O turismo como mais-valia das feiras

Manuel de Sousa

1

O turismo como mais valia das feiras:

A EXPONOR e o Norte de Portugal

O turismo como mais valia das feiras:

A EXPONOR e o Norte de Portugal

VII Congresso da UNIFIB VII Congresso da UNIFIB –– União União de de Feiras IberoFeiras Ibero--AmericanasAmericanas

LisboaLisboa, 2004, 2004

O turismo como mais valia das feiras: A EXPONOR e o Norte de Portugal 2

Apresentação da EXPONOR

O turismo no contexto mundial

O turismo no contexto nacional

O turismo no Porto e Norte de Portugal

As feiras e o turismo de negócios

Conclusões





As feiras e o turismo de negócios

Conclusões

Manuel de Sousa

2


Apresentação da EXPONOR Apresentação da EXPONOR


EXPONOR – Feira Internacional do Porto:

• Organiza feiras desde 1856.

• 50 feiras anuais em Portugal e no Brasil: alimentação; construção e imobiliário; deco-

ração, mobiliário e têxteis-lar; electrónica, imagem, tecnologia e inovação; indústria;

saúde e estética; meio ambiente; ourivesaria e relojoaria; turismo, lazer e desportos.

• Pertence à Associação Empresarial de Portugal - Câmara de Comércio e Indústria,

uma das mais representativas associações patronais do país, fundada em 1849.

• Membro UFI com 23 das suas feiras a ostentarem o selo «Approved Event».

• Membro fundador, com FIL e PEB, da Associação das Feiras Portuguesas.

• Primeiro organizador português de feiras certificado com a Norma da Qualidade ISO

9001.

EXPONOR – Feira Internacional do Porto:

• Organiza feiras desde 1856.

• 50 feiras anuais em Portugal e no Brasil: alimentação; construção e imobiliário; deco-

ração, mobiliário e têxteis-lar; electrónica, imagem, tecnologia e inovação; indústria;

saúde e estética; meio ambiente; ourivesaria e relojoaria; turismo, lazer e desportos.

• Pertence à Associação Empresarial de Portugal - Câmara de Comércio e Indústria,

uma das mais representativas associações patronais do país, fundada em 1849.

• Membro UFI com 23 das suas feiras a ostentarem o selo «Approved Event».

• Membro fundador, com FIL e PEB, da Associação das Feiras Portuguesas.

• Primeiro organizador português de feiras certificado com a Norma da Qualidade ISO

9001.


Manuel de Sousa

3


EXPONOR EXPONOR

BRAGA VIGO

A CORUÑA

BRAGA VIGO

A CORUÑA

VIANA VIANA

VILA REAL BRAGANÇA

ZAMORA

VILA REAL BRAGANÇA

ZAMORA

AVEIRO COIMBRA LISBOA

AVEIRO COIMBRA LISBOA

IC1 IC1

IC24 IC24

A3 A3

A4 A4

A1 A1

IC1 IC1

P O R T O P O R T O

EUROPARQUE EUROPARQUE

As feiras realizam-se:

• Na EXPONOR, 5 km a Norte do Porto,

aprox. 60 mil m2 de área coberta de

exposição

• No EUROPARQUE, 25 km a Sul do

Porto, aprox. 40 mil m2.

Estrategicamente localizados na área de

influência directa do Grande Porto.

O Aeroporto Sá Carneiro tem voos frequen-

tes para as principais cidades da Europa e

da América.

Pelo porto de mar de Leixões passa parte

significativa das exportações e das impor-

tações do País.

Uma moderna rede rodoviária liga rapida-

mente a EXPONOR e o EUROPARQUE às

principais cidades da Península Ibérica: 8

milhões de pessoas num raio de 2 horas de

viagem.



O Turismo no Contexto Mundial O Turismo no Contexto Mundial

Manuel de Sousa

4



PIB mundial 11%

Emprego total 8%

2000

PIB mundial 11,6%

Emprego total 9%

2010

TurismoSector

automóvelQuímicos Alimentares

Combustív

eis

Computado

res e equipament

os escritório

Textêis e

vestuário

Telecomuni

cações equipament

o

Produtos

mineiros, excepto

combustíveis

Ferro e Aço

Série1 532 525 503 443 344 399 331 283 158 141

50

150

250

350

450

550


Exportações Mundiais de Bens e Serviços

Em mil milhões USD


Manuel de Sousa

5




África

2%

Ásia Meridional

1%Médio Oriente

2%

Europa

49%

Américas

29%

Ásia Oriental /

Pacífico

17%

Ásia Meridional

1%África4%

Américas19%

Ásia Oriental / Pacífico

16%

Europa57%

Médio Oriente3%

Chegadas Internacionais

quota por região em 2001

Fonte: OMT (2001)

Receitas Turísticas

por região em 2001


Manuel de Sousa

6


Turismo no Contexto Nacional Turismo no Contexto Nacional


Capacidade de alojamento em Portugal (camas)

Madeira

10%

Centro

9%

Norte

13%

Açores

2%

Algarve

39%

LVT

24%Alentejo

3%Fonte: ICEP – DINF (2001) referência INE

PORTUGAL

16.º destino

mundial

11.º destino

europeu

1,7% 3%

Chegadas

Internacionais

1,1% 2,2% Receitas

DGT 2000

Capacidade de Alojamento

em Portugal (camas)


http://www.portugal-info.net/entertainment.htm

http://www.portugal-info.net/sports.htm

Manuel de Sousa

7


111.644 SUÍÇA

1.972.987 REINO UNIDO

34.253 LUXEMBURGO

20.705.861 ESPANHA

27.193.920 total 2002

375.327 OUTROS

138.924 SUÉCIA

46.042 NORUEGA

48.176 JAPÃO

321.259 ITÁLIA

138.042 IRLANDA

507.553 HOLANDA

20.351 GRÉCIA

866.747 FRANÇA

75.888 FINLÂNDIA

263.861 E.U.A.

129.296 DINAMARCA

103.205 CANADÁ

118.226 BRASIL

251.021 BÉLGICA

59.287 AUSTRIA

905.970 ALEMANHA

Visitantes Estrangeiros

2002



O turismo no Porto e Norte de Portugal O turismo no Porto e Norte de Portugal

Manuel de Sousa

8


Fonte: ICEP – DINF (2001) referência INE

4%

6%

24%

13%

27%

7%

19%

1%

1%

51%

2%

23%

18%

4%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Açores

Alentejo

Algarve

Beiras

Lisboa e Vale do Tejo

Madeira

Porto e Norte de Portugal

Estrangeiros Nacionais


Dormidas de nacionais e estrangeiros na hotelaria global por áreas promocionais (2001)


0

1

2

3

4

5

6

Norte Centro LVT Alentejo Algarve Açores Madeira

Portugal = 3,2

Fonte: INE, Estatísticas do Turismo 2002

Estada média nos estabelecimentos hoteleiros por regiões (2002)


Manuel de Sousa

9


Património natural e histórico-cultural

Existência de eventos culturais, exposições e concertos musicais

Oferta de shopping e de gastronomia com reconhecida qualidade, variedade e tipicidade

Oferta vinícola com elevada notoriedade, em particular do Vinho do Porto e Vinho Verde

Turismo fluvial no Douro

Localização geográfica privilegiada da AMP

Aeroporto Francisco Sá Carneiro, em obras de expansão

Destino seguro

Pontos Fortes



Dificuldade de fixação de visitantes na região

Forte dependência do turismo doméstico

Alguma falta de coordenação entre os diversos intervenientes e parceiros da actividade turística na região

Acessibilidades intra-regionais nem sempre em estado satisfatório

Congestionamento do tráfego, nomeadamente na AMP

Falta de recursos humanos qualificados no sector

Pontos Fracos


Manuel de Sousa

10


Prevê-se um crescimento sustentado da indústria turística nos próximos 20 anos

Novos padrões de consumo privilegiam destinos com elevado grau de autenticidade e qualidade ambiental

Incentivos e apoios financeiros podem contribuir para a qualificação e desenvolvimento do turismo na

região, designadamente:

em investimentos estruturais, nomeadamente acessibilidades e requalificação urbana e ambiental;

na estruturação de uma hotelaria com padrões de qualidade superior;

na educação e formação dos recursos humanos;

na promoção da região.

Euro 2004

Oportunidades



Perda de competitividade relativamente a destinos com idêntica tipologia de oferta

Incapacidade de dar a devida notoriedade à marca «Porto e Norte de Portugal»

Persistência dos principais estrangulamentos ao nível de infra-estruturas de suporte à actividade turística,

nomeadamente em acessibilidades, ordenamento paisagístico e qualidade ambiental

Ameaças


Manuel de Sousa

11


As Feiras e o Turismo de Negócios As Feiras e o Turismo de Negócios


TURISMO DE NEGÓCIOS

Congressos,

Convenções e

Seminários

Feiras

As Feiras e o Turismo de Negócios

Reuniões, Incentivos e

Eventos

Homens de Negócios

Manuel de Sousa

12



Fonte: “Tertiary Benefits of Exhibitions. Stage II of a Research Project”, UFI, June 1998

TURISMO TURISMO


Homens de Negócios

(corporate)

Viagens relacionadas com a

actividade profissional,

normalmente complementadas

com uma estadia de lazer

Intimamente ligado ao ciclo

económico

Caracterizam-se por viagens

curtas com estadas médias

reduzidas (1 a 2 noites)

Tradicionalmente hospedados em

hotéis de 4 e 5 estrelas

localizados no centro da cidade

Tem-se assistido a um aumento

das estadias por períodos mais

longos (> 5 noites)

Homens de

Negócios

71%

Feiras

11%Incentivos

2%

Reuniões

13%

CCS

3%

Fonte: “Estudos turísticos: Representatividade de produtos turísticos no Turismo Nacional”, ICEP

Representatividade dos segmentos de turismo de negócios


Manuel de Sousa

13



100 100,2

129,6 126134,2

147,8

100

135,9

118,1

178,1 182,1

196,1

50

100

150

200

250

1997 1998 1999 2000 2001 2002

Expositores = + 96,1% Expositores = + 96,1%

Evolução de Expositores e Visitantes na EXPONOR (1997 = 100)

Visitantes = + 47,8% Visitantes = + 47,8%

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NO

VDEZ

30%

35%

40%

45%

50%

55%

60%

65%

70%

Visitantes EXPONOR

Ocupação hotéis Porto


Fonte: UNIHSNOR, taxa de ocupação de hotéis,

2003


Manuel de Sousa

14


Preços competitivos em todos os subsegmentos do Turismo de Negócios quando comparados com outros

destinos europeus, excluindo os países do Leste

Progressivo aumento de salas de reuniões nos locais tradicionais (hotéis) e em novos espaços

Aumento da procura de Portugal como destino de incentivos e eventos

Infra-estruturas de qualidade para realização de feiras (ex.: EXPONOR e EUROPARQUE)

Importância regional de determinadas indústrias

Aumento da oferta de hotéis de negócios, nomeadamente das grandes marcas internacionais

Pontos Fortes

Na óptica do Turismo de Negócios



Localização periférica em relação aos principais mercados emissores

Falta de oferta diversificada de animação e restauração em algumas cidades

Reduzida presença de personalidades portuguesas em empresas ou organizações internacionais

Insuficiência de ligações aéreas regulares às principais cidades europeias

Imagem de Portugal ainda associada a destino de «Sol e Praia» e não ao Turismo de Negócios

Falta de experiência regular na realização de grandes eventos

Pontos Fracos



Manuel de Sousa

15


Euro 2004: grande oportunidade de promoção de cidades de média dimensão, enquanto locais para a

realização de Congressos, Convenções e Seminários

A cidade do Porto apresenta potencial no subsegmento Reuniões, Incentivos e Eventos logo que terminem as

obras no aeroporto e na cidade em geral

Aumento da oferta hoteleira na região, em particular na cidade do Porto, com um acréscimo de cerca de 40%

da capacidade de alojamento

Crescente internacionalização da economia portuguesa potenciando a troca de colaboradores entre escritórios

Oportunidades




Feiras, Congressos, Convenções e Seminários são produtos altamente vulneráveis a acontecimentos como

ataques terroristas ou sismos

A mudança de sedes de empresas para outras cidades poderá limitar o desenvolvimento do produto reuniões

A crescente utilização de tecnologias de informação, designadamente a vídeo-conferência, poderá implicar

uma diminuição das viagens de negócios

No subsegmento Feiras, aumento da capacidade e do poder da atracção do mercado espanhol,

nomeadamente do IFEMA

Ameaças



Manuel de Sousa

16


Disponibilidade de ligações aéreas regulares

Qualidade das vias de acesso terrestres inter e intra-regionais

Animação e organização de eventos com frequência e diversidade

Modernização do parque hoteleiro

Criação de zonas pedestres e espaços verdes nos principais centros urbanos

Qualificação de recursos humanos no sector

Esforço conjunto de várias empresas / entidades no desenvolvimento de congressos, convenções, seminários,

eventos e feiras

Maximização da aplicação dos fundos estruturais públicos e comunitários

Factores Críticos de Sucesso



• Munique: 2.º informação do Institut for Economic Research em 2003 os visitantes e

expositores da Feira de Munique deixaram na cidade um total de € 1,25 mil milhões.

• Gotemburgo: em 2000 a universidade local fez um estudo que concluiu que por cada €

100 gastos pelos expositores em feiras, apenas € 20 iam para o organizador na forma de

aquisição de espaço e serviços conexos, enquanto que o alojamento e a alimentação

absorviam € 40 euros.

• EMECA: 2.º estudo da KPMG os gastos dos expositores e visitantes das feiras dos seus

associados ascende a € 16 mil milhões por ano.

• Munique: 2.º informação do Institut for Economic Research em 2003 os visitantes e

expositores da Feira de Munique deixaram na cidade um total de € 1,25 mil milhões.

• Gotemburgo: em 2000 a universidade local fez um estudo que concluiu que por cada €

100 gastos pelos expositores em feiras, apenas € 20 iam para o organizador na forma de

aquisição de espaço e serviços conexos, enquanto que o alojamento e a alimentação

absorviam € 40 euros.

• EMECA: 2.º estudo da KPMG os gastos dos expositores e visitantes das feiras dos seus

associados ascende a € 16 mil milhões por ano.

Conclusões

Manuel de Sousa

17


O organizador de feiras é um promotor turístico por excelência.

Para além de promover o nome da cidade, da região e do país, os seus expositores e

visitantes consomem:

O organizador de feiras é um promotor turístico por excelência.

Para além de promover o nome da cidade, da região e do país, os seus expositores e

visitantes consomem:

Conclusões

• Transportes (aviões, comboios, táxis, etc.)

• Alojamentos

• Alimentação e bebidas

• Animação e entretenimento

• Shopping

• Excursões turísticas

• Etc.

• Transportes (aviões, comboios, táxis, etc.)

• Alojamentos

• Alimentação e bebidas

• Animação e entretenimento

• Shopping

• Excursões turísticas

• Etc.


Conclusões

Manuel de Sousa

18


Em termos de promoção turística, as feiras têm um impacto superior ao dos grandes

eventos

Em termos de promoção turística, as feiras têm um impacto superior ao dos grandes

eventos

Não são acontecimentos esporádicos

As feiras decorrem de uma forma regular e constante.

Não são acontecimentos esporádicos

As feiras decorrem de uma forma regular e constante.

Conclusões


Mas, se assim é, impõem-se as perguntas:

• Por que será que as feiras não gozam da projecção mediática e notoriedade dos

grandes eventos?

• Por que será que existe a percepção de que os grandes eventos são fundamentais para

a promoção das cidades e do país, mas não existe a mesma atenção em relação às

feiras?

• Que será que os organizadores de feiras poderão fazer para alterar esta situação?

Mas, se assim é, impõem-se as perguntas:

• Por que será que as feiras não gozam da projecção mediática e notoriedade dos

grandes eventos?

• Por que será que existe a percepção de que os grandes eventos são fundamentais para

a promoção das cidades e do país, mas não existe a mesma atenção em relação às

feiras?

• Que será que os organizadores de feiras poderão fazer para alterar esta situação?

Conclusões

Manuel de Sousa

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O turismo local como mais valia das feiras: A EXPONOR e o Norte de Portugal 37

Manuel de Sousa

Obrigado | Gracias | Merci

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O turismo como mais-valia das feiras

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