

previsão de contratação de serviços por essa

modalidade. E o nosso entendimento, até segunda

ordem, é de que essa modalidade permite que não se

limite mercado, que se tenha uma amplitude maior, até

porque não se tem como quantificar o número de

prestadores de serviço – isso pelo menos não está na

legislação – era uma discussão que travávamos em

âmbito nacional – é importante falar isso – tanto no

Denatran, em nossas reuniões no Denatran e nas

comissões do Contran – Conselho Nacional de Trânsito

- debatíamos bastante essas questões, por quê? É

importante que imaginemos que a prestação de serviço

bem distribuída no território de cada estado e o número

de credenciados ou de prestadores de serviços, se

viessem a ser licitados, precisariam ser determinados; e,

para que isso acontecesse, precisaríamos ter, de alguma

maneira, uma relação do número de veículo, da frota

cadastrada em cada unidade da federação em relação ao

número de prestadores. E essa regra nunca existiu,

acabou não sendo normatizado assim pelo governo

federal. Então, continuamos tratando todos esses

serviços prestados pelo Detran no nível de

credenciamento.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – A senhora tem formação superior?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Sim. Sou engenheira civil e

tenho mestrado em transporte e trânsito.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – No período que a senhora exerceu

atividades lá, então a senhora entendeu que o sistema de

credenciamento é mais transparente e permite mais

participação do que a licitação pública?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – É. Quer dizer, até discutimos

isso, conforme acabei de dizer, em nível nacional, por

quê? Porque clínicas e outros serviços, talvez até pátios,

tenham um custo para manutenção dos serviços, em

nível de qualidade, tenham um investimento que

poderia até nos levar a pensar em fazer uma licitação,

mas não estava normatizado assim em nível federal.

Então, enquanto o Código de Trânsito apontava o

credenciamento como caminho, fomos seguindo essa

norma federal e a própria legislação do Estado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – A senhora usou esse sistema porque

acha que está no Código Nacional de Trânsito?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Sim. Está no art. 22 do Código.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Senhor Deputado Marcelo Santos,

gostaria de fazer alguma pergunta?

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Bom-dia, senhora Luciene Becacici!

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Bom-dia!

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – A

minha pergunta é basicamente as perguntas feitas pelo

54 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, saber quais

foram as renovações ou os credenciamentos novos

feitos na sua gestão. A pergunta que faço é a seguinte, a

senhora iniciou algum processo de chamamento público

para locação de uma área para depósito de veículos no

município de Serra?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Não. No meu período, não.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Senhor Presidente, é basicamente isso.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – A senhora tem conhecimento de que

isso foi feito?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Também pelo jornal,

recentemente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – No período seu lá, qual foi o processo

de aluguel de área que a senhora comandou?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Já tínhamos no estado uma área

disponível e isso não foi alterado, ficou como estava. E

na questão dos pátios, via credenciamento, prestávamos

serviços sempre que havia necessidade nos momentos

de blitze, de fiscalização, de ação de fiscalização, por

entender que em determinados casos é importante que o

veículo seja recolhido da via, se o cidadão estivesse

alcoolizado, por exemplo, ou se o cidadão não fosse

habilitado ou se tivesse com licenciamento vencido,

com multas acumuladas. Nesses casos, é natural que o

veículo seja recolhido ao pátio até que a situação seja

regularizada. Se for regularizada in loco, na via, ótimo,

o veículo nem precisa ser recolhido. Nos casos em que

não era possível resolver no momento, o veículo era

recolhido aos pátios, àqueles credenciados, sempre com

orientação de que o pátio deveria ser o mais próximo do

local da blitz.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Quantos leilões a senhora realizou

como diretora? Em qual período e por quantos anos?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Foram dois anos exatos.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Nesses dois anos, quantos leilões?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Bem, novamente, não me

lembro muito porque já tem sete anos, mas creio que

um leilão e deixei outro encaminhado, mas me

certificarei com as documentações que solicitei ao

órgão.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – No máximo, a senhora acha que deve

ter realizado uns dois?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Possivelmente. Leilão de

veículos é uma questão também bastante complexa, não

é uma questão simples. A legislação e a própria

resolução do Contran estabelecem um volume grande

de critérios para que você possa vistoriar

profundamente cada veículo, conhecer a realidade de

cada veículo, da documentação, a propriedade, se tem

alienação, se tem algum tipo de irregularidade, se é

veículo roubado, se tem condição de circulação. Tem

um cadastro muito profundo, a análise de chassi e muito

mais, até para definir, pela lei, se você vai leiloar como

veículo ou se você vai leiloar como sucata. Então,

chegamos a nomear comissão e vistoriadores e acho que

conseguimos concretizar um leilão e deixamos o

segundo encaminhado, se me recordo bem, mas a gente

pode se certificar com os documentos que solicitei ao

Detran.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – A senhora fez referência ao Código

Nacional de Trânsito.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Sim.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Qual é a previsão de leilão que tem

lá? Quais são as previsões?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – O Código... bem, não tenho o

Código de cabeça não, mas a previsão é de noventa

dias. Não é nem o Código que estabelece isso, é a

Resolução, acho que uma das resoluções do Contran. E,

enfim, hasta pública sempre que você possa proceder a

vistoria, que é recomendável, porque você está lidando

com propriedade de terceiros. Então, é de muita

responsabilidade leiloar veículos, a menos que você

tenha uma análise profunda da documentação. Sempre

que você tem um volume muito grande de débitos e

normalmente esses débitos são de vários entes, nem

todos do estado, muitos de fora do estado, a gente tem

que levantar essa documentação, anexar tudo aos autos

para cada veículo. Então, é um procedimento bastante

complexo para se executar um leilão.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – A senhora tem conhecimento de que

é ato de improbidade administrativa não cumprir a

legislação com relação ao que a lei prevê,

principalmente na questão dos leilões, ou isso não

passou pela sua cabeça?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Não, olhe bem, quando a gente

está trabalhando para cumprir o que a lei estabelece,

acho que esse é o esforço que cada gestor público deve

fazer. Não podemos cometer a irresponsabilidade de dar

passos sobre os quais a gente não tenha segurança, mas

se a gente está construindo a solução, acho que esse é o

caminho.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 55

ANJOS – PSD) – A senhora tem como comprovar que

não fez os leilões em face de algum impedimento? A

Comissão pretende, no final dos trabalhos, pedir ao

Ministério Público processar todos por improbidade

administrativa por não realizar, no devido prazo legal,

os leilões. Então, se a senhora tiver documentos, é bom

que já consiga levantar, porque vamos tomar esse

caminho.

A Procuradoria, com relação a essa parte do

Código que fala sobre leilão, veja o artigo, o inciso. É

282? O que fala qual o prazo que tem ser feito o leilão.

Eu sabia de cabeça, mas depois que o Vasco empatou

ontem fiquei meio desanimado e perdi a eficiência

mental de ontem para cá. Infelizmente... É porque viu a

camisa igual a do Vasco e perdeu ontem.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Resolução n.º 331 do Contran:

Art. 2º Constatada a permanência de veículo no

depósito do órgão ou entidade por período superior a

90 (noventa) dias, este será levado a leilão.

É esse o prazo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Mas acho que faz parte do Código

também.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – O Código estabelece diretrizes,

mas quem regulamentou foi o Contran através dessa

resolução.

O SR. VINÍCIUS OLIVEIRA GOMES

LIMA – Excelência, é o art. 328.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Leia para mim, fazendo um favor.

O SR. VINÍCIUS OLIVEIRA GOMES

LIMA –

Art. 328. Os veículos apreendidos ou removidos a

qualquer título e os animais não reclamados por seus proprietários, dentro do prazo de noventa dias, serão

levados à hasta pública, deduzindo-se, do valor arrecadado, o montante da dívida relativa a multas,

tributos e encargos legais, e o restante, se houver,

depositado à conta do ex-proprietário, na forma da lei.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Se me permite, deputado, essa

resolução estabelece detalhes de como proceder, ela está

mais completa do que está no Código, ela mostra o

quanto exigente é esse processo e o quão complexo ele

é. Razão pela qual, com base nela, a gente trabalhou

para que isso fosse viabilizado, mas, normalmente, isso

não é muito simples de fazer.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Trezentos e quanto do Código? Aí

fala que tem que ser regulamentado ou considera que

por aí está regulamentado?

O SR. VINÍCIUS OLIVEIRA GOMES

LIMA – Embaixo do artigo cita a Resolução Contran

n.º 331/2009:

Dispõe sobre uniformização do procedimento para

realização de hasta pública dos veículos retidos,

removidos e apreendidos, a qualquer título, por Órgãos e Entidades componentes do Sistema Nacional de

Trânsito, conforme o disposto nesse artigo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Então, o próprio Código já faz

referência, que regulamentou. É mais ou menos

parecido com o auxilio moradia que é concedido, mas

tem que ser regulamentado, e aí eles pularam a

regulamentação e já concederam. Então, aí, está

regulamentado por essa resolução. Então tem a

obrigação de fazer. Esse fato em si já gera motivo para

podermos pedir a apuração e denúncia por improbidade

administrativa por não ter cumprido os prazos de acordo

com o Código e com a resolução.

Tem a palavra.

O SR. EDUARDO ROCHA LEMOS –

Excelência, só para esclarecer, de modo geral, o Código

de Trânsito Brasileiro, como lei que o é, ele dá a

diretriz. Cabe ao Contran e, algumas vezes, ao Denatran

apenas regulamentar procedimentos. A obrigação para

realização de leilão e outro ponto que faz parte da

investigação da CPI, a licitação dos pátios, ela vem

como linha mestre, não poderia, sob hipótese nenhuma,

uma regulamentação inviabilizar ou mesmo ir contra o

que determina a lei de regência, que no caso é o CTB.

Então, assim, os prazos ali estabelecidos são

bem claros e toda a regulamentação, que é, de fato,

realizada por meio de resolução do Contran, ela deve

ser observada, mas nunca pode o gestor perder de vista

que os prazos legais devem, sim, ser obedecidos.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Licença, posso falar?

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – À vontade.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Em momento algum eu disse

que no Código não estabelece, não determina, o que tem

que ser feito; apenas que a resolução define como ser

feito. Tem que ser feito isso e isso. Agora a maneira de

fazer está padronizada na regulamentação, nessa norma,

e é essa norma, a ela que me referi, que traz o nível de

complexidade que nos dificulta essa ação.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Quais são as dificuldades que o órgão encontra, e que já

vem se arrastando desde muito tempo, para não realizar

o leilão a contento? Sempre quando realiza, é alcançada

uma ninharia de veículos que não alcançou, por

exemplo, os cinquenta mil, que estão abarrotando os

pátios hoje.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Eu só posso falar pelo período

que estive lá e nesse período o esforço foi bastante

56 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

grande para viabilizar por causa dessa realidade. Os

pátios lotados, os problemas de dengue, outras questões

que podemos citar e que nos preocupavam bastante.

Tivemos que contratar, tivemos que ter uma comissão

de análise de veículos e vistoriadores para fazer um

levantamento de toda a realidade de cada um daqueles

veículos, e são muitos em todos os pátios. E aí você

começa a encontrar problemas, como falei antes aqui,

há veículos roubados, veículos alienados, veículos com

débitos acumulados, você precisa ter a documentação

desse débito junto aos entes credores de cada um desses

débitos. Então, é uma tramitação, uma

burocracia bastante expressiva para que você possa,

como gestor, dar esse passo, tomar essa decisão, porque

a responsabilidade, no final, é sua, ao decidir por vender

bens, entre aspas, que não pertencem ao setor público.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O

Detran cobra o IPVA e o seguro obrigatório dos

cidadãos, que têm um prazo para pagar. Esse mesmo

Detran, que cobra e que dá um prazo, não quer saber

também da complexidade da vida do cidadão, se está

desempregado ou não, e apreende o carro dele, se for

parado em uma blitz. E esse mesmo Detran descumpre a

própria norma que editou.

Quais são as sanções ou a sanção que pode

alcançar o Detran - estou falando do departamento - que

não cumpriu a própria norma? Quer dizer, ele será

alcançado da mesa forma que o cidadão foi, ao ser

parado em uma blitz e colocado seu veículo em um

pátio? É complexo.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Sei que é complexo, concordo

que seja complexo, mas são situações... Inclusive, se a

gente pensar quando um veículo, por exemplo, está com

licenciamento em atraso e você vai verificar o que pode

estar por trás desse licenciamento em atraso, você vai

identificar que pode ser um simples atraso pela questão

financeira daquele proprietário ou uma série de outras

questões que colocam em risco a população de uma

forma geral.

Quer dizer, se você tem um veículo roubado, se

você não abordar esse veículo em uma blitz, você não

vai saber que é roubado. Se você tem um veículo

adulterado, também não vai saber se esse veículo é

adulterado.

É necessário que o poder público fiscalize e que

a legislação seja cumprida. Não discordo que o órgão

tenha que cumprir a legislação também, em momento

algum disse isso. Tanto não discordo, que a gente

trabalhou para fazê-lo e chegamos a fazer, mas não a

cada noventa dias um. As dificuldades realmente são

expressivas.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Queria, Senhor Presidente, com o respeito que tenho

pela Luciene Becacici, que é uma das poucas figuras

neste estado que conhece um bocado da área em que

atua, área de mobilidade urbana, tem todo nosso

respeito, pode ter certeza disso, mas na questão do

órgão, particularmente, não consigo entender, por mais

que a regulamentação tenha sido muito burocrática para

que se chegue ao leilão, Minas Gerais cumpre o leilão,

faz quinze leilões mensais.

O que não podemos admitir é que o Estado

continue a colocar veículos nos pátios sem fazer a sua

parte. Ou seja, que o atual diretor do Detran - que

entrou agora, espero que fique - possa estar aqui para

nos afirmar qual é o período, em quanto tempo vai

colocar esse leilão em prática.

Acho que temos essa condição, Senhor

Presidente, porque, senão, faremos todo esse trabalho e,

depois, continua a mesma coisa, olha, vai ser difícil

fazer o leilão e o diretor atual continuará seguindo a

mesma regra.

O período em que a senhora ficou, de 2007 a

2009, também seguiram outros diretores aqui. Então,

queria, Senhor Presidente, sugerir, logo no momento em

que pudermos deliberar, convocar o atual diretor, para

que possa vir aqui e apresentar o que entendo que é

prioridade naquele órgão: os leilões. Porque, daqui a

pouquinho são cinquenta mil, sessenta mil, setenta mil.

Ah! Fiz leilão para trezentos veículos. O que adiantou?

Nada.

Precisamos resolver, de uma vez por todas, a

questão desses veículos que estão lá nesses pátios

virando sucata, porque depois de três meses o cara joga

do jeito que quiser, porque já vai a leilão mesmo, não

interessa mais. E aí seremos responsáveis também. Ou o

Detran vem aqui e diz: Olha, tem um planejamento nosso para que possamos leiloar, e temos um Governo

de quatro anos.

Conversei, inclusive, com membros do

Governo semana passada e falei dessa preocupação

nossa com relação a isso, e o Governo disse que o novo

diretor tem essa missão de leiloar. Ele poderia vir aqui

falar, Senhor Presidente.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Queria só fazer mais um

registro, senhor deputado, se me permite.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Fica à vontade.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – No período em que eu fiquei à

frente do Detran, trabalhamos muito para uma série de

questões e, na questão da preservação da vida, as ações

foram inúmeras, mas também para modernizar e

reestruturar aquele órgão.

Chegamos com uma equipe bastante pequena

para as necessidades da casa, propusemos e deixamos

encaminhado na Assembleia um concurso público, que

só se efetivou depois da minha saída. Tínhamos muitas

pessoas se aposentando quando cheguei e essa foi uma

dificuldade real, sabe, deputado? Essa foi uma

dificuldade real que enfrentamos para dar conta de um

número muito grande de frente de trabalho, importantes

todas elas, tão importantes quanto as que estamos

trabalhando aqui. Tínhamos uma diversidade de

problemas e situações para serem resolvidas com aquele

quadro de servidores, e fizemos o melhor que pudemos,

efetivamente. Se não foi cem por cento, deixamos

muitas coisas encaminhadas para que fossem concluídas

a posteriori.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 57

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Nesses dois anos que a senhora esteve

lá, a senhora tem uma avaliação com relação à

arrecadação do Detran? O Detran arrecada muito?

Como é a situação?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Não lembro números,

deputado, mas a arrecadação é expressiva.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – É expressiva?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – É expressiva.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – A senhora apresentou ou conseguiu

encaminhar para o governador da época alguma

proposta de melhoria de salários ou de estudo?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Sim. Fizemos um programa de

reestruturação do órgão e o concurso público. Foi na

minha gestão que propusemos uma restruturação,

deixamos pronta e encaminhada. Chegamos a discutir

aqui na Assembleia também o concurso público, mas eu

saí antes que ele se concretizasse. Logo depois que eu

saí, o concurso se concretizou. Era um plano de carreira

para os servidores e esse foi um passo importante.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – A senhora tem cópia desse plano?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – O que eu não tenho comigo,

pedirei ao Detran.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Se puder depois encaminhar para nós,

porque o Detran tem salário que dá para rir, porque tem

salário de oitocentos reais, de novecentos reais.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – É verdade.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – E

tem caixa.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – É pedir para o órgão não funcionar,

porque se o Estado, através do Detran, não pode fazer o

leilão da forma como o Senhor Deputado Marcelo

Santos coloca, para que apreende então? Quem não tem

competência para poder cumprir a legislação, não pode

fazer a apreensão.

A senhora tem mais algum esclarecimento que

gostaria de fazer?

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Só gostaria de falar,

concluindo, que, às vezes, a apreensão é necessária para

tirar da rua alguém que pode provocar um acidente.

Nesses casos, acho que precisamos... De qualquer

forma, isso não significa que não deveríamos ter, talvez,

um volume maior de pátios distribuídos. Isso tudo são

questões que acho que ainda precisam ser mais bem

discutidas em nível nacional. Acho que essa matéria não

está bem tratada em nível nacional.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Já

acho diferente. Acho que o Estado não pode parar a

fiscalização, o Detran é que tem que fazer o leilão.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Sim, o leilão, mas e o número

de pátios e a distribuição dos pátios no território

estadual?

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Os

pátios estão abarrotados porque o Detran não faz leilão,

só por isso. Porque se deram três meses, leilão.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Estou me referindo à

distribuição territorial, deputado. Estou me referindo a

você ter disponibilidade de espaço não só na região

metropolitana, mas ter diversidade para atender.

O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) - Mas existe. Existe no estado inteiro.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Sei que existem, mas tínhamos,

às vezes, blitze em locais que tinham um translado

muito distante.

O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) - Mas diminuiu. Fizeram novo credenciamento. Diminuiu

da sua época para cá.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Aí não sei como está hoje.

Então, está ótimo.

O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) – Aí

alguns pátios fecharam porque, como não era feito o

leilão, o cara não tinha condição de colocar mais carro.

Então, o problema foi a não execução dos leilões.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Ok.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Primeiro que noventa por cento dos

carros apreendidos não são porque estão dando

problema no trânsito, eles são por causa de IPVA e

Licenciamento, que é a indústria que se criou ao

terceirizar, colocar nas mãos de terceiros condição de

ganhar dinheiro com o serviço que é o Estado que tem

de fazer. Então, não adianta dizer que é porque o carro

está na frente da garagem ou na frente do hospital ou na

frente de qualquer lugar, porque as apreensões não

registram isso. Todas elas registram falta de pagamento

de IPVA.

Então, o Estado, através dessa terceirização, e

hoje saiu publicado um decreto no Diário Oficial, o que

é mais uma vergonha, mais uma afronta a essa

Comissão, e vamos deliberar para o diretor do Detran

58 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

novo, que já entrou fazendo, dando poder à máfia do

guincho. Vou ler só a parte da resolução publicada hoje.

Uma instrução de serviço que diz no art. 2.º:

Art. 2.º. Os credenciamentos deverão ser renovados

anualmente no prazo legalmente previsto e terão suas vigências condicionadas até a data em que se iniciarem

os serviços de remoção, depósito, guarda e liberação de

veículos resultantes de regular contratação decorrente de procedimento licitatório realizado pelo DETRAN/ES,

em atendimento à Lei 13.160/2015.

Acho até que a assessoria já podia, com base

nessa instrução, analisar a possibilidade de pedir

providências duras contra o diretor do Detran, o atual,

que já entrou mantendo a situação que estamos

combatendo aqui, que é dos pátios. E ele nem bem

assumiu o Detran, já se rendeu à situação dos pátios.

Já disse aqui, se não mandarmos prender esse

pessoal, eles não vão parar de fazer essa palhaçada com

a população. Então, esse diretor do Detran já entra

aceitando o lobby dos pátios, o lobby dos donos de

pátios, para continuar roubando a população.

Então, vamos deliberar para ele vir depor aqui

na próxima semana e já, a Procuradoria apresentar, para

ver se podemos pedir ao juiz a prisão dele depois do

depoimento, porque isso é uma molecagem que não tem

tamanho.

Vamos agradecer a participação à senhora e

vamos ouvir o próximo depoente, que é o senhor José

Antonio Colodete.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Senhor Presidente, é importante

deixar a cópia do requerimento que fiz ao Detran,

solicitando documentos?

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Vou pedir a assessoria para tirar uma

cópia e deixar juntado aqui.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Então, tá. Muito obrigada.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Que junte aos autos.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – É para juntar aos autos. E se a

senhora conseguir depois o plano de carreira, mande

uma cópia para a gente.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Está bem, obrigada, então.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Muito obrigado à senhora.

A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI

ESTEVES VIANNA – Obrigada, bom-dia.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Avisamos aos presentes que o Senhor

Deputado Marcos Bruno está fazendo atendimento de

três funcionários no gabinete e ainda não pode descer

para vir à Comissão. Mas logo que S. Ex.ª atender os

funcionários dele, vai poder dar quorum aqui para nós.

Deputado, o senhor ouviu a resolução. Vamos,

daqui a pouco, colocar em deliberação para trazer aqui,

na próxima segunda-feira, o diretor-geral do Detran,

para ele explicar essa instrução de serviço, que no art.

2.º beneficia claramente os donos de pátio renovando os

credenciamentos.

Temos de entrar na Justiça contra esses

credenciamentos. Acho que a Procuradoria precisa de

tomar providências, porque eles não estão fazendo a

menor questão de respeitar o direito da população. Essa

resolução vem provar claramente que o diretor novo do

Detran está propenso e disposto a manter essa situação

de corrupção que tem no Estado do Espírito Santo,

principalmente fazendo com que esses credenciamentos

justificam o que tem sido feito pelo Detran, com esses

aluguéis de pátios superfaturados que temos

conhecimento.

Senhor José Antonio Colodete. Gostaria que o

senhor se identificasse, para a taquigrafia, o endereço e

nome direitinho.

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – É

José Antônio Colodete, o meu endereço é Rua

Constante Sodré, 1345, apartamento 401, Praia do

Canto.

O SENHOR PRESIDENTE – (ENIVALDO

DOS ANJOS - PSD) – Estamos, através do

Requerimento n.º 110/2015, que criou a CPI para apurar

denúncias relacionadas à “Máfia dos Guinchos e

Pátio/Estacionamento/Depósito” de veículos

apreendidos e possível conluio entre autoridades,

prestadores de servidores e lesão ao cidadão, além de

investigar participação de servidor público em empresas

terceirizadas com o intuito de lesar o contribuinte,

conforme o documento.

Esta Comissão Parlamentar de Inquérito foi

criada devidamente de acordo com o regimento, com a

assinatura dos Senhores Deputados suficiente, acima de

dez, com cópia de jornais como Folha Vitória, A Gazeta, A Tribuna, Século Diário, a coluna do Elimar

Côrtes, que é um jornalista que tem uma coluna bastante

lida aqui no estado. Além disso, tem uma copia de uma

denúncia firmada por quatro promotores de Justiça que

logrou êxito no juizado cível, e o juiz condenou vários

oficiais da Polícia Militar por conluio entre os pátios,

entre a Associação da Polícia Militar. Também ouvimos

aqui donos de pátio que confessaram que davam

dinheiro para essa associação de policiais militares, o

que ficou comprovado esse conluio entre a polícia, a

associação da polícia, e mais os donos de pátio. Esse

processo recebeu do juiz a condenação de vários oficiais

da Polícia Militar. O senhor tem conhecimento desses

fatos?

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Não

conheço, deputado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Não conhece?

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 59

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Não,

não conheço.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – O senhor nunca ouviu falar nisso?

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Eu

ouço o que tem saído em imprensa.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Então o senhor tem conhecimento?

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE –

Tenho conhecimento de que existe o assunto. Tenho.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – O senhor tem conhecimento, então,

que estão ocorrendo esses fatos no Espírito Santo?

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE –

Tenho. Disso tenho.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Peço uma intervençãozinha, já que

estamos aproveitando que a Senhora Deputada Janete

de Sá levantou o problema dessa instrução publicada

hoje. Estávamos aqui definindo convocar o diretor atual

do Detran para a próxima segunda-feira, para que

pudéssemos ouvi-lo com relação a essa desrespeitosa

instrução de serviço vindo de frente à Comissão

Parlamentar de Inquérito, para tomarmos essas

providências já na próxima segunda-feira. Já pedi à

Procuradoria para analisar a possibilidade, até, de

pedirmos o afastamento dele pelo fato de ter publicado

essa portaria. Aí vamos decidir isso segunda-feira.

V. Ex.ª concorda?

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –

Plenamente, Senhor Presidente.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Concordo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – O Senhor Deputado Marcelo Santos

também.

Qual é o problema da assessoria? (Pausa)

Fica designado, então, ouvirmos o diretor-geral

do Detran atual e vamos tentar ver pelo nome dos que

estão convocados fazer um remanejamento.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Senhor

Presidente, primeiro quero pedir desculpas por estar

chegando agora na reunião. Nós estamos presidindo

uma reunião com produtores rurais de todo o estado

devido à crise hídrica e ao endividamento da agricultura

e da pecuária. Só podia ser hoje, na segunda-feira,

porque o deputado federal Evair de Melo toca essa

discussão junto conosco e ele só na segunda-feira podia

nos atender. Por isso juntou tanto esta CPI do Guincho,

que é importante, quanto essa reunião que coloca a

gravidade da crise hídrica e do endividamento da nossa

agricultura e pecuária capixaba, nos forçando, inclusive,

a fazer uma movimentação em Brasília para poder

buscar o refinanciamento dessas dívidas.

Gostaria de pedir, Senhor Presidente, se é

possível, também, tendo quorum neste momento,

porque vou ter que me deslocar novamente para lá

porque estou presidindo a reunião, por ser presidente da

Comissão de Agricultura, deliberarmos uma visita

técnica, uma ida nossa aos pátios para verificar a

situação in loco desses pátios. Que fossem agendadas

entre nós essas idas aos pátios conveniados para

verificarmos a situação desses pátios. Porque muito nos

incomodou quando vimos essa Instrução de n.º 177,

agora, de 16 de outubro de 2015, onde, mesmo diante

de tudo que colocamos aqui, da necessidade de

licitação, está sendo estendido o período de

credenciamento por mais um ano para cada pátio

desses. Nem coloca, aqui, o prazo que isso estaria sendo

desmobilizado, em detrimento, inclusive, dos leilões.

De leilão, ninguém fala nada aqui. Não vem nada do

Detran falando quais os avanços em termos dos leilões,

o que andou em termos de leilões. Então, nada de que é

produtivo, que vai trazer recursos para o caixa do

Estado, e que vai acabar com essa máfia, essa falcatrua

desse pátio de cento e setenta e oito mil por mês,

sangrando os cofres públicos em um momento difícil

como este. Quer dizer, nada sobre isso é dito, mas o

recredenciamento, a manutenção do credenciamento

está aqui colocada, sem ter nenhuma explicação para

esta CPI. Em desrespeito ao nosso trabalho, está isso

aqui sendo colocado.

Então eu queria, além de chamar o diretor atual

do Detran, também fazermos uma visita in loco nos

pátios, principalmente nos que mais arrecadam, para

vermos a situação desses veículos nesses pátios

estocados.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Queria propor à deputada, sexta-feira

para fazer essa diligência é bom? Qual horário? Às 14h?

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Para mim,

está bom, Senhor Deputado. A hora que o senhor assim

determinar, vamos nos organizar.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então vamos pedir para visitarmos

dois pátios então, o Central Park e o pátio da Serra, o

milionário pátio da Serra. Então, a gente vai sair aqui da

Assembleia às 14h, na sexta-feira, para visitarmos esses

dois pátios, Central Park e o pátio da Serra.

Pedir providências ao presidente da Assembleia

e a Secretaria anotar isso aí, para fornecer os veículos

para a gente ir lá e fornecer segurança. Ligar para o

Ministério Público para acompanhar, ligar para a Polícia

Federal e o comandante da Polícia Militar para dar

garantia aos deputados, porque diante dessa... Pedir para

ir, ver se tem condições até de ir a tropa de choque,

porque diante disso aqui, dessa instrução, estamos

vendo que o pessoal dos pátios venceu uma queda de

braço no Detran. Então, para entrar nesses pátios,

queremos toda a segurança dos deputados. E os

funcionários todos da Comissão também têm que estar

junto lá. Quem precisar usar colete é só buscar lá em

Vila Velha.

Anotou tudo aí, Miguel?

60 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Convocação da senhora Hilda Rocha para ser

ouvida por esta Comissão; requerimento da Senhora

Deputada Janete de Sá para que a Comissão faça uma

vistoria surpresa nos pátios, que nós estamos decidindo

agora aqui; requerimento da Senhora Deputada Janete

de Sá solicitando ao Ministério Público a designação de

um promotor de Justiça nos trabalhos desta Comissão,

também está aqui agora e vamos deliberar com relação

a isso; e requerimento do Tribunal de Contas para

inspecionar e auditar os contratos de estacionamento

rotativo dos municípios de Vitória, Vila Velha,

Colatina, Guarapari, todos os municípios.

A Senhora Deputada Janete de Sá concorda?

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –

Concordo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Senhor Deputado Marcelo Santos?

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Concordo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então aqui vai acrescentar Guarapari

e Colatina. (Pausa)

A gente queria ouvir o diretor do DER, a gente

vai marcar uma data já para falar sobre radar, porque os

contratos de radar... Então já fica na outra segunda-

feira, sem ser a próxima agora, a outra, já convocado o

diretor-geral do DER, para trazer aqui todos os

contratos com relação a radar, credenciamento de radar

no Espírito Santo, que é outra máfia que está roubando

a população vinte e quatro horas por dia. E aproveitar

nesse dia e convidar o Senhor Deputado Bruno, que tem

debatido com relação a isso no Plenário, para ele

acompanhar aqui na comissão como convidado especial

para apurar, ajudar a gente a levantar aqui as questões

do radar. O Senhor Deputado Marcelo Santos já tem

uma ação com relação a isso, então a gente juntar todos

esses documentos para ouvirmos aqui, na outra

segunda-feira, sem ser a próxima, o diretor do DER. Se

é feriado, evidentemente nós pulamos essa. A próxima

segunda-feira que tenha reunião, para trazermos o

diretor do DER para poder falar aqui. O senhor Halpher,

não é? Para falar e trazer os contratos de

credenciamento desses pátios.

Então ficou deliberada toda essa agenda com a

presença da deputada, que vai ter que se deslocar em

função do encontro dos produtores lá, e a gente vai

tocar aqui.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Senhor

Presidente, eu também queria informar a todos que

temos uma sala-cofre aqui na Assembleia para onde

estou dirigindo os documentos sigilosos, já que na

minha sala estamos com dificuldade de ter um cofre

para poder manter esses documentos, e também todos

os documentos que foram depositados na CPI, para que

os nossos procuradores, Eduardo e Vinícius, possam

tomar conhecimento desses documentos sigilosos que

passarei para eles. Estávamos aguardando exatamente o

local para podermos reservar esses documentos, por isso

eles não puderam ser abertos. Passarei, nesta data, para

os nossos procuradores, e a eles será dada – e eu queria

pedir a V. Ex.ª – autorização para eles manusearem

apenas esses documentos na sala-cofre. Eles tendo

acesso a essa sala para manusearem, para poderem ir

trabalhando a questão do relatório que precisa ser

encaminhado. São muitas questões, já irem analisando

as peças para formação de nosso relatório.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Muito bem.

Fica comunicado. Encaminhar essa publicação

à Procuradoria para analisar, ainda esta semana, para a

Comissão apresentar um projeto de decreto legislativo

sustando esse ato e todas as outras providências,

inclusive denúncia ao Ministério Público para apurar

com relação a essa publicação, mas especialmente um

projeto de decreto legislativo para a Comissão assinar

propondo ao Plenário a sustação da publicação dessa

instrução normativa.

Daremos início ao esclarecimento do senhor

José Antonio Colodete. Fizemos a convocação do

senhor para explicar, e o Senhor Deputado Marcelo

Santos fará a pergunta, apenas com relação a um ato de

uma assembleia, quer dizer, o conselho do Detran fez

uma reunião e decidiu autorizar a contratação de um

pátio de estacionamento. Essa reunião do conselho não

teve a presença do secretário, que é o presidente do

conselho, secretário de Transporte. Acho que é de

Transporte, na época não sei se era de Transporte, e foi

presidida pelo presidente do conselho e dada essa

autorização para esse contato, e esse contrato foi

assinado pelo senhor, porque administrativamente

aquilo que é decidido no conselho regula.

Passo a palavra ao Senhor Deputado Marcelo

Santos apenas para o senhor recordar essa situação, se

foi realmente o senhor que concluiu.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Senhor José Antonio Colodete, bom-dia. Cumprimento-

o e lhe agradeço a presença. Na verdade, queremos só

tirar alguma dúvida, que é o rito normal da Comissão.

Teve a ata de chamamento público de número 05, que

culminou na contratação da locação de uma área na

Serra, amplamente citada aqui.

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE –

Certo.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Na

época, não sei se o senhor continua no Detran?

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Não.

Saí em janeiro.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Na

época, quais foram os motivos para que esse... Foi uma

iniciativa da diretoria do senhor?

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Não.

Não. A iniciativa partiu do Carlos Lopes. Quando ele

chegou ao Detran... Essa questão de pátio já é antiga no

Detran, de anos. A questão grande era a superlotação

dos pátios e tinha que arranjar uma solução para esse

problema. Como diretor administrativo financeiro, eu

participava muito pouco disso, mas sei que o Carlos

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 61

constituiu uma comissão que teve a incumbência de

chegar a uma definição do que seria melhor para o

Detran, naquele momento, para tentar solucionar essa

questão de carros que ficam em pátio de

estacionamento. Essa comissão, dentre outras coisas,

sugeriu que fosse alugado um pátio maior onde o

Detran pudesse concentrar. Vamos imaginar que tivesse

que descredenciar um pátio, não teria para onde levar os

carros. Um exemplo é o pátio de Aribiri, o proprietário

entregou, não queria mais ser credenciado, ficou dois

anos até conseguir transferir os carros dali para outro

lugar porque não havia espaço. Não existe espaço. Uma

das coisas seria para se ter uma flexibilidade maior no

tratamento com os credenciados proprietários de pátio e

o objetivo maior também, que o Carlos tinha muito

carinho por isso, eu sei, é a reciclagem de veículos, que

chegou a fazer uma. Então, precisava de uma área

considerável para isso. O motivo foi esse.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Houve algum questionamento, no período que foi

confeccionado não só o edital, do princípio da

publicidade? Foi dada a publicidade devida a esse

chamamento?

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE –

Olha, foi publicado. Era necessário. Foi publicado sim.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Competiria também à Comissão Permanente de

Licitação.

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Foi

feito chamamento público, não foi feita uma licitação

para isso, foi feito chamamento público. Sei que

apareceram..., não participei do processo diretamente,

mas foram em torno de sete ou oito empresas que

apresentaram propostas. Algumas foram

desclassificadas, sei que remanesceram cinco propostas,

e destas, foi escolhida a de menor preço.

Agora, publicidade, teve.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O

senhor conheceu o senhor Wallace Gomes, assessor

especial?

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Trabalhou lá no Detran.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Indicação do senhor Carlos Lopes.

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Ele

era assessor do Carlos.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Senhor José Antonio Colodete, conheço o trabalho do

senhor e sei que é um homem sério, estou falando isso

como vice-presidente da Comissão, ao lado do

presidente. Temos enfrentado um grave problema no

Estado com relação ao Detran, que é um órgão que

arrecada muito, e que seu intuito é meramente,

observando claramente hoje, tem uma função

arrecadadora, sem respeitar os princípios, inclusive, das

próprias leis que o conselho que rege, edita. Se você

tem que leiloar o veículo em noventa dias, o Detran

vem descumprindo essa regra ao longo dos anos. E não

justifica. A necessidade, como o senhor disse, é diante

de uma falha do próprio órgão em não leiloar: Então vou arrumar uma área para colocar os veículos, porque

eu não leiloei. Ou não leiloei da forma que deveria. Porque ter cinquenta mil veículos hoje abarrotando os

pátios é um número..., cinquenta mil estamos falando de

dois meses atrás.

A iniciativa do Carlos Lopes, se olharmos por

um prisma, é muito importante, porque você

descredenciou pátio e tem que arrumar outro para

colocar essa sucata, vamos dizer assim, Mas, por outro

lado, foi descumprido o que prevê o Código de Trânsito

de que se deve leiloar em três meses. Ah! É difícil! É,

mas é difícil no Brasil inteiro, e o Código diz que se

deve leiloar.

Estamos aqui cumprindo um rito, ouvindo

todos, a diretoria. Quero registrar que conhecemos o

trabalho do senhor a lisura dos atos que sempre praticou

no Detran, mas não isentaremos aqui o diretor-geral,

que teve essa iniciativa. Como diretor-geral, ele deveria

observar sob essa ótica e não pelo outro lado.

Senhor Presidente, tem uma manifestação do

presidente da Comissão Técnica, por mais que seja um

momento público, ele foi o cidadão que participou, o

Thiago Silveira Rocha, que está, inclusive, nessa data

que alteraremos.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Ele estará hoje.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O

Thiago está aqui, hoje, para que ele possa nos falar se

houve, de fato, a questão da publicidade, essas questões

todas.

Com relação ao José Antonio Colodete, só

tenho a agradecer a participação. Gostaria de registrar o

que ele mesmo disso, que não foi de iniciativa dele, que

era o que gostaríamos que V. S.ª pudesse nos comunicar

aqui agora.

Era o que tinha a perguntar.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Senhor José Antonio, o conselho

decidiu, e esse processo decidido no conselho foi para

suas mãos para preparar o contrato, não é isso?

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – O

contrato era preparado na área administrativa financeira,

tinha delegação, porque o contrato tem que ser assinado

pelo diretor-geral. Eu tinha delegação de poderes do

Carlos para assinar por ele. Então, normalmente, os

processos chegavam lá já completos, só para assinar

mesmo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – O senhor que elaborou o contrato?

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Não,

não fui eu que elaborei, foi elaborado no departamento

62 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

jurídico.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Isso, depois que saiu do conselho?

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – É.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Era de sua competência verificar a

idoneidade da empresa, a existência da empresa, ou era

da comissão criada para avaliação de quem seria o

menor preço? Quem é tinha essa competência?

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Sinceramente não sei responder se a comissão nomeada

teria que fazer essa avaliação de idoneidade da empresa.

Sinceramente não sei lhe dar essa resposta.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – E também o senhor não sabe quem

teria que avaliar se a empresa tinha know how na área,

período de existência da empresa, período de

localização da empresa?

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Não.

Confesso que não.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Onde é a sede da empresa isso o

senhor sabe?

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE –

Confesso que não me passou isso pela...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Mas o senhor sabe quem teria de

fazer isso?

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Nos autos constam o senhor Wallace Gomes.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Ele teria que fazer? (Pausa) Temos

que ouvir. (Pausa) Mas da próxima semana? (Pausa)

Tem alguma coisa que o senhor gostaria de

falar mais?

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Não.

Nada a acrescentar.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Agradecemos a presença ao senhor

nesta reunião, a disponibilidade de vir. Nosso respeito,

admiração e agradecimento por sua presença.

O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE –

Obrigado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – O senhor José Antonio Colodete está

dispensado. Solicito que lhe seja entregue comprovante

de comparecimento a esta Comissão.

Solicito à Secretaria que faça entrar o senhor

Thiago Silveira Rocha. (Pausa)

Senhor Thiago, gostaria que o senhor se

identificasse e desse o endereço da residência para a

taquigrafia anotar, por favor.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA- Sim.

Meu nome é Thiago Silveira Rocha, moro em Campo

Grande, na av. Nossa Senhora Aparecida, n.º 3, Dom

Bosco, Cariacica.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – O senhor foi chamado a esta reunião

com relação ao Requerimento n.º 110, que criou a

Comissão Parlamentar de Inquérito, conhecida como a

CPI da Máfia dos Guinchos, para apurar denuncias

relacionadas à máfia dos guinchos, pátio de

estacionamentos, depósito de veículos apreendidos e

possível conluio entre autoridades, prestadores de

serviço e lesão ao cidadão, além de investigar a

participação de servidor público em empresa

terceirizada com o intuito de lesar o contribuinte,

conforme documentação anexa.

A CPI vai devidamente assinada pelos senhores

deputados, publicada no Diário Oficial do Legislativo.

Juntou-se cópia da Folha Vitória, de A Gazeta, de A Tribuna, do jornal Século Diário, do blog do jornalista

Elimar Côrtes, além de outros documentos que fazem

referência a esses fatos levados a público no estado do

Espírito Santo, como uma quadrilha que foi montada,

com respaldo do Detran, para assaltar os proprietários

de veículos no Espírito Santo.

Consta também nos autos cópia de uma

denúncia feita por quatro promotores em que

denunciaram um conluio entre a associação da Polícia

Militar com os donos de pátio, aqui confirmado por um,

ou pelo menos dois donos de pátio, que, realmente,

davam dinheiro para essa associação, e comprovou,

então, que havia uma contribuição entre os donos de

pátio, quem apreendia veículo, com o sistema da

Associação da Polícia Militar.

Essa denuncia acabou o juiz dando a

condenação de dois oficiais, dois coronéis, que foram

comandantes da Polícia Militar, e outros oficiais que

foram condenados a penas variadas, com relação a esse

assunto.

O senhor tem conhecimento disso?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA -

Conhecimento de mídia.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Mas o senhor sabe que está ocorrendo

esse problema no Espírito Santo?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Sim,

pela mídia.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – O senhor é servidor do Detran?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Não.

Servi ao Detran.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Em qual período?

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 63

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Período de 2013, 2014.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Em qual administração de diretor-

geral lá?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA -

Carlos Lopes.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – O senhor entrou com ele, antes ou

depois dele?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA -

Entrei depois, porque coloquei currículo no Detran.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Sei, mas você entrou depois da

administração dele?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Não.

Na administração.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Entrou na administração dele?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Sim.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – O critério em que você entrou lá foi

qual: prova seletiva ou qual foi o critério?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Não,

coloquei currículo para trabalhar.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Você colocou o currículo onde, na

mão dele ou...?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Não.

Entreguei no Detran e em outros locais também.

Entreguei o currículo para trabalhar.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – O senhor reside onde?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA -

Campo Grande.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Campo Grande.

Qual função o senhor exercia nesse cargo, era

comissionado ou contratado?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Comissionado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Qual era a função?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Lá eu

era presidente da CPL.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Da Comissão de Licitação?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Comissão de Licitação.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Mas sem ser funcionário efetivo?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Fui,

coloquei um currículo para poder trabalhar.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Você colocou um currículo para ser

presidente da CPL?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Sua especialidade é fazer licitação?

Processo de licitação?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,

fiz curso, trabalhei, sempre trabalhei na área pública,

sou bacharel em Direito e coloquei um currículo para

trabalhar na área.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Você foi nomeado em que cargo

então?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – De

presidente da CPL.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Existe esse cargo no Estado?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,

no caso...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Tenho trinta e poucos anos de

atividade pública...

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,

eu era assessor e fui nomeado. Fui assessor...

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O

cargo que você ocupou era assessor de qual nível?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Agora não me recordo, mas era assessor e com a

atribuição de ser presidente da CPL.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Você foi nomeado quando? Você se

lembra?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não

me lembro.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Não tem a data?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não

me lembro.

64 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Está ruim de memória, rapaz. Tenho

sessenta e cinco anos e se me perguntar coisa de quando

tinha cinco anos de idade vou responder. Sou da família

dos elefantes, tenho memória boa.

Você não se lembra da data. Qual foi o lugar

onde você foi localizado?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Na

CPL, fui colocado lá.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Foi nomeado e foi direto para a CPL?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Sim,

fui nomeado assessor e fui trabalhar na CPL.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – No dia que você entrou, já entrou e

foi direto para a CPL ou já entrou, ficou uns dias e

depois foi chamado para a CPL?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Acredito que fui nomeado e depois fui trabalhar na área.

Fui lá, sentei na área e fui trabalhando e, aí, já fui

assumindo um cargo na CPL.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Estou pasmo porque não sabia desse

episódio no serviço público. Primeiro que um gestor

público para poder dizer que é uma pessoa que tem boas

intenções não pode nomear, na comissão de licitação,

funcionário que não seja efetivo.

Como é que vamos levantar isso? Porque acho

que há impedimento total. (Pausa) Não. Não é de

bom... (Pausa) Demonstra que pode então. Já que você

falou que pode mostra, comprova que pode.

No serviço público, como dizia meu amigo que

foi prefeito, Elias Dal’Col, só permanece aquilo que as

pessoas acham que está errado; os que estão certo,

ninguém gosta, todo mundo reage. Você faz um negócio

corretamente, as pessoas reagem porque eles querem

um trem errado. E você colocar um cargo comissionado

para presidir uma comissão de licitação isso é contra o

princípio público, porque em comissão de licitação tem

que ser efetivo para, no mínimo, a pessoa ter medo de

perder o emprego público. Agora, quem vai ali

nomeado como comissionado para uma comissão de

licitação, qual é a responsabilidade que ele tem com a

atividade? Não estou fazendo referência a você, mas...?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Tudo

bem.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Quer dizer, o funcionário pode ficar

lá, fazer um monte de lambança e ir embora, e ser

exonerado. Então, a comissão de licitação, embora o

Marcelo Siano, que é um dos que atua na atividade

pública já há muito tempo, devia, não com o sorriso que

ele fez ali falando que pode, devia falar com sorriso

triste, porque é impossível você considerar que o

ordenador de despesa está com seriedade. Ele está

querendo fazer mutreta, porque um funcionário

comissionado você pode inclusive pressionar ele a fazer

o que você quer, sob pena de ser exonerado; agora, um

funcionário efetivo o cara pode falar: Não, isso eu não

faço errado. E ele não perde a função, ele tem

autonomia. Essa é que é a vitaliciedade. Por que juiz é

vitalício? É exatamente para não fazer o que o

presidente do Tribunal manda ou não ser subordinado a

fazer uma sentença ou uma decisão.

Conselheiro do Tribunal de Contas é vitalício

também, e tem gente agora que está querendo até passar

para setenta e cinco anos, já tem emenda para noventa

anos, porque o cara não quer sair do cargo, é

exatamente para ter independência. Quer dizer, se a

vitaliciedade garante que a pessoa tem que ter, e

inclusive inamovibilidade Você não pode remover um

juiz, um promotor, para garantir a ele o direito de ter a

decisão.

Uma comissão de licitação em que o cara é

comissionado, isso é, no mínimo, demonstração de que

está querendo fazer troço errado. Será possível que não

tem um funcionário efetivo no Detran que tem

capacidade de ser?

Ele está dizendo aqui que entrou num dia e no

outro dia já estava na comissão de licitação. Esse Carlos

Lopes é um cara cheio de inovação, aqui para nós. Ou

ele não tem noção de nada de serviço público ou,

lamentavelmente, não demonstrou que queria preservar.

O senhor assinou, comandou a licitação de um

contrato de aluguel, o famoso contrato milionário da

Serra. É isso?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Sim.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Qual foi o critério que o senhor usou

ali para poder garantir todos os direitos, toda a

legalidade pública desse contrato?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – A

CPL agia com os argumentos que entregues a ela. Foi

feito uma comissão e essa comissão estava instituída

para analisar os imóveis, para dizer a competência deles

e o grau de entrega dos envelopes deles. E isso foi

entregue para a CPL. A CPL não teve em nenhum

momento contato com isso. Foi entregue para ela o que

deveria... Por exemplo, a CPL recebeu da comissão a

informação que uma proposta atendia. De acordo com

essa informação recebida, fizemos o processo

licitatório. Em nenhum momento intervimos nisso, só

recebemos as informações. Uma comissão foi criada

para isso e a gente, com essa informação, trabalhou em

cima disso e fez a dispensa da licitação.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Outra coisa que não estou

entendendo, qual era a função dessa comissão? Era

fazer tudo, acertar tudo, combinar tudo e passar para a

CPL homologar?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não

sei. Eu sei que...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Não! Eu quero que você me fale o

que essa comissão fez, porque o que a CPL tem que

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 65

fazer eu sei.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Sim.

Nós fizemos o seguinte, foi feito um chamamento

público...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Através de quem?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –

Através da CPL. A CPL fez o chamamento. Foi feita a

abertura dos envelopes pelas pessoas que estavam

representando o local ou as empresas, se não me engano

foram oito empresas. Depois desse chamamento, esse

processo foi entregue. Foi criada uma comissão para

analisar esses imóveis, que não foi a CPL. A CPL não

se envolveu nisso.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Mas como que não foi a CPL se a

obrigação é dela fazer isso?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não!

A CPL recebeu a informação dessa análise de que havia

uma proposta vigente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Você recebeu isso como? Por escrito?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Está

nos autos. Está no processo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Você recebeu isso pela comissão?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Pela

comissão.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Então, você afirma que quem

escolheu e quem disse que a proposta era melhor foi a

comissão.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não!

Eu digo que foi analisado pela comissão e a comissão

fez o parecer dela, esse parecer foi entregue à CPL.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Então, não foi você que abriu os

envelopes?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não!

Quem abriu os envelopes no dia foi o pessoal do

chamamento público.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Mas você que disse que entende de

CPL, você não sabe que isso é uma obrigação e só é

função da CPL?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Nós

estávamos lá. Estávamos dirigindo o chamamento.

Quando acabou e todos eles foram abertos, os

envelopes, isso foi colocado pela CPL, foi organizado, e

isso foi entregue dentro do processo. Foi criado um auto

para isso.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Mas, aí, foi encaminhado à CPL ou

foi à comissão que fez o julgamento?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –

Como assim? Não entendi.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Foi a CPL que recebeu as propostas e

abriu ou foi a comissão que recebeu as propostas e

abriu?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não!

Essa comissão só apareceu depois que foi feito o

chamamento público. Foi instituída.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – O chamamento público é outra etapa.

Estou querendo saber quem foi que recebeu as

propostas e abriu as propostas.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Foi

no dia do chamamento.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Quem foi que fez? Foi você ou foi a

comissão?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não!

A comissão, a CPL, ela estava fazendo o chamamento

público junto com os membros das empresas que

entregaram os envelopes, e a partir do momento que

eles iam na ata, ia sendo feita a abertura desses

envelopes. Depois disso, foi colocado dentro dos autos

os envelopes que estavam sendo entregues no dia do

chamamento público.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – A nossa assessoria está dizendo aqui

que o art. 51, da famosa Lei n.º 8666, que já está

ultrapassada, está desde 1993 fazendo besteira. Diz

aqui:

§ 1.º No caso de convite, a Comissão de licitação,

excepcionalmente, nas pequenas unidades

administrativas (...)

Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua alteração ou cancelamento, e

as propostas serão processadas e julgadas por

comissão permanente ou especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles

servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da Administração responsáveis

pela licitação.

No caso do senhor, eram quantos membros na

comissão?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Acho

que eram cinco, se não me engano. Não lembro agora.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

66 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

ANJOS - PSD) – E todos eles eram comissionados?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,

tinha efetivo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Tinham quantos efetivos?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Acho

que a maioria era efetiva.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – E por que você presidiu? Você foi

eleito por eles ou foi designado? Como foi?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Fui

designado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Quantos comissionados tinham nessa

comissão?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não

me lembro. Acho que eram cinco ou seis e os suplentes.

Não me recordo agora.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Onde está o Marcelo Siano? Chame o

Marcelo. Quero que o Marcelo Siano mostre onde

achou que pode ser cargo comissionado. O que a lei diz

é obrigatoriamente efetivo. O número de efetivo em

uma comissão de três é, obrigatoriamente, dois. Não diz

que pode ser cargo comissionado.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Enquanto o Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos

procura uma informação, o senhor Wallace Gomes

exercia que função no Detran, quando você estava

presidente da CPL?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – O

Wallace, acho que era assessor do diretor.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O

senhor conhecia ele?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –

Conheci lá.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – De

Big Field, não? Aqui também se pode falar inglês.

O senhor recebeu recomendação do setor

jurídico do Detran dizendo que não foi dada a devida

publicidade no edital?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Eles se manifestaram nos autos dizendo que foi apenas publicado no Diário Oficial.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – O

setor jurídico falou e deu aval, na época, do

chamamento público. Por isso fizemos o chamamento

público, para dar veracidade, publicidade, que era a

ideia. A ideia era mostrar a veracidade do certame.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Os

procuradores aqui têm nos autos, foi identificada uma

manifestação do setor jurídico dizendo que não foi dada

a publicidade devida, não é isso? (Pausa)

Pegue o microfone, por favor.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Enquanto isso, estamos aqui com

nosso consultor Marcelo Siano, que vai ver se acha no

Código onde está dizendo que pode ser comissionado.

Você vai prestar depoimento, sente aí. Tem que

informar, porque o procurador já me informou, até

participei desse julgamento lá no Tribunal Contas, em

que recomenda, quase que obriga, que sejam todos

efetivos.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Com relação à publicidade, pois não.

O SR. EDUARDO ROCHA LEMOS – Especificamente com relação à publicidade, analisando

todo o processo que culminou na contratação do pátio

que os senhores estão investigando, houve uma

manifestação do setor jurídico do Detran que

recomendava que os chamamentos públicos fossem

realizados, até para dar maior publicidade e maior

firmeza no chamamento, fosse publicado em jornal de

circulação, o que, segundo foi possível apurar nos

documentos apresentados pelo próprio Detran, não foi

realizado. O próprio setor jurídico do Detran apontou a

necessidade dessa correção. Foi um posicionamento do

próprio Detran em relação ao processo específico.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Pelo

que sei, o chamamento público foi feito para dar

publicidade e legalidade.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – A

publicidade, o senhor acha que só publicando no Diário

Oficial é o bastante para um chamamento público?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,

porque a ideia era convidar as empresas.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Mas não foi, só foi no Diário Oficial. Como presidente

da Comissão de Licitação, o senhor tinha que estar

atento a isso.

Qual foi o outro órgão público em que o senhor

trabalhou?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –

Trabalhei na Prefeitura de Vitória e de Vila Velha.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Em que setor?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – No

setor de obras perto da licitação também.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – De

obras.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 67

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Isso.

E na Secretaria de Serviços.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Quanto tempo lá?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –

Fiquei lá uns dois anos, dois anos e meio.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Depois de lá?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –

Trabalhei aqui na Casa também.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Aqui na Assembleia?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –

Trabalhei também como estagiário na área.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Ah, estagiário.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –

Também.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O

senhor trabalhou em setor da Casa ou nomeado por um

gabinete?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Era

estágio.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Então, nomeado em algum gabinete?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Na

época, sim.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Em qual gabinete?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Na

época, do deputado Reginaldo.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Reginaldo Almeida, Naldinho.

Quando o senhor apresentou o currículo, o

senhor conhecia alguém que trabalhava no Detran?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –

Ninguém. Entreguei o currículo para trabalhar. Fui lá e

entreguei, como entreguei em vários órgãos.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – E,

aí, o senhor foi nomeado e foi imediatamente designado

a presidir?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não.

Fui lá e foi feita a entrevista. Várias pessoas foram lá.

No dia em que eu fui, tinham pessoas sendo

entrevistadas também. Fui lá, entreguei o currículo e ele

me entrevistou, ele fez uma entrevista comigo.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – E

imediatamente ele te nomeou?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não.

O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) – Depois da entrevista, o senhor foi aprovado.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não.

Ele me chamou depois de alguns dias. Não foi assim.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Ok.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Ele

me chamou depois. Eu fiz entrevista, falei com ele e,

depois de alguns dias, me veio o contato para poder

estar trabalhando.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Thiago, estamos em uma CPI. É estranho. Já presidi

comissão de licitação e eu era celetista em uma empresa

de economia mista. Não fui contratado e imediatamente

nomeado lá, não. Até porque, depois de muito tempo,

fui para lá e eu mesmo disse que não estava em

condições de presidir essa CPL. E por quê? Porque

carece de muita informação, de atualização e de uma

responsabilidade, como essa que estamos apurando aqui

agora. O que quero dizer para você é que a chance,

inclusive, de você ser alcançado nesse inquérito é muito

grande.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não

entendi.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – A

chance de você ser alcançado no relatório que nós

vamos fazer é muito grande. Até porque, primeiro, a

própria comissão jurídica do Detran diz que não houve

o princípio de externar a publicidade. Quer dizer,

publicar isso só no Diário Oficial? Um chamamento

público para uma área que custa cento e setenta e oito

mil reais, aliás, foi dado desconto, cento e noventa, aí o

cara deu um descontozinho para poder ajudar.

O que me chama a atenção é que uma

comissão, Presidente, tem um cidadão aqui chamado

Wallace que, volta e meia, como num disco, quando um

artista, incidentalmente, cai para melhorar uma música,

ele aparece, volta e meia, no meio do processo a título de corroborar, eu anexo a certidão da empresa tal, para

dar mais celeridade, como se fosse o despachante de

alguém, e é ele que assina, volta e meia, comunicando

isso com você na empresa.

Estamos, no seu caso, realmente, alguém

encaminhou para você para que pudesse, mas você diz

no despacho que não seria necessário fazer uma

licitação, mas sim um chamamento. É você que escreve

aqui.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Por

causa da lei. O Estado diz que para fazer um aluguel,

existia uma lei para que se fizesse o chamamento

público. Por isso que foi feito esse chamamento.

68 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Contratação, dispensa de licitação.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,

mas a dispensa foi feita porque a comissão que disse

que haveria uma única empresa válida. Se a comissão

tivesse dito que seriam duas, três, quatro, não teria sido

feita a dispensa, teria sido feita uma outra modalidade.

Isso não me cabia dizer, cabia à comissão que foi

instituída para isso. Só fiz o que a comissão disse. Se a

comissão tivesse dito que eram três propostas, ou quatro

propostas, seria, talvez pelo valor, tomada de preço ou

concorrência, mas isso não chegou a mim, o que chegou

a mim foi que somente uma empresa caberia ou teve

atendimento do edital, por isso que foi feita a dispensa.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Mas uma só empresa atendeu o que constava no edital.

Não foi o senhor que viu isso?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Foi a

comissão. Não fui eu.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Foi

a comissão. E o senhor presidia ela?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não.

A comissão que estava analisando as propostas.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Teve uma comissão só para avaliar as propostas?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Sim,

acho que foi instituída.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Para criar um problema que estão criando para o senhor

hoje? Eles criaram um problema para o senhor.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Eu só

fiz o que estava tramitado.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O

senhor está me entendendo?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –

Estou entendo o senhor.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Se

você tivesse olhado isso e tivesse dito: Não, gente,

como pode, de oito empresas, participar apenas uma?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Mas

isso passou por todos os trâmites, deputado.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Mas o senhor não acha que, no mínimo, ... Não existe

ninguém habilitado para colocar, só existia essa

empresa?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Foi a

comissão que disse.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – É

isso que eu quero dizer. É complicado.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Eu

fui com respaldo deles.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Você tem formação acadêmica em Direito.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Sim.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Deveria ter questionado isso no papel.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Pelo

procedimento, pelos trâmites que o processo passou,

para mim, ficou determinado pela comissão, ela foi

criada para isso.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – E

quem é que presidia essa comissão?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Acho

que era o Wallace que estava na comissão. Não sei, tem

que ver. Eu acho que era ele.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Senhor Presidente, sei que V. Ex.ª está prestando

atenção, colocaram ele: Daniel na cova dos leões!

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Existem rumores até de que você

participou desse esquema. Mas vamos estar em cima

provando, porque a sua atuação foi...

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Não estamos aqui dizendo que foi você. Os autos estão

dizendo aqui que...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Avalizou coisa errada, terá, agora,

que responder por isso.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Mas,

assim, tudo bem. Estou entendendo a alegação de vocês.

Só digo que eu só fiz as coisas de acordo com os

trâmites do processo.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Então, o senhor acha que estava correta, a comissão?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,

a comissão analisou...

O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) –

Para poder, agora, isentar o senhor ou não. O senhor

acha que a comissão trabalhou corretamente?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – De

acordo com o que foi passado, sim.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Estou falando... O senhor tem formação acadêmica de

Direito.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Sim.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 69

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Não estamos falando com um ninguém aqui, um

Tiririca da vida, não.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Entendo.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O

senhor acha que estava correto? Porque é esse o seu

papel apenas. O senhor acha que estava correto o

processo que chegou até o senhor?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – O

procedimento que foi feito...

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Legal, amplamente.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Pela

publicidade que foi dada, acredito que sim.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Que publicidade? Só foi publicado no Diário.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Olha,

deputado, nós fazíamos o quê? Existia um setor que

dava, fazia o...

O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) – É

legal, estou perguntando, só publicar no Diário Oficial,

o senhor acha que foi dada a publicidade?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não.

Entendo o que o senhor está falando. Não, mas...

O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) –

Então, está aí, responda: não.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,

tudo bem.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Não, Marcelo, não foi.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –

Estou dizendo que o procedimento que eu fiz foi de

acordo com o que foi feito nos andamentos dos autos.

Nada mais do que isso.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Sim, mas você endossou, tudo que

recebeu considerou como legal, para dar continuidade...

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Sim.

Porque o procedimento cada um fez a sua parte. Pelo

que recebi, eu entendi que era correto.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Dá uma olhada para mim na data da

publicação dessa comunicação no Diário para saber

qual dia da semana que foi. Vê se tem calendário para

saber qual dia foi publicado.

O senhor recebeu os membros dessa empresa

que assinou o contrato?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –

Nunca tive contato. O único contato que tive foi no dia

do chamamento com os representantes da empresa.

Nunca, nunca tive.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Quem fez a avaliação desses

documentos?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Foi

no dia a comissão.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – A pessoa responsável?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Do

chamamento público, foi eles que abriram. Agora, a

avaliação dos imóveis foi feita pela comissão. Eles que

disseram. Não foi a CPL. A CPL só abriu, juntamente

com os representantes, o envelope no dia do

chamamento.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Foi feita alguma visita técnica no

local dessas empresas?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Pela

CPL?

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – É.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,

nunca estivemos lá.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Você nunca fez em processo

nenhum?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,

nunca, só pelas fotos.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Só

abriram os envelopes, só isso?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Sim,

fizemos a abertura dos envelopes e encaminhamos. Foi

isso que fizemos. Na CPL, foi feito isso.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Em toda comissão de licitação que

você está, o seu comportamento é esse? Você não

verifica essas informações?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –

Não... A verificação foi feita pela comissão.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Você faz o procedimento, publica.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,

o que fizemos? Publicamos o edital...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – A publicação, foi você que assinou.

70 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Porque só a CPL pode publicar.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Sim,

fizemos o chamamento.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Aí a empresa apresenta um

documento dizendo: Olha, eu quero participar, está

aqui o nome da empresa...

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,

eles apresentaram os envelopes, de acordo com o que

estava no edital.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Preste atenção, tenha calma. A

empresa apresenta o documento dizendo: Eu sou, vamos

dizer, o Cunha, presidente da Câmara S/A. Então,

apresento a minha empresa lá. Você levanta a

verificação dessa documentação como? Você faz a

verificação, checa endereço, checa contrato, checa

tudo?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Isso.

Nós verificamos tudo, a documentação.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E não faz nenhuma diligência para ir

ao local, para saber se a firma existe, se ela está ali,

mesmo?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –

Então, para o senhor entender. Nós pegamos, fizemos a

abertura no dia do chamamento...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Não, não estou dizendo esse caso

mais, não. Quero dizer...

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – É

para entender o procedimento que fizemos.

Foi feito isso, a abertura, empresas que estavam

de acordo como o edital foram anexadas dentro do

processo; e quem não estava, foi deixado dentro do

processo fechado. Entregamos isso, porque estava

correto, de acordo, nós verificamos. A comissão

verificou, está na ata. Depois disso, entregamos o

processo para que, se fosse feita uma vistoria, seria para

a parte técnica, que saberia distinguir se aquilo estava

de acordo com que... Por exemplo, não foi a CPL que

fez. Fizemos o chamamento de acordo com o que foi

passado pelos técnicos da área. Então, eles tinham a

competência para dizer se isso estavam de acordo ou

não. Não era a CPL. Por isso que estou dizendo que eles

analisaram. Eles pegaram os processos, pegaram toda a

documentação, e se eles fizeram a análise, eles foram in

loco, não fomos nós.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Se tem comissão ou não tem

comissão, não faz a menor diferença, porque o

secretário da área pode fazer um pedido de abrir uma

licitação, o prefeito pode autorizar, ou o gestor, e vai

para a comissão de licitação para fazer essa

documentação. Se tem comissão, que na verdade tem

lugares que não é nem comissão, é começão, porque

cada um come dez por cento, outro come vinte. Quer

dizer, tem a começão. Agora, quem tem a

responsabilidade de fazer isso é a comissão de licitação.

Estou perguntando objetivamente isso: você

preparou o processo de licitação, publicou, recebeu a

documentação. Não interessa se a comissão pegou lá.

Você que deixou pegar. Você não poderia deixar pegar

porque isso é documento da comissão de licitação. Você

abriu, fez a ata de que quem ganhou foi fulano. Não é

esse o procedimento?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não.

No dia do...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Não, meu filho, não estou dizendo o

que aconteceu lá. Se você está dizendo que entende de

licitação...

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Mas,

não houve ganhador. É isso que estou dizendo para o

senhor.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Mas, de qualquer maneira, se há

ganhador ou se não há ganhador, quem tem que abrir e

quem tem que julgar, você e seus membros da comissão

é que têm que assinar e passar para o setor jurídico:

olha, quem ganhou foi fulano, ou quem perdeu, ou foi

deserto, não houve ninguém. É você que faz esse

documento. Então, você fez esse documento para a área

jurídica preparar o contrato do que você averiguou da

licitação. Não foi isso?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – É o

que eu estou dizendo. Nós fizemos o chamamento, e

esse chamamento, depois que nós fizemos a abertura

dos envelopes, juntamente com os representantes do

dia, nós colocamos isso dentro do processo e

encaminhamos para a área competente. Foi isso que nós

fizemos. Não tinha um ganhador. Isso ia passar por

análise. É por isso que estou dizendo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Mas você fez uma ata do que

aconteceu e mandou?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Do

dia, claro. Tem uma ata.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Você tem cópia dessa ata?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Devo

ter, mas nos registros do Detran tem.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Está dentro do processo?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Tem

ata do dia.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 71

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E o que a ata dessa primeira abertura

diz?

O SR. VINÍCIUS OLIVEIRA GOMES

LIMA – Essa ata narra apenas as empresas que foram

desabilitadas, logo de plano, por falta de documentação,

e posteriormente as outras que não tinham a proposta

adequada com metragem, o preço, restando apenas uma,

ao final, classificada. É apenas essa a narração da ata.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Mas fala que alguma empresa foi

classificada?

O SR. VINÍCIUS OLIVEIRA GOMES LIMA – Sim, apenas uma empresa, a ES.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Mas como é que o senhor disse que

não foi?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Eu

poderia ter acesso? Posso olhar a ata?

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Você tinha que ter vindo aqui com

esse documento, porque a situação sua não é boa não.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Mas

eu não fiz nada que me...

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Thiago, só para te esclarecer aqui, não foi dada a

publicidade que deveria ser dada para um chamamento

desses.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Tudo

bem, entendo.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Em seguida, oito empresas se habilitam para participar

do chamamento público. Como é que oito se habilitam

sabendo: Bom, eu me habilitei e não vou participar. Só

apenas uma fica. E aí, depois disso, surge aí, do nada,

essa comissão dizendo o seguinte: Olha, gente, é melhor

a gente pegar e fazer um contrato com essa mesmo, dispensar. Por que não foi feita outra, e aí dando mais

publicidade? Porque é estranho. É entranho. Como é

que oito participam. Aí o cara apresentou assim: Ah,

vou levar um documento que eu peguei uma nota de

combustível e vou apresentar para ver ser serve, ver se cola. Oito empresas participaram e apenas uma teve.

Como isso? Está entendendo? Tem lá, está escrito no

chamamento do que o cara precisa. Então, ele

apresentou, desculpa a palavra, Senhor Presidente,

apresentou de sacanagem isso. O cara apresentou: Olha, vou apresentar esse trem para lá. Vamos botar o que a

gente quiser aqui.

Aí que eu acho que você deveria ter feito o

seguinte, que deveria ser procedido outro chamamento,

dada maior publicidade, para não pagar a conta que

você está pagando agora. Eu acredito que você está

pagando a rodada de água mineral sem ter bebido. Eu,

particularmente, em princípio, acredito.

E aí, criaram uma comissão para avaliar, se não

me falha a memória, vou melhorar nos autos a leitura,

todos comissionados. A comissão de avaliação, todos

comissionados. A comissão que falou assim: faz isso

aqui; aí, o Thiagão foi lá e fez. Faz isso aqui; o Thiagão

foi lá e assinou. Colocaram Daniel na cova dos leões,

cara.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Eu

entendo, deputado.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Está entendendo agora? Não estamos aqui para te acusar

de nada, não, o problema é que está escrito aqui.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –

Estou entendo o que o senhor está falando.

O procedimento que eu fiz... Eu entendo o que

o senhor está falando, eu só estou dizendo que eu não

fiz nada achando ou entendendo que estava fazendo

irregularidade, porque o procedimento que foi feito, a

gente fez em cima da Lei de Alugueis do Estado. Então

a gente fez, e passou conforme a lei diz, que deveria

passar para a comissão. Foi por isso que foi passado

para a comissão. Por que eu pedi para olhar? Porque eu

passei todas as propostas para a comissão, passei o

processo inteiro. Eu passei o processo, e eles

analisaram. E quem disse que valia a proposta ou mais

barata ou única, foram eles que avaliaram.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Houve alguém chegando lá e falando alguma coisa...

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Comigo?

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – No

seu ouvido? Falando assim: Faz isso aqui, devolve, está

tudo certo.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Nunca, nunca.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Mas o senhor ouviu algum zum-zum-zum na época?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,

não ouvi, porque eu fazia o meu procedimento na sala,

sempre administrativamente. Sempre

administrativamente. Depois do chamamento público,

nós fizemos... Dentro da... Não foi ninguém, a portas

fechadas. A comissão olhou, separou tudo corretamente.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Presidente, eu acho que essa comissão todinha tem que

estar sentada aqui.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Fazer uma acareação. Vamos

aproveitar nos requerimentos, considerar naqueles

requerimentos, no dia do depoimento do diretor...

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

72 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Nós colocamos isso aí inclusive, Senhor Presidente, já

está. O senhor pode só reafirmar, está tudo aqui.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Qual é a data que está? (Pausa)

Mas é porque ele tem que vir aqui. Ele não está

nessa outra comissão.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Foi

alterada a data. Seria agora, ou não? Mantida, dia 29?

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Não, o dia que o diretor do Detran

virá aqui é a outra segunda-feira, não é isso? O diretor

novo? Nós deliberamos aqui.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Na

próxima agora.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – É na próxima. Então, virem também

todos os membros da comissão de licitação do período

do diretor Carlos Lopes.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Ele

é carioca de onde, o Carlos Lopes?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não

sei. Eu não tinha esse contato com ele.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – É

de Niterói.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Levantar lá no Detran quem foram os

membros junto com ele, ele pode até dizer os nomes aí,

para toda essa comissão estar aqui na próxima segunda-

feira. Nós vamos fazer uma acareação aqui.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Presidente, posso falar aqui para o senhor, a comissão, a

lista de Schindler?

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Pode dizer aí para a Secretaria

anotar.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Wallace Gomes, Lorena Bicalho da Silva e Roberta

Regiane Lessa. Essa aqui é a... Vou falar aqui agora...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Informar também que o diretor

Marcelo Siano, já depois de ler a 8666, já admitiu...

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – E

o senhor fala que eu que sou o jurista, não é?

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Admitiu que está errado em comissão

de licitação ser cargo comissionado. Ainda mais ser só

cargo comissionado, porque a lei diz que no mínimo

dois, em uma comissão de três. Mas não diz que é

comissionado o outro membro, diz que tem que ter no

mínimo dois efetivos. Pode ser um contratado, pode até

entender que seja comissionado, mas nunca pode botar

para presidir comissionado, ainda mais se for, essa

comissão do Carlos Lopes, for totalmente comissionada.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Só

para mostrar para o senhor aqui como é que só dá o tal

do Wallace Gomes aqui. Só dá ele. Tem um ofício que

ele encaminha à Coordenação de Contrato do Detran

que ele diz o seguinte no final, abre aspas:

No intuito de corroborar

Ele é gente boa para caramba...

com a maior segurança desse órgão, foi apresentada pela empresa a certidão negativa da Prefeitura da

Serra em referência à empresa Araçaúna

Empreendimentos Imobiliários, antiga proprietária da área ofertada, demonstrando a regularidade fiscal

junto à municipalidade.

Veja bem: a empresa apresentou, e ele aqui fez

o serviço até de despachante, Senhor Presidente, no

intuito de dar... Assim, é um servidor público moderno,

eficiente. Esse é o cara que coordenou os trabalhos aí.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Nós vamos fazer cópia também desse

depoimento dele, com cópia da comissão com relação

àquele processo ali, para encaminhar ao... Eu vou levar

pessoalmente ao Ministério Público pedindo a abertura

de inquérito para apurar essa comissão de licitação e os

atos dela nesse processo de aluguel dessa... Para extrair

cópia, fazer um ofício, que eu vou encaminhar

pessoalmente ao procurador de Justiça, pedindo para

abrir inquérito contra esse ato aí.

O senhor tem alguma coisa a mais que o senhor

gostaria de dizer com relação a esses atos que o senhor

praticou como presidente da Comissão de Licitação do

Detran?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Os

atos que pratiquei, pratiquei entendendo minha

legalidade. Não tive pressão, não tive ninguém em meu

ouvido falando nada. Fiz de acordo com o que estava no

chamamento público e tenho plena convicção de que

entreguei isso à comissão para a comissão fazer os

trabalhos dela. O que me veio foram as informações. A

partir do momento em que entreguei e disse que era

somente aquela empresa, porque recebi, está no meu

despacho, deputado. Meu despacho diz que a comissão

analisou. Por isso fizemos isso. A partir desse momento,

não vi mais o processo. Nem toquei. Acredito que se

fez, foi porque voltou alguma coisa. Mas a partir desse

momento, os atos que fiz foram prezando a legalidade.

Não tive contato, seja com o diretor, com o Wallace,

nunca foi me cobrar nem pedir nada. Sempre via o procedimento administrativo. Acho importante frisar

isso.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Se eu puder aconselhar, porque

conselho ninguém dá, se fosse bom vendia, mas prepare

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 73

sua defesa com relação a sua atuação lá, porque se você

não permitiu, alguém o usou para levar algum tipo de

vantagem.

Consideramos encerrados os trabalhos da

Comissão Parlamentar de Inquérito. Na próxima

reunião, dia 26, segunda-feira, ouviremos os outros

convocados.

Em nome de Deus, agradeço a todos a

presença, a participação, a paciência e a ajuda nos

trabalhos hoje.

Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a

reunião e convoco os Senhores Deputados para a

próxima, à hora regimental.

Está encerrada a reunião.

Encerra-se a reunião às 12h46min.

COMISSÃO PARLAMENTAR DE

INQUÉRITO DA MÁFIA DOS GUINCHOS.

VIGÉSIMA SEGUNDA REUNIÃO ORDINÁRIA,

DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA

ORDINÁRIA DA DÉCIMA OITAVA

LEGISLATURA, REALIZADA EM 26 DE

OUTUBRO DE 2015.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Havendo número legal, invocando a proteção de

Deus declaro abertos os trabalhos desta Comissão.

Convido a Senhora Secretária a proceder à

leitura da ata da vigésima primeira reunião ordinária,

realizada em 19 de outubro de 2015. (Pausa)

(A Senhora Secretária procede à leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS -

PSD) - Solicito à senhora secretária que proceda à

leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

EXPEDIENTE:

CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:

OF/CMC/CPI Guinchos n.º 006/2015, da Câmara Municipal de Colatina, encaminhando cópia de

denúncia anônima recebida pela CPI dos Guinchos,

instalada nesta Câmara, para conhecimento e

providências que se fizerem necessárias.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Junte-se aos autos e dê ciência à

relatora.

Esse processo é uma denúncia que a Câmara de

Colatina, da CPI de lá, apurou. Está encaminhando o

que são denúncias consideradas graves e que estou dando ciência à relatora. Quero pedir ao procurador

para acompanhar para vermos se pode resultar em

convidar alguém para depor.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

Processo Administrativo n.º 154063/2015, do senhor

Thiago Silveira Rocha que, por motivo de compromisso

agendado anteriormente, não poderá comparecer à

convocação nesta data.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Solicitarei à secretaria da comissão

porque demos um despacho nesse ofício que era o de:

Ciente, avise-o que serão usadas as regras da lei para

seu comparecimento, pois não foi anexado nenhum

comprovante.

Foi refeito esse ofício desse rapaz porque ele

alegou que não poderia vir, mas não apresentou nenhum

documento. Então, mandei que reiterasse que ele tinha

que ter comparecido.

A SR.ª SECRETÁRIA – (KARINA

EUZÉBIO CERQUEIRA) – Foi refeito, Senhor

Deputado, para o senhor assinar agora.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Pedirei para ele entrar em contato e

ver se tem como fazermos porque é para o coronel

Pimenta ajudar a buscar esse rapaz, e arranjar uma

viatura para buscarmos ele. Ele é o presidente da

comissão de licitação, então, se ele não comparecer, não

vamos ter êxito em nosso trabalho. Então, temos que

ver a forma que podemos buscá-lo por intermédio da

polícia agora.

Tem o telefone dele? Pelo endereço é só o

coronel ligar para a viatura, para o pessoal que está em

Cariacica, e apanhar ele. É mais fácil fazer assim. Tem

o endereço da residência dele. Manda fazer contato. Se

ele não aparecer, vamos fazer um...

Vamos suspender o trabalho por cinco minutos,

mas, antes, faremos a leitura de um documento.

Nos dias 14/09/2015 e 21/09/2015, durante o período

matutino, e no dia 05/10/2015, no período vespertino,

foram realizadas diligências no Edifício Guizzardi Center, um centro comercial localizado na Rua Padre

Antônio Ribeiro Pinto, 195 - Praia do Suá, Vitória – Espírito Santo, 29052-290.

O edifício possui duas portarias, sendo que a primeira, estão os porteiros Osmar e Osvaldo. Na segunda, a

senhora Izabel.

Poucas informações foram passadas pelos mesmos, referentes às atividades da direção da empresa ES

Construtora e Incorporado LTDA.

Senhor Deputado, sabe que empresa é essa? É

a que locou o pátio do Detran.

Segundo os porteiros, dificilmente veem a chegada ou a

execução de atividades e algum representante da empresa. Também informaram que também não

possuem nenhum contato com a empresa ou com algum

funcionário da mesma.

Seguem em anexo as fotos das diligências realizadas no Edifício Guizzardi Center. Seguem em anexo, também,

as fotos realizadas nos pátios do Detran no dia 09 de

74 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

outubro de 2015, em Cariacica-ES.

Os pátios estão localizados na Rodovia do Contorno da BR- 262, ao lado do leito do Rio Santa Maria da

Vitória, comprometendo, assim, a qualidade dos cursos

fluviais locais.

Tem outra:

Gostaria de denunciar mais um absurdo da máfia dos guinchos. Somente o proprietário do veículo pode

retirar o veículo guinchado.

Aconteceu comigo: estava viajando de São Mateus para

Vitória, veículo do meu filho, fui guinchado em Linhares. Meu filho estava viajando para São Paulo e o

carro ficou uma semana no pátio.

Aconteceu com um amigo: a esposa dele teve um carro

guinchado em São Mateus, mas ele estava viajando para Vitória, e enquanto não chegou o veículo ficou

retido no pátio.

Sem lógica. Quem está dirigindo o veículo é o

responsável pelo mesmo. O pátio pode e deveria fazer uma pesquisa para saber se o carro é roubado, caso

contrário, quem estivesse dirigindo poderia retirar o

veículo. Att. Welington Secundino. São Mateus.

Esse é outro problema que também eles utilizam. Se

você estiver dirigindo um carro e se o carro não estiver

no seu nome e for apreendido, mesmo comprovado que

o carro não é roubado e nem nada, a pessoa que estava

com o carro, mesmo pagando as taxas, não pode retirar

o carro. Ele tem que ficar apreendido até o dono do

carro chegar. Isso ocorreu, também, com o Padre Édson.

O carro que estava com ele foi apreendido e estava em

nome da Diocesana de São Mateus. Foi preciso esperar

uma pessoa que é presidente da Diocesana vir de São

Paulo para retirar o carro.

E o pessoal entende que isso é feito para poder

justificar as diárias que os pátios...

Nós temos várias fotos dessas diligências que

comprovam as denúncias de pátio na beira do lençol

freático, perto dos córregos. Vou passar às mãos da

relatora para examinar depois e ver se a gente vai ouvir,

também. Esses depósitos são verdadeiros depósitos de

mosquito da dengue. Aqui tem as informações. Estamos

fazendo diligências com relação a essa situação.

Essa aqui é uma diligência sobre a localização do

escritório da empresa que alugou o pátio para o Detran,

que não funciona, e também dos pátios de Cariacica, da

Central Park.

Vou registrar a ilustre presença do Senhor Deputado

Bruno Lamas na Comissão, convidado que foi e que são

permanentemente todos os deputados para participarem

da Comissão. Na nossa Comissão, inclusive, nós

permitimos, com a aquiescência dos membros da

Comissão, que os deputados desta Casa possam fazer

questionamentos, fazer perguntas, porque a intenção da

CPI é o bom andamento e o bom desempenho. Então,

todos podem participar.

Estamos tendo conhecimento de que o Senhor Thiago

não atende ao telefone. Então, vamos optar para

registrar na ata a vinda coercitiva dele na próxima

segunda-feira que não é feriado. Porque funcionário

quando escuta trabalhar em feriado, eles gritam logo.

Foi chamado aqui o senhor Carlos Augusto Lopes, que

se encontra presente; Roberta Regiane Lessa, que ainda

não se encontra presente; Wallace Gomes, que se

encontra presente; Lorena Bicalho da Silva, que

também se encontra presente; Ítalo Leonardo Amaral,

que se encontra presente; Felipe Rodrigues, que está

presente; e o senhor Thiago, que não compareceu.

Nós vamos definir pela oitiva desse mesmo grupo de

pessoas, porque nós não podemos ouvir o pessoal que

compareceu com prejuízo da ausência do Thiago,

principalmente dele, que era o presidente da comissão.

Também faltando a senhora Roberta Regiane Lessa.

Então pedir que a Procuradoria providencie também que

os dois, a Roberta e o Thiago, venham no sistema

coercitivo de presença, conduzidos, e notificar aos que

estão presentes aqui, evidentemente pedindo desculpas

a eles, porque como os depoimentos têm que ser com

uma espécie de acareação, quer dizer, para confirmar

entre a comissão criou o projeto e a comissão de

licitação, quem foi que fez o expediente. A presença do

Thiago é importante pelo fato dele ser presidente da

CPL. Então a gente vai remarcar, sendo que a Roberta e

o Thiago virão através das vias convenientes para

poderem registrar a presença.

Nós vamos consultar a Senhora Deputada Janete com

relação a essa posição, mas nós não temos outra

alternativa a não ser fazer o adiamento, assinar aqui o

atestado de presença dos que vieram... A senhora tem

alguma objeção, ou concorda com essa...

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Não, Senhor

Deputado. Eu acredito que fazer a oitiva dos demais

integrantes da comissão sem a presença do Thiago

Silveira Rocha, que era o presidente da comissão que

trabalhou essa questão do levantamento e da dispensa

de licitação para o pátio de Campinho da Serra,

compromete a nossa oitiva. Compromete a acareação.

Então, no meu entendimento, deve ser definido que eles

sejam conduzidos de forma coercitiva, porque isto é

uma CPI, isto não é brincadeira, para que eles venham

aqui prestar os devidos esclarecimentos para a

sociedade. Como servidores que eram na época no

Detran, eles têm participação significativa nesse

processo e têm que vir aqui na comissão, sim, dar os

devidos esclarecimentos.

No meu entendimento, na próxima segunda-feira, após

o feriado, que eles sejam conduzidos para que a gente

possa ouvir todos em uma só reunião, onde a presença

do presidente é determinante.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS –

PSD) – Comunicar também aos presentes e à CPI que

foi feita uma visita no pátio da Serra, Campinho da

Serra. Esse é o pátio alugado por cento e setenta e nove

mil reais pelo Detran. Nessa visita técnica nós pudemos

observar que o local realmente é adequado, muito bem

fechado. É realmente um pátio que atende às exigências

e mantém todos os bens apreendidos separados, sem

serem amontoados, como teria que ser a

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 75

responsabilidade do órgão.

Nós fizemos um levantamento aqui com relação ao

custo do pátio mensal e o faturamento que esse pátio

pode gerar, já que ele é feito exatamente para fazer os

leilões. Nós observamos que lá se encontram cerca de

dez mil motos. Elas estão todas separadinhas, tudo

dentro realmente da destinação necessária. Elas são

exclusivamente para sucata. Todos os veículos que

estão lá, motos e carros, são exclusivamente para leilão

e considerados como sucata. Depende de vistoria,

depende daquilo para poder fazer o leilão. Nós fizemos

uma conta lá, que cada moto equivale mais ou menos...

No leilão, se ela for vendida como sucata, ela vale vinte

e quatro reais, se verificado seu peso por tonelada de

sucata. Ou seja, o Estado gasta por mês, cerca de cento

e setenta e oito mil para armazenar veículos, que na

melhor das hipóteses, valem juntos, duzentos e quarenta

mil. Se leiloar tudo o que está nesse pátio, vale duzentos

e quarenta mil. E o Estado mantém esse patrimônio de

duzentos e quarenta mil.

Tiramos uma moto no meio lá, estava

apreendida em Aracruz, tinha oitocentos e nove dias

que foi apreendida lá e veio para esse pátio para ser

leiloada pelo preço de vinte e quatro reais, e está desde

maio no pátio.

Então você tira uma conta aqui: se aquilo tudo

for leiloado vai gerar para o estado duzentos e quarenta

mil. Aí você conta: maio - baseado só nessa moto, mas

tem apreensão anterior - então maio, junho, julho,

agosto, setembro e outubro. Quer dizer, seis meses de

cento e setenta e oito mil para receber duzentos e

quarenta.

O questionamento que tem sido feito aqui é

exatamente que esse valor de aluguel é absurdo. E se

tem um serviço, uma área alugada para fazer leilão do

que está guardando lá é muito mais econômico, muito

mais sensato, o Estado comprar área a manter uma área

de aluguel para colocar equipamentos que não vão valer

nem dez por cento, vinte por cento do valor que gasta de

despesa.

A gente está levantando esse questionamento e

nessa vistoria que foi feita, pudemos observar que o

único pátio de manutenção de veículos que existe na

Grande Vitória, dentro da lei, dentro dos parâmetros de

respeito ao consumidor é exatamente esse pátio

alugado, embora o preço dele seja exagerado.

Fizemos também uma visita ao pátio do Central

Park e gostaria que a Senhora Deputada Janete de Sá

falasse sobre isso, da diferença de uma coisa para outra

que a gente observou nessas diligências.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Senhor

Deputado, bem apropriado a fala de V. Ex.ª. A gente fez

questão de fazer essa visita, propusemos aqui na

comissão de fazer uma visita in loco no pátio que é

alugado pelo Detran e no pátio que é credenciado pelo

Detran.

Em um dos pátios, no caso a gente optou por

estar visitando o que mais arrecada que é o Central Park

e o pátio alugado que é o pátio Campinho da Serra.

A diferença é muito grande! Significa que,

quando a questão está na mão do Estado, tem outra

conotação. Nesse pátio apesar de muito elevado o valor

mensal, mas queria dizer Senhor Deputado, que ali, não

digo que se justifica, mas não seria muito diferente esse

valor, tendo em vista as obras que vimos.

Vimos um pátio, com certeza, o proprietário já

devia ter, inclusive, encomendado para ele, que fizesse

aquela obra toda que ganharia a licitação. Aí que ele,

porque nem houve licitação, mas que ele seria o pátio

escolhido. Aí que está o vício que é um problema muito

grave que o Poder Público combina com a iniciativa

privada uma situação. Ali está claro que aquilo foi feito

para exatamente ser alugado para o Detran e no prazo

de cinco anos, o proprietário tirar, inclusive, um bom

lucro em cima desse negócio. E depois, caso o Detran

não quisesse mais continuar alugando, teria um

excelente imóvel que foi pago com recurso do Poder

Público devido a uma combinação, que ali no meu

entendimento está clara.

Mas, quero também deixar claro que o pátio

foi feito de forma adequada, de maneira equilibrada os

veículos, de maneira ao estado ser fiel depositário, em

condições de devolver esse veículo, esse bem privado

em condições boas de devolver, porque existe regra

para condicionar, existe espaço para haver

movimentação. Ou seja, a coisa é muito mais respeitosa

e equilibrada nesse pátio que é alugado.

Agora o mesmo não se pode dizer do Central

Park. Realmente o que nos faz crer é que o proprietários

desses pátios que são credenciados alugam uma

pequena extensão de área, amontoam e empilham os

carros um em cima do outro. Hoje, se alguém quiser

resgatar seu bem, não tem como. Primeiro porque está

todo deteriorado e amassado devido à ação do tempo, de

chuva, de poeira e do empilhamento. Está todo

deteriorado. Segundo porque fica até difícil de localizar.

São verdadeiras montanhas, um verdadeiro desrespeito

com a coisa privada e com o cidadão.

O cidadão está pagando. Ele cometeu infração e

teve seu bem retido. Para tirar, tem que pagar a estadia.

Agora, pagar a estadia de quê? Aquilo não é estadia. Na

estadia, pelo menos no prazo legal de noventa dias, esse

veículo ou essa moto têm que estar protegidos, devem

ser limpos pelo menos de quinze em quinze dias, pois

tem que manter o bem. O bem está guardado sob a

tutela do Estado. Então, ele não pode ser deteriorado. O

proprietário está sendo penalizado duas vezes. Ele

cometeu a infração e pela regra do Código de Trânsito

Brasileiro está sendo punido. Está pagando e sendo

punido. Agora, ele não pode ter o bem totalmente

vilipendiado. É o que acontece nesse pátio Central Park,

onde fica tudo amontoado.

Inclusive, não sei como os funcionários desses

proprietários conseguem trabalhar porque até as

condições para trabalharem no dia a dia são precárias,

são péssimas. Fomos recebidos pelo proprietário, que

estava de bermuda e sabia que íamos ao local. Ele nem

chegou se apresentando para se oferecer a apresentar as

condições do pátio. Não tinha nem como ele mudar a

cena do pátio porque é precaríssima. Nem em um mês

ou em seis meses ele conseguiria resolver aquele

problema porque é precaríssimo. Então, é claro que

aquilo foi criado, em meu entendimento,

provisoriamente pelo Detran. Quando o Detran teve

essa ideia, penso que foi uma atitude provisória, mas

76 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

infelizmente fez do provisório o permanente. E o

permanente se tornou uma gambiarra porque aquilo é

uma gambiarra, um desrespeito, um pátio totalmente

sem condições de funcionar.

Espanta-me, Senhor Deputado Enivaldo dos

Anjos, o novo diretor do Detran, que pese sobre ele

minha consideração, carinho e respeito, ter sido

induzido ao erro de recredenciar, de estender o

credenciamento. Verificarei por quanto tempo, se foi

por um ano ou se foi um tampão, por dois meses, que

até justifica. Gostaria até que o Jadir me dissesse isso,

se foi por um ano, se foi por dois meses, por quanto

tempo foi estendido o credenciamento. Porque esse

credenciamento é imoral e indecente. Aqueles pátios

têm o único objetivo de aferir lucro, de ter vantagens, de

enriquecer algumas pessoas. Aquele pátio não é para

guardar bem de ninguém, mas para tirar vantagem

pessoal das pessoas que infelizmente cometem... Têm

um problema, normalmente são pobres, não puderam

pagar seu IPVA, as taxas normais e tiveram seu bem

totalmente destruído.

Pude ver que havia uma Mercedes e um Land Rover no local. A Mercedes está há quase um ano no

local e não estava empilhada porque é carro de rico.

Não estava empilhada. A Land Rover estava muito bem

adequada, mas o carro dos pobres, das pessoas

humildes, que não têm condições de pagar suas taxas e

por isso tiveram seus carros apreendidos, estão lá

amontoados sem condição nenhuma de uso e vão à

sucata mesmo.

Se alguém quiser complicar o Estado, pode

fazê-lo, Senhor Deputado. Basta entrar com uma ação

na Justiça pedindo que localize seu carro nas condições

que foi entregue ao pátio. Já que o Detran deixou ficar

lá por cinco ou dez anos, o veículo ou a moto têm que

estar em condições de uso. Porque o Detran deixou. O

Detran não fez o dever de casa de fazer o leilão. Está

em uma demora muito grande. Muito demorado, mesmo

com diretor novo. Quero ressaltar que esse leilão não

anda. Muito demorado. Os leilões precisam sair. Vimos

que o que tem lá é sucata.

Fiz uma conta rápida do pátio, que é um pátio

bem estruturado, o de Campinho da Serra, mas o

proprietário já levou, já embolsou um milhão e sessenta

e oito mil reais de aluguel, quando tudo que está lá se

for leiloado dá de retorno duzentos e quarenta mil reais;

e olhe lá. Isso é brincadeira. Isso é brincar com o

dinheiro público. Isso não pode acontecer. E nós,

capixabas, assistimos a uma covardia dessas contra o

erário público, pacíficos. É por isso que tem muita gente

que infelizmente trabalha como nomeados no serviço

público e sai rico dele, porque certamente está fazendo

falcatruas e bandidagem. E nós temos, nesta comissão,

Senhores Deputados Enivaldo dos Anjos e Marcelo

Santos, o poder para discutir e regular melhor esse

setor, temos a obrigação de levantar todos esses dados,

doa a quem doer. As pessoas precisam ser punidas,

porque no Brasil precisa acabar essa história de que é

fácil lesar o erário público, é fácil roubar o dinheiro do

povo. O povo não pode se conformar com isso, porque,

na medida em que alguns mandantes, em que algumas

autoridades políticas botam a mão no dinheiro que é do

povo, falta, falta dinheiro para a saúde, para a educação,

falta dinheiro especialmente para a segurança, falta

dinheiro para tudo, para as políticas públicas que o povo

de nosso país, tanto precisa.

É uma obrigação nossa, doa a quem doer, mas temos

que levar a sério essa questão, não tem esse negócio de

passar a mão na cabeça. Se observarmos colega nosso

que quiser passar a mão na cabeça, para que esses

bandidos não sejam punidos, sinceramente terá nossa

reprovação e a nossa denúncia para a sociedade, porque

não dá para ser conivente com essas atitudes.

Vi lá o Central Park, Senhor Deputado Marcelo Santos,

uma vergonha, aquilo é para enriquecer as pessoas,

aquilo é para poder deixar uns mais ricos em detrimento

da desgraça, em detrimento do sofrimento das pessoas

mais humildes, que muitas vezes, não tendo condição de

pagar suas taxas, acabam tendo seus veículos

apreendidos numa blitz, e não tem como retirar mais, se

retirar vai pegar o veículo ou sua moto totalmente

destruída, porque aquilo ali não foi feito para guarda de

veículos e sim para enriquecimento ilícito de alguns que

com certeza, são apadrinhados, porque não tenho

dúvida nenhuma de que esse credenciamento apadrinha

alguns.

É o que tenho a dizer, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS –

PSD) – Gostaria de ouvir dos membros da comissão,

aproveitando que o senhor Jadir está aqui e tem vindo

nas reuniões para prestar algumas informações, porque

a Senhora Deputada Janete de Sá colocou uma questão

que também estava em dúvida. Mas, o Senhor Deputado

Marcelo Santos estava participando da outra comissão,

acho que está aqui porque ele andou olhando isso.

Mas tenho a impressão que no edital de

licitação para pátio, é que estabelece quais são as

condições, que tem ser murado, essas questões, quer

dizer, no edital consta isso. Esse edital é publicado e as

empresas que tem interesse, tem que primeiro fazer

aquilo ou elas já têm que ter aquilo pronto?

S. S.ª poderia nos esclarecer.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – S. S.ª poderia

sentar para nos esclarecer algumas questões.

Também gostaria de perguntá-lo, Senhor

Presidente, em seguida, sobre esse documento que saiu

de prorrogação dos contratos de credenciamento, qual

seria o prazo, se isso está funcionando, se vocês deram

uma parada, porque, realmente, não iremos aceitar isso

não. Credenciamento, Central Park naquelas condições,

é inadmissível, que tire aquilo tudo de lá e transfira para

o Campinho da Serra, pois tem espaço para colocar lá.

Mas é inadmissível, já que pagamos cento e setenta e

nove mil reais por mês, então, já que tem que botar

aquela entulharia, entulha lá em Campinho da Serra,

porque, pelo menos dará uma destinação, acaba com

esses contratos, para de alimentar esses convênios, e

bota tudo na Serra.

Gostaria de saber também o prazo, se vocês pararam

que essa sanha, se realmente viram o ato que fizeram,

que acredito tenha induzido o novo diretor a erro, e

quem o induziu a esse erro. Isso é um erro admissível.

Primeiro responda ao Senhor Deputado Enivaldo dos

Anjos, e em seguida gostaria que respondesse essa

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 77

questão do credenciamento.

O SR. JADIR TOSTA JÚNIOR - O prazo seria só

para conclusão da licitação que seria prevista para ser

concluída até a entrada em vigor da nova lei. Essa ação

foi uma ação...

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Como é? De novo.

O SR. JADIR TOSTA JÚNIOR - O prazo

inicialmente que estava sendo pensado era até a

conclusão da licitação. Só que à medida que muitas

incertezas estão... Para que o Detran resolva o

problema, como a licitação, provavelmente não sairá no

prazo, tomou-se a ideia de se fazer essa instrução de

serviço. Mas o diretor está revendo o ato e já está

estudando uma nova saída. Estamos estudando uma

nova saída, muito provavelmente, acredito que será

revogada, sim.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Com relação à questão da licitação

do pátio, quer dizer, o procedimento é o normal. Foi

feito o estudo da necessidade do tamanho e consta da

portaria do edital: quais são as condições. Mas no edital

estabelece que tem de estar pronto na assinatura do

contrato ou para participar para apresentar proposta tem

de estar com área pronta?

O SR. JADIR TOSTA JÚNIOR - No projeto

básico, pelo menos que me lembre, visava duas coisas:

poderia a empresa apresentar pronto ou construir; desde

que num documento assinasse e desse garantia que faria

o trabalho.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Até porque é justo. Só seria assinado

o contrato, depois que ganhasse, apresentasse o

contrato.

O SR. JADIR TOSTA JÚNIOR - Sim.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Estou falando com relação a isso

mesmo. Tínhamos a informação de que ... porque nesse

caso não tem como direcionar, foi feito um edital.

Quem quis se habilitar ao edital, teve que assumir o

compromisso de entregar essa área de acordo com o

edital, não é isso?

O SR. JADIR TOSTA JÚNIOR -

Exatamente. Feita a publicação, apresentaram os

interessados. E do resumo que acabou fazendo do

processo - não trabalhei nele na época – mas pelo

menos do resumo que pegamos do processo, várias

empresas apresentaram essas propostas.

Essas propostas datavam-se se o cara tinha uma

área que poderia estar sujeita a alagamento, tinha que

ter muro, câmera, pensando que o trabalho de

vigilância, o trabalho de segurança era prioridade nesse

caso.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Essas etapas foram cumpridas, não é

isso?

O SR. JADIR TOSTA JÚNIOR - Foram.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Porque se essas etapas foram

cumpridas, acaba as dúvidas com relação a

beneficiamento de alguém, por que se isso faz parte do

edital, é evidente que, por exemplo, se tem oito

empresas, as oitos não construirão o pátio porque se

uma só vai ganhar, o que os sete farão com o pátio?

Tem que depois de ganhar ter um prazo para apresentar,

assinar o contrato e começar a receber. Então, essas

regras foram todas cumpridas?

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Senhor

Deputado só queria ressaltar, quem é louco? Vimos a

obra lá, são verdadeiros galpões. Foi acomodar num

modelo que atendesse o Detran. Quem é doido fazer

uma obra daquela se não tiver a garantia de que ganhará

a licitação?

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Mas aí é o seguinte, funciona como

licitação e outras obras. A pessoa recebe o edital,

analisa, vê o custo para fazer aquela obra para atender,

mas não tem que fazer primeiro para participar, porque

senão oito fariam e o que os outros sete que não

ganharam fariam Então, depois que é vencedor pelo

preço é que tem o prazo para construir e assinar o

contrato. Só estou perguntando se essa regra foi ....

O SR. JADIR TOSTA JÚNIOR - Não

participei do processamento em si, participei de uma

fase anterior que fez um estudo. Então, basicamente a

justificativa no estudo era que tivéssemos condições de

acabar com o empilhamento de veículos, tivesse uma

estrutura para ter espaço para manejar leilões. Como

vocês virão no Central Parque não se consegue nem

desempilhar o veículo para fazer a identificação dele,

entendeu? Então...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Essa questão entendemos, o fato de

às vezes insistir no depoimento de uma pessoa, nesta

reunião, às vezes ela vem, fica nervosa e não fala.

Questionei o Thiago Silveira Rocha se tinha

feito vistoria? Respondeu-me que não foi ele. Quer

dizer, o presidente de comunicação de licitação é quem

tem que fazer, mesmo que tenha um grupo ... Por isso

estamos chamando-o de volta, junto com a comissão,

para saber se o processo concluiu todas as etapas de

publicidade.

A Senhora Deputada falou aqui e eu também

estava falando que foi entregue para beneficiar alguém.

Se foi feito dentro da regra, então, todas as pessoas

tiveram oportunidade de encarar: Vou construir isso

aqui para alugar. É lógico que a pessoa constrói depois

que ganha, não vai construir antes.

O SR. JAIR TOSTA JÚNIOR - Sim.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, a gente quer a comissão aqui

exatamente para poder esclarecer isso, se esse sistema

78 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

de vistoria, de tudo isso foi feito por que visitamos in loco e verificamos que, realmente, lá está tudo dentro

do padrão. Quer dizer, aquele sistema ali é que é o

sistema que tem de realmente o Estado garantir o

patrimônio apreendido da pessoa. E entendemos

também... fui ao pátio Central Park também e vi o

absurdo que está lá, mas acho que mais responsável por

aquilo ali, além do dono do pátio, mais responsável do

que o dono do pátio é o diretor do Detran, por quê?

Porque o carro que está lá acima do prazo de noventa

dias, não é mais do pátio; o pátio não tem que arranjar,

não tem que mais ficar lá com ele todo enfileirado

direitinho, quem tem que fazer isso é o Detran que tem

que tirar ele de lá.

O SR. JAIR TOSTA JÚNIOR – Sim.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS –

PSD) – E no caso tem que tirar de lá hoje para levar

para esse pátio milionário por que me falaram lá que o

terreno é mais... que o metro quadrado lá é mais caro do

que o de Ipanema, no Posto 9, onde Romário pratica

futevôlei, no Rio de Janeiro. Mas, de qualquer maneira,

esse pátio está dentro dos padrões.

Então, todo entulho que tem nos outros pátios... e aqui

não é fazer defesa de nenhum deles, mas esse entulho a

partir de noventa dias o Detran tem que tirar de lá e

botar nesse pátio.

O SR. JAIR TOSTA JÚNIOR – Não só isso, também

processar os leilões.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS –

PSD) – Exatamente.

O SR. JAIR TOSTA JÚNIOR – Para que haja uma

entrada e saída dos veículos. A ideia é fazer um

processamento dos leilões ali. De fato, o diretor agora

está trabalhando nesse sentido. Foram emitidas

cinquenta e três mil notificações aos proprietários dos

veículos que estão com os veículos nos pátios e dentro

de vinte e cinco dias, meados de 15 de novembro,

vamos fazer as notificações dos outros sessenta editais

de notificação para esses veículos, cumprindo, assim, a

Resolução n.º 331 que obriga essas notificações antes

do processo de leilão.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS –

PSD) – Muito bem. Vamos passar a palavra ao Senhor

Deputado Marcelo Santos. Temos também que deliberar

com relação às próximas reuniões e também para S.

Ex.ª registrar. Lamentamos, não é Senhora Deputada,

que S. Ex.ª não pode comparecer nas visitas porque

estava o sol muito quente e tem gente que a pele não se

adapta muito ao sol quente... aí fomos lá eu, a Senhora

Deputada Janete de Sá e o Senhor Deputado Marcos

Bruno; visitamos tanto o Central Park como o

Campinho da Serra.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Senhor

Presidente, obrigado pela defesa já prévia que V. Ex.ª

apresenta. Tive uma agenda doméstica inadiável com

meu filho Guilherme, mas sabia que seria bem

representado pelo presidente e pela relatora que se

fizeram presentes nessa visita importante.

Quero aproveitar, Senhor Presidente, mesmo não

estando presente na visita, para registrar e pedir a esta

comissão que pudesse submeter em votação o voto de

louvor à Polícia Militar do Espírito Santo na pessoa do

tenente-coronel Carlos Ney de Souza Pimenta, tenente-

coronel Pimenta, e também do subtenente Ecyr e do

Sargento Roberto que estão lotados no QCG, diante do

que vêm prestando auxilio a esta comissão, em especial,

a essa diligência que foi feita nos dois pátrios.

Os policiais que aqui estão têm feito um trabalho de

auxílio a esta CPI e digno de registro, uma vez que não

só por este parlamentar, tenho certeza de que pelos

demais competentes, mas por todo corpo de servidores

que auxiliam esta CPI, bem como aqueles que nos

assistem na galeria percebem a atividade e a presteza

desses policiais. Então, pediria à comissão que

submetesse o voto de louvor ao comandante da Polícia

Militar em face do tenente-coronel Carlos Ney de Souza

Pimenta, do subtenente Ecyr e do sargento Roberto

lotados no QCG.

Senhor Presidente, só para complementar, já saindo da

fase, desse pleito, dizer da importância da CPI e do

resultado dela. Falei há pouco com a Senhora Deputada

Janete de Sá, que é nossa relatora, que no relatório deve

constar, primeiro, a questão salarial dos servidores do

Detran. É inadmissível um servidor ser responsável de

um PAB e ganhar oitocentos reais.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS –

PSD) – Oitocentos e cinco.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Acrescido... oitocentos e cinco reais para ser

responsável e responder pelo órgão estadual de trânsito,

uma responsabilidade enorme e que não é enxergada

pelo próprio Departamento de Trânsito a

responsabilidade desse servidor. Então, tenho certeza de

que um órgão que arrecada muito e muito mesmo, pode

muito bem melhorar as questões salariais dos servidores

como um todo, para que sirva de estímulo até para que

eles possam se debruçar e apresentar uma proposta de

leilões, que nós já deveríamos ter feito. O Senhor

Deputado Enivaldo dos Anjos foi muito feliz, pois não

são os pátios que são responsáveis pelo acúmulo de

veículos que ultrapassaram os noventa dias não, é o

Detran, que imprimiu a própria regra e não a cumpre.

Ora, se a lei é clara que em noventa dias tem que leiloar,

quem é o culpado? É o Detran, é ele mesmo. O culpado

não é o mordomo não, é o Detran.

Então, Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos e Senhora

Deputada Janete de Sá, quero justificar minha ausência,

volto a dizer, pois estava em uma missão oficial com o

meu filho Guilherme e não poderia deixar de tratar

dessas questões, mas eu sabia que eu estaria bem

representado pelo Presidente e pela nobre relatora.

Gostaria que fosse submetido o voto de louvor e

encaminhado ao Comando-Geral da Polícia Militar pelo trabalho que vem desenvolvendo de apoiamento, ao

tenente-coronel Pimenta, ao subtenente Ecyr e ao

sargento Roberto, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS -

PSD) – Vamos submeter à votação incluindo nesse

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 79

ofício de agradecimento que faça parte do registro

funcional dos funcionários também da comissão, porque

até o Marcelo, que o pessoal fala que só fica em

gabinete refrigerado, esteve presente acompanhando

também e não reclamou de calor. Então, quero fazer

também um agradecimento aos policiais, aos nossos

procuradores que compareceram e a todos os

funcionários que comparecerem, menos o Miguel que

não teve coragem de comparecer. Senhora Deputada

Janete de Sá?

A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – Vejo no mesmo

caminho também, pois acho que tem que se prestigiar

esses colegas que foram e fizeram um bom trabalho de

apoio à nossa diligência, os procuradores e o pessoal da

TV que estiverem naquele sol escaldante, mas todo

mundo junto na diligência, preocupados em respeito a

toda essa situação, bem como aos servidores do Detran

que saíram do escritório do Detran e foram ao local nos

atender e dar as informações necessárias. Então, acho

que cabe essa deferência a todos que nos ajudaram.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS -

PSD) – Também voto a favor. Fica aprovado. À

secretaria para oficiar, no caso de todos os servidores,

para constar na ficha funcional dos servidores.

Vou submeter, agora, também, para não esquecermos, a

ata que foi lida à aprovação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) –

Como lida.

A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – Como

lida.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Ata aprovada como lida.

Da transposição dos trabalhos da CPI para o próximo

ano.

Como votam os Senhores Deputados?

A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – Voto com

a transposição.

O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) – Com o pleito.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Também.

A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – Quero

acrescentar o seguinte, Senhor Deputado, quem está

pensando, quem está imaginando que esta CPI vai

acabar logo, principalmente os pátios que estão de bico

aberto porque não estão tendo espaço para comprar a

Guarda Municipal. Infelizmente, os servidores que não

são corretos, e não são todos, são poucos, graças a

Deus, do Batalhão de Trânsito, que estão com o bico

aberto, quero passar o recado de que esta CPI só acaba

quando termina, quando essas questões estiverem

disciplinadas, quando conseguirmos fazer com que os

leilões aconteçam, quando os pátios estiverem

esvaziados, quando não tiver mais credenciamento e

quando a modalidade de estarmos tomando esse serviço

seja pela modalidade de licitação que é a correta e que

está prevista em lei.

Então, sou favorável à transposição e vamos

sim discutir essa questão até essa situação ser resolvida

em benefício de nossa sociedade.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Senhora Deputada, teremos uma

vitória muito maior do que essa, que seria a vitória do

povo em não ter nem licitação, que esse serviço seja

prestado pelo Detran, porque não pode transpassar esse

serviço para mão de particulares porque eles só pensam

em assaltar a população.

Estamos trabalhando e acho que vamos

conseguir essa vitória para que o Detran assuma a

responsabilidade de ter o pátio próprio, e que já tem, e

de não permitir que terceiros entrem no meio da

arrecadação e da população, para evitarmos a corrupção

de guardas, não são todos, mas alguns aceitam, e para

evitarmos a corrupção até de associações que já foram

beneficiadas e que têm sentença nesse caso. A melhor

saída para o Espírito Santo é acabar com o pátio na mão

de terceiros, porque se tem que dar lucro, tem que ser o

Detran que explora. Vamos ter essa vitória se Deus

quiser.

Depois darei a palavra a todo mundo.

Temos também que aprovar a condução

coercitiva do Thiago e da Roberta.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Já colocou

em votação a transposição da CPI?

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS –

PSD) – Isso.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Voto

favorável.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Favorável?

E com relação à condução coercitiva do Thiago e da

Roberta para a próxima segunda-feira que não seja a do

feriado?

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Voto favorável,

Senhor Presidente.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Idem.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Vou só ler agora um ofício, antes de dar a

palavra final aos Senhores Deputados. É um ofício

encaminhado pelo atual diretor do Detran, datado de

hoje.

Ele diz o seguinte:

Senhores(as) Deputados(as), encaminho a vossas

excelências informações decorrentes de decisões tomadas neste ano pelo DETRAN/ES, que entendemos

fundamentais para esclarecimento junto aos trabalhos desenvolvidos no âmbito desta CPI.

1. O DETRAN/ES através da Instrução de Serviço n.º

80 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

93/2015 (...) vedou a cobrança administrativa de taxas relativas às diárias, em razão da apreensão e de

remoção de veículos, que excedam a 90 (noventa) dias, em respeito ao prazo estabelecido pelo art. 2º da

Resolução(...)

Isso também foi uma vitória da CPI. Que nós

mostramos isso aqui várias vezes, que quando você ia

pedir um boleto do carro vinha doze mil, quatorze mil,

vinte mil de pátio, e agora, nós testamos lá na

diligência, os dois procuradores viram, pegamos uma

moto lá, aleatória, pedimos na hora o boleto e já veio só

até noventa dias. Isso já foi, também uma vitória porque

a gente sabe que no interior principalmente, o sujeito

vai lá pegar uma moto e está lá trinta mil, quarenta mil.

Foi já outro ponto em que a CPI conseguiu êxito.

2. O DETRAN/ES publicou a Instrução de Serviço,

abaixo relacionadas rescindindo os contratos que permitiam que os respectivos órgãos utilizassem as

dependências desses pátios credenciados ao

DETRAN/ES para a guarda dos veículos removidos em suas fiscalizações. Insta destacar que,

aproximadamente 2/3 dos veículos recolhidos aos pátios credenciados pelo DETRAN/ES eram oriundos

destes órgãos.

Importante informar que o DETRAN/ES deu prazo de 60 (sessenta) dias para estes órgãos providenciarem

seus próprios pátios, que se encerra dia 18/11/2015.

Estão aqui está a ISS da Prefeitura da Serra, da

Prefeitura de Vitória, da Prefeitura de Cariacica, da

Polícia Rodoviária Federal, e da Prefeitura Municipal de

Cachoeiro de Itapemirim. Porque também os pátios do

Detran/ES, esses pátios credenciados, estavam servindo

para usar carros da Polícia Federal, e agora o Detran

não permite mais.

3. O DETRAN/ES removeu 11.717 veículos dos diversos

pátios descredenciados para o Pátio Central, localizado em Campinho da Serra, para que sejam

identificados, dos quais, aproximadamente 6.000 veículos serão entregues à Arcelor Mittal (vencedora

do último leilão), a partir de 13/11/2015, para

descontaminação e destinação final.

Nós até levantamos um questionamento na hora lá,

verbal, mas espero que a gente possa fazer através da

Comissão oficialmente. É que a sucata é prensada e a

ArcelorMittal, essa empresa poluidora que mata metade

da população de Vitória com sua atuação nefasta e

irresponsável de poluição, ganhou o leilão. Só que ela

paga pela sucata um preço só, e na sucata vai muita

peça que tem valor. Por exemplo, peça de metal vai

junto com para-lama, com tudo isso, e a ArcelorMittal

leva uma vantagem muito grande porque na hora que

derrete esse material é separado. Então, aquilo que é

metal tem um preço, e aquilo que é outro tipo de

material tem outro preço. Então, o Estado está levando

prejuízo com esse leilão que fez. Vamos sugerir ao

Detran que reedite outro edital para poder fazer a

identificação do que tem naqueles veículos e que pode

ter preços diferentes. Sabemos, por exemplo, que sucata

comum o preço é pequenininho, mas sucata de material

específico no mercado tem valor até dez vezes o valor

da sucata comum. A ArcelorMittal está ganhando um

dinheirão com esse leilão, comprando as coisas num

preço de leilão comum.

4. O DETRAN/ES realizou também a publicação da Instrução de Serviço (...) determinando a suspensão de

novos credenciamentos de Empresas prestadoras de

serviço de remoção de veículos.

Isso também é mais uma vitória da CPI. O Detran, já

acolhendo o trabalho da CPI resolveu já não credenciar

mais ninguém. Está aqui a Instrução de Serviço de

2015, de n.º 123/2015, do dia 08 de setembro. Que já é

para suspender e já não tem mais credenciamento.

5. O DETRAN/ES possui, na data atual, a guarda de

48.464 veículos. Estão distribuídos em 12 pátios

credenciados aptos a receberem veículos removidos e, em outros 12 pátios que foram descredenciados (...),

sendo que os veículos estocados nestes, estão sendo

removidos para o Pátio Central (...)

Também foi informado lá pelo pessoal do Detran, o

senhor Jadir estava junto, que eles estão fazendo a

remoção primeiro dos pátios que estão descredenciados

e que pararam. Esses pátios que estão em

funcionamento, como o Central Park e outros, ainda não

conseguiram chegar até lá para retirar o que está

considerado como sucata lá. Mas são os próximos

passos que irão ser dados.

Descobrimos também que o frete de carreta para buscar

esse entulho tem um preço único, o que também é um

absurdo, e nós vamos encaminhar ao Detran a

modificação, porque custa parece que quatro mil e

trezentos reais. Agora tem um negócio de quatro mil e

trezentos aqui no Espírito Santo. Quatro mil e trezentos

reais para auxílio-moradia, quatro mil e trezentos reais

agora de transporte... Quer dizer, se o carro é... Se o

entulho é buscado em Aracruz, o frete é fixo, quatro mil

e trezentos; e se é buscado em São Francisco é o mesmo

valor. Não tem sentido. A gente está querendo que eles

façam a revisão disso, porque não pode ser. O preço de

frete tinha que ser por quilômetro, e não por valor fixo.

6. O DETRAN/ES enviou nesse mês de outubro

notificações aos proprietários de veículos que estão nos

pátios (...),referentes a 31.517 veículos, (64% do total),

que já estão aptos a serem leiloados a partir de

dezembro/2015, por estarem há mais de 90 dias sob a guarda do DETRAN/ES.

Esses carros que nós estamos falando: têm noventa dias

lá, cento e setenta e oito mil. O leilão vai dar duzentos e

quarenta mil. Quer dizer, então não compensa.

7. Após o prazo legal de 20 dias da entrega das

notificações citadas no item 6, esta autarquia irá promover a notificação por edital publicado no Diário

Oficial (...) com data prevista para 17/11/2015.

Transcorridos 30 dias após a publicação, será procedida a realização de leilão de aproximadamente

30.000 veículos.

Destacamos ainda os seguintes aspectos técnicos

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 81

operacionais:

Esta autarquia não dispõe de imóvel em condições de armazenamento adequado de veículo oriundos dos 24

pátios e caso fossem armazenados todos no pátio

central, impossibilitariam a realização dos serviços de vistoria e descontaminação necessários para a

promoção das entregas do leilão já realizado e dos

leilões a serem realizados.

Importante destacar, que o período do verão é caracterizado por intensificação da fiscalização de

trânsito e, por conseguinte, aumento considerável do

número de remoções pelo Batalhão de Trânsito, decorrentes da violação da legislação de trânsito,

ressaltando-se a importância de termos espaço físico suficiente para guarda destes veículos.

O DETRAN/ES iniciou processo (n.º ...) para a contratação de identificadores veiculares e engenheiros

mecânicos através de designação temporária (Lei

Complementar Estadual...), com o objetivo de agilizar os procedimentos do leilão. Os identificadores

contratados ampliarão a força-tarefa dos 10 servidores atualmente designados para identificar os veículos que

já se encontram no Pátio Central e os engenheiros

contratados irão classificar os veículos, conforme seu estado com ART (Anotação de Responsabilidade

Técnica).

Em relação ao contrato de aluguel do pátio central, a

atual gestão encaminhou ofício (...) com cópia do contrato para análise e parecer do Ministério Público

Estadual e para a Secretaria de Estado de Controle e

Transparência (SECONT). Importante ressaltar ainda, que o DETRAN/ES também

já iniciou análise interna sobre a implantação e operacionalização da modalidade de leilão eletrônico,

objetivando atender ao art. 328, do CTB, conforme

alteração dada pela Lei Federal 13.160.

Por derradeiro, impende destacar que estamos refletindo e revendo os aspectos técnicos e jurídicos no

que tange à edição da IS n.º 177, sobretudo à luz da

indigitada Lei 13.160/2015, bem como no já citado planejamento desta entidade para efetivarmos a

licitação e os leilões.

À luz do expendido, espero ter esclarecido e colaborado

com os trabalhos desta importante CPI, colocando-me à disposição para quaisquer esclarecimentos que se

fizerem necessários.

Aproveito para renovar (...)

Roger Tristão Pádua Frizzera.

Esse foi o ofício encaminhado pelo diretor do Detran,

que encaminhou cópia de toda a documentação. Eu vou

passar cópia dessa documentação, através da secretaria

da comissão, aos deputados membros da comissão e à

relatora para analisarem. Em face dessa apresentação de

justificativa, nós entendemos, até porque o diretor atual

do Detran tem só trinta dias que está no cargo, menos de

quarenta dias, nós entendemos que essas... Nós vamos

analisar essa apresentação de justificativa para depois

vermos a necessidade de trazê-lo para prestar

esclarecimento, já que o que motivou a vinda dele aqui

era a instrução que ele aqui está assumindo o

compromisso de rever e nos apresentar uma alternativa.

Gostaria de consultar a Senhora Deputada

Janete de Sá, com relação à dispensa da vinda dele e

aceitando esse documento para análise para posterior

convocação.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Concordo, Senhor Presidente, mesmo porque

observamos que o diretor atual tem pouco tempo no

exercício da atividade. Prontificou-se inclusive a rever a

portaria que previa a manutenção do credenciamento,

ou seja, percebo que há boa vontade desse servidor no

sentido de resolver o problema. Nesse sentido,

considero que a documentação é proposital e atende ao

nosso pleito.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Senhor Deputado Marcelo Santos.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Senhor Presidente, concordo na mesma linha que V.

Ex.ª manifestou, até pelo pouco tempo que ele está à

frente do Departamento Estadual de Trânsito. Precisa

juntar elementos que na verdade inclusive já apresentou

aqui sua plataforma, através de ofício. Acredito que as

informações contidas nela já nos dão uma noção exata

do que planeja o diretor à frente do Departamento

Estadual de Trânsito.

Mas, queria, Senhor Presidente, propor aqui se

V. Ex.ª e a Senhora Deputada Janete de Sá entenderem

coerente, queria que pudéssemos apresentar um

documento ao diretor do Detran solicitando a ele o

cancelamento do contrato com esse pátio na Serra e a

desapropriação para que o próprio órgão estadual de

trânsito possa gerir aquilo que está na linha que V. Ex.ª

tem apresentado. A estrutura é excelente, já havia

tomado conhecimento, mas como o caminho que segue

a comissão é de que o Detran possa gerir aquilo que

designou através dos pátios, cancelando assim esse

credenciamento.

Inicialmente acho que seria um bom exemplo

que a comissão daria, solicitando o cancelamento do

contrato desse pátio, dessa área na Serra. Naturalmente

iniciar o processo de desapropriação e ao final rescindir

o contrato, porque está previsto isso também – você

pode cancelar desde que pague o que é devido. E o

Detran já assumiria isso e poderia gerir a operação

dessa área importante que pode ai desafogar todos os

pátios hoje credenciados, Senhor Presidente. Um ofício

desta comissão, assinada por todos nós para que seja

desapropriado essa área e o Detran assuma a operação

desse pátio.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Queria só ponderar com o Senhor

Deputado Marcelo Santos, que a gente poderia analisar

essa situação na próxima reunião, já que na reunião

anterior sugerimos isso e o que ensejou o diretor do

Detran pegar uma cópia do contrato e encaminhar ao

Ministério Público já aventando essa possibilidade. A

82 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

gente poderia aguardar e ver se o Ministério Público se

manifestava e parece-me que pediu urgência lá, para

gente deliberar na frente.

Queria aproveitar também mas só para poder

deliberar aqui, que nós enviamos um ofício ao diretor

do DER. Ele ficou sabendo disso através da imprensa e

hoje nos comunicou que tinha recebido o ofício na

sexta-feira. Mas estaria encaminhando para cá, a cópia

do que queremos, que é a cópia dos contratos. E a gente

queria submeter também a dispensa dele hoje, porque

na verdade o ofício nem chegou, embora tenha sido

expedido.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Com

certeza, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Mas ele vai encaminhar para a gente

também a cópia dos contratos dos radares. E se dispôs

na hora em que for convocado pela comissão. Então a

gente vai aguardar chegar o documento para analisar e

distribuir para a comissão analisar e em uma próxima

oportunidade... V. Ex.ª concorda?

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Voto com a generosidade de V. Ex.ª.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – V. Ex.ª concorda?

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Acompanho a orientação, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Então fica designado que ele foi

dispensado o depoimento junto com o diretor do Detran.

E vamos aguardar os documentos dos contratos dos

radares para analisar e aí verificar uma nova data.

Tem mais alguma coisa para deliberar? Então,

tudo liberado. Vou passar a palavra para a Senhora

Deputada Janete de Sá para finalizar, e depois passar a

palavra para o Senhor Deputado Marcelo Santos para a

gente poder encerrar a sessão.

Só para lembrar a próxima segunda-feira já

tinha esse pessoal da comissão, mais alguém? Já tinha

outro?

Então está bom. Já estamos com agenda...pois

é, mas tinha outro depoimento também... na próxima

depois do feriado, segunda-feira. Eles já tinham o

depoimento já marcado. A acareação é rapidinho.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Minha

questão é para deliberar, Senhor Presidente. Primeiro,

foi muito proposital a visita que fizemos aos dois pátios,

o de Campinho da Serra e o Central Park. Proponho que

também deliberemos por fazer mais duas visitas a pátios

credenciados, um em Serra e um em Vila Velha. Não

podemos nos basear apenas pelo que vimos no Central

Park. Pode haver empresário nocivo à gestão pública e

empresário com trabalho respeitoso. Então, é bom

sabermos diferenciar o mau empresário do bom

empresário, e não balizar todos na mesma situação. Em

meu entendimento, deveríamos visitar mais dois pátios.

Depois, se V. Ex.ª considerar importante também, fazer

essas visitas a pátios do interior. Essa é uma questão.

A outra deliberação que também proponho é

que mandemos um pedido à Secretaria de Saúde do

nosso estado para que proceda a uma diligência nos

pátios credenciados para verificar e orientar contra o

acúmulo de água parada porque entraremos em um

período de chuva, que espero que chegue logo, e virá

um período de estiagem novamente, de sol. Será uma

proliferação danada do mosquito da dengue. Não

adianta pensar em vacina ou em uma série de situações

para a cidade se não ver também esse depósito de larvas

do mosquito da dengue que viraram esses pátios. Fica o

pedido de diligência da Secretaria de Saúde nesses

pátios. Assim como também um pedido de diligência,

que já pedi aqui, à Seama e ao Iema nos pátios para

verificar a situação, se eles estão contaminando os

mananciais hídricos. Já estamos com pouca água e

contaminada a situação só piora.

Por fim, uma sugestão, Senhor Presidente, ao

diretor atual do Detran para que dê celeridade aos

trabalhos de leilões. Focar os leilões. Quero sugerir, não

vou ingerir. Pedirei à CPI que sugira ao diretor que

disponibilize um servidor, no caso estou observando

que o Jadir está bem antenado nisso, com acúmulo

suficiente, para dar celeridade ao trabalho de leilões.

Focar nos leilões para que aconteçam o mais rápido

possível. Aí ele verifica outro diretor ou outro gerente

para cuidar dos pátios, pois não dá para cuidar dos

pátios e dos leilões. E o leilão, para nós, é determinante

para esvaziarmos os pátios e o pátio de Campinho da

Serra, que é o pátio milionário.

Por fim, peço à nossa comissão, que até agora

não sei por que não fez, um ofício autorizando o

ingresso dos nossos procuradores Eduardo e Vinícius na

sala restrita para manuseio e análise de documento

sigiloso. Preciso dessa autorização, que eles assinem

essa autorização, que tenham a autorização assinada por

nós, para que manuseiem material sigiloso em sala

restrita para isso, com cofre, porque senão não tenho

como passar o material sigiloso. Preciso que a comissão

dê celeridade. Estou fazendo publicamente porque já

pedi e ainda não aconteceu, presidente. É o que tenho a

dizer.

São as quatro sugestões que dou: A visita da

comissão a mais dois pátios, de Serra e de Vila Velha; a

diligência da Secretaria de Saúde nos pátios devido à

proliferação da dengue; a diligência da Seama para

impedir contaminação dos mananciais hídricos; a

autorização aos procuradores; e a sugestão ao diretor de

destinar o servidor Jadir para focar nos leilões e destinar

outro à coordenação de pátios.

E a deliberação do pátio, se for deliberado,

Senhor Presidente, que possamos até fazer surpresa.

Depois V. Ex.ª define quais os locais. A princípio sugiro

que seja um em Vila Velha e um em Serra, dos

credenciados.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Antes de submeter à votação, quero apresentar

uma sugestão de que fizéssemos uma comissão de

visitação a todos os pátios da Grande Vitória, com

membros da comissão. Designaríamos os dois

procuradores, um membro da assessoria da comissão,

que pode ser o Miguel ou o Marcelo que, devidamente

autorizados pela comissão farão essas vistorias para

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 83

fotografar e apresentar relatório, sendo liberados para

eles a condução e as diárias necessárias para essas

visitas.

Pedir também ao pessoal da TV Ales. Não precisa ir o

repórter, precisa do câmera para filmar, para fazer o

registro de material.

Solicito à secretaria que faça esse ofício a quem de

direito; se ao Presidente ou ao Diretor da Casa.

Com respeito às diligências, faremos as diligências,

também a comissão, sem identificar o local e mesmo

assim, vamos manter essa comissão, terá um roteiro a

ser cumprido, fazer em um ou dois dias diferentes.

Os Senhores Deputados concordam?

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Plenamente,

inclusive, o Deputado da comissão que quiser também

acompanhar, seria importante.

A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Concordo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS -

PSD) – Os outros requerimentos são os três que V. Ex.as

prestaram atenção, e vamos submetê-los à votação.

Tenho alguma restrição com relação aos leilões, porque

não sei se podemos interferir na parte administrativa.

Como sugestão, podemos apresentar.

Como votam os Senhores Deputados?

A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Concordo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Esta presidência também acompanha.

Ficam deliberados os quatro requerimentos.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Para

deixar claro, fica como sugestão, porque não podemos

interferir na administração do diretor. Mas acredito que

seja uma sugestão que vem a calhar.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – À secretaria para providenciar os ofícios.

Com relação à guarda de material sigiloso. Todo

despacho que é dado por mim é de que o expediente –

nem abro, encaminho à relatora para abrir e ficar sob

sua guarda. Vou pedir a Senhora Relatora para mandar

um ofício, se for o caso, pois vou autorizar, porque,

como o documento está sob sua guarda, quem V. Ex.ª

quiser que veja, eu nem vejo, para depois a culpa ficar

só com a relatora.

Peço a assessoria que providencie o ofício necessário

para assiná-lo hoje ainda, com relação ao procuradores

terem conhecimento, e eles deverão também assinar um

recibo de confidência e responsabilidade concedida pela

Relatora.

Os quatro requerimentos já foram aprovados, é somente

passar o texto para o secretário.

Senhora Deputada Raquel Lessa, que está verde de

esperança, deseja fazer uso da palavra?

A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Boa tarde

a todos. Não pude comparecer à visita dos pátios, mas

quero parabenizar nossos colegas que fizeram a visita,

aos funcionários que acompanharam.

Estou vestindo verde, pois tenho esperança, e

tenho certeza de que esta CPI terminará com muitos

resultados. Nós confiamos e acho que a população do

Espírito Santo tem confiado, tem dado um voto de

credibilidade para essa comissão. Temos certeza de que

ao final, já estamos tendo e teremos o resultado que a

população espera.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Muito obrigado a todos os presentes.

Estão todos liberados para visitarem seus

parentes que já se foram.

Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a

presente reunião. Antes, porém, convoco os Senhores

Deputados para a próxima, ordinária, dia 09 de

novembro, para a qual designo.

EXPEDIENTE:

O que ocorrer.

Está encerrada a reunião.

Encerra-se a reunião às 12h15min.

COMISSÃO PARLAMENTAR DE

INQUÉRITO DA MÁFIA DOS GUINCHOS.

VIGÉSIMA TERCEIRA REUNIÃO ORDINÁRIA,

DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA

ORDINÁRIA, DA DÉCIMA OITAVA

LEGISLATURA, REALIZADA EM 09 DE

NOVEMBRO DE 2015.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Declaro abertos os trabalhos desta

Comissão e solicito à senhora secretária que faça a

leitura da ata da vigésima segunda reunião ordinária,

realizada em 26 de outubro de 2015.

(A senhora secretária procede à leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Cumprimento o Senhor Deputado

Freitas e lhe agradeço a presença, que muito honra esta

comissão. Ele, que representa o Norte do Espírito Santo

e o Espírito Santo todo, com certeza está bastante

preocupado com essa situação em que se encontra o

Norte em função da irresponsabilidade da Samarco, que

está destruindo todo o meio ambiente e toda a nossa

região, submetendo os municípios a ficarem mais de

quatro ou cinco dias sem água tratada.

Há Expediente a ser lido?

A SR. SECRETÁRIA lê:

CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:

CIs do gabinete do Senhor Deputado Marcos Bruno,

justificando sua ausência nas reuniões ordinárias dos

dias 19 de outubro e 26 de outubro.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Ciente. Junte-se aos autos.

A SR. SECRETÁRIA lê:

84 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

OF. do gabinete da Deputada Estadual Raquel Lessa,

justificando sua ausência na reunião do dia 19 de

outubro de 2015.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Ciente. Junte-se aos autos.

A SR. SECRETÁRIA lê:

Correspondência encaminhada pela Nextel a esta

comissão.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Ciente. Junte-se aos autos. Dê ciência

à senhora relatora, entregando-lhe o referido documento

que ficará sob sua guarda pessoal. Lavre-se termo.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

Processo Administrativo n.º 154091/2015 encaminhado pelo senhor Thiago Silveira Rocha

informando que por motivo de compromisso

anteriormente agendado para a data de 26 de outubro de

2015, não pode comparecer à sessão de acareação

realizada pela CPI da Máfia dos Guinchos e informa

estar ciente de sua convocação para o dia 9 de

novembro, às 11h.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – À CPI. Junte-se aos autos.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

Processo Administrativo n.º 154092/2015 encaminhado pelo senhor Thiago Silveira Rocha

requerendo cópia de seu depoimento realizado na CPI

da Máfia dos Guinchos que ocorreu no dia 19 de

outubro de 2015.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – À CPI. Ciente. Junte-se aos autos.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

Correspondência encaminhada pela empresa TIM a

esta comissão.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Ciente. Junte-se aos autos, e dê

ciência à senhora relatora entregando-lhe o referido

documento que ficará sobre sua guarda pessoal. Lavre-

se termo.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

Processo administrativo n.º 154168/2015 encaminhado pelo advogado Rafael Amorim Ricardo

requerendo dispensa de seu cliente Felipe Goggi

Rodrigues da convocação para participar da reunião

ordinária da Máfia dos Guinchos no dia 9 de novembro

de 2015.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Registrar, antes do despacho, a

presença ilustre do Senhor Deputado Bruno Lamas que

também enriquece este Poder e justifica o Município de

Serra, dos mais importantes do estado do Espírito Santo,

que hoje é muito bem representado nesta Casa pela

figura, pela inteligência pela jovialidade de S. Ex.ª.

Com relação ao requerimento, vamos indeferir

o pedido. O senhor Felipe está sendo convocado e não

convidado. Caso não compareça no dia e hora

marcados, serão tomadas as providências de lei. Dê

ciência ao advogado.

A SR.ª SECRETÁRIA – (KARINA EUZÉBIO CERQUEIRA) – Senhor Presidente,

correspondências lidas.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Não havendo mais Expediente a ser

lido, vamos consultar a Secretaria se as pessoas

devidamente convocadas estão presentes. (Pausa) Tem

informação da relatora se está chegando? (Pausa)

Vamos, então, fazer adentrar ao plenário a

senhora Hilda Rocha, o senhor Carlos Augusto Lopes, a

senhora Roberta Reggiani Lessa, o senhor Wallace

Gomes, a senhora Lorena Bicalho da Silva, o senhor

Italo Leonardo do Amaral Moreira, o senhor Felipe

Goggi Rodrigues e o senhor Thiago Silveira Rocha. A

senhora Hilda ouviremos depois.

Vamos aproveitar, enquanto esta sessão se

prepara para fazer a devida acareação, aguardando a

presença da relatora da Comissão, para apenas

comentar, por meio do Senhor Deputado Freitas, a

nossa preocupação com os acontecimentos da última

semana, que trouxeram ao Espírito Santo um desespero,

e a praticamente toda a população que beira o rio Doce

e até à foz do mar, esse transtorno causado aí pelo

acontecimento da Samarco.

Com a palavra o Senhor Deputado Freitas, que

está acompanhando de perto, assim como o Senhor

Deputado Bruno Lamas.

O SR. FREITAS – (PSB) – Senhor Presidente,

cumprimento V. Ex.ª e meu amigo, Senhor Deputado

Bruno Lamas. Primeiro, parabenizo V. Ex.ª pelo

brilhante trabalho e pela forma com que lidera esta CPI,

o que não é diferente enquanto parlamentar, brilhante

no plenário desta Casa, compondo a Mesa Diretora e

fazendo com que esta Assembleia nesta legislatura

melhore ainda mais seus índices de transparência, de

economia, mostrando para todo o país que temos no

Espírito Santo o melhor Parlamento do Brasil. A

presença de V. Ex.ª neste Parlamento o dignifica muito.

Agradeço e teço comentário a respeito dessa tragédia

acontecida em Minas Gerais, minha terra natal, que está

trazendo muita preocupação para o Espírito Santo. Até

então, o município de São Mateus era aparentemente o

único município que não tinha água potável, água de

qualidade para o consumo humano, e a gente já observa

que Guandu já para de fazer coleta e fornecimento de

água aos guanduenses; Colatina deve parar no final do

dia de hoje, assim como Linhares. Então, a preocupação

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 85

é muito grande.

O Espírito Santo está mobilizado desde sexta-

feira com todas as suas autoridades ambientais e de

recursos hídricos em função, no meu ponto de vista,

óbvio, não dá para afirmar precipitadamente, mas não

dá para entender como uma barragem de rejeitos, de

material com o qual não podemos imaginar a

convivência humana, e uma barragem aparentemente

muito melindrosa, muito fraca. Até agora não temos

explicação nenhuma dos motivos que nos levam a

entender por que romperam duas barragens com alto

volume de rejeitos, que está distribuindo pela metade do

Brasil grande teor de ferro, manganês e zinco. Esse é o

rejeito e só depois de análise profunda saberão quando o

Rio Doce voltará a ter captação para tratamento de água

com qualidade para servir nosso povo. Então é nossa

preocupação. Tenho certeza de que o país saberá punir a

Samarco pelo tratamento com descaso que dá à

população onde a Samarco habita e tem suas empresas.

Muito obrigado, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – O Senhor Deputado Bruno

Lamas também tem acompanhado e, como todos nós,

está preocupado com esses acontecimentos. Como V.

Ex.ª está vendo isso, já que está sendo anunciada, de

hoje para a madrugada de amanhã, a chegada desse

presente da Samarco às águas de Colatina e Linhares?

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Bom-dia a

todos os presentes, aos convidados e à população

capixaba que nos assiste. Bom-dia ao Senhor Deputado

Freitas e ao Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, sem

nenhuma dúvida o deputado mais importante e atuante

deste Poder Legislativo, que tem todo meu respeito e

admiração. Nunca escondi isso de ninguém e sempre

coloquei publicamente.

Em relação aos fatos, como capixaba, lamento.

Como capixaba, sou solidário à população. Percebemos

o Governo se mobilizando no sentido de alertar, de

prevenir e até mesmo já envolvendo a solidariedade dos

capixabas, já abrindo canais para doações e

contribuições.

Os impactos ao meio ambiente são

incalculáveis até o presente momento. Uma

averiguação, uma investigação deve e precisa ser feita

porque ficou provado, como disse o Senhor Deputado

Freitas, claramente a fragilidade da estrutura da

Samarco naquela região. Como a empresa tem trabalhos

no Espírito Santo inclusive, segundo a imprensa,

suspensos a partir do momento em que acabar de

eliminar a matéria-prima em pátio hoje, impossível

também deixar de colocar que isso tem impactos

econômicos para o Estado. Mas, neste momento, a

preocupação maior é com as vidas e com o impacto

ambiental. Pretendo acompanhar e participar ativamente

dessas investigações dentro das minhas possibilidades e

limitações.

Cumprimento o amigo Vitor, Senhor Deputado

Enivaldo dos Anjos, da cidade de Serra, bairro Planalto

Serrano, que nos visita. Bom trabalho a todos e boa

semana. Que Deus nos abençoe.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Também estamos na mesma

linha de pensamento dos Senhores Deputados Freitas e

Bruno Lamas. Com certeza nos manifestaremos hoje na

sessão da Assembleia com relação à nossa opinião, que

já é conhecida, uma vez que consideramos essas

empresas poluidoras, tanto Arcelor, Samarco e Vale,

como empresas assassinas da população do estado do

Espírito Santo em face da poluição no ar. Agora vemos

que o limite de crime deles não é só na poluição do pó

preto, mas também na poluição que agride totalmente o

meio ambiente, destruindo centenas de milhares de anos

da natureza em uma distância de quase quinhentos e dez

quilômetros de destruição. Não sei se isso justifica

muito os empregos que gera e os impostos, até porque a

Samarco está entre as sonegadoras do Espírito Santo,

conforme temos na Comissão de Sonegação a relação

dos devedores e ela está entre os primeiros em

sonegação. Então o fato de que essas empresas têm

impacto financeiro no Estado e têm mérito pela geração

de empregos, também tem que passar a ser avaliado se

os empregos e os impostos que geram se compensam

frente ao mal que promovem no Espírito Santo, tendo

aqui indústrias consideradas de terceiro mundo, nada

modernas; são empresas relacionadas à política ruim de

convivência e de relação com o ser humano.

Essas empresas estão entre aquelas que querem

lucro, que a população dos municípios e dos estados

onde estão instaladas que se danem, eles não têm

nenhum respeito pela figura humana do nosso país e

nem do mundo. Onde operam, deixam um rastro de

desastres ao meio ambiente, de danos às pessoas de

maneira geral.

O Senhor Deputado Bruno Lamas gostaria de

fazer uso da palavra?

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Senhor

Presidente, ainda sobre esse assunto. Só para fazer um

alerta à Assembleia Legislativa e uma informação

importante aos capixabas. Tomei conhecimento, o

senhor Marcelo Siano nosso coordenador das comissões

está presente e pode me ajudar na informação com

relação à nomenclatura, mas existe um comitê com

participação da Bacia Rio Doce, como é o nome do

comitê? (Pausa) Cipe Rio Doce, com envolvimento dos

estados, Espírito Santo, Minas Gerais e outros estados,

até com participação, em alguns momentos,

internacional. Era presidida pela Senhora Deputada

Luzia Toledo, e recentemente S. Ex.ª foi substituída

pelo Senhor Deputado Da Vitória, tem a participação do

Senhor Deputado Freitas, a participação do Senhor

Deputado Dary Pagung, também sou membro dessa

comissão. É importante que hoje ela seja imediatamente

acionada e convocada pela Assembleia Legislativa.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Registramos a presença do Senhor

Deputado Marcelo Santos, e vamos dar início às nossas

atividades.

Se não me falha a memória, a maioria dos

presentes já estive na Comissão, mas vamos ler o

requerimento que motivou a criação desta Comissão,

porque é de norma fazer isso. O Requerimento n.º

110/2015, encaminhado ao Senhor Presidente da

Assembleia Legislativa, devidamente assinado pelo

86 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

número mínimo de assinaturas exigidas no Regimento

Interno, são dez Senhores Deputados, e assim foi criada

a Comissão Parlamentar de Inquérito para, no prazo de

noventa dias, apurar denúncias relacionadas à “Máfia

dos Guinchos” e “Pátio/Estacionamento/Depósito” de

veículos apreendidos e possível conluio entre

autoridades, prestadores de serviços e lesão ao cidadão,

além de investigar a participação de servidor público e

empresas terceirizadas com intuito de lesar o

contribuinte, conforme documentação anexa. Esse

requerimento veio devidamente composto por recortes

de jornais; Folha Vitória, A Tribuna, A Gazeta, coluna

do jornal Século Diário, coluna do Elimar Côrtes, e

vários outros recortes de jornais falando desse assunto.

Também foi acostada uma denúncia do

Ministério Público, firmada por quatro senhores

promotores, que denunciou alguns oficiais da Polícia

Militar, juntamente com a Associação da Polícia

Militar, acusando de que alguns pátios que eram

credenciados pelo Detran, davam alguns recursos para

essa Associação da Polícia Militar, criando assim um

conluio, uma relação promíscua entre pessoas da Polícia

Militar, e não a Polícia como instituição, e alguns dos

pátios. E nós aqui, em alguns depoimentos, um

proprietário de pátio confirmou que teria repassado

dinheiro para essa associação. Essa denúncia foi

apresentada em 2008, e recebeu agora, neste ano de

2015, uma sentença condenando dois ex-comandantes

da Polícia Militar e alguns outros oficiais. Esse processo

encontra-se em grau de recurso. Mas essa parte de

conluio entre autoridades já está, de certa forma,

configurada, pela denúncia do Ministério Público e

também pela sentença de primeiro grau. Então estamos

então ouvindo várias pessoas relacionadas à questão do

trânsito e já ouvimos vários diretores do Detran,

inclusive o professor Carlos e, desse depoimento,

chegamos a conclusão de que havia sido alugado pelo

Detran um pátio pelo valor de cento e setenta e oito mil

reais, o que foi considerado um valor elevado, pela

Comissão, e então, nessa averiguação do aluguel do

pátio, nos defrontamos com o procedimento feito para

que esse processo chegasse a ser assinado e contratado.

Nesse procedimento, verificamos um problema

relacionado ao Conselho que reuniu para aprovar esse

processo de contratação, que é presidido pelo secretário,

não me lembro, na época, de Transportes, hoje já não

sei se é mais ligado ao Detran. Mas o secretário de

Estado não estava presente e foi presidido o Conselho

pelo professor Carlos e os senhores funcionários que

faziam parte da comissão de licitação e do Conselho.

Não sei se aqui tem alguém do Conselho ou se a

maioria é da comissão de licitação.

O presidente da comissão de licitação foi

ouvido aqui já, que na época era o Thiago, e surgiram

dúvidas com relação à atuação do Conselho, da

comissão de licitação e de uma suposta comissão para

formalizar o processo. Não é isso?

Dessa conclusão aqui, tornou-se necessária

fazer uma acareação entre os participantes para definir

qual foi a participação de cada dessas três, desses três

movimentos citados, para analisar se foi cumprida com

rigor a questão da observância da lei no que trata a

transparência, no que trata a participação das empresas.

Então, gostaria de passar a palavra ao Senhor

Deputado Marcelo Santos, porque S. Ex.ª se deteve

mais à leitura desse procedimento, para fazer as

perguntas aos senhores. Serão feitas em forma de... na

verdade não é uma acareação no sentido jurídico, mas

uma forma de conseguirmos analisar porque ficou essa

dúvida entre o que fez a comissão de licitação, entre o

que teria feito uma comissão formada antes para

viabilizar o processo, e entre o Conselho que aprovou

em reunião a decisão de contratar.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Bom dia, colegas deputados Freitas, Bruno Lamas e o

deputado presidente desta Comissão, Enivaldo dos

Anjos. Cumprimento o Thiago, a Roberta, o Carlos

Lopes, o Italo e o Wallace.

O objetivo da Comissão nada mais é do que

apurar aquilo que já vem sendo apurado pelo próprio

Ministério Público, inclusive já é alvo de decisão

judicial, que afastou da própria Policia Militar oficiais

de alta patente, tendo em vista a comprovação, entre

aspas, nem entre aspas, a comprovação nos altos de

conluio entre autoridade policial e a empresa privada.

Naturalmente, o objetivo desta CPI é dirimir

todas as dívidas, em especial, nesse caso específico,

desse contrato que chega ao pagamento mensal de cento

e setenta e oito mil reais. A presença da senhora e dos

senhores aqui é porque todos fizeram parte desse

processo assinando como presidente de comissão de

licitação, como auxiliares administrativos do órgão, no

caso dos senhores Wallace e Italo, e do Carlos Lopes

como diretor, e a Roberta. Todos aqui se manifestaram

pondo sua assinatura no tramitar desse processo.

Senhor Presidente, queria, inicialmente, fazer

uma pergunta ao diretor-presidente do Detran, a época,

senhor Carlos Lopes. Qual foi o critério que o senhor

teve na contratação do senhor Thiago para presidir a

comissão de licitação de um órgão tão grande com

função arrecadadora e com uma arrecadação enorme, e

com a responsabilidade que é devida para uma função

como essa, que o próprio Tribunal de Contas

aconselhou que a composição e, principalmente, a

presidência pudesse ser ocupada por servidor de

carreira, para que pudesse responder pelas

consequências dos atos pelo órgão e pela própria

comissão praticada? Era isso que gostaria de ouvir do

senhor inicialmente.

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Bom

dia, deputado Marcelo Santos; deputado Enivaldo dos

Anjos, presidente desta comissão; deputado Freitas e

deputado Bruno Lamas. Assim que assumi a direção-

geral do Detran, encontrei uma comissão de licitação

constituída. Alguns meses depois, o então presidente da

comissão, que era um servidor efetivo do órgão, me

procurou e disse: Diretor, eu passei em um concurso

público no estado de Minas Gerais, porque ele era

originário de lá, e a qualquer momento posso ser

chamado para tomar posse. Então, para que o órgão

não fique desprotegido e não seja pego de surpresa, desde já gostaria de colocar o meu cargo à disposição

para que o senhor, então, pudesse estar viabilizando outra pessoa para presidir a Comissão.

Na época, procurei dentre os servidores do

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 87

Detran aqueles que tinham conhecimento ou já tinham

atuado na área de licitação do Detran, e cheguei a

convidar alguns servidores efetivos para que assumisse.

Alguns servidores que tinham esse conhecimento e

capacidade técnica, a meu ver, de assumir esse cargo, já

estavam em funções de chefia, de gerenciamento,

enfim, cargos do tipo. E dentre os que convidei, acredito

que dois ou três servidores que convidei, na época, por

motivos diversos, inclusive questões pessoais, porque

assumir a presidência aumentaria a sua carga horária no

órgão, enfim, essas pessoas não se dispuseram a assumir

a presidência da comissão de licitação.

Feito isso, na época, conversei com o jurídico

do Detran e a Lei n.º 8666, lei que rege licitações, não

apresenta nenhuma vedação para que a presidência da

CPL seja ocupada por servidor em cargo comissionado.

Inclusive, hoje, senhores deputados, várias comissões

de licitação no Estado, hoje, são presididas por cargos

comissionados. Boa parte das secretarias tanto do

governo anterior como do governo atual estão sendo

presididas por pessoas em cargos em comissão.

Então, eu tinha vários currículos, na época, que

acho que os senhores devem imaginar a quantidade de

currículo que um diretor do Detran recebe. Procurei,

dentre os currículos disponíveis, se tinha algum

currículo de alguém que tinha experiência, formação,

experiência, conhecimento e que já tivesse atuado em

comissão de licitação. Identifiquei três ou quatro

currículos dentre esses vários que eu tinha, e chamei

essas pessoas para a entrevista. Dentre elas, o Thiago,

na época. O Thiago, por ser bacharel em Direito e por já

ter atuado em comissão de licitação em outros órgãos,

dentre os que entrevistei, ele foi o que apresentou, a

meu ver, o melhor perfil técnico, a melhor formação e a

melhor experiência para presidir a comissão de

licitação.

Como, reitero, não há, não havia e não há

nenhum veto na Lei n.º 8666, que versa sobre esse tema,

eu o nomeei então para o cargo comissionado e para a

presidência da comissão. Vale ressaltar que, dentre os

cinco membros da comissão, três eram efetivos porque

a Lei n.º 8666 diz que a cada três membros, no art. 51,

dois precisam ser servidores efetivos. Então, dos cinco

membros da comissão, três, inclusive a pregoeira, eram

servidores efetivos. Todos esses membros da comissão

eu cheguei a convidar para que assumissem a

presidência, mas, como já disse anteriormente, por

motivos diversos, não demonstraram interesse.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Obrigado pela resposta.

Qual era a função que exercia o senhor Wallace Gomes

no Detran? Por mais que tenha sido nomeado como

assessor especial e tendo em vista a licitação, aliás, a

dispensa de licitação para contratação direta no caso

específico dessa área, qual era a função que o senhor

exercia no Detran?

O SR. WALLACE GOMES – Bom dia aos

senhores deputados. Estava lotado no gabinete como

assessor do diretor-geral e tinha a função não só de

assessorá-lo, como de acompanhar boa parte dos

processos, assessorar a evolução e o acompanhamento

dos trâmites processuais internos e externos ao Detran.

Tanto que, não só nas comissões, neste caso na de

licitação, como junto à Secont, junto à PGE, que

apresentamos, inclusive, esse processo, senhor deputado

Marcelo, junto, inclusive, ao Tribunal de Contas em

reuniões com o Jurídico, porque a função era não só de

estar com o diretor, de assessorar o diretor, mas

tínhamos a função interna de acompanhar, de evoluir e

de contribuir com o pouco de conhecimento que temos

na área pública no Estado.

Nesse processo, especificamente, atuei

enquanto na fase de comissão, que foi composta para

uma avaliação, e fizemos uma visita técnica, a

posteriori, à área que foi vencedora, escolhida dentro do

processo. Escolhida não, dentre as que se classificaram,

no processo de classificação, a única classificada.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Qual era sua função? Você era da

Comissão de Licitação, da comissão que preparou o

processo ou do conselho?

O SR. WALLACE GOMES – Não, era

assessor do diretor-geral. A equipe que...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Mas que tipo de assessor?

O SR. WALLACE GOMES – Assessor

especial. A equipe que preparou o processo foi uma e a

equipe de licitação foi outra.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Em qual delas que você estava?

O SR. WALLACE GOMES – Estava na

última equipe, na equipe de avaliação de documentação.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – E o que levou o senhor a fazer

comentários tentando desmoralizar a CPI na internet?

O SR. WALLACE GOMES – Peço desculpas

ao senhor, não foi no sentido de desmoralizar a CPI.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Foi no sentido de fazer isso sim. O

que te levou a tomar essa atitude? Você não tem

respeito pelas pessoas?

O SR. WALLACE GOMES – Pelo contrário,

peço desculpas a V. Ex.ª e aos demais deputados.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Desculpa você tem que pedir pela

internet, porque você foi à internet tentar transformar a

CPI em bagunça, faltando com respeito.

Vou te dar esse aviso pela última vez, não faça

mais isso, porque fica sujeito a uma reação mais dura do

que o normal. É falta de responsabilidade você tomar

uma atitude dessas, através de um órgão de informação

ficar tentando desmoralizar uma Comissão Parlamentar

de Inquérito pelo fato de estar apurando aqui. Ninguém

é culpado. Você não está aqui como culpado, o ex-

diretor não está aqui. Estamos ouvindo, porque essas

são as reclamações chegam aqui.

88 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Tem aqui nos autos, até estou observando agora

que tenho falado isso aqui e algumas pessoas dizem que

estou fazendo exagero. Está aqui: Casal tenta aplicar um

golpe do guincho em um bairro nobre em Vitória e

mulher acaba presa.

Quer dizer, em nome do Detran, existe em

Vitória gente com guincho, que não está ligada nem a

pátio, roubando carros na cidade. Para dar impressão de

que é um ato de fiscalização, bota o carro em cima, leva

ao final da cidade. É por isso que o Espírito Santo tem

cerca de trinta carros roubados por dia. Os órgãos de

divulgação dão isso aí, exatamente porque esses

guinchos não têm identificação do Detran, identificação

de ninguém. O sujeito para um guincho de madrugada,

bota o carro em cima e leva o carro embora.

Então, o senhor não fez uma atitude correta,

porque isso não é papel de uma pessoa que foi servidor

público, o senhor foi servidor público de confiança. O

senhor expôs o nome do Carlos com isso, porque ele,

como diretor, está vindo aqui, como todos os diretores

estão vindo aqui, para esclarecer o funcionamento. E o

senhor acabou comprometendo até a imagem dele,

porque deu a entender que ele estava te mandando fazer

isso para ofender a Comissão. E o senhor tinha que dar

satisfação, como está dando hoje aqui.

Então, o senhor não proceda dessa forma,

porque isso não é uma forma correta de uma pessoa de

bem e sabemos que o senhor é de bem, que é uma

pessoa correta. Agora, tem que tomar a atitude de

homem correto, não é só falar que é correto.

Temos informação aqui de que o conhecimento

seu com o Thiago foi de maneira diferente do que você

relatou. Você relatou que examinou o currículo. Como

foi seu primeiro contato com ele?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES –

Exatamente da forma como acabei de relatar ao senhor.

Não conhecia o Thiago antes, não tive, nunca, nenhum

contato.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Mas qual foi a primeira vez? Já

contou que fez o exame pelo...

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES –

Então, recebi currículos, vários currículos que

chegavam para mim por e-mails, chegavam para mim

entregues em envelopes mesmo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Mas nesse procedimento, quando

você examinou, você mesmo o entrevistou ou mandou

alguém entrevistar?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Fui eu

que convidei e eu que entrevistei.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – O primeiro contato foi esse?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – O

primeiro contato foi diretamente comigo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – A gente já tem aqui o depoimento

dele anterior, não vou esclarecer porque estaremos

criando facilidade.

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – O

currículo dele chegou até mim...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Aí você examinou e fez a avaliação?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Dentre os vários currículos, não foi só ele que eu

chamei, foram três a quatro e, dentre esses, entrevistei

os quatro, e ele foi o que eu avaliei tanto pelo currículo,

como na entrevista, o que tinha o melhor perfil técnico,

a melhor formação e o quesito mais importante, para

mim, era a experiência pelo fato de ele já ter trabalho

em comissão de licitação.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Qual a sua formação? Além de

professor, tem curso...?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Sou

sociólogo. Minha formação é em Sociologia, com

mestrado em Sociologia.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Você é servidor público?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Sou

efetivo do Estado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Esse procedimento... Porque a lei diz

que dois terços da comissão tem que ser de funcionário

efetivo. A sua comissão de licitação, que ele presidiu,

tinha isso preenchido?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Sim.

Dos cinco, três eram efetivos.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Você fez convite a esses efetivos para

assumir a presidência do comissão?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Sim.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Mas fez documentado? Protocolou?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não.

Nenhum convite para nenhum servidor assumir

comissão nunca foi feito documentalmente. Foi feito

convite verbal.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Mas estou levando em conta que,

como você é servidor, você tem que ter conhecimento

dos caminhos que tem que preservar a lisura da

atividade. Se não é norma, mas devia ser, do

funcionário ser convidado, dos efetivos para ser, porque

a preferência tem que ser para efetivo.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 89

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Sim.

Eu tentei dar essa preferência.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Você fez verbalmente, mas não fez

por escrito?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Está bom.

Quando você o entrevistou e decidiu que ele

seria nomeado, quem fez o levantamento do histórico

dele, do currículo, se ele tinha certidões, se foi pedido

algum documento de onde ele teve experiência com

comissão, se ele foi lá um presidente de comissão nos

outros lugares, se agiu corretamente? Como foi

levantado isso?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES –

Geralmente, quem faz toda essa comprovação de

documentação, de antecedentes e etc., é o RH do

Detran.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Sei, essa convencional, certidão, mas

não foi feito levantamento de informação? Porque

certidão é fácil, o cara, às vezes, pode ser um sujeito

que faz várias coisas e tem certidão negativa. Estou

dizendo se não foi feita uma avaliação de

comportamento?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) - Do trabalho dele nas outras...?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não,

eu nunca fiz esse levantamento de ligar e procurar saber

como tinha sido e como não tinha sido.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Dos presentes, quais eram membros

da comissão de licitação nessa época?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES –

Somente ele. Dos presentes, da comissão de licitação,

somente ele, e era o presidente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Nesse período, nesse processo, qual

foi a atuação do Italo?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES –

Nenhuma.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Ele não participou de nenhuma dessas três comissões?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – O

Italo era servidor, coordenador de Ciretrans e PAVs,

mas ele não participou desse processo em nenhum

momento.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Por que ele está na reunião do

Conselho? Ele não esteve na reunião do Conselho?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não

tenho essa informação. Ele não participou de reunião de

Conselho. Aqui não tem nenhum membro do Conselho

de Administração do Detran, além de mim.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – O senhor tomou conhecimento de

qual o motivo de ele ficar na internet agredindo a CPI

com palavras de baixo nível e de ameaças à CPI.

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não

sei e acredito que ele possa responder.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Foi a seu pedido?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Então, faz o favor de explicar o que

justificou a sua... Era agradecimento ao cargo que teve

com ele? Ou você é da classe dele? O que te motivou a

fazer?

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL MOREIRA – Primeiramente, bom dia aos senhores. O

que me motivou a fazer foi... Primeiro, não utilizei, em

momento algum, nenhuma palavra de baixo calão. Acho

que os senhores devem ter, acredito eu, o print dessa

postagem, e o senhor verá que não houve, em momento

nenhum, por minha parte e por parte dos que

responderam àquela postagem do deputado, palavras de

baixo calão.

Segundo, eu exerci um direito meu de me

manifestar, assim como qualquer cidadão tem o direito

de se manifestar, uma vez que eu não participei, mas

conhecemos por alto. Conheço e sei como foi feito o

processo por alto, que houve...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Então, no seu conhecimento, o que

estava acontecendo que motivou a sua crítica?

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL

MOREIRA – O que motivou a crítica foi uma

postagem que eu li do deputado dizendo que não houve

concorrência. Eu apenas respondi que, segundo os meus

conhecimentos, teria havido, sim, a concorrência.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Qual deputado que disso isso?

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL – Se não me engano, foi o Senhor Deputado Marcelo

Santos.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Então, responda-me, já que o senhor está com

microfone na mão, já que o senhor não participava da

comissão de licitação e tinha tanta informação.

90 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL MOREIRA – Eu não tinha tanta informação.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Atenha-se só a me responder o que estou lhe

perguntado. Aqui sou eu que pergunto, nós da

Comissão, você só responde, saiba disso.

Por que foi dispensada a licitação e foi

contração direta? Está aqui nos autos.

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL MOREIRA – Por que isso aconteceu?

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – É.

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL MOREIRA – Não é do meu conhecimento. Agora, é do

meu conhecimento que não aconteceu... Que aconteceu

a concorrência, que oito empresas participaram. Se não

me engano, três empresas...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E como é que você sabe disso?

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL MOREIRA – Sei disso porque trabalhei no Detran.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O

senhor participou de algum esquema?

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL

MOREIRA – Não, não participei de esquema.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Por saber? Estou perguntando.

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL

MOREIRA – Nunca participei de esquema. Os

senhores podem investigar a minha vida, se quiserem.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Não, rapaz, ninguém está...

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL

MOREIRA – Não, mas foi uma pergunta que o senhor

me fez. Estou respondendo, não participei.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Está assinado aqui que foi proposta a dispensa de

licitação. Está nos autos aqui, encaminhado pelo Detran.

Por que foi feita essa...?

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL

MOREIRA – Mas não houve uma concorrência?

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Não houve, meu querido, foi dispensa de licitação.

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL MOREIRA – Dispensa de licitação, mas houve mais

empresas, foi isso que eu postei.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Anteriormente a isso, houve e nenhuma se habilitou. E

aí não houve continuidade no processo de licitação.

Houve dispensa de licitação. O processo começou como

licitação, foi dispensada a licitação e foi contratação

direta. Está aqui, assinado.

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL

MOREIRA – Pois é, interessante.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Então, o senhor não sabia disso, não é? A gente só pode

falar o que sabe. Por isso estamos aqui na CPI para

perguntar. Não é para falar o que a gente pensa. É para

ouvir e no final a relatora, que é a Senhora Deputada

Janete de Sá, com a responsabilidade que tem, fazer um

relatório isento, colocando tudo aquilo que estamos

escutando.

Eu não estou aqui o dia inteiro trabalhando para

escutar besteira sua, não, cara.

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL

MOREIRA – Eu não estou falando besteira.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Falou. Você disse ali, eu meramente publiquei dizendo

que a Comissão ia tomar uma proposta num

seguimento. Só isso. E aí você quis dar uma aula,

dizendo isso e aquilo, e não aconteceu. Está aqui nos

autos.

Eu só falei o que li e o que li foi encaminhado

pelo próprio Departamento Estadual de Trânsito. Eu não

inventei nada, não. Está escrito e assinado aqui, amigo.

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL

MOREIRA – Sim, deputado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – O senhor mora em qual município?

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL

MOREIRA – Em Guaçuí.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E por que você quis politizar a CPI

com esse negócio de...?

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL

MOREIRA – Eu não quis politizar a CPI. Acho que a

CPI...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Você queria, porque você foi

assessor do...

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL MOREIRA – Senhor Deputado, com todo o respeito.

Acho que toda CPI é bem-vinda, é valida, procura

investigar, dar esclarecimento à população,

principalmente em um momento que vivemos, hoje,

político horrível no nosso país.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Pois é, estamos apurando por isso,

porque lá no Detran têm coisas horríveis que estamos

querendo saber como é que vocês arranjaram um

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 91

contrato de cento e setenta e oito mil reais por mês.

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL MOREIRA – Por isso, sabemos que tem, em todos os

órgãos públicos têm. Agora, vai ficar complicado, se

toda opinião que as pessoas derem na internet, os

senhores chamarem para vir depor.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Mas você foi funcionário do Detran,

não foi, não?

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL

MOREIRA – Sim, mas eu não tive participação em

momento nenhum.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Como foi escolhido para trabalhar no

Detran, também? Você mora em Guaçuí, como foi

escolhido? Foi por currículo, também?

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL

MOREIRA – Cargo comissionado. Assim como os

senhores indicam...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Quem indicou você para o cargo

comissionado?

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL MOREIRA – O PSB.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, é isso que estou falando.

Então você partidarizou a coisa.

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL

– Não, não partidarizei.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Você agiu como fã clube do PSB

num assunto que estamos tratando que não é contra o

PSB. Estamos tratando de um assunto que começou até

antes de o PSB ser governo, começou lá na denúncia,

em 2008, que se está apurando essa questão do Detran.

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL

– Em momento nenhum eu quis denegrir a imagem da

CPI ou de nenhum dos senhores. Eu apenas fiz uma

postagem...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Mas o senhor cometeu esse ato

quando falou de uma coisa que você não sabe.

No processo, houve um período que teve

licitação, não houve manifestação, e depois foi feito,

está aqui no processo. Ninguém inventou isso.

A palavra estava com o professor Carlos Lopes.

A Roberta, como é que foi? Ela participou de alguma comissão nesse período? Em uma das três hipóteses?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Ela

participou da comissão técnica. Pelo fato de ela ser

arquiteta, ela tem a formação técnica capaz de avaliar.

Posso fazer uma consideração?

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Fique à vontade. Temos todo o

tempo do mundo.

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Foi

dito que não houve licitação, mas eu quero, gostaria de

reiterar para os senhores que houve o chamamento

público, oito empresas participaram desse chamamento

público; dessas oito, três foram inabilitadas por não se

adequarem ao edital de chamamento público.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Mas houve o chamamento público

por qual via? Por via de licitação ou por via de

chamamento público?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Por

via de chamamento público.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Então, não era licitação. É outra

coisa.

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Só

mais uma informação.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Sei, estou dizendo que há diferença

entre chamamento público e licitação.

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Há

diferença.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Há diferença. E no chamamento

público não houve concretização pelo chamamento

público. Depois que houve dispensa.

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES –

Houve. A concretização foi pelo chamamento público.

Como eu ia dizendo, oito empesas participaram. Dessas

oito, três foram inabilitadas por não se adequarem

totalmente ao edital. Ficam cinco. Das cinco, aquela que

apresentou o menor preço, esse valor foi submetido à

CAI, inclusive está no processo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Eu sei. Mas temos que entender, por

isso que a gente está conversando aqui, que a comissão

de licitação não deve ser presidida por cargo

comissionado por isso, porque nem sempre o cara tem

esse conhecimento. Chamamento público não é

licitação pública.

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – É

diferente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Totalmente diferente. Chamamento

público é aquele em que você faz assim: fulano, fulano,

fulano e fulano vêm aqui. Têm interesse nisso aqui? É

diferente de licitação. Licitação você tem que publicar

nos Diários e habilita empresa do Paraná... Agora, se

você faz chamamento público, você pode chamar

92 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

empresa só daqui. É uma diferença de procedimento

administrativo. Então, não houve licitação dessa

situação. Houve um chamamento público que é um

primo de oitavo grau da licitação.

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – E ele

foi respeitado até o final. Aquela empresa que

apresentou o menor preço foi submetida a uma

avaliação externa ao Detran, que é a CAI – Comissão de

Avaliação de Imóveis. Humildemente, talvez seria

pertinente os Senhores ouvirem a CAI porque eles que

avaliaram, que determinaram que o valor estava

compatível com o mercado. A CAI é da Seger, externa

ao Detran, sem vínculo com o Detran. A vencedora

tinha ganhado por cento e noventa e dois mil reais, a

CAI disse que o valor de mercado era cento e setenta e

oito mil, a empresa foi chamada, ela aceitou fazer uma

redução de acordo com o proposto pela CAI, Comissão

de Avaliação de Imóveis, da Seger, reduziu de cento e

noventa e dois para cento e setenta e oito, que segundo a

CAI esse era o valor de mercado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Professor, a exigência de

transparência pública, eu até tenho alguns

questionamentos com relação a isso, nem sempre é o

que funciona, mas é o que está na lei. O ordenador de

despesa não pode escolher ninguém. Por exemplo,

vocês fizeram o chamamento público...

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Foi

publicado no Diário Oficial.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Sei, mas vocês fizeram por dispensa

de licitação, que não é o caminho certo. O caminho

certo é licitação pública. Dispensa de licitação é uma

opção do gestor de escolher uma empresa. É isso que

estamos dizendo aqui. Não há má vontade de entender

as coisas. Nós estamos entendendo. Às vezes a

administração pública até usa esse caminho para poder

mais rapidamente... Agora, que é o modo mais

transparente, não é. O modo mais transparente é

licitação pública.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Além do Diário Oficial, onde foi publicado, qual foi a

outra rede ou mecanismo de publicidade que o Detran

alcançou senão o Diário Oficial? Pelo princípio para

publicidade, que naturalmente os órgãos públicos

têm dado.

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Eu

não tenho categoricamente como afirmar, porque já se

passaram dois anos e eu não tenho mais essa lembrança

com exatidão, mas acredito que foi publicado também

no site do Detran, porque era praxe, os chamamentos

públicos, e eu instituí essa praxe, porque, até então...

Para os senhores terem uma ideia, quando eu cheguei ao

Detran, não se fazia chamamento público para aluguel

de nada. Se fazia uma publicação de aviso de interesse.

Ah, eu estou interessado em alugar tal área. Pronto!

Era assim. Eu instituí esse mecanismo de chamamento

público para aluguéis, que não havia. Hoje, deputado

Enivaldo dos Anjos e deputado Marcelo Santos, para os

senhores terem uma ideia, os imóveis que temos

alugado no Estado hoje, não só no Detran, são via

chamamento público. O próprio Tribunal de Justiça

agora está fazendo chamamento público para o aluguel

do fórum aqui de Vitória. Então, essa praxe do

chamamento público é comum para aluguéis, não para

compra, não para aquisição de bens ou serviços, etc.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – É melhor um pouquinho do que o

anterior, mas também não é o sistema certo. Porque

chamamento público você pode direcionar o convite.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Mas no caso específico deles, Senhor Deputado

Enivaldo dos Anjos, houve de fato a publicidade do

chamamento público, não teve, que eu acredito que o

correto seria dar publicidade publicando num meio de

comunicação de grande circulação no estado, seja aí na

rede Tribuna, na Gazeta, não houve isso, o que deveria

acontecer. Mas o chamamento público aconteceu e,

depois, o Detran, porque apenas uma empresa se

habilitou no final, o Detran tomou a decisão de

dispensar a licitação e fazer a contratação direta, porque

ele podia ter renovado e ele não fez. Está aqui, está

escrito aqui.

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Renovado? Não tinha o contrato, não tinha como

renovar o que não existia.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Não, não é renovar contrato, não. O processo licitatório.

O Poder Público e a comissão de licitação podem...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Pode optar.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Pode optar: Não, só apareceu uma, então com uma só

fica difícil para a gente.

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Mas

apareceram oito.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Oito, e na hora de apresentar, se habilitarem, no caso,

não para o chamamento, mas para participarem, elas

foram desabilitadas.

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não...

Só uma ajuda para a compreensão. É porque foi

habilitada aquela que ofereceu o menor preço. E após

essa habilitação foi encaminhada para a CAI, e a CAI

disse: Olha, o valor de cento e noventa e dois mil, com

que ela venceu... O menor preço era o dela, cento e

noventa e dois, as outras, se os senhores forem olhar,

eram preços de trezentos, quatrocentos mil. A CAI

disse: Esse valor de cento e noventa e dois não está compatível com o mercado. O valor compatível é cento

e setenta e oito mil. O Detran chamou a empresa, essa

vencedora, a que apresentou o melhor preço, e essa

empresa aceitou ainda fazer a redução de acordo com o

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 93

proposto pela CAI.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E esse pessoal que foi lá conversar,

através do chamamento público, conversava com quem?

Com o diretor do Detran, com o Italo, com o Wallace,

com a Roberta ou com o Felipe? Com quem eles

conversavam?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Isso

foi a comissão técnica, quando recebeu o parecer do

Detran, perdão, o parecer da CAI, chamou a empresa

para mostrar para ela que a CAI tinha avaliado em cento

e setenta e oito mil, e não cento e noventa e dois.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – O que a comissão de licitação... O

Thiago fez o quê? Só ia lá consolidar o que vocês

conversavam?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não.

Nós não conversávamos, até porque eu não participei.

Embora eu não esteja aqui me eximindo das minhas

responsabilidades, porque eu era diretor-geral, mas se

os senhores observarem eu, de forma direta, não

participei desse processo, porque no Detran há uma

coisa chamada delegação de competência, quando o

diretor-geral delega competências a outros diretores. E o

diretor administrativo, neste caso o Colodete, ele era o

diretor que tinha delegação de competência para cuidar

dessas questões, porque o diretor-geral não consegue. O

Detran é uma máquina muito pesada, muito grande, e o

diretor-geral não consegue cuidar de cada detalhe de

tudo que acontece no órgão.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Qual foi o motivo, não sei se foi

alegado nos autos, mas qual foi o motivo pelo qual o

presidente do Conselho não participou dessa reunião?

Que era o secretário de Estado?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Olha,

não sei se os senhores estão com a ata aí do Conselho

Administrativo, da reunião.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Está com o deputado Marcelo ali.

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Eu

poderia vê-la?

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Vamos ouvir a opinião de todos os

outros ali, e a nossa deputada relatora vai falar. Agora,

eu queria também que, se o deputado Bruno e o

deputado Freitas quiserem fazer alguma pergunta,

fiquem à vontade.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –

Primeiramente, quero cumprimentar os servidores e

servidoras do Detran que aqui vieram, neste

chamamento da CPI. Dizer que a CPI tem o papel de

investigar essa questão por causa de denúncias da

sociedade. Este é o papel do deputado, que é o

fiscalizador dos Poderes, especialmente do Poder

Executivo. Se não tivesse problema, não tinha por que

ter a CPI, e essa é a razão para vocês serem chamados.

Quero aqui dizer ao Italo, ao Wallace, que eu

sou uma defensora da democracia, mas não se pode

fazer piquenique em cima da honra alheia e achar que

não se vai responder por isso. Eu posso ir para a internet

falar o que eu quiser, mas eu também tenho que ter a

clareza de que eu estou sujeito a responder pelo que eu

falo. Porque não se pode fazer piquenique em cima da

honra alheia e, principalmente, em cima do trabalho que

os deputados estão fazendo em uma CPI, que visa a

investigar exatamente a ação dos órgãos em que vocês

trabalhavam. Não é verdade? Então a gente tem que

estar sujeito a isso, e não achar que isso é nada incorreto

chamá-los aqui para esclarecer por que fazem isso,

principalmente porque alguns de vocês, você que

esclareceu, que há uma indicação do PSB.

Não se trata de estar falando, de estar

partidarizando o processo. O PSB, pessoas que foram

militantes do PSB e que estiveram à frente desses

órgãos estão aqui falando, como gente que esteve à

frente do PMDB também está aqui falando. Não se trata

de questão partidária. Trata-se de denúncias que foram

feitas, trata-se do dinheiro público, que precisa ser

investigado, e é o nosso papel. Para isso fomos eleitos.

Quem quiser vir aqui e fazer dessa maneira, vá disputar

uma eleição. Se tiverem a satisfação da sociedade elegê-

los, venham para cá também fazer o mesmo que

estamos fazendo. Escolhemos esse lado, não é verdade?

Temos que fazê-lo direito. Porque, senão, não tem por

que a sociedade estar pagando um salário relativamente

razoável para os parlamentares e os parlamentares

estarem aqui não dando um retorno para a sociedade.

Esse é o nosso papel, e vamos fazê-lo e não abrimos

mão dele. E quem quiser fazer piquenique em cima da

honra alheia, de parlamentar ou de uma instituição que é

a CPI legalmente constituída, vai ter que responder. E

tem que saber que se responde pelo que se fala. Então

tem que pensar primeiro antes de falar para não falar

bobagem.

Está aqui. Está constatado. Não houve licitação,

meu filho. Houve chamamento que foi feito pelo Diário

Oficial. Por que não foi feito, como falou que o

deputado Marcelo, por um órgão de grande circulação,

para que todos pudessem ter conhecimento? Tá aí!

Quando você quer que ninguém saiba, você pega e solta

no Diário Oficial, porque povo lê Diário Oficial? Povo

lê Diário Oficial? Nós, deputados, somos obrigados.

Tenho uma pessoa só para ler o Diário Oficial, no meu

gabinete. Só para ler o que se passa no Diário Oficial.

Agora, povo não lê Diário Oficial. E quem está me

ouvindo sabe do que estou falando. Não lê. Vai lá a

Porto Santana vê se alguém lê Diário Oficial; vai a

Campinho da Serra e vê se alguém lê Diário Oficial; vai

a Terra Vermelha e vê se alguém lê Diário Oficial.

Ninguém lê Diário Oficial! Quem lê são os órgãos

constituídos porque ali passa... devia o povo ler, mas

essa não é a prática porque também o Diário Oficial não

tem circulação para todo mundo. Vai ter que procurar

nos órgãos para poder ter acesso e ler.

Então, quando se quer transparência, se publica

além de no site do Detran, Carlos, além de no site do

94 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Detran, além de no Diário Oficial, num órgão de

divulgação de grande alcance. E temos dois a três

jornais no nosso estado de grande alcance. O Detran

tem recurso para fazer isso, se quer transparência nos

seus atos. E não houve, a divulgação foi no Diário

Oficial. Essas coisas têm que ficar claras.

Outra coisa, na hora do fechamento do preço

médio, Carlos, não foi feito nem uma comparação.

Porque preço médio de metro quadrado, Thiago, vai se

dar em decorrência da localidade. Se um imóvel é

oferecido na Darly Santos e outro é oferecido em

Campinho da Serra, você tem que aferir, no meio

imobiliário, se o preço do metro quadrado em

Campinho da Serra é igual ao preço do metro quadrado

na Darly Santos. Então preço médio tem que levar em

consideração a valorização imobiliária daquele terreno,

daquela propriedade, naquela região. Isso também não

foi levado em consideração, porque tem que ter um

balizador para ver se o preço médio realmente do metro

quadrado de Campinho da Serra significava ser o

menor. Porque isso vai se dar em decorrência da

valorização imobiliária dos imóveis que foram

oferecidos. Isso tem que estar claro. Isso tem que estar

claro para a população que está nos ouvindo. Não é

porque é o menor preço que de fato era o menor preço

médio. Pode ser que o menor preço oferecido pelo

terreno em Campinho da Serra seja o maior valor de

metro quadrado naquela região. Tem que se avaliar os

imóveis daquela região. E isso também não foi feito.

Pelo que estamos analisando aqui na documentação,

isso não foi feito. Por isso quero ouvir o Thiago para

saber se, de fato, essa aferição aconteceu, por isso foi

chamado aqui. Se não viesse, teria que vir de uma

maneira ou de outra, porque tem que prestar

esclarecimento. Você lidou com uma coisa pública e

você tem que responder por essa questão, sob pena até

de macular seu currículo.

Então, isso, pelo que temos aqui, não vimos,

em nenhum momento, essa diferenciação do metro

quadrado, ver se, de fato, esse metro quadrado em

Campinho da Serra significava ser o menor valor dentro

do que foi ofertado. Porque estamos falando de coisas

diferentes: metro quadrado na Darly Santos pode

significar uma coisa e em Campinho da Serra, outra;

pode ser diferente.

Outra questão: queria saber do Thiago, por que

no processo, sendo você presidente de uma comissão de

licitação, houve um chamamento público no processo,

ao invés de você culminar para um processo licitatório,

você converteu isso em dispensa, o que, no nosso

entendimento, não poderia ter ocorrido. Por que você

tomou essa atitude? Já que de fato não houve um

processo onde se pudesse ter a clareza de que aquela

empresa tinha o menor preço em decorrência do que foi

apresentado. Ela poderia ter menor preço em

decorrência do que foi apresentado, mas poderia não

significar, na média dos valores de cada região, o menor

preço por metro quadrado. Por que você converteu esse

processo que se deu por chamamento público, que

poderia ter evoluído... Não, considero que tem que ser

feita uma licitação. Mas não, você pegou e converteu

em uma dispensa de licitação e dali foi escolhida qual

seria a empresa ou quais os proprietários agraciados

com esse convênio. Não é nem convênio, um contrato

de aluguel. Um contrato altamente vantajoso, muito

interessante. Quem não quer a possibilidade de

apresentar... Está certo que fizeram, gastaram. Mas

sairão dessa ganhando dinheiro e com um imóvel

totalmente preparado com os próprios recursos que

estão recebendo. Porque cento e setenta e nove mil de

aluguel em um móvel daquele é uma coisa muito

interessante, muito vantajosa. Ter a garantia de, por

cinco anos, receber aluguel, todo mês, cento e setenta e

nove mil. Pelo amor de Deus, isso é uma coisa

maravilhosa! Quem não quer? Não é verdade? Então,

você só faz isso se tiver a garantia de que realmente será

locado e que será locado por cinco anos.

Então, perdoem-me. Não tem como, diante das

coisas que estão aqui analisadas e que nossos

procuradores estão observando e nos orientando, dizer...

Fica aqui a interrogação e por isso estamos

investigando, Italo, se houve ou não direcionamento.

Não importa, meu filho, se foi PSB, se foi PDT, se foi

PT do B, se foi PMN ou quem foi, porque não foi

partido. Se você estava à frente de uma atividade, tem

que responder por ela. Não pode achar: Agora vou

defender meu partido porque sou coleguinha de A ou de B, vou fazer isso... E achar que não será penalizado,

entendeu? Isso, sinceramente, ainda bem que não foi

diretamente ligado à parlamentar A, B ou C, porque

cabe, inclusive, um processo para que a pessoa se

explique e prove. Quando você faz esses

questionamentos, faz inclusive com base, passando uma

informação irreal, mentirosa, induzindo ao erro porque,

de fato, licitação não houve. Então fica aqui para você:

Não houve. Houve um chamamento público e, no final,

evoluiu para uma dispensa de licitação. E se escolheu

sem fazer parâmetro de metro quadrado, alegando que

Campinho da Serra apresentou menor valor. Mas não

quer dizer que o menor valor de Campinho da Serra era

o menor valor, de fato, de metro quadrado em uma

avaliação de valorização de imóveis. Não quer dizer.

Isso não significa que era o menor preço. Então vou

pegar em um lugar que seja bem desvalorizado porque é

para entulho. O que está sendo colocado lá? Sucata.

Se fizermos uma avaliação do que aquilo dará

de retorno ao Estado, é um absurdo. É uma ninharia

diante do que pagamos mensalmente. Aquilo não se

paga comparado ao que pagamos mensalmente.

Realmente era melhor que o Estado adquirisse uma área

ou que visse... Cariacica: Vamos lá ver se a Prefeitura

tem alguma área disponível para ceder e fazer uma

parceria com o Detran. Vila Velha: Acho que poderia

ver. Não é longe, é Grande Vitória, em uma área rural.

Serra: Vamos ver se tem alguma área. Em Vitória com

certeza não há. Viana: Vamos ver se tem alguma área

que pertence à municipalidade e que possa fazer uma

parceria. Porque não se paga. O investimento não paga

o que entrará ali de sucata, que será vendido e retornará

ao cofre.

Temos que entender que, estando aqui ou aí,

somos todos povo do estado do Espírito Santo. Esse

recurso que entra no cofre é dinheiro meu, seu, dele, dos

moradores de Porto de Santana, de Terra Vermelha, de

todo o estado. É dinheiro nosso. Se desperdiçarmos de

um lado, faltará em outras coisas. Esse é o papel que

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 95

nós, que estamos aqui, defendemos. E vocês, que

passaram por serviço público, podem não estar e podem

voltar, também têm que defender. Cada cidadão

capixaba e brasileiro tem que defender, porque se tira

muito de um lado, falta no outro. Por isso toda essa

discussão no país, exatamente porque está faltando

recursos em áreas primordiais para a população, porque

estão sendo gastos desnecessariamente, sendo

investidos naquilo que não é de interesse da população,

e estão sendo embolsados pelos mais espertos, que

usam da burocracia, que usam do serviço público para

seu enriquecimento.

Não é nem uma pergunta, Senhor Deputado,

mas tinha que ficar esclarecido, porque muitas pessoas

acompanharam esse falatório na internet contrário à

CPI, foram induzidos, muitas vezes, a erro. Felizmente

a população está acompanhando o trabalho da CPI e

está favorável, porque está sendo beneficiada, porque

ela era roubada, roubada diariamente por ações do

Detran, e aí não cabe dizer: Era na gestão de A, de B ou

de C, por ações do Detran. O Detran é um órgão que

realmente tem muitos problemas e não é de hoje, é de

algum tempo já, e essa é a razão de estarmos chamando

lá de trás. Não tem que ser fulano ou beltrano, é lá de

trás, porque isso é uma coisa que se arrasta há muito

tempo, ainda por cima coroado com uma remuneração

miserável, que acaba induzindo a esse tipo de coisa, que

não deveria, mas que acaba induzindo. Tem gente que

não quer trabalhar, inclusive alguns PAVs porque é uma

remuneração tão miserável, tão ridícula, que acaba

proporcionando esse tipo de coisa lamentável, que é a

corrupção num órgão importante, que deveria servir à

população, que é o Detran, e que tem muito.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Concedo a palavra ao Senhor

Deputado Bruno Lamas, antes, porém, registramos a

presença da Senhora Deputada Raquel Lessa, que estava

num compromisso no Palácio Anchieta, devido a

presença de um ministro hoje visitando o Espírito

Santo. Pedimos desculpas pelo atraso, mas chegou a

tempo de participar ainda da comissão.

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Agradeço,

Senhor Presidente. Também registro a presença da

Senhora Deputada Raquel Lessa, aliás, a presença das

Senhoras Deputadas Raquel Lessa e Janete de Sá é

impossível de não ser notada, não é, Senhor Presidente.

V. Ex.ª pode concordar comigo.

Quero encaminhar seis perguntas ao senhor

Carlos Lopes, ex-diretor do Detran, mas, antes, quero

fazer um comentário. Esta CPI tem prestado relevantes

e importantes serviços aos capixabas. É público,

Senhores Deputados Enivaldo dos Anjos, Janete de Sá,

Marcelo Santos e Raquel Lessa, membros efetivos desta

CPI, nas ruas o reconhecimento pelo trabalho. Então é

importante que realmente haja respeito, que haja

consideração com o trabalho. Estou satisfeito com o

andamento desta audiência, também pela forma como a

Mesa ao mesmo tempo em que pergunta, se posiciona,

esclarece o objetivo da CPI. Isso é bom.

Farei seis perguntas, se V. Ex.ª me permitir,

Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, mesmo que

algumas possam repetir aqui, mas tenho certeza de que

elas ajudarão a esclarecer os fatos.

Da mesma forma que reconheço a importância

desta Comissão, registro meu respeito pelo Detran, por

todos seus servidores, inclusive, pelos servidores

efetivos; minha sogra é servidora efetiva do Detran,

trabalha lá há uns quarenta anos, Senhor Deputado

Enivaldo dos Anjos, e diz que só sairá de lá no dia que a

expulsarem, ficará até quando não puder mais, quando a

Constituição não mais permitir. Considero, Senhor

Deputado Marcelo Santos, que o Detran é um órgão

sensível, de difícil administração, com várias raízes pelo

estado, mexendo numa área complicada. Assim como

considero o senhor Carlos Lopes ter sido um bom

gestor, mas, aqui, necessariamente, tendo a necessidade

de esclarecer alguns fatos.

Qual é a importância do pátio de Serra, objeto

deste debate, para o funcionamento do Detran? Em que

ele melhorou ou pode melhorar os serviços prestados à

população? Qual o seu tamanho? Com o seu aluguel, é

possível que o Governo do Estado descredencie pátios

que não tenham condições de funcionar ou que estão

prestando um péssimo serviço, a fim de reduzir

despesas ao Estado?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Pois

bem, a importância desse pátio. Quando cheguei ao

Detran encontrei uma situação catastrófica no sistema

de pátio do Detran. Tínhamos mais de trinta e três mil

veículos amontoados em cerca de vinte e três pátios.

Uma comissão de estudo interna, montada por mim,

apresentou como uma das soluções a necessidade de um

pátio cuja gestão fosse feita de forma direta pelo Detran.

Por quê? Porque tínhamos vários pátios que não

cumpriam, não seguiam a normativa do Detran. No

entanto, senhores deputados, o Detran não podia, de

fato, efetivar uma punição sobre esses pátios porque

esses pátios tinham de dois, a três, a cinco mil veículos

lá dentro. Se eu punisse o pátio com o fechamento, por

exemplo, o órgão não tinha onde colocar esses veículos.

Então, o Detran era, até então, refém do sistema

de pátios credenciados porque ele não podia fazer a

gestão, implementar medidas administrativas porque

não tinha para onde levar os veículos. Eu punia um

pátio, fechava ele, como fechamos alguns, inclusive o

de Guarapari, e, ao fechar, o Detran ficava com um

problema maior ainda, porque eu tinha cinco mil

veículos lá, a empresa credenciada, ao ser fechada,

naturalmente também não fazia mais a guarda, e o

Detran ficaria lá com quatro, cinco mil veículos lá

dentro sem saber o que fazer, como guardar, como

garantir segurança e etc. Então, a importância desse

pátio foi dar ao Detran um pulmão para que ele pudesse

efetivar punições administrativas, quando necessárias,

aos credenciados e ter para onde levar esses veículos.

Em que melhorou? Em que pese o fato do

contrato ter sido assinado na minha gestão, a

inauguração efetiva do pátio, o recebimento do pátio,

bem como os primeiros aluguéis, não foram pagos na

minha gestão, foram pagos, foram efetivados na gestão

que me sucedeu. O pátio foi recebido efetivamente este

ano já de 2015, quando eu já não era mais o diretor-

geral do órgão. Inclusive a gestão que me sucedeu, se

tivesse detectado irregularidades, poderia ter procedido

à suspensão do contrato, coisa que não fez, pois acredito

96 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

que observou que o pátio estava dentro da legalidade.

O tamanho da área é setenta e oito mil metros

quadrados, é o maior pátio da América Latina e, como

já disse, a dependência de outros pátios, o objetivo

desse pátio era reduzi-la.

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – A segunda

pergunta, Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, vou

pular porque já foi exaustivamente debatida, que é

quantas empresas participaram do processo licitatório.

Já entendi que houve um processo e depois uma se

credenciou e essa que se credenciou foi contratada

através de um chamamento público.

A terceira pergunta é: qual é o papel da Secont

e da CAI no processo licitatório que culminou com o

aluguel da referida área?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – A

CAI, inclusive aqui hoje, até com a permissão da

deputada Janete, já até ajudo a esclarecer.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Vou pedir um momentinho. O senhor

anotou a pergunta? Pedirei ao Thiago para responder a

pergunta da Senhora Deputada Janete de Sá e logo em

seguida vou dispensá-lo.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Exatamente sobre o assunto que está se falando, que é a

dispensa de licitação. Tem que ficar claro: não houve

licitação.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Calma. Vamos fazer pela via de cada

um poder falar o que desejar. Ele falou que teve

licitação e V. Ex.ª disse que não. Então, temos que

respeitar.

Você entendeu a pergunta dela? Você poderia

responder só isso? Em seguida vou liberá-lo.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – A

comissão de licitação enquadra despesa e para isso ela

tem que ter os andamentos dos autos. Correto?

Chegamos a essa conclusão pelos andamentos dos

autos. E quanto a essa avaliação, não é de competência

da comissão. Foi criada uma comissão para isso. Não

era de responsabilidade da comissão de licitação dar

valor a esse imóvel. Era uma condição específica. Ela

foi avaliada por essa comissão. A dispensa foi feita pelo

trâmite do processo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Quem fez toda essa avaliação foi a

comissão?

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Isso,

exatamente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Ele só executou.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Só

executei o que veio.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Só executou o que a comissão lhe

passou.

Quero lhe agradecer e liberá-lo porque tem

gente o esperando. Depois, se precisarmos de outra

informação, mando ligar antes para você vir aqui.

O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –

Estou à disposição da Comissão.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Obrigado pela presença.

Senhor Deputado Bruno Lamas, pode concluir.

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Qual é o

papel da Secont e da CAI no processo licitatório que

culminou com o aluguel da área?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Essa

resposta é interessante porque ela ajuda a dirimir uma

dúvida da deputada Janete de Sá. A CAI é que tinha

essa função de fazer essa valoração para ver se o valor

era compatível, se a média era compatível com o

mercado. Essa era uma função da CAI. E a Secont, por

sua vez, é um órgão de controle interno que tem a

função de avaliar se todo o procedimento foi de acordo

com aquilo que prevê a legalidade.

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – O senhor

já esclareceu aqui. A pergunta seria quem recebeu o

pátio e quem assinou o contrato?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – O

contrato foi assinado por mim via delegação de

competência do Colodeti. Ele assinou, mas sob a minha

responsabilidade.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Ela é permanente ou é dada a cada

processo?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não,

ela é permanente e eu recebi isso no Detran de gestões

anteriores.

Só um último esclarecimento. Eu fiz a

assinatura do contrato, mas agora quero deixar bem

claro que na minha gestão não foi pago um único

centavo a essa empresa, porque o edital de chamamento

público previa que a empresa teria um tempo de cento e

cinquenta dias, se não me falha a memoria, para

executar as obras de melhoria, e só após esse

recebimento é que a empresa começaria a receber. E

isso se concretizou na gestão já seguinte a minha.

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Ok. Então

isso responde à quinta pergunta, quem efetuou o

pagamento do primeiro aluguel, mas quero saber o valor

do desconto exigido pela Secont e pela CAI, aplicado pela empresa vencedora do certame.

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – O

valor que a CAI avaliou, que era de cento e setenta e

oito mil, a empresa aceitou. Então, ela tinha vencido o

chamamento público por cento e noventa e dois mil. A

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 97

CAI avaliou em cento e setenta e oito mil e ela aceitou

dar essa redução.

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Ok. Por

último: Em relação ao valor do metro quadrado, existem

outras áreas alugadas pelo Detran, pátios que funcionam

pelo estado afora, muitos motivo, inclusive, de

denúncias, críticas, aberrações e de terceirizações.

O senhor lembra o valor do metro quadrado

alugado dessa área em um comparativo com os demais

pátios? Se está dentro da média dos outros pátios ou se

está acima da média?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Vale

ressaltar que dos pátios credenciados o Detran não paga

aluguel. Ele paga mediante os veículos que entram e

saem. Os veículos que saem, o pátio recebe por isso, e

aqueles que entram, mas não saem, o pátio não recebe.

Isso é bom que fique claro.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Não recebe até o leilão, né?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Até o

leilão. Só que, deputado, o valor do leilão e na ordem de

pagamento, na cronologia de pagamento, o valor do

pátio é o último. Então, raramente sobra alguma coisa

para o pátio porque paga IPVA e todos os débitos até...

Então, raramente...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – De preferência os impostos, mas se

tiver saldo...

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Se

tiver saldo, mas raramente tem, porque o valor sempre

cai muito. Então, comparando com as áreas que o

Detran tem alugadas. Quero que fique claro. Não com

áreas credenciadas. Com as áreas alugadas, o pátio de

Jardim Tropical, chamado de pátio Reco, o Detran paga,

e foi alugado em gestão anterior a minha, dois reais e

oitenta centavos o metro. O pátio Boa Vista II, antigo

pátio Dual, o Detran paga sete reais e sessenta e sete

centavos o metro, alugado em gestão anterior a minha.

Esse pátio Central, na minha gestão, dois reais e trinta e

dois centavos. Então, dos três pátios alugados aqui na

Grande Vitória, que o Detran tem, o pátio Central, esse

de que estamos tratando, tem o menor custo por metro

quadrado. O valor final é alto porque, como eu disse, é

o maior pátio da América Latina. Setenta e oito mil

metros quadrados.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Carlos,

me perdoa, mas com uma garantia de contrato de cinco

anos. Então, até vale a pena o valor ser um pouco menor

porque a garantia de contrato é de cinco anos, o que nos

outros não acontece.

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Mas,

deputada, isso estava previsto no edital de chamamento

para todas as empresas que participaram.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Têm que

ficar claras essas questões, tem que ficar claro, porque o

que parece ser o menor é o menor, mas com garantia de

retorno por cinco anos.

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Só uma

última pergunta. Dentro do formato do pátio, desse

pátio que foi dito que é o maior da América Latina,

existe alguma possibilidade onde o Estado possa, em

parcerias, cumprindo a legislação em vigor, conseguir

arrecadar algo com aquela sucata que está lá?

Eu estive visitando o pátio e vi um trabalho, se

não me engano, da Arcelor, higienizando, prensando e

comprando essa sucata. Até que ponto o Estado tem

condições de ter lucro com essa operação para amenizar

o impacto do aluguel da área?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES –

Deputado, lucro talvez seja uma expressão muito forte.

O Estado tem condições de reaver parte do prejuízo que

tem tido com os veículos apreendidos em nossos pátios.

Por quê? Na medida em que o veículo é leiloado, a

primeira parte desse valor é, prioritariamente, os

impostos atrasados, são descontados para o Estado.

Então, o Estado recupera um dinheiro, digamos,

perdido, que estava nesses veículos.

É importante destacar que lá, nesse pátio

Central, foram feitas dezenas de benfeitorias, acredito

que os deputados já visitaram, inclusive tem uma área

adequada para fazer a vistoria dos veículos para o leilão.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – No seu período lá, a Arcelor - que

devia estar agora higienizando juntamente com a

Samarco o que está fazendo aqui no Espírito Santo,

porque a Arcelor, a Samarco e a Vale são três piratas

que fazem mal ao Espírito Santo -, qual o preço da

tonelada que eles pagam lá, são sete reais?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES –

Deputado, não lembro, sinceramente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – O valor deve ser insignificante,

porque é vinte e cinco reais uma moto, mais ou menos

vinte e três, vinte e quatro reais.

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – É

pequeno. Mas esse modelo de leilão reciclável, o

Espírito Santo foi o terceiro estado do Brasil a adotar.

Inclusive, ganhamos mídia nacional com esse modelo

na época, e lá nessa área tem a área coberta para fazer a

vistoria. Porque, nossos servidores faziam vistoria

dentro do mato, dentro do lixo, ao sol quente, correndo

risco de se cortarem naqueles veículos velhos,

enferrujados e sujos. Os senhores puderam ver, lá há

uma área coberta construída para isso, para que os

veículos sejam levados para lá, para que haja vistoria.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Visitamos lá. Tudo vale a pena, quando o preço é pequeno.

Roberta, fale de sua participação nisso. Nesse

processo com relação a esse pátio, qual foi sua atuação?

A SR.ª ROBERTA REGGIANI LESSA –

Inicialmente, foi montada uma comissão técnica. Como

98 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

o Carlos já havia falado, sou arquiteta de formação e, no

caso, minha atuação seria esta, fazer uma avaliação

técnica da área. Porém, inicialmente, teríamos que ver o

que foi feito, se as propostas apresentadas estariam de

acordo com o que foi solicitado em edital. Minha

participação foi até aí, eu e mais outras duas pessoas da

comissão avaliamos a documentação para ver se estava

de acordo com o que foi solicitado em edital.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – O projeto básico da obra é seu?

A SR.ª ROBERTA REGGIANI LESSA –

Não.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Você apenas levantou as demandas e

a empresa que construiu, baseada...

A SR.ª ROBERTA REGGIANI LESSA –

Não. Houve um projeto básico elaborado por outros

dois servidores, eles pediram até auxílio em algumas

coisas, questão de iluminação, questão de material, mas

só isso.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – O terreno são setenta e poucos mil

metros, estivemos lá. A localização das áreas, o que é

pátio aberto, o que é pátio fechado e o que é portaria, a

empresa que fez isso ou o Detran que passou as

dimensões?

A SR.ª ROBERTA REGGIANI LESSA –

Havia um pré-requisito nesse projeto básico que deveria

atender a algumas dimensões básicas. Havia um pré-

requisito sim.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Quer dizer, precisava de um pátio

coberto de tantos metros, a empresa botou onde quis

colocar, onde foi mais conveniente para o

aproveitamento do terreno ou tinha localização?

A SR.ª ROBERTA REGGIANI LESSA –

Não, não. No projeto básico montado, solicitava uma

área, por exemplo, uma metragem quadrada para

atender, mas a empresa que construía.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Obrigado.

O Thiago foi dispensado por um problema na

família dele e tivemos que liberá-lo.

Lorena, qual foi sua participação e em que você

atuou nesse procedimento?

A SR.ª LORENA BICALHO DA SILVA – Bom-dia. Participei, assim como a Roberta, na comissão

técnica que avaliou se os documentos apresentados

pelas empresas estavam de acordo com os requisitos exigidos no edital.

Fui nomeada suplente, porque o presidente, que

era o Clerisson na época, havia entrado de férias. E,

como não havia pessoal suficiente, fui nomeada e

auxiliei nessa parte.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Felipe, qual foi a sua?

O SR. FELIPE GOGGI RODRIGUES –

Boa-tarde. Nenhuma participação.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Mas você era funcionário do Detran?

O SR. FELIPE GOGGI RODRIGUES – Sim, ex-funcionário. Eu cuidava da parte da Cemp, que

é a Coordenação de Exames Médicos e Psicológicos do

Detran, ou seja, era a parte de saúde e eu desconheço a

matéria.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Você não atuou nem na comissão

especial?

O SR. FELIPE GOGGI RODRIGUES - Não.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Nem na licitação?

O SR. FELIPE GOGGI RODRIGUES –

Não. Inclusive, meu advogado até peticionou

informando, e aí foi reiterada a minha convocação.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Nós recebemos, só que não podemos

liberar, senão fica até sem explicação. Você faz uma

convocação e depois libera, fica no ar: por que fulano

foi liberado e o outro não foi? Pedimos desculpas se

houve alguma vinda sua desnecessária, mas é porque

nesse emaranhado de informações, acabamos

precisando de ter a colaboração de todos para poder,

com todo respeito que convocamos, mas precisamos ter

para poder concluir o relatório final.

O SR. FELIPE GOGGI RODRIGUES – Compreendo e estou à disposição.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Então, está bom. Muito obrigado pela

sua presença. Desculpa os contratempos. Se você

quiser, inclusive, se retirar antes de terminar, você pode

ficar à vontade, e ficam as nossas desculpas.

O SR. FELIPE GOGGI RODRIGUES –

Obrigado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Lorena e Roberta, vocês participaram

dessa comissão, vocês, em algum momento, receberam

alguma solicitação do que vocês deviam fazer ou do que

vocês não deviam fazer, que tinha que fazer assim ou

assado?

A SR.ª ROBERTA REGGIANI LESSA –

Não. A única coisa que precisávamos fazer era

justamente ver se a documentação estava de acordo com

o solicitado em edital.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 99

ANJOS - PSD) – Sei, mas não teve nenhuma pressão

do diretor?

A SR.ª ROBERTA REGGIANI LESSA –

Não.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Ele está do seu lado, mas ele é calmo.

Não teve nenhuma influência no trabalho que vocês

fizeram?

A SR.ª ROBERTA REGGIANI LESSA –

Não.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Wallace e Italo, vocês tiveram

alguma atuação com relação a esse processo em que

houve alguma solicitação, alguma imposição do que

vocês deveriam fazer?

Por favor, pegue o microfone porque estamos

com problema na Casa, porque a Assembleia não pode

comprar nada senão a imprensa denuncia como

mordomia. Temos que usar um só.

O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL

MOREIRA – Não, não tive.

O SR. WALLACE GOMES – Não. Também

não tive.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Nesse processo, não houve nenhuma

pressão nem da direção e nem de empresas que

procuraram para poder falar sobre qualquer...?

O SR. WALLACE GOMES – Não. Pressão

alguma, senhor deputado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Nem nenhuma empresa dessas que

participaram ou até a que ficou contratada fez algum

pedido ou tentou induzir os trabalhos da comissão?

O SR. WALLACE GOMES – Não, pelo

contrário. Após a comissão, tiveram acesso pleno ao

processo e viram. Só isso. Não houve pressão alguma.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Senhora Deputada Raquel Lessa,

deseja fazer algum pedido? (Pausa)

Senhor Deputado Bruno Lamas, se considera

satisfeito? (Pausa)

Senhor Deputado Marcelo Santos?

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Senhor Presidente, na verdade, concluindo essa fase das

oitivas dos que aqui compareceram, quero deixar claro

com relação a isso, a CPI, em nenhum momento, se

manifestou em condenar as pessoas ou qualquer

cidadão, até que ainda não tenha sido convocado a

participar das oitivas para que pudéssemos realizar as

oitivas, que até então estão sendo realizadas, até porque

o objetivo é esclarecer aquilo que nos foi denunciado

para apurar as possíveis irregularidades.

Então, se torna mais do que necessária e

obrigatória a presença de quem atuou em contratos

citados nos autos para que possamos formar o juízo,

junto com a nossa relatora Senhora Deputada Janete de

Sá, apresentar ao final seu relatório, e deliberado pelo

Pleno da comissão. Apenas isso, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Vamos passar a palavra à Senhora

Deputada Janete de Sá para fazer mais os

questionamentos.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Senhor

Presidente, sinto que estamos prejudicados com relação

às informações que precisam ser trazidas aqui a esta

Comissão. Por exemplo, não estamos aqui com a

comissão de licitação que avaliou essas empresas.

Quem avaliou o metro quadrado? Qual a garantia que

temos de que era o menor preço oferecido diante do que

foi oferecido? Então, precisamos ter, no meu

entendimento, os integrantes da CAI e os integrantes da

comissão de licitação, de fato, os que participaram desse

processo que avaliou essa chamada pública. Porque, na

verdade, tem que ficar claro aqui: não houve uma

licitação, houve um chamamento público em que oito

empresas se apresentaram; três foram desclassificadas;

houve uma avaliação entre as cinco e vocês acabaram

concluindo por uma, que vocês consideraram que

preenchia os requisitos – sem nada ter sido construído

ainda – e que ofereceu o melhor preço por metro

quadrado. Dispensaram a licitação, que poderia

acontecer por um processo licitatório, fizeram essa

dispensa e contrataram essa que, nessa avaliação,

segundo vocês colocaram, apresentou o menor preço.

Não tivemos até agora, não sabemos por quê.

Realmente foi o menor preço? Por que as outras foram

dispensadas? Então, para mim, cabe ouvir a comissão,

de fato, que operou na licitação e na avaliação dessa

documentação e que inclinou para que a direção

pudesse escolher essa empresa; e a CAI, também, que

participou desse processo. Acho que eles devem ser

chamados aqui para prestar esclarecimentos. Nos falta

fazer uma avaliação diante de não termos aqui quem de

fato participou desse processo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Senhor Carlos, o senhor teria

condições de lembrar o nome da comissão, os nomes

dos membros dessa comissão que foi criada?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não,

deputado, a comissão técnica está aqui: a Lorena, a

Roberta e o Wallace. Essa é a comissão técnica, como já

responderam aos senhores aqui. A comissão de licitação

é composta por cinco membros, três efetivos...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E o Thiago?

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – O

Thiago era o presidente.

A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – A

comissão de licitação, quem é? É essa que queremos.

100 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Mas

veja bem. A comissão de licitação é o Thiago, é o

Delson, é o Marcus, é a Marília e é o Alexandre. Essa é

a comissão de licitação. Agora, deputada, para ajudar a

senhora a dirimir. Quem avaliou esses preços, se

estavam compatíveis com o mercado, média, etc. e etc.,

foi a CAI, Comissão de Avaliação de Imóveis da Seger,

e não do Detran. Foi a CAI, externa ao Detran.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E a CAI pertence a...?

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – À Seger.

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – À

Seger. Não se aluga nada no Estado, pelos menos era

assim, e acredito que continue, não se aluga nada no

Estado sem passar por uma avaliação dessa comissão de

avaliação da Seger.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Fechou. Ficou esclarecido.

Senhora Deputada, tem mais alguma pergunta

para fazer aos membros?

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – É por que

o Wallace, a princípio, tinha dito, que ele não participou

da comissão de licitação.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – De licitação, não. Ele participou da

comissão técnica.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –

Compreendi, mas eu acho que deveria ser chamado aqui

a comissão de licitação. Então, a comissão de licitação

funcionou para quê? Ela não fez nada? São cinco

pessoas.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Poderia passar os nomes? Favor

anotar os nomes dos membros da comissão. Se tiver o

nome completo, para facilitar. Eles estão todos no

Detran? Só três são efetivos.

O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Os

três servidores efetivos, eu acredito que continuam. O

presidente era o Thiago Silveira Rocha; o Delson

Iglesias do Rego Junior, que é efetivo do Detran, era

membro; Marcus Perozini de Araujo, era comissionado,

era membro; Marília Madeira da Paixão, era pregoeira,

efetiva; e o Alexandre Gonçalves Furtado, que é

membro, também servidor efetivo. Esses eram os cinco

membros da comissão permanente de licitação.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, está bom. Muito obrigado.

Wallace, deseja fazer mais algum

esclarecimento? (Pausa)

Você dois, façam agora; não façam mais pelo

facebook.

O SR. WALLACE GOMES – Senhora

Deputada Janete de Sá, como ocorreu? A licitação fez

todos os processos de chamamento público, uma sessão

pública, onde todos participaram. Depois disso, há uma

ata da sessão pública; depois da ata da sessão pública,

eles fizeram a formalização dos autos, encaminharam à

nossa comissão. Da folha 409 dos autos à folha 441, nós

temos uma avaliação pormenorizada de cada empresa,

analisamos uma por uma, falando do que cada um fez.

E, ao final, nós, então, montamos inclusive uma tabela,

que foi uma tabela que nós identificamos o valor médio

a metro quadrado e encaminhamos esse processo de

volta à licitação. O valor médio a metro quadrado,

porque temos, por exemplo, uma discrepância gigante,

uma área que está na própria Lindenberg, de seiscentos

e oito mil reais/mês, que não tinha.

Além disso, nós não discutimos só, Senhor

Deputado, não avaliamos só o preço. Nós tínhamos, no

processo licitatório, o edital de convocação, ele traz um

formulário que foi elaborado pelos dois servidores,

assim, com referência à doutora Roberta, que

elaboraram o edital, que trazem os pré-requisitos. Ou

seja, a empresa não tinha só que juntar documentação,

ela tinha que responder a uma série de fatores. Como o

nosso diretor disse, eles tinham um prazo de cento e

cinquenta dias para entregar, falar se a área era de

alagamento, se atendia a todas as metragens mínimas.

Então, os pré-requisitos para o processo licitatório que

estava, já vinha anexo ao edital de convocação. Nós

apenas tínhamos um procedimento a seguir. Nós

seguimos um procedimento, e o procedimento que

estava contrário nós relatamos onde está. Esta comissão

que aqui está, que então assinou e pontuou cada uma

delas.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Essa avaliação a CAI fez uma e

vocês fizeram outra?

O SR. WALLACE GOMES – Nós fazemos a

avaliação da documentação, e, depois, quem faz a

avaliação final, é a CAI, como o diretor disse. Preço de

mercado só quem dá é a CAI, nós não temos...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Vocês encaminharam para lá os

preços apresentados e eles fizeram a avaliação.

O SR. WALLACE GOMES – Sim. Os autos

vão completos para a CAI e nenhum imóvel nós não

poderíamos, não é dada ao Detran ou a outro órgão do

Estado essa competência. Eles dizem se pode ou não,

dentro do valor do metro quadrado.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Tá bom. Muito obrigado pela sua

presença.

Italo, para se manifestar. (Pausa)

Aqui é igual igreja: ou se conforma ou se cala

para sempre.

Professor Carlos Augusto, tem mais nada a

acrescentar não? (Pausa)

Roberta, tem alguma coisa? (Pausa)

Lorena, tem alguma coisa? (Pausa)

Então, vamos agradecer a presença a vocês.

Muito obrigado e espero que vocês tenham

compreendido a nossa necessidade de tentar esclarecer

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 101

o máximo possível.

Temos mais uma pessoa para ouvir e que não

compareceu. Uma senhora que se apresentou aqui, não é

isso? Ela não compareceu?

Vamos deliberar com relação à ata.

Senhora Deputada Janete de Sá, como vota?

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Voto

conforme lida.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Senhora Deputada Raquel Lessa?

A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Conforme

lida.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Agora temos que decidir a próxima

reunião. Próxima segunda-feira, qual a sugestão de V.

Ex.ª?

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Minha

sugestão é que a gente ouça a comissão, conforme falei

aqui, da CAI, para ver onde ela avaliou que aquele valor

de metro quadrado realmente era...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – A CAI e quem mais?

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – E eu acho

que nessa acareação o Wallace teria que vir, porque eles

é que avaliaram essa questão, levaram os preços e

apresentaram para a CAI para que a CAI pudesse se

posicionar e dizer que, de fato, aquele valor ali era o

valor que estava autorizado a ser praticado. Então, acho

que é importante o Wallace retornar.

Só isso, a comissão de licitação junto com a

CAI.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, a CAI e a comissão de

licitação.

Senhora Deputada Raquel Lessa, tem alguma

sugestão para ouvir? Está bom? V. Ex.ª concorda?

A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Concordo,

acho que só a CAI resolveria, mas quer a comissão de

licitação? (Pausa) Está bom.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, V. Ex.ª faz ressalva apenas

para ouvir só a CAI, e a Senhora Deputada Janete de Sá

tem que ser os dois.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Acho, que

é bom porque elucida. Acho, inclusive, que o Wallace

deva vir. Porque elucida. Estamos aqui tentando

entender o processo melhor. Não se trata de incriminar A ou B. É exatamente para não cometer injustiça.

Então, no meu entendimento, acho que cabe porque a

gente tiraria as dúvidas.

O SR. WALLACE GOMES – Então, se assim

entender, me coloco à disposição, excelência.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Vamos apenas ponderar com a

deputada relatora que na próxima segunda-feira,

possivelmente, o presidente da comissão, o Thiago,

estará com problemas familiares para comparecer.

Então, a gente poderia fazer o seguinte. Poderíamos

ouvir o Wallace, que se colocou à disposição, junto com

a CAI na segunda-feira, e na outra oportunidade

definiríamos para ouvir a comissão, em face de que ele

não vai, realmente, porque aconteceu um problema na

família dele.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Acho que

é até bom esclarecer, Deputado, porque ninguém vai

entender por que nós liberamos o Thiago da reunião. O

Thiago, acabou de falecer uma tia dele, o pai nos

abordou pedindo que liberasse. Ele não sabia do

falecimento, foi uma coisa que surpreendeu a família e,

por isso, nós liberamos. E essa é a razão, talvez, que a

gente não tenha que chamar na próxima semana até por

conta do impacto. A gente compreende essa situação e

não vamos penalizar mais ainda uma pessoa que veio

aqui prestar esclarecimento e nos ajudar a estar

resolvendo essa situação, entendendo, até, melhor.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, fica designada a presença do

CAI, tem que levantar o nome, e do Wallace.

Vou ler rapidinho uma manifestação do senhor

Nehemias Loureiro Rocha:

Nehemias Loureiro Rocha, brasileiro, casado,

comerciante, residente e domiciliado à Rua Santa

Terezinha, Bairro André Carloni, Serra, vem através de o presente apresentar o seguinte relato.

1 – no dia 01 de outubro de 2015 estava passando pelo

Bairro Coqueiral de Itaparica onde ocorria uma blitz,

quando foi abordado pelo policial cabo Pedra para vistoria do veículo que após analisar os documentos do

seu veículo (todos regulares), disse que iria prender o seu carro por que a vistoria do gás estava vencida.

2- O denunciante tentou dialogar com o policial no

sentido de que poderia ser lavrada a multa e a consequente liberação do veículo.

3- As alegações não foram aceitas e o carro rebocado

para o pátio CENTRAL PARK (...)

Famoso em Vila Velha, e que na verdade é de... tem em

Vila Velha também, não é?

4- O que causou estranheza foi o fato de que já existia

no local um guincho com duas Motos e um Carro já colocados em cima. O seu também foi colocado junto e

foi cobrado individualmente de cada um.

5- Em anexo, o HISTÓRICO DE REMOÇÃO DO

VEÍCULO. O VEÍCULO AINDA CONTINUA

RETIDO NO PÁTIO.

No aguardo de que esta Presidência possa determinar

providências no sentido de que arbitrariedades como esta não continuem acontecendo em nosso estado,

Apresento as minhas saudações.

102 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

NEHEMIAS LOUREIRO ROCHA

Estão aqui os telefones.

Senhora Deputada Janete de Sá, tem alguma

coisa a manifestar com relação a isso?

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –

Deveríamos chamar a pessoa que está fazendo a

denúncia para verificar, e o policial, para checar se

realmente...

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Ele está presente.

A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Acho que

poderíamos aproveitar o tempo que nos resta e ouvi-lo.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS – PSD) – Então, agradeço ao professor e a

todos vocês.

Vamos fazer o seguinte: vamos marcar para a

próxima segunda-feira. Senhor Nehemias, o senhor

poderia estar aqui? (Pausa) Então na próxima segunda-

feira, às 11h, o senhor vai estar aqui para a gente tomar

termo.

O carro está lá ainda, não é? Vamos tentar ver

se através do Jadir a gente consegue encaminhar alguma

solução para isso. Vamos tirar uma cópia. Liguem a ele

para poderem dar a informação, e na segunda-feira ele

estará aqui para a gente poder concretizar e acompanhar

isso aí.

Sob a proteção do nosso Senhor Jesus Cristo,

que nos deu força, e de Deus, que nos orientou e nos

criou para podermos respeitar o meio ambiente, mas

acontece que também criou, nasceu no meio dessa

multidão aí uma firma chamada Samarco, que acabou

tirando do povo a condição de beber água, tomar banho

e utilizar os bens naturais, que Deus deu a todos nós de

graça, e acaba muita gente ganhando dinheiro em cima

desses troços, usando para poder purificar minério, e

acabam jogando tudo dentro dos nossos rios.

Até a próxima segunda-feira, se Deus quiser.

Encerra-se a reunião às 12h42min.

COMISSÃO ESPECIAL DOS RESÍDUOS

SÓLIDOS. SEGUNDA REUNIÃO

EXTRAORDINÁRIA, DA PRIMEIRA SESSÃO

LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA

OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 19

DE OUTUBRO DE 2015.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – PRTB) – Havendo número legal, invocando a

proteção de Deus declaro abertos os trabalhos desta

Comissão.

Convido a Senhora Secretária a proceder à leitura da ata da primeira reunião extraordinária,

realizada em 06 de outubro de 2015. (Pausa)

(A Senhora Secretária procede à leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

– PRTB) – Em discussão a ata. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Pela

aprovação.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

– PRTB) – Voto pela aprovação.

Ata aprovada como lida.

Solicito à Senhora Secretária que proceda à

leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

EXPEDIENTE:

CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:

OF. DCT/N.º 49/2015, do diretor da Consultoria

Temática, Jorge Antônio Ferreira de Souza, em resposta

a CI n.º 522/2015, indicando a consultora parlamentar

temática, Márcia Nolasco de Carvalho Domingues

Monteiro, para acompanhar os trabalhos desta

Comissão.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – PRTB) – Ciente.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

COMUNICAÇÕES:

Objetivo da Comissão: Apreciar, analisar, investigar e

buscar alternativas sustentáveis para a coleta,

tratamento e destinação dos resíduos sólidos no Espírito

Santo.

ORDEM DO DIA:

Dia, hora e local das reuniões ordinárias desta

comissão, quinzenalmente, às segundas-feiras, às

9h30min, no Plenário “Judith Leão Castello”.

Encaminhar ofício ao senhor Julio Cesar

Bassini Chamum, procurador-geral desta Casa de Leis,

solicitando a designação de 02 (dois) procuradores para

acompanharem os trabalhos desta Comissão.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

– PRTB) – Em discussão. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Favorável

ao requerimento.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – PRTB) – Voto favorável ao requerimento.

Aprovado.

Antes de ler um texto que havia preparado para

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 103

iniciar os trabalhos desta Comissão, Senhores

Deputados Bruno Lamas e Rodrigo Coelho, que hoje

não se faz presente, mas comunicou previamente sua

ausência, destaco a importância do trabalho desta

Comissão. Existem alguns temas relacionados ao meio

ambiente que não podem passar despercebidos nesta

Casa de Leis, que é a questão do lixo, no que diz

respeito ao aumento, ao destino e algumas metas

estabelecidas na lei, em 2010, que definiu o Plano

Estadual de Resíduos Sólidos, Plano Nacional de

Resíduos Sólidos.

Então, estamos aqui para isso, para discutir e a

avançar.

Minha assessoria, com carinho, preparou um

texto que vai dizer um pouquinho da importância do

trabalho desta Comissão.

Houve um momento na história em que a única

preocupação das nações era alcançar um nível mais

elevado de desenvolvimento cientifico e tecnológico e,

como consequência, alçar seu país ao status de grande

potência mundial. Entretanto, após séculos na busca

desse ideal, o meio ambiente é a principal vítima dos

efeitos desse desenvolvimento a qualquer preço.

Os sinais dessa busca já são claramente notados

no meio ambiente. Exemplo claro reside no

derretimento das calotas polares em virtude do

aquecimento global ocasionado especialmente pela

emissão de gases poluentes e, numa perspectiva mais

local, pelos longos períodos de estiagem que têm

causado a falta de água em várias regiões brasileiras. Os

resíduos sólidos constituem um desses grandes

problemas da modernidade e causam um reflexo que em

muito supera a estética das cidades poluídas, mas que

contribui para o agravamento de todos os problemas

isolados que assolam o equilíbrio do ecossistema.

Na contramão da revolução industrial e

tecnológica, iniciada no século 18, e da implantação de

novos métodos que possibilitaram à produção em larga

escala, a atualidade traz consigo novas necessidades

traduzidas pelo termo sustentabilidade. Traduz-se na

ponderação do desenvolvimento em harmonia com a

preservação do meio ambiente. Ainda que tenha levado

muito tempo, o ser humano descobriu que é possível

evoluir sem destruir tudo ao seu redor e é esse o ideal de

sustentabilidade: o uso dos recursos naturais para

satisfação das necessidades presentes, sem comprometer

a satisfação das necessidades das gerações futuras.

Nessa linha, tem atuado o Ministério do Meio

Ambiente por meio da Política Nacional dos Resíduos

Sólidos, que acarretou na elaboração do Plano Nacional

de Resíduos Sólidos. Várias metas foram estabelecidas,

tais como o fim dos lixões a céu aberto e a consequente

substituição por aterros sanitários que recebam apenas

rejeitos. O rejeito é aquilo que você tem, o lixo. Uma

parte do lixo você consegue reaproveitar e aquilo que

não consegue reutilizar é o que definitivamente deveria

ir para os aterros sanitários.

A execução das medidas estabelecidas, no

entanto, tem se mostrado um grande desafio para os

estados e municípios brasileiros. Cientes desse desafio e

da importância do tema é que propusemos que fosse

criada a Comissão Especial dos Resíduos Sólidos, com

a intenção de analisar os obstáculos enfrentados, ajudar

no fornecimento de dados concretos para a elaboração

dos planos de gestão nos municípios, tornando-os aptos

a receber recursos federais e facilitando o cumprimento

de metas no mais breve espaço de tempo possível.

Pois bem, o Senhor Deputado Bruno Lamas

disse, antes de iniciar a reunião, que o município de

Serra também merece uma atenção mais que especial no

que diz respeito ao tratamento deste tema. Eu, que sou

morador do município de Cariacica, também repito aqui

as palavras do Senhor Deputado Bruno Lamas sobre a

questão do lixo na cidade e a grande quantidade de lixo.

Isso, além de gerar um problema econômico, gera gasto

com a coleta e com o destino desse lixo e traz

problemas de saúde pública.

Senhor Deputado Bruno Lamas, o lixo não é só

uma questão estética, como comentamos aqui. Ele atrai

doenças, problemas e estamos aqui para discutir um

pouco disso. Queria que o Senhor Deputado Bruno

Lamas pudesse fazer algumas de suas colocações.

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Bom dia a

todos. Bom dia aos que nos acompanham pela TV Ales

e a todos os servidores da Casa.

Sempre inicio meus pronunciamentos

agradecendo o carinho, a colaboração e a contribuição

dos servidores da Assembleia Legislativa e como isso

facilita e ajuda no nosso trabalho. Parabenizo o colega

Senhor Deputado Marcos Bruno e sua equipe pela

iniciativa da criação desta Comissão Especial.

O Senhor Deputado Marcos Bruno, professor, é

um grande amigo, com muita sabedoria e sensibilidade,

que trata também a educação de forma pontual em seu

mandato. É um prazer trabalhar com S. Ex.ª nesta

Comissão porque tenho certeza de que permitirá que os

membros desta Comissão produzam, colaborem,

sugiram e não sejam meros expectadores sentados à

mesa. Tenho convicção disso.

Digo isso porque já trabalhei em outras

comissões, participo de algumas comissões

permanentes, e S. Ex.ª também. Infelizmente, ao

contrário da postura de S. Ex.ª, alguns parlamentares

buscam fazer das comissões um trabalho praticamente

centralizado e focado no seu mandato.

Nesta Comissão, será diferente. O tema é

importantíssimo. O tema é atual e merece atenção. Esta

Comissão, além de discutir, colaborar, ouvir os

municípios, colocar toda a estrutura do Governo do

Estado à disposição dos municípios na elaboração e no

cumprimento de seus planos, tem uma responsabilidade

enorme de manter a população informada.

Muitos capixabas sequer sabem que existe uma

política nacional de elaboração, com metas traçadas. A

primeira delas, dos planos municipais de saneamento

básico, inclusive com datas já superadas, muitas cidades

já com seus planos elaborados em execução.

Isso significa estabelecer metas para que o

esgoto dos municípios deste Brasil afora, no caso o do

nosso estado, possa ser cem por cento canalizados e

posteriormente tratado.

Em seguida, as metas dos planos municipais de

resíduos sólidos, proibindo lixões, como disse o Senhor

Deputado Marcos Bruno, aprovadas em algumas

cidades também e em outras em plena fase de

104 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

elaboração. E a terceira meta, que trata da recuperação

dos recursos hídricos.

Então, se não é lançado mais o esgoto, o lixo a

céu aberto, haverá condições, depois, de recuperar os

resíduos. É uma política nacional interessante, mas que

só funcionará se houver apoio total aos municípios.

Volto a dizer que essa é uma das responsabilidades da

nossa Comissão Especial.

Posso citar como exemplo a cidade de Serra.

Ainda vereador participei e tive oportunidade de votar

os dois projetos, tanto o Plano Municipal de

Saneamento Básico como o Plano Municipal de

Resíduos Sólidos.

Grosso modo, Senhor Deputado, só para que as

pessoas que nos acompanham possam entender melhor -

porque V. Ex.ª é professor nisso, me convenceu, me

convidou e mais uma vez registro que tem a

sensibilidade para tratar esse assunto -, os municípios

têm que dizer, no caso do primeiro plano, o Plano

Municipal de Saneamento Básico, o que a cidade, o

prefeito, a Câmara de Vereadores, as autoridades

pensaram para que cem por cento do esgoto fosse

tratado.

No caso de Serra, é uma renovação do contrato

de concessão com a Cesan e uma autorização de uma

Parceria Público-Privada. A Cesan foi à Bolsa de

Valores de São Paulo, licitou dignamente e contratou

uma empresa. O que a Cesan faria em trinta e cinco

anos, essa empresa tem que fazer, por força contratual,

em até oito anos.

Isso muda alguma coisa para o munícipe? Não.

Garantimos a equação da cobrança da conta de água,

então não haverá reajuste, aumento, alteração na

equação, porque é valor investido, dividido pelo valor

arrecadado, e chega àquela cobrança na nossa conta de

água.

Agora aprovado, e a execução? Poderemos

convidar nesta Comissão, por iniciativa do Senhor

Deputado Marcos Bruno, você que nos ouve, as

empresas contratadas, as autoridades que estão com a

responsabilidade de implantação para saber as quantas

andam.

O resíduo sólido, a mesma forma.

O que as cidades farão? Vão terceirizar? Vão

assumir? Mas algo precisa ser feito, o plano precisa ser

elaborado e a população precisa saber o que vai

acontecer.

Então, isso é um pouco, de forma muito

sucinta, rápida e até para não me alongar, da

importância desta Comissão Especial para os capixabas.

Parabéns à Assembleia Legislativa que tem

produzido e que tem discutido assuntos relevantes.

Parabéns, Senhor Deputado Marcos Bruno.

Também teremos a presença do Senhor

Deputado Rodrigo Coelho, que é experiente, um

deputado sensível, capacitado e que contribuirá muito.

Temos a região metropolitana representada, o

Sul do estado representado e vamos buscar discutir com

a região Norte e Noroeste do estado para que possamos

fechar e atender a todos. Temos, inclusive, Senhor

Presidente, alguns encaminhamentos a apresentar

posteriormente, mas, antes, devolverei a palavra a V.

Ex.ª.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

- PRTB) – Obrigado, Senhor Deputado Bruno Lamas.

V. Ex.ª foi um deputado que prontamente aceitou o

convite de estar presente e, agora, está participando dos

trabalhos desta Comissão.

Quero também informar que o Norte está

representado pelo Senhor Deputado Padre Honório, na

suplência, e também tem o Senhor Deputado Freitas e

vários outros deputados estaduais que já fazem um

trabalho voltado à questão ambiental. Tenho certeza de

que o Senhor Deputado Padre Honório estará presente

em algumas de nossas reuniões.

Gostaria também, Senhor Deputado Bruno

Lamas, de informar que, na última semana, estive em

Brasília e fiz uma visita ao Ministério do Meio

Ambiente. Fui a duas gerências específicas, uma que

trata da questão da Política Nacional de Educação

Ambiental e em outra gerência que estuda e acompanha

a implementação dos planos estaduais e municipais de

resíduos sólidos em todo país.

Vale lembrar que a lei é de 2010, quando foi

definida a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Dentro dessa política estava o Plano Nacional de

Resíduos Sólidos. Vale fazer uma ressalva: o plano,

embora totalmente elaborado e pronto, ainda depende

de uma aprovação, de uma reunião da Comissão

Nacional de Agricultura. Então, ele precisa passar por

quatro comissões para a sua aprovação, mas a Comissão

Nacional de Agricultura não se reúne há anos. O plano

existe, foi concluído, mas não foi ainda aprovado.

Outra questão que chama a atenção é quando

eles dizem a respeito dos municípios, dos planos

apresentados pelos municípios brasileiros. A primeira

coisa, Senhor Deputado Bruno Lamas, e V. Ex.ª disse

muito bem a respeito do município de Serra, é que o

município não consegue receber recursos da União para

tratar a questão dos resíduos sólidos se ele não tem o

seu plano. Temos uma grande quantidade de

municípios, embora a data tenha ficado definida para o

ano de 2014, alguns municípios, inclusive capixabas,

ainda não apresentaram seus planos municipais de

resíduos sólidos.

Marcos, além da questão dos recursos da

União, qual o prejuízo que tem aquele município que

não apresentou seu Plano de Resíduos Sólidos, ou que

apresentou, mas que foi um plano mal feito? Um plano,

Senhor Deputado Bruno Lamas, se calcula por

habitante, e custaria três a quatro reais por habitante. Ao

pegar um município com cem mil habitantes, um bom

plano ficaria em torno de trezentos mil reais.

Evidentemente que tem um teto e você não vai trabalhar

com munícipios como a cidade de São Paulo e seguir

essa lógica, mas tem planos de quinhentos mil, de

quatrocentos mil, e vários municípios apresentaram

planos com o custo de quinze mil, de doze mil e de

vinte mil reais. Até mostraram alguns exemplos no país

de planos que foram iguais, de Control C e Control V

ou de alguma empresa próxima que fez aquilo. Qual é a

dificuldade de você não ter um plano ou ter um plano

ruim? Como que os vereadores do município criam uma

legislação se não há referência, se não há metas e se não

há estudos a respeito da quantidade de lixo produzido

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 105

no seu município, das deficiências e do destino final?

Portanto, chamaremos alguns secretários de

meio ambiente de alguns municípios e do Governo do

Estado do Espírito Santo para que apresentem seu plano

e para que justifiquem, de certa forma, a dificuldade da

implementação do seu plano.

Alguns municípios pequenos, sobretudo

aqueles do interior do estado, podem apresentar o plano

através de consórcios.

Ele citou um exemplo de três municípios bem

pequenos do Estado de Minas Gerais que, por meio de

um consórcio, foram ao Ministério do Meio Ambiente,

levaram o seu plano que para o tamanho do município,

parecia um plano caro, eles gastaram algo em torno de

duzentos mil para a elaboração de um plano conjunto

para esses municípios e receberam cinco milhões de

reais da União para as políticas de tratamento e destino

dos resíduos sólidos. Há experiências interessantes e os

municípios ainda têm de avançar muito nessa questão,

Senhor Deputado Bruno Lamas.

Outra questão que também vi e presenciei no

Ministério do Meio Ambiente foi na gerência que

trabalha a Política Nacional de Educação Ambiental.

Poderemos também, como experiência, trazer

representantes das Secretarias municipais de Educação e

de Meio Ambiente para que mostrem para a sociedade

capixaba e para nós o que está sendo feito porque dentro

da Política Nacional de Resíduos Sólidos é claro que a

apresentação do plano é importante sim, isto é, um bom

plano é importante sim. Mas existem outras metas. A

coleta seletiva também era uma meta. Será que ela foi

implementada em todas as cidades brasileiras, em todas

as cidades capixabas da forma devida? Acredito eu e

tenho certeza que V. Ex.ª também imagina que não. A

política de educação ambiental nas escolas, nos espaços

comunitários, existe? Como ela está? Chegaram a dizer

que há uma escola no município de Guaçuí, no Espírito

Santo, que tem uma das melhores experiências de

projetos ambientais de escolas de todo o Brasil. Existe,

Senhor Deputado Bruno Lamas, no Ministério do Meio

Ambiente o chamado circuito tela verde, é um canal,

um espaço na internet do site do Ministério do Meio

Ambiente em que as escolas, as instituições privadas

apresentam projetos de sustentabilidade, projetos de

tratamento de lixo, de coleta seletiva interessante. É

como se fosse uma vitrine para replicar essas

experiências por todo o Brasil e no Espírito Santo tem

uma escola que agora não me lembro do nome, no

município de Guaçuí, que tem uma experiência muito

bacana e vamos fazer questão de convidá-los para vir a

esta Casa.

Enfim, acho que começamos muito bem os

trabalhos desta comissão e fico feliz quando o Senhor

Deputado Bruno Lamas fala da democracia que iremos

estabelecer nos trabalhos, nas deliberações, nas

indicações, na participação coletiva porque esse deve

ser o verdadeiro trabalho de uma Comissão Especial e fico feliz pelo Senhor Deputado Bruno Lamas estar

presente porque V. Ex.ª mostra-se muito conhecedor,

dedicado e atuante. Isso nos faz vir para a Assembleia

Legislativa com a esperança de uma sociedade, de um

Espírito Santo melhor, quando trabalhamos e dividimos

os nossos trabalhos com pessoas com o perfil que tem o

Senhor Deputado Bruno Lamas.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Bruno

Lamas.

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Gostaria

de agradecer ao Senhor Presidente Marcos Bruno.

Tenho algumas sugestões e gostaria que V. Ex.ª pudesse

já deliberar a possibilidade do convite ao senhor Dalton

Perim, presidente da Amunes, inclusive conversávamos

sobre isso antes do início da nossa reunião. Seria para

dar um prazo para S. Ex.ª se organizar e informar a esta

comissão quais são os municípios que têm os seus

planos aprovados, aqueles municípios que estão em

falta, os que precisam de suporte. Esse é um

encaminhamento.

Senhor Presidente Marcos Bruno, queremos

fazer também uma reflexão. Se estivesse vivo, o

saudoso Augusto Ruschi completaria cem anos em

2015. Estava lendo um artigo interessante sobre

Augusto Ruschi no jornal de domingo e soube que ele

chegou a pedir a prisão de um então governador que

estava incentivando a derrubada de matas para a

plantação de palmito em larga escala, em escala

industrial. O saudoso Augusto Ruschi muitas vezes foi

chamado de louco e hoje há prova de que ele estava

correto.

Esta comissão é implantada em um momento

muito especial e que o seu legado, a sua história, a sua

paixão pelo meio ambiente, pelas causas ambientais e

não estamos discutindo nada que não seja diferente

disso nesta Comissão, que possa servir de inspiração

para esta Comissão Especial.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – PRTB) – As nossas reuniões ocorrerão sempre às

segundas-feiras a cada quinzena. O próximo encontro

deveria ocorrer no dia 02 de novembro, que será

feriado, mas vamos deliberar outra data. A assessoria da

Assembleia Legislativa que acompanha os trabalhos da

Comissão já prontamente nos apresentou uma

alternativa. Vamos ver se V. Ex.ª concorda com o dia

04 de novembro, que será uma quarta-feira, às 14h, no

Plenário Rui Barbosa.

Em votação.

Como vota o Senhor Deputado?

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Pela

aprovação, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

– PRTB) – Também voto pela aprovação. Fica

aprovado que a próxima reunião desta Comissão será no

dia 04 de novembro, quarta-feira, às 14h, no Plenário

Rui Barbosa.

Temos dois requerimentos do Senhor Deputado

Bruno Lamas que eu gostaria de ler já para a nossa

próxima reunião. V. Ex.ª é organizado e já vem com os

seus requerimentos prontos. Houve uma vez que um

político teve a infelicidade de dizer que o município de

Serra não tinha deputado estadual. Não tem um

deputado estadual, tem um grande deputado estadual.

Acho que foi de uma infelicidade e a Serra ganha muito

com a presença de V. Ex.ª, com a participação atuante e

106 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

dedicação no Legislativo do Espírito Santo.

O Senhor Deputado Bruno Lamas está

requerendo à Comissão Especial que solicitemos à

Amunes – Associação dos Municípios do Estado do

Espírito Santo –, em nome do Ilustríssimo Senhor

Presidente Dalton Perim, para apresentar o relatório das

prefeituras do Estado do Espírito Santo que elaboraram

seus planos de tratamento, coleta e destinação de

resíduos sólidos.

Em votação.

Como vota o Senhor Deputado?

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Pela

aprovação.

O SR. PRESIDENTE – (PRTB) - Também

voto pela aprovação, portanto, fica aprovado o

requerimento.

Acho importantíssima a presença dele nesta

Comissão porque pode fazer esse levantamento. Tem

municípios que ainda têm lixões. Temos que destacar,

também, que alguns municípios transformaram seus

lixões em aterros sanitários, mas também não atendem

às exigências ambientais desejadas ou as mais

indicadas. Então, ele pode trazer para nós esse balanço.

Também para a próxima reunião o Senhor

Deputado Bruno Lamas faz outro requerimento à

Comissão Especial, para a vinda da Recuperlixo –

Associação de Catadores de Materiais Recicláveis do

Município da Serra –, para tratar da destinação de

resíduos no Município da Serra. A Associação está

localizada em Jardim Tropical.

Em votação.

Como vota o Senhor Deputado?

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) - Pela

aprovação.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – PRTB) - Também voto favorável ao requerimento do

Senhor Deputado Bruno Lamas. Fica, então, para o dia

04 de novembro, às 14h a próxima reunião. Poderemos

começar com o presidente da Amunes e depois com a

Associação. Poderemos mesclar, Senhor Deputado

Bruno Lamas, ao longo dos trabalhos que,

evidentemente, a Comissão tem um trabalho de

investigação, de acompanhamento desses planos

estaduais para que seja gerado um relatório do Estado

do Espírito Santo, o quanto o Estado avançou e o

quanto ainda está atrasado no tema que tratamos nesta

Comissão. Mas podemos também, paralelamente a isso

tudo, fazer um trabalho de educação ambiental, de

visitarmos as escolas municipais, visitarmos os

municípios, as entidades que trabalham com o

tratamento, com reciclagem, com projetos sustentáveis

para o Espírito Santo, para que façamos não apenas um

relatório de críticas e de indagações a respeito do tema,

mas que venhamos a produzir algo construtivo para o

Estado do Espírito Santo.

Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a

reunião e convoco os Senhores Deputados para a

próxima, extraordinária, dia 04 de novembro, às 14h, no

Plenário Rui Barbosa desta Casa de Leis. Muito

obrigado a todos.

Está encerrada a reunião.

Encerra-se a reunião às 10h20min.

COMISSÃO ESPECIAL DOS RESÍDUOS

SÓLIDOS. TERCEIRA REUNIÃO

EXTRAORDINÁRIA, DA PRIMEIRA SESSÃO

LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA

OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 04

DE NOVEMBRO DE 2015.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO-PRTB)

- Boa-tarde ao público presente; àqueles que nos

acompanham pela TVAles; aos Senhores Deputados

Rodrigo Coelho e Bruno Lamas, que também compõe a

Comissão e está a caminho.

Hoje, receberemos nesta Comissão o senhor Paulo

Fernando Mignone, prefeito de Muniz Freire, que

representa o senhor Dalton Perim, presidente da

Amunes, e o senhor Mauro Estevam, assessor Jurídico

da Amunes. Em alguns instantes S.S.ªs

farão uma

explanação sobre a realidade dos municípios no que diz

respeito à política de gestão de resíduos sólidos.

Havendo número legal, invocando a proteção

de Deus declaro abertos os trabalhos desta Comissão.

Convido a Senhora Secretária a proceder à

leitura da ata da segunda reunião extraordinária,

realizada em 15 de outubro de 2015. (Pausa)

(A Senhora Secretária procede à leitura da ata)

O SR. MARCOS BRUNO – (REDE) – Em

discussão a ata. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como vota o Senhor Deputado?

O SR. RODRIGO COELHO – (PT) – Pela

aprovação.

O SR. MARCOS BRUNO – (REDE) – Ata

aprovada como lida.

Solicito à Senhora Secretária que proceda à

leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

EXPEDIENTE:

CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:

Não há no período.

COMUNICAÇÕES:

Objetivo da Comissão: Apreciar, analisar,

investigar e buscar alternativas sustentáveis para coleta,

tratamento e destinação dos resíduos sólidos no Espírito

Santo.

ORDEM DO DIA: O que ocorrer.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 107

Convidados: Senhor Dalton Perim, Presidente

da Associação dos Municípios do Estado do Espírito

Santo e Senhora Fabrícia Cantílio, Presidente da

Associação de Catadores de Materiais Recicláveis do

Município de Serra – Recuperlixo.

O SR. MARCOS BRUNO – (REDE) – O

Senhor Deputado Rodrigo Coelho é também membro

desta Comissão Especial sobre Resíduos Sólidos.

Recebemos, nesta Comissão, por requerimento

do Senhor Deputado Bruno Lamas, a Amunes,

representada hoje pelo Paulo Fernando Mignone,

Prefeito de Muniz Freire e pelo Mauro Estevam,

assessor jurídico que se faz presente.

Senhor Deputado Rodrigo Coelho, estamos

hoje na segunda reunião da Comissão, que será

prorrogada por mais noventa dias. Ela tem como

objetivo principal acompanhar a gestão e as políticas de

resíduos sólidos dos municípios do Estado do Espírito

Santo.

Sabemos que em 2010 tivemos a Lei 12.305,

que implementou a política nacional de resíduos

sólidos. Temos algumas metas que foram traçadas,

como o fim dos lixões, a introdução de políticas de

educação ambiental nas escolas, a coleta seletiva e

outras tantas práticas de forma compartilhada não

somente pelo Estado e pelo Município, mas por atores

do setor privado e pelo cidadão.

Tenho certeza que o Senhor Deputado Bruno

Lamas acertou na indicação da Amunes, para que os

senhores possam no dar, pelo menos, um panorama da

realidade dos municípios no Espírito Santo no que diz

respeito à implementação das políticas e práticas

sugeridas pela política nacional de resíduos sólidos.

Senhor Deputado Rodrigo Coelho, V. Ex.ª

deseja fazer algum tipo de consideração?

O SR. RODRIGO COELHO – (PT) –

Primeiramente, desejo boas-vindas ao Mauro e ao

Paulinho, amigos queridos que reencontramos nesta

Casa. Inclusive, o Mauro foi palestrante do nosso

programa de formação para gestores públicos, Marcos

Bruno. Fizemos com o Mauro a palestra de

desanimação dos candidatos a prefeito. Na verdade não

foi isso, mas o cenário é desolador. Acabamos

brincando que a palestra era de desanimação para os

candidatos a prefeito, mas ela coloca as pessoas a par da

realidade.

Na política de resíduos sólidos, isso não é

diferente, porque o convite a fazer a gestão dos resíduos

é desafio extraordinariamente grande. Antes, tínhamos

os nossos resíduos sólidos compondo grandes lixões.

Hoje, a maioria dos resíduos esta indo para aterros

sanitários que fazem apenas o aterro dos resíduos. O

custo é razoavelmente alto, de transporte e destinação.

O nosso grande desafio é o reaproveitamento

desses resíduos. É bom que se diga que esse é um

desafio grande e não é a atividade fim dos municípios.

Mas a cobrança recai sobre os municípios, inclusive de

transformar os resíduos, o que não é sua atividade fim.

Essa é mais uma demonstração de como impomos aos

municípios tarefas que não são originariamente da

administração pública municipal dar conta. Mas, como

a vida acontece nos municípios, queremos que a

responsabilidade da solução de todos os problemas que

aparecem na vida seja dos prefeitos.

O Senhor Deputado Marcos Bruno gostaria de

ser prefeito de Cariacica. Louco. Deus tirou o bom

senso de S. Ex.ª. Fazer o quê? Deus tirou o bom senso

de S. Ex.ª e rezaremos para que ele tenha bom senso ou

que seja feliz, o que couber.

Enfim, mesmo na brincadeira, é importante

trazer, de maneira sutil, o tamanho da complexidade da

responsabilidade institucional que é dada aos prefeitos e

o tamanho da complexidade que é a atuação na política

de resíduos sólidos, porque existe apenas a cobrança

pura e simples do cumprimento da lei por parte de um

ente. Afinal, nem regime de colaboração para o

cofinancimento da destinação vemos ser aplicado com

eficiência. E esse regime de colaboração deveria

começar partindo da esfera federal para a esfera

estadual, para chegar aos municípios, porque, hoje, os

resíduos sólidos compõem boa parte do orçamento das

prefeituras municipais. Quanto maior a distância da

prefeitura de um aterro, mais ainda ele consome recurso

do orçamento.

Sabendo dessa realidade, desejamos boas-

vindas ao Paulo Fernando Mignone, o Paulinho, e ao

Mauro Estevam. Fiquem à vontade. A Comissão está a

serviço do povo capixaba, neste momento, por meio dos

senhores.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) – Só lembrando, Senhor Deputado Rodrigo

Coelho, futuro prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, que

quando eu disse...

O SR. RODRIGO COELHO – (PT) – Senhor

Presidente, pela ordem! Deus não me tirou o bom senso

ainda.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

– REDE) – Quando disse da Lei n.º 12.305/2010,

também previu o principal: apresentação dos planos

municipais de resíduos sólidos. Não se consegue

receber, captar recursos da União para tratar, para

trabalhar, para discutir resíduos sólidos sem a

apresentação do seu plano; não se consegue estabelecer

uma legislação municipal quando não se quantifica,

quando não se tem estudos, números.

Sabemos que alguns municípios ainda não

apresentaram as informações que temos. Outros

apresentaram um plano, mas que não satisfaz àquilo que

o Ministério do Meio ambiente entende como um plano

ideal para as necessidades, para o tamanho daquele

município. Isso é muito importante.

Sabemos que a questão do lixo no país ainda

não chegou àquele caos que alguns alarmistas

trouxeram a debates no Japão e em outros países, mas já

sabemos que é uma causa que se não bem observada,

não bem acompanhada, pode se transformar em um

problema ainda maior do que já encontramos hoje nas

grandes cidades do país.

Pedimos ao Paulo Fernando Mignone a

gentileza de ficar à vontade para iniciar sua explanação.

O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE –

Boa-tarde Senhor Deputado Marcos Bruno, presidente

108 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

desta Comissão; Senhor Deputado Rodrigo Coelho,

nosso amigo conhecido; e demais presentes.

O Senhor Deputado Rodrigo Coelho já

adiantou bem a situação dos municípios. Relatarei a

situação de Muniz Freire, que também não é muito

diferente dos outros municípios,

Iniciamos lá a coleta seletiva em 2013,

justamente no bairro Santa Terezinha, que também foi o

bairro escolhido pela administração para o primeiro

programa de regularização fundiária do município. Um

dos pioneiros do estado.

Justamente nesse bairro iniciamos a coleta

seletiva por meio de uma cooperativa que teve como

principal pessoa uma senhora da comunidade chamada

dona Glória, que já fazia esse tipo de trabalho na cidade,

na sede. Nada melhor do que aproveitar a própria

experiência dela para implementar a coleta seletiva

dentro do município.

Reunimo-nos no bairro Santa Terezinha,

primeiramente com os moradores, depois abrimos, por

meio do Cadúnico (Cadastro Único do Governo

Federal) do Cras, para que pudéssemos fazer a seleção

das pessoas que poderiam participar da cooperativa.

Iniciamos com treze pessoas e hoje temos oito, com

uma renda mensal de, aproximadamente, oitocentos e

noventa reais. É a média de ganho dessas oito pessoas.

Tivemos grande dificuldade justamente para

manter o relacionamento entre os cooperados na

cooperativa. Para isso, tivemos que recorrer à Secretaria

de Assistência Social, em um trabalho com psicólogos,

para que pudéssemos desenvolver neles o trabalho de

viver em grupo e de liderança. Esse trabalho surtiu

grande resultado. Implementamos, logo depois do bairro

Santa Terezinha, para mais quatro ruas no centro da

cidade. Esse trabalho continua sendo feito. Alugamos

um galpão. A Prefeitura paga o aluguel mensal de um

mil e duzentos reais para o galpão. Antes era feito no

canto da rua. Tiramos e levamos ao galpão Através da

Aderes, que nos apoiou muito na implementação da

cooperativa e da empresa... Falhou o nome... O

Sindimicro também teve palestras, mas o Tetrapark foi

que nos cedeu prensa e alguns equipamentos

necessários. Hoje nos faz muita falta um caminhão para

a coleta seletiva. A coleta é feita em uma caminhonete

pequena, Pampa; não temos caminhão.

Ao mesmo tempo, aproveitamos uma escola do

distrito de Itaici. Essa escola foi premiada pela rede

Gazeta Sul no trabalho de meio ambiente e comunidade.

Essa escola implementou na comunidade a

responsabilidade da coleta seletiva, que é feita pelos

próprios moradores. Recolhemos semanalmente e

levamos à cooperativa. Hoje o caminhão nos faz falta e,

também, como disse o Senhor Deputado Rodrigo

Coelho, nossa grande dificuldade hoje é a abertura de

novas células. Chegamos a um ponto em que não temos

como continuar nosso trabalho se não pudermos abrir

novas células.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

– REDE) – Paulo, só para acompanhar. Desde o início

da implantação da coleta seletiva vocês começaram com

um bairro piloto em Santa Terezinha. Havia lá uma

moradora que já fazia um trabalho - só para ver se

confere – e depois vocês expandiram para mais duas

ruas.

O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE – Quatro ruas.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) – Mais quatro ruas.

O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE – No centro da cidade.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

– REDE) – No centro da cidade, que também hoje tem

a coleta seletiva. E também mais uma escola.

O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE – Uma escola no distrito de Itaici.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) – No interior da escola, todo lixo é...

O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE – Recolhido.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

– REDE) – Escola estadual ou municipal?

O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE – Municipal. É compartilhado com a comunidade.

A importância desse trabalho foi trazer

justamente a comunidade para dentro do problema, para

a comunidade entender a necessidade de estar

participando.

Quando iniciamos, tanto no bairro Santa

Terezinha como no distrito de Itaici, tivemos a

preocupação de chamar a comunidade e a igreja para

ajudar a orientar o cidadão sobre a importância de estar

participando disso e da importância dele.

Hoje temos grandes dificuldades devido à falta

de célula. Não temos mais condições. Temos espaços,

temos como abrir, mas, através do TCA que foi feito,

estamos impedidos até o presente momento de abrir

novas células. Isso nos preocupa muito.

Os municípios passam por situação financeira

terrível. Teríamos que hoje transportar esse resíduo para

o município de Cachoeiro de Itapemirim, que está a cem

quilômetros de Muniz Freire. Isso custaria ao

município, aproximadamente, hoje, trinta a quarenta mil

reais por mês.

Para ser sincero com V. Ex.as

, o município hoje

não tem condições de fazer. Não temos a mínima

condição. E acredito que seja uma situação, pelo que

conheço de toda região do Caparaó, de toda a nossa

região. Como acredito ser de todos os municípios do

Estado porque a conversa é uma só entre nós, prefeitos,

da dificuldade que estamos encontrando justamente

nisso aí.

É importante o trabalho que V. Ex.as

. Seria

importantíssima também a colocação de emendas

visando justamente esse lado, que é tão importante,

ainda mais quando vivemos hoje uma crise hídrica, com

rios poluídos, a situação em que estamos. Melhoramos

muito a situação do nosso município. Muito mesmo.

Mas temos medo de que a atual situação financeira e a

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 109

proibição de abertura de novas células voltem a

degradar o meio ambiente.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

- REDE) – Só mais uma pergunta rápida para que o

Senhor Mauro possa fazer algumas considerações

também. O destino do lixo vai para Cachoeiro de

Itapemirim ou vocês têm aterro?

O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE –

Não, temos o aterro no nosso município, só que não

temos mais condições de continuar; teríamos que abrir

novas células.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

- REDE) – À medida que aumenta...

O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE –

Sim.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

- REDE) – E qual seria o custo mensal para transportar?

O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE –

Na faixa de trinta a quarenta mil reais.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO - REDE) – É mais ou menos um diagnóstico que se

verifica não só em Muniz Freire, no nosso estado, mas

no Brasil. Tive a oportunidade de estar no Ministério do

Meio Ambiente há cerca de duas semanas discutindo

exatamente essas dificuldades que são justamente frear

ou diminuir. A população urbana vai aumentando em

uma velocidade muito rápida e, com o consumismo, a

produção de lixo aumenta. Há dificuldade dos

municípios em abrir novas células para dar destinos a

esse lixo. Esse também é um dos motivos que nos

impulsionou a fazer esse trabalho com essa comissão,

de acompanhar os planos municipais, de buscar

experiência em outros estados. Tivemos a experiência

de, se não me engano, em Minas Gerais, onde três

municípios pequenos fizeram o seu plano através de um

consórcio. Eles conseguiram cinco ou seis milhões do

Ministério do Meio Ambiente com uma velocidade

muito rápida, tamanha a qualidade do plano municipal

apresentado. Têm caminhos para isso e o nosso papel é

abrir esses caminhos e auxiliar, sobretudo, os prefeitos.

Concedo a palavra ao Senhor Mauro Estevam.

O SR. MAURO ESTEVAM – Boa-tarde,

Senhor Deputado Marcos Bruno, demais presentes nesta

reunião e prefeito Paulinho, de Muniz Freire.

Primeiramente, digo que esse é um tema

extremamente pertinente, que preocupa muito a

associação dos municípios e é um tema que já vínhamos

discutindo, já vamos para o terceiro ano discutindo-o de

forma mais enfática dentro da Associação dos

municípios, a Amunes.

A Associação conta, hoje, com setenta e seis

dos setenta e oito municípios filiados. Apenas dois

municípios, Itapemirim e Ponto Belo não são filiados à

Amunes e não têm tido esse acompanhamento nessa

área de resíduos sólidos por parte da Amunes. Contudo,

a associação, atenta a esse problema, contratou um

engenheiro ambiental que hoje nos presta essa

assessoria. Desenvolvemos um trabalho, por meio da

provocação do CAOA, um Centro de apoio do

Ministério Público, trabalho coordenado pela doutora

Isabela Cordeio de Deus, firmamos uma parceria entre o

Ministério Público Estadual, a Associação dos

Municípios do Estado do Espírito Santo, o Ministério

Público Federal do Trabalho, a Seama, por meio do

Iema, e também a Aderes, que vem contribuindo com

esse trabalho.

A nossa proposta hoje, a pedido do presidente

Dalton Perim, é dar um relatório acerca da situação das

prefeituras do Estado do Espírito Santo no que toca ao

plano de coleta e destinação dos resíduos sólidos.

Destaco com muita tranquilidade que o nosso estado,

hoje, está na vanguarda do Brasil na questão da Lei n.º

12.305, na execução do Plano Nacional de Resíduos

Sólidos. É o estado que, de forma uniforme, mais tem

avançado na execução da Política Nacional de Resíduos

Sólidos.

Antes de fazer esse relato, gostaria de falar um

pouco sobre a Amunes, que tem a sede no centro da

cidade, na Avenida Princesa Isabel; ela congrega os

interesses de todos os municípios e é ela que forma a

pauta municipalista para discussão no âmbito estadual e

federal. Com relação ao tema, estamos acompanhando e

aguardando atentamente a prorrogação do prazo que

venceu em agosto de 2014 para os municípios abaixo de

cinquenta mil habitantes. O nosso pleito, através da

Associação Brasileira de Municípios, ABM, e da Frente

Nacional de Prefeitos e da Confederação Nacional dos

Municípios é que esse prazo seja escalonado, ou seja,

municípios abaixo de cinquenta mil e abaixo de vinte

mil, que tenhamos um novo prazo para cumprir e, dessa

forma, poderiam os municípios continuar dispondo do

resíduo sólido produzido em células ou aterros

municipais, e não no aterro maior como a lei hoje

determina.

Como disse, por meio dessa parceria com o

Ministério Público foram firmados, então, os Termos de

Compromisso Ambiental TCA 01 e TCA 02. O TCA 01

trata especificamente da política nacional de resíduos

sólidos no que toca à Lei n.º 12.305/2010,

principalmente com foco nos materiais recicláveis,

reutilizáveis, que são recolhidos pelo município. O TCA

02 já trata da área degradada pela disposição

inadequada de resíduos sólidos e sua recuperação. O

TCA 01 trata da política nacional de resíduos sólidos no

que toca aos materiais recicláveis e reutilizáveis e a

formação de associação de catadores, conscientização

dos munícipes; o TCA 02 trata exatamente das áreas

degradadas pela disposição inadequada, células mal

construídas ou pontos viciados mesmo e a recuperação.

Setenta e seis municípios assinaram nos meses

de maio, junho e julho de 2013. A partir do

estabelecimento dessa política em parceria com o

Ministério público, a Amunes viu que seria muito

complicado para os municípios prestarem contas, cada

um individualmente, ao Ministério Público e não

teríamos uma sinergia, ou seja, uma forma de um

município aprender com o outro.

Então, a Amunes, por meio de seu portal, criou

o sistema de acompanhamento dos TCAs, um sistema

110 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

aberto onde qualquer pessoa pode acompanhar, com

senha para os municípios, cada município cadastra seu

secretário de Meio Ambiente, de Serviços Urbanos, de

Assistência Social, de Educação e de Saúde, equipe

multidisciplinar que acompanha a execução da política.

O Ministério Público Estadual, o Ministério Público

Federal do Trabalho e o Iema têm senha também para

acompanhar.

No sistema aparece o site do Estado do Espírito

Santo e, ao passar o mouse por cima do mapa do

Espírito Santo, qualquer que seja o município, você

pode clicar e aparecerá a situação de execução de cada

um dos compromissos assumidos. Criamos da seguinte

forma: em verde, o que o município tem prazo

suficiente para executar; em amarelo, aquilo cujo prazo

já está exaurindo; em vermelho, onde o prazo já venceu;

em roxo, aquilo que já foi cumprido pelo município e

ainda falta a validação pelo Ministério Público Estadual

ou pelo Iema; e em azul, aquilo que já foi validado.

Toda a política nacional de resíduos sólidos

contemplada nas Leis n.os

11.445/2007 e 12.305/2010

foi contemplada nos Termos de Compromisso

Ambiental 01 e 02, que hoje estão em fase de

cumprimento pelos municípios.

Com o sistema, buscamos de forma uniforme,

ou seja, um município aprender com o outro. Então, um

município está com dificuldade no que toca à questão

da formalização da associação. Tem como verificar em

outro município que já tem associação formalizada

como que se deu o estatuto e o processo. Se tem

dificuldade na conscientização da população, vê outro

município que já fez todo um plano municipal de

conscientização e educação ambiental. O primeiro pode

pegar esse plano e fazer a devida adequação.

Se o município está com dificuldade na

elaboração do termo de referência para contratação do

plano de gestão integrada de resíduos sólidos, pode ir a

qualquer um dos outros municípios que já cumpriram

esse requisito e pegar aquele termo de referência de

contratação e faz adequação para o seu município. Ou

seja, por meio desse sistema os municípios capixabas

não precisam reinventar a roda. Se um já fez e já

desenvolveu aquela inteligência, aquela tecnologia ou

um método melhor de executar aquela política, o outro

pode então copiar, adequar e até melhorar essa prática.

O SR. PRESIDENTE - (MARCOS BRUNO

- REDE) – Isso é uma prática, inclusive, uma sugestão

do próprio Ministério do Meio Ambiente, sobretudo no

que diz respeito às políticas de educação ambiental; eles

já têm no site do Ministério do Meio Ambiente o

Circuito Tela Verde e a Plataforma EducaRES, que são

experiências de municípios de todo o País que estão à

disposição para que outras associações, comunidades,

possam também implementá-las.

A respeito de quando V. S.ª disse que apenas

setenta e cinco ou setenta e seis municípios assinaram.

O SR. MAURO ESTEVAM – Setenta e seis

municípios assinaram.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – Rede) – Sim. Quais municípios que ficaram fora

disso?

O SR. MAURO ESTEVAM – Olha, se não

me falha a memória, o Município de Santa Leopoldina

não havia assinado, e quanto ao outro, não me recordo

qual é agora, Senhor Deputado.

Cumprimento o Senhor Deputado Bruno

Lamas, boa tarde!

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

– Rede) – Foi o Senhor Deputado Bruno Lamas quem

fez o requerimento, pedindo que a Amunes estivesse

nesta Comissão trazendo um diagnóstico parcial dos

municípios capixabas no que diz respeito à

implementação das políticas propostas pela lei que

estabeleceu a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

O Senhor Deputado Bruno Lamas já deve fazer

algumas indagações. Mas em relação, por exemplo,

existem outras metas, os planos municipais. V. S.ª tem

informação de alguns municípios que estejam com

dificuldades financeiras para contratação de um bom

plano municipal?

Porque, por exemplo, é como se houvesse um

valor por habitante para chegar a um valor final

razoável desse plano. Há municípios que chegaram a

apresentar planos - não no Espírito Santo - de trezentos,

quatrocentos mil; há municípios menores que gastaram

quinze, vinte mil reais com seu plano e que, às vezes,

fizeram uma cópia mal-elaborada, malfeita de outro

plano e, na prática, aquilo não colabora em nada para

que o gestor, para que o prefeito possa ter sucesso

naquilo que almeja para seu município.

V. S.ª tem informação de algum município que

ainda não apresentou o plano alegando alguma

dificuldade financeira, uma dificuldade técnica? Há esse

diagnóstico?

O SR. MAURO ESTEVAM – Senhor

Deputado, apresentarei um relatório da situação dos

municípios do Estado do Espírito Santo, praticamente

na sua totalidade. Em linhas gerais, quase a todos os

municípios não têm recursos próprios suficientes.

Falamos de dois planos: um é o Plano Municipal de

Saneamento Básico, previsto na Lei n.º11.445/2007; o

outro é o Plano de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos, previsto na Lei n.º 12.305/2010.

Os municípios que já tinham encaminhado

alguns eixos podem optar de acordo com o art. 19 da

Lei n.º 12.305/2010 e, ao invés de elaborar dois planos,

elaborar apenas o Plano Municipal de Saneamento

Básico com o eixo de Resíduos Sólidos adequado à Lei

n.º 12.305/2010. Com isso, é elaborado apenas um

Plano Municipal de Saneamento Básico e o eixo de

Resíduos Sólidos é contemplado no Plano de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos.

Com base nessa parceria da Amunes e nesse

acompanhamento dado a todos os setenta e seis

municípios, cito apenas como exemplo o Município de

Águia Branca, que tinha vinte quatro obrigações no

TCA 01 e cumpriu vinte e duas dessas obrigações do

Plano, sendo que duas estão pendentes, mas ainda com

prazo, e duas não estão cumpridas. Esse foi o relatório

do TCA 01.

Na política nacional, no que toca a reciclagem,

a reutilização, o fomento, a formação de catadores e a

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 111

conscientização da população, os municípios evoluíram

muito.

Cito ainda um segundo município que cumpriu

trinta e duas das trinta e nove obrigações, ficando sete.

Chegarei então naquele ponto em que o Senhor

Deputado provocou, que é exatamente a situação dos

municípios na elaboração dos planos.

A Amunes, preocupada com essa situação, o

que fez? Levou a situação até o presidente do Tribunal

de Contas, na época o conselheiro Sebastião Carlos

Ranna de Macedo, a quem convidamos para uma

reunião. A dificuldade de o município contratar muitas

vezes esbarra no olhar do Tribunal de Contas. De nada

adianta uma contratação a qual mais a frente o Tribunal

de Contas não concordaria.

E verificando os planos que foram contratados

por alguns municípios, vimos que havia uma dívida da

Universidade Federal do Espírito Santo com a

comunidade capixaba. Desse modo convidamos o reitor

para uma conversa, quem foi muito aberto; e depois de

uma segunda conversa fizemos essa mesma reunião

com a representante dos municípios, com o presidente

do Tribunal de Contas e com a Universidade Federal do

Espírito Santo, quando conseguimos estabelecer um

preço muito inferior ao preço de mercado cobrado pelas

empresas.

Temos o exemplo do Consórcio Condoeste, que

congrega dezoito municípios. O Condoeste conseguiu

do Ministério das Cidades um milhão e quatrocentos

mil reais e com esse valor contratou o plano por meio

da Ufes, por meio dessa porta que foi aberta pela

intermediação da Amunes e o Tribunal de Contas.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

- Rede) - Por gentileza, qual o valor?

O SR. MAURO ESTEVAM – Acredito que

foi um milhão, quatrocentos e cinquenta mil reais, para

dezoito municípios.

Hoje, quem está elaborando os quatro eixos do

plano municipal de saneamento básico para esses

dezoito municípios do consórcio público denominado

Condoeste, que é da região do Doce Oeste, onde a sede

está em Colatina, é a Universidade Federal do Estado do

Espírito Santo. O recurso veio do Ministério das

Cidades. Então, é um consórcio capixaba.

Foram constituídos, dentro do programa

denominado Espírito Santo sem Lixão, três consórcios

públicos: o Conorte, que é um consórcio no extremo

norte do Estado, que congrega quinze municípios; o

Condoeste, que é um consórcio que abrange a região

Doce Oeste do Estado, que congrega dezoito

municípios. Atualmente, se juntaram a ele mais quatro

municípios, então ele conta hoje com vinte e dois

municípios, e o Consul que passou a agregar um

conjunto, o prefeito Paulinho pode me corrigir, entre

vinte e sete e trinta e um municípios. A região

metropolitana não foi contemplada com o consórcio no

programa Espírito Santo sem Lixão, porque já tinha

aqui na região aterros licenciados para a destinação final

adequada de lixos.

Ainda dentro da situação atual dos municípios,

temos Termos de Cooperação firmados com a

Universidade Federal Fluminense. São trinta e quatro

municípios do Estado do Espírito Santo que hoje têm os

seus planos municipais de saneamento básico, com

eixos de resíduos sólidos, sendo elaborado pela

Universidade Federal Fluminense com recursos da

Funasa. São municípios abaixo de cinquenta mil

habitantes.

Esses planos estão sendo elaborados por meio

de uma parceria da Funasa, que fez um aditivo a um

convênio com o Estado de Minas e abriu essa

possibilidade para o ingresso de mais trinta e quatro

municípios por meio da Funasa. Percebemos que havia

ainda doze municípios abaixo de cinquenta mil

habitantes que não haviam sido contemplados nem pela

Funasa e nem pelo Ministério das Cidades. Então, a

Amunes conseguiu em uma articulação com o Governo

do Estado. O atual Governo contratou, a cerca de um

mês, com a Universidade Federal do Estado do Espírito

Santo, a elaboração do Plano municipal de saneamento

básico para mais doze municípios. Com isso,

alcançamos o número de sessenta e dois municípios

com planos contratados.

O SR. MARCOS BRUNO - (Rede) – Uma

dúvida do Senhor Deputado Bruno Lamas. O Governo

do Estado?

O SR. MAURO ESTEVAM – Sim.

Exatamente. Ele disponibilizou um milhão e oitocentos

mil reais. Parece-me que a cifra é exatamente essa, para

a contratação da Ufes para a elaboração desses doze

municípios, que não são um consórcio. Esses doze

municípios estão espalhados.

O SR. MARCOS BRUNO - (Rede) – Não se

abrigaram em nenhum...

O SR. MAURO ESTEVAM – Exatamente!

O SR. MARCOS BRUNO - (Rede) – Mas a

distribuição desse recurso vai ser individual ou se

agregarão por meio de outro tipo de ...

O SR. MAURO ESTEVAM – Não. A

contratação é direta com a Ufes, que vai entregar, como

produto, a cada um dos municípios, o plano municipal

de saneamento básico.

O SR. BRUNO LAMAS - (PSB) – Boa tarde.

Prazer em rever o doutor Mauro e o prefeito Paulo

Mignone. Um grande abraço ao nosso grande jurista,

doutor Américo Mignone, meu amigo. É um prazer

recebê-los.

Senhor Deputado Marcos Bruno, proponente

desta Comissão, e todos que nos acompanham, também

teremos nesta reunião hoje a Associação Recuperlixo,

da cidade de Serra, até mesmo em reconhecimento do

trabalho realizado na cidade.

Mas para não interromper, qual o critério que o Governo do Estado adotou para selecionar esses

municípios, já que outros tiveram que arcar com a

elaboração dos seus planos e traçar suas estratégias?

O SR. MAURO ESTEVAM – A Amunes

levou uma relação de municípios para o Governo do

112 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Estado e verificamos quais ainda não haviam contratado

o Plano Municipal de Saneamento Básico, porque não

tinham recursos. Dentre os abaixo de cinquenta mil, só

havia esses doze municípios. Então, o Governo

contratou para todos os doze municípios que ainda não

haviam sido contemplados com nenhum dos outros

recursos.

Temos municípios como Fundão, que utilizou

recursos próprios para contratação; Iconha, que recebeu

recursos da Funasa; Venda Nova do Imigrante, que

recebeu recursos da Funasa. Abaixo de cinquenta mil

habitantes temos Itapemirim, que utilizou recursos

próprios para a contratação; Ibiraçu, que recebeu

recursos da Funasa.

Então, na verdade, tínhamos apenas doze

municípios abaixo de cinquenta mil nessa condição.

Foram esses os contemplados, então.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) – Acredito que alguns com menos de

cinquenta mil também se encaixaram em algum

consórcio que foi contemplado pelo Ministério das

Cidades.

O SR. MAURO ESTEVAM - Sim,

exatamente. Temos Mantenópolis, Alto Rio Novo,

Pancas, Governador Lindenberg, todos esses abaixo,

que já foram contemplados, por meio Condoeste, com

recursos do Ministério das Cidades dentro daquela

contratação. E temos os outros que estão abaixo de

cinquenta mil que foram contemplados com recursos da

Funasa, por meio da Universidade Federal Fluminense.

Esses que citei, de forma isolada, receberam

recursos diretamente por convênio firmado entre o

município e a Funasa. Esses demais não receberam

recursos diretamente na conta. Eles receberam o

produto como benefício.

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Sabemos

que alguns municípios não dispõem nem de recurso

técnico e nem financeiro, daí a importância dessa

parceria, mas ignoram também possibilidade de

parcerias. Cito, como exemplo, a parceria público-

privada para a elaboração e execução do Plano

Municipal de Saneamento Básico da cidade de Serra.

A Amunes tem as informações de quais

municípios optaram por parceria público-privada em um

desses dois planos?

O SR. MAURO ESTEVAM – Sim, temos

Anchieta, Guarapari e Piúma que foram contemplados

com recursos da Samarco. O plano foi elaborado pela

Samarco.

Não temos de todos os municípios a

informação, temos daqueles que realmente nos

informaram, atendendo à solicitação da Amunes para

que atendêssemos tanto a esta Comissão quanto ao

Ministério Público. Mas a parceria público-privada

significou pouco dentro dessa situação da execução dos

planos. Hoje a realidade dos municípios é que não

tinham dinheiro para investir. A lei disse que haveria

uma contrapartida do Governo Federal. Esse recurso,

apesar de prometido, estava de difícil acesso pelos

municípios e a associação buscou qualificar os

municípios para potencializar o recebimento desses

recursos e sua utilização. Então, tem aqueles municípios

que conseguimos viabilizar - como os Municípios de

Venda Nova do Imigrante, o de Viana, o de Fundão -

que contratassem diretamente a Universidade Federal

do Espírito Santo. Porque o recurso, o valor da

contratação sairia muito mais em conta do que se ele

fizesse a licitação. E hoje temos um excelente trabalho

sendo executado pela nossa Universidade Federal do

Espírito.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

– REDE) – Pelo que percebi, poucos ou nenhum

município contratou uma empresa ou uma instituição

diferente da Universidade Federal. É isso? A

universidade assumiu a maioria ou a totalidade dos

planos municipais?

O SR. MAURO ESTEVAM – Temos alguns

exemplos de municípios que contrataram empresas

privadas. Presidente Kennedy, por exemplo, contratou a

empresa Evolua, que é do Rio Grande do Sul.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) – Qual a média de valor, por gentileza?

O SR. MAURO ESTEVAM – Não trouxe os

valores. Tenho em mãos algumas informações. Ibiraçu

contratou, por meio de licitação, a empresa Ecolibra

Consultoria Ambiental, que é de Santa Catarina; Iconha

contratou a empresa Diamond, uma empresa capixaba;

São Mateus contratou a Cards Logs, que é outra

empresa. Então, nem todos os municípios contrataram,

até porque esses municípios que contrataram já haviam

feito licitação quando conseguimos ter o entendimento

favorável do Tribunal de Contas pela contratação por

inexigibilidade de licitação da Universidade Federal do

Espírito Santo.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) – Certo!

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Temos

alguns municípios... A Amunes poderia citar algum

município que se destacou na elaboração e se destaca no

cumprimento de metas, ou antecipa o cumprimento de

metas?

O SR. MAURO ESTEVAM – Sim, temos

vários bons exemplos. O caso de Jaguaré, que faz um

trabalho fantástico de conscientização da população e

com a associação de catadores; temos a situação do

Município de São Mateus que há quinze anos ou mais

vinha sofrendo e hoje não tem mais o lixão; temos a

situação de Mimoso do Sul, que tinha um lixão de mais

de vinte anos e que foi retirado, já não existe mais esse

lixão, e a destinação é feita diretamente para Cachoeiro

de Itapemirim; temos o Município de Mucurici, um

município muito pequeno e que faz um belíssimo

trabalho com a associação de catadores na região norte

do Espírito Santo. Quem vai a Mucurici, hoje, percebe

nitidamente a diferença quando há um trabalho efetivo

da associação de catadores.

Senhor Deputado, temos uma dificuldade muito grande.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 113

Como foi destacado pelo Senhor Deputado Rodrigo

Coelho no início, o que foi colocado na Lei n.º

12305/2010, foi para execução pelos municípios, mas

não é uma atividade finalística dos municípios. O custo

dessa atividade deveria ser compartilhado. Não há lastro

financeiro na Lei n.º 12305/2010 para os municípios.

Hoje, as associações que estão sendo

constituídas... Temos uma relação de seis associações

que existiam antes da celebração do TCA 0102. Depois

da celebração conseguimos formalizar mais vinte e

quatro associações de catadores e temos mais quatorze

em processo de formalização.

Todas essas associações demandam um local

para funcionamento, um veículo para coleta e uma

prensa porque o material prensado tem muito mais valor

agregado do que vendê-lo sem prensar, tanto o metal

quanto o papelão e o plástico. Então, a prensa é de suma

importância. Precisamos de balança, esteira e carrinhos.

Mas os municípios não têm recursos para hoje fazer um

investimento desse porte nas associações. Portanto,

dependemos que esta Casa de Leis, por meio dos

Senhores Deputados, converse com o Governo do

Estado e busque alternativas para que possamos apoiar

essas associações no sentido de que elas tenham

estrutura para funcionar e que possam se apropriar desse

papel que a Lei n.º 12305/2010 trouxe para elas.

O art. 36 diz que o município deverá priorizar a

contratação de associações de catadores para a coleta

dos resíduos e materiais que são recicláveis e

reutilizáveis. Somente no caso de não existir ninguém

no cadastro de vulnerabilidade social, ou seja, pessoas

que estejam necessitando de geração de renda, é que o

município poderia então licitar empresa ou qualquer

outra.

Mesmo nessas situações, temos o exemplo de

Atílio Vivácqua, que não tem pessoas em situação de

vulnerabilidade social. O município importa mão de

obra de Cachoeiro de Itapemirim e dos municípios

vizinhos. É interessante isso, não é? Atílio Vivácqua

manda para associação de catadores – se não me engano

de Mimoso do Sul ou de Cachoeiro de Itapemirim –

todo material reciclável e reutilizável que é recolhido na

região. O município faz isso porque não conseguiu –

por mais que fizesse entrevistas, por meio da Secretaria

de Assistência Social – formar uma associação de

catadores.

Então, nosso Estado, em termos de

acompanhamento e de crescimento uniforme, é o que

mais tem avançado. Se tivéssemos como fazer uma

apresentação, por meio do sistema, teríamos várias fotos

para mostrar. Poderíamos pegar o lixão de São Gabriel

da Palha, que era algo terrível, uma visão que aos olhos,

realmente, causa repulsa, mas que hoje é um aterro com

todos os drenos de gases, sem nenhum urubu ou lixo.

Possui cobrimento de material inerte e tudo está sendo

feito dentro daquilo que preconiza.

Temos várias situações como a de São Gabriel

da Palha, de Mimoso do Sul e de São Mateus, mas

temos casos citados pelo prefeito Paulinho Mignone,

onde a célula, utilizada pelo município, já está se

exaurindo e S. Ex.ª não tem para onde mandar. Cito o

exemplo do município de Pinheiros. A cidade fez um

orçamento para trazer... Temos somente aterros

licenciados no Contorno, na Serra; em Vila Velha; em

Cachoeiro de Itapemirim; e em Aracruz.

A informação que nos chegou esta semana é

que a empresa de Aracruz que opera o aterro de

destinação final adequada, em função de uma ação que

estava sendo movida contra ela, não poderia mais ser

contratada por outros municípios.

Se Pinheiros fosse trazer o lixo para Aracruz,

que é o aterro privado mais próximo, gastaria mais de

cem mil reais por mês, na ordem de cento e trinta mil

reais. O município de Pinheiros, com cerca de dezoito

mil habitantes, não tem a menor capacidade financeira

de gastar cerca de centro e trinta mil reais para trazer o

lixo, a fim que seja feita a sua destinação final

adequada. Se Pinheiros for coagido a agir assim, por

meio de uma ação civil pública, movida pelo Ministério

Público, uma ação até de improbidade ou de execução

do TCA, Pinheiros terá que retirar valores que hoje

estão indo para a saúde, para a educação, para a

assistência social e para outras áreas de assistência

direta ao cidadão que precisa do atendimento público,

para enterrar lixo. Por isso precisamos que haja

conscientização para que possa se abrir nova célula em

alguns municípios. No caso de Pinheiros, mediante uma

relação dialógica que vimos mantendo com o Ministério

Público, conseguimos uma solução. Em Boa Esperança,

que está logo ao lado, havia uma célula que estava

aberta e combinamos entre os prefeitos e o Ministério

Público que Pinheiros fizesse o licenciamento,

assumisse essas despesas de licenciamento da célula e

os dois municípios utilizarão de forma compartilhada

essa célula para fazer a destinação, ou seja, toda a

despesa com trator, com recobrimento, com material

inerte, com operador, com óleo diesel, será dividida

entre Pinheiros e Boa Esperança. Dessa forma,

Pinheiros não será obrigada a despender cento e trinta

mil reais, em média, por mês para a destinação final

adequada de resíduos. No entanto, a mesma situação

não é de outros municípios que não têm. No município

vizinho há uma situação semelhante. O caso realmente

que mais nos causa preocupação, hoje, é o fato de as

células que hoje existem estarem já chegando ao seu

limite para recebimento de lixo.

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) - Mais uma

vez gostaria de tornar pública a sensibilidade do Senhor

Deputado Marcos Bruno em trazer a público uma

discussão tão importante como essa. Com toda

humildade, gostaria de dizer por esta comissão - se me

permite o Senhor Deputado Marcos Bruno - que o nosso

trabalho, sem ajuda da Amunes, não será e nem seria o

mesmo, nem seria brilhante. A impressão que temos é

que a Amunes tem, se não todas, mas boa parte das

informações de que precisamos vêm da Amunes. Podem

ficar tranquilos, que mesmo não sendo obrigados a estar

aqui porque esta não é uma CPI e sim uma comissão

especial, precisaremos muito de vocês para relatar a esta

comissão, precisarei muito das informações de vocês.

Precisaremos, inclusive, Senhor Deputado Marcos

Bruno, confrontar e fazer um bom diálogo entre a

Amunes e o Ministério Público em defesa dos

municípios, mas também por poder cobrar dos

municípios suas execuções.

Anotei algumas coisas e algumas foram

114 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

respondidas ao longo da fala do doutor Mauro Estevam.

Primeiro, dentro do Decreto 5940, se ele não alterado,

que prevê inserção da reciclagem de entidades e

associações dentro dos planos, inclusive já foi citado

Mucurici, como uma experiência muito positiva. Se há

algum município que se destaca além de Mucurici, na

inclusão dos catadores, essa parte indispensável ao

processo, à reciclagem desse material.

O segundo ponto é em relação ao

licenciamento. É comum ouvirmos pelas ruas que hoje

quem tem um aterro sanitário, quem conseguiu a proeza

de legalizar, de registrar um aterro, ficará rico, não só

pela visão, pela sensibilidade, pelo empreendedorismo,

mas pela necessidade e o ajustamento dos planos

municipais em decorrência da legislação federal.

A Amunes identifica uma dificuldade muito

grande - não posso chamar de máfia - o Senhor

Deputado Enivaldo dos Anjos é quem gosta muito de

tratar as máfias e trata com propriedade, mas existem,

realmente, reclamações. Existe uma preocupação em

termos de dificultar o processo de licenciamento de

aterros. Esse seria o segundo questionamento.

Percebo que essa questão dos planos também

deveria ser ponto de discussão do novo pacto

federativo. A comparação é estranha, mas é o mesmo

que ofertar o recurso para construir uma unidade em

cima e deixar o custeio o resto da vida para o município.

Se a Amunes não fez, esta comissão precisa fazer:

inserir, sugerir como ponto de debate, já que o

Congresso Nacional discute um novo pacto federativo.

Por último, em relação ao nosso orçamento, a

Amunes fez um apelo, inclusive o Orçamento está

sendo discutido neste momento em audiência pública

em nosso plenário principal. O que esta Comissão e esta

Assembleia podem fazer como prioridade no sentido de

apoiar os municípios para a elaboração e a execução dos

seus planos? Onde alocar esses recursos? O que seria o

mínimo necessário para que possamos trabalhar, já que

até o dia treze temos limite para a apresentação das

emendas e alterações ao orçamento? Se foi difícil ou se

embolei muito as três, posso separá-las de novo.

O SR. MAURO ESTEVAM – Já que o

prefeito está me dando liberdade nesta reunião... Hoje

temos um grande problema dentro da execução do

TCA. Primeiro vou responder com relação à dificuldade

da questão da destinação final adequada de resíduos

sólidos no que toca ao licenciamento.

Em 2012, o governo do Estado tentou a

primeira licitação, frustrada. Teve que retirar, tendo em

vista vários apontamentos de irregularidades pelas

empresas. Em 2013, o governo licitou. Todos os

recursos judiciais das empresas que impugnaram,

venceram. Chegou uma empresa que seria a vencedora

e, no final de 2013, havia uma denúncia ao Tribunal de

Contas do Estado, por meio da Associação Brasileira

das Empresas de Limpeza Pública. Essa denúncia afeta

os consórcios Conorte e o Condoeste. Temos duas

situações. O governo do Estado desapropriou áreas no

km-41, próximo a São Mateus para construir no local

uma estação de tratamento e de destinação final

adequada para atender a todos os municípios da região

norte do Estado. Hoje o norte é o maior vazio que tem

em termos de distância com a unidade de tratamento e

destinação final adequada. Essa unidade ficaria

exatamente no centro da região norte. Então,

geograficamente, seria o melhor lugar, a menor

distância para os municípios da região norte.

Essa denúncia aconteceu em dezembro de 2013

e a Amunes vem acompanhando. Vez por outra, tem ido

com os presidentes dos consórcios ao Tribunal de

Contas e não temos ainda uma manifestação final do

Tribunal de Contas quanto ao fato de que se houve ou

não irregularidade na licitação. Se não houve

irregularidade, o governo poderia, então, o quê?

Homologar e adjudicar, fazer a adjudicação e entregar

para a empresa executar o projeto. Se houve

irregularidade, o governo teria que anular o

procedimento licitatório. Além da unidade do km-41,

teria também uma estação de tratamento e destinação

final em Colatina. A área foi também desapropriada.

Todas as áreas para as estações de transbordos também

foram desapropriadas dentro do projeto Espírito Santo sem Lixão e todas contam com o projeto e com

licenciamento. O que falta? Execução de obras.

O último andamento desses processos: desde

maio estão parados no Ministério Público de Contas do

Tribunal de Contas. Estamos no mês de novembro deste

ano. Então, desde maio deste ano esses dois processos

com relação ao Conorte e ao Condoeste estão parados

no Ministério Público de Contas do Tribunal de Contas.

Assim se vê a dificuldade que é se fazer uma

contratação para a regularização dessa situação e recai

sobre os prefeitos a responsabilidade de dar solução ao

problema. Solução essa que o Estado se arvorou a dar e

não conseguiu. Não é fácil o enfrentamento.

Com relação à outra pergunta: a dificuldade de

os municípios, hoje, os municípios, no que toca a

questão das associações, têm grande dificuldade em

exatamente o quê? Construção de galpão, que é o local

adequado.

O prefeito Paulinho estava dizendo que alugou

o espaço por mil e duzentos reais por mês. Há

município pagando três mil, quatro mil, cinco mil, seis

mil em um galpão. É um custo muito elevado para um

município. O ideal seria uma emenda para a construção

de um galpão, para que essas associações pudessem

trabalhar num local digno, que tivesse refeitório e

sanitário, um local destinado para a prensa, para

destinação e estocagem do material que está sendo

recolhido, assim como equipar essas associações com

prensa, balança, carrinhos e esteira, com tudo isso que

vai facilitar o trabalho das associações.

Outra grande dificuldade dos municípios, que

poderia ser discutida dentro do orçamento estadual, está

exatamente na recuperação de áreas degradadas. Temos

áreas que foram foco de destinação de lixo nos últimos

trinta, quarenta anos, e que incumbe aos prefeitos

atuais, por força da Lei n.º 12.305, realizar a

recuperação dessas áreas degradadas. Previamente à

recuperação dessas áreas, você tem que contratar um

plano de recuperação de áreas degradadas.

Então, não é apenas chegar e recuperar, tem

que se contratar um plano, elaborar um plano de

recuperação e depois executar esse plano. Os

munícipios não têm dinheiro para isso. Nem para

contratação do plano de recuperação de áreas

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 115

degradadas e nem para efetuar a recuperação dessas

áreas degradadas.

O que conseguimos, por meio dos municípios,

avançar? E avançamos muito, trago isso para os

deputados. Dentro dos TCAs, os municípios já

identificaram todas as áreas que são pontos viciados e

pontos de áreas contaminadas. Nas áreas contaminadas,

o município fez o cercamento, colocou uma guarita,

uma placa, uma identificação e proibiu a entrada de

pessoas e de animais, porque essa área não pode ser

utilizada sequer para pasto, é uma área contaminada.

Também não pode ser utilizada para moradia, nem para

plantação de qualquer produto agrícola. Essas áreas, se

do próprio município, elas foram averbadas no cartório

de registro de imóveis com essa ressalva, dizendo que

essa área não pode ser utilizada pra outros fins porque é

área contaminada. Se essa área era de um particular que

a locava para o município, o particular foi coagido pelo

município a ir ao cartório de registro de imóveis para

averbar também essa proibição para que essa área fosse

utilizada para qualquer outro fim, tendo em vista que

essa área á uma área contaminada. Se essa área não

tinha dreno de gás, futuramente ela pode trazer riscos à

população.

Essa área, depois de feito esse cercamento e

esse registro no RGI, tem que se saber fazer o

diagnóstico dessa área. Ela precisa de recuperação? Nas

áreas onde já temos árvores frondosas e a vegetação já

retomou e verificamos, por meio de um acordo com o

Instituto Estadual de Meio Ambiente colocamos o passo

a passo para os municípios. Eles levam ao engenheiro

ambiental que faz a identificação e por meio de um

diagnóstico inicial conseguimos retirar. Naquelas áreas

que são realmente consideradas contaminadas, temos

um custo elevado que hoje os municípios não têm

suporte para arcar.

Só trazendo uma informação, hoje já temos

vinte e uma associações em funcionamento e vinte e

três que deverão entrar em funcionamento ainda até o

final deste ano ou no ano que vem. Com relação às

associações, temos o apoio da Aderes, que no ano

passado fez uma licitação, cedeu para várias associações

prensa, balança, carrinho, elevador de carga e ainda os

bags para colocarem esse material.

Estou deixando alguns dados juntos da

apresentação, depois os deputados poderão

compartilhar. São dados advindos dos estudos da

Aderes, do SindiMicro e também dos dados do nossos

sistema de acompanhamento dos termos de

compromissos ambientais.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO-

REDE) – Suspenderemos a reunião por dois minutos

para definirmos alguns encaminhamentos.

(A reunião é suspensa às 15h16min e reaberta às

15h18min)

O SR. PRESIDENTE - (MARCOS BRUNO

- REDE) – Vamos retornar, depois desse breve

intervalo.

Antes das deliberações apresentadas por mim,

em conjunto com o Senhor Deputado Bruno Lamas,

tenho três pequenas considerações. Pouco se falou da

região metropolitana. Falamos de alguns consórcios no

norte e no sul, de alguns municípios que tomaram

atitudes mais isoladas para resolver seu problema, e a

questão da metrópole, onde, na verdade, a maior parte

do lixo é produzido, se pode ser colocado o panorama

parcial da realidade dos municípios dessa região.

A outra questão é dos municípios, dois ou três,

que estão em uma situação mais caótica no que diz

respeito à destinação dos resíduos, dos rejeitos

produzidos, à dificuldade de implementação de políticas

de coleta seletiva, de recolhimento de lixo, onde a

situação é mais crítica, onde podem se considerar

lixões, a informais que surgem por conta de um mau

serviço de coleta de lixo.

Então, citar os municípios com situação mais

alarmante, apresentar a situação das metrópoles e outra

questão, como o prefeito Paulo Mignone disse de uma

situação que em pouco tempo não vai dar mais, terá que

levar o lixo produzido a outro lugar. Como a Amunes

acompanha, já que também é meta e obrigação dos

municípios a implantação de políticas de educação

ambiental nas suas devidas redes de educação

municipal? Como a Amunes acompanha isso?

Não adianta construirmos aterro, obrigar, o

arcabouço jurídico já está pronto, há várias leis, metas e

obrigações, mas, se não implantar essa consciência de

produzir menos lixo, consumir menos, ficaremos

sempre discutindo e voltando sem resolver a questão.

Então, são três questões: a situação da

metrópole, o panorama parcial; os municípios que

apresentam uma realidade mais alarmante, mais crítica;

e a questão das políticas de educação ambiental.

O SR. MAURO ESTEVAM – Se o Senhor

Deputado permite, vou começar pela última pergunta,

com relação às políticas de conscientização e

sensibilização. E vou citar que um dos exemplos que

temos de sucesso dentro da execução dessa política é o

município de Muniz Freire, cujo prefeito está presente.

Muniz Freire chegou a recolher cento e quarenta

toneladas de material reciclável reutilizável em apenas

um mês.

Assim, deixarei que o prefeito faça o relato de seu

Município, da situação em que o Município se

encontrava antes de começarmos a fazer esse

acompanhamento por meio da Amunes, em parceria

com o Ministério Público e o Iema.

Senhor Deputado, só para V. Ex.ª ter uma ideia,

rodamos pelo Estado, reunindo todos os municípios, por

três vezes, fechamos isso agora, este ano. E neste ano o

foco maior foi exatamente os municípios com maior

dificuldade na implantação da política.

Permitirei primeiro que o prefeito fale sobre o processo

de conscientização e de recolhimento, porque o

principal é retirar desse resíduo aquilo que hoje pode

gerar renda, aquilo que ainda pode ser reaproveitado.

O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE –

Bem, como disse a S. Ex.as

no início, fizemos um

trabalho de integração. Procuramos as igrejas e

envolvemos todos nessa participação.

Quando o Mauro disse que chegamos a captar cento e

quarenta toneladas em um mês, aquele foi o pico das

ações.

116 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Citei, nesta reunião, o Distrito de Itaici, onde a escola

participa, e foi quem puxou a comunidade para dentro

do projeto para participar, recebendo, inclusive, o

prêmio da TV Gazeta. Deixarei com V. Ex.as

, nesta

Comissão, o modo como é feito nas nossas escolas,

onde temos uma pedagoga e um biólogo que preparam

todo o trabalho da educação ambiental nas escolas. Essa

pedagoga, inclusive, tem formação também na área

ambiental. Há o envolvimento de todas as escolas.

Agora, a grande dificuldade, como disse o Mauro nesta

reunião, é manter isso, é a manutenção disso, porque

mesmo que integremos e envolvamos a população,

envolvamos todos, há um custo para os municípios, há

um peso nisso, como, por exemplo, na Secretaria de

Meio Ambiente tenho um engenheiro florestal, essa

pedagoga, esse biólogo e um técnico agrícola. Não

tenho mais profissionais capacitados. Acho que... Acho

não, esse problema pega todos os municípios do

interior, a mão de obra, a capacitação para envolver

mais. Agora, todo o resultado vem de uma integração

maior, uma integração de população e de Governo

municipal, poder público.

Sobre a área de transbordo, na administração passada,

em 2012, o Governo do Estado chegou a localizar a área

nos Municípios de Muniz Freire, Ibatiba e Brejetuba –

estava tudo pronto para que o Estado pudesse adquirir

essa área – para facilitar, para justamente diminuir a

distância. Muniz Freire estaria mais próximo de

Cachoeiro de Itapemirim, onde seria a área, do que

Brejetuba ou Ibatiba.

Temos uma dificuldade na região do Caparaó pela

distância. Temos Cachoeiro de Itapemirim, mas também

temos Ibitirama, que está... Temos Dores do Rio Preto

que está na divisa com Minas Gerais. É uma distância

muito grande para se chegar a Cachoeiro de Itapemirim.

Chegamos a pensar os municípios do Caparaó, em

tentarmos entre nós, por meio do consórcio do Caparaó,

puxar para que pudéssemos levar uma área para a nossa

região, o que facilitaria e nos deixaria mais barato esse

transporte. Esse é um dos grandes problemas que temos.

Agora, quanto ao envolvimento da sociedade, deve

haver envolvimento constante para o resultado disso

venha acontecer, e isso só por meio da educação

ambiental, que fazemos e de que deixarei o modelo com

V. Ex.as

.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO –

REDE) – Satisfeito.

O SR. MAURO ESTEVAM – Completando um

pouquinho o que o prefeito disse, dentro do sistema da

Amunes e dentro do TCA consta a previsão de que cada

município tenha que elaborar um Plano Municipal de

Educação Ambiental. Esse plano, após elaborado, tem

um cronograma de atividades.

Hoje o município cumpre com a equipe

multidisciplinar, que envolve tanto a saúde, a educação,

a assistência social, os serviços urbanos e o meio

ambiente, o cronograma desse Plano Municipal de

Educação Ambiental com a finalidade de conscientizar

e sensibilizar a população da importância do

recolhimento correto, ou seja, da segregação daquele

lixo, que realmente é considerado lixo, daquele material

que é reaproveitável, reutilizável e reciclável.

O prefeito tem em suas mãos várias fotos de como hoje

esse material é segregado, ou seja, todo muito bem

armazenado, todo enfardado e com a coleta sendo feita

de forma a propiciar para esses catadores uma renda

acima de um salário mínimo por mês. Isso é muito

importante para o município. Mas temos um problema

muito sério com os municípios que atingem a questão

da destinação final.

A destinação final não é o processo mais caro,

o mais caro é o transporte. Então, se os municípios

tivessem, talvez, do Estado, pelo menos até que se

defina a questão da estação de transbordo, a colocação

de veículos, caminhões, com as caixas estacionárias

para fazer a retirada desse resíduo do município e levar

até o local de destinação final adequada, isso já

resolveria tremendamente a questão do custo da

destinação final adequada. Diria que em torno de

setenta por cento do custo é o transporte, trinta por

cento é o que se paga para o aterro, conforme a

distância do município, e aí essa relação vai mudando.

Mas como hoje quase todos os aterros estão localizados

na região metropolitana esse é o grande custo.

Os municípios que temos tido maior

dificuldade são os municípios que têm maior problema

financeiro. São municípios em que os servidores estão

sendo mandados embora, que ultrapassou, e muito, a

Lei de Responsabilidade Fiscal e estão tendo que se

adequar, que não têm recursos para a política de saúde,

educação e que o prefeito tem que tomar a difícil

decisão de gastar aquele dinheiro, que não tem nem para

a saúde nem para a educação, na destinação do lixo.

Temos alguns municípios que têm condições, e

esses municípios que têm condições o Ministério

Público... Temos buscado dentro dessa relação dialógica

evitar o máximo a judicialização. Mas, em alguns casos,

a Amunes, por mais que interceda e acompanhe junto ao

Ministério Público, não consegue impedir que haja

realmente a judicialização e o prefeito acaba

respondendo por um processo de crime ambiental e

também de improbidade administrativa e ainda de

descumprimento do TAC, onde pode culminar numa

decisão judicial que venha bloquear recursos do

município. E esses recursos são aqueles existentes em

conta, recursos que poderiam ser usados para pagar

folha de pagamento, para pagar a educação ou a saúde e

esses recursos têm que serem utilizados especificamente

na política.

Não saberia nominar esses municípios, saber

qual estar em pior situação porque como advogado não

me cabe valorar a situação desses municípios. O que

posso dizer é que toda providência e todo esforço estão

sendo feitos no sentido de tentarmos manter o

alinhamento.

Então, neste ano, na reunião com a Aderes,

com o Ministério Público, com o Iema e com os

prefeitos, colocamos a situação de pegarmos o ano de

2015 e trabalharmos com os municípios que estavam

tendo maior dificuldade na execução da política. Então,

aqueles que no ano passado conseguiram avançar mais,

deixamos acompanhando por meio do sistema e

passamos a acompanhar de forma mais presencial esses

municípios que estavam nessa situação.

Temos todo tipo de situação. Por exemplo: Se

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 117

temos um município na divisa com o Rio de Janeiro e o

município faz a coleta, a segregação adequada, aquele

catador de rua, que não é associado, não pertence a

nenhuma situação, vem durante o dia, sem que seja

colocado o lixo na rua e ele rouba da associação de

catadores aquele lixo de maior valor que são as latinhas,

o papelão... Então, ele vem da divisa com Minas Gerais,

Rio de Janeiro, Bahia, onde não há um sistema

avançado e ele rouba o material que seria das

associações. Então, temos tido problema até para

separar. Isso acontece até mesmo dentro de Vitória.

Temos associações formalizadas dentro de Vitória e

temos aqueles catadores. Por isso, Vitória mudou e

começou a utilizar sacolas parecidas com as Ecobags.

Assim a pessoa não consegue ir lá dentro e retirar aquilo

de maior valor, porque as associações estavam sendo

roubadas por outros catadores que se recusavam a se

associar.

Não citei a metropolitana, porque na época em

que foi celebrado o TCA 0102, já havia um Termo de

Compromisso assinado de Vila Velha diretamente com

a promotoria local; de Vitória diretamente com a

promotoria local; de Serra diretamente com a

promotoria local; e de Cariacica diretamente com a

promotoria local. Então, esses municípios, as

obrigações constantes do Termo de Compromisso com

o Ministério Público são outras obrigações, pouco

diferente dessas que são iguais para os demais

municípios, e há também para a Região Metropolitana

toda uma outra adequação. Tivemos agora - não está

fazendo ainda um mês - dentro do Município de Vitória

um grande mutirão em que a Amunes tomou ciência de

que a Associação tinha chegado lá porque ela recebia

em torno de um caminhão por dia de resíduos, de

material reciclável que a prefeitura recolhia e a

prefeitura passou a enviar cinco caminhões por dia

porque as associações não estavam dando conta, a

associação de Vitória, então, se reuniu com as

associações do entorno para dar conta do estoque que

Vitória tinha de material reciclável. Então, as políticas

de material reciclável vêm sendo desenvolvidas também

dentro da Região Metropolitana, mas com o

acompanhamento mais direto pelos promotores locais e

a Amunes tem participado das reuniões que acontecem

duas vezes por ano, juntamente com a Região

Metropolitana, mas ela também está contemplada e se

formos comparar com outras regiões metropolitanas,

estamos muito avançados. Se pegar um material que

está no nosso site, no sistema de acompanhamento de

TCAs, a cartilha que foi produzida por cada município,

a Logo, todo o material que foi distribuído aos

munícipes, é um material muito belo e muito rico que

foi produzido pelos municípios. O que realmente falta

agora é o custeio para manter toda essa política.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

– REDE) – Senhor Deputado Bruno Lamas, gostaria de

deliberar sobre a extensão dos trabalhos desta comissão por mais noventa dias.

Em votação.

Como vota o Senhor Deputado Bruno Lamas?

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) - Pela

aprovação.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

– REDE) - Aprovado à unanimidade. Ficam os

trabalhos desta comissão especial estendidos por mais

noventa dias. Eu, juntamente com o amigo e Deputado

Bruno Lamas, fizemos algumas observações e uma

delas é a proposta de emenda parlamentar para algumas

atividades ligadas à política de resíduos sólidos dos

municípios. Nós, enquanto comissão, iremos levar a

totalidade da Assembleia Legislativa, e o Senhor

Deputado Bruno Lamas, enquanto membro da

Comissão Especial de Resíduos Sólidos, e não somente

aos deputados, mas tentarmos levar ao governo do

Estado, em conjunto com a Amunes, para que observe e

tente, se possível, fazer uma adequação ao Orçamento

destinando mais recursos para essa importante questão

que os senhores muito bem colocaram.

Gostaria de parabenizar o prefeito de Muniz

Freire e dizer que na próxima reunião iremos levar à

plenária, a conhecimento público, pelos canais da TV

Assembleia, o trabalho realizado no Município de

Muniz Freire.

Deliberaremos também sobre o convite ao

Ministério Público para que seu representante se faça

presente na próxima reunião desta comissão.

Em votação o requerimento.

Como vota o Senhor Deputado?

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) - Pela

aprovação.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) - Aprovado à unanimidade, por dois votos

favoráveis, então, fica aprovado o convite.

Faremos também um requerimento solicitando

a cópia da denúncia feita, na verdade, pela Associação

Brasileira das Empresas de Limpeza...

O SR. MAURO ESTEVAM – Pela Associação

Brasileira das Empresas de Limpeza.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) - Uma denúncia e uma ação?

O SR. MAURO ESTEVAM - Foram duas denúncias

feitas ao Tribunal de Contas.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

– REDE) - Sobre o ...

O SR. MAURO ESTEVAM – Sobre a

licitação realizada para a contratação do aterro e

destinação final do Conorte e a licitação realizada do

Condoeste.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

– REDE) - do Condoeste.

O SR. MAURO ESTEVAM – Exatamente,

para o aterro e destinação final do Condoeste, do

consórcio.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

– REDE) – Fica também o requerimento, Senhor

118 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Deputado Bruno Lamas.

Como vota o Senhor Deputado?

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Voto pela

aprovação dos dois requerimentos.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

– REDE) – Também voto pela aprovação.

Com a prorrogação desta Comissão por mais

noventa dias, ela irá para o ano de 2016 e pediremos a

transposição da Comissão para o ano de 2016, uma vez

que prorrogamos a mesma para mais noventa dias.

Concedo a palavra ao prefeito Paulo Mignone

para que faça suas considerações finais.

O SR. PAULO MIGNONE – Senhor

Deputado Marcos Bruno, novamente agradeço por estar

presente nesta Comissão, representando o presidente

Dalton Perim e falando em nome dos prefeitos do

Espírito Santo. Parabenizo V. Ex.ª pela importância

desta Comissão.

Estamos à frente de um município, ou seja,

pegamos um município onde esse tipo de trabalho não

era exercido e, em praticamente, três anos, conseguimos

fazer uma mudança na população e no modo de pensar

das pessoas, por meio da conscientização. Isso é o que

nos enobrece e nos deixa satisfeitos, fazendo-nos entrar

na vida política, pois conseguimos mudar a vida das

pessoas e o modo de pensar delas. Às vezes, é nisso que

está o grande fator de por que o Deputado começou a

perder a lucidez para ser prefeito. Mexe conosco poder

transformar as pessoas e dar qualidade de vida a elas.

Esse é o meu agradecimento.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

– REDE) – Concedo palavra ao Senhor Mauro

Estevam, assessor jurídico da Amunes.

O SR. MAURO ESTEVAM – Também

agradeço a oportunidade dada por esta Comissão de

apresentar o relatório da situação dos municípios

capixabas em relação à execução da política nacional de

resíduos sólidos e destacar a importância dos trabalhos

desta Comissão, tendo em vista o impacto que

representa a execução dessa política nos orçamentos dos

municípios e à ausência de recursos para sua execução

por parte dos municípios. Se não houver apoio,

fatalmente todo esforço empreendido até o momento

pode vir a ser perdido nos próximos mandatos dos

próximos prefeitos e até mesmo no próximo ano, tendo

em vista a crise que os municípios vivenciam hoje.

Se esta Casa puder apoiar também por meio de

comerciais que promovam a conscientização e esta

Comissão puder levar à apreciação desta Casa de Leis a

proposta de que ela apoie a elaboração de comerciais

que tragam a sensibilização da população, isso ajudará

em muito o município no trabalho que ele já realiza,

hoje, de conscientização. Sabemos que a

televisão hoje pode educar ou deseducar a população e

uma campanha bem feita, por meio da mídia televisiva

tem grande valor em nosso Estado. Agradeço mais uma

vez.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) – Antes de encerrar, faremos mais um

requerimento. Convidaremos para a próxima reunião o

Senhor Marcos Paulo de Almeida, Coordenador de

Resíduos Sólidos do Iema do Espírito Santo para tratar

da política nacional de resíduos sólidos.

Como vota o Senhor Deputado?

O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Voto pela

aprovação.

O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO

– REDE) – Também voto pela aprovação.

Fica registrado o requerimento.

Mais uma vez agradeço ao Senhor Paulo

Mignone, prefeito do Município de Muniz Freire, que

trouxe a experiência de seu município e os avanços

obtidos, representando muito bem os prefeitos do

Estado do Espírito Santo. Como S. Ex.ª bem disse, esse

é um tema importante e o parabenizo-o pela sua

sensibilidade e nobreza por tratar o tema com tamanha

dedicação e respeito que o tema merece. Agradeço

também à Amunes que foi muito bem representada

nesta Casa pela assessoria jurídica, pelo Senhor Mauro

Estevam, que contribuiu tanto, Senhor Deputado Bruno

Lamas, para os trabalhos desta Comissão.

Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a

reunião e convoco os Senhores Deputados para a

próxima, à hora regimental.

Está encerrada a reunião.

Encerra-se a reunião às 15h41min.

DÉCIMA QUARTA SESSÃO ESPECIAL

DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA

ORDINÁRIA DA DÉCIMA OITAVA

LEGISLATURA, REALIZADA EM 12 DE

NOVEMBRO DE 2015.

ÀS CATORZE HORAS E QUINZE

MINUTOS, O SENHOR DEPUTADO ENIVALDO

DOS ANJOS OCUPA A CADEIRA DA

PRESIDÊNCIA.

O SR. CERIMONIALISTA – (FRANCIS TRISTÃO) – Senhoras e Senhores Deputados

presentes, público presente e telespectadores da TV

Ales, boa-tarde!

É com satisfação que a Assembleia Legislativa

do Estado do Espírito Santo recebe todos para a

apresentação do projeto Deputado Jovem, que este ano

realiza a sétima sessão especial nesta Casa de Leis, com

a participação do Ifes, da Escola Estadual de

Ecoporanga, do Centro Educacional Souza Marques de

Guarapari, da Escola Municipal Manoel de Paula Serrão

de Anchieta e da Escola Municipal Juscelino

Kubistchek de Vitória.

Neste momento o Senhor Deputado Enivaldo

dos Anjos, presidente da Escola do Legislativo e 1.º

Secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa,

fará os procedimentos regimentais de abertura da

sessão.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 119

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) - Invocando a proteção de Deus,

declaro aberta a sessão e procederei à leitura de um

versículo da Bíblia.

(O Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos lê

Provérbios, 22:6)

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) – Dispenso a leitura da ata da sessão

anterior e informo aos senhores presentes que esta

sessão é especial, para a realização do projeto Deputado

Jovem, conforme requerimento de minha autoria,

aprovado em Plenário.

Passo a palavra ao cerimonialista.

O SR. CERIMONIALISTA - (FRANCIS

TRISTÃO) – Convido para compor a Mesa o senhor

Jamir Gibraia Bullos Júnior, coordenador especial da

Escola do Legislativo; o senhor Erildo Denadai,

vereador pelo Município de Cariacica; o senhor

Wellington Rogério da Silva, professor e representante

do Ifes de Santa Teresa; e os senhores Robson Marochy

e Esauria Sobrinho, pais de Diego Marochy, Deputado

Jovem 2014, que faleceu no ano de 2014. (Pausa)

(Tomam assento à Mesa os referidos convidados)

O SR. CERIMONIALISTA - (FRANCIS

TRISTÃO) – Convido todos para, de pé, ouvirmos a

execução do Hino Nacional e a do Espírito Santo.

(Pausa)

(É executado o Hino Nacional e o do Espírito Santo)

O SR. CERIMONIALISTA – (FRANCIS

TRISTÃO) – Neste momento, fará uso da palavra o

Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, presidente da

Escola do Legislativo e 1.º Secretário da Mesa Diretora

da Assembleia Legislativa.

O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD – Sem revisão do orador) – Nossas

primeiras palavras são de alegria e de satisfação por

poder ter a oportunidade de presidir esta sessão e de

participar deste momento importante na formação da

sociedade brasileira, por meio da Escola do Legislativo

Desembargador Antônio José Miguel Feu Rosa.

Consideramos que este momento precisa ser repetido

em várias oportunidades para poder exercer e cumprir o

papel de contribuir com a cidadania e com a vida das

pessoas, principalmente, dos jovens no dia a dia da

população.

A Assembleia Legislativa e os poderes

constituídos com a aprovação da sociedade, Executivo,

Judiciário e Ministério Público, são mantidos com o

imposto pago pela sociedade e precisamos, neste

momento da vida nacional e do mundo, construir

cidadania nos jovens para poder aproveitar e passar para

eles o novo momento que a sociedade está vivendo, que

é um momento de participação.

Há tempos que todos veem esses Poderes como

inatingíveis, Poderes superiores e que têm o direito de

dirigir a vida de todos da maneira que quiserem, sem

prestar contas, sem transparência e sem serem

questionados. Mas, graças a Deus, o tempo tem

contribuído para que haja transparência, obrigação de

prestar contas e de agir de forma a atender à demanda

da população. Essas autoridades precisam e devem ser

fustigadas pelos movimentos populares pelas crianças,

pelos jovens e pelos adultos a darem um destino de

forma mais concreta e mais objetiva à população.

Vocês sabem muito bem que estamos vivendo

um momento no Brasil, inclusive a Presidente da

República se encontra em solo espírito-santense, hoje,

em Colatina, para averiguar um fato que aconteceu

nesses dias e que está preocupando todo o Espírito

Santo e todo o país, uma vez que uma represa com

conteúdo tóxico se rompeu e que deve chegar de hoje

para amanhã ao Espírito Santo uma lama tóxica. Todos

os estudos, relatórios e pré-relatórios mostram que essa

lama poderá causar um dano irreparável ao meio

ambiente. Já se fala até em um século para recuperar

essa situação criada pelo rompimento dessa barragem.

Na região que essa barragem se rompeu

existem outras. Para vocês terem ideia, em Minas

Gerais existem quase setecentas barragens dessa. Os

noticiários mostram que uma das barragens, que é quase

três vezes maior que essa que rompeu, está sendo

monitorada e reforçada diante da preocupação que ela

também possa ruir, aumentando ainda mais essa

situação.

Para vocês terem ideia da projeção do risco

disso tudo, a lama tóxica está atravessando o rio Doce

por quase seiscentos quilômetros e desaguará no mar

por Linhares, existindo possibilidade de que essa água,

chegando ao mar, polua praticamente toda a baía de

Vitória e crie a falta de condição de frequência nas

praias do litoral capixaba.

Tudo isso acontece em um país em que a

sociedade se considera isenta de cobrar, de fiscalizar e

de fazer com que as autoridades sejam transparentes e

defendam realmente o interesse da população.

Não é concebível que uma situação dessa

aconteça dentro de um país. Como pode haver um

sistema de dejetos com possibilidade de romper e

atingir uma proporção dessa? Quem autorizou isso?

Quem não tomou providência antes? Era possível saber

que haveria problema, já que aquele espaço tinha uma

capacidade de litros de lama e de água. E se já estava

superando a capacidade prevista, por que ninguém

tomou nenhuma atitude para não jogar mais dejetos e

não forçar o que aconteceu?

A cidadania pede que participemos da vida do

país, da sociedade em que vivemos e não fiquemos com

medo de cobrar, de fazer com que as pessoas prestem

contas, porque elas estão administrando em nosso

nome, em nome da população.

Não é justo que quem deixa de tomar uma

atitude severa contra uma atitude dessas possa agora

ficar só lamentando, só sendo solidário, arranjando água

mineral para a população, porque essa situação é muito

pior do que faltar água nas cidades. É uma situação que

está matando todo o ecossistema, toda a situação do rio

Doce e ainda atingindo o mar em proporções que não

sabemos.

Há possibilidades de essa lama, quando chegar

120 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

ao mar, afundar. Assim, é praticamente impossível

retirar a lama depois, em função da profundidade do

mar. Não sabemos a repercussão ou daqui a quantos

anos vai acontecer disso ser absorvido pela natureza.

Fico muito feliz de ver vocês nesta Assembleia

Legislativa, participando desse evento e dando

importância a um evento feito pela Escola do

Legislativo. Desejo a vocês sucesso. Que isso não fique

apenas neste acontecimento de hoje. Que vocês possam

fazer republicar, possam fazer um trabalho de

conscientização entre todos os jovens com os quais

puderem fazer contato, buscando – além da diversão, da

Internet e das coisas boas da vida, com as quais temos

hoje possibilidade de atingir através da comunicação e

do sistema de informática – também começar a criar

nesses bate-papos uma ideia de cidadania, de cobrança,

de fiscalização e de vigília permanente dos destinos do

município, do estado e do país. Só com uma sociedade

que cobra, vigia e fiscaliza poderemos ter um país

melhor.

O país não é só de quem ganha a eleição para

governar. O país é de todos e temos que votar,

acompanhar e fiscalizar. E aqueles que não cumprem o

que prometeram têm que ser execrados da vida pública.

E isso tem que ser feito com participação, com

comunicação, com cada um divulgando os atos públicos

e tudo o que é feito em favor da nossa comunidade.

Espero que essa sessão seja coberta de sucesso

e, mesmo em vigília no Espírito Santo diante desse

problema, que vocês possam começar a falar e a criar

uma ideia sobre o que está acontecendo, porque só essas

tragédias nos fazem refletir sobre o nível em que as

coisas podem acontecer. Imaginem que ainda há mais

setecentas barragens dessas, todas já no limite e ainda

estamos correndo risco, porque isso aconteceu sem

ninguém tomar providências. Se não gritarmos e não

pressionarmos, a providência não vem porque o poder

econômico não se preocupa com vidas. O poder

econômico preocupa-se com lucro. Todo capitalista é

malvado, perseguidor e não se preocupa com a

sociedade e o bem comum. Preocupa-se com o capital.

Temos que nos defender dessas pessoas, exatamente

fiscalizando, cobrando e denunciando para que possam

ser, pelo menos, mais humanos. Ter lucro, mas não

acima da vida humana e da vida da nossa sociedade.

(Muito bem!)

O SR. CERIMONIALISTA – (FRANCIS

TRISTÃO) – Convido para compor a Mesa a servidora

Renata Gorayeb, coordenadora do projeto Deputado Jovem da Escola do Legislativo. (Pausa) (Palmas)

(Toma assento à Mesa a referida convidada)

O SR. CERIMONIALISTA – (FRANCIS

TRISTÃO) – Neste momento, o Senhor Deputado

Enivaldo dos Anjos, proponente desta sessão, fará uma

homenagem à memória do jovem Diego Marochy, que

participou no ano de 2014 do projeto Deputado Jovem

e, infelizmente, faleceu no dia 27 de março de 2015.

Convido a senhora Isauria Sobrinho e o senhor

Robson Marochy, pais de Diego Marochy, para

receberem uma placa em homenagem à participação do

jovem nesse brilhante projeto, que vem crescendo cada

vez mais na Assembleia Legislativa. (Pausa)

(Os homenageados recebem a placa)

O SR. CERIMONIALISTA – (FRANCIS TRISTÃO) – Peço uma salva de palmas para os

familiares do jovem Diego Marochy. (Palmas)

Homenagem da Assembleia Legislativa do

Espírito Santo à memória de Diego Marochy, deputado

jovem, que faleceu este ano. O jovem Diego participou

do projeto no ano passado.

Neste momento, fará uso da palavra o senhor

Jamir Gibraia Bullus Júnior, coordenador especial da

Escola do Legislativo.

O SR. JAMIR GIBRAIA BULLUS JÚNIOR - (Sem revisão do orador) – Boa-tarde a todos!

Cumprimento o Senhor Presidente e demais

componentes da Mesa; o professor do Ifes, e em seu

nome rendo todas as homenagens aos outros professores

presentes; o senhor Erildo Denadai, vereador pelo

Município de Cariacica, representando o Poder

Legislativo Municipal do Espírito Santo; e os jovens

pais do inesquecível deputado jovem, que receberam

essa justa homenagem.

Cumprimento também as escolas participantes:

Ifes de Santa Teresa, escola de Ecoporanga, Centro

Educacional de Guarapari e Escolas Municipais de

Anchieta e de Vitória.

Recebemos a escola visitante, São Domingos,

com essa garotada tão jovem e tão bonita. Em nome da

estudante Renata, coleguinha de vocês, saúdo todos. É

muito bonito conhecer com vocês esses deputados

jovens que também estiveram nesta Casa visitando e

conhecendo o parlamento do Estado do Espírito Santo

através da Escola do Legislativo.

Agradeço muito à Escola do Legislativo a

realização desse projeto e dessa ação que o Espírito

Santo e o parlamento capixaba muito agradecem, que é

direcionar o exercício da cidadania, que tão bem

defende o nosso Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos,

1.º Secretário.

Agradeço aos servidores da Escola do

Legislativo: Renata Gorayeb, coordenadora; técnico

Hernandes Bermudes; Mirian Caliman; Patricia Rangel;

supervisores Cleber Luiz Silva e Ricardo Fernandes;

Geilla Coelho; Rahulla Del Fiume Sarcinelli; Dilmo

Castro; e dois estagiários que muito participam com

vocês o ano inteiro, Felipe Pinheiro e Leon de Freitas. A

todos vocês os nossos agradecimentos por essa

realização.

Jovens, é importante esta emoção de estar nesta

Casa, esta responsabilidade de ver o que acontece.

Vocês tiveram uma rápida experiência com o 1.º

Secretário, Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, e de

ver a luta e a responsabilidade do parlamento de

defender o cidadão. S. Ex.ª trouxe um tema muito sério

ao conhecimento de vocês sobre o que está acontecendo, que põe em risco a vida ecológica do

nosso estado, repercutindo no país. E o parlamento é

uma ferramenta ideal e de cidadania pela qual devemos

lutar e respeitar, por isso devemos começar pela escola.

Portanto, Senhor Presidente Enivaldo dos

Anjos, a Escola do Legislativo agradece todo o apoio

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 121

que V. Ex.ª tem dado e toda a seriedade que tem

demonstrado pela Escola e pelo povo do Espírito Santo,

pela cidadania e responsabilidade de bem representar o

Estado do Espírito Santo. A Escola é muito grata e só

pode assumir mais um compromisso com V. Ex.ª, de

continuar a luta de bem formar o cidadão capixaba.

Muito obrigado! (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Neste momento vamos encerrar a

sessão especial e convidar os Deputados Jovens para a

abertura de sua sessão. Antes, porém, convoco os

Senhores Deputados para a próxima, solene, hoje, às

19h, conforme requerimento do Senhor Deputado

Nunes, em homenagem ao Dia Estadual do MMA, para

a qual designo Expediente: o que ocorrer, e comunico

que haverá sessão especial dia 13 de novembro de 2015,

às 14h, conforme requerimento do Senhor Deputado

Marcos Bruno, aprovado em Plenário, para falar sobre

as bibliotecas públicas no Estado; e sessão ordinária dia

16 de novembro de 2015, cuja Ordem do Dia foi

anunciada na centésima quinta sessão ordinária,

realizada dia 11 de novembro de 2015.

Está encerrada a sessão.

TEXTO ANEXADO:

O SR. ENIVALDO DOS ANJOS – (PSD) – Neste momento convido os Deputados Jovens para a

abertura da sessão Deputado Jovem 2015.

Começaremos a sessão para vermos o

desempenho e o trabalho feito pela escola como se fosse

uma sessão da Assembleia Legislativa, com todas as

composições da Mesa e de bancadas de deputados.

Convidamos, para fazer a abertura dos

trabalhos da sessão Deputado Jovem, o Presidente Caio

Lucas da Silva Machado, o 1.º Secretário Carlos

Henrique Saar e o 2.º Secretário Jeferson dos Santos

Ribeiro.

O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA SILVA MACHADO) – Invocando a proteção de Deus,

declaro aberta a sessão do projeto Deputado Jovem

2015 e solicito à Senhora Deputada Danitsa Helena

Menezes Nevile que proceda à leitura de um versículo

da Bíblia.

A SR.ª DANITSA HELENA MENEZES

NEVILE – Convido todos a se colocarem de pé em

respeito à leitura da palavra de Deus.

(A Senhora Deputada Danitsa Helena Menezes

Nevile lê João, 8:32)

O SR. CARLOS HENRIQUE SAAR – Senhor Presidente, pela ordem! Quero destacar, com

pesar, o falecimento, em março deste ano, do Deputado

Jovem Diego Marochy, aluno da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio de São Gabriel da Palha,

que esteve no ano passado, neste mesmo plenário, assim

como nós, participando da edição do Deputado Jovem 2014.

Senhor Presidente, Senhoras Deputadas,

Senhores Deputados e pais do nosso estimável

Deputado Jovem Diego Marochy, muito se tem

questionado sobre o papel do jovem na sociedade

contemporânea, em tempos de crises de valores morais

e éticos. A juventude, da qual sou parte integrante, tem

sido alvo de pressões e exigências que, por vezes, lhe

roubam o direito de viver plenamente essa saudável

fase, seja pela demanda profissional que acentua a

necessidade de concorrência no mercado de trabalho, ao

mesmo em que pouco se tem feito para dar-lhes

subsídios para atendê-los.

No entanto, alguns jovens têm se engajado

fortemente na causa social e política, servindo de

exemplo a ser seguido para que nossa juventude alcance

seus anseios. E tal foi a breve, mas eficiente história do

nosso saudoso Diego Marochy, que nos deixou como

legado a persistência em não desistirmos dos nossos

ideais enquanto sujeitos políticos, numa sociedade que

precisa do nosso empenho para que possamos dar

continuidade às mudanças que levarão o nosso estado, a

nossa nação e o nosso mundo a ser mais tolerante,

sustentável e pacífico.

Diego Marochy, natural do norte do estado do

Espírito Santo, empenhou-se como pôde, sonhou com

um mundo possível e lutou como um verdadeiro

político durante a sua curta juventude, deixando-nos o

exemplo de um jovem engajado, que acreditava na

mudança. Por isso, neste dia ele é lembrado por seus

colegas, amigos, pais, deputados e por todos que hoje

aqui se fazem presentes. Apesar de curta, sua passagem

pela vida nos mostra que é possível perseverar, ser

exemplo de amor e amizade pelos seus próximos,

levantando a bandeira de uma política honesta e justa

que hoje tanto o nosso país precisa.

Deixamos aqui a nossa sincera homenagem, em

especial aos pais do Diego Marochy, Esauria Sobrinho e

Robson Marochy, amorosos, responsáveis e apoiadores

do grande ideal do nosso deputado jovem, que se torna

hoje um legado em nosso estado para todos que

perseguem o caminho da justiça e da responsabilidade

social de que necessita o nosso maravilhoso estado do

Espírito Santo.

Solicito ao senhor presidente que façamos um

minuto de silêncio em memória do nobre Deputado

Jovem Diego.

O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA

SILVA MACHADO) - Solicito a todos que, de pé,

façamos um minuto de silêncio. (Pausa)

(A Casa presta a homenagem)

A SR.ª IZABELA SANTOS DA SILVA –

Senhor Presidente, pela ordem! Registramos com

satisfação a presença no Plenário desta Casa de trinta

Deputados e Deputadas Jovens, eleitos

democraticamente, pelo voto direto, em suas escolas,

representando várias regiões do Espírito Santo.

Peço por gentileza aos nobres Deputados

Jovens, que terão seus nomes citados a partir de agora,

que se levantem quando mencionados: Deputada Lara

Capistrano Souza, Deputada Izabela Santos da Silva,

esta que vos fala; Deputada Elora Cristovão Travezani,

Deputada Evelin Alves Silva, Deputado Pedro Cirino

Passos Paiva de Carvalho e Deputado João Guylherme

122 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Domiciano Brambati. Estamos representando o Centro

Educacional Souza Marques, do Município de

Guarapari.

Deputado Carlos Henrique Saar Ribeiro, que

compõe a Mesa Diretora como 1.º Secretário; Deputado

Enzo de Jesus Alves, Deputado Lorenzo Sampaio

Regattieri, Deputado Thiago Soares Damasceno,

Deputado Vladimir Viana de Jesus e Deputada Isa

Mariana de Souza Trancoso. Estes representam o

Instituto Federal do Espírito Santo – Ifes - do município

de Santa Teresa.

Deputada Carollayne Nascimento da Silva,

Deputado Jeferson dos Santos Ribeiro, que compõe a

Mesa Diretora como 2.º Secretário; Deputada Maria

Clara de Castro Caetano, Deputado João Teodoro da

Silva Neto, Deputada Julia Gualberto, Deputada Ana

Marcely Amorim Dal’Col. Estes representam a Escola

Estadual de Ecoporanga.

Deputado Caio Lucas da Silva Machado, que

preside esta sessão; Deputada Emilly Carvalho de

Mendonça, Deputada Raquel Karolliny Dantas Reis,

Deputada Laila Rodrigues Viana Bourguingnon,

Deputado Iury Fabiano Nunes, Deputada Maria

Eduarda Camargo Santuchi. Todos estão representando

a Escola Municipal Manoel de Paula Serrão, do

município de Anchieta.

Deputado Breno Ribeiro, Deputada Eliara dos

Santos de Oliveira, Deputada Karoliny Silva Souza,

Deputada Thaynara Loureiro de Oliveira, Deputada

Danitsa Helena Menezes Nevile. Todos representantes

da Escola Municipal Juscelino Kubitschek, de Vitória.

O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA

SILVA MACHADO) – Está feito o registro, Deputada

Izabela Santos.

Como Presidente desta sessão, também saúdo

os alunos deputados e deputadas jovens, demais

participantes desta sessão e suas respectivas escolas.

Também, em nome do Plenário, agradeço aos

professores a presença.

Convido o 2.º Secretário, Deputado Jeferson

dos Santos Ribeiro, a proceder à leitura da ata da sessão

anterior do evento Deputado Jovem, realizada no dia 16

de outubro de 2014. (Pausa)

(O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA SILVA MACHADO) – Aprovada a ata como lida.

(Pausa)

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhor Presidente, pela ordem!

Gostaria de registrar a presença do vereador pelo

município de Cariacica, senhor Erildo Denadai, e dos

alunos do sétimo ano da escola São Domingos,

acompanhados da professora Geovania, que vieram assistir à sessão especial Deputado Jovem. Sejam bem-

vindos!

O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA

SILVA MACHADO) – Convido o senhor 1.º

Secretário a proceder à leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Lei n.º

01/2015, do Centro Educacional Souza Marques, de

Guarapari, do PJSA, Partido Jovem da Saúde, que

estabelece premiação a alunos do ensino médio que se

destacarem em rendimento de notas e comportamentos

em suas respectivas séries.

O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA

SILVA MACHADO) – Publique-se. Às Comissões de

Justiça, de Educação, de Defesa da Cidadania e de

Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Lei n.º

02/2015, do Ifes, Instituto Federal do Espírito Santo, de

Santa Teresa, do PJDH, Partido Jovem dos Direitos

Humanos, que dispõe sobre a obrigatoriedade de todas

as escolas da rede pública estadual de realizar atividades

culturais voltadas para a conscientização do uso

excessivo de celulares e outros meios de comunicação,

com objetivo de conscientizar os alunos da valorização

do uso ético do celular.

O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA SILVA MACHADO) – Publique-se. Às Comissões de

Justiça, de Educação, de Cultura, de Ciência e

Tecnologia e de Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Lei n.º

03/2015, da escola de Ecoporanga, do PJE, Partido

Jovem da Educação, que cria comissão para avaliação

da merenda escolar nas escolas públicas da rede

estadual do estado do Espírito Santo.

O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA

SILVA MACHADO) – Publique-se. Às Comissões de

Justiça, de Assistência Social, Segurança Alimentar e

Nutricional e de Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Lei n.º

04/2015, da escola Manoel de Paula Serrão, do

município de Anchieta, do PJCC, Partido Jovem da

Comunicação e Cultura, que institui o programa

Conheça o Estado do Espírito Santo, por meio de

intercâmbio entre as escolas estaduais.

O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA

SILVA MACHADO) – Publique-se. Às Comissões de

Justiça, de Educação, de Turismo e de Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Lei n.º

05/2015, da escola Juscelino Kubitschek, de Vitória, do

PJC, Partido Jovem da Cidadania, que estabelece a

obrigatoriedade da inclusão da ação social e política no

currículo escolar de história, filosofia, sociologia e

geografia, e educação financeira no currículo de

matemática e empreendedorismo em todas as unidades

escolares da rede estadual de ensino.

O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA SILVA MACHADO) – Publique-se. Às Comissões de

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 123

Justiça, de Educação, de Ciência e Tecnologia e de

Finanças.

Findo o tempo destinado ao Pequeno

Expediente, passa-se à fase das Comunicações.

Concedo a palavra à Senhora Deputada Evelim

Alves Silva, representando o Centro Educacional Souza

Marques, CESM, de Guarapari.

A SR.ª EVELIM ALVES SILVA – (Sem

revisão da oradora) – Senhor Presidente, Senhoras

Deputadas e Senhores Deputados, cumprimento os

telespectadores da TV Ales, os professores presentes

que representam as escolas participantes do projeto

Deputado Jovem nesta sessão e os servidores da

Assembleia Legislativa.

Vou apresentar a todos, a partir de agora, as

características do meu município, Guarapari. O apóstolo

José de Anchieta, depois de haver evangelizado em

outros cantos deste país, veio para a Capitania do

Espírito Santo, ao lugar chamado Reritiba, hoje

Anchieta.

Em 1569, quando Padre José de Anchieta

percorria as terras do Espírito Santo, como visitador de

jesuítas encarregado de estabelecer novas aldeias para

catequese dos índios Goitacazes, Puru, Tupiniquins e

Aimorés, sendo uma delas a de Guarapari, que

determinou o nascer dessa povoação. Mas, só em 1585,

portanto dezesseis anos depois, Padre José de Anchieta

fundou a quarta e última aldeia em terras espírito-

santenses, que recebeu os seguintes nomes: Aldeia do

Rio Verde ou de Santa Maria de Guaraparim, Vila dos

Jesuítas, Guaraparim e, por fim, Guarapari.

Guarapari é um vocábulo de origem indígena

derivado de Guará, garça ave ibis rubra, que nasce

branca, torna-se cinza, volta a embranquecer e, por fim,

sua coloração é vermelho-carmesim; e de pari ou parim

significa pesqueiro, lugar cercado para apanhar peixe ou

curral.

Guarapari está entre as cidades do litoral do

Espírito Santo que melhor combina com lazer e

infraestrutura. A orla possui muitas praias urbanizadas e

tomadas por calçadões, quiosques, bares e restaurantes.

Além de belas praias, Guarapari conta com uma região

de montanhas a poucos quilômetros de suas praias.

O crescimento de Guarapari, no decorrer de sua

história, foi lento. Na década de 30, as casas não

passavam de duzentas e cinquenta unidades e somente

na década de 40 foi registrada a construção da primeira

casa de veraneio.

Até 1952 Guarapari era lugar de difícil acesso,

pois a travessia do canal ainda era feita através de balsa.

Naquele ano, foi construída a primeira ponte de

madeira, ligando o município aos acessos já

disponíveis.

Foi na década de 60 que Guarapari apareceu

para o mundo turisticamente, divulgada aos quatro

cantos pelo doutor Silva Melo. A cidade das areias

monazíticas medicinais passou a ser referência mundial para o turismo de saúde. Devido a isso, o título de

Cidade Saúde. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA

SILVA MACHADO) – Agradeço à Senhora Deputada

Evelim Alves Silva a fala.

Concedo a palavra à Senhora Deputada Isa

Mariana de Souza Trancoso, representante do Ifes,

Instituto Federal do Espírito Santo, de Santa Teresa.

A SR.ª ISA MARIANA DE SOUZA

TRANCOSO – (Sem revisão da oradora) – Senhor

Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados,

telespectadores da TV Ales, servidores da Assembleia

Legislativa, familiares presentes e professores presentes

que representam as cinco escolas que participam do

projeto Deputado Jovem neste ano, irei falar um pouco

sobre o município de Santa Teresa.

Santa Teresa é um município localizado na

microrregião central serrana do Espírito Santo; conta

com uma área de seiscentos e noventa e quatro

quilômetros quadrados, correspondente a 1,51% do

território estadual e está subdividida em seis distritos:

Santa Teresa sede, Alto Santa Maria, Santo Antônio do

Canaã, São João de Petrópolis, Vinte e Cinco de Julho e

Alto Caldeirão. Tem uma população estimada de vinte e

três mil e quatrocentos e trinta e dois habitantes,

segundo IBGE de 2013. A formação ética predominante

é de origem italiana e alemã; a base econômica é a

agricultura e turismo; faz parte do bioma da Mata

Atlântica e fica a seiscentos e setenta e cinco metros

acima do nível do mar. A temperatura média anual gira

em torno de dezesseis graus.

A cidade está a cerca de oitenta quilômetros da

capital do Estado do Espirito Santo – Vitória – e é

cercada pelas montanhas da região serrana do estado. É

considerada um dos mais importantes destinos turísticos

do estado. Com uma cultura marcante, meio ambiente

preservado, clima agradável e gastronomia de

qualidade, Santa Teresa se destaca no cenário estadual e

no nacional. Tem cerca de quarenta por cento do seu

território coberto por mata atlântica preservada e uma

das mais exuberantes biodiversidades do mundo.

Recentemente, por meio da Lei n.º 226/2012,

tornou-se a Capital Estadual do Jazz e do Blues e é

também conhecida como Terra dos Beija-Flores, Terra

das Orquídeas e Terras de Augusto Ruschi, biólogo

renomado, que recebeu o título de patrono da ecologia

no Brasil, em 1994. É o maior produtor de uva e vinho

do Espírito Santo, representando oitenta por cento da

produção estadual. Berço da colonização italiana no

Brasil, teve sua história iniciada em 1874.

Segundo o sociólogo italiano Renzo Grosselli,

a expedição de Pietro Tabacchi foi o primeiro caso de

partida em massa dos imigrantes da região norte da

Itália para o Brasil. A primeira viagem de imigrantes

aconteceu no dia 03 de janeiro de 1874. O grupo saiu do

porto de Gênova em um navio à vela, o La Sofia, na

expedição de Pietro Tabacchi, e a segunda viagem foi

feita pelo Rivadávia.

Consta que uma devota, no início da

colonização, possuía um quadro de Santa Teresa de

Ávila, em torno do qual os moradores se reuniam para

rezar à hora do Angelus. Embora haja outras hipóteses, esta é a mais aceita pelos locais para explicar a origem

do nome Santa Teresa.

As correntes migratórias provenientes da Itália

continuaram, mas em 1877 chegaram os primeiros

alemães, suíços e poloneses. Os colonos se dedicaram à

124 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

agricultura, no início. Além da cultura do café e de

cereais, realizaram algumas experiências bem

sucedidas, semelhantes às culturas do Trentino, tais

como a videira e o bicho da seda.

Há diversos atrativos culturais no município,

como a Casa Lambert, construída no ano de 1875 pelos

irmãos e imigrantes italianos Antônio e Vírgilio

Lambert. É tombada como patrimônio estadual desde

1989, hoje funciona como museu contando um pouco

da história da família Lambert e da imigração italiana

no município. A igreja Matriz data do ano de 1898, e no

ano de 1906 deu lugar à construção atual. Seus sinos

foram doados por D. Pedro II e no pátio ao lado

encontram-se o monumento ao primeiro cinquentenário

da fundação do município, com o nome dos primeiros

imigrantes.

A Praça Augusto Ruschi foi construída no ano

de 1936 e está localizada na parte central da cidade.

Segue a tradição dos jardins europeus além do coreto e

do chafariz.

A Rua de Lazer, assim denominada, é a rua a

Coronel Bonfim Júnior, está localizada no centro da

cidade e caracteriza-se por seus belos e antigos casarios

da época da colonização. O Museu de Biologia

Professor Mello Leitão foi fundado em 1949 pelo

cientista e pesquisador Augusto Ruschi. Nele, são

realizadas importantes pesquisas sobre a mata atlântica.

O Vale do Canaã é de bem fácil acesso, pois se encontra

a dois quilômetros do centro de Santa Teresa, às

margens da rodovia que liga a sede aos municípios de

São Roque do Canaã e Colatina. A Reserva Biológica

Augusto Ruschi é uma área de quatro mil hectares,

situada em Alto Santo Antônio, a sete quilômetros do

centro e está aberta a visitas somente para fins de estudo

e pesquisa. A Estação Biológica de Santa Lúcia está

localizada a cerca de oito quilômetros da área urbana. O

Parque Natural Municipal de São Lourenço é uma

unidade de conservação localizada próximo à sede do

município, em São Lourenço, com área de

aproximadamente duzentos de sessenta e cinco hectares

de mata atlântica de encosta. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA

SILVA MACHADO) – Obrigado, Deputada Isa

Mariana.

Concedo a palavra à Senhora Deputada

Carollainy Nascimento da Silva, representando a escola

de Ecoporanga.

A SR.ª CAROLLAINY NASCIMENTO DA

SILVA – (Sem revisão da oradora) - Senhor

presidente, senhoras deputadas e senhores deputados,

telespectadores da TV Ales, servidores da Assembleia

Legislativa, os que nos assistem nas galerias e

professores representantes das escolas que participam

do projeto Deputado Jovem, boa-tarde!

Falarei sobre Ecoporanga, município que

represento junto com a minha escola.

Ecoporanga teve origens em meados do século

XX. Em 1943, o lugarejo foi elevado a distrito e em

1948, à categoria de povoado de Rubinópolis; só em 18

de dezembro de 1953, surge o nome Ecoporanga. Foi

elevado a vila e desmembrado do município de Barra de

São Francisco, passando a fazer parte do município de

Joeirana, instalando-se como sede nessa localidade, em

9 de abril de 1955. Devido aos conflitos territoriais

entre o Espírito Santo e Minas Gerais, após um ano e

meio, a sede de Joeirana retorna para Minas Gerais. É

considerada por lei como o dia da cidade, pois essa é a

data da emancipação político-administrativa.

Nas décadas de 70 e 80, a economia

ecoporanguense se baseava nas grandes lavouras de

café e grandes pastagens. A população do município era

muito maior do que hoje. No início da década de 90, os

moradores da cidade iniciaram um grande êxodo rural e

foram buscar melhores condições em grandes cidades,

como Vitória e Belo Horizonte, e nos estados da região

Norte do país, como Rondônia e Pará. Com o êxodo, a

agricultura do município decresceu muito e ficou por

muitos anos na estagnação. Nos últimos anos, com o

início da extração em grande escala de rochas

ornamentais, a cidade voltou a se desenvolver e

alavancou o crescimento da agricultura.

Hoje, Ecoporanga é o maior produtor de leite e

tem os maiores rebanhos bovinos e equinos do estado

do Espírito Santo. De acordo com o último censo do

IBGE, que foi em 2010, Ecoporanga possui vinte e três

mil duzentos e doze habitantes. Possui áreas de grande

beleza natural, Pousada das Garças, Morro da TV, horto

florestal, jequitibá e é servido de cachoeiras, rios e

córregos, além de inúmeras pedras de grande beleza.

Ecoporanga é um município rico em tradições

folclóricas. No distrito de Cotaxé, durante o mês de

janeiro, temos o grupo de Folia de Reis e o tradicional

Boi-de-Janeiro. No distrito de Prata dos Baianos, temos

o roubo da bandeira, tradição folclórica mantida por

grupos de moradores e realizada durante o mês de

junho. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA

SILVA MACHADO) - Agradeço à deputada o

pronunciamento.

Concedo a palavra a Senhora Deputada Raquel

Karolliny Dantas Reis, representando a Escola Manoel

de Paula Serrão, do Município de Anchieta.

A SR.ª RAQUEL KAROLLINY DANTAS REIS – (Sem revisão da oradora) - Senhor Presidente,

Senhoras Deputadas e Senhores Deputados,

telespectadores da TV Ales e todos que assistem de

alguma maneira esta sessão, muito boa-tarde! Falarei

sobre o meu Município de Anchieta.

Bem cedo começa o dia, o sol nos convida

lançar as redes e a conhecer Anchieta. Terra de um

povo feliz; terra do santo José de Anchieta. Degrau por

degrau vai se descortinando a história de um homem

além do seu tempo e da fé de um povo.

A matriz Nossa Senhora da Assunção sobressai

soberana na colina em frente ao mar. É um convite à

oração. Cada passo é uma descoberta, e nos Passos de Anchieta os andarilhos procuram reencontrar a paz e a

si mesmos, refazendo caminhos e reavaliando a jornada

pessoal. Pelos caminhos da fé vão-se homens e

mulheres de boas vontades.

Pela Rota do Sol a vida nos convida a

testemunhar as belezas da praia de Iriri, a imponência

das falésias de Ubu, e as águas do Rio Benevente e a

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 125

riqueza do seu manguezal.

Pelos caminhos dos homens, o ritmo do congo

e da folia dos reis nos levam ao interior, às terras

quilombolas de São Mateus e ao mistério das ruinas do

Rio Salinas.

As águas da serra nos lavam a alma e nos dão

esperança. Somos convidados às delícias dos frutos que

o mar oferecem, que transformamos com maestria em

moqueca capixaba.

Esse município te convida, abraça e acolhe.

Anchieta, orgulho das terras do Espírito Santo. (Muito

bem!)

O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA SILVA MACHADO) – Agradeço a V. Ex.ª, Senhora

Deputada Raquel Karolliny, o pronunciamento.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Breno

Ribeiro, da Escola Juscelino Kubitschek, de Vitória.

O SR. BRENO RIBEIRO – (Sem revisão do

orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e

Senhores Deputados, servidores da Assembleia

Legislativa e aqueles que estão nas galerias

acompanhando esta sessão, Vitória, capital do estado do

Espírito Santo, cidade repleta de belezas naturais e

importantes monumentos históricos. A fundação do

Espírito Santo e de Vitória começa trinta e quatro anos

depois de o Brasil ter sido descoberto em 1500. O então

rei de Portugal, Dom João III, dividiu as terras do Brasil

em capitanias hereditárias, cabendo a capitania do

Espírito Santo ao fidalgo Vasco Fernandes Coutinho,

que tomou posse em 23 de maio de 1535, instalando-se

no sopé do morro da Penha, em Vila Velha.

Explorando a região, os portugueses buscaram

um local mais seguro para se guardarem dos ataques

dos nativos e dos estrangeiros - holandeses e franceses.

Eles seguiram pela baía de Vitória e, contornando a

ilha, aportaram em Santo Antônio. Nos trezentos anos

iniciais de sua história, Vitória foi uma vila-porto,

enfrentando franceses e ingleses atrás de açúcar e de

pau-brasil.

É uma das três capitais mais antigas do Brasil,

atrás apenas de Recife e Salvador. Após importante

vitória acirrada com os nativos Goitacazes, os

portugueses empolgados com o desfecho passaram a

chamar o local de Vitória.

Vitória é uma ilha banhada pelo oceano e

abençoada por suas belíssimas praias. Cidade que

herdou para a sua história monumentos como o Palácio

Anchieta e a Catedral Metropolitana. Uma cidade com

uma beleza notória, onde cada cantinho faz parte da

nossa história. O nosso enredo é retratado por várias

frases, como Cidade Sol e Ilha do Mel, entre outras. Na

cidade também existem vários monumentos históricos,

como o Santuário e Basílica de Santo Antônio, e

também existem os tão visitados pontos turísticos de

lazer, como a Orla de Camburi e a praia,

frequentemente lotadas por banhistas e atletas que

praticam vários tipos de esportes no calçadão.

Vitória, nome que faz jus a quem nela mora,

cidade notavelmente fácil de se ver, bela entre suas

grandezas. Do alto, parece um festival de luzes, de

baixo, um festival de alegria. As marcas históricas da

Cidade Alta contam parte da sua história e da imensidão

do Brasil. Vitória, nome que faz jus à alegria e à

harmonia dos que aqui se encontram. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (CAIO LUCAS DA

SILVA MACHADO) - Agradeço ao Senhor Deputado

Breno Riberio a fala.

Findo o tempo destinado à fase das

Comunicações, passa-se à Ordem do Dia.

Discussão única do Projeto de Lei n.º 01/2015,

do Centro Educacional Souza Marques - do município

de Guarapari.

Concedo a palavra à Senhora Deputada Lara

Capistrano Souza que defenderá as ideias do respectivo

projeto de lei.

A SR.ª LARA CAPISTRANO SOUZA –

(Sem revisão da oradora) – Boa-tarde, Senhor

Presidente, 1.º e 2.º Secretários, Senhores Deputados e

Senhoras Deputadas jovens, professores, alunos e todos

presentes!

O presente projeto de lei objetiva incentivar a

dedicação aos estudos no estado do Espírito Santo. O

reconhecimento de qualquer ação humana serve como

estímulo ao pleno desenvolvimento. Entendemos que o

momento clama pelo pleno desenvolvimento

educacional. A premiação, seja ela financeira ou através

de homenagens, serve como reconhecimento por boas

ações praticadas.

O projeto, ao premiar os alunos destaques,

contribuirá para demonstrar também, na prática, as

inúmeras ações educacionais de todos aqueles

professores que fazem um trabalho diferenciado,

contribuindo para o avanço da educação.

Por mais positivos que sejam os avanços, se

não forem mostrados e divulgados de alguma forma,

perdem a eficácia. Esse projeto contribuirá com a ampla

divulgação das ações de professores e alunos no

desenvolvimento do conhecimento.

Concedo um aparte à Senhora Deputada Ana

Marcely Amorim Dal’Col.

A Sr.ª Ana Marcely Amorim Dal’Col –

Senhora Deputada Lara Capistrano, o projeto estabelece

que os alunos do ensino médio sejam premiados por

bom comportamento e desempenho escolar e que a

premiação poderá ser também por meio de remuneração

mensal. Quando a premiação for remuneração, qual será

a fonte desses recursos?

A SR.ª LARA CAPISTRANO SOUZA – A

fonte desses recursos para premiação será concedida

pela Secretaria de Educação do Espírito Santo.

A Sr.ª Ana Marcely Amorim Dal’Col –

Segundo o projeto, no final do ano, os alunos que

tiverem as maiores notas, somadas dos três trimestres,

serão homenageados em um evento estadual com a

participação do governador, secretário de Educação e

demais autoridades convidadas. Qual será a nota de

corte para escolha desse grupo de alunos?

A SR.ª LARA CAPISTRANO SOUZA – A

nota mínima que o aluno poderá tirar para receber o

126 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

recurso será 27,5. Se houver mais de um aluno acima

dessa média, será levada em conta a maior nota e, se

houver mais de um aluno com a mesma nota, o critério

avaliado será a assiduidade.

A Sr.ª Ana Marcely Amorim Dal’Col –

Agradeço a V. Ex.ª os esclarecimentos.

A SR.ª LARA CAPISTRANO SOUZA –

Agradeço a todos os ouvintes. Queria muito a

aprovação dos senhores para meu projeto. (Muito

bem!)

O SR. PRESIDENTE - (CAIO LUCAS DA

SILVA MACHADO) – Obrigado, Senhoras

Deputadas, pela participação de V. Ex.as

.

Discussão única do Projeto de Lei n.º 02/2015,

do Ifes - Instituto Federal do Espírito Santo de Santa

Teresa.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Enzo

de Jesus Alves, que defenderá o projeto de lei elaborado

pela sua escola.

O SR. ENZO DE JESUS ALVES – (Sem

revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras

Deputadas e Senhores Deputados, desejo uma boa-tarde

a todos!

Este projeto visa à criação de normas estaduais

sobre o uso consciente do celular nas escolas da rede

entre o corpo docente e discente, considerando que as

escolas da rede estadual de ensino têm enfrentado sérios

problemas relacionados ao mau uso do celular e de

outras tecnologias.

A revolução tecnológica, desde os anos de

1970, pode ser considerada o ponto inicial para a atual

era em que vivemos praticamente sob domínio da rede

mundial de computadores. Não poderíamos hoje

agenciar a vida cotidiana, seja no trabalho, na vida

social ou na escola, sem o auxílio das ferramentas

necessárias à efetivação da comunicação escrita, à

pesquisa acadêmica e ao planejamento da vida

profissional.

Entretanto, o uso indevido dessas tecnologias,

sobretudo depois do advento dos aparelhos celulares

inteligentes, smartphones, as escolas têm enfrentando

por vezes sérias crises de controle do uso desses

aparelhos em sala de aula. Muitas vezes, sem o controle

sobre a proibição do uso desses aparelhos, os

professores acabam por ter de lidar com alguns casos

que se tornam sérios nas escolas, como o uso do celular

como ponto de informação durante avaliações, colas,

como informação forjada, que esconde a verdadeira

produção de conhecimento – como é o caso da

ferramenta chamada Cyberbullying e outras

possiblidades que esses aparelhos oferecem para a

desestruturação do bem-estar pedagógico-educacional

nas escolas.

Ao mesmo tempo não se pode negar que toda e

qualquer ferramenta de informação seja útil se bem

utilizada e, neste caso, o professor deve ter consciência

de que não é mais o detentor do conhecimento, já que a

informação flui livremente pela rede. É preciso então

que esse professor, ciente dos novos paradigmas em

torno da produção de conhecimento, considere a

importância de levar seus alunos ao uso consciente da

comunicação.

Ora, alguns casos divulgados em jornais sobre a

demissão de funcionários por uso de selfies em

ambientes de trabalho e uso em geral de redes sociais

por meio de celulares e de computadores se dá não pela

utilização das tecnologias de comunicação, mas pelo

mau uso, ou pelo uso abusivo desses instrumentos.

Nesse caso, este projeto de lei visa sobretudo à

formação dos alunos de nossas escolas estaduais,

conhecendo a existência da necessidade e da carência da

formação desses que serão sujeitos atuantes na

sociedade capixaba e brasileira.

A Sr.ª Laila Rodrigues Bourguingnon –

Senhor Deputado, o projeto estabelece o Dia Consciente pelo Uso Ético do Celular. Como esse dia será

trabalhado com os alunos que porventura não possuam

aparelho de celular?

O SR. ENZO DE JESUS ALVES – Hoje em

dia vemos que com a portabilidade do celular, grande

parte tem celular. O que pensamos quando organizamos

esse projeto? Como muitas pessoas sempre têm um

celular mais velho, pois trocam de celular na compra de

um novo, deixando o mais velho guardado e não

querendo fazer nada com ele, pensamos que as escolas

poderiam se organizar e fazer campanhas para doação

desses celulares para as pessoas que não têm, até

mesmo para conscientizar esses alunos da rede pública

para a necessidade do reaproveitamento desses

aparelhos. Afinal, o nosso projeto não visa à proibição,

mas sim à ética em termos do uso do celular.

A Sr.ª Laila Rodrigues Bourguingnon – O

projeto de V. Ex.ª prevê atividades culturais fora do

ambiente escolar. Como será feita a segurança desses

alunos no espaço público e comunitário?

O SR. ENZO DE JESUS ALVES – Pensamos

em nosso projeto de lei fazer por três vezes durante todo

o ano, mas uma vez ao ano, pelo menos, as atividades

serão fora do ambiente escolar. Por medida de

segurança, a própria escola poderá solicitar o apoio da

Polícia Militar para que faça rondas, para que fique de

olho. Também, nesses dois dias, que no caso sobrarão, o

evento será feito em ambientes fechados para que haja

monitoramento dos mesmos e os professores possam

estar cuidando dos seus alunos.

A Sr.ª Laila Rodrigues Bourguingnon –

Agradeço ao Deputado as respostas aos meus

questionamentos.

O SR. ENZO DE JESUS ALVES – Obrigado.

(Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA

SILVA MACHADO) – Senhores Deputados, agradeço

a participação.

Discussão única do Projeto de Lei n.º 03/2015,

da escola de Ecoporanga.

Concedo a palavra à Senhora Deputada Maria

Clara de Castro e Caetano, da escola de Ecoporanga,

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 127

que defenderá as ideias do seu projeto de lei.

A SR.ª MARIA CLARA DE CASTRO E

CAETANO – (Sem revisão da oradora) – Senhor

Presidente, Senhores Deputados e Senhoras Deputadas,

demais presentes, boa-tarde! O presente projeto tem por

objetivo revolucionar a forma de oferecer merenda

escolar no ensino público do estado do Espírito Santo,

de modo que a alimentação esteja adequada para os

alunos se manterem na escola, pois uma melhor

alimentação influenciará diretamente no aprendizado

dos alunos.

Essa proposta de uma melhor alimentação terá,

entre tantas funções, impacto sobre a função cerebral,

podendo interferir no humor, no pensamento, no

comportamento, na memória, no aprendizado e no

envelhecimento celular. O controle da tabela de valores

nutricionais é de suma importância, pois alimentos com

grande valor nutricional fornecem benefícios à saúde,

seja como prevenção ou tratamento de doenças. Isso

ocorre devido ao fato que em sua composição são

encontrados compostos bioativos capazes de atuar nos

processos metabólicos. Diante disso, fica proposto um

controle nutricional, pois através dessa informação

podemos modificar hábitos e traçar estratégias para

solucionar as carências nutricionais e produzir

melhorias no aprendizado.

Segundo a Lei n.º 11.947, de 16 de junho de

2009, entende-se por alimentação escolar todo o tipo de

alimento oferecido no ambiente escolar, independente

de sua origem, durante o período letivo. Tem como uma

de suas diretrizes a participação da comunidade no

controle social, no acompanhamento das ações

realizadas pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos

Municípios, para garantir a oferta à alimentação

saudável e adequada.

Sendo assim, fica estabelecida a criação de uma

comissão formada por pais, alunos e membros do

Conselho Escolar para avaliar a qualidade da merenda.

A merenda escolar foi terceirizada em 2013

com objetivo de melhorar a qualidade da alimentação e

nutrição escolar. Mas, para o alcance desse objetivo,

seria necessário oferecer quantidades diferentes, já que

é preciso observar aspectos como: idade, sexo e

atividade física. E, isso não ocorre.

Cabe destacar que, com relação ao comércio

local, a terceirização não propícia o incentivo, mesmo

sendo municípios com grande influência na agricultura.

Além disso, os alimentos comprados no município

trariam renda econômica para o mesmo. Com isso, fica

proposto que os itens da merenda escolar fossem

adquiridos na própria comunidade.

Professores são proibidos de merendar da

alimentação destinada aos alunos. O recreio que era um

momento de compartilhamento entre professores e

alunos virou apenas um momento destinado aos alunos

e, na maioria das vezes, de grande tristeza. Tristeza por

ver o grande desperdício da alimentação que poderia ser

ingerida pelos professores e funcionários, mas ao invés

disso é destinada ao lixo, enquanto dentro da nossa

realidade têm muitas crianças passando fome. Diante

disso, fica proposto o retorno da convivência entre

alunos e professores no horário do recreio para que

compartilhem da merenda, evitando grande desperdício.

Portanto, a alimentação nas escolas estaduais é a ideia

central do nosso projeto de lei.

Diante do exposto, peço a aprovação do nosso

projeto de lei pelos nobres deputados.

A Sr.ª Eliara dos Santos de Oliveira – Senhora Deputada, o projeto prevê a formação de uma

comissão para avaliação da merenda escolar e esta seria

composta por representantes de alunos, professores, pais

e conselho escolar. De que forma seriam escolhidos

esses representantes?

A SR.ª MARIA CLARA DE CASTRO E

CAETANO – Serão escolhidos de forma democrática,

ou seja, através de eleição. Salvo os membros do

Conselho Escolar, pois a escola já possui o próprio

conselho.

A Sr.ª Eliara dos Santos de Oliveira – É uma

das atribuições da comissão avaliar a qualidade

nutricional dos alimentos preparados para a merenda.

Como a comissão avaliará a qualidade nutricional dos

alimentos se na sua composição não está prevista a

presença de um nutricionista?

A SR.ª MARIA CLARA DE CASTRO E

CAETANO – A comissão faria a avaliação sendo

capacitada por um nutricionista. No caso, um

nutricionista capacitaria os membros, influenciando até

mesmo a pessoa que estivesse interessada pela área

nutricional na faculdade, pois já seria um grande avanço

para ele. Os membros do conselho, os pais e os alunos

seriam capacitados pela responsável pela merenda

escolar.

A Sr.ª Eliara dos Santos de Oliveira – Agradeço à Deputada as respostas aos meus

questionamentos.

A SR.ª MARIA CLARA DE CASTRO E

CAETANO – Obrigada a V. Ex.ª. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA SILVA MACHADO) – Agradeço a participação de

ambas.

Discussão única do Projeto de Lei n.º 04/2014,

da Escola Manoel de Paula Serrão, de Anchieta.

Concedo a palavra à Senhora Deputada Emily

Carvalho, que defenderá as ideias do projeto de lei.

A SR.ª EMILY CARVALHO – (Sem revisão

da oradora) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e

Senhores Deputados, cumprimento os servidores da

Assembleia Legislativa e aqueles que acompanham esta

sessão.

O presente projeto de lei propõe a criação de

um programa de intercâmbio entre as escolas estaduais,

prevendo visitas que promovam trocas de experiências e

oportunidade de interação real entre as instituições de

ensino. O projeto oportunizará que alunos, os

professores e demais profissionais da educação possam

ampliar seus conhecimentos sobre o próprio estado do

Espírito Santo e a sua realidade educacional.

Essa proposta se faz necessária e importante,

uma vez que os espírito-santenses, em sua maioria,

128 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

pouco sabem sobre seu próprio estado. Muitos se

limitam a conhecer apenas a microrregião a que

pertencem, desconhecendo a diversidade das realidades

existentes nos municípios espalhados a norte e sul.

O intercâmbio será um momento propício para

que alunos e professores conheçam in loco a

peculiaridade de uma região, seus contextos, desafios e

aspectos culturais, históricos, econômicos e geográficos.

Será uma experiência riquíssima, considerando que o

nosso estado conjuga campos, serras, vales, cachoeiras,

lagos e litoral, realidades tão distintas e não tão

distantes se comparadas a outros estados

territorialmente maiores.

Além disso, há tantas propostas educativas

interessantes sendo realizadas em escolas estaduais que

não são divulgadas ou compartilhadas. Por meio das

visitas, haveria troca de experiências e o

compartilhamento de ações inovadoras e, às vezes, tão

simples quanto produtivas e aplicáveis, capazes de gerar

o mais genuíno aprendizado.

Haveria também o estabelecimento de contato e

de diálogo entre as instituições de ensino, o que poderia

desencadear outros programas e projetos que

ultrapassassem os muros da escola e estabelecessem um

canal aberto entre alunos, professores e demais

profissionais da escola da rede estadual de ensino.

Portanto, este projeto propõe a criação de um

programa que contribuirá para que o povo capixaba se

conheça, valorize seu potencial e a sua diversidade e

compartilhe ações educativas, inovadoras e criativas.

Pelas razões expostas, conclamo aos meus

eminentes pares, Deputados Jovens Estaduais, a

aprovarem esta proposição neste plenário.

A Sr.ª Elora Cristovão Travezani – Senhora

Deputada, o projeto prevê o intercâmbio entre escolas

para maior conhecimento sobre a cultura e geografia do

Espírito Santo. O transporte e alimentação dos alunos

durante a atividade serão concedidos pelo Estado?

A SR.ª EMILY CARVALHO – O transporte

ficará a cargo do Estado ou de parcerias com a

Prefeitura. A alimentação será de responsabilidade da

escola que sediará o encontro.

A Sr.ª Elora Cristovão Travezani – A escola

apresentará a cultura do município por meio de

palestras, vídeos, apresentações artísticas e visita a

pontos turísticos e a monumentos históricos. Quais

serão os critérios de escolha dos locais a serem visitados

e o conteúdo a ser ministrado para os alunos?

A SR.ª EMILY CARVALHO – A escola

selecionará os lugares viáveis para o intercâmbio e a

decisão será feita por meio de votos entre os alunos. A

proposta do intercâmbio é conhecer a história do

município e os projetos desenvolvidos pela escola.

A Sr.ª Elora Cristovão Travezani – Obrigada,

Deputada, pelos esclarecimentos.

A SR.ª EMILY CARVALHO – Obrigada a

todos. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA

SILVA MACHADO) – Obrigado às Deputadas Emily

Carvalho e Elora Cristovão Travezani.

Discussão única do Projeto de Lei n.º 05/2015,

da Escola Municipal Juscelino Kubitschek, de Vitória.

Concedo a palavra à Senhora Deputada

Karoliny Silva, que defenderá as ideias do projeto de

lei.

A SR.ª KAROLINY SILVA – (Sem revisão da oradora) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas

e Senhores Deputados, boa-tarde a todos.

Além de atender à necessidade social, onde foi

consultado que faltam determinados conteúdos na

formação de jovens e adultos que os possibilitem ser

conhecedores das leis em instituições legais de seu país,

estado e município, entendemos que o cidadão com uma

formação política e conhecedor da estrutura econômica

e social de seu mundo possa, efetivamente, contribuir na

construção de uma sociedade capaz de resolver

problemas em ações cotidianas, evitando, assim, gastos

aos cofres públicos. Pois, o cidadão consciente é capaz

de contribuir para a diminuição de muitos índices

sociais negativos, como violência, limpeza urbana,

preservação ambiental e tantas outras.

Não obstante, é observado o endividamento da

base social em função da falta de educação financeira,

onde destacamos, ainda, que se faz necessária uma

cultura econômica dentro de seu currículo, visto que

vivemos em um sistema capitalista, marcado

profundamente pelo mercado e consumo.

Adequar os currículos e os alunos a essa

realidade, é possibilitar, enfim, uma condição de vida

justa e real aos cidadãos comuns.

O Sr. Vladimir Viana de Jesus – Senhora

Deputada, o projeto pretende ajudar os estudantes no

desenvolvimento de sua conscientização social, política,

cultural e memória. De que forma os pais ou

responsáveis pelo aluno seriam incluídos nesse projeto

para aumentar suas chances de sucesso?

A SR.ª KAROLINY SILVA – É notório que

nos dias atuais existe um imenso desinteresse dos

jovens pela política. Essa rejeição tem inúmeros fatores,

porém, percebemos que o de maior incidência é o total

desconhecimento dos jovens do que é estado e qual sua

importância para a nossa cidadania.

Nesse sentido, sentimos a necessidade de

alguns temas fundamentais como: o que é cidadania; o

que é estado; como são divididos os Poderes; a função

de cada Poder, Executivo, Legislativo e Judiciário; o

que nação; o que é povo e temas afins.

Nesse projeto, além das aulas ministradas

dentro do espaço escolar, seriam criados estudantes

monitores que tenham possibilidades de trabalhar esses

assuntos com a comunidade, abrindo-se as escolas para

esses encontros.

O Sr. Vladimir Viana de Jesus – Está prevista

a promoção de conhecimento econômico, social,

financeiro, que inclui significado de mercado e ações na

Bolsa de Valores. Os professores de matemática

receberão curso ou qualificação para ministrar esse

novo conteúdo?

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 129

A SR.ª KAROLINY SILVA – Sim. Hoje

vivemos dentro de um sistema capitalista, onde cada

sujeito sofre as consequências do mercado. Saber

controlar gastos, custos e as contas pessoais sanáveis e

ter um planejamento da economia doméstica ajudaria,

certamente, na melhoria das condições de vida de

muitos capixabas.

Entender o mercado, a Bolsa, as variações monetárias,

impostos, taxas de juros, etc. A capacitação para os

decentes em matemática, onde se aplicam esses ensinos

na prática cotidiana da maioria, contextualizando-a com

a totalidade vivida por todos da sociedade.

O Sr. Vladimir Viana de Jesus – Agradeço a

V. Ex.ª os esclarecimentos.

A SR.ª KAROLINY SILVA – Agradeço a

todos os ouvintes. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA SILVA MACHADO) – Agradeço aos deputados pela

participação.

Iniciaremos agora o processo de votação de

todos os projetos de lei de uma só vez.

Em votação os projetos.

Convido o Senhor 1.ª Secretário, Senhor

Deputado Carlos Henrique Saar, a proceder à chamada

dos Senhores Deputados para declaração de voto.

(Pausa)

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS

HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Lara

Capistrano Souza. (Pausa)

A SR.ª LARA CAPISTRANO SOUZA – O

meu Voto é SIM, pela aprovação de todos os projetos.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Izabela

Santos da Silva. (Pausa)

A SR.ª IZABELA SANTOS DA SILVA – O

meu Voto é SIM, pela aprovação de todos os projetos.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS

HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Elora

Cristovão Travezani. (Pausa)

A SR.ª ELORA CRISTOVÃO TRAVEZANI

– Meu Voto é SIM para todos os projetos.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS

HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Evelin Alves

Silva. (Pausa)

A SR.ª EVELIN ALVES SILVA – Meu Voto

é SIM para todos os projetos apresentados.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhor Deputado Pedro Cirino

Passos Paiva de Carvalho. (Pausa)

O SR. PEDRO CIRINO PASSOS PAIVA DE CARVALHO – Meu voto é SIM para todos os

projetos.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhor Deputado João

Guylherme Domiciano Brambati. (Pausa)

O SR. JOÃO GUYLHERME DOMICIANO

BRAMBATI – Todos os projetos têm minha

aprovação. Meu voto é SIM.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Declaro meu voto. Voto SIM

para a aprovação de todos os projetos que foram

apresentados nesta sessão.

Senhor Deputado Enzo de Jesus Alves. (Pausa)

O SR. ENZO DE JESUS ALVES – Voto SIM

para a aprovação de todos os projetos exibidos nesta

sessão.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhor Deputado Lorenzo

Sampaio Regattieri. (Pausa)

O SR. LORENZO SAMPAIO

REGATTIERI – Voto SIM para todos os projetos.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS

HENRIQUE SAAR) – Senhor Deputado Vladimir

Viana de Jesus. (Pausa)

O SR. VLADIMIR VIANA DE JESUS –

Voto SIM pela a aprovação de todos os projetos.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS

HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Isa Mariana

de Souza Trancoso. (Pausa)

A SR.ª ISA MARIANA DE SOUZA TRANCOSO – Voto SIM para todos os projetos

apresentados nesta sessão.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS

HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Carollainy

Nascimento da Silva. (Pausa)

A SR.ª CAROLLAINY NASCIMENTO DA SILVA – Voto SIM para todos os projetos.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS

HENRIQUE SAAR) – Senhor Deputado Jeferson dos

Santos Ribeiro, que compõe a 2.ª Secretaria. (Pausa)

O SR. JEFERSON DOS SANTOS RIBEIRO

– Meu voto é SIM para a aprovação de todos os projetos

apresentados nesta sessão.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS

HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Maria Clara

de Castro e Caetano. (Pausa)

A SR.ª MARIA CLARA DE CASTRO E

CAETANO – Meu voto é SIM para todos os projetos.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS

HENRIQUE SAAR) – Senhor Deputado João Teodoro

130 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

da Silva Neto. (Pausa)

O SR. JOÃO TEODORO DA SILVA NETO – Meu voto é SIM para todos os projetos.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Júlia

Gualberto. (Pausa)

A SR.ª JÚLIA GUALBERTO – Meu voto é

SIM para todos os projetos.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS

HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Ana Marcely

Amorim Dal’Col. (Pausa)

A SR.ª ANA MARCELY AMORIM

DAL’COL – Meu voto é SIM para todos os projetos

apresentados nesta sessão.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS

HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Emilly

Carvalho de Mendonça. (Pausa)

A SR.ª EMILLY CARVALHO DE

MENDONÇA – Meu voto é SIM para todos os projetos

apresentados.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Raquel

Karolliny Dantas Reis. (Pausa)

A SR.ª RAQUEL KAROLLINY DANTAS

REIS – Meu voto é SIM para todos os projetos

apresentados nesta sessão.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Laila

Rodrigues Viana Bourguingnon. (Pausa)

A SR.ª LAILA RODRIGUES VIANA

BOURGUINGNON – Meu voto é SIM para todos os

projetos.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhor Deputado Iury Fabiano

Nunes. (Pausa)

O SR. IURY FABIANO NUNES – Meu voto

é SIM para todos os projetos.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS

HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Maria

Eduarda Camargo Santuchi. (Pausa)

A SR.ª MARIA EDUARDA CAMARGO

SANTUCHI – Meu voto é SIM para todos os projetos.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS

HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Eliara dos

Santos de Oliveira. (Pausa)

A SR.ª ELIARA DOS SANTOS DE

OLIVEIRA – Meu voto é SIM para todos os projetos.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhor Deputado Breno

Ribeiro. (Pausa)

O SR. BRENO RIBEIRO – Meu voto é SIM

para todos os projetos apresentados nesta sessão.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS

HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Karoliny

Silva Souza. (Pausa)

A SR.ª KAROLINY SILVA SOUZA – Meu

voto é SIM para todos os projetos apresentados nesta

sessão.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Thaynara

Loureiro de Oliveira. (Pausa)

A SR.ª THAYNARA LOUREIRO DE

OLIVEIRA – Meu voto é SIM para todos os projetos.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS

HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Danitsa

Helena Menezes Nevile. (Pausa)

A SR.ª DANITSA HELENA MENEZES NEVILE – Meu voto é SIM para todos os projetos.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS

HENRIQUE SAAR) – Senhor Presidente, foram vinte

e sete votos SIM aos cinco projetos de lei apresentados.

O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA

SILVA MACHADO) – Declaro que todos os projetos

apresentados foram aprovados à unanimidade.

À Secretaria para extração de autógrafos.

Antes de encerrarmos os trabalhos de hoje

desta sessão, quero agradecer a colaboração de todos os

professores presentes de suas respectivas escolas, ao

corpo técnico de servidores da Assembleia Legislativa e

a todos os alunos deputados jovens que participaram

deste projeto e que vieram das seguintes instituições de

ensino: Centro Educacional Souza Marques, de

Guarapari; Ifes - Instituto Federal do Espírito Santo, de

Santa Teresa; Escola de Ensino Fundamental e Médio

de Ecoporanga; Escola Municipal de Ensino

Fundamental Manoel de Paula Serrão, do Município de

Anchieta; Escola Municipal de Ensino Fundamental

Juscelino Kubitschek, de Vitória.

Para finalizar, quero dizer que foi grande uma

satisfação de compartilhar com todos os presentes neste

momento o importante aprendizado para todos nós

alunos com troca de saberes e uma vivência política

engrandecedora. Muito obrigado!

Não havendo mais oradores inscritos e nada

mais havendo a tratar vou encerrar a presente sessão. Antes, porém, convoco os senhores deputados e

deputadas jovens para a próxima sessão, que ocorrerá

no próximo ano, em 2016, dando continuidade ao

projeto Deputado Jovem.

Está encerrada a sessão.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 131

O SR. JAMIR GIBRAIA BULLUS JÚNIOR - Senhores, enquanto o presidente da Mesa concede

uma entrevista oficial ainda fazendo parte do programa,

pediríamos que aguardem para fazermos o

encerramento do projeto. O que se encerrou foi a sessão

e agora terá a entrevista da Mesa Diretora e, logo em

seguida, faremos o encerramento do projeto Deputado

Jovem. É muito rápido; é só um pouquinho de

paciência.

Fazendo um ajuste, a coordenadora Renata e o

técnico Hernandez farão uma entrevista do projeto

enquanto faremos o encerramento desta atividade.

Complementando o agradecimento dessa

coordenação à equipe da escola, vamos agora terminar

de compor nossa equipe composta por Paula, Francine,

da Secretaria-Geral da Coordenação e o estagiário

Henrique. Assim feito, nossos agradecimentos a toda a

equipe; aos professores e diretores da Escola São

Domingos, que ora nos visita.

Faremos uma referência de tudo isso, de toda

essa experiência de toda essa emoção, dizer da

cidadania, da consciência política dos alunos que

participaram, que nos enche de orgulho.

Há pouco conversava com Carlos Henrique,

aluno do Ifes de Santa Teresa, do município de

Cariacica, do seu anseio, da sua consciência, da sua

sabedoria e importância da juventude participar e o

desejo de somar e fazer uma política com p maiúsculo.

Espero que o que ele me falou seja a vontade e o que

cada jovem hoje, com essa experiência, começa a

amadurecer na sua vida, na importância do seu futuro.

O nosso agradecimento é dizer a vocês,

professores e diretores, que o parlamento é sempre visto

de forma não muito agradável, é sempre colocado numa

posição pela mídia muito crítica, mas o nosso objetivo e

o objetivo do nosso presidente é mostrar a importância

do parlamento. E o parlamento é feito por cidadão. O

cidadão que vem nos representar vem porque nós o

escolhemos.

Esses cinco projetos que vocês apresentaram

são muito atuais, muito discutidos e muito importantes.

Desses projetos, vamos fazer o encaminhamento aos

deputados para ver se algum deles veem a consistência

do que também pensam e defendem e deem sequência

para apresentar aqui como um projeto para virar lei.

No primeiro projeto, que procura valorizar o

aluno, vê-se a consciência de vocês da importância de

se valorizar o jovem aluno, porque é só por meio da

educação que avançamos.

O segundo projeto é o que estabelece o uso

regular e sadio do celular. O celular é uma maquininha

que nos consome. Acho que a única hora que não

pensamos nele é na hora em que estamos dormindo.

Tenho visto que na alimentação na escola ele nos

instiga e estimula muito. Então, quando os jovens se

atentam para isso, é importante para que não sejamos

dominados por uma máquina. O ser humano é mais

importante ainda. A informação e a tecnologia são

coisas que vão acontecer na nossa vida, mas o ser

humano é uma realidade na nossa vida.

O terceiro projeto, que queria chamar a

atenção, foi o projeto da escola de Ecoporanga. Nesta

semana, houve um debate acirrado nesta tribuna com os

deputados que estavam no lugar de vocês sobre o uso da

merenda. O Senhor Deputado Sergio Majeski,

professor, defendeu com muita veemência e consciência

exatamente o que a aluna Maria Clara colocou, foi

exatamente isso. Então, vamos direcionar essa posição

de vocês, alunos, para o professor Majeski para que a

sua assessoria jurídica parlamentar dê um toque dentro

dos parâmetros para dar sequência a tudo que S. Ex.ª

defendeu, que foi exatamente igual. Você estava aqui e

vi S. Ex.ª falando, porque acompanhamos a sessão todo

dia.

Então, é para vocês verem a importância e qual

é o potencial de vocês diante da realidade que o ser

humano, o cidadão vive. Vocês conscientes têm a

mesma importância de quem decide os nossos destinos.

Por isso temos que participar. Não temos que ter

vergonha e não ligar para isso, viu senhor presidente?

Esse é o foco, esse é o nosso objetivo. Que o cidadão

capixaba, não conseguimos fazer com todos, mas o que

fazemos, façamos com qualidade e com significado.

E o quarto projeto pretende ajudar os

estudantes no desenvolvimento da sua conscientização

social, política e cultural. Todos os projetos de vocês

estão na mais pura realidade do que o jovem necessita,

da carência, de tudo. Se esperarmos o professor fazer

por nós, se esperarmos o diretor fazer por nós, pelo

prefeito fazer por nós, o vereador, ou alguém fazer

alguma coisa por nós, estaremos tirando a oportunidade

de, em primeiro lugar, mudar os nossos próprios hábitos

e de fazer as nossas próprias ações.

Portanto, fica o exemplo de vocês e tenho

certeza de que muitos de vocês sairão daqui melhores e

maiores do que quando entraram. Ficamos satisfeitos

por termos alcançado nosso objetivo e por termos

ajudado essa classe valente, essa classe que orgulha

todos no mundo inteiro, que são os professores, e

avançarmos um pouco mais.

Ao vereador professor de Cariacica, o nosso

agradecimento, representando o Legislativo. Aos nossos

professores nosso agradecimento por inteiro. Sucesso a

vocês.

Que isso sirva de exemplo e norte para o futuro,

que vai muito mais além do que a sua escola, da sua rua,

do seu bairro e do seu município. Tomara que isso tenha

entrado um pouco na cabeça de vocês para saberem o

quanto vocês podem ser.

Espero ver um de vocês, espero ver o nosso

Deputado Jovem Carlos Henrique um dia governador

deste estado. É assim que se começa.

Um abraço a todos vocês. (Palmas)

Está encerrada a sessão e o projeto Aluno

Cidadão. Muito obrigada pela presença de todos. Agora

é a hora da foto e dos beijos e momento de trocar

número de telefone para interagir mais. Um grande

abraço!

QUADRAGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO

SOLENE DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA

ORDINÁRIA, DA DÉCIMA OITAVA

LEGISLATURA, REALIZADA EM 12 DE

NOVEMBRO DE 2015.

132 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

ÀS DEZENOVE HORAS E TRINTA E

QUATRO MINUTOS, O SENHOR DEPUTADO

NUNES OCUPA A CADEIRA DA PRESIDÊNCIA.

O SR. CERIMONIALISTA - (FRANCIS

TRISTÃO) - Senhoras e senhores, Deputado presente,

autoridades presentes, público presente, telespectadores

da TV Ales, boa-noite!

É com satisfação que a Assembleia Legislativa

do Estado do Espírito Santo recebe todos para a sessão

solene em homenagem ao Dia Estadual do MMA,

comemorado no dia 12 de novembro.

A lei de autoria do Senhor Deputado Nunes

pretende, por meio de um registro anual específico,

trazer visibilidade e apoio em políticas públicas para a

modalidade esportiva que mais cresce no mundo, o

MMA.

Neste momento se encontra à Mesa o Senhor

Deputado Nunes, proponente desta sessão, que fará a

abertura dos trabalhos, conforme é regimental. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –

Boa-noite, companheiros e companheiras. Agradeço a

Deus a oportunidade de reunir todos os senhores nesta

data.

Saúdo os servidores desta Casa, em especial do

meu gabinete, que de certa forma ajudaram muito para

que pudéssemos estar comemorando com vocês este

dia, 12 de novembro, como o Dia Estadual do MMA. Invocando a proteção de Deus, declaro aberta a

sessão e procederei à leitura de um versículo da Bíblia.

(O Senhor Deputado Nunes lê Salmos, 144:1:2)

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –

Dispenso a leitura da ata da sessão anterior e informo

aos demais presentes que esta sessão é solene em

comemoração ao Dia Estadual do MMA, conforme

requerimento de minha autoria, aprovado em Plenário.

Passo a palavra ao cerimonialista.

O SR. CERIMONIALISTA - (FRANCIS TRISTÃO) - Convido todos para, de pé, ouvirmos a

execução do Hino Nacional e a do Espírito Santo.

(Pausa)

(É executado o Hino Nacional e o do Espírito

Santo)

O SR. CERIMONIALISTA - (FRANCIS TRISTÃO) – Registramos a presença de Marcelo

Zouain, presidente da Federação de Kickboxing do

estado do Espírito Santo; de Elber de Souza Reis,

diretor da Secretaria de Esportes de Linhares; do Ednei

Quintanilha, representante do secretário de Cultura,

Esporte e Lazer de Vila Velha; e do senhor Sávio

Martins, ex-deputado e representante do Senhor

Deputado Enivaldo dos Anjos. Neste momento fará uso da palavra o Senhor

Deputado Nunes.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT – Sem

revisão do orador) – Mais uma vez cumprimento todos

e agradeço de coração a presença de cada um de vocês.

O MMA é uma das modalidades esportivas que mais

cresce no mundo. A capacidade emocional, física e

principalmente técnica dos atletas, proporciona

verdadeiros shows, que atrai um público absolutamente

fanático. No Espírito Santo isso não é diferente. Em

solo capixaba o MMA tem firmado cada vez mais como

instrumento de formação e inclusão social,

proporcionando a profissionalização de adolescentes,

jovens e adultos, tornando-se uma fonte de renda para

dezenas de atletas, treinadores e equipes.

No entanto, infelizmente, o reconhecimento,

apoio e visibilidade para o aprimoramento dos

profissionais que se dedicam à modalidade ainda

deixam muito a desejar. Eu, pai de três atletas, lutadores

de MMA, convivo com a rotina, os desafios e as

dificuldades de quem é amante do esporte e se esforça

para fazê-lo acontecer no nosso Estado, mesmo com

todas as barreiras impostas pela falta de investimento.

Por entender a beleza e a técnica envolvida nesse

esporte, me empenhei em instituir o Dia Estadual do

MMA no Espírito Santo. Solo reconhecido em todo

Brasil como celeiro de excelentes lutadores, mesmo

solo, que com o apoio necessário, tem potencial para

revelar ainda muito novos talentos.

Esta sessão solene tem por objetivo marcar o

primeiro ano em que comemoramos o Dia Estadual de

MMA, no décimo segundo dia do mês de novembro.

Quero com esta data homenagear as guerreiras e os

guerreiros que dentro ou fora do octógono fazem tornar

real o sonho da prática profissional e social das artes

marciais mistas no Espírito Santo.

A escolha pelo dia 12 de novembro se deve ao

fato de que a primeira edição do UFC, maior evento de

MMA da atualidade, foi realizada nesta data, no ano de

1993, na cidade de Denver, estado do Colorado, nos

Estados Unidos.

Esperamos que a data seja um marco que

lembre ao Poder Público nas esferas do Legislativo, do

Executivo Estadual e dos Municípios, que o

crescimento da modalidade depende de apoio e

reconhecimento tanto na estrutura física para treinos,

para realização de eventos, que já provaram serem

alternativas rendáveis.

Nosso Estado está na rota do MMA há alguns

anos, tendo cerca de cento e trinta lutadores

profissionais oficialmente cadastrados. Nossos atletas

com visibilidade nacional e mundial como Erick Silva,

Marcelo Guimarães, Rodrigo Damm, Carina Damm e

Ronaldo Jacaré, entre outros, representam a ponta de

uma sequência construída com o trabalho excepcional

de várias pessoas dedicadas à realização de uma

parceria aguerrida, com muito treinamento e troca de

experiências em sua receita. São profissionais

respeitados no cenário do MMA de todo mundo, e que

precisam receber o devido valor também dentro da

nossa casa.

Gostaria de ressaltar que os trinta e cinco

atletas treinadores e promotores de eventos de MMA no

Estado, que serão homenageados, foram selecionados

com base em alguns critérios avaliados pela comissão

organizadora desta sessão solene, mas nossa intenção é

que todos os envolvidos com a modalidade, que torcem

para que o MMA capixaba chegue ao patamar que

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 133

merece, se sintam agraciados com este evento. Todos

vocês devem se sentir partícipes da construção desse

dia, 12 de novembro, Dia Estadual do MMA.

Como disse, esperamos que a data seja um

marco para realização de novos eventos da modalidade

e para que o MMA se torne tão grande e imponente

como merece e já provou que tem potencial em nosso

Estado.

Agora daremos início às homenagens. Convido

para receber o primeiro troféu da noite, aquele que é a

voz e a cara do MMA, o locutor dos principais eventos

de MMA do estado e treinador da equipe Projeto Social

R-Boxe, que ensina boxe às crianças de Vila Velha,

Ronaldo Ribeiro.

Gostaria de registrar que quem lançou o

Ronaldo foi o nosso amigo Haidar Kasem, descobrindo

o potencial desse camarada nosso. (Muito bem!)

(Palmas)

(O homenageado recebe o troféu)

O SR. CERIMONIALISTA – (FRANCIS TRISTÃO) – Neste momento convidamos Ronaldo

Ribeiro para assumir como mestre de cerimônia e dar

início às entregas aos homenageados.

O SR. CERIMONIALISTA - (RONALDO RIBEIRO) – Senhoras e senhores, boa-noite! É bom

demais participar com vocês desta sessão muito

importante.

Passaremos à entrega dos certificados aos

homenageados. Convido o Senhor Deputado Nunes a

proceder às entregas.

Com trinta e um anos, na categoria peso-meio-

médio até setenta e sete quilos, com dezoito lutas, um

empate e seis derrotas, e com 1,80m de altura; ele que é

de Vila Velha e agora mora no Rio de Janeiro, com

características marcantes na atividade de luta em pé e

muita qualidade em luta de solo, o atleta Erick Silva.

(Pausa) Bruno Silva, seu irmão, recebe a homenagem

em seu nome.

(O convidado recebe o certificado em nome do

homenageado)

O SR. CERIMONIALISTA - (RONALDO

RIBEIRO) – Com trinta e dois anos, na categoria peso-

médio, até oitenta e quatro quilos, e com 1,82m; ele que

é de Vila Velha e hoje mora no Rio de Janeiro, com

característica marcante de muita qualidade na parte de

grappling, com nove vitórias, um empate e uma derrota,

Marcelo Guimarães, o Magrão. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (RONALDO RIBEIRO) – Com trinta e cinco anos, na categoria

peso-pena, até sessenta e seis quilos, e com 1,70m; ele

que é de Vila Velha, com característica marcante

especialista em luta olímpica e jiu-jitsu, com doze

vitórias, zero empate, nove derrotas, Rodrigo Damm.

(Pausa)

Paulo Adriano Machado, o Zé Doido, recebe a

homenagem em seu nome.

(O convidado recebe o certificado em nome do

homenageado)

O SR. CERIMONIALISTA - (RONALDO RIBEIRO) – Com trinta e seis anos, na categoria peso-

galo, até sessenta e um quilos, e com 1,62m; ela que é

de Vila Velha, com características marcantes

especialista em jiu-jitsu e capoeira, com vinte e duas

vitórias, zero empate, doze derrotas, Carina Damm.

(Pausa) Paulo Adriano Machado, o Zé Doido, recebe a

homenagem em seu nome.

(O convidado recebe o certificado em nome da

homenageada)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) - Com trinta e cinco anos, na categoria

peso-médio, até oitenta e quatro quilos, ele que tem

doze vitórias, um empate e três derrotas, com 1,80m de

altura; ele que é de Vila Velha, excelente em jiu jitsu e

grande poder de nocaute com doze lutas, um empate e

três derrotas, gostaria de convidar Vitor Vianna.

(Pausa) Diego Rodrigues Pralon recebe a homenagem

em seu nome.

(O convidado recebe o certificado em nome do

homenageado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Ele que tem trinta e três

anos, na categoria peso-leve, até setenta quilos, e com

1,77m de altura; ele que vem de Conceição da Barra e

mora em Las Vegas, com características marcantes

excelente em jiu jitsu, com doze vitórias, zero empate e

cinco derrotas; gostaria de convidar o atleta Jonatas

Novaes. (Pausa)

Zartônio Aguirre, Zazá, recebe a homenagem

em seu nome.

(O convidado recebe o certificado em nome do

homenageado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Ele que tem vinte e nove anos, na

categoria peso-mosca, até cinquenta e sete quilos, e com

1,65m de altura; ele que vem representando Cariacica,

características marcantes muita qualidade no grappling

e luta agarrada, oito vitórias, zero empate e três

derrotas, Jean Carlos Pereira. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO

RIBEIRO) – Ele que tem vinte e um anos, na categoria

peso-galo, até sessenta e um quilos, altura 1,62m de altura; ele que é de Vila Velha, características

marcantes lutador completo com uma luta em pé de

qualidade e chão bem apurado, cinco vitórias; gostaria

de convidar Gabriel Silva, o Gabito. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

134 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Com vinte e dois anos, na categoria peso-

palha, até cinquenta e dois quilos, 1,54m, de Vila Velha,

característica marcante na qualidade de luta em pé e de

solo, duas vitórias, gostaria de convidar Jéssica Delboni.

(Pausa)

(A homenageada recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Na idade de vinte anos, categoria peso-

galo, até sessenta e um quilos, com 1,67m, que também

é de Vila Velha; característica marcante jogo de solo de

grande qualidade, quatro lutas, quatro vitórias; gostaria

de convidar Karol Rosa. (Pausa)

(A homenageada recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO

RIBEIRO) – Com trinta e três anos, na categoria meio-

médio, até setenta e sete quilos, com 1,85m, da cidade

de Serra; característica marcante qualidade na luta em

pé, com três vitórias, zero empate e cinco derrotas,

Gabriel Siqueira, o Macaco. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Com trinta e dois anos, na categoria peso-

pena, até sessenta e seis quilos, 1,72m, de Vila Velha;

característica marcante lutador muito aguerrido, com

oito vitórias, zero derrota e zero empate, o atleta

Eduardo Bastos, o Dudu. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO

RIBEIRO) – Ele que tem vinte e oito anos, na

categoria peso-pena, até sessenta e seis quilos, 1,80m,

da cidade de Itapemirim, característica marcante gosta

muito da luta em pé, cinco vitórias, zero empate e sete

derrotas, o atleta Paulo Adriano Machado, o Zé Doido.

(Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO

RIBEIRO) - Com vinte e nove anos, na categoria peso-

mosca, até cinquenta e sete quilos, e com 1,65m de

altura, representando a cidade de Vila Velha, botando

características marcantes com boxe de alta qualidade,

com cinco vitórias, zero empate e duas derrotas,

Cristiano Brito. (Pausa)

Haidar Kasem Alkadomi, dono do HCC, recebe

a homenagem em seu nome.

(O convidado recebe o certificado em nome do

homenageado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO

RIBEIRO) – Com vinte e cinco anos, na categoria

peso-leve, até setenta quilos, com um 1,72m,

representando a cidade de Guarapari, características

marcantes como especialista em luta de chão, grappling

e também luta agarrada, com oito vitórias, zero empate

e duas derrotas, Rodrigo Ferreira, o Kanu. (Pausa)

César Barros recebe a homenagem em seu

nome.

(O convidado recebe o certificado em nome do

homenageado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Com trinta anos, na categoria peso-leve,

até setenta quilos, com 1,78m, representando a cidade

de Linhares, com características marcantes como

qualidade na luta de chão, com cinco vitórias, zero

empate e duas derrotas, Henrique Vasconcelos, o

Sucuri. (Pausa)

Edvaldo Santos, o mestre Maguila, recebe a

homenagem em seu nome.

(O convidado recebe o certificado em nome do

homenageado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Com vinte e sete anos, na categoria peso-

leve, até setenta quilos, com 1,75m; ele que é da cidade

de Cachoeiro de Itapemirim, com características

marcantes na qualidade de luta em pé e no solo, com

cinco vitórias, zero empate e três derrotas, Jhonatan

Ramos, o Bombeiro. (Pausa)

Neandro Senna recebe a homenagem em seu

nome.

(O convidado recebe o certificado em nome do

homenageado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Com vinte e nove anos, na categoria peso-

meio-médio, até setenta e sete quilos, com 1,80m; ele

que representa a cidade de Vitória, com característica

marcante de grande poder de nocautes, com três

vitórias, zero empate e duas derrotas, convido o atleta

Bruno Gomes.

Convido para fazer a entrega do certificado,

junto com o Senhor Deputado Nunes, o senhor Carlos

Augusto, assessor do Senhor Deputado Amaro Neto.

(Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO

RIBEIRO) – Com vinte e oito anos, na categoria peso-

pena, até sessenta e seis quilos, com 1,72m; ele que é da

cidade de Cariacica, com características marcantes de

ser um lutador versátil, com boa técnica de luta em pé e

também no solo, com oito vitórias, zero empate e três

derrotas, convido o atleta Diego Pralon. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO

RIBEIRO) – Com quarenta e cinco anos, na categoria

peso-médio, até oitenta e quatro quilos, com 1,80m; ele

que é da cidade de Cariacica, com características

marcantes de luta em pé e especialista, também, na luta

de chão, com onze vitórias, dois empates e seis derrotas,

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 135

Gilmar de Andrade, o Samurai. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO

RIBEIRO) – Com quarenta e um anos, na categoria

peso-médio, até oitenta e quatro quilos, com 1,78m,

representando a cidade de Vitória, com características

marcantes o Jiu-jitsu agressivo e de alta qualidade, com

cinco vitórias, convido Eduardo da Conceição, o

Jamelão. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO

RIBEIRO) – Com trinta e seis anos, na categoria peso-

médio, até setenta e sete quilos, 1,80m, representando a

cidade de Guarapari, lutador aguerrido com boas

técnicas de solo, com quatro vitórias, zero empate e

quatro derrotas, César Barros, o Guerreiro. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Com trinta e dois anos, na categoria peso-

pena, até sessenta e seis quilos, com sete vitórias, zero

empate e duas derrotas, com 1,70m, representando a

cidade de Vila Velha, tem agressividade e resistência, o

atleta Fábio Defendenti. (Pausa)

Recebe a homenagem sua irmã Kelly

Defendenti, que veio representá-lo, pois Fábio

Defendenti está nos Estados Unidos dando treinamento

na academia do UFC.

(A convidada recebe o certificado em nome do

homenageado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO

RIBEIRO) – Neste momento, convido para receber a

homenagem, representando a Serra, com setenta e sete

anos, lendário lutador capixaba com destaque nos

primórdios do vale-tudo e lutas épicas com oponentes

como Waldemar Santana e Rei Zulu, Adegard Câmara

Florentino, o Touro Moreno. (Pausa)

Recebe a homenagem sua filha Deusa Falcão.

(A convidada recebe o certificado em nome do

homenageado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Com quarenta e dois anos, coach da

equipe Fight Society/Vitória Combat, com vinte anos de

experiência e com alunos de destaque no MMA, como

Marcelo Guimarães, Alexandre Ferreira, o Kaveira.

(Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO

RIBEIRO) – Com quarenta anos de idade, coach da

equipe Big G. Team, com vinte e cinco anos de

experiência, Augusto Nasser. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO

RIBEIRO) – Com quarenta e oito anos, ele que é da

Grande Vitória, com catorze edições realizadas do

HCC; ele que é dono do HCC, Haidar Capixaba

Combat, gostaria de convidar para receber a premiação

Haidar Kasem Alkadomi. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Neste momento, com quarenta e três anos

de idade, ele que é dono do evento Xtreme Fight

Linhares, com duas edições realizadas; ele que é

coaching da equipe Maguila Jiu-jitsu Team e faixa preta

da modalidade, estreou no MMA com quarenta e dois

anos e venceu o oponente com vinte e cinco anos,

Edvaldo Santos, o Maguila. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Com trinta e um anos, ele que é dono do

evento Fênix Combat MMA e também é de Cachoeiro

de Itapemirim, com três edições do evento realizadas;

ele que é faixa preta de kickboxing e tem duas lutas de

MMA, Neandro Senna. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO

RIBEIRO) – Com trinta e dois anos, ele que é dono do

evento Summer Fight Combat, em São Mateus, com três

edições realizadas, gostaria de convidar Johnny Santos.

(Pausa) Geovani Kipper recebe a homenagem em seu

nome.

(O convidado recebe o certificado em nome do

homenageado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Com trinta e três anos, ele que é

praticante de Jiu-Jitsu, repórter do site

Globoesporte.com, apresentador do programa Litoral

Esporte Clube e jornalista dos principais eventos de

MMA do Espírito Santo, Richard Pinheiro. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO

RIBEIRO) – Antes de anunciar o último homenageado,

gostaria de registrar alguns nomes que também são

fundamentais para o MMA capixaba: o atleta Bruno

Silva, que está sempre envolvido com os eventos e

alimentando a divulgação da modalidade em nosso

estado; o lutador capixaba Ronaldo Jacaré, que não

pôde comparecer, mas é também um atleta que leva o

nome do MMA capixaba pelo mundo; e o ex-lutador

Lúcio Linhares. (Palmas)

Convido para receber a homenagem o

realizador do último evento ocorrido no estado, o 1.º Open Fight, onde fez uma luta e saiu vencedor, Fabrício

Aredes.

136 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Convido para fazer a entrega da homenagem,

junto com o Senhor Deputado Nunes, o senhor Sávio

Martins, representante do Senhor Deputado Enivaldo

dos Anjos. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO

RIBEIRO) – Pois bem, Minotauro está a caminho e

dentre de alguns instantes estará conosco.

Neste momento, convido todos os presentes,

antes do último homenageado da noite, para assistirmos

a um vídeo sobre o último homenageado desta noite.

Aqueles que são amigos, apaixonados pelo esporte,

convidamos a assistirem ao vídeo. (Pausa)

(É exibido o vídeo)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO

RIBEIRO) – Convido os responsáveis pelo portal de

notícias MMA Capixaba para receberem a homenagem

pela dedicação e pelos serviços fundamentais para o

aumento do reconhecimento e da visibilidade das artes

marciais praticadas nos tatames, ringues e octógonos do

Espírito Santo.

Recebem a homenagem Eduardo Pires, Raphael

Cardoso e Alexandre Cardoso. (Pausa)

(Os convidados recebem os certificados)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Convido para receber a homenagem o

atleta Bruno Silva. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Neste momento, convido para fazer uso

da palavra, em nome dos homenageados, o senhor

Marcelo Guimarães.

O SR. MARCELO GUIMARÃES – (Sem revisão do orador) – Boa-noite a todos. Fui pego de

surpresa e até brinquei com o Kaveira que parece que

me chamaram para lutar. O coração disparou.

Primeiramente, agradeço ao Senhor Deputado

Nunes por estar dando essa moral para o MMA

capixaba. Ralamos muito, mas são poucos que

reconhecem nosso trabalho. O Espírito Santo é um

celeiro de lutadores.

Para quem não sabe, também sou professor de

Educação Física e trabalhei durante dois anos, no

começo da minha carreira, como professor da rede

pública estadual e municipal. Nas aulas de educação

física, às vezes, abaixado, tentando fazer a chamada,

quando eu olhava para sala havia duas crianças se

pegando. Trabalhei com turmas até a quinta série, então

a faixa etária era de sete a nove anos. Aqueles meninos

estavam lutando. Via-se que nunca treinaram e nunca

foram à academia, mas lutavam na escola. Se os pais

não sabem, quem tem filho na rede pública estadual ou

municipal, a brincadeira preferida de seus filhos é lutar.

Acho que isso está no sangue de todo o povo brasileiro.

Tenho vontade de um dia experimentar dar aula, nem

que seja por pelo menos um mês, em alguma escola do

Rio de Janeiro e de São Paulo, para ver se é igual ou se

nós capixabas temos mesmo esse espírito de guerreiro.

Parabenizo todos os meus amigos colegas de

profissão, independente de equipe. Parabenizo todos

pelo trabalho que estão fazendo.

Também comecei de baixo e batalhei muito.

Para chegar ao topo você precisa suar muito em

qualquer área, seja profissional, seja esportiva. Assim

como o Portal do MMA Capixaba veio lá de baixo e

também está chegando ao topo, cada um de vocês que

está começando agora tem condição de chegar lá em

cima. O negócio é persistir, perseverar e termos apoio,

principalmente, dos nossos governantes.

Parabéns, Deputado Nunes! Agradeço a

homenagem em nome de todos os atletas. Temos

certeza de que o senhor nos representa. Muito obrigado!

(Muito bem!) (Palmas)

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Obrigado, Marcelo Guimarães!

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Gostaria de agradecer ao Deputado Nunes

por esta sessão e pela oportunidade de reconhecimento

de todos os atletas, imprensa, todos os envolvidos em

uma modalidade em que, de fato, ficava apenas entre

nós. Mas, hoje, o Deputado Nunes trouxe para esta Casa

e hoje está sendo muito mais bem visto.

Agradeço de coração a homenagem feita a

mim. Muito obrigado a todos. Devolvo a palavra ao

Deputado Nunes.

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –

Obrigado, Ronaldo. Gostaria de fazer uma pequena

homenagem a você, inclusive, convidando seu filho, o

Ronaldinho, para estar junto conosco, um menino que

tem um futuro brilhante pela frente, é um garoto que

tem se dedicado muito aos treinos. Tenho certeza de que

dará muito orgulho aos capixabas. Uma salva de palmas

para ele. (Palmas)

Ronaldo, você ainda tem uma tarefa. Uma salva

de palmas para o símbolo do MMA no mundo, o

Minotauro, que acaba de chegar. (Palmas)

O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO

RIBEIRO) – Portanto, convido para receber a

homenagem, neste momento, com trinta e nove anos, na

categoria peso-pesado, até cento e vinte quilos, 1,91m;

ele que é da cidade de Vitória da Conquista, Bahia, e

possui como características marcantes jiu-jitsu e alta

resistência, com trinta e quatro vitórias, um empate e

dez derrotas, o atleta, Rodrigo Nogueira, o Minotauro.

(Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Vamos dar oportunidade ao nosso grande ídolo

Minotauro de assistir também ao vídeo que ficará

marcado nos corações de todos nós. Esses garotos sem

sombra de dúvida fazem com que o MMA capixaba seja

o que é. Esses meninos fazem bonito e muito bem

naquilo que sabem fazer. Solicito ao nosso pessoal que

coloquem novamente o vídeo. (Pausa)

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 137

(É exibido o vídeo)

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Estou achando que o pessoal não gostou do vídeo. Ficou

bacana, não ficou? Essa é uma pequena homenagem do

nosso mandato e desta comissão. Nesta hora os tiramos

da comissão para fazer esse vídeo.

Em nome do nosso gabinete, agradeço à

Karolina Gonçalves e ao Giantoni Cezarino, que se

dedicaram nesses últimos dias para fazer esse vídeo e a

preparação deste evento. Em nome de todo o gabinete

agradeço a essas duas pessoas que se dedicaram demais

para que pudéssemos realizar esta sessão solene.

Esperamos que no dia 12 de novembro do ano

que vem possamos pensar em algo diferente deste,

porque para fazer duas homenagens teremos que fazer

aos mesmos. Preferimos pensar em algo diferente, até lá

pensaremos direitinho. Convidaremos o pessoal do

MMA capixaba para nos ajudar a pensar em alguma

coisa diferente.

Concedo a palavra ao Augusto Nasser.

O SR. AUGUSTO NASSER – (Sem revisão

do orador) – Pessoal, tudo bem? Desculpem atrapalhar

o andamento, Minotauro.

Vivi fora do Brasil dezessete anos. Voltei em

2012 para me dedicar ao MMA. Tive convites para

trabalhar em São Paulo, com o Demian. Foi uma série

de convites para os quais não fui para trabalhar no

Espírito Santo, onde nasci e me criei, e onde tenho que

fazer com que o trabalho cresça realmente de verdade.

É claro que quando é feita uma homenagem

desta, tentam se lembrar de todas as pessoas, como se

lembraram do Touro, o pai do MMA no Espírito Santo.

Da minha parte quero pedir essa licença para poder vir à

tribuna e falar que existe um treinador no estado que

participou muito das conquistas dos dois treinadores

homenageados hoje, eu e o Alexandre Ferreira, que é o

Fabrício Gaia. Enquanto parceiro e admirador do

trabalho, pedi a palavra só para poder dizer que o seu

trabalho é sensacional.

Pessoal, obrigado pela atenção. Senhor

Presidente Nunes, muito obrigado. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Obrigado, Augusto Nasser. É isso, estamos juntos.

Concedo a palavra ao nosso amigo Rodrigo

Nogueira.

O SR. RODRIGO NOGUEIRA – (Sem

revisão do orador) – Boa-noite a todos. Peço desculpas

a vocês, quase não cheguei. Está tendo uma greve de

taxistas no Rio de Janeiro por causa do uso do Uber, o

que acho bem legal, faço uso constante; travou o

trânsito no Rio de Janeiro inteiro. Meu voo era às

15h30min. Consegui um voo para as 19h, cheguei em

Vitória em cima do laço. Fiquei superpreocupado,

porque essa família, a família do Seu Nunes e filhos, é

grande amiga nossa. Estou desde a campanha do Nunes

porque sei que são pessoas do bem. Seus meninos são

todos do esporte, são voltados à academia, com um

estilo de vida saudável.

Parabenizo esses três rapazes que criaram esse

site de tamanha importância. Tudo isso que fazemos

pelo esporte no Brasil, esse celeiro de lutadores, sem a

imprensa não seria nada. Então, vocês são as nossas

vozes, são a voz dos lutadores do Estado. Não

adiantaria de nada o lutador suar, fazer os três meses de

treinamento e as pessoas não conhecerem esse trabalho

inteiro. Eles fazem isso muito bem, divulgam os

lutadores da região para todo o Brasil. Com certeza, não

só as pessoas deste estado veem o site de vocês, mas o

Brasil inteiro acompanha.

Sei do excelente trabalho que vocês fazem.

Trabalhando no UFC, olho todos os prospectos e novos

lutadores que estão surgindo no MMA nacional. Fiquei

superfeliz em vir ao Face to Face, mês passado. Nunca

vi no Brasil, salvo no Rio de Janeiro, capital do MMA,

um público tão caloroso quanto o de Vitória. Hoje foi

até perguntado se o UFC viria a Vitória, não tenho

poder para isso, mas nunca vi uma torcida tão calorosa,

se viesse, faria uma festa.

Temos certeza de que temos nomes no Estado

para lutar. Seu filho, Erick Silva, é uma grande estrela e

aquele garoto, futuro lutador do UFC, tenho quase

certeza - o futuro pertence a Deus - mas o rapaz é muito

bom também; o Gabriel, grande lutador, todas as

pessoas olham muito para ele.

Temos outros grandes talentos, aquele rapaz de

camisa branca fez uma luta excelente no último Face to

Face e Marcelo também é outro grande talento. Vitória

e o Estado do Espírito Santo são celeiros de lutadores.

Uma salva de palmas e parabéns para vocês! (Palmas)

E parabéns por terem uma pessoa do esporte

nesta Casa! Isso é muito importante, uma pessoa que

tem um olhar para o esporte, que é um meio de inclusão

social muito grande. Então, as pessoas políticas que

consigam olhar para o esporte, temos a oportunidade de

falar neste momento, terão sempre nosso apoio.

Obrigado, galera! (Muito bem!) (Palmas)

O SR. PRESIDENTE - (NUNES - PT) -

Obrigado, Rodrigo!

Convido todos para, após o encerramento da

sessão, fazermos uma foto para marcar esse dia.

Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a

presente sessão. Antes, porém, convoco os Senhores

Deputados para a próxima, especial, dia 13 de

novembro de 2015, às 14h, conforme requerimento do

Senhor Deputado Marcos Bruno, aprovado em Plenário,

para falar sobre as bibliotecas públicas no Estado, para a

qual designo Expediente: o que ocorrer, e comunico que

haverá sessão ordinária dia 16 de novembro de 2015,

cuja Ordem do Dia foi anunciada na centésima quinta

sessão ordinária, realizada dia 11 de novembro de 2015.

Está encerrada a sessão.

*Encerra-se a sessão às vinte horas e

cinquenta e nove minutos.

DÉCIMA QUINTA SESSÃO ESPECIAL

DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA

ORDINÁRIA DA DÉCIMA OITAVA

LEGISLATURA, REALIZADA EM 13 DE

NOVEMBRO DE 2015.

138 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

ÀS QUATORZE HORAS E QUARENTA E

UM MINUTOS, A SENHORA DEPUTADA LUZIA

TOLEDO OCUPA A CADEIRA DA

PRESIDÊNCIA.

O SR. CERIMONIALISTA – (SÉRGIO SARKIS FILHO) – Senhoras e senhores, deputada

presente, autoridades presentes, boa-tarde. É com

satisfação que a Assembleia Legislativa do Estado do

Espírito Santo recebe todos nesta sessão especial para

discutir o tema As Bibliotecas Públicas no Estado.

É convidada a compor a Mesa a Senhora

Deputada Luzia Toledo, vice-presidente da Assembleia

Legislativa e presidente da Comissão de Educação da

Assembleia Legislativa, para os procedimentos legais

de abertura desta sessão. (Pausa)

A SR.ª PRESIDENTE - (LUZIA TOLEDO -

PMDB) – Boa tarde a todas e a todos. Sejam todas e

todos muito bem-vindos.

Invocando a proteção de Deus, declaro aberta a

sessão e procederei à leitura de um versículo da Bíblia.

Peço, por gentileza, que todos fiquem de pé.

(A Senhora Deputada Luzia Toledo lê Mateus, 6:3)

A SR.ª PRESIDENTE - (LUZIA TOLEDO -

PMDB) – Dispenso a leitura da ata da sessão anterior e

informo que esta sessão é especial para discutir o papel

das bibliotecas públicas no estado e também a

sensibilização para a leitura, conforme requerimento de

autoria do Senhor Deputado Marcos Bruno, aprovado

em Plenário. Informo que o Senhor Deputado Marcos

Bruno é membro da Comissão de Educação, portanto,

fizemos juntos esta semana cultural na Assembleia

Legislativa do Estado do Espírito Santo.

Passo a palavra ao cerimonialista.

O SR. CERIMONIALISTA – (SÉRGIO SARKIS FILHO) – Convido para compor a Mesa o

senhor José Roberto Santos Neves, subsecretário de

Estado da Cultura; a senhora Deborah Farago de Souza,

representando a Secretaria de Estado da Educação; a

senhora Rita de Cássia Maia, diretora da Biblioteca

Pública do Estado do Espírito Santo; a senhora Mirian

Scárdua, diretora-presidente do Diário Oficial do Estado

do Espírito Santo; o senhor Raoni Huapaya, professor

de Literatura Brasileira do Instituto Federal do Espírito

Santo; a senhora Adriana dos Santos Ferreira Franco

Ribeiro, diretora de Documentação e Informação da

Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo; e o

senhor Cezinha Ronchi, vereador pelo município de

Marechal Floriano. (Pausa)

(Tomam assento à Mesa os referidos convidados)

A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –

PMDB) – Quebrando o protocolo, essa semana foi

dedicada a Marien Calixte, então, convido à Mesa nossa

amiga Terezinha Calixte, representando com muita

galhardia aquele que foi nosso ícone na cultura, no jazz,

no jornalismo, na pintura, enfim, na pesquisa musical,

era autodidata. (Pausa)

(Toma assento à Mesa a referida convidada)

O SR. CERIMONIALISTA – (SÉRGIO SARKIS FILHO) – E Terezinha é professora de todos

nós cerimonialistas.

Neste momento, convido todos para, de pé,

ouvirmos a execução do Hino Nacional Brasileiro.

(Pausa)

(É executado o Hino Nacional)

A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –

PMDB) – Já cumprimentei todos, mas o faço

novamente: uma boa-tarde! Esse desejo de boa tarde

com essa sonorização de alunos, de jovens, é bom

demais! Farei outra vez: boa-tarde! Que maravilha,

muito obrigada!

Convido ainda para compor a Mesa a

professora Elânia Valéria Monteiro Sardinha de Souza,

representando a Undime. (Pausa)

(Toma assento à Mesa a referida convidada)

A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –

PMDB) – Cumprimento o José Roberto Santos Neves,

professor, escritor e subsecretário de Cultura do Estado

do Espírito Santo, que representa o Governo do Estado

e com quem estivemos anteontem no lançamento de seu

último livro, fazendo um sucesso absoluto, na Prainha,

em um centro cultural maravilhoso. Quem não conhece

o Centro Cultural de Vila Velha, não deixe de procurá-

lo e de visitá-lo, pois está maravilhoso! São seis pessoas

abnegadas que cuidam daquele centro cultural. Fiquei

encantada! A quem não o conhece ainda – nesta sessão

só tem quem faz cultura neste Estado – convido-os em

nome do Centro Cultural de Vila Velha, na Prainha,

para que realmente o visite.

Também, da mesma forma, cumprimento a Rita

de Cássia Maia, diretora da Biblioteca Pública do

Estado do Espírito Santo. Muito obrigada pela presença!

Hoje não falaremos o quê, mas brevemente

teremos uma surpresa por meio dessa pessoa de quem

mencionarei o nome, que é a nossa querida amiga

Mirian Scárdua, diretora do Diário Oficial do Estado do

Espírito Santo. Portanto, não adiantarei nada, mas algo

acontecerá.

Cumprimento com muito prazer a Débora

Farago de Souza, representando a Secretaria de

Educação. Seja muito bem-vinda! Cumprimento

também o Raoni Huapaya, professor de literatura

brasileira do Instituto Federal do Espírito Santo – Ifes; e

a Adriana dos Santos Ferreira Franco Ribeiro – ela tem

nome de ministra –, nossa diretora de Documentação e

Informação da Assembleia Legislativa do Espírito

Santo.

Gostaríamos de convidar todos os funcionários

da biblioteca, mas estão representados pela diretora

Adriana dos Santos Ferreira Franco Ribeiro. Falarei o

nome de vocês no final da sessão. Agradeço a interação

que tivemos durante esta semana. Foi muito importante!

A biblioteca saiu do casulo e não voltará mais para o

casulo.

Cumprimento também o Cezinha Ronchi,

vereador pelo município de Marechal Floriano, a quem

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 139

agradeço demais por estar aqui conosco.

Terezinha Calixte, com certeza foi a figura de

Marien Calixte que nos oportunizou fazer esta sessão

especial, a semana da literatura, a busca da interação

com os alunos, com o livro, o livro com o aluno, a

leitura. Enfim, quero dizer, Terezinha, que Marien deve

estar em festa no céu, porque acho que tudo o que ele

queria era isso. Farei um discurso para Marien na hora

que descerrarmos a placa no espaço que hoje tem o

nome dele, Espaço de Artes Marien Calixte, no térreo

desta Casa.

Peço que não nos dispersemos para que

estejamos juntos com a nossa TV Ales e com o nosso

fotógrafo, Reinaldo Carvalho, para que possamos

descerrar a placa, já que não a descerramos no primeiro

dia, mas como está terminando a semana,

descerraremos hoje, quando farei um discurso

diretamente para o Marien.

Gostaria que passassem um vídeo para mostrar

o que foi produzido durante esta semana, nesta Casa de

Leis, que é a Casa do Povo. Como presidente da

Comissão de Educação, estou extremamente feliz com o

resultado; com a vinda das escolas, e com a parceria dos

prefeitos. Tudo que será exibido no vídeo aconteceu

dentro da nossa biblioteca. (Pausa)

(É exibido o vídeo)

A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –

PMDB – Sem revisão da oradora) – Agradeço ao

Centro de Orientação e Encaminhamento Profissional,

Coep, a participação. Peço que os alunos que estão nas

galerias desta Casa se levantem, por favor, para

receberem os nossos aplausos. Insisto que se

colocassem as cadeiras neste plenário, daria para todos

descerem e se acomodarem neste local. Eu ficaria muito

mais feliz se estivessem todos conosco, mas isso fica

por conta dos técnicos desta Casa e do seu Mário

Emídio Lopes da Silva. Seu Mário, o senhor me falou

que faria uma surpresa e não fez, pois os meninos estão

nas galerias, mas dá para colocá-los neste espaço.

Agradeço também à Escola Gomes Cardim.

Peço aos alunos que se levantem. Estiveram e estão

conosco os alunos e alunas do curso técnico em

Biblioteca. Cumprimento não apenas a escola, mas

também o diretor Wallace Bonicenha, que não pode

estar presente, porém a professora e coordenadora

Silênia de Azevedo Silveira Rangel, veio em seu lugar.

Participei do planejamento da Escola Gomes Cardim.

Passei, juntamente com a Terezinha Calixte, um sábado

na escola.

Sou fã dessa escola. Acho que ela é a primeira

Escola Viva do Estado do Espírito Santo; a segunda é a

Escola Viva de São Pedro. Os senhores trabalham o dia

inteiro e os alunos têm atividades extracurriculares.

Achei isso fantástico. Professor Zé Roberto, eles fazem

a manutenção de toda produção musical de João Neiva,

como os cavaquinhos e outros instrumentos. Peço uma

salva de palmas para a Escola Gomes Cardim. (Palmas)

Esta sessão especial, cujo tema é O Papel das

Bibliotecas Públicas na Sensibilização para a Leitura,

marca o encerramento da nossa semana literária nesta

Assembleia Legislativa. Foi uma semana de atividades

intensas. Começamos na segunda-feira, com a

inauguração do espaço Marien Calixte. Foi uma justa

homenagem ao nosso amigo escritor e membro da

Academia Espírito-Santense de Letras, jornalista e

defensor e promotor da cultura capixaba que nos deixou

em 2013.

Na sequência, recebemos aproximadamente

trezentos alunos e alunas das escolas da rede pública. É

muito importante dizer que a rede pública esteve a

semana inteira nesta Casa. Recebemos as escolas Alzira Ramos, de Cariacica; de tempo integral Senador João

de Medeiros Calmon, de Vila Velha; Gomes Cardim, de

Vitória; Victório Bravim, de Marechal Floriano; cem

alunos do Coep – Centro de Orientação e

Encaminhamento Profissional – para uma ciranda de

palestras, contação de histórias e outras atividades

literárias com a participação dos nossos escritores que

vieram conversar com os alunos, estreitar um

relacionamento, apresentar suas vivências e

compartilhar as experiências.

Vivemos momentos de alegria e aprendizado

com nossos amigos. Começamos com o professor

Francisco Aurélio Ribeiro, que foi o primeiro escritor

que esteve nesta Casa palestrando para os nossos alunos

da rede estadual. Posteriormente, a professora que está

conosco, a quem quero agradecer. Peço que a professora

Almerinda da Silva Lopes se levante. Por gentileza,

nossos aplausos. Muito obrigada. (Palmas)

Também a professora Laurany Matiello Redins.

Por favor, se levante para receber nossos aplausos.

Muito abrigada pela parceria. (Palmas)

Também esteve conosco a professora Sandra

Freitas que não está presente, mas tanto ela, quanto o

professo Francisco Aurélio, receberá nossos

cumprimentos. A professora Sandra Freitas nos alegrou.

Ela é contadora de história. Eu precisava tanto de ouvir

uma história, de relaxar.

Ontem assisti à contação de história da

professora Sandra Freitas, que viajou hoje cedo, por isso

não está neste plenário. Os alunos não tiraram os olhos

dela um minuto. Ela é, literalmente, fantástica. Não é

verdade, Zé do Riso? Nosso contador de histórias que

também estava presente e sabe fazer absolutamente...

Veio de Cariacica, esteve conosco ontem. Muito

obrigada.

Foi um momento muito importante para nossa

biblioteca Senador João Calmon, o nosso

superintendente do Sebrae José Eugênio Vieira não está

presente, mas trouxe todos os livros. Agradecendo a ele

pelo tempo que nos cedeu, peço também para ele uma

salva de palmas. (Palmas)

Todos eles participaram com o mesmo

objetivo: desvendar um mundo novo, o mundo da

leitura para nossas crianças e jovens, tão acostumados

ao imediatismo, sempre com o celular na mão. Toda

essa tecnologia moderna é muito importante, mas pegar

um livro e manuseá-lo, lê-lo até o final e saber

interpretar, isso sim, dará a vocês condições de serem os

melhores nos vestibulares, nos concursos públicos e

com vocês mesmos. Ler um livro é, na verdade, uma

comunhão com o autor. É muito bom ler. Vocês ainda

não têm o hábito, estou falando para aqueles que não

têm o hábito de ler, os que já têm, os meus aplausos de

pé.

140 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A leitura, como bem sabemos, faz parte de um

processo que estimula a cognição social, a

autoexpressão e a autoconfiança das crianças e dos

jovens. O ensino da literatura, singular, intenso e

consciente deve fazer parte dos programas desde a

primeira escolarização dos alunos.

Fica aqui minha fala para a Secretaria da

Educação. Contamos com a presença da Débora Farago

de Souza, representante da Sedu, mas quero me dirigir

ao professor Haroldo Rocha, secretário, nosso amigo.

Estamos precisando despertar o que fizemos nesta

Assembleia e criar o hábito de fazer isso nas nossas

escolas.

Não adianta ter biblioteca nas escolas. Quem

me falou isso foi a Rita de Cássia Maia, nossa diretora

da Biblioteca Estadual: não adianta ter biblioteca com

livros maravilhosos, autores fantásticos, se não tem a

visita e a leitura daquelas obras.

Ano que vem vamos fazer um mês. Não vai ser

uma semana só; vai ser um mês. Queremos dizer que

queremos a participação da Secretaria da Educação

junto das escolas estaduais. As escolas estaduais têm

que começar a fazer esse movimento para que nossos

alunos criem, como tivemos, o hábito da leitura.

Deixo essa minha mensagem porque vi o

quanto foi importante trazer autores. Os autores

compareceram. Todos que vieram à Assembleia

Legislativa hoje, assim como os que vieram durante a

semana, não olharam o relógio para saírem da nossa

biblioteca. É só convidar que nossos autores estarão

presentes.

Valorizar o aprendizado literário na

comunidade escolar é mostrar ao aluno o caminho para

promover o conhecimento literário essencial para

fomentar a cultura e, consequentemente, o pleno

exercício da cidadania.

Nada substitui a leitura na formação intelectual.

Um indivíduo precisa ler. Para consolidar sua própria

consciência de cidadão, tem que realmente buscar isso

na leitura. Todo tipo de leitura é benéfico: da leitura

clássica à vanguardista, dos jornais, das revistas, dos

textos obtidos através da Internet aos populares livretos

de cordel.

Esteve conosco a senhora Kátia Bobbio, a

quem deixo meu abraço, porque não pôde vir hoje.

A cultura literária é imprescindível à condução

de projetos de desenvolvimento da sociedade que

influenciam diretamente em sua sustentação,

contribuindo de modo sensível para a integração social

e difundindo a consciência, quando a exigência do

cumprimento do primeiro direito social é assegurado no

art. 6.º da Constituição Federal: a educação.

Muito obrigada. Um beijo no coração.

Ah, não falei que o primeiro palestrante foi o

senhor Adilson Villaça. Se não falasse isso, não ficaria

feliz; ficaria muito infeliz depois. Adilson

Villaça – autor de Cotaxé – está fazendo o maior

sucesso no Brasil inteiro e fora do Brasil! Esteve na

Assembleia Legislativa e abriu nossa semana de

palestras. Uma salva de palmas para nosso professor

Adilson Villaça. (Palmas)

Quero agradecer agora ao professor João

Baptista Herkenhoff, nosso juiz aposentado, nosso

maior humanista do Estado do Espírito Santo, que

escreveu um artigo sobre Marien Calixte e sobre José

Roberto Santos Neves. Peço ao cameraman que filme o

artigo do jornal.

Doutor João Baptista Herkenhoff é nosso

amigo e uma das pessoas que intitulo como o maior

humanista do Estado do Espírito Santo. Colocou:

juntando livro, música e jornalismo, José Roberto

Santos Neves reverencia Marien Calixte, um grande

conhecedor e amante do jazz.

Gente, estamos continuando a semana literária.

Para quem não leu, vou pedir para tirar uma cópia. O

artigo saiu no dia 11 de novembro no jornal A Gazeta,

na coluna Opinião. Está escrito pelo nosso João

Baptista Herkenhoff, o grande humanista do Espírito

Santo. Muito obrigada, doutor João por ter me incluído

no seu artigo e incluído esses dois grandes amigos, um

que Deus levou e outro que está aqui conosco neste

encerramento da semana literária. Fique com Deus.

Muito obrigada. (Muito bem!) (Pausa)

Farei uma inversão. Pedi a todos para ficarem

até o final da sessão, pois vamos descerrar juntos a

placa de Marien Calixte. Por isso pedi para ninguém

sair antes. Se faltar um de vocês, não ficará perfeito. Concedo a palavra ao palestrante Raoni

Huapaya, professor de literatura do Instituto Federal do

Espírito Santo.

O SR. RAONI HUAPAYA – (Sem revisão do

orador) – Boa tarde a todos. Emocionante este

momento, Senhora Presidente Luzia Toledo. Começarei

agradecendo a V. Ex.ª a oportunidade de estar falando

nesta Casa hoje. A Senhora Presidente Luzia Toledo

tem se mostrado extremamente comprometida com a

questão da educação, não apenas pela ação na comissão,

mas pelo envolvimento que tem feito com a coisa

pública.

Nós, do Instituto Federal do Espírito Santo, nos

sentimos extremamente representados na Assembleia

Legislativa. Temos uma parceria muito forte no âmbito

federal com a senadora Rode de Freitas. E a Senhora

Presidente Luzia Toledo tem mantido esse diálogo local

que temos precisado muito. É o desafio da educação

pública.

Senhora Presidente Luzia Toledo, agradeço a

V. Ex.ª esse protagonismo, essa iniciativa de fazer uma

semana voltada para a literatura; leitura e biblioteca, é

realmente ousada. Vemos que o momento é mágico.

Cumprimento o senhor José Roberto,

representando o Poder Executivo. São muitas pessoas,

mas estou mais à vontade porque é menos formal hoje,

posso falar da tribuna. E em nome do senhor José

Roberto cumprimento os demais membros da Mesa. É

um prazer muito grande.

Gostaria de fazer um rápido parêntese. Tenho

uma relação histórica muito forte com a família do

Marien Calixte. É uma lembrança afetiva que me veio à

mente. Quando pequeno meu pai trabalhava no Vitória

Jazz Festival assistindo a direção junto com o Marien

Calixte. Participei de algumas edições do Vitória Jazz

Festival. Na minha casa, ou melhor, na casa do meu pai,

até hoje tem painéis que usamos à época. São painéis

coloridos, belíssimos. De certa forma, fui educado

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 141

musicalmente e literariamente com Marien Calixte.

Quebrando um pouquinho o protocolo, antes de

começar a falar, Deputada, trouxe um poema do Marien

Calixte, mestre dessa literatura rápida, rasteira, o haicai.

Mas trouxe um verso um pouco mais longo para

ilustrar. Temos um monte de alunos no plenário, é

importante conhecerem um pouco da obra do Marien

Calixte. Chama-se Esta capa de livro:

Diz-me que o seu amor

é como esta capa de livro em duas cores dividida

sobre papel grosso e liso,

um lado branco, outro negro, nuvens aladas sobrepostas

o nome do autor autopsiado: Albert cá Camus lá.

Diz-me que o seu amor

é como esta capa de livro, consentindo ou recusando

estamos em desabrigo.

À porta da livraria que se fecha seguimos a capa do livro:

o Avesso e o Direito, qual parte alcançar?

Para abrir a minha fala, acho que deveria

homenagear Marien com literatura, e sempre uma boa

literatura. Faço um convite para vocês conhecerem a

obra de Marien Calixte. Em tempo de internet, como a

Luzia Toledo estava dizendo, os versos em haicai do

Marien caem rapidamente para serem compartilhados

por telefone na rede. É uma boa literatura.

Quando veio a provocação, falava um

pouquinho com a Rita no começo, queria deixar para

você falar um pouquinho sobre as experiências da

biblioteca, sobre o papel da biblioteca na sensibilização

da leitura.

Estou longe de ser um especialista para falar

para uma plateia tão qualificada assim, mas sou,

sobretudo, um ativista, um militante, alguém que, de

longa data, vem disputando para tentar conseguir

conquistar novos espaços de leitura, que cada vez mais

se disputam com as mais variadas linguagens que temos

hoje.

A pergunta que faço na licenciatura em Letras,

frequentemente aos que serão docentes, porque vão se

deparar com ela, os alunos, de vez em quando,

perguntam isso aos professores: qual o papel da

literatura? Para que estamos aprendendo literatura?

Sobretudo no ensino médio em que o aspecto da fruição

acaba deixando um pouquinho de lado começamos a

nos ver cobrados com tantas questões sociais, a prova

do Enem, a necessidade de se preparar para algum

processo seletivo, qual seja. A dinâmica do mundo do

trabalho bate à nossa porta quando estamos no ensino

médio e isso requer das nossas relações certo

pragmatismo; ficamos naquela preocupação de dar uma resposta imediata.

A pergunta que os alunos, tento antecipar,

fazem aos professores é: para que serve literatura? E

mais, para que literatura em um momento em que as

narrativas estão disseminadas nos mais variados

suportes, nas mais variadas possibilidades, do celular,

do texto na internet, do letreiro luminoso? Em todo

espaço posso lidar com narrativas, e temos essa

necessidade de ficção, vamos defender isso. Para que

serve a literatura nesse contexto?

Estou falando de literatura porque, antes de

falar do papel da biblioteca na sensibilização para

leitura, preciso defender que existe uma leitura a ser

defendida, a da literatura.

Tentando buscar alguns grandes mestres da

literatura, não só do texto literário, mas também da

crítica literária, o Antonio Cândido tem uma defesa

muito longa da função humanizadora da leitura.

Trouxe um trechinho de um romance de Valter

Hugo Mãe que estou lendo agora, trocando figurinha,

não é Rita? Um autor jovem, contemporâneo,

produzindo uma literatura de monta.

O romance é chamado a máquina de fazer

espanhóis e conta a história de um narrador

protagonista, personagem principal, nos seus oitenta e

quatro anos, Silva, que perde a esposa, Laura, e, logo na

sequência, é metido dentro de um asilo, o Lar da

Felicidade.

Ele chega àquele asilo extremamente casmurro,

sem nenhuma vontade própria de viver, nenhum ânimo

para enfrentar aquilo que o cerca no cotidiano. Está

esperando a sentença de morte, que há de ser decretada

o mais breve possível. E chega, de repente, um velhinho

de oitenta e dois anos cheio de planos e felicidade! Ele

fala: por que você está tão feliz assim? E há um trecho

que achei importante, me tocou muito, o Silva pergunta:

Anisio, que história é essa de ter projetos?

...o meu projeto era esquecer tudo, era

protestar contra a morte da laura convencendo-me que, depois da morte de alguém que nos é essencial, ao

menos a memória do amor deveria ser erradicada também. e ele abanava a cabeça negativamente e

sorria. nada disso, senhor silva, nada disso, o que me

faz correr é sempre o mesmo, uma vontade de saber mais e o de deixar contado às pessoas, nos livros, sabe.

deixar nos livros aquilo que se descobre, porque um livro, com o que contém, pode ser uma fortuna eterna.

Então, a defesa que queremos fazer da literatura

é justamente que é uma fortuna eterna que habita os

livros, não só estes agora, porque tem uma função

humanizadora, formadora. A literatura tem essa função

formadora, não no sentido das convenções que muitas

vezes trazemos para a educação, morais, cívicas, mas

traz um ambiente formador na literatura, daí a paixão do

Anisio em querer deixar isso registrado, naquilo que a

vida nos mostra.

A vida nos mostra experiências boas e não tão

boas assim e a literatura nos permite o contato com isso.

A literatura nos permite encontrar os mais diversos

caracteres humanos, as mais diversas possibilidades de

experimentação, de experiência humana.

Nas aulas de literatura com os alunos, defendo

que quando alguém tenta de alguma maneira dizer que

não há uma função para a literatura, que experimente

fazer alguma mudança na construção do itinerário de

leitura. Nós, professores de literatura, temos muita

142 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

responsabilidade na hora em que selecionamos as obras

que os alunos irão ler, porque naquilo será formado o

imaginário, será formada a subjetividade. E como essas

memórias das leituras que fizemos na nossa infância, no

nosso período de formação, são fundamentais!

O convite é justamente defender o papel de

formação da personalidade na literatura, mas não

segundo as convenções. Além desse aspecto formador,

temos uma necessidade – que é suprida a todo o

momento pelo audiovisual, pela TV, por uma conversa

– de ficção. Precisamos da ficção, precisamos contar

histórias. Por exemplo, se você é um bom contador de

histórias, sabe da necessidade de contar histórias.

Trazendo Antoine Compagnon, a literatura

percorre regiões da experiência que os outros discursos

negligenciaram, mas que a ficção reconhece em seus

detalhes. Ler Machado de Assis é ler detalhes e, às

vezes, novel leitor de Machado, ficamos preocupados

em tentar ler a história inteira, é porque Machado tem

aquele narrador com desfaçatez que quer nos enganar,

quer nos trazer para os detalhes, porque para ele o que

importa é o detalhe. A literatura permite esse contato

com os detalhes dos caracteres humanos.

A literatura pode nos estender a mão quando estamos profundamente deprimidos, defende Tzvetan

Todorovi, no risco da literatura, e continua: Nos tornar

ainda mais próximos dos outros seres humanos que nos cercam, nos fazer compreender melhor o mundo e nos

ajudar a viver. Acho que a literatura de certa forma nos

conforta nessa ânsia de tentar entender o mundo. O que

não quer dizer que ela nos traga só alegrias, muitas

vezes entender o mundo significa entender que o mundo

nem sempre é feito só de alegrias.

E falando nessa perspectiva, qual seria o papel

da biblioteca? Como poderíamos provocar isso? Temos

uma dívida social no Brasil – e, Senhora Deputada

Luzia Toledo, sabemos do comprometimento de V. Ex.ª

com a educação – de desigualdade social e de falta de

acesso a uma cultura letrada em que a biblioteca passa a

ter uma função política muito grande, passa a ter uma

responsabilidade; e as pessoas que defendem a bandeira

da literatura trazem consigo essa responsabilidade social

e política. Se educação é uma ação política, promover o

acesso à cultura letrada é mais ainda uma

responsabilidade política.

O nosso papel enquanto biblioteca é de garantir

a democratização do acesso à cultura. Assim,

percebermos a biblioteca como um espaço de livros,

mas não só de livros, mas também de literatura. O

grande desafio hoje é construir um espaço de biblioteca

– vocês que são do curso de Técnico em Biblioteca

devem discutir isso o tempo todo – que não esteja no

pré-digital, um espaço que não forme só leitor de livros,

mas também leitor de literaturas.

Néstor García Canclini tem um livro muito

interessante de se ler hoje em dia, porque é pequeno e

em formato de dicionário, como verbetes que vão se

contando sobre a leitura, e ele diz: O desafio das

políticas públicas é formar leitores, espectadores e internautas. Precisamos pensar que o papel da

biblioteca para a sensibilização da leitura é um papel de

propiciar a prática artístico-literária nessas

possiblidades. Sabem por quê? Porque a indústria

cultural é muito sofisticada, ela já prepara um livro com

documentário, com uma adaptação para um áudio, com

todas as linguagens e suportes.

Desse modo, precisamos defender esse

patrimônio. E a biblioteca, na questão da sensibilização

da leitura, tem também o compromisso de formação de

mediadores de leitura, que são aqueles que vão entrar

com vocês, alunos, e preparar o acesso. Realmente

existe alguma aridez em ler um texto do século XIX,

Machado de Assis, José de Alencar, e precisamos

mediar isso da melhor forma. Esse texto bem adaptado

no teatro, em uma contação de histórias – quando têm

contadores de história – ou nas mais variadas

linguagens é realmente muito marcante, é inesquecível.

O papel da biblioteca na sensibilização da

leitura. Quero defender que é justamente este de

propiciar a prática, de ser um espaço da prática, mas a

prática que será formadora de um leitor, de um

expectador, de um internauta e, também, uma prática de

formação do mediador de leitura. Não é uma tarefa

fácil, deixarei a deputada falar mais um pouquinho

sobre isso. É uma tarefa de todos, mas para poder

pensar que a vida é dura e difícil, não é fácil, vale

lembrar um trecho do livro Grande Sertão: Veredas, em

que Riobaldo queria uma solução para tudo no mundo:

Ah, podíamos nos juntar, fazer rezas, operar milagres.

E o compadre Quelemém diz assim: Riobaldo, nessa vida a colheita é comum, mas o capinar é sozinho.

Então, vamos capinar bastante para formarmos

leitores. Cada leitor que conquistarmos, obviamente,

estaremos tendo uma responsabilidade política muito

grande. Quero parabenizá-los. Um abraço. (Muito

bem!)

A SR.ª PRESIDENTE - (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Parabenizo o nosso palestrante, que fez uma

palestra pequena, sucinta, mas com muita preciosidade.

Professor Raoni Huapaya, as portas da Assembleia

estão literalmente abertas!

Enquanto você falava – iria chamá-lo de

senhor, mas não é possível, senão aqueles que nos

assistem pela TV falariam: Meu Deus, ele é tão jovem!

– mas enquanto você falava eu pensava: Acho que pode

sair desta Mesa...

Estão conosco a Mirian Scárdua, que representa

o Diário; a Rita de Cássia Maia, diretora pela segunda

vez da nossa Biblioteca Estadual do Espírito Santo,

localizada na Praia do Suá; o nosso subsecretário, e

desse modo estamos com o poder, estamos com quem

tem caneta na mão. Eu não tenho a caneta, mas tenho a

palavra. Mas ela tem a caneta na mão, ele tem a caneta na mão e o Ifes tem a caneta na mão, porque podemos

ir ao Instituto e pedir. Enfim, eu e o Cezinha Ronchi

não temos a caneta na mão, mas temos boa vontade,

assim como os outros técnicos que estão à Mesa.

Concederei a palavra à Adriana dos Santos

Ferreira Franco Ribeiro para que faça uma saudação em

nome da nossa biblioteca e para que fale exatamente

sobre o papel da biblioteca na Assembleia Legislativa.

É a primeira vez que S. S.ª falará da tribuna do Plenário

Dirceu Cardoso. A nossa biblioteca está muito

organizada, muito boa, mas precisa de alunos, precisa

de leitores, precisamos de vocês presentes.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 143

Adriana, antes que comece a falar,

gostaria que aqueles que se encontram à Mesa

pensassem em como poderíamos fazer isso com as

nossas escolas, com os nossos escritores. E nesse

ínterim, Elânia, você que é diretora nacional da

Undime, e Rita, gostaria que pensassem a respeito,

mesmo que não cheguemos a uma conclusão hoje.

Que olhemos para esses alunos que estão neste

plenário... Acabamos de ver a palestra de um jovem,

com o conteúdo que fez. Poderíamos pensar que cada

escola receberia uma vez por mês, por exemplo,

primeiro o professor de português. Transversalmente,

não só o professor de português, mas também aqueles

de outras matérias; pegariam um livro e fariam sua

leitura com os alunos. Fiz isso quando fui diretora e

quando fui professora de português.

Leria um livro, que seria de um escritor que, no

final de mês, iria à região debater com os alunos. A

escola toda iria para um determinado lugar onde se

pudessem colocar os alunos, até mesmo sentados ao

chão, como vi em Itaguaçu. Se eu pudesse, teria ficado

em Itaguaçu, naquela oportunidade, porque nunca vi

nada igual. Foi um evento feito na escola pública pela

professora Sônia. A escritora que foi a Itaguaçu foi nada

menos nada mais que a Elisa Lucinda. Os alunos sabiam

tudo da escritora, como todas as letras das músicas que

ela canta e todos os livros que escreveu. O menininho,

sentado ao chão, dizia assim: - não fala sobre esse livro

agora, canta a musica tal. Ela, com aquele jeito

extrovertido, cantava.

Fica o pedido para que esta Mesa pense como

poderíamos levar essa proposta para o Haroldo Rocha,

Secretário de Educação, para fazer isso nas escolas.

Essa é uma forma de incentivar a leitura, porque, se não

houver incentivo e se não buscarmos contagiar os

alunos e o escritor, não haverá resultado no final.

Registro, com muito prazer, a presença do

nosso escritor Antônio de Pádua Ferreira Gurgel. Peço

uma salva de palmas para o nosso escritor que está

participando conosco desta semana. (Palmas)

Concedo a palavra à diretora Adriana dos

Santos Ferreira Franco Ribeiro.

A SR.ª ADRIANA DOS SANTOS

FERREIRA FRANCO RIBEIRO – Boa tarde a todos.

Primeiramente, agradeço à Senhora Deputada Luzia

Toledo, Presidente da Comissão de Educação desta

Assembleia Legislativa. A iniciativa desta semana

literária dentro da Biblioteca Senador João Calmon

compõe a diretoria que gerencio no momento. A

biblioteca é coordenada pela bibliotecária Lindalva

Maria Cardoso Conceição, que está presente.

Peço à Wanessa Santos Lodi, nossa técnica

bibliotecária, que também é graduada em

Biblioteconomia, para fazer a explanação de como

funciona a nossa biblioteca e de como ela atende ao

público no seu todo.

A SR.ª WANESSA SANTOS LODI – (Sem

revisão da oradora) – Boa-tarde! A biblioteca da

Assembleia Legislativa, denominada Senador João

Calmon, está vinculada à DDI – Diretoria de

Documentação e Informação, que é a diretoria da

Adriana e que fica localizada no térreo desta Casa. A

nossa coordenadora é a Lindalva, que é graduada em

Biblioteconomia e já está há trinta anos à frente da

biblioteca.

A biblioteca funciona de segunda a sexta-feira,

das 7h às 19h e está aberta à comunidade em geral,

oferecendo acesso a um acervo diversificado, com foco

na área jurídica e de ciências políticas e dando um

destaque especial às publicações capixabas, além do

vasto acervo de literatura brasileira e estrangeira.

Acaba de adquirir mais de quinhentos

exemplares para atualização do acervo jurídico; conta

com um rico acervo de periódicos, em sua maioria

títulos de economia, política e direito, além do DIO –

Dário do Estado do Espírito Santo – e do DPL – Diário

do Poder Legislativo e possui obras impressas em

braile, entre elas as Constituições Estadual e Federal e a

Bíblia Sagrada.

O espaço disponibiliza também terminais de

acesso e consulta, com acesso à internet, para

complementação das pesquisas que são feitas dentro da

biblioteca. Todo acervo está cadastrado no software de

gerenciamento de biblioteca Sophia Biblioteca, o

mesmo utilizado pela biblioteca nacional. Ele pode ser

consultado na internet, através do portal da Assembleia

Legislativa. Temos também um perfil na rede social

Facebook, que possibilita uma maior interação com os

usuários. Convido todos a nos adicionar no Facebook e

a frequentar a nossa biblioteca, que é um espaço aberto

para toda a comunidade. Obrigada. (Muito bem!)

A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO

– PMDB) – Agradecemos à Adriana, à Lindalva e à

Wanessa as palavras.

Concedo a palavra à senhora Mirian Scárdua,

diretora-presidente do Diário Oficial para fazer uma

saudação a vocês e falar um pouquinho do Diário

Oficial, que pouca gente lê, mas que tem um conteúdo

maravilhoso e informa tudo o que acontece neste

estado.

A SR.ª MIRIAN SCÁRDUA – (Sem revisão da oradora) – Boa-tarde a todos! Parabéns à Senhora

Deputada Luzia Toledo por este evento maravilhoso.

Agradecemos a V. Ex.ª a oportunidade de estar nesta

Casa. Agradecemos o convite em nome do Governo do

Estado do Espírito Santo.

Por incrível que pareça, poucas pessoas

conhecem o Diário Oficial. Não só vocês, estudantes,

mas a população em geral. O Diário Oficial legaliza

todos os atos dos poderes Executivo, Legislativo e

Judiciário. Isso quer dizer que nenhum ato se torna legal

se não for publicado no Diário Oficial. Além da

publicação, temos também a obrigação de divulgarmos

e dar perenidade.

O que é perenidade? Os atos podem sumir em

qualquer local, mas ele tem que estar no Diário Oficial

daqui a cem, duzentos anos, porque a história real está

no Diário Oficial. Os jornais locais publicam notícias,

nós publicamos atos.

Gostaria que vocês, jovens, se interessassem

mais pela leitura do Diário Oficial, para que pudessem

exercer a cidadania de uma forma mais correta, sem

serem influenciados por notícias que realmente não são

verdadeiras.

144 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Temos um aplicativo que vocês podem baixar

no celular. A partir do momento que baixam, ele fica

como arquivo e vocês podem ler em qualquer lugar,

independente da internet. O nome do aplicativo é IOES.

Vocês entram no Google Play, baixam e verão que é

muito bom. O Diário Oficial, em sua forma normal, não

é muito atrativo, porque é preto e branco e não tem

aquele colorido, aquela coisa toda. Mas a partir do

momento que vocês baixarem o aplicativo, acredito que

se interessarão mais para formar realmente cidadãos e

fazerem valer a cidadania de vocês.

A Senhora Deputada Luzia Toledo falou que

podemos fazer uma parceria. Não falarei a surpresa

agora, porque ainda não estudei a legalidade com nosso

departamento jurídico. Mas faremos uma parceria que

tínhamos antigamente. A Escola do Legislativo foi

reaberta pela Senhora Deputada Luzia Toledo. Ela

esteve fechada por um longo período. Quando

funcionava, existia uma parceria em que vocês,

estudantes, vinham à Assembleia e depois eram

direcionados ao Diário Oficial para conhecer como é

confeccionado e o que é a Imprensa Oficial.

Temos uma gráfica enorme. Somos uma

indústria. Somos uma autarquia superavitária.

Sustentamo-nos tanto financeiramente quanto

administrativa e juridicamente. Temos essa autonomia e

diante dela faremos essa parceria. Vocês realmente se

interessarão por aquilo que, de fato, acontece. São fatos,

não são notícias.

Adiante, essa surpresa poderá ser falada pela

Senhora Deputada Luzia Toledo, depois que realmente

pudermos concretizá-la de forma legal.

Parabenizo vocês, estudantes, porque, quando

estava chegando, reparei muito o comportamento; a

educação de vocês. Parabéns aos professores. Parabéns

a vocês que realmente merecem esta sessão especial.

Muito obrigada. (Muito bem!)

A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –

PMDB) – Agora vamos ouvir a diretora da nossa

Biblioteca Estadual.

Deixem falar a vocês: na Biblioteca Estadual,

ultimamente, não só nossos escritores têm estado para

levarem seus livros e também lançá-los para a

sociedade, mas também a maioria. Inclusive o

subsecretário José Roberto, quando tomou posse na

Academia, ficou no lugar de Marien Calixte.

Os atos da cultura têm acontecido na nossa

Biblioteca Estadual, dirigida pela senhora Rita de

Cássia Maia, que vai falar e conversar um pouquinho

conosco.

A SR.ª RITA DE CÁSSIA MAIA – (Sem

revisão da oradora) – Boa tarde a todos! Quero

agradecer o convite à Senhora Deputada Luzia Toledo,

cumprimentando-a pela iniciativa e firmeza de

propósitos na condução da defesa dos princípios e dos

objetivos de se construir uma política cultural no Estado

do Espírito Santo de forma bastante responsável. Quero

cumprimentar V. Ex.ª por essa iniciativa e o

subsecretário José Roberto Santos Neves, e em seu

nome cumprimento todos os integrantes da Mesa.

Aliás, quero dizer que estou muito feliz e até

mesmo emocionada por tudo que ouvi nesta tarde.

Reitero muito do que foi dito a respeito da

responsabilidade social dos gestores culturais, da nossa

responsabilidade como cidadãos no nosso papel,

independentemente da profissão que tenhamos

escolhido e do papel que exercemos em diferentes

instituições, mas nosso papel como cidadãos: de formar.

E quero destacar especialmente a importância de

formarmos leitores.

Gostei muito de suas palavras e quero

cumprimentar o senhor Raoni Huapaya, colega de

profissão, amante da literatura tanto quanto sou, e dizer

que fiquei mesmo emocionada ao ouvi-lo falar da

importância da literatura nas nossas vidas. E é

exatamente desse lugar que quero falar. Quero falar a

partir da minha experiência de leitora para falar da

importância da leitura e da instituição Biblioteca

Pública.

Antes de dizer o que quero falar a respeito

disso, quero ainda cumprimentar essa plateia

maravilhosa: a diretora-presidente do Diário Oficial

mencionou muito bem a atenção, o interesse e a

educação com que estão nos ouvindo sucessivamente

falar com variações sobre o mesmo tema. Mas isso

mostra que é possível e necessário ter esperança nesta

geração. É possível e necessário apostar nesta e nas

gerações vindouras.

Cumprimento muito a Casa por acolher, fazer

deste um espaço de debate, de reflexão e de

aproximação do cidadão comum, do estudante, das

instituições.

É difícil distinguir num meio em que tantas

pessoas têm um papel e uma função representativa

muito grande da sociedade capixaba. Mas não poderia

deixar de mencionar que o que vou dizer agora é fruto,

como disse antes, da minha própria experiência como

leitora. Fui informada aqui que faria uma palestra, não

sabia disso. Desculpe-me, Senhora Presidente Luzia

Toledo, embora tenha acompanhado toda a

programação e tenha ouvido a profusão de boas ideias

que a senhora nos apresentou. Surpreendi-me, mas não

abdiquei da responsabilidade, por isso quero dizer que

estou muito inspirada por essa plateia de jovens que têm

brilho nos olhos e por duas professoras pesquisadoras, a

quem quero dirigir também os meus cumprimentos e a

minha admiração: Sandra Gasparini, de Santa Teresa,

que lançou um livro na biblioteca e foi um

acontecimento, e a professora pesquisadora e crítica de

arte, Almerinda Lopes, por quem tenho uma profunda

admiração.

Gostaria de dar início a minha reflexão

destacando que estamos todos nesse primeiro quarto de

um século que vem profundamente marcado pela

palavra crise. A palavra crise, se formos buscar lá na

sua origem etimológica, vamos encontrar justamente

que há nela a palavra criação. Assim como crise traz a

ideia de desafio, de critica, ela traz também o gérmen da

criação. Está lá na etimologia da palavra. E a palavra

tem poder.

Nesse primeiro quarto de século marcado pela

crise de tudo, não vou mencionar as várias

transformações pelas quais o mundo vem passando, mas

só destacaria, assim como Sérgio Paulo Rouanet disse

em um ensaio belíssimo, maravilhoso: Está sendo

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 145

proclamado o fim de tudo, inclusive o fim do livro. E ai

ele indaga: Será que de fato é isso que estamos

vivendo? É a crise do livro ou é a crise da cultura? Inicio então com essa indagação do intelectual

e pesquisador Sérgio Paulo Rouanet para pensar que

justamente nesse tempo de profundas transformações,

nesse tempo em que somos marcados por uma radical

mudança de paradigma, embora às vezes seja difícil

conhecer isso no cotidiano, estamos sim, a maneira do

que ocorreu no século XVI, vivendo com as tecnologias

da informação e da comunicação. Estamos vivendo uma

profunda mudança de paradigmas.

E é ainda no contexto deste ano de 2015 que

tem uma particular importância para a cultura no

Espírito Santo - e aí darei bastante realce a isso porque

uma das instituições mais antigas do Estado do Espírito

Santo -, a Biblioteca Pública do Espírito Santo está

comemorando este ano cento e sessenta anos de

história. Isso não é pouca coisa. A nossa biblioteca, a

biblioteca de que podemos nos orgulhar, foi a quinta

biblioteca pública criada no País, depois das do Rio de

Janeiro, de Pernambuco, de Sergipe e da Bahia. Então, é

muita história que essa instituição tem para contar.

Junto com a história da instituição temos

também a história do Estado do Espírito Santo. E onde é

que vamos encontrar a história do Estado do Espírito

Santo? Justamente lá nos seus acervos, nas suas

preciosas coleções especiais que guardam um

valiosíssimo patrimônio da história, da cultura e de todo

conhecimento acumulado por gerações ao longo desses

cento e sessenta anos.

É nesse contexto, e não vou me estender nisso,

que quero destacar que, se o mundo passa por

transformações tão radicais, a moeda corrente, aquilo

que justamente possibilita que vejamos a crise como

oportunidade - e oportunidade de criação – tudo isso

está não é na moeda corrente que estamos acostumados

a identificar literalmente. A moeda corrente do Século

XXI é o conhecimento. Onde vamos buscar e encontrar

informação e conhecimento? Na Biblioteca Pública.

Toda boa biblioteca pública nunca está pronta,

mas está lá, preservando, por meio de seus acervos e

coleções, um patrimônio valioso que permite a jovens

estudantes, professores, pesquisadores, historiadores de

um modo geral, ao cidadão comum, ler a notícia do dia,

conhecer o que se passa na sua cidade, no seu estado, no

seu país, conhecer o mundo que o cerca e viajar para

terras longínquas e para outros tempos para que, através

da memória, da história e da imaginação, possamos

transformar o mundo.

Porque leitura é isso. Vou falar o tempo todo –

e espero ser breve, inicialmente tinham me falado que

teríamos quinze minutos, então só quero tentar

organizar o raciocínio para articular a importância da

leitura nas nossas vidas, a função social da biblioteca

pública de assegurar acesso a todos os cidadãos. Essa

associação parece óbvia, mas nem sempre acontece no

cotidiano.

Gostaria de destacar que a leitura é uma prática

social. Raoni falou muito bem da literatura e quero

destacar que a leitura tem o sentido, busquei o sentido

etimológico da palavra ler, que vem de legere, que

significa colher. Colher ideias. Olha que coisa mais

bonita. O que é ler? Colher ideias.

Se ler é uma prática social e as práticas sociais

vão se modificando ao longo da história, mas também

consolidando saberes, fazeres, toda uma gama de

informações e conhecimentos que o homem foi

acumulando ao longo da história da humanidade,

podemos expandir essa compreensão do sentido da

leitura como prática social para outra dimensão mais

subjetiva e particular. Ler é também um modo de

existir, de ver o mundo, de interpretar o mundo.

Quando lemos, criamos sentido, múltiplos

sentidos para nós mesmos, para entendermos o outro, o

mundo que nos cerca. Quando lemos, não apenas

interpretamos o que podemos presumir do que o autor

quis dizer; vamos muito além, recriamos. E, ao recriar,

ampliamos os sentidos do texto articulando com outros

textos e com o mundo.

Cada vez mais o desafio colocado para o

governo do Estado, para cidadãos e gestores é o de fazer

da biblioteca pública uma biblioteca viva. Por isso

convido todos vocês para visitarem, conhecerem e

frequentarem a Biblioteca Pública do Espírito Santo e

descobrirem lá a riqueza e as preciosidades que ela

guarda. Só indo para saber, e ninguém vai descobrir em

uma visita só e nem só de uma vez – ela guarda valores

de tempos imemoriais.

Vocês estão vendo que estou falando de forma

apaixonada, porque é assim que trago comigo a minha

própria experiência da leitura. A experiência da leitura,

a importância da biblioteca viva acontece porque as

páginas dos livros têm vida. Quando abrimos um livro e

viramos suas páginas, acordamos muitas vozes, muitas

almas que vêm falar conosco sobre tudo aquilo que a

humanidade acumulou do que há de melhor e que conta

a história da civilização.

Os livros têm vida! E é esse convite que quero

deixar para vocês. Não entrarei nos detalhes, Deputada,

não há tempo para isso, mas quero dizer que posso em

outra oportunidade vir falar dos projetos, das ações e

das políticas da Biblioteca Pública, por exemplo, da sua

política cultural, da sua política de preservação das

coleções, mas principalmente daquelas bibliotecas que

vão às comunidades mais distantes por meio da

Biblioteca Transcol, a biblioteca móvel. Se alguém

nunca a viu, já deve ter ouvido falar. As bibliotecas

móveis, Bibliotecas Transcol, oferecem acesso à

informação e à leitura para as comunidades mais

distantes.

Estou trazendo de memória alguns vários

autores que prezo muito, mas há um deles que quero

mencionar e por quem tenho uma grande admiração,

Alberto Manguel, a quem cito porque foi e é um grande

leitor e é argentino como Jorge Luis Borges. Alberto

Manguel diz que o homem tem duas figuras

emblemáticas de sua história desde tempos muito, muito

remotos; que há duas figuras míticas que contam a

história do homem: Torre de Babel e Biblioteca de

Alexandria. A primeira significa a ânsia, o desejo do homem de vencer o espaço, e a segunda representa para

o homem o seu desejo de vencer o tempo.

Esses dois emblemas representam o sonho

impossível ou, quem sabe, o sonho possível da

imortalidade, e nenhuma outra instituição guarda mais

146 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

esse sonho de imortalidade do que a biblioteca pública.

E com esses dois emblemas, o da Torre de

Babel e o da Biblioteca de Alexandria, que desafiam a

nossa memória e a nossa imaginação, que quero

concluir a minha reflexão, a minha vontade de

contribuir com esse debate, lembrando neste momento

também palavras de Alberto Manguel, quando disse a

respeito da tabuleta que existia nas prateleiras das

estantes da Biblioteca de Alexandria – isso tudo está

documentado. Havia nas prateleiras uma tabuleta que

dizia em grego – claro, não sei grego, mas tentarei

traduzir – bibliotecae, que significa lugar de cura da

alma. Muito obrigada! (Muito bem!)

A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –

PMDB) - Estamos chegando ao final, mas quero

registrar, com muito prazer, a presença da Marlene

Webber, presidente do Rotary Internacional. Uma salva

de palmas para S. S.ª. (Palmas)

Agradeço também ao meu amigo Ítalo Campos,

o bilhete carinhoso que recebi. A nossa Rita Maia não o

conhece. O Ítalo tinha um compromisso, passou aqui,

fotografou a esposa, lindamente, e foi embora. Portanto,

uma salva de palmas para Ítalo Campos, meu médico e

amigo. (Palmas)

Parabenizo a diretora da nossa Biblioteca

Estadual. Sinceramente, se o Governador Paulo Hartung

estivesse aqui a aplaudiria de pé, porque S. S.ª fez uma

fala fantástica e rápida. Eu não tenho essa facilidade.

Falo que vou falar rápido e não falo. Mas temos que

aprender fazer as nossas falas dessa forma. Na verdade

todos que estão à Mesa hoje, menos eu, porque fui a que

mais falei e ainda continuarei falando, estou muito feliz

com a sua fala. E ainda deu acolhimento à nossa alma;

acolheu a nossa alma. Que coisa fantástica!

Concederei a palavra ao último inscrito da

Mesa. Todos declinaram. O vereador pelo Município de

Marechal Floriano, Cezinha Ronchi, declinou. S. S.ª já

esteve hoje na biblioteca desta Casa, de onde falou; o

prefeito de Marechal Floriano também.

Aproveito a oportunidade para agradecer aos

prefeitos, que oportunizaram seus alunos virem a esta

sessão: os prefeitos de Vila Velha, de Marechal

Floriano e o de Cariacica. Uma salva de palmas para

esses três prefeitos. (Palmas)

Também abriu mão da fala a Débora, a Elânia e

a Terezinha Calixte. Agradeço a elas a compreensão.

Concedo a palavra ao José Roberto Santos

Neves, subsecretário de Cultura, representando a

Secretaria de Cultura e o Governo do Estado.

O SR. JOSÉ ROBERTO SANTOS NEVES –

(Sem revisão do orador) – Boa tarde a todos! Falo em

nome do secretário de Estado da Cultura, João

Gualberto, que mandou abraço a todos os presentes, em

nome do Governo do Estado, como afirmou a Senhora

Deputada Luzia Toledo.

Inicialmente parabenizo a Senhora Deputada

Luzia Toledo pela iniciativa da Semana Literária na

Assembleia Legislativa.

Estive presente na abertura da Semana,

segunda-feira, quando foi inaugurado o Espaço Cultural

Marien Calixte. Homenagem merecidíssima a esse que

foi um dos maiores intelectuais do Estado do Espírito

Santo no Século XX, e a quem tenho a honra de suceder

na Academia Espírito-Santense de Letras.

Cumprimento todas as autoridades presentes à

Mesa: a Rita Maia, diretora da Biblioteca Pública, que

fez um brilhante discurso, uma palestra muito bonita; o

professor Raoni Huapaya e, especialmente, a Terezinha

Calixte, que sempre representa o nosso querido Marien.

Gostaria também, deputada, de parabenizá-la

pela iniciativa do tema: O Papel da Biblioteca Pública

na Sensibilização da Leitura. Como sempre Rita de

Cássia Maia afirma, as bibliotecas são muito mais do

que mero depósito de livros; é muito mais do que um

local de acervo e repositório de memória, que é um

papel importantíssimo da biblioteca, mas a biblioteca

contemporânea deve sempre funcionar também como

centro de vivência e de difusão de cultura e de

conhecimento, onde as pessoas se encontrarão e

compartilharão informações. Esse é o conceito da

biblioteca viva. Podemos afirmar com toda segurança

que esse conceito é brilhantemente realizado na

Biblioteca Pública do Espírito Santo, por meio de uma

atividade extensa que envolve saraus poéticos,

lançamentos literários, palestras, rodas de leitura e

contação de histórias.

Atendendo à sugestão da Deputada, lembramos

que roda de leitura é um projeto que deve ser sempre

desenvolvido na sala de aula. Não é preciso recurso para

se fazer uma roda de leitura, mas de um leitor-guia, um

texto com narrativa curta – como um conto que pode ser

de Machado de Assis ou de algum autor capixaba –,

cópias e um grupo de vinte estudantes. Cada ouvinte e

participante terá uma percepção desse texto. A

percepção e a visão de um aluno complementará a visão

do outro e todos crescem com isso.

Também gostaríamos de destacar que nessas

atividades da Biblioteca Pública do Espírito Santo – as

quais pretendemos levar para o interior e para as

bibliotecas municipais –, sempre temos a figura

importantíssima do autor capixaba. O escritor capixaba

sempre é valorizado pelas políticas públicas da

Secretaria de Estado da Cultura.

Desde o início do Fundo Estadual da Cultura,

em 2009, já foram publicados sessenta e seis livros de

escritores do Espírito Santo. Atualmente, estamos

preparando a edição de mais vinte e três títulos de

autores que foram contemplados nos editais de 2014.

Em breve, esses livros serão lançados, provavelmente

no primeiro trimestre de 2016.

Citarei alguns escritores que construíram em

prosa e versos essas páginas gloriosas da literatura do

Espírito Santo: Rubem Braga, Carlinhos de Oliveira,

Carmélia de Souza, Fernando Tapagiba, Reinaldo

Santos Neves e Luiz Guilherme Santos Neves – meus

tios romancistas –, Sérgio Blank, Francisco Aurélio

Ribeiro, Bernadette Lyra, Waldo Motta e Miguel

Marvilla. Na nova geração temos Caê Guimarães e

tantos outros escritores.

Portanto, entendo que um dos nossos desafios

hoje é fazer com que o leitor capixaba leia cada vez

mais os seus escritores. Temos uma tradição muito

bonita e rica na literatura produzida no Espírito Santo e

precisamos levar, cada vez mais, esses escritores ao

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 147

encontro do público. Iniciativas como essas, Deputada,

contribuem muito para a disseminação e a difusão da

literatura do Espírito Santo.

Essas são minhas breves considerações, mas eu

gostaria antes, mencionando o professor Raoni

Huapaya, de citar um breve haikai do nosso doce e

imortal Marien Calixte. Ele era especialista nessa

expressão poética de origem japonesa, mas de forma

concisa. Há um poema do Marien Calixte que diz: Só me dou se me é dado amando.

Muito obrigado. (Muito bem!)

A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –

PMDB) – Estamos chegando ao final e sei que vocês já

estão doidos para irem embora, porque jovem tem

aquela... Que sorriso bonito! Estou sendo sincera. Vocês

já estão doidos para irem embora. Mas estamos tão

felizes com a presença de vocês nesta Casa que estamos

querendo pelo menos mais dez minutos. Falarei

somente mais dez minutos se vocês me derem os dez

minutos. Vocês me dão os dez minutos? Então, não

passarei de dez minutos. Podem marcar.

Tenho muito que agradecer. Primeiramente a

Deus, que nos oportunizou fazer este encontro nesta

Assembleia Legislativa com vocês. Foi muito

importante ter a interação de alunos, alunas, escritores e

escritoras durante toda esta semana, culminando com

essas palestras maravilhosas.

Antes de começar a fazer as considerações,

farei uma pergunta para a plateia: escritores, professores

e também para nossos alunos. Alguém quer fazer

alguma pergunta a alguém da Mesa? Alguém quer fazer

uma consideração rápida, de dois minutos, sobre o

evento?

Marlene Webber falará por dois minutos. Nossa

presidente do Rotary Internacional. As outras

professoras presentes que queiram falar, podem se

aproximar. (Pausa)

Que ótimo que um aluno quer falar.

Concedo a palavra à senhora Marlene Webber.

A SR.ª MARLENE WEBBER – Boa-tarde!

Sou a atual presidente do Rotary Internacional, reeleita.

A criação das Nações Unidas se deu pela ajuda

do Primeiro Ministro inglês Winston Churchill, que era

rotariano, e pelo presidente dos Estados Unidos,

Franklin Delano Roosevelt, o homem que aparece no

dólar. Eles acharam que as Nações Unidas poderiam ser

uma associação maravilhosa de raças, línguas e culturas

para que tivéssemos paz no mundo.

Dessa forma o Rotary foi criado e depois se

criou o espaço da mulher, quando a mulher quis ajudar

a economia americana, criando-se o jardim de infância e

a casa maternal, nos centros comerciais e industriais

para que a mãe não abandonasse os filhos e pudessem

ficar pertinho dela para que elas trabalhassem e

ajudassem a economia americana.

Segundo Hillary Clinton, a futura presidente

americana, que já está em campanha, se não fosse a

mulher ajudar nos negócios americanos e se não fossem

as professoras, o dólar não seria a moeda forte de hoje.

Agradeço a todas as mulheres a colaboração.

Sobre o evento que é maravilhoso, Senhora

Deputada Luzia Toledo, V. Ex.ª pegou o bastão da

Cinderela, porque reuniu nesta Mesa gente que pode

mudar o mundo. Sempre adorei o anel da professora do

curso normal. O primeiro anel que tive antes de ter os

outros cursos superiores, que é de ônix dos dois lados e

no meio tem um brilhante. O ônix é uma pedra preta.

Ele significa que ser professora é ajudar a luz nas

trevas.

Jovens que estão presentes, procurem prestar

atenção em tudo que as professoras fazem, pois vocês

estão caminhando em uma linha clara, iluminada.

A última coisa que gostaria de falar é que

podíamos adotar no Espírito Santo o sistema estrangeiro

em que na primeira semana na escola não deve haver

aula. Mas haver exame físico e mental para descobrir se

os alunos têm dislexia, se têm autismo, se passam por

problema de divórcio em casa, se são gordinhos e se

não enxergam direito. Para irem para as classes de

similares, com professores especializados.

Na Inglaterra, acabaram com o Bullying, há

vinte anos nas escolas com esse sistema. Outra coisa

importantíssima é o horário integral na escola. De

manhã, as matérias tradicionais, que todos têm. À tarde

só artes e esportes. Em todos os colégios precisa ter um

teatro e uma banda musical. Ver se consegue convencer

os políticos a darem um futuro melhor para essas

pessoas sendo educadas por professores especializados

e não perderem a leitura do livro dos professores.

Tenho dito!

A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –

PMDB) – Marlene, obrigada pela contribuição. Agora

falarão os inscritos. Primeiro, será a aluna. Gostaria que

você se identificasse, falasse seu nome e sua escola.

ISABELA ROCHA – Boa tarde a todos! Meu

nome é Isabela Rocha. Venho representar todos os

alunos do COEP. Quero agradecer a V. Ex.ª a

oportunidade que nos deu de estarmos nesta sessão, o

privilégio que tivemos e o conhecimento que pudemos

aderir com poemas lindos e maravilhosos que realmente

entraram em nossos corações.

A importância da leitura não só para jovens,

mas para todos, é essencial. Venho de um berço de

leitura, mas ainda não era de gostar de ler. E foi por

meio do projeto na minha escola, com Machado de

Assis, que comecei a aderir e fiquei muito feliz.

Venho parabenizar a Mesa por tudo que seus

integrantes falaram. Nem que seja um pouco, vamos

levar conosco. E não só conosco, mas espalhar para

todo o mundo.

Agradecemos a todos esta oportunidade.

A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Professora, gostaria que fizesse a mesma

coisa em dois minutos.

A SR.ª SILÊNIA DE AZEVEDO SILVEIRA

RANGEL – Gostaria de agradecer a todos o convite

feito à Escola Gomes Cardim, em nome do diretor

Wallace Bonicenha, e dessa turma maravilhosa que se

dispôs a vir hoje a esta Assembleia.

148 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Deixem-me dar uma explicaçãozinha de por

que estamos fazendo essa interação: não é sessão

solene. É uma sessão de trabalho. Sessão especial é de

trabalho. Não estamos nesta Assembleia Legislativa

homenageando ninguém. Já homenageamos Marien

Calixte. Agora estamos terminando a semana. É muito

importante. Normalmente faço começando pela

plenária. Marlene Webber sabe disso, porque não perde

nada que faço, vem a tudo. Começo pela plenária.

Por que começamos hoje pela Mesa? Porque

muitas das pessoas que estão à Mesa não

acompanharam a semana literária. Queria que a Mesa se

inteirasse do que foi feito nesta Casa. Por isso

começamos com a apresentação do que aconteceu na

nossa biblioteca da Assembleia Legislativa. E, devido a

isso, deixamos para o final. Se não tivesse a interação

de vocês, estaria faltando um pedaço porque é uma

sessão de trabalho.

A SR.ª SUELEN DE OLIVEIRA CAMPOS

– Boa-tarde! Meu nome é Suelen. Sou bibliotecária. Sou

recém-formada pela Ufes. Quero parabenizar todos e

todas e a plateia. É muito bonito ver essa quantidade de

alunos, porque também sou professora de História.

Quero dizer que fico feliz por esta sessão de

homenagem. Só senti falta, infelizmente, de um

representante da Ufes conosco e do pronunciamento de

um bibliotecário, porque é o responsável pela mediada

da informação. O professor em sala de aula e o

coordenador pedagogo são quem fazem com que o

aluno tenha esse amor pela leitura.

Deixo registrada a importância do bibliotecário

dentro da biblioteca nessa mediação, porque falou do

amor e também sou apaixonada pela profissão. Além de

bibliotecária, também sou arquivista.

Sinto o brilho que vi nos seus olhos. Realmente

atuar nessa profissão é poder mediar a informação.

Muito obrigada.

A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –

PMDB) – Suelen: nome lindo! Suelen, adorei seu

puxão de orelha. Sabe por quê? Não disse que santo de

casa não faz milagre? Não fez hoje.

Wanessa falou lindamente. Ela é bibliotecária.

Levante Wanessa. Mas Wanessa é santa de casa. Santo

de casa não faz milagre não! Já conheço isso. Mas pode

ter certeza de que ano que vem vamos ter uma

bibliotecária de biblioteca pública sentada à Mesa. Está

entendendo? De uma biblioteca pública. Daremos o

mesmo tempo que demos à Mesa para falar.

Você foi muito bem-vinda, Suelen. Chegou na

hora, falou o que quis. É isso que gostamos de ver neste

plenário para ver a interação. Senão vamos embora e

não sabemos se vocês ficaram felizes ou não. Muito

obrigada.

JOÃO VÍCTOR TAVARES DE OLIVEIRA

– Boa tarde a todos e à Mesa. Meu nome é João Víctor,

sou aprendiz do Coep. Como todos citaram, esta é uma

sessão especial, e como a senhora citou, Deputada Luzia

Toledo, o seu projeto é um trabalho específico para

ajudar.

Vim fazer um apelo não só para os alunos de

todas as escolas, mas para toda a sociedade. Na minha

época de ensino fundamental e médio não tive muito

auxilio sobre questão de leitura e de biblioteca. Então,

peço para a senhora como um trabalho, como a senhora

mesma disse que é um trabalho, que a senhora passe

para o secretário de educação sobre a questão de o

professor estar mais presente junto com o aluno dentro

da biblioteca. Colocar mais o aluno ensinando a ler,

focar mais o aluno. Desculpe a expressão, mas não

adianta ter só a biblioteca, é preciso ter pessoas para

lerem aqueles livros.

Creio que colocando os alunos trabalhando

baseado naqueles livros, vocês estariam produzindo

mais, trabalhando mais aquelas pessoas. Deixo esse

aparte baseado nisso. Nosso muito obrigado.

Agradeço aos alunos do Coep e em geral a

presença. Muito obrigado.

A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –

PMDB) – Quero te dar os parabéns, parabenizando

todos os alunos e as alunas do Coep.

Você fez uma observação fantástica. Iniciei

falando, mas a sua chamou muito mais atenção, porque

você é aluno, é jovem; você está sentindo na pele. E é

exatamente esse projeto que queremos construir com

esta Mesa que está aqui, junto com o secretário da

Educação.

Você tem toda a razão. Não adianta o aluno

chegar em uma biblioteca perdido, sem saber o que ele

quer, não ter um bibliotecário para monitorá-lo. E

também não é só monitorar, tem que ter amor ao que

faz.

A Rita de Cássia Maia responderá um pouco.

Concordo plenamente com a sua colocação. Acho que

foi para isso que fizemos esse debate a semana inteira,

João Víctor. Parabéns!

A diretora da Biblioteca Pública falará.

A SR.ª RITA DE CÁSSIA MAIA – Gostaria

de cumprimentar o João Víctor pela coragem de

apresentar uma proposta que na verdade representa um

desafio para todos os educadores, gestores, secretário da

Educação, professores e auxiliares; para todos que

fazem parte de um projeto político pedagógico para

transformar o país em um país de leitores.

Quero dizer que gostei muito de ouvir o

depoimento, a intervenção de todas as pessoas que

apresentaram alguma questão e fizeram algum

pronunciamento. Mas, em particular, isso que você

acabou de dizer, João Víctor, é de suma importância.

Isso diz respeito ao que aprendemos lá na nossa

formação docente na universidade, mas é um desafio

permanente na prática, ou seja, na formação. Ninguém

nasce sabendo, ninguém nasce gostando de ler. O gosto

pela leitura se desenvolve, se ensina, se compartilha, se

aprimora. Podemos sim despertar o gosto pela leitura, e

é isso que você está falando. Você está dizendo que é

preciso criar instâncias de leitura dentro da escola de

forma a fazer da leitura de fato uma experiência.

Leitura não tem que ser obrigação, não tem que

haver obrigatoriedade de ler esse ou aquele texto, mas é

fundamental que a leitura seja uma experiência de

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 149

descoberta e prazer.

Queria só endossar tudo o que você falou,

dizendo que, fundamentalmente, só se forma leitor se há

de fato esse propósito de se dar as mãos. Nesse sentido

não é o secretário da Educação que vai resolver o

problema, nem o da Cultura, nem os gestores

individualmente, nem o professor isoladamente. Somos

todos em rede, em todos os espaços e instâncias.

Falar de formação de leitor pressupõe a

pergunta: você gosta de ler? Perguntar a quem diz:

gostaria que meu filho lesse, você lê? Você oferece

livros em casa? Os livros estão colocados livremente?

Em suma, nunca houve tanta possibilidade de

acesso à palavra escrita como temos agora. As redes

sociais estão aí, mas a questão é o que se lê e como se

lê. Nesse sentido o desafio está posto para a família,

para a escola e, dentro da escola, simultaneamente, para

jovens, principalmente para professores e bibliotecários,

para que a experiência seja de descoberta e de prazer e

não de obrigação; não de imposição, mas de descoberta

e compromisso de todos. Não tem que esperar que

venha do alto, tem que ser compromisso de todos.

O SR. RAONI HUAPAYA – Senhora

Deputada Luzia Toledo, posso falar um pouquinho?

A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Pode, mas tem que ser rápido.

O SR. RAONI HUAPAYA – Entendo a

preocupação. O Ifes trabalha com formação docente,

tem essa preocupação, e nosso papel é justamente

preparar o docente para isso tudo o que a Rita está

abordando e já estamos bem motivados e mobilizados.

A Deputada tem nos provocado no sentido de oferecer

uma formação qualificada nessa área de mediação de

leitura.

Depois a Deputada pode falar, é a madrinha do

projeto, está conosco assumindo essa preocupação de

levar às escolas projetos mais criativos e inteligentes e

usar o Ifes, que tem essa capilaridade no Espírito Santo

inteiro. Hoje são vinte e dois campi atuando no Estado

inteiro. Só para falar que está vindo novidade, a

Deputada está comprometidíssima com o projeto.

A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO

– PMDB) – Mais alguém da plateia quer falar alguma

coisa? Obrigada, João Victor! Valeu!

Então, estamos indo para o encerramento.

Queria dizer a vocês e aos telespectadores e

telespectadoras que já existe nossa lei.

Peço uma salva de palmas para Nelzely Lima,

sem a qual eu não teria feito esse evento, de jeito

nenhum. (Palmas)

É minha assessora para esses compromissos

culturais e acaba tendo uma relação com todas as

pessoas muito próxima, isso é muito importante. Muito

obrigada, Nelzely! Muito obrigada, Renato Barbosa,

coordenador da Comissão de Educação que nos ajudou

muito! Fabiano Rossi, nosso jornalista, também deu

cobertura total ao evento, a Anette Musso não está

presente, mas também, muito obrigada!

A lei foi publicada agora. Ano que vem,

Nelzely, queria que fizéssemos em outubro, porque

ficou instituído o Dia Estadual dos Direitos Culturais

no calendário oficial do Estado, a ser comemorado

anualmente no dia 12 de outubro, que é o Dia da

Criança, mas podemos fazer uma mudança na data,

mantendo o mês e alterando o dia, se for o caso. Essa é

uma lei que acho que poderá incentivar muito e tem

uma bela justificativa, mas não dará para eu ler, senão

vocês ficarão com raiva de mim e eu não quero isso –

pedi dez minutos, e agora que começaram a ser

contados. Foi o governador Paulo Hartung que

sancionou essa lei no dia 28 de outubro de 2015.

Podemos aproveitar essa lei dentro de toda a nossa

gama cultural do Espírito Santo.

Quero pedir desculpas a uma pessoa. Se ele não

estiver nos vendo pela televisão, a quem estiver vendo

ou aos escritores presentes, de quem declinarei o nome,

peço, por favor, digam a ele que peço desculpas

publicamente. Peço desculpas sentidas ao escritor

Sérgio Blank. Liguei para ele e ofereci buscá-lo, mas

foram tantos os problemas que na hora não me lembrei.

Desculpe-me de verdade, porque mandaria buscá-lo,

mas não o fiz. Uma salva de palmas para o nosso

escritor Sérgio Blank. (Palmas)

Tenho muitos agradecimentos para fazer, mas o

faço aos escritores presentes no evento: Almerinda da

Silva Lopes, que ainda está conosco; professora Sandra

Gasparini, nós duas temos um trabalho de Santa Teresa

muito grande, e em nome da cultura daquela Cidade

peço uma salva de palmas para essa professora e

escritora. Registro que seu último livro, sobre Santa

Teresa e a colonização italiana, está belíssimo,

maravilhoso. (Palmas)

Agradeço também ao Celso Luiz Caus, escritor.

Peço uma salva de palmas para o nosso companheiro,

nosso amigo. (Palmas)

Ao nosso lado, José Roberto Santos Neves,

subsecretário que esteve conosco desde o primeiro dia,

muito obrigada! Agradeço à Susi Nunes, presidenta da

Academia de Letras de Serra. Vi quando ela saiu.

Agradeço à Laurany Márcia Matiello Redins, da

Universidade Federal do Espírito Santo, que esteve na

Casa durante a semana, a palestra para os alunos. A

Laurany tem um currículo maravilhoso. Que

continuemos juntas!

Agradeço ao Zé do Riso, da Academia de

Letras de Cariacica. Ele esteve na Casa ontem – quando

deu uma palinha para os alunos do Coep que se faziam

presentes – e hoje também está presente; ao Antonio de

Pádua Gurgel, que esteve presente, mas também saiu.

Agradeço à Adriana dos Santos Ferreira Franco

Ribeiro, diretora do DDI; também à Lindalva Maria

Cardoso da Conceição, coordenadora da biblioteca; e à

Wanessa Santos Lodi, bibliotecária – portanto teve uma

bibliotecária falando, só que é santo de casa. A

Wanessa esteve à frente recebendo os alunos e falando

sobre a biblioteca e sobre o trabalho que é feito dentro

da nossa biblioteca.

Agradeço à TV Ales e aos seus cinegrafistas e

jornalistas, se vocês não dessem essa cobertura,

seguramente esta semana não teria a repercussão que

teve na sociedade do Espírito Santo.

Hoje, a nossa TV Ales tem cobertura em São

150 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Mateus, Linhares, Grande Vitória, Guarapari e

Cachoeiro de Itapemirim. Estamos sendo vistos em

todos esses municípios, durante todo esse tempo nesta

sessão. É um momento muito importante para a cultura

capixaba.

Agradeço aos fotógrafos: Antonio Carlos Sessa

Neto, o Tonico; e Reinaldo Carvalho. Reinaldo é esse

que está fotografando. O Tonico não está presente

agora, mas cobriu absolutamente tudo. Digo para o

Tonico que ele é o nosso comendador. Demos a ele a

comenda Domingos Martins. Ele é o nosso

comendador. E o Reinaldo nos acompanha com muita

competência.

Agradeço aos seguranças da Casa, todos os

seguranças. Na verdade foram eles que receberam os

alunos. Muito obrigada.

Agradeço ao pessoal do som, que estão lá atrás,

ninguém os veem, mas são nossos companheiros e, na

verdade, dão qualidade a nossa fala.

Agradeço a todos os funcionários do cerimonial

na pessoa do Sérgio Sarkis Filho, que esteve conosco

até agora e é um grande companheiro.

Agradeço às nossas taquígrafas e aos nossos

taquígrafos. Agora conseguiram colocá-las no alto. Não

era assim. Elas ficavam lá embaixo. Mas agora

conseguiram colocá-las no alto, em cima de um tablado,

mais próximas das pessoas.

Quero fazer um pedido à Mirian Scárdua,

diretora do nosso Diário Oficial, se for possível, porque

o que não é possível não é. Gostaria que fossem

publicadas as notas taquigráficas desta sessão cultural.

Os taquígrafos estão fazendo ao pé da letra toda a nossa

sessão. Mas quero, de forma destacada, este documento,

para que possamos enviá-lo para a Secretaria da

Educação; Secretaria da Cultura; Secretaria do Turismo;

Biblioteca Estadual; Governador Paulo Hartung, enfim,

enviar a publicação a todas as autoridades do Estado.

Pode? Então, uma salva de palmas para a Mirian

Scárdua. (Palmas)

Agradeço também aos nossos técnicos de modo

geral que nos ajudaram; ao nosso garçom, porque sem

ele não teríamos tomado água e café. Muito obrigada.

Agora, peço licença aos nossos alunos e alunas,

a todos que estão nesta sessão, porque lerei um

documento que fiz para ficar registrado nas notas

taquigráficas da Assembleia. Gostaria de lê-lo agora,

antes do descerramento da placa Marien Calixte.

Como estamos em reforma e soube que no

espaço Marien Calixte as coisas não estão muito bem, já

não estava no dia que fizemos a inauguração do espaço,

mas o espaço ficará muito bacana. Mesmo assim iremos

ao espaço tirar fotos e fazer as chamadas da TV.

Lerei um texto que fiz para o Marien Calixte,

porque tudo começou com a nossa pretensão de

homenageá-lo. Portanto, peço licença a todos vocês

para ler o documento que fiz:

Marien Calixte era jornalista, radialista, escritor, pintor e um grande apreciador de música, em especial o

jazz.

Carioca de nascimento e capixaba de coração, Marien veio para o nosso Estado aos dez anos. Era filho de um

paisagista francês que lutou na 1.ª Guerra Mundial e de

uma professora primária, que era capixaba.

Durante mais de cinco décadas, ele se dedicou ao jornalismo, rádio, literatura, pintura, música; foi

produtor cultural, diretor de teatro e, também, foi

diretor de redação do jornal A Gazeta. Publicou duas dezenas de livros, entre biografias, ficções e haicais.

Vi seu crescimento profissional e pessoal, conquistado através do trabalho incansável para a promoção da

cultura em nosso Estado.

Seu famoso programa de rádio, “O Som do Jazz”,

embalava os apaixonados por esse estilo de música, onde Marien deixava uma marca única: a do

conhecimento profundo desse estilo musical. Registre-se que esse programa foi ao ar por 55 anos

consecutivos.

Casado com Terezinha Calixte, por 48 anos, teve 02

filhos: Luiz Henrique e Daniela. Teve a alegria de ser

avô de dois netos: Guilherme – 15 anos, Maria Luzia – 3 anos. O terceiro neto, Lucas – 1 ano, ele não pode

conhecer.

Tive o privilégio de ser sua companheira de trabalho na

Cia. Docas do Espírito Santo, onde eu exercia a profissão de advogada sênior, e Marien trabalhava no

setor de comunicação. Ali aprendi a amar e respeitar o refinado gosto de Marien para as artes.

Quando me lancei candidata a vereadora em 1988, Marien foi quem me ajudou a fazer meu primeiro Plano

de Atuação Política. Naquela época, dentre os tópicos

mais importantes, estava a revitalização do Centro da Cidade de Vitória. [...]

Marien fez o prefácio do meu primeiro

jornalzinho. O jornalzinho era muito ruim e feito com

um papelzinho muito ruim, mas o texto dele era

brilhante. Ele queria limpar a capital do Estado,

principalmente o centro da cidade. No prefácio, ele se

dirigiu à Escadaria Maria Ortiz. Ele queria que

tirassem todas aquelas placas chamativas que tiram a

beleza de qualquer lugar. Foi exatamente puxando para

essa revitalização que Marien fez o prefácio do meu

primeiro jornalzinho, em 1988, quando fui candidata a

vereadora.

Fiquem certos de que ganhei a eleição e, claro,

que ele teve a participação naquela minha primeira

aventura ou coragem política. Estou fazendo agora vinte

e seis anos de vida política. Estou no oitavo mandato.

Continuando a leitura:

[...] Marien fez parte de minha vida e conquistou uma amiga, através de sua pureza, humildade, inteligência...

Quero dizer para você, meu amigo Marien, que

amizade é uma semeadura no coração. A semente

brota, se fortalece e, após crescida, nos dá permanentes flores de amor. Somente quem tem uma amizade

verdadeira, como foi a nossa, sabe da pedra preciosa

que é um amigo.

Você sempre será amor em meu coração.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 151

Muito obrigada.

Muito obrigada aos que me ouviram falar do

meu amigo Marien Calixte. Agradeço a todos. Que bom

que você ainda está sorrindo, minha linda! Que

maravilha! Os alunos ainda estão sorrindo. Isso não é

fácil. Quero dizer a todos os escritores presentes e a

todos os amantes da cultura que essa foi apenas a

primeira semana porque ano que vem faremos o mês

inteiro.

Já estamos aceitando colaboração. Quem puder

ajudar a construir o mês de outubro do ano que vem.

Quem puder dar sua opinião, sua participação, sua

parceria, estaremos recebendo. Estão presentes a

Nelzely Sperandio, o Renato Barbosa, coordenador da

Comissão de Educação, e o Fabiano Rossi, enfim, meu

gabinete de um modo geral. Não procurem por mim,

procurem por eles e comecem a dar suas opiniões.

Encerrarei desejando a todos um bom final de

semana, que Deus nos abençoe no regresso às nossas

casas, agradecendo-O este momento tão iluminado que

foi falar de cultura nesta Casa.

Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a

presente sessão. Antes, porém, convoco os Senhores

Deputados para a próxima, ordinária, dia16 de

novembro de 2015, para a qual designo

EXPEDIENTE:

O que ocorrer.

ORDEM DO DIA: anunciada na centésima

quinta sessão ordinária, realizada no dia 11 de

novembro de 2015.

Está encerrada a sessão.

*Encerra-se a sessão às dezesseis horas e

cinquenta minutos.

CENTÉSIMA SEXTA SESSÃO

ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO

LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA

OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 16

DE NOVEMBRO DE 2015.

(De acordo com o registrado no painel eletrônico, à hora

regimental, para ensejar o início da sessão, comparecem

os Senhores Deputados Almir Vieira, Bruno Lamas,

Cacau Lorenzoni, Da Vitória, Dary Pagung, Doutor

Hércules, Edson Magalhães, Eliana Dadalto, Enivaldo

dos Anjos, Erick Musso, Euclério Sampaio, Freitas,

Guerino Zanon, Marcelo Santos, Padre Honório, Pastor

Marcos Mansur, Sandro Locutor, Sergio Majeski e

Theodorico Ferraço)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO – DEM) – Invocando a proteção de Deus,

declaro aberta a sessão.

(Assume a 1.ª Secretaria o Senhor Deputado Enivaldo

dos Anjos e a 2.ª Secretaria o Senhor Deputado Cacau

Lorenzoni)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO – DEM) – Convido o Senhor Deputado

Cacau Lorenzoni a proceder à leitura de um versículo

da Bíblia.

(O Senhor Deputado Cacau Lorenzoni lê Mateus,

5:8)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO – DEM) – Convido o Senhor 2.º Secretário

a proceder à leitura da ata da centésima quinta sessão

ordinária, realizada em 11 de novembro de 2015.

(Pausa)

(O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Aprovada a ata como lida.

(Pausa)

Convido o Senhor 2.º Secretário a proceder à

leitura da ata da quadragésima segunda sessão solene,

realizada em 12 de novembro de 2015. (Pausa)

(O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da ata)

(Comparece o Senhor Deputado Gildevan Fernandes)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Aprovada a ata como lida.

(Pausa)

Convido o Senhor 2.º Secretário a proceder à

leitura da ata da décima quarta sessão especial,

realizada em 12 de novembro de 2015. (Pausa)

(O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da ata)

(Comparece a Senhora Deputada Luzia Toledo)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Aprovada a ata como lida.

(Pausa)

Convido o Senhor 2.º Secretário a proceder à

leitura da ata da décima quinta sessão especial,

realizada em 13 de novembro de 2015. (Pausa)

(O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da

ata)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Aprovada a ata como lida.

(Pausa)

A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) –

Senhor Presidente, pela ordem! Solicito um minuto de

silêncio pelo falecimento do senhor Aldenor Almeida

dos Santos. S.S.ª foi professor por muitos anos em

Linhares, diretor na Escola Afrânio Peixoto e delegado

da Adesg - Associação dos Diplomados da Escola

Superior de Guerra. O sepultamento foi ontem. Foi uma

pessoa que muito contribuiu para o Município de

Linhares.

O SR. DOUTOR HÉRCULES – (PMDB) –

Senhor Presidente, pela ordem! Aproveito o

152 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

requerimento da Senhora Deputada Eliana Dadalto para

requerer um minuto de silêncio pelo falecimento do

nosso conterrâneo, amigo e colega de turma Ricardo

José Baptista. S.S.ª foi sepultado sexta-feira, no

cemitério de Vargem Alta.

Ricardo José Baptista foi chefe da enfermaria

de queimados do Hospital Infantil Nossa Senhora da

Glória. Cuidava das crianças que tinham sequelas de

queimaduras, cicatrizes marcantes, que marcava a alma

das crianças, o bullying, a depressão e o preconceito.

Ricardo foi esse missionário da saúde,

cuidando das crianças, principalmente as pobres

internadas pelo SUS, no Hospital Infantil Nossa

Senhora da Glória.

O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Senhor

Presidente, pela ordem! Na mesma ordem, gostaria de

pedir um minuto de silêncio pelo falecimento de

Wanderlei Schulz, proprietário há mais de trinta anos do

Jornal O Regional, que circulava em Aimorés, Baixo

Guandu, e em todo o noroeste do Espírito Santo. É com

pesar que comunico seu falecimento, pedindo um

minuto de silêncio.

O SR. ALMIR VIEIRA – (PRP) – Senhor

Presidente, pela ordem! Também gostaria de aproveitar

os requerimentos para solicitar um minuto de silêncio

em homenagem às vítimas do covarde ataque do Estado

Islâmico à França.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) - Solicito a todos que, de pé,

façamos um minuto de silêncio. (Pausa)

(A Casa presta a homenagem)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) - Convido o Senhor 1.º Secretário

a proceder à leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

OFÍCIO N.º 404/2015

Vitória, 29 de outubro de 2015.

Senhor Presidente:

Em atendimento ao voto do Relator,

Conselheiro José Antônio Almeida Pimentel,

encaminhamos, para ciência de Vossa Excelência

cópias do Acórdão TC-1416/2015, do Relatório de

Auditoria Coordenada na Atenção Básica de Saúde, no

parecer Ministerial e do Roteiro único de

Monitoramento, prolatado nos autos do Processo TC-

2811/2014, que trata de Fiscalização Ordinária –

Auditoria, nas Secretarias Municipais de Saúde.

Atenciosamente,

DOMINGOS AUGUSTO TAUFNER

Presidente do TCEES

Ao

Ex. mo

Sr.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo

NESTA

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) - Ciente. Às Comissões de Saúde

e de Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE FINANÇAS, ECONOMIA,

ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE E

TOMADA DE CONTAS

OFÍCIO N.º 971/2015

Vitória, 09 de novembro de 2015.

Senhor Presidente:

Com fulcro no artigo 67, inciso XVI,

encaminhamos a Vossa Excelência o Relatório das

atividades desta Comissão, referente ao mês de outubro

de 2015.

Atenciosamente,

DARY PAGUNG

Presidente da Comissão de Finanças

Ao

Ex. mo

Sr.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo

NESTA

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) - Ciente. Arquive-se.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA -

SECULT

OFÍCIO N.º 534/2015

Vitória, 10 de novembro de 2015.

Senhor Presidente:

Em cumprimento ao disposto no §2º do art.

116 da Lei n.º 8.666/93, encaminhamos, em anexo, o

Resumo do Termo de Convênio n.º 9009/2015, firmado

entre o Estado do Espírito Santo por intermédio da

Secretaria de Estado da e a Associação dos Amigos da

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 153

Musica ALLEGRO, registrado na Secretaria de Estado

de Controle e Transparência sob n.º 150087.

Atenciosamente,

JOÃO GUALBERTO MOREIRA VASCONCELOS

Secretário de Estado da Cultura

Rua Luiz Gonzales Alvarado, n.º 51 – Enseada do Suá –

Vitória – Espírito Santo – 29.050-380

Tel.: 3636-7100 – Email: [email protected]

www.secult.es.gov.br

Ao

Ex. mo

Sr.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo

NESTA

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) - Ciente. Às Comissões de Cultura

e de Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL,

SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

OFÍCIO N.º 82/2015

Vitória, 03 de novembro de 2015.

Senhor Presidente:

Nos termos do artigo 67, inciso XVI do

Regimento Interno, encaminho a Vossa Excelência

Relatório Mensal das Atividades desta Comissão,

referente ao mês de outubro de 2015.

Atenciosamente,

ELIANA DADALTO

Presidente da Comissão de Assistência Social,

Segurança Alimentar e Nutricional

Ao

Ex. mo

Sr.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo

NESTA

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) - Ciente. Arquive-se.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA DEPUTADA

OFÍCIO N.º 241/2015

Vitória, 11 de novembro de 2015.

Senhor Presidente:

Com base no Capítulo IV, artigo 305, Inciso 6º,

do Regimento Interno, informo que no dia 10 de

novembro de 2015, às 14:hs, me encontrava em missão

Parlamentar promovida pela ALES, na Câmara

Municipal de Colatina, na audiência publica que tratou

dos possíveis impactos ambientais e humanos, danos

causados pela lama proveniente do rompimento de duas

barragens da mineradora Samarco na cidade de Mariana

em (MG). Incidente esse que compromete o Rio Doce

nos municípios de Baixo Guandu, Colatina e Linhares.

Em decorrência de integrar a Comissão

Parlamentar de nossa Assembleia Legislativa, ficou

definido nossa justificativa na Sessão da ALES na

mesma data.

JANETE DE SÁ

Deputada Estadual – Líder do PMN

Ao

Ex. mo

Sr.

THEODORICO FERRAÇO Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo

NESTA

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) - Justificada a ausência, à

Secretaria.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

OFÍCIO N.º 161/2015

Vitória, 11 de novembro de 2015.

Senhor Presidente:

Com base no Artigo 305, inciso I do Regimento

Interno desta Casa de Leis, venho por meio deste,

JUSTIFICAR minha ausência na Sessão Ordinária do

dia 10 de Novembro do corrente, em virtude da

participação na reunião realizada no município de

Colatina/ES da Comissão especial de representação

criada por esta Casa de Leis para avaliar os efeitos

causados pelo rompimento da barragem de rejeitos no

estado de Minas Gerais.

Sem mais para o momento, espero que minha

justificativa seja deferida e aproveito para reiterar meu

apreço e distinta consideração.

Atenciosamente,

RODRIGO COELHO

Deputado Estadual - PT

Ao

Ex. mo

Sr.

154 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

THEODORICO FERRAÇO Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo

NESTA

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) - Justificada a ausência, à

Secretaria.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.º

313/2015, do Governador do Estado, encaminhando

Projeto de Lei nº 454/2015, que inclui entidades no

Anexo V da Lei Orçamentária nº 10.347, de 06 de

fevereiro de 2015, para atender a Associação de

Agroturismo e Agroindústria Nova Venécia –

AGRONOVA. Publicada integralmente no DPL do

dia 17 de novembro de 2015.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Publique-se. À Comissão de

Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.º

314/2015 do Governador do Estado, encaminhando

Projeto de Lei nº 455/2015, que trata da regularização

específica para os imóveis localizados na área

conhecida como “Campinho do Moscoso” e revoga a

Lei nº 10.340 de 20 de janeiro de 2015. Publicada

integralmente no DPL do dia 17 de novembro de

2015.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Publique-se. Após o

cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às

Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania e

Direitos Humanos, de Agricultura e de Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.º

315/2015 do Governador do Estado, encaminhando

Projeto de Lei nº 458/2015, que introduz alterações na

Lei nº 10.376, de 08 de junho de 2015, que instituiu

Programa de Parcelamento Incentivado de Débitos

Fiscais. Publicada integralmente no DPL do dia 17

de novembro de 2015.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Publique-se. Após o

cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às

Comissões de Justiça e de Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

PROJETO DE LEI N.º 456/2015

Dispõe sobre a obrigatoriedade a todas as montadoras e revendedoras de motos, motocicletas, motonetas,

ciclomotores ou assemelhados, no Estado do Espírito

Santo a ofertarem curso de pilotagem defensiva.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Artigo 1º - É obrigatório a todas às montadoras

e revendedoras de motos, motocicletas, motonetas,

ciclomotores ou assemelhados, no Estado do Espírito

Santo, a ofertarem curso de pilotagem defensiva.

Artigo 2° - O descumprimento ao que dispõe

esta Lei, sujeitará o infrator em multa de 10.000 (dez

mil) a 50.000 (cinquenta mil) VRTE (Valor de

Referência do Tesouro Estadual).

Artigo 3º - Esta lei entra em vigor 180 (cento e

oitenta) dias após a data de sua publicação.

Sala das Sessões, 10 de novembro de 2015.

AMARO NETO

Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

O curso de Pilotagem defensiva é fundamental

para a segurança dos condutores de motos,

motocicletas, motonetas, ciclomotores ou assemelhados.

O perigo é eminente a bordo de uma moto, o piloto deve

sempre antever o perigo e usar equipamentos de

segurança, para que os riscos sejam minimizados.

A pilotagem defensiva e o uso racional do

veículo juntos é a forma mais eficaz de evitar acidentes.

Bons capacetes, jaquetas, luvas e botas ajudam a

proteger o motociclista, porém, não tem sido suficiente

para obstar tragédias.

O Brasil vive hoje uma epidemia de acidentes

com motocicletas, e o Espírito Santo não foge a essa

estatística. Segundo reportagem do canal de notícias G1

o Serviço de Atendimento Móvel atende 13 vítimas de

acidentes com motos por dia no Estado e, segundo o

coordenador-geral do SAMU, Antônio Carlos Gomes,

os acidentes de motos são os mais graves. “O

motoqueiro está desprotegido. São vítimas de diversas

fraturas, quebras de braço, perna, pancadas graves na

cabeça”.

Houve uma explosão no número de

atendimentos nas unidades de saúde por conta disso, o

gasto médio com internação por paciente de acidente de

moto é de R$ 11 mil.

Percentual relevante refere-se ao crescimento

da frota de motos no Estado, segundo dados do

Departamento Estadual de Trânsito no Estado

(DETRAN-ES), o número de motocicletas chegou a 400

mil até junho de 2015, significando um aumento de

300% em dez anos. Isso reflete nos atendimentos

hospitalares do Estado. Foram registrados de acordo

com o Serviço de Atendimento Móvel do Estado

(SAMU) mais de 1.500 atendimentos por acidente com

moto no Espírito Santo, nos primeiros quatro meses de

2015. Esses dados correspondem a uma média de 387

acidentes por mês.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 155

A exemplo do que é proposto nesse projeto de

lei, a Honda, uma das maiores fabricantes de

motocicletas, já oferece curso de direção com o objetivo

de difundir conceito de pilotagem defensiva, porém, os

Centros Educacionais de Trânsito Honra estão

instalados em somente 2 Estados brasileiros, São Paulo

e Pernambuco. O Estado de Pernambuco também já

aprovou lei similar aos termos ora propostos.

Este projeto de lei tem como meta a

preservação da vida dos usuários no seguimento de duas

rodas, visando sua instrução adequada ao tipo de

veículo que está adquirindo.

Diante do exposto, apresento aos ilustres

deputados e a sociedade civil o presente projeto de lei.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Publique-se. Após o

cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às

Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania e

Direitos Humanos, de Mobilidade Urbana, de

Segurança e de Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

PROJETO DE LEI N.º 457/2015

DETERMINA AOS CLUBES DE FUTEBOL

SEDIADO NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

QUE ASSEGUREM MATRÍCULA EM

INSTITUIÇÃO DE ENSINO AOS JOGADORES

MENORES DE 18 (DEZOITO) ANOS A ELES

VINCULADOS, E DÁ DOUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Art. 1° – Os clubes de futebol oficiais do

Estado do Espírito Santo devem assegurar que estejam

matriculados em instituição de ensino, pública ou

particular, todos os jogadores menores de 18 (dezoito)

anos com os quais possuam qualquer forma de vínculo,

fiscalizando e incentivando a sua frequência e

aproveitamento escolar.

Parágrafo único: Consideram-se clubes

oficiais as associações devidamente registradas e

reconhecidas pela Federação Espírito-Santense de

Futebol.

Art. 2° - Os clubes de futebol que não

regularizarem a situação de matrícula escolar dos

jogadores de futebol menores de 18 (dezoito) anos a

eles vinculados ficarão impedidos de participar de

jogos, torneios, campeonatos e competições oficiais no

Estado.

Parágrafo único: Além da proibição prevista

no caput deste artigo, os clubes que não atenderem o

disposto no artigo 1° desta lei, não poderão obter

quaisquer benefícios oriundo do Poder Público.

Art. 3° - Os clubes de futebol terão a

responsabilidade de encaminhar à Federação Espírito-

Santense de Futebol, anualmente, os comprovantes de

matrícula e, semestralmente, os atestados ou certidões

de frequência escolar dos jogadores menores de 18

(dezoito) anos.

§ 1° - Recebidos os documentos, a Federação

Espírito-Santense de Futebol deverá encaminhá-los,

junto com a lista dos jogadores inscritos nas

competições oficiais, à comissão de Educação da

Assembleia Legislativa do Estado, para as devidas

providências, podendo a Secretaria de Estado de

Educação requisitar esses documentos para as devidas

anotações.

§ 2° - A não entrega dos comprovantes de

matrículas e frequência dos jogadores, nos termos do

artigo 1° desta lei, pelos clubes oficias, à Federação

Espírito-Santense de Futebol presumirá o

descumprimento desta lei, acarretando a aplicação de

penalidade.

Art. 4° - Esta Lei entra em vigor 90 (noventa)

dias após a data de sua publicação.

Sala das Sessões, 09 de novembro de 2015.

AMARO NETO

Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

O presente projeto foca no futebol, além de ser

um compromisso com a educação e com a juventude.

O Estatuto da Criança e Adolescente, em seu

artigo 53, estabelece que a criança e o adolescente, até

os dezoito anos, tem direito à educação, visando ao

pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o

exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.

Portanto, esta proposição visa garantir, através de

medida concreta e objetiva, que seja respeitado

efetivamente esse direito.

No Estado de São Paulo, o deputado estadual

Raul Marcelo aprovou o Projeto de Lei n°. 13.748/2009,

com o objetivo de estimular a valorização da educação

no Estado e servir como um instrumento de proteção ao

futuro de milhares de jovens que abandonam os estudos

para tentar um contrato profissional, outro estado que

apresentou proposta semelhante é o Estado vizinho do

Rio Grande do Sul, apresentando pela deputada

Catarina Paladini, bem como o estado de Santa Catarina

no Projeto de Lei 0027.1/2015, pelo deputado Leonel

Pavan.

Sabemos nobres deputados que, na maioria das

vezes, muitos jovens que ambicionam ser profissionais

do futebol terminam a vida sem o sonhado contrato,

sem formação e sem emprego, expondo-se a situação d

risco e vulnerabilidade social.

156 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Neste sentido, baseando-se nesta proposta

aprovada no Estado de São Paulo, a presente proposição

beneficiará centenas de jovens Espírito-santenses que,

muitas vezes, abandonam os estudos para se dedicar ao

futebol nos clubes.

Considerando todas as justificativas aqui

apresentadas, encaminhamos o seguinte projeto de lei

para apreciação.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Publique-se. Após o

cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às

Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania e

Direitos Humanos, de Educação, de Desporto e de

Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de

Decreto Legislativo n.º 119/2015, do Deputado Hudson

Leal, que concede Título de Cidadania Espírito-

Santense a Senhora Márcia Vitor Nascimento.

Publicado integralmente no DPL do dia 17 de

novembro de 2015.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Publique-se. Após o

cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às

Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania e

Direitos Humanos.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de

Decreto Legislativo n.º 120/2015, do Deputado Hudson

Leal, que concede Título de Cidadania Espírito-

Santense ao Senhor Jorge Armando Córdova Guzmán.

Publicado integralmente no DPL do dia 17 de

novembro de 2015.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Publique-se. Após o

cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às

Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania e

Direitos Humanos.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de

Decreto Legislativo n.º 121/2015, do Deputado

Enivaldo dos Anjos, que concede Título de Cidadania

Espírito-Santense a Srª. Cleia Coelho Dias. Publicado

integralmente no DPL do dia 17 de novembro de

2015.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Publique-se. Após o

cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às

Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania e

Direitos Humanos.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de

Decreto Legislativo n.º 122/2015, da Deputada Janete

de Sá, que concede Título de Cidadania Espírito-

Santense ao Sr. José Jorge de Oliveira Rodrigues.

Publicado integralmente no DPL do dia 17 de

novembro de 2015.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Publique-se. Após o

cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às

Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania e

Direitos Humanos.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º

232/2015

Senhor Presidente:

O Deputado que abaixo subscreve, no uso de suas

prerrogativas constitucionais e regimentais,

especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da

Constituição Estadual, requer a Vossa Excelência que

encaminhe ao Excelentíssimo Senhor Secretário de

Estado da Educação, o seguinte pedido:

1) Informações quanto a doação de um terreno para

a construção da EEEFM Coronel Antônio Duarte,

localizada no Município de Iconha.

A Referida escola, situada no município de

Iconha consta o início do seu funcionamento da década

de 1930 e o atual prédio fundado em 1982. Tomando

como base essas informações, requer-se:

- Existe algum terreno doado pela Prefeitura Municipal

de Iconha para a construção da nova sede da referida

escola?

- Há previsão de início das obras de construção?

Havendo, qual a previsão para conclusão?

Sala das Sessões, 09 de novembro de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual - PSDB

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Oficie-se.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º

233/2015

Senhor Presidente:

O Deputado que abaixo subscreve, no uso de

suas prerrogativas constitucionais e regimentais,

especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 157

Constituição Estadual, requer a Vossa Excelência que

encaminhe ao Excelentíssimo Senhor Secretário de

Estado da Educação, o seguinte pedido:

1) Informações Relacionadas à Obra de Reforma e

Ampliação da E.E.E.F.M Ana Portela de Sá,

localizada no Município de Vila Pavão-ES:

Em recente visita realizada na referida escola por

este deputado, constatou-se que as obras do novo

prédio foram concluídas no ano de 2014, porém

passado quase um ano após a conclusão da obra, os

340 alunos continuam estudando em espaço cedido

pela escola municipal Professora Ester da Costa

Santos, que atualmente não comporta tal

contingente de alunos. Tomando como base essas

informações requer-se:

- Status atual da obra;

- Etapas concluídas;

- Qual o prazo para entrega da obra à comunidade

escolar?

Sala das Sessões, 09 de novembro de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual - PSDB

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Oficie-se.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º

234/2015

Senhor Presidente:

O Deputado que abaixo subscreve, no uso de

suas prerrogativas constitucionais e regimentais,

especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da

Constituição Estadual, requer a Vossa Excelência que

encaminhe ao Excelentíssimo Senhor Secretário de

Estado da Educação, o seguinte pedido:

Informações Relacionadas a construção de Quadra

Poliesportiva na E.E.E.F.M. PASTOR ANTONIO NUNES DE CARVALHO, localizada no

Município de Alto Rio Novo-ES:

A escola PASTOR ANTONIO NUNES DE

CARVALHO é a única escola estadual do município

de Alto Rio Novo e de acordo com a SEDU possui

hoje 794 matrículas. Apesar do expressivo número

de matrículas a escola não possui quadra de esportes

própria, e de acordo com avaliação realizada por

equipe técnica da secretaria de educação existe

espaço próprio para isso. Tomando como base essas

informações, requer-se:

1 - Existe projeto de contrução de Quadra de

Esportes na referida escola?

2 – Qual o prazo para início e conclusão das obras?

Sala das Sessões, 03 de novembro de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual - PSDB

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Oficie-se.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º

235/2015

Senhor Presidente:

O Deputado que abaixo subscreve, no uso de

suas prerrogativas constitucionais e regimentais,

especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da

Constituição Estadual, requer a Vossa Excelência que

encaminhe ao Excelentíssimo Senhor Secretário de

Estado da Educação, o seguinte pedido:

Informações Relacionadas a retomada e conclusão

das obras da Quadra Poliesportiva da E.E.E.F.M. JOB PIMENTEL, localizada no Município de Alto

Rio Novo-ES:

Existem três escolas da rede estadual em

Mantenópolis, sendo a mais expressiva em número

de matrículas a Escola Job Pimentel, atualmente

com 720 alunos. Através de visita realizada por este

deputado que vos subscreve, ficou constato a

inconclusão das obras de construção da quadra de

esportes da escola, iniciada há mais de dez anos.

Tomando como base essas informações, requer-se:

1 – Qual o prazo para retomada das obras da

quadra de esportes?

2 – Qual o prazo conclusão das obras?

Sala das Sessões, 03 de novembro de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual - PSDB

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Oficie-se.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

158 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

GABINETE DO DEPUTADO

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º

236/2015

Senhor Presidente:

O Deputado que abaixo subscreve, no uso de

suas prerrogativas constitucionais e regimentais,

especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da

Constituição Estadual, requer a Vossa Excelência que

encaminhe ao Excelentíssimo Senhor Secretário de

Estado da Educação, no prazo constitucionalmente

definido, as informações abaixo elencadas e as cópia de

todos os documentos e processos que embasem e

comprovem as correspondentes respostas.

1 – Em recente visita à ESCOLA ESTADUAL DE

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO JERÔNIMO MONTEIRO, localizada no município de Jerônimo

Monteiro, foram identificados problemas, como: a)

laboratório de informática com equipamentos obsoletos;

b) conexão de internet lenta e instável; c) climatização

inadequada, necessitando de mais ventiladores e

aparelhos de ar-condicionado; d) Rede elétrica

deficiente e defasada; f) Falta de laboratório de ciências.

Dada à existência de tantos problemas estruturais,

requer-se do Excelentíssimo Senhor Secretário de

Estado da Educação informações sobre a existência de

reforma e ampliação da referia instituição, bem como os

devidos prazos.

Sala das Sessões, 09 de novembro de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual - PSDB

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Oficie-se.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º

237/2015

Senhor Presidente:

O Deputado que abaixo subscreve, no uso de

suas prerrogativas constitucionais e regimentais,

especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da

Constituição Estadual, requer a Vossa Excelência que

encaminhe ao Excelentíssimo Senhor Secretário de

Estado da Educação, o seguinte pedido:

1) Informações Relacionadas ao conserto do telhado

da E.E.E.F.M. JOSÉ DAMASCENO FILHO,

localizada no MunicípiO DE Baixo Guandu-ES:

O município de Baixo Guandu possui hoje cinco

escolas estaduais, sendo a escola José Damasceno

Filho a mais expressiva em número de matrículas,

no presente ano letivo de acordo com dados da

SEDU são 1.017. Recentemente a referida escola

passou por um processo de reforma e ampliação

porém a obra foi entregue com um grave problema

estrutural, fortes infiltrações no telhado, quando

chove a água escoa pelos canais dos ventiladores e

lâmpadas. Constatado o problema a direção da

escola recorreu a secretaria de educação, que por

sua vez enviou uma equipe para avaliação porém até

o presente momento nenhuma medida foi tomada.

Tomando como base essas informações, requer-se:

- Qual o prazo para solução do problema?

Sala das Sessões, 03 de novembro de 2015.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Oficie-se.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA DEPUTADA

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º

240/2015

Senhor Presidente:

O Deputado abaixo assinado, no uso de suas

prerrogativas constitucionais e regimentais,

especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da

Constituição Estadual, requer a V. Exª que encaminhe

ao Exmº Sr. Secretário Estadual de Educação, o

seguinte pedido de informações sobre:

1)- Andamento da Confecção do Projeto de

Construção da EMEF Talma Drumond Pestana,

localizada no município de Linhares/ES. Apesar de

ser uma escola municipal, o presente projeto está sob

responsabilidade do Governo do Estado do Espírito

Santo.

Sala das Sessões, 10 de novembro de 2015.

ELIANA DADALTO

Deputado Estadual

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Oficie-se.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º

241/2015

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 159

Senhor Presidente:

O Deputado abaixo assinado, no uso de suas

prerrogativas constitucionais e regimentais,

especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da

Constituição Estadual, requer a V. Exª que encaminhe

ao Exmº Sr. Secretário de Estado de Esporte e Lazer, o

seguinte pedido de informações:

1 – Cópia de todo o processo que culminou com a

contratação da empresa para execução da obra do

Projeto Praça Saudável no bairro Tubarão,

Serra/ES.

2 – Nome da empresa vencedora do certame?

3 – Relatório de medições e pagamentos dos serviços

alusivos à praça?

4 – Cronograma constando o início, e a entrega da

mencionada praça?

5 – Se a Secretaria de Esporte efetuou o pagamento

do valor total da referida obra? Quais os valores

pagos pela Secretaria?

6 – Por que a obra até o momento não foi

devidamente entregue a população?

7 – Quem foi na SESPORT o responsável pela

assinatura do contrato e responsável pelo pagamento

da obra?

Sala das Sessões, 14 de julho de 2015.

BRUNO LAMAS

Deputado Estadual - PSB

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO – DEM) – Oficie-se.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA LIDERANÇA DO GOVERNO

REQUERIMENTO DE URGÊNCIA N.º 116/2015

Senhor Presidente:

O Deputado abaixo assinado, Líder do Governo

nesta Casa, no uso de suas prerrogativas regimentais,

requer a V. Exª, após ouvido o Plenário, regime de

urgência, para o Projeto de Lei 451/2015 que tem

como objetivo alterar a lei nº 7000 de 27 de

dezembro de 2001, oriundo da Mensagem

Governamental nº 298/2015, que dispõe sobre o

imposto sobre Operações Relativas a Circulação de

Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de

Transporte Interestadual e Intermunicipal e de

Comunicação, para adequá-la às determinações

encartadas na Emenda Constitucional Nº 87 de 16 de abril de 2015.

Assembleia Legislativa do Estado do Espirito Santo, 09 de novembro de 2015.

GILDEVAN FERNANDES

Deputado Estadual- PV

Líder do Governo

(Comparece o Senhor Deputado Amaro Neto)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO – DEM) – Em votação o Requerimento de

Urgência n.º 116/2015, que acaba de ser lido.

Os Senhores Deputados que o aprovam,

permaneçam como estão; os contrários se manifestem

verbalmente. (Pausa)

Aprovado.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA DEPUTADA

REQUERIMENTO N.º 132/2015

Senhor Presidente:

A Deputada infra-assinada, no uso de suas

prerrogativas regimentais, de acordo com o art. 4, inciso

IV, da Resolução 2700, de 15/07/2009, requer que seja

convocada SESSÃO ESPECIAL PARA DEBATER

AS POLITICAS PUBLICAS INCLUSIVAS, COM

ÊNFASE NA EDUCAÇÃO E SAÚDE, que será

realizada no dia 03 de dezembro de 2015 das 9 às 12h,

no Plenário Dirceu Cardoso desta Casa de Leis.

Termos em que, pede e Espera Deferimento.

Palácio Domingos Martins, 10 de novembro

de 2015.

LUZIA TOLEDO

Deputada Estadual – PMDB

(Comparece o Senhor Deputado Rodrigo Coelho)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO – DEM) – Em discussão o Requerimento

n.º 132/2015, que acaba de ser lido. (Pausa)

Não havendo oradores que queiram discuti-lo,

declaro encerrada a discussão.

Em votação.

Os Senhores Deputados que o aprovam,

permaneçam como estão; os contrários se manifestem

verbalmente. (Pausa)

Aprovado.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Parecer n.º

399/2015, da Comissão de Justiça, pela manutenção do

despacho denegatório aposto ao Projeto de Lei n.o

346/2015, de autoria do Deputado Enivaldo dos Anjos,

que proíbe o uso, a fabricação e a comercialização de

cerol ou de qualquer outro tipo de material cortante nas

linhas de pipas e assemelhados em todo o Estado e dá

outras providências. Lido na 98.ª Sessão Ordinária,

realizada dia 26 de outubro de 2015, e adiada a

votação por falta de quorum.

160 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

(Comparece o Senhor Deputado Hudson Leal)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO – DEM) – Informo aos Senhores

Deputados que se o Parecer n.º 399/2015, da Comissão

de Justiça, for aprovado, a matéria será arquivada; se

rejeitado, o projeto seguirá tramitação normal.

Em votação o parecer, pela manutenção do

despacho denegatório aposto ao Projeto de Lei n.º

346/2015.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Senhor Presidente, pela ordem!

Como autor do projeto, peço a palavra para encaminhar

votação.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO – DEM) – Concedo a palavra ao Senhor

Deputado Enivaldo dos Anjos.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD – Sem revisão do orador) –

Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores

Deputados, queria pedir apoiamento do Plenário para

derrubar o parecer da Comissão de Justiça, que mantém

o despacho denegatório em um projeto que é de

interesse da comunidade, pois várias mortes têm sido

registradas no Espírito Santo devido ao uso de cerol em

linhas de raias. Empresas fornecem o material para

crianças e adolescentes, e isso tem causado várias

mortes em nosso Estado.

Assim, faço um apelo aos Senhores Deputados

para que votem contra o parecer da Comissão de Justiça

para que a matéria possa tramitar e possamos encontrar

uma solução para essa situação, que é realmente crítica.

Vários casos já ocorreram e foram divulgados

pela imprensa, e também há alguns de nosso

conhecimento, com relação à utilização de cerol nas

linhas de raias, transformando-as em verdadeiras facas

afiadas e matando muita gente, principalmente

motoqueiros, no nosso Estado. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO – DEM) – Em votação o parecer pela

manutenção do despacho denegatório aposto ao Projeto

de Lei n.º 346/2015.

Os Senhores Deputados que o aprovam,

permaneçam como estão; os contrários se manifestem

verbalmente. (Pausa)

Aprovado contra seis votos.

Arquive-se o projeto.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Senhor Presidente, pela ordem!

Considero-me satisfeito e não me sentirei mais culpado

quando morrer alguém no Estado.

O SR. GUERINO ZANON – (PMDB) –

Senhor Presidente, pela ordem! Permita-me fazer uso

deste momento para me referir a três fatos que não são

inerentes à matéria, mas tenho uma audiência em Baixo

Guandu e precisaria fazer uma fala antes de ir.

Primeiro, solicitar ao Senhor Deputado Erick

Musso, presidente da Comissão Especial que trata do

plano de trabalho da Eco101, para ver a possibilidade,

junto aos demais membros da Comissão, de realizar

uma audiência em Linhares para que aqueles munícipes

também tenham a oportunidade de conhecer o plano de

aplicação dos trabalhos que serão feitos por toda a

extensão da BR-101 no Estado do Espírito Santo.

O segundo, Senhor Presidente, é para fazer o

registro do falecimento do Senhor Augusto de Oliveira,

nosso querido Senhor Augusto.

E o terceiro, é falar um pouquinho e

rapidamente sobre a fuligem e a fumaça provocadas

pela queima de cana em nosso Município. Em alguns

períodos do ano os linharenses têm que conviver com a

fuligem e a fumaça causados com as queimadas nos

canaviais da Lasa, mas isso não é mais admissível!

Nesse fim de semana, a população de Linhares

sofreu mais uma vez com a cidade totalmente encoberta

por uma densa fumaça e com as casas completamente

sujas.

Foram anos e anos de luta exigindo solução da

empresa, pois além de causar transtornos devido a

sujeira, a inalação da fumaça produzida é um problema

gravíssimo de saúde pública.

A empresa Lasa alega que os incêndios que

estão acontecendo são criminosos, como alguns que já

foram identificados. Mas estamos exigindo da empresa

uma melhor fiscalização e até de solicitar ao Estado,

através da Polícia Ambiental, uma maior ação efetiva e

enérgica ação contra os irresponsáveis, criminosos, que

estão provocando as queimadas. A empresa precisa ser

mais eficiente nas suas atividades.

É uma empresa importante para todos nós de

Linhares e para o Estado do Espírito Santo, mas tão

importante ou mais é a nossa proteção ao meio

ambiente e à saúde dos linharenses. Obrigado.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Continua a leitura do

Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Parecer n.º

400/2015, da Comissão de Justiça, pela manutenção do

despacho denegatório aposto ao Projeto de Lei n.o

349/2015, de autoria do Deputado Hudson Leal, que

dispõe sobre a inclusão do tipo sanguíneo e a

informação se o titular é ou não doador de órgãos na

Carteira Nacional De Habilitação (CNH) emitida pelo

Departamento Estadual de Trânsito do Estado

(DETRAN-ES). Lido na 98.ª Sessão Ordinária,

realizada dia 26 de outubro de 2015, e adiada a

votação por falta de quorum.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Informo aos Senhores

Deputados que se o Parecer n.º 400/2015, da Comissão

de Justiça, for aprovado, a matéria será arquivada; se

rejeitado, o projeto seguirá tramitação normal.

Em votação o parecer, pela manutenção do

despacho denegatório aposto ao Projeto de Lei n.º

349/2015.

Os Senhores Deputados que o aprovam,

permaneçam como estão; os contrários se manifestem

verbalmente. (Pausa)

Aprovado.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 161

Arquive-se o projeto.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Parecer n.º

401/2015, da Comissão de Justiça, pela manutenção do

despacho denegatório aposto ao Projeto de Lei n.o

352/2015, de autoria do Deputado Marcos Bruno, que

estabelece prioridade de atendimento, na forma em que

menciona, para pessoas que realizam tratamento de

quimioterapia, radioterapia, hemodiálise ou utilizam

bolsa de colostomia, e dá outras providências. Lido na

98.ª Sessão Ordinária, realizada dia 26 de outubro

de 2015, e adiada a votação por falta de quorum.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Informo aos Senhores

Deputados que se o Parecer n.º 401/2015, da Comissão

de Justiça, for aprovado, a matéria será arquivada; se

rejeitado, o projeto seguirá tramitação normal.

Em votação o parecer, pela manutenção do

despacho denegatório aposto ao Projeto de Lei n.º

352/2015.

Os Senhores Deputados que o aprovam,

permaneçam como estão; os contrários se manifestem

verbalmente. (Pausa)

Aprovado, contra um voto.

Arquive-se o projeto.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Parecer n.º

402/2015, da Comissão de Justiça, pela manutenção do

despacho denegatório aposto ao Projeto de Lei n.º

362/2015, de autoria da Deputada Raquel Lessa, que

altera a Lei nº 9.955, de 07 de dezembro de 2012, que

dispõe sobre contratação temporária de agente

penitenciário e de agente de escolta e vigilância

penitenciária. Lido na 98.ª Sessão Ordinária,

realizada dia 26 de outubro de 2015, e adiada a

votação por falta de quorum.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Informo aos Senhores

Deputados que se o Parecer n.º 402/2015, da Comissão

de Justiça, for aprovado, a matéria será arquivada; se

rejeitado, o projeto seguirá tramitação normal.

Em votação o parecer, pela manutenção do

despacho denegatório aposto ao Projeto de Lei n.º

362/2015.

Os Senhores Deputados que o aprovam,

permaneçam como estão; os contrários se manifestem

verbalmente. (Pausa)

Aprovado, contra dois votos.

Arquive-se o projeto.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Indicação n.º

1505/2015, da Deputada Luzia Toledo, ao Governador

do Estado, para ampliação do prédio da EEEF Guilhermina Hulda Kruger Reinholz, localizada no

município de Santa Leopoldina. Lida na 103.ª Sessão

Ordinária, realizada dia 09 de novembro de 2015, e

adiada a votação por falta de quorum.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Em votação a Indicação n.º

1505/2015, lida em sessão anterior.

Os Senhores Deputados que a aprovam,

permaneçam como estão; os contrários se manifestem

verbalmente. (Pausa)

Aprovada.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Indicação n.º

1506/2015, da Deputada Luzia Toledo, ao Governador

do Estado, para aquisição de caminhão equipado com

tanque isotérmico para o transporte de leite e granel

para a Associação Comunitária e de Agricultura

Familiar de Vieira Machado, localizada no município de

Muniz Freire. Lida na 103.ª Sessão Ordinária,

realizada dia 09 de novembro de 2015, e adiada a

votação por falta de quorum.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Em votação a Indicação n.º

1506/2015, lida em sessão anterior.

Os Senhores Deputados que a aprovam,

permaneçam como estão; os contrários se manifestem

verbalmente. (Pausa)

Aprovada.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Indicação n.º

1507/2015, da Deputada Luzia Toledo, ao Governador

do Estado, para construção de uma quadra poliesportiva

e uma sala de aula para atendimento aos alunos

especiais e instalação de internet da EEEF Floresta do

Sul, localizada no município de Pedro Canário. Lida na

103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de

novembro de 2015, e adiada a votação por falta de

quorum.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Em votação a Indicação n.º

1507/2015, lida em sessão anterior.

Os Senhores Deputados que a aprovam,

permaneçam como estão; os contrários se manifestem

verbalmente. (Pausa)

Aprovada.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Indicação n.º

1508/2015, do Deputado Edson Magalhães, ao

Governador do Estado, para reforma, ampliação da

estrutura física da Escola e construção de pátio coberto

para a Escola Estadual EEEF Rio Claro, em Guarapari

ES. Lida na 103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09

de novembro de 2015, e adiada a votação por falta

de quorum.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Em votação a Indicação n.º

1508/2015, lida em sessão anterior.

Os Senhores Deputados que a aprovam,

permaneçam como estão; os contrários se manifestem

verbalmente. (Pausa)

Aprovada.

Continua a leitura do Expediente.

162 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Indicação n.º

1509/2015, da Deputada Eliana Dadalto, ao Governador

do Estado, para pavimentação asfáltica, que liga o

município de Nova Venécia/ES ao distrito de São Jorge

da Barra Seca (Vila Valério/ES), à Rodovia ES – 344.

Lida na 103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de

novembro de 2015, e adiada a votação por falta de

quorum.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Em votação a Indicação n.º

1509/2015, lida em sessão anterior.

Os Senhores Deputados que a aprovam,

permaneçam como estão; os contrários se manifestem

verbalmente. (Pausa)

Aprovada.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Indicação n.º

1510/2015, do Deputado Doutor Hércules, ao

Governador do Estado, para realização do mutirão de

conciliação e renegociação de dívidas do PROCON -

Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor,

no Município de Vila Velha/ES. Lida na 103.ª Sessão

Ordinária, realizada dia 09 de novembro de 2015, e

adiada a votação por falta de quorum.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Em votação a Indicação n.º

1510/2015, lida em sessão anterior.

Os Senhores Deputados que a aprovam,

permaneçam como estão; os contrários se manifestem

verbalmente. (Pausa)

Aprovada.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Indicação n.º

1511/2015, do Deputado Doutor Hércules, ao

Governador do Estado, para instituir um Programa de

Acessibilidade nos Prédios e Logradouros Públicos do

Estado. Lida na 103.ª Sessão Ordinária, realizada dia

09 de novembro de 2015, e adiada a votação por

falta de quorum.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Em votação a Indicação n.º

1511/2015, lida em sessão anterior.

Os Senhores Deputados que a aprovam,

permaneçam como estão; os contrários se manifestem

verbalmente. (Pausa)

Aprovada.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Indicação n.º

1512/2015, do Deputado Doutor Hércules, ao

Governador do Estado, paracelebração de Convênio

com a Associação Vila Velhense de Proteção Ambiental

– AVIDEPA, para fornecimento de mudas para reflorestamento das bacias hidrográficas. Lida na 103.ª

Sessão Ordinária, realizada dia 09 de novembro de

2015, e adiada a votação por falta de quorum.

Indicação n.º 1513/2015, da Deputada Luzia

Toledo, ao Governador do Estado, para isenção de

cobrança de ICMS das unidades produtoras, de energia

solar fotovoltaica, enquadradas na Resolução Normativa

482 da ANEEL, através da assinatura do Convênio com

o Ministério da Fazenda. Lida na 103.ª Sessão

Ordinária, realizada dia 09 de novembro de 2015, e

adiada a votação por falta de quorum.

Indicação n.º 1514/2015, da Deputada Luzia

Toledo, ao Governador do Estado, para desoneração de

ICMS sobre as faturas de Energia Elétrica dos Serviços

Autônomos de Água e Esgoto – SAAE do Estado. Lida

na 103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de

novembro de 2015, e adiada a votação por falta de

quorum.

Indicação n.º 1515/2015, do Deputado Doutor

Rafael Favatto, ao Governador do Estado, paraobras

que possam enfrentar a crise hídrica nos munícipios da

região central sul do Espírito Santo, como Apiacá. Lida

na 103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de

novembro de 2015, e adiada a votação por falta de

quorum.

Indicação n.º 1516/2015, do Deputado Doutor

Rafael Favatto, ao Governador do Estado, paraaquisição

de máquina para o beneficiamento de café, para a

Associação de Agricultores Familiares de Alto Guandu,

localizado no município de Afonso Cláudio. Lida na

103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de

novembro de 2015, e adiada a votação por falta de

quorum.

Indicação n.º 1517/2015, do Deputado Doutor

Rafael Favatto, ao Governador do Estado, paraaquisição

de um caminhão de 150CV, com carroceria de madeira,

capacidade de carga de 6000 kg, para beneficiar os

produtores rurais da Associação de Agricultores

Familiares – Córrego Duas Pedras de São Domingos,

localizado no município de Afonso Cláudio. Lida na

103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de

novembro de 2015, e adiada a votação por falta de

quorum.

Indicação n.º 1518/2015, do Deputado Doutor

Rafael Favatto, ao Governador do Estado, paraobras

que possam enfrentar a crise hídrica nos munícipios do

sudoeste do Espírito Santo, como Jerônimo Monteiro.

Lida na 103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de

novembro de 2015, e adiada a votação por falta de

quorum.

Indicação n.º 1519/2015, do Deputado Doutor

Rafael Favatto, ao Governador do Estado,

paraveiculação de informações sobre pessoas

desaparecidas nos sítios eletrônicos oficiais da

administração direta, indireta e fundacional do Estado.

Lida na 103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de

novembro de 2015, e adiada a votação por falta de

quorum.

Indicação n.º 1520/2015, do Deputado Doutor

Rafael Favatto, ao Governador do Estado, para

construção de rede de serviço de coleta e tratamento de

esgoto, do bairro Canarinho/Colina, conhecido também

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 163

como “Gogo do Sapo”, em Pedro Canário. Lida na

103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de

novembro de 2015, e adiada a votação por falta de

quorum.

Indicação n.º 1521/2015, do Deputado Doutor

Rafael Favatto, ao Governador do Estado, para

estabelecer restrição para comercialização de aparelhos

eletrônicos destinados a promover alterações no IMEI

(International Mobile Equipment Identity) dos

aparelhos de telefonia móvel celular e similares. Lida

na 103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de

novembro de 2015, e adiada a votação por falta de

quorum.

Indicação n.º 1522/2015, do Deputado Doutor

Rafael Favatto, ao Governador do Estado, paraaquisição

de máquina de beneficiar café para atendimento às

Associações de Agricultores Familiares das seguintes

localidades: Três Pontões e Córrego Duas Pedras de São

Domingos, todos localizados no município de Afonso

Cláudio. Lida na 103.ª Sessão Ordinária, realizada

dia 09 de novembro de 2015, e adiada a votação por

falta de quorum.

Indicação n.º 1523/2015, do Deputado Doutor

Rafael Favatto, ao Governador do Estado,

parainstalação de redutores de velocidades na Rodovia

Sebastião Alves de Lima, no km 125 (sentido Vitória-

Afonso Cláudio) e no distrito Fazenda Guandu,

localizados no município de Afonso Cláudio. Lida na

103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de

novembro de 2015, e adiada a votação por falta de

quorum.

Indicação n.º 1524/2015, do Deputado Doutor

Rafael Favatto, ao Governador do Estado, paraaquisição

de 04 (quatro) máquinas de secagem rotativas

horizontal de café para atendimento às Associações de

Agricultores Familiares das seguintes localidades: Três

Pontões e Córrego Duas Pedras, São Domingos, Santa

Rosa e São Domingos de Ibicaba, todos localizados no

município de Afonso Cláudio. Lida na 103.ª Sessão

Ordinária, realizada dia 09 de novembro de 2015, e

adiada a votação por falta de quorum.

Indicação n.º 1525/2015, do Deputado Doutor

Rafael Favatto, ao Governador do Estado, paraaquisição

de um trator agrícola, com ensiladeira, arado de gradear

sulcador e carroça basculante, para beneficiar os

produtores rurais da Associação de Agricultores

Familiares – Comunidade Três Pontões localizado no

município de Afonso Cláudio. Lida na 103.ª Sessão

Ordinária, realizada dia 09 de novembro de 2015, e

adiada a votação por falta de quorum.

Indicação n.º 1526/2015, do Deputado Doutor

Rafael Favatto, ao Governador do Estado, paraaquisição

de um trator agrícola de 756 CV, com arado hidráulico

fixo de 03 discos, para beneficiar os produtores rurais

da Associação de Agricultores Familiares – Córrego

Duas Pedras São Domingos, Ibicaba, localizado no

município de Afonso Cláudio. Lida na 103.ª Sessão

Ordinária, realizada dia 09 de novembro de 2015, e

adiada a votação por falta de quorum.

Indicação n.º 1527/2015, do Deputado Almir

Vieira, ao Governador do Estado, para instalação de

uma torre de telefone internet 3G móvel na Comunidade

de Alto Silveira (Broa Preta) Município de Brejetuba-

ES. Lida na 103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09

de novembro de 2015, e adiada a votação por falta

de quorum.

Indicação n.º 1528/2015, da Deputada Luzia

Toledo, ao Governador do Estado, para reforma na

estrutura física da EEEF Bananal, localizada no

município de Rio Bananal. Lida na 103.ª Sessão

Ordinária, realizada dia 09 de novembro de 2015, e

adiada a votação por falta de quorum.

Indicação n.º 1529/2015, da Deputada Luzia

Toledo, ao Governador do Estado, para reforma total da

EEEF Narceu de Paiva Filho, localizada no município

de Ibiraçu. Lida na 103.ª Sessão Ordinária, realizada

dia 09 de novembro de 2015, e adiada a votação por

falta de quorum.

Indicação n.º 1530/2015, da Deputada Luzia

Toledo, ao Governador do Estado, para reforma da

EEEF Professor Hermann Berger, localizada na zona

rural do município de Santa Maria de Jetibá. Lida na

103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de

novembro de 2015, e adiada a votação por falta de

quorum.

Indicação n.º 1531/2015, da Deputada Luzia

Toledo, ao Governador do Estado, para compra de dois

secadores de café para Associação Comunitária e de

Agricultura Familiar de Vieira Machado-

AGROGRIVIMA, para as Comunidades de Caeté e

Jacutinga, ambas do distrito de Vieira Machado,

localizada no município de Muniz Freire. Lida na 103.ª

Sessão Ordinária, realizada dia 09 de novembro de

2015, e adiada a votação por falta de quorum.

Indicação n.º 1532/2015, da Deputada Luzia

Toledo, ao Governador do Estado, para reforma e

ampliação da EEEFM Fazenda Emilio Schroeder,

localizada em Alto Santa Maria, Garrafão, município de

Santa Maria de Jetibá. Lida na 103.ª Sessão Ordinária,

realizada dia 09 de novembro de 2015, e adiada a

votação por falta de quorum.

Indicação n.º 1533/2015, da Deputada Luzia

Toledo, ao Governador do Estado, para reforma da

EEEF José Pinto Coelho, localizada no município de

Santa Teresa. Lida na 103.ª Sessão Ordinária,

realizada dia 09 de novembro de 2015, e adiada a

votação por falta de quorum.

Indicação n.º 1534/2015, da Deputada Luzia

Toledo, ao Governador do Estado, para instalação de

abraçadeiras plásticas nas torneiras com fechamento

automático, a fim de redimensionar o consumo diário

médio por pessoa de 21,18 m³ para 5,77m³. Lida na

103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de

novembro de 2015, e adiada a votação por falta de

164 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

quorum.

Indicação n.º 1535/2015, da Deputada Luzia

Toledo, ao Governador do Estado, para construção de

auditório e uma quadra poliesportiva, na EEEF Zenóbia

Leão, localizada no município de Guarapari. Lida na

103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de

novembro de 2015, e adiada a votação por falta de

quorum.

Indicação n.º 1536/2015, da Deputada Luzia

Toledo, ao Governador do Estado, para adquirir

equipamentos para ampliação da sala de coleta de leite

humano na Fundação Social Rural de Colatina –

Hospital Maternidade São José, situado no município de

Colatina. Lida na 103.ª Sessão Ordinária, realizada

dia 09 de novembro de 2015, e adiada a votação por

falta de quorum.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Em votação as Indicações n.os

1512/2015, 1513/2015, 1514/2015, 1515/2015,

1516/2015, 1517/2015, 1518/2015, 1519/2015,

1520/2015, 1521/2015, 1522/2015, 1523/2015,

1524/2015, 1525/2015, 1526/2015, 1527/2015,

1528/2015, 1529/2015, 1530/2015, 1531/2015,

1532/2015, 1533/2015, 1534/2015, 1535/2015 e

1536/2015, lidas em sessão anterior.

Os Senhores Deputados que as aprovam,

permaneçam como estão; os contrários se manifestem

verbalmente. (Pausa)

Aprovadas.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA DEPUTADA

INDICAÇÃO N.º 1537/2015

Senhor Presidente:

A Deputada Estadual LUZIA TOLEDO, no uso

de suas atribuições regimentais contidas nos Artigos

141 e 174, aprovada pela Resolução nº 2.700, de

15.07.2009, requer que seja encaminhada ao Exmo.

Governador do Estado do Espírito Santo, Dr. Paulo

Cesar Hartung Gomes, a seguinte INDICAÇÃO:

A Deputada signatária vem, respeitosamente, indicar a

V.Exa. que determine a Secretaria de Estado da Saúde

que apresente um projeto de lei que “Dispõe que

maternidades, casas de parto e estabelecimentos

hospitalares congêneres, da rede pública e privada do

Estado deverão permitir a presença de doulas durante

todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto

imediato, sempre que solicitadas pela parturiente”.

Senhor Governador:

A palavra doula vem do grego e significa

“mulher que serve”. São mulheres capacitadas para

brindar apoio continuado a outras mulheres, (e aos seus

companheiros e/ou outros familiares) proporcionando

conforto físico, apoio emocional e suporte cognitivo

antes, durante e após o nascimento de seus filhos.

A organização Mundial da Saúde (OMS) e o

Ministério da Saúde de vários países entre eles o Brasil

(portaria 28 de maio de 2003) reconhecem e incentivam

a presença da doula. Tem se demonstrado que o parto

evolui com maior tranqüilidade, rapidez e com menos

dor e complicações tanto maternas como fetais. Torna-

se uma experiência gratificante, fortalecedora e

favorecedora da vinculação mãe-bebê. As vantagens

também ocorrem para o Sistema de Saúde, que além de

oferecer um serviço de maior qualidade, tem uma

significativa redução nos custos dada a diminuição das

intervenções médicas e do tempo de internação das

mães e dos bebês.

"O apoio físico e empático contínuo oferecido por uma única pessoa durante o trabalho de parto traz muitos

benefícios, incluindo um trabalho de parto mais curto,

um volume significativamente menor de medicações e analgesia epidural, menos escores de Apgar abaixo de

7 e menos partos operatórios." (ORGANIZAÇÃO

MUNDIAL DE SAÚDE. OMS. Maternidade segura.

Assistência ao parto normal: um guia prático. Genebra:

OMS, 1996)

A presente Indicação demanda de um estudo da

SESA, para que determine que as maternidades, casas

de parto e estabelecimentos hospitalares congêneres, da

rede pública e privada do Estado deverão a permitir a

presença de doulas durante todo o período de trabalho

de parto, parto e pós-parto imediato, sempre que

solicitadas pela parturiente.

Desde os primórdios da humanidade foi se

acumulando um conhecimento empírico, fruto da

experiência de milhares de mulheres auxiliando outras

mulheres na hora do nascimento de seus filhos. O

nascimento humano era marcado pela presença

experiente das mulheres da família: irmãs mais velhas,

tias, mães, avós.

Atualmente, os partos acontecem em ambiente

hospitalar e rodeado por especialistas: o médico

obstetra, a enfermeira, o anestesista, o pediatra... cada

qual com sua especialidade e preocupação técnica

pertinente. Cada vez maior, a hospitalização do parto

deixou as nossas mulheres desenraizadas e isoladas,

sem nenhum apoio psico-social.

A figura da doula surge justamente para

preencher esta lacuna, suprindo a demanda de emoção e

afeto neste momento de intensa importância e

vulnerabilidade. É o resgate de uma prática existente

antes da institucionalização e medicalização da

assistência ao parto.

Em face de sua relevância, apresentamos a

presente Indicação com minuta de Projeto de Lei.

Palácio Domingos Martins, 22 de outubro de

2015.

LUZIA TOLEDO

Deputada Estadual – PMDB

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 165

PROJETO DE LEI Nº /2015

Dispõe que maternidades, casas de parto e

estabelecimentos hospitalares congêneres, da rede

pública e privada do Estado deverão permitir a presença

de doulas durante todo o período de trabalho de parto,

parto e pós-parto imediato, sempre que solicitadas pela

parturiente.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

DECRETA:

Art. 1º Maternidades, casas de parto e

estabelecimentos hospitalares congêneres, da rede

pública e privada do Estado, deverão permitir a

presença de doulas durante todo o período de trabalho

de parto, parto e pós-parto imediato, sempre que

solicitadas pela parturiente.

§ 1º - Para os efeitos desta lei e em

conformidade com a qualificação da CBO

(Classificação Brasileira de Ocupações), código 3221-

35, doulas são acompanhantes de parto escolhidas

livremente pelas gestantes e parturientes, que “visam

prestar suporte contínuo à gestante no ciclo gravídico

puerperal, favorecendo a evolução do parto e bem-estar

da gestante”, com certificação ocupacional em curso

para essa finalidade.

§ 2º - A presença das doulas não se confunde

com a presença do acompanhante instituído pela Lei

Federal 11.108/2005.

§ 3º - Os serviços privados de assistência

prestados pelas doulas durante todo o período de

trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, bem como

despesas com paramentação, não acarretarão qualquer

custos adicionais à parturiente.

Art. 2º - As doulas, para o regular exercício da

profissão, estão autorizadas a entrar nas maternidades,

casas de parto e estabelecimentos hospitalares

congêneres, da rede pública e privada do Estado, com

seus respectivos instrumentos de trabalho, condizentes

com as normas de segurança e ambiente hospitalar.

Parágrafo único - Entende-se como

instrumentos de trabalho das doulas:

I - bolas de fisioterapia;

II - massageadores;

III - bolsa de água quente;

IV - óleos para massagens;

V - banqueta auxiliar para parto;

VI - Demais materiais considerados indispensáveis na assistência do período de trabalho de parto, parto e pós-

parto imediato.

Art. 3º. Fica vedada às doulas a realização de

procedimentos médicos ou clínicos, como aferir

pressão, avaliação da progressão do trabalho de parto,

monitoração de batimentos cardíacos fetais,

administração de medicamentos, entre outros, mesmo

que estejam legalmente aptas a fazê-los.

Art. 4º. O não cumprimento da obrigatoriedade

instituída no “caput” do artigo 1º sujeitará os infratores

às seguintes penalidades:

I - advertência, na primeira ocorrência;

II - se estabelecimento privado, multa de 100 (cem)

Valor de Referência do Tesouro Estadual- VRTEs, na

próxima, dobrada em cada outra reincidência, até o

limite de 2.000 (dois mil) Valor de Referência do

Tesouro Estadual- VRTEs;

III - se órgão público, o afastamento do dirigente e

aplicação das penalidades previstas na legislação.

Parágrafo único - Competirá ao órgão gestor

da saúde da localidade em que estiver situado o

estabelecimento a aplicação das penalidades de que

trata este artigo, conforme estabelecer a legislação

própria, a qual disporá, ainda, sobre a aplicação dos

recursos dela decorrentes.

Art. 5º - Os sindicatos, associações, órgãos de

classe dos médicos, enfermeiros e entidades similares

de serviços de saúde do Estado deverão adotar, de

imediato, as providências necessárias ao cumprimento

da presente lei.

Art. 6º. Esta lei entra em vigor na data de sua

publicação.

Palácio Anchieta, de de 2015

PAULO CESAR HARTUNG GOMES

Governador do Estado

JUSTIFICATIVA

Este projeto de lei demanda que maternidades,

casas de parto e estabelecimentos hospitalares

congêneres, da rede pública e privada do Estado

deverão permitir a presença de doulas durante todo o

período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato,

sempre que solicitadas pela parturiente.

Desde os primórdios da humanidade foi se

acumulando um conhecimento empírico, fruto da

experiência de milhares de mulheres auxiliando outras

mulheres na hora do nascimento de seus filhos. O

nascimento humano era marcado pela presença

experiente das mulheres da família: irmãs mais velhas,

tias, mães, avós.

Atualmente, os partos acontecem em ambiente

hospitalar e rodeado por especialistas: o médico

obstetra, a enfermeira, o anestesista, o pediatra... cada

qual com sua especialidade e preocupação técnica

pertinente. Cada vez maior, a hospitalização do parto

deixou as nossas mulheres desenraizadas e isoladas,

sem nenhum apoio psico-social.

A figura da doula surge justamente para

preencher esta lacuna, suprindo a demanda de emoção e

afeto neste momento de intensa importância e

vulnerabilidade. É o resgate de uma prática existente

166 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

antes da institucionalização e medicalização da

assistência ao parto.

A palavra doula vem do grego e significa

“mulher que serve”. São mulheres capacitadas para

brindar apoio continuado a outras mulheres, (e aos seus

companheiros e/ou outros familiares) proporcionando

conforto físico, apoio emocional e suporte cognitivo

antes, durante e após o nascimento de seus filhos.

A organização Mundial da Saúde (OMS) e o

Ministério da Saúde de vários países entre eles o Brasil

(portaria 28 de maio de 2003) reconhecem e incentivam

a presença da doula. Tem se demonstrado que o parto

evolui com maior tranqüilidade, rapidez e com menos

dor e complicações tanto maternas como fetais. Torna-

se uma experiência gratificante, fortalecedora e

favorecedora da vinculação mãe-bebê. As vantagens

também ocorrem para o Sistema de Saúde, que além de

oferecer um serviço de maior qualidade, tem uma

significativa redução nos custos dada a diminuição das

intervenções médicas e do tempo de internação das

mães e dos bebês.

"O apoio físico e empático contínuo oferecido por uma

única pessoa durante o trabalho de parto traz muitos benefícios, incluindo um trabalho de parto mais curto,

um volume significativamente menor de medicações e

analgesia epidural, menos escores de Apgar abaixo de 7 e menos partos operatórios." (ORGANIZAÇÃO

MUNDIAL DE SAÚDE. OMS. Maternidade segura.

Assistência ao parto normal: um guia prático. Genebra:

OMS, 1996)

Em face de sua relevância, apresentamos o

presente Projeto de Lei.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA DEPUTADA

INDICAÇÃO N.º 1538/2015

Senhor Presidente:

A Deputada Estadual LUZIA TOLEDO, no uso

de suas atribuições regimentais contidas nos Artigos

141 e 174, aprovada pela Resolução nº 2.700, de

15.07.2009, requer que seja encaminhada ao Exmo.

Governador do Estado do Espírito Santo, Dr. Paulo

César Hartung, a seguinte INDICAÇÃO:

A Deputada signatária vem, respeitosamente, Indicar a

V.Exa. que o Governo do Estado determine a Secretaria

de Estado da Educação que analise e faça um estudo

para atender a EEEF Floresta do Sul, localizada no

município de Pedro Canário, com relação a reparos na

rede elétrica, construção de uma quadra poliesportiva e

uma sala de aula para atendimento aos alunos especiais

e instalação de internet.

Senhor Governador:

Cada um de nós traz dentro de si a

representação do que é uma escola, por conta das

experiências que vivenciamos neste universo.

É na escola que coisas da maior importância em

nossas vidas acontecem. Inevitavelmente, ela deixa de

ser apenas um campo de troca de conhecimentos e

adentra uma esfera emocional, onde permeiam outros

tipos de trocas, principalmente as afetivas.

Digo isso com referência às relações que nela

se estabelecem, pois na escola acontecem às primeiras

relações fora da família e, nesse processo que marca

uma “segunda sociabilidade”, alguns conflitos por vezes

emergem. Estes afloram, principalmente, quando a

criança percebe que deixa de ser única e começa a se

enxergar como parte de uma situação coletiva, a

conviver entre iguais e diferentes.

Pode-se afirmar que a escola é o segundo

ambiente mais importante na vida social de um ser

humano. É lá que, com a ajuda dos educadores e pais,

que um sujeito vai se constituindo como ser pensante,

questionador. A escola poderá conservar isso,

despertando em seus alunos potenciais criativos,

curiosidades, talentos ou poderá minimizar todas essas

formas de expressão da subjetividade da criança.

Penso que a melhor forma de educar é levar o

conhecimento de mãos dadas com o afeto, como me

sugere o que vejo no cotidiano. As crianças conseguem

ter um melhor rendimento quando são olhadas com

carinho, respeito e sabem que alguém está se

importando realmente com elas, seja em casa ou na

escola.

A Escola EEEF Floresta do Sul necessita de

reparos na rede elétrica, construção de uma quadra

poliesportiva e uma sala de aula para atendimento aos

alunos especiais, além de instalação de internet.

Ao navegar no mundo virtual para fazer uma

pesquisa da escola, o estudante se depara com infinitas

visões exploradas pelo assunto que busca, fato que faz

se desenvolver de forma mais ampla sua aprendizagem

sobre o objetivo de estudo.

As escolas são decisivas para que os jovens

compreendam o mundo em que vivem e para que

possam intervir crítica e responsavelmente na vida

social. Consequentemente, é importante valorizar o

conhecimento escolar, no sentido do conhecimento

poderoso, que constitui um meio incontornável de

emancipação e de independência dos cidadãos, assim

como de democratização, de coesão e de bem-estar das

sociedades.

Palácio Domingos Martins, 22 de outubro de

2015.

LUZIA TOLEDO

Deputada Estadual – PMDB

Presidente da Comissão de Educação da ALES

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1539/2015

Indica ao Governador do Estado a prorrogação do Edital n° 001/2013 que visa provimento de delegados

de policia de 3ª Categoria.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 167

Senhor Presidente:

O Deputado abaixo assinado, no uso de suas

atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com

fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento

Interno da Assembléia Legislativa do Estado do Espírito

Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor

Governador do Estado a INDICAÇÃO da seguinte

matéria:

Senhor Governador:

Considerando o atual quadro de violência do

Estado, considerado o segundo mais violento da

federação. Liderando ainda o ranking nacional de

violência contra a mulher.

Considerando o atual quadro organizacional da

Policia Civil que este defasado em relação ao número

de habitantes. Possuindo um dos melhores índices de

policiais por habitantes no sudeste.

Considerando que o Estado possui 75 (setenta e

cinco) Delegados que já preenchem os requisitos legais

para aposentadoria ou por algum motivo estão afastados

do cargo.

Considerando a ausência de impedimentos

jurídicos para nomeação, uma vez que a Procuradoria

Geral do Estado deu parecer favorável para a

homologação do certame.

Considerando as informações prestadas pelos

aprovados no concurso onde afirmam que, pelo menos,

56 (cinquenta e seis) aprovados assumiram

permanentemente o cargo hora concorrido.

Considerando o princípio da economicidade

vem expressamente previsto no art. 70 da CF/88, venho

solicitar, respeitosamente a V. Exa. a prorrogação do

Edital n° 001/2013 que visa provimento de Delegados

de Policia de 3ª Categoria. Concurso homologado em

04 de abril de 2013, valido até 04 de abril de 2016 e

prorrogável por mais 2 (dois) anos.

Sala das Sessões, 05 de novembro de 2015.

GILSINHO LOPES

Deputado Estadual

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA DEPUTADA

INDICAÇÃO N.º 1540/2015

Senhor Presidente:

A Deputada Estadual LUZIA TOLEDO no

uso de suas atribuições regimentais contidas nos Artigos

141 e 174, aprovada pela Resolução nº 2.700 de

15/07/2009, requer que seja encaminhada ao Exmo.

Governador do Estado do Espírito Santo, Paulo

Hartung, a seguinte INDICAÇÃO:

A Deputada signatária vem, respeitosamente, Indicar a

V.Exa. que seja implantada uma Escola Viva em

Cachoeiro de Itapemirim.

Com um novo modelo de gestão, pedagogia e

monitoramento, a escola viva é uma nova escola

pública, voltado para a preparação do jovem para a

vida.

Os estudantes integrantes da Escola Viva além

das disciplina obrigatórias, poderão escolher matérias

para enriquecer seu currículo, dentro de suas aptidões,

buscando uma formação mais completa.

Cachoeiro de Itapemirim é a maior cidade do

sul do estado, com uma população em torno de 200 mil

habitantes e necessita dessa nova gestão pública

direcionada a educação, para proporcionar aos seus

jovens uma melhor formação e, consequentemente,

adultos mais preparados para a vida.

Palácio Domingos Martins, 05 de novembro

de 2015.

LUZIA TOLEDO

Presidente da Comissão de Educação

1ª Vice presidente da ALES

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1541/2015

Senhor Presidente:

O Deputado Almir Vieira, no uso de suas

atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com

fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento

Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito

Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor

Governador do Estado do Espírito Santo a

INDICAÇÃO da seguinte matéria:

“SUGERE A INSTALAÇÃO DE UMA TORRE DE

TELEFONE INTERNET 3G MÓVEL NA

COMUNIDADE DE RANCHO DANTAS NO

MUNICÍPIO DE BREJETUBA-ES”

Vitória, 04 de novembro de 2015.

ALMIR VIEIRA

Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1542/2015

Senhor Presidente:

O Deputado Almir Vieira, no uso de suas

atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com

fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento

Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito

Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor

Governador do Estado do Espírito Santo a

168 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

INDICAÇÃO da seguinte matéria:

Sugere o asfaltamento da Rua Travessa dos Contos, localizada no bairro Ilha do Sol, Guarapari – ES.

Palácio Domingos Martins, 11 de novembro

de 2015.

ALMIR VIEIRA

Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

A conclusão deste asfaltamento a ser realizado

na Rua Travessa dos Contos, bairro Ilha do Sol,

beneficiará mais de 200(duzentas) famílias, que hoje

são profundamente prejudicadas com a falta de

pavimentação.

Por ser medida Legal e de interesse público,

atendendo a comunidade local do respectivo Município

Capixaba.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Em discussão as Indicações n.os

1537/2015, 1538/2015, 1539/2015, 1540/2015,

1541/2015e 1542/2015, que acabam de ser lidas.

Não havendo oradores que queiram discuti-las,

declaro encerrada a discussão.

Em votação as Indicações.

Os Senhores Deputados que as aprovam,

permaneçam como estão; os contrários se manifestem

verbalmente. (Pausa)

Aprovadas.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Indicação n.º

1543/2015, do Deputado Almir Vieira, ao Governador

do Estado, para CESAN autorizar ligação de água no

Bairro Ilha do Sol, Guarapari – ES. Lida na 104.ª

Sessão Ordinária, realizada dia 10 de novembro de

2015, e adiada a votação por falta de quorum.

Indicação n.º 1544/2015, do Deputado Almir

Vieira, ao Governador do Estado, para asfaltamento da

Rua Alexandre Martins Castro Filho, localizada no

Bairro Ilha Do Sol, Guarapari – ES. Lida na 104.ª

Sessão Ordinária, realizada dia 10 de novembro de

2015, e adiada a votação por falta de quorum.

Indicação n.º 1545/2015, do Deputado Dr.

Rafael Favatto, ao Governador do Estado, para obras

que possam enfrentar a crise hídrica nos munícipios da

região nordeste do Espírito Santo, como Pedro Canário,

principalmente no distrito de Cristal do Norte. Lida na

104.ª Sessão Ordinária, realizada dia 10 de

novembro de 2015, e adiada a votação por falta de

quorum.

Indicação n.º 1546/2015, do Deputado Dr.

Rafael Favatto, ao Governador do Estado, para obras

que possam enfrentar a crise hídrica nos munícipios da

região centro oeste do Espírito Santo, como Vila

Valério. Lida na 104.ª Sessão Ordinária, realizada

dia 10 de novembro de 2015, e adiada a votação por

falta de quorum.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Em votação as Indicações n.

os

1543/2015, 1544/2015, 1545/2015 e 1546/2015, lidas

em sessão anterior.

Os Senhores Deputados que as aprovam,

permaneçam como estão; os contrários se manifestem

verbalmente. (Pausa)

Aprovadas.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1547/2015

Senhor Presidente:

O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174, do Regimento Interno, que seja

encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado

do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:

Conclusão das obras da quadra de esportes, construção de laboratório de ciências, reparos na rede elétrica,

climatização das salas de aula, melhorias no sistema de

internet na EEEFM Job Pimentel, localizada no

município de Mantenópolis.

A presente solicitação tem por objetivo indicar,

respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do

Estado do Espírito Santo que sejam realizadas

melhorias necessária para o pleno funcionamento da

EEEFM Job Pimentel, localizada no município de

Mantenópolis.

A escola em questão atende a aproximadamente

720 alunos no presente ano letivo, e apresenta

problemas que comprometem o desenvolvimento pleno

da prática educacional, portanto, requerem a atenção do

Excelentíssimo Governador. Conforme atestado através

de visita realizada por este Deputado que vos subscreve,

foram identificadas as seguintes necessidades

emergenciais:

a) Conclusão das obras da quadra de esportes iniciada

há mais de dez anos. Destacamos ainda que a

construção apresenta riscos devido o longo tempo de

paralização.

b) Construção de laboratório de ciências.

c) Reparos na rede elétrica, dada a sua defasagem.

d) Climatização das salas de aula. e) Melhorias no sistema de internet.

f) Aquisição de bebedouros, a quantidade disponível

atualmente é insuficiente para atender a demanda.

g) Adequação de acessibilidade nos banheiros e acesso

aos pavimentos da unidade de ensino, tanto nas entradas

quanto no acesso ao segundo piso.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 169

Na certeza de relevante importância do pedido,

solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias

para a melhoria das instalações e equipamentos da

escola em questão. Certo do apoio do Governador, que

tem como meta a melhoria na Educação do Estado do

Espírito Santo, e agradecendo antecipadamente o

atendimento da solicitação, renovamos protestos de

elevada estima e consideração.

Palácio Domingos Martins, 09 de novembro

de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual – PSDB

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1548/2015

Senhor Presidente:

O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174, do Regimento Interno, que seja

encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado

do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:

Reforma da quadra, melhorias no sistema de internet,

aquisição de computadores da EEEFM FERNANDO DE ABREU, localizada no município de Atílio

Vivacqua.

A presente solicitação tem por objetivo indicar,

respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do

Estado do Espírito Santo que sejam realizadas

melhorias necessárias para o pleno funcionamento da

EEEFM Fernando de Abreu, localizada no município de

Atílio Vivacqua, e que atende 606 alunos.

Conforme atestado através de visita realizada

por este Deputado que vos subscreve, foram

identificadas as seguintes necessidades:

a) Reforma da quadra poliesportiva;

b) Adequação e melhorias no Laboratório de

Informática, aquisição de 30 novos computadores;

c) Melhorias na internet, que apresenta conexão muito

lenta;

Na certeza de relevante importância do pedido,

solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias

para a melhoria da escola em questão. Certo do apoio

do Governador, que tem como meta a melhoria na

Educação do Estado do Espírito Santo, e agradecendo

antecipadamente o atendimento da solicitação,

renovamos protestos de elevada estima e consideração.

Palácio Domingos Martins, 09 de novembro

de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual – PSDB

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1549/2015

Senhor Presidente:

O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174, do Regimento Interno, que seja

encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado

do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:

Construção de laboratório de ciências, reparos na rede elétrica, climatização das salas de aula, melhorias no

sistema de internet, aquisição de novos computadores e

implementação de acessibilidade na EEEFM Jerônimo Monteiro, localizada no município de Jerônimo

Monteiro.

A presente solicitação tem por objetivo indicar,

respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do

Estado do Espírito Santo que sejam realizadas

melhorias necessária para o pleno funcionamento da

EEEFM Jerônimo Monteiro, localizada no município de

Jerônimo Monteiro.

A escola em questão atende a aproximadamente

1.184 alunos no presente ano letivo, e apresenta

problemas que comprometem o desenvolvimento pleno

da prática educacional, portanto, requerem a atenção do

Excelentíssimo Governador. Conforme atestado através

de visita realizada por este Deputado que vos subscreve,

foram identificadas as seguintes necessidades

emergenciais:

a) Construção de laboratório de ciências.

b) Reparos na rede elétrica, dada a sua defasagem.

c) Climatização das salas de aula.

d) Melhorias no sistema de internet.

e) Aquisição de vinte novos computadores para o

Laboratório de Informática.

f) Acessibilidade. Destacamos que de acordo com a Lei

de Acessibilidade Nº 10.098/2000 Art. 11, em pelo

menos um dos acessos ao interior da edificação deverá

estar livre de barreiras arquitetônicas e de obstáculos

que impeçam ou dificultem a acessibilidade de pessoa

portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. E

ainda de acordo com a lei Nº 13.146/2015 deve-se

assegurar e a promover, em condições de igualdade, o

exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por

pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e

cidadania.

Na certeza de relevante importância do pedido,

solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias

para a melhoria das instalações e equipamentos da

escola em questão. Certo do apoio do Governador, que

tem como meta a melhoria na Educação do Estado do

Espírito Santo, e agradecendo antecipadamente o

atendimento da solicitação, renovamos protestos de

elevada estima e consideração.

170 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Palácio Domingos Martins, 09 de novembro

de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual – PSDB

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1550/2015

Senhor Presidente:

O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174, do Regimento Interno, que seja

encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado

do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:

Climatização dos ambientes, ampliação da biblioteca, construção de um laboratório de ciências e de uma

quadra poliesportiva em local próximo a escola, adequação do refeitório e realização de obras que

promovam a acessibilidade dos alunos com deficiência

na EEEFM Christiano Dias Lopes, localizada no município de Mantenópolis.

A presente solicitação tem por objetivo indicar,

respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do

Estado do Espírito Santo que sejam realizadas

melhorias necessárias para o pleno funcionamento da

EEEFM Christiano Dias Lopes, localizada no município

de Mantenópolis.

A escola em questão apresenta problemas que

comprometem o desenvolvimento pleno da prática

educacional e que, portanto, requerem a atenção deste

Governador.

Conforme atestado através de visita realizada

por este Deputado que vos subscreve, foram

identificadas as seguintes necessidades:

a) Adequação do refeitório, em vista que atualmente

está improvisado no pátio;

b) Construção de um laboratório de ciências e de uma

quadra poliesportiva coberta em terreno próximo a

escola, pois atualmente a escola faz uso da quadra

municipal;

c) Ampliação da biblioteca;

d) Climatização dos ambientes;

e) Realização de obras que permitam a plena

acessibilidade dos alunos com deficiência.

Na certeza de relevante importância do pedido,

solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias

para a melhoria da escola em questão. Certo do apoio

do Governador, que tem como meta a melhoria na Educação do Estado do Espírito Santo, e agradecendo

antecipadamente o atendimento da solicitação,

renovamos protestos de elevada estima e consideração.

Palácio Domingos Martins, 09 de novembro

de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual – PSDB

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1551/2015

Senhor Presidente:

O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174, do Regimento Interno, que seja

encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado

do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:

Climatização das salas de aula, melhorias no sistema

de internet na EEEFM Dirceu Cardoso, localizada no município de Muqui.

A presente solicitação tem por objetivo indicar,

respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do

Estado do Espírito Santo que sejam realizadas

melhorias necessária para o pleno funcionamento da

EEEFM Dirceu Cardoso, localizada no município de

Muqui.

A escola em questão atende a aproximadamente

824 alunos no presente ano letivo, sendo a mais

expressiva do município e apresenta problemas que

comprometem o desenvolvimento pleno da prática

educacional, portanto, requerem a atenção do

Excelentíssimo Governador. Conforme atestado através

de visita realizada por este Deputado que vos subscreve,

foram identificadas as seguintes necessidades

emergenciais:

a) Conexão de internet lenta e instável;

b) Climatização inadequada, necessitando de mais

ventiladores e aparelhos de ar-condicionado.

Na certeza de relevante importância do pedido,

solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias

para a melhoria das instalações e equipamentos da

escola em questão. Certo do apoio do Governador, que

tem como meta a melhoria na Educação do Estado do

Espírito Santo, e agradecendo antecipadamente o

atendimento da solicitação, renovamos protestos de

elevada estima e consideração.

Palácio Domingos Martins, 09 de novembro

de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual – PSDB

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1552/2015

Senhor Presidente:

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 171

O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174, do Regimento Interno, que seja

encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado

do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:

Construção de refeitório, climatização das salas de aula,

melhorias no sistema de internet na EEEFM Araribóia, localizada no município de Pancas.

A presente solicitação tem por objetivo indicar,

respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do

Estado do Espírito Santo que sejam realizadas

melhorias necessária para o pleno funcionamento da

EEEFM Araribóia, localizada no município de Pancas.

A escola em questão atende a aproximadamente

740 alunos no presente ano letivo, e apresenta

problemas que comprometem o desenvolvimento pleno

da prática educacional, portanto, requerem a atenção do

Excelentíssimo Governador. Conforme atestado através

de visita realizada por este Deputado que vos subscreve,

foram identificadas as seguintes necessidades

emergenciais:

a) Construção de refeitório, na referida instituição de

ensino não existe espaço adequado para as refeições.

b) Climatização das salas de aula;

c) Melhorias no sistema de internet.

Na certeza de relevante importância do pedido,

solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias

para a melhoria das instalações e equipamentos da

escola em questão. Certo do apoio do Governador, que

tem como meta a melhoria na Educação do Estado do

Espírito Santo, e agradecendo antecipadamente o

atendimento da solicitação, renovamos protestos de

elevada estima e consideração.

Palácio Domingos Martins, 09 de novembro

de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual – PSDB

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1553/2015

Senhor Presidente:

O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174, do Regimento Interno, que seja encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado

do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:

Aquisição de computadores e climatização das salas do

CEI Áttila de Almeida Miranda, localizado no

município de Cachoeiro de Itapemirim.

A presente solicitação tem por objetivo indicar,

respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do

Estado do Espírito Santo que sejam realizadas

melhorias necessárias para o pleno funcionamento do

CEI Áttila de Almeida Miranda, localizado no

município de Cachoeiro de Itapemirim.

Conforme atestado através de visita realizada

por este Deputado que vos subscreve, foram

identificadas as seguintes necessidades:

a) Aquisição de 28 novos computadores para o

Laboratório de Informática;

b) Climatização adequada da escola, com aparelhos de

ar condicionado;

Na certeza de relevante importância do pedido,

solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias

para a melhoria da escola em questão. Certo do apoio

do Governador, que tem como meta a melhoria na

Educação do Estado do Espírito Santo, e agradecendo

antecipadamente o atendimento da solicitação,

renovamos protestos de elevada estima e consideração.

Palácio Domingos Martins, 09 de novembro

de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual – PSDB

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1554/2015

Senhor Presidente:

O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174, do Regimento Interno, que seja

encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado

do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:

Reforma e ampliação das instalações da E.E.E.F.M

FERNANDO DE ABREU, localizada no Município de

ATILIO VIVACQUA. A presente solicitação tem por objetivo indicar,

respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do

Estado do Espírito Santo que sejam adotadas medidas

de reforma e ampliação nas instalações da E.E.E.F.M

FERNANDO DE ABREU, localizada no Município de

ATILIO VIVACQUA, que atualmente encontra-se em

condições extremamente precárias. Conforme relatório fotográfico e visita

realizada por este deputado, constatou-se que a referida

escola data a sua inauguração no ano de 1949, funciona

em melindrosas instalações, sem adequação para a

prática educacional, por consequência, são visíveis

problemas graves que indicam que a escola necessita de

novas instalações. A seguir são listadas as principais

carências estruturais da instituição de ensino:

- Telhado apresenta fortes infiltrações em todos os

172 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

ambientes, salas de aula, administrativo, laboratórios e

biblioteca, especialmente nos corredores, há inclusive

relatos de alagamentos dado o nível crítico de

infiltração.

-Falta de acessibilidade nas entradas e no interior dos

pavimentos, incluindo os banheiros não adaptados para

cadeirantes.

Vale ressaltar que devido o nível agudo dos

problemas estruturais, faz-se necessário uma avaliação

técnica por parte dos engenheiros da SEDU afim de

identificar se as atuais condições apresentam riscos a

comunidade escolar.

Na certeza de relevante importância do pedido,

solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias

para a melhoria das instalações da escola em questão.

Certo do apoio do Governador, que tem como meta a

melhoria na Educação do Estado do Espírito Santo, e

agradecendo antecipadamente o atendimento da

solicitação, renovamos protestos de elevada estima e

consideração.

Palácio Domingos Martins, 09 de novembro

de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual - PSDB

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1555/2015

Senhor Presidente:

O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174, do Regimento Interno, que seja

encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado

do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:

Reforma e ampliação das instalações da E.E.E.F.M

MARCONDES DE SOUZA localizada no Município de Muqui.

A presente solicitação tem por objetivo indicar,

respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do

Estado do Espírito Santo que sejam adotadas medidas

de reforma e ampliação nas instalações da E.E.E.F.M

MARCONDES DE SOUZA, localizada no Município

de Muqui, que atualmente encontra-se em condições

precárias.

Conforme relatório fotográfico e visita

realizada por este deputado, constatou-se que a escola

encontra-se em estado deficiente de conservação, sem

adequação para a prática educacional, por consequência,

são visíveis problemas que indicam que a escola

necessita de reforma e ampliação.

Na certeza de relevante importância do pedido,

solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias

para a melhoria das instalações da escola em questão.

Certo do apoio do Governador, que tem como meta a

melhoria na Educação do Estado do Espírito Santo, e

agradecendo antecipadamente o atendimento da

solicitação, renovamos protestos de elevada estima e

consideração.

Palácio Domingos Martins, 09 de novembro

de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual - PSDB

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1556/2015

Senhor Presidente:

O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174, do Regimento Interno, que seja

encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado

do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:

Construção de um novo prédio para a E.E.E.F.M. Lions Sebastião de Paiva Vidaurre, localizada no município

de Cachoeiro de Itapemirim.

A presente solicitação tem por objetivo indicar,

respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do

Estado do Espírito Santo a construção de uma nova

unidade para a E.E.E.F.M Lions Sebastião de Paiva

Vidaurre, localizada no distrito de Celina, no município

de Cachoeiro de Itapemirim.

O município de Cachoeiro de Itapemirim

possui população estimada em 208.702 habitantes.

Destes, cerca de 800 alunos estão matriculados na

E.E.E.F.M Lions Sebastião de Paiva Vidaurre.

Conforme atestado em visita recente feita por este

deputado, é visível a necessidade da construção de uma

nova unidade de ensino em substituição do prédio

existente. Destacamos problemas que comprometem a

qualidade de ensino, como: graves problemas de

infraestrutura no prédio, incluindo a precariedade do

quadro elétrico que inviabiliza a instalação de sistemas

de ar condicionado; também foram identificados

problemas na acessibilidade para pessoas com

deficiência e nos banheiros. É importante destacar que a

escola em questão tem a sua inauguração datada da

década de setenta, e carece com urgência sua

reestruturação. Assim, frente ao gasto que seria

necessário para a reforma completa da escola, indica-se

a construção de uma nova unidade no município em

questão.

Na certeza de relevante importância do pedido,

sabendo que a escola é uma das mais procuradas no

município nos períodos de matrícula, e certos do apoio

do Excelentíssimo Governador, que tem como meta a

melhoria na Educação do Estado, solicitamos que sejam

cumpridas as indicações propostas. Agradecendo

antecipadamente o atendimento da solicitação,

renovamos protestos de elevada estima e consideração.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 173

Palácio Domingos Martins, 09 de novembro

de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual - PSDB

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1557/2015

Senhor Presidente:

O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174, do Regimento Interno, que seja

encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado

do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:

Melhorias na rede elétrica, telhado, internet e construção de auditório, na EEEFM José Damasceno

Filho, localizada no município de Baixo Guandu.

A presente solicitação tem por objetivo indicar,

respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do

Estado do Espírito Santo que sejam realizadas

melhorias necessária para o pleno funcionamento da

EEEFM José Damasceno Filho, localizada no

município de Baixo Guandu.

A escola em questão atende a aproximadamente

1017 alunos no presente ano letivo, e apresenta uma

série de problemas que comprometem o

desenvolvimento pleno da prática educacional, portanto,

requerem a atenção do Excelentíssimo Governador.

Conforme atestado através de visita realizada por este

Deputado que vos subscreve, foram identificadas as

seguintes necessidades emergenciais:

a) Melhoria da rede elétrica, atualmente muito defasada;

b) Construção de um auditório; considerando o elevado

nível de matrículas é imprescindível a construção de um

auditório.

c) Climatização das salas de aula;

d) Conserto do telhado. Há relatos de que quando chove

a água da chuva escoa através dos ventiladores e

lâmpadas, tornando a ambiente inseguro propício a

curto-circuito.

Na certeza de relevante importância do pedido,

solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias

para a melhoria das instalações e equipamentos da

escola em questão. Certo do apoio do Governador, que

tem como meta a melhoria na Educação do Estado do

Espírito Santo, e agradecendo antecipadamente o

atendimento da solicitação, renovamos protestos de

elevada estima e consideração.

Palácio Domingos Martins, 09 de novembro

de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual – PSDB

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1558/2015

Senhor Presidente:

O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174, do Regimento Interno, que seja

encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado

do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:

Reforma da quadra, acessibilidade, climatização, vigilância, e melhorias no refeitório, laboratório de

informática, biblioteca, banheiros, internet, rede

elétrica e telhados da EEEFM Lions Sebastião de Paiva Vidaurre, localizada no município de Cachoeiro de

Itapemirim.

A presente solicitação tem por objetivo indicar,

respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do

Estado do Espírito Santo que sejam realizadas

melhorias necessárias para o pleno funcionamento da

EEEFM Lions Sebastião de Paiva Vidaurre, localizada

no município de Cachoeiro de Itapemirim, e que atende

a cerca de 800 alunos.

Conforme atestado através de visita

realizada por este Deputado que vos subscreve,

foram identificadas as seguintes necessidades:

a) Reforma da quadra poliesportiva;

b) Promoção de acessibilidade a todos os espaços da

escola, para pessoas com deficiência;

c) Adequação do espaço e mobílias do refeitório, que

funciona no pátio da escola;

d) Adequação e melhorias no Laboratório de

Informática;

e) Adequação e melhorias na Biblioteca;

f) Adequação e melhorias nos banheiros e rede

hidráulica da escola;

g) Climatização adequada da escola, com aparelhos de

ar condicionado;

h) Melhorias na internet, que apresenta conexão muito

lenta;

i) Melhorias na rede elétrica, muito defasada e

insuficiente para as demandas da escola;

j) Reforma do telhado que apresenta graves infiltrações;

k) Retomada da vigilância durante o período diurno;

Na certeza de relevante importância do pedido,

solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias

para a melhoria da escola em questão. Certo do apoio

do Governador, que tem como meta a melhoria na

Educação do Estado do Espírito Santo, e agradecendo

antecipadamente o atendimento da solicitação,

renovamos protestos de elevada estima e consideração.

Palácio Domingos Martins, 09 de novembro

de 2015.

174 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual – PSDB

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1559/2015

Senhor Presidente:

O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174, do Regimento Interno, que seja

encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado

do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:

Construção de um novo prédio para abrigar a E.E.E.F.M Palmerindo Vieira, localizada no Município

de Mantenópolis.

A presente solicitação tem por objetivo indicar,

respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do

Estado do Espírito Santo, a construção de um novo

prédio para a E.E.E.F.M Palmerindo Vieira, localizada

no Município de Mantenópolis, esta que atualmente

encontra-se em condições extremamente precárias.

Conforme visita realizada por este deputado,

constatou-se que a escola funciona em condições

precárias, ficando melhor evidenciado no relatório

fotográfico anexo a esta indicação. Este mostra

problemas que só poderiam ser resolvidos com a

construção de um novo prédio. A seguir, alguns dos

problemas apresentados pela instituição de ensino:

- Ausência de quadra de esportes, funcionando

atualmente em um campo de terra improvisado no

fundo da escola;

- Não há refeitório para os alunos merendarem,

funcionando atualmente de forma improvisada no pátio;

- Inexistência de Sala de Recursos para os alunos com

deficiência;

- Climatização inadequada dos ambientes;

- Falta de vigilância, inclusive no período noturno.

Na certeza de relevante importância do pedido,

e certos do apoio do Governador, que tem como meta a

melhoria na Educação do Estado do Espírito Santo,

agradecemos antecipadamente o atendimento da

solicitação, e renovamos protestos de elevada estima e

consideração.

Palácio Domingos Martins, 09 de novembro

de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual – PSDB

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1560/2015

Senhor Presidente:

O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174, do Regimento Interno, que seja

encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado

do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:

Acessibilidade, melhorias na área destinada à prática

de educação física, reforma e ampliação do refeitório,

construção de sala específica para os instrumentos da banda marcial, reforma da piscina, construção de novo

muro, ampliação de quadro de funcionários de secretaria e climatização da EEEFM Monsenhor Elias

Tomasi localizada no município de Mimoso do Sul.

Conforme constatado através de visita realizada

nas instalações da EEEFM Monsenhor Elias Tomasi, no

município de Mimoso do Sul, são necessárias melhorias

na infraestrutura física da instituição que propiciem um

ambiente de estudo adequado aos alunos, e também de

trabalho para os profissionais da referida escola. São

estas:

- Acessibilidade: Construção de rampa de acesso ao 2º

pavimento para que alunos cadeirantes possam circular

com conforto e ter acesso livre a todos os ambientes da

escola, tais como auditório, biblioteca, laboratório de

química e demais salas ambiente.

- Pavimentação do pátio externo onde são realizadas

algumas práticas nas aulas de Educação Física.

- Ampliação do refeitório visto a crescente demanda de

novas matrículas o atual refeitório não comporta o atual

contingente de alunos.

- Construção de uma sala para acomodar os

equipamentos da banda Marcial.

- Reforma da piscina, faz-se necessária a troca do piso

ao seu redor e nova pintura no ambiente. Tão

importante o quanto é a necessidade da contratação de

um zelador para a sua manutenção.

- Reforma da quadra de esportes.

- Reconstrução do atual muro da instituição que foi

abalado por obras de aterro no terreno vizinho. É

importante ressaltar que o atual muro oferece riso à

comunidade escolar.

- Ampliação do quadro de profissionais de secretaria. A

escola atende 850 alunos e atualmente possui apenas

três agentes e três auxiliares para atender três turnos

com quatro modalidades de ensino distintas. Sendo

assim, enfrenta dificuldades no cumprimento dos prazos

visto também o aumento da demanda.

- Climatização na secretaria, a mesma encontra-se em

área de forte insolação, especialmente no turno

vespertino, tornando desconfortante o trabalho nesse

ambiente.

- Climatização das salas de aula.

- Melhorias no sistema de internet.

- Aquisição de mobília destinada a sala de recursos.

- Substituição do sistema operacional Linux para

Windows nos computadores do laboratório de

Informática.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 175

Na certeza de relevante importância do pedido

e certos do apoio do Excelentíssimo Governador, que

tem como meta a melhoria na Educação do Estado,

solicitamos que seja cumprida as indicação proposta.

Agradecendo antecipadamente o atendimento da

solicitação, renovamos protestos de elevada estima e

consideração.

Palácio Domingos Martins, 09 de novembro

de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual - PSDB

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1561/2015

Senhor Presidente:

O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174, do Regimento Interno, que seja

encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado

do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:

Reforma e ampliação das instalações da E.E.E.F. M CEL ANTÔNIO DUARTE localizada no Município de

Iconha, incluindo Construção de Refeitório,

Laboratório de Ciências e reforma da quadra de

esportes.

A presente solicitação tem por objetivo indicar,

respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do

Estado do Espírito Santo que sejam adotadas medidas

de reforma e ampliação nas instalações da E.E.E.F. M

CORONEL ANTÔNIO DUARTE, localizada no

Município de Iconha, que atualmente encontra-se em

condições extremamente precárias.

Conforme relatório fotográfico e visita

realizada por este deputado, constatou-se que a escola

encontra-se em estado deficiente de conservação, sem

adequação para a prática educacional, por consequência,

são visíveis problemas graves que indicam que a escola

necessita de novas instalações. A seguir são listadas as

principais carências da instituição de ensino:

- Reforma da quadra de esportes.

- Construção de refeitório, a referida escola não possui

espaço próprio para refeições.

- Acessibilidade ineficaz, não atende todos os

pavimentos do prédio.

- Biblioteca e laboratório de informática defasados.

- Precariedade nas instalações elétricas, são visíveis fios

desencapados.

Na certeza de relevante importância do pedido,

solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias

para a melhoria das instalações da escola em questão.

Certo do apoio do Governador, que tem como meta a

melhoria na Educação do Estado do Espírito Santo, e

agradecendo antecipadamente o atendimento da

solicitação, renovamos protestos de elevada estima e

consideração.

Vitória, 09 de novembro de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual - PSDB

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1562/2015

Senhor Presidente:

O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174, do Regimento Interno, que seja

encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado

do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:

Medidas emergenciais no telhado, melhorias no

Laboratório de Informática, biblioteca, sala de

recursos, refeitório, corredores, salas de aula,

banheiros e promoção de acessibilidade da

E.E.E.F.M Fernando de Abreu, localizada no

Município de Atílio Vivacqua.

A presente solicitação tem por objetivo indicar,

respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do

Estado do Espírito Santo que sejam adotadas medidas

emergenciais de reparos nas instalações da E.E.E.F.M

Fernando de Abreu, localizada no Município de Atílio

Vivacqua, que atualmente se encontra em condições

extremamente precárias.

Conforme relatório fotográfico e visita

realizada por este deputado, constatou-se que a escola

funciona em antigas instalações que datam a

inauguração da década de 1940, sem adequação para a

prática educacional, por consequência, são visíveis

problemas graves que necessitam de atenção

emergencial como:

- Reforma do Telhado que apresenta infiltrações em

todos os ambientes do pavimento superior.

- Climatização adequada imediata das salas de aula, sala

dos professores, planejamento, auditório, visto que as

mesmas encontram-se em condições insalubres.

- Melhorias nas condições físicas do Laboratório de

ciências; biblioteca, sala de recursos e refeitório, estes

espaços atualmente encontram-se defasados e não

comportam mais o contingente de alunos.

- Acessibilidade. Destacamos que de acordo com a Lei

de Acessibilidade Nº 10.098/2000 Art. 11, em pelo

menos um dos acessos ao interior da edificação deverá

estar livre de barreiras arquitetônicas e de obstáculos

que impeçam ou dificultem a acessibilidade de pessoa

portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. E

176 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

ainda de acordo com a lei Nº 13.146/2015 deve-se

assegurar e a promover, em condições de igualdade, o

exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por

pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e

cidadania.

Na certeza de relevante importância do pedido,

solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias

para a melhoria das instalações da escola em questão.

Certo do apoio do Governador, que tem como meta a

melhoria na Educação do Estado do Espírito Santo, e

agradecendo antecipadamente o atendimento da

solicitação, renovamos protestos de elevada estima e

consideração.

Vitória, 09 de novembro de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual - PSDB

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1563/2015

Senhor Presidente:

O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174, do Regimento Interno, que seja

encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado

do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:

Melhorias da quadra poliesportiva, aquisição de computadores, manutenção da plataforma de

acessibilidade, climatização das salas e auditório, e melhoria da internet da EEEFM Waldemiro Hemerly,

localizada no município de Rio Novo do Sul.

A presente solicitação tem por objetivo indicar,

respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do

Estado do Espírito Santo que sejam realizadas

melhorias necessárias para o pleno funcionamento da

EEEFM Waldemiro Hemerly, localizada no município

de Rio Novo do Sul.

A escola em questão apresenta problemas que

comprometem o desenvolvimento pleno da prática

educacional e que, portanto, requerem a atenção deste

Governador.

Conforme atestado através de visita realizada

por este Deputado que vos subscreve, foram

identificadas as seguintes necessidades:

a) Melhorias na quadra poliesportiva da escola, que

apresenta goteiras e infiltrações em ocasiões de chuva;

b) Aquisição de 20 novos computadores para o Laboratório de Informática;

c) Manutenção da plataforma de acessibilidade para

cadeirantes, que apresenta problemas de funcionamento;

d) Climatização das salas e auditório da escola;

e) Melhoria da internet da escola, que apresenta

conexão muito lenta e insuficiente para as demandas do

dia a dia;

Na certeza de relevante importância do pedido,

solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias

para a melhoria da escola em questão. Certo do apoio

do Governador, que tem como meta a melhoria na

Educação do Estado do Espírito Santo, e agradecendo

antecipadamente o atendimento da solicitação,

renovamos protestos de elevada estima e consideração.

Vitória, 09 de novembro de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual – PSDB

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1564/2015

Senhor Presidente:

O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174, do Regimento Interno, que seja

encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado

do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:

Aquisição de novos computadores, melhorias no

sistema de internet, climatização das salas de aula, além

da necessidade de contratação de vigilante para o turno

diurno na E.E.E.F.M CEL ANTÔNIO DUARTE,

localizada no Município de Iconha.

Segundo dados da Secretaria de Estado da

Educação – SEDU e de informações colhidas in loco, a

referida Escola atende aproximadamente 900 alunos,

oferecendo as modalidades de Ensino Fundamental,

Médio e EJA. Conforme solicitação recebida por este

deputado, e também através de visita realizada

recentemente pelo mesmo, foram constatadas

necessidades fundamentais para o seu pleno

funcionamento.

Dessa forma, indicamos, respeitosamente,

medidas que visem a melhoria na estrutura física da

escola em questão, e que, consequentemente, tornem o

ambiente propício ao desenvolvimento dos alunos.

Dentre elas, podemos destacar a necessidade de

aquisição de quarenta novos computadores para

laboratório de informática, e administrativo, em vista

que parte dos existentes atualmente estão fora de

operação devido a problemas técnicos. Ainda na

referida área, indicamos a contratação de um provedor

de internet estável e com velocidade que satisfaça a

demanda dos alunos e professores.

Por fim, apontamos que a escola em questão requer climatização adequada nas salas de aula, em

vista que atualmente só existem aparelhos de ar-

condicionado no administrativo e na sala de

informática. Há também a necessidade de contratação

de vigilante para o turno diurno.

Na certeza de relevante importância do pedido,

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 177

e certos do apoio do Excelentíssimo Governador, que

tem como meta a melhoria na Educação do Estado,

solicitamos que as indicações propostas sejam

realizadas. Agradecendo antecipadamente o

atendimento da solicitação, renovamos protestos de

elevada estima e consideração.

Vitória, 09 de novembro de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual – PSDB

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1565/2015

Senhor Presidente:

O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174, do Regimento Interno, que seja

encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado

do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:

Construção de quadra coberta, refeitório, auditório, climatização das salas de aula e melhorias no sistema de

internet na EEEFM Pastor Antônio Nunes de Carvalho,

localizada no município de Alto Rio Novo. A presente solicitação tem por objetivo indicar,

respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do

Estado do Espírito Santo que sejam realizadas

melhorias necessária para o pleno funcionamento da

EEEFM Pastor Antônio Nunes de Carvalho, localizada

no município de Alto Rio Novo.

A escola em questão atende a

aproximadamente 794 alunos no presente ano letivo,

e apresenta problemas que comprometem o

desenvolvimento pleno da prática educacional,

portanto, requerem a atenção do Excelentíssimo

Governador. Conforme atestado através de visita

realizada por este Deputado que vos subscreve,

foram identificadas as seguintes necessidades

emergenciais:

a) Construção de quadra coberta para a prática de

educação física, a escola possui espaço próprio para a

implantação da quadra.

b) Construção de refeitório, os alunos não possuem

espaço adequado para refeições.

c) Construção de auditório.

d) Climatização das salas de aula.

e) Melhorias no sistema de internet.

f) Aquisição de novos computadores para o Laboratório

de Informática.

Na certeza de relevante importância do pedido,

solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias

para a melhoria das instalações e equipamentos da

escola em questão. Certo do apoio do Governador, que

tem como meta a melhoria na Educação do Estado do

Espírito Santo, e agradecendo antecipadamente o

atendimento da solicitação, renovamos protestos de

elevada estima e consideração.

Vitória, 09 de novembro de 2015.

SERGIO MAJESKI

Deputado Estadual – PSDB

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1566/2015

Senhor Presidente:

O Deputado Almir Vieira, no uso de suas

atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com

fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento

Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito

Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor

Governador do Estado do Espírito Santo a

INDICAÇÃO da seguinte matéria:

“SUGERE A INSTALAÇÃO DE REDUTORES DE

VELOCIDADE NOS QUILÔMETROS 13 e 14 DA

RODOVIA GOVERNADOR JOSÉ SETE, ES 080,

SENTIDO SANTA LEOPOLDINA,

APROXIMIDADES DO BAIRRO IBIAPABA”.

Vitória, 09 de novembro de 2015.

ALMIR VIEIRA

Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

A solicitação se faz necessária devido aos

recorrentes acidentes no loca e as altas velocidades

desenvolvidas por motoristas imprudentes.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA DEPUTADA

INDICAÇÃO N.º 1567/2015

Senhor Presidente:

A Deputada abaixo assinada, no uso de suas

atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com

fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento

Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito

Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor

Governador do Estado do Espírito Santo a

INDICAÇÃO da seguinte matéria:

- Instalação de Antena de Telefonia Móvel e Internet

3G, no Comunidade de Japira, no município de Linhares-ES. Informo ainda que o mencionado distrito

conta com a população de 2.000 (dois mil) moradores,

localizado há 33 (trinta e três) quilômetros da Sede do

Município de Linhares – ES, sendo assim a realização

desta ação levará maior qualidade de vida aos habitantes

178 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

desta região.

Sala das Sessões, 10 de novembro de 2015.

ELIANA DADALTO

Deputado Estadual - PTC

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA DEPUTADA

INDICAÇÃO N.º 1568/2015

Senhor Presidente:

A Deputada abaixo assinada, no uso de suas

atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com

fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento

Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito

Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor

Governador do Estado do Espírito Santo a

INDICAÇÃO da seguinte matéria:

- Aquisição e Instalação de uma Academia Popular

na Comunidade de Japira, município de Linhares/ES. A instalação desta obra nesta

Comunidade no, em muito contribuirá para o acesso aos

cidadãos que praticam atividade física, não somente

desta comunidade, mas ainda, das comunidades

circunvizinhas. A prática da atividade física é

imprescindível para manutenção da saúde, e prevenção

de doenças. A instalação não só promoverá qualidade

de vida, como também tornando-se mais uma opção de

lazer para os cidadãos dessa comunidade e o entorno

dela, o que justifica a presente indicação.

Sala das Sessões, 10 de novembro de 2015.

ELIANA DADALTO

Deputado Estadual - PTC

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA DEPUTADA

INDICAÇÃO N.º 1569/2015

Senhor Presidente:

A Deputada abaixo assinada, no uso de suas

atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com

fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento

Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito

Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor

Governador do Estado do Espírito Santo a

INDICAÇÃO da seguinte matéria:

- Reforma do Telhado e Instalação elétrica da Escola

Manoel Salustiano de Souza, localizada no Distrito

de São Rafael, município de Linhares/ES. A presente

Escola atende a Comunidade deste Distrito, desde o

Ensino Fundamental nas séries iniciais até o Ensino

Médio. A atual situação da Escola tem dificultado as

atividades no horário da refeição dos alunos,

principalmente nos períodos de chuva, onde ficam

impossibilitados de utilizarem o espaço, não tendo outro

local adequado dentro da própria escola, não só nos

momentos da merenda, como em outras atividades que

são desenvolvidas na escola. Essa reforma promoverá

maior qualidade de vida para os alunos, o quê justifica a

presente indicação.

Sala das Sessões, 10 de novembro de 2015.

ELIANA DADALTO

Deputado Estadual - PTC

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA DEPUTADA

INDICAÇÃO N.º 1570/2015

Senhor Presidente:

A Deputada abaixo assinada, no uso de suas

atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com

fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento

Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito

Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor

Governador do Estado do Espírito Santo a

INDICAÇÃO da seguinte matéria:

- Manutenção e Reforma da Rodovia Antônio

Armani (Limpeza e Conservação), estrada que liga

área urbana ao Distrito de São Rafael, na zona rural,

ambas no município de Linhares. Informo ainda que

essa rodovia faz parte do Programa do Governo do

Estado, “Caminhos do Campo”. Neste sentido a

realização desta ação levará maior qualidade de vida aos

habitantes que transitam nesta rodovia, aumentando

assim a sensação de segurança, e melhoramento do

desenvolvimento agrícola da região.

Sala das Sessões, 10 de novembro de 2015.

ELIANA DADALTO

Deputada Estadual - PTC

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA DEPUTADA

INDICAÇÃO N.º 1571/2015

Senhor Presidente:

A Deputada abaixo assinada, no uso de suas

atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com

fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento

Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito

Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Espírito Santo a

INDICAÇÃO da seguinte matéria:

- Manutenção da Toda Rede Elétrica da EEEFM -

Antonieta Banhos Fernandes localizado no bairro Interlagos, município de Linhares/ES. O presente

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 179

bairro está localizado na Região Administrativa 3 (três)

do município de Linhares/ES que abrange os Bairros

Aviso, Araçá e Shell. A mencionada região conta com

população de aproximadamente 40.000 (quarenta mil)

habitantes, e o Bairro Interlagos possui somente uma

Escola de Ensino Médio para atender a demanda

estudantil citada. A manutenção da Rede elétrica é

imprescindível para dar continuidades as aulas, e as

atividades ali executadas, o quê justifica a presente

indicação.

Sala das Sessões, 10 de novembro de 2015.

ELIANA DADALTO

Deputado Estadual - PTC

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA DEPUTADA

INDICAÇÃO N.º 1572/2015

Senhor Presidente:

A Deputada abaixo assinada, no uso de suas

atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com

fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento

Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito

Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor

Governador do Estado do Espírito Santo a

INDICAÇÃO da seguinte matéria:

- Aquisição de Terreno e Construção de uma

Quadra Poliesportiva na EEEFM – Nossa Senhora da Conceição, localizada no bairro Aviso. O presente

bairro está localizado na Região administrativa

número 02 (dois) do município de Linhares/ES, que

ainda é composta pelos bairros, Shell, e Araça. A

mencionada região conta com população de

aproximadamente 36.000 (trinta e seis mil) habitantes.

A ausência de um espaço como a quadra, dificulta a

prática de esportes por partes não só dos alunos como

dos munícipes que residem no entorno daquela escola, e

dela necessitam para participarem das atividades ali

propostas e executadas. Dessa forma, a construção de

uma Quadra Poliesportiva nesta escola promoverá

maior qualidade de vida para os alunos, bem como para

toda comunidade que poderá utilizar este equipamento

público, para os momentos de lazer e sinergia cultural.

O que justifica a presente indicação.

Sala das Sessões, 10 de novembro de 2015.

ELIANA DADALTO

Deputado Estadual - PTC

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1573/2015

Senhor Presidente:

O Deputado Almir Vieira, no uso de suas

atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com

fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento

Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito

Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor

Governador do Estado do Espírito Santo a

INDICAÇÃO da seguinte matéria:

“SUGERIR ADEQUAÇÃO DE ACESSO AO

BAIRRO E RETORNO PARA OS ÔNIBUS

ESCOLARES E DO TRANSCOL AO BAIRRO DE

IBIAPABA, NO MUNICIPIO DE CARIACICA”.

Vitória, de 11 de novembro de 2015.

ALMIR VIEIRA

Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

As condições atuais trazem riscos à população

local. Possuindo a pista longo histórico de acidentes e

induzindo os motoristas a fazerem manobras de

altíssimo risco no local.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 1574/2015

Senhor Presidente:

O Deputado abaixo assinado, no uso de suas

atribuições legais e regimentais, requer a Vossa

Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso

VIII e 174 do Regimento Interno da Assembleia

Legislativa do Estado do Espírito Santo, que seja

encaminhada ao Exmo. Senhor Paulo Hartung,

Governador do Estado do Espírito Santo a

INDICAÇÃO da seguinte matéria:

- Construção de uma Quadra Poliesportiva na

Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio

“Ecoporanga”, situada no Município de Ecoporanga

- ES.

Governador do Estado:

Nosso pleito visa atender aos reclames da

escola acima citada, que vem sofrendo constantemente

com a inexistência de uma quadra Poliesportiva para a

realização de jogos e a participação em campeonatos. E

visto que, já tem o terreno para construção que é em

anexo ao prédio escolar.

Tal fato impossibilita a prática de esportes, fato

extremamente prejudicial ao desenvolvimento físico,

social e intelectual dos nossos jovens e crianças.

Resta imperioso informar, que a construção da

quadra proporcionará maior segurança e conforto, uma

vez que permitirá a plena realização de eventos, jogos e

atividades recreativas, de maneira a assegurar a

efetivação dos direitos sociais elencados na Carta

Magna de nosso ordenamento jurídico.

180 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Isto posto, cientes da seriedade e

responsabilidade que tem caracterizado a atuação de

Vossa Excelência no Executivo Estadual, agradecemos

antecipadamente o acolhimento desta indicação e

aproveitamos para renovar os protestos de elevada

estima e consideração.

Este, portanto, é o fundamento de nossa

indicação.

Sala das Sessões, 12 de novembro de 2015.

SANDRO LOCUTOR

Deputado Estadual - PPS

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) – Em discussão as Indicações n.os

1547/2015, 1548/2015, 1549/2015, 1550/2015, 1551/2015,

1552/2015, 1553/2015, 1554/2015, 1555/2015, 1556/2015,

1557/2015, 1558/2015, 1559/2015, 1560/2015, 1561/2015,

1562/2015, 1563/2015, 1564/2015, 1565/2015, 1566/2015,

1567/2015, 1568/2015, 1569/2015, 1570/2015, 1571/2015,

1572/2015, 1573/2015 e 1574/2015, que acabam de ser

lidas.

Não havendo oradores que queiram discuti-las,

declaro encerrada a discussão.

Em votação as Indicações.

Os Senhores Deputados que as aprovam,

permaneçam como estão; os contrários se manifestem

verbalmente. (Pausa)

Aprovadas.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (ENIVALDO DOS

ANJOS - PSD) - Senhor Presidente, informo a V. Ex.ª que

não há mais Expediente a ser lido.

* EXPEDIENTE PUBLICADO CONFORME

ARQUIVO ENVIADO PELOS RESPECTIVOS

SETORES DE ORIGEM VIA REDE.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO – DEM) – Não havendo mais Expediente a

ser lido, passa-se à fase das Comunicações.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Euclério

Sampaio.

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT – Sem

revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhores

Deputados, Senhoras Deputadas, servidores da Casa,

profissionais de imprensa e todos que nos assistem, boa-

tarde!

Falarei um pouquinho sobre a situação precária do

PA de Alto Lage, em Cariacica, que foi reinaugurado esses

dias pelo prefeito, mas já não atende à população.

Mostrarei um vídeo.

O vereador estava no local para apurar uma

denúncia de um munícipe e se esbarrou com outros tantos

problemas.

(É exibido o vídeo)

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT) - Essa

é uma senhora que chega passando mal. Não há maca,

cadeira e maqueiro. O hospital foi reinaugurado agora.

Pasmem, senhores! A pessoa já entrou chutando a porta.

Essa é a Cariacica de hoje, cujo prefeito é um jogador de

futebol.

O que quero mostrar para os senhores é que a

Cariacica vai de mal a pior, Senhor Deputado Sandro

Locutor. Reinauguraram o PA de Alto Lage e ele já está

cheio de problemas. Não há maca, cadeira e maqueiro. As

filas estão enormes e ainda há pessoas que falam que

Cariacica melhorou. Melhorou para alguns que estão

ganhando dinheiro, mas o povo continua a sofrer. Essa não

é a Cariacica que queremos.

Podem interromper o vídeo.

Senhor Deputado Marcelo Santos, essa não é a

Cariacica que queremos. Uma Cariacica com graves

problemas de saúde, onde se gastou uma fortuna para

remodelar o PA de Alto Lage e os serviços estão muito

aquém daquilo que é preciso.

O Sr. Marcelo Santos – (PMDB) – Senhor

Deputado, confesso a V. Ex.ª, aos meus colegas Senhores

Deputados e a todos aqueles que dão oportunidade para

que este Deputado fale agora e estão nos assistindo, que

não queria estar falando mal da minha cidade. Mas,

infelizmente, eu, V. Ex.ª e alguns outros colegas, não

podemos nos calar diante dessa falta de respeito com o

cidadão de Cariacica. Na propaganda, parece que estamos

vivendo numa cidade que não tem problemas.

Quando o prefeito vai a uma ordem de serviço ou

inauguração, que não é obra da prefeitura e sim do Estado,

parece que estamos vivendo em um mundo Alice no país

das maravilhas.

Senhor Deputado Euclério Sampaio, não há

apenas a falta de atendimento. Não há remédio; não há

seringa; não há respeito; não há planejamento.

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT) – Não

há nada.

O Sr. Marcelo Santos – (PMDB) – Não há

organização, mas há futebol e samba.

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT) – Mas

o pior nisso tudo é que o prefeito colocou todo seu

primeiro escalão para ir às redes sociais atacar o vereador.

Senhor Deputado Marcelo Santos, também há

dinheiro para propaganda para dizer que Cariacica é uma

maravilha. Mas não está nenhuma maravilha coisa

nenhuma. O dinheiro está indo para o ralo. Futebol, samba

e propaganda. Propaganda enganosa!

O Sr. Marcelo Santos – (PMDB) – A melhor

propaganda que o prefeito poderia fazer era trabalhar em

prol da população e deixar que ela própria faça a

propaganda.

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT) –

Obrigado, Senhor Presidente. (Muito bem!)

(Comparecem os Senhores Deputados Gilsinho Lopes e

Raquel Lessa)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO – DEM) – Concedo a palavra ao Senhor

Deputado Da Vitória.

O SR. DA VITÓRIA – (PDT – Sem revisão do

orador) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e

Senhores Deputados, cumprimento todos em nome do

Senhor Deputado Gilsinho Lopes, que faz parte da

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 181

comissão de representação desta Casa, que discute a

tragédia no rio Doce; a sociedade capixaba que nos assiste

ao vivo pela TV Ales e os profissionais de imprensa.

Senhor Presidente, como presidente desta

comissão em que V. Ex.ª também proferiu seu voto,

gostaria de fazer um registro sobre a tragédia no rio Doce.

Estão sendo passadas algumas fotos no painel. Além de

todo o fato, de toda a angústia, de todo o sofrimento,

parabenizo a instituição Arca de Noé, do município de

Colatina, que mobilizou a população. Centenas de

voluntários estão recolhendo peixes que ainda estão vivos

no município de Colatina e região, Senhor Deputado

Gilsinho Lopes. Mais de quinhentos mil peixes de várias

espécies e camarões estão sendo resgatados e

encaminhados para as lagoas próximas ao município de

Colatina: lagoa do Limão e a lagoa do Batista.

Isso é uma demonstração de solidariedade. Os

voluntários não quiseram saber de quem era a

responsabilidade e, mesmo sendo da empresa Samarco,

assumiram para si. Vários voluntários estão em Colatina

com caminhões de empresas e de particulares.

Fica o meu registro em relação à instituição Arca

de Noé. São vários pescadores, várias pessoas que estão

dando demonstração de união nesse momento difícil que

estamos vivendo em nosso estado com essa tragédia que

aconteceu em Mariana.

Considero que são verdadeiros heróis que fazem o

possível para salvar esses peixes. Muitos acabaram

morrendo e muitos poderiam estar morrendo nesse mar de

lama. Lama essa que está chegando ao nosso estado.

Gostaria de logo após essas imagens serem exibidas que os

senhores prestassem atenção, pois, agora pela manhã, a

lama já passava pela barragem do município de Aimorés.

Sábado, sobrevoei até um pouco depois de

Resplendor. Essa comissão está fazendo o que é seu dever,

constitucionalmente. É bom lembrar para a sociedade que

a Assembleia Legislativa não é Poder Executivo, que toma

suas ações de imediato, mas tem o dever constitucional de

acompanhar quem compete.

O governo precisa estar presente. Os governos

municipais de Baixo Guandu, de Linhares e de Colatina

estão presentes. As instituições estão presentes cobrando a

presença da empresa com todos os documentos

encaminhados a ela. Cobrando a responsabilidade das

ações emergenciais e também cobrando que a empresa

possa suprir o mínimo necessário, que é água potável, para

que a população possa ter sua reserva para beber.

Senhor Deputado Dary Pagung, a lama chegando

a Baixo Guando, que será de hoje para amanhã, com

certeza toda a captação de água do rio Doce deverá ser

suspensa, porque a densidade da lama é grande. Quando

vista sobrevoando, parece que estamos passando sobre

uma estrada pavimentada. É muita lama! Senhor Deputado

Amaro Neto, é muita lama. É muita lama, Senhor

Deputado Amaro Neto! É muita lama! Não tem um peixe

que consiga sobreviver. Vemos os peixes agonizando.

Gostaríamos que esse trabalho da Arca de Noé já

tivesse acontecido há mais tempo. Ainda bem que uma

instituição como essa, que é voluntária nesse processo, está

fazendo.

Quero informar toda população que, amanhã, às

17h, no gabinete da presidência da Assembleia Legislativa,

a diretoria da empresa Samarco estará atendendo o convite

desta comissão de representação para trazer todos os

esclarecimentos de todas as ações emergenciais que foram

tomadas em relação à tragédia, principalmente em nosso

estado. E qual o planejamento de ações que serão feitas no

decorrer dos próximos dias para poder minimizar o

sofrimento das pessoas que dependem da água para

consumo na nossa região.

Às 17h, a empresa estará na Assembleia

Legislativa e já recebeu uma notificação da comissão para

que, diariamente, aponte todas as ações que estão sendo

feitas na nossa cidade.

Encaminhamos também à Coordenação da Defesa

Civil Estadual e Nacional, ao Governo do Estado, às

Secretarias de Meio Ambiente e de Desenvolvimento

Urbano, para que mantenham a Assembleia informada.

O papel da Assembleia é acompanhar. A

comissão, que tem a maioria dos membros desta Casa, está

acompanhando.

A Incomil procurou a Assembleia Legislativa e

nossa comissão recebeu os seus representantes. Já enviei

ao Sanear, de Colatina e ao Saae, de Baixo Guandu para

receberem um equipamento que essa empresa tem e com o

qual se faz a purificação da água com lama. Já estou com

amostras das imagens. Estou encaminhando. O

equipamento pode ficar à disposição sem ônus para a

região de Colatina, de Baixo Guandu e de Linhares.

O Sr. Sandro Locutor – (PPS) – Senhor

Deputado, V. Ex.ª tem feito um trabalho brilhante com a

comissão formada por esta Casa.

Só queria deixar uma sugestão para V. Ex.ª.

Recebi uma demanda da senhora Ida Schmidt Berger, de

Novo Brasil inclusive, Governador Lindenberg, filha da

Zilma e Tercílio Schmidt, que infelizmente faleceu

recentemente. Segunda essa senhora, ainda existia uma

solução para dragar essa lama para uma cratera atrás da

barragem de Jardim América, atrás da pedra Lorena.

Gostaria de deixar a sugestão a V. Ex.as

. Se ainda

tiver viabilidade e tempo hábil, para tentar salvar parte do

rio, que ouvisse esse pessoal: a senhora Ida Schmidt

Berger. Se puder, é importante, porque seria uma

alternativa de dragar essa lama para essa cratera existente

atrás da pedra Lorena.

O SR. DA VITÓRIA – (PDT) – Obrigado,

Senhor Deputado Sandro Locutor.

Infelizmente a lama já passou por Aimorés e já

está chegando a Baixo Guandu. Também é uma sugestão

da Ordem dos Advogados do Brasil, mas extemporânea.

Para que a população fique sabendo: a extensão

da lama é de aproximadamente cem quilômetros. Não tem

possibilidade nem se fossem dez barragens para segurar

essa lama, que chegará à costa marítima e vai acabar com

nossa pesca e com todo o sistema do meio ambiente da

nossa região. Portanto, é uma sugestão muito boa, mas,

infelizmente, não é viável. Muito obrigado, Senhor

Presidente. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO – DEM) – Concedo a palavra ao Senhor

Deputado Sergio Majeski.

O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB – Sem

revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras

Deputadas e Senhores Deputados, meus cumprimentos à

Mesa, aos colegas Deputados presentes, àqueles que estão

nas galerias, ao público, aos funcionários da Casa e

àqueles que nos assistem pela TV Ales.

Gostaria de parabenizar os colegas Deputados que

formam a equipe pelo empenho de ajudar os municípios

182 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

atingidos, e as instituições que estão contribuindo com

isso. É louvável pensarmos o tempo inteiro em soluções

porque isto é importante agora: como ajudar as pessoas

atingidas e os municípios atingidos? Mas isso não pode

escamotear a discussão a respeito do que provoca esse tipo

de coisa. E não adianta só dizermos: Olha, a Samarco,

uma empresa que é má, destruiu, fez e aconteceu. Mas fez

isso sob as bênçãos do Estado. Fez isso sob as bênçãos do

Congresso Nacional, do Poder Executivo Federal, dos

Poderes estaduais e até dos municipais. Isso é reflexo da

promiscuidade existente entre o público e o privado no

Brasil, e a ineficiência do estado de dar conta daquilo que

tem que fazer.

Fico imaginando, há pouco tempo discutimos

nesta Casa sobre EIA/Rima. Estou falando sobre o projeto

que foi aprovado nesta Casa que permite a expansão de

plantio de eucalipto no Espírito Santo. Quem é que fez o

EIA/Rima dessas usinas em Minas? Quem aprovou isso?

As pessoas que fizeram não sabiam que havia uma represa

de rejeitos sendo construída em um lugar que, caso se

rompesse, iria direto para uma das principais bacias

hidrográficas do sudeste? Quem aprovou isso? Onde

estava o Ministério do Meio Ambiente, o Ibama, o Iema,

tanto o federal quanto estadual e municipais, as Secretarias

de Meio Ambiente dos estados e dos municípios que

ninguém viu isso? Ora, todo mundo viu isso! É impossível

que não se saiba de uma coisa dessas, mas é que no Brasil

o poder econômico sempre fala mais alto.

Fico imaginando se uma empresa como essa

viesse para o Espírito Santo, e uma represa dessa fosse

construída na cabeceira do Jucu ou do rio Santa Maria. E

que viesse para o estado com a desculpa: Olha, vai gerar

não sei quanto de renda; não sei quantos empregos. Como

será que nós na Assembleia Legislativa, o Governador do

Estado, a Secretaria de Meio Ambiente, faríamos o que?

Vetaríamos o projeto ou iríamos aprová-lo em nome de

uma pseudossegurança que é garantida pela empresa?

É óbvio que é o momento de se pensar em

solução, mas sinto que essa coisa toda da comoção feita

pela mídia, por nem sei mais quem e por Sebastião

Salgado, está escamoteando a discussão sobre o porquê

acidentes desse tipo ocorrem. Porque há muito interesse de

que as verdadeiras causas disso não sejam evidenciadas

para o público, mas elas precisam ser evidenciadas.

Essa história de que agora não é hora de apontar

culpa; é hora sim! A hora é agora. Daqui a pouco todo

mundo esquecerá. No Brasil tudo muito rapidamente cai

no esquecimento. É só outra coisa começar a vender os

jornais, que esqueceremos tudo isso.

E agora é hora de dar nome aos bois. Tenho

observado, não tenho falado e nem escrito muito sobre

isso, mas não vi em momento nenhum uma posição mais

enfática nem do Executivo Federal, nem do Executivo

Estadual, e com raras exceções, só de alguns prefeitos das

áreas municipais, como vi a prefeita de Governador

Valadares e o prefeito de Baixo Guandu sendo mais

enfáticos. O resto só diz: Olha, temos que solucionar. O

que a Dilma disse na semana passada sobre duzentos e

cinquenta milhões de multa, é quase que patético falar que

esse é o máximo que o Governo Federal tomará de atitude.

Precisamos aproveitar este momento sim para

entender a promiscuidade existente entre o público e o

privado, a ineficiência e a leniência dos poderes públicos

no Brasil. Este é o momento! Não deixaremos este

momento passar. Agora que isso precisa ser discutido e vir

à tona. Saber por que coisas desse tipo ocorrem no Brasil.

E não adianta escamotear isso com discurso de pena e de

condolências: Olha lá, o peixe está morrendo; olha o

povo. Quem causou não foi só a empresa. São

corresponsáveis aqueles que deixaram a empresa agir

dessa forma e que deixam esta mesma empresa, e outras

que financiam, tantos e tantos neste país, e que fecham os

olhos para a realidade. Obrigado, Senhor Presidente.

O Sr. Da Vitória – (PDT) – Senhor Deputado

Sergio Majeski, V. Ex.ª me concede um aparte?

O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB) – O meu

tempo acabou.

O Sr. Da Vitória – (PDT) – Gostaria apenas de

parabenizar e agradecer V. Ex.ª o discurso.

Convido V. Ex.ª também para fazer parte da nossa

comissão de representação, pois V. Ex.ª tem ideias tão

brilhantes. Gostaria que participasse da nossa comissão

com esses encaminhamentos e, principalmente, para

responsabilizar a empresa e os culpados.

O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB) – Muito

obrigado, Senhor Deputado Da Vitória.

E como disse, parabenizo a comissão da

Assembleia que está fazendo o seu trabalho e o seu papel.

(Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO – DEM) – Concedo a palavra ao Senhor

Deputado Pastor Marcos Mansur.

O SR. PASTOR MARCOS MANSUR – (PSDB

– Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras

Deputadas e Senhores Deputados, quero cumprimentar

também os nossos colaboradores de nossos trabalhos na

Casa, a audiência da galeria, a imprensa, nossos

telespectadores das TVs Ales e Educativa, nossos

internautas, os telespectadores do interior do estado do

Espírito Santo, principalmente o pessoal de Cachoeiro de

Itapemirim, que tem nos assistido, Senhor Deputado

Theodorico Ferraço, por uma iniciativa excelente de V.

Ex.ª, da presidência, um trabalho maravilhoso!

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO – DEM) – Capital secreta!

O SR. PASTOR MARCOS MANSUR –

(PSDB) – Cachoeiro, São Mateus, Linhares, Colatina,

estão também nessa rota de poder nos assistir.

Quero repercutir nessa minha fala, os colegas

estão falando de tragédia e, infelizmente, não há como,

neste tempo, fugirmos das tragédias. Quero falar um

pouquinho porque acho que está na mesma direção. Como

todos estão falando neste plenário da tragédia de Mariana,

quero falar da tragédia de Paris, ocorrida na última sexta-

feira, neste fim de semana, quando centenas de pessoas

morreram de maneira covarde, violenta, desumana,

naquela cidade. Às vezes, alguém pode dizer: Por que esse

deputado está falando de Paris e não dos problemas do

estado do Espírito Santo? Porque somos um mundo

globalizado. O que acontece lá, refletirá aqui, com certeza.

E o que aconteceu lá e o que está acontecendo na Europa,

vamos assim dizer, porque, além de ser um atentado contra

a humanidade, é um atentado contra a Europa, que acabará

respingando no Brasil. E o mais importante, o que está

acontecendo lá, tem um fundo, uma razão, Senhor

Deputado Theodorico Ferraço, da mesma coisa que está

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 183

sendo discutida na tragédia de Mariana: o descaso do

poder público, de quem pode fazer alguma coisa e não faz.

Porque esse Estado Islâmico que está se

instalando, se estabelecendo e se disseminando por todo o

oriente, está se instalando e crescendo por causa de um

vácuo, por causa de falta de ocupação de quem deveria

estar lá, apoiando, ajudando. Não é assim que surgem as

milícias no Brasil? Não é assim que surge o tráfico no

Brasil? Onde os poderes públicos federal, estaduais e

municipais se omitem, o traficante vai, a milícia vai, a

desordem vai, aquele que caminha fora e à margem da lei,

vai. É um caso muito semelhante, o Estado Islâmico está

lá, mostrando ao mundo o que é a falta de ocupação de

espaço por parte do Estado.

No caso do Estado Islâmico, é uma falta de

ocupação, proteção, organização, dos Estados Unidos da

América, e até mesmo da França, da Alemanha, da

Inglaterra, dos países que poderiam estar lá ajudando a

organizar socialmente aquele espaço, mas intervêm, às

vezes, só a base da força, da arma, e depois deixam ao

Deus dará. E, ao Deus dará, o Estado Islâmico, de maneira

covarde, está se disseminando, crescendo. Está lá a Síria

Estamos sofrendo as consequências também no

estado do Espírito Santo. É a mesma coisa. A tragédia de

Mariana, a tragédia do Vale do Rio Doce, é também uma

tragédia do descaso, é uma tragédia provocada pela falta

de organização, pela falta de investimento, pela falta de

fiscalização, e pela falta de estruturação. E aí o mundo

paga por essa falta. A população paga, os seres humanos

pagam, vidas humanas pagam, o meio ambiente paga, o

ecossistema paga.

Na França, na Europa, e também agora nos

Estados Unidos da América, há um medo generalizado.

Daqui para frente, como será? É a mesma coisa conosco.

Quanto tempo demoraremos para recuperar nosso

ecossistema? Agora, quem pagará os prejuízos?

Muito obrigado, Senhor Presidente. (Muito bem!)

(Comparece a Senhora Deputada Janete de Sá)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO – DEM) – Concedo a palavra ao Senhor

Deputado Marcelo Santos.

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB – Sem

revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras

Deputadas e Senhores Deputados, dividirei o tempo de

minha fala em dois assuntos, que entendo serem

importantíssimos. Primeiro quero cumprimentar o

Governo do Estado na figura do Vice-Governador César

Colnago. Em meu nome e em nome do Senhor Deputado

Gilsinho Lopes, vice-presidente na Comissão de Políticas

sobre Drogas, da qual sou presidente, quero agradecer ao

Governo do Estado que atendeu a uma solicitação nossa e

ampliou o número de vagas de tratamento contra as

drogas, assim atendendo e ampliando tudo o que é

realizado hoje pelas comunidades terapêuticas. São cento e

cinquenta vagas a mais diante de um problema, Senhor

Deputado Theodorico Ferraço, que tenho certeza de que se

não é dentro de nossas casas, algum membro de nossa

família está passando pelo problema, que chamamos do

grande mal do século: o crack e outras drogas, que fazem

com que se destruam nossas famílias inteiras diante desse

problema.

O projeto criado no governo anterior, Rede

Abraço, este governo está reestruturando. Amplia agora

mais cento e cinquenta vagas, ou seja, o projeto chegará a

quinhentas e cinquentas vagas para tratar de dependentes

químicos pelas comunidades terapêuticas. Quero

agradecer, como presidente da Comissão de Políticas sobre

Drogas, junto com meu vice-presidente, Senhor Deputado

Gilsinho Lopes, ao Governo do Estado, ao Governador e

ao Vice-Governador César Colnago, esse trabalho bacana,

que temos certeza de que dará ainda muito mais resultado

positivo para todos nós.

Agora falarei sobre um grave problema. O Senhor

Deputado Euclério Sampaio acabou denunciando neste

plenário hoje o caos na saúde de Cariacica. Quero dizer a

você, cidadão de Cariacica, que não gostaria, que não

gosto de estar nesta tribuna falando mal da administração

de nossa cidade. Gostaria de estar elogiando e

cumprimentando o prefeito e todos os seus servidores pelo

trabalho que desenvolvem, mas, infelizmente, não tenho

condições, diante do que será exibido neste vídeo, que

quero que prestem atenção.

(É exibido o vídeo)

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –

Senhor Presidente, peço desculpas ao Rafael, à Pâmela, à

Euzira e aos seus familiares que se dirigiram às unidades

de saúde e não encontraram alguém do outro lado para

atendê-los diante do problema que vivem. Mas como disse

a Euzira, não se cale, dê um grito, diga que não está

contente com o governo que foi o mais votado do País

proporcionalmente, porque mentiu para a sociedade,

porque prometeu aquilo que não podia cumprir. Ganhar

eleição assim é fácil. Não brinque, senhor prefeito, com o

sonho das pessoas porque nenhuma delas vai à unidade de

saúde procurar remédio, médico ou seringa porque está

passeando e não tem nada para fazer. Elas acreditaram no

senhor e o senhor está decepcionando-as, assim como

decepciona a mim. Peça desculpas. (Muito bem!)

(Retira-se momentaneamente o Senhor Deputado Dary

Pagung)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO - DEM) - Findo o tempo destinado à fase das

Comunicações, passa-se à Ordem do Dia.

Discussão única, em regime de urgência, do

Projeto de Lei n.º 170/2015, do Senhor Deputado Sergio

Majeski, que altera o inciso VII do art. 17 da Lei n.º 9.531,

de 16 de setembro de 2010, que dispõe sobre a política

estadual de mudanças climáticas - PEMC, incluindo

regiões urbanas, e também as susceptíveis a inundações.

Publicado no DPL do dia 07/05/2015. Pareceres n.os

152/2015, da Comissão de Justiça, pela

constitucionalidade/legalidade, 86/15, da Comissão de

Defesa da Cidadania e Direitos Humanos, e 02/15, da

Comissão de Infraestrutura, ambos pela aprovação. Parecer

oral da Comissão de Proteção ao Meio Ambiente, pela

aprovação. Na Comissão de Finanças, o Senhor Deputado

Dary Pagung se prevaleceu do prazo regimental para

relatar a matéria na Sessão Ordinária do dia 04/11/2015.

(Prazo até o dia 11/11/2015)

Concedo a palavra à Comissão de Finanças, para

que esta ofereça parecer oral ao projeto.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(EDSON MAGALHÃES) – Senhor Presidente, na forma

regimental assumo a presidência da Comissão de Finanças

184 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

e convoco seus membros, Senhores Deputados Hudson

Leal, Doutor Hércules e Freitas. (Pausa)

Senhores Deputados, na sessão ordinária realizada

dia 04 de novembro de 2015, o relator do projeto, Senhor

Deputado Dary Pagung, solicitou prazo regimental para

oferecer parecer em Plenário. Tendo vencido esse prazo e

estando S. Ex.ª ausente, designo novo relator do projeto o

Senhor Deputado Hudson Leal. (Pausa)

O SR. HUDSON LEAL – (PRP - Sem revisão

do orador) – Senhor Presidente e senhores membros da

Comissão de Finanças, trata-se do Projeto de Lei n.º

170/2015, de autoria do Senhor Deputado Sergio Majeski,

que altera o inciso VII do art. 17 da Lei n.º 9.531, de 16 de

setembro de 2010, que dispõe sobre a política estadual de

mudanças climáticas - PEMC, incluindo regiões urbanas e

também as susceptíveis a inundações.

O parecer da Comissão de Finanças é pela

aprovação do Projeto de Lei n.º 170/2015.

Devolvo o projeto ao Senhor Deputado Edson

Magalhães, presidente da Comissão. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(EDSON MAGALHÃES) – O relator foi pela aprovação

da matéria.

Em discussão o parecer. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. FREITAS – (PSB) – Com o relator.

O SR. DOUTOR HÉRCULES – (PMDB) –

Com o relator.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(EDSON MAGALHÃES) – A Presidência acompanha o

voto do relator.

Senhor Presidente, o parecer foi aprovado à

unanimidade pela Comissão de Finanças.

Devolvo o projeto à Mesa.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO – DEM) – Em discussão o Projeto de Lei n.º

170/2015. (Pausa)

Não havendo oradores inscritos, declaro

encerrada a discussão.

Em votação.

Os Senhores Deputados que o aprovam,

permaneçam como estão; os contrários se manifestem

verbalmente. (Pausa)

Aprovado.

À Secretaria para extração de autógrafos.

(Comparece o Senhor Deputado Doutor Rafael Favatto)

O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para justificação de

voto.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO – DEM) – Concedo a palavra ao Senhor

Deputado Sergio Majeski.

O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB – Sem

revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras

Deputadas e Senhores Deputados, gostaria de agradecer

aos colegas o apoio a esse projeto de lei. Agora, quando

tanto se discute sobre a questão da água, modificamos a lei

para ampliá-la porque a atual legislação fala sobre um

fomento de construção de reservatórios em áreas rurais

suscetíveis à seca ou à desertificação. Estendemos isso

para as áreas urbanas e também para as áreas sujeitas às

enchentes. Quer dizer, ao mesmo tempo em que isso

possibilita a reservação de água na época das chuvas, no

caso das áreas urbanas suscetíveis à enchente, ajuda a dar

vazão à água. E neste momento em que tanto se discute

sobre a questão hídrica, é um projeto de suma importância.

Espero que o senhor governador, que tanto tem feito por

essa questão hídrica, também sancione o nosso projeto.

(Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO – DEM) – Discussão única, em regime de

urgência, do Projeto de Lei n.º 174/2015, do Senhor

Deputado Sergio Majeski, que dispõe sobre o reuso de

efluentes das estações de tratamento de esgoto - ETE´S,

para fins industriais. Publicado no DPL do dia 07/05/2015.

Pareceres orais da Comissão de Justiça, pela

constitucionalidade, com emenda substitutiva; e da

Comissão de Cidadania, pela aprovação, com a emenda

substitutiva apresentada pela Comissão de Justiça. Na

Comissão de Infraestrutura, o Senhor Deputado Edson

Magalhães se prevaleceu do prazo regimental para relatar a

matéria na Sessão Ordinária do dia 04/11/2015. (Prazo até

o dia 11/11/2015). (Existe emenda substitutiva anexada ao

Projeto, de autoria do Senhor Deputado Sergio Majeski,

publicada no DPL do dia 04/11/15)

Concedo a palavra à Comissão de Infraestrutura,

para que esta ofereça parecer oral ao projeto.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(EDSON MAGALHÃES) – Convoco os membros da

Comissão de Infraestrutura, Senhores Deputados Marcelo

Santos, Doutor Hércules e Rodrigo Coelho.

Informo aos Senhores Deputados que na sessão

ordinária do dia 04/11/2015 me prevaleci do prazo

regimental para relatar o projeto, o que passarei a fazer

neste momento. (Pausa)

Senhores membros da Comissão de Infraestrutura,

trata-se do Projeto de Lei n.º 174/2015 que tem a seguinte

ementa: Dispõe sobre o reuso de efluentes das estações de

tratamento de esgoto - ETE´S, para fins industriais.

Fiz uma análise desse projeto e percebi que tem

vícios de inconstitucionalidade, que passarei a lê-los. É um

projeto no qual faltam muitos elementos técnicos e que

tem uma responsabilidade muito grande ao setor

executivo, sem dúvida nenhuma, porque não se trata

apenas do tratamento para fins industriais. É de

competência do governo do Estado, projeto de lei com

parecer deste relator e de autoria do excelentíssimo Senhor

Deputado Sergio Majeski, que dispõe sobre o reuso de

efluentes das estações de tratamento de esgoto das estações

de tratamento para fins industriais, não estar em harmonia

com o ordenamento jurídico pátrio, conforme abaixo

explanado, porque viola o art. 63 da Constituição Estadual,

porque envolve matéria atinente ao Executivo, segundo

consta os incisos 3.º e 4.º do parágrafo único:

Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou

comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do

Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e

aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta

Constituição.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 185

Parágrafo único. São de iniciativa privativa do

Governador do Estado as leis que disponham sobre:

I - criação de cargos, funções ou empregos públicos na

administração direta, autárquica e fundacional do Poder

Executivo ou aumento de sua remuneração;

II - fixação ou modificação do efetivo da Polícia Militar e

do Corpo de Bombeiros Militar;

Inciso II alterado pela Emenda Constitucional n.º 12, de

20.08.97.

III - organização administrativa e pessoal da

administração do Poder Executivo;

Inciso III alterado pela Emenda Constitucional n.º 30, de

13.06.2001.

IV - servidores públicos do Poder Executivo, seu regime

jurídico, provimento de cargos, estabilidade e

aposentadoria de civis, reforma e transferência de

militares para a inatividade;

V - organização do Ministério Público, da Procuradoria-

Geral do Estado e da Defensoria Pública;

VI - criação, estruturação e atribuições das Secretarias de

Estado e órgãos do Poder Executivo (...)

O estudo da constitucionalidade e

inconstitucionalidade de uma norma designa a

possibilidade do estabelecimento de uma relação, isto é, a

relação que estabelece entre uma coisa a Constituição, e

outra coisa, o comportamento que listar ou não conforme o

que com ela é ou não compatível, que cabe ou não o seu

sentido.

Todavia, a constitucionalidade não está ligada

apenas aos critérios materiais, entra ou não em conflito

com os artigos já positivados na Constituição. Mas

também há critérios formais. Determinada norma foi ou

não editada por autoridades competentes e como a

Constituição determina.

Assim, Celso Ribeiro Bastos ensina que controle

de constitucionalidade das leis consiste no exame da

adequação das mesmas à Constituição, tanto de ponto de

vista formal quanto material.

Nesse diapasão, a norma em análise não goza de

atributo de constitucionalidade formal, eis que foi não

elaborada em conformidade com a Constituição Federal.

Houve correta observância das formas estatuídas, não fere

a uma competência deferida constitucionalmente a um dos

Poderes. Enfim, não contravém preceitos constitucionais

pertinentes à organização técnica dos Poderes.

No caso em evidência a norma fere de forma

frontal o parágrafo único, incisos III e IV do art. 63 da

Constituição Estadual, quando invade a área de

competência do Poder Executivo.

Face ao exposto, esta relatoria propõe aos doutos

membros desta Comissão adoção de perecer desfavorável

ao presente projeto de lei.

Quero dizer ao nobre Deputado Sergio Majeski

que tenho a grata satisfação de relatar um projeto dessa

envergadura, mas diante da inconstitucionalidade, esta

Comissão tomou essa decisão. Mas gostaria de pedir ao

nobre Deputado que esse projeto, mais adiante, fosse

submetido à Comissão de Infraestrutura para que

pudéssemos abrir um debate em torno do que foi preterido.

O Sr. Sergio Majeski – (PSDB) – Senhor

Presidente, como autor, gostaria de discutir o projeto.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(EDSON MAGALHÃES) – Com certeza, V. Ex.ª terá

todo o direito, de acordo com o Regimento desta Casa, de

discutir a matéria.

Eu gostaria imensamente que esse projeto fosse

bastante debatido para que não ocorrêssemos no erro de ter

esse projeto aniquilado pelo Poder Executivo, uma vez

que é inconstitucional.

Portanto, essas são as observações deste humilde

Deputado, relator da matéria.

Sou pela rejeição do projeto, já disse isso. (Muito

bem!) (Pausa) Em discussão o parecer. (Pausa)

O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(EDSON MAGALHÃES) – Concedo a palavra ao Senhor

Deputado Sergio Majeski.

O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB – Sem

revisão do orador) – Senhor Presidente e senhores

membros da Comissão de Infraestrutura, meus

cumprimentos à Mesa e aos colegas presentes.

Com todo respeito ao presidente da Comissão de

Infraestrutura, não entendi muito bem o relatório desta

Comissão. A Comissão não pode entrar no mérito da

Comissão de Justiça, que já deu parecer pela

constitucionalidade.

O mérito de V. Ex.ª deveria ser julgar de acordo

com o que é a prerrogativa da Comissão de Infraestrutura.

A constitucionalidade ou não já foi dada pela Comissão de

Justiça.

Esclareço aos nobres pares que esse projeto não

incide em aumento de despesas para o Executivo, aumento

de cargos ou nada disso. Esse projeto visa ao reuso de

água. Hoje, temos uma estação de tratamento de esgotos

em Jardim Camburi; gostaria de deixar isso muito claro.

Essa água é tratada e depois é lançada ao mar, não sendo

utilizada. Mas temos as grandes empresas com a Vale e a

ArcelorMittal que são grandes consumidoras de água e que

poderiam usar, em grande parte, essa água tratada, daquilo

que elas necessitam executar. Portanto, caberia ao

Executivo somente normatizar como isso seria feito.

Não é para sair dinheiro do Estado para fazer isso,

pois ele, no caso, já faz a sua parte tratando o esgoto, mas

é para que essas empresas canalizem essa água tratada para

uso delas. Portanto, eu gostaria de entender onde é que a

matéria aumenta a despesa ou o número de funcionários.

Não existe isso.

Além disso, o primeiro parecer da procuradoria,

que questionei à presidência em função disso, foi pela

constitucionalidade, Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos.

E foi muito bem fundamentado, porque a matéria é

constitucional. Estranhamente, pediu-se a revisão. O

procurador novamente deu pela constitucionalidade e não

havia problemas. Pediu-se, então, a esse mesmo

procurador que desse pela inconstitucionalidade, mas ele

se negou a fazer dizendo: - não posso voltar atrás. Sou um

profissional. Como já fiz uma vez o parecer, já o refiz pela

constitucionalidade e continuo com o parecer pela

constitucionalidade não vou... porque alguém está pedindo

186 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

que ele seja inconstitucional. Então, há algo de estranho

nessa história.

Conversei com o Senhor Deputado Rodrigo

Coelho, expliquei toda situação e modificamos o texto.

Mas agora, estranhamente, a Comissão de Infraestrutura

entra em um mérito que não é seu, dando um parecer

contrário, usando a questão da constitucionalidade.

Ora, isso é incompreensível, Senhor Deputado

Edson Magalhães! Com todo respeito, acho que V. Ex.ª

extrapolou as prerrogativas da sua Comissão, que não são

a de julgar se a matéria é constitucional ou não, mas de

observar as questões inerentes à infraestrutura.

Hoje vivemos uma crise hídrica imensa. Não

podemos ficar no jargão de que estamos preocupados ou

fazendo campanhas publicitárias na televisão ou

discursando. Temos que partir para atitudes práticas. Hoje,

não existe uma única solução para a questão hídrica, temos

que encontrar várias soluções e esta é uma delas.

Não dá para esperar amanhã ou depois de amanhã

para ser discutido mais profundamente, quando temos algo

tão palpável, que pode se transformar em realidade num

curto espaço de tempo. Portanto, me causa estranheza que

a Comissão de Infraestrutura não tenha se atido à questão

da infraestrutura, entrado na questão da Comissão de

Justiça, que já deu pela constitucionalidade.

Senhor Deputado Edson Magalhães, com todo o

respeito, V. Ex.ª poderia ter lido o primeiro parecer do

procurador. Aquele que se fundamentou profundamente na

constitucionalidade.

Não é uma questão de opção, nas precisamos estar

atentos à necessidade. Como presidente da Comissão de

Ciência e Tecnologia não posso entrar na questão da

infraestrutura, nem da cidadania, nem da

constitucionalidade ou não. Cada comissão deveria se ater

ao mérito de sua prerrogativa da comissão. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(EDSON MAGALHÃES) – Senhor Deputado Sergio

Majeski, se V. Ex.ª tiver alguma dúvida, pode, muito bem,

estar de posse de meu parecer e consultar a

constitucionalidade ou inconstitucionalidade daquilo que

li.

Não estou falando somente da questão do mérito

da Comissão de Constituição e Justiça. Estou adensando a

questão de um parecer de constitucionalidade à falta de

elementos técnicos a toda essa matéria. E que o Governo

do Estado possa realmente implantar esse sistema de

reaproveitamento dessa água para indústria.

Outro dia falei ao Senhor Deputado Enivaldo dos

Anjos que seria muito bem vindo o reuso da água para a

manutenção de praças e jardins, mas no âmbito da lei

tenho o direito. Por que não tenho direito? Como

estudioso, tenho direito de recorrer para saber se a matéria

é constitucional ou não. É um direito meu. É uma

prerrogativa. Quando se faz um relatório, temos que nos

ater à legislação em primeiro lugar.

Continua em discussão o Projeto de Lei n.º

174/2015. (Pausa)

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Enivaldo

dos Anjos.

O SR. ENIVALDO DOS ANJOS – (PSD – Sem

revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras

Deputadas e Senhores Deputados, em várias oportunidades

temos falado sobre prerrogativas do Poder Legislativo.

Vemos que em todos os estados, inclusive no

Congresso Nacional, existe um desejo muito grande de

legislar e executar da parte do Executivo. Para o

enfraquecimento do Legislativo, contamos com os

próprios membros dos poderes legislativos, que se atêm a

tentar obstruir o próprio funcionamento do poder no

sentido de propor, de discutir e de tentar convencer,

porque quem faz a lei é quem pode questioná-la, e não

quem a executa.

Entendo que essa matéria, recebendo, com

fundamentação, o parecer pela constitucionalidade dos

membros da Comissão de Justiça, que apreciou e tem um

presidente zeloso e cuidadoso, que acompanha o trabalho

da comissão e deu andamento ao processo.

Vemos que a regra pretendida não demanda

despesa, em função de que basta o Estado, que é o dono do

produto que gera a limpeza e a destinação da água, liberar

aquilo que tratou, ao invés de jogar novamente na

poluição. Estabelecendo regras de liberação e talvez até

negociação com a própria Cesan, para revender a água

despoluída para serviços que não precisam nem de água

tratada com destinação ao uso humano, mas para uso de

parques e uso industrial. Porque, se levarmos em conta, só

em Jardim Camburi, aquela estação de tratamento, que faz

tratamento de água e joga de novo no mar poluído, não dá

para entender porque esse recurso é tão jogado fora. E

apenas por filigranas jurídicas e legislações que não são

flexíveis e que estamos tentando flexibilizar, temos, como

Poder, que contrariar a própria Assembleia em negar o

direito de se fazer uma facilitação para uso dessa água.

O projeto do Senhor Deputado Sergio Majeski é

nada mais nada menos do que cuidar da destinação de um

bem, com que se gasta um dinheiro considerável para ser

tratado, e é jogado de novo na poluição. Então, basta que o

Estado, com essa lei aprovada, viabilize e autorize a

própria Cesan a reutilizar essa água na indústria, nos

jardins e em qualquer outra atividade que não seja o uso

humano. Teremos uma diminuição, porque a partir da hora

em que se autorizam empresas como a Vale, que utiliza

uma quantidade enorme de água do rio Santa Maria, se

elas passarem a usar essa água de esgoto tratado, vai

diminuir o uso da água, que vai servir para uso humano. É

questão matemática e não implica gastos.

Quero fazer apelo ao Senhor Deputado Edson

Magalhães, que fez o relatório na Comissão de

Infraestrutura, mas também discutiu a questão da

constitucionalidade, para que S. Ex.ª refaça seu parecer, se

for possível, uma vez que a constitucionalidade já foi feita

e julgada na Comissão de Justiça e a matéria trata de

interesse público de benefício à população.

Com certeza, a partir do ano de 2017, quando S.

Ex.ª estiver na Prefeitura de Guarapari, vai poder se valer

dessa lei para utilizar aquele tratamento de esgoto que vai

passar a ter em Guarapari, porque não sei se Guarapari tem

hoje, a condição de ver todo o investimento de recurso

para tratar de uma água e depois jogar de novo dentro do

rio poluído. Então, espero que S. Ex.ª, mais Executivo do

que Legislativo, possa entender que a matéria é simplória,

mas é possível de ser inserida no contexto de leis por se

tratar exatamente de corrigir uma regra que o Executivo

até hoje não corrigiu: fazer um tratamento, gastar dinheiro

e jogar de novo essa água tratada no ambiente poluído, o

que não se explica e não se justifica perante os

contribuintes do Estado do Espírito Santo.

Conto com a inteligência, com a capacidade e

com a facilidade que V. Ex.ª tem de entender e fazer

composição neste Plenário, porque é um dos mais sensatos

para fazer entendimento e composição. (Muito bem!)

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 187

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(EDSON MAGALHÃES) – Muito obrigado, Senhor

Deputado Enivaldo dos Anjos.

Continua em discussão o parecer. (Pausa)

Encerrada.

Vou acatar a emenda proposta pelo Senhor

Deputado Enivaldo dos Anjos, com relação ao

reaproveitamento, ao reuso dessa água na manutenção de

praças e jardins.

Senhor Deputado Sergio Majeski, fiz um relato e

entendo que poderíamos enriquecer esse projeto com mais

elementos técnicos. Mas não poderia jamais deixar de

relatar a inconstitucionalidade disso por não entender.

Mas, entendendo que estamos dentro de um regime

democrático e que tem um parecer da Procuradoria...

Li o parecer da Procuradoria. Quero dizer a V.

Ex.ª que tudo que pego, leio. Tenho esse capricho. E

também levando em consideração a atribuição maior desta

Casa com relação aos assuntos constitucionais que são

pertinentes à Comissão de Constituição e Justiça, quero

dizer que revogo meu parecer e me junto aos nobres

Colegas Deputados, para que possamos realmente dar

prosseguimento a esse projeto de lei do Senhor Deputado

Sergio Majeski, por entender que estamos num ambiente,

além de democrático, maduro e de compreensão.

Como presidente da Comissão de Infraestrutura,

entendo que precisamos realmente tratar o meio ambiente

de uma forma qualitativa, dentro das vertentes e das

normas que estão hoje inseridas em todo o âmbito

ambiental, para que possamos, realmente, cuidar melhor

do nosso meio ambiente. Portanto, junto-me aos senhores

pela aprovação deste projeto.

Continua em discussão o parecer. (Pausa)

Encerrada.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) - Com

o relator.

O SR. RODRIGO COELHO (PT) - Com o

relator.

O SR. DOUTOR HÉRCULES – (PMDB) -

Com o relator.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(EDSON MAGALHÃES) – Senhor Presidente, o parecer

foi aprovado à unanimidade pela Comissão de

Infraestrutura.

Agora, submeto à aprovação a emenda

substitutiva, de autoria do Senhor Deputado Enivaldo dos

Anjos, para reuso na manutenção de praças e jardins.

Em votação.

Como votam os Senhores Deputados?

O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Com

a emenda.

O SR. RODRIGO COELHO (PT) - Com a

emenda.

O SR. DOUTOR HÉRCULES – (PMDB) -

Com a emenda.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(EDSON MAGALHÃES) – Senhor Presidente, a emenda

foi aprovada à unanimidade pela Comissão de

Infraestrutura.

Devolvo o projeto à Mesa.

(Retira-se momentaneamente o Senhor Deputado Doutor

Rafael Favatto)

O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB) – Senhor

Presidente, pela ordem! Agradeço aos colegas,

especialmente ao Senhor Deputado Edson Magalhães, a

sensibilidade de ter voltado no parecer. Muito obrigado!

Acho que podemos construir uma boa alternativa para a

questão hídrica no estado.

Obrigado, Senhor Deputado Edson Magalhães e

demais Senhores Deputados Marcelo Santos, Enivaldo dos

Anjos, Rodrigo Coelho e demais Senhores Deputados.

O SR. PRESIDENTE – (CACAU

LORENZONI – PP) – Concedo a palavra à Comissão de

Proteção ao Meio Ambiente, para que esta ofereça parecer

oral ao projeto.

O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) -

Senhor Presidente, na ausência do Senhor Deputado

Doutor Rafael Favatto, Presidente da Comissão de

Proteção ao Meio Ambiente, na forma regimental assumo

a presidência e convoco seus membros, Senhores

Deputados Edson Magalhães, Marcelo Santos e Raquel

Lessa.

Avoco para relatar o Projeto de Lei n.º 174/2015,

com muita seriedade, conforme solicitado pelo nobre

Senhor Deputado Sergio Majeski e, para analisar com

muita seriedade todos os aspectos deste projeto, prevaleço-

me do prazo regimental para oferecer parecer.

O SR. PRESIDENTE – (CACAU

LORENZONI – PP) – É regimental.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(GILDEVAN FERNANDES – PV) – Devolvo a palavra

à Mesa.

O SR. PRESIDENTE – (CACAU

LORENZONI – PP) – Discussão única, em regime de

urgência, do Projeto de Lei n.º 244/2015, do Senhor

Deputado Enivaldo dos Anjos, que institui o

desmatamento zero no Estado com a proibição da

supressão de florestas nativas em todo o território estadual

e dá outras providências. Publicado no DPL do dia

11/06/2015. Parecer oral da Comissão de Justiça,

pela constitucionalidade. Na Comissão de Defesa da

Cidadania, o Senhor Deputado Marcos Bruno se

prevaleceu do prazo regimental para relatar a matéria na

Sessão Ordinária do dia 09/11/2015. (Prazo até o

dia 16/11/2015).

Concedo a palavra à Comissão de Defesa da

Cidadania, para que esta ofereça parecer oral ao projeto.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(PADRE HONÓRIO - PT) – Senhor Presidente, na

ausência do Senhor Deputado Nunes, Presidente da

Comissão de Defesa da Cidadania, na forma regimental

assumo a presidência.

Senhor Presidente, informo a V. Ex.ª que na

sessão ordinária realizada dia 09 de novembro de 2015 o

relator do projeto, Senhor Deputado Marcos Bruno, se

188 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

prevaleceu do prazo regimental para relatar o projeto na

Comissão de Defesa da Cidadania. Portanto, tem prazo até

o dia 16 de novembro de 2015. Estando S. Ex.ª ausente e

ainda dispondo de prazo para oferecer parecer, devolvo a

palavra à Mesa.

O SR. PRESIDENTE – (CACAU

LORENZONI – PP) – É regimental.

Votação em 2.º turno da Proposta de Emenda

Constitucional n.º 08/2015, do Senhor Deputado Enivaldo

dos Anjos e outros, que altera o artigo 69, da Constituição

do Estado, que dispõe sobre as proposições de iniciativa

popular. Publicada no DPL do dia 01/06/2015. Pareceres

n.os

312/2015, da Comissão de Justiça,

pela constitucionalidade/admissibilidade, e 119/2015, da

Comissão de Defesa da Cidadania,

pela aprovação, publicados no DPL do dia 06/11/2015. A

matéria foi aprovada, em 1.º turno, com 18 (dezoito) votos

favoráveis e (01) uma abstenção, na sessão ordinária do

dia 09 de novembro de 2015. Quorum para aprovação:

3/5(18 votos) - votação nominal.

O Presidente, de ofício, determina a realização de

verificação de quorum para efeito de votação.

Solicito aos Senhores Deputados que registrem

presença nos terminais eletrônicos. (Pausa)

(Procede-se ao registro das presenças)

(De acordo com o registrado no painel eletrônico, retiram-

se os Senhores Deputados Almir Vieira, Bruno Lamas, Da

Vitória, Dary Pagung, Doutor Rafael Favatto, Eliana

Dadalto, Erick Musso, Euclério Sampaio, Freitas, Guerino

Zanon, Hudson Leal, Janete de Sá, Pastor Marcos Mansur,

Raquel Lessa, Sandro Locutor e Theodorico Ferraço)

(Registram presença os Senhores Deputados Amaro Neto,

Cacau Lorenzoni, Doutor Hércules, Edson Magalhães,

Enivaldo dos Anjos, Gildevan Fernandes, Gilsinho Lopes,

Luzia Toledo, Marcelo Santos, Padre Honório, Rodrigo

Coelho e Sergio Majeski)

O SR. PRESIDENTE – (CACAU

LORENZONI - PP) – Registraram presença doze

Senhores Deputados.

Não há quorum para votação em 2.º turno da

Proposta de Emenda Constitucional n.º 08/2015, pelo que

fica adiada.

Passo a presidência dos trabalhos à Senhora

Deputada Luzia Toledo. (Pausa)

(Comparecem os Senhores Deputados Doutor Rafael

Favatto e Freitas)

A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO -

PMDB) – Assumo a presidência dos trabalhos neste

momento para dar continuidade ao rito da sessão.

O SR. GILSINHO LOPES – (PR) – Senhora

Presidenta, pela ordem! Requeiro a V. Ex.ª verificação de

quorum para efeito de manutenção da sessão.

A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO -

PMDB) – É regimental.

Solicito aos Senhores Deputados que registrem

presença nos terminais eletrônicos. (Pausa)

(Procede-se ao registro das presenças)

(De acordo com o registrado no painel eletrônico, retiram-

se os Senhores Deputados Amaro Neto, Enivaldo dos

Anjos, Freitas, Gilsinho Lopes e Marcelo Santos e

comparece o Senhor Deputado Marcos Bruno)

(Registram presença os Senhores Deputados Cacau

Lorenzoni, Doutor Hércules, Doutor Rafael Favatto, Edson

Magalhães, Gildevan Fernandes, Luzia Toledo, Marcos

Bruno, Padre Honório, Rodrigo Coelho e Sergio Majeski.)

A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO -

PMDB) – Antes de proclamar o resultado, quero registrar

que a Cipe Rio Doce, integrada por dois Estados

brasileiros, Espírito Santo e Minas Gerais, foi criada pelo

então Senhor Deputado Gilson Amaro e pelo ex-deputado

Claudio Vereza, deputados que mais trabalharam pela Cipe

Rio Doce. Quando cheguei a esta Casa, o então Deputado

Claudio Vereza me pediu para que eu integrasse a Cipe

Rio Doce.

Informação aos Senhores Deputados e Deputadas

desta Casa, que na quarta-feira passaremos a coordenação

da Cipe Rio Doce, pelo Estado do Espírito Santo, ao

Senhor Deputado Guerino Zanon.

Da mesma forma, em Minas Gerais, a Deputada

Celise Laviola presidirá a Cipe Rio Doce em uma

homenagem ao ex-deputado José Henrique, que faleceu no

ano de 2013 e que, como o ex-deputado Gilson Amaro,

dedicou-se a essa comissão interestadual que fez um

trabalho brilhante pela nossa bacia do rio Doce. Tanto é

assim que hoje há um estudo pronto integrando todos os

municípios dos estados de Minas Gerais e do Espírito

Santo.

Hoje, com esse crime ambiental acontecido em

Mariana, com o que estamos também sofrendo as

consequências de uma forma muito dolorosa, levaremos

todo trabalho que o Espírito Santo vem fazendo, inclusive,

com a participação efetiva do nosso Governador Paulo

Hartung a esse encontro.

Também levaremos o relatório que fizemos ao

passar a coordenação para o Senhor Deputado Guerino

Zanon. A vice-presidência será passada para o Senhor

Deputado Da Vitória, de cujo trabalho já está sendo feito

durante todo esse tempo desde que aconteceu esse crime

ambiental de grandes proporções, que não sabemos ainda

aquilatar.

Deixo registrado que levaremos esse relatório

com várias ações positivas que fizemos na presidência e

depois como coordenadora da Cipe Rio Doce. Tenho

certeza de que o nosso trabalho ficou marcado não só nos

estados de Minas Gerais e Espírito Santo, mas também

junto ao Governo Federal, já que conseguimos colocar a

Cipe Rio Doce, naquela oportunidade, no orçamento da

União.

Os dois estados brasileiros fizeram um trabalho

que ficou com o nome de PIRH Doce – Plano Integrado de

Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce, em que os

estados de Minas Gerais e do Espírito Santo fizeram um

grande trabalho, Senhor Deputado Padre Honório – V. Ex.ª

que iria conosco a Minas Gerais, mas não irá porque tem

outra agenda de trabalho.

Esse trabalho que apresentaremos em Minas

Gerais, claro, está dentro da nossa história neste

Parlamento. Não foi um trabalho qualquer, mas foi um

trabalho que mereceu elogio, inclusive da Assembleia

Legislativa de Minas Gerais e por várias vezes. (Pausa)

Constatamos que registraram presença dez

Senhores Deputados.

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 189

Há quorum para manutenção da sessão, mas não

há para votação. Desse modo, fiz muito bem em ficar à

frente falando da nossa Cipe Rio Doce e da reunião na

quarta-feira, às 10h, na Assembleia Legislativa de Minas

Gerais, primeiro para posse dos respectivos membros e,

em seguida, para fazermos uma audiência pública com

prefeitos de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Discussão prévia do Projeto de Lei n.º 333/2015,

de autoria do Senhor Deputado Marcos Bruno, que obriga

a disponibilização de espaço físico para a instalação de

postos de atendimento do Procon, nos locais que

especifica, e dá outras providências. Publicado no DPL do

dia 19/08/2015. Parecer n.º 352/2015, da Comissão de

Justiça, pela inconstitucionalidade, publicado no DPL do

dia 13/10/2015.

Em discussão. (Pausa)

Não havendo oradores inscritos, declaro

encerrada a discussão.

Informo aos Senhores Deputados que se o Parecer

n.º 352/2015, da Comissão de Justiça, for aprovado, o

projeto será arquivado; se rejeitado, o projeto seguirá

tramitação normal.

Em votação o parecer, pela inconstitucionalidade

do Projeto de Lei n.º 333/2015.

Adiada por falta de quorum.

Discussão especial, em 3.ª sessão, do Projeto de

Lei n.º 418/2015, do Senhor Deputado Euclério Sampaio,

que acrescenta o art. 6.º e parágrafo único na Lei

10.387/2015 que obriga os Postos de Combustíveis a

informarem se a gasolina comercializada é formulada ou

refinada. Publicado no DPL do dia 04/11/2015.

Em discussão. (Pausa)

Não havendo oradores inscritos, declaro

encerrada a discussão.

O projeto segue às Comissões Permanentes.

Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de

Lei n.º 254/2015, da Senhora Deputada Luzia Toledo, que

dispõe sobre a proibição do transporte, da comercialização,

do beneficiamento e da industrialização do Marlin Azul e

do Marlin Branco. Publicado no DPL do dia 29/06/2015.

Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de

Lei n.º 396/2015, do Senhor Deputado Amaro Neto, que

dispõe sobre a obrigatoriedade das agências bancárias

disponibilizarem um funcionário exclusivo para

atendimento aos idosos e deficientes nos caixas de

autoatendimento e da outras providências. Publicado no

DPL do dia 01/10/2015.

Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de

Lei n.º 410/2015, do Senhor Deputado Euclério Sampaio,

que concede desconto aos clientes que reduzirem o

consumo de energia elétrica no Estado. Publicado no DPL

do dia 19/10/2015.

Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de

Lei n.º 411/2015, do Senhor Deputado Euclério Sampaio,

que concede desconto aos clientes que reduzirem o

consumo de água no Estado. Publicado no DPL do dia

19/10/2015.

Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de

Lei n.º 416/2015, do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, que

veda a fabricação, a venda, a comercialização, o transporte

e a distribuição de brinquedos, réplicas ou simulacros de

armas de fogo, que com elas possam se confundir, no

âmbito do Estado. Publicado no DPL do dia 19/10/2015.

Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de

Lei n.º 419/2015, do Senhor Deputado Sergio Majeski, que

estabelece a cobrança de multa às distribuidoras de água

do Estado, caso constatado desperdício durante a

distribuição. Publicado no DPL do dia 26/10/2015.

Em discussão os Projetos de Lei n.os

254/2015,

396/2015, 410/2015, 411/2015, 416/2015 e 419/2015.

(Pausa)

Não havendo oradores inscritos, declaro

encerrada a discussão.

Os projetos seguem à 3.ª sessão.

(Comparecem os Senhores Deputados Enivaldo dos Anjos

e Gilsinho Lopes)

Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de

Decreto Legislativo n.º 116/2015, da Mesa Diretora, que

concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao

Excelentíssimo Promotor de Justiça Doutor Americo José

dos Reis. Publicado no DPL do dia 10/11/2015.

Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de

Decreto Legislativo n.º 117/2015, da Mesa Diretora, que

concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao

Excelentíssimo Juiz de Direito Doutor Marcelo Jones de

Souza Noto. Publicado no DPL do dia 10/11/2015.

Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de

Decreto Legislativo n.º 118/2015, do Senhor Deputado

Hudson Leal, que concede Título de Cidadania Espírito-

Santense ao Senhor Ricardo Córdova Guzmán. Publicado

no DPL do dia 12/11/2015.

Em discussão os Projeto de Decreto Legislativo n.os

116/2015, 117/2015 e 118/2015.(Pausa)

Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a

discussão.

Os projetos seguem à 2.ª sessão.

(Retira-se momentaneamente o Senhor Deputado Cacau

Lorenzoni)

Finda a Ordem do Dia, passa-se à fase do Grande

Expediente, dividido em duas partes: Lideranças

Partidárias e Oradores Inscritos.

Concedo a palavra ao Líder do PP, Senhor

Deputado Cacau Lorenzoni. (Pausa)

Ausente, concedo-a ao Líder do PR, Senhor

Deputado Gilsinho Lopes.

O SR. GILSINHO LOPES - (PR – Sem revisão

do orador) – Senhora Presidenta, Senhores Deputados e

Senhoras Deputadas, o nosso Líder do Governo pediu

vista, Senhor Deputado Sergio Majeski, do projeto

importantíssimo de V. Ex.ª, mas tenha certeza de que

estaremos prontos e aptos a votar com o projeto do reúso

da água que V. Ex.ª apresentou.

Senhora Deputada Luzia Toledo, fui interpelado

pela imprensa para repercutir em relação à atuação da

Cipe. Fui bastante claro com eles no sentido de que não é

responsabilidade, não houve negligência em razão disso,

porque técnicos e engenheiros que detectaram o problema

e só falaram depois dos acontecimentos, tinham a

obrigação de fazer a denúncia ao Ministério Público, aos

órgãos responsáveis pela fiscalização. V. Ex.as

, que

participam dessa comissão tão importante, não iriam

detectar porque não são engenheiros ou técnicos e não

estariam exatamente visitando aquela barragem, pois há,

em Minas Gerais, inúmeras barragens.

190 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Hoje, a comissão constituída por esta Casa está

fazendo o seu papel e os nossos colegas, Senhores

Deputados, viajaram e foram para Colatina e Baixo

Guandu para dar a nossa contribuição.

Pode-se dizer que isso é uma tragédia, Senhor

Deputado Sergio Majeski, porque aquilo não é apenas um

acidente, mas uma tragédia anunciada. Nós, desta tribuna e

na CPI do Pó Preto, denunciamos os órgãos de fiscalização

ambiental do Estado do Espírito Santo que negligenciaram

ao conceder licenças ambientais sem as exigências das

condicionantes feitas pelos técnicos responsáveis pelo

Iema e pela Seama.

Senhor Deputado Rodrigo Coelho, fizemos um

requerimento na CPI e pedimos todas as condicionantes

que foram exigidas e até hoje o Iema não as encaminhou.

Eu quis representar os responsáveis por crime de

responsabilidade pelo não encaminhamento, mas fui voto

vencido na comissão. Hoje quando fui interpelado pela

imprensa, esqueci-me de dizer isso para eles.

Eles podem ir à Polícia Federal, pois há lá um

inquérito para apurar as reponsabilidades tanto do Iema,

quanto da Seama e do Ministério Público porque eles

sabiam que as condicionantes não foram devidamente

atendidas, mas assim mesmo eles concederam a licença.

O Doutor Décio Ferreira, delegado da Polícia

Federal, encarregado desse inquérito policial, Senhora

Deputada Luzia Toledo, solicitou-nos cópia das licenças

ambientais das LO’s e LI’s e as mesmas foram concedidas

sem o atendimento dos requisitos necessários.

Quando querem criticar os Parlamentares,

Senhora Deputada Luzia Toledo, faço a defesa, porque os

órgãos de fiscalização são pagos exatamente para isso.

Temos que fiscalizar os atos do governo e dessas

empresas, e fazemos as nossas cobranças.

(Comparece o Senhor Deputado Freitas)

A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO –

PMDB) – Parabenizo V. Ex.ª, Senhor Deputado Gilsinho

Lopes. Como sempre, V. Ex.ª, com essa fidalguia, se

quisesse, teria feito outra colocação em relação aos

membros da comissão interestadual que integram a Cipe

Rio Doce. V. Ex.ª, com essa elegância de sempre, foi

primoroso. Eu disse a mesma coisa sem combinar com V.

Ex.ª. Também fui entrevistada pelo nosso jornalista.

Primeiro, o rompimento aconteceu em Mariana,

Minas Gerais. Os órgãos ambientais daquele estado é que

tinham que estar fiscalizando permanentemente, inclusive,

o Ministério Público. Na realidade, fomos surpresados,

infelizmente, com esse desastre ambiental da maior

proporção, neste país.

Senhor Deputado Freitas, a Cipe Rio Doce fez seu

trabalho. Durante todo o tempo V. Ex.ª acompanhou,

esteve presente. Fizemos tudo. Houve uma interrupção de

meses porque perdemos o ícone da Cipe Rio Doce, o José

Henrique, que era um deputado mineiro, tão apaixonado

quanto o senhor Gilson Amaro. Os dois construíram a Cipe

Rio Doce. Mas S. Ex.ª morreu precocemente. Com a morte

de S. Ex.ª, os membros da comissão em Minas Gerais

ficaram sem o piloto.

Faremos uma audiência pública quarta-feira, às

10h, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Dez

minutos antes haverá a posse. A deputada Celise Laviola

assumirá a presidência, que é trocada de dois em dois anos.

Senhor Deputado Gilsinho Lopes, V. Ex.ª foi

primoroso, porque não temos o poder de embargar obras.

Temos o poder de fazer acontecer, como fizemos durante

todos esses anos à frente da Cipe Rio Doce com os

companheiros e companheiras do Estado de Minas Gerais

e do Estado do Espírito Santo.

Senhor Deputado Gilsinho Lopes, parabéns e

obrigada pela fala em relação à única comissão

interestadual que existe entre os estados de Minas Gerais e

do Espírito Santo.

O SR. GILSINHO LOPES – (PR) – Senhora

Presidenta Luzia Toledo, sem ter a informação da morte do

presidente, também disse ao jornalista que as convocações

para as reuniões são emanadas dos presidentes. Com o

falecimento dele e com a posse da nova presidente, os

trabalhos deverão ser retomados dentro do processo

normal.

Gostaria de fazer uma reflexão com os colegas.

Estamos nos avizinhando do último dia da entrega das

emendas parlamentares. Senhores Deputados Rodrigo

Coelho e Enivaldo dos Anjos, semana passada, falei com

relação à otimização e à execução das emendas.

Pergunto mais uma vez aos nobres colegas se as

emendas de V. Ex.as

estão sendo coroadas com êxito,

porque as minhas estão sendo atendidas minimamente.

Semana passada, não deu para falar, mas observei que no

ano passado, quando encaminharam o Orçamento e o PPA

para esta Casa, Senhor Deputado Sergio Majeski, fiz

questão de fazer a inclusão de uma emenda para

pagamento do tíquete-alimentação dos servidores do

Executivo e nem sequer tive a oportunidade de conseguir a

assinatura dos colegas para que ela fosse votada em

destaque.

Estou apresentando novamente e quero conclamar

os nobres colegas deputados, pois é uma injustiça o que

estão fazendo com os servidores do Executivo, uma vez

que essa matéria já foi discutida, votada e aprovada no

colégio dos procuradores do estado à unanimidade e não

tem nenhuma eficácia. Há mais de cinco anos os

servidores do Executivo estão sem os míseros cento e

setenta e seis reais, que é o valor do tíquete-alimentação

deles.

Enquanto isso, na semana passada, sofremos mais

uma apunhalada. Uma instituição que defendo e que tenho

defendido como vários deputados, a Defensoria Pública,

aumentou seu tíquete- alimentação de oitocentos reais para

mil, quinhentos e noventa e nove, e isso nas barbas de

nosso governo. Não posso crer que o governador esteja de

acordo com isso. Não quero crer que o governador esteja

sabendo disso, porque é um absurdo. Cento e setenta e seis

reais o servidor do Executivo: o professor, o assessor, o

policial civil e militar, o bombeiro militar, o agente

penitenciário, eles não percebem esse valor há cinco anos,

desde que seus vencimentos foram transformados em

subsídio. E o Colégio dos Procuradores já deu parecer

favorável à unanimidade, e ainda vêm pessoas para votar

contra, é um absurdo!

Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, de

oitocentos reais foi para mil, quinhentos e noventa e nove,

dos defensores públicos. Dos juízes e promotores é mais

de mil reais. Qual é o horário que trabalham? A partir do

meio-dia! Os policiais e professores estão nas ruas, nas

escolas, pela manhã, desde as oito horas, Senhor Deputado

Rodrigo Coelho.

Temos que manter esta posição. Quero conclamar

V. Ex.as

a assinarem comigo a emenda de destaque para

que possamos apresentar. Tenho certeza de que o Senhor

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 191

Deputado Dary Pagung, presidente da Comissão de

Finanças, vetará a minha emenda. Mas se assim o fizer,

estarei desta tribuna, mais uma vez, tecendo críticas e darei

os números de todos os Poderes, de todas as instituições.

Infelizmente, os servidores do Executivo, noventa e quatro

mil servidores, almejam, precisam, necessitam de cento e

setenta e seis reais a mais em seus salários, e eles não

conseguem hora nenhuma.

Não podemos ficar aqui achando que está tudo

bem. Essa tragédia que aconteceu, está todo mundo

voltado para lá, até a presidente veio ao estado. Veio fazer

o quê? Trouxe o quê? Anunciou o quê? O Governo do

Estado está tomando as providências. O Governo do

Estado e os deputados estaduais estão lá, lutando e

brigando por melhores condições de qualidade de vida

para aquelas pessoas. A partir de amanhã saberemos a real

intensidade dessa tragédia, Senhora Deputada Luzia

Toledo. A partir de amanhã a lama chegará a Baixo

Guandu, e aí, o que faremos? Como vamos socorres

nossos irmãos? O que o Governo tem para fazer?

Senhora Deputada Luzia Toledo, conto com a

assinatura de V. Ex.ª nessa emenda dos cento e setenta e

seis reais para os servidores públicos. Conto com a

assinatura dos Senhores Deputados Sergio Majeski,

Enivaldo dos Anjos, Freitas, Padre Honório, Marcelo

Santos. Senhor Deputado Doutor Hércules, V. Ex.ª que é

do PMDB, que sempre defendeu os servidores, conto com

a assinatura de V. Ex.ª para que possamos aprovar a

emenda coletiva em prol dos servidores públicos, que têm

direito aos cento e setenta e seis reais de auxílio

alimentação.

Muito obrigado, Senhora Presidenta. (Muito

bem!)

(Comparece o Senhor Deputado Hudson Leal)

A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO -

PMDB) – Findo o tempo destinado às Lideranças

Partidárias, concedo a palavra ao Senhor Deputado Da

Vitória, orador inscrito.

Ausente, concedo-a ao Senhor Deputado Enivaldo

dos Anjos, orador inscrito.

O SR. ENIVALDO DOS ANJOS – (PSD - Sem

revisão do orador) – Senhora Presidenta, Senhoras

Deputadas e Senhores Deputados, há um bom tempo

temos discursado na linha de que nosso país precisa ser

reformulado. Temos também a grande preocupação com o

sistema que se engalfinha mais em discussões de ego do

que de alternativas de modelo de administração e de

modelo econômico.

O país atravessa hoje uma de suas piores crises de

liderança, e nós, no cenário político nacional, não vemos

uma luz no fim do túnel. Não se conhece ninguém e muito

menos partido que tenha uma proposta, neste momento,

que atinja o interesse coletivo, que possa ser significado e

contado como uma proposta moderna, diferente.

Continuam as mesmas coisas: os que estão fora do poder,

discursam que têm solução para tudo; os que estão no

poder, dizem que não têm condições de fazer nada. E essa

rotina vai se tornando uma prática.

Antes era a direita, e faltava tudo, e a esquerda

com isso foi construindo sua história, sua bandeira, se

baseando principal e especialmente em um dos fatos que já

perturba o país há muito tempo: o combate à corrupção. Os

partidos de esquerda começaram a fazer essa bandeira, de

que só combatendo a corrupção já estariam prestando um

grande serviço à Nação. E assim o povo se mobilizou e

entendeu que essa seria uma alternativa, porque todas as

outras apresentadas eram consumidas pela corrupção, pela

proteção ao crime, e pela falta de punibilidade. E o que

deu? A oposição entrou no poder e não só praticou a

mesma coisa, como também praticamente oficializou a

corrupção nas entranhas do poder administrativo. Hoje

estamos diante de fatos ainda piores, que é a corrupção

praticamente oficializada e o modelo econômico

totalmente antiquado e inadequado para a prática de

soluções do problema.

Temos um país onde a educação é uma piada,

vive praticamente do estímulo, do idealismo de

professores, de educadores que pensam e insistem em

querer contribuir para que esta Nação possa ser

desenvolvida culturalmente. Porque na educação, mesmo

tendo recurso carimbado, são direcionados mais para a

parte física do que para a parte educacional e cultural. Se

gasta mais dinheiro na educação em construção de prédios,

em construção de propostas mirabolantes, do que na

proposta simples de educar com melhoria de salário dos

educadores e viabilidade de práticas modernas, hoje, da

informática, diante dos alunos que estão com essa ânsia de

ter acesso ao sistema de comunicação, que é hoje o mais

prático, o mais rápido e o mais eficiente para se educar.

Antigamente, os professores educavam e

alfabetizavam as crianças com dificuldade de material e

todo o tipo de proposta. Existiam até aquelas que

utilizavam caroços de milho e faziam uma série de coisas

para poderem alfabetizar e educar as crianças. Hoje, a

informática já estabelece regras e precisamos de

qualificação dos professores e dos alunos para que possam

ingressar no mundo e no mercado de trabalho. E para isso

não existe dinheiro para nenhuma escola. Temos

pouquíssimas escolas no Brasil equipadas adequadamente

dentro da modernidade, dentro da necessidade da educação

de hoje.

Na área de saúde, é risível o que temos de política

pública. Há hospital em que o maior espaço é o corredore

o maior número de pessoas está no corredor, jogadas no

chão, esperando por uma oportunidade. É um sistema de

saúde em que não se tem recurso para manter a saúde

preventiva e quase todas as pessoas acabam ficando

doentes ao longo de ficar durante um período grande sem

saúde preventiva, o que poderia resolver seu problema no

início.

Vemos que estamos diante de uma situação difícil

em todos os sentidos, ou seja, na área da informática, da

tecnologia e do campo, onde ainda se está plantando

olhando para o tempo e para a lua porque a comunidade

rural não tem nenhum instrumento de modernidade para

tratar de sua cultura, de seu plantio e de suas atividades.

Vemos que, ao olharmos para os grandes Estados

e para Brasília, não se acha ninguém com o perfil de

conduzir este País e ainda se discute voltar aos que já

foram porque não temos lideranças novas. Não temos

propostas novas. Se tivermos eleição amanhã, quem terá

condições de conduzir este País? Quem tem proposta?

Quem defende ideias? Até o candidato Aécio Neves,

que teve cinquenta milhões de votos, está tonto até hoje

com essa votação e não se posiciona diante da nação com

nenhuma alternativa.

Sabemos que o governo está perdido e não tem

uma forma de sair da situação. Mas onde está se lendo

alguma coisa que a oposição apresenta como alternativa?

192 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Trata-se, hoje, com muita insistência de um processo de

impeachment. Vamos considerar que ele fosse realizado.

Quem vai assumir este País? Qual é a liderança que tem

expectativa de que se possa imaginar que vai implementar

um programa de governo que vai atender à demanda e à

necessidade do País? Quem está discutindo educação neste

País, no momento? Quem está discutindo saúde pública no

País, neste momento? Quem está discutindo emprego?

Quem está discutindo renda? Quem está discutindo

trabalho através da produção, se estamos vendo que os

setores fiscalizadores do País estão todos comprometidos

com a corrupção?

Senhora Presidenta, no esquema de telefonia, as

empresas de fiscalização estão mais envolvidas e não

conseguem resolver um problema simples e as companhias

telefônicas continuam enrolando, prestando mau serviço,

cobrando mais do que devem cobrar, sem nenhuma

punição.

No sistema de energia é o mesmo fato. O País não

consegue fiscalizar e manter um atendimento adequado em

função de falta de fiscalização organizada e severa.

Na arrecadação pública, o País não apresenta

nada moderno no sentido de arrecadar sem precisar

aumentar imposto e estamos vivendo há mais de quarenta

anos uma cascata. A partir da hora em que a despesa

pública aumenta por falta de controle e por falta de

organização, a solução é criar mais um imposto para poder

cobrir aquela despesa que cresceu. Mas nunca aparece um

gestor capaz de, com a arrecadação que tem, reduzir a

despesa, reenquadrar o sistema administrativo, melhorar a

prestação de serviços e, com isso, fazer com que a

população possa ter orgulho de pagar imposto. Pagar

imposto para quê, se você sabe que os Poderes estão

tomando toda a receita para eles para administrar sua

própria condição de trabalho?

Temos, no Espírito Santo, uma arrecadação

pequena e gastamos um bilhão e cem milhões de reais só

para poder manter o Poder Judiciário; gastamos trezentos

milhões por ano para poder manter o Ministério Público;

gastamos duzentos e oito milhões para manter a

Assembleia Legislativa e mais duzentos e poucos milhões

para manter o Tribunal de Contas. E onde está o dinheiro

arrecadado para poder pagar à saúde? Onde está o dinheiro

arrecadado para pagar o vale-refeição de cento e poucos

reais ao funcionalismo público, que é humilhante já que os

Poderes constituídos, considerados Poderes de igual

condição com o Executivo, Judiciário e Legislativo

recebem quase mil reais? Estamos em um estado de direito

completamente desgovernado, completamente sem noção,

com a bússola quebrada, com falta de motivação e com

falta de lideranças capazes de levar o País para uma nova

vida, para uma nova mentalidade. Saudades de Leonel

Brizola e de outras lideranças como Juscelino Kubitschek,

aqueles que criavam no País uma expectativa, uma

esperança de melhores dias. (Muito bem!)

(Retira-se momentaneamente o Senhor Deputado Freitas)

A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO –

PMDB) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Freitas,

orador inscrito. (Pausa)

Ausente, concedo-a ao Senhor Deputado Sergio

Majeski, orador inscrito.

O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB – Sem

revisão do orador) – Senhora Presidenta, meus

cumprimentos à Mesa, aos colegas Deputados e Deputadas

que ainda se encontram no plenário, funcionários da Casa

e aqueles que nos assistem pela TVAles. Parabenizo o

Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos pelo seu discurso.

Senhora Presidenta, falta-nos na Nação um

projeto de País; não temos um projeto de País e nenhum

partido político tem apresentado isso também. No máximo,

existem propostas pontuais para se resolver esse ou aquele

problema. Mas um projeto de Nação, um projeto de País,

por exemplo: o que o Brasil espera ser daqui a vinte anos?

Não estou falando de políticas pontuais e de governo, mas

de políticas a médio e longo prazo, quer dizer, para

atingirmos determinados lugares na educação, na

tecnologia, no meio ambiente, nos direitos humanos. Isso

não tem, infelizmente.

O Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos está certo

quando diz que partido nenhum tem apresentado

efetivamente um projeto de nação, um projeto que

vislumbremos uma modificação real de tudo isso que

estamos vendo e vivendo nos últimos anos.

Senhora Presidenta, gostaria de voltar a falar

sobre o que falávamos na fase das Comunicações, isto é,

sobre a questão do acidente, ou melhor, acidente não,

dessa tragédia causada não apenas pela Samarco, mas pela

Samarco e os corresponsáveis, que são as instituições,

tanto federal quanto estaduais e municipais. A

incompetência, a leniência, a promiscuidade entre o

público e o privado são os grandes responsáveis por isso

que está acontecendo. Agora, sobre grandes

empreendimentos, vale continuarmos debatendo sobre

isso. Toda vez que um grande empreendimento, seja uma

mineradora, seja uma usina de sei lá o quê, vai se instalar

em algum lugar, logo vão pontuar: quantos empregos,

quanto de arrecadação, quanto não sei o quê. E vão

minimizar todos os danos ambientais e sociais que esse

empreendimento irá provocar.

Uma vez o Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos

falando neste Plenário sobre a questão da ArcelorMittal e

da Vale, S. Ex.ª disse o seguinte: Se não houvesse o porto

no final de Camburi, se não houvesse a Vale, o município

de Vitória e o Estado do Espírito Santo poderiam lucrar

muito mais com turismo. Uma praia belíssima que poderia

então promover a vinda de resorts, hotéis, condomínios e

um turismo efetivo porque a Praia de Camburi é linda. O

que estraga é o porto no final; o que estraga é justamente a

Arcelor e a Vale que estragam tudo. E isso é verdadeiro.

Hoje existem estudos, em vários pontos do mundo, que

mostram o quanto a poluição gera de gastos para o estado

e para os governos. O pseudo-ganho que se tem com um

empreendimento em termos de arrecadação, mas quanto se

gasta hoje, por exemplo, no Espírito Santo com as pessoas

que adoecem em função da poluição gerada pela Vale e

pela Arcelor Mittal? Talvez o gasto seja muito superior

àquilo que pseudamente se arrecada com a presença dessas

empresas. Isso precisa sim ser pensado.

A questão que agora também, Senhor Deputado

Enivaldo dos Anjos, acho que vamos observar bem de

perto é como será a atuação do Ministério Público

Estadual do Espírito Santo e o Ministério Público Estadual

de Minas Gerais porque, com todo o respeito por grandes

profissionais que existem no Ministério Público, em

várias situações este deixa de dar respostas à sociedade.

Não sei bem o que acontece. Tenho dito sobre a

promiscuidade existente, muitas vezes, entre o público e o

privado, mas também há entre as próprias instituições

públicas e a ingerência que ocorre muitas vezes, nos

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 193

Poderes Executivo, Judiciário, Legislativo, do Executivo

no Tribunal de Contas, no Ministério Público.

Está na hora de a sociedade prestar atenção. É

impressionante como a imprensa malha o Legislativo o

tempo inteiro, não que não mereça, muitas vezes, mas não

faz a mesma coisa com o Executivo, o Judiciário ou o

Ministério Público.

Recentemente, um jornal publicou quanto de

gasolina os Deputados gastaram em certo período sem

mencionar, em momento nenhum, Senhor Deputado Padre

Honório, o que os Senhores Deputados fizeram naquele

período, quais foram suas atuações e ações, é importante

que se diga. Fica sempre parecendo que gastamos gasolina

passeando.

Agora, não se vê, por exemplo, uma matéria de

jornal falando quanto gastaram os gabinetes dos

desembargadores do Tribunal de Justiça e quantos

processos foram julgados no período. Não se vê isso.

Não se vê o jornal publicando quantos processos

foram denunciados pelos procuradores e promotores,

quantas ações o Ministério Público fez em prol da

sociedade, comparando com os gastos, por exemplo.

Só se faz isso com o Legislativo, porque é um

poder que não tem a chave do cofre para liberar dinheiro,

como tem o Executivo; e não tem, como o Ministério

Público ou o Judiciário, a atribuição de processar ou entrar

com uma ação.

Então, vamos acompanhar agora como isso se

dará. Como disse, muitas instituições públicas estão

devendo à sociedade, nós também, o Legislativo, com

certeza. Mas ocorre que, quase sempre, só se mira o

Legislativo, não se mira o Judiciário ou o Executivo.

Recentemente, Senhor Deputado Padre Honório,

foi publicada uma matéria falando que, em tantos meses,

os Senhores Deputados só apresentaram tantos projetos.

Nunca se viu uma matéria de primeira página falando o

que o Executivo fez em tanto tempo, ou o que cada uma

das Secretarias, com o gasto que tem, executou em tanto

tempo; ou quantos processos, em tanto tempo, foram

julgados ou tiveram andamento nos Tribunais de Justiça.

Devemos cobrar de todos.

Outra coisa gostaria de frisar. Estou misturando

os assuntos, mas estão relacionados. Todos estão

espantados, vejo declarações: mataram o Rio Doce, que

lamentável. Ocorre que os rios do País inteiro estão

morrendo lentamente faz muito tempo. Inclusive o próprio

Rio Doce e ninguém estava percebendo isso até então.

Precisou vir uma tragédia dessa monta.

Não esqueçamos o Jucu, o Benevente, o Rio

Santa Maria e o Rio São Mateus estão morrendo faz muito

tempo e se vê uma preocupação mínima, tanto do governo

federal quanto dos Estados e municípios, em fazer o

mínimo para salvar os rios: cuidar do saneamento.

O saneamento básico é um dos serviços que

menos cresceu no Brasil nos últimos quarenta anos.

Aproximadamente metade da população brasileira, em

vários municípios, de setenta a oitenta por cento, não tem

saneamento completo.

Se estamos realmente preocupados com a morte

dos rios, não vamos esperar uma tragédia anunciada para

daqui a cinco, dez, quinze ou vinte anos. Vamos cuidar de

verdade. Que cada Poder demonstre efetivamente sua

responsabilidade para com a população.

Mais uma vez, reforçando o que disse em minha

primeira fala, é necessário que agora a sociedade reflita,

efetivamente, as responsabilidades de todo mundo, porque

a Samarco e a Vale são as grandes causadoras, mas com a

leniência, com as bênçãos e com os fechamentos dos olhos

do poder público, tanto federal, quanto dos poderes

estaduais e municipais também. (Muito bem!)

A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO –

PMDB) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Padre

Honório, orador inscrito.

O SR. PADRE HONÓRIO – (PT – Sem revisão

do orador) – Senhora Presidenta, Senhoras Deputadas e

Senhores Deputados ainda presentes nesta Casa e aqueles

que nos acompanham, uma boa tarde a todos!

Registrarei este momento agradecendo ao Comitê

da Educação do Campo, o empenho com que na semana

passada esteve reunido em Ibiraçu, dando mais um passo

importante para fecharmos a questão desse debate das

diretrizes para que, assim, possamos ter um segmento mais

racional da educação do campo. Naquela reunião foi

instituída uma comissão, que tem como finalidade se

reunir todas as semanas e entregar ao Governo do Estado,

até fevereiro, o projeto pronto.

Queremos agradecer ao secretário Haroldo Rocha,

a disponibilidade de, juntamente com sua equipe, na

reunião do Comitê, que constituiu e deliberou a criação

dessa comissão, que será mista, para trabalhar toda a

questão das diretrizes da educação do campo. Não a

educação para os indígenas, para os assentados, para os

agricultores familiares, para os quilombolas, mas uma

educação dos quilombolas, dos indígenas, dos agricultores

familiares, enfim.

Este momento é importante porque se fala muito

sobre a questão ambiental, mas se não trabalharmos com

seriedade uma educação que contemple a questão dos

princípios, da mudança de mentalidade, não teremos

futuramente nem técnicos, nem agricultores e nem

profissionais com a mentalidade mudada. Só se muda a

realidade, se mudar a mentalidade.

Mais uma vez, a todos os segmentos da educação

do campo, muito obrigado! Depois de um ano de reuniões,

depois de um ano de debates, chegamos ao final do ano

com essa luz. Tenho certeza de que no ano que vem as

coisas serão bem melhores.

Ao mesmo tempo, registro desta tribuna que nos

dias 26 e 27 estaremos em Ecoporanga fazendo um

trabalho de visita in loco, Senhora Deputada Luzia Toledo

– V. Ex.ª que tem um trabalho muito grande na área de

educação –, juntamente com o secretário Haroldo Rocha.

Serão dois dias conhecendo a realidade da educação

daquele Município. Visitando o sofrimento dos

assentamentos Franqueza e Realeza, que ficam nada mais,

nada menos, há mais de setenta, de oitenta quilômetros de

estrada de chão, e que este ano ficaram vários meses sem

ter aula em função da distância.

Dessa forma, o secretário irá ao local e estaremos,

juntamente com o prefeito Pedro Costa, fazendo uma visita

e trabalhando já antecipadamente para que ano no que vem

não tenhamos esse problema que tira a oportunidade

daqueles alunos e daquelas famílias de terem acesso à

educação de qualidade.

Gostaria também de aproveitar este tempo e

convidar todos para um grande momento no Município do

Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, onde S. Ex.ª deixou

muitas obras e um testemunho muito bom de liderança

comunitária. S. Ex.ª continua sendo um grande líder de

Barra de São Francisco, onde teremos uma audiência

194 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

pública sobre segurança pública.

Quero agradecer ao presidente da Comissão de

Segurança, Senhor Deputado Euclério Sampaio; e a todas

as lideranças daquela região: Alencar Marim, o pessoal da

ONG Sentinela e as pastorais sociais. Todos estão

envolvidos em organizar essa audiência pública com a

Câmera de Vereadores daquele município, tendo como

presidente o competente vereador Juvenal, que faz um

trabalho à frente daquela Casa de Leis.

Então, mais uma vez estamos convidando. Quem

preside é o Senhor Deputado Euclério Sampaio, mas eu e o

Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos estamos convidando

para que as pessoas estejam fazendo parte dessa audiência

pública em Barra de São Francisco, na próxima sexta-feira,

dia 20, às 10h da manhã.

Aproveito a oportunidade para convidar também

para um grande seminário que acontecerá em Água Doce

do Norte, sobre a diversificação da fruticultura e das

palmáceas. Esse outro grande momento, que acontecerá

em Água Doce do Rio, durante o dia todo e, também, em

Alto Rio Novo.

Senhora Deputada Luzia Toledo, V. Ex.ª estará

quarta-feira em Belo Horizonte, em uma audiência pública,

dando posse aos novos membros do Comitê da Bacia do

Rio Doce, de que sou membro. Não estarei presente,

porque já havia feito um compromisso, e tenho a certeza

de que V. Ex.ª estará representando muito bem nossa Casa

de Leis, assim como os demais deputados que estarão

presentes.

Gostaria que esse comitê trabalhasse, além de um

plano, a prevenção. Que pudessem, nessa audiência,

requerer um levantamento de todas as barragens que estão

próximas ao rio Doce e outros rios e que oferecem risco ao

rio Doce e que caso aconteça algum acidente, provoque

algum dano à cidade.

Senhora Deputada Luzia Toledo, fico muito

preocupado. Inclusive neste domingo, fiz essa reflexão: em

Governador Valadares, durante dezenas e dezenas de anos,

como município já emancipado, não se percebe nenhum

programa de prevenção das nascentes e dos córregos.

Percebo que na região do norte do Estado não existe

aquela preocupação em criar as alternativas, ou seja, não se

preocupam com a preservação das nascentes, não se

preocupam com a limpeza dos rios, não se preocupam com

essas coisas. Quando acontece o acidente, aí sim todos os

olhares, todas as propostas, acabam chegando.

Ouvimos durante esse período uma série de

propostas para Colatina e Baixo Guandu. Recursos

federais, estaduais e também atitudes municipais.

Estaremos nesta Casa sempre cobrando que esses recursos

realmente venham e que possam chegar.

Nesse momento da calamidade, as autoridades

vão ao local, mas depois que passa o efeito, depois que

passa toda a dor, os recursos acabam ficando no caminho,

não sendo aplicados naquilo em que deveriam.

Então, gostaríamos que essa comissão que está

indo a Belo Horizonte, trabalhasse muito a prevenção.

Como realmente trabalharemos essa questão não apenas no

Espírito Santo, mas em Minas Gerais, para recuperarmos

as nossas nascentes e os nossos afluentes do Rio Doce e

fazermos um tratamento do esgoto que é jogado todos os

dias, não apenas das casas dos simples servidores e

moradores, mas também das empresas?

O rio está envenenado. O pessoal fica assustado

porque está chegando essa lama que poluirá a água do rio,

mas o rio já está envenenado há muitos e muitos anos.

Esse metal pesado e tudo mais já são jogados no rio pelas

empresas, mas como não aconteceu uma calamidade

visível, as pessoas acabam não dando tanta importância.

O comitê precisa refletir isso com mais seriedade,

como já tem feito, e ter ações práticas que possam trazer

benefícios para essas comunidades.

Obrigado, Senhora Presidenta. Que Deus a

abençoe nessa viagem e iluminar a sua inteligência, para

que V. Ex.ª possa fazer um grande trabalho juntamente

com a comissão que está em Belo Horizonte.

A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO –

PMDB) – Muito obrigada, Senhor Deputado Padre

Honório.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Doutor

Hércules, orador inscrito.

O SR. DOUTOR HÉRCULES – (PMDB – Sem

revisão do orador) – Muito Obrigado. Estamos

abençoados, hoje, com o nosso querido Padre Honório na

presidência.

Senhora Presidenta, Senhoras Deputadas e

Senhores Deputados, telespectadores da TVE Canal 2, TV

Ales Canal 12 e de outros locais, já pedi um minuto de

silêncio hoje, mas quero mais uma vez registrar o

falecimento do Ricardo José Baptista meu querido colega

de turma, amigo e conterrâneo.

O Ricardo Baptista foi contemporâneo na escola

da Emescan. Convivi muito em sua casa com o seu pai, o

saudoso professor Deusdedit Baptista. Sua mãe, dona Thea

Jones Baptista, era professora também. O doutor

Deusdedit foi professor de todos nós, em Cachoeiro de

Itapemirim, principalmente de quem passou pela faculdade

de Direto. É um homem admirável.

Esses últimos quinze dias foram muito tristes,

acompanhando o sofrimento do Ricardo Baptista na UTI.

Registro o tratamento que ele recebeu no hospital de

urgência e emergência, que o pessoal chama de novo São

Lucas. Havia dias em que este Senhor Deputado chegava

ao hospital e oito colegas estavam estudando, levantando,

debatendo e discutindo o caso do nosso querido Ricardo

José Baptista.

Quero lembrar também a dedicação da família: da

Cida, que o acompanhou o tempo todo e dos outros

irmãos, como Deusdedtinho, Moema, Teínha, enfim, de

todos os irmãos que participaram desse final trágico. Veio

também o Ramon, seu filho, que está fazendo Doutorado

na Áustria, e também a Winnie, sua filha, que mora em

Vila Velha.

Até o Antônio Carlos Sessa Netto – o Tonico –,

com aquela maestria de sempre. O Tonico realmente

registra a história, não somente da Assembleia Legislativa,

mas do nosso Estado, os fatos importantes e as marcas que

ficarão em nossa história.

Quando a Winnie Madikizela-Mandela esteve em

Vitória, Ricardo Baptista levou sua filha Winnie, que

recebeu esse nome em homenagem à Winnie Madikizela-

Mandela, no colo. E Tonico fotografou a chegada do

Ricardo, com a filhinha no colo, que devia ter uns quatro

ou cinco anos, e me deu essa foto, que mostrei semana

passada neste plenário.

Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, levei essa

foto para Vargem Alta e Winnie, hoje uma moça, ficou

bastante emocionada, como todos nós, e colocou a foto em

cima do caixão do Ricardo. Realmente foi um momento

Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 195

marcante.

Tonico, quero lhe agradecer por tudo que tem

feito por todos nós nesta Casa, pelo registro fotográfico

da história deste Poder, trazendo fotografias de várias

turmas, inclusive uma foto do doutor Luiz Buaiz, hoje

com noventa e quatro anos, ainda rapaz, ainda menino.

Naturalmente não foi Tonico quem o fotografou, mas

reproduziu.

Homenageei o professor Hildegardo Baptista,

meu professor de anatomia que, por sinal, Senhor

Deputado Enivaldo dos Anjos, me reprovou no primeiro

ano de medicina e tive que fazer recuperação. Com

oitenta e quatro anos dá aula de anatomia, até hoje, na

Emescan. Fui buscá-lo no Anatômico; dando aula com

oitenta e quatro anos. Também homenageei um médico

de vinte e quatro anos, um menino. Foi o começo da

carreira e, também, o ocaso de uma carreira.

Um orador falou que o doutor Luiz Buaiz

estava velho. E doutor Luiz Buaiz falou que velho era...

Não poderei repetir o que ele falou. Ele é formidável.

Um homem que nasceu em berço abastado, mas

preferiu seguir a carreira da medicina tratando muito

mais os pobres, o pessoal da Santa Casa, do SUS, e

muito além do SUS, indigentes e, depois, Funrural. Esse

é o doutor Luiz Buaiz.

Então, Tonico, quero lhe agradecer, mais uma

vez.

Quero mostrar nossa luta. Aonde vamos,

levamos esse lacinho. Embora algumas pessoas não

queiram usar o lacinho, é muito importante

trabalharmos com a medicina preventiva. Infelizmente o

nosso país não tem a cultura preventiva. Acostumamos

curar. Ainda vivemos em um tempo em que lutamos

contra doenças medievais. Pessoas morrendo com

dengue. Aumentaram os casos de dengue. Pessoas

morrendo de doenças que podem ser evitadas, que se

pode vacinar. Pessoas que não querem fazer o exame de

próstata, que é a nossa luta no Novembro Azul.

A pessoa é muito egoísta porque acha que é

dono de si e não vale nada para a família, mas tem

significado sim.

Dia 14, sexta-feira, infelizmente não pude

comparecer, como faço todos os anos nesta Casa. Dia

14 de novembro é o Dia do Diabetes. É preciso que

também trabalhemos nessa direção. Evitar alimentação

excessiva e açúcar. Este ano, veio um médico

americano fazer uma palestra na Emescan e falou que

são três as pessoas da diabólica trindade: açúcar, sal e

gordura. São três coisas gostosas, mas que matam

mesmo. Se tivermos que usar esses produtos, que o

façamos moderadamente.

Alexandre tem um filho, que hoje está

adolescente e tem diabetes tipo 1, a diabetes infanto-

juvenil.

Muitas vezes, os pais não conseguem ver sinais

da doença no filho. Mas a diabetes é uma doença que dá

para conviver. Então, é preciso que nos tratemos, que

façamos vacinação e exames, porque a dor da doença é muito pior do que a dor da vacina.

Se formos comparar o sofrimento e a dor do

paciente e da família com o tratamento e com a cirurgia,

não tem como comparar. Mas no nosso Brasil é assim.

Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, lembro-

me do então ministro da Saúde Waldyr Arcoverde, não

sei de qual governo e nem quero lembrar... E o

professor Albert Sabin esteve em Brasília.

Teríamos que rezar todos os dias para o

professor Albert Sabin e pela invenção da vacina contra

a poliomielite. Quantas pessoas ainda têm sequelas da

paralisia infantil porque não vacinaram. E o professor

Sabin, hoje falecido, esteve em Brasília. Mas o tal

ministro não o recebeu. Sabe por quê? Porque estava

atendendo deputados. Olha só que coisa triste; que coisa

terrível essa cultura do povo brasileiro!

O Senhor Deputado Sergio Majeski falou muito

bem hoje: Quem deu licença? Fala-se só na Samarco.

Que também está errada e tem que recuperar esse bem

material. Mas o imaterial não vai recuperar nunca. É

preciso que responsabilize também quem deu licença

para isso, porque é criminoso também. É isso que tem

que fazer. Não lembrar só da Samarco. Sim, tem que

pagar o bem material, o prejuízo material. O dano

ambiental não vai recuperar nunca mais. E

principalmente as vidas que se perderam na região.

Quem deu a licença? O que está acontecendo com esse

pessoal que dá licença? É preciso responsabilizar esse

pessoal também.

Quero lembrar que pode conviver com

diabetes, se prevenir, tratar do seu filho e evitar que

morra por complicação com sofrimento muito maior.

Dia 14 de novembro é o Dia do Diabetes. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE – (PADRE HONÓRIO

– PT) – Obrigado, Senhor Deputado Doutor Hércules.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Bruno

Lamas, orador inscrito. (Pausa)

Ausente, concedo a palavra à Senhora

Deputada Luzia Toledo, oradora inscrita. (Pausa)

A SR.ª LUZIA TOLEDO – (PMDB – Sem revisão da oradora) – Senhor Presidente, Senhoras

Deputadas e Senhores Deputados, cumprimento o

Senhor Deputado Padre Honório, presidindo a sessão

neste momento, e os Senhores Deputados Enivaldo dos

Anjos e Doutor Hércules.

Quero cumprimentar também todos os técnicos

desta Casa e endossar as palavras do Senhor Deputado

Doutor Hércules quando fala de Tonico, nosso

comendador, realmente uma das pessoas que se

entregaram durante toda a vida à sua profissão, que

realizou e realiza com esmero, com amor. E quem faz as

coisas com amor, não tem dúvida de que é sucesso.

Retomando o meu pronunciamento, peço ao

cameraman que mostre esses três volumes que estão em

minhas mãos e tratam, Senhor Deputado Padre Honório,

do Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia

Hidrográfica do Rio Doce, Pirh, e do Plano de Ações

para as Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos

Hídricos no Âmbito da Bacia do Rio Doce.

E dentro desse plano que foi feito pelos

Governos dos Estados do Espírito Santo e Minas Gerais, há todas as ações que os prefeitos, os vinte e

oito prefeitos do nosso estado e os demais de Minas

Gerais, poderiam trabalhar em cima dessas ações com

os Ministérios da Integração Nacional, do Meio

Ambiente, das Cidades e Agência de Águas.

196 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Fizemos esse trabalho, mas é preciso que os

prefeitos façam seus projetos. Sem projeto neste país

não se consegue absolutamente nada. E a preservação

do rio Doce está aqui dentro. Fizemos várias audiências

em Minas Gerais e no Espírito Santo. Em Minas Gerais,

por meio dos Deputados José Henrique, depois Elisa

Maria Costa e, em seguida, Rosângela Reis, todos esses

deputados que presidiram a Cipe Rio Doce. No Espírito

Santo a Cipe foi presidida pelo ex-deputado Gilson

Amaro, depois pelo ex-deputado Claudio Vereza e em

seguida por mim. Fizemos esse trabalho, mas não

tínhamos a intenção hora nenhuma de achar que iríamos

prever um desastre ambiental como esse ocorrido em

Mariana, Minas Gerais. Ali são os técnicos que

deveriam fiscalizar e monitorar a empresa. Foi uma

lástima o que aconteceu, mas vamos começar

novamente dar a nossa contribuição com a Cipe Rio

Doce. A posse será na quarta-feira, quando levaremos a

proposta feita pelo Senhor Deputado Padre Honório.

Mudando de assunto, mas ainda dentro tema,

hoje o Senhor Deputado Padre Honório falou em nome

da Assembleia Legislativa em um momento muito

especial. Pedimos ao doutor José Henrique Paim

Fernandes que inclua a nossa bacia do rio Doce junto ao

BNDES, por meio do projeto do Sebastião Salgado,

nosso fotógrafo e ambientalista conceituado

mundialmente, que entregou o seu projeto à presidenta

Dilma.

Mas, parabenizo o Governador Paulo Hartung e

o diretor do BNDES, José Henrique Paim Fernandes,

que assinaram contrato de cooperação técnico-

financeira entre o Governo do Estado do Espirito Santo

e o BNDES. O evento contou com a participação da

Senadora Rose de Freitas, dos Deputados Federais

Carlos Manato e Sergio Vidigal, e também de muitos

deputados estaduais representando esta Casa, inclusive

eu.

Senhor Deputado Padre Honório, realizamos

em Mimoso do Sul, ao lado do nosso Luiz Bricalli,

gerente de agricultura familiar, uma audiência pública.

Treinamos os nossos técnicos, hoje o nosso gabinete,

como o de V. Ex.ª, está preparado para ajudar os

assentados. O primeiro edital que saiu foi o dos

assentados, que corresponde a três milhões de reais. Os

assentados podem fazer seus projetos. Se não tiver

projeto, não conseguem. Mas, se fizerem, terão a

oportunidade de comprar maquinário para dar

continuidade ao trabalho da agricultura familiar de uma

maneira mais digna, com maquinário decente, aquilo

que estão precisando. Esses três milhões são para

exatamente atender os assentados.

Parabenizo o Governador Paulo Hartung,

porque quando esteve no BNDES – é muito bom que se

diga – criou o Funsaf, Fundo Social de Apoio à

Agricultura Familiar, para dar essa proteção e

contribuição à agricultura familiar. Agora sairá outro

edital para as cooperativas, todo no sentido da produção

dos assentados, das cooperativas, as que produzem, de

modo geral, no Estado do Espírito Santo.

Com o novo edital, serão mais nove milhões.

Isso é muito importante porque é um dinheiro que não

precisa da contribuição do município, nem das

cooperativas ou dos assentados. É um dinheiro

colocado, metade o Estado do Espírito Santo, e metade

o BNDES.

Portanto, participamos hoje de uma atividade

no Palácio Anchieta, um momento muito importante

para a nossa agricultura, respeitando-a porque, sem

nossos agricultores, não temos comida à mesa nas

cidades. Foi um momento extremamente importante.

Esse fundo foi criado em 1997, quando Paulo

Hartung era diretor do BNDES e o presidente era

Fernando Henrique Cardoso. Também parabenizo nosso

Secretário Octaciano Neto, que está muito feliz com o

trabalho que vem fazendo. Agricultura é acreditar na

família que vive no campo, nas pessoas que trabalham

sol a sol, ganhando seu dinheiro sério e limpo, que volta

para ele se realmente tiverem uma boa produção.

Deixo meus cumprimentos ao Governador

Paulo Hartung. Nossa Casa hoje esteve presente com

vários Deputados e todas as Deputadas.

Termino dizendo ao Senhor Deputado Padre

Honório, que preside esta sessão neste momento, que,

com certeza, levaremos os pleitos de V. Ex.ª, mas estão

dentro do nosso plano de recuperação, com todas as

ações. O que falta são projetos, falta o prefeito tomar

uma medida e fazer projetos para buscar dinheiro,

inclusive junto à União. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (PADRE HONÓRIO

- PT) - Parabéns, Senhora Deputada Luzia Toledo, que

estará em Belo Horizonte com os demais Senhores

Deputados representando nosso Estado!

Mais uma vez, parabenizamos o Governador

Paulo Hartung, o secretário, o Incaper, o MPA, o MST,

sob a gerência do competente Luiz Bicalho. O Funsaf

vem dar um pouco mais de garantia e estabilidade aos

movimentos organizados do nosso Estado.

Não havendo mais oradores inscritos e nada

mais havendo a tratar, vou encerrar a presente sessão.

Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a

próxima, solene, hoje, às 19h, conforme requerimento

da Senhora Deputada Raquel Lessa, aprovado em

Plenário, em homenagem à Copa A Gazetinha, para

qual designo Expediente o que ocorrer e comunico que

haverá sessão ordinária dia 17 de novembro de 2015,

cuja Ordem do Dia é a seguinte: discussão única, em

regime de urgência, dos Projetos de Lei n.os

174/2015,

244/2015 e 451/2015; votação adiada em 2.º turno da

Proposta de Emenda Constitucional n.º 08/2015;

votação adiada, com discussão prévia encerrada, dos

Projetos de Lei n.os

201/2015 e 333/2015; discussão

especial, em 3.ª sessão, dos Projetos de Lei n.os

254/2015, 396/2015, 410/2015, 411/2015, 416/2015 e

419/2015; discussão especial, em 2.ª sessão, dos

Projetos de Decreto Legislativo n.os

116/2015, 117/2015

e 118/2015; discussão especial, em 1.ª sessão, dos

Projetos de Decreto Legislativo n.os

119/2015,

120/2015, 121/2015 e 122/2015.

Está encerrada a sessão.

Encerra-se a sessão às dezessete horas e

cinquenta e nove minutos.

*De acordo com o registrado no painel

eletrônico, deixou de comparece a presente sessão o

Senhor Deputado Nunes. ,

HORÁRIO E LOCAL DAS REUNIÕES ORDINÁRIAS DAS COMISSÕES

PERMANENTES

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,

SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE DROGAS

Dia: terça-feira Dia: terça-feira

Horário: 13h30min Horário: 10h

Local: Plenário “Rui Barbosa” Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castelo

Ribeiro”

COMISSÃO DE FINANÇAS, ECONOMIA,

ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE

E TOMADA DE CONTAS

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Dia: segunda-feira Dia: terça-feira

Horário: 13h30min Horário: 11h

Local: Plenário “Rui Barbosa” Local: Plenário “Rui Barbosa”

COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA, DE

DESENVOLVIMENTO URBANO E

REGIONAL, DE MOBILIDADE URBANA E DE

LOGÍSTICA

COMISSÃO DE PROTEÇÃO AO MEIO

AMBIENTE

Dia: segunda-feira Dia: segunda-feira

Horário: 10h Horário: 12h30min

Local: Plenário “Rui Barbosa” Local: Plenário “Rui Barbosa”

COMISSÃO DE SEGURANÇA E COMBATE

AO CRIME ORGANIZADO

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

Dia: segunda-feira Dia: terça-feira

Horário: 11h Horário: 12h30min

Local: Plenário “Dirceu Cardoso” Local: Plenário “Rui Barbosa”

COMISSÃO DE CULTURA E DE

COMUNICAÇÃO SOCIAL

COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA,

INOVAÇÃO, INCLUSÃO DIGITAL,

BIOSSEGURANÇA, QUALIFICAÇÃO

PROFISSIONAL, ENERGIA, GÁS NATURAL,

PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS

Dia: terça-feira Dia: terça-feira

Horário: 9h Horário: 12h30min

Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castelo

Ribeiro” Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castelo

Ribeiro”

COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO COMISSÃO DE AGRICULTURA, DE

SILVICULTURA, DE AQUICULTURA E PESCA,

DE ABASTECIMENTO E DE REFORMA

AGRÁRIA

Dia: segunda-feira Dia: terça-feira

Horário: 9h Horário: 10h

Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castelo

Ribeiro” Local: Plenário “Rui Barbosa”

COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL,

SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Dia: terça-feira Dia: segunda-feira

Horário: 9h Horário: 13h

Local: Plenário “Rui Barbosa” Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castelo

Ribeiro”

COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E

DOS DIREITOS HUMANOS

Dia: segunda-feira

Horário: 9h

Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castelo

Ribeiro”

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

SECRETARIA-GERAL

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral

CARLOS EDUARDO CASA GRANDE Secretário-Geral da Mesa

JULIO CESAR BASSINI CHAMUN Procurador-Geral

FABIANO BUROCK FREICHO Secretário de Gestão de Pessoas

MARCELO BOZIO MONTEIRO Secretário de Comunicação Social

RAULINO GONÇALVES FILHO Chefe de Gabinete da Presidência

INGRID DE OLIVEIRA SOARES

Subdiretora-Geral

PAULO DA SILVA MARTINS Subprocurador-Geral

DIRETORIAS LEGISLATIVAS

MARCELO SIANO LIMA Diretor das Comissões Parlamentares

MARCUS FARDIN DE AGUIAR Diretor de Processo Legislativo

RICARDO WAGNER VIANA PEREIRA Diretor de Redação

JOÃO PAULO CASTIGLIONI HELAL Diretor da Procuradoria

MARILUCE SALAZAR BOGHI Diretora de Taquigrafia Parlamentar

JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA DE SOUZA JÚNIOR Diretor de Tecnologia da Informação

ADRIANA DOS SANTOS FERREIRA FRANCO RIBEIRO Diretora de Documentação e Informação

JORGE ANTÔNIO FERREIRA DE SOUZA Diretor da Consultoria Temática

LUIZ ANTONIO ROMEIRO IANNUZZI Diretor de Infraestrutura e Logística

LUIS CARLOS GIUBERTI Diretor de Segurança Legislativa

JANAÍNA DO NASCIMENTO VALOIS Diretora de Finanças

DANIELA RAMOS NOGUEIRA FARIA Diretora de Controle Interno