ANO XLIX – VITÓRIA-ES, SEGUNDA-FEIRA, 23 DE NOVEMBRO DE 2015 – Nº 7884 – 200 PÁGINAS
DPL - Editoração, Composição, Diagramação e Arte-Final. Reprografia: Impressão
1ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 18ª LEGISLATURA
MESA DIRETORA
THEODORICO FERRAÇO - DEM Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS - PSD 1º Secretário
CACAU LORENZONI - PP 2º Secretário
RAQUEL LESSA - SD
LUZIA TOLEDO 1ª Vice-Presidenta
MARCOS MANSUR - PSDB
BRUNO LAMAS - PSB 3ª Secretária 2º Vice-Presidente 4º Secretário
GABINETE DAS LIDERANÇAS
DEM - PMDB - Guerino Zanon PT - Nunes PR – Gilsinho Lopes PSB - Freitas
PDT - Euclério Sampaio PSDB - Pr.Marcos Mansur PV - PRP - Dary Pagung PEN - Rafael Favatto
PMN - Janete de Sá PTC - Eliana Dadalto PPS - Sandro Locutor PP - Erick Musso PSD - RS – Marcos Bruno SD – Raquel Lessa
GILDEVAN FERNANDES - PV Líder do Governo
ERICK MUSSO – PP Vice-Líder do Governo
REPRESENTAÇÃO PARTIDÁRIA
DEM THEODORICO FERRAÇO. PMDB GUERINO ZANON, DOUTOR HÉRCULES, LUZIA TOLEDO E MARCELO SANTOS. PT JOSÉ CARLOS NUNES, PADRE HONÓRIO E RODRIGO COELHO. PR GILSINHO LOPES. PSB BRUNO LAMAS E FREITAS. PDT DA VITÓRIA E EUCLÉRIO SAMPAIO. PSDB PASTOR MARCOS MANSUR E SERGIO MAJESKI. PV GILDEVAN FERNANDES. PRP ALMIR VIEIRA, DARY PAGUNG E HUDSON LEAL. PEN DOUTOR RAFAEL FAVATTO. PMN JANETE DE SÁ. PTC ELIANA DADALTO. PPS AMARO NETO E SANDRO LOCUTOR. PP CACAU LORENZONI E ERICK MUSSO. PSD ENIVALDO DOS ANJOS. RS MARCOS BRUNO. SD RAQUEL LESSA.
Esta edição está disponível no site: www.al.es.gov.br Endereço: Avenida Américo Buaiz – Quadra RC4-B 03 - Enseada do Suá - CEP: 29050-950
Editoração: Simone Silvares Itala – (027) - 3382-3666 e 3382-3665
e-mail: [email protected]
DIÁRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO
DIÁRIO OFICIAL
PODER LEGISLATIVO
COMISSÕES PERMANENTES
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO Presidente: Rodrigo Coelho. Vice-Presidente: Raquel Lessa. Efetivos: Eliana Dadalto, Gildevan Fernandes, Janete de Sá, Rafael Favatto e Marcelo Santos. Suplentes: Nunes, Dary Pagung, Almir Vieira, Luzia Toledo, Euclério Sampaio, Pe. Honório e Amaro Neto.
COMISSÃO DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE Presidente: Rafael Favatto. Vice-Presidente: Erick Musso. Efetivos: Bruno Lamas, Dary Pagung e Gildevan Fernandes. Suplentes: Raquel Lessa, Almir Vieira, Euclério Sampaio, Edson Magalhães e Marcelo Santos.
COMISSÃO DE CULTURA E COMUNICAÇÃO SOCIAL Presidente: Marcos Bruno. Vice-Presidente: Da Vitória. Efetivos: Amaro Neto. Suplentes: Sergio Majeski, Euclério Sampaio e Rafael Favatto.
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO Presidente: Luzia Toledo. Vice-Presidente: Bruno Lamas. Efetivos: Rodrigo Coelho, Raquel Lessa e Marcos Bruno. Suplentes: Gildevan Fernandes, Sergio Majeski, Padre Honório, Edson Magalhães e Gilsinho Lopes.
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS Presidente: Nunes. Vice-Presidente: Padre Honório. Efetivos: Dary Pagung, Sergio Majeski e Marcos Bruno. Suplentes: Rodrigo Coelho, Eliana Dadalto, Doutor Hércules e Janete de Sá.
COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO Presidente: Doutor Hércules. Vice-Presidente: Almir Vieira. Efetivos: Suplentes: Eliana Dadalto, Dary Pagung, Hudson Leal, Amaro Neto e Marcos Bruno. COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Presidente: Eliana Dadalto. Vice-Presidente: Padre Honório. Efetivos: Marcelo Santos. Suplentes: Rafael Favatto, Rodrigo Coelho e Janete de Sá. COMISSÃO DE COOPERATIVISMO Presidente: Marcos Mansur Vice-Presidente: Hudson Leal Efetivos: Marcos Mansur, Hudson Leal e Doutor Hércules. Suplentes: Sergio Majeski, Almir Vieira e Luzia Toledo.
COMISSÃO DE AGRICULTURA, DE SILVICULTURA, DE AQUICULTURA E PESCA, DE ABASTECIMENTO E DE REFORMA AGRÁRIA Presidente: Janete de Sá. Vice-Presidente: Padre Honório Efetivos: Raquel Lessa, Eliana Dadalto e Freitas Suplentes: Erick Musso, Nunes, Da Vitória, Sandro Locutor e Marcos Bruno. COMISSÃO DE FINANÇAS, ECONOMIA, ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE E TOMADA DE CONTAS Presidente: Dary Pagung. Vice-Presidente: Euclério Sampaio. Efetivos: Hudson Leal, Luzia Toledo, Almir Vieira, Edson Magalhães e Freitas. Suplentes: Rodrigo Coelho, Raquel Lessa, Erick Musso, Doutor Hércules, Gilsinho Lopes, Da Vitória e Bruno Lamas. COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Presidente: Gilsinho Lopes. Vice-Presidente: Sandro Locutor. Efetivos: Pastor Marcus Mansur. Suplentes: Edson Magalhães, Luzia Toledo e Doutor Hércules. COMISSÃO DE SEGURANÇA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO Presidente: Euclério Sampaio. Vice-Presidente: Da Vitória. Efetivos: Almir Vieira, Gildevan Fernandes e Gilsinho Lopes. Suplentes: Erick Musso, Sandro Locutor, Bruno Lamas, Amaro Neto e Janete de Sá. COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO Presidente: Amaro Neto. Vice-Presidente: Nunes Efetivos: Luzia Toledo. Suplentes: Dary Pagung, Hudson Leal e Sandro Locutor.
COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, INCLUSÃO DIGITAL, BIOSSEGURANÇA, QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, ENERGIA, GÁS NATURAL, PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS Presidente: Sergio Majeski. Vice-Presidente: Nunes. Efetivos: Pastor Marcos Mansur. Suplentes: Eliana Dadalto, Almir Vieira e Bruno Lamas.
COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA, DE DESENVOLVIMENTO URBANO E REGIONAL, DE MOBILIDADE URBANA E DE LOGÍSTICA Presidente: Edson Magalhães. Vice-Presidente: Marcelo Santos. Efetivos: Amaro Neto, Rodrigo Coelho e Doutor Hércules. Suplentes: Gildevan Fernandes, Gilsinho Lopes, Luzia Toledo, Padre Honório e Sergio Majeski. COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE DROGAS Presidente: Marcelo Santos. Vice-Presidente: Gilsinho Lopes. Efetivos: Suplentes: Freitas, Raquel Lessa e Sergio Majeski.
DEPUTADO CORREGEDOR-GERAL: Hudson Leal - PRP
DEPUTADO OUVIDOR: Da Vitória - PDT
LIGUE OUVIDORIA: 3382-3846 / 3382-3845 / 99531-9393 e-mail: [email protected]
Publicação Autorizada Atos do Presidente Atos Legislativos Atos Administrativos pág. 1 Atas das Sessões e das Reuniões das Comissões Parlamentares pág. 2 a 196 Suplementos
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 1
ATOS ADMINISTRATIVOS
SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
• SEGUNDA-FEIRA - 23.11.15 •
HORA PROGRAMAS SINOPSES
07h00 STJ: DIREITO MEU DIREITO
SEU
Entenda a nova resolução do Conselho Nacional de Educação que vai
facilitar e organizar a revalidação de diplomas estrangeiros no Brasil. Saiba
como a nomeação em concurso público deve ser acompanhada, e também de
que forma a justiça pode reverter algumas situações. E ainda, agora a
Fazenda Pública tem um prazo para quitar as dívidas de precatório.
07h30 FIOCRUZ – CIÊNCIA E
LETRAS
O programa traz: Vértice do impensável.
08h00 TSE: BRASIL ELEITOR Acompanhe os trabalhos da Justiça Eleitoral.
08h30 EM DISCUSSÃO Apresenta os principais debates que ocorrem durante a semana nas Sessões
Ordinárias e Extraordinárias.
09h00 COMISSÃO DE TURISMO (V) Reunião ordinária.
11h00 COMISSÃO DE SEGURANÇA
(V)
Reunião ordinária.
12h00 MUNICÍPIOS CAPIXABAS Conheça mais o Espírito Santo com a série Municípios que traz: São Mateus.
12h15 BIOGRAFIA Eurico de Aguiar Salles nasceu em Vitória em 1910. Graduou-se em direito e
atuou no cenário político brasileiro com destaque nacional.
12h30 MPE - MP COM VOCÊ
O programa recebe a Promotora de Justiça de Linhares e Subcoordenadora do
Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica (Nevid), Graziella Deprá
Bittencourt. A convidada fala sobre Lei Maria da Penha, o aumento da
violência contra mulher no Espírito Santo e a forma como o estado vem
buscado soluções para este problema.
13h00 UM DEDO DE PROSA
O aeroclube do Espírito Santo completou 75 anos e ganhou um livro
comemorativo. Na obra, Alfredo Cesar da Silva conta como os trabalhos da
instituição cresceram ao longo do ano e como o Aeroclube funciona
atualmente.
13h30 COMISSÃO DE FINANÇAS (V) Reunião ordinária.
14h30 PANORAMA Telejornal com as notícias do Legislativo capixaba.
14h50 INTER-SESSÃO Trabalhos do Legislativo estadual.
15h00 SESSÃO ORDINÁRIA Trabalhos do Legislativo estadual.
18h00 INTER-SESSÃO Trabalhos do Legislativo estadual.
18h15 AÇÃO PARLAMENTAR
O deputado Rodrigo Coelho comenta sua atuação parlamentar, lembrando a
experiência adquirida também como gestor da Secretaria de Estado de
Assistência Social.
19h00 SESSÃO ESPECIAL (V) Discussão sobre a consciência negra e a implementação da lei 10.639/2003,
no Estado.
22h00 PANORAMA Telejornal com as notícias do Legislativo capixaba.
22h15 SESSÃO ORDINÁRIA Trabalhos do Legislativo estadual.
00h15 INTER-SESSÃO Trabalhos do Legislativo estadual.
Legenda: (R) – REPRISE; (V) – AO VIVO OBS.: A programação da TV ALES pode sofrer alterações em função dos trabalhos legislativos.
2 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
ATAS DAS SESSÕES E DAS REUNIÕES DAS COMISSÕES PARLAMENTARES
COMISSÃO DE DEFESA DA
CIDADANIA. VIGÉSIMA SEGUNDA REUNIÃO
ORDINÁRIA, DA PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA DÉCIMA
OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 20
DE OUTUBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –
Havendo número legal, invocando a proteção de Deus
declaro abertos os trabalhos desta Comissão.
Inicialmente, saúdo todos os membros que
compõe esta Comissão, os Senhores Deputados Padre
Honório, Dary Pagung e Sergio Majeski. Saúdo também
todo o público presente, os servidores da Casa, em
especial os que acompanham esta Comissão, e todos
que nos assistem pela TVAles.
Convido o Senhor Secretário a proceder à
leitura da ata da vigésima primeira reunião ordinária,
realizada em 06 de outubro de 2015. (Pausa)
(O Senhor Secretário procede à
leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Em
discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Pela
aprovação.
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Pela
aprovação.
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Ata
aprovada como lida.
Solicito ao Senhor Secretário que proceda à
leitura do Expediente.
O SR. SECRETÁRIO lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
OF. 1310/2015 - Informando a celebração do
convenio n.º 006/2015 - SDH/PR - Programa
de Proteção a Criança e Adolescentes ameaçados de morte. PPCAAM, entre a
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência
da República e Secretaria de Estado de
Assistência Social e Direitos Humanos.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –
Encaminhar cópia aos membros efetivos para
conhecimento.
Continua a leitura do Expediente.
OF. 07/2015 - da Senadora Vanessa Grazziotti,
Procuradora Especial da Mulher Federal,
convidando para participar do encontro dos
“Entes Federados: Pacto pelos Direitos das
Mulheres”, a ser realizado no dia 14 de
outubro, às 14 horas, no Salão Negro do
Congresso Nacional.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –
Ciente. À secretaria da Comissão para encaminhar
ofício agradecendo o convite e informando da
impossibilidade do comparecimento.
Continua a leitura do Expediente.
OF. 55/2015 – do Excelentíssimo Senhor
Deputado Estadual Carlos Antônio, Presidente
da Frente Parlamentar de mobilização nacional
Pro-Criança e Adolescente, convidando para
participar da reunião que será realizada no dia
23 de outubro de 2015, às 9h, na sala das
reuniões das comissões da Assembleia
Legislativa do Estado do Paraná.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –
Ciente. Encaminhar cópia aos membros desta Comissão
para ciência e manifestação.
Continua a leitura do Expediente.
Processo Administrativo - n.º 153369/2015 – do Senador Paulo Paim, Presidente da
Comissão de Direitos Humanos, solicitando
espaço para realização da audiência pública no
dia 19 de novembro de 2015, às 14h, sobre o
PLC 30/2015, que dispõe sobre os contratos de
terceirização e as relações de trabalho deles
decorrentes.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Ciente. À secretaria da Comissão para tomar as devidas
providências.
Continua a leitura do Expediente.
Processo Administrativo n.º 153989/2015 –
do Diretor de Consultoria Temática da Ales,
designando a servidora Laurdeliz Gomes
Merçon Fernandes para acompanhar e
assessorar tecnicamente as reuniões ordinárias
da Comissão de Defesa da Cidadania e dos
Direitos Humanos.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –
Ciente. Informar que a servidora mencionada já faz
parte desta Comissão e está nos assessorando com seu serviço de grande importância.
Continua a leitura do Expediente
O SR. SECRETÁRIO lê:
PROPOSIÇÕES RECEBIDAS:
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 3
Projeto de Lei n.º 49/2015 Autor: Senhora Deputada Luzia Toledo
Ementa: Obriga os produtores de alimentos
congelados a fazer constar nas embalagens o
peso anterior e posterior ao congelamento.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –
Designo como relator dessa matéria, o Senhor Deputado
Dary Pagung.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. SECRETÁRIO lê:
Projeto de Lei n.º 59/2015 Autor: Senhor Deputado Sandro Locutor
Ementa: Torna obrigatória a inclusão do
registro da informação, reclamação e/ou
solicitação do consumidor, no banco de dados
das empresas que possuem call center no
Estado do Espírito Santo à partir do primeiro
atendimento.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –
Designo como relator dessa matéria, o Senhor Deputado
Padre Honório.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. SECRETÁRIO lê:
Projeto de Lei n.º 118/2015
Autor: Senhor Deputado Bruno Lamas
Ementa: Dispõe sobre a área escolar de
segurança como espaço de prioridade especial
do Estado do Espírito Santo.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –
Designo como relator dessa matéria, o Senhor Deputado
Sergio Majeski.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. SECRETÁRIO lê:
Projeto de Lei n.º 168/2015
Autor: Senhor Deputado Almir Vieira
Ementa: Dispõe sobre a isenção de cobrança
dos estacionamentos privados em clínicas,
centros de coleta e hospitais particulares, aos
doadores de sangue.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –
Avoco a matéria para relatar.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. SECRETÁRIO lê:
Projeto de Lei n.º 195/2015
Autor: Senhor Deputado Sergio Majeski
Ementa: Dispõe sobre o direito de receber,
gratuitamente, outro produto idêntico ou
similar, a sua escolha, em igual quantidade, o
consumidor que constatar a existência a
existência de produto exposto à venda com
prazo de validade vencido.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –
Como essa matéria do Senhor Deputado Sergio
Majeski tem um grande alcance, designo como relator
dessa matéria, o Senhor Deputado Padre Honório.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. SECRETÁRIO lê:
Projeto de Lei n.º 251/2015
Autor: Senhor Deputado Hudson Leal
Ementa: Estabelece a obrigatoriedade de
academias, clubes desportivos e demais
estabelecimentos de práticas desportivas a
disponibilizarem profissionais de educação
física qualificados para o atendimento de
emergência no âmbito do Estado do Espírito
Santo.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –
Designo como relator dessa matéria, o Senhor Deputado
Dary Pagung.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. SECRETÁRIO lê:
Projeto de Lei n.º 311/2015
Autor: Senhora Deputada Eliana Dadalto
Ementa: Declara como Patrimônio Cultural do
Estado do Espírito Santo o instrumento musical
concertina.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –
Designo como relator dessa matéria, o Senhor Deputado
Sergio Majeski.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. SECRETÁRIO lê:
Projeto de Decreto Legislativo n.º 67/2015
Autor: Senhor Deputado Dary Pagung
Ementa: Concede título de Cidadania Espírito-
Santense ao senhor Rimaldo Barbosa de Sá Junior.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –
Como o projeto do Senhor Deputado Dary Pagung é de
grande alcance, avoco a matéria para relatar.
PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS:
Projeto de Lei n.º 42/2015
Autor: Senhor Deputado Gilsinho Lopes
Ementa: Dispõe sobre a presença obrigatória
do corretor de seguros ou de seu representante
legal em todos os estabelecimentos que
comercializam seguros
Relator: Senhor Deputado Marcos Bruno
Entrada na Comissão: 30/10/2015
Prazo do Relator: 20/10/2015
Prazo da Comissão: 27/10/2015
Projeto de Lei n.º 151/2015 Autor: Senhor Deputado Gilsinho Lopes
Ementa: Dispõe sobre o horário e dias em que
os fornecedores de produtos ou serviços
poderão efetuar serviços de telemarketing e
4 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
cobrança de débitos por telefone aos
consumidores.
Relator: Senhor Deputado Nunes
Entrada na Comissão: 30/10/2015
Prazo do Relator: 20/10/2015
Prazo da Comissão: 27/10/2015
Projeto de Lei n.º 207/2015
Autor: Senhor Deputado Cacau Lorenzoni
Ementa: Estabelece que as empresas ao
realizarem o cancelamento do contrato de
“débito em conta” com a instituição bancária
terão que comunicar ao consumidor, por carta
registrada na modalidade de Aviso de
Recebimento - AR o fim do contrato.
Relator: Senhor Deputado Dary Pagung
Entrada na Comissão: 30/10/2015
Prazo do Relator: 20/10/2015
Prazo da Comissão: 27/10/2015
Projeto de Lei n.º 299/2015
Autor: Senhor Deputado Marcos Bruno
Ementa: Institui o Programa Estadual de
Doação de Livros - PEDLivros - literários e
paradidáticos e dá outras providências.
Relator: Senhor Deputado Sergio Majeski
Entrada na Comissão: 30/10/2015
Prazo do Relator: 20/10/2015
Prazo da Comissão: 27/10/2015
Projeto de Resolução n.º 46/2015 Autor: Senhor Deputado Euclério Sampaio
Ementa: Inclui o inciso XVIII ao artigo 54 do
Regimento Interno, que dispõe sobre a
Comissão de Segurança.
Relator: Senhor Deputado Padre Honório
Entrada na Comissão: 30/10/2015
Prazo do Relator: 20/10/2015
Prazo da Comissão: 27/10/2015
PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS: Não houve no período.
PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA: Não houve no período.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Processo administrativo n.º 152871/2015 da senhora
Josiane Maria de Rocha Guidoni, solicitando averiguar
agressões físicas sofridas no presídio feminino de
Cariacica BUBU.
Vou encaminhar esse ofício para Delegacia
Especializada de Crimes no Sistema Carcerário e
Socioeducativo Doutor Gabriel Duarte Monteiro.
Em discussão. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Com o
relator.
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Com o
relator.
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – Com
o relator.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – O
parecer é aprovado à unanimidade pela Comissão de
Defesa da Cidadania.
Processo administrativo n.º 153587/2015 do
senhor Paulo Adão dos Santos, encaminhando denúncia
de omissão por parte da Polícia Civil, em que relata,
conforme B.O. 2542/2003, ameaça de morte, e solicita
providências desta Comissão.
A proposta é encaminhar ofício para os
seguintes órgãos: Procuradoria-Geral do Estado do
Espírito Santo, doutor Rodrigo Rabello Vieira;
Defensoria Pública do Espírito Santo, doutor Leonardo
Oggioni de Miranda; secretário de Segurança Pública,
doutor André de Albuquerque Garcia, e também para à
doutora Gracimeri Gaviorno, da Delegacia de Polícia
Civil.
Em discussão. (Pausa)
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Senhor
Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Dary Pagung.
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Ele cita a
denúncia ou só está ... Gostaria de ver depois. O ofício
está aí?
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – O
ofício?
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Presidente, já está em minhas mãos.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT ) – A
sugestão é encaminhar esse ofício aos seguintes órgãos,
entendeu Senhor Deputado Dary Pagung, à
Procuradoria-Geral, à Defensoria Pública, ao Secretário
de Segurança e à Delegacia de Polícia Civil. Essa é a
sugestão da Comissão. É um processo administrativo.
Portanto, V. Ex.ª gostaria de apreciar melhor o pedido?
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Senhor
Presidente, na verdade, ele anexou ao processo
administrativo vários documentos, inclusive o BO. Não
temos informação se esse BO, se a Polícia Civil já
tomou providências. V. Ex.ª simplesmente vai
encaminhar a essas autoridades?
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Correto.
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Senhor
Presidente, voto favorável. Mas gostaria de ter visto
antes. É importante encaminhar sim.
Continua em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Favorável.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 5
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Favorável.
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – Favorável.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – A
Presidência acompanha. Aprovado o encaminhamento
do ofício.
Processo Administrativo n.º 153579/2015, da
senhora Mariza Almeida Felipe, encaminhando
denúncia em que solicita providências quanto aos atos
sofridos pelo seu filho de nove anos.
Encaminhar ofício aos seguintes órgãos: à
doutora Viviane Brito Borili, da Vara da Infância e
Juventude, de Vitória; e à doutora Larissa Lacerda de
Oliveira, da Delegacia de Proteção à Criança e ao
Adolescente.
Em discussão. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) –
Favorável.
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) –
Favorável.
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Favorável.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES - PT) – A
Presidência acompanha. Aprovado o encaminhamento
do ofício.
A Comissão de Defesa da Cidadania e dos
Direitos Humanos desta Casa recebeu no dia 15 de
setembro o Conselho da Juventude. Naquela
oportunidade, conhecemos um pouco a atuação desse
Conselho junto à sociedade. A estada desse Conselho
resultou no dia 15 de setembro do corrente ano nesta
Casa de Leis, em uma audiência pública que teve como
proponente o Senhor Deputado Sergio Majeski.
Temos como proposta ouvir todos os Conselhos
e conhecer um pouco mais sobre suas atuações e
também dificuldades que enfrentam no exercício de
suas funções, como foi relatado na oportunidade em que
o Senhor Deputado Sergio Majeski convidou para fazer
essa reunião com o Conselho da Juventude. Estamos
também solicitando aos demais Conselhos para que
pudessem ter oportunidade de estar nesta Comissão
fazendo esse mesmo relato.
Gostaríamos de apresentar um cronograma para
dar continuidade a essa oportunidade para que os
conselheiros estejam presentes: no dia 27 de outubro
estamos propondo que o senhor Luís Inácio da Silva
Rocha, presidente do Conselho Estadual dos Direitos
Humanos esteja presente à reunião desta Comissão; no
dia 3 de novembro, o Conselho Estadual do Trabalho,
cujo presidente é o senhor Haroldo Olívio Marcelini
Massa; dia 10 de novembro a representante do Conselho
Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher do Estado
do Espírito Santo, Maria Betania Silva Raul; e dia 17 de
novembro a representante do Conselho Estadual dos
Direitos da Criança e do Adolescente do Estado do
Espírito Santo, Senhora Nilda Maria Turra Ferreira,
também para fazer o mesmo relato que o representante
do Conselho da Juventude fez nesta Comissão.
Coloco em discussão o requerimento do
cronograma para ouvir os representantes desses
conselhos. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Pela
aprovação.
O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Pela
aprovação.
O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB) - Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES - PT) -
Aprovado o cronograma à unanimidade.
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Senhor
Presidente, pela ordem! Acabamos de aprovar esse
processo administrativo do Paulo Adão dos Santos que
chegou a nossa comissão. Tive um tempo maior para
analisar e vi que o despacho do procurador-geral da
Casa, doutor Julio Chamun, era para encaminhar
para os procuradores designados e esta comissão tem
dois procuradores designados, mas vi que o despacho
final, onde V. Ex.ª vai encaminhar, foi um despacho do
Marcelo Siano, o diretor das comissões. Já aprovamos,
mas gostaria que V. Ex.ª, antes de encaminhar, pedisse
aos nossos procuradores designados da comissão que
dessem uma olhada no processo para orientar de forma
jurídica a melhor forma possível para que a nossa
comissão encaminhe para as autoridades competentes.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES - PT) - Não
vejo nenhum problema, mas me parece que o supervisor
da comissão já conversou informalmente. Mas não tem
dificuldade nenhuma, Senhor Deputado Dary Pagung.
Acho que é possível sim que antes de encaminharmos à
Procuradoria-Geral, à Defensoria Pública e ao secretário
de segurança e também à Delegacia de Polícia,
encaminharmos para os procuradores desta comissão.
(Pausa) Envio prévio. Está certo, Senhor Deputado
Dary Pagung? Está resolvido.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Padre
Honório para relatar.
O SR. PADRE HONÓRIO (PT) – Proposta
de Emenda Constitucional n.º 08/2015, de autoria do
Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, que altera o
artigo 69 da Constituição do Estado do Espírito Santo.
Descrito o objeto da presente preposição, devemos
ressaltar que o parecer desta Comissão de Defesa da
Cidadania e dos Direitos Humanos abrange apenas a
análise do seu mérito, estando prejudicada qualquer
outra análise sob o ponto de vista diverso que compete a
outras comissões nos termos regimentais.
Assim, sob a ótica da defesa dos direitos
difusos e coletivos, pois com a sua aprovação irá
beneficiar uma gama indeterminada de pessoas,
6 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
podemos concluir que a presente proposta de emenda
constitucional se afigura como de relevante interesse
público. Logo, não restam dúvidas de que a proposição
em foco tem o intuito de prevenir, defender e promover
os direitos individuais e coletivos da população do
Estado do Espírito Santo.
Pelas considerações aduzidas, adotamos
posicionamento favorável à aprovação da matéria, razão
pela qual sugerimos aos membros desta douta comissão
a adoção do seguinte: a Comissão de Defesa da
Cidadania e dos Direitos Humanos é pela aprovação da
Proposta de Emenda Constitucional n.º 08/2015, de
autoria do Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos e
outros Parlamentares.
O SR. PRESIDENTE - (NUNES - PT) - Em
discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) - Com o
relator.
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) -
Depois de uma explanação tão fantástica e um parecer
tão minucioso, não me resta outra alternativa, que não
acompanhar o relator.
O SR. PRESIDENTE - (NUNES - PT) –
Farei a mesma coisa, nobre Senhor Deputado Sergio
Majeski. portanto, aprovado o parecer do Senhor
Deputado Padre Honório á unanimidade.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Sergio
Majeski para relatar a Proposta de Emenda
Constitucional n.º 09/2015, que acrescenta o art. 32-A à
Constituição do Estado do Espírito Santo, determinando
a publicação mensal de todos os gastos dos Poderes e
órgãos do Estado e dos municípios.
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – Como
o Presidente já disse, essa proposta acrescenta o art. 32-
A à Constituição do Estado do Espírito Santo,
determinando a publicação mensal de todos os gastos
dos Poderes e órgãos do Estado e dos municípios.
Essa proposta do Senhor Deputado Enivaldo
dos Anjos é de extrema importância e fundamental. É
uma coisa que tenho dito o tempo inteiro, a
transparência em todos os Poderes é fundamental, seja
do que for, porque, se é o povo que paga, tem que saber
quanto, como e com que está sendo gasto seu dinheiro.
Há até uma figura que rola pela internet de uma
frase atribuída à Margaret Thatcher que diz que não
existe dinheiro público, existe dinheiro do cidadão,
existe o meu e o seu dinheiro, o dinheiro de todo mundo
e dessa forma deve ser muito bem tratado.
Portanto, a Comissão de Defesa da Cidadania e
dos Direitos Humanos é pela aprovação da proposta do
Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos.
O SR. PRESIDENTE - (NUNES - PT) - Em
discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) - Com o
relator.
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Agora,
sim. Com uma explicação extremamente convincente e
um relatório trabalhado com muita espontaneidade e
competência, com o relator.
O SR. PRESIDENTE - (NUNES - PT) –
Acompanho o relator. Portanto, aprovado o parecer à
unanimidade.
Passo a relatar o Projeto de Lei n.º 95/2015, de
autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, que proíbe
empresas e estabelecimentos comerciais que
disponibilizam atendimento telefônico gratuito - 0800 -
de recusar ou bloquear ligações de celulares.
Esse projeto, por certo, tem uma propositura
sobre a análise e insere-se na definição de normas
específicas de competência, portanto, do estado
membro, passível de ser editada por iniciativa
parlamentar.
Concluímos que o projeto de lei se afigura
como de interesse público, devendo, inclusive, ser
aprovado nesta Casa de Leis. Pelas considerações
aduzidas, adotamos o posicionamento favorável à
aprovação da matéria, razão pela qual, sugiro aos
demais membros desta Casa a adoção do seguinte
parecer.
Existem duas emendas ao projeto. Então,
pedimos à Comissão de Defesa da Cidadania pela
aprovação do Projeto de Lei n.º 95/2015, de autoria do
Senhor Deputado Gilsinho Lopes, com a adoção das
emendas n.os
01 e 02.
A Emenda n.º 01 do Projeto de Lei fala do
inciso III, do artigo 2.º, do Projeto de Lei n.º 95/2015,
de autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, que
visa proibir que as empresas e os estabelecimentos
comerciais que disponibilizam atendimento telefônico
gratuito 0800 recusem ou bloqueiem ligações de
celulares, passa a ter a seguinte redação:
Inciso III. Em caso de reincidência, aplica-se em dobro a multa prevista no
inciso I do presente artigo.
E agora a Emenda n.º 02, do Projeto de Lei n.º
95/2015. O artigo 3.º do Projeto de Lei n.º 95/2015, de
autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, que visa
proibir que as empresas e os estabelecimentos
comerciais que disponibilizam atendimento telefônico
gratuito 0800 de recusem ou bloqueiem ligações de
celulares, passa a ter a seguinte redação:
Art. 3.º. Esta Lei entrará em vigor 90
(noventa) dias após a sua publicação.
Então, são duas emendas. Uma no inciso III e
outra no artigo 3.º do mesmo Projeto de Lei n.º 95/2015.
O nosso relato é pela aprovação com essas duas
emendas. É isso?
Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 7
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB) – Pela
aprovação, depois do seu brilhante parecer, presidente.
O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Acompanho o Senhor Deputado Sergio Majeski,
votando pela aprovação.
O SR. DARY PAGUNG - (PRP) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES - PT) –
Aprovado à unanimidade.
Projeto de Lei n.º 144/2015 do Senhor
Deputado Hudson Leal, que dispõe sobre a identificação
dos profissionais de educação física contratados por
estabelecimentos que exerçam atividades ligadas às
áreas de atividade física e do desporto, conforme
critérios estabelecidos pelos artigos 2.º, I, II, III e 3.º da
Lei Federal n.º 9.696/1998 e da Resolução n.º 52/2002
do Conselho Federal de Educação Física.
O relator desta matéria é o nobre Senhor
Deputado Sergio Majeski. Solicito ao nobre deputado
que faça a leitura do seu parecer.
O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB) – Como
já foi dito pelo presidente, dispõe sobre a identificação
dos profissionais de educação física contratados por
estabelecimentos que exerçam atividades ligadas às
áreas de atividade física e do desporto, conforme
critérios estabelecidos pelos artigos 2.º, I, II, III e assim
por diante.
A preocupação do Senhor Deputado Hudson
Leal, que é médico de carreira, é pelo fato de que há
uma propagação de estabelecimentos, como academias,
por exemplo, e nem sempre há o cuidado com a
contratação de profissionais efetivamente formados e
credenciados. Portanto, é uma preocupação muito
nobre, uma vez que uma atividade física mal orientada
pode ter reflexos pelo resto da vida de uma pessoa.
Portanto, é um projeto que sim, tem a
preocupação, inclusive, com a saúde física das pessoas.
Desse modo, concluímos que o Projeto de Lei n.º
144/2015 deva ser aprovado no exame de mérito desta
Comissão, seguindo sua tramitação regular por não
haver ou não conter vícios contrários à sua natureza, o
que sugerimos aos membros desta Comissão com as
Emendas Modificativas n.os
01 e 02, nos termos do
Parecer n.º 317/2015, apresentados na Comissão de
Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação.
Relatamos pela aprovação da matéria e
pedimos aos nobres pares que nos acompanhe.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Em
discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Com o
relator.
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – A
Presidência acompanha o voto do relator.
Parecer aprovado à unanimidade.
Projeto de Lei n.º 235/2015, de autoria da
Senhora Deputada Janete de Sá, que institui o Dia do
Reconhecimento e Lembrança às Vítimas do Genocídio do Povo Armênio.
Continua com a palavra o Senhor Deputado
Sergio Majeski, para relatar o projeto.
O SR. SÉRGIO MAJESKI – (PSDB) – Senhor Presidente, V. Ex.ª está me dando muito
trabalho, estou tendo que relatar praticamente tudo!
Gostaria que V. Ex.ª distribuísse melhor isso e ocupasse
melhor o imperador de Baixo Guandu e o Senhor
Deputado Padre Honório. S. Ex.as
precisam trabalhar
mais!
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – É
porque sempre conversamos, Senhor Deputado, eu e os
Senhores Deputados Padre Honório e Dary Pagung, e
percebemos que V. Ex.ª tem em seu gabinete uma
quantidade enorme de assessores capazes de dar conta
de todos esses relatórios. Portanto, passamos as
matérias para V. Ex.ª com muita tranquilidade, sabendo
que V. Ex.ª dará conta!
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – O
Projeto de Lei n.º 235/2015, de autoria da Senhora
Deputada Janete de Sá, como disse o Senhor Presidente,
institui o Dia do Reconhecimento e Lembrança às
Vítimas do Genocídio do Povo Armênio.
Essa é uma proposta um tanto inusitada, pois
não se reconhece muito que no Espírito Santo haja
muitos descendentes de armênios, até duvido um pouco
que grande parte da população saiba que exista um país
chamado Armênia!
No entanto, trata-se de um acontecimento
histórico e, sem sombra de dúvidas, relevante,
principalmente para o mundo católico. O genocídio teria
se dado na região da Armênia, que passou por muito
tempo fazendo parte da antiga União Soviética e voltou
a ser um país independente apenas em 1991, por conta
da desintegração da União Soviética, mas continua até
hoje um país com relações bastante complicadas. A
Armênia fica situada mais ou menos na região do
Cáucaso, uma região historicamente conturbada.
Relatamos pela aprovação da matéria por não
haver nenhum tipo de impedimento para que seja
instituído o Dia do Reconhecimento e Lembrança às
Vítimas do Genocídio do Povo Armênio, mas
lembramos S. Ex.as
de que a Turquia – os turcos são
acusados de terem promovido esse massacre – não
concorda com o termo genocídio para esse episódio.
Inclusive, há, volta e meia, relações complicadas da
Turquia com alguns países que insistem nessa questão
do genocídio. Não entrarei nesse mérito. Só gostaria de
lembrar que existe esse desagrado por parte do povo
turco.
O nosso parecer é pela aprovação do projeto.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Em
8 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Embora
não tenha discutido a matéria, mas V. Ex.ª já disse da
dedicação que têm todos os gabinetes e principalmente
o gabinete do Senhor Deputado Sergio Majeski, que
está trabalhando a relatoria dos projetos com muita
consciência.
Não vejo muito motivo para falar de um dia
especial para esta questão, porque temos centenas de
questões no mundo todo, inclusive no nosso país, de
genocídio. Teria, então, que começar a lembrar dos
outros também.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES - PT) - Principalmente o genocídio que aconteceu com o povo
indígena.
O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Com os
negros e com os nossos menores, todos os dias, nas
periferias. Isso é muito preocupante. Mas, como o
Deputado disse que não há razão para a reprovação,
voto com o relator.
O SR. DARY PAGUNG - (PRP) - Senhor
Presidente, depois da aula de história e de geografia que
o Senhor Deputado Sergio Majeski deu relatando o
projeto da Senhora Deputada Janete de Sá, também voto
com o relator.
O SR. PRESIDENTE - (NUNES - PT) - A
Presidência acompanha o voto do relator.
Aprovado o parecer à unanimidade.
Projeto de Lei n.º 241/2015, de autoria da
Senhora Deputada Luzia Toledo, que altera dispositivos
da Lei n.º 9.297, de 16/09/2009, para adequar o termo
agricultura familiar à nova nomenclatura agroindústria
familiar.
Sou o relator, mas antes de falar o nosso
parecer, queria falar um pouco deste projeto, que
recebeu o Parecer n.º 244/2015, pela
constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa
técnica legislativa, emitido pela Comissão de
Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação,
vindo a seguir a esta Comissão de Defesa da Cidadania
e Direitos Humanos para exame e parecer de mérito, na
forma do art. 52 do Regimento Interno da Assembleia
Legislativa.
Segundo a justificativa da autora, a propositura
tem como objetivo alterar dispositivos da Lei nº 9.297,
de 16/09/2009, para adequar o termo agricultura
familiar à nova nomenclatura agroindústria familiar.
Queria dizer aos nobres Deputados que a
Senhora Deputada Luzia Toledo, ao solicitar esta
alteração, colocando agroindústria familiar... A lei
anterior que antecede esta solicitação e está vigente hoje
tem a nomenclatura agricultura familiar.
Estamos fazendo uma emenda ao projeto de lei
para que permaneça agricultura familiar, ou seja, não
acabe com o termo agricultura familiar. Acrescenta a
expressão agroindústria familiar, mas também mantém
a nomenclatura agricultura familiar, para prestigiar o
homem do campo, aquele que fica no interior. Sabemos
da importância da agricultura familiar. A agroindústria é
importante, mas é importante também que valorizemos
o homem do campo, principalmente quanto à
agricultura.
Então, pedimos aos nobres companheiros que
aprovem o projeto da Senhora Deputada Luzia Toledo,
aprovando também a adoção desta emenda que
gostaríamos de propor.
A Emenda n.º 001 ao projeto fala o seguinte:
O artigo 1.o do Projeto de Lei n.º
241/2015, de autoria da Senhora
Deputada Luzia Toledo, passa a ter a seguinte redação:
“Incentiva o desenvolvimento do
turismo rural na agroindústria familiar
e agricultura familiar no Estado e dá outras providências.”
No projeto de S. Ex.ª não teria agricultura
familiar. Mas acrescentamos esta terminologia
O art. 1.º - Ficam definidas como atividade do turismo rural na
agroindústria familiar e agricultura
familiar todas as atividades turísticas que ocorrem nas unidades de produção
que mantém atividades típicas da
agroindústria familiar e agricultura familiar, disposto a valorizar, respeitar
e compartilhar seu modo de vida, o patrimônio cultural e ao natural,
ofertando produtos e serviços de
qualidade e proporcionando o bem-estar aos envolvidos. (NR)
Então, onde tem sempre agroindústria familiar
acrescentando a nomenclatura agricultura familiar
também.
Considerando-se as atividades de
turismo rural na agricultura, na agroindústria familiar e agricultura
familiar nas seguintes formas de ocorrências:
VII – Serviço de alimentação e estabelecimento como restaurante,
cafés coloniais, que ofereçam alimentação típica ou de preparo
especial, sendo normalmente situados
em locais estratégicos próximos a outros atrativos.
“Art. 3º As atividades do turismo rural na agroindústria familiar e agricultura
familiar estão alicerçadas e comprometidas com os seguintes
princípios:
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 9
(...)
IV – contribuir para a revitalização do território rural e para o resgate e
melhoria da autoestima dos
operadores da agroindústria familiar e agricultura familiar;
(...)” (NR)
Art. 4º Considera-se agroindústria familiar e agricultura familiar as
unidades produtivas rurais que
possuam as seguintes características:”
(...). (NR)
Portanto, essa é nossa emenda ao Projeto de Lei
n.º 241/2105, de autoria Senhora Deputada Luzia
Toledo. É bom ressaltar que tivemos uma conversa com
a assessoria da Senhora Deputada Luzia Toledo sobre
essa questão da inclusão da agricultura familiar ao
projeto. S. Ex.ª entendeu que também tem um grande
alcance essa questão da nomenclatura agricultura
familiar junto com a agroindústria familiar. Portanto, a
Comissão de Defesa da Cidadania é pela aprovação do
Projeto de Lei n.º 241/2015, de autoria da Senhora
Deputada Luzia Toledo, com essa emenda aditiva que
acabamos de relatar.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES - PT) - Em
discussão a matéria. (Pausa)
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Senhor
Presidente, peço a palavra para discuti-la.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES - PT) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Padre
Honório.
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) - Senhor
Presidente e senhores membros desta comissão, fico
preocupado, e V. Ex.ª já explicou bem, que quando se
trata de agroindústria familiar pode ser uma
agroindústria dentro da cidade. Quando se vai à roça,
compra-se leite e se faz queijo dentro da cidade, ou se
vai ao interior comprar uva e se faz geleia na cidade, ou
biscoito, enfim. Tenho percebido, muitas vezes, que
esse termo usado agro, agro, agro, está mais voltado
para o agronegócio, isso é um perigo porque daqui a uns
dias até os agricultores familiares esquecerão sua
identidade, sua origem. Por isso, gostaria de parabenizar
essa preocupação de V. Ex.ª em garantir dentro dessa
proposta o fortalecimento dessa nomenclatura porque
não podemos perder de vista. Então, é somente neste
sentido que gostaria de lembrá-lo.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES - PT) - Continua em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Com o
relator, com a emenda.
O SR. DARY PAGUNG –(PRP) - Com o
relator, com a emenda.
O SR. SERGIO MAJESKI - Com o relator,
com a emenda.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES - PT) - Aprovado o parecer à unanimidade.
Passo a relatar o Projeto de Resolução n.º
27/2015, de autoria do Senhor Deputado Sergio
Majeski, que acrescenta o parágrafo 2.ª ao art. 162, da
Resolução n.º 2700/2009, de 15/07/2009, dispondo
sobre a convocação de Secretário de Estado em caso de
acúmulo de pedidos de informação não atendidos.
O relator dessa matéria é o nobre Senhor
Deputado Marcos Bruno, como S. Ex.ª está ausente,
solicito ao Senhor Deputado Dary Pagung que faça a
leitura do parecer.
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Senhor
Presidente, o Projeto de Resolução n.º 27/2015, como
V. Ex.ª disse, acrescenta o parágrafo 2.º ao art. 162 da
Resolução n.º 2700, que nada mais é do que o nosso
Regimento Interno.
O Senhor Deputado Sergio Majeski está
propondo que o acúmulo de cinco pedidos de
informação na forma prevista pelo parágrafo 2.º do art.
57 da Constituição Estadual, direcionados ao mesmo
Secretário de Estado e não atendidos, acarretará
automaticamente, sob responsabilidade da Mesa, na
aplicação do disposto no Inciso III do art. 165 deste
Regimento. O Senhor Deputado Sergio Majeski
está incluindo mais um parágrafo no art. 162 da
Resolução do nosso Regimento Interno e a nosso ver é
importante. Não tenho dúvida nenhuma de que isso
acrescenta e muito. Quando uma comissão ou qualquer
membro desta Casa faz um pedido de informação, esse
pedido de informação tem que ser respondido. O Senhor
Deputado Sergio Majeski está propondo que esse
parágrafo 2.º seja incluído para garantir isso.
Nosso parecer é pela aprovação do Projeto de
Resolução n.º 27/2015, do Senhor Deputado Sergio
Majeski.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Em
discussão o parecer.
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Com o
relator.
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – Com
o relator.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – A
Presidência acompanha o voto do relator.
O parecer foi aprovado à unanimidade.
O Projeto de Resolução n.º 33/2015, de autoria
do Senhor Deputado Doutor Hudson Leal, institui a
comenda “Jairo Maia”, concedida pela Assembleia
10 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Legislativa a profissionais da área da Comunicação.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Sergio
Majeski para relatar.
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – Como
já disse o nobre Presidente, trata-se do Projeto de
Resolução n.º 33/2015, de autoria do Senhor Deputado
Doutor Hudson Leal, institui a comenda “Jairo Maia”,
concedida pela Assembleia Legislativa a profissionais
da área da Comunicação.
A matéria tem relevância e foi analisada por
esta Comissão. O nome da medalha é bastante
conhecido em todo o Espírito Santo. Não há quem não
tenha ouvido, pelo menos uma vez, o nome Jairo Maia,
ou pelo menos com o rádio ligado em casa e a nossa
mãe ou alguém que trabalhava em casa ouvindo.
A Comissão de Defesa da Cidadania e dos
Direitos Humanos é pela aprovação do Projeto de
Resolução n.º 33/2015, de autoria do Senhor Deputado
Doutor Hudson Leal. É assim que relatamos e
esperamos que os nobres pares acompanhem.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Em
discussão o parecer.
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Com o
relator.
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Com o
relator.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – A
Presidência acompanha o voto do relator.
O parecer foi aprovado à unanimidade.
Por fim, o Projeto de Resolução n.º 42/2015, de
autoria do Senhor Deputado Bruno Lamas, que institui a
Comenda de Ordem do Mérito Lei Maria da Penha. O
relator dessa matéria é este deputado.
O Projeto de Resolução n.º 42/2015, de autoria
do Senhor Deputado Bruno Lamas visa instituir a
Comenda de Ordem do Mérito Lei Maria da Penha.
A Lei Maria da Penha surge como resultado de
um esforço coletivo dos movimentos de mulheres e
poderes públicos no enfrentamento à violência
doméstica e familiar. O alto índice de mortes de
mulheres no país fez com que fosse instituída a Lei
Maria da Penha.
Embora a lei tenha apoio significativo de toda a
sociedade, sua implementação trouxe à tona muitas
resistências, que convivem com a aceitação da violência
doméstica como crime de menor poder ofensivo e
reforçam as relações de dominação do sistema
patriarcal.
Para tentar reduzir as estatísticas e fazer com
que o Espírito Santo deixe de ser um dos estados mais
perigosos para a mulher, o governo tem investido em
três programas: visitas tranquilizadoras às mulheres
vítimas de violência; tornozeleiras eletrônicas; e o
programa Homem que é Homem,
Mas é bom frisar que há também, nesta Casa de
Leis, inclusive, um projeto de autoria do nosso mandato
que institui uma multa ao agressor todas as vezes que a
vítima necessitar de serviços públicos. Portanto,
também é uma lei que apresentamos nesta Assembleia
Legislativa que foi aprovada e sancionada pelo Governo
do Estado.
Está faltando o Poder Executivo regulamentar
esse projeto de lei, mas esse projeto também é uma
forma de minimizar essa violência contra a mulher, ou
seja, é mais um projeto que pode trazer um prejuízo ao
bolso do agressor, o que acaba fazendo com que ele seja
intimidado a cometer agressões contra a mulher por
conta dessa multa.
Essa comenda tem um grande alcance.
Percebemos a importância deste projeto do Senhor
Deputado Bruno Lamas. Portanto a Comissão de Defesa
da Cidadania e dos Direitos Humanos é pela aprovação
do Projeto de Resolução n.º 42/2015, de autoria do
Senhor Deputado Bruno Lamas.
Pedimos aos Senhores Deputados que
acompanhem nosso relatório.
Em discussão. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Com o
relator.
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – Com
o relator.
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Senhor
Presidente, posso me abster? Estou brincando, mas voto
favoravelmente em respeito ao relatório de V. Ex.ª.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Obrigado, Senhor Deputado Dary Pagung, por
acompanhar nosso parecer.
O parecer é aprovado à unanimidade pela
Comissão de Defesa da Cidadania.
É preciso que uma mulher apresente uma
comenda para os homens. Pode haver algum homem
que apanhe de mulher, mas se apanhar de mulher,
podem ter certeza que é merecedor, pois a mulher não
bate no homem sem ele merecer.
Os Senhores Deputados desejam fazer uso da
palavra antes de encerrarmos a reunião?
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Padre
Honório.
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Senhor
Presidente, mais uma vez, obrigado. Mais uma vez,
cumprimento os Senhores Deputados Sergio Majeski e
Dary Pagung. Sempre escutei que, neste planeta, o ser
humano estaria tendo em primeiro lugar seus direitos
garantidos. E é o que não estou percebendo muitas
vezes. Três situações, nesta semana, deixaram-me meio
confuso em relação à essa questão. Primeiro,
apresentamos uma preocupação com o alto índice de
acidentes com motos e carros, passando pelas vias com
mais aglomerações. E apresentamos ao Estado pedido
de colocação de redutores de velocidade. A resposta que
tivemos foi estarrecedora: Olha, identificamos e nesses
locais não temos índices de acidentes fatais. Disse: Mas
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 11
os redutores são colocados para não deixar morrer. É
preciso deixar morrer para depois colocar? Só num
desses lugares já morreram duas pessoas; e esta semana
houve mais um acidente. Tenho que deixar morrer
quantas pessoas?
Hoje estive na Eco101 com a comunidade
Cajeiras, de João Neiva. Fui visitar o local, onde na
parte em que será feita a duplicação existem várias
residências. As pessoas têm recibos de compra e venda,
recolhem IPTU desde 1974, há quarenta e um anos, e
simplesmente receberam uma notificação da Eco101
para desocupar suas residências em quinze dias, porque
a empresa tem que fazer ... Fomos ao local hoje com o
prefeito, duas vereadoras e representantes da
comunidade. E dentro das colocações: Ah, não, porque
não poder fazer aqui porque aqui tem o rio que passa próximo. E tem o terreno da Vale. Então, disse: Olha,
entre o rio, que pode ter um bracinho que pode se
aproximar um pouco e entre a Vale, que joga pó na cara
de todo mundo, é preferível tirar as famílias que moram
lá há quarenta anos? Perguntei onde fica o direito da
moradia, garantido pela Constituição.
Percebo que nossa Comissão é uma Comissão
que tem um dever muito grande de estar,
principalmente, dando voz àqueles que não têm voz,
como as pessoas da periferia, os jovens.
Fico muito satisfeito de estar nesta Comissão.
Gostaria de pedir a V. Ex.ª que encaminhasse, talvez,
uma presença da Comissão naquela comunidade. Hoje
pedi, no local, a presença da ANTT, que é agência da
União, com o deputado federal Givaldo Vieira. Mas
gostaria de encaminhar, nesta reunião, uma presença
nossa junto àquelas famílias, para sermos um braço
junto a eles neste momento de dificuldade.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Senhor Deputado Padre Honório, vamos solicitar ao
nosso supervisor da Comissão de Defesa da Cidadania e
a nossos procuradores que acompanham esta Comissão,
para vermos o que é possível ser feito em relação a
esses moradores de João Neiva.
Poderíamos, na próxima reunião desta
Comissão, trazer alguma informação mais precisa do
que pode ser feito para sermos mais pragmáticos com
relação a essa questão da visitação. Vamos lá visitar,
mas acho que precisávamos colher algumas informação.
Acho que o supervisor e o procurador podem verificar o
que é possível ser feito indo lá. Em vez de só fazer a
visita, poderíamos levar alguns encaminhamentos para
aquele pessoal naquela comunidade. Pode ser assim?
Vamos solicitar ao nosso supervisor e aos
nossos procuradores que vejam o que é possível ser
feito para agirmos com relação a essa demanda que o
Senhor Deputado Padre Honório nos trouxe.
Encaminhado assim? Na próxima reunião, por
favor, algumas sugestões.
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a
reunião e convoco os Senhores Deputados para a
próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 14h32min.
COMISSÃO DE CIÊNCIA,
TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, INCLUSÃO
DIGITAL, BIOSSEGURANÇA, QUALIFICAÇÃO
PROFISSIONAL, ENERGIA, GÁS NATURAL,
PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS. DÉCIMA
SEGUNDA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA
PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
DA DÉCIMA OITAVA LEGISLATURA,
REALIZADA EM 23 DE JUNHO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO MAJESKI - PSDB) – Havendo número legal, invocando a
proteção de Deus declaro abertos os trabalhos desta
Comissão.
Convido a senhora secretária a proceder à
leitura das atas da segunda reunião extraordinária,
realizada em 29 de abril de 2015, e da terceira reunião
extraordinária, realizada em 6 de maio de 2015. (Pausa)
(A Senhora Secretária procede à
leitura das atas)
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO MAJESKI - PSDB) – Em discussão as atas. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. NUNES - (PT) – Pela aprovação.
O SR. ALMIR VIEIRA - (PRP) – Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO MAJESKI
- PSDB) – Aprovadas as atas como lidas.
Solicito ao senhor secretário que proceda à
leitura do Expediente.
O SR. SECRETÁRIO lê:
EXPEDIENTE: Não houve no período.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO MAJESKI - PSDB) – Passa-se à Ordem do Dia.
Gostaria de propor um convite ao diretor de
tecnologia da informação da Assembleia Legislativa,
senhor Jonston Antônio Caldeira de Souza Junior, para
expor sobre a segurança da rede de informática da
Assembleia Legislativa e demais assuntos pertinentes à
tecnologia.
Para que os colegas entendam, o Jonston é
responsável pelo setor de tecnologia que envolve a
questão da internet, dos e-mails e tal. Então, queremos
conhecer qual é a segurança que o gabinete tem, por
exemplo, quando enviamos e-mails, quando usamos o
sistema interno, quem é que tem acesso a isso, além do
gabinete, e quem é que mais acessa essas questões. Um
caso prático. Outro dia, meu assessor abriu um e-mail e
aponta se aquilo já está aberto em outro lugar, e estava,
mas no gabinete não tinha ninguém. Quer dizer, tinha
alguém em algum lugar acessando esse arquivo.
Então, nós queremos entender quem é que
acessa, qual é o grau de segurança que temos com a
12 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
documentação que você recebe, que você expede ou que
você arquiva no sistema para que nos sintamos seguros
em relação àquilo que está acontecendo.
O convite ao Jonston Antônio Caldeira de
Souza Junior é para que entendamos como isso se dá,
como essas coisas acontecem, qual é a segurança que
temos, quem além de nós ou dele próprio tem acesso,
quem tem senhas, enfim.
Em discussão a proposta.
O SR. NUNES - (PT) - Além dessa
preocupação que o senhor presidente levanta com
relação à questão da segurança dos deputados, seria
também motivo de conversarmos com essa pessoa
responsável pela informática da Assembleia Legislativa
sobre os motivos que levam - nos gabinetes pelo menos,
em nosso gabinete - a essa dificuldade de também
termos acesso à internet que não seja essa ligada direto
à Assembleia Legislativa. Às vezes, queremos ter um
caminho sem ser esse tradicional, que tem conectado
com a Casa. Aí, acabamos não tendo condição. E há
uma burocracia muito grande até para contratarmos esse
serviço de outra operadora. Acho que seria muito legal
até para que possamos encontrar um caminho para
viabilizar isso. Acho que é uma boa iniciativa, acho que
é bacana. Numa época de modernidade, de tecnologia
os deputados às vezes e os próprios funcionários,
servidores do nosso gabinete têm essa dificuldade,
porque são poucos computadores ligados à rede e, às
vezes, queremos ter outro trabalho que não seja esse
necessariamente de usar a rede da Assembleia
Legislativa. Ficamos com essa dificuldade. Acho que
convidá-lo para conversar um pouco sobre isso é uma
boa iniciativa.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO MAJESKI
- PSDB) – Continua em discussão a proposta. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. NUNES - (PT) – Pela aprovação.
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) – Pela
aprovação.
O SR. ALMIR VIEIRA - (PRP) – Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (SERGIO MAJESKI - PSDB) – Aprovada a proposta à unanimidade.
Na semana passada, aprovamos um
requerimento para que o secretário viesse nos explicar
como foi feito o Plano Estadual de Educação,
principalmente no que tange à questão da tecnologia.
Por exemplo: o artigo 2.º das diretrizes diz que uma das
diretrizes é o desenvolvimento da tecnologia e da
ciência no Estado. Gostaríamos de entender como está
previsto isso para os próximos dez anos, como a
tecnologia chegará às escolas, como será aprimorada.
Foi aprovado na verdade na semana passada, só
que o nosso requerimento tem que passar pelo plenário.
Não é nem uma questão de colocar em votação hoje, é
só para afirmar que já tínhamos assinado o
requerimento na semana passada. Não é nem uma
questão de deliberação, isso foi deliberado na semana
passada. Só estamos mencionando que iremos enviar o
requerimento para o plenário. Não se trata de
deliberação, porque isso foi deliberado na semana
passada.
Na verdade, hoje, o secretário deveria estar
aqui, mas o Regimento diz que az convocação tem que
passar pelo plenário. Logo, encaminharemos o convite
para o plenário.
Apesar de a Constituição Estadual e a
Constituição Federal dizerem claramente que as
comissões têm autonomia para convocação sem passar
pelo plenário, que o Regimento Interno diz sobre passar
pelo plenário, tanto a Constituição Federal quanto a
Constituição Estadual dizem que as comissões são
autônomas para que se faça isso sem passar pelo
plenário. Exatamente as comissões do Congresso
Nacional fazem isso sem passar pelo plenário.
Imaginem se cada pessoa convocada para uma reunião
de comissão tivesse que passar sempre pelo plenário!
Então tira a autonomia das comissões e acho, no caso
deste requerimento, que é uma ótima oportunidade de o
secretário, depois de tantos atropelos nas questões
relativas ao Plano Estadual, ficasse feliz com o convite
e viesse aqui dizer: Olha, formulamos pensando nisso,
assim, assim. Temos esse e esse projeto ou pensamos
em estar estudando sobre esse caminho para o desenvolvimento da ciência e tecnologia acoplada à
educação. Parece-me que há sempre uma coisa assim. Os
secretários são o quê? Se comandam uma pasta, são os
grandes entendedores disso. Então para uma explicação
mais razoável, mais pormenorizada não vejo onde está o
problema. Parece-me, vemos pelos cantos as pessoas ali
e tal; como se isso fosse uma coisa do outro mundo.
Isto aqui é o Parlamento, é uma Casa de debate,
uma Casa de discussão. Ninguém está aqui para
desmoralizar ninguém. Se nós fazemos tudo dentro de
uma democracia, dentro de uma questão respeitando os
princípios mais básicos do republicanismo, o que há de
mais nisso tudo? É uma forma estranha de encararmos a
democracia.
Sou parlamentar, então qualquer instituição que
quiser me convocar ou que quiser me convidar para
prestar esclarecimentos sobre aquilo que estou fazendo,
sobre os meus projetos, sobre o que estou discursando,
terei um imenso prazer em ir. Será uma grande
oportunidade para esclarecer aquilo que penso, aquilo
que executo, aquilo que eu escrevo, aquilo que eu falo,
aquilo que eu proponho. Fica parecendo que as pessoas
têm sempre algo a esconder ou algo que não está bem
feito ou está feito às escondidas, às sombras e não se
pode causar um debate maior sobre o assunto.
Como disse, na semana passada, havíamos
deliberado, portanto, não tem que deliberar novamente.
Só passaremos o requerimento para o plenário, para
convocação do senhor secretário Haroldo Rocha, para
que S. Ex.ª venha nos explicar sobre o Plano Estadual
de Educação, no que tange à ciência, à tecnologia, à
qualificação profissional e à inclusão digital, que fazem
parte da nossa comissão, da comissão que presido e
aqueles que se debruçaram atentamente sobre o Plano
Estadual de Educação devem ter visto que ciência,
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 13
tecnologia, qualificação profissional e inclusão digital
aparecem em cerca de metade das metas e em uma
quantidade imensa de estratégias e ainda citada no art.
2.º das diretrizes, que estão no início do Plano Estadual.
Portanto, não há o que alguém afirmar que estamos
extrapolando também a nossa função, porque isso seria
mérito da Comissão de Educação.
A minha questão é que se as pessoas realmente
leram o Plano Nacional, o Plano Estadual, e se
debruçaram sobre o que está escrito ali e como está
escrito, estamos só fazendo o nosso trabalho, modéstia à
parte, muito bem feito.
Nada mais havendo a tratar declaro encerrada a
reunião, antes, porém, convido os Senhores Deputados
para a próxima, que será ordinária.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 13h59min.
COMISSÃO DE PROTEÇÃO AO MEIO
AMBIENTE. TERCEIRA REUNIÃO ORDINÁRIA,
DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA DA DÉCIMA OITAVA
LEGISLATURA, REALIZADA EM 27 DE ABRIL
DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (BRUNO LAMAS - PSB) – Havendo número legal, invocando a proteção de
Deus, declaro abertos os trabalhos desta Comissão.
Boa-tarde a todos e boa-tarde Senhor Deputado
Dary Pagung. Àqueles que nos acompanham ao vivo
pela televisão e, àqueles que nos visitam, cumprimento
todos na pessoa do empresário de Jacaraípe, Serra, meu
amigo, Pedro Nunes. Sejam todos bem-vindos.
Solicito a Senhora Secretária que faça a leitura
da ata da segunda reunião ordinária, realizada em 30 de
março de 2015.
(A Senhora Secretária procede à
leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (BRUNO LAMAS) –
Em discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Pela
aprovação.
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO –
(PEN) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (BRUNO LAMAS) – Registro a presença do Presidente desta Comissão,
Senhor Deputado Doutor Rafael Favatto, e de Claudinei, militante ativo da causa meio ambiente, do
Ibraf, em Jacaraípe.
Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor
Deputado Doutor Rafael Favatto. (Pausa)
O SR. PRESIDENTE – (DOUTOR
RAFAEL FAVATTO) – Assumo a presidência dos
trabalhos neste momento e solicito à Senhora Secretária
que proceda à leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS: Não houve no período.
PROPOSIÇÕES RECEBIDAS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS
SENHORES DEPUTADOS: Não houve no período.
PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA: Não houve no período.
2 - ORDEM DO DIA:
Deliberar Convite aos Senhores Leonardo
Merçon e Augusto Cesar Coutinho Brandão, do
Instituto Últimos Refúgios, para 4.ª Reunião
Ordinária desta Comissão, com objetivo de
discutirem sobre: Sensibilização Ambiental.
O SR. PRESIDENTE – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO – PEN) – Como sugeri, a data é
no dia 11 de maio, segunda-feira, no horário das 12h30,
na próxima reunião ordinária.
Alguma sugestão dos Senhores Deputados
Bruno Lamas ou Dary Pagung?
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Pela
aprovação.
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (DOUTOR
RAFAEL FAVATTO – PEN) – Aprovada a data do
dia 11 de maio de 2015, segunda-feira, no horário das
12h30.
Gostaria também de colocar em votação que
solicitássemos a presença do palestrante Alberto Pego
para falar também sobre recursos hídricos, para que
traga sua experiência também para esta Comissão. S. S.ª
esteve recentemente na Europa e desceu o Rio Senna.
Gostaria de colocar em discussão a solicitação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Pela
aprovação.
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Senhor
Presidente, aproveitando a oportunidade, informo que
estivemos, na última reunião da CPI, quinta-feira, com
Henrique Lobo, funcionário da Vale, um grande
14 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
estudioso praticamente dos rios do mundo inteiro e que
tem estudos sobre o rio Doce. Gostaríamos também de
convidar S. S.ª para vir a esta Comissão.
O SR. PRESIDENTE – (DOUTOR
RAFAEL FAVATTO – PEN) – Em votação a
solicitação da presença do Henrique Lobo.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Pela
aprovação.
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO – PEN) – Acompanho o voto
dos Senhores Deputados. Aprovada a vinda dos dois
próximos palestrantes, cada um na data que a Comissão
determinará posteriormente.
Gostaria já de pedir que o Sebastião Elias
Júnior, Secretário Executivo do Fundo Estadual de
Recursos Hídricos do Espírito Santo, faça apresentação,
com objetivo de discutir o tema Fundágua.
Ficaremos lá embaixo para prestar melhor
atenção à sua palestra.
O SR. SEBASTIÃO ELIAS JÚNIOR – Boa-
tarde a todos! Em primeiro lugar, gostaria de agradecer
a oportunidade de trazer um pouco a informação sobre
os fundos veiculados à Seama. Esta é uma oportunidade
de darmos visibilidade a esses fundos que já existem há
cinco ou seis anos. Parte da sociedade capixaba ainda
desconhece esses fundos que têm uma importância
muito grande na área ambiental.
Sei que o tempo é curto, mas tentarei aproveitar
a oportunidade para falar sobre os dois fundos que
temos vinculados à Seama: Fundema e Fundágua.
Peço que os senhores monitorem o tempo para
que nos organizemos.
Como disse, temos o Fundema e o Fundágua.
O Fundema é um fundo que já existe há mais tempo,
desde 1999, mas foi reformulado em 2009. E o
Fundágua foi criado em 2008, na perspectiva de atender
ao pagamento do serviço ambiental, que era algo novo
no Brasil e também no Estado. Em 2012 vimos uma
necessidade de reformulação, quando houve outra lei
alterando-o e melhorando essa dinâmica de operação do
fundo.
Minha ideia é mostrar como é essa
operacionalidade dos fundos. Começando pelo
Fundema, ele tem um conselho consultivo, que é o
Conselho Estadual de Meio Ambiente. A Lei 5013
definiu como conselho consultivo um conselho já
instituído no Estado, o Consema. Esse conselho indica
os representantes de um conselho gestor, que é um
conselho mais efetivo e que aprova os recursos que
serão alocados em determinada proposta. O conselho
consultivo define quem serão os membros do conselho e
também o plano de aplicação bienal.
Podemos observar que esse fundo é
administrado pela Seama. O conselho gestor tem como
presidente o diretor do Iema. Veremos que no outro
fundo, ora é o diretor do Iema, ora é o diretor da
Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos
(Seger) que presidem esses fundos, fazendo essa ligação
entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (Seama) e as autarquias vinculadas a
ela.
Hoje o Conselho é formado pela sociedade civil
e pelo Conselho Gestor do Fundo Estadual do Meio
Ambiente (Fundema). São seis representantes, dois de
cada segmento. Pela sociedade civil são os Senhores
Iberê Sassi e Lauro da Cunha Narciso. O Iberê é do
Instituto Guaiamum e o Lauro do Instituto Sinhá
Laurinha. Do setor empreendedor é o Senhor Roosevelt
da Silva Fernandes, que representa a Federação das
Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) e o
Senhor Rubens Pupin, representante do Sindirochas. Do
Poder Público, os Senhores Luciano Macal,
representante da Seama, e Tiago Oliveira, da Secretaria
de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e
Pesca (Seag).
A lei já define algumas linhas de alocação dos
recursos; linhas prioritárias. O Fundema basicamente
está ligado à educação ambiental, à recuperação de área
degradada e à unidade de conservação. Há outras
questões, mas na pratica é educação ambiental,
recuperação, sempre fazendo elo com essas unidades.
Como disse, o conselho consultivo aprovou um
plano de aplicação e indicou esses representantes. O
conselho gestor, com base nesse plano de aplicação,
aprova o rateio dos recursos e define essas regras de
execução.
O plano de aplicação 2014/2015, o Conselho
Estadual do Meio Ambiente (Consema) optou por
deixar que fossem executadas as ações do plano bienal
anterior, que é especificamente apoio à Área de
Proteção Ambiental (Apa) de Conceição da Barra e ao
Parque Estadual de Forno Grande. Esta tendo uma
reforma no parque e parte desses recursos veio do
Fundema.
A demanda espontânea é permitir que entidades
civis, prefeituras, instituições de ensino e de pesquisa
possam apresentar propostas ao fundo. Fizemos isso em
2014. Recebemos dez propostas que estão em fase de
avaliação, mas teve uma boa procura. Na demanda
estimulada foi um projeto de apoio ao programa de
educação ambiental do Estado.
Como disse o conselho gestor define esse rateio
dos recursos. Ele separou aquilo que era necessário para
as ações de 2012/2013 e o que restou ele dividiu trinta
por cento para uma linha e setenta por cento para outra.
Mas isso é dinâmico. À medida do necessário eles
podem mudar esse rateio.
Temos neste slide mais um panorama do que
foi aprovado, como eu falei, na Apa de Conceição da
Barra. Encaminhamos para lá um proposta no valor de
quarenta mil reais que foi aprovada e temos algumas
das deliberações também.
É importante trazermos que a lei permite várias
formas de fontes de recursos do fundo: orçamentária,
decorrentes de acordo, convênio, mas na prática o que
entra de recursos no Fundema são os produtos das
multas ambientais e florestais, aquelas que não cabem
mais recurso administrativo. Até costumamos brincar
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 15
que pela dinâmica da cobrança de multa não entram
recursos, pingam recursos no Fundema. É uma fonte
muito difícil de ser trabalhada desta maneira que está,
mas a Secretaria já está trabalhando para tentar
melhorar essa operacionalidade. Uma das propostas é
que não sejam do fundo somente essas multas de
segunda instância, mas sim todas as multas ambientais,
o que seria interessante, pois aumentaria quase dez
vezes a arrecadação do fundo.
Dentro da Secretaria e em conversa também
com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do
Espírito Santo (Idaf), estamos trabalhando para ver se
conseguimos encaminhar à Assembleia Legislativa,
futuramente, uma proposta no sentido de alterar a
legislação, permitindo que todas as multas sejam para o
fundo.
Outra fonte, que não é muito apropriada, mas
que está acontecendo hoje são rendimentos dos fundos.
Se houver uma baixa operacionalidade, acaba que esses
recursos aumentam de rendimento. É bacana ver esse
colchão aumentar, mas, na prática, recurso público se
quer fazer rodar, fazer isso voltar à sociedade. A ideia é
que quanto menor o rendimento é porque mais estamos
atuando.
O slide mostra um panorama do fundo depois
de reformulado. Podemos observar, em cima, que a
receita não é muito considerável assim, imaginando que
é um fundo que tem que apoiar a política de meio
ambiente com todas essas necessidades que tem. Lógico
que o Iema e a Seama apoiam. Mas se pensar em fundo,
em cinco anos o fundo arrecadou dois milhões de reais.
A proposta é fazer isso aumentar com a possibilidade de
todas as multas ambientais serem arrecadadas para o
fundo.
Existe uma compensação financeira pelo uso
dos recursos minerais, denominada CFEM que, no
Estado, é algo em torno de quatro bilhões de reais por
ano. E, uma de nossas ideias na proposta é que esses
recursos da compensação financeira da exploração
mineral também sejam para o Fundema. Lógico que
isso será ainda aprimorado para essa proposta ser
apresentada. Mas, enfim, no Fundema, é isto que temos:
um fundo que em cinco anos conseguiu arrecadar dois
milhões de reais. Aplicamos efetivamente quatrocentos
e sessenta mil. Mas há um comprometimento de um
milhão, duzentos e cinquenta mil reais. Então, embora
se tenha dois milhões de reais, o saldo efetivo hoje é
quatrocentos e setenta mil reais.
Falamos que temos dois Fundos. Mas o
Fundágua meio que se divide em duas subcontas e, na
prática, é quase a gestão de outro fundo: a subconta
cobertura florestal e a subconta recursos hídricos. Isso
foi uma mudança que aconteceu em 2012.
A subconta recursos hídricos tem o conselho
consultivo, que é o CERH, conselho instituído, o
Conselho Estadual de Recursos Hídricos e um conselho
gestor, formado por três representantes. Atualmente o
conselho gestor, em sociedade civil é Ricardo Miranda
Braga, pelo Instituto Injapa; em usuários é Roosevelt da
Silva Fernandes, pela Findes; e pelo poder público, até
fevereiro foi Gilmar Dadalto, substituído por Maurício
Pogian, que representa a Seag.
A lei traz quais ações prioritárias podem
utilizar recursos do fundo. Neste caso mais específico
da subconta recursos hídricos. Podemos ver que é apoio
ao sistema de recursos hídricos, aos comitês, construção
de barragens, por exemplo, de que volta e meia estamos
ouvindo falar agora devido à questão da escassez
hídrica e tal. Então, o fundo é um caminho possível.
A Agência Estadual de Recursos Hídricos já
apresentou uma proposta nesse sentido. Enfim, tudo que
é necessidade do sistema, a maioria delas está
contemplada nesses itens, incisos, do art. 6.º da lei.
Então, tem um caminho que podemos utilizar para
atender a essas demandas.
Como falei, há um plano de aplicação. As
linhas para 2014 e 2015 são: fortalecimento de comitês;
estudos estratégicos e projetos de obras de infraestrutura
– barragens, por exemplo, já estava contemplada, desde
o início de 2014, a possibilidade nessa segunda linha;
fortalecimento dos instrumentos de gestão, que é plano
de bacias, outorga - o que o sistema demandar, nesse
sentido, poderia ser apresentado, pode ser apresentado
ao fundo -; fortalecimento do CERH, que é o Conselho
Estadual de Recursos Hídricos.
E do mesmo modo do Fundema, temos uma
linha de demanda espontânea. Abrimos um edital em
2014, recebemos agora vinte propostas. Também mostra
que as organizações estão tentando captar recursos via
fundo. Vemos algumas dificuldades das entidades sem
fins lucrativos, principalmente, para atender a toda
legislação de convênio. Talvez tenhamos que evoluir
nesse sentido, mas é uma porta aberta e as instituições
tentam captar recursos por essa linha.
A dinâmica do conselho gestor, fez-se o rateio
dos recursos de acordo com as linhas que foram
aprovadas. Como disse, tem uma proposta de barragens
no valor de sete milhões de reais. Foi uma proposta
apresentada pela Agerh.
Sobre a fonte de recurso do fundo, é a mesma
coisa que acontece no outro fundo: na lei há várias
possibilidades; na prática, temos meio por cento dos
royalties de petróleo que vai para essa subconta. Cem
por cento da compensação das hidrelétricas que o
Estado recebe está em torno de três milhões por ano. E
mais os recursos de rendimento.
Com a criação da agência, meio por cento dos
royalties, que dá em torno de quatro milhões por ano,
foi alocado para a utilização pela Agerh. Ela apresenta
um plano de investimento que atenda o sistema de
recursos hídricos, então ela solicita esse recurso, que
pode ser utilizado em investimento.
No slide há um panorama do recurso do fundo,
que é um pouco mais robusto principalmente devido à
questão dos royalties de petróleo. O fundo gastou em
torno de três milhões nessa subconta até agora, mas já
tem um comprometimento de quase vinte. Então entrou
vinte e sete milhões, mas às vezes para quem
acompanha mais de perto: nossa, um fundo com vinte e sete milhões em uma subconta e não utiliza? Na
verdade, ele tem todo um comprometimento já com
ações aprovadas pelo conselho que dá em torno de vinte
milhões; executados três milhões desse valor.
A outra subconta, cobertura florestal que tem...
(Pausa)
Essas são as aprovações no conselho gestor.
16 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Naquela linha de fortalecimento dos comitês, uma das
aprovações foi firmar parceria com Oscips para atender
aos comitês. Foram abertos editais, estamos esperando
Oscips nos procurarem.
A subconta cobertura florestal vai ter um viés
maior com a segunda apresentação. Ela atende, na sua
essência, ao programa Reflorestar e ao pagamento do
serviço ambiental que o Estado vem realizando.
A composição do conselho consultivo é
indicada pelo governador. O diretor-presidente desse
conselho é o diretor do Iema. O conselho é formado por
três representantes além do presidente, e sua formação
atual é Murilo Pedroni, da Federação de Agricultura do
Espírito Santo, Maurício Buffon, da Associação de
Cacauicultores de Linhares, e a Ana Ivone, servidora da
Seama.
O art. 7.º da lei define onde pode ser utilizado o
recurso. Na sua essência é para implementação do
programa de pagamento de serviço ambiental e
pagamento aos produtores de uma forma geral. Então os
insumos, faz-se um projeto – depois o Marcos Sossai
vai explicar com mais clareza – ,faz um contrato com
um produtor rural, ele vai receber em insumos para
recuperar uma área, por exemplo, e vai receber recurso
por uma mata que já existe, o serviço ambiental que ele
já vem prestando para a sociedade, isso está num
contrato e o recurso sai dessa fonte.
Mesma dinâmica de formação de conselho. As
linhas de 2014 e 2015 são instituir o pagamento do
serviço ambiental; estruturação e implementação do
programa, porque não basta ter recurso para pagar o
produtor, por trás disso tem toda uma boa dinâmica
ligada à Seama e a operacionalização disso é bem
elevada para nós. Estudos, serviços e obras é uma linha
também; e demanda espontânea, nesse caso a gente
ainda não abriu nenhum edital.
O rateio da aplicação dos recursos, a própria lei
já define que oitenta por cento do recurso dessa
subconta vai para o pagamento de serviço ambiental,
para o produtor rural. Mais na frente vou mostrar que
ela tem uma robustez maior de recurso, esse recurso já
está carimbado, vinculado pela lei que é para o
pagamento ao produtor rural.
Recurso efetivamente, 2,5 % dos royalties e
rendimento da conta. O Sossai, como gerente do
Programa Reflorestar, tenta outros caminhos possíveis
de recurso, um deles é o Banco Mundial, sempre tenta
trazer algum aporte de recurso além desse já vinculado,
porque é uma subconta pesada para se trabalhar.
Quem olhar vai falar que é muito recurso, mas
na verdade, na hora de rodar um programa desses que
estamos pensando, com dois mil contratos, parece muito
recurso, mas na hora que coloca o programa em ação,
não é tanto assim.
Essa conta fica com recurso maior de royalties
de petróleo, em 2014, por exemplo, recebeu vinte e dois
milhões e, ao todo, a subconta recebeu sessenta milhões
de reais. Está um pouquinho desatualizado, já aumentou
um pouco mais de um milhão, mas se observarmos o
que já está comprometido, na verdade tem menos
dinheiro do que precisa.
Lógico que ainda não tem o orçamento de
2015, que tem como cobrir essa necessidade de sessenta
e seis milhões, mas é interessante mostrar isso porque
parece que tem muito recurso, que o fundo não tem uma
operação, o que não é verdade, mas o recurso já está
comprometido com as ações que estão em andamento.
Só para mostrar um pouco nossas angústias.
Temos dois fundos, na prática, três, uma secretaria
executiva, a Seama vem, a todo instante, tentando
estruturar para que a gente possa, de fato, executar
todos os programas vinculados aos fundos, mas a nossa
equipe é bastante reduzida. A partir de 2013 começou a
ter um respiro e a gente começou a receber uma equipe
maior, principalmente para atender a demanda de
pagamento de serviço ambiental do Programa
Reflorestar. É isso.
O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR RAFAEL FAVATTO - PEN) - Vamos passar ao segundo
palestrante, Marcos Franklin Sossai, coordenador do
Programa Reflorestar, com o objetivo de discutir sobre
o programa de serviços ambientais. É engenheiro
florestal, Mestre em Ciência Florestal, Doutor em
Entomologia.
Entomologia é a ciência que estuda os insetos
sob todos os seus aspectos e relações com o homem, as
plantas, os animais e o meio ambiente.
O SR. MARCOS FLANKLIN SOSSAI – Boa-tarde.
Agradeço o convite para falar com os senhores.
Tentarei ser objetivo porque é muita informação e
pouco tempo.
Primeiramente, com relação ao programa
Reflorestar, foi pedido para falar sobre PSA, serviços
ambientais. Mas, hoje, no estado, a ação que opera essa
política de pagamento é o programa Reflorestar. Já foi,
no passado, os Produtores de Águas, vocês devem
recordar. Contudo, hoje, quem opera essa política
estadual é o programa Reflorestar.
Uma coisa importante que sempre coloco é que
esse programa foi criado com base em várias
experiências que aprendemos e testamos ao longo dos
últimos dez ou onze anos, incluindo, por exemplo, o
próprio Produtores de Águas, que já falei, e Florestas
para a Vida, uma ação que tem o apoio do Banco
Mundial e traz o conhecimento de várias partes do
mundo em relação aos serviços ambientais e outras
ações do governo.
Assim, não começamos a fazer isso outro dia.
Estamos neste Estado, que é pioneiro no Brasil, em
termos de política de PSA. Tivemos, por exemplo, a
primeira legislação estadual sobre PSA em 2008. É
importante notar isso.
Basicamente, um grande diferencial do nosso
programa, incluindo o PSA, é que não trata somente a
parte ambiental ou econômica. Era muito comum, até
bem pouco tempo, olhar muito a produção sem dar
atenção ao meio ambiente, ou olhava-se a questão
ambiental sem pensar no produtor rural, que tem que ter
renda. Esse programa trata a questão ambiental,
econômica e social da mesma forma. Sabemos que não
basta pensar em meio ambiente sem pensar no produtor
rural, que é quem está na ponta, e também não funciona
o contrário.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 17
Quem coordena esse programa é a Seama, mas
é uma política em que todos estão juntos: Seag, Incaper,
Idaf, Iema. E, claro, não funciona se o produtor rural
não quiser, pois ele é voluntário. Preparamos uma
proposta, um pacote, para estimular o produtor rural a
entrar, mas se ele não quiser, não acontece.
O nosso objetivo focal é manter, recuperar e
ampliar a cobertura florestal, gerando renda ao produtor
rural. Quer dizer, propomos conservar e recuperar a
questão ambiental, mas sempre que possível associar
isso a questão econômica para que o produtor rural
possa trazer os benefícios ambientais, mas também ter
renda porque tem que ter produção. É bom para ele e
para nós.
Falamos sobre os pagamentos de serviços
ambientais, faço isso sempre que falo com o produtor
rural porque é uma política do Estado e poucos
conhecem, poucos sabem o que são serviços ambientais.
Explicarei o que são serviços ambientais e onde entra o
pagamento desses serviços.
Essa é uma imagem ilustrativa, uma área do
nosso estado, uma região montanhosa com processo
erosivo bem grave. É possível ver isso sem precisar ser
da área para saber que está ruim. Então, se vier uma
chuva, a água – o bem mais precioso que temos – que
deveria infiltrar no solo, vai sair do sistema. Coloquei as
setinhas azuis junto com as marrons, mostrando a água
e o solo indo embora. O certo é a água infiltrar e
alimentar as nascentes, que é onde temos água. Sem ter
o bom manejo, sem ter a floresta, não há isso.
Na figura de lá, colocamos uma floresta, que
pode ser uma prática amigável, conciliando a geração
de renda com a proteção. Quando vier aquela chuva,
acontecerá o que voltamos a falar, recentemente, com a
época da escassez, que é o ciclo hidrológico. A água
não brota na torneira e também não brota na nascente.
Ela tem que infiltrar lá em cima nas montanhas, na
encosta, no topo de morro. Tem que infiltrar, pegar o
lençol freático e chegar à nascente; depois de muito
tempo que chegará as nossas torneiras. Ela não nasce
nas torneiras como muitos pensam.
Essa tela mostra como é o ciclo hidrológico,
todo o processo. Tentamos resgatar isso no campo
porque muitas vezes não acontece mais, tendo em vista
que a água está escorrendo pelos morros, levando junto
material orgânico. A água que deveria ficar lá em cima
está descendo e deixando de cumprir o seu papel. Boa
parte disso acontece por culpa dos ser humano, que vem
fazendo o uso inadequado do recurso natural.
Essa imagem mostra uma área protegida.
Coloquei o nosso arcabouço legal atual. Já falei que este
Estado foi pioneiro, em 2008, quando houve a primeira
lei sobre PSA. Na ocasião, também tivemos a lei que
criou o Fundágua. Em 2012, reformulamos a lei, vamos
dizer assim, revimos o nosso conceito de PSA. Desde
de 2012, com essa nova lei que foi aprovada nessa Casa
de Leis, nosso conceito de PSA ficou muito mais
amplo. Antigamente, talvez os senhores lembrem,
reconhecíamos somente pela mata conservada, a
floresta em pé. Hoje, verão que pagamos não somente
pela mata em pé, mas também para que o produtor
possa recuperar a floresta. Não só a mata nativa, mas
em muitos casos aquela mata que vai conciliar geração
de renda com a proteção do solo.
Então, esse slide, mostrando uma área
protegida, mostra uma área com manejo inadequado,
sem a cobertura correta. Embaixo consegue-se ver o
solo indo embora. Bem embaixo tem um ribeirão
passando, está totalmente assoreado. Isso é problema
para todo mundo.
Voltando um pouquinho à questão do PSA. O
serviço ambiental é o benefício que a floresta presta ao
ser humano. Isso que é serviço ambiental, é o benefício.
Há outros benefícios. Podemos pensar, por exemplo, no
carbono. Quando a mata sequestra o carbono, também é
um serviço ambiental. A Pedra Azul, que atrai o
turismo, também é um serviço ambiental. Para nós, o
mais importante é o serviço ambiental ligado à água.
Quer dizer, infiltração de água no solo e produção de
água. Então, esse é o serviço ambiental. Quando se paga
por ele, é quando esse benefício é importante não só
para um, mas para a sociedade. Quanto esse benefício é
geral, coletivo, a política vem e diz: Se para mim é
importante reconhecer esse serviço ambiental, ou fazer
com que ele apareça de novo, então, vamos pagar ao produtor rural, que é aquele que pode permitir que a
mata se mantenha ou que ela se recupere. Essa política
de pagamentos de serviços ambientais tem essa visão,
de reconhecer o produtor rural, que faz manter a floresta
ou que recupera floresta, que vai gerar serviços
ambientais.
Esse slide mostra de forma bem ilustrativa
como a cobertura e o bom manejo do solo podem
proteger a água. No primeiro galãozinho o solo está
exposto. Joga-se água e ela sai toda turva embaixo. No
meio, apenas uma camada de material orgânico já
melhora. Na ponta, um gramado tentando mostrar uma
floresta. A água sai filtrada. Mostra-se bem facilmente
para criança, para todo mundo, como funciona o papel
da floresta filtrando e fazendo a água infiltrar no solo.
Essas são as modalidades que apoiamos no
programa. Voltando, apoiamos as modalidades que
manterão a floresta em pé. Esse slide mostra como seria
a floresta em pé. Continuamos pagando pela floresta em
pé. O programa não reduziu o que fazia antes,
acrescentou benefícios. Pagamos pela floresta em pé.
Há uma diferença bem importante. Quando falo
que ampliamos o conceito de PSA, é que colocamos
duas linhas de PSA. É fácil entender. Temos o PSA de
longo prazo e o PSA de curto prazo. No longo prazo é
quando se reconhece o serviço ambiental que já existe.
Ele está ali, como a mata em pé. Está prestando
benefícios, está recompensado o produtor rural, que faz
manter aquele benefício. Então, a mata em pé, por
exemplo, gera um benefício ambiental e se remunera o
produtor rural com o PSA de longo prazo.
De outra forma, temos área degradada que está
contribuindo para lançar sedimentos ao curso d’água.
Primeira coisa, questão legal. O programa não obriga o
produtor a fazer nada, sugerimos a ele que recupere
aquela largura de faixa de beira de rio, que a lei diz que
tem que recuperar. Mas ele não é obrigado a fazer isso
pelo programa. Vamos sugerir a ele, caso não faça, pode
ser que tenha alguma restrição mais à frente. Mas
vamos recuperar a área que o produtor rural quiser fazer
na sua propriedade.
18 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Para plantar há um custo alto. Sabemos que se
plantar qualquer cultura: café, mata nativa, seringueira,
qualquer coisa, há custo de mão de obra e custo de
investimentos, para comprar muda, cerca e tudo mais. O
programa aporta recursos para o produtor comprar
insumos, comprar cerca, muda, adubo e etc., para que
possa fazer o plantio. Essa é a grande diferença do
formato atual do PSA. (Pausa) O café puro, não. É
floresta. O café pode entrar em algumas modalidades
que misturam culturas florestais com agronômicas,
sobre o que vou falar em seguida.
Repassamos o recurso que é o PSA de curto
prazo. Esse é um investimento único para que ele
capitalize, compre os insumos e possa gerar os serviços
ambientais. Depois que a mata cresce, também pode ter
acesso ao PSA de longo prazo, porque aquela área passa
a gerar serviços ambientais.
Esse slide está ilustrando uma área de
pastagem. Para nós, melhorar pouco é melhor do que
não melhorar nada. Então, vamos melhorar o pasto. O
produtor rural tem um pasto, vamos colocar algumas
árvores, que aumentarão a infiltração, conectarão
fragmentos florestais, isso é importante pra fauna.
Coloquei nesse slide alguns exemplos. Colocamos
linhas de árvores em curva de nível; podemos proteger
o topo de morro; podemos cercar a área baixa, que é
uma área de água, onde podemos aflorar a água, por
exemplo. Conseguimos melhorar a paisagem plantando
algumas árvores e conseguimos manter o uso atual, que
nesse caso é o pasto. Estamos colocando, por exemplo,
um sistema silvipastoril, que é quando colocamos
árvores no pasto. O pasto é ruim e pode melhorar e pode
ser bem melhor. A nossa visão é que se dá para
melhorar, vamos melhorar. Não queremos acabar com a
cultura de ter o pasto. Tem que ter o pasto. Tem que ter
a produção de alimentos. Então, melhoraremos a
questão ambiental.
Nesse caso seria um PSA de curto prazo para
que o produtor consiga comprar as mudas, as cercas, o
adubo, para que possa transformar aquele modelo
anterior nesse modelo atual, que visivelmente é muito
mais interessante sob o ponto de vista ambiental.
Esse slide mostra um pasto com pouca
infiltração. Boa parte da água iria embora também e
junto com ela o solo. Essa outra imagem mostra outras
formações que conseguimos potencializar a água
infiltrando no solo. Quer dizer, melhoramos bastante.
Existem vários estudos científicos hoje que mostram
que plantando algumas árvores no pasto aumenta-se
muito a qualidade ambiental.
Cada modalidade. Floresta em pé sempre o
PSA é de logo prazo, que é o reconhecimento do
benefício prestado. Recuperação com plantio ou
cercamento, que são as de cima no slide, as duas são
para plantar mata nativa, quer dizer, a do meio,
plantaremos muda de mata nativa, um custo maior,
então, tem um curto prazo e depois o longo prazo, e na
regeneração natural apenas isolamos a área, é mais fácil
de fazer. Há áreas com fragmentos próximos, apenas
isolamos e o mato cresce sozinho. É mais fácil para o
produtor rural, porque não tem mão de obra e é mais
barato pro Estado também.
Nesse slide, as linhas de baixo são as práticas
que vão ter conservação e renda. Seria, por exemplo,
um sistema agroflorestal. É fácil entender. Há cultura
agronômica e florestal. Esse modelo está bem
misturado. Tem café, palmito, banana, madeira,
inclusive para colher se for no lugar certo.
E esse slide mostra um sistema agroflorestal
organizado: seringueira, banana, pode ter café. Sempre
tem que ter alguma espécie nativa e sempre tem que
parecer floresta. Então, só um cafezal não se encaixaria.
Teria que ter um café nesse meio.
Nesse slide temos seringueira com cacau. Então
vemos uma formação florestal que cumpre o papel da
floresta, de filtrar água no solo, de proteger aquela
matéria orgânica, e temos também renda para o
produtor rural.
Esse é o açaí, que é muito famoso hoje. Aquela
tigela de açaí. Pode ser pupunha. Apoiamos também
culturas que protegerão o solo. Não temos corte raso,
que é quando cortamos tudo. Colheremos ou apenas
uma haste ou o fruto. Então, conseguimos manter o solo
sempre protegido com a espécie.
Pasto com seringueira. Para que só o pasto?
Vamos colocar a seringueira que protegerá o solo e
teremos outra fonte de renda.
Esse slide mostra o boi embaixo da árvore. A
gente tem uma cultura equivocada de que não pode ter
árvore em pastos. Pode sim! Desde que utilizando a
espécie correta e com bom manejo da pecuária. Então,
podemos ter um pasto muito melhor, com benefícios
ambientais muito maiores se fizermos da forma correta.
Esse slide mostra áreas experimentais de
espécies nativas junto com o eucalipto, por exemplo, e
conseguimos plantar espécies para colher. O produtor
rural tem de ter madeira. Se fizer isso num lugar
correto, poderá colher. O programa só apoia pelo
manejo florestal, quer dizer, nunca corte raso. O
manejo, o produtor tirará este ano algumas espécies, no
ano que vem outros indivíduos. Então, sempre tem o
solo coberto.
Nesse slide são as linhas do programa. Tem lá a
principal forma de estímulo que é o PSA que nessa
visão reformulada está abrangendo todo o Estado. Hoje,
o Programa Reflorestar está em setenta e três
municípios do Estado, e apenas cinco municípios não
tem um produtor cadastrado. Uma coisa importante é a
extensão florestal, quer dizer, para tudo isso acontecer
tem que ter projeto técnico, tem que ter contato com o
produtor rural, que é recurso público que vai para suas
mãos, e tem contrato dizendo onde ele investirá o
recurso, o dinheiro. Aquele PSA de curto prazo que ele
recebe, é o dinheiro carimbado para uso específico para
comprar aqueles insumos que vão como doação. Mas se
ele fizer o uso incorreto, consta no contrato que vira
empréstimo, tem que devolver. Então, isso é importante.
Para fazer isso tem que ter a pessoa atendendo
ao produtor rural. Isso era um gargalo nosso, uma
dificuldade nossa, porque o Iema, o Incaper etc., temos
vários afazeres e não conseguimos dar escala de
atendimento que precisávamos. Para resolver isso,
contratamos empresas, licitamos e contratamos
empresas que hoje atendem a todo o Estado do Espírito
Santo e faremos isso todos os anos com recursos do
Fundágua, aquela parcela que pode ser usada para outro
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 19
fim que não o PSA.
Nesse slide temos os valores que pagamos.
Primeiro, as modalidades que falei aos senhores, a
floresta em pé, a recuperação com o plantio, com o
cercamento, sistema agroflorestal, silvipastoril e
florestas de manejo. Temos o recurso de investimento
que é o PSA de curto prazo. O dinheiro para comprar os
insumos que o produtor tem que comprar para plantar
aquelas novas árvores, naquelas áreas; e, na última
coluna, o PSA de longo prazo que é o reconhecimento
que o produtor receberá pela mata que conservou ou
pela mata que está recuperando. Esses valores foram
calculados com base nesses insumos: cerca, muda,
fertilizante, formicida, hidrogel e, quando puder, o
herbicida, nem sempre pode colocar o herbicida no caso
do local, é o valor máximo que pode receber. Por
exemplo: recuperação com plantio, que é para plantar
mata nativa, pode chegar até oito mil e cento e sessenta
oito reais/hectare. É o valor de investimento para
comprar aquelas coisas. Mas, por exemplo, se o
produtor não tiver que colocar cerca porque não tem
boi, o valor será um pouco menor. Se tiver que colocar
menos mudas que previmos, o valor será menor. Então,
aquele é o valor máximo que a lei prevê, mas pode ser
menos.
Nesse slide temos uma ilustração como é hoje e
como ficaria a propriedade com o programa. Ali mostra
bem rapidamente uma área de quinze hectares, com café
e pasto. Esse produtor rural recebe por ano dez mil
reais, é só fazer conta de produção, reduzindo a área de
pastagem sem reduzir o rebanho, plantando no sistema
agroflorestal e recuperando a nascente, teria um
investimento do programa de vinte a vinte e dois mil
reais, quer dizer, um benefício ambiental que é visível, e
economicamente o produtor rural mais do que dobra sua
renda depois de nove anos. Então, melhora a questão
econômica do produtor rural, junto com isso tem a
questão social, logicamente, e também um grande
ganho ambiental. Essas contas são feitas com dados
atuais, não é achismo; é conta feita de fato mesmo.
É assim que funciona nosso programa, que é
em ciclos, e todo ano seguimos esse ciclo. Neste ano
estamos no primeiro grande ciclo, já foram dois, mas o
primeiro foi pequeno. Começamos em baixa escala.
Para terem ideia, em 2013 e em 2014 foram cento e
cinquenta e três produtores atendidos. Para este ano de
2015 nossa previsão é de mil e quinhentos a dois mil
produtores atendidos. Estamos aumentando muito nossa
escala de atuação graças à contratação de empresas que
atenderão ao produtor rural e ao fortalecimento do
Fundágua que também faz uma parte importante no
processo.
Basicamente todo ano mapeamos a área onde
atuaremos e depois priorizamos a área de atuação.
Faremos isso agora no próximo ciclo. Quais são as áreas
importantes para se aumentar a produção de água no
Estado? É onde então atuaremos com mais foco. Depois
tem a parte de mobilização, pois é crucial chegar até o
produtor rural e explicar como o programa funciona.
Isso dá um trabalho danado, mas estamos conseguindo
fazer.
A parte de baixo era o nosso gargalo. Hoje,
continua sendo difícil, mas continuamos fazendo bem.
É a parte de fazer para técnico, fazer o pagamento ao
produtor rural e fiscalizar. É importante dizer isso. É
recurso público e todo ano temos que ir até o local para
monitorar e fiscalizar se ele está fazendo aquilo
corretamente. Verificamos os erros e se eles existirem,
corrigimos o processo e repetimos.
Mostramos também algumas ações que são
paralelas: estão no programa Reflorestar e são
fundamentais como o Sebastião Elias Júnior falou agora
há pouco. O programa não é somente o PSA em si, pois
tem que haver toda uma base de gestão para podermos
operá-lo.
Esse é basicamente um contrato nosso de
imageamento do Estado para saber quanto temos de
floresta no Estado hoje e quanto tínhamos em 2008 e as
principais culturas do Estado e com isso conseguir
monitorar como o nosso Estado está em termos de
vegetação nativa.
Esse é um exemplo. As imagens dão um
detalhe muito bom em termos de visibilidade. Essa é a
imagem de 2014 e quase conseguimos ver a placa do
carro do sujeito. Conseguimos ver, de fato, do
escritório, o que está acontecendo com o produtor rural.
Conseguimos ver as elevações que chamamos de
modelo digital de elevação. Dá para fazer isso e vermos
o relevo da propriedade.
Essa é a mesma imagem que mostra o antes e o
depois: 2008 e 2014. Esse é um mapeamento daquela
imagem. Cada cor significa um tipo de uso: mata nativa,
café, pastagem. As cores mudam e isso significa que
mudou o uso do solo de seis anos até agora.
Conseguimos ver isso do escritório sem ter que ir a
campo. Estamos mapeando vinte e cinco categorias no
Estado: mata nativa, mata nativa em estágio inicial,
café, pasto, enfim, as principais culturas do Estado estão
listadas.
Isso é algo fenomenal porque estamos
começando a conseguir monitorar supressão florestal
irregular. Temos a imagem de 2008 e a atual.
Comparamos o uso do solo de 2008 e vemos que está
havendo corte. Em alguns casos não é preciso perguntar
ao Idaf, pois é mata nativa e ela não pode ser cortada.
Se vemos que ela sumiu é porque o corte está irregular.
Podemos atuar com fiscalização e punir aqueles que
estão fazendo algo irregular. É algo que temos que
pensar: fazemos um esforço muito grande para plantar e
há corte irregular acontecendo. Não podemos enxugar
gelo, temos que plantar e vigiar aquilo que existe.
A imagem mostra uma área florestal em 2008 e
ao lado uma área que foi cortada, na maioria dos casos
de forma irregular. Floresta de novo. Dá para vermos
que aquela área virará uma erosão.
Esse é o nosso sistema. O programa tem
fomento para plantio e fiscalização para inibir corte
irregular. Para que tudo isso funcione é preciso haver
um sistema. Tivemos apoio para fazer isso. Tudo que
tem no programa hoje funciona no sistema online.
Ninguém consegue fazer isso se não for pelo sistema.
Isso é importante porque, às vezes, o produtor liga e diz
que alguém o cobrou para fazer projeto. Não existe isso.
O Estado é que banca tudo. O projeto e tudo são no
sistema. O único custo hoje para o produtor rural no
programa é a sua mão de obra. É ele quem executa o
20 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
plantio e o mantém.
A imagem mostra que delimitamos a
propriedade e o sistema calcula automaticamente a área
e coloca a parte hídrica, onde há floresta e demais usos.
Depois ele calcula automaticamente, de acordo com o
código florestal, qual o passivo ambiental que ele tem.
Não obrigamos que ele faça, mas se ele fizer será
beneficiado. Se ele não fizer isso com o programa que
tem recurso, depois ele terá que fazer por obrigação,
pois em alguma hora o Idaf cobrará dele. Oferecemos a
ele a oportunidade de plantar e de se adequar com o
apoio do governo.
O sistema calcula para cada área. Aquele
azulzinho ali seria, por exemplo, uma área de
intervenção que ele definiu.
O sistema calcula quantas mudas vão ali,
quanto de cerca, enfim, todos os insumos calcula
automaticamente; calcula o valor de investimento.
Neste caso, ele colocou doze mil reais de investimento.
Uso proposto, onde vai ter a intervenção. Nesse
caso, aquele amarelinho e aquele verdinho são as áreas.
Então, daqui um ano, nós vamos verificar se ele pintou,
se ele cuidou daquelas áreas.
Um resumo de como funciona. Quanto à
floresta em pé, nós pagamos durante cinco anos, no
máximo, por dez hectares por propriedade rural. O valor
por hectare hoje é de duzentos e quarenta e três reais,
que é o VRTE. Isso todo ano aumenta um pouquinho.
Então, tem todo ano, o PSA de longo prazo, durante
cinco anos.
No caso de planta de mata nativa, ele tem o
curto prazo, que é por hectare, e pode chegar a oito mil
e poucos reais. Sempre que houver investimento de
curto prazo, nós pagamos em três vezes: cinquenta por
cento no primeiro ano; trinta no segundo; e vinte no
terceiro.
É claro que para pagar o segundo e o terceiro,
tem de ter monitoramento, para ver se ele está fazendo o
investimento. E também nesses casos ele tem o longo
prazo, que é aquele reconhecimento de que a floresta
que ele plantou está gerando.
As práticas que geram renda, que é sistema
agroflorestal, silvopastroril e floresta de manejo, não
tem o PSA de longo prazo, porque embora elas gerem
serviços ambientais, também geram renda. Então a
gente não paga a longo prazo; paga só para que ele
possa plantar naquelas áreas. Da mesma forma, o valor
que der, paga-se em três vezes: cinquenta por cento,
trinta por cento, e vinte por cento.
Esse é um resumão de várias coisas
importantes. Hoje, a principal fonte de recursos é
royalties de petróleo e gás. Mas tem, por exemplo, fonte
de doação que está no Fundágua. Entrou agora, neste
início de ano. Tem dinheiro de financiamento que está
sendo feito agora com o Bird. Tem parcerias que nós
fazemos, para captar recursos, enfim, existem outras
fontes sendo colocadas.
Uma coisa importante, o recurso é público e
nós temos de fiscalizar. Isso é feito de forma bem
intensa para garantir o uso correto do recurso.
De novo, o dinheiro que é para comprar insumo
é um dinheiro carimbado. O produtor rural tem de fazer
uso correto. Ele tem de prestar contas com nota fiscal e
tudo direitinho. Se ele não fizer o uso correto daquilo,
ele tem de devolver e isso está no contrato que ele
ensina.
O dinheiro que ele recebe pelo benefício
ambiental emprestado, que é o da floresta em pé, por
exemplo, que é ao longo prazo, é dele e ele pode fazer
qualquer uso.
A distribuição dos nossos contratos. Licitamos
sete empresas. Tem uma área que tem uma
sobreposição, porque tem dinheiro específico de
doação. Nós estamos colocando mais recurso. Mas
ganharam essas empresas, e elas estão com uma meta.
Só nesse mapa existem mil e quinhentos atendimentos a
serem feitos.
Para terem uma ideia, nós estamos investindo,
em média, vinte mil reais por propriedade rural. Só aí
dão trinta milhões de investimentos. Para este ano
estamos fazendo um salto de escala, que não existe no
Brasil, mas o estamos fazendo no Estado do Espírito
Santo. Isso é só para destacar.
Temos dois pontos focais importantes no
programa, que é parte técnica, o núcleo de gestão do
programa Reflorestar, e o Fundágua. É o recurso. A
parte administrativa e financeira é o Fundágua. Tem a
parte técnica e a parte do Fundágua. Os dois funcionam
juntos. Não existe o Reflorestar sem o Fundágua.
Nós operamos o recurso da subconta com a
cultura florestal. Podemos citar subcontas específicas
para garantir a transparência no uso dos recursos.
Também estamos oferecendo ao produtor rural que está
participando, para auxiliar, fazer para ele o cadastro
ambiental rural, que é uma obrigação, junto ao Idaf.
Também o produtor rural que quiser fazer a sua
adequação total, poderá fazer com o PRA, Programa de
Regularização Ambiental, se quiser. Nós não
obrigamos, mas se ele quiser fazer, fazemos para ele.
Quer dizer, nós repassamos o recurso para recuperar
aquelas áreas.
Esse é um retrato do que fizemos de pagamento
no mês passado. Nós estamos um pouquinho em atraso
este ano, mas estamos agora começando a ganhar escala
para as metas deste ano.
Esse é o nosso site para fazer o cadastro:
www.reflorestar.cargell.com.br/registro. Hoje, olhei
agora cedo, e havia dois mil quinhentos e quatorze
cadastros. Todos os dias que olhamos aumentam dez,
vinte cadastros. Então, hoje está uma procura bem
grande pelo programa. E, como falei, tudo que acontece
no programa está no sistema.
Estamos criando uma interface. Deve ficar
pronto dentro de quatro ou seis meses, talvez. Qualquer
pessoa pode abrir o sistema e ver a propriedade rural
que está sendo atendida, como era, como é, e como vai
ficar ou está ficando com a ação do programa.
Neste slide, a cara do nosso cadastro.
Basicamente é o nome, endereço, etc. Ele vai mostrar as
modalidades que têm interesse e quanto quer fazer:
Quero fazer uma recuperação de mata nativa em três
hectares. Coloca no cadastro. Isso não é escrever em
pedra. A pessoa está dizendo o que tem intenção de
fazer. Pode ser que mude depois, mas para nós é
importante que o acerto seja grande, porque usamos isso
para mensurar investimentos.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 21
Neste slide, o meu contato, o programa e o
telefone. Estamos à disposição para qualquer
esclarecimento. Desculpa a rapidez, mas o tempo era
curto. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO) – Agradecemos aos dois
palestrantes: Sebastião Elias Júnior, Secretário
Executivo do Fundo Estadual de Recursos Hídricos do
Espírito Santo e Marcos Sossai, coordenador do
Programa Reflorestar, a fala sobre o programa de
serviços ambientais.
Eu e os Senhores Deputados Bruno Lamas e
Dary Pagung, agradecemos aos dois a presença. Suas
falas foram muito esclarecedoras.
O Senhor Deputado Gildevan Fernandes, que
está acidentado, hoje não está nesta reunião; e o Senhor
Deputado Erick Musso, que ficou preso no trânsito.
Inclusive S. Ex.ª mandou uma mensagem para a
Comissão justificando a ausência.
Gostaria de requisitar a palestra para que fique
na Comissão e faça parte desta Casa e, depois, deixar
com a taquigrafia.
Parabenizo-os pelo trabalho. Contem com esta
Casa de Leis. Estamos aqui para auxiliá-los e dar
transparência e conhecimento aos serviços dos
senhores. O Idaf, o Incaper, a Secretaria de Meio
Ambiente, têm um papel muito diferenciado neste novo
Governo, nesta nova gestão do Governador Paulo
Hartung, onde S. Ex.ª tem falado que a priorização dos
recursos hídricos, desenvolvimento das bacias,
recuperação das bacias, recuperação das florestas, têm
um papel importante nesta gestão.
A palestra foi esclarecedora, nos proporcionou
novos conhecimentos. Perguntei ao Senhor Deputado
Bruno Lamas se tem algum questionamento e S. Ex.ª
disse que também só tem elogios à apresentação.
Gostaria de agradecer e deixar as portas da Comissão
aberta para todo o órgão.
Na 4.ª reunião ordinária, dia 11 de maio,
teremos a presença dos Senhores Leonardo Merçon e
Augusto Cesar Coutinho Brandão, do Instituto Últimos
Refúgios.
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a
reunião e convoco os Senhores Deputados para a
próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 13h58min.
COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE
DROGAS. NONA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA
PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
DA DÉCIMA OITAVA LEGISLATURA,
REALIZADA EM 04 DE AGOSTO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (MARCELO SANTOS - PMDB) – Havendo número legal,
invocando a proteção de Deus declaro abertos os
trabalhos desta Comissão.
Registro a presença do Senhor Deputado
Gilsinho Lopes, vice-presidente; e do Senhor Deputado
Padre Honório, sempre presente em nossas reuniões.
Agradeço aos nossos colaboradores, à
procuradoria, à equipe de imprensa, à TV Ales e a você,
que nos dá a oportunidade de chegar com as
informações e os fatos pela TV Ales e pelo Canal
Cidadão.
Convido o Senhor Secretário a proceder à
leitura da ata da quinta reunião extraordinária, realizada
em 22 de junho de 2015. (Pausa)
(O Senhor Secretário procede à
leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (MARCELO SANTOS - PMDB) – Em discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. GILSINHO LOPES - (PR) – Pela
aprovação.
O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (MARCELO
SANTOS - PMDB) – A Presidência acompanha.
Ata aprovada como lida.
Convido o Senhor Secretário a proceder à
leitura da ata da sétima reunião ordinária, realizada em
26 de maio de 2015. (Pausa)
(O Senhor Secretário procede à
leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (MARCELO
SANTOS - PMDB) – Em discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. GILSINHO LOPES - (PR) – Pela
aprovação.
O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (MARCELO
SANTOS - PMDB) – A Presidência acompanha.
Ata aprovada como lida.
Convido o Senhor Secretário a proceder à
leitura da ata da oitava reunião ordinária, realizada em
07 de julho de 2015. (Pausa)
(O Senhor Secretário procede à
leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (MARCELO
SANTOS - PMDB) – Em discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. GILSINHO LOPES - (PR) – Pela
aprovação.
22 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
O SR. ERICK MUSSO – (PP) – Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (MARCELO
SANTOS - PMDB) – A Presidência acompanha.
Ata aprovada como lida.
Solicito ao Senhor Secretário que proceda à
leitura do Expediente.
O SR. SECRETÁRIO lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
Ofício n.º 2574/2015 – do secretário Nacional
de Segurança Pública, doutor Marcello Barros
de Oliveira, que em resposta ao OF/GDMS/N.º
055/2015 informa que no momento não dispõe
de editais abertos para celebração de convênios
com repasse de recursos aos entes da federação
e que a adesão dos municípios de Cariacica e
Serra no programa “Crack: é possível vencer”,
não se concretizou por falta de adequação das
autoridades municipais e que em diversas
ocasiões foram previamente cientificadas,
conforme se infere nos documentos anexos.
O SR. PRESIDENTE – (MARCELO
SANTOS – PMDB) – Temos a presença do vice-líder
do Governo, o Senhor Deputado Erick Musso, a quem
agradecemos a presença e ao mesmo tempo
parabenizamos pelo trabalho que vem desenvolvendo
em Plenário na busca de soluções junto aos colegas com
o objetivo único de melhorar as ações promovidas pelo
governo em prol do cidadão capixaba.
Senhor Deputado Erick Musso, eu e o Senhor
Deputado Gilsinho Lopes, vice-presidente desta
Comissão, estivemos oficialmente no dia 08 de abril no
Ministério da Justiça conversando com o Senhor Vitore
Maximiano, secretário Nacional de Política sobre
Drogas, quando levamos algumas demandas do nosso
estado, até porque vale o registro que presidir uma
comissão que trata de tema tão delicado como o
enfrentamento ao tráfico, a violência, o tratamento do
dependente químico e políticas que visem a ser
aprimoradas no nosso Estado. Ao longo desses quase
sete meses à frente desta comissão, com o apoio
irrestrito e integral do Senhor Deputado Gilsinho Lopes
e desta Casa, inclusive de V. Ex.ª, fizemos um amplo
debate. Estivemos com o vice-governador César
Colnago, levando para S. Ex.ª a demanda da
comunidade terapêutica que, com a mudança de
governo, ficou com o convênio em aberto e a
comunidade terapêutica tem feito um trabalho muito
legal no tratamento dos dependentes. Conseguimos
corrigir idas e vindas com o vice-governador, com
outros membros do Governo, com V. Ex.ª, inclusive. Eu
e o Senhor Deputado Gilson Lopes, representantes desta
Comissão, logramos êxito. O êxito não é desta
Comissão. É de todos nós, capixabas, porque o
programa Rede Abraço é muito bacana, tem ajudado
muitas famílias alcançadas por esse mal, principalmente
o crack. Fizemos reuniões no Ministério Público e o
Doutor Éder Pontes da Silva nos recebeu e se colocou à
disposição, colocando a entidade à disposição, uma vez
que já faz esse trabalho para que possamos ajudar no
combate ao tráfico na Delegacia de Tóxicos e
Entorpecentes e nos reunimos também com o Delegado
Lugão, chefe daquela delegacia especializada.
Estivemos com outros representantes do Governo do
Estado das mais diversas áreas e de outros poderes,
tratando desse tema com a devida responsabilidade, até
que fomos ao ministro de Políticas sobre Drogas do
Ministério da Justiça levar uma demanda que, no meu
entendimento, - não tenho uma especialização nessa
área, mas do especialista e delegado de Polícia,
Deputado Gilson Lopes, elaboramos um documento e
entregamos ao ministro que, prontamente, despachou,
dizendo que estaria encaminhando da Secretaria
Nacional de Políticas sobre drogas para a Secretaria
Nacional de Segurança Pública, solicitando a liberação
dos equipamentos que ora pleiteávamos.
Passo a dizer primeiro que, além de fazer um
pedido, para que pudéssemos ter atendido cidades como
primeiramente Cariacica, Vila Velha, Serra e Linhares,
que lideram o ranking da violência contra a mulher,
tráfico de drogas, contra negros, pobres, menores e
adolescentes, fizemos aqui um elogio ao trabalho das
polícias. Mesmo com todos esses problemas que
enfrentamos de violência no Espirito Santo, colocamos
aqui a disponibilidade do Governo do Estado em
enfrentar os problemas que estão à sua frente.
Setenta por cento, hoje, da população
carcerária, estamos falando de uma população de mais
de dezessete mil presos, proporcionalmente o Espírito
Santo é o Estado que mais tem presos no Brasil, diante
de sua pequena população. Dos setenta por cento desses
presos, quarenta por cento são traficantes e os outros
trinta tem envolvimento com o tráfico.
O governo federal fez um programa bem legal e
o nome, inclusive, é bem sugestivo: Crack, é possível
vencer. Esse programa foi feito em um convênio com o
município de Vitória e a Polícia Militar e hoje, em
frente à Rodoviária de Vitória, na Ilha do Príncipe, pode
se ver um micro-ônibus pintado com o emblema da
Polícia Militar, duas viaturas e duas motocicletas-
viatura que foram cedidas pelo governo federal nesse
programa.
Os policiais são capacitados pelo mesmo
programa. Os equipamentos são os mesmos utilizados
pela Polícia Federal no combate às drogas, cedidos ao
município de Vitória em um convênio em que a Polícia
Militar mesma administra esse patrimônio. Pois bem,
esse resultado do trabalho desses equipamentos, falado
pela própria Polícia Militar, é que nos levou, o Senhor
Deputado Gilsinho Lopes e eu, a Brasília para solicitar
ao ministro, uma vez que a estrutura desses carros
atualmente é de vinte câmaras, espalhados na região e
com a base móvel de videomonitoramento que funciona
das 7h às 21h. Fica instalada em frente à Rodoviária de
Vitória. Segundo a Polícia Militar, na primeira quinzena
de março, comparada com a do mesmo período do ano
anterior, houve uma redução imediata de trinta e cinco
por cento do número de ocorrências. Segundo a própria
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 23
PM, o número de roubos na região chegou a zerar
durante o dia. O número de usuários caiu e o tráfico, da
mesma forma. Ou seja, uma ferramenta importante que
não ataca apenas no enfrentamento ao tráfico, mas
roubo, furto, sequestro. E nós despachamos com o
ministro. Saímos do local, eu e o Senhor Deputado
Gilsinho Lopes, comemorando a positividade com que
nos atendeu o ministro Vitore André Zilio Maximiano,
dizendo que encaminharia ao secretário nacional e tinha
convicção de que teríamos nosso pleito atendido. Mais
tarde, acho que uma semana ou duas, ele nos
comunicou que das quatro cidades, duas seriam
atendidas: o município de Cariacica e o de Serra.
Encaminhou-nos o ofício que S. Ex.ª mesmo... Aí já é a
Secretaria Nacional de Segurança Pública, encaminhou
ao prefeito de Cariacica Geraldo Luzia de Oliveira
Júnior dizendo que o assunto programa Crack, é
Possível Vencer é a confirmação da gestão de bens para
entrega de veículos. Ao me remeter esse ofício, mais
uma vez comemoramos e mesmo assim eu e o Senhor
Deputado Gilsinho Lopes ficamos aguardando ver para
crer. O ofício do ministro ao prefeito de Cariacica dizia
o seguinte, resumindo:
1. Ao cumprimentá-lo cordialmente, sirvo-me do presente para informar que os veículos do kit de equipamentos do Programa “Crack, é possível vencer”, destinados à utilização no município de Cariacica, se encontram na fase final de implementação para entrega, nas seguintes quantidades: uma Base Móvel, que é o micro-ônibus, dois veículos sedan, que é para auxiliar; e duas motocicletas.
2. De acordo com as informações constantes no Plano de Ação apresentado pelo município, o município enviou ao ministro um plano de ação, cadastrado no Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR), a área prioritária indicada, se relaciona à região denominada Grande Campo Grande. (...)
É o local que há maior fluxo de pessoas, diante
do comércio pujante, e que tem a maior incidência de
assalto, roubo, sequestro, uso e tráfico de drogas.
4. Considerando o tempo transcorrido entre o registro do Plano de Ação e a efetiva de aquisição dos veículos acima informados, os quais receberão as cores e características da instituição recebedora final do patrimônio, solicitamos a confirmação do órgão Gestor da Base Móvel para fins de definição deste padrão, até o dia 9/03/2015.
Ou seja, eles só queriam neste momento o
termo de adesão e dizer que cor seria. Se seriam as
cores do município, se seriam as cores da guarda ou se
seriam a da polícia. Apenas isso.
5. Para estes fins, destacamos os integrantes da equipe da SENASP para
contato (...)
E colocou aqui: Tenente-Coronel PM Ronimar
Vargas Jobim, e o fiscal de contrato Marcos Cleiton
Freitas Lopes. O que podíamos esperar? Receberemos
agora essa ferramenta importante no município de
Cariacica para enfrentar o tráfico de drogas. Cariacica é
a segunda cidade no País que mais mata jovens e
adolescentes, e setenta por cento da causa é o tráfico de
drogas. É uma cidade que não oferece equipamento
público ao cidadão. No local não se tem uma área de
lazer decente, não se faz cultura, esporte, nada disso.
Sequer tem as ruas pavimentadas e saneamento básico
existente. Há um problema de gestão. Qual é nosso
papel? Não é apenas criticar. No que posso contribuir?
E perguntando para mim mesmo, como deputado e
presidente desta comissão, junto com o Senhor
Deputado Gilsinho Lopes e com outros colegas, como
podemos colaborar para o município de Cariacica?
Fizemos visita ao ministro, que nos deu a resposta e o
atendimento. Mas no dia 07 de julho recebemos um
ofício do ministro da Justiça dizendo o seguinte:
Assunto: Comissão de Políticas sobre
Drogas do Poder Legislativo do
Espírito Santo
Anexo: Ofício 529/2015/GAB
SENASP/SENASP-MJ (0189957) Ofício 530/2015/GAB
SENASP/SENASP-MJ (0189969)
Senhor Presidente,
1 - Em atenção ao Ofício GDMS/N.º 055/2015, no que se refere à solicitação do estado do Espírito Santo para apoio à disponibilização de itens de segurança pública, esta Secretaria Nacional de Segurança Pública informa que, no momento, não dispõe de editais abertos para celebração de convênios com repasse de recursos, assim como, não há previsão de novos contratos para aquisições diretas de equipamentos, visando os entes da federação.
Tomei um susto ao ler o primeiro parágrafo.
Falei: Poxa, ele me disse que iria doar os equipamentos
e agora diz que acabou! Mas como uma carta não se lê
pelo primeiro parágrafo e sim por tudo que nela consta,
fiz a leitura por completo:
2 - Com relação ao histórico do processo inicial de pactuação e adesão
24 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
do município de Cariacica, em 11 de março de 2013, o Comitê Gestor Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas foi reunido, a fim de que os atos necessários ao Programa “Crack, é possível vencer” - Plano de Ação Local fossem iniciados. Estes ocorreram no Município de Serra, em 12 de março de 2013. 3 - Após a inserção das propostas de adesão no Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República – SIMPR, pelos Pontos Focais dos Municípios, foram solicitadas adequações nos planos de ação, por meio de pareceres parciais e parecer final, para que fossem iniciadas as negociações e firmado o Termo de Adesão.
4 - Importante destacar que a adesão dos municípios ao Programa depende da assinatura do Termo de Adesão, pelas autoridades competentes, e que, neste intuito, mantivemos vários contatos com os pontos focais, a fim de solicitar o envio do documento, devidamente assinado, a esta Secretaria Nacional, viabilizando as adesões.
5 - Referente à expansão e implantação das bases móveis com vídeomonitoramento – ouçam todos isso - informamos que foram realizadas todas as tentativas de resolução junto aos representantes do Programa, nas localidades de Serra e Cariacica, Estado do Espírito Santo, visando a obtenção de definições sobre a gestão das bases móveis, o que é imprescindível para proceder à caracterização dos veículos no padrão dos órgãos executores.
Ou seja, bastava a prefeitura de Cariacica dizer:
Olha, será a Guarda ou será a Polícia Militar. Não
fizeram.
6 - Foi realizada uma consulta formal aos prefeitos de Serra e Cariacica, em 03 de março de 2015, nos termos dos Ofícios n.º 529 e 530, anexos, para solicitar a confirmação das informações contidas no Plano de Ação Local, cadastrados pelos municípios, no SIMPR. 7 - Em 06 de março de 2015 os ofícios mencionados acima, também foram
encaminhados aos endereços eletrônicos dos pontos focais informados no Plano de Ação Local no SIM-PR (0205772) e (0205787), no entanto, não obtivemos resposta desses municípios para esses contatos. 8 - Foram realizados, ainda, contatos telefônicos, em vários momentos, com os pontos focais, para que fosse apresentada uma resposta ao solicitado pela equipe da Secretaria Nacional de Segurança Pública e para que fossem manifestadas informações acerca das razões pelas quais os municípios não chegavam às definições necessárias sobre a adesão ao Programa. 9 - Para subsidiar despacho e esclarecer quanto à exiguidade de prazos para solução, informamos abaixo as datas limites para entrega dos bens, em cada contrato e respectivas localidade pendente de informação. Estes prazos já foram objeto de prorrogação, dentro do possível, nos termos contratuais. 10 - Os bens, os quais estavam destinados para cada município, estão relacionados a seguir: 11- Assim, considerando os prazos contratuais acima discriminados e as obrigações assumidas pela
Administração junto aos fornecedores, bem como, a não adesão oficial dos dois municípios ao Programa, mediante assinatura do Termo de Adesão, informamos que não há mais tempo hábil para efetivar a referida adesões e, dessa forma, os bens serão disponibilizados a municípios que já aderiram ao Programa “Crack, é possível vencer”, para ampliação das ações de acordo com os termos já pactuados.
12-Vale ressaltar que foram realizados
todos os esforços, a fim de darmos
Localidade Bens Contrato Prazo de
entrega
Cariacica
01 Base
Móvel
73/2014 17/07/2015
02 Veículos
sedan
79/2014 06/05/2015
02
Motocicletas
80/2014 07/06/2015
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 25
andamento ao processo de entrega e aquisição de equipamentos.
13. Por fim, a adesão dos municípios em questão ao Programa “Crack, é
possível vencer”, poderá mostrar-se
pertinente em próxima oportunidade, mediante atendimento por completo
dos requisitos necessários para
pactuação com essa Secretaria Nacional de Segurança.
Atenciosamente, Marcelo Barros de Oliveira
Secretário Nacional de Segurança Pública – Substituto
Não se tem o que comemorar. Se tivesse aqui o
maior opositor do prefeito de Cariacica e se ele fizesse
qualquer tipo de comentário, vibrando e sorrindo diante
dessa, que posso dizer fatalidade, o expulsaria da
Comissão.
Não se pode brincar com o sonho das pessoas,
com a vida das pessoas.
Uma cidade que não tem equipamento público
decente; uma cidade que não planeja o futuro das
pessoas; uma cidade que não tem creche para as mães -
mães chefes de família, que não têm marido, que tem de
trabalhar e largar o filho com vizinho para tomar conta,
porque na maioria das vezes o filho coloca fogo na casa
ao acender a boca do fogão para esquentar a comida e
morreu queimado -; uma cidade que não tem ruas
pavimentadas; uma cidade que não tem saneamento
básico; uma cidade que vive de carnaval e futebol e que
não consegue fazer uma política social decente porque
alega não ter dinheiro, mas perde o que não gastaria um
real para ter e enfrentar violência ou tráfico.
Não pararei por aqui, nem o Senhor Deputado
Gilsinho Lopes. E nem me cansarei de pedir apoio ao
vice-líder do governo e aos demais Senhores
Deputados, porque que se fizer isso estarei sendo
covarde com o meu município, estarei virando as costas
para aqueles que sonham um dia ver a cidade de
Cariacica tornar-se um lugar melhor de se viver, de criar
as nossas famílias e ver os nossos filhos com um futuro
decente. Enfrentar esse mal do século, que é o crack.
As drogas batem na porta de mais um cidadão a
cada dia. E não é mais problema de camada social, de
bairros pobres. A droga bate na porta na Praia do Canto.
O crack chega a lugares que nunca imaginávamos que
chegaria. Bate em Cariacica, como bate na Praia do
Canto, em Jardim da Penha, Paria da Costa e em
qualquer outro lugar. No país, em nosso Estado e no
mundo.
Temos que fazer nossa parte. Não podemos
meramente dizer que é responsabilidade do prefeito, que
ele se elegeu e tem que fazer a parte dele. Não podemos
fazer isso. Esta Comissão aqui não faz isso.
O que estamos assistindo é uma cidade que
sequer consegue receber aquilo que é doado a ela: um
equipamento de ponta, que é utilizado pela força
policial mais evidente no País - o Senhor Deputado
Gilsinho Lopes está aqui, é delegado de polícia -, a
Polícia Federal, que tem dado certo num município rico
como Vitória, que buscou essa parceria. Mas Cariacica
está jogando o dinheiro fora. Deve estar sobrando
dinheiro pra caramba! Deve estar sobrando dinheiro
para quem mora no bairro Aparecida, em Porto de
Santana, em Nova Rosa da Penha, em Flexal, em
Mucuri. Deve estar sobrando dinheiro para o prefeito
fazer tudo que está faltando. E perdemos a grande
oportunidade de começar com um equipamento que fez
um resultado positivo na capital e que nos espelhamos
nele. Se tivesse dado errado, não perderíamos nosso
tempo indo a Brasília com o Senhor Deputado Gilsinho
Lopes.
Então, meus amigos, quero dizer que estou
triste, mas que não pararei de trabalhar e de buscar
recurso para a nossa cidade. Solicitarei ao secretário de
Segurança Pública que no próximo cadastramento, mais
uma vez, inclua o nome de Cariacica. E trabalharemos
juntos para que o prefeito busque pessoas competentes,
até porque, talvez, ele não seja do ramo da
administração pública, mas tem de se cercar de pessoas
que possam assessorá-lo, como faço nesta Comissão.
Estão aqui o nosso procurador, os
colaboradores e a TV para me corrigir caso eu fale
errado ou faça alguma manifestação que esteja em
desacordo com a legislação, por exemplo. Por isso
tenho ao meu lado um delegado de polícia experiente,
que já rodou quase todos os municípios do Espírito
Santo enfrentando bandido, trocando tiro e colocando
na cadeia vagabundo; para me dar as informações que
não tenho como presidente. Não sei de tudo, mas me
cerco de pessoas que podem me auxiliar. Quando não
sei, pergunto ao Senhor Deputado Gilsinho Lopes:
Como funciona isso? Quando preciso de ajuda, vamos
eu e o Senhor Deputado Gilsinho Lopes pedir ao
Governo, ao líder do Governo, ao vice-líder do
Governo. Não esperei a prefeitura fazer a parte que lhe
cabe mas não faz; perguntei para mim mesmo: O que posso fazer para minha cidade? E tenho feito.
Então, digo para você, cidadão, para você que
nos dá a oportunidade de entrar na sua casa por este
canal importante, que estou muito triste por perder essa
ferramenta importante. O Município de Serra também
perdeu; e lá tem outro histórico, tem outra economia,
existem outros equipamentos que não existem em
Cariacica. No Município de Serra o prefeito pode até
justificar; eu não concordo. Mas, em Cariacica não.
Peço desculpa pelo meu desabafo. Mas, Senhor
Deputado Erick Musso, todos os dias vejo, em
Cariacica, uma criancinha usando crack. Vejo, todos os
dias, uma mãe viciada, que tem esse mesmo filho.
Todos os dias eu e esse cidadão recebemos gente nesta
Comissão pedindo ajuda para internar o filho na
Comunidade Terapêutica que ajudamos o Estado a
quitar o débito que tinha com ela. E fazemos.
Saímos desta Casa e fomos à Deten. Pedimos
ao Governo do Estado que a transforme em uma divisão
para que possa ter o número maior de policiais, pois há
uma única delegacia em Serra para atender questões
relacionadas ao tráfico de drogas no Espírito Santo
todo. E alguém viu a gente batendo no Governo por
causa disso? Claro que não. É aquilo: tenho que
colaborar. Então, eu e o Senhor Deputado Gilsinho
Lopes escrevemos: Olha, tem que transformá-la em
26 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
uma divisão. Mandamos para o Ministério Público. O
doutor Eder Pontes respondeu que encaminhou ao
presidente do Tribunal. O Ministério Público e Tribunal
de Justiça vão oficiar o Governo dizendo: Precisa
melhorar a Deten. Porque a conta vai para eles. Ah, tem
tráfico de drogas aqui. Não em polícia. E a Justiça? Ela
só vai julgar aquilo que ela receber. Então, nosso papel
é colaborar.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado
Gilsinho Lopes.
O SR. GILSINHO LOPES – (PR) – Senhor
Presidente, Senhor Deputado Erick Musso, nossos
colaboradores, os que nos assistem em suas residências
e todos que se encontram no plenário.
Registro que é lamentável, porque percorremos
os caminhos que temos para trazer os recursos, uma vez
que o município carece de economia a altura para tratar
de todos os problemas que temos.
Estivemos em Brasília por mais de uma vez.
Estivemos com o ministro do Supremo Tribunal, com o
ministro do STJ, com os senadores, com os deputados
federais de nosso Estado tentando que fossem
disponibilizadas emendas levando uma abrangência
maior do fechamento das fronteiras e das divisas no
estado porque isso auxilia coibir... Agora, perder uma
oportunidade ímpar como essa é lamentável.
Sou um dos deputados que não tem pretensão
nenhuma de tirar o cargo. Quem se elegeu permanecerá
no cargo. Ele padecerá por suas mazelas, por sua
inoperância, pela falta de competência, porque apenas
chegar e falar, ter discurso pronto, não adianta.
Hélcio Joaquim Corrêa Mesquita, procurador
desta Casa, advogado de Conceição da Barra, meu
amigo. Estive em Conceição da Barra sem recursos
nenhum. Fazíamos, com a Polícia Militar, operações,
em conjunto. Naquela oportunidade não havia Guarda
Municipal, nos idos de 1980. E fazíamos o
enfrentamento da violência com muita tranquilidade e
muito respeito ao cidadão.
Hoje, o Senhor Deputado Marcelo Santos
mostra que o índice na proporcionalidade de presos no
sistema prisional do estado é o maior de todos os
estados da federação. A maioria é por tráfico de drogas.
Mas temos que fazer uma análise dessa maioria.
Aqueles que são advogados, que militam na área penal,
sabem que a tipificação dos crimes de drogas é de
maneira muito draconiana. Muito draconiana! Muitas
vezes a pessoa está no lugar errado, na hora errada e é
conduzida e autuada numa associação ao tráfico. Não
cabe fiança, não cabe liberdade provisória e ele fica no
sistema prisional agarrado por dois anos até concluir o
processo, que é demorado. E as famílias sofrem; as idas
e vindas ao advogado geram despesas e fica muito
difícil.
Hoje estou recebendo a mãe de um rapaz que
deu carona para uma pessoa e essa pessoa estava sendo
monitorada pela Lei n.º 9.296, no seu telefone. E
quando ele o deixou na porta de casa, foi preso. Não
tinha nenhuma participação e está preso dentro da
Operação Arquipélago, realizada pelo Nuroc, e está
preso há mais de oito meses. Alguns já foram alguns
liberados e ele ainda se encontra preso porque tinha
ligações dele, mas nenhuma comprometedora, porque
eu cheguei a ver o processo junto ao Poder Judiciário.
O Senhor Deputado Marcelo Santos é
extremamente competente, capta as mensagens muito
rápido. S. Ex.ª preside esta Comissão e tenho aprendido
mais com S. Ex.ª do que S. Ex.ª comigo, porque sempre
que tem dúvida sobre determinado assunto procura este
deputado, mas procura pesquisar o assunto; e a
assessoria também é muito competente.
Senhor Deputado Marcelo Santos, tenho
orgulho de trabalhar nesta Comissão, ser amigo de V.
Ex.ª e acima de tudo ser de Cariacica. Quando fui
delegado em Cariacica pela primeira vez, em 1993, o
pai de V. Ex.ª era prefeito de Cariacica. A primeira
Delegacia da Mulher foi construída e erguida pelas
mãos do saudoso Aloízio Santos, na rua Bom Pastor. E
está lá até hoje. No momento está sendo demolida. E
após a saída do pai de V. Ex.ª daquela prefeitura, os
alugueis deixaram de serem pagos e a situação está na
Justiça até hoje. A gente tem que reviver o passado para
verificar as raízes. E V. Ex.ª tem raiz, caráter,
determinação e estava preparado.
Trabalhei na campanha para que V. Ex.ª fosse o
nosso prefeito de Cariacica. Não obtivemos êxito, mas
nem por isso atacamos ninguém ou fizemos algum ato
reprovando quem foi referendado pelas urnas. Estamos
vendo que a população está sofrendo. A população sofre
e nós, cariaciquenses, sofremos também porque
queremos o bem dos nossos irmãos cariaciquenses.
Vi no Expediente o ofício que V. Ex.ª fez para
o Doutor Eder Pontes pedindo aumento de efetivo do
Ministério Publico no combate ao tráfico de drogas
porque tem que dar suporte para as delegacias
especializadas, pois o tráfico de droga é muito rápido,
age em uma velocidade maior do que a da internet
porque eles trabalham por códigos e, além disso, têm
ramificações em todo o país e no exterior. Sabemos que
os grandes traficantes não usam droga, não pegam em
droga, nem pegam no dinheiro. Têm contabilidade
especializada para fazer a lavagem de dinheiro com
compra de apartamento, de veículos e uma série de
outras coisas.
Sabemos que muitos dos membros do
Ministério público são honrados, decentes e
trabalhadores. Mas o que nos entristece é que alguns
não cumprem com o seu real papel. Deixam de estar nas
comarcas nas segundas-feiras e nas sextas-feiras, só vão
nas terças-feiras, quartas-feiras e quintas-feiras. É TQQ.
Isso prejudica e muito porque você está em
uma investigação e precisa da ação do Ministério
Público e do juiz para referendar os requerimentos de
medidas cautelares e essas medidas não são expedidas
em tempo hábil. Aí cheiraram tudo, venderam tudo,
fumaram tudo e, simplesmente, a sociedade vai
aumentando o índice de dependentes e de homicídios.
Recentemente foi preso um adolescente com
dois quilos e meio de maconha, na semana passada, em
Cariacica. Já está no presídio e sua família já está sendo
ameaçada porque tem que pagar os dois quilos e meio
de droga. Esse trabalho tem que ser em conjunto do
Ministério Público e do Poder Judiciário.
Outra pauta do expediente foi o ofício que V.
Ex.ª encaminhou para o secretário de Segurança Pública
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 27
com relação à denúncia dos dados estatísticos que
estariam sendo manipulados. S. Ex.ª respondeu, mas em
um parágrafo quis dar uma apertada. Estava lendo em
adiantada síntese e quis dizer que as informações, as
denúncias apócrifas prejudicam um bom trabalho.
Trabalhamos com o Disque-Denúncia, uma lei
de minha autoria, e essas denúncias estão se
transformando na melhor ferramenta de combate à
violência e à criminalidade, embora haja algumas
pessoas se utilizando do Disque-Denúncia, dessa
ferramenta, para desvirtuar, tirar a polícia de um setor
para poder passar naquele setor. Mas, na maioria das
vezes, as denúncias são frutíferas e acabamos
prendendo várias pessoas.
A Deten, a Polícia Militar, na área de
Inteligência, têm feito um trabalho brilhante. Temos que
parabenizar as Polícias Civil e Militar do nosso estado.
O índice de resolubilidade dos crimes de homicídios,
dos crimes que estão acontecendo no Estado é de
quarenta a cinquenta por cento, enquanto a média
nacional é de oito a dez por cento. Os presídios
estão lotados exatamente porque cometeu o delito e está
sendo alcançado. Hoje temos o videomonitoramento.
Quero dizer ao vice-líder do governo que temos que
conversar como governador, estamos pecando, em
alguns municípios foram instalados os aparelhos do
Olho Digital, o programa do ex-governador, e foram
liberadas várias câmeras de videomonitoramento que
não estão em funcionamento.
Um objeto importante, uma ferramenta
importante tem que estar em pleno funcionamento.
Mataram um rapaz que vendia joias e o corpo foi
encontrado em Minas Gerais. Seguimos toda a trajetória
e conseguimos capturar a placa do veículo e o horário
em que ele passou por meio de câmeras de
videomonitoramento, desde Vitória. Quando chegou ao
município de Cariacica, todas estavam simplesmente
sem funcionar. Em Vila Velha, as câmeras de
videomonitoramento estão sem funcionamento. Agora,
como o coronel Alexandre Ramalho, possivelmente
haverá o funcionamento.
Retornando à questão da perda de investimento.
É muito triste e lamentável porque nós nos dedicamos.
Vejam que nós, deputados, estivemos em Brasília em
vários ministérios por mais de quatro ou cinco vezes, e
ainda tomei falta como se fosse falta. Eu estava lá
buscando recursos para o Estado do Espírito Santo; e os
prefeitos, tanto da Serra quanto de Cariacica,
desperdiçando esses recursos que estavam
disponibilizados. Era simplesmente uma resposta dizer
a cor, o padrão e em qual padrão que seria. Mas a
imprensa ainda diz que fui o campeão de faltas e foram
quatro audiências. As outras seis faltas foram faltas com
atestado médico por um problema de saúde e o médico
me deu quinze dias. Qualquer trabalhador tem direito a
isso. Mas, infelizmente, ainda tem esses escárnios que
sofremos da imprensa do nosso Estado. Mas isso não
diminui a nossa vontade, a nossa disposição e a nossa determinação de defender o nosso Estado.
V. Ex.ª, Senhor Deputado Erick Musso, sabe
como nós trabalhamos. Temos votado em todos os
projetos do governador Paulo Hartung, e mesmo quando
requer regime de urgência, nós acompanhamos o regime
de urgência e temos votado porque sabemos que há o
interesse do Governo em realinhar todos os trabalhos
que já foram feitos. Trabalho que temos que reconhecer
que foram trabalhos bonitos e perfeitos que foram feitos
no Governo passado, e agora tem que dar sequência a
este trabalho.
Hoje, o governador me ligou ontem à noite
pedindo que eu fosse a Vila Velha para inaugurar dois
campos Bom de Bola. Eu disse ao senhor governador
que eu teria imenso prazer em estar lá, mas que temos a
Comissão de Políticas sobre Drogas e que não posso
faltar. Depois tenho a Comissão de Defesa do
Consumidor, na qual sou presidente e não posso faltar.
Somos pautados por matérias que não sabemos
por onde estão caminhando essas pautas de matéria na
qual tentam denegrir nossa imagem sendo que estamos
presentes de manhã, de tarde e de noite. Eu, o Senhor
Deputado Marcelo Santos e o Senhor Deputado Erick
Musso vimos de Aracruz e todos os dias de manhã cedo
estamos aqui. Saímos daqui às 7, 8 ou 9h da noite
trabalhando e atendendo às pessoas que vêm. Agora
mesmo, chegou o prefeito de Governador Lindenberg,
Paulo Coradini, nosso amigo. Veio de lá para fazermos
o atendimento e para dar atenção. Tem que sair na
secretaria e tem que fazer esse trabalho, pois esse é o
trabalho que a sociedade, às vezes, não compreende e a
imprensa ainda distorce toda essa situação.
Parabenizo V. Ex.ª, Senhor Presidente, porque
V. Ex.ª tem demonstrado competência e interesse para a
resolução dessa situação caótica.
Ontem, vi o prefeito de Vila Velha saindo às
ruas tentando recolher aqueles dependentes químicos
que estão nas ruas, os craqueiros, e muitos se recusando
a ir. Está aí a necessidade da intervenção do Poder
Judiciário para a internação compulsória. Isso é
requisitado pela autoridade competente. Se não tiver o
juiz ou promotor na comarca, com certeza não será
possível conduzir aquele cidadão que está em situação
de risco iminente, pois tem o risco de contrair doença,
risco de morte, tem o risco de praticar assalto e tem
todos os riscos necessários tanto a favor quanto contra
ele. E, com isso, ficamos em uma situação difícil.
Quando V. Ex.ª coloca no papel e digo que
papel não sobe escada, não desce elevador, não anda de
avião e não faz nada, então, temos que ir pessoalmente e
fomos e fizemos nosso papel e estamos aqui para
atender aos anseios da sociedade. Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE – (MARCELO SANTOS - PMDB) – Obrigado, Senhor Deputado
Gilsinho Lopes. Quero cumprimentar o prefeito Paulo
Coradini e agradecer pela presença. Quero
cumprimentar o Senhor Deputado Nunes, também
presente que nos dá a honra de estar conosco.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Erick
Musso.
O SR. ERICK MUSSO - (PP) – Bom-dia a
todos. Somente pedi a palavra ao Senhor Presidente
Marcelo Santos para que eu possa cumprimentar a
Comissão de Políticas sobre Drogas que é presidida por
V. Ex.ª, em parceria com o Senhor Deputado Gilsinho
Lopes. É a primeira vez que venho participar in loco e
pude comprovar, nada mais nada menos, do que aquilo
28 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
que eu já tinha certeza, Senhor Deputado Marcelo
Santos, que é um trabalho sério, profícuo, competente,
como sempre presidido por V. Ex.ª.
Como V. Ex.ª mesmo falou, é o mal do século,
é o que tem assolado as famílias capixabas e brasileiras,
que são as drogas, que têm desvirtuado os jovens do
caminho correto, que têm tirado filhos tão jovens dos
braços das mães.
A Assembleia Legislativa tem dado sua
contribuição nesta Comissão, por meio desses dois
nobres deputados, em um trabalho de combate às
drogas. Pode parecer uma gota no oceano e algumas
pessoas podem até achar que é um trabalho de enxugar
gelo, mas se não houver o primeiro passo, ninguém
chegará à linha de chegada com a vitória.
Uma corrida, uma caminhada, um atleta de
ponta não consegue vencer uma olimpíada ou um
campeonato se não der o primeiro passo. E V. Ex.as
têm
dado não só o primeiro, como vários passos, passos
firmes, passos competentes e coerentes na busca desse
combate às drogas.
Fica aqui meu parabéns e coloco também o
nosso mandato, coloco esse link com o Governo do
Estado à disposição desta Comissão e a favor do
Espírito Santo.
Parabéns a V. Ex.as
.
O SR. PRESIDENTE – (MARCELO
SANTOS – PMDB) – Obrigado, Senhor Deputado
Erick Musso.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. SECRETÁRIO lê:
Ofício n.º 1974/2015 – da procuradora-geral de
Justiça em exercício, doutora Elda Márcia
Moraes Spedo, que em resposta ao
OF/GDMS/N.º 097/2015, informa que remeteu
cópia do referido ofício ao Tribunal de Justiça
do Estado e que, para potencializar o combate
ao crime, inclusive ao tráfico de drogas, e
realizar melhor acompanhamento da atividade
policial, o ministério público do Estado reuniu
os cargos de promotor de justiça que atuam na
temática, procurando melhor proporcionar
estrutura de tais órgãos de execução, conforme
se denota dos documentos anexo.
O SR. PRESIDENTE – (MARCELO SANTOS – PMDB) – Antes de pedir que encaminhe
cópia aos membros efetivos e suplentes, agradeço a
manifestação da Procuradoria de Justiça do Estado na
figura do Procurador-Geral Eder Pontes, da substituta
Elda Márcia, por entender que esse é um problema
importante e tem que estar na Ordem do Dia,
encabeçando a pauta das discussões.
O Ministério Público encaminhou o ofício ao
Tribunal de Justiça, pedindo que o mesmo também se
manifeste. E acredito que a manifestação também não
será diferente, positiva, como foi a do Ministério
Público.
Encaminhar aos demais membros efetivos e
suplentes.
Senhor Deputado Gilsinho Lopes, diante dos
ofícios encaminhados pelo Ministério da Justiça, da
Secretaria Nacional de Segurança Pública e de Política
sobre Drogas, que encaminhemos esses ofícios também
aos vereadores de Cariacica, aos líderes populares, para
tomarem conhecimento primeiro dos trabalhos que
estamos desenvolvendo e do não recebimento desses
equipamentos por falta de uma equipe técnica, talvez,
que pudesse dar uma atenção devida ao que entendo ser
prioridade.
Ofício ao Ministério Público, comunicando que
todo trabalho dele, com relação ao enfrentamento ao
tráfico, à droga, e por consequência à violência, sofreu
um prejuízo por não ter uma ferramenta importante
como esta, disponibilizada pelo Governo Federal.
Da mesma forma, encaminhar à procuradoria e
também à promotoria de Cariacica. Da mesma forma
aos juízes criminais do município de Cariacica e ao
diretor do fórum do município.
Senhor Deputado Gilsinho Lopes, V. Ex.ª
concorda?
O SR. GILSINHO LOPES – (PR) – Senhor
Presidente, de acordo.
O SR. PRESIDENTE – (MARCELO
SANTOS – PMDB) – Também ao chefe do DPJ e às
demais delegacias pertinentes.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. SECRETÁRIO lê:
Ofício n.º 326/2015 – do secretário estadual de
Segurança pública, André de Albuquerque
Garcia, que em resposta ao
OF/GDMS/n.º192/2015, informando o modelo
utilizado nas classificações de ocorrências
policias da legislação penal e processual penal,
bem como que segue as recomendações da
Secretaria Nacional de Segurança Pública,
Senasp.
O SR. PRESIDENTE - (MARCELO SANTOS - PMDB) – Ciente. Encaminhe cópia também
tanto para os titulares quanto para os membros suplentes
desta Comissão.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. SECRETÁRIO lê:
PROPOSIÇÕES RECEBIDAS:
Não houve no período.
PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS
SENHORES DEPUTADOS: Não houve no período.
PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS: Não houve no período.
PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA: Não houve no período.
ORDEM DO DIA:
A que ocorrer.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 29
COMUNICAÇÕES As que ocorrerem.
O SR. PRESIDENTE - (MARCELO
SANTOS - PMDB) – Antes de encerrar a reunião,
queria também que fosse encaminhado ofício à
Secretaria Nacional de Segurança Pública, lamentando a
não adesão por parte dos municípios de Serra e
Cariacica.
Reafirmamos nosso compromisso de continuar
lutando no enfrentamento às drogas e ao tráfico.
Reiteramos mais uma vez o pedido para que seja
disponibilizado, assim que abrir o cadastramento de
cidades que possam pleitear essa ferramenta, incluindo,
mais uma vez, o nome de Cariacica, por ser uma cidade
que carece de investimentos, principalmente nesta área.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado
Gilsinho Lopes.
O SR. GILSINHO LOPES - (PR) – Senhor
Presidente, gostaria que fosse consignado, no ofício,
que apresentemos escusas em nome dos dois municípios
que foram silentes diante de um investimento tão grande
que poderiam receber.
Peço a V. Ex.ª que sejam incluídas nossas
escusas pelos dois municípios, porque se eles não
tiveram a oportunidade de encaminhar um ofício para
receber investimento desta monta e fomos nós que
interferimos, deve-se encaminhar aos municípios para o
ministro, dizendo para ele que pedimos desculpas.
O SR. PRESIDENTE - (MARCELO SANTOS - PMDB) – Não só aos dois ministros, como
ao ministro da Justiça. Da mesma forma, encaminhar
aos dois prefeitos, dizendo que a Comissão lamenta a
não adesão dos municípios a esse programa.
O Senhor Deputado Gilsinho Lopes quer fazer
alguma consideração a mais?
O SR. GILSINHO LOPES - (PR) –
Tranquilo, Presidente, temos mais uma rodada. Tenho
outra Comissão.
O SR. PRESIDENTE - (MARCELO
SANTOS - PMDB) – Agradeço a presença de todos,
reiterando a presença do prefeito Paulo Coradini. Muito
obrigado pela sua presença.
Agradeço, também, a presença do meu Vice-
Presidente, Senhor Deputado Gilsinho Lopes; da nossa
assessoria; da TV Ales; e do presidente da Federação de
Motociclismo, Renan da Silva Loubak. E agradecer
você, cidadão, que nos dá oportunidade de entrar na sua
casa, mostrando o trabalho que desenvolvemos na
Assembleia, neste caso, na Comissão de Políticas sobre
Drogas.
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a reunião e convoco os Senhores Deputados para a
próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 11h09min.
COMISSÃO PARLAMENTAR DE
INQUÉRITO DA SONEGAÇÃO DE TRIBUTOS.
VIGÉSIMA QUINTA REUNIÃO ORDINÁRIA DA
PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
DA DÉCIMA OITAVA LEGISLATURA,
REALIZADA EM 03 DE NOVEMBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Havendo número legal, invocando a
proteção de Deus declaro abertos os trabalhos desta
comissão.
Convido a senhora secretária a proceder à
leitura da ata da vigésima terceira reunião ordinária,
realizada em 20 de outubro de 2015; e da vigésima
quarta reunião ordinária, realizada em 27 de outubro de
2015. (Pausa)
(A Senhora Secretária procede à
leitura das atas)
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Em discussão as atas. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. CACAU LORENZONI – (PP) – Pela
aprovação.
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Aprovadas as atas como lidas.
Aproveitando o início da reunião faremos
algumas deliberações. A primeira é com relação à
transposição, não é a do rio São Francisco, mas a do
prazo de funcionamento da CPI para a próxima sessão
legislativa.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. CACAU LORENZONI – (PP) – De
acordo, Senhor Presidente.
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – De
acordo, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Aprovada.
Ficou na dependência de oficiar à Secretaria de
Segurança, ao Ministério Público e ao Tribunal de
Justiça para agendar um horário da comissão sobre
força-tarefa para arrecadar. Discutimos da outra vez que
precisamos de uma reunião com esses Poderes para
discutir como a CPI poderia articular com eles uma
força-tarefa em cima desse sistema de arrecadação
levantado junto com os dois delegados que
compareceram da última vez, que têm toda estrutura de
apuração dessas sonegações, mas elas não estão sendo
executadas. Os próprios delegados disseram aqui que
depende de denúncia. Como a CPI tem já várias coisas
que constatam sonegação, estávamos com a ideia de
30 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
fazer uma audiência a esses Poderes propondo a criação
dessa força-tarefa para buscar arrecadação em vários
segmentos, principalmente na área de combustível que,
segundo informações extraoficiais, existe uma
defasagem de mais de cem milhões/mês de arrecadação
e esse setor está atuando sem nenhuma fiscalização,
sem nenhuma tarefa específica para levantar essas
questões.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. CACAU LORENZONI – (PP) –
Senhor Presidente, é valido esse pedido de V. Ex.ª.
Concordo com a reivindicação de V. Ex.ª.
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – De
acordo, Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Aprovado.
Outra proposta. Recebemos uma denúncia do
sistema que funciona na associação dos procuradores do
Estado. Eles têm uma associação e dessa associação
eles recebem a tal sucumbência, mas não recebem
através do procurador. Esse dinheiro vai para uma
associação que eles criaram e essa associação repassa o
dinheiro para os procuradores sem pagar imposto de
renda, sem pagar os impostos.
Recentemente, o juiz Doutor Jorge, que hoje é
desembargador, deu uma sentença condenando essa
associação a devolver uma parte desse dinheiro, de um
acordo que fizeram, para o estado, e cancelando,
inclusive, o direito de os procuradores fazerem esses
acordos porque esses acordos têm que ser feitos
segundo a sentença judicialmente.
O governador, recentemente, também deu uma
declaração sobre isso, e nós, então, com base nesses
documentos que recebemos aqui e que a gente pode
passar às mãos dos deputados, porque até a decisão da
Justiça diz que esse dinheiro tem que ir para o estado
para depois o estado repassar para o procurador, quer
dizer, ele não pode ir direto para o procurador através
da associação e a associação não presta conta, não
coloca no portal Transparência quanto que entrou e nem
para quem vai o dinheiro.
Então a nossa proposta aqui é fazer uma quebra
de sigilo da associação, Apes, para tomar conhecimento
de quanto que entrou nessa associação até hoje e para
quem foi destinado esse dinheiro uma vez que ela não
obedece às regras de prestação de contas nem
publicação no site do estado do que ela arrecada e a
quem paga.
Estamos fazendo essa proposta de quebra de
sigilo para que possamos ter conhecimento de quanto é
que eles arrecadam nessa sucumbência, para quem vai o
dinheiro e quanto que cada um está recebendo. Esse
último acordo desse documento era um acordo em que o
estado tinha sessenta e sete milhões para poder receber
e a procuradoria foi lá e fez um acordo. Recebeu dois
milhões de honorários e baixou a dívida de sessenta e
sete para dezessete milhões. Essa denúncia foi parar na
justiça e a justiça condenou a associação a devolver o
dinheiro e condenou a associação de não mais poder
fazer esse acordo. Isso então tem sido feito em vários
momentos e através dessa associação dos procuradores
fazem acerto em prejuízo do estado.
Então, a nossa proposta é de fazer uma quebra
de sigilo da associação para poder conhecer essas contas
e saber em quanto que o estado está sendo prejudicado
ali; qual é a sonegação de imposto de renda desse
dinheiro e submetemos aos senhores deputados.
O SR. CACAU LORENZONI – (PP) –
Senhor Presidente, estou de acordo.
Eu também gostaria que fosse deliberado,
devido a um acordo que o governo do estado está
fazendo com as empresas, referente ao Refis, que nos
fosse enviado pela Secretaria da Fazenda a relação dos
quinhentos maiores devedores atualizados.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Nesse caso já existe uma quebra de
sigilo com relação a esses quinhentos devedores. É só o
encaminhamento então da reatualização.
O SR. CACAU LORENZONI – (PP) –
Exatamente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Aí não é nova quebra de sigilo. Esse
caso depende de deliberação e de a gente conhecer essas
contas.
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – De
acordo, Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Então a secretaria fica de preparar a
documentação de quebra de sigilo dessa conta da Apes,
Associação do Ministério Publico, e tem um documento
ali... E oficiar à Secretaria da Fazenda para atualizar os
valores das quinhentas empresas que já foi quebrado o
sigilo com relação ao valor atual das dívidas se houve
algum acerto ou qual é a situação.
Anotamos aqui algumas coisas mais.
Transposição do prazo: Fica prorrogado até dia
03/05/2016.
Oficiar ao Ministério Público sobre
procedimento com relação à TV a cabo. Não sei se
vocês se recordam que na última reunião ouvimos dois
delegados de polícia que tratam de fiscalizar sonegações
porque, por exemplo, o sujeito faz assinatura de TV a
cabo, mas se ele não paga à empresa que ligou ou se usa
a TV a cabo sem pagar, ele está dando prejuízo ao
estado, porque vinte e cinco por cento do valor daquela
taxa é de imposto. Daí nosso interesse em atualizar, em
forçar esse recebimento, porque, segundo o dono da
RCA, que veio aqui, ele tem trinta por cento de
sonegação e falta de pagamento, e mais uns trinta por
cento de pessoas que ligam sem ser pela empresa. Quer
dizer, a RCA vai e liga em um prédio, aí os outros
moradores pegam um gato e ligam também.
O Estado tem duas delegacias para apurar esse
tipo de fraude. Na verdade, o sujeito que está usando o
gato não está dando prejuízo só à empresa que tem o
sistema, está dando prejuízo também ao Estado, porque
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 31
ele teria que pagar vinte e cinco por cento do serviço. E
esse é um valor que, juntando, só a RCA tem dez mil
assinantes, sem falar na NET também, que ainda não
entramos, que deve ter mais de quarenta, cinquenta mil.
A ideia aqui seria fazer um ofício da CPI
pedindo ao Ministério Público que instaure
procedimento para apurar a sonegação de impostos via
TV a cabo e também internet. Existe uma disputa de
que as empresas acham que não devem ICMS sobre
ligação de internet. A Secretaria da Fazenda autua e eles
ficam discutindo na Justiça, todas elas, alegando que há
uma súmula que diz que sobre internet não é devido o
ICMS.
A sugestão dos Deputados Cacau Lorenzoni e
Padre Honório.
O SR. CACAU LORENZONI - (PP) – De
acordo, Senhor Presidente, com essa reivindicação.
O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Estou de
acordo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – O delegado Ailton, que é o que teria
que fazer essas apurações, em depoimento aqui disse
que só apura se houver uma reclamação.
Então, anotei aqui para vocês apreciarem a
gente fazer um ofício encaminhando, inclusive, não os
valores, porque está em quebra de sigilo, mas fazendo
um pedido de apuração e investigação dessa situação da
TV a cabo e internet que não estão recolhendo os
impostos, para que possa, com esse documento da
comissão em mãos, abrir o inquérito para poder fazer a
apuração.
Deputado Cacau Lorenzoni.
O SR. CACAU LORENZONI - (PP) – De
acordo, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Deputado Padre Honório.
O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Estou de
acordo.
Gostaria até de uma informação de V. Ex.ª.
Tenho escutado muito essa questão desse seguro que
cobram dos agricultores; os bancos cobram dos
agricultores, o Proagro, e quando vai fazer o
financiamento, os agricultores se sentem obrigados a
aceitarem esse seguro.
Quando acontecem esses problemas como
temos neste momento, os bancos estão sonegando aos
agricultores esses benefícios. Gostaria de perguntar a V.
Ex.ª se caberia a esta comissão estar fazendo um estudo
mais aprofundado dessa questão.
Os agricultores sempre depositaram esse
dinheiro e agora não têm alcance aos benefícios desse
recurso. Gostaria de saber de V. Ex.ª se caberia, nesta comissão, estarmos também ajudando os agricultores a
reverem esses direitos.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Normalmente essa situação se dá no
banco oficial ou no banco privado?
O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – São os
bancos privados e também os oficiais, principalmente o
Banco do Brasil, os bancos do Estado, as seguradoras,
nem tanto o banco, as seguradoras que estão ligadas a
esses bancos.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Poderíamos ouvir o superintendente
do Banco do Brasil, para podermos saber.
O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) –
Precisaríamos ter um pouco mais de esclarecimento,
porque é muita gente que está perdendo recurso e não
tem um esclarecimento mais aprofundado em relação a
isso.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Então, a gente vai botar para deliberar
aqui ouvir o superintendente do Espírito Santo do
Banco do Brasil. A Caixa Econômica também está
mexendo com isso?
O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Mais o
Banco do Brasil e o Banco do Estado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – O superintendente do Banco do
Brasil, para comparecer na reunião da comissão na
próxima terça-feira, para falar sobre – aí depois o
Senhor Deputado Padre Honório passa o textozinho –, o
seguro, sobre o Proagro. Esclarecendo que é com
relação ao seguro. O seguro do Proagro aos produtores.
O superintendente-geral do Banco do Brasil.
O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – A gente
até poderia, Senhor Presidente, ter na pauta, talvez na
próxima terça-feira esteja muito em cima, talvez daqui a
quinze dias, nesse dia a presença da presidente da
Comissão de Agricultura, Senhora Deputada Janete de
Sá e, também, a presença do Presidente da Comissão
sobre a crise hídrica, Senhor Deputado Nunes, porque
essas comissões são muito procuradas para ajudar os
agricultores a terem uma posição mais clara sobre isso.
Então, essas pessoas, esses deputados, talvez
poderiam nos ajudar muito para esclarecer um pouco
essa questão.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Então, vamos incluir, oficiar, para a
próxima reunião a presença da Senhora Deputada Janete
de Sá e do Senhor Deputado Nunes, para serem nossos
convidados à Mesa para ouvir e também fazer
questionamentos ao superintendente do Banco do
Brasil.
Senhor Deputado Cacau Lorenzoni.
O SR. CACAU LORENZONI - (PP) – Estou
de acordo, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Senhor Deputado Padre Honório,
vamos fazer na próxima agora ou no dia 17?
32 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Dia 17.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, 17/11.
Tem alguma coisa para deliberar, Senhor
Deputado Cacau Lorenzoni?
O SR. CACAU LORENZONI - (PP) – Não.
É só aquele pedido, mesmo, da atualização dos
devedores do Estado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Senhor Deputado Padre Honório, tem
alguma deliberação?
O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – Não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Consulto à secretaria se o depoente
convocado para depor está presente. Quem é? (Pausa)
O nosso procurador está aí? A próxima reunião será no
dia 10? Não fica muito em cima? Poderia ser na outra
terça-feira, dia 17. E depois no dia 24, para dar tempo.
Não podemos fazer coercitivamente, porque
não foi intimado ainda. Então, vamos fazer o seguinte.
A informação que tenho aqui é que o dono da empresa
convocado está com problema de saúde. Vamos fazer
essa intimação para o comparecimento coercitivo do
atual proprietário, ficando condicionado ao exame de
saúde. Quer dizer, se ele apresentar, ele não precisa vir.
E o diretor, atual responsável, para o dia 24, juntamente
com ele. Esse aí tem de ser convocado uma vez, para
depois, se ele não comparecer... Deu para entender? O
primeiro, o que está doente, tem que ser
coercitivamente. Se ele realmente não puder vir, ele vai
apresentar o documento e aí a comissão vai acolher.
Concordam os deputados com essa agenda?
O SR. PADRE HONÓRIO - (PT) – De
acordo, Senhor Presidente.
O SR. CACAU LORENZONI - (PP) – Está
concordado, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Então, fica deliberado para as
reuniões do dia 17 e para o dia 24.
O convocado para depor hoje não comparecer,
que é uma das maiores devedoras que tem. Esse do dia
24 é com relação a ele e a quem responde pela empresa.
Tem de levantar quem responde, então.
Agradecemos aos senhores deputados e
agradecemos a todos que estiveram presentes aqui.
Vamos fazer um estudo para apertar mais, porque o
pessoal está começando a fugir da CPI. Vamos correr
em cima desse povo, agora. Obrigado.
Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a
presente reunião. Antes, porém, convoco os senhores
deputados para a próxima, que será ordinária, dia
10/11/2015.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 11h26min.
COMISSÃO PARLAMENTAR DE
INQUÉRITO DA MÁFIA DOS GUINCHOS.
VIGÉSIMA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA
PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA, DA DÉCIMA OITAVA
LEGISLATURA, REALIZADA EM 05 DE
OUTUBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Havendo número legal, invocando a
proteção de Deus declaro abertos os trabalhos desta
Comissão.
Convido a senhora secretária a proceder à
leitura da ata da décima nona reunião ordinária,
realizada em 28 de setembro de 2015. (Pausa)
(A Senhora Secretária procede à leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Estamos com um problema de
presença e dependíamos apenas de mais dois Senhores
Deputados para discutir e aprovar a ata e dar
prosseguimento à sessão.
Estamos recebendo o Senhor Deputado Doutor
Hércules. S. Ex.ª está pedindo permissão para colocar
um botãozinho, não é? O laçozinho do Outubro Rosa.
Vamos autorizar para colocar, principalmente no
fotógrafo, nos Procuradores, que não estão participando
da campanha.
Solicito à secretaria avisar aos deputados que é
às 11h. Recebemos um documento do Tribunal de
Contas e tem um parecer dizendo que para poder apurar
o que a CPI pretende com relação aos contratos de
estacionamentos de rotativos, precisa que seja
deliberado pela CPI. A nossa Procuradoria já deu um
parecer a respeito do assunto. Vamos ler esse parecer,
para aproveitar.
Trata-se de Termo de Notificação nº 2.160/20115 em
que o Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo solicita que a CPI da Máfia do Guincho apresente
àquela Corte de Conta documentos que comprovem que
o pedido exarado no ofício subscrito pelo Exmo. Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, em
que requer a apuração de possíveis irregularidades nos procedimentos licitatórios do serviço de parquímetro no
município de Colatina, passou pelo crivo e foi aprovado
pelo Colegiado desta CPI. Em linhas gerais, o TCE negou a auditoria requerida
sob dois fundamentos.
O primeiro seria a suposta falta de instrução documental da denúncia apresentada pela Comissão
Parlamentar de Inquérito, citando os incisos II e III do art. 94 c/c §1º, VI do art. 99 da Lei Complementar
Estadual nº 621/2012.
Deste modo, segundo consta na Manifestação Técnica Preliminar nº 556/2015, caberia a esta CPI instruir o
pedido de auditoria com os documentos hábeis para demonstrar minimamente as informações sobre o fato,
a autoria, as circunstâncias e os elementos de
convicção, além de estar colacionar junto a denúncia
um indício de prova.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 33
O segundo seria a ausência de deliberação e aprovação formal do requerimento em voga.
Assim sendo, a Procuradoria da Assembleia Legislativa, analisando o Regimento Interno do TCE,
sugeriu que esta CPI delibere formalmente acerca de
um pedido de inspeção e auditoria no processo licitatório relativo aos parquímetros de Colatina nos
termos do disposto no art. 175, II do Regimento Interno
do TCE-ES, inexistindo, neste caso, a necessidade de serem colacionados os documentos exigidos pelo TCE
por se tratar de uma prerrogativa desta Comissão Parlamentar.
Art. 92. São competentes para solicitar ao Tribunal de
Contas a prestação de informações e a realização de inspeções e auditorias: [...]
II - as Comissões permanentes ou de inquérito da
Assembleia Legislativa e das Câmaras Municipais.
(original sem grifo ou destaque)
Art. 175. São legitimados para solicitar ao Tribunal a
prestação de informações, pronunciamento e a
realização de inspeções e de auditorias:[...] II - Presidentes de comissões permanentes ou de
inquéritos da Assembléia Legislativa e das Câmaras Municipais, quando por estas aprovadas e desde que se
refira a matéria inerente à respectiva comissão. Parágrafo único. O Tribunal não conhecerá de
solicitação encaminhada por quem não seja
legitimado.(original sem grifo ou destaque) No que tange a pertinência temática objeto da CPI e o
contrato a ser auditado, cumpre ressaltar que estamos
investigando o possível conluio entre os donos de pátio que amontoam veículos guinchados por diversos
motivos, dentre eles o não pagamento do parquímetro, e
os demais agentes públicos e privados eventualmente
envolvido nessa máfia, o que inegavelmente pode
atingir os proprietários das concessões de parquímetros, os quais, sem sombra de dúvida, desejam
ver os veículos que não pagam as taxas rebocados imediatamente como forma de pressão de cobrança.
Assim sendo, coloco em votação o presente pedido de
inspeção e auditoria no processo licitatório relativo aos parquímetros de Colatina nos termos do disposto no
art. 175, II do Regimento Interno do TCE-ES.
Em resumo, o Tribunal de Contas, que acha que
é poder, resolveu questionar a Assembleia e só aceitar
pedido de apuração no caso de fundamentação, juntar
provas, e é aprovado pela CPI. Eu até vou pedir depois
aos procuradores para estudar uma forma da gente
tentar fazer uma ação contra o Tribunal de Contas. Eu
entendo que se um deputado estadual faz uma denúncia
ao Tribunal de Contas pedindo que apure os atos de
realização de uma licitação, o Tribunal não tem direito e
nem poder de querer apresentação de provas, porque se
ele é órgão de fiscalização ele tem que ir lá fiscalizar.
Quem tem que fornecer a prova para a Assembleia é
exatamente o Tribunal de Contas, que é o órgão
fiscalizador. Só que precisa acrescentar que queremos ver se
o processo de licitação ocorreu normalmente, quantas
empresas participaram, porque nós estamos querendo
apurar exatamente a licitação, porque nós temos
informação de que na licitação só participou uma
empresa. Se foram cumpridos todos os prazos e
acrescentar nesse pedido de apuração.
Vamos submeter aos deputados a aprovação
desse pedido de apuração no contrato de licitação da
empresa do rotativo de Colatina, acrescentando que
queremos que eles averiguem o contrato, levantem as
informações, de que forma que foi feito, se teve mais
empresas, se publicaram no ato certo.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com o pleito de V. Ex.ª.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –
Acompanho V. Ex.ª.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, peço à Procuradoria para
acrescentar só que é para apurarem se o processo
licitatório foi feito de acordo com as regras e com a Lei
8.666. Vamos estudar a possibilidade de contestar
judicialmente e encaminhar essa decisão deles. É um
parecer que eles fizeram aqui.
O Tribunal de Contas inventou agora de ditar
normas para a Assembleia. O Tribunal de Contas não
quer mais apurar nenhuma informação de deputado que
não seja aprovado pelo plenário das comissões
permanentes e CPI, e ainda fizeram um monte de
exigência de que a gente mande documento, mande
motivação. O Tribunal de Contas é um órgão, não é
poder; é subordinado à Assembleia. Eles teriam que
fazer a averiguação solicitada para encaminhar para a
Assembleia.
Miguel, veja com a Senhora Deputada relatora
quem ela quer que chame primeiro. São três.
Em discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Aprovada a ata como lida.
Solicito à Senhora Secretária que proceda à
leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 153598/2015 -
encaminhado pelo Senhor Carlos Augusto Lopes (ex-
diretor do Detran) em que apresenta esclarecimentos
sobre o período em que foi gestor do órgão e fornece
informações sobre aluguel de pátio central.
O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Junte-se aos autos e dê ciência à
relatora.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
OFÍCIO CIRCULAR GAB.MB N.º 124/2015, do
Gabinete do Senhor Deputado Marcos Bruno
justificando sua ausência na reunião ordinária do dia 28
de setembro de 2015.
34 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Ciente. Junte-se aos autos.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
OFÍCIO N.º 387/2015 – Detran-ES, encaminhando
resposta dos repasses a Empresa Guardauto, conforme
solicitado no OF/CPI n.º 165/201.
O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Ciente. Dê ciência à relatora.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
PROCESSO ADMINISTRATIVO N.º 153220/2015 da Bermudes e Mendonça Advogados, representando a
Empresa Facom F. de Almeida Construções Ltda,
requerendo vista dos autos da CPI para obtenção de
cópia.
O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Ciente. Em Mesa para despacho.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
PROCESSO ADMINISTRATIVO N.º 153639/2015 da Vilela Silva Gomes e Miranda Advogados
representando o Senhor Fernando Calixto, requerendo
carga dos autos da CPI para extração de cópias.
O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Ciente. O comparecimento perante a
CPI não garante direitos à cópia dos autos. Remeter ao
requerente cópia do requerimento de criação da
comissão, informando sobre conteúdo do ofício de
convocação que esclarece os motivos da intimação.
Queria comentar isso com os Senhores
Deputados, porque agora a comissão pede alguém para
vir depor e o advogado entra querendo cópia inteira do
processo. Então entendo que é desnecessário até porque
o final da Comissão Parlamentar de Inquérito é que
indiciará ou não alguém. Então, se todos que forem
prestar esclarecimento pedirem cópia do processo...
Despachamos que é para encaminhar uma cópia do
requerimento que motivou a CPI e o ofício que a
secretaria deve agora fazer sempre fazer referência,
como faz, de qual motivação a pessoa está sendo
ouvida.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
PROCESSO ADMINISTRATIVO N.º 153406/2015
do Tribunal de Contas do ES encaminhando Decisão
Monocrática Preliminar - DECM 1522/2015 em relação
à solicitação da Comissão de Apuração de Possíveis
Irregularidades nos Procedimentos Licitatórios do
Serviço de Parquímetro no município de Colatina.
O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Ciente. Coloco em deliberação
auditoria de inspeção para apuração de possíveis
irregularidades no procedimento licitatório do serviço
de parquímetro no município de Colatina.
Encaminhar ofício ao TCE devidamente
instruído com as notas taquigráficas comprovando a
deliberação do requerimento. É mais ou menos isso que
acabamos de decidir.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
Email enviado pelo senhor Rafael Freitas de Lima,
advogado da senhora Hilda Rocha, proprietária de
veículo apreendido por força de mandado judicial,
apresentando denúncia sobre apreensão de veículo e
encaminhando documentos a esta Comissão.
O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Ciente. Coloco em deliberação da
comissão o convite para essa cidadã prestar
esclarecimento.
Vocês entenderam? É um email encaminhado
pelo Rafael Freitas de Lima, advogado da senhora Hilda
Rocha, proprietária do veículo apreendido por força de
um mandado judicial, apresentando denúncia sobre
apreensão do veículo encaminhando documentos a essa
comissão.
Gostaríamos de saber se a comissão aprova
ouvir essa senhora. Traga esse oficio para a relatora dar
uma olhada e depois no final decidimos.
Tenho até uma denúncia que está chegando,
que não sei se será lida hoje. Parece que não será. A
pessoa teve um carro apreendido e depois foi buscar o
carro e ele não estava lá. Foi vendido. Vendido e dado
documento do veículo apreendido. Esse documento está
chegando à comissão para deliberarmos com relação a
ouvir essa senhora que teve o carro vendido pelo pátio.
A SR.ª SECRETÁRIA lê: Expediente lido.
O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Muito obrigado, passemos à fase
seguinte.
Pela segunda vez, deliberaremos pela
aprovação da ata, a pedido do Miguel. Já foi feito isso,
mas como ele não está prestando atenção, vamos, de
novo, deliberar pela aprovação sem discussão da ata.
Todos nós concordamos, não é isso?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Pela aprovação, com certeza.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Miguel, está aprovado.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Senhor Presidente, pela ordem! Eu queria só que V. Ex.ª
preparasse para mim, não sei se a Senhora Deputada
Janete quer, mas eu queria um certificado desse para
mim.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) - V. Ex.ª já tem o dono do certificado,
não precisa desse certificado.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 35
Nós vamos ouvir o senhor Alcebiades.
Eu queria que o senhor falasse o nome e o
endereço, para a taquigrafia anotar, fazendo o favor.
O SR. ALCEBIADES GOMES – Alcebiades
Gomes. Rua Florentino Avidos, n.º 5, Itanguá,
Cariacica.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – A profissão do senhor?
O SR. ALCEBIADES GOMES – Vigilante e
sou pastor da Assembleia de Deus.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Pastor, eu vou ler para o senhor o
requerimento que motivou a Comissão Parlamentar de
Inquérito. É um documento que é assinado por mais de
dez deputados, porque o Regimento Interno solicita até
dez. É o Requerimento n.º 110, que criou a Comissão
Parlamentar de Inquérito, e trata de:
(...) apurar denúncias relacionadas a “MAFIA DOS
GUINCHOS” e “PATIO / ESTACIONAMENTO / DEPÓSITO” de veículos apreendidos e possível
conluio entre autoridades, prestadores de serviços e
lesão ao cidadão, além de investigar participação de servidor publico e empresas terceirizadas com intuito
de lesar o contribuinte, conforme documentação anexa.
A CPI está devidamente composta por matérias
do Folha Vitória, A Gazeta, jornal Século Diário, coluna do Elimar Côrtes. Tem também uma denúncia
do Ministério Público, feita em 2008, em que
apresentou denúncia contra vários policiais militares. E
agora, recentemente, o juiz, hoje promovido a
desembargador, Jorge, deu uma sentença e condenou
vários oficiais - coronel, major, vários policiais - pela
prática de participação entre os donos de pátios, mais a
associação da Polícia Militar, esse conluio entre os
policiais militares, que recebiam dinheiro. Já vieram
aqui várias pessoas e confirmaram que passavam
dinheiro, dando a entender aquilo que todo mundo na
cidade e no estado já pensa: que esses pátios têm
participação com alguns policiais. Quer dizer, eles têm
o direito de colocar ali carros apreendidos. Mas também
passam a dar dinheiro a policiais para poderem prender
todo carro que veem na rua para mandarem para lá, para
gerar um pagamento de guincho e gerar mais as diárias,
que são trinta e três reais por dia.
O senhor tem conhecimento desses fatos?
O SR. ALCEBIADES GOMES – O que
aconteceu comigo foi o seguinte: eu, chegando em
Itacibá, entre o colégio Terfina e o Extrabom, já caí
dentro da blitz, e só tinha o meu carro naquele momento
ali. Eles já estavam com o guincho preparado para
poder guinchar o carro. E, sem que eu pudesse
perguntar o porquê, um dos policiais já disse para mim
o seguinte: Você vai ter que pegar alguém para pegar o carro aqui. Eu não tinha entendido nada até aquela
hora. Tudo bem, eu estava com o carro em dia, com a
documentação em dia, e eles dizem que eu teria que
pegar alguém para pegar meu carro ali. Imediatamente
eu entreguei os documentos para ele e saí dali para
procurar alguém para pegar o carro para mim.
Em um dado momento, um motoqueiro passa
perto de mim e diz: Volta lá que eles vão guinchar o teu
carro. Não entendi nada. Eu retorno e encontro uma
senhora policial olhando o porta-malas do meu carro.
Eu pergunto para ela: Senhora, a senhora vai guinchar
o meu carro? Ela disse: Você não poderia ter se
ausentado daqui. Mas eu conversei com ela: Mas quem mandou eu me ausentar foi ele, o outro policial. Já
perdi muito tempo contigo. A partir dali eu comecei a pensar o seguinte:
Bom, é melhor eu ficar quieto, e vou só obedecer. E aí o
que aconteceu? Fui lá na mesa, assinei um documento
que eles mandaram eu assinar. Eles me entregaram
aquele documento e me disseram que eu teria que pegar
a minha carteira de motorista três dias depois, no
Batalhão de Trânsito.
De meia-noite até às 9h, o meu carro foi levado
lá para Rosa da Penha, de Itacibá para Rosa da Penha.
De meia-noite até às 9h eu paguei quase trezentos reais.
Realmente providenciei, fui lá, peguei, e tudo bem. E aí
fiquei aguardando. Uns três dias depois fui lá pegar
minha carteira no Batalhão de Trânsito.
Até aí ninguém disse nada para mim, que eu
estava alcoolizado. Quando veio a multa, foi que veio
dizendo que eu estava dirigindo embriagado. Não bebo,
poxa. Não bebo nada de álcool. E aí comecei conversar
com um, com outro; até então, nunca fui parado em
blitz, nunca tive este tipo de problema. Aí comecei a
perguntar: Como é que faço com isso aqui, como é que
faço com isso aqui. Inclusive até o Coronel Rubinho, de
Itacibá, me aconselhou a mandar para a Defensoria
Pública isso, porque ele também me conhece há muitos
anos, como o Senhor Deputado Marcelo Santos. Em
Cariacica todo mundo me conhece e sabe que... Tenho
exemplos ali em Cariacica.
Daí um rapaz fez para mim o encaminhamento
para o Detran, quando retornou, dizendo que estava
indeferido, quer dizer, não aceitaram. Aí comecei a
procurar uma forma de que retirassem essa multa por
uma coisa que não fiz. Mas o meu carro, de meia-noite
até 9h, paguei quase trezentos reais para tirar o carro de
lá. Outra coisa: não aceitam cartão, não aceitam cheque,
só dinheiro na mão.
Vim à Assembleia Legislativa, conversei com
seus assessores e me orientaram a estar aqui.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Pastor, o senhor lembra se do nome
desses policiais?
O SR. ALCEBIADES GOMES – Não
lembro, senhor. Se botar perto de mim aqui agora, não
sei quem é nenhum deles, porque não olhei para a cara
de nenhum deles. Era meia-noite e pouco e estava só, lá.
Não ia ficar encarando ninguém uma hora dessas da
noite.
O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – O senhor se lembra... A gente tem
como levantar isso através da data certinha. O senhor
lembra qual foi o dia do mês isso?
36 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
O SR. ALCEBIADES GOMES – Está aqui...
O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) - Dia do mês, horário e vamos levantar
através do Comando para saber quem são esses
policiais.
O SR. ALCEBIADES GOMES – 15/04/2013.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – 15/04/2013. Vou pedir à Secretaria,
viu Miguel, para anotar aí. Vamos pegar cópia. Pedir
para anotar, porque a gente vai fazer requerimento...
O SR. ALCEBIADES GOMES – Aliás, não,
É 20/03/2014, às 00h3min.
O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) - Pedir para anotar para enviar um
ofício ao Comando da Polícia Militar para saber quem
são os policiais que estavam nessa viatura, de acordo
com cópia do auto. O senhor só tem essa cópia aí?
O SR. ALCEBIADES GOMES – Não, pode
ficar com ela. Tenho outras....
O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Se o senhor não tiver, a gente vai
tirar uma cópia e deixar essa aí com o senhor.
Faça uma cópia e deixe com ele, para não
perder o documento, para a gente averiguar para saber
quem são os policiais que... Porque isso aí é uma
responsabilidade criminal do policial. Como é que faz
um auto... O senhor fez bafômetro?
O SR. ALCEBIADES GOMES – Não, nada
disso.
O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Como é que o sujeito bota no
documento... Porque isso é um documento que implica
em desagravo, em motivo de processar. Porque se o
senhor não faz uso de álcool, é um pastor, como é que
vão botar, sem fazer exame, no laudo de multa de que o
motorista estava embriagado? Mas a gente vai tomar as
devidas providências por aqui, e fazer isso chegar ao
esclarecimento e até um pedido de desculpas públicas
do Comando da Polícia Militar. Vão ter que fazer isso aí
sob pena de responder o processo, também o Comando
da Polícia Militar por ter mandado esse tipo de policial.
Ainda mais ontem que o Fantástico mostrou
que tem policial que vai com viatura e tudo para roubar,
assaltar loja e tomar dinheiro de traficante.
O senhor tem assim, mais... O senhor sofreu
alguma pressão depois desse período? O senhor teve
assim algum problema com essa...
O SR. ALCEBIADES GOMES – Mais nada.
A partir daquele momento ali fui embora, passaram com
o carro já perto de mim; eu estava indo para casa a pé,
meia-noite; eles passaram com o carro em cima do
guincho, foram embora. O que eu fiz foi correr atrás
para tirar o carro de lá no outro dia...
O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E pagou essas... o senhor tem cópia
dessas taxas todas aí, não é?
O SR. ALCEBIADES GOMES – Acredito
que sim. Se não tiver, posso procurar lá.
O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Se tiver, pode fazer cópia para a
gente. O senhor não lembra o número da viatura não,
não é?
O SR. ALCEBIADES GOMES – Não me
lembro do número da viatura nem se olhar... se colocar
perto de mim agora nem sei quem é, porque não olhei
para a cara de ninguém.
O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Não, porque eu também fui saber
ontem que essas viaturas têm número. A 924 lá de Rio
Grande do Norte... E é bom que a gente fique sabendo
que realmente não precisa ficar anotando placa não,
anotar o número da viatura já tem toda escala de quem
está naquela viatura, os dias tudo direitinho.
O SR. ALCEBIADES GOMES – Positivo.
O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Tem que ver, Deputada, parece
que...Tive uma informação aqui de que no auto tem o
policial, tem a matrícula dele no auto de infração. Tem
o auto de infração aí? O senhor se lembra? Guardou
esse auto de infração do policial?
O SR. ALCEBIADES GOMES – Deixa eu
dar uma olhadinha aqui...
O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Acho que tem. O auto de infração é o
outro. Senhor Deputado Marcelo Santos, V. Ex.ª
gostaria de...
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Gostaria sim. Pergunto ao pastor Alcebiades: Há quanto
tempo o senhor é pastor pela Igreja Assembleia de
Deus?
O SR. ALCEBIADES GOMES – Vinte e oito
anos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Quantos anos?
O SR. ALCEBIADES GOMES – Vinte e oito
anos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – No
momento em que o senhor foi abordado, sentiu-se
intimidado com a forma como foi abordado pelos
policiais?
O SR. ALCEBIADES GOMES – Na verdade
eu estava sozinho naquele momento. Estou acabando de
dizer que nunca fui enfrentado por policial nenhum em
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 37
lugar nenhum, nem aqui, nem no Rio, nem em São
Paulo, nem em Maceió. Em todos os lugares em que
passei, nunca fui abordado por policiais para nada.
Então, temos certo receio, lógico. Entendeu?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O
senhor se apresentou dizendo que é pastor da Igreja
Assembleia de Deus?
O SR. ALCEBIADES GOMES – Eles não
pediram nada. O soldado fez sinal para eu parar o carro
e fui parando. Antes que terminasse de estacionar o
carro, o policial já falou comigo assim: O senhor vai ter
que arranjar alguém aqui para pegar seu carro. Nesta
hora entreguei meus documentos, que na época estavam
em dia. Agora está tudo atrasado, mas na época estavam
em dia. Entreguei o documento a ele e já saí para
procurar alguém. Eu estava indo ao Edgar, do esporte,
mas antes que eu chegasse, alguém passou com a moto
e falou: Volta porque vão guinchar seu carro. Voltei e
ela só falou comigo: Já perdi muito tempo com você.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Presidente, registro no seio da comissão que não vou
dizer que conheço o pastor Alcebiades não. O pastor
Alcebiades me conhece há muitos anos, foi um grande
amigo de meu pai. O pastor Alcebiades tem um trabalho
fantástico, Senhora Deputada Janete de Sá, a senhora
conhece, em Cariacica. É um servo de Deus e tem feito
um trabalho de resgatar vidas. Além do papel de
evangelização, o pastor Alcebiades tem feito um
trabalho no enfrentamento da violência, falando aos
seus fiéis dos dependentes químicos que são levados à
igreja, enfim, faz um trabalho social que chega a lugares
onde o braço do Estado sequer alcançou.
Registro, pelo tempo que conheço o pastor
Alcebiades, que é um exemplo. É um pastor sério,
honrado e nunca teve nada que desabonasse sua
conduta. Tem uma conduta ilibada. Quero crer que foi
um erro praticado pelos agentes da polícia ao
notificarem o senhor sem sequer o conhecer. Nem
sequer deram a oportunidade de o senhor se apresentar
para saberem quem é o pastor Alcebiades. Fico triste
porque da mesma forma que foi alcançado o senhor,
quantas pessoas foram vítimas desse tipo de abordagem,
sem sequer cometerem qualquer ato de infração?
Senhor Presidente, peço para que adotemos
alguma medida, além dessa que V. Ex.ª apresentou de
comunicar o Batalhão de Trânsito solicitando as
informações dos agentes de polícia, dos policiais que
estavam no exercício da função. Que ao mesmo tempo
comuniquemos, se assim for necessário. O senhor deve
ter entrado com recurso, foi negado... Aliás, quero saber
quem teve um recurso admitido por esta Jari. Não
existe.
Recentemente um radar fixo multou um carro a
novecentos quilômetros por hora. Novecentos. Foi
noticiado no jornal O Globo e a mulher que estava
dirigindo o carro perdeu o recurso na Jari. Olhem só,
imaginem aquele pobre diabo que julgou isso, onde ele
estava com a cabeça? A impressão que fica é que talvez,
se ele negar, terá algum benefício com essas empresas
que existem, como Perkons e tantas outras. E o pastor
Alcebiades foi vítima, talvez, de um erro crasso
cometido pelos policiais que o abordaram.
Senhor Presidente, faço o registro porque
conheço esse senhor. Naturalmente vivemos em um país
que discrimina mesmo o negro, e a cor da pele dele
pode ser que tenha influenciado uma decisão dessa. Em
nome da Assembleia Legislativa, permita-me presidente
da CPI, relatora e eu como vice, pedir desculpas ao
senhor por essa ação equivocada desse policial. Muito
obrigado, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Antes de passar a palavra à Senhora
Deputada Janete de Sá, peço a Procuradoria que prepare
neste momento, no papel da Assembleia, uma nota de
desagravo ao pastor porque nós três deputados
assinaremos dizendo, inclusive, o fato de em sua multa
ter sido colocado que estava embriagado, sem ter feito o
teste, constando que é pastor na comunidade de
Cariacica. E assinarmos ao terminar o seu depoimento
nota de desagravo feita pela comissão pelo S. S.ª
passou.
Concedo a palavra a Senhora Deputada Janete
de Sá.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –
Cumprimento o pastor Alcebiades Gomes. Sabemos o
trabalho que faz para ajudar as pessoas com
dependência, inclusive química. Acho estranho,
realmente o que aconteceu. Fui procurada pelo pastor e
solicitei a nossa assessoria, Senhor Deputado Enivaldo
dos Anjos, que encaminhasse o requerimento dele a V.
Ex.ª para que pudéssemos tomar esse depoimento e
verificar o que aconteceu.
De fato fica muito complicado quando o pastor
coloca que se quer lhe foi oferecido a possibilidade de
fazer o bafômetro. Uma coisa que é estranha, no
mínimo estranho acreditar, de forma documentada, de
que o condutor está sob efeito de álcool quando sequer
fez o bafômetro.
Em nosso país, infelizmente, Senhor Deputado
Enivaldo dos Anjos e Senhor Deputado Marcelo Santos,
estão exagerando em determinadas situações. Deixo
claro que sou totalmente contra a condução sob efeito
de álcool e sob efeito de drogas psicoativas. Mas
precisamos de mais. Muitas vezes o condutor é
abordado numa blitz, ou até mesmo por uma viatura que
está sem o bafômetro. Precisa-se ter outros mecanismos.
Existe mecanismo de verificar a sobriedade do
condutor, e não ir tachando que o condutor está sob
efeito de álcool sem ter feito nenhum teste; sem ter feito
o teste de equilíbrio, porque visualizar o olho se está
vermelho... Quem é alérgico? Já acordo com o olho
vermelho. Tem gente que já acorda com o olho
vermelho por ser muito alérgico e coça o olho. Muitas
pessoas que são alérgicas, são prejudicadas. Se for por
visualizar o olho vermelho, muitas pessoas alérgicas,
que têm os olhos avermelhados e, no entanto, não estão
sob o efeito do álcool.
Conheço várias que têm essa situação. Já saem
tachando sem, muitas vezes, ter o aparelho. Acredito
que o senhor não deva ter sido abordado com o
bafômetro porque não tinham o aparelho, talvez até por
38 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
conta da cor, não sei por que razão chegaram a essa
conclusão com relação ao senhor.
Acho que temos que fazer um pedido de
investigação para verificar, também, se a denúncia, o
procedimento legal a ser adotado, inclusive, pela
comissão para fazermos um reparo na situação ora
reclamada.
O pastor Alcebiades não viria a esta reunião,
não teria depois de um tempo relativamente razoável -
um ano depois - para continuar contestando essa
situação, se não tivesse com razão, se não tivesse
clareza com o que está fazendo. Acredito nisso, pastor.
Se fosse para o senhor esconder, era mais fácil. Bom,
pago lá minha multa e escondo porque sou pastor. Mas
se está reclamando é uma prova de que o senhor quer
ver resolvida uma questão em que se considera
injustiçado. E, terá sim, da nossa parte, o acatamento
dessa questão que está denunciando. Que possamos
verificar e reparar esse possível erro que pode ter sido
cometido com o senhor.
Outra questão que aproveito para relatar é de
que essas juntas, as Jaris e, também, o que é julgado em
2.ª estância, no Detran, pelos advogados do órgão, é
uma vergonha. É uma vergonha. Por mais razão que o
condutor tenha, nunca tem razão; é só um procedimento
protelatório. E vem aqui pedir porque querem ser
alçados a procurador. Bom, para ser procurador não
pode só fazer ctrl c, ctrl v, não pode apenas copiar uma
situação e fazer dela uma solução para tudo. Tem que
estudar um pouco mais, tem que aprofundar.
Não é possível que ninguém esteja certo
perante as Jaris e perante o corpo de advogados do
Detran. Não é possível. Todos estão errados, só eles
estão certos. Tem alguma coisa errada. Para queremos,
para reivindicarmos, ser um pouco mais, ser além, ter
um status qualificado é preciso também ser um
diferencial e apresentar qualificação. Então, portanto
espero que fiquemos atentos para essas demandas que
muitas vezes vêm para esta Casa pedindo ajuda dos
deputados para que ajudem em determinadas causas.
Não são todos. Graças a Deus, não são todos,
mas muitas pessoas da área jurídica do Detran é ctrl c, ctrl v, não esmiúçam, não estudam a causa detidamente
para poder verificar se o condutor tem razão ou não,
simplesmente vão ao fio da legislação ou até mesmo no
ctrl c e ctrl v tratando todos de uma mesma maneira
sem sequer ter o mínimo de consideração com o que o
condutor está falando. O condutor sempre, mais não é
uma vez ou outra não, sempre está errado perante o
Detran. Ele acaba sendo lesado e fica por isso mesmo. É
a força contra a correnteza e acaba a gente vendo essas
discrepâncias que vemos, senhor Alcebiades,
apresentadas pelo senhor, lamentavelmente.
Peço ao nosso presidente que realmente
delibere um requerimento de investigação por parte do
comando do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar
para verificar o que, de fato, houve e que possamos
tomar as providências no sentido de estar fazendo o ressarcimento.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Vamos submeter à aprovação o
requerimento da Senhora Deputada Janete de Sá.
Como vota o Senhor Deputado?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Pela aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Também sou pela aprovação. Solicito
à secretaria que prepare o ofício hoje ainda.
O senhor pagou já o... o recurso foi negado?
O SR. ALCEBIADES GOMES – Foi negado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E o senhor já pagou ou está em grau
de recurso ainda?
O SR. ALCEBIADES GOMES – Eu não quis
pagar porque se eu pago dá entender que estou
aceitando a situação. Não vou aceitar uma situação
dessa. Paguei lá para tirar o carro. No primeiro dia, às
9h, paguei quase trezentos reais. Lá eu paguei, agora a
multa não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – O Jadir não está aí não?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Mas seu
IPVA já está vencido?
O SR. ALCEBIADES GOMES – Venceu,
claro.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor
não vai poder dirigir, pastor. No caso, se o senhor tiver
como pagar, é melhor o senhor pagar poder regularizar
seu veículo para que o senhor possa conduzir e aí o
senhor reclama na Justiça essa questão porque o senhor
vai ficar cerceado de um direito que o senhor tem que é
de conduzir seu veículo.
Senhores Deputados, podemos juntar a
reclamação por que ele foi julgado na Jari, como sempre
é negado o recurso, ele vai ter que recorrer ao Detran,
que fosse juntado para ver se os advogados do Detran,
que tanto vêm pedir aqui para ter o mesmo status de
procurador, se eles se debruçam na causa e resolvem o
problema mediante também ser juntado junto ao recurso
dele esse documento que a gente pode já ter do Batalhão
de Trânsito que cometeu essa situação.
O SR. ALCEBIADES GOMES – Deputada
Janete, deixa eu pedir um conselho a respeito para eu
poder entender, sou leigo nesse assunto. Não vou poder
dirigir, mas eles já me deram suspensão da carteira
também. Então, de qualquer maneira eu pagando ou não
pagando, lá eu estou suspenso.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Então, o
senhor entrega a carteira para poder correr o tempo e
recorre.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Senhora Deputada Janete de Sá, o Poder Público pode
rever seus atos a qualquer tempo. Então, acho que
poderíamos encaminhar esse documento ao Detran, ao
DER, não é?
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 39
O SR. ALCEBIADES GOMES – A multa
está aí, entreguei agora.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – É estrada.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Então foi estadual, foi 080?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Ali é 080.
O SR. ALCEBIADES GOMES – Do lado do
Extrabom.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Foi
na José Sette?
O SR. ALCEBIADES GOMES – Entre o
Extrabom...
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Foi
na José Sette.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – O senhor já tirou o boleto dos valores
atualizados?
Façam uma cópia disso, por favor, para mim
por que tem ainda possibilidade do Detran reconsiderar
as taxas. Parece que vi que tem mais de mil reais de
pátio. Então, tem condições de recuperar isso. O ideal é
uma ação no Judiciário para suspender, inclusive, a
apreensão de carteira pelo fato da embriaguez, porque
se não tem comprovação, o guarda, só, não pode, sem
fazer exame, declarar a embriaguez.
Mas, junto com esse documento, a gente vai
depois prestar uma ajuda por intermédio dos deputados
ao senhor, no sentido inclusive de recorrer dessa
decisão. A gente tem caso aqui já confirmado de que o
Judiciário manda tornar sem efeito aquilo que foi feito
sem a devida comprovação.
Para um guarda dizer que a pessoa está
alcoolizada, sem fazer o bafômetro, não tem nenhuma
hipótese, até porque teria que ser com três testemunhas,
fora o policial militar, quer dizer, seria outra situação.
O senhor tem mais alguma coisa que gostaria
de informar?
O SR. ALCEBIADES GOMES – Estou
satisfeito.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Vamos agradecer e pedir ao senhor
que aguarde só para fazermos a nota que os três
deputados assinarão de desagravo, para poder o senhor
ter reconhecido seu direito de cidadão e não concordar
com esse ato errado da Polícia Militar.
Peço para fazer a entrada do próximo, a
Senhora Deputada define. Gostaria que o senhor se
identificasse para a taquigrafia, o nome e o endereço.
O SR. FERNANDO CALIXTO – Meu nome
é Fernando Calixto. Sou proprietário da empresa Tec
Gold Sistemas, que opera o rotativo de Vitória. Meu
endereço é rua Turiassu, 2237, no bairro Perdizes, em
São Paulo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Esse acompanhante que o senhor tem
é...
O SR. FERNANDO CALIXTO – Meu
advogado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – O senhor pode dizer o nome, por
favor?
O SR. CRISTIANO VILELA DE PINHO –
Bom dia. Cristiano Vilela de Pinho.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – OAB, por favor.
O SR. CRISTIANO VILELA DE PINHO –
221594, OAB/São Paulo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Fenando, vou ler para o senhor o
requerimento que deu causa a esta Comissão
Parlamentar de Inquérito. É o Requerimento n.º
110/2015, firmado pelo número necessário de
deputados para promover a abertura de uma CPI,
deferido pelo Plenário da Assembleia e trata de:
(...) apurar denúncias relacionadas a “MAFIA DOS GUINCHOS” e “PATIO / ESTACIONAMENTO /
DEPÓSITO” de veículos apreendidos e possível
conluio entre autoridades, prestadores de serviços e lesão ao cidadão, além de investigar participação de
servidor publico e empresas terceirizadas com intuito
de lesar o contribuinte, conforme documentação anexa
Esse requerimento foi acompanhado de cópia
de notícias dos jornais Folha Vitória, A Gazeta, a
Tribuna, Século Diário, blog do jornalista Elimar
Côrtes, além de outros sites da região da Grande Vitória
e até do interior do estado.
Junto a essa documentação, também foi juntada
uma denúncia feita pelo Ministério Público em 2008 por
quatro senhores promotores em que, na apuração que
fizeram, constataram que policiais militares tinham
composição de acordo, conluio com os donos de pátios
e esses donos de pátio davam contribuições para essa
associação da Polícia Militar, dinheiro das empresas de
pátio, e esse dinheiro não era devidamente, era dado
como contribuição, não era um imposto, uma taxa legal,
e foi usado para várias coisas, entre elas para beber,
para comprar uísque, para comprar cerveja, e uma série
de coisas. Em face disso, dessa denúncia feita pelo
Ministério Público, o juiz da época, hoje desembargador
do Estado, apresentou uma sentença condenando vários
coronéis da Polícia Militar, alguns estão na reserva, e
vários policiais, em face dessas acusações que, no
entender da denúncia, o juiz entendeu que a denúncia tinha argumentação forte e condenou esses policiais.
Estamos ouvindo todo o segmento envolvido
com essa situação, de Detran, de pátio, de guincho e
também de empresas que têm e mantêm rotativo,
porque existem afirmações de que esses policiais,
40 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
principalmente aqui em Vitória, atuavam também nessa
ligação com os pátios para guinchar carro de
estacionamento rotativo, levá-los para os pátios e gerar
um valor de transporte de pátio, mais as diárias dos
carros, e isso criou um problema de revolta muito
grande.
Convidamos os senhores aqui para poderem
esclarecer como é a atuação de vocês, como foi esse
processo licitatório e se vocês receberam isso ou apenas
foram chamados: Oh! tem um estacionamento e vocês não querem pegar para vocês? Queríamos que o senhor
se manifestasse se o senhor tem conhecimento disso e
como foi essa relação contratual entre a sua empresa e a
prefeitura.
O SR. FERNANDO CALIXTO – Na
verdade, participei de um certamente em que minha
empresa deu a maior outorga, e hoje acredito que a
minha empresa é a maior outorga do Brasil, são trinta e
dois por cento para a Prefeitura de Vitória. Como era a
maior outorga, minha empresa ganhou.
Referente ao pátio de guincho, acho que não
consigo falar sobre isso porque, na verdade, a minha
empresa não tinha nada a ver com a parte de guincho.
Não era eu que guinchava e não tinha nenhuma atuação
com a parte dos guinchos.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Mas o senhor tem conhecimento, ou
teve conhecimento ou alguém da sua empresa, de que,
em face do estacionamento rotativo, na sua área,
existiam carros guinchados?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – A empresa não sabia disso?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Então, tem estacionamento que vocês
comandam, passou do horário ou não recolheu, o senhor
não tem conhecimento de nenhuma providência? A
pessoa fica lá o tempo que quiser e ninguém fala nada?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Não, na
verdade, aí passava o guarda municipal e via que o
carro estava sem o tíquete, ele multava. Daí para lá, eu
já não atuava.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Mas o senhor sabe que, no
prosseguimento, havia o guinchamento?
O SR. FERNANDO CALIXTO – O
guinchamento.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – O seu contrato com a prefeitura, no
edital, tinha essa combinação, de que o carro, não
pagando o estacionamento ou não tendo a comprovação
que pagou, poderia ser guinchado?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Não, de
maneira nenhuma. Na verdade, no edital não apontava
isso. Apontava a infração de trânsito, mas daí a
guinchar, não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – No contrato que o senhor participou e
acabou sendo vencedor, qual é o critério estabelecido
para o caso de o motorista utilizar a vaga sem pagar?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Multa.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Mas a multa feita pela sua empresa
ou pelos guardas?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Pelos
guardas municipais. Eu não tenho poder, eu não multo
ninguém.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Qual é a relação que havia entre os
guardas e a sua empresa?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Nenhuma.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Quem fazia essa comunicação? A sua
empresa fazia com os guardas? Quem acionava o
guarda para saber que o carro estava ilegal?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Na ronda
deles, e eu também acionava, quer dizer, a empresa
avisava, ligava para o 190.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Na orientação da sua empresa, o seu
encarregado ou o seu gerente, quando a pessoa
estaciona, não tem, não fez o pagamento lá e colocou,
qual é o período que isso gera motivo para a chamada
do guarda ou chamada de guincho?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Na verdade,
quando um funcionário identificava que o veículo
estava com o tíquete vencido ou sem, ele acionava,
comunicava à Guarda.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – A orientação da empresa era para
isso, detectado por sua empresa, por seus funcionários?
O SR. FERNANDO CALIXTO – É, porque
está no decreto, arts 8.º e 9.º, que toda vez que tivesse
um carro...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Os seus funcionários são orientados
para isso, toda vez que tiver um carro sem o tíquete...
O SR. FERNANDO CALIXTO – Sem o
tíquete e o tíquete vencido, aciona a Guarda.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Qual é o prazo de tolerância que a sua
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 41
empresa dá? Porque, por exemplo, a pessoa estaciona
por uma hora, aí passaram vinte minutos, qual é o
procedimento que seus funcionários são orientados a
fazer?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Eu acho
que o procedimento era vinte minutos.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Com vinte e dois minutos. Então, eu
acertei sem querer acertar. Com vinte e dois minutos?
O SR. FERNANDO CALIXTO – É, uma
tolerância, sempre o funcionário dava, aí, depois,
acionava.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Depois acionava.
Se a pessoa estiver chegando exatamente na
hora, dois ou três minutos, cinco minutos ou dez
minutos depois que venceu o prazo. E ele chegar e o
carro ainda não foi guinchado, mas já foi acionado.
Qual é a orientação que a sua empresa dá para com o
usuário?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Aí eu já
não tenho nada a ver com isso. Aí é entre o guarda
municipal e o dono do veículo. Porque, aí, se ele vai
aplicar a multa ou não, eu já não me meto nessa parte.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Bom, esse estacionamento, o valor
dele é pago na máquina do parquímetro.
O SR. FERNANDO CALIXTO – No
parquímetro.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – E a prefeitura tem percentual dele?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Sim,
senhor.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – E quanto que a sua empresa passa
para os guardas desse valor?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Para os
guardas?
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – É.
O SR. FERNANDO CALIXTO – Nada.
Passamos a outorga para a prefeitura.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Você não tem nenhum convênio com a associação dos guardas ou com o sindicato?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Nada, nada,
nada.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Com nada?
O SR. FERNANDO CALIXTO – É direto
com a prefeitura.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Senhora Deputada Janete de Sá,
deseja fazer perguntas?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Eu estou
observando, Senhor Presidente, que algumas questões
que estão sendo informadas pelo senhor Fernando, sócio
proprietário da Tec Gold, não batem com algumas
informações que aqui foram prestadas pelo secretário
responsável pelo trânsito na prefeitura de Vitória. Mas
vamos ouvir, vamos checar o que existe de diferença.
Primeiro, quero cumprimentá-lo, agradecer por
estar aqui conosco prestando informações. E pedir ao
senhor que fosse extremamente verdadeiro, porque as
contradições podem prejudicá-lo.
Temos aqui uma linha de investigação, já
ouvimos a prefeitura de Vitória, e estou observando
que, realmente, algumas coisas que o senhor fala parece
estar havendo um desencontro de informações,
principalmente no que se refere à multa e à Guarda,
dessa espécie de conivência da empresa com a Guarda
Municipal. Porque a prefeitura assegurou que a Guarda
não era chamada pela empresa. Não eram funcionários
de vocês que chamavam a Guarda. Que o guarda, em
fiscalização no local, via que os tíquetes de pagamento
não estavam afixados e que ele, dessa maneira, pedia a
remoção. E o senhor mesmo está aí, certificando que o
seu funcionário, verificando que alguns carros que
estavam estacionados estavam sem o tíquete, ele próprio
chamava a Guarda, para que a Guarda pudesse acionar o
guincho e tirando, o que, no meu entendimento, é
estranho.
E quero ver qual é o decreto que diz isso. É até
um absurdo, porque com é que pode a Guarda prestar
um serviço para a iniciativa privada. Tendo em vista,
inclusive, que o contrato, pelo que vi, da prefeitura com
a empresa do senhor, prevê tempo para regularização,
multa, no caso de não regularizar. Multa, uma
penalidade da empresa mesmo, não é pelo Código
Brasileiro de Trânsito. Uma penalidade da empresa pelo
fato de a pessoa que usou a vaga não ter pagado ou ter
se atrasado em pagar, ela tem um tempo. Tenho o
contrato, eu não estou com ele aqui agora, mas eu posso
mandar pegar, onde o proprietário tem condições de
resolver, quitando a pendência com a empresa por uma
regra estabelecida no próprio contrato. O que não tinha
nada a ver com o Código Brasileiro de Trânsito, tendo
em vista que essas vagas são regulares, essas vagas
foram, na verdade, terceirizadas, mas eram vagas
normalmente regulares e, quando não tinha
terceirização de estacionamento, elas eram ofertadas
normalmente a quem chegasse primeiro.
Depois, quando passou a terceirizar na
modalidade de colocar os parquímetros, aí sim, essas
vagas foram reguladas pela iniciativa privada e eu não
estou conseguindo compreender. É por isso que eu te
pergunto, porque existe denúncia de que a Guarda
Municipal estava a serviço da iniciativa privada no
42 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
sentido de providenciar a celeridade na remoção dos
veículos que estavam sem pagamento para desocupar as
vaga para a iniciativa privada. Queria que o senhor me
esclarecesse essa questão, se isso procede.
O SR. FERNANDO CALIXTO – Não. Não
procede. Eu falei aqui para o deputado que a Guarda
Municipal fazia a ronda, ela via os carros que estavam
irregulares e providenciava a multa, o guincho. E, claro,
os meus funcionários também, quando estão
trabalhando ali, quando viam um carro irregular
comunicavam. Não que a Guarda também tinha o
procedimento deles normal, de ronda. Eles, quando
viam um carro irregular...
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Senhor
Fernando, está gravado. Está gravado o que o senhor
falou. O senhor disse anteriormente, inclusive, que os
seus funcionários acionavam a Guarda. Isso está
gravado.
O SR. FERNANDO CALIXTO – Sim
senhora, está gravado. Falei que tinha ronda e mais os
meus funcionários.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Então,
Senhor Presidente, fica demonstrado que, de fato,
existia uma conivência entre a empresa, que
naturalmente orientava seus funcionários, com a
Guarda. A Guarda era acionada para desocupar com
rapidez uma vaga que era terceirizada com objetivo, que
era uma vaga lucrativa. Não está pagando, a Guarda
funcionava para desocupar a vaga rapidamente para que
ela fosse ocupada por um outro proprietário que pagasse
o estacionamento, quando rezam no contrato da
empresa com a Prefeitura de Vitória regras de tempo.
Até quanto tempo pode, não fez, tem que regularizar. Só
aí o Código Brasileiro de Trânsito é acionado pelas
multas legais que existem no Código Brasileiro de
Trânsito, depois que passasse por esse crivo dessa
penalidade, que já está prevista em contrato. Então,
quero só registrar isso porque fica detectada, aqui, essa
conivência.
Outra questão que gostaria de te perguntar é se
o senhor sabe informar quantas empresas participaram
do certame licitatório junto com o senhor. Se o senhor
tem noção, já que participou desse certame.
O SR. FERNANDO CALIXTO – Eu acredito
que foi a minha empresa, a Tec Gold, a Hora Park, que
faz o estacionamento de Vila Velha, a Explora Parking,
uma empresa de Brasília.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Como é o
nome?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Explora
Parking, uma empresa de Brasília. Acredito que mais uma empresa do Sul. Acho que cinco empresas.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor
acredita que cinco empresas participaram. E o senhor
justifica que o senhor venceu porque a outorga do
senhor era na ordem de quantos por cento?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Trinta e
dois por cento. 32,78%, para ser exato.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Outra
questão. Qual o valor mensal de arrecadação da sua
empresa, aproximadamente?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Para a
outorga ou faturamento?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Faturamento da sua empresa.
O SR. FERNANDO CALIXTO – Em torno
de trezentos e poucos mil reais. Não estou bem certo,
porque como a operação é...
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Sua
margem e lucro nesse negócio?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Hoje,
minha margem está em torno de dez, doze por cento.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor
pode precisar quanto que o senhor passa, desses valores,
para a Prefeitura?
O SR. FERNANDO CALIXTO – 32.78.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Essa
margem é bruta? Esses trezentos mil que o senhor fala é
bruto?
O SR. FERNANDO CALIXTO – É bruto. O
que fatura. Entrou no parquímetro cem mil reais,
exemplo, 32.78 % é da Prefeitura de Vitória.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor
está desde quando operando no parquímetro com a
empresa em Vitória?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Desde
novembro. Fará um ano no mês que vem.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor
sabe precisar quanto faturou nesse período?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Não. Assim
precisamente, não, porque começou, foi uma ordem
crescente. Não consigo precisar.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor
poderia nos informar de forma documentada?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Com
certeza.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Eu
gostaria que esse requerimento fosse aprovado, sim,
Senhor Presidente?
Outra questão. Quantos funcionários o senhor
possui no rotativo de Vitória operando?
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 43
O SR. FERNANDO CALIXTO – Hoje em
torno de setenta funcionários.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor
tem conhecimento de que existe um decreto que obriga
a empresa concessionária a notificar o dono do veículo
sem o tíquete de pagamento em até quarenta e oito
horas, para que ele possa promover esse pagamento
administrativo, que é o que falei aqui no início?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Sei. Um
decreto que... Sei.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Sim.
Existe uma denúncia de que os proprietários de veículos
irregulares não recebem essa notificação por escrito
para regularização de sua situação. O senhor pode dizer
se conhece?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Não, não
conheço. A empresa sempre cumpriu a lei, então não
conheço essa...
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Então, na
verdade, vocês não estão usando esse procedimento
porque o senhor falou que chama o guarda, pede aos
seus servidores para chamarem o guarda, então vocês
não estão usando esse procedimento de notificar o
usuário da vaga?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Na verdade,
a minha notificação não vira infração, não vira multa.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Sim. Sim.
Ela não vira, mas olha só. Só para termos clareza do que
está sendo perguntando. Ela não gera multa, mas faz
parte de um contrato em que o usuário tem um tempo
para regularizar até gerar multa. Ele tem esse tempo.
Pelo que o senhor disse, não há espera desse tempo. A
Guarda é acionada ou, se ela passar ali, é chamada para
promover a remoção, ou seja, está claro aqui que o
usuário está sendo lesado dentro do contrato, porque ele
não está tendo essa notificação de se não pagar - não
estou com o contrato - mas as três primeiras horas
parece que paga o dobro ou o triplo. Ele tem as
condicionantes, no próprio contrato, que tem que ser
efetuada essa fiscalização pelo empregado de sua
empresa, notificando, inclusive, aquele proprietário o
tempo que ele tem para poder regularizar sua situação,
aí, sim, depois disso, é que entra-se o Código Brasileiro
de Trânsito, que são remoção..., a menos que ele esteja
em vaga reservada para deficiente físico, para idoso,
mas as vagas normais, que se não houvesse a
terceirização, estariam disponíveis. Essas vagas não
estão reguladas pelo Código Brasileiro de Trânsito.
Estão no caso de se passar toda essa peneira do que o
seu servidor tem que informar ao seu usuário. O senhor
me disse que não estão fazendo isso, que vocês chamam o guarda. Por que não estão fazendo? Por que não estão
cumprindo o contrato em vigor com a prefeitura?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Não, a
empresa cumpre o contrato. O decreto saiu acredito que
uns cinco a seis meses implementando a notificação, de
que já estávamos operando. Mas a nossa notificação não
vira nem se a pessoa não pagar as três vezes que fala
que tem que pagar não vira multa. A nossa notificação
não vira infração de trânsito.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Sim, mas
não é para virar, mas passando dos prazos aí, sim, a
Guarda...
O SR. FERNANDO CALIXTO – Nem assim.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Mas aí a
Guarda, sim, teria que ser acionada.
O SR. FERNANDO CALIXTO – Aí é a
Guarda, não é a empresa.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Aí a
Guarda teria que ser acionada, poderia até ser pelo
funcionário do senhor, não tem problema, porque
expiraram-se os prazos. Ele caiu na situação comum.
Porque, no nosso entendimento, só poderia multar ou
acionar a Guarda após quarenta e oito horas. É o que
está no contrato que o senhor assinou. Se ele é bom ou
ruim, se ele está certo ou errado, foi o contrato que o
senhor assinou, que a empresa do senhor assinou. Que
só poderia haver remoção... Não estando em vaga que
está regulada por lei, porque tem vaga que está regulada
por lei, que é o caso de estacionamento de deficientes,
de idosos, está regulado por lei. Nessa, sim, cabe, a
qualquer momento, remoção. Passou um pouco da vaga
e está atrapalhando o trânsito. Essas estão reguladas por
lei.
Mas, fora isso, está no contrato que o senhor
assinou. Se o contrato é bom ou ruim, se ele, na
verdade, praticamente não permite remoção, porque
quarenta e oito horas depois que pode, só depois de
quarenta e oito horas é que pode chamar a Guarda, não
importa. Foi o contrato que o senhor assinou, e ele
precisa ser cumprido. Ele não está sendo cumprido.
O SR. FERNANDO CALIXTO – Mas quem
faz a remoção não sou eu.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Mas é o
que está no decreto, inclusive. No decreto consta isso.
No decreto consta a questão das quarenta e oito horas.
O servidor do senhor tem que informar ao usuário ao
que ele tem direito. O senhor não pode orientar seu
funcionário a chamar a Guarda para poder rebocar
veículo no estacionamento privado, que está sob o
comando da iniciativa privada, porque, com isso, o
senhor está lesando o próprio contrato. Está no seu
contrato e está no decreto. São as informações... Se o
senhor não está agindo assim, o senhor precisa verificar,
porque é isso que está acontecendo. Só parou agora
porque nós fizemos a CPI mediante essas denúncias,
porque virou uma verdadeira indústria de rebocar
veículos no estacionamento privado. Criou um
transtorno em Vitória.
Não estamos querendo prejudicar a empresa do
senhor, não estamos querendo... Não estamos aqui
falando em romper um contrato. Em muitos lugares,
principalmente na Praia do Canto, onde o
44 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
estacionamento rotativo foi colocado, deu uma
segurança maior aos lojistas. Nós não estamos falando
quanto a isso. Nós estamos falando como o senhor,
sócio proprietário da empresa, tem que observar o que o
senhor assinou e o que a lei diz. E dentro da orientação
de seu servidor, o usuário está sendo lesado. É isso.
Por gentileza, se não parar de fazer isso, nós
vamos ter que tomar uma providência pela CPI, porque
o seu servidor está orientado a chamar a Guarda. Hoje
não está acontecendo porque nós denunciamos aqui, nós
proibimos, e a prefeitura editou um novo decreto, que
remoção tem que ter a avaliação do responsável por
aquela área, pelos guardas daquela área. E aí parou com
esse rebocamento, que estava acontecendo em larga
escala em Vitória, enriquecendo, inclusive, guardas,
com suspeitas de propina, de favorecimento entre pátios
junto com a Guarda Municipal, quatro, cinco guardas
municipais campeões de multas e de pedido de remoção
em Vitória, principalmente.
Isso avolumando depois, de uma forma muito
extraordinária, muito significativa. Não gosto nem de
falar a palavra extraordinária, que é uma palavra boa, e
na verdade a situação é de um comportamento negativo
para a sociedade. Mas, assim, muito volumosos foram
os rebocamentos por conta dessa iniciativa, podendo,
inclusive, queimar a empresa. Podendo queimar a
empresa perante a sociedade, que começou a tomar ódio
da iniciativa privada, do estacionamento privado,
porque passou a ser penalizada com essa questão.
Casos, para o senhor ter uma ideia,
insignificantes, de cinco minutos de atraso, de dez. Se o
senhor não sabe, então acompanhe, porque estamos aqui
denunciando. Casos de cinco minutos de atraso, casos
de uma pessoa que se atrasou em uma consulta. Ela
pagou por duas horas, mas consulta médica hoje o
senhor sabe a fila que é. Ela atrasou dez minutos, e o
carro dela estava em cima do reboque. Então coisas
assim.
Inclusive, eu quero chamar a atenção, porque
queima a sua empresa. O senhor participou de um
certame. O nosso Estado é um Estado correto em
cumprir a lei, em cumprir os contratos, mas realmente
essa situação colocou vocês em uma situação
complicada. Eu aproveito para pedir que o senhor
oriente, peça a sua equipe administrativa para orientar
os seus profissionais para que... É inadmissível. Tem
uma regra no contrato e uma regra no decreto. Que essa
regra no contrato e essa regra no decreto seja cumprida.
Que o usuário, seja afixado no carro dele o tempo que
ele tem. Se ele não pagar, qual penalidade está imposta.
Que seja afixado para dar, inclusive, informação ao
usuário e ele poder quitar o seu procedimento. Ninguém
é caloteiro, as pessoas que ocupam uma vaga dessas não
estão fazendo calote, mas de fato têm problema. Têm
problema de pagar, têm problema na hora que começa a
funcionar o serviço; às vezes chega mais cedo. Tem que
ter essas tolerâncias todas. Há o problema de muitas
vezes não encontrar o funcionário de vocês. Digo, porque a gente mora, aqui é na Grande Vitória. O
senhor não é daqui do estado, é?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Não.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Pois é. Na
Grande Vitória tudo é muito perto. Não é como outros
estados. Aqui, estamos a cinco quilômetros um
município do outro. Então é muito comum vir de um
município para o outro para estacionar, e eu estou vendo
isso, é o nosso dia a dia. É o nosso dia a dia, e a gente
muitas vezes não consegue encontrar o funcionário de
vocês para poder ajudar ali a resolver um problema, a
máquina não está aceitando, a máquina não está
funcionando, ou houve até mesmo uma depredação, que
acontece.
O SR. FERNANDO CALIXTO – Com
certeza.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Acontece,
mas que é preciso que seja resolvido. Então a orientação
que dou é que oriente a sua equipe. Porque o contrato
que o senhor assinou, se é bom ou ruim, não me
interessa, o contrato que o senhor assinou e o decreto
estão sendo descumpridos. Já visualizamos aqui que
está sendo descumprido.
O SR. FERNANDO CALIXTO – Pode
deixar, deputada, que vou tomar esse cuidado. Vou
tomar esse cuidado da tolerância.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – E nós,
Presidente, acho assim, que precisamos ver porque o
secretário de Segurança de Vitória falou aqui uma coisa
diferente que o proprietário da Tec Gold está falando.
Quer dizer, que a prefeitura sabia dessa situação e
tardiamente tomou uma providência. Assim mesmo ela
não foi de todo. Agora diminuíram bastante, de forma
significativa, os guinchamentos, mas ainda pode ser
feito mediante procurar o servidor, o funcionário que é
responsável pela região e não apenas o guarda ser o
responsável por definir por esse rebocamento.
Acho que cabe à gente verificar no que houve
contradição e, se for o caso, pedir inclusive uma
acareação para poder verificar melhor esses
depoimentos. Porque existe contradição nos
depoimentos que aqui foram apresentados pelo
secretário responsável pela segurança, pelo trânsito de
Vitória com o que está apresentando o sócio
proprietário da empresa Tec Gold. Se for o caso, a gente
levanta onde está a contradição e, se necessário for, um
pouquinho mais na frente, a gente pede essa acareação.
Mas estou verificando aqui uma contradição grande.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – O senhor deseja fazer mais
alguma...?
O SR. FERNANDO CALIXTO – Estou à
disposição.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, está bom.
Vamos agradecer presença ao senhor.
O SR. FERNANDO CALIXTO – Obrigado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – E as informações aqui fornecidas.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 45
Peço nossas desculpas por estar ocupando o tempo, mas
a gente precisa concluir os trabalhos, a averiguação.
O SR. FERNANDO CALIXTO – Que isso!
Estou pronto. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Muito obrigado.
Peço para entrar o próximo, por favor. (Pausa)
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Gostaria de pedir ao senhor para se
identificar, por favor.
O SR. ADELCIO ANTONINI – Bom-dia.
Meu nome é Adelcio Aparecido Antonini. Sou diretor
de operações da Hora Park Sistema de Estacionamento
Rotativo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – De qual município?
O SR. ADELCIO ANTONINI – A Hora Park
é uma empresa nacional e, no caso, temos operação na
cidade de Vila Velha.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Acompanhando o senhor é a
advogada?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Doutora Ana
Lúcia, sim.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Poderia se identificar, por favor? E
dizer a OAB.
A SR.ª ANA LÚCIA PENÓN GONÇALVES
– Boa-tarde, excelências. Sou Ana Lúcia Penón
Gonçalves, OAB-SP: 192951.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Obrigado.
O senhor tem conhecimento dos fatos que
geraram esta Comissão Parlamentar de Inquérito? Sabe
os motivos?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Somente
pelo que foi noticiado pela imprensa.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Por informação, o senhor tem
conhecimento de que apura questões de estacionamento,
guincho e irregularidades no Detran. E essa denúncia
também vem em noticiários, quase que diários, nos
jornais Folha Vitória, A Gazeta, A Tribuna, Século
Diário, na coluna do blog do Elimar Côrtes e mais
outras peças que instruem a Comissão Parlamentar de
Inquérito, inclusive uma denúncia feita em 2008 pelos
quatro promotores de justiça do Espírito Santo, que
resultaram em uma condenação pelo juiz, hoje
desembargador do Espírito Santo, que condenou
coronéis de Polícia Militar e outros oficiais em face da
constatação de uma ligação entre os pátios, os guardas e
a Polícia Militar. Estamos exatamente apurando porque
já tendo sido condenado pela Justiça, existe já
comprovação dos fatos noticiados e alegados de que
existe um conluio entre os donos de pátios, os guardas
municipais e a polícia, lógico que não estamos falando
de todos porque há vários guardas municipais e
policiais, estamos falando de alguns deles, com essa
associação, na época, da Polícia Militar. E já há
depoimentos confirmando que esses donos de pátios
doavam dinheiro a essa associação para receber essa
proteção.
Estamos ouvindo também os proprietários de
estacionamento rotativo porque também há denúncia de
que os donos de estacionamento utilizam guardas
municipais e da Polícia Militar para fazer cobrança do
estacionamento. Quer dizer, se a pessoa estacionou e
não colocou o tíquete em cima ou se colocou e passou
do horário, os donos de pátio acionam a polícia ou os
guardas para fazerem a multa, a apreensão e retenção do
veículo para, impositivamente, receberem seu
estacionamento.
Estamos também apurando isso porque temos
essas reclamações, essas denúncias de que até em caso
de vinte ou dez minutos além do que foi pago, os donos
de pátio, quer dizer, sua empresa se utiliza do
chamamento de guardas que chegam, aplicam multas e
não aceitam mais, nem a pessoa querendo pagar a
diferença de vinte minutos, dez minutos ou uma hora,
consegue se livrar da multa e, em algum caso, consegue
se livrar dos guinchos, que também são chamados
imediatamente. E, além da multa do guarda e do
pagamento de estacionamento, ainda gera um transporte
de guincho, que custa de cento e noventa reais para
cima, e, além disso, no pátio, gera diária de trinta e três,
trinta e dois ou trinta e cinco. Pelos boletos que o
Detran fornece desses pátios, não sabemos nem se são
trinta porque temos impressão de que isso gira até em
torno de mais porque temos, nos autos, o comprovante
de que uma moto, que custa hoje, nova no mercado,
quatro mil reais, recebeu trinta e um mil reais de aluguel
de pátio. Então, temos a impressão de que isso fica à
vontade, de que é de acordo com a cara que eles
colocam.
Então, o senhor tem conhecimentos desses
fatos que acabei de narrar aqui?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – O senhor não tem conhecimento de
que ninguém foi condenado até agora? Não tem
conhecimento de que...?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Não. Não
tenho.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Nem pela imprensa?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Pela
imprensa, no decorrer da CPI, com informações básicas.
Não tenho detalhes e não tenho conhecimento.
46 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – De que houve essas condenações?
Existe alguma relação do seu trabalho de
empresa diretamente com os guardas na operação de
cobrança desses estacionamentos?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Na sua empresa, como seu gerente ou
seu administrador se comporta quando verifica que o
carro está sem o tíquete ou passou do horário
do tíquete?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Bom, no
caso específico do contrato da operação da cidade Vila
Velha, através de uma legislação municipal, foi
estabelecida a criação do estacionamento rotativo nas
vias públicas, estabelece uma sistemática para que o
usuário, quando encontrado em situação sem o
pagamento da tarifa pela ocupação do espaço na via
pública, receba, primeiramente, um aviso de cobrança
de tarifa, feito pelas nossas orientadoras que, além de
terem a função de orientar os usuários, informam sobre
as várias formas de pagamento que o usuário tem para
se utilizar do estacionamento. A partir desse momento,
são estabelecidos os prazos, de acordo com essa
legislação municipal, para que ele possa efetuar o
pagamento da tarifa, devido ao espaço que está
ocupando.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) No seu contrato existe, então, a
garantia dada pelo município de que ele exerce a função
punitiva e a função de cobrança do valor do
estacionamento?
O SR. ADELCIO ANTONINI – O contrato
estabelece que eu tenho a concessão para a gestão dos
espaços nas vias públicas e o momento até o qual a
concessionária atua, não só na implantação de todo
sistema, na implantação dos equipamentos, na
manutenção dos equipamentos, na orientação ao
usuário, até o momento da emissão do aviso de
cobrança de tarifa feita aos usuários.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – No contrato, então, reza que se
estacionei e fiquei irregular, não é sua empresa que
toma nenhuma providência contra mim?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Reza que seus funcionários acionam
a Guarda Municipal?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Não. Não
aciona a Guarda. Emitimos um aviso de cobrança de
tarifas, que são emitidos não só por meio de um
impresso colocado no painel, mas através de um
equipamento eletrônico que chamamos de tablet, como
se fosse um celular, em que tem um programa
preestabelecido. Essa informação, quando gerado esse
aviso de cobrança da tarifa, vai online para o órgão
gestor de trânsito da Prefeitura de Vila Velha, que
acompanha toda sistemática operacional do dia a dia na
cidade.
A partir do momento da emissão do aviso, a
prefeitura tem ciência, através do seu órgão gestor, do
que está acontecendo na via pública. Não nos compete
nenhum tipo de autuação e muito menos comunicar ou
chamar diretamente qualquer guarda municipal para
fazer qualquer tipo de atuação.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Conheço tudo isso. Já pesquisei
nesse processo, já sei que é assim.
A minha pergunta objetiva é a seguinte: quando
eu estaciono e não pago a taxa, nem no paquímetro,
nem naquelas máquinas, nem pelo telefone, nem
naquele sistema que aparece por aí, estou irregular em
cima da sua vaga, - porque, com o contrato que as
prefeituras fizeram, os municípios deram a vaga para
vocês pelo período que está no contrato - então,
estacionei, na sua vaga, irregular, quem faz a
verificação de que estou irregular?
O SR. ADELCIO ANTONINI – As nossas
agentes verificam que não houve o pagamento da tarifa
e, a partir desse momento, emitem aviso de cobrança de
tarifa.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Enviam essa via para onde?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Para o
sistema online, no qual a prefeitura acompanha online a
informação. A prefeitura ou gestão de trânsito.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Era isso que eu já sabia, mas queria
que você confirmasse. O procedimento, então, é que o
seu funcionário estabelece um comunicado à guarda
municipal.
O SR. ADELCIO ANTONINI – Não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Estabelece o comunicado para quem?
Para o prefeito direto?
O SR. ADELCIO ANTONINI – À gestão do
contrato ou ao órgão responsável pela gestão do
contrato da prefeitura. Não temos contato direto com a
Guarda.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Então o seu funcionário constata...
O SR. ADELCIO ANTONINI – Verifica,
gera uma informação através de um sistema...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Gera informação para onde?
O SR. ADELCIO ANTONINI –
Essa informação vai para o Departamento de Trânsito, à
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 47
Secretaria de Segurança, que tem um gestor...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E não é a Guarda que comanda?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Não sei
responder para o senhor. Há um gestor do contrato que
tem essa informação online. A partir daí,
provavelmente, comunica aos órgãos fiscalizadores, não
compete a nós.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – A sua empresa, então, não sabe
disso? Age inocentemente nisso? Não sabe para onde
vai essa notificação?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Essa
notificação gera como um sistema de veículos que estão
estacionados sem o pagamento da tarifa, ao qual emito
um aviso de cobrança de tarifa ao usuário. E, a partir
desse momento, ele tem um prazo, de acordo com a
legislação, para regularizar. Ele tem cinco minutos para
ir ao equipamento ou a qualquer outro meio de
pagamento e efetuar o pagamento da tarifa, ou, então,
até vinte e quatro horas para efetuar o pagamento da
tarifa conhecida como pós-utilização.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Eu sei. Eu Também sou advogado.
O SR. ADELCIO ANTONINI – Não sou
advogado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Vamos falar povão, vamos falar a
linguagem do povo. Para quem o seu funcionário manda
a notificação de que o meu carro está irregular?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Para a
Prefeitura Municipal de Vila Velha através, hoje, da
Secretaria Municipal de Segurança, que tem um órgão
de trânsito que monitora o contrato e tudo que acontece
em relação a esse contrato.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, a suas funcionárias mandam a
nota para os guardas?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Vamos falar no popular, porque se
ficar na teoria...
O SR. ADELCIO ANTONINI – Não, eu
entendo. Não é na teoria. Se V. Ex.ª me permite, ...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Você manda para a Secretaria de
Segurança de Trânsito, não é isso?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Isso.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Quem comanda os guardas do
município de Vila Velha?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Não conheço
quem é a pessoa que comanda.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – A sua advogada não pode te orientar?
Porque a sua empresa não pode ser tão inocente assim,
ela tem que saber o que ela faz e para onde vai.
O SR. ADELCIO ANTONINI – Eu posso
voltar a explicar. Nossas funcionárias... (Pausa)
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Como depoimento, não, mas pode
orientar.
O SR. ADELCIO ANTONINI – Se V. Ex.ª
me permite, como ela me orientou, vou dar uma geral
sobre o funcionamento do sistema, como V. Ex.ª já
conhece, mas só para entender até onde chega nosso
trabalho. Primeiro, é uma concessão de gestão do
espaço na via pública. O objetivo do estacionamento
rotativo é democratização do espaço.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Se você quiser, vou te poupar disso
aí. Estou querendo saber se a sua empresa sabe para
quem, para qual setor da prefeitura vai a notificação.
Calma aí, só quero essa explicação. Vai para onde? Vai
para o prefeito? Para a mão do prefeito?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Não, vai para
órgão gestor de trânsito da prefeitura de Vila Velha.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Que é o quê?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Que é hoje
um órgão ligado atualmente a Secretaria Municipal de
Segurança.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – A quem são ligados os guardas do
município de Vila Velha? A qual setor?
O SR. ADELCIO ANTONINI –
Provavelmente ligados a essa Secretaria, mas nós não
comunicamos diretamente ao guarda...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Mas é lógico que você não pode
comunicar ao guarda.
O SR. ADELCIO ANTONINI – E sim ao
órgão responsável, que cuida do sistema de
estacionamento.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – É lógico, mas você comunica ao
setor de controle de trânsito.
O SR. ADELCIO ANTONINI – De
estacionamento rotativo da prefeitura. Exatamente.
48 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então são os guardas.
O SR. ADELCIO ANTONINI – Exatamente,
Senhor deputado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Está bom.
Vou encerrar minha parte e vou passar para a
deputada que está querendo perguntar.
O SR. ADELCIO ANTONINI – Obrigado.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Primeiro,
gostaria de cumprimentar o senhor Adelcio Antonini.
Agradeço ao senhor por estar aqui na Comissão
prestando os esclarecimentos que julgamos necessários
diante das denúncias que temos recebido. Como a sua
empresa também faz parte desse sistema, que envolve
estacionamento, trânsito, remoção, multa, por esta
razão, foram chamados para prestar esses
esclarecimentos.
Gostaria que o senhor me explicasse o passo a
passo. Um proprietário estaciona um veículo numa
vaga, que se não fosse privada, ela seria ofertada, estaria
lá à disposição do usuário. Ela foi privatizada, vocês
controlam essas vagas. Não estou falando em vaga
regulamentada por lei, como no caso de estacionamento
para deficiente e para idoso. Estou falando em vagas
comuns, como existiam. E aí a pessoa não pagou, ela
não pagou a primeira hora. Ela não pagou. Como
funciona? Qual é o passo a passo?
O senhor disse que é feita uma notificação
online e vai para órgão na Secretaria de Segurança e
Trânsito, responsável pelo trânsito, para que ele tome
ciência de que tem um usuário numa vaga privada que
não está pagando o estacionamento. Vocês mandam
isso. Agora, sai um impresso para poder notificar, no
carro, nesse mesmo tempo, o usuário? É isso que quero
saber. Se vocês notificam o usuário, aí o usuário sabe o
procedimento que ele tem x tempo para poder pagar,
para regularizar. Esse passo a passo que quero entender.
E aí, isso que vocês fizeram, vai online para a prefeitura
saber que vocês fizeram. É isso? Quero que me explique
isso.
O SR. ADELCIO ANTONINI – Perfeito.
Voltando então ao procedimento. As nossas
orientadoras, circulando pelas ruas, verificam que os
veículos encontram-se estacionados na área de
estacionamento rotativo e, nesse caso, quando
constatam um veículo que não houve o pagamento da
tarifa pelas várias formas que o usuário tem a sua
disposição, ela então coloca um aviso de cobrança de
tarifa. O nome que utilizamos é uma cobrança da tarifa
a qual me foi designado essa concessão. E nesse aviso
tem todas as instruções de regularização. Estou com um
envelope aqui que tem as instruções de regularização,
como proceder no prazo de cinco minutos, como
proceder no prazo de vinte e quatro horas, de acordo
com o que estabelece a legislação municipal, que
regulamentou o estacionamento.
Aqueles dados que são enviados online, como
expliquei, também são impressos através de um
formulário do sistema que nossas meninas trabalham,
que tem no tablet, tem uma impressora que tem todos os
dados: o horário, o local, a latitude, a longitude, ou seja,
para demonstrar que aquele veículo encontra-se
georreferenciado pelo GPS naquela área, que é uma
área de estacionamento rotativo regulamentado, e gera
essa informação. Então, esses dados que vão para o
sistema, para o controle do poder público, são também
impressos e colocados no painel do veículo, junto com
as instruções que ele tem para regularização. Essas são
as normas estabelecidas pelo nosso contrato e pela
legislação.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor
saberia nos informar se esses veículos... Sei que não
cabe ao senhor, que não é o senhor que multa. O senhor
tem um contrato que está alegando que cumpre.
Gostaria inclusive que essas informações, Miguel, você
recolhesse para nós, porque precisamos da informação
toda, inclusive como é o tíquete, tudo direitinho.
Gostaria de saber do senhor se tem informação
se esses carros, estando nesses locais, são guinchados
como forma de desocupar vaga.
O SR. ADELCIO ANTONINI – Não.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Dentro do
prazo que o usuário tem direito, o senhor assegura que
esses carros não são guinchados?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Não, não são
guinchados. Até porque o usuário tem vinte e quatro
horas para efetuar o pagamento da tarifa. Pelo não
pagamento da tarifa, não.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Eles não
são guinchados pelo não pagamento da tarifa.
Quero perguntar também outra coisa. O senhor
sabe informar quantas empresas participaram do
certame licitatório com o senhor?
O SR. ADELCIO ANTONINI – De Vila
Velha, que me recordo, foram vinte licitações de que já
participei, mas devem ter sido duas ou três empresas.
Não tenho exatamente, na memória, esse número para te
dizer agora, mas, pelo menos duas com certeza foram.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Qual o
repasse que o senhor faz para o município nesse
negócio?
O SR. ADELCIO ANTONINI – 6.25% da
receita bruta.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Que
vocês determinam como outorga.
O SR. ADELCIO ANTONINI – Isso. Repasse
mensal.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor
pode nos informar qual é o valor mensal arrecadado
pela empresa no estacionamento de Vila Velha?
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 49
O SR. ADELCIO ANTONINI – A média
mensal desses últimos três anos de operação está em
torno de cento e noventa e um mil reais.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Bruto,
não é?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Receita
bruta.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – E no ato
da cobrança que saem os 6.25 de outorga para a
prefeitura?
O SR. ADELCIO ANTONINI – No ato da
cobrança do usuário?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Isso.
O SR. ADELCIO ANTONINI – Pode-se
dizer que sim, porque cada pagamento feito pelos
usuários do sistema, seja no parquímetro, seja no
sistema do celular, como o nobre deputado já
mencionou, essa informação, além de ser gerada online
pelo poder público, ele tem monitoramento do que está
acontecendo. Cada equipamento, cada sistema fornece
um relatório constando exatamente o valor.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Sim, mas
não é tirado na hora em que faz o pagamento. Na
verdade vocês fazem o repasse mensal.
O SR. ADELCIO ANTONINI – Faz-se o
repasse mensal. No final do mês você presta conta,
encaminha para o poder público todos os comprovantes
dessa máquina registradora, podemos dizer assim, que
tem todos os dados desde o início do funcionamento do
equipamento até aquele momento da coleta. E, com
base nisso, nos relatórios extraídos, é feito totalizador, é
feito então o pagamento da outorga e o recolhimento de
todos os impostos devidos.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – A
máquina repassa esses relatórios.
O SR. ADELCIO ANTONINI – Sim. No
momento, cada vez que for feita uma coleta, emite
imediatamente o relatório, reportando tudo o que
aconteceu com aquela máquina desde o início, desde a
última coleta, e o valor coletado. Com base nesses
relatórios, nessas fitas, o poder público tem total
controle e auditoria sobre esses valores.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Qual o
percentual de lucro mensal de vocês do negócio?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Hoje é de
cinco por cento.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Quantos
funcionários vocês possuem?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Trinta e três
funcionários.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Vocês
operam só no Centro de Vila Velha?
O SR. ADELCIO ANTONINI – No Centro,
uma parte do Centro, e no bairro Glória.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – O senhor
tem conhecimento, o senhor já me disse do decreto,
desculpe-me.
Basicamente... Há mais alguma coisa? (Pausa)
Já me disse, seis por cento.
O SR. ADELCIO ANTONINI – 6.25%
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – 6.25%.
Estou satisfeita com as respostas, Senhor
Presidente. Só quero aqui registar que já tínhamos
observado que a empresa Hora Park tinha um
comportamento diferente da empresa Tec Gold em
Vitória. Eles não têm essa conivência com a Guarda
Municipal, acionando a Guarda através de seus
servidores para remover os veículos nos
estacionamentos em que operam.
Já havia observado isso e que esses veículos,
mesmo porque não temos denúncias nesse sentido,
então entendemos que isso deva proceder e que é um
comportamento de estar cumprindo o contrato que, se é
bom ou ruim, teremos que analisar o contrato, mas que
foi assinado entre as partes, entre a empresa e a
Prefeitura de Vila Velha, não penalizando e não
fomentando a indústria da multa e das remoções.
Que fique bem claro, como as pessoas estão
nos assistindo, é importante falarmos isso para
acompanharem o que estamos tratando aqui. Na hora
em que essa notificação é feita ao usuário e ele tem um
tempo para pagar, para regularizar sua situação, ali está
a garantia de que aquele estacionamento será pago. É a
garantia que a empresa tem. Então, fomentar, desocupar
a vaga, porque se ficar o dia todo, ele pagará pelo tempo
que ficou. Ele tem o limite, mas ele pagará.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – V. Ex.ª não entendeu que eles têm o
mesmo sistema. Eles comunicam e a Guarda vem
multar. A única diferença que tem, é que não tem
guincho. Mas também usam do serviço público para
arrecadar estacionamento. É o mesmo critério.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Mas, no
meu entendimento, pelo que eu compreendi e visualizei,
eles não usam... o nosso problema grave era exatamente
o problema das remoções que estavam criando um
transtorno muito grande. Estou falando das remoções,
Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Mas lá também tem remoção.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Estou
querendo dizer que, neste caso, no meu entendimento,
não existe a fomentação, como estava em Vitória e que
foi, inclusive, fator de muitas denúncias, de estar
fomentando a indústria da multa e da remoção, como
50 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
estava acontecendo aqui em Vitória.
Claro que temos acompanhado, através das
denúncias, e, à medida que elas se intensifiquem, vamos
verificar se, de fato, o depoimento que aqui foi dado
procede. Mas tenho, neste momento, esse entendimento
de que há uma diferença de comportamento da Hora
Park para a Tec Gold nessa administração do
estacionamento privado. Tenho esse entendimento já
desde o início. Foi falado pela secretária Fabiana
Maioral, quando era na época, e agora não vi
contradição no que foi falado entre a secretária,
responsável pelo trânsito, e a empresa. Só isso que
quero registrar.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Eu penso diferente e vou apenas fazer
o questionamento.
Esse procedimento, que gera os valores do
estacionamento, é operado tudo pela empresa?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Sim.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – A prefeitura fica sabendo disso
como? Por relatório?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Pelos
relatórios, pelas fitas que ela audita do equipamento e
online. Ela tem um sistema instalado na sede dela pelo
qual ela acompanha cada movimento de cada
equipamento.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – O relatório que o senhor manda, ela
toma conhecimento através desse relatório?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Do relatório
impresso pelo equipamento, não pela empresa, e sim
pelo sistema.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Sei. Mas não é ela que tem essa
operação, essa operação é da sua empresa?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Porque eu
sou concessionário desse serviço.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Eu sei.
O SR. ADELCIO ANTONINI – Então, como
concessionário, a informação e a receita são da empresa,
ela presta conta, audita a empresa e a empresa presta
conta.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Você opera esse sistema e comunica a
ela, não é isso?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Comunico e
ela acompanha. A qualquer momento ela pode,
inclusive, ir ao equipamento e pedir a fita de coleta
naquele momento.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Mas o controle é da sua empresa. Ela
transferiu essa obrigação dela para você no contrato?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Sim. Mas
inteiramente à disposição do poder público a qualquer
momento para ser auditado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Depois do dia que você recebe o
valor do rotativo, quantos dias depois você passa esse
dinheiro ao município, em média?
O SR. ADELCIO ANTONINI – É
encaminhado ao poder público no final do mês, no mês
subsequente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Se eu pagar o estacionamento no dia
1.º...
O SR. ADELCIO ANTONINI – Após a
aprovação da prestação de contas, eu tenho um prazo
para depositar. Não tenho essa informação na memória,
mas posso providenciar essa informação ou, se o senhor
me der um momento para fazer a leitura do contrato, eu
estabeleço, o prazo está aqui no contrato.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Eu pago o estacionamento no dia 1.º,
esse valor que eu pago você repassa para a prefeitura
que dia?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Após a
prestação de contas, no mês subsequente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Então, você fica vinte e nove, trinta
dias, com esse dinheiro meu na sua conta?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Pagando os
trinta e três funcionários, a amortização de todos os
investimentos e toda manutenção.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Não perguntei isso. Perguntei se você
fica com esse dinheiro nesse período?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Fico com
esse dinheiro para cuidar de toda gestão.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Ele fica aplicado esse dinheiro ou fica
na gaveta?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Vai para a
área financeira da empresa para fazer todo pagamento
das obrigações que ela tem com relação ao contrato.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Está bom. O senhor tem mais alguma
coisa que o senhor gostaria de deixar explicado?
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 51
O SR. ADELCIO ANTONINI – Não. Estou
inteiramente à disposição para qualquer dúvida. Estarei
aqui para esclarecer qualquer dúvida.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Vou solicitar à Procuradoria que faça
o estudo para averiguar no Tribunal de Contas para
auditar esses contratos na mesma forma. Inclusive
acrescentando essa diferença de um contrato para o
outro, com relação ao pagamento de outorga ao
município. Quer dizer, essa diferença. E, inclusive,
vendo também esse período em que o dinheiro fica
parado na conta da empresa, e se o município recebe
esse dinheiro com juros e ver quais são os juros
bancários do dinheiro depositado. Verificar no Tribunal
de Contas se esse dinheiro é remunerado ou se ele é
apenas pago nesse período que fica na empresa, sem
remuneração ao município. Com isso, queremos
verificar o prejuízo que o município leva com essa
situação.
Muito obrigado. Vamos encerrar os trabalhos
de hoje agradecendo a todos pela presença. A pauta da
próxima segunda-feira não existirá, porque ela já está
com um feriado, então, vamos ter na outra segunda-feira
a pauta.
Não podemos fazer requerimento, porque não
temos quorum para deliberar sobre requerimento. Então,
todos os requerimentos ficam na dependência de
aprovação e de apreciação na próxima sessão, que não
será na segunda-feira, mas será na próxima. Mas se V.
Ex.ª quiser apenas ler o requerimento, aproveitar o
momento para ler, vamos ouvir, sem, portanto, decidir,
por falta de quorum.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –
Agradeço, Senhor Presidente.
O requerimento que gostaria de fazer, para ser
submetido na próxima reunião, é para que a Comissão
faça uma vistoria nos pátios que estão credenciados pelo
Detran. Que façamos uma vistoria surpresa, sem
marcar, para que possamos ver como está o nível de
empilhamento, como estão acomodados esses veículos.
Outra coisa, pedir ao Ministério Público que
mande um procurador ou um promotor para
acompanhar os trabalhos da CPI, tendo em vista que o
nosso promotor foi deslocado e não está tendo o
acompanhamento do Ministério Público, in loco, nas
necessidades e perguntas em que podemos precisar
dessa assessoria, dessa ajuda, desse auxílio.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Muito obrigado.
O senhor recebeu o certificado de presença?
O SR. ADELCIO ANTONINI – Sim.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Muito obrigado a todos os presentes e
até a próxima, pulando a próxima segunda-feira, na
outra segunda-feira, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 12h47min.
COMISSÃO PARLAMENTAR DE
INQUÉRITO DA MÁFIA DOS GUINCHOS.
VIGÉSIMA PRIMEIRA REUNIÃO ORDINÁRIA,
DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA, DA DÉCIMA OITAVA
LEGISLATURA, REALIZADA EM 19 DE
OUTUBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Declaro abertos os trabalhos desta
Comissão Parlamentar de Inquérito, em que os
funcionários tanto fazem questão de trabalhar, e solicito
à secretária que faça a leitura da ata da vigésima reunião
ordinária, realizada em 5 de outubro de 2015.
(A senhora secretária procede à leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Solicito à senhora secretária que
proceda à leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
Processo Administrativo n.º 153845/2015, do
secretário de Segurança da Prefeitura de Vitória, senhor
Fronzio Calheira Mota, solicitando cópia de seus
depoimentos prestados em 25 de maio e 17 de agosto de
2015.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Defiro o pedido por cópia da
publicação no Diário da Assembleia Legislativa
mediante recibo.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
Correspondência do Sindiguincho-ES, solicitando
reunião da diretoria com V. Ex.ª, com a máxima
urgência, para tratar de assunto referente à matéria da
máfia dos guinchos divulgada pela mídia, de licitação
de serviço de guincho, e do cadastro geral de guincho
no Espírito Santo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Deputado, essa é uma
correspondência do Sindiguincho. O negócio está tão
organizado que tem até sindicato do guincho. Estão
solicitando uma reunião da diretoria com a máxima
urgência para tratar de assunto referente à matéria
referente aos guinchos. Se concordar, designarei V. Ex.ª
para receber esse pessoal.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Faço isso.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Encaminhar esse ofício ao gabinete
do Senhor Deputado Marcelo Santos para marcar essa
reunião com o Sindiguincho para S. Ex.ª ouvir o
sindicato.
52 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
Processo Administrativo n.º 153815/2015, do Detran
encaminhando resposta ao OF.CPI n.º 177/2015, que
solicita esclarecimento acerca do requerimento do
senhor Clebio Luiz Bertoldi.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Aos procuradores da CPI para
apresentar alternativa para solucionar o problema. Dê
ciência também à relatora.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
E-mail encaminhado pelo senhor Alberto Alves Dias,
apresentando informações e denúncias sobre serviço de
guincho e pátio para guarda de veículos apreendidos.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Na CPI para analisar com os
membros. Enviar cópia a todos eles.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
E-mail encaminhado pelo senhor Alberto Alves Dias,
solicitando que a CPI da Máfia dos Guinchos convide a
senhora Maria Reco para participar de reunião da
Comissão.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Juntar à CPI e encaminhar cópia aos
membros da Comissão para decidir sobre ouvir ou não.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
Ofício n.º 935/2015 Setran/GAB, da Secretaria
Municipal de Transportes, Trânsito e Infraestrutura
Urbana de Vitória, em resposta ao Of.GDJS n.º
126/2015, onde foi solicitado cancelamento de todas as
multas emitidas nos últimos três meses e o
ressarcimento dos valores pagos ao serviço de guincho
feito pelos proprietários de veículos removidos de
forma irregular.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Esse requerimento foi feito pelo
Senhor Deputado Marcelo Santos ou pela Senhora
Deputada Janete de Sá com relação ao cancelamento de
todas as multas emitidas nos últimos três meses. Foi a
Senhora Deputada Janete de Sá. Encaminhe para
avaliação de S. Ex.ª.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
Correspondência enviada pela empresa Guardauto
Serviço de Remoção, Depósito e Guarda de Veículos.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Dê ciência à relatora.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
COMUNICAÇÕES:
Objetivo da Comissão: Apurar denúncias
relacionadas à “Máfia dos Guinchos” e “Pátio/Estacionamento/Depósito” de veículos
apreendidos e possível conluio entre autoridades,
prestadores de serviços e lesão ao cidadão, além de investigar participação de servidor público e empresas
terceirizadas com intuito de lesar o contribuinte.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Muito obrigado.
Peço que façam entrar a senhora Luciene Maria
Becacici Esteves Vianna, ex-diretora do Detran.
(Pausa) Nossa Comissão é composta de cinco
membros, precisaríamos de três membros presentes para
tomar o seu depoimento. Já que a Senhora Deputada
Janete de Sá, relatora desta CPI, está na Comissão de
Agricultura juntamente com a Senhora Deputada
Raquel Lessa, e ainda, o Senhor Deputado Marcos
Bruno, está com seu gabinete lotado de pessoas para
atender, consulto a senhora para saber se teria algum
problema a ouvirmos com a minha presença e a do
Senhor Deputado Marcelo Santos, do contrário,
teríamos que adiar o seu depoimento.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Não tem problema algum,
podemos seguir em frente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Registro a presença do ilustre Senhor
Deputado Doutor Hércules.
Lerei para a senhora o requerimento n.º
110/2015, que propõe uma Comissão Parlamentar de
Inquérito, devidamente assinada por mais de dez
Senhores Deputados, conforme exigência do Regimento
Interno da Casa, em que criou uma Comissão
Parlamentar de Inquérito para apurar denúncias
relacionadas à “Máfia dos Guinchos” e
“Pátio/Estacionamento/Depósito” de veículos
apreendidos e possível conluio entre autoridades,
prestadores de serviços e lesão ao cidadão, além de
investigar participação de servidor público e empresas
terceirizadas com intuito de lesar o contribuinte.
O documento vem acostado de vários
depoimentos, de várias reportagens, da Folha Vitória, A
Gazeta, A Tribuna, jornal Século Diário, Blog do
Elimar Côrtes e outros documentos, também uma cópia
de uma denúncia feita pelo Ministério Público, firmada
por quatros senhores promotores que ensejou a
condenação de vários oficiais da Polícia Militar, que foram condenados em face de ter sido comprovado que
havia entre a Polícia Militar e os donos de pátios e de
guinchos uma contribuição mensal de participação pelas
apreensões, pela guarda de veículos.
A senhora tem conhecimento desses fatos
relatados em nossa Comissão?
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 53
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Tenho conhecimento daquelas
questões que saíram publicadas nos jornais, apenas do
que li.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – A senhora tem conhecimento dessa
condenação de vários oficiais da Polícia Militar, com
relação a essa situação do guincho e dos pátios?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA –
Com relação à condenação, não; às notícias que foram
veiculadas, sim.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Também pela imprensa?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Sim.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – A senhora exerceu o cargo de
Direção-Geral do Detran em que período?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Foi de 12 de março de 2007 a
17 de março de 2009.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Nesse período em que esteve à frente
do Detran, foi o período em que foram feitos os
credenciamentos dos pátios? A senhora chegou a fazer
algum credenciamento? Chegou a renovar algum
contrato?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Bem, como já tem sete anos,
terei dificuldade de me lembrar os credenciamentos que
foram efetivados ou renovados no meu período de
gestão. Protocolei um pleito no Detran, trouxe até uma
cópia, solicitando informações a respeito dessas
atividades que exerci no meu período de gestão. Mas
provavelmente sim, não sei se pátios, clínicas ou outros
tipos de serviços, efetivamente, trabalhavamos com
credenciamentos. Todos os serviços prestados eram
credenciados ao órgão: transportador escolar, pátio,
fabricante de placas, clínicas, de acordo com o próprio
Código de Trânsito Brasileiro.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Foi na sua gestão que iniciou o
credenciamento de pátio, foi depois ou foi antes?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Não, não. Foi anterior, já era o
exercício, já era prática no Estado, e demos
prosseguimento a essa prática, até por entender que
estava previsto no art. 22 do Código, senão me engano.
E, da mesma forma, na legislação do Estado, há
previsão de contratação de serviços por essa
modalidade. E o nosso entendimento, até segunda
ordem, é de que essa modalidade permite que não se
limite mercado, que se tenha uma amplitude maior, até
porque não se tem como quantificar o número de
prestadores de serviço – isso pelo menos não está na
legislação – era uma discussão que travávamos em
âmbito nacional – é importante falar isso – tanto no
Denatran, em nossas reuniões no Denatran e nas
comissões do Contran – Conselho Nacional de Trânsito
- debatíamos bastante essas questões, por quê? É
importante que imaginemos que a prestação de serviço
bem distribuída no território de cada estado e o número
de credenciados ou de prestadores de serviços, se
viessem a ser licitados, precisariam ser determinados; e,
para que isso acontecesse, precisaríamos ter, de alguma
maneira, uma relação do número de veículo, da frota
cadastrada em cada unidade da federação em relação ao
número de prestadores. E essa regra nunca existiu,
acabou não sendo normatizado assim pelo governo
federal. Então, continuamos tratando todos esses
serviços prestados pelo Detran no nível de
credenciamento.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – A senhora tem formação superior?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Sim. Sou engenheira civil e
tenho mestrado em transporte e trânsito.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – No período que a senhora exerceu
atividades lá, então a senhora entendeu que o sistema de
credenciamento é mais transparente e permite mais
participação do que a licitação pública?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – É. Quer dizer, até discutimos
isso, conforme acabei de dizer, em nível nacional, por
quê? Porque clínicas e outros serviços, talvez até pátios,
tenham um custo para manutenção dos serviços, em
nível de qualidade, tenham um investimento que
poderia até nos levar a pensar em fazer uma licitação,
mas não estava normatizado assim em nível federal.
Então, enquanto o Código de Trânsito apontava o
credenciamento como caminho, fomos seguindo essa
norma federal e a própria legislação do Estado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – A senhora usou esse sistema porque
acha que está no Código Nacional de Trânsito?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Sim. Está no art. 22 do Código.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Senhor Deputado Marcelo Santos,
gostaria de fazer alguma pergunta?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Bom-dia, senhora Luciene Becacici!
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Bom-dia!
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – A
minha pergunta é basicamente as perguntas feitas pelo
54 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, saber quais
foram as renovações ou os credenciamentos novos
feitos na sua gestão. A pergunta que faço é a seguinte, a
senhora iniciou algum processo de chamamento público
para locação de uma área para depósito de veículos no
município de Serra?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Não. No meu período, não.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Senhor Presidente, é basicamente isso.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – A senhora tem conhecimento de que
isso foi feito?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Também pelo jornal,
recentemente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – No período seu lá, qual foi o processo
de aluguel de área que a senhora comandou?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Já tínhamos no estado uma área
disponível e isso não foi alterado, ficou como estava. E
na questão dos pátios, via credenciamento, prestávamos
serviços sempre que havia necessidade nos momentos
de blitze, de fiscalização, de ação de fiscalização, por
entender que em determinados casos é importante que o
veículo seja recolhido da via, se o cidadão estivesse
alcoolizado, por exemplo, ou se o cidadão não fosse
habilitado ou se tivesse com licenciamento vencido,
com multas acumuladas. Nesses casos, é natural que o
veículo seja recolhido ao pátio até que a situação seja
regularizada. Se for regularizada in loco, na via, ótimo,
o veículo nem precisa ser recolhido. Nos casos em que
não era possível resolver no momento, o veículo era
recolhido aos pátios, àqueles credenciados, sempre com
orientação de que o pátio deveria ser o mais próximo do
local da blitz.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Quantos leilões a senhora realizou
como diretora? Em qual período e por quantos anos?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Foram dois anos exatos.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Nesses dois anos, quantos leilões?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Bem, novamente, não me
lembro muito porque já tem sete anos, mas creio que
um leilão e deixei outro encaminhado, mas me
certificarei com as documentações que solicitei ao
órgão.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – No máximo, a senhora acha que deve
ter realizado uns dois?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Possivelmente. Leilão de
veículos é uma questão também bastante complexa, não
é uma questão simples. A legislação e a própria
resolução do Contran estabelecem um volume grande
de critérios para que você possa vistoriar
profundamente cada veículo, conhecer a realidade de
cada veículo, da documentação, a propriedade, se tem
alienação, se tem algum tipo de irregularidade, se é
veículo roubado, se tem condição de circulação. Tem
um cadastro muito profundo, a análise de chassi e muito
mais, até para definir, pela lei, se você vai leiloar como
veículo ou se você vai leiloar como sucata. Então,
chegamos a nomear comissão e vistoriadores e acho que
conseguimos concretizar um leilão e deixamos o
segundo encaminhado, se me recordo bem, mas a gente
pode se certificar com os documentos que solicitei ao
Detran.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – A senhora fez referência ao Código
Nacional de Trânsito.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Sim.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Qual é a previsão de leilão que tem
lá? Quais são as previsões?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – O Código... bem, não tenho o
Código de cabeça não, mas a previsão é de noventa
dias. Não é nem o Código que estabelece isso, é a
Resolução, acho que uma das resoluções do Contran. E,
enfim, hasta pública sempre que você possa proceder a
vistoria, que é recomendável, porque você está lidando
com propriedade de terceiros. Então, é de muita
responsabilidade leiloar veículos, a menos que você
tenha uma análise profunda da documentação. Sempre
que você tem um volume muito grande de débitos e
normalmente esses débitos são de vários entes, nem
todos do estado, muitos de fora do estado, a gente tem
que levantar essa documentação, anexar tudo aos autos
para cada veículo. Então, é um procedimento bastante
complexo para se executar um leilão.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – A senhora tem conhecimento de que
é ato de improbidade administrativa não cumprir a
legislação com relação ao que a lei prevê,
principalmente na questão dos leilões, ou isso não
passou pela sua cabeça?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Não, olhe bem, quando a gente
está trabalhando para cumprir o que a lei estabelece,
acho que esse é o esforço que cada gestor público deve
fazer. Não podemos cometer a irresponsabilidade de dar
passos sobre os quais a gente não tenha segurança, mas
se a gente está construindo a solução, acho que esse é o
caminho.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 55
ANJOS – PSD) – A senhora tem como comprovar que
não fez os leilões em face de algum impedimento? A
Comissão pretende, no final dos trabalhos, pedir ao
Ministério Público processar todos por improbidade
administrativa por não realizar, no devido prazo legal,
os leilões. Então, se a senhora tiver documentos, é bom
que já consiga levantar, porque vamos tomar esse
caminho.
A Procuradoria, com relação a essa parte do
Código que fala sobre leilão, veja o artigo, o inciso. É
282? O que fala qual o prazo que tem ser feito o leilão.
Eu sabia de cabeça, mas depois que o Vasco empatou
ontem fiquei meio desanimado e perdi a eficiência
mental de ontem para cá. Infelizmente... É porque viu a
camisa igual a do Vasco e perdeu ontem.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Resolução n.º 331 do Contran:
Art. 2º Constatada a permanência de veículo no
depósito do órgão ou entidade por período superior a
90 (noventa) dias, este será levado a leilão.
É esse o prazo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Mas acho que faz parte do Código
também.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – O Código estabelece diretrizes,
mas quem regulamentou foi o Contran através dessa
resolução.
O SR. VINÍCIUS OLIVEIRA GOMES
LIMA – Excelência, é o art. 328.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Leia para mim, fazendo um favor.
O SR. VINÍCIUS OLIVEIRA GOMES
LIMA –
Art. 328. Os veículos apreendidos ou removidos a
qualquer título e os animais não reclamados por seus proprietários, dentro do prazo de noventa dias, serão
levados à hasta pública, deduzindo-se, do valor arrecadado, o montante da dívida relativa a multas,
tributos e encargos legais, e o restante, se houver,
depositado à conta do ex-proprietário, na forma da lei.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Se me permite, deputado, essa
resolução estabelece detalhes de como proceder, ela está
mais completa do que está no Código, ela mostra o
quanto exigente é esse processo e o quão complexo ele
é. Razão pela qual, com base nela, a gente trabalhou
para que isso fosse viabilizado, mas, normalmente, isso
não é muito simples de fazer.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Trezentos e quanto do Código? Aí
fala que tem que ser regulamentado ou considera que
por aí está regulamentado?
O SR. VINÍCIUS OLIVEIRA GOMES
LIMA – Embaixo do artigo cita a Resolução Contran
n.º 331/2009:
Dispõe sobre uniformização do procedimento para
realização de hasta pública dos veículos retidos,
removidos e apreendidos, a qualquer título, por Órgãos e Entidades componentes do Sistema Nacional de
Trânsito, conforme o disposto nesse artigo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Então, o próprio Código já faz
referência, que regulamentou. É mais ou menos
parecido com o auxilio moradia que é concedido, mas
tem que ser regulamentado, e aí eles pularam a
regulamentação e já concederam. Então, aí, está
regulamentado por essa resolução. Então tem a
obrigação de fazer. Esse fato em si já gera motivo para
podermos pedir a apuração e denúncia por improbidade
administrativa por não ter cumprido os prazos de acordo
com o Código e com a resolução.
Tem a palavra.
O SR. EDUARDO ROCHA LEMOS –
Excelência, só para esclarecer, de modo geral, o Código
de Trânsito Brasileiro, como lei que o é, ele dá a
diretriz. Cabe ao Contran e, algumas vezes, ao Denatran
apenas regulamentar procedimentos. A obrigação para
realização de leilão e outro ponto que faz parte da
investigação da CPI, a licitação dos pátios, ela vem
como linha mestre, não poderia, sob hipótese nenhuma,
uma regulamentação inviabilizar ou mesmo ir contra o
que determina a lei de regência, que no caso é o CTB.
Então, assim, os prazos ali estabelecidos são
bem claros e toda a regulamentação, que é, de fato,
realizada por meio de resolução do Contran, ela deve
ser observada, mas nunca pode o gestor perder de vista
que os prazos legais devem, sim, ser obedecidos.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Licença, posso falar?
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – À vontade.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Em momento algum eu disse
que no Código não estabelece, não determina, o que tem
que ser feito; apenas que a resolução define como ser
feito. Tem que ser feito isso e isso. Agora a maneira de
fazer está padronizada na regulamentação, nessa norma,
e é essa norma, a ela que me referi, que traz o nível de
complexidade que nos dificulta essa ação.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Quais são as dificuldades que o órgão encontra, e que já
vem se arrastando desde muito tempo, para não realizar
o leilão a contento? Sempre quando realiza, é alcançada
uma ninharia de veículos que não alcançou, por
exemplo, os cinquenta mil, que estão abarrotando os
pátios hoje.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Eu só posso falar pelo período
que estive lá e nesse período o esforço foi bastante
56 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
grande para viabilizar por causa dessa realidade. Os
pátios lotados, os problemas de dengue, outras questões
que podemos citar e que nos preocupavam bastante.
Tivemos que contratar, tivemos que ter uma comissão
de análise de veículos e vistoriadores para fazer um
levantamento de toda a realidade de cada um daqueles
veículos, e são muitos em todos os pátios. E aí você
começa a encontrar problemas, como falei antes aqui,
há veículos roubados, veículos alienados, veículos com
débitos acumulados, você precisa ter a documentação
desse débito junto aos entes credores de cada um desses
débitos. Então, é uma tramitação, uma
burocracia bastante expressiva para que você possa,
como gestor, dar esse passo, tomar essa decisão, porque
a responsabilidade, no final, é sua, ao decidir por vender
bens, entre aspas, que não pertencem ao setor público.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O
Detran cobra o IPVA e o seguro obrigatório dos
cidadãos, que têm um prazo para pagar. Esse mesmo
Detran, que cobra e que dá um prazo, não quer saber
também da complexidade da vida do cidadão, se está
desempregado ou não, e apreende o carro dele, se for
parado em uma blitz. E esse mesmo Detran descumpre a
própria norma que editou.
Quais são as sanções ou a sanção que pode
alcançar o Detran - estou falando do departamento - que
não cumpriu a própria norma? Quer dizer, ele será
alcançado da mesa forma que o cidadão foi, ao ser
parado em uma blitz e colocado seu veículo em um
pátio? É complexo.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Sei que é complexo, concordo
que seja complexo, mas são situações... Inclusive, se a
gente pensar quando um veículo, por exemplo, está com
licenciamento em atraso e você vai verificar o que pode
estar por trás desse licenciamento em atraso, você vai
identificar que pode ser um simples atraso pela questão
financeira daquele proprietário ou uma série de outras
questões que colocam em risco a população de uma
forma geral.
Quer dizer, se você tem um veículo roubado, se
você não abordar esse veículo em uma blitz, você não
vai saber que é roubado. Se você tem um veículo
adulterado, também não vai saber se esse veículo é
adulterado.
É necessário que o poder público fiscalize e que
a legislação seja cumprida. Não discordo que o órgão
tenha que cumprir a legislação também, em momento
algum disse isso. Tanto não discordo, que a gente
trabalhou para fazê-lo e chegamos a fazer, mas não a
cada noventa dias um. As dificuldades realmente são
expressivas.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Queria, Senhor Presidente, com o respeito que tenho
pela Luciene Becacici, que é uma das poucas figuras
neste estado que conhece um bocado da área em que
atua, área de mobilidade urbana, tem todo nosso
respeito, pode ter certeza disso, mas na questão do
órgão, particularmente, não consigo entender, por mais
que a regulamentação tenha sido muito burocrática para
que se chegue ao leilão, Minas Gerais cumpre o leilão,
faz quinze leilões mensais.
O que não podemos admitir é que o Estado
continue a colocar veículos nos pátios sem fazer a sua
parte. Ou seja, que o atual diretor do Detran - que
entrou agora, espero que fique - possa estar aqui para
nos afirmar qual é o período, em quanto tempo vai
colocar esse leilão em prática.
Acho que temos essa condição, Senhor
Presidente, porque, senão, faremos todo esse trabalho e,
depois, continua a mesma coisa, olha, vai ser difícil
fazer o leilão e o diretor atual continuará seguindo a
mesma regra.
O período em que a senhora ficou, de 2007 a
2009, também seguiram outros diretores aqui. Então,
queria, Senhor Presidente, sugerir, logo no momento em
que pudermos deliberar, convocar o atual diretor, para
que possa vir aqui e apresentar o que entendo que é
prioridade naquele órgão: os leilões. Porque, daqui a
pouquinho são cinquenta mil, sessenta mil, setenta mil.
Ah! Fiz leilão para trezentos veículos. O que adiantou?
Nada.
Precisamos resolver, de uma vez por todas, a
questão desses veículos que estão lá nesses pátios
virando sucata, porque depois de três meses o cara joga
do jeito que quiser, porque já vai a leilão mesmo, não
interessa mais. E aí seremos responsáveis também. Ou o
Detran vem aqui e diz: Olha, tem um planejamento nosso para que possamos leiloar, e temos um Governo
de quatro anos.
Conversei, inclusive, com membros do
Governo semana passada e falei dessa preocupação
nossa com relação a isso, e o Governo disse que o novo
diretor tem essa missão de leiloar. Ele poderia vir aqui
falar, Senhor Presidente.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Queria só fazer mais um
registro, senhor deputado, se me permite.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Fica à vontade.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – No período em que eu fiquei à
frente do Detran, trabalhamos muito para uma série de
questões e, na questão da preservação da vida, as ações
foram inúmeras, mas também para modernizar e
reestruturar aquele órgão.
Chegamos com uma equipe bastante pequena
para as necessidades da casa, propusemos e deixamos
encaminhado na Assembleia um concurso público, que
só se efetivou depois da minha saída. Tínhamos muitas
pessoas se aposentando quando cheguei e essa foi uma
dificuldade real, sabe, deputado? Essa foi uma
dificuldade real que enfrentamos para dar conta de um
número muito grande de frente de trabalho, importantes
todas elas, tão importantes quanto as que estamos
trabalhando aqui. Tínhamos uma diversidade de
problemas e situações para serem resolvidas com aquele
quadro de servidores, e fizemos o melhor que pudemos,
efetivamente. Se não foi cem por cento, deixamos
muitas coisas encaminhadas para que fossem concluídas
a posteriori.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 57
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Nesses dois anos que a senhora esteve
lá, a senhora tem uma avaliação com relação à
arrecadação do Detran? O Detran arrecada muito?
Como é a situação?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Não lembro números,
deputado, mas a arrecadação é expressiva.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – É expressiva?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – É expressiva.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – A senhora apresentou ou conseguiu
encaminhar para o governador da época alguma
proposta de melhoria de salários ou de estudo?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Sim. Fizemos um programa de
reestruturação do órgão e o concurso público. Foi na
minha gestão que propusemos uma restruturação,
deixamos pronta e encaminhada. Chegamos a discutir
aqui na Assembleia também o concurso público, mas eu
saí antes que ele se concretizasse. Logo depois que eu
saí, o concurso se concretizou. Era um plano de carreira
para os servidores e esse foi um passo importante.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – A senhora tem cópia desse plano?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – O que eu não tenho comigo,
pedirei ao Detran.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Se puder depois encaminhar para nós,
porque o Detran tem salário que dá para rir, porque tem
salário de oitocentos reais, de novecentos reais.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – É verdade.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – E
tem caixa.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – É pedir para o órgão não funcionar,
porque se o Estado, através do Detran, não pode fazer o
leilão da forma como o Senhor Deputado Marcelo
Santos coloca, para que apreende então? Quem não tem
competência para poder cumprir a legislação, não pode
fazer a apreensão.
A senhora tem mais algum esclarecimento que
gostaria de fazer?
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Só gostaria de falar,
concluindo, que, às vezes, a apreensão é necessária para
tirar da rua alguém que pode provocar um acidente.
Nesses casos, acho que precisamos... De qualquer
forma, isso não significa que não deveríamos ter, talvez,
um volume maior de pátios distribuídos. Isso tudo são
questões que acho que ainda precisam ser mais bem
discutidas em nível nacional. Acho que essa matéria não
está bem tratada em nível nacional.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Já
acho diferente. Acho que o Estado não pode parar a
fiscalização, o Detran é que tem que fazer o leilão.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Sim, o leilão, mas e o número
de pátios e a distribuição dos pátios no território
estadual?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Os
pátios estão abarrotados porque o Detran não faz leilão,
só por isso. Porque se deram três meses, leilão.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Estou me referindo à
distribuição territorial, deputado. Estou me referindo a
você ter disponibilidade de espaço não só na região
metropolitana, mas ter diversidade para atender.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) - Mas existe. Existe no estado inteiro.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Sei que existem, mas tínhamos,
às vezes, blitze em locais que tinham um translado
muito distante.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) - Mas diminuiu. Fizeram novo credenciamento. Diminuiu
da sua época para cá.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Aí não sei como está hoje.
Então, está ótimo.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) – Aí
alguns pátios fecharam porque, como não era feito o
leilão, o cara não tinha condição de colocar mais carro.
Então, o problema foi a não execução dos leilões.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Ok.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Primeiro que noventa por cento dos
carros apreendidos não são porque estão dando
problema no trânsito, eles são por causa de IPVA e
Licenciamento, que é a indústria que se criou ao
terceirizar, colocar nas mãos de terceiros condição de
ganhar dinheiro com o serviço que é o Estado que tem
de fazer. Então, não adianta dizer que é porque o carro
está na frente da garagem ou na frente do hospital ou na
frente de qualquer lugar, porque as apreensões não
registram isso. Todas elas registram falta de pagamento
de IPVA.
Então, o Estado, através dessa terceirização, e
hoje saiu publicado um decreto no Diário Oficial, o que
é mais uma vergonha, mais uma afronta a essa
Comissão, e vamos deliberar para o diretor do Detran
58 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
novo, que já entrou fazendo, dando poder à máfia do
guincho. Vou ler só a parte da resolução publicada hoje.
Uma instrução de serviço que diz no art. 2.º:
Art. 2.º. Os credenciamentos deverão ser renovados
anualmente no prazo legalmente previsto e terão suas vigências condicionadas até a data em que se iniciarem
os serviços de remoção, depósito, guarda e liberação de
veículos resultantes de regular contratação decorrente de procedimento licitatório realizado pelo DETRAN/ES,
em atendimento à Lei 13.160/2015.
Acho até que a assessoria já podia, com base
nessa instrução, analisar a possibilidade de pedir
providências duras contra o diretor do Detran, o atual,
que já entrou mantendo a situação que estamos
combatendo aqui, que é dos pátios. E ele nem bem
assumiu o Detran, já se rendeu à situação dos pátios.
Já disse aqui, se não mandarmos prender esse
pessoal, eles não vão parar de fazer essa palhaçada com
a população. Então, esse diretor do Detran já entra
aceitando o lobby dos pátios, o lobby dos donos de
pátios, para continuar roubando a população.
Então, vamos deliberar para ele vir depor aqui
na próxima semana e já, a Procuradoria apresentar, para
ver se podemos pedir ao juiz a prisão dele depois do
depoimento, porque isso é uma molecagem que não tem
tamanho.
Vamos agradecer a participação à senhora e
vamos ouvir o próximo depoente, que é o senhor José
Antonio Colodete.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Senhor Presidente, é importante
deixar a cópia do requerimento que fiz ao Detran,
solicitando documentos?
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Vou pedir a assessoria para tirar uma
cópia e deixar juntado aqui.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Então, tá. Muito obrigada.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Que junte aos autos.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – É para juntar aos autos. E se a
senhora conseguir depois o plano de carreira, mande
uma cópia para a gente.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI ESTEVES VIANNA – Está bem, obrigada, então.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Muito obrigado à senhora.
A SR.ª LUCIENE MARIA BECACICI
ESTEVES VIANNA – Obrigada, bom-dia.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Avisamos aos presentes que o Senhor
Deputado Marcos Bruno está fazendo atendimento de
três funcionários no gabinete e ainda não pode descer
para vir à Comissão. Mas logo que S. Ex.ª atender os
funcionários dele, vai poder dar quorum aqui para nós.
Deputado, o senhor ouviu a resolução. Vamos,
daqui a pouco, colocar em deliberação para trazer aqui,
na próxima segunda-feira, o diretor-geral do Detran,
para ele explicar essa instrução de serviço, que no art.
2.º beneficia claramente os donos de pátio renovando os
credenciamentos.
Temos de entrar na Justiça contra esses
credenciamentos. Acho que a Procuradoria precisa de
tomar providências, porque eles não estão fazendo a
menor questão de respeitar o direito da população. Essa
resolução vem provar claramente que o diretor novo do
Detran está propenso e disposto a manter essa situação
de corrupção que tem no Estado do Espírito Santo,
principalmente fazendo com que esses credenciamentos
justificam o que tem sido feito pelo Detran, com esses
aluguéis de pátios superfaturados que temos
conhecimento.
Senhor José Antonio Colodete. Gostaria que o
senhor se identificasse, para a taquigrafia, o endereço e
nome direitinho.
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – É
José Antônio Colodete, o meu endereço é Rua
Constante Sodré, 1345, apartamento 401, Praia do
Canto.
O SENHOR PRESIDENTE – (ENIVALDO
DOS ANJOS - PSD) – Estamos, através do
Requerimento n.º 110/2015, que criou a CPI para apurar
denúncias relacionadas à “Máfia dos Guinchos e
Pátio/Estacionamento/Depósito” de veículos
apreendidos e possível conluio entre autoridades,
prestadores de servidores e lesão ao cidadão, além de
investigar participação de servidor público em empresas
terceirizadas com o intuito de lesar o contribuinte,
conforme o documento.
Esta Comissão Parlamentar de Inquérito foi
criada devidamente de acordo com o regimento, com a
assinatura dos Senhores Deputados suficiente, acima de
dez, com cópia de jornais como Folha Vitória, A Gazeta, A Tribuna, Século Diário, a coluna do Elimar
Côrtes, que é um jornalista que tem uma coluna bastante
lida aqui no estado. Além disso, tem uma copia de uma
denúncia firmada por quatro promotores de Justiça que
logrou êxito no juizado cível, e o juiz condenou vários
oficiais da Polícia Militar por conluio entre os pátios,
entre a Associação da Polícia Militar. Também ouvimos
aqui donos de pátio que confessaram que davam
dinheiro para essa associação de policiais militares, o
que ficou comprovado esse conluio entre a polícia, a
associação da polícia, e mais os donos de pátio. Esse
processo recebeu do juiz a condenação de vários oficiais
da Polícia Militar. O senhor tem conhecimento desses
fatos?
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Não
conheço, deputado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Não conhece?
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 59
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Não,
não conheço.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – O senhor nunca ouviu falar nisso?
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Eu
ouço o que tem saído em imprensa.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Então o senhor tem conhecimento?
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE –
Tenho conhecimento de que existe o assunto. Tenho.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – O senhor tem conhecimento, então,
que estão ocorrendo esses fatos no Espírito Santo?
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE –
Tenho. Disso tenho.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Peço uma intervençãozinha, já que
estamos aproveitando que a Senhora Deputada Janete
de Sá levantou o problema dessa instrução publicada
hoje. Estávamos aqui definindo convocar o diretor atual
do Detran para a próxima segunda-feira, para que
pudéssemos ouvi-lo com relação a essa desrespeitosa
instrução de serviço vindo de frente à Comissão
Parlamentar de Inquérito, para tomarmos essas
providências já na próxima segunda-feira. Já pedi à
Procuradoria para analisar a possibilidade, até, de
pedirmos o afastamento dele pelo fato de ter publicado
essa portaria. Aí vamos decidir isso segunda-feira.
V. Ex.ª concorda?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –
Plenamente, Senhor Presidente.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Concordo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – O Senhor Deputado Marcelo Santos
também.
Qual é o problema da assessoria? (Pausa)
Fica designado, então, ouvirmos o diretor-geral
do Detran atual e vamos tentar ver pelo nome dos que
estão convocados fazer um remanejamento.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Senhor
Presidente, primeiro quero pedir desculpas por estar
chegando agora na reunião. Nós estamos presidindo
uma reunião com produtores rurais de todo o estado
devido à crise hídrica e ao endividamento da agricultura
e da pecuária. Só podia ser hoje, na segunda-feira,
porque o deputado federal Evair de Melo toca essa
discussão junto conosco e ele só na segunda-feira podia
nos atender. Por isso juntou tanto esta CPI do Guincho,
que é importante, quanto essa reunião que coloca a
gravidade da crise hídrica e do endividamento da nossa
agricultura e pecuária capixaba, nos forçando, inclusive,
a fazer uma movimentação em Brasília para poder
buscar o refinanciamento dessas dívidas.
Gostaria de pedir, Senhor Presidente, se é
possível, também, tendo quorum neste momento,
porque vou ter que me deslocar novamente para lá
porque estou presidindo a reunião, por ser presidente da
Comissão de Agricultura, deliberarmos uma visita
técnica, uma ida nossa aos pátios para verificar a
situação in loco desses pátios. Que fossem agendadas
entre nós essas idas aos pátios conveniados para
verificarmos a situação desses pátios. Porque muito nos
incomodou quando vimos essa Instrução de n.º 177,
agora, de 16 de outubro de 2015, onde, mesmo diante
de tudo que colocamos aqui, da necessidade de
licitação, está sendo estendido o período de
credenciamento por mais um ano para cada pátio
desses. Nem coloca, aqui, o prazo que isso estaria sendo
desmobilizado, em detrimento, inclusive, dos leilões.
De leilão, ninguém fala nada aqui. Não vem nada do
Detran falando quais os avanços em termos dos leilões,
o que andou em termos de leilões. Então, nada de que é
produtivo, que vai trazer recursos para o caixa do
Estado, e que vai acabar com essa máfia, essa falcatrua
desse pátio de cento e setenta e oito mil por mês,
sangrando os cofres públicos em um momento difícil
como este. Quer dizer, nada sobre isso é dito, mas o
recredenciamento, a manutenção do credenciamento
está aqui colocada, sem ter nenhuma explicação para
esta CPI. Em desrespeito ao nosso trabalho, está isso
aqui sendo colocado.
Então eu queria, além de chamar o diretor atual
do Detran, também fazermos uma visita in loco nos
pátios, principalmente nos que mais arrecadam, para
vermos a situação desses veículos nesses pátios
estocados.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Queria propor à deputada, sexta-feira
para fazer essa diligência é bom? Qual horário? Às 14h?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Para mim,
está bom, Senhor Deputado. A hora que o senhor assim
determinar, vamos nos organizar.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então vamos pedir para visitarmos
dois pátios então, o Central Park e o pátio da Serra, o
milionário pátio da Serra. Então, a gente vai sair aqui da
Assembleia às 14h, na sexta-feira, para visitarmos esses
dois pátios, Central Park e o pátio da Serra.
Pedir providências ao presidente da Assembleia
e a Secretaria anotar isso aí, para fornecer os veículos
para a gente ir lá e fornecer segurança. Ligar para o
Ministério Público para acompanhar, ligar para a Polícia
Federal e o comandante da Polícia Militar para dar
garantia aos deputados, porque diante dessa... Pedir para
ir, ver se tem condições até de ir a tropa de choque,
porque diante disso aqui, dessa instrução, estamos
vendo que o pessoal dos pátios venceu uma queda de
braço no Detran. Então, para entrar nesses pátios,
queremos toda a segurança dos deputados. E os
funcionários todos da Comissão também têm que estar
junto lá. Quem precisar usar colete é só buscar lá em
Vila Velha.
Anotou tudo aí, Miguel?
60 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Convocação da senhora Hilda Rocha para ser
ouvida por esta Comissão; requerimento da Senhora
Deputada Janete de Sá para que a Comissão faça uma
vistoria surpresa nos pátios, que nós estamos decidindo
agora aqui; requerimento da Senhora Deputada Janete
de Sá solicitando ao Ministério Público a designação de
um promotor de Justiça nos trabalhos desta Comissão,
também está aqui agora e vamos deliberar com relação
a isso; e requerimento do Tribunal de Contas para
inspecionar e auditar os contratos de estacionamento
rotativo dos municípios de Vitória, Vila Velha,
Colatina, Guarapari, todos os municípios.
A Senhora Deputada Janete de Sá concorda?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –
Concordo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Senhor Deputado Marcelo Santos?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Concordo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então aqui vai acrescentar Guarapari
e Colatina. (Pausa)
A gente queria ouvir o diretor do DER, a gente
vai marcar uma data já para falar sobre radar, porque os
contratos de radar... Então já fica na outra segunda-
feira, sem ser a próxima agora, a outra, já convocado o
diretor-geral do DER, para trazer aqui todos os
contratos com relação a radar, credenciamento de radar
no Espírito Santo, que é outra máfia que está roubando
a população vinte e quatro horas por dia. E aproveitar
nesse dia e convidar o Senhor Deputado Bruno, que tem
debatido com relação a isso no Plenário, para ele
acompanhar aqui na comissão como convidado especial
para apurar, ajudar a gente a levantar aqui as questões
do radar. O Senhor Deputado Marcelo Santos já tem
uma ação com relação a isso, então a gente juntar todos
esses documentos para ouvirmos aqui, na outra
segunda-feira, sem ser a próxima, o diretor do DER. Se
é feriado, evidentemente nós pulamos essa. A próxima
segunda-feira que tenha reunião, para trazermos o
diretor do DER para poder falar aqui. O senhor Halpher,
não é? Para falar e trazer os contratos de
credenciamento desses pátios.
Então ficou deliberada toda essa agenda com a
presença da deputada, que vai ter que se deslocar em
função do encontro dos produtores lá, e a gente vai
tocar aqui.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Senhor
Presidente, eu também queria informar a todos que
temos uma sala-cofre aqui na Assembleia para onde
estou dirigindo os documentos sigilosos, já que na
minha sala estamos com dificuldade de ter um cofre
para poder manter esses documentos, e também todos
os documentos que foram depositados na CPI, para que
os nossos procuradores, Eduardo e Vinícius, possam
tomar conhecimento desses documentos sigilosos que
passarei para eles. Estávamos aguardando exatamente o
local para podermos reservar esses documentos, por isso
eles não puderam ser abertos. Passarei, nesta data, para
os nossos procuradores, e a eles será dada – e eu queria
pedir a V. Ex.ª – autorização para eles manusearem
apenas esses documentos na sala-cofre. Eles tendo
acesso a essa sala para manusearem, para poderem ir
trabalhando a questão do relatório que precisa ser
encaminhado. São muitas questões, já irem analisando
as peças para formação de nosso relatório.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Muito bem.
Fica comunicado. Encaminhar essa publicação
à Procuradoria para analisar, ainda esta semana, para a
Comissão apresentar um projeto de decreto legislativo
sustando esse ato e todas as outras providências,
inclusive denúncia ao Ministério Público para apurar
com relação a essa publicação, mas especialmente um
projeto de decreto legislativo para a Comissão assinar
propondo ao Plenário a sustação da publicação dessa
instrução normativa.
Daremos início ao esclarecimento do senhor
José Antonio Colodete. Fizemos a convocação do
senhor para explicar, e o Senhor Deputado Marcelo
Santos fará a pergunta, apenas com relação a um ato de
uma assembleia, quer dizer, o conselho do Detran fez
uma reunião e decidiu autorizar a contratação de um
pátio de estacionamento. Essa reunião do conselho não
teve a presença do secretário, que é o presidente do
conselho, secretário de Transporte. Acho que é de
Transporte, na época não sei se era de Transporte, e foi
presidida pelo presidente do conselho e dada essa
autorização para esse contato, e esse contrato foi
assinado pelo senhor, porque administrativamente
aquilo que é decidido no conselho regula.
Passo a palavra ao Senhor Deputado Marcelo
Santos apenas para o senhor recordar essa situação, se
foi realmente o senhor que concluiu.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Senhor José Antonio Colodete, bom-dia. Cumprimento-
o e lhe agradeço a presença. Na verdade, queremos só
tirar alguma dúvida, que é o rito normal da Comissão.
Teve a ata de chamamento público de número 05, que
culminou na contratação da locação de uma área na
Serra, amplamente citada aqui.
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE –
Certo.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Na
época, não sei se o senhor continua no Detran?
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Não.
Saí em janeiro.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Na
época, quais foram os motivos para que esse... Foi uma
iniciativa da diretoria do senhor?
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Não.
Não. A iniciativa partiu do Carlos Lopes. Quando ele
chegou ao Detran... Essa questão de pátio já é antiga no
Detran, de anos. A questão grande era a superlotação
dos pátios e tinha que arranjar uma solução para esse
problema. Como diretor administrativo financeiro, eu
participava muito pouco disso, mas sei que o Carlos
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 61
constituiu uma comissão que teve a incumbência de
chegar a uma definição do que seria melhor para o
Detran, naquele momento, para tentar solucionar essa
questão de carros que ficam em pátio de
estacionamento. Essa comissão, dentre outras coisas,
sugeriu que fosse alugado um pátio maior onde o
Detran pudesse concentrar. Vamos imaginar que tivesse
que descredenciar um pátio, não teria para onde levar os
carros. Um exemplo é o pátio de Aribiri, o proprietário
entregou, não queria mais ser credenciado, ficou dois
anos até conseguir transferir os carros dali para outro
lugar porque não havia espaço. Não existe espaço. Uma
das coisas seria para se ter uma flexibilidade maior no
tratamento com os credenciados proprietários de pátio e
o objetivo maior também, que o Carlos tinha muito
carinho por isso, eu sei, é a reciclagem de veículos, que
chegou a fazer uma. Então, precisava de uma área
considerável para isso. O motivo foi esse.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Houve algum questionamento, no período que foi
confeccionado não só o edital, do princípio da
publicidade? Foi dada a publicidade devida a esse
chamamento?
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE –
Olha, foi publicado. Era necessário. Foi publicado sim.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Competiria também à Comissão Permanente de
Licitação.
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Foi
feito chamamento público, não foi feita uma licitação
para isso, foi feito chamamento público. Sei que
apareceram..., não participei do processo diretamente,
mas foram em torno de sete ou oito empresas que
apresentaram propostas. Algumas foram
desclassificadas, sei que remanesceram cinco propostas,
e destas, foi escolhida a de menor preço.
Agora, publicidade, teve.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O
senhor conheceu o senhor Wallace Gomes, assessor
especial?
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Trabalhou lá no Detran.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Indicação do senhor Carlos Lopes.
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Ele
era assessor do Carlos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Senhor José Antonio Colodete, conheço o trabalho do
senhor e sei que é um homem sério, estou falando isso
como vice-presidente da Comissão, ao lado do
presidente. Temos enfrentado um grave problema no
Estado com relação ao Detran, que é um órgão que
arrecada muito, e que seu intuito é meramente,
observando claramente hoje, tem uma função
arrecadadora, sem respeitar os princípios, inclusive, das
próprias leis que o conselho que rege, edita. Se você
tem que leiloar o veículo em noventa dias, o Detran
vem descumprindo essa regra ao longo dos anos. E não
justifica. A necessidade, como o senhor disse, é diante
de uma falha do próprio órgão em não leiloar: Então vou arrumar uma área para colocar os veículos, porque
eu não leiloei. Ou não leiloei da forma que deveria. Porque ter cinquenta mil veículos hoje abarrotando os
pátios é um número..., cinquenta mil estamos falando de
dois meses atrás.
A iniciativa do Carlos Lopes, se olharmos por
um prisma, é muito importante, porque você
descredenciou pátio e tem que arrumar outro para
colocar essa sucata, vamos dizer assim, Mas, por outro
lado, foi descumprido o que prevê o Código de Trânsito
de que se deve leiloar em três meses. Ah! É difícil! É,
mas é difícil no Brasil inteiro, e o Código diz que se
deve leiloar.
Estamos aqui cumprindo um rito, ouvindo
todos, a diretoria. Quero registrar que conhecemos o
trabalho do senhor a lisura dos atos que sempre praticou
no Detran, mas não isentaremos aqui o diretor-geral,
que teve essa iniciativa. Como diretor-geral, ele deveria
observar sob essa ótica e não pelo outro lado.
Senhor Presidente, tem uma manifestação do
presidente da Comissão Técnica, por mais que seja um
momento público, ele foi o cidadão que participou, o
Thiago Silveira Rocha, que está, inclusive, nessa data
que alteraremos.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Ele estará hoje.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O
Thiago está aqui, hoje, para que ele possa nos falar se
houve, de fato, a questão da publicidade, essas questões
todas.
Com relação ao José Antonio Colodete, só
tenho a agradecer a participação. Gostaria de registrar o
que ele mesmo disso, que não foi de iniciativa dele, que
era o que gostaríamos que V. S.ª pudesse nos comunicar
aqui agora.
Era o que tinha a perguntar.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Senhor José Antonio, o conselho
decidiu, e esse processo decidido no conselho foi para
suas mãos para preparar o contrato, não é isso?
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – O
contrato era preparado na área administrativa financeira,
tinha delegação, porque o contrato tem que ser assinado
pelo diretor-geral. Eu tinha delegação de poderes do
Carlos para assinar por ele. Então, normalmente, os
processos chegavam lá já completos, só para assinar
mesmo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – O senhor que elaborou o contrato?
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Não,
não fui eu que elaborei, foi elaborado no departamento
62 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
jurídico.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Isso, depois que saiu do conselho?
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – É.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Era de sua competência verificar a
idoneidade da empresa, a existência da empresa, ou era
da comissão criada para avaliação de quem seria o
menor preço? Quem é tinha essa competência?
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Sinceramente não sei responder se a comissão nomeada
teria que fazer essa avaliação de idoneidade da empresa.
Sinceramente não sei lhe dar essa resposta.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – E também o senhor não sabe quem
teria que avaliar se a empresa tinha know how na área,
período de existência da empresa, período de
localização da empresa?
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Não.
Confesso que não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Onde é a sede da empresa isso o
senhor sabe?
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE –
Confesso que não me passou isso pela...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Mas o senhor sabe quem teria de
fazer isso?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Nos autos constam o senhor Wallace Gomes.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Ele teria que fazer? (Pausa) Temos
que ouvir. (Pausa) Mas da próxima semana? (Pausa)
Tem alguma coisa que o senhor gostaria de
falar mais?
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE – Não.
Nada a acrescentar.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Agradecemos a presença ao senhor
nesta reunião, a disponibilidade de vir. Nosso respeito,
admiração e agradecimento por sua presença.
O SR. JOSÉ ANTONIO COLODETE –
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – O senhor José Antonio Colodete está
dispensado. Solicito que lhe seja entregue comprovante
de comparecimento a esta Comissão.
Solicito à Secretaria que faça entrar o senhor
Thiago Silveira Rocha. (Pausa)
Senhor Thiago, gostaria que o senhor se
identificasse e desse o endereço da residência para a
taquigrafia anotar, por favor.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA- Sim.
Meu nome é Thiago Silveira Rocha, moro em Campo
Grande, na av. Nossa Senhora Aparecida, n.º 3, Dom
Bosco, Cariacica.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – O senhor foi chamado a esta reunião
com relação ao Requerimento n.º 110, que criou a
Comissão Parlamentar de Inquérito, conhecida como a
CPI da Máfia dos Guinchos, para apurar denuncias
relacionadas à máfia dos guinchos, pátio de
estacionamentos, depósito de veículos apreendidos e
possível conluio entre autoridades, prestadores de
serviço e lesão ao cidadão, além de investigar a
participação de servidor público em empresa
terceirizada com o intuito de lesar o contribuinte,
conforme documentação anexa.
A CPI vai devidamente assinada pelos senhores
deputados, publicada no Diário Oficial do Legislativo.
Juntou-se cópia da Folha Vitória, de A Gazeta, de A Tribuna, do jornal Século Diário, do blog do jornalista
Elimar Côrtes, além de outros documentos que fazem
referência a esses fatos levados a público no estado do
Espírito Santo, como uma quadrilha que foi montada,
com respaldo do Detran, para assaltar os proprietários
de veículos no Espírito Santo.
Consta também nos autos cópia de uma
denúncia feita por quatro promotores em que
denunciaram um conluio entre a associação da Polícia
Militar com os donos de pátio, aqui confirmado por um,
ou pelo menos dois donos de pátio, que, realmente,
davam dinheiro para essa associação, e comprovou,
então, que havia uma contribuição entre os donos de
pátio, quem apreendia veículo, com o sistema da
Associação da Polícia Militar.
Essa denuncia acabou o juiz dando a
condenação de dois oficiais, dois coronéis, que foram
comandantes da Polícia Militar, e outros oficiais que
foram condenados a penas variadas, com relação a esse
assunto.
O senhor tem conhecimento disso?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA -
Conhecimento de mídia.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Mas o senhor sabe que está ocorrendo
esse problema no Espírito Santo?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Sim,
pela mídia.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – O senhor é servidor do Detran?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Não.
Servi ao Detran.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Em qual período?
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 63
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Período de 2013, 2014.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Em qual administração de diretor-
geral lá?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA -
Carlos Lopes.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – O senhor entrou com ele, antes ou
depois dele?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA -
Entrei depois, porque coloquei currículo no Detran.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Sei, mas você entrou depois da
administração dele?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Não.
Na administração.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Entrou na administração dele?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Sim.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – O critério em que você entrou lá foi
qual: prova seletiva ou qual foi o critério?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Não,
coloquei currículo para trabalhar.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Você colocou o currículo onde, na
mão dele ou...?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Não.
Entreguei no Detran e em outros locais também.
Entreguei o currículo para trabalhar.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – O senhor reside onde?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA -
Campo Grande.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Campo Grande.
Qual função o senhor exercia nesse cargo, era
comissionado ou contratado?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Comissionado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Qual era a função?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Lá eu
era presidente da CPL.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Da Comissão de Licitação?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Comissão de Licitação.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Mas sem ser funcionário efetivo?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Fui,
coloquei um currículo para poder trabalhar.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Você colocou um currículo para ser
presidente da CPL?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Sua especialidade é fazer licitação?
Processo de licitação?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,
fiz curso, trabalhei, sempre trabalhei na área pública,
sou bacharel em Direito e coloquei um currículo para
trabalhar na área.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Você foi nomeado em que cargo
então?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – De
presidente da CPL.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Existe esse cargo no Estado?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,
no caso...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Tenho trinta e poucos anos de
atividade pública...
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,
eu era assessor e fui nomeado. Fui assessor...
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O
cargo que você ocupou era assessor de qual nível?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA - Agora não me recordo, mas era assessor e com a
atribuição de ser presidente da CPL.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Você foi nomeado quando? Você se
lembra?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não
me lembro.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Não tem a data?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não
me lembro.
64 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Está ruim de memória, rapaz. Tenho
sessenta e cinco anos e se me perguntar coisa de quando
tinha cinco anos de idade vou responder. Sou da família
dos elefantes, tenho memória boa.
Você não se lembra da data. Qual foi o lugar
onde você foi localizado?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Na
CPL, fui colocado lá.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Foi nomeado e foi direto para a CPL?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Sim,
fui nomeado assessor e fui trabalhar na CPL.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – No dia que você entrou, já entrou e
foi direto para a CPL ou já entrou, ficou uns dias e
depois foi chamado para a CPL?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Acredito que fui nomeado e depois fui trabalhar na área.
Fui lá, sentei na área e fui trabalhando e, aí, já fui
assumindo um cargo na CPL.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Estou pasmo porque não sabia desse
episódio no serviço público. Primeiro que um gestor
público para poder dizer que é uma pessoa que tem boas
intenções não pode nomear, na comissão de licitação,
funcionário que não seja efetivo.
Como é que vamos levantar isso? Porque acho
que há impedimento total. (Pausa) Não. Não é de
bom... (Pausa) Demonstra que pode então. Já que você
falou que pode mostra, comprova que pode.
No serviço público, como dizia meu amigo que
foi prefeito, Elias Dal’Col, só permanece aquilo que as
pessoas acham que está errado; os que estão certo,
ninguém gosta, todo mundo reage. Você faz um negócio
corretamente, as pessoas reagem porque eles querem
um trem errado. E você colocar um cargo comissionado
para presidir uma comissão de licitação isso é contra o
princípio público, porque em comissão de licitação tem
que ser efetivo para, no mínimo, a pessoa ter medo de
perder o emprego público. Agora, quem vai ali
nomeado como comissionado para uma comissão de
licitação, qual é a responsabilidade que ele tem com a
atividade? Não estou fazendo referência a você, mas...?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Tudo
bem.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Quer dizer, o funcionário pode ficar
lá, fazer um monte de lambança e ir embora, e ser
exonerado. Então, a comissão de licitação, embora o
Marcelo Siano, que é um dos que atua na atividade
pública já há muito tempo, devia, não com o sorriso que
ele fez ali falando que pode, devia falar com sorriso
triste, porque é impossível você considerar que o
ordenador de despesa está com seriedade. Ele está
querendo fazer mutreta, porque um funcionário
comissionado você pode inclusive pressionar ele a fazer
o que você quer, sob pena de ser exonerado; agora, um
funcionário efetivo o cara pode falar: Não, isso eu não
faço errado. E ele não perde a função, ele tem
autonomia. Essa é que é a vitaliciedade. Por que juiz é
vitalício? É exatamente para não fazer o que o
presidente do Tribunal manda ou não ser subordinado a
fazer uma sentença ou uma decisão.
Conselheiro do Tribunal de Contas é vitalício
também, e tem gente agora que está querendo até passar
para setenta e cinco anos, já tem emenda para noventa
anos, porque o cara não quer sair do cargo, é
exatamente para ter independência. Quer dizer, se a
vitaliciedade garante que a pessoa tem que ter, e
inclusive inamovibilidade Você não pode remover um
juiz, um promotor, para garantir a ele o direito de ter a
decisão.
Uma comissão de licitação em que o cara é
comissionado, isso é, no mínimo, demonstração de que
está querendo fazer troço errado. Será possível que não
tem um funcionário efetivo no Detran que tem
capacidade de ser?
Ele está dizendo aqui que entrou num dia e no
outro dia já estava na comissão de licitação. Esse Carlos
Lopes é um cara cheio de inovação, aqui para nós. Ou
ele não tem noção de nada de serviço público ou,
lamentavelmente, não demonstrou que queria preservar.
O senhor assinou, comandou a licitação de um
contrato de aluguel, o famoso contrato milionário da
Serra. É isso?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Sim.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Qual foi o critério que o senhor usou
ali para poder garantir todos os direitos, toda a
legalidade pública desse contrato?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – A
CPL agia com os argumentos que entregues a ela. Foi
feito uma comissão e essa comissão estava instituída
para analisar os imóveis, para dizer a competência deles
e o grau de entrega dos envelopes deles. E isso foi
entregue para a CPL. A CPL não teve em nenhum
momento contato com isso. Foi entregue para ela o que
deveria... Por exemplo, a CPL recebeu da comissão a
informação que uma proposta atendia. De acordo com
essa informação recebida, fizemos o processo
licitatório. Em nenhum momento intervimos nisso, só
recebemos as informações. Uma comissão foi criada
para isso e a gente, com essa informação, trabalhou em
cima disso e fez a dispensa da licitação.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Outra coisa que não estou
entendendo, qual era a função dessa comissão? Era
fazer tudo, acertar tudo, combinar tudo e passar para a
CPL homologar?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não
sei. Eu sei que...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Não! Eu quero que você me fale o
que essa comissão fez, porque o que a CPL tem que
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 65
fazer eu sei.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Sim.
Nós fizemos o seguinte, foi feito um chamamento
público...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Através de quem?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –
Através da CPL. A CPL fez o chamamento. Foi feita a
abertura dos envelopes pelas pessoas que estavam
representando o local ou as empresas, se não me engano
foram oito empresas. Depois desse chamamento, esse
processo foi entregue. Foi criada uma comissão para
analisar esses imóveis, que não foi a CPL. A CPL não
se envolveu nisso.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Mas como que não foi a CPL se a
obrigação é dela fazer isso?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não!
A CPL recebeu a informação dessa análise de que havia
uma proposta vigente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Você recebeu isso como? Por escrito?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Está
nos autos. Está no processo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Você recebeu isso pela comissão?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Pela
comissão.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Então, você afirma que quem
escolheu e quem disse que a proposta era melhor foi a
comissão.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não!
Eu digo que foi analisado pela comissão e a comissão
fez o parecer dela, esse parecer foi entregue à CPL.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Então, não foi você que abriu os
envelopes?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não!
Quem abriu os envelopes no dia foi o pessoal do
chamamento público.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Mas você que disse que entende de
CPL, você não sabe que isso é uma obrigação e só é
função da CPL?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Nós
estávamos lá. Estávamos dirigindo o chamamento.
Quando acabou e todos eles foram abertos, os
envelopes, isso foi colocado pela CPL, foi organizado, e
isso foi entregue dentro do processo. Foi criado um auto
para isso.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Mas, aí, foi encaminhado à CPL ou
foi à comissão que fez o julgamento?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –
Como assim? Não entendi.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Foi a CPL que recebeu as propostas e
abriu ou foi a comissão que recebeu as propostas e
abriu?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não!
Essa comissão só apareceu depois que foi feito o
chamamento público. Foi instituída.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – O chamamento público é outra etapa.
Estou querendo saber quem foi que recebeu as
propostas e abriu as propostas.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Foi
no dia do chamamento.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Quem foi que fez? Foi você ou foi a
comissão?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não!
A comissão, a CPL, ela estava fazendo o chamamento
público junto com os membros das empresas que
entregaram os envelopes, e a partir do momento que
eles iam na ata, ia sendo feita a abertura desses
envelopes. Depois disso, foi colocado dentro dos autos
os envelopes que estavam sendo entregues no dia do
chamamento público.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – A nossa assessoria está dizendo aqui
que o art. 51, da famosa Lei n.º 8666, que já está
ultrapassada, está desde 1993 fazendo besteira. Diz
aqui:
§ 1.º No caso de convite, a Comissão de licitação,
excepcionalmente, nas pequenas unidades
administrativas (...)
Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua alteração ou cancelamento, e
as propostas serão processadas e julgadas por
comissão permanente ou especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles
servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da Administração responsáveis
pela licitação.
No caso do senhor, eram quantos membros na
comissão?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Acho
que eram cinco, se não me engano. Não lembro agora.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
66 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
ANJOS - PSD) – E todos eles eram comissionados?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,
tinha efetivo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Tinham quantos efetivos?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Acho
que a maioria era efetiva.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – E por que você presidiu? Você foi
eleito por eles ou foi designado? Como foi?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Fui
designado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Quantos comissionados tinham nessa
comissão?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não
me lembro. Acho que eram cinco ou seis e os suplentes.
Não me recordo agora.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Onde está o Marcelo Siano? Chame o
Marcelo. Quero que o Marcelo Siano mostre onde
achou que pode ser cargo comissionado. O que a lei diz
é obrigatoriamente efetivo. O número de efetivo em
uma comissão de três é, obrigatoriamente, dois. Não diz
que pode ser cargo comissionado.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Enquanto o Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos
procura uma informação, o senhor Wallace Gomes
exercia que função no Detran, quando você estava
presidente da CPL?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – O
Wallace, acho que era assessor do diretor.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O
senhor conhecia ele?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –
Conheci lá.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – De
Big Field, não? Aqui também se pode falar inglês.
O senhor recebeu recomendação do setor
jurídico do Detran dizendo que não foi dada a devida
publicidade no edital?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Eles se manifestaram nos autos dizendo que foi apenas publicado no Diário Oficial.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – O
setor jurídico falou e deu aval, na época, do
chamamento público. Por isso fizemos o chamamento
público, para dar veracidade, publicidade, que era a
ideia. A ideia era mostrar a veracidade do certame.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Os
procuradores aqui têm nos autos, foi identificada uma
manifestação do setor jurídico dizendo que não foi dada
a publicidade devida, não é isso? (Pausa)
Pegue o microfone, por favor.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Enquanto isso, estamos aqui com
nosso consultor Marcelo Siano, que vai ver se acha no
Código onde está dizendo que pode ser comissionado.
Você vai prestar depoimento, sente aí. Tem que
informar, porque o procurador já me informou, até
participei desse julgamento lá no Tribunal Contas, em
que recomenda, quase que obriga, que sejam todos
efetivos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Com relação à publicidade, pois não.
O SR. EDUARDO ROCHA LEMOS – Especificamente com relação à publicidade, analisando
todo o processo que culminou na contratação do pátio
que os senhores estão investigando, houve uma
manifestação do setor jurídico do Detran que
recomendava que os chamamentos públicos fossem
realizados, até para dar maior publicidade e maior
firmeza no chamamento, fosse publicado em jornal de
circulação, o que, segundo foi possível apurar nos
documentos apresentados pelo próprio Detran, não foi
realizado. O próprio setor jurídico do Detran apontou a
necessidade dessa correção. Foi um posicionamento do
próprio Detran em relação ao processo específico.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Pelo
que sei, o chamamento público foi feito para dar
publicidade e legalidade.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – A
publicidade, o senhor acha que só publicando no Diário
Oficial é o bastante para um chamamento público?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,
porque a ideia era convidar as empresas.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Mas não foi, só foi no Diário Oficial. Como presidente
da Comissão de Licitação, o senhor tinha que estar
atento a isso.
Qual foi o outro órgão público em que o senhor
trabalhou?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –
Trabalhei na Prefeitura de Vitória e de Vila Velha.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Em que setor?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – No
setor de obras perto da licitação também.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – De
obras.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 67
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Isso.
E na Secretaria de Serviços.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Quanto tempo lá?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –
Fiquei lá uns dois anos, dois anos e meio.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Depois de lá?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –
Trabalhei aqui na Casa também.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Aqui na Assembleia?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –
Trabalhei também como estagiário na área.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Ah, estagiário.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –
Também.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O
senhor trabalhou em setor da Casa ou nomeado por um
gabinete?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Era
estágio.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Então, nomeado em algum gabinete?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Na
época, sim.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Em qual gabinete?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Na
época, do deputado Reginaldo.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Reginaldo Almeida, Naldinho.
Quando o senhor apresentou o currículo, o
senhor conhecia alguém que trabalhava no Detran?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –
Ninguém. Entreguei o currículo para trabalhar. Fui lá e
entreguei, como entreguei em vários órgãos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – E,
aí, o senhor foi nomeado e foi imediatamente designado
a presidir?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não.
Fui lá e foi feita a entrevista. Várias pessoas foram lá.
No dia em que eu fui, tinham pessoas sendo
entrevistadas também. Fui lá, entreguei o currículo e ele
me entrevistou, ele fez uma entrevista comigo.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – E
imediatamente ele te nomeou?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) – Depois da entrevista, o senhor foi aprovado.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não.
Ele me chamou depois de alguns dias. Não foi assim.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Ok.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Ele
me chamou depois. Eu fiz entrevista, falei com ele e,
depois de alguns dias, me veio o contato para poder
estar trabalhando.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Thiago, estamos em uma CPI. É estranho. Já presidi
comissão de licitação e eu era celetista em uma empresa
de economia mista. Não fui contratado e imediatamente
nomeado lá, não. Até porque, depois de muito tempo,
fui para lá e eu mesmo disse que não estava em
condições de presidir essa CPL. E por quê? Porque
carece de muita informação, de atualização e de uma
responsabilidade, como essa que estamos apurando aqui
agora. O que quero dizer para você é que a chance,
inclusive, de você ser alcançado nesse inquérito é muito
grande.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não
entendi.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – A
chance de você ser alcançado no relatório que nós
vamos fazer é muito grande. Até porque, primeiro, a
própria comissão jurídica do Detran diz que não houve
o princípio de externar a publicidade. Quer dizer,
publicar isso só no Diário Oficial? Um chamamento
público para uma área que custa cento e setenta e oito
mil reais, aliás, foi dado desconto, cento e noventa, aí o
cara deu um descontozinho para poder ajudar.
O que me chama a atenção é que uma
comissão, Presidente, tem um cidadão aqui chamado
Wallace que, volta e meia, como num disco, quando um
artista, incidentalmente, cai para melhorar uma música,
ele aparece, volta e meia, no meio do processo a título de corroborar, eu anexo a certidão da empresa tal, para
dar mais celeridade, como se fosse o despachante de
alguém, e é ele que assina, volta e meia, comunicando
isso com você na empresa.
Estamos, no seu caso, realmente, alguém
encaminhou para você para que pudesse, mas você diz
no despacho que não seria necessário fazer uma
licitação, mas sim um chamamento. É você que escreve
aqui.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Por
causa da lei. O Estado diz que para fazer um aluguel,
existia uma lei para que se fizesse o chamamento
público. Por isso que foi feito esse chamamento.
68 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Contratação, dispensa de licitação.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,
mas a dispensa foi feita porque a comissão que disse
que haveria uma única empresa válida. Se a comissão
tivesse dito que seriam duas, três, quatro, não teria sido
feita a dispensa, teria sido feita uma outra modalidade.
Isso não me cabia dizer, cabia à comissão que foi
instituída para isso. Só fiz o que a comissão disse. Se a
comissão tivesse dito que eram três propostas, ou quatro
propostas, seria, talvez pelo valor, tomada de preço ou
concorrência, mas isso não chegou a mim, o que chegou
a mim foi que somente uma empresa caberia ou teve
atendimento do edital, por isso que foi feita a dispensa.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Mas uma só empresa atendeu o que constava no edital.
Não foi o senhor que viu isso?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Foi a
comissão. Não fui eu.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Foi
a comissão. E o senhor presidia ela?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não.
A comissão que estava analisando as propostas.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Teve uma comissão só para avaliar as propostas?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Sim,
acho que foi instituída.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Para criar um problema que estão criando para o senhor
hoje? Eles criaram um problema para o senhor.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Eu só
fiz o que estava tramitado.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O
senhor está me entendendo?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –
Estou entendo o senhor.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Se
você tivesse olhado isso e tivesse dito: Não, gente,
como pode, de oito empresas, participar apenas uma?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Mas
isso passou por todos os trâmites, deputado.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Mas o senhor não acha que, no mínimo, ... Não existe
ninguém habilitado para colocar, só existia essa
empresa?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Foi a
comissão que disse.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – É
isso que eu quero dizer. É complicado.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Eu
fui com respaldo deles.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Você tem formação acadêmica em Direito.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Sim.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Deveria ter questionado isso no papel.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Pelo
procedimento, pelos trâmites que o processo passou,
para mim, ficou determinado pela comissão, ela foi
criada para isso.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – E
quem é que presidia essa comissão?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Acho
que era o Wallace que estava na comissão. Não sei, tem
que ver. Eu acho que era ele.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Senhor Presidente, sei que V. Ex.ª está prestando
atenção, colocaram ele: Daniel na cova dos leões!
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Existem rumores até de que você
participou desse esquema. Mas vamos estar em cima
provando, porque a sua atuação foi...
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Não estamos aqui dizendo que foi você. Os autos estão
dizendo aqui que...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Avalizou coisa errada, terá, agora,
que responder por isso.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Mas,
assim, tudo bem. Estou entendendo a alegação de vocês.
Só digo que eu só fiz as coisas de acordo com os
trâmites do processo.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Então, o senhor acha que estava correta, a comissão?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,
a comissão analisou...
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) –
Para poder, agora, isentar o senhor ou não. O senhor
acha que a comissão trabalhou corretamente?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – De
acordo com o que foi passado, sim.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Estou falando... O senhor tem formação acadêmica de
Direito.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Sim.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 69
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Não estamos falando com um ninguém aqui, um
Tiririca da vida, não.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Entendo.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O
senhor acha que estava correto? Porque é esse o seu
papel apenas. O senhor acha que estava correto o
processo que chegou até o senhor?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – O
procedimento que foi feito...
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Legal, amplamente.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Pela
publicidade que foi dada, acredito que sim.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Que publicidade? Só foi publicado no Diário.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Olha,
deputado, nós fazíamos o quê? Existia um setor que
dava, fazia o...
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) – É
legal, estou perguntando, só publicar no Diário Oficial,
o senhor acha que foi dada a publicidade?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não.
Entendo o que o senhor está falando. Não, mas...
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) –
Então, está aí, responda: não.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,
tudo bem.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Não, Marcelo, não foi.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –
Estou dizendo que o procedimento que eu fiz foi de
acordo com o que foi feito nos andamentos dos autos.
Nada mais do que isso.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Sim, mas você endossou, tudo que
recebeu considerou como legal, para dar continuidade...
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Sim.
Porque o procedimento cada um fez a sua parte. Pelo
que recebi, eu entendi que era correto.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Dá uma olhada para mim na data da
publicação dessa comunicação no Diário para saber
qual dia da semana que foi. Vê se tem calendário para
saber qual dia foi publicado.
O senhor recebeu os membros dessa empresa
que assinou o contrato?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –
Nunca tive contato. O único contato que tive foi no dia
do chamamento com os representantes da empresa.
Nunca, nunca tive.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Quem fez a avaliação desses
documentos?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Foi
no dia a comissão.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – A pessoa responsável?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Do
chamamento público, foi eles que abriram. Agora, a
avaliação dos imóveis foi feita pela comissão. Eles que
disseram. Não foi a CPL. A CPL só abriu, juntamente
com os representantes, o envelope no dia do
chamamento.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Foi feita alguma visita técnica no
local dessas empresas?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Pela
CPL?
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – É.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,
nunca estivemos lá.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Você nunca fez em processo
nenhum?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,
nunca, só pelas fotos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Só
abriram os envelopes, só isso?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Sim,
fizemos a abertura dos envelopes e encaminhamos. Foi
isso que fizemos. Na CPL, foi feito isso.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Em toda comissão de licitação que
você está, o seu comportamento é esse? Você não
verifica essas informações?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –
Não... A verificação foi feita pela comissão.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Você faz o procedimento, publica.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,
o que fizemos? Publicamos o edital...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – A publicação, foi você que assinou.
70 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Porque só a CPL pode publicar.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Sim,
fizemos o chamamento.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Aí a empresa apresenta um
documento dizendo: Olha, eu quero participar, está
aqui o nome da empresa...
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,
eles apresentaram os envelopes, de acordo com o que
estava no edital.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Preste atenção, tenha calma. A
empresa apresenta o documento dizendo: Eu sou, vamos
dizer, o Cunha, presidente da Câmara S/A. Então,
apresento a minha empresa lá. Você levanta a
verificação dessa documentação como? Você faz a
verificação, checa endereço, checa contrato, checa
tudo?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Isso.
Nós verificamos tudo, a documentação.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E não faz nenhuma diligência para ir
ao local, para saber se a firma existe, se ela está ali,
mesmo?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –
Então, para o senhor entender. Nós pegamos, fizemos a
abertura no dia do chamamento...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Não, não estou dizendo esse caso
mais, não. Quero dizer...
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – É
para entender o procedimento que fizemos.
Foi feito isso, a abertura, empresas que estavam
de acordo como o edital foram anexadas dentro do
processo; e quem não estava, foi deixado dentro do
processo fechado. Entregamos isso, porque estava
correto, de acordo, nós verificamos. A comissão
verificou, está na ata. Depois disso, entregamos o
processo para que, se fosse feita uma vistoria, seria para
a parte técnica, que saberia distinguir se aquilo estava
de acordo com que... Por exemplo, não foi a CPL que
fez. Fizemos o chamamento de acordo com o que foi
passado pelos técnicos da área. Então, eles tinham a
competência para dizer se isso estavam de acordo ou
não. Não era a CPL. Por isso que estou dizendo que eles
analisaram. Eles pegaram os processos, pegaram toda a
documentação, e se eles fizeram a análise, eles foram in
loco, não fomos nós.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Se tem comissão ou não tem
comissão, não faz a menor diferença, porque o
secretário da área pode fazer um pedido de abrir uma
licitação, o prefeito pode autorizar, ou o gestor, e vai
para a comissão de licitação para fazer essa
documentação. Se tem comissão, que na verdade tem
lugares que não é nem comissão, é começão, porque
cada um come dez por cento, outro come vinte. Quer
dizer, tem a começão. Agora, quem tem a
responsabilidade de fazer isso é a comissão de licitação.
Estou perguntando objetivamente isso: você
preparou o processo de licitação, publicou, recebeu a
documentação. Não interessa se a comissão pegou lá.
Você que deixou pegar. Você não poderia deixar pegar
porque isso é documento da comissão de licitação. Você
abriu, fez a ata de que quem ganhou foi fulano. Não é
esse o procedimento?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não.
No dia do...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Não, meu filho, não estou dizendo o
que aconteceu lá. Se você está dizendo que entende de
licitação...
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Mas,
não houve ganhador. É isso que estou dizendo para o
senhor.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Mas, de qualquer maneira, se há
ganhador ou se não há ganhador, quem tem que abrir e
quem tem que julgar, você e seus membros da comissão
é que têm que assinar e passar para o setor jurídico:
olha, quem ganhou foi fulano, ou quem perdeu, ou foi
deserto, não houve ninguém. É você que faz esse
documento. Então, você fez esse documento para a área
jurídica preparar o contrato do que você averiguou da
licitação. Não foi isso?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – É o
que eu estou dizendo. Nós fizemos o chamamento, e
esse chamamento, depois que nós fizemos a abertura
dos envelopes, juntamente com os representantes do
dia, nós colocamos isso dentro do processo e
encaminhamos para a área competente. Foi isso que nós
fizemos. Não tinha um ganhador. Isso ia passar por
análise. É por isso que estou dizendo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Mas você fez uma ata do que
aconteceu e mandou?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Do
dia, claro. Tem uma ata.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Você tem cópia dessa ata?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Devo
ter, mas nos registros do Detran tem.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Está dentro do processo?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Tem
ata do dia.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 71
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E o que a ata dessa primeira abertura
diz?
O SR. VINÍCIUS OLIVEIRA GOMES
LIMA – Essa ata narra apenas as empresas que foram
desabilitadas, logo de plano, por falta de documentação,
e posteriormente as outras que não tinham a proposta
adequada com metragem, o preço, restando apenas uma,
ao final, classificada. É apenas essa a narração da ata.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Mas fala que alguma empresa foi
classificada?
O SR. VINÍCIUS OLIVEIRA GOMES LIMA – Sim, apenas uma empresa, a ES.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Mas como é que o senhor disse que
não foi?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Eu
poderia ter acesso? Posso olhar a ata?
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Você tinha que ter vindo aqui com
esse documento, porque a situação sua não é boa não.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Mas
eu não fiz nada que me...
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Thiago, só para te esclarecer aqui, não foi dada a
publicidade que deveria ser dada para um chamamento
desses.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Tudo
bem, entendo.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Em seguida, oito empresas se habilitam para participar
do chamamento público. Como é que oito se habilitam
sabendo: Bom, eu me habilitei e não vou participar. Só
apenas uma fica. E aí, depois disso, surge aí, do nada,
essa comissão dizendo o seguinte: Olha, gente, é melhor
a gente pegar e fazer um contrato com essa mesmo, dispensar. Por que não foi feita outra, e aí dando mais
publicidade? Porque é estranho. É entranho. Como é
que oito participam. Aí o cara apresentou assim: Ah,
vou levar um documento que eu peguei uma nota de
combustível e vou apresentar para ver ser serve, ver se cola. Oito empresas participaram e apenas uma teve.
Como isso? Está entendendo? Tem lá, está escrito no
chamamento do que o cara precisa. Então, ele
apresentou, desculpa a palavra, Senhor Presidente,
apresentou de sacanagem isso. O cara apresentou: Olha, vou apresentar esse trem para lá. Vamos botar o que a
gente quiser aqui.
Aí que eu acho que você deveria ter feito o
seguinte, que deveria ser procedido outro chamamento,
dada maior publicidade, para não pagar a conta que
você está pagando agora. Eu acredito que você está
pagando a rodada de água mineral sem ter bebido. Eu,
particularmente, em princípio, acredito.
E aí, criaram uma comissão para avaliar, se não
me falha a memória, vou melhorar nos autos a leitura,
todos comissionados. A comissão de avaliação, todos
comissionados. A comissão que falou assim: faz isso
aqui; aí, o Thiagão foi lá e fez. Faz isso aqui; o Thiagão
foi lá e assinou. Colocaram Daniel na cova dos leões,
cara.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Eu
entendo, deputado.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Está entendendo agora? Não estamos aqui para te acusar
de nada, não, o problema é que está escrito aqui.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –
Estou entendo o que o senhor está falando.
O procedimento que eu fiz... Eu entendo o que
o senhor está falando, eu só estou dizendo que eu não
fiz nada achando ou entendendo que estava fazendo
irregularidade, porque o procedimento que foi feito, a
gente fez em cima da Lei de Alugueis do Estado. Então
a gente fez, e passou conforme a lei diz, que deveria
passar para a comissão. Foi por isso que foi passado
para a comissão. Por que eu pedi para olhar? Porque eu
passei todas as propostas para a comissão, passei o
processo inteiro. Eu passei o processo, e eles
analisaram. E quem disse que valia a proposta ou mais
barata ou única, foram eles que avaliaram.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Houve alguém chegando lá e falando alguma coisa...
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Comigo?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – No
seu ouvido? Falando assim: Faz isso aqui, devolve, está
tudo certo.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Nunca, nunca.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Mas o senhor ouviu algum zum-zum-zum na época?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não,
não ouvi, porque eu fazia o meu procedimento na sala,
sempre administrativamente. Sempre
administrativamente. Depois do chamamento público,
nós fizemos... Dentro da... Não foi ninguém, a portas
fechadas. A comissão olhou, separou tudo corretamente.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Presidente, eu acho que essa comissão todinha tem que
estar sentada aqui.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Fazer uma acareação. Vamos
aproveitar nos requerimentos, considerar naqueles
requerimentos, no dia do depoimento do diretor...
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
72 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Nós colocamos isso aí inclusive, Senhor Presidente, já
está. O senhor pode só reafirmar, está tudo aqui.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Qual é a data que está? (Pausa)
Mas é porque ele tem que vir aqui. Ele não está
nessa outra comissão.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Foi
alterada a data. Seria agora, ou não? Mantida, dia 29?
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Não, o dia que o diretor do Detran
virá aqui é a outra segunda-feira, não é isso? O diretor
novo? Nós deliberamos aqui.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Na
próxima agora.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – É na próxima. Então, virem também
todos os membros da comissão de licitação do período
do diretor Carlos Lopes.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Ele
é carioca de onde, o Carlos Lopes?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Não
sei. Eu não tinha esse contato com ele.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – É
de Niterói.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Levantar lá no Detran quem foram os
membros junto com ele, ele pode até dizer os nomes aí,
para toda essa comissão estar aqui na próxima segunda-
feira. Nós vamos fazer uma acareação aqui.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Presidente, posso falar aqui para o senhor, a comissão, a
lista de Schindler?
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Pode dizer aí para a Secretaria
anotar.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Wallace Gomes, Lorena Bicalho da Silva e Roberta
Regiane Lessa. Essa aqui é a... Vou falar aqui agora...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Informar também que o diretor
Marcelo Siano, já depois de ler a 8666, já admitiu...
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – E
o senhor fala que eu que sou o jurista, não é?
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Admitiu que está errado em comissão
de licitação ser cargo comissionado. Ainda mais ser só
cargo comissionado, porque a lei diz que no mínimo
dois, em uma comissão de três. Mas não diz que é
comissionado o outro membro, diz que tem que ter no
mínimo dois efetivos. Pode ser um contratado, pode até
entender que seja comissionado, mas nunca pode botar
para presidir comissionado, ainda mais se for, essa
comissão do Carlos Lopes, for totalmente comissionada.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Só
para mostrar para o senhor aqui como é que só dá o tal
do Wallace Gomes aqui. Só dá ele. Tem um ofício que
ele encaminha à Coordenação de Contrato do Detran
que ele diz o seguinte no final, abre aspas:
No intuito de corroborar
Ele é gente boa para caramba...
com a maior segurança desse órgão, foi apresentada pela empresa a certidão negativa da Prefeitura da
Serra em referência à empresa Araçaúna
Empreendimentos Imobiliários, antiga proprietária da área ofertada, demonstrando a regularidade fiscal
junto à municipalidade.
Veja bem: a empresa apresentou, e ele aqui fez
o serviço até de despachante, Senhor Presidente, no
intuito de dar... Assim, é um servidor público moderno,
eficiente. Esse é o cara que coordenou os trabalhos aí.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Nós vamos fazer cópia também desse
depoimento dele, com cópia da comissão com relação
àquele processo ali, para encaminhar ao... Eu vou levar
pessoalmente ao Ministério Público pedindo a abertura
de inquérito para apurar essa comissão de licitação e os
atos dela nesse processo de aluguel dessa... Para extrair
cópia, fazer um ofício, que eu vou encaminhar
pessoalmente ao procurador de Justiça, pedindo para
abrir inquérito contra esse ato aí.
O senhor tem alguma coisa a mais que o senhor
gostaria de dizer com relação a esses atos que o senhor
praticou como presidente da Comissão de Licitação do
Detran?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Os
atos que pratiquei, pratiquei entendendo minha
legalidade. Não tive pressão, não tive ninguém em meu
ouvido falando nada. Fiz de acordo com o que estava no
chamamento público e tenho plena convicção de que
entreguei isso à comissão para a comissão fazer os
trabalhos dela. O que me veio foram as informações. A
partir do momento em que entreguei e disse que era
somente aquela empresa, porque recebi, está no meu
despacho, deputado. Meu despacho diz que a comissão
analisou. Por isso fizemos isso. A partir desse momento,
não vi mais o processo. Nem toquei. Acredito que se
fez, foi porque voltou alguma coisa. Mas a partir desse
momento, os atos que fiz foram prezando a legalidade.
Não tive contato, seja com o diretor, com o Wallace,
nunca foi me cobrar nem pedir nada. Sempre via o procedimento administrativo. Acho importante frisar
isso.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Se eu puder aconselhar, porque
conselho ninguém dá, se fosse bom vendia, mas prepare
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 73
sua defesa com relação a sua atuação lá, porque se você
não permitiu, alguém o usou para levar algum tipo de
vantagem.
Consideramos encerrados os trabalhos da
Comissão Parlamentar de Inquérito. Na próxima
reunião, dia 26, segunda-feira, ouviremos os outros
convocados.
Em nome de Deus, agradeço a todos a
presença, a participação, a paciência e a ajuda nos
trabalhos hoje.
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a
reunião e convoco os Senhores Deputados para a
próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 12h46min.
COMISSÃO PARLAMENTAR DE
INQUÉRITO DA MÁFIA DOS GUINCHOS.
VIGÉSIMA SEGUNDA REUNIÃO ORDINÁRIA,
DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA DA DÉCIMA OITAVA
LEGISLATURA, REALIZADA EM 26 DE
OUTUBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Havendo número legal, invocando a proteção de
Deus declaro abertos os trabalhos desta Comissão.
Convido a Senhora Secretária a proceder à
leitura da ata da vigésima primeira reunião ordinária,
realizada em 19 de outubro de 2015. (Pausa)
(A Senhora Secretária procede à leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS -
PSD) - Solicito à senhora secretária que proceda à
leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
OF/CMC/CPI Guinchos n.º 006/2015, da Câmara Municipal de Colatina, encaminhando cópia de
denúncia anônima recebida pela CPI dos Guinchos,
instalada nesta Câmara, para conhecimento e
providências que se fizerem necessárias.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Junte-se aos autos e dê ciência à
relatora.
Esse processo é uma denúncia que a Câmara de
Colatina, da CPI de lá, apurou. Está encaminhando o
que são denúncias consideradas graves e que estou dando ciência à relatora. Quero pedir ao procurador
para acompanhar para vermos se pode resultar em
convidar alguém para depor.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
Processo Administrativo n.º 154063/2015, do senhor
Thiago Silveira Rocha que, por motivo de compromisso
agendado anteriormente, não poderá comparecer à
convocação nesta data.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Solicitarei à secretaria da comissão
porque demos um despacho nesse ofício que era o de:
Ciente, avise-o que serão usadas as regras da lei para
seu comparecimento, pois não foi anexado nenhum
comprovante.
Foi refeito esse ofício desse rapaz porque ele
alegou que não poderia vir, mas não apresentou nenhum
documento. Então, mandei que reiterasse que ele tinha
que ter comparecido.
A SR.ª SECRETÁRIA – (KARINA
EUZÉBIO CERQUEIRA) – Foi refeito, Senhor
Deputado, para o senhor assinar agora.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Pedirei para ele entrar em contato e
ver se tem como fazermos porque é para o coronel
Pimenta ajudar a buscar esse rapaz, e arranjar uma
viatura para buscarmos ele. Ele é o presidente da
comissão de licitação, então, se ele não comparecer, não
vamos ter êxito em nosso trabalho. Então, temos que
ver a forma que podemos buscá-lo por intermédio da
polícia agora.
Tem o telefone dele? Pelo endereço é só o
coronel ligar para a viatura, para o pessoal que está em
Cariacica, e apanhar ele. É mais fácil fazer assim. Tem
o endereço da residência dele. Manda fazer contato. Se
ele não aparecer, vamos fazer um...
Vamos suspender o trabalho por cinco minutos,
mas, antes, faremos a leitura de um documento.
Nos dias 14/09/2015 e 21/09/2015, durante o período
matutino, e no dia 05/10/2015, no período vespertino,
foram realizadas diligências no Edifício Guizzardi Center, um centro comercial localizado na Rua Padre
Antônio Ribeiro Pinto, 195 - Praia do Suá, Vitória – Espírito Santo, 29052-290.
O edifício possui duas portarias, sendo que a primeira, estão os porteiros Osmar e Osvaldo. Na segunda, a
senhora Izabel.
Poucas informações foram passadas pelos mesmos, referentes às atividades da direção da empresa ES
Construtora e Incorporado LTDA.
Senhor Deputado, sabe que empresa é essa? É
a que locou o pátio do Detran.
Segundo os porteiros, dificilmente veem a chegada ou a
execução de atividades e algum representante da empresa. Também informaram que também não
possuem nenhum contato com a empresa ou com algum
funcionário da mesma.
Seguem em anexo as fotos das diligências realizadas no Edifício Guizzardi Center. Seguem em anexo, também,
as fotos realizadas nos pátios do Detran no dia 09 de
74 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
outubro de 2015, em Cariacica-ES.
Os pátios estão localizados na Rodovia do Contorno da BR- 262, ao lado do leito do Rio Santa Maria da
Vitória, comprometendo, assim, a qualidade dos cursos
fluviais locais.
Tem outra:
Gostaria de denunciar mais um absurdo da máfia dos guinchos. Somente o proprietário do veículo pode
retirar o veículo guinchado.
Aconteceu comigo: estava viajando de São Mateus para
Vitória, veículo do meu filho, fui guinchado em Linhares. Meu filho estava viajando para São Paulo e o
carro ficou uma semana no pátio.
Aconteceu com um amigo: a esposa dele teve um carro
guinchado em São Mateus, mas ele estava viajando para Vitória, e enquanto não chegou o veículo ficou
retido no pátio.
Sem lógica. Quem está dirigindo o veículo é o
responsável pelo mesmo. O pátio pode e deveria fazer uma pesquisa para saber se o carro é roubado, caso
contrário, quem estivesse dirigindo poderia retirar o
veículo. Att. Welington Secundino. São Mateus.
Esse é outro problema que também eles utilizam. Se
você estiver dirigindo um carro e se o carro não estiver
no seu nome e for apreendido, mesmo comprovado que
o carro não é roubado e nem nada, a pessoa que estava
com o carro, mesmo pagando as taxas, não pode retirar
o carro. Ele tem que ficar apreendido até o dono do
carro chegar. Isso ocorreu, também, com o Padre Édson.
O carro que estava com ele foi apreendido e estava em
nome da Diocesana de São Mateus. Foi preciso esperar
uma pessoa que é presidente da Diocesana vir de São
Paulo para retirar o carro.
E o pessoal entende que isso é feito para poder
justificar as diárias que os pátios...
Nós temos várias fotos dessas diligências que
comprovam as denúncias de pátio na beira do lençol
freático, perto dos córregos. Vou passar às mãos da
relatora para examinar depois e ver se a gente vai ouvir,
também. Esses depósitos são verdadeiros depósitos de
mosquito da dengue. Aqui tem as informações. Estamos
fazendo diligências com relação a essa situação.
Essa aqui é uma diligência sobre a localização do
escritório da empresa que alugou o pátio para o Detran,
que não funciona, e também dos pátios de Cariacica, da
Central Park.
Vou registrar a ilustre presença do Senhor Deputado
Bruno Lamas na Comissão, convidado que foi e que são
permanentemente todos os deputados para participarem
da Comissão. Na nossa Comissão, inclusive, nós
permitimos, com a aquiescência dos membros da
Comissão, que os deputados desta Casa possam fazer
questionamentos, fazer perguntas, porque a intenção da
CPI é o bom andamento e o bom desempenho. Então,
todos podem participar.
Estamos tendo conhecimento de que o Senhor Thiago
não atende ao telefone. Então, vamos optar para
registrar na ata a vinda coercitiva dele na próxima
segunda-feira que não é feriado. Porque funcionário
quando escuta trabalhar em feriado, eles gritam logo.
Foi chamado aqui o senhor Carlos Augusto Lopes, que
se encontra presente; Roberta Regiane Lessa, que ainda
não se encontra presente; Wallace Gomes, que se
encontra presente; Lorena Bicalho da Silva, que
também se encontra presente; Ítalo Leonardo Amaral,
que se encontra presente; Felipe Rodrigues, que está
presente; e o senhor Thiago, que não compareceu.
Nós vamos definir pela oitiva desse mesmo grupo de
pessoas, porque nós não podemos ouvir o pessoal que
compareceu com prejuízo da ausência do Thiago,
principalmente dele, que era o presidente da comissão.
Também faltando a senhora Roberta Regiane Lessa.
Então pedir que a Procuradoria providencie também que
os dois, a Roberta e o Thiago, venham no sistema
coercitivo de presença, conduzidos, e notificar aos que
estão presentes aqui, evidentemente pedindo desculpas
a eles, porque como os depoimentos têm que ser com
uma espécie de acareação, quer dizer, para confirmar
entre a comissão criou o projeto e a comissão de
licitação, quem foi que fez o expediente. A presença do
Thiago é importante pelo fato dele ser presidente da
CPL. Então a gente vai remarcar, sendo que a Roberta e
o Thiago virão através das vias convenientes para
poderem registrar a presença.
Nós vamos consultar a Senhora Deputada Janete com
relação a essa posição, mas nós não temos outra
alternativa a não ser fazer o adiamento, assinar aqui o
atestado de presença dos que vieram... A senhora tem
alguma objeção, ou concorda com essa...
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Não, Senhor
Deputado. Eu acredito que fazer a oitiva dos demais
integrantes da comissão sem a presença do Thiago
Silveira Rocha, que era o presidente da comissão que
trabalhou essa questão do levantamento e da dispensa
de licitação para o pátio de Campinho da Serra,
compromete a nossa oitiva. Compromete a acareação.
Então, no meu entendimento, deve ser definido que eles
sejam conduzidos de forma coercitiva, porque isto é
uma CPI, isto não é brincadeira, para que eles venham
aqui prestar os devidos esclarecimentos para a
sociedade. Como servidores que eram na época no
Detran, eles têm participação significativa nesse
processo e têm que vir aqui na comissão, sim, dar os
devidos esclarecimentos.
No meu entendimento, na próxima segunda-feira, após
o feriado, que eles sejam conduzidos para que a gente
possa ouvir todos em uma só reunião, onde a presença
do presidente é determinante.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS –
PSD) – Comunicar também aos presentes e à CPI que
foi feita uma visita no pátio da Serra, Campinho da
Serra. Esse é o pátio alugado por cento e setenta e nove
mil reais pelo Detran. Nessa visita técnica nós pudemos
observar que o local realmente é adequado, muito bem
fechado. É realmente um pátio que atende às exigências
e mantém todos os bens apreendidos separados, sem
serem amontoados, como teria que ser a
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 75
responsabilidade do órgão.
Nós fizemos um levantamento aqui com relação ao
custo do pátio mensal e o faturamento que esse pátio
pode gerar, já que ele é feito exatamente para fazer os
leilões. Nós observamos que lá se encontram cerca de
dez mil motos. Elas estão todas separadinhas, tudo
dentro realmente da destinação necessária. Elas são
exclusivamente para sucata. Todos os veículos que
estão lá, motos e carros, são exclusivamente para leilão
e considerados como sucata. Depende de vistoria,
depende daquilo para poder fazer o leilão. Nós fizemos
uma conta lá, que cada moto equivale mais ou menos...
No leilão, se ela for vendida como sucata, ela vale vinte
e quatro reais, se verificado seu peso por tonelada de
sucata. Ou seja, o Estado gasta por mês, cerca de cento
e setenta e oito mil para armazenar veículos, que na
melhor das hipóteses, valem juntos, duzentos e quarenta
mil. Se leiloar tudo o que está nesse pátio, vale duzentos
e quarenta mil. E o Estado mantém esse patrimônio de
duzentos e quarenta mil.
Tiramos uma moto no meio lá, estava
apreendida em Aracruz, tinha oitocentos e nove dias
que foi apreendida lá e veio para esse pátio para ser
leiloada pelo preço de vinte e quatro reais, e está desde
maio no pátio.
Então você tira uma conta aqui: se aquilo tudo
for leiloado vai gerar para o estado duzentos e quarenta
mil. Aí você conta: maio - baseado só nessa moto, mas
tem apreensão anterior - então maio, junho, julho,
agosto, setembro e outubro. Quer dizer, seis meses de
cento e setenta e oito mil para receber duzentos e
quarenta.
O questionamento que tem sido feito aqui é
exatamente que esse valor de aluguel é absurdo. E se
tem um serviço, uma área alugada para fazer leilão do
que está guardando lá é muito mais econômico, muito
mais sensato, o Estado comprar área a manter uma área
de aluguel para colocar equipamentos que não vão valer
nem dez por cento, vinte por cento do valor que gasta de
despesa.
A gente está levantando esse questionamento e
nessa vistoria que foi feita, pudemos observar que o
único pátio de manutenção de veículos que existe na
Grande Vitória, dentro da lei, dentro dos parâmetros de
respeito ao consumidor é exatamente esse pátio
alugado, embora o preço dele seja exagerado.
Fizemos também uma visita ao pátio do Central
Park e gostaria que a Senhora Deputada Janete de Sá
falasse sobre isso, da diferença de uma coisa para outra
que a gente observou nessas diligências.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Senhor
Deputado, bem apropriado a fala de V. Ex.ª. A gente fez
questão de fazer essa visita, propusemos aqui na
comissão de fazer uma visita in loco no pátio que é
alugado pelo Detran e no pátio que é credenciado pelo
Detran.
Em um dos pátios, no caso a gente optou por
estar visitando o que mais arrecada que é o Central Park
e o pátio alugado que é o pátio Campinho da Serra.
A diferença é muito grande! Significa que,
quando a questão está na mão do Estado, tem outra
conotação. Nesse pátio apesar de muito elevado o valor
mensal, mas queria dizer Senhor Deputado, que ali, não
digo que se justifica, mas não seria muito diferente esse
valor, tendo em vista as obras que vimos.
Vimos um pátio, com certeza, o proprietário já
devia ter, inclusive, encomendado para ele, que fizesse
aquela obra toda que ganharia a licitação. Aí que ele,
porque nem houve licitação, mas que ele seria o pátio
escolhido. Aí que está o vício que é um problema muito
grave que o Poder Público combina com a iniciativa
privada uma situação. Ali está claro que aquilo foi feito
para exatamente ser alugado para o Detran e no prazo
de cinco anos, o proprietário tirar, inclusive, um bom
lucro em cima desse negócio. E depois, caso o Detran
não quisesse mais continuar alugando, teria um
excelente imóvel que foi pago com recurso do Poder
Público devido a uma combinação, que ali no meu
entendimento está clara.
Mas, quero também deixar claro que o pátio
foi feito de forma adequada, de maneira equilibrada os
veículos, de maneira ao estado ser fiel depositário, em
condições de devolver esse veículo, esse bem privado
em condições boas de devolver, porque existe regra
para condicionar, existe espaço para haver
movimentação. Ou seja, a coisa é muito mais respeitosa
e equilibrada nesse pátio que é alugado.
Agora o mesmo não se pode dizer do Central
Park. Realmente o que nos faz crer é que o proprietários
desses pátios que são credenciados alugam uma
pequena extensão de área, amontoam e empilham os
carros um em cima do outro. Hoje, se alguém quiser
resgatar seu bem, não tem como. Primeiro porque está
todo deteriorado e amassado devido à ação do tempo, de
chuva, de poeira e do empilhamento. Está todo
deteriorado. Segundo porque fica até difícil de localizar.
São verdadeiras montanhas, um verdadeiro desrespeito
com a coisa privada e com o cidadão.
O cidadão está pagando. Ele cometeu infração e
teve seu bem retido. Para tirar, tem que pagar a estadia.
Agora, pagar a estadia de quê? Aquilo não é estadia. Na
estadia, pelo menos no prazo legal de noventa dias, esse
veículo ou essa moto têm que estar protegidos, devem
ser limpos pelo menos de quinze em quinze dias, pois
tem que manter o bem. O bem está guardado sob a
tutela do Estado. Então, ele não pode ser deteriorado. O
proprietário está sendo penalizado duas vezes. Ele
cometeu a infração e pela regra do Código de Trânsito
Brasileiro está sendo punido. Está pagando e sendo
punido. Agora, ele não pode ter o bem totalmente
vilipendiado. É o que acontece nesse pátio Central Park,
onde fica tudo amontoado.
Inclusive, não sei como os funcionários desses
proprietários conseguem trabalhar porque até as
condições para trabalharem no dia a dia são precárias,
são péssimas. Fomos recebidos pelo proprietário, que
estava de bermuda e sabia que íamos ao local. Ele nem
chegou se apresentando para se oferecer a apresentar as
condições do pátio. Não tinha nem como ele mudar a
cena do pátio porque é precaríssima. Nem em um mês
ou em seis meses ele conseguiria resolver aquele
problema porque é precaríssimo. Então, é claro que
aquilo foi criado, em meu entendimento,
provisoriamente pelo Detran. Quando o Detran teve
essa ideia, penso que foi uma atitude provisória, mas
76 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
infelizmente fez do provisório o permanente. E o
permanente se tornou uma gambiarra porque aquilo é
uma gambiarra, um desrespeito, um pátio totalmente
sem condições de funcionar.
Espanta-me, Senhor Deputado Enivaldo dos
Anjos, o novo diretor do Detran, que pese sobre ele
minha consideração, carinho e respeito, ter sido
induzido ao erro de recredenciar, de estender o
credenciamento. Verificarei por quanto tempo, se foi
por um ano ou se foi um tampão, por dois meses, que
até justifica. Gostaria até que o Jadir me dissesse isso,
se foi por um ano, se foi por dois meses, por quanto
tempo foi estendido o credenciamento. Porque esse
credenciamento é imoral e indecente. Aqueles pátios
têm o único objetivo de aferir lucro, de ter vantagens, de
enriquecer algumas pessoas. Aquele pátio não é para
guardar bem de ninguém, mas para tirar vantagem
pessoal das pessoas que infelizmente cometem... Têm
um problema, normalmente são pobres, não puderam
pagar seu IPVA, as taxas normais e tiveram seu bem
totalmente destruído.
Pude ver que havia uma Mercedes e um Land Rover no local. A Mercedes está há quase um ano no
local e não estava empilhada porque é carro de rico.
Não estava empilhada. A Land Rover estava muito bem
adequada, mas o carro dos pobres, das pessoas
humildes, que não têm condições de pagar suas taxas e
por isso tiveram seus carros apreendidos, estão lá
amontoados sem condição nenhuma de uso e vão à
sucata mesmo.
Se alguém quiser complicar o Estado, pode
fazê-lo, Senhor Deputado. Basta entrar com uma ação
na Justiça pedindo que localize seu carro nas condições
que foi entregue ao pátio. Já que o Detran deixou ficar
lá por cinco ou dez anos, o veículo ou a moto têm que
estar em condições de uso. Porque o Detran deixou. O
Detran não fez o dever de casa de fazer o leilão. Está
em uma demora muito grande. Muito demorado, mesmo
com diretor novo. Quero ressaltar que esse leilão não
anda. Muito demorado. Os leilões precisam sair. Vimos
que o que tem lá é sucata.
Fiz uma conta rápida do pátio, que é um pátio
bem estruturado, o de Campinho da Serra, mas o
proprietário já levou, já embolsou um milhão e sessenta
e oito mil reais de aluguel, quando tudo que está lá se
for leiloado dá de retorno duzentos e quarenta mil reais;
e olhe lá. Isso é brincadeira. Isso é brincar com o
dinheiro público. Isso não pode acontecer. E nós,
capixabas, assistimos a uma covardia dessas contra o
erário público, pacíficos. É por isso que tem muita gente
que infelizmente trabalha como nomeados no serviço
público e sai rico dele, porque certamente está fazendo
falcatruas e bandidagem. E nós temos, nesta comissão,
Senhores Deputados Enivaldo dos Anjos e Marcelo
Santos, o poder para discutir e regular melhor esse
setor, temos a obrigação de levantar todos esses dados,
doa a quem doer. As pessoas precisam ser punidas,
porque no Brasil precisa acabar essa história de que é
fácil lesar o erário público, é fácil roubar o dinheiro do
povo. O povo não pode se conformar com isso, porque,
na medida em que alguns mandantes, em que algumas
autoridades políticas botam a mão no dinheiro que é do
povo, falta, falta dinheiro para a saúde, para a educação,
falta dinheiro especialmente para a segurança, falta
dinheiro para tudo, para as políticas públicas que o povo
de nosso país, tanto precisa.
É uma obrigação nossa, doa a quem doer, mas temos
que levar a sério essa questão, não tem esse negócio de
passar a mão na cabeça. Se observarmos colega nosso
que quiser passar a mão na cabeça, para que esses
bandidos não sejam punidos, sinceramente terá nossa
reprovação e a nossa denúncia para a sociedade, porque
não dá para ser conivente com essas atitudes.
Vi lá o Central Park, Senhor Deputado Marcelo Santos,
uma vergonha, aquilo é para enriquecer as pessoas,
aquilo é para poder deixar uns mais ricos em detrimento
da desgraça, em detrimento do sofrimento das pessoas
mais humildes, que muitas vezes, não tendo condição de
pagar suas taxas, acabam tendo seus veículos
apreendidos numa blitz, e não tem como retirar mais, se
retirar vai pegar o veículo ou sua moto totalmente
destruída, porque aquilo ali não foi feito para guarda de
veículos e sim para enriquecimento ilícito de alguns que
com certeza, são apadrinhados, porque não tenho
dúvida nenhuma de que esse credenciamento apadrinha
alguns.
É o que tenho a dizer, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS –
PSD) – Gostaria de ouvir dos membros da comissão,
aproveitando que o senhor Jadir está aqui e tem vindo
nas reuniões para prestar algumas informações, porque
a Senhora Deputada Janete de Sá colocou uma questão
que também estava em dúvida. Mas, o Senhor Deputado
Marcelo Santos estava participando da outra comissão,
acho que está aqui porque ele andou olhando isso.
Mas tenho a impressão que no edital de
licitação para pátio, é que estabelece quais são as
condições, que tem ser murado, essas questões, quer
dizer, no edital consta isso. Esse edital é publicado e as
empresas que tem interesse, tem que primeiro fazer
aquilo ou elas já têm que ter aquilo pronto?
S. S.ª poderia nos esclarecer.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – S. S.ª poderia
sentar para nos esclarecer algumas questões.
Também gostaria de perguntá-lo, Senhor
Presidente, em seguida, sobre esse documento que saiu
de prorrogação dos contratos de credenciamento, qual
seria o prazo, se isso está funcionando, se vocês deram
uma parada, porque, realmente, não iremos aceitar isso
não. Credenciamento, Central Park naquelas condições,
é inadmissível, que tire aquilo tudo de lá e transfira para
o Campinho da Serra, pois tem espaço para colocar lá.
Mas é inadmissível, já que pagamos cento e setenta e
nove mil reais por mês, então, já que tem que botar
aquela entulharia, entulha lá em Campinho da Serra,
porque, pelo menos dará uma destinação, acaba com
esses contratos, para de alimentar esses convênios, e
bota tudo na Serra.
Gostaria de saber também o prazo, se vocês pararam
que essa sanha, se realmente viram o ato que fizeram,
que acredito tenha induzido o novo diretor a erro, e
quem o induziu a esse erro. Isso é um erro admissível.
Primeiro responda ao Senhor Deputado Enivaldo dos
Anjos, e em seguida gostaria que respondesse essa
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 77
questão do credenciamento.
O SR. JADIR TOSTA JÚNIOR - O prazo seria só
para conclusão da licitação que seria prevista para ser
concluída até a entrada em vigor da nova lei. Essa ação
foi uma ação...
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Como é? De novo.
O SR. JADIR TOSTA JÚNIOR - O prazo
inicialmente que estava sendo pensado era até a
conclusão da licitação. Só que à medida que muitas
incertezas estão... Para que o Detran resolva o
problema, como a licitação, provavelmente não sairá no
prazo, tomou-se a ideia de se fazer essa instrução de
serviço. Mas o diretor está revendo o ato e já está
estudando uma nova saída. Estamos estudando uma
nova saída, muito provavelmente, acredito que será
revogada, sim.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Com relação à questão da licitação
do pátio, quer dizer, o procedimento é o normal. Foi
feito o estudo da necessidade do tamanho e consta da
portaria do edital: quais são as condições. Mas no edital
estabelece que tem de estar pronto na assinatura do
contrato ou para participar para apresentar proposta tem
de estar com área pronta?
O SR. JADIR TOSTA JÚNIOR - No projeto
básico, pelo menos que me lembre, visava duas coisas:
poderia a empresa apresentar pronto ou construir; desde
que num documento assinasse e desse garantia que faria
o trabalho.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Até porque é justo. Só seria assinado
o contrato, depois que ganhasse, apresentasse o
contrato.
O SR. JADIR TOSTA JÚNIOR - Sim.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Estou falando com relação a isso
mesmo. Tínhamos a informação de que ... porque nesse
caso não tem como direcionar, foi feito um edital.
Quem quis se habilitar ao edital, teve que assumir o
compromisso de entregar essa área de acordo com o
edital, não é isso?
O SR. JADIR TOSTA JÚNIOR -
Exatamente. Feita a publicação, apresentaram os
interessados. E do resumo que acabou fazendo do
processo - não trabalhei nele na época – mas pelo
menos do resumo que pegamos do processo, várias
empresas apresentaram essas propostas.
Essas propostas datavam-se se o cara tinha uma
área que poderia estar sujeita a alagamento, tinha que
ter muro, câmera, pensando que o trabalho de
vigilância, o trabalho de segurança era prioridade nesse
caso.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Essas etapas foram cumpridas, não é
isso?
O SR. JADIR TOSTA JÚNIOR - Foram.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Porque se essas etapas foram
cumpridas, acaba as dúvidas com relação a
beneficiamento de alguém, por que se isso faz parte do
edital, é evidente que, por exemplo, se tem oito
empresas, as oitos não construirão o pátio porque se
uma só vai ganhar, o que os sete farão com o pátio?
Tem que depois de ganhar ter um prazo para apresentar,
assinar o contrato e começar a receber. Então, essas
regras foram todas cumpridas?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Senhor
Deputado só queria ressaltar, quem é louco? Vimos a
obra lá, são verdadeiros galpões. Foi acomodar num
modelo que atendesse o Detran. Quem é doido fazer
uma obra daquela se não tiver a garantia de que ganhará
a licitação?
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Mas aí é o seguinte, funciona como
licitação e outras obras. A pessoa recebe o edital,
analisa, vê o custo para fazer aquela obra para atender,
mas não tem que fazer primeiro para participar, porque
senão oito fariam e o que os outros sete que não
ganharam fariam Então, depois que é vencedor pelo
preço é que tem o prazo para construir e assinar o
contrato. Só estou perguntando se essa regra foi ....
O SR. JADIR TOSTA JÚNIOR - Não
participei do processamento em si, participei de uma
fase anterior que fez um estudo. Então, basicamente a
justificativa no estudo era que tivéssemos condições de
acabar com o empilhamento de veículos, tivesse uma
estrutura para ter espaço para manejar leilões. Como
vocês virão no Central Parque não se consegue nem
desempilhar o veículo para fazer a identificação dele,
entendeu? Então...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Essa questão entendemos, o fato de
às vezes insistir no depoimento de uma pessoa, nesta
reunião, às vezes ela vem, fica nervosa e não fala.
Questionei o Thiago Silveira Rocha se tinha
feito vistoria? Respondeu-me que não foi ele. Quer
dizer, o presidente de comunicação de licitação é quem
tem que fazer, mesmo que tenha um grupo ... Por isso
estamos chamando-o de volta, junto com a comissão,
para saber se o processo concluiu todas as etapas de
publicidade.
A Senhora Deputada falou aqui e eu também
estava falando que foi entregue para beneficiar alguém.
Se foi feito dentro da regra, então, todas as pessoas
tiveram oportunidade de encarar: Vou construir isso
aqui para alugar. É lógico que a pessoa constrói depois
que ganha, não vai construir antes.
O SR. JAIR TOSTA JÚNIOR - Sim.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, a gente quer a comissão aqui
exatamente para poder esclarecer isso, se esse sistema
78 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
de vistoria, de tudo isso foi feito por que visitamos in loco e verificamos que, realmente, lá está tudo dentro
do padrão. Quer dizer, aquele sistema ali é que é o
sistema que tem de realmente o Estado garantir o
patrimônio apreendido da pessoa. E entendemos
também... fui ao pátio Central Park também e vi o
absurdo que está lá, mas acho que mais responsável por
aquilo ali, além do dono do pátio, mais responsável do
que o dono do pátio é o diretor do Detran, por quê?
Porque o carro que está lá acima do prazo de noventa
dias, não é mais do pátio; o pátio não tem que arranjar,
não tem que mais ficar lá com ele todo enfileirado
direitinho, quem tem que fazer isso é o Detran que tem
que tirar ele de lá.
O SR. JAIR TOSTA JÚNIOR – Sim.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS –
PSD) – E no caso tem que tirar de lá hoje para levar
para esse pátio milionário por que me falaram lá que o
terreno é mais... que o metro quadrado lá é mais caro do
que o de Ipanema, no Posto 9, onde Romário pratica
futevôlei, no Rio de Janeiro. Mas, de qualquer maneira,
esse pátio está dentro dos padrões.
Então, todo entulho que tem nos outros pátios... e aqui
não é fazer defesa de nenhum deles, mas esse entulho a
partir de noventa dias o Detran tem que tirar de lá e
botar nesse pátio.
O SR. JAIR TOSTA JÚNIOR – Não só isso, também
processar os leilões.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS –
PSD) – Exatamente.
O SR. JAIR TOSTA JÚNIOR – Para que haja uma
entrada e saída dos veículos. A ideia é fazer um
processamento dos leilões ali. De fato, o diretor agora
está trabalhando nesse sentido. Foram emitidas
cinquenta e três mil notificações aos proprietários dos
veículos que estão com os veículos nos pátios e dentro
de vinte e cinco dias, meados de 15 de novembro,
vamos fazer as notificações dos outros sessenta editais
de notificação para esses veículos, cumprindo, assim, a
Resolução n.º 331 que obriga essas notificações antes
do processo de leilão.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS –
PSD) – Muito bem. Vamos passar a palavra ao Senhor
Deputado Marcelo Santos. Temos também que deliberar
com relação às próximas reuniões e também para S.
Ex.ª registrar. Lamentamos, não é Senhora Deputada,
que S. Ex.ª não pode comparecer nas visitas porque
estava o sol muito quente e tem gente que a pele não se
adapta muito ao sol quente... aí fomos lá eu, a Senhora
Deputada Janete de Sá e o Senhor Deputado Marcos
Bruno; visitamos tanto o Central Park como o
Campinho da Serra.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Senhor
Presidente, obrigado pela defesa já prévia que V. Ex.ª
apresenta. Tive uma agenda doméstica inadiável com
meu filho Guilherme, mas sabia que seria bem
representado pelo presidente e pela relatora que se
fizeram presentes nessa visita importante.
Quero aproveitar, Senhor Presidente, mesmo não
estando presente na visita, para registrar e pedir a esta
comissão que pudesse submeter em votação o voto de
louvor à Polícia Militar do Espírito Santo na pessoa do
tenente-coronel Carlos Ney de Souza Pimenta, tenente-
coronel Pimenta, e também do subtenente Ecyr e do
Sargento Roberto que estão lotados no QCG, diante do
que vêm prestando auxilio a esta comissão, em especial,
a essa diligência que foi feita nos dois pátrios.
Os policiais que aqui estão têm feito um trabalho de
auxílio a esta CPI e digno de registro, uma vez que não
só por este parlamentar, tenho certeza de que pelos
demais competentes, mas por todo corpo de servidores
que auxiliam esta CPI, bem como aqueles que nos
assistem na galeria percebem a atividade e a presteza
desses policiais. Então, pediria à comissão que
submetesse o voto de louvor ao comandante da Polícia
Militar em face do tenente-coronel Carlos Ney de Souza
Pimenta, do subtenente Ecyr e do sargento Roberto
lotados no QCG.
Senhor Presidente, só para complementar, já saindo da
fase, desse pleito, dizer da importância da CPI e do
resultado dela. Falei há pouco com a Senhora Deputada
Janete de Sá, que é nossa relatora, que no relatório deve
constar, primeiro, a questão salarial dos servidores do
Detran. É inadmissível um servidor ser responsável de
um PAB e ganhar oitocentos reais.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS –
PSD) – Oitocentos e cinco.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Acrescido... oitocentos e cinco reais para ser
responsável e responder pelo órgão estadual de trânsito,
uma responsabilidade enorme e que não é enxergada
pelo próprio Departamento de Trânsito a
responsabilidade desse servidor. Então, tenho certeza de
que um órgão que arrecada muito e muito mesmo, pode
muito bem melhorar as questões salariais dos servidores
como um todo, para que sirva de estímulo até para que
eles possam se debruçar e apresentar uma proposta de
leilões, que nós já deveríamos ter feito. O Senhor
Deputado Enivaldo dos Anjos foi muito feliz, pois não
são os pátios que são responsáveis pelo acúmulo de
veículos que ultrapassaram os noventa dias não, é o
Detran, que imprimiu a própria regra e não a cumpre.
Ora, se a lei é clara que em noventa dias tem que leiloar,
quem é o culpado? É o Detran, é ele mesmo. O culpado
não é o mordomo não, é o Detran.
Então, Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos e Senhora
Deputada Janete de Sá, quero justificar minha ausência,
volto a dizer, pois estava em uma missão oficial com o
meu filho Guilherme e não poderia deixar de tratar
dessas questões, mas eu sabia que eu estaria bem
representado pelo Presidente e pela nobre relatora.
Gostaria que fosse submetido o voto de louvor e
encaminhado ao Comando-Geral da Polícia Militar pelo trabalho que vem desenvolvendo de apoiamento, ao
tenente-coronel Pimenta, ao subtenente Ecyr e ao
sargento Roberto, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS -
PSD) – Vamos submeter à votação incluindo nesse
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 79
ofício de agradecimento que faça parte do registro
funcional dos funcionários também da comissão, porque
até o Marcelo, que o pessoal fala que só fica em
gabinete refrigerado, esteve presente acompanhando
também e não reclamou de calor. Então, quero fazer
também um agradecimento aos policiais, aos nossos
procuradores que compareceram e a todos os
funcionários que comparecerem, menos o Miguel que
não teve coragem de comparecer. Senhora Deputada
Janete de Sá?
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – Vejo no mesmo
caminho também, pois acho que tem que se prestigiar
esses colegas que foram e fizeram um bom trabalho de
apoio à nossa diligência, os procuradores e o pessoal da
TV que estiverem naquele sol escaldante, mas todo
mundo junto na diligência, preocupados em respeito a
toda essa situação, bem como aos servidores do Detran
que saíram do escritório do Detran e foram ao local nos
atender e dar as informações necessárias. Então, acho
que cabe essa deferência a todos que nos ajudaram.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS -
PSD) – Também voto a favor. Fica aprovado. À
secretaria para oficiar, no caso de todos os servidores,
para constar na ficha funcional dos servidores.
Vou submeter, agora, também, para não esquecermos, a
ata que foi lida à aprovação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) –
Como lida.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – Como
lida.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Ata aprovada como lida.
Da transposição dos trabalhos da CPI para o próximo
ano.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – Voto com
a transposição.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) – Com o pleito.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Também.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – Quero
acrescentar o seguinte, Senhor Deputado, quem está
pensando, quem está imaginando que esta CPI vai
acabar logo, principalmente os pátios que estão de bico
aberto porque não estão tendo espaço para comprar a
Guarda Municipal. Infelizmente, os servidores que não
são corretos, e não são todos, são poucos, graças a
Deus, do Batalhão de Trânsito, que estão com o bico
aberto, quero passar o recado de que esta CPI só acaba
quando termina, quando essas questões estiverem
disciplinadas, quando conseguirmos fazer com que os
leilões aconteçam, quando os pátios estiverem
esvaziados, quando não tiver mais credenciamento e
quando a modalidade de estarmos tomando esse serviço
seja pela modalidade de licitação que é a correta e que
está prevista em lei.
Então, sou favorável à transposição e vamos
sim discutir essa questão até essa situação ser resolvida
em benefício de nossa sociedade.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Senhora Deputada, teremos uma
vitória muito maior do que essa, que seria a vitória do
povo em não ter nem licitação, que esse serviço seja
prestado pelo Detran, porque não pode transpassar esse
serviço para mão de particulares porque eles só pensam
em assaltar a população.
Estamos trabalhando e acho que vamos
conseguir essa vitória para que o Detran assuma a
responsabilidade de ter o pátio próprio, e que já tem, e
de não permitir que terceiros entrem no meio da
arrecadação e da população, para evitarmos a corrupção
de guardas, não são todos, mas alguns aceitam, e para
evitarmos a corrupção até de associações que já foram
beneficiadas e que têm sentença nesse caso. A melhor
saída para o Espírito Santo é acabar com o pátio na mão
de terceiros, porque se tem que dar lucro, tem que ser o
Detran que explora. Vamos ter essa vitória se Deus
quiser.
Depois darei a palavra a todo mundo.
Temos também que aprovar a condução
coercitiva do Thiago e da Roberta.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Já colocou
em votação a transposição da CPI?
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS –
PSD) – Isso.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Voto
favorável.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Favorável?
E com relação à condução coercitiva do Thiago e da
Roberta para a próxima segunda-feira que não seja a do
feriado?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Voto favorável,
Senhor Presidente.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Idem.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Vou só ler agora um ofício, antes de dar a
palavra final aos Senhores Deputados. É um ofício
encaminhado pelo atual diretor do Detran, datado de
hoje.
Ele diz o seguinte:
Senhores(as) Deputados(as), encaminho a vossas
excelências informações decorrentes de decisões tomadas neste ano pelo DETRAN/ES, que entendemos
fundamentais para esclarecimento junto aos trabalhos desenvolvidos no âmbito desta CPI.
1. O DETRAN/ES através da Instrução de Serviço n.º
80 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
93/2015 (...) vedou a cobrança administrativa de taxas relativas às diárias, em razão da apreensão e de
remoção de veículos, que excedam a 90 (noventa) dias, em respeito ao prazo estabelecido pelo art. 2º da
Resolução(...)
Isso também foi uma vitória da CPI. Que nós
mostramos isso aqui várias vezes, que quando você ia
pedir um boleto do carro vinha doze mil, quatorze mil,
vinte mil de pátio, e agora, nós testamos lá na
diligência, os dois procuradores viram, pegamos uma
moto lá, aleatória, pedimos na hora o boleto e já veio só
até noventa dias. Isso já foi, também uma vitória porque
a gente sabe que no interior principalmente, o sujeito
vai lá pegar uma moto e está lá trinta mil, quarenta mil.
Foi já outro ponto em que a CPI conseguiu êxito.
2. O DETRAN/ES publicou a Instrução de Serviço,
abaixo relacionadas rescindindo os contratos que permitiam que os respectivos órgãos utilizassem as
dependências desses pátios credenciados ao
DETRAN/ES para a guarda dos veículos removidos em suas fiscalizações. Insta destacar que,
aproximadamente 2/3 dos veículos recolhidos aos pátios credenciados pelo DETRAN/ES eram oriundos
destes órgãos.
Importante informar que o DETRAN/ES deu prazo de 60 (sessenta) dias para estes órgãos providenciarem
seus próprios pátios, que se encerra dia 18/11/2015.
Estão aqui está a ISS da Prefeitura da Serra, da
Prefeitura de Vitória, da Prefeitura de Cariacica, da
Polícia Rodoviária Federal, e da Prefeitura Municipal de
Cachoeiro de Itapemirim. Porque também os pátios do
Detran/ES, esses pátios credenciados, estavam servindo
para usar carros da Polícia Federal, e agora o Detran
não permite mais.
3. O DETRAN/ES removeu 11.717 veículos dos diversos
pátios descredenciados para o Pátio Central, localizado em Campinho da Serra, para que sejam
identificados, dos quais, aproximadamente 6.000 veículos serão entregues à Arcelor Mittal (vencedora
do último leilão), a partir de 13/11/2015, para
descontaminação e destinação final.
Nós até levantamos um questionamento na hora lá,
verbal, mas espero que a gente possa fazer através da
Comissão oficialmente. É que a sucata é prensada e a
ArcelorMittal, essa empresa poluidora que mata metade
da população de Vitória com sua atuação nefasta e
irresponsável de poluição, ganhou o leilão. Só que ela
paga pela sucata um preço só, e na sucata vai muita
peça que tem valor. Por exemplo, peça de metal vai
junto com para-lama, com tudo isso, e a ArcelorMittal
leva uma vantagem muito grande porque na hora que
derrete esse material é separado. Então, aquilo que é
metal tem um preço, e aquilo que é outro tipo de
material tem outro preço. Então, o Estado está levando
prejuízo com esse leilão que fez. Vamos sugerir ao
Detran que reedite outro edital para poder fazer a
identificação do que tem naqueles veículos e que pode
ter preços diferentes. Sabemos, por exemplo, que sucata
comum o preço é pequenininho, mas sucata de material
específico no mercado tem valor até dez vezes o valor
da sucata comum. A ArcelorMittal está ganhando um
dinheirão com esse leilão, comprando as coisas num
preço de leilão comum.
4. O DETRAN/ES realizou também a publicação da Instrução de Serviço (...) determinando a suspensão de
novos credenciamentos de Empresas prestadoras de
serviço de remoção de veículos.
Isso também é mais uma vitória da CPI. O Detran, já
acolhendo o trabalho da CPI resolveu já não credenciar
mais ninguém. Está aqui a Instrução de Serviço de
2015, de n.º 123/2015, do dia 08 de setembro. Que já é
para suspender e já não tem mais credenciamento.
5. O DETRAN/ES possui, na data atual, a guarda de
48.464 veículos. Estão distribuídos em 12 pátios
credenciados aptos a receberem veículos removidos e, em outros 12 pátios que foram descredenciados (...),
sendo que os veículos estocados nestes, estão sendo
removidos para o Pátio Central (...)
Também foi informado lá pelo pessoal do Detran, o
senhor Jadir estava junto, que eles estão fazendo a
remoção primeiro dos pátios que estão descredenciados
e que pararam. Esses pátios que estão em
funcionamento, como o Central Park e outros, ainda não
conseguiram chegar até lá para retirar o que está
considerado como sucata lá. Mas são os próximos
passos que irão ser dados.
Descobrimos também que o frete de carreta para buscar
esse entulho tem um preço único, o que também é um
absurdo, e nós vamos encaminhar ao Detran a
modificação, porque custa parece que quatro mil e
trezentos reais. Agora tem um negócio de quatro mil e
trezentos aqui no Espírito Santo. Quatro mil e trezentos
reais para auxílio-moradia, quatro mil e trezentos reais
agora de transporte... Quer dizer, se o carro é... Se o
entulho é buscado em Aracruz, o frete é fixo, quatro mil
e trezentos; e se é buscado em São Francisco é o mesmo
valor. Não tem sentido. A gente está querendo que eles
façam a revisão disso, porque não pode ser. O preço de
frete tinha que ser por quilômetro, e não por valor fixo.
6. O DETRAN/ES enviou nesse mês de outubro
notificações aos proprietários de veículos que estão nos
pátios (...),referentes a 31.517 veículos, (64% do total),
que já estão aptos a serem leiloados a partir de
dezembro/2015, por estarem há mais de 90 dias sob a guarda do DETRAN/ES.
Esses carros que nós estamos falando: têm noventa dias
lá, cento e setenta e oito mil. O leilão vai dar duzentos e
quarenta mil. Quer dizer, então não compensa.
7. Após o prazo legal de 20 dias da entrega das
notificações citadas no item 6, esta autarquia irá promover a notificação por edital publicado no Diário
Oficial (...) com data prevista para 17/11/2015.
Transcorridos 30 dias após a publicação, será procedida a realização de leilão de aproximadamente
30.000 veículos.
Destacamos ainda os seguintes aspectos técnicos
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 81
operacionais:
Esta autarquia não dispõe de imóvel em condições de armazenamento adequado de veículo oriundos dos 24
pátios e caso fossem armazenados todos no pátio
central, impossibilitariam a realização dos serviços de vistoria e descontaminação necessários para a
promoção das entregas do leilão já realizado e dos
leilões a serem realizados.
Importante destacar, que o período do verão é caracterizado por intensificação da fiscalização de
trânsito e, por conseguinte, aumento considerável do
número de remoções pelo Batalhão de Trânsito, decorrentes da violação da legislação de trânsito,
ressaltando-se a importância de termos espaço físico suficiente para guarda destes veículos.
O DETRAN/ES iniciou processo (n.º ...) para a contratação de identificadores veiculares e engenheiros
mecânicos através de designação temporária (Lei
Complementar Estadual...), com o objetivo de agilizar os procedimentos do leilão. Os identificadores
contratados ampliarão a força-tarefa dos 10 servidores atualmente designados para identificar os veículos que
já se encontram no Pátio Central e os engenheiros
contratados irão classificar os veículos, conforme seu estado com ART (Anotação de Responsabilidade
Técnica).
Em relação ao contrato de aluguel do pátio central, a
atual gestão encaminhou ofício (...) com cópia do contrato para análise e parecer do Ministério Público
Estadual e para a Secretaria de Estado de Controle e
Transparência (SECONT). Importante ressaltar ainda, que o DETRAN/ES também
já iniciou análise interna sobre a implantação e operacionalização da modalidade de leilão eletrônico,
objetivando atender ao art. 328, do CTB, conforme
alteração dada pela Lei Federal 13.160.
Por derradeiro, impende destacar que estamos refletindo e revendo os aspectos técnicos e jurídicos no
que tange à edição da IS n.º 177, sobretudo à luz da
indigitada Lei 13.160/2015, bem como no já citado planejamento desta entidade para efetivarmos a
licitação e os leilões.
À luz do expendido, espero ter esclarecido e colaborado
com os trabalhos desta importante CPI, colocando-me à disposição para quaisquer esclarecimentos que se
fizerem necessários.
Aproveito para renovar (...)
Roger Tristão Pádua Frizzera.
Esse foi o ofício encaminhado pelo diretor do Detran,
que encaminhou cópia de toda a documentação. Eu vou
passar cópia dessa documentação, através da secretaria
da comissão, aos deputados membros da comissão e à
relatora para analisarem. Em face dessa apresentação de
justificativa, nós entendemos, até porque o diretor atual
do Detran tem só trinta dias que está no cargo, menos de
quarenta dias, nós entendemos que essas... Nós vamos
analisar essa apresentação de justificativa para depois
vermos a necessidade de trazê-lo para prestar
esclarecimento, já que o que motivou a vinda dele aqui
era a instrução que ele aqui está assumindo o
compromisso de rever e nos apresentar uma alternativa.
Gostaria de consultar a Senhora Deputada
Janete de Sá, com relação à dispensa da vinda dele e
aceitando esse documento para análise para posterior
convocação.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Concordo, Senhor Presidente, mesmo porque
observamos que o diretor atual tem pouco tempo no
exercício da atividade. Prontificou-se inclusive a rever a
portaria que previa a manutenção do credenciamento,
ou seja, percebo que há boa vontade desse servidor no
sentido de resolver o problema. Nesse sentido,
considero que a documentação é proposital e atende ao
nosso pleito.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Senhor Deputado Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Senhor Presidente, concordo na mesma linha que V.
Ex.ª manifestou, até pelo pouco tempo que ele está à
frente do Departamento Estadual de Trânsito. Precisa
juntar elementos que na verdade inclusive já apresentou
aqui sua plataforma, através de ofício. Acredito que as
informações contidas nela já nos dão uma noção exata
do que planeja o diretor à frente do Departamento
Estadual de Trânsito.
Mas, queria, Senhor Presidente, propor aqui se
V. Ex.ª e a Senhora Deputada Janete de Sá entenderem
coerente, queria que pudéssemos apresentar um
documento ao diretor do Detran solicitando a ele o
cancelamento do contrato com esse pátio na Serra e a
desapropriação para que o próprio órgão estadual de
trânsito possa gerir aquilo que está na linha que V. Ex.ª
tem apresentado. A estrutura é excelente, já havia
tomado conhecimento, mas como o caminho que segue
a comissão é de que o Detran possa gerir aquilo que
designou através dos pátios, cancelando assim esse
credenciamento.
Inicialmente acho que seria um bom exemplo
que a comissão daria, solicitando o cancelamento do
contrato desse pátio, dessa área na Serra. Naturalmente
iniciar o processo de desapropriação e ao final rescindir
o contrato, porque está previsto isso também – você
pode cancelar desde que pague o que é devido. E o
Detran já assumiria isso e poderia gerir a operação
dessa área importante que pode ai desafogar todos os
pátios hoje credenciados, Senhor Presidente. Um ofício
desta comissão, assinada por todos nós para que seja
desapropriado essa área e o Detran assuma a operação
desse pátio.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Queria só ponderar com o Senhor
Deputado Marcelo Santos, que a gente poderia analisar
essa situação na próxima reunião, já que na reunião
anterior sugerimos isso e o que ensejou o diretor do
Detran pegar uma cópia do contrato e encaminhar ao
Ministério Público já aventando essa possibilidade. A
82 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
gente poderia aguardar e ver se o Ministério Público se
manifestava e parece-me que pediu urgência lá, para
gente deliberar na frente.
Queria aproveitar também mas só para poder
deliberar aqui, que nós enviamos um ofício ao diretor
do DER. Ele ficou sabendo disso através da imprensa e
hoje nos comunicou que tinha recebido o ofício na
sexta-feira. Mas estaria encaminhando para cá, a cópia
do que queremos, que é a cópia dos contratos. E a gente
queria submeter também a dispensa dele hoje, porque
na verdade o ofício nem chegou, embora tenha sido
expedido.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Com
certeza, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Mas ele vai encaminhar para a gente
também a cópia dos contratos dos radares. E se dispôs
na hora em que for convocado pela comissão. Então a
gente vai aguardar chegar o documento para analisar e
distribuir para a comissão analisar e em uma próxima
oportunidade... V. Ex.ª concorda?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Voto com a generosidade de V. Ex.ª.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – V. Ex.ª concorda?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Acompanho a orientação, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Então fica designado que ele foi
dispensado o depoimento junto com o diretor do Detran.
E vamos aguardar os documentos dos contratos dos
radares para analisar e aí verificar uma nova data.
Tem mais alguma coisa para deliberar? Então,
tudo liberado. Vou passar a palavra para a Senhora
Deputada Janete de Sá para finalizar, e depois passar a
palavra para o Senhor Deputado Marcelo Santos para a
gente poder encerrar a sessão.
Só para lembrar a próxima segunda-feira já
tinha esse pessoal da comissão, mais alguém? Já tinha
outro?
Então está bom. Já estamos com agenda...pois
é, mas tinha outro depoimento também... na próxima
depois do feriado, segunda-feira. Eles já tinham o
depoimento já marcado. A acareação é rapidinho.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Minha
questão é para deliberar, Senhor Presidente. Primeiro,
foi muito proposital a visita que fizemos aos dois pátios,
o de Campinho da Serra e o Central Park. Proponho que
também deliberemos por fazer mais duas visitas a pátios
credenciados, um em Serra e um em Vila Velha. Não
podemos nos basear apenas pelo que vimos no Central
Park. Pode haver empresário nocivo à gestão pública e
empresário com trabalho respeitoso. Então, é bom
sabermos diferenciar o mau empresário do bom
empresário, e não balizar todos na mesma situação. Em
meu entendimento, deveríamos visitar mais dois pátios.
Depois, se V. Ex.ª considerar importante também, fazer
essas visitas a pátios do interior. Essa é uma questão.
A outra deliberação que também proponho é
que mandemos um pedido à Secretaria de Saúde do
nosso estado para que proceda a uma diligência nos
pátios credenciados para verificar e orientar contra o
acúmulo de água parada porque entraremos em um
período de chuva, que espero que chegue logo, e virá
um período de estiagem novamente, de sol. Será uma
proliferação danada do mosquito da dengue. Não
adianta pensar em vacina ou em uma série de situações
para a cidade se não ver também esse depósito de larvas
do mosquito da dengue que viraram esses pátios. Fica o
pedido de diligência da Secretaria de Saúde nesses
pátios. Assim como também um pedido de diligência,
que já pedi aqui, à Seama e ao Iema nos pátios para
verificar a situação, se eles estão contaminando os
mananciais hídricos. Já estamos com pouca água e
contaminada a situação só piora.
Por fim, uma sugestão, Senhor Presidente, ao
diretor atual do Detran para que dê celeridade aos
trabalhos de leilões. Focar os leilões. Quero sugerir, não
vou ingerir. Pedirei à CPI que sugira ao diretor que
disponibilize um servidor, no caso estou observando
que o Jadir está bem antenado nisso, com acúmulo
suficiente, para dar celeridade ao trabalho de leilões.
Focar nos leilões para que aconteçam o mais rápido
possível. Aí ele verifica outro diretor ou outro gerente
para cuidar dos pátios, pois não dá para cuidar dos
pátios e dos leilões. E o leilão, para nós, é determinante
para esvaziarmos os pátios e o pátio de Campinho da
Serra, que é o pátio milionário.
Por fim, peço à nossa comissão, que até agora
não sei por que não fez, um ofício autorizando o
ingresso dos nossos procuradores Eduardo e Vinícius na
sala restrita para manuseio e análise de documento
sigiloso. Preciso dessa autorização, que eles assinem
essa autorização, que tenham a autorização assinada por
nós, para que manuseiem material sigiloso em sala
restrita para isso, com cofre, porque senão não tenho
como passar o material sigiloso. Preciso que a comissão
dê celeridade. Estou fazendo publicamente porque já
pedi e ainda não aconteceu, presidente. É o que tenho a
dizer.
São as quatro sugestões que dou: A visita da
comissão a mais dois pátios, de Serra e de Vila Velha; a
diligência da Secretaria de Saúde nos pátios devido à
proliferação da dengue; a diligência da Seama para
impedir contaminação dos mananciais hídricos; a
autorização aos procuradores; e a sugestão ao diretor de
destinar o servidor Jadir para focar nos leilões e destinar
outro à coordenação de pátios.
E a deliberação do pátio, se for deliberado,
Senhor Presidente, que possamos até fazer surpresa.
Depois V. Ex.ª define quais os locais. A princípio sugiro
que seja um em Vila Velha e um em Serra, dos
credenciados.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Antes de submeter à votação, quero apresentar
uma sugestão de que fizéssemos uma comissão de
visitação a todos os pátios da Grande Vitória, com
membros da comissão. Designaríamos os dois
procuradores, um membro da assessoria da comissão,
que pode ser o Miguel ou o Marcelo que, devidamente
autorizados pela comissão farão essas vistorias para
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 83
fotografar e apresentar relatório, sendo liberados para
eles a condução e as diárias necessárias para essas
visitas.
Pedir também ao pessoal da TV Ales. Não precisa ir o
repórter, precisa do câmera para filmar, para fazer o
registro de material.
Solicito à secretaria que faça esse ofício a quem de
direito; se ao Presidente ou ao Diretor da Casa.
Com respeito às diligências, faremos as diligências,
também a comissão, sem identificar o local e mesmo
assim, vamos manter essa comissão, terá um roteiro a
ser cumprido, fazer em um ou dois dias diferentes.
Os Senhores Deputados concordam?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Plenamente,
inclusive, o Deputado da comissão que quiser também
acompanhar, seria importante.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Concordo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS -
PSD) – Os outros requerimentos são os três que V. Ex.as
prestaram atenção, e vamos submetê-los à votação.
Tenho alguma restrição com relação aos leilões, porque
não sei se podemos interferir na parte administrativa.
Como sugestão, podemos apresentar.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Concordo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Esta presidência também acompanha.
Ficam deliberados os quatro requerimentos.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Para
deixar claro, fica como sugestão, porque não podemos
interferir na administração do diretor. Mas acredito que
seja uma sugestão que vem a calhar.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – À secretaria para providenciar os ofícios.
Com relação à guarda de material sigiloso. Todo
despacho que é dado por mim é de que o expediente –
nem abro, encaminho à relatora para abrir e ficar sob
sua guarda. Vou pedir a Senhora Relatora para mandar
um ofício, se for o caso, pois vou autorizar, porque,
como o documento está sob sua guarda, quem V. Ex.ª
quiser que veja, eu nem vejo, para depois a culpa ficar
só com a relatora.
Peço a assessoria que providencie o ofício necessário
para assiná-lo hoje ainda, com relação ao procuradores
terem conhecimento, e eles deverão também assinar um
recibo de confidência e responsabilidade concedida pela
Relatora.
Os quatro requerimentos já foram aprovados, é somente
passar o texto para o secretário.
Senhora Deputada Raquel Lessa, que está verde de
esperança, deseja fazer uso da palavra?
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Boa tarde
a todos. Não pude comparecer à visita dos pátios, mas
quero parabenizar nossos colegas que fizeram a visita,
aos funcionários que acompanharam.
Estou vestindo verde, pois tenho esperança, e
tenho certeza de que esta CPI terminará com muitos
resultados. Nós confiamos e acho que a população do
Espírito Santo tem confiado, tem dado um voto de
credibilidade para essa comissão. Temos certeza de que
ao final, já estamos tendo e teremos o resultado que a
população espera.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Muito obrigado a todos os presentes.
Estão todos liberados para visitarem seus
parentes que já se foram.
Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a
presente reunião. Antes, porém, convoco os Senhores
Deputados para a próxima, ordinária, dia 09 de
novembro, para a qual designo.
EXPEDIENTE:
O que ocorrer.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 12h15min.
COMISSÃO PARLAMENTAR DE
INQUÉRITO DA MÁFIA DOS GUINCHOS.
VIGÉSIMA TERCEIRA REUNIÃO ORDINÁRIA,
DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA, DA DÉCIMA OITAVA
LEGISLATURA, REALIZADA EM 09 DE
NOVEMBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Declaro abertos os trabalhos desta
Comissão e solicito à senhora secretária que faça a
leitura da ata da vigésima segunda reunião ordinária,
realizada em 26 de outubro de 2015.
(A senhora secretária procede à leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Cumprimento o Senhor Deputado
Freitas e lhe agradeço a presença, que muito honra esta
comissão. Ele, que representa o Norte do Espírito Santo
e o Espírito Santo todo, com certeza está bastante
preocupado com essa situação em que se encontra o
Norte em função da irresponsabilidade da Samarco, que
está destruindo todo o meio ambiente e toda a nossa
região, submetendo os municípios a ficarem mais de
quatro ou cinco dias sem água tratada.
Há Expediente a ser lido?
A SR. SECRETÁRIA lê:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
CIs do gabinete do Senhor Deputado Marcos Bruno,
justificando sua ausência nas reuniões ordinárias dos
dias 19 de outubro e 26 de outubro.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Ciente. Junte-se aos autos.
A SR. SECRETÁRIA lê:
84 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
OF. do gabinete da Deputada Estadual Raquel Lessa,
justificando sua ausência na reunião do dia 19 de
outubro de 2015.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Ciente. Junte-se aos autos.
A SR. SECRETÁRIA lê:
Correspondência encaminhada pela Nextel a esta
comissão.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Ciente. Junte-se aos autos. Dê ciência
à senhora relatora, entregando-lhe o referido documento
que ficará sob sua guarda pessoal. Lavre-se termo.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
Processo Administrativo n.º 154091/2015 encaminhado pelo senhor Thiago Silveira Rocha
informando que por motivo de compromisso
anteriormente agendado para a data de 26 de outubro de
2015, não pode comparecer à sessão de acareação
realizada pela CPI da Máfia dos Guinchos e informa
estar ciente de sua convocação para o dia 9 de
novembro, às 11h.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – À CPI. Junte-se aos autos.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
Processo Administrativo n.º 154092/2015 encaminhado pelo senhor Thiago Silveira Rocha
requerendo cópia de seu depoimento realizado na CPI
da Máfia dos Guinchos que ocorreu no dia 19 de
outubro de 2015.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – À CPI. Ciente. Junte-se aos autos.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
Correspondência encaminhada pela empresa TIM a
esta comissão.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Ciente. Junte-se aos autos, e dê
ciência à senhora relatora entregando-lhe o referido
documento que ficará sobre sua guarda pessoal. Lavre-
se termo.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
Processo administrativo n.º 154168/2015 encaminhado pelo advogado Rafael Amorim Ricardo
requerendo dispensa de seu cliente Felipe Goggi
Rodrigues da convocação para participar da reunião
ordinária da Máfia dos Guinchos no dia 9 de novembro
de 2015.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Registrar, antes do despacho, a
presença ilustre do Senhor Deputado Bruno Lamas que
também enriquece este Poder e justifica o Município de
Serra, dos mais importantes do estado do Espírito Santo,
que hoje é muito bem representado nesta Casa pela
figura, pela inteligência pela jovialidade de S. Ex.ª.
Com relação ao requerimento, vamos indeferir
o pedido. O senhor Felipe está sendo convocado e não
convidado. Caso não compareça no dia e hora
marcados, serão tomadas as providências de lei. Dê
ciência ao advogado.
A SR.ª SECRETÁRIA – (KARINA EUZÉBIO CERQUEIRA) – Senhor Presidente,
correspondências lidas.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Não havendo mais Expediente a ser
lido, vamos consultar a Secretaria se as pessoas
devidamente convocadas estão presentes. (Pausa) Tem
informação da relatora se está chegando? (Pausa)
Vamos, então, fazer adentrar ao plenário a
senhora Hilda Rocha, o senhor Carlos Augusto Lopes, a
senhora Roberta Reggiani Lessa, o senhor Wallace
Gomes, a senhora Lorena Bicalho da Silva, o senhor
Italo Leonardo do Amaral Moreira, o senhor Felipe
Goggi Rodrigues e o senhor Thiago Silveira Rocha. A
senhora Hilda ouviremos depois.
Vamos aproveitar, enquanto esta sessão se
prepara para fazer a devida acareação, aguardando a
presença da relatora da Comissão, para apenas
comentar, por meio do Senhor Deputado Freitas, a
nossa preocupação com os acontecimentos da última
semana, que trouxeram ao Espírito Santo um desespero,
e a praticamente toda a população que beira o rio Doce
e até à foz do mar, esse transtorno causado aí pelo
acontecimento da Samarco.
Com a palavra o Senhor Deputado Freitas, que
está acompanhando de perto, assim como o Senhor
Deputado Bruno Lamas.
O SR. FREITAS – (PSB) – Senhor Presidente,
cumprimento V. Ex.ª e meu amigo, Senhor Deputado
Bruno Lamas. Primeiro, parabenizo V. Ex.ª pelo
brilhante trabalho e pela forma com que lidera esta CPI,
o que não é diferente enquanto parlamentar, brilhante
no plenário desta Casa, compondo a Mesa Diretora e
fazendo com que esta Assembleia nesta legislatura
melhore ainda mais seus índices de transparência, de
economia, mostrando para todo o país que temos no
Espírito Santo o melhor Parlamento do Brasil. A
presença de V. Ex.ª neste Parlamento o dignifica muito.
Agradeço e teço comentário a respeito dessa tragédia
acontecida em Minas Gerais, minha terra natal, que está
trazendo muita preocupação para o Espírito Santo. Até
então, o município de São Mateus era aparentemente o
único município que não tinha água potável, água de
qualidade para o consumo humano, e a gente já observa
que Guandu já para de fazer coleta e fornecimento de
água aos guanduenses; Colatina deve parar no final do
dia de hoje, assim como Linhares. Então, a preocupação
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 85
é muito grande.
O Espírito Santo está mobilizado desde sexta-
feira com todas as suas autoridades ambientais e de
recursos hídricos em função, no meu ponto de vista,
óbvio, não dá para afirmar precipitadamente, mas não
dá para entender como uma barragem de rejeitos, de
material com o qual não podemos imaginar a
convivência humana, e uma barragem aparentemente
muito melindrosa, muito fraca. Até agora não temos
explicação nenhuma dos motivos que nos levam a
entender por que romperam duas barragens com alto
volume de rejeitos, que está distribuindo pela metade do
Brasil grande teor de ferro, manganês e zinco. Esse é o
rejeito e só depois de análise profunda saberão quando o
Rio Doce voltará a ter captação para tratamento de água
com qualidade para servir nosso povo. Então é nossa
preocupação. Tenho certeza de que o país saberá punir a
Samarco pelo tratamento com descaso que dá à
população onde a Samarco habita e tem suas empresas.
Muito obrigado, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – O Senhor Deputado Bruno
Lamas também tem acompanhado e, como todos nós,
está preocupado com esses acontecimentos. Como V.
Ex.ª está vendo isso, já que está sendo anunciada, de
hoje para a madrugada de amanhã, a chegada desse
presente da Samarco às águas de Colatina e Linhares?
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Bom-dia a
todos os presentes, aos convidados e à população
capixaba que nos assiste. Bom-dia ao Senhor Deputado
Freitas e ao Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, sem
nenhuma dúvida o deputado mais importante e atuante
deste Poder Legislativo, que tem todo meu respeito e
admiração. Nunca escondi isso de ninguém e sempre
coloquei publicamente.
Em relação aos fatos, como capixaba, lamento.
Como capixaba, sou solidário à população. Percebemos
o Governo se mobilizando no sentido de alertar, de
prevenir e até mesmo já envolvendo a solidariedade dos
capixabas, já abrindo canais para doações e
contribuições.
Os impactos ao meio ambiente são
incalculáveis até o presente momento. Uma
averiguação, uma investigação deve e precisa ser feita
porque ficou provado, como disse o Senhor Deputado
Freitas, claramente a fragilidade da estrutura da
Samarco naquela região. Como a empresa tem trabalhos
no Espírito Santo inclusive, segundo a imprensa,
suspensos a partir do momento em que acabar de
eliminar a matéria-prima em pátio hoje, impossível
também deixar de colocar que isso tem impactos
econômicos para o Estado. Mas, neste momento, a
preocupação maior é com as vidas e com o impacto
ambiental. Pretendo acompanhar e participar ativamente
dessas investigações dentro das minhas possibilidades e
limitações.
Cumprimento o amigo Vitor, Senhor Deputado
Enivaldo dos Anjos, da cidade de Serra, bairro Planalto
Serrano, que nos visita. Bom trabalho a todos e boa
semana. Que Deus nos abençoe.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Também estamos na mesma
linha de pensamento dos Senhores Deputados Freitas e
Bruno Lamas. Com certeza nos manifestaremos hoje na
sessão da Assembleia com relação à nossa opinião, que
já é conhecida, uma vez que consideramos essas
empresas poluidoras, tanto Arcelor, Samarco e Vale,
como empresas assassinas da população do estado do
Espírito Santo em face da poluição no ar. Agora vemos
que o limite de crime deles não é só na poluição do pó
preto, mas também na poluição que agride totalmente o
meio ambiente, destruindo centenas de milhares de anos
da natureza em uma distância de quase quinhentos e dez
quilômetros de destruição. Não sei se isso justifica
muito os empregos que gera e os impostos, até porque a
Samarco está entre as sonegadoras do Espírito Santo,
conforme temos na Comissão de Sonegação a relação
dos devedores e ela está entre os primeiros em
sonegação. Então o fato de que essas empresas têm
impacto financeiro no Estado e têm mérito pela geração
de empregos, também tem que passar a ser avaliado se
os empregos e os impostos que geram se compensam
frente ao mal que promovem no Espírito Santo, tendo
aqui indústrias consideradas de terceiro mundo, nada
modernas; são empresas relacionadas à política ruim de
convivência e de relação com o ser humano.
Essas empresas estão entre aquelas que querem
lucro, que a população dos municípios e dos estados
onde estão instaladas que se danem, eles não têm
nenhum respeito pela figura humana do nosso país e
nem do mundo. Onde operam, deixam um rastro de
desastres ao meio ambiente, de danos às pessoas de
maneira geral.
O Senhor Deputado Bruno Lamas gostaria de
fazer uso da palavra?
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Senhor
Presidente, ainda sobre esse assunto. Só para fazer um
alerta à Assembleia Legislativa e uma informação
importante aos capixabas. Tomei conhecimento, o
senhor Marcelo Siano nosso coordenador das comissões
está presente e pode me ajudar na informação com
relação à nomenclatura, mas existe um comitê com
participação da Bacia Rio Doce, como é o nome do
comitê? (Pausa) Cipe Rio Doce, com envolvimento dos
estados, Espírito Santo, Minas Gerais e outros estados,
até com participação, em alguns momentos,
internacional. Era presidida pela Senhora Deputada
Luzia Toledo, e recentemente S. Ex.ª foi substituída
pelo Senhor Deputado Da Vitória, tem a participação do
Senhor Deputado Freitas, a participação do Senhor
Deputado Dary Pagung, também sou membro dessa
comissão. É importante que hoje ela seja imediatamente
acionada e convocada pela Assembleia Legislativa.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Registramos a presença do Senhor
Deputado Marcelo Santos, e vamos dar início às nossas
atividades.
Se não me falha a memória, a maioria dos
presentes já estive na Comissão, mas vamos ler o
requerimento que motivou a criação desta Comissão,
porque é de norma fazer isso. O Requerimento n.º
110/2015, encaminhado ao Senhor Presidente da
Assembleia Legislativa, devidamente assinado pelo
86 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
número mínimo de assinaturas exigidas no Regimento
Interno, são dez Senhores Deputados, e assim foi criada
a Comissão Parlamentar de Inquérito para, no prazo de
noventa dias, apurar denúncias relacionadas à “Máfia
dos Guinchos” e “Pátio/Estacionamento/Depósito” de
veículos apreendidos e possível conluio entre
autoridades, prestadores de serviços e lesão ao cidadão,
além de investigar a participação de servidor público e
empresas terceirizadas com intuito de lesar o
contribuinte, conforme documentação anexa. Esse
requerimento veio devidamente composto por recortes
de jornais; Folha Vitória, A Tribuna, A Gazeta, coluna
do jornal Século Diário, coluna do Elimar Côrtes, e
vários outros recortes de jornais falando desse assunto.
Também foi acostada uma denúncia do
Ministério Público, firmada por quatro senhores
promotores, que denunciou alguns oficiais da Polícia
Militar, juntamente com a Associação da Polícia
Militar, acusando de que alguns pátios que eram
credenciados pelo Detran, davam alguns recursos para
essa Associação da Polícia Militar, criando assim um
conluio, uma relação promíscua entre pessoas da Polícia
Militar, e não a Polícia como instituição, e alguns dos
pátios. E nós aqui, em alguns depoimentos, um
proprietário de pátio confirmou que teria repassado
dinheiro para essa associação. Essa denúncia foi
apresentada em 2008, e recebeu agora, neste ano de
2015, uma sentença condenando dois ex-comandantes
da Polícia Militar e alguns outros oficiais. Esse processo
encontra-se em grau de recurso. Mas essa parte de
conluio entre autoridades já está, de certa forma,
configurada, pela denúncia do Ministério Público e
também pela sentença de primeiro grau. Então estamos
então ouvindo várias pessoas relacionadas à questão do
trânsito e já ouvimos vários diretores do Detran,
inclusive o professor Carlos e, desse depoimento,
chegamos a conclusão de que havia sido alugado pelo
Detran um pátio pelo valor de cento e setenta e oito mil
reais, o que foi considerado um valor elevado, pela
Comissão, e então, nessa averiguação do aluguel do
pátio, nos defrontamos com o procedimento feito para
que esse processo chegasse a ser assinado e contratado.
Nesse procedimento, verificamos um problema
relacionado ao Conselho que reuniu para aprovar esse
processo de contratação, que é presidido pelo secretário,
não me lembro, na época, de Transportes, hoje já não
sei se é mais ligado ao Detran. Mas o secretário de
Estado não estava presente e foi presidido o Conselho
pelo professor Carlos e os senhores funcionários que
faziam parte da comissão de licitação e do Conselho.
Não sei se aqui tem alguém do Conselho ou se a
maioria é da comissão de licitação.
O presidente da comissão de licitação foi
ouvido aqui já, que na época era o Thiago, e surgiram
dúvidas com relação à atuação do Conselho, da
comissão de licitação e de uma suposta comissão para
formalizar o processo. Não é isso?
Dessa conclusão aqui, tornou-se necessária
fazer uma acareação entre os participantes para definir
qual foi a participação de cada dessas três, desses três
movimentos citados, para analisar se foi cumprida com
rigor a questão da observância da lei no que trata a
transparência, no que trata a participação das empresas.
Então, gostaria de passar a palavra ao Senhor
Deputado Marcelo Santos, porque S. Ex.ª se deteve
mais à leitura desse procedimento, para fazer as
perguntas aos senhores. Serão feitas em forma de... na
verdade não é uma acareação no sentido jurídico, mas
uma forma de conseguirmos analisar porque ficou essa
dúvida entre o que fez a comissão de licitação, entre o
que teria feito uma comissão formada antes para
viabilizar o processo, e entre o Conselho que aprovou
em reunião a decisão de contratar.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Bom dia, colegas deputados Freitas, Bruno Lamas e o
deputado presidente desta Comissão, Enivaldo dos
Anjos. Cumprimento o Thiago, a Roberta, o Carlos
Lopes, o Italo e o Wallace.
O objetivo da Comissão nada mais é do que
apurar aquilo que já vem sendo apurado pelo próprio
Ministério Público, inclusive já é alvo de decisão
judicial, que afastou da própria Policia Militar oficiais
de alta patente, tendo em vista a comprovação, entre
aspas, nem entre aspas, a comprovação nos altos de
conluio entre autoridade policial e a empresa privada.
Naturalmente, o objetivo desta CPI é dirimir
todas as dívidas, em especial, nesse caso específico,
desse contrato que chega ao pagamento mensal de cento
e setenta e oito mil reais. A presença da senhora e dos
senhores aqui é porque todos fizeram parte desse
processo assinando como presidente de comissão de
licitação, como auxiliares administrativos do órgão, no
caso dos senhores Wallace e Italo, e do Carlos Lopes
como diretor, e a Roberta. Todos aqui se manifestaram
pondo sua assinatura no tramitar desse processo.
Senhor Presidente, queria, inicialmente, fazer
uma pergunta ao diretor-presidente do Detran, a época,
senhor Carlos Lopes. Qual foi o critério que o senhor
teve na contratação do senhor Thiago para presidir a
comissão de licitação de um órgão tão grande com
função arrecadadora e com uma arrecadação enorme, e
com a responsabilidade que é devida para uma função
como essa, que o próprio Tribunal de Contas
aconselhou que a composição e, principalmente, a
presidência pudesse ser ocupada por servidor de
carreira, para que pudesse responder pelas
consequências dos atos pelo órgão e pela própria
comissão praticada? Era isso que gostaria de ouvir do
senhor inicialmente.
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Bom
dia, deputado Marcelo Santos; deputado Enivaldo dos
Anjos, presidente desta comissão; deputado Freitas e
deputado Bruno Lamas. Assim que assumi a direção-
geral do Detran, encontrei uma comissão de licitação
constituída. Alguns meses depois, o então presidente da
comissão, que era um servidor efetivo do órgão, me
procurou e disse: Diretor, eu passei em um concurso
público no estado de Minas Gerais, porque ele era
originário de lá, e a qualquer momento posso ser
chamado para tomar posse. Então, para que o órgão
não fique desprotegido e não seja pego de surpresa, desde já gostaria de colocar o meu cargo à disposição
para que o senhor, então, pudesse estar viabilizando outra pessoa para presidir a Comissão.
Na época, procurei dentre os servidores do
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 87
Detran aqueles que tinham conhecimento ou já tinham
atuado na área de licitação do Detran, e cheguei a
convidar alguns servidores efetivos para que assumisse.
Alguns servidores que tinham esse conhecimento e
capacidade técnica, a meu ver, de assumir esse cargo, já
estavam em funções de chefia, de gerenciamento,
enfim, cargos do tipo. E dentre os que convidei, acredito
que dois ou três servidores que convidei, na época, por
motivos diversos, inclusive questões pessoais, porque
assumir a presidência aumentaria a sua carga horária no
órgão, enfim, essas pessoas não se dispuseram a assumir
a presidência da comissão de licitação.
Feito isso, na época, conversei com o jurídico
do Detran e a Lei n.º 8666, lei que rege licitações, não
apresenta nenhuma vedação para que a presidência da
CPL seja ocupada por servidor em cargo comissionado.
Inclusive, hoje, senhores deputados, várias comissões
de licitação no Estado, hoje, são presididas por cargos
comissionados. Boa parte das secretarias tanto do
governo anterior como do governo atual estão sendo
presididas por pessoas em cargos em comissão.
Então, eu tinha vários currículos, na época, que
acho que os senhores devem imaginar a quantidade de
currículo que um diretor do Detran recebe. Procurei,
dentre os currículos disponíveis, se tinha algum
currículo de alguém que tinha experiência, formação,
experiência, conhecimento e que já tivesse atuado em
comissão de licitação. Identifiquei três ou quatro
currículos dentre esses vários que eu tinha, e chamei
essas pessoas para a entrevista. Dentre elas, o Thiago,
na época. O Thiago, por ser bacharel em Direito e por já
ter atuado em comissão de licitação em outros órgãos,
dentre os que entrevistei, ele foi o que apresentou, a
meu ver, o melhor perfil técnico, a melhor formação e a
melhor experiência para presidir a comissão de
licitação.
Como, reitero, não há, não havia e não há
nenhum veto na Lei n.º 8666, que versa sobre esse tema,
eu o nomeei então para o cargo comissionado e para a
presidência da comissão. Vale ressaltar que, dentre os
cinco membros da comissão, três eram efetivos porque
a Lei n.º 8666 diz que a cada três membros, no art. 51,
dois precisam ser servidores efetivos. Então, dos cinco
membros da comissão, três, inclusive a pregoeira, eram
servidores efetivos. Todos esses membros da comissão
eu cheguei a convidar para que assumissem a
presidência, mas, como já disse anteriormente, por
motivos diversos, não demonstraram interesse.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Obrigado pela resposta.
Qual era a função que exercia o senhor Wallace Gomes
no Detran? Por mais que tenha sido nomeado como
assessor especial e tendo em vista a licitação, aliás, a
dispensa de licitação para contratação direta no caso
específico dessa área, qual era a função que o senhor
exercia no Detran?
O SR. WALLACE GOMES – Bom dia aos
senhores deputados. Estava lotado no gabinete como
assessor do diretor-geral e tinha a função não só de
assessorá-lo, como de acompanhar boa parte dos
processos, assessorar a evolução e o acompanhamento
dos trâmites processuais internos e externos ao Detran.
Tanto que, não só nas comissões, neste caso na de
licitação, como junto à Secont, junto à PGE, que
apresentamos, inclusive, esse processo, senhor deputado
Marcelo, junto, inclusive, ao Tribunal de Contas em
reuniões com o Jurídico, porque a função era não só de
estar com o diretor, de assessorar o diretor, mas
tínhamos a função interna de acompanhar, de evoluir e
de contribuir com o pouco de conhecimento que temos
na área pública no Estado.
Nesse processo, especificamente, atuei
enquanto na fase de comissão, que foi composta para
uma avaliação, e fizemos uma visita técnica, a
posteriori, à área que foi vencedora, escolhida dentro do
processo. Escolhida não, dentre as que se classificaram,
no processo de classificação, a única classificada.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Qual era sua função? Você era da
Comissão de Licitação, da comissão que preparou o
processo ou do conselho?
O SR. WALLACE GOMES – Não, era
assessor do diretor-geral. A equipe que...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Mas que tipo de assessor?
O SR. WALLACE GOMES – Assessor
especial. A equipe que preparou o processo foi uma e a
equipe de licitação foi outra.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Em qual delas que você estava?
O SR. WALLACE GOMES – Estava na
última equipe, na equipe de avaliação de documentação.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – E o que levou o senhor a fazer
comentários tentando desmoralizar a CPI na internet?
O SR. WALLACE GOMES – Peço desculpas
ao senhor, não foi no sentido de desmoralizar a CPI.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Foi no sentido de fazer isso sim. O
que te levou a tomar essa atitude? Você não tem
respeito pelas pessoas?
O SR. WALLACE GOMES – Pelo contrário,
peço desculpas a V. Ex.ª e aos demais deputados.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Desculpa você tem que pedir pela
internet, porque você foi à internet tentar transformar a
CPI em bagunça, faltando com respeito.
Vou te dar esse aviso pela última vez, não faça
mais isso, porque fica sujeito a uma reação mais dura do
que o normal. É falta de responsabilidade você tomar
uma atitude dessas, através de um órgão de informação
ficar tentando desmoralizar uma Comissão Parlamentar
de Inquérito pelo fato de estar apurando aqui. Ninguém
é culpado. Você não está aqui como culpado, o ex-
diretor não está aqui. Estamos ouvindo, porque essas
são as reclamações chegam aqui.
88 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Tem aqui nos autos, até estou observando agora
que tenho falado isso aqui e algumas pessoas dizem que
estou fazendo exagero. Está aqui: Casal tenta aplicar um
golpe do guincho em um bairro nobre em Vitória e
mulher acaba presa.
Quer dizer, em nome do Detran, existe em
Vitória gente com guincho, que não está ligada nem a
pátio, roubando carros na cidade. Para dar impressão de
que é um ato de fiscalização, bota o carro em cima, leva
ao final da cidade. É por isso que o Espírito Santo tem
cerca de trinta carros roubados por dia. Os órgãos de
divulgação dão isso aí, exatamente porque esses
guinchos não têm identificação do Detran, identificação
de ninguém. O sujeito para um guincho de madrugada,
bota o carro em cima e leva o carro embora.
Então, o senhor não fez uma atitude correta,
porque isso não é papel de uma pessoa que foi servidor
público, o senhor foi servidor público de confiança. O
senhor expôs o nome do Carlos com isso, porque ele,
como diretor, está vindo aqui, como todos os diretores
estão vindo aqui, para esclarecer o funcionamento. E o
senhor acabou comprometendo até a imagem dele,
porque deu a entender que ele estava te mandando fazer
isso para ofender a Comissão. E o senhor tinha que dar
satisfação, como está dando hoje aqui.
Então, o senhor não proceda dessa forma,
porque isso não é uma forma correta de uma pessoa de
bem e sabemos que o senhor é de bem, que é uma
pessoa correta. Agora, tem que tomar a atitude de
homem correto, não é só falar que é correto.
Temos informação aqui de que o conhecimento
seu com o Thiago foi de maneira diferente do que você
relatou. Você relatou que examinou o currículo. Como
foi seu primeiro contato com ele?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES –
Exatamente da forma como acabei de relatar ao senhor.
Não conhecia o Thiago antes, não tive, nunca, nenhum
contato.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Mas qual foi a primeira vez? Já
contou que fez o exame pelo...
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES –
Então, recebi currículos, vários currículos que
chegavam para mim por e-mails, chegavam para mim
entregues em envelopes mesmo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Mas nesse procedimento, quando
você examinou, você mesmo o entrevistou ou mandou
alguém entrevistar?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Fui eu
que convidei e eu que entrevistei.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – O primeiro contato foi esse?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – O
primeiro contato foi diretamente comigo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – A gente já tem aqui o depoimento
dele anterior, não vou esclarecer porque estaremos
criando facilidade.
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – O
currículo dele chegou até mim...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Aí você examinou e fez a avaliação?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Dentre os vários currículos, não foi só ele que eu
chamei, foram três a quatro e, dentre esses, entrevistei
os quatro, e ele foi o que eu avaliei tanto pelo currículo,
como na entrevista, o que tinha o melhor perfil técnico,
a melhor formação e o quesito mais importante, para
mim, era a experiência pelo fato de ele já ter trabalho
em comissão de licitação.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Qual a sua formação? Além de
professor, tem curso...?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Sou
sociólogo. Minha formação é em Sociologia, com
mestrado em Sociologia.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Você é servidor público?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Sou
efetivo do Estado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Esse procedimento... Porque a lei diz
que dois terços da comissão tem que ser de funcionário
efetivo. A sua comissão de licitação, que ele presidiu,
tinha isso preenchido?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Sim.
Dos cinco, três eram efetivos.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Você fez convite a esses efetivos para
assumir a presidência do comissão?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Sim.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Mas fez documentado? Protocolou?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não.
Nenhum convite para nenhum servidor assumir
comissão nunca foi feito documentalmente. Foi feito
convite verbal.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Mas estou levando em conta que,
como você é servidor, você tem que ter conhecimento
dos caminhos que tem que preservar a lisura da
atividade. Se não é norma, mas devia ser, do
funcionário ser convidado, dos efetivos para ser, porque
a preferência tem que ser para efetivo.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 89
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Sim.
Eu tentei dar essa preferência.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Você fez verbalmente, mas não fez
por escrito?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Está bom.
Quando você o entrevistou e decidiu que ele
seria nomeado, quem fez o levantamento do histórico
dele, do currículo, se ele tinha certidões, se foi pedido
algum documento de onde ele teve experiência com
comissão, se ele foi lá um presidente de comissão nos
outros lugares, se agiu corretamente? Como foi
levantado isso?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES –
Geralmente, quem faz toda essa comprovação de
documentação, de antecedentes e etc., é o RH do
Detran.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Sei, essa convencional, certidão, mas
não foi feito levantamento de informação? Porque
certidão é fácil, o cara, às vezes, pode ser um sujeito
que faz várias coisas e tem certidão negativa. Estou
dizendo se não foi feita uma avaliação de
comportamento?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) - Do trabalho dele nas outras...?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não,
eu nunca fiz esse levantamento de ligar e procurar saber
como tinha sido e como não tinha sido.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Dos presentes, quais eram membros
da comissão de licitação nessa época?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES –
Somente ele. Dos presentes, da comissão de licitação,
somente ele, e era o presidente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Nesse período, nesse processo, qual
foi a atuação do Italo?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES –
Nenhuma.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Ele não participou de nenhuma dessas três comissões?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – O
Italo era servidor, coordenador de Ciretrans e PAVs,
mas ele não participou desse processo em nenhum
momento.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Por que ele está na reunião do
Conselho? Ele não esteve na reunião do Conselho?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não
tenho essa informação. Ele não participou de reunião de
Conselho. Aqui não tem nenhum membro do Conselho
de Administração do Detran, além de mim.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – O senhor tomou conhecimento de
qual o motivo de ele ficar na internet agredindo a CPI
com palavras de baixo nível e de ameaças à CPI.
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não
sei e acredito que ele possa responder.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Foi a seu pedido?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Então, faz o favor de explicar o que
justificou a sua... Era agradecimento ao cargo que teve
com ele? Ou você é da classe dele? O que te motivou a
fazer?
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL MOREIRA – Primeiramente, bom dia aos senhores. O
que me motivou a fazer foi... Primeiro, não utilizei, em
momento algum, nenhuma palavra de baixo calão. Acho
que os senhores devem ter, acredito eu, o print dessa
postagem, e o senhor verá que não houve, em momento
nenhum, por minha parte e por parte dos que
responderam àquela postagem do deputado, palavras de
baixo calão.
Segundo, eu exerci um direito meu de me
manifestar, assim como qualquer cidadão tem o direito
de se manifestar, uma vez que eu não participei, mas
conhecemos por alto. Conheço e sei como foi feito o
processo por alto, que houve...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Então, no seu conhecimento, o que
estava acontecendo que motivou a sua crítica?
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL
MOREIRA – O que motivou a crítica foi uma
postagem que eu li do deputado dizendo que não houve
concorrência. Eu apenas respondi que, segundo os meus
conhecimentos, teria havido, sim, a concorrência.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Qual deputado que disso isso?
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL – Se não me engano, foi o Senhor Deputado Marcelo
Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Então, responda-me, já que o senhor está com
microfone na mão, já que o senhor não participava da
comissão de licitação e tinha tanta informação.
90 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL MOREIRA – Eu não tinha tanta informação.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Atenha-se só a me responder o que estou lhe
perguntado. Aqui sou eu que pergunto, nós da
Comissão, você só responde, saiba disso.
Por que foi dispensada a licitação e foi
contração direta? Está aqui nos autos.
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL MOREIRA – Por que isso aconteceu?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – É.
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL MOREIRA – Não é do meu conhecimento. Agora, é do
meu conhecimento que não aconteceu... Que aconteceu
a concorrência, que oito empresas participaram. Se não
me engano, três empresas...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E como é que você sabe disso?
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL MOREIRA – Sei disso porque trabalhei no Detran.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – O
senhor participou de algum esquema?
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL
MOREIRA – Não, não participei de esquema.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Por saber? Estou perguntando.
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL
MOREIRA – Nunca participei de esquema. Os
senhores podem investigar a minha vida, se quiserem.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Não, rapaz, ninguém está...
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL
MOREIRA – Não, mas foi uma pergunta que o senhor
me fez. Estou respondendo, não participei.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Está assinado aqui que foi proposta a dispensa de
licitação. Está nos autos aqui, encaminhado pelo Detran.
Por que foi feita essa...?
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL
MOREIRA – Mas não houve uma concorrência?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Não houve, meu querido, foi dispensa de licitação.
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL MOREIRA – Dispensa de licitação, mas houve mais
empresas, foi isso que eu postei.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Anteriormente a isso, houve e nenhuma se habilitou. E
aí não houve continuidade no processo de licitação.
Houve dispensa de licitação. O processo começou como
licitação, foi dispensada a licitação e foi contratação
direta. Está aqui, assinado.
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL
MOREIRA – Pois é, interessante.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Então, o senhor não sabia disso, não é? A gente só pode
falar o que sabe. Por isso estamos aqui na CPI para
perguntar. Não é para falar o que a gente pensa. É para
ouvir e no final a relatora, que é a Senhora Deputada
Janete de Sá, com a responsabilidade que tem, fazer um
relatório isento, colocando tudo aquilo que estamos
escutando.
Eu não estou aqui o dia inteiro trabalhando para
escutar besteira sua, não, cara.
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL
MOREIRA – Eu não estou falando besteira.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Falou. Você disse ali, eu meramente publiquei dizendo
que a Comissão ia tomar uma proposta num
seguimento. Só isso. E aí você quis dar uma aula,
dizendo isso e aquilo, e não aconteceu. Está aqui nos
autos.
Eu só falei o que li e o que li foi encaminhado
pelo próprio Departamento Estadual de Trânsito. Eu não
inventei nada, não. Está escrito e assinado aqui, amigo.
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL
MOREIRA – Sim, deputado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – O senhor mora em qual município?
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL
MOREIRA – Em Guaçuí.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E por que você quis politizar a CPI
com esse negócio de...?
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL
MOREIRA – Eu não quis politizar a CPI. Acho que a
CPI...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Você queria, porque você foi
assessor do...
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL MOREIRA – Senhor Deputado, com todo o respeito.
Acho que toda CPI é bem-vinda, é valida, procura
investigar, dar esclarecimento à população,
principalmente em um momento que vivemos, hoje,
político horrível no nosso país.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Pois é, estamos apurando por isso,
porque lá no Detran têm coisas horríveis que estamos
querendo saber como é que vocês arranjaram um
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 91
contrato de cento e setenta e oito mil reais por mês.
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL MOREIRA – Por isso, sabemos que tem, em todos os
órgãos públicos têm. Agora, vai ficar complicado, se
toda opinião que as pessoas derem na internet, os
senhores chamarem para vir depor.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Mas você foi funcionário do Detran,
não foi, não?
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL
MOREIRA – Sim, mas eu não tive participação em
momento nenhum.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Como foi escolhido para trabalhar no
Detran, também? Você mora em Guaçuí, como foi
escolhido? Foi por currículo, também?
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL
MOREIRA – Cargo comissionado. Assim como os
senhores indicam...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Quem indicou você para o cargo
comissionado?
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL MOREIRA – O PSB.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, é isso que estou falando.
Então você partidarizou a coisa.
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL
– Não, não partidarizei.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Você agiu como fã clube do PSB
num assunto que estamos tratando que não é contra o
PSB. Estamos tratando de um assunto que começou até
antes de o PSB ser governo, começou lá na denúncia,
em 2008, que se está apurando essa questão do Detran.
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL
– Em momento nenhum eu quis denegrir a imagem da
CPI ou de nenhum dos senhores. Eu apenas fiz uma
postagem...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Mas o senhor cometeu esse ato
quando falou de uma coisa que você não sabe.
No processo, houve um período que teve
licitação, não houve manifestação, e depois foi feito,
está aqui no processo. Ninguém inventou isso.
A palavra estava com o professor Carlos Lopes.
A Roberta, como é que foi? Ela participou de alguma comissão nesse período? Em uma das três hipóteses?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Ela
participou da comissão técnica. Pelo fato de ela ser
arquiteta, ela tem a formação técnica capaz de avaliar.
Posso fazer uma consideração?
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Fique à vontade. Temos todo o
tempo do mundo.
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Foi
dito que não houve licitação, mas eu quero, gostaria de
reiterar para os senhores que houve o chamamento
público, oito empresas participaram desse chamamento
público; dessas oito, três foram inabilitadas por não se
adequarem ao edital de chamamento público.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Mas houve o chamamento público
por qual via? Por via de licitação ou por via de
chamamento público?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Por
via de chamamento público.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Então, não era licitação. É outra
coisa.
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Só
mais uma informação.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Sei, estou dizendo que há diferença
entre chamamento público e licitação.
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Há
diferença.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Há diferença. E no chamamento
público não houve concretização pelo chamamento
público. Depois que houve dispensa.
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES –
Houve. A concretização foi pelo chamamento público.
Como eu ia dizendo, oito empesas participaram. Dessas
oito, três foram inabilitadas por não se adequarem
totalmente ao edital. Ficam cinco. Das cinco, aquela que
apresentou o menor preço, esse valor foi submetido à
CAI, inclusive está no processo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Eu sei. Mas temos que entender, por
isso que a gente está conversando aqui, que a comissão
de licitação não deve ser presidida por cargo
comissionado por isso, porque nem sempre o cara tem
esse conhecimento. Chamamento público não é
licitação pública.
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – É
diferente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Totalmente diferente. Chamamento
público é aquele em que você faz assim: fulano, fulano,
fulano e fulano vêm aqui. Têm interesse nisso aqui? É
diferente de licitação. Licitação você tem que publicar
nos Diários e habilita empresa do Paraná... Agora, se
você faz chamamento público, você pode chamar
92 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
empresa só daqui. É uma diferença de procedimento
administrativo. Então, não houve licitação dessa
situação. Houve um chamamento público que é um
primo de oitavo grau da licitação.
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – E ele
foi respeitado até o final. Aquela empresa que
apresentou o menor preço foi submetida a uma
avaliação externa ao Detran, que é a CAI – Comissão de
Avaliação de Imóveis. Humildemente, talvez seria
pertinente os Senhores ouvirem a CAI porque eles que
avaliaram, que determinaram que o valor estava
compatível com o mercado. A CAI é da Seger, externa
ao Detran, sem vínculo com o Detran. A vencedora
tinha ganhado por cento e noventa e dois mil reais, a
CAI disse que o valor de mercado era cento e setenta e
oito mil, a empresa foi chamada, ela aceitou fazer uma
redução de acordo com o proposto pela CAI, Comissão
de Avaliação de Imóveis, da Seger, reduziu de cento e
noventa e dois para cento e setenta e oito, que segundo a
CAI esse era o valor de mercado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Professor, a exigência de
transparência pública, eu até tenho alguns
questionamentos com relação a isso, nem sempre é o
que funciona, mas é o que está na lei. O ordenador de
despesa não pode escolher ninguém. Por exemplo,
vocês fizeram o chamamento público...
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Foi
publicado no Diário Oficial.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Sei, mas vocês fizeram por dispensa
de licitação, que não é o caminho certo. O caminho
certo é licitação pública. Dispensa de licitação é uma
opção do gestor de escolher uma empresa. É isso que
estamos dizendo aqui. Não há má vontade de entender
as coisas. Nós estamos entendendo. Às vezes a
administração pública até usa esse caminho para poder
mais rapidamente... Agora, que é o modo mais
transparente, não é. O modo mais transparente é
licitação pública.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Além do Diário Oficial, onde foi publicado, qual foi a
outra rede ou mecanismo de publicidade que o Detran
alcançou senão o Diário Oficial? Pelo princípio para
publicidade, que naturalmente os órgãos públicos
têm dado.
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Eu
não tenho categoricamente como afirmar, porque já se
passaram dois anos e eu não tenho mais essa lembrança
com exatidão, mas acredito que foi publicado também
no site do Detran, porque era praxe, os chamamentos
públicos, e eu instituí essa praxe, porque, até então...
Para os senhores terem uma ideia, quando eu cheguei ao
Detran, não se fazia chamamento público para aluguel
de nada. Se fazia uma publicação de aviso de interesse.
Ah, eu estou interessado em alugar tal área. Pronto!
Era assim. Eu instituí esse mecanismo de chamamento
público para aluguéis, que não havia. Hoje, deputado
Enivaldo dos Anjos e deputado Marcelo Santos, para os
senhores terem uma ideia, os imóveis que temos
alugado no Estado hoje, não só no Detran, são via
chamamento público. O próprio Tribunal de Justiça
agora está fazendo chamamento público para o aluguel
do fórum aqui de Vitória. Então, essa praxe do
chamamento público é comum para aluguéis, não para
compra, não para aquisição de bens ou serviços, etc.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – É melhor um pouquinho do que o
anterior, mas também não é o sistema certo. Porque
chamamento público você pode direcionar o convite.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Mas no caso específico deles, Senhor Deputado
Enivaldo dos Anjos, houve de fato a publicidade do
chamamento público, não teve, que eu acredito que o
correto seria dar publicidade publicando num meio de
comunicação de grande circulação no estado, seja aí na
rede Tribuna, na Gazeta, não houve isso, o que deveria
acontecer. Mas o chamamento público aconteceu e,
depois, o Detran, porque apenas uma empresa se
habilitou no final, o Detran tomou a decisão de
dispensar a licitação e fazer a contratação direta, porque
ele podia ter renovado e ele não fez. Está aqui, está
escrito aqui.
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Renovado? Não tinha o contrato, não tinha como
renovar o que não existia.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Não, não é renovar contrato, não. O processo licitatório.
O Poder Público e a comissão de licitação podem...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Pode optar.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Pode optar: Não, só apareceu uma, então com uma só
fica difícil para a gente.
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Mas
apareceram oito.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Oito, e na hora de apresentar, se habilitarem, no caso,
não para o chamamento, mas para participarem, elas
foram desabilitadas.
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não...
Só uma ajuda para a compreensão. É porque foi
habilitada aquela que ofereceu o menor preço. E após
essa habilitação foi encaminhada para a CAI, e a CAI
disse: Olha, o valor de cento e noventa e dois mil, com
que ela venceu... O menor preço era o dela, cento e
noventa e dois, as outras, se os senhores forem olhar,
eram preços de trezentos, quatrocentos mil. A CAI
disse: Esse valor de cento e noventa e dois não está compatível com o mercado. O valor compatível é cento
e setenta e oito mil. O Detran chamou a empresa, essa
vencedora, a que apresentou o melhor preço, e essa
empresa aceitou ainda fazer a redução de acordo com o
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 93
proposto pela CAI.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E esse pessoal que foi lá conversar,
através do chamamento público, conversava com quem?
Com o diretor do Detran, com o Italo, com o Wallace,
com a Roberta ou com o Felipe? Com quem eles
conversavam?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Isso
foi a comissão técnica, quando recebeu o parecer do
Detran, perdão, o parecer da CAI, chamou a empresa
para mostrar para ela que a CAI tinha avaliado em cento
e setenta e oito mil, e não cento e noventa e dois.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – O que a comissão de licitação... O
Thiago fez o quê? Só ia lá consolidar o que vocês
conversavam?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não.
Nós não conversávamos, até porque eu não participei.
Embora eu não esteja aqui me eximindo das minhas
responsabilidades, porque eu era diretor-geral, mas se
os senhores observarem eu, de forma direta, não
participei desse processo, porque no Detran há uma
coisa chamada delegação de competência, quando o
diretor-geral delega competências a outros diretores. E o
diretor administrativo, neste caso o Colodete, ele era o
diretor que tinha delegação de competência para cuidar
dessas questões, porque o diretor-geral não consegue. O
Detran é uma máquina muito pesada, muito grande, e o
diretor-geral não consegue cuidar de cada detalhe de
tudo que acontece no órgão.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Qual foi o motivo, não sei se foi
alegado nos autos, mas qual foi o motivo pelo qual o
presidente do Conselho não participou dessa reunião?
Que era o secretário de Estado?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Olha,
não sei se os senhores estão com a ata aí do Conselho
Administrativo, da reunião.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Está com o deputado Marcelo ali.
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Eu
poderia vê-la?
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Vamos ouvir a opinião de todos os
outros ali, e a nossa deputada relatora vai falar. Agora,
eu queria também que, se o deputado Bruno e o
deputado Freitas quiserem fazer alguma pergunta,
fiquem à vontade.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –
Primeiramente, quero cumprimentar os servidores e
servidoras do Detran que aqui vieram, neste
chamamento da CPI. Dizer que a CPI tem o papel de
investigar essa questão por causa de denúncias da
sociedade. Este é o papel do deputado, que é o
fiscalizador dos Poderes, especialmente do Poder
Executivo. Se não tivesse problema, não tinha por que
ter a CPI, e essa é a razão para vocês serem chamados.
Quero aqui dizer ao Italo, ao Wallace, que eu
sou uma defensora da democracia, mas não se pode
fazer piquenique em cima da honra alheia e achar que
não se vai responder por isso. Eu posso ir para a internet
falar o que eu quiser, mas eu também tenho que ter a
clareza de que eu estou sujeito a responder pelo que eu
falo. Porque não se pode fazer piquenique em cima da
honra alheia e, principalmente, em cima do trabalho que
os deputados estão fazendo em uma CPI, que visa a
investigar exatamente a ação dos órgãos em que vocês
trabalhavam. Não é verdade? Então a gente tem que
estar sujeito a isso, e não achar que isso é nada incorreto
chamá-los aqui para esclarecer por que fazem isso,
principalmente porque alguns de vocês, você que
esclareceu, que há uma indicação do PSB.
Não se trata de estar falando, de estar
partidarizando o processo. O PSB, pessoas que foram
militantes do PSB e que estiveram à frente desses
órgãos estão aqui falando, como gente que esteve à
frente do PMDB também está aqui falando. Não se trata
de questão partidária. Trata-se de denúncias que foram
feitas, trata-se do dinheiro público, que precisa ser
investigado, e é o nosso papel. Para isso fomos eleitos.
Quem quiser vir aqui e fazer dessa maneira, vá disputar
uma eleição. Se tiverem a satisfação da sociedade elegê-
los, venham para cá também fazer o mesmo que
estamos fazendo. Escolhemos esse lado, não é verdade?
Temos que fazê-lo direito. Porque, senão, não tem por
que a sociedade estar pagando um salário relativamente
razoável para os parlamentares e os parlamentares
estarem aqui não dando um retorno para a sociedade.
Esse é o nosso papel, e vamos fazê-lo e não abrimos
mão dele. E quem quiser fazer piquenique em cima da
honra alheia, de parlamentar ou de uma instituição que é
a CPI legalmente constituída, vai ter que responder. E
tem que saber que se responde pelo que se fala. Então
tem que pensar primeiro antes de falar para não falar
bobagem.
Está aqui. Está constatado. Não houve licitação,
meu filho. Houve chamamento que foi feito pelo Diário
Oficial. Por que não foi feito, como falou que o
deputado Marcelo, por um órgão de grande circulação,
para que todos pudessem ter conhecimento? Tá aí!
Quando você quer que ninguém saiba, você pega e solta
no Diário Oficial, porque povo lê Diário Oficial? Povo
lê Diário Oficial? Nós, deputados, somos obrigados.
Tenho uma pessoa só para ler o Diário Oficial, no meu
gabinete. Só para ler o que se passa no Diário Oficial.
Agora, povo não lê Diário Oficial. E quem está me
ouvindo sabe do que estou falando. Não lê. Vai lá a
Porto Santana vê se alguém lê Diário Oficial; vai a
Campinho da Serra e vê se alguém lê Diário Oficial; vai
a Terra Vermelha e vê se alguém lê Diário Oficial.
Ninguém lê Diário Oficial! Quem lê são os órgãos
constituídos porque ali passa... devia o povo ler, mas
essa não é a prática porque também o Diário Oficial não
tem circulação para todo mundo. Vai ter que procurar
nos órgãos para poder ter acesso e ler.
Então, quando se quer transparência, se publica
além de no site do Detran, Carlos, além de no site do
94 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Detran, além de no Diário Oficial, num órgão de
divulgação de grande alcance. E temos dois a três
jornais no nosso estado de grande alcance. O Detran
tem recurso para fazer isso, se quer transparência nos
seus atos. E não houve, a divulgação foi no Diário
Oficial. Essas coisas têm que ficar claras.
Outra coisa, na hora do fechamento do preço
médio, Carlos, não foi feito nem uma comparação.
Porque preço médio de metro quadrado, Thiago, vai se
dar em decorrência da localidade. Se um imóvel é
oferecido na Darly Santos e outro é oferecido em
Campinho da Serra, você tem que aferir, no meio
imobiliário, se o preço do metro quadrado em
Campinho da Serra é igual ao preço do metro quadrado
na Darly Santos. Então preço médio tem que levar em
consideração a valorização imobiliária daquele terreno,
daquela propriedade, naquela região. Isso também não
foi levado em consideração, porque tem que ter um
balizador para ver se o preço médio realmente do metro
quadrado de Campinho da Serra significava ser o
menor. Porque isso vai se dar em decorrência da
valorização imobiliária dos imóveis que foram
oferecidos. Isso tem que estar claro. Isso tem que estar
claro para a população que está nos ouvindo. Não é
porque é o menor preço que de fato era o menor preço
médio. Pode ser que o menor preço oferecido pelo
terreno em Campinho da Serra seja o maior valor de
metro quadrado naquela região. Tem que se avaliar os
imóveis daquela região. E isso também não foi feito.
Pelo que estamos analisando aqui na documentação,
isso não foi feito. Por isso quero ouvir o Thiago para
saber se, de fato, essa aferição aconteceu, por isso foi
chamado aqui. Se não viesse, teria que vir de uma
maneira ou de outra, porque tem que prestar
esclarecimento. Você lidou com uma coisa pública e
você tem que responder por essa questão, sob pena até
de macular seu currículo.
Então, isso, pelo que temos aqui, não vimos,
em nenhum momento, essa diferenciação do metro
quadrado, ver se, de fato, esse metro quadrado em
Campinho da Serra significava ser o menor valor dentro
do que foi ofertado. Porque estamos falando de coisas
diferentes: metro quadrado na Darly Santos pode
significar uma coisa e em Campinho da Serra, outra;
pode ser diferente.
Outra questão: queria saber do Thiago, por que
no processo, sendo você presidente de uma comissão de
licitação, houve um chamamento público no processo,
ao invés de você culminar para um processo licitatório,
você converteu isso em dispensa, o que, no nosso
entendimento, não poderia ter ocorrido. Por que você
tomou essa atitude? Já que de fato não houve um
processo onde se pudesse ter a clareza de que aquela
empresa tinha o menor preço em decorrência do que foi
apresentado. Ela poderia ter menor preço em
decorrência do que foi apresentado, mas poderia não
significar, na média dos valores de cada região, o menor
preço por metro quadrado. Por que você converteu esse
processo que se deu por chamamento público, que
poderia ter evoluído... Não, considero que tem que ser
feita uma licitação. Mas não, você pegou e converteu
em uma dispensa de licitação e dali foi escolhida qual
seria a empresa ou quais os proprietários agraciados
com esse convênio. Não é nem convênio, um contrato
de aluguel. Um contrato altamente vantajoso, muito
interessante. Quem não quer a possibilidade de
apresentar... Está certo que fizeram, gastaram. Mas
sairão dessa ganhando dinheiro e com um imóvel
totalmente preparado com os próprios recursos que
estão recebendo. Porque cento e setenta e nove mil de
aluguel em um móvel daquele é uma coisa muito
interessante, muito vantajosa. Ter a garantia de, por
cinco anos, receber aluguel, todo mês, cento e setenta e
nove mil. Pelo amor de Deus, isso é uma coisa
maravilhosa! Quem não quer? Não é verdade? Então,
você só faz isso se tiver a garantia de que realmente será
locado e que será locado por cinco anos.
Então, perdoem-me. Não tem como, diante das
coisas que estão aqui analisadas e que nossos
procuradores estão observando e nos orientando, dizer...
Fica aqui a interrogação e por isso estamos
investigando, Italo, se houve ou não direcionamento.
Não importa, meu filho, se foi PSB, se foi PDT, se foi
PT do B, se foi PMN ou quem foi, porque não foi
partido. Se você estava à frente de uma atividade, tem
que responder por ela. Não pode achar: Agora vou
defender meu partido porque sou coleguinha de A ou de B, vou fazer isso... E achar que não será penalizado,
entendeu? Isso, sinceramente, ainda bem que não foi
diretamente ligado à parlamentar A, B ou C, porque
cabe, inclusive, um processo para que a pessoa se
explique e prove. Quando você faz esses
questionamentos, faz inclusive com base, passando uma
informação irreal, mentirosa, induzindo ao erro porque,
de fato, licitação não houve. Então fica aqui para você:
Não houve. Houve um chamamento público e, no final,
evoluiu para uma dispensa de licitação. E se escolheu
sem fazer parâmetro de metro quadrado, alegando que
Campinho da Serra apresentou menor valor. Mas não
quer dizer que o menor valor de Campinho da Serra era
o menor valor, de fato, de metro quadrado em uma
avaliação de valorização de imóveis. Não quer dizer.
Isso não significa que era o menor preço. Então vou
pegar em um lugar que seja bem desvalorizado porque é
para entulho. O que está sendo colocado lá? Sucata.
Se fizermos uma avaliação do que aquilo dará
de retorno ao Estado, é um absurdo. É uma ninharia
diante do que pagamos mensalmente. Aquilo não se
paga comparado ao que pagamos mensalmente.
Realmente era melhor que o Estado adquirisse uma área
ou que visse... Cariacica: Vamos lá ver se a Prefeitura
tem alguma área disponível para ceder e fazer uma
parceria com o Detran. Vila Velha: Acho que poderia
ver. Não é longe, é Grande Vitória, em uma área rural.
Serra: Vamos ver se tem alguma área. Em Vitória com
certeza não há. Viana: Vamos ver se tem alguma área
que pertence à municipalidade e que possa fazer uma
parceria. Porque não se paga. O investimento não paga
o que entrará ali de sucata, que será vendido e retornará
ao cofre.
Temos que entender que, estando aqui ou aí,
somos todos povo do estado do Espírito Santo. Esse
recurso que entra no cofre é dinheiro meu, seu, dele, dos
moradores de Porto de Santana, de Terra Vermelha, de
todo o estado. É dinheiro nosso. Se desperdiçarmos de
um lado, faltará em outras coisas. Esse é o papel que
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 95
nós, que estamos aqui, defendemos. E vocês, que
passaram por serviço público, podem não estar e podem
voltar, também têm que defender. Cada cidadão
capixaba e brasileiro tem que defender, porque se tira
muito de um lado, falta no outro. Por isso toda essa
discussão no país, exatamente porque está faltando
recursos em áreas primordiais para a população, porque
estão sendo gastos desnecessariamente, sendo
investidos naquilo que não é de interesse da população,
e estão sendo embolsados pelos mais espertos, que
usam da burocracia, que usam do serviço público para
seu enriquecimento.
Não é nem uma pergunta, Senhor Deputado,
mas tinha que ficar esclarecido, porque muitas pessoas
acompanharam esse falatório na internet contrário à
CPI, foram induzidos, muitas vezes, a erro. Felizmente
a população está acompanhando o trabalho da CPI e
está favorável, porque está sendo beneficiada, porque
ela era roubada, roubada diariamente por ações do
Detran, e aí não cabe dizer: Era na gestão de A, de B ou
de C, por ações do Detran. O Detran é um órgão que
realmente tem muitos problemas e não é de hoje, é de
algum tempo já, e essa é a razão de estarmos chamando
lá de trás. Não tem que ser fulano ou beltrano, é lá de
trás, porque isso é uma coisa que se arrasta há muito
tempo, ainda por cima coroado com uma remuneração
miserável, que acaba induzindo a esse tipo de coisa, que
não deveria, mas que acaba induzindo. Tem gente que
não quer trabalhar, inclusive alguns PAVs porque é uma
remuneração tão miserável, tão ridícula, que acaba
proporcionando esse tipo de coisa lamentável, que é a
corrupção num órgão importante, que deveria servir à
população, que é o Detran, e que tem muito.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Concedo a palavra ao Senhor
Deputado Bruno Lamas, antes, porém, registramos a
presença da Senhora Deputada Raquel Lessa, que estava
num compromisso no Palácio Anchieta, devido a
presença de um ministro hoje visitando o Espírito
Santo. Pedimos desculpas pelo atraso, mas chegou a
tempo de participar ainda da comissão.
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Agradeço,
Senhor Presidente. Também registro a presença da
Senhora Deputada Raquel Lessa, aliás, a presença das
Senhoras Deputadas Raquel Lessa e Janete de Sá é
impossível de não ser notada, não é, Senhor Presidente.
V. Ex.ª pode concordar comigo.
Quero encaminhar seis perguntas ao senhor
Carlos Lopes, ex-diretor do Detran, mas, antes, quero
fazer um comentário. Esta CPI tem prestado relevantes
e importantes serviços aos capixabas. É público,
Senhores Deputados Enivaldo dos Anjos, Janete de Sá,
Marcelo Santos e Raquel Lessa, membros efetivos desta
CPI, nas ruas o reconhecimento pelo trabalho. Então é
importante que realmente haja respeito, que haja
consideração com o trabalho. Estou satisfeito com o
andamento desta audiência, também pela forma como a
Mesa ao mesmo tempo em que pergunta, se posiciona,
esclarece o objetivo da CPI. Isso é bom.
Farei seis perguntas, se V. Ex.ª me permitir,
Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, mesmo que
algumas possam repetir aqui, mas tenho certeza de que
elas ajudarão a esclarecer os fatos.
Da mesma forma que reconheço a importância
desta Comissão, registro meu respeito pelo Detran, por
todos seus servidores, inclusive, pelos servidores
efetivos; minha sogra é servidora efetiva do Detran,
trabalha lá há uns quarenta anos, Senhor Deputado
Enivaldo dos Anjos, e diz que só sairá de lá no dia que a
expulsarem, ficará até quando não puder mais, quando a
Constituição não mais permitir. Considero, Senhor
Deputado Marcelo Santos, que o Detran é um órgão
sensível, de difícil administração, com várias raízes pelo
estado, mexendo numa área complicada. Assim como
considero o senhor Carlos Lopes ter sido um bom
gestor, mas, aqui, necessariamente, tendo a necessidade
de esclarecer alguns fatos.
Qual é a importância do pátio de Serra, objeto
deste debate, para o funcionamento do Detran? Em que
ele melhorou ou pode melhorar os serviços prestados à
população? Qual o seu tamanho? Com o seu aluguel, é
possível que o Governo do Estado descredencie pátios
que não tenham condições de funcionar ou que estão
prestando um péssimo serviço, a fim de reduzir
despesas ao Estado?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Pois
bem, a importância desse pátio. Quando cheguei ao
Detran encontrei uma situação catastrófica no sistema
de pátio do Detran. Tínhamos mais de trinta e três mil
veículos amontoados em cerca de vinte e três pátios.
Uma comissão de estudo interna, montada por mim,
apresentou como uma das soluções a necessidade de um
pátio cuja gestão fosse feita de forma direta pelo Detran.
Por quê? Porque tínhamos vários pátios que não
cumpriam, não seguiam a normativa do Detran. No
entanto, senhores deputados, o Detran não podia, de
fato, efetivar uma punição sobre esses pátios porque
esses pátios tinham de dois, a três, a cinco mil veículos
lá dentro. Se eu punisse o pátio com o fechamento, por
exemplo, o órgão não tinha onde colocar esses veículos.
Então, o Detran era, até então, refém do sistema
de pátios credenciados porque ele não podia fazer a
gestão, implementar medidas administrativas porque
não tinha para onde levar os veículos. Eu punia um
pátio, fechava ele, como fechamos alguns, inclusive o
de Guarapari, e, ao fechar, o Detran ficava com um
problema maior ainda, porque eu tinha cinco mil
veículos lá, a empresa credenciada, ao ser fechada,
naturalmente também não fazia mais a guarda, e o
Detran ficaria lá com quatro, cinco mil veículos lá
dentro sem saber o que fazer, como guardar, como
garantir segurança e etc. Então, a importância desse
pátio foi dar ao Detran um pulmão para que ele pudesse
efetivar punições administrativas, quando necessárias,
aos credenciados e ter para onde levar esses veículos.
Em que melhorou? Em que pese o fato do
contrato ter sido assinado na minha gestão, a
inauguração efetiva do pátio, o recebimento do pátio,
bem como os primeiros aluguéis, não foram pagos na
minha gestão, foram pagos, foram efetivados na gestão
que me sucedeu. O pátio foi recebido efetivamente este
ano já de 2015, quando eu já não era mais o diretor-
geral do órgão. Inclusive a gestão que me sucedeu, se
tivesse detectado irregularidades, poderia ter procedido
à suspensão do contrato, coisa que não fez, pois acredito
96 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
que observou que o pátio estava dentro da legalidade.
O tamanho da área é setenta e oito mil metros
quadrados, é o maior pátio da América Latina e, como
já disse, a dependência de outros pátios, o objetivo
desse pátio era reduzi-la.
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – A segunda
pergunta, Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, vou
pular porque já foi exaustivamente debatida, que é
quantas empresas participaram do processo licitatório.
Já entendi que houve um processo e depois uma se
credenciou e essa que se credenciou foi contratada
através de um chamamento público.
A terceira pergunta é: qual é o papel da Secont
e da CAI no processo licitatório que culminou com o
aluguel da referida área?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – A
CAI, inclusive aqui hoje, até com a permissão da
deputada Janete, já até ajudo a esclarecer.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Vou pedir um momentinho. O senhor
anotou a pergunta? Pedirei ao Thiago para responder a
pergunta da Senhora Deputada Janete de Sá e logo em
seguida vou dispensá-lo.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Exatamente sobre o assunto que está se falando, que é a
dispensa de licitação. Tem que ficar claro: não houve
licitação.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Calma. Vamos fazer pela via de cada
um poder falar o que desejar. Ele falou que teve
licitação e V. Ex.ª disse que não. Então, temos que
respeitar.
Você entendeu a pergunta dela? Você poderia
responder só isso? Em seguida vou liberá-lo.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – A
comissão de licitação enquadra despesa e para isso ela
tem que ter os andamentos dos autos. Correto?
Chegamos a essa conclusão pelos andamentos dos
autos. E quanto a essa avaliação, não é de competência
da comissão. Foi criada uma comissão para isso. Não
era de responsabilidade da comissão de licitação dar
valor a esse imóvel. Era uma condição específica. Ela
foi avaliada por essa comissão. A dispensa foi feita pelo
trâmite do processo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Quem fez toda essa avaliação foi a
comissão?
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Isso,
exatamente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Ele só executou.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA – Só
executei o que veio.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Só executou o que a comissão lhe
passou.
Quero lhe agradecer e liberá-lo porque tem
gente o esperando. Depois, se precisarmos de outra
informação, mando ligar antes para você vir aqui.
O SR. THIAGO SILVEIRA ROCHA –
Estou à disposição da Comissão.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Obrigado pela presença.
Senhor Deputado Bruno Lamas, pode concluir.
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Qual é o
papel da Secont e da CAI no processo licitatório que
culminou com o aluguel da área?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Essa
resposta é interessante porque ela ajuda a dirimir uma
dúvida da deputada Janete de Sá. A CAI é que tinha
essa função de fazer essa valoração para ver se o valor
era compatível, se a média era compatível com o
mercado. Essa era uma função da CAI. E a Secont, por
sua vez, é um órgão de controle interno que tem a
função de avaliar se todo o procedimento foi de acordo
com aquilo que prevê a legalidade.
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – O senhor
já esclareceu aqui. A pergunta seria quem recebeu o
pátio e quem assinou o contrato?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – O
contrato foi assinado por mim via delegação de
competência do Colodeti. Ele assinou, mas sob a minha
responsabilidade.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Ela é permanente ou é dada a cada
processo?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não,
ela é permanente e eu recebi isso no Detran de gestões
anteriores.
Só um último esclarecimento. Eu fiz a
assinatura do contrato, mas agora quero deixar bem
claro que na minha gestão não foi pago um único
centavo a essa empresa, porque o edital de chamamento
público previa que a empresa teria um tempo de cento e
cinquenta dias, se não me falha a memoria, para
executar as obras de melhoria, e só após esse
recebimento é que a empresa começaria a receber. E
isso se concretizou na gestão já seguinte a minha.
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Ok. Então
isso responde à quinta pergunta, quem efetuou o
pagamento do primeiro aluguel, mas quero saber o valor
do desconto exigido pela Secont e pela CAI, aplicado pela empresa vencedora do certame.
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – O
valor que a CAI avaliou, que era de cento e setenta e
oito mil, a empresa aceitou. Então, ela tinha vencido o
chamamento público por cento e noventa e dois mil. A
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 97
CAI avaliou em cento e setenta e oito mil e ela aceitou
dar essa redução.
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Ok. Por
último: Em relação ao valor do metro quadrado, existem
outras áreas alugadas pelo Detran, pátios que funcionam
pelo estado afora, muitos motivo, inclusive, de
denúncias, críticas, aberrações e de terceirizações.
O senhor lembra o valor do metro quadrado
alugado dessa área em um comparativo com os demais
pátios? Se está dentro da média dos outros pátios ou se
está acima da média?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Vale
ressaltar que dos pátios credenciados o Detran não paga
aluguel. Ele paga mediante os veículos que entram e
saem. Os veículos que saem, o pátio recebe por isso, e
aqueles que entram, mas não saem, o pátio não recebe.
Isso é bom que fique claro.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Não recebe até o leilão, né?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Até o
leilão. Só que, deputado, o valor do leilão e na ordem de
pagamento, na cronologia de pagamento, o valor do
pátio é o último. Então, raramente sobra alguma coisa
para o pátio porque paga IPVA e todos os débitos até...
Então, raramente...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – De preferência os impostos, mas se
tiver saldo...
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Se
tiver saldo, mas raramente tem, porque o valor sempre
cai muito. Então, comparando com as áreas que o
Detran tem alugadas. Quero que fique claro. Não com
áreas credenciadas. Com as áreas alugadas, o pátio de
Jardim Tropical, chamado de pátio Reco, o Detran paga,
e foi alugado em gestão anterior a minha, dois reais e
oitenta centavos o metro. O pátio Boa Vista II, antigo
pátio Dual, o Detran paga sete reais e sessenta e sete
centavos o metro, alugado em gestão anterior a minha.
Esse pátio Central, na minha gestão, dois reais e trinta e
dois centavos. Então, dos três pátios alugados aqui na
Grande Vitória, que o Detran tem, o pátio Central, esse
de que estamos tratando, tem o menor custo por metro
quadrado. O valor final é alto porque, como eu disse, é
o maior pátio da América Latina. Setenta e oito mil
metros quadrados.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Carlos,
me perdoa, mas com uma garantia de contrato de cinco
anos. Então, até vale a pena o valor ser um pouco menor
porque a garantia de contrato é de cinco anos, o que nos
outros não acontece.
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Mas,
deputada, isso estava previsto no edital de chamamento
para todas as empresas que participaram.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Têm que
ficar claras essas questões, tem que ficar claro, porque o
que parece ser o menor é o menor, mas com garantia de
retorno por cinco anos.
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Só uma
última pergunta. Dentro do formato do pátio, desse
pátio que foi dito que é o maior da América Latina,
existe alguma possibilidade onde o Estado possa, em
parcerias, cumprindo a legislação em vigor, conseguir
arrecadar algo com aquela sucata que está lá?
Eu estive visitando o pátio e vi um trabalho, se
não me engano, da Arcelor, higienizando, prensando e
comprando essa sucata. Até que ponto o Estado tem
condições de ter lucro com essa operação para amenizar
o impacto do aluguel da área?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES –
Deputado, lucro talvez seja uma expressão muito forte.
O Estado tem condições de reaver parte do prejuízo que
tem tido com os veículos apreendidos em nossos pátios.
Por quê? Na medida em que o veículo é leiloado, a
primeira parte desse valor é, prioritariamente, os
impostos atrasados, são descontados para o Estado.
Então, o Estado recupera um dinheiro, digamos,
perdido, que estava nesses veículos.
É importante destacar que lá, nesse pátio
Central, foram feitas dezenas de benfeitorias, acredito
que os deputados já visitaram, inclusive tem uma área
adequada para fazer a vistoria dos veículos para o leilão.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – No seu período lá, a Arcelor - que
devia estar agora higienizando juntamente com a
Samarco o que está fazendo aqui no Espírito Santo,
porque a Arcelor, a Samarco e a Vale são três piratas
que fazem mal ao Espírito Santo -, qual o preço da
tonelada que eles pagam lá, são sete reais?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES –
Deputado, não lembro, sinceramente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – O valor deve ser insignificante,
porque é vinte e cinco reais uma moto, mais ou menos
vinte e três, vinte e quatro reais.
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – É
pequeno. Mas esse modelo de leilão reciclável, o
Espírito Santo foi o terceiro estado do Brasil a adotar.
Inclusive, ganhamos mídia nacional com esse modelo
na época, e lá nessa área tem a área coberta para fazer a
vistoria. Porque, nossos servidores faziam vistoria
dentro do mato, dentro do lixo, ao sol quente, correndo
risco de se cortarem naqueles veículos velhos,
enferrujados e sujos. Os senhores puderam ver, lá há
uma área coberta construída para isso, para que os
veículos sejam levados para lá, para que haja vistoria.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Visitamos lá. Tudo vale a pena, quando o preço é pequeno.
Roberta, fale de sua participação nisso. Nesse
processo com relação a esse pátio, qual foi sua atuação?
A SR.ª ROBERTA REGGIANI LESSA –
Inicialmente, foi montada uma comissão técnica. Como
98 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
o Carlos já havia falado, sou arquiteta de formação e, no
caso, minha atuação seria esta, fazer uma avaliação
técnica da área. Porém, inicialmente, teríamos que ver o
que foi feito, se as propostas apresentadas estariam de
acordo com o que foi solicitado em edital. Minha
participação foi até aí, eu e mais outras duas pessoas da
comissão avaliamos a documentação para ver se estava
de acordo com o que foi solicitado em edital.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – O projeto básico da obra é seu?
A SR.ª ROBERTA REGGIANI LESSA –
Não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Você apenas levantou as demandas e
a empresa que construiu, baseada...
A SR.ª ROBERTA REGGIANI LESSA –
Não. Houve um projeto básico elaborado por outros
dois servidores, eles pediram até auxílio em algumas
coisas, questão de iluminação, questão de material, mas
só isso.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – O terreno são setenta e poucos mil
metros, estivemos lá. A localização das áreas, o que é
pátio aberto, o que é pátio fechado e o que é portaria, a
empresa que fez isso ou o Detran que passou as
dimensões?
A SR.ª ROBERTA REGGIANI LESSA –
Havia um pré-requisito nesse projeto básico que deveria
atender a algumas dimensões básicas. Havia um pré-
requisito sim.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Quer dizer, precisava de um pátio
coberto de tantos metros, a empresa botou onde quis
colocar, onde foi mais conveniente para o
aproveitamento do terreno ou tinha localização?
A SR.ª ROBERTA REGGIANI LESSA –
Não, não. No projeto básico montado, solicitava uma
área, por exemplo, uma metragem quadrada para
atender, mas a empresa que construía.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Obrigado.
O Thiago foi dispensado por um problema na
família dele e tivemos que liberá-lo.
Lorena, qual foi sua participação e em que você
atuou nesse procedimento?
A SR.ª LORENA BICALHO DA SILVA – Bom-dia. Participei, assim como a Roberta, na comissão
técnica que avaliou se os documentos apresentados
pelas empresas estavam de acordo com os requisitos exigidos no edital.
Fui nomeada suplente, porque o presidente, que
era o Clerisson na época, havia entrado de férias. E,
como não havia pessoal suficiente, fui nomeada e
auxiliei nessa parte.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Felipe, qual foi a sua?
O SR. FELIPE GOGGI RODRIGUES –
Boa-tarde. Nenhuma participação.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Mas você era funcionário do Detran?
O SR. FELIPE GOGGI RODRIGUES – Sim, ex-funcionário. Eu cuidava da parte da Cemp, que
é a Coordenação de Exames Médicos e Psicológicos do
Detran, ou seja, era a parte de saúde e eu desconheço a
matéria.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Você não atuou nem na comissão
especial?
O SR. FELIPE GOGGI RODRIGUES - Não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Nem na licitação?
O SR. FELIPE GOGGI RODRIGUES –
Não. Inclusive, meu advogado até peticionou
informando, e aí foi reiterada a minha convocação.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Nós recebemos, só que não podemos
liberar, senão fica até sem explicação. Você faz uma
convocação e depois libera, fica no ar: por que fulano
foi liberado e o outro não foi? Pedimos desculpas se
houve alguma vinda sua desnecessária, mas é porque
nesse emaranhado de informações, acabamos
precisando de ter a colaboração de todos para poder,
com todo respeito que convocamos, mas precisamos ter
para poder concluir o relatório final.
O SR. FELIPE GOGGI RODRIGUES – Compreendo e estou à disposição.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Então, está bom. Muito obrigado pela
sua presença. Desculpa os contratempos. Se você
quiser, inclusive, se retirar antes de terminar, você pode
ficar à vontade, e ficam as nossas desculpas.
O SR. FELIPE GOGGI RODRIGUES –
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Lorena e Roberta, vocês participaram
dessa comissão, vocês, em algum momento, receberam
alguma solicitação do que vocês deviam fazer ou do que
vocês não deviam fazer, que tinha que fazer assim ou
assado?
A SR.ª ROBERTA REGGIANI LESSA –
Não. A única coisa que precisávamos fazer era
justamente ver se a documentação estava de acordo com
o solicitado em edital.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 99
ANJOS - PSD) – Sei, mas não teve nenhuma pressão
do diretor?
A SR.ª ROBERTA REGGIANI LESSA –
Não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Ele está do seu lado, mas ele é calmo.
Não teve nenhuma influência no trabalho que vocês
fizeram?
A SR.ª ROBERTA REGGIANI LESSA –
Não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Wallace e Italo, vocês tiveram
alguma atuação com relação a esse processo em que
houve alguma solicitação, alguma imposição do que
vocês deveriam fazer?
Por favor, pegue o microfone porque estamos
com problema na Casa, porque a Assembleia não pode
comprar nada senão a imprensa denuncia como
mordomia. Temos que usar um só.
O SR. ITALO LEONARDO DO AMARAL
MOREIRA – Não, não tive.
O SR. WALLACE GOMES – Não. Também
não tive.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Nesse processo, não houve nenhuma
pressão nem da direção e nem de empresas que
procuraram para poder falar sobre qualquer...?
O SR. WALLACE GOMES – Não. Pressão
alguma, senhor deputado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Nem nenhuma empresa dessas que
participaram ou até a que ficou contratada fez algum
pedido ou tentou induzir os trabalhos da comissão?
O SR. WALLACE GOMES – Não, pelo
contrário. Após a comissão, tiveram acesso pleno ao
processo e viram. Só isso. Não houve pressão alguma.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Senhora Deputada Raquel Lessa,
deseja fazer algum pedido? (Pausa)
Senhor Deputado Bruno Lamas, se considera
satisfeito? (Pausa)
Senhor Deputado Marcelo Santos?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Senhor Presidente, na verdade, concluindo essa fase das
oitivas dos que aqui compareceram, quero deixar claro
com relação a isso, a CPI, em nenhum momento, se
manifestou em condenar as pessoas ou qualquer
cidadão, até que ainda não tenha sido convocado a
participar das oitivas para que pudéssemos realizar as
oitivas, que até então estão sendo realizadas, até porque
o objetivo é esclarecer aquilo que nos foi denunciado
para apurar as possíveis irregularidades.
Então, se torna mais do que necessária e
obrigatória a presença de quem atuou em contratos
citados nos autos para que possamos formar o juízo,
junto com a nossa relatora Senhora Deputada Janete de
Sá, apresentar ao final seu relatório, e deliberado pelo
Pleno da comissão. Apenas isso, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Vamos passar a palavra à Senhora
Deputada Janete de Sá para fazer mais os
questionamentos.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Senhor
Presidente, sinto que estamos prejudicados com relação
às informações que precisam ser trazidas aqui a esta
Comissão. Por exemplo, não estamos aqui com a
comissão de licitação que avaliou essas empresas.
Quem avaliou o metro quadrado? Qual a garantia que
temos de que era o menor preço oferecido diante do que
foi oferecido? Então, precisamos ter, no meu
entendimento, os integrantes da CAI e os integrantes da
comissão de licitação, de fato, os que participaram desse
processo que avaliou essa chamada pública. Porque, na
verdade, tem que ficar claro aqui: não houve uma
licitação, houve um chamamento público em que oito
empresas se apresentaram; três foram desclassificadas;
houve uma avaliação entre as cinco e vocês acabaram
concluindo por uma, que vocês consideraram que
preenchia os requisitos – sem nada ter sido construído
ainda – e que ofereceu o melhor preço por metro
quadrado. Dispensaram a licitação, que poderia
acontecer por um processo licitatório, fizeram essa
dispensa e contrataram essa que, nessa avaliação,
segundo vocês colocaram, apresentou o menor preço.
Não tivemos até agora, não sabemos por quê.
Realmente foi o menor preço? Por que as outras foram
dispensadas? Então, para mim, cabe ouvir a comissão,
de fato, que operou na licitação e na avaliação dessa
documentação e que inclinou para que a direção
pudesse escolher essa empresa; e a CAI, também, que
participou desse processo. Acho que eles devem ser
chamados aqui para prestar esclarecimentos. Nos falta
fazer uma avaliação diante de não termos aqui quem de
fato participou desse processo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Senhor Carlos, o senhor teria
condições de lembrar o nome da comissão, os nomes
dos membros dessa comissão que foi criada?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Não,
deputado, a comissão técnica está aqui: a Lorena, a
Roberta e o Wallace. Essa é a comissão técnica, como já
responderam aos senhores aqui. A comissão de licitação
é composta por cinco membros, três efetivos...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E o Thiago?
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – O
Thiago era o presidente.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – A
comissão de licitação, quem é? É essa que queremos.
100 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Mas
veja bem. A comissão de licitação é o Thiago, é o
Delson, é o Marcus, é a Marília e é o Alexandre. Essa é
a comissão de licitação. Agora, deputada, para ajudar a
senhora a dirimir. Quem avaliou esses preços, se
estavam compatíveis com o mercado, média, etc. e etc.,
foi a CAI, Comissão de Avaliação de Imóveis da Seger,
e não do Detran. Foi a CAI, externa ao Detran.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – E a CAI pertence a...?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – À Seger.
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – À
Seger. Não se aluga nada no Estado, pelos menos era
assim, e acredito que continue, não se aluga nada no
Estado sem passar por uma avaliação dessa comissão de
avaliação da Seger.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Fechou. Ficou esclarecido.
Senhora Deputada, tem mais alguma pergunta
para fazer aos membros?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – É por que
o Wallace, a princípio, tinha dito, que ele não participou
da comissão de licitação.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – De licitação, não. Ele participou da
comissão técnica.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –
Compreendi, mas eu acho que deveria ser chamado aqui
a comissão de licitação. Então, a comissão de licitação
funcionou para quê? Ela não fez nada? São cinco
pessoas.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Poderia passar os nomes? Favor
anotar os nomes dos membros da comissão. Se tiver o
nome completo, para facilitar. Eles estão todos no
Detran? Só três são efetivos.
O SR. CARLOS AUGUSTO LOPES – Os
três servidores efetivos, eu acredito que continuam. O
presidente era o Thiago Silveira Rocha; o Delson
Iglesias do Rego Junior, que é efetivo do Detran, era
membro; Marcus Perozini de Araujo, era comissionado,
era membro; Marília Madeira da Paixão, era pregoeira,
efetiva; e o Alexandre Gonçalves Furtado, que é
membro, também servidor efetivo. Esses eram os cinco
membros da comissão permanente de licitação.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, está bom. Muito obrigado.
Wallace, deseja fazer mais algum
esclarecimento? (Pausa)
Você dois, façam agora; não façam mais pelo
facebook.
O SR. WALLACE GOMES – Senhora
Deputada Janete de Sá, como ocorreu? A licitação fez
todos os processos de chamamento público, uma sessão
pública, onde todos participaram. Depois disso, há uma
ata da sessão pública; depois da ata da sessão pública,
eles fizeram a formalização dos autos, encaminharam à
nossa comissão. Da folha 409 dos autos à folha 441, nós
temos uma avaliação pormenorizada de cada empresa,
analisamos uma por uma, falando do que cada um fez.
E, ao final, nós, então, montamos inclusive uma tabela,
que foi uma tabela que nós identificamos o valor médio
a metro quadrado e encaminhamos esse processo de
volta à licitação. O valor médio a metro quadrado,
porque temos, por exemplo, uma discrepância gigante,
uma área que está na própria Lindenberg, de seiscentos
e oito mil reais/mês, que não tinha.
Além disso, nós não discutimos só, Senhor
Deputado, não avaliamos só o preço. Nós tínhamos, no
processo licitatório, o edital de convocação, ele traz um
formulário que foi elaborado pelos dois servidores,
assim, com referência à doutora Roberta, que
elaboraram o edital, que trazem os pré-requisitos. Ou
seja, a empresa não tinha só que juntar documentação,
ela tinha que responder a uma série de fatores. Como o
nosso diretor disse, eles tinham um prazo de cento e
cinquenta dias para entregar, falar se a área era de
alagamento, se atendia a todas as metragens mínimas.
Então, os pré-requisitos para o processo licitatório que
estava, já vinha anexo ao edital de convocação. Nós
apenas tínhamos um procedimento a seguir. Nós
seguimos um procedimento, e o procedimento que
estava contrário nós relatamos onde está. Esta comissão
que aqui está, que então assinou e pontuou cada uma
delas.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Essa avaliação a CAI fez uma e
vocês fizeram outra?
O SR. WALLACE GOMES – Nós fazemos a
avaliação da documentação, e, depois, quem faz a
avaliação final, é a CAI, como o diretor disse. Preço de
mercado só quem dá é a CAI, nós não temos...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Vocês encaminharam para lá os
preços apresentados e eles fizeram a avaliação.
O SR. WALLACE GOMES – Sim. Os autos
vão completos para a CAI e nenhum imóvel nós não
poderíamos, não é dada ao Detran ou a outro órgão do
Estado essa competência. Eles dizem se pode ou não,
dentro do valor do metro quadrado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Tá bom. Muito obrigado pela sua
presença.
Italo, para se manifestar. (Pausa)
Aqui é igual igreja: ou se conforma ou se cala
para sempre.
Professor Carlos Augusto, tem mais nada a
acrescentar não? (Pausa)
Roberta, tem alguma coisa? (Pausa)
Lorena, tem alguma coisa? (Pausa)
Então, vamos agradecer a presença a vocês.
Muito obrigado e espero que vocês tenham
compreendido a nossa necessidade de tentar esclarecer
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 101
o máximo possível.
Temos mais uma pessoa para ouvir e que não
compareceu. Uma senhora que se apresentou aqui, não é
isso? Ela não compareceu?
Vamos deliberar com relação à ata.
Senhora Deputada Janete de Sá, como vota?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Voto
conforme lida.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Senhora Deputada Raquel Lessa?
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Conforme
lida.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Agora temos que decidir a próxima
reunião. Próxima segunda-feira, qual a sugestão de V.
Ex.ª?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Minha
sugestão é que a gente ouça a comissão, conforme falei
aqui, da CAI, para ver onde ela avaliou que aquele valor
de metro quadrado realmente era...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – A CAI e quem mais?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – E eu acho
que nessa acareação o Wallace teria que vir, porque eles
é que avaliaram essa questão, levaram os preços e
apresentaram para a CAI para que a CAI pudesse se
posicionar e dizer que, de fato, aquele valor ali era o
valor que estava autorizado a ser praticado. Então, acho
que é importante o Wallace retornar.
Só isso, a comissão de licitação junto com a
CAI.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, a CAI e a comissão de
licitação.
Senhora Deputada Raquel Lessa, tem alguma
sugestão para ouvir? Está bom? V. Ex.ª concorda?
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Concordo,
acho que só a CAI resolveria, mas quer a comissão de
licitação? (Pausa) Está bom.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, V. Ex.ª faz ressalva apenas
para ouvir só a CAI, e a Senhora Deputada Janete de Sá
tem que ser os dois.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Acho, que
é bom porque elucida. Acho, inclusive, que o Wallace
deva vir. Porque elucida. Estamos aqui tentando
entender o processo melhor. Não se trata de incriminar A ou B. É exatamente para não cometer injustiça.
Então, no meu entendimento, acho que cabe porque a
gente tiraria as dúvidas.
O SR. WALLACE GOMES – Então, se assim
entender, me coloco à disposição, excelência.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Vamos apenas ponderar com a
deputada relatora que na próxima segunda-feira,
possivelmente, o presidente da comissão, o Thiago,
estará com problemas familiares para comparecer.
Então, a gente poderia fazer o seguinte. Poderíamos
ouvir o Wallace, que se colocou à disposição, junto com
a CAI na segunda-feira, e na outra oportunidade
definiríamos para ouvir a comissão, em face de que ele
não vai, realmente, porque aconteceu um problema na
família dele.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Acho que
é até bom esclarecer, Deputado, porque ninguém vai
entender por que nós liberamos o Thiago da reunião. O
Thiago, acabou de falecer uma tia dele, o pai nos
abordou pedindo que liberasse. Ele não sabia do
falecimento, foi uma coisa que surpreendeu a família e,
por isso, nós liberamos. E essa é a razão, talvez, que a
gente não tenha que chamar na próxima semana até por
conta do impacto. A gente compreende essa situação e
não vamos penalizar mais ainda uma pessoa que veio
aqui prestar esclarecimento e nos ajudar a estar
resolvendo essa situação, entendendo, até, melhor.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, fica designada a presença do
CAI, tem que levantar o nome, e do Wallace.
Vou ler rapidinho uma manifestação do senhor
Nehemias Loureiro Rocha:
Nehemias Loureiro Rocha, brasileiro, casado,
comerciante, residente e domiciliado à Rua Santa
Terezinha, Bairro André Carloni, Serra, vem através de o presente apresentar o seguinte relato.
1 – no dia 01 de outubro de 2015 estava passando pelo
Bairro Coqueiral de Itaparica onde ocorria uma blitz,
quando foi abordado pelo policial cabo Pedra para vistoria do veículo que após analisar os documentos do
seu veículo (todos regulares), disse que iria prender o seu carro por que a vistoria do gás estava vencida.
2- O denunciante tentou dialogar com o policial no
sentido de que poderia ser lavrada a multa e a consequente liberação do veículo.
3- As alegações não foram aceitas e o carro rebocado
para o pátio CENTRAL PARK (...)
Famoso em Vila Velha, e que na verdade é de... tem em
Vila Velha também, não é?
4- O que causou estranheza foi o fato de que já existia
no local um guincho com duas Motos e um Carro já colocados em cima. O seu também foi colocado junto e
foi cobrado individualmente de cada um.
5- Em anexo, o HISTÓRICO DE REMOÇÃO DO
VEÍCULO. O VEÍCULO AINDA CONTINUA
RETIDO NO PÁTIO.
No aguardo de que esta Presidência possa determinar
providências no sentido de que arbitrariedades como esta não continuem acontecendo em nosso estado,
Apresento as minhas saudações.
102 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
NEHEMIAS LOUREIRO ROCHA
Estão aqui os telefones.
Senhora Deputada Janete de Sá, tem alguma
coisa a manifestar com relação a isso?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) –
Deveríamos chamar a pessoa que está fazendo a
denúncia para verificar, e o policial, para checar se
realmente...
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Ele está presente.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Acho que
poderíamos aproveitar o tempo que nos resta e ouvi-lo.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS – PSD) – Então, agradeço ao professor e a
todos vocês.
Vamos fazer o seguinte: vamos marcar para a
próxima segunda-feira. Senhor Nehemias, o senhor
poderia estar aqui? (Pausa) Então na próxima segunda-
feira, às 11h, o senhor vai estar aqui para a gente tomar
termo.
O carro está lá ainda, não é? Vamos tentar ver
se através do Jadir a gente consegue encaminhar alguma
solução para isso. Vamos tirar uma cópia. Liguem a ele
para poderem dar a informação, e na segunda-feira ele
estará aqui para a gente poder concretizar e acompanhar
isso aí.
Sob a proteção do nosso Senhor Jesus Cristo,
que nos deu força, e de Deus, que nos orientou e nos
criou para podermos respeitar o meio ambiente, mas
acontece que também criou, nasceu no meio dessa
multidão aí uma firma chamada Samarco, que acabou
tirando do povo a condição de beber água, tomar banho
e utilizar os bens naturais, que Deus deu a todos nós de
graça, e acaba muita gente ganhando dinheiro em cima
desses troços, usando para poder purificar minério, e
acabam jogando tudo dentro dos nossos rios.
Até a próxima segunda-feira, se Deus quiser.
Encerra-se a reunião às 12h42min.
COMISSÃO ESPECIAL DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS. SEGUNDA REUNIÃO
EXTRAORDINÁRIA, DA PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 19
DE OUTUBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – PRTB) – Havendo número legal, invocando a
proteção de Deus declaro abertos os trabalhos desta
Comissão.
Convido a Senhora Secretária a proceder à leitura da ata da primeira reunião extraordinária,
realizada em 06 de outubro de 2015. (Pausa)
(A Senhora Secretária procede à leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
– PRTB) – Em discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
– PRTB) – Voto pela aprovação.
Ata aprovada como lida.
Solicito à Senhora Secretária que proceda à
leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
OF. DCT/N.º 49/2015, do diretor da Consultoria
Temática, Jorge Antônio Ferreira de Souza, em resposta
a CI n.º 522/2015, indicando a consultora parlamentar
temática, Márcia Nolasco de Carvalho Domingues
Monteiro, para acompanhar os trabalhos desta
Comissão.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – PRTB) – Ciente.
Continua a leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
COMUNICAÇÕES:
Objetivo da Comissão: Apreciar, analisar, investigar e
buscar alternativas sustentáveis para a coleta,
tratamento e destinação dos resíduos sólidos no Espírito
Santo.
ORDEM DO DIA:
Dia, hora e local das reuniões ordinárias desta
comissão, quinzenalmente, às segundas-feiras, às
9h30min, no Plenário “Judith Leão Castello”.
Encaminhar ofício ao senhor Julio Cesar
Bassini Chamum, procurador-geral desta Casa de Leis,
solicitando a designação de 02 (dois) procuradores para
acompanharem os trabalhos desta Comissão.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
– PRTB) – Em discussão. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Favorável
ao requerimento.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – PRTB) – Voto favorável ao requerimento.
Aprovado.
Antes de ler um texto que havia preparado para
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 103
iniciar os trabalhos desta Comissão, Senhores
Deputados Bruno Lamas e Rodrigo Coelho, que hoje
não se faz presente, mas comunicou previamente sua
ausência, destaco a importância do trabalho desta
Comissão. Existem alguns temas relacionados ao meio
ambiente que não podem passar despercebidos nesta
Casa de Leis, que é a questão do lixo, no que diz
respeito ao aumento, ao destino e algumas metas
estabelecidas na lei, em 2010, que definiu o Plano
Estadual de Resíduos Sólidos, Plano Nacional de
Resíduos Sólidos.
Então, estamos aqui para isso, para discutir e a
avançar.
Minha assessoria, com carinho, preparou um
texto que vai dizer um pouquinho da importância do
trabalho desta Comissão.
Houve um momento na história em que a única
preocupação das nações era alcançar um nível mais
elevado de desenvolvimento cientifico e tecnológico e,
como consequência, alçar seu país ao status de grande
potência mundial. Entretanto, após séculos na busca
desse ideal, o meio ambiente é a principal vítima dos
efeitos desse desenvolvimento a qualquer preço.
Os sinais dessa busca já são claramente notados
no meio ambiente. Exemplo claro reside no
derretimento das calotas polares em virtude do
aquecimento global ocasionado especialmente pela
emissão de gases poluentes e, numa perspectiva mais
local, pelos longos períodos de estiagem que têm
causado a falta de água em várias regiões brasileiras. Os
resíduos sólidos constituem um desses grandes
problemas da modernidade e causam um reflexo que em
muito supera a estética das cidades poluídas, mas que
contribui para o agravamento de todos os problemas
isolados que assolam o equilíbrio do ecossistema.
Na contramão da revolução industrial e
tecnológica, iniciada no século 18, e da implantação de
novos métodos que possibilitaram à produção em larga
escala, a atualidade traz consigo novas necessidades
traduzidas pelo termo sustentabilidade. Traduz-se na
ponderação do desenvolvimento em harmonia com a
preservação do meio ambiente. Ainda que tenha levado
muito tempo, o ser humano descobriu que é possível
evoluir sem destruir tudo ao seu redor e é esse o ideal de
sustentabilidade: o uso dos recursos naturais para
satisfação das necessidades presentes, sem comprometer
a satisfação das necessidades das gerações futuras.
Nessa linha, tem atuado o Ministério do Meio
Ambiente por meio da Política Nacional dos Resíduos
Sólidos, que acarretou na elaboração do Plano Nacional
de Resíduos Sólidos. Várias metas foram estabelecidas,
tais como o fim dos lixões a céu aberto e a consequente
substituição por aterros sanitários que recebam apenas
rejeitos. O rejeito é aquilo que você tem, o lixo. Uma
parte do lixo você consegue reaproveitar e aquilo que
não consegue reutilizar é o que definitivamente deveria
ir para os aterros sanitários.
A execução das medidas estabelecidas, no
entanto, tem se mostrado um grande desafio para os
estados e municípios brasileiros. Cientes desse desafio e
da importância do tema é que propusemos que fosse
criada a Comissão Especial dos Resíduos Sólidos, com
a intenção de analisar os obstáculos enfrentados, ajudar
no fornecimento de dados concretos para a elaboração
dos planos de gestão nos municípios, tornando-os aptos
a receber recursos federais e facilitando o cumprimento
de metas no mais breve espaço de tempo possível.
Pois bem, o Senhor Deputado Bruno Lamas
disse, antes de iniciar a reunião, que o município de
Serra também merece uma atenção mais que especial no
que diz respeito ao tratamento deste tema. Eu, que sou
morador do município de Cariacica, também repito aqui
as palavras do Senhor Deputado Bruno Lamas sobre a
questão do lixo na cidade e a grande quantidade de lixo.
Isso, além de gerar um problema econômico, gera gasto
com a coleta e com o destino desse lixo e traz
problemas de saúde pública.
Senhor Deputado Bruno Lamas, o lixo não é só
uma questão estética, como comentamos aqui. Ele atrai
doenças, problemas e estamos aqui para discutir um
pouco disso. Queria que o Senhor Deputado Bruno
Lamas pudesse fazer algumas de suas colocações.
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Bom dia a
todos. Bom dia aos que nos acompanham pela TV Ales
e a todos os servidores da Casa.
Sempre inicio meus pronunciamentos
agradecendo o carinho, a colaboração e a contribuição
dos servidores da Assembleia Legislativa e como isso
facilita e ajuda no nosso trabalho. Parabenizo o colega
Senhor Deputado Marcos Bruno e sua equipe pela
iniciativa da criação desta Comissão Especial.
O Senhor Deputado Marcos Bruno, professor, é
um grande amigo, com muita sabedoria e sensibilidade,
que trata também a educação de forma pontual em seu
mandato. É um prazer trabalhar com S. Ex.ª nesta
Comissão porque tenho certeza de que permitirá que os
membros desta Comissão produzam, colaborem,
sugiram e não sejam meros expectadores sentados à
mesa. Tenho convicção disso.
Digo isso porque já trabalhei em outras
comissões, participo de algumas comissões
permanentes, e S. Ex.ª também. Infelizmente, ao
contrário da postura de S. Ex.ª, alguns parlamentares
buscam fazer das comissões um trabalho praticamente
centralizado e focado no seu mandato.
Nesta Comissão, será diferente. O tema é
importantíssimo. O tema é atual e merece atenção. Esta
Comissão, além de discutir, colaborar, ouvir os
municípios, colocar toda a estrutura do Governo do
Estado à disposição dos municípios na elaboração e no
cumprimento de seus planos, tem uma responsabilidade
enorme de manter a população informada.
Muitos capixabas sequer sabem que existe uma
política nacional de elaboração, com metas traçadas. A
primeira delas, dos planos municipais de saneamento
básico, inclusive com datas já superadas, muitas cidades
já com seus planos elaborados em execução.
Isso significa estabelecer metas para que o
esgoto dos municípios deste Brasil afora, no caso o do
nosso estado, possa ser cem por cento canalizados e
posteriormente tratado.
Em seguida, as metas dos planos municipais de
resíduos sólidos, proibindo lixões, como disse o Senhor
Deputado Marcos Bruno, aprovadas em algumas
cidades também e em outras em plena fase de
104 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
elaboração. E a terceira meta, que trata da recuperação
dos recursos hídricos.
Então, se não é lançado mais o esgoto, o lixo a
céu aberto, haverá condições, depois, de recuperar os
resíduos. É uma política nacional interessante, mas que
só funcionará se houver apoio total aos municípios.
Volto a dizer que essa é uma das responsabilidades da
nossa Comissão Especial.
Posso citar como exemplo a cidade de Serra.
Ainda vereador participei e tive oportunidade de votar
os dois projetos, tanto o Plano Municipal de
Saneamento Básico como o Plano Municipal de
Resíduos Sólidos.
Grosso modo, Senhor Deputado, só para que as
pessoas que nos acompanham possam entender melhor -
porque V. Ex.ª é professor nisso, me convenceu, me
convidou e mais uma vez registro que tem a
sensibilidade para tratar esse assunto -, os municípios
têm que dizer, no caso do primeiro plano, o Plano
Municipal de Saneamento Básico, o que a cidade, o
prefeito, a Câmara de Vereadores, as autoridades
pensaram para que cem por cento do esgoto fosse
tratado.
No caso de Serra, é uma renovação do contrato
de concessão com a Cesan e uma autorização de uma
Parceria Público-Privada. A Cesan foi à Bolsa de
Valores de São Paulo, licitou dignamente e contratou
uma empresa. O que a Cesan faria em trinta e cinco
anos, essa empresa tem que fazer, por força contratual,
em até oito anos.
Isso muda alguma coisa para o munícipe? Não.
Garantimos a equação da cobrança da conta de água,
então não haverá reajuste, aumento, alteração na
equação, porque é valor investido, dividido pelo valor
arrecadado, e chega àquela cobrança na nossa conta de
água.
Agora aprovado, e a execução? Poderemos
convidar nesta Comissão, por iniciativa do Senhor
Deputado Marcos Bruno, você que nos ouve, as
empresas contratadas, as autoridades que estão com a
responsabilidade de implantação para saber as quantas
andam.
O resíduo sólido, a mesma forma.
O que as cidades farão? Vão terceirizar? Vão
assumir? Mas algo precisa ser feito, o plano precisa ser
elaborado e a população precisa saber o que vai
acontecer.
Então, isso é um pouco, de forma muito
sucinta, rápida e até para não me alongar, da
importância desta Comissão Especial para os capixabas.
Parabéns à Assembleia Legislativa que tem
produzido e que tem discutido assuntos relevantes.
Parabéns, Senhor Deputado Marcos Bruno.
Também teremos a presença do Senhor
Deputado Rodrigo Coelho, que é experiente, um
deputado sensível, capacitado e que contribuirá muito.
Temos a região metropolitana representada, o
Sul do estado representado e vamos buscar discutir com
a região Norte e Noroeste do estado para que possamos
fechar e atender a todos. Temos, inclusive, Senhor
Presidente, alguns encaminhamentos a apresentar
posteriormente, mas, antes, devolverei a palavra a V.
Ex.ª.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
- PRTB) – Obrigado, Senhor Deputado Bruno Lamas.
V. Ex.ª foi um deputado que prontamente aceitou o
convite de estar presente e, agora, está participando dos
trabalhos desta Comissão.
Quero também informar que o Norte está
representado pelo Senhor Deputado Padre Honório, na
suplência, e também tem o Senhor Deputado Freitas e
vários outros deputados estaduais que já fazem um
trabalho voltado à questão ambiental. Tenho certeza de
que o Senhor Deputado Padre Honório estará presente
em algumas de nossas reuniões.
Gostaria também, Senhor Deputado Bruno
Lamas, de informar que, na última semana, estive em
Brasília e fiz uma visita ao Ministério do Meio
Ambiente. Fui a duas gerências específicas, uma que
trata da questão da Política Nacional de Educação
Ambiental e em outra gerência que estuda e acompanha
a implementação dos planos estaduais e municipais de
resíduos sólidos em todo país.
Vale lembrar que a lei é de 2010, quando foi
definida a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Dentro dessa política estava o Plano Nacional de
Resíduos Sólidos. Vale fazer uma ressalva: o plano,
embora totalmente elaborado e pronto, ainda depende
de uma aprovação, de uma reunião da Comissão
Nacional de Agricultura. Então, ele precisa passar por
quatro comissões para a sua aprovação, mas a Comissão
Nacional de Agricultura não se reúne há anos. O plano
existe, foi concluído, mas não foi ainda aprovado.
Outra questão que chama a atenção é quando
eles dizem a respeito dos municípios, dos planos
apresentados pelos municípios brasileiros. A primeira
coisa, Senhor Deputado Bruno Lamas, e V. Ex.ª disse
muito bem a respeito do município de Serra, é que o
município não consegue receber recursos da União para
tratar a questão dos resíduos sólidos se ele não tem o
seu plano. Temos uma grande quantidade de
municípios, embora a data tenha ficado definida para o
ano de 2014, alguns municípios, inclusive capixabas,
ainda não apresentaram seus planos municipais de
resíduos sólidos.
Marcos, além da questão dos recursos da
União, qual o prejuízo que tem aquele município que
não apresentou seu Plano de Resíduos Sólidos, ou que
apresentou, mas que foi um plano mal feito? Um plano,
Senhor Deputado Bruno Lamas, se calcula por
habitante, e custaria três a quatro reais por habitante. Ao
pegar um município com cem mil habitantes, um bom
plano ficaria em torno de trezentos mil reais.
Evidentemente que tem um teto e você não vai trabalhar
com munícipios como a cidade de São Paulo e seguir
essa lógica, mas tem planos de quinhentos mil, de
quatrocentos mil, e vários municípios apresentaram
planos com o custo de quinze mil, de doze mil e de
vinte mil reais. Até mostraram alguns exemplos no país
de planos que foram iguais, de Control C e Control V
ou de alguma empresa próxima que fez aquilo. Qual é a
dificuldade de você não ter um plano ou ter um plano
ruim? Como que os vereadores do município criam uma
legislação se não há referência, se não há metas e se não
há estudos a respeito da quantidade de lixo produzido
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 105
no seu município, das deficiências e do destino final?
Portanto, chamaremos alguns secretários de
meio ambiente de alguns municípios e do Governo do
Estado do Espírito Santo para que apresentem seu plano
e para que justifiquem, de certa forma, a dificuldade da
implementação do seu plano.
Alguns municípios pequenos, sobretudo
aqueles do interior do estado, podem apresentar o plano
através de consórcios.
Ele citou um exemplo de três municípios bem
pequenos do Estado de Minas Gerais que, por meio de
um consórcio, foram ao Ministério do Meio Ambiente,
levaram o seu plano que para o tamanho do município,
parecia um plano caro, eles gastaram algo em torno de
duzentos mil para a elaboração de um plano conjunto
para esses municípios e receberam cinco milhões de
reais da União para as políticas de tratamento e destino
dos resíduos sólidos. Há experiências interessantes e os
municípios ainda têm de avançar muito nessa questão,
Senhor Deputado Bruno Lamas.
Outra questão que também vi e presenciei no
Ministério do Meio Ambiente foi na gerência que
trabalha a Política Nacional de Educação Ambiental.
Poderemos também, como experiência, trazer
representantes das Secretarias municipais de Educação e
de Meio Ambiente para que mostrem para a sociedade
capixaba e para nós o que está sendo feito porque dentro
da Política Nacional de Resíduos Sólidos é claro que a
apresentação do plano é importante sim, isto é, um bom
plano é importante sim. Mas existem outras metas. A
coleta seletiva também era uma meta. Será que ela foi
implementada em todas as cidades brasileiras, em todas
as cidades capixabas da forma devida? Acredito eu e
tenho certeza que V. Ex.ª também imagina que não. A
política de educação ambiental nas escolas, nos espaços
comunitários, existe? Como ela está? Chegaram a dizer
que há uma escola no município de Guaçuí, no Espírito
Santo, que tem uma das melhores experiências de
projetos ambientais de escolas de todo o Brasil. Existe,
Senhor Deputado Bruno Lamas, no Ministério do Meio
Ambiente o chamado circuito tela verde, é um canal,
um espaço na internet do site do Ministério do Meio
Ambiente em que as escolas, as instituições privadas
apresentam projetos de sustentabilidade, projetos de
tratamento de lixo, de coleta seletiva interessante. É
como se fosse uma vitrine para replicar essas
experiências por todo o Brasil e no Espírito Santo tem
uma escola que agora não me lembro do nome, no
município de Guaçuí, que tem uma experiência muito
bacana e vamos fazer questão de convidá-los para vir a
esta Casa.
Enfim, acho que começamos muito bem os
trabalhos desta comissão e fico feliz quando o Senhor
Deputado Bruno Lamas fala da democracia que iremos
estabelecer nos trabalhos, nas deliberações, nas
indicações, na participação coletiva porque esse deve
ser o verdadeiro trabalho de uma Comissão Especial e fico feliz pelo Senhor Deputado Bruno Lamas estar
presente porque V. Ex.ª mostra-se muito conhecedor,
dedicado e atuante. Isso nos faz vir para a Assembleia
Legislativa com a esperança de uma sociedade, de um
Espírito Santo melhor, quando trabalhamos e dividimos
os nossos trabalhos com pessoas com o perfil que tem o
Senhor Deputado Bruno Lamas.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Bruno
Lamas.
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Gostaria
de agradecer ao Senhor Presidente Marcos Bruno.
Tenho algumas sugestões e gostaria que V. Ex.ª pudesse
já deliberar a possibilidade do convite ao senhor Dalton
Perim, presidente da Amunes, inclusive conversávamos
sobre isso antes do início da nossa reunião. Seria para
dar um prazo para S. Ex.ª se organizar e informar a esta
comissão quais são os municípios que têm os seus
planos aprovados, aqueles municípios que estão em
falta, os que precisam de suporte. Esse é um
encaminhamento.
Senhor Presidente Marcos Bruno, queremos
fazer também uma reflexão. Se estivesse vivo, o
saudoso Augusto Ruschi completaria cem anos em
2015. Estava lendo um artigo interessante sobre
Augusto Ruschi no jornal de domingo e soube que ele
chegou a pedir a prisão de um então governador que
estava incentivando a derrubada de matas para a
plantação de palmito em larga escala, em escala
industrial. O saudoso Augusto Ruschi muitas vezes foi
chamado de louco e hoje há prova de que ele estava
correto.
Esta comissão é implantada em um momento
muito especial e que o seu legado, a sua história, a sua
paixão pelo meio ambiente, pelas causas ambientais e
não estamos discutindo nada que não seja diferente
disso nesta Comissão, que possa servir de inspiração
para esta Comissão Especial.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – PRTB) – As nossas reuniões ocorrerão sempre às
segundas-feiras a cada quinzena. O próximo encontro
deveria ocorrer no dia 02 de novembro, que será
feriado, mas vamos deliberar outra data. A assessoria da
Assembleia Legislativa que acompanha os trabalhos da
Comissão já prontamente nos apresentou uma
alternativa. Vamos ver se V. Ex.ª concorda com o dia
04 de novembro, que será uma quarta-feira, às 14h, no
Plenário Rui Barbosa.
Em votação.
Como vota o Senhor Deputado?
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Pela
aprovação, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
– PRTB) – Também voto pela aprovação. Fica
aprovado que a próxima reunião desta Comissão será no
dia 04 de novembro, quarta-feira, às 14h, no Plenário
Rui Barbosa.
Temos dois requerimentos do Senhor Deputado
Bruno Lamas que eu gostaria de ler já para a nossa
próxima reunião. V. Ex.ª é organizado e já vem com os
seus requerimentos prontos. Houve uma vez que um
político teve a infelicidade de dizer que o município de
Serra não tinha deputado estadual. Não tem um
deputado estadual, tem um grande deputado estadual.
Acho que foi de uma infelicidade e a Serra ganha muito
com a presença de V. Ex.ª, com a participação atuante e
106 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
dedicação no Legislativo do Espírito Santo.
O Senhor Deputado Bruno Lamas está
requerendo à Comissão Especial que solicitemos à
Amunes – Associação dos Municípios do Estado do
Espírito Santo –, em nome do Ilustríssimo Senhor
Presidente Dalton Perim, para apresentar o relatório das
prefeituras do Estado do Espírito Santo que elaboraram
seus planos de tratamento, coleta e destinação de
resíduos sólidos.
Em votação.
Como vota o Senhor Deputado?
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (PRTB) - Também
voto pela aprovação, portanto, fica aprovado o
requerimento.
Acho importantíssima a presença dele nesta
Comissão porque pode fazer esse levantamento. Tem
municípios que ainda têm lixões. Temos que destacar,
também, que alguns municípios transformaram seus
lixões em aterros sanitários, mas também não atendem
às exigências ambientais desejadas ou as mais
indicadas. Então, ele pode trazer para nós esse balanço.
Também para a próxima reunião o Senhor
Deputado Bruno Lamas faz outro requerimento à
Comissão Especial, para a vinda da Recuperlixo –
Associação de Catadores de Materiais Recicláveis do
Município da Serra –, para tratar da destinação de
resíduos no Município da Serra. A Associação está
localizada em Jardim Tropical.
Em votação.
Como vota o Senhor Deputado?
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) - Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – PRTB) - Também voto favorável ao requerimento do
Senhor Deputado Bruno Lamas. Fica, então, para o dia
04 de novembro, às 14h a próxima reunião. Poderemos
começar com o presidente da Amunes e depois com a
Associação. Poderemos mesclar, Senhor Deputado
Bruno Lamas, ao longo dos trabalhos que,
evidentemente, a Comissão tem um trabalho de
investigação, de acompanhamento desses planos
estaduais para que seja gerado um relatório do Estado
do Espírito Santo, o quanto o Estado avançou e o
quanto ainda está atrasado no tema que tratamos nesta
Comissão. Mas podemos também, paralelamente a isso
tudo, fazer um trabalho de educação ambiental, de
visitarmos as escolas municipais, visitarmos os
municípios, as entidades que trabalham com o
tratamento, com reciclagem, com projetos sustentáveis
para o Espírito Santo, para que façamos não apenas um
relatório de críticas e de indagações a respeito do tema,
mas que venhamos a produzir algo construtivo para o
Estado do Espírito Santo.
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a
reunião e convoco os Senhores Deputados para a
próxima, extraordinária, dia 04 de novembro, às 14h, no
Plenário Rui Barbosa desta Casa de Leis. Muito
obrigado a todos.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 10h20min.
COMISSÃO ESPECIAL DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS. TERCEIRA REUNIÃO
EXTRAORDINÁRIA, DA PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 04
DE NOVEMBRO DE 2015.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO-PRTB)
- Boa-tarde ao público presente; àqueles que nos
acompanham pela TVAles; aos Senhores Deputados
Rodrigo Coelho e Bruno Lamas, que também compõe a
Comissão e está a caminho.
Hoje, receberemos nesta Comissão o senhor Paulo
Fernando Mignone, prefeito de Muniz Freire, que
representa o senhor Dalton Perim, presidente da
Amunes, e o senhor Mauro Estevam, assessor Jurídico
da Amunes. Em alguns instantes S.S.ªs
farão uma
explanação sobre a realidade dos municípios no que diz
respeito à política de gestão de resíduos sólidos.
Havendo número legal, invocando a proteção
de Deus declaro abertos os trabalhos desta Comissão.
Convido a Senhora Secretária a proceder à
leitura da ata da segunda reunião extraordinária,
realizada em 15 de outubro de 2015. (Pausa)
(A Senhora Secretária procede à leitura da ata)
O SR. MARCOS BRUNO – (REDE) – Em
discussão a ata. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como vota o Senhor Deputado?
O SR. RODRIGO COELHO – (PT) – Pela
aprovação.
O SR. MARCOS BRUNO – (REDE) – Ata
aprovada como lida.
Solicito à Senhora Secretária que proceda à
leitura do Expediente.
A SR.ª SECRETÁRIA lê:
EXPEDIENTE:
CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:
Não há no período.
COMUNICAÇÕES:
Objetivo da Comissão: Apreciar, analisar,
investigar e buscar alternativas sustentáveis para coleta,
tratamento e destinação dos resíduos sólidos no Espírito
Santo.
ORDEM DO DIA: O que ocorrer.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 107
Convidados: Senhor Dalton Perim, Presidente
da Associação dos Municípios do Estado do Espírito
Santo e Senhora Fabrícia Cantílio, Presidente da
Associação de Catadores de Materiais Recicláveis do
Município de Serra – Recuperlixo.
O SR. MARCOS BRUNO – (REDE) – O
Senhor Deputado Rodrigo Coelho é também membro
desta Comissão Especial sobre Resíduos Sólidos.
Recebemos, nesta Comissão, por requerimento
do Senhor Deputado Bruno Lamas, a Amunes,
representada hoje pelo Paulo Fernando Mignone,
Prefeito de Muniz Freire e pelo Mauro Estevam,
assessor jurídico que se faz presente.
Senhor Deputado Rodrigo Coelho, estamos
hoje na segunda reunião da Comissão, que será
prorrogada por mais noventa dias. Ela tem como
objetivo principal acompanhar a gestão e as políticas de
resíduos sólidos dos municípios do Estado do Espírito
Santo.
Sabemos que em 2010 tivemos a Lei 12.305,
que implementou a política nacional de resíduos
sólidos. Temos algumas metas que foram traçadas,
como o fim dos lixões, a introdução de políticas de
educação ambiental nas escolas, a coleta seletiva e
outras tantas práticas de forma compartilhada não
somente pelo Estado e pelo Município, mas por atores
do setor privado e pelo cidadão.
Tenho certeza que o Senhor Deputado Bruno
Lamas acertou na indicação da Amunes, para que os
senhores possam no dar, pelo menos, um panorama da
realidade dos municípios no Espírito Santo no que diz
respeito à implementação das políticas e práticas
sugeridas pela política nacional de resíduos sólidos.
Senhor Deputado Rodrigo Coelho, V. Ex.ª
deseja fazer algum tipo de consideração?
O SR. RODRIGO COELHO – (PT) –
Primeiramente, desejo boas-vindas ao Mauro e ao
Paulinho, amigos queridos que reencontramos nesta
Casa. Inclusive, o Mauro foi palestrante do nosso
programa de formação para gestores públicos, Marcos
Bruno. Fizemos com o Mauro a palestra de
desanimação dos candidatos a prefeito. Na verdade não
foi isso, mas o cenário é desolador. Acabamos
brincando que a palestra era de desanimação para os
candidatos a prefeito, mas ela coloca as pessoas a par da
realidade.
Na política de resíduos sólidos, isso não é
diferente, porque o convite a fazer a gestão dos resíduos
é desafio extraordinariamente grande. Antes, tínhamos
os nossos resíduos sólidos compondo grandes lixões.
Hoje, a maioria dos resíduos esta indo para aterros
sanitários que fazem apenas o aterro dos resíduos. O
custo é razoavelmente alto, de transporte e destinação.
O nosso grande desafio é o reaproveitamento
desses resíduos. É bom que se diga que esse é um
desafio grande e não é a atividade fim dos municípios.
Mas a cobrança recai sobre os municípios, inclusive de
transformar os resíduos, o que não é sua atividade fim.
Essa é mais uma demonstração de como impomos aos
municípios tarefas que não são originariamente da
administração pública municipal dar conta. Mas, como
a vida acontece nos municípios, queremos que a
responsabilidade da solução de todos os problemas que
aparecem na vida seja dos prefeitos.
O Senhor Deputado Marcos Bruno gostaria de
ser prefeito de Cariacica. Louco. Deus tirou o bom
senso de S. Ex.ª. Fazer o quê? Deus tirou o bom senso
de S. Ex.ª e rezaremos para que ele tenha bom senso ou
que seja feliz, o que couber.
Enfim, mesmo na brincadeira, é importante
trazer, de maneira sutil, o tamanho da complexidade da
responsabilidade institucional que é dada aos prefeitos e
o tamanho da complexidade que é a atuação na política
de resíduos sólidos, porque existe apenas a cobrança
pura e simples do cumprimento da lei por parte de um
ente. Afinal, nem regime de colaboração para o
cofinancimento da destinação vemos ser aplicado com
eficiência. E esse regime de colaboração deveria
começar partindo da esfera federal para a esfera
estadual, para chegar aos municípios, porque, hoje, os
resíduos sólidos compõem boa parte do orçamento das
prefeituras municipais. Quanto maior a distância da
prefeitura de um aterro, mais ainda ele consome recurso
do orçamento.
Sabendo dessa realidade, desejamos boas-
vindas ao Paulo Fernando Mignone, o Paulinho, e ao
Mauro Estevam. Fiquem à vontade. A Comissão está a
serviço do povo capixaba, neste momento, por meio dos
senhores.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) – Só lembrando, Senhor Deputado Rodrigo
Coelho, futuro prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, que
quando eu disse...
O SR. RODRIGO COELHO – (PT) – Senhor
Presidente, pela ordem! Deus não me tirou o bom senso
ainda.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
– REDE) – Quando disse da Lei n.º 12.305/2010,
também previu o principal: apresentação dos planos
municipais de resíduos sólidos. Não se consegue
receber, captar recursos da União para tratar, para
trabalhar, para discutir resíduos sólidos sem a
apresentação do seu plano; não se consegue estabelecer
uma legislação municipal quando não se quantifica,
quando não se tem estudos, números.
Sabemos que alguns municípios ainda não
apresentaram as informações que temos. Outros
apresentaram um plano, mas que não satisfaz àquilo que
o Ministério do Meio ambiente entende como um plano
ideal para as necessidades, para o tamanho daquele
município. Isso é muito importante.
Sabemos que a questão do lixo no país ainda
não chegou àquele caos que alguns alarmistas
trouxeram a debates no Japão e em outros países, mas já
sabemos que é uma causa que se não bem observada,
não bem acompanhada, pode se transformar em um
problema ainda maior do que já encontramos hoje nas
grandes cidades do país.
Pedimos ao Paulo Fernando Mignone a
gentileza de ficar à vontade para iniciar sua explanação.
O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE –
Boa-tarde Senhor Deputado Marcos Bruno, presidente
108 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
desta Comissão; Senhor Deputado Rodrigo Coelho,
nosso amigo conhecido; e demais presentes.
O Senhor Deputado Rodrigo Coelho já
adiantou bem a situação dos municípios. Relatarei a
situação de Muniz Freire, que também não é muito
diferente dos outros municípios,
Iniciamos lá a coleta seletiva em 2013,
justamente no bairro Santa Terezinha, que também foi o
bairro escolhido pela administração para o primeiro
programa de regularização fundiária do município. Um
dos pioneiros do estado.
Justamente nesse bairro iniciamos a coleta
seletiva por meio de uma cooperativa que teve como
principal pessoa uma senhora da comunidade chamada
dona Glória, que já fazia esse tipo de trabalho na cidade,
na sede. Nada melhor do que aproveitar a própria
experiência dela para implementar a coleta seletiva
dentro do município.
Reunimo-nos no bairro Santa Terezinha,
primeiramente com os moradores, depois abrimos, por
meio do Cadúnico (Cadastro Único do Governo
Federal) do Cras, para que pudéssemos fazer a seleção
das pessoas que poderiam participar da cooperativa.
Iniciamos com treze pessoas e hoje temos oito, com
uma renda mensal de, aproximadamente, oitocentos e
noventa reais. É a média de ganho dessas oito pessoas.
Tivemos grande dificuldade justamente para
manter o relacionamento entre os cooperados na
cooperativa. Para isso, tivemos que recorrer à Secretaria
de Assistência Social, em um trabalho com psicólogos,
para que pudéssemos desenvolver neles o trabalho de
viver em grupo e de liderança. Esse trabalho surtiu
grande resultado. Implementamos, logo depois do bairro
Santa Terezinha, para mais quatro ruas no centro da
cidade. Esse trabalho continua sendo feito. Alugamos
um galpão. A Prefeitura paga o aluguel mensal de um
mil e duzentos reais para o galpão. Antes era feito no
canto da rua. Tiramos e levamos ao galpão Através da
Aderes, que nos apoiou muito na implementação da
cooperativa e da empresa... Falhou o nome... O
Sindimicro também teve palestras, mas o Tetrapark foi
que nos cedeu prensa e alguns equipamentos
necessários. Hoje nos faz muita falta um caminhão para
a coleta seletiva. A coleta é feita em uma caminhonete
pequena, Pampa; não temos caminhão.
Ao mesmo tempo, aproveitamos uma escola do
distrito de Itaici. Essa escola foi premiada pela rede
Gazeta Sul no trabalho de meio ambiente e comunidade.
Essa escola implementou na comunidade a
responsabilidade da coleta seletiva, que é feita pelos
próprios moradores. Recolhemos semanalmente e
levamos à cooperativa. Hoje o caminhão nos faz falta e,
também, como disse o Senhor Deputado Rodrigo
Coelho, nossa grande dificuldade hoje é a abertura de
novas células. Chegamos a um ponto em que não temos
como continuar nosso trabalho se não pudermos abrir
novas células.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
– REDE) – Paulo, só para acompanhar. Desde o início
da implantação da coleta seletiva vocês começaram com
um bairro piloto em Santa Terezinha. Havia lá uma
moradora que já fazia um trabalho - só para ver se
confere – e depois vocês expandiram para mais duas
ruas.
O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE – Quatro ruas.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) – Mais quatro ruas.
O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE – No centro da cidade.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
– REDE) – No centro da cidade, que também hoje tem
a coleta seletiva. E também mais uma escola.
O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE – Uma escola no distrito de Itaici.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) – No interior da escola, todo lixo é...
O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE – Recolhido.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
– REDE) – Escola estadual ou municipal?
O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE – Municipal. É compartilhado com a comunidade.
A importância desse trabalho foi trazer
justamente a comunidade para dentro do problema, para
a comunidade entender a necessidade de estar
participando.
Quando iniciamos, tanto no bairro Santa
Terezinha como no distrito de Itaici, tivemos a
preocupação de chamar a comunidade e a igreja para
ajudar a orientar o cidadão sobre a importância de estar
participando disso e da importância dele.
Hoje temos grandes dificuldades devido à falta
de célula. Não temos mais condições. Temos espaços,
temos como abrir, mas, através do TCA que foi feito,
estamos impedidos até o presente momento de abrir
novas células. Isso nos preocupa muito.
Os municípios passam por situação financeira
terrível. Teríamos que hoje transportar esse resíduo para
o município de Cachoeiro de Itapemirim, que está a cem
quilômetros de Muniz Freire. Isso custaria ao
município, aproximadamente, hoje, trinta a quarenta mil
reais por mês.
Para ser sincero com V. Ex.as
, o município hoje
não tem condições de fazer. Não temos a mínima
condição. E acredito que seja uma situação, pelo que
conheço de toda região do Caparaó, de toda a nossa
região. Como acredito ser de todos os municípios do
Estado porque a conversa é uma só entre nós, prefeitos,
da dificuldade que estamos encontrando justamente
nisso aí.
É importante o trabalho que V. Ex.as
. Seria
importantíssima também a colocação de emendas
visando justamente esse lado, que é tão importante,
ainda mais quando vivemos hoje uma crise hídrica, com
rios poluídos, a situação em que estamos. Melhoramos
muito a situação do nosso município. Muito mesmo.
Mas temos medo de que a atual situação financeira e a
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 109
proibição de abertura de novas células voltem a
degradar o meio ambiente.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
- REDE) – Só mais uma pergunta rápida para que o
Senhor Mauro possa fazer algumas considerações
também. O destino do lixo vai para Cachoeiro de
Itapemirim ou vocês têm aterro?
O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE –
Não, temos o aterro no nosso município, só que não
temos mais condições de continuar; teríamos que abrir
novas células.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
- REDE) – À medida que aumenta...
O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE –
Sim.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
- REDE) – E qual seria o custo mensal para transportar?
O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE –
Na faixa de trinta a quarenta mil reais.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO - REDE) – É mais ou menos um diagnóstico que se
verifica não só em Muniz Freire, no nosso estado, mas
no Brasil. Tive a oportunidade de estar no Ministério do
Meio Ambiente há cerca de duas semanas discutindo
exatamente essas dificuldades que são justamente frear
ou diminuir. A população urbana vai aumentando em
uma velocidade muito rápida e, com o consumismo, a
produção de lixo aumenta. Há dificuldade dos
municípios em abrir novas células para dar destinos a
esse lixo. Esse também é um dos motivos que nos
impulsionou a fazer esse trabalho com essa comissão,
de acompanhar os planos municipais, de buscar
experiência em outros estados. Tivemos a experiência
de, se não me engano, em Minas Gerais, onde três
municípios pequenos fizeram o seu plano através de um
consórcio. Eles conseguiram cinco ou seis milhões do
Ministério do Meio Ambiente com uma velocidade
muito rápida, tamanha a qualidade do plano municipal
apresentado. Têm caminhos para isso e o nosso papel é
abrir esses caminhos e auxiliar, sobretudo, os prefeitos.
Concedo a palavra ao Senhor Mauro Estevam.
O SR. MAURO ESTEVAM – Boa-tarde,
Senhor Deputado Marcos Bruno, demais presentes nesta
reunião e prefeito Paulinho, de Muniz Freire.
Primeiramente, digo que esse é um tema
extremamente pertinente, que preocupa muito a
associação dos municípios e é um tema que já vínhamos
discutindo, já vamos para o terceiro ano discutindo-o de
forma mais enfática dentro da Associação dos
municípios, a Amunes.
A Associação conta, hoje, com setenta e seis
dos setenta e oito municípios filiados. Apenas dois
municípios, Itapemirim e Ponto Belo não são filiados à
Amunes e não têm tido esse acompanhamento nessa
área de resíduos sólidos por parte da Amunes. Contudo,
a associação, atenta a esse problema, contratou um
engenheiro ambiental que hoje nos presta essa
assessoria. Desenvolvemos um trabalho, por meio da
provocação do CAOA, um Centro de apoio do
Ministério Público, trabalho coordenado pela doutora
Isabela Cordeio de Deus, firmamos uma parceria entre o
Ministério Público Estadual, a Associação dos
Municípios do Estado do Espírito Santo, o Ministério
Público Federal do Trabalho, a Seama, por meio do
Iema, e também a Aderes, que vem contribuindo com
esse trabalho.
A nossa proposta hoje, a pedido do presidente
Dalton Perim, é dar um relatório acerca da situação das
prefeituras do Estado do Espírito Santo no que toca ao
plano de coleta e destinação dos resíduos sólidos.
Destaco com muita tranquilidade que o nosso estado,
hoje, está na vanguarda do Brasil na questão da Lei n.º
12.305, na execução do Plano Nacional de Resíduos
Sólidos. É o estado que, de forma uniforme, mais tem
avançado na execução da Política Nacional de Resíduos
Sólidos.
Antes de fazer esse relato, gostaria de falar um
pouco sobre a Amunes, que tem a sede no centro da
cidade, na Avenida Princesa Isabel; ela congrega os
interesses de todos os municípios e é ela que forma a
pauta municipalista para discussão no âmbito estadual e
federal. Com relação ao tema, estamos acompanhando e
aguardando atentamente a prorrogação do prazo que
venceu em agosto de 2014 para os municípios abaixo de
cinquenta mil habitantes. O nosso pleito, através da
Associação Brasileira de Municípios, ABM, e da Frente
Nacional de Prefeitos e da Confederação Nacional dos
Municípios é que esse prazo seja escalonado, ou seja,
municípios abaixo de cinquenta mil e abaixo de vinte
mil, que tenhamos um novo prazo para cumprir e, dessa
forma, poderiam os municípios continuar dispondo do
resíduo sólido produzido em células ou aterros
municipais, e não no aterro maior como a lei hoje
determina.
Como disse, por meio dessa parceria com o
Ministério Público foram firmados, então, os Termos de
Compromisso Ambiental TCA 01 e TCA 02. O TCA 01
trata especificamente da política nacional de resíduos
sólidos no que toca à Lei n.º 12.305/2010,
principalmente com foco nos materiais recicláveis,
reutilizáveis, que são recolhidos pelo município. O TCA
02 já trata da área degradada pela disposição
inadequada de resíduos sólidos e sua recuperação. O
TCA 01 trata da política nacional de resíduos sólidos no
que toca aos materiais recicláveis e reutilizáveis e a
formação de associação de catadores, conscientização
dos munícipes; o TCA 02 trata exatamente das áreas
degradadas pela disposição inadequada, células mal
construídas ou pontos viciados mesmo e a recuperação.
Setenta e seis municípios assinaram nos meses
de maio, junho e julho de 2013. A partir do
estabelecimento dessa política em parceria com o
Ministério público, a Amunes viu que seria muito
complicado para os municípios prestarem contas, cada
um individualmente, ao Ministério Público e não
teríamos uma sinergia, ou seja, uma forma de um
município aprender com o outro.
Então, a Amunes, por meio de seu portal, criou
o sistema de acompanhamento dos TCAs, um sistema
110 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
aberto onde qualquer pessoa pode acompanhar, com
senha para os municípios, cada município cadastra seu
secretário de Meio Ambiente, de Serviços Urbanos, de
Assistência Social, de Educação e de Saúde, equipe
multidisciplinar que acompanha a execução da política.
O Ministério Público Estadual, o Ministério Público
Federal do Trabalho e o Iema têm senha também para
acompanhar.
No sistema aparece o site do Estado do Espírito
Santo e, ao passar o mouse por cima do mapa do
Espírito Santo, qualquer que seja o município, você
pode clicar e aparecerá a situação de execução de cada
um dos compromissos assumidos. Criamos da seguinte
forma: em verde, o que o município tem prazo
suficiente para executar; em amarelo, aquilo cujo prazo
já está exaurindo; em vermelho, onde o prazo já venceu;
em roxo, aquilo que já foi cumprido pelo município e
ainda falta a validação pelo Ministério Público Estadual
ou pelo Iema; e em azul, aquilo que já foi validado.
Toda a política nacional de resíduos sólidos
contemplada nas Leis n.os
11.445/2007 e 12.305/2010
foi contemplada nos Termos de Compromisso
Ambiental 01 e 02, que hoje estão em fase de
cumprimento pelos municípios.
Com o sistema, buscamos de forma uniforme,
ou seja, um município aprender com o outro. Então, um
município está com dificuldade no que toca à questão
da formalização da associação. Tem como verificar em
outro município que já tem associação formalizada
como que se deu o estatuto e o processo. Se tem
dificuldade na conscientização da população, vê outro
município que já fez todo um plano municipal de
conscientização e educação ambiental. O primeiro pode
pegar esse plano e fazer a devida adequação.
Se o município está com dificuldade na
elaboração do termo de referência para contratação do
plano de gestão integrada de resíduos sólidos, pode ir a
qualquer um dos outros municípios que já cumpriram
esse requisito e pegar aquele termo de referência de
contratação e faz adequação para o seu município. Ou
seja, por meio desse sistema os municípios capixabas
não precisam reinventar a roda. Se um já fez e já
desenvolveu aquela inteligência, aquela tecnologia ou
um método melhor de executar aquela política, o outro
pode então copiar, adequar e até melhorar essa prática.
O SR. PRESIDENTE - (MARCOS BRUNO
- REDE) – Isso é uma prática, inclusive, uma sugestão
do próprio Ministério do Meio Ambiente, sobretudo no
que diz respeito às políticas de educação ambiental; eles
já têm no site do Ministério do Meio Ambiente o
Circuito Tela Verde e a Plataforma EducaRES, que são
experiências de municípios de todo o País que estão à
disposição para que outras associações, comunidades,
possam também implementá-las.
A respeito de quando V. S.ª disse que apenas
setenta e cinco ou setenta e seis municípios assinaram.
O SR. MAURO ESTEVAM – Setenta e seis
municípios assinaram.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – Rede) – Sim. Quais municípios que ficaram fora
disso?
O SR. MAURO ESTEVAM – Olha, se não
me falha a memória, o Município de Santa Leopoldina
não havia assinado, e quanto ao outro, não me recordo
qual é agora, Senhor Deputado.
Cumprimento o Senhor Deputado Bruno
Lamas, boa tarde!
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
– Rede) – Foi o Senhor Deputado Bruno Lamas quem
fez o requerimento, pedindo que a Amunes estivesse
nesta Comissão trazendo um diagnóstico parcial dos
municípios capixabas no que diz respeito à
implementação das políticas propostas pela lei que
estabeleceu a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
O Senhor Deputado Bruno Lamas já deve fazer
algumas indagações. Mas em relação, por exemplo,
existem outras metas, os planos municipais. V. S.ª tem
informação de alguns municípios que estejam com
dificuldades financeiras para contratação de um bom
plano municipal?
Porque, por exemplo, é como se houvesse um
valor por habitante para chegar a um valor final
razoável desse plano. Há municípios que chegaram a
apresentar planos - não no Espírito Santo - de trezentos,
quatrocentos mil; há municípios menores que gastaram
quinze, vinte mil reais com seu plano e que, às vezes,
fizeram uma cópia mal-elaborada, malfeita de outro
plano e, na prática, aquilo não colabora em nada para
que o gestor, para que o prefeito possa ter sucesso
naquilo que almeja para seu município.
V. S.ª tem informação de algum município que
ainda não apresentou o plano alegando alguma
dificuldade financeira, uma dificuldade técnica? Há esse
diagnóstico?
O SR. MAURO ESTEVAM – Senhor
Deputado, apresentarei um relatório da situação dos
municípios do Estado do Espírito Santo, praticamente
na sua totalidade. Em linhas gerais, quase a todos os
municípios não têm recursos próprios suficientes.
Falamos de dois planos: um é o Plano Municipal de
Saneamento Básico, previsto na Lei n.º11.445/2007; o
outro é o Plano de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos, previsto na Lei n.º 12.305/2010.
Os municípios que já tinham encaminhado
alguns eixos podem optar de acordo com o art. 19 da
Lei n.º 12.305/2010 e, ao invés de elaborar dois planos,
elaborar apenas o Plano Municipal de Saneamento
Básico com o eixo de Resíduos Sólidos adequado à Lei
n.º 12.305/2010. Com isso, é elaborado apenas um
Plano Municipal de Saneamento Básico e o eixo de
Resíduos Sólidos é contemplado no Plano de Gestão
Integrada de Resíduos Sólidos.
Com base nessa parceria da Amunes e nesse
acompanhamento dado a todos os setenta e seis
municípios, cito apenas como exemplo o Município de
Águia Branca, que tinha vinte quatro obrigações no
TCA 01 e cumpriu vinte e duas dessas obrigações do
Plano, sendo que duas estão pendentes, mas ainda com
prazo, e duas não estão cumpridas. Esse foi o relatório
do TCA 01.
Na política nacional, no que toca a reciclagem,
a reutilização, o fomento, a formação de catadores e a
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 111
conscientização da população, os municípios evoluíram
muito.
Cito ainda um segundo município que cumpriu
trinta e duas das trinta e nove obrigações, ficando sete.
Chegarei então naquele ponto em que o Senhor
Deputado provocou, que é exatamente a situação dos
municípios na elaboração dos planos.
A Amunes, preocupada com essa situação, o
que fez? Levou a situação até o presidente do Tribunal
de Contas, na época o conselheiro Sebastião Carlos
Ranna de Macedo, a quem convidamos para uma
reunião. A dificuldade de o município contratar muitas
vezes esbarra no olhar do Tribunal de Contas. De nada
adianta uma contratação a qual mais a frente o Tribunal
de Contas não concordaria.
E verificando os planos que foram contratados
por alguns municípios, vimos que havia uma dívida da
Universidade Federal do Espírito Santo com a
comunidade capixaba. Desse modo convidamos o reitor
para uma conversa, quem foi muito aberto; e depois de
uma segunda conversa fizemos essa mesma reunião
com a representante dos municípios, com o presidente
do Tribunal de Contas e com a Universidade Federal do
Espírito Santo, quando conseguimos estabelecer um
preço muito inferior ao preço de mercado cobrado pelas
empresas.
Temos o exemplo do Consórcio Condoeste, que
congrega dezoito municípios. O Condoeste conseguiu
do Ministério das Cidades um milhão e quatrocentos
mil reais e com esse valor contratou o plano por meio
da Ufes, por meio dessa porta que foi aberta pela
intermediação da Amunes e o Tribunal de Contas.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
- Rede) - Por gentileza, qual o valor?
O SR. MAURO ESTEVAM – Acredito que
foi um milhão, quatrocentos e cinquenta mil reais, para
dezoito municípios.
Hoje, quem está elaborando os quatro eixos do
plano municipal de saneamento básico para esses
dezoito municípios do consórcio público denominado
Condoeste, que é da região do Doce Oeste, onde a sede
está em Colatina, é a Universidade Federal do Estado do
Espírito Santo. O recurso veio do Ministério das
Cidades. Então, é um consórcio capixaba.
Foram constituídos, dentro do programa
denominado Espírito Santo sem Lixão, três consórcios
públicos: o Conorte, que é um consórcio no extremo
norte do Estado, que congrega quinze municípios; o
Condoeste, que é um consórcio que abrange a região
Doce Oeste do Estado, que congrega dezoito
municípios. Atualmente, se juntaram a ele mais quatro
municípios, então ele conta hoje com vinte e dois
municípios, e o Consul que passou a agregar um
conjunto, o prefeito Paulinho pode me corrigir, entre
vinte e sete e trinta e um municípios. A região
metropolitana não foi contemplada com o consórcio no
programa Espírito Santo sem Lixão, porque já tinha
aqui na região aterros licenciados para a destinação final
adequada de lixos.
Ainda dentro da situação atual dos municípios,
temos Termos de Cooperação firmados com a
Universidade Federal Fluminense. São trinta e quatro
municípios do Estado do Espírito Santo que hoje têm os
seus planos municipais de saneamento básico, com
eixos de resíduos sólidos, sendo elaborado pela
Universidade Federal Fluminense com recursos da
Funasa. São municípios abaixo de cinquenta mil
habitantes.
Esses planos estão sendo elaborados por meio
de uma parceria da Funasa, que fez um aditivo a um
convênio com o Estado de Minas e abriu essa
possibilidade para o ingresso de mais trinta e quatro
municípios por meio da Funasa. Percebemos que havia
ainda doze municípios abaixo de cinquenta mil
habitantes que não haviam sido contemplados nem pela
Funasa e nem pelo Ministério das Cidades. Então, a
Amunes conseguiu em uma articulação com o Governo
do Estado. O atual Governo contratou, a cerca de um
mês, com a Universidade Federal do Estado do Espírito
Santo, a elaboração do Plano municipal de saneamento
básico para mais doze municípios. Com isso,
alcançamos o número de sessenta e dois municípios
com planos contratados.
O SR. MARCOS BRUNO - (Rede) – Uma
dúvida do Senhor Deputado Bruno Lamas. O Governo
do Estado?
O SR. MAURO ESTEVAM – Sim.
Exatamente. Ele disponibilizou um milhão e oitocentos
mil reais. Parece-me que a cifra é exatamente essa, para
a contratação da Ufes para a elaboração desses doze
municípios, que não são um consórcio. Esses doze
municípios estão espalhados.
O SR. MARCOS BRUNO - (Rede) – Não se
abrigaram em nenhum...
O SR. MAURO ESTEVAM – Exatamente!
O SR. MARCOS BRUNO - (Rede) – Mas a
distribuição desse recurso vai ser individual ou se
agregarão por meio de outro tipo de ...
O SR. MAURO ESTEVAM – Não. A
contratação é direta com a Ufes, que vai entregar, como
produto, a cada um dos municípios, o plano municipal
de saneamento básico.
O SR. BRUNO LAMAS - (PSB) – Boa tarde.
Prazer em rever o doutor Mauro e o prefeito Paulo
Mignone. Um grande abraço ao nosso grande jurista,
doutor Américo Mignone, meu amigo. É um prazer
recebê-los.
Senhor Deputado Marcos Bruno, proponente
desta Comissão, e todos que nos acompanham, também
teremos nesta reunião hoje a Associação Recuperlixo,
da cidade de Serra, até mesmo em reconhecimento do
trabalho realizado na cidade.
Mas para não interromper, qual o critério que o Governo do Estado adotou para selecionar esses
municípios, já que outros tiveram que arcar com a
elaboração dos seus planos e traçar suas estratégias?
O SR. MAURO ESTEVAM – A Amunes
levou uma relação de municípios para o Governo do
112 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Estado e verificamos quais ainda não haviam contratado
o Plano Municipal de Saneamento Básico, porque não
tinham recursos. Dentre os abaixo de cinquenta mil, só
havia esses doze municípios. Então, o Governo
contratou para todos os doze municípios que ainda não
haviam sido contemplados com nenhum dos outros
recursos.
Temos municípios como Fundão, que utilizou
recursos próprios para contratação; Iconha, que recebeu
recursos da Funasa; Venda Nova do Imigrante, que
recebeu recursos da Funasa. Abaixo de cinquenta mil
habitantes temos Itapemirim, que utilizou recursos
próprios para a contratação; Ibiraçu, que recebeu
recursos da Funasa.
Então, na verdade, tínhamos apenas doze
municípios abaixo de cinquenta mil nessa condição.
Foram esses os contemplados, então.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) – Acredito que alguns com menos de
cinquenta mil também se encaixaram em algum
consórcio que foi contemplado pelo Ministério das
Cidades.
O SR. MAURO ESTEVAM - Sim,
exatamente. Temos Mantenópolis, Alto Rio Novo,
Pancas, Governador Lindenberg, todos esses abaixo,
que já foram contemplados, por meio Condoeste, com
recursos do Ministério das Cidades dentro daquela
contratação. E temos os outros que estão abaixo de
cinquenta mil que foram contemplados com recursos da
Funasa, por meio da Universidade Federal Fluminense.
Esses que citei, de forma isolada, receberam
recursos diretamente por convênio firmado entre o
município e a Funasa. Esses demais não receberam
recursos diretamente na conta. Eles receberam o
produto como benefício.
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Sabemos
que alguns municípios não dispõem nem de recurso
técnico e nem financeiro, daí a importância dessa
parceria, mas ignoram também possibilidade de
parcerias. Cito, como exemplo, a parceria público-
privada para a elaboração e execução do Plano
Municipal de Saneamento Básico da cidade de Serra.
A Amunes tem as informações de quais
municípios optaram por parceria público-privada em um
desses dois planos?
O SR. MAURO ESTEVAM – Sim, temos
Anchieta, Guarapari e Piúma que foram contemplados
com recursos da Samarco. O plano foi elaborado pela
Samarco.
Não temos de todos os municípios a
informação, temos daqueles que realmente nos
informaram, atendendo à solicitação da Amunes para
que atendêssemos tanto a esta Comissão quanto ao
Ministério Público. Mas a parceria público-privada
significou pouco dentro dessa situação da execução dos
planos. Hoje a realidade dos municípios é que não
tinham dinheiro para investir. A lei disse que haveria
uma contrapartida do Governo Federal. Esse recurso,
apesar de prometido, estava de difícil acesso pelos
municípios e a associação buscou qualificar os
municípios para potencializar o recebimento desses
recursos e sua utilização. Então, tem aqueles municípios
que conseguimos viabilizar - como os Municípios de
Venda Nova do Imigrante, o de Viana, o de Fundão -
que contratassem diretamente a Universidade Federal
do Espírito Santo. Porque o recurso, o valor da
contratação sairia muito mais em conta do que se ele
fizesse a licitação. E hoje temos um excelente trabalho
sendo executado pela nossa Universidade Federal do
Espírito.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
– REDE) – Pelo que percebi, poucos ou nenhum
município contratou uma empresa ou uma instituição
diferente da Universidade Federal. É isso? A
universidade assumiu a maioria ou a totalidade dos
planos municipais?
O SR. MAURO ESTEVAM – Temos alguns
exemplos de municípios que contrataram empresas
privadas. Presidente Kennedy, por exemplo, contratou a
empresa Evolua, que é do Rio Grande do Sul.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) – Qual a média de valor, por gentileza?
O SR. MAURO ESTEVAM – Não trouxe os
valores. Tenho em mãos algumas informações. Ibiraçu
contratou, por meio de licitação, a empresa Ecolibra
Consultoria Ambiental, que é de Santa Catarina; Iconha
contratou a empresa Diamond, uma empresa capixaba;
São Mateus contratou a Cards Logs, que é outra
empresa. Então, nem todos os municípios contrataram,
até porque esses municípios que contrataram já haviam
feito licitação quando conseguimos ter o entendimento
favorável do Tribunal de Contas pela contratação por
inexigibilidade de licitação da Universidade Federal do
Espírito Santo.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) – Certo!
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Temos
alguns municípios... A Amunes poderia citar algum
município que se destacou na elaboração e se destaca no
cumprimento de metas, ou antecipa o cumprimento de
metas?
O SR. MAURO ESTEVAM – Sim, temos
vários bons exemplos. O caso de Jaguaré, que faz um
trabalho fantástico de conscientização da população e
com a associação de catadores; temos a situação do
Município de São Mateus que há quinze anos ou mais
vinha sofrendo e hoje não tem mais o lixão; temos a
situação de Mimoso do Sul, que tinha um lixão de mais
de vinte anos e que foi retirado, já não existe mais esse
lixão, e a destinação é feita diretamente para Cachoeiro
de Itapemirim; temos o Município de Mucurici, um
município muito pequeno e que faz um belíssimo
trabalho com a associação de catadores na região norte
do Espírito Santo. Quem vai a Mucurici, hoje, percebe
nitidamente a diferença quando há um trabalho efetivo
da associação de catadores.
Senhor Deputado, temos uma dificuldade muito grande.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 113
Como foi destacado pelo Senhor Deputado Rodrigo
Coelho no início, o que foi colocado na Lei n.º
12305/2010, foi para execução pelos municípios, mas
não é uma atividade finalística dos municípios. O custo
dessa atividade deveria ser compartilhado. Não há lastro
financeiro na Lei n.º 12305/2010 para os municípios.
Hoje, as associações que estão sendo
constituídas... Temos uma relação de seis associações
que existiam antes da celebração do TCA 0102. Depois
da celebração conseguimos formalizar mais vinte e
quatro associações de catadores e temos mais quatorze
em processo de formalização.
Todas essas associações demandam um local
para funcionamento, um veículo para coleta e uma
prensa porque o material prensado tem muito mais valor
agregado do que vendê-lo sem prensar, tanto o metal
quanto o papelão e o plástico. Então, a prensa é de suma
importância. Precisamos de balança, esteira e carrinhos.
Mas os municípios não têm recursos para hoje fazer um
investimento desse porte nas associações. Portanto,
dependemos que esta Casa de Leis, por meio dos
Senhores Deputados, converse com o Governo do
Estado e busque alternativas para que possamos apoiar
essas associações no sentido de que elas tenham
estrutura para funcionar e que possam se apropriar desse
papel que a Lei n.º 12305/2010 trouxe para elas.
O art. 36 diz que o município deverá priorizar a
contratação de associações de catadores para a coleta
dos resíduos e materiais que são recicláveis e
reutilizáveis. Somente no caso de não existir ninguém
no cadastro de vulnerabilidade social, ou seja, pessoas
que estejam necessitando de geração de renda, é que o
município poderia então licitar empresa ou qualquer
outra.
Mesmo nessas situações, temos o exemplo de
Atílio Vivácqua, que não tem pessoas em situação de
vulnerabilidade social. O município importa mão de
obra de Cachoeiro de Itapemirim e dos municípios
vizinhos. É interessante isso, não é? Atílio Vivácqua
manda para associação de catadores – se não me engano
de Mimoso do Sul ou de Cachoeiro de Itapemirim –
todo material reciclável e reutilizável que é recolhido na
região. O município faz isso porque não conseguiu –
por mais que fizesse entrevistas, por meio da Secretaria
de Assistência Social – formar uma associação de
catadores.
Então, nosso Estado, em termos de
acompanhamento e de crescimento uniforme, é o que
mais tem avançado. Se tivéssemos como fazer uma
apresentação, por meio do sistema, teríamos várias fotos
para mostrar. Poderíamos pegar o lixão de São Gabriel
da Palha, que era algo terrível, uma visão que aos olhos,
realmente, causa repulsa, mas que hoje é um aterro com
todos os drenos de gases, sem nenhum urubu ou lixo.
Possui cobrimento de material inerte e tudo está sendo
feito dentro daquilo que preconiza.
Temos várias situações como a de São Gabriel
da Palha, de Mimoso do Sul e de São Mateus, mas
temos casos citados pelo prefeito Paulinho Mignone,
onde a célula, utilizada pelo município, já está se
exaurindo e S. Ex.ª não tem para onde mandar. Cito o
exemplo do município de Pinheiros. A cidade fez um
orçamento para trazer... Temos somente aterros
licenciados no Contorno, na Serra; em Vila Velha; em
Cachoeiro de Itapemirim; e em Aracruz.
A informação que nos chegou esta semana é
que a empresa de Aracruz que opera o aterro de
destinação final adequada, em função de uma ação que
estava sendo movida contra ela, não poderia mais ser
contratada por outros municípios.
Se Pinheiros fosse trazer o lixo para Aracruz,
que é o aterro privado mais próximo, gastaria mais de
cem mil reais por mês, na ordem de cento e trinta mil
reais. O município de Pinheiros, com cerca de dezoito
mil habitantes, não tem a menor capacidade financeira
de gastar cerca de centro e trinta mil reais para trazer o
lixo, a fim que seja feita a sua destinação final
adequada. Se Pinheiros for coagido a agir assim, por
meio de uma ação civil pública, movida pelo Ministério
Público, uma ação até de improbidade ou de execução
do TCA, Pinheiros terá que retirar valores que hoje
estão indo para a saúde, para a educação, para a
assistência social e para outras áreas de assistência
direta ao cidadão que precisa do atendimento público,
para enterrar lixo. Por isso precisamos que haja
conscientização para que possa se abrir nova célula em
alguns municípios. No caso de Pinheiros, mediante uma
relação dialógica que vimos mantendo com o Ministério
Público, conseguimos uma solução. Em Boa Esperança,
que está logo ao lado, havia uma célula que estava
aberta e combinamos entre os prefeitos e o Ministério
Público que Pinheiros fizesse o licenciamento,
assumisse essas despesas de licenciamento da célula e
os dois municípios utilizarão de forma compartilhada
essa célula para fazer a destinação, ou seja, toda a
despesa com trator, com recobrimento, com material
inerte, com operador, com óleo diesel, será dividida
entre Pinheiros e Boa Esperança. Dessa forma,
Pinheiros não será obrigada a despender cento e trinta
mil reais, em média, por mês para a destinação final
adequada de resíduos. No entanto, a mesma situação
não é de outros municípios que não têm. No município
vizinho há uma situação semelhante. O caso realmente
que mais nos causa preocupação, hoje, é o fato de as
células que hoje existem estarem já chegando ao seu
limite para recebimento de lixo.
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) - Mais uma
vez gostaria de tornar pública a sensibilidade do Senhor
Deputado Marcos Bruno em trazer a público uma
discussão tão importante como essa. Com toda
humildade, gostaria de dizer por esta comissão - se me
permite o Senhor Deputado Marcos Bruno - que o nosso
trabalho, sem ajuda da Amunes, não será e nem seria o
mesmo, nem seria brilhante. A impressão que temos é
que a Amunes tem, se não todas, mas boa parte das
informações de que precisamos vêm da Amunes. Podem
ficar tranquilos, que mesmo não sendo obrigados a estar
aqui porque esta não é uma CPI e sim uma comissão
especial, precisaremos muito de vocês para relatar a esta
comissão, precisarei muito das informações de vocês.
Precisaremos, inclusive, Senhor Deputado Marcos
Bruno, confrontar e fazer um bom diálogo entre a
Amunes e o Ministério Público em defesa dos
municípios, mas também por poder cobrar dos
municípios suas execuções.
Anotei algumas coisas e algumas foram
114 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
respondidas ao longo da fala do doutor Mauro Estevam.
Primeiro, dentro do Decreto 5940, se ele não alterado,
que prevê inserção da reciclagem de entidades e
associações dentro dos planos, inclusive já foi citado
Mucurici, como uma experiência muito positiva. Se há
algum município que se destaca além de Mucurici, na
inclusão dos catadores, essa parte indispensável ao
processo, à reciclagem desse material.
O segundo ponto é em relação ao
licenciamento. É comum ouvirmos pelas ruas que hoje
quem tem um aterro sanitário, quem conseguiu a proeza
de legalizar, de registrar um aterro, ficará rico, não só
pela visão, pela sensibilidade, pelo empreendedorismo,
mas pela necessidade e o ajustamento dos planos
municipais em decorrência da legislação federal.
A Amunes identifica uma dificuldade muito
grande - não posso chamar de máfia - o Senhor
Deputado Enivaldo dos Anjos é quem gosta muito de
tratar as máfias e trata com propriedade, mas existem,
realmente, reclamações. Existe uma preocupação em
termos de dificultar o processo de licenciamento de
aterros. Esse seria o segundo questionamento.
Percebo que essa questão dos planos também
deveria ser ponto de discussão do novo pacto
federativo. A comparação é estranha, mas é o mesmo
que ofertar o recurso para construir uma unidade em
cima e deixar o custeio o resto da vida para o município.
Se a Amunes não fez, esta comissão precisa fazer:
inserir, sugerir como ponto de debate, já que o
Congresso Nacional discute um novo pacto federativo.
Por último, em relação ao nosso orçamento, a
Amunes fez um apelo, inclusive o Orçamento está
sendo discutido neste momento em audiência pública
em nosso plenário principal. O que esta Comissão e esta
Assembleia podem fazer como prioridade no sentido de
apoiar os municípios para a elaboração e a execução dos
seus planos? Onde alocar esses recursos? O que seria o
mínimo necessário para que possamos trabalhar, já que
até o dia treze temos limite para a apresentação das
emendas e alterações ao orçamento? Se foi difícil ou se
embolei muito as três, posso separá-las de novo.
O SR. MAURO ESTEVAM – Já que o
prefeito está me dando liberdade nesta reunião... Hoje
temos um grande problema dentro da execução do
TCA. Primeiro vou responder com relação à dificuldade
da questão da destinação final adequada de resíduos
sólidos no que toca ao licenciamento.
Em 2012, o governo do Estado tentou a
primeira licitação, frustrada. Teve que retirar, tendo em
vista vários apontamentos de irregularidades pelas
empresas. Em 2013, o governo licitou. Todos os
recursos judiciais das empresas que impugnaram,
venceram. Chegou uma empresa que seria a vencedora
e, no final de 2013, havia uma denúncia ao Tribunal de
Contas do Estado, por meio da Associação Brasileira
das Empresas de Limpeza Pública. Essa denúncia afeta
os consórcios Conorte e o Condoeste. Temos duas
situações. O governo do Estado desapropriou áreas no
km-41, próximo a São Mateus para construir no local
uma estação de tratamento e de destinação final
adequada para atender a todos os municípios da região
norte do Estado. Hoje o norte é o maior vazio que tem
em termos de distância com a unidade de tratamento e
destinação final adequada. Essa unidade ficaria
exatamente no centro da região norte. Então,
geograficamente, seria o melhor lugar, a menor
distância para os municípios da região norte.
Essa denúncia aconteceu em dezembro de 2013
e a Amunes vem acompanhando. Vez por outra, tem ido
com os presidentes dos consórcios ao Tribunal de
Contas e não temos ainda uma manifestação final do
Tribunal de Contas quanto ao fato de que se houve ou
não irregularidade na licitação. Se não houve
irregularidade, o governo poderia, então, o quê?
Homologar e adjudicar, fazer a adjudicação e entregar
para a empresa executar o projeto. Se houve
irregularidade, o governo teria que anular o
procedimento licitatório. Além da unidade do km-41,
teria também uma estação de tratamento e destinação
final em Colatina. A área foi também desapropriada.
Todas as áreas para as estações de transbordos também
foram desapropriadas dentro do projeto Espírito Santo sem Lixão e todas contam com o projeto e com
licenciamento. O que falta? Execução de obras.
O último andamento desses processos: desde
maio estão parados no Ministério Público de Contas do
Tribunal de Contas. Estamos no mês de novembro deste
ano. Então, desde maio deste ano esses dois processos
com relação ao Conorte e ao Condoeste estão parados
no Ministério Público de Contas do Tribunal de Contas.
Assim se vê a dificuldade que é se fazer uma
contratação para a regularização dessa situação e recai
sobre os prefeitos a responsabilidade de dar solução ao
problema. Solução essa que o Estado se arvorou a dar e
não conseguiu. Não é fácil o enfrentamento.
Com relação à outra pergunta: a dificuldade de
os municípios, hoje, os municípios, no que toca a
questão das associações, têm grande dificuldade em
exatamente o quê? Construção de galpão, que é o local
adequado.
O prefeito Paulinho estava dizendo que alugou
o espaço por mil e duzentos reais por mês. Há
município pagando três mil, quatro mil, cinco mil, seis
mil em um galpão. É um custo muito elevado para um
município. O ideal seria uma emenda para a construção
de um galpão, para que essas associações pudessem
trabalhar num local digno, que tivesse refeitório e
sanitário, um local destinado para a prensa, para
destinação e estocagem do material que está sendo
recolhido, assim como equipar essas associações com
prensa, balança, carrinhos e esteira, com tudo isso que
vai facilitar o trabalho das associações.
Outra grande dificuldade dos municípios, que
poderia ser discutida dentro do orçamento estadual, está
exatamente na recuperação de áreas degradadas. Temos
áreas que foram foco de destinação de lixo nos últimos
trinta, quarenta anos, e que incumbe aos prefeitos
atuais, por força da Lei n.º 12.305, realizar a
recuperação dessas áreas degradadas. Previamente à
recuperação dessas áreas, você tem que contratar um
plano de recuperação de áreas degradadas.
Então, não é apenas chegar e recuperar, tem
que se contratar um plano, elaborar um plano de
recuperação e depois executar esse plano. Os
munícipios não têm dinheiro para isso. Nem para
contratação do plano de recuperação de áreas
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 115
degradadas e nem para efetuar a recuperação dessas
áreas degradadas.
O que conseguimos, por meio dos municípios,
avançar? E avançamos muito, trago isso para os
deputados. Dentro dos TCAs, os municípios já
identificaram todas as áreas que são pontos viciados e
pontos de áreas contaminadas. Nas áreas contaminadas,
o município fez o cercamento, colocou uma guarita,
uma placa, uma identificação e proibiu a entrada de
pessoas e de animais, porque essa área não pode ser
utilizada sequer para pasto, é uma área contaminada.
Também não pode ser utilizada para moradia, nem para
plantação de qualquer produto agrícola. Essas áreas, se
do próprio município, elas foram averbadas no cartório
de registro de imóveis com essa ressalva, dizendo que
essa área não pode ser utilizada pra outros fins porque é
área contaminada. Se essa área era de um particular que
a locava para o município, o particular foi coagido pelo
município a ir ao cartório de registro de imóveis para
averbar também essa proibição para que essa área fosse
utilizada para qualquer outro fim, tendo em vista que
essa área á uma área contaminada. Se essa área não
tinha dreno de gás, futuramente ela pode trazer riscos à
população.
Essa área, depois de feito esse cercamento e
esse registro no RGI, tem que se saber fazer o
diagnóstico dessa área. Ela precisa de recuperação? Nas
áreas onde já temos árvores frondosas e a vegetação já
retomou e verificamos, por meio de um acordo com o
Instituto Estadual de Meio Ambiente colocamos o passo
a passo para os municípios. Eles levam ao engenheiro
ambiental que faz a identificação e por meio de um
diagnóstico inicial conseguimos retirar. Naquelas áreas
que são realmente consideradas contaminadas, temos
um custo elevado que hoje os municípios não têm
suporte para arcar.
Só trazendo uma informação, hoje já temos
vinte e uma associações em funcionamento e vinte e
três que deverão entrar em funcionamento ainda até o
final deste ano ou no ano que vem. Com relação às
associações, temos o apoio da Aderes, que no ano
passado fez uma licitação, cedeu para várias associações
prensa, balança, carrinho, elevador de carga e ainda os
bags para colocarem esse material.
Estou deixando alguns dados juntos da
apresentação, depois os deputados poderão
compartilhar. São dados advindos dos estudos da
Aderes, do SindiMicro e também dos dados do nossos
sistema de acompanhamento dos termos de
compromissos ambientais.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO-
REDE) – Suspenderemos a reunião por dois minutos
para definirmos alguns encaminhamentos.
(A reunião é suspensa às 15h16min e reaberta às
15h18min)
O SR. PRESIDENTE - (MARCOS BRUNO
- REDE) – Vamos retornar, depois desse breve
intervalo.
Antes das deliberações apresentadas por mim,
em conjunto com o Senhor Deputado Bruno Lamas,
tenho três pequenas considerações. Pouco se falou da
região metropolitana. Falamos de alguns consórcios no
norte e no sul, de alguns municípios que tomaram
atitudes mais isoladas para resolver seu problema, e a
questão da metrópole, onde, na verdade, a maior parte
do lixo é produzido, se pode ser colocado o panorama
parcial da realidade dos municípios dessa região.
A outra questão é dos municípios, dois ou três,
que estão em uma situação mais caótica no que diz
respeito à destinação dos resíduos, dos rejeitos
produzidos, à dificuldade de implementação de políticas
de coleta seletiva, de recolhimento de lixo, onde a
situação é mais crítica, onde podem se considerar
lixões, a informais que surgem por conta de um mau
serviço de coleta de lixo.
Então, citar os municípios com situação mais
alarmante, apresentar a situação das metrópoles e outra
questão, como o prefeito Paulo Mignone disse de uma
situação que em pouco tempo não vai dar mais, terá que
levar o lixo produzido a outro lugar. Como a Amunes
acompanha, já que também é meta e obrigação dos
municípios a implantação de políticas de educação
ambiental nas suas devidas redes de educação
municipal? Como a Amunes acompanha isso?
Não adianta construirmos aterro, obrigar, o
arcabouço jurídico já está pronto, há várias leis, metas e
obrigações, mas, se não implantar essa consciência de
produzir menos lixo, consumir menos, ficaremos
sempre discutindo e voltando sem resolver a questão.
Então, são três questões: a situação da
metrópole, o panorama parcial; os municípios que
apresentam uma realidade mais alarmante, mais crítica;
e a questão das políticas de educação ambiental.
O SR. MAURO ESTEVAM – Se o Senhor
Deputado permite, vou começar pela última pergunta,
com relação às políticas de conscientização e
sensibilização. E vou citar que um dos exemplos que
temos de sucesso dentro da execução dessa política é o
município de Muniz Freire, cujo prefeito está presente.
Muniz Freire chegou a recolher cento e quarenta
toneladas de material reciclável reutilizável em apenas
um mês.
Assim, deixarei que o prefeito faça o relato de seu
Município, da situação em que o Município se
encontrava antes de começarmos a fazer esse
acompanhamento por meio da Amunes, em parceria
com o Ministério Público e o Iema.
Senhor Deputado, só para V. Ex.ª ter uma ideia,
rodamos pelo Estado, reunindo todos os municípios, por
três vezes, fechamos isso agora, este ano. E neste ano o
foco maior foi exatamente os municípios com maior
dificuldade na implantação da política.
Permitirei primeiro que o prefeito fale sobre o processo
de conscientização e de recolhimento, porque o
principal é retirar desse resíduo aquilo que hoje pode
gerar renda, aquilo que ainda pode ser reaproveitado.
O SR. PAULO FERNANDO MIGNONE –
Bem, como disse a S. Ex.as
no início, fizemos um
trabalho de integração. Procuramos as igrejas e
envolvemos todos nessa participação.
Quando o Mauro disse que chegamos a captar cento e
quarenta toneladas em um mês, aquele foi o pico das
ações.
116 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Citei, nesta reunião, o Distrito de Itaici, onde a escola
participa, e foi quem puxou a comunidade para dentro
do projeto para participar, recebendo, inclusive, o
prêmio da TV Gazeta. Deixarei com V. Ex.as
, nesta
Comissão, o modo como é feito nas nossas escolas,
onde temos uma pedagoga e um biólogo que preparam
todo o trabalho da educação ambiental nas escolas. Essa
pedagoga, inclusive, tem formação também na área
ambiental. Há o envolvimento de todas as escolas.
Agora, a grande dificuldade, como disse o Mauro nesta
reunião, é manter isso, é a manutenção disso, porque
mesmo que integremos e envolvamos a população,
envolvamos todos, há um custo para os municípios, há
um peso nisso, como, por exemplo, na Secretaria de
Meio Ambiente tenho um engenheiro florestal, essa
pedagoga, esse biólogo e um técnico agrícola. Não
tenho mais profissionais capacitados. Acho que... Acho
não, esse problema pega todos os municípios do
interior, a mão de obra, a capacitação para envolver
mais. Agora, todo o resultado vem de uma integração
maior, uma integração de população e de Governo
municipal, poder público.
Sobre a área de transbordo, na administração passada,
em 2012, o Governo do Estado chegou a localizar a área
nos Municípios de Muniz Freire, Ibatiba e Brejetuba –
estava tudo pronto para que o Estado pudesse adquirir
essa área – para facilitar, para justamente diminuir a
distância. Muniz Freire estaria mais próximo de
Cachoeiro de Itapemirim, onde seria a área, do que
Brejetuba ou Ibatiba.
Temos uma dificuldade na região do Caparaó pela
distância. Temos Cachoeiro de Itapemirim, mas também
temos Ibitirama, que está... Temos Dores do Rio Preto
que está na divisa com Minas Gerais. É uma distância
muito grande para se chegar a Cachoeiro de Itapemirim.
Chegamos a pensar os municípios do Caparaó, em
tentarmos entre nós, por meio do consórcio do Caparaó,
puxar para que pudéssemos levar uma área para a nossa
região, o que facilitaria e nos deixaria mais barato esse
transporte. Esse é um dos grandes problemas que temos.
Agora, quanto ao envolvimento da sociedade, deve
haver envolvimento constante para o resultado disso
venha acontecer, e isso só por meio da educação
ambiental, que fazemos e de que deixarei o modelo com
V. Ex.as
.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO –
REDE) – Satisfeito.
O SR. MAURO ESTEVAM – Completando um
pouquinho o que o prefeito disse, dentro do sistema da
Amunes e dentro do TCA consta a previsão de que cada
município tenha que elaborar um Plano Municipal de
Educação Ambiental. Esse plano, após elaborado, tem
um cronograma de atividades.
Hoje o município cumpre com a equipe
multidisciplinar, que envolve tanto a saúde, a educação,
a assistência social, os serviços urbanos e o meio
ambiente, o cronograma desse Plano Municipal de
Educação Ambiental com a finalidade de conscientizar
e sensibilizar a população da importância do
recolhimento correto, ou seja, da segregação daquele
lixo, que realmente é considerado lixo, daquele material
que é reaproveitável, reutilizável e reciclável.
O prefeito tem em suas mãos várias fotos de como hoje
esse material é segregado, ou seja, todo muito bem
armazenado, todo enfardado e com a coleta sendo feita
de forma a propiciar para esses catadores uma renda
acima de um salário mínimo por mês. Isso é muito
importante para o município. Mas temos um problema
muito sério com os municípios que atingem a questão
da destinação final.
A destinação final não é o processo mais caro,
o mais caro é o transporte. Então, se os municípios
tivessem, talvez, do Estado, pelo menos até que se
defina a questão da estação de transbordo, a colocação
de veículos, caminhões, com as caixas estacionárias
para fazer a retirada desse resíduo do município e levar
até o local de destinação final adequada, isso já
resolveria tremendamente a questão do custo da
destinação final adequada. Diria que em torno de
setenta por cento do custo é o transporte, trinta por
cento é o que se paga para o aterro, conforme a
distância do município, e aí essa relação vai mudando.
Mas como hoje quase todos os aterros estão localizados
na região metropolitana esse é o grande custo.
Os municípios que temos tido maior
dificuldade são os municípios que têm maior problema
financeiro. São municípios em que os servidores estão
sendo mandados embora, que ultrapassou, e muito, a
Lei de Responsabilidade Fiscal e estão tendo que se
adequar, que não têm recursos para a política de saúde,
educação e que o prefeito tem que tomar a difícil
decisão de gastar aquele dinheiro, que não tem nem para
a saúde nem para a educação, na destinação do lixo.
Temos alguns municípios que têm condições, e
esses municípios que têm condições o Ministério
Público... Temos buscado dentro dessa relação dialógica
evitar o máximo a judicialização. Mas, em alguns casos,
a Amunes, por mais que interceda e acompanhe junto ao
Ministério Público, não consegue impedir que haja
realmente a judicialização e o prefeito acaba
respondendo por um processo de crime ambiental e
também de improbidade administrativa e ainda de
descumprimento do TAC, onde pode culminar numa
decisão judicial que venha bloquear recursos do
município. E esses recursos são aqueles existentes em
conta, recursos que poderiam ser usados para pagar
folha de pagamento, para pagar a educação ou a saúde e
esses recursos têm que serem utilizados especificamente
na política.
Não saberia nominar esses municípios, saber
qual estar em pior situação porque como advogado não
me cabe valorar a situação desses municípios. O que
posso dizer é que toda providência e todo esforço estão
sendo feitos no sentido de tentarmos manter o
alinhamento.
Então, neste ano, na reunião com a Aderes,
com o Ministério Público, com o Iema e com os
prefeitos, colocamos a situação de pegarmos o ano de
2015 e trabalharmos com os municípios que estavam
tendo maior dificuldade na execução da política. Então,
aqueles que no ano passado conseguiram avançar mais,
deixamos acompanhando por meio do sistema e
passamos a acompanhar de forma mais presencial esses
municípios que estavam nessa situação.
Temos todo tipo de situação. Por exemplo: Se
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 117
temos um município na divisa com o Rio de Janeiro e o
município faz a coleta, a segregação adequada, aquele
catador de rua, que não é associado, não pertence a
nenhuma situação, vem durante o dia, sem que seja
colocado o lixo na rua e ele rouba da associação de
catadores aquele lixo de maior valor que são as latinhas,
o papelão... Então, ele vem da divisa com Minas Gerais,
Rio de Janeiro, Bahia, onde não há um sistema
avançado e ele rouba o material que seria das
associações. Então, temos tido problema até para
separar. Isso acontece até mesmo dentro de Vitória.
Temos associações formalizadas dentro de Vitória e
temos aqueles catadores. Por isso, Vitória mudou e
começou a utilizar sacolas parecidas com as Ecobags.
Assim a pessoa não consegue ir lá dentro e retirar aquilo
de maior valor, porque as associações estavam sendo
roubadas por outros catadores que se recusavam a se
associar.
Não citei a metropolitana, porque na época em
que foi celebrado o TCA 0102, já havia um Termo de
Compromisso assinado de Vila Velha diretamente com
a promotoria local; de Vitória diretamente com a
promotoria local; de Serra diretamente com a
promotoria local; e de Cariacica diretamente com a
promotoria local. Então, esses municípios, as
obrigações constantes do Termo de Compromisso com
o Ministério Público são outras obrigações, pouco
diferente dessas que são iguais para os demais
municípios, e há também para a Região Metropolitana
toda uma outra adequação. Tivemos agora - não está
fazendo ainda um mês - dentro do Município de Vitória
um grande mutirão em que a Amunes tomou ciência de
que a Associação tinha chegado lá porque ela recebia
em torno de um caminhão por dia de resíduos, de
material reciclável que a prefeitura recolhia e a
prefeitura passou a enviar cinco caminhões por dia
porque as associações não estavam dando conta, a
associação de Vitória, então, se reuniu com as
associações do entorno para dar conta do estoque que
Vitória tinha de material reciclável. Então, as políticas
de material reciclável vêm sendo desenvolvidas também
dentro da Região Metropolitana, mas com o
acompanhamento mais direto pelos promotores locais e
a Amunes tem participado das reuniões que acontecem
duas vezes por ano, juntamente com a Região
Metropolitana, mas ela também está contemplada e se
formos comparar com outras regiões metropolitanas,
estamos muito avançados. Se pegar um material que
está no nosso site, no sistema de acompanhamento de
TCAs, a cartilha que foi produzida por cada município,
a Logo, todo o material que foi distribuído aos
munícipes, é um material muito belo e muito rico que
foi produzido pelos municípios. O que realmente falta
agora é o custeio para manter toda essa política.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
– REDE) – Senhor Deputado Bruno Lamas, gostaria de
deliberar sobre a extensão dos trabalhos desta comissão por mais noventa dias.
Em votação.
Como vota o Senhor Deputado Bruno Lamas?
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) - Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
– REDE) - Aprovado à unanimidade. Ficam os
trabalhos desta comissão especial estendidos por mais
noventa dias. Eu, juntamente com o amigo e Deputado
Bruno Lamas, fizemos algumas observações e uma
delas é a proposta de emenda parlamentar para algumas
atividades ligadas à política de resíduos sólidos dos
municípios. Nós, enquanto comissão, iremos levar a
totalidade da Assembleia Legislativa, e o Senhor
Deputado Bruno Lamas, enquanto membro da
Comissão Especial de Resíduos Sólidos, e não somente
aos deputados, mas tentarmos levar ao governo do
Estado, em conjunto com a Amunes, para que observe e
tente, se possível, fazer uma adequação ao Orçamento
destinando mais recursos para essa importante questão
que os senhores muito bem colocaram.
Gostaria de parabenizar o prefeito de Muniz
Freire e dizer que na próxima reunião iremos levar à
plenária, a conhecimento público, pelos canais da TV
Assembleia, o trabalho realizado no Município de
Muniz Freire.
Deliberaremos também sobre o convite ao
Ministério Público para que seu representante se faça
presente na próxima reunião desta comissão.
Em votação o requerimento.
Como vota o Senhor Deputado?
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) - Pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) - Aprovado à unanimidade, por dois votos
favoráveis, então, fica aprovado o convite.
Faremos também um requerimento solicitando
a cópia da denúncia feita, na verdade, pela Associação
Brasileira das Empresas de Limpeza...
O SR. MAURO ESTEVAM – Pela Associação
Brasileira das Empresas de Limpeza.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) - Uma denúncia e uma ação?
O SR. MAURO ESTEVAM - Foram duas denúncias
feitas ao Tribunal de Contas.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
– REDE) - Sobre o ...
O SR. MAURO ESTEVAM – Sobre a
licitação realizada para a contratação do aterro e
destinação final do Conorte e a licitação realizada do
Condoeste.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
– REDE) - do Condoeste.
O SR. MAURO ESTEVAM – Exatamente,
para o aterro e destinação final do Condoeste, do
consórcio.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
– REDE) – Fica também o requerimento, Senhor
118 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Deputado Bruno Lamas.
Como vota o Senhor Deputado?
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Voto pela
aprovação dos dois requerimentos.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
– REDE) – Também voto pela aprovação.
Com a prorrogação desta Comissão por mais
noventa dias, ela irá para o ano de 2016 e pediremos a
transposição da Comissão para o ano de 2016, uma vez
que prorrogamos a mesma para mais noventa dias.
Concedo a palavra ao prefeito Paulo Mignone
para que faça suas considerações finais.
O SR. PAULO MIGNONE – Senhor
Deputado Marcos Bruno, novamente agradeço por estar
presente nesta Comissão, representando o presidente
Dalton Perim e falando em nome dos prefeitos do
Espírito Santo. Parabenizo V. Ex.ª pela importância
desta Comissão.
Estamos à frente de um município, ou seja,
pegamos um município onde esse tipo de trabalho não
era exercido e, em praticamente, três anos, conseguimos
fazer uma mudança na população e no modo de pensar
das pessoas, por meio da conscientização. Isso é o que
nos enobrece e nos deixa satisfeitos, fazendo-nos entrar
na vida política, pois conseguimos mudar a vida das
pessoas e o modo de pensar delas. Às vezes, é nisso que
está o grande fator de por que o Deputado começou a
perder a lucidez para ser prefeito. Mexe conosco poder
transformar as pessoas e dar qualidade de vida a elas.
Esse é o meu agradecimento.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
– REDE) – Concedo palavra ao Senhor Mauro
Estevam, assessor jurídico da Amunes.
O SR. MAURO ESTEVAM – Também
agradeço a oportunidade dada por esta Comissão de
apresentar o relatório da situação dos municípios
capixabas em relação à execução da política nacional de
resíduos sólidos e destacar a importância dos trabalhos
desta Comissão, tendo em vista o impacto que
representa a execução dessa política nos orçamentos dos
municípios e à ausência de recursos para sua execução
por parte dos municípios. Se não houver apoio,
fatalmente todo esforço empreendido até o momento
pode vir a ser perdido nos próximos mandatos dos
próximos prefeitos e até mesmo no próximo ano, tendo
em vista a crise que os municípios vivenciam hoje.
Se esta Casa puder apoiar também por meio de
comerciais que promovam a conscientização e esta
Comissão puder levar à apreciação desta Casa de Leis a
proposta de que ela apoie a elaboração de comerciais
que tragam a sensibilização da população, isso ajudará
em muito o município no trabalho que ele já realiza,
hoje, de conscientização. Sabemos que a
televisão hoje pode educar ou deseducar a população e
uma campanha bem feita, por meio da mídia televisiva
tem grande valor em nosso Estado. Agradeço mais uma
vez.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO – REDE) – Antes de encerrar, faremos mais um
requerimento. Convidaremos para a próxima reunião o
Senhor Marcos Paulo de Almeida, Coordenador de
Resíduos Sólidos do Iema do Espírito Santo para tratar
da política nacional de resíduos sólidos.
Como vota o Senhor Deputado?
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Voto pela
aprovação.
O SR. PRESIDENTE – (MARCOS BRUNO
– REDE) – Também voto pela aprovação.
Fica registrado o requerimento.
Mais uma vez agradeço ao Senhor Paulo
Mignone, prefeito do Município de Muniz Freire, que
trouxe a experiência de seu município e os avanços
obtidos, representando muito bem os prefeitos do
Estado do Espírito Santo. Como S. Ex.ª bem disse, esse
é um tema importante e o parabenizo-o pela sua
sensibilidade e nobreza por tratar o tema com tamanha
dedicação e respeito que o tema merece. Agradeço
também à Amunes que foi muito bem representada
nesta Casa pela assessoria jurídica, pelo Senhor Mauro
Estevam, que contribuiu tanto, Senhor Deputado Bruno
Lamas, para os trabalhos desta Comissão.
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a
reunião e convoco os Senhores Deputados para a
próxima, à hora regimental.
Está encerrada a reunião.
Encerra-se a reunião às 15h41min.
DÉCIMA QUARTA SESSÃO ESPECIAL
DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA DA DÉCIMA OITAVA
LEGISLATURA, REALIZADA EM 12 DE
NOVEMBRO DE 2015.
ÀS CATORZE HORAS E QUINZE
MINUTOS, O SENHOR DEPUTADO ENIVALDO
DOS ANJOS OCUPA A CADEIRA DA
PRESIDÊNCIA.
O SR. CERIMONIALISTA – (FRANCIS TRISTÃO) – Senhoras e Senhores Deputados
presentes, público presente e telespectadores da TV
Ales, boa-tarde!
É com satisfação que a Assembleia Legislativa
do Estado do Espírito Santo recebe todos para a
apresentação do projeto Deputado Jovem, que este ano
realiza a sétima sessão especial nesta Casa de Leis, com
a participação do Ifes, da Escola Estadual de
Ecoporanga, do Centro Educacional Souza Marques de
Guarapari, da Escola Municipal Manoel de Paula Serrão
de Anchieta e da Escola Municipal Juscelino
Kubistchek de Vitória.
Neste momento o Senhor Deputado Enivaldo
dos Anjos, presidente da Escola do Legislativo e 1.º
Secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa,
fará os procedimentos regimentais de abertura da
sessão.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 119
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) - Invocando a proteção de Deus,
declaro aberta a sessão e procederei à leitura de um
versículo da Bíblia.
(O Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos lê
Provérbios, 22:6)
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) – Dispenso a leitura da ata da sessão
anterior e informo aos senhores presentes que esta
sessão é especial, para a realização do projeto Deputado
Jovem, conforme requerimento de minha autoria,
aprovado em Plenário.
Passo a palavra ao cerimonialista.
O SR. CERIMONIALISTA - (FRANCIS
TRISTÃO) – Convido para compor a Mesa o senhor
Jamir Gibraia Bullos Júnior, coordenador especial da
Escola do Legislativo; o senhor Erildo Denadai,
vereador pelo Município de Cariacica; o senhor
Wellington Rogério da Silva, professor e representante
do Ifes de Santa Teresa; e os senhores Robson Marochy
e Esauria Sobrinho, pais de Diego Marochy, Deputado
Jovem 2014, que faleceu no ano de 2014. (Pausa)
(Tomam assento à Mesa os referidos convidados)
O SR. CERIMONIALISTA - (FRANCIS
TRISTÃO) – Convido todos para, de pé, ouvirmos a
execução do Hino Nacional e a do Espírito Santo.
(Pausa)
(É executado o Hino Nacional e o do Espírito Santo)
O SR. CERIMONIALISTA – (FRANCIS
TRISTÃO) – Neste momento, fará uso da palavra o
Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, presidente da
Escola do Legislativo e 1.º Secretário da Mesa Diretora
da Assembleia Legislativa.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD – Sem revisão do orador) – Nossas
primeiras palavras são de alegria e de satisfação por
poder ter a oportunidade de presidir esta sessão e de
participar deste momento importante na formação da
sociedade brasileira, por meio da Escola do Legislativo
Desembargador Antônio José Miguel Feu Rosa.
Consideramos que este momento precisa ser repetido
em várias oportunidades para poder exercer e cumprir o
papel de contribuir com a cidadania e com a vida das
pessoas, principalmente, dos jovens no dia a dia da
população.
A Assembleia Legislativa e os poderes
constituídos com a aprovação da sociedade, Executivo,
Judiciário e Ministério Público, são mantidos com o
imposto pago pela sociedade e precisamos, neste
momento da vida nacional e do mundo, construir
cidadania nos jovens para poder aproveitar e passar para
eles o novo momento que a sociedade está vivendo, que
é um momento de participação.
Há tempos que todos veem esses Poderes como
inatingíveis, Poderes superiores e que têm o direito de
dirigir a vida de todos da maneira que quiserem, sem
prestar contas, sem transparência e sem serem
questionados. Mas, graças a Deus, o tempo tem
contribuído para que haja transparência, obrigação de
prestar contas e de agir de forma a atender à demanda
da população. Essas autoridades precisam e devem ser
fustigadas pelos movimentos populares pelas crianças,
pelos jovens e pelos adultos a darem um destino de
forma mais concreta e mais objetiva à população.
Vocês sabem muito bem que estamos vivendo
um momento no Brasil, inclusive a Presidente da
República se encontra em solo espírito-santense, hoje,
em Colatina, para averiguar um fato que aconteceu
nesses dias e que está preocupando todo o Espírito
Santo e todo o país, uma vez que uma represa com
conteúdo tóxico se rompeu e que deve chegar de hoje
para amanhã ao Espírito Santo uma lama tóxica. Todos
os estudos, relatórios e pré-relatórios mostram que essa
lama poderá causar um dano irreparável ao meio
ambiente. Já se fala até em um século para recuperar
essa situação criada pelo rompimento dessa barragem.
Na região que essa barragem se rompeu
existem outras. Para vocês terem ideia, em Minas
Gerais existem quase setecentas barragens dessa. Os
noticiários mostram que uma das barragens, que é quase
três vezes maior que essa que rompeu, está sendo
monitorada e reforçada diante da preocupação que ela
também possa ruir, aumentando ainda mais essa
situação.
Para vocês terem ideia da projeção do risco
disso tudo, a lama tóxica está atravessando o rio Doce
por quase seiscentos quilômetros e desaguará no mar
por Linhares, existindo possibilidade de que essa água,
chegando ao mar, polua praticamente toda a baía de
Vitória e crie a falta de condição de frequência nas
praias do litoral capixaba.
Tudo isso acontece em um país em que a
sociedade se considera isenta de cobrar, de fiscalizar e
de fazer com que as autoridades sejam transparentes e
defendam realmente o interesse da população.
Não é concebível que uma situação dessa
aconteça dentro de um país. Como pode haver um
sistema de dejetos com possibilidade de romper e
atingir uma proporção dessa? Quem autorizou isso?
Quem não tomou providência antes? Era possível saber
que haveria problema, já que aquele espaço tinha uma
capacidade de litros de lama e de água. E se já estava
superando a capacidade prevista, por que ninguém
tomou nenhuma atitude para não jogar mais dejetos e
não forçar o que aconteceu?
A cidadania pede que participemos da vida do
país, da sociedade em que vivemos e não fiquemos com
medo de cobrar, de fazer com que as pessoas prestem
contas, porque elas estão administrando em nosso
nome, em nome da população.
Não é justo que quem deixa de tomar uma
atitude severa contra uma atitude dessas possa agora
ficar só lamentando, só sendo solidário, arranjando água
mineral para a população, porque essa situação é muito
pior do que faltar água nas cidades. É uma situação que
está matando todo o ecossistema, toda a situação do rio
Doce e ainda atingindo o mar em proporções que não
sabemos.
Há possibilidades de essa lama, quando chegar
120 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
ao mar, afundar. Assim, é praticamente impossível
retirar a lama depois, em função da profundidade do
mar. Não sabemos a repercussão ou daqui a quantos
anos vai acontecer disso ser absorvido pela natureza.
Fico muito feliz de ver vocês nesta Assembleia
Legislativa, participando desse evento e dando
importância a um evento feito pela Escola do
Legislativo. Desejo a vocês sucesso. Que isso não fique
apenas neste acontecimento de hoje. Que vocês possam
fazer republicar, possam fazer um trabalho de
conscientização entre todos os jovens com os quais
puderem fazer contato, buscando – além da diversão, da
Internet e das coisas boas da vida, com as quais temos
hoje possibilidade de atingir através da comunicação e
do sistema de informática – também começar a criar
nesses bate-papos uma ideia de cidadania, de cobrança,
de fiscalização e de vigília permanente dos destinos do
município, do estado e do país. Só com uma sociedade
que cobra, vigia e fiscaliza poderemos ter um país
melhor.
O país não é só de quem ganha a eleição para
governar. O país é de todos e temos que votar,
acompanhar e fiscalizar. E aqueles que não cumprem o
que prometeram têm que ser execrados da vida pública.
E isso tem que ser feito com participação, com
comunicação, com cada um divulgando os atos públicos
e tudo o que é feito em favor da nossa comunidade.
Espero que essa sessão seja coberta de sucesso
e, mesmo em vigília no Espírito Santo diante desse
problema, que vocês possam começar a falar e a criar
uma ideia sobre o que está acontecendo, porque só essas
tragédias nos fazem refletir sobre o nível em que as
coisas podem acontecer. Imaginem que ainda há mais
setecentas barragens dessas, todas já no limite e ainda
estamos correndo risco, porque isso aconteceu sem
ninguém tomar providências. Se não gritarmos e não
pressionarmos, a providência não vem porque o poder
econômico não se preocupa com vidas. O poder
econômico preocupa-se com lucro. Todo capitalista é
malvado, perseguidor e não se preocupa com a
sociedade e o bem comum. Preocupa-se com o capital.
Temos que nos defender dessas pessoas, exatamente
fiscalizando, cobrando e denunciando para que possam
ser, pelo menos, mais humanos. Ter lucro, mas não
acima da vida humana e da vida da nossa sociedade.
(Muito bem!)
O SR. CERIMONIALISTA – (FRANCIS
TRISTÃO) – Convido para compor a Mesa a servidora
Renata Gorayeb, coordenadora do projeto Deputado Jovem da Escola do Legislativo. (Pausa) (Palmas)
(Toma assento à Mesa a referida convidada)
O SR. CERIMONIALISTA – (FRANCIS
TRISTÃO) – Neste momento, o Senhor Deputado
Enivaldo dos Anjos, proponente desta sessão, fará uma
homenagem à memória do jovem Diego Marochy, que
participou no ano de 2014 do projeto Deputado Jovem
e, infelizmente, faleceu no dia 27 de março de 2015.
Convido a senhora Isauria Sobrinho e o senhor
Robson Marochy, pais de Diego Marochy, para
receberem uma placa em homenagem à participação do
jovem nesse brilhante projeto, que vem crescendo cada
vez mais na Assembleia Legislativa. (Pausa)
(Os homenageados recebem a placa)
O SR. CERIMONIALISTA – (FRANCIS TRISTÃO) – Peço uma salva de palmas para os
familiares do jovem Diego Marochy. (Palmas)
Homenagem da Assembleia Legislativa do
Espírito Santo à memória de Diego Marochy, deputado
jovem, que faleceu este ano. O jovem Diego participou
do projeto no ano passado.
Neste momento, fará uso da palavra o senhor
Jamir Gibraia Bullus Júnior, coordenador especial da
Escola do Legislativo.
O SR. JAMIR GIBRAIA BULLUS JÚNIOR - (Sem revisão do orador) – Boa-tarde a todos!
Cumprimento o Senhor Presidente e demais
componentes da Mesa; o professor do Ifes, e em seu
nome rendo todas as homenagens aos outros professores
presentes; o senhor Erildo Denadai, vereador pelo
Município de Cariacica, representando o Poder
Legislativo Municipal do Espírito Santo; e os jovens
pais do inesquecível deputado jovem, que receberam
essa justa homenagem.
Cumprimento também as escolas participantes:
Ifes de Santa Teresa, escola de Ecoporanga, Centro
Educacional de Guarapari e Escolas Municipais de
Anchieta e de Vitória.
Recebemos a escola visitante, São Domingos,
com essa garotada tão jovem e tão bonita. Em nome da
estudante Renata, coleguinha de vocês, saúdo todos. É
muito bonito conhecer com vocês esses deputados
jovens que também estiveram nesta Casa visitando e
conhecendo o parlamento do Estado do Espírito Santo
através da Escola do Legislativo.
Agradeço muito à Escola do Legislativo a
realização desse projeto e dessa ação que o Espírito
Santo e o parlamento capixaba muito agradecem, que é
direcionar o exercício da cidadania, que tão bem
defende o nosso Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos,
1.º Secretário.
Agradeço aos servidores da Escola do
Legislativo: Renata Gorayeb, coordenadora; técnico
Hernandes Bermudes; Mirian Caliman; Patricia Rangel;
supervisores Cleber Luiz Silva e Ricardo Fernandes;
Geilla Coelho; Rahulla Del Fiume Sarcinelli; Dilmo
Castro; e dois estagiários que muito participam com
vocês o ano inteiro, Felipe Pinheiro e Leon de Freitas. A
todos vocês os nossos agradecimentos por essa
realização.
Jovens, é importante esta emoção de estar nesta
Casa, esta responsabilidade de ver o que acontece.
Vocês tiveram uma rápida experiência com o 1.º
Secretário, Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, e de
ver a luta e a responsabilidade do parlamento de
defender o cidadão. S. Ex.ª trouxe um tema muito sério
ao conhecimento de vocês sobre o que está acontecendo, que põe em risco a vida ecológica do
nosso estado, repercutindo no país. E o parlamento é
uma ferramenta ideal e de cidadania pela qual devemos
lutar e respeitar, por isso devemos começar pela escola.
Portanto, Senhor Presidente Enivaldo dos
Anjos, a Escola do Legislativo agradece todo o apoio
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 121
que V. Ex.ª tem dado e toda a seriedade que tem
demonstrado pela Escola e pelo povo do Espírito Santo,
pela cidadania e responsabilidade de bem representar o
Estado do Espírito Santo. A Escola é muito grata e só
pode assumir mais um compromisso com V. Ex.ª, de
continuar a luta de bem formar o cidadão capixaba.
Muito obrigado! (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE - (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Neste momento vamos encerrar a
sessão especial e convidar os Deputados Jovens para a
abertura de sua sessão. Antes, porém, convoco os
Senhores Deputados para a próxima, solene, hoje, às
19h, conforme requerimento do Senhor Deputado
Nunes, em homenagem ao Dia Estadual do MMA, para
a qual designo Expediente: o que ocorrer, e comunico
que haverá sessão especial dia 13 de novembro de 2015,
às 14h, conforme requerimento do Senhor Deputado
Marcos Bruno, aprovado em Plenário, para falar sobre
as bibliotecas públicas no Estado; e sessão ordinária dia
16 de novembro de 2015, cuja Ordem do Dia foi
anunciada na centésima quinta sessão ordinária,
realizada dia 11 de novembro de 2015.
Está encerrada a sessão.
TEXTO ANEXADO:
O SR. ENIVALDO DOS ANJOS – (PSD) – Neste momento convido os Deputados Jovens para a
abertura da sessão Deputado Jovem 2015.
Começaremos a sessão para vermos o
desempenho e o trabalho feito pela escola como se fosse
uma sessão da Assembleia Legislativa, com todas as
composições da Mesa e de bancadas de deputados.
Convidamos, para fazer a abertura dos
trabalhos da sessão Deputado Jovem, o Presidente Caio
Lucas da Silva Machado, o 1.º Secretário Carlos
Henrique Saar e o 2.º Secretário Jeferson dos Santos
Ribeiro.
O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA SILVA MACHADO) – Invocando a proteção de Deus,
declaro aberta a sessão do projeto Deputado Jovem
2015 e solicito à Senhora Deputada Danitsa Helena
Menezes Nevile que proceda à leitura de um versículo
da Bíblia.
A SR.ª DANITSA HELENA MENEZES
NEVILE – Convido todos a se colocarem de pé em
respeito à leitura da palavra de Deus.
(A Senhora Deputada Danitsa Helena Menezes
Nevile lê João, 8:32)
O SR. CARLOS HENRIQUE SAAR – Senhor Presidente, pela ordem! Quero destacar, com
pesar, o falecimento, em março deste ano, do Deputado
Jovem Diego Marochy, aluno da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio de São Gabriel da Palha,
que esteve no ano passado, neste mesmo plenário, assim
como nós, participando da edição do Deputado Jovem 2014.
Senhor Presidente, Senhoras Deputadas,
Senhores Deputados e pais do nosso estimável
Deputado Jovem Diego Marochy, muito se tem
questionado sobre o papel do jovem na sociedade
contemporânea, em tempos de crises de valores morais
e éticos. A juventude, da qual sou parte integrante, tem
sido alvo de pressões e exigências que, por vezes, lhe
roubam o direito de viver plenamente essa saudável
fase, seja pela demanda profissional que acentua a
necessidade de concorrência no mercado de trabalho, ao
mesmo em que pouco se tem feito para dar-lhes
subsídios para atendê-los.
No entanto, alguns jovens têm se engajado
fortemente na causa social e política, servindo de
exemplo a ser seguido para que nossa juventude alcance
seus anseios. E tal foi a breve, mas eficiente história do
nosso saudoso Diego Marochy, que nos deixou como
legado a persistência em não desistirmos dos nossos
ideais enquanto sujeitos políticos, numa sociedade que
precisa do nosso empenho para que possamos dar
continuidade às mudanças que levarão o nosso estado, a
nossa nação e o nosso mundo a ser mais tolerante,
sustentável e pacífico.
Diego Marochy, natural do norte do estado do
Espírito Santo, empenhou-se como pôde, sonhou com
um mundo possível e lutou como um verdadeiro
político durante a sua curta juventude, deixando-nos o
exemplo de um jovem engajado, que acreditava na
mudança. Por isso, neste dia ele é lembrado por seus
colegas, amigos, pais, deputados e por todos que hoje
aqui se fazem presentes. Apesar de curta, sua passagem
pela vida nos mostra que é possível perseverar, ser
exemplo de amor e amizade pelos seus próximos,
levantando a bandeira de uma política honesta e justa
que hoje tanto o nosso país precisa.
Deixamos aqui a nossa sincera homenagem, em
especial aos pais do Diego Marochy, Esauria Sobrinho e
Robson Marochy, amorosos, responsáveis e apoiadores
do grande ideal do nosso deputado jovem, que se torna
hoje um legado em nosso estado para todos que
perseguem o caminho da justiça e da responsabilidade
social de que necessita o nosso maravilhoso estado do
Espírito Santo.
Solicito ao senhor presidente que façamos um
minuto de silêncio em memória do nobre Deputado
Jovem Diego.
O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA
SILVA MACHADO) - Solicito a todos que, de pé,
façamos um minuto de silêncio. (Pausa)
(A Casa presta a homenagem)
A SR.ª IZABELA SANTOS DA SILVA –
Senhor Presidente, pela ordem! Registramos com
satisfação a presença no Plenário desta Casa de trinta
Deputados e Deputadas Jovens, eleitos
democraticamente, pelo voto direto, em suas escolas,
representando várias regiões do Espírito Santo.
Peço por gentileza aos nobres Deputados
Jovens, que terão seus nomes citados a partir de agora,
que se levantem quando mencionados: Deputada Lara
Capistrano Souza, Deputada Izabela Santos da Silva,
esta que vos fala; Deputada Elora Cristovão Travezani,
Deputada Evelin Alves Silva, Deputado Pedro Cirino
Passos Paiva de Carvalho e Deputado João Guylherme
122 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Domiciano Brambati. Estamos representando o Centro
Educacional Souza Marques, do Município de
Guarapari.
Deputado Carlos Henrique Saar Ribeiro, que
compõe a Mesa Diretora como 1.º Secretário; Deputado
Enzo de Jesus Alves, Deputado Lorenzo Sampaio
Regattieri, Deputado Thiago Soares Damasceno,
Deputado Vladimir Viana de Jesus e Deputada Isa
Mariana de Souza Trancoso. Estes representam o
Instituto Federal do Espírito Santo – Ifes - do município
de Santa Teresa.
Deputada Carollayne Nascimento da Silva,
Deputado Jeferson dos Santos Ribeiro, que compõe a
Mesa Diretora como 2.º Secretário; Deputada Maria
Clara de Castro Caetano, Deputado João Teodoro da
Silva Neto, Deputada Julia Gualberto, Deputada Ana
Marcely Amorim Dal’Col. Estes representam a Escola
Estadual de Ecoporanga.
Deputado Caio Lucas da Silva Machado, que
preside esta sessão; Deputada Emilly Carvalho de
Mendonça, Deputada Raquel Karolliny Dantas Reis,
Deputada Laila Rodrigues Viana Bourguingnon,
Deputado Iury Fabiano Nunes, Deputada Maria
Eduarda Camargo Santuchi. Todos estão representando
a Escola Municipal Manoel de Paula Serrão, do
município de Anchieta.
Deputado Breno Ribeiro, Deputada Eliara dos
Santos de Oliveira, Deputada Karoliny Silva Souza,
Deputada Thaynara Loureiro de Oliveira, Deputada
Danitsa Helena Menezes Nevile. Todos representantes
da Escola Municipal Juscelino Kubitschek, de Vitória.
O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA
SILVA MACHADO) – Está feito o registro, Deputada
Izabela Santos.
Como Presidente desta sessão, também saúdo
os alunos deputados e deputadas jovens, demais
participantes desta sessão e suas respectivas escolas.
Também, em nome do Plenário, agradeço aos
professores a presença.
Convido o 2.º Secretário, Deputado Jeferson
dos Santos Ribeiro, a proceder à leitura da ata da sessão
anterior do evento Deputado Jovem, realizada no dia 16
de outubro de 2014. (Pausa)
(O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA SILVA MACHADO) – Aprovada a ata como lida.
(Pausa)
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhor Presidente, pela ordem!
Gostaria de registrar a presença do vereador pelo
município de Cariacica, senhor Erildo Denadai, e dos
alunos do sétimo ano da escola São Domingos,
acompanhados da professora Geovania, que vieram assistir à sessão especial Deputado Jovem. Sejam bem-
vindos!
O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA
SILVA MACHADO) – Convido o senhor 1.º
Secretário a proceder à leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Lei n.º
01/2015, do Centro Educacional Souza Marques, de
Guarapari, do PJSA, Partido Jovem da Saúde, que
estabelece premiação a alunos do ensino médio que se
destacarem em rendimento de notas e comportamentos
em suas respectivas séries.
O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA
SILVA MACHADO) – Publique-se. Às Comissões de
Justiça, de Educação, de Defesa da Cidadania e de
Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Lei n.º
02/2015, do Ifes, Instituto Federal do Espírito Santo, de
Santa Teresa, do PJDH, Partido Jovem dos Direitos
Humanos, que dispõe sobre a obrigatoriedade de todas
as escolas da rede pública estadual de realizar atividades
culturais voltadas para a conscientização do uso
excessivo de celulares e outros meios de comunicação,
com objetivo de conscientizar os alunos da valorização
do uso ético do celular.
O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA SILVA MACHADO) – Publique-se. Às Comissões de
Justiça, de Educação, de Cultura, de Ciência e
Tecnologia e de Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Lei n.º
03/2015, da escola de Ecoporanga, do PJE, Partido
Jovem da Educação, que cria comissão para avaliação
da merenda escolar nas escolas públicas da rede
estadual do estado do Espírito Santo.
O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA
SILVA MACHADO) – Publique-se. Às Comissões de
Justiça, de Assistência Social, Segurança Alimentar e
Nutricional e de Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Lei n.º
04/2015, da escola Manoel de Paula Serrão, do
município de Anchieta, do PJCC, Partido Jovem da
Comunicação e Cultura, que institui o programa
Conheça o Estado do Espírito Santo, por meio de
intercâmbio entre as escolas estaduais.
O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA
SILVA MACHADO) – Publique-se. Às Comissões de
Justiça, de Educação, de Turismo e de Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Lei n.º
05/2015, da escola Juscelino Kubitschek, de Vitória, do
PJC, Partido Jovem da Cidadania, que estabelece a
obrigatoriedade da inclusão da ação social e política no
currículo escolar de história, filosofia, sociologia e
geografia, e educação financeira no currículo de
matemática e empreendedorismo em todas as unidades
escolares da rede estadual de ensino.
O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA SILVA MACHADO) – Publique-se. Às Comissões de
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 123
Justiça, de Educação, de Ciência e Tecnologia e de
Finanças.
Findo o tempo destinado ao Pequeno
Expediente, passa-se à fase das Comunicações.
Concedo a palavra à Senhora Deputada Evelim
Alves Silva, representando o Centro Educacional Souza
Marques, CESM, de Guarapari.
A SR.ª EVELIM ALVES SILVA – (Sem
revisão da oradora) – Senhor Presidente, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, cumprimento os
telespectadores da TV Ales, os professores presentes
que representam as escolas participantes do projeto
Deputado Jovem nesta sessão e os servidores da
Assembleia Legislativa.
Vou apresentar a todos, a partir de agora, as
características do meu município, Guarapari. O apóstolo
José de Anchieta, depois de haver evangelizado em
outros cantos deste país, veio para a Capitania do
Espírito Santo, ao lugar chamado Reritiba, hoje
Anchieta.
Em 1569, quando Padre José de Anchieta
percorria as terras do Espírito Santo, como visitador de
jesuítas encarregado de estabelecer novas aldeias para
catequese dos índios Goitacazes, Puru, Tupiniquins e
Aimorés, sendo uma delas a de Guarapari, que
determinou o nascer dessa povoação. Mas, só em 1585,
portanto dezesseis anos depois, Padre José de Anchieta
fundou a quarta e última aldeia em terras espírito-
santenses, que recebeu os seguintes nomes: Aldeia do
Rio Verde ou de Santa Maria de Guaraparim, Vila dos
Jesuítas, Guaraparim e, por fim, Guarapari.
Guarapari é um vocábulo de origem indígena
derivado de Guará, garça ave ibis rubra, que nasce
branca, torna-se cinza, volta a embranquecer e, por fim,
sua coloração é vermelho-carmesim; e de pari ou parim
significa pesqueiro, lugar cercado para apanhar peixe ou
curral.
Guarapari está entre as cidades do litoral do
Espírito Santo que melhor combina com lazer e
infraestrutura. A orla possui muitas praias urbanizadas e
tomadas por calçadões, quiosques, bares e restaurantes.
Além de belas praias, Guarapari conta com uma região
de montanhas a poucos quilômetros de suas praias.
O crescimento de Guarapari, no decorrer de sua
história, foi lento. Na década de 30, as casas não
passavam de duzentas e cinquenta unidades e somente
na década de 40 foi registrada a construção da primeira
casa de veraneio.
Até 1952 Guarapari era lugar de difícil acesso,
pois a travessia do canal ainda era feita através de balsa.
Naquele ano, foi construída a primeira ponte de
madeira, ligando o município aos acessos já
disponíveis.
Foi na década de 60 que Guarapari apareceu
para o mundo turisticamente, divulgada aos quatro
cantos pelo doutor Silva Melo. A cidade das areias
monazíticas medicinais passou a ser referência mundial para o turismo de saúde. Devido a isso, o título de
Cidade Saúde. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA
SILVA MACHADO) – Agradeço à Senhora Deputada
Evelim Alves Silva a fala.
Concedo a palavra à Senhora Deputada Isa
Mariana de Souza Trancoso, representante do Ifes,
Instituto Federal do Espírito Santo, de Santa Teresa.
A SR.ª ISA MARIANA DE SOUZA
TRANCOSO – (Sem revisão da oradora) – Senhor
Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados,
telespectadores da TV Ales, servidores da Assembleia
Legislativa, familiares presentes e professores presentes
que representam as cinco escolas que participam do
projeto Deputado Jovem neste ano, irei falar um pouco
sobre o município de Santa Teresa.
Santa Teresa é um município localizado na
microrregião central serrana do Espírito Santo; conta
com uma área de seiscentos e noventa e quatro
quilômetros quadrados, correspondente a 1,51% do
território estadual e está subdividida em seis distritos:
Santa Teresa sede, Alto Santa Maria, Santo Antônio do
Canaã, São João de Petrópolis, Vinte e Cinco de Julho e
Alto Caldeirão. Tem uma população estimada de vinte e
três mil e quatrocentos e trinta e dois habitantes,
segundo IBGE de 2013. A formação ética predominante
é de origem italiana e alemã; a base econômica é a
agricultura e turismo; faz parte do bioma da Mata
Atlântica e fica a seiscentos e setenta e cinco metros
acima do nível do mar. A temperatura média anual gira
em torno de dezesseis graus.
A cidade está a cerca de oitenta quilômetros da
capital do Estado do Espirito Santo – Vitória – e é
cercada pelas montanhas da região serrana do estado. É
considerada um dos mais importantes destinos turísticos
do estado. Com uma cultura marcante, meio ambiente
preservado, clima agradável e gastronomia de
qualidade, Santa Teresa se destaca no cenário estadual e
no nacional. Tem cerca de quarenta por cento do seu
território coberto por mata atlântica preservada e uma
das mais exuberantes biodiversidades do mundo.
Recentemente, por meio da Lei n.º 226/2012,
tornou-se a Capital Estadual do Jazz e do Blues e é
também conhecida como Terra dos Beija-Flores, Terra
das Orquídeas e Terras de Augusto Ruschi, biólogo
renomado, que recebeu o título de patrono da ecologia
no Brasil, em 1994. É o maior produtor de uva e vinho
do Espírito Santo, representando oitenta por cento da
produção estadual. Berço da colonização italiana no
Brasil, teve sua história iniciada em 1874.
Segundo o sociólogo italiano Renzo Grosselli,
a expedição de Pietro Tabacchi foi o primeiro caso de
partida em massa dos imigrantes da região norte da
Itália para o Brasil. A primeira viagem de imigrantes
aconteceu no dia 03 de janeiro de 1874. O grupo saiu do
porto de Gênova em um navio à vela, o La Sofia, na
expedição de Pietro Tabacchi, e a segunda viagem foi
feita pelo Rivadávia.
Consta que uma devota, no início da
colonização, possuía um quadro de Santa Teresa de
Ávila, em torno do qual os moradores se reuniam para
rezar à hora do Angelus. Embora haja outras hipóteses, esta é a mais aceita pelos locais para explicar a origem
do nome Santa Teresa.
As correntes migratórias provenientes da Itália
continuaram, mas em 1877 chegaram os primeiros
alemães, suíços e poloneses. Os colonos se dedicaram à
124 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
agricultura, no início. Além da cultura do café e de
cereais, realizaram algumas experiências bem
sucedidas, semelhantes às culturas do Trentino, tais
como a videira e o bicho da seda.
Há diversos atrativos culturais no município,
como a Casa Lambert, construída no ano de 1875 pelos
irmãos e imigrantes italianos Antônio e Vírgilio
Lambert. É tombada como patrimônio estadual desde
1989, hoje funciona como museu contando um pouco
da história da família Lambert e da imigração italiana
no município. A igreja Matriz data do ano de 1898, e no
ano de 1906 deu lugar à construção atual. Seus sinos
foram doados por D. Pedro II e no pátio ao lado
encontram-se o monumento ao primeiro cinquentenário
da fundação do município, com o nome dos primeiros
imigrantes.
A Praça Augusto Ruschi foi construída no ano
de 1936 e está localizada na parte central da cidade.
Segue a tradição dos jardins europeus além do coreto e
do chafariz.
A Rua de Lazer, assim denominada, é a rua a
Coronel Bonfim Júnior, está localizada no centro da
cidade e caracteriza-se por seus belos e antigos casarios
da época da colonização. O Museu de Biologia
Professor Mello Leitão foi fundado em 1949 pelo
cientista e pesquisador Augusto Ruschi. Nele, são
realizadas importantes pesquisas sobre a mata atlântica.
O Vale do Canaã é de bem fácil acesso, pois se encontra
a dois quilômetros do centro de Santa Teresa, às
margens da rodovia que liga a sede aos municípios de
São Roque do Canaã e Colatina. A Reserva Biológica
Augusto Ruschi é uma área de quatro mil hectares,
situada em Alto Santo Antônio, a sete quilômetros do
centro e está aberta a visitas somente para fins de estudo
e pesquisa. A Estação Biológica de Santa Lúcia está
localizada a cerca de oito quilômetros da área urbana. O
Parque Natural Municipal de São Lourenço é uma
unidade de conservação localizada próximo à sede do
município, em São Lourenço, com área de
aproximadamente duzentos de sessenta e cinco hectares
de mata atlântica de encosta. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA
SILVA MACHADO) – Obrigado, Deputada Isa
Mariana.
Concedo a palavra à Senhora Deputada
Carollainy Nascimento da Silva, representando a escola
de Ecoporanga.
A SR.ª CAROLLAINY NASCIMENTO DA
SILVA – (Sem revisão da oradora) - Senhor
presidente, senhoras deputadas e senhores deputados,
telespectadores da TV Ales, servidores da Assembleia
Legislativa, os que nos assistem nas galerias e
professores representantes das escolas que participam
do projeto Deputado Jovem, boa-tarde!
Falarei sobre Ecoporanga, município que
represento junto com a minha escola.
Ecoporanga teve origens em meados do século
XX. Em 1943, o lugarejo foi elevado a distrito e em
1948, à categoria de povoado de Rubinópolis; só em 18
de dezembro de 1953, surge o nome Ecoporanga. Foi
elevado a vila e desmembrado do município de Barra de
São Francisco, passando a fazer parte do município de
Joeirana, instalando-se como sede nessa localidade, em
9 de abril de 1955. Devido aos conflitos territoriais
entre o Espírito Santo e Minas Gerais, após um ano e
meio, a sede de Joeirana retorna para Minas Gerais. É
considerada por lei como o dia da cidade, pois essa é a
data da emancipação político-administrativa.
Nas décadas de 70 e 80, a economia
ecoporanguense se baseava nas grandes lavouras de
café e grandes pastagens. A população do município era
muito maior do que hoje. No início da década de 90, os
moradores da cidade iniciaram um grande êxodo rural e
foram buscar melhores condições em grandes cidades,
como Vitória e Belo Horizonte, e nos estados da região
Norte do país, como Rondônia e Pará. Com o êxodo, a
agricultura do município decresceu muito e ficou por
muitos anos na estagnação. Nos últimos anos, com o
início da extração em grande escala de rochas
ornamentais, a cidade voltou a se desenvolver e
alavancou o crescimento da agricultura.
Hoje, Ecoporanga é o maior produtor de leite e
tem os maiores rebanhos bovinos e equinos do estado
do Espírito Santo. De acordo com o último censo do
IBGE, que foi em 2010, Ecoporanga possui vinte e três
mil duzentos e doze habitantes. Possui áreas de grande
beleza natural, Pousada das Garças, Morro da TV, horto
florestal, jequitibá e é servido de cachoeiras, rios e
córregos, além de inúmeras pedras de grande beleza.
Ecoporanga é um município rico em tradições
folclóricas. No distrito de Cotaxé, durante o mês de
janeiro, temos o grupo de Folia de Reis e o tradicional
Boi-de-Janeiro. No distrito de Prata dos Baianos, temos
o roubo da bandeira, tradição folclórica mantida por
grupos de moradores e realizada durante o mês de
junho. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA
SILVA MACHADO) - Agradeço à deputada o
pronunciamento.
Concedo a palavra a Senhora Deputada Raquel
Karolliny Dantas Reis, representando a Escola Manoel
de Paula Serrão, do Município de Anchieta.
A SR.ª RAQUEL KAROLLINY DANTAS REIS – (Sem revisão da oradora) - Senhor Presidente,
Senhoras Deputadas e Senhores Deputados,
telespectadores da TV Ales e todos que assistem de
alguma maneira esta sessão, muito boa-tarde! Falarei
sobre o meu Município de Anchieta.
Bem cedo começa o dia, o sol nos convida
lançar as redes e a conhecer Anchieta. Terra de um
povo feliz; terra do santo José de Anchieta. Degrau por
degrau vai se descortinando a história de um homem
além do seu tempo e da fé de um povo.
A matriz Nossa Senhora da Assunção sobressai
soberana na colina em frente ao mar. É um convite à
oração. Cada passo é uma descoberta, e nos Passos de Anchieta os andarilhos procuram reencontrar a paz e a
si mesmos, refazendo caminhos e reavaliando a jornada
pessoal. Pelos caminhos da fé vão-se homens e
mulheres de boas vontades.
Pela Rota do Sol a vida nos convida a
testemunhar as belezas da praia de Iriri, a imponência
das falésias de Ubu, e as águas do Rio Benevente e a
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 125
riqueza do seu manguezal.
Pelos caminhos dos homens, o ritmo do congo
e da folia dos reis nos levam ao interior, às terras
quilombolas de São Mateus e ao mistério das ruinas do
Rio Salinas.
As águas da serra nos lavam a alma e nos dão
esperança. Somos convidados às delícias dos frutos que
o mar oferecem, que transformamos com maestria em
moqueca capixaba.
Esse município te convida, abraça e acolhe.
Anchieta, orgulho das terras do Espírito Santo. (Muito
bem!)
O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA SILVA MACHADO) – Agradeço a V. Ex.ª, Senhora
Deputada Raquel Karolliny, o pronunciamento.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Breno
Ribeiro, da Escola Juscelino Kubitschek, de Vitória.
O SR. BRENO RIBEIRO – (Sem revisão do
orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e
Senhores Deputados, servidores da Assembleia
Legislativa e aqueles que estão nas galerias
acompanhando esta sessão, Vitória, capital do estado do
Espírito Santo, cidade repleta de belezas naturais e
importantes monumentos históricos. A fundação do
Espírito Santo e de Vitória começa trinta e quatro anos
depois de o Brasil ter sido descoberto em 1500. O então
rei de Portugal, Dom João III, dividiu as terras do Brasil
em capitanias hereditárias, cabendo a capitania do
Espírito Santo ao fidalgo Vasco Fernandes Coutinho,
que tomou posse em 23 de maio de 1535, instalando-se
no sopé do morro da Penha, em Vila Velha.
Explorando a região, os portugueses buscaram
um local mais seguro para se guardarem dos ataques
dos nativos e dos estrangeiros - holandeses e franceses.
Eles seguiram pela baía de Vitória e, contornando a
ilha, aportaram em Santo Antônio. Nos trezentos anos
iniciais de sua história, Vitória foi uma vila-porto,
enfrentando franceses e ingleses atrás de açúcar e de
pau-brasil.
É uma das três capitais mais antigas do Brasil,
atrás apenas de Recife e Salvador. Após importante
vitória acirrada com os nativos Goitacazes, os
portugueses empolgados com o desfecho passaram a
chamar o local de Vitória.
Vitória é uma ilha banhada pelo oceano e
abençoada por suas belíssimas praias. Cidade que
herdou para a sua história monumentos como o Palácio
Anchieta e a Catedral Metropolitana. Uma cidade com
uma beleza notória, onde cada cantinho faz parte da
nossa história. O nosso enredo é retratado por várias
frases, como Cidade Sol e Ilha do Mel, entre outras. Na
cidade também existem vários monumentos históricos,
como o Santuário e Basílica de Santo Antônio, e
também existem os tão visitados pontos turísticos de
lazer, como a Orla de Camburi e a praia,
frequentemente lotadas por banhistas e atletas que
praticam vários tipos de esportes no calçadão.
Vitória, nome que faz jus a quem nela mora,
cidade notavelmente fácil de se ver, bela entre suas
grandezas. Do alto, parece um festival de luzes, de
baixo, um festival de alegria. As marcas históricas da
Cidade Alta contam parte da sua história e da imensidão
do Brasil. Vitória, nome que faz jus à alegria e à
harmonia dos que aqui se encontram. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE - (CAIO LUCAS DA
SILVA MACHADO) - Agradeço ao Senhor Deputado
Breno Riberio a fala.
Findo o tempo destinado à fase das
Comunicações, passa-se à Ordem do Dia.
Discussão única do Projeto de Lei n.º 01/2015,
do Centro Educacional Souza Marques - do município
de Guarapari.
Concedo a palavra à Senhora Deputada Lara
Capistrano Souza que defenderá as ideias do respectivo
projeto de lei.
A SR.ª LARA CAPISTRANO SOUZA –
(Sem revisão da oradora) – Boa-tarde, Senhor
Presidente, 1.º e 2.º Secretários, Senhores Deputados e
Senhoras Deputadas jovens, professores, alunos e todos
presentes!
O presente projeto de lei objetiva incentivar a
dedicação aos estudos no estado do Espírito Santo. O
reconhecimento de qualquer ação humana serve como
estímulo ao pleno desenvolvimento. Entendemos que o
momento clama pelo pleno desenvolvimento
educacional. A premiação, seja ela financeira ou através
de homenagens, serve como reconhecimento por boas
ações praticadas.
O projeto, ao premiar os alunos destaques,
contribuirá para demonstrar também, na prática, as
inúmeras ações educacionais de todos aqueles
professores que fazem um trabalho diferenciado,
contribuindo para o avanço da educação.
Por mais positivos que sejam os avanços, se
não forem mostrados e divulgados de alguma forma,
perdem a eficácia. Esse projeto contribuirá com a ampla
divulgação das ações de professores e alunos no
desenvolvimento do conhecimento.
Concedo um aparte à Senhora Deputada Ana
Marcely Amorim Dal’Col.
A Sr.ª Ana Marcely Amorim Dal’Col –
Senhora Deputada Lara Capistrano, o projeto estabelece
que os alunos do ensino médio sejam premiados por
bom comportamento e desempenho escolar e que a
premiação poderá ser também por meio de remuneração
mensal. Quando a premiação for remuneração, qual será
a fonte desses recursos?
A SR.ª LARA CAPISTRANO SOUZA – A
fonte desses recursos para premiação será concedida
pela Secretaria de Educação do Espírito Santo.
A Sr.ª Ana Marcely Amorim Dal’Col –
Segundo o projeto, no final do ano, os alunos que
tiverem as maiores notas, somadas dos três trimestres,
serão homenageados em um evento estadual com a
participação do governador, secretário de Educação e
demais autoridades convidadas. Qual será a nota de
corte para escolha desse grupo de alunos?
A SR.ª LARA CAPISTRANO SOUZA – A
nota mínima que o aluno poderá tirar para receber o
126 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
recurso será 27,5. Se houver mais de um aluno acima
dessa média, será levada em conta a maior nota e, se
houver mais de um aluno com a mesma nota, o critério
avaliado será a assiduidade.
A Sr.ª Ana Marcely Amorim Dal’Col –
Agradeço a V. Ex.ª os esclarecimentos.
A SR.ª LARA CAPISTRANO SOUZA –
Agradeço a todos os ouvintes. Queria muito a
aprovação dos senhores para meu projeto. (Muito
bem!)
O SR. PRESIDENTE - (CAIO LUCAS DA
SILVA MACHADO) – Obrigado, Senhoras
Deputadas, pela participação de V. Ex.as
.
Discussão única do Projeto de Lei n.º 02/2015,
do Ifes - Instituto Federal do Espírito Santo de Santa
Teresa.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Enzo
de Jesus Alves, que defenderá o projeto de lei elaborado
pela sua escola.
O SR. ENZO DE JESUS ALVES – (Sem
revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, desejo uma boa-tarde
a todos!
Este projeto visa à criação de normas estaduais
sobre o uso consciente do celular nas escolas da rede
entre o corpo docente e discente, considerando que as
escolas da rede estadual de ensino têm enfrentado sérios
problemas relacionados ao mau uso do celular e de
outras tecnologias.
A revolução tecnológica, desde os anos de
1970, pode ser considerada o ponto inicial para a atual
era em que vivemos praticamente sob domínio da rede
mundial de computadores. Não poderíamos hoje
agenciar a vida cotidiana, seja no trabalho, na vida
social ou na escola, sem o auxílio das ferramentas
necessárias à efetivação da comunicação escrita, à
pesquisa acadêmica e ao planejamento da vida
profissional.
Entretanto, o uso indevido dessas tecnologias,
sobretudo depois do advento dos aparelhos celulares
inteligentes, smartphones, as escolas têm enfrentando
por vezes sérias crises de controle do uso desses
aparelhos em sala de aula. Muitas vezes, sem o controle
sobre a proibição do uso desses aparelhos, os
professores acabam por ter de lidar com alguns casos
que se tornam sérios nas escolas, como o uso do celular
como ponto de informação durante avaliações, colas,
como informação forjada, que esconde a verdadeira
produção de conhecimento – como é o caso da
ferramenta chamada Cyberbullying e outras
possiblidades que esses aparelhos oferecem para a
desestruturação do bem-estar pedagógico-educacional
nas escolas.
Ao mesmo tempo não se pode negar que toda e
qualquer ferramenta de informação seja útil se bem
utilizada e, neste caso, o professor deve ter consciência
de que não é mais o detentor do conhecimento, já que a
informação flui livremente pela rede. É preciso então
que esse professor, ciente dos novos paradigmas em
torno da produção de conhecimento, considere a
importância de levar seus alunos ao uso consciente da
comunicação.
Ora, alguns casos divulgados em jornais sobre a
demissão de funcionários por uso de selfies em
ambientes de trabalho e uso em geral de redes sociais
por meio de celulares e de computadores se dá não pela
utilização das tecnologias de comunicação, mas pelo
mau uso, ou pelo uso abusivo desses instrumentos.
Nesse caso, este projeto de lei visa sobretudo à
formação dos alunos de nossas escolas estaduais,
conhecendo a existência da necessidade e da carência da
formação desses que serão sujeitos atuantes na
sociedade capixaba e brasileira.
A Sr.ª Laila Rodrigues Bourguingnon –
Senhor Deputado, o projeto estabelece o Dia Consciente pelo Uso Ético do Celular. Como esse dia será
trabalhado com os alunos que porventura não possuam
aparelho de celular?
O SR. ENZO DE JESUS ALVES – Hoje em
dia vemos que com a portabilidade do celular, grande
parte tem celular. O que pensamos quando organizamos
esse projeto? Como muitas pessoas sempre têm um
celular mais velho, pois trocam de celular na compra de
um novo, deixando o mais velho guardado e não
querendo fazer nada com ele, pensamos que as escolas
poderiam se organizar e fazer campanhas para doação
desses celulares para as pessoas que não têm, até
mesmo para conscientizar esses alunos da rede pública
para a necessidade do reaproveitamento desses
aparelhos. Afinal, o nosso projeto não visa à proibição,
mas sim à ética em termos do uso do celular.
A Sr.ª Laila Rodrigues Bourguingnon – O
projeto de V. Ex.ª prevê atividades culturais fora do
ambiente escolar. Como será feita a segurança desses
alunos no espaço público e comunitário?
O SR. ENZO DE JESUS ALVES – Pensamos
em nosso projeto de lei fazer por três vezes durante todo
o ano, mas uma vez ao ano, pelo menos, as atividades
serão fora do ambiente escolar. Por medida de
segurança, a própria escola poderá solicitar o apoio da
Polícia Militar para que faça rondas, para que fique de
olho. Também, nesses dois dias, que no caso sobrarão, o
evento será feito em ambientes fechados para que haja
monitoramento dos mesmos e os professores possam
estar cuidando dos seus alunos.
A Sr.ª Laila Rodrigues Bourguingnon –
Agradeço ao Deputado as respostas aos meus
questionamentos.
O SR. ENZO DE JESUS ALVES – Obrigado.
(Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA
SILVA MACHADO) – Senhores Deputados, agradeço
a participação.
Discussão única do Projeto de Lei n.º 03/2015,
da escola de Ecoporanga.
Concedo a palavra à Senhora Deputada Maria
Clara de Castro e Caetano, da escola de Ecoporanga,
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 127
que defenderá as ideias do seu projeto de lei.
A SR.ª MARIA CLARA DE CASTRO E
CAETANO – (Sem revisão da oradora) – Senhor
Presidente, Senhores Deputados e Senhoras Deputadas,
demais presentes, boa-tarde! O presente projeto tem por
objetivo revolucionar a forma de oferecer merenda
escolar no ensino público do estado do Espírito Santo,
de modo que a alimentação esteja adequada para os
alunos se manterem na escola, pois uma melhor
alimentação influenciará diretamente no aprendizado
dos alunos.
Essa proposta de uma melhor alimentação terá,
entre tantas funções, impacto sobre a função cerebral,
podendo interferir no humor, no pensamento, no
comportamento, na memória, no aprendizado e no
envelhecimento celular. O controle da tabela de valores
nutricionais é de suma importância, pois alimentos com
grande valor nutricional fornecem benefícios à saúde,
seja como prevenção ou tratamento de doenças. Isso
ocorre devido ao fato que em sua composição são
encontrados compostos bioativos capazes de atuar nos
processos metabólicos. Diante disso, fica proposto um
controle nutricional, pois através dessa informação
podemos modificar hábitos e traçar estratégias para
solucionar as carências nutricionais e produzir
melhorias no aprendizado.
Segundo a Lei n.º 11.947, de 16 de junho de
2009, entende-se por alimentação escolar todo o tipo de
alimento oferecido no ambiente escolar, independente
de sua origem, durante o período letivo. Tem como uma
de suas diretrizes a participação da comunidade no
controle social, no acompanhamento das ações
realizadas pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos
Municípios, para garantir a oferta à alimentação
saudável e adequada.
Sendo assim, fica estabelecida a criação de uma
comissão formada por pais, alunos e membros do
Conselho Escolar para avaliar a qualidade da merenda.
A merenda escolar foi terceirizada em 2013
com objetivo de melhorar a qualidade da alimentação e
nutrição escolar. Mas, para o alcance desse objetivo,
seria necessário oferecer quantidades diferentes, já que
é preciso observar aspectos como: idade, sexo e
atividade física. E, isso não ocorre.
Cabe destacar que, com relação ao comércio
local, a terceirização não propícia o incentivo, mesmo
sendo municípios com grande influência na agricultura.
Além disso, os alimentos comprados no município
trariam renda econômica para o mesmo. Com isso, fica
proposto que os itens da merenda escolar fossem
adquiridos na própria comunidade.
Professores são proibidos de merendar da
alimentação destinada aos alunos. O recreio que era um
momento de compartilhamento entre professores e
alunos virou apenas um momento destinado aos alunos
e, na maioria das vezes, de grande tristeza. Tristeza por
ver o grande desperdício da alimentação que poderia ser
ingerida pelos professores e funcionários, mas ao invés
disso é destinada ao lixo, enquanto dentro da nossa
realidade têm muitas crianças passando fome. Diante
disso, fica proposto o retorno da convivência entre
alunos e professores no horário do recreio para que
compartilhem da merenda, evitando grande desperdício.
Portanto, a alimentação nas escolas estaduais é a ideia
central do nosso projeto de lei.
Diante do exposto, peço a aprovação do nosso
projeto de lei pelos nobres deputados.
A Sr.ª Eliara dos Santos de Oliveira – Senhora Deputada, o projeto prevê a formação de uma
comissão para avaliação da merenda escolar e esta seria
composta por representantes de alunos, professores, pais
e conselho escolar. De que forma seriam escolhidos
esses representantes?
A SR.ª MARIA CLARA DE CASTRO E
CAETANO – Serão escolhidos de forma democrática,
ou seja, através de eleição. Salvo os membros do
Conselho Escolar, pois a escola já possui o próprio
conselho.
A Sr.ª Eliara dos Santos de Oliveira – É uma
das atribuições da comissão avaliar a qualidade
nutricional dos alimentos preparados para a merenda.
Como a comissão avaliará a qualidade nutricional dos
alimentos se na sua composição não está prevista a
presença de um nutricionista?
A SR.ª MARIA CLARA DE CASTRO E
CAETANO – A comissão faria a avaliação sendo
capacitada por um nutricionista. No caso, um
nutricionista capacitaria os membros, influenciando até
mesmo a pessoa que estivesse interessada pela área
nutricional na faculdade, pois já seria um grande avanço
para ele. Os membros do conselho, os pais e os alunos
seriam capacitados pela responsável pela merenda
escolar.
A Sr.ª Eliara dos Santos de Oliveira – Agradeço à Deputada as respostas aos meus
questionamentos.
A SR.ª MARIA CLARA DE CASTRO E
CAETANO – Obrigada a V. Ex.ª. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA SILVA MACHADO) – Agradeço a participação de
ambas.
Discussão única do Projeto de Lei n.º 04/2014,
da Escola Manoel de Paula Serrão, de Anchieta.
Concedo a palavra à Senhora Deputada Emily
Carvalho, que defenderá as ideias do projeto de lei.
A SR.ª EMILY CARVALHO – (Sem revisão
da oradora) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e
Senhores Deputados, cumprimento os servidores da
Assembleia Legislativa e aqueles que acompanham esta
sessão.
O presente projeto de lei propõe a criação de
um programa de intercâmbio entre as escolas estaduais,
prevendo visitas que promovam trocas de experiências e
oportunidade de interação real entre as instituições de
ensino. O projeto oportunizará que alunos, os
professores e demais profissionais da educação possam
ampliar seus conhecimentos sobre o próprio estado do
Espírito Santo e a sua realidade educacional.
Essa proposta se faz necessária e importante,
uma vez que os espírito-santenses, em sua maioria,
128 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
pouco sabem sobre seu próprio estado. Muitos se
limitam a conhecer apenas a microrregião a que
pertencem, desconhecendo a diversidade das realidades
existentes nos municípios espalhados a norte e sul.
O intercâmbio será um momento propício para
que alunos e professores conheçam in loco a
peculiaridade de uma região, seus contextos, desafios e
aspectos culturais, históricos, econômicos e geográficos.
Será uma experiência riquíssima, considerando que o
nosso estado conjuga campos, serras, vales, cachoeiras,
lagos e litoral, realidades tão distintas e não tão
distantes se comparadas a outros estados
territorialmente maiores.
Além disso, há tantas propostas educativas
interessantes sendo realizadas em escolas estaduais que
não são divulgadas ou compartilhadas. Por meio das
visitas, haveria troca de experiências e o
compartilhamento de ações inovadoras e, às vezes, tão
simples quanto produtivas e aplicáveis, capazes de gerar
o mais genuíno aprendizado.
Haveria também o estabelecimento de contato e
de diálogo entre as instituições de ensino, o que poderia
desencadear outros programas e projetos que
ultrapassassem os muros da escola e estabelecessem um
canal aberto entre alunos, professores e demais
profissionais da escola da rede estadual de ensino.
Portanto, este projeto propõe a criação de um
programa que contribuirá para que o povo capixaba se
conheça, valorize seu potencial e a sua diversidade e
compartilhe ações educativas, inovadoras e criativas.
Pelas razões expostas, conclamo aos meus
eminentes pares, Deputados Jovens Estaduais, a
aprovarem esta proposição neste plenário.
A Sr.ª Elora Cristovão Travezani – Senhora
Deputada, o projeto prevê o intercâmbio entre escolas
para maior conhecimento sobre a cultura e geografia do
Espírito Santo. O transporte e alimentação dos alunos
durante a atividade serão concedidos pelo Estado?
A SR.ª EMILY CARVALHO – O transporte
ficará a cargo do Estado ou de parcerias com a
Prefeitura. A alimentação será de responsabilidade da
escola que sediará o encontro.
A Sr.ª Elora Cristovão Travezani – A escola
apresentará a cultura do município por meio de
palestras, vídeos, apresentações artísticas e visita a
pontos turísticos e a monumentos históricos. Quais
serão os critérios de escolha dos locais a serem visitados
e o conteúdo a ser ministrado para os alunos?
A SR.ª EMILY CARVALHO – A escola
selecionará os lugares viáveis para o intercâmbio e a
decisão será feita por meio de votos entre os alunos. A
proposta do intercâmbio é conhecer a história do
município e os projetos desenvolvidos pela escola.
A Sr.ª Elora Cristovão Travezani – Obrigada,
Deputada, pelos esclarecimentos.
A SR.ª EMILY CARVALHO – Obrigada a
todos. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA
SILVA MACHADO) – Obrigado às Deputadas Emily
Carvalho e Elora Cristovão Travezani.
Discussão única do Projeto de Lei n.º 05/2015,
da Escola Municipal Juscelino Kubitschek, de Vitória.
Concedo a palavra à Senhora Deputada
Karoliny Silva, que defenderá as ideias do projeto de
lei.
A SR.ª KAROLINY SILVA – (Sem revisão da oradora) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas
e Senhores Deputados, boa-tarde a todos.
Além de atender à necessidade social, onde foi
consultado que faltam determinados conteúdos na
formação de jovens e adultos que os possibilitem ser
conhecedores das leis em instituições legais de seu país,
estado e município, entendemos que o cidadão com uma
formação política e conhecedor da estrutura econômica
e social de seu mundo possa, efetivamente, contribuir na
construção de uma sociedade capaz de resolver
problemas em ações cotidianas, evitando, assim, gastos
aos cofres públicos. Pois, o cidadão consciente é capaz
de contribuir para a diminuição de muitos índices
sociais negativos, como violência, limpeza urbana,
preservação ambiental e tantas outras.
Não obstante, é observado o endividamento da
base social em função da falta de educação financeira,
onde destacamos, ainda, que se faz necessária uma
cultura econômica dentro de seu currículo, visto que
vivemos em um sistema capitalista, marcado
profundamente pelo mercado e consumo.
Adequar os currículos e os alunos a essa
realidade, é possibilitar, enfim, uma condição de vida
justa e real aos cidadãos comuns.
O Sr. Vladimir Viana de Jesus – Senhora
Deputada, o projeto pretende ajudar os estudantes no
desenvolvimento de sua conscientização social, política,
cultural e memória. De que forma os pais ou
responsáveis pelo aluno seriam incluídos nesse projeto
para aumentar suas chances de sucesso?
A SR.ª KAROLINY SILVA – É notório que
nos dias atuais existe um imenso desinteresse dos
jovens pela política. Essa rejeição tem inúmeros fatores,
porém, percebemos que o de maior incidência é o total
desconhecimento dos jovens do que é estado e qual sua
importância para a nossa cidadania.
Nesse sentido, sentimos a necessidade de
alguns temas fundamentais como: o que é cidadania; o
que é estado; como são divididos os Poderes; a função
de cada Poder, Executivo, Legislativo e Judiciário; o
que nação; o que é povo e temas afins.
Nesse projeto, além das aulas ministradas
dentro do espaço escolar, seriam criados estudantes
monitores que tenham possibilidades de trabalhar esses
assuntos com a comunidade, abrindo-se as escolas para
esses encontros.
O Sr. Vladimir Viana de Jesus – Está prevista
a promoção de conhecimento econômico, social,
financeiro, que inclui significado de mercado e ações na
Bolsa de Valores. Os professores de matemática
receberão curso ou qualificação para ministrar esse
novo conteúdo?
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 129
A SR.ª KAROLINY SILVA – Sim. Hoje
vivemos dentro de um sistema capitalista, onde cada
sujeito sofre as consequências do mercado. Saber
controlar gastos, custos e as contas pessoais sanáveis e
ter um planejamento da economia doméstica ajudaria,
certamente, na melhoria das condições de vida de
muitos capixabas.
Entender o mercado, a Bolsa, as variações monetárias,
impostos, taxas de juros, etc. A capacitação para os
decentes em matemática, onde se aplicam esses ensinos
na prática cotidiana da maioria, contextualizando-a com
a totalidade vivida por todos da sociedade.
O Sr. Vladimir Viana de Jesus – Agradeço a
V. Ex.ª os esclarecimentos.
A SR.ª KAROLINY SILVA – Agradeço a
todos os ouvintes. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA SILVA MACHADO) – Agradeço aos deputados pela
participação.
Iniciaremos agora o processo de votação de
todos os projetos de lei de uma só vez.
Em votação os projetos.
Convido o Senhor 1.ª Secretário, Senhor
Deputado Carlos Henrique Saar, a proceder à chamada
dos Senhores Deputados para declaração de voto.
(Pausa)
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS
HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Lara
Capistrano Souza. (Pausa)
A SR.ª LARA CAPISTRANO SOUZA – O
meu Voto é SIM, pela aprovação de todos os projetos.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Izabela
Santos da Silva. (Pausa)
A SR.ª IZABELA SANTOS DA SILVA – O
meu Voto é SIM, pela aprovação de todos os projetos.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS
HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Elora
Cristovão Travezani. (Pausa)
A SR.ª ELORA CRISTOVÃO TRAVEZANI
– Meu Voto é SIM para todos os projetos.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS
HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Evelin Alves
Silva. (Pausa)
A SR.ª EVELIN ALVES SILVA – Meu Voto
é SIM para todos os projetos apresentados.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhor Deputado Pedro Cirino
Passos Paiva de Carvalho. (Pausa)
O SR. PEDRO CIRINO PASSOS PAIVA DE CARVALHO – Meu voto é SIM para todos os
projetos.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhor Deputado João
Guylherme Domiciano Brambati. (Pausa)
O SR. JOÃO GUYLHERME DOMICIANO
BRAMBATI – Todos os projetos têm minha
aprovação. Meu voto é SIM.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Declaro meu voto. Voto SIM
para a aprovação de todos os projetos que foram
apresentados nesta sessão.
Senhor Deputado Enzo de Jesus Alves. (Pausa)
O SR. ENZO DE JESUS ALVES – Voto SIM
para a aprovação de todos os projetos exibidos nesta
sessão.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhor Deputado Lorenzo
Sampaio Regattieri. (Pausa)
O SR. LORENZO SAMPAIO
REGATTIERI – Voto SIM para todos os projetos.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS
HENRIQUE SAAR) – Senhor Deputado Vladimir
Viana de Jesus. (Pausa)
O SR. VLADIMIR VIANA DE JESUS –
Voto SIM pela a aprovação de todos os projetos.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS
HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Isa Mariana
de Souza Trancoso. (Pausa)
A SR.ª ISA MARIANA DE SOUZA TRANCOSO – Voto SIM para todos os projetos
apresentados nesta sessão.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS
HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Carollainy
Nascimento da Silva. (Pausa)
A SR.ª CAROLLAINY NASCIMENTO DA SILVA – Voto SIM para todos os projetos.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS
HENRIQUE SAAR) – Senhor Deputado Jeferson dos
Santos Ribeiro, que compõe a 2.ª Secretaria. (Pausa)
O SR. JEFERSON DOS SANTOS RIBEIRO
– Meu voto é SIM para a aprovação de todos os projetos
apresentados nesta sessão.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS
HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Maria Clara
de Castro e Caetano. (Pausa)
A SR.ª MARIA CLARA DE CASTRO E
CAETANO – Meu voto é SIM para todos os projetos.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS
HENRIQUE SAAR) – Senhor Deputado João Teodoro
130 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
da Silva Neto. (Pausa)
O SR. JOÃO TEODORO DA SILVA NETO – Meu voto é SIM para todos os projetos.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Júlia
Gualberto. (Pausa)
A SR.ª JÚLIA GUALBERTO – Meu voto é
SIM para todos os projetos.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS
HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Ana Marcely
Amorim Dal’Col. (Pausa)
A SR.ª ANA MARCELY AMORIM
DAL’COL – Meu voto é SIM para todos os projetos
apresentados nesta sessão.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS
HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Emilly
Carvalho de Mendonça. (Pausa)
A SR.ª EMILLY CARVALHO DE
MENDONÇA – Meu voto é SIM para todos os projetos
apresentados.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Raquel
Karolliny Dantas Reis. (Pausa)
A SR.ª RAQUEL KAROLLINY DANTAS
REIS – Meu voto é SIM para todos os projetos
apresentados nesta sessão.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Laila
Rodrigues Viana Bourguingnon. (Pausa)
A SR.ª LAILA RODRIGUES VIANA
BOURGUINGNON – Meu voto é SIM para todos os
projetos.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhor Deputado Iury Fabiano
Nunes. (Pausa)
O SR. IURY FABIANO NUNES – Meu voto
é SIM para todos os projetos.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS
HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Maria
Eduarda Camargo Santuchi. (Pausa)
A SR.ª MARIA EDUARDA CAMARGO
SANTUCHI – Meu voto é SIM para todos os projetos.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS
HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Eliara dos
Santos de Oliveira. (Pausa)
A SR.ª ELIARA DOS SANTOS DE
OLIVEIRA – Meu voto é SIM para todos os projetos.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhor Deputado Breno
Ribeiro. (Pausa)
O SR. BRENO RIBEIRO – Meu voto é SIM
para todos os projetos apresentados nesta sessão.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS
HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Karoliny
Silva Souza. (Pausa)
A SR.ª KAROLINY SILVA SOUZA – Meu
voto é SIM para todos os projetos apresentados nesta
sessão.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Thaynara
Loureiro de Oliveira. (Pausa)
A SR.ª THAYNARA LOUREIRO DE
OLIVEIRA – Meu voto é SIM para todos os projetos.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS
HENRIQUE SAAR) – Senhora Deputada Danitsa
Helena Menezes Nevile. (Pausa)
A SR.ª DANITSA HELENA MENEZES NEVILE – Meu voto é SIM para todos os projetos.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CARLOS
HENRIQUE SAAR) – Senhor Presidente, foram vinte
e sete votos SIM aos cinco projetos de lei apresentados.
O SR. PRESIDENTE – (CAIO LUCAS DA
SILVA MACHADO) – Declaro que todos os projetos
apresentados foram aprovados à unanimidade.
À Secretaria para extração de autógrafos.
Antes de encerrarmos os trabalhos de hoje
desta sessão, quero agradecer a colaboração de todos os
professores presentes de suas respectivas escolas, ao
corpo técnico de servidores da Assembleia Legislativa e
a todos os alunos deputados jovens que participaram
deste projeto e que vieram das seguintes instituições de
ensino: Centro Educacional Souza Marques, de
Guarapari; Ifes - Instituto Federal do Espírito Santo, de
Santa Teresa; Escola de Ensino Fundamental e Médio
de Ecoporanga; Escola Municipal de Ensino
Fundamental Manoel de Paula Serrão, do Município de
Anchieta; Escola Municipal de Ensino Fundamental
Juscelino Kubitschek, de Vitória.
Para finalizar, quero dizer que foi grande uma
satisfação de compartilhar com todos os presentes neste
momento o importante aprendizado para todos nós
alunos com troca de saberes e uma vivência política
engrandecedora. Muito obrigado!
Não havendo mais oradores inscritos e nada
mais havendo a tratar vou encerrar a presente sessão. Antes, porém, convoco os senhores deputados e
deputadas jovens para a próxima sessão, que ocorrerá
no próximo ano, em 2016, dando continuidade ao
projeto Deputado Jovem.
Está encerrada a sessão.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 131
O SR. JAMIR GIBRAIA BULLUS JÚNIOR - Senhores, enquanto o presidente da Mesa concede
uma entrevista oficial ainda fazendo parte do programa,
pediríamos que aguardem para fazermos o
encerramento do projeto. O que se encerrou foi a sessão
e agora terá a entrevista da Mesa Diretora e, logo em
seguida, faremos o encerramento do projeto Deputado
Jovem. É muito rápido; é só um pouquinho de
paciência.
Fazendo um ajuste, a coordenadora Renata e o
técnico Hernandez farão uma entrevista do projeto
enquanto faremos o encerramento desta atividade.
Complementando o agradecimento dessa
coordenação à equipe da escola, vamos agora terminar
de compor nossa equipe composta por Paula, Francine,
da Secretaria-Geral da Coordenação e o estagiário
Henrique. Assim feito, nossos agradecimentos a toda a
equipe; aos professores e diretores da Escola São
Domingos, que ora nos visita.
Faremos uma referência de tudo isso, de toda
essa experiência de toda essa emoção, dizer da
cidadania, da consciência política dos alunos que
participaram, que nos enche de orgulho.
Há pouco conversava com Carlos Henrique,
aluno do Ifes de Santa Teresa, do município de
Cariacica, do seu anseio, da sua consciência, da sua
sabedoria e importância da juventude participar e o
desejo de somar e fazer uma política com p maiúsculo.
Espero que o que ele me falou seja a vontade e o que
cada jovem hoje, com essa experiência, começa a
amadurecer na sua vida, na importância do seu futuro.
O nosso agradecimento é dizer a vocês,
professores e diretores, que o parlamento é sempre visto
de forma não muito agradável, é sempre colocado numa
posição pela mídia muito crítica, mas o nosso objetivo e
o objetivo do nosso presidente é mostrar a importância
do parlamento. E o parlamento é feito por cidadão. O
cidadão que vem nos representar vem porque nós o
escolhemos.
Esses cinco projetos que vocês apresentaram
são muito atuais, muito discutidos e muito importantes.
Desses projetos, vamos fazer o encaminhamento aos
deputados para ver se algum deles veem a consistência
do que também pensam e defendem e deem sequência
para apresentar aqui como um projeto para virar lei.
No primeiro projeto, que procura valorizar o
aluno, vê-se a consciência de vocês da importância de
se valorizar o jovem aluno, porque é só por meio da
educação que avançamos.
O segundo projeto é o que estabelece o uso
regular e sadio do celular. O celular é uma maquininha
que nos consome. Acho que a única hora que não
pensamos nele é na hora em que estamos dormindo.
Tenho visto que na alimentação na escola ele nos
instiga e estimula muito. Então, quando os jovens se
atentam para isso, é importante para que não sejamos
dominados por uma máquina. O ser humano é mais
importante ainda. A informação e a tecnologia são
coisas que vão acontecer na nossa vida, mas o ser
humano é uma realidade na nossa vida.
O terceiro projeto, que queria chamar a
atenção, foi o projeto da escola de Ecoporanga. Nesta
semana, houve um debate acirrado nesta tribuna com os
deputados que estavam no lugar de vocês sobre o uso da
merenda. O Senhor Deputado Sergio Majeski,
professor, defendeu com muita veemência e consciência
exatamente o que a aluna Maria Clara colocou, foi
exatamente isso. Então, vamos direcionar essa posição
de vocês, alunos, para o professor Majeski para que a
sua assessoria jurídica parlamentar dê um toque dentro
dos parâmetros para dar sequência a tudo que S. Ex.ª
defendeu, que foi exatamente igual. Você estava aqui e
vi S. Ex.ª falando, porque acompanhamos a sessão todo
dia.
Então, é para vocês verem a importância e qual
é o potencial de vocês diante da realidade que o ser
humano, o cidadão vive. Vocês conscientes têm a
mesma importância de quem decide os nossos destinos.
Por isso temos que participar. Não temos que ter
vergonha e não ligar para isso, viu senhor presidente?
Esse é o foco, esse é o nosso objetivo. Que o cidadão
capixaba, não conseguimos fazer com todos, mas o que
fazemos, façamos com qualidade e com significado.
E o quarto projeto pretende ajudar os
estudantes no desenvolvimento da sua conscientização
social, política e cultural. Todos os projetos de vocês
estão na mais pura realidade do que o jovem necessita,
da carência, de tudo. Se esperarmos o professor fazer
por nós, se esperarmos o diretor fazer por nós, pelo
prefeito fazer por nós, o vereador, ou alguém fazer
alguma coisa por nós, estaremos tirando a oportunidade
de, em primeiro lugar, mudar os nossos próprios hábitos
e de fazer as nossas próprias ações.
Portanto, fica o exemplo de vocês e tenho
certeza de que muitos de vocês sairão daqui melhores e
maiores do que quando entraram. Ficamos satisfeitos
por termos alcançado nosso objetivo e por termos
ajudado essa classe valente, essa classe que orgulha
todos no mundo inteiro, que são os professores, e
avançarmos um pouco mais.
Ao vereador professor de Cariacica, o nosso
agradecimento, representando o Legislativo. Aos nossos
professores nosso agradecimento por inteiro. Sucesso a
vocês.
Que isso sirva de exemplo e norte para o futuro,
que vai muito mais além do que a sua escola, da sua rua,
do seu bairro e do seu município. Tomara que isso tenha
entrado um pouco na cabeça de vocês para saberem o
quanto vocês podem ser.
Espero ver um de vocês, espero ver o nosso
Deputado Jovem Carlos Henrique um dia governador
deste estado. É assim que se começa.
Um abraço a todos vocês. (Palmas)
Está encerrada a sessão e o projeto Aluno
Cidadão. Muito obrigada pela presença de todos. Agora
é a hora da foto e dos beijos e momento de trocar
número de telefone para interagir mais. Um grande
abraço!
QUADRAGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO
SOLENE DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA, DA DÉCIMA OITAVA
LEGISLATURA, REALIZADA EM 12 DE
NOVEMBRO DE 2015.
132 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
ÀS DEZENOVE HORAS E TRINTA E
QUATRO MINUTOS, O SENHOR DEPUTADO
NUNES OCUPA A CADEIRA DA PRESIDÊNCIA.
O SR. CERIMONIALISTA - (FRANCIS
TRISTÃO) - Senhoras e senhores, Deputado presente,
autoridades presentes, público presente, telespectadores
da TV Ales, boa-noite!
É com satisfação que a Assembleia Legislativa
do Estado do Espírito Santo recebe todos para a sessão
solene em homenagem ao Dia Estadual do MMA,
comemorado no dia 12 de novembro.
A lei de autoria do Senhor Deputado Nunes
pretende, por meio de um registro anual específico,
trazer visibilidade e apoio em políticas públicas para a
modalidade esportiva que mais cresce no mundo, o
MMA.
Neste momento se encontra à Mesa o Senhor
Deputado Nunes, proponente desta sessão, que fará a
abertura dos trabalhos, conforme é regimental. (Palmas)
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –
Boa-noite, companheiros e companheiras. Agradeço a
Deus a oportunidade de reunir todos os senhores nesta
data.
Saúdo os servidores desta Casa, em especial do
meu gabinete, que de certa forma ajudaram muito para
que pudéssemos estar comemorando com vocês este
dia, 12 de novembro, como o Dia Estadual do MMA. Invocando a proteção de Deus, declaro aberta a
sessão e procederei à leitura de um versículo da Bíblia.
(O Senhor Deputado Nunes lê Salmos, 144:1:2)
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –
Dispenso a leitura da ata da sessão anterior e informo
aos demais presentes que esta sessão é solene em
comemoração ao Dia Estadual do MMA, conforme
requerimento de minha autoria, aprovado em Plenário.
Passo a palavra ao cerimonialista.
O SR. CERIMONIALISTA - (FRANCIS TRISTÃO) - Convido todos para, de pé, ouvirmos a
execução do Hino Nacional e a do Espírito Santo.
(Pausa)
(É executado o Hino Nacional e o do Espírito
Santo)
O SR. CERIMONIALISTA - (FRANCIS TRISTÃO) – Registramos a presença de Marcelo
Zouain, presidente da Federação de Kickboxing do
estado do Espírito Santo; de Elber de Souza Reis,
diretor da Secretaria de Esportes de Linhares; do Ednei
Quintanilha, representante do secretário de Cultura,
Esporte e Lazer de Vila Velha; e do senhor Sávio
Martins, ex-deputado e representante do Senhor
Deputado Enivaldo dos Anjos. Neste momento fará uso da palavra o Senhor
Deputado Nunes.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT – Sem
revisão do orador) – Mais uma vez cumprimento todos
e agradeço de coração a presença de cada um de vocês.
O MMA é uma das modalidades esportivas que mais
cresce no mundo. A capacidade emocional, física e
principalmente técnica dos atletas, proporciona
verdadeiros shows, que atrai um público absolutamente
fanático. No Espírito Santo isso não é diferente. Em
solo capixaba o MMA tem firmado cada vez mais como
instrumento de formação e inclusão social,
proporcionando a profissionalização de adolescentes,
jovens e adultos, tornando-se uma fonte de renda para
dezenas de atletas, treinadores e equipes.
No entanto, infelizmente, o reconhecimento,
apoio e visibilidade para o aprimoramento dos
profissionais que se dedicam à modalidade ainda
deixam muito a desejar. Eu, pai de três atletas, lutadores
de MMA, convivo com a rotina, os desafios e as
dificuldades de quem é amante do esporte e se esforça
para fazê-lo acontecer no nosso Estado, mesmo com
todas as barreiras impostas pela falta de investimento.
Por entender a beleza e a técnica envolvida nesse
esporte, me empenhei em instituir o Dia Estadual do
MMA no Espírito Santo. Solo reconhecido em todo
Brasil como celeiro de excelentes lutadores, mesmo
solo, que com o apoio necessário, tem potencial para
revelar ainda muito novos talentos.
Esta sessão solene tem por objetivo marcar o
primeiro ano em que comemoramos o Dia Estadual de
MMA, no décimo segundo dia do mês de novembro.
Quero com esta data homenagear as guerreiras e os
guerreiros que dentro ou fora do octógono fazem tornar
real o sonho da prática profissional e social das artes
marciais mistas no Espírito Santo.
A escolha pelo dia 12 de novembro se deve ao
fato de que a primeira edição do UFC, maior evento de
MMA da atualidade, foi realizada nesta data, no ano de
1993, na cidade de Denver, estado do Colorado, nos
Estados Unidos.
Esperamos que a data seja um marco que
lembre ao Poder Público nas esferas do Legislativo, do
Executivo Estadual e dos Municípios, que o
crescimento da modalidade depende de apoio e
reconhecimento tanto na estrutura física para treinos,
para realização de eventos, que já provaram serem
alternativas rendáveis.
Nosso Estado está na rota do MMA há alguns
anos, tendo cerca de cento e trinta lutadores
profissionais oficialmente cadastrados. Nossos atletas
com visibilidade nacional e mundial como Erick Silva,
Marcelo Guimarães, Rodrigo Damm, Carina Damm e
Ronaldo Jacaré, entre outros, representam a ponta de
uma sequência construída com o trabalho excepcional
de várias pessoas dedicadas à realização de uma
parceria aguerrida, com muito treinamento e troca de
experiências em sua receita. São profissionais
respeitados no cenário do MMA de todo mundo, e que
precisam receber o devido valor também dentro da
nossa casa.
Gostaria de ressaltar que os trinta e cinco
atletas treinadores e promotores de eventos de MMA no
Estado, que serão homenageados, foram selecionados
com base em alguns critérios avaliados pela comissão
organizadora desta sessão solene, mas nossa intenção é
que todos os envolvidos com a modalidade, que torcem
para que o MMA capixaba chegue ao patamar que
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 133
merece, se sintam agraciados com este evento. Todos
vocês devem se sentir partícipes da construção desse
dia, 12 de novembro, Dia Estadual do MMA.
Como disse, esperamos que a data seja um
marco para realização de novos eventos da modalidade
e para que o MMA se torne tão grande e imponente
como merece e já provou que tem potencial em nosso
Estado.
Agora daremos início às homenagens. Convido
para receber o primeiro troféu da noite, aquele que é a
voz e a cara do MMA, o locutor dos principais eventos
de MMA do estado e treinador da equipe Projeto Social
R-Boxe, que ensina boxe às crianças de Vila Velha,
Ronaldo Ribeiro.
Gostaria de registrar que quem lançou o
Ronaldo foi o nosso amigo Haidar Kasem, descobrindo
o potencial desse camarada nosso. (Muito bem!)
(Palmas)
(O homenageado recebe o troféu)
O SR. CERIMONIALISTA – (FRANCIS TRISTÃO) – Neste momento convidamos Ronaldo
Ribeiro para assumir como mestre de cerimônia e dar
início às entregas aos homenageados.
O SR. CERIMONIALISTA - (RONALDO RIBEIRO) – Senhoras e senhores, boa-noite! É bom
demais participar com vocês desta sessão muito
importante.
Passaremos à entrega dos certificados aos
homenageados. Convido o Senhor Deputado Nunes a
proceder às entregas.
Com trinta e um anos, na categoria peso-meio-
médio até setenta e sete quilos, com dezoito lutas, um
empate e seis derrotas, e com 1,80m de altura; ele que é
de Vila Velha e agora mora no Rio de Janeiro, com
características marcantes na atividade de luta em pé e
muita qualidade em luta de solo, o atleta Erick Silva.
(Pausa) Bruno Silva, seu irmão, recebe a homenagem
em seu nome.
(O convidado recebe o certificado em nome do
homenageado)
O SR. CERIMONIALISTA - (RONALDO
RIBEIRO) – Com trinta e dois anos, na categoria peso-
médio, até oitenta e quatro quilos, e com 1,82m; ele que
é de Vila Velha e hoje mora no Rio de Janeiro, com
característica marcante de muita qualidade na parte de
grappling, com nove vitórias, um empate e uma derrota,
Marcelo Guimarães, o Magrão. (Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA - (RONALDO RIBEIRO) – Com trinta e cinco anos, na categoria
peso-pena, até sessenta e seis quilos, e com 1,70m; ele
que é de Vila Velha, com característica marcante
especialista em luta olímpica e jiu-jitsu, com doze
vitórias, zero empate, nove derrotas, Rodrigo Damm.
(Pausa)
Paulo Adriano Machado, o Zé Doido, recebe a
homenagem em seu nome.
(O convidado recebe o certificado em nome do
homenageado)
O SR. CERIMONIALISTA - (RONALDO RIBEIRO) – Com trinta e seis anos, na categoria peso-
galo, até sessenta e um quilos, e com 1,62m; ela que é
de Vila Velha, com características marcantes
especialista em jiu-jitsu e capoeira, com vinte e duas
vitórias, zero empate, doze derrotas, Carina Damm.
(Pausa) Paulo Adriano Machado, o Zé Doido, recebe a
homenagem em seu nome.
(O convidado recebe o certificado em nome da
homenageada)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) - Com trinta e cinco anos, na categoria
peso-médio, até oitenta e quatro quilos, ele que tem
doze vitórias, um empate e três derrotas, com 1,80m de
altura; ele que é de Vila Velha, excelente em jiu jitsu e
grande poder de nocaute com doze lutas, um empate e
três derrotas, gostaria de convidar Vitor Vianna.
(Pausa) Diego Rodrigues Pralon recebe a homenagem
em seu nome.
(O convidado recebe o certificado em nome do
homenageado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Ele que tem trinta e três
anos, na categoria peso-leve, até setenta quilos, e com
1,77m de altura; ele que vem de Conceição da Barra e
mora em Las Vegas, com características marcantes
excelente em jiu jitsu, com doze vitórias, zero empate e
cinco derrotas; gostaria de convidar o atleta Jonatas
Novaes. (Pausa)
Zartônio Aguirre, Zazá, recebe a homenagem
em seu nome.
(O convidado recebe o certificado em nome do
homenageado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Ele que tem vinte e nove anos, na
categoria peso-mosca, até cinquenta e sete quilos, e com
1,65m de altura; ele que vem representando Cariacica,
características marcantes muita qualidade no grappling
e luta agarrada, oito vitórias, zero empate e três
derrotas, Jean Carlos Pereira. (Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO
RIBEIRO) – Ele que tem vinte e um anos, na categoria
peso-galo, até sessenta e um quilos, altura 1,62m de altura; ele que é de Vila Velha, características
marcantes lutador completo com uma luta em pé de
qualidade e chão bem apurado, cinco vitórias; gostaria
de convidar Gabriel Silva, o Gabito. (Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
134 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Com vinte e dois anos, na categoria peso-
palha, até cinquenta e dois quilos, 1,54m, de Vila Velha,
característica marcante na qualidade de luta em pé e de
solo, duas vitórias, gostaria de convidar Jéssica Delboni.
(Pausa)
(A homenageada recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Na idade de vinte anos, categoria peso-
galo, até sessenta e um quilos, com 1,67m, que também
é de Vila Velha; característica marcante jogo de solo de
grande qualidade, quatro lutas, quatro vitórias; gostaria
de convidar Karol Rosa. (Pausa)
(A homenageada recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO
RIBEIRO) – Com trinta e três anos, na categoria meio-
médio, até setenta e sete quilos, com 1,85m, da cidade
de Serra; característica marcante qualidade na luta em
pé, com três vitórias, zero empate e cinco derrotas,
Gabriel Siqueira, o Macaco. (Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Com trinta e dois anos, na categoria peso-
pena, até sessenta e seis quilos, 1,72m, de Vila Velha;
característica marcante lutador muito aguerrido, com
oito vitórias, zero derrota e zero empate, o atleta
Eduardo Bastos, o Dudu. (Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO
RIBEIRO) – Ele que tem vinte e oito anos, na
categoria peso-pena, até sessenta e seis quilos, 1,80m,
da cidade de Itapemirim, característica marcante gosta
muito da luta em pé, cinco vitórias, zero empate e sete
derrotas, o atleta Paulo Adriano Machado, o Zé Doido.
(Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO
RIBEIRO) - Com vinte e nove anos, na categoria peso-
mosca, até cinquenta e sete quilos, e com 1,65m de
altura, representando a cidade de Vila Velha, botando
características marcantes com boxe de alta qualidade,
com cinco vitórias, zero empate e duas derrotas,
Cristiano Brito. (Pausa)
Haidar Kasem Alkadomi, dono do HCC, recebe
a homenagem em seu nome.
(O convidado recebe o certificado em nome do
homenageado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO
RIBEIRO) – Com vinte e cinco anos, na categoria
peso-leve, até setenta quilos, com um 1,72m,
representando a cidade de Guarapari, características
marcantes como especialista em luta de chão, grappling
e também luta agarrada, com oito vitórias, zero empate
e duas derrotas, Rodrigo Ferreira, o Kanu. (Pausa)
César Barros recebe a homenagem em seu
nome.
(O convidado recebe o certificado em nome do
homenageado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Com trinta anos, na categoria peso-leve,
até setenta quilos, com 1,78m, representando a cidade
de Linhares, com características marcantes como
qualidade na luta de chão, com cinco vitórias, zero
empate e duas derrotas, Henrique Vasconcelos, o
Sucuri. (Pausa)
Edvaldo Santos, o mestre Maguila, recebe a
homenagem em seu nome.
(O convidado recebe o certificado em nome do
homenageado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Com vinte e sete anos, na categoria peso-
leve, até setenta quilos, com 1,75m; ele que é da cidade
de Cachoeiro de Itapemirim, com características
marcantes na qualidade de luta em pé e no solo, com
cinco vitórias, zero empate e três derrotas, Jhonatan
Ramos, o Bombeiro. (Pausa)
Neandro Senna recebe a homenagem em seu
nome.
(O convidado recebe o certificado em nome do
homenageado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Com vinte e nove anos, na categoria peso-
meio-médio, até setenta e sete quilos, com 1,80m; ele
que representa a cidade de Vitória, com característica
marcante de grande poder de nocautes, com três
vitórias, zero empate e duas derrotas, convido o atleta
Bruno Gomes.
Convido para fazer a entrega do certificado,
junto com o Senhor Deputado Nunes, o senhor Carlos
Augusto, assessor do Senhor Deputado Amaro Neto.
(Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO
RIBEIRO) – Com vinte e oito anos, na categoria peso-
pena, até sessenta e seis quilos, com 1,72m; ele que é da
cidade de Cariacica, com características marcantes de
ser um lutador versátil, com boa técnica de luta em pé e
também no solo, com oito vitórias, zero empate e três
derrotas, convido o atleta Diego Pralon. (Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO
RIBEIRO) – Com quarenta e cinco anos, na categoria
peso-médio, até oitenta e quatro quilos, com 1,80m; ele
que é da cidade de Cariacica, com características
marcantes de luta em pé e especialista, também, na luta
de chão, com onze vitórias, dois empates e seis derrotas,
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 135
Gilmar de Andrade, o Samurai. (Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO
RIBEIRO) – Com quarenta e um anos, na categoria
peso-médio, até oitenta e quatro quilos, com 1,78m,
representando a cidade de Vitória, com características
marcantes o Jiu-jitsu agressivo e de alta qualidade, com
cinco vitórias, convido Eduardo da Conceição, o
Jamelão. (Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO
RIBEIRO) – Com trinta e seis anos, na categoria peso-
médio, até setenta e sete quilos, 1,80m, representando a
cidade de Guarapari, lutador aguerrido com boas
técnicas de solo, com quatro vitórias, zero empate e
quatro derrotas, César Barros, o Guerreiro. (Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Com trinta e dois anos, na categoria peso-
pena, até sessenta e seis quilos, com sete vitórias, zero
empate e duas derrotas, com 1,70m, representando a
cidade de Vila Velha, tem agressividade e resistência, o
atleta Fábio Defendenti. (Pausa)
Recebe a homenagem sua irmã Kelly
Defendenti, que veio representá-lo, pois Fábio
Defendenti está nos Estados Unidos dando treinamento
na academia do UFC.
(A convidada recebe o certificado em nome do
homenageado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO
RIBEIRO) – Neste momento, convido para receber a
homenagem, representando a Serra, com setenta e sete
anos, lendário lutador capixaba com destaque nos
primórdios do vale-tudo e lutas épicas com oponentes
como Waldemar Santana e Rei Zulu, Adegard Câmara
Florentino, o Touro Moreno. (Pausa)
Recebe a homenagem sua filha Deusa Falcão.
(A convidada recebe o certificado em nome do
homenageado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Com quarenta e dois anos, coach da
equipe Fight Society/Vitória Combat, com vinte anos de
experiência e com alunos de destaque no MMA, como
Marcelo Guimarães, Alexandre Ferreira, o Kaveira.
(Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO
RIBEIRO) – Com quarenta anos de idade, coach da
equipe Big G. Team, com vinte e cinco anos de
experiência, Augusto Nasser. (Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO
RIBEIRO) – Com quarenta e oito anos, ele que é da
Grande Vitória, com catorze edições realizadas do
HCC; ele que é dono do HCC, Haidar Capixaba
Combat, gostaria de convidar para receber a premiação
Haidar Kasem Alkadomi. (Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Neste momento, com quarenta e três anos
de idade, ele que é dono do evento Xtreme Fight
Linhares, com duas edições realizadas; ele que é
coaching da equipe Maguila Jiu-jitsu Team e faixa preta
da modalidade, estreou no MMA com quarenta e dois
anos e venceu o oponente com vinte e cinco anos,
Edvaldo Santos, o Maguila. (Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Com trinta e um anos, ele que é dono do
evento Fênix Combat MMA e também é de Cachoeiro
de Itapemirim, com três edições do evento realizadas;
ele que é faixa preta de kickboxing e tem duas lutas de
MMA, Neandro Senna. (Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO
RIBEIRO) – Com trinta e dois anos, ele que é dono do
evento Summer Fight Combat, em São Mateus, com três
edições realizadas, gostaria de convidar Johnny Santos.
(Pausa) Geovani Kipper recebe a homenagem em seu
nome.
(O convidado recebe o certificado em nome do
homenageado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Com trinta e três anos, ele que é
praticante de Jiu-Jitsu, repórter do site
Globoesporte.com, apresentador do programa Litoral
Esporte Clube e jornalista dos principais eventos de
MMA do Espírito Santo, Richard Pinheiro. (Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO
RIBEIRO) – Antes de anunciar o último homenageado,
gostaria de registrar alguns nomes que também são
fundamentais para o MMA capixaba: o atleta Bruno
Silva, que está sempre envolvido com os eventos e
alimentando a divulgação da modalidade em nosso
estado; o lutador capixaba Ronaldo Jacaré, que não
pôde comparecer, mas é também um atleta que leva o
nome do MMA capixaba pelo mundo; e o ex-lutador
Lúcio Linhares. (Palmas)
Convido para receber a homenagem o
realizador do último evento ocorrido no estado, o 1.º Open Fight, onde fez uma luta e saiu vencedor, Fabrício
Aredes.
136 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Convido para fazer a entrega da homenagem,
junto com o Senhor Deputado Nunes, o senhor Sávio
Martins, representante do Senhor Deputado Enivaldo
dos Anjos. (Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO
RIBEIRO) – Pois bem, Minotauro está a caminho e
dentre de alguns instantes estará conosco.
Neste momento, convido todos os presentes,
antes do último homenageado da noite, para assistirmos
a um vídeo sobre o último homenageado desta noite.
Aqueles que são amigos, apaixonados pelo esporte,
convidamos a assistirem ao vídeo. (Pausa)
(É exibido o vídeo)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO
RIBEIRO) – Convido os responsáveis pelo portal de
notícias MMA Capixaba para receberem a homenagem
pela dedicação e pelos serviços fundamentais para o
aumento do reconhecimento e da visibilidade das artes
marciais praticadas nos tatames, ringues e octógonos do
Espírito Santo.
Recebem a homenagem Eduardo Pires, Raphael
Cardoso e Alexandre Cardoso. (Pausa)
(Os convidados recebem os certificados)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Convido para receber a homenagem o
atleta Bruno Silva. (Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Neste momento, convido para fazer uso
da palavra, em nome dos homenageados, o senhor
Marcelo Guimarães.
O SR. MARCELO GUIMARÃES – (Sem revisão do orador) – Boa-noite a todos. Fui pego de
surpresa e até brinquei com o Kaveira que parece que
me chamaram para lutar. O coração disparou.
Primeiramente, agradeço ao Senhor Deputado
Nunes por estar dando essa moral para o MMA
capixaba. Ralamos muito, mas são poucos que
reconhecem nosso trabalho. O Espírito Santo é um
celeiro de lutadores.
Para quem não sabe, também sou professor de
Educação Física e trabalhei durante dois anos, no
começo da minha carreira, como professor da rede
pública estadual e municipal. Nas aulas de educação
física, às vezes, abaixado, tentando fazer a chamada,
quando eu olhava para sala havia duas crianças se
pegando. Trabalhei com turmas até a quinta série, então
a faixa etária era de sete a nove anos. Aqueles meninos
estavam lutando. Via-se que nunca treinaram e nunca
foram à academia, mas lutavam na escola. Se os pais
não sabem, quem tem filho na rede pública estadual ou
municipal, a brincadeira preferida de seus filhos é lutar.
Acho que isso está no sangue de todo o povo brasileiro.
Tenho vontade de um dia experimentar dar aula, nem
que seja por pelo menos um mês, em alguma escola do
Rio de Janeiro e de São Paulo, para ver se é igual ou se
nós capixabas temos mesmo esse espírito de guerreiro.
Parabenizo todos os meus amigos colegas de
profissão, independente de equipe. Parabenizo todos
pelo trabalho que estão fazendo.
Também comecei de baixo e batalhei muito.
Para chegar ao topo você precisa suar muito em
qualquer área, seja profissional, seja esportiva. Assim
como o Portal do MMA Capixaba veio lá de baixo e
também está chegando ao topo, cada um de vocês que
está começando agora tem condição de chegar lá em
cima. O negócio é persistir, perseverar e termos apoio,
principalmente, dos nossos governantes.
Parabéns, Deputado Nunes! Agradeço a
homenagem em nome de todos os atletas. Temos
certeza de que o senhor nos representa. Muito obrigado!
(Muito bem!) (Palmas)
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Obrigado, Marcelo Guimarães!
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO RIBEIRO) – Gostaria de agradecer ao Deputado Nunes
por esta sessão e pela oportunidade de reconhecimento
de todos os atletas, imprensa, todos os envolvidos em
uma modalidade em que, de fato, ficava apenas entre
nós. Mas, hoje, o Deputado Nunes trouxe para esta Casa
e hoje está sendo muito mais bem visto.
Agradeço de coração a homenagem feita a
mim. Muito obrigado a todos. Devolvo a palavra ao
Deputado Nunes.
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) –
Obrigado, Ronaldo. Gostaria de fazer uma pequena
homenagem a você, inclusive, convidando seu filho, o
Ronaldinho, para estar junto conosco, um menino que
tem um futuro brilhante pela frente, é um garoto que
tem se dedicado muito aos treinos. Tenho certeza de que
dará muito orgulho aos capixabas. Uma salva de palmas
para ele. (Palmas)
Ronaldo, você ainda tem uma tarefa. Uma salva
de palmas para o símbolo do MMA no mundo, o
Minotauro, que acaba de chegar. (Palmas)
O SR. CERIMONIALISTA – (RONALDO
RIBEIRO) – Portanto, convido para receber a
homenagem, neste momento, com trinta e nove anos, na
categoria peso-pesado, até cento e vinte quilos, 1,91m;
ele que é da cidade de Vitória da Conquista, Bahia, e
possui como características marcantes jiu-jitsu e alta
resistência, com trinta e quatro vitórias, um empate e
dez derrotas, o atleta, Rodrigo Nogueira, o Minotauro.
(Pausa)
(O homenageado recebe o certificado)
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Vamos dar oportunidade ao nosso grande ídolo
Minotauro de assistir também ao vídeo que ficará
marcado nos corações de todos nós. Esses garotos sem
sombra de dúvida fazem com que o MMA capixaba seja
o que é. Esses meninos fazem bonito e muito bem
naquilo que sabem fazer. Solicito ao nosso pessoal que
coloquem novamente o vídeo. (Pausa)
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 137
(É exibido o vídeo)
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Estou achando que o pessoal não gostou do vídeo. Ficou
bacana, não ficou? Essa é uma pequena homenagem do
nosso mandato e desta comissão. Nesta hora os tiramos
da comissão para fazer esse vídeo.
Em nome do nosso gabinete, agradeço à
Karolina Gonçalves e ao Giantoni Cezarino, que se
dedicaram nesses últimos dias para fazer esse vídeo e a
preparação deste evento. Em nome de todo o gabinete
agradeço a essas duas pessoas que se dedicaram demais
para que pudéssemos realizar esta sessão solene.
Esperamos que no dia 12 de novembro do ano
que vem possamos pensar em algo diferente deste,
porque para fazer duas homenagens teremos que fazer
aos mesmos. Preferimos pensar em algo diferente, até lá
pensaremos direitinho. Convidaremos o pessoal do
MMA capixaba para nos ajudar a pensar em alguma
coisa diferente.
Concedo a palavra ao Augusto Nasser.
O SR. AUGUSTO NASSER – (Sem revisão
do orador) – Pessoal, tudo bem? Desculpem atrapalhar
o andamento, Minotauro.
Vivi fora do Brasil dezessete anos. Voltei em
2012 para me dedicar ao MMA. Tive convites para
trabalhar em São Paulo, com o Demian. Foi uma série
de convites para os quais não fui para trabalhar no
Espírito Santo, onde nasci e me criei, e onde tenho que
fazer com que o trabalho cresça realmente de verdade.
É claro que quando é feita uma homenagem
desta, tentam se lembrar de todas as pessoas, como se
lembraram do Touro, o pai do MMA no Espírito Santo.
Da minha parte quero pedir essa licença para poder vir à
tribuna e falar que existe um treinador no estado que
participou muito das conquistas dos dois treinadores
homenageados hoje, eu e o Alexandre Ferreira, que é o
Fabrício Gaia. Enquanto parceiro e admirador do
trabalho, pedi a palavra só para poder dizer que o seu
trabalho é sensacional.
Pessoal, obrigado pela atenção. Senhor
Presidente Nunes, muito obrigado. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (NUNES – PT) – Obrigado, Augusto Nasser. É isso, estamos juntos.
Concedo a palavra ao nosso amigo Rodrigo
Nogueira.
O SR. RODRIGO NOGUEIRA – (Sem
revisão do orador) – Boa-noite a todos. Peço desculpas
a vocês, quase não cheguei. Está tendo uma greve de
taxistas no Rio de Janeiro por causa do uso do Uber, o
que acho bem legal, faço uso constante; travou o
trânsito no Rio de Janeiro inteiro. Meu voo era às
15h30min. Consegui um voo para as 19h, cheguei em
Vitória em cima do laço. Fiquei superpreocupado,
porque essa família, a família do Seu Nunes e filhos, é
grande amiga nossa. Estou desde a campanha do Nunes
porque sei que são pessoas do bem. Seus meninos são
todos do esporte, são voltados à academia, com um
estilo de vida saudável.
Parabenizo esses três rapazes que criaram esse
site de tamanha importância. Tudo isso que fazemos
pelo esporte no Brasil, esse celeiro de lutadores, sem a
imprensa não seria nada. Então, vocês são as nossas
vozes, são a voz dos lutadores do Estado. Não
adiantaria de nada o lutador suar, fazer os três meses de
treinamento e as pessoas não conhecerem esse trabalho
inteiro. Eles fazem isso muito bem, divulgam os
lutadores da região para todo o Brasil. Com certeza, não
só as pessoas deste estado veem o site de vocês, mas o
Brasil inteiro acompanha.
Sei do excelente trabalho que vocês fazem.
Trabalhando no UFC, olho todos os prospectos e novos
lutadores que estão surgindo no MMA nacional. Fiquei
superfeliz em vir ao Face to Face, mês passado. Nunca
vi no Brasil, salvo no Rio de Janeiro, capital do MMA,
um público tão caloroso quanto o de Vitória. Hoje foi
até perguntado se o UFC viria a Vitória, não tenho
poder para isso, mas nunca vi uma torcida tão calorosa,
se viesse, faria uma festa.
Temos certeza de que temos nomes no Estado
para lutar. Seu filho, Erick Silva, é uma grande estrela e
aquele garoto, futuro lutador do UFC, tenho quase
certeza - o futuro pertence a Deus - mas o rapaz é muito
bom também; o Gabriel, grande lutador, todas as
pessoas olham muito para ele.
Temos outros grandes talentos, aquele rapaz de
camisa branca fez uma luta excelente no último Face to
Face e Marcelo também é outro grande talento. Vitória
e o Estado do Espírito Santo são celeiros de lutadores.
Uma salva de palmas e parabéns para vocês! (Palmas)
E parabéns por terem uma pessoa do esporte
nesta Casa! Isso é muito importante, uma pessoa que
tem um olhar para o esporte, que é um meio de inclusão
social muito grande. Então, as pessoas políticas que
consigam olhar para o esporte, temos a oportunidade de
falar neste momento, terão sempre nosso apoio.
Obrigado, galera! (Muito bem!) (Palmas)
O SR. PRESIDENTE - (NUNES - PT) -
Obrigado, Rodrigo!
Convido todos para, após o encerramento da
sessão, fazermos uma foto para marcar esse dia.
Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a
presente sessão. Antes, porém, convoco os Senhores
Deputados para a próxima, especial, dia 13 de
novembro de 2015, às 14h, conforme requerimento do
Senhor Deputado Marcos Bruno, aprovado em Plenário,
para falar sobre as bibliotecas públicas no Estado, para a
qual designo Expediente: o que ocorrer, e comunico que
haverá sessão ordinária dia 16 de novembro de 2015,
cuja Ordem do Dia foi anunciada na centésima quinta
sessão ordinária, realizada dia 11 de novembro de 2015.
Está encerrada a sessão.
*Encerra-se a sessão às vinte horas e
cinquenta e nove minutos.
DÉCIMA QUINTA SESSÃO ESPECIAL
DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA DA DÉCIMA OITAVA
LEGISLATURA, REALIZADA EM 13 DE
NOVEMBRO DE 2015.
138 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
ÀS QUATORZE HORAS E QUARENTA E
UM MINUTOS, A SENHORA DEPUTADA LUZIA
TOLEDO OCUPA A CADEIRA DA
PRESIDÊNCIA.
O SR. CERIMONIALISTA – (SÉRGIO SARKIS FILHO) – Senhoras e senhores, deputada
presente, autoridades presentes, boa-tarde. É com
satisfação que a Assembleia Legislativa do Estado do
Espírito Santo recebe todos nesta sessão especial para
discutir o tema As Bibliotecas Públicas no Estado.
É convidada a compor a Mesa a Senhora
Deputada Luzia Toledo, vice-presidente da Assembleia
Legislativa e presidente da Comissão de Educação da
Assembleia Legislativa, para os procedimentos legais
de abertura desta sessão. (Pausa)
A SR.ª PRESIDENTE - (LUZIA TOLEDO -
PMDB) – Boa tarde a todas e a todos. Sejam todas e
todos muito bem-vindos.
Invocando a proteção de Deus, declaro aberta a
sessão e procederei à leitura de um versículo da Bíblia.
Peço, por gentileza, que todos fiquem de pé.
(A Senhora Deputada Luzia Toledo lê Mateus, 6:3)
A SR.ª PRESIDENTE - (LUZIA TOLEDO -
PMDB) – Dispenso a leitura da ata da sessão anterior e
informo que esta sessão é especial para discutir o papel
das bibliotecas públicas no estado e também a
sensibilização para a leitura, conforme requerimento de
autoria do Senhor Deputado Marcos Bruno, aprovado
em Plenário. Informo que o Senhor Deputado Marcos
Bruno é membro da Comissão de Educação, portanto,
fizemos juntos esta semana cultural na Assembleia
Legislativa do Estado do Espírito Santo.
Passo a palavra ao cerimonialista.
O SR. CERIMONIALISTA – (SÉRGIO SARKIS FILHO) – Convido para compor a Mesa o
senhor José Roberto Santos Neves, subsecretário de
Estado da Cultura; a senhora Deborah Farago de Souza,
representando a Secretaria de Estado da Educação; a
senhora Rita de Cássia Maia, diretora da Biblioteca
Pública do Estado do Espírito Santo; a senhora Mirian
Scárdua, diretora-presidente do Diário Oficial do Estado
do Espírito Santo; o senhor Raoni Huapaya, professor
de Literatura Brasileira do Instituto Federal do Espírito
Santo; a senhora Adriana dos Santos Ferreira Franco
Ribeiro, diretora de Documentação e Informação da
Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo; e o
senhor Cezinha Ronchi, vereador pelo município de
Marechal Floriano. (Pausa)
(Tomam assento à Mesa os referidos convidados)
A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –
PMDB) – Quebrando o protocolo, essa semana foi
dedicada a Marien Calixte, então, convido à Mesa nossa
amiga Terezinha Calixte, representando com muita
galhardia aquele que foi nosso ícone na cultura, no jazz,
no jornalismo, na pintura, enfim, na pesquisa musical,
era autodidata. (Pausa)
(Toma assento à Mesa a referida convidada)
O SR. CERIMONIALISTA – (SÉRGIO SARKIS FILHO) – E Terezinha é professora de todos
nós cerimonialistas.
Neste momento, convido todos para, de pé,
ouvirmos a execução do Hino Nacional Brasileiro.
(Pausa)
(É executado o Hino Nacional)
A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –
PMDB) – Já cumprimentei todos, mas o faço
novamente: uma boa-tarde! Esse desejo de boa tarde
com essa sonorização de alunos, de jovens, é bom
demais! Farei outra vez: boa-tarde! Que maravilha,
muito obrigada!
Convido ainda para compor a Mesa a
professora Elânia Valéria Monteiro Sardinha de Souza,
representando a Undime. (Pausa)
(Toma assento à Mesa a referida convidada)
A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –
PMDB) – Cumprimento o José Roberto Santos Neves,
professor, escritor e subsecretário de Cultura do Estado
do Espírito Santo, que representa o Governo do Estado
e com quem estivemos anteontem no lançamento de seu
último livro, fazendo um sucesso absoluto, na Prainha,
em um centro cultural maravilhoso. Quem não conhece
o Centro Cultural de Vila Velha, não deixe de procurá-
lo e de visitá-lo, pois está maravilhoso! São seis pessoas
abnegadas que cuidam daquele centro cultural. Fiquei
encantada! A quem não o conhece ainda – nesta sessão
só tem quem faz cultura neste Estado – convido-os em
nome do Centro Cultural de Vila Velha, na Prainha,
para que realmente o visite.
Também, da mesma forma, cumprimento a Rita
de Cássia Maia, diretora da Biblioteca Pública do
Estado do Espírito Santo. Muito obrigada pela presença!
Hoje não falaremos o quê, mas brevemente
teremos uma surpresa por meio dessa pessoa de quem
mencionarei o nome, que é a nossa querida amiga
Mirian Scárdua, diretora do Diário Oficial do Estado do
Espírito Santo. Portanto, não adiantarei nada, mas algo
acontecerá.
Cumprimento com muito prazer a Débora
Farago de Souza, representando a Secretaria de
Educação. Seja muito bem-vinda! Cumprimento
também o Raoni Huapaya, professor de literatura
brasileira do Instituto Federal do Espírito Santo – Ifes; e
a Adriana dos Santos Ferreira Franco Ribeiro – ela tem
nome de ministra –, nossa diretora de Documentação e
Informação da Assembleia Legislativa do Espírito
Santo.
Gostaríamos de convidar todos os funcionários
da biblioteca, mas estão representados pela diretora
Adriana dos Santos Ferreira Franco Ribeiro. Falarei o
nome de vocês no final da sessão. Agradeço a interação
que tivemos durante esta semana. Foi muito importante!
A biblioteca saiu do casulo e não voltará mais para o
casulo.
Cumprimento também o Cezinha Ronchi,
vereador pelo município de Marechal Floriano, a quem
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 139
agradeço demais por estar aqui conosco.
Terezinha Calixte, com certeza foi a figura de
Marien Calixte que nos oportunizou fazer esta sessão
especial, a semana da literatura, a busca da interação
com os alunos, com o livro, o livro com o aluno, a
leitura. Enfim, quero dizer, Terezinha, que Marien deve
estar em festa no céu, porque acho que tudo o que ele
queria era isso. Farei um discurso para Marien na hora
que descerrarmos a placa no espaço que hoje tem o
nome dele, Espaço de Artes Marien Calixte, no térreo
desta Casa.
Peço que não nos dispersemos para que
estejamos juntos com a nossa TV Ales e com o nosso
fotógrafo, Reinaldo Carvalho, para que possamos
descerrar a placa, já que não a descerramos no primeiro
dia, mas como está terminando a semana,
descerraremos hoje, quando farei um discurso
diretamente para o Marien.
Gostaria que passassem um vídeo para mostrar
o que foi produzido durante esta semana, nesta Casa de
Leis, que é a Casa do Povo. Como presidente da
Comissão de Educação, estou extremamente feliz com o
resultado; com a vinda das escolas, e com a parceria dos
prefeitos. Tudo que será exibido no vídeo aconteceu
dentro da nossa biblioteca. (Pausa)
(É exibido o vídeo)
A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –
PMDB – Sem revisão da oradora) – Agradeço ao
Centro de Orientação e Encaminhamento Profissional,
Coep, a participação. Peço que os alunos que estão nas
galerias desta Casa se levantem, por favor, para
receberem os nossos aplausos. Insisto que se
colocassem as cadeiras neste plenário, daria para todos
descerem e se acomodarem neste local. Eu ficaria muito
mais feliz se estivessem todos conosco, mas isso fica
por conta dos técnicos desta Casa e do seu Mário
Emídio Lopes da Silva. Seu Mário, o senhor me falou
que faria uma surpresa e não fez, pois os meninos estão
nas galerias, mas dá para colocá-los neste espaço.
Agradeço também à Escola Gomes Cardim.
Peço aos alunos que se levantem. Estiveram e estão
conosco os alunos e alunas do curso técnico em
Biblioteca. Cumprimento não apenas a escola, mas
também o diretor Wallace Bonicenha, que não pode
estar presente, porém a professora e coordenadora
Silênia de Azevedo Silveira Rangel, veio em seu lugar.
Participei do planejamento da Escola Gomes Cardim.
Passei, juntamente com a Terezinha Calixte, um sábado
na escola.
Sou fã dessa escola. Acho que ela é a primeira
Escola Viva do Estado do Espírito Santo; a segunda é a
Escola Viva de São Pedro. Os senhores trabalham o dia
inteiro e os alunos têm atividades extracurriculares.
Achei isso fantástico. Professor Zé Roberto, eles fazem
a manutenção de toda produção musical de João Neiva,
como os cavaquinhos e outros instrumentos. Peço uma
salva de palmas para a Escola Gomes Cardim. (Palmas)
Esta sessão especial, cujo tema é O Papel das
Bibliotecas Públicas na Sensibilização para a Leitura,
marca o encerramento da nossa semana literária nesta
Assembleia Legislativa. Foi uma semana de atividades
intensas. Começamos na segunda-feira, com a
inauguração do espaço Marien Calixte. Foi uma justa
homenagem ao nosso amigo escritor e membro da
Academia Espírito-Santense de Letras, jornalista e
defensor e promotor da cultura capixaba que nos deixou
em 2013.
Na sequência, recebemos aproximadamente
trezentos alunos e alunas das escolas da rede pública. É
muito importante dizer que a rede pública esteve a
semana inteira nesta Casa. Recebemos as escolas Alzira Ramos, de Cariacica; de tempo integral Senador João
de Medeiros Calmon, de Vila Velha; Gomes Cardim, de
Vitória; Victório Bravim, de Marechal Floriano; cem
alunos do Coep – Centro de Orientação e
Encaminhamento Profissional – para uma ciranda de
palestras, contação de histórias e outras atividades
literárias com a participação dos nossos escritores que
vieram conversar com os alunos, estreitar um
relacionamento, apresentar suas vivências e
compartilhar as experiências.
Vivemos momentos de alegria e aprendizado
com nossos amigos. Começamos com o professor
Francisco Aurélio Ribeiro, que foi o primeiro escritor
que esteve nesta Casa palestrando para os nossos alunos
da rede estadual. Posteriormente, a professora que está
conosco, a quem quero agradecer. Peço que a professora
Almerinda da Silva Lopes se levante. Por gentileza,
nossos aplausos. Muito obrigada. (Palmas)
Também a professora Laurany Matiello Redins.
Por favor, se levante para receber nossos aplausos.
Muito abrigada pela parceria. (Palmas)
Também esteve conosco a professora Sandra
Freitas que não está presente, mas tanto ela, quanto o
professo Francisco Aurélio, receberá nossos
cumprimentos. A professora Sandra Freitas nos alegrou.
Ela é contadora de história. Eu precisava tanto de ouvir
uma história, de relaxar.
Ontem assisti à contação de história da
professora Sandra Freitas, que viajou hoje cedo, por isso
não está neste plenário. Os alunos não tiraram os olhos
dela um minuto. Ela é, literalmente, fantástica. Não é
verdade, Zé do Riso? Nosso contador de histórias que
também estava presente e sabe fazer absolutamente...
Veio de Cariacica, esteve conosco ontem. Muito
obrigada.
Foi um momento muito importante para nossa
biblioteca Senador João Calmon, o nosso
superintendente do Sebrae José Eugênio Vieira não está
presente, mas trouxe todos os livros. Agradecendo a ele
pelo tempo que nos cedeu, peço também para ele uma
salva de palmas. (Palmas)
Todos eles participaram com o mesmo
objetivo: desvendar um mundo novo, o mundo da
leitura para nossas crianças e jovens, tão acostumados
ao imediatismo, sempre com o celular na mão. Toda
essa tecnologia moderna é muito importante, mas pegar
um livro e manuseá-lo, lê-lo até o final e saber
interpretar, isso sim, dará a vocês condições de serem os
melhores nos vestibulares, nos concursos públicos e
com vocês mesmos. Ler um livro é, na verdade, uma
comunhão com o autor. É muito bom ler. Vocês ainda
não têm o hábito, estou falando para aqueles que não
têm o hábito de ler, os que já têm, os meus aplausos de
pé.
140 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
A leitura, como bem sabemos, faz parte de um
processo que estimula a cognição social, a
autoexpressão e a autoconfiança das crianças e dos
jovens. O ensino da literatura, singular, intenso e
consciente deve fazer parte dos programas desde a
primeira escolarização dos alunos.
Fica aqui minha fala para a Secretaria da
Educação. Contamos com a presença da Débora Farago
de Souza, representante da Sedu, mas quero me dirigir
ao professor Haroldo Rocha, secretário, nosso amigo.
Estamos precisando despertar o que fizemos nesta
Assembleia e criar o hábito de fazer isso nas nossas
escolas.
Não adianta ter biblioteca nas escolas. Quem
me falou isso foi a Rita de Cássia Maia, nossa diretora
da Biblioteca Estadual: não adianta ter biblioteca com
livros maravilhosos, autores fantásticos, se não tem a
visita e a leitura daquelas obras.
Ano que vem vamos fazer um mês. Não vai ser
uma semana só; vai ser um mês. Queremos dizer que
queremos a participação da Secretaria da Educação
junto das escolas estaduais. As escolas estaduais têm
que começar a fazer esse movimento para que nossos
alunos criem, como tivemos, o hábito da leitura.
Deixo essa minha mensagem porque vi o
quanto foi importante trazer autores. Os autores
compareceram. Todos que vieram à Assembleia
Legislativa hoje, assim como os que vieram durante a
semana, não olharam o relógio para saírem da nossa
biblioteca. É só convidar que nossos autores estarão
presentes.
Valorizar o aprendizado literário na
comunidade escolar é mostrar ao aluno o caminho para
promover o conhecimento literário essencial para
fomentar a cultura e, consequentemente, o pleno
exercício da cidadania.
Nada substitui a leitura na formação intelectual.
Um indivíduo precisa ler. Para consolidar sua própria
consciência de cidadão, tem que realmente buscar isso
na leitura. Todo tipo de leitura é benéfico: da leitura
clássica à vanguardista, dos jornais, das revistas, dos
textos obtidos através da Internet aos populares livretos
de cordel.
Esteve conosco a senhora Kátia Bobbio, a
quem deixo meu abraço, porque não pôde vir hoje.
A cultura literária é imprescindível à condução
de projetos de desenvolvimento da sociedade que
influenciam diretamente em sua sustentação,
contribuindo de modo sensível para a integração social
e difundindo a consciência, quando a exigência do
cumprimento do primeiro direito social é assegurado no
art. 6.º da Constituição Federal: a educação.
Muito obrigada. Um beijo no coração.
Ah, não falei que o primeiro palestrante foi o
senhor Adilson Villaça. Se não falasse isso, não ficaria
feliz; ficaria muito infeliz depois. Adilson
Villaça – autor de Cotaxé – está fazendo o maior
sucesso no Brasil inteiro e fora do Brasil! Esteve na
Assembleia Legislativa e abriu nossa semana de
palestras. Uma salva de palmas para nosso professor
Adilson Villaça. (Palmas)
Quero agradecer agora ao professor João
Baptista Herkenhoff, nosso juiz aposentado, nosso
maior humanista do Estado do Espírito Santo, que
escreveu um artigo sobre Marien Calixte e sobre José
Roberto Santos Neves. Peço ao cameraman que filme o
artigo do jornal.
Doutor João Baptista Herkenhoff é nosso
amigo e uma das pessoas que intitulo como o maior
humanista do Estado do Espírito Santo. Colocou:
juntando livro, música e jornalismo, José Roberto
Santos Neves reverencia Marien Calixte, um grande
conhecedor e amante do jazz.
Gente, estamos continuando a semana literária.
Para quem não leu, vou pedir para tirar uma cópia. O
artigo saiu no dia 11 de novembro no jornal A Gazeta,
na coluna Opinião. Está escrito pelo nosso João
Baptista Herkenhoff, o grande humanista do Espírito
Santo. Muito obrigada, doutor João por ter me incluído
no seu artigo e incluído esses dois grandes amigos, um
que Deus levou e outro que está aqui conosco neste
encerramento da semana literária. Fique com Deus.
Muito obrigada. (Muito bem!) (Pausa)
Farei uma inversão. Pedi a todos para ficarem
até o final da sessão, pois vamos descerrar juntos a
placa de Marien Calixte. Por isso pedi para ninguém
sair antes. Se faltar um de vocês, não ficará perfeito. Concedo a palavra ao palestrante Raoni
Huapaya, professor de literatura do Instituto Federal do
Espírito Santo.
O SR. RAONI HUAPAYA – (Sem revisão do
orador) – Boa tarde a todos. Emocionante este
momento, Senhora Presidente Luzia Toledo. Começarei
agradecendo a V. Ex.ª a oportunidade de estar falando
nesta Casa hoje. A Senhora Presidente Luzia Toledo
tem se mostrado extremamente comprometida com a
questão da educação, não apenas pela ação na comissão,
mas pelo envolvimento que tem feito com a coisa
pública.
Nós, do Instituto Federal do Espírito Santo, nos
sentimos extremamente representados na Assembleia
Legislativa. Temos uma parceria muito forte no âmbito
federal com a senadora Rode de Freitas. E a Senhora
Presidente Luzia Toledo tem mantido esse diálogo local
que temos precisado muito. É o desafio da educação
pública.
Senhora Presidente Luzia Toledo, agradeço a
V. Ex.ª esse protagonismo, essa iniciativa de fazer uma
semana voltada para a literatura; leitura e biblioteca, é
realmente ousada. Vemos que o momento é mágico.
Cumprimento o senhor José Roberto,
representando o Poder Executivo. São muitas pessoas,
mas estou mais à vontade porque é menos formal hoje,
posso falar da tribuna. E em nome do senhor José
Roberto cumprimento os demais membros da Mesa. É
um prazer muito grande.
Gostaria de fazer um rápido parêntese. Tenho
uma relação histórica muito forte com a família do
Marien Calixte. É uma lembrança afetiva que me veio à
mente. Quando pequeno meu pai trabalhava no Vitória
Jazz Festival assistindo a direção junto com o Marien
Calixte. Participei de algumas edições do Vitória Jazz
Festival. Na minha casa, ou melhor, na casa do meu pai,
até hoje tem painéis que usamos à época. São painéis
coloridos, belíssimos. De certa forma, fui educado
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 141
musicalmente e literariamente com Marien Calixte.
Quebrando um pouquinho o protocolo, antes de
começar a falar, Deputada, trouxe um poema do Marien
Calixte, mestre dessa literatura rápida, rasteira, o haicai.
Mas trouxe um verso um pouco mais longo para
ilustrar. Temos um monte de alunos no plenário, é
importante conhecerem um pouco da obra do Marien
Calixte. Chama-se Esta capa de livro:
Diz-me que o seu amor
é como esta capa de livro em duas cores dividida
sobre papel grosso e liso,
um lado branco, outro negro, nuvens aladas sobrepostas
o nome do autor autopsiado: Albert cá Camus lá.
Diz-me que o seu amor
é como esta capa de livro, consentindo ou recusando
estamos em desabrigo.
À porta da livraria que se fecha seguimos a capa do livro:
o Avesso e o Direito, qual parte alcançar?
Para abrir a minha fala, acho que deveria
homenagear Marien com literatura, e sempre uma boa
literatura. Faço um convite para vocês conhecerem a
obra de Marien Calixte. Em tempo de internet, como a
Luzia Toledo estava dizendo, os versos em haicai do
Marien caem rapidamente para serem compartilhados
por telefone na rede. É uma boa literatura.
Quando veio a provocação, falava um
pouquinho com a Rita no começo, queria deixar para
você falar um pouquinho sobre as experiências da
biblioteca, sobre o papel da biblioteca na sensibilização
da leitura.
Estou longe de ser um especialista para falar
para uma plateia tão qualificada assim, mas sou,
sobretudo, um ativista, um militante, alguém que, de
longa data, vem disputando para tentar conseguir
conquistar novos espaços de leitura, que cada vez mais
se disputam com as mais variadas linguagens que temos
hoje.
A pergunta que faço na licenciatura em Letras,
frequentemente aos que serão docentes, porque vão se
deparar com ela, os alunos, de vez em quando,
perguntam isso aos professores: qual o papel da
literatura? Para que estamos aprendendo literatura?
Sobretudo no ensino médio em que o aspecto da fruição
acaba deixando um pouquinho de lado começamos a
nos ver cobrados com tantas questões sociais, a prova
do Enem, a necessidade de se preparar para algum
processo seletivo, qual seja. A dinâmica do mundo do
trabalho bate à nossa porta quando estamos no ensino
médio e isso requer das nossas relações certo
pragmatismo; ficamos naquela preocupação de dar uma resposta imediata.
A pergunta que os alunos, tento antecipar,
fazem aos professores é: para que serve literatura? E
mais, para que literatura em um momento em que as
narrativas estão disseminadas nos mais variados
suportes, nas mais variadas possibilidades, do celular,
do texto na internet, do letreiro luminoso? Em todo
espaço posso lidar com narrativas, e temos essa
necessidade de ficção, vamos defender isso. Para que
serve a literatura nesse contexto?
Estou falando de literatura porque, antes de
falar do papel da biblioteca na sensibilização para
leitura, preciso defender que existe uma leitura a ser
defendida, a da literatura.
Tentando buscar alguns grandes mestres da
literatura, não só do texto literário, mas também da
crítica literária, o Antonio Cândido tem uma defesa
muito longa da função humanizadora da leitura.
Trouxe um trechinho de um romance de Valter
Hugo Mãe que estou lendo agora, trocando figurinha,
não é Rita? Um autor jovem, contemporâneo,
produzindo uma literatura de monta.
O romance é chamado a máquina de fazer
espanhóis e conta a história de um narrador
protagonista, personagem principal, nos seus oitenta e
quatro anos, Silva, que perde a esposa, Laura, e, logo na
sequência, é metido dentro de um asilo, o Lar da
Felicidade.
Ele chega àquele asilo extremamente casmurro,
sem nenhuma vontade própria de viver, nenhum ânimo
para enfrentar aquilo que o cerca no cotidiano. Está
esperando a sentença de morte, que há de ser decretada
o mais breve possível. E chega, de repente, um velhinho
de oitenta e dois anos cheio de planos e felicidade! Ele
fala: por que você está tão feliz assim? E há um trecho
que achei importante, me tocou muito, o Silva pergunta:
Anisio, que história é essa de ter projetos?
...o meu projeto era esquecer tudo, era
protestar contra a morte da laura convencendo-me que, depois da morte de alguém que nos é essencial, ao
menos a memória do amor deveria ser erradicada também. e ele abanava a cabeça negativamente e
sorria. nada disso, senhor silva, nada disso, o que me
faz correr é sempre o mesmo, uma vontade de saber mais e o de deixar contado às pessoas, nos livros, sabe.
deixar nos livros aquilo que se descobre, porque um livro, com o que contém, pode ser uma fortuna eterna.
Então, a defesa que queremos fazer da literatura
é justamente que é uma fortuna eterna que habita os
livros, não só estes agora, porque tem uma função
humanizadora, formadora. A literatura tem essa função
formadora, não no sentido das convenções que muitas
vezes trazemos para a educação, morais, cívicas, mas
traz um ambiente formador na literatura, daí a paixão do
Anisio em querer deixar isso registrado, naquilo que a
vida nos mostra.
A vida nos mostra experiências boas e não tão
boas assim e a literatura nos permite o contato com isso.
A literatura nos permite encontrar os mais diversos
caracteres humanos, as mais diversas possibilidades de
experimentação, de experiência humana.
Nas aulas de literatura com os alunos, defendo
que quando alguém tenta de alguma maneira dizer que
não há uma função para a literatura, que experimente
fazer alguma mudança na construção do itinerário de
leitura. Nós, professores de literatura, temos muita
142 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
responsabilidade na hora em que selecionamos as obras
que os alunos irão ler, porque naquilo será formado o
imaginário, será formada a subjetividade. E como essas
memórias das leituras que fizemos na nossa infância, no
nosso período de formação, são fundamentais!
O convite é justamente defender o papel de
formação da personalidade na literatura, mas não
segundo as convenções. Além desse aspecto formador,
temos uma necessidade – que é suprida a todo o
momento pelo audiovisual, pela TV, por uma conversa
– de ficção. Precisamos da ficção, precisamos contar
histórias. Por exemplo, se você é um bom contador de
histórias, sabe da necessidade de contar histórias.
Trazendo Antoine Compagnon, a literatura
percorre regiões da experiência que os outros discursos
negligenciaram, mas que a ficção reconhece em seus
detalhes. Ler Machado de Assis é ler detalhes e, às
vezes, novel leitor de Machado, ficamos preocupados
em tentar ler a história inteira, é porque Machado tem
aquele narrador com desfaçatez que quer nos enganar,
quer nos trazer para os detalhes, porque para ele o que
importa é o detalhe. A literatura permite esse contato
com os detalhes dos caracteres humanos.
A literatura pode nos estender a mão quando estamos profundamente deprimidos, defende Tzvetan
Todorovi, no risco da literatura, e continua: Nos tornar
ainda mais próximos dos outros seres humanos que nos cercam, nos fazer compreender melhor o mundo e nos
ajudar a viver. Acho que a literatura de certa forma nos
conforta nessa ânsia de tentar entender o mundo. O que
não quer dizer que ela nos traga só alegrias, muitas
vezes entender o mundo significa entender que o mundo
nem sempre é feito só de alegrias.
E falando nessa perspectiva, qual seria o papel
da biblioteca? Como poderíamos provocar isso? Temos
uma dívida social no Brasil – e, Senhora Deputada
Luzia Toledo, sabemos do comprometimento de V. Ex.ª
com a educação – de desigualdade social e de falta de
acesso a uma cultura letrada em que a biblioteca passa a
ter uma função política muito grande, passa a ter uma
responsabilidade; e as pessoas que defendem a bandeira
da literatura trazem consigo essa responsabilidade social
e política. Se educação é uma ação política, promover o
acesso à cultura letrada é mais ainda uma
responsabilidade política.
O nosso papel enquanto biblioteca é de garantir
a democratização do acesso à cultura. Assim,
percebermos a biblioteca como um espaço de livros,
mas não só de livros, mas também de literatura. O
grande desafio hoje é construir um espaço de biblioteca
– vocês que são do curso de Técnico em Biblioteca
devem discutir isso o tempo todo – que não esteja no
pré-digital, um espaço que não forme só leitor de livros,
mas também leitor de literaturas.
Néstor García Canclini tem um livro muito
interessante de se ler hoje em dia, porque é pequeno e
em formato de dicionário, como verbetes que vão se
contando sobre a leitura, e ele diz: O desafio das
políticas públicas é formar leitores, espectadores e internautas. Precisamos pensar que o papel da
biblioteca para a sensibilização da leitura é um papel de
propiciar a prática artístico-literária nessas
possiblidades. Sabem por quê? Porque a indústria
cultural é muito sofisticada, ela já prepara um livro com
documentário, com uma adaptação para um áudio, com
todas as linguagens e suportes.
Desse modo, precisamos defender esse
patrimônio. E a biblioteca, na questão da sensibilização
da leitura, tem também o compromisso de formação de
mediadores de leitura, que são aqueles que vão entrar
com vocês, alunos, e preparar o acesso. Realmente
existe alguma aridez em ler um texto do século XIX,
Machado de Assis, José de Alencar, e precisamos
mediar isso da melhor forma. Esse texto bem adaptado
no teatro, em uma contação de histórias – quando têm
contadores de história – ou nas mais variadas
linguagens é realmente muito marcante, é inesquecível.
O papel da biblioteca na sensibilização da
leitura. Quero defender que é justamente este de
propiciar a prática, de ser um espaço da prática, mas a
prática que será formadora de um leitor, de um
expectador, de um internauta e, também, uma prática de
formação do mediador de leitura. Não é uma tarefa
fácil, deixarei a deputada falar mais um pouquinho
sobre isso. É uma tarefa de todos, mas para poder
pensar que a vida é dura e difícil, não é fácil, vale
lembrar um trecho do livro Grande Sertão: Veredas, em
que Riobaldo queria uma solução para tudo no mundo:
Ah, podíamos nos juntar, fazer rezas, operar milagres.
E o compadre Quelemém diz assim: Riobaldo, nessa vida a colheita é comum, mas o capinar é sozinho.
Então, vamos capinar bastante para formarmos
leitores. Cada leitor que conquistarmos, obviamente,
estaremos tendo uma responsabilidade política muito
grande. Quero parabenizá-los. Um abraço. (Muito
bem!)
A SR.ª PRESIDENTE - (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Parabenizo o nosso palestrante, que fez uma
palestra pequena, sucinta, mas com muita preciosidade.
Professor Raoni Huapaya, as portas da Assembleia
estão literalmente abertas!
Enquanto você falava – iria chamá-lo de
senhor, mas não é possível, senão aqueles que nos
assistem pela TV falariam: Meu Deus, ele é tão jovem!
– mas enquanto você falava eu pensava: Acho que pode
sair desta Mesa...
Estão conosco a Mirian Scárdua, que representa
o Diário; a Rita de Cássia Maia, diretora pela segunda
vez da nossa Biblioteca Estadual do Espírito Santo,
localizada na Praia do Suá; o nosso subsecretário, e
desse modo estamos com o poder, estamos com quem
tem caneta na mão. Eu não tenho a caneta, mas tenho a
palavra. Mas ela tem a caneta na mão, ele tem a caneta na mão e o Ifes tem a caneta na mão, porque podemos
ir ao Instituto e pedir. Enfim, eu e o Cezinha Ronchi
não temos a caneta na mão, mas temos boa vontade,
assim como os outros técnicos que estão à Mesa.
Concederei a palavra à Adriana dos Santos
Ferreira Franco Ribeiro para que faça uma saudação em
nome da nossa biblioteca e para que fale exatamente
sobre o papel da biblioteca na Assembleia Legislativa.
É a primeira vez que S. S.ª falará da tribuna do Plenário
Dirceu Cardoso. A nossa biblioteca está muito
organizada, muito boa, mas precisa de alunos, precisa
de leitores, precisamos de vocês presentes.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 143
Adriana, antes que comece a falar,
gostaria que aqueles que se encontram à Mesa
pensassem em como poderíamos fazer isso com as
nossas escolas, com os nossos escritores. E nesse
ínterim, Elânia, você que é diretora nacional da
Undime, e Rita, gostaria que pensassem a respeito,
mesmo que não cheguemos a uma conclusão hoje.
Que olhemos para esses alunos que estão neste
plenário... Acabamos de ver a palestra de um jovem,
com o conteúdo que fez. Poderíamos pensar que cada
escola receberia uma vez por mês, por exemplo,
primeiro o professor de português. Transversalmente,
não só o professor de português, mas também aqueles
de outras matérias; pegariam um livro e fariam sua
leitura com os alunos. Fiz isso quando fui diretora e
quando fui professora de português.
Leria um livro, que seria de um escritor que, no
final de mês, iria à região debater com os alunos. A
escola toda iria para um determinado lugar onde se
pudessem colocar os alunos, até mesmo sentados ao
chão, como vi em Itaguaçu. Se eu pudesse, teria ficado
em Itaguaçu, naquela oportunidade, porque nunca vi
nada igual. Foi um evento feito na escola pública pela
professora Sônia. A escritora que foi a Itaguaçu foi nada
menos nada mais que a Elisa Lucinda. Os alunos sabiam
tudo da escritora, como todas as letras das músicas que
ela canta e todos os livros que escreveu. O menininho,
sentado ao chão, dizia assim: - não fala sobre esse livro
agora, canta a musica tal. Ela, com aquele jeito
extrovertido, cantava.
Fica o pedido para que esta Mesa pense como
poderíamos levar essa proposta para o Haroldo Rocha,
Secretário de Educação, para fazer isso nas escolas.
Essa é uma forma de incentivar a leitura, porque, se não
houver incentivo e se não buscarmos contagiar os
alunos e o escritor, não haverá resultado no final.
Registro, com muito prazer, a presença do
nosso escritor Antônio de Pádua Ferreira Gurgel. Peço
uma salva de palmas para o nosso escritor que está
participando conosco desta semana. (Palmas)
Concedo a palavra à diretora Adriana dos
Santos Ferreira Franco Ribeiro.
A SR.ª ADRIANA DOS SANTOS
FERREIRA FRANCO RIBEIRO – Boa tarde a todos.
Primeiramente, agradeço à Senhora Deputada Luzia
Toledo, Presidente da Comissão de Educação desta
Assembleia Legislativa. A iniciativa desta semana
literária dentro da Biblioteca Senador João Calmon
compõe a diretoria que gerencio no momento. A
biblioteca é coordenada pela bibliotecária Lindalva
Maria Cardoso Conceição, que está presente.
Peço à Wanessa Santos Lodi, nossa técnica
bibliotecária, que também é graduada em
Biblioteconomia, para fazer a explanação de como
funciona a nossa biblioteca e de como ela atende ao
público no seu todo.
A SR.ª WANESSA SANTOS LODI – (Sem
revisão da oradora) – Boa-tarde! A biblioteca da
Assembleia Legislativa, denominada Senador João
Calmon, está vinculada à DDI – Diretoria de
Documentação e Informação, que é a diretoria da
Adriana e que fica localizada no térreo desta Casa. A
nossa coordenadora é a Lindalva, que é graduada em
Biblioteconomia e já está há trinta anos à frente da
biblioteca.
A biblioteca funciona de segunda a sexta-feira,
das 7h às 19h e está aberta à comunidade em geral,
oferecendo acesso a um acervo diversificado, com foco
na área jurídica e de ciências políticas e dando um
destaque especial às publicações capixabas, além do
vasto acervo de literatura brasileira e estrangeira.
Acaba de adquirir mais de quinhentos
exemplares para atualização do acervo jurídico; conta
com um rico acervo de periódicos, em sua maioria
títulos de economia, política e direito, além do DIO –
Dário do Estado do Espírito Santo – e do DPL – Diário
do Poder Legislativo e possui obras impressas em
braile, entre elas as Constituições Estadual e Federal e a
Bíblia Sagrada.
O espaço disponibiliza também terminais de
acesso e consulta, com acesso à internet, para
complementação das pesquisas que são feitas dentro da
biblioteca. Todo acervo está cadastrado no software de
gerenciamento de biblioteca Sophia Biblioteca, o
mesmo utilizado pela biblioteca nacional. Ele pode ser
consultado na internet, através do portal da Assembleia
Legislativa. Temos também um perfil na rede social
Facebook, que possibilita uma maior interação com os
usuários. Convido todos a nos adicionar no Facebook e
a frequentar a nossa biblioteca, que é um espaço aberto
para toda a comunidade. Obrigada. (Muito bem!)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO
– PMDB) – Agradecemos à Adriana, à Lindalva e à
Wanessa as palavras.
Concedo a palavra à senhora Mirian Scárdua,
diretora-presidente do Diário Oficial para fazer uma
saudação a vocês e falar um pouquinho do Diário
Oficial, que pouca gente lê, mas que tem um conteúdo
maravilhoso e informa tudo o que acontece neste
estado.
A SR.ª MIRIAN SCÁRDUA – (Sem revisão da oradora) – Boa-tarde a todos! Parabéns à Senhora
Deputada Luzia Toledo por este evento maravilhoso.
Agradecemos a V. Ex.ª a oportunidade de estar nesta
Casa. Agradecemos o convite em nome do Governo do
Estado do Espírito Santo.
Por incrível que pareça, poucas pessoas
conhecem o Diário Oficial. Não só vocês, estudantes,
mas a população em geral. O Diário Oficial legaliza
todos os atos dos poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário. Isso quer dizer que nenhum ato se torna legal
se não for publicado no Diário Oficial. Além da
publicação, temos também a obrigação de divulgarmos
e dar perenidade.
O que é perenidade? Os atos podem sumir em
qualquer local, mas ele tem que estar no Diário Oficial
daqui a cem, duzentos anos, porque a história real está
no Diário Oficial. Os jornais locais publicam notícias,
nós publicamos atos.
Gostaria que vocês, jovens, se interessassem
mais pela leitura do Diário Oficial, para que pudessem
exercer a cidadania de uma forma mais correta, sem
serem influenciados por notícias que realmente não são
verdadeiras.
144 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Temos um aplicativo que vocês podem baixar
no celular. A partir do momento que baixam, ele fica
como arquivo e vocês podem ler em qualquer lugar,
independente da internet. O nome do aplicativo é IOES.
Vocês entram no Google Play, baixam e verão que é
muito bom. O Diário Oficial, em sua forma normal, não
é muito atrativo, porque é preto e branco e não tem
aquele colorido, aquela coisa toda. Mas a partir do
momento que vocês baixarem o aplicativo, acredito que
se interessarão mais para formar realmente cidadãos e
fazerem valer a cidadania de vocês.
A Senhora Deputada Luzia Toledo falou que
podemos fazer uma parceria. Não falarei a surpresa
agora, porque ainda não estudei a legalidade com nosso
departamento jurídico. Mas faremos uma parceria que
tínhamos antigamente. A Escola do Legislativo foi
reaberta pela Senhora Deputada Luzia Toledo. Ela
esteve fechada por um longo período. Quando
funcionava, existia uma parceria em que vocês,
estudantes, vinham à Assembleia e depois eram
direcionados ao Diário Oficial para conhecer como é
confeccionado e o que é a Imprensa Oficial.
Temos uma gráfica enorme. Somos uma
indústria. Somos uma autarquia superavitária.
Sustentamo-nos tanto financeiramente quanto
administrativa e juridicamente. Temos essa autonomia e
diante dela faremos essa parceria. Vocês realmente se
interessarão por aquilo que, de fato, acontece. São fatos,
não são notícias.
Adiante, essa surpresa poderá ser falada pela
Senhora Deputada Luzia Toledo, depois que realmente
pudermos concretizá-la de forma legal.
Parabenizo vocês, estudantes, porque, quando
estava chegando, reparei muito o comportamento; a
educação de vocês. Parabéns aos professores. Parabéns
a vocês que realmente merecem esta sessão especial.
Muito obrigada. (Muito bem!)
A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –
PMDB) – Agora vamos ouvir a diretora da nossa
Biblioteca Estadual.
Deixem falar a vocês: na Biblioteca Estadual,
ultimamente, não só nossos escritores têm estado para
levarem seus livros e também lançá-los para a
sociedade, mas também a maioria. Inclusive o
subsecretário José Roberto, quando tomou posse na
Academia, ficou no lugar de Marien Calixte.
Os atos da cultura têm acontecido na nossa
Biblioteca Estadual, dirigida pela senhora Rita de
Cássia Maia, que vai falar e conversar um pouquinho
conosco.
A SR.ª RITA DE CÁSSIA MAIA – (Sem
revisão da oradora) – Boa tarde a todos! Quero
agradecer o convite à Senhora Deputada Luzia Toledo,
cumprimentando-a pela iniciativa e firmeza de
propósitos na condução da defesa dos princípios e dos
objetivos de se construir uma política cultural no Estado
do Espírito Santo de forma bastante responsável. Quero
cumprimentar V. Ex.ª por essa iniciativa e o
subsecretário José Roberto Santos Neves, e em seu
nome cumprimento todos os integrantes da Mesa.
Aliás, quero dizer que estou muito feliz e até
mesmo emocionada por tudo que ouvi nesta tarde.
Reitero muito do que foi dito a respeito da
responsabilidade social dos gestores culturais, da nossa
responsabilidade como cidadãos no nosso papel,
independentemente da profissão que tenhamos
escolhido e do papel que exercemos em diferentes
instituições, mas nosso papel como cidadãos: de formar.
E quero destacar especialmente a importância de
formarmos leitores.
Gostei muito de suas palavras e quero
cumprimentar o senhor Raoni Huapaya, colega de
profissão, amante da literatura tanto quanto sou, e dizer
que fiquei mesmo emocionada ao ouvi-lo falar da
importância da literatura nas nossas vidas. E é
exatamente desse lugar que quero falar. Quero falar a
partir da minha experiência de leitora para falar da
importância da leitura e da instituição Biblioteca
Pública.
Antes de dizer o que quero falar a respeito
disso, quero ainda cumprimentar essa plateia
maravilhosa: a diretora-presidente do Diário Oficial
mencionou muito bem a atenção, o interesse e a
educação com que estão nos ouvindo sucessivamente
falar com variações sobre o mesmo tema. Mas isso
mostra que é possível e necessário ter esperança nesta
geração. É possível e necessário apostar nesta e nas
gerações vindouras.
Cumprimento muito a Casa por acolher, fazer
deste um espaço de debate, de reflexão e de
aproximação do cidadão comum, do estudante, das
instituições.
É difícil distinguir num meio em que tantas
pessoas têm um papel e uma função representativa
muito grande da sociedade capixaba. Mas não poderia
deixar de mencionar que o que vou dizer agora é fruto,
como disse antes, da minha própria experiência como
leitora. Fui informada aqui que faria uma palestra, não
sabia disso. Desculpe-me, Senhora Presidente Luzia
Toledo, embora tenha acompanhado toda a
programação e tenha ouvido a profusão de boas ideias
que a senhora nos apresentou. Surpreendi-me, mas não
abdiquei da responsabilidade, por isso quero dizer que
estou muito inspirada por essa plateia de jovens que têm
brilho nos olhos e por duas professoras pesquisadoras, a
quem quero dirigir também os meus cumprimentos e a
minha admiração: Sandra Gasparini, de Santa Teresa,
que lançou um livro na biblioteca e foi um
acontecimento, e a professora pesquisadora e crítica de
arte, Almerinda Lopes, por quem tenho uma profunda
admiração.
Gostaria de dar início a minha reflexão
destacando que estamos todos nesse primeiro quarto de
um século que vem profundamente marcado pela
palavra crise. A palavra crise, se formos buscar lá na
sua origem etimológica, vamos encontrar justamente
que há nela a palavra criação. Assim como crise traz a
ideia de desafio, de critica, ela traz também o gérmen da
criação. Está lá na etimologia da palavra. E a palavra
tem poder.
Nesse primeiro quarto de século marcado pela
crise de tudo, não vou mencionar as várias
transformações pelas quais o mundo vem passando, mas
só destacaria, assim como Sérgio Paulo Rouanet disse
em um ensaio belíssimo, maravilhoso: Está sendo
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 145
proclamado o fim de tudo, inclusive o fim do livro. E ai
ele indaga: Será que de fato é isso que estamos
vivendo? É a crise do livro ou é a crise da cultura? Inicio então com essa indagação do intelectual
e pesquisador Sérgio Paulo Rouanet para pensar que
justamente nesse tempo de profundas transformações,
nesse tempo em que somos marcados por uma radical
mudança de paradigma, embora às vezes seja difícil
conhecer isso no cotidiano, estamos sim, a maneira do
que ocorreu no século XVI, vivendo com as tecnologias
da informação e da comunicação. Estamos vivendo uma
profunda mudança de paradigmas.
E é ainda no contexto deste ano de 2015 que
tem uma particular importância para a cultura no
Espírito Santo - e aí darei bastante realce a isso porque
uma das instituições mais antigas do Estado do Espírito
Santo -, a Biblioteca Pública do Espírito Santo está
comemorando este ano cento e sessenta anos de
história. Isso não é pouca coisa. A nossa biblioteca, a
biblioteca de que podemos nos orgulhar, foi a quinta
biblioteca pública criada no País, depois das do Rio de
Janeiro, de Pernambuco, de Sergipe e da Bahia. Então, é
muita história que essa instituição tem para contar.
Junto com a história da instituição temos
também a história do Estado do Espírito Santo. E onde é
que vamos encontrar a história do Estado do Espírito
Santo? Justamente lá nos seus acervos, nas suas
preciosas coleções especiais que guardam um
valiosíssimo patrimônio da história, da cultura e de todo
conhecimento acumulado por gerações ao longo desses
cento e sessenta anos.
É nesse contexto, e não vou me estender nisso,
que quero destacar que, se o mundo passa por
transformações tão radicais, a moeda corrente, aquilo
que justamente possibilita que vejamos a crise como
oportunidade - e oportunidade de criação – tudo isso
está não é na moeda corrente que estamos acostumados
a identificar literalmente. A moeda corrente do Século
XXI é o conhecimento. Onde vamos buscar e encontrar
informação e conhecimento? Na Biblioteca Pública.
Toda boa biblioteca pública nunca está pronta,
mas está lá, preservando, por meio de seus acervos e
coleções, um patrimônio valioso que permite a jovens
estudantes, professores, pesquisadores, historiadores de
um modo geral, ao cidadão comum, ler a notícia do dia,
conhecer o que se passa na sua cidade, no seu estado, no
seu país, conhecer o mundo que o cerca e viajar para
terras longínquas e para outros tempos para que, através
da memória, da história e da imaginação, possamos
transformar o mundo.
Porque leitura é isso. Vou falar o tempo todo –
e espero ser breve, inicialmente tinham me falado que
teríamos quinze minutos, então só quero tentar
organizar o raciocínio para articular a importância da
leitura nas nossas vidas, a função social da biblioteca
pública de assegurar acesso a todos os cidadãos. Essa
associação parece óbvia, mas nem sempre acontece no
cotidiano.
Gostaria de destacar que a leitura é uma prática
social. Raoni falou muito bem da literatura e quero
destacar que a leitura tem o sentido, busquei o sentido
etimológico da palavra ler, que vem de legere, que
significa colher. Colher ideias. Olha que coisa mais
bonita. O que é ler? Colher ideias.
Se ler é uma prática social e as práticas sociais
vão se modificando ao longo da história, mas também
consolidando saberes, fazeres, toda uma gama de
informações e conhecimentos que o homem foi
acumulando ao longo da história da humanidade,
podemos expandir essa compreensão do sentido da
leitura como prática social para outra dimensão mais
subjetiva e particular. Ler é também um modo de
existir, de ver o mundo, de interpretar o mundo.
Quando lemos, criamos sentido, múltiplos
sentidos para nós mesmos, para entendermos o outro, o
mundo que nos cerca. Quando lemos, não apenas
interpretamos o que podemos presumir do que o autor
quis dizer; vamos muito além, recriamos. E, ao recriar,
ampliamos os sentidos do texto articulando com outros
textos e com o mundo.
Cada vez mais o desafio colocado para o
governo do Estado, para cidadãos e gestores é o de fazer
da biblioteca pública uma biblioteca viva. Por isso
convido todos vocês para visitarem, conhecerem e
frequentarem a Biblioteca Pública do Espírito Santo e
descobrirem lá a riqueza e as preciosidades que ela
guarda. Só indo para saber, e ninguém vai descobrir em
uma visita só e nem só de uma vez – ela guarda valores
de tempos imemoriais.
Vocês estão vendo que estou falando de forma
apaixonada, porque é assim que trago comigo a minha
própria experiência da leitura. A experiência da leitura,
a importância da biblioteca viva acontece porque as
páginas dos livros têm vida. Quando abrimos um livro e
viramos suas páginas, acordamos muitas vozes, muitas
almas que vêm falar conosco sobre tudo aquilo que a
humanidade acumulou do que há de melhor e que conta
a história da civilização.
Os livros têm vida! E é esse convite que quero
deixar para vocês. Não entrarei nos detalhes, Deputada,
não há tempo para isso, mas quero dizer que posso em
outra oportunidade vir falar dos projetos, das ações e
das políticas da Biblioteca Pública, por exemplo, da sua
política cultural, da sua política de preservação das
coleções, mas principalmente daquelas bibliotecas que
vão às comunidades mais distantes por meio da
Biblioteca Transcol, a biblioteca móvel. Se alguém
nunca a viu, já deve ter ouvido falar. As bibliotecas
móveis, Bibliotecas Transcol, oferecem acesso à
informação e à leitura para as comunidades mais
distantes.
Estou trazendo de memória alguns vários
autores que prezo muito, mas há um deles que quero
mencionar e por quem tenho uma grande admiração,
Alberto Manguel, a quem cito porque foi e é um grande
leitor e é argentino como Jorge Luis Borges. Alberto
Manguel diz que o homem tem duas figuras
emblemáticas de sua história desde tempos muito, muito
remotos; que há duas figuras míticas que contam a
história do homem: Torre de Babel e Biblioteca de
Alexandria. A primeira significa a ânsia, o desejo do homem de vencer o espaço, e a segunda representa para
o homem o seu desejo de vencer o tempo.
Esses dois emblemas representam o sonho
impossível ou, quem sabe, o sonho possível da
imortalidade, e nenhuma outra instituição guarda mais
146 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
esse sonho de imortalidade do que a biblioteca pública.
E com esses dois emblemas, o da Torre de
Babel e o da Biblioteca de Alexandria, que desafiam a
nossa memória e a nossa imaginação, que quero
concluir a minha reflexão, a minha vontade de
contribuir com esse debate, lembrando neste momento
também palavras de Alberto Manguel, quando disse a
respeito da tabuleta que existia nas prateleiras das
estantes da Biblioteca de Alexandria – isso tudo está
documentado. Havia nas prateleiras uma tabuleta que
dizia em grego – claro, não sei grego, mas tentarei
traduzir – bibliotecae, que significa lugar de cura da
alma. Muito obrigada! (Muito bem!)
A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –
PMDB) - Estamos chegando ao final, mas quero
registrar, com muito prazer, a presença da Marlene
Webber, presidente do Rotary Internacional. Uma salva
de palmas para S. S.ª. (Palmas)
Agradeço também ao meu amigo Ítalo Campos,
o bilhete carinhoso que recebi. A nossa Rita Maia não o
conhece. O Ítalo tinha um compromisso, passou aqui,
fotografou a esposa, lindamente, e foi embora. Portanto,
uma salva de palmas para Ítalo Campos, meu médico e
amigo. (Palmas)
Parabenizo a diretora da nossa Biblioteca
Estadual. Sinceramente, se o Governador Paulo Hartung
estivesse aqui a aplaudiria de pé, porque S. S.ª fez uma
fala fantástica e rápida. Eu não tenho essa facilidade.
Falo que vou falar rápido e não falo. Mas temos que
aprender fazer as nossas falas dessa forma. Na verdade
todos que estão à Mesa hoje, menos eu, porque fui a que
mais falei e ainda continuarei falando, estou muito feliz
com a sua fala. E ainda deu acolhimento à nossa alma;
acolheu a nossa alma. Que coisa fantástica!
Concederei a palavra ao último inscrito da
Mesa. Todos declinaram. O vereador pelo Município de
Marechal Floriano, Cezinha Ronchi, declinou. S. S.ª já
esteve hoje na biblioteca desta Casa, de onde falou; o
prefeito de Marechal Floriano também.
Aproveito a oportunidade para agradecer aos
prefeitos, que oportunizaram seus alunos virem a esta
sessão: os prefeitos de Vila Velha, de Marechal
Floriano e o de Cariacica. Uma salva de palmas para
esses três prefeitos. (Palmas)
Também abriu mão da fala a Débora, a Elânia e
a Terezinha Calixte. Agradeço a elas a compreensão.
Concedo a palavra ao José Roberto Santos
Neves, subsecretário de Cultura, representando a
Secretaria de Cultura e o Governo do Estado.
O SR. JOSÉ ROBERTO SANTOS NEVES –
(Sem revisão do orador) – Boa tarde a todos! Falo em
nome do secretário de Estado da Cultura, João
Gualberto, que mandou abraço a todos os presentes, em
nome do Governo do Estado, como afirmou a Senhora
Deputada Luzia Toledo.
Inicialmente parabenizo a Senhora Deputada
Luzia Toledo pela iniciativa da Semana Literária na
Assembleia Legislativa.
Estive presente na abertura da Semana,
segunda-feira, quando foi inaugurado o Espaço Cultural
Marien Calixte. Homenagem merecidíssima a esse que
foi um dos maiores intelectuais do Estado do Espírito
Santo no Século XX, e a quem tenho a honra de suceder
na Academia Espírito-Santense de Letras.
Cumprimento todas as autoridades presentes à
Mesa: a Rita Maia, diretora da Biblioteca Pública, que
fez um brilhante discurso, uma palestra muito bonita; o
professor Raoni Huapaya e, especialmente, a Terezinha
Calixte, que sempre representa o nosso querido Marien.
Gostaria também, deputada, de parabenizá-la
pela iniciativa do tema: O Papel da Biblioteca Pública
na Sensibilização da Leitura. Como sempre Rita de
Cássia Maia afirma, as bibliotecas são muito mais do
que mero depósito de livros; é muito mais do que um
local de acervo e repositório de memória, que é um
papel importantíssimo da biblioteca, mas a biblioteca
contemporânea deve sempre funcionar também como
centro de vivência e de difusão de cultura e de
conhecimento, onde as pessoas se encontrarão e
compartilharão informações. Esse é o conceito da
biblioteca viva. Podemos afirmar com toda segurança
que esse conceito é brilhantemente realizado na
Biblioteca Pública do Espírito Santo, por meio de uma
atividade extensa que envolve saraus poéticos,
lançamentos literários, palestras, rodas de leitura e
contação de histórias.
Atendendo à sugestão da Deputada, lembramos
que roda de leitura é um projeto que deve ser sempre
desenvolvido na sala de aula. Não é preciso recurso para
se fazer uma roda de leitura, mas de um leitor-guia, um
texto com narrativa curta – como um conto que pode ser
de Machado de Assis ou de algum autor capixaba –,
cópias e um grupo de vinte estudantes. Cada ouvinte e
participante terá uma percepção desse texto. A
percepção e a visão de um aluno complementará a visão
do outro e todos crescem com isso.
Também gostaríamos de destacar que nessas
atividades da Biblioteca Pública do Espírito Santo – as
quais pretendemos levar para o interior e para as
bibliotecas municipais –, sempre temos a figura
importantíssima do autor capixaba. O escritor capixaba
sempre é valorizado pelas políticas públicas da
Secretaria de Estado da Cultura.
Desde o início do Fundo Estadual da Cultura,
em 2009, já foram publicados sessenta e seis livros de
escritores do Espírito Santo. Atualmente, estamos
preparando a edição de mais vinte e três títulos de
autores que foram contemplados nos editais de 2014.
Em breve, esses livros serão lançados, provavelmente
no primeiro trimestre de 2016.
Citarei alguns escritores que construíram em
prosa e versos essas páginas gloriosas da literatura do
Espírito Santo: Rubem Braga, Carlinhos de Oliveira,
Carmélia de Souza, Fernando Tapagiba, Reinaldo
Santos Neves e Luiz Guilherme Santos Neves – meus
tios romancistas –, Sérgio Blank, Francisco Aurélio
Ribeiro, Bernadette Lyra, Waldo Motta e Miguel
Marvilla. Na nova geração temos Caê Guimarães e
tantos outros escritores.
Portanto, entendo que um dos nossos desafios
hoje é fazer com que o leitor capixaba leia cada vez
mais os seus escritores. Temos uma tradição muito
bonita e rica na literatura produzida no Espírito Santo e
precisamos levar, cada vez mais, esses escritores ao
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 147
encontro do público. Iniciativas como essas, Deputada,
contribuem muito para a disseminação e a difusão da
literatura do Espírito Santo.
Essas são minhas breves considerações, mas eu
gostaria antes, mencionando o professor Raoni
Huapaya, de citar um breve haikai do nosso doce e
imortal Marien Calixte. Ele era especialista nessa
expressão poética de origem japonesa, mas de forma
concisa. Há um poema do Marien Calixte que diz: Só me dou se me é dado amando.
Muito obrigado. (Muito bem!)
A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –
PMDB) – Estamos chegando ao final e sei que vocês já
estão doidos para irem embora, porque jovem tem
aquela... Que sorriso bonito! Estou sendo sincera. Vocês
já estão doidos para irem embora. Mas estamos tão
felizes com a presença de vocês nesta Casa que estamos
querendo pelo menos mais dez minutos. Falarei
somente mais dez minutos se vocês me derem os dez
minutos. Vocês me dão os dez minutos? Então, não
passarei de dez minutos. Podem marcar.
Tenho muito que agradecer. Primeiramente a
Deus, que nos oportunizou fazer este encontro nesta
Assembleia Legislativa com vocês. Foi muito
importante ter a interação de alunos, alunas, escritores e
escritoras durante toda esta semana, culminando com
essas palestras maravilhosas.
Antes de começar a fazer as considerações,
farei uma pergunta para a plateia: escritores, professores
e também para nossos alunos. Alguém quer fazer
alguma pergunta a alguém da Mesa? Alguém quer fazer
uma consideração rápida, de dois minutos, sobre o
evento?
Marlene Webber falará por dois minutos. Nossa
presidente do Rotary Internacional. As outras
professoras presentes que queiram falar, podem se
aproximar. (Pausa)
Que ótimo que um aluno quer falar.
Concedo a palavra à senhora Marlene Webber.
A SR.ª MARLENE WEBBER – Boa-tarde!
Sou a atual presidente do Rotary Internacional, reeleita.
A criação das Nações Unidas se deu pela ajuda
do Primeiro Ministro inglês Winston Churchill, que era
rotariano, e pelo presidente dos Estados Unidos,
Franklin Delano Roosevelt, o homem que aparece no
dólar. Eles acharam que as Nações Unidas poderiam ser
uma associação maravilhosa de raças, línguas e culturas
para que tivéssemos paz no mundo.
Dessa forma o Rotary foi criado e depois se
criou o espaço da mulher, quando a mulher quis ajudar
a economia americana, criando-se o jardim de infância e
a casa maternal, nos centros comerciais e industriais
para que a mãe não abandonasse os filhos e pudessem
ficar pertinho dela para que elas trabalhassem e
ajudassem a economia americana.
Segundo Hillary Clinton, a futura presidente
americana, que já está em campanha, se não fosse a
mulher ajudar nos negócios americanos e se não fossem
as professoras, o dólar não seria a moeda forte de hoje.
Agradeço a todas as mulheres a colaboração.
Sobre o evento que é maravilhoso, Senhora
Deputada Luzia Toledo, V. Ex.ª pegou o bastão da
Cinderela, porque reuniu nesta Mesa gente que pode
mudar o mundo. Sempre adorei o anel da professora do
curso normal. O primeiro anel que tive antes de ter os
outros cursos superiores, que é de ônix dos dois lados e
no meio tem um brilhante. O ônix é uma pedra preta.
Ele significa que ser professora é ajudar a luz nas
trevas.
Jovens que estão presentes, procurem prestar
atenção em tudo que as professoras fazem, pois vocês
estão caminhando em uma linha clara, iluminada.
A última coisa que gostaria de falar é que
podíamos adotar no Espírito Santo o sistema estrangeiro
em que na primeira semana na escola não deve haver
aula. Mas haver exame físico e mental para descobrir se
os alunos têm dislexia, se têm autismo, se passam por
problema de divórcio em casa, se são gordinhos e se
não enxergam direito. Para irem para as classes de
similares, com professores especializados.
Na Inglaterra, acabaram com o Bullying, há
vinte anos nas escolas com esse sistema. Outra coisa
importantíssima é o horário integral na escola. De
manhã, as matérias tradicionais, que todos têm. À tarde
só artes e esportes. Em todos os colégios precisa ter um
teatro e uma banda musical. Ver se consegue convencer
os políticos a darem um futuro melhor para essas
pessoas sendo educadas por professores especializados
e não perderem a leitura do livro dos professores.
Tenho dito!
A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –
PMDB) – Marlene, obrigada pela contribuição. Agora
falarão os inscritos. Primeiro, será a aluna. Gostaria que
você se identificasse, falasse seu nome e sua escola.
ISABELA ROCHA – Boa tarde a todos! Meu
nome é Isabela Rocha. Venho representar todos os
alunos do COEP. Quero agradecer a V. Ex.ª a
oportunidade que nos deu de estarmos nesta sessão, o
privilégio que tivemos e o conhecimento que pudemos
aderir com poemas lindos e maravilhosos que realmente
entraram em nossos corações.
A importância da leitura não só para jovens,
mas para todos, é essencial. Venho de um berço de
leitura, mas ainda não era de gostar de ler. E foi por
meio do projeto na minha escola, com Machado de
Assis, que comecei a aderir e fiquei muito feliz.
Venho parabenizar a Mesa por tudo que seus
integrantes falaram. Nem que seja um pouco, vamos
levar conosco. E não só conosco, mas espalhar para
todo o mundo.
Agradecemos a todos esta oportunidade.
A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Professora, gostaria que fizesse a mesma
coisa em dois minutos.
A SR.ª SILÊNIA DE AZEVEDO SILVEIRA
RANGEL – Gostaria de agradecer a todos o convite
feito à Escola Gomes Cardim, em nome do diretor
Wallace Bonicenha, e dessa turma maravilhosa que se
dispôs a vir hoje a esta Assembleia.
148 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Deixem-me dar uma explicaçãozinha de por
que estamos fazendo essa interação: não é sessão
solene. É uma sessão de trabalho. Sessão especial é de
trabalho. Não estamos nesta Assembleia Legislativa
homenageando ninguém. Já homenageamos Marien
Calixte. Agora estamos terminando a semana. É muito
importante. Normalmente faço começando pela
plenária. Marlene Webber sabe disso, porque não perde
nada que faço, vem a tudo. Começo pela plenária.
Por que começamos hoje pela Mesa? Porque
muitas das pessoas que estão à Mesa não
acompanharam a semana literária. Queria que a Mesa se
inteirasse do que foi feito nesta Casa. Por isso
começamos com a apresentação do que aconteceu na
nossa biblioteca da Assembleia Legislativa. E, devido a
isso, deixamos para o final. Se não tivesse a interação
de vocês, estaria faltando um pedaço porque é uma
sessão de trabalho.
A SR.ª SUELEN DE OLIVEIRA CAMPOS
– Boa-tarde! Meu nome é Suelen. Sou bibliotecária. Sou
recém-formada pela Ufes. Quero parabenizar todos e
todas e a plateia. É muito bonito ver essa quantidade de
alunos, porque também sou professora de História.
Quero dizer que fico feliz por esta sessão de
homenagem. Só senti falta, infelizmente, de um
representante da Ufes conosco e do pronunciamento de
um bibliotecário, porque é o responsável pela mediada
da informação. O professor em sala de aula e o
coordenador pedagogo são quem fazem com que o
aluno tenha esse amor pela leitura.
Deixo registrada a importância do bibliotecário
dentro da biblioteca nessa mediação, porque falou do
amor e também sou apaixonada pela profissão. Além de
bibliotecária, também sou arquivista.
Sinto o brilho que vi nos seus olhos. Realmente
atuar nessa profissão é poder mediar a informação.
Muito obrigada.
A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –
PMDB) – Suelen: nome lindo! Suelen, adorei seu
puxão de orelha. Sabe por quê? Não disse que santo de
casa não faz milagre? Não fez hoje.
Wanessa falou lindamente. Ela é bibliotecária.
Levante Wanessa. Mas Wanessa é santa de casa. Santo
de casa não faz milagre não! Já conheço isso. Mas pode
ter certeza de que ano que vem vamos ter uma
bibliotecária de biblioteca pública sentada à Mesa. Está
entendendo? De uma biblioteca pública. Daremos o
mesmo tempo que demos à Mesa para falar.
Você foi muito bem-vinda, Suelen. Chegou na
hora, falou o que quis. É isso que gostamos de ver neste
plenário para ver a interação. Senão vamos embora e
não sabemos se vocês ficaram felizes ou não. Muito
obrigada.
JOÃO VÍCTOR TAVARES DE OLIVEIRA
– Boa tarde a todos e à Mesa. Meu nome é João Víctor,
sou aprendiz do Coep. Como todos citaram, esta é uma
sessão especial, e como a senhora citou, Deputada Luzia
Toledo, o seu projeto é um trabalho específico para
ajudar.
Vim fazer um apelo não só para os alunos de
todas as escolas, mas para toda a sociedade. Na minha
época de ensino fundamental e médio não tive muito
auxilio sobre questão de leitura e de biblioteca. Então,
peço para a senhora como um trabalho, como a senhora
mesma disse que é um trabalho, que a senhora passe
para o secretário de educação sobre a questão de o
professor estar mais presente junto com o aluno dentro
da biblioteca. Colocar mais o aluno ensinando a ler,
focar mais o aluno. Desculpe a expressão, mas não
adianta ter só a biblioteca, é preciso ter pessoas para
lerem aqueles livros.
Creio que colocando os alunos trabalhando
baseado naqueles livros, vocês estariam produzindo
mais, trabalhando mais aquelas pessoas. Deixo esse
aparte baseado nisso. Nosso muito obrigado.
Agradeço aos alunos do Coep e em geral a
presença. Muito obrigado.
A SR.ª PRESIDENTE – (LUZIA TOLEDO –
PMDB) – Quero te dar os parabéns, parabenizando
todos os alunos e as alunas do Coep.
Você fez uma observação fantástica. Iniciei
falando, mas a sua chamou muito mais atenção, porque
você é aluno, é jovem; você está sentindo na pele. E é
exatamente esse projeto que queremos construir com
esta Mesa que está aqui, junto com o secretário da
Educação.
Você tem toda a razão. Não adianta o aluno
chegar em uma biblioteca perdido, sem saber o que ele
quer, não ter um bibliotecário para monitorá-lo. E
também não é só monitorar, tem que ter amor ao que
faz.
A Rita de Cássia Maia responderá um pouco.
Concordo plenamente com a sua colocação. Acho que
foi para isso que fizemos esse debate a semana inteira,
João Víctor. Parabéns!
A diretora da Biblioteca Pública falará.
A SR.ª RITA DE CÁSSIA MAIA – Gostaria
de cumprimentar o João Víctor pela coragem de
apresentar uma proposta que na verdade representa um
desafio para todos os educadores, gestores, secretário da
Educação, professores e auxiliares; para todos que
fazem parte de um projeto político pedagógico para
transformar o país em um país de leitores.
Quero dizer que gostei muito de ouvir o
depoimento, a intervenção de todas as pessoas que
apresentaram alguma questão e fizeram algum
pronunciamento. Mas, em particular, isso que você
acabou de dizer, João Víctor, é de suma importância.
Isso diz respeito ao que aprendemos lá na nossa
formação docente na universidade, mas é um desafio
permanente na prática, ou seja, na formação. Ninguém
nasce sabendo, ninguém nasce gostando de ler. O gosto
pela leitura se desenvolve, se ensina, se compartilha, se
aprimora. Podemos sim despertar o gosto pela leitura, e
é isso que você está falando. Você está dizendo que é
preciso criar instâncias de leitura dentro da escola de
forma a fazer da leitura de fato uma experiência.
Leitura não tem que ser obrigação, não tem que
haver obrigatoriedade de ler esse ou aquele texto, mas é
fundamental que a leitura seja uma experiência de
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 149
descoberta e prazer.
Queria só endossar tudo o que você falou,
dizendo que, fundamentalmente, só se forma leitor se há
de fato esse propósito de se dar as mãos. Nesse sentido
não é o secretário da Educação que vai resolver o
problema, nem o da Cultura, nem os gestores
individualmente, nem o professor isoladamente. Somos
todos em rede, em todos os espaços e instâncias.
Falar de formação de leitor pressupõe a
pergunta: você gosta de ler? Perguntar a quem diz:
gostaria que meu filho lesse, você lê? Você oferece
livros em casa? Os livros estão colocados livremente?
Em suma, nunca houve tanta possibilidade de
acesso à palavra escrita como temos agora. As redes
sociais estão aí, mas a questão é o que se lê e como se
lê. Nesse sentido o desafio está posto para a família,
para a escola e, dentro da escola, simultaneamente, para
jovens, principalmente para professores e bibliotecários,
para que a experiência seja de descoberta e de prazer e
não de obrigação; não de imposição, mas de descoberta
e compromisso de todos. Não tem que esperar que
venha do alto, tem que ser compromisso de todos.
O SR. RAONI HUAPAYA – Senhora
Deputada Luzia Toledo, posso falar um pouquinho?
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Pode, mas tem que ser rápido.
O SR. RAONI HUAPAYA – Entendo a
preocupação. O Ifes trabalha com formação docente,
tem essa preocupação, e nosso papel é justamente
preparar o docente para isso tudo o que a Rita está
abordando e já estamos bem motivados e mobilizados.
A Deputada tem nos provocado no sentido de oferecer
uma formação qualificada nessa área de mediação de
leitura.
Depois a Deputada pode falar, é a madrinha do
projeto, está conosco assumindo essa preocupação de
levar às escolas projetos mais criativos e inteligentes e
usar o Ifes, que tem essa capilaridade no Espírito Santo
inteiro. Hoje são vinte e dois campi atuando no Estado
inteiro. Só para falar que está vindo novidade, a
Deputada está comprometidíssima com o projeto.
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO
– PMDB) – Mais alguém da plateia quer falar alguma
coisa? Obrigada, João Victor! Valeu!
Então, estamos indo para o encerramento.
Queria dizer a vocês e aos telespectadores e
telespectadoras que já existe nossa lei.
Peço uma salva de palmas para Nelzely Lima,
sem a qual eu não teria feito esse evento, de jeito
nenhum. (Palmas)
É minha assessora para esses compromissos
culturais e acaba tendo uma relação com todas as
pessoas muito próxima, isso é muito importante. Muito
obrigada, Nelzely! Muito obrigada, Renato Barbosa,
coordenador da Comissão de Educação que nos ajudou
muito! Fabiano Rossi, nosso jornalista, também deu
cobertura total ao evento, a Anette Musso não está
presente, mas também, muito obrigada!
A lei foi publicada agora. Ano que vem,
Nelzely, queria que fizéssemos em outubro, porque
ficou instituído o Dia Estadual dos Direitos Culturais
no calendário oficial do Estado, a ser comemorado
anualmente no dia 12 de outubro, que é o Dia da
Criança, mas podemos fazer uma mudança na data,
mantendo o mês e alterando o dia, se for o caso. Essa é
uma lei que acho que poderá incentivar muito e tem
uma bela justificativa, mas não dará para eu ler, senão
vocês ficarão com raiva de mim e eu não quero isso –
pedi dez minutos, e agora que começaram a ser
contados. Foi o governador Paulo Hartung que
sancionou essa lei no dia 28 de outubro de 2015.
Podemos aproveitar essa lei dentro de toda a nossa
gama cultural do Espírito Santo.
Quero pedir desculpas a uma pessoa. Se ele não
estiver nos vendo pela televisão, a quem estiver vendo
ou aos escritores presentes, de quem declinarei o nome,
peço, por favor, digam a ele que peço desculpas
publicamente. Peço desculpas sentidas ao escritor
Sérgio Blank. Liguei para ele e ofereci buscá-lo, mas
foram tantos os problemas que na hora não me lembrei.
Desculpe-me de verdade, porque mandaria buscá-lo,
mas não o fiz. Uma salva de palmas para o nosso
escritor Sérgio Blank. (Palmas)
Tenho muitos agradecimentos para fazer, mas o
faço aos escritores presentes no evento: Almerinda da
Silva Lopes, que ainda está conosco; professora Sandra
Gasparini, nós duas temos um trabalho de Santa Teresa
muito grande, e em nome da cultura daquela Cidade
peço uma salva de palmas para essa professora e
escritora. Registro que seu último livro, sobre Santa
Teresa e a colonização italiana, está belíssimo,
maravilhoso. (Palmas)
Agradeço também ao Celso Luiz Caus, escritor.
Peço uma salva de palmas para o nosso companheiro,
nosso amigo. (Palmas)
Ao nosso lado, José Roberto Santos Neves,
subsecretário que esteve conosco desde o primeiro dia,
muito obrigada! Agradeço à Susi Nunes, presidenta da
Academia de Letras de Serra. Vi quando ela saiu.
Agradeço à Laurany Márcia Matiello Redins, da
Universidade Federal do Espírito Santo, que esteve na
Casa durante a semana, a palestra para os alunos. A
Laurany tem um currículo maravilhoso. Que
continuemos juntas!
Agradeço ao Zé do Riso, da Academia de
Letras de Cariacica. Ele esteve na Casa ontem – quando
deu uma palinha para os alunos do Coep que se faziam
presentes – e hoje também está presente; ao Antonio de
Pádua Gurgel, que esteve presente, mas também saiu.
Agradeço à Adriana dos Santos Ferreira Franco
Ribeiro, diretora do DDI; também à Lindalva Maria
Cardoso da Conceição, coordenadora da biblioteca; e à
Wanessa Santos Lodi, bibliotecária – portanto teve uma
bibliotecária falando, só que é santo de casa. A
Wanessa esteve à frente recebendo os alunos e falando
sobre a biblioteca e sobre o trabalho que é feito dentro
da nossa biblioteca.
Agradeço à TV Ales e aos seus cinegrafistas e
jornalistas, se vocês não dessem essa cobertura,
seguramente esta semana não teria a repercussão que
teve na sociedade do Espírito Santo.
Hoje, a nossa TV Ales tem cobertura em São
150 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Mateus, Linhares, Grande Vitória, Guarapari e
Cachoeiro de Itapemirim. Estamos sendo vistos em
todos esses municípios, durante todo esse tempo nesta
sessão. É um momento muito importante para a cultura
capixaba.
Agradeço aos fotógrafos: Antonio Carlos Sessa
Neto, o Tonico; e Reinaldo Carvalho. Reinaldo é esse
que está fotografando. O Tonico não está presente
agora, mas cobriu absolutamente tudo. Digo para o
Tonico que ele é o nosso comendador. Demos a ele a
comenda Domingos Martins. Ele é o nosso
comendador. E o Reinaldo nos acompanha com muita
competência.
Agradeço aos seguranças da Casa, todos os
seguranças. Na verdade foram eles que receberam os
alunos. Muito obrigada.
Agradeço ao pessoal do som, que estão lá atrás,
ninguém os veem, mas são nossos companheiros e, na
verdade, dão qualidade a nossa fala.
Agradeço a todos os funcionários do cerimonial
na pessoa do Sérgio Sarkis Filho, que esteve conosco
até agora e é um grande companheiro.
Agradeço às nossas taquígrafas e aos nossos
taquígrafos. Agora conseguiram colocá-las no alto. Não
era assim. Elas ficavam lá embaixo. Mas agora
conseguiram colocá-las no alto, em cima de um tablado,
mais próximas das pessoas.
Quero fazer um pedido à Mirian Scárdua,
diretora do nosso Diário Oficial, se for possível, porque
o que não é possível não é. Gostaria que fossem
publicadas as notas taquigráficas desta sessão cultural.
Os taquígrafos estão fazendo ao pé da letra toda a nossa
sessão. Mas quero, de forma destacada, este documento,
para que possamos enviá-lo para a Secretaria da
Educação; Secretaria da Cultura; Secretaria do Turismo;
Biblioteca Estadual; Governador Paulo Hartung, enfim,
enviar a publicação a todas as autoridades do Estado.
Pode? Então, uma salva de palmas para a Mirian
Scárdua. (Palmas)
Agradeço também aos nossos técnicos de modo
geral que nos ajudaram; ao nosso garçom, porque sem
ele não teríamos tomado água e café. Muito obrigada.
Agora, peço licença aos nossos alunos e alunas,
a todos que estão nesta sessão, porque lerei um
documento que fiz para ficar registrado nas notas
taquigráficas da Assembleia. Gostaria de lê-lo agora,
antes do descerramento da placa Marien Calixte.
Como estamos em reforma e soube que no
espaço Marien Calixte as coisas não estão muito bem, já
não estava no dia que fizemos a inauguração do espaço,
mas o espaço ficará muito bacana. Mesmo assim iremos
ao espaço tirar fotos e fazer as chamadas da TV.
Lerei um texto que fiz para o Marien Calixte,
porque tudo começou com a nossa pretensão de
homenageá-lo. Portanto, peço licença a todos vocês
para ler o documento que fiz:
Marien Calixte era jornalista, radialista, escritor, pintor e um grande apreciador de música, em especial o
jazz.
Carioca de nascimento e capixaba de coração, Marien veio para o nosso Estado aos dez anos. Era filho de um
paisagista francês que lutou na 1.ª Guerra Mundial e de
uma professora primária, que era capixaba.
Durante mais de cinco décadas, ele se dedicou ao jornalismo, rádio, literatura, pintura, música; foi
produtor cultural, diretor de teatro e, também, foi
diretor de redação do jornal A Gazeta. Publicou duas dezenas de livros, entre biografias, ficções e haicais.
Vi seu crescimento profissional e pessoal, conquistado através do trabalho incansável para a promoção da
cultura em nosso Estado.
Seu famoso programa de rádio, “O Som do Jazz”,
embalava os apaixonados por esse estilo de música, onde Marien deixava uma marca única: a do
conhecimento profundo desse estilo musical. Registre-se que esse programa foi ao ar por 55 anos
consecutivos.
Casado com Terezinha Calixte, por 48 anos, teve 02
filhos: Luiz Henrique e Daniela. Teve a alegria de ser
avô de dois netos: Guilherme – 15 anos, Maria Luzia – 3 anos. O terceiro neto, Lucas – 1 ano, ele não pode
conhecer.
Tive o privilégio de ser sua companheira de trabalho na
Cia. Docas do Espírito Santo, onde eu exercia a profissão de advogada sênior, e Marien trabalhava no
setor de comunicação. Ali aprendi a amar e respeitar o refinado gosto de Marien para as artes.
Quando me lancei candidata a vereadora em 1988, Marien foi quem me ajudou a fazer meu primeiro Plano
de Atuação Política. Naquela época, dentre os tópicos
mais importantes, estava a revitalização do Centro da Cidade de Vitória. [...]
Marien fez o prefácio do meu primeiro
jornalzinho. O jornalzinho era muito ruim e feito com
um papelzinho muito ruim, mas o texto dele era
brilhante. Ele queria limpar a capital do Estado,
principalmente o centro da cidade. No prefácio, ele se
dirigiu à Escadaria Maria Ortiz. Ele queria que
tirassem todas aquelas placas chamativas que tiram a
beleza de qualquer lugar. Foi exatamente puxando para
essa revitalização que Marien fez o prefácio do meu
primeiro jornalzinho, em 1988, quando fui candidata a
vereadora.
Fiquem certos de que ganhei a eleição e, claro,
que ele teve a participação naquela minha primeira
aventura ou coragem política. Estou fazendo agora vinte
e seis anos de vida política. Estou no oitavo mandato.
Continuando a leitura:
[...] Marien fez parte de minha vida e conquistou uma amiga, através de sua pureza, humildade, inteligência...
Quero dizer para você, meu amigo Marien, que
amizade é uma semeadura no coração. A semente
brota, se fortalece e, após crescida, nos dá permanentes flores de amor. Somente quem tem uma amizade
verdadeira, como foi a nossa, sabe da pedra preciosa
que é um amigo.
Você sempre será amor em meu coração.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 151
Muito obrigada.
Muito obrigada aos que me ouviram falar do
meu amigo Marien Calixte. Agradeço a todos. Que bom
que você ainda está sorrindo, minha linda! Que
maravilha! Os alunos ainda estão sorrindo. Isso não é
fácil. Quero dizer a todos os escritores presentes e a
todos os amantes da cultura que essa foi apenas a
primeira semana porque ano que vem faremos o mês
inteiro.
Já estamos aceitando colaboração. Quem puder
ajudar a construir o mês de outubro do ano que vem.
Quem puder dar sua opinião, sua participação, sua
parceria, estaremos recebendo. Estão presentes a
Nelzely Sperandio, o Renato Barbosa, coordenador da
Comissão de Educação, e o Fabiano Rossi, enfim, meu
gabinete de um modo geral. Não procurem por mim,
procurem por eles e comecem a dar suas opiniões.
Encerrarei desejando a todos um bom final de
semana, que Deus nos abençoe no regresso às nossas
casas, agradecendo-O este momento tão iluminado que
foi falar de cultura nesta Casa.
Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a
presente sessão. Antes, porém, convoco os Senhores
Deputados para a próxima, ordinária, dia16 de
novembro de 2015, para a qual designo
EXPEDIENTE:
O que ocorrer.
ORDEM DO DIA: anunciada na centésima
quinta sessão ordinária, realizada no dia 11 de
novembro de 2015.
Está encerrada a sessão.
*Encerra-se a sessão às dezesseis horas e
cinquenta minutos.
CENTÉSIMA SEXTA SESSÃO
ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 16
DE NOVEMBRO DE 2015.
(De acordo com o registrado no painel eletrônico, à hora
regimental, para ensejar o início da sessão, comparecem
os Senhores Deputados Almir Vieira, Bruno Lamas,
Cacau Lorenzoni, Da Vitória, Dary Pagung, Doutor
Hércules, Edson Magalhães, Eliana Dadalto, Enivaldo
dos Anjos, Erick Musso, Euclério Sampaio, Freitas,
Guerino Zanon, Marcelo Santos, Padre Honório, Pastor
Marcos Mansur, Sandro Locutor, Sergio Majeski e
Theodorico Ferraço)
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO – DEM) – Invocando a proteção de Deus,
declaro aberta a sessão.
(Assume a 1.ª Secretaria o Senhor Deputado Enivaldo
dos Anjos e a 2.ª Secretaria o Senhor Deputado Cacau
Lorenzoni)
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO – DEM) – Convido o Senhor Deputado
Cacau Lorenzoni a proceder à leitura de um versículo
da Bíblia.
(O Senhor Deputado Cacau Lorenzoni lê Mateus,
5:8)
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO – DEM) – Convido o Senhor 2.º Secretário
a proceder à leitura da ata da centésima quinta sessão
ordinária, realizada em 11 de novembro de 2015.
(Pausa)
(O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da ata)
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Aprovada a ata como lida.
(Pausa)
Convido o Senhor 2.º Secretário a proceder à
leitura da ata da quadragésima segunda sessão solene,
realizada em 12 de novembro de 2015. (Pausa)
(O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da ata)
(Comparece o Senhor Deputado Gildevan Fernandes)
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Aprovada a ata como lida.
(Pausa)
Convido o Senhor 2.º Secretário a proceder à
leitura da ata da décima quarta sessão especial,
realizada em 12 de novembro de 2015. (Pausa)
(O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da ata)
(Comparece a Senhora Deputada Luzia Toledo)
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Aprovada a ata como lida.
(Pausa)
Convido o Senhor 2.º Secretário a proceder à
leitura da ata da décima quinta sessão especial,
realizada em 13 de novembro de 2015. (Pausa)
(O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da
ata)
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Aprovada a ata como lida.
(Pausa)
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) –
Senhor Presidente, pela ordem! Solicito um minuto de
silêncio pelo falecimento do senhor Aldenor Almeida
dos Santos. S.S.ª foi professor por muitos anos em
Linhares, diretor na Escola Afrânio Peixoto e delegado
da Adesg - Associação dos Diplomados da Escola
Superior de Guerra. O sepultamento foi ontem. Foi uma
pessoa que muito contribuiu para o Município de
Linhares.
O SR. DOUTOR HÉRCULES – (PMDB) –
Senhor Presidente, pela ordem! Aproveito o
152 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
requerimento da Senhora Deputada Eliana Dadalto para
requerer um minuto de silêncio pelo falecimento do
nosso conterrâneo, amigo e colega de turma Ricardo
José Baptista. S.S.ª foi sepultado sexta-feira, no
cemitério de Vargem Alta.
Ricardo José Baptista foi chefe da enfermaria
de queimados do Hospital Infantil Nossa Senhora da
Glória. Cuidava das crianças que tinham sequelas de
queimaduras, cicatrizes marcantes, que marcava a alma
das crianças, o bullying, a depressão e o preconceito.
Ricardo foi esse missionário da saúde,
cuidando das crianças, principalmente as pobres
internadas pelo SUS, no Hospital Infantil Nossa
Senhora da Glória.
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Senhor
Presidente, pela ordem! Na mesma ordem, gostaria de
pedir um minuto de silêncio pelo falecimento de
Wanderlei Schulz, proprietário há mais de trinta anos do
Jornal O Regional, que circulava em Aimorés, Baixo
Guandu, e em todo o noroeste do Espírito Santo. É com
pesar que comunico seu falecimento, pedindo um
minuto de silêncio.
O SR. ALMIR VIEIRA – (PRP) – Senhor
Presidente, pela ordem! Também gostaria de aproveitar
os requerimentos para solicitar um minuto de silêncio
em homenagem às vítimas do covarde ataque do Estado
Islâmico à França.
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) - Solicito a todos que, de pé,
façamos um minuto de silêncio. (Pausa)
(A Casa presta a homenagem)
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) - Convido o Senhor 1.º Secretário
a proceder à leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
OFÍCIO N.º 404/2015
Vitória, 29 de outubro de 2015.
Senhor Presidente:
Em atendimento ao voto do Relator,
Conselheiro José Antônio Almeida Pimentel,
encaminhamos, para ciência de Vossa Excelência
cópias do Acórdão TC-1416/2015, do Relatório de
Auditoria Coordenada na Atenção Básica de Saúde, no
parecer Ministerial e do Roteiro único de
Monitoramento, prolatado nos autos do Processo TC-
2811/2014, que trata de Fiscalização Ordinária –
Auditoria, nas Secretarias Municipais de Saúde.
Atenciosamente,
DOMINGOS AUGUSTO TAUFNER
Presidente do TCEES
Ao
Ex. mo
Sr.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo
NESTA
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) - Ciente. Às Comissões de Saúde
e de Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE FINANÇAS, ECONOMIA,
ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE E
TOMADA DE CONTAS
OFÍCIO N.º 971/2015
Vitória, 09 de novembro de 2015.
Senhor Presidente:
Com fulcro no artigo 67, inciso XVI,
encaminhamos a Vossa Excelência o Relatório das
atividades desta Comissão, referente ao mês de outubro
de 2015.
Atenciosamente,
DARY PAGUNG
Presidente da Comissão de Finanças
Ao
Ex. mo
Sr.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo
NESTA
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) - Ciente. Arquive-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA -
SECULT
OFÍCIO N.º 534/2015
Vitória, 10 de novembro de 2015.
Senhor Presidente:
Em cumprimento ao disposto no §2º do art.
116 da Lei n.º 8.666/93, encaminhamos, em anexo, o
Resumo do Termo de Convênio n.º 9009/2015, firmado
entre o Estado do Espírito Santo por intermédio da
Secretaria de Estado da e a Associação dos Amigos da
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 153
Musica ALLEGRO, registrado na Secretaria de Estado
de Controle e Transparência sob n.º 150087.
Atenciosamente,
JOÃO GUALBERTO MOREIRA VASCONCELOS
Secretário de Estado da Cultura
Rua Luiz Gonzales Alvarado, n.º 51 – Enseada do Suá –
Vitória – Espírito Santo – 29.050-380
Tel.: 3636-7100 – Email: [email protected] –
www.secult.es.gov.br
Ao
Ex. mo
Sr.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo
NESTA
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) - Ciente. Às Comissões de Cultura
e de Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL,
SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
OFÍCIO N.º 82/2015
Vitória, 03 de novembro de 2015.
Senhor Presidente:
Nos termos do artigo 67, inciso XVI do
Regimento Interno, encaminho a Vossa Excelência
Relatório Mensal das Atividades desta Comissão,
referente ao mês de outubro de 2015.
Atenciosamente,
ELIANA DADALTO
Presidente da Comissão de Assistência Social,
Segurança Alimentar e Nutricional
Ao
Ex. mo
Sr.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo
NESTA
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) - Ciente. Arquive-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DA DEPUTADA
OFÍCIO N.º 241/2015
Vitória, 11 de novembro de 2015.
Senhor Presidente:
Com base no Capítulo IV, artigo 305, Inciso 6º,
do Regimento Interno, informo que no dia 10 de
novembro de 2015, às 14:hs, me encontrava em missão
Parlamentar promovida pela ALES, na Câmara
Municipal de Colatina, na audiência publica que tratou
dos possíveis impactos ambientais e humanos, danos
causados pela lama proveniente do rompimento de duas
barragens da mineradora Samarco na cidade de Mariana
em (MG). Incidente esse que compromete o Rio Doce
nos municípios de Baixo Guandu, Colatina e Linhares.
Em decorrência de integrar a Comissão
Parlamentar de nossa Assembleia Legislativa, ficou
definido nossa justificativa na Sessão da ALES na
mesma data.
JANETE DE SÁ
Deputada Estadual – Líder do PMN
Ao
Ex. mo
Sr.
THEODORICO FERRAÇO Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo
NESTA
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) - Justificada a ausência, à
Secretaria.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
OFÍCIO N.º 161/2015
Vitória, 11 de novembro de 2015.
Senhor Presidente:
Com base no Artigo 305, inciso I do Regimento
Interno desta Casa de Leis, venho por meio deste,
JUSTIFICAR minha ausência na Sessão Ordinária do
dia 10 de Novembro do corrente, em virtude da
participação na reunião realizada no município de
Colatina/ES da Comissão especial de representação
criada por esta Casa de Leis para avaliar os efeitos
causados pelo rompimento da barragem de rejeitos no
estado de Minas Gerais.
Sem mais para o momento, espero que minha
justificativa seja deferida e aproveito para reiterar meu
apreço e distinta consideração.
Atenciosamente,
RODRIGO COELHO
Deputado Estadual - PT
Ao
Ex. mo
Sr.
154 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
THEODORICO FERRAÇO Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo
NESTA
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) - Justificada a ausência, à
Secretaria.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.º
313/2015, do Governador do Estado, encaminhando
Projeto de Lei nº 454/2015, que inclui entidades no
Anexo V da Lei Orçamentária nº 10.347, de 06 de
fevereiro de 2015, para atender a Associação de
Agroturismo e Agroindústria Nova Venécia –
AGRONOVA. Publicada integralmente no DPL do
dia 17 de novembro de 2015.
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Publique-se. À Comissão de
Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.º
314/2015 do Governador do Estado, encaminhando
Projeto de Lei nº 455/2015, que trata da regularização
específica para os imóveis localizados na área
conhecida como “Campinho do Moscoso” e revoga a
Lei nº 10.340 de 20 de janeiro de 2015. Publicada
integralmente no DPL do dia 17 de novembro de
2015.
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Publique-se. Após o
cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às
Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania e
Direitos Humanos, de Agricultura e de Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.º
315/2015 do Governador do Estado, encaminhando
Projeto de Lei nº 458/2015, que introduz alterações na
Lei nº 10.376, de 08 de junho de 2015, que instituiu
Programa de Parcelamento Incentivado de Débitos
Fiscais. Publicada integralmente no DPL do dia 17
de novembro de 2015.
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Publique-se. Após o
cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às
Comissões de Justiça e de Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
PROJETO DE LEI N.º 456/2015
Dispõe sobre a obrigatoriedade a todas as montadoras e revendedoras de motos, motocicletas, motonetas,
ciclomotores ou assemelhados, no Estado do Espírito
Santo a ofertarem curso de pilotagem defensiva.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
DECRETA:
Artigo 1º - É obrigatório a todas às montadoras
e revendedoras de motos, motocicletas, motonetas,
ciclomotores ou assemelhados, no Estado do Espírito
Santo, a ofertarem curso de pilotagem defensiva.
Artigo 2° - O descumprimento ao que dispõe
esta Lei, sujeitará o infrator em multa de 10.000 (dez
mil) a 50.000 (cinquenta mil) VRTE (Valor de
Referência do Tesouro Estadual).
Artigo 3º - Esta lei entra em vigor 180 (cento e
oitenta) dias após a data de sua publicação.
Sala das Sessões, 10 de novembro de 2015.
AMARO NETO
Deputado Estadual
JUSTIFICATIVA
O curso de Pilotagem defensiva é fundamental
para a segurança dos condutores de motos,
motocicletas, motonetas, ciclomotores ou assemelhados.
O perigo é eminente a bordo de uma moto, o piloto deve
sempre antever o perigo e usar equipamentos de
segurança, para que os riscos sejam minimizados.
A pilotagem defensiva e o uso racional do
veículo juntos é a forma mais eficaz de evitar acidentes.
Bons capacetes, jaquetas, luvas e botas ajudam a
proteger o motociclista, porém, não tem sido suficiente
para obstar tragédias.
O Brasil vive hoje uma epidemia de acidentes
com motocicletas, e o Espírito Santo não foge a essa
estatística. Segundo reportagem do canal de notícias G1
o Serviço de Atendimento Móvel atende 13 vítimas de
acidentes com motos por dia no Estado e, segundo o
coordenador-geral do SAMU, Antônio Carlos Gomes,
os acidentes de motos são os mais graves. “O
motoqueiro está desprotegido. São vítimas de diversas
fraturas, quebras de braço, perna, pancadas graves na
cabeça”.
Houve uma explosão no número de
atendimentos nas unidades de saúde por conta disso, o
gasto médio com internação por paciente de acidente de
moto é de R$ 11 mil.
Percentual relevante refere-se ao crescimento
da frota de motos no Estado, segundo dados do
Departamento Estadual de Trânsito no Estado
(DETRAN-ES), o número de motocicletas chegou a 400
mil até junho de 2015, significando um aumento de
300% em dez anos. Isso reflete nos atendimentos
hospitalares do Estado. Foram registrados de acordo
com o Serviço de Atendimento Móvel do Estado
(SAMU) mais de 1.500 atendimentos por acidente com
moto no Espírito Santo, nos primeiros quatro meses de
2015. Esses dados correspondem a uma média de 387
acidentes por mês.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 155
A exemplo do que é proposto nesse projeto de
lei, a Honda, uma das maiores fabricantes de
motocicletas, já oferece curso de direção com o objetivo
de difundir conceito de pilotagem defensiva, porém, os
Centros Educacionais de Trânsito Honra estão
instalados em somente 2 Estados brasileiros, São Paulo
e Pernambuco. O Estado de Pernambuco também já
aprovou lei similar aos termos ora propostos.
Este projeto de lei tem como meta a
preservação da vida dos usuários no seguimento de duas
rodas, visando sua instrução adequada ao tipo de
veículo que está adquirindo.
Diante do exposto, apresento aos ilustres
deputados e a sociedade civil o presente projeto de lei.
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Publique-se. Após o
cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às
Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania e
Direitos Humanos, de Mobilidade Urbana, de
Segurança e de Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
PROJETO DE LEI N.º 457/2015
DETERMINA AOS CLUBES DE FUTEBOL
SEDIADO NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
QUE ASSEGUREM MATRÍCULA EM
INSTITUIÇÃO DE ENSINO AOS JOGADORES
MENORES DE 18 (DEZOITO) ANOS A ELES
VINCULADOS, E DÁ DOUTRAS
PROVIDÊNCIAS.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
DECRETA:
Art. 1° – Os clubes de futebol oficiais do
Estado do Espírito Santo devem assegurar que estejam
matriculados em instituição de ensino, pública ou
particular, todos os jogadores menores de 18 (dezoito)
anos com os quais possuam qualquer forma de vínculo,
fiscalizando e incentivando a sua frequência e
aproveitamento escolar.
Parágrafo único: Consideram-se clubes
oficiais as associações devidamente registradas e
reconhecidas pela Federação Espírito-Santense de
Futebol.
Art. 2° - Os clubes de futebol que não
regularizarem a situação de matrícula escolar dos
jogadores de futebol menores de 18 (dezoito) anos a
eles vinculados ficarão impedidos de participar de
jogos, torneios, campeonatos e competições oficiais no
Estado.
Parágrafo único: Além da proibição prevista
no caput deste artigo, os clubes que não atenderem o
disposto no artigo 1° desta lei, não poderão obter
quaisquer benefícios oriundo do Poder Público.
Art. 3° - Os clubes de futebol terão a
responsabilidade de encaminhar à Federação Espírito-
Santense de Futebol, anualmente, os comprovantes de
matrícula e, semestralmente, os atestados ou certidões
de frequência escolar dos jogadores menores de 18
(dezoito) anos.
§ 1° - Recebidos os documentos, a Federação
Espírito-Santense de Futebol deverá encaminhá-los,
junto com a lista dos jogadores inscritos nas
competições oficiais, à comissão de Educação da
Assembleia Legislativa do Estado, para as devidas
providências, podendo a Secretaria de Estado de
Educação requisitar esses documentos para as devidas
anotações.
§ 2° - A não entrega dos comprovantes de
matrículas e frequência dos jogadores, nos termos do
artigo 1° desta lei, pelos clubes oficias, à Federação
Espírito-Santense de Futebol presumirá o
descumprimento desta lei, acarretando a aplicação de
penalidade.
Art. 4° - Esta Lei entra em vigor 90 (noventa)
dias após a data de sua publicação.
Sala das Sessões, 09 de novembro de 2015.
AMARO NETO
Deputado Estadual
JUSTIFICATIVA
O presente projeto foca no futebol, além de ser
um compromisso com a educação e com a juventude.
O Estatuto da Criança e Adolescente, em seu
artigo 53, estabelece que a criança e o adolescente, até
os dezoito anos, tem direito à educação, visando ao
pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o
exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.
Portanto, esta proposição visa garantir, através de
medida concreta e objetiva, que seja respeitado
efetivamente esse direito.
No Estado de São Paulo, o deputado estadual
Raul Marcelo aprovou o Projeto de Lei n°. 13.748/2009,
com o objetivo de estimular a valorização da educação
no Estado e servir como um instrumento de proteção ao
futuro de milhares de jovens que abandonam os estudos
para tentar um contrato profissional, outro estado que
apresentou proposta semelhante é o Estado vizinho do
Rio Grande do Sul, apresentando pela deputada
Catarina Paladini, bem como o estado de Santa Catarina
no Projeto de Lei 0027.1/2015, pelo deputado Leonel
Pavan.
Sabemos nobres deputados que, na maioria das
vezes, muitos jovens que ambicionam ser profissionais
do futebol terminam a vida sem o sonhado contrato,
sem formação e sem emprego, expondo-se a situação d
risco e vulnerabilidade social.
156 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Neste sentido, baseando-se nesta proposta
aprovada no Estado de São Paulo, a presente proposição
beneficiará centenas de jovens Espírito-santenses que,
muitas vezes, abandonam os estudos para se dedicar ao
futebol nos clubes.
Considerando todas as justificativas aqui
apresentadas, encaminhamos o seguinte projeto de lei
para apreciação.
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Publique-se. Após o
cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às
Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania e
Direitos Humanos, de Educação, de Desporto e de
Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de
Decreto Legislativo n.º 119/2015, do Deputado Hudson
Leal, que concede Título de Cidadania Espírito-
Santense a Senhora Márcia Vitor Nascimento.
Publicado integralmente no DPL do dia 17 de
novembro de 2015.
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Publique-se. Após o
cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às
Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania e
Direitos Humanos.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de
Decreto Legislativo n.º 120/2015, do Deputado Hudson
Leal, que concede Título de Cidadania Espírito-
Santense ao Senhor Jorge Armando Córdova Guzmán.
Publicado integralmente no DPL do dia 17 de
novembro de 2015.
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Publique-se. Após o
cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às
Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania e
Direitos Humanos.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de
Decreto Legislativo n.º 121/2015, do Deputado
Enivaldo dos Anjos, que concede Título de Cidadania
Espírito-Santense a Srª. Cleia Coelho Dias. Publicado
integralmente no DPL do dia 17 de novembro de
2015.
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Publique-se. Após o
cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às
Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania e
Direitos Humanos.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de
Decreto Legislativo n.º 122/2015, da Deputada Janete
de Sá, que concede Título de Cidadania Espírito-
Santense ao Sr. José Jorge de Oliveira Rodrigues.
Publicado integralmente no DPL do dia 17 de
novembro de 2015.
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Publique-se. Após o
cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às
Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania e
Direitos Humanos.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º
232/2015
Senhor Presidente:
O Deputado que abaixo subscreve, no uso de suas
prerrogativas constitucionais e regimentais,
especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da
Constituição Estadual, requer a Vossa Excelência que
encaminhe ao Excelentíssimo Senhor Secretário de
Estado da Educação, o seguinte pedido:
1) Informações quanto a doação de um terreno para
a construção da EEEFM Coronel Antônio Duarte,
localizada no Município de Iconha.
A Referida escola, situada no município de
Iconha consta o início do seu funcionamento da década
de 1930 e o atual prédio fundado em 1982. Tomando
como base essas informações, requer-se:
- Existe algum terreno doado pela Prefeitura Municipal
de Iconha para a construção da nova sede da referida
escola?
- Há previsão de início das obras de construção?
Havendo, qual a previsão para conclusão?
Sala das Sessões, 09 de novembro de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual - PSDB
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Oficie-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º
233/2015
Senhor Presidente:
O Deputado que abaixo subscreve, no uso de
suas prerrogativas constitucionais e regimentais,
especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 157
Constituição Estadual, requer a Vossa Excelência que
encaminhe ao Excelentíssimo Senhor Secretário de
Estado da Educação, o seguinte pedido:
1) Informações Relacionadas à Obra de Reforma e
Ampliação da E.E.E.F.M Ana Portela de Sá,
localizada no Município de Vila Pavão-ES:
Em recente visita realizada na referida escola por
este deputado, constatou-se que as obras do novo
prédio foram concluídas no ano de 2014, porém
passado quase um ano após a conclusão da obra, os
340 alunos continuam estudando em espaço cedido
pela escola municipal Professora Ester da Costa
Santos, que atualmente não comporta tal
contingente de alunos. Tomando como base essas
informações requer-se:
- Status atual da obra;
- Etapas concluídas;
- Qual o prazo para entrega da obra à comunidade
escolar?
Sala das Sessões, 09 de novembro de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual - PSDB
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Oficie-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º
234/2015
Senhor Presidente:
O Deputado que abaixo subscreve, no uso de
suas prerrogativas constitucionais e regimentais,
especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da
Constituição Estadual, requer a Vossa Excelência que
encaminhe ao Excelentíssimo Senhor Secretário de
Estado da Educação, o seguinte pedido:
Informações Relacionadas a construção de Quadra
Poliesportiva na E.E.E.F.M. PASTOR ANTONIO NUNES DE CARVALHO, localizada no
Município de Alto Rio Novo-ES:
A escola PASTOR ANTONIO NUNES DE
CARVALHO é a única escola estadual do município
de Alto Rio Novo e de acordo com a SEDU possui
hoje 794 matrículas. Apesar do expressivo número
de matrículas a escola não possui quadra de esportes
própria, e de acordo com avaliação realizada por
equipe técnica da secretaria de educação existe
espaço próprio para isso. Tomando como base essas
informações, requer-se:
1 - Existe projeto de contrução de Quadra de
Esportes na referida escola?
2 – Qual o prazo para início e conclusão das obras?
Sala das Sessões, 03 de novembro de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual - PSDB
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Oficie-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º
235/2015
Senhor Presidente:
O Deputado que abaixo subscreve, no uso de
suas prerrogativas constitucionais e regimentais,
especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da
Constituição Estadual, requer a Vossa Excelência que
encaminhe ao Excelentíssimo Senhor Secretário de
Estado da Educação, o seguinte pedido:
Informações Relacionadas a retomada e conclusão
das obras da Quadra Poliesportiva da E.E.E.F.M. JOB PIMENTEL, localizada no Município de Alto
Rio Novo-ES:
Existem três escolas da rede estadual em
Mantenópolis, sendo a mais expressiva em número
de matrículas a Escola Job Pimentel, atualmente
com 720 alunos. Através de visita realizada por este
deputado que vos subscreve, ficou constato a
inconclusão das obras de construção da quadra de
esportes da escola, iniciada há mais de dez anos.
Tomando como base essas informações, requer-se:
1 – Qual o prazo para retomada das obras da
quadra de esportes?
2 – Qual o prazo conclusão das obras?
Sala das Sessões, 03 de novembro de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual - PSDB
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Oficie-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
158 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
GABINETE DO DEPUTADO
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º
236/2015
Senhor Presidente:
O Deputado que abaixo subscreve, no uso de
suas prerrogativas constitucionais e regimentais,
especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da
Constituição Estadual, requer a Vossa Excelência que
encaminhe ao Excelentíssimo Senhor Secretário de
Estado da Educação, no prazo constitucionalmente
definido, as informações abaixo elencadas e as cópia de
todos os documentos e processos que embasem e
comprovem as correspondentes respostas.
1 – Em recente visita à ESCOLA ESTADUAL DE
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO JERÔNIMO MONTEIRO, localizada no município de Jerônimo
Monteiro, foram identificados problemas, como: a)
laboratório de informática com equipamentos obsoletos;
b) conexão de internet lenta e instável; c) climatização
inadequada, necessitando de mais ventiladores e
aparelhos de ar-condicionado; d) Rede elétrica
deficiente e defasada; f) Falta de laboratório de ciências.
Dada à existência de tantos problemas estruturais,
requer-se do Excelentíssimo Senhor Secretário de
Estado da Educação informações sobre a existência de
reforma e ampliação da referia instituição, bem como os
devidos prazos.
Sala das Sessões, 09 de novembro de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual - PSDB
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Oficie-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º
237/2015
Senhor Presidente:
O Deputado que abaixo subscreve, no uso de
suas prerrogativas constitucionais e regimentais,
especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da
Constituição Estadual, requer a Vossa Excelência que
encaminhe ao Excelentíssimo Senhor Secretário de
Estado da Educação, o seguinte pedido:
1) Informações Relacionadas ao conserto do telhado
da E.E.E.F.M. JOSÉ DAMASCENO FILHO,
localizada no MunicípiO DE Baixo Guandu-ES:
O município de Baixo Guandu possui hoje cinco
escolas estaduais, sendo a escola José Damasceno
Filho a mais expressiva em número de matrículas,
no presente ano letivo de acordo com dados da
SEDU são 1.017. Recentemente a referida escola
passou por um processo de reforma e ampliação
porém a obra foi entregue com um grave problema
estrutural, fortes infiltrações no telhado, quando
chove a água escoa pelos canais dos ventiladores e
lâmpadas. Constatado o problema a direção da
escola recorreu a secretaria de educação, que por
sua vez enviou uma equipe para avaliação porém até
o presente momento nenhuma medida foi tomada.
Tomando como base essas informações, requer-se:
- Qual o prazo para solução do problema?
Sala das Sessões, 03 de novembro de 2015.
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Oficie-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DA DEPUTADA
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º
240/2015
Senhor Presidente:
O Deputado abaixo assinado, no uso de suas
prerrogativas constitucionais e regimentais,
especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da
Constituição Estadual, requer a V. Exª que encaminhe
ao Exmº Sr. Secretário Estadual de Educação, o
seguinte pedido de informações sobre:
1)- Andamento da Confecção do Projeto de
Construção da EMEF Talma Drumond Pestana,
localizada no município de Linhares/ES. Apesar de
ser uma escola municipal, o presente projeto está sob
responsabilidade do Governo do Estado do Espírito
Santo.
Sala das Sessões, 10 de novembro de 2015.
ELIANA DADALTO
Deputado Estadual
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Oficie-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º
241/2015
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 159
Senhor Presidente:
O Deputado abaixo assinado, no uso de suas
prerrogativas constitucionais e regimentais,
especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da
Constituição Estadual, requer a V. Exª que encaminhe
ao Exmº Sr. Secretário de Estado de Esporte e Lazer, o
seguinte pedido de informações:
1 – Cópia de todo o processo que culminou com a
contratação da empresa para execução da obra do
Projeto Praça Saudável no bairro Tubarão,
Serra/ES.
2 – Nome da empresa vencedora do certame?
3 – Relatório de medições e pagamentos dos serviços
alusivos à praça?
4 – Cronograma constando o início, e a entrega da
mencionada praça?
5 – Se a Secretaria de Esporte efetuou o pagamento
do valor total da referida obra? Quais os valores
pagos pela Secretaria?
6 – Por que a obra até o momento não foi
devidamente entregue a população?
7 – Quem foi na SESPORT o responsável pela
assinatura do contrato e responsável pelo pagamento
da obra?
Sala das Sessões, 14 de julho de 2015.
BRUNO LAMAS
Deputado Estadual - PSB
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO – DEM) – Oficie-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DA LIDERANÇA DO GOVERNO
REQUERIMENTO DE URGÊNCIA N.º 116/2015
Senhor Presidente:
O Deputado abaixo assinado, Líder do Governo
nesta Casa, no uso de suas prerrogativas regimentais,
requer a V. Exª, após ouvido o Plenário, regime de
urgência, para o Projeto de Lei 451/2015 que tem
como objetivo alterar a lei nº 7000 de 27 de
dezembro de 2001, oriundo da Mensagem
Governamental nº 298/2015, que dispõe sobre o
imposto sobre Operações Relativas a Circulação de
Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação, para adequá-la às determinações
encartadas na Emenda Constitucional Nº 87 de 16 de abril de 2015.
Assembleia Legislativa do Estado do Espirito Santo, 09 de novembro de 2015.
GILDEVAN FERNANDES
Deputado Estadual- PV
Líder do Governo
(Comparece o Senhor Deputado Amaro Neto)
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO – DEM) – Em votação o Requerimento de
Urgência n.º 116/2015, que acaba de ser lido.
Os Senhores Deputados que o aprovam,
permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovado.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DA DEPUTADA
REQUERIMENTO N.º 132/2015
Senhor Presidente:
A Deputada infra-assinada, no uso de suas
prerrogativas regimentais, de acordo com o art. 4, inciso
IV, da Resolução 2700, de 15/07/2009, requer que seja
convocada SESSÃO ESPECIAL PARA DEBATER
AS POLITICAS PUBLICAS INCLUSIVAS, COM
ÊNFASE NA EDUCAÇÃO E SAÚDE, que será
realizada no dia 03 de dezembro de 2015 das 9 às 12h,
no Plenário Dirceu Cardoso desta Casa de Leis.
Termos em que, pede e Espera Deferimento.
Palácio Domingos Martins, 10 de novembro
de 2015.
LUZIA TOLEDO
Deputada Estadual – PMDB
(Comparece o Senhor Deputado Rodrigo Coelho)
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO – DEM) – Em discussão o Requerimento
n.º 132/2015, que acaba de ser lido. (Pausa)
Não havendo oradores que queiram discuti-lo,
declaro encerrada a discussão.
Em votação.
Os Senhores Deputados que o aprovam,
permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovado.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Parecer n.º
399/2015, da Comissão de Justiça, pela manutenção do
despacho denegatório aposto ao Projeto de Lei n.o
346/2015, de autoria do Deputado Enivaldo dos Anjos,
que proíbe o uso, a fabricação e a comercialização de
cerol ou de qualquer outro tipo de material cortante nas
linhas de pipas e assemelhados em todo o Estado e dá
outras providências. Lido na 98.ª Sessão Ordinária,
realizada dia 26 de outubro de 2015, e adiada a
votação por falta de quorum.
160 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
(Comparece o Senhor Deputado Hudson Leal)
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO – DEM) – Informo aos Senhores
Deputados que se o Parecer n.º 399/2015, da Comissão
de Justiça, for aprovado, a matéria será arquivada; se
rejeitado, o projeto seguirá tramitação normal.
Em votação o parecer, pela manutenção do
despacho denegatório aposto ao Projeto de Lei n.º
346/2015.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Senhor Presidente, pela ordem!
Como autor do projeto, peço a palavra para encaminhar
votação.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO – DEM) – Concedo a palavra ao Senhor
Deputado Enivaldo dos Anjos.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD – Sem revisão do orador) –
Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores
Deputados, queria pedir apoiamento do Plenário para
derrubar o parecer da Comissão de Justiça, que mantém
o despacho denegatório em um projeto que é de
interesse da comunidade, pois várias mortes têm sido
registradas no Espírito Santo devido ao uso de cerol em
linhas de raias. Empresas fornecem o material para
crianças e adolescentes, e isso tem causado várias
mortes em nosso Estado.
Assim, faço um apelo aos Senhores Deputados
para que votem contra o parecer da Comissão de Justiça
para que a matéria possa tramitar e possamos encontrar
uma solução para essa situação, que é realmente crítica.
Vários casos já ocorreram e foram divulgados
pela imprensa, e também há alguns de nosso
conhecimento, com relação à utilização de cerol nas
linhas de raias, transformando-as em verdadeiras facas
afiadas e matando muita gente, principalmente
motoqueiros, no nosso Estado. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO – DEM) – Em votação o parecer pela
manutenção do despacho denegatório aposto ao Projeto
de Lei n.º 346/2015.
Os Senhores Deputados que o aprovam,
permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovado contra seis votos.
Arquive-se o projeto.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Senhor Presidente, pela ordem!
Considero-me satisfeito e não me sentirei mais culpado
quando morrer alguém no Estado.
O SR. GUERINO ZANON – (PMDB) –
Senhor Presidente, pela ordem! Permita-me fazer uso
deste momento para me referir a três fatos que não são
inerentes à matéria, mas tenho uma audiência em Baixo
Guandu e precisaria fazer uma fala antes de ir.
Primeiro, solicitar ao Senhor Deputado Erick
Musso, presidente da Comissão Especial que trata do
plano de trabalho da Eco101, para ver a possibilidade,
junto aos demais membros da Comissão, de realizar
uma audiência em Linhares para que aqueles munícipes
também tenham a oportunidade de conhecer o plano de
aplicação dos trabalhos que serão feitos por toda a
extensão da BR-101 no Estado do Espírito Santo.
O segundo, Senhor Presidente, é para fazer o
registro do falecimento do Senhor Augusto de Oliveira,
nosso querido Senhor Augusto.
E o terceiro, é falar um pouquinho e
rapidamente sobre a fuligem e a fumaça provocadas
pela queima de cana em nosso Município. Em alguns
períodos do ano os linharenses têm que conviver com a
fuligem e a fumaça causados com as queimadas nos
canaviais da Lasa, mas isso não é mais admissível!
Nesse fim de semana, a população de Linhares
sofreu mais uma vez com a cidade totalmente encoberta
por uma densa fumaça e com as casas completamente
sujas.
Foram anos e anos de luta exigindo solução da
empresa, pois além de causar transtornos devido a
sujeira, a inalação da fumaça produzida é um problema
gravíssimo de saúde pública.
A empresa Lasa alega que os incêndios que
estão acontecendo são criminosos, como alguns que já
foram identificados. Mas estamos exigindo da empresa
uma melhor fiscalização e até de solicitar ao Estado,
através da Polícia Ambiental, uma maior ação efetiva e
enérgica ação contra os irresponsáveis, criminosos, que
estão provocando as queimadas. A empresa precisa ser
mais eficiente nas suas atividades.
É uma empresa importante para todos nós de
Linhares e para o Estado do Espírito Santo, mas tão
importante ou mais é a nossa proteção ao meio
ambiente e à saúde dos linharenses. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Continua a leitura do
Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Parecer n.º
400/2015, da Comissão de Justiça, pela manutenção do
despacho denegatório aposto ao Projeto de Lei n.o
349/2015, de autoria do Deputado Hudson Leal, que
dispõe sobre a inclusão do tipo sanguíneo e a
informação se o titular é ou não doador de órgãos na
Carteira Nacional De Habilitação (CNH) emitida pelo
Departamento Estadual de Trânsito do Estado
(DETRAN-ES). Lido na 98.ª Sessão Ordinária,
realizada dia 26 de outubro de 2015, e adiada a
votação por falta de quorum.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Informo aos Senhores
Deputados que se o Parecer n.º 400/2015, da Comissão
de Justiça, for aprovado, a matéria será arquivada; se
rejeitado, o projeto seguirá tramitação normal.
Em votação o parecer, pela manutenção do
despacho denegatório aposto ao Projeto de Lei n.º
349/2015.
Os Senhores Deputados que o aprovam,
permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovado.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 161
Arquive-se o projeto.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Parecer n.º
401/2015, da Comissão de Justiça, pela manutenção do
despacho denegatório aposto ao Projeto de Lei n.o
352/2015, de autoria do Deputado Marcos Bruno, que
estabelece prioridade de atendimento, na forma em que
menciona, para pessoas que realizam tratamento de
quimioterapia, radioterapia, hemodiálise ou utilizam
bolsa de colostomia, e dá outras providências. Lido na
98.ª Sessão Ordinária, realizada dia 26 de outubro
de 2015, e adiada a votação por falta de quorum.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Informo aos Senhores
Deputados que se o Parecer n.º 401/2015, da Comissão
de Justiça, for aprovado, a matéria será arquivada; se
rejeitado, o projeto seguirá tramitação normal.
Em votação o parecer, pela manutenção do
despacho denegatório aposto ao Projeto de Lei n.º
352/2015.
Os Senhores Deputados que o aprovam,
permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovado, contra um voto.
Arquive-se o projeto.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Parecer n.º
402/2015, da Comissão de Justiça, pela manutenção do
despacho denegatório aposto ao Projeto de Lei n.º
362/2015, de autoria da Deputada Raquel Lessa, que
altera a Lei nº 9.955, de 07 de dezembro de 2012, que
dispõe sobre contratação temporária de agente
penitenciário e de agente de escolta e vigilância
penitenciária. Lido na 98.ª Sessão Ordinária,
realizada dia 26 de outubro de 2015, e adiada a
votação por falta de quorum.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Informo aos Senhores
Deputados que se o Parecer n.º 402/2015, da Comissão
de Justiça, for aprovado, a matéria será arquivada; se
rejeitado, o projeto seguirá tramitação normal.
Em votação o parecer, pela manutenção do
despacho denegatório aposto ao Projeto de Lei n.º
362/2015.
Os Senhores Deputados que o aprovam,
permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovado, contra dois votos.
Arquive-se o projeto.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Indicação n.º
1505/2015, da Deputada Luzia Toledo, ao Governador
do Estado, para ampliação do prédio da EEEF Guilhermina Hulda Kruger Reinholz, localizada no
município de Santa Leopoldina. Lida na 103.ª Sessão
Ordinária, realizada dia 09 de novembro de 2015, e
adiada a votação por falta de quorum.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Em votação a Indicação n.º
1505/2015, lida em sessão anterior.
Os Senhores Deputados que a aprovam,
permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovada.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Indicação n.º
1506/2015, da Deputada Luzia Toledo, ao Governador
do Estado, para aquisição de caminhão equipado com
tanque isotérmico para o transporte de leite e granel
para a Associação Comunitária e de Agricultura
Familiar de Vieira Machado, localizada no município de
Muniz Freire. Lida na 103.ª Sessão Ordinária,
realizada dia 09 de novembro de 2015, e adiada a
votação por falta de quorum.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Em votação a Indicação n.º
1506/2015, lida em sessão anterior.
Os Senhores Deputados que a aprovam,
permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovada.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Indicação n.º
1507/2015, da Deputada Luzia Toledo, ao Governador
do Estado, para construção de uma quadra poliesportiva
e uma sala de aula para atendimento aos alunos
especiais e instalação de internet da EEEF Floresta do
Sul, localizada no município de Pedro Canário. Lida na
103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de
novembro de 2015, e adiada a votação por falta de
quorum.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Em votação a Indicação n.º
1507/2015, lida em sessão anterior.
Os Senhores Deputados que a aprovam,
permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovada.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Indicação n.º
1508/2015, do Deputado Edson Magalhães, ao
Governador do Estado, para reforma, ampliação da
estrutura física da Escola e construção de pátio coberto
para a Escola Estadual EEEF Rio Claro, em Guarapari
ES. Lida na 103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09
de novembro de 2015, e adiada a votação por falta
de quorum.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Em votação a Indicação n.º
1508/2015, lida em sessão anterior.
Os Senhores Deputados que a aprovam,
permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovada.
Continua a leitura do Expediente.
162 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Indicação n.º
1509/2015, da Deputada Eliana Dadalto, ao Governador
do Estado, para pavimentação asfáltica, que liga o
município de Nova Venécia/ES ao distrito de São Jorge
da Barra Seca (Vila Valério/ES), à Rodovia ES – 344.
Lida na 103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de
novembro de 2015, e adiada a votação por falta de
quorum.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Em votação a Indicação n.º
1509/2015, lida em sessão anterior.
Os Senhores Deputados que a aprovam,
permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovada.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Indicação n.º
1510/2015, do Deputado Doutor Hércules, ao
Governador do Estado, para realização do mutirão de
conciliação e renegociação de dívidas do PROCON -
Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor,
no Município de Vila Velha/ES. Lida na 103.ª Sessão
Ordinária, realizada dia 09 de novembro de 2015, e
adiada a votação por falta de quorum.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Em votação a Indicação n.º
1510/2015, lida em sessão anterior.
Os Senhores Deputados que a aprovam,
permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovada.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Indicação n.º
1511/2015, do Deputado Doutor Hércules, ao
Governador do Estado, para instituir um Programa de
Acessibilidade nos Prédios e Logradouros Públicos do
Estado. Lida na 103.ª Sessão Ordinária, realizada dia
09 de novembro de 2015, e adiada a votação por
falta de quorum.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Em votação a Indicação n.º
1511/2015, lida em sessão anterior.
Os Senhores Deputados que a aprovam,
permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovada.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Indicação n.º
1512/2015, do Deputado Doutor Hércules, ao
Governador do Estado, paracelebração de Convênio
com a Associação Vila Velhense de Proteção Ambiental
– AVIDEPA, para fornecimento de mudas para reflorestamento das bacias hidrográficas. Lida na 103.ª
Sessão Ordinária, realizada dia 09 de novembro de
2015, e adiada a votação por falta de quorum.
Indicação n.º 1513/2015, da Deputada Luzia
Toledo, ao Governador do Estado, para isenção de
cobrança de ICMS das unidades produtoras, de energia
solar fotovoltaica, enquadradas na Resolução Normativa
482 da ANEEL, através da assinatura do Convênio com
o Ministério da Fazenda. Lida na 103.ª Sessão
Ordinária, realizada dia 09 de novembro de 2015, e
adiada a votação por falta de quorum.
Indicação n.º 1514/2015, da Deputada Luzia
Toledo, ao Governador do Estado, para desoneração de
ICMS sobre as faturas de Energia Elétrica dos Serviços
Autônomos de Água e Esgoto – SAAE do Estado. Lida
na 103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de
novembro de 2015, e adiada a votação por falta de
quorum.
Indicação n.º 1515/2015, do Deputado Doutor
Rafael Favatto, ao Governador do Estado, paraobras
que possam enfrentar a crise hídrica nos munícipios da
região central sul do Espírito Santo, como Apiacá. Lida
na 103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de
novembro de 2015, e adiada a votação por falta de
quorum.
Indicação n.º 1516/2015, do Deputado Doutor
Rafael Favatto, ao Governador do Estado, paraaquisição
de máquina para o beneficiamento de café, para a
Associação de Agricultores Familiares de Alto Guandu,
localizado no município de Afonso Cláudio. Lida na
103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de
novembro de 2015, e adiada a votação por falta de
quorum.
Indicação n.º 1517/2015, do Deputado Doutor
Rafael Favatto, ao Governador do Estado, paraaquisição
de um caminhão de 150CV, com carroceria de madeira,
capacidade de carga de 6000 kg, para beneficiar os
produtores rurais da Associação de Agricultores
Familiares – Córrego Duas Pedras de São Domingos,
localizado no município de Afonso Cláudio. Lida na
103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de
novembro de 2015, e adiada a votação por falta de
quorum.
Indicação n.º 1518/2015, do Deputado Doutor
Rafael Favatto, ao Governador do Estado, paraobras
que possam enfrentar a crise hídrica nos munícipios do
sudoeste do Espírito Santo, como Jerônimo Monteiro.
Lida na 103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de
novembro de 2015, e adiada a votação por falta de
quorum.
Indicação n.º 1519/2015, do Deputado Doutor
Rafael Favatto, ao Governador do Estado,
paraveiculação de informações sobre pessoas
desaparecidas nos sítios eletrônicos oficiais da
administração direta, indireta e fundacional do Estado.
Lida na 103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de
novembro de 2015, e adiada a votação por falta de
quorum.
Indicação n.º 1520/2015, do Deputado Doutor
Rafael Favatto, ao Governador do Estado, para
construção de rede de serviço de coleta e tratamento de
esgoto, do bairro Canarinho/Colina, conhecido também
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 163
como “Gogo do Sapo”, em Pedro Canário. Lida na
103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de
novembro de 2015, e adiada a votação por falta de
quorum.
Indicação n.º 1521/2015, do Deputado Doutor
Rafael Favatto, ao Governador do Estado, para
estabelecer restrição para comercialização de aparelhos
eletrônicos destinados a promover alterações no IMEI
(International Mobile Equipment Identity) dos
aparelhos de telefonia móvel celular e similares. Lida
na 103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de
novembro de 2015, e adiada a votação por falta de
quorum.
Indicação n.º 1522/2015, do Deputado Doutor
Rafael Favatto, ao Governador do Estado, paraaquisição
de máquina de beneficiar café para atendimento às
Associações de Agricultores Familiares das seguintes
localidades: Três Pontões e Córrego Duas Pedras de São
Domingos, todos localizados no município de Afonso
Cláudio. Lida na 103.ª Sessão Ordinária, realizada
dia 09 de novembro de 2015, e adiada a votação por
falta de quorum.
Indicação n.º 1523/2015, do Deputado Doutor
Rafael Favatto, ao Governador do Estado,
parainstalação de redutores de velocidades na Rodovia
Sebastião Alves de Lima, no km 125 (sentido Vitória-
Afonso Cláudio) e no distrito Fazenda Guandu,
localizados no município de Afonso Cláudio. Lida na
103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de
novembro de 2015, e adiada a votação por falta de
quorum.
Indicação n.º 1524/2015, do Deputado Doutor
Rafael Favatto, ao Governador do Estado, paraaquisição
de 04 (quatro) máquinas de secagem rotativas
horizontal de café para atendimento às Associações de
Agricultores Familiares das seguintes localidades: Três
Pontões e Córrego Duas Pedras, São Domingos, Santa
Rosa e São Domingos de Ibicaba, todos localizados no
município de Afonso Cláudio. Lida na 103.ª Sessão
Ordinária, realizada dia 09 de novembro de 2015, e
adiada a votação por falta de quorum.
Indicação n.º 1525/2015, do Deputado Doutor
Rafael Favatto, ao Governador do Estado, paraaquisição
de um trator agrícola, com ensiladeira, arado de gradear
sulcador e carroça basculante, para beneficiar os
produtores rurais da Associação de Agricultores
Familiares – Comunidade Três Pontões localizado no
município de Afonso Cláudio. Lida na 103.ª Sessão
Ordinária, realizada dia 09 de novembro de 2015, e
adiada a votação por falta de quorum.
Indicação n.º 1526/2015, do Deputado Doutor
Rafael Favatto, ao Governador do Estado, paraaquisição
de um trator agrícola de 756 CV, com arado hidráulico
fixo de 03 discos, para beneficiar os produtores rurais
da Associação de Agricultores Familiares – Córrego
Duas Pedras São Domingos, Ibicaba, localizado no
município de Afonso Cláudio. Lida na 103.ª Sessão
Ordinária, realizada dia 09 de novembro de 2015, e
adiada a votação por falta de quorum.
Indicação n.º 1527/2015, do Deputado Almir
Vieira, ao Governador do Estado, para instalação de
uma torre de telefone internet 3G móvel na Comunidade
de Alto Silveira (Broa Preta) Município de Brejetuba-
ES. Lida na 103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09
de novembro de 2015, e adiada a votação por falta
de quorum.
Indicação n.º 1528/2015, da Deputada Luzia
Toledo, ao Governador do Estado, para reforma na
estrutura física da EEEF Bananal, localizada no
município de Rio Bananal. Lida na 103.ª Sessão
Ordinária, realizada dia 09 de novembro de 2015, e
adiada a votação por falta de quorum.
Indicação n.º 1529/2015, da Deputada Luzia
Toledo, ao Governador do Estado, para reforma total da
EEEF Narceu de Paiva Filho, localizada no município
de Ibiraçu. Lida na 103.ª Sessão Ordinária, realizada
dia 09 de novembro de 2015, e adiada a votação por
falta de quorum.
Indicação n.º 1530/2015, da Deputada Luzia
Toledo, ao Governador do Estado, para reforma da
EEEF Professor Hermann Berger, localizada na zona
rural do município de Santa Maria de Jetibá. Lida na
103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de
novembro de 2015, e adiada a votação por falta de
quorum.
Indicação n.º 1531/2015, da Deputada Luzia
Toledo, ao Governador do Estado, para compra de dois
secadores de café para Associação Comunitária e de
Agricultura Familiar de Vieira Machado-
AGROGRIVIMA, para as Comunidades de Caeté e
Jacutinga, ambas do distrito de Vieira Machado,
localizada no município de Muniz Freire. Lida na 103.ª
Sessão Ordinária, realizada dia 09 de novembro de
2015, e adiada a votação por falta de quorum.
Indicação n.º 1532/2015, da Deputada Luzia
Toledo, ao Governador do Estado, para reforma e
ampliação da EEEFM Fazenda Emilio Schroeder,
localizada em Alto Santa Maria, Garrafão, município de
Santa Maria de Jetibá. Lida na 103.ª Sessão Ordinária,
realizada dia 09 de novembro de 2015, e adiada a
votação por falta de quorum.
Indicação n.º 1533/2015, da Deputada Luzia
Toledo, ao Governador do Estado, para reforma da
EEEF José Pinto Coelho, localizada no município de
Santa Teresa. Lida na 103.ª Sessão Ordinária,
realizada dia 09 de novembro de 2015, e adiada a
votação por falta de quorum.
Indicação n.º 1534/2015, da Deputada Luzia
Toledo, ao Governador do Estado, para instalação de
abraçadeiras plásticas nas torneiras com fechamento
automático, a fim de redimensionar o consumo diário
médio por pessoa de 21,18 m³ para 5,77m³. Lida na
103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de
novembro de 2015, e adiada a votação por falta de
164 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
quorum.
Indicação n.º 1535/2015, da Deputada Luzia
Toledo, ao Governador do Estado, para construção de
auditório e uma quadra poliesportiva, na EEEF Zenóbia
Leão, localizada no município de Guarapari. Lida na
103.ª Sessão Ordinária, realizada dia 09 de
novembro de 2015, e adiada a votação por falta de
quorum.
Indicação n.º 1536/2015, da Deputada Luzia
Toledo, ao Governador do Estado, para adquirir
equipamentos para ampliação da sala de coleta de leite
humano na Fundação Social Rural de Colatina –
Hospital Maternidade São José, situado no município de
Colatina. Lida na 103.ª Sessão Ordinária, realizada
dia 09 de novembro de 2015, e adiada a votação por
falta de quorum.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Em votação as Indicações n.os
1512/2015, 1513/2015, 1514/2015, 1515/2015,
1516/2015, 1517/2015, 1518/2015, 1519/2015,
1520/2015, 1521/2015, 1522/2015, 1523/2015,
1524/2015, 1525/2015, 1526/2015, 1527/2015,
1528/2015, 1529/2015, 1530/2015, 1531/2015,
1532/2015, 1533/2015, 1534/2015, 1535/2015 e
1536/2015, lidas em sessão anterior.
Os Senhores Deputados que as aprovam,
permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovadas.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DA DEPUTADA
INDICAÇÃO N.º 1537/2015
Senhor Presidente:
A Deputada Estadual LUZIA TOLEDO, no uso
de suas atribuições regimentais contidas nos Artigos
141 e 174, aprovada pela Resolução nº 2.700, de
15.07.2009, requer que seja encaminhada ao Exmo.
Governador do Estado do Espírito Santo, Dr. Paulo
Cesar Hartung Gomes, a seguinte INDICAÇÃO:
A Deputada signatária vem, respeitosamente, indicar a
V.Exa. que determine a Secretaria de Estado da Saúde
que apresente um projeto de lei que “Dispõe que
maternidades, casas de parto e estabelecimentos
hospitalares congêneres, da rede pública e privada do
Estado deverão permitir a presença de doulas durante
todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto
imediato, sempre que solicitadas pela parturiente”.
Senhor Governador:
A palavra doula vem do grego e significa
“mulher que serve”. São mulheres capacitadas para
brindar apoio continuado a outras mulheres, (e aos seus
companheiros e/ou outros familiares) proporcionando
conforto físico, apoio emocional e suporte cognitivo
antes, durante e após o nascimento de seus filhos.
A organização Mundial da Saúde (OMS) e o
Ministério da Saúde de vários países entre eles o Brasil
(portaria 28 de maio de 2003) reconhecem e incentivam
a presença da doula. Tem se demonstrado que o parto
evolui com maior tranqüilidade, rapidez e com menos
dor e complicações tanto maternas como fetais. Torna-
se uma experiência gratificante, fortalecedora e
favorecedora da vinculação mãe-bebê. As vantagens
também ocorrem para o Sistema de Saúde, que além de
oferecer um serviço de maior qualidade, tem uma
significativa redução nos custos dada a diminuição das
intervenções médicas e do tempo de internação das
mães e dos bebês.
"O apoio físico e empático contínuo oferecido por uma única pessoa durante o trabalho de parto traz muitos
benefícios, incluindo um trabalho de parto mais curto,
um volume significativamente menor de medicações e analgesia epidural, menos escores de Apgar abaixo de
7 e menos partos operatórios." (ORGANIZAÇÃO
MUNDIAL DE SAÚDE. OMS. Maternidade segura.
Assistência ao parto normal: um guia prático. Genebra:
OMS, 1996)
A presente Indicação demanda de um estudo da
SESA, para que determine que as maternidades, casas
de parto e estabelecimentos hospitalares congêneres, da
rede pública e privada do Estado deverão a permitir a
presença de doulas durante todo o período de trabalho
de parto, parto e pós-parto imediato, sempre que
solicitadas pela parturiente.
Desde os primórdios da humanidade foi se
acumulando um conhecimento empírico, fruto da
experiência de milhares de mulheres auxiliando outras
mulheres na hora do nascimento de seus filhos. O
nascimento humano era marcado pela presença
experiente das mulheres da família: irmãs mais velhas,
tias, mães, avós.
Atualmente, os partos acontecem em ambiente
hospitalar e rodeado por especialistas: o médico
obstetra, a enfermeira, o anestesista, o pediatra... cada
qual com sua especialidade e preocupação técnica
pertinente. Cada vez maior, a hospitalização do parto
deixou as nossas mulheres desenraizadas e isoladas,
sem nenhum apoio psico-social.
A figura da doula surge justamente para
preencher esta lacuna, suprindo a demanda de emoção e
afeto neste momento de intensa importância e
vulnerabilidade. É o resgate de uma prática existente
antes da institucionalização e medicalização da
assistência ao parto.
Em face de sua relevância, apresentamos a
presente Indicação com minuta de Projeto de Lei.
Palácio Domingos Martins, 22 de outubro de
2015.
LUZIA TOLEDO
Deputada Estadual – PMDB
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 165
PROJETO DE LEI Nº /2015
Dispõe que maternidades, casas de parto e
estabelecimentos hospitalares congêneres, da rede
pública e privada do Estado deverão permitir a presença
de doulas durante todo o período de trabalho de parto,
parto e pós-parto imediato, sempre que solicitadas pela
parturiente.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO
DECRETA:
Art. 1º Maternidades, casas de parto e
estabelecimentos hospitalares congêneres, da rede
pública e privada do Estado, deverão permitir a
presença de doulas durante todo o período de trabalho
de parto, parto e pós-parto imediato, sempre que
solicitadas pela parturiente.
§ 1º - Para os efeitos desta lei e em
conformidade com a qualificação da CBO
(Classificação Brasileira de Ocupações), código 3221-
35, doulas são acompanhantes de parto escolhidas
livremente pelas gestantes e parturientes, que “visam
prestar suporte contínuo à gestante no ciclo gravídico
puerperal, favorecendo a evolução do parto e bem-estar
da gestante”, com certificação ocupacional em curso
para essa finalidade.
§ 2º - A presença das doulas não se confunde
com a presença do acompanhante instituído pela Lei
Federal 11.108/2005.
§ 3º - Os serviços privados de assistência
prestados pelas doulas durante todo o período de
trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, bem como
despesas com paramentação, não acarretarão qualquer
custos adicionais à parturiente.
Art. 2º - As doulas, para o regular exercício da
profissão, estão autorizadas a entrar nas maternidades,
casas de parto e estabelecimentos hospitalares
congêneres, da rede pública e privada do Estado, com
seus respectivos instrumentos de trabalho, condizentes
com as normas de segurança e ambiente hospitalar.
Parágrafo único - Entende-se como
instrumentos de trabalho das doulas:
I - bolas de fisioterapia;
II - massageadores;
III - bolsa de água quente;
IV - óleos para massagens;
V - banqueta auxiliar para parto;
VI - Demais materiais considerados indispensáveis na assistência do período de trabalho de parto, parto e pós-
parto imediato.
Art. 3º. Fica vedada às doulas a realização de
procedimentos médicos ou clínicos, como aferir
pressão, avaliação da progressão do trabalho de parto,
monitoração de batimentos cardíacos fetais,
administração de medicamentos, entre outros, mesmo
que estejam legalmente aptas a fazê-los.
Art. 4º. O não cumprimento da obrigatoriedade
instituída no “caput” do artigo 1º sujeitará os infratores
às seguintes penalidades:
I - advertência, na primeira ocorrência;
II - se estabelecimento privado, multa de 100 (cem)
Valor de Referência do Tesouro Estadual- VRTEs, na
próxima, dobrada em cada outra reincidência, até o
limite de 2.000 (dois mil) Valor de Referência do
Tesouro Estadual- VRTEs;
III - se órgão público, o afastamento do dirigente e
aplicação das penalidades previstas na legislação.
Parágrafo único - Competirá ao órgão gestor
da saúde da localidade em que estiver situado o
estabelecimento a aplicação das penalidades de que
trata este artigo, conforme estabelecer a legislação
própria, a qual disporá, ainda, sobre a aplicação dos
recursos dela decorrentes.
Art. 5º - Os sindicatos, associações, órgãos de
classe dos médicos, enfermeiros e entidades similares
de serviços de saúde do Estado deverão adotar, de
imediato, as providências necessárias ao cumprimento
da presente lei.
Art. 6º. Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Palácio Anchieta, de de 2015
PAULO CESAR HARTUNG GOMES
Governador do Estado
JUSTIFICATIVA
Este projeto de lei demanda que maternidades,
casas de parto e estabelecimentos hospitalares
congêneres, da rede pública e privada do Estado
deverão permitir a presença de doulas durante todo o
período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato,
sempre que solicitadas pela parturiente.
Desde os primórdios da humanidade foi se
acumulando um conhecimento empírico, fruto da
experiência de milhares de mulheres auxiliando outras
mulheres na hora do nascimento de seus filhos. O
nascimento humano era marcado pela presença
experiente das mulheres da família: irmãs mais velhas,
tias, mães, avós.
Atualmente, os partos acontecem em ambiente
hospitalar e rodeado por especialistas: o médico
obstetra, a enfermeira, o anestesista, o pediatra... cada
qual com sua especialidade e preocupação técnica
pertinente. Cada vez maior, a hospitalização do parto
deixou as nossas mulheres desenraizadas e isoladas,
sem nenhum apoio psico-social.
A figura da doula surge justamente para
preencher esta lacuna, suprindo a demanda de emoção e
afeto neste momento de intensa importância e
vulnerabilidade. É o resgate de uma prática existente
166 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
antes da institucionalização e medicalização da
assistência ao parto.
A palavra doula vem do grego e significa
“mulher que serve”. São mulheres capacitadas para
brindar apoio continuado a outras mulheres, (e aos seus
companheiros e/ou outros familiares) proporcionando
conforto físico, apoio emocional e suporte cognitivo
antes, durante e após o nascimento de seus filhos.
A organização Mundial da Saúde (OMS) e o
Ministério da Saúde de vários países entre eles o Brasil
(portaria 28 de maio de 2003) reconhecem e incentivam
a presença da doula. Tem se demonstrado que o parto
evolui com maior tranqüilidade, rapidez e com menos
dor e complicações tanto maternas como fetais. Torna-
se uma experiência gratificante, fortalecedora e
favorecedora da vinculação mãe-bebê. As vantagens
também ocorrem para o Sistema de Saúde, que além de
oferecer um serviço de maior qualidade, tem uma
significativa redução nos custos dada a diminuição das
intervenções médicas e do tempo de internação das
mães e dos bebês.
"O apoio físico e empático contínuo oferecido por uma
única pessoa durante o trabalho de parto traz muitos benefícios, incluindo um trabalho de parto mais curto,
um volume significativamente menor de medicações e
analgesia epidural, menos escores de Apgar abaixo de 7 e menos partos operatórios." (ORGANIZAÇÃO
MUNDIAL DE SAÚDE. OMS. Maternidade segura.
Assistência ao parto normal: um guia prático. Genebra:
OMS, 1996)
Em face de sua relevância, apresentamos o
presente Projeto de Lei.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DA DEPUTADA
INDICAÇÃO N.º 1538/2015
Senhor Presidente:
A Deputada Estadual LUZIA TOLEDO, no uso
de suas atribuições regimentais contidas nos Artigos
141 e 174, aprovada pela Resolução nº 2.700, de
15.07.2009, requer que seja encaminhada ao Exmo.
Governador do Estado do Espírito Santo, Dr. Paulo
César Hartung, a seguinte INDICAÇÃO:
A Deputada signatária vem, respeitosamente, Indicar a
V.Exa. que o Governo do Estado determine a Secretaria
de Estado da Educação que analise e faça um estudo
para atender a EEEF Floresta do Sul, localizada no
município de Pedro Canário, com relação a reparos na
rede elétrica, construção de uma quadra poliesportiva e
uma sala de aula para atendimento aos alunos especiais
e instalação de internet.
Senhor Governador:
Cada um de nós traz dentro de si a
representação do que é uma escola, por conta das
experiências que vivenciamos neste universo.
É na escola que coisas da maior importância em
nossas vidas acontecem. Inevitavelmente, ela deixa de
ser apenas um campo de troca de conhecimentos e
adentra uma esfera emocional, onde permeiam outros
tipos de trocas, principalmente as afetivas.
Digo isso com referência às relações que nela
se estabelecem, pois na escola acontecem às primeiras
relações fora da família e, nesse processo que marca
uma “segunda sociabilidade”, alguns conflitos por vezes
emergem. Estes afloram, principalmente, quando a
criança percebe que deixa de ser única e começa a se
enxergar como parte de uma situação coletiva, a
conviver entre iguais e diferentes.
Pode-se afirmar que a escola é o segundo
ambiente mais importante na vida social de um ser
humano. É lá que, com a ajuda dos educadores e pais,
que um sujeito vai se constituindo como ser pensante,
questionador. A escola poderá conservar isso,
despertando em seus alunos potenciais criativos,
curiosidades, talentos ou poderá minimizar todas essas
formas de expressão da subjetividade da criança.
Penso que a melhor forma de educar é levar o
conhecimento de mãos dadas com o afeto, como me
sugere o que vejo no cotidiano. As crianças conseguem
ter um melhor rendimento quando são olhadas com
carinho, respeito e sabem que alguém está se
importando realmente com elas, seja em casa ou na
escola.
A Escola EEEF Floresta do Sul necessita de
reparos na rede elétrica, construção de uma quadra
poliesportiva e uma sala de aula para atendimento aos
alunos especiais, além de instalação de internet.
Ao navegar no mundo virtual para fazer uma
pesquisa da escola, o estudante se depara com infinitas
visões exploradas pelo assunto que busca, fato que faz
se desenvolver de forma mais ampla sua aprendizagem
sobre o objetivo de estudo.
As escolas são decisivas para que os jovens
compreendam o mundo em que vivem e para que
possam intervir crítica e responsavelmente na vida
social. Consequentemente, é importante valorizar o
conhecimento escolar, no sentido do conhecimento
poderoso, que constitui um meio incontornável de
emancipação e de independência dos cidadãos, assim
como de democratização, de coesão e de bem-estar das
sociedades.
Palácio Domingos Martins, 22 de outubro de
2015.
LUZIA TOLEDO
Deputada Estadual – PMDB
Presidente da Comissão de Educação da ALES
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1539/2015
Indica ao Governador do Estado a prorrogação do Edital n° 001/2013 que visa provimento de delegados
de policia de 3ª Categoria.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 167
Senhor Presidente:
O Deputado abaixo assinado, no uso de suas
atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com
fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento
Interno da Assembléia Legislativa do Estado do Espírito
Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor
Governador do Estado a INDICAÇÃO da seguinte
matéria:
Senhor Governador:
Considerando o atual quadro de violência do
Estado, considerado o segundo mais violento da
federação. Liderando ainda o ranking nacional de
violência contra a mulher.
Considerando o atual quadro organizacional da
Policia Civil que este defasado em relação ao número
de habitantes. Possuindo um dos melhores índices de
policiais por habitantes no sudeste.
Considerando que o Estado possui 75 (setenta e
cinco) Delegados que já preenchem os requisitos legais
para aposentadoria ou por algum motivo estão afastados
do cargo.
Considerando a ausência de impedimentos
jurídicos para nomeação, uma vez que a Procuradoria
Geral do Estado deu parecer favorável para a
homologação do certame.
Considerando as informações prestadas pelos
aprovados no concurso onde afirmam que, pelo menos,
56 (cinquenta e seis) aprovados assumiram
permanentemente o cargo hora concorrido.
Considerando o princípio da economicidade
vem expressamente previsto no art. 70 da CF/88, venho
solicitar, respeitosamente a V. Exa. a prorrogação do
Edital n° 001/2013 que visa provimento de Delegados
de Policia de 3ª Categoria. Concurso homologado em
04 de abril de 2013, valido até 04 de abril de 2016 e
prorrogável por mais 2 (dois) anos.
Sala das Sessões, 05 de novembro de 2015.
GILSINHO LOPES
Deputado Estadual
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DA DEPUTADA
INDICAÇÃO N.º 1540/2015
Senhor Presidente:
A Deputada Estadual LUZIA TOLEDO no
uso de suas atribuições regimentais contidas nos Artigos
141 e 174, aprovada pela Resolução nº 2.700 de
15/07/2009, requer que seja encaminhada ao Exmo.
Governador do Estado do Espírito Santo, Paulo
Hartung, a seguinte INDICAÇÃO:
A Deputada signatária vem, respeitosamente, Indicar a
V.Exa. que seja implantada uma Escola Viva em
Cachoeiro de Itapemirim.
Com um novo modelo de gestão, pedagogia e
monitoramento, a escola viva é uma nova escola
pública, voltado para a preparação do jovem para a
vida.
Os estudantes integrantes da Escola Viva além
das disciplina obrigatórias, poderão escolher matérias
para enriquecer seu currículo, dentro de suas aptidões,
buscando uma formação mais completa.
Cachoeiro de Itapemirim é a maior cidade do
sul do estado, com uma população em torno de 200 mil
habitantes e necessita dessa nova gestão pública
direcionada a educação, para proporcionar aos seus
jovens uma melhor formação e, consequentemente,
adultos mais preparados para a vida.
Palácio Domingos Martins, 05 de novembro
de 2015.
LUZIA TOLEDO
Presidente da Comissão de Educação
1ª Vice presidente da ALES
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1541/2015
Senhor Presidente:
O Deputado Almir Vieira, no uso de suas
atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com
fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento
Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito
Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor
Governador do Estado do Espírito Santo a
INDICAÇÃO da seguinte matéria:
“SUGERE A INSTALAÇÃO DE UMA TORRE DE
TELEFONE INTERNET 3G MÓVEL NA
COMUNIDADE DE RANCHO DANTAS NO
MUNICÍPIO DE BREJETUBA-ES”
Vitória, 04 de novembro de 2015.
ALMIR VIEIRA
Deputado Estadual
JUSTIFICATIVA
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1542/2015
Senhor Presidente:
O Deputado Almir Vieira, no uso de suas
atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com
fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento
Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito
Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor
Governador do Estado do Espírito Santo a
168 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
INDICAÇÃO da seguinte matéria:
Sugere o asfaltamento da Rua Travessa dos Contos, localizada no bairro Ilha do Sol, Guarapari – ES.
Palácio Domingos Martins, 11 de novembro
de 2015.
ALMIR VIEIRA
Deputado Estadual
JUSTIFICATIVA
A conclusão deste asfaltamento a ser realizado
na Rua Travessa dos Contos, bairro Ilha do Sol,
beneficiará mais de 200(duzentas) famílias, que hoje
são profundamente prejudicadas com a falta de
pavimentação.
Por ser medida Legal e de interesse público,
atendendo a comunidade local do respectivo Município
Capixaba.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Em discussão as Indicações n.os
1537/2015, 1538/2015, 1539/2015, 1540/2015,
1541/2015e 1542/2015, que acabam de ser lidas.
Não havendo oradores que queiram discuti-las,
declaro encerrada a discussão.
Em votação as Indicações.
Os Senhores Deputados que as aprovam,
permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovadas.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Indicação n.º
1543/2015, do Deputado Almir Vieira, ao Governador
do Estado, para CESAN autorizar ligação de água no
Bairro Ilha do Sol, Guarapari – ES. Lida na 104.ª
Sessão Ordinária, realizada dia 10 de novembro de
2015, e adiada a votação por falta de quorum.
Indicação n.º 1544/2015, do Deputado Almir
Vieira, ao Governador do Estado, para asfaltamento da
Rua Alexandre Martins Castro Filho, localizada no
Bairro Ilha Do Sol, Guarapari – ES. Lida na 104.ª
Sessão Ordinária, realizada dia 10 de novembro de
2015, e adiada a votação por falta de quorum.
Indicação n.º 1545/2015, do Deputado Dr.
Rafael Favatto, ao Governador do Estado, para obras
que possam enfrentar a crise hídrica nos munícipios da
região nordeste do Espírito Santo, como Pedro Canário,
principalmente no distrito de Cristal do Norte. Lida na
104.ª Sessão Ordinária, realizada dia 10 de
novembro de 2015, e adiada a votação por falta de
quorum.
Indicação n.º 1546/2015, do Deputado Dr.
Rafael Favatto, ao Governador do Estado, para obras
que possam enfrentar a crise hídrica nos munícipios da
região centro oeste do Espírito Santo, como Vila
Valério. Lida na 104.ª Sessão Ordinária, realizada
dia 10 de novembro de 2015, e adiada a votação por
falta de quorum.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Em votação as Indicações n.
os
1543/2015, 1544/2015, 1545/2015 e 1546/2015, lidas
em sessão anterior.
Os Senhores Deputados que as aprovam,
permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovadas.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1547/2015
Senhor Presidente:
O Deputado infra-assinado, no uso de suas
prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno, que seja
encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado
do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Conclusão das obras da quadra de esportes, construção de laboratório de ciências, reparos na rede elétrica,
climatização das salas de aula, melhorias no sistema de
internet na EEEFM Job Pimentel, localizada no
município de Mantenópolis.
A presente solicitação tem por objetivo indicar,
respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do
Estado do Espírito Santo que sejam realizadas
melhorias necessária para o pleno funcionamento da
EEEFM Job Pimentel, localizada no município de
Mantenópolis.
A escola em questão atende a aproximadamente
720 alunos no presente ano letivo, e apresenta
problemas que comprometem o desenvolvimento pleno
da prática educacional, portanto, requerem a atenção do
Excelentíssimo Governador. Conforme atestado através
de visita realizada por este Deputado que vos subscreve,
foram identificadas as seguintes necessidades
emergenciais:
a) Conclusão das obras da quadra de esportes iniciada
há mais de dez anos. Destacamos ainda que a
construção apresenta riscos devido o longo tempo de
paralização.
b) Construção de laboratório de ciências.
c) Reparos na rede elétrica, dada a sua defasagem.
d) Climatização das salas de aula. e) Melhorias no sistema de internet.
f) Aquisição de bebedouros, a quantidade disponível
atualmente é insuficiente para atender a demanda.
g) Adequação de acessibilidade nos banheiros e acesso
aos pavimentos da unidade de ensino, tanto nas entradas
quanto no acesso ao segundo piso.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 169
Na certeza de relevante importância do pedido,
solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias
para a melhoria das instalações e equipamentos da
escola em questão. Certo do apoio do Governador, que
tem como meta a melhoria na Educação do Estado do
Espírito Santo, e agradecendo antecipadamente o
atendimento da solicitação, renovamos protestos de
elevada estima e consideração.
Palácio Domingos Martins, 09 de novembro
de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual – PSDB
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1548/2015
Senhor Presidente:
O Deputado infra-assinado, no uso de suas
prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno, que seja
encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado
do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Reforma da quadra, melhorias no sistema de internet,
aquisição de computadores da EEEFM FERNANDO DE ABREU, localizada no município de Atílio
Vivacqua.
A presente solicitação tem por objetivo indicar,
respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do
Estado do Espírito Santo que sejam realizadas
melhorias necessárias para o pleno funcionamento da
EEEFM Fernando de Abreu, localizada no município de
Atílio Vivacqua, e que atende 606 alunos.
Conforme atestado através de visita realizada
por este Deputado que vos subscreve, foram
identificadas as seguintes necessidades:
a) Reforma da quadra poliesportiva;
b) Adequação e melhorias no Laboratório de
Informática, aquisição de 30 novos computadores;
c) Melhorias na internet, que apresenta conexão muito
lenta;
Na certeza de relevante importância do pedido,
solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias
para a melhoria da escola em questão. Certo do apoio
do Governador, que tem como meta a melhoria na
Educação do Estado do Espírito Santo, e agradecendo
antecipadamente o atendimento da solicitação,
renovamos protestos de elevada estima e consideração.
Palácio Domingos Martins, 09 de novembro
de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual – PSDB
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1549/2015
Senhor Presidente:
O Deputado infra-assinado, no uso de suas
prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno, que seja
encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado
do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Construção de laboratório de ciências, reparos na rede elétrica, climatização das salas de aula, melhorias no
sistema de internet, aquisição de novos computadores e
implementação de acessibilidade na EEEFM Jerônimo Monteiro, localizada no município de Jerônimo
Monteiro.
A presente solicitação tem por objetivo indicar,
respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do
Estado do Espírito Santo que sejam realizadas
melhorias necessária para o pleno funcionamento da
EEEFM Jerônimo Monteiro, localizada no município de
Jerônimo Monteiro.
A escola em questão atende a aproximadamente
1.184 alunos no presente ano letivo, e apresenta
problemas que comprometem o desenvolvimento pleno
da prática educacional, portanto, requerem a atenção do
Excelentíssimo Governador. Conforme atestado através
de visita realizada por este Deputado que vos subscreve,
foram identificadas as seguintes necessidades
emergenciais:
a) Construção de laboratório de ciências.
b) Reparos na rede elétrica, dada a sua defasagem.
c) Climatização das salas de aula.
d) Melhorias no sistema de internet.
e) Aquisição de vinte novos computadores para o
Laboratório de Informática.
f) Acessibilidade. Destacamos que de acordo com a Lei
de Acessibilidade Nº 10.098/2000 Art. 11, em pelo
menos um dos acessos ao interior da edificação deverá
estar livre de barreiras arquitetônicas e de obstáculos
que impeçam ou dificultem a acessibilidade de pessoa
portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. E
ainda de acordo com a lei Nº 13.146/2015 deve-se
assegurar e a promover, em condições de igualdade, o
exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por
pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e
cidadania.
Na certeza de relevante importância do pedido,
solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias
para a melhoria das instalações e equipamentos da
escola em questão. Certo do apoio do Governador, que
tem como meta a melhoria na Educação do Estado do
Espírito Santo, e agradecendo antecipadamente o
atendimento da solicitação, renovamos protestos de
elevada estima e consideração.
170 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Palácio Domingos Martins, 09 de novembro
de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual – PSDB
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1550/2015
Senhor Presidente:
O Deputado infra-assinado, no uso de suas
prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno, que seja
encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado
do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Climatização dos ambientes, ampliação da biblioteca, construção de um laboratório de ciências e de uma
quadra poliesportiva em local próximo a escola, adequação do refeitório e realização de obras que
promovam a acessibilidade dos alunos com deficiência
na EEEFM Christiano Dias Lopes, localizada no município de Mantenópolis.
A presente solicitação tem por objetivo indicar,
respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do
Estado do Espírito Santo que sejam realizadas
melhorias necessárias para o pleno funcionamento da
EEEFM Christiano Dias Lopes, localizada no município
de Mantenópolis.
A escola em questão apresenta problemas que
comprometem o desenvolvimento pleno da prática
educacional e que, portanto, requerem a atenção deste
Governador.
Conforme atestado através de visita realizada
por este Deputado que vos subscreve, foram
identificadas as seguintes necessidades:
a) Adequação do refeitório, em vista que atualmente
está improvisado no pátio;
b) Construção de um laboratório de ciências e de uma
quadra poliesportiva coberta em terreno próximo a
escola, pois atualmente a escola faz uso da quadra
municipal;
c) Ampliação da biblioteca;
d) Climatização dos ambientes;
e) Realização de obras que permitam a plena
acessibilidade dos alunos com deficiência.
Na certeza de relevante importância do pedido,
solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias
para a melhoria da escola em questão. Certo do apoio
do Governador, que tem como meta a melhoria na Educação do Estado do Espírito Santo, e agradecendo
antecipadamente o atendimento da solicitação,
renovamos protestos de elevada estima e consideração.
Palácio Domingos Martins, 09 de novembro
de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual – PSDB
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1551/2015
Senhor Presidente:
O Deputado infra-assinado, no uso de suas
prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno, que seja
encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado
do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Climatização das salas de aula, melhorias no sistema
de internet na EEEFM Dirceu Cardoso, localizada no município de Muqui.
A presente solicitação tem por objetivo indicar,
respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do
Estado do Espírito Santo que sejam realizadas
melhorias necessária para o pleno funcionamento da
EEEFM Dirceu Cardoso, localizada no município de
Muqui.
A escola em questão atende a aproximadamente
824 alunos no presente ano letivo, sendo a mais
expressiva do município e apresenta problemas que
comprometem o desenvolvimento pleno da prática
educacional, portanto, requerem a atenção do
Excelentíssimo Governador. Conforme atestado através
de visita realizada por este Deputado que vos subscreve,
foram identificadas as seguintes necessidades
emergenciais:
a) Conexão de internet lenta e instável;
b) Climatização inadequada, necessitando de mais
ventiladores e aparelhos de ar-condicionado.
Na certeza de relevante importância do pedido,
solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias
para a melhoria das instalações e equipamentos da
escola em questão. Certo do apoio do Governador, que
tem como meta a melhoria na Educação do Estado do
Espírito Santo, e agradecendo antecipadamente o
atendimento da solicitação, renovamos protestos de
elevada estima e consideração.
Palácio Domingos Martins, 09 de novembro
de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual – PSDB
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1552/2015
Senhor Presidente:
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 171
O Deputado infra-assinado, no uso de suas
prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno, que seja
encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado
do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Construção de refeitório, climatização das salas de aula,
melhorias no sistema de internet na EEEFM Araribóia, localizada no município de Pancas.
A presente solicitação tem por objetivo indicar,
respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do
Estado do Espírito Santo que sejam realizadas
melhorias necessária para o pleno funcionamento da
EEEFM Araribóia, localizada no município de Pancas.
A escola em questão atende a aproximadamente
740 alunos no presente ano letivo, e apresenta
problemas que comprometem o desenvolvimento pleno
da prática educacional, portanto, requerem a atenção do
Excelentíssimo Governador. Conforme atestado através
de visita realizada por este Deputado que vos subscreve,
foram identificadas as seguintes necessidades
emergenciais:
a) Construção de refeitório, na referida instituição de
ensino não existe espaço adequado para as refeições.
b) Climatização das salas de aula;
c) Melhorias no sistema de internet.
Na certeza de relevante importância do pedido,
solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias
para a melhoria das instalações e equipamentos da
escola em questão. Certo do apoio do Governador, que
tem como meta a melhoria na Educação do Estado do
Espírito Santo, e agradecendo antecipadamente o
atendimento da solicitação, renovamos protestos de
elevada estima e consideração.
Palácio Domingos Martins, 09 de novembro
de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual – PSDB
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1553/2015
Senhor Presidente:
O Deputado infra-assinado, no uso de suas
prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno, que seja encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado
do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Aquisição de computadores e climatização das salas do
CEI Áttila de Almeida Miranda, localizado no
município de Cachoeiro de Itapemirim.
A presente solicitação tem por objetivo indicar,
respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do
Estado do Espírito Santo que sejam realizadas
melhorias necessárias para o pleno funcionamento do
CEI Áttila de Almeida Miranda, localizado no
município de Cachoeiro de Itapemirim.
Conforme atestado através de visita realizada
por este Deputado que vos subscreve, foram
identificadas as seguintes necessidades:
a) Aquisição de 28 novos computadores para o
Laboratório de Informática;
b) Climatização adequada da escola, com aparelhos de
ar condicionado;
Na certeza de relevante importância do pedido,
solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias
para a melhoria da escola em questão. Certo do apoio
do Governador, que tem como meta a melhoria na
Educação do Estado do Espírito Santo, e agradecendo
antecipadamente o atendimento da solicitação,
renovamos protestos de elevada estima e consideração.
Palácio Domingos Martins, 09 de novembro
de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual – PSDB
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1554/2015
Senhor Presidente:
O Deputado infra-assinado, no uso de suas
prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno, que seja
encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado
do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Reforma e ampliação das instalações da E.E.E.F.M
FERNANDO DE ABREU, localizada no Município de
ATILIO VIVACQUA. A presente solicitação tem por objetivo indicar,
respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do
Estado do Espírito Santo que sejam adotadas medidas
de reforma e ampliação nas instalações da E.E.E.F.M
FERNANDO DE ABREU, localizada no Município de
ATILIO VIVACQUA, que atualmente encontra-se em
condições extremamente precárias. Conforme relatório fotográfico e visita
realizada por este deputado, constatou-se que a referida
escola data a sua inauguração no ano de 1949, funciona
em melindrosas instalações, sem adequação para a
prática educacional, por consequência, são visíveis
problemas graves que indicam que a escola necessita de
novas instalações. A seguir são listadas as principais
carências estruturais da instituição de ensino:
- Telhado apresenta fortes infiltrações em todos os
172 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
ambientes, salas de aula, administrativo, laboratórios e
biblioteca, especialmente nos corredores, há inclusive
relatos de alagamentos dado o nível crítico de
infiltração.
-Falta de acessibilidade nas entradas e no interior dos
pavimentos, incluindo os banheiros não adaptados para
cadeirantes.
Vale ressaltar que devido o nível agudo dos
problemas estruturais, faz-se necessário uma avaliação
técnica por parte dos engenheiros da SEDU afim de
identificar se as atuais condições apresentam riscos a
comunidade escolar.
Na certeza de relevante importância do pedido,
solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias
para a melhoria das instalações da escola em questão.
Certo do apoio do Governador, que tem como meta a
melhoria na Educação do Estado do Espírito Santo, e
agradecendo antecipadamente o atendimento da
solicitação, renovamos protestos de elevada estima e
consideração.
Palácio Domingos Martins, 09 de novembro
de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual - PSDB
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1555/2015
Senhor Presidente:
O Deputado infra-assinado, no uso de suas
prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno, que seja
encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado
do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Reforma e ampliação das instalações da E.E.E.F.M
MARCONDES DE SOUZA localizada no Município de Muqui.
A presente solicitação tem por objetivo indicar,
respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do
Estado do Espírito Santo que sejam adotadas medidas
de reforma e ampliação nas instalações da E.E.E.F.M
MARCONDES DE SOUZA, localizada no Município
de Muqui, que atualmente encontra-se em condições
precárias.
Conforme relatório fotográfico e visita
realizada por este deputado, constatou-se que a escola
encontra-se em estado deficiente de conservação, sem
adequação para a prática educacional, por consequência,
são visíveis problemas que indicam que a escola
necessita de reforma e ampliação.
Na certeza de relevante importância do pedido,
solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias
para a melhoria das instalações da escola em questão.
Certo do apoio do Governador, que tem como meta a
melhoria na Educação do Estado do Espírito Santo, e
agradecendo antecipadamente o atendimento da
solicitação, renovamos protestos de elevada estima e
consideração.
Palácio Domingos Martins, 09 de novembro
de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual - PSDB
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1556/2015
Senhor Presidente:
O Deputado infra-assinado, no uso de suas
prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno, que seja
encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado
do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Construção de um novo prédio para a E.E.E.F.M. Lions Sebastião de Paiva Vidaurre, localizada no município
de Cachoeiro de Itapemirim.
A presente solicitação tem por objetivo indicar,
respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do
Estado do Espírito Santo a construção de uma nova
unidade para a E.E.E.F.M Lions Sebastião de Paiva
Vidaurre, localizada no distrito de Celina, no município
de Cachoeiro de Itapemirim.
O município de Cachoeiro de Itapemirim
possui população estimada em 208.702 habitantes.
Destes, cerca de 800 alunos estão matriculados na
E.E.E.F.M Lions Sebastião de Paiva Vidaurre.
Conforme atestado em visita recente feita por este
deputado, é visível a necessidade da construção de uma
nova unidade de ensino em substituição do prédio
existente. Destacamos problemas que comprometem a
qualidade de ensino, como: graves problemas de
infraestrutura no prédio, incluindo a precariedade do
quadro elétrico que inviabiliza a instalação de sistemas
de ar condicionado; também foram identificados
problemas na acessibilidade para pessoas com
deficiência e nos banheiros. É importante destacar que a
escola em questão tem a sua inauguração datada da
década de setenta, e carece com urgência sua
reestruturação. Assim, frente ao gasto que seria
necessário para a reforma completa da escola, indica-se
a construção de uma nova unidade no município em
questão.
Na certeza de relevante importância do pedido,
sabendo que a escola é uma das mais procuradas no
município nos períodos de matrícula, e certos do apoio
do Excelentíssimo Governador, que tem como meta a
melhoria na Educação do Estado, solicitamos que sejam
cumpridas as indicações propostas. Agradecendo
antecipadamente o atendimento da solicitação,
renovamos protestos de elevada estima e consideração.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 173
Palácio Domingos Martins, 09 de novembro
de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual - PSDB
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1557/2015
Senhor Presidente:
O Deputado infra-assinado, no uso de suas
prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno, que seja
encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado
do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Melhorias na rede elétrica, telhado, internet e construção de auditório, na EEEFM José Damasceno
Filho, localizada no município de Baixo Guandu.
A presente solicitação tem por objetivo indicar,
respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do
Estado do Espírito Santo que sejam realizadas
melhorias necessária para o pleno funcionamento da
EEEFM José Damasceno Filho, localizada no
município de Baixo Guandu.
A escola em questão atende a aproximadamente
1017 alunos no presente ano letivo, e apresenta uma
série de problemas que comprometem o
desenvolvimento pleno da prática educacional, portanto,
requerem a atenção do Excelentíssimo Governador.
Conforme atestado através de visita realizada por este
Deputado que vos subscreve, foram identificadas as
seguintes necessidades emergenciais:
a) Melhoria da rede elétrica, atualmente muito defasada;
b) Construção de um auditório; considerando o elevado
nível de matrículas é imprescindível a construção de um
auditório.
c) Climatização das salas de aula;
d) Conserto do telhado. Há relatos de que quando chove
a água da chuva escoa através dos ventiladores e
lâmpadas, tornando a ambiente inseguro propício a
curto-circuito.
Na certeza de relevante importância do pedido,
solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias
para a melhoria das instalações e equipamentos da
escola em questão. Certo do apoio do Governador, que
tem como meta a melhoria na Educação do Estado do
Espírito Santo, e agradecendo antecipadamente o
atendimento da solicitação, renovamos protestos de
elevada estima e consideração.
Palácio Domingos Martins, 09 de novembro
de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual – PSDB
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1558/2015
Senhor Presidente:
O Deputado infra-assinado, no uso de suas
prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno, que seja
encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado
do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Reforma da quadra, acessibilidade, climatização, vigilância, e melhorias no refeitório, laboratório de
informática, biblioteca, banheiros, internet, rede
elétrica e telhados da EEEFM Lions Sebastião de Paiva Vidaurre, localizada no município de Cachoeiro de
Itapemirim.
A presente solicitação tem por objetivo indicar,
respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do
Estado do Espírito Santo que sejam realizadas
melhorias necessárias para o pleno funcionamento da
EEEFM Lions Sebastião de Paiva Vidaurre, localizada
no município de Cachoeiro de Itapemirim, e que atende
a cerca de 800 alunos.
Conforme atestado através de visita
realizada por este Deputado que vos subscreve,
foram identificadas as seguintes necessidades:
a) Reforma da quadra poliesportiva;
b) Promoção de acessibilidade a todos os espaços da
escola, para pessoas com deficiência;
c) Adequação do espaço e mobílias do refeitório, que
funciona no pátio da escola;
d) Adequação e melhorias no Laboratório de
Informática;
e) Adequação e melhorias na Biblioteca;
f) Adequação e melhorias nos banheiros e rede
hidráulica da escola;
g) Climatização adequada da escola, com aparelhos de
ar condicionado;
h) Melhorias na internet, que apresenta conexão muito
lenta;
i) Melhorias na rede elétrica, muito defasada e
insuficiente para as demandas da escola;
j) Reforma do telhado que apresenta graves infiltrações;
k) Retomada da vigilância durante o período diurno;
Na certeza de relevante importância do pedido,
solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias
para a melhoria da escola em questão. Certo do apoio
do Governador, que tem como meta a melhoria na
Educação do Estado do Espírito Santo, e agradecendo
antecipadamente o atendimento da solicitação,
renovamos protestos de elevada estima e consideração.
Palácio Domingos Martins, 09 de novembro
de 2015.
174 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual – PSDB
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1559/2015
Senhor Presidente:
O Deputado infra-assinado, no uso de suas
prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno, que seja
encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado
do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Construção de um novo prédio para abrigar a E.E.E.F.M Palmerindo Vieira, localizada no Município
de Mantenópolis.
A presente solicitação tem por objetivo indicar,
respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do
Estado do Espírito Santo, a construção de um novo
prédio para a E.E.E.F.M Palmerindo Vieira, localizada
no Município de Mantenópolis, esta que atualmente
encontra-se em condições extremamente precárias.
Conforme visita realizada por este deputado,
constatou-se que a escola funciona em condições
precárias, ficando melhor evidenciado no relatório
fotográfico anexo a esta indicação. Este mostra
problemas que só poderiam ser resolvidos com a
construção de um novo prédio. A seguir, alguns dos
problemas apresentados pela instituição de ensino:
- Ausência de quadra de esportes, funcionando
atualmente em um campo de terra improvisado no
fundo da escola;
- Não há refeitório para os alunos merendarem,
funcionando atualmente de forma improvisada no pátio;
- Inexistência de Sala de Recursos para os alunos com
deficiência;
- Climatização inadequada dos ambientes;
- Falta de vigilância, inclusive no período noturno.
Na certeza de relevante importância do pedido,
e certos do apoio do Governador, que tem como meta a
melhoria na Educação do Estado do Espírito Santo,
agradecemos antecipadamente o atendimento da
solicitação, e renovamos protestos de elevada estima e
consideração.
Palácio Domingos Martins, 09 de novembro
de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual – PSDB
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1560/2015
Senhor Presidente:
O Deputado infra-assinado, no uso de suas
prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno, que seja
encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado
do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Acessibilidade, melhorias na área destinada à prática
de educação física, reforma e ampliação do refeitório,
construção de sala específica para os instrumentos da banda marcial, reforma da piscina, construção de novo
muro, ampliação de quadro de funcionários de secretaria e climatização da EEEFM Monsenhor Elias
Tomasi localizada no município de Mimoso do Sul.
Conforme constatado através de visita realizada
nas instalações da EEEFM Monsenhor Elias Tomasi, no
município de Mimoso do Sul, são necessárias melhorias
na infraestrutura física da instituição que propiciem um
ambiente de estudo adequado aos alunos, e também de
trabalho para os profissionais da referida escola. São
estas:
- Acessibilidade: Construção de rampa de acesso ao 2º
pavimento para que alunos cadeirantes possam circular
com conforto e ter acesso livre a todos os ambientes da
escola, tais como auditório, biblioteca, laboratório de
química e demais salas ambiente.
- Pavimentação do pátio externo onde são realizadas
algumas práticas nas aulas de Educação Física.
- Ampliação do refeitório visto a crescente demanda de
novas matrículas o atual refeitório não comporta o atual
contingente de alunos.
- Construção de uma sala para acomodar os
equipamentos da banda Marcial.
- Reforma da piscina, faz-se necessária a troca do piso
ao seu redor e nova pintura no ambiente. Tão
importante o quanto é a necessidade da contratação de
um zelador para a sua manutenção.
- Reforma da quadra de esportes.
- Reconstrução do atual muro da instituição que foi
abalado por obras de aterro no terreno vizinho. É
importante ressaltar que o atual muro oferece riso à
comunidade escolar.
- Ampliação do quadro de profissionais de secretaria. A
escola atende 850 alunos e atualmente possui apenas
três agentes e três auxiliares para atender três turnos
com quatro modalidades de ensino distintas. Sendo
assim, enfrenta dificuldades no cumprimento dos prazos
visto também o aumento da demanda.
- Climatização na secretaria, a mesma encontra-se em
área de forte insolação, especialmente no turno
vespertino, tornando desconfortante o trabalho nesse
ambiente.
- Climatização das salas de aula.
- Melhorias no sistema de internet.
- Aquisição de mobília destinada a sala de recursos.
- Substituição do sistema operacional Linux para
Windows nos computadores do laboratório de
Informática.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 175
Na certeza de relevante importância do pedido
e certos do apoio do Excelentíssimo Governador, que
tem como meta a melhoria na Educação do Estado,
solicitamos que seja cumprida as indicação proposta.
Agradecendo antecipadamente o atendimento da
solicitação, renovamos protestos de elevada estima e
consideração.
Palácio Domingos Martins, 09 de novembro
de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual - PSDB
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1561/2015
Senhor Presidente:
O Deputado infra-assinado, no uso de suas
prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno, que seja
encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado
do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Reforma e ampliação das instalações da E.E.E.F. M CEL ANTÔNIO DUARTE localizada no Município de
Iconha, incluindo Construção de Refeitório,
Laboratório de Ciências e reforma da quadra de
esportes.
A presente solicitação tem por objetivo indicar,
respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do
Estado do Espírito Santo que sejam adotadas medidas
de reforma e ampliação nas instalações da E.E.E.F. M
CORONEL ANTÔNIO DUARTE, localizada no
Município de Iconha, que atualmente encontra-se em
condições extremamente precárias.
Conforme relatório fotográfico e visita
realizada por este deputado, constatou-se que a escola
encontra-se em estado deficiente de conservação, sem
adequação para a prática educacional, por consequência,
são visíveis problemas graves que indicam que a escola
necessita de novas instalações. A seguir são listadas as
principais carências da instituição de ensino:
- Reforma da quadra de esportes.
- Construção de refeitório, a referida escola não possui
espaço próprio para refeições.
- Acessibilidade ineficaz, não atende todos os
pavimentos do prédio.
- Biblioteca e laboratório de informática defasados.
- Precariedade nas instalações elétricas, são visíveis fios
desencapados.
Na certeza de relevante importância do pedido,
solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias
para a melhoria das instalações da escola em questão.
Certo do apoio do Governador, que tem como meta a
melhoria na Educação do Estado do Espírito Santo, e
agradecendo antecipadamente o atendimento da
solicitação, renovamos protestos de elevada estima e
consideração.
Vitória, 09 de novembro de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual - PSDB
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1562/2015
Senhor Presidente:
O Deputado infra-assinado, no uso de suas
prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno, que seja
encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado
do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Medidas emergenciais no telhado, melhorias no
Laboratório de Informática, biblioteca, sala de
recursos, refeitório, corredores, salas de aula,
banheiros e promoção de acessibilidade da
E.E.E.F.M Fernando de Abreu, localizada no
Município de Atílio Vivacqua.
A presente solicitação tem por objetivo indicar,
respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do
Estado do Espírito Santo que sejam adotadas medidas
emergenciais de reparos nas instalações da E.E.E.F.M
Fernando de Abreu, localizada no Município de Atílio
Vivacqua, que atualmente se encontra em condições
extremamente precárias.
Conforme relatório fotográfico e visita
realizada por este deputado, constatou-se que a escola
funciona em antigas instalações que datam a
inauguração da década de 1940, sem adequação para a
prática educacional, por consequência, são visíveis
problemas graves que necessitam de atenção
emergencial como:
- Reforma do Telhado que apresenta infiltrações em
todos os ambientes do pavimento superior.
- Climatização adequada imediata das salas de aula, sala
dos professores, planejamento, auditório, visto que as
mesmas encontram-se em condições insalubres.
- Melhorias nas condições físicas do Laboratório de
ciências; biblioteca, sala de recursos e refeitório, estes
espaços atualmente encontram-se defasados e não
comportam mais o contingente de alunos.
- Acessibilidade. Destacamos que de acordo com a Lei
de Acessibilidade Nº 10.098/2000 Art. 11, em pelo
menos um dos acessos ao interior da edificação deverá
estar livre de barreiras arquitetônicas e de obstáculos
que impeçam ou dificultem a acessibilidade de pessoa
portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. E
176 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
ainda de acordo com a lei Nº 13.146/2015 deve-se
assegurar e a promover, em condições de igualdade, o
exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por
pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e
cidadania.
Na certeza de relevante importância do pedido,
solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias
para a melhoria das instalações da escola em questão.
Certo do apoio do Governador, que tem como meta a
melhoria na Educação do Estado do Espírito Santo, e
agradecendo antecipadamente o atendimento da
solicitação, renovamos protestos de elevada estima e
consideração.
Vitória, 09 de novembro de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual - PSDB
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1563/2015
Senhor Presidente:
O Deputado infra-assinado, no uso de suas
prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno, que seja
encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado
do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Melhorias da quadra poliesportiva, aquisição de computadores, manutenção da plataforma de
acessibilidade, climatização das salas e auditório, e melhoria da internet da EEEFM Waldemiro Hemerly,
localizada no município de Rio Novo do Sul.
A presente solicitação tem por objetivo indicar,
respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do
Estado do Espírito Santo que sejam realizadas
melhorias necessárias para o pleno funcionamento da
EEEFM Waldemiro Hemerly, localizada no município
de Rio Novo do Sul.
A escola em questão apresenta problemas que
comprometem o desenvolvimento pleno da prática
educacional e que, portanto, requerem a atenção deste
Governador.
Conforme atestado através de visita realizada
por este Deputado que vos subscreve, foram
identificadas as seguintes necessidades:
a) Melhorias na quadra poliesportiva da escola, que
apresenta goteiras e infiltrações em ocasiões de chuva;
b) Aquisição de 20 novos computadores para o Laboratório de Informática;
c) Manutenção da plataforma de acessibilidade para
cadeirantes, que apresenta problemas de funcionamento;
d) Climatização das salas e auditório da escola;
e) Melhoria da internet da escola, que apresenta
conexão muito lenta e insuficiente para as demandas do
dia a dia;
Na certeza de relevante importância do pedido,
solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias
para a melhoria da escola em questão. Certo do apoio
do Governador, que tem como meta a melhoria na
Educação do Estado do Espírito Santo, e agradecendo
antecipadamente o atendimento da solicitação,
renovamos protestos de elevada estima e consideração.
Vitória, 09 de novembro de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual – PSDB
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1564/2015
Senhor Presidente:
O Deputado infra-assinado, no uso de suas
prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno, que seja
encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado
do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Aquisição de novos computadores, melhorias no
sistema de internet, climatização das salas de aula, além
da necessidade de contratação de vigilante para o turno
diurno na E.E.E.F.M CEL ANTÔNIO DUARTE,
localizada no Município de Iconha.
Segundo dados da Secretaria de Estado da
Educação – SEDU e de informações colhidas in loco, a
referida Escola atende aproximadamente 900 alunos,
oferecendo as modalidades de Ensino Fundamental,
Médio e EJA. Conforme solicitação recebida por este
deputado, e também através de visita realizada
recentemente pelo mesmo, foram constatadas
necessidades fundamentais para o seu pleno
funcionamento.
Dessa forma, indicamos, respeitosamente,
medidas que visem a melhoria na estrutura física da
escola em questão, e que, consequentemente, tornem o
ambiente propício ao desenvolvimento dos alunos.
Dentre elas, podemos destacar a necessidade de
aquisição de quarenta novos computadores para
laboratório de informática, e administrativo, em vista
que parte dos existentes atualmente estão fora de
operação devido a problemas técnicos. Ainda na
referida área, indicamos a contratação de um provedor
de internet estável e com velocidade que satisfaça a
demanda dos alunos e professores.
Por fim, apontamos que a escola em questão requer climatização adequada nas salas de aula, em
vista que atualmente só existem aparelhos de ar-
condicionado no administrativo e na sala de
informática. Há também a necessidade de contratação
de vigilante para o turno diurno.
Na certeza de relevante importância do pedido,
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 177
e certos do apoio do Excelentíssimo Governador, que
tem como meta a melhoria na Educação do Estado,
solicitamos que as indicações propostas sejam
realizadas. Agradecendo antecipadamente o
atendimento da solicitação, renovamos protestos de
elevada estima e consideração.
Vitória, 09 de novembro de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual – PSDB
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1565/2015
Senhor Presidente:
O Deputado infra-assinado, no uso de suas
prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno, que seja
encaminhada ao Exmº. Senhor Governador do Estado
do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Construção de quadra coberta, refeitório, auditório, climatização das salas de aula e melhorias no sistema de
internet na EEEFM Pastor Antônio Nunes de Carvalho,
localizada no município de Alto Rio Novo. A presente solicitação tem por objetivo indicar,
respeitosamente, ao Excelentíssimo Governador do
Estado do Espírito Santo que sejam realizadas
melhorias necessária para o pleno funcionamento da
EEEFM Pastor Antônio Nunes de Carvalho, localizada
no município de Alto Rio Novo.
A escola em questão atende a
aproximadamente 794 alunos no presente ano letivo,
e apresenta problemas que comprometem o
desenvolvimento pleno da prática educacional,
portanto, requerem a atenção do Excelentíssimo
Governador. Conforme atestado através de visita
realizada por este Deputado que vos subscreve,
foram identificadas as seguintes necessidades
emergenciais:
a) Construção de quadra coberta para a prática de
educação física, a escola possui espaço próprio para a
implantação da quadra.
b) Construção de refeitório, os alunos não possuem
espaço adequado para refeições.
c) Construção de auditório.
d) Climatização das salas de aula.
e) Melhorias no sistema de internet.
f) Aquisição de novos computadores para o Laboratório
de Informática.
Na certeza de relevante importância do pedido,
solicitamos que sejam adotadas as medidas necessárias
para a melhoria das instalações e equipamentos da
escola em questão. Certo do apoio do Governador, que
tem como meta a melhoria na Educação do Estado do
Espírito Santo, e agradecendo antecipadamente o
atendimento da solicitação, renovamos protestos de
elevada estima e consideração.
Vitória, 09 de novembro de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual – PSDB
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1566/2015
Senhor Presidente:
O Deputado Almir Vieira, no uso de suas
atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com
fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento
Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito
Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor
Governador do Estado do Espírito Santo a
INDICAÇÃO da seguinte matéria:
“SUGERE A INSTALAÇÃO DE REDUTORES DE
VELOCIDADE NOS QUILÔMETROS 13 e 14 DA
RODOVIA GOVERNADOR JOSÉ SETE, ES 080,
SENTIDO SANTA LEOPOLDINA,
APROXIMIDADES DO BAIRRO IBIAPABA”.
Vitória, 09 de novembro de 2015.
ALMIR VIEIRA
Deputado Estadual
JUSTIFICATIVA
A solicitação se faz necessária devido aos
recorrentes acidentes no loca e as altas velocidades
desenvolvidas por motoristas imprudentes.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DA DEPUTADA
INDICAÇÃO N.º 1567/2015
Senhor Presidente:
A Deputada abaixo assinada, no uso de suas
atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com
fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento
Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito
Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor
Governador do Estado do Espírito Santo a
INDICAÇÃO da seguinte matéria:
- Instalação de Antena de Telefonia Móvel e Internet
3G, no Comunidade de Japira, no município de Linhares-ES. Informo ainda que o mencionado distrito
conta com a população de 2.000 (dois mil) moradores,
localizado há 33 (trinta e três) quilômetros da Sede do
Município de Linhares – ES, sendo assim a realização
desta ação levará maior qualidade de vida aos habitantes
178 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
desta região.
Sala das Sessões, 10 de novembro de 2015.
ELIANA DADALTO
Deputado Estadual - PTC
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DA DEPUTADA
INDICAÇÃO N.º 1568/2015
Senhor Presidente:
A Deputada abaixo assinada, no uso de suas
atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com
fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento
Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito
Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor
Governador do Estado do Espírito Santo a
INDICAÇÃO da seguinte matéria:
- Aquisição e Instalação de uma Academia Popular
na Comunidade de Japira, município de Linhares/ES. A instalação desta obra nesta
Comunidade no, em muito contribuirá para o acesso aos
cidadãos que praticam atividade física, não somente
desta comunidade, mas ainda, das comunidades
circunvizinhas. A prática da atividade física é
imprescindível para manutenção da saúde, e prevenção
de doenças. A instalação não só promoverá qualidade
de vida, como também tornando-se mais uma opção de
lazer para os cidadãos dessa comunidade e o entorno
dela, o que justifica a presente indicação.
Sala das Sessões, 10 de novembro de 2015.
ELIANA DADALTO
Deputado Estadual - PTC
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DA DEPUTADA
INDICAÇÃO N.º 1569/2015
Senhor Presidente:
A Deputada abaixo assinada, no uso de suas
atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com
fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento
Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito
Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor
Governador do Estado do Espírito Santo a
INDICAÇÃO da seguinte matéria:
- Reforma do Telhado e Instalação elétrica da Escola
Manoel Salustiano de Souza, localizada no Distrito
de São Rafael, município de Linhares/ES. A presente
Escola atende a Comunidade deste Distrito, desde o
Ensino Fundamental nas séries iniciais até o Ensino
Médio. A atual situação da Escola tem dificultado as
atividades no horário da refeição dos alunos,
principalmente nos períodos de chuva, onde ficam
impossibilitados de utilizarem o espaço, não tendo outro
local adequado dentro da própria escola, não só nos
momentos da merenda, como em outras atividades que
são desenvolvidas na escola. Essa reforma promoverá
maior qualidade de vida para os alunos, o quê justifica a
presente indicação.
Sala das Sessões, 10 de novembro de 2015.
ELIANA DADALTO
Deputado Estadual - PTC
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DA DEPUTADA
INDICAÇÃO N.º 1570/2015
Senhor Presidente:
A Deputada abaixo assinada, no uso de suas
atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com
fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento
Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito
Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor
Governador do Estado do Espírito Santo a
INDICAÇÃO da seguinte matéria:
- Manutenção e Reforma da Rodovia Antônio
Armani (Limpeza e Conservação), estrada que liga
área urbana ao Distrito de São Rafael, na zona rural,
ambas no município de Linhares. Informo ainda que
essa rodovia faz parte do Programa do Governo do
Estado, “Caminhos do Campo”. Neste sentido a
realização desta ação levará maior qualidade de vida aos
habitantes que transitam nesta rodovia, aumentando
assim a sensação de segurança, e melhoramento do
desenvolvimento agrícola da região.
Sala das Sessões, 10 de novembro de 2015.
ELIANA DADALTO
Deputada Estadual - PTC
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DA DEPUTADA
INDICAÇÃO N.º 1571/2015
Senhor Presidente:
A Deputada abaixo assinada, no uso de suas
atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com
fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento
Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito
Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Espírito Santo a
INDICAÇÃO da seguinte matéria:
- Manutenção da Toda Rede Elétrica da EEEFM -
Antonieta Banhos Fernandes localizado no bairro Interlagos, município de Linhares/ES. O presente
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 179
bairro está localizado na Região Administrativa 3 (três)
do município de Linhares/ES que abrange os Bairros
Aviso, Araçá e Shell. A mencionada região conta com
população de aproximadamente 40.000 (quarenta mil)
habitantes, e o Bairro Interlagos possui somente uma
Escola de Ensino Médio para atender a demanda
estudantil citada. A manutenção da Rede elétrica é
imprescindível para dar continuidades as aulas, e as
atividades ali executadas, o quê justifica a presente
indicação.
Sala das Sessões, 10 de novembro de 2015.
ELIANA DADALTO
Deputado Estadual - PTC
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DA DEPUTADA
INDICAÇÃO N.º 1572/2015
Senhor Presidente:
A Deputada abaixo assinada, no uso de suas
atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com
fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento
Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito
Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor
Governador do Estado do Espírito Santo a
INDICAÇÃO da seguinte matéria:
- Aquisição de Terreno e Construção de uma
Quadra Poliesportiva na EEEFM – Nossa Senhora da Conceição, localizada no bairro Aviso. O presente
bairro está localizado na Região administrativa
número 02 (dois) do município de Linhares/ES, que
ainda é composta pelos bairros, Shell, e Araça. A
mencionada região conta com população de
aproximadamente 36.000 (trinta e seis mil) habitantes.
A ausência de um espaço como a quadra, dificulta a
prática de esportes por partes não só dos alunos como
dos munícipes que residem no entorno daquela escola, e
dela necessitam para participarem das atividades ali
propostas e executadas. Dessa forma, a construção de
uma Quadra Poliesportiva nesta escola promoverá
maior qualidade de vida para os alunos, bem como para
toda comunidade que poderá utilizar este equipamento
público, para os momentos de lazer e sinergia cultural.
O que justifica a presente indicação.
Sala das Sessões, 10 de novembro de 2015.
ELIANA DADALTO
Deputado Estadual - PTC
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1573/2015
Senhor Presidente:
O Deputado Almir Vieira, no uso de suas
atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com
fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento
Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito
Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor
Governador do Estado do Espírito Santo a
INDICAÇÃO da seguinte matéria:
“SUGERIR ADEQUAÇÃO DE ACESSO AO
BAIRRO E RETORNO PARA OS ÔNIBUS
ESCOLARES E DO TRANSCOL AO BAIRRO DE
IBIAPABA, NO MUNICIPIO DE CARIACICA”.
Vitória, de 11 de novembro de 2015.
ALMIR VIEIRA
Deputado Estadual
JUSTIFICATIVA
As condições atuais trazem riscos à população
local. Possuindo a pista longo histórico de acidentes e
induzindo os motoristas a fazerem manobras de
altíssimo risco no local.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO
ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1574/2015
Senhor Presidente:
O Deputado abaixo assinado, no uso de suas
atribuições legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso
VIII e 174 do Regimento Interno da Assembleia
Legislativa do Estado do Espírito Santo, que seja
encaminhada ao Exmo. Senhor Paulo Hartung,
Governador do Estado do Espírito Santo a
INDICAÇÃO da seguinte matéria:
- Construção de uma Quadra Poliesportiva na
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio
“Ecoporanga”, situada no Município de Ecoporanga
- ES.
Governador do Estado:
Nosso pleito visa atender aos reclames da
escola acima citada, que vem sofrendo constantemente
com a inexistência de uma quadra Poliesportiva para a
realização de jogos e a participação em campeonatos. E
visto que, já tem o terreno para construção que é em
anexo ao prédio escolar.
Tal fato impossibilita a prática de esportes, fato
extremamente prejudicial ao desenvolvimento físico,
social e intelectual dos nossos jovens e crianças.
Resta imperioso informar, que a construção da
quadra proporcionará maior segurança e conforto, uma
vez que permitirá a plena realização de eventos, jogos e
atividades recreativas, de maneira a assegurar a
efetivação dos direitos sociais elencados na Carta
Magna de nosso ordenamento jurídico.
180 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Isto posto, cientes da seriedade e
responsabilidade que tem caracterizado a atuação de
Vossa Excelência no Executivo Estadual, agradecemos
antecipadamente o acolhimento desta indicação e
aproveitamos para renovar os protestos de elevada
estima e consideração.
Este, portanto, é o fundamento de nossa
indicação.
Sala das Sessões, 12 de novembro de 2015.
SANDRO LOCUTOR
Deputado Estadual - PPS
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) – Em discussão as Indicações n.os
1547/2015, 1548/2015, 1549/2015, 1550/2015, 1551/2015,
1552/2015, 1553/2015, 1554/2015, 1555/2015, 1556/2015,
1557/2015, 1558/2015, 1559/2015, 1560/2015, 1561/2015,
1562/2015, 1563/2015, 1564/2015, 1565/2015, 1566/2015,
1567/2015, 1568/2015, 1569/2015, 1570/2015, 1571/2015,
1572/2015, 1573/2015 e 1574/2015, que acabam de ser
lidas.
Não havendo oradores que queiram discuti-las,
declaro encerrada a discussão.
Em votação as Indicações.
Os Senhores Deputados que as aprovam,
permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovadas.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (ENIVALDO DOS
ANJOS - PSD) - Senhor Presidente, informo a V. Ex.ª que
não há mais Expediente a ser lido.
* EXPEDIENTE PUBLICADO CONFORME
ARQUIVO ENVIADO PELOS RESPECTIVOS
SETORES DE ORIGEM VIA REDE.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO – DEM) – Não havendo mais Expediente a
ser lido, passa-se à fase das Comunicações.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Euclério
Sampaio.
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT – Sem
revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhores
Deputados, Senhoras Deputadas, servidores da Casa,
profissionais de imprensa e todos que nos assistem, boa-
tarde!
Falarei um pouquinho sobre a situação precária do
PA de Alto Lage, em Cariacica, que foi reinaugurado esses
dias pelo prefeito, mas já não atende à população.
Mostrarei um vídeo.
O vereador estava no local para apurar uma
denúncia de um munícipe e se esbarrou com outros tantos
problemas.
(É exibido o vídeo)
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT) - Essa
é uma senhora que chega passando mal. Não há maca,
cadeira e maqueiro. O hospital foi reinaugurado agora.
Pasmem, senhores! A pessoa já entrou chutando a porta.
Essa é a Cariacica de hoje, cujo prefeito é um jogador de
futebol.
O que quero mostrar para os senhores é que a
Cariacica vai de mal a pior, Senhor Deputado Sandro
Locutor. Reinauguraram o PA de Alto Lage e ele já está
cheio de problemas. Não há maca, cadeira e maqueiro. As
filas estão enormes e ainda há pessoas que falam que
Cariacica melhorou. Melhorou para alguns que estão
ganhando dinheiro, mas o povo continua a sofrer. Essa não
é a Cariacica que queremos.
Podem interromper o vídeo.
Senhor Deputado Marcelo Santos, essa não é a
Cariacica que queremos. Uma Cariacica com graves
problemas de saúde, onde se gastou uma fortuna para
remodelar o PA de Alto Lage e os serviços estão muito
aquém daquilo que é preciso.
O Sr. Marcelo Santos – (PMDB) – Senhor
Deputado, confesso a V. Ex.ª, aos meus colegas Senhores
Deputados e a todos aqueles que dão oportunidade para
que este Deputado fale agora e estão nos assistindo, que
não queria estar falando mal da minha cidade. Mas,
infelizmente, eu, V. Ex.ª e alguns outros colegas, não
podemos nos calar diante dessa falta de respeito com o
cidadão de Cariacica. Na propaganda, parece que estamos
vivendo numa cidade que não tem problemas.
Quando o prefeito vai a uma ordem de serviço ou
inauguração, que não é obra da prefeitura e sim do Estado,
parece que estamos vivendo em um mundo Alice no país
das maravilhas.
Senhor Deputado Euclério Sampaio, não há
apenas a falta de atendimento. Não há remédio; não há
seringa; não há respeito; não há planejamento.
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT) – Não
há nada.
O Sr. Marcelo Santos – (PMDB) – Não há
organização, mas há futebol e samba.
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT) – Mas
o pior nisso tudo é que o prefeito colocou todo seu
primeiro escalão para ir às redes sociais atacar o vereador.
Senhor Deputado Marcelo Santos, também há
dinheiro para propaganda para dizer que Cariacica é uma
maravilha. Mas não está nenhuma maravilha coisa
nenhuma. O dinheiro está indo para o ralo. Futebol, samba
e propaganda. Propaganda enganosa!
O Sr. Marcelo Santos – (PMDB) – A melhor
propaganda que o prefeito poderia fazer era trabalhar em
prol da população e deixar que ela própria faça a
propaganda.
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT) –
Obrigado, Senhor Presidente. (Muito bem!)
(Comparecem os Senhores Deputados Gilsinho Lopes e
Raquel Lessa)
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO – DEM) – Concedo a palavra ao Senhor
Deputado Da Vitória.
O SR. DA VITÓRIA – (PDT – Sem revisão do
orador) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e
Senhores Deputados, cumprimento todos em nome do
Senhor Deputado Gilsinho Lopes, que faz parte da
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 181
comissão de representação desta Casa, que discute a
tragédia no rio Doce; a sociedade capixaba que nos assiste
ao vivo pela TV Ales e os profissionais de imprensa.
Senhor Presidente, como presidente desta
comissão em que V. Ex.ª também proferiu seu voto,
gostaria de fazer um registro sobre a tragédia no rio Doce.
Estão sendo passadas algumas fotos no painel. Além de
todo o fato, de toda a angústia, de todo o sofrimento,
parabenizo a instituição Arca de Noé, do município de
Colatina, que mobilizou a população. Centenas de
voluntários estão recolhendo peixes que ainda estão vivos
no município de Colatina e região, Senhor Deputado
Gilsinho Lopes. Mais de quinhentos mil peixes de várias
espécies e camarões estão sendo resgatados e
encaminhados para as lagoas próximas ao município de
Colatina: lagoa do Limão e a lagoa do Batista.
Isso é uma demonstração de solidariedade. Os
voluntários não quiseram saber de quem era a
responsabilidade e, mesmo sendo da empresa Samarco,
assumiram para si. Vários voluntários estão em Colatina
com caminhões de empresas e de particulares.
Fica o meu registro em relação à instituição Arca
de Noé. São vários pescadores, várias pessoas que estão
dando demonstração de união nesse momento difícil que
estamos vivendo em nosso estado com essa tragédia que
aconteceu em Mariana.
Considero que são verdadeiros heróis que fazem o
possível para salvar esses peixes. Muitos acabaram
morrendo e muitos poderiam estar morrendo nesse mar de
lama. Lama essa que está chegando ao nosso estado.
Gostaria de logo após essas imagens serem exibidas que os
senhores prestassem atenção, pois, agora pela manhã, a
lama já passava pela barragem do município de Aimorés.
Sábado, sobrevoei até um pouco depois de
Resplendor. Essa comissão está fazendo o que é seu dever,
constitucionalmente. É bom lembrar para a sociedade que
a Assembleia Legislativa não é Poder Executivo, que toma
suas ações de imediato, mas tem o dever constitucional de
acompanhar quem compete.
O governo precisa estar presente. Os governos
municipais de Baixo Guandu, de Linhares e de Colatina
estão presentes. As instituições estão presentes cobrando a
presença da empresa com todos os documentos
encaminhados a ela. Cobrando a responsabilidade das
ações emergenciais e também cobrando que a empresa
possa suprir o mínimo necessário, que é água potável, para
que a população possa ter sua reserva para beber.
Senhor Deputado Dary Pagung, a lama chegando
a Baixo Guando, que será de hoje para amanhã, com
certeza toda a captação de água do rio Doce deverá ser
suspensa, porque a densidade da lama é grande. Quando
vista sobrevoando, parece que estamos passando sobre
uma estrada pavimentada. É muita lama! Senhor Deputado
Amaro Neto, é muita lama. É muita lama, Senhor
Deputado Amaro Neto! É muita lama! Não tem um peixe
que consiga sobreviver. Vemos os peixes agonizando.
Gostaríamos que esse trabalho da Arca de Noé já
tivesse acontecido há mais tempo. Ainda bem que uma
instituição como essa, que é voluntária nesse processo, está
fazendo.
Quero informar toda população que, amanhã, às
17h, no gabinete da presidência da Assembleia Legislativa,
a diretoria da empresa Samarco estará atendendo o convite
desta comissão de representação para trazer todos os
esclarecimentos de todas as ações emergenciais que foram
tomadas em relação à tragédia, principalmente em nosso
estado. E qual o planejamento de ações que serão feitas no
decorrer dos próximos dias para poder minimizar o
sofrimento das pessoas que dependem da água para
consumo na nossa região.
Às 17h, a empresa estará na Assembleia
Legislativa e já recebeu uma notificação da comissão para
que, diariamente, aponte todas as ações que estão sendo
feitas na nossa cidade.
Encaminhamos também à Coordenação da Defesa
Civil Estadual e Nacional, ao Governo do Estado, às
Secretarias de Meio Ambiente e de Desenvolvimento
Urbano, para que mantenham a Assembleia informada.
O papel da Assembleia é acompanhar. A
comissão, que tem a maioria dos membros desta Casa, está
acompanhando.
A Incomil procurou a Assembleia Legislativa e
nossa comissão recebeu os seus representantes. Já enviei
ao Sanear, de Colatina e ao Saae, de Baixo Guandu para
receberem um equipamento que essa empresa tem e com o
qual se faz a purificação da água com lama. Já estou com
amostras das imagens. Estou encaminhando. O
equipamento pode ficar à disposição sem ônus para a
região de Colatina, de Baixo Guandu e de Linhares.
O Sr. Sandro Locutor – (PPS) – Senhor
Deputado, V. Ex.ª tem feito um trabalho brilhante com a
comissão formada por esta Casa.
Só queria deixar uma sugestão para V. Ex.ª.
Recebi uma demanda da senhora Ida Schmidt Berger, de
Novo Brasil inclusive, Governador Lindenberg, filha da
Zilma e Tercílio Schmidt, que infelizmente faleceu
recentemente. Segunda essa senhora, ainda existia uma
solução para dragar essa lama para uma cratera atrás da
barragem de Jardim América, atrás da pedra Lorena.
Gostaria de deixar a sugestão a V. Ex.as
. Se ainda
tiver viabilidade e tempo hábil, para tentar salvar parte do
rio, que ouvisse esse pessoal: a senhora Ida Schmidt
Berger. Se puder, é importante, porque seria uma
alternativa de dragar essa lama para essa cratera existente
atrás da pedra Lorena.
O SR. DA VITÓRIA – (PDT) – Obrigado,
Senhor Deputado Sandro Locutor.
Infelizmente a lama já passou por Aimorés e já
está chegando a Baixo Guandu. Também é uma sugestão
da Ordem dos Advogados do Brasil, mas extemporânea.
Para que a população fique sabendo: a extensão
da lama é de aproximadamente cem quilômetros. Não tem
possibilidade nem se fossem dez barragens para segurar
essa lama, que chegará à costa marítima e vai acabar com
nossa pesca e com todo o sistema do meio ambiente da
nossa região. Portanto, é uma sugestão muito boa, mas,
infelizmente, não é viável. Muito obrigado, Senhor
Presidente. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO – DEM) – Concedo a palavra ao Senhor
Deputado Sergio Majeski.
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB – Sem
revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, meus cumprimentos à
Mesa, aos colegas Deputados presentes, àqueles que estão
nas galerias, ao público, aos funcionários da Casa e
àqueles que nos assistem pela TV Ales.
Gostaria de parabenizar os colegas Deputados que
formam a equipe pelo empenho de ajudar os municípios
182 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
atingidos, e as instituições que estão contribuindo com
isso. É louvável pensarmos o tempo inteiro em soluções
porque isto é importante agora: como ajudar as pessoas
atingidas e os municípios atingidos? Mas isso não pode
escamotear a discussão a respeito do que provoca esse tipo
de coisa. E não adianta só dizermos: Olha, a Samarco,
uma empresa que é má, destruiu, fez e aconteceu. Mas fez
isso sob as bênçãos do Estado. Fez isso sob as bênçãos do
Congresso Nacional, do Poder Executivo Federal, dos
Poderes estaduais e até dos municipais. Isso é reflexo da
promiscuidade existente entre o público e o privado no
Brasil, e a ineficiência do estado de dar conta daquilo que
tem que fazer.
Fico imaginando, há pouco tempo discutimos
nesta Casa sobre EIA/Rima. Estou falando sobre o projeto
que foi aprovado nesta Casa que permite a expansão de
plantio de eucalipto no Espírito Santo. Quem é que fez o
EIA/Rima dessas usinas em Minas? Quem aprovou isso?
As pessoas que fizeram não sabiam que havia uma represa
de rejeitos sendo construída em um lugar que, caso se
rompesse, iria direto para uma das principais bacias
hidrográficas do sudeste? Quem aprovou isso? Onde
estava o Ministério do Meio Ambiente, o Ibama, o Iema,
tanto o federal quanto estadual e municipais, as Secretarias
de Meio Ambiente dos estados e dos municípios que
ninguém viu isso? Ora, todo mundo viu isso! É impossível
que não se saiba de uma coisa dessas, mas é que no Brasil
o poder econômico sempre fala mais alto.
Fico imaginando se uma empresa como essa
viesse para o Espírito Santo, e uma represa dessa fosse
construída na cabeceira do Jucu ou do rio Santa Maria. E
que viesse para o estado com a desculpa: Olha, vai gerar
não sei quanto de renda; não sei quantos empregos. Como
será que nós na Assembleia Legislativa, o Governador do
Estado, a Secretaria de Meio Ambiente, faríamos o que?
Vetaríamos o projeto ou iríamos aprová-lo em nome de
uma pseudossegurança que é garantida pela empresa?
É óbvio que é o momento de se pensar em
solução, mas sinto que essa coisa toda da comoção feita
pela mídia, por nem sei mais quem e por Sebastião
Salgado, está escamoteando a discussão sobre o porquê
acidentes desse tipo ocorrem. Porque há muito interesse de
que as verdadeiras causas disso não sejam evidenciadas
para o público, mas elas precisam ser evidenciadas.
Essa história de que agora não é hora de apontar
culpa; é hora sim! A hora é agora. Daqui a pouco todo
mundo esquecerá. No Brasil tudo muito rapidamente cai
no esquecimento. É só outra coisa começar a vender os
jornais, que esqueceremos tudo isso.
E agora é hora de dar nome aos bois. Tenho
observado, não tenho falado e nem escrito muito sobre
isso, mas não vi em momento nenhum uma posição mais
enfática nem do Executivo Federal, nem do Executivo
Estadual, e com raras exceções, só de alguns prefeitos das
áreas municipais, como vi a prefeita de Governador
Valadares e o prefeito de Baixo Guandu sendo mais
enfáticos. O resto só diz: Olha, temos que solucionar. O
que a Dilma disse na semana passada sobre duzentos e
cinquenta milhões de multa, é quase que patético falar que
esse é o máximo que o Governo Federal tomará de atitude.
Precisamos aproveitar este momento sim para
entender a promiscuidade existente entre o público e o
privado, a ineficiência e a leniência dos poderes públicos
no Brasil. Este é o momento! Não deixaremos este
momento passar. Agora que isso precisa ser discutido e vir
à tona. Saber por que coisas desse tipo ocorrem no Brasil.
E não adianta escamotear isso com discurso de pena e de
condolências: Olha lá, o peixe está morrendo; olha o
povo. Quem causou não foi só a empresa. São
corresponsáveis aqueles que deixaram a empresa agir
dessa forma e que deixam esta mesma empresa, e outras
que financiam, tantos e tantos neste país, e que fecham os
olhos para a realidade. Obrigado, Senhor Presidente.
O Sr. Da Vitória – (PDT) – Senhor Deputado
Sergio Majeski, V. Ex.ª me concede um aparte?
O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB) – O meu
tempo acabou.
O Sr. Da Vitória – (PDT) – Gostaria apenas de
parabenizar e agradecer V. Ex.ª o discurso.
Convido V. Ex.ª também para fazer parte da nossa
comissão de representação, pois V. Ex.ª tem ideias tão
brilhantes. Gostaria que participasse da nossa comissão
com esses encaminhamentos e, principalmente, para
responsabilizar a empresa e os culpados.
O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB) – Muito
obrigado, Senhor Deputado Da Vitória.
E como disse, parabenizo a comissão da
Assembleia que está fazendo o seu trabalho e o seu papel.
(Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO – DEM) – Concedo a palavra ao Senhor
Deputado Pastor Marcos Mansur.
O SR. PASTOR MARCOS MANSUR – (PSDB
– Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, quero cumprimentar
também os nossos colaboradores de nossos trabalhos na
Casa, a audiência da galeria, a imprensa, nossos
telespectadores das TVs Ales e Educativa, nossos
internautas, os telespectadores do interior do estado do
Espírito Santo, principalmente o pessoal de Cachoeiro de
Itapemirim, que tem nos assistido, Senhor Deputado
Theodorico Ferraço, por uma iniciativa excelente de V.
Ex.ª, da presidência, um trabalho maravilhoso!
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO – DEM) – Capital secreta!
O SR. PASTOR MARCOS MANSUR –
(PSDB) – Cachoeiro, São Mateus, Linhares, Colatina,
estão também nessa rota de poder nos assistir.
Quero repercutir nessa minha fala, os colegas
estão falando de tragédia e, infelizmente, não há como,
neste tempo, fugirmos das tragédias. Quero falar um
pouquinho porque acho que está na mesma direção. Como
todos estão falando neste plenário da tragédia de Mariana,
quero falar da tragédia de Paris, ocorrida na última sexta-
feira, neste fim de semana, quando centenas de pessoas
morreram de maneira covarde, violenta, desumana,
naquela cidade. Às vezes, alguém pode dizer: Por que esse
deputado está falando de Paris e não dos problemas do
estado do Espírito Santo? Porque somos um mundo
globalizado. O que acontece lá, refletirá aqui, com certeza.
E o que aconteceu lá e o que está acontecendo na Europa,
vamos assim dizer, porque, além de ser um atentado contra
a humanidade, é um atentado contra a Europa, que acabará
respingando no Brasil. E o mais importante, o que está
acontecendo lá, tem um fundo, uma razão, Senhor
Deputado Theodorico Ferraço, da mesma coisa que está
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 183
sendo discutida na tragédia de Mariana: o descaso do
poder público, de quem pode fazer alguma coisa e não faz.
Porque esse Estado Islâmico que está se
instalando, se estabelecendo e se disseminando por todo o
oriente, está se instalando e crescendo por causa de um
vácuo, por causa de falta de ocupação de quem deveria
estar lá, apoiando, ajudando. Não é assim que surgem as
milícias no Brasil? Não é assim que surge o tráfico no
Brasil? Onde os poderes públicos federal, estaduais e
municipais se omitem, o traficante vai, a milícia vai, a
desordem vai, aquele que caminha fora e à margem da lei,
vai. É um caso muito semelhante, o Estado Islâmico está
lá, mostrando ao mundo o que é a falta de ocupação de
espaço por parte do Estado.
No caso do Estado Islâmico, é uma falta de
ocupação, proteção, organização, dos Estados Unidos da
América, e até mesmo da França, da Alemanha, da
Inglaterra, dos países que poderiam estar lá ajudando a
organizar socialmente aquele espaço, mas intervêm, às
vezes, só a base da força, da arma, e depois deixam ao
Deus dará. E, ao Deus dará, o Estado Islâmico, de maneira
covarde, está se disseminando, crescendo. Está lá a Síria
Estamos sofrendo as consequências também no
estado do Espírito Santo. É a mesma coisa. A tragédia de
Mariana, a tragédia do Vale do Rio Doce, é também uma
tragédia do descaso, é uma tragédia provocada pela falta
de organização, pela falta de investimento, pela falta de
fiscalização, e pela falta de estruturação. E aí o mundo
paga por essa falta. A população paga, os seres humanos
pagam, vidas humanas pagam, o meio ambiente paga, o
ecossistema paga.
Na França, na Europa, e também agora nos
Estados Unidos da América, há um medo generalizado.
Daqui para frente, como será? É a mesma coisa conosco.
Quanto tempo demoraremos para recuperar nosso
ecossistema? Agora, quem pagará os prejuízos?
Muito obrigado, Senhor Presidente. (Muito bem!)
(Comparece a Senhora Deputada Janete de Sá)
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO – DEM) – Concedo a palavra ao Senhor
Deputado Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB – Sem
revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, dividirei o tempo de
minha fala em dois assuntos, que entendo serem
importantíssimos. Primeiro quero cumprimentar o
Governo do Estado na figura do Vice-Governador César
Colnago. Em meu nome e em nome do Senhor Deputado
Gilsinho Lopes, vice-presidente na Comissão de Políticas
sobre Drogas, da qual sou presidente, quero agradecer ao
Governo do Estado que atendeu a uma solicitação nossa e
ampliou o número de vagas de tratamento contra as
drogas, assim atendendo e ampliando tudo o que é
realizado hoje pelas comunidades terapêuticas. São cento e
cinquenta vagas a mais diante de um problema, Senhor
Deputado Theodorico Ferraço, que tenho certeza de que se
não é dentro de nossas casas, algum membro de nossa
família está passando pelo problema, que chamamos do
grande mal do século: o crack e outras drogas, que fazem
com que se destruam nossas famílias inteiras diante desse
problema.
O projeto criado no governo anterior, Rede
Abraço, este governo está reestruturando. Amplia agora
mais cento e cinquenta vagas, ou seja, o projeto chegará a
quinhentas e cinquentas vagas para tratar de dependentes
químicos pelas comunidades terapêuticas. Quero
agradecer, como presidente da Comissão de Políticas sobre
Drogas, junto com meu vice-presidente, Senhor Deputado
Gilsinho Lopes, ao Governo do Estado, ao Governador e
ao Vice-Governador César Colnago, esse trabalho bacana,
que temos certeza de que dará ainda muito mais resultado
positivo para todos nós.
Agora falarei sobre um grave problema. O Senhor
Deputado Euclério Sampaio acabou denunciando neste
plenário hoje o caos na saúde de Cariacica. Quero dizer a
você, cidadão de Cariacica, que não gostaria, que não
gosto de estar nesta tribuna falando mal da administração
de nossa cidade. Gostaria de estar elogiando e
cumprimentando o prefeito e todos os seus servidores pelo
trabalho que desenvolvem, mas, infelizmente, não tenho
condições, diante do que será exibido neste vídeo, que
quero que prestem atenção.
(É exibido o vídeo)
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) –
Senhor Presidente, peço desculpas ao Rafael, à Pâmela, à
Euzira e aos seus familiares que se dirigiram às unidades
de saúde e não encontraram alguém do outro lado para
atendê-los diante do problema que vivem. Mas como disse
a Euzira, não se cale, dê um grito, diga que não está
contente com o governo que foi o mais votado do País
proporcionalmente, porque mentiu para a sociedade,
porque prometeu aquilo que não podia cumprir. Ganhar
eleição assim é fácil. Não brinque, senhor prefeito, com o
sonho das pessoas porque nenhuma delas vai à unidade de
saúde procurar remédio, médico ou seringa porque está
passeando e não tem nada para fazer. Elas acreditaram no
senhor e o senhor está decepcionando-as, assim como
decepciona a mim. Peça desculpas. (Muito bem!)
(Retira-se momentaneamente o Senhor Deputado Dary
Pagung)
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO
FERRAÇO - DEM) - Findo o tempo destinado à fase das
Comunicações, passa-se à Ordem do Dia.
Discussão única, em regime de urgência, do
Projeto de Lei n.º 170/2015, do Senhor Deputado Sergio
Majeski, que altera o inciso VII do art. 17 da Lei n.º 9.531,
de 16 de setembro de 2010, que dispõe sobre a política
estadual de mudanças climáticas - PEMC, incluindo
regiões urbanas, e também as susceptíveis a inundações.
Publicado no DPL do dia 07/05/2015. Pareceres n.os
152/2015, da Comissão de Justiça, pela
constitucionalidade/legalidade, 86/15, da Comissão de
Defesa da Cidadania e Direitos Humanos, e 02/15, da
Comissão de Infraestrutura, ambos pela aprovação. Parecer
oral da Comissão de Proteção ao Meio Ambiente, pela
aprovação. Na Comissão de Finanças, o Senhor Deputado
Dary Pagung se prevaleceu do prazo regimental para
relatar a matéria na Sessão Ordinária do dia 04/11/2015.
(Prazo até o dia 11/11/2015)
Concedo a palavra à Comissão de Finanças, para
que esta ofereça parecer oral ao projeto.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –
(EDSON MAGALHÃES) – Senhor Presidente, na forma
regimental assumo a presidência da Comissão de Finanças
184 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
e convoco seus membros, Senhores Deputados Hudson
Leal, Doutor Hércules e Freitas. (Pausa)
Senhores Deputados, na sessão ordinária realizada
dia 04 de novembro de 2015, o relator do projeto, Senhor
Deputado Dary Pagung, solicitou prazo regimental para
oferecer parecer em Plenário. Tendo vencido esse prazo e
estando S. Ex.ª ausente, designo novo relator do projeto o
Senhor Deputado Hudson Leal. (Pausa)
O SR. HUDSON LEAL – (PRP - Sem revisão
do orador) – Senhor Presidente e senhores membros da
Comissão de Finanças, trata-se do Projeto de Lei n.º
170/2015, de autoria do Senhor Deputado Sergio Majeski,
que altera o inciso VII do art. 17 da Lei n.º 9.531, de 16 de
setembro de 2010, que dispõe sobre a política estadual de
mudanças climáticas - PEMC, incluindo regiões urbanas e
também as susceptíveis a inundações.
O parecer da Comissão de Finanças é pela
aprovação do Projeto de Lei n.º 170/2015.
Devolvo o projeto ao Senhor Deputado Edson
Magalhães, presidente da Comissão. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –
(EDSON MAGALHÃES) – O relator foi pela aprovação
da matéria.
Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. FREITAS – (PSB) – Com o relator.
O SR. DOUTOR HÉRCULES – (PMDB) –
Com o relator.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –
(EDSON MAGALHÃES) – A Presidência acompanha o
voto do relator.
Senhor Presidente, o parecer foi aprovado à
unanimidade pela Comissão de Finanças.
Devolvo o projeto à Mesa.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO – DEM) – Em discussão o Projeto de Lei n.º
170/2015. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro
encerrada a discussão.
Em votação.
Os Senhores Deputados que o aprovam,
permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovado.
À Secretaria para extração de autógrafos.
(Comparece o Senhor Deputado Doutor Rafael Favatto)
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – Senhor
Presidente, pela ordem! Peço a palavra para justificação de
voto.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO – DEM) – Concedo a palavra ao Senhor
Deputado Sergio Majeski.
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB – Sem
revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, gostaria de agradecer
aos colegas o apoio a esse projeto de lei. Agora, quando
tanto se discute sobre a questão da água, modificamos a lei
para ampliá-la porque a atual legislação fala sobre um
fomento de construção de reservatórios em áreas rurais
suscetíveis à seca ou à desertificação. Estendemos isso
para as áreas urbanas e também para as áreas sujeitas às
enchentes. Quer dizer, ao mesmo tempo em que isso
possibilita a reservação de água na época das chuvas, no
caso das áreas urbanas suscetíveis à enchente, ajuda a dar
vazão à água. E neste momento em que tanto se discute
sobre a questão hídrica, é um projeto de suma importância.
Espero que o senhor governador, que tanto tem feito por
essa questão hídrica, também sancione o nosso projeto.
(Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO
FERRAÇO – DEM) – Discussão única, em regime de
urgência, do Projeto de Lei n.º 174/2015, do Senhor
Deputado Sergio Majeski, que dispõe sobre o reuso de
efluentes das estações de tratamento de esgoto - ETE´S,
para fins industriais. Publicado no DPL do dia 07/05/2015.
Pareceres orais da Comissão de Justiça, pela
constitucionalidade, com emenda substitutiva; e da
Comissão de Cidadania, pela aprovação, com a emenda
substitutiva apresentada pela Comissão de Justiça. Na
Comissão de Infraestrutura, o Senhor Deputado Edson
Magalhães se prevaleceu do prazo regimental para relatar a
matéria na Sessão Ordinária do dia 04/11/2015. (Prazo até
o dia 11/11/2015). (Existe emenda substitutiva anexada ao
Projeto, de autoria do Senhor Deputado Sergio Majeski,
publicada no DPL do dia 04/11/15)
Concedo a palavra à Comissão de Infraestrutura,
para que esta ofereça parecer oral ao projeto.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –
(EDSON MAGALHÃES) – Convoco os membros da
Comissão de Infraestrutura, Senhores Deputados Marcelo
Santos, Doutor Hércules e Rodrigo Coelho.
Informo aos Senhores Deputados que na sessão
ordinária do dia 04/11/2015 me prevaleci do prazo
regimental para relatar o projeto, o que passarei a fazer
neste momento. (Pausa)
Senhores membros da Comissão de Infraestrutura,
trata-se do Projeto de Lei n.º 174/2015 que tem a seguinte
ementa: Dispõe sobre o reuso de efluentes das estações de
tratamento de esgoto - ETE´S, para fins industriais.
Fiz uma análise desse projeto e percebi que tem
vícios de inconstitucionalidade, que passarei a lê-los. É um
projeto no qual faltam muitos elementos técnicos e que
tem uma responsabilidade muito grande ao setor
executivo, sem dúvida nenhuma, porque não se trata
apenas do tratamento para fins industriais. É de
competência do governo do Estado, projeto de lei com
parecer deste relator e de autoria do excelentíssimo Senhor
Deputado Sergio Majeski, que dispõe sobre o reuso de
efluentes das estações de tratamento de esgoto das estações
de tratamento para fins industriais, não estar em harmonia
com o ordenamento jurídico pátrio, conforme abaixo
explanado, porque viola o art. 63 da Constituição Estadual,
porque envolve matéria atinente ao Executivo, segundo
consta os incisos 3.º e 4.º do parágrafo único:
Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou
comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do
Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e
aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta
Constituição.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 185
Parágrafo único. São de iniciativa privativa do
Governador do Estado as leis que disponham sobre:
I - criação de cargos, funções ou empregos públicos na
administração direta, autárquica e fundacional do Poder
Executivo ou aumento de sua remuneração;
II - fixação ou modificação do efetivo da Polícia Militar e
do Corpo de Bombeiros Militar;
Inciso II alterado pela Emenda Constitucional n.º 12, de
20.08.97.
III - organização administrativa e pessoal da
administração do Poder Executivo;
Inciso III alterado pela Emenda Constitucional n.º 30, de
13.06.2001.
IV - servidores públicos do Poder Executivo, seu regime
jurídico, provimento de cargos, estabilidade e
aposentadoria de civis, reforma e transferência de
militares para a inatividade;
V - organização do Ministério Público, da Procuradoria-
Geral do Estado e da Defensoria Pública;
VI - criação, estruturação e atribuições das Secretarias de
Estado e órgãos do Poder Executivo (...)
O estudo da constitucionalidade e
inconstitucionalidade de uma norma designa a
possibilidade do estabelecimento de uma relação, isto é, a
relação que estabelece entre uma coisa a Constituição, e
outra coisa, o comportamento que listar ou não conforme o
que com ela é ou não compatível, que cabe ou não o seu
sentido.
Todavia, a constitucionalidade não está ligada
apenas aos critérios materiais, entra ou não em conflito
com os artigos já positivados na Constituição. Mas
também há critérios formais. Determinada norma foi ou
não editada por autoridades competentes e como a
Constituição determina.
Assim, Celso Ribeiro Bastos ensina que controle
de constitucionalidade das leis consiste no exame da
adequação das mesmas à Constituição, tanto de ponto de
vista formal quanto material.
Nesse diapasão, a norma em análise não goza de
atributo de constitucionalidade formal, eis que foi não
elaborada em conformidade com a Constituição Federal.
Houve correta observância das formas estatuídas, não fere
a uma competência deferida constitucionalmente a um dos
Poderes. Enfim, não contravém preceitos constitucionais
pertinentes à organização técnica dos Poderes.
No caso em evidência a norma fere de forma
frontal o parágrafo único, incisos III e IV do art. 63 da
Constituição Estadual, quando invade a área de
competência do Poder Executivo.
Face ao exposto, esta relatoria propõe aos doutos
membros desta Comissão adoção de perecer desfavorável
ao presente projeto de lei.
Quero dizer ao nobre Deputado Sergio Majeski
que tenho a grata satisfação de relatar um projeto dessa
envergadura, mas diante da inconstitucionalidade, esta
Comissão tomou essa decisão. Mas gostaria de pedir ao
nobre Deputado que esse projeto, mais adiante, fosse
submetido à Comissão de Infraestrutura para que
pudéssemos abrir um debate em torno do que foi preterido.
O Sr. Sergio Majeski – (PSDB) – Senhor
Presidente, como autor, gostaria de discutir o projeto.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –
(EDSON MAGALHÃES) – Com certeza, V. Ex.ª terá
todo o direito, de acordo com o Regimento desta Casa, de
discutir a matéria.
Eu gostaria imensamente que esse projeto fosse
bastante debatido para que não ocorrêssemos no erro de ter
esse projeto aniquilado pelo Poder Executivo, uma vez
que é inconstitucional.
Portanto, essas são as observações deste humilde
Deputado, relator da matéria.
Sou pela rejeição do projeto, já disse isso. (Muito
bem!) (Pausa) Em discussão o parecer. (Pausa)
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – Senhor
Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –
(EDSON MAGALHÃES) – Concedo a palavra ao Senhor
Deputado Sergio Majeski.
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB – Sem
revisão do orador) – Senhor Presidente e senhores
membros da Comissão de Infraestrutura, meus
cumprimentos à Mesa e aos colegas presentes.
Com todo respeito ao presidente da Comissão de
Infraestrutura, não entendi muito bem o relatório desta
Comissão. A Comissão não pode entrar no mérito da
Comissão de Justiça, que já deu parecer pela
constitucionalidade.
O mérito de V. Ex.ª deveria ser julgar de acordo
com o que é a prerrogativa da Comissão de Infraestrutura.
A constitucionalidade ou não já foi dada pela Comissão de
Justiça.
Esclareço aos nobres pares que esse projeto não
incide em aumento de despesas para o Executivo, aumento
de cargos ou nada disso. Esse projeto visa ao reuso de
água. Hoje, temos uma estação de tratamento de esgotos
em Jardim Camburi; gostaria de deixar isso muito claro.
Essa água é tratada e depois é lançada ao mar, não sendo
utilizada. Mas temos as grandes empresas com a Vale e a
ArcelorMittal que são grandes consumidoras de água e que
poderiam usar, em grande parte, essa água tratada, daquilo
que elas necessitam executar. Portanto, caberia ao
Executivo somente normatizar como isso seria feito.
Não é para sair dinheiro do Estado para fazer isso,
pois ele, no caso, já faz a sua parte tratando o esgoto, mas
é para que essas empresas canalizem essa água tratada para
uso delas. Portanto, eu gostaria de entender onde é que a
matéria aumenta a despesa ou o número de funcionários.
Não existe isso.
Além disso, o primeiro parecer da procuradoria,
que questionei à presidência em função disso, foi pela
constitucionalidade, Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos.
E foi muito bem fundamentado, porque a matéria é
constitucional. Estranhamente, pediu-se a revisão. O
procurador novamente deu pela constitucionalidade e não
havia problemas. Pediu-se, então, a esse mesmo
procurador que desse pela inconstitucionalidade, mas ele
se negou a fazer dizendo: - não posso voltar atrás. Sou um
profissional. Como já fiz uma vez o parecer, já o refiz pela
constitucionalidade e continuo com o parecer pela
constitucionalidade não vou... porque alguém está pedindo
186 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
que ele seja inconstitucional. Então, há algo de estranho
nessa história.
Conversei com o Senhor Deputado Rodrigo
Coelho, expliquei toda situação e modificamos o texto.
Mas agora, estranhamente, a Comissão de Infraestrutura
entra em um mérito que não é seu, dando um parecer
contrário, usando a questão da constitucionalidade.
Ora, isso é incompreensível, Senhor Deputado
Edson Magalhães! Com todo respeito, acho que V. Ex.ª
extrapolou as prerrogativas da sua Comissão, que não são
a de julgar se a matéria é constitucional ou não, mas de
observar as questões inerentes à infraestrutura.
Hoje vivemos uma crise hídrica imensa. Não
podemos ficar no jargão de que estamos preocupados ou
fazendo campanhas publicitárias na televisão ou
discursando. Temos que partir para atitudes práticas. Hoje,
não existe uma única solução para a questão hídrica, temos
que encontrar várias soluções e esta é uma delas.
Não dá para esperar amanhã ou depois de amanhã
para ser discutido mais profundamente, quando temos algo
tão palpável, que pode se transformar em realidade num
curto espaço de tempo. Portanto, me causa estranheza que
a Comissão de Infraestrutura não tenha se atido à questão
da infraestrutura, entrado na questão da Comissão de
Justiça, que já deu pela constitucionalidade.
Senhor Deputado Edson Magalhães, com todo o
respeito, V. Ex.ª poderia ter lido o primeiro parecer do
procurador. Aquele que se fundamentou profundamente na
constitucionalidade.
Não é uma questão de opção, nas precisamos estar
atentos à necessidade. Como presidente da Comissão de
Ciência e Tecnologia não posso entrar na questão da
infraestrutura, nem da cidadania, nem da
constitucionalidade ou não. Cada comissão deveria se ater
ao mérito de sua prerrogativa da comissão. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –
(EDSON MAGALHÃES) – Senhor Deputado Sergio
Majeski, se V. Ex.ª tiver alguma dúvida, pode, muito bem,
estar de posse de meu parecer e consultar a
constitucionalidade ou inconstitucionalidade daquilo que
li.
Não estou falando somente da questão do mérito
da Comissão de Constituição e Justiça. Estou adensando a
questão de um parecer de constitucionalidade à falta de
elementos técnicos a toda essa matéria. E que o Governo
do Estado possa realmente implantar esse sistema de
reaproveitamento dessa água para indústria.
Outro dia falei ao Senhor Deputado Enivaldo dos
Anjos que seria muito bem vindo o reuso da água para a
manutenção de praças e jardins, mas no âmbito da lei
tenho o direito. Por que não tenho direito? Como
estudioso, tenho direito de recorrer para saber se a matéria
é constitucional ou não. É um direito meu. É uma
prerrogativa. Quando se faz um relatório, temos que nos
ater à legislação em primeiro lugar.
Continua em discussão o Projeto de Lei n.º
174/2015. (Pausa)
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Enivaldo
dos Anjos.
O SR. ENIVALDO DOS ANJOS – (PSD – Sem
revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, em várias oportunidades
temos falado sobre prerrogativas do Poder Legislativo.
Vemos que em todos os estados, inclusive no
Congresso Nacional, existe um desejo muito grande de
legislar e executar da parte do Executivo. Para o
enfraquecimento do Legislativo, contamos com os
próprios membros dos poderes legislativos, que se atêm a
tentar obstruir o próprio funcionamento do poder no
sentido de propor, de discutir e de tentar convencer,
porque quem faz a lei é quem pode questioná-la, e não
quem a executa.
Entendo que essa matéria, recebendo, com
fundamentação, o parecer pela constitucionalidade dos
membros da Comissão de Justiça, que apreciou e tem um
presidente zeloso e cuidadoso, que acompanha o trabalho
da comissão e deu andamento ao processo.
Vemos que a regra pretendida não demanda
despesa, em função de que basta o Estado, que é o dono do
produto que gera a limpeza e a destinação da água, liberar
aquilo que tratou, ao invés de jogar novamente na
poluição. Estabelecendo regras de liberação e talvez até
negociação com a própria Cesan, para revender a água
despoluída para serviços que não precisam nem de água
tratada com destinação ao uso humano, mas para uso de
parques e uso industrial. Porque, se levarmos em conta, só
em Jardim Camburi, aquela estação de tratamento, que faz
tratamento de água e joga de novo no mar poluído, não dá
para entender porque esse recurso é tão jogado fora. E
apenas por filigranas jurídicas e legislações que não são
flexíveis e que estamos tentando flexibilizar, temos, como
Poder, que contrariar a própria Assembleia em negar o
direito de se fazer uma facilitação para uso dessa água.
O projeto do Senhor Deputado Sergio Majeski é
nada mais nada menos do que cuidar da destinação de um
bem, com que se gasta um dinheiro considerável para ser
tratado, e é jogado de novo na poluição. Então, basta que o
Estado, com essa lei aprovada, viabilize e autorize a
própria Cesan a reutilizar essa água na indústria, nos
jardins e em qualquer outra atividade que não seja o uso
humano. Teremos uma diminuição, porque a partir da hora
em que se autorizam empresas como a Vale, que utiliza
uma quantidade enorme de água do rio Santa Maria, se
elas passarem a usar essa água de esgoto tratado, vai
diminuir o uso da água, que vai servir para uso humano. É
questão matemática e não implica gastos.
Quero fazer apelo ao Senhor Deputado Edson
Magalhães, que fez o relatório na Comissão de
Infraestrutura, mas também discutiu a questão da
constitucionalidade, para que S. Ex.ª refaça seu parecer, se
for possível, uma vez que a constitucionalidade já foi feita
e julgada na Comissão de Justiça e a matéria trata de
interesse público de benefício à população.
Com certeza, a partir do ano de 2017, quando S.
Ex.ª estiver na Prefeitura de Guarapari, vai poder se valer
dessa lei para utilizar aquele tratamento de esgoto que vai
passar a ter em Guarapari, porque não sei se Guarapari tem
hoje, a condição de ver todo o investimento de recurso
para tratar de uma água e depois jogar de novo dentro do
rio poluído. Então, espero que S. Ex.ª, mais Executivo do
que Legislativo, possa entender que a matéria é simplória,
mas é possível de ser inserida no contexto de leis por se
tratar exatamente de corrigir uma regra que o Executivo
até hoje não corrigiu: fazer um tratamento, gastar dinheiro
e jogar de novo essa água tratada no ambiente poluído, o
que não se explica e não se justifica perante os
contribuintes do Estado do Espírito Santo.
Conto com a inteligência, com a capacidade e
com a facilidade que V. Ex.ª tem de entender e fazer
composição neste Plenário, porque é um dos mais sensatos
para fazer entendimento e composição. (Muito bem!)
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 187
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –
(EDSON MAGALHÃES) – Muito obrigado, Senhor
Deputado Enivaldo dos Anjos.
Continua em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Vou acatar a emenda proposta pelo Senhor
Deputado Enivaldo dos Anjos, com relação ao
reaproveitamento, ao reuso dessa água na manutenção de
praças e jardins.
Senhor Deputado Sergio Majeski, fiz um relato e
entendo que poderíamos enriquecer esse projeto com mais
elementos técnicos. Mas não poderia jamais deixar de
relatar a inconstitucionalidade disso por não entender.
Mas, entendendo que estamos dentro de um regime
democrático e que tem um parecer da Procuradoria...
Li o parecer da Procuradoria. Quero dizer a V.
Ex.ª que tudo que pego, leio. Tenho esse capricho. E
também levando em consideração a atribuição maior desta
Casa com relação aos assuntos constitucionais que são
pertinentes à Comissão de Constituição e Justiça, quero
dizer que revogo meu parecer e me junto aos nobres
Colegas Deputados, para que possamos realmente dar
prosseguimento a esse projeto de lei do Senhor Deputado
Sergio Majeski, por entender que estamos num ambiente,
além de democrático, maduro e de compreensão.
Como presidente da Comissão de Infraestrutura,
entendo que precisamos realmente tratar o meio ambiente
de uma forma qualitativa, dentro das vertentes e das
normas que estão hoje inseridas em todo o âmbito
ambiental, para que possamos, realmente, cuidar melhor
do nosso meio ambiente. Portanto, junto-me aos senhores
pela aprovação deste projeto.
Continua em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) - Com
o relator.
O SR. RODRIGO COELHO (PT) - Com o
relator.
O SR. DOUTOR HÉRCULES – (PMDB) -
Com o relator.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –
(EDSON MAGALHÃES) – Senhor Presidente, o parecer
foi aprovado à unanimidade pela Comissão de
Infraestrutura.
Agora, submeto à aprovação a emenda
substitutiva, de autoria do Senhor Deputado Enivaldo dos
Anjos, para reuso na manutenção de praças e jardins.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Com
a emenda.
O SR. RODRIGO COELHO (PT) - Com a
emenda.
O SR. DOUTOR HÉRCULES – (PMDB) -
Com a emenda.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –
(EDSON MAGALHÃES) – Senhor Presidente, a emenda
foi aprovada à unanimidade pela Comissão de
Infraestrutura.
Devolvo o projeto à Mesa.
(Retira-se momentaneamente o Senhor Deputado Doutor
Rafael Favatto)
O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB) – Senhor
Presidente, pela ordem! Agradeço aos colegas,
especialmente ao Senhor Deputado Edson Magalhães, a
sensibilidade de ter voltado no parecer. Muito obrigado!
Acho que podemos construir uma boa alternativa para a
questão hídrica no estado.
Obrigado, Senhor Deputado Edson Magalhães e
demais Senhores Deputados Marcelo Santos, Enivaldo dos
Anjos, Rodrigo Coelho e demais Senhores Deputados.
O SR. PRESIDENTE – (CACAU
LORENZONI – PP) – Concedo a palavra à Comissão de
Proteção ao Meio Ambiente, para que esta ofereça parecer
oral ao projeto.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) -
Senhor Presidente, na ausência do Senhor Deputado
Doutor Rafael Favatto, Presidente da Comissão de
Proteção ao Meio Ambiente, na forma regimental assumo
a presidência e convoco seus membros, Senhores
Deputados Edson Magalhães, Marcelo Santos e Raquel
Lessa.
Avoco para relatar o Projeto de Lei n.º 174/2015,
com muita seriedade, conforme solicitado pelo nobre
Senhor Deputado Sergio Majeski e, para analisar com
muita seriedade todos os aspectos deste projeto, prevaleço-
me do prazo regimental para oferecer parecer.
O SR. PRESIDENTE – (CACAU
LORENZONI – PP) – É regimental.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –
(GILDEVAN FERNANDES – PV) – Devolvo a palavra
à Mesa.
O SR. PRESIDENTE – (CACAU
LORENZONI – PP) – Discussão única, em regime de
urgência, do Projeto de Lei n.º 244/2015, do Senhor
Deputado Enivaldo dos Anjos, que institui o
desmatamento zero no Estado com a proibição da
supressão de florestas nativas em todo o território estadual
e dá outras providências. Publicado no DPL do dia
11/06/2015. Parecer oral da Comissão de Justiça,
pela constitucionalidade. Na Comissão de Defesa da
Cidadania, o Senhor Deputado Marcos Bruno se
prevaleceu do prazo regimental para relatar a matéria na
Sessão Ordinária do dia 09/11/2015. (Prazo até o
dia 16/11/2015).
Concedo a palavra à Comissão de Defesa da
Cidadania, para que esta ofereça parecer oral ao projeto.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –
(PADRE HONÓRIO - PT) – Senhor Presidente, na
ausência do Senhor Deputado Nunes, Presidente da
Comissão de Defesa da Cidadania, na forma regimental
assumo a presidência.
Senhor Presidente, informo a V. Ex.ª que na
sessão ordinária realizada dia 09 de novembro de 2015 o
relator do projeto, Senhor Deputado Marcos Bruno, se
188 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
prevaleceu do prazo regimental para relatar o projeto na
Comissão de Defesa da Cidadania. Portanto, tem prazo até
o dia 16 de novembro de 2015. Estando S. Ex.ª ausente e
ainda dispondo de prazo para oferecer parecer, devolvo a
palavra à Mesa.
O SR. PRESIDENTE – (CACAU
LORENZONI – PP) – É regimental.
Votação em 2.º turno da Proposta de Emenda
Constitucional n.º 08/2015, do Senhor Deputado Enivaldo
dos Anjos e outros, que altera o artigo 69, da Constituição
do Estado, que dispõe sobre as proposições de iniciativa
popular. Publicada no DPL do dia 01/06/2015. Pareceres
n.os
312/2015, da Comissão de Justiça,
pela constitucionalidade/admissibilidade, e 119/2015, da
Comissão de Defesa da Cidadania,
pela aprovação, publicados no DPL do dia 06/11/2015. A
matéria foi aprovada, em 1.º turno, com 18 (dezoito) votos
favoráveis e (01) uma abstenção, na sessão ordinária do
dia 09 de novembro de 2015. Quorum para aprovação:
3/5(18 votos) - votação nominal.
O Presidente, de ofício, determina a realização de
verificação de quorum para efeito de votação.
Solicito aos Senhores Deputados que registrem
presença nos terminais eletrônicos. (Pausa)
(Procede-se ao registro das presenças)
(De acordo com o registrado no painel eletrônico, retiram-
se os Senhores Deputados Almir Vieira, Bruno Lamas, Da
Vitória, Dary Pagung, Doutor Rafael Favatto, Eliana
Dadalto, Erick Musso, Euclério Sampaio, Freitas, Guerino
Zanon, Hudson Leal, Janete de Sá, Pastor Marcos Mansur,
Raquel Lessa, Sandro Locutor e Theodorico Ferraço)
(Registram presença os Senhores Deputados Amaro Neto,
Cacau Lorenzoni, Doutor Hércules, Edson Magalhães,
Enivaldo dos Anjos, Gildevan Fernandes, Gilsinho Lopes,
Luzia Toledo, Marcelo Santos, Padre Honório, Rodrigo
Coelho e Sergio Majeski)
O SR. PRESIDENTE – (CACAU
LORENZONI - PP) – Registraram presença doze
Senhores Deputados.
Não há quorum para votação em 2.º turno da
Proposta de Emenda Constitucional n.º 08/2015, pelo que
fica adiada.
Passo a presidência dos trabalhos à Senhora
Deputada Luzia Toledo. (Pausa)
(Comparecem os Senhores Deputados Doutor Rafael
Favatto e Freitas)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO -
PMDB) – Assumo a presidência dos trabalhos neste
momento para dar continuidade ao rito da sessão.
O SR. GILSINHO LOPES – (PR) – Senhora
Presidenta, pela ordem! Requeiro a V. Ex.ª verificação de
quorum para efeito de manutenção da sessão.
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO -
PMDB) – É regimental.
Solicito aos Senhores Deputados que registrem
presença nos terminais eletrônicos. (Pausa)
(Procede-se ao registro das presenças)
(De acordo com o registrado no painel eletrônico, retiram-
se os Senhores Deputados Amaro Neto, Enivaldo dos
Anjos, Freitas, Gilsinho Lopes e Marcelo Santos e
comparece o Senhor Deputado Marcos Bruno)
(Registram presença os Senhores Deputados Cacau
Lorenzoni, Doutor Hércules, Doutor Rafael Favatto, Edson
Magalhães, Gildevan Fernandes, Luzia Toledo, Marcos
Bruno, Padre Honório, Rodrigo Coelho e Sergio Majeski.)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO -
PMDB) – Antes de proclamar o resultado, quero registrar
que a Cipe Rio Doce, integrada por dois Estados
brasileiros, Espírito Santo e Minas Gerais, foi criada pelo
então Senhor Deputado Gilson Amaro e pelo ex-deputado
Claudio Vereza, deputados que mais trabalharam pela Cipe
Rio Doce. Quando cheguei a esta Casa, o então Deputado
Claudio Vereza me pediu para que eu integrasse a Cipe
Rio Doce.
Informação aos Senhores Deputados e Deputadas
desta Casa, que na quarta-feira passaremos a coordenação
da Cipe Rio Doce, pelo Estado do Espírito Santo, ao
Senhor Deputado Guerino Zanon.
Da mesma forma, em Minas Gerais, a Deputada
Celise Laviola presidirá a Cipe Rio Doce em uma
homenagem ao ex-deputado José Henrique, que faleceu no
ano de 2013 e que, como o ex-deputado Gilson Amaro,
dedicou-se a essa comissão interestadual que fez um
trabalho brilhante pela nossa bacia do rio Doce. Tanto é
assim que hoje há um estudo pronto integrando todos os
municípios dos estados de Minas Gerais e do Espírito
Santo.
Hoje, com esse crime ambiental acontecido em
Mariana, com o que estamos também sofrendo as
consequências de uma forma muito dolorosa, levaremos
todo trabalho que o Espírito Santo vem fazendo, inclusive,
com a participação efetiva do nosso Governador Paulo
Hartung a esse encontro.
Também levaremos o relatório que fizemos ao
passar a coordenação para o Senhor Deputado Guerino
Zanon. A vice-presidência será passada para o Senhor
Deputado Da Vitória, de cujo trabalho já está sendo feito
durante todo esse tempo desde que aconteceu esse crime
ambiental de grandes proporções, que não sabemos ainda
aquilatar.
Deixo registrado que levaremos esse relatório
com várias ações positivas que fizemos na presidência e
depois como coordenadora da Cipe Rio Doce. Tenho
certeza de que o nosso trabalho ficou marcado não só nos
estados de Minas Gerais e Espírito Santo, mas também
junto ao Governo Federal, já que conseguimos colocar a
Cipe Rio Doce, naquela oportunidade, no orçamento da
União.
Os dois estados brasileiros fizeram um trabalho
que ficou com o nome de PIRH Doce – Plano Integrado de
Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce, em que os
estados de Minas Gerais e do Espírito Santo fizeram um
grande trabalho, Senhor Deputado Padre Honório – V. Ex.ª
que iria conosco a Minas Gerais, mas não irá porque tem
outra agenda de trabalho.
Esse trabalho que apresentaremos em Minas
Gerais, claro, está dentro da nossa história neste
Parlamento. Não foi um trabalho qualquer, mas foi um
trabalho que mereceu elogio, inclusive da Assembleia
Legislativa de Minas Gerais e por várias vezes. (Pausa)
Constatamos que registraram presença dez
Senhores Deputados.
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 189
Há quorum para manutenção da sessão, mas não
há para votação. Desse modo, fiz muito bem em ficar à
frente falando da nossa Cipe Rio Doce e da reunião na
quarta-feira, às 10h, na Assembleia Legislativa de Minas
Gerais, primeiro para posse dos respectivos membros e,
em seguida, para fazermos uma audiência pública com
prefeitos de Minas Gerais e do Espírito Santo.
Discussão prévia do Projeto de Lei n.º 333/2015,
de autoria do Senhor Deputado Marcos Bruno, que obriga
a disponibilização de espaço físico para a instalação de
postos de atendimento do Procon, nos locais que
especifica, e dá outras providências. Publicado no DPL do
dia 19/08/2015. Parecer n.º 352/2015, da Comissão de
Justiça, pela inconstitucionalidade, publicado no DPL do
dia 13/10/2015.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro
encerrada a discussão.
Informo aos Senhores Deputados que se o Parecer
n.º 352/2015, da Comissão de Justiça, for aprovado, o
projeto será arquivado; se rejeitado, o projeto seguirá
tramitação normal.
Em votação o parecer, pela inconstitucionalidade
do Projeto de Lei n.º 333/2015.
Adiada por falta de quorum.
Discussão especial, em 3.ª sessão, do Projeto de
Lei n.º 418/2015, do Senhor Deputado Euclério Sampaio,
que acrescenta o art. 6.º e parágrafo único na Lei
10.387/2015 que obriga os Postos de Combustíveis a
informarem se a gasolina comercializada é formulada ou
refinada. Publicado no DPL do dia 04/11/2015.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro
encerrada a discussão.
O projeto segue às Comissões Permanentes.
Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de
Lei n.º 254/2015, da Senhora Deputada Luzia Toledo, que
dispõe sobre a proibição do transporte, da comercialização,
do beneficiamento e da industrialização do Marlin Azul e
do Marlin Branco. Publicado no DPL do dia 29/06/2015.
Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de
Lei n.º 396/2015, do Senhor Deputado Amaro Neto, que
dispõe sobre a obrigatoriedade das agências bancárias
disponibilizarem um funcionário exclusivo para
atendimento aos idosos e deficientes nos caixas de
autoatendimento e da outras providências. Publicado no
DPL do dia 01/10/2015.
Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de
Lei n.º 410/2015, do Senhor Deputado Euclério Sampaio,
que concede desconto aos clientes que reduzirem o
consumo de energia elétrica no Estado. Publicado no DPL
do dia 19/10/2015.
Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de
Lei n.º 411/2015, do Senhor Deputado Euclério Sampaio,
que concede desconto aos clientes que reduzirem o
consumo de água no Estado. Publicado no DPL do dia
19/10/2015.
Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de
Lei n.º 416/2015, do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, que
veda a fabricação, a venda, a comercialização, o transporte
e a distribuição de brinquedos, réplicas ou simulacros de
armas de fogo, que com elas possam se confundir, no
âmbito do Estado. Publicado no DPL do dia 19/10/2015.
Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de
Lei n.º 419/2015, do Senhor Deputado Sergio Majeski, que
estabelece a cobrança de multa às distribuidoras de água
do Estado, caso constatado desperdício durante a
distribuição. Publicado no DPL do dia 26/10/2015.
Em discussão os Projetos de Lei n.os
254/2015,
396/2015, 410/2015, 411/2015, 416/2015 e 419/2015.
(Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro
encerrada a discussão.
Os projetos seguem à 3.ª sessão.
(Comparecem os Senhores Deputados Enivaldo dos Anjos
e Gilsinho Lopes)
Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de
Decreto Legislativo n.º 116/2015, da Mesa Diretora, que
concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao
Excelentíssimo Promotor de Justiça Doutor Americo José
dos Reis. Publicado no DPL do dia 10/11/2015.
Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de
Decreto Legislativo n.º 117/2015, da Mesa Diretora, que
concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao
Excelentíssimo Juiz de Direito Doutor Marcelo Jones de
Souza Noto. Publicado no DPL do dia 10/11/2015.
Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de
Decreto Legislativo n.º 118/2015, do Senhor Deputado
Hudson Leal, que concede Título de Cidadania Espírito-
Santense ao Senhor Ricardo Córdova Guzmán. Publicado
no DPL do dia 12/11/2015.
Em discussão os Projeto de Decreto Legislativo n.os
116/2015, 117/2015 e 118/2015.(Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a
discussão.
Os projetos seguem à 2.ª sessão.
(Retira-se momentaneamente o Senhor Deputado Cacau
Lorenzoni)
Finda a Ordem do Dia, passa-se à fase do Grande
Expediente, dividido em duas partes: Lideranças
Partidárias e Oradores Inscritos.
Concedo a palavra ao Líder do PP, Senhor
Deputado Cacau Lorenzoni. (Pausa)
Ausente, concedo-a ao Líder do PR, Senhor
Deputado Gilsinho Lopes.
O SR. GILSINHO LOPES - (PR – Sem revisão
do orador) – Senhora Presidenta, Senhores Deputados e
Senhoras Deputadas, o nosso Líder do Governo pediu
vista, Senhor Deputado Sergio Majeski, do projeto
importantíssimo de V. Ex.ª, mas tenha certeza de que
estaremos prontos e aptos a votar com o projeto do reúso
da água que V. Ex.ª apresentou.
Senhora Deputada Luzia Toledo, fui interpelado
pela imprensa para repercutir em relação à atuação da
Cipe. Fui bastante claro com eles no sentido de que não é
responsabilidade, não houve negligência em razão disso,
porque técnicos e engenheiros que detectaram o problema
e só falaram depois dos acontecimentos, tinham a
obrigação de fazer a denúncia ao Ministério Público, aos
órgãos responsáveis pela fiscalização. V. Ex.as
, que
participam dessa comissão tão importante, não iriam
detectar porque não são engenheiros ou técnicos e não
estariam exatamente visitando aquela barragem, pois há,
em Minas Gerais, inúmeras barragens.
190 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Hoje, a comissão constituída por esta Casa está
fazendo o seu papel e os nossos colegas, Senhores
Deputados, viajaram e foram para Colatina e Baixo
Guandu para dar a nossa contribuição.
Pode-se dizer que isso é uma tragédia, Senhor
Deputado Sergio Majeski, porque aquilo não é apenas um
acidente, mas uma tragédia anunciada. Nós, desta tribuna e
na CPI do Pó Preto, denunciamos os órgãos de fiscalização
ambiental do Estado do Espírito Santo que negligenciaram
ao conceder licenças ambientais sem as exigências das
condicionantes feitas pelos técnicos responsáveis pelo
Iema e pela Seama.
Senhor Deputado Rodrigo Coelho, fizemos um
requerimento na CPI e pedimos todas as condicionantes
que foram exigidas e até hoje o Iema não as encaminhou.
Eu quis representar os responsáveis por crime de
responsabilidade pelo não encaminhamento, mas fui voto
vencido na comissão. Hoje quando fui interpelado pela
imprensa, esqueci-me de dizer isso para eles.
Eles podem ir à Polícia Federal, pois há lá um
inquérito para apurar as reponsabilidades tanto do Iema,
quanto da Seama e do Ministério Público porque eles
sabiam que as condicionantes não foram devidamente
atendidas, mas assim mesmo eles concederam a licença.
O Doutor Décio Ferreira, delegado da Polícia
Federal, encarregado desse inquérito policial, Senhora
Deputada Luzia Toledo, solicitou-nos cópia das licenças
ambientais das LO’s e LI’s e as mesmas foram concedidas
sem o atendimento dos requisitos necessários.
Quando querem criticar os Parlamentares,
Senhora Deputada Luzia Toledo, faço a defesa, porque os
órgãos de fiscalização são pagos exatamente para isso.
Temos que fiscalizar os atos do governo e dessas
empresas, e fazemos as nossas cobranças.
(Comparece o Senhor Deputado Freitas)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO –
PMDB) – Parabenizo V. Ex.ª, Senhor Deputado Gilsinho
Lopes. Como sempre, V. Ex.ª, com essa fidalguia, se
quisesse, teria feito outra colocação em relação aos
membros da comissão interestadual que integram a Cipe
Rio Doce. V. Ex.ª, com essa elegância de sempre, foi
primoroso. Eu disse a mesma coisa sem combinar com V.
Ex.ª. Também fui entrevistada pelo nosso jornalista.
Primeiro, o rompimento aconteceu em Mariana,
Minas Gerais. Os órgãos ambientais daquele estado é que
tinham que estar fiscalizando permanentemente, inclusive,
o Ministério Público. Na realidade, fomos surpresados,
infelizmente, com esse desastre ambiental da maior
proporção, neste país.
Senhor Deputado Freitas, a Cipe Rio Doce fez seu
trabalho. Durante todo o tempo V. Ex.ª acompanhou,
esteve presente. Fizemos tudo. Houve uma interrupção de
meses porque perdemos o ícone da Cipe Rio Doce, o José
Henrique, que era um deputado mineiro, tão apaixonado
quanto o senhor Gilson Amaro. Os dois construíram a Cipe
Rio Doce. Mas S. Ex.ª morreu precocemente. Com a morte
de S. Ex.ª, os membros da comissão em Minas Gerais
ficaram sem o piloto.
Faremos uma audiência pública quarta-feira, às
10h, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Dez
minutos antes haverá a posse. A deputada Celise Laviola
assumirá a presidência, que é trocada de dois em dois anos.
Senhor Deputado Gilsinho Lopes, V. Ex.ª foi
primoroso, porque não temos o poder de embargar obras.
Temos o poder de fazer acontecer, como fizemos durante
todos esses anos à frente da Cipe Rio Doce com os
companheiros e companheiras do Estado de Minas Gerais
e do Estado do Espírito Santo.
Senhor Deputado Gilsinho Lopes, parabéns e
obrigada pela fala em relação à única comissão
interestadual que existe entre os estados de Minas Gerais e
do Espírito Santo.
O SR. GILSINHO LOPES – (PR) – Senhora
Presidenta Luzia Toledo, sem ter a informação da morte do
presidente, também disse ao jornalista que as convocações
para as reuniões são emanadas dos presidentes. Com o
falecimento dele e com a posse da nova presidente, os
trabalhos deverão ser retomados dentro do processo
normal.
Gostaria de fazer uma reflexão com os colegas.
Estamos nos avizinhando do último dia da entrega das
emendas parlamentares. Senhores Deputados Rodrigo
Coelho e Enivaldo dos Anjos, semana passada, falei com
relação à otimização e à execução das emendas.
Pergunto mais uma vez aos nobres colegas se as
emendas de V. Ex.as
estão sendo coroadas com êxito,
porque as minhas estão sendo atendidas minimamente.
Semana passada, não deu para falar, mas observei que no
ano passado, quando encaminharam o Orçamento e o PPA
para esta Casa, Senhor Deputado Sergio Majeski, fiz
questão de fazer a inclusão de uma emenda para
pagamento do tíquete-alimentação dos servidores do
Executivo e nem sequer tive a oportunidade de conseguir a
assinatura dos colegas para que ela fosse votada em
destaque.
Estou apresentando novamente e quero conclamar
os nobres colegas deputados, pois é uma injustiça o que
estão fazendo com os servidores do Executivo, uma vez
que essa matéria já foi discutida, votada e aprovada no
colégio dos procuradores do estado à unanimidade e não
tem nenhuma eficácia. Há mais de cinco anos os
servidores do Executivo estão sem os míseros cento e
setenta e seis reais, que é o valor do tíquete-alimentação
deles.
Enquanto isso, na semana passada, sofremos mais
uma apunhalada. Uma instituição que defendo e que tenho
defendido como vários deputados, a Defensoria Pública,
aumentou seu tíquete- alimentação de oitocentos reais para
mil, quinhentos e noventa e nove, e isso nas barbas de
nosso governo. Não posso crer que o governador esteja de
acordo com isso. Não quero crer que o governador esteja
sabendo disso, porque é um absurdo. Cento e setenta e seis
reais o servidor do Executivo: o professor, o assessor, o
policial civil e militar, o bombeiro militar, o agente
penitenciário, eles não percebem esse valor há cinco anos,
desde que seus vencimentos foram transformados em
subsídio. E o Colégio dos Procuradores já deu parecer
favorável à unanimidade, e ainda vêm pessoas para votar
contra, é um absurdo!
Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, de
oitocentos reais foi para mil, quinhentos e noventa e nove,
dos defensores públicos. Dos juízes e promotores é mais
de mil reais. Qual é o horário que trabalham? A partir do
meio-dia! Os policiais e professores estão nas ruas, nas
escolas, pela manhã, desde as oito horas, Senhor Deputado
Rodrigo Coelho.
Temos que manter esta posição. Quero conclamar
V. Ex.as
a assinarem comigo a emenda de destaque para
que possamos apresentar. Tenho certeza de que o Senhor
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 191
Deputado Dary Pagung, presidente da Comissão de
Finanças, vetará a minha emenda. Mas se assim o fizer,
estarei desta tribuna, mais uma vez, tecendo críticas e darei
os números de todos os Poderes, de todas as instituições.
Infelizmente, os servidores do Executivo, noventa e quatro
mil servidores, almejam, precisam, necessitam de cento e
setenta e seis reais a mais em seus salários, e eles não
conseguem hora nenhuma.
Não podemos ficar aqui achando que está tudo
bem. Essa tragédia que aconteceu, está todo mundo
voltado para lá, até a presidente veio ao estado. Veio fazer
o quê? Trouxe o quê? Anunciou o quê? O Governo do
Estado está tomando as providências. O Governo do
Estado e os deputados estaduais estão lá, lutando e
brigando por melhores condições de qualidade de vida
para aquelas pessoas. A partir de amanhã saberemos a real
intensidade dessa tragédia, Senhora Deputada Luzia
Toledo. A partir de amanhã a lama chegará a Baixo
Guandu, e aí, o que faremos? Como vamos socorres
nossos irmãos? O que o Governo tem para fazer?
Senhora Deputada Luzia Toledo, conto com a
assinatura de V. Ex.ª nessa emenda dos cento e setenta e
seis reais para os servidores públicos. Conto com a
assinatura dos Senhores Deputados Sergio Majeski,
Enivaldo dos Anjos, Freitas, Padre Honório, Marcelo
Santos. Senhor Deputado Doutor Hércules, V. Ex.ª que é
do PMDB, que sempre defendeu os servidores, conto com
a assinatura de V. Ex.ª para que possamos aprovar a
emenda coletiva em prol dos servidores públicos, que têm
direito aos cento e setenta e seis reais de auxílio
alimentação.
Muito obrigado, Senhora Presidenta. (Muito
bem!)
(Comparece o Senhor Deputado Hudson Leal)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO -
PMDB) – Findo o tempo destinado às Lideranças
Partidárias, concedo a palavra ao Senhor Deputado Da
Vitória, orador inscrito.
Ausente, concedo-a ao Senhor Deputado Enivaldo
dos Anjos, orador inscrito.
O SR. ENIVALDO DOS ANJOS – (PSD - Sem
revisão do orador) – Senhora Presidenta, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, há um bom tempo
temos discursado na linha de que nosso país precisa ser
reformulado. Temos também a grande preocupação com o
sistema que se engalfinha mais em discussões de ego do
que de alternativas de modelo de administração e de
modelo econômico.
O país atravessa hoje uma de suas piores crises de
liderança, e nós, no cenário político nacional, não vemos
uma luz no fim do túnel. Não se conhece ninguém e muito
menos partido que tenha uma proposta, neste momento,
que atinja o interesse coletivo, que possa ser significado e
contado como uma proposta moderna, diferente.
Continuam as mesmas coisas: os que estão fora do poder,
discursam que têm solução para tudo; os que estão no
poder, dizem que não têm condições de fazer nada. E essa
rotina vai se tornando uma prática.
Antes era a direita, e faltava tudo, e a esquerda
com isso foi construindo sua história, sua bandeira, se
baseando principal e especialmente em um dos fatos que já
perturba o país há muito tempo: o combate à corrupção. Os
partidos de esquerda começaram a fazer essa bandeira, de
que só combatendo a corrupção já estariam prestando um
grande serviço à Nação. E assim o povo se mobilizou e
entendeu que essa seria uma alternativa, porque todas as
outras apresentadas eram consumidas pela corrupção, pela
proteção ao crime, e pela falta de punibilidade. E o que
deu? A oposição entrou no poder e não só praticou a
mesma coisa, como também praticamente oficializou a
corrupção nas entranhas do poder administrativo. Hoje
estamos diante de fatos ainda piores, que é a corrupção
praticamente oficializada e o modelo econômico
totalmente antiquado e inadequado para a prática de
soluções do problema.
Temos um país onde a educação é uma piada,
vive praticamente do estímulo, do idealismo de
professores, de educadores que pensam e insistem em
querer contribuir para que esta Nação possa ser
desenvolvida culturalmente. Porque na educação, mesmo
tendo recurso carimbado, são direcionados mais para a
parte física do que para a parte educacional e cultural. Se
gasta mais dinheiro na educação em construção de prédios,
em construção de propostas mirabolantes, do que na
proposta simples de educar com melhoria de salário dos
educadores e viabilidade de práticas modernas, hoje, da
informática, diante dos alunos que estão com essa ânsia de
ter acesso ao sistema de comunicação, que é hoje o mais
prático, o mais rápido e o mais eficiente para se educar.
Antigamente, os professores educavam e
alfabetizavam as crianças com dificuldade de material e
todo o tipo de proposta. Existiam até aquelas que
utilizavam caroços de milho e faziam uma série de coisas
para poderem alfabetizar e educar as crianças. Hoje, a
informática já estabelece regras e precisamos de
qualificação dos professores e dos alunos para que possam
ingressar no mundo e no mercado de trabalho. E para isso
não existe dinheiro para nenhuma escola. Temos
pouquíssimas escolas no Brasil equipadas adequadamente
dentro da modernidade, dentro da necessidade da educação
de hoje.
Na área de saúde, é risível o que temos de política
pública. Há hospital em que o maior espaço é o corredore
o maior número de pessoas está no corredor, jogadas no
chão, esperando por uma oportunidade. É um sistema de
saúde em que não se tem recurso para manter a saúde
preventiva e quase todas as pessoas acabam ficando
doentes ao longo de ficar durante um período grande sem
saúde preventiva, o que poderia resolver seu problema no
início.
Vemos que estamos diante de uma situação difícil
em todos os sentidos, ou seja, na área da informática, da
tecnologia e do campo, onde ainda se está plantando
olhando para o tempo e para a lua porque a comunidade
rural não tem nenhum instrumento de modernidade para
tratar de sua cultura, de seu plantio e de suas atividades.
Vemos que, ao olharmos para os grandes Estados
e para Brasília, não se acha ninguém com o perfil de
conduzir este País e ainda se discute voltar aos que já
foram porque não temos lideranças novas. Não temos
propostas novas. Se tivermos eleição amanhã, quem terá
condições de conduzir este País? Quem tem proposta?
Quem defende ideias? Até o candidato Aécio Neves,
que teve cinquenta milhões de votos, está tonto até hoje
com essa votação e não se posiciona diante da nação com
nenhuma alternativa.
Sabemos que o governo está perdido e não tem
uma forma de sair da situação. Mas onde está se lendo
alguma coisa que a oposição apresenta como alternativa?
192 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Trata-se, hoje, com muita insistência de um processo de
impeachment. Vamos considerar que ele fosse realizado.
Quem vai assumir este País? Qual é a liderança que tem
expectativa de que se possa imaginar que vai implementar
um programa de governo que vai atender à demanda e à
necessidade do País? Quem está discutindo educação neste
País, no momento? Quem está discutindo saúde pública no
País, neste momento? Quem está discutindo emprego?
Quem está discutindo renda? Quem está discutindo
trabalho através da produção, se estamos vendo que os
setores fiscalizadores do País estão todos comprometidos
com a corrupção?
Senhora Presidenta, no esquema de telefonia, as
empresas de fiscalização estão mais envolvidas e não
conseguem resolver um problema simples e as companhias
telefônicas continuam enrolando, prestando mau serviço,
cobrando mais do que devem cobrar, sem nenhuma
punição.
No sistema de energia é o mesmo fato. O País não
consegue fiscalizar e manter um atendimento adequado em
função de falta de fiscalização organizada e severa.
Na arrecadação pública, o País não apresenta
nada moderno no sentido de arrecadar sem precisar
aumentar imposto e estamos vivendo há mais de quarenta
anos uma cascata. A partir da hora em que a despesa
pública aumenta por falta de controle e por falta de
organização, a solução é criar mais um imposto para poder
cobrir aquela despesa que cresceu. Mas nunca aparece um
gestor capaz de, com a arrecadação que tem, reduzir a
despesa, reenquadrar o sistema administrativo, melhorar a
prestação de serviços e, com isso, fazer com que a
população possa ter orgulho de pagar imposto. Pagar
imposto para quê, se você sabe que os Poderes estão
tomando toda a receita para eles para administrar sua
própria condição de trabalho?
Temos, no Espírito Santo, uma arrecadação
pequena e gastamos um bilhão e cem milhões de reais só
para poder manter o Poder Judiciário; gastamos trezentos
milhões por ano para poder manter o Ministério Público;
gastamos duzentos e oito milhões para manter a
Assembleia Legislativa e mais duzentos e poucos milhões
para manter o Tribunal de Contas. E onde está o dinheiro
arrecadado para poder pagar à saúde? Onde está o dinheiro
arrecadado para pagar o vale-refeição de cento e poucos
reais ao funcionalismo público, que é humilhante já que os
Poderes constituídos, considerados Poderes de igual
condição com o Executivo, Judiciário e Legislativo
recebem quase mil reais? Estamos em um estado de direito
completamente desgovernado, completamente sem noção,
com a bússola quebrada, com falta de motivação e com
falta de lideranças capazes de levar o País para uma nova
vida, para uma nova mentalidade. Saudades de Leonel
Brizola e de outras lideranças como Juscelino Kubitschek,
aqueles que criavam no País uma expectativa, uma
esperança de melhores dias. (Muito bem!)
(Retira-se momentaneamente o Senhor Deputado Freitas)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO –
PMDB) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Freitas,
orador inscrito. (Pausa)
Ausente, concedo-a ao Senhor Deputado Sergio
Majeski, orador inscrito.
O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB – Sem
revisão do orador) – Senhora Presidenta, meus
cumprimentos à Mesa, aos colegas Deputados e Deputadas
que ainda se encontram no plenário, funcionários da Casa
e aqueles que nos assistem pela TVAles. Parabenizo o
Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos pelo seu discurso.
Senhora Presidenta, falta-nos na Nação um
projeto de País; não temos um projeto de País e nenhum
partido político tem apresentado isso também. No máximo,
existem propostas pontuais para se resolver esse ou aquele
problema. Mas um projeto de Nação, um projeto de País,
por exemplo: o que o Brasil espera ser daqui a vinte anos?
Não estou falando de políticas pontuais e de governo, mas
de políticas a médio e longo prazo, quer dizer, para
atingirmos determinados lugares na educação, na
tecnologia, no meio ambiente, nos direitos humanos. Isso
não tem, infelizmente.
O Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos está certo
quando diz que partido nenhum tem apresentado
efetivamente um projeto de nação, um projeto que
vislumbremos uma modificação real de tudo isso que
estamos vendo e vivendo nos últimos anos.
Senhora Presidenta, gostaria de voltar a falar
sobre o que falávamos na fase das Comunicações, isto é,
sobre a questão do acidente, ou melhor, acidente não,
dessa tragédia causada não apenas pela Samarco, mas pela
Samarco e os corresponsáveis, que são as instituições,
tanto federal quanto estaduais e municipais. A
incompetência, a leniência, a promiscuidade entre o
público e o privado são os grandes responsáveis por isso
que está acontecendo. Agora, sobre grandes
empreendimentos, vale continuarmos debatendo sobre
isso. Toda vez que um grande empreendimento, seja uma
mineradora, seja uma usina de sei lá o quê, vai se instalar
em algum lugar, logo vão pontuar: quantos empregos,
quanto de arrecadação, quanto não sei o quê. E vão
minimizar todos os danos ambientais e sociais que esse
empreendimento irá provocar.
Uma vez o Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos
falando neste Plenário sobre a questão da ArcelorMittal e
da Vale, S. Ex.ª disse o seguinte: Se não houvesse o porto
no final de Camburi, se não houvesse a Vale, o município
de Vitória e o Estado do Espírito Santo poderiam lucrar
muito mais com turismo. Uma praia belíssima que poderia
então promover a vinda de resorts, hotéis, condomínios e
um turismo efetivo porque a Praia de Camburi é linda. O
que estraga é o porto no final; o que estraga é justamente a
Arcelor e a Vale que estragam tudo. E isso é verdadeiro.
Hoje existem estudos, em vários pontos do mundo, que
mostram o quanto a poluição gera de gastos para o estado
e para os governos. O pseudo-ganho que se tem com um
empreendimento em termos de arrecadação, mas quanto se
gasta hoje, por exemplo, no Espírito Santo com as pessoas
que adoecem em função da poluição gerada pela Vale e
pela Arcelor Mittal? Talvez o gasto seja muito superior
àquilo que pseudamente se arrecada com a presença dessas
empresas. Isso precisa sim ser pensado.
A questão que agora também, Senhor Deputado
Enivaldo dos Anjos, acho que vamos observar bem de
perto é como será a atuação do Ministério Público
Estadual do Espírito Santo e o Ministério Público Estadual
de Minas Gerais porque, com todo o respeito por grandes
profissionais que existem no Ministério Público, em
várias situações este deixa de dar respostas à sociedade.
Não sei bem o que acontece. Tenho dito sobre a
promiscuidade existente, muitas vezes, entre o público e o
privado, mas também há entre as próprias instituições
públicas e a ingerência que ocorre muitas vezes, nos
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 193
Poderes Executivo, Judiciário, Legislativo, do Executivo
no Tribunal de Contas, no Ministério Público.
Está na hora de a sociedade prestar atenção. É
impressionante como a imprensa malha o Legislativo o
tempo inteiro, não que não mereça, muitas vezes, mas não
faz a mesma coisa com o Executivo, o Judiciário ou o
Ministério Público.
Recentemente, um jornal publicou quanto de
gasolina os Deputados gastaram em certo período sem
mencionar, em momento nenhum, Senhor Deputado Padre
Honório, o que os Senhores Deputados fizeram naquele
período, quais foram suas atuações e ações, é importante
que se diga. Fica sempre parecendo que gastamos gasolina
passeando.
Agora, não se vê, por exemplo, uma matéria de
jornal falando quanto gastaram os gabinetes dos
desembargadores do Tribunal de Justiça e quantos
processos foram julgados no período. Não se vê isso.
Não se vê o jornal publicando quantos processos
foram denunciados pelos procuradores e promotores,
quantas ações o Ministério Público fez em prol da
sociedade, comparando com os gastos, por exemplo.
Só se faz isso com o Legislativo, porque é um
poder que não tem a chave do cofre para liberar dinheiro,
como tem o Executivo; e não tem, como o Ministério
Público ou o Judiciário, a atribuição de processar ou entrar
com uma ação.
Então, vamos acompanhar agora como isso se
dará. Como disse, muitas instituições públicas estão
devendo à sociedade, nós também, o Legislativo, com
certeza. Mas ocorre que, quase sempre, só se mira o
Legislativo, não se mira o Judiciário ou o Executivo.
Recentemente, Senhor Deputado Padre Honório,
foi publicada uma matéria falando que, em tantos meses,
os Senhores Deputados só apresentaram tantos projetos.
Nunca se viu uma matéria de primeira página falando o
que o Executivo fez em tanto tempo, ou o que cada uma
das Secretarias, com o gasto que tem, executou em tanto
tempo; ou quantos processos, em tanto tempo, foram
julgados ou tiveram andamento nos Tribunais de Justiça.
Devemos cobrar de todos.
Outra coisa gostaria de frisar. Estou misturando
os assuntos, mas estão relacionados. Todos estão
espantados, vejo declarações: mataram o Rio Doce, que
lamentável. Ocorre que os rios do País inteiro estão
morrendo lentamente faz muito tempo. Inclusive o próprio
Rio Doce e ninguém estava percebendo isso até então.
Precisou vir uma tragédia dessa monta.
Não esqueçamos o Jucu, o Benevente, o Rio
Santa Maria e o Rio São Mateus estão morrendo faz muito
tempo e se vê uma preocupação mínima, tanto do governo
federal quanto dos Estados e municípios, em fazer o
mínimo para salvar os rios: cuidar do saneamento.
O saneamento básico é um dos serviços que
menos cresceu no Brasil nos últimos quarenta anos.
Aproximadamente metade da população brasileira, em
vários municípios, de setenta a oitenta por cento, não tem
saneamento completo.
Se estamos realmente preocupados com a morte
dos rios, não vamos esperar uma tragédia anunciada para
daqui a cinco, dez, quinze ou vinte anos. Vamos cuidar de
verdade. Que cada Poder demonstre efetivamente sua
responsabilidade para com a população.
Mais uma vez, reforçando o que disse em minha
primeira fala, é necessário que agora a sociedade reflita,
efetivamente, as responsabilidades de todo mundo, porque
a Samarco e a Vale são as grandes causadoras, mas com a
leniência, com as bênçãos e com os fechamentos dos olhos
do poder público, tanto federal, quanto dos poderes
estaduais e municipais também. (Muito bem!)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO –
PMDB) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Padre
Honório, orador inscrito.
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT – Sem revisão
do orador) – Senhora Presidenta, Senhoras Deputadas e
Senhores Deputados ainda presentes nesta Casa e aqueles
que nos acompanham, uma boa tarde a todos!
Registrarei este momento agradecendo ao Comitê
da Educação do Campo, o empenho com que na semana
passada esteve reunido em Ibiraçu, dando mais um passo
importante para fecharmos a questão desse debate das
diretrizes para que, assim, possamos ter um segmento mais
racional da educação do campo. Naquela reunião foi
instituída uma comissão, que tem como finalidade se
reunir todas as semanas e entregar ao Governo do Estado,
até fevereiro, o projeto pronto.
Queremos agradecer ao secretário Haroldo Rocha,
a disponibilidade de, juntamente com sua equipe, na
reunião do Comitê, que constituiu e deliberou a criação
dessa comissão, que será mista, para trabalhar toda a
questão das diretrizes da educação do campo. Não a
educação para os indígenas, para os assentados, para os
agricultores familiares, para os quilombolas, mas uma
educação dos quilombolas, dos indígenas, dos agricultores
familiares, enfim.
Este momento é importante porque se fala muito
sobre a questão ambiental, mas se não trabalharmos com
seriedade uma educação que contemple a questão dos
princípios, da mudança de mentalidade, não teremos
futuramente nem técnicos, nem agricultores e nem
profissionais com a mentalidade mudada. Só se muda a
realidade, se mudar a mentalidade.
Mais uma vez, a todos os segmentos da educação
do campo, muito obrigado! Depois de um ano de reuniões,
depois de um ano de debates, chegamos ao final do ano
com essa luz. Tenho certeza de que no ano que vem as
coisas serão bem melhores.
Ao mesmo tempo, registro desta tribuna que nos
dias 26 e 27 estaremos em Ecoporanga fazendo um
trabalho de visita in loco, Senhora Deputada Luzia Toledo
– V. Ex.ª que tem um trabalho muito grande na área de
educação –, juntamente com o secretário Haroldo Rocha.
Serão dois dias conhecendo a realidade da educação
daquele Município. Visitando o sofrimento dos
assentamentos Franqueza e Realeza, que ficam nada mais,
nada menos, há mais de setenta, de oitenta quilômetros de
estrada de chão, e que este ano ficaram vários meses sem
ter aula em função da distância.
Dessa forma, o secretário irá ao local e estaremos,
juntamente com o prefeito Pedro Costa, fazendo uma visita
e trabalhando já antecipadamente para que ano no que vem
não tenhamos esse problema que tira a oportunidade
daqueles alunos e daquelas famílias de terem acesso à
educação de qualidade.
Gostaria também de aproveitar este tempo e
convidar todos para um grande momento no Município do
Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, onde S. Ex.ª deixou
muitas obras e um testemunho muito bom de liderança
comunitária. S. Ex.ª continua sendo um grande líder de
Barra de São Francisco, onde teremos uma audiência
194 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
pública sobre segurança pública.
Quero agradecer ao presidente da Comissão de
Segurança, Senhor Deputado Euclério Sampaio; e a todas
as lideranças daquela região: Alencar Marim, o pessoal da
ONG Sentinela e as pastorais sociais. Todos estão
envolvidos em organizar essa audiência pública com a
Câmera de Vereadores daquele município, tendo como
presidente o competente vereador Juvenal, que faz um
trabalho à frente daquela Casa de Leis.
Então, mais uma vez estamos convidando. Quem
preside é o Senhor Deputado Euclério Sampaio, mas eu e o
Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos estamos convidando
para que as pessoas estejam fazendo parte dessa audiência
pública em Barra de São Francisco, na próxima sexta-feira,
dia 20, às 10h da manhã.
Aproveito a oportunidade para convidar também
para um grande seminário que acontecerá em Água Doce
do Norte, sobre a diversificação da fruticultura e das
palmáceas. Esse outro grande momento, que acontecerá
em Água Doce do Rio, durante o dia todo e, também, em
Alto Rio Novo.
Senhora Deputada Luzia Toledo, V. Ex.ª estará
quarta-feira em Belo Horizonte, em uma audiência pública,
dando posse aos novos membros do Comitê da Bacia do
Rio Doce, de que sou membro. Não estarei presente,
porque já havia feito um compromisso, e tenho a certeza
de que V. Ex.ª estará representando muito bem nossa Casa
de Leis, assim como os demais deputados que estarão
presentes.
Gostaria que esse comitê trabalhasse, além de um
plano, a prevenção. Que pudessem, nessa audiência,
requerer um levantamento de todas as barragens que estão
próximas ao rio Doce e outros rios e que oferecem risco ao
rio Doce e que caso aconteça algum acidente, provoque
algum dano à cidade.
Senhora Deputada Luzia Toledo, fico muito
preocupado. Inclusive neste domingo, fiz essa reflexão: em
Governador Valadares, durante dezenas e dezenas de anos,
como município já emancipado, não se percebe nenhum
programa de prevenção das nascentes e dos córregos.
Percebo que na região do norte do Estado não existe
aquela preocupação em criar as alternativas, ou seja, não se
preocupam com a preservação das nascentes, não se
preocupam com a limpeza dos rios, não se preocupam com
essas coisas. Quando acontece o acidente, aí sim todos os
olhares, todas as propostas, acabam chegando.
Ouvimos durante esse período uma série de
propostas para Colatina e Baixo Guandu. Recursos
federais, estaduais e também atitudes municipais.
Estaremos nesta Casa sempre cobrando que esses recursos
realmente venham e que possam chegar.
Nesse momento da calamidade, as autoridades
vão ao local, mas depois que passa o efeito, depois que
passa toda a dor, os recursos acabam ficando no caminho,
não sendo aplicados naquilo em que deveriam.
Então, gostaríamos que essa comissão que está
indo a Belo Horizonte, trabalhasse muito a prevenção.
Como realmente trabalharemos essa questão não apenas no
Espírito Santo, mas em Minas Gerais, para recuperarmos
as nossas nascentes e os nossos afluentes do Rio Doce e
fazermos um tratamento do esgoto que é jogado todos os
dias, não apenas das casas dos simples servidores e
moradores, mas também das empresas?
O rio está envenenado. O pessoal fica assustado
porque está chegando essa lama que poluirá a água do rio,
mas o rio já está envenenado há muitos e muitos anos.
Esse metal pesado e tudo mais já são jogados no rio pelas
empresas, mas como não aconteceu uma calamidade
visível, as pessoas acabam não dando tanta importância.
O comitê precisa refletir isso com mais seriedade,
como já tem feito, e ter ações práticas que possam trazer
benefícios para essas comunidades.
Obrigado, Senhora Presidenta. Que Deus a
abençoe nessa viagem e iluminar a sua inteligência, para
que V. Ex.ª possa fazer um grande trabalho juntamente
com a comissão que está em Belo Horizonte.
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO –
PMDB) – Muito obrigada, Senhor Deputado Padre
Honório.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Doutor
Hércules, orador inscrito.
O SR. DOUTOR HÉRCULES – (PMDB – Sem
revisão do orador) – Muito Obrigado. Estamos
abençoados, hoje, com o nosso querido Padre Honório na
presidência.
Senhora Presidenta, Senhoras Deputadas e
Senhores Deputados, telespectadores da TVE Canal 2, TV
Ales Canal 12 e de outros locais, já pedi um minuto de
silêncio hoje, mas quero mais uma vez registrar o
falecimento do Ricardo José Baptista meu querido colega
de turma, amigo e conterrâneo.
O Ricardo Baptista foi contemporâneo na escola
da Emescan. Convivi muito em sua casa com o seu pai, o
saudoso professor Deusdedit Baptista. Sua mãe, dona Thea
Jones Baptista, era professora também. O doutor
Deusdedit foi professor de todos nós, em Cachoeiro de
Itapemirim, principalmente de quem passou pela faculdade
de Direto. É um homem admirável.
Esses últimos quinze dias foram muito tristes,
acompanhando o sofrimento do Ricardo Baptista na UTI.
Registro o tratamento que ele recebeu no hospital de
urgência e emergência, que o pessoal chama de novo São
Lucas. Havia dias em que este Senhor Deputado chegava
ao hospital e oito colegas estavam estudando, levantando,
debatendo e discutindo o caso do nosso querido Ricardo
José Baptista.
Quero lembrar também a dedicação da família: da
Cida, que o acompanhou o tempo todo e dos outros
irmãos, como Deusdedtinho, Moema, Teínha, enfim, de
todos os irmãos que participaram desse final trágico. Veio
também o Ramon, seu filho, que está fazendo Doutorado
na Áustria, e também a Winnie, sua filha, que mora em
Vila Velha.
Até o Antônio Carlos Sessa Netto – o Tonico –,
com aquela maestria de sempre. O Tonico realmente
registra a história, não somente da Assembleia Legislativa,
mas do nosso Estado, os fatos importantes e as marcas que
ficarão em nossa história.
Quando a Winnie Madikizela-Mandela esteve em
Vitória, Ricardo Baptista levou sua filha Winnie, que
recebeu esse nome em homenagem à Winnie Madikizela-
Mandela, no colo. E Tonico fotografou a chegada do
Ricardo, com a filhinha no colo, que devia ter uns quatro
ou cinco anos, e me deu essa foto, que mostrei semana
passada neste plenário.
Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, levei essa
foto para Vargem Alta e Winnie, hoje uma moça, ficou
bastante emocionada, como todos nós, e colocou a foto em
cima do caixão do Ricardo. Realmente foi um momento
Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Diário do Poder Legislativo - 195
marcante.
Tonico, quero lhe agradecer por tudo que tem
feito por todos nós nesta Casa, pelo registro fotográfico
da história deste Poder, trazendo fotografias de várias
turmas, inclusive uma foto do doutor Luiz Buaiz, hoje
com noventa e quatro anos, ainda rapaz, ainda menino.
Naturalmente não foi Tonico quem o fotografou, mas
reproduziu.
Homenageei o professor Hildegardo Baptista,
meu professor de anatomia que, por sinal, Senhor
Deputado Enivaldo dos Anjos, me reprovou no primeiro
ano de medicina e tive que fazer recuperação. Com
oitenta e quatro anos dá aula de anatomia, até hoje, na
Emescan. Fui buscá-lo no Anatômico; dando aula com
oitenta e quatro anos. Também homenageei um médico
de vinte e quatro anos, um menino. Foi o começo da
carreira e, também, o ocaso de uma carreira.
Um orador falou que o doutor Luiz Buaiz
estava velho. E doutor Luiz Buaiz falou que velho era...
Não poderei repetir o que ele falou. Ele é formidável.
Um homem que nasceu em berço abastado, mas
preferiu seguir a carreira da medicina tratando muito
mais os pobres, o pessoal da Santa Casa, do SUS, e
muito além do SUS, indigentes e, depois, Funrural. Esse
é o doutor Luiz Buaiz.
Então, Tonico, quero lhe agradecer, mais uma
vez.
Quero mostrar nossa luta. Aonde vamos,
levamos esse lacinho. Embora algumas pessoas não
queiram usar o lacinho, é muito importante
trabalharmos com a medicina preventiva. Infelizmente o
nosso país não tem a cultura preventiva. Acostumamos
curar. Ainda vivemos em um tempo em que lutamos
contra doenças medievais. Pessoas morrendo com
dengue. Aumentaram os casos de dengue. Pessoas
morrendo de doenças que podem ser evitadas, que se
pode vacinar. Pessoas que não querem fazer o exame de
próstata, que é a nossa luta no Novembro Azul.
A pessoa é muito egoísta porque acha que é
dono de si e não vale nada para a família, mas tem
significado sim.
Dia 14, sexta-feira, infelizmente não pude
comparecer, como faço todos os anos nesta Casa. Dia
14 de novembro é o Dia do Diabetes. É preciso que
também trabalhemos nessa direção. Evitar alimentação
excessiva e açúcar. Este ano, veio um médico
americano fazer uma palestra na Emescan e falou que
são três as pessoas da diabólica trindade: açúcar, sal e
gordura. São três coisas gostosas, mas que matam
mesmo. Se tivermos que usar esses produtos, que o
façamos moderadamente.
Alexandre tem um filho, que hoje está
adolescente e tem diabetes tipo 1, a diabetes infanto-
juvenil.
Muitas vezes, os pais não conseguem ver sinais
da doença no filho. Mas a diabetes é uma doença que dá
para conviver. Então, é preciso que nos tratemos, que
façamos vacinação e exames, porque a dor da doença é muito pior do que a dor da vacina.
Se formos comparar o sofrimento e a dor do
paciente e da família com o tratamento e com a cirurgia,
não tem como comparar. Mas no nosso Brasil é assim.
Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, lembro-
me do então ministro da Saúde Waldyr Arcoverde, não
sei de qual governo e nem quero lembrar... E o
professor Albert Sabin esteve em Brasília.
Teríamos que rezar todos os dias para o
professor Albert Sabin e pela invenção da vacina contra
a poliomielite. Quantas pessoas ainda têm sequelas da
paralisia infantil porque não vacinaram. E o professor
Sabin, hoje falecido, esteve em Brasília. Mas o tal
ministro não o recebeu. Sabe por quê? Porque estava
atendendo deputados. Olha só que coisa triste; que coisa
terrível essa cultura do povo brasileiro!
O Senhor Deputado Sergio Majeski falou muito
bem hoje: Quem deu licença? Fala-se só na Samarco.
Que também está errada e tem que recuperar esse bem
material. Mas o imaterial não vai recuperar nunca. É
preciso que responsabilize também quem deu licença
para isso, porque é criminoso também. É isso que tem
que fazer. Não lembrar só da Samarco. Sim, tem que
pagar o bem material, o prejuízo material. O dano
ambiental não vai recuperar nunca mais. E
principalmente as vidas que se perderam na região.
Quem deu a licença? O que está acontecendo com esse
pessoal que dá licença? É preciso responsabilizar esse
pessoal também.
Quero lembrar que pode conviver com
diabetes, se prevenir, tratar do seu filho e evitar que
morra por complicação com sofrimento muito maior.
Dia 14 de novembro é o Dia do Diabetes. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (PADRE HONÓRIO
– PT) – Obrigado, Senhor Deputado Doutor Hércules.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Bruno
Lamas, orador inscrito. (Pausa)
Ausente, concedo a palavra à Senhora
Deputada Luzia Toledo, oradora inscrita. (Pausa)
A SR.ª LUZIA TOLEDO – (PMDB – Sem revisão da oradora) – Senhor Presidente, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, cumprimento o
Senhor Deputado Padre Honório, presidindo a sessão
neste momento, e os Senhores Deputados Enivaldo dos
Anjos e Doutor Hércules.
Quero cumprimentar também todos os técnicos
desta Casa e endossar as palavras do Senhor Deputado
Doutor Hércules quando fala de Tonico, nosso
comendador, realmente uma das pessoas que se
entregaram durante toda a vida à sua profissão, que
realizou e realiza com esmero, com amor. E quem faz as
coisas com amor, não tem dúvida de que é sucesso.
Retomando o meu pronunciamento, peço ao
cameraman que mostre esses três volumes que estão em
minhas mãos e tratam, Senhor Deputado Padre Honório,
do Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia
Hidrográfica do Rio Doce, Pirh, e do Plano de Ações
para as Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos
Hídricos no Âmbito da Bacia do Rio Doce.
E dentro desse plano que foi feito pelos
Governos dos Estados do Espírito Santo e Minas Gerais, há todas as ações que os prefeitos, os vinte e
oito prefeitos do nosso estado e os demais de Minas
Gerais, poderiam trabalhar em cima dessas ações com
os Ministérios da Integração Nacional, do Meio
Ambiente, das Cidades e Agência de Águas.
196 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Fizemos esse trabalho, mas é preciso que os
prefeitos façam seus projetos. Sem projeto neste país
não se consegue absolutamente nada. E a preservação
do rio Doce está aqui dentro. Fizemos várias audiências
em Minas Gerais e no Espírito Santo. Em Minas Gerais,
por meio dos Deputados José Henrique, depois Elisa
Maria Costa e, em seguida, Rosângela Reis, todos esses
deputados que presidiram a Cipe Rio Doce. No Espírito
Santo a Cipe foi presidida pelo ex-deputado Gilson
Amaro, depois pelo ex-deputado Claudio Vereza e em
seguida por mim. Fizemos esse trabalho, mas não
tínhamos a intenção hora nenhuma de achar que iríamos
prever um desastre ambiental como esse ocorrido em
Mariana, Minas Gerais. Ali são os técnicos que
deveriam fiscalizar e monitorar a empresa. Foi uma
lástima o que aconteceu, mas vamos começar
novamente dar a nossa contribuição com a Cipe Rio
Doce. A posse será na quarta-feira, quando levaremos a
proposta feita pelo Senhor Deputado Padre Honório.
Mudando de assunto, mas ainda dentro tema,
hoje o Senhor Deputado Padre Honório falou em nome
da Assembleia Legislativa em um momento muito
especial. Pedimos ao doutor José Henrique Paim
Fernandes que inclua a nossa bacia do rio Doce junto ao
BNDES, por meio do projeto do Sebastião Salgado,
nosso fotógrafo e ambientalista conceituado
mundialmente, que entregou o seu projeto à presidenta
Dilma.
Mas, parabenizo o Governador Paulo Hartung e
o diretor do BNDES, José Henrique Paim Fernandes,
que assinaram contrato de cooperação técnico-
financeira entre o Governo do Estado do Espirito Santo
e o BNDES. O evento contou com a participação da
Senadora Rose de Freitas, dos Deputados Federais
Carlos Manato e Sergio Vidigal, e também de muitos
deputados estaduais representando esta Casa, inclusive
eu.
Senhor Deputado Padre Honório, realizamos
em Mimoso do Sul, ao lado do nosso Luiz Bricalli,
gerente de agricultura familiar, uma audiência pública.
Treinamos os nossos técnicos, hoje o nosso gabinete,
como o de V. Ex.ª, está preparado para ajudar os
assentados. O primeiro edital que saiu foi o dos
assentados, que corresponde a três milhões de reais. Os
assentados podem fazer seus projetos. Se não tiver
projeto, não conseguem. Mas, se fizerem, terão a
oportunidade de comprar maquinário para dar
continuidade ao trabalho da agricultura familiar de uma
maneira mais digna, com maquinário decente, aquilo
que estão precisando. Esses três milhões são para
exatamente atender os assentados.
Parabenizo o Governador Paulo Hartung,
porque quando esteve no BNDES – é muito bom que se
diga – criou o Funsaf, Fundo Social de Apoio à
Agricultura Familiar, para dar essa proteção e
contribuição à agricultura familiar. Agora sairá outro
edital para as cooperativas, todo no sentido da produção
dos assentados, das cooperativas, as que produzem, de
modo geral, no Estado do Espírito Santo.
Com o novo edital, serão mais nove milhões.
Isso é muito importante porque é um dinheiro que não
precisa da contribuição do município, nem das
cooperativas ou dos assentados. É um dinheiro
colocado, metade o Estado do Espírito Santo, e metade
o BNDES.
Portanto, participamos hoje de uma atividade
no Palácio Anchieta, um momento muito importante
para a nossa agricultura, respeitando-a porque, sem
nossos agricultores, não temos comida à mesa nas
cidades. Foi um momento extremamente importante.
Esse fundo foi criado em 1997, quando Paulo
Hartung era diretor do BNDES e o presidente era
Fernando Henrique Cardoso. Também parabenizo nosso
Secretário Octaciano Neto, que está muito feliz com o
trabalho que vem fazendo. Agricultura é acreditar na
família que vive no campo, nas pessoas que trabalham
sol a sol, ganhando seu dinheiro sério e limpo, que volta
para ele se realmente tiverem uma boa produção.
Deixo meus cumprimentos ao Governador
Paulo Hartung. Nossa Casa hoje esteve presente com
vários Deputados e todas as Deputadas.
Termino dizendo ao Senhor Deputado Padre
Honório, que preside esta sessão neste momento, que,
com certeza, levaremos os pleitos de V. Ex.ª, mas estão
dentro do nosso plano de recuperação, com todas as
ações. O que falta são projetos, falta o prefeito tomar
uma medida e fazer projetos para buscar dinheiro,
inclusive junto à União. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE - (PADRE HONÓRIO
- PT) - Parabéns, Senhora Deputada Luzia Toledo, que
estará em Belo Horizonte com os demais Senhores
Deputados representando nosso Estado!
Mais uma vez, parabenizamos o Governador
Paulo Hartung, o secretário, o Incaper, o MPA, o MST,
sob a gerência do competente Luiz Bicalho. O Funsaf
vem dar um pouco mais de garantia e estabilidade aos
movimentos organizados do nosso Estado.
Não havendo mais oradores inscritos e nada
mais havendo a tratar, vou encerrar a presente sessão.
Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a
próxima, solene, hoje, às 19h, conforme requerimento
da Senhora Deputada Raquel Lessa, aprovado em
Plenário, em homenagem à Copa A Gazetinha, para
qual designo Expediente o que ocorrer e comunico que
haverá sessão ordinária dia 17 de novembro de 2015,
cuja Ordem do Dia é a seguinte: discussão única, em
regime de urgência, dos Projetos de Lei n.os
174/2015,
244/2015 e 451/2015; votação adiada em 2.º turno da
Proposta de Emenda Constitucional n.º 08/2015;
votação adiada, com discussão prévia encerrada, dos
Projetos de Lei n.os
201/2015 e 333/2015; discussão
especial, em 3.ª sessão, dos Projetos de Lei n.os
254/2015, 396/2015, 410/2015, 411/2015, 416/2015 e
419/2015; discussão especial, em 2.ª sessão, dos
Projetos de Decreto Legislativo n.os
116/2015, 117/2015
e 118/2015; discussão especial, em 1.ª sessão, dos
Projetos de Decreto Legislativo n.os
119/2015,
120/2015, 121/2015 e 122/2015.
Está encerrada a sessão.
Encerra-se a sessão às dezessete horas e
cinquenta e nove minutos.
*De acordo com o registrado no painel
eletrônico, deixou de comparece a presente sessão o
Senhor Deputado Nunes. ,
HORÁRIO E LOCAL DAS REUNIÕES ORDINÁRIAS DAS COMISSÕES
PERMANENTES
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA,
SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE DROGAS
Dia: terça-feira Dia: terça-feira
Horário: 13h30min Horário: 10h
Local: Plenário “Rui Barbosa” Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castelo
Ribeiro”
COMISSÃO DE FINANÇAS, ECONOMIA,
ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE
E TOMADA DE CONTAS
COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Dia: segunda-feira Dia: terça-feira
Horário: 13h30min Horário: 11h
Local: Plenário “Rui Barbosa” Local: Plenário “Rui Barbosa”
COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA, DE
DESENVOLVIMENTO URBANO E
REGIONAL, DE MOBILIDADE URBANA E DE
LOGÍSTICA
COMISSÃO DE PROTEÇÃO AO MEIO
AMBIENTE
Dia: segunda-feira Dia: segunda-feira
Horário: 10h Horário: 12h30min
Local: Plenário “Rui Barbosa” Local: Plenário “Rui Barbosa”
COMISSÃO DE SEGURANÇA E COMBATE
AO CRIME ORGANIZADO
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO
Dia: segunda-feira Dia: terça-feira
Horário: 11h Horário: 12h30min
Local: Plenário “Dirceu Cardoso” Local: Plenário “Rui Barbosa”
COMISSÃO DE CULTURA E DE
COMUNICAÇÃO SOCIAL
COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA,
INOVAÇÃO, INCLUSÃO DIGITAL,
BIOSSEGURANÇA, QUALIFICAÇÃO
PROFISSIONAL, ENERGIA, GÁS NATURAL,
PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS
Dia: terça-feira Dia: terça-feira
Horário: 9h Horário: 12h30min
Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castelo
Ribeiro” Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castelo
Ribeiro”
COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO COMISSÃO DE AGRICULTURA, DE
SILVICULTURA, DE AQUICULTURA E PESCA,
DE ABASTECIMENTO E DE REFORMA
AGRÁRIA
Dia: segunda-feira Dia: terça-feira
Horário: 9h Horário: 10h
Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castelo
Ribeiro” Local: Plenário “Rui Barbosa”
COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL,
SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Dia: terça-feira Dia: segunda-feira
Horário: 9h Horário: 13h
Local: Plenário “Rui Barbosa” Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castelo
Ribeiro”
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E
DOS DIREITOS HUMANOS
Dia: segunda-feira
Horário: 9h
Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castelo
Ribeiro”
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
SECRETARIA-GERAL
PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral
CARLOS EDUARDO CASA GRANDE Secretário-Geral da Mesa
JULIO CESAR BASSINI CHAMUN Procurador-Geral
FABIANO BUROCK FREICHO Secretário de Gestão de Pessoas
MARCELO BOZIO MONTEIRO Secretário de Comunicação Social
RAULINO GONÇALVES FILHO Chefe de Gabinete da Presidência
INGRID DE OLIVEIRA SOARES
Subdiretora-Geral
PAULO DA SILVA MARTINS Subprocurador-Geral
DIRETORIAS LEGISLATIVAS
MARCELO SIANO LIMA Diretor das Comissões Parlamentares
MARCUS FARDIN DE AGUIAR Diretor de Processo Legislativo
RICARDO WAGNER VIANA PEREIRA Diretor de Redação
JOÃO PAULO CASTIGLIONI HELAL Diretor da Procuradoria
MARILUCE SALAZAR BOGHI Diretora de Taquigrafia Parlamentar
JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA DE SOUZA JÚNIOR Diretor de Tecnologia da Informação
ADRIANA DOS SANTOS FERREIRA FRANCO RIBEIRO Diretora de Documentação e Informação
JORGE ANTÔNIO FERREIRA DE SOUZA Diretor da Consultoria Temática
LUIZ ANTONIO ROMEIRO IANNUZZI Diretor de Infraestrutura e Logística
LUIS CARLOS GIUBERTI Diretor de Segurança Legislativa
JANAÍNA DO NASCIMENTO VALOIS Diretora de Finanças
DANIELA RAMOS NOGUEIRA FARIA Diretora de Controle Interno