NPT 027 - Fiep

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50 4ª feira |26/Ago/2020 - Edição nº 10758 Corpo de Bombeiros do Paraná - CCB NPT 027 – UNIDADES DE ARMAZENAMENTO E/OU BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS E INSUMOS CORPO DE BOMBEIROS BM/7 Agosto 2020 Vigência: 6 meses a contar da publicação em DOE NPT 027 Unidades de armazenamento e/ou beneficiamento de produtos agrícolas e insumos Parte 01 – Regras gerais Versão: 05 Norma de Procedimento Técnico 12 páginas SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Aplicação 3 Referências normativas e bibliográficas 4 Definições 1 OBJETIVO Estabelecer as medidas de segurança para a proteção contra incêndios e explosão em unidades de armazenamento e/ou beneficiamento de produtos agrícolas e insumos, atendendo ao previsto no Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma de Procedimento Técnico (NPT) aplica-se a toda estrutura de recebimento, beneficiamento e armazenagem de produtos agrícolas e seus derivados, entre eles: sementes oleaginosas, sementes agrícolas, legumes, açúcar, farinhas, insumos, entre outros produtos. 2.2 Esta norma não se aplica a armazéns não Graneleiros, que devem ser classificados no Grupo J (Depósito), de acordo com a carga de incêndio. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, G. M. Segurança na Armazenagem, Manuseio e Transporte de Produtos Perigosos. Gerenciamento Verde. Rio de Janeiro, 2005. 948 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS QUÍMICAS. Manual para atendimento a emergências com produtos perigosos. 7. ed. São Paulo, 2015. 344 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9843-1 – Agrotóxico e afins. Parte 1: Armazenamento em armazéns industriais, armazéns gerais ou centros de distribuição. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9843-2 – Agrotóxico e afins. Parte 2: Armazenamento comercial em distribuidores e cooperativas. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9843-3 – Agrotóxico e afins. Parte 3: Armazenamento em propriedades rurais. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16385 – Sistemas de prevenção e proteção contra explosão – fabricação, processamento e manuseio de partículas sólidas combustíveis 1

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Corpo de Bombeiros do Paraná - CCB

NPT 027 – UNIDADES DE ARMAZENAMENTO E/OU BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS E INSUMOS

CORPO DE BOMBEIROSBM/7

Agosto 2020 Vigência: 6 meses a contar da publicaçãoem DOE NPT 027

Unidades de armazenamento e/oubeneficiamento de produtos agrícolas e

insumosParte 01 – Regras gerais

Versão: 05 Norma de Procedimento Técnico 12 páginas

SUMÁRIO

1 Objetivo2 Aplicação3 Referências normativas e bibliográficas4 Definições

1 OBJETIVO

Estabelecer as medidas de segurança para a proteção contra incêndios e explosão em unidades dearmazenamento e/ou beneficiamento de produtos agrícolas e insumos, atendendo ao previsto no Código deSegurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná.

2 APLICAÇÃO

2.1 Esta Norma de Procedimento Técnico (NPT) aplica-se a toda estrutura de recebimento, beneficiamento earmazenagem de produtos agrícolas e seus derivados, entre eles: sementes oleaginosas, sementes agrícolas,legumes, açúcar, farinhas, insumos, entre outros produtos.

2.2 Esta norma não se aplica a armazéns não Graneleiros, que devem ser classificados no Grupo J(Depósito), de acordo com a carga de incêndio.

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

ARAÚJO, G. M. Segurança na Armazenagem, Manuseio e Transporte de Produtos Perigosos.Gerenciamento Verde. Rio de Janeiro, 2005. 948 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS QUÍMICAS. Manual para atendimento aemergências com produtos perigosos. 7. ed. São Paulo, 2015. 344 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410 – Instalações elétricas de baixatensão.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419 – Proteção de estruturas contradescargas atmosféricas.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9843-1 – Agrotóxico e afins. Parte 1:Armazenamento em armazéns industriais, armazéns gerais ou centros de distribuição.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9843-2 – Agrotóxico e afins. Parte 2:Armazenamento comercial em distribuidores e cooperativas.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9843-3 – Agrotóxico e afins. Parte 3:Armazenamento em propriedades rurais.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16385 – Sistemas de prevenção eproteção contra explosão – fabricação, processamento e manuseio de partículas sólidas combustíveis

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NPT 027 – UNIDADES DE ARMAZENAMENTO E BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS E INSUMOS

– requisitos.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15662 – Sistemas de prevenção eproteção contra explosão - Gerenciamento de Riscos de explosão.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR IEC 60079 - Parte 10 - 2 - Classificaçãode áreas - Atmosferas de poeiras combustíveis.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 2408:2008 – Cabos de açopara uso geral – Requisitos mínimos.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 6184-1 - Sistemas de proteçãocontra explosão, Parte 1: Determinação dos índices de explosão dos pós combustíveis no ar.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 6184-4 – Sistemas de proteçãocontra explosões, Parte 4: Determinação de eficácia dos sistemas de supressão de explosões.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO/IEC 31010 - Gestão de riscos -Técnicas para o processo de avaliação de riscos.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL PARA DIFUSÃO DE ADUBOS – ANDA. Boletim Técnico nº 003. 3 ed.São Paulo. 1998. Disponível em: <http://anda.org.br/index.php?mpg=06.03.00&ver=por>. Acesso em:09/09/2016.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL PARA DIFUSÃO DE ADUBOS – ANDA. Guia Técnico: Armazenagem,Manuseio e Transporte Seguro de Nitrato de Amônio. São Paulo. Disponível em:<http://anda.org.br/index.php?mpg=06.06.00&acao=ver&idc=25&ver=por>. Acesso em: 09/09/2016.

BRASIL. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro. Decreto nº 3.665 – Regulamento para aFiscalização de Produtos Controlados (R-105). Brasília, 2000.

BRASIL. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro. Departamento Logístico. Normas AdministrativasRelativas às Atividades com Nitrato de Amônio – NARANA. Brasília, 2002.

BRASIL. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro. Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados.Circular Diex. Nº 1.758 – Seg. Reg./DFPC. Brasília, 2013.

BRASIL. Ministério do Trabalho. Normas regulamentadoras nº: 4, 5, 6, 9, 10, 12, 23 e 33. Brasília.

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. National Fire Protection Association. NFPA 490 – Code forAmmonium Nitrate, 2002 Edition.

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. National Fire Protection Association. NFPA nº 51B – Standard for

Fire Prevention During Welding, Cutting and Other Hot Work, 2003 Edition.

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. National Fire Protection Association. NFPA nº 61 – Standard forthe Prevention of Fires and Dust Explosions in Agricultural and Food Products Facilities, 2017 Edition.

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. National Fire Protection Association. NFPA nº 69 – Standard on

Explosion Prevention Systems,19th Edition, 1997.

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. National Fire Protection Association. NFPA nº 654 – Standard forthe Prevention of Fire and Dust Explosions from the Manufacturing, Processing, and Handling ofCombustible Particulate Solids. Revisão 2013.

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. National Fire Protection Association. NFPA nº 1983 – Standard on

Life Safety Rope and Equipment for Emergency Services, 2006 Edition.

GOIÁS. Corpo de Bombeiros Militar de Goiás. Norma Técnica nº 24 – Armazenamento em silos –Unidades armazenadores de cereais, oleaginosas e subprodutos a granel. Goiânia, 2014.

SANTA CATARINA. Instituto Geral de Perícias & Corpo de Bombeiros Militar. Laudo Pericial nº9110.13.00662 (incidente envolvendo fertilizantes na empresa Global Logística e Transporte Ltda,ocorrido em São Francisco do Sul/SC). 2013.

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SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Instrução Técnica nº27 – Armazenamento em silos. São Paulo, 2011.

4 DEFINIÇÕES

Além das definições constantes da NPT-003 – Terminologia de segurança contra incêndio, aplicam-se asdefinições específicas abaixo:

4.1 Áreas de apoio: São consideradas áreas de apoio das unidades de armazenamento: guaritas, escritórios,plataformas de pesagem, almoxarifados, refeitórios, alojamentos, casas de ferramentas, oficinas, garagens,moradias, tendas, depósitos de agrotóxicos, depósitos de lenha, tanques de combustíveis, cabines de alta-tensão ou outras edificações presentes nas unidades de armazenamento que não estejam envolvidasdiretamente no manejo dos produtos agrícolas.

4.2 Armazém graneleiro: Estrutura horizontal destinada ao armazenamento de produtos agrícolas e seusderivados a granel.

(figura ilustrativa e exemplificativa – armazém graneleiro)

4.3 Armazém não graneleiro: Estrutura horizontal destinada ao armazenamento de insumos, produtosagrícolas e seus derivados ensacados.

4.4 Balança de fluxo contínuo: Trata-se de um sistema de pesagem por bateladas automáticas eintermitentes. Seu projeto de três câmaras consiste de silo pulmão, silo balança e silo receptor.

(figura ilustrativa e exemplificativa – balança de fluxo contínuo)

4.5 Câmera térmica portátil: equipamento eletrônico capaz de captar a luz infravermelha emitida por corposaquecidos convertendo-a para uma imagem. Essencial para a localização de “pontos quentes”.

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4.6 Ciclone antifagulhas: Câmara localizada entre a fornalha e o secador, com a finalidade de impedir apassagem de fagulhas para o interior do secador

4.7 Decomposição autossustentada: reação química exotérmica que se inicia quando alguns fertilizantessão expostos a determinadas fontes de calor externas (ex.: pingos de solda que caem sobre uma pilha defertilizantes a granel) com energia suficiente para iniciar o processo de decomposição. Iniciado o processo,com liberação de calor e produção de gases nocivos, ainda que sem a presença de chamas vivas, este vai semantendo, em direção ao interior da massa de fertilizantes, mesmo com a retirada da fonte inicial externa decalor. Características do fenômeno como velocidade de propagação, temperatura no ponto de decomposição evolume de gases produzidos, variam de acordo com a composição química do fertilizante afetado. De formageral, o volume de gases produzidos, pode chegar a 400 vezes o volume da mistura armazenada. Atemperatura no ponto de decomposição pode ficar na faixa de 300 a 400º C.

4.8 Defensivos agrícolas: são os produtos de origem química, física ou biológica destinados a controlarpragas que possam afetar o homem, o cultivo de vegetais e a criação de animais. São também chamados deagrotóxicos ou pesticidas.

4.9 Elevadores de produtos agrícolas: Equipamentos utilizados para o transporte no plano vertical, elevandoos produtos agrícolas de um nível inferior a outro mais elevado através de componentes fixados em correntesou correias.

(figura ilustrativa – elevadores de produtos agrícolas)

4.10 Esteira transportadora (Correia Transportadora): Realizam o transporte na posição horizontal e/ouinclinada, deslizando sobre roletes. Podem ser reversíveis, isto é, movimentam materiais nos dois sentidos.Podem ser duplas, neste caso transportam simultaneamente nos dois sentidos.

(figura exemplificativa– esteira transportadora)

4.11 Famílias de fertilizantes: são as divisões de fertilizantes por suas características específicas. Divide-seem Família 1: (ver 4.17 Fertilizantes nitrogenados sólidos), Família 2: (ver 4.12 Fertilizantes fosfatadossólidos), Família 3: (ver 4.23 Fertilizantes potássicos sólidos), Família 4: (ver 4.39 Micronutrientes sólidos) eFamília 5: (ver 4.16 Fertilizantes minerais líquidos).

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4.12 Fertilizantes fosfatados sólidos: são aqueles, em estado sólido, em que o Fósforo (P) é o elementopreponderante. Nesta norma estão englobados na Família 2, tendo como exemplos: o superfosfato simples, osuperfosfato triplo, etc.

4.13 Fertilizantes gasosos: aqueles encontrados na fase gasosa nas condições normais de temperatura epressão. Ainda não aplicável à presente norma devido à inexpressividade no mercado.

4.14 Fertilizantes minerais: são aqueles de origem mineral constituídos por compostos inorgânicos (sem apresença de carbono) ou em que a presença de carbono se faz por processos artificiais (ex.: uréia). Tambémchamados de adubos sintéticos.

4.15 Fertilizantes minerais sólidos: aqueles de origem mineral encontrados na fase sólida em formato defarelo, pó, cristais, flocos ou grânulo.

4.16 Fertilizantes minerais líquidos: aqueles de origem mineral que se apresentam como soluções, sem apresença de sólidos, ou como suspensões, com partes sólidas dispersas em um líquido. Nesta norma, estarãorepresentados pela Família 5.

4.17 Fertilizantes nitrogenados sólidos: são aqueles, em estado sólido, que têm no Nitrogênio (N) seucomponente principal. Para efeitos da presente norma, são chamados de Família 1 e estão divididos em 03(três) grupos de fertilizantes nitrogenados: Comuns, nitratos comuns e nitratos especiais.

4.18 Fertilizantes Nitrogenados Comuns: nesta norma são representados pelo Grupo 1.1, tendo comoexemplo: Ureia, Sulfato de Amônio, etc.;

4.19 Fertilizantes Nitrogenados NITRATOS COMUNS: são aqueles em que as concentrações de Nitrato deAmônio ou Nitrato de Potássio não são significativas. Isto é, são representados pelas misturas (compostos)onde o Nitrato de Amônio, ou Nitrato de Potássio, representa menos de 45% do peso total final da mistura defertilizantes. Nesta norma, recebem a classificação como Grupo 1.2.

4.20 Fertilizantes Nitrogenados NITRATOS ESPECIAIS: são aqueles denominados À Base de Nitrato deAmônio ou À Base de Nitrato de Potássio. Ou seja, são aqueles fertilizantes constituídos por Nitrato de Amônio(NH4NO3) puro ou Nitrato de Potássio (KNO3) puro. Ou ainda, nas misturas, ou nos compostos NPK em grãos(ex.: 21-00-21, etc.), em que essas duas substâncias representam 45% ou mais do peso total final dofertilizante. Nesta norma, recebem a classificação como Grupo 1.3. No Brasil, os Fertilizantes à Base deNitrato de Amônio são classificados como tipos A, B ou C pela Associação Nacional para Difusão de Adubos(ANDA). Especial atenção deverá ser dada pelo proponente no sentido de não confundir teor de Nitrogêniofornecido pelo Nitrato de Amônio com teor de Nitrato de Amônio no produto final fertilizante, sendo este último oparâmetro de interesse na presente norma.

Exemplo: o composto NPK 21-00-21 tem um teor de nitrogênio de 21%. Porém, o composto, comoum todo, apresenta um teor de nitrato de amônio que corresponde a 61,76%. Ou seja, o Nitrato de Amôniorepresenta um total de 61,76% no peso (massa) final do fertilizante. Portanto, será classificado como Família 1,Grupo 1.3 – Nitrogenados Nitratos Especiais.

Lembrando que: o Nitrato de Amônio fertilizante puro, devido à adição de aditivo estabilizador erecobrimento protetor, apresenta como garantia o teor mínimo de 34% de Nitrogênio (Ref. ANDA).

4.21 Fertilizantes orgânicos: aqueles de origem biológica (ex.: esterco, palha, bagaço de cana, etc.) que,após sofrerem processos físicos, químicos ou biológicos, são utilizados para aumentar a produção de vegetais.

4.22 Fertilizantes organominerais: a mistura física entre fertilizantes orgânicos e minerais.

4.23 Fertilizantes potássicos sólidos: aqueles em que o Potássio (K) é o elemento preponderante. NestaNorma estão englobados pela Família 3, tendo como exemplos: Cloreto de Potássio, Sulfato de Potássio,Sulfato de Potássio e Magnésio, etc.

4.24 Filtro de Manga: Equipamento que faz a coleta do ar impuro através de coifas e realiza o processo defiltragem pela passagem do ar forçado através de mangas onde as partículas ficam retidas. Com o tempo, oacúmulo de substâncias retidas cria uma barreira que também atua como meio filtrante, porém, deve-se ter ocuidado de manter o filtro sempre limpo.

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(figura exemplificativa – filtro de manga)

4.25 Fornalha: Local onde ocorre a queima de combustíveis para a formação do calor necessário ao processode secagem dos grãos dentro do secador.

(figura ilustrativa – fornalha e ciclone antifagulha)

4.26 Grãos: são as sementes de um cereal (milho, arroz, trigo, cevada, etc.) que podem ser transformadas emfarinhas. Para efeitos desta norma, as sementes de outras plantas não cereais (ex.: soja), que tambémproduzem óleos, podem ser entendidas como grãos.

4.27 Grupos de fertilizantes: São subdivisões de família de fertilizantes. Como o Grupo 1.1: (ver 4.18Fertilizantes nitrogenados comuns), Grupo 1.2: (ver 4.19 Fertilizantes nitrogenados nitratos comuns) e Grupo1.3 (ver 4.20 Fertilizantes nitrogenados nitratos especiais).

4.28 Insumos agrícolas: o conjunto de bens e serviços destinados a criar, fomentar e manter a produçãoagrícola de vegetais e animais, independente do sistema de produção (agroecológico ou convencional).Classificam-se em três tipos: os insumos mecânicos, os insumos biológicos e os insumos minerais ouquímicos.

4.29 Insumos agrícolas biológicos: Compreendem produtos de origem animal ou vegetal. Exemplos: restosde culturas (palhas, ramos, folhas) ou estercos usados como adubos, sementes e mudas, extratos de plantas

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(caldas à base de vegetais), fertilizantes orgânicos líquidos, adubos verdes, microorganismos encontrados noambiente natural, algas e outros produtos de origem marinha, resíduos industriais do abate de animais.

4.30 Insumos agrícolas químicos ou minerais: Compreendem tanto substâncias provenientes de rochas,quanto aquelas produzidas artificialmente pela indústria. São eles: termofosfatos, caldas bordalesa esulfocálcica, pós de rochas, micronutrientes, calcários (para calagem), agrotóxicos, fertilizantes altamentesolúveis (usados na agricultura convencional), fertilizantes de baixa solubilidade (aceitos pelas correntesagroecológicas) e aqueles a base de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio).

4.31 Insumos agrícolas mecânicos: Compreendem máquinas, equipamentos agrícolas e seus componentes.Exemplos: tratores e seus implementos (arados, adubadoras, roçadoras, pulverizadores, etc.), armadilhas parainsetos, plásticos para cobertura de canteiros, equipamento de irrigação.

4.32 Itens exigidos: são aqueles, previstos de forma específica nesta NPT, bem como referenciados peloCódigo de Segurança Contra Incêndio e Pânico (CSCIP), que devem, obrigatoriamente, ser atendidos pelasempresas proponentes / empreendedoras.

4.33 Itens recomendados: aquelas com caráter de FORTE RECOMENDAÇÃO que, desde que tecnicamentepossível, devem ser adotadas pelas empresas proponentes / empreendedoras.

4.34 Macronutrientes: são elementos químicos (carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo, potássio,cálcio, magnésio e enxofre) presentes nos fertilizantes.

4.35 Máquina de pré-limpeza: Máquina específica para diminuir o teor de impureza dos produtos agrícolas,instalada antes do secador. Seu funcionamento é por sistema de aspiração e peneiras.

(figura exemplificativa – máquina de pré-limpeza)

4.36 Máquina de limpeza: Máquina para limpeza de produtos agrícolas que executam a remoção deimpurezas, tanto através da aspiração, quanto pelas peneiras.

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(figura exemplificativa – máquina de limpeza)

4.37 Micrômetro: Medida correspondente a um milésimo do milímetro (10ˉ6m). Sua abreviatura é µm.

4.38 Micronutrientes: são os elementos químicos (boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, zinco,sódio, silício e cobalto) que, embora necessários às plantas, não possuem significativa expressão em termosde quantidades movimentadas.

4.39 Micronutrientes sólidos: aqueles que, embora em menor quantidade, podem compor as misturas defertilizante. Nesta norma, estão contidos na Família 4, tendo como exemplo: boro, cloro, cobre, ferro,manganês, molibdênio, zinco, sódio, silício e cobalto.

4.40 Misturador para fertilizantes: maquinário utilizado para a mistura (homogenização mecânica) deprodutos (macronutrientes e micronutrientes) para formar produtos previamente estipulados.

4.41 Moega: Local para descarga de produtos agrícolas a granel que fluem por gravidade a um transportadorvertical (elevador) ou horizontal (redler, rosca ou fita transportadora).

(figura exemplificativa – moega)

4.42 NPKs: dentre os macronutrientes, em função de sua significativa importância e quantidadesmovimentadas, destacam-se o Nitrogênio (N), importante componente para a clorofila, o Fósforo (P),responsável pelos processos vitais das plantas em termos de energia, e o Potássio (K), responsável peloequilíbrio dentro das células vegetais.

4.43 Plataforma de descarga (Tombador agrícola): Equipamento utilizado para a descarga dos produtosagrícolas, comumente hidráulico que bascula o caminhão ou carreta. O tombamento pode ser no sentidolongitudinal ou lateral.

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(figura exemplificativa – tombador agrícola)

4.44 Poeiras: São partículas com diâmetro entre 1 a 100 µm (micrometro). São produzidas geralmente pelorompimento mecânico de partícula inorgânica ou orgânica, seja pelo simples manuseio de materiais ou emconsequência do processo de moagem, trituração, peneiramento e outros (o mesmo que pó).

4.45 Poeira agrícola: Qualquer material agrícola sólido, finamente dividido em partículas orgânicas menoresque 420 µm (micrometros) de diâmetro.

4.46 Registro do Silo: Peça situada geralmente na base do silo, dentro dos túneis de manutenção, por ondese faz a retirada dos grãos armazenados.

4.47 Respirador de adução de ar tipo máscara autônoma de circuito aberto de demanda com pressãopositiva: equipamento de proteção respiratória (EPR) dotado de cilindro de ar comprimido, com ascaracterísticas já descritas e também utilizado pelo Corpo de Bombeiros. Nesta norma, destina-se a possibilitarque pessoal treinado das equipes/brigadas da própria empresa/armazém possa acompanhar e orientar, deforma segura, os trabalhos do Corpo de Bombeiros, mesmo no interior de armazéns.

(figura exemplificativa – EPR – fonte 8ºGB)

4.48 Respirador tipo purificador de ar, não motorizado, com vedação facial do tipo peça inteira: máscarafacial (full face – peça inteira) dotada de filtro(s) que possibilite(em) a filtragem de partículas e gaseseventualmente gerados caso os fertilizantes armazenados venham a ser envolvidos em processos de queima.

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(figura exemplificativa – Máscara full face – fonte 8ºGB)

4.49 Rosca helicoidal (TRUA): Equipamento destinado ao transporte de produtos agrícolas contendo umhelicoide sem fim.

4.50 Roupa de proteção para combate a incêndio estrutural: roupa de proteção certificada utilizada porbombeiros com capacidade de proteger contra calor irradiado, gases, vapores e líquidos aquecidos. Compostapor: botas de proteção, calça, jaqueta, luvas de proteção, balaclava e capacete.

(figura exemplificativa – Roupa de proteção – fonte 8ºGB)

4.51 Secador: Equipamento utilizado para secagem dos produtos agrícolas, os quais permanecem em seuinterior até obterem a umidade desejada. O calor necessário para este processo é comumente oriundo desistemas de aquecimento do ar (fornalhas a lenha, queimadores de gás e trocadores de calor). Possuem umsistema de movimentação do ar realizado através de ventiladores e possuem um sistema de transporte dosprodutos agrícolas (elevadores, roscas transportadoras ou esteiras transportadoras).

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(figura ilustrativa e exemplificativa – Secador)

4.52 Silo: Estrutura vertical destinada ao armazenamento de produtos agrícolas e seus derivados a granel.

(figura exemplificativa – silos)

4.53 Silos ventiláveis: Estrutura de armazenamento de grãos destinados a sementes, localizados no interiordas unidades de beneficiamento de sementes.

(figura ilustrativa e exemplificativa – silos ventiláveis)

4.54 Sistema de supressão de explosão: arranjo composto de dispositivos para detectar automaticamente oprincípio de uma explosão e iniciar a atuação da supressão, como por exemplo, pelo uso de agente químiconão combustível.

4.55 Transportador horizontal de corrente (Redler): Tipo de transportador de produtos agrícolas que utilizauma corrente para o transporte dos grãos.

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(figuras ilustrativa – transportador horizontal de corrente “redler”)

4.56 Unidade de Transbordo de Grãos: Instalação destinada a movimentação de produtos agrícolas a granel,sem haver beneficiamento, armazenamento ou outro tipo de atividade/instalação.

4.57 Ventilador ou exaustor: Equipamento que faz a movimentação de ar forçado (insuflação ou aspiração).

(figura ilustrativa e exemplificativa – exaustor)

4.58 Victor Lance: esguicho especial, fabricado em aço inox e com possibilidades de montagem modular,destinado a injetar grandes volumes de água em massas de fertilizantes aquecidos. Especialmente destinado aresfriar pontos onde há decomposição autossustentada.

(figura exemplificativa – victor lance – fonte: 8ºGB)

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NPT 027 – UNIDADES DE ARMAZENAMENTO E/ BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS E INSUMOS

CORPO DE BOMBEIROSBM/7

Agosto 2020 Vigência: 6 meses a contar da publicaçãoem DOE NPT 027

Unidades de armazenamento e/oubeneficiamento de produtos agrícolas e

insumosParte 02 – Grãos

Versão: 05 Norma de Procedimento Técnico 15 páginas

SUMÁRIO

5. Unidades de armazenamento a granel e/ou beneficiamento de grãos6. Das edificações antigas e existentes7. Procedimento para as medidas de segurança8. Disposições gerais

ANEXOS

A – Procedimentos de limpeza.B – Plano de limpeza.C – Treinamento de pessoal.

5 UNIDADES DE ARMAZENAMENTO A GRANEL E/OU BENEFICIAMENTO DE GRÃOS

5.1 Procedimentos para estrutura, saídas e acessos

5.1.1 Estrutura

5.1.1.1 O material de construção do silo deve atender ao TRRF previsto no anexo A da NPT-008, exceto parasilos ventiláveis com capacidade máxima de 150 toneladas.

5.1.1.2 A cobertura do silo deverá ser dotada de vedação contra água.

5.1.1.3 As aberturas entre construções de armazenagem (silos e armazéns) devem oferecer o TRRF previstona estrutura.

5.1.1.4 Cada silo deve ser dotado de ao menos um respiro na cobertura para propiciar a saída dos gasesaquecidos e do pó, devendo ser projetado e construído para evitar a entrada de água.

5.1.1.5 Os silos devem ser construídos de forma que a união da estrutura de cobertura em relação ao costadoseja fragilizada de maneira que permita a separação neste ponto em caso de explosão no seu interior.

5.1.1.6 Compartimentos dos elevadores, suas seções inferiores e superiores, bem como dutos de conexão,devem ser construídos com materiais não combustíveis e à prova de vazamento de pós.

5.1.1.7 Secadores devem ser construídos em materiais não combustíveis e possuir acessos ou aberturas a fimde permitir a inspeção, limpeza e manutenção.

5.1.1.8 Escadas, passarelas, elevadores e plataformas elevatórias para pessoas, devem possuir TRRF de 60minutos.

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NPT 027 – UNIDADES DE ARMAZENAMENTO E BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS E INSUMOS

5.1.1.9 Superfícies internas onde possam ocorrer acúmulos de pó devem ser projetadas e construídas de modoa facilitar a limpeza e minimizar o acúmulo de pó combustível.

5.1.1.10 A carcaça de transportadores enclausurados (por exemplo, transportadores de parafuso ou rosca etransportadores de corrente) deve ser de construção metálica e projetada para evitar o escape de pócombustível.

5.1.1.11 É recomendado que elevadores de canecas sejam localizados do lado de fora dos prédios tantoquanto possível.

5.2 Acessos aos silos, elevadores de produtos agrícolas e túneis de quaisquer naturezas

5.2.1 Escadas

5.2.1.1 Os silos verticais com diâmetro superior a 10,00 m (dez metros) deverão ser dotados de escada emcaracol do lado externo que permitam acesso às janelas de inspeção, sendo vedado o uso de escada do tipomarinheiro para esta finalidade.

5.2.1.1.1 Nos silos com diâmetro externo até 10,00 m (dez metros) a escada do tipo caracol citada no item5.2.1.1 poderá ser substituída por escada do tipo marinheiro.

5.2.1.2 As escadas em caracol com degraus sem espelho (ver figura 1), devem:

a) ter largura mínima de 0,60 m (sessenta centímetros);

b) ter degraus com profundidade mínima de 0,15 m (quinze centímetros), uniformes, nivelados e semsaliências;

c) ser dotadas de estrutura vazada que não permita o acúmulo de produtos agrícola;

d) ter altura máxima entre os degraus de 0,25 m (vinte e cinco centímetros);

e) ser dotadas de plataforma de descanso com largura útil mínima de 0,60 m (sessenta centímetros) ecomprimento a intervalos de, no máximo, 3,00 m (três metros) de altura;

f) ter projeção mínima de 0,01 m (um centímetro) de um degrau sobre o outro (linha de bocel);

g) ter degraus com profundidade que atendam à fórmula: 60 ≤ g+2h ≤ 66 (dimensões em centímetros).

5.2.1.3 As escadas em caracol com degraus com espelho devem:

a) ter largura mínima de 0,60 m (sessenta centímetros);

b) ter degraus com profundidade mínima de 0,20 m (vinte centímetros), uniformes, nivelados e semsaliências;

c) ser dotadas de estrutura vazada que não permita o acúmulo de produtos agrícola;

d) ter altura entre os degraus de 0,20 m (vinte centímetros) a 0,25 m (vinte e cinco centímetros);

e) ter degraus com profundidade que atendam à fórmula: 60 ≤ g+2h ≤ 66 (dimensões em centímetros);

f) ser dotadas de plataforma de descanso com largura útil mínima de 0,60 m (sessenta centímetros) ecomprimento a intervalos de, no máximo, 3,00 m (três metros) de altura.

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NPT 027 – UNIDADES DE ARMAZENAMENTO E/ BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS E INSUMOS

(Figura 1 – detalhes da escada com degraus sem espelho)

5.2.1.4 Nos casos em que as escadas externas forem fixadas junto à parede do silo, estas não devem terespaçamento maior que 0,15 m (quinze centímetros) da estrutura. Quando não for possível atender ao referidodistanciamento admite-se a adaptação prevista no item 7.2.3 desta NPT.

5.2.1.5 Nos casos em que a unidade armazenadora seja constituída de silos verticais em linha poderá seradotada uma escada tipo caracol em cada extremidade da bateria, desde que haja passarela de interligaçãoentre todos eles com a mesma largura da escada. Os demais silos da bateria deverão ser dotados de escadado tipo marinheiro.

5.2.1.5.1 No caso de apenas dois silos em linha poderá ser adotada somente uma escada tipo caracol, desdeque haja passarela de interligação entre eles com a mesma largura da escada. O segundo silo deverá serdotado de escada do tipo marinheiro.

5.2.1.5.2 Caso a bateria de silos em linha, citada no item 5.2.1.5, possua comprimento total menor que 100m(cem metros) poderá ser instalada apenas uma escada tipo caracol em uma das extremidades da bateria,desde que haja passarela de interligação entre os silos com a mesma largura da escada e os demais silos dabateria deverão ser dotados de escada do tipo marinheiro.

5.2.1.6 As escadas fixas do tipo marinheiro devem:

a) ter seu dimensionamento, construção e fixação seguras e resistentes, de forma a suportar os esforçossolicitantes;

b) ser constituídas de materiais ou revestimentos resistentes a intempéries e corrosão, caso estejamexpostas em ambiente externo ou corrosivo;

c) ser providas de gaiolas de proteção, conforme 5.2.1.7, caso possuam altura superior a 3,50 m (trêsmetros e cinquenta centímetros), instaladas a partir de 2,00 m (dois metros) do piso, ultrapassando aplataforma de descanso ou o piso superior em pelo menos 1,20 m (um metro e vinte centímetros);

d) ter corrimão ou continuação dos montantes da escada ultrapassando a plataforma de descanso ou opiso superior em 1,20 m (um metro e vinte centímetros);

e) ter altura total máxima de 10,00 m (dez metros) se for de um único lance;

f) ter altura máxima de 6,00 m (seis metros) entre duas plataformas de descanso se for de múltiploslances, construídas em lances consecutivos com eixos paralelos, distanciados no mínimo em 0,70 m(setenta centímetros);

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g) ter espaçamento entre os degraus (barras horizontais) de 0,25 m (vinte e cinco centímetros) a 0,30 m(trinta centímetros);

h) ter espaçamento entre o piso da edificação e o primeiro degrau (barra horizontal) não superior a 0,55 m(cinquenta e cinco centímetros);

i) ter distância em relação à estrutura em que é fixada de, no mínimo, 0,15 m (quinze centímetros);

j) ter degraus (barras horizontais) com diâmetro de 0,025 m (vinte e cinco milímetros) a 0,038 m (trinta eoito milímetros), com superfície superior constituída dispositivo antiderrapante;

k) ter degraus com largura de 0,40 m (quarenta centímetros) a 0,60 m (sessenta centímetros).

5.2.1.7 As gaiolas de proteção das escadas tipo marinheiro devem ter diâmetro entre 0,65 m (sessenta e cincocentímetros) e 0,80 m (oitenta centímetros), arcos horizontais com distância máxima de 1,50 m (um metro ecinquenta centímetros) entre si e barras verticais de sustentação dos arcos com espaçamento máximo de 0,30m (trinta centímetros) entre si.

5.2.1.8 A adoção de torres autoportantes dotadas de escadas em “L” ou “U”, bem como a utilização de escadasdo tipo marinheiro divididas em múltiplos lances de lados opostos alternados (ver figura 3), com plataformas dedescanso entre si, podem ser alternativas para atendimento dos acessos aos elevadores de produtos agrícolas.

(Figura 2 – corte e vista da escada tipo marinheiro)

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Barras intermediárias

Guarda-co

rpo

Rodapé do guarda-corpo

Corpo do elevador

Escada fixa tipo marinheiro

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(Figura 3 – plataforma de descanso da escada tipo marinheiro para elevadores)

5.2.2 Guarda-corpos

5.2.2.1 É obrigatória a adoção de guardas nas escadas externas, nas escadas de acesso ao topo, junto aobocal de alimentação do silo, nas plataformas dos elevadores e nas passarelas de interligação entre silos.

5.2.2.2 Os guarda-corpos das unidades de armazenamento devem ser dimensionados, construídos e fixadosde modo seguro e resistente, de forma a suportar os esforços solicitantes, bem como atender aos seguintesrequisitos:

I. Ser constituídos de material resistente a intempéries e corrosão.

II. Possuir travessão superior com altura em relação ao piso de 1,10 m (um metro e dez centímetros) a 1,20 m(um metro e vinte centímetros) ao longo de toda a extensão, em ambos os lados.

III. O travessão superior não deve possuir superfície plana, a fim de evitar a colocação de objetos.

IV. Possuir rodapé de, no mínimo, 0,20 m (vinte centímetros) de altura e travessão intermediário a 0,70 m(setenta centímetros) de altura em relação ao piso, localizado entre o rodapé e o travessão superior.

V. As guardas não poderão possuir pontas de elementos construtivos ou arestas que possibilitem oenroscamento de roupas, materiais de resgate ou equipamentos de combate a incêndios.

(Figura 4 – guardas no topo dos silos e dos elevadores)

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5.2.3 Acesso ao interior do silo e moegas

5.2.3.1 Junto às janelas de inspeção do teto dos silos com diâmetro igual ou superior a 10,00 m (dez metros),deverá ser prevista plataforma externa com arestas mínimas de 2,00 m x 1,00 m (dois metros por um metro)para trabalho de resgate e colocação dos equipamentos de salvamento, de modo a garantir que o resgatistanão fique suspenso em vão aberto.

5.2.3.2 Deverá ser prevista estrutura que permita o ancoramento dos equipamentos de resgate. Deverá ter ospontos de ancoragem a uma altura mínima de 2,00 m (dois metros), acima do nível da janela de inspeçãosuperior para trabalho de resgate, sendo necessário um dispositivo móvel para cada unidade operacional,com bases instaladas em todos os silos e moegas, de forma que viabilize seu rápido acoplamento.

5.2.3.3 No teto dos silos com diâmetro maior ou igual a 4,5m (quatro metros e cinquenta centímetros) deveráser disposta viga contínua do tipo “monotrilho”. A viga deverá ser disposta de maneira a permitir acoplamentode dispositivo de deslocamento horizontal que contemple toda circunferência interna da estrutura. Será usadapara fixação de cabo-guia nas atividades rotineiras e servirá de ancoragem para atividades de resgate. Nossilos com diâmetro menor ou igual a 4,5m (quatro metros e cinquenta centímetros), em que não seja possível ainstalação do “monotrilho”, deverá ser previsto sistema de ancoragem substitutivo, dispostos no contorno dosilo.

5.2.3.4 Nas moegas deverão ser previstos pontos de ancoragem junto à sua grelha superior, podendo seraceito sistema obtido através da fixação de cabos de aço com resistência comprovada ou trilhos que permitama locomoção humana em seu interior, mesmo sobre a massa de grãos.

5.2.3.5 Para atendimento dos itens 5.2.3.2, 5.2.3.3 e 5.2.3.4 deverão ser respeitados os quesitos estipuladosna NBR 16325, partes 1 e 2, e NBR ISO 2408:2008 ou outras normas que venham a substituí-la.

5.2.3.6 As janelas de inspeção e resgate da parte superior dos silos deverão possuir área mínima de 1,20 m²(um vírgula dois metros quadrados), sendo que uma das dimensões deve ter o mínimo de 1,00 m (um metro).

5.2.3.7 Quando existente, a janela de inspeção lateral deverá ter diâmetro mínimo de 0,60 m (sessentacentímetros).

5.2.4 Acessos aos poços de elevadores de produtos agrícolas e túneis

5.2.4.1 Os túneis devem possuir no mínimo dois acessos em posições opostas.

5.2.4.2 Ao menos um dos acessos aos túneis devem ser providos de escadas em “L” ou “U”, com larguramínima de 0,80 m (oitenta centímetros), podendo os demais ser por escada do tipo marinheiro.

5.2.4.3 Internamente, os túneis devem ter altura mínima de 2,00 m (dois metros) e largura mínima de 0,80 m(oitenta centímetros) de espaço livre, sendo a largura medida entre o equipamento e a parede, no caso de umequipamento, ou entre equipamentos, no caso de dois ou mais equipamentos.

(Figura 5 – espaço livre nos túneis)

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0,80mmínimo

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5.2.4.4 Os acessos aos poços de elevadores de produtos agrícolas poderão ser feitos através de escadas em“L” ou “U”, com largura mínima de 0,80 m (oitenta centímetros), ou do tipo marinheiro providas de cabo-guiapara o uso do travaquedas, respeitando os requisitos previstos na NBR ISO 2408:2008, ou norma que venha asubstituí-la.

5.2.4.5 Todos os acessos deverão ser sinalizados com a cor amarelo, conforme tabela A-3 da NPT 020 –Sinalização de emergência.

5.2.5 Distâncias máximas a serem percorridas

5.2.5.1 A distância máxima a ser percorrida dentro dos túneis de manutenção, até o acesso a uma saída, nãodeverá ultrapassar 100,00 m (cem metros).

5.2.5.2 A distância total a de caminhamento a ser percorrida até que o operador tenha acessado o ambienteexterno é de 120,00 m (cento e vinte metros), ou seja, 100,00 m (cem metros) dentro dos túneis e mais 20,00 m(vinte metros) em escadarias.

5.2.5.3 Os armazéns graneleiros devem possuir no mínimo duas saídas em posições opostas, com corredorcomum de acesso a ambas, seja para acesso aos túneis como para acesso ao depósito de grãos.

5.2.6 Afastamento entre edificações

5.2.6.1 As áreas de apoio deverão estar isoladas das estruturas que recebem, movimentam, beneficiam earmazenam cereais.

5.2.6.2 O afastamento mínimo para isolamento das áreas de apoio será de 11,00 m (onze metros), exceto paraedificações comprovadamente existentes.

5.2.6.3 Os depósitos de lenha devem distar, no mínimo, 15,00 (quinze metros) das edificações.

6 PROCEDIMENTOS PARA AS MEDIDAS DE SEGURANÇA

6.1 Rotinas

6.1.1 Deverá haver Brigada de incêndio de acordo com a NPT 017 – Brigada de incêndio.

6.1.2 Deverá haver Plano de Emergência que inclua ações em casos de soterramento e resgate de pessoasnos espaços confinados e de armazenagem, de acordo com a NPT 016 – Plano de emergência contra incêndioe NR-33.

6.1.3 As instalações e os equipamentos deverão contar com um constante programa de limpeza e manutençãopara retirar o acúmulo de poeira. Será exigida apresentação de Anotação de Responsabilidade Técnica - ARTda manutenção anualmente quando a unidade não apresentar no quadro de funcionários o emprego deprofissional habilitado para tal procedimento.

6.1.4 Os procedimentos de limpeza deverão estar em conformidade com o ANEXO A desta NPT.

6.2 Sistemas de instalações elétricas e iluminação de emergência

6.2.1 Sistema de iluminação de emergência deverá estar de acordo com a NPT 018 – Iluminação deemergência.

6.2.2 As instalações elétricas devem atender à ABNT - NBR 5410 e ABNT - NBR IEC 60079-14:2016, ou outrasque venham a substituí-las.

6.2.3 Todas as luminárias das áreas onde há formação de poeira, inclusive luminárias de emergência, devemser adequadas para uso em áreas classificadas com o tipo de proteção a prova de explosão

6.3 Sinalização de Emergência

6.3.1 A sinalização de emergência deverá estar de acordo com a NPT 020 – Sinalização de emergência. Nostúneis, locais confinados e demais acessos restritos, o emprego da sinalização poderá ser dispensada oureduzida conforme análise do responsável técnico.

6.4 Sistema de Detecção e Alarme

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6.4.1 Sistema de alarme deverá ser instalado de acordo com a NPT 019 – Sistema de detecção e alarme deincêndio. As áreas de apoio, quando isoladas, ficam isentas deste item.

6.4.2 Em cada acesso aos túneis deverão ser instalados acionadores de alarme, sendo dispensada ainstalação de acionadores manuais no interior dos túneis desde que haja pessoal com treinamento comprovadode acordo com a NR 33.

6.4.3 Deverá haver detector de gás portátil para os trabalhos a serem realizados no interior das áreas dearmazenamento e túneis de manutenção, conforme exigência da NR-33.

6.4.4 Conforme enquadradas na tabela 6 do CSCIP, as áreas de apoio deverão possuir sistema de detecção ealarme de acordo com a sua ocupação e carga de incêndio.

6.4.5 Os transportadores verticais e horizontais deverão ser dotados de sensores de temperatura nos mancaisdos conjuntos motores e motrizes que movimentam o sistema, e sensores de movimento para monitorar oescorregamento da correia ou corrente. Caso os sensores detectem elevação anormal da temperatura domancal e/ou escorregamento da correia ou corrente, devem desligar automaticamente os motores.

6.4.6 Os secadores devem ser dotados de sensor para monitoramento da temperatura, devendo ser previstoforma de controle que permita manter a massa de grãos a uma temperatura segura, prevenindo incêndios. Talsistema de controle deve ser caracterizado por alarmes sonoros, que demandem a atenção do operador pararealização de procedimentos operacionais preventivos, ou acionamento de dispositivos que controlemautomaticamente a temperatura, ou a soma de ambos.

6.5 Extintores

6.5.1 Os espaços confinados com possíveis acumulações de poeiras não devem possuir extintores portáteis ouequipamentos pressurizados, uma vez que a movimentação do ar nestes locais com concentração de pó podeincorrer em explosão.

6.5.2 Isenta-se a distribuição de extintores ao longo das baterias de silos verticais e armazéns graneleiros.

6.5.3 Deverá ser previsto uma unidade extintora do tipo 20 B:C próximo aos motores elétricos externos dasedificações mencionadas no item 6.5.2.

6.5.4 As demais áreas deverão ter extintores de acordo com NPT 021 – Sistema de proteção por extintores deincêndio.

6.6 Sistema de Hidrantes e Reservatório

6.6.1 Conforme enquadradas na tabela 6 do CSCIP, as áreas de apoio deverão possuir proteção por sistemafixo de acordo com a sua ocupação e carga de incêndio.

6.6.2 Será dispensada a execução de sistema de proteção por hidrantes nas edificações destinadas aorecebimento, movimentação, secagem e depósito de sementes a granel, grãos e assemelhados.

6.6.3 Todas as unidades deverão possuir Reserva Técnica de Incêndio dimensionada em função da área doprojeto apresentado e de acordo com a NPT 022 – Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate aincêndios, independente da exigência de sistema fixo. O reservatório deverá possuir altura manométricamínima de 3 mca (três metros de coluna de água) e expedição de 0,063 m (sessenta e três milímetros) para oabastecimento dos caminhões tanques do Corpo de Bombeiros. Na definição do volume da reserva técnica,poderá ser desconsiderada as áreas dos silos e armazéns graneleiros (exceto para depósitos de açúcar).

6.6.3.1 Será dispensada a execução de Reserva técnica de incêndio para as unidades de transbordo.

6.6.4 Para as unidades de armazenamento e beneficiamento de açúcar deverá ser instalado ao menos duaslinhas de canhões monitores, em lados opostos, em hidrantes externos para a proteção de silos horizontais edepósitos com açúcar empacotado “in bags” para a Divisão J-4, tabela 6J.2.

6.7 Proteção contra descargas atmosféricas e energia estática gerada

6.7.1 Deverá ser previsto sistema de proteção contra descargas atmosféricas – SPDA para todas asedificações e estruturas metálicas de manuseio e armazenagem dos produtos agrícolas.

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6.7.2 A eletricidade estática deve ser removida dos silos, das máquinas e equipamentos que acumulam cargaelétrica, por meio de aterramento instalado de acordo com as normas técnicas.

6.7.3 Preferencialmente as correias de transporte dos grãos devem ser do tipo antiestática.

6.7.4 Para atendimento do item 6.7.2, deve ser prevista simbologia de aterramento em planta nos locaisexigidos, para conferência do vistoriador.

6.8 Prevenção contra explosão em locais confinados

6.8.1 A poeira gerada deve ser constantemente retirada de todos os pontos de produção de pó dentro daunidade armazenadora e instalações de movimentação como, por exemplo: poço e túnel da moega, poço doelevador, registro dos silos, túneis de transporte e de manutenção.

6.8.2 Todos os locais confinados devem ser providos de exaustores ou ventiladores, em conformidade com aABNT - NBR IEC 60079-14:2016, com acionamento manual ou automático, devidamente dimensionados paracontribuir na retirada de poeira e gases e garantir a renovação do ar.

6.8.3 Quando o despoeiramento ao longo dos túneis for feito através de filtros de manga, suas coifas de coletade poeira devem ser dispostas próximo ao registro de descarga do silo (local de maior produção de pó).

6.8.3.1 Os dutos coletores de pó do sistema de filtro de manga dispostos ao longo dos túneis deverão serprovidos de sistema de detecção e extinção de faísca (supressão de explosões) para minimizar o risco de umincêndio ou ignição de uma explosão devido a faíscas e partículas quentes que são transportadas através dosdutos.

6.8.4 A poeira coletada deve ser armazenada fora do local de risco. Também serão aceitos filtros pontuais, quedispensam tubulações para transporte do fluido captado.

6.8.5 O sistema de exaustão para controle de poeira deverá garantir circulação de ar suficiente para que nãohaja concentração de poeira maior que 20 g/m³ (vinte gramas por metro cúbico) de ar. O sistema deverá prover,no mínimo, a taxa de 30 (trinta) renovações do ar por hora.

6.8.6 Os equipamentos destinados à exaustão dos ambientes devem ser submetidos a manutenção constante.A ligação dos equipamentos de transporte e dos exaustores devem ser dependentes entre si, de tal forma quenão seja possível a movimentação dos produtos sem o acionamento dos exaustores.

6.8.7 A adoção de transportadores vedados (“enclausurados”), tais como o Transportador horizontal de corrente(Redler), faz com que as poeiras permaneçam em seu interior, podendo ser alternativa para as unidadesarmazenadoras no controle da poeira do ambiente ao facilitar a ventilação e diluição de atmosfera explosiva.

(Figura 6 – coifa instalada junto ao registro)

6.9 Sistemas de alívio de explosão

6.9.1 Todos os equipamentos, enclausurados de processo (filtros de manga, elevadores e esteiras de grãos e

dutos) e outras instalações onde a poeira fica confinada devem ser dotados de alívio explosão (sejam eles

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LIGAR NO FILTRO DE MANGA

COIFA DE CAPTAÇÃO DE PÓ

LIGAR NO FILTRO DE MANGA

REGISTRO DO SILO

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NPT 027 – UNIDADES DE ARMAZENAMENTO E BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS E INSUMOS

painéis, membranas, abafadores ou portas basculantes) devidamente dimensionados, de acordo com as

normas técnicas referenciadas. Esses dispositivos devem ser indicados em planta e devidamente destacados

nos locais de instalação com a cor distinta da estrutura para conferência do vistoriador.

6.9.1.1 No caso dos silos de grãos, observar o item 5.1.1.5.

6.9.1.2 Para os transportadores de corrente a porta basculante será considerada como alívio de explosão,desde que atenda o dimensionamento previsto de acordo com normas técnicas referenciadas.

6.9.2 Os alívios de explosão devem ser do tipo não fragmentável e direcionar os produtos resultantes daexplosão para uma área segura ou utilizar um defletor metálico ou de concreto armado, resistente à explosão.

(Figura 7 – dispositivos de alívio de explosão)

6.10 Sistema de abafamento para controle de incêndio nos secadores

6.10.1 Os secadores devem ser dotados de dispositivos para fechamento total e efetivo das entradas de ar, deforma que possibilitem a extinção de chamas nos produtos agrícolas presentes em seu interior através doabafamento. Esses dispositivos devem fazer cessar as fontes de ar que adentram o equipamento até que sejafeita a retirada do material (em brasa) e devem ser posicionados do lado de fora dos secadores paraconferência visual de sua funcionalidade.

6.10.2 Em caso de incêndio nos secadores, a utilização de água para o controle das chamas deve ser o últimomeio a ser empregado, a fim de evitar danos na estrutura da torre e liberação de gases aquecidos.

6.10.3 Para o controle do incêndio, deve-se seguir os seguintes passos:

I. O operador deve fechar todas as entradas de ar do secador, pois sem oxigênio não hácombustão. Para isto, desligar imediatamente os ventiladores, parar de alimentar o forno comlenha, fechar todos os registros de ar do secador e do forno, desligar equipamentos. Desligarimediatamente todos os exaustores e elevadores de alimentação.

II. Ao parar o fogo, descarregar o produto e limpar rigorosamente o secador.

III. Caso o foco tenha atingido proporções maiores, abafar o secador conforme indicadoanteriormente, porém fazendo simultaneamente a descarga do produto.

6.11 Sistema de chuveiros automáticos para unidades de armazenamento de açúcar

6.11.1 Para as unidades de armazenamento e beneficiamento de açúcar, com exceção aos silos horizontaisque usam sistema de transporte de açúcar seco a granel utilizando ar comprimido, deve ser previsto sistema dechuveiros automáticos tipo dilúvio nas correias transportadoras e nos elevadores de caneca nos parâmetros daNPT-23.

6.11.2 O acionamento do sistema referenciado no item anterior poderá ser automático por meio do sistema dedetecção de incêndio ou manual.

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ALÍVIO DE EXPLOSÃO

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NPT 027 – UNIDADES DE ARMAZENAMENTO E/ BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS E INSUMOS

6.11.3 O sistema de chuveiros automáticos pode ser conjugado ao sistema de hidrantes, desde que ambos ossistemas sejam dimensionados para atuar simultaneamente.

6.11.4 Fica dispensado a instalação do sistema referenciado no ítem 6.11.1 nas correias transportadoras noscasos em que houver sistema de umedecimento do açúcar.

7 DAS EDIFICAÇÕES ANTIGAS E EXISTENTES

7.1 Classificação e comprovação

7.1.1 A comprovação dar-se-á conforme NPT 001 – Procedimentos administrativos – Parte 02 – Plano desegurança contra incêndio e pânico - PSCIP.

7.2 Estrutura, saídas e acessos

7.2.1 Os silos deverão atender ao item 5.1.1.4 desta NPT.

7.2.2 Os silos construídos anteriormente ao ano de 2015 são isentos do item 5.2.1.1, devendo prever acessoconforme item 5.2.1.6.

7.2.3 Nas escadas externas que estiverem fixadas junto à parede do silo das unidades existentes que possuamespaçamento maior que 0,15 m (quinze centímetros), conforme especificado no item 5.2.1.4, poderá seradaptado elemento de proteção ou anteparo, em chapa metálica, para reduzir o vão, adequando-o à medidareferenciada.

7.2.4 As unidades existentes deverão atender ao item 5.2.2 (guarda-corpos) desta NPT.

7.2.5 Os acessos deverão atender aos itens 5.2.3.2 e 5.2.3.7 desta NPT.

7.2.5.1 Em caso de inviabilidade técnica deverá ser prevista outra solução que viabilize o atendimento do item5.2.3.2.

7.2.5.2 Os acessos referenciados nos itens 5.2.4.2 e 5.2.4.4 desta NPT poderão possuir largura mínima livre

de 0,60 m (sessenta centímetros) para escadas “L” ou “U”, ou poderão, em sua totalidade, ser feitos por

escadas do tipo marinheiro de acordo com o item 5.2.1.6, alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, além da instalação de

cabo-guia para o uso do travaquedas.

7.3 Procedimentos para as medidas de segurança

7.3.1 As edificações existentes deverão atender os itens 6.1 ao item 6.10 desta NPT.

7.3.1.1 Caso haja a impossibilidade técnica devidamente comprovada de se atender o item 6.10 (Sistema deabafamento para controle de incêndio nos secadores) deverá ser previsto nos secadores sistema deresfriamento por aspersores de água com rede seca, conforme itens 7.3.1.2 a 7.3.1.5.

7.3.1.2 Quando exigido, o sistema de resfriamento por aspersores de água com rede seca e acionamentomanual, deverá ser instalado conforme ABNT NBR 10897/2014.

7.3.1.3 Os aspersores de água serão fixados preferencialmente na extremidade superior interna dossecadores.

11

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(Figura 8 – Fechamento total dos secadores e rede de aspersores em coluna seca)

7.3.1.4 Na tubulação instalada na parte externa do secador deverá ser prevista uma válvula de gaveta e umajunta de união do tipo storz de 0,063 m (sessenta e três milímetros) compatível com as mangueiras usadas peloCorpo de Bombeiros, localizada a uma altura máxima de 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros), em umaárea segura para uso em caso de necessidade extrema de aplicação de água.

7.3.1.5 Por questões de segurança, o responsável técnico pela construção poderá optar pelo posicionamentoda rede conforme aplicabilidade em cada equipamento.

7.3.1.6 Ficam dispensados os itens 6.8.3 e 6.8.3.1 para edificações existentes.

7.3.1.7 O item 6.4.5 não será exigido para edificações classificadas como antigas e existentes “tipo I”.

8 DISPOSIÇÕES GERAIS

8.1 O combustível (líquido ou gasoso) utilizado pelo secador de produtos agrícolas e fornos industriais devematender às normas de segurança exigidas nas NPT's respectivas.

8.2 Na vistoria será exigido ART do aterramento elétrico dos componentes eletromecânicos e pontos geradoresde cargas eletrostáticas.

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CARGA

EXAUSTOR

FORNALHA

CAMERA DE

RESFRIAMENTO

CAMERA DE

SECAGEM

ENTRADADE AR

ARQUENTE

FECHAMENTO TOTAL DAS

ENTRADAS DE AR

LINHA DE ASPERSORES

TUBULAÇÃO – F.G.

Ø63mm mínimo

REGISTRO DE GAVETA

CONEXÃO STORZ Ø63mm

DESCARGA

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ANEXO A

PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA

A.1 Frequência de limpeza

A.1.1 A frequência de limpeza deve ser estabelecida para garantir que os níveis de pó acumulados emparedes, pisos e superfícies horizontais, como equipamentos, dutos, tubulações, exaustores, lajes, vigas etetos falsos e outras superfícies, (como o interior de compartimentos elétricos fechados), não excedam o limitede 0,8mm de espessura.

A.2 Métodos de limpeza

A.2.1 As superfícies devem ser limpas de forma que seja minimizado o risco de gerar um incêndio e/ouexplosão.

A.2.2 Aspiração (vácuo) deve ser o método prioritário de limpeza.

A.2.3 Onde a aspiração for impraticável, os métodos de limpeza permitidos devem incluir varrição com águaborrifada.

A.2.4 Não pode ser utilizado sistema de ar comprimido para limpeza dessas áreas, pois podem gerar nuvensde pó (poeiras), resultando em potencial atmosfera de explosão no local.

A.3 Procedimentos de limpeza

A.3.1 Os procedimentos de limpeza devem ser documentados.

A.3.2 Convém que o procedimento de limpeza contenha no mínimo os seguintes tópicos:

a) procedimentos de segurança pessoal (por exemplo, trabalho em altura, trabalho em espaçoconfinado, etc.);

b) relação dos equipamentos de proteção individual (EPI);

c) frequência e sequência de limpeza;

d) descrição dos métodos de limpeza;

e) tipos de equipamentos utilizados na limpeza, como: plataformas elevatórias, sistemas de vácuo,nebulizadores, etc.

13

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ANEXO B

PLANO DE LIMPEZA

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ANEXO C

TREINAMENTO DE PESSOAL

C.1 Treinamento de pessoal

C.1.1 Deve ser realizado com todos os funcionários envolvidos nos processos de operação, manutenção,supervisão e segurança de instalações de unidades de armazenamento e/ou beneficiamento de produtosagrícolas.

C.1.2 O treinamento deve assegurar que todos os funcionários tenham conhecimento dos seguintes assuntos:

a) perigos em local de trabalho;

b) orientação geral, inclusive regulamentos de segurança de processo e de trabalho;

c) descrição do processo;

d) operação de equipamentos, partida e parada de modos seguros e ações de resposta em casosde operações anormais e/ou flutuações no processo de operação da planta;

e) a necessidade de operação apropriada dos sistemas de proteção e combate a incêndio e deproteção contra explosão;

f) requisitos e práticas de manutenção em equipamentos, inclusive espaços confinados;

g) requisitos de limpeza;

h) planos de ação de emergência;

i) utilização adequada de EPI;

j) combate a incêndios em secadores.

C.1.3 O treinamento poderá ser aplicado por profissional habilitado da área de segurança, integrante do quadrode funcionários da própria unidade.

C.1.4 Os treinamentos devem ser documentados.

C.1.5 O retreinamento deve ser realizado anualmente ou quando houver mudança no processo e/ounecessidade de atualização do plano de ação e/ou procedimento.

C.1.6 A organização deve assegurar anualmente aos funcionários que os procedimentos de treinamento e deretreinamento sejam aplicados de acordo com este ANEXO.

C.1.7 Os funcionários terceirizados deverão ser qualificados e habilitados conforme este ANEXO para poderemdesenvolver atividades no processo, reparos e/ou modificações em edificações (interna e externa) e emequipamentos.

1576124/2020

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CORPO DE BOMBEIROSBM/7

Agosto 2020 Vigência: 6 meses a contar da publicaçãoem DOE NPT 027

Unidades de armazenamento e/oubeneficiamento de produtos agrícolas e

insumosParte 03 – Insumos agrícolas

Versão: 05 Norma de Procedimento Técnico 18 páginas

SUMÁRIO

9 Classificação de insumos agrícolas10 Dos riscos envolvendo insumos agrícolas11 Dos tipos de produção, movimentação, mistura e armazenagem de insumos agrícolas12 Medidas de segurança contra incêndio e pânico para estocagem13 Da adequação das edificações existentes14 Dos defensivos agrícolas/agrotóxicos

9 CLASSIFICAÇÃO DE INSUMOS AGRÍCOLAS

9.1 Para efeitos desta NPT os insumos agrícolas são classificados conforme a Tabela 01 do Anexo, agrupados por finalidade, composição química e estado físico.

10 DOS RISCOS ENVOLVENDO OS INSUMOS AGRÍCOLAS

10.1 Defensivos agrícolas/agrotóxicos

10.1.1 O armazenamento de defensivos agrícolas/agrotóxicos da classe IA, conforme Classificação da Tabela01 do Anexo, por serem líquidos combustíveis ou inflamáveis, deverão atender aos requisitos da NPT 025 –Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e inflamáveis.

10.1.2 As edificações e áreas de risco destinadas a armazenagem ou manipulação dos defensivosagrícolas/agrotóxicos das classes IA e IB, conforme classificação da Tabela 01 do Anexo, serão enquadradosna ocupação “J” da Tabela 1 do CSCIP, conforme a carga de incêndio dos arranjos físicos de armazenamentodefinidos na NPT 014. Além disso, por serem produtos perigosos, deverão atender aos requisitos da NPT 032 –Produtos perigosos em edificações ou áreas de risco

10.2 Adubos ou fertilizantes

10.2.1 Os Adubos/Fertilizantes orgânicos e organominerais possuem características combustíveis comuns, suacarga de incêndio deve ser dimensionada conforme os critérios estabelecidos na NPT 014 – Carga de incêndionas edificações e áreas de risco.

10.2.2 Os fertilizantes minerais possuem características não combustíveis. O dimensionamento dos riscosdesvincula-se, portanto, da carga de incêndio quando se trata exclusivamente de massas de fertilizantesminerais (Classe IIC). Os riscos que devem ser considerados como mais significativos, quando se trata defertilizantes minerais, do ponto de vista de sua composição química e da prevenção contra incêndio e pânico,são:

1

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a) Possibilidade de emissão de gases nocivos (tóxicos, corrosivos e/ou irritantes), quando foremsubmetidos a processo de queima, por exemplo, quando envolvidos em incêndio da edificação que oarmazena;

b) Possibilidade de que sua decomposição por queima resulte em reação oxidante, o que poderápotencializar a queima de outros combustíveis comuns;

c) Possibilidade de propiciar explosões;

d) Possibilidade de, em condições de transferência de energia térmica, se estabelecer processo dedecomposição autossustentada.

10.2.3 Nas edificações ou áreas de risco que contêm fertilizantes combinados com outros materiaiscombustíveis/inflamáveis como pallets, sacos plásticos, big bags, maquinários, entre outros, ou onde háreações químicas presentes (caso das fábricas de fertilizantes), haverá sempre uma carga de incêndioestimada a ser considerada, conforme NPT 014.

10.2.4 Nas edificações ou áreas de risco destinadas a armazenagem ou manipulação de fertilizantes mineraisque contenham estocagem de macronutriente sólido combustível deverão ser previstas medidas de segurançaadequadas à carga de incêndio gerada pelos volumes armazenados ou movimentados de tais materiais,conforme estabelecido na NPT 014 – Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco.

10.2.4.1 O macronutriente enxofre, o qual possui um potencial calorífico específico de 8,4 MJ/Kg (Ref.NPT 014), pode ser apresentado em estado puro ou em pastilhas.

10.2.4.2 Para o armazenamento de enxofre na forma de pastilhas, com concentrações variáveis deenxofre na composição (entre outras, 70% a 90%), deverá ser apresentado laudo técnico com aespecificação do potencial calorífico específico daquele tipo de pastilha, fundamentando, assim, o cálculoda carga de incêndio e o consequente dimensionamento das medidas de segurança.

10.2.4.3 No caso de não apresentação do laudo mencionado em 10.2.4.2, será atribuído à pastilha deenxofre o potencial calorífico específico de 8,4 MJ/Kg definido na NPT 014.

11 DOS TIPOS DE PRODUÇÃO, MOVIMENTAÇÃO, MISTURA E ARMAZENAGEM DE INSUMOSAGRÍCOLAS

11.1 Armazenagem de fertilizantes a granel: (figura 1) tipo de armazenagem onde os produtos são dispostossoltos em baias, células, boxes, caxas ou silos.

11.2 Armazenagem de fertilizantes embalados: (figura 2) tipo de armazenagem onde os produtos sãoacondicionados em recipientes como: sacos plásticos, big bags, tambores, pallets, etc. Neste caso, há que seconsiderar a carga de incêndio relacionada às embalagens e pallets (ver NPT 014).

Figura 1 – armazenagem de fertilizantes a granel

2

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NPT 027 – UNIDADES DE ARMAZENAMENTO E/OU BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS E INSUMOS

Figura 2 – armazenagem de fertilizantes embalados

11.3 Armazenagem e movimentação mista de fertilizantes: é a edificação ou área de risco construída deforma a ocupar os espaços disponíveis para armazenagem de fertilizantes a granel e embalados. Neste caso écomum a presença de estruturas, veículos e pessoas necessários às operações. Não há processos físicos demistura e nem reações químicas intencionalmente provocadas (figura 3).

11.4 Produção e armazenagem de misturas de fertilizantes: Edificação ou área de risco destinada aoprocessamento físico de mistura, tais como a homogeneização mecânica. Os produtos (macronutrientes emicronutrientes) serão misturados para formar produtos previamente estipulados. Não há reações químicasintencionalmente provocadas, mas já há carga de incêndio relacionada a combustíveis comuns como pallets,embalagens, maquinário, etc. (figura 3).

Figura 3 – misturador para fertilizantes

3

80 4ª feira |26/Ago/2020 - Edição nº 10758

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11.5 Fábrica de fertilizantes: planta de processo industrial onde os nutrientes, que irão compor os fertilizantes,são produzidos a partir de reações químicas (figura 4).

Figura 4 – fábrica de fertilizantes

11.6 Silo vertical: estrutura metálica vertical destinada a armazenagem vertical a granel (figura 5).

Figura 5 – silo vertical

4

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11.7 Armazenagem de fertilizantes líquidos em tancagem: área de tanques atmosféricos destinada àarmazenagem de fertilizantes líquidos (figura 6).

Figura 6 – armazenagem de fertilizantes líquidos

11.8 Armazém tipo inflável ou tenda autoportante/lonada: estrutura utilizada para armazenagem a granelde fertilizantes minerais e micronutrientes. A estrutura pode ser do tipo inflável ou tenda autoportante (figuras 7e 8).

11.8.1 É proibido o armazenamento de fertilizantes da Classe IIC, família I, Grupo 1.3 - Nitrogenados NitratosEspeciais – Nitrato de Amônio e/ou Nitrato de Potássio em armazéns infláveis ou tenda autoportante.

11.8.2 É proibida a utilização de armazém inflável ou tenda autoportante para armazenagem de fertilizantesminerais de qualquer classe quando estiverem embalados e/ou em pallets, devido à carga de incêndio dasembalagens e pallets.

Figura 7– armazém inflável

5

82 4ª feira |26/Ago/2020 - Edição nº 10758

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Figura 8 – tenda lonada ou autoportante

12 MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO PARA ESTOCAGEM

12.1 Dimensionamento das medidas de segurança contra incêndio e pânico

12.1.1 O dimensionamento das medidas de segurança contra incêndio e pânico para edificações ou áreas derisco que manipulem ou armazenem fertilizantes ou insumos deve observar o seguinte:

a) o tipo de estrutura a ser utilizada na armazenagem e/ou manipulação dos fertilizantes, conformeitem 11 da presente NPT;

b) a área da edificação ou área de risco e sua capacidade de armazenamento;

c) a classificação do produto a ser armazenado conforme item 9.1 da presente NPT;

d) o armazenamento de enxofre puro e/ou em pastilhas.

12.1.2 Na Planta de Risco do Plano de Segurança Contra Incêndio e Pânico – PSCIP deverá constar asinformações dos produtos a serem armazenados e/ou manipulados na planta, conforme a tabela 2 do anexo.

12.1.3 Tendo-se como base as informações do item 12.1.1, as medidas de segurança contra incêndio e pânicopara as edificações ou áreas de risco serão dimensionadas conforme as tabelas 3A a 3F do Anexo A destaNPT.

13 DA ADEQUAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES EXISTENTES

13.1 As edificações com PSCIP ou PPI aprovado, independentemente do tipo de estrutura e tipos defertilizantes armazenados, com exceção daquelas que armazenam a Classe IIC, Família I, Grupo 1.3 –Nitrogenados Nitratos Especiais – Nitrato de Amônio e /ou Nitrato de Potássio, poderão ser revalidadasnormalmente caso não tenham sofrido alterações como ampliações ou reformas que demandem alteração deprojeto.

6

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13.2 As edificações existentes, que armazenam a Classe IIC, Família I, Grupo 1.3 – Nitrogenados NitratosEspeciais – Nitrato de Amônio e /ou Nitrato de Potássio, deverão adequar-se à presente NPT no prazo de 3(três) anos após notificadas pelo CBM, podendo haver concessão de prazo mediante Termo de Compromissode Ajustamento de Conduta conforme o disposto em normatização.

14 DOS DEFENSIVOS AGRÍCOLAS / AGROTÓXICOS

14.1 Os defensivos agrícolas/agrotóxicos deverão seguir as medidas de segurança previstas na NBR 9843/13:Agrotóxicos e afins – Armazenamento, movimentação e gerenciamento em armazéns, depósitos e laboratórios,ou norma que venha a substituí-la.

14.2 O depósito de defensivos agrícolas/agrotóxicos classificados como líquidos combustíveis ou inflamáveisdeverão adequar-se aos requisitos da NPT 025 – Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis einflamáveis, conforme sua configuração de armazenamento, manipulação ou distribuição.

14.2.1 O depósito de defensivos agrícolas/agrotóxicos classificados como líquidos combustíveis ou inflamáveisdeverá ser compartimentado em relação ao depósito de demais produtos na mesma edificação.

14.2.2 Não serão exigidos os subitens 10.1.1, 14.2 e 14.2.1 quando o armazenamento e/ou a manipulação dedefensivos agrícolas/agrotóxicos da classe IA da Tabela 01 do Anexo ocupar no máximo 10% (dez por cento)da área total da edificação, e não sejam armazenados nem manipulados na edificação mais de mil litros delíquidos combustíveis e/ou inflamáveis incluindo os defensivos agrícolas/agrotóxicos.

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ANEXOS

TABELA 01 – CLASSIFICAÇÃO DOS INSUMOS AGRÍCOLAS

CLASSE DESCRIÇÃO RISCOS

CLASSE IA Defensivos agrícolas/agrotóxicos combustíveis e/ou InflamáveisIncêndio.Explosão.

CLASSE IB Defensivos agrícolas/agrotóxicos não combustíveis

Incombustível.Quando envolvidos em processo de queima podem gerar gases tóxicos, corrosivose/ou irritantes.

CLASSE IIA Fertilizantes orgânicosIncêndio.Podem gerar gases inflamáveis e explosão.

CLASSE IIB Fertilizantes organominerais

Incêndio.Quando envolvidos em processo de queima podem gerar gases tóxicos, corrosivose/ou irritantes e explosão.

CLASSE IIC

Fertilizantes Minerais (NPK) e nutrientes

Família 1Nitrogenadossólidos

Grupo 1.1 Comuns Incombustível. Quando envolvidos em processo de queima podem gerar gases tóxicos, corrosivos e/ou irritantes.

Grupo 1.2 Nitratos comuns

Grupo 1.3 Nitratos especiais

Incombustível. Oxidante, potencializa a queima de combustíveis comuns.Decomposição autossustentada.Explosão.Quando envolvidos em processo de queima podem gerar gases tóxicos, corrosivose/ou irritantes.

Família 2 Fosfatados sólidos Incombustível. Quando envolvidos em processo de queima podem gerar gases tóxicos, corrosivos e/ou irritantes.

Família 3 Potássicos sólidos

Família 4 Micronutrientes sólidos

Família 5 Líquidos

Incombustível. Quando envolvidos em processo de queima podem gerar gases tóxicos, corrosivos e/ou irritantes.Risco de contaminação do solo e corpos hídricos em casode vazamento.

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TABELA 2 – MODELO DE TABELA DE INFORMAÇÕES BÁSICAS DE PRODUTOS QUÍMICOS

Nome do fertilizante /micronutriente

classificação conformeNPT 027

(Classe – Família - Grupo)

Nº ONU(se houver)

Forma dearmazenagem ou

manuseio¹

Quantidade doProduto²

Notas Gerais:

1 – A forma de armazenagem ou manuseio é definida como:

a) armazenagem: a granel solto, a granel em silo vertical, embalado ou em tanque;

b) manuseio: unidade destinada a mistura e expedição.

2 – A quantidade do produto deverá ser expressa nas seguintes unidades de medida:

a) quando se tratar de fertilizantes sólidos a granel: em unidade de massa (Kg ou Ton.) quandoarmazenado solto em baias e em volume quando armazenado em silo vertical;

b) quando se tratar de fertilizantes sólidos embalados: em altura de armazenagem;

c) quando se tratar de fertilizantes líquidos: em volume.

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TABELA 3A – MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

I. Edificações ou áreas de risco destinadas a armazenagem e/ou movimentação de fertilizantesminerais sólidos com área até 1.500 m²

II. Silo vertical com armazenagem maior que 50 m³ até 5.000 m³III. Edificação ou área de risco destinada exclusivamente a armazenagem de fertilizantes minerais

sólidos a granel com área superior a 1.500 m²

Aplicação

– Família I: Grupos 1.1 e 1.2

– Família 2

– Família 3

– Família 4

Medidas de Segurança Obrigatórias

Acesso de viaturas NPT 006 Atender integralmente

Segurança Estrutural NPT 008Estrutura de paredes e cobertura – TRRF mínimo de 120 min.Abrigo das correias transportadoras – TRRF mínimo de 120 min.

Controle de material de acabamentoe revestimento

NPT 010Parede – Classe I ou II-ACobertura e piso – Classe I ou II-ACorreias transportadoras – Classe II, II, IV ou V da tabela A.2

Saídas de emergência NPT 011Atender integralmente, utilizando-se os parâmetros definidos para ocupaçãoda divisão J1

Brigada de Incêndio NPT 017Atender integralmente, utilizando-se os parâmetros definidos para ocupaçãoda divisão J1

Iluminação de emergência NPT 018 Prever apenas nas saídas

Sinalização de emergência NPT 020 Prever apenas nas saídas

Extintores NPT 021Atender integralmente, sendo permitido o agrupamento de extintores embaterias

Hidrantes NPT 022 Isento

FISPQTodas as Fichas de Informação de Segurança de Produto Químico (FISPQs)armazenados ou manipulados na edificação ou área de risco devem estardisponíveis, em português, em local de fácil acesso.

EPI

Máscara facial com filtro: cada Brigadista, em plantão, deverá contar comum respirador tipo purificador de ar, não motorizado, com vedação facial dotipo peça inteira (máscara facial inteira) dotado de filtros que garantamproteção contra partículas e gases eventualmente gerados durante processosde queima envolvendo os fertilizantes armazenados/movimentados no local.

SPDA e instalações elétricas

As instalações elétricas das edificações ou áreas de risco, bem como o SPDAdeverão atender às recomendações das Normas Técnicas Brasileirasespecíficas. Será exigida a apresentação de ART acompanhada de laudotécnico com validade anual por ocasião da vistoria.

Medidas de Segurança Recomendadas

Ventilação NPT 015Natural ou forçada, para permitir a saída dos gases gerados em eventuaisincêndios ou processos de decomposição, respeitando-se a preservação dosfertilizantes devido ao caráter higroscópico.

Iluminação - Natural ou artificial para segurança das operações diárias.

NOTAS GERAIS

a) Não são contempladas nestas exigências as estruturas do tipo inflável ou tenda autoportante lonada, asquais terão tratamento específico na Tabela 3F.

10

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b) Deverá constar em nota no PSCIP e em memorial que os produtos a serem armazenados e/oumovimentados na edificação ou área de risco serão apenas os constantes na “aplicação” desta tabela.

c) Neste tipo de edificação ou área de risco não é permitido, em hipótese alguma, a armazenagem e/oumovimentação de fertilizantes da Família 1 – Grupo 1.3.

d) Neste tipo de edificação ou área de risco é proibida a armazenagem e/ou movimentação de produtoscombustíveis ou inflamáveis, bem como, classificados como produtos perigosos, principalmente enxofrepuro ou em pastilha.

e) A coletânea de Fichas de Informação de Segurança de Produto Químico (FISPQs), em formato físico,identificadas e assinadas por responsável técnico, comprovando-se que todos os produtos compossibilidades de armazenagem e ou movimentação na edificação ou área de risco são incombustíveisdeve ficar na guarita, de fácil acesso em caso de fiscalização ou operação pelo Corpo de BombeirosMilitar.

f) As edificações ou áreas de risco destinadas a armazenagem e/ou movimentação de fertilizantes a granel,com área superior a 1.500 m², que não atende a qualquer dos itens anteriores serão enquadrados nasexigências da Tabela 3B.

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88 4ª feira |26/Ago/2020 - Edição nº 10758

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TABELA 3B – MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

I. Edificações ou áreas de risco destinadas a armazenagem e/ou movimentação de fertilizantesminerais sólidos a granel com área superior a 1.500 m², que não se enquadram em qualquer dasnotas gerais da tabela 3A.

II. Edificações ou áreas de risco destinadas a armazenagem e/ou movimentação de fertilizantesminerais sólidos embalados, com área superior a 1.500 m².

III. Edificações ou áreas de risco destinadas a armazenagem e/ou movimentação mista de fertilizantes,com área superior a 1.500 m²

IV. Edificações ou áreas de risco destinadas a produção de misturas (expedição) de fertilizantes comárea superior a 1.500 m².

V. Silo vertical com armazenagem maior que 5.000 m³

Aplicação

– Família I: Grupos 1.1 e 1.2– Família 2– Família 3– Família 4

Medidas de Segurança Obrigatórias

Acesso de viaturas NPT 006 Atender integralmente

Segurança Estrutural NPT 008Estrutura de paredes e cobertura – TRRF mínimo de 120 min.Abrigo das correias transportadoras – TRRF mínimo de 120 min.

Controle de material de acabamentoe revestimento

NPT 010Parede – Classe I ou II-ACobertura e piso – Classe I ou II-ACorreias transportadoras – Classe II, III, IV ou V da tabela A2

Saídas de emergência NPT 011Atender integralmente, utilizando-se os parâmetros definidos para ocupaçãoda divisão J1

Brigada de Incêndio NPT 017Atender integralmente, utilizando-se os parâmetros definidos para ocupaçãoda divisão J1

Iluminação de emergência NPT 018 Prever apenas nas saídas

Sinalização de emergência NPT 020 Prever apenas nas saídas

Extintores NPT 021Atender integralmente, sendo permitido o agrupamento de extintores embaterias

Hidrantes NPT 022 Toda a área de risco incorporado deverá ser coberta por rede de hidrantes.

FISPQ -Todas as Fichas de Informação de Segurança de Produto Químico (FISPQs)armazenados ou manipulados na edificação ou área de risco devem estardisponíveis, em português, em local de fácil acesso.

EPI -

Máscara facial com filtro: cada Brigadista, em plantão, deverá contar comum respirador tipo purificador de ar, não motorizado, com vedação facial dotipo peça inteira (máscara facial inteira) dotado de filtros que garantamproteção contra partículas e gases eventualmente gerados durante processosde queima envolvendo os fertilizantes armazenados/movimentados no local.

SPDA e instalações elétricas

NormasTécnicas

Brasileiras emvigor

As instalações elétricas das edificações ou áreas de risco, bem como o SPDAdeverão atender às recomendações das Normas Técnicas Brasileirasespecíficas. Será exigida a apresentação de ART acompanhada de laudotécnico com validade anual por ocasião da vistoria.

Medidas de Segurança Recomendadas

Ventilação NPT 015Natural ou forçada, para permitir a saída dos gases gerados em eventuaisincêndios ou processos de decomposição, respeitando-se a preservação dosfertilizantes devido ao caráter higroscópico.

Iluminação - Natural ou artificial para segurança das operações diárias.

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894ª feira |26/Ago/2020 - Edição nº 10758

NPT 027 – UNIDADES DE ARMAZENAMENTO E/OU BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS E INSUMOS

TABELA 3C – MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

I. Edificações ou áreas de risco destinadas a armazenagem e/ou movimentação de fertilizantesminerais sólidos a granel com qualquer área.

II. Edificações ou áreas de risco destinadas a armazenagem e/ou movimentação de fertilizantesminerais sólidos embalados, com qualquer área.

III. Edificações ou áreas de risco destinadas a armazenagem e/ou movimentação mista de fertilizantes,com qualquer área.

IV. Edificações ou áreas de risco destinadas a produção de misturas (expedição) de fertilizantes comqualquer área.

Aplicação– Família 1: grupo 1.3 em qualquer quantidade

– Família 1: grupo 1.3 armazenado juntamente comqualquer outro tipo de fertilizante ou nutriente

Medidas de Segurança Obrigatórias

Acesso de viaturas NPT 006 Atender integralmente

Segurança Estrutural NPT 008Estrutura de paredes e cobertura – TRRF mínimo de 120 min.Abrigo das correias transportadoras – TRRF mínimo de 120 min.

Controle de material de acabamentoe revestimento

NPT 010Parede – Classe I ou II-ACobertura e piso – Classe I ou II-ACorreias transportadoras – Classe II, III, IV ou V da tabela A2

Saídas de emergência NPT 011Atender integralmente, utilizando-se os parâmetros definidos para ocupaçãoda divisão J1

Brigada de Incêndio NPT 017Atender integralmente, utilizando-se os parâmetros definidos para ocupaçãoda divisão J1

Iluminação de emergência NPT 018 Prever apenas nas saídas

Sinalização de emergência NPT 020 Prever apenas nas saídas

Extintores NPT 021Atender integralmente, sendo permitido o agrupamento de extintores embaterias

Hidrantes NPT 022 Toda a área de risco incorporado deverá ser coberta por rede de hidrantes.

Acesso de emergência ao armazém -

No dimensionamento das saídas de emergência, uma delas, de preferênciaem posição central, deverá servir como ampla via de acesso ao próprioarmazém, possibilitando a entrada, se necessário, de maquinário pesado pararetirada emergencial de material. Medidas mínimas do acesso: 4.5m de alturae 4,0m de largura.

FISPQTodas as Fichas de Informação de Segurança de Produto Químico (FISPQs)armazenados ou manipulados na edificação ou área de risco devem estardisponíveis, em português, em local de fácil acesso.

EPI

NormasTécnicas

Brasileiras emvigor

1) Máscara facial com filtro: cada Brigadista, em plantão, deverá contar comum respirador tipo purificador de ar, não motorizado, com vedação facial dotipo peça inteira (máscara facial inteira) dotado de filtros que garantamproteção contra partículas e gases eventualmente gerados durante processosde queima envolvendo os fertilizantes armazenados/movimentados no local.2) Respiradores de adução de ar tipo máscara autônoma de circuitoaberto de demanda com pressão positiva: EPRs autônomos destinados aosuporte nas operações de avaliação interna de armazéns e eventual combate,seguirão as seguintes demandas de necessidades:- até 10 brigadistas em plantão: mínimo 50% de EPRs;- acima de 10 brigadistas: acrescentar 1 EPR para cada grupo de 5brigadistas.3) Roupas de proteção para incêndio estrutural: deverão estar disponíveisna mesma condição dos EPRs.

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90 4ª feira |26/Ago/2020 - Edição nº 10758

NPT 027 – UNIDADES DE ARMAZENAMENTO E BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS E INSUMOS

SPDA e Instalações elétrica

NormasTécnicas

brasileiras emvigor

As instalações elétricas das edificações ou áreas de risco, bem como o SPDAdeverão atender às recomendações das Normas Técnicas Brasileirasespecíficas. Será exigida a apresentação de ART acompanhada de laudotécnico com validade anual por ocasião da vistoria.

Certificado de RegistroNormas do

ExércitoBrasileiro

Cópia do certificado de registro, ou documento oficial, emitido pelo ExércitoBrasileiro.

Medidas de Segurança Recomendadas

Ventilação NPT 015Natural ou forçada, para permitir a saída dos gases gerados em eventuaisincêndios ou processos de decomposição, respeitando-se a preservação dosfertilizantes devido ao caráter higroscópico.

Iluminação -

Natural ou artificial para segurança das operações diárias.Os sistemas de circuitos elétricos devem estar protegidos e suficientementeafastados, no mínimo 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros), dosestoques de fertilizantes. Qualquer ponto com potencial de gerar e transferircalor aos fertilizantes, ou qualquer outro material deve ser proibido. Exemplo:emendas, conexões, lâmpadas incandescentes, etc.

Correias transportadoras -Recomenda-se que sejam dotadas de sensores de desalinhamento edispositivo de monitoramento de temperatura.

Câmera Térmica - Recomenda-se a previsão de uma câmera térmica móvel.

Esguicho tipo “Victor Lance” -Recomenda-se, pelo menos um equipamento para armazéns que estacamfertilizantes com potencial para decomposição autossustentada.

Posicionamento das baias dearmazenagem de produtos do

grupo 1.3-

Recomenda-se que as baias de armazenagem de produtos do grupo 1.3estejam localizadas, preferencialmente, nas extremidades dos armazéns, auma distância máxima de 30 m (trinta metros) de uma das saídas deemergência.

NOTAS GERAIS:

a) No PSCIP deverá constar indicação dos locais destinados ao armazenamento de fertilizantes à base deNitrato de Amônio ou Nitrato de Potássio, ou Nitrato de Amônio ou Nitrato de Potássio puros.

b) Indicar, por meio de nota no PSCIP, que é proibida a manipulação ou armazenamento em qualquerquantidade de material combustível ou inflamável a uma distância inferior a 30,00 m (trinta metros). Seráadmitida distância menor, desde que o local a ser depositado o material combustível ou inflamável sejadevidamente compartimento em relação ao depósito de fertilizantes.

c) Indicar, por meio de nota no PSCIP, a previsão de no mínimo um sistema, protocolo ou rotina com objetivode detectar, antecipadamente, qualquer anormalidade relacionada ao armazenamento que possa resultarem incidentes envolvendo queima ou decomposição dos fertilizantes. São permitidos os seguintessistemas, protocolos ou rotinas:

- Monitoramento por câmeras;

- Monitoramento periódico por rondas;

- Utilização de check list de instalações;

- sistema de detecção e alarme;

- outros.

Observação: em qualquer dos sistemas possíveis, deve ser garantido que as massas de fertilizantes estejamem observação ou monitoramento constante ou, no mínimo, a cada 12 horas, incluindo-se sábados, domingose feriados.

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914ª feira |26/Ago/2020 - Edição nº 10758

NPT 027 – UNIDADES DE ARMAZENAMENTO E/OU BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS E INSUMOS

TABELA 3D – MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

Edificações ou áreas de risco destinadas a fabricação de fertilizantes.

3D.1 As edificações ou áreas de risco destinadas a fabricação de fertilizantes minerais sólidos serãoenquadradas no Grupo “I” da Tabela 1 do Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo deBombeiros do Paraná. Além das exigências constantes na Tabela 6 correspondente deverão ser previstas asseguintes medidas de segurança:

Aplicação – Fábricas de fertilizantes de qualquer natureza

Medidas de Segurança Obrigatórias

PSCIP CSCIP Atender integralmente as medidas de segurança referentes a indústria.

FISPQTodas as Fichas de Informação de Segurança de Produto Químico (FISPQs)armazenados ou manipulados na edificação ou área de risco devem estardisponíveis, em português, em local de fácil acesso.

EPI

NormasTécnicas

Brasileiras emvigor

1) Máscara facial com filtro: cada Brigadista, em plantão, deverá contar comum respirador tipo purificador de ar, não motorizado, com vedação facial dotipo peça inteira (máscara facial inteira) dotado de filtros que garantamproteção contra partículas e gases eventualmente gerados durante processosde queima envolvendo os fertilizantes armazenados/movimentados no local.2) Respiradores de adução de ar tipo máscara autônoma de circuitoaberto de demanda com pressão positiva: EPRs autônomos destinados aosuporte nas operações de avaliação interna de armazéns e eventual combate,seguirão as seguintes demandas de necessidades:- até 10 brigadistas em plantão: mínimo 50% de EPRs;- acima de 10 brigadistas: acrescentar 1 EPR para cada grupo de 5brigadistas.3) Roupas de proteção para incêndio estrutural: deverão estar disponíveisna mesma condição dos EPRs.

SPDA e Instalações elétricas

NormasTécnicas

brasileiras emvigor

As instalações elétricas das edificações ou áreas de risco, bem como o SPDAdeverão atender às recomendações das Normas Técnicas Brasileirasespecíficas. Será exigida a apresentação de ART acompanhada de laudotécnico com validade anual por ocasião da vistoria.

Certificado de RegistroNormas do

ExércitoBrasileiro

Cópia do certificado de registro, ou documento oficial, emitido pelo ExércitoBrasileiro.

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92 4ª feira |26/Ago/2020 - Edição nº 10758

NPT 027 – UNIDADES DE ARMAZENAMENTO E BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS E INSUMOS

TABELA 3E – MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

Edificações ou áreas de risco destinadas a armazenagem e/ou movimentação de fertilizantes mineraislíquidos.

3E.1 As edificações ou áreas de risco destinadas a manipulação, armazenagem e/ou distribuição defertilizantes minerais líquidos serão enquadradas no Grupo “I”, ou Grupo “J” da Tabela 1 do Código deSegurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros do Paraná. Além das exigências constantes naTabela 6 correspondente deverão ser previstas as seguintes medidas de segurança:

Aplicação – Família 5

Medidas de Segurança Obrigatórias

PSCIP CSCIP

Armazenagem com volume de 1.000 a 20.000 litrosMedidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico: seguirão o previsto paraa edificação ou área de risco principal.

Armazenagem com volume acima de 20.000 litrosProteção por extintores: deve haver proteção por extintores para prevenirriscos próximo aos tanques, atendendo aos critérios de dimensionamentosestabelecidos na NPT 021 – Sistema de proteção por extintores de incêndio.

FISPQTodas as Fichas de Informação de Segurança de Produto Químico (FISPQs)armazenados ou manipulados na edificação ou área de risco devem estardisponíveis, em português, em local de fácil acesso.

EPI

NormasTécnicas

Brasileiras emvigor

Máscara facial com filtro: cada Brigadista, em plantão, deverá contar comum respirador tipo purificador de ar, não motorizado, com vedação facial dotipo peça inteira (máscara facial inteira) dotado de filtros que garantamproteção contra partículas e gases eventualmente gerados durante processosde queima envolvendo os fertilizantes armazenados/movimentados no local.

SPDA e Instalações elétricas

NormasTécnicas

brasileiras emvigor

As instalações elétricas das edificações ou áreas de risco, bem como o SPDAdeverão atender às recomendações das Normas Técnicas Brasileirasespecíficas. Será exigida a apresentação de ART acompanhada de laudotécnico com validade anual por ocasião da vistoria.

Certificado de RegistroNormas do

ExércitoBrasileiro

Cópia do certificado de registro, ou documento oficial, emitido pelo ExércitoBrasileiro.

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934ª feira |26/Ago/2020 - Edição nº 10758

NPT 027 – UNIDADES DE ARMAZENAMENTO E/OU BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS E INSUMOS

TABELA 3F – MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

Armazéns infláveis e/ou tendas lonadas autoportantes destinadas a armazenagem e/ou movimentaçãode fertilizantes minerais sólidos a granel com área superior a 200 m².

Aplicação

– Família 1: grupos 1.1 e 1.2

– Família 2

– Família 3

– Família 4

Medidas de Segurança Obrigatórias

Acesso de viaturas NPT 006 Atender integralmente

Segurança Estrutural NPT 008Estrutura autoportante – TRRF mínimo de 60 min.Obrigatória a apresentação de ART de montagem da estrutura inflável ouautoportante

Controle de material de acabamentoe revestimento

NPT 010 Lonas de cobertura e fechamento lateral– Classe II

Saídas de emergência NPT 011

Atender integralmente, utilizando-se os parâmetros definidos para ocupaçãoda divisão J1TEMPO DE ABANDONO: deverá ser apresentado laudo atestando que, emhavendo pane total de energia elétrica e/ou mecânica nos ventiladores, aestrutura inflável em lona permanecerá suficientemente inflada por no mínimo10 (dez) minutos, possibilitando eventual escape de seu interior pela(s)saída(s) de emergência.

Brigada de Incêndio NPT 017Atender integralmente, utilizando-se os parâmetros definidos para ocupaçãoda divisão J1

Iluminação de emergência NPT 018 Prever apenas nas saídas

Sinalização de emergência NPT 020 Prever apenas nas saídas

Extintores NPT 021Atender integralmente, sendo permitido o agrupamento de extintores embaterias localizadas na área externa da estrutura a uma distância máxima de15,00 m (quinze metros) dos acessos.

Hidrantes NPT 022 Isento.

FISPQTodas as Fichas de Informação de Segurança de Produto Químico (FISPQs)armazenados ou manipulados na edificação ou área de risco devem estardisponíveis, em português, em local de fácil acesso.

EPI

NormasTécnicas

Brasileiras emvigor

Máscara facial com filtro: cada Brigadista, em plantão, deverá contar comum respirador tipo purificador de ar, não motorizado, com vedação facial dotipo peça inteira (máscara facial inteira) dotado de filtros que garantamproteção contra partículas e gases eventualmente gerados durante processosde queima envolvendo os fertilizantes armazenados/movimentados no local.

SPDA e Instalações elétricas

NormasTécnicas

brasileiras emvigor

As instalações elétricas das edificações ou áreas de risco, bem como o SPDAdeverão atender às recomendações das Normas Técnicas Brasileirasespecíficas. Será exigida a apresentação de ART acompanhada de laudotécnico com validade anual por ocasião da vistoria.

Medidas de Segurança Recomendadas

Ventilação NPT 015Utilizar o sistema adequado para o caso, respeitando-se a preservação dosfertilizantes devido ao ser caráter higroscópico.

Iluminação - Natural ou artificial para segurança das operações diárias.

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94 4ª feira |26/Ago/2020 - Edição nº 10758

NPT 027 – UNIDADES DE ARMAZENAMENTO E BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS E INSUMOS

NOTAS GERAIS

a) Deverá constar em nota no PSCIP e em memorial que os produtos a serem armazenados e/oumovimentados na edificação ou área de risco serão apenas os constantes na “aplicação” desta tabela.

b) Neste tipo de edificação ou área de risco não é permitido, em hipótese alguma, a armazenagem e/oumovimentação de fertilizantes da Família 1 – Grupo 1.3.

c) Neste tipo de estrutura é proibida a armazenagem e/ou movimentação de produtos combustíveis ouinflamáveis, bem como, classificados como produtos perigosos, principalmente enxofre puro ou em pastilha.

d) A coletânea de Fichas de Informação de Segurança de Produto Químico (FISPQs), em formato físico,identificadas e assinadas por responsável técnico, comprovando-se que todos os produtos compossibilidades de armazenagem e ou movimentação na edificação ou área de risco são incombustíveisdeve ficar na guarita, de fácil acesso em caso de fiscalização ou operação pelo Corpo de Bombeiros Militar.

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