Mangueira festeja com samba sua 14a vitória

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13 cie fevereiro cie 1986 Ano XCV N" 307 Preço: CrS 3 000 Tempo No Rio e em Niterói, encoberto, sujeito a pancadas de chuvas ocasionais e trovoa- das. Temperatura em declínio. Visibi- lidade boa. Máxima de ontem. 32,2, em Realengo; mínima de 21,6, no Alto da Boa Vista. Foto do satélite e tempo no mundo, página 22. Rio em alta A indústria do Rio de Janeiro teve um crescimento acumu- lado de 6,4'*/r em 1985. em dezenv bro, cresceu 15,5%. É a taxa mais alta des- de 1980. (Página 18) Planejamento O ministro do Plane- jamento, João Sayad, passa a ter sala no palácio do Planalto, despacho diário com Sarney e a missão de fixar metas anuais de go- verno. (Página 18) Scharansky Scharansky passou o dia em casa com sua mulher, Avital, que náo via 11 anos. (Página 16) Rebelião Três funcionários e 110 internos da Fe- bem paulista fica- ram feridos numa rebelião, devido à proibição de uma batucada, durante a qual 176 fugiram, sendo logo recaptu- rados. (Página 14) Rosto refeito Legistas da Unicamp reconstituíram em cera o rosto de Josef fvfêngele, sobre o crá- nio desenterrado no Embu, São Paulo. (Página 14) Júri da máfia O presidente da cor- te que julga 450 nia- Ciosos sicilianos es- cada vez mais surpreso: pela se- gunda vez um jura- do pede dispensa declarando-se sus- peito. (Pagina 17) Cuidado Quem usa lentes de contato deve tomar cuidados especiais nas viagens de aviáo. Nas cábines pressu- rizadas o ar é tão se- co mais até do que o ar condicionado normal que eva- porá a lágrima que mantém a corne a umedecida. (Pag. 6) Erro médico Pesquisa nos Está- dos Unidos mostrou que também a maioria das receitas e registros médicos é incompreensível por causa da caligra- fia dos médicos. risco de que isso ocasione erro nos tratamentos. (Pág. 6) Vender mais A queda nos preços do petróleo obriga- o Brasil a aumen- tar suas vendas aos países desenvolvi- dos. se gu nd o o chanceler Olavo Se- túbal. (Página 19) Cotações Dólar ontem: CrS 12.705 (compra) e CrS 12.770 (venda); hoje: CrS 12.810 e CrS 12.875; no paralelo (sexta-feirapas- sada): CrS 16.200 e CrS 17 mil. ORTN de fevereiro: CrS 93.039.40. UPC: CrS 80.047.66. MVR: CrS 277.898.40. UNIF e ÜFERJ; CrS 186.990 (mesmo valor para cálculo do IPTU par- celado). Salário mi- nimo: CrS 600 mil. (Pagina 18) M angueira festeja com samba sua 14a vitória Foto de Evandro Teixeira St mmMMMmmmmmmmmmmWmmmm^^^^^^ A lesta da vitória da Mangueira entrou pela madrugada na quadra da escola, onde X mil litros de chope foram consumidos sob chuva forte, ao som do samba dc Ivo, Lula e Paulinho que conduziu a escola na Passarela do Samba para sua 14'' vitoria. A Mangueira teve 214 dos 215 pontos possíveis e cm apenas um dos quesitos não ganhou a nota máxima. A Beija-Flor de Nilópolis, que ficou em segundo lugar, desfi- lará sábado com a Mangueira na Noite dos Campeões. Unidos da Tijuca, última coloca- da, será substituída no desfile do próximo ano por duas escolas, a Unidos do Jacarezi- nho c a Unidos dc São Clemente, vencedoras do Grupo l-B. Na quadra da Beija-Flor, seus integrantes lamentavam a derrota e protestavam cantando o refrão "depois que inventaram o Brizola, a Mangueira deita e rola". Os portelenses, que se juntaram à comemoração da Mangueira ao final da apuração no Maracanãzinho, atribui- ram ao jogador Sócrates o lugar que tive- ram, por ter dado nota 9 à bateria da escola. A vitória levou a torcida a explodir de alegria e fez D Zica,viúva de Cartola, chorar de emoção Mangueira214 Beija-Flor211 Império Serrano209 Portela207 União da Ilha205 Salgueiro204 Mocidade201 Imperatriz197 CaprichososI u2 EstáciodeSá187 Vila Isabel186 Império da Tijuca176 Unidos do Cabuçu172 Unidos da Ponte170 Unidos da Ti jucá169 (Páginas 8 e 9) SNI veta o indica do para p residir o BNDES O nome do engenheiro David Elkind para a presidência do BNDES está pra- Ocamente vetado, embora a escolha te- nha sido anunciada em nota oficial da Assessoria de Imprensa do governo de Minas, sexta-feira. Relatório do Set- viço Nacional de Informações, cncatni- nhado ao presidente Sarney, acusa o engenheiro de ter praticado irregulá- ridades na época cm que presidiu o Agricultor do Sul também quer favores da seca Pequenos agricultores de São Paulo, Paraná e Santa Catarina ampliaram o mo- vimento deflagrado uma semana e blo- quearam o funcionamento de agências ban- cárias cm 75 municípios dos três estados. Querem, por causa da seca que consumiu a maior parte da produção agrícola, morató- ria das dívidas e tratamento preferencial semelhante ao concedido no Nordeste. A polícia não interveio no movimento, que usou tratores e equipamentos agrícolas para impedir o acesso de clientes e funcio- nários às agências. Representantes de fe- derações de trabalhadores na agricultura de cinco estados vão hoje a Brasília ten- tar audiência com o presidente Sarney para buscar uma solução. (Página 15) CNBB toma "Terra de Irmãos" como lema de campanha O lançamento da Campanha da Fra- ternidade, cujo lema este ano c Terra de Deus. Terra de Irmãos, levou quatro bis- pos a se manifestarem em defesa da reforma agrária. D. Ivo Lorschciter. pre- sidente da CNBB. disse que '"a terra foi criada por Deus e ê de Deus". O cardeal-primaz do Brasil. Dom Avelar Brandão Vilela, recomendou que o debate do tema não seja exelusivamen- te sociológico c político, para náo esva- ziar o conteúdo religioso e cristão. Em Brasília, o ministro da Reforma c De- senvolvitnento Agrário. Nelson Ribeiro, disse que. a partir do trabalho da Igreja, poderá colocar em prática o Plano Na- cional dc Reforma Agrária. (Página 15) Departamento Nacional dc Estradas de Rodagens. Atual diretor do Banco do Estado de Minas Gerais no Rio dc Janeiro, David Elkind era um dos homens de confiança do ministro dos Transportes Mário Andreazza c foi o primeiro coor- denador financeiro da sua campanha à Presidência, na sucessão do governo Figueiredo. A nomeação do novo Chanceler, Roberto de Abreu Sodré. foi recebida com frieza no Itamarati. Embora ainda não conheçam as diretrizes do novo Ministro, diplomatas não acreditam em inovações no campo especificamente po- lítico c, quando muito, acham que Sodré representa o cóntinutsmo da administra- ção de Olavo Setúbal, calcada em pro- blemas de natureza econômica. Foto de Custódio Coimbia ii--./'- . : .:-. "v.:; "-Hz.:- ¦¦ ,:,z-v:Vzz ,v;z^z;; § f^B llllÉíí1-:>¦ -¦.;--::;> V:!'í::VVV-; V ¦¦"*¦' .;:¦':'"•.','¦ -VVVI.üV ' Wm%- Num bar da rua do Matoso, a inundação inspirou Osvaldo Paulo a compor a letra de um samba sobre o drama da praça da Bandeira Embora Marcos Freire tenha obti- do alé agora mais apoio, o presiden- te do PMDB, Deputado Ulysses Gui- marães, está em dificuldades para apontar ao presidente José Sarney quem deve ser o novo ministro da Previdência, cargo oferecido ao PMDB de Pernambuco. O ministério muda amanhã. (Págs. 2, 3, 4 e 21, Coluna do Castello c editorial Salvação pelo Voto) Temporal inunda Rio e prefeito não tem solução O contraste entre a frente fria proceden- te do Sul e a massa quente tropical estacio- nária causou o temporal que tumultuou a cidade por várias horas, engarrafando o trânsito com a inundação dc avenidas, ruas e viadutos. Houve saques contra veículos de entrega de alimentos, a Rodoviária Novo Rio parou c o rio Maracanã e o canal do Mangue transbordaram. Faltou energia cté- trica em vários pontos. O prefeito Saturnino Braga atribuiu as inundações à urbanização que transformou a superfície de terra e vegetação do Rio em concreto e cimento armado. Disse que não providências imediatas e urgentes para sanar o problema, pois o alargamento da rede de escoamento de água custa caro. (Pág. 12) Banco do Brasil vai ter fundo de renda fixa A partir do dia 3 de março, o Banco do Brasil estará administrando um fundo de ren- da fixa inicialmente paia o Rio de Janeiro como primeira etapa do programa dc captação de recursos junto ao público, que será adotado como contrapartida ao falo de a instituição ter perdido sua condição de autori- dade monetária, por decisão do Conselho Monetário Nacional. O registro do fundo dc renda fixa do Banco do Brasil está tramitando na direto- ria de mercado de capitais do Banco Central e. até o fim desta semana, teia um parecer favorável. Segundo fontes da área econòmi- ca. estão em fase final de estudos também a criação de um fundo de ações, do cartão de crédito do BB e a entrada do Banco no credito direto ao consumidor. (Páizina 21) WAY GALERIA DE ARTE- Coletiva com HOSP. SAO LUCAS 255-6988 COPA iJrOiO ec,0 liyUI CARÊNCIA CO BRASÍLIA 78 - Ot.n PASSAT 83/GTS C sr i SJíLS preto. 82-LS car. e 82.LS branco. 81 LS verrt: c 801.SE branco, oar A p in cáVeís tr fac SANTOS AU MÒVEíS R Piauí, 72 T. : b545 20 anos no ramo A CHINDLER ADM A BELA CASA ITANHAN- GA Varandas salão (100 m'l 4 qt°s jardins piscina ar cond 16 000 R. JARDIM 239-4432 ABADI 416 RJ 602. TEMPORADA COPACABANA PASSAT 83 E 82 LS E TS Ambos car refng e ggs( títvts- c'oar total "Os melii ROZEN ALUGA COBRA 18 A SUÍÇA AV. ATLÂNTICA Aptos c/ e 3/ moveis Saião, 2/3/4 qtos, tela!., V2 gar., 2/3 qtos em- preg. Tel, 239-4646 CRE- Cl 1362 ABA BELA VORKSHIRE E POODLE TOV CARNAVAL 86 A NEWLAR IPANEMA £*onto noive Í140ma) Parte social !50m'! 3 qtos (surte! 2 ótimos bhs excel. coz deps va- ga 1.200 müh. 23S-7647 CPEC! J-1327 ref, 16. BÚZIOS GERIBA LAGOSTIM POUSADA - Suites •- Beira AGORA R. SOLAND ST TLARA i AGORA R ROLAND VENDE i FLAMENGO

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13 cie fevereiro cie 1986 Ano XCV — N" 307 Preço: CrS 3 000

TempoNo Rio e em Niterói,encoberto, sujeito apancadas de chuvasocasionais e trovoa-das. Temperaturaem declínio. Visibi-lidade boa. Máximade ontem. 32,2, emRealengo; mínimade 21,6, no Alto daBoa Vista. Foto dosatélite e tempo nomundo, página 22.

Rio em altaA indústria do Riode Janeiro teve umcrescimento acumu-lado de 6,4'*/r em1985. Só em dezenvbro, cresceu 15,5%. Éa taxa mais alta des-de 1980. (Página 18)

PlanejamentoO ministro do Plane-jamento, JoãoSayad, passa a tersala no palácio doPlanalto, despachodiário com Sarney ea missão de fixarmetas anuais de go-verno. (Página 18)

ScharanskyScharansky passou odia em casa com suamulher, Avital, quenáo via há 11 anos.(Página 16)

RebeliãoTrês funcionários e110 internos da Fe-bem paulista fica-ram feridos numarebelião, devido àproibição de umabatucada, durante aqual 176 fugiram,sendo logo recaptu-rados. (Página 14)

Rosto refeitoLegistas da Unicampreconstituíram emcera o rosto de Joseffvfêngele, sobre o crá-nio desenterrado noEmbu, São Paulo.(Página 14)

Júri da máfiaO presidente da cor-te que julga 450 nia-Ciosos sicilianos es-tá cada vez maissurpreso: pela se-gunda vez um jura-do pede dispensadeclarando-se sus-peito. (Pagina 17)

CuidadoQuem usa lentes decontato deve tomarcuidados especiaisnas viagens de aviáo.Nas cábines pressu-rizadas o ar é tão se-co — mais até do queo ar condicionadonormal — que eva-porá a lágrima quemantém a corne aumedecida. (Pag. 6)

Erro médicoPesquisa nos Está-dos Unidos mostrouque também lá amaioria das receitase registros médicosé incompreensívelpor causa da caligra-fia dos médicos. Hárisco de que issoocasione erro nostratamentos. (Pág. 6)

Vender maisA queda nos preçosdo petróleo obriga-rá o Brasil a aumen-tar suas vendas aospaíses desenvolvi-dos. se gu nd o ochanceler Olavo Se-túbal. (Página 19)

CotaçõesDólar ontem: CrS12.705 (compra) e CrS12.770 (venda); hoje:CrS 12.810 e CrS12.875; no paralelo(sexta-feira pas-sada): CrS 16.200 eCrS 17 mil. ORTNde fevereiro: CrS93.039.40. UPC: CrS80.047.66. MVR: CrS277.898.40. UNIF eÜFERJ; CrS 186.990(mesmo valor paracálculo do IPTU par-celado). Salário mi-nimo: CrS 600 mil.(Pagina 18)

Mangueira festeja com samba sua 14a vitóriaFoto de Evandro Teixeira

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A lesta da vitória da Mangueira entroupela madrugada na quadra da escola, onde Xmil litros de chope foram consumidos sobchuva forte, ao som do samba dc Ivo, Lula ePaulinho que conduziu a escola na Passarelado Samba para sua 14'' vitoria.

A Mangueira teve 214 dos 215 pontospossíveis e cm apenas um dos quesitos nãoganhou a nota máxima. A Beija-Flor deNilópolis, que ficou em segundo lugar, desfi-lará sábado com a Mangueira na Noite dosCampeões. Unidos da Tijuca, última coloca-da, será substituída no desfile do próximoano por duas escolas, a Unidos do Jacarezi-nho c a Unidos dc São Clemente, vencedorasdo Grupo l-B.

Na quadra da Beija-Flor, seus integranteslamentavam a derrota e protestavam cantandoo refrão "depois

que inventaram o Brizola,a Mangueira deita e rola". Os portelenses, quese juntaram à comemoração da Mangueira aofinal da apuração no Maracanãzinho, atribui-ram ao jogador Sócrates o 4° lugar que tive-ram, por ter dado nota 9 à bateria da escola.

A vitória levou a torcida a explodir de alegria e fez D Zica,viúva de Cartola, chorar de emoção

Mangueira 214Beija-Flor 211Império Serrano 209Portela 207União da Ilha 205Salgueiro 204Mocidade 201Imperatriz 197Caprichosos I u2EstáciodeSá 187Vila Isabel 186Império da Tijuca 176Unidos do Cabuçu 172Unidos da Ponte 170Unidos da Ti jucá 169

(Páginas 8 e 9)

SNI veta o indicado para presidir o BNDESO nome do engenheiro David Elkind

para a presidência do BNDES está pra-Ocamente vetado, embora a escolha te-nha sido anunciada em nota oficial daAssessoria de Imprensa do governode Minas, sexta-feira. Relatório do Set-viço Nacional de Informações, cncatni-nhado ao presidente Sarney, acusa oengenheiro de ter praticado irregulá-ridades na época cm que presidiu o

Agricultor doSul também querfavores da seca

Pequenos agricultores de São Paulo,Paraná e Santa Catarina ampliaram o mo-vimento deflagrado há uma semana e blo-

quearam o funcionamento de agências ban-cárias cm 75 municípios dos três estados.Querem, por causa da seca que consumiu amaior parte da produção agrícola, morató-ria das dívidas e tratamento preferencialsemelhante ao concedido no Nordeste.

A polícia não interveio no movimento,que usou tratores e equipamentos agrícolaspara impedir o acesso de clientes e funcio-nários às agências. Representantes de fe-derações de trabalhadores na agriculturade cinco estados vão hoje a Brasília ten-tar audiência com o presidente Sarneypara buscar uma solução. (Página 15)

CNBB toma "Terra

de Irmãos" comolema de campanha

O lançamento da Campanha da Fra-ternidade, cujo lema este ano c Terra deDeus. Terra de Irmãos, levou quatro bis-pos a se manifestarem em defesa dareforma agrária. D. Ivo Lorschciter. pre-sidente da CNBB. disse que

'"a terra foicriada por Deus e ê de Deus".

O cardeal-primaz do Brasil. DomAvelar Brandão Vilela, recomendou queo debate do tema não seja exelusivamen-te sociológico c político, para náo esva-ziar o conteúdo religioso e cristão. EmBrasília, o ministro da Reforma c De-senvolvitnento Agrário. Nelson Ribeiro,disse que. a partir do trabalho da Igreja,poderá colocar em prática o Plano Na-cional dc Reforma Agrária. (Página 15)

Departamento Nacional dc Estradas deRodagens.

Atual diretor do Banco do Estadode Minas Gerais no Rio dc Janeiro,David Elkind era um dos homens deconfiança do ministro dos TransportesMário Andreazza c foi o primeiro coor-denador financeiro da sua campanhaà Presidência, na sucessão do governoFigueiredo.

A nomeação do novo Chanceler,Roberto de Abreu Sodré. foi recebidacom frieza no Itamarati. Embora aindanão conheçam as diretrizes do novoMinistro, diplomatas não acreditam eminovações no campo especificamente po-lítico c, quando muito, acham que Sodrérepresenta o cóntinutsmo da administra-ção de Olavo Setúbal, calcada em pro-blemas de natureza econômica.

Foto de Custódio Coimbia

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Wm%-Num bar da rua do Matoso, a inundação inspirou Osvaldo Paulo acompor a letra de um samba sobre o drama da praça da Bandeira

Embora Marcos Freire tenha obti-do alé agora mais apoio, o presiden-te do PMDB, Deputado Ulysses Gui-marães, está em dificuldades paraapontar ao presidente José Sarneyquem deve ser o novo ministro daPrevidência, cargo oferecido ao PMDBde Pernambuco. O ministério mudaamanhã. (Págs. 2, 3, 4 e 21, Coluna doCastello c editorial Salvação pelo Voto)

Temporal inundaRio e prefeitonão tem solução

O contraste entre a frente fria proceden-te do Sul e a massa quente tropical estacio-nária causou o temporal que tumultuou acidade por várias horas, engarrafando otrânsito com a inundação dc avenidas, ruas eviadutos. Houve saques contra veículos deentrega de alimentos, a Rodoviária NovoRio parou c o rio Maracanã e o canal doMangue transbordaram. Faltou energia cté-trica em vários pontos.

O prefeito Saturnino Braga atribuiu asinundações à urbanização que transformou asuperfície de terra e vegetação do Rioem concreto e cimento armado. Disse que nãohá providências imediatas e urgentes parasanar o problema, pois o alargamento da redede escoamento de água custa caro. (Pág. 12)

Banco do Brasilvai ter fundode renda fixa

A partir do dia 3 de março, o Banco doBrasil estará administrando um fundo de ren-da fixa — inicialmente só paia o Rio deJaneiro — como primeira etapa do programadc captação de recursos junto ao público, queserá adotado como contrapartida ao falo de ainstituição ter perdido sua condição de autori-dade monetária, por decisão do ConselhoMonetário Nacional.

O registro do fundo dc renda fixa doBanco do Brasil já está tramitando na direto-ria de mercado de capitais do Banco Centrale. até o fim desta semana, teia um parecerfavorável. Segundo fontes da área econòmi-ca. estão em fase final de estudos também acriação de um fundo de ações, do cartão decrédito do BB e a entrada do Banco nocredito direto ao consumidor. (Páizina 21)

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ABA BELA

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AGORA R. SOLANDST TLARA

i AGORA R ROLAND VENDE

i FLAMENGO

2 n 1n caderno u quinta-feira, I.V2/S6 Política JORNAL DO BRASTL

coluna do Casteiio Itamarati recebe novo Chanceler com restriçõesFreire, às portas

do ministérioO

ex-senador Marcos Freire anoiteceu nasoletra cio Ministério da Previdência, à

pouca distância de tornar-se, de fato e dedireito, o sucessor do ministro Waldir Pires.A sorte dele deveria ser selada ainda ontemà noite, em encontro que o deputado UlyssesGuimarães marcara com o presidente JoséSarney. Freire era o candidato do própriopresidente à vaga e conseguiu, no período deuma semana, arrebanhar apoios à direita e àesquerda e vencer parte das resistências doPMDB pernambucano ao seu nome.

Designado, por Sarney. para resolver aquem caberia a Previdência, o deputadoUlysses Guimarães foi submetido a um in-tenso tiroteio cie pressões a favor de Freire ede Rafael de Almeida Magalhães, candidatodo PMDB e do PFL cariocas. O coração deUlysses poderia bater mais forte por Rafael— mais do que por ele. pela possibilidade defortalecer a coligação que pretende, emnovembro próximo, enfrentar a bem azeita-da maquina montada pelo governador Leo-nel Brizola.

A razão do presidente do PMDB indica-va, contudo, que ele arrostaria com sériasdificuldades políticas se não contemplasse aseção pernambucana do seu partido. Ali, oPMDB é mais densamente ideológico do queem qualquer outra parte e guarda um respei-tável poder de fogo. através de líderes doporte de Miguel Arraes. Jarbas Vasconcelose do próprio Freire, para verberar contraUlysses, candidato â reeleição, e contra ogoverno do presidente Sarney.

O cacife do PMDB do Rio era um só:apresentar um único nome. o de Rafael,sustentado também pelo PFL. O argumentode que um ministério para o estado poderiaassegurar a vitória da coligação anti-Brizolaera um saque para o futuro, incapaz deconvencer até os mais crédulos ou os de boavontade. O presidente Sarney dispõe deelementos de convicção de que é remota,pelo menos por enquanto, a hipótese dederrota do esquema de Brizola no Rio deJaneiro.

De toda forma, Ulysses deve ter sofridocom o quadro que ontem se ofereceu ao seuexame. Foi. principalmente, obra dele oretorno ao PMDB do senador Nelson Car-neiro, seu amigo íntimo. Estimulado por ele,Nelson teceu acordos, juntou os cacos doPMDB carioca e alinhavou uma aliança paratentar deter Brizola. Em troca, Ulysses pro-metera a Nelson todo o apoio à obtenção deuma vaga no governo por ocasião da reformaque agora chega ao fim.

Sarney preferiu na semana passada dar aPrevidência ao PMDB de Pernambuco eautorizou Freire a buscar amparo para suaescolha. Foi o que ele fez — e bem. e demodo a atuar como um rolo compressor.Dos 12 deputados federais do PMDB noestado, nove fecharam com Freire. O depu-tado Miguel Arraes enviou um emissário aUlysses para informar que não faria restri-ções a ninguém. Para marcar posição, suge-riu mais três nomes, dos quais só o dodeputado Egídio Ferreira Lima é conhecidoe respeitado por Sarney.

Dos 10 governadores do PMDB, seisavisaram a Ulysses que gostariam de verFreire ministro — entre eles, o de São Pauloe o do Espírito Santo, que telefonaram einterromperam a reunião que o presidentedo particlo promovia ontem à tarde em suacasa. Ulysses recebeu uma delegação doPMDB cie Pernambuco, acompanhado dodeputado Pimenta da Veiga e do senador1 lumberto Lucena, ambos líderes do partidono Congresso. Pimenta defendeu o ministe-rio para os correligionários de Freire eLucena defendeu o próprio Freire.

A ascensão do ex-senador pernambuca-no ao Ministério da Previdência deixariavaga a presidência da Caixa EconômicaFederal, que poderia ser preenchida com umnome do Rio de Janeiro. A substituição deWaldir Pires por Freire, de resto, serviriapaia aplacar um pouco a insatisfação dossetores de esquerda do PMDB. que sejulgam jogados à orfandade pela reformaque privilegiou os conservadores do regime edos partidos que amparam o governo.

Como integrante do chamado grupo"autêntico'" do ex-MDB. Freire poderia for-mar. juntamente com os ministros CelsoFurtado. Nelson Ribeiro. Renato Archer eAlmir Pazzianotto. o batalhão mais avança-do de um governo que ficou, agora, cada vezmais parecido com o seu chefe. O ex-senador estava pronto para atravessar umanoite de vigília ansiosa, à espera do telefone-ma decisivo que até as 22 horas ainda nãorecebera.

CuriosidadeO ministro Ivan de Souza Mendes, do

SNI. visitou a Fundação Getúlio Vargas, noRio, na quarta-feira da semana passada,atrás de informações sobre o comportamen-to presente e futuro da inflação. O ministroacha que a inflação tem que baixar atémarço. Se ela ameaçar permanecer alta emabril, o governo terá que tomar providênciasenérgicas justamente no mês do dissídio dosmetalúrgicos do ABC paulista.

Entre as medidas, o ministro náo des-carta, sequer, a desíndexação total da eco-nomia.

Ricardo iSoblal(Interino)

II ///iltittm li

A escolha ilo ex-govcrnadoi paulista AbreuSodré como novo Chancelei leve n mérito 'leunir as diversas tendências que se ocupam dapolítica externa brasileira, dentro e fora doItamarati: eslão todos consternados.

No Palácio dos Arcos, a nomeação de Sodrénáo causa surpresa nem entusiasmo. Quandomuito, vem sendo encarada por diplomatascomo uma espécie de "continuísmo" da admi-distração Olavo Setúbal: paulista, conservado-res. fundamentada no plano econômico e comvôo limitado na parte especificamente politica.

Causa alguma preocupação entre os diplo-matas que se dispuseram a comentar a nomea-çâo o falo de não ter sido possível, alé agora,identificar claramente quais os critérios que oPresidente Sarney utilizou ao apontar Sodrépara o cargo — fora os laços de amizade pessoal,é claro. Uma vez que o ex-governador paulistanáo pertence a nenhum dos principais agrupa-mentos políticos que sustentam o governo, sus-peita-se de que o favor pago é apenas ao próprioSodré, um dos amigos íntimos do Presidente quemais se destacaram pela insistência cm obter umposto no governo.

Aparentemente, o ex-governador não preci-sou de muito tempo para informar-se dos princí-pais itens na pauta da política externa brasileira,razoavelmente alijada das mais importantes de-cisões na área financeira internacional. Em umahora de conversa com o atual Chanceler OlavoSetúbal, ontem, em São Paulo, Sodré ouviu quea questão mais importante para a diplomaciabrasileira, no momento, é a paz na AméricaCentral.

Sodré ficou sabendo também que as quês-toes de maior avanço durante a passagem deSetúbal pelo Itamarati foram o entendimentocom a Argentina e a aproximação com os paíseslatino-americanos através da participação doBrasil no Grupo de apoio aos países de Conta-dora. Sodré ficou visivelmente impressionado:

"Num curto espaço de tempo (Setúbal) desem-penhoii um trabalho marcante na historia doItamarati". comentou.

l K diplomatas em Brasília acreditam queSodré. embora pouco familiarizado com o lia-marati (está contando com a assessoria de umexperiente embaixador para conseguir montarsua equipe direta, pois conhece pouca gente naárea), seria capaz de idenliíocar "amigos" ou"inimigos" dentro do Ministério das RelaçõesExteriores. Ele tem poucas afinidades com aequipe itamaratiana que tradicionalmente cuidada política do café — defendendo o AcordoInternacional de Londres — e se opõe àquelesdiplomatas que aderiram â estratégia do IBC,hostil â classe dos produtores de café, que elerepresenta.

A confirmação do atual Secretario-Geral doItamarati, Paulo Tarso Flecha de Lima. em seuposto náo está sendo considerada como soluçãodefinitiva. Acredita-se num choque inevitávelentre Sodré e Paulo Tarso ("o de Israel contra odo Iraque", comentam as línguas ferinas, refe-rindo-se as ligações do Chanceler com a Asso-ciação Comercial Brasil-Israel e a atividade depromoção comercial do Secretario-Geral emdireção ao Oriente Médio), que poderia substi-tuir Celso Furtado em Bruxelas, junto a CEE.

Sodré confirmou ontem a nomeação doEmbaixador João Tabajara de Oliveira comoseu chefe de gabinete. O diplomata já havia sidochefe do cerimonial no Palácio dos Bandeiran-tes, quando Sodré governou Sáo Paulo.

Sem ainda conhecer as diretrizes de Sodré,que ele prometeu anunciar no discurso de posse("darei continuidade ao programa de Setúbal",afirmou Sodré, ontem, em Sào Paulo), diploma-tas em Brasília arriscam apenas um prognóstico:eles não acreditam em impulsos inovadores emuito menos na hipótese de o Itamarati assumiruma fatia real no bloco da adminstraçâo dadívida externa.

Participaram as suajrsais de Brasília e Sao Paulo

Sáo Paulo Foto de Anovalüo dos Santos

Sodré e o Brasil dos militaresPara qualquer diplomata estrangeiro em

Brasília, mandar para seu país uma avaliaçãoprecisa do novo Chanceler brasileiro não étarefa fácil. O ex-governador paulista faloupouco, em sua longa carreira politica. sobrerelações exteriores c ganhou maior notoriedadecom frases sobre um período difícil da históriabrasileira Ide 1967 a 1971. quando governou SãoPaulo). O novo chanceler náo tem inibiçõesverbais:

"Dom Helder Câmara pertence à máquinade propaganda do Parlido Comunista, sendosubvencionado para não fazer outra coisa senãodenegrir o Brasil no exterior" — Carta de 13laudas ao Cardeal Dom Agnello Rossi,23/10/1970.

"Nunca houve como agora tanta disposiçãode diálogo entre o Governo (do PresidenteMediei) e a Igreja — Entrevista coletiva, cincodias depois.

"Publicidade facciosa e dirigida (parte decampanha contra o Brasil) visa criar condiçõesde natureza puramente psicológica, para tentarimpedir que a Nação prossiga no seu ritmo dedesenvolvimento. Pretende-se fazer crer, a selo-res desinformados no Exterior, que no Brasilnão há liberdades, públicas e políticas. Emnenhum momento da História brasileira a inter-venção das Forças Armadas se revestiu deobjetivos antidemocráticos ou violentos, Nuncativeram caráter violento, rancoroso, com perse-guiçáo cruel dos adversários, execuções suma-rias, assassínios a sangue frio, atentados â vida

ou ao patrimônio dos cidadãos" Discurso emLondres, 29/9/70,

"A existência do esquadrão da morte éonda. Não existe como organização, é umainvenção e um movimento de oposição à poli-cia" — entrevista à TV, dezembro de 1970.

"Expus (ao Ministro do Exército, GeneralLira Tavares) a proposta de uma doutrina deintegração e coordenação de todos os recursosmilitares e policiais da União e do Estado. Oresultado dessas reflexões foi a Operação Ban-deirantes, que já está colhendo os melhoresfrutos, funciona como um "pool" de todas asinformações dos órgãos de segurança, nestaintegram-se... todos os recursos das polícias civile militar do governo do Estado de S. Paulonecessários ao combate à subversão" — Discur-so proferido na Associação dos Diplomados daF.scola Superior de Guerra, 24/9/1969.

"São ineficazes os instrumentos de associa-ção internacional, se o conceito de segurançacoletiva não for revisto â luz da problemáticados povos que se representam nesses organis-mos. A América... não pode produzir segurançacoletiva apenas nos quadros diplomáticos deuma organização multiláteral" — Artigo publi-cado na "Folha de S. Paulo", 20/5/1970.

(O primeiro volume de documentos paracomplementar o AI-5, entregue por Sodré aoPresidente Costa e Silva) "forma a base do idealde grande potência com que todos os brasileirossonham e que o último Ato Institucional temcondições e poderes para realizar" — Pronun-ciumento em São Paulo, 27/12/1968.

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de 1986 rio S-SIS

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Setúbal (È) disse a Sodré que prioridade é a América Cenlrà\l

Freire está cotado, mas zUlysses tem dificuldade í

Brasília — O presidente do PMDB, Ulys-ses Guimarães, ao retornar a Brasília ao meio-dia anunciou que iria consultar os amigos paradesineumbir-se da tarefa que lhe delegou opresidente José Sarney: indicar o futuro minis-tro da Previdência. Durante todo o dia, Ulys-ses náo descansou. Almoçou com os ministrosDilson Funaro e Renato Archer, recebeuemissários do PMDB de Pernambuco, faloupor telefone com governadores do parlido.Não foi tomada contudo qualquer decisãosobre o sucessor do ministro Waldir Pires,embora o nome do ex-senador Marcos Freireseja o que consegue reunir mais apoio.

— Temos confiança que o ministério irápara Pernambuco — assegurou o presidenteregional do partido, Fernando Corrêa, aodeixar a casa de Ulysses às ISh, junto com odeputado Oswaldo Lima Filho e Mansucto deLavor.

Lima Filho acha que Freire será o escolhi-do porque o presidente Sarney o quer noministério e chegou até a telefonar para pai la-rrientares pernambucanos sugerindo o nomedo presidente da Caixa Econômica Federal."Eu apostaria na nomeação do Freire porquenão há vetos a seu nome e ele tem o apoio damaioria da bancada federal do PMDB dePernambuco", disse.

A Executiva pernambucana, no entanto,levou uma alternativa para Ulysses: scTS deseus oito integrantes indicaram o nome' dõdeputado Egydio Ferreira Lima como"_.utnaopção. A posição do deputado Miguel Arraes.segundo Mansucto de Lavor, não envolvevetos, pois ele quer a pasta para Pernambuco.

Também os líderes do PMDB na Câmara,Pimenta da Veiga, c no Senado, HumbertoLucena. estiveram com o presidente do parti-do. "O líder Lucena defendeu o nome deFreire como o preterido por todas as represen-taçóes do Nordeste", informou o deputadoOswaldo Lima Filho. "A esquerda do partidono resto do país náo fará restrição a Freire",assegurou por sua vez Humberto Lucena/

Em apoio ao ex-senador telefonaram osgovernadores de Sáo Paulo. Franco Montoro.e do Espírito Santo, Gérson Camata. Ulissesouviu todos c 110 inicio da noite recebeu opresidente do PMDB fluminense, senadorNelson Carneiro.

Ao sair. Carneiro que reivindica o mijiistcrio para o PMDB do Rio — levou a Ulysses .,nome de Rafael de Almeida Magalhães,,! quetambém conta com o apoio do PFL fluminense— assegurou: "O dr Ulysses não me falou emdefinições e nós ainda temos esperança"."

Simon: intérprete é FurtadoBrasília — O economista Celso Furtado,

novo ministro da Cultura, deverá ser o intér-pretc de importante parcela do PMDB nogoverno Sarney, e não o ministro da Fazenda.Dilson Funaro. apesar das ligações deste como deputado Ulysses Guimarães e com o presi-dente da República. A afirmação é do ministroda Agricultura. Pedro Simon, para quem lur-tado, "um homem capaz e inteligente", reúnetodas as qualidades para interpretar o PMDB."Ele é um homem do partido e. num gestonobre, se colocou à disposição do partido",disse Simon.

Quando transmitir o cargo, amanhã, a írisResende, o ministro Pedro Simon entregara,também, uma cópia do documento"Diretrizespara uma política agrícola alé o ano 2 (100".concluído e já encaminhado ao presidente JoséSarney, O Brasil, na opinião de Simon. nuncateve política agrícola, apenas normas agríco-

Ias. e as Diretrizes é o caminho para a suaimplantação, segundo o ministro.

Afirmando que a seca. no Sul, foi o.-piorproblema que enfrentou no Ministério daAgricultura, durante os 11 meses em'queesteve no cargo, Pedro Situou disse que náo sairessentido do governo e que fez tudo o'quepodia e que sua consciência mandava. Siinondeixa o ministério para voltar as atividadespolíticas, reassumir seu mandato de senador ecandidatar-se à Constituinte, "no cargo qúc oparlido e suas bases decidirem".

O ministro lembrou que o Ministério daAgricultura nao tem poder e forca política,pois mais da metade de suas decisões, sãotomadas fora dele,

Após deixar o governo, no dia 15, oministro Pedro Simon vai fazer duas vistas:uma ao ministro (ciso Furtado e outra aoministro Paulo Brossard. da pasta da Jusf)ça.

Posse amanhã será in formalBrasília — Por determinação do presiden-

te José Sarney. a cerimônia de amanhã deposse dos doze novos ministros de estado serásimples e. na medida do possível, informal.Com a reforma ministerial, dez antigos minis-tros deixarão seus cargos e dois foram remaiic-

jadps, Sarney preferiu saudar os substitutos ese despedir dos ex-colaboradores com discur-sos que improvisará no dia.

Tampouco serão expedidos convites para a

B rossard quer mBrasília — O novo ministro da Justiça.

Paulo Brossard. em seu último despacho comoconsultor-geral da Republica, levou ao presi-dente Sarney um parecer que obriga os milita-res a passarem para a reserva antes de assumirum cargo na administração civil. Ele despa-chou com o presidente o processo de 233médicos militares, ocupantes de cargos nolnamps. mas vinculados simultaneamente àsForças Armadas, recebendo, portanto, doiscontracheques.

— O Supremo Tribunal Federal já decidiuem nove acórdãos que isso é ilegal. A leiproíbe a acumulação do vínculo empregatíçio.Falta neste país cumprir-se a lei.

Brossard aproveitou o despacho para dizertambém ao presidente que não devem chegaràs suas mãos processos como aquele, cujasolução final esgota-se no âmbito da Justiça.Em entrevista, após o despacho. Brossarddis^e que

"o presidente não pode estar se

ocupando com coisas desse tipo. Se a Justiçadecidiu que esses médicos tem que passa; paraa reserva, o processo nào devia vir paia aqui.Quando o presidente se ocupa disso, deixa depensar em outras coisas". O processo chegou

posse. Mas o secretário de Imprensa do fala-cio do Planalto. Fernando César Mesquita,disse que os governadores, parlamentares eparentes dos ministros que quiserem assistir àsolenidade serão bem vindos.

() Palácio do Planalto estará também iíber-to para que a população possa assistir à posseda nova equipe do presidente. A cerimoniaserá às 9h, e as portas estarão abertas àsSh.iOmin.

ilitar sem regaliaao gabinete de Sarnev por intermédio doministro da Previdência Social.

Brossard resolveu marcar sua despedidada consultoria com restrições as regalias'nuh-tares. Na semana passada, ele conseguiu aaprovação de Sarney para um parecer, quereduz os vencimentos dos ministros náo-civisdo Superior Tribunal Militar. Ossos ministrosmilitares do STM somam ao vencimento deCrS 50 milhões outros ÇrS 20 milhões, querecebem a titulo de indenizações de habilita-ção militar, de compensação orgânica /e derepresentação militar, pagas pelos ministériosde que sáo originários.

A regalia representada pelos dois contra-cheques fez com que o procurador-geral daRepública. Sepúlveda Pertence, levasse ei pro-blema ao Palácio do Planalto, pois a ilegalida-de já fora denunciada pelo Tribunal de Contasda União. Os ministros militares defendem odireito aos doi» salinos invocando a Lei Qraâ-nica da Magistratura, que prevê ,t irredutibili-dade de vencimentos. Brossard sustentou queessa irredutibilidade de renniiwi ição náo seaplicava a contracheque roiiiunie de irAicni-

itnn Voto

JORNAL DO BRASIL Política quinta-feira, 13/2/86 ? Io caderno o 3Belo Horizonte — Foto de Sócrates Pinheiro

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^"^"tfu/a ministro, Pimenta utilizou a mordomia da FAB para retornar a Brasília'" IIII llllilllilllllllllM^

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PimentaculpaGarcia

Belo Horizonte — A margi-nalização dc Míikis que. a seuver. ficou patenteada na com-posic,ão do ministério do presi-dente José Sarney foi atribuídapelo ministro demissionário daCultura. Aloisio Pimenta, aogovernador Hélio Garcia, queteria implantado no estado"um anaerobismo autoritário",sem nenhum diálogo.

Ninguém vê o governa-dor. Ele sequer abre o Palácioda Liberdade — criticou Pi-menta, — Não se governa Mi-nas com uma pessoa só, mascom toda a sociedade. Minasteve as figuras de Tancredo, deMilton Campos, de San TiliagoDanlas. tle tantos outros. Te-mos então que reagir para abriro processo político, reviver JK,Mello Franco.

O ministro, que não teve aajuda do governador para con-limiar na equipe de Sarney,considera Garcia em parteculpado pela marginalizarão deMinas no futuro ministério,"porque não foi defender oestado junto ao Governo Fede-ral". Por isso. decidiu que secandidatará á Assembléia Na-cional Constituinte para "lutarpelos ideais de TancredoNeves".

Antes de viajar para Bràsfliá— um avião HS da FAB deslo-cou-se da capital especialmentepara apanhá-lo em Belo Hori-zonte, apesar tle em dois vôosde carreira lerem seguido pelamanhã com lugares vagos —Pimenta não poupou elogios aopresidente José Sarney. assegu-tando que os dois sempre tive-ram "um excelente diálogo".

Ele me disse que a publi-cação da carta cm que soliciteiexoneração honrava seu gover-no. Acha inclusive que consòli-damos o Ministério. Sinto-mepor isso muito bem pago e coma consciência do devercumprido. Além disso, meu su-cessor. Celso Furtado, é ho-mem de grande competência.Estou satisfeito — garantiu.

Secretáriode Jânioé operado

São Paulo — O secretário deDefesa Social da prefeitura deSão Paulo, José BeneditoVianna de Moraes, foi operadono Instituto do Coração paraimplantação de duas pontes desafena e seu estado é satisfató-rio, conforme boletim divulga-do à tarde pelo hospital. Acirurgia teve quatro horas deduraçáo, sem qualquer compli-cação, e foi realizada pela equi-pc do médico Adib Jatene, res-ppnsáyel pela maioria dostransplantes cardíacos feitos noBrasil. Vianna de Moraes, com69 anos, fora internado há umasemana com fortes dores nopeito e princípio de infarto. Opaciente encontra-se na sala derecuperação, sendo submetidoa tratamento intensivo rotinei-ro do pós-operatório.

Amigo c correligionário deJânio Quadros há muitos anos,Vianna de Moraes ocupavauma secretaria criada especial-mente pelo prefeito de SáoPaulo para cuidar da organiza-ção da guarda metropolitanada capital.

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4 D 1" caderno n quinta-feira. 13/2/S6 Política JOJtWAL DO BRASIL

Gabinete CivilHrasília — O Gabinete Civil da Presidência da República

deixará de ser o ministério de um homem só e passará a terquadro próprio de funcionários, concursados c com direito aestabilidade. Com isso. quando mudar o presidente da Repúbli-ca, não mais será necessário dispensar os funcionários, empres-tados da outros ministérios. A idéia está num estudo que oministro da Administração, Aluizio Alves, entregou ao presi-dente Sarney para alteração da estrutura do Gabinete.

A pedido do próprio presidente, que gostou da idéia, aíntegra do estudo só poderá ser divulgada depois de examinadopelo novo chefe do Gabinete Civil, Marcos Maciel. Conforme oestudo, o presidente terá como principais elementos de coorde-nação administrativa o Gabinete Civil c a Secretaria de Planeja-mento, O primeiro, administrando a máquina estatal c osegundo, coordenando o orçamento e fazendo a avaliação ciosprogramas econômicos do governo.

Cai o "Fala Cidadão"A reforma ministerial, a ser oficialmente concretizada

amanhã, implicará grandes mudanças na máquina governamen-tal, tudo por conta do empenho do presidente Sarney de fazer aburocracia funcionar com mais agilidade. Um dos programasque acabará, pelo menos provisoriamente, é o Kala Cidadão.menina dos olhos do ministro da desburocratização, PauloLustosa. Incorporado agora ao Ministério da Previdência, oprograma será suspenso por conta das despesas com a Em-bratcl.

— Há pessoas que telefonam para saber se o carnaval cmBrasília foi bom — reclama Aluizio Alves.

Criado para estimular o público a telefonar em busca derespostas do governo para os problemas criados pelo emperra-mento burocrático (o ramal c \%), o Fala Cidadão nãoconseguiu o respeito dos próprios setores estatais. Raramente,uma pessoa consegue resposta para seus problemas.

Outros quatro apêndices da desburocratização irão, com areforma, incorporar-se ao Ministério da Justiça: os programasda microempresa, de defesa do consumidor e do juizado depequenas causas, além do serviço de apoio à AssembléiaNacional Constituinte. O ministro Aluizio Alves quer contabili-zar as verbas detidas por cada um desses programas e, dentro de60 dias, começa a enviá-los ao Ministério da Justiça.

Cheios de planos. São

terá quadro próprio de funcionáriosSeis secretários saem hoje

para concorrer às eleiçõesAos amigos, o poder

São Paulo — O presidente José Sar-ney tem sete amigos mais íntimos, seispaulistas c um mineiro. Com a reformaministerial, o grupo ampliou sua partici-paçáo direta no poder. Roberto de AbreuSodré irá juntar-se a Dílson Funaro noministério e Saulo Ramos responderápela Consultoria Geral da República.

O mineiro Murilo Mendes (que che-gou a ser cogitado para o Itamarati e oMinistério da Indústria e do Comércio) eos empresários Matias Machline, ElmoAraújo Camões e Luís Boccalato nãoconquistaram um assento nas reuniões doPalácio do Planalto, mas nada impedeque continuem freqüentando o Palácio daAlvorada, a residência oficial.

Os três paulistas não gostam de co-mentar a amizade com Sarney. mas não adesmentem. Boccalato esteve diversasvezes em Brasília nos fins de semanaconversando com o presidente sobre seuassunto favorito: agricultura. Ele é presi-dente da Companhia Paulista de Fertili-zantes e acha que o governo precisaurgentemente definir o futuro da agricul-tura nacional, deixando de lado "políticas

paliativas para o setor".Quando em meados dos anos 70

Sarney morou uns tempos em São Paulo,conheceu o jurista Saulo Ramos e passa-ram horas discutindo política. Dali paraintegrar o grupo de amigos então forma-do por Abreu Sodré e Matias Machline,presidente do Grupo Sharp, foi um pas-so. Mais tarde, juntou-se a este círculomais íntimo o atual presidente do Conse-

lho de Administração do Banco Sogeral,Elmo Camões.

Dílson Funaro chegou a Sarney atra-vês de Machline e Sodré. Em agosto doano passado, quando o presidente pro-curava uma alternativa para FranciscoDornellcs, o nome do então empresáriofoi cogitado. Convidado, ele foi o primei-ro amigo de Sarney a freqüentar o Planai-to como ministro.

Agora, Funaro terá a seu lado AbreuSodré, futuro ministro das Relações Ex-teriores. Em São Paulo, políticos comen-lavam com insistência que ele seria em-baixador do Brasil na França. Veio oconvite para a chancelaria algum tempodepois que o ex-governador acompanhouSarney na viagem a Manaus para o en-contro com o presidente da Colômbia,Belisário Betancour.

Durante a viagem Sarney não tocouno assunto pois tinha esperança de queAntônio Ermírio de Moraes aceitassesubstituir o chanceler Olavo Setúbal. Er-mírio preferiu continuar na iniciativa pri-vada e expôs suas razões a Funaro, queserviu de interlocutor. Sodré, então, foiconvidado.

Quanto a Saulo Ramos, o convite foifeito na quinta-feira da semana passada,mas ele só o aceitou anteontem. Motivo:seu escritório de advocacia patrocina vá-rias causas contra a União. "Agora tereique mudar a minha vida", observou ojurista, comentando que

"não seria éti-co" continuar com os processos.

Seis secretários de Estado deixarão seuscargos hoje para concorrer às eleições de no-yembro, Quatro deles — Eduardo Costa (Saúdec Higiene), Fernando Lopes (Planejamento eControle). Vivaldo Barbosa (Justiça e Interior)e Carlos Alberto Oliveira (Trabalho e Habita-ção) — são candidatos à Constituinte. Os outrosdois — Cibilis Viana (Governo) e César Maia(Fazenda) — também saem mas ainda não têmseu futuro definido.

Apesar de já apontado por diversos inte-grantes do PDT como companheiro de chapa deDarcy Ribeiro para a sucessão de Brizola, atéontem Cibilis admitia apenas que deixará asecretaria de Governo para assumir a presidên-cia regional do partido. César Maia, por sua vez,insiste em sua candidatura ao cargo de governa-dor, da qual só abrirá mão quando DarcyRibeiro declarar publicamente que está dispostoa concorrer à sucessão de Leonel Brizola.

AcertosAs exonerações serão assinadas hoje pelo

governador e publicadas amanhã no Diário Ofí-ciai do Estado. Os substitutos dos secretáriosque estão saindo serão, em princípio, os subse-cretários. A pedido do governador Leonel Bri-zola, os secretários César Maia e FernandoLopes (que darão lugar aos subsecretários Sirleide Oliveira Pinto e Teodoro Buarque de Holan-da) continuarão como assessores do Governo

PDT da Bahiaainda reluta em

os novos que chegam M 1 Vi ri TA ri aPoiar waldir;rasília — Os novos ministros começam a desembarcar na 1VX3.1"!!UlílOi clClO » J clIl-lO IIlclIlLlcl Salvador — Os encontros do it

para assuntos de finanças e investimentos, res- .pectivamenlc.

— Hoje e amanhã a caneta do governadorvai funcionar à beça — disse ontem o presidentedo BD-Rio, Neiva Moreira, que, como outrosdirigentes de empresas do Estado, vai deixar seuposto para disputar as eleições de novembro..,Neiva, por exemplo, será candidato à Consti-tuinte pelo Maranhão, onde o PDT deve fazeraliança com o PMDB e outros partidos, contra oPDS.

O 1° suplente de deputado Amadeu Rochaainda resiste à idéia de assumir a secretaria de-Governo, no lugar de Cibilis Viana. Ele ganharáuma cadeira na Assembléia na vaga de PauloRibeiro, que irá para o Tribunal de Contas doEstado. Pela fórmula imaginada pelo Governo,Amadeu assumiria a secretaria de Governo atémaio, quando então se desincompatibilizariapara disputar a eleição para deputado estadual.

O certo é que Cibilis Viana deixa a secreta- ¦ria hoje para assumir a presidência regional doPDT, onde sua candidatura a vice-governador iestá cada vez mais forte, apesar de ter concor-rentes: Paulo Ribeiro, José Maurício e JoséColagrossi.

Os secretários com mandato parlamentarpoderão continuar até 15 de maio, o que nãosignifica dizer que sairão todos de uma vez.Serão substituídos aos poucos, de acordo com asconveniências do Governo.

Simon já admitecoligação paraa Constituinte

Brasília — Os novos ministros começam a desembarcar nacapital, cheios de planos não revelados e movimentando a vidapolítica, quase paralisada pelo carnaval. "Assumo na sexta-feira, no fim de semana componho a equipe c, na segunda-feira,já trabalhamos para valer", disse Roberto Santos, que amanhãsubstitui Carlos SanfAnna no Ministério da Saúde.

Roberto Santos não adiantou seus planos, em sintonia comos demais ministros. "Não é hora", justificou.

"O ministérioestá provido", afirmou Paulo Brossard, que sucederá FernandoLyra no Ministério da Justiça. Amanhã, todos revelarão seusprojetos.

De pleno acordo com os colegas, o ministro dos Transpor-tes, José Rcinaldo Tavares, pretende reinaugurar o hábito demorar na península dos ministros, abandonado no primeiroministério da Nova República. Ele terá que tomar cuidadosidênticos aos de Brossard, que encomendou uma faxina namansão reservada à Justiça e que ficou desocupada enquantoFernando Lyra foi ministro.

Na próxima semana, Roberto Santos saberá como está amansão do ministro da Saúde, vazia desde que Carlos Sanfannaassumiu. "Se gostar, fico com ela", disse. Roberto Santos, noentanto, nunca deixou seu apartamento na Superquadra 114Sul, embora tivesse direito a uma ampla casa no Lago Sul, comopresidente do Cnpq, cargo que passa hoje ao vice-presidente doConselho.

fazer 150 obras até junhoSào Paulo — O prefeito Jânio Quadros,"muito mal-humorado", segundo seus as-

sessores, exigiu ontem, na primeira reuniãoque fez com todos os secretários, que trans-formem a cidade "num verdadeiro canteirode obras". Jânio determinou que até junhoseus secretários entreguem mais de 150obras na capital, utilizando recursos de Cr$3 trilhões, que o prefeito pretende conse-guir cortando o que considera supérfluo emvárias secretarias. Hoje de manhã, JânioQuadros vai dar uma aula inaugural numaescola municipal de 1" grau.

O primeiro programa de obras anuncia-do por Jânio prevê a construção de 30escolas de Io grau, outras 30 de educaçãoinfantil, 30 creches, cinco pronto-socorros,três mini-hospitais, três centros de abasteci-

mento, três teatros municipais e 10 bibliote-cas. Além disso, o prefeito determinou quedentro de quatro meses sejam concluídoscinco mercados municipais, dois viadutos,20 postos de assistência médica, criadas 20feiras-livres, e "dois ou três" blocos deapartamentos.

Segundo o "plano quadrimensal" de

Jânio, São Paulo deverá ganhar mais 20jardins, e uma área no centro da cidade serádesapropriada para servir de corredor detráfego. Na reunião, da qual participaramalém dos secretários, alguns diretores deautarquias municipais e vereadores, Jânioenumerou todas as obras que quer verconstruídas incluindo até mietórios públi-cos, que ele prometeu entregar à populaçãodentro de 120 dias.

Salvador — Os encontros do ministro daPrevidência Social, Waldir Pires, com o gover-nador do Rio de Janeiro. Leonel Brizola, ocorri-dos durante o período de carnaval no camarotedo governador, na passarela do samba, nãoreduziram a resistência do presidente regionaldo PDT, deputado federal Elquisson Soares, emdar apoio ao candidato do PMDB ao governo daBahia.

Convidado também por Brizola para assistirdo camarote do sambódromo ao desfile dasescolas de samba, o presidente do PDT baianopreferiu passar o carnaval na cidade de Vitóriada Conquista, onde voltou a fazer críticas seve-ras "à aliança formada por Waldir Pires com ossetores da direita mais reacionária da Bahia nacomposição da chapa que disputará as eleiçõesmajoritárias de novembro".

O deputado Elquisson Soares anunciou,para hoje, um encontro político com o professorJosaphat Marinho, candidato da coligação PSB-PFL-PDS-PTB, "com a finalidade de discutir asucessão baiana e as candidaturas que já estãopostas".

Porto Alegre — O ministro da Agricultura,"" 'Pedro Simon, admitiu a possibilidade de coliga- '

ção entre PMDB e PDT no Rio Grande do Sulcom vistas às eleições deste ano: "Todos ospartidos deveriam se entender. Não há dúvidanenhuma de que vejo o entendimento com oPDT com a maior perspectiva. Acho que asdivergências que tivemos ontem são muito pe-quenas, diante das responsabilidades que temos •'¦hoje e os compromissos que temos com oamanhã".

Na opinião de Pedro Simon, os interesses doRio Grande do Sul devem estar acima de"'"qualquer questão pessoal e disse que é preciso"primeiro colocar a casa em dia para depois'"*'poder tentar influenciar em nível nacional".

Em entrevista por telefone ao programa *

Guaíba Revista, da Rádio Guaíba, Simon afir-mou que nesta hora difícil em que vive o estadoé necessário a busca do entendimento parachegar a um denominador comum "não em •torno de uma candidatura apartidária ou extra- .partidária, mas em torno de um nome que tenhacondições de lidar com todos os partidos e comtodos os setores". -"

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JORNAL DO BRASIL Cidade quinta-feira, 13/2/86 ? 1° caderno ? 5

Fraternidadeluta este anopor reformas

A Campanha da Fraternidade, lança-da ontem à noite pelo Papa João PauloII, será especialmente centralizada naativação da luta pela reforma agrária epela reforma urbana "dentro da lei, daordem e da fraternidade", no que serefere à sua execução no Brasil, segundodisse o cardeal-arcebispo do Rio de Ja-nciro, d. Eugênio Sales, após celebrar amissa da quarta-feira de Cinzas, de inicia-ção da quaresma, na catedral de SãoSebastião, na avenida Chile.

D. Eugênio aproveitou a oportunida-de — ontem foi dia de jejum e abstinên-cia para os católicos — para criticar osdesfiles do carnaval e o público que osaplaudiu, considerando que houve "li-cenciosidade a níveis inacreditáveis". Ocardeal afirmou, preocupado, que se "ofuturo da Pátria dependesse do que assis-timos nesses três dias, debaixo de aplau-sos, haveria motivos para muita preocu-pação".— O futuro da Pátria felizmente de-pende de Deus, de cada um enquantocomunidade, e de critérios morais sólidossobre os quais se possa edificar a justiça— acrescentou d. Eugênio Sales, lamen-lando que a Igreja seja impotente paraimpedir os excessos.

Fraternidade

A comunidade católica do Rio parti-cipará ativamente da Campanha da Fra-ternidade — "Terra de Deus, Terra deIrmãos" — conforme explicou d. Eugê-nio, mas aguardava a mensagem do Papatransmitida ontem à noite pela televisão,para extrair daí orientação específica pa-ra a organização do material.

Os princípios gerais que nortearão acampanha no Brasil já estão, porém,definidos pela CNBB: " Sensibilizar aopinião pública para uma reforma agráriajusta e pacífica, que atenda às necessida-des justas do povo brasileiro, mas semestimular invasões de terras" — definiu ocardeal.

A missa de iniciação da quaresma, àslSh na catedral, foi pouco concorridadevido às enchentes que perturbaram amovimentação para o centro da cidade.Por isso, a mensagem de d. Eugênio nahomília foi rápida e poucos católicosreceberam a imposição de cinzas — ceri-mônia na qual o sacerdote faz o sinal-da-cruz na testa dos fiéis após mergulhar odedo nas cinzas. As cinzas são resultantesda queima de palhas utilizadas nas paro-quias no domingo de Ramos.

D. Eugênio convocou os católicos à"penitência e à reconciliação depois doque vimos neste carnaval", afirmandoque a reponsabilidade dos cristãos é gran-de, pois cabe a eles "fazer

penitênciapara o fortalecimento no combate aosespíritos do mal e obter reparação pelasofensas a Deus".

Foto de Carlos Hungria

Entrada franca salvadesfile do grupo 1-B

Cerca de 600 pessoas do famoso bloco foram às ruas para criticar a Nova República

Maior partedo lixo vemdos camarotes

Chave de Ouro sai sob achuva e mantém tradição

O mau tempo ameaçou e assustou,mas o Chave de Ouro não rompeu atradição de 39 anos e voltou a acrescentarmais um dia ao carnaval carioca. Mesmosob forte chuva, o bloco desfilou ontempelas ruas do Engenho Novo, tendo àfrente — como uma espécie de abre-alasdas escolas de samba — o Patamo 52-0031, do 3" BPM. Luís Texieira da Silva,o .Macaco, lamentou o que julga estar"em

processo de extinção", o Chave deOuro, que ajudou a fundar em 1947.

— O Chave de Ouro está descaracte-rizado. Há cinco anos atrás, quando libe-raram a saída, o bloco desfilava sobrepressão da polícia. Agora perdeu todoo charme e, a cada ano que passa, estámais sem graça.

As lamentações de Macaco foramcompartilhadas por Judithe Guimarães,69 anos, bandeira em punho, que, mesmoafirmando que a polícia deveria reprimire não ajudar o desfile do bloco, não secansava de sambar sobre enormes poçasd'água, insistindo em dizer que

"não

podemos deixar morrer a tradição dodesfile de Quarta-Feira de Cinzas, doChave de Ouro".

Críticas ao governoApesar de "descaracterizado", como

definiu Macaco, o Chave de Ouro reuniucerca de 600 pessoas, a maioria morado-

ras do Engenho Novo e Méier. quetradicionalmente desfilam no bloco.Houve muita animação e críticas ao Go-verno em muitos cartazes que fizeramparte do desfile.

Nova República? Mc engana que eugosto. Como esse cartaz, carregado porum senhor, outros mais fizeram parte dodesfile do Chave de Ouro, que começouno cruzamento das ruas Adolfo Bergami-ni com Dias da Cruz, na Méier, com umaguerra de talco entre os participantes.

Mas, apesar da chuva e de pequenasbrigas —que terminaram com a interven-ção da PM — não faltou animação entreos participantes do Chave de Ouro. Aempolgação foi tanta que a rainha dobloco, Marise Simpatia, não hesitou emchamar para alguns passos Marise Melo,administradora da 13a Região Adminis-trativa, no Méier.

Apesar das críticas, a PM apenasacompanhou o desfile "para evitar brigase saques às lojas e supermercados. Odesfile começou às 14h e o bloco percor-reu a Av. Amaro Cavalcanti e as ruasAdolfo Bergamini, Doutor Bulhões, Bor-ja Reis e Dias da Cruz, onde o grupovoltou a se concentrar para cantar osamba-enredo da Império Serrano, Euquero, sobretudo o refrão: "Me dá, medá. Me dá o que meu, Foram 20 anos quealguém comeu".

Das 200 toneladas de lixo recolhidasnos dois dias de desfile das grandesescolas na Passarela do Samba, a maiorquantidade foi produzida pelos foliõesdos camarotes, segundo o chefe de Servi-ços Especializados da Comlurb, AmauriBittencourt. Na limpeza das áreas inter-nas e externas, a empresa mobilizou 320homens, 20 caminhões de 6 toneladas, 60cestos e 200 latões.

No lixo dos camarotes, muitas garra-fas de uísque importado e do champanheMoet Chandon. Um gari comentava quehá muito tempo não via tanta garrafa. Deresto, no lixo de toda a Passarela predo-minavam latas de cervejas, tablóides de

jornais com letras dos sambas-enredo,revistas da Riotur, marmitas, garrafas derefrigerantes, vcntarolas e pedaços detorta e de pão de forma.

O trabalho da Comlurb começou nasexta-feira. Em média, após cada desfile,foram recolhidos cerca de HK) toneladasde lixo. Dois caminhões-pipa lavaram apista às 8h30min de ontem e a limpezageral da Passarela foi concluída às llh.

Diferente do que se viu no domingo esegunda-feira, o desfile das escolas dogrupo 1-B tinha tudo para ser fraco. Masa Riotur, salvou o desfile abrindo osportões para a entrada gratuita de milha-res de pessoas que encheram as arquiban-cadas da Passarela, que no início dodesfile, às 20h30min, segundo as estimati-va da própria Riotur, não tinha mais de 5mil pessoas.

De um grupo fraco de escolas queaspiram desfilar ano que vem no blocoprincipal, os destaques, segundo a acolhi-da do público presente no Sambódromo,ficaram com a Independentes de Cordo-vil, Acadêmicos do Engenho da Rainha,Acadêmicos de Santa Cruz e Unidos deLucas, que, além do ex-campeão mundialde futebol, Jairzinho, trouxe para a ave-nida a menina Diana, de três anos, comoporta-bandeira mirim.

ConstituinteO desfile começou no horário previs-

to e terminou no final da madrugada deontem, superando a estimativas dos orga-nizadores, que previram que ele só termi-naria na manhã de quarta-feira. Todas asnove escolas obedeceram as normas detempo, desfilando no tempo mínimo de60 minutos e jamais ultrapassando a mar-ca de 70 minutos estabelecida pelaRiotur.

A União de Jacarepaguá foi a primei-ra a entrar na Passarela, ainda com asarquibancadas bastante vazias. Um mil600 figurantes desfilaram o enredo Nocheiro, no trago, no mastigo ou de bafora-da. do carnavalesco Jorge Laureano, oChocolate, cujo tema denunciava os ma-les do fumo.

"E o povo sai do marasmo e começaa discutir,/Bota a boca no trombone pranão ter que engolir", com estes versos dosamba de Mazinho e Nabor Veneno, aIndependente de Cordovil procurou mos-trar no enredo do carnavalesco PauloCésar Gonçalves que a Nova Repúblicasó se consolidará através de uma novaConstituição.

A comissão de frente da Cordovil —todos vestidos com traje presidencial —foi entusiasticamente aplaudida pelo po-vo. Ela representou, segundo o cantava-lesco, o povo no poder, num enredodividido em quatro partes: a luta deMitavaí contra Macobeba, a morte deMitavaí e o retorno de Tetaci, a mãe dopovo, os filhos de Macobeba (corrupção,fraude, mordomia, desrespeito aos direi-tos humanos e violência) e, finalmente, aherança de Mitavaí, que deixou claro queo Brasil só seria Brasil com uma novaConstituição.

Após a Independentes de Cordovil,desfilou o Arranco, que teve, pela quartavez, o espanhol Juan como autor dosamba-enredo da escola, que fez apologiada bebida, contando a história de umboêmio, que afogava suas desilusões en-

tre um copo e outro na mesa de um bar.Em sua bebedeira, o boêmio faz críticas àSeleção Brasileira de futebol, à inflação eà democracia no enredo do carnavalescoAntônio Sérgio, que 1 mil 800 componen-tes sustentaram com bastante entu-siasmo.

São Clemente já participou do desfiledas escolas principais e merece estarentre as grandes, apesar de rebaixada noano passado. A escola manteve a linha deenredos de críticas sociais e, neste ano,apresentou Muita saíiva e pouca saúde, osmales do Brasil são..., dos carnavalescosCarlos Andrade e Roberto Moura. Aescola fez referência à cura do cientistaAugusto Ruschi pelos pajés Raoni eSapaim. Como no ano passado, a comis-são de frente deu um show à parte,recebendo muitos aplausos.

A Acadêmicos do Engenho da Rai-nha, uma dos destaques dos desfiles do 1-B, escolheu o enredo Ganga Zumba, raizda liberdade para desfilar na Passarela.Bastante animados, seus 2 mil 400 com-ponentes cantaram desde a chegada daPrincesa Aqualtune em terras brasileiras,feita escrava e trazida da África, à sua vilcomercialização, o nascimento do filho àepopéia da Serra da Barriga, em Ala-goas, onde foi instalado o Quilombo dosPalmares.

A maior escola do grupo 1-B, aAcadêmicos de Santa Cruz, com 3 mil500 componentes, lutou com garra naAvenida para voltar ao grupo 1-A, deonde foi rebaixada ano passado. E você, o •que é que dá? foi seu enredo, que propu-nha um esforço pela salvação da econo-mia nacional, descrevendo as potenciali-dades dos Estados brasileiros.

Outra grande escola do grupo 1-B eque já figurou entre as grandes do 1-Avárias vezes, a Em Cima da Hora, trouxepara a avenida um enredo que não agra-dou muito o público, apesar de seuscomponentes terem sambado do início aofim do desfile. Terras Brazilis foi seutema, que procurou retratar as potência-lidades do Brasil calcado na profecia.deCaminha de que

"em se plantando tudodá".

O imortal compositor da Portela,Candeia, foi o enredo escolhido pelocarnavalesco João Batista Vargens, des-dobrado por Manarco, para o desfile daUnidos do Jacarezinho, que cantou Can-deia, luz da inspiração. Os 2 mil 200componentes da escola, apesar de muitaanimação, não chegaram impressionar opúblico presente.

Por fim, a Unidos de Lucas, escolapobre, mas que lutou com muita garrapara voltar a figurar entre as grandesescolas de samba. O enredo era No anoda copa, bota no meio, do cronista espor-tivo Luis Orlando. Ao som do samba-'enredo assinado por d. Gertrudes, 69anos. a escola vibrou do início ao fim commuito samba do pé, tornando-se virtualcandidata à promoção ao grupo l-A,-„*

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6 0 1° caderno a quinta-feira. 13/2/S6 Ciência JORNAL DO BRASIL'

Informe JB

A novela da reforma ministe-rial chega aos últimos capí-

tulos.1) O ministro Dílson Funaro,

que acabou se tornando o novo czarcia economia, apesar de recusar otítulo, revela-se também o principalarticulador político do PMDB. On-tem ele disparou ligações para to-dos os cantos do país. levando aindicação "partidária" do futuroministro da Previdência;

2) Enquanto o engenheiro Da-vid Élkind ficava preso ontem nomonumental engarrafamento daAvenida Brasil dentro de um deseus quatro BMW, sua cabeça eradecidida em Brasília. Ele não será opróximo presidente do BNDES,porque o fichário do SN1 não abo-nou a escolha;

3) Caso o PMDB de Pcrnambu-co não leve a Previdência, receberácomo prêmio de consolação a Sudc-ne. Aliás, além da Sudene, o BNH,o BNDES e a Caixa EconômicaFederal estão servindo de moedacompensatória para acomodar frus-trações;

4) O ministro Almir Pazzianottonão concorda com a interpretaçãode que o novo ministério está mais àdireita. Acha que o presidente fez"uma composição que correspondeaos equilíbrios políticos delineadosnos últimos meses";

5) Desembarca hoje de manhãno Rio o futuro ministro daCultura, Celso Furtado.

Operação navalDuas lanchas da Marinha de Guerraparecidas com as que os americanos

usaram no desembarque da Normandiachegaram durante o carnaval a uma

praia da Ilha Grande.A tropa desembarcada usava unifor-

me de campanha: calção e biquíni,envergados por foliões muito alegres edispostos a defender com unhas e den-tes a corte de Momo.

DQuem mais gostou da chegada das

lanchas — uma delas era a Guarapari —foram os donos de barcos da Ilha Gran-de, que na noite do desembarque com-pravam pela metade do preço óleotirado dos tanques das embarcações.

PreconceitoA esquerda continua tendo precon-

ceito contra a Beija-Flor de Nilópolis.O cineasta Leon Hirshman deu nota

8 para o quesito Evolução da escola.Intelectual, como disse Joãozinho

Trinta, realmente não gosta de luxo.

Em campanhaO governador Leonel Brizola não

brinca em serviço.Aproveitando o embalo da vitória

da Mangueira no carnaval carioca, eleanunciará nas próximas horas a entregado título de propriedade a todos osmoradores da favela.

DAliás, toda a área do morro da

Mangueira foi desapropriada em 1962pelo então secretário de Governo daantiga Guanabara, Rafael de AlmeidaMagalhães, de um rico comercianteportuguês que ameaçava expulsar osmoradores do local.

ArrastãoMais peixe na rede do PDT: nos

próximos dias assinam ficha do partidoos deputados paulistas Farabulini Jú-nior (federal) e Eduardo Bitencourt(estadual).

Os dois são do PTB.

CorrespondênciaO ministro Dílson Funaro passou o

carnaval respondendo às cartas que che-gam de todo o país com votos pelo seurestabelecimento e comunicações comoa de um grupo de 18 senhores do

interior de Minas Gerais, que rezamnovenas para que ele fique curado docâncer.

Funaro respondeu de próprio punhoa 400 das 1.350 cartas que recebeu.

Ele contou isso ontem ao empresa-rio carioca Ronaldo Cczar Coelho, aquem recebeu para uma conversa deuma hora.

Vende-sePara que a UNE receba de volta o

terreno da Praia do Flamengo onde suasede funcionou até 1964, c preciso ago-ra que o reitor da Uni Rio, escritorGuilherme Figueiredo, concorde emdevolvê-lo ao governo federal.

No governo passado, o presidenteJoão Figueiredo, irmão de Guilherme,doou o terreno à UniRio, depois que oprédio — onde funcionaram desde o fimda década de 60 o Conservatório deMúsicas c o palco da Escola de TeatroMartins Penna — foi demolido, paraimpedir sua retomada pela UNE.?

Agora, embora a UniRio viva deverbas do MEC, seu reitor não estáquerendo devolver o terreno, masvendê-lo.

Jogando a toalhaO economista Ròmulo de Almeida,

que é presidente do PMDB da Bahia,desistiu ontem de se candidatar à Cons-tituinte, preferindo ficar na diretoria doBNDES:

Eu resolvi poupar esforços físi-cos e financeiros. A eleição para aConstituinte está se transformando numgrande leilão de votos.

PertenceO procurador-geral da República,

Sepúlvcda Pertence, está mantido nocargo. O novo ministro da Justiça, Pau-Io Brossard, dedicou-lhe ontem umelogio:

Se Pertence não fosse o procura-dor, eu o convidaria para o cargo.

Sem ideologiaSabedoria com que o teatrólogo

Dias Gomes explica sua presença nocamarote do governador Leonel Brizo-Ia, para assistir ao desfile na Marquêsde Sapucaí:

Carnaval e futebol estão acimadas divergências ideológicas.

Dias Gomes, que nunca deu refres-co a Brizola em seus trabalhos para atelevisão, garante que, se for convidadopelo governador para a Tribuna deHonra do Maracanã, aceitará igualmen-te o convite.

PaixãoRetrato da paixão que envolve o

carnaval carioca, na frase do CapitãoGuimarães, banqueiro do jogo do bichoe patrono da Unidos de Vila Isabel:

Até a abertura dos envelopes,todos os jurados são merecedores daconfiança dos sambistas.

Carnaval atrasadoEstá nas bancas a publicação Mclho-

res Momentos do Carnaval, vendida aCrS 5 mil, preço que aparece numapequena etiqueta colada na primeirapágina.

Quem se der ao trabalho de retirar aetiqueta constatará que as fotos escan-dalosas são na verdade do carnavalpassado: embaixo do preço atual está oantigo — Cr$ 580.

Aliás, o título — sincero — não dizde que Carnaval são os melhores mo-mentos.

Correio popularA conta é oficial: de julho a janeiro,

o Palácio do Planalto recebeu 94.116cartas, das quais 46.366 foram encami-nhadas aos ministérios para as devidasprovidências.

O ministério que recebeu maior nú-mero de cartas foi o da PrevidênciaSocial: 10.697. O menos solicitado foi oSNI, para onde foram encaminhadasapenas três cartas.

O restaurante La Mole deBotafogo está servindo bata-ta palha com caco de vidro.

O ministro Marco Macielacha que ficou tempo bastan-te à frente do MEC. Está namédia, porque a Educaçãoteve, em 56 anos, 53 mitiis-tros. E um deles foi GustavoCapanema, que passou todo oEstado Novo no cargo.

Piada que circulou na Mar-quês de Sapucaí: utilizar oManequinho. da Praia de Bo-tafogo, como símbolo do no-vo Ministério da Irrigação.

Setores da Igreja católicanão gostaram nem um poucoda entrevista do vice-governador Darcy Ribeiro noPasquim: ele defende, entreoutras coisas, que todo mun-do devia casar mais de umavez.

O ministro Dílson Funaroalmoçou com o presidente daCaixa Econômica Federal.Marcos Freire, e comunicou-lhe que se ele não for oministro da Previdência So-ciai poderá continuar nocargo.

O piloto Nelson Piquet pas-sou boa parte do baile "Nu-ma Noite em Bagdá", no Clu-be Monte Líbano, divertindo-se com a ex-juiza MareiaMoura.

Os funcionários estaduaise da prefeitura de Belo Hori-zonte puderam, com permis-são do prefeito e do governa-

Lance-livre-dor, "enforcar" o dia de on-tem e só retornar hoje a suasrepartições.

O presidente do INAMPS,Hésio Cordeiro, era um dosmais animados integrantes dobloco do Clube do Samba, naAv Rio Branco.

Flávio Lara Rezende, 25anos, chefe do gabinete doMinistro José Hugo no Gabi-nete Civil, deverá ser candi-dato a deputado estadual pe-Io PMDB mineiro.

Samba, política e futebolserão os temas debatidos ho-je, a partir das 23h, no pro-grama 1986, da TV-E.

O secretário de Fazenda,César Maia, foi alvo de vá-rias homenagens de sambis-tas no desfile das escolas desamba, na Marquês de Sa-pucaí.

O novo diretor-gcral daPolícia Federal, delegado Rn-meu Tuma, é um romântico:adora tangos e é fã de Rober-to Carlos. Suas preferênciasforam reveladas à revistaContigo desta semana.

O presidente da Confedc-ração Nacional dos Trabalha-dores no Comércio (CNTC).Antônio Alves de Almeida,alertou o PMDB e o PFLpara se unirem ao governoSarney e buscarem uma solu-ção para a inflação "via con-tcnçào de preços".

A peça Fedra, dirigida porAugusto Boal. com Fernanda

Montenegro e Fernando Tor-res, inicia amanhã uma sema-na de ensaios abertos ao pú-blico no Teatro de Arena.

O telefone de serviço dehora certa da Tclerj, 130,não funcionou ontem.

César Camargo Marianoestréia seu novo show, PrismaSib n" 2, no Teatro João Cae-tano, no próximo dia 3. Nopalco estarão Luisão, contra-baixo, Nelson Ayres, teclado,Joãozinho Paraíba, percussãoe, Riverte, sopro.

O Chevette KR 5828. deNova Friburgo, usando sire-nc de polícia para abrir cami-nho no trânsito, na segunda-feira de carnaval, bateu natraseira de outro veículo. Odono recusou-se a pagar oprejuízo e argumentou: "Sa-be com quem está falando?"

O secretário-geral do Mi-nistério da Cultura, JoaquimItapary, mandou preparar omaior salão da casa para aposse do novo ministro, CelsoFurtado, amanhã. O salão fi-ca no subsolo do prédio.

O ministro Olavo Setúbal,de Relações Exteriores, dei-xou escapar ontem errada-mente o nome do PFL Setu-bal disse: "o Partido da Fren-te Popular". Na certa ele selembrou do seu falecido PP,o Partido Popular.

Faltam 363 dias para oCarnaval.

Uso de lentes decontato em viagemaérea exige cuidado

Nova Iorque — Quem usa lentes de contato deve tomarcertas precauções ao viajar de avião. O Dr Dwight Akcrman,oítalmologista, informa que as cabines pressurizadas desidra-tam o ar e evaporam as lágrimas que fazem uma espécie decolchão entre as lentes e os olhos. As lágrimas tambémfornecem à córnea o oxigênio que permite aos olhos "respira-rem" enquanto estão sob as lentes.

A situação piora — acrescenta o especialista — para osportadores de lentes de contato que lêem durante o vôo,porque essas pessoas não fecham os olhos com muita frcqiiên-cia. São as pálpebras que mantêm a umidade dos olhos,explica ele.

Akcrman dá um conselho: limpar bem as lentes antes deentrar no avião, fazer intervalos durante a leitura e luhrificaras lentes com o líquido apropriado, se necessário. Mais umainformação: os viajantes precisam saber que o álcool e o cafédesidratam o corpo e os olhos.

Pesquisa mostra que aletra ruim dos médicos

prejudica os pacientesBoston — A expressão "letra de medico" sempre signifi-

cou uma caligrafia praticamente ilegível. Mas a constataçãopermanecia mais ou menos no terreno da brincadeira. Agora,impressionados com o tempo que se perde na leitura de certasreceitas e registros médicos e com — entre outras coisas — ospossíveis perigos que isso representa para os pacientes,pesquisadores americanos realizaram um estudo sério sobre oproblema.

O Dr John F. Beary c um assistente seu resolveramestudar o assunto quando faziam um trabalho de avaliação daqualidade dos serviços médicos no Hospital da Universidadede Georgetown em Washington — e verificaram que osregistros e anotações eram escritos de forma lamentável.

JaponêsDescobrimos que os manuscritos incluíam desde

caligrafias impecáveis até coisas que pareciam escritas emjaponês — diz o Dr Beary.

Os dois médicos, que resumiram seu trabalho numa cartaao The New England Journal of Medicine, examinaramanotações sobre pacientes feitas por 50 médicos e residentes,para avaliar o número de palavras ilegíveis, tempo extra gastona leitura, compreensibilidade c identificação de assinaturas.

A pesquisa concluiu que, em alguns casos, 52% daspalavras eram ilegíveis, 42% eram ilegíveis até certo ponto,com 12% dos registros tendo mais de 5% de notas absoluta-mente incompreensíveis. Além disso, o estudo demonstrouque aquelas anotações desleixadas exigiam um tempo extra deleitura em 42% dos casos, sendo as assinaturas completamenteirreconhecíveis em 80% da amostragem.

PerigoO preço pago por isso — diz o Dr Beary — inclui a

baixa qualidade dos serviços, perda de tempo dos profissio-nais, possíveis problemas legais e desperdício de recursos nareprodução de dados funcionalmente perdidos por causa dailegibilidade.

Também é potencialmente perigoso para os pacientes— acrescenta Beary. — Uma informação-chave para diagnós-tico de determinada pessoa (um cardíaco, por exemplo) podenão estar à mão no momento necessário. Se não se consegueler determinado registro, fica difícil administrar a medicaçãomais indicada.

I

Buraco negroganha novasexplicações

O astrônomo Richard B.Larson. chefe do Departamen-to de Astronomia da Universi-dade de Yalc, levantou a teoriade que a Via Láctea está envol-ta numa gigantesca nuvem de"buracos negros", concentra-ções tão densas de matéria quenem mesmo a luz escapa de serengolida por eles.

A teoria de Larson foi divul-gada no último número do bo-letim mensal da Royal Astro-nomical Socicty, de Londres.Segundo o cientista, a existên-cia desse halo em torno da ViaLáctea seria responsável pelagravidade que controla certosmovimentos de estrelas dentroda galáxia, movimentos essesque de outra forma são inexpli-caveis.

A teoria dos "buracos ne-gros" excita há anos a imagina-ção de astrônomos e leigos.Nunca se conseguiu provar suaexistência, mas volta e meiasurgem hipóteses de que have-ria um "buraco negro" no inte-rior da galáxia, que estariapouco a pouco sendo "engoli-da" por cie. Agora, Larsonlevanta a hipótese da existêncianão de um, mas de muitos"buracos negros", cm volta dagaláxia.

De acordo com a teoria doastrônomo de Yale, a formaçãode uma estrela pode ocorrer deduas diferentes maneiras. Emgigantescas e luminosas nuvensde moléculas quentes, tais co-mo a que já foi observada naconstelação de Órion, estrelaspelo menos 100 vezes mais ma-ciças que o Sol podem formar-se. Seu tempo de vida é relati-vãmente curto, pois cias en-tram em colapso, transforman-do-se em "buracos negros".

Esse processo, de acordocom a hipótese de Larson, do-mina o estágio inicial de forma-ção da galáxia. A radiação des-sas estrelas gigantes forma oambiente de calor necessáriopara produzir mais estrelas co-mo essas. Os "buracos negros"remanescentes desse estágioformariam o halo exterior dagaláxia.

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44!

Halley volta da viagem-^rumo ao Sol e será denovo visível no dia 20

São Paulo — O cometa Halley vai começar a rcapicer, a partir do próximo dia 20, antes do nascer do Sol.podendo ser visto com binóculos, com algum prejuízo cievisão, por causa da lua cheia do dia 24. Até esse dia,somente a sonda americana que está no espaço — a PiorfeerVênus, auxiliada, pelo satélite solar Max — é capaz deobservar o cometa. "A novidade é que o comportamento] docometa está surpreendendo os astrônomos, pois sua taxa deevaporação tem apresentado o dobro do percentual espera-do. E disso depende todo o aspecto de observação",afirmou ontem o astrônomo Nelson Travnik, 50 anos,diretor do observatório de Campinas e coordenador'doPrograma Brasileiro de Observação do Cometa Haliey.Quanto maior é a taxa de evaporação, maior é a caudal docometa. •

No último domingo, dia 9, o Halley atingiu a máximaaproximação do Sol, medida em 88 milhões 65 mil 195 Km,exatamente às 11 horas da manhã. A partir do periélio, onome dado ao maior ponto de aproximação do sol, o cometainiciou sua viagem de retorno."E interessante lembrar que aaproximação atingida domingo só voltará a acontecer da.quia 75 anos, exatamente dia 28 de julho de 2061. A última vezque o Halley atingiu a mesma aproximação foi cm 20, deabril de 1910", observou Travnik, que também é pesquisa-dor em Astrometria da Universidade Federal do Rio, deJaneiro.

A observação ',Em sua viagem de volta, o cometa vai atingir a máxima

distância do Sol — denominada afélio — no ano de 2024.quando estará a 5 bilhões 200 milhões de quilômetros doSol. A partir do dia 20 deste mês, começarão suas aparições.No início, antes do Sol nascer, e na altura da constelação deAquarius. Na noite de 23 para 24 de fevereiro, ele passapara a zona da constelação de capricórnio. O equipamentoideal para sua obervação será, então, um binóculo. Mas, operíodo não é o mais indicado, porque a lua cheia, dia 24,vai interferir negativamente na observação do cometa. '

Portanto, o melhor período para se observar o Halleycomeça mesmo em março. Os melhores dias estão entre 7 e19, justamente quando os observatórios de Campinas eAmericana — a 150 Km de São Paulo — estarão recebendoo público e os turistas. '

A visãoO astrônomo Travnik lembra que o período em que a

cauda do cometa parecerá maior será de 23 a 31 de março,com 15 a 30 graus.

"Para melhor entendimento do leigo'^ —explica o astrônomo — "15

graus correspondem a 30 luascheias enfileiradas uma atrás da outra, porque o diâmetro deuma lua cheia tem 0,5 grau. E 30 graus seriam 60 luas cheiasenfileiradas, o que significa uma visão muito nítida a alhonu".

Já no dia 26 de março, a Lua entrará na sua fase cheia,atrapalhando de novo a observação do cometa, o que se1 vairepetir a partir de 15 de abril, culminando dia 24. Em maio,a observação só será possível com binóculo ou telescópio,acrescenta Travnik. Mas os dias em que o cometa terá maiorbrilho, quando sua cauda estará menor mas mais perto daTerra, serão entre 6 e 9 de abril. A aproximação máximadeverá ocorrer dia 11 de abril e foi calculada pelos astrôno-mos em 63 milhões de km da Terra. A última vez que issoaconteceu foi a 20 de abril de I91Ò. Mas naquela ocasião oHalley chegou ainda mais perto da Terra: 21 milhões de km."Por isso, desta vez, ele aparecerá três vezes menor",afirma o astrônomo.

Vagabundos do espaçoEmbora sejam chamados os vagabundos do espaço, os

cometas têm momentos de velocidade incrivelmente alta-, aocontornar por exemplo, o Sol, para que não sejam tragadospor ele. "O Halley teve de correr 54,55km/segundo. que é omesmo que 3 mil 273 km/minuto ou 196 mil 380 km/hora, Selembrarmos que uma bala de fuzil, ao deixar o cano daarma, tem velocidade de 1 km/segundo, tal cifra chegarealmente a ser espantosa", observa Travnik.

Os dias mais favoráveis para a observação do cometaHalley são os seguintes:Março: dia 08 — das 3h30min até o alvorecer

10 — das 3h20min até o alvorecer15 — das lh30min até o alvorecer19 — das 23h40min ao alvorecer

Abril: dia 1. — das 22h às 3h05 — das 20 às 24h3()minIII — das Í9h às 21h30min15 — das L8h30min às 21h30min

IA observação poderá ser feita sempre a olho nu, em .

locais onde não haja poluição atmosférica, nem luminosi- 5dade. *

Tempestade solar adiafotografias do cometa |

Mountain View, Califórnia — As tão ansiosamente aguar- «dadas imagens do cometa Halley tiradas na semana passada pela „sonda americana Pioneer Venus não serão conhecidas antes de -pelo menos duas semanas. A estática causada por uma gigantes- ~ca tempestade magnética no Sol obscureceu parte dos dados "enviados pela espaçonave, necessários para que os compu- 'tadores baseados na Terra decodifiquem as medidas, transfor- «mando-as em imagens bidimensionais.

Os cientistas da NASA responsáveis pelo projeto Pioneer *jVenus esperavam ter tudo pronto na última terça-feira, mas 8agora calculam que precisarão de mais duas semanas. "Nós Jtemos todos os dados de que precisamos, mas vai ser precisomuito tempo para decifrar os sinais sem auxílio dos compu- ~tadores. explicou Richard Fimmel, da NASA.

A Pioneer Venus, que estava em órbita ao redor do planeta <?Vénus, foi redirecionada no ano passado para estudar o Halley.É a única espaçonave americana que está acompanhando o 'cometa. Já a Europa, Japão e União Soviética enviaram navesespecialmente para estudar o Halley cm sua passagem pelo

~

interior do sistema solar. As imagens do Halley serão obtidas -pelas naves européias, japonesas e soviéticas a partir do mês mque vem.

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JORNAL DO BRASIL quinta-feira, 13/2/86 ? 1" caderno a 7

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PAS PREV Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social

Vinculada ao Ministério da Previdência e Assistência Social C.G.C. 42 4 22.25 3/0001-01

RELATÓRIO DA PRESIDÊNCIAFm conformidade com o que estabelece o Estatuto da Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social_- Dataprev,

tenho a honra de apresentar, aprovado pelo Conselho de Administração da Empresa, o Balanço relativo ao Exercício de 1985.O resultado apresentado rellete o programa de trabalho executado, que visou à recuperação da empresa c ao seu engajamento

na modernização e controle da Previdência Social. ..'¦¦„. , iNos últimos anos a diminuição gradativa dos recursos da Dataprev vinha impedindo a empresa de modernizar seu parque de

equipamentos Porem em 1985, foi contratada a substituição de um dos seus computadores de grande porte instalado desde fcverei-ro dê 1977 por outro Bürroughs B-7 900, cerca de seis vezes mais eficiente. Com esse novo equipamento, a Dataprev poderá atenderà demanda atual dos serviços enquanto se desenvolvem os trabalhos relativos à implantação do cadastro de segurados. Para esse proje-to de cadastramento foi contratado, com o apoio do INAMPS,o terceiro computador de grande porte para a Dataprev, equipamentoHoneywell-Bull DPS 7 827. importado pelo acordo Brasil-I rança, que devera estar instalado ate o linal do primeiro semestre de 1986,assim como foi desenvolvido o Projeto UNIMOS-Unidadès Móveis de Previdência Social, com o duplo objetivo de prestação de servi-ços previdenciános e de cadastramento das populações rurais hoje não atendidas pela rede da Previdência Social.

Nas relações com o quadro funcional, foi estabelecido, pela primeira vez. nos dez anos de existência da Dataprev, o dialogo coma Associação Nacional dos Empregados - ANFD e com a Associação dos Profissionais em Processamento de Dados - AI I D, cujoresultado íoi uma proposta de acordo coletivo aprovado pelo CISE. onde importantes conquistas trabalhistas toram obtidas. _

A introdução de política austera para suprimentos permitiu reduzir, em cerca de 35%, as despesas reais com novas aquisições dematerial de consumo. ,.,,„ ,¦ , , .

Do orçamento inicial que substimava a inflação reajustando receitas e despesas em apenas 146%, chegou-se ao linal do Exercíciocom um crescimento de 253'f na receita e de 2327r na despesa. Estes números, descontada a correção monetária dos valores, sigmli-cam um crescimento real de 10% na receita operacional, contra uma expansão de apenas 4% na despesa total. _

Não obstante o resultado operacional positivo, o resultado liquido do Exercício apresentou, ainda, déficit decorrente da varia-

ção de correção monetária prevista pela lei 6.404. O prejuízo de 1985 eqüivale, em valores corrigidos, a apenas 26% do prejuízoregistrado em 1984. e devera desaparecer em 1986, a partir da decisão de a Dataprev voltar a investir, executando o plano de investi-mentos aprovado na atual gestão do MPAS.

Na execução de suas tarefas, coube à Dataprev expressiva participação no apoio aos órgãos do SINPAS na administração dosserviços, levantando fraquezas existentes nos controles das operações da Previdência Social, melhorando os sistemas de controlesexistentes e fazendo correções que permitiram a identificação, o dimensionamento e a eliminação de inúmeras fraudes que vinhamsendo praticadas. .

O sistema de Assistência Medico-llospitalar da Previdência Social foi revisto para a introdução de controles efetivos.No Sistema de Benefícios foram efetuadas diversas modificações visando ao aumento de controle nos pagamentos etetuados.Os cadastros de empresas e de contribuintes individuais foram implantados com técnica atualizada, por telcproccssamento. para

suprir a necessidade de pronto acesso às informações, a partir das diversas dependências do IAPAS em todo o Brasil.Dentro da política da abertura c disseminação de informações da Previdência Social, implantada em 1985, a Dataprev publicou o

primeiro número da revista técnica "Presidência em Dados", que apresenta os dados mais relevantes sobre as atividades do SINI AS.Complcmentarmcnte o Banco de Dados da Previdência Social "Sintcsc" foi expandido em mais alguns milhares de informaçõesestatísticas e ligado à Rede Nacional de Telex RNTx. por onde o público passa a ter acesso, também, aos dados da Previdência

Foram tomadas diversas outras providências para que, ao longo dos próximos anos, a Previdência Social possa modernizar suaatuação, utilizando, intensivamente, recursos de Informática no aperfeiçoamento e controle dos processos operacionais.

Sempre, vale dizer, colocando a Informática a serviço do bem-estar social e na proteção ao cidadão em suas relações com »Previdência Social. ^ mLAR| ^ ALVERf;A . Presjdenle

¦,;

H

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 1985 E 1984(EM CRUZEIROS)

ATIVO

CIRCULANTECaixa e BancosTítulos Mobiliários ,Contas a Receber ClientesEstoques:

Material de Produção. ...(....Material de Expediente

Total de EstoquesAdiantamentos a Fornecedores ....Imposto de Renda a Compensar. . . .Outros

Total do Circulante REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Aplicações em Incentivos Fiscais . . .Plano de Expansão TelefônicaImposto de Renda a Compensar. , . .

Total do Realizável a longo PrazoPERMANENTE

Investimentos.Incentivos fiscaisAções de Outras Empresas

Total de InvestimentosImobilizado (Nota 2)Diferido (Nota 3)

Total do PermanenteTOTAL DO ATIVO

1985 1984

159.671.71653.372.132.22940.453.046.494

2.981.978,703576.014.053

3.557.992.756308.375.850

1.86 3.581.2694.328.042.631)

104.042.842.944

52.105.544

2.988.624.4202.990.729.969

1.407.749.3238.523.811.5269.931.560.849

68.282.238.22937.442.038.069

115.655.837.147222.689.4 10.060

135.362.72216.348.038.91915.813.147.980

1.940.068.218326.706.067

2.266.774.285217.690.065335.652.302

1.961.478.64737.078,144.920

122.6892.105.544

2.258.133

718 182.1602.354.988.6313.073.170.791

29.595.54 7.0187.154.428.657

39.823.146.46676.903.519.619

PASSIVO

1985 1984

CIRCULANTEFornecedoresImpostos e Contribuições SociaisEncargos Trabalhistas, Salários e Comissões a PagarProvisão pari Ineargos SociaisOutros

Total do CirculanteEXICIVEL A LONGO PRAZO

Créditos de AssociadosTotal do Exigível a Longo Prazo

PATRIMÔNIO LIQUIDOCapital Social (Nota 5)Reservas de CapitalReserva de Rcaparelhamcntn Técnico

Total do Patrimônio Liquido

13.558.326.8518.74 1.610.5479.540.190.061

630.761.8241.204.835,094

75.724.37733.675.'

17.064.44017.064.440

39.900.000.000122.109.806.1713.6.986.815.072

I88.996.62f24l

4.158.557.7922.049.145.8333.692.686.946

185.745.812342.305.677

1(1.4 28.44 2.060

17.064.44017.064Í44U

12.600.000.00038.126.597.71715.7 31.415.4(1266.458.013.1 19"

IOI AI. DO PASSIVO 1.689.410.060 76.903.519.61?

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO EXERCÍCIOS FINDOS EM 31/12/1985 E 1984(EM CRUZEIROS)

1985 1984RENDA OPERACIONAL BRITA

Receita de Serviyos PrestadosI.S.S. sobre Movimento Econômico

RENDA OPERACIONAL LIQUIDACusto dos Serviços Prestados

LUCRO BRUTODespesas Operacionais:

Honorários da Diretoria e dos Conselhos Fiscal e deAdministraçãoDespesas tierais Administrativas

Outras Receitas e Despesas Operacionais:Receitas Financeiras, menos Despesas Financeiras deCrS7.899.164.775Outras ReceitasOutras Despesas

LUCRO OPERACIONALContribuição para PREVDATA iNota 6)Resultado Líquido Não-OperacionalResultado da Correção Monetária

RESULTADO LIQUIDO DO EXERCÍCIO

282.345.502.0547.95 7.992.299

274.387.509.755216.444.348.98257.943.160.773

383.913.73143.312.84 1.784

35.496.727.3613.746.539.739103.802.039

5 3.385.870.3195.895.918.114(116.484.267)

(70.671.875.732)(23.298.407.794)

80.040.554.3421.598.835.565

78.441.718.77766.905.055.43811.5 36.663.339

138.690.68512.090.695.056

9.199.981.255369.753.31011.794.193

8.865.217.9701.769.523.181(27.633.185)

(34.274.671.049)(27.206.609.445)

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOSEM 31/12/1985 E 1984

(EM CRUZEIROS)I9R5 1984

ORIGENS DF RECURSOSResultado Líquido do Exercício . . .Débitos ao Resultado que não envolvem o Cap. Circ. Líquido:

Depreciações e AmortizaçõesResultado da Correção MonetáriaBaixa do Ativo PermanenteContribuição para Reserva de CapitalProvisão para Desvalorização de Investimentos

Total Proveniente das OperaçõesAjustes de Exercícios Anteriores

lotai das Origens de RecursosAPLICAÇÕES DF RECURSOS

Aquisição do ImobilizadoAplicações em InvestimentosAcréscimo no DiferidoAcréscimo no Realizável a Longo Prazo

lotai das Aplicações de RecursosAcréscimo do Capital Circulante LíquidoCapital Circulante Líquido:

No Início do l;\ercicioNo 1 in.il do Exercício

(23.298.407.794)

24.423.352.10970.671.875.732

156.251.267-0

_0_71.953.071.314

(181.816)71.952.889.498

2.773.994.77683.959.283

22.388.895.312.988.624.420

(27.206.609.445)

8.874.813.95634.274.671.049

19 845.366155.224.174(63.800.000)

16.054.145.100

16.047.882.28b

2.056.106.470-0-

1.201.710.562JL.

28 235.471.791 3.257.817.03243.717.415.707 12.79Q.Qb5.254

26.649.702.860 13.859.637.60670.367.118.567 26.649.702.86Q4V7I7 4I5.7Õ7 12.790.065.254

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LIQUIDO DO EXERCÍCIO DE 1985 ¦. .-~" [~~ RESERVAS

DE CAPITALCorreção I Correção Manutenção | Reserva de Reserva de

Capital Monetária Monetária do (apitai Incentivos Subvenção Rcaparclhamcn- LucrosHISTÓRICO Realizado do Capital do Ativo de Giro Fiscais dejlens Tojal tpjeçnico Acumulados TotalSaldo em 3 1 de dezembro de 198~3 4 900.000.000 7.785.7 10.81 1.060.764.841 348.688.689 1.896.618.718 :P- 11.091.783.059 [IJ^IA^MJJl 259876.180 29 617.117.518

. _ (6.262.814) (6.262.814)Ajustes de Exercícios Antcnores ,.,.„„„„„„, _ o .Aumento de Capital 7.700.000.000 (7.700.000.000) ,55124,78 '

\fSI-4I78 1 155.224.178ír^sionelária-::::::::-::::::::::: : 27,309,26,22 2.283,600.19a 750.652.293" ^^t.:.^ m.S7™*a*o km.™.™_ ™™™

%\%*$$iResultado do Exercício (26.407.020.653)

26.407.02(1653 0Reserva de Reap. I eemeo ,—_Saldo em 3 Ide dezembro de 19S4 12,00.000.000 27395.337.433 - 3.344.365.039 1.099.340 982 6.287.554.263 -0- 38.126.597 717 15.731.415.402 _0- ÍÍ^^LLLL?

-— 13.827.818 13.827.818Ajustes de Exercícios Anteriores ma nnn nrira - - -0-Aumento de Capital 27.300.000.000 (27.300.000.000) 127.300.000.000) - _ _"_Incentivo Fiscal . . : . 7. ,

H(m ()|)~ _ -, Rno nn0

^^l^^"^.::::::::::.:-.:: - 87.736.856.245 7.336.457,134 2.411.599.148 .3.792.863.866 >6<2,6, 1 I 1.279:41,8.454 34.539.979.646 ^.^

145.819 388 ,00.

Resultado do Exercício (23.298.407.794) 23.298.407.794 -0-Reserva de Reap. I eemeo Saldo em 31 de dczTnihro de 1985 | 39.900.000.000 | 87.832~l 93.678 | 10.680.822.073 3,5 i().940.t 31) | 20.080.418.129 5412.161 | 122.109.806.171 | 26 986.815.072 0- | 188 996,2j_243 [

NOTAS EXPLICATIVAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 1985 E 1984

1. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRATICAS CONTÁBEISAs principais praticas contábeis adotadas pela Empresa são as seguintes:a) Títulos Mobiliários São demonstrados ao custo, acrescidos dos rendimentos auferidos, que não excede ao valor de mercado.b) Estoques - Estão avaliados ao custo médio, inferiores ao valor de mercado.cj Investimentos listão demonstrados ao custo acrescido de correção monetária.dl Imobilizado I* demonstrado ao custo de aquisição menos a depreciação acumulada, corrigidos monetáriamente.A depreciação é calculada pelo método linear a taxas que estão dentro dos limites aceitos pela legislação vigente.O custo corrigido e a respectiva depreciação acumulada são eliminados do imobilizado quando da baixa de bens o o lucro nu

prejuízo resultante e registrado no resultado.As benfeitorias em imóveis alugados são amortizadas de acordo com os prazos de vigência dos contratos de locação e/ou legis-

lação pertinente.ej Diferido Os encargos iniciais com importação de equipamentos de processamento de dados são amortizados com base nos

prazos estabelecidos nos respectivos contratos.Neste exercício, foi firmado contrato de locação com a Bürroughs Eletrônica l.tda., inerente ao equipamento B-7.900. cujos

encargos iniciais aproximado são de Cr $21.900.000.000, devidamente provisiònado para amortização a partir do próximo exercício.Os gastos efetuados com sistemas educacionais são amortizados em função do número de funcionários treinados, sendo que no

exercício, por obsoléncia ou conclusão de treinamento, foi apropriado a conta de resultados cerca de CrS 1.082.050.069.f) Correção Monetária - As contas componentes do ativo permanente e patrimônio líquido são corrigidas monetáriamente,

sendo o eleito levado ao resultado do exercício.2. IMOBILIZADO

O Imobilizado técnico da Empresa, em 31 de dezembro de 1985e I9H4, está assim demonstrado:1985

TerrenosEdifíciosInstalaçõesVeículosMóveis c Equipamentos de I scritôrioEquipamentos de Processamento de DadosBenfeitorias em Próprios e de TerceirosMelhoramentos em Próprios de AcionistasObras em AndamentoDireito de tso do telefoneMarcas e Patentes

442.761.12024,459,798.94022.091.245.762

973.700.00230.406.722.316

169.007.118.1363.325.913.6722.334.318.217

Menos:Prosisão p Perda do Ativo Imobilizado.Depreciação Acumulada

3. DIFERIDOí m 31 de De/cmhrr de 1^S5 e 10S4, o diferido estava assim constituído

Encargos Iniciais:Aluguel de Equipamentos de Processamento de Dados.Sistema I ducacional

Menos:Amortização Acumulada

1 344 987,99916.017.4 19

254.402.583.583

(67,443.893)<186.052.901.46h68.282.2'8.229

1985

55.928 826.28137 536.872

55.966 363.153

(18.524.325.084137.442.1)38.069

!_9_M138.636.784

7.658.820.2556.677.406.356308.189.783

9.563 317.77151.978.969.4381.1)116.798.0911630.969.43141.899.176

408.047.1 II4.94 7.938

78.418.0(12.133

(21.1 17.944)148.801 ;3 37.171129,595.547.018

1984

10.632.425.645

416.61)4 04?11.1)49 029.692

(3.894.601 035)".154.428.657

PARECER DOS AUDITORES17 de janeiro de 1986

onetária sobre rendimento de aplicação financeira no BANKRJ, contabi-

derde

4. AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORESAjuste no valor de CrS 1 fíl 81o referente correçãc

tizada a maior no exercício de 1984.5. CAPITAL

O Capital Social autorizado cm 31 de Dezembro de 1985. e de CrS 39.900.000.000, totalmente subscrito c iritegralizado. -51" pertencentes à Inião e 49'7 pertencentes ao IAPAS Instituto de Administração I inanceira da Previdência Social,6. CONTRIBUIÇÃO Á PREVDATA

A Empresa contribui á PREVDATA - Sociedade de Previdência Complementar da DAI APR1 V. e com o objetivo de concomplementação de benefício1; previdenciános a seus empregados, em parcelas mensais nos limites aprovado*, pelo Consell;Previdência Complementar do MPAS,7. RESULTADO DO EXERCÍCIO

A limpresa que encerrou o exercício com um Lucro Operacional, apresentou um resultado líquido final negativo em decorreicia. exclusivamente, do saldo devedor de Correção Monetária. Kssc saldo se origina de uma estrutura patrimonial cm que se destacaexistência de significativos capitais próprios, cm giro na Empresa* sendo que apenas M>~ desses capitais estão comprometidos c>.inversões fixas, cm atendimento a política de investimentos que mantém a maioria de seus equipamentos em regime de locaeã<objetivando a modernização dos mesmos bem como. a pouca rcprcsentatisidade dos capitais de terceiros, todos etes decorrentes Agiro normal da íímpresa, mcxistmdo financiamentos.8. BENS SEGLRADOS

A l mpresa tem contratos de seguro sobre os Bens do Ativo Imobilizado, e estoques no valor de CrS2S7.458 446.1 24. as-idistribuídosincêndio CrS287.030 365 000Veiculo- . . . ... OS 42X.0SI.I24

limos. Srs.DIRIIORESde , ,I MPRI SA Dl PROCESSAMENTO DF DADOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL DATAPREVRio de Janeiro RJ

Examinamos o balanço patrimonial da EMPRESA DE PROCESSAMENTO DF. DADOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL -

DATAPREV, levantado em 31 de dezembro de 1985,c as respectivas demonstrações do resultado do exercício, das mutaçõesno patrimônio liquido e das origens e aplicações de recursos relativas ao exercício lindo naquela data. Nosso exame foi efe-tuado de acordo com as normas de auditoria geralmente aceitas e, conseqüentemente, incluiu as provas nos registros contábeise outros procedimentos de auditoria que julgamos necessários nas circunstâncias.

As demonstrações contábeis do exercício anterior, encerradas em 31 de dezembro de 1984, também loram por nosailditadas.

Em nossa opinião as referidas demonstrações contábeis apresentam, adequadamente, á situação patrimonial e linancnrada EMPRESA DE PROCI SSA.MI MO DE DADOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - DATAPREV, cm data de 31 de dezembrode 1985, os resultados das operações, as mutações rio patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos relativas aoexercício Findo naquela data, segundo os princípios de contabilidade geralmente aceitos, aplicados de forma consistente emrelação ao exercício anterior,

SI HNM RASSI R, BIANCIIESSI 81CIA. - At D1TORI SCRC-RS n" 338 - "S" - RI

CGC 92659986/0004-24

II ISI U ARTt R BIANCIIESSICONI ADOR. CKC-RS8901 - "S" RJ

CPI 000487200-20

DELI B E R A ÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOO Conselho de Administração da EMPRESA DE PROCESSAMENTO DE DADOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL -

DATAPREV, em reunião ordinária, realizada em 21 de janeiro de 1986, no cumprimento das atribuições que lhe confere oArtigo 20. inciso Vil do Estatuto aprovado pelo Decreto n° 75.463. de 10 de março de 1975. tendo examinado o BalançoPatrimonial do exercício de 1985, as Demonstrações do Resultado, das Origens e Aplicações de Recursos e das Mutações Pa-trimomais que o acompanham, c, com hase no parecer apresentado pelos Auditores Independentes Stemstrasser, Biancliessi &.Cia., bem como no parecer do Conselho Fiscal de 21.01.86. resolve, por unanimidade, aprovar o referido Balanço Patrimoniale suas Demonstrações relativas aquele exercício.

!\ \N POI ARI Dl M VI K(, \Presidente

PARECER DO CONSELHO FISCALOs membros do Conselho Fiscal, no exercício de suas atribuições estatutárias, tendo examinado o Balanço Patrimonial do

Exercício de 1985, as Demonstrações do Resultado, das Origens c Aplicações de Recursos c das Mutações Patrimoniais que oacompanham, e baseando-se no Relatório dos Auditores Independentes, nos termos do 5 Único do Art. 24 do Estatuto, saode parecer que as citadas dcniomtraçõ*» traduzem adequadamente a situação patrimonial e financeira da Empresa de I rocessa-mento de liados da Previdência Social - DAI APREV, 110 referido exercício.

Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 1986

NI IVAL RODRIGUES I RI ITASPresidente

C.II BI RIO AVI NA EDUARDO JORGE CALDAS PI RI IRA

IVAN POLAR! DE ALVERGAPresidente

LUZ JÚLIO SILVA FERREIRADiretor-Tdçnieo

JOAQl IM LFOCADIO DA NO\ ASuperintendente vi:' F.ctirounia c Ftnanç

SÉRGIO DE OTERO RIBEIROl>iretor Administrativo

JOÃO FiOUEIRArécnico <-¦ .1 Contabilidade CRC-RJ 32402-4

CPF 100 11" 197-87

I" caderno n quinta-feira, 13/2/86 Carnaval JORNAL DO BRASIL

Chuva,Regada a oito mil litros de chope e muita chuva e

embalada polo samba de Ivo, Lula e Paulinho e pela alegria doscomponentes e do morro que desceu para comemorar o 14°campeonato da escola, a festa da vitória da Mangueira entroupela madrugada. Um diretor calculou que mais de Kl milpessoas passaram pela quadra da rua Visconde de Niterói, oPalácio do Samba, para festejar, como bem lembrou o locutor,o título da "primeira campeã da Nova República", que já temum enredo para o ano que vem — A Poderosa mística daFloresta Amazônica.

figuras tradicionais como Dona Neuma, Dona Ziea, aamiga porta-bandeira Mcnininha e a atual, Mocinha, o presi-dente Djalma dos Santos, a cantora Alcione, o ex-deputadoMarcelo Cerqueira e até socialites, como Maria Pia MarcondesFerraz — que passou o primeiro carnaval de sua vida no Brasil edesfilou na Mangueira — juntaram-se aos alegres mangueircn-ses, ã gente simples tio morro e imediações. Todos explodiramde alegria bem antes de o locutor da Riotur anunciar a últimanota — ironicamente a única nota 9 da escola.

GozaçõesA sucessão de notas 1(1 obtidas pela Mangueira deu

margem a muitas brincadeiras dos fanáticos mangueirenses —¦todos, sem exceção, vestindo verde e rosa. O luxo e a riqueza daBeija-Flor não escaparam ás gozações e alguém lembrou que"foi a Beija-Flor que desfilou debaixo de chuva, mas é aMangueira que eslá comemorando com muita água". Outrotorcedor, que acompanhava a contagem por um velho e roucorádio de pilha, brincou: "Quem deve estar invocado é o Pele,tiraram todos os 10 da camisa dele para darem à Manga".

Mas havia também saudosistas, como Maria ConceiçãoToledo, nascida e criada na Mangueira, mas agora morando emVila Isabel. "Imaginem se Neide e Cartola estivessem vivos...quanta alegria!" E torcedores revoltados, como Ciro Júnior,agogô na mão: "Pode avisar ao Zinho (que financiava a escola)que a Mangueira não precisa do dinheiro dele. Mangueira éraiz, não é luxo." Mas logo voltavam às gozações à Beija Flor,agora com Maria de Fátima Duarte, da Ala dos Impossíveis,que já deu um tamborim de presente ao filho Marcos Vinícius,de uni ano e 10 meses: "Agora é que o nariz do Anísio vaicrescer ainda mais."

O comentário do torcedor de que a Mangueira venceu semluxo não se justifica. Assim como parece mentirosa a faixacolocada na quadra há quase um ano dizendo que a "Mangueiradesce sem banca mas com garra. Obrigado povão". Quem dizisso é o próprio presidente. Djalma dos Santos:

Quem foi que disse que a Mangueira fez. um carnavalsem dinheiro? Não. esse carnaval custou caro, e muito caro. Odinheiro saiu do nosso bolso — disse, apontando para os váriosdiretores e amigos da escola que encheram sua sala. "Custoudinheiro e o suor de gente que trabalhou de graça."

Mas a ausência dos banqueiros de bicho José Petrus, oZinho, e Manuel Nunes Áreas, o Manola, que trocaram aMangueira pelo Salgueiro este ano, era lembrada pelos cantosda quadra com mágoa c alguma revolta. Dona Neuma, sem citarnomes, justificava a vitória como fruto de um carnaval pobre,mas de garra.A Mangueira entrou na avenida em paz. com elamesma. No ano passado fizemos um péssimo desfile e trocamosde mal conosco. Agora resolvemos fazer as pazes. E quem disseque as raízes da Mangueira estavam podres se enganou. Nossasraízes fortificaram, estão mais vivas do que nunca, a prova éeste título — explicou Dona Neuma, 63 anos de idade, 57 deMangueira, como resposta às afirmações de Zinho de que aMangueira estava "com as raízes podres".

O tesoureiro da escola, Raynumdo de Castro, o único deazul na lesta de ontem, não sabia dizer quanto custou o carnavalda escola. "Ah. só fazendo as contas, somando todas as notas."Mas afirmava, orgulhoso: "A Mangueira terminou o carnavalsem dever a ninguém. Pagou a todo mundo do barracão."

O telegrama de Brizola"Meus cumprimentos à Mangueira pelo merecido desta-

que na maior festa popular do Brasil. Vitoriosa mais uma vez, aEstação Primeira enobrece com sua tradição, seu samba, suascores, seus integrantes, dirigentes e sua comunidade o carnavaldo Rio de Janeiro. É, sem dúvida, uma das mais prestigiosas equeridas agremiações de samba do nosso Estado e país. Maisuma vez, afetuosas congratulações".

Apuração teve brigamas acabou em sambaParecia a decisão de um FlaxFlu. De um lado, a torcida da

Estação Primeira de Mangueira vibrava a cada nota 10 que aescola recebia. Do outro, os torcedores da Beija-Flor vaiavamseus rivais. Não faltaram brigas mas, no final, tudo acabou emsamba. Os mangueirenses deram início, no próprio Maracanãzi-nho, à festa que continuou pelas ruas e chegou ao auge naquadra da escola, enquanto a torcida da Beija-Flor, insatisfeitacom a vitória de sua concorrente, abandonava rapidamente oestádio.

Em meio ao carnaval que teve início nas arquibancadas tãologo a Mangueira passou a liderar na contagem dos votos,houve momentos de confraternização, com a torcida verde erosa aplaudindo também as notas máximas recebidas pelaPortela. No final da apuração, mangueirenses e portelensesuniram suas vozes para exaltar Caymmi, enredo da escolavencedora, e gritar: "E campeã".

Briga de torcidaAntes mesmo de começarem a ser abertos os envelopes

com as notas dos jurados, com mais de uma hora de atraso, umagrande briga teve lugar nas arquibancadas entre as duas maiorestorcidas. Mangueira e Beija-Flor. Enquanto a primeira cantava"é campeã", a outra gritava "é marmelada", o que revoltou osmangueirenses. que romperam o cerco policial para um con-fronto com seus rivais. Policiais militares agiram de imediato e,pouco depois, o tumulto era contornado.

A empolgaçâo da torcida verde e rosa com a leitura dasnotas dos jurados que, aos poucos, iam garantindo-lhe a vitória,foi aumentando a cada abertura dos envelopes, até que novabriga estorou, logo contida pela PM. Djalma, o presidente daMangueira, estava tão nervoso que preferiu acompanhar aapuração no setor de cadeiras de pista.

A esta altura, a torcida de Nilópolis já se dava por vencidae a da Portela, mais moderada, limitava-se a aplaudir as notas10 que sua escola recebia. "E isso aí. Esse ano não deu para agente, mas ano que vem tem mais", comentou um dosportelenses. Jamelão, puxador do samba da Mangueira, apro-veitou para um desabafo: "Determinadas

pessoas, como oFernando Pamplona, espezinharam a Mangueira, mas eu jáesperava todas essas notas 10".

Após a leitura das notas do S" quesito — Comissão deFrente —- a torcida verde e rosa explodiu de tanta alegria.

samba e muito chope fazem a festa da MangueiraFotos de Evandro Teixeira

Ainda dá tempode anunciarneste verão.

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Supercampeã de 1986, a quadra da Mangueira recebeu mais de 10 mil sambistasFoto de Delfim Vieira

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Os oito mil litros de chope não foram suficientes para matar a sede e alegrar o folião

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Jamelão vai comemorar o título em N. Iorque Marta Rocha chegou cedo na quadra

~Caymmi como Xangô só entra para ganhar

Uma campanha da com a colaboraçãodeste jornal.

"Agradeço a vitória da Magueira ao santo orixáXangó, que nunca entra para perder. Dorival é filho deXangó". Com esta frase, dona Esteia, mulher deDorival Caymmi. e.xtravazou toda a alegria que estavasentindo com a vitória da Mangueira. Dorival assistiu áapuração das notas das escolas de samba pela televisão,em sua casa de Rio das Ostras. Sem saber expressar aemoção que estava sentindo, ele só conseguia dizer quea felicidade era "grande demais".

Maiigueirense desde 1938, quando Veio morar \wRio de Janeiro, o cantor confessou ler ficado um poucodecepcionado com o desempenho de sua escola no anopassado. Dorival é um adepto do carnaval de princí-pios, que ele definiu como aquele que tem tradição, semantém ligado as suas origens e traz a alegria e belezado verdadeiro carnaval brasileiro. Cercado pela famí-lia, ele disse que era um homem feliz por ler desfiladopela primeira vez numa escola de samba, na suaMangueira, e por ser agora o enredo da escola.

Cafezinho e guaranáDorival mal conseguia conversar, mantendo os

olhos na televisão, que transmitia a festa dos manguei-renses no Rio de Janeiro. De vez em quando, dizia queera tudo uma beleza: "Espero

que continuem a torcermuito pela Mangueira, por essa escola de sambaquerida, cultivando toda essa beleza e alegria. O desfileé uma festa inexplicavelmente bonita", desabafava.

Ao lado de Dona Esteia, dos dois netos filhos deNana Caymmi (João e Esteia Teresa) e de muitosamigos, ele comemorou tomando cafezinho e guaraná.Dorival não bebe. Mas os amigos não dispensaram acervejinha. Dona Esteia também não conseguia expres-sar sua emoção, Para ela, não havia outra palav ra a nãoser felicidade,

Nana Caymmi. que estava no Rio. afirmou eslardesesperada em casa. morrendo de vontade de dar umabraço no pai. Apesar da chuva da tarde de ontem, queprovocou grandes engarrafamentos nas saídas da cida-de. Nana disse que iria tentar chegar a Rio das Ostrasde qualquer jeito. Eufórica, ela afirmou que a vitóriafoi linda e indiscutivelmente justa.

Durante o desfile. Dorival disse que o conjuntodo visual da Mangueira tomou conta dele. "A sensaçãoé extremamente empolgante e inenarrável", comentou.As fantasias e alegorias foram uma surpresa para eletambém. Dorival esteve na quadra da escola no dia 25de janeiro e lá obteve apenas informações, podendosentir a alegria e fé dos mangueirenses na vitória.

— Essa emoção supera todas as outras, li maravi-lhoso desfilar na Mangueira E maravilhoso ver o povovibrar com ela. que levava para a rua também a emoçãodo que já fiz. A platéia era estupenda. A mesmaemoção que ela sentia, eu sentia dentro da Mangueira.

Dorival faz 72 anos em abril. O telefone de suacasa. em Rio das Ostras, não parou cie tocar durantetodo o dia de ontem: eram netos orgulhosos do avó eamigos querendo festejar com ela a vitória. Dorival nãose continha. Falava na Mangueira sem parar e. ao ladode dona Esteia, vibrava intensamente com cada cenaque a televisão mostrava dos festejos nas ruas do Rio.

Ele não quis falar sobre sua participação noDesfile tias Campeãs, no dia 15, antecipando que só iriacontinuar a sua participação quando estivesse tudo"certinho. decidido". Por enquanto, queria apenas sedeliciar com a emoção que ele so definia como "inenar-

rável. indescritível e cheia de úreulho e felicidade".

Unidos do Jacarezinhoé campeã do grupo 1-B

Com o enredo Candeia — Luz da Inspiração, a escola desamba Unidos do Jacarezinho foi a vitoriosa, com 204 pontos,no desfile do grupo 1-B. Sem torcida organizada, os resultadosda disputa daquele grupo foram apresentados ontem à noite,após a apuração das notas das escolas do grupo 1-A. Depois doJacarezinho, ficou a escola de Samba São Clemente, com 108pontos. Ambas conquistaram o direito de participar do desfiledo primeiro grupo, no próximo carnaval.

Em penúltimo e último lugar ficaram, respectivamente, asescolas Acadêmicos de Santa Cruz e União de Jacarepaguá, quepassaram, agora, para o terceiro grupo. Apesar do clima detranqüilidade em que foram apresentados os resultados daapuração, houve protestos da diretoria dos Acadêmicos do'-Engenho da Rainha (187 pontos), que ficaram em 4" lugar, logoapós a escola de Samba Independente de Cordovil, que obteve188 pontos. "Houve roubo"

— A escola do Engenho da Rainha acabou de ser roubadapela Riotur. O que vale é que estou largando essa poucavergonha desse carnaval — reclamou o presidente da escola,Jorge de Andrade, há quatro anos no cargo. Bastante revoltadoprincipalmente com o julgamento do quesito bateria — cujosjurados deram notas 10 e 7 — Andrade queria

"ver e mostrar ovideotape da escola, para desmoralizar esses jurados". Opresidente da Riotur. Trajano Ribeiro, solicitou que quaisquerreclamações deveriam ser encaminhadas através de recurso àempresa que organiza o desfile.

Em contraste com a revolta do pessoal do Engenho daRainha, o presidente da Unidos do Jacarezinho. Ildemar Diniz,o Monarco, esbanjava alegria e satisfação com a vitória. "Aquitem pouca gente porque a chuva deixou o pessoal preso nomorro, mas é lá que está o samba", lembrou Monarco. aflitopara chegar ao Jacarezinho e comunicar a vitória, inicialmenteaos 2 mil figurantes da escola.

Uma dissidência da Portela, que há dois anos participa doCarnaval, foi a vencedora do Desfile de Escolas de Samba cioGrupo III, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Tradição,que somou 207 pontos e foi seguida pela Uns Imperial, com 197pontos. As duas sobem para o II Grupo no Carnaval de ll)87.No Grupo III desceram para o grupo IV as escolas de sambaUnião de Rocha Miranda. 10* colocada; Unidos de Mangai-nhos. IIa e Foliões de Botafogo, a última colocada no Grupo111.

No Grupo IV a vencedora foi a Império do Marangá. com204 pontos, seguida da Grande Rio. em 198. As duas desfilamano que vem no Grupo III. Para o recém-criado Grupo V. quedesfila em 1987 na Rua Domingos Lopes, em Madureira,desceram as quatro últimas colocadas do Grupo IV; MocidadeUnida de Jacarepaguá. Acadêmicos de Cachambi, Sereno deCampo Grande e Unidos da Zona Sul, a última colocada,

Beija-Flor prefereculpar o Governador

"Depois que inventaram o Brizola, a Mangueira deita e

rola". Com este refrão, cerca de 100 pessoas, quase todasparticipantes do desfile, exprimiram sua tristeza e revolta pelosegundo lugar da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis.Reunidos em um bar próximo à quadra de ensaio, quepermaneceu fechada como se pressentisse a derrota, todosacompanharam a apuração das notas em uma televisão.

Desculpas não faltaram para justificar a derrota e a perdr*de pontos em evolução — "nós desfilamos com águas tiascanelas" — e no samba-enredo — "fiquei satisfeito com as notar"(9 e 9), mas podia ter vindo um 10", disse Felisbcrto da Silva,"o"Betinho, um dos autores do samba, que não soube explicar por"que os jurados não deram a vitória à Beija-Flor. O carnavalesco'::.Joãozinho Trinta, apesar de estar em casa, não quis falar sobre aderrota.

Sentados, bebendo cerveja e com os olhares atentos à tela™da televisão, os sambistas acompanharam com esperançaiapuração das notas. Mas, logo que a Mangueira e o Império •Serrano se distanciaram na contagem dos pontos, houve desàni--,mo e descontentamento. Nem mesmo quando a Beija-Flor-ultrapassou a escola de Madureira e garantiu o segundo lugarhouve comemoração. »™»

Sócrates é inimigonúmero um da PortelaNo início da divulgação dos resultados. Sócrates parecia^ter sido eleito o inimigo público número um da Portela. Uma

quadra inteira, embora ocupada espaçadamenle por cerca de100 pessoas, mostrava-se indignada com o jogador do Flamengo-que, ao dar nota 9 para a bateria, deixou a escola em ligeira'desvantagem. Ao final, a indignação tornou-se resignação e os-protestos pouparam Sócrates, voltando-se contra a "incompe-"tência dos jurados".

A quadra da Portela, em Madureira. eslava preparada'para comemorar algo mais do que o quarto lugar. Havia atéequipamentos montados de emissoras de televisão e rádio paraacompanhar uma "vitória certa" e, por volta das 15h, a quadra -foi sendo ocupada por dcsfilantes. vizinhos, sanihisias. agarotada das proximidades e alguns representantes da VelhaGuarda.

Festa no Império foisó dos compositores

Se o terceiro lugar no desfile da Passarela do Samba nãoprovocou comemorações na quadra do Império Serrano, enrMadureira. pelo menos os autores do samba Lu quero, o maiscantado nas arquibancadas na noite de domingo, vibraram aosaber que haviam conquistado a nota máxima dos jurados

'Aluisio Machado e Jorge Nóhrcga — o terceiro. Luís Carlos dot avaco. nao apareceu — estavam desde o início da tartle na'quadra e admitiram que só não fizeram "um oulro carnaval"porque a Império ficou em terceiro lugar.

Consumindo latas de cervejas, sentados lado a lado,Aluísio e Jorge acompanharam a transmissão da apuração &,enquanto houve esperanças de obter ao menos um secundolugar, vibraram bastante com as notas máximas conquistadaspela escola em diversos quesitos. Mica. presidente da bateria,lambem ficou até o fim. "embora com o nove de um dos juradosdo item "atravessado na garganta", conforme confessou.

Lm diferentes momentos, a Império esteve distante apenasum pomo da Mangueira e à frente da Beija-Flor, o que.provocava alegria entre as .10 pessoas agrupadas na quadra.Com as sucessivas notas dez obtidas pela Mangueira, elespassaram a torcer para que a Império alcançasse o segundolugar e demonstraram certa frustração com o terceiro.

Banerj já vende osingressos para sábado

"Quem ganhou? A Mangueira? Então vamos armar uin

esquema especial para a venda de ingressos para sábado. Ja viuque a procura vai ser enorme". Foi assim que o coordenador deserviços da Gerência de Valores do Banerj, Carlos AlbertoMenezes, recebeu ontem a notícia da vitória mangueirense,refletindo bem a imagem de popularidade da Escoía campeãdeste carnaval.

A Gerência de Valores do Banerj está coordenando âdistribuição e venda dos ingressos pelas diversas agências — deCopacabana à Penha — e ornem o fraco movimento foiatribuído por Menezes à expectativa do resultado dos desfiles*.Hoje. consagrada a Mangueira, o Banerj terá mais funcionáriosnos balcões e maior numero de caixas para atender a previstamaior procura.

Os ingressos mais baratos — nas arquibancadas e cadeirasde pista dos setores 3 e 5 — foram os mais procurados nosbalcões pela ciasse média. Custam CrS 180 mil (setor 3) e Cri360 mil (arquibancadas) e CrS 27o mil e CrS 450 mil. nascadeiras de pista.

JORNAL DO BRASILCarnaval quinta-feira, 13/2/86 n 1" caderno ? 9

Júri consagra a Mangueira pordesfile técnico e emocionante

O júri premiou o desfile ao mesmotempo técnico e emocionante da Man-gneira. A escola foi campeã conquistando2l4çlos 215 pontos possíveis, Apenas noquesito Alegorias e Adereços os man-gueüenses não tiraram a nota máxima,receberam nota 9 da estilista de sapatosTereza Ciureg. A Beija-Flor, que desfilousoli forte chuva, ficou em segundo lugar eo Império Serrano em terceiro.

Mangueira e Beija-Flor desfilarão sá-hado. na Passarela do Samba, na Noitedos-.tCampeões, A Unidos da Tijuca,última colocada, não estará entre as gran-descem 87. Será substituída pela Unidosdo Jacárezinho e pela Unidos de SãoClemente, as vencedoras do Grupo 1-H.Com isso. o desfile principal do ano quevem terá 16 escolas, oito no domingo eoito na segunda-feira de carnaval.

Vitória fácil

A vitória da Mangueira nunca esteveameaçada! A sua única nota 9 estava notiltinjp envelope aberto, da estilista Tere-za üureg. mas ai não havia mais dúvidasobre quem era a campeã. Este ano até asreclamações foram poucas. Nenhum pre-sidente de escola perdedora tentou anu-lar quesitos ou fez críticas à Riotur.

.Antes da abertura dos envelopes,

Miro. patrono do Salgueiro, disse que iatentar encabeçar um movimento paraanular o quesito Bateria, sob a alegaçãode que Sócrates, um dos julgadores,estava bêbado "e não tinha condições dejulgar nada". Foi desestimuladp princi-palmente por Fernando Leandro, da Ca-prichosos de Pilares, que apresentou umargumento definitivo, acolhido pelomaioria:

A Caprichosos apoiou a idéia dese colocar no júri pessoas incorruptíveis emantém essa posição. Podemos até sofreruma injustiça, se alguém errar. Mas pre-ferimos isso a sermos furtados, comoaconteceu no ano passado. A nossa posi-ção é de que todas as notas valerão.

E valeram mesmo. Mas, no final,alguns patronos e presidentes de escolasreclamaram do resultado nas entrevistas.Nenhum protestou oficialmente:

Foi o Banerj quem ganhou ocarnaval. Deu Banerj na cabeça. Deram9 e 8 em bateria para a Mocidade e oitopara a evolução da Beija-Flor. Isto é umabrincadeira — disse Paulo Andrade, daMocidade Independente de Padre Mi-guel.

Elisabete Nunes, do Salgueiro, tam-bém não se conformou. Garantiu que

"se

não houve armação para a Mangueira

ganhar, pelo menos houve derrubadaproposital no Salgueiro". Ela disse quenão acredita na honestidade do júri.Outro revoltado era Aniz Abraháo Da-vid, da Beija-Flor:

— O Leão é um rato. Na casa dele. amulher e os filhos devem estar envergo-nhados. O que todo mundo elogiou foi agarra da Beija-Flor e ele deu 8 emevolução. Mas ainda acho que o critérioda Riotur de escolha dos jurados foicerto. Apenas me reservo o direito deachar o Leão um rato — disse referindo-se a Leon Hirzman. que julgou Evolução.

Reclamações à parte, a Mangueirafez a festa. O presidente, Djalma, disseque a escola "estava com o 9° lugar de 85atravessado na garganta e foi com tudopara ganhar o carnaval. Por isso abafou echegou lá". Robertinho. segundo mestre-sala da mangueira, rolava no chão comuma bandeira e gritava:

"É demais, eunão esperava tanto, é demais".

Figura tradicional da Mangueira. D.Zica, viúva do compositor Cartola, foicarregada em triunfo. Chorando, ela qua-se não conseguia falar da vitória de suaescola. Apenas gritava:

— É isso aí, gente. É Mangueira.Para quem não acreditava, é isso aí. E agarra da Mangueira, campeã outra vez.

-Mangueirense frustra 10 em tudoA mais famosa estilista de sapatos

do Brasil, a gaúcha Teresa Gureghian(conhecida como Gureg), surpreendeu-

hSe ontem ao saber, em sua casa deAngra dos Reis, que havia tirado otítulo de Escola nota 10 da Mangueira

ao lhe dar um 9 no julgamento doquesito alegorias e adereços.

— Olha, eu sou mangueirense enão gostaria de ter tirado um ponto daminha escola. Mas, infelizmente, soumuito exigente em meus julgamentos eá Mangueira, apesar de situar as alego-rias e adereços dentro do enredo, teveuma falha no efeito e acabamento.Entretanto, foi a melhor escola, mas éque eu sou mesmo ruim de nota —disse.

Melhor escolaTeresa —- que não pôde voltar para

.0 Rio ontem devido às chuvas, que

Arquivo —24/1/82y:,iMBg'V:-. ;wm

^jBJls * , *s^ 9lt Üfil

Teresa Gureg

caem também na região de Angra —,observou que a Mangueira estava muitobem no desfile e, "sem dúvida, foimuito justa a sua escolha, mas a escolapecou logo naquilo que me preso maisapta a avaliar".

Não me incluíram, no júri poracaso, mas porque conheço o meu tra-balho. Nem senti medo, apesar de ser aprimeira vez que participei do julga-mento do desfile das escolas. Conheçomuito meu trabalho e sou exigente emminhas coleções de sapatos. Li os itensque deveria observar e assim tirei oponto da Mangueira. A escola teveoriginalidade e coerência, mas o acaba-mento... — lamentou.

Fico triste de ter sido eu quemtirou este ponto da escola, mas quemfaz 30 coleções como eu já fiz é omesmo que fechar um círculo de escolade samba — assegurou.

"\ ~ i i" r ~i n i^*\ Escolas g.

^\ a -S « * 2 i 3 S 3 ^ •§ e ¦§ -gJurados X. g •§ -3 -g M m -S g f 2 í | | g gQuesitos >>s^ =i « i | i I I í | f; f I I f 1 I

Avaiiaçâ0 1F~Tf7~"Iõ~"iõ"To- io io io "tFliT

10 10 10 10 10

Dispersão ~~~~~ljl JIjlIljlX ZIjlX Concentração 5_ J_ _i_ J_ ±_ _L J_ _L -1 _! _L — —- ~~~ 5

5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5Cronometragem __1__~~ 5

5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5Inicio de Desfile

Bateria 8 10 9 10 9 10 9 8 10 10 9 10 10 8 10Sócrates 8 10 8 9 8 9 10 8 10 10 8 10 10 8 9Sérgio Ricardo

Samba-Enredo 899 10 88 10 7997 10 988

Yara Vargas 899 10 8898998 10 999

Caribe da Rocha __^_ .,~«^?~ T; », S ! 10, 1! 5 S ! » S *! ! Io»Milton Gonçalves 7 8 9 10 í> » w

Edialeda Nascimento

c i ,õ« 7 o R 10 9 9 8 7 8 9 10 10 9 8 9

SlSrzman . ?7

8 8 S 7 8 9 7 10 10 8 10 9 7 9

Maria Luiza Librandi

8 9 9 9 8 10 7 10 10 7 10 9 6 9

78 10 98998 10 10 7 10 878

7 10 9 8 8 10 7 10 10 7 10 9 7 9

9 9 10 8 10 10 8 10 9 9 10 10 8 9

g 9~ 10 10 9 9 10 8 10 10 8 10 10 8 8

8 10 10 10 10 10 10 9 10 10 9 10 10 8 10

8 7 9 10 10 8 10 7 10 8 7 10 10 7 9

o 9 9 10 10 9 10 9 10 10 8 10 10 10 10

8 9 10 10 9 10 10 9 10 10 9 10 10 9 10

7 8 10 9 7 10 10 7 10 9 7 10 8 7 97 8 10 9 7 7 8 7 10 10 7 9 10 8 7

Total

ConjuntoPaulo CaseFernando Bicudo

EnredoAlan CarusoAlberto Chaves

FantasiaFernanda ColagrossiMaria Helena Guinle

Comissão de FrenteAngela GutierrezFrederico Moraes

Mestre Sala e Porta BandeiraBerta RosanovaLelia Gonzales

Alegoria e AdereçosAdriano de AquinoTereza Gurenhian

J Pelo regulamento da Riotur, os pontos de avaliação e cronometragem não são somados

lÀísIGO MERCANTILSf; i#-V-sii *tó<»,'íl-;VXV-'

DO BRASIL SÜSedo: Btlo Horlionte-MG

Companhia Abarta

Carta Patanta nP 2.808,da 02.02.1943 - CGC(MF) 17.184.037/0001-10

(Em CrS 1.000)

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 1985

ATIVOEXERCÍCIO

CORRENTE ANTERIOR

ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades ...Operações de Crédito

Empréstimose Títulos Descontados .Financiamentos Rurais(Rendas a Apropriar) ....

Relações interbancáriase InterdepartamentaisPagamentos e Recebimentos a liquidai . ..Correspondentes no Exterior em MoedasEst rangeu asCoriesponríentes em Moeda Nacional . .Contas Interdepartamentais-País . ..

Créditos DiversosBanco Central - Depósitos Especiais^Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio .Cambiais. F mane e Ciéditos em Moedas

171.572.248850.640 014762 001.055130 397.080(41.758.12:1)

78 011.257

.1.941.687.664 523.285.77252.511.91.1

143.735.814108.482 82637.416653(2.113665)81.972.539

6.012 4.692

55.340 109 73 606.1557.907 9 080

22 657.229 8 352 612362 804.532 116.357,982142 777 386 57.148.781

77 065.847 15 102 544

36 623 038

PASSIVOEXERCÍCIO

CORRENTE ANTERIOR

PASSIVO CIRCULANTE .

Depósitos

Estrangeiras ...,,.Outros Créditos em Moeda Nacional lUb 517.bll(Rendas a Apropriai)

Valores o BensTítulos de Renda Fixa ...Banco Central - Recolhimentos em TítulosTítulos Vinculados a Revendas ou VendasOutros Valores e Bens(Provisão para Desvalorização)

ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Operações do CréditoEmptóstimos e Títulos DescontadosFinanciamentos RmaisCiéditosem Liquidação (Provisão para Créditos de LiquidaçãoDuvidosa)(Rendas a Apropriai)

Créditos DiveisosOutros Créditos em Moeda NacionalCréditos em Liquidação(Piovisão paia Créditos de LiquidaçãoDuvidosa)

Valores e BensTítulos de Renda Fixa(Provisão para Desvalorização)

ATIVO PERMANENTE

InvestimentosPaiticipaçües em Cubyadas e ContioladasOutfos Investimentos(Provisão paia Peidas!

ImobilizadoImóveis de UsoImobilizações em CuisoOutros Bens de Uso(Depreciação Acumulada)

DdendoDespesas de Organização e Expansão(Amortização Acumulada)

TOTAL GERAL 00 ATIVO

74.250)478 659 613203 498 05925 081.976

247 548.4655 805.920

(3 274 807)341 228.959

169 914 883154 790 11915.126 45014 192 109

(14 192.109)(1 686)

100 228 362100 228 362

2 011 366

17.092 12427.076.264

(61.731)128.657 52656 024 7543.493.453

60 908 0028.231.317

(2 011 366)71 085 71471 741 774

(656 060)647 857 961

292617011283 579 583

10 068 723(1 031 295)

329 843 300286 859 135

38 811 67192 567 508(88 395 014)25 397 65032 912 760(7515 110)

107.718 368

47.677.58041 496 258

6 1839126491 214

(6491 214)(2 590)

31 224 36631 224 366

412 466

(412 466)2831642228 816 422

180 347 391

81 74551478 292 510

3 796 490(343 486)

96 665 59486 554 832

9 159 40223 876 999

(22 925 639)1936 2835 126 590

(3 190 307)

.1.779.280.339 457.388.308

.1.078.945.902 206.405.111

DEMONSTRAÇÃO DORESULTADO

SEGUNDOSEMESTRE

DE 1985

EXERCÍCIO

CORRENTE ANTERIOR

770 171.189 ¦ 1 166.303 840 340 662 002

2 930 774 584 811 351 531

298.093.162(34.089.953)183.019.131

93.19521.760.670

40 044461

Depósitosà Vista 8M.942.693Depósitos a Prazo(Despesas a Apropriar)

Relações Interbancárias e InterdepartamentaisPagamentos e Recebimentos a Liquidar . .Cobrança Eintuada, em TrânsitoCorrespondentes no Exterior em MoedasEstrangeiras .•••.•' - -Correspondentes em Moeda Nacional i-iUü./IJOrdens de Pagamento SíHcc^vnContas Interdepartamentais - País n^ Iot iVq

Obrigações por Empréstimos 297.4oJ.ldoObrigações por Empréstimos no País nt^cQ^cnObrigações por Empréstimos Externos i^iocwnObrigações em Moedas Estrangeiras ' ''•' l ¦¦'¦¦ l'[i

Obi igações p/ Recebimentos - Tributos eEncargos Sociais 62 315.454Outras Obrigações 157.516.714

Provisão para PagamentosObrigações Diversas em Moeda Nacional .Obrigações Diversas em Moedas Estrangeiras(Despesas a Aptopnar)

PASSIVO EXIGfVEL A LONGO PRAZO

13411.61039.251 356

4.853 799(51)

395 722 845231 972231.972'395 490 873

122.642 141

Depósitos Depósitos a Pi azo

Obrigações pnr EmpréstimosObrigações por Empréstimos no PaísObrigações por Empréstimos Externos llimn.iii

2.263 0222 263 022

753.508.378

RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS

Rendas AntecipadasPATRIMÔNIO LIQUIDO

Capital SocialReservas de CapitalReservas de ReavaliaçãoReservas de Lucros Lucros Acumulados

112 147 200302 074 293

10 496 138327 678 761

1 111 986

190.21224516.224.954

(32.088)103 702 688

1040.8995.278.804

62.394.501349.738

23.683.11210.955.63494.059.9941657901034.173.94143.307.043

27.138 09526.082.42020.014.102

4 219 8501.848 468

137 067 29672.87772877

136 994.41930 382.134

106612285495.746495 746

216 400 18135 570 70093 609 136

3 458 57883 413 583

348 184

TOTAL GERAL DO PASSIVO

RECEITAS OPERACIONAISRendas de Operações deCredito 506905.993 749 402 679Resultados de Câmbio 26 810.954 45 189 130

4 988 177 7.277.81066 907.744 137.168.973

26 173 210 37 775 55993.278.244 133.424.612

45 106 867 56 065.077623.156 794 955.579 16b

Rendas de Serviços BancáriosRendas do Valores Mobiliários.Rendas de Participações -em Coligadas/ControladasOutras Receitas OperacionaisResultado de Transações coniValores Mobiliários . . .

- DESPESAS OPERACIONAIS

Despesas de Depósitos ... .Despesas de Obrigações porEmpréstimosResultados de Câmbio . . .Desp. Honorários Diietoriae Cons. Administração . . . -Despesas Administrativas . .Despesas de Participações -Coligadas/ControladasApi uvisionamentos e A|ustesPatrimoniaisOutras Despesas OperacionaisResultado de Transações comValores Mobiliários

!- RESULTADOOPERACIONAL (1 - 2) . .

I- RECEITASNÃO-OPERACIONAIS ....

Rendas de AluguéisOutras ReceitasNão-Operacmnais ...Resultado rio Transaçõescom Valores e Bens .Ganhos de Capit.il

5- DESPESASNÃO-OPERACIONAISOutras DespesasNão-OperacionaisResultado de Transações comInvestimentos .Resultado de Transações comValores e BensPeidas do Capital

6 RESULTADONÃO-OPERACIONAL (4- 5).

7- RESULTADO DECORREÇÃO MONETÁRIARESULTADO ANTES DOIMPOSTO DE RENDA(3 <¦ 6- 7)PROVISÃO PARA OIMPOSTO DE RENDAPARTICIPAÇÕESESTATUTÁRIAS NO LUCROAdministradores ¦ -

II- LUCRO LIQUIDO18-9- 10)

87.686.793 107 092.142

257 680 94539 632 444

4.314 000204 064 449

1.663.653

23 124 4974 990 013

431 811 04464 247.026

6 676 700300.123 951

2 356.639

32 970 69310 350.970

47 014 395 210 724 675

224.881 50621 047 340

1 396 16965.87/ 133

7 664 96419.794 890

302 525 334

12.953 261

157 1/8 79919 961301

1 649.37081 491.152

958 352

10 318 6501 589 581

16 424 868

38.136 668

1 307 262389 6/1

841 767

75 824

3 Í36 250

18 526

879

3 043 33373512

(1 828 988)

(38 G19 458)

106 265 949

42 975 708

LMLQQD1 640 000

1 785 560

£49 212

897 437

338 911

3 301 731

18 527

165 755

3 043 93673513

(1 516 171)

(71 400 565)

137 807 939

53 481 730

2 6Q0J1QD2 600 000

7J_9 U4185 255

148 108

385 68987

66 363

10 414

55 949

652 771

(26 191 67B)

12 597 761

4.642 688

652 875652 8/5

fi1650 241 81 726 20j 7 302 '98

2 930 774 584 811 351 531LUCRO LIQUIDOTOTAL DE AÇÕES ¦ .LUCRO LIQ POR AÇÃO Cr$

61 650 241495 000 000

124.55

81 726 209495 000 000

165,10

7 302 198495 0Ü0 000

14 75

As demonstrações financeiras oficiais foram publicadas pelos jc-nais "Esiado de Minas" e "Minas Gerais", edições de X 01.86 v*0 NKOOADASWIKIUU»V1U»!

Ab

10 a 1° caderno ? quinta-feira, 13/2/86

JORNAL DO BRASILFu.rui.n1o em 1S"'!

M F DO NASCIMFNTO BRITO — Dirrlnr Prraárnlr

BERNARf) DA COSTA CAMPOS — Pirrlm

j ,\ pn s-\s< IMErVTO BRITO — Diretor Btea

MAURO GUIMARÃES - DÍrêtat

FERNANPO PH1RIIRA — RntüWr Cheff

MARCOS SA ClIRRfeA — írfllor

R.AVIO PINHHRD — Eduor Asiúleiilr

lOSF SILVEIRA — Secretário Eircutivo

Ique

Salvação pelo VotoMINISTÉRIOS

se fazem ou se reformam pelasnecessidades políticas. Em ambas as hipóteses,

segundo a feição dos governantes. O regime presidência-lista de governo tem a faculdade de compor-se ourecompor-se sem a obrigação de obter a aprovação doCongresso. É, portanto, da livre escolha do presidente aseleção dos ministros, de acordo com as necessidadespolíticas. Os partidos não vão além de indicações.

Premido pela notória falta de eficiência administra-tiva dos seus ministros e pela desagregação partidária,que depois de cindir o PDS se acelerou no PMDB (doissímbolos do autoritarismo), o Presidente Sarney abriu arevisão ministerial. Fez saber com antecedência quecuidaria do assunto nesta oportunidade. Ao contrário deTancredo Neves, está desobrigado de atender a compro-missos com o passado. As necessidades se concentram nopresente e não mais no passado. Como poderia oGoverno considerar novamente a Aliança Democráticana reorganização do Ministério? Nada mais têm — oPMDB e a Frente Liberal — a ver com o que eram e como que valiam há um ano.

Enquanto esteve na oposição, o PMDB conseguiuconciliar, mas não resolver, as suas contradições, quecomeçavam no nível ideológico mas desceram a profun-dezas fisiológicas assim que chegou ao poder. Seusministros se extremaram em antagonismos ideológicosno exercício das responsabilidades de governo. A qualdos dois deveria o Presidente Sarney conceder preferên-cia política, se fosse agora se submeter ao PMDB, sem secomprometer com um problema que não lhe diz res-peito?

A reforma ministerial se faz para atender às necessi-dades de eficiência do Governo e não para conciliardisputas regionais. São problemas que não se resolvemcom o sacrifício do país e sim dentro dos própriospartidos. A Frente Liberal evitou transferir ao GovernoSarney os seus problemas. O PMDB, no entanto,pretendeu atribuir à organização do novo ministério asolução das suas dificuldades.

O PMDB do Estado do Rio chegou ao extremo deagarrar-se à reforma do ministério como a sua tábua desalvação: só a indicação de um ministro poderia garantir-lhe condições de sobrevivência política. Derrotado em

duas eleições consecutivas, no entanto, só encontrarásalvação pelo voto. Mesmo porque esteve no poderdurante o autoritarismo e isto não lhe rendeu mais doque divergências ideológicas e derrotas eleitorais em 82 e85.

A ausência do PMDB no ministério reformadoreflete uma queda de nível na qualidade representativa eimplica a responsabilidade de todos os partidos noEstado do Rio. As chapas são organizadas por umcritério inferior de aptidão eleitoral dos candidatos. Arepresentação — federal e estadual — desceu muitoabaixo do que merecem os eleitores, e mais parece umcastigo. Um ministro vale tanto quanto nenhum, porqueserá impotente para inverter uma situação que se vemdegradando há muitos anos. Caberá aos eleitores corrigi-Ia, mas compete aos partidos compreenderem comantecedência a necessidade e providenciar a tempomelhores indicações. Sem qualidade representativa nãohá de que se queixar nem o que reivindicar. Ou, então,aos eleitores e aos partidos restará apenas o conformis-mo com a mediocridade de que são culpados.

O primeiro passo para a redenção representativa doRio — notoriamente desfalcado de qualidade política —terá de ser o reconhecimento das culpas que se repartementre partidos e eleitores. O Presidente Sarney não temobrigação de resolver problemas de incompetência poli-tica regional. Mesmo porque, já está provado, ministé-rios não produzem safras de votos quando não se semeoua confiança.

A nomeação de um nome do Rio para o ministérionão alteraria a situação política do Estado, que perdeu aidentidade representativa e se tornou irreconhecível. ORio terá que se reencontrar politicamente para merecer,sem precisar pedir favor, o reconhecimento federal dosseus méritos. Nem o Rio perde mais do que já perdeu,ficando fora do ministério, nem teria a oferecer mais doque comportamento fisiológico, se fosse contemplado naescolha presidencial.

Uma reforma ministerial não pode ter compromis-sos com a falta de qualidade representativa ou compartidos eleitoralmente desgovernados. A salvação de-mocrática — dos partidos, do Brasil e do Estado do Rio— está exclusivamente nas urnas.

Risco nas FilipinasA

esperada transição democrática das Filipinas,que deveria ter começado com a eleição presi-

dencial da semana passada, ainda não saiu do lugar.Marca passo à espera do término de uma apuração quese processa lentamente, sob fundadas suspeitas de frau-de. Abertas pouco mais de metade das urnas, ambos oscandidatos se proclamam na dianteira, cada um por cercade meio milhão de votos.

Por enquanto, talvez o resultado mais marcante daeleição filipina seja o aumento da intranqüilidade noscírculos dirigentes de Washington, que vinham pressio-nando o Governo de Ferdinand Marcos a dar a palavraaos eleitores. Diante da confusão reinante na antigacolônia americana, o Presidente Reagan evita fazerdeclarações conclusivas e. a fim de ganhar tempo,despacha para Manila um assessor de confiança, naesperança de que este o esclareça sobre a situação.

O fato é que uma vez mais os líderes norte-americanos se vêem perplexos ante as conseqüências desua política em relação a certos regimes despóticos dochamado terceiro mundo. Durante vários decênios, aomesmo tempo que se batiam pelos direitos humanos, osEUA mantinham alianças com algumas ditaduras, sus-tentando-as na presunção de que esta era a fórmula maisconveniente de proteger os seus interesses em áreascríticas do planeta. Com essa contraditória política, oque fizeram foi alimentar o sentimento antiamericano eabrir caminho para a substituição dos ditadores "ami-

gos" por governos de esquerda, abertamente hostis. Oexemplo da Nicarágua ilustra dramaticamente a poucahabilidade dos EUA para lidarem com essa questão.

Da mesma forma que em certa época amparouSomoza — antes de decidir-se a contribuir para o seuafastamento quando a rebelião já se espalhara pelo país— o Governo americano deu generoso apoio a Ferdi-

Salário Perigoso

— Tem xinxim e acarajé, tamborim...

nand Marcos, na suposição de que fortalecê-lo seria amelhor maneira de impedir a conquista das Filipinas pelaguerrilha esquerdista. Toda a ajuda americana, entretan-to, parece ter desaparecido no saco sem fundo daadministração inepta e corrupta que há decênios dominao país com os instrumentos da repressão.

As muitas centenas de milhões de dólares que osEUA mandaram para as Filipinas não impediram que asua economia se deteriorasse rapidamente nos últimosanos. As exportações caíram vertiginosamente, a produ-ção de alimentos está em acentuada baixa, os investi-mentos estrangeiros se retiram, enquanto a dívida exter-na chega à casa assustadora — para as dimensões e aspotencialidades do país — dos 26 bilhões de dólares. Hádesemprego, escassez e crescente insatisfação popular.

Em conseqüência desse quadro quase caótico,quem ganha terreno é a oposição radical, já que a outra,a de feição moderada, ainda não encontrou uma expres-são partidária e só conseguiu mobilizar-se para asrecentes eleições em função do carisma pessoal dacandidata Corazón Aquino. Os interesses norte-americanos, que têm nas Filipinas um dos pontos-chavedo seu sistema de defesa no Pacífico, vêem-se cada diamais ameaçados.

Do mesmo modo que a sua vocação para viver emum regime de efetiva liberdade, a simpatia do povofilipino para com os EUA é fato comprovado emdiversas ocasiões. O apoio de Washington ao despotismode Ferdinand Marcos há de ter contribuído para acorrosão dessas atitudes positivas, porém há testemu-nhos de que tal patrimônio ainda não desapareceu.Preservá-lo será obra de uma clara política norte-americana em favor da democracia e da reconciliaçãonacional nas Filipinas.

NÁO obstante a perseverança governamental para

obter entre patrões e empregados um acordo quelimite os reajustamentos salariais ao máximo de 6rí- alémdo IPCA. as propostas de reajuste que começam a surgir— e a dos metalúrgicos é um exemplo contundente —reivindicam a reposição de \2c'r. Até agora, não sepercebeu qualquer manifestação da parte dos emprega-dores condenando o pleito, até porque as reivindicaçõesdos sindicatos vão muito além dos 12rr. Pedem, alémdisso, a trimestralidade, a redução da jornada e outrosbenefícios. Assim, tudo indica que as negociações vão setravar em torno do conjunto das reivindicações, e não dopercentual. Fica distante, portanto, a hipótese dos 6%.

Os acordos salariais a serem firmados proximamen-te vão, com toda a certeza, servir de parâmetro para ocálculo do novo salário mínimo. E de se esperar que onovo mínimo incorpore a média das vantagens obtidaspelas grandes categorias sindicais, o que significa umreajustárríehto de pelo menos 1 lflr'. O DIEESE. entre-tanto, reclama o estrito cumprimento da lei de criação dosalário mínimo, o que implica praticamente quadruplicaro valor atual. E claro que não se vai chegar a tanto, masse decidir o Governo reeditar, este ano. a prática doarredondamento que adotou em S5. o novo valor dosalário mínimo será de CrS 1.3(K);(KH1.

Cartas

Na quase totalidade stos países que adotam o saiarRimínimo, o conceito tia remuneração é mais de salário

inicial, de modo a que a massa de salários se concentrasempre acima do mínimo, cuja variação exerce poucainfluência no conjunto das folhas de pagamento. Não é ocaso brasileiro, onde uma parcela significativa da forçade trabalho se situa sobre a faixa do salário mínimo.Outra peculiaridade interessante é o fato de que o saláriomínimo, no Brasil, serve de índice às demais escalassalariais, para diversos tipos de contrato e até paraalgumas formas de tributos, como é o caso da previdèn-cia social.

As variações do salário mínimo, no caso brasileiro,exercem um elevado efeito indexador e. na medida quese situem acima da inflação, terminam sendo um podero-so foco de pressão inflacionária, sem falar no impactoque exercem sobre as contribuições sociais dos quepercebem acima dos 20 salários mínimos e sobre aparcela de encargos das folhas de pagamentos dasempresas. Se as categorias profissionais, em geral, vãoobter, nas próximas rodadas de negociações, ganhosreais de salário significativos, não seria justo desejar queo aumento do salário mínimo ficasse restrito à variaçãoda inflação, mas os efeitos que o reajustamento tende aexercer sobre a economia como um todo. e sobre aprópria política salarial, aconselha a meditação em tornode fórmulas capazes de extrair do salário mínimo o seu

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cionário une. com toda segurança, irá exercei

"Segredo da Borboleta"Tenho lido nos jornais o sucesso que

tem feito no Rio a escritora americanaToni Tucci com seu livro O Segredo daBorboleta, onde defende o relacionamen-to sexual aberto da mulher de meia idadecom homens muito mais jovens comoforma de rejuvenescimento da mente edeleite do corpo. Apresentado, assim,como descompromissado contato de mu-cosas e inconseqüente exercício de rela-ções humanas, parece òfimõ! Mas, emuma mulher sensível, mesmo prática earejada, uma sucessão de casos com rapa-zes deixaria profundas marcas, não citan-do os perigos de chantagem, exploração eaté mesmo latrocínio a que estaria sujeitauma mulher madura e dona de conforta-vel situação material, ao abrir a suaintimidade a um jovem eventualmenteambicioso e destituído de escrúpulos.

Mas, a par dos esperados e evidentesprazeres em tais aventuras, o amargor dasituação estará sempre presente, antes,durante e depois: o medo de perder embreve o jovem amante, o sentimento doridículo, a consciência da decadência quevirá mais forte do que nunca ao compa-rarmos nossa carne flácida em contatoíntimo com a carnadura jovem e rija donosso parceiro, a absoluta falta de diálo-go amoroso, a percepção de que ele aliestaria por interesse ou, o que é pior, porpena, ou ainda, por uma mecânica satis-facão sexual, a certeza de que seremosmais tarde desnudadas em chacotas econversas com amigos da mesma idade...

Muito antes da propaganda em tornoda escritora visitante e do livro com queela pretende faturar a curiosidade e oescândalo, tive uma dolorosa experiênciapessoal. Sentindo-me só e carente, rela-cionei-me com um jovem que tinha ametade da minha idade. A experiênciafoi desastrosa e os frutos amargos quecolhi em muito sobrepujaram os momen-tâneos instantes de êxtase dos sentidos.

Espero que a sensível mulher brasilei-ra não se deixe levar pelo canto da sereiaamericana e só busque uma aventurasimilar com plena consciência do passoque está dando. Peço que o meu nomeseja mencionado apenas pelas iniciais;seria doloroso ser identificada. Mas nãopude silenciar a minha experiência amar-ga, em solidariedade à mulher brasileira.SS — Rio.

"Mau exemplo"Parabéns pelo editorial Mau Exem-

pio, que deve ter esfriado bastante osnossos socialistas e comunistas. Essesmoços que aprovam a ditadura de FidelCastro e criticam a nossa Revolução —cujos atos ditatoriais nem de longe secomparam aos de Fidel — não deveriamesquecer que Cuba vive hoje de esmolasda Rússia ate para comer, a troco do seuaçúcar e, o que é mais triste c vergonho-so, do sangue dos seus pobres pracinhas,defendendo sua ideologia e procurandoimplantá-la cm várias partes do mundo.José de Souza Borges — Rio.

PrevidênciaApesar de ter meus proventos como

pensionista do INPS. abaixo do desejado,esperando uma mudança para melhor,venho acompanhando e aplaudindo a lutado atual Ministro Waldir Pires, pela mo-ralização e extermínio da corrupção exis-tente no INPS. Ao ser anunciado peloMinistro que o INPS fechou o ano de1985 com saldo positivo, demonstrouque. quando se é bom administrador etrabalhador, qualquer dificuldade é re-movida. Diante desses fatos, aos antigosMinistros, como o Sr. Passarinho, etc. sóresla o afastamento da vida pública, porincompetência. Como conterrâneo do Sr.Passarinho, só espero que desista de sercandidato a Governador do Pará na pró-xima eleição, porque a terra de LauroSodrc e outros grandes vultos não mereceque isso aconteça Jorge Bentes — Rio deJaneiro.

AposentadoriaO aposentado, vítima do achatamento

salarial, para fazer face ao elevado custode vida. principalmente quando necessitade medicamentos, parte para os serviçosextras, geralmente incompatíveis com suaidade, disposição física ou mesmo psico-lógica. Em maio de 85, o salário mínimofoi elevado de 104%, mas a aposentado-ria só recebeu reajuste de 89%; agora, oministro Waldir Pires zera o déficit daPresidência, deixando crer na disponibili-dade de dinheiro em caixa para corrigiressas injustiças. Almir Soares Diniz —Belo Horizonte.

passo atrás da direção", c meu deverprofissional da área de educação e meudireito, como mãe que participou detodas as atividades desenvolvidas peloColégio São Marcelo, em 1985, inclusivedo Seminário de Educação do próprioColégio, deixar registrado neste jornal atotal perplexidade diante dos fatos ocor-ridos naquele estabelecimento.

À Instituição, a indagação: Comouma Instituição se propõe buscar o cami-nho da educação libertadora, investequase 5 anos neste trabalho, exige de simesma e da equipe sacrifícios brutais e,numa primeira crise mais séria, tomaatitudes inconseqüentes e incoerentes,não aproveitando a oportunidade paracolocar em prática o próprio discurso?

À equipe, o apelo para que continue oseu trabalho, não desista da luta e crie umnovo espaço, onde possa exercer o seucompromisso com a verdade. A ela aminha solidariedade. Nila Maria SiqueiraVasconcellos — Rio de Janeiro.

fVl.-t.ri/j-_

"Escadinha"Quando se discute a fuga de Escadi-

nha, discute-se a retirada do sofá da sala:procura-se tapar o sol com uma peneira.Dúvidas não há de que a criminalidadeaumenta e continuará aumentando, por-quanto tem relação de causa e efeito coma nossa estrutura social desenganadamen-te injusta e que, a cada dia, marginalizaimensa faixa de população. Não cuidardesse ponto é relegar à inutilidade qual-quer outro tipo de iniciativa, como porexemplo punir, editar sofisticados siste-mas jurídicos ou construir novos presí-dios. Desativar o presídio da Ilha Grandeagora é o mesmo que tirar o sofá da sala.Frederico J. L. Gueiros — Rio

São MarceloA respeitono .!R de -i

juc foi publica-i 12, '"Proics^o-

Projetos públicosAugusto Ruschi é uma bandeira! Que

os nossos falidos homens públicos ressus-citem e mudem seu costumeiro discurso;transformem seus projetos em demandaspúblicas pela melhoria da qualidade devida; que impeçam a depredação do meioambiente motivada por interesses exeu-sos que, enfim, sejam homens públicos!!!

Basta citar só alguns exemplos: aLagoa de Maricá está morrendo, estácom "cara de sapo"!; a Lagoa Rodrigo deFreitas é uma verdadeira cloaca. miasmá-tica; a Zona Sul do Rio, puro cocô decachorro; os morros do Rio de Janeiroestão carecas, desflorestados c os sapos jámorreram há muito tempo!; as praiascariocas são endêmicas; e. coitados, esti-vemos neste carnaval com uma só masca-ra: a da "cara de sapo"!

Por favor à vida. homens públicos, avida é curta e a morte é cyrla: sejampúblicos! Não esperem pela tal de Consti-tuinte, ou re-Constituinte, transformadaem panacéia para todos eis males, biomboda incxcrupulosidade. vileza, corrupção,desmando. Não sejam dendrohatas! Porfavor à vida. JB. você que é um patrimô-nio sócio-cultural valioso, dê permanen-tes canais de expressão ao ideário rus-chiano. Salve, Raonis e Sapains. Salvem-nos! José Arthur Guimarães Moreira —Rio de Janeiro.

EstataisA propósito da inflação, sugiro repor-

tagem que faça um levantamento dequantas estatais existem. Quanto ganhamseus funcionários (número de salários a-no e valor mensal) e se compare com oorçamento das Forças Armadas em fun-ção dos seus respectivos PiBs EdsonAlves Lopes — Rio.

TrânsitoIndo à Barra com o Chevette XQ

9912. às 9h53min, perguntei a um solda-do da PM de serviço no canteiro centralda Av. Sernambetiba sobre a possibilida-de de estacionar na área pintada debranco, num relorno e fui informado deque só não poderia fazer fila duplaEstacionei. As 13hISmin havia um poli-ciai militar (RJ y7.S"l. acompanhado deum vigilante, anotando as placas dos trêsveículos ali estacionados. Visivelmenteembriagado, o policia! me informou que

estava anotando a placa para pedir rebó-.que. Quando lhe disse que outro policialautorizara o estacionamento, o 9787 feiítextual: "Ele aqui não diz nada. porqueesta área é minha". Quando fixei o olharem sua placa de identificação, ele medisse que ia retirar a anotação porque era1"complicado retirar o carro", e "bemmelhor pagar CrS 2(1 mil do que Cr$-W>"mil". O que significa bem melhor pagaros 20 mil que 80 mil? O Detran deveriacomeçar a opcração-bafõmetro pelosseus guardas. Não é a primeira vez queencontro policiais fardados com sinais dealcoolismo. Tito Ferreira dos Santos —Rio.

CardiocirurgiaGraças ao médico Vollmer Bonfim e

sua equipe do CPC do Hospital dosServidores do Estado, nós. que moramosno Rio de Janeiro, não temos necessida-de de ir a São Paulo ou Cleveland paTÍcirurgias do coração. Meu marido foj,operado há pouco e estou feliz e agratle-cida ao Dr. Vollmer Bonfim e ao CPC.Maria Ivone Ferreira Matos — Rio.

Pronto-socorroAtropelado no dia 17 de janeiro ha,',

Rua Uranos, Joel Monteiro Filho, 56anos, foi atendido inicialmente pelo Hos-pitai Getúlio Vargas, que providenciousua remoção para a Clínica Dr. Balbino.onde ficou 11 dias. Nesse tempo, apre-sentando fístula, duas fraturas de crânio,-e corte de parte da orelha, recebeu apc.-..nas quatro curativos. Mesmo perdendosangue pelo nariz sempre que se movia,,teve de levantar-se diariamente para..,a.higiene. Levamos a reclamação ao mõili- -co Elísio Balbino. que,embora admitindomau atendimento, não tomou qualquerprovidencia. Rosângela Monteiro — Rjq.,de Janeiro.

VazamentoA propósito de notícia sobre audito-

rias na Embrapa, visando á administramção do Dr. Eliseu Andrade Alves, fiqueiindignada que uma providência sigilos»,deixasse vazar uma série de suspeitas e-insinuações graves. Eliseu, mineiro do.Sul, é um técnico de altíssimo nível,,respeitado no Brasil e no exterior. Pro-testo contra a leviandade com que essejornal cometeu esta agressão a honra deduas pessoas de bem: Heloísa dedica-se.ao magistério e mantém uma escola 'em-Brasília. Nunca vi indício de associaçãoou confusão das atividades próprias-idaicada um. Colette Vidigal — Belo Hori-zonte.

InsegurançaA avenida Henrique Dódsworth, Cor-

te do Cantagalo, é um dos locais maisperigosos do Rio devido aos assaltos aqualquer hora do dia sem qualquer poli-ciamento. Moradores e trabalhadores daárea evitam agressões seguindo à risca anorma de não reagir. Tivemos, entretan-to. o covarde assassinato de um turistaaustríaco. Gostaria muito de ver o gover1-'nailor do estado, no incontrolável afã dealcançar a presidência, pisar no pescoçodos assaltantes e assassinos que nosameaçam o bolso c a integridade. HelenaCastro — Rio.

AgradecimentoFaço questão de tornar público, atra-.

vês do JB. meu agradecimento sincero doCabo Wellington Amorim Fernandes, lo-,tado na Patrulha Rodoviária. Barra da'Ti jucá. pelo motivo que passo a expor:,No dia 4/1/86, por volta de meia-noite1meu carro enguiçou em local ermo e'perigoso da Av. Alvorada. Imediatamen-ite surgiu o Cabo Wellington. que, mesmo1â paisana e fora de horário de serviço.,ofereceu-me proteção e ajuda para con-1sertar o veículo. Atitudes como a doCabo Wellington só enobrece e eleva oconceito da PM junto à população LuísEustáquio Coelho — Volta Redonda (RJ).

As cartas serão selecionadas para publi-cação no todo ou ern parte entre as que1tiverem assinatura, nome completo e leçji-.vel e endereço que permita confirmação

previa.

CorreçãoNa entrevista de Hector Bahenco publica-da nu BEspecial de 9/2 a frase correiaapus a pergunta "Por que jamais ocorreua nenhum burocrata se aventurar pel*iniciativa privada?" é a seguinte: "Por-

que implicaria o risco de se expor iderrota a fundo privado e nãh-a fundi»perdido por soma rio Kstario."

JORNAL DO BRASILOpinião quinta-feira, 13/2/86 ? Io caderno ? 11

Um mineiro desafiadoa>

Noenio Spinola

QUANDO o Ministro José Hugo Castello Branco

assumir a pasta da Indústria e do Comércio, seuprimeiro desafio será demonstrar que o Ministério existe,que a ele cabe orientar o desenvolvimento industrial do paísè sobretudo o "comércio". Ao sair, o Sr Roberto Gusmãodespediu-se com um temporal e uma frase que representaOutro desafio para seu sucessor: "Vou descansar na minhaprópria sombra."

O MIC, como o Ministério da Indústria é conhecido nojargão oficial, já experimentou direções de todos os tipos ecalibres; houve generais com ares civis, como MacedoSoares; houve jovens técnicos que depois se transformaramem políticos, como Pratini de Moraes; e mineiros comoCamilo Pena, que trafegaram sem grandes choques mas semtocar cm feridas profundas. Isto fez o Sr Gusmão, abrindopuditorias que conduziram a escândalos porém a nenhumresultado prático, como nos casos do Instituto do Açúcar ejdo Álcool e do IBC.

Nos últimos 20 anos, o MIC foi um pesadelo para osseus ocupantes quando os preços do café desabavam noexterior. Mas, desde as geadas da década de 70, o cafésumiu do mapa como um produto problema. Hoje, aadministração do IBC é confortável, e até mesmo quando"ocorrem desequilíbrios técnicos entre os preços internos, ostoreços externos e os preços de registro para exportação —que provocam o câmbio português com a fuga dos exporta-[dores para o dólar no paralelo — ninguém percebe nada, aíião ser os cambistas. A maré da alta absolve a mecânica doTBC e os produtores continuam contentes, porque não¦precisam do preço de garantia do Instituto: eles podem reter.estoques especulando na alta.«——Dessa forma, se não atacar os monstros sagrados que oSr Gusmão desafiou, o Ministro José Hugo terá umapassagem tranqüila pelo MIC. A siderurgia encontrou umaválvula de escape nas exportações, a Açominas não chega aser um dilema fundamental e os outros setores podem seradministrados sem ruídos. Por esse caminho, contudo, o¦Ministério da Indústria e do Comércio será apenas uma.avenida para o desaparecimento de qualquer vocação políti-ca^, Estaria um bom mineiro disposto a isso?

¦ .-.Bem administrado, o MIC pode se transformar em uma;pcça fundamental para a política econômica. Ele contém¦muitas cargas explosivas e pode influir cm vários segmentos'da vida nacional, tão delicados quanto estratégicos. Uma'parte da política de ciência e tecnologia passa por seus'corredores; o Conselho de Desenvolvimento Industrial podefixar as linhas mestras do desenvolvimento da indústria leve

!c "pesada; a política comercial deveria ser fixada pelo MIC,

e, se for seguido o que mandam ostextos, também a política

de exportações ficaria sob seu controle. Pois o que é e paraque serve o Concex? E não é o comércio exterior um"Comércio?"

O quadro no qual o novo ministro assume o MIC vairequerer uma boa dose de política mineira para que a pastanão se apague definitivamente, apesar de todo o seupotencial. A começar pelo comércio. Se o ministro abrirmão de ser ministro do Comércio terá cometido desde logoseu mais trágico erro, pois este setor poderá lhe dar umenorme apoio para oferecer ao Presidente alternativas decontenção da inflação.

Nos termos em que foram deixadas as coisas até hoje, oque se assiste é uma progressiva tendência para estatizar ocomércio, a começar pelos alimentos. Há até quem alegueque a responsabilidade pela alta dos alimentos é dos leilõesde cereais nas Bolsas de Mercadorias, pois os estoques,dessa forma, passam para os atravessadores. Com taxas dejuros astronômicas, carregar estoques é um luxo, e, se ospreços sobem, é porque a oferta foi insuficiente, foi pouca.Muito a propósito, a revista Veja desta semana traz estanota singular: "As autoridades que lidam com o abasteci-mento já descobriram que a alta do arroz foi gerada,mesmo, pela ineficiência da distribuição dos estoques doEstado, pois a seca não afetou o arroz irrigado do RioGrande do Sul." O "especulador", no caso, foi o própriosetor público. Teria o Ministério da Indústria e do Comércioingerência nesses casos?

Há muito tempo, empresários ativos como o Sr Guilher-me Afif, da Associação Comercial de São Paulo, vêmtentando transformar o MIC em um Ministério que dêatenção ao comércio. Ainda quando novo no cargo, Amau-ry Temporal começou a se reunir com lideranças locais eregionais, costurando um encontro nacional limitado aocomércio associado à sua Confederação. Nem Afif nemTemporal descobriram ou parecem ter descoberto, porém,todo o universo que podem abranger e que a colaboraçãocom o Governo pode ser muito maior. Para tanto, elesprecisariam pedir o apoio das Bolsas, das Associações desupermercados e lojistas, reunindo todo o comércio em umgrande conglomerado de interesses que não poderiam seracusados de "especulativos".

A produção de açúcar e álcool é outro bom exemplo:com o petróleo descendo a 15 dólares por barril, faz sentidoo Brasil continuar cultivando toda a área hoje ocupada comcana para produzir álcool a um preço três vezes superior? OMIC, a quem teoricamente está subordinada a produção deaçúcar e álcool, poderia abrir enormes espaços para osalimentos que faltam, silenciando os que estão usando ocomércio como alvo, em seu inconsciente desejo de "poloni-zar" o Brasil. Seria o MIC um canal de diálogo dosempresários do comércio com o Governo? Ou ficará ele àsombra dos estampidos da retirada do ministro Gusmão?

A II Guerra Econômica MundialWilliam Safire

PELA segunda vez nesta geração, a monarquia da Arábia

Saudita declarou guerra econômica à maior parte do resto[domundo.

O reino ganhou sua primeira guerra econômica, liderando,o cartel mundial de produtores de petróleo (a OPEP) que¦elevou o preço do barril de óleo mais de 1000% — enriquecen-:do os xeques, aumentando a inflação e causando a recessão nos¦países industrializados, além de empobrecer ainda mais o'Terceiro Mundo.

Depois de uma bonanza de uma década, os sauditas[perceberam que seu cartel estava perdendo a força; com ospreços altos reduzindo a demanda, os membros da OPEP

[passaram a produzir além de suas cotas. O petróleo do Mar doNorte passou a ser vendido aos preços ditados pelo mercado e

[não aos decretados pelos sauditas."-Incapazes de apoiar os preços do cartel através de uma

.maior redução de sua própria produção de petróleo, há poucosdias os sauditas declararam a Segunda Guerra Econômica

Mundial.• Uma clássica estratégia do monopólio foi posta em prática:'o maior produtor vai punir os produtores que deram descontosinundando o mercado, fazendo os preços caírem até o ponto cm

[que aqueles que ousaram competir tenham saído do negócio —então o monopólio elevará os preços, levando-os aos níveis

[ exorbitantes de antes do início da guerra de preços.. É isto que está acontecendo agora: alguns meses depois de¦osrsauditas terem dobrado sua produção, o preço do barril depetróleo caiu de 28 dólares para 18. Ahmcd Zaki Yamani, o

¦xeque saudita do petróleo, auxiliado pelos seus aliados do' Kuwait, apontou o trabuco para a Inglaterra c disse: "Reduza

sua produção para o nível que a OPEP decidir, ou vamos[ bombear petróleo até que o preço do barril caia para menos de'

13 dólares — menos do que custa para vocês produzi-lo".«••¦ -A ameaça é grande. Praticamente nada custa aos sauditas

. furar a areia e extrair petróleo — enquanto os que vão buscá-lo¦itoiundo do mar gastam ate 15 dólares para produzir cada' barril. Apesar de a ameaça saudita ser publicamente dirigida à

Inglaterra — que não pertence it OPEP — também vai assustar' ofêgime nigeriano.',

O que está em risco? Se os sauditas vencerem a SegundaEcoguerra e os preços do petróleo voltarem para onde estavam

, há um_mêsro-resto do mundo terá que enfrentar mais inflação,1 altas taxas de juros, recessão e uma redução nos padrões de. vida.[ V'Se os Países industrializados e os do Terceiro Mundo

vencerem, deles serão os espólios — traduzidos em crescimento[ rrjàis rápido, menos inflação, menores taxas de juros e maiores'

preços de ações e níveis de emprego — uma era de prosperidade[ irijç.rnacional e de estabilidade política. Assim, há muita coisa

em jogo.' *" ' Nesta guerra, os sauditas têm como vantagem os repenti-[ rios (se bem que não relacionados) problemas enfrentados pelo' governo da Primeira-Ministra Margarct Thatchcr — o que

poderá enfraquecer a decisão inglesa de permanecer indepen-dente na fixação dos preços de seu petróleo.

Entretanto, o xeque Yamani tem contra ele a certeza deque um dia destes o Aiatolá Khomeini vai morrer, o queresolverá o problema da guerra Irã-Iraque, recolocando nomercado a plena capacidade produtiva de dois grandes exporta-dores de petróleo.

Os Estados Unidos são um grande importador de petróleo,mas o Governo Reagan parece não perceber que uma guerraestá sendo travada.

O que os EUA deveriam fazer para ajudar os preços dopetróleo a continuarem caindo até ficar por volta dos 15 dólares(e aí permanecer) não é segredo: o Presidente Reagan deveriaimpor uma taxa de 12 dólares sobre cada barril de petróleoimportado.

O objetivo não é obter dinheiro o bastante para salvar oorçamento da defesa, mas sim tornar lucrativa a exploração denovos campos petrolíferos por parte da indústria norte-americana do petróleo (que também é vital para a defesa dopaís) e encorajar a continuação das medidas de economia deenergia dos consumidores norte-americanos, sem aumentar ospreços da gasolina e do óleo para o aquecimento doméstico.Para salvar o México da ira saudita, Washington poderia isentardo imposto de 12 dólares os países vizinhos exportadores depetróleo.

A Segunda Ecoguerra será ganha ou perdida nos próximosdois anos. E nas eleições presidenciais norte-americanas, oseleitores perguntarão aos candidatos: "Qual foi a sua atitude?"Gary Hart, o possível candidato Democrata, já era o principaladvogado de um imposto sobre o petróleo importado antes desua necessidade se tornar óbvia. Mario Cuomo, outro possívelcandidato Democrata, está ocupado demais fazendo seu jogoétnico tipo Kenncdy para se preocupar com uma questãointernacional que afeta a todos os norte-americanos.

Entre os Republicanos, o uso da arma da importação dopetróleo em uma guerra pela prosperidade parece algo naturalao vice-presidente George Bush, ex-empregado da indústria dopetróleo, que deve saber muito bem o que a atual ameaça deYamani representa para o futuro do petróleo norte-americano.

Mas o vice de Reagan está dando mais importância aosinteresses de outras áreas do que aos da deprimida zona deHouston — um erro que será lembrado na convenção nacionaldo Partido Republicano. Ou então não tem a coragem de falarclaro, acordando o Presidente, temendo poder ser acusado dedefensor de um novo imposto. A futura desculpa de Bush paraseu atual silêncio — "Trabalhei nos bastidores" — não serámuito digna de credito.

A ameaça dos sauditas não poderia ter sido exposta deforma mais clara. A queda dos preços do petróleo deveria tersido prevista (e foi, até mesmo nesta coluna) e a oportunidadeque oferece para se golpear o cartel, defendendo a prosperidadedo livre mercado, é inconfundível.

O Presidente Reagan pode vencer esta guerra com umasimples penada. Então, o que está esperando?

Wllllam Safire e colunista do The New York Times

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A música de Garcia MárquezLéo Schlafman

CADA livro de Gabriel Garcia Mâr-

quez tem instrumentos musicais do-minantes, como elementos essenciais doambiente. Em Ninguém Escreve ao Coro-nel, há uma banda sem os instrumentosde sopro. Em La Mala Hora, é o clarinetemelancólico de Pastor. A citara de PictroCrespi acende os amores em Cem Anosde Solidão. A avó de Erendira toca opiano. Em O Outono do Patriarca, pode-se dizer que o instrumento dominante é avoz humana. E assim por diante. Oúltimo romance, El Amor en los Tiemposdei Cólera, em que pela primeira vez ospersonagens principais são burgueses, édominado pelo violino.

A tiragem de El Amor en los Tiemposdcl Cólera, lançado em dezembro emquase todos os países de língua espanho-Ia, já passou do milhão de exemplares,enquanto traduções para outras línguasvão sendo executadas em ritmo alegrovivace. Nele Garcia Márquez conta umahistória de amor com meio século deduração, de um homem e uma mulher aquem não permitiram que se casassemquando jovens, porque eram jovens de-mais, e que, depois de 50 anos, tornandoa encontrar-se, também não queriam per-mitir que se casassem porque já eramvelhos demais.

Retorna, como característica de esti-Io, a musicalidade já assinalada cm CemAnos de Solidão. O próprio Garcia Már-quez, em entrevista, comentou não com-preender como uma pessoa pode se con-siderar culta sem ter a música entre oscomponentes básicos da educação. Quan-do escrevia O Outono do Patriarca, escu-tava exclusivamente Bela Bartók c delese impregnou de tal forma que a estruturado romance acabou sendo a mesma doConcerto para Piano e Orquestra n" 3.Existe mais de um ponto de contato entreGarcia Márquez e Bela Bartók, mas,antes de mais nada, é bom lembrar queambos buscaram seus ritmos e inspiraçãoem fontes populares e folclóricas.

Na Colômbia há um gênero de músi-ca que se chama vallcnato. Asscmclha-seum pouco ao merengue dominicano. Naorigem era uma canção de gesta paratransmitir oralmente acontecimentosreais. Os autores andavam de lugar cmlugar, recolhiam fatos, notícias e os divul-gavam cantando cm outras regiões. Como tempo, este gênero se comercializou,mas o filão natural permaneceu.

"A idéiade escrever Cem Anos de Solidão me veioescutando estes cantos. O que é de fatoCem Anos de Solidão? Nada mais do queum longo vallcnato de centenas de pági-nas", contou Garcia Márquez.

A inspiração de Garcia Márquez to-mou forma nos relatos fabulosos que eleouviu de sua avó antes dos oito anos. Elaestava sempre contando fábulas, lendasde seus antepassados c organizando a

vida da família de acordo com mensagensrecebidas em sonhos. O avô, antigo coro-nel, contava-lhe intermináveis históriasda mocidade durante a guerra civil, leva-va-o ao circo, ao cinema, era o cordãoumbilical de Garcia Márquez com "ahistória e ã realidade". Depois, comoassinalou Emir Rodríguez Monegal, emTradição e Renovação, Garcia Márquezeliminou a distinção entre realismo efantasia no próprio corpo do romance eaté numa mesma frase.

Bela Bartók adquiriu sua conforma-ção musical aos vinte e poucos anos, noinício deste século. Fascinado pelo folclo-rc, empreendia viagens intermináveis nasquais gravou em matrizes fonográficasperto de 10 mil melodias populares hún-garas, eslovacas, ronemas, ucranianas,servo-croatas, búlgaras, turcas e árabesdo sul da Argélia. Trata-se de trabalho deuma amplitude sem precedente. Combase nestas melodias, Bartók pôde cons-truir uma ponte entre a música popularde sua pátria e as mais modernas tendên-cias da música de arte.

O Outono do Patriarca e o Concertopara Piano e Orquestra n° 3 acabarampor fundir-se numa memória folclóricacomum. Ambos têm o mesmo gesto deuma maturidade existencial que se debru-ça sobre o passado: chegando ao fim docaminho, ao fim da vida, fazem o balan-ço. O Outono do Patriarca começa comuma multidão invadindo o palácio de umditador latino-americano (Papa Doe,Francia, Trujillo, Estrada Cabrera...) pa-ra descobrir o corpo do velho que morreucom urna idade indefinida entre os 107 eos 232 anos. Como nos contos de fada, otempo parou para os membros da Corte,enquanto lá fora a natureza e o resto domundo continuam. O romance pode serlido como uma série de contos de fada,tendo como contraponto a violência, emque se narram as histórias de ManuelaSánchez, a rainha dos pobres, a queperfumava o ar do quarto como um baixoostinato; a história de Letícia Nazareno,mulher do Patriarca, monja que ele man-dou seqüestrar na Jamaica e fez transpor-tar para seu país num caixote de cristais

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/^yGabriel Garcia Márquez

de festa com a recomendação "fragile —this side up"; a história de um ditadorvelhíssimo seduzindo estudantes que narealidade são prostitutas de beira de caisdisfarçadas; a história de sua mãe canoni-zada por decreto quando a canonizaçãofoi negada pela Santa Sé ("os instrumen-tos de cordas tocavam sozinhos dentrodos armários quando sentiam passar ocadáver"); a história de seu filho, feitogcneral-de-divisão ao nascer; a históriada loteria fraudulenta que ele sempreganhava. O Patriarca de Garcia Márquezé semelhante em tudo aos seus modelos:foi posto no poder por um monopólio dequinino e conservado ali pelos fuzileirosnavais de uma potência estrangeira apósa ocupação do país.

Em Cem Anos de Solidão GarciaMárquez prestara homenagem aos con-temporâncos transcrevendo frases é in-corporando personagens de Juan Rulfo,Carpenticr, Cortázar, Carlos Fuentes,além de personagens, frases e contextosde seus próprios livros anteriores. Emliteratura isto se chama intertextualidadc.

Bartók, no Concerto para piano, ten-do morrido quando ainda faltavam algunscompassos para sua conclusão, lançou,do além-túmulo, como o Patriarca deGarcia Márquez, um olhar não só sobreseu caminho percorrido, sobre sua pró-pria obra musical, mas também sobre ocaminho percorrido da música. PierreCitron, cm Bartók, fez o levantamentominucioso das citações: alguns compassosdo segundo movimento, adágio religioso,lembram compassos das Invenções a duasvozes e do último prelúdio do segundolivro do Cravo Bem Temperado, de Bach.O rumor de feira que abre o primeiromovimento, allegretto, parece saído dePetruchka, de Stravinsky. Os acordes depiano fazem pensar cm Schumann e cmBrahms. O apelo de flauta, na conclusão,vem diretamente de Debussy. Antccipan-do-se a Messiaen, Bartók anotou os can-tos dos pássaros nas florestas e os utilizouno tema inicial do primeiro movimento ena passagem noturna do segundo. Umamigo que o visitou pouco antes de elemorrer, em setembro de 1945, reparouque havia sonatas de Mozart no pianodele.

Bartók, um dos grandes da música doséculo XX, acertou as contas com atradição, com as fontes. Os solos depiano de sua música-testamento são deli-cadamente femininos, pois pretendia quea mulher Ditta, que com ele partilhou os.últimos anos de dificuldade e miséria,pudesse tocá-la para ganhar a vida. Esteaspecto de delicadeza, de feminilidade,lembra também o Patriarca, o ditadorsanguinário, que tinha as "mãos lisas dedonzela", como se em meio às traições,aos morticínios, à violência, à miséria dopovo, ele pudesse sentar-se e interpretaruma partitura delicada como o Concertopara Piano e Orquestra n" 3. .Léo Schlafman ô redator do JORNAL DOBRASIL

Luiz Orlando Carneiro

O ministro Marco Maciel não concorda com a tese,muito difundida, de que o ministério que amanhã

'toma posse está irremediavelmente condenado a não

sobreviver à eleição dof Congresso/Constituinte.

•Ainda antes de ter seu-nome confirmado para oGabinete Civil, o ministroconsiderava que o "Mi-

ir nistério Sarney" tem deser tão solidário e unido""em torno do presidente" que — além de ajudá-lo24 horas por dia a inverter

K~2Coisas da política

a curva da crise sócio-econòmíca, antes da metade do ano— possa contribuir para fazê-lo um "grande eleitor",como costumam ser os presidentes num regime presiden-cialista.

Durante o carnaval, aquele que se espera forme comos ministros Funaro e Pazzianotto a "frente de trabalho"da administração da crise defendeu o presidencialismo,"acompanhado de um Congresso forte", como o modelomais conveniente para o país. Não terá sido simplesmentea opinião — para muitos "suspeita" — de quem. aliás, temo direito de pensar em vir a ser Presidente da República.

O novo ministro-chefe da Casa Civil, político reconhe-

Um ministério presidencialistacidamenté hábil e ágil, parece ter querido, ao mesmotempo, desfazer a imagem de que será uma espécie de"primeiro-ministro" do presidente Sarney. e avivar odebate em curso, na comissão Afonso Arinos, sobre aadoção, pela Constituinte, de um "presidencialismo con-gressual" — um parlamentarismo à brasileira, com molhofrancês.

O gancho está aí: o presidente Sarney. com seu jeitode quem não quer nada. acabou por impor, mal ou bem,um ministério com sua marca, agindo à maneira presiden-cialista clássica. (O presidente do PMDB, Ulysses Guima-rães, que chegou a ser tido como uma espécie de "pre-mier" de Sarney. acabou por receber a "batata quente" dearbitrar a questão do Ministério da Previdência; o presi-dente fez os seus ministros, e premiou a fidelidade daFrente Liberal; se o ministro Pazzianotto não aceitasse oconvite para ficar, o presidente já tinha no bolso do coleteo nome do deputado Ayrton Soares).

Lá na comissão Afonso Arinos há, como se sabe. umapreferência pelo "presidencialismo congressual". Mas háuma minoria representativa que defende a manutenção dopresidencialismo. O voto, na comissão, do advogadoCláudio Lacombe é um bom exemplo, partindo do princí-pio de que não tivemos parlamentarismo nem no Império,pois o gabinete não representava a maioria parlamentar e,como dizia o Visconde de Itabbraí, o Rei reinava, gover-nava e administrava.

"Os governos Getúlio e João Goulart — escreveLacombe em seu voto — caíram precisamente quando se

enfraqueceu a autoridade do Presidente da República e,não, quando ela se exacerbou"."Parece-me inconveniente — continua Lacombe —neste momento de transição, em que ainda convalescemesses dois poderes, a tentativa de implantar um sistema degoverno nunca praticado entre nós, cujo funcionamentoregular depende de um requisito básico que, evidentemeh-te, não preenchemos: a existência de partidos políticosnacionais autênticos".

O jurista do grupo de Brasília anota, ainda, duasoutras condições indispensáveis ao exercício do parlamen-tarismo que, a seu ver, "não reunimos e dificilmenteconseguiremos cumprir por algum tempo":

1. Voto majoritário para eleição da Câmara, "que oCongresso vem sistematicamente recusando e não dásinais, ainda, de aceitar".

2. "A existência de uma burocracia estável e profissio-nalizada que assegure a continuidade administrativa, naperspectiva do rodízio acelerado de gabinetes".

È claro que a comissão pré-constituinte deve limitar-sea levar, aos eleitos de novembro, argumentos sólidos (peloparlamentarismo, pelo presidencialismo; pelo sistema mis-to), sendo a Constituinte livre e soberana, decidindo nabase da maioria absoluta. De outro lado, o presidenteSarney e seu ministério — de Marco Maciel a Pazzianotto,de Dilson Funaro a Nelson Ribeiro — poderão ter força,dependendo de sua atuação, de seu sucesso^ pura influirnas eleições de novembro e, conseqüentemente" na ten-"dència da maioria dos tutu:os constituintes.

Entre a "cravada" presidencialista de Sarney e as

eleições de novembro, está aberto um campo de luta noqual se arma uma "frente progressista" e se procuraconstruir uma aliança "centro-reformista" (apua HélioGarcia). Desse embate surgirá o "clima" da Constituinte,que não é um ente abstrato, mas uma assembléia dehomens com suas paixões e ambições. Parlamentaristas dehoje poderão ser presidencialistas de amanhã, e vice-versa.

A Constituinte não é o fim da linha. Sobre istoescreveu Miguel Reale:

"Costuma-se dizer que a Carta Magna de 1946 teriapropiciado ao país 22 anos de tranqüila vida democrática,mas há muita falácia nessa asserção. Ao fazê-lo, olvidam-se, deliberadamente. a crise política e o hiato de podermilitar que antecederam a posse do candidato eleitoJuscclino Kubitschek, assim como se passa uma esponjasobre o drama que culminou no suicídio de GetúlioVargas. Evita-se, também, falar nas crises resultantes darenúncia constitucional que desaguou, em setembro de1961. num regime parlamentar de emergência, com todasas suas seqüelas. 0 que houve, por conseguinte, foramanos de extrema agitação com exceção apenas dos gover-nos Dutra e Kubitschek, o que faz pensar que não são asassembléias constituintes que, ao lado da legitimidadeformal, emprestam condições reais de tranqüilidade demo-crática aos estatutos políticos".

Luiz Orlando Carneiro e diretor do JORNAL CCem Brasília.

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12 ? Io caderno ? quinta-feira, 13/2/86 Cidade JORNAL DO BRASILFoto de Almir Veiga Foto de Custódio Coimbra

¦ssáiM, ™% eHHBB WB^míuÍSêÊêSk^i jSSflB^HPr^-. *:t~i ¦ iBBBBBWwBiHBBK bSISSSSgi. -3

Poucos enfrentaram as águas da rua do MatosoNo saque ao caminhão de entrega de alimentos, na Av. Brasil, o homem preferiu levar uma caixa de bebida

Sem ter como evitar cheia, prefeito culpa urbanizaçãoFoto de Custódio Coimbra

iVum c/os raros trechos de pouca água, um pedestre cruza a praça da BandeiraFoto de Marcelo Carnaval

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HNo início da <4uemda Brasil, a cascata que caía doviaduto engrossava o rio na pista

Foto de Almir Veiga

Quem não conseguiu encostar, enguiçou na inundação que parou a avenida Brasil

0 prefeito Saturnino Braga atribuiuas inundações causadas pelo temporal deontem à "urbanização

que transformou asuperfície do Rio de terra e vegetaçãopara concreto e cimento armado". Disseque não há providências imediatas eurgentes para sanar o problema, pois oalargamento da rede de escoamento deágua seria caríssimo e proibitivo, total-mente fora do orçamento do município".Para ele, é preciso reflorestar as encostase construir pequenas barragens nos riospara conter enxurradas.

As chuvas começaram por volta das13h, atingindo principalmente o centro, apraça da Bandeira e os bairros do Está-cio, Rio Comprido, São Cristóvão, Caju,Tijuca, Flamengo, Catete e Laranjeiras.Choveu também e trovejou bastante, nofinal da tarde e início da noite em Ipane-ma, Leblon, Copacabana, Lagoa e Jar-dim Botânico.

A inundação de ruas, avenidas eviadutos parou o trânsito e levou aofechamento parte do comércio. Os pro-blemas mais sérios ocorreram nas aveni-das Brasil, Rodrigues Alves, FranciscoBicalho e Presidente Vargas e na praçada Bandeira e em muitas áreas da Lapa.Os túneis registraram retenções no senti-do Sul-Norte.

A avenida Brasil era o próprio caosem ambos os sentidos. Em direção aocentro o engarrafamento chegou a alcan-çar 12 quilmetros entre a Penha e o Km 0,em frente ao JORNAL DO BRASIL.Inundada quase que totalmente, em ai-guns trechos formava verdadeiros lagosbloqueando a passagem ou provocandodefeitos mecânicos nos veículos de moto-ristas mais afoitos.

Em frente ao Instituto Osvaldo Cruz,em Manguinhos, ônibus interestaduais eintermunicipais mantinham as janelas fe-chadas, apesar de parados e do fortecalor, porque motoristas e passageirostemiam assaltos, pois, correndo junto àmureta divisória das pistas, pivetes ebandidos arrancavam relógios e outrosobjetos de quem estava nos carros.

O congestionamento nas proximida-des da Rodoviária Novo Rio e dos aces-sos à ponte Rio—Niterói era pior, comreflexos sobre as entradas para o Caju eBenfica, agravando-se nas áreas em dire-ção às avenidas Francisco Bicalho e Ro-drigues Alves. Aí, grandes poças de águadesafiavam a coragem dos motoristas e oporte dos veículos: os que viajavam emcarros pequenos dificilmente se arrisca-vam e quem fez o contrário se deu mal.Sob os viadutos, havia centenas de auto-móveis enguiçados.

Em São Cristóvão, a maior parte daspistas da Avenida Pedro II ficou encober-ta pela água a partir das 15h. Na Francis-co Bicalho, a situação agravou-se com otransbordamento do canal do mangue,provocando tumultos com a concentraçãode multidões na Rodoviária Novo Rio enas Estação da Leopoldina.

Na Novo Rio, as chuvas atrapalha-ram, sobretudo as pessoas que chegavam,pois, entre 14h e 18h, nenhum ônibuspartiu, devido ao engarrafamento nasavenidas Rodrigues Alves e Brasil. Asempresas da linha Rio—Petrópolis sus-penderam a venda de passagens porquena avenida Brasil, altura de Manguinhos,um caminhão de um supermercado tom-bou, foi saqueado e a área transformadaem verdadeiro caos.

A Coderte informou que ontem foi odia de maior movimento de chegadas aoRio: 61) mil passageiros em 1 mil 650ônibus. Partiram 39 mil pessoas em 1 mil100 coletivos. Na rodoviária, a confusãotinha entre seus motivos o desespero daspessoas em busca de passagens e deinformações sobre chegada e saída decarros. No salão de embarque náo haviaespaço livre.

Por mais de 40 minutos, cerca de1 mil pessoas — a maioria residente noParque da Boa Esperança, antiga favelado Rato Molhado, no Caju — saquearamveículos de entrega de alimentos, apro-veitando os enguiços nas grandes poçasde água. Homens, mulheres e criançasatacaram três caminhões e uma kombique transportava mais de 800 quilos decafé.

O primeiro caminhão atacado foi ode placa VR-6086. dos supermercadosCB, dirigido por Joaquim Odilon. Mes-mo armado com um pedaço de pau omotorista não pôde reagir à multidãoliderada por um homem branco e forte.Testemunhas presenciaram as cenas.

— Ninguém conseguiu movimentaros carros. As ruas estavam submersas. Aícomeçaram a surgir os grupos de saquea-dores. Fechei meu carro e corri para umacasa próxima. De lá, acompanhei ossaques. Parecia coisa de cinema, Eles

abriam as portas de trás e carregavamleite, arroz, feijão, azeite e óleo — con-tou Júlio Ribeiro, dono de um Volkswa-gem branco.

O motorista da Kombi de chapa JV-1435, que entrega o café Pele, JoãoFrancisco Filho, disse que um dos sa-queadores usava uma barra de ferro coma qual ameaçou destruir o veículo.

— Não havia como reagir —comen-tou João Francisco. — Eles eram muitose pareciam dispostos a tudo. Chegaram aquebrar a Kombi no lado direito.

Os saqueadores levaram também ascargas —biscoitos e bolachas, na maioria— de dois caminhões, e a situação só senormalizou com a chegada de soldadosda Polícia Militar. Aí, motoristas e passa-geiros de dezenas de carros, que se refu-giaram em casas próximas temendo assai-tos, reapareceram.

Durante três horas, a praça da Ban-deira permaneceu ilhada e a água, emalguns pontos, subiu a um metro. Poucosônibus, com água chegando ao segundodegrau das portas, conseguiram passar. Oengarrafamento era maior nas pistas emdireção ao centro. Motoristas de carrosmenores que tentaram enfrentar a inun-dação tiveram os veículos enguiçados equase submersos.

Para os pedestres os problemas nãoforam menores. Em frente à loja declassificados do JORNAL DO BRASILna Praça da Bandeira havia quatro buei-ros sem tampa e num deles caiu umamulher com o filho pequeno. O alaga-mento da praça impediu que os carros daLight atingissem áreas com defeitos narede aérea, como ocorreu com a ruaIbituruna.

Pessoas que trabalham e moram alidisseram que a inundação foi a pior dosúltimos tempos. Com o entupimento dosbueiros, a água transbordou e as tampassaíram com a força da enxurrada. Doisocupantes de uma Brasília chamavam aatenção pela maneira inusitada como ten-tavam tirar o carro com água à altura dosvidros: usando os braços como remos.

Na Tijuca, o rio Maracanã transbor-dou e cobriu ruas de lama. No Largo daSegunda-Feira as águas invadiram lojas,supermercados e padarias. No estaciona-mento da igreja São Francisco Xavier, aágua era tanta que, segundo moradores,os carros boiaram, enquanto os ônibustransitavam com muita dificuldade. Naaltura da praça Saens Pena, registrou-seum grande congestionamento. Os trechospróximos à avenida Paulo de Frontin e àrua Campos Sales foram os mais afetadosjunto à rua Haddock Lobo.

No Catete, Flamengo e em Laranjei-ras o trânsito sofreu com as ruas alaga-das. As Laranjeiras também acusaramproblemas com a falta de energia elétrica.As ruas mais afetadas no Flamengo fo-ram a Paissandu, a Senador Vergueiro eparte da Marquês de Abrantes. No Ca-tumbi a situação também se complicoucom as inundações em alguns pontos.

Um trecho da rua Itapiru, perto dasaída do túnel Santa Bárbara, transfor-mou-se em um lago e, segundo Maria deAlmeida, residente no prédio 155, a águaatingiu o estacionamento de carros daRua Dr Agra. Na área, embora semengarrafamentos, o trânsito fluiu comlentidão.

Na Penha, ruas como a Caccqui, dealtos e baixos, reteve muita água. Pertodali, a rua Tapevi não dava passagem aveículos. No largo de Vaz Lobo, umaárea mais plana, as pessoas andavam comágua pelos joelhos.

O temporal cobriu os trilhos do ramalde Santa Cruz. cujos trens deixaram decircular a partir das 15h56min. Até àsúltimas horas da noite não havia previsãosobre a normalização do serviço. A para-lisaçáo inicial limitou-se as estações deDeodoro e Santa Cruz, mas logo, porquestões operacionais, estendeu-se a to-da a extensão do ramal, segundo infor-mação da assessoria de ComunicaçãoSocial da CBTU (Companhia Brasileirade Transportes Urbanos). Através dosauto-falantes das estações, os passageiroseram orientados sobre as opções de trans-porte.

O Corpo de Bombeiros registrou 60saídas, 30 em função de inundações emresidências e cortes de árvores que amea-cavam cair. Houve três desabamentos:um em Benfica, na rua Marechal Aguiar136: outro em Duque de Caxias, na ruaMarechal Deodoro 55. e o último cmMagalhães Bastos, na rua Marechal Ma-let 201, casa 8. todos sem vitimas.

A ponte Rio—Niterói, devido à pou-ca visibilidade, teve trânsito lento e umacidente, sem vítimas, envolvendo trêsveículos. O aeroporto Santos Dumontfechou por alguns minutos.

Caos na cidadealonga viagem

A chuva começou a cair forte naZona Sul, no Humaitá, às 14h3()n\in, emeia hora depois o Túnel Rcbouças (sen-tido Sul-Norte) estava intransitável.. Nasaída do túnel a única opção era pegar arua Almirante Alexandrino, pois na ave-nida Paulo de Frontin já havia engarrafa-mento.

Na Santa Alexandrina, as águas quedesciam das ladeiras, como as da ruaEstrela, desembocavam na praça do RioComprido, obrigando as pessoas a serefugiarem em bares ou a arregaçar cal-ças e tirar sapatos para atravessar o "rio"

que se formou rapidamente.Para sair do Rio Comprido e tentar a

avenida Brasil, a solução era o Estácio.Na rua do Estácio, os carros começarama enguiçar e a atrapalhar o trânsito. Aconfusão ficou maior para quem quis saire pegar a Cidade Nova. Lá, além dachuva, havia os carros alegóricos dasescolas de samba estacionados. Com achuva e a rua alagada, muitos saíram delugar e atravancaram o caminho dosmotoristas.

Sair do Estácio e alcançar a avenidaRodrigues Alves, contornando pelo San-to Cristo, foi a solução para chegar àavenida Brasil. Na avenida RodriguesAlves o trânsito estava um caos. Paraatravessar dois quilômetros dela levava-se, com muita sorte, mais de quatrohoras. Muitos ônibus enguiçaram criandomais tumulto.

Perto da Rodoviária Novo Rio haviamuita água nas pistas da avenida Rodri-gues Alves, sem se falar na "cascata" quecaía do viaduto.

Uma viagem do Humaitá ao começoda avenida Brasil, que em dia normalleva 20 minutos, ontem demorou mais dequatro horas, se seguido o roteiro des-crito.

Cheia na praçainspira samba

"Eu nunca vi/ chover desta maneira/vou me mudar/ da Praça da Bandeira/chove sempre/ fica tudo alagado/ eu nãosou bobo/ pra morrer afogado".

Enquanto a chuva caía forte e a Praçada Bandeira e ruas do Matoso e JoaquimPalhares eram inundadas, Osvaldo Pau-Io, um dos mais antigos moradores daregião, escrevia a letra sentado no balcãode um bar na esquina da Rua do Matosocom a Praça da Bandeira. A seus pés, aágua barrenta batia em forma de ondas."Entra

prefeito, sai prefeito e nestapraça ninguém dá jeito", dizia Osvaldo.Para ele, não há mais esperança de se vera área livre das enchentes cm dias dechuvas fortes. Ele exigia que o prefeitoSaturnino Braga fosse ao local e visse deperto como a praça enche.

Limpeza de ralosó não resolve

Depois de percorrer as principaisruas alagadas da cidade, o secretáriomunicipal de Obras, Luís Edmundo daCosta Leite, concluiu que o problema dasenchentes deve ser atacado em sua ori-gem: a cabeceira dos rios. Segundo ele.apenas o trabalho de limpeza de ralos egalerias não resolve. "Verificamos

que oimportante é reter a água e impedir queesta chege rápida aos rios. Temos quedescobrir recursos que facilitem isso".

O programa de coleta de lixo nasfavelas — executado há alguns mesespela Comlurb —. a remoção de constru-çóes ao longo das margens dos rios e oprojeto de amplo reflorestamento, já en-tregúe a Prefeitura, são alguns dos esfor-ços desenvolvidos pela secretaria paracontrolar os efeitos das grandes enchen-tes. "A enxurrada traz lixo que entope osralos impedindo o escoamento da água",observa o secretário, ressaltando a im-portància do programa da Comlurb.

A meteorologiaA meteorologia informou que o con-

traste entre a frente fria procedente daSul e a massa quente tropical estacionáriicausou o temporal de ontem. A chuva —acrescenta a informação — estava previs-ta e vinha progredindo sobre o estado hivários dias. A previsão para hoje é djtempo encoberto, com chuvas ocasionais,trovoadas e períodos de melhoria. Atemperatura continua em declínio. A má-xima de ontem registrou-se em Bangu —34,3" — e a mínima — 21,6" —, no Altoda Boa Vista.

JORNAL DO BRASIL quinta-feira, 13/2/86 n 1" caderno a 13

EXISTEM ESTOS E VEOACÚCARE

CONHEÇA AQUI OS Efl"

w

Relativamente

a toda e qualquer atividadeempresarial, neste ou em qualquer país,sempre existirão dúvidas decorrentes da

desinformação ou da divulgação de versões maisou menos corretas sobre fatos reais.

Os empresários paulistas do setor do açúcar edo álcool, conscientes do direito e da necessidadeque o brasileiro tem de conhecer um poucomelhor esta atividade de importância estratégica,econômica e social para seu país, divulgamalguns dos principais fatos relativos ao açúcar eao álcool.

Economia de divisas.Até a safra 1985/86, o Proálcool representou

investimentos, em moeda nacional, equivalentesa US$ 6 bilhões, e economizou US$ 9 bilhões*em divisas, com a substituição de derivados dopetróleo importado.

Este saldo positivo para o álcool, de US$ 3bilhões, apesar de significativo, não deve serconsiderado apenas do ponto de vistaeconômico, mas também sob outros aspectos.

* Dados da CENAL - Comissão Executiva Nacional doÁlcool, até 1984, acrescidos da estimativa a partir dosvolumes de álcool autorizados para a safra 1985186.

A situação do trabalhadorda agroindústria canavieira.

De todos os trabalhadores rurais, ostrabalhadores da cana, do açúcar e do álcool sãoos que têm, hoje, a sua disposição as melhorescondições de assistência social.

Em termos de rendimentos, os trabalhadoresda cana no Estado de São Paulo têmremuneração média familiar superior à de 70% dapopulação economicamente ativa de todo o setorprimário da economia.

A atividade canavieira é a única do setoragrícola no país que, a partir de contribuiçõessobre o valor de sua produção, proporciona aseus trabalhadores um programa específico deassistência social (PAS - Programa deAssistência Social) complementar aos programasoficiais.

O PAS representa, em valores atuais, nectasafra, CrS 890 bilhões destinados à prestação deserviços médico-hospitalares, farmacêuticos,educacionais, habitacionais e recreativos,beneficiando diretamente o trabalhador e suafamília.

Campanha cie informação publica da Associação de Usineiros de São Paulo.

Geração de empregos.A cultura da cana-de-açúcar é superada

apenas pela do café e ligeiramente pela doalgodão, em termos de ocupação detrabalhadores por unidade de área. Atualmentea atividade da agroindústria canavieiramantém no país cerca de 1.700.000 empregos,diretos e indiretos, dos quaisaproximadamente 800.000 na lavoura, 200.000no processamento industrial da cana e 700.000nos demais setores industriais e comerciaisligados ao açúcar e ao álcool.

Grande parte desses empregos foi gerada apartir da implantação do Proálcool, e numaépoca em que o Brasil estava mergulhado emuma das mais graves recessões econômicas dahistória, sofrendo em conseqüência séria crise deempregos.

Ocupação de terras pela cana-de-açúcar.De toda a área colhida com as culturas

essenciais ao país, a cana representaaproximadamente 3,8 milhões de hectares, ouseja, 7,5%. Isso significa também menos de 1%da área potencialmente cultivável e menos de0,5% do território brasileiro.

Mesmo em São Paulo, estado com o maiselevado índice de utilização de áreas cultiváveis,e onde se encontra a maior extensão da lavouracanavieira, o período de maior expansão da cana(1979-1983) coincidiu com o aumento da áreaocupada pelas principais culturas paulistas.

Para efeito ilr comparação, veja a área colhida de algumasdas principais culturas no Brasil.

QUADRO DE ÁREAS(em milhões de hectares)

Área total território Brasil: 851,0Área potencialmente cultivável Brasil: 500,0Área colhida Brasil: 50,6

Área colhida Participação

(milhõesde hectares) percentualMilho 11,8 21.1'iSoja 10.1 20.0%Feijão 5.3 10.5%Arro* 4.X 9.5%Cana 3.8 7.5%Algodão 3.6 7.1%Trigo 2.7 5,3%Café 2.5 4.4%Mandioca: 1.9 3.8%Outras 4.1 8.1%

Fonte: "Levantamento Sistemático da ProduçãoAgrícola ¦ 85"/Fundação IBGE.

ÈS WtkASSOCIAÇÃO DE USINEIROS DE SÃO PAULO

Açúcar e álcool. Alimentando o futuro.

14 n l" caderno ? quinta-feira,. 13/2/86 Nacional JORNAL DO BRASIL".

pm desmente Legislas modelam rosto deMeu gele no crânio exumado

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Sâo Paulo — Fotos de Fernando Peteira

proibiçãoao Pacotão

Brasília — Se o nome de D.Marlv foi cantado pelo hlocoPacotão numa paródia do tema,Ie votis saluc, Marie, esta irre-verência não se chocou comqualquer proibição de militares

quer da polícia, quer doExercito — segundo esclarece-ram fontes autorizadas do pró-prio Comando Militar do Pia-nalto e da PM do Distrito Fe-deral.

A informação de que o Co-mando Militar teria sido res-ponsãvcl por uma ordem aopoliciamento ostensivo dosdesfiles carnavalescos no eixãoda Asa Sul, para que fosseproibido ao bloco Pacotão le-var à rua sua paródia com onome da primeira dama, foidesmentida pelo próprio Te-nente-Coronel Arivaldo Bas-tos, comandante do 1" Bata-Ihão da Polícia, que garantiunão ter feito nenhuma declara-ção a respeito:

— Alguém falou em meunome, tentando me prejudicarqueixou-se o oficial da PM.

Contudo, enquanto respon-dia, sábado à noite, pela segu-rança na avenida dos desfilescarnavalescos oficiais — doqual o Pacotão, que só sai do-mingo e terça à tarde, faz quês-tão de não participar — o Te-nente-Coronel Bastos de fatoconfidenciou a conhecidos queo Comando Militar do Planaltoo orientara no sentido de impe-tlir, "com maneiras gentis ecivilizadas", que o bloco can-tasse seu samba-enredo Je voussalue, Marly.

Ainda segundo Bastos, o Pa-então só fora avisado indireta-nttnte "para moderar", atravésde comentários do Secretáriode Imprensa do Planalto, Fer-nando César Mesquita. Masem hipótese alguma, disse ocomandante, seria impedido detransitar livremente pelas ruasde Brasília, com toda a suairreverência, como já fazia aténa Velha República.

São Paul» — Depois de reconstituir, emcera, as partes moles do rosto cujo crânio foidesenterrado no cemitério do Fimbu, no dia 25de junho passado, o médico legisla ForttmatoAntônio Badan Palhares não tem mais nenhumadúvida de que aquele crânio foi mesmo de JoscfMengele. O trabalho foi feito a pedido deespecialistas dos Estados Unidos e durou doismeses.

Com a colaboração de dois outros legistas,um escultor e dois técnicos cm modelagem,Palhares, que é titular da cadeira de MedicinaLegal da Universidade Estadual de Campinas(Unicamp). passou dois meses trabalhando qua-tro horas todos dias na reconstituição. Impres-sionado com a semelhança do resultado queobteve com o rosto de Mengele, ele já comuni-cou o fato ao diretor-geral da Polícia Federal,Romeu Tuma, de quem espera um telefonemapara apresentar o trabalho à imprensa.

Pontos coincidentes— Para que haja 100% de certeza de que o

cadáver era mesmo de Mengele só faltam agoraas impressões digitais, o que, infelizmente, não émais possível — disse ontem o médico, quetrabalha no Instituto Médico-Legal de Campi-nas, ntas fez a reconstituição nos laboratórios daFaculdade de Odontologia de Piracicaba, daUnicamp.

A reconstituição do rosto do crânio desen-terrado no Embu foi iniciada há cerca de doismeses, quando a equipe de legistas da Unicampentregou ao delegado Romeu Tuma, então

Superintendente Regional da Polícia Federal emSão Paulo, um laudo técnico sobre um orifícioque havia num dos molares do crânio exumado.Os legistas fizeram o trabalho a pedido deespecialistas norte-americanos, que queriam sa-ber a origem do buraco. Descobriram, então,que ele foi produzido por um processo infeccio-so e não pela ação da água ou de algum objetoperfurante.

— Quando entregamos o laudo, sugerimosà Polícia Federal a possibilidade da reconstruçãodas partes moles do rosto em acrílico, cera oubronze. O delegado Tuma ficou entusiasmado elogo iniciamos o trabalho. Preferimos cera por-que é mais maleável — contou ontem o legista.

Foi a primeira vez que se fez no Brasil umtrabalho deste gênero. Os legistas (além deFortunato Palhares, trabalharam um médico dePiracicaba e o professor Nelson Massini, que émédico, dentista e professor da Unicamp) ado-taram a técnica apresentada no Brasil pelosespecialistas alemães. Segundo essa técnica, amodelagem do rosto sobre os ossos do crâniopode ser feita pela busca de pontos coincidentese com uma espécie de varredura da superfície docrânio por equipamentos de televisão.

Palhares disse que, em seu primeiro pedido,Tuma aconselhou que procurassem pontos quedesmentissem a possibilidade de o cadáver exu-mado ter sido de Mengele. Não se achou ne-nhum ponto discordante; ao contrário, foramencontrados 17 pontos coincidentes entre orosto do carrasco nazista c criminoso de guerra eo crânio desenterrado no cemitério de Embu.

-A cara refeita a partir do nada-Mistério na Moscou branca e gelada.

Dois rapazes e uma moça são mortos noparque Gorki e a investigação policial tem decomeçar pela descoberta da identidade dasvítimas, pois seus rostos foram terrivelmentemutilados pelos assassinos. É aí que entra emcena um especialista, mistura de cientista eescultor, cujo trabalho, de reconstituir apartir de pequenos indícios um rosto donada, exige a competência de um alemão e apaciência de um chinês.

O escritor americano Martin Cruz-Smithcontou que a trama de um dos grandesnestsellers do romance policial nestes anos 80surgiu da leitura de uma reportagem deciência na revista semanal Newsweek. Atrama central é o contrabando de zibelinas,

animais raros de cuja pele se produzemcaríssimos casacos, da União Soviética parao mundo ocidental. Sua personagem centralé Arkady Bcnko, o policial honesto queresolve enfrentar os grandes serviços deespionagem ocidentais, em nome de umainvestigação policial verdadeira e bem-feita.

Parque Gorki, filmado com WilliamHurt no papel de Arkady Renko, é umromance de enredo complexo e escrito paracriticar os métodos da CIA e da KGB. Ocientista que recompõe rostos é uma perso-nagem de importância secundária, mas semela seria impossível compor o quebra-cabeças da história. O trabalho da equipe dolegista Fortunato Palhares é mais uma peçano quebra-cabeças do Caso Mengele.

RESARIO.HE EM PROPAGANDA.

M MAIS QUE OURO.

Falar que a propaganda é a almado negócio é um argumento antigo.

Antigo, verdadeiro e lógico.O raciocínio é bem simples.

Acompanhe.O homem está sempre inven-

tando coisas, criando novos produ-tos. Seja para satisfazer necessida-des, seja na busca de maior conforto.

Uma vez criado, para se obter lu-cro o produto precisa ser vendido.E para ser vendido ele tem que serdivulgado, ficar conhecido.

Ai é que entra a propaganda, es-sa alma do negócio que vai fazer comque o produto seja comprado.

Com que tenha de ser fabricadoem maior quantidade.

Com que essa quantidade façadiminuir o custo por unidade.

E assim os lucros aumentam.Por isso, aplicar em propaganda

dá mais que dólar, que ouro, queopen.

Porque você investe no seu pró-prio negócio, na evolução lógica docrescimento dele.

O resto é mera especulação.

éqpASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AGÊNCIAS DE PROPAGANDA

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No terraço de um dos pavilhões, menores desistem da fuga ao se verem cercac

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tos pela PM

Armados de estiletes, os internos da Febem feriram três funcionários na rebelião

Revolta na Febem paulistadá fuga a 176 e fere 110

São Paulo — Internos da fundação Esta-dual do Bem-estar do Menor (Febem), promo-veram uma rebelião que durou quatro horas eterminou com 110 feridos, a maioria porémcom escoriações leves, mas dos 600 menoresenvolvidos, 176 conseguiram escapar. Trêsfuncionários ficaram feridos.

A revolta só foi contida pela tropa dechoque da PM, acusada pelos internos de terespancado menores já dominados que estavamnus e deitados no chão. O menor RicardoBelchior, 16 anos, é o ferido mais grave domotim: ele sofreu queimaduras graves no peitoe braços, além de fratura no braço esquerdo eferimentos na cabeça.

Segundo a polícia, Ricardo Belchior foiatacado pelos próprios companheiros por nãoquerer aderir ao movimento. Os menoresteriam jogado álcool no corpo de Ricardo eateado fogo. Depois de ser medicado noHospital das Clínicas, o garoto foi internadono setor de queimados do hospital municipaldo Tatuapé.

A revolta dos menores no quadrilátero daFebem, no bairro do Tatuapé, zona Leste dacapital — onde estão recolhidos mais de 600menores, entre infratores e carentes — come-çou após a repressão a uma batucada num dosquartos do pavilhão 3 da unidade de Recepçãoe Triagem. Os inspetores espancaram o menorconhecido por ratinho, que comandava a batu-cada, causando a revolta dos companheiros.Esta a versão de um grupo de menores. Adireção da Febem emitiu uma nota informan-do que os motivos da rebelião estão sendoinvestigados.

Liderados por um grupo de aproximada-mente 130 menores infratores, os internos

depredaram as instalações da entidade, atca-ram fogo em colchões, destruíram alimentos,arracaram fios dos telefones e arrebentaramvidraças. Eles alcançaram o telhado e atravésde uma laje chegaram ao muro. Dali atiravampedras e paus nos policiais que tentavamconter a rebelião, mas ainda não tinhamautorização para penetrar nos pavilhões. Im-pedidos de atingir a rua, muitos menoresforam obrigados a retornar ao pátio da Febem.

Pela primeira vez no governo Montoro, atropa de choque entrou na Febem. Foramcerca de 100 policiais armados com cassetetesc escudos. Os revólveres ficaram nas viaturas ea PM só entrou na entidade depois de obterautorização expressa da direção da Febem.Depois que a tropa se retirou, um grupo desoldados foi acusado de ter espancado menó-res que já estavam dominados, deitados nus nochão.

Logo pela manhã, alertadas pelo noticiáriode rádio e TV, muitas mães se aglomeraramnos portões da Febem em busca de notíciasdos filhos ali internados. Algumas, ao encon-trá-los, davam-lhe conselhos e diziam temerpela integridade física dos menores, lembran-do as denúncias de espancamento. A Febeminformou no final da tarde que mais da metadedos menores fugitivos já havia sido recaptura-da, mas não revelou os números.

Ainda de madrugada, um repórter de TVentrou em atrito com o assessor de imprensada Febem, Carlos Noronha. Os dois discuti-ram e trocaram tapas no portão da entidade. Orepórter acusou o assessor de ter prejudicadoo trabalho da sua equipe de TV, enquantoNoronha afirmava que

"somente mais tardeteremos informações oficiais sobre o caso".

Tiro mata menino em crecheBelo Horizonte — Ademir dos Santos,

aparentando oito anos de idade, foi encontra-do morto com uma perfuração a bala, na noitede terça-feira na creche da rua Aroeira, 471,no bairro Santa Cruz, nesta capital. Como nãohouve expediente ontem na Polícia Civil, fun-cionando apenas o sistema de plantão, somen-te hoje a divisão de Crimes contra a Vidacomeçará efetivamente as investigações sobrea morte do menor.

Na terça-feira de carnaval, por volta das21h, uma rádio patrulha da polícia militar foichamada à creche onde estava o meninomorto. Os policiais apreenderam uma espin-garda de ar comprimido e uma camisa suja de

sangue. Até o final da tarde de ontem, o corpode Ademir não fora procurado no InstitutoMédico Legal.

Segundo o inspetor Marcílio Gonçalves,que estava de plantão, três funcionárias dacreche foram intimadas a depor como testemu-nhas: Patrícia Campolina Barros, Maria Selmade Jesus e Norma Suely dos Santos.

Para o inspetor Marcílio, a espingarda dear comprimido apreendida não deve ter sido aarma do crime. Ele explicou que a balatranspôs o peito do garoto, abrindo um buracode cerca de três centímetros de diâmetro ecalculou que deve ter sido causada por umabala de calibre 32.

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Brasileiroescravo querajuda rápida

São Paulo — Os 26 brasilei-'"ros que estão em regime de .semi-escravidão num canteiro^de obras de uma estrada na„Arábia Saudita "precisam rc-.solver em 15 dias a sua situa-,ção, pois o ambiente é de ten-são no acampamento da em-.presa Al-Saram, no deserto de"Hofuf", alertou Laclson Silva,"expulso daquele país e que serSouvido em São Paulo hoje pela.,Policia Federal.

A segregação atinge um to-;;tal de 48 pessoas, incluindo"operários originários do Pá-quistáo e das Filipinas, acomó-"dados cm três barracões doacampamento, que serve comodepósito de ferro-velho da em-presa. Não existem instalações-sanitárias e a temperatura varia 'de 60 graus, durante o dia, a 5graus negativos, à noite.

Laclson trouxe duas fotogra-fias para mostrar as condiçõesprecárias enfrentadas pelos"brasileiros que aceitaram trá-'"halhar para a Al-Saram. Numa"delas, aparece um grupo desete, servindo-se de apenasuma bandeja de alimentos; em .outra, várias pessoas dormemno chào.

De acordo com Elza Ramos""— mãe de um dos 26 brasileirosque ainda estão na Arábia Saü- 'dita, Sérgio Daniel Ramos, de"21 anos, morador cm Ermclinò'Matarazzo, zona Leste de SãoPaulo — o grupo não tem o quefazer no acampamento, já quea Al-Saram perdeu a concor-rência de tcrraplenagem para a;qual recrutara empregados nõ"exterior. FJe preenche parte dotempo aprendendo inglês oufazendo alguns desenhos.

Elza Ramos recebeu atravésde Laelson uma carta de Sér- '

gio, datada de 21 de janeiro,onde ele conta que não tinha 'dinheiro nem para os selos dócorreio. Os brasileiros estãosendo obrigados a vender rou-pas e sapatos para sobreviver:"Até uma das duas malas que q_Sérgio levou já foi vendida",,conta ela, aflita com o fato de o.filho só alimentar-se duas vezes.por dia de arroz, ovo e pepino.e. às vezes, sardinha.

.' Sônia e Clarice do Nasci- ¦mento, filha e mulher de Na--than do Nascimento, 60 anos, •de Guarulhos, contam que ele ¦era massagista da seleção brasi-;leira de futebol de salão até o"começo de 19S4 e trabalhava!no Gercan — time de futebol'.de salão da capital. Foi para a!Arábia Saudita no dia 1o de-novembro do ano passado,;atraído, segundo Sônia, "pela;oportunidade de aumentar o;seu currículo de massagista","pois foi convidado pessoalmen-"te pelo proprietário da AI-"Aram, Faled Al-Aram, para"trabalhar.

POSTO 6 - Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 1.267 - Tel,TIJUCA - Rua General Roca. 801 - Lj. B - Tel.: 254-9184

227-5163De 3' a domiosó n.i Primeiro Caderno

JORNAL DO BRASILNacional

Lavradores ampliambloqueio a agênciasbancárias no Sul

São Paulo — Pequenos agricultores de São Paulo, Paraná eSanta Catarina ampliaram ontem o movimento de bloqueio deagencias bancárias, em protesto contra as altas taxas de juros epedindo moratória para as dívidas assumidas com a produçãoagrícola perdida em decorrência da seca. Na região da AltaAraraquarense, Noroeste de São Paulo, foram bloqueadas 50agências bancárias em 15 municípios; no Paraná, onde ofechamento atingia apenas agencias do Banco do Brasil há umasemana, o bloqueio estendeu-se aos bancos privados cm 20municípios. Em Santa Catarina. 50 mil agricultores fecharamagencias bancárias cm 40 municípios do Oeste, usando a mesmatática empregada: bloqueio com máquinas e implementosagrícolas.

Representantes das federações dos trabalhadores na agri-cultura de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande doSul e Mato Grosso do Sul estarão hoje em Brasília para tentaraudiência com o presidente Sarney. na tentativa de verem suasreivindicações atendidas. Os pequenos proprietários, em conse-qüência da seca, pleiteiam prorrogação das dívidas junto aosbancos por dois anos, sem correção monetária e sem juros.

Critério nordestinoO secretário-geral da Federação dos Trabalhadores na

Agricultura do Estado de São Paulo (Fetaesp), Orlando Birrer,informou que os representantes rurais esperam sensibilizar opresidente Sarney para os seus problemas. Até agora, ospequenos produtores reivindicaram a prorrogação da dívidasem correção monetária e juros, mas, segundo Birrer. poderiaser adotado, pelo menos, os mesmos critérios de financiamentodos pequenos produtores do Nordeste, que pagam 35% decorreção monetária e 3% de juros. Além disso, os pequenosproprietários pedem um crédito de manutenção de CrS 1 milhãopor pessoa de cada família para poderem se sustentar napróxima safra.

Em Santa Fé do Sul, a 600 quilômetros de São Paulo, opresidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, WaldomiroCordeiro, informou que todas as seis agências da cidade estãobloqueadas. O mesmo aconteceu em Jales, que tem 10 institui-çõ~es financeiras. O movimento atingiu as cidades de Votupo-ranga, Fernandópolis, Populina, Santa Rita, Três Fronteiras,entre outras.

Dívida alta

CNBB insiste na divisãoda terra, "que é de Deus

Pires querpropor maisbenefícios

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Em janeiro, os produtores de Alta Araraquarense jáhaviam bloqueado 45 agências bancárias. Na semana passada,as federações dos trabalhadores dos cinco estados decidiramretomar o movimento, ampliando-o desta vez ao Paraná e SantaCatarina. O protesto prossegue até sexta-feira, quando serásuspenso para reavaliação.

Segundo levantamento realizado pela divisão regionalagrícola de São José do Rio Preto junto aos bancos, emdezembro do ano passado, constatou-se que 13 mil 651 possei-ros, arrendatários, meeiros e pequenos proprietários (menos de50 hectares) da Alta Araraquarense tiveram financiamentos deCrS 413 bilhões 997 milhões junto aos bancos. Os posseirospediram empréstimos de custeio no valor de CrS 74 milhões 800mil; os arrendatários, de CrS 126 bilhões; os meeiros, de CrS 24bilhões; e os proprietários rurais, de CrS 262 bilhões.

CoordenaçãoSegundo o secretário-geral da Fetaep — Federação dos

Trabalhadores da Agricultura do Paraná —, Mario Plesk, osagricultores paranaenses querem do governo federal o mesmotratamento diferenciado dado ao Nordeste. O diretor-secretárioda Facp — entidade patronal — afirmou que o movimento é"incontrolável", embora não seja organizado por esta Federa-ção, terá seu apoio. "Somos favoráveis à medida de protesto, ¦•mas não terá sucesso desejado se não for sincronizada pelosoutros estados". Na Federação de Trabalhadores, a informaçãoé de que houve adesão de Santa Catarina e da região da AltaAraraquarense, em São Paulo.

Antes que o movimento fosse deflagrado na região Su-doêste do Paraná, 14 prefeitos da região — composta de 18municípios — estiveram reunidos no sábado e decidiram dartotal apoio aos agricultores. Segundo o vice-prefeito de Francis-co Beltrão, Otcrcílio Salvati, onde as 10 agências bancáriasforam fechadas, a polícia está nas ruas, "mas só acompanhandoos movimentos". Ontem à tarde, a Prefeitura convocou reuniãodo Conselho de Desenvolvimento do Município, com represen-tantes de 22 entidades, para definir o apoio aos agricultores epreparar documento a ser enviado ao presidente da República.

Em Francisco Beltrão os agricultores realizaram assem-bléia às lOh e decidiram pelo bloqueio às agências do municípioa partir das 13h. Com tratores e outras máquinas agrícolas, emerupos que variavam entre 20 e 40 homens, as agências foramfechadas e os funcionários que saíam não conseguiam maisentrar. Pela decisão dos agricultores do Sudoeste, estas agênciasficarão bloqueadas até amanhã, sendo liberadas para reaberturaa partir de segunda-feira. Com esta medida, os agricultorespretendem pressionar o governo federal e conseguir que osempréstimos ao setor tenham o mesmo tratamento dado aoNordeste, isto é, juros de 35% ao ano, com cinco anos de prazopara pagamento.

ClientesNas agências bloqueadas, a reação foi de espera. Segundo

o chefe de serviço do Bamerindus de Francisco Beltrão, quepreferiu não se identificar, 50% do movimento do banco sãogarantidos pelos colonos. "Não vamos brigar com eles. que sãoa nossa força", explicou. A orientação recebida da regional deCascavel, à qual é subordinada a agência de Francisco Beltrão,foi de manter o banco fechado enquanto o bloqueio for aosoutros bancos também. Na agência do Bradesco, inaugurada há1Q meses, a situação é idêntica. O gerente José Deni Silvestreavalia que o banco deixou de movimentar CrS 2 bilhões com a

paralisação de ontem.Embora estejam seguindo a orientação de não mar

conflito com os agricultores, os gerentes das agências bancáriastêm uma dúvida: 'Quem vai assumir os prejuízos de juros,descontos de duplicatas e pagamentos de financiamentos quedeixaram de ser realizados''" As cidades onde o bloqueio estásendo concretizado foram as mais atingidas pela seca que castigao Paraná. Somente na região de Francisco Beltrão foramperdidos 90% da produção de feijão e 70% da de milho.

Sete agências bancárias e uma da Caixa EconômicaFederal da cidade de Ivaiporã, Paraná, amanheceram bloquea-das por mais de cem máquinas agrícolas postadas nas ruas ecalçadas. Com isso. elevou-se para dezoito o número deestabelecimentos fechados no Norte do Paraná por produtoresque exigem menores taxas de juros e moratória da divida.

Porto Alegre — O presidente da CNBB —Conferência Nacional dos Bispos do Brasil,Dom Ivo Lorscheiter, disse ontem no programaradiofônico A Voz do Pastor, que a terra "foi

criada por Deus c é de Deus". Ao comentar olançamento da Campanha da Fraternidade, feitoontem com mensagem do Papa João Paulo II,D. Ivo disse ser "lamentável que. por causa daterra, existam conflitos e violência". O tema daCampanha este ano é Terra de Deus, Terra deIrmãos.

Em Brasília, o ministro da Reforma e De-senvolvimento Agrário, Nelson Ribeiro, disseque o grande desafio do Brasil é provar que areforma agrária pode ser feita por meios pacífi-cos, e que o "papel da Igreja é de conscientizar apopulação de que isto é possível". Em Salvador,o arcebispo Dom Avelar Brandão Vilela, car-deal-primaz do Brasil, disse que a reformaagrária é "muito moderada e precisa ser discuti-da por todos os segmentos civis e religiosos dasociedade para ser aperfeiçoada".

Em Belo Horizonte, o arcebispo Dom Será-fim Fernandes de Araújo, que preside a regionalLeste II da CNBB, disse que a reforma agrária éum dos temas da Constituinte sobre a qual

"aIgreja pretende fazer ouvir sua palavra. Ocardeal-arcebispo de São Paulo, Dom PauloEvaristo Arns, propôs ontem em São Paulo, aoensejo do lançamento da Campanha da Frater-nidade, a mobilização "pacífica, firme e organi-zada" das comunidades para dar solução aoproblema da terra.

Conteúdo religioso"As formas de posse e de propriedade da

terra poderão mudar segundo as épocas e asregiões, mas nenhuma forma será legítima senão respeitar a Justiça, a oportunidade paratodos e a fraternidade", afirmou o presidente daConferência Nacional dos Bispos do Brasil(CNBB), Dom Ivo Lorscheiter.

O cardeal Dom Avelar Brandão Vilela reco-mendou aos agentes de pastorais e todo o cleroque evitem o debate exclusivamente sociológicoe político do tema, o que poderia esvaziar oconteúdo religioso e cristão que

"está no cernedo mistério pascal". Segundo o cardeal, a refor-ma agrária não deve ser objeto de sermões oudebates, dentro dos templos, o que poderiainviabilizar a iniciativa da Igreja.

Dom Avelar Brandão Vilela reconhece to-dos os problemas decorrentes da inexistência deuma distribuição equânime de terra no país eafirma que é preciso um planejamento corajosoe justo para corrigir as distorções atuais. "O

problema da terra tem provocado tensões gravese dolorosas. De modo geral, é sempre o peque-no que é jogado para trás", disse o cardeal.

Por isso, o arcebispo acredita que é impor-tante tratar o problema com cuidado, por mes-mo com a proposta moderada existente hoje,certos setores se manifestaram com muita agres-sividade, disse Dom Avelar, lembrando as pri-meiras reações de fazendeiros e latifundiários àsprimeiras desapropriações feitas no país. Areforma agrária deve ser justa, pacífica, adequa-da e compreensiva para todos, adverte.

— A Igreja prega a verdade, o justo e ofraterno. Não aceitamos a propriedade semlimitação, nem a tensão e violência geradas porela. Não pegaremos em armas, de nenhum doslados cm conflito, mas lutaremos para que aterra, como fonte de vida, seja direito de todos,devendo, portanto, ser dividida — disse o arce-bispo de Belo Horizonte, Dom Serafim Fcman-des do Araújo.

Criticando o plano de reforma agrária dogoverno federal, que considerou "bom, emprincipio, mas que acabou fazendo concessões agrandes proprietários", o arcebispo afirmouque, através da Campanha da Fraternidade, aIgreja quer mostrar o que sente em relação àquestão agrária.

— Os conflitos e violências motivados pelapropriedade da terra aumentaram depois doanúncio da reforma agrária. Fatos gravíssimosvêm ocorrendo em Goiás, no Sul do Pará, Sul daBahia e nos municípios mineiros de Turmalina eVarzelândia. Uma reforma agrária com basessérias só poderá sair da Constituinte. Por isso,defenderemos ali alguns princípios, como adivisão justa da terra e a necessidade de dar aotrabalhador rural não só a terra, mas meios deproduzir — concluiu Dom Serafim.

Para Dom Paulo Evaristo Arns, a propostade reforma agrária do governo, embora muitoboa, é ainda muito tímida. "Com a Campanhada Fraternidade, pretendemos conseguir umaconscientização de Norte a Sul do país, para queo governo tenha respaldo para realizar umareforma agrária mais radical, embora muitopacífica e justa".

Ao final de sua mensagem, Dom Paulopropõe três objetivos para solucionar o proble-ma da terra: "A conversão pessoal, para umavivência mais verdadeira de filho e Deus eirmãos entre nós; a mobilização pacífica, firme,organizada, de nossas comunidades para resol-verem as questões que estão ao seu alcance eobterem das autoridades o que lhes compete dedireito; urgente e justa reforma agrária e urba-na, além da demarcação e homologação deterras para os nossos índios".

O ministro Nelson Ribeiro acredita que, apartir do trabalho da Igreja, possa colocar emprática, este ano, as metas principais do PlanoNacional de Reforma Agrária, lançado pelopresidente Sarney no dia 10 de outubro de 1985:o assentamento de 150 mil posseiros, a recupera-ção dos assentamentos agrários que não foramaproveitados no passado e um programa queprevê assentamentos para cerca de 86 famílias.

— O ano de 1986 será, como pretendemos,o ano da implementação da reforma agrária emsua plenitude, não só na aplicação dos seusprojetos como também na revisão da políticafiscal, através de estudos para definição do novoImposto Territorial Rural; no entanto, precisa-mos contar com o apoio maciço de toda apopulação brasileira para que, ao contrário deoutros países, que só conseguiram realizar areforma agrária sobre a égide de regimes autori-tários, façamos a reforma com os instrumentospróprios das sociedades abertas" — disse.

Brasília — Antes de deixar ogoverno, o Ministro da Previ-dência Social, Waldir Pires, vaipropor ao Presidente Sarneydesvincular o reajuste dos pro-ventos de pensionistas e apo-sentados da lei salarial. Comisso, será possível conceder au-mentos superiores ao índice dereajuste salarial (o IPCA), adepender da situação de caixada Previdência.

O Ministro Waldir Pires pas-sou o sábado de carnaval traba-lhando na proposta, que apre-sentará ao Presidente Sarney.Através de um decreto presi-dcncial, ele espera que o Minis-tro da Previdência tenha liber-dade para arbitrar o índice dereajuste dos proventos. O equi-líbrio orçamentário da Previ-dência já possibilita a conces-são do índice pleno de reajuste.

O ministro também já enca-minhou ao Presidente uma pro-posta para corrigir o cálculo doprovento dos aposentados. Ho-je, quem se aposenta recebeproventos calculados sobre ossalários dos últimos 36 mesesde atividade, dos quais apenasos 24 primeiros são corrigidosmonetariamente. Pires propôsa correção monetária plena dosúltimos 36 meses.

O equilíbrio do orçamentoda Previdência proporcionouum ganho financeiro real deCrS 12 trilhões, resultado dacobertura do déficit de CrS 8trilhões, mais um saldo de CrS4 trilhões. Com isso, foi possí-vel aumentar em 10% reais osgastos com benefícios, que con-somem 70% das despesas daPrevidência. Waldir Pires en-tende que o seu sucessor devemanter a mesma política decrescimento real das despesasprevidenciárias.

— Não é preciso que sejaum expert em Previdência, masdeve ter uma visão políticacomprometida com o paga-mento da dívida social do país— diz ele, a respeito do seusucessor.

O ministro entregará tam-bém ao Presidente da Repúbli-ca um projeto de parcelamentoda dívida das entidades públi-cas e filantrópicas com a Previ-dência, num total superior aCrS 10 trilhões, dos quais maisde 6 trilhões sáo débitos dosmunicípios.

quinta-teira, 13/2/86 a 1° caderno ? 15

Erosão desabriga 50famílias no DistritoFederal e ameaça obras

Brasília — Uma gigantesca cratera aberta pela ação daságuas no Setor P Sul da Ceilândia — cidade-satéltte que abrigaa população mais pobre de Brasília — reacendeu as discussõessobre o problema da erosão no Distrito Federal. Na semanapassada, os desmoronamentos desabrigaram mais de 50 famí-lias e agora ameaçam a adutora da Companhia de Águas e .Esgotos de Brasília (CAESB) e a usina de lixo, inauguradapelo presidente Sarney, há uma semana, como a segundamaior do mundo.

O governador José Aparecido lamentou que "providên-

cias nunca tenham sido tomadas para controlar o problema",muito comum na Ceilândia e em alguns pontos do DistritoFederal, um quadrilátero de cerca de 5 mil e 800 quilômetrosquadrados, que apresentou como área propícia para grandesconstruções aquela onde hoje está situado o Plano Piloto —centro da capital.

Pouca atençãoSurpreso, o governador foi informado de que a situação

existe há 14 anos. Ele pretende criar um grupo de trabalho queatue exclusivamente no controle da erosão, "independente

das medidas emergências que já estão sendo tomadas", comono caso do programa de controle à erosão, instituído nacional-mente pela Seplan.• O problema, na verdade, segundo técnicos da Secretariade Viaçâo e Obras, já estaria sanado se os governos anterioresdessem mais atenção ao relatório Bclcher, um extenso do-cumento de mais de 300 páginas, no qual a empresa norte-americana Donald J. Belcher and Associates, de Ithaca,estado de Nova Iorque, recomenda, a pedido do governofederal, cm 1954, uma série de cuidados especiais no uso dosolo do Distrito Federal.

Em suas conclusões, os estudos de Belcher mostram que,"quando não trabalhado, este solo apresenta textura friável(que pode reduzir-se a fragmento ou a pó) e boa drenageminterna, devido à agregação causada pela formação de óxidosde ferro e alumínio". Quando o solo é compactado, continua orelatório, "esta agregação é destruída e ele retoma as proprie-dades de uma argila".

A falta de atenção a este tópico do documento, constata-vela olho nu com os efeitos dos três córregos (do Bretão,Melchior e do Pasto) que foram soterrados na área onde hojese encontra a Ceilândia, pode explicar o retardamento dassoluções. Reclamadas pelo governador.

"O engenheiro deveconsiderar que existem, dois tipos de cascalhos lateríticos.Alguns depósitos consistem, primordialmente, de partículasde quartito duro e resistente. Outros sáo módulos de solo bemmoles que podem se desintegrar facilmente sob o tráfego" (odocumento foi encomendado basicamente para apresentaçãode recomendações técnicas à abertura de estradas). Ontem, ogeólogo paulista Ricardo Abrão, a maior autoridade brasileiraem problemas de erosão, esteve no Palácio do Buriti, aconvite do governador José Aparecido, para se inteirar dasituação. Acompanhado da engenheira Vcridiana Bragança,da Secretaria de Viação e Obras, ele preferiu ver de perto osefeitos da enorme cratera, aberta graças aos efeitos dafiltragem dos córregos que correm por baixo dos soloscompactados para a construção das casas e de outras edifica-ções pertencentes, inclusive, ao próprio governo.

Da comissão a ser criada por Aparecido deverão partici-par, além de Abrão, técnicos do governo do Distrito Federal eda Universidade de Brasília. Por enquanto, o governador jádeterminou, como medidas preliminares, o isolamento daprincipal área atingida — onde quase 400 pessoas ficaramdesabrigadas — pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, aremoção das famílias para outro local e a recuperação doscanos que conduzem água para consumo no Setor P daCeilândia.

FUNDAÇÃO CULTURAL DODISTRITO FEDERAL

ASSESSORIAS DE TEATRO, DANÇA E MÚSICA

1" EDITAL/86O Sr Diretor Executivo da Fundação

Cultural do Distrito Federal Luis HumbertoM Martins Pereira torna público para conhe-cimento dos interessados, que já se encon-' tra à disposição na FCDF, sita à via N/2, SCN,anexo do TNB, CEP. 70040, tel.: (061) 224-

¦ 2772 — Seção de Documentação e Arquivo,' das 8 30 às 12 00 horas e das 14:00 às18 30 horas, o Edital que regulamenta asessão e uso das salas do Teatro Nacionalde Brasília, para o período de 28 de abril a 27de julho de 1986.

Brasília, 05 de fevereiro de 1986

Luis Humberto M. Martins PereiraDIRETOR EXECUTIVO

Cinema de 1? ClasseNesta 6.a-feira-dia 14

9:20 da noiteLogo após o Jornal da Manchete REDE MANCHETE

Televisão de primeira classe.

36 ? 1o caderno n quinta-feira, 13/2/86 Internacional JORNAL DO BRASIL

Jerusalém — Foto da Reuter

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Final feliz de uma história de amor: Avital e Scharansky, juntos após 11 anos

Scharansky diz que enfrentaro KGB foi seu maior desafio

Tel Aviv — Anatoly Scharansky afir-mou que seu maior desafio na UniãoSoviética foi enfrentar os "perigosos"

planos do Comitê de Segurança do Esta-do (KGB), que o perseguiu com um"forte ódio e uma determinação de nuncadeixar que esse dia chegasse". Num co-munieado distribuído em Jerusalém, eledisse que o fato de o KGB ter sidoobrigado a recuar e de ele estar emliberdade mostra a força da luta que seempreendeu a seu favor.

Numa entrevista à rádio de Israel,Scharansky disse que não recebeu nenhu-ma recomendação do KGB para quemantivesse silêncio porque sempre desa-fiou o serviço e seus agentes sabem quecie não iria seguir as instruções. Ele disseque ficou desconfiado mesmo quando ocolocaram num avião para a AlemanhaOriental segunda-feira, a primeira vezque soube que ia ser libertado:

— Em Berlim Oriental eles não qui-seram me tirar do avião à força e medisseram para sair sozinho e caminhar emlinha reta para o carro. E_u disse a elesque não fazia acordos com o KGB e quese me mandassem ir em linha reta, fariaziguezagues, como realmente aconteceu.Pode parecer engraçado, mas fazia partedos meus princípios nunca concordar comnada que o KGB fizesse.

Ele disse que pediu ãs autoridadesrussas que liberassem a mãe Ida Milgron,o irmão mais velho Leonid e sua família

mas não sabia se ia conseguir. Em Wa-shington, o Departamento de Estado in-formou que o Kremlin possivelmenteliberará todos.

Scharansky passou o dia trancadocom a mulher Avital no apartamento deJerusalém onde eles vão morar a partir deagora. Só apareceram na janela duasvezes para acenar aos fotógrafos queestavam embaixo do prédio. Um porta-voz afirmou que ele precisa descansar ebotar os assuntos em dia com a mulherque não via há 11 anos.

Scharansky foi libertado terça-feiranum pacote de troca de espiões entre oLeste e o Oeste. O bloco comunistaentregou o dissidente e mais três, rece-bendo cinco agentes, todos eles conside-rados pelos especialistas como espiões-menores.

No comunicado, que ele leu na che-gada no aeroporto Ben Gurion, Scha-ransky fez uma brincadeira ao saber quena audiência estavam jornalistas e diplo-matas ocidentais para os quais ele passa-ria informações, na acusação de espiona-gem que fizeram contra ele em Moscou,condenando-o a 13 anos de prisão:

— Estou muito feliz de falar parauma audiência na qual meus contatoscriminais estão amplamente representa-dos — afirmou cie, pedindo desculpaspor falar em inglês, por não dominar bemo hebreu.

Ele agradeceu os que lutaram por sualibertação, lembrando o dia, há 11 anos,em que se despediu da mulher dizendoque breve se reveriam em Jerusalém,certos de uma promessa de que ele sairiacm seis meses. Nesse tempo ele teve pelafrente o desafio do KGB e prometeu:

Nesse dia mais feliz de minha vidanão esqueço os que ficaram nos campos(de prisioneiros), nas prisões, os queestão confinados, os que lutam para emi-grar c os que lutam pelos direitos hu-manos.

Scharansky conversou pelo telefonecom o Presidente Ronald Reagan noLear Jct que o levou para Israel. Ele eAvital agradeceram os esforços america-nos pela libertação do dissidente eouviram do dirigente dos Estados Unidoselogios pela determinação do casal, quechamou de "símbolos da vontade huma-na de lutar pela liberdade".

A tripulação do avião que levou odissidente para Tel Aviv contou ao jornalMaariv que as autoridades soviéticas le-varam Anatoly para uma clínica de re-pouso há três semanas para que elechegasse ao Ocidente com boa aparência:

Anatoly nos contou que o engor-daram para que ele se parecesse de novocomo um ser humano na volta à civiliza-ção. Deram a ele montes de vitaminas,muita comida e ele engordou 10 quilos.

URSS negou visto a 20 mil judeusJerusalém — A União Soviética ne-

gou vistos de saída para 20 mil judeus, 25estão presos por ensinar hebraico e poroutras ofensas e pelo menos 400 mil dos 3milhões de judeus soviéticos emigrariampara o Ocidente se pudessem, afirmou oCentro de Informações de Judeus Sovié-ticos em Israel, Vladimir Glozman.

Ele teme que a libertação do dissi-dente Anatoly Scharansky seja apenasum indício de liberação da política deemigração do Kremlin. Na década de 70foi permitida a emigração de 250 miljudeus, 160 mil dos quais ficaram emIsrael, mas o número caiu muito nos anos80, chegando a 1 mil 140 ano passadocontra 51 mil em 1979.

O professor Naum Meiman, tambémdo Centro de Informações, afirmou quenão existem sinais de mudança na políticasoviética e acrescentou que o número de400 mil se refere a judeus que tomaram aprimeira providência burocrática exigidapelas autoridades russas: pedir a famíliasisraelenses que enviem cartas convidan-do-os a emigrar para o estado judeu.

Ele disse que as coisas são bastantedifíceis na União Soviética, onde as auto-ridades perseguem os que querem emi-grar e se contam muitas histórias sobreemigrantes que vivem em condições mi-

seráveis no Ocidente e em Israel, além derepresentarem os que buscam sair do paíscomo traidores.

O Departamento de Estado america-no afirma que há casos de judeus espan-cados, despedidos, que têm matrículanegada em faculdade e correspondênciaviolada. Uma família de quatro pessoasque pediu visto em 1978 sofreu as seguin-tes perseguições: o pai não conseguiumais emprego, o filho foi despedido econdenado a três anos de prisão porrecusar recrutamento.

Todo ano, no dia 10 de dezembro,eles são detidos antes ou durante umaconcentração na praça Pushkin, de Mos-cou, que marca o dia dos direitos huma-nos. A batalha pela emigração faz comque os dissidentes esperem muito de seunovo país e sofram alguns choques. Al-guns que foram para Israel se surpreen-deram ao saber que o governo não iriaarranjar emprego para eles nem forneciaassistência médica gratuita.

Itzhak Shkolnik, 49 anos, natural daUcrânia, chegou em Israel no verão (ju-nho-setembro) depois de 13 anos de espe-ra, recebeu uma carta calorosa de boas-vindas do Prender Shimon Peres, masnão conseguiu emprego em meio à reces-são econômica do país. Hoje ele se con-

fessa decepcionado com as autoridades.Outros, como o economista Yuri

Stcrn, se desiludiram ao encontrar tantaburocracia num sistema de livre iniciati-va. Existem alguns casos curiosos como ode um professor, que a agência UPIidentifica apenas como Hasbel, que lecio-na na Universidade de Tel Aviv e costu-mava jogar fora, sem abrir, uns envelo-pes que lhe mandavam todas as semanas:era o pagamento.

A vida num regime autoritário tam-bém deixa resquícios: um dissidente emi-grado para Israel achou que o ineficientesistema telefônico israelense fosse partede uma conspiração do governo paraimpedir que os israelenses se comunicas-sem uns com os outros.

Scharansky, pela sua notoriedade,não terá esses problemas porque recebe-rá todos os cuidados do governo, mas tempela frente desafios notáveis como o derecuperar-se de nove anos de prisão nosevero sistema penal soviético, retomarum casamento interrompido 24 horasapós seu inicio há 11 anos (eles se casa-ram e Avital, mulher de Scharansky,emigrou no dia seguinte), aprender omodo de vida de Israel e superar adefasagem de todos os anos que passouisolado do mundo.

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Fraude nas Filipinas levaCasa Branca à perplexidade

Roberto GarciaCorrespondente

Washington — Um clima de perplexi-dade instalou-se em Washington em rela-ção à atitude que o Governo Reagandeve tomar diante da fraude cometidapelo presidente Ferdinand Marcos, naeleição do fim da semana, para manter-seno poder nas Filipinas.

O pleito foi acompanhado de pertopor mais de 1 mil jornalistas e por 63observadores de vários países, incluindouma delegação enviada pela Casa Bran-ca. Todos documentaram não só queMarcos é um tirano determinado a falsearos resultados do pleito mas também suaflagrante incompetência.

Telespectadores em todo o mundoviram um longo desfile de irregularida-des. Jagunços do partido de Marcos inva-diram os locais de votação, se apodera-ram de urnas cheias de votos e deixaramcm seu lugar outras que continham votossomente para o presidente. Trinta opera-dores de computador do centro de apura-ções do governo convocaram a imprensaestrangeira para denunciar que tinhamsido instruídos a distorcer os resultados.Além disso, dúzias de partidários dachapa de oposição foram assassinados.

— É um filme de terror — declarouFred Fielding, assessor jurídico do presi-dente Reagan, que fez parte da comissãode observadores enviados pela CasaBranca.

Apesar disso, o governo americanohesita em denunciar a fraude e em exigirque Marcos permita uma apuração ho-nesta dos votos. Essa hesitação poderápermitir que o presidente se declare ven-cedor e assuma novo mandato, de maisseis anos.

Funcionários da Casa Branca dizemque uma análise desapaixonada de suasalternativas levou Reagan a aceitar osresultados oficiais. Deixam claro seu des-conforto com essa posição mas descre-vem as alternativas como igualmente difí-ceis. Segundo o senador Richard Lugar,Washington não pode denunciar a eleiçãoporque o maior desejo de Marcos éanulá-las e passar a governar descarada-mente como ditador.

Temos que forçá-lo a realizarapurações honestas — afirma Lugar.

A Casa Branca considera-se numacorda bamba:

Se denunciarmos a fraude, nominuto seguinte haverá multidões pondofogo em Manila. E se dissermos que nãohouve fraude, também haverá gente des-contente e quebra-quebra — disse umassessor de Reagan.

Na base dessa confusão está a im-pressão de que a eleição foi intensamentedisputada e, seja qual for o ganhador, adiferença terá sido muito pequena. Alémdisso, o governo americano acha que aprópria realização da eleição já foi umfeito importante. Um assessor de Reaganargumenta que dos mais de 200 países domundo são raros os que têm imprensalivre, como as Filipinas; os que convocameleições e permitem que os candidatos deoposição mobilizem seus eleitores; e per-mitem ainda que jornalistas e observado-res estrangeiros acompanhem suas virtu-des e mazelas. Por isso, a Casa Brancaresolveu ressaltar os aspectos positivos,como a realização da eleição, a participa-ção de mais de 20 milhões de eleitores, ademonstração de que há um sistemapluripartidário no país.

Segundo esse raciocínio, a oposiçãodemonstrou sua força e terá de ser reco-nhecida por Marcos, o que já seria me-lhor do que antes. Além disso, os pró-prios dados oficiais revelam que Marcosdecidiu aceitar a vitória do vice da chapade oposição, o senador Laurcl. ComoMarcos está doente e quase incapacitadopara o governo, não demoraria o momen-to de sua substituição por Laurel, o queconstituiria um prêmio de consolação.Isso explica os conselhos do porta-vozpresidencial Larry Speakes para que osdois lados esqueçam suas diferenças, for-mem uma equipe e trabalhem juntosdaqui por diante.

Para o deputado democrata StephcnSolarz, esse conselho demonstra clara-mente que

"todo mundo na Casa Brancaestá fumando hashishe e perdeu o conta-to com a realidade". A candidata daoposição, Cory Aquino, disse que

"o

governo americano não entendeu que jáagüentamos 20 anos de Marcos, 10 anos

Hollywood conquistao mercado chinês

PROMOÇÃO:

JORNAL DO BRASIL

REALIZAÇÃO:esadESCOLA SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO h NLGÓC10S

GeraldineFabrikant

The New York Times

Nova Iorque — Pelaprimeira vez desde que oscomunistas tomaram opoder, em 1949, duas im-portantes empresas cine-matográficas americanas,Paramount Pictures eUniversal Pictures, assi-naram um acordo paradistribuir filmes america-nos na China.

Os filmes serão exibi-dos em 3 mil dos princi-pais cinemas chineses, eposteriormente em 20 milcinemas menores em ei-dades do interior do país.Calcula-se que em 1985 onúmero de ingressos decinema na China, quetem uma população deum bilhão de pessoas,chegou a 25 bilhões.

O acordo foi assinadocom a China Film Corp.,de Pequim, que controlaa exibição e distribuiçãode todos os filmes na China. Osdetalhes financeiros do acordo náoforam divulgados, mas Charles Paul,presidente da MCA Enterprises, querepresenta a Universal, disse que ovalor inicial da transação era secun-dário.

O primeiro impacto serácultural e estratégico — declarouPaul, acrescentando que a estruturafinanceira do acordo estabeleceu umprecedente para outros acordos maisiucrativos.

Até agora, os grandes estúdios deHollywood se mantiveram ao largo domercado chinês. Os chineses só con-cordavam em fazer acordos com basenuma taxa fixa, o que, segundo Paul,não era atraente para as empresascinematográficas americanas. Ele sa-lientou que á China não tem leis decopyright uniformes, que protejamcontra a publicação e distribuição nãoautorizada de propriedades de tercei-ros. A China já está procurando aper-feiçoar essas leis com vistas a atraircapital estrangeiro)

Por isso, embora os chineses ve-jam produções de muitos países, so-mente filmes americanos produzidopor companhias independentes têmsido exibidos no país, mediante paga-mento de uma taxa fixa. Mas algunsfilmes produzidos por companhias in-dependentes e distribuídos por gran-des estúdios, como Superman c Ram-bo, também foram apresentados em-bora por esses os exibidores tivessemde pagar de 10 mil a 20 mil dólares porcada um.

Nós pedimos uma percenta-gem sobre a arrecadação bruta dabilheteria, o que nos Estados Unidosé conhecido como taxa de aluguel,mas os chineses se recusaram — co-mentou Paul.

Ele destacou que o pagamentoseria proporcional á popularidade dofilme, mas não exatamente uma per-

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centagem sobre a bilheteria, como é ocaso nosJEstados Unidos.

— A taxa de aluguei é uma ques-tão vital, porque dá aos chineses aces-so a uma imensa filmoteca e a nósacesso a uma imensa audiência emtermos que podem eventualmente setornar lucrativos para os dois sócios— disse Paul.

De seu escritório em Los Ange-les, Yongming Lu, gerente adminis-trativo da China Film, disse que suacompanhia começaria em breve a se-lecionar obras das filmotecas dos estú-dios para dublá-las em chinês, sendosua intenção exibir de oito a 10 filmesamericanos anualmente. Lu explicouque os chineses, que adoram ir aocinema, produzem mais de 140 filmespor ano nos 15 estúdios existentes nopaís. Em média são exibidos 50 filmesestrangeiros, por ano, na China.

Os chineses não somente lotam oscinemas, como existem no país maisde 160 mil unidades de projeção mó-veis, que percorrem o interior exibin-do filmes cm recintos informais. Ovalor do ingresso é em geral equiva-lente a 15 centavos de dólar, mas emalguns locais o preço do ingresso épago em alimentos. Paul se recordade uma comunidade onde alguns es-pectadores pagaram sua entrada comovos.

Ano passado, a China Film, jun-tamente com a Molion Picturc Asso-ciation of America, que agrupa aindústria cinematográfica americana,organizou um festival de cinco filmesamericanos, dos quais o mais popularfoi Kramer vs Kramer.

Até a revolução comunista de1949. os principais estúdios america-nos exibiam seus filmes na China emantinham escritórios no país. Algu-mas empresas, como a MGM Enter-tainement Co, tinham até cinemaspróprios cm Pequim, Xangai e outrascidades importantes, mas depois seafastaram da China.

de estado de sítio, que ele mandou matarmeu marido e dezenas de pessoas que meapoiavam nestas eleições. Pedir que cs-queçamos as diferenças e formemos umaaliança demonstra que a Casa Branca nãoentendeu nada".

Uma atitude de indecisão de W.a-shington num momento tão crucial pode-rá transformar em realidade exatamenteo cenário que levou às pressões para queMarcos convocasse a eleição antes do fimde seu mandato.

— Sc o medo de perder as basesmilitares nas Filipinas nos levar a mantero silêncio diante da manipulação dosvotos, o povo daquele país vai acabarficando contra os Estados Unidos. Se issoacontecer, aí sim perderemos as bases''—afirmou o senador Edward Kcnnedy."

Para ganhar tempo e dar a impressãode que está fazendo alguma coisa, Rça-gan despachou para Manila Phillip çja-bib, diplomata experiente e respeitadomas cujos esforços de mediação das fac-ções do Líbano nunca produziram resul-tados. Colegas de Habib no Dcpartamen-to de Estado lamentam que Reagan pro-cure medidas de contemporização, masdizem que neste momento não se podeesperar muito mais.

Corazón alertaReagan para roubo

Manila — Corazón Aquino advertiuo presidente Reagan para que não coris-pire para ludibriar o povo filipinq epermitir que lhe seja roubada "uma vitó-ria esmagadora". Acrescentou que espe-ra que a chegada de um enviado especialnáo signifique estar Reagan na expectati-va da eclosão de uma guerra civil. .

Os últimos resultados, pela contagemoficial do Comelec, dão vantagem a Mar-cos de 540 mil votos: computados 58%dos votos, ele teria 6 milhões 449 mil,contra 5 milhões 906 mil de Corazón.Pela apuração da organização Namfrel,Corazón lidera com vantagem de 668 mil519 votos: ela teria 7 milhões 156 milsufrágios, contra 6 milhões 487 mil.deMarcos.

Leia editorialRisco nas Filipinas

Jatos dos EUAinterceptamcaças líbios

Washington — Os jatos militares F-14 e F-18 dos porta-aviões americanosCoral Sea e Saratoga, que reiniciaram namadrugada de ontem manobras em frbn-te à costa da Líbia, interceptaram mais de12 caças Mig c aviões de transporte líbios,mas não houve troca de tiros. Um cruza-dor soviético da classe Krcsta e doisdestróiers da classe Kashin estão nave-gando perto dos navios da 6a Frota ameri-cana.

Segundo fontes do Pentágono, a ,in-terceptação se resumiu a cruzar na frentados caças Mig, de fabricação soviética, oucolocar os F-14 e F-18 no campo de visãodos seus pilotos. Os líbios também seaproximaram da 6" Frota com jatos fran-ceses Mirage e aviões menores, sempredurante o dia c aparentemente sem inten-ção hostil.

O presidente Ronald Reagan disseque autorizou a segunda série de mano-bras da 6° Frota cm menos de duassemanas porque

"as esquadras estão lá cprecisam se exercitar para manter a for-ma". A tensão entre os Estados Unidus ea Líbia cresceu a partir de dezembropassado, quando terroristas árabes ataca-ram os aeroportos de Viena e Romamatando 20 pessoas — cinco dos quaiseram americanos. O dirigente líbioMuammar Kadhafi negou ter qualquervínculo com os atentados, mas disse quese os Estados Unidos atacarem seu paísestarão dando início a uma "grande

guerra".

Prostitutasespalham AIDSpela África

Boston — A AIDS, que atingiu pro-porções epidêmicas na África Central nofinal da década passada, está se espalhan-do pelo leste africano através de prostitu-tas. informou um grupo de médicos inter-nacionais. Estudo de 90 prosiitutas.deNairóbi mostrou que mais da metade foraexposta ao vírus da AIDS e 5Vr apresen-tavam nódulos linfáticos inchados, umdos primeiros sintomas da doença.

Em artigo publicado no New KnglandJournal of Medicine, os médicos, chefia-dos pela Dra. Joan Krciss, da Univcrsida-de de Washington, disseram que. devidoaos poucos casos de AIDS encontradosem Nairóbi, essa parte da África náodemorará a enfrentar uma epidemia se-melhante à da África Central.

Os pesquisadores constataram que8% dos homens de Nairóbi que pro-curaram tratamento médico para doençassexuais tinham estado expostos ao vírus.Todos tiveram contato com prostitutas edois terços apresentavam os sintomasiniciais da AIDS.

Segundo conclusão dos médicos, "se

prostitutas urbanas constituírem um im-portante reservatório do vírus da AIDSem capitais africanas como Nairóbi. Ki-gali e Kinshasa, então o vírus deverá seespalhar por todo o continente africanoatravés de homens heterossexuais, levan-do a infecção de uma comunidade deprostitutas urbanas para outra".

A disseminação da AIDS na África éde grande interesse para os pesquisadoresamericanos, porque mostra que a doençapode ser contraída por contato heterosse-xual.

JORNAL DO BRASIL Internacional quinta-feira, 1.V2/86. ? 1" caderno ? 17

EUA extraditamiugoslavo compassado nazista

Belgrado — Andrija Artukovie, de86 anos, ex-ministro do Interior da Croá-cia sob o regime fantoche instituído pelosnazistas, foi extraditado pelo Dcparta-mento de Estado para a Iugoslávia, ondechegou ontem à tarde, de padiola, abordo de um avião da linha aérea iugosla-va. Vai ser julgado num tribunal deZagrcb, no norte do país, sob a acusaçãode ter exterminado milhares de sérvios,judeus c ciganos, além de cometer atroci-dades contra crianças, durante a segundaGuerra Mundial.

Scnil, quase cego e sofrendo de pro-blemas cardíacos, Artukovie se achavanum hospital da prisão federal de Termi-nal Island desde sua detenção por agentes

,,federais, cm novembro de 1982, cm sua..residência de Seal Beach, na Califórnia,

onde vivia há 38 anos. Desde então, seusadvogados vinham lutanto nos tribunaispara impedir a extradição, solicitada pelaIugoslávia pela primeira vez cm 1951 enovamente cm 1984, quando seu proces-so foi reaberto.

O Departamento de Justiça, ao auto-'rizar a extradição, depois da negativa"final da Suprema Corte aos apelos dosadvogados c do filho de Artukovie — quealegaram eqüivaler a uma condenação à"morte enviar um anticomunista para ser'julgado num país comunista — disse queAndrija fugiu da Croácia, no final daguerra, para a Áustria, depois a Suíça,entrando nos Estados Unidos em 1948com um passaporte falso. Em 1959, umtribunal inferior disse que o Governoamericano não dispunha de provas sufi-cientes para enviar Artukovie à Iugoslá-via a fim de ser julgado, acrescentandoque ele seria perseguido pelo governocomunista de Belgrado. Desde que oDepartamento de Justiça reabriu o pro-cesso, os advogados de Artukovie obtive-ram, sucessivamente, adiamentos da ex-tradição, até o caso ser levado à instânciafinal, a Suprema Corte.

Irã faz avançoem 3 frentescontra Iraque

Teerã, Bagdá e Washington — O Iráanunciou que suas tropas, numa violentaofensiva de três dias, comemorativa dosétimo aniversário da subida de Khomei-ni ao poder, tomaram o desativado portode Fao, junto à fronteira com o Kuwait,bloqueando o último acesso do Iraque aoGolfo Pérsico, avançaram mais de 100quilômetros de território inimigo e prós-seguiam seu avanço cm três frentes, emdireção a Bassora, a segunda maior cida-de iraniana.

O Iraque afirmou que suas forçasdetiveram o ataque iraniano, retomaramFao e que os comandos militares aconse-lharam o presidente Saddam Hussein aautorizar a tomada da cidade iraniana deKhorramshar. Acredita-se que o númerode baixas dos dois lados nos três últimosdias chegue a mais de 8 mil mortos eferidos.

O porta-voz do Departamento deEstado. Bernard Kalb, advertiu que osEstados Unidos considerarão uma amea-ça a seus interesses no Golfo Pérsico aintensificação da guerra c sua extensão

•"aos países da região que têm se mantidoneutros no conflito, já no seu sexto ano.

Enquanto as hostilidades se intensifi-'cavam ao longo de toda a fronteira sul doIraque, os chanceleres de sete países" árabes se reuniam cm Bagdá e condena-vam "a nova agressão iraniana, que re-presenta uma ameaça a todos".

O comunicado militar do Irã diz quesuas forças ocuparam toda a margemesquerda e a desembocadura do canalShatt-El-Arab. Afirma que 6 mil solda-dos inimigos foram mortos ou feridos e 1mil 250 capturados desde a noite de' domingo, 14 aviões derrubados, 120 tan-quês e blindados capturados, além depeças de artilharia, 190 veículos e duasbaterias de lançamento de mísseis. OIraque disse que 2 mil 400 soldadosiranianos foram mortos c desmentiu queseus aviões tivessem sido abatidos.

? af,-''-.® "H Palermo, Itália — Foto da Reuters

adi

Luciano Liggio, chefe de um grupo de famílias, é observado por três policiais

Em 24 horas, dois desistem dejulgar os mafiosos sicilianos

Iraújo NettoCorrespondente

Palermo — O grande medo entrouem cena e começou a ameaçar o desen-volvimcnto do maxiprocesso da CosaNostra. Ontem, no terceiro dia de au-diências. os trabalhos do tribunal quedeve julgar mais de 45(1 grandes mafiosossicilianos foram interrompidos durantetrês horas para que a corte de juizestogados e populares enfrentasse e resol-vesse o problema criado por uma novadefecção de um dos seis membros docorpo de jurados efetivos, a segunda quese verificou em menos de 24 horas.

Mal iniciado, às 10h30min da manhãde ontem, o terceiro dia de audiências doprocesso, o confuso, inexperiente e fracopresidente do júri, Alfonso Giordano, foisurpreendido com o pedido de dispensaapresentado pelo Sr Antinorio, o maisbizarro dos seis componentes do júripopular (três homens e três mulheres).Descobrindo tardiamente que um dosmuitos filhos que diz ter feito e espalhadopelo mundo — uma certa Valentina —tinha sido assassinada pela máfia, o SrAntinorio se declarou suspeito, sem anecessária serenidade para participar co-mo juiz de um processo contra mafiosos.

A comunicação feita por esse juradosó não surpreendeu muitos dos jornalis-tas italianos que, cm dezembro do anopassado, quando 40 cidadãos de Palermoforam recrutados para compor o júripopular, descobriram nele uma figura epersonalidade extravagantes demais: umsenhor de meia idade, com uma estranhaperuca loura c uma gravata de cores vivasque caía sobre o paletó, justificando comargumentos pouco sérios sua decisão deaceitar a função de juiz popular do maxi-processo da máfia.

— Aceitei mais pelo prazer de fazercoisas novas c para me afastar de umarotina de trabalho que me aborrece.Como gosto muito de decifrar enigmas,sendo até colaborador de um programa

de televisão especializado na matéria,também me senti atraído por esse proces-so que me parece um grande enigma —dizia o Sr Antinorio, aos jornalistas,explicando os motivos que o levaram acolaborar com a Justiça.

Motivos que prevaleceram até on-tem, quando foi convocado para tomar olugar de outro jurado efetivo que, alegan-do razões de saúde (uma forte bronqui-te), pediu para ser dispensado da espi-nhosa e arriscada missão de julgar umgrupo de mafiosos.

Essa não foi a primeira demonstraçãode medo no processo de Palermo. Aindana fase de escolha e formação da corte demagistrados, o medo já aparecia. Ne-nhum dos três juizes com maior experiên-cia em processos penais quis aceitar aincumbência de presidir o julgamento. Sóassim se explica a nomeação do juizAlfonso Giordano, professor de DireitoPrivado, que pela primeira vez cm suacarreira de juiz civil está dirigindo umprocesso penal — e dos mais complexos edifíceis.

Já na audiência de abertura do pro-cesso, o medo do júri popular se manifes-tou e criou problemas para o presidenteGiordano. Nenhum dos jurados aceitavaa idéia de ser focalizado em primeiroplano pelas câmeras de TV e pelos repor-teres fotográficos. Por essa razão, astransmissões das três cadeias de televisão(a estatal italiana, uma americana e umajaponesa) começaram com grande atrasoe minutos caríssimos foram pagos por umsatélite que não foi usado no tempoprevisto.

O medo de cair em desgraça e setornar alvo de vinganças mafiosas não ésó dos juizes. Outra vítima desse medoestá na jaula número 30: E Salvatore DiMarco, o jovem de 26 anos que até ontemera o único arrependido entre os 25mafiosos presentes na sala fortificadaonde se realiza o julgamento.

Na primeira hora do processo, DiMauro pediu ao presidente do tribunal

kmmmQueijo mortal

Mandela nãoimite viver

no exterior.lohanneshurgo e Genebra — O líder

negro Nelson Mandela se recusa a aceitarqualquer proposta de libertação que oobricuc a viver no exílio. Se for mandadopara o Zâmbia contra sua vontade, pega-rá o primeiro avião para voltar à Áfricado Sul. informou Winnie Mandela. apóscancelar a visita que faria ao marido naprisão de Pollsmoor. perto da cidade doCabo. O ministro sul-africano da Infor-maejio. Louis Nel. negou que Mandela váser libertado nos próximos dias.

A notícia da iminente libertação do.líder do Congresso Nacional Africano foidivulgada por uma rádio israelense, que avinculou à troca de espiões entre o Lestee o Ocidente, ocorrida na segunda-feira,em Berlim. Winnie Mandela anunciouque vai convocar uma entrevista coletivapara comentar esses rumores e dizer oque há de positivo sobre a libertação domarido.

Na fronteira «ia África do Sul com oBotswana, morreram ontem um soldadosul-africano e um guerrilheiro negro. EmJohannesburgo. outros três negros forammortos em choques com a polícia. Umaviolenta explosão danificou uma subesta-ção elétrica de Durban. provocando ainterrupção no fornecimento de energianeste porto sul-africano, mas ninguémficou ferido.

O ministro de Relações Exteriores daÁfrica do Sul. Pik Botha; foi à Suiçaconversar com o enviado dos EstadosUnidos, thester Crocker, sobre as rela-ções com os problemas regionais, espe-ctalmente do Namíbia e de Angola.

Drogas na casernaOs soldados americanos que guar-

dam os mísseis nucleares Pcrshing-2 naAlemanha Ocidental costumam se dro-gar. ficar bêbados e dormir no posto,segundo um ex-soldado que denunciou anegligência e acabou recebendo baixa doExército.

A revista alemã Stcrn identificou oinformante como Michael Scott, alegan-do ser um nome fictício para protegê-lo:ele contou que os comandantes de guardafalsificavam relatórios de inspeção porpreguiça de fazer a ronda, os sistemaseletrônicos de alerta funcionavam mal eos guardas não tinham qualquer motiva-ção para guardar os mísseis contra ata-quês terroristas.

Bomba em BeiruteUma bomba com 20 quilos de dina-

mite explodiu no setor cristão de Beirute,às 10 horas da manhã, na entrada doprédio onde funciona o escritório doPartido Falangista Cristão, do presidenteAmin Gcntayel. matando pelo menosduas pessoas e ferindo 14. Os falangistasafirmam que o atentado faz parte de umacampanha, promovida pela Síria, paraforçar o presidente a renunciar.

Forças do Exército libanês e milícia-nos cristãos lutaram durante oito horascom milicianos muçulmanos apoiados pe-Ia Síria, ao longo da Linha Verde quedivide Beirute, mas nenhum dos ladostentou avançar contra o setor inimigo.

Psicólogo que mataO psicólogo Mario Poggi Estrema

Oyro. de 42 anos. que trabalhava para apolícia peruana, estrangulou um homemacusado de ser o esquartejador que tantovinha assustando a população de Lima.Antônio Diaz Balbin. de 30 anos. estavasendo interrogado pelo psicólogo nas de-pendências da Policia de Investigações doPeru (PIP). mas acabou sendo hipnotiza-do e estrangulado com um cinto Depois,o psicólogo chamou seus colegas e. cho-rando confessou o crime, "salvei a numa-nidade". disse.

A população da Califórnia não devecomer queijo francês de duas marcas:Joan of Are e Fsprit Nouveau, advertiu aSecretaria de Saúde, após ser informada,pela Food and Drug Administration ame-ricana, sobre a contaminação do produtopela bactéria Listcria monocytogenes.Ano passado, essa bactéria, encontradaem queijo tipo mexicano, levou mais de50 pessoas à morte.

Acordo na catedralCom a assistência da primeira-

ministra britânica Margarct Thateher edo presidente francês François Mitter-rand, os ministros do Exterior dos doispaíses. Sir Gcoffrey Howe e RolandDumas, assinaram na histórica catedralde Canterbury o acordo para a coristru-ção do túnel sob o canal da Mancha queligará a Grã-Bretanha à Europa conti-nental. O chunnel. como é conhecido,terá 50 quilômetros de comprimento e foiorçado em 3 bilhões 300 milhões dedólares.

Novas falhas em JumbosPorta-voz da British Airways (BA)

comunicou terem sii.) encontradas racha-duras em três aviões 747 (Jumbo) daempresa, após inspeções de rotina, eesclareceu que dois dos aparelhos jávoltaram a voar, enquanto o terceiroainda passa por reformas. Os 747 da BAentraram em operação em 1970. masapós acidentes com os aparelhos, anopassado, em várias partes do mundo, asinspeções passaram a ser feitas com maisrigor.

Protesto na índiaA polícia indiana reprimiu com vio-

léncia uma manifestação de fazendeiros,em Nova Deli. contra a alta de preços nosgêneros de primeira necessidade: o resul-tado foi a morte de uma pessoa e a prisãode outras 65. Cerca de 30 manifestantesficaram feridos: a policia usou bombas degás lacrimogêneo e abriu fogo contra amultidão. O aumento dos preços foianunciado semana passada pelo primei-ro-ministro Rajiv Gandhi. e há três diasestão acontecendo protestos, que já atin-ciram cinco estados indianos. Terça-teira. a cidade de Calcutá ficou paralisa-da. 23 pessoas saíram feridas nos proles-tos de rua e cerca de 350 foram presas.

França prende árabespara prevenir terror

Fritz LltzeriCorrespondente

para sair daquele isolamento e ser postoao lado de outros réus. em qualqueroutra das jaulas da sala. Di Mauro dizianão temer a companhia de outros mafio-sos, porque não tinha sido infame fazen-do delações como as de Tommaso Bus-cetta.

O pedido de Di Marco dividiu osjuizes. Os dois promotores públicosacham que ele devia ser atendido, opresidente Giordano hesita em acolherseu pedido. Di Marco é um peixe peque-no da Máfia de Palermo. Realmente nãofez delações clamorosas. Quando se arre-pendeu e decidiu colaborar com a Justiça,limitou-se a confessar pequenos roubos eum assalto que tinha praticado. Masquem garante que os grandes da Máfia —presentes ou ausentes do processo —acreditarão nessa versão que é confirma-da pelos atos de acusação?

Por temer que Di Marco seja vítimade uma represália, dentro do própriotribunal, criando um novo escândalo, ojuiz presidente Giordano continuava atéontem a adiar uma decisão sobre seupedido de transferência.

Nessa sala de julgamento do presídiode Ucciardone, construída cm um ano eque custou cerca de 20 milhões de dólaresao Estado italiano, é difícil que alguémnão sinta o temor opressivo que a Máfiacontinua a sugerir e disseminar. A salaem si, com todas as características de umabrigo à prova de bombardeios, já é ummonumento à violência e à ferocidade daMáfia.

De muito longe, de uma prisão muitosegura e confortável dos Estados Unidos,outro grande mafioso arrependido —Salvatore (Totuecio) Contorno — fezchegar mais uma mensagem de medo.Numa entrevista concedida ao semanárioL'Europeo, Totuecio informa que nãoestá mais disposto a testemunhar no pro-cesso de Palermo. Entre outras coisas,porque teme pela sua segurança Bunkerdo Ucciardone.

Westland votaa favor de ajudaamericana

Londres — Os acionistas da fábricainglesa de helicópteros Westland aceita-ram uma proposta de socorro feita pelaempresa americana Sikorsky e pela Fá-brica Italiana de Automóveis de Turim(FIAT), derrotando uma proposta euro-péia num caso que provocou uma crisepolítica e levou à renúncia dois ministrosde estado.

O ministro da defesa, Michael Hesel-tine. renunciou acusando a primeira-ministra Margaret Thateher de favorecera proposta americana que ficou com29,9% das ações, alegando que colocariao único fabricante inglês de helicópterosna dependência tecnológica da Sikorsky.que também faz helicópteros.

O presidente da Westland. Sir JohnCuckney informou que 90% dos acionis-tas votaram com 67.8% a favor da ofertaamericana e 32.2% pela proposta euro-péia que reunia a British Aerospacc. aGeneral Eletric (britânicas), Agusta (ltá-lica), Messerschmitt-Boelkow-Blohm(Alemanha Ocidental) e Acrospatiale(França).

Cuckney informou que a Westlandvai pagar grandes dívidas que mantémcom vários bancos e vai se jogar com todaforca nos negócios. Na véspera da vota-ção, a empresa anunciou ter recebido aencomenda de cinco helicópteros paia aMarinha alemã ocidental no valor de 20milhões de libras (CrS 448 bilhões).

No mês passado, os acionistas daWestland não conseguiram 75cf de votosa favor de nenhuma das propostas, o quelevou a direção a reestruturar o regimen-to interno, passando a exigir apenasmaioria simples (51%).

O caso Westland abriu uma brigaentre os setores interessados em manterindependência em relação aos EstadosUnidos, com Heseltinc à frente, e os quedefendiam a opção americana, com aprimeira-ministra Margaret Thateher. Aofensiva eficiente de Heseltine chegou aabalar o prestígio da Dama de Ferro.explorando seu alinhamento com os Esta-dos Unidos.

As coisas se complicaram quando oMinistro do Interior Leon Brittan foipego em mentira no Parlamento. Elevazou uma carta que apontava erros naargumentação de Heseltinc a favor daopção européia e acabou tendo que re-nunciar porque ministro mentiroso, naInglaterra, é corsa inadmissível.

Paris — A polícia francesa prendeuna madrugada de ontem cerca de 50pessoas em 10 cidades do país, coiroParis, Lyon, Mctz, Tours e Marselha,todas originárias do Oriente Médio. Amaioria foi liberada após prestar depoi-mento mas pelo menos três permanecemdetidas. Vários documentos foramapreendidos e a ação da polícia se destinaa encontrar os autores dos recentes aten-tados terroristas cometidos em Paris háuma semana e que feriram 19 pessoas.

Além disso, a polícia francesa está àprocura do iraniano Nasser Daryaei, queno dia 7 de fevereiro conseguiu, juntocom um companheiro, escapar dos poli-ciais de Paris abandonando um Opelvermelho com placa da Alemanha e comarmas cm seu interior, semelhantes àsutilizadas em vários atentados terroristasna Europa. O pente fino da polícia fran-cesa, que deverá continuar nos próximosdias, destina-se também a levar a intran-qüilidade às fileiras do terrorismo preve-nindo, acreditam os policiais, novos aten-tados.

Nas primeiras horas da madrugadade Quarta-Feira de Cinzas em váriascidades francesas vários suspeitos de ori-gem armênia, iraniana, libanesa, síria epalestina foram acordados em suas casaspor agentes dos serviços de contra-espionagem, munidos de mandato judi-ciai passado pelo juiz de instrução ÁlainMarsaud. Os agentes, além de levar ossuspeitos para depor, vasculharam suascasas e, segundo informação divulgadapela polícia, conseguiram reunir uma boaquantidade de documentos. Nada foi ditoquanto a armas ou explosivos.

A última vez que a polícia francesa seengajou em ação semelhante foi logoapós o atentado do aeroporto de Orly, a15 de julho de 1983, quando morreramoito pessoas e cerca de 50 ficaram feridas.

Na ocasião, cerca de 4(1 armênios foramigualmente interpelados e os agentes con-seguiram identificar os membros doExercito Secreto Armênio (Asala) res-ponsáveis pelo atentado c que hoje estãocondenados a prisão perpétua.

As forças de segurança afirmaramque chegaram às pessoas detidas paraaveriguações, baseadas cm informaçõesde serviços de inteligência locais e estran-geiros, sem — mais uma vez — precisar anacionalidade desses serviços que pode-riam abranger Israel, a Alemanha e osEUA.

Em Paris, desde a semana passada, odispositivo policial nas ruas é ostensivo,enquanto nas lojas e locais de concentra-ção, como concertos e eventos esporti-vos, as medidas de segurança foram au-mentadas. Na Fnac, uma das maioreslojas da cidade, onde explodiu uma bom-ba no dia 9 de fevereiro, até mesmosacolas pequenas são minuciosamente re-vistadas antes de permitir-se o acesso dosclientes.

Nas ruas, a polícia de trânsito tam-bém intensificou o seu controle e asbatidas. Numa dessas operações foiapreendido o Opel vermelho onde viaja-vam Nasser Daryaei c seu companheiroainda não identificado. Ontem as TVsfrancesas e os jornais publicavam fotosdos ocupantes do carro. Depois de identi-ficar Nasser, os policiais conseguiram —cm cooperação com os alemães — chegara um endereço em Dictzenbach, a 20quilômetros de Frankfurt, onde o irania-no morava.

Em Marselha, onde há uma grandeconcentração de integristas muçulmanos,e onde a presença maciça de imigrantesde origem árabe vem provocando umasituação potencialmente explosiva doponto de vista racial, a polícia detevevários suspeitos de origem árabe, princi-palmente estudantes. Até a noite deontem, três desses presos continuavamsendo interrogados pelos policiais.

Baby Doe recusa asiloque a Libéria não deu

Monrovia, Zurique e Port-au-Prince— O ex-presidente vitalício do Haiti,Jean-Claude Duvalier (Baby Doe) nãoestá interessado em ir para a Libéria,informou um de seus advogados france-ses ao representante do governo liberianocm Zurique, Hans Marti. Mas em Mon-róvia o governo liberiano afirmou quenunca ofereceu asilo a Baby Doe e que aoferta de asilo feita pelo chanceler libe-riano não passou de um mal-entendio,sem objetivo de dar refúgio a Baby Doe.

A porta-voz do ministro de RelaçõesExteriores da França havia anunciado emParis que a viagem de Duvalier para aLibéria — um país da costa Oeste daÁfrica colonizado por escravos que foramlibertados nos Estados Unidos e voltarampara seu continente de origem — seriadecidida nos próximos dias, já que ogoverno de Monrovia havia confirmadosua disposição de receber Baby Doe.

Fontes do governo belga negaramque a família Duvalier tivesse pedidopara fazer uma escala em Bruxelas antesde tomar o avião para a Libéria e infor-maram que os haitianos não precisam devisto para entrar em seu território, po-dendo permanecer três meses na condi-ção de turistas.

Enquanto prosseguem as conversa-ções sobre seu destino, Baby Doe perma-nece no hotel cm Talloires, nos Alpesfranceses. Os moradores da cidade pro-testaram contra a sua presença queiman-do um boneco com a sua figura, além deencaminharem à Câmara Municipal um

pedido para que Baby Doe seja conside-rado "persona non grata".

Em Port-au-Prince, o ambiente esta-va calmo ontem e o governo reabriu oaeroporto para o tráfego comercial, de-pois de ter permanecido cinco dias fecha-do. Em algumas cidades do Sul do Haiti,continuam as comemorações pela quedade Baby Doe e em Aquin foram liberta-dos cerca de 70 presos políticos.

A população de Cayos, também noSul, festejou a queda de Duvalier quandoo porta-voz da Casa Branca, Larry Spea-kes, anunciou que a junta militar contro-lava o país, uma semana antes que issoacontecesse de fato. Mas Baby Doe aindaestava no Haiti e pelo menos 200 pessoasforam mortas nos choques com o Exerci-to. As manifestações públicas continuamproibidas em Cayos e os jornalistas náotêm autorização para visitar a cidade. Emtodo o país, continua a caça a RosaleAdolph, a conhecida Madama Max, quecomandava os tontons macontes e queestá desaparecida.

O irmão do novo líder do Haiti,Joseph Namphy, disse que o generalHenri Namphy arriscou sua vida ao co-municar a Baby Doe que o Exércitoqueria que ele deixasse o pais, mesmosem ter a garantia de que todos osmilitares o apoiariam. Ele assegurou queseu irmão nao quer permanecer no podere já se prepara para deixá-lo.e ^

O BancoMercantil de São Paulo

comunica o novonúmero do telefone

de suaAgência Central (RJ)

296-4147(a partir de 7/2/86)

Banco Mercantil df Sào Pu 10

lüdo o que um banco tem que ser

^ J

.1.8 a 1" caderno n quinta-feira, 13/2/80 Economia JORNAL DO BRASIL

MarketingA

nova diretoria da Asso-ciação Brasileira de

Anunciantes (ABA), que to-ma posse no início de março,está disposta a transformarradicalmente as relações dasempresas anunciantes comas agencias de publicidade,produtoras e veículos. Em 27anos de existência, é a pri-meira vez que a entidadeterá um presidente carioca, odiretor de marketing da Co-ca-Cola, Marcos Felipe Ma-galhães.

O desejo da nova direto-ria da ABA, que também éintegrada pelo diretor demarketing da Hcublein,Marcos D'avila, e Flávio An-drade, diretor de marketingda Souza Cruz, é abrir umcanal de comunicação entreos diversos setores envolvi-dos com a publicidade. Comisso, a ABA, que reúne os100 maiores anunciantes dopaís, quer ampliar esse qua-dro para 500 empresas nospróximos dois anos, o tempodo mandato da nova dire-toria.

Um tema que a ABApretende discutir com parti-cular interesse é a "bonifica-

ção por volume", o chamadoBV, que os veículos dão àsagências, dependendo daquantidade de anúncios queprogramam. Esse desconto,contudo, não é repassadopara as empresas, em últimainstância, o anunciante,cliente das agências.

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ImagensQuem preferiu ficar em casa

e assistir pela TV ao desfile dasescolas de samba viu menos adisputa entre as agremiações doque a acirrada concorrência en-tre Manchete e Globo.

A Manchete, que no anoretrasado transmitiu com cxclu-sividade da Marquês de Sapu-caí, este ano preparou-se paraenfrentar o poderio da Globo.Para isso, expôs o seu logotipode 80 metros quadrados em gásneon próximo à área de concen-tração das escolas. Com isso, aManchete impedia que a con-corrente pudesse exibir imagensde uma panorâmica da avenidaMarquês de Sapucaí, sem mos-trar o seu logotipo.

A Globo reagiu e instalouna avenida um canhão de raiolaser que projetava a sua marcaonde quer que fosse. Mas, parainterferir nas transmissõesdaconcorrente, ela procurava lan-çar sua imagem onde estivessemos repórteres da Manchete. Abriga, porém, não descansou."Guerra é guerra", exclamavaontem o diretor superintendei!-te da Manchete, Rubens Furta-do. "E essa foi uma guerra lim-pa. A nossa transmissão estevebem satisfatória", comentou.

CamarotesA construtora

Mendes Júnior nãofoi a única empresa adesfrutar do confortodos camarotes da ave-nida Marquês de Sa-pucaí. Na verdade, acada ano, cresce o in-teresse das grandesempresas pela com-pra de espaços naavenida do samba,como uma forma demarketing junto à suaclientela.

Esle ano, de cada10 camarotes, novepertenciam a pessoasjurídicas, ou seja, em-presas que os utiliza-vam para convidarclientes e autoridades.Além da Mendes Jú-nior, que comprou 7camarotes por Cr$ 1bilhão, a Shell foi ou-tra das grandes em-

Aáeék—

presas presentes àMarquês de Sapucaí.Dona de 2 camarotes,a Shell convidou boaparte de seus mais ex-pressivos revendedo-res de óleo e alumínio

no país. Os clientesda área de alumínioficaram abrigados no"heavy metal", comofoi apelidado o cama-rote exclusivamentededicado a eles. ..

'Merchandising""As escolas de samba do Rio

de Janeiro aproveitaram estecarnaval para tomar contatocom uma nova fonte de receita:o merchandising. Tradicional-mente financiadas pelo jogo dobicho, as escolas estão dispostasa diversificar a origem de seusrecursos. E já tiveram sucessono primeiro ensaio.

A Beija-Flor, de Nilópolis,cujo samba-enredo foi dedicadoa contar a história do futebol,levou para o sambódromo umaernome alegoria imitando umabola de futebol, com a marcaAdidas, indústria de materialesportivo. Mas a direção da es-cola não diz o quanto ganhou —

prefere dizer que tudo foi grátis.A Mangueira, por sua vez,

não ficou atrás. Utilizou as ca-misetas dos puxadores de carros

alegóricos para anunciar o pa-trocínio do Banerj. A associa-ção das escolas de samba foimenos feliz e não conseguiu co-mereializar um pacote inteiro,por Cr$ 5 bilhões, que incluía os3 mil 500 puxadores de todas asescolas do Rio.

Para sair na Estácio, numcarro que imitava o rabo de umpavão — a decoração do Scala—, o empresário Chico Recareypagou uma quantia não revela-da para desfilar na avenida, aolado de Grande Otelo e Watusi,astros do show Golden Rio emcartaz em sua casa de espeta-culos.

Por essas boas experiências,as escolas de samba estão con-fiantes que, no próximo cama-vai, suas receitas podem depen-der bem menos do humor dosbanqueiros de bicho.

Brahma e CocaUma guerra à parte

neste Carnaval foi travadaentre dois gigantes do setorde bebidas: Brahma e Co-ca-Cola. A primeira obteveexclusividade para a vendade refrigerantes na área in-terna da avenida Marquesde Sapucaí, filé-mignon naestratégia de merchandi-sing de qualquer empresa.

Mas a Coca-Cola. queficou de fora da avenida dosamba, não tem do que sequeixar. Seu diretor demarketing, Marcos FelipeMagalhães, sustenta que a Cocavenceu no restante do carnavalcarioca — clubes, carnaval derua e praias.

"Eles ficaram nosambódromo mas nós ganhamosa batalha do carnaval porquelideramos as vendas no restantedo Rio", diz Magalhães. Semrevelar números, o diretor demarketing prefere alvejar dire-tamente o concorrente. "A vert-da da Marquês de Sapucaí nãoconta, é uma distribuição com-pulsória".

A disputa entre as duas em-presas teve desdobramentos

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também no mercado de cerve-jas. Com a falta dessa bebidadurante o período carnavalesco.a Kaiser, associada à Coca-Cola. aproveitou pata aumentaisua participação de 5% para10%. A Brahma já dá sinais depreocupação com o avanço daKaiser c prepara-se para tirar dagaveta um velho plano de cons-truir uma nova fábrica em Cam-po Grande, subúrbio do Rio deJaneiro. A decisão depende deuma conversa que o presidenteda empresa. Hubert Grcgg. teráesta semana com técnicos doMinistério da Fazenda.

Altair Thurv

Sayad, fortalecido, ganha sala no PlanaltoBrasília — O presidente Sarney

incumbiu ontem o ministro do Pia-nejamento, João Sayad. de elaborarum plano de metas anuais, com baseno texto do I Plano Nacional deDesenvolvimento (PND), válido pa-ra o período 1985/1989. Sayad, queganhou uma sala no Palácio doPlanalto, saiu fortalecido da longaconversa travada na tarde de ontemcom o presidente Sarney. pois con-seguiu manter praticamente intactaa estrutura de seu Ministério, evi-tando, por exemplo, a transferênciada Secretaria de Articulação com osEstados e Municípios (Sarem) parao Gabinete Civil da Presidência daRepública.

Não haverá o tão falado "ema-

grecimento" da Seplan, garantiu umíntimo assessor do ministro Sayad.Do encontro presidencial, ficou de-cidida apenas a transferência para oMinistério da Administração da Se-cretaria de Modernização e Refor-ma Administrativa (Semor), quemanipula uma verba anual de Cr$ 1trilhão. Em compensação, o minis-tro Sayad ficará mais perto do cen-tro das decisões, pois vai dispor deuma sala no Palácio do Planaltopara despachos diários com o presi-dente Sarney.Coordenação econômica

A principal conseqüência daconversa de ontem com o presidenteSarney foi, segundo assessores deSayad, a definição do ministro comoo coordenador econômico do gover-no. Esta coordenação será exercidaatravés de três instrumentos bási-cos: da Secretaria de Controle dasEstatais (SEST), responsável pelosgastos das 320 estatais do setor pro-dutivo; da Sarem, elo de ligaçãoentre o governo federal e as admi-nistrações estaduais e municipais; eda Secretaria de Orçamento e Fi-nanças (SOFI), responsável pelaelaboração e execução do orçamen-to fiscal da União. Neste últimocaso, contudo, persistem ainda algu-mas dúvidas relacionadas com apróxima criação da Secretaria doTesouro, subordinada ao Ministérioda Fazenda e que vai ser responsa-vel pelo controle dos gastos pú-blicos.

No PlanaltoO restabelecimento de um gabi-

netc da Seplan dentro do Palácio doPlanalto, arranjo que funcionou nagestão do ex-presidente Figueiredo

entre 1979 e 1985. dá ao ministroSayad as condições políticas paraexercer de fato a coordenação eco-nômica do governo, sem funcionarcomo uma espécie de superministé-rio. conforme aconteceu nos seisanos do período Delfim Neto.

No governo Sarney, o ministromais importante, do ponto de vistada execução da política econômica efinanceira, continua sendo o empre-sário Dilson Funaro. O ministro daFazenda, aliás, continuará respon-sávcl por um dos pontos vulneráveisdo atual governo, que é o controledas taxas de inflação.

Plano de metasCom relação ao plano de metas,

Sayad deverá explicitar alguns itensimportantes para o desempenho dogoverno. Continua valendo a metade um crescimento mínimo anual de6% para o Produto Interno Bruto(PIB) até 1989. Do mesmo modoque a agricultura deverá crescer,pelo menos, 5% ao ano próximo nodecorrer do quadriênio, com desta-que para as culturas voltadas para omercado interno como o arroz, fei-jão e milho, sem comprometer aprodução destinada à exportação.

As metas anuais deverão envol-ver a produção de petróleo (740 milbarris diários de petróleo em 1989,segundo consta do I PND), de gásnatural, energia elétrica, recupera-ção de rodovias e linhas férreas,entre outros.

Do encontro de ontem, o minis-tro Sayad trocou idéias também so-bre a mensagem presidencial a serencaminhada ao Congresso, no diaI" de março, na reabertura dostrabalhos legislativos. Segundo oministro, a mensagem fará uma re-trospectiva do que foi realizado em1985 e uma definição das priorida-des de 1986, tanto no campo socialquanto no econômico.

A mensagem, cuja versão preli-minar já está concluída, com 30laudas, e para a qual Sarney reco-mendou a Sayad "uma linguagemforte", destaca que a política deretomada do crescimento econômi-co já foi resolvida e que a dívidaexterna, apesar de alguns obstáculosainda existentes, está bem encami-nhada. Reconhece que continuasem solução satisfatória o problemada escalada inflacionária, o princi-pai desafio do governo na área eco-nômica.

Taxas anuais de crescimentoda indústria do Rio

onsumo de

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Fonte: IBGE sl' .1

Crescimento acumuladoda indústria do Rio noano passado foi 6,4%

A indústria do Rio de Janeiro cresceu 15,5%, em dezembrodo ano passado, em relação ao mesmo mês de 1984, segundoinformou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), ao divulgar os indicadores conjunturais da produçãofísica regional, referentes ao mês de dezembro de 1985.

Com isso, a taxa de expansão acumulada da atividadeindustrial fluminense, ao longo de 1985, atingiu 6,4%. Trata-se dataxa de crescimento mais elevada apresentada pela região desde oinício da década de 80, já que em 1980 o crescimento foi de 3,9%;em 1981, houve uma queda de 3,2%, em 1982, expansão de 4,4%;em 1983. nova queda de 10,8%, e em 1984, aumento na produçãode apenas 1,3%.

Enquanto que em 1984 oito setores industriais do Riotiveram redução na produção, em relação ao ano anterior, em1985 apenas quatro setores apresentaram resultados negativos:material de transportes (-7,5%), minerais não-metálicos (-1,7%),química (-0,5%) e produtos alimentares (-0,3%). Todos osdemais tiveram aumento da produção no último exercício.

Apesar de ter apresentado em 1985 a taxa mais elevada decrescimento da década, a indústria do Rio continuou no últimoexercício com resultados inferiores aos das demais regiões dopaís. Em 1985, a maior taxa de expansão anual foi a da RegiãoNordeste — 9,6% — sendo que o setor que mais contribuiu paraesse aumehto foi o de produção de fumo (23%).

energiacresce 12%

São Paulo — O consumo de ienergia elétrica na indústria em •janeiro aumentou 12,4% em jrelação a janeiro de 1985, -o ;que

"mostra o ritmo do aqueci- ;mento industrial, que está su- |íperando as expectativas", se- ;gundo o diretor de Energia da \Federação das Indústrias do !Estado (FIESP), Carlos Eduar- jdo Moreira Ferreira.

Segundo Moreira Ferreira, oconsumo de energia nas resi- •dências cresceu, no mesmo pe- •ríodo, 5,7% e no comércio •7,3%. "O aumento do consu- Imo na indústria está superando 'os outros setores e isto tem, 'como reflexo, uma maior gera-ção de empregos no país", afir-mou Moreira Ferreira.

Vendas docomércioaumentam

São Paulo — As vendas daindústria elétrica/eletrônica, nomercado interno, continuamaceleradas: a comercializaçãode aparelhos de ar condiciona-do crescerá 76% este mês, emrelação a igual período do anopassado, enquanto a dos apare-lhos de televisão terão umacréscimo de 35% no dois pri-meiros meses do ano, segundoestudos da Associação Brasilci-ra da Indústria Elétrica e Ele-trônica (Abinee).

O levantamento foi realiza-do pela direção da Abinee juh-to aos fabricantes, em sua últi-ma reunião.

Funaro pede menos greveBrasília — ü ministro da Fazen-

da, Dilson Funaro, mandou ontemum recado para as lideranças sindi-cais: este ano a greve deve ficarcomo última alternativa nas nego-ciações salariais, porque, além dereduzir a produtividade da indús-tria, ela pode comprometer a metade criar entre 700 mil e 800 milempregos.

— Só o governo teve de enfren-tar, em sete meses, 650 greves. Issofoi importante, num primeiro mo-mento, mas é preciso ter consciênciade que cada atitude dessa diminui apossibilidade de criarmos novos em-pregos — disse Funaro.

Feita a reposição salarial no anopassado, c chegada a hora de "pen-sar nos mais humildes, nas pessoasque não têm empregos", defende

Funaro. A moderação das reivindi-cações salariais é também importan-te, segundo o ministro, no combateá inflação; já que as greves encare-cem o custo da produção.

Funaro espera contar com a co-laboração dos sindicatos para derru-bar a inflação, que afugenta os no-vos investimentos. Por enquanto,segundo o ministro, os investimen-tos estão se recuperando, emboraele admita que pudessem sermaiores.

A indústria de celulose, assimcomo o setor de máquinas e equipa-inentos. e a indústria de transforma-ção, de modo geral, já estão invés-tindo. O BNDES, disse o ministro,aumentou em 38% o financiamentode equipamentos do ano passadopara 1986.

ÍNDICES (em 12-2-86)IHFLACAOÜPCAdoIBGE V Fav Mar Anr Mal Itln lul Age Sol Out «txMensal 8,95 12.78 8.80 6.76 7.71 9,27 12.10 11.98 9.60 11,12Acumulado no Ano 24,86 40.82 53.21 63.57 76,18 92,52 115,81 141,67 164.87 194.32Em 12 mesas 221.03 232,22 230.91 221,52 220.24 210.71 224,55 226.27 222,53 224,79Semestral 84.96 87,77 90,11 86,57 80.50 76.17 67,98 72,84 71.60 72,86N índice (mesl 7.782,61 8 777,23 9.549,6310.195,18 10 981,23 11.999.19 13 451,09 15 062.53 16 508,53 18 344,28 20 795

Dez lan h13.36 16,23

233.65 16,23233,65 238.36

79.91 89,35

Montadora quer preço livreSão Paulo — A indústria auto-

mobilística está reivindicando juntoao governo a liberação dos preçosdos automóveis de luxo, consideran-do que eles não alterariam a taxa deinflação, uma vez que são destina-dos a um público reduzido.

O pedido das montadoras é deliberação dos preços dos modelosmais caros do Monza, Escort. San-

Prazo para oIR na fonteé prorrogado

Brasília — O secretário da Re-ceita Federal. Luiz Romero PaturyAcioly. autorizou a prorrogação.até o dia 28 de fevereiro, do prazode recolhimento do Imposto deRenda na fonte referente aos rendi-mentos auferidos em janeiro desteano com depósitos bancários sememissão de certificado e operaçõesde curto prazo, cuja aplicação tenhasido efetuada a partir do dia primei-ro do mês passado por pessoas jurí-dicas.

O mesmo ato do secretário daReceita prorroga, também, para amesma data. o recolhimento do Im-posto de Renda incidente sobre asoperações a termo e a futuro, comprazo inferior a 16 dias. quando osrendimentos forem auferidos porpessoas jurídicas e o fato geradortenha ocorrido no mês de janeirodeste ano. A Receita esclareceu queas pessoas jurídicas beneficiadas pe-Ia prorrogação são aquelas queeram isentas do recolhimento antesdo pacote econômico que entrou emvigor este ano.

lana, Opala, Alfa Romeo c DelRey.

Na próxima semana, as indús-trias automobilísticas deverão enca-minhar ao CIP novas tabelas decustos, para reivindicarem outroreajuste de veículos, a vigorar nofinal deste mês ou, no máximo, emmarço, revelou um dirigente da As-sociaçáò Nacional dos Fabricantesde Veículos Automotores (An-favea).

Auxiliar faznova proposta aoBanco Central

São Paulo — O liquidante doBanco Auxiliar. Paulo Roberto Si-móes da Cunha, revelou ontem queo acionista majoritário da institui-ção. Rodolpho Marco Bonfiglioli.apresentou uma nova proposta aoBanco Central visando ao levanta-mento da liquidação extrajudicialdo banco através do pagamento in-tegral dos credores.

A nova proposta foi apresenta-da na sexta-feira, antes do Cama-vai, 15 dias depois da primeira pro-posla e não muito diferente: apenasos números sobre o ativo e o passivoda instituição foram atualizados. Pa-ra Cunha, há uma razoável chancede a nova proposta ser aprovada,mas o Banco Central tem mais 15dias para analisá-la detidamente.

Pela proposta de Bonfiglioli,também subscrita pela Associação19 de Novembro — que reúne osinvestidores do Auxiliar— todos oscredores receberão suas aplicaçõespelo valor do dia em que o BancoCentral determinou a liquidação.Os bancos estrangeiros receberiamaproximadamente CrS 800 bilhões eo Banco Central um pouco mais deCrS 1 trilhão.

I6P Ida F6V - MMensal 10.2 12.7 7,2 7.8 7.8 8,9 14.0 9.1 9.0 15.0 13.2 17.8Acumulado no Ano 24,08 39,9 49,9 61.6 74,3 89,8 116,4 136.2 157,5 196,0 235,1 17,8Em 12 meses 225,9 234,1 228,8 225,6 221,4 217,3 227.0 222.9 212,8 227.2 235.1 250.4H. índice Imes) 28 982.132 665,2 35.022.4 37.748.1 40.709.1 44 338.7 50 545.5 55 161.6 60152.1 69144.9 78 271.2 92.193.8

CUStO DE VIOA (\lMensal 12,2 10,5 6,7 7,3 10,6 12,4 12.9 9,2 8.4 12,7 15,8 15.7Acumulado no Ano 27.1 40.4 49.8 60.8 77.9 99,9 125,7 146,4 167.1 201.1 246,5 15,7Em 12 meses 223,1 225,5 220,0 214.4 216,7 221,8 230,6 227,4 220.7 232.1 248.5 255,9H. índice (mesl 22,955,125 364,127.054.129 041,4 32.130.3 36112,8 40 758.0 44.498,8 48241,6 54 368,3 62945,4 72835.4

PREC0 POR ATACADO (%)Mensal 9.2 13.6 7.2 6,5 7.1 7,6 14,5 9,1 9.5 15.1 12,3 19,0Acumulado no Ano 23,3 40.1 50.2 60 71.3 84 111.1 130.2 152,1 190,1 225,7 19,0Em 12 meses 230,3 240,7 233.4 226.2 220,2 211,2 226,3 220.1 208.4 221,6 225.7 243.2N. indica (mas) 33.481.5 38.033,6 40 789.5 43 429.7 46 504,0 50.044,7 57.305,7 62.498.2 68.459.5 78 774,3 88 442.2 105 230,7

CUSTO 0A CONSTRUÇÃO (1)Mensal 3.1 11.6 8.8 22,4 6,4 9,8 13.1 9,6 6,7 21,0 13,5 14.0Acumulado no Ano 21.6 35.6 47,6 30.7 92.2 11.0 138,7 161,7 179,3 237,9 283.6 14,0Em 12 meses 195.6 201.6 214,4 256.4 248.0 263.0 221,8 234.1 228.2 265,5 283,6 306,5N. indico (mas) 20.036,9 22.358.4 24 325,0 29 778.3 31676.4 34.779.7 39345,9 43 130.2 40039,4 55698,4 63222,7 72048.0

REAJUSTE SALARIAL IM 77.30 81.00 85,70 89,00 86,02 80.30 76 35 68,33 71,98 70.25 69,28 89,35 101,41

UPC(trlmestral)-variaeao% - - 39,84 34.34 27.01 37.30

0RTN (Cri) 27510.50 3416677 4203156 49 396.88 58.300.20 70613.67 90039.4030.316,57 38.206.46 45901,91 53437,40 63.547.22 80.041.66

CORREÇÃO MONETÁRIA (%) 10,2 12,7 11,83 10,01 9,21 7,61 8,18 9.1 9.0 11.12 13.36 16,23

CADERNETA 0E POUPANÇA 10,75 13,26 12,35 10,55 9,74 8,14 8,72 9,645 9,545 11.675 13,927 16.81(tentabilidade) _^______ - 1NPC (%)MensalAcumulado no AnoEm 12 mesesSemastral

987 U5 949 6.69 7.82 8,75 12,25 10,74 8,88 11.22 13.622519 4002 53,32 63,56 76,35 91.78 115.27 137,7 159.51 188.60 228.04

21)'S4 22391 22127 215,59 212,77 204.79 219,35 221.85 214 99 218.26 228.0485'70 8900 86.02 80.30 76.35 68.33 71.98 70,25 69,28 76,46 85,96

ALUGUEIS (%)Residencial anual 162,62 171,83 174,03 179,13Semestral 61.86 64.B0 68.56 712

Comercial anuiKigualaCorr Monel. em 12 meses) 232.03 225.82 233.82 242.8

Semestral 87.89 91.22 89.81

177.6666.85

246,2690 07

172.4764,24

246,3087.87

170 2261,08

237,8779,55

163,8354,66

175,4857.58

230,48 226,2276,26 70,63

177,4856,20

215.8666.32

172,0055,42

186,9271.48

219.36 227.6368,00 74,38

190,6881.13

239.1988.35

CORREÇÃO CAMBIAL 1%)MensalAcumulado no AnoEm 1Z mBses

10? 12 694 11.91 10.01 9.2 7.6 8,18 12.27 9.4 9.2 12,224 08 39 836 56,41 72,348 87,81 106.02 118,9 145.76 168,8 193.7 229.5

22508 239 724 242,852 246,886 246 06 244,39 230,8 235,98 226,5 224,5 229,5

OÓIAR (I) (CrS)No paraleloCambio oficial

3 9503.587

4 9003951

5 1504 470

5 6505 000

6 5005 480

7 4006 000

9 2006 460

9 450 10 100 110007 010 7 855 8 595

133509 400

15 80010 560

15 80012 255

OURO (2) ICrS) 44 600 52 800 5M00 66 200 76 600 92 500 100 000 104 500 114 500 134 500 153 600 181000

OVERNISNT IMAndima(Ti composta)SDP

11.96

17.15

13.09

12.30

13,27

1187

12,31

1130

10,73

10,22

10.03

9.60

10.67

9.83

13,96

12,02

CDB 12,05 12.91 14.6? 10,91 8,83 11.8 10,03 10,32 12.02

LETRA DE CAMBIO 13)

BOLSA DO RIO IIBV)

12,40 12,75 12,41 16,46 13.74

LIB0R 15)

-417 13.05 0.7687T-W Vi

1,85 32.05 37,83 24,69 28.83 41,66 12.9

PRIME RATE (5) 20,50 10.50 10.50 10,50

8,25

9,5

BASE MONETÁRIA 16)Saldo (CrS biltioeil

mes 1%)Acumulado no Ano (%)Em 12 mesas (\)

17479 17 134 17750 18.718 21155 23 805 26803 314031«0 -2 3 5.5 13 12,5 12.7 17.116 14.1 18.2 24.7 40,9 58,5 78,5 109.2

266 253.1 207.1 198,4 208.1 219,0 230,7 244.6

38 395 42 360 48 804 56 44918,1 10.3 13,89 15 7654.5 704 96.37 127,33

235.9 70.4237.0 259 88 268.55

MEIOS DE PACAMEHT0S (7)Saldo (CrS oilnoas) 34 545 27 261 30 306 32 513mes IM 11.4 11,1 112 6,4Acumulado no Ano IM -1.8 9.1 21.3 30,1Em 12 meses (M 199,0 205.1 195 202.5

(llColacao de vinda no primeiro dia do mes Veja ao lado cotações diárias:(2)»reco da Goldmme doi grama oara lingotes d( 250 gramas i vnta no ultime dia ü"mes.(3)tenda mensallüprevino do m(rea<lo;(5)ta*l do ultimo dia do mes;

Outros Indicadores

Dólar — Compre. CrS 12 mil 810; Vendai CrS 12 mil S75(hoje); Dólar p»r«1*lo (6' feira pagada) — Compra: Cr$in mil 2U0; Vendai CrS 17 mil.MVR (Maior Valor de Referência) — CrS 277.S9S.40

tTKRJ (Unidade Fiscal do Rio de Janeiro) — e UNIF(Unidade Fiscal do Município do Riu *ie Janeiro) — CrSISd.WO.Salário Mínimo. CrS oUO mil.

CARTÃO yiSTÂMATIC. DURANTE AS 24 HORAS DO Dl A, NÒSwmtT DIAS DASEMÃWÃlTODAHORÀ COM VOCÊ.I5m$fcV/Srm Banco 24 Horas y*;r/;

JORNAL DO BRASIL Economia quinta-feira, 13/2/86 ? Io caderno ? 19

-A rentabilidade dos FundosMútuos de ações

VAIOR DA COTA EM31 01 1986

CriAlfa-Unlbaneo 5M7.179America tio Sul Acòes ? 627.90!)Arbi-Equilibrlo 1S695.M2Aymnre Açnos R26 749

'feamflrinrliis Attfes 2 674.A30"Bandeirantes Açàes 1,325,575"BCA 9an«t| 54,468"Banespa A(Ó8! 1 611.542'BArmrteaçòfls 206.960¦HBI Brarissco 2 515.838BCN Artes 1 663,380BMG Aç6bs 1 213,754Boavisla AçSes 1.356008Boston Sodnl 11.411Bmano AçòflS 9 120.166Bruann Certeira 1 8J9.883Bradesco Açrtfis 5.031,486Chase Fiei Per 22 861.904' Orlaile de Sào Paulo 4,414

"fcity 223,062,560'tondominio

Bflnorle <l60,53d

fcredlbancó Açòes 2 S69.S31tredibanco FBI 705.009Crnlisul CAC 2,141,475Crelisul CCIA 2.376,743Crelisul MaJi Acoes 269,102Crescmro Umnanco 3 373.3J6CSA Boavista 6 569,300Denasa Ações 3 292.505Denasa Minei a Metal 22 718,821Econômico <U3.9<12FiOfip 23,066Fidesa 55 181,006Fma<a Açòes 4,329,540FMAL8 931.837Geraolia 12253.205Geral do ComercioIndustrial 16 475 468Inler Allanlico 1049021.265.Invesldel 7.212,151lochpe Açòes 1 468,041

.jtauaçofts 4675,106, ,l,laú Capita! Matkel 7 319,718_ Lojicred Ações 83,265

London Mliltiplic 838.951"iondon Mulliplie 751 1,351.194

Mercantil Ações 286,460Mercantil do Brasil 947,469¦Montrealhank 1664,877Montrealnanls Ações 56.753.906Nacional 3.114,110Noroeste CNA 606,802Noroeste FNA 22 365,38?Paulo Willemsens 124,137Pillainvfist Açòes 7 087,347Pillainvesí Condomínio 319,579Prime 235,516Real 3 521.470Seira Ações 1.027,356Seguridade 594,249Sul Brasileiro Ações 1.270.303Unibanco 2.421,103

RENTABILIDADEDF JANEIRO DE 1986

l%l7,637,43

20,1811,68

10,5417,358,049,14

15.26

15.29

8,098,064,90

12,53

14 0615.2210,229,06

12,89

4,50

8,76

8,16

10,6211,511(0,71)

8.21

21.196,33

4,318,95

6,0117,87'

3,967,617,88

8.59'

14.374,90"

8,575.10

13,9014,6112.31

15.76'9.24'

6,796,425,16

6.135.37

11,156.90

10.50

7,734,117,27

10,415.706,23

8,33'17,40

{*) Rentabilidade acumulada com o valor da cota de 30.12.1985.(•*) Inicio da operação. 09,01.1986.

Mútuos de Renda Fixa

VALOR DA COTA EM RENTABILIDADE DO MÊS31.01.1986 DE JANEIRO DE 1986

Cr» IMAmérica do Sul 1.293,418 16.13Arbi-Património 24,750,372 17,28Aymore 3006,193 15,63Bamerindus 1.288,110 16,57Sancorbras 87.398 15.67Bandeirantes 1.683,872 17,36Banespa 497,591 15,63Banestado 58,125 16,81Banortinvest 232,448 16,10BCN Pro Renda 1034,694 15,69BMG 2 293.855 16,29

Booança 394712,000 16,79Boston Sodril 1 401.674 16,20Bozano Condomínio 495,389 15,84Bradesco 65 929,394 16,26Brasil Canadá 344,987,860 15,96BRJ 29.763,034 10,80Chase Flexmvesl 707.837 16,66

Cidade de SJo Paulo 9.002 16,11CIN Nacional 372,753 15.97Cia. e Rda. Fixa Fminves 839.750 16,29Credibanco 204,851 16,20Crelisul Conta Maxi 91,015 17.94CRS Boavista 127,320 16,24CSC7 63838,330 15,91Delapieve 2 280,536 17,02Denasa 1071.189 16,29Fiat 1.338,426 16,25Fidesa 269.187,919 15,75Financeiro 13341,759 15.26

_Finasa 279.505 15,92Firanvast 7 825,538 16,31

JW Umbanco 832,243 16,10Fix Baner| 258.841 17,06Invesplan 1646.206 16,51lochpe 618,319 16,83

Jlau 833,757 15,98Lloyds 17482.797 15,80IMI-London Multiplic 13,312 16.27Lopcred 10,183 16.44Magliano 32 814.040 16,83Marka 2.608.676 16,49Montrealhank Condom. 34.167.167 15,73Noroeste FNI 89.056,335 17,09Novo Norte 119,745 15.62-Omega 30300,823 15,04

Open 33.085.363 16,17Paulo Willemsens 2.809,104 15,40

-Pnme Prefix 222947.859 16.05Renda Real 7.550.290 16.87Saíra Renda Fixa 171 282 15.60Souza Bflrros 31,785 15,56Sudamens 9.019.382 15,61Sul Brasileiro 104,430 15,15Dig Renda Fixa 2.289 16,79Cltmvest 933,275 15,97

Petróleo fará Brasil redirecionar exportaçõesRoberto Garcia

Correspondente

Washington — A queda dospreços do petróleo forçará oBrasil a redirecionar seu co-mércio internacional principal-mente para os países desenvol-vidos, afirmou o ministro dasRelações Exteriores, Olavo Se-túhal.

Desde o início da décadapassada, os exportadores hrasi-leiros haviam feito grandes es-forços de abrir espaço paraseus produtos nos mercados doTerceiro Mundo. Mas a reees-são internacional, que se ini-ciou em 197lJ, começou a fe-citar esses mercados, primeirona África e, em seguida, a criseda dívida impediu os países daAmérica Latina de continua-rerh absorvendo as exportaçõesbrasileiras. De todo o TerceiroMundo, só as nações exporta-doras de petróleo do OrienteMédio ainda estavam compran-do em grande escala, tanto ar-mas quanto serviços de enge-nharia. alimentos e outros pro-dutos brasileiros. Com a redu-ção substancial das entradas depetrodólares agora, esse últimogrupo de países do TerceiroMundo terá menos condiçõesde comprar em quantidade.Nossos mercados passam a seros desenvolvidos, afirmou Se-tuba}.

Segundo o chanceler, essamudança de mercados exigiráuma adaptação dos exportado-res do Brasil. As vendas parapaíses do Terceiro Mundo ge-ralmcnte eram resolvidas emnegociações com governos.Um esforço hem-sucedido as-segurava a exportação de umgrande conjunto de produtos,

Agoraque você já viu como

vaio dinheirof^Ms outros,

veja até onde podeir o seu dinheiro.

Venha conversar conosco. Para ondeseu dinheiro for, ele irá mais seguro.

acrescentou ele. Nos mercadosdos Estados Unidos, da Euro-pa Ocidental e do Japão, con-tudo, os governos comprampouco, é preciso convencercentenas de empresas e as ve-zes milhões de consumidores.Neles, os preços não são oúnico fator de sucesso poisigualmente importantes são aqualidade do produto, suaapresentação, o esquema devendas, a assistência técnica,um enorme conjunto de fatoresque exige muito mais sofistica-ção do exportador. Setúballembrou que muitos empresa-rios brasileiros já desenvolve-ram essa sofisticação para con-seguir sucesso no mercado dosEstados Unidos, por exemplo,como ocorre com os exporta-dores de calçados. Agora, osoutros precisam aprender tam-bém, afirmou ele.

Ao desviarem seus esforçospara os mercados desenvolvi-dos, os exportadores brasilei-ros terão tle enfrentar crescen-tes barreiras protecionistas,previu o chanceler, acreseen-tando que a cooperação com ogoverno será essencial paravencer tais barreiras.

Na opinião de Setúbal, quedeixa o Ministério das Rela-ções Exteriores na sexta-feirapara dedicar-se à sua cândida-tura ao governo do Estado deSão Paulo, para manter supera-vits de exportação como osconseguidos nos últimos trêsanos num clima em que merca-dos substanciais se restringem,o Brasil terá também que di-versificar extraordinariamenteseus produtos de exportação.

País ainda não sabese comemora mudanças

Tereza Cristina Lobo

O petróleo foi o bode expia-tório de todas as dificuldadeseconômicas que o mundo cn-frentou a partir da década de70, com a drástica elevação dospreços. Agora, as cotações des-pencam dia a dia mas, ao con-trário do que se poderia supor,a alegria do governo brasileiroé apenas parcial, com perdasnas exportações de derivados euma complexa equação parasolucionar: os contratos de tro-ca de óleo por mercadorias(enunter-trade), prejudicadoscom a derrubada dos preços. Eo consumidor, que vislumbravamenores reajustes nos deriva-dos, pode desfazer o sonhoporque isso só ocorrerá quandoa inflação cair.

Desacelerar os trabalhos emexploração nem pensar, poisnova crise virá nos anos 90,com elevação de preços, argu-menta o diretor comercial daPetrobrás, Carlos SanCAnna.Mesmo porque, a estatal tememais as críticas do que a pró-pria falta de petróleo, já escal-dada pelas acusações de quenáo investiu e não se preparoupara enfrentar períodos de es-cassez da matéria-prima e pre-ços elevados. É melhor, por-tanlo, continuar na busca denovas jazidas, o que não signi-fica colocá-las imediatamenteem produção.

A derrubada dos preços dopetróleo no mercado interna-cional começa a colocar emxeque a produção interna. Ocusto do óleo extraído da Baciade Campos atinge a média deUS$ 16 o barril, enquanto osanalistas internacionais já espe-ram que os preços no mercadomundial cheguem a US$ 15 obarril no próximo mês. Estesdados fazem os técnicos da Pe-trobrás se indagarem qual seriao preço do óleo no mercadoexterno que poderia levar ogoverno brasileiro a decidir poruma freada na produção, au-mentando-se as importações.Neste caso. a decisão será maispolítica do que técnica, depoisde todo esforço e alarde que aPetrobrás fez para chegar aoatual volume de 600 mil barrisdiários, o equivalcnle a b0% doconsumo.

Estocar petróleo é uma poli-tica que só pode ser seguidadepois que os preços se estahi-

Inflação cai junto com o preçoWilliam Waack

A alegria de um pode ser a desgraçade outro. No caso do petróleo, cujospreços dispararam pista abaixo como umesquiador alpino, o mundo viu poucasvezes nas últimas décadas um coro tãonutrido de países — ricos e pobres —sorridentes. Apesar dos graves proble-mas que o impacto dos baixos preçostrará para algumas economias já severa-mente abaladas (o México é o melhorexemplo), a opinião generalizada entreanalistas e publicações internacionais é ade que os benefícios globais ultrapassa-riam em muito os prejuízos locais.

Há uma conta simples por trás detanto otimismo, capaz de permitir quediversos acadêmicos, institutos de pesqui-sa econômica e revistas falem do "maisbenéfico impulso econômico para o mun-do industrializado nos últimos 35 anos".Em primeiro lugar, petróleo mais baratosignifica crescimento econômico maisacelerado nos países ricos. A reyista TheEcunomist calcula que uma queda de 10dólares no preço do barril de petróleoimplica uma melhoria de 0,5% a 1% nodesempenho econômico desses países.

Em segundo lugar, pagando menospelo petróleo esses países terão inflaçãomenor — em média, de 1% a 1,5% amenos. Isto permitiria que as taxas dejuros caíssem na mesma proporção, redu-zindo os custos do serviço das dívidas. OBrasil, de acordo com esses cálculos,poderia aliviar em até 2 bilhões de dóla-res a carga representada anualmente pelopagamento de juros.

Evidentemente, as coisas não são tãofáceis. Menos inflação nos países ricospode, de fato, levar a uma queda dastaxas de juros (já que os credores estarãoseguros de que seu dinheiro não desvalo-riza tanto). Mas. aponta o New YorkTimes, na medida cm que os baixospreços de petróleo incentivam o cresci-mento econômico dos industrializados, oresultado poderia ser também novo au-mento dos juros a longo prazo. Nessecaso, tudo dependeria da atitude que oFederal Reserve (o banco central ameri-cano) tomasse.

De qualquer maneira, poucos assun-

tos capturaram de maneira tão efusiva aimaginação e capacidade de prognósticodos analistas internacionais. Da mesmaforma que as crises do petróleo de 1973 e1979 levaram gente a previsões catastrófi-

cas, desta vez os futuristas estão inclina-dos a falar de um mar de rosas, pelomenos para países que importam petró-leo e não são muito pobres. Entre previ-sôcs dando conta de novas mudanças noshábitos de consumo (como a compra decarros velozes) e numa queda generaliza-da de preços de derivados de petróleo(que vão de plásticos a fertilizantes) nospaíses industrializados, há profecias eco-nômicas menos otimistas quanto às con-seqüências da queda do preço do petró-leo para a crise do endividamento inter-nacional.

México e Venezuela, dois países lati-no-americanos altamente endividados eque, por força de sua estrutura econòmi-ca. dependem fundamentalmente dos dó-lares obtidos com a venda de petróleo,podem exarcebar consideravelmente acrise. A imprensa americana detectounos banqueiros credores uma atitude re-signada à espera de que o México volte abater a suas portas (o país acaba de obterum recscalonamento para 46 dos 97 bi-Ihõcs de dólares que deve) em busca decompreensão para seus problemas e, oque mais temem, novos empréstimos;agora 8 ao invés dos 4 bilhões de dólaresque o presidente Reagan prometeu a seucolega De Ia Madrid.

Não é só a perspectiva bastante realde inadimplência do México. Venezuelaou Nigéria, três grandes perdedores coma queda dos preços, que assusta os ban-queiros. Muitos bancos começaram trêsanos atrás, quando os preços iniciaram adescida, a aplicar taxas de juros maioressobre créditos relacionados a energia.Essa prática pode se estender a outrosramos da indústria, mas a preocupaçãodos credores é a de que alguns dosdevedores (por exemplo, companhias depetróleo americanas no Texas) se tornemincapazes de pagar. O petróleo cm tornodos 15 dólares por barril, índice alcança-do no meio da semana passada, eraconsiderado por esses banqueiros como amarca não ultrapassável. Mesmo comrelativa estabilidade de preços, contudo,esses banqueiros previam condições ain-

da mais duras para empréstimos relacio-nados a projetos energéticos em países doTerceiro Mundo.

Matérias-primasPrincipalmente entre os mais ortodo-

xos defensores do livre comércio e ausên-cia de dirigismo nas relações econômicas-internacionais, a queda dos preços dopetróleo foi saudada como sinal de quetambém outros cartéis formados paraproteger preços de matérias-primas nãoteriam como sobreviver a longo prazo. Arevista Newsweek, por exemplo, assinala-va na semana passada — com forte dosede ironia — o fato de que, entre cincograndes acordos ou cartéis para acerto depreços (estanho, cacau, açúcar, café epetróleo), apenas o do café ainda funcio-nava de alguma maneira, "por força daação divina", conforme a publicação.

Na década dos setenta, o fantasma degrandes cartéis de produtores de mate-rias-primas do Terceiro Mundo teria cau-sado considerável consternação nos ricos.Agora, com a espetacular ineficiência daOPEP para garantir níveis de preços ouprodução, o pesadelo teria acabado.

De nove acordos internacionais sobrematérias-primas, só cinco ainda têm pre-tensão de controlar o mercado. O Conse-lho Internacional de Estanho vive umimpasse causado por uma série de contra-tos que náo foram pagos.

A Organização do Acordo Interna-cional do Açúcar não teve o menor êxitoao tentar controlar preços, que caíram de45 centavos de dólar por libra em 19S0para uns 5 centavos atualmente. A Orga-nização Internacional do Cacau (que,curiosamente, não inclui o principal pro-dutor, a Costa do Marfim, e o maiorconsumidor, os Estados Unidos) arrui-nou seus fundos ao comprometer 175milhões de dólares na formação de esto-quês. Só o café, por força de uma fortegeada no Brasil (em 1975) e da seca noSul, nos últimos meses, conseguiu fazercom que os preços, ao redor de 1.20 a1,40 dólares por libra, em 1980, subissempara 2,80 dólares recentemente. Mas, porrazões diferentes — alta de preços, aocontrário da queda dos outros — tambémo acordo do café pode acabar indo para oespaço.

lizarem e, mesmo assim, osproblemas são muitos, a come-çar pelas elevadas taxas de ju-ros. Além disso, um aumentosubstancial dos estoques exigetambém maior capacidade detancagem, o que implica maisinvestimentos. E, depois de tu-do isto, não se sabe por quantotempo os preços permanecerãoatrativos no mercado interna-cional. Como afirma SanfAn-na, náo existe no momentouma crise de escassez do pro-cinto, mas uma briga de gran-des produtores, que pode sereverter quando menos se es-pera.

TROCA DEMERCADORIAS

A decisão de reduzir a pro-duçáo nacional se atrela tam-bém a questões de comércioexterior. Quase 7(1% das im-portações de petróleo (atual-mente num total de 450 milbarris diários) são executadassob o sistema de counter-trade,a troca de óleo por manufalu-rados. Com a queda do preçodo petróleo, o governo brasilei-ro terá de decidir se aumenta asimportações de petróleo, deforma a manter o volume dasexportações de manufaturados,diminuindo assim a produçãointerna. Caso contrário, terá deacatar a redução das exporta-ções. Enquadram-se neste sis-tema os contratos com o Ira-que, de US$ 350 milhões. Noano passado, dos US$ 5.4 bi-Ihõcs com as importações depetróleo, apenas US$ 1,7 saiuem divisas, pagando-se o res-tante com exportações.

Baseada no gasto com asimportações de petróleo cm ja-neiro, quando pagou US$ 21 obarril, a Petrobrás estimou queo dispéndio líquido este anoficaria cm US$ 2,7 bilhões —contra os US$ 3,9 bilhões de1985 — valor ainda sujeito areavaliação devido à contínuaqueda dos preços, ainda nãoestabilizados. Por isso mesmo,a estatal suspendeu as exporta-ções de derivados, mantendoapenas os 30 mil barris diáriosde gasolina comprometidoscom alguns países africanos.Nu entanto, a empresa esperaatingir uma exportação de 159mil barris diários este ano.

Sauditas jogam tudo e perdemO jogo pode ser tão fascinante quan-

to assistir a um potentado árabe jogarseus petrodólares, aviões, palácios nodeserto (e. talvez, haréns). tudo de umavez, num cassino de Monte Cario. Ospreços do petróleo vinham caindo visivcl-mente há três anos, basicamente pelasmedidas de contenção de consumo adota-das nos países industrializados, aumentoda produção de países não-mcmhros daOPEP e as dificuldades, dentro do pró-prio cartel, em respeitar limites de produ-ção ou preços estabelecidos durante su-cessivas e tempestuosas reuniões. Agorafoi a Arábia Saudita que resolveu arriscartudo e ver se quebra a banca.

Uma acentuada queda de preços eraesperada desde meados do ano passado.O teto fixado pela OPEP (exagerado, naopinião dos analistas), incentivou a su-perproduçáo por parte de vários países ea competição pela obtenção de contratos.Não-membros da OPEP (sem contar omundo comunista) aumentaram sua pro-duçáo de 17,4 milhões de barris/dia em1973 para 26.2 milhões h/d no último mêsde agosto. No mesmo período, a OPEPviu sua participação no mercado descerde 31.3 milhões b/d (1973). para 15.7milhões b/d em agosto de 1985.

Como principal produtor e líder docartel, a Arábia Saudita costumava cortara produção para conter a queda dospreços. A partir de outubro, porém, o

conhecido xeque Zaki Yamani resolveumudar de política. Para respeitar as apa-rências, ele não abandonou formalmenteo teto de 28 dólares por barril. Contudo,ao assinar contratos denominados net-backs (pelos quais o preço do óleo cru éatado ao valor do produto refinado decada barril), o ministro de Petróleo saudi-ta torpedeou os preços e praticamentedobrou a produção saudita, que passoude 2 a quase 5 milhões de barris/dia.

O efeito no mercado de petróleo foitremendo, pois coincidiu com o declínionormal de demanda de refinarias e, alémdisso, encontrou um inverno moderadonos países do hemisfério Norte. Muito daprodução, estocada em grandes navios-tanques no alto mar e em lerra, começoua inundar a Europa. O mercado dopetróleo, já enfraquecido por uma quedaem dezembro, rompeu-se cm pedaços.

A vingança de Yamani, ao que tudoindica, era dirigida contra náo-membrosda OPEP, especialmente a Grã-Bretanha, Noruega e México. O xequeárabe acha que pode forçar esses países asentar-se à mesma mesa e negociar umafórmula de conter produção (c queda depreços) na medida em que jogue o merca-do de pernas para o ar. Até agora,contudo, a tática não funcionou. Marga-ret Thatcher. a premier britânica, náodeu qualquer sinal de que eslá disposta a

negociar. Apesar das severas perdas,também os mexicanos náo pretendemnegociar com a OPEP. Apenas os norue-gueses manisfestaram certa inclinação pa-ra conversar. Outros países da OPEPcomeçaram agora a assinar contratos net-back, notadamente a Nigéria, que precisade qualquer dólar que possa ganhar.

Embora os resultados da guerra depreços declarada por Yamani ainda se-jam difíceis de prever, os especialistasacham que alguns danos da industriapetrolífera são irreparáveis. Mesmo comos preços se estabilizando ao redor de 17ou 18 dólares por barril, o que náoobrigaria a fechar instalações de produ-ção atuais, muitos projetos futuros já sáoconsiderados onerosos e diminuiriamsensivelmente a atividade global do setor,responsável por muitos empregos em to-do o mundo.

Credores, particularmente nos Esta-dos Unidos, estão preocupados com asaúde financeira de seus clientes. Apesarde toda a euforia dos que pagarão menospor sua conta de petróleo, o respeitadosemanário Business Week preferia fecharsua avaliação do episódio com uma frasefilosófica: "Como cm todas as guerras, amedida final não é saber apenas quemganhou, mas quanto foi o preço pago.Por enquanto, ambas são questões emaberto".

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20 ? 1° caderno n quinta-feira, 13/2/86 Economia JORNAL DO BRASIL

Mesmo no anonimato, FredVic é moda o ano inteiroPor trás das etiquetas de camisas

sociais vendidas por lojas sofisticadascomo a Tentper, Tavares ou José Silvaesconde-se o verdadeiro fabricante: aindústria de roupas FredVic, que há maisde meio século vem mantendo a tradiçãode produzir "o que há de melhor emcamisas masculinas".

Com etiquetas das próprias lojas difi-ei I mente as camisas da FredVic são reco-nhecidas por quem as usa. Injustiça?"Não" — responde o presidente da in-dústria, Victor Antônio Misquey —, "faz

parte do acordo comercial desde quepassamos a vender para estas casas." Noentanto, ela tem duas marcas registradas:Prive e FredVic, além da griffe AlainDelon.

Tal anonimato, contudo, não impedeque a qualidade das confecções seja reco-nhecida em todo o Brasil. Produzindomensalmente 30 mil peças, a FredVicmantém clientes em todos os Estadosbrasileiros, entre eles, também as lojasF.splanada, Mappin, Adonis, Grupo Pãode Açúcar e muitos outros tradicionais.Feitas dentro do mais criterioso processode controle de qualidade, as camisas sáoconfeccionadas em tecidos mistos, voil,seda pura. linho e popeline, mantendosempre o estilo clássico que nunca sai damoda, e são consideradas as melhores doPaís.

Victor Antônio Misquey optou pelaalta-costura — a francesa—, e explicaonde está o segredo do sucesso de suasconfecções, classificadas como de padrãointernacional. "As nossas costuras sãorebatidas, com ponto fino, que dá umperfeito acabamento. A confecção temsegredos que não se pode desprezar,como o do ponto pequeno, feito comagulha tipo II, a mais indicada paraacabamentos irretocáveis. Se o negóciofor produzir mais é só abrir o ponto, masvocê terá a queda de qualidade." E porisso que as confecções têm vendas garan-tidas em qualquer época do ano, garanteMisquey._

No ano passado, a empresa registroucrescimento real de mais de 600% aoproduzir 145 mil peças, que valeram umfaturamento de aproximadamente CrS 10bilhões. Os números analisados friamen-te podem não significar muito, mas setomam bastante representativos, consi-derando-se que a fábrica, que vinha háalgum tempo operando com prejuízo,conseguiu superar as dificuldades provo-cadas com o agravamento da recessão edos juros, no período de 1981 até meadosde 1985."Com a crise econômica passamosmomentos angustiantes. Fomos obriga-dos a reduzir em 40% a nossa produção.De 167 empregados, passamos a ter 96.Hoje, com o reaquecimento da indústria,vamos retomando gradativamente nossocrescimento", diz Diva Soares da Costa,sócia de Victor Misquey. Segundo ela, apartir de 1983 até metade do ano passa-do, a FredVic conseguiu manter umaprodução equilibrada de 11 mil a 12 milpeças/mês."Em fevereiro de 1985 faturamos Cr$250 milhões e fechamos o mês de novem-bro com receita de CrS 2 bilhões", lem-bra Victor. Mas o grande salto que garan-tiu o crescimento — e assustou os pró-prios dirigentes da empresa — foi dadode junho para cá. Dessa forma, a FredVicjá tem uma previsão otimista para esteano: faturamento de Cr$ 75 a 80 bilhões eprodução de 360 mil camisas.

A indústria começou o ano com ven-das asseguradas nos meses de janeiro,

fevereiro e início de março, equivalentesa CrS 9 bilhões, envolvendo cerca de 70mil peças, o que, de certa forma, indicaque a meta está garantida, de acordo comVictor Misquey. "O aumento das taxasde juros e a inflação de 16,2% em janeiro— diz ele — assusta a muita gente edesarrumou um pouco a nossa economia,porque já estávamos com os preços fe-chados.

Por causa desses dois fatores, é possí-vel que haja pequena retração de merca-do entre os meses de março e maio",,queixa-se para logo em seguida entusias-mar-se: "Certamente teremos evoluçãomuito grande de vendas e excelente de-sempenho do nosso setor a partir dosegundo semestre. As razões são simples:temos um ano de eleições e não interessaa ninguém fechar as portas ao setorindustrial. Depois, vem a Copa do Mun-do, que estimula as vendas. E se o Brasilganhar, aí sim é que teremos verdadeiraeuforia de compras", assegura.

Exportação difícilTal entusiasmo, contudo, não atinge

as exportações da empresa, que destinaapenas 10% do total de sua produçãopara o mercado externo. O industrialpondera que exportar não compensa, jáque o Governo retirou alguns incentivose subsídios às exportações. Além disso, opreço no mercado internacional é muitoalto, segundo ele."Antes, exportar era um bom nego-cio. Hoje não compensa. As nossas ex-portações não têm peso nos resultados daFredVic, pois vendemos apenas uma mé-dia mensal de três mil camisas para osEstados Unidos, Arábia Saudita e Pa-namá."

A procura no mercado domésticoabsorve quase toda a produção, o que sereverte em mais um motivo para a Fred-Vic não aumentar as exportações, garan-te Diva Costa. No entanto, o mercadointernacional era um dos alvos da empre-sa. Tanto é que ela foi projetada parafabricar 100 mil unidades mensais, meta-de das quais seria destinada ao exterior.Atualmente a fábrica tem maquinariaspara produzir mensalmente 45 mil cami-sas. Produz 30 mil e a capacidade ociosa éde 50%. A meta é de atingir 45 mil a 60mil unidades/mês a partir de 1987.

Garante Victor que, através de pes-quisas feitas, a produção pode chegartranqüilamente a 50/60 mil camisas/mês,pois há mercado suficiente para isso. "Sóestamos esperando capitalizar mais a em-presa, e até meados do ano que vem épossível atingirmos até 50 mil camisas."

Localizada na altura do quilômetro50 da Avenida Brasil, no Distrito deSanta Cruz, a FredVic ocupa 4 mil metrosquadrados de área construída em terrenode 15 mil metros quadrados, e tem 200funcionários — 95% do sexo feminino.Mediante convênio com o Senai, lá sãotreinadas 300 adolescentes em idade de14 e 15 anos, que após um ano e meio decurso profissionalizante acabam por des-vendar os segredos da alta-costura. Algu-mas são admitidas depois pela fábrica,dependendo do número de vagas disponí-veis.

A FredVic está em fase final deconstrução — obras que tiveram inícioem 1982, quando foi transferida para olocal. Nelas já foram empregados recur-sos da ordem de CrS 5 bilhões, incluindoa construção de galpão com iluminaçãonatural, departamentos administrativos,escritórios e até mesmo uma enfermaria,que brevemente será inaugurada.

Fotos de Marcelo Carnaval

HISTORIASDE

SUCESSO

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Reconhecida em todo oBrasil pela qualidade desuas camisas, a FredVicveste hoje clientes de lojaXcomo Temper, Adonis,José Silva, Tavares, ....Esplanada, Mappin eoutras. A empresa produzmensalmente 30 mil peçase no último ano registroucrescimento de 600%

Sucessos e desventurasnuma história de sonho

Produção poderá passar a 50/60 mil camisas/mês em 86

Mesclada de sucessos e desventuras,a FredVic vai tecendo a sua história,passo a passo, mantendo a mesma tradi-ção de seus antepassados e transforman-do em realidade o sonho de um garoto,que um dia pensou em se tornar umgrande industrial, quando tinha apenas12 anos. A FredVic começou como umapequena indústria em 1968, mas na ver-dade é a continuação de um trabalhoiniciado em 1931, pelo pai de Victor,Antônio Negem Misquey, com quem ofilho aprendeu a arte de fazer camisas.Passados tantos anos, a indústria solidifi-cou-se. E se hoje é considerada comoempresa de pequeno a médio porte, car-rega o conceito de ser a melhor fabricantede camisas do País.

Conta Victor Misquey que a famíliainiciou-se no ramo de camisas, já nadécada de 30, quando o pai, mercadorambulante, saía por aí montado numburrinho vendendo retalhos. Filho deimigrantes libaneses, Antônio Negemchegou ao Brasil aos quatro anos deidade. A condiçáo de estrangeiro forçou-o logo cedo a trabalhar em São João DelRcy, onde foi criado, iniciando a sua vidade mascate.

As vendas de tecidos iam bem e,pouco depois, Negem transferiu-se para oRio de Janeiro, onde abriu uma loja detecidos. Aos poucos foi aprendendo afazer camisas e a negociá-las na próprialojinha com 10 metros quadrados deárea. Em 1933, um incêndio destruiutoda a loja e Negem voltou à condição demascate. A índole de bom comerciante,porém, facilitou-lhe os negócios e dezanos após adquiriu outra loja na Rua dosInválidos, n 14, registrada MisqueyRoupas.

O revés, contudo, lhe perseguia. Asenchentes que inundavam o local com ummetro de altura de água, nos meses denovembro a fevereiro, causavam-lheenormes prejuízos.

"Lembro-me que

meu irmão, Negem Misquey e eu, naépoca com 12 anos. acordávamos demadrugada para ajudar meu pai a retirara água de dentro da loja. Eram dias demuito sufoco. Meu pai perdia quase tudo.Mas a vontade de vencer era tanta, queele nunca desanimava", conta Victor.

Foi nesse clima de muita luta e sacri-fício que os irmãos Misquey acompanha-vam os passos do pai. Náo obstante osprotestos do "velho" Negem, que nãoqueria que os filhos seguissem sua profis-são, Victor ia conhecendo a arte de fazercamisas às escondidas. Como estudava àtarde, sempre dava um jeito de ir até àloja ver o pai costurar."Aprendia tudo sozinho, sempre àsescondidas. Meu pai queria que seguisse-ntos uma carreira. Mas naquela época eujá vivia fascinado pelo trabalho. Queriaser industrial. Acho que estava no san-gue. Aos 18 anos já sabia modelar, riscar,cortar e costurar camisas". Com essaidade, Victor começou a trabalhar comAntônio Negem e, juntamente com oirmão, assistiu a uma fase de grandeexpansão na firma.

O desejo de se tornar um grandeindustrial impulsionava-o a dar um passomais ousado. As camisas que a famíliaconfeccionava eram tidas de melhor qua-lidade. Já havia mercado satisfatório para

a Misquey Roupas. Era preciso transfor-má-la numa grande indústria, pensavaele.

Antônio Negem, no entanto, nãocompartilhava das idéias do filho. Caute-loso, não esquecia as dificuldades por quepassou. Mas, por insistência de Victor,em 1968, compraram um prédio de trêsandares na Rua Visconde do Rio Branco,54, que seria transformado numa fábrica."O

prédio foi todo preparado para dar-ntos o grande salto industrial. Lá poderia-mos dispor de 90 funcionários e capacida-de para produzir mensalmente 15 a 20 milcamisas", recorda Victor.

O pai, porém, recuou. Preferiu conti-nuar com a firma, dispondo de espaçomaior para vender suas confecções. Ateimosia e persistência de Victor Mis-quey, no entanto, motivaram a sua pró-pria saída da Misquey Roupas, voltandopara a lojinha da Rua dos Inválidos, queregistrou como firma Victor AntônioMisquey. Mais tarde, Antônio Negemacabou com o negócio de confecções, efaleceu anos mais tarde. O filho Negem édono da boutique Cherchon, na RuaUruguaiana, ficando o controle da indús-tria em mãos de Victor.

Com apenas uma máquina de corte,Victor Misquey iniciou a sua escaladaindustrial. Trabalhando até aos domin-gos, aos poucos ele conseguiu tocar osnegócios. Contratou empregados, com-prou máquinas de costura e outras mesasde corte, e passou a produzir 1.500 cami-sas/ mês. "Mas a luta era muito grande,pois não conseguia sair do vermelho.Porém, o conceito de excelente qualidadedas camisas ajudava muito nas vendas.Como eu não entendia nada de adminis-tração, convidei Diva para dirigir a em-presa, que cuidava da parte administrati-va e das finanças".

A sociedade deu certo. Os negóciosforam progredindo gradativamente. Em1972, a firma já se havia tornado umapequena indústria: a FredVic Indústriade Roupas Ltda. (nome dado em home-nagem a Frederico — primeiro filho docasal Victor e Ruth de Deus Misquey).Nessa época, conforme relata o indus-trial, a produção de camisas atingia 2.500a 3.000 por mês e um ano após jáalcançava 4.000. A FredVic tinha 25funcionários e ia crescendo devagar, semnenhum capital de giro e alguns emprésti-mos. "Apenas com recursos próprios,negociando os nossos próprios títulos",diz ele.

Foi em 1975, no entanto, que aFredVic deu o seu primeiro grande passo:transferiu-se para a rua Meengaba, emCordovil. atingindo produção mensal desete mil camisas. "Aí já contávamos comboa estrutura, galpão maior. 60 funciona-rios, escritório e a clientela formada pelaslojas de roupas que mantemos até hoje",diz Misquey. Um ano após. com osnegócios em expansão, ele comprou daCodin o terreno na Avenida Brasil. Eenquanto a fábrica operava em Cordovil,iniciavam-se as obras da nova sede. Oterreno, na época, custou CrS 800 mil,pago mediante prestações mensais de CrS15 mil. sem correção monetária e juros de1% ao mês. "Somente na terraplanagemgastamos CrS 600 mil. Hoje não sai pormenos de CrS 300 milhões", garante ele.

Administração com toquee cuidado feminino

Quando Diva, 50 anos, foiconvidada para administrar aFredVic, contava na época com34 anos e chefiava escritório deuma loja de eletrodomésticos.Não entendia nada de adminis-tração de empresas, mas sabiacomo organizar um departa-mento de contabilidade. Tantoé que em pouco tempo conse-guiu pôr em dia o livro-caixa dafábrica, registrando e anotandoos compromissos financeiros.

Amiga de Victor desdeaquela época, Diva relembra,achando muita graça, o dia emque ela foi parar na FredVic,após abandonar um empregode 16 anos. "Nós almoçávamosno mesmo bar, na Rua Sacadu-ra Cabral, onde ficava a Fred-Vic. Eu ouvia as queixas deVictor, que não entendia nadada parte administrativa da fá-brica. Então, atendi o apelodele para dar uma olhada nospapéis, e, sempre que saía do

trabalho, passava lá. Em cimade uma mesa encontrava pilhase pilhas de papéis, duplicatas,contas a pagar, tudo misturadoem meio a colarinhos e entrete-Ias. Fiquei aflita com tanta b'aj"gunça. Não sabia por onde co-meçar. Iniciei por onde pareciaóbvio: separar cada papel, jogar fora o que não servia eguardar o que servia. Leveialgum tempo até organizar tu-do. Daí o Victor entusiasmou-se e convidou-me a trabalharcom ele.

Solteira, Diva também étorcedora do Flamengo. Moracom os pais e sempre que podeassiste a algumas partidas do'time, no Maracanã. Mas o qyifíela gosta mesmo é de curtir osfinais de semana na casa depraia, em Maricá. É considera-da por Victor como o braçodireito da FredVic, e é quemchega primeiro ao local de tra-balho, quase sempre às 6 horas,.

"Uma imensa indústria"Flamenguista "doente" —

não perde um jogo do Flamengo—, Victor Antônio Misquey consi-dera-se um homem de luta e tra-balho. Casado, três filhos, morana Tijuca e sai todos os dias às 7hda manhã, para trabalhar, semhora para voltar. Não tem muitotempo para diversões, mas nãoabre mão da pescaria, nos finaisde semana em Angra dos Reis ouCabo Frio.

Partindo do pressuposto deque um industrial tem muito maispara dar do que receber, ele sededica cada vez mais à fábrica,visando apenas um único objetivoque persegue desde garoto: trans-formar a FredVic numa imensaindústria. "Com a lição queaprendi de meu pai. de nuncadesanimar, vencerei todos os obs-táculos que forem surgindo, sem-pre com muito trabalho, até che-gar lá", sentencia.

Victor lamenta apenas que asua cidade natal, o Rio de Janeiro,esteja predestinada a perder toda

a sua indústria têxtil local. "Fal-

tam incentivos do Governo esta-dual, lamentavelmente temos per-dido os melhores fornecedores detecidos do Rio, considerado e cen-"tro da moda. Victor refere-se àAmérica Fabril, que fechou, e a.fábrica Nova América, que en-frenta grave crise financeira. Ou-.**:trás fábricas, segundo ele, fecha-ram por não resistirem à pressãoda crise econômica e não teremtido apoio suficiente. Os maioresfornecedores da FredVic estão emSáo Paulo e em outros estadosbrasileiros.

Dizendo-se "filho" da Codin— "alicerce das empresas flumi-nenses", o industrial aproveita'para um desabafo: "O Governou-do Estado talvez náo perceba a*""importância da Codin. Acho que*"está havendo desatençao por parte—dele, pois a Codin precisa muito***"do apoio do Governo. Fia é impor-^.tantíssima na distribuição de—«áreas industriais e tem ajudado"*"muito as pequenas e médias indús-~-trias do Estado".

O BANERJ E VOCÊPROMOVEM ODESENVOLVIMENTO DOESTADO DO RIO DE JANEIRO

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BANERJO BANCO DO POVO

DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

JORNAL DO BRASIL Economia quinta-feira, 13/2/86 ? 1° caderno n 21

Relatório do SNI desaconselhaindicação de Elkind para BNDES

Brasília — A indicação do engenheiro Da-vid-Elkind para a presidência do Banco Nacionalde" Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES), feita pelo governador de Minas Ge-raiS. Hélio Garcia, está praticamente rejeitadapelb Palácio do Planalto, em razão da forteresistência surgida em diversas áreas do governocontra o seu nome. Ontem, no Rio, essa infor-inação já circulava nos corredores do BNDES."A

reação se deve principalmente a denún-cias de irregularidades praticadas durante agestão de Elkind como diretor-geral do Depar-tamento Nacional de Estradas de Rodagem(DNER), no governo passado. Estas acusaçõese outras da mesma natureza fazem parte de umrelatório que o Serviço Nacional de informações(SNI) encaminhou ao presidente José Sarney,desaconselhando a escolha do candidato indica-do pelo governador Hélio Garcia.

A reação á nomeação do engenheiro DavidKliíind começou no mesmo dia em que foidivulgada a indicação do seu nome para aPresidência do BNDES, feita pelo governadorde Minas. Nos últimos dias, diversas figurasimportantes do governo se manifestaram junto aSarney contra a indicação de Elkind e a pelomenos duas delas o presidente revelou que jáestava a par das acusações contra o candidato deHélio Garcia. A estas manifestações veio sejuntar o relatório do SNI, cuja existência foi

confirmada por um íntimo colaborador do presi-dente.

"Nestas circunstâncias, o presidente Sarneydificilmente irá acatar a indicação de Garcia",comentou uma qualificada fonte governamental,acrescentando: "O ministro do Planejamento,João Sayad, nem precisou opinar contra a no-ntcação de Elkind."

Atual diretor do Banco do Estado de MinasGerais (BEMGE) no Rio de Janeiro, DavidElkind era um dos homens de confiança do cx-minisro dos Transportes, Mario David Andreaz-za, tendo sido o primeiro coordenador financei-ro de sua campanha à Presidência, na sucessãodo governo Figueiredo. A sua atuação comotesoureiro da candidatura de Andreazza tam-bém faz parte do dossiê, entregue pelo SNI aopresidente Sarney — do dossiê, consta queempresários eram mobilizados para financiar acandidatura do Ministro.

Um dos auxiliares do presidente Sarneyassegurou, no início da noite de ontem, que emqualquer hipótese a presidência do BNDESdeverá ser ocupada por alguém indicado pelogovernador de Minas. Caso se confirme o veto aDavid Elkind, o nome do presidente do Bancode Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais(BDMG), Roberto Brant, surge como um dosmais cotados para o posto.

Fundo de renda fixa do BBcomeça a operar em março

Fernando Martins

Brasília — A partir do dia 3 de março, oBanco do Brasil estará administrando um fundode renda fixa — que inicialmente funcionarásomente para a praça do Rio de Janeiro — comoa primeira etapa da estratégia do programa decaptação de recursos junto ao público investi-dor. Segundo fontes da área econômica, já estãoem fase final de estudos a criação de um fundode ações, do crédito direto ao consumidor e docartão de crédito.

A autorização para o Banco do Brasil partirpara uma política mais agressiva na captaçãosaiu do Conselho Monetário Nacional, na reu-niào do dia 30 de janeiro, quando se determinouo congelamento da Conta-Movimento e foi dadamaior flexibilidade ao BB para praticar quais-quer operações permitidas às demais instituiçõesfinanceiras. O registro do fundo de renda fixa jáestá tramitando na diretoria de mercado decapitais do Banco Central e, até o final destasemana, terá um parecer favorável. O registrono BC servirá apenas para cumprir formalida-

des, uma vez que a autorização para o lunciona-mento do fundo já foi dada pelo ConselhoMonetário Nacional.

A subscrição do fundo será feita inicialmen-te pela Caixa de Previdência dos Funcionáriosdo Banco do Brasil e deverá ser de aproximada-mente CrS 360 milhões, o mínimo exigido pelalegislação em vigor. A subscrição mínima porinvestidor será de CrS 1 milhão, mas o Banco doBrasil poderá alterar essa quantia, em funçãodas necessidades de mercado. A taxa que o BBcobrará pela administração do fundo será de4%, a mesma cobrada por todas as instituiçõesfinanceiras que operam fundos semelhantes.

O público-alvo do BB será formado inicial-mente por pequenos e médios poupadores doRio de Janeiro. O fundo de renda fixa (queopera com títulos públicos federais, estaduais, cmunicipais; CDBS, RDBS e debêntures conver-síveis) foi escolhido pelo BB, por ser o maissimples de administrar. As aplicações nos fun-dos de renda fixa são pelo prazo mínimo de 30dias. Qualquer retirada antes desse período é

IBOVESPAVOCÊPODE

CONFIAR.¦ **V^'r>;''í'-KI V.,\"

Opere Ibovespana BM&F a partir de 14/02.

Ibovespa. O únicotradicional e com aforca de 127 ações.K8

Bolsa Mercantil & de Futuros

penalizada com baixaincidência de impostos.

rentabilidade e maior

Fazenda envia parecer à Justiça

Mafersa interessa a mais de 10"Mais de uma dezena de interessados",

segundo o presidente interino do BNDES, An-dré Franco Montoro Filho, já solicitou formal-mente informações para a fase de pré-qualificação e apresentação de proposta de aqui-sição do controle acionário da Mafersa S/A.Entre eles, os grupos empresariais mais expres-sivos foram o Villares, o do empresário MathiasMachline e a contrutora Camargo Corrêa.

Ele reafirmou que o Banco está vendendo ocontrole acionário da Mafersa, isto é, 51% dassuas ações ordinárias. A parte restante deveráser negociada nas bolsas de valores.

O capital social da Mafersa é constituído por1(10 bilhões de ações, sendo 58,3 bilhões deordinárias e 41,7 bilhões de preferenciais. OBanco detém 100% do capital votante e 98,%%do seu capital social.

André Franco Montoro Filho explicou que,após a fase de pré-qualificação, os grupos inte-ressados terão acesso a informações detalhadassobre a situação da empresa, para posteriorapresentação de propostas de compra.

Tudo indica que a auditoria será realizadapor uma única empresa especializada, duranteum prazo de 90 dias. Ele calcula que até agosto aoperação de venda da Mafersa já deverá estarconcluída.

InvestimentosEm janeiro, as consultas realizadas sobre

pedidos de financiamentos estariam indicandouma tendência no sentido de crescimento dosinvestimentos em novos empreendimentos. Aparticipação dos financiamentos concedidos pe-Io Banco, no entanto, deverá ser relativamentemenor, do que em períodos passados, comoporcentagem dos investimentos globais previstospara cada projeto. É que, por uma resolução demaio do ano passado, o BNDES só poderáfinanciar 70% do valor total do investimento nossetores definidos como prioritários pelo seuplano de ação (química fina, microeletrônica,informática e outros). Em setores como petro-química, química e têxtil esta participação será,no máximo, da ordem de 55%. Nos demaissetores ela não poderá passar de 40%.

Brasília — O ministro da Fazenda, DilsonFunaro, encaminhou ao juiz da 5a Vara daJustiça Federal, Antônio de Souza Prudente,aviso com o parecer da Procuradora da FazendaNacional, informando que a decisão do Conse-lho Monetário Nacional de retirar do Banco doBrasil a condição de autoridade monetária esuprimindo a Conta-Movimento não altera a

estrutura do banco nem atenta contra a econo-mia popular.

O pedido de informações do juiz da 5a Varada Justiça Federal foi feito ao ministro daFazenda, com base em liminar concedida pelajuíza federal Ana Maria Pimental a uma açãopopular interposta pelo deputado ElquissonSoares (PDT-BA), logo após a decisão doConselho Monetário Nacional.

4-L BANCO CENTRAL DO BRASIL

TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAISLETRAS DO TESOURO NACIONALO BANCO CENTRAL IX) BRASIL faz saber à»Jn«t!tulyõ«financeiras e ao público em geraldos interessados, na AssociaçãoCercado AbarliP 7, 3? andar,

financeiras e ao público em geral qição Mercado Aberto IANDIMAI, localizada na Rua do Carmo

ue se encontra à disposiçãoacionai das Instituições do

no Rio de Janeiro e em seus DepartamentosRegionais^ nas demais praças, o seguinte comunicado: CO-MUNICADO DEMOB nP 575, da 06.02.86: oferta publicasemanal de LTN de 35 63 e 91 dias, nos montantes deCrS 5.000.000 milhões, Cr$ 2.500.000 milhões e CrS . . .1 100.000 milhão, respectivamente, cujas propostas serãorecebidas no dia 17.02.86, na forma e nas condições aliflststsâlâcídãSRiode Janeiro. 06 de fevereiro de 1986. .,,,„„ cDEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES COM TÍTULOS EVALORES MOBILIÁRIOS

EUA prevêem boa safra de café

Programa de irrigação vai serampliado para o resto do país

Brasília — O governo irá ampliar para oresto do país os incentivos do recém-criadoPrograma Nacional de Irrigação do Nordeste(PROINE), revelou ontem o futuro ministro daIrrigação, Vicente Fialho, atual presidente doDepartamento Nacional de Obras de Saneamco-to (DNOS). A extensão do programa de irriga-ção, que ainda está em estudos, faz parte daestratégia do presidente Sarney de "tirar o paísdo atraso completo em que se encontra atual-mente em matéria de irrigação", segundoFialho.

• Além de contribuir para a duplicação daprodução agrícola na região, o programa deirrigação do Nordeste também terá um "impor-(aole componente de reforma agrária", segundoressalta o futuro ministro da Irrigação. Dos 1milhão de hectares de terras a serem irrigados naregião, nos próximos cinco anos, 450 mil serãodesapropriados c distribuídos a camponeses semterras.

LoteamentoA intenção do governo, segundo Vicente

Fialho, é a de repartir os 450 mil hectares queirão compor a chamada irrigação pública" emlotes de cinco a 20 hectares, o que permitiriabeneficiar a mais de 50 mil camponeses, atual-mente sem terra. "Pode-se dizer que o programa

de irrigação do Nordeste também envolve umaspecto significativo de redistribuição fundia-ria", assinala Vicente Fialho.

Demonstrando muita segurança e desenvol-tura ao falar dos assuntos de sua futura pasta, oatual presidente do DNOS revela que serãocriados centros avançados de desenvolvimentotecnológico, como parte fundamental dos nú-cleos para implantação do programa de irriga-ção, que serão espalhados pelo Nordeste. Essescentros terão como principal finalidade incenti-var a instalação de projetos agroindustriais aoredor das áreas irrigadas, a exemplo do queaconteceu ao lado das terras irrigadas de Juazei-ro do Norte e Petrolina, onde foram instaladasdiversas indústrias de transformação da produ-ção agrícola. Ao todo, segundo o futuro minis-tro, serão criados 20 núcleos de irrigação degrande porte e mais 12 núcleos do porte médioou pequeno.

Embora ressalte que o decreto de criação doMinistério da Irrigação ainda esteja em fase finalde elaboração, no Palácio do Planalto, VicenteFialho confirma que, a princípio, o novo Minis-tério deverá abocanhar o DNOS, DepartamentoNacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) ea Companhia de Desenvolvimento do Vale doSão Francisco (CODEVASF).

No momento em que os preços do cafécomeçam a reagir no mercado internacional,recuperando a perda sofrida em janeiro, oDepartamento de Agricultura dos Estados Uni-dos anunciou uma estimativa otimista para asafra brasileira este ano: 16,5 milhões de sacas.Segundo a agência UPI, a previsão norte-americana baseou-se numa pesquisa de campofeita durante duas semanas por técnicos doDepartamento.

O próprio Instituto Brasileiro do Café, quevinha sendo acusado pelos exportadores de estarpraticando uma política baixista de preços aoanunciar uma safra excessivamente elevada, jáadmitiu que a quebra foi maior e que a produçãodeverá ficar entre 13 e 14 milhões de sacas. Arecuperação dos preços no mercado internacio-nal é atribuída a dois fatores: elevação do preçomínimo de registro do IBC para os embarquescm março e ameaça de cancelamento dos con-tratos dos importadores que não cumprirem osvolumes acertados.

O presidente do Centro de Comércio do

Café do Rio de Janeiro, Carlos Calmon, elogioua decisão do IBC de cancelar os contratos comos importadores, caso não cumpram as quanti-dades previstas. Ele considera os contratos des-necessários como instrumento de comercializa-ção, tendo em vista a escassez de café nomercado.

Termina amanhã, em Bocca Ratton, naFlórida, a convenção da National Coffee Asso-ciation, que reúne os principais torrefatores decafé norte-americanos. Durante a convenção,que começou dia 10, o comitê de promoção daOrganização Internacional do Café se reuniupara analisar a situação do consumo mundial. OBrasil está representado no encontro pelo dire-tor de exportação do IBC, Maurício Palmeiro.

Em Washington, o subsecretário de Estadopara assuntos econômicos dos EUA, Allen Wal-lis, disse que a sugestão do governo Reagan éque o café, cujos preços são regulados peloconvênio entre produtores e consumidores, pas-se para o mercado livre, onde os preços flutuamde acordo com a oferta e a demanda.

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Rua Aristides Lobo, 34Rio Comprido

Fone: 273-5122

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Querèncla do Norte

«OOUZJOONA ZONA FRANCA

0€ MANAUS.

CO*K* O AViAZONtó

JOGO ABERTOHOJE ÀS 12:00 HORAS

Apresentação:MAURÍCIO CIBULARES

RIO1360 KHz NESTOR ROCHA

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UM PASSO À FRENTE NA COMUNICAÇÃO

Em Bandeirante, São Miguel doOeste, Santa Catarina, a comunidadeconstruiu uma igreja.

Em Redenção do Gurguéia, Piauí, foiconstruído um núcleo decomercialização de produtos agrícolas.

Em Querência do Norte, Paraná, foiinstalada uma unidade debeneficiamento, secagem earmazenamento de arroz.

Presidente Juscelino, em MinasGerais, ganhou um Posto deResfriamento de Leite.

Hoje o FUNDEC do Banco do Brasiltem milhares de histórias de sucessocomo estas para contar, espalhadas pelointerior do País.

Atuando em núcleos comunitários de500 a 5.000 habitantes, o FUNDEC,integrado ao esforço desenvolvido pelaSecretaria Especial de AçãoComunitária — SEAC, da Presidênciada República, financia projetos deinfra-estruturas rurais com recursosprovenientes do lucro semestral doBanco do Brasil.

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Com a participação de todaa comunidade, num mutirão bonitode se ver!

O financiamento tem carência, prazolongo e juros baixos, e se destinaexclusivamente a associaçõescomunitárias, nunca a pessoas,empresas ou grupos isolados.

Pois a maior garantia de sucesso doFUNDEC está na união de todos emtorno de objetivos comuns.

FUNDECFundo de Desenvolvimento Comunitário

BANCO DO BRASIL S.A.

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Governo José Sarney

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O FUNDEC ajuda a quem se ajuda.'(("""."¦aWty*

•22 ? r caderno ? quinta-feira. 13/2/S6JORNAL DO BRASIL

ObituárioRio de Janeiro

Darcílio Aires Raunheitti, 61,de câncer pulmonar, na Casado Saúde Nossa Senhora deFátima. Fluminense, deputadofederal pelo PDS-RJ, era casa-do com Jeci Leal da Silva Rau-nhcitti, tinha um filho, Alexan-dre José, e um neto. Moravacm Nova Iguaçu, Filho de JoséRaunheitti e de Ducelília deMoura Raunheitti. nasceu emNova Iguaçu no dia 24 de abrilde 1424. Serventuário da Justi-ça, disputou uma cadeira naAssembléia Legislativa do Rioem 1%2 pela União Democrá-tica Nacional (UDN) quandoobteve a quinta suplência. Coma extinção dos partidos politi-cos em 1965 e a instauração dohipartidarismo, filiou-se àAliança Democrática Nacional(Arena). Nessa legenda ele-gcu-se deputado estadual paraa legislatura de 1971 a 1975.Era membro do diretório re-gional da Arena no Rio e foivice-líder do partido durante omandato. Foi membro das co-missões de Orçamento e deEducação e Cultura, da qualtambém foi presidente. Em1974 elegeu-se deputado fede-ral para o mandato de 1975 a1979 e nesse ano reiniciou ou-tro mandato após ser reeleitoem novembro de 1978. Com areformulação partidária em1979 e a extinção do bipartida-rismo, filiou-se ao Partido De-mocrático Social (PDS). Em1981, foi defensor da prorroga-ção dos mandatos de governa-dores, senadores e deputados edo adiamento das eleições para1986. Em 1982 foi eleito depu-tado federal pelo PDS-RJ.Crispiniano Alexandrino Pinto,77, de câncer, no Hospital Mi-

EstaValentino Guido. 73. na San-

ta Casa de Misericórdia de SãoPaulo, onde estava internadoem conseqüência de ferimentossofridos no acidente com oBoeing da VASP em Cumbicana manhã de 28 de janeiro. Oavião tentou decolar em meio anevoeiro, mas entrou por umapista secundária e chocou-secontra um barranco. Levava 70passageiros para Belo Horizon-te; 17 deles ficaram feridos.

Manoel Pontes Tanajura, 64,em São Paulo, onde iria sub-meter-se a uma cirurgia renal.Engenheiro civil, empresário,presidente da Cepel, da Pedrei-ra Aratu, da Betombras. Ca-cauicultor e pecuarista. Era umdos mais destacados desportis-tas da Bahia: presidente doconselho deliberativo do Es-porte Clube Vitória, contribuiu

guel Couto. Carioca, ex-com-batente da Marinha. Casadocom Josela dos Santos Pinto,tinha um filho. Morava na Gá-vea. Será sepultado às 9h noCemitério São João Batista.Adcéa Leal de Lima, 70, deinsuficiência cardíaca, no Hos-pitai do IASERJ. Carioca, fun-cionária pública aposentada.Viúva de Ismar Gonçalves deLima, tinha dois filhos: o dirc-tor do hospital de Oncologia,Harley Leal Schettini, e Mariada Glória; seis netos. Moravaem Copacabana.Noêmia de Alcântara Xavier,73, de infarto, em casa, Ra-mos. Carioca, viúva de Fernan-do Brasil Xavier. Tinha trêsfilhos: Dilma, José Eurico eSérgio; quatro netos.Hilda Alice Carlette do CantoCardoso, 73, de acidente vascu-lar encefálico, na Casa de Saú-de República Croácia. Cearen-se, solteira. Morava em Copa-cabaná.Alzira Machado Pinheiro, 87,de acidente vascular encefáli-co, em casa, Jacarepaguá. Ca-rioca, viúva de Joaquim Pinhei-ro de Assumpção. Tinha doisfilhos.Lucinda da Cunha Penha, 65,de traumatismo craniano. Ca-rioca, viúva de João BaptistaPenha. Tinha um filho, moravano Maracanã.Virgínia Clemente, 73, de aci-dente vascular encefálico, noHospital Salgado Filho. Cario-ca, solteira. Morava no Méier.Amália Sabóia Lima Pinto, 89,de pneumonia, no Hospital daLagoa. Baiana, viúva de JoãoAlexandre Pinto. Tinha doisfilhos, morava em Botafogo.dosde forma decisiva para a recu-peração do clube e a formaçãodo time que conquistou o títulode campeão baiano de futebolna temporada passada. Casadocom Martha Batista Tanajura,tinha quatro filhos.

Astrogildo de Oliveira, 68,de parada cardíaca, em BeloHorizonte. Padre há 45 anos,foi vigário das paróquias deVcspasiano, Moeda e Bonfim,e vigário Episcopal para a Zo-na Rural. Ultimamente, traba-lhava na pastoral da favela daPedreira Prado Lopes.

Severino Travi, 73, de cân-cer, no Hospital Pompéia, emCaxias do Sul (RS). Foi prefei-to de Canela pelo PTB de 1956a 1959. Casado com Olga Tra-vi, deixa nove filhos, 24 netos eum bisneto.

Hemocentroabasteceráhospitais

O INAMPS e a SecretariaEstadual de Saúde assinaramontem um convênio no valor deCrS 30 bilhões para a instalaçãode um hemocentro — para re-colhimento e fracionamento desangue — que funcionará noInstituto de Hematologia e seráadministrado pelo Instituto Vi-tal Brasil, que comercializará osangue, a preço de custo, paraos hospitais públicos.— Estamos devolvendo aopovo do Estado o seu sangue— disse o Secretário EduardoCosta ao assinar o convêniocom o presidente do INAMPS,Ézio Cordeiro, e o diretor doInstituto Vital Brasil, GilbertoSoares. Ele explicou que ape-nas duas empresas eram res-ponsáveis por 90% dos hemo-derivados produzidos com san-gue coletado no Estado do Rio,principalmente na Baixada Flu-minense, que eram comerciali-zados e até exportados.

Até junho, o Secretário Es-tadual Eduardo Costa esperaalcançar 12 mil doações pormês, em todo o sistema decoleta de sangue, (85% serãofracionados para a produção dehemoderivados). Além dovampirão (ônibus equipado pa-ra a coleta de sangue em praçaspúblicas), nos hospitais esta-duais Azevedo Lima, Pedro IIe Carlos Chagas haverá postosde coleta, assim como no Ia-serj, Servidores do Estado, Ins-tituto Nacional do Câncer eCardoso Fontes.

No hemocentro será concen-trado todo o sangue arrecada-do no Estado (já foram criadosem Recife, Belo Horizonte,São Paulo e Porto Alegre),feito o fracionamento e a pro-dução de homoderivados.

Garoto de 17 anos morre Potro nascecom 5 tiros e políciadiz que era assaltante

O estudante Sidnei Silveira Duarte, 17, foi morto comcinco tiros, no ponto de ônibus do terminal rodoviário ao ladoda CBTU, na Avenida Presidente Vargas, às 5h40min deontem. Segundo versão da PM, ele e mais quatro homensparticipavam do bloco do arrastão que, em grupos, saqueiapassageiros que tentam subir nos ônibus. O bloco teria tentadoassaltar, mas um passageiro matou o estudante. De acordo coma polícia, passageiro e bloco sumiram.

O pai do estudante, Valdemar Silveira Duarte, queapareceu no terminal rodoviário por volta das 9h30min, negouque o filho fosse assaltante. Contou que Sidnei estava alistadopara o serviço militar na Marinha e saiu anteontem de casa (às8h), em Higienópolis, para brincar o carnaval no centro. Tensoe emocionado, o pai não quis comentar a versão segundo a qualos disparos foram feitos por um PM à paisana.

Os PMs que estavam no local do crime contaram que oscompanheiros de Sidnei, após os disparos, fugiram sem seridentificados. Informaram que o bloco do arrastão atua sempreem pontos de ônibus congestionados, onde o saque é feito porgrupos que pressionam passageiros, arrancando-lhes carteiras ejóias.

Três corposO carpinteiro Jorge Cândido da Silva, Bodinho, 21, e o

copeiro José Carlos Barbosa, 22, conhecido como CarlinhosTesoura, foram encontrados ontem de manhã mortos a tiros, emterreno baldio próximo da rua Ministro Moreira de Abreu, naVila da Penha. Policiais da 27a DP, que registraram a ocorrên-cia, acreditam em vingança.

Próximo dali, policiais do 16" BPM encontraram o corpode um rapaz branco, morto a tiros sobre a passarela que liga asruas Ibiapina e Leopoldina Rego. De acordo com moradores,ele aparentava 17 anos, trajava short preto, camisa azul e tênis eseria o assaltante Paraibinha. Teria sido morto por um passagei-ro após tentativa de assalto a ônibus. O caso foi registrado na22a DP.

Na AboliçãoQuatro homens em um Passat branco mataram na madru-

gada de ontem, com rajadas de metralhadora, o ex-soldado daPolícia Militar Alexandre Moreira da Silva e feriram gravemen-te sua acompanhante, Maria de Fátima Conceição. O crime foina esquina da rua Mário Carpenter com avenida Suburbana, naAbolição, e os assassinos fugiram.

Alexandre, Maria de Fátima e Vilma Paz de Almeidaesperavam um amigo que os levaria a um baile de carnaval noRiver Futebol Clube, quando surgiu o carro em marchareduzida. Um homem fez os disparos que atingiram Alexandree Maria de Fátima.

com carade gente

Florianópolis — O nasci-mento de um potro com feiçõeshumanas, que morreu asfixiadologo após o parto, provocouverdadeira romaria à fazendade Valdemar Rocha, em Cavei-ras, distrito de Joinville, nortede Santa Catarina. Mais de 3mil pessoas foram ver o animal.Ontem, o veterinário FábioKochmann, da Fundação 25 deJulho, de Joinville, diagnosti-cou "anomalia

genética sim-pies" e mandou enterrar a ca-beca do potro, a princípio con-servada em formol para serenviada a um centro de pes-quisas.

O potro, nascido às 9h dedomingo, ficou exposto até àmanhã de segunda-feira,atraindo colonos e moradoresda região. Cada pessoa davauma versão diferente do quevia: muitos confundiram o po-tro com gente, outros com umcão ou um elefante. O corpoera normal e foi enterrado se-gunda. A cabeça, decepada, foilevada à Fundação.

O veterinário Kochmanndisse que a anomalia era umcaso comum de malformaçãodo crânio, oval, sem septo na-sal e com uma só narina. Elenáo sabe a que atribuir a ano-malia, mas suspeita que a mãedo animal tenha ingerido agro-tóxicos em excesso nas pasta-gens.

A cabeça continuou atraindovisitantes. Passados os festejosdo carnaval e com a divulgaçãodo fato, cerca de 200 pessoasforam visitá-la na Fundação.Muita gente pedia para que elafosse retirada do vidro de for-mol.

VICENTINA REIS ALMEIDA

t

Filhos, Irmãs, Noras, Netos, Bisnetos convi-dam para a Missa de 7o Dia que será celebradaem intenção da alma da VÓ TINTINA na Igrejada Ressurreição, Rua Francisco Otaviano, hoje,

dia 13 de fevereiro, 5a feira, às 19h.

LUIZ ANTÔNIO CORRÊA

t(MISSA DE 7° DIA)

Altamiro José Corrêa e família convidam para àMissa de 1° Dia que será celebrada amanhã,dia 14, às 8.30 horas, na IGREJA SANTOAFONSO, à Rua Major Ávila, 131.

ExteriorFrank Herbert, 65, de câncer, 1955. Liderava as vendas atual-em Tacoma (EUA). Ex- mente com Dune, ficção cientí-jornalista norte-americano, no- c. , ™ ,velista de sucesso desde que flca

recusí,da Por 3() editorasescreveu Dragon in the sea. em antes de ser publicada em 1965.

ELZA TELLESRUDGE WERNECK

tA

"NOLAÇO RIO" cumpre o dolorosodever de comunicar o falecimento desua inesquecível colaboradora D. ELZA,e convida para a Missa de 7° Dia em sua

intenção, que será celebrada 5a feira, dia 13,às 19:30h, na Igreja São José da Lagoa — Av.Borges de Medeiros — Lagoa.

TRIESTINA BOSCO CASSANOAAISSA DE 7° DIA

tUmberto

Cassano agradece as mani-festações de pesar da classe dosjornaleiros pelo falecimento de suaesposa. A Missa de 7° Dia será realiza-

da dia 13, quinta-feira, às 08h30min, naIgreja N.Sr3 de Lourdes, em Vila Izabel.

ENG° PLÍNIO CANTANHEDE(MISSA DE 7° DIA)

tOs

engenheiros diplomados em 1931 pelaEscola Politécnica do Rio de Janeiro convi-dam para a Missa de 7° Dia do seu muitoquerido colega de turma e amigo PLÍNIO,

às 11 horas de hoje, 5a feira, 13 de fevereiro de1986, na Catedral Metropolitana, Avenida Chile.

JOSÉ ROSENSVAIGTEN CEL PM DENT

tO

Gabinete Militar do Governo doEstado fará realizar no próximo dia 14de fevereiro às 10:00 horas na CapelaSanta Terezinha — Palácio Guanabara,

Cerimônia Religiosa em intenção da almado Ten Cel PM Dentista Dr. JOSÉ RO-SENSVAIG para a qual estão convidadostodos que o conheceram.

MARIA CAMPOS MENDONÇA(MANINHA)

MISSA DE 30° DIA

t

MARIO ALEXANDRE CAMPOS MENDONÇA,JOSÉ CAMPOS MENDONÇA, VICENTE DE PAU-LO CAMPOS MENDONÇA e TERTULIANA CRIS-TINA CAMPOS MENDONÇA, filhos, MARLENE

DE OLIVEIRA CAMPOS MENDONÇA e ANA WALESKAPOLLO CAMPOS MENDONÇA, noras, eJOSÉGILBER-TO SILVA, genro convidam os parentes e amigos para aMissa que em sufrágio de sua alma será celebradasexta-feira, dia 14 de fevereiro, às 11:30 horas, na Igrejada Irmandade da Santa Cruz dos Militares, na RuaPrimeiro de Março n° 36.

ENG° PLÍNIO CANTANHEDEMISSA DE 7° DIA

tO Conselho de Administração, a Diretoria Executiva e

os empregados da Petrobrás convidam para a Missade 7° Dia em memória do engenheiro PLÍNIO CANTA-

NHEDE, ex-presidente do Conselho Nacional do Petróleoe grande defensor da causa do petróleo nacional, arealizar-se hoje, quinta-feira, às 11:00 horas, na CatedralMetropolitana do Rio de Janeiro, na Av. Chile, 245.

DR. WALDYR GONÇALVES TOSTES7° DIA

tGabriella

Pellizzi Tostes, Sandra e Linneo Eduardo de Paula Machado, filhos,genros, nora e netos, Adriana e Percival da Costa Caldeira, filhos, genros enetos, Solange Tostes Graça Couto, filhos, genro, e neto, Cristina e WaldyrTostes Filho e filhos, Fernando Pellizzi Tostes, Lídia e Antônio Carlos Berardo

e filhos, Claudia Tostes e filho. Esposa, filhos, genros, nora, netos e bisnetos,agradecem as manifestações de pesar recebidas e convidam para a Missa que serárealizada, sexta-feira, dia 14, às 18:30 h na Paróquia de São José da Lagoa, Av.Borges de Medeiros, 2.735

ENG° PLÍNIO CANTANHEDEAAISSA DE SÉTIMO DIA

4- ZILDA MORAES REGO CANTANHEDE, Fi-l lhos, Netos, Nora, Genro e a Diretoria do

INSTITUTO BRASILEIRO DE PETRÓLEOconvidam parentes e amigos para a Missa de7o Dia do tão querido e inesquecível PLÍNIOREIS DE CANTANHEDE ALMEIDA, a realizar-se no dia 13/02/86, quinta-feira, às 11:00horas, no Altar-Mor da Catedral Metropolitanado Rio de Janeiro, na Av. Chile, 245.

tA Bolsa de Imóveis do Rio de Janeiro, representa-

da pelo seu Conselho Consultivo, sua Diretoria esócios — convida os colegas, amigos e admirado-

res do saudoso Conselheiro Engenheiro

PLÍNIO REISDE CANTANHEDE E ALMEIDA

para assistirem a uma Missa de 7o Dia que serácelebrada na próxima 6a feira, dia 14 de fevereiro, às11:30 horas, na Igreja Nossa Senhora do Monte doCarmo, Ordem 3a, à Rua 1o de Março s/n°.

MARIA BRAGA ACIOLI(AAERI)

tJosé

Henrique da Silva Acioli e Maria Valéria Braga Acioli agradecem asmanifestações de pesar recebidas por ocasião do falecimento de suaesposa e mãe e convidam para a Missa de 7° Dia a realizar-se amanhã, dia

14, sexta-feira, às 18:30 horas, na Igreja Santa Mõnica, à Rua José Linhares -Leblon

ENG° PLÍNIO CANTANHEDEAAISSA DE 7o DIA

tO CLUBE DE ENGENHARIA convida para a Missa

de 7o Dia de seu querido e saudoso Ex-PresidentePLÍNIO REIS DE CANTANHEDE ALMEIDA, hoje,

dia 13/02/86, às 11 horas, no Altar Mor da CatedralMetropolitana do Rio de Janeiro, Av. Chile 245.

TempoSatélite — GÓES — INPE — Cachoeira Paulista. SP, 12-02-86 18h,

A frente fria que está sobre o Rio mantém encobertoc com chuvas a região Sudeste. A temperatura continuarádeclinando, influenciada pela massa de ar polar quepenetra nessa região. Do restante do país, as regiões Nortec Centro Oeste continuam com chuvas isoladas, enquantono Sul e litoral do Nordeste o tempo varia de claro anublado com pancadas esparsas.

No Rio e em Niterói

Encoberto sujeito a pancadas dechuvas ocasionais e trovoadasisoladas, apresentando períodosde melhoria: Temperatura emdeclínio. Visibilidade boa. Máx:32.2, em Realengo, min. 21 .f>, noAlto da Boa Vista.

Precipitação das chuvas cm mm

Últimas 24 horasAc u mu !;ula no mêsNormal mensalAcumulada no anoNormal anual

21.072.8

1.17.1)110.0

1(175.8

O Sol

O Mar

Rio

Angra

CaboFrio

Nascerá àsOcasoàs

1'rcamar

05h43raln/l;2rn|17h55min/l.3m

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05h59min/1.0mI7h54min/l,lrà

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Baixa-

12hl(lrnin/0.5m<Xlh5nmiii/ü.5nJ13h22min/tP.5r

I2hl5min/0.3ri00h56ntln/0.2nf

0 Salvamar informa que õ mar esta calmo.com águas a 22 graus, correndo de leste parasul. Banhos liberados.

A Lua

ü EiNovade hoje até 15/2

Minguante04/03

Crescente16':

Cheia24/2

Nos Estados

AMAP:PA:MÁ:PI:CE:RNPB:PE:Al.:SE:BA:ES:MGDF:SP:PR:SC:RS:AC:RO:GO:MT:MS:

Condições

nubladoene a nuhenc c/chvsene a nuhnub c/chuvasene a nubnubnubnubnubnubnuhnubnubnubencnubnubnubnubencencencencnub

30.823.02S.027.4

30.1

29 430.5

30.024.232.129.827.026.023.8

31.233.031.7

Min.

22.122621.022.1

21.1

21.822.822.624.124.124.719.817.720.017.121.818.622.4

19.023.820.8

No Mundo

AmsterdãAssunçãoAtenasBerlimBogotáBruxelasBuenos AiresClinicasGuntcmalaLa PazLimaLisboaLondresMadriMéxicoMiamiMontevidéuNova IorquePanamáParisQuiloUoniaSantiagoTóquioVienaWashington

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ANTÔNIO LAGES DA CUNHAMISSA DE 7° DIA

tNair,

Rosalina e filhos, Rosalia e Raulino efilhos, Rosamelia e Luiz Antônio e filhosconvidam para a Missa de seu queridoesposo, pai, sogro e avô a ser celebrada

sexta-feira, dia 14, às 9:00 horas na Igreja SãoJosé da Lagoa, Av, Borges de Medeiros, 2735.

DR. WALDYR GONÇALVES TOSTES7° DIA

Maria Aparecida e Guilherme Cardoso efamília, Heloísa Tostes e família, irmã,cunhado, cunhada e sobrinhos, convidampara a Missa que será realizada sexta-dia 14, às 18:30 h, na Paróquia de São

José da Lagoa, Av. Borges de Medeiros 2.735

tfeira

DR. WALDYR GONÇALVES TOSTES7° DIA

tAloysio

e Chiquita Novis, Alberto e Mary Pucheu,Carlos e Irene Murta, Mano e Gigi Goulart, Olavo eLúcia De Cordis, Paulo e Beatriz Bojunga, Lila Vidal,Maria Julia Botelho e Manlu Góes, amigos dosaudoso WALDYR, convidam para a Missa que será

realizada sexta-feira, dia 14, as 18'30h, na Paroquia de SãoJosé da Lagoa, Av. Borges de Medeiros. 2.735

VIRGILIA CATALDO DA CUNHA(Viúva Gen. EDMUNDO GASTÃO DA CUNHA)

(MISSA DE 7° DIA)

tSeus

Filhos MARIA HELENA DA CUNHA. OTILIA eALMERIO DINIZ, Cunhada GEORGINA GRUNE-WALD DA CUNHA. Netos e Bisnetos agradecem asmanifestações de pesar e carinho recebidas porocasião de seu falecimento e convidam para Missa

de 7° Dia a ser celebrada às 12:00 horas, de Sexta Feira,Dia 14 de Fevereiro, na Igreja de São José, Av. Pres.Antônio Carlos, esquina da Rua São José

fIVO HENRIQUE REBOUÇAS

DO ESPÍRITO SANTOUM MÊS DE SAUDADES

Sus família convida parente? e amigos para a Missa em suamemória, a ser celebrada no dia 13 de fevereiro. 5" feira, às18 30 h. na Igreja de S. José. Av Borges de Medeiros. Lagoa

MARIA CAROLINA DESOUSA NUNES

(FALECIMENTO)

tA

família de MARIA CAROLINA DESOUSA NUNES, consternada, comu-nica seu falecimento e convida ami-gos e demais parentes para o seu

sepultamento a realizar-se hoje, às 15:00horas, no Cemitério São Francisco Xavier.saindo o féretro da Capela C.

JORNAL DO BRASIL Turfe Esportes quinta-feira, 13/2/86 o 1" caderno n 23

HOJE NA GÁVEAI» r/lREO - As IMOmin 1300 metros - Rpcnrde 7Ss IBARffR e VELADO) — Dntaçáo CrS 11.000 000 Potrancas dft 3 anos, sem mais de uma vitoria «o Rio e

em Sito Paulo — Pesns da tabela (I), com descarna

I--1 Be Griorl S6 1'tRicardt, 460 AMoialK 3-2 0102 J" S Tiank^iving 13 AL 8h3 1.70 iRicard»2- Makain S6 irPueiial™ 402 W.P.Lavoi 6-4-6 1201 l°-9 ialunmss 12 AU Í6s2 3.20 I Píilirj P

Oiurhe Lniaini 56 3 C lavor 46 W.P.tavOI 0-u-l 0501 i"-5 Slcnunl U AP S8sl 3.20 C lavar3 üesi Bnl 56 5 li,Reis 405 AP Silva 2-1-2 3001 3"-7 !. In Rerwmb 13NL8li3 6.00 G f Almeida'.- Domba 56 2MM(lrileiro 412 01 ferreira 5-4-1 3001 5"-7 1 Io temem». I3N18H3 13,80 I Pereira f*

2° PARf.0 — As 20ti00min - 1300 metros - Recorde 78s IBARIIR e VELADO) — Dotagjr) CiS I 000 000Éguas nacionais de 4 anos, sem vitoria no Rio e em São Pauto — Pesos da tabela II!

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4.60 I Pinta3.90 cr Almeida5,70 d Almeida

29.30 RMnanda

1" PARLO - As 20ft30min — 1 100 melros — Recorde 6bs4 IBARURI — Colação CrS 11 000 000 — Poliancas nacionais de 3 anos. sem vitória no Rio e im SSoPaulo — Pesos da tabela (I)

1' PÁREO OA DUPLA EXAIA E INÍCIO 00 CONCURSO 01 7 PONTOS

1_| Haypttoní 56 3 GGiiimaiâes 375 GLferreira 2-8-2 03/02 2°-ll Helensville I I NP ÍOsl 2 60 GGuimarães•• Ca.ui 56 7 IFreire 353 G.lFnieira 3-1-5 0302 3M1 Helensville 11 NP 70sl 2.60 IFreire

2-3 Ouelle (inale 56 < A.Mactiado P 408 F.RCiuí >-<-u 18701 4». 9 Oomba 1.1 Al 69sl 11.50 AMachado P'3 Miss lati 56 2 (Malta 452 FAbreu 2-2-u 12 01 8o- 9 Makana 1 2 AU )6s2 3.40 IMalla

3_i4 Ventisca 56 6 li Garcia 402 H.Tobias 9-5-6 06 02 2o- 6 1'Hennette 1 1 NI 68s4 6,10 J; Garcia,5 So Fiber 56 8 R.Silva 412 JA Limeira 2-U-7 27/01 5"- 6 Zalumoss 1 1 NL 69s 16.60 RSilva

4-,6 (lera Prateada 56 l CA Martins 400 JB Silva <-<-< 13/10 9°- 9 Heabelle 10 GL 58sl 16.00 (Pinto7 Piaçoca 56 S A.Soura 387 A.V Neves x-x-u 12-01 9o- 9 Makana -ai- 12 AU 76s2 64.90 M.Monteiro

I i — — ¦ ¦— '¦ ¦—- ' ¦"¦ ¦'¦—' ' ¦"" " '" '

4" PAJífO — As 2!h00mm — 1.100 metros — Recorde; 65s4 (BARTERI — Colação Cri 1000 000 — 1RIEXATA Cavalos nacionais de 4 anos. sem vitória no Rio tem SSo Paulo — Pesos da tabela (I)

1 -1| Eme let 57 6 E. Barbosa Ap 1 475 0. Guienoni 1-3-2 06'02 2°- 9 Marvell 1 1 NI 69s4 1.70 t. Baibosa2—2 Evilak 5/ 2 I. Lanes 422 P. Salas l-4-u 30/01 4°-10 Teatrólojo 1 2 NI 75sl 35.10 I. lanes

'3 Canbéu 57 7 A. Souza 415 A. V. Neves 6-3-6 09/11 7°- 8 Goren 1.4 Gl 85sl 16.40 E. R. Peneira3-U Eoisode Sii 57 5 I, F. Reis 450 M. Niclevisk 3-8-2 06/02 7'- 9 Marvell 1.1 NI 69s4 3.40 I. F. Reis

•5 Heavens Land 57 3 I Brasiliense Esl A. Otmioli 2-7-3 11/11 4»- 7 Teatrólogo IRSI 1 3 NL 80s2 7.70 A. F. Silveira4-*í Fanatos 57 4 l, A Alves Ap.4 422 A. Ricaido U-ll-U 23/01 5o- 7 Vou Biss 1.1 NI 69s 28.00 L. A. Alves

,7 Fleet Poli 57 1 C. Pensabem 446 S. França u-u-7 06/02 9o- 9 Marvell -ai- 1.1 NI 69s4 48.40 C. Pensatum

5" PÁREO — As 21h30min — 1 200 melros — Recorde: 72sl (PORIER) — Oolacío: CrS 6 000 000 - Cavalos nacionais de 5 anos e mais. ganhadores atéCrS 4 500000 em Io lugar no Pais -- Peso. 58 quilos, com descarga

I-.-I Hanger laik 58 4 I, B Fonseca 482 F. R, Crui 6-6-2 30/01 2o- 6 Tulum 1.1 NL 69s 6,30 A. Sou»2-f-2 Peito Ro.o 58 2 M. A. Nunes 426 M Niclevisk 2-7-7 02/02 4»- 9 El Duda 1.4 AL 88s3 6.60 I. Ouenoi3-Í-3 Sollermo 58 1 I Ricardo 441 P. Morgado 6-3-5 20/01 7»-10 (Oreis 1,2 AL 75s4 2.30 I. Ricardo'

I i )an )an 58 6 R. Macedo 441 S. M Almeida 7-4-8 30/09 6»- 6 Engin 13 NP 85s4 9.50 C. Lavor4-I5 Rico Ricardo 58 5 C. Pensabem 463 S. (rança 4-4-6 30/01 5»- 6 tulum -ai- 1.1 NI 69s 13.90 C. Pensabem

' 6 Crui Australis 58 3 A Soma 456 G. Feijó 3-4-3 05/01 8o- 8 Apoueado -ai- 1.3 AP 80s 16,60 A. Souia

6' PÁREO — Ás 22ti00mm — 1.100 melros — Recorde: 65s4 IBÁR1ERI — DolaçSO: CrS 11 000000 Potros nacionais de 3 anos. sem vitória no Rio e em Sao Paulo— Pesos da tabela II). com descaiga — 2o PÁREO OA OUPLA EXAIA

1—1 Motor light 56 2 J Freire 406 I.C.Marchant 1-1-6 30/01 6o- 9 Ma Moon 1.2 NL 75sl 3.70 J.Fieite: 2 Maior Edu 56 6 C. lavor Esl J B.Silva EST EStREANTE

2-13 MPuite 56 7 GGuimaiâes 445 O.IM, Dias 6-0-6 03/02 3o- 6 Hall Insb 1.1 NL TOs 11,90 G. Guimarães' 4 Manalti 56 8 |.F. Reis 457 V. Nabid x-3-8 30/01 5o- 9 Ma-Moon 1.2 NI 75sl 9,50 I.F.Reis

3-L5 Howland 56 1 li Garcia 472 H. Tobias <-7-4 30-01 7" 9 Ma-Moon 1.2 NL 75sl 6.00 W. Gooçalves• 6 Mallarmé 56 4 [. Marinho 422 G. Ulloa >-*-i 23/01 7°-9 Imprinl 1.1 NI 68s4 49.90 E. Marinho

4-^7 Orteo-Negro 56 3 R. Silva 420 G.A. FeijO 9-6-9 23701 9o- 9 Impnnt 1.1 NL 68s4 30.30 F. Pereira P,8Vilogiad 52 5 E. Ferreira 435 C. Rosa x-i-i 07/12 IO°-IO (ene 1.0 GM 59sl 23.40 M. Nascimento

7' PÁREO — As 22h30min — 1 100 metros — Recorde: 65s4 (BARtER) — Dotação CrS 5600000. Animais nacionais de 6 anos e mais, ganhadoies atéCrS 8.400.000 em 1° lugar 00 País — Peso: 58 quilos, com descaiga

1-rl Cbns Squire 58 6 G. Guimarães 450 A. lavor 4-2-1 11/01 2°-6 Ulan Battor 1.5 AU 95s2 3.50 W. Guimarães

2-2 Momenlosa 56 2 I. Ricardo 407 M. Niclevisk 1-2-5 01/02 2°-6 Bordarela 1 AL 68s4 4.30 I, Ricardo

3I3 Príncipe Glorioso 57 3 M Andrade 457 A, Coirea 1-1-1 06/01 6»-6 tpilobio 1.1 NP 69sl 2,20 M, Andiade'4

Erro 58' 4 E, Ferreira 423 I. Santos 4-6-3 03/02 l°-7 talai 1.1 NI 70s 6,60 R. Oliveira

4—5 Pongó 58 1 l. A. Alves Ap 4 430 0. Fernandes Ir 4-4-3 01/02 3"-6 Bordarela 1.1 AL 68s4 7,40 E. S. Rodnjues' 6 Joana fill 56 5 1. F. Reis 436 0. M Fernandes u-u-1 27/01 8°-8 Sonho Meu 1.3 NI 83s 29,10 I. C. Castillo

8" PÁREO — As 23h00nun -1 600 melros — Recorde: 97s IMaiqms e Champagne Bisquil) — Oolação: CiS 7.000.000 Cavalos nacionais de 4 anos. sem mais de 2vitorias no Rio e em Sào Paulo — Pesos da tabela (I), com descarga

lo-l Atlantic City 57 I Ricardo 460 R. Nahíd 3-0-5 26/01 l°-5 Pairy 1.5 AL 95sl 1.30 G.F. Almeida, 2 Hellporto 57 G Guimarães 400 A. Lavor 1-4-5 06/01 l"-5 luca Amigo 16 NP I03s3 6.00 G. Guimarães

2-T-3 Connie 57 I.F. Reis 450 G. Ulloa 2-1-c 27/01 2°-3 Xara's Conde 1.6 NI 101s4 2.40 I.F. Reis

I 4 Aba-taiga 57 M. Ferreira 414 II. Tavares 4-3-u 01/02 l°-9 Anllbio I 5 AL 95s2 15.10 M. Ferreira3I5 Oat Grass 57 C Lavoi 474 O.F. Baslos 2-1-2 13/01 3'-7 Gieal Hoise 1.6 NI 103sl 3,00 C. Lavor

' 6 Gogol 57 A Machado P 450 F. Madalena 9-2-u 23/01 l"-9 Sueno 1.3 NL 81sl 6.40 C. Bitencurt

i—1 The Word 57 I, Malla 415 L. Acufia 7-u-2 04/01 4°-7 Ardoroso 1.6 AL lOls 1.10 I. Ricardo' 8 Slnling Moss 53 AL. Sampaio Ap 4 450 LGF. Ulloa 3-4-2 12/01 5°-U lubango 1 2 AU 75s2 3.00 I. Malla• 9 Jade Idol 57 LS, Santos Ap. 4 450 I D. Moreira u-4-4 27/01 l°-8 Hastll 1.3 NI 83s 5.00 15. Santos

9a PÁREO — Ás 23h30m — 1200 melros — Recorde: 72sl (PORIER) — Dotação: Cr$ 6 000 000 OUPLA EXATA Animais nacionais de 5 anos e mais, ganhadoies aléCiS 3.000000 em 1» lugar no Pais — Peso: 58 quilos, com descarga — 3° PÁREO DA DUPLA EXATA

Ir-1 Hartito 57 4 J Ricardo 450 V.Nahid 1-5-2 03/02 2o- 6 Vellow üghl-al 1.1 NL 68s2 3,60 I Ricardo3 2 Snow Conslelalion 57 8 M Andrade 404 EPCoulmho 7-5-5 25/01 4». 9 leão de Veoeia 1.3 Al 82s3 20,20 Manes

2—3 Calypso 58 5 ASoiua 396 AV Neves 2-2-2 12/01 5°- 6 Nivolo 1.1 AU /Os 1,90 I.Ricardo. 4 Amarela 56 9 LA Alves Ap 400 A.Oiciuoli 5-5-4 30/01 2°- 5 Minha Lúcia 13 NL 84s 6.50 e.Barbosa

j'r-5 Estuário 58 1 EMarinho 470 G.UIloa 4-5-4 03/02 4D- 6 Vellow llght-al 1,1 NL 68s2 7,90 E.Marinho; 6 Fulamla 56 3 O.F.Graça EslGFei|0 u-3-u 11/01 Io- 4 Istambul (MG) 1.2 AM 79s4 1.00 MG.Santost-7 tio Tulfy 58 6 1 Lanes 406 P.Salas 5-2-4 09/12 5o- 6 Quinsy IRSI 1.3 NI 81s 4.20 S Melo• 8 Und so Weiller 55 7 E Ferreira 413 1 Santos 8-6-2 21/10 IO°-10 Dontela Gaúcha 1.3 NU 83s4 4,60 G F Almeida

9 Vestibular 58 2A L.Sampaio ap 4 462 W Pedeisen 5-U-6 19/01 7o- 7 Gajo 1 Al 82s 13.20 M Andrade

INDICAÇÕES Mauro de Faria

1" páreo — Makaria • Be Good • Best Bet —Vamos ficar com a argentina Makaria quemostrou muitos progressos em sua recente vitó-ria. Be Good pode derrotá-la sem surpresa. BestBct estaria melhor em distância mais curta.2" páreo — Princess Paula • Celda • Pretexta— A última apresentação de Princess Paula nãovaleu. Deve ganhar agora. Celda mostrou me-lhoras. Pretexta larga por uma baliza ruim.Mesmo assim, náo deve ser abandonada nasapostas.3" páreo — Mlss Tati • Quelle Finale • Caxiri-4 Miss Tati reapareceu muito acima do pesonormal c fracassu. Mais aguerrida e preparada,deve vencer com autoridade. Quelle Finalecorreu bem em sua estréia. Caxiri tem chance.4'' páreo — Epic Jet • Kpisode Six • Evilak —Epic Jet vem de perder corrida nos últimosinstantes e agora não deverá ser derrotado.Episode Six vai à reabilitação. Será prejudicadoem caso de vantagem pela cerca externa poisnáo é muito "bom de boca". Evilak mostrouphrgrcssos.5" páreo — Hanger Lark • Solferino • PeitoRoxo — Prova difícil. A força. Hanger Lark, éum animal atropelador. A grade de fora o

prejudica. Solferino vem correndo pouco masvai com Ricardo e é ligeiro. Peito Roxo e JanJan, cm turma mais fraca e excelente lameiro,também aparecem com possibilidades.6o páreo — Mariatti • Motor Light • MajorEdu — Largando por fora, Mariatti talvez possavencer. Motor Light é muito veloz. Major Eduestréia bem preparado.T páreo — Chris Squire • Príncipe Glorioso-

• Momentosa — Chris Squire atravessa ótimafase sendo o melhor nome da carreira. PríncipeGlorioso é baleado. Estando firme, tem chancede derrotar nosso escolhido. Momentosa vaiatropelar.8o páreo — The Word • Connie • Atlantic Ci-ty — Sempre muito apostado, na última apre-sentaçáo. The Word não rendeu o máximo.Connie perdeu por pequena diferença e será umrival perigoso na carreira. Atlantic City, emboracorra menos na areia, não deve ser esquecido.9o páreo — Hartito • Snow Constelati-on • UndSoWeitter—Mais aguerrido, Hartitodificilmente será derrotado. Snow Constelationcorre bem na pesada. Und So Weitter podesurpreender.

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Jogos de Seul podem terprofissionais, aumentandoa chance dos brasileiros

Lausane, Suíça — As chances do Brasil de conquistaruma medalha de ouro no futebol nos Jogos Olímpicos de Seul,em 1988, podem aumentar muito. O presidente do ComitêOlímpico Internacional (COI), Juan Antônio Samaranch,anunciou ontem uma proposta de reforma da Carta Olímpica,visando a permitir a participação de atletas profissionais nosJogos.

A proposta vai ser examinada c votada pelos 91 membrosdo COI em asscmbléia-geral marcada para outubro e, seaprovada, entrará em vigor a partir dos Jogos de Inverno de88, no Canadá, dando "a todos os atletas igualdade deoportunidades", segundo Samaranch.

— Para nós, não há diferença entre um profissional c umatleta do Estado — disse ele, referindo-se ao sistema depromoção oficial do esporte vigente nos países socialistas.

Sc houver a reforma, a única condição para participaçãode um atleta nos Jogos será sua aprovação pela federaçãointernacional do esporte correspondente. Samaranch citounominalmente o futebol, o tênis e o hóquei sobre patins comoesportes que seriam beneficiados pelo concurso de profissio-nais nos Jogos.

Ritmo lento de mediçãodos barcos pode atrasaro Mundial de iatismo

Os 54 barcos que já estão no Brasil para o início do PepsiWorld Cup (Campeonato Mundial da classe Flying Dutchman)começaram a ser medidos na manhã de ontem, no Iate Clube doRio de Janeiro, sob a supervisão do presidente da Comissão deMedição, Clé Jeltes. No primeiro dia de medições, só foramchecados 15 bar:os, o que pode provocar um atraso noprograma oficial da competição, que determina a primeiraregata para domingo, com largada às 14h3()min.

Todos os 108 iatistas mais alguns técnicos já estão no Rio.A maioria chegou há 10 dias para aproveitar o carnaval. Entreos que foram aos bailes e ao desfile das escolas de sambaestavam os italianos e o atual campeão mundial, JoergenSchoenherr, da Dinamarca. Mas os treinos não foram esqueci-dos. Vários iatistas estiveram em Búzios para aproveitar osfortes ventos da região, próprios para o barco da classe flyingdutchman, que se caracteriza pela alta velocidade, exigindomuita experiência, excelente técnica, conhecimentos táticos eum ótimo preparo físico do prociro e do timoneiro, únicostripulantes do barco.

O Brasil concorrerá com quatro barcos. Entre os que têmchances de uma boa colocação estão as duplas Alan Adlcr eMarcus Temke e Reinald Conrad e Christophcr Bcrgamann.Conrad volta neste mundial a competir pela classe que abando-nou há 10 anos após ter conquistado duas medalhas de bronzenas olimpíadas do México, em 68, e do Canadá, em 76. Adlcr cTemke também aparecem com um bom retrospecto. Ficaramcom o 6" lugar na Olimpíada de Los Angeles. 7" lugar no últimomundial, realizado na Itália, e uma ótima apresentação nomundial de 73, ano em que começaram a velejar juntos,vencendo as duas primeiras regatas mas foram desclassificados

por saírem escapados na terceira. As outras duas duplasbrasileira sáo Lauro Wollner e Daniel Wilcox e Adriano Bastose Renato Rodrigues.

FUTEBOL E NA TUFA MELHOR EQUIPE ESPOSTIVAPoalcey CamargoEdson Mauro

'- .>¦/...—;.

Sérgio NoronhaKleber LeiteRonaldo Castro

Amanhã às 14:00hCobertura total,Direto da CBF:

Convocação dos jogadoresda seleção brasileira.

SUPER.RÁDIO]TUPI

1280 KHz

Jorjão pedereforços emrelatório

Sii na próxima semana c queo técnico Jorge de Barros deve-rá reunir-se com os dirigentesdo Bradesco para definir o fu-turo da equipe masculina devôlei do clube. O treinador,que descansa após o términodo Brasileiro, entregará um rc-latório sobre a temporada de85, no qual indicará reforços c,possivelmente, o nome dos jo-gadores dispensáveis.

— Como ainda náo conver-sei com o elenco e náo queroferir ninguém, fazendo críticasou elogios pela imprensa, prefi-ro náo adiantar nada do quevou dizer.

Embora Jorjão não revelas-se nada, é certo que o Bradescovai atrás de um jogador demeio de rede. Segundo o dirc-tor de esporte do clube, Bebetode Freitas, é esta a posiçãomais carente, o que ficou clarona partida decisiva contra oMinas.

O compromisso de Jorge deBarros com o Bradesco termi-nou após o Brasileiro. Ele pre-tende continuar no clube e istoentrará na pauta das conversascom Bebeto de Freitas.

MINAS SEM CONVERSA

Com a maioria dos jogado-res cm férias, a diretoria doMinas ainda náo iniciou as ne-gociações com os bieampeõesbrasileiros. Os dirigentes estãocom pressa, pois temem o asse-dio de outros clubes que que-rem se fortalecer com os joga-dores mineiros.

O coreano Young WanSohn, um dos cotados parasubstituir José Carlos Brunorona Seleção Brasileira, até on-tem não recebera nenhum con-vite da CBV. O treinador man-tém o compromisso de conver-sar primeiro com os dirigentesdo Minas antes de tomar qual-quer decisão.

VÔLEI DE PRAIA

O americano Pat Powers,considerado o melhor jogadorda Olimpíada de Los Angeles,será uma das atrações do Hol-lywood de Vôlei de Praia, mar-cado para sábado, em Santos.Estào confirmados no torneio,que reúne duplas, três outrosjogadores dos Estados Unidos:Sinjin Smith, Linda Robertsonc Nina Mathies. Participamtambém os brasileiros Bada-lhoca. William. Renan, Monta-naro, Regina Uchoa e Roseli.

PIRELLI NA ALEMANHA

A equipe masculina da Pirei-li disputará uma partida na ci-dade alemã ocidental de Pader-bom, contra o vice-campeão devôlei da Alemanha Ocidental,o VBC. O amistoso está marca-do para 7 de maio.

Brasileirasderrotamamericanas

Boca Raton, EUA — Duasvitórias e uma derrota de joga-dores brasileiros no TorneioInternacional de Tênis de BocaRaton, na Flórida. Os bonsresultados foram obtidos porduas tenistas: Patrícia Medra-do, baiana, que marcou, comfacilidade, 6/3 e 6/3 sobre aamericana Leigh Thompson; eCláudia Monteiro, paulista,que derrotou Lisa Bonder, dosEstados Unidos, e que eraapontada favorita da partida,por 1/6. 6/4 e 2/0. A americanaabandonou o jogo, no início doterceiro set, com fortes doresno estômago.

A derrota ficou por conta deCarlos Alberto Kirmayr. De-pois de um bom começo, cmque marcou I a 0. o brasileironáo resistiu ao tênis forte doexperiente Jimmy Árias, dosEstados Unidos, e perdeu por6/2 e 6/2. No setor masculino, agrande surpresa foi a vitória dochileno Ricardo Acuna sobre oamericano Paul Annacone, umdos favoritos da competição,por 6/4 e 7/5.

BRASILEIROS NANIGÉRIA

Os dois brasileiros quedisputam o Torneio de Tênisde Benin City passaram comcerta facilidade à segunda ro-dada da competição, que temprêmios de 75 mil dólares —quase CrS 1 bilhão. Luiz Mal-tar venceu o tcheco Josef Cihakpor 6/2 e 6/3. Já Dácio Camposderrotou o americano AndrcvDickson por 6/4 e 6/4.FAVORITOSELIMINADOS

Os dois favoritos da CopaVat 69 foram eliminados ontemna terceira etapa do circuito,disputado na cidade paulista dePiracicaba. O brasileiro IvanKlcy. vencedor em RibeirãoPreto, foi derrotado por Edval-do Oliveira por 6/4 e.6/4 Oargentino Christian Miniussi.por sua vez, perdeu para P;in-choal Penetta. do Brasil, por1/6. 6/2 e 6 4.

Bola DivididaGANHAR

o carnaval é sempre bom, maspara a Mangueira, acima de tudo, era im-

portante poder devolver a ofensa daquele novolugar do ano passado, que um júri injusto come-teu contra ela. E isso a Escola conseguiu na noitede segunda-feira, num desfile irrepreensível queempolgou toda a avenida c mereceu a preferênciado povão.

Quem conhece a Mangueira sabia que ela,ferida em seu orgulho, viria para arrasar. Erafácil de ver. Na concentrarão a gente já sentiapulsando a força e o coração do morro. As alasiam encontrando facilmente o seu lugar, os carrosse movimentavam sem problemas e cm todoshavia uma só determinação: que Jamelão come-çasse a cantar o samba, a bateria explodisse e aEscola entrasse de uma vez na passarela paramostrar toda a sua vontade.

Neste clima a Mangueira é irresistível. Ecompreensível. A Mangueira c, basicamente,uma escola de morro. Suas pastoras, passistas critmistas vivem a seu lado o ano todo. A Escolafaz parte de sua vida. é o seu ponto de encontro,a sua área de lazer. Lá o maneueirense namora,casa, cria filhos. Assim, a gente do morro tem aMangueira como uma coisa sua e a ela devota ocarinho e o amor que um torcedor tem pelo seuclube. No carnaval, não é apenas um samba: éuma camisa, uma bandeira sagrada que o morrovai defender nos desfiles da avenida.

E quando tentam atingir a dignidade dessabandeira, com uma colocação fora de suas tradi-ções, o mangueirense não perdoa e não esquece.Por isso, cada mangueirense tinha feito dessedesfile um caso pessoal. Cada um queria suaforra, sua vingança, há um ano atravessada nagarganta. Em 84, o ator Milton Gonçalves nahora da Escola entrar na avenida, leu umaexortação que teve o efeito de clarins de comba-te. Arrepiou todo mundo, emocionou às lágri-mas. E foi aquele desfile.

Desta vez não foi preciso. A Mangueira jáestava mordida. A gente sentia conversando comNeuma ou Zica, sentia na tranqüila determinaçãode Mocinha ou na revolta de Lilico. Bastava falarcom Jair, com Ximbico, com Ivo, autor dosamba, ou com Julinho, que varou as noites nobarracão ajeitando os carros do desfile. Comqualquer mangueirense. A garra era a mesma emtodos.

O desfile de segunda-feira devolveu o insul-to e deixou toda a Mangueira feliz. O seu desfileFoi triunfal e consagrador. Assim entendeu opovo das arquibancadas de Marquês de Sapucaí.escolhendo a Mangueira como a melhor de todasas Escolas.

E ontem, o júri, seguindo a voz suprema dopovo, oficializou a vitória magnífica, uma vitóriaarrancada do fundo do coração de todo manguei-rense.

A alegria que não ganho com o Botafogo,ganho de sobra com a Mangueira.

Histórias — Sem um carnaval próprio, mar-cante, como o dos baianos, que têm seu trioelétrico, os pernambucanos com seu frevos, osbumba-meu-boi, xaxados, baiões que se dançampelo Nordeste, os paulistas optaram pelo sambacarioca e tentam, com louvável esforço, promo-ver os seus desfiles. Eles não têm, nem podiamter, aquele tempero certo do samba. Em vez dospés, usam mais as mãos. Mas dá para os gastos delá.

Assim, se nos parece muita pretensão ospaulistas afirmarem que

"o carnaval de Sáo Paulonão fica nada a dever ao do Rio", c lambem umamaldade dizer-se que

"o carnaval começa naMarquês de Sapucaí e termina na avenida Tira-dentes."

Ou seja: nasce aqui e morre lá.

Sandra Moreyra

Bangu poupará Marinho eMoisés tem duas dúvidaspara escalação do time

Na reapresentação dos jogadores do Bangu, ontem à tardeno estádio de Moça Bonita, permaneceram duas dúvidas sobre otime que domingo estréia contra a Portuguesa pela Taça Guanaba-ra: Perivaldo e Márcio estão sem contrato e os reservas Velto eBaby estão contundidos.

Moisés marcou para hoje um treino coletivo, quando esperadefinir o time que já náo conta com Marinho, que será poupadodo jogo. O meio-campo será formado por quatro jogadores:isracl, Mário, Tobi c Arturzinho, ficando corno atacantes fixosFernando Macaé e Ado. E Moisés acredita, confia na vitória c atéarrisca um resultado:

O Bangu vai ganhar fácil da Portuguesa. O time foi muitobem nos amistosos e acho difícil perder ou empatar domingo.

Para o time da Portuguesa, está reservado uma surpresa emMoça Bonita. E que, durante as ferias dos jogadores, o gramadofoi alterado nas suas dimensões, e passou de 73m x I05m para 7Xmx Il8m, praticamente igualando-se ao Maracanã. Com isso.Moisés acredita que o Bangu dificilmente enfrentará dificuldadescontra times com retranca.

Agora não vamos passar mais sufoco com times peque-nos. Será indiferente jogar contra eles aqui ou no Maracanã. Anossa desculpa por insucesso terá ser outra.

O Bangu, que contratou Tobi e Márcio para a TaçaGuanabara, ainda pensa em reforçar o time com um centroavante.que pode ser Silva, que está na reserva do Grêmio. Moisés gostado estilo do jogador, e diz:

A nossa preferência continua sendo Ricardo, do Paulistade Jundiaí. Silva é a segunda opção.

Lopes define a escalaçãodoVasconojogo-treinode amanhã com Bonsucesso

O Vasco foi o time que melhor se preparou para o Campeo-nato Estadual. Além do confinamento durante três semanas emValença, treinou nos dias de Carnaval e nem a forte chuva deontem à tarde, responsável pelo cancelamento da atividade damaioria dos clubes cariocas, foi capa/ de arrefecer o ânimo danova equipe: com as atenções voltadas para o resultado queapontou a Mangueira campeã do Carnaval, os jogadores seexercitaram no ginásio de São Januário

Apesar de tanto exercício, o técnico Antônio Lopes aindanáo tem o time definido para a estréia com o Goitacás, domingo,em Sáo Januário. A defesa está remodelada com a contratação dePaulo Roberto e Moroni c a profissionalização de Lira. Mas oremanescente do setor no ano passado. Fernando, está semcontrato e ameaça náo jogar.

No meio-campo. o problema de Lopes é parecido. Vítorainda não renovou, mas concorda em atuar sob seguro. A escolhado segundo homem de meio-campo e que ainda não está definida.O técnico vai fazer a última observação no jogo-treino com oBonsucesso, amanhã, para decidi) m' escala Gersinho ou Josenil-lon. Mais na frente o ex júnior Ma/inho parece lei conquistado avaga definitivamente.

As caras novas param por ,u No ataque, a torcida poderárever a foimação responsável pelo melhor desempenho do timeano passado: Mauríeinho. Roberto e Romano

eçao deve ir EEm telex enviado ontem pa-

ra a CBF, a Federação clã Ale-manha Ocidental descartaqualquer possibilidade de can-colar o amistoso marcado con-ira o Brasil, dia 12 de março,em Frankfurt, e também nãoadmite adiá-lo para o fim destemesmo mês, conforme pediu aentidade brasileira. I IcrmannNeuherger, presidente da Fe-derãção Alemã, afirma que jáestá tudo pronto para receberos brasileiros e explica que aSeleção Alemã "disporá ape-nas de dois dias para treinar",quebrando assim um dos argu-mentos da CBF para adiar apartida — o de que a SeleçãoBrasileira treinará apenas dezdias antes de viajar para Eu-ropa.

Assim, não restou outra ai-tentativa ao presidente daCBF, Otávio Pinto Guimarães,a não ser convocar uma reu-niáo para esta tarde com otreinador Telê Santana, quan-do a ida á Europa deverá serconfirmada. Outro jogo estáprevisto para o dia 15 de mar-ço, contra a Hungria, em Bu-dapeste. Uma terceira partidapoderá ser marcada para o dia18, contra o País de Gales, quetem um estilo de jogo muitoparecido com o da Irlanda —um dos adversários do Brasilna primeira fase da Copa.

Ao mesmo tempo cm queseni decidida de vez a excur-são, Telc vareláborar o progra-ma da Seleção até a Copa.Amanhã, às 17 horas, ele anun-ciará a relação dos convocados.A apresentação será na segun-da-feira, para exames médicosno Rio. A concentração come-cará dia 21, na Toca da Rapo-sa, em Belo Horizonte.

O telexdos alemães"Agradecemos seus telex de

5 de fevereiro, com prazer de-duzimos que a nova diretoriada CBF respeita os compromis-sos assumidos pelos seus ante-cessores.

Com respeito à data do nos-so jogo, reportamo-nos ao nos-so telex de 31 de janeiro passa-do. Nosso calendário de jogoscom compromissos já firmadosa nível nacional e internacionalnão nos permite um adiamen-to, mesmo tendo a melhor dasboas vontades.

Por esta razão insistimos cmque o jogo entre as Seleções daRepública Federal da Alemã-nha e do Brasil se realize, deacordo com o convênio firma-do, no dia 12 de março de 86,na cidade de Frankfurt.

Convém todavia assinalarque a nossa própria Seleçãonão tem antes do mencionadojogo possibilidades de treinarsequer dez dias. Dispomos ape-nas de dois dias. Entretanto,estamos convencidos de quepodemos esperar das nossasequipes uma boa partida, con-forme a tradição de encontrosanteriores.

Pedimo-lhes a confirmaçãodefinitiva e segura e a comuni-cação de seus planos de viagemcom as informações do dia e dahora da chegada em Frankfurt.Solicitamos ainda, o mais rápi-do possível, todas as informa- |ções necessárias, principalmen- Jte os componentes da delega- ¦'ção, bem como a equipe.

Com saudações amistosas,llcrman Neuherger, presidenteda Federação Alemã de Fu-tebol".

O empenhodos paulistas

Sào Paulo — De olho naconvocação da Seleção Brasi-leira, a ser feita amanhã, osjogadores paulistas retornaramàs suas atividades ontem, apósa folga do Carnaval. No Corín-tians. um dos mais animadosera Casagrande, que treinoudurante os quatro dias de Car-naval, correndo no Parque doIhirapuera e fazendo museu- .lação.

Careca, que deverá disputara posição de centroavante comCasagrande, passou o Carnavalrecolhido cm seu sítio, na re-gião de Campinas. Ele aindavive o impasse da renovação deseu contrato com o São Paulo.

Casagrande está tão entu-siasmado com a possibilidadede disputar sua primeira Copado Mundo que cancelou umaviagem com sua mulher Môrii-ca ao litoral, preferindo pèrma-necer treinando em São Paulo,durante o Carnaval. Certo desua convocação, pois foi umdos destaques nas eliminató-rias, ele comentou:

— Não quis perder a exce-lente forma que adquiri cm ummes e meio de treinos no Co-ríntians.

O jogador do Corfntiansconfessou que. como todo pro-fissional. tem grande desejo dedisputar uma copa do mundo.Casagrande acredita que che-

' gará à Seleção Brasileira maisbem preparado do que os de-mais jogadores que permane-ceram inativos durante o Car-naval.

No São Paulo, clube quedeverá fornecer um dos maio-res números de jogadores àSeleção Brasileira, os jogado-res estavam descontraídos, mastodos evitando qualquer co-mentário antes da convocaçãode amanhã.

uropa ecisao é hojeBangu, Botafogo, Campo

Grande e Mesquita. Cada qualentra no Campeonato de Futeboldo Rio de Janeiro, versão 1986,com suas metas e suas possibili-dades. 0 time de Moça Bonita,cansado de acumular vices, espe-ra melhor sorte desta vez, mas jásabe que não contará com suamaior estrela, Marinho, que a par-tir de segunda-feira estará servin-do à Seleção Brasileira. O Botafo-go — que cumpriu no ano passa-do a mais melancólica campanhade sua história — promete umpouco mais à sua torcida. SemAlemão — o mesmo caso deMarinho —, mas com um punha-do de jogadores novos. Além dis-so, o fantasma das dúvidas já nãoronda o Mourisco. O CampoGrande, campeão invicto da Se-gunda Divisão, traz essa creden-ciai para uma competição em quepoucos acreditam nele. Investiuna chamada "prata da casa", ju-niores recém-promovidos pelotécnico Lula, ex-ponta esquerdado Fluminense. Por fim, o Mes- |quita, a grande novidade, pelaprimeira vez disputando um Cam-peonato da primeira. Dizem osseus dirigentes, uma estréia des-tinada a dar o que falar.

No Bangu,novidades eempolgação

O Bangu, viec-campeão brasileiro ecarioca, foi um time muito regular natemporada passada e não chegou aostítulos por falta de sorte e imaturidade.É um time equilibrado nas suas linhas,solidário na maneira de atuar e teve umjogador — Marinho — que se constituiuna grande revelação do futebol brasilei-ro, apesar da idade (28 anos). Se nãoconquistou títulos, pelo menos entroupara a primeira linha do futebol brasi-leiro.

Este ano, animados com o sucesso,os seus dirigentes estão prometendomais. Contrataram o zagueiro Márcio(ex-Santos) e o meio-campo Tobi, queera do Coritiba, campeão da Taça Bra-sil. Estão procurando um centroavantee não escondem a sua admiração porAlemão, do Botafogo, velho sonho deMoça Bonita.

Pela empolgação o Bangu deve con-tinuar na linha de frente do futebolcarioca, agora talvez um pouco maisexperiente. A Taça Libertadores deAmerica — que disputa pela primeiravez — é outro motivo de orgulho paraos seus dirigentes e jogadores que pen-sam até chegar ao topo do mundo,grande prêmio para quem sempre foium clube do subúrbio, sem grande tor-cida nem recursos.

Campeão do mundoO técnico do Bangu continua sendo

Moisés, o falastrão, que na sua primeiradeclaração este ano sobre futebol afirmouque seu time vai vencer todas as competi-ções:— O título mundial será nosso. Vamosvencer a Libertadores e partir para estaconquista histórica.

Evidentemente Moisés continua o mes-mo. Mas também é verdade que ele fezmuito pelo seu time na temporada passada.Foi vicc-campcão brasileiro e carioca c con-seguiu esquematizar um bom padrão de jogocom os seus jogadores. As suas qualidadesde comandante (às vezes postas em dúvida)serão checadas definitivamente agora, e tudoleva a crer que deve se sair muito bem.Como não terá Marinho (que deve ser con-vocado para a Seleção), Moisés já disse queo seu time vai jogar com um quadrado nomeio-campo.

Nos amistosos o time do Bangu foi muitobem e chegou a entusiasmar o seu treinador.que acabou esquecendo definitivamente oseu maior astro, Marinho.

Márcio e TobiAs duas grandes novidades do Bangu

para esta temporada são o zagueiro Márxio(ex-Seleção Brasileira) e o meio-campo To-bi. campeão brasileiro pelo Coritiba no anopassado.

Márcio (25 anos) é tido como jogadordurão e é considerado quase imbatível nasbolas altas. Custou CrS 500 milhões aoBangu e veio para resolver o problema dazaga, já que Jair não foi muito bem nocampeonato passado.

Dorival Mateus da Costa (Tobi) é umestilista. Tem no toque refinado de bola oseu forte. Bom na cobertura dos zagueiros,vai ser de grande ajuda no combate aoadversário, em socorro de Israel. Tobi tem23 anos.

WMfcMillWlllliilllilSFoto de José Roberto Serra

Nossos clubes às vésperas do Campeonato (II)

No Botafogo,ar está maisrespirável

Goleiros: Gilmar (29 anos). Júlio Galvâo(25 anos)Laterais: Penvaldo (30 anos). Velto (20anos). Márcio (21 anos) Baby (20 anos).Zagueiros: Márcio (24 anos). Oliveira(25 anos). Cardoso (23 anos), Jair (23anos).Meio-campo: Israel (24 anos), Mario (28anos). Tobi (23 anos) Arturzinho (30anos).Ponta-direita: Marinho (28 anos) e Mar-ceio (20 anos).Centroavantes: Fernando Macaè (21anos) e Nando (20 anos).Ponta-Esquerda: Ado (21 anos) e Gilson(27 anos).

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Idevaldo, a nova esperança de gols no ataque do Botafogo

Mesquita, ocaçula commuito amor

Campo Grande,a hora dorenascimento

O Mesquita é o caçula do CampeonatoEstadual de Futebol deste ano. Foi fundadoem maio de 1920, lá mesmo na estação daCentral do Brasil que lhe empresta o nome.Sempre foi um clube de futebol. Campeãovárias vezes na Baixada Fluminense, venceuo primeiro campeonato da divisão de acessocm 1981 c passou a figurar no profissionalis-mo do Estado. No ano passado foi vice-campeão e garantiu a vaga da divisão nobre.O seu presidente é Niclsen Louzada, quevem trabalhando para inaugurar o seu está-dio para 50 mil torcedores ainda este ano. Éum clube que surpreende pelo grande nume-ro de sócios (mais de 40 mil), numa área queé considerada como uma das mais pobres doEstado. O presidente Niclsen é um otimista erevela o segredo do sucesso do Mesquita atéagora: |

Aqui tudo é feito com muito amor ecarinho. Temos o maior quadro social tiaBaixada e vamos ter o maior estádio depoisdo Maracanã. Breve também teremos umtime de futebol para sacudir o futebol cario-ca. Ao nosso redor temos uma população cie5 milhões dç pessoas que precisa acreditarem algo què seja realmente seu, e o Mcsqui-ta vai fazer este milagre.

Técnico das ArábiasRcnc Rodrigues Simões (33 anos), for-

mado cm Educação Física pela UFRJ, é otécnico do Mesquita. A sua vida profissionalcomeçou no Vasco, em 77, dirigindo o timejuvenil. Trabalhou no Serrano, juniores doOlaria, juvenil do Fluminense e em 1981 foipara os Emirados Árabes, onde ficou até 84.

De volta ao Brasil foi convidado peloMesquita para dirigir o seu time no campeo-nato da segunda divisão e conseguiu classifi-cá-lo para a primeira. Rcnè é um técnico"com pé no chão", e afirma com muitasegurança que este ano o seu time vaiaprender com os mais fortes. Sua meta éficar na primeira divisão.

Não se pode esperar nada mais doque a realidade. E qual é ela? Não cair. Oque vier depois será festa.

O Campo Grande, que este ano volta àdivisão principal do futebol carioca, foi ocampeão da segunda divisão no ano passado.Disputou vinte e duas partidas e não perdeunenhuma. Segundo o presidente Pauio Per-rota, o time subiu para não descer mais.

O presidente é um homem cheio deplanos: o primeiro é trazer de volta para oclube grandes nomes como Manoel Pereirada Silva (diretor-presidente do Café Cama-ra); Franklin de Souza Ribeiro (empresário)e Wcber Stabile (diretor de uma rede deconfecções, Danielle), que, juntos, poderiamtornar o clube uma força indiscutível dofutebol do Estado.

O Campo Grande tem grandes no-mes. mas os três citados são figuras indispen-sáveis.

Mesmo não recorrendo a grandes nomespara o time de futebol, o Campo Grande temcondições de surpreender no campeonatodeste ano. O time treina diariamente no seuestádio c, com grande orgulho, o presidentediz que o pagamento está em dia c não deveum centavo de luvas aos jogadores. Nãoexiste luxo nem ostentação, mas a seriedadedo trabalho é visível em tudo que cerca odepartamento de futebol. O vice-presidente,Antônio Almeida dos Santos, é outro otimis-ta e diz que um quinto lugar é a suapretensão para este ano:

O nosso time é jovem e está semvícios. Agora só nos resta torcer para quenão haja complicações com arbitragens. OCampo Grande não é muito feliz quandoprecisa dos juizes.

Lula no comandoLula. antigo ponta-esquerda do Flumi-

nensc (campeão em 1971) é o técnico doCampo Grande, cm substituição a JorgeFerreira, demitido há pouco mais de 15 dias.Sua carreira começou no Fluminense, hácinco anos. Depois andou no Botafogo daParaíba. América de Natal, Ferroviário doCeará c outros.

Ele diz que ainda está na fase de obscr-vações. mas desde logo faz questão de garan-tir que o seu time vai jogar um futebolmoderno c competitivo e que não é muitoadepto de sistemas que violentem o jogador:

Goleiros: Jorge(29anos e Mauro(24Goleiros: Sanderson (22) e Ricardo anos)"9) Laterais;

Adilson(27 anos), Antônio-, . .... .. , ,„„, Carlos(23 anos) e Eucy (25 anos)Zagueiros: Milton Mendes 20). Frei- 7„„..«;.„,. Q„r„,ln

' „M D,;, n->k,,i r~ i /-,ra o , r, , . ,-,-,, Zagueiros. Barras 22 anos, Paiva 27re 21 , Celso 30), Paulo Roberto 22 ,„„,i „ i „„„rm ,„„,i

I,. .,.„. anos) e l_opes(22 anos)e uoirajara (ZJ). Meio-campo: Braz(25 anos). Silva(25

Meio-campo: Batista (23), Delacir anosJ' Ser9'°<22 anos) e 0livêira(22

(23). Fernandes (24). Eliseu (23) e Edir ™os! ..' r . ._„ . _128) Ponta-direita: Correa(22 anos) e Ro-

geno(22 anos)Atacantes. Oman (26), Antônio Car- Centroavantes. Dedei(22 anos) elos (30), Miranda (22), Flávio Renato Wellington(29 anos)(24) e Vinícius (21). Ponta-esquerda: Cesar(22 anos) a

Santos(22 anos)

A campanha do ano passado ficarádurante algum tempo na memória dostorcedores botafoguenses. Foi a pior dosúltimos tempos. O time não conseguiuvencer uma partida sequer no Macaranã edisputou uma boa parte do segundo turnoperseguido pelo fantasma do rebaixamen-to à segunda divisão.

Foram vários os problemas que contri-buíram para uma campanha tão ruim. Adesagregação do elenco, o descrédito dosdirigentes e os constantes atrasos salariaistiveram participação decisiva. Este ano, oar está mais respirável cm MarechalHermes.

Logo no primeiro dia da volta dasférias, os jogadores receberam todos ossalários e luvas atrasados. Os novos diri-gentes — três empresários (Aurito Ferrei-ra, Alcides Aguillar e Antônio Rodrigues)— não prometem grandes contratações e,realistas, admitem que a permanência dealguns jogadores no clube, cm razão dosaltos salários, será muito difícil.

O elenco não sofreu muitas reformula-ções. Até agora o time contratou doisatacantes — Paulinho e Ideraldo, ambosdo futebol mineiro — e não deverá serepetir o que aconteceu no ano passado,quando várias contratações de impactoaumentaram a crise financeira do clube.

As perspectivas de uma campanhasuperior nesta temporada são melhores.Mas que o torcedor não espere com muitootimismo, porque a equipe ainda não temcondições de disputar o título do Campeo-nato com Fluminense c Flamengo, favori-tos absolutos. Certamente o time complc-lará o seu 18" ano consecutivo sem umtítulo.

CarboneFormado cm jornalismo pela Faculda-

de Estácio de Sá, o técnico Carbone temapenas um título na sua curta carreira detreinador, iniciada há quatro anos: o decampeão estadual de 83 pelo Fluminense.Ele assumiu o comando da equipe após asaída de Cladio Garcia e permaneceu nasLaranjeiras por oito meses.

A saída de Carbone do Fluminense foitriste e comovente. Ele despediu-se dosjogadores sob uma casuarina, a árvore doscondenados. Do Fluminense, Carbone foipara a Ponte Preta — antes treinara oNacional, da segunda divisão de São Pau-Io; e o Goitacás — e ficou cm Campinasaté setembro, quando assumiu o Bota-fogo.

— O time do Botafogo está passandopor uma transformação — proclama Car-bonc.— A característica do time serámodificada. Vou fazer do Botafogo umaequipe mais combativa e com um grandesenso de marcação.

Para a Taça Guanabara, o Botafogoapresentará duas novidades: os centro-avantes Idevaldo e Paulinho. O primeirosaiu do America Mineiro e o segundo doAtlético Mineiro.

Mas pode ser que o clube não fiquerestrito apenas a estas contratações. Dcn-tro dos planos do técnico Carbone, trans-formar o Botafogo numa equipe combati-va e veloz na saída de bola, a vinda doapoiador Evcrton, do Atlético Mineiro, éconsiderada fundamental. Pelo seu estilo,rápido nos lançamentos e perfeito nasfinalizações, ele se encaixa no esquemaque o treinador pretende implantar.

Enquanto nào consegue os reforços,Carbone procura dar confiança aos maisjovens. O atacante Mário Mimi, que anopassado disputou algumas partidas entreos profissionais, é um dos jogadores quemais tem recebido atenção dentro decampo c não se cansa de elogiar a facilida-de com que Mário aparece na área parafinalizar.

Goleiros: Luís Carlos (23). Ze Luís(19) e Laguza (19).

Laterais: Gilberto (24), Vagner (23),Josimar (24) e Mário (22).Zagueiros: Leiz (26). Ademir (22),Marinho (29), e Oswaldo (25).

Apoiadores: Alemão (24), Berg (22),Edson (19), Isaac (19). Mário Mimi(19) e Luisinho (19) (os três últimosforam promovidos dos juniores).Atacantes: Helinho (21), AntônioCarlos (21), Paulinho (25) e Idevaldo123).

Foto de Chiquito Chaves

Este time do Mes(/uit<t chega à Primeira Divisão com a disposição dos iniciantes

Alemão estáà venda por3 bilhões

A principal e única estrelado Botafogo está à venda: oapoiador Alemão. Os dirigen-tes do clube concluíram quenão têm condições de aceitar aproposta do jogador para reno-var o contrato por mais umano. O passe de Alemão serácalculado de acordo com o seuúltimo salário e deverá ficar emtorno de CrS 3 bilhões.

— Só poderei ficar no Bola-fogo se aparecer alguém emcondições de bancar a minhaproposta — admitiu Alemãoontem à noite, após uma teu-niáo com o vice-presidente defutebol do clube. Aurito Fer-reira.

Antes mesmo de ter o seupasse negociado, Alemão já es-tá sentindo saudades do Bota-fogo, "onde jogo há seis anos eme consagrei".

Gripe tiraLeandro dotreinamento

O dia de ontem foi negativopara o Flamengo em termos depreparação para a sua estréiano Campeonato Estadual, do-mingo, com o Fluminense.Leandro, gripado, não apare-ceu. O técnico Lazaroni ficoupreso no engarrafamento e sóconseguiu chegar à Gáveaquando o treino já havia termi-nado. E, para complicar, a chu-va impediu que o preparadorfísico Ralf Ferreira realizasseum treinamento completo. Osjogadores deram apenas algu-mas voltas em torno do campo.

Esses problemas, entretan-to, não foram suficientes paratirar a euforia de Sócrates. Eleestá prevendo um novo carna-vai domingo no Maracanã,quando estreará, em um jogooficial, pelo Flamengo. Ontem,ele estava mais preocupadocom o resultado do desfile dasescolas de samba c ficou satis-feito ao saber que as três pri-meiras colocadas tinham rece-bido nota 10 no quesito bate-ria, julgado por ele.

Hoje, Lazaroni se reunirácom a diretoria para estudar acontratação de um lateral-esquerdo. O técnico insistirápara que o presidente GcorgeHelal compre o passe de Dida,do Coritiba. O preço do passedo jogador, Cr$ 1,5 bilhão, éconsiderado alto pelo diri-gente.

Bebcto, que chegou da ex-cursão sentindo a coxa esquer-da. participou dos treinos deontem ¦

Euforia noFlu é maisaparência

"Parabéns pelo tri, cam-

peões; 8(i é o ano do tetra".A impressão que se tem ao

ler um cartaz afixado no vestia-rio do Fluminense é de que otime está empolgado para novaconquista e a diretoria tam-bem. Entretanto, a história nãoé bem assim. Nas Laranjeiras,pouco se fala no Fla-Flu, 10jogadores permanecem semcontrato e. onlem, não havianenhum dirigente para dar umaexplicação ao grupo sobre asrenovações.

O mais curioso é que oscontratos de renovação estãoprontos c datilografados na sa-Ia do Departamento de Fute-boi. O goleiro Paulo Vítor che-gou a apanhar o documentopara assinar mas. ao ler ascláusulas, recuou. Estavam to-talmcntc diferentes do queacertara com o vice-presidenteJosé Carlos Vilela.

Diante desta descoberta dePaulo Vítor, nenhum jogadorse arriscou a buscar o do-cumento com o funcionárioGilberto. Se o do goleiro (no-me certo para a Seleção Brasi-leira) estava errado, o que faráo dos outros? — raciocinavameles.

Conversei com o Vilelaem Friburgo c depois no Scala(casa noturna onde o dirigentecostuma despachar com os jo-,gadores). Acertamos tudo.Mas agora, lendo o contrato,tem muita coisa errada — la-menta Paulo Vítor.

Os demais jogadores semcontrato são Delei, Paulinho,Tato. Assis, Washington. Leo-mir. Renè. Renato e RicardoLopes.

Como ontem foi dia atípico— uma quarta-feira de cinzascom forte temporal — os im-passes poderão ser contorna-dos hoje. Os jogadores aguar-dam a chegada de Vilela aoclube, mas nem por isso dei-xam de cumprir com suas obri-gações: os treinamentos serãocm tempo integral nas Laran-jeiras e ninguém faz maioresprotestos. Mas Delei faz umaressalva:

Só assinarei minha reno-vação depois que conversarcom os dirigentes. Tem umdetalhe importante para acer-tar e não abrirei mão — fala ojogador.

BRASILRio de Janeiro — Quinta-feira, 13 de fevereiro de 1986

ood-bye, adiós, au revoir, amvederciOs turistas sedespedem do carnaval

Nada de dar um tempinho: os turistasestrangeiros foram embora na quarta-feira decinzas. Deixaram o Rio com a lembrança do"hula-hula brasileiro" — o samba, segundo umamericano —, das senoritas e do clima de euforiacarnavalesca. Deslumbraram-se com as escolas desamba (muitos deles até desfilaram, transformadosnos mais maravilhosos componentes que passarampela Avenida) e encantaram-se com a alegria e aexplosão de sensualidade nos salões dos bailes. Amaioria promete voltar.-

caderno

As. preferênciasin ternacionais

Luiz Morier

Cleusa Maria

ELES

deixam o Brasil im-pressionados: nunca viramtanta mulher bonita ao

mesmo tempo. Ana Maria Torna-ghi, que este ano recebeu mais de300 turistas estrangeiros para co-nhecer ou rever o carnaval carioca,na sua maioria homens e gays, jáestá rouca de repetir: "Eles ficaramabsolutamente apaixonados peloespírito das mulheres brasileiras."Em muitos casos, dos homens. Al-guns exemplos:

Com seu tipo mignon, pele more-na e cabelos castanhos, a cariocaCarmita Medeiros foi, disparada, agrande musa dos turistas. Ela desfi-lou na ala Yes, Brasil-Calígola, daBeija-Flor, e despertou paixões ex-plosivas. Já no ano passado, o jor-nalista do New York Post (o Zózi-mo de Nova Iorquei, Richard John-son, se tomou de amores pela moça.Voltou este ano para revê-la e aencontrou noiva de Mariano Mar-condes Ferraz. Resolveu então es-perar e ver se valia a pena competircom o noivo. Ontem concluiu quenáo. Foi embora sem levar Carmita,como pretendia.Outro jornalista, Michael 0'Rea-gan, do New Yorkcr, ficou total-mente maluco por uma meia dúziade folias brasileiras. Chegou a en-saiar uns passos com a cantoraRosemary, mas acabou com Patri-cia Moreira, Miss Paraíba, uma có-pia da Maitè Proença, com mais sal.0"Reagan é o que se pode chamarde um personagem deste carnaval.

CarmitaMedeirosficou sendoa grandemusa dosturistas

}

Via o sol nascer todos os dias napraia de Ipanema, fazia seu coopere toda noite antes de cair na farranadava horas no mar. E bebia su-cos. Entrava nas lojas e tomava umde cada fruta. Volta com a idéia deabrir uma loja do gênero em NovaIorque.

O músico chileno Pedro PabloMolina teve menos sorte. Na noitede domingo, ao pular empolgado deum camarote para a pista, parafilmar uma escola, distendeu umtornozelo. Voltou na noite seguinteà Avenida de cadeiras de rodas.

Nigel Jenkins, do conjunto ameri-cano Supertramp não virou atra-ção do carnaval por descuido dageral. Ninguém detectou sua pre-sença, nem mesmo quando pulouas grades para ir atrás da PadreMiguel.

Jean Claude, filho do Embaixa-dor da França nos Estados Unidos,arregalou seus olhos azuis e náoacreditou nas informações de queRoberta Close é homem. Ele o co-nheceu no Scala, de onde ao sair, naterça-feira à noite, Close escorre-gou, cortou o braço e levou 40pontos.

O colombiano Gabriel Velasquez,representante da Yardley, de NovaIorque, foi outro que caiu de paixãopela Miss Paraíba. Quer até levar amoça para fazer dela marca de per-fume na Colômbia. Ela ou um dosoutros quatro rostos bonitos queconheceu.

A maduríssima escritora ToniTucci, que andou badalando bas-tante pela noite carioca, náo fez pormenos no carnaval. Desfilou no Im-pério Serrano. Estava quase sem-pre ao lado de Roberto Athayde e,além de se divertir, recebeu propôs-ta para ter seu livro transformadoem filme. O diretor seria o próprioAthayde e já existem cinco produ-tores interessados.

Já a princesa Cláudia Rúspoli, deuma das famílias mais importantesda Itália, não perdeu a nobreza nemdebaixo do temporal que desabousobre a Marquês de Sapucai quan-do ela desfilava na Beija-Flor. Mascomo todos os turistas recepciona-dos por Ana Maria Tomaghi, foilevada para o setor 11, recebeu umafricção com álcool e um comprimi-do de vitamina C.

A paulista Mercedes foi a Uma Noite em Bagdá eque quer conhecer a Itália. Se depender dosnapolitanos Toni e Patrick, vai ser fácil.

disse

Monique Evans (comAlexandre Frota)deslumbrou osestrangeiros no Scala

A estonteante morenice daRainha do Carnaval foi

outro motivo deatração para o

gosto internacional

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Um argentino no paraíso

Juan Gatti: "o carnavalcarioca é o espetáculomais forte que já vi naminha vida"

NUM

dos camarotes maisesfuziantes do Grande Ga-Ia G, o do presidente da

CBS, Tomaz Munos, ao lado do náomenos animado reduto do promo-tor da festa, Guilherme Araújo, oturista Juan Gatti, 35 anos, soltei-ro, estava absolutamente embria-gado. Não pelo uisque ou pelachampanha servidos a rodo, maspela overdose de erotismo e sensua-lidade que transpirava dos corposseminus de homens e mulheres. Pa-ra qualquer lado que olhasse, atra-vés das grossas lentes dos óculos,tudo o que via só confirmava suadescoberta: "O carnaval carioca é oespetáculo mais forte que já vi naminha vida".

Juan Gatti, argentino radicadoem Madri há oito anos, onde temum estúdio de desenho (foi cenógra-fo e figurinista da cantora argenti-na Nacha Guevara e diretor de arte

da CBS) já esteve no Brasil duasvezes. Mas só conheceu o carnavalcarioca este ano. Viu os dois desfi-les das escolas, domingo e segunda-feira, e escolheu o Grande Gala Gpara encerrar a folia, na noite deterça-feira. Ele era talvez uma dasfiguras mais discretas da festa, da-queles que passaram despercebi-dos pela multidão que esticava opescoço em frente ao Scala, aplau-dindo os travestis.

Vestia calça comum, fina camisade seda e o máximo que se permitiaousar era um colar de havaiana nostons azulados da camisa. Naqueleparaíso de evas, adões, diabos, ma-rajás, tigres, índios e sheikes (mui-tos aos beijos e abraços nas esca-das, camarotes e salão) ele tentavajustificar a falta da fantasia: "Te-nho problemas. Sou europeu." Gar-galhou abertamente quando foi avi-sado de que ninguém sabia.

Sentado nos degraus à porta de

um banheiro — um dos raros luga-res onde se podia ouvir alguém —Juan comparava as touradas ma-drilenhas ao carnaval carioca: "Atourada festeja a morte, o carnavalfesteja a vida." E que festa. Eleestava adorando. Jamais se esque-ceria da Beija-Flor desfilando de-baixo da chuva nem daquela ale-gria toda do baile do Scala. Era sóolhar seu rosto para ver o quantoestava encantado com a exibiçãofísica de homens e mulheres. Pude-ra, a cada palmo do baile se dava decara com Monique Evans abraçadaà estética rambo do ator AlexandreFrota ou com a morenice eston-teante da Miss Carnaval 86."A alegria, essa forte vontade deviver, esta relação física das pes-soas estão acima de qualquer mora-lidade. No Brasil estào as pessoasmais bonitas do mundo" — diziacom segurança.

E sem distinção de sexo, na sua

opinião. Até porque em grande parte dos casos — nesse baile — ersmesmo impossível distinguir. MasJuan achava tudo muito natural e obaile "uma loucura". Perdido entretantas escolhas, até ali, ele acabaranão vivendo uma grande paixão decarnaval: "Há tanta possibilidadeque fiquei meio bêbado, confuso,entorpecido." Hipótese que náoafastava até o final do baile, pois aoferta — segundo ele — era maiordo que a procura. Aos seus olhoseuropeus, a sensualidade brasileiraé uma coisa única no planeta. Enada mais importante do que esseinstinto do animal, selvagem, sa-dio, nem mesmo a cultura e a civili-zação: "O europeu conservador véisso com muita inveja".

E foi assim que mais um turistase apaixonou pelo Brasil: "Me ena-morei da cidade, dos homens, dasmulheres, da praia, de todos."

Os alegresestrangeirosde Bagdá

Bruno Thys

TRADICIONAL

saideirado carnaval carioca, obaile Uma Noite em

Bagdá, no Monte Líbano,reuniu terça-feira quase 15 milfoliões e encantou os turistasestrangeiros, que tiveramdificuldades para definir afesta: "Parece mais um sct defilmagem de Fellini" —comparou o italiano Toni, deNápoles.

Como o napolitano, nenhumestrangeiro ficou indiferente àsensualidade, ao calorhumano, à alegria e àempolgação que marcaram obaile do Monte Líbano. Oslatinos — especialmenteitalianos e argentinos —assimilaram mais rápido oclima da festa do queamericanos e alemães, que,depois de uma certa indecisão,também acabaram caindo nafolia.

Transformado numa grandetenda árabe, o salão foicoberto por panos prateados eabrigava em seus camarotesartistas de TV, jogadores defutebol, diplomatas orientais eas presenças marcantes denobres árabes.

— Este país é demais. Temsamba o tempo todo, um belofutebol e meninas de todos ostipos — observou, extasiado, oargentino Ariel Gusete, 28anos, que nos últimos trêsanos não perdeu um únicobaile do Monte Líbano. — Éuma coisa natural do povobrasileiro, que infelizmentejamais teremos em BuenosAires — acrescentou Gabriel,analista de sistemas, quepouco antes de lh jáconseguira companhia: umajovem morena de 23 anos comquem pulou a noite toda.

Visivelmente constrangido,um americano idoso que seidentificou como John,acompanhado da mulher,fantasiada de Marylin Monroe,lamentou ao ouvido dorepórter: "Isto é viagem parase fazer desacompanhado. Hámuitas jovens bonitas meolhando, já levei até unsbeliscões, mas não posso fazernada a não ser sorrir", disse oturista. Os italianos Toni ePatrick se encantaram pelapaulista Marcedes, 22 anos, decorpo bem torneado e sincera:"Faço de tudo, náo tenhoprofissão certa."

O trio era dos maisanimados e, no clima deeuforia, os dois italianosconfessaram seu amor peloBrasil, pela jovem morena,pelo baile, pelo futebol esaíram do Monte Líbano comuma certeza: ano que vemestarão de volta e, antes disso,levarão Mercedes paraconhecer a Itália. Toni éarquiteto e Patrick, biólogo.Ambos definiram o clima dobaile como "estremamentefamiliar", um pouco parecidocom as festas populares de seupaís. "onde todos se falam, seconfraternizam, mesmodesconhecidos".

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? o CADERNO B o quinta-feira, 13/2/86 JORNAL DO BRASIL

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Carlos Eduardo Novaes

ASeleção: atuações"'TH—ii '" —

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EVE estar saindo hoje ou amanhã e eonvo-cação dos jogadores da Nova Seleção deSarney Santana e dos ministros de Telè.

Como este é o país do futebol — e os ministros naovão resolver nada mesmo — tentemos nos fixar naseleção de Sarney, a velha seleção. Uma equipe quenão demonstrou o menor sentido de conjunto. Osjogadores pareciam jogar cada um para si, discutiammuito entre eles e muitas vezes desobedeciam aber-tamente as orientações do treinador. Abaixo umligeiro balanço da atuação desses jogadores quedurante 11 meses procuraram empurrar o país parafrente sem muito sucesso.

LIMA — lOctávio Júlio Moreira Lima, RJ, 60 —Aeronáutica i

Atuação discreta. Quase não apareceu. A maio-ria dos torcedores nem sabe seu nome. Dizem que éexcelente no jogo aéreo. Como todo jogador egressoda escolinha militar, é disciplinado, marca em cima ecai sempre pela direita.

SIMAO iPedro Jorge Simon, RS, 55 — Agricul-tura)

Tem um estilo desajeitado e deselegante. Nãoqueria jogar nessa posição, mas aceitou-a para nãoficar fora do time. Acabou prejudicado. A faixa dogramado onde atuou foi duramente castigada pelaseca. Foi sempre driblado pelos especuladores. Nassuas costas a Inflação mareou vários gols.

DA SILVA (Renato B. Archer da Silva, MA, 63 —Ciência e Tecnologia)

Apesar de ter começado na escolinha militar,gosta de atuar pela meia esquerda. Isso já lhe custouvários anos de suspensão. Nâo teve muito espaçopara mostrar seu futebol. Incansável, subia semprepara buscar jogo na Europa e nos E. Unidos ondeestavam alguns dos maiores craques da nossa comu-nidade cientifica.

TONINHO MAGALHA (A. C. Peixoto de Maga-lhães, BA, 58 — Comunicações).

Ünico jogador convocado do PDS. Antipatizadopela galera, conta com o apoio dos cartolas. Foi ojogador que mais apareceu dando entrevistas na TVGlobo. Andou criticando seus companheiros deequipe que jogam pela esquerda. Bom marcador,duro. decidido, bate bem com suas duas pernasdireitas.

BltOA (Aluizio Pimenta, MG, 52 — Cultura)Entrou com o jogo em andamento e teve difleul-

dades em se adaptar. Cometeu alguns erros demarcação, dando liberdade para os adversários. Nãoteve tempo de mostrar seu verdadeiro futebolcultural, sempre muito marcado pela torcida organi-zada dos intelectuais e pelos cartolas

RIOS (Flãvio R. Peixoto da Silveira GO, 40 -Desenvolvimento e Meio Ambiente)

Foi convocado para a Seleção em função doexcelente futebol que revelou nos mutirões habita-Cionais de Goiás. Na Seleção nào explodiu. Pareciase sentir sem ambiente. Ou so com meio ambiente.

MACIEL (Marco A. de Oliviera Maciel, PE, 45 —Educação I

Um verdadeiro carregador de piano. Treinavaduro: a equipe deixava o gramado e ele continuava,sozinho, treinando à luz dos refletores. Sempre pro-curou jogar pelo centro, mas volta e meia era pilhadoem impedimento pela meia direita.

LEONIDAS (Leonidas, Pires Gonçalves, RS, 64— Exército)

Jogador que dá estabilidade à equipe. Muitomais pela sua posição do que pelo seu jogo. Nàocomprometeu. Jogou e deixou os outros jogarem. E ojogador com maior ascendência sobre o treinador.Ninguém tem coragem de barrá-lo.

ALVES ( Aluizio Alves, RN, 64 — Administração)Nào é um jogador brilhante, mas muito eficiente.

Soube tirar partido da sua posiçào caindo nas graçasda torcida. Era o jogador encarregado de botar acasa (e os carros) em ordem.

PAULINHO (Paulo de Tarso Lustosa, CE, 41 —Desburocratização)

Se pegou na bola duas vezes foi muito. Encarre-gado de desenrrolar o meio de campo e evitar ocongestionamento na zona do agrião, nào se sabe secumpriu sua tarefa.

DOMINGOS (Dilson Domingos Funaro, SP, 52 —Fazenda)

Também entrou com a partida começada. Masentrou e foi virando o jogo, imprimindo seu toque debola. É um jogador chave no esquema do treinador.Entra firme nas divididas com o FMI, mas apesardos seus esforços a Inflação tem lhe passado algu-mas bolas por baixo da perna. Está atuando fora dascondições físicas ideais.

ZÉ HUGO (J. Hugo Castelo Branco, MG, 60 —Gab. Civil)

Parecia um pouco inibido na posiçào. Não mos-trou todo seu futebol. Amigo íntimo do treinador quenâo chegou a assumir. Quando Tancredo era otécnico de Minas, Zé Hugo ficou no banco (doestado).

RUBENS (Rubens Bayna Denys, RJ, 54 — Gab.Militar)

Deu conta do recado jogando numa posiçàopouco cobiçada. Seu pai também vestiu a camisa daseleção. Jogou na equipe do Jânio e foi um doslideres da revolta que depôs o treinador Goulart.

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GUSMÃO (Roberto Herbster Gusmão, MG, 52 —Ind & Com)

Nos tempos de juvenil chegou a ser técnico daUNE. Hoje só chuta com a direita e nào passa a bolapara a esquerda. Pediu para sair criticando os com-panheiros e a Comissão Técnica. Nào vai deixarsaudades.

COUTINHO (Ronaldo Costa Couto, MG, 43 —Interior)

Jogador jovem, cheio de disposição, nào jogapara o público (como fazia Andreazza, antigoocupante da posição). Com um pouco mais de expe-riència pode vir a ser um dos bons valores da seleção.

FERNANDO LYRA (Fernando Soares Lyra, PE,47 — Justiça)

Foi dos jogadores que mais apareceu. Gosta defazer jogadas de efeito e atuar para o público. Depoisentào que tirou o Araripe de campo não queria maispassar a bola para ninguém. Rebolou adoidado.

SABÓIA (Henrique Sabóia, CE, 60 — Marinha)Também tem todas as qualidades e defeitos dos

jogadores saídos da escolinha militar. Quase perdeua cabeça no jogo contra o Arsenal (nào confundamcom o time inglês). Quis botar a bola debaixo dobraço e pular o alambrado para encarar a galera.

MENDONÇA (Antônio Aureliano Chaves deMendonça, MG, 57 — Minas e Energia)

Curiosamente seu futebol apareceu mais até anopassado quando era vice-técnico do time adversário.

Forte, atabalhoado, é o que se pode chamar de umrompedor. Talvez por isso viva se contundindo.

PIRES iWaldir Pires de Souza, BA, 60 — Previ-déncia Social)

Escalado para uma das posições mais ingratas,foi uma bela surpresa. Lutou muito, mas perdeualgumas jogadas infantis para o Inamps. De qual-quer forma é um dos candidatos ao moto-rádio.

NELSINHO (Nelson de Figueiredo Ribeiro, PA,55 — Reforma e Desenvolvimento Agrário)

Jogador inexperiente que nào conhecia nada daposição. Andou pisando na bola e dando chutões aesmo. A seu favor o fato de ter sido marcado o tempotodo pelos cartolas rurais.

ITAÚ (Olavo Egydio Setúbal, SP, 62 — RelaçõesExteriores)

Outra invenção do treinador Tancredo. Nào temnem o cacoete da posiçào. Nào disse para o que veio.Nunca devia ter saído do banco.

MENEZES (Carlos Correia de Menezes Sant.Ana(BA, 54 — Saúde)

A melhor jogada que fez na Seleção foi fora dasquatro linhas; empregou quase toda a família noGoverno. Só aparecia nas campanhas de saúde daSeleçào.JOÀOZINHO (João Sayad, SP, 40 — Planejamento)

Formou com Dornelles a famosa dupla dos care-quinhas. Suas tabelinhas nào foram suficientes paraevitar os contra-ataques da Inflação. Depois queDornelles foi substituído, Joàozinho passou a jogarmais recuado. Quase nâo vai mais à frente; dascàmeras.SOUZA (Ivan de Souza Mendes, RJ, 62 — SNI)

Joga na posiçào mais antipatizada pelo público.Parece que teve uma boa atuação, mudando ascaracterísticas da posição. É um jogador importanteno esquema da Seleçào — é ele quem estuda o jogodo adversário para depois contar tudo ao treinador.CAMARGO (Affonso Alves de Camargo Netto, PR,50 — Transportes)

Outra invenção do técnico Tancredo. Egresso daequipe dos biônicos, pouco apareceu jogando emposição tão importante. Ao enfrentar a TorcidaOrganizada dos Camioneiros quase fez um golcontra.ALMIR (Almir Pazzianotto Pinto, SP. 50 — Tra-balho)

Foi o jogador que imprimiu a marca da NovaRepública na seleção. Sem ele a equipe permanece-ria atuando como nos velhos tempos. Corre o campotodo e de vez em quando ainda sobe as arquibanca-das para acalmar os ânimos da galera. Há muitotempo nâo se vê um jogador tão completo nessaposição. Os que lhe antecederam jogavam o tempotodo para os cartolas.

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HORIZONTAIS 1 --- peça de morteira ou de ferro,cilíndrica ou fusifòrrne, que cruza nurn mastro oumastaréu, ou que se prende por um dos extremos emum mastro, e na qual e preso o guruitl da vela; pega depedra ou de madeira que se poe horizontalmentesobfe omfirei'35. de porta ou de janela; 6 — dispositivoconstituído por um morfâo acesso que. puxado por umcordel.se aproxima da escoa-a e a inflama; pedrascom arestas muito acentuadas, que. corroem a amarrado navio fundeado: 9 — diz-se das línguas que nào sàopertencentes a família anca, 10 — cidade do Egito.mencionada no Velho Testamento; 11 — pedaços decano delgado que sea-ern para amarrar a veia a verga,quando se deseja diminuir a superfície do pano, ilhôspor onde passam esses cabos, 12 — a mais imponan-te vestimenta típica da mulher indiana, que é umalonga poça de tecido enrolada em volta do coioc. comuma das pontas formando a saia. e a outra ponta.drapeada, em torno do seio, de um ombro e. porvezes. a?, cabeça, 14 — no antigo celendano romano.odía..15de.março; maio, julhoeoutubro, eodia 13oosoutros meses, 15 — cada elemento de uma glândulaem cacho, extremidade fechada dos condutos secre-lores das glândulas, dilataçáo sacitorme de qualauerconduto estreito; 16— denominação de cena ave. 18— qualidade de irado, colenco; 20 — bilhete deviagem se de ida; 21 — cada cana ou vara transversalde parreira, recusa amorosa. 22 — forma arcaica daterceira pessoa do singutar do presente do indicativodo verbo sp.\ 2ò — unidade genêttca Que. em formas3'n mativas è responsável pelas diferenças num de-ierrr.ip.adc :.vater, segmento de aodo desoxinbonú'

grafia católica, principalmente S Jorge. 18 — lâminaque fecna as aberturas das coanas dos crocodihanos elhes permite respirar com a Doca aberta dentro daágua. camada de células ependirriárias que lorra ascavidades do cérebro e funciona como aparelho secre-tor do liquido cefaloraquiano. canopeu VERTICAIS —1 — pequeno comentário de jornal, normalmentesobre assunto do dia, 2 — obra d'agua, 3 —defendera, advogara uma causa, 4 — desordemgrave. 5 — estames do jacinto. 6 — diz-se do somáspero, que parece arranhar, ipl), que deixam travo na

garganta. 7 — voltai ao lugar de onde saíra, volve' aoponto de partida, 8 — prova hípica de que participamtodos os cavalos; entidade comercial ou financeira querealiza qualquer tipo ae operações, 13 — novamente,outra vez; 15 — peixe teleosteo, da ordem dosisooondilios. da baoa amazônica, de ate 1 m de compn*mento. coloração cmzento-prateada nodorso amareía-da no abdome. boca com fenda oblíqua, mento comdois barbilhóes curtos, escamas muito qrandes, pra*teadas, e nadadeiras dorsal e anaf situadas na panepostenor do corpo Ipt). 17 — prolongamento dopecioic e da pane pare nqui ma tosa do coqueiro, doqual se pode fazer palitos e vassouras (pi í. 19 —mseto coieoptero, clavicorneco. que se encontra nofeno e substâncias em decomposição, abelha social,da família dos mehponideos. que nidifica em taipa ouarvores ocas; 20 — cena quantidade de massa que sesepara da massa de uma fornada e que é deixada parafermentar, a fim de ser usada em outros trabalhos depanificaçào 23 — partícula maleita! que se acreditaesta' ltnearmente d-sposta no interior do cromossomocom a função de uasmitir qaí determina» os caracteres

i indivíduo de :jms tribo indígenaârant que habita ^s proximidades do '-o ivaique h si mesme «Jàc ¦¦ x>me de **-t~ ." do

¦- .a-- v-vit- do.fjua! ííiüat 2B u-«-.>^i Léxicos:Mor. Aurélio, Morais a Casanovas

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ProblemaN° 2159

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SOLUÇÕES DO NUMERO ANTERIORHORIZONTAIS patinas at arabina £-1 rdea atn ara n" r>a.cobieat, aciana. sacras, rar, enes ego talismã atenanas VERTI-CAIS - paratwse araracangr, laça iba m jna sátira adiarataler. rae. bora, carate, btsela ce, rosi i\à>. qir an ma

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Palavra-chave:13 letras

Consiste o LOGOFRIFO em encontrar-se determinadovocábulo, cuias comonntes ia estão msentas no quadroacima Ao lado. â direna. e dada uma rpiacâo ae vinteconceitos devendo ser encontrado um sinônimo nara cadaum com c numero de letras entre parênteses todos.começados oela letra inicia! da palavra chave As »etras detodos os smòmmos estáo contidas no termo encobertorespeitando «;#» ^s ietra*. repetidas

Solucnes do problema n" 2158 Palavra chave: TIMPA

Parciais ! n ítpii ' i. doca 'fN.;i tacto ':i->^

ARIES — 21 de março a 20 de abrilAinda persistem as boas indicações deste período.Com isso. procure preparar-se para momentosmais irregulares tanto em seu trabalho quanto nosnegócios próprios. Use de sua franqueza e de suacapacidade de convencimento para mudar opinião.

TOURO — 21 de abril a 20 de maioNo final desta quinta-feira estarão superadas asmás influências sobre seus assuntos financeiros.Você poderá receber, por cana ou telefonema,noticia de excelente significado. Indicações positi-vas para o amor e a vida em família. Aletividadedesenvolvida.

GÊMEOS — 21 de maio a 20 de junho0 nativo de Gèmens terá um dia excelente nestaquinta-feira quando sua rotina profissional e denegócios se alterará favoravelmente. Combataqualquer manifestação interior de insatisfação ereaja nao dando ouvidos a sugestões negativas.

CÂNCER — 21 de junho a 2Í de julhoIndicações favoráveis para o cancenano em rela-

çáo a sua vida profissional e assuntos de negócios.Vantagens acentuadas quanto a títulos, papéis einvestimentos. Procure mostrar-se mais interessa-do em sua rotina. Entendimento com nativos deCâncer e Peixes.

e LEÃO — 22 de julho a 22 de agosto0 leonino encontrará um oportuno apoio para suasatividades regulares. Compreensão e ajuda por

parte de pessoas próximas. Acontecimentos no-

vos que poderão lhe dar grande motivação pes-soai. Vida íntima, carente de maior atenção. Inse-

gurança no trato amoroso.

VIRGEM — 23 de agosto a 22 de setembroQuadro que reserva ao nativo forte influênciaastrológica em relação a jogos e loteria. Aspectosmateriais marcados por boa influencia. Nào sedeixe levar por impressões superficiais. Aja maissegundo seus próprios sentimentos. Saúde bemequilibrada. Mesmo assim, cuide-se. ,

LIBRA — 23 de setembro a 22 de outubro0 libriano hoje recebe influência muito forte paralogos, loteria, especulações e aplicações de riscoSuas finanças podem ser alteradas por aconteci-mentos imprevistos. Vivência afetiva marcada pordiscreto posicionamento. Premonição que deveser seguida. Saúde estável.

ESCORPIÃO - 23 de outubro a 21 denovembrolistarão consolidadas hoie de forma positiva asinfluências astrologicas sobre sua rotina. Benefi-ciados os nativos que trabalhem com números.Excelente momento para o amor, embora vocêviva instante de debilidade no trato domésticoSaúde sem maior alteração.

SAGITÁRIO — 22 de novembro a 21 dedezembroIndicação bastante favorável para o sagitanano.Seu dia será marcado por atitudes acertadas emrelação a pendências no trabalho ou de seu inte-resse pessoal. Fase também benéfica para suavivência em família e no amor. Entendimento emfamília Saúde carente de cuidados.

CAPRICÓRNIO - 22 de dezembro a 20 delaneiroBem influenciado para assuntos que dependem doraciocínio, você terá hoie condições muito tavora-veis para o trato com o comercio e áreas correia-tas. Seus sentimentos serão bem motivados em

quadro rio excelente disposição geral Saúde quepode exigir alguma atenção.

AaUARIO 21 de janeiro a 19 de fevereiroA . glorizaçào de seus planos e proietos novos seráo ponto distintivo desta quinta-feira. Com issovocê se sentira realizado e poderá moldar seucomportamento de forma mais otimista e esperan-cosa. Vivência positiva em família e no amor.Saúde boa

PEIXES -- 20 de fevere^o a 20 rie3Stcáo astroloaica O nativo

JORNAL DO BRASILquinta-feira, 13/2/86 o CADERNO B o

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Esta é a época em que as confecções estão lançando suascoleções para pnmavera-verão 85'86 Como não poderiadeixar de ser, a moda infantil também tem novidades para a

próxima estação e surpresas divertidas para crianças detodas as idades. A grande novidade da Tip Top é a linhaPraia, confeccionada em poliester, para crianças de I a 8anos, que compreende maios, calções de banho, biquínis emonoquinis. na tendência tropical e grafismo Em algumaspeças foi utilizada a simpática personagem Moranguinho.em outras, listras, degrades e motivos lembrando mar e

praia, dando um toque de alegria e graça a essa linha. Paracrianças de 0 a 3 anos, a Tip Top reservou outra novidade.que esta sendo lançada em primeira mão no Brasil E a linhaBaby Disney, onde Pato Donald. Margarida, Mickey, Mimee Pluto aparecem caracterizados como bebes, um casa-mento perfeito Os personagens que estampam as roupi-nhas. aliados ao bom gosto, criatividade e praticidadeprometem fazer dessa coleção um grande sucesso. Aetiqueta Tip-Top pode ser encontrada em todas as loiasespecializadas do pais.

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OtimismoMuito elogiado no meio

econômico o artigo que ovice-presidente do Uniban-co, Marcilio Marques Morei-ra, redigiu e o InternacionalHerald Tribune publicou nasemana passada.

No artigo, Marcilio fazuma ampla análise da eco-nomia brasileira e concluiacreditar que até o finaldesta década o pais terácapacidade de superarsuas dificuldades.

Até lá, entretanto, vai terque apertar muito o cinto.

¦ ¦ ti

Testarprimeiro

O decreto de criação daSecretaria do Tesouro, ór-gão que vai controlar todasas despesas do Governo, jáestá pronto desde o ano pas-sado mas sua assinatura pe-Io Presidente vem sendoadiada sucessivamente.

Agora, o Ministro Funarodeterminou que a Secreta-ria passe por um período detestes antes de ser colocadaem vigor.

Os técnicos da SecretariaGeral que elaboraram o de-creto estão nestes dias àsvoltas com esta novamissão.

InfluênciaO novo Chanceler Rober-

to Abreu Sodré poderá in-fluir diretamente na esco-lha do novo presidente doIBC, já que, como foi noti-ciado, o Embaixador Car-los Alberto Leite Barbosaapresentará amanhã, emcaráter irrevogável, suacarta de demissão.

Como se sabe, Abreu So-dré, além de ser genro deum dos grandes barões docafé de São Paulo, está dei-xando — para assumir onovo cargo — a presidênciada Associação Nacional dosCafeicultores.

DireçãoPAULO AUTRAN

Música:CARIDS lyra

'JfJL SÀB. 21:30H.

DOM. 20:00H.

f»™m # Missão carnavalesca

Fotos de Rubens Monteiro

APOIO Bi ic.CULTVRAl: -SI '$-li lf

TEATROCOPACABANA

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QUEMHERDE

0 JORNALDO BRASILPERDE UMPOUCO DO

MUNDO.

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AntenorMayrinkVeigaentreCristinaMendesCaldeira eMagdaCotrofe naNoiteDourada,com que oHippoencerrouanteontemo carnavaldo Rio

Nem toda a assesso-ria da Presidência daRenública passou ocarnaval como gos-taria.

A pedido direto doPresidente Sarney,meia dúzia de seus au-xiliares diretos ficouem Brasília com tesou-ra e cola na mào orga-nizando duas pastas so-bre tudo o que foi pu-

blicado na imprensa arespeito do veto ao fil-me Je Vous Salue,Marie.• Uma, reunindo todaa grita da intelectuali-dade; outra, com o pon-to de vista da igreja edos conservadores.

• Deu um trjolão de 300páginas.

¦ BI

Herança de espetosQuem quer que venha a ocupar a Embaixada

dos Estados Unidos em Brasília substituindo oEmbaixador Diego Asencio, vai herdar uma pre-ciosídade botânica.

Ê a coleção de cactus com mais de 30 espécimesraros reunida por Asencio no Brasil.

A coleção fica porque seu proprietário conside-ra muito complicado levá-la de volta aos EstadosUnidos, onde o controle de entrada de plantas émais do que severo.

¦ ¦ ¦

JÁ NOMEADOS• Um pouco antes desair do Palácio do Pia-nalto, ontem, o Presi-dente José èarney assi-nou os atos de nomea-ções dos novos Minis-tros menos, é claro, o doMinistro da Previ-dência.

Está fixado no textodo decreto que o Minis-tro Extraordinário daIrrigação terá um man-dato de três anos.

As nomeações foramencaminhadas para oDiário Oficial, onde se-rão publicadas na edi-ção de amanhã.

¦ ¦ ¦

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Barbara e Ken Follett entre Gloria e Alfredo Machado naNoite Dourada

Coisa antiga

O número de veículos roubados no ano passadosubiu para cerca de 83 mil. dos quais apenas 13mil 200 estavam segurados.

As marcas preferidas pelos ladrões foram, pelaordem, Volksioagen Sedan, Voyage, Brasília eFord Escort.

Se dependesse apenas da orienta-ção da Sociedade de Medicina e Cirur-gia do Rio. que amanhã comemora seucentenário de fundação, a prática ins-titucionalizada neste carnaval de des-filar e brincar com os seios livres estápelo menos 75 anos atrasada.

Num parecer memorável, apresen-tado em lide abril de 1911, que consta

Injustiça Demora mas vemO Presidente José Sarney

acha que se comete uma in-justiça quando se critica asua maneira de conduzir areformulação ministerial.

Queixou-se, numa con-versa com um dos seus au-xiliares diretos, de que estásendo criticado qualquerque seja a sua atitude. Setoma decisões, é acusado deatropelar as forças polui-cas; se fica aguardando de-finições — como no caso doMinistério da Previdência —è acusado de estar delegan-do abacaxis.• o Presidente está conven-cido de que, ao contrário doque se diz, o presidente doPMDB saiu prestigiado des-sa reforma, porque canse-guiu manter no Governo osMinistros João Sayad, Nél-son Ribeiro e Renato Ar-cher.

Um peso pesado do mundo empresa-rial paulista está fazendo duasapostas".

Primeiro, que não virá nenhum pa-cote econômico a curto prazo.

Segundo, com igual convicção após-ta que o pais não entra no próximoano sem que esteja em vigor um exten-so plano de desindexação.

IndiretamenteUma raposa felpuda de Brasília fez

as contas e chegou à conclusão de queno Ministério que assume esta sema-na há cinco ex-Governadores da Are-na, todos, na época, escolhidos indire-tamente.

São eles: Marco Maciel, Abreu So-dré, Antônio Carlos Magalhães, Ro-berto Santos e Aureliano Chaves.

das atas da Sociedade, o Dr JaimeSilvado declarou:

— Se considerarmos a influênciado espartilho sobre os seios, órgãosque muito sofrem da contrição produ-zida por essa peça primitiva, tenho adizer, repetindo o que dizem os medi-cos franceses, que o espartilho retémos fortes e ampara os débeis.

¦ ¦ ¦

ConvitesO Cerimonial do Palácio do Planai-

to está expedindo convites aos Minis-tros que estão deixando o cargo paracomparecerem à posse dos que vãoassumir os Ministérios.

Normalmente, os Ministros quesaem costumam apenas passar o car-go em cerimônias nos Ministérios, masnão têm o hábito de comparecer ãcerimônia de posse coletiva no Pa-lácio.

Um dos Ministros que recebeu o con-vite e náo sabe que resposta dar aocerimonial comentou:

— Ê mais ou menos como convidardespejado para a posse do sindico.

¦ ¦ ¦

DespedidasO Ministro Fernando Lyra ainda

tem pelo menos dois projetos de lei nagaveta e os entrega amanhã, na horade sair do Ministério, ao PresidenteSarney.o A nova Lei de Imprensa e Lei deAcesso à Informação.

¦ ¦ ¦

HomenagensO Embaixador bra-

sileiro na União So-viética, Ronaldo Sar-demberg, que passouo carnaval no Rio,decidiu passar porBrasília antes de re-tornar a Moscou.

Quer cumprimen-tar o Chanceler Ola-vo Setúbal por umato de sua gestão,que o Embaixadoracompanhou de per-to e acha um dos lan-ces mais importantesda diplomacia brasi-leira: a viagem aMoscou.

Chá de TVQuem também está no

Rio, além da NBC norte-americana e a WVC ale-má, é a equipe de televi-são da PM Magazine, dosEstados Unidos.

Está realizando cincoreportagens diferentessobre o Brasil — o carna-vai, as praias cariocas, asjóias brasileiras e as ca-taratas do Iguaçu.

Durante uma semana,em maio próximo, essesprogramas serão mostra-dos coast-to-coast no no-rário nobre.

¦ ¦ ¦

Política na frenteO Ministro Dilson Funaro almoçou ontem na

casa do deputado Ulysses Guimarães, e na pre-sença do Ministro Renato Archer, vizinho e amigoíntimo do presidente do PMDB:

Falaram mais de política que de inflação.

Roda-Viva

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Entrada: Polenta Frita e Lingüiça de FrangoBuffet — Pratos Quentes: Bobo - Vatapá, Risoto, Strogonoff, etc.

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Sobremesas: Cocada - Canjica - Doce de Abóbora cICoco - Man,ar Branco, etc

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Vai ser discutida mêsque vem a reforma admi-nistrativa do Itamaraticom a volta, inclusive, daaposentadoria aos 65anos de idade. Se poracaso, a reforma não foraprovada, o EmbaixadorMario Gibson Barbosa fí-cará em Londres até de-zembro.

O aniversário da SraLourdes Faria será feste-jado dia 18.

À frente de uma gran-de mesa de amigos noalmoço de anteontem doCandido's, o presidenteda United Pictures,Frank Marshall.

Carmem e José Alber-

to Guciros decidiram en-cerrar a carreira de sualoja de artesanato, PifsPad.

Jorge Amado e ZeliaGattai passaram o car-naval no Rio, tanqüilos,assistindo desfiles e bai-les pela televisão.

Dercy Gonçalves es-tréia hoje uma têmpora-da no Asa Branca.

O editor Alfredo Ma-chado estará seguindohoje para Salvador, ondeparticipará do almoçoque o pintor CalazansNeto oferecerá sábado.Entre os convidados, es-tarào o Embaixador eSra Diego Asencio.

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CINEMA/ "Rocky IV"

A hora de mudarWilson Cunha

TUDO

começa com um cer-to ar de nostalgia: Rockycomemora nove anos de

feliz casamento, fala-se na épocadas antigas lutas e quando Apol-Io Creed resolve enfrentar o "Ex-presso Siberiano", que os russosestão mandando invadir os EUA,menciona-se os cinco anos deaposentadoria de Apollo. O pú-blico, diante desta aura de ro-mantismo, vai naturalmente res-tabelecendo seu inevitável climade cumplicidade com o heróimaior — Rocky Balboa. E se porsua conta e risco Apollo resolveaceitar o desafio soviético, Rockyficará ao lado do amigo até o fim.Assumindo seu lugar quando ine-vitável. Afinal é o que dele seespera.

Rocky IV, como sua persona-gem central, é narrado em umalinguagem simples e eficiente on-de o primeiro round serve paraincriminar o bloco soviético —eles, definitivamente, sào aquelesdevoradores de criancinhas, osamericanos os bons-moços. O se-gundo round é absorvido pelasérie de treinamentos: Rocky nabase da natureba, Ivan Drago, osoviético, dentro da mais sofisti-

cada técnica computadorizada.O homem contra a máquina, eisainda uma das lições de RockyIV.

Até o dilacerante final. EmMoscou, no dia de Natal, ocorreráo duelo de vida e morte entre osdois já entáo inimigos declara-dos. A platéia — na tela, os sovié-ticos — vaia Rocky enquanto nasala de exibição o público estáuivando de raiva do monstrengoDrago. Stallone, o diretor, já tema vitória garantida. Da garotadaaos mais velhos, envolvidos pelaaura de heroísmo individualizadoque se cultua desde o inicio, to-dos encontram-se na sala escuratorcendo por seu herói.

No ringue moscovita a relaçãode amor (por Rocky) e ódio (porDrago) é acentuada. Stallone,além de diretor e intérprete tam-bém roteirista, faz os governantessoviéticos aparecerem na tribunade honra, mostra muito close demilitares nas platéias — afinal aURSS é "uma sociedade milita-rista que mantém o povo presona base de metralhadoras" — en-fatizando o clima de hostilidadeque se deseja explorar. Nada aliestá desperdiçado. Sylvester sa-be onde deseja chegar.

E vem o grande duelo. Comeficiência, Stallone se deixa baterno primeiro ataque — frustrandoa expectativa de seus torcedoresmas, no segundo, vem uma ligei-ra e fulminante reação. A que aplatéia responde entusiástica.Entre movimentos em câmaralenta entrecortados pela ação

com todo o vigor do som e ima-gem, Rocky IV vai construindodramaticamente uma de suasmais bem urdidas lutas — estasérie que se tem marcado pelaeficiência na mise-en-scène dosembates. Stallone leva Drago àlona, naturalmente, mas aindanão está satisfeito.

Embrulhado em uma bandeirade Tio Sam faz um brinde geral:"Acho que também não gostei devocês quando entrei aqui", afir-ma, referindo-se à estrondosavaia com que fora saudado. "Masvi tudo mudar. Aqui neste ringuehouve um duelo entre dois ho-

Como num confrontode superpotências:Rocky IV

mens. Mas o duelo entre doishomens é melhor que entre 20milhões." A mensagem, afinal, es-tá dada. Nada de cultivar o ódioaos devoradores de inocentes, éhora de mudar, como se afirmaainda aqui. E Stallone se ajustaao tempo atual do relacionamen-to de "Tio" Reagan e Gorbachev:estende a mão sem esquecer, na-turalmente, que o outro é o ini-migo.

Fora do ângulo político, Rnc-ky IV se mostra quase tão eficien-te quanto o primeiro. E, desde oprimeiro, quando precisa falarSylvester Stallone continua umatristeza; não se duvide, entretan-to, de sua eficiência na ação fisi-ca; Talia Shire, a esposa, mantémsua cara sofrida enquanto DolphLundgreen, faz o que dele se espe-ra: apesar do tamanho apanha nahora certa. E Brigitte Nielsen,mulher de Lundgreen na tela ehoje Sra. Stallone na vida real, éum belo ornamento. Assim, os fãsda série Rocky terão aqui com oque se divertir. Quem gosta deacompanhar os intrincados cami-nhos do cinema e a política en-contrará material de relativo in-teresse. Bom Rocky V, quandoserá possivel verificar se Stalloneacredita mesmo na hora demudar.

HOJE NO RIO

CINEMAESTRÉIASFOHÇA SINISTRA (Lifeforoe), do Tobe Hooper.Com Steve Railsback, Peter Pirth, Franck Pin-lay. Nicholaa Bali o Mathilda May. Pathé (Pra-ça Floriano, 45 — 220-3135): de 2a a 6a. às 12h,13h40m, 15h20m. 17h, 18h40m, 20h20m,22h. Sábado e domingo, a partir das 13h40m.Paratodos (Rua Arquias Cordeiro. 350 — 281-362B): 14h20m, 18h,17h40m, 19h20m, 21h.Art-Copocaboiui (Av. Copacabana, 759 — 235-4095), Art-8õo Conrado a (Estrada da Oávea,899 _ 322-1258): 14h40m, 18h30m, 18h20m.20hl0m, 22h. Art-Tijuoa (Rua Conde de Bon-fim, 408 — 254-9578), Art-Madurelra (8hop-plng Center de Madureira — 390-1827): 14h,15h50m, 17h40m, 19h30m, 21h20m. (18anos).

Ficção científica com terror. Uma missãoanglo-americana parte numa nave a fim deexplorar o cometa Halley mas, ao atraveaBar afaixa de energia do cometa, encontra um estra-nho objeto que contém formas humanóidea erasarcófagos de cristal. Produção americana.QUANDO HOLLYWOOD DANÇA (That'8 Dan-olnfç). de Jack Haley Jr. Qene Kelly. Fred Astai-re. Cyd Charisse, Mikhail Baryshnikov, JohnTravolta, Ginger Rogers e Shirley Temple. Lar-go do Machado 2 (Largo do Machado, 29 — 205-6845), Rio-Sul (Rua Marquês do São Vicente,52 —- 274-4532); 14h, 16h, 18h. 20h, 22h. Art-Casashoppíng 3 (Av Alvorada, Via 11, 2.150 —325-0746): 15h30m, 17h20m, lflhlOm, 21h.(Livre).

Coletânea reunindo trechos de filmes musi-cais desde o cinema mudo até os dias de hoje. A

dança reunindo os melhores bailarinos do sa-pãteado. jazz, balo, disco e break. Produç&oamericana.ROCKY IV (Rocky IV), do Sylvester Staalono.Com Sylvester Stallone, Talia Shire, BurtYpune:, Carl Weathers e Dolph Lund^ren. Me-tro Boavlsta (Rua do Passeio, 62 — 240-1341).Barra-3 (Av. das Américas. 4.666 — 325-6487),Loblon-l (Av. Ataulfo de Paiva, 391 — 239-5048), Roxi(Av. Copacabana, 945 — 238-8245),Tijuoa (Rua Conde de Bonfim, 422 — 284-5248): 13h40mtn, 16h20min. 17h, 18h40mln,20h20mln, 22h. Loblon-B (Av. Ataulfo do Pai-va. 391 — 239-5048), Odeon (Praça MahatmaQandhi, 2 — 220-3835), Carioca (Rua Conde doBonfim, 338 — 228-8178), Madurelra-S (RuaDagmar da Fonseca, 54 — 390-2338):I3hl0min, I4h60min, ieh30min. íahiomin,19h50min, 21h30mln. Olaria (Rua Urano»,1.474 — 230-2888): 14h20mln, 18h,17h40mln, 19h20mln, 21h. Condor Copaoaba-na (Rua Figueiredo Magalhàoa, 286 — 255-2610), Largo do Machado-1 (Largo do Mac ha-do, 29 — 205-6845): 14h, 15h40min,17h20min. 19h. 20h40min. 22h20mln. Baro-nesa (Rua Cândido Benício, 1.747 — 390-5745):14h30min. lShlOmin, 17h00min, 19h30min,21hlOmin. Art-Mélor (Rua Silva Rabelo, 20 —249-4544): 14h, 15h50mln, 17h40mln,I9h30min, 2lh20min. De quarta a domingosessões à meia-noite nos cinemas Metro Boa-vista, Condor Copacabana e Largo do Machado-l. Com som dolby-atereo em todos os cinemasexceto Baronesa, Art-Méler e Olaria (IO anos).

Quarta aventura do lutador do boxe RockyBalboa. Depois da terceira luta, quando venceum peso-pesado negro, Rooky volta a sua vidacaseira mas, um dia, assistindo televisão ficasabendo da chegada do um lutador ruaso quevem aos Estados Unidos para desafiar o oam-

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OS AMANTES DE MARIA (Maria's Lovors), doAndrei Konchalovsky. Com Nastassja Kinski,John Savage, Robert Mitchum, Keith Carradi-ne. Anita Morris e Bud Cort. Veneza (Av. Pas-teur, 184 — 295-8349): 14h, 16h, 18h, 20h,22h.Comodoro (Rua Haddock Lobo, 145 — 284-2025): 2a e 3*. às lSh, 17hl0min, 19h20min.De 4a a domingo, às 15h, 17htomin,19h20min, 21h30mln. (16 anos).

Ao voltar para sua pequena cidade, depoisde paasar alguns anos como prisioneiro em umcampo de concentração Japonês, um jovem so-nha encontrar uma mulher que ele amava an-tes de partir para a guerra, maa descobre queoutros homens também oatão apaixonados porela. Produção americana.A PROMETIDA (The Brldo), de Franc Roddam.Com Sting, Jonnlfor Beals. Anthony Higgins,Clancy Brown e David Rappaport. Brunl-Ipanema (Rua Visconde de Pirajá, 371 — 521-4690), Bruni-Copacabana (Rua Barata Ribeiro.502 — 256-4588). 14h, 18h, lBh, 20h, 22h.Bruni-Tijuoa (Rua Condo de Bonfim, 370 —254-8975): 15h, 17h, 19h. 21h. Art-São Conra-do 1 (Estrada da Gávea, 899 — 322-1258): 15h,I7hl0min, I9h20min. 21h30min. Art-Casashopping 1 (Av. Alvorada, Via 11, 2.150 —325-0746): 14h30min. 18h40mln, 18h50min.21h. (14 anos).

Nova versão da clássica história do Dr.Frankenstein e suas criaturas. Depois de oriarum homem, desajeitado e tolo, o jovem e auda-cioso médico resolve dar vida a uma bela efrágil criatura do sexo feminino. Mas as colBaanão acontecem exatamente como ele planejaporque, embora possa dominá-la, nào conseguecontrolar sua alma, Produção americana.GAROTAS DO PRAZER — De Paulos Parzsha-kis. Com Qina Janssn, Slgrun Theil e HelgaWlld. Vitória (Rua Senador Dantas, 45 — 220-1783): de 2a a sábado e domingo, as 14h30rain.16h, 17h30min, 19h, 20h3Omin. 5a e 6aa. às13h, 14h30min, 16. 17h30min, 19h,20h30min. Botafogo (Rua Voluntários da Pá-tria. 36 — 288-4491): 2a o 3a, às 13h30min.18h25min. Do 4a a domingo, às 13h30min,16h2Smin, 19h20min. (18 anos).

Filme pornô. _____^^_____—

CONTINUAÇÕESIMMACOLATTA E CONCETTA, O OUTRO CID-MB (Inomacolatta e Concetta, 1'Altra Oelosla).de Salvatore Ptacicellt. Com Ida de Benedetto.Marcella Micholangoll e Tomaso Bianco. Qau-mont Copacabana (Rua Raul Pompéia, 102 —247-8900). 14h40min. 18h30mln, 18h20mln,20hlOmtn, 22h. Até quarta. (18 anos).

A história gira em torno de duas persona-gens femininas que se conhecem em um presi-dio de Nápoles, nascendo daí uma relação afeti-va e amorosa. Produção italiana.SILVERADO (BUverado). do Lawrence Kaadan.Com Kevin KUne. Scott Qlenn, Kevln Costner sDanny Glover. Qaumont-Catoto (Rua do Catolé.228 — 205-7194): 14h. 18h30min, 19h,2lh30min. Até quarta. (14 anos).

Western. O filme conta a história de quatrohomens e suas avonturas no Velho Oeste ame-ricano, em 1880. Produção americana.Retomando as origens mais aventurescas dowestern. o diretor e roteirista Lawrence Kas-dan realiza um filme onde todoe os ollohõa dogênero são revisitadoB e os trabalha com gran-de dose de criatividade. A esta proposta se aliaprazeirosamente todo o elenco.COCOON (Cocoon), de Ron Howard. Com DonAmeche, Wilford Brlmley. Hume Cronyn. BrianDennehy. Jack Oilford o Steve Quttonberg,Tahnee Welch e Tyrone Power Jr. 8ao Luhs-3(Rua do Colete, 307 — 285-2296), Barra-1 (Av.das Américas, 4.886 — 325-6487): 15h,17hlOmin, 19h20min, 21h30min. Som Dolby-¦tereo no São Lulz-2. (livre).

Filme de ficção cientifica. Um grupo deextraterrestres vem à Terra a fim de recuperarcasulos (cocoons) encantados no Golfo do Mexi-co. Durante a visita à costa oeste da Flórida elesencontram um jovem capitão de barco, Bernie,que apaixona-se por uma das vi sitantes. Juntoseles embarcam numa aventura cheia de surpre-sas. Produção americana.UM HOMEM. UMA MULHER. UMA NOITE(Clalr do Feramo). de Costa-Gavras. Com YvesMontand, Romy Schneider, Romolo Volli. LüaKedrova e Heinz Bennent. Jóia (Av. Copaoaba-na. 680): 14h, 18h, 18h. 20h. 22h. (14 anos).

Um homem encontra por acaso uma mulhere o encontro mostra-se revelador para os dois.Ambos estão passando por um momento difícil,defrontando-se com a morte de pessoas querí-das. Elo. com o suioídio da mulher e ela, com amorto acidental da filha. Produção francesa.COBta-Gavras — responsável por filmes aberta-monte políticos como Z ou A Confissão — reali-ia uma obra de vôo existencial. Yves Montand eRomy Schneider apresentam pungentes de-sempenhos como suas angustiadas persona-gens.O FUTURO É MULHER (Le Futur est Femme),de Marco Ferreri. Com Ornella Muti, HannaSchlgulla, Niels Arestrup. Maurizio Donadoni,Michele Bovenzi e Ute Cremer. Cinema 1 (Av.Prado Júnior. 281): 14h. 16h. 18h. 20h, 22h.(lô anos).

Um casal evita por todos os meios ter umfilho com medo de uma catástrofe nuclear, Poracaso eles conhecem Malvina. uma jovem queestá grávida e sozinha. Aos poucos eles vão seenvolvendo e uma inquietação existencial pas-sa a tomar conta dos três provocando um desa-juste no casal. Produção franco-ítalo-alemã.O CALDEIRÃO MÁGICO (The Black Caudron),desenho animado de Walt Disney. Copacabana(Av, Copacabana. 801 — 255-0953). São Lulx-1íRua Jo Catete. 307 — 285-2Í98), AmértcacRuaConde de Bonfim. 334 — 264-4246). Barra-8(Av, das Américas. 4668 — 325-6487): 14h.I5h30min, I7h. I8h30min. Cópias dubladas esom dolby-Stereo. (Livre).

Taran. um jovem guardador de porcos, so-nha em ser um grande guerreiro. Um dia, eledescobre por acaso que um dos porcos tempoderes especiais. Esses poderes são para se-rem usados pelo Rei de Chifres, uma criaturaperversa, que está em busca de uma armapoderosa de conquista, conhecida como o Cal-delrão Mágico Produção americana.A VOLTA DOS MORTOS-VIVOS (The Return ofthe Living Dead). de Dan 0'Bannon. Com CluCulanger. Jamea Karen. Don Calfa. Thom Ma-thews. Beverly Randolph e John Philbln. Brls-tol (Av Ministro Edgar Romero, 460 — 391*4622). Coper-Tijuca (Rua Conde de Bonfim.615): 14h30min. 18h:0min. 17h50mín.19h30min. 21h20min, (16 anos)..

Freddy e Frank. doiB jovens que tabalhamno almoxarifado do Uneoda Medicai Supply.conversam um dia a respeito de um filme, sobremortos-vivos, que Frank tinha visto e que sebaseava em fatos reais: Night of Living Dead.Frank conta ao amigo que o Exército mantevesegredo sobre o caso e que mandara os corpospara o Uneeda. onde ainda se encontram.Curiosos, os doiB vão até o porão onde estão oscorpos. Lá, Frank bate num tambor provocandoo escapamento de'um vapor que faz reanimaros corpos dos mortos-vivos, Produção ameri-cana.COMANDO PARA MATAR (Conluiando), doMark Lester. Com Arnold Schwarzeneggsr.Rae Dawn Chong, Dan Hedaya, Vernon Wells,James Olson e David Patrick Kelly. Coral(Praia de Botafogo. 318): 13h40min.15h20min. 17h, 18h40mln. 19h20min, 22h.Palácio (Campo Grande): 15h, 18h40min,18h20min, 20h. Madurelra-1 (Rua Dagmar daFonseca, 54 — 390-2338): 14h20min, 16h.17h40min, 19h20mln, 21h. Paláolo-B (Rua doPasseio, 40 — 240-8541): 13hl0min,14h50min, 16h30min, lShlOmin, 19h50mln,21h30mln. Com som dolby-stereo. (14 anos).

Ex-llder de uma força de ataque ospeoialque agia no Oriente Médio, União Soviética eAmérica Central, o Coronel John Matrix viveagora.comafllhaJenny.de 11 anos, num lugartranqüilo no campo. Mas. Matrix tem sua vidatranstornada quando um ditador deposto deum pais da América do Sul. resolve raptar suafilha. Produção americana.

REAPRESENTAÇÕESAMADEUS (Amadeus), do Milos Forman. ComF. Murray Abraham. Tom Huloe. Ellzaboth Ber-

Jersey, durante a grande depressão americanae mostra, como num conto de fadas, a históriade uma garçonete sonhadora e infeliz no caaa-mento que, para fugir à realidade, passa horasno cinema, Um ida. o galã da fita pára a cena.sai da tela e convida-a para jantar e dançar.Produção americana.

• Um hino de amor ao cinema e aos cinéfilos.Woody Allen realiza seu melhor filme desdeManhattan: engenhoso, sensível, A Rosa brin-ca com a própria linguagem cinematográficapara traduzir o universo encantatório que en-volve o cinema — e os cinéfilos.A BALADA DE NARAYAMA (Narayama Bu-shi-Ko), de Shohei Imamura. Com Ken Ogata,Sumlko Sakamoto, Tonpel Kldari e Take Aki.Rloamar (Av. Copacabana. 380 — 237-9932):I9h20mín, 21h40min. Até domingo. (18 anos)

Moko-Mura é uma aldeia no interior doJapão onde os costumes ainda são medievaiB eo solo muito estéril e pobre. Nesta aldeia, man-da a tradição que aqueles que atingem a idadede 70 anos devem fazer uma peregrinação até amontanha para morrer e deixar o lugar para osmais jovens. Produção japonesa. Palma de Ou-ro em Cannes, em 1983.

pS. HISTÓRIA SEM FIM (The Neverendlng'-y^Story), de* Wolfgang Petersen. Com BarretOliver, Gerald MacRaney, Drum Garrett, Dar-ryl Cooksey o Nlcholas Gilbert. Rlonniar (Av.Copacabana, 360 — 237-9932): 14h20min, 18h,I7h40min. Versão dublada. Até domingo.(Livre).

Um menino de dez anos. órfão e carente,refugia-se em uma livraria para fugir da perae-guiçao de seus colegas. Lá. ele fica fasoinadopor um livro que se intitula A História Sem Fim

O Caldeirão Mágico, desenho animado de Walt Disney: em cartazapenas nas sessões da tarde

canção As Time Góes By, cantada por DooleyWilson. Produção americana de 1943, em pretoe branco.JULES E JIM/UMA MULHER PARA DOIS (Ju-le» et Jlm). de François Truffaut. Com JoanneMoreau. Oskar Wernor e Honri Serre. Lldo-1(Praia do Flamengo. 72): 14h, 16h, 18h. 20h,22h. (16 anos).

Filme passado em Paris, as vésperas daPrimeira Guerra Mundial, com dostaque para ahiBtória de dois amigos, um alomão e outrofrancês, que durante a guerra lutam em trin-cheiras diferentes. O amor deles pela mesmamulher muda o desenrolar dos acontecimento»depois da guerra. Produção francesa em preto sbranco.François Truffaut, poeta da sensibilidade emposBe de toda a sua magia, realiza um dosfilmes de maior charme doa anos 60.

SALVE-SE QUEM PUDER — A VIDA (SauveQul Peut — La Vlo), de JeaivLuc Godard. ComIsabelle Huppert, Jacques Dutrono e NathalieBaye. Ctneolube Estação Botafogo (Rua Volun-tãrios da Pátria, 88 — 288-8149). 18h, 18h,20h. 22h. Até quarta. (18 anosO.

A história de três pessoas quo, em determi-nado momento da vida. encontram-se nos maiasstranhos lugares. Um homem deixa seu traba-lho na TV para morar no campo. A mulher,escritora, vive em permanentes conflitos com omarido. Entre eles a figura de uma prostitutaque sai do campo para viver na cidade. Produ-ção francesa.A LEI DO CÃO (Dog Day/Canloulo). do YvosBoiseet. Com Lee Marvin. Mlou-Miou. Jean Car-met. Victor Lanoux, David Bennet e Bernadett*Lafont. Bruni-Méler (Av. Amaro Cavalcante.105 — 591-2746): 15h. 17h. 19h, 21h. (14anos).

Um gangster americano foge para a Françaoom 600 mil dólares roubados, sendo persegui-do pela policia e por seus próprios cúmplices.Ele enterra o dinheiro e envolve-se com umafamília pobre da região que passa a lhe oferecerproteção. Produção francesa.

EXTERMINADOR DO FUTURO (Tho Terml-nator). de James Cameron. Com ArnoldSohwarzenegger. Michael Biehn, Linda Homil-ton. Paul Winfield o Lance Henriksen. 8ão Lula

(Rua do Catete. 307 — 285-2298): Barra-a (Av.das Américas. 4.666 — 325-6487): 20h, 22h.Palácio-1 (Rua do Passeio. 40 — 240-6541):13h30min, 15h30min, 17h30mln. 19h30min,21h30min. (16 anos).

Ficção científica ambientada em Los Ang»-los. A luta ento um oyborg (um ser quo é metadehomem e metade máquina), âparentemont* in-deotrutlvol e um guerreiro do futuro qúe tontasalvar a vida de uma garota perseguida pelooyborg. Produção americana.FESTIVAL DE FILMES PORNÔ — Hoje Gosto-sas. Taradas e Saoamia (Nasty Oirlo). do HonriPachard. Com kelly Nichols, Tiffany Clark eSharon Kane. Only (Rua Aloindo Guanabara.21). de 2a a 8a. às íoh, llh30min; 13h;14h30min, 16h, 17h30min, lOh. 21h30min.Sábado e domingo, a partir das Mh30min.Soala (Praia de Botafogo. 320 — 266-2545): 14h15h30mln 17h. 18h30min. 20h. 21h30min.Tljuoa-Palace 2 (Rua Conde de Bonfim, 214 —228-4610). Astor (Rua Ministro Edgar Romero.236 — 390-2030). 15h, 16h30min, 18h,ighaomtn, 2ih. (18 anos).Filme pornô.

ridgo. Simon Callow. Roy Dotrice o ChristineEbersole. Copacabana (Av. Copacabana, 801 —255-0953): 21h. (10 anos).

Filme baseado na peça de Peter Schafferapresentando a vida do genial compositor aus-tríaco Wolfgang Amadeus Mozart, segundo asmemórias do seu mais terrível rival AntônioSalieri, acusado por muitos de tô-lo assassina-do, Produção americana vencedora de oitoOscar.Teatro, cinema, ópera: Milos Forman mistura,diabolicamente, todos esses elementos ofereci-dos pela idéia original do Petor Schaffer para.apoiado por irretocáveis cuidados de produçãoe desempenho do elenco, realizar uma verda-deira obra-prima. Visão obrigatória a qualquerfaixa de publico.ROMA (Fellini Roma), de Federico Fellini. ComPeter Gonzales, Stefano Majore. Britta Barnese. era aparições especiais, Federico Fellini,Anna Magnani. Alberto Sordí e Gore Vidal.Ópera-l (Praia de Botafogo. 340 — 286-2545):I3h45min, íslvioinin. I7h45min. I9h50min.21h55min (14 anos).

De forma semi-documentária e enfoquepoético, o filme apresenta as memórias e im-pressões de Fellini sobre a cidade, com seusbairros populares, pontos turísticos, jovens demotocicleta, o cinema e os tesouros artísticosdescobertos pelas obras do metro. Produçãoitaliana.QUANTO MAIS QUENTE MELHOR (Some Llksit Hot). de Billy Wilder. Com Marilyn Monroe,Tony Curtis e Jack Lemmon. Palssandu (RuaSenador Vergueiro, 35 — 265-4653):I5hl5min, I7h30min, 19h45min, 22h. (14anos)

Produção americana em preto e branco.Clássico da comedia americana com TonyCurtis e Jack Lemmon disfarçando-se de tra-vesti para integrar uma orquestra feminina eescapar à ira dos gangster de Chicago, década-de 20.¦ Com grande dose de humor e ironia, BillyWilder trafega pelo mundo dos ganga ters, brin-ca com troca de identidades e oferece extraordi-nários desempenhos de Jack Lemmon e Mari-lyn Monroe. Cercados por uma ótima trilhasonora, em um filme que sobrevive muito bemao passar dos anos.MEMÓRIAS DO CÁRCERE (Brasileiro), de Nel-son Pereira dos Santos, Com Carlos Vereza,Gloria Pires. Jofro Soares. José Dumont, NildoParente e Wilson Grey. Cândido Mendes (RuaJoana Angélica. 63 — 227-9882): 15h. 18h e81h (18 anos). _

O filme retrata o Brasil da década de 30.época de repressão política e perseguição a"intelectuais. Uma das pessoas atingidas é oescritor Graciliano Ramos, que foi preso ecomeçou a escrever na cadeia o livro autobio-grafico Memórias do Cárcere, onde conta todosos sofrimentos sofridos por ele e os demaispresos. Prêmio da Critica Internacional do Fes-Uva! de Cannes de 1984.A ROSA PURPURA DO CAIRO (The PurpleRose), de Woody Allen. Com Mia Farrow. JeffDaniels e Danny Aiello. América (Rua Condede Bonfim. 334 — 284-4246) 20h. 2lh30mm.(10 anoa).

A ação se passa numa cidadezinha de Nova

e através de sua leitura entra em contato comum pais chamado Fantasia e com uma formamisteriosa chamada O Nada. Produção ameri-cana.¦ Dando sua resposta européia ao universo deSteven Spielberg/George Lucas, o diretor ale-mão Wolfgang Petersen deixa os claustrofóbl-cos espaços de seu bem sucedido O Barco.Inferno no Mar para. nas asas da fantasia, criarum filme de intensa beleza plástica. Em que amúsica de Oiorgio Morodcr é um notável re-forço.OS INCOMPREENDIDOS (Los Quatre CentsCoups), de FrançoiB Truffaut. Com Jean-PierreLéaud, Claire Maurier, Albert Remy, Guy Do-comble o George Flanant. Lido-2 (Praia doFlamengo, 72): 14h. 16h. 18h, 20h, 22h (14anos),

Primeira aventura do Antoine Doinel. per-sonagem criado por Truffaut e que apareceriadepois em mais três filmes. Nesta primeiraparte ele e um menino Incompreendido pelospais e professores quo perambula pelas ruas epratica pequenos furtos acabando por ser reme-tido a um Centro de Recuperação. Produçãofrancesa em preto e branco.François Truffaut iniciava, com este meio-autobiográfico Os Incompreendidos, o grandehino de amor ao cinema em que se transforma-ria sua obra. Um clássico da nouvelle vague aser (re)visto com paixão.CASABLANCA (Casablanca), do MichaelCurtis. Com Humphrey Bogart. Ingrid Berg-man, Paul Henroid, Claude Rains, Peter Lorre eConrad Veidt. Ópera-2 (Praia de Botafogo. 340— 266-2545): 14h. 16h, 18h. 20h. 22h. TijuoaPãlace-1 (Rua Conde de Bonfim, 214 — 228-4840): 15h. 17h, 19h. 21h. (10 anos)

Durante a II Guerra Mundial, um america-no. dono de um nlght club em Casablanca, noMarrocos, ajuda um casal da Resistência, fugi-tivo da Europa, apesar da mulher ter sido suaamante e de os dois ainda se amarem. O filme,considerado um dos maiores oult movles dahistória do cinema, ficou famoso também pela

drive-inAVAETÉ — SEMENTE DA VINOANÇA (Brasi-leiro). de Zelito Viana. Com Hugo Carvana,Renata Sorrah. Milton Rodrigues, Jonas Blooh,Clãudio Marzo, José Dumont e Nina de Podua.Lagoa-Drlve-ln (Av. Borges de Medeiros, 1.428— 274-7999): 20h30min. 22h30min. Atéqiuar-ta. (16 anos).

Baseado num fato verídico, o filme discutea dominação dos brancos sobnros tndiosr Pnradefender um projeto agropecuário, ao norte deMato GrosBO. uma expedição ataca a aldeia dosíndios avaetés deixando apenas um aobrevi-vente: um índio de oito anos que passa a sercriado pelo cozinheiro da expedição. Com opassar do tempo, a notícia chega aos jornais e arepercussão internacional provoca inclusive aabertura do uma CPI no Congresso.

NITERÓICENTER (711-6909) — Os Amantes de Maria,com Nastassja Kinski. As 15h. 17hl0min,19h20min. 21h30min. (18 anos). Até domingo.WINDSOR (717-6289) — A Prometida, comSting. Às 15h, l7h. 19h, 21h. (14 anos). Atédomingo.ICARAÍ (717-0120) — Rocky IV. com SylvesterStallone. Às 13h40min, I5h20min, l7h.18h40min, 20h20min, 22h, (10 anos). Ate do-mingo.NITERÓI (717-9322) — Rocky rv, com Sylves-ter Stallone. Às 14h20min, 16h. 17h40min.19h20min, 21h. (10 anos). Até domingo.

CINEMA-1 (711-9330) — Força Sinistra, comPeter Firth. As 14h40min, íehsomin,18h20mm. 20hl0min, 22h. (16 anos). Ate do-mingo.CENTRAL (717-0387) — Operação Dragão..com Bruce Lee. Às 13h40min, 15h30min.17h20min. 19hl0min, Slh. (18 anos). Até do-mingo.ART-UFF — Retrospectiva 85 — Hoje: Metropo-lis. de Fntz Lang. Às 16h. 17h40mln,19h20rnm. 21h. (Livre)

RADIOJORNAL DO BRASIL

AM 940KHzJornal do Rio — de 2ft a 6B. das 8h30min às 9h.JBI — Jornal do Brasil Informa — de 2a a 6a. as7h30min. 12h30min, 18h30min e 0h30min-,Bab. e dom. às 7h30min, I2h30min. I9h30mine 0h30min.Manhã JB —de 2* a 6*. das 9h às 12h. Reporta-gens, informações culturais e música.Repórter JB — Informativo às horas certas.Além da Noticia — com Villas-Bôas Corrêa, as7h50min e 8h45min.Encontro com a Imprensa — As 13h. Hoje. dia]7 í. o assunto é carnaval com presidentes devarias escolas de samba e o secretário munici-pai de turismo. Trajano Ribeiro Durante odebate, perguntas pelo tel. 284-5599À Margem da Noticia — com Rogério CoelhoNeto, Ai I7h50min.

Campo e Mercado — âs 7h50min.Informações Marítimas e Portuárias — às6h50min. com Pinto Amando.Jornal da Tarde — de 2a a 6a, das 18h as 19h.Arte Final — de 2S a 8*. às 22h.Ar» Final Jazz — Dom , às 22h.

FM ESTÉREO99.7MHz

Hoje20 horas — Reproduções e raio laser: Romeu •Juliets — Abertura-Fantasía ze rcratkCrÁsfcv (Karajan— 22rt02i Concerto em Fa, para ftButa doce contrai-to, ae Haendel [M ;h3ia Petr — 7 58 14 Valsas deChoptn (Arrau 60 39 Reproduções convencionais:Sinfonia n° 21. em La Maior je Y zari iMarnner ¦19 40), Sonata n° 1. em mi menor, para violoncelo spiano op. 38. je Brahn ¦'• tct : Menezi o GilbertoTinetti — 27.27:. A Execução de Stepsn Railn. de

A. Indica*». ,ao dt WiUon Cunha (cinema), M«k»en Lulí (teatro), Diana Aragio {.howl, Boynaldo Roel. Jr. (art*. plásticas), Antônio Jo» Faro (dança) o LuU Paulo Horta (musica)

JORNAL DO BRASIL quinta-feira. 13/2/86 o CADERNO B O 5

Assim não dáFOI

uma pequena via-crucis. Na sexta-feira (deCarnaval) a soirce do Leblon-1 oferecia apossibilidade de reencontro com o mundo

encantado de Cecília (Mia Farrow em A Rosa Púrpu-ra do Cairo) mas quem se aventurar encontrará umacópia em triste estado. Cecília ficaria tristíssima... Jáno sábado, nova tentativa: agora ao encontro dasperipécias de Teri Garr e Michael Keaton sob adireção de Stan Drago ti em Mr. Mom. Na bilheteria, oaviso discreto — Ar condicionado deficiente. Mas nâoera apenas o ar. Sob um calor de matar, depois delutar para encontrar uma poltrona que não estivessequebrada, os desavisados enfrentaram uma cópia tãoriscada, picotada, que uma das melhores seqüênciasdo filme — Teri Garr vendendo a um cliente a idéia deuma campanha publicitária em torno de latas deatum — é parcialmente cortada. O cinema Ricamarestá um verdadeiro caso de polícia. No domingo,surgiu uma esperança: na soiréc do Copacabana — eregistre-se que a programação de filmes determina-dos em apenas um horário é uma inteligente alterna-tiva — oferecia a obra-prima de Milos Forman Ama-deus. Apesar da projeção insistir em um pequenodesfoque do lado esquerdo, o ar funcionava, o som erade alta qualidade, poltronas confortáveis até que...aconteceu: ninguém sabe por que, caiu o som. Protes-tos inúteis, ouvimos Mozart a sotto você. Na segunda-feira não havia como dar errado. O filme, Os Amantesde Maria, era lançamento em cinema de primeira, oVeneza. Nos anúncios, pagos, informava-se que ohorário da primeira sessão era 15h. Junto à bilheteria,entretanto, um visivelmente já espinafrado responsa-vel pela sala ia logo avisando: mudaram o horário,eles mudaram o horário. Maria começara a namorarJohn Savage às duas horas e, àquela altura, KeithCarradine já estava prestes a levar um dos maissonoros socos do cinema atual. Resignação? Depois,como o Time mostrou recentemente, náo sabem porque as pessoas, cada vez mais, preferem o vídeo a irao cinema. Assim, realmente, não dá... (WilsonCunha)

ELA

está grávida de oito me-ses de seu primeiro filho. Umfato que, por certo, vai acres-

centar ainda mais suavidade à vozjá tâo doce de Olívia Byington, queestréia hoje, às 22h, no Teatro Ipa-nema, em minitemporada que seestende até domingo. O show queOlívia apresenta faz carreira há umano pelo país. e foi considerado pelacrítica paulista como um dos me-lhores de 85. No entanto, Olíviaainda náo havia apresentado oshow inteiro, no Rio: apenas algunstrechos, em espetáculo no CircoVoador, dividido com Clara San-droni, e no Parque Lage.

É um show intimista, quase umrecital camerístico. No acompanha-mento, Edgard Duvivier no sax,Mário Boffa nos pianos acústico eelétrico e no sintetizador DX 7, eTereza Madeira, também um pianoacústico. Numa época em que oscantores se apresentam em grandesespetáculos, com enormes bandas emuita produção, Olívia optou porum caminho oposto: "Optei pelaliberdade, por ter controle total so-bre o repertório, os arranjos, o cli-ma do show — diz Olívia. Com umabanda pequena, posso me apresen-tar em qualquer lugar, viajar, semgrandes custos. Se fosse montaruma grande produção, teria queconseguir patrocínio, assumir com-promissos comerciais para que oespetáculo desse lucro. Isso iriacomprometer a qualidade do traba-

ESTREIA/show

Olívia Byington emrecital camerístico

"Este espetáculo tem me dado muito prazer e, depois de um ano deviagens, acho que o trabalho já está maduro."

lho. que é uma coisa que eu nãoaceito".

A formação instrumental, pecu-liar, permite também novas aven-turas na busca de timbres e sons,na criação de sutis coloridos enuanças sonoras. Em Eu Te Amode Tom Jobim e Chico Buarque,ouve-se apenas a voz de Olívia,acompanhada pelo sax. Nas Ba-chianas Brasileiras n" 5, de Villa-Lobos, é a vez da voz cristalina secombinar com o piano. Tudo muitocool, íntimo. O repertório do showfaz um balanço da carreira de Oli-via: dos tempos de Lady Jane eCavalo Marinho ao rock, feito paraela por Cazuza. Algumas músicasnovas: Desassossego, em parceriacom Edgard Duvivier — seu parcei-ro também na vida — compostasobre um texto de Fernando Pes-soa, ou melhor, Bernardo Soares;mais três músicas curtas, sobre tex-tos de Omar Kayan, poeta árabe doséculo onze. E o futuro? "Este espe-táculo tem me dado muito prazer —diz Olívia — e, depois de um ano deviagens, acho que o trabalho já estámaduro, e merece ser registrado emdisco. Mas isto, só depois que acriança nascer". Com a chegada dofilho, Olívia irá interromper suasapresentações, que deverão ser re-tomadas em julho. Portanto, de ho-je até domingo, estende-se a últimaoportunidade de se assistir a estebelo e terno espetáculo da cantorapreferida de Tom Jobim e de Turí-bio Santos.

HOJE NO RIOSHOWOLÍVIA BY1NQTON — Show com a cantoraacompanhada pelos músicos Edgard Duvivier(sax), Mário Boffa (piano acústico, elétrico e

t DX-7) e Tereza Madeira (piano acústico). TeatroIpanema, Rua Prudente de MoraiB. 824 (247-9794). De 5a a dom. às 22h. IngreBBos a Cr$ 30mil (5" e dom) e Cr$ 40 mil (6a e sáb.). Atédomingo,OS HALLEYS — Os personagens estaiüo de 2ft a6* passeando pelas lojas e as 14h, 15h e IBh,17h, I8h e 19h. Apresentando a peça A Hiato-ria da Família Halley. No Barrashopplnfj, Av.das Américas, 4666.POQO E PAIXÃO — Show do cantor Wandoacompanhndo de sua banda. De 4ft a dom., as23h, no Canecâo, Av. Venceslau Braz, 216(29S-3044) Ingressos a Cr$ 60 mil. arquiban-cadas a Cr$ 70 mil, mesa lateral; a Cr$ 80 mil.mesa central. Música ao vivo para dançar com ogrupo de Osmar Milíto a partir das 21h30min edepois do show. Temporada suspensa. Voltadia 19.

HUMORVOU QUERER TAMBÉM SENÃO EU CONTOPRA TODO MUNDO — Texto de Guffu Olime-cha, Agildo Ribeiro. Max Nunes, Jésua Rocha eZiralrio. Com o humorista Ag-ildo Ribeiro. Tea-tro Princesa Isabel. Av. Princesa Isabel, 186(275-3348). 5a e 6a, às 21h30min, sáb., as21h30mín edom., as20h. Ingressos 6a e dom. aCrS 40 mil e Cr$ 25 mil, estudantes; 6a e sáb aCr$ 50 mil e Cr$ 25 mil, estudantes.

DERCY GONÇALVES — Show oom a humorie-ta. Participação especial de Luta Carlos Braga.Direçáo de Mário Wilson. Aaa Branca, Av. Memde Sá, 17 (252-4428). De 4a a dom. às 23h.Ingressos a Cr$ 100 mi! (6a, sáb. e vesp. deferiado) e Cr$ 70 mi 1 (4a, 5a e dom). Estréia hoje.

CONFIDENCIAS DE UM ESPERMATOZÓIDECARECA — Show com Carlos Eduardo Novaes.Texto de Carlos Eduardo Novaes e Caulos.Direção de Benjamin Santos. Teatro Delfim,Rua Humaitá. 275 (286-4398). 5a 8a, às 22h;sáb, as 20h3Omin e 22h30min; dom, às19h30mln. e 21h30min. Ingresaos 5a, 6aedoma Cr$ 40 mil e Cr$ 30 mil. estudantes; e sáb aCr$ 50 mil. (14 anos). Até o dia 2 de março.

r\ OITAVO NA PENEIRA — Show do humo-*~k rista Chico Anísio. Roteiro de Arnaud Ro-drigrues, Oiuseppe Guiarone, Benil Santos.Marcos César e Chico Anísio. Direção de Fer-nando Pinto. Teatro Casa Grande. Av. Afrániode Melo Franco. 290 (250-8948), De 4a a sab., às21h30min e dom, às 20hi Ingressos. Cr$ 60mil. Temporada suspensa. Volta amanh㦠Com este espetáculo, o oitavo de sua carreiraconforme o próprio titulo assinala, Chico Any-sio mostra, mais uma vez, que é um dos nossosmelhores humoristas Mesmo abusando de an-tigas piadas que se revelam sempre novas navoz e na presença deste brilhante contador dehistórias.DESCULPEM A NOSSA FILHA... PERDÀO ANOSSA FALHA — Texto, direçáo e interpreta-ção do humorista Geraldo Alves. Teatro doRiam. Lro do Ibam. 1 (286-8822). 5a e 6", às2lh30min; sáb. às 20h e 22h e dom. às I8h e20h30min, Ingressos 5" edom. a CrS 30 mil; 6ae sáb a Cr$ 40 mil.

SEROIO RABELLO — O NOVO HUMOR —Espetáculo do humorista Teatro da Lagoa. Av,Borges de Medeiros. 1426 (274-7999). De 5ft. as21h30min; 8R e sáb. às 22h; dom., às 20h.Ingressos a Cr$ 50 mil. (16 anos). Tjimooradar's u s pensj^Volla-*1 i a-2-r:

TURÍSTICOSOBA OBA BRASIL — Show com Dora. OlavoSargentelli. Glória Cristal, Iracema com a or-questra do maestro índio e As Mulatas Que Não

Estão nn Mapa Musica ao vivo para dançar apartir das 20h30min. com serviço de restau-rante. Show. às 23h. Oba Oba. Rua Humaitá,1 10 (2889848). Couvert a CrS 150 mil.

GOLDEN RIO — Show musical com a cantoraWatusf e o ator Grande Otelo à frente de umelenco de bailarinos. Direçáo de Maurício Sher-man, Coreografia Juan Cario Berardí. Orques-tra do maestro Guio de Moraes. Scala-Rlo, Av.Afránio de Melo Franco. 296 (239-4448). De 2aa dom. às 23h, Couvert a Cr$ 200 mil.SONHO SONHADO DE UM BRASIL DOURADO— Show diariamente, às 22h30h. com ob canto-res Sapoti da Mangraeira e Silvio Aleixo. comparticipação de 125 artistas, mulatas e ritmis-tan e orquestra sob a regência do Maestro SilvioBarbosa, Direçáo de J. Martins e Sônia Martins.Consumação a Cr$ 220 mil, com direito a bebi-da nacional à vontade e salgadinho, Platafor-ma. Rua Adalberto Ferreira, 32 (274-4022).

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Confidencias de um Esper-matozóide Careca, de CarlosEduardo Novaes, anuncia astrês últimas semanas no Tea-tro Delfin

REVISTASADORÁVEL ROGÉRIA — Texto « direçáo deRogéria. Com Rogéría e os travestis Elaine,Desiree e AdreiaGasparelli. Teatro Alaaka, AvCopacabana, 1241 (247-9842). 5a e 8a. às2lh30min; sáb, às 22h30min e dom, às 19h.Ingressos 5a e 6ft a Cr$ 40 mil e dom a CrS 40mil e sáb a CrS 50 mil (18 anos).HALLEY — O COMETA DAS BONECAS —Show dos travestis Alex Mattos. Walter Costa,Milla Shineider e outros. Texto e direçáo deBrigitte Blair, Teatro Brigitte Blalr, Rua Mi-guel Lemos, 51 (521-2955). De 4a a dom, às21hn0min Ingressos de 4a a 6a a CrS 30 mil esáb e dom. a Cr$ 40 mil.

TEM PIMENTA NA ABERTURA——Textcnré-Carlos -Nobre,'GUgCfOli mecha, Elizeu Miranda.Aldo Calvet e Jorge Campana. Direçáo de Car-los Nobre. Com Margot Morei. Jussara Calmon,Silvia Avilis, Ankito, Chocolates Manula. Tea-tro Rival. Rua Álvaro Alvim, 33. De 3a a 6a, ás21h; sáb, às 20h e 22h30min; e dom, às I8h e20h. Ingressos de 3a a 5a a CrS 30 mil e Cr$ 15mil (estudantes); 6H e sáb. a CrS 40 mil; dom. aCr$ 30 mil. Até o dia 2 de março.

KARAOKEMANGA ROSA KARAOKE — Na Ia parle, de 3aa dom, às 20h30min, Karaokè com 500 play-backs, sorteios e torpedos com Gü Spina, o BigBrother. Às 23h30min. Pocket-ahow Radio Pi-rata com sorteios, brincadeiras torpedos e con-curso de gargalhadas. Apresentação de LuizSérg-io Lima e Silva Participação do maestroLuperce Miranda Filho, Couvert de 3a a 5a edom a CrS 30 mil. 6" e sáb a CrS 40 mil.Consumaçáo de 3a a 5a edom. a CrS 20 mil; 6a esáb, a CrS 30 mil. Rua 19 de Fevereiro, 94 (286-4996) Vendas antecipadas no local.CANJA — De dom a 5a, as 20h30min; 8a e sáb.as 20h, karaokè, onde o cliente canta acompa-nhado de plu.y-bn.ckn ou dos músicos ArnaldoMartinez (piano) e Alcir (violáo). Apresentaçãodos cantores Ernesto Pires e Mario Jorge, Con-sumaçào a Cr$ 50 mil e 6a e sáb a CrS 70 mil,Av. Ataulfo de Paiva, 375 (511-0484).NOITE DE TEATROKÊ — Karaoké onde o pü-blioo poderá contracenar com Maria Pompeu.Marcus Toledo. Eliane Maia e Mario Maia.Todas as 2a* e 5a*. às 21h30min, naVoyue, RuaCupertino Durão, 173 (274-4145). Couvert aCrS 30 mil e consumaçáo de Cr$ 30 mil.

KARAOKE LIMELIGHT — Funciona de 2a asáb., a partir das 19h. com 3 mil play^iacks demúsicas brasileiiyis e internacional* (inoluln-do japonesas). Rua Ministro Viveiros de Castro.93 (542-3696). Couvert a CrS 30 mil.

KARAOKÉ CARIOCA — De 3a a 5a, às 2lh, 8a esábado às 19h. das 20h. com animação deMarcos Cinelli. Ingressos a Cr$ 20 mil. EclipseBar. Hua Xavier da Silveira. 112 (255-3320).KARAOKE DA NAVARONE — Karaoké oomplay baoks, brincadeiras e gincanas. Apresen-taçáo de Karlinhos Senra. Hoje às 22h, naAdoga Navarone, Rua Conde de Bonfim, 836(208-2751). Couvert a CrS 10 mil e consumaçáoa Cr$ 20 mil.FESTA DO KARIOKÉ — Diariamente a partirdas 22h, no andar térreo, música ao vivo, pistade dançae animação do ator Mário Jorge. No Ioandar, música ao vivo e play-backs com anima-çáo de Rinaldo Genes. Couvert de dom. a 5a aCrS 50 mil e 6a e sáb. a CrS 40 mil. Consumaçáode dom. a 5a a CrS 30 mil e 6a e sáb. a Cr$ 40mil. Rua Cupertino Duráo, 173 (274-4145).

CASAS NOTURNASPOUR 8EASONB — Jaus e rock com João Braga(teclados), Nacho Mena (bateria), Paulo Esteves(piano) Toni Mendes (contrabaixo) e Perlquito(sax). De 4a a sáb. às 22h30min na Rua PaulRedfern. 44. Couvert a Cr$ 35 mil.SIVUCA E RILDÔ HORA — Show do sanfoneiroe do gaitista acompanhados de conjunto. UnDeux Trois, Rua Bartolomeu Mitre, 123 (239-0198). De 3a a dom. às 23h Ingressos a Cr$ 70mil. Até dia 3 de março.

CALÍGOLA — Diariamente, a partir das21hlftmin. os conjuntos dos pianistas Giocon-da. Ubiratan Mendes e Chico Botelho e ascantoras Ana Isaura e Ligia Drummond. Parti-cipaçáo de Bebeto do Tamba Trio baixo, flauta evoz, Couvert a CrS 50 mil. Consumação a Cr$150 mil. Ao lado, discoteca diariamente a partirdas 22h, com os discotecários Bernard de Caa-teja e Marcelo Maia. Consumaçáo de dom a 5a aCrS 150 mil e 6a e sáb a Cr$ 200 mil, RuaPrudente de Morais. 129 (287-1369).

JAZZMANIA — Programação: de 5a a-sab-eono ffnipo^z,Vjn4Jth^^ernprêT^s~23nT Couvert aCr$ 50 mil. Consumaçáo a Cr$ 50 mil. RuaRainha Ellzabeth, 789 (227-2447).

O VIRO DO IPIRANGA - Aberto diariamente apartir das 18h. com música mecânica. Progra-maçáo: 2a. chorinho com Dirceu Leite e o regio-nal Choro Só. Convidado: Deo Rian (bandolim),5a. com Ronato Vasconcellos (teclado), YuriPopov (baixo) e Roberto Cardoso (bateria), 6a esáb às 21h30min, com Bodart (voz e violáo), às23h30min com José Luiz Staneck (harmônica)

e João Alfredo (guitarra), participação especialde Cid Alvarenga (teclados). Dom, às 21h. Jazzcom a banda Meia Sete. Couvert CrS 20 mil (de2a a 5a e dom) e CrS 25 mil (8a e sáb). RuaIpiranga. 54 (225-4762). A casa estará fechadadurante o Carnaval. Reabre hoje,PEOPLE -- Programação: De 2a a sáb., às20h30min. piano-bar com Athie Bell; de 4a asáb., às 22h30min, o pianista João Donato egrupo, dom. às 22h30min, o Grupo Terra Mo-lhada. Av. Bartolomeu Mitre. 370 (294-0547).Couvert a partir das 22h30min, 2H a 5a a CrS 45mil; 6a a dom a CrS 55 mil. No bar de 2a a 5a aCrS 40 mil; 6H a dom a CrS 45 mil.

MISTURA FINA — De 5" a sab. às 22h, showCampo Urbano, com o grupo Maquiavérica,formado por Latida Garcia (voz, teclado e clari-neta) e Paulo Pedras sole (violáo e guitarra),Rua Garcia D'Avila, 15(259-9394), Couvert Cr$30 mil (5a) e CrS 45 mil (8a e sáb).

EXISTE UM LUGAR — Programação: 5a às23h, com o grupo Pistache; 6a às 23h30mincom o grupo Friend a; sáb: às 23h30min. com ogrupo Terra Molhada Estrada das Furnas.30O1 (399-4588). A casa abre às 20h. Couvert aCrS 25 mil (5a), CrS 40 mil (6a e sáb).

PITÉU — Programação: de 5a a sáb. às23h30min, show com o cantor Celso Rubins-tein. participação especial de Jorge Sá MartinB(violão) Rua Prof. Ferreira da Rosa, 130. Cou-vert a Cr$ 20 mil.FORRÓ FORRADO — Programação; 5U, comJoão do Vale, Xangô da Mangueira e Nadinhoda Ilha; 6a. banda Forró Forrado, Os Filhos doNordeste e Fátima Marinho; sáb. Noquinha doAcordeon, Júlia Mirandae Luciene Loice; dom.Grupo Parada Cardíaca e Banda Forró Forrado.Rua do Catete. 235. Ingressos a CrS 15 mil(homem) e CrS 5 mil (mulher),ALÔ ALÔ — Programação: de 2a a sáb. a canto-ra Carol Rogers acompanhada de Edson Frede-rico Intercalando com o conjunto de Luiz Car-los Vinhas. Dom, às 23h, o cantor Fred Solaro.Couvert de 2a a sab a Cr$ 80 mil e dom a Cr$ 60mil. Rua Barão da Torre, 368 (247-7178).BUFFALO ORILL — De 2a a sáb„ ás 22h,Antônio Carlos Delamare (piano), Wagner Dias(contrabaixo) e José R, Sáo Paulo Rose Sasson(vocal). Rua Rita Ludolf, 47 (274-4848), Cou-vert a Cr$ 20 mil.

VINÍCIUS — Diariamente, às 21h. a orquestrade Celinho do Piston e os cantores Vitor Hugo,Roberto Santos, I^ona Av. Copacabana. 1 144(267-1497) Couvert, de dom. a 5a a CrS 25 mlle6B e sáb, e vesp. de feriado, a CrS 40 mil.

SKYLAB BAR — De 3a a sáb. jazz, bossa nova eMPB com Eliane Salek (vocal, piano e flauta),Adenir (guitarra) e Wanderley (bateria). A par-tir das 22h. Rio Othon Palace Hotel, Av. Atlán-tica. 3264. Sem couvert.

CHAMPAGNE — Programação de 3a e 5a. ka-raokè com o grupo Doce de Leite, 4a e dom.,Noite do Romantismo com o grupo Vozes, 6a esáb . karaokè com o grupo Quarto CrescenteMusica para dançar Couvert 3a, a Cr$ 15 mil;4a, 5a e dom., a CrS 20 mil; 6a e sáb., a CrS 25mil. Rua Siqueira Campos, 225 (255-7341).LYGIA CAMPOS — Piano-bar. RestauranteCéu. Hotel Nacional. Av. Níemeyer, 769 (322-1000), De 4a a dom. às 20h. Sem oouvort.

CARINHOSO — Diariamente, às 22h, o conjun-to de Dora e Carinhoso Couvert de dom. a 5a,CrS 30 mil 6a e sáb.. e vésjie^ajleJexiarlcj-a.-Ci1?)-

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POKER BAR — De 2" a 5a. ás 22h a cantara EnyDuarte; 6a e sáb o cantor Biga. Diariamente, a

partir das 19h, o pianista Ricardo. Sem cou-vert, sem consumação Rua Almte Gonçalves.50 (521-4999).LOBBY BAR— Diariamente das 19h30min as23h30min, as pianistas Eliane Salek e ManaZélia. Hotel Intercontinental, Av. Prefeito Men-des de Morais. 222 (3222200).BELÉM DO PARÁ — De 2a a 8a. a partir dasI2h. o cantor Paulo Nunes e a pianista Marlice.

Sem couvert. sem consumação. Rua FranklinRoosevelt. 84'3° (220-7092).CHIKO'S BAR — Piano-bar com musica ao vivoa partir das 2lh Programação: 2a e 3a, o violo-nista Nonato Luiz; de dom. a 2a ás 21h30minWilson Nunes (piano). Tibério (contrabaixo) eFátima Regina (vocal); Aberto diariamente apartir das 18h, com música de fita. Sem cou-vert, sem consumaçáo mínima, Av. EpitácioPessoa. 1.560 (267-0113 e 287-3514).

BIBLOS — Aberto de 3a a dom., a partir rias20h. 3a, às 24h, Rio Jazz Orchostra. De 4a adom., os cantores Luiz Carlos e Lyg-ia Drum-mond e conjunto. Consumação 3aaCr$ 25 mil ede 4a a dom. a Cr$ 100 mil, homem, e Cr$ 80mil, mulher. Av. Epitácio Pessoa. 1 484 (521-2645).

SOBRE AS ONDAS Diariamente, a partir das20h. o pianista Miguel Nobre e a cantora Con-suelo. Depois o conjunto de Osmar Milito e oscantores Norma e Beto. Couvert: 6a, sab. e vójp.de feriado, a Cr$ 50 mil, Av. Atlântica, 3 432(521-1296).

A humorista Dercy Gonçal-ves estréia temporada hojena Asa BrancaSIDNEY MARZULLO - De 3a a dom, a partirdas 20h. apresentação do pianista no Valenti-no's, Hotel Sheraton. Av. Niemeyer, 121 (274-1122).

CASA DA CACHAÇA — Apresentação rio mães-tro Helcio Bre nha e regional Chorando Baixi-nho. De 5a a sáb. às 2 lh. no Hotel Sheraton, Av.Niemeyer. 121 (274-1122). Sem couvert

BAMBINO D'ORO — Projj-ramacào: 2a a 4a. ãa21h. Pagode do Karaokè animado por AlceuMaia, 5a a sab. Manuel da Conceição, AlceuMaia, Sá Moraes e Marcelo Miranda, Sempra, às

.m—Sern^oTivert. Rua Real Grandeza,238.RESPINGO — Apresentação do grupo Bossa 3De 2a a sab, às íflh, Hotel Sheraton. Av. Nie-meyer. 121. (274-1122). Sem couvert

CAFÉ NICE — Musica para dançar com a bandada casa. de 2a a sáb , a partir das I9h. Couvertde 2a a 5a e sáb a CrS 25 mil. 8a e vespern deferiado a CrS 30 mil, CrS 25 mil. Av. RioBranco. 277 (240-0499)

FAROL — Apresentação rio maestro Nelsinho egrupo, de 3a a dom. às 2'0h, nn Hotel Sheraton,Av. Niemeyer. 12 1 (274-1122). Sem couvert.

LEME PUB — Jazz Bnemn nova o musicapopular com Fernando (piano). Paulo Russo(baixo) e Maria Alice (vocal) De 3a a sáb. às2ih, no térreo do Leme Palace Hotel, Av. Atlán-tica, 668(275-80801 Som couvert. Consumaçãode CrS 15 mil (8a e sáb.). .,

PICADILLY PUB — Programação: 6a o sftb, às24h a cantora e pianista Ligia Campos. 3".Tinho Martins (sax) e Paulo Mátta [piano) esáb.. Sérgio Alvarez(sax), Av Gen. San Martin.124 1. Couvert 2a e 3a a CrS 15 mil e 6a e sáb. aCrS 25 mil.

RIVE GAÚCHE - Aberto diariamente a partirdas 18h e às 2lh, os conjuntos de Ricardo eErasmo (pianos) Couvert a CrS 25 mil. A*Epitaoio Pessoa. 1484 (521-2645)

PRELÚDIO — Piano-bar dom e 2a com o rriass-tro Scarambone (piano), de 5a a sáb. às21h30mln, seresta com Danton Cunha e de 3a asáb. a pianista Claudia Perrota Sem couvert.sem consumação. Rua Pe. Elias Gorayeb.,22(208-5799).

DANCETERIASMETROPOLIB — Programação: 5". banda complot; 6a e sáb., Eletrodomésticos, dom LinhaCruzada. Sempre, às 21h30min. Ingressos aCrS 25 mil (de dom. a 5a)e CrS 40 mil (8a e sáb)Estrada do Joá, 150 (322-3911).

MISTURA FINA DANCETERIA — Danceleriaoom mÚBica ao vivo. 5a e 6a música mecânica,sáb. com o grupo pós-punk. Ehiópia. Às 88h.Estrada da Barra da Tijuca, 1636(399-3460). 6aa Cr$ 30 mil; 8ae sáb., CrS 45 mi 1 (homem)eCri30 mil (mulher). Cr$ 40 mil (homem) o Cr$'30mil (mulher).

MIKONOS — Diariamente, a partir das íyhmúsica de discoteca. Consumação só na 6a aCrS 40 mil e sáb. a Cr$ 45 mil. Rua CupertinoDuráo, 177 (294-2298). A casa estará fechadadurante o Carnaval. Reabre dia 12.

HELP — Música de discoteca diariamente apartir das 21h30min. Ingressos de dom a 5a aCrS 35 mil, homem e Cr$ 30 mil. mulher, 6asáb. e vesp. de feriado, a CrS 50 mil. homem «Cr$ 40 mil, mulher; véspera! sab e dom às 19ha Cr$ 10 mil (no sáb)eCr$ 15 mil (no dom). Av.Atlântica, 3432 (521-1296).

PAPILLON — De 2a a sáb. às 22h. discolecnIngressos de 2a a 5a. a CrS 40 mil. 8" e sáb a CrS70 mil. Hotel Intercontinental. Av PrefeitoMendes de Moraes. 222 (322-2200) De 2a a 4" cr6a dama acompanhada náo paga.

MI AMl CITY -De 4"« sáb a partir das 20h. edom. às I8h Som e vídeos Av Semambetiba,848 (309-4007), Barra flne sáb. consumação deCrS 30 mil, por pessoa Sábado n rasa estaráfechada.

CREPÚSCULO DE CUBATÃO — Musica paradançar e vídeobar. Dom , 4a e 5a, às 22h e 8a esáb. às 23h. na Rua Barata Ribeiro, 543 i'23fi-2045) Consumação dorn . 4a a 5a, a CrS 40 mil e6H e sab , a CrS 50 mil, Sábado e domingo a casaestará fechada

CIRCUS - Discoteca com a presença do diHk-Jóquei Tonny Deoarlo Diariamente a partir rins21 h. Ingressos de dom a 5a a CrS 3o mil.homem e CrS 20 mil, mulher, 6a e sab a CrS 50mi), homem e CrS 30 mil. mulher, com direito aum drink nacional, Matinês dom. às I6h, a Cr$15 mil. com direitos um refrigerante RuaGalUrquiza. 102 (274-7986).

Os programas publicados no Hoje nn Rio estão sujeitos a mudanças de ultima hora. que saorieresponsabilidade tios divulgadores E aconselhável confirmai- os horários por telefone^"^ m DOLBY STEREO

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CADERNO B quinta-feira. 13/2/86 JORNAL DO BRASIL

Juarez Porto

ORTO Alegre — Depois dequase dois anos inint.er-ruptos de apresentações —

uma façanha rara em teatro brasi-lriro, ainda mais em se tratandocie um espetáculo fora do eixoRio—-Sào Paulo — estréia hojedentro do Projeto Verão do Ina-cen, no Teatro Glauce Rocha, amontagem gaúcha Crônica deuma Cidade Pequena, pelo GrupoTear, com direção de Maria Hele-na Lopes. Na bagagem, traz boasreferencias: recebeu todos os pré-mios de teatro no Rio Grande doSul em 84, e ficou entre os melho-res espetáculos de 85 em Sào Pau-Io, onde fez longa temporada.

O espetáculo é uma adaptaçãolivre do conto Crônica de umaMorte Anunciada, de Gabriel Gar-cia Márquez, transposto para ouniverso, muitas vezes ingênuo,mas ao mesmo tempo duro e pre-conceituoso, de uma cidadezinhada província. "Não tivemos preo-cupação com o texto original deMárquez, principalmente busca-mos os referenciais mais nostálgi-cos das relações humanas numapequena comunidade", explica adiretora Maria Helena Lopes.

Para ela, os elementos moralis-tas, as disputas pessoais, os temo-res e a vingança contra o "forastei-ro" — personagem central quenunca aparece — envolvendo to-dos os personagens — "para lavara honra de uma moça" — sãoinerentes a muitas culturas: "noBrasil ou nos vizinhos latino-americanos, até mesmo no inte-rior da Europa", diz Maria Helena.E ela vai mais adiante: "esses in-gredientes sào os mesmos usadospor Garcia Lorca e Érico Verís-simo".

Foram nove meses de trabalhointenso — sem patrocínio paraprodução — em que os dez atoresdo Grupo Tear elaboraram a Crô-nica. De início, conta Maria Hele-na, a criação coletiva prendeu-se,essencialmente, à novela de Gar-cia Márquez, "depois deixamos

TEATRO/ Estreia

Crônicapoéticade umacidade

pequenaFoto de Cláudio A. Etges

que as cenas fluíssem aproveitan-do experiências pessoais doelenco".

o resultado foi um trabalho ex-tremamente poético e de reflexãosobre a desesperança e sonhos doser humano. Maria Helena obser-va que "procuramos usar o este-reótipo sem criarmos tipos este-reotipados, tudo é muito digno,buscando, acima de tudo, em re-tratar uma sociedade que, aospoucos, vai sucumbindo em simesma".

Em muitas apresentações a pe-ça é aplaudida em cena aberta,com a platéia extasiada com osefeitos visuais obtidos pelo grupoa partir de elementos despojadoscomo lanternas de papel, pedaçosde pano ou duas mesas e cadeirasque se transformam em altar, ca-ma, terraço e tudo mais. Os dezatores rezevam-se em quarenta eoito personagens durante as duashoras e meia de espetáculo. A mú-sica foi especialmente composta eexecutada ao vivo por Ayres Po-thoff e Toneco.

Maria Helena Lopes é professo-ra no Departamento de Arte Dra-mática da UPRGS e já fez cursosna França com Jacques Lecoq eSerge Martin e no Brasil com Eu-gênio Kusnet. Ela admite que seutrabalho tem "um certo referen-ciai do teatro europeu, mas procu-ra sempre situá-lo na coisa latinaque nós temos no sangue: o arre-batamento brasileiro". O GrupoTear, criado há seis anos — mon-tou Os Reis Vagabundos e QuemManda na Banda — é compostaquase integralmente por ex-alunos de Maria Helena da Escolade Arte Dramática.

Toda a produção foi realizadapelo próprio elenco, que reuniuadereços, figurinos e confeccionouaté os poucos elementos cênicos."Somos como gente de cidade pe-quena: todos trabalham por to-dos", brinca o ator Marco Fron-chetti.

Filmes da TV

Ainda a ressaca carnavalesca

A noiva não era maisvirgem efoi rejeitada

Paulo A. Fortes_

E

parece que os pro-gramadores de fil-

J mes na TV aindaestão na ressaca da folia mo-mesca. Esta quinta-feira estápior do que cabeça de beber-rão na Quarta-Feira de Cin-zas. Vejam só: um filme depiratas de segunda catego-ria, dirigido por um tal deFrederick de Cordova (O Ca-pitão Pirata, TV Globo,14h20min); mais uma daque-Ias execráveis histórias deamor, interrompidas porqueum dos amantes (no caso, orapaz) fica paralítico (Quan-do o Amor é mais Forte, TVRecord, 21hl5min).

A coisa melhora um pou-quinho com A Vergonha (TVBandeirantes, 21hl5min),um policial rotineiro estrela-do por George Lazemby, que havia sido escolhi-do para substituir Sean Connery como JamesBond, mas não colou no papel: fez apenas umfilme, e foi despedido. Continuando a sensaboria,um filme de mistérios à Ia Spielberg, Nào Ador-meça (TV Globo, 22h20min), e chegamos final-mente na opção menos ruim desta noite: OsViúvos Também Sonham (TV Globo, lh), dirigi-da pelo mestre Frank Capra. Mas isto não querdizer grande coisa: trata-se de um dos últimostrabalhos do diretor, que havia se mostradosensível em filmes como Do Mundo Nada SeLeva. Idealista, com um cinema que louva valo-res como a amizade e a honestidade, Capra foi ocineasta preferido pelos americanos, durante aRecessão. Seus filmes eram leves e esperançosos,e faziam a platéia acreditar num mundo melhor.Acontece que, em 1959, este cinema e estesvalores já andavam meio fora de moda, obsole-tos. Talvez por ser estrelado por Frank Sinatra, omelhor do filme fica mesmo com a música-tema,High Hopes, de Jimmy Van Heusen e SammyCahn, que ganhou o Oscar em 59.

O CAPITÃO PIRATATv Globo — 14haomin

(Yankee Bucaneer) produção americana de 1952. dirigida por Frade-

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Frank Sinatra e Edioard G. Robinson em Os ViúvosTambém Sonham (4, à lh): Um Capra fora de tempo

rick De Cordova. Elenco: Jnff Chandler, Seotl Brady, David Janssen,Susan Bali. Colorido (88 min).

Pirataria. Aventureiro americano tChandler) se disfarça de bandi-do para penetrar e destruir um refugio de piratas.

A VERGONHATv Bandeirantes — 21hl5mln

(The Newman Shame) produção americana dirigida por Jultan Prin-pie. Elenco: George Lazemby, Diana Craig. Joan Hruce, Judy Nunn.Colorido (90 min)

Policial. Ex-policial (Lazémby) enriquece com herança, mas reeol-ve investigar o suicídio de um amigo e descobre que ele foi vitima deextorsão, por ter participado de um filme pornográfico.

QUANDO O AMOR E MAIS FORTETv Record — 21hl5min

(Some Kind of Mlracle) produção americana, dirigida por JerroldFreedman. Elenco David Dukes, Andréa Marcovicci Colorido

Dramalháo. Repórter (Dukes) se apaixona por escritora íMarcovic-ei). Tudo vai bem, ate que ele sofre um acidente e fita paralítico.Somente o amor de sua mulher poderá ajudá-lo a se i-eeuperar.

NAO ADORMEÇATv Globo — 22h20min

(Don't go to Speel) produção americana de 1BH2. dirigida r^r RirhardLang. Elenco: Dennis Weaver, Valerie Harper, Ruth Gordon, RobertWebber. Colorido (100 min).

Mistério. Família de engenheiro aeroespacial (Weaver) se muda- para uma casa no campo. Quando se instalam, começam a acontecer

coisas estranhas, envolvendo os membros da família.

OS VIÚVOS TAMHEM SONHAMTv Globo lh

(A Hola In the Head) produção americana de ínrsn, dirigida por KrankCapra. Elenco: Frank Sinatra. Eleanor Parker. Edward fí. Robinson,Eddie Rngers, Keenan Wynn. Colorido (100 min)

Comédia dramática. Dono de hotel (Sinatra). quase falido, tpnlaconseguir dinheiro para continuar no negocio, e. alem disso, temproblemas de relacionamento com o filho adolescente (Rodges).

HOJE NO RIO

TEATRO

Itiiliiliii isÉir'^ s9H 1

to Munia baseado na obra e vida de FernandoPeBsoa. Teatro da Aliança Francesa de Rota.ro-go Rua Muniz Barreto. 730(288-4248). De 5a asáb, às 21h; dom, ás 19 e aih. Ingressos a Cr$30 mil. e CrS 20 mil, estudantes. Duração:lhlSmin. (16 anos).

ORETA QARBO, QUEM DIRIA. ACABOU NOIR AJA — Texto de Fernando Mello. Direção deAttilio Riccó. Com Hilton Have, Ròmulo Aran-tea e Solange Couto. Teatro Serrador, RuaSenador Dantas. 13 (220-5033). De 4a a dom. Aa21hl5min. IngressoB de 4R a 6a a CrS 40 mil esáb. e dom, a CrS 50 mil.

VIVA A NOVA REPÚBLICA — Texto de JesusRocha. Direção de Carlos Imperial. Com MiltonMoraes, Irfs Bruzzi, Isa Rodrigues e Nina dePãdua. Teatro Vanuoci, Rua MarquêB de S.Vicente. 52/3° (274-7246). De 4a a 8a, às21h30min; sáb, ás 20h30min e 22h30mln; domàs lOh e 2 lhaOnún. Ingressos 4a e 5ft e dom. aCr$ 50 mil; 0a o sáb. a CrS 00 mil (18 anos).

IMACULADA — Texto de Franco Scaglia. Tra-duçáo de Millor Fernandes. Direção de PauloMamed. Com Yara Amaral. Programação vi-suai de Rubem Guerchman. Teatro dos Quatro,Rua Marquês do S. Vicente. 52/2° (274-9805).3a, às 21h30min; 4a e 5a, às 18h. Ingressos aCrS 40 mil e Cr$ 35 mil, estudantes. Volta, dia18.E8TOU AMANDO LOUCAMENTE... — Texto deKevin Wade, Direção de Cláudio Cavalcanti.Com Cláudio Cavalcanti, Graoindo Jr. e MariaLúcia Frota. Teatro Senac, Rua Pompeu Loureí-ro, 45 (258-2041). 5a, ás 21 h30mín; 6fte aáb., as22h; e dom . As 18h. IngressoB 5a e dom., a Cr$

45 mil e 8a e sab . a Cr$ 50 mil. Duração;lhSOmin, (18 anos). Temporada suspensa. Vol-ta dia 20.GATÃO DE ESTIMAÇÃO — Comedia de GérardLaüzier. Direção de Cecil Thiré. Tradução deMarisa Murray. Adaptação de Luiz FernandoVeríssimo. Com Claudia Raia. Cecil Thiré, Cari-na Cooper e Paulo Celestino Filho. Teatro daPraia. Rua Francisco Sá. 88 (287-7794). De 4a a6a. às 21h30min; aáb às 22h e dom, às I9h e21h30min. Ingressos a CrS 60 mil. Duração:2h. (18 anos). Temporada suspensa. Voltaamanhã.TEM FAMÍLIA NA FOLIA — Comédia comtextos de José Fernando Haatos, Bemvlndo Se-queira e Gugu Olimecha. Direção de RobertoAzevedo. Com Nadia Maria, MarleneCasanova,Ktriaki. Rogério Cardoso e Sebastião Lemos,Teatro Alaska, Av. Copacabana, 1 24 1 De 2a a4a e dom., às 21h30mtri; sáb. àa 20h. Ingressos2a a CrS 30 mil, 3a. 4a o dom. a CrS 35 mil; e sab.a CrS 40 mil (18 anos). Temporada suspensa.Volta sábado.

INFANTILQUEM NÃO TEM CÃO; CAÇA COM ELEFANTE— Com aTurmadaFofura. De 2a a sab das 1 lhàs 20h, no Barrashopping. Av. das Américas.4886. Até o dia 22.CIRCO DE VERÃO — Espetáculo circense commàgicOB. nialabarisiao. Palhaço Tremo-Treme,àcrobatas e chicotes americanos. Teatro de Lo-na. Av, Alvorada. 1791. 5a o 8a. às lBh; sab .dom. e feriadOB, àa lBh e íah. Ingressos a CrS10 mil, crianças e Cri 20 mil, adultos.

ARTES PLÁSTICASAry Fontoura está no elenco de Assim E, Se Lhe Parece, no

Teatro dos Quatro

A Associação Carioca de Empresários TeatraiBcoloca à venda em suas agencias ingressoB apreços de bilheteria, de todas as peças emcartaz no Rio, com entrega a domicilio, semacréscimo no preço. As agencias funcionam noRio Sul (de 2a a sab. das 10hàa22h), naPçaN.Sa. da Par. (de 3" a dom., das lOh às 22h) e noLgo da Carioca (de 2a a 6a, das lOh às 18h). e otelefone para informações é 542-4477.

CRÔNICA DA CIDADE PEQUENA — Roteiro edireção de Maria Helena Lopes, inspirados emCrônica do uma Morte Anunciada, de GabrielGarcia Márquez, Com o grupo Tear, do RioGrande do Sul Teatro Glauce Rocha, Av. RioBranco, 179 (224-2356). De 4a a 6a às 21h. 5a.vesp. às 18h30; sáb. àa 21h30; dom, áa 19h.Ingressos a Cr$ 30 mil (4a, 5a e dom.) e Cr$ 40mil (Bft e sáb.)e CrS mil (vesp. de 5a). Até o dia 2de março.

rJv ÍTALO B WALMOR — ENCONTRO COMsP* FERNANDO PESSOA — Dramatizaçãocom a participação de Paulo Rogério e MarceloGelio (violões* Vanucci (violoncelo). Sobradodo Vlro do Ipiranga. Rua Ipiranga. 54 (225-4762). De 3a a sab. às 22h; dom. às 18h.Ingrpssos a CrS HO mil 13a. 4a e dom). CrS 120mil (5a e 6M, com direito a uma bebida) e Cr$ 150mil. (sab , com direito a uma bebida.¦ A obra jxwlica de Fernando Pessoa recebedos atores ítalo Rosai e Walmor Chagas trata-mento pessoal que nunca cai nas canalizaçõessentimomtals Duelo do dois interpretes degrande sensibilidade, o recital demonstra queemoçáo e técnica teatral se conjugam com pio-fissionalismo de carreiras sólidas. Atores opoeta ganham, assim, uma ronlemporaneidadeque esta na essência do universo de Pessoa

ASSIM E. SE l.HE PARECE Texto de Plran-dello Tradução de Millõr Fernandes. Direçãode Paulo Retti. Com Nathaha Timberg. JoséWilker, Sérgio Britto, Yara Amaral. Ary Fon-toura e outros. Teatro dos Quatro. Rua Mar-quês de S. Vicente. 52 2o. (274 9895) De 4a a 8a.as 2lh30min,sab.. as 20h e 22h30m!n; dom àa18h e 21h Ingressos 4a, 5fl e dom . a CrS 70 mil

o CrS 60 mil. estudantes. 8a..-i CrS 70 mil e sab .a CrS 80 mil. O espetáculo começa rigorosa-mente no horário Duração: 2h (livre).

DUETO PARA UM SÓ — Texto de Tom Kem-pinski Direção de Antônio Meivado Com Mar-tha Overbeck e Othon Bastos Teatro Glaucio0111. Pça Cardeal Arcoverde. s n" (237-7003).4a e fl". as 21h30inin. 5a. as 17h e 21h30min;sab. aa 2lh30min, edom. às i6he21h Ingres-soa 4a. 5a e dom a CrS 70 mil e CrS 50 mil.estudantes, 5a ve«p , a CrS 50 mil. 6a e sab aCr$ 70 mil. Até o dia 2 de março.

UM BONDE CHAMADO DESEJO - Texto deTennosse Williams. Direção de Maurice Va-neau Cenário de Marcos Flaksman Com Tere--/.a Rachel. Luís Guilherme. Louise Cardoso.Osmar Prado. André Felipe, Dalva Ribeiro.ía«atri7- Veiara. Irmã Alvarez Teatro Terezanachel. Kuh Siqueira Campos, 143 .235-1113).De4aadomas21h30mme vesp de 5a, as 17hedom. as ish Ingressos 4a a CrS 35 mil. 5a edom a CrS 4o mil; 8a aCr$ 50 mil e sab a CrS «omi! Duração 2li30mini 14 anos). O espetáculocomeça rigorosamente no horário Hoje so ha-vera a sessão da» 21h30m

TUPÃ - Texto de Mauro Rasi. Direção deMigue: Falabella Com Lucelia Santos. Rubensde Fair-o Jacqueline l.aurence. Clea Simóes eFábio Vila Verde Teatro VUla-Loboa. Av Prin--esa !<Mbei 441) 1275-6895) 4a a 8*. as2t'naomin sab as 22h e dom. as '.ahlSmin -

ílh l.-iW.<l»í5saCrS4uinii SaaCrSSO

mil q sáb a CrS 80 mil o dom a Cr$ 40 mil e Cr$30 mil. estudantes. Duração: lhsomln (14anos).O TEMPO E OS CONWAYS — Texto de J. B.Priestley. Tradução de Renato lcarahy. Direçãode Eduardo Tolontino de Araújo. Com ArocyBalabanian. Jorge Bueno. Denise Weinberg,Emilia Rey, Nadia Carvalho e outros. TeatroNelson Rodrigues. Av. Chile. 230 (212-5695).De 4a a sob, às 21h30min e dom, às 20h.Ingressos 4a. 5a o dom a CrS 40 mil. 8a a CrS 50mil e sáb a CrS 80 mil. Estacionamento próprio.Duração: 2h. (14 anos).QUANDO O CORAÇÃO FLORESCE — Texto deAlexei Arbuzov. Tradução de Mana Murray.Direção de Paulo Autran. Músicas de CarlosLira. Com Eva Wilma e Carlos Zara. ToatroCopacabana. Av. Copacabana. 327 1257-1818).De 4a a sab, às 21 h30min, dom. às 20h. Ingres-sos 4a. 5a e dom a Cr$ 40 mil. 6a e sáb a CrS 50mil (14 anos).EM ALOUM LUOAR FORA DESTE MUNDO —Texto de José Wilker. Dineçáo de Celso Terra.Com Di Veloso. Nelson Naires, Jorge Duarte,Andreaiia Canabrava e Andréa Petti, Teatro deBolso. Av. Ataulfo de Paiva. 269 (239-1498) 2a e3a, às 21h e6ae sab. às 24h Ingressos a CrS 30mil. Temporada suspensa. Volta amanhã.PÒ ROMEU — Texto de Efraim Kishon. Tradu-çào de Millõr FernandeB. Direção de AdrianoStuart. Com Otávio Augusto. Cininha de Paula0 Odilon Wagner Teatro Mesbla. Rua do Pas*seio. 42íl Io (240-8141). De 4a a 6a. às 21h; sab..às 20he 22h30min;dom.. às íahe 2lh. IngreB-sos 4a. a CrS 35 mil. 5a e dom.. a CrS 40 mil; 6a esab . a CrS 50 mil.DIREITA VOLVER — Comedia de Lauro CésarMuniz, Direção de Roberto Frota Com Rosama-na MurtinhO, Mauro Mendonça. Débora Duar-te, Felipe Wagner. Ana Maria Nascimento eSilva e outros. Teatro Vanucci, Rua Marquês deS. Vicente, 52'3° (274-7246) 2a e 3a. àa21h30mnv.de4aa6".as 17h, Ingressos 2a e 3a aCrS 60 mil; 4a a 6a a CrS 50 mil. Duraçãolh45min, (18 anos).BEL PRAZER — Espetáculo de teatro e músicacom direção e interpretação de Tim Rescala eStella Miranda, Musicas de Tim Rescala. Du-sek. Satie e Nino Rota Teatro Cândido Mendes.Rua Joana Angélica. 63 (227-9882). De 4a a 8a.as 2lh30min. sab. às 21h30min e 24h dom. àa18h30min e 21 h Ingressos 4a. 5" e 2a sessão desab a CrS 30 mil; 6a a CrS 40 mil. sab Ia sessãoa CrS 50 mil e dom. a 40 mil e CrS 30 mil.estudantes. Duração Ih20min(l4 anos). Ate odia 2 de março.O FUTURO ESTA NOS OVOS — Texto de Eugè-ne lonesco Tradução de José Carlos Gondim.Direção de Tônico Pereira. Com Afonso Aran-tes. Álvaro Sá, Cláudia Paiva e outros. TeatroDeltln. Rua Humana. 275. 3* e 4a. às21h30min; 5a e 6a, às 20h. Ingressos a CrS 30mil. (14 anosv Ate dia 28 de fevereiro.COZINHANDO MAÇÃS - Texto de Ziraldo.Direção e cenários de Paulo Afonso de Lima.Com Débora Duarte e Marcelo Ibrahun. Teatrodo Planetário. Àv. Pe Leonel Franca. 240(27-4-0096* De 4a a 6a. ás 21h30nun. sab.. as20h30imr. e 22h, e dom . às 20h Ingressos de4* a 3a e dom. a CrS 40 mil e sáb. a CrS 50 mil.FELIZ PÁSCOA — Texto de Jean Poiret Direçãode José Possi Neto Com Paulo Autran, KannRodrigUf s Claudia Alencar* Sérgio Mamberti eoutros. Toatro da Oaleria. Rua Senador Ver-gueiro. 93 1225-8846) De 3a a 8a, as 211). .V* ási?h; sab. as 20h e 22h, e dum, as lBh e 20h.Ingressos 4'1. S" e dom a CrS 70 mil e CrS 40mil. estudantes. 6a e sab a CrS 70 milCECILY ACREDITAVA QUE EU SERIA ORAN-

PRÊMIOS DE AQUISIÇÃO DO VIII SALÃONACIONAL DE ARTE8 PLÁSTICAS — Exposi-çào de pinturas, desenhos, gravuras, fotogra-fias o holografla de 20 artistaa premiados noVIII SNAP. Oaleria Sérgio Mllliet, Rua AraújoPorto Alegre. 80. De 2a a 8a das lOh às18h30min. Ato o dia 28.COPACABANA — OUTRO PONTO DE VISTA —Aquarelas e desenhos de Johnathan Powk.Oaleria Culturai. Av. Rio Branco. 133 1007. De"2a a 8a das 13h às 19h. Até o dia 7.

00NÇALO IVO E SERPA COUTINHO — Expo-siçáo de aquarelas e pinturas. Galeria Art«-Maior. Rua Visconde de Pirajá, 547/203. De 2aa 6a das lOh ás I9h, sáb. das lOh às I4h. Até odia 28.I MOSTRA DE DIVULGAÇÃO DA CULTURAAFRO-BRASILEIRA - Exposição de pinturasde W. Eleke. Rlo-Sheraton Hotel, Av. Niemeyer,121. Diariamente, daa 1 lh ás 20h. Até amanha.A CARREIRA DAS ÍNDIAS E O OOSTO DOORIENTE - Exposição de objetos orientais doBséculos XVIII e XIX como marfins, jóiaa, lou-case praianas. Museu Hiatorloo Nacional, Pra-ça Marechal Âncora. sn°. De 3a a 8a das lOh às17h30min;sáb., dom. e feriados das 14h30minás I7h30min. Patrocínio da Xerox.

NOVAS IMPRESSÕES — Exposição de traba-lhos dos gravadores Solange Oliveira. ValérioRodrigues. Armando Matos.Rogério Cavalcan-li, Mário Azevedo. Ricardo Queiroz, ManfrodoSouzaneto, Victor Arruda e outros. QB. Av.Atlântica. 4240-12B. De 2a a 6a das lOh àa 2lh;sáb. das 14h às 18h.

HENRIQUE BERNARDELLI — Exposição doacervo do artista incluindo, além de pinturas edesenhos, diplomas e documentos, em come-moração ao cinqüentenário de falecimento deHenrique Bernardelli. Museu Nacional de Be-Ias Artes. Av. Rio Branco. 199. 3a e 5a das lOhàa 18h30mín. 4Re8ft das 12hàs 18h30min. sáb.e dom. das 15h às 18h Até o dia 11 de maio.SERÁ QUE VAI DAR PRAIA? — UM 8ECULODE RIO DE JANEIRO À BEIRA-MAR - - Exposi-ção fotoRrafica. Museu da Imafjem a do Som,Praça Rui Barbosa. 1. De 3a a dom daa 13h às18h Ate o dia 28 de fevereiro.

OBRAS RARAS. 2 — Exposição com obras doVolpi. Portinari. Eliseu Visconti. Lasar Seg-all,Jose Pancetti e outros. Ralph Camargo. Av.Atlântica, 4 240 — ssl 112. De 2a a 6a, das lOhàa 20h. Sábados, das 14h às 18h. Até dia 28 dofevereiro.DIMENSÕES GRÃF1CA8 — Trabalhos de Ama-dor Peroz, Anna Lúcia Durões. Fernando Du-vai. Lena Bergatein o outros. Sala de Exposi-~çòos da Casa de Rui"Barbosa, Kua San Clememte, 134. Do 2 a 6a das lOh às 17h; sab das 13hàa 17h. Até o dia 22.RUTH DE SOUZA — 40 ANOS DE VIDA ARTI8-TICA — Exposição comemorativa sobre os tra-balhos realizados pela atriz. Modern Times.Rua Visconde do Pirajá. 177. De 2a a 6a das 9hàs 19h. Até amanha.V PANORAMA DA PINTURA INGÊNUA BRA-SILEIRA — Coletiva com vários artistas. Gale-ria de Arte Jean-Jacques. Rua Ramon Franco,49. De 3a a sábado, das 1 lh às 20h. Até dia 28.NEWTON CAVALCANTI — Pinturas, desenhose gravuras. Sala Carlos Oswald do MNBA. RuaMéxico esquina Heitor de Mello. De 2a a 6a. das10b às lBh. Às 3a. 4a. 5a. às 13h, exibição deNewton Cavalcanti — Um Artista Brasileiro, doMario Carneiro e Vitor Luatosa. Ate dia 28 defevereiro,LUÍS FIGUEIREDO — Pinturas, tapeçarias eesculturas Villa Riso. RuaCapuri. 346 De 2a asábado, das 13h às 20h. Alé dia 8 de março.PINTURA CONTEMPORÂNEA DE SÀO PAU-LO — Pinturas do Acervo do Museu de ArteBrasileira e da Fundação Armando AlvaresPenteado. Paço Imperial. Praça XV. De 3R adom. das llh às 17h. Até o dia 28 de fevereiro.

REMINISCÉNCIAS DO CARNAVAL — Exposi-çào de 18 fantasias premiadas em desfiles deCarnaval. Shopping Cassino Atlântico. Av.Atlântica. 4240 De 2a a 6a. das 9h às 21 h. sab.,das 9h às 20h. Até o dia 28.O MOMENTO SUCESSÓRIO BRASILEIRO1984 1985 — Seleção de 120 fotos englobandoas campanhas pelas diretas, a doença e a mortede Tancredo Neves e os primeiros 60 dias dogoverno Sarney Galeria de Fotografia Funar-to. Rua Araújo Porto Alegre. 80 De 2a a 8a. daslOhSOmln às 18h Atfi dia 27 de fevereiro.

TELEVISÃOCANAL 2

8:15 Atenção, Professor3:45 Aprenda Inglês oom Música9:18 Teleourso 1° Qrau9:30 Teleourso 8° Grau9:45 Ai>erfelçoamento do Professor —

Qualificação Profissional10:00 Fantasia12:00 Teleourso 2° Orau18:16 Teleourso Io Qrau18:30 Os Médioos13:30 Sem Censura — Discussão dos fatos

em evidência10:45 Teleoonto — Adaptação do conto A

Ladeira da Memória16:30 Aperfeiçoamento do Professor —

Qualificação Profissional18:46 Telerromanoe — Adaptação do ro-

mance O Fiel o a Pedra17:30 Sítio do Plca-Pau-Amarelo — Seriado

infantil18:00 Fantasia — Programa infanto ju-

vinil80:00 Eu Sou o Show — Trajetória de um

artista. Hoje: Deboto20:115 Ao Vivo Local — Noticiário80:66 Ao Vivo NaolonalVInternaolonal —

Noticiário8 1:20 Tribunal do Povo — Hoje: Presiden-

cialismo x Parlamentarismo (PauloBrossard e Clóvis Ramalhete)

82:20 Jornal dos Editores — .Jornalístico83:00 1986 — Discussão informal sobre

assuntos diversos0:00 Eu Sou o Show — Hoje: Bebeto0:30 Boa-Noite de Jonaa Rezende

CANAL 46:30 Teleourso Io Qrau6:46 Teleourso 8° Qrau7:00 Dom-Dia, Brasil — Programa de en-

trevistas7:30 Bom-Dia, Brasil — Reprise8:00 TV Mulher — Programa feminino9:00 Balão Mágico — Programa infantil

12:20 RJ TV — Noticiário local12:35 Globo Esporte-- Noticia no esportivo18:55 Momento da Copa — Boletim13:00 Hoje — Programa jornalístico13:86 Vale a Pena Ver do Novo — Reprisedh t ioverâ~Fetjno~MaravH ha14:80 Festival de Férias — Filme O Capl-

tão Pirata16:86 Sessão Aventura — Hoje: Ab Pan-

teras17:16 Caso Verdade — Episódio: Eleição

Imparcial17:56 De Quina pra Lua — Novela de Alei-

des Nogueira18:50 Ti-Ti-Ti — Novela de Cassi ano Cia bus

Mendes19:45 RJ TV — Noticiário local19:55 Jornal Nacional — Noticiário nacio-

nal e internacional20:35 Momento da Copa Boletim80:30 Roque Santeiro - Texto de Dias Go-

mes e Aguinaldo Silva21:85 Culver, um Agente de Alto Nível ~-

Seriado28:80 Festival de Verão — Filme: Não

Adormeça0:80 Jornal da Qlobo — Noticiário0:50 RJ TV Noticiário local1:00 Coruja Colorida ~ Filme: Os Viúvos

Também Sonham

O cantor Bebeto é aatração do programa Eu

Sou o Show: TVEducatwa, 20h, comreprise à meia-noite

11:85 A Maravilhosa Cozinha de Ofélia —Programa do culinária

11:55 Boa Vontade -Programa religioso12:00 Esporte Total18:30 Fórmula Única14:00 TV Criança17:55 Fim de Tardo - Exibição do seriado

Jeannie E um Gênio18:25 Fim de Tardo -- Exibição do seriado

A Feiticeira18:55 Olhar do Marusia Jornalístico19:10 Jornal do Rio Noticiário local19:25 Jornal Bandeirantes - Noticiário

nacional e internacional20:00 MtAtStH-: Seriado-humonstico80:30 Oito e Meio Jornalístico21:10 ABC da Copa Boletim informativo21:15 Quinta Espetacular-¦ Filme AVer-

gonha23:15 Hoc Hamsey Seriado

0:45 Jornal da Noite Noticiário nacio-nal e Internacional

0:55 Dinhoiro -Indicadores econômicos1:00 O Gordo e o Magro Seriado humo-

rís tico

CANAL 9

CANAL 68:00 Programação Educativa8:30 Apuraçào dos Resultados do Desfile

de Blocos11:00 Sessáo Animada11:55 Copa Total —- Boletim12:00 Manchete Esportiva — Io Tempo —

Resenha esportiva nacional e Inter-nacional.

18:30 Jornal da Manchete — Ediçáo daTarde - Noticiário, agenda culturale entrevistas.

13:00 Mulher de Hoje — Programa femi-nino

14:00 De Mulher para Mulher— Programafeminino.

14:30 Tarde no Cinema — Filme. Atrai-coado

16:30 Sessáo Animada18:25 Histórias de Elza — Senado19:25 Copa Total —- Boletim19:30 Rio em Manchete — Noticiário local19:45 Manchete Esportiva — 2o Tempo —

Resenha de atualidades esportivas20:00 Jornal da Manchete — Ia Edição --

Noticiário nacional e internacional81:15 Miele & Cia — Programa de entre-

vistas22:15 Clnema-Thriller — Seriado: O Qri-

tador23:15 Copa Total — Boletim23:20 Momento Econômico — Noticiário23:85 Jornal da Manchete — 2* Edlçào

Resumo das principais noticias dodia

0:05 Rio em Manchete — Noticiário local0:10 Frente a Frente — Programa de en-

trevistas

8:45 A Hora da Eucaristia — Programareligioso

9:00 Igreja da Graça Programa reli-gioso9:30 Patati Patata — Programa educativo

9:45 Desenho10:00 Pobbo crer no Amanhã — Programa

religioso com o Pastor Miguel Ân-jjelo

10:15 Comer Bem Culinária10:30 Videoclip — Musical11:30 Programa em Tempo Entrevistas12:O0 Record em Noticias Noticiário na-

cional a internacional13:30 A Moda da Casa — Programa de

culinária13:45 O Gênio Maluco Desenho14:0O O Mundo E Pequeno Documenta.-

14:30 Aventura aos Quatro Ventos — Do-cumpri tario

15:00 Tartaruga Biruta Desenho15:30 Rod Rocket Desenho16:00 Beany o Cecil Desenho16:30 O Gênio Maluco — Desenho17:00 Os Dois Caretas — Desenho17:30 Vibração Programa jovem18:00 O Mundo 6 Pequeno — Documenta-

rio.18:30 Aventura aos Quatro Ventos — Do-

oumentário19:00 Jornal da Record — Programa jorna-

lístico19:30 Videoclip — reprise20:30 Férias no Acampamento — Do-

oumentário.21:00 Informe Econômico Comentários

sobre economia e mercado financeiro21:15 Primeira Fila Filme Quando o

Amor e Mais Forte83:15 Encontro Marcado — Programa de

entrevistas0:15 Clube dos Esportistas - Reunião en-

tre comentaristas esportivos

CANAL 11

CANAL 7

Chica da Silva, acrílico sobre tela de Luís Figueiredo, umadas 45 obras de sua exposição na Villa Riso que. alem depinturas, inclui esculturas em papier mache e tapeçarias

8:45 Programa Jimmy Swaggart — Pro-grama religioso

7:15 Qualificação Profissional — Progra-ma educativo

7:30 Show de Desenhos —Seleçào de dese-nhos animados

8:00 O Despertar da Fe — Programa reli-giòsò

8:30 Ela Piiiirrama feminino10.45 Ele no Ela — Programa de varie-

dades

7:20 Patati Patata —¦ Programa educativo7:30 Looney Dunes - Desenho8:00 Sessáo Desenho Seleção de deae-

nhos animados e brincadeiras14:30 Jerónimo — Novela15:15 O Direito de Nascer -Novela16:15 Regresso de Ultraman — Desenho16:45 Show da Pantera Desenhos17:15 Popeye -Desenho18:00 Gaguinho Desenho1830 Carrossel Desenho19:05 Jornal du Cidade Notlc19 15 Noticentro NoÜciári

internacional19:45 Uma Esperança no Ar20:15 Soledad Novpia30 45 Ark II21 25 Programa Flavio Cavalcanti23:55 'Jornal £4 horas Noticiário

ciárto locainacional e

Novela

A programaca-o e os horários sao da responsabilidade da» emissoras

JORNAL DO BRASIL quinta-feira. 13/2/86 o CADERNO B o 7

Marco Antônio Cavalcanti

? Quem festejouo Carnaval

pode descansar emRio das Ostras.Para quem ficouem casa, a cidade— com praiaslimpas e calmas —é boa sugestãopara o fim desemana.

Régis Farr

SITUADA

no litoralNorte do Estado, a 177quilômetros do Rio,Rio das Ostras é uma

boa opção para quem pretendepassar o final das férias em umlocal bonito, agradável, commuitas praias de águas limpase algumas praticamente vazias.

E fato que a população dacidade, de 15 mil habitantes,cresce neste verão, mas é fatotambém que Rio das Ostras,por onde se chega pela estradaRio—Macaé, é uma das rarascidades da Região dos Lagosque, por ainda não ter viradomoda, pode ser curtida no ve-rão sem maiores problemas.Para tanto, basta que se prefi-ra, ao centro da cidade, a CostaAzul, a cinco quilômetros docentro.

Para se chegar a este tran-quilo local, não há mistérios:basta seguir pela estrada e, nosegundo posto de gasolina (sóhá dois mesmo), entra-se à di-reita, segue-se em frente por umcaminho de barro e chega-se àpraia. Como a Prefeitura aindanão pensou em sinalizar o local,a hoteleira Maria da PenhaAraújo resolveu anunciar seuBar Surf e seu hotel de formamuito simpática: em placasque colocou na esquina de cadarua, informando ao turista ondeele está.

A praia da Costa Azul, oceâ-nica, ainda não foi descobertapelos freqüentadores de Riodas Ostras em alguns de seustrechos, como o Remanso e oRecreio. Quando a maré estábaixa, o Remanso é a praiaideal para crianças que podemoptar peia Lagoa da Coca-Cola,no final da Costa Azul. Comcerca de 10 mil m2 de área,águas mornas e da cor do refri-gerante que lhe dá o nome, alagoa tem suas águas iodadasusadas freqüentemente pelosmoradores para enxaguar oscabelos. '"E muito melhor doque o melhor dos cremes rinse",garantem os habitantes locais.

iMi-mimiM

íltlllllllil

A Costa Azul é uma das muitas praias desertas, que a cidade oferece

Perto da Costa Azul ficamainda as pouco freqüentadaspraias da Joana — de águasmornas, transparentes e bas-tante tranqüilas —, das AreiasNegras e Virgem. Nenhuma de-Ias tem qualquer infra-estrutura turística e, como ocaminho para elas não é sinali-zado nem muito freqüentado,convém informar-se antes comos moradores da região comochegar a uma ou outra. Senão,

o INDICAÇÃO.

há o perigo de perder-se emmeio a subidas e descidas. Masse o programa é pescaria, asmelhores opções são as Ilhas doCosta, em frente à loja Tocolân-dia, na Costa Azul, e a das Pom-bas, em frente à praia da Joana.

Costa Azul é, sem dúvida, omelhor local para se ficar emRio das Ostras, mas sempre va-le um passeio ã cidade: lá, ondeDorival Caimi, seu filho Dori ouo escritor Fernando Sabino po-

dem ser encontrados cami-nhando pelas ruas, deve-se ir àBoca da Barra, colônia de pes-cadores, no final da praia doCemitério. E, durante a estada,pode-se saborear, no Bar da Bo-ca, um delicioso arroz de polvo,um caldinho de peixe, ou umbobó de camarão. Os bares daárea são todos simples e valeprocurar — não se encontra emtodos, nem sempre — o faneca,um peixe próprio da região, se-melhante à manjubinha.

No centro da cidade há ca-valos de aluguel para passeiospelas redondezas, um bom pro-grama para as crianças. E napraia da Tartaruga, em algu-mas épocas do ano, as tartaru-gas são em tão grande númeroque podem ser pegas com asmãos, com a maior facilidade.

Para quem gosta de pas-seios históricos, há também oque fazer na vizinha Barra deSão João, a 9 quilômetros de

Rio das Ostras tem vários hotéis bemsimples no centro da cidade e, na CostaAzul, um apart-hotel, o Apart-Atlântico.Tem 14 apartamentos simples, com camade casal, sofá, geladeira, fogão e utensíliospara três pessoas. Tem bar, restaurante,salão de jogos, piscina infantil e cobra Cr$250 mil de diária para três pessoas. Umasemana sai por Cr$ 1 milhão 700 mil e 10dias, por Cr$ 2 milhões 300 mil. Fica na

praia da Costa Azul e as reservas podemser feitas pelo telefone (0247) 64-1934. Nocentro, tem o Hotel Saint Tropez, à RuaGuaíba, 41. As diárias para casal são deCr$ 250 mil.

A melhor peixada da cidade é servidano Teca das Peixadas. Uma caldeirada saipor Cr$ 95 mil, uma moqueca, por Cr$ 80mil, e uma peixada, por Cr$ 72 mil. O local

é simples, limpo, e a comida, saborosa. Oendereço é Rodovia Amaral Peixoto, nocaminho entre o centro da cidade e aCosta Azul. O Bar da Boca, na praia doCemitério, é também um local simples ede comida gostosa. Seus principais pratossão o arroz de polvo, o bobó de camarão ea moqueca, todos com preços de Cr$ 70mil a Cr$ 80 mil.

Rio das Ostras. No núcleo his-tórico da cidade, pode ser admi-rado um conjunto de casas re-manescentes do início do sécu-Io XIX e pode ser visitada aIgreja de São João Batista,construída na primeira metadedo século XIX. Atrás dela fica ocemitério onde está o túmulode Casimiro de Abreu. E, já quefalamos no poeta, vale aindauma visita à casa onde ele nas-ceu, onde funcionam museu ebiblioteca, estranhamenteabertos ao público apenas deterça e sexta-feira e das 9h às13h.

Para quem gosta de móveisrústicos de madeira, há a Toco-lância, na Costa Azul. Lá, pode-se comprar um bar em vinháti-co, com três bancos, por Cr$ 3milhões 900 mil ou uma grandemesa em jaqueira por Cr$ 4milhões 500 mil. Há tambémmuitas e variadas plantas naloja.

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8 o CADERNO B o quinta-feira, 13/2/86 TURISMO JORNAL DO BRASIL

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D Cruzeiro de uma semana entre algumas das mais belas ilhas do mundo

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O cenário da viagem éo gigantesco transatlânticoNormay, que faz cruzeirossemanais pelas águas doCaribe, com partida echegada em Miami. Onavio tem capacidadepara mais de 2 milpassageiros e 800tripulantes que vêm detodas as partes do mundo:não por acaso ele é oúnico navio autorizado aostentar em sua torre abandeira da ONU(Organização das NaçõesUnidas)

Haroldo Quadros

Norway não é outrosenão o antigo SSFrance, lançado aomar em maio de 1960

com o título de maior navio depassageiros do mundo. Depoisde fazer cruzeiros pelos diver-sos continentes até 1974, oFrance foi desativado. Coloca-do à venda, foi comprado porum grupo armador norueguês,rebatizado de Norway e sedia-do em Miami a partir de 1980.

Além de seus cinco salõespara música e dança, três pisei-nas, centro de saúde, hospital,lojas, quadras para esporte (vô-lei, basquete, squash etc) o na-vio tem dois restaurantes ondecerca de mil pessoas podem seratendidas num turno de refei-ções. Surpreendente é o teatro-cinema para 500 espectadores,em cujo palco- se apresentamartistas famosos — como PerryComo, Tina Turner — alternan-do com companhias que exi-bem musicais de sucesso naBroadway. Para as crianças háum salão especial com brinque-dos e videogames. E aos apre-ciadores da leitura, o navio ofe-rece uma biblioteca com mais

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INDICAÇÃO"E útil pedir à agência de viagens o mapa do navio para

ver a localização e as dimensões de cada cabine. Asmelhores são externas, nos diversos convéses; as internas,dão uma impressão de confinamento. É claro que ascabines mais simples têm preços menores.

As despesas feitas a bordo com bebidas alcoólicas,compras nas lojas, tratamentos (massagens, saunas etc)são pagas no final da viagem. Os passageiros apenasassinam uma nota, cuja cópia é entregue para controle. Ocomputador do navio recolhe os dados das diversas caixase lança as despesas na ficha do viajante. Assim, não épreciso manusear dinheiro para qualquer tipo de gasto.

de mil volumes. Quem quiserexperimentar as emoções na ro-leta, nas cartas ou nas máqui-nas de moedas tem o MonteCario Room. das 7 da noite às 3da manhã. O restaurante aber-to começa a funcionar às 6 damanhã para quem não quiser odesjejum nos restaurantes in-ternos do navio. Ali também sepode almoçar, tomar café, cho-colate ou chá durante todo odia com brioches, doces, frutas,saladas sem pagar: as refeiçõessão incluídas no preço da pas-sagerri.

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Nas escalas, os passageiros são transportadosdo navio por uma lancha

Quando o navio chega a qualquer porto, o passageiropode trocar traveler-checks a bordo, na moeda local. Ostickets para as excursões em terra são vendidos nopróprio navio e os que quiserem voltar antes para bordopodem tomar qualquer dos tenders (barcos pequenos comcapacidade para 450 pessoas) que fazem viagens a cadameia hora.

A exclusividade de vendas para os cruzeiros da Norwe-gian Caribbean Lines é da Kontik-Franstur. São quatronavios na rota do Caribe: Norway, Southward, Starward eSunward e os preços — de mil a 5 mil dólares — nãoincluem a passagem aérea até Miami. Telefone Kontik:292-3131.

Os salões de festa exibemconjuntos musicais que apre-sentam sucessos antigos e mo-demos para ouvir ou dançar.Um circuito interno de TV per-mite aos passageiros acompa-nhar, através de três boletinsdiários, os principais aconteci-mentos no mundo. Além disso,a estação de televisão do pró-prio navio exibe filmes, do-cumentários, anúncios de even-tos da viagem, completando asinformações do boletim diáriode bordo — o Cruise News —em edições multilíngíies. E em

cada cabine há um ramal tele-fônico com acesso ao sistemade telefonia por satélite que co-loca o passageiro em contatocom qualquer parte do mundo.

Mas o que mais chama aten-ção no SS Norway é seu festivalgastronômico: nada menos denove refeições por dia, num des-file de iguarias encerrado noBufê da meia-noite, com sala-das, pratos quentes, frutas edoces. Para alimentar seu con-tingente de passageiros e tripu-lantes por uma semana, o naviosai de Miami com 5 toneladasde carne, 1,5 tonelada de peixes

e frutos do mar, 3 toneladas deaves, 4 mil litros de leite, 16 millitros de sucos de frutas, 66 milovos, etc. A equipe de 105 pes-soas que trabalha na cozinha écapaz de preparar 1.100 refei-ções em 25 minutos. E o naviotem auto-suficiência para trêssemanas sem necessidade dereabastecimento.

Na viagem pelo Caribe, osonho de passar alguns diasnum navio luxuoso tem maio-res atrativos: o passageiro deoutras partes do mundo encon-tra um serviço perfeito nos mi-nimos detalhes. E o bem-estarque sente vem do fato de que os

ocupantes da cabine mais sim-pies — 1.200 dólares por sema-na — ou na mais luxuosa — de 5mil dólares — usam todos oscompartimentos e desfrutamdos diversos serviços e atraçõesdo navio da mesma forma, jáque a classe é única.

No cruzeiro de uma semana,o Norway faz três escalas: nailha de Saint Thomas. em Nas-sau (Bahamas) e na ilha parti-cular da Norwegian Line. Elesrecebem os visitantes em pro-gramas organizados para des-frutar as belezas naturais decada ponto. E a viagem é ines-quecível.

Méridien entrapara o Guiness

O hotel Méridien Vancouver, re-centemente inaugurado, já inseriu seunome no famoso Guiness Book ofRecords, graças à maior omelete domundo, preparada pelo seu chef Clau-de Teton.

Para fa/.cr essa omelete, Tetonutilizou 45 mil ovos, 16 quilos de sal, 4quilos de pimenta, 91 quilos de banhae uma fôrma medindo 4x10 metros.Kssa omelete pesava, aproximadamen-te, duas toneladas e foram necessárias1 hora e 30 minutos para o seu cozi-mento total.

Se Claude Teton tivesse colocadoem linha reta todos os ovos que usouna sua obra-prima, teria coberto umadistância igual a 3 mil 200 metros.

A confecção da omelete foi acom-panhada por um representante doGuiness, para a devida homologação.

Cometa Halleysacode agência

O cometa Halley está movimen-tanclo as agências de viagens. Váriasdelas estão com programações espe-ciais para que os interessados possamver melhor o cometa que só aparece acada 76 anos.

Entre essa agência está a BraunTour. do município de Carmo, noEstado do Rio de Janeiro, que já temcinco programas selecionados: Rotei-ro das montanhas. Agulhas Negras eCidade de Campinas para três ouquatro dias.

Para São Lourenço a viagem seráfeita em ônibus de turismo e a hospe-dagem será no Hotel Primus. Haverávisita ao Observatório de Brasópolis,passeios, palestras sobre astronomia,show e a observação do cometa Hal-ley. São três dias de inteiro lazer.

Para Itatiaia a viagem será. tam-bêm. de ônibus de turismo e hospeda-gem no hotel Simon. Um mini-observatório foi instalado no platô dopico das Agulhas Negias e haveráinformações c palestras dadas poruma autoridade em astronomia. Oalmoço do segundo dia será servidonuma choupana instalada no pico damontanha. Haverá muitos passeiospela localidade e na tarde do terceirodia a caravana regressara ao Rio.

Para a excursão á cidade de Cam-pinas, há dois programas previstos:um de três dias com viagem lmh ônibusde turismo e outra de quatro dias comviagem em jato da Transbrasil. Emambas, haverá visita ao Observatóriode Capricórnio e muitos passeios evisitas.

Informações e reservas poderãoser obtidas na Braun Tour. praçaPresidente Getúlio Vargas. 214 loja 2,município de Carmo. RJ. telefone(021) 272 e 24d ou no Rio de Janeiro.na avenida Rio Branco. 181 erupo1.108.

RÁPIDAS

IDA-E-VOLTAR aldyr Figueiredo

Festival Gastronômico Francêsno Gourmet Clube Moriseigneur

O Hotel Intercontinental Rio e a PanAmerican World Airways se juntaram pararealizar um grande programa de comemora-ções do segundo aniversário de atividadesdo Gourmet Club Monseigneur. Para issoestáo trazendo os seis mais famosos chefs decuisine parisienses para a semana gastronô-mica tio restaurante Che/ Laudrin, queacontecerá, somente para jantar, entre osdias 17 e 22 de fevereiro deste ano.

Durante os meses de fevereiro, março.abril, maio. junho e julho, e por umasemana por mês, seis dos mais conhecidoschefes de cozinha franceses estarão no hoielInter-Continenuil. preparando suas especia-lidades no restaurante Monseigneur.

(1 primeiro a apresentar-se nesse festi-vai da cozinha francesa será o Che/ Láu-drin, uma casa bastante conhecida em Parise mesmo em toda a Europa, pela suacozinha clássica e seu serviço impecável.Localizado no 154. Boulevard Pércire. emParis, o Che/ Laudrin tem sido um centro

de concentração de aristocratas e empresa-rios nas noites parisienses.

Benoit Teillet, introdutor da nouvellecuisine no Chez Laudrin. tem passagem porrestaurantes famosos como o Hosten, Dar-roze, l.'Oasis e outros, tendo deixado emtodos a sua marca inimitável.

Alem de Benpil Teillet. virão de Paris,também, o sous-chef Sylvain Porta) e omaitre D'Yvon de Roux.

Todo o festival gastronômico francêscontará com a colaboração do chef Oomim-que Cuipam. razão do grande sucesso doGourmet Club Monseigneur.

Para o mês de março já esiá confirmadaa vinda do chef Jean-Jaques Barbicr, dohotel Intcr-Continental de Paris. Para osmeses de abril a julho já eslâo com idadosGerard Paillard, do La Marec; Claude (ier-bert. do Che/. Dessirier; Jean Sabine. do LaGrande Cascade aux Bois de Boulogne ePhilippe Goult. do La Manoirde Paris.

Oito dias conhecendo o CanadáA Air Canada está oferecendo a excur-

são Circuito Expresso Canadense, com du-ração de oito dias, incluindo a*, principaiscidade», do Este do país, com preços quevariam desde L'SS 4Wi por pessoa, englo-bando estada em hotéis ite luxo, transladosc passeios de acordo com a procramaçâo.

O circuito Expresso Canadense temsuas saída', em 1986 marcadas para os dias2° de março. Iq de abril. 17 de maio. 28 dejunho, 12. 19 c 2o de julho. ". 23 e 30 deacosio. 20 de setembro, I' de outubro. 15de novembro e 20 de dezembro.

A programação prevê: sábado, domm-no e seeunda-feira — Montreal, terça e

quarta-feiras — Quebec: quinta e sexta-feiras e sábado — Toronto,

Opcionalmente, podem ser visitadasNova Iorque c Washington, numa progra-mação com seis dias de duração, três diasem eacia cidade.

Informações sobre o Circuito ExpressoCanadense podem ser obtidas na CanadianTours. PO. Box 5142. Station A. Toronto,Ontárío, M5WIW4, Canadá, telefone (416)h2h-5W telex (I6.984S63. No Brasil, com aSouth Marketing na Avenida Marechal Cá-mara. I«l sala 1(06. telefone (02!) 240-5539. no Rio de Janeiro ou na Rua 7 deAbril. 342. sala S1». telefone (011! 258-1977.Sào Paulo.

acoatiarasocorro

ItpedeItacoatiara, um dos recantos mais

bonitos de todo o litoral fluminense, estácompletamente abandonada.

Um local que, antigamente, era umponto de atração turística, muito pro-curado por viajantes nacionais c estran-geiros, transformou-se hoje num pontode concentração de marginais, desoeu-pados e farofeiros, pondo em risco asegurança de quantos têm suas casasnaquele lugar.

Nos fins-de-semana, atualmente, omais comum sáo os arrombamentos deautomóveis, dos que ainda se aventurama um passeio por lá.

A Prefeitura de Niterói a quemcaberia zelar pela limpeza e fiscalizaçãoda localidade se omitiu inteiramente.Agora, além dos inúmeros trailers queestacionavam junto à calçada da orlamarítima de Itacoatiara, vendendo seusprodutos, várias barracas foram instala-das na areia e um número elevado de~~vendedores ambulantes passeiam entreos banhistas apregoando seus produtos.

A SOAMI — Sociedade de Amigosde Itacoatiara — é quem ainda procurafazer alguma coisa para limpar o local ezelar pelo bem-estar de seus moradorese veranistas, mas sua verba e curta e nãohá pessoal suficiente para poder execu-lar todas as tarefas.

Itacoatiara, cuja maioria das casaspertence a veranistas de alto poder aqui-sitivo e era, ainda, uma localidade quese podia freqüentar sem problemas, es-tá, agora, inteiramente transformadapara pior. para tristeza de quantos aconheceram ou com ela convivem.

¦ ¦ ¦A par de ser um bem-sucedido cm/w-

sárío, Antônio Saraiva é um entusiasta doturismo e vem se empenhando bastantepara ajudar o desenvolvimento do setorno Brasil. Além de tomar uma série deprovidencias de forma a adequar a Chúr-roscaria Palace pura prestar um melhoratendimento aos turistas, cie vem promo-vendo a apresentação de alguns artistas denome e grupos folclóricos para entreteni-mento dos clientes. Agora mesmo. Sarai-va recebeu a visita de um grupo folclóricoformado por funcionários da TAP AirPortugal que vinha de uma excursão aoRio Grande do Sul. onde se apresentoucom suces o. O grupo foi homenageadocom um almoço na Churrascaria Palace.com a presença de Eduardo Barbeiro,diretor geral da TAP Brasil e AngelaBranco, encarregada de publicidade daempresa.

A rede Hotéis Othon está com um serviçocomputadorizado que garante confirmações,em poucos segundos, e sem qualquer custo,para os seus 16 estabelecimentos a nível nacio-nal. Esse serviço se estende, também, a nívelinternacional através do SRS —¦ SteingenbergerReservation Service, um sistema de reservasque integra um pool de hotéis de quatro e cincoestrelas, espalhados pelos cinto continentes.Sào mais de 1711 hotéis instalados nas maiorescidades da Europa. América do Norte e Améri-ca do Sul e em cidades distantes do ExtremoOriente. Oriente Médio. África e Austrália.

A Giltur esta promovendo a XVII FestaNacional da Uva, uma excursão com váriassaídas jn programadas paru us meses de feverel-ro e março. Essa programação tem a duração de12 dias, com viagem em confortáveis ônibus deturismo. Os grupos sairão do Rio de Janeiro,percorrerão as rodovias Presidente Dutra eRegis Bitencourt, almoçarão em Itapecerica daSerra, SP e chegarão a Curitiba a noite. Oprograma prevê: 2" dias — Curitiba/Blumenau;3° dia — permanência em Blumenau; 4" dia —Blumenau/Serra gaúcha; 5o e 6" dias — perma-nência na Serra gaúcha, com passeios a Canela,(Iramado, Garibaldl e Bento Gonçalves, EmCaxias do Sul os grupos assistirão n desfile decarros alegóricos. (Minto alto da programação;7" dia — Serra gaúcha/Porto Alegre: 8" dia —permanência em Porto Alegre; 9o dia — PortoAlegre/Criciúma: 10" dia — Criciúma Curitiba;II" dia — permanência em Curitiba: 12" dia —Curitiba/Rio de .laneiro.

A Arsa — Aeroportos do Rio de Janeiro S Aestá completando 13 anos de atividade. Elaadministra os aeroportos Internacional do Rio

—éi—TTfi,ci:i..—Santéj Dumont: Jacarepaüuá,Campos e Macaé. Desta ve/ nào haverá lestapara comemorar.

O Hotel Simon. de Itatiaia, foi agraciado como troféu Destaque Hotelaria de 1985. O Simonfica no km 12 do Parque Nacional de Itatiaia.tem 50 apartamentos com televisão a cores,piscina com água natural, sauna. salão de jugos,salão de estar com aquecimento central, andilo-rio com capacidade para 200 pessoas e umrestaurante. Reservas podem ht feitas |>elotelefone (011) 240-4508.

A Air Canada e a transportadora oficial daExposição Mundial Vancouver que aconteceráentre 1 de maio e 13 de outubro, no Canada.

Caribe Dourado c um programa especial quea Stella Barros eslâ oferecendo àqueles queainda nào conhecem ò Caribe. \s saídas sào aossábados e a viagem e feita no transatlântico S SVitória. A programação inclui visitas a Cura-çao, Sanjuan. St. Thomas, Martinique, tirana-da e La Guaira. Informações mais detalhadaspodem ser obtidas nas agências da Stella Barrosdo Rio de Janeiro ou pelos telefones 10211 220-5015 ou em São Paulo pelos telefones (011) 280-0222 e 258-29W.

Com apoio da Itatiaia Turismo, a Embraturvai entregar o troféu EmbratUi :s„Tba Expor-tação aos melhores do Cam.val na-, categoriasSamba-enredo, Bateria e A a das <i lianas. Osprêmios que serão entregues. alen> Jos troféus,aos melhores do Carnaval são duas passagenspara o Norte-Nordeste e credenciamento dospremiados junto à Embratur. par., eventualparticipação em manifestações internacionais.

A Rio-Sul foi, pela segunda vt/ consecutiva— ! 984 e P)85 — a empresa aérea regional maispontual do ano. O Departamento de AviaçãoCivil — D.AC, que aferc os índices de pontuali-dade das empresas, informa que a Rio-Sulalcançou a media anual de 92^. enquanto aindustria obteve o índice de S-W. Durante todoo ano passado, a companhia manteve o melhor

índice de pontualidade em onze meses e secolocou em segundo lugar somente no mês deoutubro.

Osvvaldo Piantini reassumindo seu posto degerente geral do Caesar Park Ipanema, cargoque acumula com o de diretor de operações doshotéis da cadeia no Brasil.

Já está circulando o tablóide Vivei Bem, umapublicação mensal da Itatiaia Turismo.

A TAP Au Portugal promovendo cursostécnicos de aviação no período de 3 a 21 demarço, em Lisboa.

O Rio Convéntion Bureau realizou o seu IVItreakfast Meeting, com a presença de, aproxi-madamente, 150 pessoas, entre organiwidnresde congressos, hoteleiros, agentes de viagens,transportadores, lojistas, representantes de res-taurantes e shopping-centers. O objetivo foi olançamento do novo material promocional doShell Folder Corcovado, com uma tiragem de200 mil exemplares e, ainda, a apresentação dosjá existentes com os temas Pão de açúcar eLagoa Rodrigo de Freitas, cuja tiragem foi de500 mil exemplares. Essas publicações têm sidoutilizadas como peças de apoio aos CongressosInternacionais promovidos pelo Rio ConvéntionBureau. Enrico Restelli, diretor de marketingdo Credlcard Visa Internacional, fez uma pales-tra sobre o papel do cartão de crédito nodesenvolvimento do turismo, acompanhada deprojeção de slides.

Em Itacuruçá, RJ será inaugurado ainda eml"Sti um novo hotel do grupo da SaveirosTours. com 4ü confortáveis apartamentos.

A Philippine Airlines esta oferecendo leitosem sua primeira classe, nas viagens para oOriente, sem qualquer custo adicional.

O grupo Hotéis do Frade filiòu-se, agora, àAssociação de Hotéis de Turismo.

O presidente da Riotur. Trajano Ribeiro,entregou os certificados aos 45 alunos da primei-ra turma do Curso de Informações Turísticasministrado para integrantes das policias civil emilitar e coordenado por llavard do CoutoBoiteux, do Centro de Estudos Turísticos daRiotur.

E lamentável o estado em que se encontraCabo Frio, um dos mais importantes pontos deatração turística de toda a Costa do Sol. Ruasesburacadas e sujas, terrenos baldios cheios delixo e mato alto. lixo espalhado pelas ruas euma série encontável de irregularidades mad-missíveis numa localidade como essa, A im-pressão que dá é que Cabo Frio não tem maisprefeito, tal o caos que reina na cidade. Epreciso que o presidente da Embratur, MacDowell Leite de Castro, continue a frente daentidade para levar a cabo o plano de recupera-ção de ioda a Costa do Sol.

X \asp e a cidade de Cruzeiro do Sul. noKvtadn do Acre, estão comemorando mais umano da assinatura do acordo para o transportede cargas e da ligação do município com o restodo Brasil. A cidade fica com suas estradasinterditadas durante seis meses por ano devidoàs chuvas, tornando-se. por isso, mesmo, depen-dente do transporte aéreo. Os vôos são fretadospor comerciantes, serinealistas e usinchos locaise parlem de Porto Velho e Rio Branco, t maoperação que por via terrestre necessitaria de 40a AO dias e executada em menos de uma horapelos Botina 737 da Vasp.

O Rio Sheraton Hotel tem nova diretora deRelações Públicas: Elizabeth Silva Mello.

Com a compra de mais dois Boeing 747, afrota da Lufthansa passa a contar com I"jumbos para passageiros e quatro para trans-porte de carga.

Carlos Galio in.üisun-u em ( ,i0<' FiHotel Marissol um três estrelas hem simpático

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L/ma viagem aostemplos sagrados emercados exóticos dacapital da Tailândia

Giselle Campos

Alingua

tailandesa édiferente até na es-crita — em caracte-res — o que torna a

comunicação uma coisa com-plicada para quem, como eu,chegou sozinha a Bangkokem outubro do ano passado.A solução foi pedir aos funcio-nários do aeroporto que es-crevessem o endereço do ho-tel para eu mostrar ao moto-rista de táxi. Mas havia umoutro detalhe: a maior partedos motoristas não sabe ler —e isso fez de todo passeio umaaventura.

Há táxis comuns e tuk-tuks, lambretas adaptadascom um motorista na frente elugar para três passageirosatrás. Era preciso tambémdiscutir o preço (não há taxi-metro) e pechinchar — porescrito. Depois de tudo isso,cheguei a um dos lugaresmais bonitos da cidade, oTemplo do Buda de Ouro. Porfora, ele é apenas uma cons-trução pintada de preto mas,depois de entrar, encontreium Buda de ouro maciço, ob-jeto sagrado que ninguém ja-

mais pensaria em roubar. Namesma sala há três outras pe-quenas esculturas desse deus,cobertas de papel dourado,colados a elas junto com ospedidos dos fiéis.

Em todos os templos vi-vem os monges, apenas rezan-do e meditando. Entre os tai-landeses, um dos filhos é des-tinado a ser monge, o que seconsidera uma espécie debênção à família, um privilé-gio concedido pelos deuses.Eles podem ser monges pormeses, anos ou pelo resto davida. Os Monges da RoupaLaranja, como são chamados,comem apenas uma vez pordia, têm as cabeças raspadas,não bebem nem fumam e sãoproibidos de qualquer conta-to físico com as mulheres. E,se uma mulher, sem querer,esbarrar num monge, isso re-sulta numa penitência paraeles.

Visitei também o PalácioReal e o Templo do Buda deEsmeralda, um conjunto tãodiferente de tudo o que nósocidentais conhecemos que édifícil descrevê-lo. Os telha-dos, por exemplo, são super-postos ou em forma de torres

pontiagudas. Em volta deles,uma renda de metal douradoem ponta, como o bico dosapato de Aladim. Há tam-bém telhados em forma detorres que afinam à medidaque sobem, como cones desorvete ao contrário. As tor-res são revestidas de pedra-rias e espelhos, ou de cacos deporcelana colorida. Só o exte-rior do templo é suficiente pa-ra se admirar por muitas ho-ras — ou, quem sabe, meditarpor algum tempo. Entrei nopátio interno, um lugar imen-so, que tem logo à entradaduas estátuas de cacos deporcelana colorida, represen-tando os guardiões do tem-pio. Segui por uma alamedacom colunas cobertas de es-pelhos e pastilhas de metalcolorido formando desenhosde flores, que o sol fazia bri-lhar como lantejoulas. Umabeleza. No alto dos telhados,um detalhe final — centenasde pequenos sinos de bronzeque balançavam com o ventoe produziam um som mágicoe suave.

Finalmente, cheguei aoTemplo do Buda de Esmerai-da, um dos mais reverencia-

dos da Tailândia. Por isso,exige-se muito respeito paraentrar: é preciso tirar os sapa-tos e proibido usar shorts. Ládentro, num salão enorme, aspessoas rezam ajoelhadas, emsilêncio profundo, e o ambien-te, ao contrário do exterior, étotalmente despojado. O Bu-da de Esmeralda fica no fun-do do templo sobre um pedes-tal altíssimo.

O Palácio Real é umaconstrução mais simples, to-da branca com telhados su-perpostos e janelas trabalha-das em alto-revelos dourados.Na rua em frente ao portãoprincipal do Palácio há ummercado diferente de qual-quer outro do mundo — ele sóvende amuletos dos muitosdeuses e símbolos da religiãobudista. Nos outros mercadosda cidade encontram-se todotipo de budas de madeira oumetal, no tamanho que o fre-guês quiser — até da altura deum homem! E há tambémvendedores de comida e osque vendem mel colocam emtabuleiros pirâmides de favoscom abelhas zunindo paramostrar que o produto é purode verdade.

Em toda parte, há espeta-culos de música e dança: as-sisti a um em que as mulhe-res, para dar maior destaqueaos gestos das mãos, usamlongas unhas postiças pinta-das de dourado. A religião es-tá presente em tudo, inclusivena dança, cujos temas giramem torno das encarnações doBuda.

Outro passeio inesquecívelé aos canais — os klongs —onde vive grande parte da po-pulação pobre da cidade, den-tro de velhos barcos. São cen-tenas, enfeitados de flores eplantas e vendendo todo tipode coisas, num mercado flu-tuante. É através dos canaisque se chega ao Templo doEntardecer, num longo pas-seio pelos canais secundários,espécies de ruas transversaisa uma grande avenida. À me-dida que o barco se aproximado grande Templo, o visual ébelíssimo: uma grande torrede cacos de porcelana colori-da brilhava refletindo a luz dosol. A torre principal tinhaquatro andares, cada um de-les seguro por guerreiros, co-mo as cariátides gregas. Dasjanelas no alto da torre saiamcabeças de elefante, e uma

imensa escada levava ao últi-mo andar.

Há mais dois templos paravisitar: o WatPo, com um gi-gantesco Buda reclinado deolhos muito coloridos e oTemplo de Mármore, freqüen-tado pela Família Real. E noMuseu Jim Thompson, casade um americano que viveuem Bangkok durante a Se-gunda Guerra, há uma cole-ção de obras de arte locais.

Além de toda a beleza ar-quitetônica, a cidade temtambém uma cozinha requin-tada como a chinesa, e o fa-moso Pato de Pequim, segun-do os gastrônomos, é tão sa-boroso quanto o chinês. Eledeve ser encomendado no res-taurante com um dia de ante-cedência e consiste em fatiasfinas, carameladas, da ave en-roladas em panquecas. Come-se com as mãos — e é delicio-so. Para terminar uma visitaa Bangkok, é preciso dar umpasseio de elefante. Para isso,o melhor lugar é o Rose Gar-den e chega-se à cadeira sobreo lombo do animal subindonuma torre de rnadeira.

Giselle Campos. 23 anos. e esluriante deEngenharia da UFRJ

Eu conheço um lugar

ÀS ÜVASVAO ROLAR:PortoCervo

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Venha/k

Caxiasdo Sul

que faz o charme de Porto Cervo,,,.J na Costa Esmeralda da Sardenha

é a sofisticação e, é claro, a beleza dolugar. Há praias e montanhas, e ascasas são construídas sobre os roche-dos. pintadas de rosa como a areia dapraia. Os moradores são os mesmos deséculos, pastores de ovelhas e as mu-lheres se vestem de preto e vivemcomo na Idade Média, sob a vigilância,primeiro, do pai e, depois, do marido.

No verão, quando a cidade ficacheia de milionários, há um curiosochoque cultural entre os moradores eos visitantes que tazem top less naspraias com toda naturalidade. A CostaEsmeralda faz parte de um condomi-nio construído nos anos 60 pelo AgaKhan para criar um centro hoteleirode alto luxo. O lugar é carissimo e

restrito aosmuito ricos, oque impedeque fique su-perlotado co-mo Saint Tro-pez. Até a li-nha aérea quefaz a ligaçãode Roma àSardenha per-tence ao AgaKhan e o re-quinte de tudovai aos meno-

Claude Amaral res detalhes.Peixoto Ha' por exem"Relaçôes-Püblicas fc^aünsdaAlitalia. 5 quilômetrosdo mar — a Ostelaria Deleda — queserve apenas carnes defumadas — e osqueijos de cabra e o carneiro grelhadosão especialidades da região. Paraacompanhar a refeição, qualquer vi-nho é excelente: a qualidade dos vi-nhos da Sardenha é única.

Estive neste lugar lindíssimo ape-nas uma vez, há cinco anos, mas é láque gostaria de voltar sempre.

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As restrições da noiteOnde é só permitido entrar sob certas condições

Maurício Stycer

A Lei 4.737, responsável pelo fecha-mento da danceteria Help nas últimasterça e quarta-feira, véspera de carna-

vai, se aplicada com rigor, poderá causarsérios prejuízos a vários estabelecimentoscomerciais que recusam a entrada de pes-soas por preconceito de cor e raça comotambém em função do sexo e do estadocivil. Ao impedir a entrada de uma negraem suas dependências, a Help se transfor-mou na primeira casa noturna do Brasil aser punida pela lei, uma reformulação daLei Afonso Arinos. Mas não é a única ainfringi-la.

Os abusos são maiores do que podesupor um notívago recém-chegado ao Riode Janeiro. No Hipopotamus, por exem-pio, um autodenominado "porteiro oficialda casa", também conhecido como Jadir,não permite a entrada de homens desa-companhados na boite. Mas abre umaexceção para os que estiverem hospeda-dos em hotéis de quatro ou cinco estrelas,"desde que com um comprovante". Já naboite Sótão, na galeria Alaska, ocorreexatamente o contrário. Os homens en-tram de graça, em grandes quantidades,mas as mulheres precisam pagar Cr$ 30mil para curtir um dos mais tradicionaisambientes gays da cidade.

O tratamento dispensado aos mal-vindos é, normalmente, sutil. Faz parte dopassado as placas de advertência quedurante muito tempo ornamentaram aentrada de vários restaurantes, como oYankee Brasil, no Centro. Lá se lia: "só épermitida a entrada de homens com gra-vata". Hoje em dia, as placas foram subs-tituídas por eficazes porteiros, verdadei-ros guarda-costas estilizados, capazes, co-mo Fernando, do Calígola, de arranhartrês ou mais idiomas com o intuito deselecionar a clientela das casas do ramode "pessoas especiais".

Foi um desses porteiros, o da Help,conhecido como Ricardo, que impediu aentrada da negra Djanira Pereira, alegan-do ser a danceteria~um elube-privè_-Há_pouco tempo, também, o gerente do BarLuiz não permitiu que sete professoras daUFR.I tomassem um inocente chope "sema companhia de homens". Ambos os ca-

sos foram parar na Justiça e a vitória deDjanira pode ajudar a tornar menos difícila entrada em certos lugares.

No restaurante do Clube Naval, éproibido usar "camisas com dizeres im-pressos ou de propaganda". O porteiroMoacir não se incomoda em mostrar alista completa de interdições. "As reco-mendações são claras e estou cumprindoordens superiores", alega. Outro localmuito cotado pelas dificuldades que im-põe a seus freqüentadores é a danceteriaCrepúsculo de Cubatão. Lá não há lista; oque funciona mesmo é o feeling do portei-ro. Só ele é capaz de dizer se o jovempretendente possui estilo, ou atitude,dark. Nesse verdadeiro vestibular quasedançou Jamari França, critico de rock doJB, que só depois de muita discussãoconseguiu entrar ali na semana passada.

Quanto mais um lugar estiver na mo-

da, maiores são as restrições ao cidadãocomum.

No Calígola, o porteiro Fernando pre-cisa se desdobrar diante da avalanche deargentinos desacompanhados que ten-tam usufruir de algum dos três ambientesda casa. "Com una chica entra", avisa oporteiro, momentos antes de permitir aentrada de dois homens italianos. "É queeles estão indo para o piano-bar. Na disco-teca é que não pode", explica sem fazerquestão de disfarçar os dúbios critériosusados no processo de seleção.

Se você não faz parte do clube das"pessoas especiais", a quem não se fazexigência alguma, restam duas opçõesdiante de um porteiro irredutível: vocêpode recorrer à Justiça, como fizeramDjanira e as professoras da UFRJ, ouentão lançar mão do "jeitinho", preparan-do-se com antecipação para burlar algu-mas restrições típicas da noite carioca.Aqui vão algumas dicas:

O mapa das proibiçõesRestaurante do Clube

Naval: Desde 1983, a dire-toria do clube não permiteo uso de "tênis, sandálias,chinelos, camisetas, cami-sas com dizeres impressosou de propaganda, ou depeito aberto, bermudas,calças desbotadas e jog-gings". É a lista mais rigo-rosa de que se tem noticia.O porteiro Moacir está naexpectativa de que dirni-nuam as exigências, poiscomo está "toda hora eutenho que barrar alguém".

Calígola: E o lugar damoda neste verão. De tênisou desacompanhado(a)nem pensar. Caso seja im-possível formar um casalantes de entrar, procureabordar Fernando, o por-

Jeiro^em inglês, italiano,ou em qualquer outra lin-gua que não seja o portu-nhol. Argentino desacom-panhado nào entra.

Hipopotamus: Por muitotempo, o mais famoso chi-be prive da cidade. Dizemas más línguas que estáperdendo a clientela parao Calígola, tnais exigentena seleção de seus fre-qüentadores. De qualquermaneira, não é nada fácilentrar no Hipo. O "portei-ro oficial da casa" é mal-humorado e não gosta dehomens desacompanha-dos ou de tênis. Uma dicafamosa para os solteiros éconvidar alguma das mu-lheres que se sentam noPizza Palace, ao lado, aespera de algum cavalhei-ro disposto a acompanha-Ias.

Crepúsculo de Cubatão:Ê o reduto oficial dosdarks. Roupas escuras, ca-ra de tédio e pele clara(maisena) são requisitosfundamentais para entrar.

Houve um período em queusar camisa da Companysignificava impedimentoimediato. O porteiro já es-tá mais democrático: nãoserve nenhum tipo de ca-misa pólo. Homem cabelu-do também nào entra.¦ Outros: Nunca chegue apé em lugares da moda.Causa boa impressão dei-xar o carro na porta dacasa noturna para que omanobrista o estacione.Agora, se você usa tênis ousandálias por convicçãosuas chances são muitopequenas. Você pode ten-tar. tnas dificilmente nàoserá barrado em todos oslugares. Todos, não. NoMuseu Imperial, em Petró-polis. so^é_vermUiéa~a Sn^

-irsxia^ãe chinelo, um con-fortável pantufo que elesmesmo, no museu, se en-carregam de oferecer aovisitante.

Enfim, oPlim-Plim

Roberto Pontual de Paris (Via Vang)

DEPOIS

de décadas sem mudarum fio de sua estrutura de ba-se, a televisão francesa estáquerendo aventurar-se pelonovo. A roupa que lhe impuse-

ram desde o início ficou estreita e incó-moda. Até um ano e pouco atrás, ela foiinteiramente estatal, com duas grandesestações mais ou menos idênticas nosseus programas e uma terceira, menor,preocupada em dar conta das regiões. Aisurgiu a primeira novidade: Canal Plus,uma emissora privada, à qual só se temacesso pagando, como assinante. Deucertíssimo. E já está até ousando o queantes parecia impensável: depois dameia-noite, passa de vez em quando fil-mes pornô.I I Mas, nas emissoras1—' oficiais, pelo menosum tabu havia resistidoimpavidamente até hoje:

da interrupção dos pro-gramas pela publicidade.E verdade que há anún-cios nelas, porém só nosintervalos entre cada pro-grama e por um tempoque nào ultrapassa oscinco minutos. Assim, osfilmes são vistos de caboa rabo, sem um únicoplim-plim que permita aida ao banheiro. E algunsDrogramas duram trêshoras ou mais, inteiriços.Não deixa de ser gostosaessa continuidade, no ex-tremo oposto da invasãopublicitária que semprefoi a norma nos EUA eque passou a tomar contada televisão italiana mais recente. Atéquando, no entanto, podia a França resis-tir ao poder dos spots que fazem vender eque azeitam tudo com o seu vasto dinhei-ro?

1 A resposta acaba de ser dada: até1—' este final de fevereiro. Dois novoscanais já estão concedidos dos quatroagora em funcionamento. Os canais 5 e 6pertencem à iniciativa privada, podemser vistos por todo e qualquer espectadore — diferença maior — têm a permissãopara interromper seus programas, inclu-sive os filmes, com anúncios variados.Teme-se a avalancha.I I A polêmica da novidade não se res-1—' tringiu, é claro, aos meios audiovi-suais. Está dando um bolo danado portoda a parte e deixando intelectuais eartistas perplexos. Eles se sentem traídospelo fato de que a corrida para o lucro aqualquer custo, neste setor, tenha sidodetonada precisamente por um governosocialista (aliás, para acelerá-la, a oposi-

ção atual esta prometendo que, se venceras eleições ele março, reduzirá de trêspara uma única as emissoras estatais).Queixam-se mais ainda de que o quintocanal foi entregue ao italiano Berlusconi,considerado unanimemente, ate há pou-co, como o coveiro da televisão italiana.I I Pelas bandas da Itália, as coisas1—' eram mais ou menos como na Fran-ça. A RAI, governamental, com dois ca-nais, detinha o monopólio e buscava roa-lizar uma televisão predominantementecultural. O sistema ruiu, aparecerem cen-tonas de outras emissoras, choveu publi-cidade, a bagunça virou norma e o nivelficou de doer. Foi ai que o vivaldino(Mário de Andrade o chamaria de rega-tãol Berlusconi pós a sua colher na pane-Ia. Engolindo uma a uma das pequenasestações, criou um novo império e comele impôs sua própria regra do jogo. Um

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exemplo que horroriza os franceses,ameaçados de terem que engoli-lo como aum sapo; em retransmissão recente de E

Vento Levou, uma das emissoras italia-nas de Berlusconi interrompeu o filmecom quase 200 anúncios: Restou poucacoisa mais do que o vento...

| Mas tem quem reaja. Ginger e Fred.1—' o último filme de Fellini (com Giu-lietta Massina e Marcello Mastroiannifazendo o papel de um casal que, muitosanos atrás, se especializara na imitaçãode Ginger Rogers e Fred Astaire), é umgrito esplendidamente inventivo contra amonstruosidade em que se transformouuma certa televisão. Só a sua deliranteestilização seria capaz de dar conta dasberlusconadas em marcha. Na guerra queele declarou ã realidade pasteurizada dosvídeos, Fellini criou seus próprios spotspublicitários, que funcionam ironicamen-te no interior do filme. "Todos num mes-mo sistema-tevê, todos convidados a con-sumir e a serem consumidos, numa realidade desrealizada".

O ano dâ reviravoltaTERÁ

sido por tudo is-to junto que Jack

Lang embatucou quandolhe perguntaram, diasatrás, sobre o futuro daquinta emissora. Era umprograma em direto de te-vé, com o ministro daCultura respondendo aosjornalistas, de seu aparta-mento na elegantíssimaPlace des Vosges, em Pa-ris. Sentiu que a bombaBerlusconi lhe caíra nasmãos e só conseguiu dizerque confiava na capacida-de da cultura francesa aca-bar impondo sua seriedadeà malícia italiana. Até queuma mistura bem dosadadas duas seria bem-vinda.

I I Como, quando umaporta fechada há mui-

to se abre, tem logo umpunhado de gente queren-do passar por ela, o anún-cio da concessão do quintacanal foi imediatamenteseguido de outros. Tam-bém neste fim de fevereiro,uma sexta emissora come-cará a ocupar os aparelhos

Jack Lang

franceses. Ela será essen-cialmente musical, na basedos clips, como a MTVamericana, complementa-da pela transmissão de fil-mes — tudo sob o novoimpulso do consumo, istoé, recheado de publicida-de, Plim-plim sem fim. Acompensação talvez che-

gue lá para o final do ano,com a promessa de entra-da em funcionamento docanal n" 7: uma emissorade amplitude européia,com cuidadosa programa-çáo cultural.

I I 1986, portanto, será oano da reviravolta

completa no sistema e nopanorama da televisão naFrança. Isto, sem falar noadvento das estações lo-cais, que estão tambémforçando a entrada em ce-na. Nas mãos de quem vaidecidir, já pousaram nadamenos do que 450 pedidosde autorização de canal.Quem sabe se a Globo, nomeio de tanto espaço seabrindo, não vai quererpôr igualmente o seu plim-plim por aqui? Ia dar paraver todo esse Carnaval quedeixa a cabeça dos france-ses atarantada de fanta-sias: quem agUenla, empleno inverno, contemplartanta corpazia gozandonum só ritmo a liberdade eo verão?

Policiais contra delegado de Asa BrancaIsaias Feitosa

Ricardo Soares

AO Paulo — Localizada em li-mites geográficos indefinidos, euma preferência nacional, a fie-tícia Asa Branca continua sen-

do, de longe, o município mais polèmi-co do Brasil. Depois do tórrido romanceentre Padre Albano e Tânia, que cho-cou os setores conservadores da Igreja,a pasmaceira e indecisão do delegadoFeijó (Maurício do Valle) levantam ago-ra mais de 100 mil policiais civis de todoo país que não querem vê-lo subordina-do ao promotor Prata, interpretado pe-Io ator Milton Gonçalves.

Os policiais — representados pelodelegado Ciro Vidal Soares da Silva,presidente da Associação Nacional dosDelegados de Polícia e Corregedor-Geral do Detran paulista (Departamen-to Estadual de Trânsito) — acham queFeijó mancha a imagem da categoriaao freqüentar boates todas as noites emmangas de camisa, manter relaçõescom uma prostituta e deixar a famíliasempre em segundo plano.

O mais grave, porém, argumentaCiro Vidal. é que Feijó tenha uma pos-tura de total submissão ao MinistérioPúblico, com o promotor Prata fre-qüentando com desenvoltura, dandoordens e sentando na mesa do delega-

y P**r8fíÈ ws?

O presidenteda Associa-ção Nacionaldos Delega-dos, Ciro Vi-dal, conside-ra que Feijó"mancha" aimagem desua classe

do. "Isso não existe entre autoridadepolicial e o Ministério Público. Não háhierarquia nesse sentido. É o mesmoque um jornalista ser subordinado a umpadre", acusa ele.

Por falar em Igreja. Ciro Vidal rei-vindica o direito de protestar contra otriste destino de Feijo. "já que a Igreja,recentemente, fez de tudo para nào ser

liberado um filme que acreditava sercontra a doutrina católica". Vidal serefere à recente proibição de Je VousSalue, Marie. de Jean-Luc Godard. Nocaso de Roque Santeiro (que ele admiteassistir de vez em quandoi o delegadonão defende a censura ao personagemFeijó. mas uma "justiça maior" ao re-tratar a categoria dos delegados.

As queixas de Vidal não são endere-çadas ao prefeito de Asa Branca, Fio-rindo Abelha, marionete do CoronelSinhozinho Malta que manda em AsaBranca. Desabam direto sobre as idéiasde Dias Gomes que afinal é quem admi-nistra os destinos dos personagens danovela:

— Reconheço em Dias Gomes umnotável crítico de costumes como jáficou provado em outras oportunida-des. Mas acho que ele mostra a 80milhões de espectadores o delegadoFeijó como um modelo de categoria,prejudica a imagem de todos nós —argumenta.

As queixas também já foram pararna mesa do presidente das organiza-ções Globo. Roberto Marinho, atravésde um ofício, e Ciro Vidal espera queelas surtam o efeito desejado. Vidalconfessa não gostar de ver no vídeo"inversão de valores" que apresentamcomo "normais" os comportamentosda atriz Linda Bastos (transa com omarido e o diretor do filme) e de Luludas Medalhas dividida entre a fidelida-de conjugai e as tentações fora do lar.

O presidente da Associação Nacio-nal dos Delegados (eleito em novembroultimo em congresso da categoria emFoz do Iguaçu e ex-presidente da Asso-ciaçào Paulista dos Delegados! afirmanào querer "ser purista" a ponto de não

admitir que sua categoria seja critica-da. Mas adverte que Dias Gomes nãopode generalizar o comportamento detodos a partir do retrato de Feijó.

— Luto, há muito tempo, pelos in-teresses e pela doutrina da segurançapública e preservação da autoridade.Nesse sentido, até participei de umareunião pré-Constituinte em 22 de ja-neiro. no Rio, para dar minhas suges-toes a Afonso Arinos. Miguel Reale eHélio Jaguaribe — conta Vidal.

Dentro desses princípios, ele justifi-ca suas recomendações às entidades declasse da Polícia Civil para que pro-curassem a imprensa de suas cidades eEstados a fim de relatar a humilhantesituação de Feijó. Para ele. Dias Go.mes. além de alterar toda a estruturajuridico-criminal ao colocar o promotorPrata mandando no delegado, feriu avida familiar dos delegados ao mostrara mulher de Feijó na novela como "umabarrica gordona sem a menor posturasocial".

Dentro de toda a confusão, só nàose sabe ainda se o delegado Ciro Vidalpode mandar seus emissários pro-curarem Dias Gomes ou Oliveira, oredator-chefe da Gazeta Asabranquen-se. para denunciar a trama contra Feijóque. pressionado para ser honesto nasinvestigações, acabou sendo transferi-do para Saramandaia.