NA DANÇA DO CONHECIMENTO E SUAS IDIOSSINCRASIAS Poder, Ambiente, Território, Educação e...

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NA DANÇA DO CONHECIMENTO E SUAS IDIOSSINCRASIAS Poder, Ambiente, Território, Educação e Sustentabilidade dão ritmo e tom Cristiano Silva Cardoso 1 Rita de Cássia Oliveira Pedreira 2 Poder: Você samba de que lado, de que lado você samba? Brasil, terra do suingue e da contradição, já disse a multifacetada Fernanda Abreu em uma melodia. Um país de dimensões continentais, riquezas naturais com grande variedade de espécies, de biomas e disposição de recursos hídricos. Sua diversidade populacional e cultural é responsável por embalar diferentes ritmos e manifestações, alimentando um imaginário social arraigado a musica e a dança, produções que entremeadas e articuladas a diferentes motes, correspondem sistematicamente às imagens do coletivo e seu espaço temporal. Neste mosaico de expressões, temos um símbolo dos estilos musicais brasileiros, esta cadência é o samba, exemplo básico, marca de uma imagem internacional deste país, retratando em suas categorias, 1 Museólogo graduado pela Universidade Federal da Bahia, Especialista em Educação Ambiental para a Sustentabilidade pela Universidade Estadual de Feira de Santana; Gestor em Direitos Humanos. [email protected] ; 2 Museóloga graduada pela Universidade Federal da Bahia; Especialista em Educação Ambiental para a Sustentabilidade pela Universidade Estadual de Feira de Santana e Idealizadora do conceito de Biomuseologia. [email protected]

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NA DANÇA DO CONHECIMENTO E SUAS IDIOSSINCRASIASPoder, Ambiente, Território, Educação e Sustentabilidade

dão ritmo e tom 

                                                                         Cristiano Silva Cardoso 1

                                                                                     Rita de Cássia Oliveira Pedreira2

Poder: Você samba de que lado, de que lado você samba?Brasil, terra do suingue e da contradição, já disse a

multifacetada Fernanda Abreu em uma melodia. Um país de

dimensões continentais, riquezas naturais com grande

variedade de espécies, de biomas e  disposição de recursos

hídricos. Sua diversidade populacional e cultural é

responsável por embalar diferentes ritmos e manifestações,

alimentando um imaginário social arraigado a musica e a

dança, produções que entremeadas e articuladas a diferentes

motes, correspondem sistematicamente às imagens do coletivo

e seu espaço temporal. Neste mosaico de expressões, temos

um símbolo dos estilos musicais brasileiros, esta cadência

é o samba, exemplo básico, marca de uma imagem

internacional deste país, retratando em suas categorias,

1 Museólogo graduado pela Universidade Federal da Bahia, Especialista emEducação Ambiental para a Sustentabilidade pela Universidade Estadual deFeira de Santana; Gestor em Direitos Humanos. [email protected];

2Museóloga graduada pela Universidade Federal da Bahia; Especialista emEducação Ambiental para a Sustentabilidade pela Universidade Estadual deFeira de Santana e Idealizadora do conceito de [email protected]

alegrias, dores e o cotidiano da gente brasileira e seus

estereótipos.

Nação que nos últimos anos tem despontado enquanto

liderança na América Latina, isto, claro, ao ver de alguns

líderes deste bloco. Congrega dois fatores cruciais ao

entendimento da sua realidade definidos por Paugan como: a

pobreza, que para muitos é fruto, também, de sua entrada na

sociedade industrial, antes de conquistas sociais e

regulações estatais; e a exclusão, resumida em crise

estrutural de seus fundamentos. Do ponto de vista dos

agentes, pobreza é geralmente hereditária e a exclusão é

resultado do acúmulo de dificuldades concretas e de

rupturas progressivas de laços sociais.

Portanto, no seio desta sociedade, estigmas como a

violência, um dos muitos reflexos diretos destes 2 fatores,

atinge a todas as camadas, tanto os que têm a sua

disposição os avanços tecnológicos e a liberdade de

mercado, acumulam informação, riquezas e circulam pela dita

aldeia global (DUPAS, 1998); quanto aos que sobrevivem em

sub-moradias, desempenham atividades informais para

garantirem o sustento familiar e dependem dos precários

serviços públicos essenciais como saúde, segurança e

educação dando forma ao neologismo criado por Souza, (2005)

de “Fobópole” -expressão oriunda da fusão das palavras

gregas phobos que significa medo e polis que quer dizer

cidade - para expressar um sentimento presente nas grandes

e pequenas cidades.

O Estado Brasileiro que tem por finalidade precípua,

organizar o poder político nacional promovendo o bem comum

fundamentado na soberania, cidadania, dignidade da pessoa

humana, no valor social do trabalho, da livre iniciativa, e

na pluralidade política (KOAMA, 1996); tem muito que se

aprimorar para transformar em prática o citado referencial

principiológico. Na administração pública, a organização do

poder é fundamentada na doutrina formulada por Montesquieu

(1748), a mecânica político-administrativa oriunda da sua

obra “Le Espirit des Lois” (JAPIASSU, 2006). Esferas que são

equilibradas e independentes numa estrutura hierarquizada

com graduação de autoridade, correspondendo às diversas

categorias funcionais ordenada pelo poder executivo, de

forma que distribua e escalone as funções de seus órgãos e

agentes, estabelecendo relações de subordinação. 

Para Cavalcante (2008) as múltiplas facetas das

relações Sociedade X Estado, também podem traduzir-se na

metáfora de um tenso jogo de xadrez, que envolve diferentes

interesses, seja de instituições, grupos ou indivíduos,

perfazendo nossa cultura organizacional histórica, tanto

nas criações, reproduções, reações, quanto nas resistências

que dos idos do século XVI até o nascente XXI, dão o tom de

um ritmo, um compasso muitas vezes sub-reptício e

idiossincrático (o samba do crioulo doido) caracterizado por

ranços e avanços de um projeto de sociedade.

O período colonial foi de onde gestaram as instituições comas quais convivemos até hoje. Nele, deu-se o processo demestiçagem biológico e cultural. Fincaram-se também, ascaracterísticas do nepotismo e do clientelismo das quais

hoje queremos nos desfazer. Ali, o país adquiriu suafisionomia geográfica, e que devido ao escravismo, também umrosto social que continuamos identificando com a pobreza e aexclusão (PRIOSTE, 2003; 10).

Nas sociedades modernas, sobretudo a partir do século

XVIII há uma reorientação relacionada ao exercício do poder

que não é mais concebido como forma apenas repressiva.

Desenvolvem-se mecanismos de dominação sutis e pouco

conhecidos, inclusive pela história e pela filosofia

política (REZENDE, 2005).  Subentende-se daí a vinculação

deste elemento á produção do real, em domínio de objetos,

rituais simbólicos e expressivos de verdade, de

conhecimento e de ciência; um bailado que nunca esta acima

ou separado, mas, sempre com o poder. Michel Focault,

sobretudo a partir de sua obra Vigiar e Punir realiza uma

genealogia do poder enfatizando que poder é produção do

saber, do conhecimento. Por outro lado, saber, além disso,

engendra poder, produz “efeitos do poder” um e outro se

articulam, no que Pierre Bourdieau define enquanto poder

simbólico, uma espécie de círculo cujo centro esta em toda

parte e em parte alguma, é invisível sendo exercido com a

cumplicidade daqueles que lhe estão sujeitos, ou mesmo o

exerce (meu samba é assim!). Confirma a sentença a  ex-premier

do Reino Unido da Inglaterra Margaret Thatcher “estar no

poder é como ser uma dama. Se tiver que lembrar as pessoas

que você é, você não é” ou seja “com que roupa que eu vou

ao samba que você me convidou”. 

Os tempos atuais são marcados pelo fenômeno do global,

emerge ressignificada uma forma peculiar de influência,

designada de poder local. Atentando-se que é pelo uso do

território que se pode observá-lo enquanto objeto de

análise social, portanto uma forma impura, um híbrido

segundo Milton Santos (1993), que carece de constante

revisão histórica, sendo nele permanente o fato de ser

nosso “quadro de vida”. Um elemento fundamental, portanto

para a sua leitura é a noção de alteridade, ou seja, a

clara distinção do que é o outro. Neste sentido as

diferentes formas de associação e organização como

associações de moradores, terreiros de candomblé, ligas de

esporte amador e inclusive, sistemas de atores articulados

pelo cotidiano e hierarquizado pelo respeito que detém, ou

por meio de mecanismos históricos de defesa denominados de

“anteparos culturais” por Cornel West apud Soares (2008),

são redes submersas no dia a dia que articulam interesses

coletivos em oposição aos vetores operacionais da

mundialização e da globalização.                

AMBIENTES E TERRITÓRIOS: Essa onda que tu tira qual é? Qualé? Qual é? Periferia é Periferia

O ser humano é certamente o principal predador das

reservas naturais do planeta. O chamado drama ambiental

esta intimamente ligado às cidades, um espaço geográfico

transformado pelo homem por meio de um conjunto de

construções com caráter de continuidade e contigüidade.

Espaço este que congrega atividades de residência, governo,

indústria e comércio; pontuando umas das mais célebres e

preocupantes questões: o binômio sociedade-natureza,

relações que a todo o momento são colocadas em cheque, um

drama ambiental folhetinesco com variadas facetas, seja

pelo abastecimento de água, solos contaminados, resíduos,

desconforto físico e psicológico, dentre tantos outros

(SCARLATO, 1999).

O contexto social contemporâneo da terra brasilis

representado, sobretudo pela urbanização, com suas frívolas

e incessantes reconfigurações espaço-comportamentais, é uma

expressão autêntica da globalização e do capitalismo,

despontando enquanto um conjunto complexo de formas de

desenraizamento em brutais migrações, aumento do consumo de

massa, a concentração de renda e da mídia escrita, falada e

televisiva, assim como a dogmatização das escolas e a

externalização do egoísmo enquanto lei superior. Fatores

entre muitos que são apontados por Santos (2002) em

capítulo intitulado a elaboração do brasileiro não-cidadão.

Indivíduo que para o autor, esgota seu papel de

protagonista no momento do voto, sua dimensão é singular

como é a do consumidor “esse imbecil feliz” de que fala

Laborit (1986) (apud SANTOS, 2002) também chamado de

usuário, em parcialidades e satisfação limitada a busca da

ascensão social, em lugar da cidadania e do entendimento do

ethos. Não obstante (DEMO, 1995) ao discorrer em seu livro

sobre “a cidadania tutelada e a cidadania assistida” coloca

como desafio maior da cidadania a eliminação da pobreza

política, enraizada na ignorância acerca da condição de

massa de manobra. Para ele não-cidadão é, mormente, quem

por estar coibido de tomar consciência crítica da sua

marginalização imposta, não atinge a oportunidade de

conceber uma história alternativa e de organizar-se

politicamente, para tanto entende injustiça como destino.

Faz a riqueza do outro sem dela participar, luta para o

processo dos outros acontecerem. São utilizados,

normalmente pela  burguesia mascarada com o dom da

solidariedade, muitas vezes tornam-se ferramentas humanas e

por que não dizer voz ideológico-financeira do próximo, que

por sinal esta bem distante.

Desta feita, parece-nos que para avançarmos nas

discussões acerca de fenômenos como globalização e suas

implicações no espaço vivido nacional, temos que tomar como

símbolo e interprete o território usado de Santos (1993)

enquanto sinônimo de espaço ambiental, geográfico e de suas

relações; diga-se, relações que são a priori de poder, em um

dos seus mais caros instrumentos: a questão em torno da

territorialidade.

No ambiente das cidades os problemas de uma sociedade

tecnológica combinam-se as carências e a Nós Górdios, como a

fome e a desnutrição, narcotráfico, refletindo as

aviltantes disparidades sociais como as luxuosas disputas

imobiliárias (Downtown, Lê Parc, Mandarin e etc) em face de

crescente favelização e da moradia de rua, o favorecimento

de alguns em detrimento a justiça coletiva; alimentam a

conhecida fragmentação do tecido sócio-político-espacial

(SOUZA, 1993), um fenômeno tão velho quanto à própria

cidade, evidenciando um contraponto a globalização

econômico-financeira, defendida como a instauração da

suposta aldeia global.

Souza (2005), entretanto, lembra que por muitos, o

mesmo termo “fragmentação” é utilizado desprovidamente do

sentido de pejoração ou negatividade, para simbolizar a

diversidade de culturas. Reforça o autor a possibilidade

deste termo nem sempre ser  lamentado, podendo inclusive em

situações especificas, ser celebrado. É justamente da

perspectiva de variações lingüísticas culturais no espaço

citadino, sobretudo nos denominados “aglomerados de

exclusão” (OLIVEIRA, 2006) um aspecto da expansão

desordenada da periferia, em que sua população, base

operacional da mão de obra; por encontrar dificuldades a

circulação e interação com outros nichos urbanos,

intenciona uma produção cultural criando espaços e

linguagem específica, muitas vezes, apropriadas pela

cultura de massa.  

Um exemplo marcante é o fortalecimento da cena Hip Hop

tupiniquim, que em meio à pobreza e a necessidade de lazer

alternativo nos guetos alinha o acesso, mesmo limitado, as

diversas poéticas tecnológicas musicais e informacionais

para questionar o modelo social vigente, numa chamada

contra-cultura frente à alienação,  bom ratificar que neste

momento nos referimos aos “pornôs music” representados na

programação televisiva, sobretudo, dominical e das Fms

usuais que “concreta” na periferia baluartes como os

arremedos dos calípsos, pagodes e axés da vida.

O estilo que promulga a insatisfação com o quadro, vem

assumindo o papel de agentes de mobilização e afirmação

identitária, um amalgama que versa sobre as questões

urbanas,   composto basicamente por quatro elementos: RAP,

breaking, grafite e o D.J. e envolve a um só tempo música,

dança, artes plásticas e discotecagem. O que se vê é mais

do que o meneio dos ombros presentes no samba ou dos

exagerados requebro dos quadris do que, indignamente,

“costumaram” chamar de seus “derivados”. Esta manifestação

tem ascendido às barreiras do simples entretenimento pela

adoção de posicionamentos críticos e reinvidicativos, tanto

no ritmo marcado, quanto na força impressa a palavra

cantada em crônicas do cotidiano, amores, mazelas sociais e

uma constante mensagem de denuncia a violência,

marginalização e a favor da paz. Segundo Miranda (2006) a

cultura e o movimento  congregam um grande  potencial de

mobilização, uma forte herança deixada pelos griôs africanos

(velhos contadores de estórias) e a influencia do movimento

dos Black Panthers (panteras negras) partido político que

lutou sobre enorme repressão pelos direitos civis do povo

negro norte americano.  Elemento assimilado por Bambaataa e

outros artistas que fundaram em 1973 a organização Zulu

Nation, definindo princípios universais para o movimento

(MIRANDA, 2006).

No Brasil o espaço desta expressão artística vem se

ampliando com a profissionalização do gênero e a propagação

de artistas, tanto no cenário nacional, a exemplo de

Marcelo D2, Negra Li, Helião, Sabotagem, MV Bil, o grupo

Racionais Mcs (...); quanto no contexto regional, formando

diversificadas redes de interação e fortalecimento não só

da cultura, mas inclusive da sua feição de movimento social

intervencionista que atua nas diversificadas comunidades

populares em ações socio-educativas (meio ambiente,

relações raciais, cidadania, direitos humanos e etc). Um

exemplo é a nordestina Rede Aye Hip Hop, composta por uma

infinidade de grupos tanto da capital quanto do interior da

Bahia.

A conquista do espaço na mídia se dá em função da

identificação do jovem a linguagem codificada e a atitude

impressa, dando visibilidade a temas e atores sociais nunca

antes enfatizados, rompendo inclusive, com o estigma de

“musica de preto favelado”, já que também possui como

apreciadores jovens das classes mais abastadas,

configurando, portanto, a partir do espaço vivido (ambiente

e território) uma oposição veemente a capitalização das

atmosferas e das suas relações sociais em processos que,

infelizmente sabemos, continuam excluzórios da Periferia.

Nicho que se enxerga valorizado e que ao menos às vezes o

é, muitas vezes se não por um pequeno período por uma

determinada “casta”. Contudo,... Periferia que jamais,

jamais, deixará de ser ela mesma, a franja. Uma

fronteira... Todavia, agora “ex(r)ótica”.

Educação, sempre uma Nova Bossa, que já nasce velhaO desafio de educar em tempos tão turbulentos exige

mais do que o acúmulo de informações. É necessário o

florescer e o despertar para múltiplos valores, a prática

de educar no Brasil sempre se deu numa espécie de arena, um

terreno fértil para os usos e abusos do “nosso” poder

social: simbólico; oligarca; hoje oficiosamente não mais

laico e que nos versos do poetinha de “beleza que não é só

minha e que passa sozinha”.

De bom alvitre é, reconhecer que como fio condutor, a

experiência social ou o vivido histórico desde a gênese do

nosso país, não deixa dúvidas quanto à importância que as

metodologias educativas tiveram em nossa sociedade,

principalmente se além consideramos a educação no sistema

formal e corrente, contabilizarmos as diferentes sinergias

da informação, da  comunicação, e da formação de

mentalidades em diferenciados contextos que não só o da

sala de aula. Presenciamos atualmente uma modificação da

função do educador que deixa apenas de transmitir

conteúdos, para tornar-se um sujeito formador e formativo.

A trilha das diferentes “pegadas educacionais” do nosso

processo histórico, identifica pistas importantes para a

arquitetura desta realidade social em que utopicamente

comparamos a educação que temos com a que queremos.

Ao investigar o germinar e o amadurecer ideológico

entorno do ensino formal em nosso país, é fundamental

remeter-se a alguns marcos referenciais, como a conhecida

pedagogia tradicional, visão trazida com os Jesuítas, onde

as missões religiosas nas aldeias indígenas ocuparam-se de

uma atividade catequética fora dos interesses e dos

propósitos das comunidades indígenas envolvidas, buscando

aculturá-los ao estabelecer de forma impositiva uma nova

cultura. Por outro lado, entre as décadas de 20 e 30

tivemos exitosas experiências da pedagogia da Escola Nova

qual o maior representante fora o educador Anísio Teixeira,

seguindo a linha do “aprender a aprender”. Já no período de

60 incorporou-se o ideal de “aprender a fazer” com a

pedagogia Tecnicista. Concomitante, surge à pedagogia

Histórica Crítica, indo até a década de 70, um dos seus

baluartes foi o laureado Paulo Freire. A idéia de “aprender

a questionar”, debruçando-se inclusive sobre qual a função

social da escola deixou marcas significativas, ao versar

sobre as relações e estruturas de poder. Já o período de 90

é marcado pela pedagogia sócio-interacionista de Piaget,

levando em conta o cognitivo, a percepção e o valor

afetivo, bem como pela pedagogia da complexidade, versando

sobre o “aprender a conviver e se relacionar”.

  Seguramente, a práxis sobre a chamada educação dos

movimentos populares, atuantes desde a década de 50,

passando inclusive pelo período do regime militar, muito

foi influenciada pelo contexto formal. O diferencial está

na consolidação de conceitos e práticas, por muitos “vista”

como subversiva, porém, salutares a emancipação política

como a conexão direta do indíviduo ao seu meio e o seu

saber, introjetando pressupostos originários do Marxismo

sobre a transformação social. Os antagonismos se

configuram, por exemplo, nos métodos oficiais utilizados em

projetos de simplificação da realidade e subserviência a

noções de sucesso doutrinário como o MOBRAL (Movimento

Brasileiro de Alfabetização) caracteristicamente

desideologizado; frente a iniciativas de educação crítica,

referenciada em pensamentos oriundos de personalidades como

FREIRE e YOUNG (Brasil); ARTHUSEN, BERESTEIN, ILICH, 

BOURDIEAU e ORTEGA Y GASSET (Europa); BOWLWES, MACLAREM e

APPIC (Estados Unidos). Colocando a educação popular para

além do universo escolar.

  Contemporaneamente fala-se em muitos pontos de vista

para os processos de instrução. Destes, dois chamam

atenção, o primeiro é a noção de “espaços do conhecimento”

(DOWBOR, 1993 et al) um esforço para repensar dinamicamente

novos enfoques para o conhecimento, exemplos afloram como a

educação corporativa; o espaços midiáticos: rádio, TV,

vídeo, internet; cursos técnicos; o espaço cientifico,

domiciliar e comunitário. A idéia é que não há mais um

único eixo formativo, integrar e interrelaciona-los são o

que se espera de uma sociedade dita do conhecimento.

O segundo circunda sobre a noção de “educação

holística” (YUS, 2003) Dede a clássica contenda filosófica

grega entre atomistas e holistas; passando pelo

reconhecimento de Descartes às teses atomistas; o

pensamento cartesiano-analítico e o reforço por Newton nas

teses mecanicistas newtonianas; a visão da realidade

enquanto fragmento tomou status de paradigma nas culturas

ocidentais, influenciando na vida destas como um todo. Em

Ximenes (2000) holismo é uma doutrina que prega a

interconexão e influencia mútua de todos os elementos do

universo. Ao longo do século XX as teses holísticas

obtiveram reconhecimento, inclusive da própria pesquisa

cientifica, um exemplo é a Física Quântica. Oposta a

primeira, apresenta uma visão mais complexa da realidade,

mantendo integrações produtoras de propriedades e efeitos

entre as partes, diferente do pensamento analítico que se

empenha em separá-las. Para Rafael Yus (2002) a influencia

do holismo na educação se expressa em muitas inovações

educacionais e embora de forma retórica em discursos,

normas, leis e currículos, (no que ele chama de tentativas

débeis como os Temas Transversais) preconiza uma educação

integrada do individuo concebendo o ser como um todo.

  A similitude de suas abordagens aproxima estes dois

enfoques propedêuticos, inicialmente da visão de

comunidades de aprendizagem e conseqüentemente à educação

ambiental, oferecendo “insights” aos interessados no tema.

Evidenciando uma maleabilidade necessária à construção de

procedimentos contínuos e permanentes em todas as fases do

ensino a caminho da interdisciplinaridade, versando sobre

questões locais, regionais e nacionais, no sentido de que,

segundo Dias (1999) sobre os mais diversos e dramáticos

apelos, seja em documentos e encontros às nações, governos

e povos, possamos reagir e buscar uma forma de vida menos

cretina, que nos tire imediatamente do hipócrita Woodstock

que se instalou nos nossos quintais intelectuais e nos “vê”

– indivíduos – com poucas distinções de forma cega e vazia.

Igualmente, Brandão (2005) discorre sobre a necessidade de

sair de si mesmo em direção ao outro para estabelecermos o

que seria o âmago da vocação da vida humana: o diálogo.

Termo que nas salas de aula continua a ser tolhido nas

ações de identidade que deixam de perpassar os conteúdos

programáticos de instituições e seus mestres. Assim, no

executar de uma dada atividade de educação ambiental, cujo

objetivo seja oferecer conhecimento, esse conhecimento

possa, realmente, levar a uma dada habilidade, tal

habilidade pode levá-lo a alguma iniciativa, enfim, tudo

leva a tudo (DIAS, 1999). Escancarando o comprometimento a

uma nova ética traduzida em práticas e princípios

reguladores do crescimento e de uma conservação e

preservação dos recursos naturais e humanos, ensaiando

anular omissões, complacências e até alianças em

iniciativas exploratórias que privilegiam o econômico e as

“comodidades”. Ao despir-se de uma ingenuidade romântica,

tal visão reforça inclusive a necessidade de supressão de

idéias e estigmas como a ligação direta do desemprego a

baixa qualificação escolar e profissional,

responsabilizando, para Borges (2005), o próprio

trabalhador como “um inempregável”, camuflando questões

mais profundas referentes à capacidade de geração de

oportunidades pela economia brasileira.  Lembrando, aqui,

as pautas políticas educacionais emergenciais, então postas

“a toque de caixa”, vide a mercantilização do ensino

superior no país. Conseqüência disso é a elevada taxa de

desemprego dos mais escolarizados, onde credenciais

prerrogativas a uma ocupação como o diploma, cada vez mais

servem para engrossar as fileiras do ERT (Exército de

Reserva dos Titulados), em todos os níveis, inclusive

doutores, que são forçados a aceitar ocupações muito aquém

da sua qualificação (BORGES, 2005), ou pior, o pós-Doc, em

troca da bolsa de ajuda de custo.

Destarte, cabe aos atuantes nas áreas sócio-

ambientais, discutir, sugerir e experimentar idéias no

espectro da militância, capazes de viabilizar a auto-

formação (o individuo), a étero-formação (o outro) e a eco-

formação (o meio) esferas diretamente ligadas a plataformas

coletivas tencionadas por lutas pela qualidade de vida

através do acesso ao desenvolvimento e a sociedades

sustentáveis (CAVALCANTE, 2008).

Sustentabilidade: Um bolero em descompassoContemplar as necessidades, tanto atuais, quanto

futuras seja nas escalas locais, regionais como também nas

nacionais e internacionais. Esses seriam os princípios

básicos da noção de sustentabilidade, um processo de

mudança no qual a exploração de recursos, dinâmicas de

investimentos e orientações das inovações tecnológicas e

institucionais, seja feita de maneira consistente para o

bem da coletividade. (Svendi, 1987 in Sachs, 1997). No

entanto, reconhecido o grau de complexidade que envolve o

tema, não há um acordo consensual entre países e setores da

sociedade, a Agenda 21 é o instrumento que chega próximo a

um consenso implementar do processo em voga. Ferraro (2002)

enfatiza a sustentabilidade enquanto um conceito relacional

diretamente ligado às esferas da cultura, ambiente e

tecnologia. Para o docente há uma indissociabilidade entre

os mesmos, caso contrário corre-se o risco deste elemento

ser utilizado de maneira esvaziada do seu sentido, visto

que o termo é portador de uma polissemia referente tanto a

internalização de aspectos ecológicos que sustentam o

processo econômico, quanto à permanência deste mesmo

processo econômico (LEFF 2000 apud FERRARO, 2002). Em

muitas circunstancias esta noção tem sido apropriada para

os mais diversificados aplicativos e interesses,

consubstanciando narrativas a mercê de questionamentos,

divulgadas com sensacionalismo no propósito deliberado de

gerar impacto diante da opinião pública, influenciando-a.

Conseqüentemente, não raro são os casos em que materializa

o termo em questão, um “factóide” expressão cunhada pelo

escritor americano Norman Mailer, biógrafo de ninguém menos

que Marilyn Monroe. “Em resumo, é um enunciado que designa

uma noticia amplamente difundida, mas sem ancora na vida

real, prática muito antiga que vem ganhando novos contornos

na mídia contemporânea” (STAROBINAS, 2007).

Que dados da realidade, nosso olhar deve privilegiar e

que leitura o impacto dessa transformação causa? Na cidade,

por exemplo, há pouca ênfase em seu planejamento para uma

de suas características básicas, se trata de um sistema

heterotrófico, ou seja, um sistema incompleto que depende

de áreas externas para a obtenção de energia, alimentos,

água e etc. (SCARLATO, 1999). Do ponto de vista de seus

agentes, no ano de 2008 a Declaração Universal dos Direitos

Humanos completa 60 anos, consolidada inclusive na

constituição de 1988, abandonando velhos conceitos e

consagrando a dignidade da pessoa humana como núcleo

formador da interpretação de todo o ordenamento jurídico,

já que a dignidade é inerente a toda e qualquer pessoa

vedada a discriminação. Mas, o que sabemos, é que na

prática o que se vê nos indicadores sociais é uma realidade

muito distante disso, na rua temos um elemento revelador da

experiência, da rotina, dos conflitos das dissonâncias, bem

como o desvendar da dimensão do urbano, das estratégias de

subsistências, marca da simultaneidade do cheio e do vazio

de direitos (CARLOS, 2000). A tão sonhada sustentabilidade

é transmitida em ondas que se propaga num bolero com passos

lentos e descompassados e ainda se revela utilizando música

que se assemelha a um tango para os mais incautos.

Em conclusão...     Há um antigo provérbio chinês que diz “se você não

muda a direção, terminará exatamente onde partiu” Será este

o destino da humanidade? O tracejar desta breve reflexão a

luz de pensamentos mais diversificados desemboca na

constatação de que para se avançar nas questões entorno do

bailado do conhecimento é sim necessário agir com razão e

criticismo, porém aliando-os a uma disposição afetiva

relacionada às coisas de ordem moral e intelectual.

Sentença confirmada por POPPER ao reconhecer que a razão

crítica é melhor que a paixão, especialmente em assuntos

referentes à lógica. Mas ele dispõe-se inteiramente a

admitir que nada jamais se realize sem uma dose de paixão. 

Brandão (2005) vai além ao colocar que não há conceito

porventura mais cientifico do que o amor, emoção humana

fundadora do ser e da vida em todos os seus planos e

domínios.  James Hunter (2004) cita o depoimento do

empresário Vince Lombardi, para ilustrar de qual amor nos

referimos:  “Não  tenho necessariamente que gostar de meus

jogadores e sócios, mas como líder, devo amá-los”. O amor

em questão é lealdade, trabalho de equipe, respeito à

dignidade e a individualidade, força de qualquer

organização. O amor a Gaia (mãe terra) define-se então

enquanto liderança, que direcione a racionalidade

ecológica, traçando um complemento de ordem emocional,

afetivo, de matriz poética, estético ontológica (FERRARO,

2002).

Platão abre seu livro Republica VII com uma alegoria

denominada “o mito da caverna”, dissertando sobre a

evolução do processo de conhecimento, uma das mais famosas

historia da filosofia. Por meio de metáforas ele desenvolve

um raciocínio de rápida apreensão e compreensão. Na

historia, alguns homens vivem numa caverna desde crianças,

desprovidas de qualquer contato com a vida exterior, pois,

são acorrentados vendo somente resquícios da realidade por

meio das sombras refletidas na caverna. Para eles a verdade

não é mais do que a imagem artificial sob efeito da luz.

Porém um deles se liberta e com muita dificuldade consegue

se levantar e andar, o primeiro impacto é o da luz que lhe

causa dor, deslumbramento e sentimento de incapacidade para

distinguir os objetos que vira somente às sombras. O olhar

diretamente a luz é ofuscante, mas aos poucos o homem foi

se acostumando e apropriando-se da realidade recém

descoberta, chega a contemplar o sol e o mundo envolta.

Lembra-se então, da antiga morada e de seus companheiros e

lá retorna para lhes trazer as novas (CHAUÍ, 2003; COTRIM,

2002; NICOLA, 2005).

Transpor essa digressão para nossa linha de raciocínio

é imaginar que a caverna seja o contexto capitalista global

em que vivemos. As sombras seriam as parcialidades

introjetadas em nossa realidade como as necessidades

consumistas do “ter”, os grilhões e as correntes seriam os

pré-conceitos e as opiniões manipuladas sagazmente pelos

detentores do poder para fazer-nos pensar em consonância a

interesses alheios e maquiados. O prisioneiro que se

liberta seria o cidadão que adquire posicionamento crítico.

O sol representa a possibilidade de haver outras verdades e

o instrumento que liberta o prisioneiro seria a emancipação

política que traz a tona o senso de coletividade

construtivo e alternativo por meio da arquitetura de redes

de sustentabilidade local, via Educação Ambiental, um

instrumento que esta além do processo cognitivo vertical e

hierárquico de transmissão do conhecimento e

supervalorização de atitudes comportamentalistas, passando,

portanto por uma sofisticada discussão na busca pela

compreensão das relações de poder na sociedade (CAVALCANTE,

2007). Um grande e honorável baile, onde todos os

conhecimentos, estilos e ritmos são contemplados e

apreciados, nas suas proporções de competências e

atribuições.

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