I í ANUNCIE AQUI NO VIDADES E avalia e compra pin- ARTES

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ANUNCIE AQUI MINI GALLERY GUIA INTERNACIONAL JOSE PAULO MOREIRA PAULO BRAME Arte ERNANI PAVANE- PORTINARI — Ven- WAY GALERfA DE AR- LEILAO NA SOMBRA INVESTIARTE LEI-NO VIDADES E avalia e compra pin- DAS ARTES - ,nscrj- DA FONSECA - "Cami- & Leilao — Ja esta- LI — Inaugura dia 12 do conjunto de 23 TC — 0 expressionismo — Ja estamos captan- LAO Oltimos Dias —SERVIQOS ARTE turas e esculturas ^g^STIi^ SmelSL™ ™s =s 2J\na Toul°u- livros ricamente ilus- decSERAUX) OKTHOF

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dencias. Lerner encurtou, por sua gao aos carentes, fornecimento de leitea distancia que separava de Roberto p6 com data vencida e tentativa deRequiao (PMDB). Janio Quadros pra decaboseleitorais. Na disputa(PTB/PFL), embalado pelo janismo — uma da entre Garibaldi Alves Filho (PMDB)espdcie de fervor religioso que Sao Paulo Wilma Maia (PDS-PFL), por£m, o

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O TRE de Pernamb^o decidiupor Coluna do Castello e Coisas da

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Foto de Custódio Coimbra

O plano inclinado do Pavãozinho foi destaque na série de inaugurações de Brizola na Zona Sul. (Pág. 12)

Foto de Custódio Coimbra

JORNAL DO BRASIL

©jornal do brasil sa 1985 Rio de Janeiro — Domingo, 10 de novembro de 1985 Ano XCV — N° 216 Preço: Cr$ 3 000

TempoNo Rio e em Niterói, claro.Temperatura em ligeira ele-vação. Máxima de 32.2 emRealengo e mínima de 15.1 noAlto da Boa Vista. Foto dosatélite e tempo no mundo,página 28.

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Do ponto de vista poético, SãoPaulo está irremediavelmen-te perdido. Pelos poemas queFernando Henrique Cardosoe Jânio Quadros cometeramum dia, pode-se garantir quea cidade que deu Oswald deAndrade será dirigida por ummau poeta. Tão difícil quantoidentificar a produção poéti-ca dos dois é descobrir quemé de esquerda e de direita noBrasil. Millôr Fernandes dizque aqui "não tem ninguémde direita; até o Newton Cruzé de esquerda". Não é bemassim. Cruz garante: "Não soude esquerda, nem de direita;sou de centro-direita". Talvezpor isso é que o jovem e talen-toso Tim Rescala, 23 anos, re-solveu em uma grande entre-vista dar um conselho àsua geração: "Duvidem detudo, até do que eu falo".

Seguranças são" />

a maior força

desta campanha

Entre eles há policiais, civis e mili-tares, para os quais o trabalho é apenasbico; muitos têm físicos produzidos emacademias de ginástica, musculação, ca-:ratê ou judô; seus nomes completos"quase ninguém conhece, todos os tra-tam por Lima, Russo, Eli, Paulo, Caro-ço, Vágner ou João; se ocorre um dis-túrbio em comício ou passeata, todos ostemem por igual. São os homens fortesda campanha, os seguranças.

No Serpro de Madureira o TRE fezontem um teste simulado do sistema deapuração, perante representantes doPDT, PT, PDS e coligação PS-PCB-PCdo B. A cinco dias da eleição, PMDB ePDC lutam pelo direito de utilizar aCinelândia, terça-feira, para o comíciode encerramento da campanha eleitoral.O PTB cedeu esse privilégio ao PMDBmas a Secretaria de Polícia Civil e

Quando a temperatura sobe os seguranças, conto os de Medina, entram em cena para assustar 0 TRE não concordam. (Págs. 8 e 12)

Eleição em 4 cidades

aquece na reta final

Viradas significativas dos candidatosJarbas Vasconcelos (PSB), Jayme Lerner(PDT/PFL) e Édson Andrino (PMDB), emuma semana, no Recife, Curitiba e Florianó-polis, elevaram para quatro, com São Paulo,o número de disputas ainda indefinidas pelasPrefeituras. Jarbas está agora próximo deSérgio Murilo, o candidato da coligaçãoPMDB/PFL.

Andrino igualou-se a Francisco de As-sis (PDT/PDS), segundo as últimas ten-dências. Lerner encurtou, por sua vez,a distância que o separava de RobertoRequião (PMDB). Jânio Quadros(PTB/PFL), embalado pelo janismo — umaespécie de fervor religioso que São Paulorevive —, continua a assustar FernandoHenrique Cardoso (PMDB).

, O TRE de Pernambuco decidiu por, , ,

unanimidade requisitar tropas federais paragarantir a eleição do próximo dia 15 emRecife. A palavra final será dada pelo TSE,que já recebeu o pedido. Em Belo Horizon-te, uma visita do Governador Hélio Garcia ede seu candidato Sérgio Ferrara (PMDB) aoMercado Central começou com briga, masno final foram todos para um bar celebrar.

Na conquista dos votos em Natal valetudo: distribuição de material de constru-ção aos carentes, fornecimento de leite empó com data vêncida e tentativa de com-pra de cabos eleitorais. Na disputa acirra-da entre Garibaldi Alves Filho (PMDB) eWilma Maia (PDS-PFL), porém, o quemais choca é a exploração da miséria e atéde doentes terminais. (Págs. 3, 4, 5,Coluna do Çastello e Coisas da Política)

Juiz colombiano

culpa Betancur

pelo massacre

O presidente em exercício da SupremaCorte colombiana, Fernando Uribe Restrepo,acusou o Executivo de violência precipitadana invasão do Palácio de Justiça para resgatá-lo dos terroristas do M-19. Segundo ele, oataque dos guerrilheiros e a resposta militarque provocou a morte de mais de 90 pessoasfoi "um massacre anunciado e consentido".

O juiz, um dos sobreviventes da batalhade quinta-feira, afirma que há mais de um mêso Governo estava avisado de que ocorreria ainvestida do M-19 e não tomou providênciassuficientes para impedi-la, além de desprezarum diálogo que poderia ter salvo mais vidas.O Presidente Belisario Betancur decretouque os próprios juizes sobreviventes de-signem os substitutos dos mortos. (Página 27)

Estudo atesta

recuperação de

salários em 85A suspeita de que os salários aumenta-

ram além da inflação, a partir de abril desteano, foi confirmada por um estudo nãooficial elaborado por técnicos do IBGE. Deacordo com o levantamento, a recuperaçãofoi de 13% no Rio e de 13,6% na regiãometropolitana de São Paulo só no períodoentre abril e julho.

Esse crescimento do salário real, noentanto, foi insuficiente para repor as per-das sofridas entre junho de 1982 e abril de1985, que chegaram a 31,4% no Rio e21,2% em São Paulo. As reduções maisdrásticas ocorreram em 1983, quando vá-rios decretos-leis achataram os saláiios. Arecente recuperação é mais um sinal de queo PIB deve crescer 7% este ano. (Pág. 29)

PCB propõe

concessões a

banco credor

O líder do Partido Comunista Brasilei-ro na Câmara, deputado Alberto Goldman(São Paulo), apresentou projeto de leipropondo maior liberdade de ação no Bra-sil aos bancos estrangeiros credores do paísque fizerem concessões na renegociação dadívida externa. Goldman acha necessáriooferecer "certas compensações" aos bancoscredores.

O projeto, em seu artigo 14, autoriza aabertura de novas agências nas RegiõesNorte, Nordeste e Centro-Oeste aos bancosestrangeiros "que se comprometam a reno-var todas as parcelas vencidas do principal ejuros nos cinco anos seguintes". O depu-tado argumenta que é preciso

"romper coma postura passiva e dar um passo além"na questão da divida externa. (Página 33)

Namoro no abismoA universitária Dorotéia San-t'Anna Sardenha morreu aocair de 11 metros numa casa naEstrada do Joá, após se rom-per a cerca de madeira na qualse apoiava ao namorar comCláudio Henrique Corso, quefraturou a perna. (Página 28)

Vasco completoO Vasco, estimulado pelo em-pate do Bangu com o Olaria (0a 0), enfrenta o Botafogo noMaracanã, com o time com-pleto. Pela manhã, com trans-missão pela TV, o Fluminen-se joga, em Niterói, com oVolta Redonda. (Págs 39 e40)

Kasparov campeãoO soviético Garry Kasparov, 22anos, é o mais jovem campeãomundial da história do xadrez.Ele encerrou a série de 24 par-tidas com dois pontos a maisque o ex-campeão, AnatoliKarpov, ao vencer a últimadelas, ontem. (Página 37)

DOMINGO=JORNAL DO BRASILJogatina rende

Cr$ 120 bilhões

em 31 cidades

Proibidos há 39 anos, a roleta e ocarteado rendem 10 milhões de dólares(Cr$ 120 bilhões) aos salões de pelo menos31 cidades brasileiras onde o jogo é livre,segundo o lobista da legalização dos cassi-nos, Ciro Batelli, para quem o comporta-mento dos ministros da Justiça e da Desbu-rocratização, Fernando Lyra e Paulo Lusto-sa, no Noites de Asa Branca, ajuda aderrubar a proibição.

Os donos dos cassinos de Fortaleza, detão ocupados, nem mesmo debatem a lega-lização, que encontraria no Rio equipes eequipamentos prontos a entrar em funcio-namento sob o comando do crupiê Elias deAlmeida, hoje limitado nas atividades, aocontrário de Castor de Andrade, que ex-pande o bicho por todo o país. (Página 18)

Saques e roubo

de carne tiram

Matemático e

O matemático João de Souzafez as contas e virou gari

filósofo ganham

vida como garis

Um tem mesmo ar de intelectual, óculosde lente grossa; é Luís Augusto Vieira, profes-sor de filosofia: já tirou muita lama de favela.Outro tem pele muito branca, barba bemtratada; é João Carlos de Sousa, professor dematemática: varre as ruas de Laranjeiras. Eainda tem Paulo Raimundo Pedrosa, pós-graduado em pedagogia: capina terrenos bal-dios na zona da Leopoldina.

São todos garis da Comlurb, aprovadosem concurso em que se habilitaram 24 candi-datos com curso superior. A história dos trêsgaris com grau de doutor tem um traçocomum: a desMusão com o magistério ea necessidade de um emprego seguro, mes-mo com salário pequeno, pouco mais deCr$ 700 mil líquidos por mês. (Página 16)

MillôrA cinco dias das eleições pa-ra prefeitos das capitais, 12especialistas em humor ana-lisam a campanha. Do ácidoMillôr Fernandes ao repre-sentante do teatro besteirol,Mauro Rasi, uma dúzia detextos e desenhos compõeuma visão colorida críticados últimos meses. Há aindaCarlos Eduardo Novaes, ca-ricaturas de Lan e Ique, umapiada de Renato Aragão.Lançado no Rio há dois dias olivro Furacão Eiis, de ReginaEcheverria, traça a trajetóriada cantora mais polêmica dopaís. Gerente de Comunica-ção da Shell, João Madeiratransformou-se no preferi-do dos artistas de teatro. Umgrupo de estudantes da PUCmostra a campanha publi-citária que bolou para olançamento da Constituinte.

PROGRAMAEscrito há 30 anos, Pluft oFantasminha é montado maisuma vez pelo Teatro Tabladoe transforma sua autora, Ma-ria Clara Machado, na rainhaabsoluta da temporada infan-til. Agora, são cinco os textosde Maria Clara que estão emcartaz nos teatros da cidade.A experiência com Tubarão 3não animou o Cine Vitóriaa desistir da programaçãode filmes pornográficos. Apartir da semana que vem,a adaptação de GrandeSertão, Veredas, de Guima-rães Rosa, chega à televisão.

a paz do campoPara a maioria dos fazendeiros, a roça

já não é mais um recanto de paz. Ofenômeno nada tem a ver com a reformaagrária, mas sim com um clima de insegu-rança criado pela seqüência de saques àssedes de propriedades rurais e com o abatede gado leiteiro, para roubo de carne, numaextensa área do Vale do Paraíba não muitodistante do Rio de Janeiro.

Na região, que engloba 10 municípiosfluminenses e mineiros, algumas fazendasforam assaltadas até cinco vezes em curtoperíodo e, segundo os cálculos, mais de 700cabeças de gado de raça foram abatidas porladrões em menos de um ano. Fazendas esítios vêm sendo transformados em verda-deiras fortalezas e, em alguns deles, osvigias estão sempre armados. (Página 13)

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2_ ? Io caderno ? domingo, 10/11/85 Política pJORNAL DO BRASIL

anna lucia e adam lhe apresentam Minas sonha Reforma ministerial PresidenteMELHOR PROGRAMA DISNEY EPCOT m,tm vpt *. ' • £ nrA' jtn&& ccn

ouira vez tera como criterio a jez 115! Mp?

CT„lI°oiZ eficacia administrativa discursos

fljPv \Tl k. •§ nador licenciado H61io Garcia Brasilia — "EficScia administrativa". Esse seri o princi- Brasilia — Em apenas 231GS ^ r 1

f\r» •"Wo § considera fundamental, em seu Pa' cntdrio que vai orientar o presidente Jos6 Sarney quando dias de Governo, compreendi-Jjjk \ ki 1 ¦ ' aj P? If . "Lr

) § projeto de reconduzir Minas ele reformar, no pr6ximo ano, parte do Minist^rio que herdou do pelo periodo entre 15 de( JT! ( a Gerajs ao Paldcio do Planalto, de Tancredo Neves. A reforma, segundo o prdprio presidente, margo a 31 de outubro, o presi-

5 o fortalecimento do PMDB no sefarSem duasetapas — emfevereiroe em maio, quandoos dente Jose Sarney ja pode~~ Estado — com a conquista das ministros que desejarem disputar as eleigoes de 1986 forem apresentar um invejdvel balan-—^ / S/F'" eleigoes na maioria das cidades obrigados a deixar o Governo. 50 nas atividades presidenciais,

. A~A !' que escolherao seus prefeitos ® presidente raciocina com 0 pressuposto de que 0 comparativamente com os Go-\V /fT' este ano — e a projegao do Congresso aprovari a mudan^a no atual prazo de desincompa- vernos revolutionaries. 0 pre-

/-j~L S'.iiia.r'' ¦ MO ^ PMDB mineiro. tibilizagao. Caso isso acontega, os ministros que nao detenham sidente fez 115 pronunciamen-. 9®zembrO, ^!M); '/¦) 0 Governador, que se licen- mandato parlamentar e que sejam candidatos as eleigoes terao tos, um em mddia a cada doisjan8'ro ® fevereiro \Wlfrc'ou para apoiar os candidatos que deixar 0 cargo em fevereiro. Os que tfim mandato, dias, concedeu 636 audiencias eHoteis de primeira \\W PXl*""- do PMDB na Capital e nas 13 poderao permanecer no Governo somente at6 15 de maio. despachou igual numero de ve-

fjflji g -1 ml estancias, previuque opartido Sarney nao descarta a hip6tese de substituir algum ministro zes, recebeu credenciais de 20C^iE3 c ik c |- • <^T\ s<5 nao deverd veneer em duas <lue preferisse nao sair. novos embaixadores e encon-

Folneto Explicativo \J cidades (nao citou nomes), por — O Ministdrio organizado pelo presidente Tancredo trou, ainda, tempo para visitarMl AMI — ORLANDO — MIAMI (de avi3o) "burrice das lideransas". Na Neves obedeceu a compromissos de campanha, o que eu irei 32 muniefpios brasileiros e fa-

verdade, um desses casos 6 organizar no pr6ximo ano se guiarS. principalmente, por um zer duas viagens ao exterior.flHIJfBI Av. Nilo Pecanha, n? 50/(501 de Patroci'nio, onde o Candida- critdrio decompetSncia administrativa. O Governo tera que se Os dados sobre os atos e

6?andar-Ed DePaoli to a prefeito pelo PMDB, Oca- tornar mais eficaz — defende Sarney. atividades do presidente Jos6BIIB

" yc/ • 9/T9 0/T77 cyr de Siqueira, 6 inimigo do Um segundo critdrio que ditari a reforma serf, natural- Sarney foram divulgados on-

. .*nI Prefeito AmSncio Silva, tam- mente, 0 de respeito ao peso politico de cada uma das forqas tem pela Secretaria de Impren-bem, do PMDB. que integram a Alianga Democritica, observa 0 presidente. sa e Divulgagao da Presidencia

m _f.fi "0 cargo que hoje ocupo 6 do PMDB, 0 maior partido da Republica, num documentof*, politico 6 0 PMDB. Logo, isso serf respeitado na hora de de 44 paginas. Mereceram des-

fp j-.<f Al ^escolha dos novos auxiliares", explica o presidente. Que se taques nesse balango o volumeAr/ tvXJ^V apressa a dizer que nao acredita em uma altera;ao do quadro de 3 mil 176 atos assinados pelo

_ HU partidirio ainda em 1986. presidente, dos quais apenas 5/ llnUltl HIlU* *.1 —Isso ficarSpara depois da Constituinte. Nao acredito sao decretos-leis, e os contatosllllnl ¦ • UV*7ii que OS polfticos deixem seus atuais partidos — confessa. com a imprensa nacional e es-

BpA llllMl*'1 SfUCll trangeira 0 presidente Sar-Bl X S7V1 jl - j-r j~t . w ney, al6m da visita ao Comitg

Jm fkt |VT de Imprensa do Paldcio do Pla-2^- concedeu uma

saIdas- ^coletiva & Imprensa Nacional e¦i!fozgo'bu"r«°H0w"sr 07DIAS2'• 28 0H «»dogot'tHOTEi3EHAC) o'S!« 1!\ 1!off rTOMPPAC B|kSA(DA:5 DEZEMBRoX duasI k imprensa estrangeira eBii>8cosnf cITnis 5T SJ S!!! i) ciMPos oo joRD/ib 04 ou os oias 2i. 22 • 28.29 OEz. vUlVlrliAD Visits DUney World recebeu 10 correspondentes es-

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com o poderBelo Horizonte — O Gover-

nador licenciado Hélio Garciaconsidera fundamental, em seuprojeto de reconduzir MinasGerais ao Palácio do Planalto,o fortalecimento do PMDB noEstado — com a conquista daseleições na maioria das cidadesque escolherão seus prefeitoseste ano — e a projeção doPMDB mineiro.

O Governador, que se licen-ciou para apoiar os candidatosdo PMDB na Capital e nas 13estâncias, previu que o partidosó não deverá vencer em duascidades (não citou nomes), por"burrice das lideranças". Naverdade, um desses casos é ode Patrocínio, onde o candida-to a prefeito pelo PMDB, Oca-cyr de Siqueira, é inimigo doPrefeito Amâncio Silva, tam-bém, do PMDB.

Reforma ministerial

terá como critério a

eficácia administrativaBrasflia — "Eficácia.administrativa". Esse será o princi-

pai critério que vai orientar o presidente José Sarney quandoele reformar, no próximo ano, parte do Ministério que herdoude Tancredo Neves. A reforma, segundo o próprio presidente,se fará em duas etapas — em fevereiro e em maio, quando osministros que desejarem disputar as eleições de 1986 foremobrigados a deixar o Governo.

O presidente raciocina com o pressuposto de que oCongresso aprovará a mudança no atual prazo de desincompa-tibilização. Caso isso aconteça, os ministros que não detenhammandato parlamentar e que sejam candidatos às eleições terãoque deixar o cargo em fevereiro. Os que têm mandato,poderão permanecer no Governo somente até 15 de maio.Sarney não descarta a hipótese de substituir algum ministroque preferisse não sair.

O Ministério organizado pelo presidente TancredoNeves obedeceu a compromissos de campanha, o que eu ireiorganizar no próximo ano se guiará, principalmente, por umcritério de competência administrativa. O Governo terá que setornar mais eficaz — defende Sarney.

Um segundo critério que ditará a reforma será, natural-mente, o de respeito ao peso político de cada uma das forçasque integram a Aliança Democrática, observa o presidente."O cargo que hoje ocupo é do PMDB, o maior partidopolítico é o PMDB. Logo, isso será respeitado na hora deescolha dos novos auxiliares", explica o presidente. Que seapressa a dizer que não acredita em uma alteração do quadropartidário ainda em 1986.

Isso ficará para depois da Constituinte. Não acreditoque os políticos deixem seus atuais partidos — confessa.

Presidente

fez 115

discursosBrasília — Em apenas 231

dias de Governo, compreendi-do pelo período entre 15 demarço a 31 de outubro, o presi-dente José Sarney já podeapresentar um invejável balan-ço nas atividades presidenciais,comparativamente com os Go-vernos revolucionários. O pre-sidente fez 115 pronunciamen-tos, um em média a cada doisdias, concedeu 636 audiências edespachou igual número de ve-zes, recebeu credenciais de 20novos embaixadores e encon-trou, ainda, tempo para visitar32 municípios brasileiros e fa-zer duas viagens ao exterior.

Os dados sobre os atos eatividades do presidente JoséSarney foram divulgados on-tem pela Secretaria de Impren-sa e Divulgação da Presidênciada República, num documentode 44 páginas. Mereceram des-taques nesse balanço o volumede 3 mil 176 atos assinados pelopresidente, dos quais apenas 5são decretos-leis, e os contatoscom a imprensa nacional e es-trangeira. O presidente Sar-ney, além da visita ao Comitêde Imprensa do Palácio do Pia-nalto, concedeu uma entrevistacoletiva à Imprensa Nacional eduas à imprensa estrangeira erecebeu 10 correspondentes es-trangeiros.

No período levantado pelaSecretaria de Imprensa, o pre-sidente da República despa-chou 636 vezes com os minis-tros de Estado, em seu gabine-te no Palácio do Planalto, e foi4 vezes despachar em Müiisté-rios. Do total dos despachosministeriais, a predominânciaficou com os chamados "minis-tros da casa", 225, assim distri-buídos: Gabinete Civil, 82; Ga-binete Militar, 88; e SNI, 85. Oministro das Minas e Energia,Aureliano Chaves, com apenasnove despachos foi o lanter-ninha.

Com os ministros militares,o presidente despachou 53 ve-zes — Aeronáutica, 13; Exérci-to, 13; Marinha, 14; e EMFA,13. Na área social, os despa-chos somaram 105, sobressain-do-se a educação com 19. Aárea econômica despachou 149vezes com o presidente da Re-pública, com o ministro do Pia-nejamento, João Sayad, obten-do o primeiro lugar, com 31despachos. O presidente parti-cipou, ainda, de 31 reuniões,das quais 10 com o ConselhoPolítico, e as demais com em-presários, sindicalistas, minis-tros da área econômica e go-vernadores dos Estados.

Com relação às viagens, obalanço da secretaria de im-prensa e divulgação assinalaque o presidente José Sarneyfez 29 viagens internas.

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Coluna do Castello

Jarbas ameaça

ganhar no Recife^

A S institutos aceleram o ritmo de aplica-" ção de suas pesquisas para prevenir

possíveis surpresas a menos de uma semanadas eleições municipais. Há vencedores cia-

^ramente definidos, antes mesmo que seja, depositado nas urnas o primeiro voto. É or-ncaso, por exemplo, dos Srs Mário Kertesz,

Y- em Salvador, Sérgio Ferrara, em Belo Hori-zonte, Daniel Antônio, em Goiânia, Paes deAndrade, em Fortaleza, Jackson Barreto,em Aracaju e Dante de Oliveira, em Cuiabá~ — todos eles na faixa de mais de 50% dosvotos já cristalizados. O autor da emenda" das diretas, já ameaça arrebatar o título de

m,campeão de votos, que ainda pertence ao SrKertesz. O senador Saturnino Braga conti-

-nua folgadamente à frente dos seus adversá-" rios — os Srs Medina, Jorge Leite e MarceloCerqueira não têm, juntos, o que o candida-to do PDT reúne sozinho. O Rio de Janeirodestaca-se, por enquanto, como a cidade que"" promete exibir o maior índice de abstençãoentre as 10 mais importantes capitais deEstados. No Rio Grande do Norte, de fitas ede gravadores indiscretos, antes mesmo da" denúncia que alvejou o governador José

" Agripino Maia, o candidato do PMDB aprefeito de Natal, Garibaldi Alyes, disparara

,u com 10 pontos de vantagem sobre a candida-ta do PDS e do PFL.

A eleição permanece rigorosamente em-patada em São Luís. O presidente1 José:c Sarney, se ceder à pressão de conselheiros ede familiares, poderá desequilibrar o quadroem favor do deputado Jaime Santana. Opresidente admite visitar sua cidade para"a receber as homenagens de praxe, almoçar' com sua mãe e votar no dia 15. Seriaestranho se ele não fizesse justamente quan-do ocorre a primeira eleição durante seu••• Governo. A eleição em São Paulo talvezvenha a ser decidida pelas mulheres, querepresentam 52% do eleitorado. Ali, o sena-

, do Fernando Henrique Cardoso mantémcinco ou seis corpos de vantagem sobre o ex-presidente Jânio Quadros.

Entre as mulheres, o senador ganha com16 pontos de diferença. Perde por 4 pontosentre os homens. O deputado Eduardo Su-plicy não ultrapassou a marca dos 20% dosvotos. Qualquer marca que pudesse pôrainda em risco sua vitória já foi, de há muito,vencida pelo Sr Alceu Colares, que está aum passo de ganhar a Prefeitura de PortoAlegre. O deputado Carrion Jr repete odeputado Jorge Leite, que se queixa de ter

j sido abandonado pelo comando nacional do- PMDB. O deputado Roberto Requião não

pode se queixar do seu partido muito menosf 2 do governador José Richa, empenhado em

elegê-lo. Se perder, pode-se queixar do SrBrizola.

-f.,1 Os dois principais institutos de pesquisasdo país registram que a eleição está embola-da em Curitiba, onde o Sr Requião, apesarde ainda estar na frente, corre o risco deperder. Registra-se, ali, um fenômeno quepode sugerir alguma alteração brusca noquadro eleitoral: Cresceu muito a faixa doseleitores que se declaram indecisos. Os inde-risos se preparam, também, para eleger ofuturo prefeito de Florianopolis, onde ocandidato do PMDB encostou no candidatoda coligação PDS-PDT. Restou o Recife,entre as capitais de expressivo peso político eonde o PMDB joga sua cartada mais crucial,depois da paulista.

Ali, as pesquisas atestam que o depu-tado Sérgio Murilo ainda lidera o páreo masque perdeu o privilégio de uma eleição quese desenhava relativamente tranqüila. Decima dos 83 mil votos que lhe deram, em1982, a condição de deputado mais votadoda história do Recife, apoiado por umafrente de esquerda onde brilham as estrelasdo deputado Miguel Arraes e do ministroFernando Lyra, o Sr Jarbas Vasconcelos estános calcanhares do candidato do PMDB econtinua crescendo. A tendência do sr Sér-gio Murilo é de queda. Como costumasempre ocorrer no Recife, a eleição deveráser decidida na última semana de campanha.

Os estrategistas à disposição do candida-to oficial do PMDB comparam resultados depesquisas, cruzam dados, realizam simula-ções em computadores e asseguram que o SrSérgio Murilo ganhará — na pior das hipóte-ses, com 20 mil votos de diferença, namelhor, com 60 mil em um contingente devotos válidos estimado em 480 mil. O verea-dor João Coelho, candidato do PDT, tomavotos do sr Jarbas Vasconcelos entre osjovens. O sr Augusto Lucena, do PartidoDemocrata Cristão, subtrai votos do sr Sér-gio Murilo nas classes sociais mais altas. Aqueda de nível registrada na campanha be-neficiou o sr Vasconcelos.

Acha o governador Roberto Magalhãesque o nível "baixou ao fundo do poço". O srMurilo passou à defensiva quando foi acusa-do, publicamente, de ter assassinado umhomem em 1960 — crime pelo qual foiabsolvido. Pode ter sido convincente a bate-ria de argumentos disparados pelo sr Muriloem sua própria defesa mas isso o levou aperder tempo e a sofrer profundos arranhõesna imagem. De resto, o ministro da Justiçaparece estar sendo bem-sucedido na missãode anunciar como espúria e eleitoreira aaliança formada em torno do nome do srMurilo.

Se ganhar o sr Vasconcelos, o ex-senador Marcos Freire, principal fiador daaliança do Recife, será condenado a mudarde partido.

Ricardo Noblat(Interino)

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JORNAL DO BRASIL Política domingo, 10/11/85 ? Io caderno ? 3

Janismo vira fervor religioso e assusta o PMDB

Paulo Adário

São Paulo — Jânio é tudo para mim. Éum pai, um irmão, um filho, um amigo. Nodia em que ele não mais se candidatar, rasgomeu tfiulo e nunca mais voto.

Sentada em um canto da sala do ComitêCentral Jânio Quadros, casarão de doisandares na Avenida Angélica, a principal deHigienópolis, bairro da classe média paulis-ta que ainda traz as marcas do apogeu dociclo do café, dona Rosalina LaranjeiraPereira espera pacientemente alguma tare-fa. Ela tem 52 anos, os olhos brilhantes e umsorriso permanente nos lábios finos. Veste-se com a discrição de uma mulher de classemedia que se orgulha de preencher o espaçodestinado à profissão, na ficha de filiação aoPTB, com um "do lar". De exótico, só obrinco: uma vassourinha dourada de metalordinário, dessas distribuídas aos milhõesnos últimos dias de uma das campanhas,mais ricas que a cidade já viu.

Dona Rosa vai sair dali com as mãoscheias de cartazes, panfletos e, se tiversorte, umas poucas vassourinhas, algunschaveiros e cofrinhos de plástico preto dacaderneta do Banco de Crédito Nacional,"onde a poupança é sagrada". O dono doBCN é Pedro Conde, ex-presidente da Fe-deração Brasileira de Bancos — Febraban

Profissão de féO cofrinho recebeu um adesivo com a

inscrição O Jeito é Jânio e ganhou aura de(cone a ser guardado e mostrado para osnetos, no futuro, como faz o senhor negrode mais de 70 anos que é atrafdo pelaconversa e tira do bolso um panfleto cari-nhosamente dobrado da campanha de Jânioà Presidência da República em 1960, assina-do pelo Movimento Cívico Jânio Quadros eque ele exibe com orgulho. Em casa, diz,tem uma vassourinha metálica — "das anti-gas, de metal bom" — que ele não usa commedo de perder. Eles parecem não ter nadaem comum — ela é expansiva, ele fogequando percebe que está falando com umrepórter, a exemplo do que faz seu líder.Mas ambos comungam de uma mesma reli-gião — o janismo — e, como as dezenas depessoas das mais diversas idades e classes'sociais que se acotovelam no comitê e quenão param de chegar, têm uma missão acumprir — eleger Jânio mais uma vez pre-feito de São Paulo.

Nós adotamos o esquema da Nasa— diz, em seu confortável gabinete da RuaAfonso Celso, do outro lado do Vale doAnhangabaú, o diretor geral de marketingda Sisco Computadores, José Roberto FariaLima. Engenheiro e político — foi deputadofederal até 1982 e não esconde a intenção deser secretário do hipotético governo Jânio.Faria Lima é o coordenador de informáticada campanha, e explica como fez a Nasa,que convenceu cada funcionário — do pro-jetista de foguetes ao varredor das salas decontrole, de que cada um era parte da tarefade colocar um homem na Lua — "cadaeleitor de Jânio sabe que não está apenascolocando um tijolo, mas ajudando a cons-truir uma catedral".

Fórmula consagradaSobrinho de um ex-prefeito respeitado

na cidade por suas obras, Faria Lima fala decatedrais e analisa o janismo como umsociólogo místico.

Depois de 21 anos de regime militare da morte de Tancredo Neves, o Brasil éum país órfão — diz. — O povo está semrumo, desiludido com o PMDB que prome-teu mudanças e não cumpriu. Busca-se umpai da pátria, alguém que diga "o caminho ipor aqui" e que seja capaz de convencer.Jânio é isso. Tem, para os janistas históri-cos, quase a aura de um deus. E é, para osneojanistas, principalmente para os jovens,alguém que tem uma visão global do país,

; que já fez muita coisa e que está disposto aoúltimo sacrifício.

Faria Lima arremata: Jânio é o únicoque tem autoridade para demolir as estrutu-ras montadas pelo regime militar-tecnocrático."0 PMDB, que por tanto tem-po criticou a tecnocracia, incorporou seusvalores e é centralizador. Acredita que oEstado tem um papel a cumprir que não lhecabe." Em reforço à tese, conta que foiprocurado por um morador de periferia queconseguiu parar de beber graças a oraçõespara Getúlio e Castelo Branco. Com osucesso de sua receita, passou a ajudaramigos alcoólatras e montou um pequenocentro de consultas, ameaçado agora pelainstalação de um núcleo da Secretaria deSaúde no bairro. O ex-alcoólatra foi visitadopor Jânio há algum tempo. O candidato doPTB/PFL lhe prometeu que, eleito, poderiamanter aberto o centro que lhe garante asobrevivência.

Aliás, nisso Jânio é mestre. Manteve,ao longo dos anos, o hábito de visitar,semanalmente, eleitores nos subúrbios dacapital paulista.

Escolhe uma casa, janta com a família,conversa, bebe e sai certo de que manteve oimpulso daquilo que seus colaboradoreschamam de "estratégia do boato" — a

família contemplada com a visita do "presi-dente Jânio" passará a funcionar como umdínamo do janismo. Como ela é igual àsoutras do bairro, todos se sentem um poucovisitados, todos acham que podem a qual-quer hora merecer tal deferência, todos seincorporam à corrente.

Na atual campanha, Jânio manteve atática, ampliada porque agora almoça quasetodos os dias não mais com uma família,mas com 200, 300 pessoas. No almoço Jâniofala dos problemas do bairro e desenvolvesua litania anticomunista. Se o bairro é aLiberdade, reduto da colônia japonesa ecoreana de São Paulo, ele não tem dúvidas:posa vestido de samurai; no terreiro demacumba respeita o pai-de-santo e defendeo sincretismo religioso; aos crentes falacomo um crente; aos ímpios prega. Suapresença é o que conta: todos querem tocá-Io e ouvi-lo. E um santo guerreiro a convo-car para o combate sagrado contra as forçasdo mal — que, ele não cessa de martelar,são o governo Montoro e seu candidatoFernando Henrique Cardoso e seus aliadosdo PCB e PC do B.

Fermento perigosoEsse lado quase religioso que está ca-

racterizando o janismo na atual campanhapode ser medido nas ruas. Os janistas sãofanáticos e estão convencidos da vitória."Eu nunca vi nada igual" — diz Faria Lima,que fez com Jânio a campanha para oGoverno de Estado em 82. Faria Lima vaimais longe, diz que a campanha é o próprioJânio, que nunca acreditou em partidos."Nós do PTB somos apenas seus apóstolos:o povo não se satisfaz com nossa presença.Quer é ele".

Trata-se, sem dúvida, de um caldo decultura perigoso.

— Há anos detectamos que a direitairia incentivar a ideologia do medo, subpro-.duto da ideologia da segurança nacional —observa o secretário de Justiça do governoMontoro, José Carlos Dias, um dos princi-pais alvos da campanha janista. Ex-presidente da Comissão de Justiça e Paz daArquidiocese de São Paulo, José CarlosDias é odiado por uma parte da policia queo acusa de defender apenas os criminosos.O PTB, antes de mergulhar na campanha,montou equipes de 50 pessoas para reco-lher, de casa em casa, informações sobre osproblemas dos bairros. O resultado de 48mil visitas, digitados nos computadores dopartido, mostrou que os 72% dos habitantesdos 1 mil 818 bairros de São Paulo colocama segurança como o primeiro problema dacidade. De posse dos dadas, Jânio insiste,no horário gratuito da televisão, na críticaao despoliciamento, prometendo criar poli-cia municipal "para acabar de vez com osmalfeitores". Assessores de Franco Monto-ro dizem que parte da polícia boicota ogoverno, é janista por conveniência, já queresiste à campanha de moralização da atualadministração para defender privilégios earbítrio. Citam como exemplo a ameaça degreve por parte dos delegados, semanapassada.

José Carlos Dias reconhece que a crimi-nalidade é preocupante mas afirma: "Secompararmos os índices, veremos que elanão aumentou na proporção que nossosadversários dizem". Prefere se defenderacusando: "Jânio sempre usou a tática dedestruir quem está no poder para subir. Fezisso contra Adhemar de Barros na campa-nha pelo governo do Estado, fez isso contraJuscelino Kubitschek em 59, e faz agoracontra Montoro. E eu posso dizer isso decadeira, já que fui uma vítima de seucarisma. Fui janista".

A equipe de Montoro reconhece queJânio explora muito bem o filão da crítica aogovernador. Montoro, em lugar de grandesobras, preferiu estimular as pequenas e évacilante na divulgação dos atos do gover-no. "Vivemos um pouco a síndrome deMaluf' — diz um secretário de Estado —"que inundou São Paulo de out-doors anun-ciando suas obras faraônicas. Montoro temmedo de repetir a dose e acaba não conven-cendo ninguém de que está trabalhando".Um outro assessor, citando o economistaEdmar Bacha — que comparou o Brasil auma Belíndia, mistura de Bélgica e Índia —afirma que "Montoro fala para a Bélgica,um pouco como fazia Fernando Henriqueno início da campanha. Mas em São Pauio aíndia é enorme — e Jânio a conhece comoninguém".

Wilson Pereira, advogado, ironiza:"Montoro elegeu as hortas comunitáriascomo marca de seu governo. Horta comuni-tária não dá voto". Wilson é coordenadorgeral da campanha de Jânio e trabalha noquartel-general da Avenida Angélica. Estácom o ex-presidente há 42 anos e diz quetem mantido o governo na defensiva usandotáticas aprendidas desde os anos 60. "Fer-nando Henrique é um neófito em política"— afirma. "Nós enfrentamos gente muitomais forte e vencemos". Prefere passar porcima da derrota de 82 — "O PMDB foi umfuracão, era imbatível, mas agora é governoe está desgastado" — e dizer que os compu-tadores do partido têm catalogados todos osproblemas da cidade, usados por Jânio na

televisão para demonstrar seu profundo co-nhecimento de São Paulo. Também catalo-gados estão 23 rtiil 954 fiscais que trabalha-rão no dia 15, além de mais de 200 miljanistas que farão boca-de-urna nos 857locais de votação.

A arregimentação é facilitada porque aspessoas se oferecem espontaneamente parafazer boca-de-urna, como e o caso do ho-mem meio gordo que chega dizendo tervindo da Bahia para fazer o que puder porJânio. Mário Venturoso Filho, terceiranistade direito, 21 anos, sorri orgulhoso. Ele éum dos diretores do Movimento JovemJânio Quadros, agressivo grupo surgido naesteira de mais de 40 organizações janistas— algumas vindas de 1958, como é o caso doMovimento Cívico Jânio Quadros, mantidosem fogo brando à espera da convocação dochefe. Venturoso repete a catilinária antico-munista de Jânio à perfeição, diz que o ex-presidente, apesar de velho, é a esperançada mudança e que vai encerrar a carreiracomo prefeito. ("Não é como Fernado Hen-rique, que quer usar São Paulo como tram-polim"). Dona Rosalina, que diz já terperdido oito quilos na campanha por Jânioacrescenta: "Ninguém é como Jânio e nin-guém tem uma mulher como dona Eloá,símbolo de todos os símbolos. Por esse eusou capaz de morrer."

O raciocínio desses devotos não tem asofisticação mostrada por Rômulo AugustoRomero Santos, presidente de um "Partidode Ação Nacional" em formação. Segundoele, a batalha em São Paulo divide-se entreas forças do bem e do mal: "De um ladoestão as forças nacionalistas, democráticas,patrióticas, com Jânio. De outro perfilam-seas forças malignas e deletérias do capitalis-mo selvagem e do comunismo internacional,sedentas de poder. Mas no Brasil, os inimi-gos de Deus, da pátria e da famflia nãopassarão"."Questão de Aritmética"

Como João Gáudio, 51 anos, janistadesde 1953, todas se indignam com a utiliza-ção, pelo PMDB, da renúncia de Jânio àPresidência como argumento na disputapelos votos. Eles simplesmente não acredi-tam nela. "Jânio foi deposto pelos milita-res", diz Osvaldo, chofer de táxi, embara-lhando a história. "Escolheu a vida dafamília dele para não morrer."

Outro chofer, José, aparentando quase50 anos, acredita na renúncia. Mas não seimporta: vai votar em Jânio para mudar."Nunca fui janista, não gosto do Jânio. Em82 votei em Montoro. Nunca mais."

Esse discurso faz a delícia dos organiza-dores da campanha de Jânio — um grupoformado pelos deputados Gastone Righi,Farabulini Júnior, Fernando Silveira, pelosex-deputados Faria Lima e Alex Freua Ne-to, pela secretária de Jânio, Kalime Gadir,por Wilson Pereira e por João Melão,fazendeiro, responsável pelas finanças —,que apostam no desgaste de Montoro comogarantia da vitória.

Com eles concorda Calim Eid, assessordo Deputado Paulo Maluf e elo de ligaçãodo PDS com a campanha de Jânio. Calimpuxa os números da eleição de 82 para dizerque a vitória de Jânio é uma questão dearitmética, e não de magia ou religião.Calim, que fala diariamente com Maluf aotelefone e çom o ex-ministro Delfim Neto —responsável pela articulação político-financeira do empresariado com Jânio —,analisa: "Estamos com Jânio porque ele vaiderrotar o inimigo comum, o PMDB, cdemolir o cerne do partido, que é SãoPaulo, onde estão três candidatos à Presi-dência: Ulysses Guimarães, Montoro e Fer-nando Henrique".

Jânio e SarneyOs pedessistas confessam veladamente

que a estratégia é desbaratar a AliançaDemocrática montada por Tancredo Neves.Os petebistas sonham que, com a derrota deFernando Henrique, o presidente José Sar-ney terá de reformar seu ministério: oPMDB vai implodir, e, quem sabe, a novaequipe irá espelhar melhor o novo esquemade forças que sair das eleições, com vagaspara petebistas. Na rua, uma pichação bemproduzida espelha essa esperança do grupode forças políticas ocultas sob o manto deJânio: "Vote Jânio, liberte Sarney".

Essa "libertação" de Sarney do abraçode ferro do PMDB, maior partido da Alian-ça Democrática, explica o apoio do ministroAureliano Chaves e Olavo Setúbal a Jânio.Setúbal joga na esperança de ser governa-dor em 86, Aureliano aposta na Presidência.Mas um assessor de Maluf, que já está emcampanha aberta pelo governo do Estadoem 86, não teme a concorrência representa-da por Setúbal, que tem prometido o apoiode Jânio. "Setúbal não vai ter coragem deenfrentar uma campanha que hoje é feita àbase de agressões". — diz ele. "Basta verque ele ficou trêmulo de medo quando,reunido com Herbert Levy (presidente doPFL paulista), foi ofendido por bancáriosque se reuniram à porta da casa. E Jânio,todos sabem, não é confiável."

Um dos políticos do PTB envolvidos nacampanha confessa, reforçando a tese dopedessista: "Jânio vai dar para Setúbal exa-tamente o que ele deu para Jânio: nada".

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reta final ;Sâo Paulo — No maior esfor~

ço já registrado pelo PMDBidesde o início da campanha, agovernador Franco Montoro, ovice, Orestes Quércia, o prefei-»to Mário Covas, dezenas de"deputados federais, estaduais,|vereadores, secretários de está-do e municipais saíram às ruaápara participarem do rush finalda mobilização a favor do Se-nador Fernando Henrique Caridoso. ;

Este recebeu ontem dois imjportantes reforços políticos: oscandidatos do PDT, Adhemaíde Barros Filho, e do PSB*Rogê Ferreira, formalizarampublicamente a retirada de suascandidaturas e passaram aapoiá-lo. O do PSC, RivaildeOvídio, poderá imitá-los. :

O candidato da coligação d<fPTB-PFL, Jânio Quadros,alertou que seus eleitores dej-vem estar preparados para"qualquer infâmia", porquepoderá ser anunciada até a suamorte ou renúncia neste fim decampanha. Ele passou o diavisitando diversos bairros dáZona Leste. J

Muito rouco, quase sem voz;Jânio propôs que todos os seufcseguidores conquistem votôs"em cada rua, em cada quartei-rão, para uma vitória esmaga:dora" e não quis comentar aretirada da candidatura déAdhemar de Barros Filho",(PDT) que passou a apoiarFernando Henrique Cardoso.,

O out-door do PMDB comfotos de Delfim Netto, PauloMaluf e Jânio Quadros e afrase "Fernando Henrique Ne1les", será retirado dos 435 pon:tos espalhados pela cidade ápartir de amanhã, por decisãoda Justiça Eleitoral.

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4 ? 1" caderno ? domingo, 10/11/85 Política JORNAL DO BRASIL

Natal — Fotos de Natanael Guedes

V TSE ira coordenar )

Fatima e Angelina (de dculos) eanharam barro e telha bancos de dados dos registros eleitorais e que sejam utilizados outiojbancos de dados, como o do PIS-Pasep e o da Previdencia Social, parao confronto das informagoes. Estes servi^os serao descentralizados,0138 08 ^ or8an'smos terao responsabilidade sobre

'> N^ry defende ainda o confronto das informa^oes dos bancos dedados para evitar, por exemplo, a velha fraude de com tftulosem dois Estados. O TSE quer moralizar e simplificar o cadastramento

r* eleitoral, mas nao encampa a iddia defendida pelo Minist£rio daDesburocratizagao de que sejam eliminados os tftulos de

- IjK^- bastando a simples apresentagao da carteira de para votar,/^j^/l nas eleigfles. 0 projeto do TSE, com apoio do Minist6rio da Justiga, i

fflM exclusivamente para o recadastramento. O do Ministlrio da Desburo-cratiza$So i mais amplo, diz respeito aos documentos do cidadao e,

f&&sim. enolnha tamh^m o mHacfrnmpntn Hp plpitm-oc

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O filho de Francisca bebeu leite estragado. Adoeceu••'•'•." .. ¦ '¦ , ' y'";:• ' - • ' -g

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Lucilo recebeu Cr$ 100 mil e uma feirinha para ir a TV

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Exploração da miséria é comum na campanha de Natal

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em outra clínica — a São Lucas — devido a um câncerósseo (osteossarcoma), que já se estende por outrasregiões de seu corpo.

Questionado sobre a verdadeira versão dos fatos,Carlos Alberto acusou as oligarquias do Governo (osMaia) de ter internado um paciente falso e jurou que odoente estava em casa. Lucilo, entretanto, está hospita-lizado. O senador explicou que abriu uma conta comCrS 100 mil — número 49.000/8 — na agência centraldo Bradesco em Natal, para fazer uma campanha dedonativos. Só não explicou o retorno imediato dainiciativa — quanto lhe renderá de votos. Ou melhor:renderá à sua mulher.

"Rabo de palha"Depois de ter realizado quatro reuniões com

prefeitos do PDS e do PFL para deflagrar um plano quegarantisse, a qualquer custo, a vitória de Wilma Maianas eleições e que envolvia o uso de carros oficiais comchapas frias, o governador Agripino Maia voltou areunir 34 políticos do interior do Estado na terça-feirada semana passada, aparentemente com o mesmoobjetivo.

O encontro, no mesmo local dos anteriores — oCentro de Convenções — pretendia mostrar ao públicouma reprise da reunião do dia 31 de outubro, cujosdiálogos foram gravados em fita cassete, posteriormen-te divulgada pelo presidente regional do PMDB, Geral-do Melo. O episódio já foi transformado pela imprensalocal no escândalo "rabo de palha", termo usado pelogovernador para pedir aos prefeitos e políticos quefizessem um trabalho correto, que não permitissesuspeitas sobre o resultado final.

Segundo o governador, os encontros de outubroforam contatos políticos "corriqueiros, partidários epatrióticos". No último encontro — dessa vez napresença solicitada e consentida da imprensa — suaspalavras foram bem mais amenas do que as publicadaspelos jornais na semana passada na transcrição da fitacassete, quando aconselhou seus correligionários aconquistar os votos da classe pobre "com uma feirazi-nha, um enxoval, uma coisinha"

A divulgação dos diálogos durante a reuniãoserviu para atrair as atenções para a campanha eleitoralde Natal, onde as denúncias de compra de caboseleitorais são freqüentes. Esse é o caso de AntônioPinheiro da Cruz, 43 anos, presidente do ConselhoComunitário do Bairro de Nazaré, que diz controlarmil votos na área:

Já me ofereceram CrS 5 mil para passar para alado deles, más não me vendo — diz, acusando osAlves.

Deozino Aurino da Silva, presidente do CentroEsportivo do bairro, faz acusações idênticas:

Me ofereceram CrS 8 milhões. Não aceitei.Ofereceram mais CrS 1 milhão. Eu disse a eles (doPMDB) que estavam me oferecendo muito pouco,porque minha sensibilidade não vendo nem por CrS 100milhões. Nas noites de quinta-feira, ele reúne a comu-nidadc para distribuir remédios que lhe são enviadospelo Governo do Estado.

Esses depoimentos constam de uma fita de vídeo-cassete produzida informalmente na festa do batizadoda neta de Pinheiro, Adenilda, que nasceu em meio auma passeata de Wilma Maia. Eufóricos, os correligio-nários de Wilma foram em busca da menina e promete-ram trazer a candidata para ser sua madrinha, o querealmente ocorreu. Eles filmaram a festa e colheramaquelas acusações.

Cartas e propinasO coordenador da campanha da coligação PDS-

PFL, empresário Álvaro Alberto Souto Barreto — quejustifica a distribuição de material de construção comouma atividade rotineira do Projeto Crescer, destinado amelhorar habitações das zonas carentes da capital —também fez acusações ao PMDB. Ele participou dareunião com o governador e os prefeitos no dia 31 deoutubro e teve trechos de sua explanação divulgadospelos jornais, reproduzindo a transcrição da fita casse-te, mas garante que algumas palavras foram falsamenteatribuídas a ele.

Álvaro Alberto informou que no último dia 29 viuseu escritório — é dono de uma empresa de poupança— ser invadido por dezenas de eleitores em busca dedinheiro. Uns pediam Cr$ 1 milhão 300 mil; outrosqueriam CrS 900 mil; e cobravam promessas. Ele nãoentendeu o que se passava e acabou ouvindo desaforos.No dia seguinte, descobriu a explicação, após terrecebido dezenas de cartas encaminhadas por correli-gionários.

Eram correspondências com assinatura ilegível,falsamente atribuídas ao comitê central de WilmaMaia, segundo explicou, comunicando que na impossi-bilidade de atender ao eleitor com o fornecimento demateriais de construção, ele receberia o valor corres-pondente em dinheiro, diretamente de Álvaro Alberto,na sede de sua empresa. Ao final, pedia voto paraWilma Maia.

Letícia Lins

TSE irá coordenar

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Natal—"Quando chega a eleição, todo mundo selembra da gente. Sábado os carros da Urbana (compa-nhia de serviços urbanos de Natal) trouxeram o barro,mas prometeram as telhas para a noite de hoje (quinta-feira). Eles disseram que vão dar um milheiro, mas atéagora não chegou" — relatou Angelina da Fonseca.Gooies, 58 anos, analfabeta, sem título de eleitor, masflye tem cinco filhas, todas "eleitoras de Wilma".

Moradora na Rua Conselheiro Tristão, em Ridi-nlià (Zona Norte da cidade), Angelina foi beneficiadapefá distribuição de tijolos e barro que a candidata àPrefeitura pela coligação PDS-PFL, Wilma Maia, está

ÍirBmovendo em bairros pobres, utilizando para o

Farisporte os caminhões da Urbana. Mas sua vizinha,Wária de Fátima Andrade Nascimento, 32 anos, setefilhos, ainda não sabe em quem votar:

— Até agora, só me deram o barro. Faz duassemanas, ele chegou nos caminhões da Urbana. Estou<|Uei;endo fazer uma puxada (pequeno alpendre) e ojeboca da casa. Preciso de tijolo e cimento. Voto emquem me der o material — disse.sb .. Leite estragado" O popular milho e aço (dinheiro na gíria local)rtãb é o único método utilizado pelos políticos de Natalfira arrebanhar votos. Na luta pela conquista do maiornúmero de eleitores, qualquer meio serve: uso e abusoda máquina estatal, batizados, peitadas (tentativas decompra dos cabos eleitorais dos adversários), explora-çào da miséria humana, acusações mútuas, cartasapócrifas e até encenações.h~'> "Uma rápida circulada pelos bairros populares da¦capital é suficiente para mostrar que essas medidas sãoprática comum na campanha eleitoral da capital, onde« trava uma disputa imprevisível entre Garibaldi AlvesFilho (PMDB) e Wilma Maia, pelos 240 mil 394«leitores. As tentativas de compra de votos vão desde aentrega indiscriminada de remédios — que o PMDBacusa serem da Central de Medicamentos, entidadefederal — à distribuição de leite em pó da LBA comdata.vencida, por partidários dos Alves, que controlam

PMDB locai..oc.- Mas nessa briga toda quem saiu perdendo foi o.eleitor pobre e faminto, que esperava alimentar os.filhos com o que julgava ser uma caridade:

.•to!' — Esse pessoal do PMDB de seu Aluízio (oMinistro da Administração, Aluízio Alves) veio aquiWt/áirro de Nazaré dar uma de bonzinho e acabou...^iftipíiblicável) a gente. O meu filho Rosemberg .(oito'm<fs£s) ficou doente depois desse leite podre que elesderam à minha vizinha, a quem comprei dois pacotespçif, ÇrS 5 mil. O menino teve disenteria, ainda estácom febre e quase morre — desabafou FranciscaCpnindé Morais, 35 anos, viúva, residente à RuaMiguel Castro.

Francisca Soares da Silva, 23, também viu suailha,.Maria Socorro Soares, de dois meses, passar mal:"Ela-tomou o leite, teve disenteria e estourou o corpotodinho (mostrava as erupções na pele da criança). Oestrago do meu lado foi maior. Até a avó da menina,Santina, também está doente".rCI Agora à frente da LBA, Jair Nogueira se defen-

de. Afirma que seguiu o cronograma estabelecido porIberê Ferreira de Souza, que saiu da LBA e hoje ésecretário do Governo José Agripino Maia. O presi-dérite do PMDB-RN, Geraldo José de Melo, justificouque o leite fornecido pela entidade tinha data vencida,m^s jsso provoca apenas dificuldade na diluição, nãosendo imprestável ao consumo humano. Para Iberê, oproduto só poderia ter um destino: a Secretaria deAgricultura, para transformar-se em adubo ou servir dealimentação para os porcos.rrtgv/KíI,.t.. Cancerosos

Entre os recursos utilizados na campanha eleito-ral de Natal não escapa nem mesmo a exploração dedoentes, como fez o senador Carlos Alberto (PTB),*qne~lançou a mulher, Míriam Souza, para disputar aPrefeitura. Ela não aparece nos programas do horário

]gratuito do TRE e sim o marido, que não é candidato.Semana passada, Carlos Alberto surgiu no vfdeo

com um homem pobre, sem um braço, e fez uma• acusação grave: o rapaz teve o braço amputado,( "devido a uma injeção contaminada que lhe aplicaramipor ocasião de uma crise de asma", no Hospital

Walfredo Gurgel, do Governo do Estado.A reação foi imediata: a Associação de Hospitais'do Rio Grande do Norte divulgou uma nota oficial

i condenando "a maneira antiética e anti-humana pela' versão falsa dos fatos apresentados em cima da miséria'.humana". E esclareceu que a amputação não tinha sidonaquele hospital e nem mesmo o paciente havia

^sÇdo atendido com aquele tipo de serviço.O rapaz chama-se Lucilo José da Costa, tem 28

j^PSi embora com aparência de 40, é gari da Prefeitu-^a,.nasceu em Potengi, é casado e tem um filho. Agora,j está de licença médica e recebe Cr$ 276 mil mensais.1 Por CrS 100 mil e em troca de uma feirinha de CrS 20

mil (feijão, arroz, farinha, açúcar e macarrão), aceitou; ir à televisão. Na realidade, o seu braço foi amputadoi - Lucilo recebeu Cr$ 100 mil e uma feirinha para ir à TV

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Brasília — A denúncia de tentativa de fraude no Rio Grande doNorte desengavetou a famosa pretensão do recadastramento eleitorale fez com que o TSE, finalmente, assumisse a coordenação do futuroprojeto. Desde agosto, dois ministérios — Justiça e Desburocratização— discretamente se digladiavam entre si e com o TSE para assumir acoordenação e execução do projeto, uma promessa da Nova Repú-blica.

Na quarta-feira passada, o ministro Néry da Silveira, presidentedo TSE, depois de conversar longamente com o Presidente JoséSarney, assumiu a coordenação do projeto:— Como órgão de cúpula da Justiça Eleitoral, é natural que oTSE assuma a coordenação dos estudos para a elaboração do novoprojeto de recadastramento, sem prescindir da participação de outrosórgãos nesta discussão — disse.

Bancos de dadosO presidente do TSE também deixou claro que defende para a

Justiça Eleitoral "o controle exclusivo" da administração dos futurosbancos de dados dos registros eleitorais e que sejam utilizados outrosbancos de dados, como o do PIS-Pasep e o da Previdência Social, parao confronto das informações. Estes serviços serão descentralizados,mas os três organismos terão responsabilidade sobre eles.

Néry defende ainda o confronto das informações dos bancos dedados para evitar, por exemplo, a velha fraude de eleitores com títulosem dois Estados. O TSE quer moralizar e simplificar o cadastramentoeleitoral, mas não encampa a idéia defendida pelo Ministério daDesburocratização de que sejam eliminados os títulos de eleitor,bastando a simples apresentação da carteira de identidade para votarnas eleições. O projeto do TSE, com apoio do Ministério da Justiça, éexclusivamente para o recadastramento. O do Ministério da Desburo-cratização é mais amplo, diz respeito aos documentos do cidadão e,assim, engloba tamb&n o cadastramento de eleitores.

Como bom magistrado, o presidente do TSE não descarta apossibilidade de que serviços de bancos de dados de diversosorganismos do Governo sejam utilizados no processo de recadastra-mento, mas dá prioridade ao Serpro: "É de se destacar desde logo queo Serpro está em primeiro plano para a execução do' projetorecadastramento na fea de informática. Há no país, entretanto, outrasempresas públicas que poderão, eventualmente, possuir interesse departicipar da execução desses serviços."

Outra evidência de que o recadastramento deverá ser feito maisnos termos defendidos pelo TSE, com apoio do Ministério da Justiça:o Ministério da Desburocratização defendia que empresas privadas daárea de informática participassem da execução do projeto. Néryclaramente limita esta participação a empresas públicas.

Projeto CidadaniaMas, se as linhas gerais do modelo de recadastramento expostas

por Néry estão mais para a fórmula defendida pelo Serpro eencampada pelo TSE e Ministério da Justiça, o Ministro da Desburo-cratização, que já entregou um esboço de seu projeto ao presidenteSarney, não considera a batalha perdida. No próximo dia 26 pretendecontra-atacar, levando ao presidente sua proposta mais arrojada — oProjeto Cidadania — que pretende reformular todo o esquema dedocumentação do cidadão brasileiro, acabando com documentoscomo título de eleitor e certificado de reservista, por exemplo.

Este projeto foi elaborado por uma comissão de estudos criadapela Desburocratização, mas o ministro Fernando Lyra nunca indicouseu representante. Após uma única reunião para tratar especificamen-te do projeto de recadastramento geral do TSE, Geraldo CostaManso, ficou alarmado como o "clima de disputa" em que sedesenvolveram os debates. Foi certamente nesta reunião que seevidenciou a necessidade de o TSE assumir a coordenação do projetode recadastramento para, com a autoridade de corte suprema, podersuperar a disputa ministerial, que só estava emperrando a suarealização.

CustosSegundo o ministro Néry, no encontro de quarta-feira passada, oPresidente Sarney garantiu a liberação de recursos para a realização

do projeto que deverá ser enviado ao Congresso Nacional, paraaprovação, no início de 1986. Como o TSE, "extraindo subsídios deoutro projetos existentes", começa a esboçar o seu próprio projeto(que irá ao Congresso) o presidente do Tribunal ainda não temcondições de avaliar corretamente o volume de recursos financeirosnecessários para o custeio. A previsão do Serpro envolvia recursos deCrS 600 bilhões.

O Ministério da Desburocratização (que à revelia do Serpro refezseu projeto) prevê com a eliminação do título de eleitor uma reduçãode 25% nos custos de recadastramento, baixando, portanto, para CrS450 bilhões a avaliação destes custos.

Guerra é guerra. Se a Justiça ganhou o primeiro round, aDesburocratização vai atacar de Projeto Cidadania, que prevê atéuma "campanha de vacinação cívica". Segundo pesquisas do Ministé-rio da Desburocratização, 50 milhões de brasileiros adultos nãopossuem pelo menos um dos documentos essenciais para o cidadão —certidão de nascimento, carteira de identidade, título de eleitor ecertificado de reservista. Muitos não possuem nenhum. No próximodia 26, o ministro Paulo Lustosa leva ao presidente o esboço desta"campanha de vacinação cívica".

O ministro quer que em cada município funcione, supervisionadopela Prefeitura, um posto do Projeto Cidadão. Ali, sem gastar umcentavo, cada brasileiro poderá obter os documentos necessários paracomprovar sua condição de cidadão. A campanha deverá ser lançadapelo Ministério em março de 1986, devendo durar três anos. O custoprevisto do primeiro ano será entre CrS 200 bilhões e 250 milhões.

IdentidadeA proposta que será entregue a Sarney inclui a alteração do

modelo da carteira de identidade — já autorizado por decretopresidencial. O Ministério da Desburocratização sugere que a novacarteira contenha, inclusive, os números de todos os documentos queo cidadão julgar necessários. Nesta cédula poderão constar, porexemplo, os números do CIC, PIS-Pasep, certificado de reservista edo registro eleitoral. Nisto repousa a intenção do Ministério de seenvolver e até coordenar o projeto de recadastramento.

Amanhã, o ministro Néry recebe o secretário-geral do Ministériode Justiça, José Paulo Cavalcanti, para tratar do assunto recadastra-mento. Lustosa, segundo assessores do Ministério da Desburocratiza-ção, tem mantido constantes contatos telefônicos com o presidente doTSE para tratar do assunto. Mas, a julgar pelas declarações dopresidente do Tribunal, o projeto de recadastramento será feito nosmoldes da proposta do Serpro e independente da campanha devacinação cívica da Desburocratização. Néry cita, inclusive, a expe-riência feita pelo Serpro na Ia Zona Eleitoral de Porto Alegre, em1984, que deu resultados "absolutamente positivos e aconselham suaextensão em todo o território nacional."

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JORNAL DO BRASIL Política domingo, 10/11/85 ? Io caderno ? -5

Disputa eleitoral está indefinida em quatro

capitai!Porto Alegre — Foto de Jurandir Silveira

Rogério Coelho Neto

Além de São Paulo, onde ocandidato Fernando HenriqueCardoso, do PMDB, ainda nãoconseguiu livrar mais do queseis corpos sobre o seu forteadversário da coligaçãoPTB/PFL, Jânio Quadros, ou-trás disputas pelas Prefeiturasdas capitais ganharam maioremoção, esta semana, de açor-do com as tendências eleitoraisque puderam ser levantadas —ou conhecidas—pelos partidospolíticos.

Recife e Florianópolis sãodois exemplos dessas situaçõesnovas que as pesquisas eleito-rais, com divulgação proibidadesde o último dia 30 de outu-bro, não puderam revelar. Noprimeiro caso, há evidências deque o candidato do PSB e deuma importante dissidência doPMDB, Jarbas Vasconcelos,começou a encostar no candi-dato que conquistou, em con-venção, a legenda pemedebis-ta, Sérgio Murilo. Na capitalcatarinense observa-se tambémque o candidato da coligaçãoPDS/PDT, Francisco de Assis,perdeu sua grande folga e co-meça a ser ameaçado pelo can-didato Edson Andrino, doPMDB.

Na capital pernambucananão ocorreu nenhum fenômenonovo capaz de determinar, commaior clareza, uma grande vi-rada eleitoral, o que faz suporque o eleitorado que se diziadefinido por Sérgio Murilo re-solveu, de repente, mudar delado. Em Florianópolis, a pre-sença do presidente nacionaldo PMDB, Ulysses Guimarães,deu uma sacudida na campa-nha de Andrino e determinou amudança das últimas horas, se-gundo conclusões tiradas pelospróprios adversários do candi-dato pemedebista.

O eleitor, como é fácil dedu-zir num final de campanha,reage de maneira diversa aqui eali. Única razão capaz de expli-car o porquê da mudança radi-cal que a visita de Ulysses ope-rou em Florianópolis, semapresentar, contudo, resultadoidêntico em Porto Alegre, on-de o candidato pemedebista,Carrion Júnior, vai ficando dis-tanciado cerca de 20 corpos docandidato do PDT, Alceu Col-lares, que tomou a liderança dacampanha eleitoral na capitalgaúcha, em junho, e só fezcrescer, dai em diante, semtomar conhecimento dos ad-versários.

Há uma situação nova tam-bém em Curitiba, onde o prin-cipal líder o PDT, o governa-dor do Estado do Rio, LeonelBrizola, realiza incursões se-guidas em favor da candidaturado arquiteto Jayme Lerner,que tem a apoiá-lo, ainda, nacapital paranaense, o PFL doex-governador Ney Braga. EmCuritiba, aconselha um políticodo velho PSD, é arriscado fazerapostas, apesar de o candidatodo PMDB, Roberto Requião,manter vantagens de mais oumenos seis corpos, de acordocom tendências reveladas, nes-te final de semana, no Rio.

Em Belo Horizonte, semcorrer a mènor ameaça, o can-didato do PMDB, Sérgio Fer-rara, já não ostenta mais amarca dos 60% das intençõesde votos que as pesquisas deopinião lhe creditavam até odia 30 de outubro. Mas issotem uma explicação: o gover-nador Hélio Garcia, principalavalista de sua campanha, temdividido, ultimamente, suasatenções políticas entre a capi-tal de Minas Gerais e 13 estân-cias hidrominerais do interior,onde luta para conquistar ummínimo de nove e um máximode 11 Prefeituras.

A tendência dos grandescampeões de votos — e isso seregistra sobretudo cm eleiçõesmunicipais — é a de afrouxa-rem um pouco suas campanhasquando atingem índices supe-riores a 55% das intenções devotos. Assim, a queda de Fer-rara — cie ainda bate MaurícioCampos, do PFL, por uns 35corpos, não representa ne-nhum dado significativo. EmSalvador, Mário Kertcsz, doPMDB, segue na ponta semnenhuma ameaça, situação quese registra também em Fortale-za por um outro pemedebista,o deputado Paes de Andrade.

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Collares confraternizou com eleitores de Vila Restinga à frente de caravana

Calor forte animaVisita de Garcia a

mercado começa com

briga e acaba em barBelo Horizonte — Uma visita ao Mercado Central, que

começou como um teste positivo para a popularidade doGovernador Licenciado Hélio Garcia e do seu candidato aPrefeito desta Capital, Sérgio Ferrara, deu em briga. O PrefeitoRuy Lage, ao ouvir ofensas gritadas por um homem, às suascostas, vjrou-se e deu um soco do peito do agressor. Umsegurança do Prefeito e dois cabos eleitorais de Ferraraafastaram o homem, com socos e pontapés.

Marco Antônio Pereira da Silva, comerciante, 37 anos,aproximou-se à porta de saída do mercado, do grupo ondeestavam Hélio Garcia, Ruy Lage, Ferrara e deputados doPMDB. O Governador gravava uma fala para a televisão sobreo desempenho do partido nas eleições municipais, quando foiinterrompido:

— Vamos parar de conversa fiada, esse passeio no Merca-do é pura hipocrisia — gritou Marco Antônio.

Integrantes do comitê de campanha de Sérgio Ferraraacreditam que o incidente foi armado por um adversário. Ocomerciante Marco Antônio depois de dar nome aos repórteres,hesitou em se identificar para os policiais, que se aproximaramdispostos a registrar sua queixa: "Vocês acham que eu soubesta? Isto vai acabar se virando contra mim — alegou.

A caminhada de hora e meia do Governador e docandidato pelos corredores do Mercado, entre as bancas defrutas, gaiolas de aves, balcões de doces e queijos e os botecosacabou quando uns homens que matavam a sede com cerveja noBar do Hélio convidaram : "Vamos tomar uma!" Toda acomitiva desapareceu bar adentro, fazendo brindes com oscopos cheios de cerveja.

Collares na reta

final da campanhaPorto Alegre — Acompanhado por uma caravana

de mais de 50 automóveis desde o Centro da cidade, ocandidato do PDT à Prefeitura da Capital, Alceu Colla-res, percorreu, ontem, pela terceira vez nesta campanha,a Vila Restinga, uma das maiores da periferia. O solforte e a temperatura de 33 graus não tiraram a animaçãode Collares que, em cima de um jipe, acenava e faziagestos positivos com o polegar direito.

Em seus últimos dias de campanha, Collares estáintensificando o corpo-a-corpo, visitando de novo osbairros e vilas. Ele disse, que o ritmo deve aumentarainda mais. "Para isto, estamos usando todos os recursoshumanos e materiais de que dispomos", informou.

Durante a passagem de Collares pela Vila Restinga,os alto-falantes instalados num microônibus convocavamos moradores a participar do comício do PDT queacontecerá amanhã no Largo da Prefeitura, com apresença do Governador Leonel Brizola.

Apesar do forte calor, os moradores saíram de suascasas para cercar o jipe e abraçar Collares. Atendendoaos apelos, o candidato desceu para cumprimentar aspessoas e até mesmo entrar em suas casas, como costumafazer, para uma rápida conversa. Ele tomou um copod'água e comeu pêssegos que lhe foram oferecidos.

Recife terá

proteção

federalRecife — Pela primeira vez

na história política da cidade,Recife, elegerá seu prefeito soba proteção de tropas federais.Por unanimidade, o TribunalRegional Eleitoral de Pernam-buco decidiu requisitar forçasfederais para garantir as elei-ções do próximo dia 15, mas apalavra final caberá ao Tribu-nal Superior Eleitoral já rece-beu o pedido.

A decisão do TRE acompa-nhou parecer do juiz-relator,Romualdo Marques, paraquem não há clima para umaeleição tranqüila em Recife,não só pela exaltação dos âni-mos, como pela impossibilida-de de a Polícia Militar estadualdesfrutar de condições psicoló-gicas em razão, entre outras,de o Governador — "enquantopolítico" — se definir publica-mente por um dos candidatos.Os advogados do PL, PMDB ePSB, que propuseram a requi-sição de tropas federais, aplau-diram a decisão do TRE.

O presidente do TRE, de-sembargador Pedro Malta, dis-corda porém que o recurso àsforças federais seja, implícita-mente, um reconhecimento deque a Polícia Militar de Per-nambuco esteja sem condiçõesde garantir as eleições:

— O voto do relator, funda-mentado, inclusive, na infor-mação prestada pelo Governa-dor não chega a esta conclusão— frisa o desembargador. Tra-ta-se de uma medida preventi-va face à possibilidade de atoscapazes de prejudicar a norma-lidade do pleito. A PM ficaráauxiliando, se for o caso, asforças federais.

No parecer, o relator diz queo Governador Roberto Maga-lhães instruiu sua resposta eminformações prestadas pelo co-mando geral da Polícia Militarde Pernambuco, sendo inegá-vel que, à vista de tais infor-mes, aquela corporação se re-vela como apta a garantir anormalidade.

"Não se deve, entretanto,tomar como único critério deci-sório a avaliação procedida pe-la polícia local," argumentou orelator, observando que a ga-rantia da ordem pública decor-re tanto de elementos de natu-reza objetiva quanto de fatoresde natureza subjetiva. Em suaopinião, entre os primeiros sealinha o potencial repressivo daforça pública.

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Brizola ajuda Lerner ê

denuncia licença de

Richa como hipocrisia::,1^Curitiba — Num comício para mais de 3 mil pessCâsrtó

bairro do Boqueirão, em Curitiba, em favor do candidâkíUàcoligação PFL-PDT, Jaime Lerner, o Governador LeonelBrizola disse que o licenciamento do Governador. J^éRicha, que se afastou do Governo para coordenariacampanha do candidato do PMDB, "não passa de hipoeçí-sia". Segundo Brizola, o Governador continua dando .asmesmas ordens ao seu secretariado, agora pelo telefone.,Richa está assustado e nervoso porque pode perdes 1:8eleição", disse Brizola.

O Governador do Rio respondeu, nos dois comicioir.deque participou em Curitiba, todas as críticas do GovemaíltjrJosé Richa no início da semana, sobre a participação defesacampanha para a prefeitura de Curitiba. Richa o chamflü"dè"esquerda disfarçada, aliada à direita, com objetivo detomar o poder", e o acusou de querer fazer de Curitiba umtrampolim para a Presidência. "Eu devo dizer ao Goveçjiij.-dor José Richa que comecei a fazer política no Paraná bénnantes dele, em 1947, como deputado estadual".

Com Ney Braga sbBrizola desafiou o Governador paranaense a ir fazer

campanha no Rio "para o candidato do chaguismo J«i$eLeite, que está com água pelo queixo", e disse que iráreceber Richa "com todas as honras". Brizola lembrouiaoGovernador que ele não pode criticar o ex-Governador NeyBraga (hoje no PFL) nem chamá-lo de ditador: "Richadeveria refletir bem antes de fazer essas críticas porcftig,enquanto eu estava na oposição, ele era chefe de gabinetedo ex-Governador Ney Braga e fez a campanha dele pãfàbGoverno do Paraná em 1960". u:,r-ibe?

O presidente do TRE de Rondônia, Eurico Montenegro,considera insuficiente a verba de Cr$ 36 milhões disponível páratodos os gastos com eleição do dia 15. "Não vai dar nem paftfolanche dos mesários nas 257 seções", avisa o desembargador.

O Ministro Afonso Camargo, dos Transportes, o Governa (lardo Paraná, José Richa, o locutor esportivo Osmar Santos^.; acantora Cristina Buarque de Holanda prestigiaram o comícichfjócandidato do PMDB em Cuiabá, Dante de Oliveira.

Os cantores Fagner e Alcione ajudarão a família José Sarrléy,na tentativa de derrotar a candidata do PDS à Prefeitura de SãoLuís, Gardênia Alves, mulher do ex-Governador João Castelçí,adversário político do Presidente da República.

Mais de duas mil mulheres participaram de uma mflWHfefeminina pela candidatura de Jerônimo Santana, do PMDB,' àPrefeitura de Porto Velho. Fafá de Belém não chegou a terrijíòi.

O Governador Leonel Brizola chega hoje a Cuiabá parapromover a filiação de um grupo dissidente do PMDB ao PDT,que apóia o candidato do PDS, Gabriel Novis Neves.

Com o objetivo de reverter o quadro em seis municípios onefpa Frente Liberal pode eleger prefeitos, partiu ontem de Manausuma comitiva do PMDB. >'»P

O candidato do PT à Prefeitura de Porto Alegre, Raul Pont',denunciou que o PDS está coagindo funcionários públicos a'dÊtr3% de seu salário à campanha.

O candidato do PTB a prefeito de Salvador, Edvaldo Bxitflúnegou que a kombi que atropelou três pessoas que participavamde passeata de seu adversário do PMDB, Mário Kertesz,trabalhasse em sua campanha.

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6 ? caderno ? domingo, 10/11/85 Política JOitfcAL IX) BKÀ&Üj

Informe JBFracasso eleitoral ronda os ex-brizolistas

Pacto ocultoSete em cada 10 trabalhadores

> brasileiros não têm nem idéia doque seja o pacto social.

Foi o que constatou uma pesqui-sa do Ibope realizada com 4 mil

• entrevistados em 20 cidades doBrasil.

¦De acordo com a pesquisa,

j 62,4% dos trabalhadores achamque os sindicatos devem representá-los nas negociações de um pactosocial.

Para a mesma função de repre-sentação, a CUT — dominada peloPT — recebeu 5,7% do apoio dos

| entrevistados, e a Conclat — domi-í nada pelo Partidão e seus aliados —V não passou dos 2,6%.

Os partidos políticos foram con-. templados com 11,6% da preferên-'

cia das pessoas consultadas.

Quase todos os entrevistados —195,7% — consideram importante ai realização pelo governo de umai campanha de esclarecimento sobre

time de ministros que prefere continuarcom o emprego atual em Brasília, aoinvés de disputar as eleições do próximoano em São Paulo.De perto

A Embaixada americana vem reali-zando constantes levantamentos sobre aeleição municipal da próxima sexta-feira.

O interesse maior, comò é natural, épela batalha de São Paulo.

RachaA vitória do samba-enredo do com-

positor Ivo Meirelles — numa decisãotomada com a presença de apenas trêsmembros do júri — provocou um verda-deiro racha na Mangueira.

O caso, que já foi parar na Justiça,pode acabar em pugilato.Caso de polícia

Agentes do setor de tóxicos da Poli-cia Federal estão infiltrados na TVGlobo.

Eles podem ser encontrados atémesmo entre os figurantes de AsaBranca.O petróleo é nosso

Pelas contas do presidente da Petro-brás, Hélio Beltrão, a produção de• o que vem a ser o pacto social. Dras< Heno Deiirao' d

f a fomL' netroleo 110 proximo ano deve beirar a\ A pesquisa revela também uma ^ dos 650pmil barris/dia) em média.• preferencia esmagadora pelo rea-3 juste trimestral dos salários.

A nova ondaO pedaço da praia do Arpoador,' mais conhecido como Praia Brava, on-

J de hoje a juventude dourada da ZonaSul pega uma onda, tem tudo para ser a

\ praia da moda do verão 86.} É dali — juram alguns gurus dai astronomia — que se pode ver melhor! no Rio a passagem do cometa de[ Halley.

j Geisel! O ex-presidente Ernesto Geisel não" demonstra nenhuma preocupação1 maior com o quadro político.

Muito pelo contrário.*Pé no jato

O presidente José Sarney está incli-;-nado a visitar a China no final do'próximo

ano.\ Iria, dessa forma, retribuir a recenteivisita do primeiro-ministro Zhao'Ziyang.I»"Atividade parlamentaru Durante o exercício de seus manda-•ítos de deputado federal, Jânio Quadros«¦e Leonel Brizola nunca apresentaram"um só projeto, não foram — depois daAposse — a nenhuma sessão em plenário-e, conseqüentemente, não fizeram ne-nhum discurso da tribuna, não deram

¦ nem pediram aparte a ninguém.Jânio, eleito pelo PTB do Paraná

em 1958, teve todo o ano de 1959 e| parte de 1960, quando foi eleito presi-• dente da República, para dar as caras; na Câmara dos Deputados.

Brizola, eleito pelo PTB da Guana-bara em 1962, com 269 mil votos — a.maior votação da história —, teve o ano

-de 1963 e parte de 1964, quando foicassado.

Quem constatou o fenômeno foi ohistoriador Plínio de Abreu Ramos, da

j FGV.Mobral

*] O que sobrar do emagrecimento do• Mobral engordará uma fundação a ser

criada para cuidar da alfabetização deadultos.

; Eleições 86: O ministro Olavo Setúbal, das Rela-«ções Exteriores, também faz parte doI

Lance-Livre-

O prefeito Marcelo Alencar vetou o proje-to do vereador Sérgio Cabral, aprovado naCâmara, que garantia a volta do circo àPraça Onze. Cabral espera poder derrubar oveto do prefeito conquistando para sua causa22 votos — um terço da Câmara.

A revista Playboy que estará nas bancasnesta quarta-feira terá na capa Márcia Dor-

«nelles, e uma entrevista com Bruna Lombar-""ai, que declara nunca ter sido cantada,r» A cidade de São Paulo tem, segundoEstimativa do IBGE, 6.640.806 habitantesj^om 18 anos ou mais. Entretanto, os eleito-«•res lá inscritos não passam de 4.705.312. E os^analfabetos somam 604.844 pessoas. As ou-«Iras 1.330.650 pessoas que têm idade para^ívotar e não são analfabetas tém título eleito-Tal do interior do estado ou de outros esta-|3ios, são estrangeiras ou simplesmente per-^nanecem à margem da cidadania política.

O filme O maravilhoso mundo de PapaiipNoel (Santa Claus), que será lançado simultâ-Teamente em todo o mundo, terá na Inglater-í-ra sua avant-première beneficente, com apresença da Rainha Elizabeth.—• Os seis partidos que concorrem à Prefeitu-ra

da cidade fronteiriça de Uruguaiana (RS)estão afinados com a expectativa de suas

t; populações. Todos, sem exceção — PMDB.Ç PDT. PDS. PT. PFL e PTB—, marcaram osE comícios de encerramento das respectivas^-campanhas para após o horário da novela"?Roque Santeiro.Wê A primeira audição será no Rio, quarta-Tfeira, dentro da programação da Bienal de^lúsica da Sala Cecília Meireles. A segunda,

Londres, no mès que vem. Trata-se do«•Sexteto em seis tempos, de Marisa Resende,í^que vai tocar ela mesma a parte do piano,«"enquanto o Quinteto Villa-Lobos se encarrega>"dos sopros.

A Flupeme vendeu todos os mil stands

Este ano a produção nacional deveficar, na média, em 565 mil barris.

Pornô isoladaSe depender da vontade da comis-

são que estuda a reformulação da políti-ca cinematográfica brasileira, os filmespornográficos vão ficar isolados em cin-co ou seis grandes cidades do país.

Precisamente as que oferecem emseus cinemas mais de 5 mil assentos.

A proposta vai esta semana à pri-meira reunião do plenário ampliado doConcine.Salários

A poderosa General Motors ameri-cana resolveu quebrar uma regra de 37anos — a de corrigir anualmente ossalários dos seus executivos de acordocom a inflação.

A partir de agora estes salários se-rão revisados de acordo com a perfor-mance financeira da empresa.

¦Isto é, se os lucros aumentam os

salários aumentam. Mas o inverso tam-bém vale.

Tambores de guerraA associação dos hospitais paulistas

que têm convênio com o INAMPS pre-para-se para declarar guerra à Superin-tendência Regional do Instituto, emassembléia marcada para terça-feira.

Trata-se de uma reação à intensifi-cação do controle das internações, exer-cida pela Secretaria de Medicina Social.

O brado de guerra virá sob a formade uma denúncia: a de que o INAMPSestá querendo estatizar todo o setor dasaúde em São Paulo.A hora de Minas

Para marcar o patrocínio nacionalda minissérie da TV Globo GrandeSertão: Veredas, o governador HélioGarcia encomendou à agência de publi-cidade mineira Livre um curta-metragem de 30 segundos onde se des-taca uma frase de Guimarães Rosa quetem, nas circunstâncias políticas de ho-je, ares de aviso:"Mas sendo a hora e sendo a vez,Minas entende, atende, toma tento,peleja e faz".

A frase foi usada na campanha deTancredo Neves para presidente da Re-pública.Peru na cabeça

Grafite que começa a aparecer emalguns muros da cidade: "Nem Kissin-ger, nem Fidel. Viva Alan Garcia".

para a Feira Rio Negócios. Amanhã terminaformalmente a venda, com uma comemo-ração.

O PC do B não faz por menos: querrecrutar 10 mil novos militantes só no Estadodo Rio de Janeiro. Como parte da campanhade filiação, o partido faz hoje a partir das 9h,na Feira de São Cristóvão, uma festa de apoioà campanha de Marcelo Cerqueira e joáoSaldanha para a Prefeitura. O PC do Btambém integra a coligação PSB/PCB.

Dorinha Tapajós, que defendeu a músicaLuciana no FIC de 1967 e integrou o Quarte-to em Cy, volta à carreira artística em janeirocom um show no People.

Luiz Caldas é o nome dele. Nunca gravouum disco. No entanto, tem mais de 10 músicasde sua autoria em primeiro lugar nas rádiosFMs da Bahia e lotou um estádio do interiorbaiano com 30 mil pessoas. Agora ele vailançar seu primeiro disco, Magia, tema tam-bém de uma de suas músicas, que está há trêsmeses em primeiro lugar.

Nos Estados Unidos, onde sempre houvee continua havendo muito roubo de rádiocom toca-fita, foi lançado um plástico desti-nado a evitar que o ladrão quebre o vidro docarro à toa. Traz simplesmente a inscrição"No radio".

Francis Hime vai lançar seu novo disco.Clareando, nos próximos dias 15 e 16. noCirco Voador. Para comemorar o dia daeleição, o Circo organizou além do show deFrancis o baile No vembro meu voto, com aorquestra do maestro Carioca, a partir das22h.

Faltam cinco dias para a batalha final daseleições nas capitais.

Trecho do cordel Enforcamento do poetanegro, de Raimundo Santa Helena: "Com oapartheid faz guerra/tem o sim da Inglaterrae o não da poesia...".

O Deputado federal Sebastião Nery rompeueste ano com o PDT e, em tenaz oposição aoGoverno estadual, cunhou a sigla LBA, traduzidacomo Legião dos Brizolistas Arrependidos. A elei-ção municipal, no entanto, está gerando uma siglacom significado oposto: a LDB, ou Legião dosDerrotados por Brizola.

Nery, seu colega de Câmara Agnaldo Timóteoe o deputado estadual Alcides Fonseca apoiam paraprefeito o candidato do PFL, Rubem Medina.Outros ex-pedetistas, copio o Deputado federalSebastião Ataíde e o ex-Prefeito Jamil Haddad, sealiaram a Jorge Leite (PMDB) e Marcelo Cerqueira(PSB). Mas todos, somados, correm o risco deterem menor votação do que o candidato do PDT,Roberto Saturnino, que chegou a brigar com oGovernador Leonel Brizola, mas se reconciliou atempo.

Haraquiri. — Hoje, quem deixa o PDT faz um haraquiri

— diz o presidente nacional do partido, Doutel deAndrade, entusiasmado com a perspectiva eleitoraldo próximo dia 15. Doutel acha que o PDT Vaiemergir como o segundo maior partido do país.

Sebastião Nery contesta a opinião de quecometem suicídio à moda japonesa todos os queabandonam ou são expulsos do PDT."Pelo contrá-rio: os deputados federais que ficaram vão enfrentara concorrência dos Secretários de Estado e dosnovos parceiros do Brizola. Poucos vão se re-eleger."

Nery dá nomes: acha que dificilmente sereelegerão os Deputados federais J.G. de AraújoJorge, Délio dos Santos, Abdias do Nascimento,Juruna, Valter Casanova, Clémir Ramos e JacquesDornelles. Quanto a ele próprio, não tem úvida:"Vou provar que em 86 terei mais votos que em 82,embora reconheça que metade dos 111 mil votosque obtive em 82 foram da campanha do Brizola."

Para os ex-colegas de bancada, Sebastião Neryjá vê um destino negro: "Brizola é um homem semamigos e sem afeto. Em 86 ele vai fazer política comnovos parceiros, como o jornalista Roberto D'Avi-Ia. Brizola vê no D'Ávila um Agnaldo Timóteo da

Zona Sul, capaz de conquistar fãs e fanzocas,eleitorado de vídeo."

Mesma táticaO primeiro dissidente do PDT, Deputado

estadual Alcides Fonseca, expulso do partido seismeses depois de eleito, andou pelo PMDB, frus-trou-se e agora está sem legenda. Mas garante queno próximo ano vai multiplicar por cinco os 20 milvotos obtidos em 82, "sem gastar um tostão."

Diz que seu desligamento do PDT foi pormotivo político, ao comandar uma CPI que "mos-trou a corrupção do Brizola na Companhia Centralde Abastecimento." Os outros dissidentes, paraFonseca, brigaram com o Governador "apenas

porque tiveram interesses pessoais contrariados."Fonseca, irmão do Deputado estadual Aman-

do da Fonseca, demitido este ano do Departamentode Polícia Especializada depois de acusado decorrupção, lembra que, ao enfrentar sozinho amáquina do Governo, teve sua expulsão pedida porSebastião Nery, "então presidente em exercício doPDT".

Mas Fonseca e Nery têm para a eleição de 86táticas iguais: vão centrar fogo na figura do Gover-nador, que ambos encaram como um perigo para opaís.

O Brizola até 86 vai fazer muito maisbesteira do que fez até agora. E eu vou provar quese ele chegar a Presidente vai incendiar o Brasil —diz Nery, que se confessa como um dos três políticosque "comandaram" á campanha de Brizola para oGoverno estadual. Os outros foram Agnaldo Timó-teo e José Colagrossi.

LiquidadosColagrossi, segundo mais votado do PDT para

a Câmara, com 149 mil votos, foi demitido daSecretaria de Transportes, preterido como candida-tò a prefeito e esteve com um pé fora do partido,embora negue.

O Colagrossi não rompe, teme pelo destinodas centenas de pessoas que empregou no Estado —revela Sebastião Nery, terceiro deputado federalmais votado do PDT.

O Colagrossi foi humilhado, escorraçado e

hoje ainda carrega a mala do Brizola — acrescentaAlcides Fonseca.

Carrego a mala do Brizola com toda honra,porque entre eu e ele sempre houve uma amizadeleal — responde Colagrossi.

Tesoureiro nacional do PDT, José Colagrossiduvida que Agnaldo Timóteo, Sebastião Nery eoutros ex-pedetistas repitam em 86 o êxito eleitoralde 82:

Quem sai do PDT está liquidado. É opartido que mais cresce no país, tem uma linhapolítica definida. E a crítica ao "autoritarismo" doBrizola é injusta. Na verdade, como a pessoa maisexperiente, ele chamou a si a maior parte dasresponsabilidades no Governo. Mas agiu certo.Hoje o Secretariado está mair forte e amadurecido.

BagaçoJosé Colagrossi acha que os Deputados fede-

rais Clemir Ramos e Valter Casanova agiram certoao voltarem para o PDT.

Clemir, lançado na política pelo DeputadoRubem Medina, voltou ao partido há cinco dias,depois de sair contrariado com a indicação doSenador Roberto Saturnino para candidato a prefei-to. Enquanto esteve fora, abrigado na frágil legendado PDC, sempre chamou o Governador de "caudi-lho" e Saturnino de "marionete" de Brizola.

Mas pôs os "pés no chão" e volta ao PDT comoutra imagem: "O PDT é um partido politicamentebem dirigido. Brizola é a maior liderança populardo país. E como todo líder verdadeiro às vezes usapulso forte."

Clemir acha que Agnaldo Timóteo, SebastiãoNery e outros dissidentes "estão totalmente perdi-dos junto à população, que apóia o Governodemocrático e popular de Brizola." Supõe que osex-pedetistas ficarão sem espaço político para 86.

Alcides Fonseca prevê um futuro pior paraClemir:

— O Brizola nunca é usado. Pelo contrário:usa as pessoas. Perdeu a confiança no Clemir, quetinha empregado no Governo mais de 40 pessoas.Brizola vai chupar o sangue do Clemir e depoisjogá-lo fora, como bagaço.

DEZ ANOS DE INFÂMIA

Em 10 de novembro de 1975, 38° aniversário da "Noite deCristal" — quando as hordas nazistas caíram sobre os judeusalemães — a ONU votou a indigna resolução igualandoSionismo a racismo. Foram justamente os países despóticos eracistas, a "maioria automática", da Assembléia, a que seatrelaram, por interesses inominados, nações civilizadas, os

que decidiram a questão. E todos eles sabiam que o voto eraimoral. A ONU fez 40 melancólicos anos de existência. Nadaresolveu no plano mundial e traiu suas origens. Mas foi ocenário internacional da votação que macula a decência dahumanidade. Foi um ato de ódio, nem tanto contra Israel e oSionismo, acobertando o anti-semitismo que emerge à sombrada resolução discriminatória. A maioria do mundo calou.Permanece para nós o conforto da afirmação do saudosoPresidente Tancredo Neves: esse voto, mais do que umerro, foi uma estupidez. Hoje, a estupidez faz dez anos.Nossos pêsames.

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Política domingo, 10/11/85 ? 1° caderno ? 7

Fernando César diz que fala o

que Sarney não

podeiArquivoBrasília — Instalada no final do corredor do

segundo andar, há no Palácio do Planalto umaantena de l,60m, de altura e raro poder depercepção. Não se trata, ao contrário do quepossa parecer, de um sofisticado aparelho tecno-lógico, mas sim do porta-voz da presidência,jornalista Fernando César Mesquita, que capta eemite o que vai pela cabeça do presidente JoséSarney e dos que o cercam. Freqüentemente,entretanto, essa poderosa antena sofre interferên-cias de estilo, que obrigam Sarney a complicadosmalabarismos.

Pensando interpretar os sentimentos do palá-cio, Fernando César, um cearense de 47 anos quesequer completou o segundo grau, já entrou emrota de colisão com meia Nova República, graçasà desenvoltura com que produz declarações des-concertantes e desastradas. Se pode morrer pelaboca, vive em lua-de-mel com os jornalitas cre-denciados no palácio, a quem facilitou o caminhoaos gabinetes de Sarney e arredores, fardados ounão.

"Passa Gelol"Pioneiro de uma leva de jornalistas nordesti-

nos que desembarcou em Brasília nos anos 60 eficou conhecida como "ciclo da jangada", Fer-nando César logo ganhou intimidade com ospolíticos, na cobertura das atividades do congres-so. De repórter, passou a chefe de redação de OEstado de S. Paulo e no início dos anos 80 foicoordenador de política do JORNAL DO BRA-SIL. Além disso, é técnico de comunicação socialda Câmara.

No ano passado, trocou as redações pelacampanha do candidato à Presidência da Repúbli-ca, Hélio Beltrão. Com a desistência deste, puloupara a do então vice-presidente Aureliano Chavese, dali, sucessivamente, para a Assessoria deImprensa da Frente Liberal — ainda um movi-mento dissidente do PDS e não um partido — epara a da candidatura de Sarney a vice-presidente. Na trajetória, desabou de pára-quedas na Secretaria de Imprensa do Planalto,que o também jornalista Antônio Britto não quisdepois da morte de Tancredo Neves.

Apesar da sorte, a passagem de FernandoCésar pela engrenagem do poder é, no mínimo,polêmica. Sua atuação no Palácio do Planalto sóestá recheada de confusões criadas por declara-ções surpreendentes. No mês passado, por exem-pio, um repórter lhe indagou como ficariam asrelações entre o Governo e o Congresso depois*que Sarney vetara o acordo dos líderes do PMDBe PFL para aprovar uma reforma tributária deemergência. "Passa Gelol", respondeu ele, displi-centemente, numa alusão à pomada que aliviadores musculares.

Poucas vezes, duas palavras foram capazes deirritar tanto o presidente da Câmara dos Depu-tados, Ulysses Guimarães. "Ele é o porta-voz. Eutenho o privilégio de ouvir a voz", irritou-seUlysses. No dia seguinte, o deputado MaurílioFerreira Lima (PMDB-PE) subiu à tribuna daCâmara para pedir a demissão de FernandoCésar. Sarney, porém, reagiu com bom-humor àgalhofa do porta-voz. "E aí, você ainda vai falarem Gelol?", perguntou a Fernando César.

DerrapagemNo Governo Figueiredo, o ex-porta-voz Car-

los Átila, um diplomata de carreira, não cansavade levar puxões de orelha de ministros de Estado,como o do Interior, Mário Andreazza. No Gover-no Sarney, é o porta-voz quem puxa as orelhas deministros. Tal inversão, porém, é fácil de expli-car. Afinal de contas, os ministros são herdadosde Tancredo, enquanto o porta-voz é de Sarney.

Muitas vezes, é o próprio Sarney quemdelega ao porta-voz a tarefa de dizer sobreministros coisas que ele próprio não pode falar.No final de junho, o ministro das Comunicações,Antônio Carlos Magalhães, criticou o que consi-dera a excessiva participação de esquerdistas noGoverno. No dia seguinte, Fernando César sen-tenciou: "O Governo não pede atestado ideológi-co a ninguém". Antônio Carlos não gostou evoltou à carga, desta vez para censurar o porta-voz. Dias depois, Fernando César explicou: "Eufiz o que o presidente pediu: "Olha, diga que umGoverno democrático não pede atestado ideoló-gico. O ministro falou como político e não comomembro do Governo".

Há ocasiões, contudo, em que FernandoCésar exagera. Quando, em julho, o ministro daReforma e do Desenvolvimento Agrário, Nelson

Ribeiro, assinou um decreto desapropriando todaa extensão do município de Londrina, no Paraná,para mexer apenas num pequeno pedaço de terrana região, Fernando César disparou: "O ministroé inábil". Horas depois, a filha de Sarney, Rosea-na Murad, assessora parlamentar do GabineteCivil, foi perguntar ao pai se ele autorizara seuporta-voz a chamar um ministro de Estado de"inábil". Sarney disse que a farpa, que por pouconão desalojou Ribeiro do cargo, partira da cabeçade Fernando César.

Essa história ilustra bem a crônica de atua-ções em que se meteu. De fato, Sarney nãomandou chamar Ribeiro de "inábil", tanto assimque Fernando César acabou se retratando —inábil seria o decreto e não o ministro. Mas, comouma antena poderosa e sensível que é, ele apenasevidenciou o que Sarney e sua família pensam,mas não podem dizer e, neste caso, também nãoqueriam que ele dissesse.

O mesmo ocorreu com o ministro daTndús-tria e do Comércio, Roberto Gusmão. Por maisde duas vezes, Fernando César fustigou-o emrodas de jornalistas: "O Gusmão tem horror apovo". É justamente por saber que Sarney, seugenro Jorge Murad e Roseana não gostam deGusmão que ele pode dizer coisas como essa, semque ponha em risco seu cargo ou seu prestígio.

Mas, se por criticar ministros malquistos nopalácio nada lhe acontece, Fernando César àsvezes derrapa perigosamente. Há algumas sema-'nas, num jantar com amigos, ele não poupousequer Roseana: "Ela só entende de política doMaranhão". O comentário, que esperava vercircunscrito ao pequeno grupo, chegou aos ouvi-dos de Roseana, que não gostou nem um pouco.

Para manter a desenvoltura com que trafegaem todos os gabinetes palacianos, Fernando Ce-sar colecionou trunfos e apoios valiosos. Umdeles, por exemplo, é a amizade que fez comchefes militares, como o general Ivan de SouzaMendes, chefe do SNI o general Bayma Denys,chefe do Gabinete Militar; e o ministro deAeronáutica, Moreira Lima, de quem é íntimo.Todos os dias, Fernando César faz uma cuidadosaronda pelo quarto andar do palácio, onde sesituam os gabinetes de Ivan, Denys e do chefe doGabinete Civil, José Hugo Castelo Branco.

Mas não é apenas na intimidade com Sarneye nos apoios militares que o porta-voz do Planaltoextrai força política. No rol de amigos que lhe dãosuporte, figura Aureliano Chaves, a quem serviudurante sua campanha para presidente e que oestimulou a ser um improvisado secretário deImprensa da interinidade de Sarney na Presidên-cia, quando Tancredo Neves adoeceu.

A revelia de muitos conselhos, Sarney aca-bou optando por Fernando César por diversosmotivos. Em primeiro lugar, o jornalista AntônioBritto não quis prosseguir na sua carreira deporta-voz, e tampouco o repórter Carlos Nasci-mento, que se notabilizou pela cobertura datragédia de Tancredo para a TV Globo, aceitou oconvite. Por fim, um amigo de Sarney se aproxi-mou e perguntou-lhe por que escolhera FernandoCésar. O presidente respondeu secamente: "Por-que ele sabe demais".

Fernando César, porém, tem sabido cami-nhar pelos gabinetes militares sem incomodar osjornalistas. No mês passado, por exemplo elesoube resistir às pressões do chefe do SNI, quequeria ver cassada a credencial do repórter Josiasde Souza, do Correio BrazUknse, por ele terpublicado um documento sigiloso que contavadetalhes da Operação Camaleio, um plano deemergência para o caso de haver um colapso nosistema telefônico do país.

Diante das pressões militares, Fernando Cé-sar ameaçou renunciar ao cargo. Não queria sever obrigado a reeditar o que Carlos Átila faziano regime militar e o general Ivan perdeu aparada. Além disso, Fernando César quebrou apompa e a frieza que marcavam o relacionamentoentre a Secretaria de Imprensa, nos últimos 21anos, e os jornalistas. Seu gabinete está semprede portas abertas.

Mas ele parece saber com exatidão os limitesque separam a intransigência militar e as reivindi-'cações dos jornalistas. Quando os repórteresforam pedir sua ajuda para poder freqüentar orestaurante do palácio, Fernando César encam-pou a reivindicação. Seu empenho, porém, esbar-rou na posição irredutível de Bayma Denys.Evitando uma quebra-de-braço que poderia lhedesgastar, Fernando César soube recuar. E re-

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mencionada deverão tomar conhecimento, em qualquer agência doBanco, mediante consulta à relação divulgada, da cidade onde terãode comparecer para prestar provas.

2. As provas serão realizadas em 01.12.85, domingo, obedecidoo seguinte horário:

09h OOmin - abertura dos portões do prédio para entradados candidatos;

09h 30min — fechamento dos portões;10h 05min — início das provas;12h 20min — término das provas.

3. O candidato deverá chegar ao local das provas no horárioestabelecido, munido de:

ficha de inscrição;documento oficial que o identifique, de preferência o apre-

sentado na fase de inscrição;caneta esferográfica (tinta azul ou preta) e borracha.

Nenhum outro objeto (livro, caderno, bolsa, máquina cal-culadora etc.) pode ser levado para as salas de prova.

4. Outras informações serão obtidas a partir de 28.11.85, atra-vés da divulgação de avisos pela agência-sede do concurso.

Rio de Janeiro (RJ), 10 de novembro de 1985.

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NÓS NÃO LEVAMOS VOCÊ A QUALQUER LUGAR.

Nas declarações,

seriedade e galhofaBrasília — Em suas imprevisíveis declarações, o

porta-voz da Presidência da República, Fernando CésarMesquita, tem transgredido os limites entre o dever de ~informar e a liberdade de opinar, o bom tom e o mau -gosto, a seriedade e a galhofa.

Eis algumas pérolas do porta-voz, produzidas emconversas no comitê de imprensa do Palácio do Planalto,na entrevista publicada no número 50 do Jornal da Pituba,de Salvador, e na entrevista da semana passada ao n,programa Canal Livre, da Rede Bandeirantes.

"... Houve aquela tremenda sacanagem do Figueiredocom o Sarney, né? O Sarney soube que não ia haverprévias pelos malufistas que foram à casa dele. E o,.Figueiredo já tinha concordado com as prévias paraescolha do candidato do partido. O Sarney é um profissio-nal, é muito malandro quando ele quer. Foi lá no PDS e -•saiu."

"O presidente José Sarney não se preocupa com essas nbobagens. Se a Aliança Democrática romper, problemadela".

"A não ser que vocês queiram que eu traga para umaentrevista o Paulo Lustosa".

"Eu deixo bem claro quando estou dando minhasopiniões pessoais. Às vezes eu deixo assim meio nebuloso,porque são coisas que o presidente está pensando e eu nãoposso revelar o pensamento dele. Então, deixo o negóciomeio obscuro porque os bons entendedores sabem que não |estou falando por mim".

"Sarney sabe endurecer com ternura"."Eu estou falando de povo, não disso aí" (comentário

feito quando perguntou ao chefe do Gabinete Civil, JoséHugo Castelo Branco, se havia gente no enterro do oPresidente Médici e ouviu como resposta que havia muitos •militares).

Ela (a comunidade de informações) continua existindo.A direita é uma filosofia de vida, não é uma doutrinapolítica que não concorda com os avanços. Hoje, dentrodo próprio governo existem setores de direita, não vamosnos enganar, embora não fujam ao controle do presidentee dos ministros. Não existe ameaça, mas esses grupos estãopreparados para agir, nas áreas civil e militar. O caso da (reforma agrária é um exemplo: houve uma mobilizaçãofantástica dos setores conservadores da direita. Se existeesse tipo de gente no primeiro escalão? Até penso queexiste (sorri), mas prefeiro não falar."

"Essa importância só está na mente paulistana, megalo-maníaca" (quando perguntado sobre a preocupação dopresidente Sarney com a eleição para a prefeitura de SãoPaulo).

"A minha função é delicada, mais chata da República".

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8 ? Io caderno o domingo, 10/11/85- Eleição no Rio JORNAL DO BRASIL

Seguranças protegem

candidato com poder

de: músculos e armasfcima, Russo, Caroço, Eli. Paulo. Vagner, João Eles só

são conhecidos pelo primeiro nome ou pelo apelido Nãogostam de se identificar e negam veementemente que sejamseguranças ou que recebam algum dinheiro para acompanhar oscandidatos a prefeito do Rio Mas todos são bem conhecidospor quem acompanha Jorge Leite. Rubem Medina, SaturninoBraga-e os outros candidatos em suas andanças por morros,favelas, ruas e praças do Rio em busca de votos.

*Tenho que levar o corpo à luta", diz, enigmático, VflsonMoreira, alto, forte, roupas discretas, que acompanhou Medinaem ©alengo na quarta-feira passada Depois, explica. "Soumassagista da Clinica Dr Manuel, na Rua Rio da Prata, masmorqjem Realengo. Conheço toda a Zona Oeste, por isso seique Medina é o único que pode fazer alguma coisa pelo povodaquiíl Um outro rapaz forte, calça da Company, tênis Ali Stare camiseta sem mangas, exibindo braços e ombros musculosos,se afasta mudo quando íhe perguntam o que fazia na caminhadade Medina.

Cabos eleitoraisBruno, filho do Senador Saturnino Braga, candidato do

PDlT diz que "são todos cabos eleitorais". O mesmo dizOlegário Silva, coordenador de segurança da campanha deJorge Leite, sem explicar direito porque existe uma coordena-çào de segurança se não há guardas contratados para acompa-nharem o deputado, candidato do PMDB "São amigos particu-lares,.do Jorge que nos procuram para colaborar e sou obrigadoa dirigir o trabalho de cada grupo. Mas 0 Jorge é um homem dopova,.não tem medo de sair às ruas e se misturar às pessoas",diz Olegário."Entretanto, no próprio escritório de campanha na AvenidaRio franco, uma secretária deixa escapar que a maioria dosseguranças de Leite são policiais civis ou militares, reformadosou ngp, que fazem bicos. "Esses podem andar armados. Numcomício, ficam 50 mas para uma caminhada bastam uns 30", diza mQça, sem se identificar.

Cinqüenta seguranças são o ideal, segundo Erli Carlos,diretor da Carlos Alberto Administração e Assessoria Jurídica,para^jjrar o Roberto Carlos do palco do Maracanãzinho e levá-Io até a casa sem que as fãs importunem o cantor. E esse é onúmero que um assessor de Medina disse haver na Avenida RioBranco na caminhada de sexta-feira em favor do candidato doPFL^Mas, de acordo com Miguel Jorge, o Miguelão, funcioná-rio da>Câmara Municipal que há 20 anos acompanha Medina emcampanhas, sempre chefiando a segurança, só havia 10 homens.

Eles estão de camisas pretas porque escolheram —explicou Miguelão, apontando os 10 segurança's de Medina que,na verdade, eram em número pelo menos cinco vezes maior,uns jarmados de paus, outros com bolsas a tiracolo ondeguardavam armas misturadas a panfletos.

-Para Abrãao Medina, o pai de Rubem, "os cabos eleitoraisé qtfé servem automaticamente de seguranças, garantindo atranqüilidade dele" Com muito custo, Abrãao confessa o nomedos gpis mais ligados ao candidato do PFL. Eli e Paulo. "Sãodois robustos, que se prontificaram ajudar na campanha. Sãoamigos do Rubem", explica Abrãao Ele admite que Sílvio,motorista do Alfa Romeo de Rubem, "não deixa de ser umsegurança".

Tropa de choque-Mão existe a tropa de choque brlzollsta apontada pelo vice

de Medina, Sebastião Nery Além dos fanáticos da Bri»>l£ndia,que «raramente deixam seu canto na Cinelândia para seguirSaturnino Braga, o candidato do PDT faz-se acompanhar decorreligionários fortes. Como Vagner, jovem, moreno, relógioSwatCh no pulso, roupas discretas, dois metros de altura e quaseisso de largura. E Jorge, negro, já um pouco grisalho, que tomacontif do brizolinha, o cano de som com um minipalanque notetorAli, só podem subir o senador, seu vice, Jó Resende, ououtro'político de destaque do PDT.

«Jorge não gosta de conversa. Já Vagner ri e, educadamen-te, explica que não é segurança de Saturnino. "Sou filiado à 13aZona Eleitoral do PDT, em Realengo, estou aqui porquequem". Vagner parece saber exatamente quem pode ameaçarSaturnino. Deixa que o Senador se misture às crianças — comona <|Ointa-feira, quando Saturnino apostou corrida com elas noMorro da Matinha, na Tijuca — e receba abraços de senhoras.Mas^mantém-se a discreta distância quando o senador resolvesubtro morro, pedir votos e às vezes ouvir provocações.

Meu pai é um homem calmo. Quando ouve umapiaclinha não gosta pede desculpas e diz "é isso aí, companhei-ro" — conta Bruno que já caminhou ao lado do pai pedindovotqf pelas calçadas de Copacabana, o bairro do senador, semnenhum segurança por perto. "Mas quando fomos outro dia àImperatriz Leopoldinense, a própria diretoria da escola desamba espalhou dezenas de seguranças pela quadra, entradas esaídas. Mas nós não pedimos", garante Bruno.

Na Penha-Um assessor da campanha do PDT admite que, na visita de

Saturnino à igre|a da Penha, a coordenação do partido achoumelhor^ enviar seguranças fortes, com armas escondidas embolsas, temendo encontro "com o pessoal do Jorge Leite"."Ninguém diz quantos seguranças leva para uma caminhada,senão (1 adversário leva o dobro e o pau quebra", diz outroassessor "Mas campanha é bola de neve e quando o candidatocre&e aparece muita geme querendo a|udai e proteger".

t De onde saem esses seguranças, todos homens fortes, amusculatura superdesenvolvida em academias de ginástica,musculacao, |udõ e capoeira, poucos sabem explicar Os deMedina sao. em sua maioria, professores de caratê ou massagis-tas -Na visita a Realengo, eles eram muitos e ás vezes juntavam-se em grupos de dois ou três mas logo se espalhavam quandonecessário ocupai pontos estratégicos da praça

«— Os de Jorge Leite são policiais — afirma ValmirTnridilde Mata no. um dos donos da bü Técnica Especializada,firma de segurança e assessoria lundica "Conheço alguns delese aóho errado usarem esses caras, que deveriam estai nas ruasprotegendo a populaçao que paga impostos" Mas depoisMajjjjno volta atrás, retira a afirmação e pretere talai de suafirma, "muito ética/ na segurança de obras".

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Medina soma

10 horas em

subúrbiosSob sol forte, e apesar do

pouco entusiasmo aos elei-tores dos subúrbios, RubemMedina enfrentou 10 horasseguidas de campanha emcarro aberto ontem. A cara-vana de aproximadamente40 carros contou com ade-sões de veículos contrata-dos por dissidentes doPMDB e do PTB.

Em Guadalupe, porexemplo, se integraram àcaravana ex-vereadores eex-deputados do PMDB, e

3ue hoje integram o chama-

o "Grupo Independente"do Partido: Jorge Felipe,Paulo Viana, Raulino Lo-bo, Paulo César de Almei-da, e Dino Fernandes, estefilho do ex-deputado PedroFernandes, que chegou aproclamar-se dissidente doPMDB, mas agora está devolta a candidatura JorgeLeite.

Do PTB, participou dacaravana o suplente dedeputado Ivan de Albu-querque, dissidente do seupartiao. Comerciante emRealengo, Albuquerquejuntou à fila de carros umtrenzinho que enfeita osjardins da sua casa na zonaoeste.

A passeata voltou de Se-petiba e Guaratiba ontem ànoite, passando por CampoGrande às 21h, onde o can-didato Rubem Medina teveencontro com funcionáriosda área de saúde, integran-tes da Associação dos Mé-dicos da Zona Oeste e daAssociação dos Servidoresdo Hospital Rocha Faria.

Os correligionários e ca-bos eleitorais do deputadoRubem Medina que partici-param da caravana ontemestavam entusiasmadoscom o resultado da pesquisaconcluída na sexta-feira pe-la Artplan, e na qual, pelaprimeira vez, Rubem Medi-na superou o senador Satur-nino Braga, desde o inícioda campanha.

Rubem Medina, confor-me o resultado divulgadooficialmente pela assessoriado candidato, estaria com26,3% da preferência doeleitorado, contra 24,7% deSaturnino. Jorge Leite doPMDB, teria 13,2% e Mar-ceio Cerqueira, do PartidoSocialista Brasileiro, 5%. Apesquisa da Artplan consta-tou 17,3% de indecisos, e5% declararam que vão vo-tar em branco. Os outros 15candidatos que continuamconcorrendo por outrospartidos a estas eleições nãoconcentrariam mais de 8%dos votos.

Foto de Ronaldo Valentim

Timóteo (E), Nery e Medina lideraram caravana de 40 carros

Partidos lutam pelo

direito à CinelândiaA cinco dias das eleições, não bas-

tasse a guerra entre os seguranças doscandidatos, uma outra batalha, estamais sofisticada, se avizinha: o direitode ocupar a Cinelândia na terça-feira,último dia permitido para propagandapolítica. O primeiro da fila era o PTB,que abriu mão para o PMDB. O PDT,segundo da fila, acha que saindo o PTBo lugar é seu, com o que concorda ojuiz eleitoral Roberto Wider.

Está armada a confusão. O Secretá-rio de Polícia Civil, Arnaldo Campana,a quem compete a concessão de licençapara ocupação de espaço público, nãotem dúvida de que ao ser comunicadopelo candidato do PTB de que cedera odireito ao PMDB, o beneficiário pas-sou a ser o PDT, o segundo a formali-zar junto à Secretaria o pedido deocupação da Cinelândia no dia 12,terça-feira.

RequisitadaFernando Carvalho, candidato do

PTB à Prefeitura do Rio, tinha a garan-tia da Cinelândia no último dia permiti-do para a propaganda. Entendimentosmantidos com o candidato do PMDB,Deputado Jorge Leite, o levaram acomunicar à Secretaria de Polícia Civilque ele abria mão da Cinelândia naterça-feira, passando o direito ao can-didato do PMDB.

Informado da evolução do caso,Fernando Carvalho explicou ontemque se o candidato do PMDB nãopuder ocupar seu lugar, ele fará ocomício na Cinelândia.

O juiz que coordena a propagandaeleitoral explicou que, ao abrir mão doseu direito, o candidato do PTB nãotem ao mesmo tempo o direito detransferir aquilo de que abriu mão —"o mesmo raciocínio serve para o horá-

rio gratuito na televisão ou no rádio: ocandidato não é dono do horário".

No caso da Cinelândia, a Secretariade Polícia Civil é a única responsávelpela concessão de licença para ocupa-ção de um espaço público, explica oJuiz Wider. Neste sentido, formaliza-ram-se vários pedidos para aquele es-

faço no dia 12: o PTB foi o primeiro, o

DT o segundo e o PMDB o terceiropartido a fazer a reserva.

— A interpretação, que passa atépelo bom senso, é clara. O direitopassou ao PDT.

O Secretário Arnaldo Campanatambém foi muito claro: "a

partir domomento em que o PTB cedeu oespaço que lhe fora reservado aoPMDB renunciou ao direito que tinhae, consequentemente, o direito passouao segundo requerente, que é o PDT.

Campana disse ainda que não tevecontato com o candidato do PTB, masque recebeu dele um documento solici-tando que o espaço fosse cedido aoPMDB, transferência que ele indefe-riu, concluindo então, com base eminterpretação da legislação eleitoral,que o espaço deveria ser destinado aoPDT.

O Senador Saturnino Braga, candi-dato do PDT à Prefeitura do Rio,admitiu até programar o comício finalda sua campanha para o Largo daCarioca, mas mostrou-se satisfeito emocupar a Cinelândia,"um local quevem se tornando tradicional nas cam-panhas políticas."

O candidato do PMDB, DeputadoJorge Leite, completa o quadro, afir-mando também com muita objetivida-de: "O último comício da minha cam-panha será realizado no dia 12, a partirdas 16 horas, na Cinelândia. A ocupa-ção daquela praça pelo PDT nessemesmo dia, seria uma atitude ilegal".

Serpro testa o sistema

de computação de votos

e atrai só 6 partidosOs partidos que disputam a eleição no Rio e em Duque às

Caxias não se interessaram pelo teste do sistema de computaçaoque irá indicar os vencedores no próximo dia 16: apenas seisatenderam ao convite do TRE para a simulação de ontem àtarde no Serpro, em Madureira, enviando representantes queeram aguardados pelo presidente do tribunal, desembargadorOlavo Tostes.

O processo foi simulado integralmente e os partidosrepresentados — PDT, coligação PCB/PC do B/PS, PT e PDS— ficaram satisfeitos. O Serpro estabeleceu rotinas rigorosaspara a recepção e processamento de dados e cada passo até oresultado final, dependerá sempre de autorização prévia eexpressa de juizes de plantão.

ProcessoO processo no setor de totalização é simples. Os boletins

de urna (com resultado detalhado de cada uma) serão recebidospor juizes, que irão preparando lotes. Ao receber um lote einiciar seu processo, o Serpro emitirá um recibo. Imediatamen-te, cada boletim será microfilmado, como garantia de integrida-de do documento.

O passo seguinte é a digitação, sempre dupla, paraconfronto. Digitado um lote, será emitido um relatório decontrole, indicando os boletins que estão corretos e os que estãocom erros. Isto é, será novamente submetido aos juizes deplantão. Se estiverem todos corretos, um juiz assinará, permi-tindo a totalização.

Os boletins errados serão remetidos de volta à junta deapuração, que produzirá um novo documento. Este cumprirámais uma vez todo o processo até a autorização para sertotalizado. Como os partidos terão cópias de todos os boletins,inclusive os de segunda emissão, a possibilidade de fraude natotalização praticamente não existe. j

Pelo PDT, esteve no Serpro um analista de sistemas, 'Ronald Pinheiro. Ele e o representante do PT, engenheiroCarlos Dias da Silva, discutiram com o pessoal do Serpro apenasa segurança do sistema e ficaram convencidos de que afiscalização dos partidos deverá ser mais eficiente durante aapuração, isto é, antes da produção dos boletins.

Os representantes partidários foram recebidos por SérgioMenezes e Saul Levi, do Serpro. O coordenador da eleição evice-presidente do TRE, desembargador Fonseca Passos, tam-bém respondia às questões, argumentando que a maior garantiade lisura era o acompanhamento de todo o processo pelospartidos.

Leite diz que chega a

Cr$ 1 trilhão rombo nos

cofres públicos do Rio

O candidato Jorge Leite, do PMDB, voltou a fazerdenúncias contra o Governo do Estado, ontem de manhã,durante caminhada pelas ruas de Rocha Miranda e Acari, comos correligionários do Comitê Central de Rocha Miranda. Odeputado disse: "Caiu a máscara do brizolismo honesto. Orombo nos cofres públicos alcança Cr$ 1 trilhão".

Jorge Leite acrescentou às denúncias o pagamento de Cr$250 bilhões às empreiteiras Erevan, Concic e Carioca, quesequer começaram as obras de três brizolões (Centros Integra-dos de Ensino Público), no Humaitá, Caxias e Vigário Geral."Além disso", diz o deputado , "o Governo comprou Cr$ 7bilhões em móveis, sem concorrência pública, a duas empresasde São Paulo e do Rio Grande do Sul. Compras urgentes paraobras que não ficaram prontas".

Acompanhado de Moreira Franco e de outros políticos,Jorge Leite percorreu diversas ruas no caminhão de som. Elechegou um pouco atrasado para um dia que terminaria bemmais tarde em termos de campanha. Visitou também o bote-quim da Escola de Samba Império Serrano, o Terreirão doRecreio dos Bandeirantes, o conjunto Ucrânia, em Santa Cruz,e a Escola de Samba Arrastão de Cascadura. Hoje, o candidatonão sai à rua em campanha, pois estará reunido com assessorespara traçar planos relativos ao debate de que participará à noitena TV.

Leite salientou que sua intenção não é chegar na TV edenunciar as irregularidades. Ele pretende apenas entregar umenvelope lacrado ao mediador do debate com provas dacorrupção do Governo e, "se o mediador quiser usá-las, que ofaça".

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10 ? Io caderno ? domingo, 10/11/85

JORNAL DO BRASIL

Fundado cm 1891M. F. DO NASCIMENTO BRITO — Direlor Presidente

BERNARD DA COSTA CAMPOS — Direlor

J. A. DO NASCIMENTO BRITO — Direlor Executivo

MAURO GUIMARÃES — Diretor

FERNANDO PEDREIRA — Redator Chefe

MARCOS SÁ CORRÊA — Editor

JOSÉ SILVEIRA — Secretário Executivo

Lan

Quadro Perverso

EM mais de uma ocasião porta-vozes do Governo

manifestaram seu otimismo sobre os preços esteano, e é preciso reconhecer desde logo que o PresidenteSarney tem a seu crédito a derrubada de uma expectativainflacionária superior a 300 ou 350%.

Os pontos a favor do Governo, contudo, nãopodem excluir um sinal de alerta vigoroso para apossibilidade de rápida deterioração do quadro. Estamosconvivendo com uma inflação superior a 200% ao ano,impensável para os padrões de qualquer nação deprimeira linha, e quando se chega a esses níveis ascentelhas aparecem. Basta pouco para que o fogo sealastre.

Veja-se o que está ocorrendo agora: o Ministro daFazenda, Dilson Funaro, admitiu que em novembro ataxa de inflação poderá chegar a 11% ou 12%, devido àpressão dos preços agrícolas, e afirmou que o Governofará o possível para inverter a tendência.

Mais de uma vez já ouvimos manifestações dasautoridades declarando que iriam atacar de frente e derijo a inflação, e, nesse aspecto, a Nova como a VelhaRepública podem não ter trocado de estribilho. O quepode fazer a diferença, neste momento, é talvez apostura da população, mais disposta a conviver com ossacrifícios que durante a vigência de um regime autoritá-rio. Por quanto tempo, porém, poderá o Governo sacarcontra o crédito de confiança que lhe foi aberto paracontrolar um dos dois maiores espinhos em seus pés? Poracaso não demonstraram pesquisas recentes de opiniãoque o povo brasileiro destacou o desemprego e a inflaçãocomo seus dois principais inimigos?

O recrudescimento dos preços este mês está sendoexplicado por vário motivos, com um destaque especialpara a alta dos produtos agrícolas. É verdade que a secano interior de alguns Estados do centro-sul prejudicousensivelmente a produção de leite e de gêneros básicos,mas é preciso lembrar, também, que este ano tem sidobeneficiado por grandes safras em colheitas já realizadas,e que a política de preços mínimos colocou nas mãos daComissão de Financiamento da Produção estoques ele-vados.

A inflação que ameaça com uma nova investidatem, portanto, muitas causas e deve ser explicada pormais de uma. Ao acelerar a demanda recompondo comrapidez os salários, o Governo pode ter liberado umapressão de compra maior do que a resposta da oferta.Com os preços disparando no momento seguinte, não se

pode dizer que os assalariados foram beneficiados. Odinheiro de hoje já não tem o valor de ontem, e quem irásofrer mais serão os mais pobres. Trata-se de um truqueque pode sobreviver a um período eleitoral, mas não adois.

O controle direto dos preços pelo Governo, sejaatravés de tabelamentos ou de ameaças aos supermerca-dos, tampouco surte efeito. Não surtiu aqui no passado,em pleno regime autoritário, nem resolveu os problemasde nações mais pobres ou de países de economiacentralmente planificadas. Convém lembrar que as eco-nomias mais prósperas e com menores taxas de inflaçãoencontram-se exatamente em países industrializados doprimeiro mundo, que funcionam em regime aberto e demercado.

Sair do círculo vicioso em que nos encontramos, eno qual os níveis inferiores de renda são os mais punidospela inflação, irá requerer portanto um grande exercíciode imaginação por parte do Governo. Se a alimentação,no Rio de Janeiro, custava Cr$ 290 mil no mês passado(segundo dados do DIEESE), e se isso significava 87%do salário mínimo, é evidente que as famílias com umúnico trabalhador e um ou dois filhos estavam passandofome.

Corrigir esse quadro numa economia inflacionária,mediante aumentos bruscos de salários, é mágica decurta duração; através do assistencialismo é também deresultados duvidosos. Os países que empregaram progra-mas de distribuição direta de alimentos comandados peloGoverno — como o Food Stamp nos Estados Unidos —logo perceberam que a comida era ineficientementerepartida. O Brasil teve experiências tristçs com a ajudainternacional, quando toneladas de leite foram perdidasou entregues sem vitaminas essenciais, prejudicandofisicamente os recém-nascidos.

Para que o círculo vicioso seja rompido é precisopor certo apoiar a política social do Governo, mas étambém necessário a articulação e a distribuição deestoques sem resvalar para o assistencialismo. Redes desupermercados bem abastecidas são um fator de baixa, enão de alta de preços, pelas economias de escala quemobilizam. Uma farta merenda escolar, que tambémpode ser fiscalizada por toda a sociedade, é outro meioválido. De todos eles, porém, o mais simples seria contera inflação. Com preços estáveis, os trabalhadores nãoteriam sua renda corroída. È são eles os que mais caropagam por essa ominosa perversão econômica nacional.

Reduto Intocável

Q Estado brasileiro sempre foi um grande emprega-dor. Nos últimos anos, porém, seu metabolismo

desgovernou-se completamente, de modo a abrigar hojemais de dois milhões de servidores na administraçãodireta e indireta. Desse total, apenas uma pequenaparcela de pouco mais de 100 mil foi admitida pelo quedeveriam ser os caminhos normais do concurso e dasprovas de seleção. A grande maioria restante entroumesmo foi pela porta larga do favor e do clientelismo.

Nessa massa enorme dos adventícios é que seacham, de preferência, os que recebem a remuneraçãodo privilégio. Os que aparecem na folha sob as rubricasmais estapafúrdias, o que significa nada terem de verda-de para fazer. Não obstante, são eles os aquinhoadoscom os mais altos salários, enquanto os poucos realmen-te qualificados, os que mantêm o serviço em funciona-mento, muitas vezes mal ganham o bastante para sobre-viver.

Estes, como outros dados igualmente melancólicossobre o serviço público brasileiro, foram divulgados hápoucos dias, no Rio de Janeiro, pelo próprio Ministro daAdministração. Já não constituem novidade, pois muitostinham sido revelados pelo Ministro em ocasiões anterio-res, desde quando começou a receber os resultados dosprimeiros levantamentos mandados fazer sobre o quadroadministrativo do país.

Das informações fornecidas pelo Ministro constamtambém números acerca da situação organizacional e osbens da União. Sabe-se assim, há vários meses, que oGoverno Federal c proprietário de uma frota de mais de30 mil automóveis e que milhares "estão em mãoserradas". Que quase todos os seus apartamentos funcio-nais acham-se ocupados indevidamente.

Muito pior ainda, toma-se conhecimento, por essasexposições do Ministro, que a máquina administrativa daRepública possui uma enorme quantidade de engrena-

gens e polias sem função nenhuma, a não ser a deaumentar o consumo de energia, no caso o suadodinheiro do contribuinte. Aliás, talvez nem se possachamar de máquina uma administração na qual há 72órgãos decidindo sobre tributação e 534 sobre saúde.

Se os números, de tão repetidos, já não surpreen-dem, causa estranheza o fato de que o Ministro tenha selimitado até agora às constatações, acompanhadas daqueixa de que os vícios estão muito arraigados, "sobretu-do na área das estatais". O Sr Aluízio Alves ocupou oMinistério com a solene promessa de realizar umacompleta reforma da administração pública federal. Arigor, pode-se dizer que ainda não deu um passo nessesentido.

Além dos intermináveis levantamentos, as poucasmedidas até agora adotadas pelo Ministro são puramenteperiféricas, particularistas e circunstanciais. Seu esforçose perde todo em remendar o estatuto do funcionalismo,e de modo não a limpar o quadro de servidores das suasexcrescências, mas de acomodar situações absurdas,encontrando meios de tornar legal o que é por ele mesmodeclarado ilegal.

A reforma do Sr Aluízio Alves não chegou noinstitucional. A pesada, desconjuntada e dispersiva es-trutura da máquina administrativa permanece intocável.E não há indícios de que em futuro próximo alguém seatreva a levá-la para o dique seco, a fim de submetê-la auma rigorosa revisão. À falta de coragem para enfrentaros poderosos interesses que se opõem a uma verdadeirareforma administrativa, o mais provável mesmo é quecontinuemos a ouvir as periódicas proclamações ministe-riais da existência de um caos; e a sermos constrangidos apagar mais impostos para cobrir o déficit de centenas detrilhões de cruzeiros gerado pelo monstrengo de ventreimenso, cabeça pequena e braços desprovidos de mãospara trabalhar.

Abono Perdulário

O Ministro Waldir Pires quer propor que o já oficial-mente modesto déficit previdenciário retire a mão

do bolso de 10 e meio milhões de aposentados epensionistas, com a condição de que também deixem deter reajustado acima do 1NPC o que recebem por direitoadquirido numa vida inteira de contribuições. Os interes-sados propriamente ditos não foram ouvidos porque aPrevidência Social é uma concepção paternalística quesempre decidiu em nome dos seus contribuintes, semouvi-los. A argumentação do Ministro não levou emconta que até hoje, apesar de previsto em lei, osreajustamentos dos benefícios previdenciários jamaisrecorreram aos índices do salário mínimo.

Aceita-se o argumento de que a suspensão dosdescontos e a manutenção dos aumentos acima dainflação oneram a Previdência. Por que, no entanto, oGoverno cuida da matéria sem ouvir os interessados, emvez de obter-lhes a concordância? A Previdência nãoestá excluída da Nova República, nem os seus beneficia-rios são incapacitados de exercer um papel democráticojunto aos ativos burocratas que a administram. OGoverno prepara-se para mandar ao Congresso as pro-posições legais que modificam a situação injusta, pois osbeneficiários são descontados — conforme a lei — masos aumentos não se fazem acima da inflação, apesar dalei.

Enquanto o Ministério da Previdência lida com aspontas do problema, descuida-se de corrigir uma herançado paternalismo que contribui para aumentar, semqualquer sentido social ou administrativo, as despesas do

Cartas

sistema: a concessão do chamado pé na cova, ou,legalmente, abono de permanência em serviço.

O sistema previdenciário brasileiro é o único nomundo que tem a audácia irresponsável de concederaposentadoria por tempo de serviço, a despeito doscrescentes recursos científicos que aumentam cada vezmais a média da vida humana. Cada vez será maior, emconseqüência, o número de aposentados a serem susten-tados pelos que contribuem para manter esse sistemasuicida em rota de colisão com sua receita, num futurocada vez mais próximo.

Ou então essa massa dos que contribuíram durantea vida profissional, ao se aposentar, terá que recebercada vez menos.

Até hoje — na velha como na Nova República — aPrevidência não conseguiu enfrentar objetivamente aquestão desse privilégio que é a fonte extra de gastoscomo o abono de permanência, a título de antecipar decinco anos os benefícios dos que se vão aposentar depois.Uma previdência imprevidente paga durante cinco anos,a milhões de contribuintes, nada menos de três saláriosmínimos como original compensação do velho paterna-lismo social.

Nem o Congresso nem o Executivo tiveram até hojea coragem de propor a revisão desse privilégio, que éuma das causas da incerteza financeira da Previdência eda má retribuição aos aposentados e pensionistas. Poisbastaria estancar essa fonte de despesa para que a justiçasocial trocasse o paternalismo pela racionalidade queestá ao seu alcance.

FortalezaAs fortalezas do passado que outrora

defenderam a entrada da Baía de Guana-bara necessitam ser atingidas pelo regimede austeridade econômica'da Nova Repú-blica. Não se justifica que a Baía deGuanabara esteja guarnecida por setefortalezas (duas em Copacabana, uma naUrca, três em Jurujuba e uma no Gragoa-tá-Niterói) concentradas nas melhores emais nobres áreas dessas cidades.

A utilização como instalações milita-res (já que como artilharia de costa sãoinservíveis na época atual) representamenorme sangria nos gastos públicos, con-cedem determinados privilégios e mordo-mias a seus ocupantes e impedem aopovo desfrutar plenamente desses exce-lentes pontos turísticos que possuem,inclusive, ótimas praias privativas. Nãohá necessidade de aglutinação de quartéise a artilharia de costa carioca poderia, senecessário, exercitar-se em locais maisespecíficos e com melhores condições deequipamento.

Portanto, solicito ao Sr. PresidenteJosé Sarney que desative os gastos públi-cos desnecessários com a manutenção econservação de cada uma dessas instala-ções e as transforme em museus paraque, só assim, o povo destas cidadespossa ter o pleno direito de utilizá-lascomo monumentos históricos. Murilo deA. Gonçalves — Niterói (RJ).

Trem para São PauloLi com muito interesse a reportagem

desse jornal (JB de 9/10/85) sobre aviagem para São Paulo pelo trem SantaCruz. Sei que a procura de passagens ésempre muito grande e que o trem viajasempre com a sua lotação esgotada. Sen-do assim, e considerando que a viagem detrem é muito mais barata que a viagempela ponte-aérea, não posso compreen-der por que a Central do Brasil ainda nãocolocou em tráfego uma segunda compo-sição, também de carros-dormitório, parapartir do Rio de Janeiro e de São Paulotalvez uma hora antes do trem SantaCruz e chegando ao destino também umahora mais cedo.

Para o conforto daqueles passageirosque não quiserem levantar-se muito ce-do, os carros-dormitório poderiam serestacionados na estação de destino até 8hda manhã, permitindo-se aos passageirosque assim o desejarem permaneceremnas cabines até aquela hora, praxe essaadotada com sucesso em vários paíseseuropeus. Tenho certeza de que um se-gundo trem com carros-dormitório setornaria um grande sucesso para a Cen-trai do Brasil e um enorme serviço para opúblico que viaja entre as duas metrópo-les. Walter Sichel — Rio de Janeiro.

Montepio

remanescentes praticamente restringidosa áreas de preservação de âmbito federalou estadual. Pois é exatamente nessasreservas florestais e parques (nacionais eestaduais) que se vem processando ulti-mamente os mais acintosos desfloresta-mentos, sendo o Parque Nacional daTijuca o mais triste dos exemplos. Nãobastasse os incêndios provocados pelosbalões e outros agentes, desmatamentosrealizados por pessoas irresponsáveis einescrupulosas se desenvolvem tranqüila-mente em vários pontos do Maciço daTijuca sob o olhar complacente e atéconivente das autoridades que por leideveriam garantir sua conservação.

Cita-se nesse quadro funesto o abateindiscriminado da mata ainda existente'na Serra dos Pretos Forros (porção no-roeste daquele parque nacional), redu-zindo-a em capinzal que já cobrindo todaa vertente norte (Lins de Vasconcelos eBoca do Mato), ultrapassou o divisor eagora se aproxima da Grajáu—Jacarepaguá, da Cabana da Serra à Co-

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v ^ fteaisS-vanca, com graves conseqüências à segu-rança daquela estrada (matacões soltos jácomeçaram a descer encosta abaixo) e aperenidade de alguns cursos d'água queabastecem Jacarepaguá. Na mesma rodo-via, vândalos estão destruindo um peque-no bosque de eucaliptos, plantado certa-mente em área de risco (deslizamentos) econstruindo barracos no local.

Outras áreas de domínio público es-tão sendo progressivamente invadidasnas imediações do Grajaú, Andaraí, Bo-rei, São Conrado, Gávea Pequena, Riodas Pedras, etc... Portanto, faz-se neces-sário medidas urgentes para coibir essesabusos, garantindo um patrimônio que éde toda a coletividade e não de unspoucos que pensam ser donos de tudo.Nadja Maria Castilho da Costa, geógrafae professora da UERJ — Rio de janeiro.

Transporte

Gostaria de ser informada quem fun-dou o MFM (Montepio da Família Mili-tar), quem é o responsável por estaorganização que tirou tanto dinheiro doscontribuintes "incautos", que pelo nomeusado acreditaram se tratar de um orga-nismo sério.

Hoje, as beneficiárias das pessoas queacreditaram na "sigla" deixaram de rece-ber desde setembro, sem nenhuma expli-cação. O mais grave é que eles continuama receber mensalidades dos contribuin-tes. Que país é esse???... Anna MariaLima de Arruda — Rio de Janeiro.

AtentadoA Lagoa de Marapendi, que se esten-

de ao longo da costa na Barra da Tijuca/Recreio dos Bandeirantes, é um dossantuários de garças existentes na RegiãoMetropolitana do Rio de Janeiro. Recen-temente, na altura do Km 14 da Av. dasAméricas, uma draga entrou em opera-ção na lagoa, recalcando água e areiapara local próximo à margem. Coinciden-temente, a cota da lagoa está baixando ea área do espelho dágua está sendoflagrantemente reduzida, com a forma-ção de praias e o afloramento de bancosde areia até então submersos.

Solicita-se a atenção das autoridadesinteressadas em ocorrências como a des-crita (superintendente Estadual de Rios eLagos (Seria); diretor da Fundação Esta-dual de Engenharia do Meio Ambiente(FEEMA); Secretário Municipal deObras etc), para este atentado contra omeio ambiente, em nossa cidade. (...).Victor da Cunha Pereira. Capitáo-de-Corveta (RRm) e arquiteto — Rio deJaneiro.

Vândalos na inataEm níveis sem precedentes na história

contemporânea do Rio de Janeiro, oEstado vem perdendo os últimos redutosde sua cobertura florestal, hoje já reduzi-da a menos de 1()% da original e com os

Transporte Urbano: Eis um graveproblema das Capitais brasileiras, agra-vado com a ausência de projetos concre-tos para solucionar esta carência. Compoucas exceções o transporte de massa,hoje, depende quase que exclusivamentedos ônibus. E é deles que a população deBelo Horizonte em quase sua totalidadedepende, até a conclusão das obras doTrem Metropolitano.

Há mais ou menos quatro anos, foicriada a Metrobel — Cia. de TransportesUrbanos da Região Metropolitana deBelo Horizonte, que de lá para cá inter-veio drasticamente no transporte na Ca-pitai mineira. (...) Desde a sua criação,praticamente nenhuma das dezenas delinhas existentes hoje teve o número decarros aumentado. Somente houve uma"renovação" na frota, ou seja, saíram oscarros com mais de oito anos para aentrada de ônibus novos. Além de nãoter aumentado o n° de ônibus nas linhas,a maioria teve seus itinerários aumenta-dos. Quase todas linhas hoje atravessama área central, congestionando o centroda cidade e superlotando os pontos deparada. (...)

Concluindo, ficam algumas pergun-tas: Por que não aumentar a frota se osbairros estão crescendo e os usuáriosaumentando? Por que a cada dia osônibus têm menos poltronas, diminuindoo conforto do passageiro??? Por que nãoouvir mais os usuários antes de realizaralguma modificação??? (...). Carnnt JoséAlves Neto — Belo Horizonte.

Ousadia perduláriaLí. na ediçáo do JORNAL DO

BRASIL no dia 29/9/85 —, coluna Infor-me JB. que a Sudene vai desperdiçar CrS1 bilhão 2<K) milhões na reforma, desne-cessaria, do "auditório do Conselho Deli-berativo", porque os senhores Conselhei-ros ficam em plano mais baixo do que aDiretoria.

Realmente, inacreditável que um ór-gão que vive pedindo recursos, sistemati-camente, para o Nordeste (recurso gera-do nos Estados do Sul do país), tenha aousadia perdulária, no sentido de gastartão elevada importância por mera vaida-de, enquanto grande parte do Nordestevive na maior miséria, o que deixa crista-lina total irresponsabilidade da Diretoriada Sudene e que merece ação contunden-te do Governo Federal, para impedir taldesperdício. Waldir Petrone — Rio deJaneiro.

Avaliação e proposta(...) Se o Governo não é capaz de

cortar os gastos públicos, causa primeirado seu déficit, por que não taxa os saldosbrasileiros depositados nos bancos daSuíça? Por que não taxa os ganhos decapital? Por que o assalariado tem decontinuar pagando a conta dos desman-dos administrativos, das mordomias queaí estão, gordas e saudáveis?

Dentro do contexto de volta à demo-cracia, que implica a participação detodos na procura de soluções aos proble-mas nacionais, aí vai uma sugestão aoSenhor Ministro da Fazenda. Que leveem conta o crescimento dos níveis dainflação e do custo de vida nos últimosanos e isente de desconto na fonte os

, salários até Cr$ 10 milhões de cruzeiros,I com o aumento correspondente dos ní-

veis de isenção na Declaração do Impostode Renda. Maria de Fátima de Oliveira

Rio de Janeiro.

FrustraçãoO dia 28 de outubro virou o dia da

tortura para o funcionalismo público fe-deral estatutário; todos os anos, nestadata, o servidor espera com ansiedadeum pronunciamento das autoridades so-bre a concessão de melhoria, pelo menosem forma de 13° salário. Entra ano e saiano e, sempre a mesma coisa, "nada". Sóque neste ano não houve uma só palavrade esperança, deixando mais uma vezfrustrada esta classe que com muita pa-ciência vem lutando para que um dia setorne realidade o sonho de ficar livre doamargo Natal e do fim de ano de tristeza.(,..)Therezinha Dias — Rio de Janeiro.

Servidor sem 13°Até o presente momento, o Governo

federal não se dignou a dar uma definiçãono tocante ao 13° de seus servidores,vantagem essa já dada a todos os traba-lhadores do país, inclusive servidoresCLT do próprio Governo — afora o 14°salário pago nas estatais, aliado ao 15°,16° e 17° que algumas estatais incorpora-ram aos vencimentos de seus empregadosem face da limitação a 14 salários anuais.

Tem-se ventilado muito, na imprensa,que os servidores estatutários da Uniãosão a única categoria de trabalhadoresque não recebe o 13°. Contudo, tambémos militares das Forças Armadas não orecebem, além de alguns Estados e muni-cípios. (...). Heitor Vianna Posada Filho

Niterói (RJ).

Touro e outros animaisNaturalmente que os Srs. Joaquim

Silveira (14/9/85) o Irmgard de Djokoviè(2/11/85) não devem comer bifes, poisque eles devem odiar os magarefes queabatem os bois tão miseravelmente. Nãodevem também comer carne de galinha,cabrito, ovelhas etc, etc.

Não sabem que a tauromaquia é umaarte antiga, própria de um povo heróico ealtaneiro. O touro, verdadeira fera, nãose encaminha para a arena sem nenhumapreparação a fim de enfrentar o seucontendor, suas haspas são afiadas esendo sua força e velocidade maior doque o toureiro naturalmente que pende,para a fera. a maior chance.

Não se mata um touro pacificamente.O touro não se entrega igual a um boi. Otouro luta de igual para igual e tanto éverdade que morrem (e como!) toureiros.Perguntamos o que é mais bestial, sematar uma fera. em luta em que a períciapredomina ou matar reféns pacíficos oujogar bombas em colégios? O que é maisbestial, lutar contra uma fera ou sentarnuma máquina e se jogar em uma pistacomo um louco (...) Bentos Aradas Blan-co — Rio de Janeiro.

As cartas serão selecionadas para publi-cação no todo ou em parte entre as quetiverem assinatura, nome completo e legí-vel e endereço que permita confirmaçãoprévia.

JORNAL DO BRASIL Opinião domingo, 10/11/85 ? Io caderno ? 11 -

Passatempo útil

Wilson Figueiredo

Edesaconselhável, por absolutamente inócuo, esperar deeleições de prefeitos — mesmo de capitais — mais do que

a eleição dos prefeitos. É tudo que estão autorizadas a dar.Qualquer especulação por conta do futuro, por enquanto, éconversa ociosa.

Uma eleição destas não passa de chá das 5 — para umaboquinha entre uma frugal eleição indireta e a apetitosaConstituinte. Votar em prefeito é satisfação que se esgota noato. As condições gerais recomendavam um passatempo demo-crático, fútil mas útil: diretas-logo para prefeitos, porquenenhum deles sairá dás urnas senão com o mandato municipal.Não dá para mais. Quem estiver pensando em sucessãopresidencial, por mais que Descartes ainda tenha razão, nãoexistirá tão cedo como candidato.

Tudo que se afigura, neste momento, bom para a econo-mia brasileira faz igualmente bem à política: pela mesmfssimarazão que a economia está tirando vantagem da sua capacidadeociosa, nossa vadiagem cívica pode utilizar como quiser aociosidade democrática. Dispomos de grandes, médios e peque-nos partidos, Congresso, calendário eleitoral e eleitores para seproduzir muito mais do que vimos há muito consumindo.Utilizando apenas sua capacidade ociosa, a economia arranca oBrasil do buraco. A gana de votar nem precisa de hora extrapara produzir prefeitos. Com o pé nas costas — exercício decontorcionismo da nossa maneira de falar —, estamos perfeita-mente aptos às duas tarefas.

Eleição de prefeitos é dinheiro miúdo. Os grandes investi-mentos políticos ficaram para o ano que vem. A eleição daConstituinte e dos governadores dispõe da sobra da energiacívica gerada pela campanha das diretas-já. Eleiçãozinha muni-cipal é trabalho de bóia-fria. A sucessão presidencial indireta foio lock-out, com piquete à boca das urnas para impedir o eleitorde comparecer.

Muito mais do que o primeiro teste político da NovaRepública, esta é a última prestação paga pela anterior, deacordo com o reescalonamento da sua dívida democráticaempurrada com a barriga vazia dos eleitores. É perfeitamentecompreensível, nas circunstâncias, que o PMDB se habilitecomo principal credor à maior parte, e embolse na eleiçãomunicipal a fatia gorda dos juros atrasados. Já recebeu oprincipal da dívida democrática — a Presidência da República— por intermédio do seu bastante procurador José Sarney.

Vai o PMDB receber agora o serviço da dívida políticarolada casuisticamente. O PDS nada tinha mesmo a reclamar,

pelo pouco que investiu. Na confusão, entretanto, conseguiutirar seu nome da relação de avalistas. Fez um bom negócio como empréstimo dos seus votos para garantir a vitória do PMDBno Colégio Eleitoral. Os demais pequenos credores poucotinham a pleitear. A Frente Liberal melhorou o seu câmbio,pois, de avalista que teve o nome apontado, safou-se antes queo título fosse a protesto. Pouco sobrou, porém, para investir naeleição de prefeitos. Limitou-se a uma aliança democrática como PMDB aqui ou a uma reconciliança acolá com o PDS. O sustoainda não passou.

Não pede muito o PDT por enquanto: basta-lhe a Prefeitu-ra do Rio (por pior que seja, melhor que a derrota em casa).Marcou presença no Paraná e colheu em Porto Alegre a safra devotos que semeou em 82. Quem melhorou sua produtividadeeleitoral em São Paulo foi o PT, mas ainda não está no lucro.

O PMDB — este sim — embolsa quase toda a rendaproporcionada pelo serviço da dívida atrasada. Farta-se devotos, na ânsia de saciar o apetite de dois carentes históricos: avitória reanima até a UDN, morta de inanição, e o ameaça deindigestão de votos.

Precisará agora o empanturrado PMDB fazer a sesta, antesde se lançar à campanha eleitoral da Constituinte. O lado dedentro do poder é vasto e cômodo como a casa do vizinho naantiga lição de Francês. Do ponto de vista da Nova República— que usa lentes de contato para se diferençar da primeira, queusava lorgnon —, torna-se absolutamente claro que esta eleiçãode Prefeitos de capitais pouco tem a ver com a dívida que secomprometeu a pagar o mais cedo possível. O principal dodébito democrático é a eleição presidencial direta. Deve e nãonega — reconhece a Nova República com o seu imenso charmede viúva fresca —, mas só pagará quando terminar o inventário.Por enquanto, nada feito.

A eleição direta é um desses muitos títulos vencidos que osbancos não ousam protestar, pelo risco de arruinar a possibilida-de de recebê-lo mais adiante integralmente. Vai daí, a lépida ebem-posta viúva preferiu emitir a promissória municipal, comosatisfação aos credores que lhe azucrinam diariamente a paciên-cia (entre os quais esse Leonel Brizola, com fixação eleitoraldireta).

A eleição de prefeitos é um desses recursos de emergênciaa que só os devedores que se prezam podem recorrer, porquevencem logo e não têm reforma. Ao contrário do que supõem ospobres, rico não ri à toa: só quando tem motivos. O PMDB fez aeleição de Prefeitos para aliviar os pequenos credores, mas,sendo o maior deles, vai embolsar quase tudo. Pobre tambémnão chora à toa. Vão-se os juros mas se salva o principal, paramanter aberto o crédito ao devedor.

Le Pen e a direita na França

Flora Lewis

mais interessante e inquietante fenômeno político fran-cês, à medida que o país se aproxima das importantes

eleições parlamentares do próximo ano, é um louro gorducho erosado: Jean-Marie Le Pen.

Le Pen chefia um partido chamado Frente Nacional, que,nos últimos dois anos, se desenvolveu muito, a partir de umgrupo marginal da extrema direita. As pesquisas de opiniãomostram que o novo partido tem entre 10 e 12% dos votos, oque poderá significar de 30 a 40 cadeiras na AssembléiaNacional, com o novo sistema de representação proporcional.

Os grandes partidos têm denunciado Le Pen. Ele échamado de fascista, racista, anti-semita por causa de suaargumentação; mentiroso,.caluniador e, com seus métodos, um'deliberado criador de desinformação.

No último fim de semana, na convenção nacional de seupartido, Le Pen negou todas essas acusações, afirmando seruma vítima do apartheid político. Mas continua atacando todomundo, condenando a V República da França como impotentee tachando sua administração de totalitarismo burocrático, seusintelectuais esquerdistas de tirânicos e o sistema educacional demarxista.

Le Pen faz seus longos discursos com um sorriso simpático,gestos vivos porém discretos e muitas piadas divertidas. Seuscorreligionários urram em aprovação, cantam seu nome, ficamde pé e aplaudem ritmadamente. Seus cartazes mostram-no comum pedaço de pano vermelho sobre a boca e a legenda afirmaque ele diz a verdade mas está sendo amordaçado.

O problema é exatamente que sua mensagem, oferecidanum estilo animado, encantador, está sendo ouvida peloeleitorado. Ele afirma que todos os problemas da Françadecorrem do afluxo de imigrantes, principalmente árabes eafricanos. Le Pen tem dois temas: estrangeiros e o crime nasruas, que sugere serem sinônimos. Com isso, apela ao maisprofundo chauvinismo e xenofobia dos franceses.

A campanha de Le Pen tem sido amplificada por umaextraordinária projeção demográfica publicada pela revista degrande circulação Figaro Magazine. Sob o título "Ainda existi-rão franceses dentro de 30 anos?", a revista mostra Marianne, osímbolo do país, como uma princesa árabe, cheia de véus ejóias.

O Figaro Magazine alega que, em 2015, estrangeiros não-europeus dominarão a França, destruindo sua cultura, tornandoo islamismo sua maior religião e levando o país para o terceiromundo — a menos que algo seja feito agora.

O recrutamento de trabalhadores estrangeiros já parou háalguns anos e a imigração está sendo rigidamente controlada.Assim, colocar a questão como sendo um problema de vigiar asfronteiras é puro eufemismo. O que a Frente Nacional propõe écortar os benefícios da previdência social e outros direitos evantagens para que esses estrangeiros sejam forçados a deixar opaís — inclusive levando seus filhos nascidos na França.

A antiga lei que dá direito à nacionalidade francesa aqualquer pessoa nascida na França está sendo desafiada com oambíguo pretexto de que isso constitui uma naturalizaçãoautomática. O ser francês não é algo definido, mas a pele escuraé apresentada como sinal de que a pessoa é estrangeira.

Surpreendentemente, grande parte da controvérsia sobreos argumentos de Le Pen e as questões populacionais concentra-se nas estatísticas, algumas evidentemente falsas, mas todo ofraseado apocalíptico sobre o desastre iminente e a sobrevivên-cia nacional é muito pior.

De certa forma, a popularidade de Le Pen faz parte dosperiódicos progressos da extrema direita na França, tendohistoricamente os judeus como bodes expiatórios — só que,desta vez, o papel é representado pelos árabes. Trata-se de umaironia o fato de ele conquistar popularidade enquanto oscomunistas estão em declínio, tendo caído agora, tambémsegundo as pesquisas de opinião, para 10% das preferências doeleitorado. Não há dúvida de que um número substancial deeleitores que antes votavam nos comunistas mudaram deposição, aderindo ao extremo oposto, a direita.

Assim, algumas autoridades do governo socialista tendema não dar importância a Le Pen, argumentando que, tradicional-mente, os dois extremos franceses somam cerca de 20% dosvotos, e que apenas o equilíbrio entre os dois grupos é que,mudou.

Esta posição tende a disfarçar o fato de os socialistas,'atualmente no poder, e a oposição conservadora tentaremexplorar a Frente Nacional, uma contra a outra. Os socialistasacusam os conservadores de cumplicidade secreta com Le Pen,apesar de esperarem que os lepenistas impeçam a grande direitade conquistar a maioria absoluta nas próximas eleições. Osconservadores acusam os socialistas de alimentar a popularida-de de Le Pen, através de sua política indulgente e sua reformaeleitoral.

Os dois lados estão brincando com fogo. Ambos precisamaceitar a imigração e o crime como duas grandes questõeseleitorais. Sob o ataque de Le Pen, está em perigo a imagem daFrança como país de liberdade garantida e hospitalidade liberal.

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No domínio das "forças

ocultas"

Barbosa Lima Sobrinho

Flora Lewis ó colunista do The New York Times

LI, há dias, num telegrama vindo de S. Paulo, que o Sr

Jânio Quadros explicava sua renúncia à Presidência daRepública como resultado da oposição que lhe vinhafazendo o Poder Legislativo, ou, mais precisamente, aCâmara dos Deputados. Essas teriam sido as "forçasocultas" a que ele sempre se referira, ao longo desses 24anos, decorridos desde o ato de renúncia. E a primeiraindagação é para saber como demorou tanto em dar essaversão, falando sempre em "forças ocultas" que excluíam,naturalmente, um poder tão presente como a Câmara dosDeputados. Não haverá prazo de prescrição também para asastuciosas explicações políticas?

Mas quando se fala em Câmara dos Deputados, surgelogo a interrogação: qual o ato desse poder, em condiçõesde explicar, e de justificar, uma renúncia ao mandato dePresidente da República? E não se encontra senão umaconvocação do Ministro da Justiça, para expor fatos e atosque a Câmara julgava necessários ao esclarecimento decertas medidas tomadas pelo Governo. Mas não seria essaconvocação o exercício de um poder legítimo, configuradoem dispositivo preciso da Constituição de 1946? Lá estava,no artigo 54, prescrito que os "Ministros de Estado sãoobrigados a comparecer perante a Câmara dos Deputados, oSenado Federal ou quaisquer de suas Comissões, quandouma ou outra Câmara os convocar para, pessoalmente,prestar esclarecimentos acerca de assunto previamente de-terminado". Cousa que se vem fazendo em todos osregimes, sem que isso determine a renúncia de nenhum dosPresidentes da República, mesmo quando escolhidos, oupreferidos, pelas classes armadas. Não é, pois, razão paraofensa ao Presidente da República. E muito menos paramerecerem o rótulo de "forças ocultas".

E quando o Ministro convocado era um advogado coma proficiência do Sr Pedroso Horta, não se poderia esperarsenão o êxito de sua missão. Como justificar uma renúnciado Presidente da República em face de um ato normal, noexercício do Poder Legislativo? A menos que se tratasse deum Poder Executivo que não admitisse restrições, ou queacreditasse estar revestido de poder absoluto.

Na ocasião, eu estava presente na Câmara dos Depu-tados, no desempenho de um mandato que me havia sidoconferido pelo eleitorado de Pernambuco. Não havia sidofavorável à candidatura do Sr Jânio Quadros, figurandoentre os partidários desse grande brasileiro que era oMarechal Henrique Teixeira Lott. Alistara-me na legendado Partido Socialista, que tinha, no seu comando, umafigura tão ilustre como João Mangabeira. Mas posso dartestemunho de que o ambiente da Câmara dos Deputadosvinha se transformando, no sentido de dar apoio ao Gover-no do Sr Jânio Quadros, sobretudo na política externa,tomando medidas ou providências que sempre figuraram emnossos programas, e que tinham, também, a aprovação doPartido Trabalhista e de numerosos setores do próprio PSD,o que assegurava maioria aos atos que viessem em corres-pondência com os pleitos da opinião pública.

Tenho, também, a convicção de que os governos nãoprecisam ter a maioria do Poder Legislativo, pois quepoderão contar com ela, sempre que se colocarem na defesado interesse geral da coletividade. Fiz experiência pessoal

nesse sentido, em face de uma assembléia em que nãotínhamos a maioria. Os partidos políticos sabem o quefazem e têm, na opinião, um juiz severo de suas atitudes.Não há campo para oposições sistemáticas. O Sr Jânio ,Quadros não encontraria nenhum obstáculo, se pretendessegovernar dentro das leis em vigor. Mas tudo indica que ele ,pretendia mais do que isso. E a lógica política nos leva asupor que desejava, com a sua renúncia, depois da votaçãoespetacular obtida no pleito presidencial, provocar a reaçãoda opinião pública, no sentido de garantir a sua continuida-de, criando o clima favorável à dissolução do Poder Legisla-tivo. Esse é, sem dúvida, o temperamento do Sr JânioQuadros. As "forças ocultas" estavam dentro dele, e nãonuma Câmara de Deputados que não demoraria em lhe daro apoio necessário à execução de seu programa.

É nesse sentido o meu testemunho pessoal, comomembro que fui da Câmara desse tempo, quando jácogitávamos, com o líder de nossa pequena bancada,Aurélio Viana, de levar o nosso apoio, sem exigir nada, àpolítica exterior que o governo do Sr Jânio Quadros vinhaexecutando. E nesse mesmo sentido se vinham manifestan-do correntes consideráveis do Partido Trabalhista e dopróprio Partido Social Democrático. Medidas úteis e neces-sárias poderão ter a certeza de que serão sempre aprovadas,mesmo que se trate de maiorias hostis, mas que fazemquestão de não perder prestígio em face da opinião pública edo respectivo eleitorado.

Se falhou o golpe, é que o Sr Jânio Quadros subestimora presença do Sr Auro Moura Andrade na presidência doCongresso Nacional. Estava-se numa sexta-feira, quandogrande número de deputados saía de Brasília, com destinoaos Estados em que residiam. O êxito da manobra darenúncia dependeria de que o ofício de renúncia só fosseentregue depois de assegurado êxodo de deputados esenadores, para que se tornasse impossível a convocação e areunião do Congresso. Mas a notícia da renúncia circulouantes da entrega do ofício. Chegou ao conhecimento doPresidente do Congresso, que tratou de prevenir congressis-tas, para que adiassem o horário de saída de Brasília, osuficiente para que houvesse número para o funcionamentodas duas Casas do Congresso.

Burlava-se, desse modo, a intenção de adiar o debatepara a semana seguinte, a tempo de promover movimentoda opinião pública contra o afastamento do Presidente. Se oSr Jânio Quadros precisava de prazos para o êxito de suasmanobras, o Sr Auro Moura Andrade tinha pressa emafastar, da política de S. Paulo, um adversário com oprestígio do Sr Jânio Quadros.

Houve até uma circunstância que poderia servir de baseao adiamento, se tal fosse a intenção, ou o desejo, doPresidente do Congresso. O ofício da renúncia trazia todosos sinais de autenticidade, menos a assinatura de própriopunho do Presidente. Estava apenas dactilografada. O papelera do Gabinete presidencial e fora entregue por pessoaidônea, não sei se o próprio secretário da Presidência. Mas,para o Sr Auro Moura Andrade, bastava que se não tratassede um documento apócrifo. E foi com ele que se consumoua renúncia do Sr Jânio Quadros à Presidência da República,por pressão de "forças ocultas" que só agora, depois de 24anos, são atribuídas à convocação de um Ministro de Estadopara prestar esclarecimentos ao Congresso Nacional.

O malufismo direto

Marcos Sá Corrêa

A Nova República acaba de perder a sua primeiraeleição direta. Não é preciso esperar pela abertura

das urnas no fim da semana para constatar a derrota,assim como dez mesesatrás a evidência da vitó-ria antecedeu e quase dis-pensou as formalidadesdo colégio eleitoral. Bas-ta a campanha. E, poresse escore, não pode ha-ver pior resultado para oregime do que a compa-ração da grande festa cí-vica do ano passado com

Coisas da polxtica

a apagada e vil tristeza deste período de propagandaeleitoral, que está por terminar dentro de alguns dias, aosom de tapas e pescoções gerados por um estado deveemência política estritamente profissional.

Custa crer que uma República, dita Nova, andegagá. Mas parece sinal de esclerose precoce o modocomo ela esqueceu, de um ano para o outro, a receita decomo se bota o povo na rua. A campanha está acabandocom alguns saldos positivos para o PMDB, que apesardos pesares mostrou que, coisa inédita, existe no país umpartido situacionista capaz de vencer nas capitais. Deixapara a última hora expectativas capazes de manter vivo ointeresse pelo resultado em cidades onde a disputa,

indefinida, ficou para ser desempatada na boca da urna— como São Paulo, Recife, Curitiba e Florianópolis.Provocou ressurreições políticas inesperadas — como ado Governador de Santa Catarina, Espiridião Amin, quese julgava para sempre desidratado pelo tempo em queesteve exposto em cima do muro da sucessão presiden-ciai, em 1984. Lançou lideranças insuspeitáveis, como ado Governador Hélio Garcia, de Minas Gerais, que virouo quadro em Belo Horizonte e derrubou o monopólio dapolítica no Estado, antes nas mãos do Ministro AurelianoChaves.

Outras contas levarão mais tempo para serem feitas.A principal delas é o fôlego que recobrou, nessa campa-nha municipal, a mania que o Governador LeonelBrizola tem de conjurar eleições presidenciais diretaspara o meio do mandato presuntivo do Governo JoséSarney. O Presidente, aliás, quis se manter à margem daconfusão, evitando apoiar partidos ou candidatos. Enga-nou-se. Vai se encontrar no meio da bagunça, quandoBrizola, "no dia 16 de novembro", como ele mesmo diz,retomar a conversa sobre as diretas. No começo do ano,havia um contrapeso em seus argumentos — ele estava,de certa forma, em eclipse, passando pelo cone desombra de uma popularidade bem maior que a sua, comofoi a de Tancredo Neves. Agora, ele vem montado emfeitos eleitorais que restauraram sua aura de fenômenoda comunicação de massas. Foi Brizola quem ganhoupara o Senador Saturnino Braga a parada no Rio deJaneiro. Com um comício em Curitiba, tirou da queda a

candidatura do arquiteto Jaime Lerner. Subiu ao palan-que em Recife e reembaralhou as cartas que pareciampostas em favor do PMDB, com Sérgio Murilo.

As proezas de Brizola terão conseqüências dentro efora do Rio de Janeiro. No Rio, cortaram pela raiz,provavelmente por muitos meses, as veleidades de inde-pendência de Saturnino, que pretendeu chegar à Prefei-tura levado por dissidências do brizolismo no PDT e umacoligação de forças rebeldes ao comando do Governadorno Estado, como as associações de moradores vinculadasa seu vice, Jó Resende. Saturnino deve a Prefeitura aBrizola. Isso ficou patente na campanha e sem dúvidainfluirá até mesmo em seu comportamento administrati-vo. Fora do Rio, há quem diga que a ascensão de Brizolaao cenário nacional marcará o encerramento da fase emque a Nova República poderia, mas não quis, cumprir assuas prioridades de institucionalização política. Vem aí,outra vez, uma etapa de corpo a corpo, e nela se presumeque os constitucionalistas das comissões que incorpora-ram a Constituinte como um babalaô incorpora um orixáacabarão falando sozinhos.-

Tudo isso, porém, faz parte da contabilidade parti-cular de perdas e ganhos, que interessam a políticos ou apartidos. Porque o regime, nessa história, só teve prejuí-zos, ao apresentar ao país uma campanha em que tudo saiao contrário das manifestações públicas do ano passado.Por ironia, em 1984, quando a eleição era indireta, acandidatura de um velhote que até ali nunca tinha sido

extraordinariamente popular conseguiu arrastar para asruas alguns dos maiores comícios da memória políticabrasileira. Este ano, com uma eleição direta — oumelhor, várias delas, e ainda por cima concentradas nosprincipais centros urbanos e políticos do país, o entusias-mo só conseguiu ser produzido por simulação, através dacoreografia oficiosa dos militantes, dos cupinchas, doscabos eleitorais.

Para piorar o contraste, em 1984 milhões de pessoaslotaram praças durante quase o ano inteiro, sem deixartraço de violência pelo caminho. Este ano, meia-dúzia deguarda-costas, cercados por um ambiente popular namelhor das hipóteses morno, pontilharam a campanhacom pancadaria, uma espécie de jagunçada, tudo a soldode candidatos para aparentar uma paixão que na verdadeestá faltando aos palanques. Enfim, para selar a moldura,tem o fenômeno Jânio Quadros, em São Paulo — aaliança de um candidato profissional com o PFL e ossalvados do incêndio do regime militar, querendo mos-trar nas urnas, pelo voto direto, aquilo que paradoxal-mente foi sepultado em 1984 pelo voto indireto: que opovo pode ser tapeado numa campanha montada delibe-radamente para isso. Há um travo de deboche com ovoto popular nesse episódio paulista, que parece vingan-ça dos derrotados do ano passado. Nesse ponto, JânioQuadros pode ser avoado, mas por trás de sua labirintitehá um teorema, racionalmente composto com cálculospolíticos e cifrões de caixinha, para demonstrar que pelovoto direto também se malufa.

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12 ? Io caderno ? domingo, 10/11/85 Cidade JORNAL DO BRASIL ~

Brizola diz que

atende Zona Sul com obras em favelasO Governador Leonel Brizola disse ontem

que ninguém pode mais reclamar que ele nãoliga para a Zona Sul: ele descerrou pela manhãseis placas inaugurando obras de urbanizaçãonos morros do Cantagalo, Pavão e Pavãozi-nho, em Ipanema. As mais importantes forama estrada de acesso ao Centro Integrado deEducação Pública do Cantagalo, o abasteci-mento de água e o esgotamento sanitário nostrês morros e o Plano Inclinado do Paváo-zinho.

Muito festejado pelos moradores dos trêsmorros, que gritaram seu nome como"futuroPresidente do Brasil", Brizola inaugurou ain-da, no Cantagalo, uma estrada de acesso aoCIEP, uma quadra de esporte que servirátambém para os ensaios do Bloco Unidos doCantagalo e entregou casas novas a algumasfamílias que tiveram seus barracos desapro-priados para a construção da estrada. O Pre-feito Marcelo Alencar e quase todos os secre-tários de Estado acompanharam Brizola, as-sim como o senador Saturnino Braga, candida-to do PDT à Prefeitura do Rio.

A maratona de inaugurações do Governa-dor — que viajou ontem mesmo para Curitibapara participar da campanha do candidato doPDT, Jaime Lerner — começou no CIEP doCantagalo, que funciona desde o início do ano.Em seguida, Brizola seguiu com MarceloAlencar, Saturnino Braga e boa parte do seusecretariado para a quadra do bloco. Foirecebido com uma batucada.

Mas a parte descontraída da festa deontem em Ipanema foi a inauguração doscanhões d'água, parte da grande obra deabastecimento dos três morros, construídopela Cedae. Sob sol forte e muito calor, ascrianças que, de camisetas coloridas, saúda-ram Brizola e gritaram o nome de Saturnino,aproveitaram para tomar um banho no jatoforte.

Sorridente, já sem a jaqueta cáqui e demangas arregaçadas, Brizola brincou com osTegistros, aumentando e diminuindo a força daágua. Dessa vez, os morteiros disparados pormoradores dos morros não assustaram nin-guém, ao contrário de no dia da visita doPresidente francês François Mitterrand.

Antes de acionar os canhões d'água, Bri-zola, na descida da estrada, reclamou com oSecretário de Habitação e Trabalho, CarlosAlberto de Oliveira, da existência de um.barraco de madeira com janelas estreitas."Impossível que um arquiteto não possa bolaralgo melhor. Parece um caixãozinho". Subin-do uma escada ainda inacabada, Brizola che-gou à quadra de esporte do Cantagalo, onde oSenador Saturnino Braga misturou-se às crian-ças e sambou ao lado da mulher, Eliana, aosom da bateria do bloco. Brizola descerrouentão a placa da quadra Jesus da Silva, compo-sitor do bloco morto há quatro anos.

Com uma entrada na casa de "DonaCreuza Santos, do Seu Antônio, o barbeiro",como são conhecidos no morro, Brizola entre-gou simbolicamente uma casa da Rua deAcesso — a estrada até o CIEP —, parte doprojeto de construção de um edifício com 24apartamentos e cinco casas para as famíliasremovidas para a construção da estrada.

Sempre bem-humorado, Brizola desceu apé a Ladeira Saint Romain e, na estação 1 doPlano Inclinado do Pavãozinho, fez o segundodiscurso do dia. Disse que não estava inaugu-rando bica no morro, "mas sim um sistemaque vai levar água às casas. Chega de latad'água na cabeça". E pediu autorização àpopulação "para convidar o Doutor RobertoMarinho para vir aqui".

Deixa eles falarem, porque enquantoisso a caravana passa. Quando ouço críticas aessas obras, me lembro que nosso candidao àPrefeitura é o mais popular e sou obrigado acitar o Presidente João Figueiredo e dizer quenas pesquisas eles crescem como rabo decavalo: para baixo." — brincou Brizola, queprometeu transformar o conjunto daquelesmorros num bairro, acabar com as kombis e,se possível, colocar jardineiras para subir asduas ladeiras de acesso ao morro: "Não sei sevai dar certo, mas vamos tentar". Prometeuainda instalar ali centros de artesanato erestaurantes de comidas típicas, "porque nin-guém melhor do que favelado para fazer umagostosa feijoada".

Depois de subir pela primeira vez no PlanoInclinado de Pavãozinho — um elevador comcapacidade para 25 pessoas ou duas toneladasde carga, que servirá também para a retiradado lixo do morro —, Brizola falou pela primei-ra vez em política. Voltou a defender eleiçõespresidenciais para 86, simultaneamente à com-posição do novo Congresso. Disse que aseleições municipais de agora "fazem parte dojogo das oligarquias que estão no poder eestão adiando as eleições para valer".

Quero saber, se o Presidente JoséSarney tivesse sido eleito pelo PDS pelo Colé-gio Eleitoral para um mandato até 90, o queaconteceria. Tenho certeza de que o DeputadoUlisses Guimarães estaria hoje nas ruas pedin-do diretas já. Mas como o PMDB agora estáno Governo, eles defendem diretas para 88,demonstrando toda a hipocrisia do partido —disse Brizola.

O Governador saiu apressado, pois teriade viajar para Curitiba, e muita gente fòi atrás.Quando todos pensavam que o festival deinaugurações havia terminado, o SecretárioCarlos Alberto de Oliveira voltou à quadra doBloco Alegria de Copacabana com SaturninoBraga que, em rápido discurso de agradeci-mento, descerrou uma placa que indicavatodos os órgãos que trabalharam nas obras.

Foto de Chlquito Chaves

Queijo queimado pode tirar

Portugal da próxima

FeiraApesar do clima de festa, do sol e do calor,

havia ontem uma preocupação na coordena-ção da 25" Feira da Providência, que terminahoje, às 23h: a de que Portugal não maisparticipe no próximo ano devido ao incidenteda incineração de 840 quilos de queijo naAlfândega do Rio sem que o Consulado fossecomunicado.

Os queijos estrangeiros, inclusive, desapa-receram das barracas que os vendiam — comoas da Dinamarca e da Suécia —, enquanto osresponsáveis pelos stands da França e da Itáliagarantiam que não venderam o produto esteano receosos com a deterioração, apesar deprometerem trazê-los de volta em 86. Muitosestrangeiros, inclusive, voltaram à Feira, emseu terceiro dia, à procura dos camemberts ebries.

Indignação— As autoridades do Ministério da Agri-

cultura, em Brasília, não podiam dar autoriza-ção para incinerar os queijos sem se comunicarcom as autoridades portuguesas — reclamou oresponsável pela barraca de Portugal, AntonioManuel de Morais, que é também presidenteda Câmara Portuguesa de Comércio e Indús-tria do Rio.

Ele mostravam aos que comentavam ofato toda a papelada para a importação de 790quilos de queijo (peso líquido) da Serra daEstrela e Castelões, afirmando sempre que"talvez isto tenha acontecido porque estáva-mos muito bem documentados".

Era comentário no local que muitos paísestrazem "por debaixo do pano". Os ajudantescontavam que, no segundo dia da Feira, asbarracas da França, Suíça e Dinamarca tinhamvários tipos. Entretanto, ontem, a responsável

pela barraca da França, Nicole Zabloudors,negava que vendesse o produto. Com a quei-ma do queijo, o prejuízo de Portugal chegará aCr$ 120 milhões, segundo Antônio de Morais,e o da Feira, de Cr$ 60 milhões. Nesses trêsdias, a barraca faturou Cr$ 500 milhões.

A coordenadora da Feira, Marina Araújo,afirmou que nos dois primeiros dias da Feirahouve faturamento de Cr$ 4 bilhões 500 mil —no ano passado foram arrecadados nos quatrodias Cr$ 3 bilhões — e para ontem ela previaque este número aumentasse para Cr$ 7 bi-lhões, já que eram esperadas 500 mil pessoasnas 400 barracas espalhadas por três pavilhões.

As llh, no dia da abertura, o movimentoestava fraco, apesar da maioria das barracaster renovado seus estoques. Entretanto, às17h, já era difícil passear pelas barracas,sobretudo no setor jovem, onde havia umasérie de brincadeiras, como uma piscina evideogames. O Kariokê foi outra grande atra-ção: os grupos participantes se divertirammuito e desafinaram mais ainda.

Pouca roupaNa parte aberta, um tobogã era motivo de

gargalhadas e tombos, sobretudo depois devários chopes que a maioria consumia antes dese arriscar no emocionante brinquedo. Oshort, a bermuda e até maiôs foram as vesti-mentas preferidas pelos visitantes, muitos re-cém-saídos da praia. E as barracas mais pro-curadas foram mesmo a da Inglaterra, ondemeia-garrafa de Dimple custava Cr$ 30 mil, eas do Nordeste, onde as cachaças eram vendi-das a Cr$ 10 mil e os pratos de comidas típicasa Cr$ 25 mil. A de São Paulo vendia muito umaparelho para economia de combustível (Cr$100 mil).

Domingo, só

tomando choque

Último concerto de PhilCoIlins. Inédito e exclusivo.Deep Purple ao vivo, em Londres. Primeira audição.No beco 102 as bandas Vão Central, Desvio Padrão

e Capital Inicial.Produção musical: Beto de Carvalho

Produção de linguagem:Luiz Antonio Mello

Com Saturnino, Jó e o prefeito, Brizola entregou o Plano Inclinado do Pavãozinho

Advogado

denuncia

hospital

O advogado criminalistaVirgílio Donnici afirmou on-tem que a direção da Casa deSaúde Santa Terezinha, na Ti-juca, quer colocar "uma corti-na de fumaça" para encobrirsua responsabilidade na morteda menina Rachel Yukiko, víti-ma de fratura de crânio, segun-do laudo do IML, sofrida nohospital, dois dias depois donascimento, em 19 de abril.

Rachel foi transferida comvida para o Centro de Prematu-ros do Rio de Janeiro, em Bo-tafogo, depois que seu pedia-tra, Roberto Resende, perce-beu a gravidade do caso. Se-gundo Donnici, o hospital quertransferir a culpa da queda pa-ra o Ceperj, sob a alegação deque o bebê caiu durante otransporte da Tijuca a Botafo-go. Amanhã, o delegado Abi-nar Torres, da 19a DP, começaas acareações entre os médicosdos dois hospitais.

SILÊNCIO

Os pais de Rachel Yukiko,os geólogos Jorge Amorim Pe-reira e Ida Eiko Motoki Perei-ra, ainda muito traumatizados,disseram que ninguém da Caiade Saúde Santa Terezinha osprocurou, desde a hora do par-to até ontem.

O silêncio só foi rompidouma única vez, quando, atravésde carta, o advogado do hospi-tal, Genival Soares de Araújo,informou a Virgílio Donnicique a direção do hospital "seisenta de responsabilidade e sediz mera hospedeira de IdaEiko e de sua filha RachelYukiko".

Virgílio Donnici disse tam-bém que a direção do hospitalalega que o Ceperj foi respon-sável pelo atestado de óbito deRachel, onde consta que a me-nina morreu de parada cardior-respiratória. Segundo Donnici,isso aconteceu por causa do"desvario" de Jorge Amorim,o pai de Rachel, que queriaenterrá-la, no dia seguite à suamorte, 21 de abril, e o laudo doIML demoraria um mês.

Os cartórios estavam fe-chados no dia 22 de abril (oPresidente Tancredo Nevesmorrera na véspera). A ne-cropsia feita no Laboratório dePatologia não foi aceita. Estavadesesperado, voltei ao Ceperj eo médico atestou clinicamenteque ela morreu de parada car-diorrespiratória — disse ontemo pai da menina.

Donnici entrará amanhã naJustiça com um pedido de reti-ficação de atestado de óbito(na causamortis), apresentan-do como prova legal o laudocadavérico emitido pelo Insti-tuto Médico Legal Afrânio Pei-xoto, onde os médicos legistasNelson de Almeida Santos eRubens Pedro Macuco Janiniregistraram como "suspeita decrime" a morte de Rachel, queocorreu por "fratura de crâniocom hemorragia das meningespor ação contundente".

É de pasmar a falta desensibilidade da direção daSanta Terezinha. que provável-mente já sabe quem deixouRachel cair no chão e procurafugir da responsabilidade cri-minai, moral e social — disse,indignado, o advogado VirgílioDonnici.

O delegado Abinar Torres,que tem nas mãos desde 25 deoutubro o processo, que duran-te sete meses permaneceu na10a DP (Botafogo), já ouviu ospediatras, diretores das duascasas de saúde e enfermeiras deplantão no berçário. A partirde amanhã, fará novas acarea-ções. por causa das contradi-Ções em. muitos dos depoi-mentos.

Imbel desativa fábrica do

Andaraí e preocupa

morador

A Indústria de Material Bélico do Brasil(Imbel), associou-se à Engesa, em Juiz deFora, para fabricar munição de artilharia e, emconseqüência, desativou sua fábrica entre oAndaraí e o Grajau, deixando centenas dedesempregados. Milhares de moradores estãopreocupados com o destino que a Imbel daráaos seus três terrenos na área, um deles commais de 15 mil metros quadrados e avaliadoem 110 mil ORTNs.

A Imbel abriu concorrência para vender osimóveis, mas nenhuma das firmas interessadassatisfez as exigências. Os moradores, no en-tanto, afirmam que os terrenos do lado ímparda Rua Botucatu foram vendidos à Petrobrás eà Poupex (Poupança do Exército) e que aliserão construídos três prédios com 44 aparta-mentos. As associações de moradores do Gra-jau, Andaraí e adjacências vêm desde setem-bro lutando para que o Governo estadualtransforme a área num centro educacionalprofissionalizante e de lazer.

Forja

A Fábrica de Projetis de Artilharia foifundada em 26 de outubro de 1932, absorven-do a antiga fundição das Indústrias ReunidasAlba, que funcionava 24 horas por dia eempregava 2 mil pessoas na produção degeladeiras, panelas e pias segundo modelosestrangeiros.

A área, no século 19, pertencia à Viscon-dessa Rudge e depois passou à Fazenda JoãoRudge, comprada posteriormente pela firmaTeotônio de Sá, que a loteou. O parqueindustrial tem 17 mil metros quadrados de áreaconstruída no quarteirão formado pelas ruasJuiz de Fora, Botucatu, Rosa e Silva e Caça-pava.

Até o final da década de 20, funcionou alia fundição da Alba, que faliu e cujo patrimô-nio foi assumido pelo Banco do Brasil, pordébito de 15 mil réis. O banco doou a fábricaao Ministério da Guerra em 1932, ano daRevolução Constitucionalista de São Paulo. AFábrica do Andaraí, como ficou conhecida, foi

gerenciada pelo Ministério do Exército até1977. O Presidente Ernesto Geisel, quando oMinistro do Exército era o general SílvioFrota, assinou em 1975 a Lei 6227 autorizandoo Poder Executivo a "constituir uma empresapública denominada Indústria de Material Bé-lico do Brasil" com a finalidade de concentrara administração das empresas públicas nessesetor.

O coronel José Ferreira Diaz, assessor dapresidência da Imbel, explicou que a fábricado Andaraí foi desativada por "questões denatureza operacional". Revelou que a produ-ção da fábrica do Rio era toda absorvida poroutra filial — a Engesa Química Ltda, de Juizde Fora — que se encarregava do produtofinal. Manter as duas fábricas, disse o militar,causava um ônus desnecessário de administra-çáo e de transporte.

Saudades

O mato está crescido nos jardins, o prédioem completo abandono e o belo relógio natorre do prédio industrial, na Rua Juiz deFora, com algarismos romanos, parou às8h20min e não ajuda mais, com os apitos deentrada, almoço e saída dos funcionários, aregular a vida do bairro.

Tito Américo Tavares de Melo, 92 anos,um dos mais antigos moradores da área,começou a trabalhar na fábrica dois anosdepois da fundação. Controlava a qualidadedos produtos e recebia um salário de 950 milréis. "Quando olho para essa fábrica, sintosaudades do passado, pois me casei no mesmoano em que começei a trabalhar nela."

O terreno do lado ímpar da Rua Botucatu,da altura da Rua Juiz de Fora até a Rosa eSilva, era ocupado por residências de oficiais epelo Parque Esportivo Duque de Caxias. Estaárea, segundo os moradores, foi adquiridapela Poupex para ali construir três blocos de 44apartamentos. O terreno acima da Rua Rosa eSilva, até o início do morro do Andarái,pertence em parte à Petrobrás e ali aindamoram ex-funcionários da Fábrica do An-daraí.

Foto de Beth Santos

As instalações da fábrica ocupam 15 mil metros quadrados

Teresópolis debate meio-ambiente

Teresópolis — Com a presença de cerca de100 pessoas, realizou-se ontem na cidade a 5aAssembléia Permanente do Meio-Ambiente,uma reunião de grupos de ecologistas quepretende unir os vários movimentos conserva-cionistas do Estado do Rio, identificar osproblemas de cada região e buscar apoiomútuo que resulte em pressão sob as autorida-des competentes em cada caso específico.

O movimento, porém, mostrou algumasfissuras e a diretora da Sociedade Protetorados Animais, Marília Pinheiro, chegou a cha-mar de "gigolô da natureza" o coordenador doPartido Verde, Carlos Mink. O Partido foiacusado ainda de "reduto de homossexuais etoxicômanos" e de desvirtuar seus objetivosfomentando a luta pelo aborto. O presidenteda FEEMA. Luís Antônio Prado, esteve naassembléia pela manhã.

Problemas locaisA reunião começou com a colocação dos

problemas de cada um dos municípios daRegião Serrana. O representante dos conser-vacionistas de Nova Friburgo, Rosalvo deMagalhães, denunciou a construção de umlago artificial que vai implicar o desmatamentode uma grande área no município. Magalhãesacusou o Prefeito Heiódoto Bento de Mello de"megalomania", pois serão gastos, só na cons-

tração da barragem, cerca de Cr$ 50 bilhões,dinheiro suficiente, segundo ele, para despo-luir totalmente o Rio Bengalas, que corta acidade.

A presidente da Apande, de Petrópolis,Fernanda Colagrossi, fez uma denúncia seme-lhante com relação à barragem de CachambuGrande, que o prefeito Paulo Rattes querconstruir na cidade. Segundo Fernanda, serãodesmatados 13 hectares numa área que oDNOS (Departamento Nacional de Obras eSaneamento) já estudou e considerou impró-pria para a construção de represas. Fernandadisse ainda que o órgão voltou atrás e, esteano. a pedido do prefeito, fez um novo estudoviabilizando agora a barragem.

O representante da Associação Mageensedo Meio-Ambiente. Radamés Marzullo, de-nunciou à assembléia a destruição de um dosúltimos manguesais do Estado do Rio peloprefeito da cidade. Renato Cozzolino, queestá aterrando a área. Marzullo, que assumiurecentemente o cargo de supervisor de fiscali-zaçáo da Secretaria Especial do Meio-Ambiente, no Rio. propôs a municipalizaçãoda luta ambiental e a criação de uma consciên-cia ecológica, começando pelas escolas c es-tendendo-se a associações de bairros e clubesde serviço.

Reajuste

em cartório

tem reação fOs serventuários da Justiça1""

do Rio vão se reunir na segun- "'da-feira para tomar posiçãofrente às manobras dos donòs~v.de cartório para modificar, na-Assembléia Legislativa, o pro-.jeto de lei encaminhado peloGovernador Leonel Brizolareajustando os seus vencimen-tos em 40% retroativos a Io desetembro.

Reclamando de várias trans-ferências de pessoal com o ob-jetivo de desmobilizar a classe,a União dos Serventuários doEstado do Rio quer principal-mente envitar que os donos decartórios incluam no projeto^.,dispositivo que permite a re-moção de escreventes de cartó-..rio não remunerados pelos co-fres públicos para serventiasoficializadas.

Até agora, a CorregedoriaGeral de Justiça, segundo osserventuários tem se oposto àpretensão dos donos de cartó-rios, já que não existe na legis-lação nada que permita a remo-ção. A principal conseqüênciadessa medida, se efetivada, se-ria a substituição de técnicosjudiciários e outros aprovadosem concurso, por funcionárioscontratados pela CLT semquaisquer conhecimentos espe-cializados, conhecidos na classecomo bagrinhos.

Em nota distribuída à im-prensa, a associação dos donosde cartórios se manifesta con-trária à obrigatoriedade deprestação de provas para a ad-missão de pessoal celetista nasserventias não remuneradaspelos cofres públicos, o que,segundo os serventuários, per-petuaria a hereditariedade e oscritérios personalistas que têm

"caracterizado o preenchimentode cargos pelo menos nos últi-mos 50 anos.

Pipa marca

aniversário

de C. FrioCabo Frio — Um festival de

pipas na Praia do Forte, hojede manhã, dá prosseguimentoàs comemorações do 370° ani-versário de fundação do muni-cípio, que vêm desde o iníciodo mês com gincanas e exposi-ções de pintura e artesanato.No Museu de Arte Religiosa eTradicional, no Convento Nos-sa Senhora dos Anjos, são exi-bidas telas do artista francêsJean Gilholme, enquanto a Ca-sa da Cultura expõe trabalhosdo sergipano José de Dome e >peças do artesanato local.

Gilholme nasceu em Bayonee passou os seus últimos 24anos de vida em Cabo Frio,"onde morreu aos 73, em agosto "

passado. Trinta de suas obras,cedidas por igual número decolecionadores, podem ser vis-tas no museu, de quarta a do-mingo, com entrada franca.

No Museu José de Dome, naCasa da Cultura, estão expôs-tas 52 obras do pintor sergipa-no, adquiridas pela Prefeituralogo após a morte do artista;em 1981, depois de viver 17anos em Cabo Frio. As telasretratam pescadores, paisagenscabofrienses e corujas, pelasquais Dome tinha especial pre-dileção. Figura popular na ci-dade, antes de morrer já haviauma rua com o nome do pintorno bairro das Palmeiras, ondemorava.

Na exposição de artesanatohá esculturas de madeira deMudinho da Praia Rasa, cestasde Dona Umbelina, pratos ejarras de Zé do Barro, bonecasde pano de Maninha, objetossacros em gesso de Vânia Bos-que e brinquedos feitos comsucata por Francisco Marques.

Ontem à tarde, encerrou-sena Faculdade de Letras o ter-ceiro encontro com escritorespromovido pela Secretaria deCiência e Cultura do Estado. Otema foi literatura infantil, compalestras dos escritores JoelRufino dos Santos e Luís RaulMachado.

Uma gincana automobilísti-ca também faz parte das come-morações, com 11 equipes con-correndo a uma moto Turuna.

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JORNAL DO BRASIL Nacional domingo, 10/11/85 ? Io caderno ? 13Foto de Chiquito Chaves

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eficiência policial, Jazenãêiros começam a assumir sua própria defesa

Saques às fazendas e roubo de

carne acabam com paz

no campo

João Batista de Freitas

-"A roça já não é mais um recanto depaz, ao contrário, está virando morada daneurose". A frase dita por um fazendeiroresume uma realidade que, por mais quepossa parecer, nada tem a ver com areforma agrária, mas sim com o clima deinsegurança gerado peia seqüência desaques às sedes de propriedades rurais ecom o abate de gado leiteiro, para roubode carne, numa área do Vale do Paraíbanão muito longe do Rio. Na região, queengloba dez municípios fluminenses emineiros, algumas fazendas foram assai-tadàs quatro ou cinco vezes num curtopeflõdo e, segundo os cálculos, mais de700 cabeças de gado de raça foram abati-das'j)or ladrões em menos de um ano.

Angustiados ante a possibilidade deserem atacados ao menor descuido, trau-matizados por já terem sido vítimas dosroubos, revoltados com os prejuízos fi-nanceiros sofridos, grandes e pequenosproprietários rurais da área vêm transfor-mando sedes de fazendas e sítios emverdadeiras fortalezas, erguendo muros,instalando grades de ferro em janelas eportas e, em certos casos, armando osvigias. Na semana passada, na localidadede Sossego, distrito de Santana do Deser-to, Minas Gerais, 80 fazendeiros promo-veram reunião para discutir o problema.E até mesmo a organização de umamilícia chegou a ser debatida.

Violência ruralAlém dos saques às sedes de fazendas

e da matança de gado, a zona rural daregião começa a ser alvo de um outro tipode quadrilha, a de ladrões de fios da redetelefônica, problema que freqüentementepriva desse meio de comunicação diver-sos municípios do Vale do Paraíba. Naúltima quarta-feira, por exemplo, Santa-na do Deserto, Chiador e parte de MatiasBarbosa estavam sem telefone porque,na noite anterior, grande quantidade defios fora roubada.

Para muitos, a localização de algu-mas cidades da região, especialmente amaior delas, Três Rios, numa faixa deentroncamento de rodovias importantes,ao lado de estradas secundárias que seinterligam, além da existência de ferro-vias em muitas delas, favorecem a movi-mentação dos ladrões. Alguns municípiosesfãò separados um do outro por peque-nas pontes e há os que, como Santana doDeserto, que reúne 5 mil habitantes equatros distritos, contam com mais de200 quilômetros de estradas em seu terri-tório. Santana tem saídas para pelo me-nos outros três municípios.

Policiamento precário— Não temos policiais civis e o des-

tacamento da Polícia Militar aqui é for-mado por três soldados e um cabo —comentou o prefeito de Santana do De-serto, cidade distante 22 quilômetros deTrês Rios e a 60 quilômetros de Juiz deFora. A precariedade do sistema de poli-ciam.ento na região é a mesma, indepen-dente do Estado a que pertença o muni-cípip,

Em Três Rios, além da carência deviaturas para a realização de blitz, have-ria necessidade da presença de no mini-mo mais 20 policiais civis, segundo esti-mativas de um ex-delegado. As distânciasentre as sedes de fazendas e sítios — e atémesmo a inexperiência dos proprietáriosrurais de conviverem com situações comoassaltos e furtos — também contribuempara facilitar a ação dos ladrões.

Reservados, nem sempre revelando oestado de tensão que enfrentam, princi-palmente de um ano para cá, quando oclima de insegurança aumentou, os fazen-deiros e sitiantes que já tiveram suascasas roubadas ou seu gado abatido evi-tam, em sua maioria, dar entrevistas ouse deixar fotografar. Por outro lado, umgrande número deles tem participado dereuniões na esperança de encontrarmçios de amenizar o problema. "É umdrama que pode se estender a todo omeio rural do país e prejudicar a agricul-tura, pois muita gente está desviando aatenção da lavoura para investir na segu-rança", alertou um proprietário que tevesua fazenda saqueada quatro vezes.

Volta à cidadeUm outro lamentou que, "depois de

trabalhar no Rio, sonhar em reunir di-nheiro e se tornar fazendeiro, no momen-to; em que começo a concretizar os pia-nos, me vejo na iminência de deixar ocampo c voltar para a cidade novamente.Jamais imaginei que, .fugindo da violênciaurbana, fosse enfrentar situação pior na

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roça", disse o agricultor, lembrando quena cidade nunca havia sido assaltado eagora, no campo, já teve sua casa saquea-da três vezes.

Em Areai, distrito de Três Rios, duassenhoras que moravam numa fazenda,traumatizadas com o assalto sofrido,abandonaram suas terras, e estão moran-do de novo no Rio. Ali perto, o médicoJosé Augusto Vilela Pedras, que passaquatro dias da semana em sua fazenda,começa a pensar em permanecer nova-mente mais tempo no Rio, depois que suacasa foi saqueada duas vezes. Em tornoda sede, ele ergueu altos muros, instaloualarmes, está levantando cercas e vaisoltar cães ferozes para tentar evitar ainvestida de ladrões.

Em Chiador, município mineiro vizi-nho de Três Rios e Santana do Deserto,proprietários rurais colocaram uma gros-sa corrente com cadeado numa pequenaponte para controlar a movimentação deveículos estranhos. A ponte, estreita ecom 12 metros de comprimento, corta oRio Cágado (afluente do Paraibuna) eliga Chiador a Santana. Do lado deChiador, à margem do rio, José NóbregaWandonsen, 75 anos, "sete filhos cria-dos", passou anos tendo como únicapreocupação cuidar bem da pastagem edo gado de seu sítio, mas de uns tempospara cá costuma montar guarda no lugar:"Fico com um olho na ponte e outro naestrada, se pressinto algum perigo".

Na estrada que vai para Santana, ossitiantes Geraldo Quadros Farias e PauloCésar Botelho Junqueira já tiveram suascasas assaltadas mais de uma vez. Esteúltimo morava em Petrópolis, aposentou-se e há dois anos e meios foi tornarrealidade "o velho sonho de um dia serfazendeiro". Em fins do mês passado,ele, a mulher e seus pais, estes com maisde 80 anos e vindos de São Paulo para"um descanso na tranqüilidade da roça",acordaram com cinco homens armadosdentro da casa e viram, sob a mira derevólveres, os cômodos serem revirados etodos os objetos de valor serem levados.

Guarda domésticaGeralmente, esses casos são narra-

dos, em tom de reserva, por outrosmoradores da região, um dos quais disseque a situação atingiu tal ponto que hácasais se revezando à noite, "a mulherpermanece acordada até uma hora edepois o marido fica de guarda o resto damadrugada para evitar surpresas". Alémdas conversas em pequenos grupos, osproprietários rurais já realizaram reu-niões maiores para discutir o problema, eo advogado Antônio Maximiniano deOliveira, de Três Rios, revelou que umadas idéias debatidas e que deverá sercolocada em prática dentro de poucotempo será a organização de uma guardana ponte sobre o Rio Paraibuna, que ligaComendador Levi Gasparian (Distrito deTrês Rios) à localidade de Serraria, nomunicípio de Santana do Deserto.

A guarda teria a finalidade de contro-lar o tráfego de veículos, dificultandoassim a passagem de produtos de roubosde objetos ou do abate de gado. Do ladode Serraria, existe uma guarita e parte deum portão de ferro que, recuperado,poderá permanecer fechado à noite, sobo controle dos guardas.— A intranqüilidade no campo re-percute nas cidades da região, que, porserem próximas uma das outras, se inter-counicam. Nossa bacia leiteira é uma dasmais importantes do Estado do Rio, osprodutores já enfrentam as dificuldadesnormais do meio rural e não podem sedar ao luxo de investir em esquema desegurança ou passar horas sendo obriga-

dos a discutir problemas com os quais nãoestão habituados a conviver. No entanto,eles estão ficando sem alternativas —comentou Sílvio Dias Albano, advogado,assessor jurídico do prefeito de Paraíbado Sul.

O presidente do Sindicato Rural deTrês Rios, Carlos Machado Çosta, confir-ma que diversos produtores rurais, sobre-tudo os que saíram das grandes cidades,têm demonstrado disposição de voltarpara o meio urbano caso a situação deinsegurança persista. Há pouco tempo,um touro holandês, campeão de exposi-ções e avaliado em Cr$ 200 milhões,"foiabatido e descarnado por ladrões, comose fosse um boi qualquer", lamentou umpecuarista. Raul Junqueira, dono da Fa-zenda Tabatinga, criador de cavalos man-galarga e também proprietário de gadoleiteiro, lembra que a matança de tourose vacas de raça, além de causar prejuízosaos proprietários rurais, "tem outra graveconseqüência".

— Esses animais são o resultado deum longo trabalho de seleção genética,têm papel importante na melhoria doplantei leiteiro da região. A ação dosladrões fatalmente causará danos à quali-dade do gado de uma área de indiscutívelrelevância para o abastecimento de leitede cidades como, por exemplo, o Rio deJaneiro — alertou o fazendeiro.

Saque à históriaMatias Barbosa, Mar de Espanha,

Chiador, Pequeri, Santana do Deserto,Simão Pereira (do lado de Minas Gerais),Sapucaia, Paraíba do Sul, Três Rios e Riodas Flores, no Estado do Rio, são os dezmunicípios da região mais atingidos pelaonda de saques às fazendas. Muitas têmvalor histórico, estão hoje com suas sedescoloniais — erguidas no tempo dos ba-rões do café e durante anos abandonadas— recuperadas graças a ricos empresáriosurbanos que, por vocação, por questõesde raízes e naturalmente também visandoaos lucros, investiram grandes somas nomeio rural.

Alguns não só recuperaram as sedese tornaram as terras produtivas comodecoraram as casas com objetos antigosque, nos momentos dos saques, são que-brados, danificados e fundidos quando setrata de peças de metal. Há menos dedois anos, uma dessas fazendas, perten-cente aos donos de uma rede de super-mercados, teve relógios, armas, brasões eoutros objetos de valor histórico rou-bados.

Na verdade, os ladrões não fazemgrandes distinções, saqueando sítios ematando também gado comum. Na últi-ma terça-feira, um bezerro foi encontra-do morto, cercado de urubus, à margemde um rio. Um pecuarista disse queprovavelmente o animal fora abatido porladrões, os quais, ante a passagem dealgum veículo numa estrada próxima,fugiram sem descarná-lo. A repetição dosroubos leva algumas pessoas a desconfiarde que a quadrilha seja liderada poralguém da região. Nos últimos dias, osprefeitos e proprietários tanto do ladofluminense quanto os de Minas voltarama reclamar providências junto às autori-dades dos dois Estados.

Há os que não mais apresentam quei-xas à policia, mas tomam a iniciativa de,nos fins de tarde e durante à noite,autorizarem seus caseiros a montaremguarda armada em pontos estratégicosdas propriedades. "O sossego está desfei-to, a tradicional boa acolhida do homemdo campo começa a dar lugar à descon-fiança, ao cadeado e às correntes nasporteiras", lamentou um fazendeiro.

"Posseiro decide acampar no Rio"

Macaé — Os 500 posseiros que invadiram, há oito meses,uma propriedade de 400 alqueires no Imburo, a 15 quilôme-tros do centro desta cidade, prometeram montar acampamen-to amanhã no Largo de São Francisco, no Rio de Janeiro, casoo diretor-regional do Instituto Nacional de Colonização eReforma Agrária (INCRA), Modesto da Silveira, não apre-sente solução viável para o caso.

Os manifestantes prometeram levar para a Capital doEstado — em vez de revólveres, espingardas, facas e foices —muitos quilos de feijão, arroz, abóboras, espigas de milho,melancias, além de hortaliças, parte da última colheita dosposseiros. No movimento, os sem-terra contam com o apoiode CUT, Conclat, Fetag e Sindicato dos Trabalhadores Ruraisdo município.

O maior obstáculo à reforma agrária são militares doExército, lotados no forte Marechal Hermes, que faziam dalocalidade área de treinamento. Durante anos, a propriedade

foi administrada pelo ex-cabo Agildo de Sousa Nunes, quealugava a planície como pasto para os fazendeiros da região.

O presidente do Sindicato, Valdeci de Oliveira Basílio,chegou a argumentar que, nos últimos dias, os sem-terrasofrem pressões de oficiais do forte, que insistem em afastá-losdo local. "Estão querendo intimidar os posseiros. Por essemotivo, designamos o advogado Atilano de Sousa Rocha paraacompanhar pessoalmente o caso. Recentemente, o sargentoCordeiro e o subtenente Ramalho destinaram "testas deferro" para promover a derrubada de cercas".

Isso levou o presidente do sindicato a entrar com queixa-crime na 130* Delegacia Policial "para que fossem apuradasessas irregularidades". Dias depois, Valdeci tomou conheci-mento de que o delegado titular, Luís Gonzaga Pinto Marcon-des, havia indeferido o pedido, assegurando que nada poderiafazer, por se tratar de assunto da competência do GovernoFederal.

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Filho de quem já foi paga menos

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-14 ? Io caderno o domingo, 10/11/85 Cidade JORNAL DO BRASIL

Abandono de viadutos permite

até o vicejar de planta

Ghioldi Jacinto

Uma exuberante samambaia chorona, es-• pontánea e agreste, nasceu, cresceu, deu re-

bentos e se expande na insólita posição "decabeça para baixo", pendurada como estalacti-

j te sob o piso do Viaduto Negrão de Lima, emMadureira. Ela se desenvolveu nas fendas erachaduras do concreto. É mascote de carne-lôs, bicheiros, guardadores e lavadores decarros e motoristas de táxis, que ignoram orisco e os perigos que ela representa.

A samambaia nada tem de decorativa. Eladenuncia que um dos maiores viadutos (1 mil200 metros) da cidade, dos mais antigos (pri-mavera de 62), e de tráfego denso e pesado,está abandonado, não recebe manutençãonem vistoria, que facilmente detectaria a fendaonde se aloja a planta. E mostra que sãofundamentadas as advertências de técnicos eos receios da população, depois do que aconte-ceu com o Faria-Timbó.

Plantas e urinaOs problemas de segurança de viadutos,

! pontes e vias elevadas do Rio, num total dei mais de 60 obras que, somadas, superam uma

ida-e-volta pela Ponte Rio—Niterói, não co-meçam por uma samambaia, mas por fendas,onde qualquer plantinha se aloja. De início,uma fissura quase imperceptível. Mas a trepi-dação, a infiltração de água, a ferrugem naestrutura metálica, os danos progressivos noconcreto, o desprendimento de material devedação de juntas ameaçam a obra. A deca-dência só se interrompe quando há vistoriasperiódicas, correção e reforma. A maioria dosviadutos, elevados e pontes do Rio apresenta,em maior ou menor grau, todos esses indícios'de deterioração.

Além da falta de vistoria permanente, sãomuitos os fatores que geram problemas. Al-guns estão incorporados aos hábitos da popu-lação ou refletem o descaso da administração,como urinar atrás de pilastras, fazer fogueirasob estruturas, falta de reparos em amuradasapós colisões, o que deixa vergalhões expôs-tos, acúmulo de lixo e detritos nas canaletas ejunções. E há ainda a lenta, mas inexorável,corrosão pela ferrugem, a ação da maresia(excesso de cloro na atmosfera) e a desalcalini-zação. O resultado da soma desses fatores é oenfraquecimento do material, o stress, fórmu-la que levou ao colapso a seção do Faria-Timbó.

O professor Luís Alberto Miranda, espe-cialista em corrosão, da Coppe (Coordenaçãode Programas de Pós-Graduação em Engenha-ria), da UFRJ, após observar vários viadutos epontes, concluiu que correm riscos todos osque apresentam ferragens expostas, enferruja-das, carcomidas e destruídas pela ferrugem.

A explicação: a ferrugem começa em umpequeno ponto, para se expandir e engrossar overgalhão, que pressiona de dentro para foraas partes de concreto, que se partem e sãopenetradas pela chuva, que aumenta a áreaafetada e acelera o processo de corrosão. Asrachaduras se ampliam e pedaços de concretocada vez maiores desprendem-se da estrutura,tornando-a ainda mais exposta e vulnerável.

Riscos iminentesPelo Viaduto Negrão de Lima há tráfego

intenso 24 horas por dia, em vários sentidos,servindo a milhares de pessoas a pé, de carroou ônibus em dezenas de linhas entre Madu-reira, Cascadura, Magno, Campinho, OsvaldoCruz, Praça Seca, Marechal Hermes, Méier,Irajá. O viaduto é mais que uma interligaçãoentre os dois lados de Madureira: é um eixoviário urbano. Pois tem fendas, rachaduras,infiltrações, afastamentos entre as juntas, pi-lastras corroídas, muretas semi-destruídas eincompletas, falta de placas na calçada parapedestres.

Além das fendas, há corrosão e sinais dedeterioração e de infiltração de água no pontomais frágil, porém essencial, de toda a estrutu-ra: no dente de apoio e sustentação de cadasecção, ou encaixe de tabuleiros, pelo sistemaGerber, em desuso desde a década de 70.Justamente o ponto que fez desabar o Faria-Timbó.

Com tráfego menos intenso e menor emextensão (580 metros), mas igualmente antigo

e cheio de problemas, o Viaduto João XXIIIliga os dois lados da Penha, da Avenida LoboJúnior ao Parque Ari Barroso. Suas pilastrasmostram-se mais finas na base, por efeito daerosão do concreto e corrosão nas malhas deferro, totalmente à vista, enferrujadas e des-torcidas.

Uma das coisas principais dos danos é ouso das pilastras como mictório, assim comotambém contribui a instalação de um terminalde ônibus sob o viaduto. Mas, como em todosos viadutos, o perigo vem de cima. É sob opiso, na junção dos tabuleiros, nos dentes deGerber, que fendas acentuadas pela infiltraçãoda água quase abrigariam o punho cerrado deum adulto. Problema idêntico observado noFaria-Timbó, que desabou.

Ainda na Penha, no Viaduto LourençoJorge (que liga as Avenidas Brasil e LoboJúnior), os perigos maiores são mais evidentespara o trânsito e para motoristas que para aestrutura da obra. Suas muretas, em ambos oslados — justo no trecho sobre a AvenidaBrasil —, apresenta falhas contínuas de até 30metros. Em outro, a mureta de concreto foisubstituída por improvisados gradis de ma-deira.

Na Ilha do Governador, quem usa aspontes para o continente e a Ilha do Fundãonão vê a hora da coclusão das novas ligações,pois atualmente a Osvaldo Cruz (AvenidaBrasil—Fundão) 200 metros, a EngenheiroEdno Cruz Machado (120 metros) e a Ponte deBonsucesso, com 120 metros, apresentam pro-blemas sérios de ferrugem, agravados pelamaresia e pelo ácido sulfídrico emanado dolodo do fundo da Baía de Guanabara. Umasobrecarga para a infra-estrutura das pontes daIlha do Governador, segundo denunciou umadas diretoras da Associação de Moradores doJardim Guanabara, Maria Lídia, é que elasservem de sustentação para as adutoras daCedae. "Se esses tubulões se romperem, vãoarrastar ou, pelo menos afetar, a estrutura daspontes", advertiu, lembrando ter feito essasdenúncias a vários setores do Governo.

Entre a Avenida Presidente Vargas e aPraça da Bandeira, os quatro viadutos doTrevo das Forças Armadas — Marinheiros,Fuzileiros, Pracinhas e Aviadores — não apre-sentam problemas visíveis de corrosão, massão evidentes os danos causados nas pilastras enas laterais pelas várias tentativas de instala-ção de barracos e mais os fogões improvisados,as fogueiras noturnas feitas pela populaçãocarioca que vive embaixo de pontes.

O velho viaduto de São Cristóvão, desdeque sofreu um incêndio há 16 anos, continuasustentado por vigas e toras de madeira e seupeso original, de paralelepípedos, está quasetodo à mostra, por ter perdido progressiva-mente a capa de asfalto.

No eixo da Avenida Suburbana, o ViadutoEmílio Baumgart (430 metros), em Del Casti-lho, não apresenta problemas, mas o de Benfi-ca está com infiltrações sob o piso e pilastrasdesgastadas; ali, a CCPL transformou parte daárea em garagem e oficina; onde caminhões-tanque são consertados e alguns até abandona-dos sobre cavaletes. Grossas manchas de óleodesgastaram o pé de algumas pilastras.

Na Praça 15, sob o elevado da AvenidaJuscelino Kubitschek, as infiltrações e vaza-mento de água chegam a formar poças nascalçadas e nas pistas da Avenida AlfredoAgache. Em alguns pontos, há ferragens apa-recendo e, em outros, manchas de vazamentosse superpõem, formando desenhos concêntri-cos facilmente perceptíveis, mostrando que aágua penetrou pela pista de rolamento, infil-trou pela estrutura de concreto e saiu embai-xo, sob o piso, no teto, visível para quem passapela Praça 15. O fenômeno é observado aolongo dos 620 metros da valha Perimetral.

Curiosamente, na Zona Sul, na orla marí-tima que sujeitaria os viadutos e elevados àmaresia, os elevados do Joá e Pepino (1 mil200 metros) só mostram problemas no guard-raii e nas amuradas, com as estruturas de ferroaparecendo sob o concreto desgastado. Em-baixo, nos pilares, mesmo sob o efeito daarrebentação, o estado de conservação apa-renta ser bom e confiável. No outro extremoda cidade, longe da maresia, o Viaduto dasMissões, em Parada de Lucas, tem toda suaestrutura de ferro recoberta por uma camadade ferrugem.

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Madeira substitui o ferro em mais de 30 metros de falhas do gradil no Lourenço Jorge

Urbanistas temem que

o Rio se

transforme numa "miserópolis99

Sob as pontes e nas praças a cidadeassiste, impotente, ao surgimento de umagente que não tem onde morar e conside-ra a favela um símbolo de status, umsonho. É a "sfndrome de Calcutá", se-gundo a professora e arquiteta Ione Sil-veira, da UFRJ. Os urbanistas, que co-memoram sexta-feira seu 36° Dia Mun-dial, estão preocupados com o agrava-mento desse quadro que, aliado ao colap-so dos serviços públicos e à destruição doverde, ameaça transformar o Rio, antesdo ano 2.000, no que chamam de miseró-polis.

Nas pranchetas de urbanistas — al-guns importados da Europa — a cidade játeve soluções que, imaginava-se, impedi-riam a formação de miserópolis. Eramprojetos faraônicos, como o do gregoDoxiadis, ou apenas teóricos, como oPlano Urbanístico cio Prefeito MarcosTamoio, que nunca chegaram a sair dopapel. Hoje, entretanto, o pensamentodominante nas escolas de urbanismo de-fende uma política de combate ao caos deforma localizada, mas orientada por umaperspectiva global. Não dá mais paravestir uma camisa na cidade, forjar solu-ções acabadas como propunham os pia-nos antigos, observa Augusto Ivã, criadordo Corredor Cultural.

"Bota-Abaixo"

Até o início do século XVIII, o Riocresceu espontaneamente, descendo omorro do Castelo e ocupando a várzeaaté a atual Rua Miguel Couto. Era umacidade pequena, bem fortificada, voltadapara sua função de defesa da costa. Coma transferência da capital da Colônia e,mais tarde, a vinda da Família Real,começou o crescimento urbano, surgindoas primeiras obras de porte, como oaqueduto da Lapa e a remodelação doLargo de Santo Antônio (hoje Carioca),pelo Conde de Bobadela.

Da primeira década do século passa-do até o início deste século, a populaçãodo Rio aumentou de 60 mil para 500 milhabitantes. E neste cenário que o prefeitoPereira Passos (de 1903 a 1906) elabora oprimeiro plano urbanístico da cidade, oProjeto de Remodelação e Embelezamen-to, encomendado pelo Presidente Rodri-gues Alves. Para adequar a Capital aosnovos tempos, ele destruiu grande partedo antigo casario colonial e das vielasestreitas, o que lhe valeu o apelido deBota-Abaixo.

A maior parte do projeto foi voltadapara o Centro. Além de sua preocupaçãocom o saneamento básico — expressacom a canalização do Rio Carioca —,Pereira Passos ficou conhecido pela aber-tura de grandes avenidas, como a Beira-Mar, que dirigiu a expansão da zonaresidencial em direção aos bairros daZona Sul, a Central (hoje Rio Branco), ea Rodrigues Alves, que levou a cidade acrescer também para o Norte.

Com apoio pessoal do Governo Fe-deral, e conseqüentemente uma grandedisponibilidade de recursos, o prefeitopôde executar plenamente seu projetourbanístico. Pereira Passos foi o únicoque conseguiu, até os dias de hoje, versuas idéias postas em prática.

Piano AgacheEm 1930, com o início do êxodo

rural, a população carioca, que era de 1milhão 200 mil habitantes na décadaanterior, chega a 2 milhões 380 mil,adquirindo o status de uma cidade gran-de, já considera um problema de enge-nharia. Com a necessidade de reorgani-zar este espaço, o prefeito Prado Júnior,sob influência cultural da França, vaibuscar em Paris o urbanista Alfred H. D.Agache, responsável pela elaboração doprimeiro plano diretor, de bases científi-cas, para a cidade, que levou seu nome.

Para Agache, a cidade assemelha-seao corpo humano: praças e jardins seriamo sistema respiratório; ruas e avenidas, ocirculatório; e o centro administrativo ecomercial seria o coração. Ele entendia,também, que o Rio era a entrada doBrasil e, como tal. deveria apresentaraspectos de monumentabilidade.

Computadores e Comunicação2* feira no Io Caderno

Além de uma preocupação com oaspecto funcional — a abertura da Aveni-da Presidente Vargas e a idéia dos túneisSanta Bárbara e Rebouças, do Metrô edas barcas Rio—Niterói —, o urbanistafrancês trabalhou exaustivamente empropostas de saneamento para o Rio.Adotou uma concepção de embeleza-mento, propondo a criação de áreas ver-des e livres, como a Praça Paris, e assinouo primeiro código urbanístico da cidade,voltado para o aproveitamento integralde todas as suas opções.

Só estadoA transferência da Capital para Bra-

sília, em 1960, fez o Rio perder suasfunções como centro administrativo. En-tretanto, a manutenção do crescimentoeconômico provocou um aumento de120% na frota de veículos em apenas seteanos, ao mesmo tempo em que a cidadecontinuava a inchar, chegando, a umapopulação de 3 milhões e 800 mil habitan-tes, 11% dos quais abrigados em favelas.

Descoberto em Atenas pelo Gover-nador Carlos Lacerda, ConstantinoApóstolos Doxíades — autor do chama-do Plano Doxíades — projetou o futurodo Rio, dentro de uma concepção racio-nalista, em que a eficiência se sobrepu-nha à beleza. Tudo foi planejado preven-do a formação, que o arquiteto gregoconsiderava inevitável, de uma grandemegalópole, unindo as cidades do Rio,Niterói e São Paulo até o ano 2000.Nenhum outro plano já feito no Brasilprocessou uma quantidade tão grande dedados.

Foi de Doxíades o embrião dos gran-des viadutos e a proposta de construçãoda Cidade Nova, onde antes existia oMangue. Ele concebia a cidade divididaem áreas urbanas, industriais, residen-ciais e de expansão, que no entanto nãochegaram a ser respeitadas. Voltado parao futuro, Doxíades propôs a conversão deCopacabana num bairro de dois andares,onde as ruas seriam cobertas por lajes deconcreto, formando, na parte de cima,grandes esplanadas para pedestres e parao comércio.

Novos planosA década de 70 foi marcada peloPlano Urbanístico Básico, desenvolvido

na administração Marcos Tamoio, logoapós a Fusão, e que ficou conhecidocomo PUB-Rio. Amparado em seminá-rios realizados com a participação detécnicos e especialistas, e em um levanta-mento de opinião pública — que apontoua insegurança, o saneamento e a falta decomércio nos bairros como as maioresqueixas da população — o plano limitou-se a analisar os problemas e propordiretrizes administrativas gerais, sem umprojeto urbano efetivo.

O arquiteto Sérgio Bernardes, 66anos, apresentou recentemente um am-pio trabalho de reorganização do espaçourbano do Rio, propondo até mesmo aalteração do sistema político-administrativo. Bernardes fez ressurgir aidéia de uma associação entre a cidade eo corpo humano, ao dividir a cidade em612 células comunitárias, cada uma comum quilômetro quadrado, e 69 célulasmunicipais, auto-suficientes e controla-doras das primeiras.

Extremamente minucioso, o arquite-to reorganiza o sistema de transportes doRio criando os anéis internos de circula-ção — nas encostas dos morros — e osanéis externos, mais amplos, aproveitan-do a estrutura já existente na AvenidaBrasil, Lagoa—Barra, Túnel Rebouças eoutras vias. Todos os serviços — queincluem ainda viadutos sobre as estradasde ferro — seriam executados por em-preiteiros, sem ônus para o Município,em troca da cobrança de pedágio.

Futuro agoraUtopias e teorias à parte, o Rio

atravessa os anos 80 sem soluções práti-cas para seus problemas. A única iniciati-va neste sentido, o Projeto Rio Ano2000, do arquiteto paranaense Jaime Ler-

ner, só vem sendo implantado efetiva-mente na área dos transportes e, deforma localizada, em uma nova concep-ção urbana para a Ilha do Governador.Como seus antecessores, Lerner tem es-barrado na falta de decisão política doGoverno estadual, consistindo-se nomaior obstáculo para a viabilização deseus projetos para revitalização de áreascomo o Centro e a Zona Sul.

Dos 500 mil habitantes do início doséculo, o Rio tem hoje quase 6 milhões,dos quais 2 milhões vivendo em favelas.De acordo com dados técnicos, pelomenos 10% da população não são atendi-dos pela rede de água, 16% não têmesgoto e 3% não recebem energia elétri-ca, No ano 2000, quando a cidade chegara cerca de 7,5 milhões de habitantes,estas deficiências deverão estar aindamais acentuadas, com 30% da populaçãosem água, 38% sem esgoto e 7% sem luzelétrica. As favelas — que jamais foramolhadas pelos planos urbanísticos — esta-rão registrando uma taxa de crescimentopopulacional de 3,4% ao ano, contra1,8% das cidades.

Para evitar isto, os urbanistas concor-dam que novos caminhos devem ser per-corridos, sem os grandes planos do passa-do, mas com projetos de atuação localiza-da. Criador do Corredor Cultural, ourbanista Augusto Ivã vê nos pequenosproblemas, como a questão do trânsitono Centro e o atendimento às favelas, ocampo de trabalho para atuação dosespecialistas visando à melhoria da quali-dade de vida:

Temos que perder a ilusão de queo urbanista é um mago com solução paratodos os problemas. O profissional devetrabalhar agora na rua, em contato diretocom a população, que nunca pede maisdo que precisa realmente. Acho, porexemplo, que tirar os carros, devolvendoaos pedestres as calçadas, já seria umavanço muito significativo — afirma Au-gusto Ivã — que, neste sentido, elogia oPlano Lerner.

A professora Ione Silveira, titular dacadeira de Urbanismo da Faculdade deArquitetura da UFRJ, concorda com Ivã,na falência dos grandes planos, "queesbarram sempre na descontinuidade ad-ministrativa". Ela acha que todas as pro-postas, a partir de Agache, falharamtambém por seu gigantismo e a impossibi-lidade de realizar mudanças tão bruscas eamplas "numa cidade que já tem vidaprópria como o Rio". Para ela, o maisimportante agora é criar condições parafixar a população nas cidades da RegiãoMetropolitana, evitando o inchamentodo Rio.

Temos que partir para o urbanis-mo de pé no chão, como intermediárioque atenda tanto as necessidades da po-pulação como o interesse administrativo.Acho que o caminho seria atrair a popu-lação para Magé, Itaboraí e Itaguaí, mu-nicípios que ainda oferecem oportunida-des de expansão, apoiada em um eficien-te sistema de transporte de massa —explicou.

Se isto não for feito, Ione, como ourbanista Luiz Proença,- do Centro Em-presarial de Estudos Econômicos e So-ciais do Rio, adverte que a cidade poderáse transformar numa "miserópolis, umverdadeiro inferno com todo o espaçolivre tomado por contingentes populacio-nais que sequer encontram lugar nasfavelas".

Para a arquiteta, embora nunca te-nham recebido uma atenção dos gover-nos, e não sejam dotadas de condiçõesmínimas de habitação, estas favelas jácomeçam a ser vistas como a ambição aser alcançada pela população de rua.É a síndrome de Calcutá. Sãofamílias inteiras que vão tomando asesquinas da cidade. É hora de uma açãode pulso firme para conter este fenôme-no, sem perder de vista uma diretriz maisampla de ação, para que o Rio não setransforme num inferno. Cabe a nós,urbanistas, enfrentar este e todos os pro-blemas, de forma setorial, integrando-seuma grande equipe em conjunto com apopulação — concluiu.

OlESTnnTES

Professores

resistem à

exoneraçãoOs 83 professores do CIEP

Ministro Gustavo Capanema,em Manguinhos, não p.s/io dis-postos a aceitar passo amente aexoneração do diretor ArnaldoFernandes de OIi»eira, decidi-da na sexta-feira pela Secreta-ria Municipal de Educação,Maria Yeda Linhares. Os pro-fessores querem "pelo menos odireito de eleger o nosso pró-prio diretor".

Os professores prometemresistir e falam rm-greve bran-ca a partir de segunda-feira: osalunos seriam admitidos noCIEP e fariam as refeições,mas não teriam aulas. Em do-cumento divulgado ontem, sobo título Democracia x autoris-mo, eles afirmam que, "depoisde tanto se falar que democra-cia começa na escola, vivemosum momento de autoritarismocom a exoneração do nossodiretor"."GOTA D'ÁGUA"

O professor Arnaldo Fer-nandes de Oliveira foi exonera-do porque na quarta-feira fe-chou a escola sob a alegação defalta de segurança para os 570alunos. Dois dias antes houveum tiroteio entre marginais ,emfrente ao portão. Os professo-res, por sua vez, alegam que aescola foi fechada por consensodo grupo "devido ao clima detensão e insegurança exis-tente".

A diretora do DepartamentoGeral de Educação, LaurindaBarbosa, explicou aos profes-sores que o afastamento dodiretor não se devia apenas aofechamento do CIEP, que teriasido a "gota d'água", acrescen-tando que "as opiniões e práti-cas pedagógicas de ArnaldoFernandes não se coadunamcom as posições do programaespecial de educação".

O texto completo do mani-festo divulgado pelos professo-res é o seguinte:

"No CIEP, depois de tantoquestionamento sobre "Demo-cracia", depois de tanto se falarque democracia começa na es-cola, vivemos um momento deautoritarismo com a exonera-ção do nosso diretor ArnaldoFernandes de Oliveira, que di-rigia o CIEP Ministro GustavoCapanema (Manguinhos, VilaPinheiro), sem uma causa jus-ta, sem que o mesmo tenhatido a oportunidade de se de-fender. O único motivo alega-do por parte das autoridadesfoi a suspensão da aula por umdia.

Queremos esclarecer que es-ta decisão atendeu à nossa soli-citação devido ao clima de ten-são e insegurança existente, ge-rado por incidentes na porta denossa escola.

Através de uma reuniãodentro do próprio CIEP emque pensávamos ter oportuni-dade de sermos ouvidos, nosdeparamos com a notícia deque a exoneração era fato con-sumado e irreversível. Diantedisso deixamos aqui o nossogrito de alerta: O que prevale-ce? O autoritarismo ou a de-mocracia?

Não aceitaremos diretor im-posto, queremos, pelo menos,o direito de elegermos o nossopróprio diretor".

: ^ VEJA NO CADERNO DOS CLASSIFICADOS

ua sera

escassa em

4 bairrosO abastecimento de água em

algumas ruas de Santa Teresa,Ilha do Governador, Urca eLeme estará prejudicado hojedevido a um defeito ocorridosexta-feira na elevatória do La-meirão, em Santíssimo, quedeixou de fornecer 500 milhõesde litros de água à cidade. ACedae informou ontem que oscinco grupos de bombas da ele-vatória estão funcionando com90% de sua capacidade.

A Cedae está recomendandoaos usuários a racionalizaçãodo consumo, para que não falteágua nas partes mais altas dacidade e nos bairros de final darede, Urca e Leme. O proble-ma ocorrido na Lameirão — noisolador de alta-tensão — foireparado na noite de sexta-feira, mas a recuperação, se-gundo a Cedae, é lenta, porquedurante 12 horas a elevatóriafuncionou com menos da meta-de de sua capacidade, fome-cendo apenas 10 mil litros deágua por segundo, quando onormal é 21 mil.

Ao contrário do previsto,ontem não faltou água no Le-me, Urca, Andaraí, Alto daBoa Vista, Grajaú e Barra daTijuca, mas a Cedae tambémestá pedindo aos moradoresdestes bairros que economizemágua. A elevatória do Lamei-rão funciona com três gruposde bombas grandes, de 9 milHP, e dois grupos de bombaspequenas, de 4 mil 500 HP. e odefeito de sexta-feira impediuo funcionamento de trés destesgrupos de bombas.

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JORNAL DO BRASILdomingo, 10/11/85 a Io caderno ? 15

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Profissão

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de gari

leva às ruas

matemático e filósofo

Foto de Gilson Barreto

Um é professor de filosofia, o outromatemático, o terceiro pedagogo. Todosformados, todos garis da Comlurb. Oprofessor já retirou muita lama, entulho edetritos das favelas. Com sua carrocinha,o matemático limpa todo dia as ruas deLaranjeiras. E o pedagogo começou capi-nando terrenos baldios na Zona da Leo-poldina.

Dos 675 aproveitados no primeiroconcurso para gari realizado no Rio, 24têm curso superior ou estão em faculda-de. A desilusão provocada pela crise nomercado .de trabalho e a necessidade deobtenção de um emprego seguro — mes-mo com salário pequeno — é o traçocomum em suas histórias. Nenhum temmedo do lixo ou dos lixeiros. Nem pre-conceitos. Humildemente, querem ape-nas trabalhar enquanto não surge oportu-nidade melhor.

A atração do lixoQuando não havia concurso e o de-

semprego não atingia os índices atuais, oscaminhões da limpeza urbana saíam acatar candidatos a lixeiro nas áreas degrande aglomeração como a Central doBrasil. Mas pouca gente aceitava a ofer-ta: ser gari era profissão estigmatizada.

À situação se inverteu, no entanto.No concurso, inscreveram-se cerca de 11mil candidatos, quase o dobro do atualnúmero de garis funcionários que está emtorno dos 6 mil. Antigamente eles implo-ravam para trabalhar longe de suas casas

para não passar vergonha — e sótrocavam de roupa no trabalho. Agorasaem vestidos com o macacão cor-de-abóbora e pedem para ficar perto de casa

conta o assessor da presidência, CarlosMoura.

Sujeira, mau cheiro, doença, po-luição? Como posso ter medo ou precon-ceito em relação ao lixo se sou nascido ecriado em Belford Roxo? Isso não signifi-ca viver em meio a total e envolventepoluiçáo? — especula Luís Augusto daSilva, 30, formado em teologia e filosofiae aprovado no concurso para gari.

Pobre, filho de operário, Luís sempretrabalhou — como boy ou em metalúrgi-cas e na indústria química — para podercustear os estudos. Preocupado com asinjustiças sociais, cedo inclinou-se para apolítica e por isso resolveu ingressar navida religiosa: "Pode parecer contradi-ção, mas na época da repressão o am-biente religioso era o que oferecia maisperspectivas e espaços para o trabalhopolítico".

Foi para São Paulo estudar teologiacom os frades franciscanos e carmelitas efilosofia pura nas Faculdades Associadasdo Ipiranga, subsidiado pela Arquidioce-se. Chegou a receber os ministérios me-nores mas desistiu de ser padre. Preferiudedicar-se ao trabalho junto à populaçãopobre da periferia de São Paulo, articula-do pela Arquidiocece: "Não era um tra-balho simplesmente de palavra de solida-riedade. Era de ajuda real. Os melhoresmomentos, para mim, eram aqueles emque eu ajudava as pessoas a ergueremsuas casas em mutirão. Se eu me identifi-cava com os pobres, apesar da diferençade instrução, tinha que trabalhar comeles em todos os sentidos".

Filosofia da praxisDe volta ao Rio, depois de deixar a

noiva, arquiteta em Montes Claros, LuísAugusto Vieira tentou dar aulas de filo-sofia e psicologia em escolas particulares,sem sucesso: "Quem se interessa por umprofessor de filosofia e psicologia desegundo grau? Fez concurso para o ma-gistério, passou, mas não foi chamado.Viu no jornal o anúncio do concurso paragari, fez as provas e passou nos primeiroslugares. O padrasto e a mãe não ficarammuito entusiasmados, mas também não odesestimularam.

Reação foi a de uma tia, melhorde vida, que passou em seu carro e me viuno caminhão da Comlurb, com os cole-gas. Ficou tão atônita que não conseguiume cumprimentar. Minha mãe, depois,me perguntou se pelo menos eu eslava nacabina. Ficou preocupada quando res-pondi que não.

Mas como é que você, com tantoestudo, veio parar aqui? Você tem quesair disso. Merece coisa melhor.

Essa é a frase mais ouvida por Luís,sobretudo daqueles lixeiros mais antigos"que ainda carregam o estigma. Elesacham que quem lida com lixo não sai dolixo. Acaba se misturando a ele. Conside-ram dádiva divina deixar o contato diretocom a sujeira, passando a fiscal ou até aalgum cargo de chefia. Não merecemnada melhor. Nas conversas, sem qual-quer proselitismo, tenho procurado mos-trar que todo trabalho é digno e mereceser respeitado", observa o professor.

Rosto de intelectual, com óculos delente grossa, corpo musculoso. camisaLevis última moda ("pobre gosta de lu-xo", ironiza), Luís Augusto Vieira con-fessa que "no começo foi duro. Peguei alimpeza especializada que faz o serviçomais pesado. Limpei valas, tirei pedra elama dos morros do Alemão, Borel,Santa Marta. Trabalhei com enxada efoice, fiz capina. Chegava a casa com asmãos calejadas e dores por todo o corpo.Mas dava gosto ver que os faveladosconstatavam que finalmente havia al-guém que trabalhava para eles".

Bem recebido e muito considerado, oprofessor de filosofia amargou constatar,no entanto, que não raro há retaliações einjustiças em qualquer meio: "Ao veralguns antigos garis, promovidos a fiscaisserem impiedosos e grosseiros com seusex-colegas, ficou claro para mim que opior patrão é o ex-empregado. Pareceque querem compensar nos outros asvelhas frustrações e humilhações".

De nada me arrependo. Essa ex-penéncia está mostrando que não adianta

ficar num gabinete fazendo reflexões so-bre o problema social. A prática, o conta-to direto com a realidade, complementa eenriquece a reflexão. Agora posso refletirtambém sobre o que vi\ú, aquilo de queparticipei.

Católico, mas adepto do materialis-mo histórico, o gari Luís Augusto Vieiravê pontos de contato entre as filosofias deAristóles, Santo Tomás de Aquino, osprofetas da Bíblia, Hegel e Marx. E achaque o Evangelho "sempre foi mais mar-xista do que Marx. Sua leitura atenta efiel evidencia que está sempre tomando opartido dos pobres", analisa, dizendo-seavesso à metafísica "etérea e mística" eabsorvido pela filosofia política.

Luís Augusto Vieira garante que nãoveio "para fazer mutreta e dar logo umjeito de trabalhar em escritório. Vim paraser trabalhador braçal e só por sorte hojetrabalho em datilografia num setor demanutenção. Precisavam de um datiló-grafo e eu era o único que sabia bater àmáquina. Mas nada pedi" — justifica-se,mostrando o contracheque que continuacom seu salário de gari — pouco mais deCr$ 700 mil líquidos.

O branco de barba— Você quer falar com o João Car-

los de Sousa? Já sei. É o Gogó, o brancode barba castanha. Ele agora está lá naPereira da Silva, com a carrocinha. Podeir lá que ele é boa praça.

Pele bem branca, com barba, e porcima castanha, é um espécime raro entreos garis. Mas nem por isso o professor dematemática e desenhista arquitetônicoJoão Carlos, 29, deixou de conquistar a

vizinhas. Nem poder se deter muito —por causa do cansaço — nos livros dematemática superior que continua rece-bendo de editoras das quais é assinante.

Agora o único cálculo que tentofazer todo dia é de quanto tempo vouprecisar para limpar toda a Pereira daSilva, que é imensa.

O pós-graduadoNáo pensem que vai haver peixa-

dà ou padrinho para ajudar. Vocês fize-ram concurso para garis e vão ser traba-lhadores braçais mesmo. Percam as espe-ranças de conseguir dar um golpe logo desaída.

Seca e direta, a assistente social daComlurb deu o seu recado para os funcio-nários de nível superior recém-admitidos,em meados deste ano. Entre eles PauloRaimundo de Sousa Pedrosa, pós-gra-duado em pedagogia, com cursos naFaculdade São Judas Tadeu e na Socieda-de Educacional Madeira de Ley(Somley).

Fiquei satisfeito com a franquezada assistente. O que eu queria era justa-mente fazer uma reviravolta em minhavida. Pegar no pesado. Voltar à simplici-dade. Ganhar pouco mas receber todomês. E compartilhar do companheirismoe pureza da gente simples.

Em seus oito anos de magistério emescolas normais particulares, lecionando,entre outras matérias, História, Filosofiae Sociologia da Educação, Paulo (32,casado) só acumulou dissabores. "Não sepode fazer um trabalho planejado. Hoje

Foto de Aguinaldo Ramos

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¦lUlHüiUHWWBWMWWfr- ...João Carlos: da matemática para a carrocinha de lixo

simpatia dos funcionários do posto deLaranjeiras, por sua simplicidade. Nashoras vagas faz plantas de casa para oscolegas e sempre que pode dá uma aulaparticular para seus filhos.

Todos os dias cie pode ser vistovarrendo com dedicação a tradicionalRua Pereira da Silva, sem alarde e semnunca ter dito a qualquer morador oupassante que se licenciou em malemáticapela Faculdade de Filosofia de CampoGrande. Sua história é cm muitos pontosparecida com a de Luís Augusto Vieira.Infância pobre na periferia (subúrbio dePaciência), trabalhando desde a adoles-ccncia para sobreviver e custear os estu-dos. Seu grande sonho é ser engenheiro echegou a cursar uma faculdade, mas, tevede trancar a matricula. Como desenhistaganhava quatro mínimos mas contrarie-dades familiares (na época estava se sepa-rando da mulher) levaram-no a pedirdemissão do emprego.

— Isso foi em 83. Estava de cabeçaquente e me arrependo até hoje. Come-cei a procurar emprego e foi um horror.O fato de ter nível superior era até umempecilho. Quando me candidatava acargo técnico médio, o pessoal pensavaque eu logo ia tentar ser reclassificadopara um de nível superior. Também fizexame para o magistério e ainda não mechamaram. Então surgiu o concurso paragari já em 85. Nenhum parente me deses-timulou. E minha nova companheira medeu força. Afinal é um trabalho comoqualquer outro e o emprego é estável.

Se surgir uma chance de melhoria,João Carlos admite que náo vai desprezá-ia. Mas está determinado a náo fazernenhum pedido ou pressão para isso. Sólamenta quase não ter tempo para darmais aulas particulares para as crianças

você tem uma turma, amanhã ela acaba.Os pagamentos atrasam quase sempre.Os métodos de ensino ficam ao sabor dasituação econômica da escola e dos capri-chos dos pais que pagam e por isso são osverdadeiros patrões. Quantas vezes náotive de discutir com pais iletrados quefalavam uma série de asneiras, cismandoque eu havia ensinado errado? Queriamaté discutir Piaget comigo e nem sabiamdireito quem era ele."

O pedagogo resolveu "refazer suacabeça" e reaprender com os garis e osmoradores simples da Leopoldina. O quepara cie era visto como um novo aprendi-zado não era compreendido pelo bemintencionado Coronel RI Oldemar Ma-tos, chefe do Distrito de Lixo da Penha:

Era um crime deixar um rapaz tãopreparado limpando e capinando rua.

Na semana passada, ouvindo as ex-plicaçóes do ex-pedagogo, chegou a ad-mitir o engano do seu prejulgamento. Dequalquer forma hoje Paulo não pega maisna pá ou na enxada. Havia necessidadede um agente administrativo para fazerlevantamentos estatísticos, contábeis e depessoal no posto de Vigário Geral. Em-bora tenha sido admitido para ser traba-lhador braçal, a diretoria administrativada Comlurb tolerou a indicação de Paulo— em razão dos seus predicados — atéque o cargo seja definitivamente preen-chido, por concurso interno no início doano que vem.

Os tempos estão mesmo mudan-do. Comenta o subgerente da área daLeopoldina, Newton Pereira de Azeve-do. — Muita gente boa está entrando nacompanhia e isso é ótimo. Agora dá atécartaz alguém andar pela Cidade com omacacão cor de abóbora e di2er quetrabalha na Comlurb.

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Nem, levando serviço para casa a juíza federal Maria Helena Cisne Cid conseguedar conta dos 9 mil processos que tem de estudar com cuidado e decidir com critério

Juíza culpa o Executivo pelo

acúmulo de causas sem decisãoCerca de 100 mil processos abarro-

tam as 18 Varas da Justiça Federal no Riode Janeiro, alguns à espera de sentençahá mais de 15 anos. Assoberbados com oacúmulo de trabalho, os juizes levam osprocessos para casa e os estudam madru-gada a dentro, ou consomem os fins desemana examinando os casos mais ur-gentes.

Cobrados pela opinião pública, poradvogados, pela imprensa e, principal-mente, pelas partes, os 18 juizes titularesreclamam do Judiciário pelo Executivo.A juíza Maria Helena Cisne Cid, de 14aVara Federal, extravasou seu desesperoem despacho publicado no Diário Oficialdo Estado do dia 22 de outubro.

Nesse despacho, depois de se justifi-car com as partes pela morosidade noandamento da ação, argumentando quetem 9 mil processos em sua Vara à esperade sentença, a juíza escreveu: "Contraeste estado de coisas só resta à titulardesta Vara e a seus jurisdicionados —uma vez que tal situação não é desconhe-cida daqueles que têm competência paramodificá-la — rezar a Deus para que façacom que aqueles a quem foram entreguesos destinos desta grande Nação reflitamsobre os rumos que está tomando aprestação da tutela jurisdicional, e seapiedem daqueles que acreditam na Justi-ça como último esteio da proteção deseus direitos."

Para Maria Helena Cisne Cid, maisdo que a simples falta de verbas, esse"estado de coisas" revela a pouca auto-nomia do Judiciário. Uma autonomia quelhe é devida constitucionalmente "masque na prática náo existe". E sentencia:"Sem um Judiciário autônomo não hádemocracia." Nesta entrevista que conce-deu a Teimo Wambier, a juíza, umacapixaba de 41 anos, cinco filhos, únicaaprovada no concurso para a magistratu-ra federal do ano retrasado, no qualconcorreram 1 mil 500 candidatos, prevêum colapso da Justiça, se não foremtomadas providências urgentes. Ela con-fessa não agüentar mais o ritmo de traba-lho e analisa a crise por uma nova ótica:

— A única culpa da Justiça, nessecaso, foi ter ficado quieta, assumindouma culpa que náo é dela — afirma.

JB — No Diário Oficial do Estado dodia 22 de outubro foi publicado um despa-cho dado pela Senhora, que nos pareceu,antes de mais nada, o desabafo de umaangústia. A interpretação procede?

Maria Helena Cisne Cid — Esse des-pacho a que o Sr se refere não foi oprimeiro, nesses termos. Tenho dadooutros semelhantes, porque já não estouagüentando mais a pressão permanentede partes e advogados que pedem urgên-cia no julgamento. Recebo de duas a trêscartas por semana, de pessoas se lamen-tando pela demora no andamento de suascausas. E ultimamente tenho recebidopetições com reclamações indclicadas,com ataques ao Judiciário. Diante disso,resolvi responder aos pedidos e reclama-ções. explicando as razões dessa demora.Razões que decorrem de um Executivohipertrofiado e de um Judiciário semautonomia. Parti para mostrar, às partes,que a culpa pela morosidade da Justiçanão deve ser procurada no Judiciário,mas no Executivo.

JB — A Senhora poderia explicarmelhor? Afinal.o andamento dos proces-sos nos parece ser da competência doJudiciário e não do Executivo.

Maria Helena — Para entender isso épreciso, primeiro, atentar para a situaçãodo Judiciário. Por que, por exemplo, eutenho aqui na 14* Vara nada menos que 9mil processos à espera de sentença? Al-guém acredita que com 9 mil processospara examinar um único juiz pode deter-se em cada um deles o tempo suficientepara um julgamento sem risco de cometererros? 1 oda a seção do Rio de Janeiro daJustiça Federal tem apenas 18 juizes,que. teoricamente, devem despachar ejulgar mais de 100 mil processos. E porque ocorre isso? É porque falta autono-mia 110 sentido de que o Judiciário éextremamente precário em termos depessoal e náo tem poder de dispor sobreos seus cargos. Ao Judiciário náo é facul-tada a contratação de sequer um datiló-grafo. Quem decide sobre as necessida-des do Judiciário é o Executivo.

JB — Essa situação, aparentemente,decorre do desprestígio do Poder Judiciá-rio em decorrência do autoritarismo.

Maria Helena — A um Executivoautoritário e hipertrofiado não interessa

um Judiciário forte. Um Executivo hiper-trofiado não quer um censor atrás de si.Para ele é preciso um Judiciário depen-dente. E daí não há verbas e, embora sesaiba que há carência desesperadora depessoal, de instalações, de material, nadase faz para mudar essa situação. O Judi-ciário tem tão pouco autonomia que é oExecutivo que decide sobre o salário dosmagistrados.

JB — Mas agora, com os novos ventosda democracia, isso parece estar mudan-do, não?

Maria Helena — Quando eu falo emautoritarismo e dependência do PoderJudiciário não me refiro apenas aos últi-mos 20 anos, como virou moda. Refiro-me a uma dependência que vem desde oImpério, que atravessou a República echegou até os nossos dias. O Judiciário éum poder autônomo apenas na Constitui-ção. Como se falar em autonomia de umpoder que não tem o direito de contratarum datilógrafo? Que não pode dispor dosseus cargos? Que não decide sobre osseus salários?

JB — Mas esse parece ser também umproblema do Legislativo, ou seja, o Legis-lativo também está procurando recuperaras suas prerrogativas.

Maria Helena — Sim, nós defende-mos um Legislativo também forte. Mas oLegislativo, por exemplo, tem o poder decontratar os funcionários de que precisapara exercer as suas funções. O Executi-vo também contrata livremente. Recen-temente os jornais publicaram sobre umministro da área social que tem 16 asses-sores. Os deputados abarrotam os seusgabinetes de funcionários, têm instala-ções suntuosas, dizem que quando saemnomeiam todos os parentes. No faz muitotempo a imprensa noticiou sobre o tremda alegria do Congresso. Aqui náo possocontratar um dalilógrafo.

JB — Mas a Senhora não acreditaque com a Nova República as coisasestejam mudando?

Maria Helena — O que temos senti-do, com a Nova República, é que comesse clima de liberdade está-se dandoespaço para se criticar as instituições. E oPoder Judiciário está sendo criticado co-mo nunca o foi. Tudo se atribui à lentidãoda Justiça. A imprensa, quando acha queum juiz errou, quando acha que um juizde descuidou, cobra com estardalhaço,vem toda em cima do Judiciário. Mas namaioria das vezes fala sem conhecimentode causa. Não se procura saber, porexemplo, por que estou com 9 mil proces-sos sem condições de dar andamento. Eutenho um processo aqui na minha mesa,por exemplo, sobre o qual já estivedebruçada por mais de sete horas e aindanáo cheguei a uma conclusão. Para darum pequeno despacho tenho que ler oprocesso todo. Imagine o que significa ler9 mil? E claro que está atrasado. É claroque sozinha náo vou dar conta disso tudonos prazos legais. E claro que as partesvão reclamar. E vai ficar ainda muitopior, se náo forem tomadas providênciasurgentes. Haverá um colapso da Justiçacomo um todo. E alguém tinha quedesabafar. Por isso decidi atender aoJORNAL DO BRASIL quando fui pro-curada para dar essa entrevista.

JB — Quantas horas a Senhora tra-baiha por dia?

Maria Helena — Eu chego aqui às 12horas e saio às 19h30min. Um horáriorazoável, humano, se diria. Ocorre queas coisas não são bem assim. Aqui façoaudiências e despacho. Mas as sentençaslevo para casa. Gasto as minhas noites,entro madrugada adentro estudando pro-cessos, lendo jurisprudências, gasto osmeus sábados e domingos em cima delese da literatura disponível para poderdecidir com um mínimo de segurança. Eisso ocorre náo só comigo. Há váriasoutras varas em situação semelhante.

JB — E de que recursos a Senhoradispõe como suporte?

Maria Helena — Exige-se que umjuiz seja culto, imparcial, erudito, que eleesteja atualizado, que leia jurisprudèn-cia. Eu náo tenho a minima condição defazer isso. Náo tenho sequer um ajudan-te. aqui. para ler e catalogar a jurispru-dência existente. Náo há quem me ajudea compilar. A Justiça Federal não temsequer um setor de jurisprudência paranos dar apoio. Tem uma biblioteca, masbiblioteca eu tenho em casa. Trabalhocom uma secretária para datilografar assentenças e despachos, outra para darandamento aos processos no cartório. E

no cartório, para tratar dessa montanhade processos, há oito funcionários admi-nistrativos.

JB — E que perspectivas a Senhora vêem relação a esse possível colapso doJudiciário?

Maria Helena — Eu acho que esse éum dos principais pontos que deveriamser observados pela Constituinte que seanuncia. Uma Constituinte séria teriaque passar por um reestudo do Judiciá-rio, restituindo-lhe, ou dando-lhe umaautonomia que na prática nunca teve. Senão houver isso, será o caos. E digo iss»não como uma figura de retórica. Paraexemplificar, basta ver o que se passaaqui na 14a Vara Federal. Trabalhando12 horas por dia, consigo fazer no máxi-mo 20 sentenças por mês. São 20 proces-sos que saem das minhas preocupações.Mas por mês entram 80 novos. Significaque isso é uma bola de neve. Uma coisaque náo tem fim. Eu não estou agüentan-do mais esse ritmo. Nem eu, nem muitoscolegas meus. Não é possível a um juiztocar 9 mil processos. E o que temmenos, aqui, cuida de 4 mil.

JB — Essa situação, na prática, re-dunda em menos justiça para o cidadão.

Maria Helena — Sem dúvida. O queeu quero dizer com isso é que este não éum problema só dos juizes, que correm orisco de falhar em decorrência da sobre-carga, mas, acima de tudo, um problemado jurisdicionado, do cidadão. O cidadãotem o direito à tutela do Estado e pagacaro por ela.

JB — Não deixa de ser um atentadoaos direitos humanos.

Maria Helena — É um completodesrespeito aos direitos humanos. E umdesrespeito a quem precisa da Justiça. Ocidadão náo pode fazer justiça pelas pró-prias mãos. O Estado avocou a si essedireito. Então que lhe dê a Justiça. Ocidadão não pode ficar esperando umadecisão judicial por dez anos.

JB — A Senhora quer dizer que hácidadãos esperando por decisões da Justi-ça há mais de dez anos?

Maria Helena — Dez anos é umamaneira de dizer. Eu tenho processos,aqui em minha Vara, que aguardam sen-tença desde 1970/72. Talvez até mais.Imagine o que significa para um cidadãoesperar, por exemplo, 10 ou 15 anos parauma decisão sobre uma aposentadoriasuspensa. Militares que estejam pleitean-do uma reforma s pessoas náo podemficar esperando isso tudo. É uma injustiçado Estado.

JB — Além disso há prejuízo financei-'ro do próprio Estado, não?

Maria Helena — A Uniáo está tendoprejuízos altíssimos com esses atrasos. Seela perder uma ação que demore dezanos para ser executada, terá que pagarcom juros e correção monetária. E quan-do ganha uma ação que se arrastou porum tempo desses, muitas vezes quande)vai cobrar a parte já está insolvente. Eprejuízo total. Seria muito mais baratopara o Executivo investir o reaparelha-mento do Judiciário. Mas nunca o fez demaneira suficiente, porque reaparelhar oJudiciário eqüivale dar-lhe eficiência edar-lhe eficiência eqüivale armar o censorde seus atos. Desde que a Justiça Federalfoi criada, por volta de 1964, o número deprocesso, nas diversas varas, aumentou26 vezes. E o número de juizes sequerdobrou.

JB — Mas esse é um problema só daJustiça Federal?

Maria Helena — É um problema doJudiciário como um todo. Da primeira eda segunda instância. Os tribunais supe-riores. o Tribunal Federal de Recursos, oSupremo, estão abarrotados.

JB — Mas as instalações da JustiçaFederal em São Paulo são muito boas,aparentemente.

Maria Helena — E um bom exemplopara se dar uma idéia da pouca imponán-cia dada ao Poder Judiciário. A seçãomais bem instalada da Justiça Federal é ade São Paulo. São instalações magníficas,mobiliário magnífico. Mas sabe por quê?E porque foi o prédio construído para oBanco Central. Nunca vi nada mais boni-to. Mas não serviu ao Banco Central.Veja bem: o que náo serviu para oExecutivo é o que o Judiciário tem demelhor. Para concluir: os juizes estão aísofrendo cobranças de todos os lados,quando a única culpa da Justiça foi terficado quieta. Assumindo uma culpa quenão é dela. Vamos esperar que com ademocracia as coisas mudem. Pois náo hádemocracia sem um Judiciário fone eautônomo.

domingo, 10/11/85 ? 1° caderno ? 17

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Jogo usa até caridade como trunfo para

legalização

Brasília — O ruidoso desfecho do baileNoites em Asa Branca, — em que roletas,mesas de carteado e jogos de craps divertiramautoridades e colunáveis, despertou aplausosdas 110 prefeituras, associações e federaçõesque apóiam a legalização dos cassinos noBrasil. Em 39 anos de jogo proibido, nunca sepôde constatar antes tamanha brecha no Go-verno: o Ministro da Justiça, Fernando Lyra,desconsiderou oficialmente a hipótese de pu-nir os mantenedores do cassino e seus freqüen-tadores, entre os quais se incluía o Ministro daDesburocratização, Paulo Lustosa.

Não imaginávamos que nosso lobby emfavor da legalização dos cassinos seria tão bemsucedido —, exulta a colunista do Jornal deBrasília, Sílvia Seabra, sustentada em umapreciosa frase do Ministro Paulo Lustosa, que,no mínimo, causou certo constrangimento aoGoverno: "Qualquer sanção ao cassino seriauma hipocrisia, pois o maior contraventor noBrasil é o Estado". Sua frase foi o suficientepara o presidente do Comitê Pró-legalizaçãodos Cassinos no Brasil, Ciro Batelli, telefonarà colunista:

O baile Noites em Asa Branca acaboucom a falsa moral, pois está provado que opoder gosta de jogar, e dá seu aval ao jogo.

Um outro ministro será convidado a seposicionar sobre a legalização dos cassinos, norastro do baile. Trata-se de proposta inusitadaque o Deputado Pratini dé Moraes (PDS-RS),ex-ministro da Indústria e Comércio, fará aoMinistro da Fazenda, Dilson Funaro: "Estudea legalização dos cassinos, em vez de propor oaumento dos impostos".

A taxação dos cassinos poderá dar aogoverno receita igual à que o ministro DilsonFunaro quer arrecadar com o aumento dosimpostos —, argumenta o deputado, aplaudi-do pelo delegado do comitê dirigido por CiroBatelli em Brasília, Ricardo Namen, que rapi-damente desembolsa um rol de argumentoscomplementares à proposta de Pratini de Mo-raes:

Os cassinos de Las Vegas e de AtlanticCity, duas cidades norte-americanas mundial-mente conhecidas por suas milionárias mesasde jogo, depositam US$ 4 bilhões 800 milhõesde impostos nos cofres públicos. Isto é apenas8 por cento da arrecadação líquida dos cassi-nos das duas cidades, assiduamente freqüenta-da por jogadores de todo o mundo.

Ricardo Namen levou mais de um anopelos gabinetes de 432 dos 548 deputados esenadores, e o que conseguiu, comparado aosucesso de Noites em Asa Branca — quearrastou ministros e demais autoridades a seussalões — foi um tímido apoio verbal de 402deles, entre os quais Márcio Braga (PMDB-RJ), relator de uma proposta que sintetizaráos 24 projetos legalizando os jogos do bicho eazar que tramitam no congresso.

O jogo do bicho certamente será legali-zado, pois conta até mesmo com o apoio daIgreja —, prevê o deputado. O destaque queMárcio Braga dá ao apoio da Igreja deve-se aofato de ser ela a instituição que mais se opõe àspropostas de legalização do jogo de azar, que

ressalva: "Já a legalização dos cassinos serámais difícil".

O secretário-geral da CNBB (ConferênciaNacional dos Bispos do Brasil), Dom LucianoMendes, defende a legalização do jogo dobicho porque acha-o inofensivo. "E o jogo dopobre", diz ele. Já o jogo de azar é considera-do pernicioso pela Igreja, e a principal razão,aponta Dom Luciano Mendes, "é a prostitui-ção gerada nos cassinos".

Por tal motivo, entre outros, é que nãodefendemos a simples legalização dos cassinos,e sim a sua regulamentação —, reage CiroBatelli, presidente do comitê, apoiado pelos110 organismos que aplaudem As Noites emAsa Branca, que vão desde prefeitura como ade Cabo Frio, no Rio, passando pela Federa-ção do Comércio do Estado de São Paulo, aAssociação Brasileira de Barmen,

A regulamentação dos cassinos, por exem-pio, proibirá a prostituição nos cassinos, sobpena de fechá-los sumariamente, como ocor-reu nos Estados Unidos com o poderoso donoda Playboy, Hugh Hefner, que teve seu hotelfechado porque, ao lado do jogo, explorava aprostituição. Já a legalização apenas revogaráo artigo 50 da Constituição, que proíbe o jogo,sem delimitar as condições em que os cassinospoderão funcionar.

A forma de regulamentar o jogo trarámais adeptos à reabertura dos cassinos —anima-se Márcio Braga. O escore no Congres-so, segundo calcula, é empate. "A balançapesará definitivamente para o lado dos setoresfavoráveis ao jogo, se ele for regulamentado,em vez de apenas legalizado".

Um projeto regulamentando a atuação doscassinos está pronto no comitê. Ele precisasomente de 25 assinaturas de parlamentarespara entrar em tramitação. "As assinaturas jáestão garantidas", revelou Ricardo Namen.Pelo projeto, os cassinos serão explorados pelainiciativa privada, fiscalizados pelo governo esó funcionarão em hotéis cinco estrelas.

Não é sem razão que as prefeituras, espe-cialmente das cidades de fronteira ou vera-neio, constituem a maioria das 110 assinaturasde apoio ao comitê e seu projeto, pois a elascaberá a maior fatia dos impostos a serempagos.

As assinaturas que completam o documen-to de apoio ao comitê são de sindicatos, dehoteleiros e cabeleireiros, e de companhiasestaduais de turismo, pois as folhas de paga-mento dos milionários donos de cassinos éextensa, beirando, nas casas de grande porte,os mil funcionários. O incremento da indústriade turismo é fabuloso, e um índice cristalinoestá na cidade de Atlantic City, que, em 1974,sem cassinos, fechou o ano recebendo 30 milturistas e, em 1984, nada menos que 37milhões.

De olho em tais argumentos, a colunistaSílvia Seabra, que organizou o baile Noites emAsa Branca ao lado da Presidente da APAE(Associação dos Pais e Amigos dos Excepcio-nais), Enil Bethlem, ainda alimenta o projetode promover os Bailes de Montecarlo, LasVegas e Atlantic City, dizendo:

Quem não é a favor da regulamentaçãodos cassinos, hoje, no país?

Brasília — Fotos Arquivo

•Polícia tem de ignorar tudo-

Brasília — Se dependesse da ação daequipe de Luís Alvarenga, delegado deCostumes e Diversões Públicas, a mulherdo secretário de Segurança Pública, Lurdesde Castro, não precisaria ter substituídopor monótono sorteio de brindes o anima-do bingo que faria no Clube do Exército naúltima quarta-feira. Os policiais nada fa-riam, pois o governo apoiava aquela inicia-tiva.

Uma semana antes, a equipe de Alva-renga contemplou autoridades e colunáveisdivertindo-se na roleta, mesas de carteadoe jogo de craps no Noites em Asa Branca, enada fez: o cassino fora montado pelapresidente da APAE com apoio e partici-pação de 60 funcionários do Departamentode Turismo do Distrito Federal.

Alvarenga, de mãos atadas, acompa-nha animados bingos que divertem as se-

nhoras da sociedade, na maioria casadascom militares, e, se tivesse liberdade deação, não lhe seria difícil seguir as pistasque levam aos jogos de azar: seus organiza-dores os anunciam nos jornais.— Nossa equipe foi ao baile e apurouas mesas de jogos acompanhando a colunade Sílvia Seabra —, admite Alvarenga. Ummês antes da festa o delegado já podia teralertado o governador de que seus funcio-nários trabalhavam numa obra ilegal. Sou-be do baile quando a colunista começou adivulgá-lo.

O delegado agora já até brinca comseus subordinados. Na última quarta-feirapegou o Correio Braziliense e, na coluna daKatucha, leu que um cassino funcionandonuma casa do lago sul decretara recessoipara não ser atingido pelos estilhaços doNoites em Asa Branca.

Roleta é tradição de FortalezaFortaleza — Nada é mais antigo, aberto,

livre e lucrativo no Ceará do que sua rede decassinos, um negócio tão bem organizado queos seus donos nem querem ouvir falar napossibilidade de legalização.

— Dizer que o jogo pode ampliar o turis-mo no Brasil e o mercado de trabalho doNordeste é fantasia — adverte Fábio Leite,dono do Clube Guarany, o maior, mais famo-so e mais freqüentado cassino da capital cea-rense, com a concordância do seu concorrenteNilo Holanda, do Nylu's Club.

Respaldados por influentes grupos. Leite eHolanda quase não têm tempo de conversarsobre seu negócio, ao qual dedicam tempointegral, recebendo desde e altas figuras daRepública até gente do ramo, como AnizAbraão e Castor de Andrade, passando porartistas da Globo ou industriais de São Paulo,Rio e Porto Alegre, até donos de jornais,rádios e televisão da Amazônia.

Há em Fortaleza mais de 10 cassinos,alguns dos quais em bairros não tão elegantesquando o da Aldeota, onde o Guarany e oNylu's estão localizados. O primeiro deles —odo Ideal Clube, está quase desativado: apenasfuncionam algumas mesas para o carteado.

Diante dos seus dois grandes concorrenteso ideal é hoje apenas um ponto de referência aum passado não muito distante. O Nylu's, bemperto da praia, tem 150 metros quadrados deárea ocupados pelo seu salão de jogos, comroletas e mesas para o bacará e o black jack. Oambiente é discretamente decorado, mas mui-to bem e naturalmente ventilado. Ao lado, háum bar com música ao vivo e um bom serviçode garçons para os clientes, que podem com-prar com cheque suas fichas. Quem chega aoNylu's não sabe que nele funciona o cassino,porque a placa apenas indica Tucano Bar.

Seu proprietário, o universitário de 34anos Nilo Holanda, pouco comenta sobre onegócio. Diz apenas que não acredita que ojogo venha a ser legalizado, que o Nordestenão vai ser uma área livre para os cassinos eque a atividade não é tão geradora de empre-gos quanto dizem os defensores da legalização.

No Clube Guarany, a sofisticação começana calçada: dois porteiros, usando uniformeem azul claro e gravata da mesma tonalidade,

abrem o portão de ferro e se postam como seestivessem prestando uma reverência ao clien-te que chega. Sobre o portão, a placa emacrílico anuncia que aí funciona o Savoury,casa de chá freqüentada pelas mulheres maiscolunáveis da cidade, que todas as tardes lá sereúnem para conversar e comemorar aniversá-rio das amigas.

A opção de lazer que o Guarany oferece éassinalada numa placa luminosa, colocadaquase sobre o telhado. A entrada tem peque-nas estatuetas greco-romanas. Um corredorlongo, em cujas paredes há telas de motivosromanos, conduz até o imenso salão de jogos,de aproximadamente 300 metros quadrados.

Há quase 20 mesas de jogo. Cinco delas,as maiores, são ocupadas pelas roletas, umadas quais tem os 25 números do jogo do bicho.Os que gostam de cartas podem contar commesas para bacará e black'jack, também co-nhecido por 21. Dentro do salão, tudo funcio-na como mostram os filmes dos cassinos euro-peus e norte-americanos. E tanta gente dentrojogando ou andando de um lado para o outro,que á primeira vista parece que há uma grandeconfusão.

A distância do burburinho, Fábio Leiteacompanha o que fazem seus 74 funcionáriosfardados que movimentam toda a estrutura dacasa. Enquanto olha, assina cheques que va-riam de Cr$ 20 a Cr$ 1 milhão, todos sacadoscontra o Banco Industrial e Comercial S/A,com sede aqui e filiais em várias capitais. Aoseu lado, também atenta, mas sempre sorrin-do, sua mulher, Demirce.

Fábio — um homem que os amigos consi-deram hoje um milionário — começou comogarçom, informam os que o conheceram há 20,25 anos. Empreendedor, apostou no jogo eganhou. Ele banca, sozinho, todo o jogo decentenas de pessoas entre as quais só na últimaquarta-feira contavam-se um dos maiores in-dustriais de Pernambuco, dois comerciantesdo Rio de Janeiro, uma autoridade estadual eoutra municipal, funcionários públicos, umjornalista, vários professores universitários eum grupo de mulheres que. visitando Fortale-za. foi ao clube por sugestão da gerência dohotel.

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cabeceira do pano verde, o Senador Amaral Furlan aposta uma mulher

Dirce, filha de Jânio, não resiste à fascinação da ro rança

"Croupiers" na vida e na ficção

Quem quiser montar, em poucas horas, um cassinocompleto, nos padrões dos antigos da Urca e do CopacabanaPalace, pode procurar amanhã à tarde, na esquina das RuasÁlvaro Alvim e Francisco Serrador, na Cinelândia, ocroupier Elias de Almeida. Ele sabe como arranjar todo omaterial necessário, pessoal especializado e até gente dedinheiro para bancar o jogo.

O único problema — diz ele — é conseguir a autoriza-ção, que é dada (ou não) pela Secretaria de Polícia Civil.Elias de Almeida — que já montou inúmeros cassinosclandestinos no Rio, foi preso 20 vezes e processado 12 —explica: "Existem cassinos em todo o Brasil, mas só noEstado do Rio há repressão, porque o Brizola é oposição enão quer entrar em conflito com o Governo federal".

Há quase cinco meses, a polícia carioca deu demonstra-ções disso, estourando o cassino clandestino que funcionavano Umuarama Gávea Clube, com o patrocínio dos banquei-ros de bicho Aniz Abrahão David, o Anísio, e Castor deAndrade. Segundo o porta-voz dos bicheiros, que usa opseudônimo de Luciano Carlos Pereira, o Umuarama foimontado por um pool de banqueiros, com o objetivo deescapar à repressão. Como não deu certo, "o jogo parou noRio -de Janeiro, porque ninguém se atreve a reabrir oscassinos, senão a represália vai ser pior".

Isso não impede que grupos de pessoas de alto poderaquisitivo, acostumados a apostar a sorte na roleta, nobacará e no black-jack, improvisem pequenos cassinosclandestinos em suas próprias casas, onde se pode perder ouganhar dois, vinte ou trinta milhões de cruzeiros, ou atémesmo um apartamento, como foi o caso da socialiteMyriam Atalla, ex-Galloti, que durante 10 anos manteve umcassino em funcionamento numa mansão da Rua Inglês deSouza, no Jardim Botânico.

Um grupo de croupiers dos antigos cassinos, quefuncionaram legalmente entre 1941 e 1946, reúne-se todas astardes em frente a um café da Cinelândia, exceto nos fins desemana, quando muitos são contratados para trabalhar emcassinos que funcionam livremente em outras cidades, comoCampos do Jordão e estâncias hidrominerais. Eles cobramentre Cr$ 200 mil e Cr$ 300 mil por noite, mais as despesasde transporte, alimentação e hospedagem.

No mês passado, seis deles foram contratados parainaugurar um cassino em Serra Pelada. Assim, conseguemcomplementar seus parcos rendimentos, que geralmenteprovêm de aposentadorias em outras atividades a que sededicaram após o fechamento dos cassinos. Paulo Corrêa, 73anos, que trabalhou nos cassinos do Copacabana Palace, doHigh-Life Club e do Jóquei Clube de Campos, era recém-casado e tinha filhos pequenos quando o Presidente Dutracolocou os cassinos na ilegalidade e, depois de um períodocomo caixeiro-viajante, formou-se em Estatística.

Horácio Caldas, 68 anos, ex-croupier do CassinoAtlântico, dedicou-se ao comércio. Nas rodas de bate-papona Cinelândia, ele lembra que seu salário era maior do que odo Presidente Getúlio Vargas e tinha trabalho o ano todo:durante nove meses nas capitais e, no período de férias, naspraias e estâncias hidrominerais. Paulo comenta que oscroupiers tinham um bom padrão de vida: ele morava numabela casa em Copacabana e hoje mora no subúrbio.

Até o início do Governo Brizola, conta Elias deAlmeida, havia três grandes cassinos clandestinos no Rio:dois na Zona Sul e um no Centro da cidade. Esses cassinos— e outros menores — funcionavam na base do "pulo", ouseja, eram ambulantes, itiuerantes, mudando de lugarquando se tornavam muito conhecidos do público e dapolícia. Com o aumento da repressão no atual governo, os

banqueiros se uniram e passaram a concentrar o jogoinicialmente no Clube Caça e Pesca, na Barra da Tijuca, edepois no Umuarama, acrescenta Luciano Pereira.

O porta-voz dos bicheiros explica que, assim, elesprocuravam evitar a concorrência entre eles mesmos eprováveis alcagüetagens, porém acabaram sendo denuncia-dos através de uma reportagem. A participação de banquei-ros de bicho nos cassinos é comum, mas não obrigatória.Segundo o advogado de Anísio, Jair Leite Pereira,"osbanqueiros de bicho geralmente são convidados a bancar ojogo nos cassinos por sua credibilidade, o que garante até opagamento de algumas paradas duvidosas".

Processado como um dos banqueiros do Umuarama —a sentença deve sair ainda este mês — Anísio disse quejamais esteve lá, embora seja conhecido seu gosto pela role-ta e o carteado. Entre os croupiers, Anísio é chamado deparceiro estrela", ou seja, aquele que "joga forte", fazapostas altas, e é "propineiro", pródigo nas gorjetas quedeixa para os croupiers.

Mas, se cinco meses atrás os donos de cassinos clandes-tinos no Rio sentiram o cerco apertar, agora "começam arespirar um pouco mais aliviados, com a permissão docassino beneficente em Brasília", revela Luciano Pereira. Oadvogado Jair Leite acrescenta que tanto os jogadoresquanto os donos de cassinos têm convicção de que oGoverno vai acabar legalizando o jogo, "mas talvez exijauma contribuição alta para entidades filantrópicas". Elearrisca um percentual de 30% e adianta que os banqueirosconcordam em pagar, porque "o imposto será a garantia e asegurança do funcionamento dos cassinos".

Enquanto Elias de Almeida e seus companheirossonham com "um grande cassino dentro do Riocentro",revelando que têm à disposição, imediatamente, 10 mesas deroleta completas, cinco de black-jack e três de bacará, osjogadores inveterados de alto poder aquisitivo viajam paraAtlantic City, Las Vegas ou para Assunção, Montevidéu,Mar dei Plata e outras cidades de América Latina, ondecalcula-se que existam cerca de 50 cassinos, cuja proliferaçãoos croupiers atribuem à proibição do jogo no Brasil.

Os freqüentadores da roda de croupiers da Cinelândia,que em muitas tardes recebem a adesão do ator WilsonGrey, jogador confesso, chegam a denunciar o ex-presidenteda Embratur,' Said Farah, e o atual, Miguel Colassuonno,como responsáveis pela relutância do Governo em legalizaros cassinos. Eles dizem que os dois recebem altas propinasde cassinos do exterior para convencer os governantesbrasileiros a manter o jogo na ilegalidade.

Wilson Grey, 62 anos, 203 filmes, 36 prêmios, jogouem cassinos durante 20 anos inclusive nos clandestinos, mashá dois anos parou, porque não gosta da marginalidade.Conhecido por seus papéis de marginal, sempre que temuma folga entre uma filmagem e outra aparece na RuaÁlvaro Alvim para arriscar numa porrinha, onde quemperde paga o café. Ele comenta que quem mais explora acontravenção é o próprio Governo, principalmente com aLoto: "Quem conhece jogo sabe que é tudo roubado, sãopedras marcadas, as bolinhas tinham que ser pesadas uma auma, para ver se têm o mesmo peso".Jair Leite Pereira argumenta que, nas corridas decavalo, não existem vencedores e quem mais lucra é o JóqueiClube, que retira 35% do total da aposta e rateia o resto,sem falar na arrecadação com a cobrança de ingresso.Wilson Grey diz que viu muitos suicídios e mortes porataques cardíacos dentro do Jóquei Clube: "Nos cassinos, aocontrário, os habitues formavam uma família e quando umperdia o outro dividia seus canhos com ele."

Cassino fatura

US$ 10 milhõesO presidente do Comitê Nacional

Pró-legalização dos Cassinos, Ciro Batèl-li, revelou em São Paulo que os bailes-cassino como Noites em Asa Branca serepetem todos os dias pelo menos em 31cidades brasileiras, arrecadando 10 mi-Ihões de dólares, numa demonstração deque "o asssunto não pode ser para asautoridades um bicho de sete cabeças".

O advogado que comanda o lobbydos cassinos sugere que a legalização dojogo se faça a partir de uma experiênciade liberação em cinco pontos estratégi-cos, como o Copacabana Palace Hotel,no Rio de Janeiro, por dois anos, a fim deque o governo e empresários possamconstatar a rentabilidade e o potencialtributário.

A montagem dos cassinos favorerceria a hotelaria sazonal e criaria, deimediato, 5 mil empregos diretos nesteslocais — argumentou o advogado pau-lista.

Com estes cassinos-experimentaisno Copa, no Hotel Tropical, de Manaus(AM), no Laje de Pedra, em Canela(RS), no Casa Grande Hotel em Guarujá(SP), em um hotel de Foz de Iguaçu e,eventualmente, na Pousada do RioQuente, em Goiás, os empresários parti-culares poderiam verificar a rentabilidadedo investimento e o governo, as formasde tributação, arrecadação e fiscalizaçãodo jogo.

Na proposta de Batelli, à iniciativaprivada caberia explorar os cassinos e aogoverno, através da Divisão de Loteriasda Caixa Econômica Federal, a arrecaçjg-ção e fiscalização.

A possibilidade de legalização dascassinos vem agitando principalmente opessoal do jogo-do-bicho em São Paulo,destacando-se Ivo Noal, que se diz ex-banqueiro, hoje proprietário de quatroempresas de aviação, uma agência depublicidade e seis fazendas, mas já templanos de instalar várias casas através dòEstado.

Noal é contra cassinos abertos dia enoite a todas as pessoas, porque os po-bres "iriam jogar dinheiro em roleta ecarteado correndo o risco de perdertudo". «

Em Belo Horizonte, entre janeiro de1983 e março de 1985, foram estouradasoito cassinos clandestinos, freqüentaçjgspor turistas de classe média e alta, masninguém foi condenado até agora.

O delegado especial Walter Igor dosSantos diz que os cassinos mineiros fiíri-cionam com sofisticados esquemas desegurança, incluindo rádio e vigias nasestradas, havendo, além deles, os bingos,quase sempre realizados sob o disfarce deinstituições beneficentes.

Em Curitiba, o mais comum é ocassino doméstico, montado com roletastrazidas do Paraguai, o que náo reduz áfreqüência a uma casa tradicional daPraça Osório, onde diariamente há ummovimento de milhões.

Em Belém, a principal beneficiáriados jogos de azar é a mulher do governa-dor, Elcione Barbalho, cujas obras sorciais recebem magnânimas contribuiçõésde grupos ligados aos bicheiros LuizinhoDrummond e Castor de Andrade, do Riode Janeiro, que chegariam a propiciar-lhesemanalmente Cr$ 40 milhões.

Também no Amazonas os cassinossão prestigiados por personalidades depeso como Tomé Mestrinho, irmão deGilberto, o governador, dono do RifjShow Club, em Manaus, onde basta pas-sar o piano e entrar numa sala com duaslâmpadas vermelhas para ver três mesasde bacará, duas de roleta e nove caça-níqueis.

Ao todo, funcionam em Manaus quâ-tro cassinos. O Rip Show Club é o maior.Inaugurado há três anos é freqüentadopor turistas, donos de importadoras, "fi-lhos de gente importante", funcionáriosde empresas públicas e algumas mulhe-res. O que ainda restou da alta sociedademanauense dos tempos áureos da borra-cha, antes da Zona Franca, prefere jogarno Ideal Clube, o mais fechado da cida-de. Lá o jogo é de cartas e as apostascostumam ser altas. Em algumas noiteshá jogador que chega a perder Cr$ 30milhões.

Em Pernambuco, o jogo basicamenteo carteado — existe em clubes sociais deRecife como Líbano Brasileiro, JóqueiClube, Barroso, Atlético e América, como conhecimento da polícia, pois o delega-do Lamartine Correia, dono de cavalosde corrida no Jóquei Clube, tem trânsitojunto à diretoria.

No Piauí, apenas o jogo do bichoparece heroicamente resistir. Nos últimosmeses, admitiu uma figura de projeçãonacional no seu fechado clube de sócios:Castor de Andrade, do Rio de Janeiro,que se instalou na praça de Teresinaadquirindo quatro das cinco bancas exis-tentes no Estado. «•

Em Maceió, a burocracia do jogo dobicho se instalou num prédio de trêsandares para defender tanto os bicheirosdo Estado como os mais de 100 milapostadores. Se um bicheiro se senteameaçado, Heleno Edson, publicitário eespécie de presidente da Associação dosdonos de bancas de jogo, movimenta-separa contornar a situação. Se o apostadorse sente lesado e procura o Heleno, elepaga o prêmio e depois ajusta contas como bicheiro irregular.

O mais famoso de todos os bicheirosalagoanos, o deputado estadual Neusval-do Leão, flagrado com o carro oficial dãAssembléia Legislativa na porta de umafortaleza, em cidade de Arapiraca, seureduto eleitoral, se diz aposentado: "Nãotenho mais banca. Minha família é queainda luta com isto".

No Rio Grande do Sul. a comissãopró-legalização do jogo, formada porpolíticos de todos os partidos, entidadescivis, e empresários de diversos setores,já montou o seu "lobby" para pôr emfuncionamento pelo menos dois cassinos-exibição antes do verão, com verba desti-nada à APAE.

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20 ? Io caderno ? domingo, 10/11/85 Nacional JORNAL DO BRASIL

Segurança rural e sem-terra se defrontam no PontalTeodoro Sampaio (SP) — A tensão

domina no Pontal do Parabapanema, noextremo oeste paulista. Enquanto o go-verno do Estado desenvolve um projetode assentamento de 428 famílias em terrasimprodutivas desapropriadas no ano pas-sado, os fazendeiros começam a organizaruma segurança rural para proteger aspropriedades que julgam ameaçadas.

A ameaça é representada por 1 mil500 famílias de lavradores sem terra, cercade 7 mil 500 pessoas, entre homens,mulheres e crianças. Há 15 dias, eleshaviam invadido duas fazendas, mas fo-ràm desalojados por ordem judicial epassaram a ocupar acampamentos miserá-veis às margens das estradas.

. O comércio de Teodoro Sampaio, a600 quilômetros de São Paulo, teme aocorrência de saques: há dias, a cidadeinteira assustou-se com a entrada de umgnipo de 50 mulheres e crianças vindasdos acampamentos, que, famintas, que-riam apenas pedir alimentos.

Na Fazenda Ribeirão Bonito — 2 mil220 hectares, 3 mil 200 cabeças de gado e22 empregados — o proprietário, ÁlvaroCândido de Paula, depois que os sem-terra foram desalojados na quinta-feirapor ordem judicial, começou a mostrarcomo deveria ser a segurança niral: em-pregados armados, a cavalo, vigiando oslimites da propriedade. Agora, porém, osistema será mudado, mantendo-se vigi-lância 24 horas por dia e, no caso deinvasão ou roubo de gado, o fato serácomunicado a polícia. Existem, entretan-to, proprietários pedindo para ser tambémavisados, para que uns possam ajudar osoutros.

Na reunião de terça-feira, em Presi-dente Prudente, 120 proprietários ruraisdecidiram criar a União Democrática Ru-ralista, "com o objetivo de defender apropriedade privada rural". Um deles,Daniel Schwenck, advogado e dono defazendas em Presidente Wenceslau eCaiuá, está estudando a legislação sobrevigilância bancária, industrial e comercial

para instituir a segurança rural, "quedeverá ser defensiva, e não ofensiva",possivelmente ligada à UDR, tendo nasua direção militares da reserva e reforma-dos da Polícia Militár. Ele considera tam-bém a possibilidade de contratar empresasespecializadas, como as que fazem a vigi-lância residencial nos grandes centros ur-banos. De qualquer forma, os fazendeirosquerem vigilantes "altamente treinados,para só usarem as armas em legítimadefesa".

Daniel Schwenck considera urgente acriação dessa milícia, na medida em queos acampamentos crescem com a chegadade gente de outros Estados, principalmen-te do Paraná, e afirma que os lavradoressão mais organizados do que os fazen-deiros.

Como exemplo, lembra que a invasãodas fazendas Santa Rita e Ribeirão Bonitose deu no último ;dia útil. da. semana,depois das cinco da tardé, "porque o forojá está fechado":

Os fazendeiros só podem recorrerà Justiça para reintegração de posse nasegunda-feira; o juiz leva 24. horas paraanalisar o processo e só lá para quarta-feira manda o oficial de justiça fazer odespejo. Até se ter força policial, levauma semana, e no fim de tudo os lavrado-res sem terra saem pacificamente, maspromovem nova invasão na semana se-guinte.

No acampamento Planalto Sul — or-ganizado depois da invasão e despejo doslavradores das terras de Água Sumida,Valdecir José dos Santos demonstra preo-cupações:

A fome das 500 famílias, principal-mente das crianças que choram o tempotodo, pode gerar um grande problema.Todos têm esperança de receber alimen-tos do governo, mas não sei se o pessoalnão começará a entrar nas fazendas parapegar boi e comer.

No momento, o que separa o gado dasfamílias são apenas algumas cercas dearame farpado.

Teodoro Sampaio (SP) — Foto de Ariovaldo dos Santosf— H

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Empregados armados vigiam os linutes das fazendas para evitar novas invasões: é a segurança rural ^

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A tensão pode gerar conflitos no Pontal do Paranapanema

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/4s crianças se alimentam de água e açúcar

"Pedágio" não funciona

e crianças passam fomeTeodoro Sampaio (SP) — Quinhentas famílias de lavradoressem terra do acampamento Planalto Sul começaram a organizar

pedágio nas estradas, na tentativa de arrecadar dinheiro para ?icompra de leite, mas não têm tido sucesso: durante toda a quarta-'feira passada não arranjaram mais do que Cr$ 54 mil, pois quase,não há tráfego na estrada vicinal que liga Teodoro Sampaio ePresidente Epitácio.Um dos membros da comissão do acampamento, ValdecibJosé Santos — bóia-fria, 22 anos, que está ali com o pai, mãe ç,oito irmãos — informa que há vários dias praticamente todos só;comem mandioca cozida, e as crianças bebem água com açúcar,-Maria Conceição Ferreira, 30 anos, acampou com seis filhos!',de 12 anos a seis meses de idade. Os menores, alimentados comágua de açúcar, têm dor de barriga e desinteria, e os maiores estãocom febre. Eia e o marido trabalhavam como bóias-frias, ganhan-do de Cr$ 13 a Cr$ 15 mil por dia. Foram para o acampamento pagora não conseguem trabalhar nenhum dia, porque os fazendei-*ros não os aceitam como trabalhadores volantes. ¦,Mas não só as crianças têm problemas de saúde. Maria:Firmino dos Santos, 42 anos, desmaiou várias vezes no domingdj

passado e foi para Teodoro Sampaio, onde tomou uma injeçãqi;Uma outra mulher foi internada esta semana, depois de sucessivosdesmaios. .

Nos outros dois acampamentos, em Porto Euclides dàCunha, a situação não é muito diferente. Constituído há poucÒmais de uma semana por lavradores desalojados da fazenda SantaiRita, já reúne cerca de 800 famílias, mas o número está aumentan^ido de um dia para o outro. Muitos vêm de outros estados;!principalmente do Paraná. O mais recente acampamento, com.cerca de 200 famílias, começou quinta-feira, na estrada que liga,'Teodoro Sampaio a Euclides da Cunha, em frente à fazendaRibeirão Bonito, de onde foram expulsos.

Os fazendeiros, entre eles Plínio Junqueira Júnior e Daniel'Schwenck, acreditam que o responsável pela situação seja:-tí'governo estadual, que no ano passado desapropriou 15 mil 500"hectares, de 19 fazendas, para assentar 428 famílias nessas terras1,'agora conhecidas como Glebas 15 de Novembro. Essas famíliãs'ficaram acampadas mais de 120 dias na beira da estrada, másreceberam ajuda da Secretaria de Promoção Social, com alimeií-'tos, água e remédios. ^

íiUltimo obstáculo

contra o comunismoA União Democrática Ruralista, que começou a

tomar força em São Paulo ao reunir 120 fazendeirosintimidados com as invasões de terras na região da AltaSorocabana, não se limita apenas a tratar da organização demilícias rurais: os inflamados discursos contra a reformaagrária e o desrespeito ao direito de propriedade pronun-ciados na terça-feira indicam que ela pretende ir bem maislonge.

Ronaldo Ramos Caiado, da famosa clã que dominouGoiás por longo tempo, deslocou-se do Estado vizinho paralembrar a necessidade de participar da Assembléia Consti-tuinte, para fazer frente ao Plano Nacional de ReformaAgrária, "estatizante e injusto com o produtor rural".

Ao seu lado, Plínio Junqueira Júnior, proprietário daFazenda Santa Marina e de 2 mil 400 fotografias de colonossem-terra em atividades reivindicatórias, projetava slidespara "demonstrar como se dilapidam as empresas rurais".

E todos esbanjaram aplausos ao ouvirem de Caiadoque "o objetivo dos sem-terra é destruir o setor produtivoprimário, último obstáculo existente contra o comunismo".

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Lavradores sepultam

mãe de gêmeas no SulPorto Alegre — A colona Tereza Prestes dos Santos, uma dásinvasoras da Fazenda Annoni, foi sepultada ontem, cm Palmeira

das Missões. Ela morreu na sexta-feira, um dia depois de dar à luzum casal de gêmeas, que permanecem na incubadora, no hospitalmunicipal de Passo Fundo. Algumas das famílias acampadas nafazenda já se prontificaram a adotá-las, segundo informou o padreArnildo Fritzen. «í

A morte de Terez-i. devido a insuficiência renal, infecçãogeneralizada e acentuada desnutrição, comoveu as cerca de 2 milfamílias que ocuparam a área há 12 dias. À tarde, estava previstauma missa em intenção da alma de Tereza.

O Comitê Gaúcho pela Reforma Agrária apelou ao governodo Estado para que seja colocada, permanentemente, uma equinede atendimento médico de emergência no acampamento. Segundolevantamento dos sem-terra. existem 150 gestantes na FazendaAnnoni, necessitando de assistência. Os medicamentos existentesna área sao escassos e os líderes do movimento temem que possamocorrer novas mortes.

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JORNAL DO BRASIL Nacional domingo, 10/11/85 ? Io caderno ? 21

Chegouanovalinhade

mdtàs 86 doRiíoRia

norte de Minas", regiõesonde Palmério tem oito em-presas de reflorestamento ese vê envolvido em irregula-ridades.

exposição E VENDAS: Lojas Uruguaíana, Copacabana, Tijuca s Maciureíra.

GETAT tenta acordo para

tirar garimpeiros

da estradaMarabá — Os garimpeiros de Serra Pelada

— que bloquearam na noite de sexta-feira asprincipais rodovias de Marabá, a PA-275 e aP-4 150, para exigir obras de rebaixamento dostaludes prometidos pelos governos federal eestadual, já se preparam para um acordo quesuspenderá o movimento.

O presidente da Cooperativa, José Bonifá-cio Carvalho da Silva, conhecido na área comoDr. Alexandre, reuniu-se ontem com o presiden-

. te do Getat — Grupo Executivo de Terras doAraguaia — Tocantins, Asdrúbal Bentes, paratratar dos detalhes.

O ponto que mais dificulta a solução imedia-tà do problema é quanto à cobrança, pelosgarimpeiros, de cerca de Cr$ 120 bilhões relati-vos às 20 toneladas de paládio estocadas noscofres do Banco Central desde 1980. O pala-dium, minério associado ao ouro, é, considerado

pelos técnicos do Departamento Nacional deProdução Mineral e os avaliadores da CaixaEconômica Federal como impureza. No merca-do, entretanto, o paládio tem a metade do valordo ouro.

Os garimpeiros estão bloqueando a PA-275,que liga Marabá a Carajás e a PA-150, que ligaMarabá ao Sul do Estado. "Enquanto nãohouver uma solução para o nosso problema" —diz Bonifácio — "ninguém entra nem sai doProjeto Carajás".

Na conversa que manteve com AsdrúbalBentes, contudo, ele praticamente concordouque a liberação dos valores correspondentes aopaládio é muito difícil de ser conseguida imedia-tamente, porque depende de gestões junto aoGoverno Federal, e Asdrúbal comunicou oresultado do encontro ao governador JaderBarbalho, demonstrando muito otimismo.

— Acertei com os garimpeiros— disse opresidente do Getat — que neste domingo todasas máquinas necessárias à remoção dos 250 milmetros cúbicos de terra estarão em Serra Pela-da, pois já as contratei à empresa QueirozGalvão.

Os garimpeiros podem a princípio se satisfa-zer com esta providência, mas disseram aopresidente do Getat, que querem um compro-misso do governo para que, numa segunda fase,sejam removidos mais 3 milhões de metroscúbicos de terra, possibilitando ao garimpo.

Os garimpeiros também exigem que o go-verno federal se comprometa a pagar a dívidarecentemente contraída para o esgotamento daágua acumulada no fundo da cava e remoção domelechete (lama) produzida pela escavação.Asdrúbal disse que isso também é uma questão aser estudada, mas há possibilidade de.se aten-

der. Ele conversou igualmente com os garimpei-ros no sentido de que, tão logo as máquinascheguem a Serra Pelada e iniciem o rebaixamen-to dos taludes, os bloqueios sejam suspensos. Opresidente da cooperativa disse que iria realizarainda ontem uma assembléia para discutir aquestão.

, Finalmente, José Bonifácio exige que ogoverno do estado garanta a recuperação daestrada que liga o garimpo de Serra Pelada àrodovia PA-275, que está em precárias condi-ções. O presidente do Getat praticamente asse-gurou a obra.

Ao negar a participação do deputado Sebas-tião de Moura (Curió) (PDS-PA) no movimen-to, Victor Hugo Cardoso Rosa Neto, um de seuslíderes disse que os garimpeiros estão cansadosdas promessas dos políticos, sentindo-se traídospelo governador Jader Barbalho.

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Palmério<¦>

afasta-se

do IBDFBrasília — O presidente

do IBDF, Marcelo Palmé-rio, comunicou por telefoneào governador do DistritoFederal, José Aparecido deOliveira, que deixará o car-go logo na abertura do in-quérito administrativo peloMinistério da AgriculturaSobre denúncias de corrup-ção feitas contra ele em

- |lma auditoria oficial,í Um assessor do presiden-tje Sarney adiantou que ojjalácio do Planalto so per-niitirá o retorno de Palmé-rio ao cargo caso fique ab-solutamente comprovado<!jue não têm fundamento asacusações feitas pela audi-tpria. Segundo a fonte, Sar-ney disse a dois políticosque o visitaram na tarde desexta-feira, que não admiti-rá que a imagem pública deseu governo seja compro-metida por irregularidadescometidas por um funcioná-rio de segundo escalão.

O inquérito, que deveráser aberto logo, terá a dura-ção de 60 dias, podendo serprorrogado por mais 30, deacordo com a lei. A julgarpelas conclusões da audito-ria do ministério, a situaçãode Palmério é difícil: "Essaavaliação permitiu que a co-missão concluísse pela ca-racterização da prática dedecisões administrativasque resultaram em favoreci-mento a empresas e gruposem detrimento dos fundosde incentivos fiscais" — di-zem os auditores, na página35 de seu relatório.

. O relatório dos auditoresdestaca, ainda: "Nãocumpriu, todavia, à comis-são de auditoria indicar ograu de responsabilidadedos gestores e (ou) agentesda administração pública,coniventes ou beneficiários,bem como se agiram pordplo ou culpa". Esse trechodesmente a afirmação, feitapor Palmério em entrevistacoletiva na tarde de sexta-feira, de que a comissãoconcluiu que não houve do-lo por parte dele.

- O relatório inclui a cópiade um ofício do Banco doBrasil ao IBDF, enviado nodia 30 de outubro desteano, em que estranha o fatode o órgão ter isentado aempresa agroindustrial dequaisquer compromissoscom ele em virtude da ocor-rência de uma seca numaárea do norte de Minas Ge-rais. No ofício, o banco ata-ca a decisão de Palmério,"•uma vez que a seca é fenô-meno previsível na região",acusando-o de ter tomadouma decisão "apressada,simplista e automática".Além disso dá uma relaçãode 12 projetos de refloresta-mento que recuperaramáreas atingidas pela secacom recursos próprios, namesma época.

, Sobre o caso das flores-tas-papel, o relatório desta-ca que o IBDF emitiuCPRa (certificados de par-ticipação e reflorestamen-to) à base de florestas im-prestáveis. Por lei, para ca-da metro cúbico cortado,uma empresa é obrigada aplantar quatro árvores ouentão participar de outroprojeto de reflorestamentode extensão igual à da áreadesmatada. Segundo os au-ditores, o IBDF emitiuCPRS apesar de as empre-sas se terem comprometidoa entrar em projetos comflorestas imprestáveis.

Ainda segundo os audi-tores, procede a denúncia,feita por associações de re-florestadores nordestinos,de que

"o IBDF concentrousua fúria fiscalizadora noNordeste, deixando pratica-mente sem qualquer fiscali-zaçáo os projetos localiza-dos no oeste da Bahia e no

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22 ? Io caderno ? domingo, 10/11/85 Ciência JORNAL DO BRASIL

Bactéria alterada em laboratório pode

ser liberada

Os alimentos também podem

agredir o organismo humano

Silvio FerrazCorrespondente

Salvador — Foto de Gildo Lima

Os alimentos, que forne-cem proteínas, vitaminas e ou-tros elementos indispensáveis àvida, podem também atuar co-mo sutis agressores do organis-mo. Uma das mais comunsformas de agressão da comidaao homem — e também umadas mais difíceis de detectar —é a intolerância alimentar, ummal de que padecem entre80% e 85% das pessoas.

Descoberta por pesquisa-dores americanos na década de60, a intolerância alimentarpassou a ser melhor conhecidaem seus mecanismos nos últi-mos anos. Ela consiste em rea-çóes que as pessoas têm a de-terminados alimentos — quevariam para cada indivíduo —e que se traduzem em sintomascomo enxaqueca, erupçõescutâneas, dores nas articula-ções, cansaço, sonolência, de-pressão e irrítabilidade.

Enzimas cansadas— Esses sintomas são

provocados também por umainfinidade de outras causas,mas sempre que eles aparecemsem uma relação conhecida decausa e efeito, deve-se pensarna intolerância alimentar, an-tes de acusar o paciente dehipocondria — diz o médicoWalter Santos, um especialistaem nutrição que dirige no Rio a Previclínica,uma clínica dedicada à medicina preventiva.

Ao contrário da alergia — que se manifes-ta imediatamente após a ingestão da substân-cia à qual o indivíduo é sensível e independeda quantidade ingerida — a intolerância ali-mentar é uma agressão vagarosa e cotidiana.Além disso, enquanto as manifestações alérgi-cas são sintomas bem definidos, na intolerân-cia os sintomas variam conforme as suscetibili-dades individuais.

A explicação mais aceita para a intolerân-cia é a de que ela é causada pela ingestãorotineira do mesmo tipo de alimento. Deacordo com essa teoria, o hábito de comer amesma coisa quase todo dia leva à exaustão osistema de processamento e absorção da comi-da pelo organismo. Esse sistema é formadopor enzimas que decompõem cada alimentoem substância mais simples — os nutrientes —que são enviados ao sangue.

Sem esse processamento, a comida seriaaltamente tóxica para o homem — como umainjeção de suco de laranja na veia.

Acredita-se que, quando o sistema enzi-mático é obrigado a processar sempre o mes-mo alimento, ele se cansa — e negligencia suastarefas. Com isso, aquele alimento acaba che-gando ao sangue não completamente processa-do. Torna-se, então, um elemento de agressãoao organismo. E quem mais sofre são osglóbulos brancos do sangue, os principaiscomponentes do sistema imunológico do corpohumano — que, na luta contra o agressor,muitas vezes sucumbem.

Por isso, em algumas pessoas os sintomasda intolerância alimentar podem ser tambéminfecções crônicas — como sinusites, conjunti-vites e rinites — causadas pela queda dedefesas imunológicas.

A intolerância alimentar pode ser rapida-mente identificada através de dois tipos detestes — que só existem, nos Estados Unidos.O primeiro, batizado de teste citotóxico, con-siste em juntar amostras de sangue a extratosde alimentos. Quando há intolerância, o extra-to ataca os glóbulos brancos, o que é visível aomicroscópio. Esse teste, além de identificar osalimentos intoleráveis para o paciente, permi-.te também avaliar, pelo tamanho da lesão aosglóbulos brancos, o grau de intolerância.

Um segundo teste é o que junta os extra-tos de alimentos às imunoglobulinas, substân-cias existentes no sangue que também defen-dem o organismo de agressões externas.

À falta de laboratórios brasileiros capazesde fazer esses exames, o Dr. Jorge Santos usamétodos clínicos para detectar a intolerânciaem seus pacientes. É quase um trabalho dedetetive. Primeiro, ele levanta os alimentossuspeitos, com base em relatos do própriopaciente (informações do tipo "feijão me fazmal"; ou,"sempre que como carne, sinto-mepesado, com mal-estar").

Levantada a lista de suspeitos, a investiga-ção prossegue com sua progressiva eliminaçãoda dieta e a observação dos sintomas. É umjogo de paciência para ambos os lados —médico e paciente. Se a eliminação do feijãoresultou no desaparecimento daquela dorzi-nha-de-cabeça que inexplicavelmente perse-guia o paciente, é um sinal de que o criminosofoi apanhado. O médico faz, então, um novoteste para confirmar a descoberta: o doentevolta a consumir feijão em grande quantidadepara ver se a dor reaparece.

Segundo o Dr. Walter Sàntos, os alimen-tos que mais comumente provocam intolerân-cia alimentar são o leite, carne, ovos, trigo,crustáceos, fermento de pão e má notícia paraos bons de copo — lêvedo de cerveja.

O tratamento da intolerância começa coma eliminação dos alimentos identificados comocausadores do problema. Essa eliminação,porém, não é permanente. Após dois ou trêsmeses, tempo necessário para que o sistemaenzimático se recomponha, os alimentos vãosendo reintroduzidos gradativamente. Fica,porém, uma obrigação permanente: manter orotatividade da dieta. "O que se comeu hoje,seja o que for, só será repetido novamentedaqui a alguns dias", diz o Dr. Walter.

Essa, aliás, é a recomendação que ele fazpara prevenir a intolerância alimentar. "Va-riar os alimentos deve ser um hábito paraqualquer pessoa", ensina o Dr. Walter. "Nin-

guém precisa comer o mesmo tipo de pão tododia. Se hoje foi pão de trigo, amanhã pode ser

¦ de centeio e depois de amanhã pode ser demilho", exemplifica o médico.

Não deve ser muito difícil incorporar essehábito. "Afinal", lembra o Dr. Walter, "nãofaz muito tempo, a diversidade alimentar eraum hábito das famílias. Nossas avós tinhamdias certos para servir cada prato. Sexta-feiraera o dia de peixe, domingo o dia do frango, eassim por diante".

Cratera Ramon mostra a

lenta evolução da Terra

Ethan BronnerReuter

A maior cratera natural do mundo, queabriga uma mistura de animais selvagens,rochas e vestígios de civilização, está atraindodezenas de milhares de visitantes ao Desertode Negev em Israel. Com cerca de 80 milhõesde anos, a Cratera Ramon oferece uma rara"janela" geológica da evolução da Terra,assim como uma boa visão da vida sob as durascondições ao deserto.

O governo israelense acaba de inaugurarum centro para visitantes, situado na bordadesta reserva, abriu trilhas e marcou os vesti-gios dos períodos canaanita, nabateano e ju-deu para os visitantes desta cratera de novepor 40 quilômetros, formada pela lenta econstante erosão.

Cabras do deserto, leopardos. víboras eáguias douradas circulam entre as ruínas dei-xadas pelos habitantes humanos do deserto,que abandonaram esta região há muito tempo.Os visitantes podem percorrer a cratera a péou de jipe. e espera-se que dentro em brevesejam organizadas caravanas com camelos ecavalos.

Os turistas podem seguir parte da antigaestrada aberta pelos nabaetanos, que ia de suacapital, Petra (atualmente em território daJordânia), até Gaza. Esta estrada é claramente

ptível e seus marcos foram restaurados.A cada 35 quilômetros é possível ver os restosde uma hospedaria, sempre perto de umafonte, e as ruínas mostram que estas hospeda-rias incluíam amenidades, como padarias, paraaumentar o conforto dos viajantes.

Os nabaetanos, que abandonaram o Ne-gev Central por volta do segundo século antesde Cristo, eram adeptos da agricultura nodeserto, cultivando suas plantas através decanais de irrigação e cisternas subterrâneas.Ramon é extraordinária porque sua formaçãoresultou exclusivamente da erosão pela água.Esta cratera só tem um ponto de escoamento,o que aumentou ao máximo a erosão pelaágua. Só se conhece dez"crateras deste tipo,todas elas no Negev ou no vizinho deserto doSinai.

Menachem Marcus, geógrafo-chefe doDepartamento de Reservas Naturais de Israel,explica que a Cratera Ramon — hoje em diatáo seca que os turistas precisam beber de horaem hora para evitar a desitrataçáo — antiga-mente era coberta pela água: com o Mar deThetis banhando seus grandes canyons duran-te milhões de anos, antes de ser escoadolentamente. No corte de 400 metros de profun-didade deixado por este mar estão fósseis nasbordas rochosas, colunas hexagonais de basal-to e veios de arsila cinza, verde e vermelha.

Como nos melhores filmes de ficção científica, um organis-mo vivo com moléculas alteradas pelo homem poderá pelaprimeira vez deixar os laboratórios. Se isso representa umarevolução para a agricultura, por exemplo, alguns cientistas egrupos de proteção ambiental estão temerosos das conseqüên-cias inimagináveis, caso esse microorganismo artificial fuja aocontrole e passe a se multiplicar pela Natureza.

A decisão de liberá-lo para fora dos laboratórios estásendo esperada para dentro dos próximos dias, quando umacompanhia de bioengenharia da Califórnia receber autorizaçãoda agência ambiental dos Estados Unidos para aspergir umaplantação de morangos com moléculas alteradas artificialmentea fim de preservá-la do frio.

Um marco históricoOs cientistas que trabalham ativamente em dezenas de

empresas de bioengenharia nos Estados Unidos esperam que oêxito dessa experiência abra definitivamente o campo para ocontrovertido uso de microorganismos alterados artificialmente,que poderão ter milhares de utilidades para benefício daHumanidade. Microorganismos como o que será experimenta-do na Califórnia poderão, por exemplo, proteger as plantas deum sem-número de pragas, aumentando as colheitas e assegu-rando as safras. Além do avanço científico que isso representa,estará aberto um campo de negócios que poderá gerar bilhõesde dólares em lucros.

Steven Schatzow, diretor de pesticidas da agência ambien-tal do Governo americano, acredita que há grandes chances de apermissão para a experiência ser concedida. "Estamos exami-nando o assunto com muito cuidado, mas já reunimos elemen-tos suficientes para evidenciar que a experiência não poderá setransformar num desastre", afirmou. Se, para ele, os receiosnão existem, para Jeremy Rifkin, que liderou uma ação emJuízo contra experiências desse tipo, os perigos estão presentes."A agência não mediu em toda a extensão o risco que isso poderepresentar", afirmou. . "

A experiência que será realizada pela Advance GeneticSciences Inc. — AGS é similar a uma que . foi aprovada peloNational Institute of Health — o maior centro de pesquisamédico-científica dos Estados Unidos — em 1983. Naquelaépoca, no entanto, a experiência foi proibida porque um grupode ativistas de proteção ao ambiente entrou com uma ação numtribunal federal e conseguiu sua interdição, alegando a falta decontrole sobre a procriação de seres gerados artificialmente. Em1984, o juiz federal John Sirica — celebrizado por ter conduzidoo julgamento do caso Watergate — proibiu ensaios semelhantespelo fato de o National Institute of Health não ter documenta-ção suficiente para demonstrar que a segurança do meioambiente estaria preservada. A experiência da AGS envolveuma bactéria que, se usada comercialmente em larga escala,poderá alterar o regime das chuvas em todo o mundo, acusadramaticamente Rifkin.

Debate apaixonadoSeja como for, o simples fato de um organismo artificial-

mente criado se reproduzir fora dos laboratórios está dandomargem a um debate apaixonado. A permissão para a experiên-cia é indispensável, a fim de que o Governo não seja acusado deestar bloqueando o avanço da ciência sem necessidade, afirmouHarvey Price, diretor-executivo da Associação das Indústrias deBioengenharia, um órgão sem finalidade lucrativa.

A experiência da AGS será conduzida pelo patologistaStephen Lindow, da Universidade da Califórnia, que há doisanos trabalha na criação de um microorganismo sob o patrocí-nio dessa empresa. Ela envolverá um microorganismo quenormalmente segrega a proteína que provoca a formação decristais de gelo. Na sua forma alterada artificialmente, omicroorganismo não possui as instruções genéticas para aprodução dessa proteína. Assim, esperam os cientistas que aaspersão dessa molécula alterada sobre batatas e morangospreservará esses alimentos contra as' geadas.

A agência governamental que regula as questões ambien-tais está igualmente examinando o pedido da Monsanto — ogigantesco grupo químico e farmacêutico — para testar ummicroorganismo destinado a defender a espiga de milho tenrado ataque de germes. O Departamento de Agricultura estáigualmente empenhado em examinar outras autorizações paraexperiências no campo. Até hoje, apenas a fabricação dainsulina artificial e do hormônio do crescimento estava autoriza-da pelo Governo, mas estes são produtos que, apesar deconsumidos pelo homem, não envolvem a disseminação deorganismos geneticamente alterados para fora dos laboratórios.Será um marco histórico, afirmou Harvey Price.

Cetesb transforma os

esgotos de Campinas em

alimento para animais

São Paulo — Uma tecnologia pioneira, desenvolvidapela Cetesb — Companhia de Tecnologia de SaneamentoAmbiental de São Paulo, está literalmente permitindotransformar esgoto em alimento. Usando uma técnica detratamento dos esgotos domésticos de Campinas, a Cetesbconseguiu produzir uma farinha de microcrustáceos, queserve para alimentar peixes e aves, com 53% de proteínas,além de lipídios, carboidratos e outros nutrientes.

O projeto-piloto, na Estação de Tratamento de Esgo-tos de Cambuí, em Campinas, resultou na produção médiadiária de 2,5 quilos de microcrustáceos. A pesquisa prosse-gue para definir os parâmetros de um projeto em escalaindustrial, mas o superintendente de pesquisas da Cetesb,Hideo Kawai, calcula que, se utilizado todo o esgoto de umacidade de 100 mil habitantes, pode-se obter uma tonelada demicrocrustáceos por dia.

Além da possibilidade de utilização dos microcrustá-ceos como fonte de proteína para rações de frangos e outrosanimais, há um mercado de exportação bastante significati-vo: em países como o Japão e os Estados Unidos, omicrocrustáceo é utilizado para alimentar peixes ornamen-tais e sua cotação alcança os Cr$ 50 mil por quilo. Assim,aquela cidade que produzisse uma tonelada, obteria fácil-mente uma receita de Cr$ 50 milhões por dia ou Cr$ 1 bilhão500 milhões por mês, calcula Hideo Kawai.

Ele usa os verbos no condicional ao fazer essescálculos, porque se baseia na produtividade alcançada noprojeto-piloto (para cada 1,5 quilo de esgoto utilizado, aCetesb obteve 15 gramas de microcrustáceos). É necessárioainda certificar-se de que, em escala industrial, será obtida amesma produtividade.

Cadeia alimentarA tecnologia da Cetesb é bastante simples e não exige

grandes investimentos. O esgoto que chega das residênciasde Campinas é colocado, em estado bruto, num tanque,onde, sob a ação de determinadas bactérias, transforma-seem sais minerais, que são verdadeiros fertilizantes paraplantas aquáticas.

Assim, os sais minerais são colocados num segundotanque, onde alimentam algas (foram escolhidas as espéciesChloreila e Scenedesmus, que se revelaram as mais ricas emproteínas). As algas, por sua vez, servem de alimento paraos microcrustáceos — animais da família dos camarões, sirise caranguejos, que medem no máximo dois milímetros. Bemalimentados e em condições ambientais adequadas, osmicrocrustáceos se reproduzem rapidamente — cada um semultiplica duas vezes por dia.

Pescados com peneiras especiais — os microcrustáceossão secados e triturados, para se transformarem na farinhautilizada para ração animal.

Ao longo da cadeia alimentar aproveitada pelos técni-cos da Cetesb, o esgoto vai gradativamente sendo purifica-do, pois a matéria orgânica nele contida é transformada emnutrientes pelas bactérias, algas e microcrustáceos. Ao fimdo processo, sai água limpa — embora não potável, poisainda contém microorganismos nocivos ao homem. Pode,porém, ser usada para irrigar lavouras ou em indústrias.

Elsimar Coutinho tratou 97 mulheres que tinham mioma de útero

Cientista baiano descobre

cura de mioma sem cirurgia

Symona Gropper

Salvador — Solteira, 18 anos, a garotaia ser operada para retirar o útero por causade um enorme mioma. Filhos, nunca mais.

Dois anos depois, sem cirurgia, miomadesaparecido, útero preservado, ela engra-vidou: meninos gêmeos. Logo depois, novagravidez, agora duas gêmeas. "O coringa,mais um menino, nasceu por último. Umafamília linda", emociona-se o médico baia-no Elsimar Coutinho, 55 anos, conhecidonacionalmente por suas campanhas em proldo planejamento familiar, mas também umentusiasta do filho desejado.

Foi a partir da moça que ia ter o úteroextirpado que Coutinho descobriu o cami-nho para o tratamento de mioma através demedicação oral à base de uma droga chama-da gestrinona. Tumor benigno que ataca oútero de 40% a 50% da população femini-na, o mioma impede a mulher de conceber,pois disputa espaço com o feto no útero.Geralmente é tratado com cirurgia e, noscasos em que cresce demais, pode obrigar àretirada do próprio útero.

Regressão do tumorNos últimos quatro anos, o pesquisador

baiano tratou com gestrinona 97 mulheres— com idades entre 18 e 53 anos —acometidas de mioma de útero. Em 71delas, obteve a diminuição do volume dotumor — o suficiente para poderem engra-vidar e para se livrarem das hemorragias edas dores provocadas pelo mioma (nasoutras 26 pacientes não houve alteração.Elas haviam sido tratadas com a medicaçãopor via vaginal, que se revelou ineficienteem relação ao mesmo tratamento por viaoral).

Nas mulheres tratadas com a medicaçãooral, a hemorragia começou a ceder nosegundo mês de tratamento. Ao fim dequatro meses, 95% não tinham mais sangra-mento. Segundo Elsimar Coutinho, a sus-pensão da hemorragia é o efeito mais re-compensador, pois, nos casos onde nãoocorre suficiente regressão do tumor e acirurgia é necessária, a paciente vai para amesa de operação com a hemorragia resol-vida. "E com boas reservas de ferro noorganismo, pois a anemia é superada com asuspensão da perda contínua de sangue",diz ele.

Autor de 300 trabalhos publicados naárea de reprodução humana, Elsimar Couti-nho é o único latino-americano a fazer partedo Conselho de Reprodução Humana daOrganização Mundial de Saúde e a dirigir oúnico centro de pesquisas clínicas mantidopela OMS no Brasil (o Centro funciona naMaternidade Climério de Oliveira, em Sal-vador).

Ele chegou ao tratamento de miomasem intervenção cirúrgica quase por acaso.Há cerca de sete anos, começou a estudar osefeitos da gestrinona no tratamento daendometriose, enfermidade caracterizadapelo crescimento anômalo do revestimentodo útero, que provoca infertilidade, além dedor durante o período menstrual e no atosexual. Obteve sucesso e o método passou aser empregado no mundo todo.

Considerado por isso o pai da droga, anível internacional, foi em 1981 que Couti-nho teve a idéia de tentar a mesma terapêu-tica para o tratamento de mioma.

Sua primeira paciente foi uma garota de18 anos. Mantinha relações sexuais com onamorado. O casal tinha decidido só casardepois que ela engravidasse. A barrigacomeçou a crescer, mas ela continuava asangrar todo mês. Não engravidava devidoao mioma que crescia em seu útero, emlugar de um bebê.

Depois de algum tempo, a moça entrouem forte hemorragia. Internada, o cirurgiãoavisou: "Se não tirar o útero, morre".Como último recurso, a mãe levou-a paraElsimar Coutinho.

Se quiser que use sua filha parafazer uma experiência, posso tentar — avi-sou ele. E atacou o mioma com a mesmadroga usada no tratamento da endome-triose.

Em 48 horas, a paciente não sangravamais, a barriga enorme foi murchando. Otratamento durou dois anos. Um mês após aalta, ela engravidava pela primeira vez.

Seu caso, o primeiro de regressão deum mioma no mundo, foi publicado em1981 no Internacional Journal of Gynecolo-gy and Obstetrics, na Inglaterra.

Controle da natalidadeApós quatro anos repetindo a experiên-

cia com outras 96 mulheres, no mês passadoElsimar Coutinho exibiu os resultados desuas pesquisas no Congresso Mundial deObstetrícia, realizado na Alemanha, apre-sentando seu método como uma nova formade tratamento da infertilidade. O cientistabaiano colheu reações de pouca simpatiados cirurgiões, que não pouparam críticasao método.

O cirurgião tem fé na cirurgia, tem aconvicção de que é um sistema eficiente,que não deveria ser substituído. Além dis-so, o novo tratamento representa uma per-da de clientela para ele — diz Coutinho."No entanto", prossegue, "o método atéfacilita o trabalho do cirurgião: nos casosem que a cirurgia seja indispensável, apaciente irá para a mesa de operação semhemorragia".

Capaz de dedicar quase todas as suaspesquisas ao tratamento da infertilidade —no momento, prepara um laboratório paratrazer ao mundo os primeiros bebês deproveta da Bahia (bebês de proveta parapobres", acentua) — Coutinho é, ao mesmotempo, ferrenho defensor do controle danatalidade. Acusa os opositores do planeja-mento familiar de serem "a favor do infanti-cídio, porque as crianças nascem sem seremdesejadas, em famílias sem condições dealimentá-las, e morrem com grande sofri-mento para todos".

Infelizmente, o controle da natalida-de no Brasil é tão bem feito — ironiza —que o Governo não sente necessidade demudar: são 3 milhões de abortos por ano emeio milhão de crianças que não chegamaos 5 anos de idade. Assim, dos quase 7milhões de bebês concebidos anualmente,sobram pouco mais de 3 milhões como.acréscimo à população. Aí o Governo achaque está tudo bem, faz que nem avestruz,não vê nada.

A pregação do médico sensibilizou aagência baiana de publicidade Propeg, queidealizou, de graça, toda uma campanhapublicitária sobre a necessidade de planeja-mento familiar. A campanha será deflagra-da em novembro, na Bahia.

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JORNAL DO BRASIL Internacional domingo, 10/11/85 ? Io caderno ? 23

i contra Firmenich dependem

Mario Firmenich, Uder montonero, foi extramtaa^irget^ia^^

Firmenich aparega envolvido nesse ttpo Paulo, atrds de provas contra Finnenich,de acusagao. Mas a questao € polfimica e e ali encontrou o que considera o maiorVictorica lembra que um dos advogados problema do seu trabafho, ao fracassar nade Firmenich na 6poca da extradi$£o 6 o tentativa de convencer o Deputado Fer-atual procurador-geral da Repiiblica, Se- nando Moraes a depor.pulveda Pertence. Moraes 6 autor da mais oomoleta

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(Processos contra Firmenich dependem do STF brasileiro

Rosental Calmon AlvesCorrespondente

Buenos Aires — Vários juizes argen-tinos estão aguardando uma decisão finaldo Supremo Tribunal Federal do Brasil,-para saber se podem levar adiante novos

Iprocessos contra o máximo dirigente da^organização guerrilheira e terrorista-Montoneros. Na quinta-feira passada,íum promotor federal de Buenos Aires: pediu prisão perpétua para Mario Firme-

Cnich por um dos dois crimes que o STF^considerou válidos para conceder a extra-

dição do acusado: o seqüestro dos indus-Jriais Jorge e Juan Born, durante o qualjduasj>essoas foram assassinadas.

Único sobrevivente entre os funda-;

' dores dessa organização armada que sur-;Ígiu da esquerda peronista, Mario Firme-\!nich foi preso no Rio e extraditado para a^Argentina há um ano. Embora o promo-íjtor Juan Romero Victorica tenha pedidoa prisão perpétua, ele só poderá ser

; condenado a 30 anos de cadeia, de acor-do com os termos da extradição, pois essaé a pena máxima prevista pela legislaçãobrasileira. O promotor fez questão, noentanto, de fazer constar a pena que alegislação argentina prevê para o réu.

Militares e subversivosDurante os sete anos de regime mili-

tar, o Governo lançou mão de métodosilegais para reprimir e denotar a subver-são armada, deixando de lado quasesempre os procedimentos jurídicos nor-mais. No entanto, apenas três dias depoisde tomar posse, o Presidente Raul Alfon-sín assinou dois decretos destinados amudar esse panorama.

Com o primeiro, determinava quefossem processados pela Justiça Militaros ex-comandantes que integraram as trêsprimeiras Juntas de Governo do regimede força e que deveriam ser acusados de' responsabilidade pela repressão ilegalque levou ao desaparecimento de milha-- res de pessoas. O segundo decreto deter-minava à Justiça Civil argentina a abertu-¦ ra de processos contra os principais lide-res da subversão esquerdista.

Certamente, Mario Firmenich nãoacreditou que esse decreto pudesse pros-perar. Planejando instalar-se no Rio,

• com sua mulher e vários companheiros daguerrilha, ele se apresentou no consuladoargentino, na Praia de Botafogo, pararenovar seus documentos. De fato, ape-sar do decreto, seus advogados tinhamverificado que não havia uma ordemjudicial de captura em seu nome. Mas, aessa altura, o Ministério Público já seesforçava para cumprir o decreto presi-dencial e buscava provas que permitissema prisão dos líderes da subversão.

Rapidamente, o Governo argentinopediu a extradição ao Brasil, relacionán-; do uma série de acusações contra Firme-nich. Outro engano do ex-líder guerri-lheiro foi supor que a Justiça brasileiranegaria a extradição por considerar ocaráter político das acusações. Ainda quesem unanimidade, o Supremo TribunalFederal decidiu extraditar Firmenich,mas impôs certas limitações que, peloacordo entre os dois países, terão de ser

.cumpridas pela Justiça da Argentina.

Peronismo emA

crise recorrerá

a ítalo LuderBuenos Aires (do Correspondente) —

O Presidente em exercício do PartidoJusticialista (peronista), Senador VicenteSaadi, renunciou esta semana ao cargo,em meio ao agravamento da crise internado movimento peronista devido à derrotanas eleições parlamentares de domingopassado. Dirigentes sindicais sugeriramque o ex-candidato à Presidência da Re-

•pública, ítalo Luder, seja convocado parauma ampla reorganização do partido, quesó teve duas derrotas eleitorais desde quefoi fundado por Juan Peron.

st Saadi vinha presidindo o partido há. três meses, quando o grupo mais conser-. vador e vinculado a caudilhos regionais sesobrepôs, numa convenção, aos renova-dores, considerados mais moderados. A

. presidente, oficialmente, é Isabel, a viúvade Peron, que foi eleita para o cargo àrevelia, ignorou completamente sua esco-lha na convenção do partido e continuadesfrutando de permanentes férias naespanha.

Para dominar o partido e derrotar osrenovadores, Saadi, que sempre se haviadestacado como integrante de setoresesquerdistas do peronismo, se aliara àextrema-direita do movimento, lideradapelo caudilho da província de BuenosAires, Herminio Iglesias. No domingopassado, ambos foram os mais fracassa-dos nas urnas: Saadi foi derrotado pelosradicais no Estado que é governado peloseu filho, e Iglesias perdeu tanto para osradicais quanto para o setor renovador doperonismo em seu próprio reduto elei-toral.

Agora, Luder surge como o maisindicado para tentar reorganizar o parti-do.

extroiMario Firmenich, líder montonero, Brasil para ser julgado na Argentina— O Brasil honrou a sua tradição

jurídica ao conceder a extradição, funda-mentando-a em que o assassínio e oseqüestro de pessoas nada têm a ver coma luta política e, em conseqüência, nãopodem ser entendidos como crimes políti-cos — elogiou o promotor Victorica.

Limitações do STFSegundo as condições impostas peloSTF, Firmenich só pode ser processado

pelos casos de seqüestro e homicídioassinalados e a pena não pode exceder 30anos de reclusão, para ficar dentro doslimites da legislação brasileira. Além dis-so, o STF brasileiro rejeitou outras acusa-ções por considerá-las de tipo político.Assim, Firmenich não pode ser julgadona Argentina por associação ilícita, lide-rança do movimento montoneros, possede armas de guerra e de explosivos, entreoutros delitos.

A sentença do STF se referia a doiscasos específicos apresentados no pedidode extradição: o seqüestro dos industriaisJorge e Juan Born, durante o qual morre-ram duas pessoas; e o assassínio doempresário Francisco Soldati. Para ostribunais argentinos ficou uma dúvida: oSTF brasileiro limitava os processos con-tra Firmenich a esses dos casos específi-cos ou a todos os casos em que houveseqüestro e morte?

Neste momento, vários juizes têm emsuas mãos outros processos contra Firme-nich, mas estão aguardando um novopronunciamento do STF para saber sepodem dar seguimento ou não. O promo-tor Victorica acha que ao caracterizar quehomicídio e seqüestro não são crimespolíticos, o STF deu sinal verde para aArgentina julgar todos os casos em que

Firmenich apareça envolvido nesse tipode acusação. Mas a questão é polêmica eVictorica lembra que um dos advogadosde Firmenich na época da extradição é oatual procurador-geral da República, Se-pulveda Pertence.

Quanto ao seu próprio processo, Vic-torica apresentou uma acusação de 600páginas, e considera devidamente prova-da a participação de Mario Firmenich noseqüestro dos donos das indústrias Bungee Born — uma operação que rendeu, há11 anos, um resgate recorde de 60 mi-lhões de dólares.

— Encontrei o processo arquivado,com escassa ou nenhuma investigação,algumas fotos e artigos de jornais e nadade provas. Partimos praticamente de ze-ro, ao saber que Firmenich estava no Rio— lembra o promotor.

Duas entrevistasO primeiro passo da sua investigação

foi reunir os dados contidos num livro dojornalista anglo-argentino AndrewGraham Yool, que contou em detalhesuma entrevista à imprensa estrangeira,durante a qual Firmenich deixou emliberdade o industrial Jorge Born (trêsmeses antes já tinha sido liberado JuanBorn). O promotor conseguiu localizar eouvir todos os jornalistas que estavamnessa entrevista, para que confirmassemsua autenticidade, e, finalmente, conse-guiu um filme da televisão alemã em queFirmenich aparece durante a libertaçãodo industrial.

Imediatamente depois de liberados,os irmãos Born transferiram a sede dosseus negócios e se instalaram em SãoPaulo, onde permenecem até hoje. Opromotor também teve de viajar a São

Paulo, atrás de provas contra Firmenich,e ali encontrou o que considera o maiorproblema do seu trabalho, ao fracassar natentativa de convencer o Deputado Fer-nando Moraes a depor.

Moraes é autor da mais completaentrevista jornalística feita até hoje comFirmenich, e que foi publicada em 1980pela revista Status. O promotor precisaque, sob juramento, o deputado estadualafirme que a entrevista é autêntica. Comessa formalidade jurídica, ela se transfor-maria em prova aceitável pelo tribunal.

Fui a São Paulo e o deputado merecebeu na Assembléia Legislativa, masexplicou que é um político de esquerda eque essa colaboração poderia prejudicá-lo.

Segundo o promotor, Moraes expli-cou que só vai depor se for obrigado afazê-lo. Através de via diplomática, jáchegou há meses ao juiz Sinval Antunesde Souza, da 11* Vara Federal, em SãoPaulo, a carta-rogatória para que o depu-tado seja ouvido. Pelo que o promotorsoube, entretanto o juiz se limitou aenviar um oficio a Moraes, para que eleavise quando estiver disposto a prestardeclaração.

A entrevista a Fernando Moraes éimportante não só para este caso comopara vários outros, pois nela Firmenichfala de sua participação em diferentesseqüestras. Além disso, ele faz uma im-portante autocrítica por ter ficado na lutaarmada é deixado de lado a ação política.O caso do seqüestro dos irmãos Born jáestá suficientemente provado, podendoprescindir da confirmação do deputado.Mas continuo insistindo porque, paramim, trata-se de uma questão de prin-cípio. «

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Montoneros querem agora

um novo pacto constituinte

José MitchellPorto Alegre — Os montoneros

consideram uma "grande tolice e umdesatino" responsabilizá-los, tam-bém, como fazem o Presidente RaúlAlfonsín e os radicais, pelos golpesmilitares e pela violência e genocídiona Argentina. Considèram que é im-possível esquecer o genocídio pratica-do' pelos militares e que o Governonão desarticulou o aparato repressivo.Defendem a luta armada como direitode resistência do povo e um novopacto constituinte que permita a "uni-dade nacional contra a oligarquia e oimperialismo".

Essas posições foram apresenta-das pelos dois principais dirigentesdos montoneros no exílio, FernandoVaca Narvaja e Roberto Perdia, nu-ma entrevista por telex, de Cuba. Oscontatos foram intermediados pelofundador do Movimento de Justiça eDireitos Humanos, Jair Krischke, en-tidade que salvou mais de mil argenti-nos e uruguaios durante a repressãomilitar. Krischke se tornou amigo pes-soai de Vaca Narvaja desde que pro-porcionou refúgio político para a fa-mília dele durante a ditadura militarargentina e a quem ajudou a voltar àArgentina, em 19 de setembro de1982, sob proteção da ONU.

Povo mansoPara Vaca Narvaja e Roberto

Perdia, a sociedade argentina "conti-nua sob o efeito de uma contradiçãode fundo não resolvida: povo manso euma boa oligarquia". Declaram-se sa-tisfeitos com a eleição parlamentar dasemana passada, mas os montoneroscontinuam a buscar a "democraciacom justiça social".

Narvaja diz qual é a principalautocrítica dos montoneros: "Não terobtido, junto com o povo, romper osmoldes de dependência." Ambos es-tavam no Brasil quando Mario Firme-nich foi preso e, depois, extraditadopara a Argentina, mas conseguiramfugir. Alegam sofrer, na Argentina,perseguição política "através de me-canismos jurídicos irregulares":

Enquanto não se modificaremessas condições, não há garantia sufi-ciente para um processo regular.

Sobre o destino dos dólares obti-dos em ações na Argentina durante aditadura militar, Vaca Narvaja e Ro-berto Perdia afirmam:

Serviram, servem e servirãopara uma só causa: a organizaçãopopular. Não se pode imaginar avariedade de recursos do gênio popu-lar organizado revolucionariamente.

A respeito da acusação de que osmontoneros mataram o General Pe-dro Aramburu:

Ele foi o símbolo da contra-revolução de 19SS, com suas seqüelasde perseguições, destruição das orga-nizações sindicais, revogação da legis-lação social e supressão da Constitui-ção de 1949 por um decreto militar.Aramburu, em 1956, mandou fuzilarum grupo de patriotas que se levantoucontra a ditadura militar.

Consideram sua situação pessoalcomo de "perseguidos, proscritos po-liticamente". Lembram que, antes daposse de Alfonsín, Os montonerosdeclararam publicamente que não ca-be a luta armada durante a vigênciado exercício da soberania popular.Admitiram que houve uma militariza-ção entre os montoneros, de quefizeram autocrítica, em conseqüênciado enfrentamento militar:

A luta armada não é um dog-ma que se possa aplicar em qualquertempo e lugar. Pode chegar a ser umadolorosa necessidade dos povos. Denossa parte não podemos dentar dereivindicar o direito de resistência àopressão e de rebelião frente aostiranos. Desde sua origem os monto-neros lutam pelas bandeiras peronis-tas de uma Argentina socialmentejusta, economicamente livre e politi-camente soberana. Entendemos quesó alcançaremos este objetivo quandose erradicarem as oligarquias que ser-vem de apoio à penetração monopo-lista. Só apelamos para a ação militarquando se fecham as outras vias deexpressão popular.

Os efeitos e as causasVaca Narvaja e Roberto Perdia

criticam a política econômica de Al-fonsín. O plano austral (nova moedaargentina) reduziu drasticamente ainflação mas "só tocou nos efeitos enão nas causas, sendo apenas parte dapolítica de reajustes determinada peloFMI, supondo a continuidade de me-didas do ex-Ministro Martinez de Hoz(na ditadura militar)".

Para os montoneros, que preten-dem continuar no movimento pero-nista," há necessidade de separar averdadeira dívida externa da dívidaindevida."

Advertem que se o Governo não.depurar o Poder Judiciário, "auxiliarjurídico da política genocida na Ar-gentina", permanecerá um foco deperturbação permanente (referiam-seà decisão de juizes que, recentemen-te, mandaram soltar militares e civisacusados de terrorismo de direita, emplena vigência do estado de sítio bai-xado por Alfonsín).

Vaca, marcado pela tragédiaPorto Alegre — Fernando Vaca

Narvaja, segundo na hierarquia dogrupo montoneros (logo abaixo dosecretário-geral Mario Firmenich, queestá preso), vem de uma conhecidafamília na Argentina, de formaçãocatólica. Tem 11 irmãos, de variadaslinhas políticas, mas todos com osigno da tragédia: o pai, um conheci-do e importante político do PartidoRadical (o mesmo de Alfonsín) e quechegou a ser Ministro do Interior em1962, no Governo Frondizi, está desa-parecido, após ser seqüestrado pormilitares durante o governo do Gene-ral Videla.

Seu irmão, Miguel Hugo VacaNarvaja, advogado que não tinha en-volvimento partidário mas defendiapresos políticos, foi preso e fuzilado,como informa a mãe de Fernando,dona Susana Yofre de Vaca Narvaja.

Ela chefiou a família na dramáticafuga em 1976 até a embaixada mexica-na em Buenos Aires, retornando àArgentina em 1982. O pai, Hugo deVaca Narvaja, após brilhante carreirapolítica e universitária, foi seqüestra-do por militares, em casa, na madru-gada de 10 de março de 1976. DonaSusana teve os olhos tapados, assimcomo os outros, enquanto ele eralevado embora e nunca mais encon-trado. Os militares também depena-ram a casa, roubando tudo, comoconta a mãe, que ainda luta na Argen-tina para descobrir os autores da mor-te do marido. Nessa época, Fernandojá estava vinculado aos montoneros.Mas dona Suzana garante que o se-qüestro do marido não foi pela parti-cipação política do filho Fernando,mas pela importância do pai, Hugo,na vida política do país.

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24 ? Io caderno ? domingo, 10/11/85 Internacional JORNAL DO BRASIL

Grupo Globo terá de enfrentar Berlusconi na Itália

Araújo NettoCorrespondente

Roma — Sem fazer barulho, o grupo Globocomeçou sua ambiciosa aventura européia, que nospróximos três anos pretende transformar a TV-International (Telemontecarlo) numa cadeia nacio-nal com 20% de audiência do público italiano.

Os primeiros passos do grupo brasileiro quehoje controla a rede italiana da Telemontecarlo nãopodiam ser mais discretos e cuidadosos. Até aquiseguiram fielmente as recomendações e o planotático de Roberto Marinho e Roberto Irineu Mari-nho, líderes das organizações Globo que conduzi-ram e concluíram a compra dos 90% das ações deuma cadeia de televisão que por quase 20 anos viveue existiu quase clandestinamente na Itália.

Minuto da verdadeComprando mais dois canais de transmissão e

com os primeiros ajustes na antena, o primeiroproblema técnico pode se considerar resolvido: hojea Telemontecarlo deixou de ser um objeto mistério-so, quase desconhecido. Já é possível captá-la emquase toda a Itália, em três freqüências, com umanitidez e força que nunca teve antes. Através deuma imagem que deixou de ter os fantasminhas e apalidez de antigamente.

Nos últimos 20 dias, quase incógnito, mas sempressa, passou por Roma, Milão e Mônaco o brãinpower, todo o grupo de comando das organizaçõesGlobo. Aaui estiveram, além do seu presidente,Roberto Marinho, Roberto Irineu Marinho, JoséBonifácio (Boni) de Oliveira, Miguel Pires Gonçal-ves, Dionísio Polli, Adilson Malta, Jorge Adib,Armando Nogueira, Leonardo Gryner, AntônioAustregésilo de Athayde e Ricardo Pereira. Todosdecididos a ouvir mais do que falar, a ver e entendertudo antes de tomar qualquer decisão. Atitude quemais do que o medo, trai a prudência de quemcomeça a caminhar num terreno estranho e insegu-ro — tendo informação e consciência das muitas eenormes dificuldades que enfrentarão para transfor-mar o sonho da aventura italiana (e européia) emrealidade bem-sucedida.

O da melhor recepção da Montecarlo não foi oúnico problema resolvido. Foi escolhido e alugadoum casarão na Piazza Balduina, bairro de Monte-mario, para a redação romana da cadeia. Naverdade, um novo centro de produção que imporá àTelemontecarlo uma operação triangular e frag-mentada, apoiada em três sedes: em Mônaco, MilãoRoma. Triângulo que não facilita, mas complica eencarece ainda mais a ambiciosa aventura européiada Globo.

Para abril de 1986 está prevista a segunda emais importante etapa do programa. Será esse omomento em que a Globo começará realmente abrigar por um espaço e por uma fatia do mercadoitaliano. Mas será apenas o primeiro minuto daverdade para os novos proprietários, dirigentes eprodutores da Telemontecarlo: o momento em quese começará a mexer na programação, a fazer osprimeiros testes de tendencias e preferências —aauele, enfim, em que a massa de 20 milhões detelespectadores de língua italiana começará a julgare pronunciar-se — mudando ou não de canal —sobre o estilo e o padrão Globo.

Com a preocupação de reduzir a margem deriscos e de erros, a idéia que prevalece até agora é ade fazer em Zurique, na sede da FIFA, o espetácu-lo-cobaia, montado e apresentado com a melhor,mais dinâmica e completa cobertura jornalística dosorteio das chaves da Copa do Mundo no México.Com Imagens e uma equipe jornalística exclusivasda Telemontecarlo.

Entre os dirigentes do grupo Globo que hojese dedicam à descoberta da Itália — país antigo,com cultura e sociedade, sensibilidade e hábitos quepouco ou nada têm a ver com os do Brasil — não háquem ignore que o problema e as dificuldades nãose limitam à conquista de uma boa audiência. Ou deuma publicidade regional e nacional, vendida semas concessões e aviltamentos de outros tempos.

O adversário e concorrente predestinado parao grupo Globo na Itália foram Silvio Berlusconi e oimpério que já construiu. Império que não secircunscreve ao campo da televisão, do rádio, daimprensa, dos imóveis e das finanças. Muito menosao espaço geográfico e político da Itália. Mas umimpério em plena fase de expansão agressiva: jápresente na França, com 8% das ações de umasociedade que investirá na televisão via satélite,projeto que tem tudo para concretizar o ideal dagrande comunidade européia, reunida, igualada emassificada pela infernal máquina de fazer doidos(ou hipnotizados) que é a televisão. Ideal que atéhoje, depois de quase 40 anos de tentativas bemintencionadas, nem o Mercado Comum, nem aComunidade Econômica Européia, muito menos oParlamento Europeu conseguiram concretizar, su-

perando as milenares barreiras erguidas por diver-sas formas de nacionalismo e por muitos interesses

econômicos que continuam a dividirpovos e Governos da Europa.

Se não tivesse outras metas, co-mo essa da integração da Europa pelaTV-satélite, Silvio Berlusconi já seriaum adversário difícil e cansativo paraqualquer um. Imagine-se o que essemesmo Berlusconi significará paraRoberto Marinho e o grupo Globo,apontados e proclamados como umdos seis maiores das televisões priva-das de todo o mundo, com seu segun-do, mais recente projeto, de entrar eaçambarcar o mercado das produçõeslatino-americanas e hispano-americanas?

Plano que Berlusconi já come-çou a executar, quando no fim do mêspassado comprou por 3 milhões 750mil dólares um dos maiores centros deproduções da Europa: o Roma Stu-dios, um conjunto de estúdios queocupa uma área de seis mil metrosquadrados em território espanhol. Deonde, aliado com a TVE (televisãoespanhola), a partir de 1° de janeirodo próximo ano, quando a entrada daEspanha na Comunidade Européiaobrigará o Governo de Madri a aboliro monopólio estatal das transmissõesde rádio e televisão, Berlusconi come-çará a produzir programas que lhedevem abrir as portas do mercadolatino-americano e hispano-americano dos Estados Unidos.

Até mesmo a amizade privilegia-da que a RAI — televisão estatal —assegura ao grupo brasileiro não podeiludir os homens da Globo. Até queponto a RAI, com sua lenta e monu-mental máquina burocrática (integra-da por mais de 15 mil empregadosfixos e 19 mil colaboradores regula-res), terá condições de ajudar o renas-cimento e crescimento da Telemonte-cario, operada pelo grupo Globo?

É indiscutível que a RAI só tema lucrar com a afirmação de um concorrente qualifi-cado e competente das quatro cadeias italianas detelevisão em poder de Berlusconi. Sem o interesse ebeneplácito da RAI, o grupo Globo não teriaadquirido a maioria das ações e o controle daTelemontecarlo. Boa vontade e boas intenções, daparte da RAI em relação aos seus aliados brasilei-ros, não faltam. Inclusive porque em Berlusconi éfácil reconhecer o inimigo mais perigoso da RAI, oque mais condiciona e prejudica a hegemonia datelevisão estatal na Itália.

Por isso mesmo, a concorrência agressiva nãodeixará muito tempo — e até paciência — à RAI.Os homens da Globo não deverão contar muito coma mão forte e amiga da RAI, principalmente nosprimeiros tempos de çxploração e implantação desua empresa italiana. E provável que alguns deles játenham se dado conta das limitações da aliança coma RAI. Já tenham, inclusive, percebido que a RAIé, sem dúvida, como a BBC inglesa, uma superpo-tência da televisão européia. Mas uma superpotên-cia que é — cada dia mais — pressionada, cobiçadae condicionada pelo regime de partidocracia quepredomina, manda e desmanda na Itália. Umregime onde cada um dos 11 partidos representadosno Parlamento reclama a sua fatia de influência e

poder dentro desse colosso que é a rádio-televisãoitaliana.

E em alguns desses partidos — como noSocialista, do Primeiro-Ministro Bettino Craxi —Silvio Berlusconi joga em casa, só encontra amigose protetores interessados em reforçá-lo. Até porquereforçando o império Berlusconi, os socialistasacreditam que se reforçam também.

Quem seria realmente esse Silvio Berlusconi,milanês cinqüentão, filho e herdeiro de um homemque enriqueceu na especulação imobiliária?

Um grandeMichael Dann, um americano que o conheceu

bem, é o autor do melhor perfil do homem e doempresário designado como concorrente da Globona Itália e na Europa. Michael Dann vive em, de epara a televisão há 36 anos. Fez parte da equipe deconselheiros da ABC, da Warner Cable, da IBM,da Children Television, Workshop e do projetoEpcot de Walter Disney. Trabalhou como progra-mador da NBC, da CBS, da rede TBS japonesa e daITV na Inglaterra. Passou um ano em Milão,ajudando a implantação da Retequattro, antes queos Mondadori a vendessem para Berlusconi.

Berlusconi é um grande, assegura Dann. —Foi capaz de fazer tudo aquilo que quis, na Itália eno exterior. Veja o que fez com a compra deprogramas: no começo, era obrigado a pagar osprodutos americanos três vezes mais caros ao quepagavam franceses e ingleses. Agora, se não seaceitam as condições de Silvio Berlusconi, ninguémfará negócios na Itália. A sua extraordinária Tiqui-dez e sua habilidade para tomar decisões semdiscutir com ninguém são qualidades únicas nomundo. Nunca as encontrei nos meus 36 anos detrabalho em televisão. A agressividade é outra desuas características. Assim como uma estranhacordialidade.

Do mesmo e autorizado observador que é oamericano Michael Dann parte uma outra indica-ção, sobre o mesmo e carismático Berlusconi, quepode servir a quem tiver que enfrentá-lo em duelo.E uma indicação que desmente a infalibilidade e atérevela o calcanhar de Aquiles de Berlusconi. Nomínimo contesta sua condição de insuperável eimbatível como condutor de um império de televi-soes:

O crescimento de Berlusconi será muitocondicionado — antecipa Dann — pelas decisões doGoverno italiano. Por uma lei que estabelecerá asporcentagens de produção. Será condicionada tam-bém pela evolução do público. Até o dia ém que osprogramas de perguntas e respostas e de variedadesforem populares, Berlusconi não terá problemas.Mas a história ensina que, em todo o mundo, opúblico vem sendo sempre mais atraído pelos pro-gramas tipo minisséries, filmes para TV, mas filmesrealmente. Nesse campo, a RAI vence porque estámelhor equipada. Outra incógnita é a capacidade deBerlusconi de lidar com produtores e escritores.Gente que não pode ser tratada como Berlusconitrata os condutores e produtores de espetáculos,principalmente as vedetes desses shows. Mesmo nomomento em que puder e decidir fazer jornalismoem televisão, acho que Berlusconi encontrará sériasdificuldades. A liberdade intelectual requer muitoapoio, muita compreensão e muito mais atenção doque as dispensadas aos que contam anedotas ou dãotapinhas nas costas. Esse deverá ser o momentomais crítico que Berlusconi enfrentará em toda suacarreira de empresário de TV. Com a perda deinteresse pelos programas de auditório e pelosshows, a maior ou menor atenção que dedicará àsnotícias, aos documentários, às produções de filmese séries decretará seu sucesso ou sua falência.

Polônia vai

se filiar ao

FMI em breve

Clyde FarnsworthThe New York Times

Washington — A Polônia, que temuma vultosa dívida externa, espera setornar muito em breve o 149° membro doFundo Monetário Internacional (FMI) edo Banco Mundial, o que lhe permitirá aconcessão de centenas de milhões dedólares de crédito, informaram econo-mistas poloneses, um deles integrante doComitê Central do Partido Comunistapolonês.

Desde que os Estados Unidos abri-ram mão de suas objeções ao ingresso daPolônia —em dezembro do ano passado,em conseqüência da libertação de prisio-neiros políticos poloneses — o FMI jáenviou três missões à Polônia, para anali-sar a admissão desse país.

— Estamos no último estágio dosentendimentos — informou Josef Soldac-zuk, diretor do Instituto de Pesquisasobre Comércio Exterior, de Varsóvia, eprofessor do Instituto para as RelaçõesEconômicas Internacionais, que partici-pou em Washington, na quinta-feira, deconferências sobre a situação econômico-financeira da Polônia.

Todos insistiram em que a Polônia —que conseguiu reduzir drasticamente ainflação nos últimos quatro anos, obteveum superávit comercial graças à brutalsupressão das importações e adotou me-didas para criar uma economia dinâmica— já alcançou as condições que o FMIimpõe para conceder sua ajuda.

O FMI assegura que jamais faz co-mentários sobre questões envolvendo umpaís específico, mas uma fonte ligada aoFundo confidenciou que tudo se encami-nha para a rápida admissão da Polônia.Outros funcionários da instituição, nóentanto, advertiram que muitos mesesainda poderão transcorrer até que a Polô-nia consiga ajuda financeira. Qualquerprograma de assistência terá que seraprovado pela junta do FMI, onde osEstados Unidos têm 20% dos votos.

Um integrante do Governo america-no declarou que a Casa Branca poderálevar em conta a situação política polone-;sa quando o ingresso da Polônia fordebatido pela junta do FMI. Embora osEstados Unidos tenham abolido seu vetoao ingresso da Polônia, ainda mantêmsanções comerciais contra aquele país éproibiu a concessão de qualquer novo,crédito oficial do Banco de Exportação eImportação.

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JORNAL DO BRASIL Internacional domingo, 10/11/85 ? Io caderno ? 25

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&6Gays" lutam

para desfilar

em parada

militar nos EUA

David MargolickThe New lortt Times

Nova Iorque — Durante os anos de servi-ço, alguns nem tinha se dado conta de queeram homossexuais. Outros sabiam, mas man-tinham segredo, ou confidenciavam com pou-cos outros na mesma situação. A divulgação,•eles sabiam, poderia quebrar abruptamentesuas carreiras militares.

Agora, dez, 20 ou até 50 anos depois dedarem baixa, muita coisa mudou para osveteranos homossexuais americanos. Eles nãoapenas querem confessar publicamente suaorientação sexual, mas, ao mesmo tempo,proclamar seu patriotismo, marchando ama-nhã, dia 11, pela 5a Avenida, com a bandeirada Associação dos Veteranos Gays, na paradaanual do Dia dos Veteranos.1 Véspera do combate

— Nunca ninguém perguntou, na vésperado combate, se você é homossexual ou não —diz Robert Walden, secretário da Associaçãodos Homossexuais Veteranos, ex-sargento daMarinha. — Lutamos juntos com todos osmembros do serviço militar, e agora queremoster o direito de marchar juntos em tempo depaz.

No ano passado, a Associação dos Vetera-nos Gays, constituída por mil membros, pediuà Legião Americana, que organiza a parada,permissão para marchar. O pedido foi ignora-do. No começo do ano, outros pedidos, denovo à Legião Americana e ao Prefeito Ed-ward Koch, também foram ignorados. Poristo, em outubro, quase duas semanas antes daparada, os veteranos homossexuais levaram ocaso à Corte Federal de Nova Iorque. Até oÚltimo momento aguardam uma decisão dojuiz Constance Baker Motley.( O processo em si se tornou importantepara muitos veteranos homossexuais, levando-se a pensar sobre sua experiência como solda-(ios e veteranos a sua homossexualidade epatriotismo como um todo. Eles acham quehomossexualidade e patriotismo podem coe-xistir pacificamente.

A Rua 43i, Cinco membros da organização (um pro-fessor de Nova Iorque, um agente de viagens,(im processador de dados, um funcionário dapolícia e um pesquisador nuclear aposentado)se reuniram recentemente na Rua 43, nofundo de Educação e Defesa Legal Lambda(letra grega), o grupo de direitos homosse-ituais que os representa neste caso, para discu-tir a questão e suas emoções. Um deles serviu

10 Vietnam e outro na Alemanha durante a IIuerra Mundial. Um terceiro trabalhou em

iesquisas de armas nucleares nos anos 40. Oquarto foi condecorado por trabalho de espio-êagem na Marinha nos anos 70. Seus pontosqe vista, segundo a própria descrição, vão dedemocrata de esquerda a republicano reaga-riista.* — Não acho que exista algo mais patrióti-ço do que desejar que o sonho americano se{orne realidade para todos os americanos —çjiz o professor, que pede para ser identificadoapenas pelo primeiro nome, Fred.

O regulamento do Departamento de Defe-sa determina que a homossexualidade é in-íompatívcl com o serviço militar e afeta acapacidade das Forças Armadas de manter adisciplina, a boa ordem e a moral. Por estemotivo os homossexuais que se alistam, comofeter Guardino, funcionário da polícia dacidade de Nova Iorque, que serviu no Viet-

nam, não podem revelar sua homossexuali-dade.

Outros acham que a homossexualidade éadmitida, e até tolerada, pelos oficiais milita-res até haver um flagrante:

O Exército não quer saber destas coi-sas — explica Fred. — As pessoas não seimportam em pensar que você é gay, oususpeitar que você é gay, mas não conseguemconviver com o conhecimento de que você érealmente gay.

A parada de amanhã trouxe o assunto àtona de novo. Funcionários da Legião Ameri-cana dizem que os homossexuais podem mar-char livremente, mas não com sua própriabandeira, como insistem os homossexuais ve-teranos. Segundo John Paine, presidente daAssociação dos Veteranos Gays e eleitor doPrefeito Koch, os homossexuais rejeitaram aoferta do prefeito de uma parada paralela,simultânea.

Nós pertencemos às Forças Armadascomo qualquer outro — diz Paine, que serviuna Alemanha e na Bélgica de 1975 a 1980.

A Legião Americana sustenta o seu objeti-vo, que é muito mais patriótico do que destina-do a resolver questões sexuais.

Mas Paine, atualmente agente de viagensem Manhattan, diz que o grupo, que temmembros em 31 estados e sedes em Boston,Filadélfia, Washington, San Diego e NovaJérsey, é também ativo em numerosas outrasquestões relacionadas com veteranos: pen-soes, assistência médica, excesso de álcool edroga, desemprego...

Acontece que não somos uma organi-zaçáo só de assuntos gays.

A vida pela liberdadeA sua presença na parada, afirmaram os

veteranos em sua petição legal, é também paralembrar o público que cerca de 23 milhões deamericanos são gays e que milhares de gays elésbicas serviram honradamente as Forças Ar-madas de seu país, muitos deles pagando comsuas vidas a luta por uma liberdade que elespróprios jamais puderam gozar.

Até agora o grupo representa apenas umapequena fração dos veteranos homossexuaisdos Estados Unidos. Um dos objetivos demarchar na parada de amanhã é exatamenteatrair veteranos do Vietnam (a maioria temsido da II Guerra Mundial e da Coréia) que,até agora, têm-se recusado a entrar em organi-zações de qualquer tipo. Só quando Walden,processador de dados, marchou na parada dosveteranos do Vietnam, é que ele descobriu aexistência do grupo. A descoberta, diz ele,mudou sua vida profundamente. Ele se descre-ve como um libertário radical que, antes,jamais se juntara a uma organização homosse-xual. O que mudou sua mente a respeito daluta pelos homossexuais foi a AIDS.

Por causa das pessoas que conheço emorreram e também por causa dos meuspróprios conceitos a respeito de saúde, che-guei à conclusão de que conservar a minhahomossexualidade compartimentalizada numcanto pequeno da minha vida não funciona.Muitos de nós acham que o escudo de promis-cuidade que é grandemente responsável peladisseminação da AIDS se deve em parte àrepressão sexual, e que nós temos de encon-trar outros meios de nos expressarmos.

Walden conclui:Eu não sou uma pessoa gay aqui, um

veterano ali e um banqueiro lá. Deus fez demim uma única pessoa, e eu tenho o direito deme realizar na vida da minha comunidade.

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Guerra nas Estrelas divide EUA e URSS

Leslie GelbThe New York Times

Washington — Cada vez que Estados Unidos eUniáo Soviética caminham um em direção ao outrono setor de limitação das forças nucleares ofensivas, ocaminho parece estar atravancado por diferençasfundamentais sobre defesa espacial. Este é o recadocentral do Secretário de Estado americano GeorgeShultz depois de encontros com os líderes soviéticosesta semana em Moscou.

Segundo Shultz não houve estreitamento dasdiferenças (gap) no controle de armamentos. Funcio-nários do Governo americano dizem que isto significaque Shultz insistiu na idéia de redução das forçasnucleares ofensivas enquanto desenvolve o sistema deproteção contra mísseis (Guerra nas Estrelas), mas olíder soviético Mikhail Gorbachev continua a insistirem que os cortes ofensivos dependem da limitação dosistema de proteção. Ambos os lados propuseram umcorte de 50% nas armas ofensivas, mas discordamsobre a maneira como isto será realizado.

O tempo curtoFuncionários da Casa Branca, Pentágono e

Departamento de Estado disseram depois não versinal de que o Presidente Reagan planeje mudar seusplanos, o mesmo acontecendo com a contrapartesoviética. Funcionários do Governo afirmam queReagan sequer estuda a possibilidade de pensar emqualquer mudança no seu programa Guerra nasEstrelas. .

Mesmo que Reagan se decida nos próximos diasa explorar possíveis compromissos para a reunião decúpula do dia 19, especialistas do Governo dizem queo tempo seria curto para realizar um trabalho interde-partamental para qualquer coisa,'exceto um gestocosmético para um comunicado conjunto em Ge-nebra.

Outros funcionários disseram que com to{la a

conversa pública dos funcionários soviéticos sobresua disposição de admitir pesquisa científica sobresistemas defensivos, sua posição formal nas conversa-ções de desarme em Genebra continua inalterada.Moscou continua a exigir um basta ao desenvolvi-mento das armas de ataque espaciais, incluindo apesquisa. Se Reagan quiser considerar alguns com-promissos, muitos funcionários dentro do Governoque estão trabalhando no assunto sugerem as seguin-tes idéias:

que ambos assinem um comunicado conjunto afir-mando que os dois lados se submetem inteiramenteao tratado de Mísseis Antibalísticos (ABM), deixan-do o resto indefinido;

que concordem em limitar o programa de Reagande pesquisa, buscando definir em conversas posterio-res assuntos como os testes já planejados;que concordem em limitar o programa de pesquisa,mas tentando estabelecer uma linha entre as ativida-des permitidas, como localizar e rastrear objetos, ouo desenvolvimento e testes das atuais armas e seuscomponentes;

que busquem limitar todo desenvolvimento e estesde subcomponentes de sistemas de rastrear ou desistemas de armas;

que os dois países concordem em fazer testesdentro de normas negociadas com antecedência, masque nenhuma arma ou sistema possa ser instaladoantes que um lado informe o outro e adie a instalaçãopor um número combinado de anos.

Traduzir as idéiasNão fica claro se o pensamento soviético foi tão

longe. Recentes entrevistas com funcionários soviéti-cos em Moscou, no entanto, sugerem que os especia-listas soviéticos ainda não progrediram no sentido detraduzir suas idéias numa linguagem que possa servirpara as negociações. Eles falam a maior parte dotempo em prevenir a militarização do espaço emacordos de limitação de gastos com armas defensivas,idéias que Reagan certamente irá rejeitar.

A posição do Governo americano é que a

pesquisa, desenvolvimento e teste de armas defensi-vas são permitidas pelo tratado ABM de 1972 (assina-do por Nixon e Brejnev), e que ambos os ladosdevem começar logo a cortar suas forças ofensivas econcordar com o desenvolvimento e a instalação desistemas defensivos. A posição de Moscou é que oABM proíbe qualquer desenvolvimento de armassemelhantes e que não concordará em cortar suasforças ofensivas até que Washington concorde emsuspender qualquer desenvolvimento futuro das defe-sas espaciais..

O clima pré-cúpula vai esquentando. Os soviéti-.cos resolveram fazer alarde do caso Vitaiy Yurchen-ko, o alto funcionário do KGB que aparentemente .fugiu para os Estados Unidos há três meses só pararesolver retornar à União Soviética, com a acusação ,de que foi seqüestrado pela CIA. Funcionários doGoverno americano disseram que Moscou poderia terconseguido o retorno de Yurchenko com menosbarulho. Enquanto isto, o Governo americano anun-ciou que está havendo um sério aumento de embar-'que, via marítima, de armas soviéticas para a Nicará-gua através de Cuba.

Uma nova versãoLogo depois Reagan turvou ainda mais a situa-

ção com sua entrevista a repórteres soviéticos, publi-cada, com cortes, no Izvestia. Ele aproveitou aoportunidade para apresentar uma nova versão deseu conceito de defesa espacial, dizendo que ela será .instalada só depois que todas as armas nuclearesforem destruídas. Anteriormente ele falara de umperíodo de transição no qual a defesa espacial só seria .instalada à proporção que as forças ofensivas fossem .sendo eliminadas. O porta-voz da Casa Branca, LarrySpcakes, comentou que esta afirmação eram impres-sões de Reagan que foram mal-entendidas.

O fato é que alguns funcionários do Governo"americano dizem que ainda é prematuro dizer o que*acontecerá realmente. E todos se apressam em acres-"centar que não podem saber com certeza o que sepassa na cabeça de Reagan.

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Washington — Foto da AFP

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Ronald, Nancy, Diana e Charles sao as atragdes no "show" montado para a TV

26 ? Io caderno ? domingo, 10/11/85 Internacional JORNAL DO BRASIL

PC da RDA faz

expurgo em

suas fileirasBerlim Oriental — "Você luta contra

idéias ocidentais e inimigos da classe emtodas as frentes? Você contesta a linha deação comunista em todas as questões?Qual a sua opinião sobre o secretariadodo Partido?"

Cerca de 2 milhões 300 mil membrosdo Partido Comunista (SED) da Alemã-nha Oriental têm saído — aliviados ouexasperados — de salas de entrevistas,nos últimos tempos, com perguntas comoessas ainda ecoando em seus ouvidos.

O SED, cujo Politburo assumiu omais completo controle desde a criaçãodo Estado comunista, em 1949, está ex-purgando os "infiéis" de suas fileiras parao importante-congresso qüinqüenal doPC, a se realizar em abril de 1986.Pureza, unidade e força são as palavrasde ordem.

As triagens se realizam enquanto nasruas proliferam os cartazes aliciantes,com promessas de mineiros, professores,banqueiros ou soldados de "cumprir,além do estabelecido, nosso plano emhomenagem ao Congresso".

Até agora já foram expulsos 4 milmembros por desafiar a disciplina doPartido. Mais de 400 se recusaram a fazeras entrevistas e 1 mil 300 abandonaram oPC. O destino de outros 3 mil pende nabalança. Para essas pessoas as perspecti-vas de fazer carreira são sombrias, quais-quer que sejam seus méritos profissio-nais.

— Quem não é membro do Partidotem suas chances de promoção reduzidasem muitas profissões. Mas ser membrodo PC e depois abandoná-lo, ou serexpulso, é infinitamente pior — comen-tou um comunista desiludido.

Os entrevistados são encorajados acriticar outros membros do Partido, seacharem razão para isso, e pela primeiravez foi-lhes garantido que os formulárioscom respostas serão destruídos para pre-servar o sigilo.

Num país em que todas as principaisdecisões são tomadas por trás de portasfechadas, a informação pode-se transfor-mar numa arma política vital e numprivilégio concedido pelo Particjo. Quan-do o líder comunista Erich Honeckerpronunciou importante discurso, esteano, para secretarias locais, só um vagosumário foi divulgado no Neues Deutsc-hland, diário controlado pelo SED. Mui-tas declarações políticas foram omitidas,entre elas a garantia de que a AlemanhaOriental participaria dos próximos JogosOlímpicos, em 1988. Só os organizadoresesportivos locais tiveram acesso à notíciapara dissipar seu receio de uma repetiçãodo boicote de 1984, em Los Angeles.

Assim, líderes do Partido são cons-tantemente forçados a viver um papelduplo ou, graças à intrusão da mídiaocidental, até mesmo triplo. Têm deobservar uma linha partidária rígida,omitindo freqüentemente fatos importan-tes.

Palermo abre o maior

processo contra Máfia

Palermo — O maior processo já in-tentado contra a Máfia italiana está ofi-cialmente aberto, com a publicação on-tem, na capital siciliana, das atas deacusação que implicam 475 acusados,com base nas declarações de 25 "arrepen-didos", à frente deles Tommaso Buscet-ta, que está em Nova Iorque prestandodepoimento como testemunha em outroprocesso.

Os 22 volumes com 8 mil 632 páginasque estão em poder do juiz de instrução,Antonino Caponnetto, não se limitam aapontar suspeitos: levantam toda umarede de cumplicidades e omissões, asramificações do crime organizado nomundo da política e dos negócios e o"abandono" a que foi relegado o generalDalla Chiesa, enviado a Palermo peloGoverno para combater a Cosa Nostra eassassinado em setembro de 1982.

Dalla Chiesa é apenas o mais ilustredos "cadáveres ilustres" que juncam ocaminho da Máfia napolitana na reconsti-tuição dos juizes de Palermo, que abrirãoo julgamento dos 475 em fevereiro. Poli-ciais, juizes, carabineiros estão entre os90 mortos por que são responsabilizadosagora 57 dos acusados. Do total destes,207 estão presos, 45 sob prisão domici-liar, 102 em liberdade e 121 têm paradei-ro desconhecido.

Consta do processo uma carta deDalla Chiesa ao atual Ministro da Defe-sa. Giovanni Spadolini, denunciando que"a família política mais corrupta de Paler-mo enviou mensagens a Roma para impe-dir que me sejam concedidos poderes

mais amplos". Não ficou clara que famí-lia seria essa, mas a investigação aporttapara uma evidência: a "solidão" de DallaChiesa, despido na prática dos poderesque lhe haviam sido destinados, "repie-sentando unicamente a si mesmo, e nãoao Estado, como deveria ser", possibjli-taram ou facilitaram seu assassinato, pce-sumivelmente a mando da Cosa NosÇrasiciliana. ,

Traçando uma história em profundi-dade da sociedade siciliana nos últimos 25anos, a investigação revela que sem- oconsentimento da Máfia náo se teriaconstituído no início dos anos 60 a coili-záo de todos os partidos locais qae,dominando a assembléia regional, permi-tiu o estreitamento dos vínculos entre ocrime e o aparelho de Estado, como nocaso da lei que entrega aos primos mafio-sos Ignazio e Nino Salvo a coleta çjpsimpostos. j

No capítulo da violência, é historiadaa chamada "segunda guerra da Máfia?',marcada pelos violentos confrontos entreos clãs "perdedores" de Buscetta e TanoBadalamenti e as famílias "vencedoras"dos Greco e dos corleoneses de LucianoLiggio, o "chefão dos chefões". Da gufir-ra de clãs, passa-se ao projeto de interna-cionalização, com minuciosa descrição dotráfico de heroína entre o ExtremoOriente, a Sicília e os Estados Unidos;'eo paralelo envolvimento de empresários"limpos"

para o "branqueamento" dodinheiro "sujo".

Milhares protestam

na

Espanha contra a OTANMadri — Milhares de manifestantes O Primeiro-Ministro socialista FelipeMadri — Milhares de manifestantes

convergiram ontem para Madri para umfinal de semana de protestos contra aparticipação da Espanha na Organizaçãodo Tratado do Atlântico Norte (OTAN).Uma longa marcha com tochas acesascruzou as principais ruas do centro daCapital espanhola acompanhada por umabanda de metais e muita gente fantasiadade trajes carnavalescos.

Os protestos, que se repetiram emvárias cidades espanholas, foram organi-zados por 20 grupos pacifistas, de esquer-da e sindicais:

— Nosso objetivo é demonstrar nasruas nossa posição contra a OTAN, basesestrangeiras e gastos militares — afirmouuma nota de convocação.

A manifestação continuará hoje comadesão de atores e músicos espanhóis quefarão encenação do holocausto nuclear ecantarão músicas de sucesso. Eles que-rem que a Espanha deixe a OTAN, àqual se filiou em 1982 sob um Governocentrista.

O Primeiro-Ministro socialista FelipeGonzalez é a favor da permanência tiaaliança ocidental mas sem participar dosetor militar, a exemplo do que acontetecom a França. Ele foi eleito em 82 comuma plataforma anti-OTAN mas cedeu àpressão dos integrantes da organização edecidiu convocar um plebiscito para; ocomeço de 86, quando os espanhóis deçi-dirão se a Espanha fica na OTAN.

Uma pesquisa de opinião publicadasemana passada informou que 63% dosespanhóis querem o plebiscito mas só19% apóiam a política socialista de ficarna OTAN. Os manifestantes de ontemtambém exigiram a retirada de tropasamericanas estacionadas em quatro basesespanholas, um assunto que Gonzalezdiscutiu mês passado com autoridadesamericanas e que deverá estar em pautanovamente mês que vem. O dirigenteespanhol está confiante que os EstadosUnidos concordarão com uma reduçãono número de tropas.

Washington — Foto da AFP

Ronald, Nancy, Diana e Charles são as atrações no "show" montado para a TV

Uma festa bem americana para

os Príncipes Charles e Diana

Washington — É grande a expectati-va em torno dos contornos da PrincesaDiana na visita que os futuros monarcasbritânicos — ela está acompanhada domarido, o Príncipe Charles — iniciaramontem aos Estados Unidos. Após umasemana de torrencial cobertura, a im-prensa local só não conseguiu responderainda a uma pergunta: a Princesa esperaou não seu terceiro filho?

— Milhares de olhares curiosos sedirigiam ao físico de Diana com o fim deadivinhar as curvas dos rumores de suaterceira gravidez — escreveu o repórterda agência espanhola EFE encarregadoda cobertura do desembarque do casalreal britânico, ontem, na Base Aérea deAndrews, em Washington.

Toda de vermelho, incluindo chapéue sapatos (consta que essa é a cor preferi-da de Nancy Reagan, a mulher do presi-dente americano), a Princesa passou pelomenos vinte minutos apertando as mãosde alguns dos milhares de curiosos queenfrentaram o frio de novembro só paravê-la trocar de um avião para um helicóp-tero.

O principal agraciado com as aten-ções reais foi um ceguinho de 16 anos,Jonathan Lollar. Ele é músico e não temesperanças de viver por muito tempo,pois sofre de um tumor cerebral. Noencontro com a Princesa, a quel entregouum disco com suas canções, produziu-seum daqueles diálogos capazes de enterne-cer telespectadores de costa a costa:

E para mim? Que lindo — excla-mou a Princesa.

Não tem nenhuma outra pessoano mundo igual a ela — suspirou oceguinho. Ele prometeu compor sua pró-xima música para Diana.

Um nutrido contingente de funcioná-rios da Coroa Britânica aguardou fleuma-ticamente a meia hora de cumprimentosaos pés do avião da Força Aérea Austra-liana (o casal esteve visitando a Austráliae descansou no Havaí antes de enfrentara etapa de Washington) para depois des-carregar as três toneladas de bagagem deCharles e Diana. Tantas roupas e orna-mentos (no caso da Princesa) são neces-sários para três jantares de gala, pelomenos cinco compromissos sociais dife-rentes e dois encontros para tomar chácom o casal Reagan.

Nancy e Ronald pareciam dois típicosamericanos às portas da Casa Brancaquando receberam os Príncipes de Gales,ontem à tarde. Nancy estava de claro esorria ainda mais do que de costume.Ronald trajava vistoso paletó xadrez, quenormalmente identifica turistas america-nos a centenas de metros de distância, emcontraste com a sóbria e discreta elegân-cia do terno escuro do Príncipe Charles.

O jantar de ontem à noite, na CasaBranca, era para círculo pequeno. Ape-nas 80 pessoas foram convidadas, e a listaincluía, a exemplo de Nancy, Ronald,

Diana e Charles, atores de diferentesépocas: Rita Hayworth, Peter Ustinov,Clint Eastwood, John Travolta e TomSelleck, além do cantor Neil Diamond,do nadador Steve Lundquist, do oceanó-grafo Jacques Cousteau, a Princesa Yas-min Kha e o austronauta Alan Shepard.

Alguns pagaram até 10 mil dólarespor um convite para o grande banquetede Gala na National Gallery of Art,amanhã, quando os herdeiros do tronobritânico se aparesentam a públicomaior. Mais de duzentos mil americanosse candidataram aos poucos lugares dis-poníveis para mortais comuns.

Antes da visita, a imprensa america-na dedicou-se a um esforço aparentemen-te inesgotável para prescrutar todo tipode boato ou comentários sobre a vidaíntima do casal. Nem mesmo uma raraentrevista de 45 minutos de duração con-cedida há poucos dias por Charles eDiana a uma das cadeias comerciais detelevisão britânicas acalmou os jornaismais afoitos.

Ao que tudo indica, Charles não setornou um místico preocupado em con-tactar seu tio, o falecido Lord Mountbat-ten, através de centros espíritas. Diananáo é dominada pela ânsia de consumoque a levou a comprar 120 vestidos emum ano. O Príncipe náo é um fanático porjardinagem botânica e o casal, aparente-mente, náo está prestes a se separar.

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26 o Io caderno ? domingo, 10/11/85 ? 2° Clichê Internacional JORNAL DO BRASILWashington — Foto da AFP

Assalto mata

10 e fere 20

em BruxelasBruxelas — Pelo menos 10 pessoas

morreram e 20 saíram gravemente feridasno violento assalto a um supermercadona cidade de Aalst, a 20 quilômetros deBruxelas. Três homens fortemente arma-dos e usando máscaras saltaram de umcarro Volkswagen Golf pouco antes dofechamento do supermercado, às19h45min (hora local), e entraram atiran-do para todos os lados e correndo emdireção às caixas registradoras, de ondetiraram todo o dinheiro. Depois, fugiramatirando pela janela do Golf.

— Foi um verdadeiro massacre. Ho-mens, mulheres e crianças que estavamnas filas das caixas foram atingidos acurta distância. — disse uma testemunhaem depoimento emocionado a uma rádiolocal.

Este é o terceiro ataque nos últimosdois meses a supermercados da GrandeBruxelas e todos foram idênticos. Nosdois primeiros, oito pessoas morreram. Aquadrilha parece ser a mesma, caracteri-zando-se pela extrema violência de suasações. Em 1983, seis pessoas morreramem assaltos semelhantes e a polícia belgacrê que eles também foram feitos pelagang — que já recebeu o apelido de "osloucos enraivecidos" —, que estaria vol-tando à cena agora.

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suas fileirasBerlim Oriental — "Você luta contra

idéias ocidentais e inimigos da classe emtodas as frentes? Você contesta a linha deação comunista em todas as questões?Qual a sua opinião sobre o secretariadodo Partido?"

Cerca de 2 milhões 300 mil membrosdo Partido Comunista (SED) da Alemã-nha Oriental têm saído — aliviados ouexasperados — de salas de entrevistas,nos últimos tempos, com perguntas comoessas ainda ecoando em seus ouvidos.

O SED, cujo Politburo assumiu omais completo controle desde a criaçãodo Estado comunista, em 1949, está ex-purgando os "infiéis" de suas fileiras parao importante congresso qüinqüenal doPC, a se realizar em abril de 1986.Pureza, unidade e força são as palavrasde ordem.

As triagens se realizam enquanto nasruas proliferam os cartazes aliciantes,com promessas de mineiros, professores,banqueiros ou soldados de "cumprir,além do estabelecido, nosso plano emhomenagem ao Congresso".

Até agora já foram expulsos 4 milmembros por desafiar a disciplina doPartido. Mais de 400 se recusaram a fazeras entrevistas e 1 mil 300 abandonaram oPC. O destino de outros 3 mil pende nabalança.

Washington — É grande a expectati-va em torno dos contornos da PrincesaDiana na visita que os futuros monarcasbritânicos — ela está acompanhada domarido, o Príncipe Charles — iniciaramontem aos Estados Unidos. Após umasemana de torrencial cobertura, a im-prensa local só não conseguiu responderainda a uma pergunta: a Princesa esperaou não seu terceiro filho?

— Milhares de olhares curiosos sedirigiam ao físico de Diana com o fim deadivinhar as curvas dos rumores de suaterceira gravidez — escreveu o repórterda agência espanhola EFE encarregadoda cobertura do desembarque do casalreal britânico, ontem, na Base Aérea deAndrews, em Washington.

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E para mim? Que lindo — excla-mou a Princesa.

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Os 22 volumes com 8 mil 632 páginasque estão em poder do juiz de instrução,Antonino Caponnetto, não se limitam aapontar suspeitos: levantam toda umarede de cumplicidades e omissões, asramificações do crime organizado nomundo da política e dos negócios e o"abandono" a que foi relegado o generalDalla Chiesa, enviado a Palermo peloGoverno para combater a Cosa N ostra eassassinado em setembro de 1982.

Dalla Chiesa é apenas o mais ilustredos "cadáveres ilustres" que juncam ocaminho da Máfia napolitana na reconsti-tuição dos juizes de Palermo, que abrirãoo julgamento dos 475 em fevereiro. Poli-ciais, juizes, carabineiros estão entre os90 mortos por que são responsabilizadosagora 57 dos acusados. Do total destes,207 estão presos, 45 sob prisão domici-liar, 102 em liberdade e 121 têm paradei-ro desconhecido.

Consta do processo uma carta deDalla Chiesa ao atual Ministro da Defe-sa, Giovanni Spadolini, denunciando que"a família política mais corrupta de Paler-mo enviou mensagens a Roma para impe-dir que me sejam concedidos poderes

mais amplos". Não ficou clara que famí-lia seria essa, mas a investigação apontapara uma evidência: a "solidão" de DallaChiesa, despido na prática dos poderesque lhe haviam sido destinados, "repre-sentando unicamente a si mesmo, e nãoao Estado, como deveria ser", possibili-taram ou facilitaram seu assassinato, pre-sumivelmente a mando da Cosa Nostrasiciliana.

Traçando uma história em profundi-dade da sociedade siciliana nos últimos 25anos, a investigação revela que sem oconsentimento da Máfia não se teriaconstituído no início dos anos 60 a coali-zão de todos os partidos locais que,dominando a assembléia regional, permi-tiu o estreitamento dos vínculos entre ocrime e o aparelho de Estado, como nocaso da lei que entrega aos primos mafio-sos Ignazio e Nino Salvo a coleta dosimpostos.

No capítulo da violência, é historiadaa chamada "segunda guerra da Máfia",marcada pelos violentos confrontos entreos clãs "perdedores" de Buscetta e TanoBadalamenti e as famílias "vencedoras"dos Greco e dos corleoneses de LucianoLiggio, o "chefào dos chefóes". Da guer-ra de clãs, passa-se ao projeto de interna-cionalização, com minuciosa descrição dotráfico de heroína entre o ExtremoOriente, a Sicília e os Estados Unidos, eo paralelo envolvimento de empresários"limpos" para o "branqueamento" dodinheiro "sujo".

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convergiram ontem para Madri para umfinal de semana de protestos contra aparticipação da Espanha na Organizaçãodo Tratado do Atlântico Norte (OTAN).Uma longa marcha com tochas acesascruzou as principais ruas do centro daCapital espanhola acompanhada por umabanda de metais e muita gente fantasiadade trajes carnavalescos.

Os protestos, que se repetiram emvárias cidades espanholas, foram organi-zados por 20 grupos pacifistas, de esquer-da e sindicais:

— Nosso objetivo é demonstrar nasruas nossa posição contra a OTAN, basesestrangeiras e gastos militares — afirmouuma nota de convocação.

A manifestação continuará hoje comadesão de atores e músicos espanhóis quefarão encenação do holocausto nuclear ecantarão músicas de sucesso. Eles que-rem que a Espanha deixe a OTAN, àqual se filiou em 1982 sob um Governocentrista.

O Primeiro-Ministro socialista FelipeGonzalez é a favor da permanência naaliança ocidental mas sem participar dosetor militar, a exemplo do que acontececom a França. Ele foi eleito em 82 comuma plataforma anti-OTAN mas cedeu àpressão dos integrantes da organização edecidiu convocar um plebiscito para ocomeço de 86, quando os espanhóis deci-dirão se a Espanha fica na OTAN.

Uma pesquisa de opinião publicadasemana passada informou que 63% dosespanhóis querem o plebiscito mas só19% apoiam a política socialista de ficarna OTAN. Os manifestantes de ontemtambém exigiram a retirada de tropasamericanas estacionadas em quatro basesespanholas, um assunto que Gonzalezdiscutiu mês passado com autoridadesamericanas e que deverá estar em pautanovamente mês que vem. O dirigenteespanhol está confiante que os EstadosUnidos concordarão com uma reduçãono número de tropas.

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- JORNAL DO BRASIL Internacional domingo, 10/11/85 d 1° caderno d 27

Governo colombiano acusado de massacreBogotá — "Foi um massacre anuncia-

do e consentido", disse o presidente emexercício da Suprema Corte colombiana,

; Fernando Uribe Restrepo, ao criticar aação do Executivo no episódio da ocupa-!ção do Palácio de Justiça, entre quarta e

-"quinta-feira, por terroristas do M-19. A'posição de Restrepo, um dos sobreviven-¦tes da batalha que matou mais de 90

' pessoas, reflete uma polêmica que cresce'no país a respeito da intervenção do' "Exército no prédio para eliminar os guer-rilheiros. u

, Segundo o juiz, há mais de um mês oGoverno estava informado de que o M-19

, promoveria o ataque, e não tomou sufi-cientes medidas para progeter o Palácio

ide Justiça. Além disso, argumenta ele,maior persistência na tentativa de diálogo

icom os seqüestradores teria permitido-salvar mais vidas, sobretudo as dos 24"juizes, metade dos quais pereceu.r Do outro lado da polêmica, o Minis-"firo da Defesa, General Miguel Vega

Uribe, lembra que foram salvos mais def 200 reféns; o secretário do Partido Con-

servador e membro da Comissão Nacio-a nal de Paz, Jaime Aria Ramirez, conside- .o ra acertada a decisão de mandar invadir o

prédio em chamas onde estavam mais de' 50 terroristas, porque estes "já chegaram

matando e iam continuar matando". Umex-comandante do Exército, o Generalda reserva Bernardo Lema Henao, afir-mou que a única forma de acabar com o

sM-19 "é seu aniquilamento militar" — o;que pelo menos em parte parece dar

razão aos que pregavam maior cuidadono contra-ataque desta semana.

Enquanto ainda continuam sendo re-tirados cadávares do prédio destruído, ocomandante da 13a brigada do Exército,General Armando Árias Cabrales, quechefiou a operação de invasão e resgate,"anunciou a aplicação de um gigantescodispositivo de segurança em toda a cida-de, suas saídas e prédios oficiais, envol-vendo mais de mil homens das quatroarmas.

v A aliança dos guerrilheiros com aMáfia, insinuada pelo Presidente Belisa-" rio Betancur na quinta-feira, é uma hipó-tese que foi ontem reforçada pelo Minis-" tro da Justiça, Enrique Parejo Gonzales.' Ele lembrou que quatro dos magistrados: mortos cuidavam do processo de extradi-

ção para os Estados Unidos de colombia-:nos envolvidos no tráfico de entorpe-rentes.

Betancur recorreu a dispositivos ex-cepcionais autorizados pelo estado de.

sítio para reconstituir o corpo de magis-' irados, reduzido à metade e incapacitado' de agir porque precisa de maioria demetade mais um. O Presidente decretouque os 12 sobreviventes poderão eleger' por unanimidade os 12 que deverão subs-tituir os que morreram. Determinou tam-bém a suspensão provisória dos prazosjudiciais, ante a literal queima dos arqui-VOS.

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Embaixada atacadaGuerrilheiros esquerdistas do Movimento RevolucionárioTupac Aamaru atacaram com tiros de metralhadoras ebananas de dinamite a Embaixada dos Estados Unidos emLima, Peru, mas foram rechaçados pelos guardas peruanosque guarneciam a missão. Os rebeldes surgiram atirandode dois carros e chegaram a explodir uma banana dedinamite junto ao portão principal da Embaixada. Nin-guém saiu ferido e os danos materiais foram pequenos.Este foi o terceiro ataque contra a Embaixada americanaem Lima nos últimos três anos e num telefonema aosjornais um porta-voz do Tupac Amara disse que a ação eraura protesto contra o "imperialismo ianque".

Pugilato nas alturasUm Jumbo da empresa americana Trans World Airways,que fazia a linha Atenas — Nova Iorque com 400passageiros a bordo, foi obrigado a fazer um pouso deemergência no aeroporto londrino de Heathrow devido auma briga, iniciada entre dois passageiros por causa dafumaça de um charuto Havana, que depois envolveu váriaspessoas e se transformou num grande tumulto. O primeiroagressor foi detido em Londres pela polícia.

Walesa pai mais uma vezDanuta Walesa, mulher do líder do prescrito sindicatopolonês Solidariedade e Prêmio Nobel da Paz, está espe-rando seu oitavo filho, que deve nascer em fevereiro. Ainformação foi prestada por um Walesa radiante, que já ópai de sete filhos: quatro meninos e três meninas.

Alfonsín e LoloO Presidente da Argentina, Raúl Alfonsín, concedeu umaentrevista para a Rádio e Televisão Italiana (RAI) queteve como repórter a atriz Gina Lollobrigida, informou aCasa Rosada. A emissora italiana vai levar ao ar uma sériede progrmas intitulada A Semana da RAI na Argentina,que começará domingo que vem com as declarações deAlfonsín. A atriz italiana veio a Bueno Aires para entrevis-ta com grande equipe da RAI e se confessou encantadacom Alfonsín.

Crítica a Nobel

O truculento secretário do Partido Democrata Cristão daAlemanha Ocidental, Heiner Geissler, considerou uma"vergonha" a concessão do Prêmio Nobel da Paz àAssociação Internacional de Médicos para a Prevenção daGuerra Nuclear. Ele disse que vai pedir à comissão doNobel para que o prêmio não seja entregue ao presidenteda Associçaão, Eugeni Chasov, membro do Soviete Supre-mo e Vice-Ministro da Saúde da União Soviética, alegandoque ele pertence ao grupo que persegue o físico e PrêmioNobel da Paz, Andrei Sakharov. Geissler é conhecido naAlemanha por suas tiradas estapafúrdias: uma das maisconhecidas é sua declaração que os pacifistas permitiram aascensão de Hitler.

Agente preso por engano

Agentes do DGSE, o serviço secreto francês, foram presosquarta-feira à noite na cidade de Bayonne, região Sudoesteda França, perto da fronteira espanhola. Policiais osconfundiram com integrantes do Grupo de LibertaçãoAntiterrorista, uma organização paramilitar de direita queage contra a guerrilha basca e já matou mais de 12integrantes da ETA, a organização que luta pela indepen-dência do país basco. Os quatro agentes foram presos comcarteiras de identidade falsas quando iam pegar um aviãono aeroporto de Biarritz. Eles disseram sua verdadeiraidentidade, deram um telefone secreto de seu superior queconfirmou a história e eles foram soltos.

A CIA e o espião

Bombardeada por críticas do Congresso e outros setoresamericanos por ter permitido a fuga do espião soviéticoVitaly Yurchenko para a Embaixada de seu país emWashington, a CIA viu-se compelida a divulgar um perfildo espião, que a acusou de mantê-lo em cativeiro. A CIAdisse que ele era, desde abril, subchefe do departamentoda KGB responsável pela espionagem nos Estados Unidose Canadá. A agência apresentou-o como um agentealtamente treinado, indicando que ele fora uma "conquistade primeira ordem".

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28 ? Io caderno a domingo, 10/11/85 JORNAL DO BRASIL

Obituário

Rio de JaneiroYola Coutinho Lyra, 86, dederrame, em sua residência.Uma das fundadoras do Espor-te Clube Radar e mãe de Euri-co Lyra Filho.Gérson Marinho dos Santos,18, de ferimento transfixiantede coração e pulmão. Era sol-teiro. e morava na AvenidaBorges de Medeiros, no Le-blon.Elenice Dias do Nascimento, 30,de contusão de crânio. Era sol-teira, paulista. Morava na RuaArídio Martins, em Niterói.Delfina Readi di Santo, 50, deacidente vascular cerebral. Ita-liana, era casada com PietroReadi. Morava na Ladeira dosGuararapes, no Cosme Velho.Cremilda Cavalcante, 51, defratura de crânio. Era solteira.Morava na Rua Arnaldo Da-masceno Vieira, na Pavuna.Euclides da Costa Moraes, 59,de angioma cerebral. Paraense,aposentado era casado comAdenina Machado Moraes etinha um filho. Morava na RuaGuaraí, em Campo Grande.Eduardo Pinto da Silva, 62, deinsuficiência renal. Era decora-dor, casado com Maria dasGraças Cavalcante da Silva.Morava na Rua Cupertino, emQuintino.Décio Colangelo Viegas, 63, decâncer. Era casado com Dalvados Santos Pimentel Viegas etinha cinco filhos. Morava naRua Barão de Petrópolis, noRio Comprido.Silvio Figueiral Coelho, 64, decâncer. Aposentado, era casa-do com Maria Cecília BorgesFigueiral Coelho e tinha cincofilhos. Morava na Rua Domin-gos Ferreira, em Copacabana.'Arthur Azevedo Vilela, 66, deinsuficiência respiratória. Apo-sentado, era casado com TelmaSalgado Vilela e tinha quatrofilhos. Morava na Rua PompeuLoureiro, em Copacabana.Victorino Ramos da Silva Mala,70, de hipertensão arterial.Médico, era viúvo e deixa oitofilhos. Morava na Rua LauroMuller, em Botafogo.Alayde Rondon, 71, de infartoagudo do miocárdio. Solteira,aposentada. Morava na RuaConde de Bonfim, na Tijuca.

EstadosValmir Luís Pochmann, 41,

de câncer, em Venâncio Aires,RS. Médico, formado pela Fa-culdade Católica de Medicina,colega de turma do Secretáriode Saúde, Germano Bonow.Casado com Lia Knies Poch-mann, tinha dois filhos.

Leda Correia de Araújo Re-sende, 65, de parada cardíaca,em Belo Horizonte. Funcioná-ria aposentada do INPS, ba-charel em Direito pela Pontifí-cia Universidade Católica deMinas Gerais, turma de 1977.Era casada com o Juiz CarlosResende, tinha duas filhas —Márcia e Edna — e duas netas— Daniela e Melissa.

Regina de Almeida Martins,75, de enfarte, em Belo Hori-zonte. Mineira de Ponte Nova,era casada com Manuel Videirae tinha dois filhos — Sirinel eCidinei — seis netos e um bis-neto.

Alunos

conseguem

liminarInteressados no concurso

público para médicos promovi-do pelo estado e o município,50 alunos do último ano deMedicina entraram com man-dato de segurança e já conse-guiram liminar garantindo-lhesdireito de disputar as 1 mil 265vagas. Como as inscrições fo-ram prorrogadas até o dia 14,cerca de 600 formandos pro-curaram ontem o sindicato dosMédicos para novos mandadosde segurança.

As provas do concurso serãorealizadas no dia 12 de janeiro,com exame escjito, e de 3 a 21de fevereiro, com prova de tí-tulos. O presidente da Associa-ção dos Médicos Residentes,Roberto Medronho, acha que aparticipação dos formandos se-rá mais uma forma de pressãocontra a prova de títulos, que >diminui as chances dos que ain-da não são especialistas.

Pelo edital do concurso, sópoderiam se inscrever quemapresentasse registro do Con-selho Regional de Medicina.Mas os 50 formandos consegui-ram liminar da juíza ValériaMaron. da 10a Vara de Fazen-da, e já se inscreveram para oconcurso. Diante disto, outrosformandos procuraram ontemo departamento jurídico do sin-dicato. Roberto Medronhoacredita que os cerca de 1 mil500 alunos que já estão nocixto ano farão o concurso pa-ra ocupar vagas no município.

O presidente da Associaçãodos Médicos Residentes reve-lou que a categoria quer a efeti-vação dos 785 médicos celetis-tas, para que seja ampliado onúmero de vagas. E que oGoverno determinou que osceletistas sejam contratados so-mente se forem aprovados noconcurso.

Foto de Carlos Mesquita~ me _1

O corpo de Dorotéia foi encontrado no pátio da casa pelo caseiro, que ouvira os gritos de seu namorado

Moça cai com o namorado

de encosta do Joá e morre

A estudante de Comunicação DorotéiaSant'Anna Sardenha, 24 anos, morreu namadrugada de ontem ao cair de uma altura de11 metros na Estrada do Joá. Segundo seunamorado, Cláudio Henrique Corso, 21 anos— que também caiu e sofreu fratura expostada perna —, os dois namoravam encostadosnuma cerca de madeira que se rompeu.

O casal saiu de uma boate nas imediações,por volta das 3h30min e, de acordo com orapaz, acabou a gasolina da motocicleta deles,placa LL-088. Eles resolveram esperar o diaamanhecer, pulando o portão da casa de n°1951, que fica a 11 metros abaixo do nível darua. Mas-não perceberam que a cerca demadeira estava velha e acabaram caindo nopátio da residência.

Colega de turmaBonita, cabelos longos e louros, vestindo

jeans, tênis e casaco de couro, Dorotéia foiencontrada por policiais do 2° BPM, alertadospelo namorado, que conseguiu se arrastar atéa estrada. Ela cursava o 7° período de Comu-nicação da Faculdade Hélio Alonso e estavainscrita para fazer estágio na Rádio Tupi. Suacolega de turma Miriam Andrade, que já estáestagiando na Rádio, não imaginou que do-cumentaria ontem, na 15* DP, a morte daamiga.

Dorotéia morava desde criança com a tiaIsabel Sant'Anna Nunes, na Rua Belfort Ro-xo, em Copacabana — sua família, pai eoutros 10 irmãos, é de Campos. Uma meninaalegre e inteligente, conforme definiu suaamiga Míriam, da Faculdade: "Há um mêsestava namorando Cláudio e os dois pareciamapaixonados, pois estavam sempre juntos". Amotocicleta foi comprada por Dorotéia hápoucas semanas e eles estavam aprendendo adirigi-la.

Em casa, muito abalada com a morte damoça, a família preferiu não dar declaraçõesaté conhecer, de fato, as reais condições queprovocaram a sua morte. Segundo Tereza, sua

irmã, a família não suspeita do rapaz, emborareconheça que não estava satisfeita com onamoro, já que ele, segundo Tereza, nãoestudava nem trabalhava. Cláudio, que moraem Santa Tereza, foi socorrido pelo caseiroDelmiro de Farias e levado de ambulânciapara o Hospital Miguel Couto. Além de fratu-ra exposta da perna direita, o rapaz sofreuvárias escoriações e está em observação.

A morte

De acordo com o caseiro Delmiro, Cláu-dio — enquanto estava sendo socorrido —contou que o casal deixou a boate CassinoRoyale, sem saber que a motocicleta estavacom pouca gasolina. A poucos metros, a motoparou e os dois resolveram esperar o diaamanhecer, namorando. Pularam o portão,sem se importar com a placa que indicava"propriedade particular, cães ferozes".

Dorotéia foi encontrada pelo caseiro Del-miro caída no pátio de entrada da casa quepertence ao engenheiro Eduardo Jorge Farah.A casa é usada somente nos finais de semana eainda não tinha chegado ninguém. Por voltadas 4h, o caseiro escutou gritos de socorro,saiu e viu Cláudio ensangüentado, se arrastan-do no caminho que liga a casa a estrada doJoá.

Os peritos do Instituto Médico Legal esti-veram no local pela manhã e atestaram amorte da moça por fratura de crânio. Segundoeles, o casal havia mantido relações sexuais,antes da queda. O único documento queCláudio portava era uma carteira de sócioatleta do Clube Olimpo de Pára-quedista, comduas fotos de Dorotéia.

Pelas circunstâncias em que a moça foiencontrada, a polícia acredita na versão deCláudio. O rapaz, no entanto, ainda seráouvido na 15a DP, onde foi registrada aocorrência. Dorotéia está sendo velada nacapela do Carmo e será enterrada hoje demanhã no cemitério do Caju.

Mãe perdoa

filho neurótico

que lhe deu várias facadas

Depois de ser esfaqueada várias vezes notórax, na cabeça e nos braços pelo filho JoséAlberto Miguel da Costa, 19 anos, a contadoraJagmar Miguel da Costa, 54 anos, defendeu oagressor, dizendo que "ele está com problemade nervos, mas é um filho ótimo, maravi-lhoso"..

A tentativa de homicídio ocorreu ontem àtarde no interior do apartamento 701 doprédio da Rua Voluntários da Pátria, n° 249,em Botafogo, onde Jagmar mora com o mari-do, o oficial da Marinha reformado José MariaFreire da Costa, e quatro filhos. A mãe estáem observação no Hospital Miguel Couto e ofilho ficou detido na 10a DP.

ProblemasJosé Alberto, que não estuda e nqo tem

profissão definida, disse que quis sair de casavárias vazes, mas a mãe não deixou. Eletrabalha como contínuo no escritório de conta-bilidade da mãe, que funciona no próprioapartamento da família. Segundo José Alber-to, Jagmar não lhe paga e o mantém "amarra-do a ela."

Ele queixou-se de que ela "fala demais",está sempre dizendo para ele "tomar jeito" e

trabalhar para ela, chamando-o de "filhinho,queridinho, minha gracinha", o que o deixairritado. Ontem, ele contou que estava ouvin-do música em casa, mas não conseguia seconcentrar: "Ela ficava passando por mim atoda hora, olhando para minha cara, e eu nãoconseguia prestar atenção à música."

Foi aí que ele pegou uma faca de cozinhapequena e começou a esfaquear Jagmar. Emseguida, desceu até o terceiro andar, arrom-bou a porta do apartamento 301, pulou dajanela para uma marquise e desceu para a rua,onde foi preso por policiais militares, quedesconfiaram de sua calça jeans manchada desangue. Ele não soube explicar aos policiais omotivo do crime, afirmou que fumou "poucamaconha" no dia anterior e não conseguiudormir à noite.

No Hospital Miguel Couto, a mãe de JoséAlberto, já medicada e deitada numa maca,disse que o filho anda muito nervoso e haviapedido a ela que lhe pagasse um tratamentopsiquiátrico. O pai confirmou que o filho "estáperturbado, tem algum problema, mas nãofala para niguém e foi fazer uma coisa dessaslogo com a mãe, que é tão boa".

Funcionários, alunos e

pais escolhem diretor

em escolas de BrasíliaBrasília — Depois de passar os 23 anos que mora no

Distrito Federal sem exercitar seu voto, Maria Pereira deAzevedo, aluna do supletivo na Escola Classe N° 8, naCeilândia, foi contente às urnas ontem, nas eleições em que 450mil professores, alunos maiores de 18 anos, pais de alunos efuncionários da rede oficial de ensino escolheram os diretoresdas 420 escolas e 16 complexos administrados pela Secretaria deEducação. "Votar é ótimo", resumiu, enquanto seu marido,Francisco, apontava o motivo: "Se o eleito não cumprir seuscompromissos, não votamos mais nele".

— O comparecimento às urnas foi surpreendente, avaliouo presidente da comissão eleitoral, Admário Luís de Almeida.Só na Escola Classe em que estuda Maria Pereira de Azevedo,70 dos 102 professores e funcionários e 500 dos 2 mil pais ealunos maiores de idade já haviam votado às 15h, embora avotação fosse até 18h30min. Cada pai de aluno, informouAdmário Luís, tem tantos votos quanto o número de filhos naescola. >

As eleições, explicou Admário Luís, têm dois objetivosprincipais: educar o brasiliense para o voto, pois o fará pelaprimeira vez para eleger seus representantes para o Congresso(oito deputados e três senadores) em 15 de novembro de 1986, ecomprometer os pais dos alunos com sua educação, "pois elesentregam seus filhos às escolas sem considerar que seu papel éfundamental na educação":

As irmãs Ana Cristina e Ana Vilma Sena, p4or exemplo,arrastaram ainda cedo a mãe para a escola e exigiram que eladepositasse as duas cédulas a que tinha direito para eleger JoãoBatista Gonçalves, encarregado de administração da EscolaClasse N° 8, seu diretor. A mãe, também Ana, atendeuprontamente e descartou a outra candidata, a atual diretoraEldy Fagundes Camoelo Mendes, que "já teve sua vez"

Policiais sobem morro

em busca de ladrões de

ônibus mas nada achamCerca de 50 policiais civis e militares foram acionados no

fim da tarde de ontem para o Morro da Cachoeirinha, noGrajaú; onde três assaltantes teriam se escondido após rouba-rem um ônibus na Avenida Menezes Cortes. Após duas horasde buscas — com auxílio de um helicóptero da Secretaria dePolícia Civil — os policiais prenderam Antônio Jorge Pinheirodos Santos, 28 anos, que negou qualquer participação.

Os policiais estavam perdidos no cerco porque as informa-ções estavam truncadas, já que a informação sobre o assalto foifeita através de um telefonema para o 3o BPM, do Méier.Segundo a denúncia, um homem foi levado como refém e seriaum PM. Apesar da intensa mobilização, os policiais nãoencontraram nada que se relacionasse com o fato.

EDNA NEWMAN DE MORAES

Io ANIVERSÁRIO DE FALECIMENTO

ÍEdna

Maria e Tininha, saudosas,convidam parentes e amigos pa-ra a Missa em intenção de suaboníssima alma, na Igreja do

Rosário, no Leme, às 9 horas do dia12 de novembro (3a feira).

LORICE KAYAT ESQUENAZI

$

(FALECIMENTO)A família comunica seu falecimento e convidapara o sepultamento. HOJE, às lOh, no Cerni-tério Comunal Israelita Caju. Pede-se dispen-sa de flores

TempoSatélite — GOES — INPE — Cachoeira Paulista— (08/11/85)—18 horas

Frente fria em dissipação no litoral Nordeste. Anticiclonetropical com centro 1016 MB à 10° Sul e 10° Oeste.Anticiclone polar em transição p/tropical com centro de1022 MB à 28° Sul e 38° Oeste.

No Rio e em Niterói

Claro. Temperatura em ligeiraelevação. Ventos: quentes,Norte fracos. Visibilidade boa.Máx.: 32.2 em Realengo eMin.: 15.1 no Alto da BoaVista.

Precipitação das chuvas em mm

Últimas 24 horasAcumulada no mêsNormal mensalAcumulada no anoNormal anual

0.044.297.4

1.402.91.075.8

Nascer&frs 06h03min° 801 Ocaso&s 19h09minO Mar Prcamar I Baixa-mar I

01hl3min/l.lm 08h09min/0.2mRio13h38min/l.lm 20hl4min/0.3m00h53min/1.3ra 07h09min/0.0m13h22min/1.2m 19h35min/0.3m

Cabo 00h46min/l. m | Q7hl2min/0.2m |FriO 13hl3min/1.2m !9hl5min/0.2m

O Salvam ar informa que o mar está calmo,com águas a 18 graut. Banhos liberados.A Lua

DMinguanteAté amanhá

nCrescente19/11

Nova12/11

?Chela27/11

Nos EstadosCooditfes Mix. Min.

RR: Nub a ptc nub 24.2AM: Nub a pte nub 31.5 22.7AP: Nub a pte nub 31.7 24.7PA: Pte nub ocste nub 32.4 22.2MA: Nub a pte nub 29.2 24.9PI: Nub c/chuvas csp —CE: Pte nub a nub 30.6 24.8RN: Pte nub a nub 21.3PB: Pte nub a nub 30.0 25.0PE: Pte nub a nub 30.1 21.3AL: Nub 21.2SE: Nub 27.8 23.0BA: Nub c/chuvas esp 25.7 21.8ES: Pte nub 26.1 19.6MG: Clr a pte nub 26.3 16.6DF: Enc a nub c/chuvas 16.5SP: Clr a pte nub 28.7 13.5PR: Clr a pte nub 25.5 10.1SC: Pte nub a nub 25.9 19.0RS: Pte nub a nub 35.0 19.3AC: Nub d pnes esp —RO: Enc a nub c/chuvas —GO: Enc a nub c/chuvas 18.2MT: Nub c/chuvas esp 16.4MS: Clr a pte nub 22.6

No MundoAmsterdéAssunçãoAtenasBerlimBogotáBruxelasBuenos AiresCaracasGenebraGuatemalaLa PazLimaLisboaLondresMadriMéxicoMontevidéuNova IorquePanamáParisQuitoRomaSantiagoTóquioVienaWashington

chuvosoclaroclaronubladonubladochuvosonubladoclaroclaronubladonubladonubladonubladoclaroclaroclaronubladonubladoclarochuvosonubladoclaroclaronubladoclaroclaro

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AUREA DA SILVA LEAL

JL A família agradece as manifestações deT pesar recebidas pelo falecimento da queri-

I da AUREA e convida para a Missa de 7°Dia a ser celebrada dia 12, terça-feira, às

10:30 h„ na Igreja Na Sra. do Carmo.

t

ROSINA NOCE

DE CARVALHO(FALECIMENTO)

Sua Família pesarosa comunica seu falecimentoocorrido ontem e convidam os demais parentes eamigos para o sepultamento a realizar-se hoje às9:00 horas saindo o féretro da Capela Real Grandezan° 3 para o Cemitério São João Batista.

ROSA BOCHNER(RUCHLA)

a Ida Michlewicz, Jayme Bochner, Sér-i/\j gio Bochner, senhoraefilhos, SidneyX A Bochner e cunhados comunicam o¦ \ / falecimento de sua inesquecível fi-

* lha, esposa, mãe, sogra e avó, convi-dando para seu sepultamento, a se realizar nodia 10 — domingo, às 9:30 h, saindo o féretroda Rua Barão de Iguatemy, 306 para o cemité-rio de Vila Rosaly (novo)

PROFESSOR

LUIZ EURICO FERREIRA

J. O HOSPITAL SAMARITANO

| cumpre o doloroso dever de

comunicar o falecimento do

seu Presidente ocorrido em

9/11/85 e agradece as manifesta-

ções de pesar.

PROF.

LUIZ EURICO FERREIRA

jl O INSTITUTO BRASILEIRO DE OFTALMO-

f LOGIA (IBOL), através de seus diretores,

médicos e funcionários, comunica o faleci-

mento de seu saudoso Presidente e amigo,

ocorrido ontem, dia 09/11/85, nesta cidade.

MARECHAL

ODYLIO DENYS(MISSA DE 7o DIA)

t

Roberto Bayma Denys, esposa, filhos, noras, netos; RenatoBayma Denys, esposa e filhos; Rubens Bayma Denys, esposa,filho e neto; Gabriel de Aguiar, esposa, filhos, nora e neta;

Gustavo Manuel Fernandes Júlio, esposa, filhos, genro, nora e netosagradecem as manifestações de pesar recebidas por ocasião dofalecimento de seu querido pai, sogro, avô e bisavô ODYLIO econvidam parentes e amigos para a Missa de 7o Dia que serácelebrada no dia 12, 3a feira, às 11 horas na Igreja Santa Cruz dosMilitares, na Rua 1o de Março, n° 36 -— Centro.

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28 o Io caderno ? domingo, 10/11/85 ? 2o Clichê JORNAL DO BRASIL

Obituário

Rio de JaneiroYola Coutinho Lyra, 86, dederrame, em sua residência.Uma das fundadoras do Espor-te Clube Radar e máe de Euri-co Lyra Filho.Gérson Marinho dos Santos,18, de ferimento transfixiantede coração e pulmão. Era sol-teiro e morava na AvenidaBorges de Medeiros, no Le-blon.Elenice Dias do Nascimento, 30,de contusão de crânio. Era sol-teira, paulista. Morava na RuaArídio Martins, em Niterói.Delfina Readi di Santo, 50, deacidente vascular cerebral. Ita-liana, era casada com PietroReadi. Morava na Ladeira dosGuararapes, no Cosme Velho.Cremilda Cavalcante, 51, defratura de crânio. Era solteira.Morava na Rua Arnaldo Da-masceno Vieira, na Pavuna.Eticlides da Costa Moraes, 59,de angioma cerebral. Paraense,aposentado era casado comAdenina Machado Moraes etinha um filho. Morava na RuaGuaraí, em Campo Grande.Eduardo Pinto da Silva, 62, deinsuficiência renal. Era decora-dor, casado com Maria dasGraças Cavalcante da Silva.Morava na Rua Cupertino, emQuintino.Décio Colangelo Viegas, 63, decâncer. Era casado com Dalvados Santos Pimentel Viegas etinha cinco filhos. Morava naRua Barão de Petrópolis, noRio Comprido.

EstadosValmir Lufs Pochmann, 41,

de câncer, em Venâncio Aires,RS. Médico, formado pela Fa-culdade Católica de Medicina,colega de turma do Secretáriode Saúde, Germano Bonow.Casado com Lia Knies Poch-mann, tinha dois filhos.

Leda Correia de Araújo Re-sende, 65, de parada cardíaca,em Belo Horizonte. Funcioná-ria aposentada do 1NPS, ba-charel em Direito pela Pontifí-cia Universidade Católica deMinas Gerais, turma de 1977.Era casada com o Juiz CarlosResende, tinha duas filhas —Márcia e Edna — e duas netas— Daniela e Melissa.

Regina de Almeida Martins,75, de enfarte, em Belo Hori-zonte. Mineira de Ponte Nova,era casada com Manuel Videirae tinha dois filhos — Sirinel eCidinei — seis netos, e um bis-neto.

Alunos

conseguem

liminarInteressados no concurso

público para médicos promovi-do pelo estado e o município,50 alunos do último ano deMedicina entraram com man-dato de segurança e já conse-guiram liminar garantindo-lhesdireito de disputar as 1 mil 265vagas. Como as inscrições fo-ram prorrogadas até o dia 14,cerca de 600 formandos pro-curaram ontem o sindicato dosMédicos para novos mandadosde segurança.

As provas do concurso serãorealizadas no uia 12 de janeiro,com exame escrito, e de 3 a 21de fevereiro, com prova de tí-tulos. O presidente da Associa-ção dos Médicos Residentes,Roberto Medronho, acha que aparticipação dos formandos se-rá mais uma forma de pressãocontra a prova de títulos, quediminui as chances dos que ain-da não são especialistas.

Pelo edital do concurso, sópoderiam se inscrever quemapresentasse registro do Con-selho Regional de Medicina.Mas os 50 formandos consegui-ram liminar da juíza ValériaMaron, da 10" Vara de Fazen-da, c já se inscreveram para oconcurso. Diante disto, outrosformandos procuraram ontemo departamento jurídico do sin-dicato. Roberto Medronhoacredita que os cerca de 1 mil500 alunos que já estão nosexto ano farão o concurso pa-ra ocupar vagas no município.

O presidente da Associaçãodos Médicos Residentes reve-lou que a categoria quer a efeti-vação dos 785 médicos celetis-tas. para que seja ampliado onúmero de vagas. E que oGoverno determinou que osceletistas sejam contratados so-mente se forem aprovados noconcurso.

Foto de Carlos Mesquitas <r«k

FREI ISIDRO

GONZALEZ(FALECIMENTO)

tA

Comunidadedos P.P. Agosti-manos Recoletosdo Leblon comu-nica seu faleci-

mento e convida parao sepultamento, hoje,após a missa de corpopresente, que será re-zada às 14h na Igrejade Santa Mònica doLeblon.

Ipjff I1 ii l11IMil' ii ii iBl MMI 1 i^JMWlllii It iilt

Tempo

• ; '• '' *-v.: xV/: '' ' Vi'' li - " •••: . •O corpo de Dorotéia foi encontrado no pátio da casa pelo caseiro, que ouvira os gritos de seu namorado

Moça cai com o namorado

de encosta no Joá e morre

A estudante de Comunicação DorotéiaSant'Anna Sardenha, 24 anos, morreu namadrugada de ontem ao cair de uma altura de11 metros na Estrada do Joá. Segundo seunamorado, Cláudio Henrique Corso, 21 anos— que também caiu e sofreu fratura expostada perna —, os dois namoravam encostadosnuma cerca de madeira que se rompeu.

O casal saiu de uma boate nas imediações,por volta das 3h30min e, de acordo com o

. rapaz, acabou a gasolina da motocicleta deles,placa LL-088. Eles resolveram esperar o diaamanhecer, pulando o portão da casa de n°1951, que fica a 11 metros abaixo do nível darua. Mas 'não

perceberam que a cerca demadeira estava velha e acabaram caindo nopátio da residência.

Colega de turmaBonita, cabelos longos e louros, vestindo

jeans, tênis e casaco de couro, Dorotéia foiencontrada por policiais do 2o BPM, alertadospelo namorado, que conseguiu se arrastar atéa estrada. Ela cursava o 7o período de Comu-nicação da Faculdade Hélio Alonso e estavainscrita para fazer estágio na Rádio Tupi. Suacolega de turma Miriam Andrade, que já estáestagiando na Rádio, não imaginou que do-cumentaria ontem, na 15a DP, a morte daamiga.

Dorotéia morava desde criança com a tiaIsabel Sant'Anna Nunes, na Rua Belfort Ro-xo, em Copacabana — sua família, pai eoutros 10 irmãos, é de Campos. Uma meninaalegre e inteligente, conforme definiu suaamiga Míriam, da Faculdade: "Há um mêsestava namorando Cláudio e os dois pareciamapaixonados, pois estavam sempre juntos". Amotocicleta foi comprada por Dorotéia hápoucas semanas e eles estavam aprendendo adirigi-la.

Em casa, muito abalada com a morte damoça, a família preferiu não dar declaraçõesaté conhecer, de fato, as reais condições queprovocaram a sua morte. Segundo Tereza, sua

irmã, a família não suspeita do rapaz, emborareconheça que não estava satisfeita com onamoro, já que ele, segundo Tereza, nãoestudava nem trabalhava. Cláudio, que moraem Santa Tereza, foi socorrido pelo caseiroDelmiro de Farias e levado de ambulânciapara o Hospital Miguel Couto. Além de fratu-ra exposta da perna direita, o rapaz sofreuvárias escoriações e está em observação.

A morte

De acordo com o caseiro Delmiro, Cláu-dio — enquanto estava sendo socorrido —contou que o casal deixou a boate CassinoRoyale, sem saber que a motocicleta estavacom pouca gasolina. A poucos metros, a motoparou e os dois resolveram esperar o diaamanhecer, namorando. Pularam o portão,sem se importar com a placa que indicava"propriedade particular, cães ferozes".

Dorotéia foi encontrada pelo caseiro Del-miro caída no pátio de entrada da casa quepertence ao engenheiro Eduardo Jorge Farah.A casa é usada somente nos finais de semana eainda não tinha chegado ninguém. Por voltadas 4h, o caseiro escutou gritos de socorro,saiu e viu Cláudio ensangüentado, se arrastan-do no caminho que liga a casa a estrada doJoá.

Os peritos do Instituto Médico Legal esti-veram no local pela manhã e atestaram amorte da moça por fratura de crânio. Segundoeles, o casal havia mantido relações sexuais,antes da queda. O único documento queCláudio portava era uma carteira de sócioatleta do Clube Olimpo de Pára-quedista, comduas fotos de Dorotéia.

Pelas circunstâncias em que a moça foiencontrada, a polícia acredita na versão deCláudio. O rapaz, no entanto, ainda seráouvido na 15a DP, onde foi registrada aocorrência. Dorotéia está sendo velada nacapela do Carmo e será enterrada hoje demanhã no cemitério do Caju.

Policiais sobem morro

em busca de ladrões de

ônibus mas nada achamCerca de 50 policiais civis e militares foram acionados no

fim da tarde de ontem para o Morro da Cachoeirinha, noGrajaú; onde três assaltantes teriam se escondido após rouba-rem um ônibus na Avenida Menezes Cortes. Após duas horasde buscas — com auxílio de um helicóptero da Secretaria dePolícia Civil — os policiais prenderam Antônio Jorge Pinheirodos Santos, 28 anos, que negou qualquer participação.

Os policiais estavam perdidos no cerco porque as informa-ções estavam trancadas, já que a informação sobre o assalto foifeita através de um telefonema para o 3o BPM, do Méier.Segundo a denúncia, um homem foi levado como refém e seriaum PM. Apesar da intensa mobilização, os policiais nãoencontraram nada que se relacionasse com o fato.

Foto de Marcelo Carnaval

Satélite — GOES — INPE — Cachoeira Paulista—(08/11/85)—18 horas

Mãe perdoa

filho neurótico

que lhe deu várias facadas

/' + 'afcfc.i i.

liitlgisK w. •maMM , Ms*raBHRBi^v * Mmmsmm *

Frente fria em dissipação no litoral Nordeste. Anticiclonetropical com centro 1016 MB à 10° Sul e 10° Oeste.Anticiclone polar em transição p/tropical com centro de1022 MB à 28° Sul .e 38° Oeste.

No Rio e em Niterói

Claro. Temperatura em ligeiraelevação. Ventos: quentes,Norte fracos. Visibilidade boa.Máx.: 32.2 em Realengo eMin.: 15.1 no Alto da BoaVista.

Precipitação das chuvas em mm

Últimas 24 horasAcumulada no mêsNormal mensalAcumulada no anoNormal anual

0.044.297.4

1.402.91.075.8

Nasccrd&s 06h03minQ 801 Qcaso&s 19hQ9minO Mar Prcamar Baixa-mar

01hl3min/l.lm 08h09min/0.2mRlO ——13h38min/l.lm 20hl4min/0.3m00h53min/1.3m (J7h09inin/0.0m13h22min/1.2m 19h35min/0.3m

Cabo 00h46min/1.3m 07hl2mi<]rt).2mFrio . | 13hl3min/ ,2m | 19hl5tnin/0.2m |

O Salvamar informa que o mar está calmo,com águas a 18 graus. Banhos liberados.A Lua

DMinguanteAté amanhã

mNova12711

Q ?Crescente Cheia19/11 27/11

Nos Estados

RR:AM:AP:PA:MA:PI:CE:RN:PB:PE:AL:SE:BA:ES:MG:DF:SP:PR:SC:RS:AC:RO:GO:MT:MS:

CondiçõesNub a pte nubNub a pte nubNub a pte nubPte nub oeste nubNub a pte nubNub c/chuvas espPte nub a nubPte nub a nubPte nub a nubPte nub a nubNubNubNub c/chuvas espPte nubClr a pte nubEne a nub c/chuvasClr a pte nubClr a pte nubPte nub a nubPte nub a nubNub cJ pnes espEne a nub c/chuvasEne a nub c/chuvasNub c/chuvas espClr a pte nub

Má*. Min.

31.531.732.429.230.630.030.127.825.726.126.328.725.525.935.0

24.222.724.722.224.924.821.325.021.321.223.021.819.616.616.513.510.119.019.3

18.216.422.6

No MundoAmsterdãAssunçãoAtenasBerlimBogotáBruxelasBuenos AiresCaracasGenebraGuatemalaLa PazUmaLisboaLondresMadriMéxicoMontevidéuNova IorquePanamáParisQuitoRomaSantiagoTóquioVienaWashington

chuvosoclaroclaronubladonubladochuvosonubladoclaroclaronubladonubladonubladonubladoclaroclaroclaronubladonubladoclarochuvosonubladoclaroclaronubladoclaroclaro

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AUREA DA SILVA LEAL

J, A família agradece as manifestações deT pesar recebidas pelo falecimento da queri-

I da AUREA e convida para a Missa de 7oDia a ser celebrada dia 12, terça-feira, às

10:30 h., na Igreja Na Sra. do Carmo.

Depois de ser esfaqueada várias vezes notórax, na cabeça e nos braços pelo filho JoséAlberto Miguel da Costa, 19 anos, a contadoraJagmar Miguel da Costa, 54 anos, defendeu oagressor, dizendo que "ele está com problemade nervos, mas é um filho ótimo, maravi-lhoso".

A tentativa de homicídio ocorreu ontem àtarde no interior do apartamento 701 doprédio da Rua Voluntários da Pátria, n° 249,em Botafogo, onde Jagmar mora com o mari-do, o oficial da Marinha reformado José MariaFreire da Costa, e quatro filhos. A mãe estáem observação no Hospital Miguel Couto e ofilho ficou detido na 10a DP.

ProblemasJosé Alberto, que não estuda e não tem

profissão definida, disse que quis sair de casavárias vazes, mas a mãe não deixou. Eletrabalha como contínuo no escritório de conta-bilidade da mãe, que funciona no próprioapartamento da família. Segundo José Alber-to, Jagmar não lhe paga e o mantém "amarra-do a ela."

Ele queixou-se de que ela "fala demais",está sempre dizendo para ele "tomar jeito" e

trabalhar para ela, chamando-o de "filhinho,queridinho, minha gracinha", o que o deixairritado. Ontem, ele contou que estava ouvin-do música em casa, mas não conseguia seconcentrar: "Ela ficava passando por mim atoda hora, olhando para minha cara, e eu nãoconseguia prestar atenção à música."

Foi aí que ele pegou uma faca de cozinhapequena e começou a esfaquear Jagmar. Emseguida, desceu até o terceiro andar, arrom-bou a porta do apartamento 301, pulou dajanela para uma marquise e desceu para a rua,onde foi preso por policiais militares, quedesconfiaram de sua calça jeans manchada desangue. Ele não soube explicar aos policiais omotivo do crime, afirmou que fumou "poucamaconha" no dia anterior e não conseguiudormir à noite.

No Hospital Miguel Couto, a mãe de JoséAlberto, já medicada e deitada numa maca,disse que o filho anda muito nervoso e haviapedido a ela que lhe pagasse um tratamentopsiquiátrico. O pai confirmou que o filho "estáperturbado, tem algum problema, mas nãofala para niguém e foi fazer uma coisa dessaslogo com a mãe, que é tão boa".

PM não acha assaltante mas exibe suspeito

EDNA NEWMAN DE MORAES

Io ANIVERSÁRIO DE FALECIMENTO

tEdna

Maria e Tininha, saudosas,convidam parentes e amigos pa-ra a Missa em intenção de suaboníssima alma, na Igreja do

Rosário, no Leme, às 9 horas do dia12 de novembro (3a feira).

t

ROSINA NOCE

DE CARVALHO(FALECIMENTO)

Sua Família pesarosa comunica seu falecimentoocorrido ontem e convidam os demais parentes eamigos para o sepultamento a realizar-se hoje às9:00 horas saindo o féretro da Capela Real Grandezan° 3 para o Cemitério São João Batista.

LORICE KAYAT ESQUENAZI

$

(FALECIMENTO)A família comunica seu falecimento e convidapara o sepultamento, HOJE, às 10h, no Cemi-tério Comunal Israelita Caju. Pede-se dispen-sa de flores

ROSA BOCHNER(RUCHLA)

a Ida Michlewicz, Jayme Bochner, Sér-t/\f gio Bochner, senhora e filhos, SidneyY X Bochner e cunhados comunicam o\X falecimento de sua inesquecível fi-

* lha, esposa, mãe, sogra e avó, convi-dando para seu sepultamento, a se realizar nodia 10 — domingo, às 9:30 h, saindo o féretroda Rua Barão de Iguatemy, 306 para o cemité-rio de Vila Rosaly (novo)

PROFESSOR

LUIZ EURICO FERREIRA

JLO HOSPITAL SAMARITANO

f cumpre o doloroso dever de

comunicar o falecimento do

seu Presidente ocorrido em

9/11/85 e agradece as manifesta-

ções de pesar.

PROF.

LUIZ EURICO FERREIRA

J. O INSTITUTO BRASILEIRO DE OFTALMO-

t LOGIA (IBOL), através de seus diretores,

médicos e funcionários, comunica o faleci-

mento de seu saudoso Presidente e amigo,

ocorrido ontem, dia 09/11/85, nesta cidade.

J L

MARECHAL

ODYLIO DENYS(MISSA DE 7o DIA)

t

Roberto Bayma Denys, esposa, filhos, noras, netos; RenatoBayma Denys, esposa e filhos; Rubens Bayma Denys, esposa,filho e neto; Gabriel de Aguiar, esposa, filhos, nora e neta;

Gustavo Manuel Fernandes Júlio, esposa, filhos, genro, nora e netosagradecem as manifestações de pesar recebidas por ocasião dofalecimento de seu querido pai, sogro, avô e bisavô ODYLIO econvidam parentes e amigos para a Missa de 7o Dia que serácelebrada no dia 12, 33. feira, às 11 horas na igreja Santa Cruz dosMilitares, na Rua Io de Março, n° 36 — Centro.

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JORNAL DO BRASIL Negócios & Finanças domingo, 10/11/85 o Io caderno a 29

Indústria se recupera e economia cresce 7% este ano

Cecília Costa

Um crescimento econômico de 4,5%a 5% para 1985, ou seja, no mesmo nívelregistrado no ano passado, já era noinício do ano, um objetivo consideradoexcelente pelo Governo, após vários anosde recessão. Pois até o governo se sur-preendeu: por força da recuperação dossalários reais e da melhoria na taxa dedesemprego do país, fatores que estimu-iaram o consumo, reativando o mercadointerno, o Produto Interno Bruto (PIB)brasileiro, agora em 1985, deverá apre-sentar uma expansão bem maior do quese imaginava. E muita gente, entre eles ochefe do Departamento de Indicadoresconjunturais do Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE), JoséGuilherme Almeida dos Reis, acreditaque o crescimento do PIB, este ano, seráde 7% "ou até mesmo superior".

— O presidente José Sarney foi cau-teloso ao afirmar que o PIB cresceriaentre 6% e 7%, pois o desempenho daindústria, aliado ao bom desempenho daagricultura e dos outros setores da econo-mia, deverá contribuir para que o Produ-to Interno Bruto apresente uma taxa decrescimento superior a 7% — afirma oeconomista.

Indústria: 7,5% a 8%José Guilherme dos Reis, responsá-

vel pelo departamento do IBGE quepesquisa mensalmente os índices de pro-auçáo industrial no país, revela que osprimeiros dados sobre outubro já de-monstram que o comportamento da in-dústria, no décimo mês do ano, tende aser também excepcional.

Como outubro do ano passado "foium bom mês", é possível que em outubrodeste ano o crescimento da produçãoindustrial, em relação ao mesmo períododo ano anterior, não seja tão acentuadocomo o de setembro, que atingiu 12,4%.Mesmo assim, o técnico do IBGE estimaque a expansão ficará entre 8% a 10%.

A partir desse dado, ele está traba-lhando com duas hipóteses para a taxa deexpansão da indústria neste ano (isto é,de janeiro a dezembro). A primeira hipó-tese é de uma elevação de 7,5% a 7,7% ea segunda, mais otimista, é de 8%."Tudo vài depender", explicou, "dosmeses de novembro e dezembro. Se emnovembro e dezembro o ritmo de cresci-mento continuar acentuado, fazendo comque no último trimestre do ano a taxa deexpansão da indústria fique em 10%, estáassegurado um crescimento para o exerci-cio de 8%, superior ao de 1980, que ficouem 7,9%. Isso fará com que em 1985 aexpansão da atividade industrial seja re-corde desde o início da década".

A outra hipótese, mais pessimista, decrescimento de 7,5% a 7,7%-, parte dapremissa de que em novembro e dezem-bro o ritmo de crescimento costuma arre-fecer e leva em consideração, também, ofato de que "novembro e dezembro de1984 foram meses com bom desem-penho".

De qualquer forma, seja com 7,5%ou 8% de aumento na produção indus-trial, o economista crê.que está assegura-do um crescimento de PIB de 7% e atémesmo superior, "pois a agricultura estácom uma expansão em torno de 8% e osoutros setores, que costumam ser puxa-dos pela indústria e pela agricultura,também estão tendo bom desempenho".

Uma conta preliminar que se podefazer para mensurar o PIB, utilizada noIBGE, é aquela que é feita apenas combase no comportamento da indústria e daagricultura, dando um peso 7 à atividadeindustrial e 3 à agropecuária. Trabalhan-do, nesse cálculo, com uma taxa deexpansão de 7,5% para a indústria e de8% para a agropecuária, chega-se a umProduto Interno Bruto de 7,65%. "Essaconta não está muito longe da realidade",diz José Guilherme, "porque os outrossetores sáo muito influenciados pelo setorprimário e secundário". Além disso, co-mentou, sabe-se que o comércio está emfranca expansão, este ano, que a constru-ção civil apresenta recuperação, que osetor de intermediários financeiros tevebons lucros e o setor governo não ficouestagnado.

Crescimento generalizadoUm fato que deve ser destacado; na

opinião do técnico, sobre o desempenhoda indústria, neste ano, é que "o cresci-mento está sendo generalizado, atingindotodos os setores, desde o extrativo mine-ral, até bens de capital e bens de consumoduráveis". Somente a produção de ali-mentos, observou, não vem apresentan-do um quadro favorável, devido à quedana produção de açúcar (de janeiro asetembro, os produtos alimentares foramo único segmento industrial que contri-buiu negativamente para a formação dataxa global de crescimento de 7,5%, noperíodo).

Para se ter uma idéia mais conoretadesse crescimento generalizado, JoséGuilherme Reis lembra que de janeiro asetembro a indústria de bens de capitalteve uma expansão de 11% ea de bens deconsumo duráveis, de 12%. Áreas impor-tantes como a de cimento, que indicam arecuperação da construção civil, tambémtiveram crescimento acentuado (cimentoem agosto apresentou um aumento naprodução de 11% e em setembro, de14%, contra setembro do ano passado).

E o setor de bens de consumo durá-veis cresceu 40% em setembro (em rela-ção a setembro de 1984), puxado princi-palmente pela produção de automóveis ede aparelhos de TV. O dado indica,segundo o economista, que realmente arecuperação salarial e a melhoria noemprego estão contribuindo para o cres-cimento da indústria, através do aumentodo consumo de bens.

Em conseqüência, o setor de bens decapital também se reativa, "sobretudo pormeio de uma reposição de máquinas eequipamentos. Daí o crescimento da pro-dução de máquinas e ferramentas, tor-nos, caminhão e ônibus". Há tambémuma recuperação, diz o economista, nosinvestimentos privados, apesar de serpossível verificar, nitidamente, que o queestá acontecendo, nesse exercício, é so-bretudo uma modernização dos meios deprodução".

— Não creio que haja ampliações defábricas. O que há é a compra de máqui-nas novas.

Quanto à questão da capacidadeociosa, se está chegando ao limite ou não,o técnico do IBGE diz que em algunssetores deve estar no limite, mas emoutros, não, pois o indicador de base fixamensal, que tem como ano-base 1981,mostra que na área de bens de capital ouso da capacidade ainda está muito abai-xo do de 1981 (cerca de 10% abaixo). Hámargem ainda para crescimento, portan-

to, em 1986, mesmo sem novos investi-mentos.

A diretoria do IBGE não tem dúvidaalguma quanto ao peso que a recupera-ção dos salários e do emprego está tendono crescimento econômico deste ano.Somente salário e mais homens emprega-dos, diz José Guilherme Reis, podemcausar esse crescimento generalizado emtodos os setores.

Além disso, ele comenta:— O Governo está gastando muito?

Não, não está. A política fiscal não temsido expansiva. O investimento privadoestá crescendo? Sim, está crescendo, masnão o suficiente para resultar nessa taxade crescimento de 7% a 8%. As exporta-ções estão em volume constante e as

. vendas de manufaturados para o exteriorestão até acusando queda. Podemos falarainda de influência de agricultura naindústria, mas esta não está sendo sentidade forma firme. O que sobra, então,como fator estimulante, motor do cresci-mento? Salários. Salários e empregos,que aliados às exportações constantes, àrecuperação do investimento privado eaos investimentos públicos sob controle,mas não estagnados, geraram o fortecrescimento econômico deste ano.

Segundo dados pesquisados peloIBGE, na indústria de transformação, oaumento do salário real, este ano, estáem torno de 8,5%. Não se trata de umataxa excepcional, mas é uma taxa eleva-da, quando se pensa que nos últimos anosos salários caíam ao invés de apresenta-rem crescimento real. Os trabalhadoresque estão sendo mais beneficiados poresse aumento são os que trabalham nasindústrias mais dinâmicas (como metalúr-gica, mecânica, e material elétrico), e quetêm poder de pressão nas negociaçõestrabalhistas. Conseguem aumento trimes-trai e antecipações.

Quanto ao emprego, os últimos da-dos do IBGE revelam que está tendouma expansão, este ano, na média, de5,4%. O resultado da recuperação sala-rial e do aumento no emprego "é ocrescimento da massa salarial em tornode 14% a 15%, este ano". Como o PIBtende a crescer em torno de 7%, essedado sobre a massa salarial (está crescen-do o dobro) significa que na renda totaldo país a massa de salários está ganhandomais espaço.

Ás dúvidas para 1986Sobre 1986, José Guilherme Reis

afirma que há possibilidade de que ossalários continuem aumentando, assimcomo a economia e os emoregos. No quediz respeito aos salários, ele lembra quevêm crescendo não por decreto governa-mental, mas sim "pela negociação dossindicatos com as empresas". Há aindacapacidade instalada a ocupar em váriossetores, o que garante o crescimento em1986, sem falar na possibilidade de novosinvestimentos para expandir o parqueindustrial.

As perspectivas otimistas podem, noentanto, não se concretizar a partir dopacote de medidas que está sendo prepa-rado pelo governo para 1986. "Se ogoverno realmente contiver o déficit pú-blico, no ano que vem, para combater ainflação, e aumentar muito os impostos(diminuindo a renda disponível, seja paraconsumo, seja para poupança), o paíspoderá estar novamente numa fase derecessão ou pelo menos de taxas decrescimento baixas", acentuou o econo-mista do IBGE.

Produção de matéria-prima aumenta

Milton F. da Rocha Filho

São Paulo — Como reflexo da reati-vação da atividade industrial — que deve-rá fechar o ano com um crescimento de7%, segundo a Federação das Indústriasdo Estado de São Paulo — o mercado dematérias-primas também passa por umreaquecimento, mas apresenta, ainda,uma folga que permitirá um aumento deprodução.

Os mercados internos de zinco, ní-quel, aço e alumínio experimentam osprimeiros sinais de aquecimento efetivo,explica o superintendente do Grupo Vo-torantim — um dos maiores produtoresde não-ferrosos do país — Antonio Ermí-nio de Moraes:

— De uma forma geral, há umasobra na produção de não-ferrosos quepermitirá o atendimento do crescimentodas necessidades da indústria. Além dis-so, algumas empresas têm planos deinvestimento para aumento de produção.O Grupo Votorantim, por exemplo, estáampliando a produção de alumínio, de127 mil toneladas anuais para 150 miltoneladas, com um investimento de 200milhões de dólares.

O Grupo Votorantim vai dobrar,também, a produção de zinco e níquel,elevando, nos dois casos, de 5 mil para 10mil toneladas anuais. Antônio Ermíniomanifesta preocupações com o mercadointernacional de não-ferrosos, que estácom os preços em baixa. "É um desastre,ver o alumínio sendo cotado a menos de 1mil dólares a tonelada, ou o níquel, a

menos de 4 mil dólares. É uma tendênciado mercado internacional, onde aindanão se vislumbra uma luz que indiquemelhoria", afirma o empresário.

O setor de cimento, segundo Anto-nio Ermínio de Moraes, pela primeira vezem quatro anos experimenta um cresci-mento de 2% este ano. A indústria decimento está trabalhando com capacida-de ociosa, uma vez que a indústria deconstrução civil está com poucas enco-mendas em sua carteira.

A indústria cimenteira nacional temcapacidade de produção de 30 milhões detoneladas anuais. Em 1980, produziu 23milhões de toneladas, caindo este anopara 19 milhões de toneladas.

O mercado de aço está sendo bemabastecido e a produção chegará ao re-corde de 20 milhões de toneladas ao finaldo ano. As vendas internas estão manten-do bom ritmo, segundo dirigentes daSiderúrgica Dedini, de Aços Villares e daVibasa.

Alimentos e têxteisAs indústrias de esmagamento de

grãos também estão bem abastecidas,segundo o presidente da Sanbra (Socie-dade Algodeira do Nordeste Brasileiro),Carlos Antich.

— Só estamos aguardando uma ava-liação mais correta em relação às quebrasque possam ter sido causadas pela estia-gem prolongada nas regiões Sudeste eCentro-Oeste do país. De uma formageral, a produção de alimentos industria-lizados mantém um bom ritmo no país —afirma Antich.

O presidente da Associação Brasilei-ra da Indústria de Alimentos, João Fran-co de Camargo Netto, confirma que nãohá problemas com matérias-primas, pre-vendo-se que o mercado interno feche oano com um crescimento de consumo de10%.

Um dos dirigentes do Sindicato dasIndústrias Têxteis de São Paulo, JacksRabinovitch, do Grupo Vicunha, observaque a única dificuldade do setor é oalgodão. Há oferta do produto, mas, paraa compra, "tem-se que viajar muito". Elecontou que um empregado do GrupoVicunha viajou cerca de 5 mil quilôme-tros para comprar a matéria-prima, que évendida em leilão pela Companhia deFinanciamento da Produção. "Como háuma amostra padrão, temos que viajarpara encontrar o tipo de algodão quedesejamos", afirmou. Lembrou que,além disso, o preço do algodão brasileiroé gravoso, isto é, é mais caro que domercado internacional.

AutopeçasPara a indústria automobilística, o

problema está no fornecimento de auto-peças. A produção das montadoras foiampliada nos últimos meses, numa velo-cidade que ainda não foi acompanhadapelos fabricantes de componentes. Se-gundo dirigentes da indústria automobi-lística, há demora nas entregas, o queatrasa a produção e impede que o setortrabalhe com um estoque mínimo desegurança.

Parque industrial se renova

São Paulo — A modernização doparque industrial nacional — em buscado aumento de produtividade — estáprovocando um recorde de vendas naindústria de máquinas-ferramentas —tornos, prensas ou fresadoras, com con-troles digitais. O crescimento de vendasdo setor de máquinas-ferramentas foi de47%, para um aumento de produção de42,9%, somente no período de janeiro aagosto, último levantamento da Associa-ção Brasileira da Indústria de Máquinas eFerramentas, que prevê a manutençãodesse ritmo de vendas.

Este é o setor que mais está crescen-do na indústria de máquinas, segundolevantamentos da Ahimaq. De acordocom empresários ligados ao Departamen-to de Economia

"da FIESP, médias e

grandes indústrias, com o início do aque-cimento da economia, procuram se mo-dernizar. para ganhar em produtividade."Não é uma expansão, mas uni processode modernização", assegura Giordano

Romi, presidente das Indústrias Romi,um dos fabricantes de máquinas-ferramentas.

O Banco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social comprova estecrescimento. O presidente em exercícioda instituição, André Franco MontoroFilho, informa que, de janeiro a setem-bro, os financiamentos da Finame para asvendas de máquinas atingiram CrS 3trilhões 500 bilhões, 25% a mais que emigual período do ano passado.

Segundo Giordano Romi, "a épocadas vacas magras parece que foi embora,e estamos experimentando um grandeaquecimento no mercado interno. Esta-mos até pensando em reduzir as exporta-ções, para dar um pleno atendimento aomercado interno".— Nossas vendas externas, este ano,atingirão 13 milhões de dólares. Pode-riam ser mais amplas, mas preferimosficar com o mercado interno. Não vamosabandonar o exterior, mas vamos dosar

A recuperação da produção... (em %) ...e a renda per capita

^

72^^^^ *8 (7.5

j/ J |It 'roduto Interna Bru a (Pi B) indtspiai |

II 4 \|

1978 79 1980 81 82 83 84 85 1978 79 1980 81 82 83 84 85 1978 79 80 81 82 83 84 85Fonte: IBGE'FGV *Previsèo L. Brígido

(«m %)

A evolução do salário realVariação em relação ao mesmo mòs

do ano anterior

10

-10

20

-30

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A Rio

Jan Abr Jul Out Jan Abr Jul1984 1985—

índice em relação ao mesmo mês do ano anteriorbase, junho/82

110 Rio1001°° -

90 - A\ 84,6V 74,9

80 j\. 78,3 \

70 " *¦¦¦¦¦•¦¦oil I -I

100J01SP

\ 91,4\88.9 ^

Jun Jun Jun Jun Jun Jun Jun Jun82 83 84 85 82 83 84 85

Aumento não repõe o

que a recessão tirouSe o Produto Interno Bruto

(PIB), a produção total de bense serviços no país tiver umaumento, este ano, de 7%, ocrescimento da renda per capi-ta (produto total dividido portodos os habitantes do país)será de 4,5%. Trata-se de umataxa praticamente equivalenteà de 1980, ano em que o PIBcresceu 7,2% e a renda percapita teve uma elevação de4,6%.

Mesmo assim, o brasileironão terá recuperado ainda aperda ocorrida nos anos de1981, 1982 e 1983, quando aeconomia viveu uma fase negrade recessão.

Em valores de 1970 (preçosconstantes de 1970, descontadoo efeito da inflação nos últimos15 anos, segundo o critério se-guido pela FGV, com a eleva-ção de 4,5%, este ano, a renda

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per capita, no Brasil, ficará emCr$ 3 mil 563,45. Esse valorrepresenta uma queda de4,78% em relação a renda de1980. De qualquer forma, éuma melhoria em relação àsituação de 1983, quando aqueda em comparação aos ní-veis de 1980 estava em 10,7%(em 1983, o valor da renda porhabitante, a preços de 70, atin-giu seu nível mínimo, nos últi-mos anos, ao se situar em Cr$ 3mil 344,4).

Quanto ao PIB, caso cresça7%, este ano, realmente come-çará a apresentar uma recupe-ração em comparação aos anospassados. Quando cresceu4,5%, no último ano, apenaschegou ao nível de 1980. Ovalor do PIB (a preços de1970), em 1984, foi de CrS 447bilhões, contra os CrS 445,5bilhões de 1980 (aumento de0,5%).

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DE AGITAR

0SEUMA.

JORNAL DO BRASIL

nossas vendas, de maneira que não preju-diquemos a comercialização interna. Napior época, nossas encomendas chegarama ocupar somente 24% da capacidade deprodução da fábrica. Continuamos, con-tudo, com um grande esforço, desenvol-vendo tecnologia no país — destacou.

Giordano observa que o setor demáquinas-ferramentas é um termômetrodo processo de reaquecimento da econo-mia. "É um setor que sente o reflexo deimediato, porque as fábricas buscam au-mentar a produtividade e a produção. Nocaso do Brasil, há um interesse em semodernizar, não há necessidade, ainda,de expansão, porque há um pouco decapacidade ociosa a ser ocupada nospróximos meses".

Bruno Nardini, presidente da Nardi-ni — tradicional produtora de máquinas-ferramentas, que chegou a pedir concor-data por causa da crise do México, paraonde exportava, em 1Q82 — também estáreduzindo suas exportações.

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Salário tem ganho

real desde abrilDe junho de 1982 a abril deste ano, houve uma queda

no salário real médio dos trabalhadores do Rio de Janeiro,com mais de 15 anos de idade, de 31,4%. Em São Paulo, a

aueda foi de 21,2%, no mesmo período. A partir de abril

e 1985, no entanto, iniciou-se um processo de recupera-ção. Na região metropolitana de São Paulo, a renda médiareal dos trabalhadores, de abril a junho de 1985, teve umarecuperação de 13,6% e, no Rio, de 13,1%.

Esses dados fazem parte de um estudo sobre aevolução dos rendimentos do trabalho, elaborado pelodiretor da Diretoria de População e Social do InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), CláudioSalm, e pelos técnicos dessa diretoria, André Médici, Aryda Silva Júnior e Vandeli dos Santos. O levantamento foifeito com base em informações disponíveis, a respeito desalários, nas Pesquisas Mensais de Empregos do IBGE.

Do ponto dê vista dos economistas do IBGE, o quecausou a recuperação salarial, a partir de abril deste ano,foi o aumento real do salário mínimo, em maio (cerca de6% acima do INPC); as reposições de salários reais,obtidas por muitas categorias, através de negociações comos patrões,"em climas político-institucionais mais vantajo-sos para os trabalhadores"; e a queda da inflação, emjunho e julho.

No que se refere às perdas ocorridas desde 1982 atéabril deste ano, eles verificaram que se acentuaramprincipalmente em 1983, quando foram promulgadosvários decretos-leis (2.012, 2.024, 2.045, 2.065) que redu-ziram drasticamente os salários "de uma substanciosaparcela dos empregados urbanos". O estudo foi centradomais na análise da renda média real dos trabalhadores noRio e São Paulo. Mas, de forma genérica, com base nosdados da Pesquisa de Emprego, os técnicos do IBGEconcluíram, também, que nas seis regiões onde o empregoé pesquisado pelo instituto, Rio, São Paulo, Belo Horizon-te, Porto Alegre, Salvador e Recife, de junho de 1982 aabril de 1985, houve perdas reais nos rendimentos dotrabalhador superiores a 18%. A recuperação a partir demaio também foi sentida, com maior ou menor intensida-de, nas demais regiões metropolitanas do país.

Mesmo com a recuperação de maio a julho deste ano,um fato que deve ser ressaltado é que as perdas reais aindaaão elevadas. A preços de 1982, o salário real médio dostrabalhadores no Rio de Janeiro, com mais de 15 anos deidade, em junho de 1982, estava em Cr$ 54 mil 553. Emabril deste ano, era de CrS 37 mil 423 (queda de 31,4%) eem julho, passou para Cr$ 42 mil 359. Em relação a junhode 1982, portanto, a queda ficou em 22,4%.

Em São Paulo, a preços de 1982, o salário médio realem junho de 1982 estava em Cr$ 57 mil 340 e, em julho de1985, chegou a Cr$ 51 mil 316. Nesse Estado, a recupera-ção, obviamente, foi muito mais acentuada do que no Rio,mas mesmo assim há ainda uma perda, em relação a 1982,de 10,5%.

Os pesquisadores do IBGE, também analisaram noestudo (que não reflete conceitos do IBGE, pois asopiniões divulgadas são dos próprios economistas, comopessoas físicas), a situação das pessoas que trabalham comicarteira assinada. A renda real desses trabalhadores caiu20,2%, em São Paulo, e 21%, no Rio, entre junho de 1982'e abril de 1985. A recuperação de abril a julho de 1985 foide 14,2% e de 14,1%, nessas duas regiões, respectiva-mente.

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30 ? 1° caderno ? domingo, 10/11/85 Negócios & Finanças JORNAL DO BRASIL

Bolsas reconquistam pequenos

e médios investidores

Os primeiros individuais

Resultados dos 50 primeiros colocados en-tre os investidores individuais do sexto grupodeste trimestre do Desafio da Bolsa, que inicia-ram suas aplicações com o cupom publicado naedição de 29 de setembro do JORNAL DOBRASIL. A lista completa, por ordem alfabéti-ca, sai no caderno de Classificados e está dispo-nível também nas agências do JB.Posigao Nome do participants Valor-Total01 Orlando Pestana de Castro 24.645.30002 Edson Morsch de Mello 15.489.66403 Jairson Fernandes Santos 14.746.74004 Marcus Vinicius Marroig Aguiar 14.487.97205 Jarbas de Brito 14.022.15406 Alvaro Germano 14.003.97007 Elzio do Esplrito Santo Oliveira 13.962.52008 Mirian Pinheiro Conde 13.784.94009 Marcos Henrique Nogueira Albino 13.587.70510 Daniel Lima Nascimento 13.561.93611 Flavio Dupim Pires 13.536.90512 Miguel Saguia 13.453.20013 Francisco Carlos Costa Ferreira 13.397.50414 Paulo Cesar Mendonga Conde 13.189.62915 Jos6 Americano Mendonga 13.160.46016 Jose Mauro Moraes 13.135.96817 Mary Helena Rodrigues Cesar 13.084.82018 ' Coracy Nogueira Losso 13.050.74319 Francisco D Arouche de Souza 12.935.38220 Lila M Correia Ribeiro 12.789.60021 Paulo da Silva Mendes 12.775.79922 Antonio Oliveira Santos 12.748.54023 Jose Carlos Pereira 12.745.37224 Luis Machado dos Santos 12.731.44025 Wagner Granja Victer 12.664.80026 Egmont Siqueira Duarte 12.659.56427 Osman Antunes de Araujo 12.655.52628 Oberto Faust 12.643.70329 Paulo Cesar de Mattos Viegas 12.617.00030 Joel Pereira da Silveira Filho 12.610.254' 31 Armando Vaz da Silva 12.607.07532 Jos6 Mauricio Franco 12.603.307

S 33 Ary Muniz Carioca 12.584.807I 34 • Sebastiao Lops Ferreira 12.560.395f 35 Paulo Roberto dos Santos 12.541.848i 36 Humberto Meirelles Cardoso 12.512.481* 37 Sergio Leal Ferreira 12.512.094

38 Celso Lourengo 12.449.040iji 39 Gilberto de Sousa Rocha 12.428.131

40 Jose Luiz de Lima Barcellos 12.416.10641 Eduardo Pires da Cruz 12.409.08442 Abmael Pereira de Oliveira 12.401.98243 Agries Keppke 12.397.51944 Zilmar dos Santos Fontes 12.387.59245 Andrea Esteves Coelho Costa 12.383.00146 Selma Adelaide Rodrigues de Moraes 12.337.20447 Iracilda da Fonseca Keppke 12.326.86248 Mauri de Oliveira 12.303,38249 Carlos Cesar Dias de Jesus 12.300.61850 Edis Machado Canedo 12.280.865

Os primeiros clubes

Resultados dos 50 primeiros colocados entreos clubes de investimentos do sexto grupo destetrimestre do Desafio da Bolsa, que iniciaram suasaplicações com o cupom publicado na edição de 29de setembro do JORNAL DO BRASIL. A listacompleta, por ordem alfabética, sai no caderno deClassificados e está disponível também nas agên-cias do JB.

VALOR—TOTALClube de Investimento Colorido 249.732.648Carajas Invest VII 230.900.366Agora é prá valer sai da frente C de Investiment 165.820.310

POSIÇÃO NOME DO PARTICIPANTE00010002000300040005000600070008000900100011001200130014001500160017001800190020002100220023002400250026002700280029003000310032003300340035003600370038003900400041004200430044004500460047004800490050

CBA Gr Henrique Oswald Monzo Gonzaga 159.117.705Clube Carioca 157.794.911Clube de Investimentos 5 de Outubro 156.480.295Clube de Investimento Rico 154.995.250Clube de Investimentos 17 de Outubro 153.857.082Brazão Investimentos 145.793.292CBA Grupo Maurício Jose Carvalho Martins 144.000.190São Miguel Investimentos 143.410.498Clube de Investimentos 31 de Março 140.394.021Clube de Investimentos 30 de Março 140.184.752Atenas Investimentos 138.619.937Clube de Investimento Técnico 134.489.596Maria de Jesus Vieira 134.057.273Clube de Investimento Q. Brado 133.998.486Clube de Investimentos 16 de Julho 132.717.742Guilherme Bettega de Loyola 129.840.714Clube de Investimentos 24 de Julho 129.643.200Verônica da Silva Gomes 129.286.500Carajas Invest III 128.972.603Clube dos Necessitados 128.347.036Rosa Conceição Freitas Pereira 127.973.700Clube Menor 127.406.025Arisca Ortna Clube de Investimentos 126.253.560Clube Bom e Barato 126.152.116Clube de Investimento Único 125.913.578Valença Investimentos 124.478.785Clube Vencedor 123.674.376Herman Investimentos 123.412.136Netumar-Orçamento e Medições 123.303.903Gritador Lacon 123.269.985C I Uberaba 123.269.985Investments Club Agnes 122.897.956FGM 122.668.000Jose Guido Targino de Araújo 121.640.646S A Blacks Mother Invest 121.505.602Clube Bem Bolado 119.390.728Monte Real Investimentos 118.933.667Conosco Ninguém Podemos Germano S In II 118.394.737Fpolis Ilha do Paraiso 117.949.250Iracilda Keppke 117.779.924Clube Pedro 117.709.390Clube Pedro II 116.706.881Clube de Investimento Batalha 116.001.549Lúcia Helena Pinto 115.809.454Barreira Investimentos 115.656.236Simone Saisse Lopes 114.694.629Clube de Investimentos 29 de Abril 113.745.794

Invista na Bolsa sem mexer no bolso e ganhe uma viagem a Nova Iorque,

0 Desafio da Bolsa é uma simulação deinvestimento em ações, projetada inicialmen-te para univereitários e que agora se estende aosleitores do JORNAL DO BRASIL. Durante trêsmeses, em períodos que compreendem sem-pre quatro semanas, o leitor viverá a sensaçãode estar aplicando em ações, a partir da dispo-nibilidade hipotética de Cr$ 10 milhões. Ao fi-nat de cada um dos períodos de4 semanas, oscomputadores da Bolsa de tàlflres do Rio deJaneiro processarão os cupons e o JORNALDO BRASIL divulgará os resultados.

0 leitor que obtiver a melhor rentabilida-de ao final dos três meses receberá como pré-mio uma visita a Nova Iorque. A BVRJ ofere-' cerá uma matricula em seu curso de operadorde pregão, com estágio incluído.

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ve mandar mais de um cupompor semana. No; caso dos clubes de invesiimento, a identifica-v. ção se fará pelo CPF do seu responsável; a re-

lação completa dos componentes do grupo de-ve ser apresentada à parte, com nomes, CPF,endereços e telefones.

! 0periodode4semanasécontadoapar-j tir da semana em que o leitor remete o cupomJ pela primeira vez. Assim sendo, dentro de ca-; da período, o leitor poderá participar simulta-r neamente como investidor individual e como

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participante de um clube de investimento. Nocaso particular do ctobe de investimento, o lei-tor poderá ser integrante de quantos desejar,com a restrição de ser responsável por apenasum dos clubes.

0 preenchimento do cupom, durante ca-da ciclo de 4 semanas, deverá obedecer aos se-guintes critérios: na primeira semana, o parti-cipante preencherá todos os espaços referen-tes às informações pessoais (tipo de investidor,CPF, nome, endereço etc.) e aqueles destina-dos ás negociações; se o participante desejaralterar sua carteira inicial nastréssemanasse-guintes, basta remeter os cupons preenchen-do apenas os espaços referentes ao CPF, tipode investidor (se é individual ou clube de invés-timento) e às novas ordens de compra ou devenda (exclusivas ou simultâneas), levando emconsideração que o número máximo de ope-rações, por semana, é sempre seis.

Após a quarta semana, cada participan-te pode voltar ao Desafio, para uma nova eta-pa, seja de individual ou clube de investimen-to, obedecendo aos mesmos critérios de preen-chimento do cupom.O Desafio da Bolsa está limitado às açõescomponentes do índice Bolsa de Valores IIBVI,normalmente as mais negociadas.No preenchimento do cupom, cada partici-

pante terá de assinalar o código da ação que estácomprando ou vendendo. Exemplos: Banco doBrasil e BB; Petrobrás e PETR iveja na tabelaos códigos das ações que compõem o IBVI. Oscódigos deverão ser colocados na coluna CIA.

Na coluna TIPO, o leitor ou clube de in-vestimento indicará o modelo de ação em re-negociação: ordinária ao portadoréOP, prefe-rencial ao portador é PP, e assim por diante. Asabreviaturas também estão na tabela.

Osalgarismos 1 e2 devem ser colocadosna coluna OP para que os computadores sai-bam que operação está sendo realizada: 1 écompra - evidentemente na primeira semanatodos marcarão 1 em seus cupons - 2 é venda.Finalmente, o registro do volume de ações ne-gociadas se fará na coluna QUANTIDADE. Oscomputadores só aceitam múltiplos de mil, ouseja: cada participante pode comprar ou ven-der, 1 mil, 2 mil, 5 mil, 10 mil, 14 mil, 20mil, 100mil, 103 mil e assim por diante.

No cupom, não é necessário marcar ostrês zeros que correspondem a mil, o compu-tadorestá programado para entender que ape-nas 2 significa 2 mil ações. Assim, quem nego-ciar 125 mil ações deve limitar-se a escrever 125.O participante não deve superara verba pre-viamente fixada ICrí 10 milhões, individual; Cri100 milhões, clube de investimento). Como éimpossível saber, com certeza, ovalordasope-rações marcadas no cupom, uma vez que ascotações serão sempre as do último dia útil dasemana (dia seguinte ao último para recebi-mento dos cuponsl, é recomendável que sedeixe uma margem de segurança em caixa,pois o "estouro" do limite de recuisos para aaplicação determinará a anulação da operação.

0 participante deverá conferir todos osdomingos os preços de fechamento das ope-

rações que realizou e verificar se houve "estou-ro" ou não. As operações serão realizadas con-forme a ordem de colocação no cupom Ide 1a 61.Como a simulação de investimento é exata-mente igual ao que acontece na BVRJ, o par-ticipante paga corretagem, valor que poderáser descontado do que efetivamente for apli-cado dos Cri 10 milhões ou Cr$ 100 milhões.

A corretagem é a seguinte:2% do valor aplicado em operação atéCri 2 milhões;1,5% em operações de Crt 2 a 6milhões;1% em operações de Cr5 6 a 12milhões.0,5% em operações acima de Cri 12milhões.

Lembrete: há corretagem em qualqueroperação; tente evitar as pequenas percertta-gens de ganho. Em caso de "estouro" de cai-xa, o computador sempre anulará a operação(ou as operações! que ultrapassarem o valordisponível na caixa, sem prejuízo das demais.Os direitos acionários - como dividendos,bonificações em dinheiro ou em titulo etc. -serão computados automaticamente na cartei-ra dos participantes.A relação dos 50 primeiros colocados em cadaperíodo de quatro semanas será divulgada aosdomingos no JORNAL DO BRASIL. A relaçãocompleta sairá ao longo da semana no Cader-no de Classificados. Haverá listas tambémnas Agências de Classificadose nas Sucursais.JORNAL DO BRASIL

Bolsa de Valoresdo Rio de Janeiro

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Desafio da Bolsa /jornal do brasilTIPO DE INVESTIDOR (Assinale com X)-

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São Paulo — As Bolsas de Valoresconquistaram o último "bastião de resis-tência" do mercado de ações: o investi-dor médio, que dispõe de um capitalmínimo de Cr$ 100 milhões para aplica-ção no mercado financeiro, e que semprese mostrou arredio às operações queincorporassem riscos, preferindo abrigar-se em investimentos que, se não condu-zem a ganhos expressivos, pelo menossalvaguardam de prejuízos irreparáveis.

Mesmo ele cedeu: seduzido pelosíndices que medem a lucratividade dasações, um ativo financeiro há dois anosrejeitado por ser sinônimo de incerteza— apesar do risco e das flutuações ine-rentes a esse mercado — rompeu a redo-ma do investimento garantido e aventu-rou-se no nervosismo dos pregões. E nãose arrependeu. Aparenta não estar maispreocupado com o fantasma das quedassem volta que povoou as Bolsas no come-ço da década de 70.

Assumindo riscosDirigentes de corretoras asseguram

que este investidor vem engrossando ca-da vez mais as estatísticas de novos parti-cipantes do mercado: sem ser rico, massem ter preocupações financeiras (possuicasa própria e carro do ano) ele seconsidera apto a empreender vôos maisaudaciosos. Ambicioso, não procura ape-nas uma proteção para o seu dinheiro, enão acredita que poderá perdê-lo naBolsa. Seu sonho é multiplicá-lo rapida-mente.

O diretor do Escritório Levy, Eduar-do Levy, também vice-presidente da Boi-sa de São Paulo, acredita que desde 1983as Bolsas vêm recebendo um contingentede novos investidores, não passível de serenquadrado em categorias estanques."Hoje, todo tipo de" novo participante,do pequeno ao grande", ensina. Mas aênfase se dá no investidor médio, o quesupera a simples condição de cotista deum clube de investimento, a única alter-nativa de participação assegurada ao pe-queno investidor no mercado acionário.

E os números de crescimento denovos aplicadores na Bolsa de Valores deSão Paulo (Bovespa) são espantosos: háum ano, os investidores catalogados pelaentidade não superavam a casa dos 250mil, quando hoje já atingem 655 mil. "Ocrescimento mais significativo ocorreunos últimos três meses: em junho tinha-mos cerca de 400 mil investidores. De lápara cá, a evolução atingiu quase 64%".Comentou Levy.

Mas, por que o investidor teria aban-donado a comodidade da aplicação emtítulos de renda fixa que, além de garanti-rem ganhos reais de até 20%, personifi-cam o trinômio segurança, rentabilidadee liquidez? A razão é simples: nenhumoutro ativo pode ter o orgulho de osten-tar a performance que as Bolsas vêmdesfrutando desde 1983. Para uma infla-ção de 211% em 1983, o índice Bovespa,que mede a lucratividade de uma carteiratécnica composta pelas 129 ações maisnegociadas, evoluiu 758,4%. Em 1984,cresceu 442% para uma inflação de223,8%. E, até o mês passado, já tinhaexpandido 417,6%, para um acumuladode 157,5% da inflação.

— Diante desses números, há umnatural desencanto do investidor por ati-vos atrelados à correção monetária. Enão é porque eles estão rendendo pouco,mas porque a vantagem comparativa deuma carteira de ações é devastadora —explicou Levy.

Clubes de InvestimentoO diretor da Corretora Baluarte,

Aguinaldo Pires Couto, afiançou que,

além das taxas de lucratividade, o merca-do acionário reconquistou a confiançaperdida por um outro motivo: o investi-dor, escaldado pelo boom do início dosanos 70, se sente resguardado de umarepetição pela presença dos investidoresinstitucionais, como as fundações de se-guridade social, que possuem uma funçãoestabilizadora. "Os institucionais alarga-ram a base do mercado, fornecendo umgrau apreciável de maturidade às opera-ções", observou Couto.

Além do investidor médio, os corre-tores percebem uma presença mais ativado grande — tradicional participante jáque sua norma é a diversificação de ativos— e do pequeno, através dos clubes deinvestimento. Apenas mediante a reu-nião em clubes, os pequenos conseguempreencher a escala mínima necessáriapara o investimento ser rentável e aceitá-vel pelas corretoras. Prova de que osclubes são um bom negócio reside nocrescimento do seu patrimônio: passoude Cr$ 67 bilhões 286 milhões, em outu-bro do ano passado, para Cr$ 622 bilhões286 em outubro desse ano, com umavanço invejável de 824,4%, os registra--dos na Bovespa. O número de cotistasevoluiu 148,4% no período, saltando de16 mil 910 para 42 mil. E cada vez maisformam-se clubes. No final do ano passa-do, eram 623 clubes e, hoje, o númerochega a 1 mil 522.

No RioA Bolsa do Rio, em dezembro de

1984, tinha um total de 122 clubes de

investimentos registrados, com 3 mil 110participantes e Cr$ 8 bilhões 800 milhõesde patrimônio. O último levantamentodisponível, de 7 de setembro deste ao?.indica que o número de clubes já haviasaltado para 258, com 6 mil 529 cotistas eCr$ 55 bilhões de patrimônio.

Um outro instrumento de captaçãode recursos para aplicação em ações —também apropriado para investidores depequeno e médio portes — são os fundosmútuos de ações, indústria que apresen-tou um crescimento invejável nos últimomeses, em parte, conseqüência da trans-formação dos fundos fiscais 157 em fun-dos de ações, mas, principalmente, pelagrande procura por parte dos investidorese também fruto da valorização das açõesnas Bolsas.

Só para se ter uma idéia, o patrimô-nio dos 64 fundos ativos no país passou deCr$ 6 trilhões 227 bilhões em julho paraCr$ 17 trilhões 930 bilhões, no final domês passado, com um crescimento de188% em apenas três meses. Algunsdeles, como o recém-inaugurado Flex-Par, administrado pelo Chase Banco Lar,chegaram a captar uma média de Cr$ 10bilhões por dia. O Unibanco chegou asuspender, temporariamente, o ingressode novos participantes tal a procura paraa compra de cotas dos fundos que admi-nistra, gerando inclusive dificuldades naadministração das carteiras. O BradescoAções é o maior do país (era um fundo157 e foi convertido em mútuo de ações),com um patrimônio de Cr$ 3 trilhões 700bilhões.

Direitos dos acionistas

DIVIDENDOS BONIFH SUBSCRigAO FORMA DEEMPRESAS EM Cr$ CACAO NEGOCIACAOEM % Cr$

AGR0CERES 1,20 . 900 - 23.10 . 30.12.15ALBARUS 90,00 — 18.11 a 06.12.85BIOBRAs - 98-658237 14.10 a 11.11.85BC0. DENASA INV. — 80.000 1,00 17.10 a 13.11.85BC0 BANDEIRANTES — O.766S4150R0 0,00325677 29.10 a 21.11.851.533283PSEF OATH'SCIM. SALVADOR — 0BS1 37'28 22 10 > 19-11-85CASAS DA BANHA '-05 300 — 31.10 a 21.11.85CBV — 300 — 04.11 a 25.11.85CIA. IN0. ITAUNENSE — 100 32,63157894 3,00 30.10 a 25.11.85DURATEX — 300 — A PARTIR DE 18.11.85 "EX"ELETROMAR 17-® — 3010 1 20.11.85GUARARAPES M.™ — 31.10 a 21.11.85GUARARAPES — 4'9W) — A PARTIR DE 12.11.85 "EX"J.H.SANTOS - 0BS Z 1M 16.10 a 14.11.85i.B.DUARTE MO 0BS 3 2.'5 1810 a 18.11.85KEPLER WEBER — * ®00 0BS.4 160,00 31.10 a 29.11.85UCIA — 50 4,10 16.10 a 14.11.85MICHELETTO — 25'63 4'30 01.11 a 29.11.85MOINHO SANTISTA 2>12 30 14.553388371 127,00 01.11 a 29.11.85MOINHO FLUMINENSE l.°° 33 333 — 04 11 a 25.11.8SNEM0FEFFER 2-03 — 0? l1 ' 28.11.85PR0METAL 0.'5 300 25 2'20 1110 » 1111-85METALAC — 1900 12.266181 5.40 21.10 a 18.11.85Pettenati 0.05 — 18.11 a 06.12.85ReMpar _ 100 - mi , 02.12.85Sharp 0,16 (int) 400 10 7,00 06.11 a 04.12.85SondokScniea - 9-900 - 1111 a 02.12.85Sid. Guaira - 100 1°° l.00 13.11 a 12.12.85SantaconsMncia 0.0787 (int) 01.11 a 22.11.850,339 (p/rata) — —Transbrasil 0,12 (int) 25.11 a 13.12.85

0,04 (p/tala) — _Tela 0.70 10 — 04.11 a 25.11.85T janer 180 — 12.11 a 03.12.85Vigor — 300 — 06.11 a 27.11.85Vin. Rio Grandense 0,06 lord.) — 07.11 a 28.11.85

0,123 (pref.) — _

OBS. 1 — As a«;6es ordinirias e preferenciais classe "B" terSo direito de preferdncia na proporgiodo n° de a<;&es possuidas;OBS. 2 — Titulares de a;6es ordindrias 49,415% no respectivo tipo e 50,584% em preferenciai.Titulares de a?6es preferenciais 100% no respectivo tipo.

OBS. 3 — Cada lote de 5 (cinco) ag6es ordindrias possuidas subscrevem 2 (duas) preferenciais ecada lote de 5 (cinco) a?6es preferenciais possuidas subscrevem 2 (duas) da mesmaesp6cie.

OBS. 4 — Ordinaries subscrevem 77,912349$ no tipo e 6,301307% em preferencias, preferenciaissubscrevem 84.213656% no tipo.

As ações que entram no "Desafio"

ULTIMO LUCR0 ULTIMA C0TA.QA0 P.L. PATRIMONII) LiHUIDO { VARIACA0 %AQOES C00IG0 TIPO BALANQ0 POR *5»0 MEDIA (*) KA SEMANA

P/AQA0 PREg0/VLR.PATR.A5A0

Acesita ACES OP 12/84 PR 8,48 3.44 2.47 +23,98Acesita ACES PP 12/84 PR 6,35 3.44 1.87 +15.88Barreto Araujo BAPC PB 04/85 1,22 6,16 5.° 10.13 0.61 -5.95Banco do Brasil BB ON 12/84 27.63 547,08 198 186,45 2,93 +11,07Banco do Brasil BB PP 12/84 27.63 783,38 28,3 186,45 4,20 +15.23Belgo Mineira BELG OP 12/84 2.02 52,15 25,8 10,83 4,82 + 35.98Banerj BERJ PP 12/84 PR 25,38 E- 22,42 1.13 +3,38Banespa BESP PP 12/84 1,11 38,52 34.7 9,45 4,08 + 25.68Banco National BNAC PN 12/84 1,03 9.00 8,7 15,92 0.57 + 03oBradesco BRAD PS 12/84 1,50 38,81 EE- 25.9 14,64 2,65 +57.70Brahma BRHA PP 12/84 0.97 29,17 30,114,17 2,06 +3,11Camig CMIG PP 12/84 0,45 2,29 5-1 4,93 0,46 -0.87CorrSa Ribeiro CORI PP 03/85 PR 4.48 5,86 0,76 -7,63Souza Cruz CRUZ OP 12/84 40,96 1.365.81 33,3 145,90 145.90 +g 35C.S.Brasilia CSBR PP 12/84 0.38 4,74 12.4 3,30 1.44 ,2,67Citro-Pectina CTPP PP 04/85 0,38 6,90 6-8 8.02 1.19 -2,82Docas DOCA OP 12/84 0.33 46,14 139.8 13,07 3,53 .2,82Docas DOCA PP 12/84 0,33 42,97 130.2 13.07 3.29 +13,77Eluma ELUM PP 12/84 1.01 4,57 4'5 19.42 0.24 .12,62Ferbasa FERB PP 12/84 1,23 41.89 34,1 6,79 6,17 + 28.81Fertisul PERT PB 12/34 0.55 3,67 6.7 6,24 0m59 +1 g4F.l.C.Leopoldina FLCL PA 12/84 0.41 4.55 11-1 6,66 0,68 +21,01LAmericanasIa) LAME OS 10/84 4.93 423.93 86.0 46.29 9.16 ,2.29Luxma (a) LUSC PP 01/85 1,13 9,58 8.5 12.09 0,79 +4 47Mannesmann MANM OP 12/84 0,39 6,40 16.4 1,08 5.93 +475Mannesmann MANM PP 12/84 0,39 4,80 123 1.08 4.44 +3 23Mendes Junior MEND PA 12/84 1,82 53.95 29,6 16.89 3,19 +15.57Mesbla (b) MESB PP 01/85 5,13 311,61 60.' 116.73 2 62 +3 87Moinho Fluminense MFLU OP 06/85 6,03 98,00 15.6 37,26 13,26 ,2 00Montreal (c) MONT PP 09/84 2.57 48.03 18.7 7.08 6.78 +9.11PetrobnSs PETR ON 12/84 15,82 378,78 23.9 204,95 1 85 + 6 06Petrobnis PETR PP 12/84 15,82 839.18 51.0 204.95 4.09 +17.56Paranapanema PMA PP 12/84 0.81 33,24 | 41.0 1,01 32.91 ,6 38Petr.lpiranga(b) PTIP PP 01/84 1,07 8.62 8.1 9,63 0.90 +27.33Samitri SAMI OP 12/84 5.87 276.20 47-1 24.94 11.09 + 33.85Telerj TERJ PN 12/84 10.48 85,00 8,1 238,58 0.36 + 30.85Unipar UNIP PB 12/84 1,30 6,35 7,84 0.81 +15.88Vale do Rio Doce VALE OP 12/84 63.75 606.09 9 282.39 2.15 +13.51Vale do Rio Doce VALE PP 12/B4 63.75 865.74 13.6 282.39 3.07 +9 78Varig VARG PP 12/84 3.02 14.67 4.9 ".33 1.29 +13.28A«os Vitares(a) VILA PP 01/85 0.10 26.89 1208,9 3.84 7.00 -6.28White Martins WHMT OP 12/84 0.63 6.22 9-9 3.24 1.92 + 4.54Zanini ZANI PA 12/84 0,16 3.51 21.9 2.77 1.27 +12.14

(a) Empresas excluídas do IBV. mas que continuarão a fazer parte do Desafio/Bolsa.(b) Exercício de onze meses.(c) Exercício de dez meses.(•) Relativo à última cotação.(••) Úftfrno Balanço Anual + Subscrições.

Como ter a parte m m

eíp- Clube de Investimento.

Participe do II Curso sobre Formação de Clubes de Investimento de 19/11 a 19/12, às terças e quintas-feiras.Inscrições no Núcleo Educacional da BVRJ: ^7^7 Bolsa de Valores do Rio de JaneiroPraça XV de Novembro. 20 - 3o andar - tel.: 291-5354 - r. 1459. 140 anos a serviço da democracia

JORNAL DO BRASIL Negócios & Finanças domingo, 10/11/85 ? Io caderno ? 31

Funaro promete

tributo justo para

cada faixa de renda

-Redução da taxa de juros sustentará a privatização

Mariluce MouraBrasília — Os assalariados não preci-sam pèrder o sono: o pacote tributário

para aumentar a arrecadação do governoem Cr$ 40 trilhões e que será anunciadoprovavelmente no próximo dia 18, vaireduzir substancialmente o imposto paraquem ganha atualmente até Cr$ 18 mi-lhões mensais (30 salários mínimos),manter mais ou menos nos níveis atuais otributo cobrado de contribuintes na faixaentre Cr$ 18 milhões e Cr$ 30 milhões etaxar com mais rigor apenas uns poucosmilhares de privilegiados, "cujos saláriosjá se confundem com renda".

As alterações tributárias vão seconstituir numa boa surpresa para a so-ciedade brasileira — garante com firmezao ministro da Fazenda, Dilson Funaro.

E, no entanto, Funaro sabe que, umavez conhecido e enviado ao Congresso oconjunto de medidas destinado a reorde-nar mais profundamente a economia bra-sileira em 86 — equilibrando o setorpúblico, reduzindo a presença do Estadona economia e os seus gastos — vozesbem orquestradas vão se levantar contraa fome insaciável de um Estado, que,segundo elas, prefere taxar, a diminuir detamanho. A um dos coros já organizados,o do PDS, que antecipadamente fechouquestão contra o capítulo tributário doconjunto de medidas, o ministro da Fa-zenda dirige um recado duro:

Durante 20 anos, eles fizeramdecretos-leis contra a sociedade brasilei-ra. Deveriam agora respeitar um poucomais o debate e não fechar questão antesde conhecer aquilo que o governo efeti-vãmente está propondo.

Sistema modernoE o que o governo já tem pratica-

mente concluído para propor ao Congres-so, no que se refere ao Imposto de Rendade pessoas físicas, é não somente umaalteração de carga tributária propriamen-te, como uma reformulação mais profun-da na sistemática de cobrança do tributo.

Há algumas semanas, Funaro diziaque queria reduzir a distância entre im-posto retido na fonte, dos assalariados, eo imposto de fato devido, para evitar

"esta espécie de empréstimo que toma daclasse média", com todos os transtornosdas posteriores devoluções. Em termosmais precisos, isto significa que, a partirdo próximo ano, será cobrado exclusiva-mente o que, depois de uma infinidade decálculos e simulações, a Receita Federalconcluiu que é o tributo justo para cadafaixa de renda. Isto é, se o Congressoconcordar. O governo nada terá quedevolver aos assalariados, um, ou atéquase dois anos depois. É isto que, tecni-camente, se' tem chamado o impostosobre bases correntes.

A confusão e a ansiedade provocadaspelas declarações de renda a cada iníciode ano, deverão acabar para a grandemaioria da população brasileira. "Porqueo que foi tirado, foi tirado. E de umaforma muito mais simples se vai declararapenas outras rendas fora do salário,como as originárias de aluguéis, porexemplo", explica o ministro. E, nestecaso, será o contribuinte que terá algumacoisa a pagar ao governo.

A preocupação com a justiça fiscal,nas mudanças tributárias, é acompanha-da de perto por um empenho em simplifi-car e modernizar o funcionamento doEstado brasileiro, segundo Funaro.Aliás, modernização e racionalização es-tão entre as palavras mais empregadaspelo ministro da Fazenda, quando eleexpõe o programa de ajuste da economiapara 86. E esta meta de começar aconstruir um Estado capitalista moderno"e socialmente mais justo", que pareceocupar o ponto central das suas expectati-vas, e que ao seu ver se reflete no pacote— denominação que aliás rejeita — quevai ao Congresso.

Em relação às pessoas jurídicas, os

documentos que saíram da Secretaria daReceita Federal para o ministro e seusassessores mais próximos, no final destasemana, estabelecem o aumento signifi-cativo do Imposto de Renda para as 3 milmaiores empresas do país, numa avalia-ção por faturamento, lucro líquido eoutros indicadores da sua capacidade fi-nanceira.

Para as pequenas e médias empresas,nada se altera: o imposto, em níveissemelhantes aos de hoje, é corado combase numa estimativa preliminar e, poste-riormente, se há diferença entre lucroestimado e lucro apurado, o governodevolve o que tomou a mais.

A alteração já anunciada na áreafinanceira é a troca do Imposto de Rendapelo IOF — Imposto sobre OperaçõesFinanceiras — no mercado aberto, comuma menor taxação à medida que seestende o prazo de aplicação. Segundoum assessor de Funaro, com isto sequernão apenas evitar as devoluções que acobrança de Imposto de Renda propicia-va, mas estimular a permanência dosrecursos por mais tempo no mercado.

"Isto facilita o financiamento do investi-mento privado", explica ele.

As operações em bolsa, por outrolado, têm permanecido como uma incóg-nita dentro do pacote fiscal do governo:serão ou não serão taxadas? Funaro temuma resposta incisiva, mas parcial, capazde intranqüilizar todos os que atuam naintermediação:

No mercado primário, não haveránenhum tipo de taxação até porque en-tendemos que é da maior importânciareduzir a intermediação financeira, den-tro da preocupação de capitalizar o maisque possamos, o setor produtivo.

As bolsas — com um movimentoainda incipiente para o Estado capitalistamoderno que a equipe econômica nogoverno vislumbra como uma possibilida-de palpável — é atribuído um papelsignificativo. Elas estão sendo olhadascom uma atenção especial, "enquantoinstrumento para o processo de privatiza-çáo da economia, ou para sua desestatiza-ção", segundo Funaro. Para a venda deações das estatais, em suma.

Redução dos gastosNo momento em que a inevitável

pergunta "por que não reduzir gastos, emvez de taxar?" se levantar no Congresso,o governo terá algumas respostas já pre-paradas:Estamos reduzindo gastos empessoal. Estamos, através da queda dataxa de juros, que prosseguirá em marchalenta e constante, com uma redução dedespesas equivalente à economia queteríamos, se demitíssemos repentinamen-te 15% do pessoal empregado no Gover-no. E com os projetos de modernizaçãoadministrativa, que inclui a criação da

Secretaria do Tesouro, vamos tambémter, além do controle da execução orça-mentária, custos efetivamente menores— responde antecipadamente o ministroDilson Funaro.

Depois de um dia inteiro de reuniões,num corpo a corpo para controlar ospreços do leite e do café, atribulado comas medidas para evitar uma disparada dainflação em novembro, Funaro ainda en-contrava, na última sexta-feira, ânimopara ser otimista.

— Se em uma palestra, em marçodeste ano, alguém dissesse que se poderiacriar 1,5 milhão de empregos formais emais 800 mil informais, que o país iriacrescer a mais que 5%, sem fazer estou-rar o processo inflacionário, e sem pôrem risco a balança comercial, eu diria queesta pessoa era excessivamente otimista.E, no entanto, foi o que ocorreu.

O ministro desenvolve este raciocíniopara afirmar que é possível crer na con-dução da economia no sentido da privati-zação, da modernização e da derrubadaefetiva da inflação, sem mais sacrifícios.O Congresso não pode apressadamentedescrer disso. "Vamos ter dificuldades,sim, problemas pela frente, pressões in-flacionárias, mas na minha ótica é prefe-rível termos escassez de alimentos porqueo povo pode se alimentar, do que exces-so, por falta absoluta de meios paracomprá-los".

Funaro revela que, se nos últimosdois meses, 3 mil pessoas, a maioriafuncionários com altos salários, deixaramo governo para entrar na iniciativa priva-da, em um ano espera-se que, voluntaria-mente, 15 mil pessoas façam o mesmo."Um por cento dos funcionários indiretosdeixou o governo, e estimamos que 5%farão isto no espaço de um ano".

Mas o governo não se contentarácom este movimento voluntário apenas."Poderemos propor uma aposentadoriacompulsória, com 10 anos de serviço,pagando um terço da aposentadoria total.Conceder um ano de licença, para que aspessoas procurem trabalho na iniciativaprivada. Estamos estudando várias fór-mulas", disse o ministro.

Quanto à Secretaria do Tesouro, queserá criada já em janeiro, ela vai permitir

mmm

uma emissão de 250 mil papéis a menos,para o governo, com o seu trabalho decentralização de caixa.

Há uma racionalização nas mu-danças previstas para o Banco Central e oBanco do Brasil e o maior controle efeti-vo da conta movimento, pela Secretariado Tesouro — diz Funaro. Em janeiro de86, tudo isso estará acionado, com oBanco do Brasil deixando de desempe-nhar o papel de autoridade monetária.

Além desta racionalização, que im-plica redução dos gastos de custeio, ogoverno está apostando muito no progra-ma de privatização, capaz de gerar 1bilhão de dólares em 86, e baseado acimade tudo na venda de ações na bolsa."Queremos democratizar, pulverizar ocapital das estatais", diz o ministro.

Com estas medidas, pelas quais seespera um crescimento real da dívidapública em 20%, no próximo ano —contra os 65% de 85 — uma redução dodéficit em mais de Cr$ 130 trilhões, umaretomada segura dos investimentos pro-dutivos, o Ministério da Fazenda esperaconvencer o Congresso. E Funaro poderáaté dizer aos parlamentares que o gover-no brasileiro continua a acompanhar, demuito perto, experiências de combate àinflação, como as da Argentina. Se algu-ma coisa der errado na estratégia propos-ta, e os 160% previstos de inflação para86 ficarem como um sonho distante,pode-se então, rapidamente, tomar umadecisão drástica.

Sabemos que a indexação da eco-nomia tem que ser muito discutida e,quem sabe, um dia se possa fazer umverdadeiro pacto nacional para a derru-bada sem volta da inflação brasileira.

Investimento social

vai a Cr$ 27 trilhões

José NegreirosBrasília — Apenas com recursos previstos no orçamento do

Tesouro para o ano que vem, o governo gastará Cr$ 27 trilhões 20bilhões em programas sociais destinados à educação, saúde,emprego, habitação e saneamento básico. Trata-se de um incre-mento de quase 300% em relação aos números originais deste ano— Cr$ 6 trilhões 863 bilhões — uma vez que essa quantia foipraticamente dobrada para Cr$ 12 trilhões, a meio caminho daexecução orçamentária, com aproveitamento do excesso normalde arrecadação tributária.

Além disso, segundo um assessor do Ministro da Fazenda,Dilson Funaro, os Cr$ 40 trilhões que o governo pretende obteratravés do aumento de impostos seriam predominantementedestinados a reforçar aquela generosa verba inicial, caracterizandouma radical mudança na atenção que a chamada área socialdesfruta por parte das autoridades.

Para se ter uma idéia, o Ministério da Educação duplicarásua dotação para 86. com uma disponibilidade de Cr$ 11 trilhões818 bilhões, enquanto o da Saúde terá quase quatro vezes maisdinheiro, com Cr$ 7 trilhões 900 bilhões. É verdade que issoaconteceu graças à necessidade do governo do Presidente JoséSarney de estabelecer uma maior sintonia popular, com o objetivode neutralizar sua ascensão ao cargo sob um clima desfavorável,após a morte de Tancredo Neves.

Mas a partir do momento em que o Ministério do Planeja-mento, influenciado pelo PMDB. resolveu avançar conquistasnessa área, os ganhos foram mantidos para o próximo ano. Açora,esse trunfo está sendo utilizado também para seduzir os parlamen-tares a aprovar o novo pacote fiscal, sob a pregação de que odinheiro arrecadado será gasto preferencialmente na área social,inclusive com a definição clara da destinação da verba porprograma. Como o governo é civil, pela primeira vez, em muitosanos, ele é obrigado a curvar-se às pressões políticas para liberarrecursos, sob pena de fracassar no plano eleitoral.

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AVISO AOS ACIONISTAS

ENTREGA DE CERTIFICADOS E TÍTULOSMÚLTIPLOS DE AÇÕES

BONIFICAÇÃO - AGE 2/9/85Comunicamos aos Senhores Acionistas que, a partir

de 12 (doze) de novembro de 1985, iniciaremos a entregados Certificados de Ações e Títulos Múltiplos, relativos àsações bonificadas cuja distribuição foi aprovada pela As-sembléia Geral Extraordinária de 2 de setembro de 1985,e correspondentes aos processos recepcionados no peri-odo de 16 de setembro de 1985 a 30 de outubro de 1985.

A entrega 'far-se-á mediante a apresentação da 3? Viado Boletim de Bonificação.

Os Acionistas que, até a presente data, ainda não sehabilitaram, poderão fazê-lo, normalmente, com a apre-sentação do cupão n? 16 (dezesseis), em relação àsações ordinárias e preferenciais ao portador.

LOCAIS E HORÁRIOS DE ATENDIMENTO: -das 8h às 11h30 e das 14h às I7h, em:

SÁO PAULO, SP: - Av. Brig? Faria Lima. 2003 - 18? andarRIO DE JANEIRO, RJ: - Rua Ubaldino do Amaral, 49-AJOINVILLE, SC: - Rua Araranguá, 514.

São Paulo. 6 de novembro de 1985

Jorge Michel LepeltierDiretor de Relações com o Mercado

Brasília — O Governo aposta na continuidade daredução das taxas de juros como um dos seus maisfortes aliados para promover a progressiva privatizaçãoda economia brasileira. E através desta queda que osinvestimentos no setor produtivo podem se tornar maisatraentes para os empresários privados do que asaplicações no mercado financeiro, afirmou o secretário-geral do Ministério do Planejamento, Andréa Calabi.

Abre-se deste modo a possibilidade real para queempresas estatais sejam compradas por grupos priva-dos, em circunstâncias favoráveis, tanto para os empre-sários quanto para o governo. "No momento em que asaplicações financeiras não renderem muito mais que12% reais, ao ano, o interesse do empresário porinvestimentos produtivos, que tem taxa média deremuneração de 15%, fatalmente crescerá", disse Cala-bi. E numa fase de recuperação da economia, os acenosà área privada podem se tornar ainda mais estimulan-tes, acredita Calabi, porque nestes períodos "não éraro que a taxa de remuneração de empreendimentosindustriais alcance os 20%".

Complementação lucrativa

De um modo fiais amplo, a questão da taxa dejuros atravessa todos os fronts articulados até agora nosministérios da área econômica, para promover a pro-gressiva retirada do Estado da economia. Ela é critério-samente avaliada no programa de vendas de ações emBolsas das estatais, como na venda direta de empresasinteiras a grupos privados. E passa pela avaliação dosprojetos que vale a pena o governo completar, paraentregar mais adiante com vantagens maiores para oseu caixa.

— E óbvio que o governo indaga que efeitos terános Cr$ 3 trilhões de ações da Petrobrás, que pretendecolocar nas Bolsas, a possibilidade de completar deter-minados investimentos, como as plataformas na Bacia

de Campos, para adicionar novas reservas às áreas jáprodutivas. Considerando taxas decrescentes de juros,os investimentos se tornam muito mais viáveis, aomesmo tempo em que podem influir no preço das açõesque serão negociadas — garante Calabi.

O preço de venda de uma empresa, ou de açõesdesta empresa, ensina Calabi, é o valor presente daexpectativa de lucro que se terá. E o governo aplicaeste princípio tanto para a Petrobrás, quanto paraempreendimentos menores.

Raciocínio semelhante vale, segundo Calabi, paraempresas como a Companhia Siderúrgica Nacional,que precisa ter o seu terceiro estágio complementado, ea Cosipa. "São empresas que ou passam a lucrar mais,ou saem de déficits, na medida em que se melhora todoo seu sistema produtivo".

E em função disso que o governo não pretendecolocar apressadamente à venda as suas empresas e fazuma estimativa até modesta, frente ao seu patrimônio,de captar entre Cr$ 10 e 15 trilhões, no próximo ano,através do programa de desestatização. Calabi explicano entanto que este valor é o impacto de caixa diretoestimado pelo Governo, o que não significa que eleprocesse vendas até este limite apenas.

Nas vendas de empresas inteiras, a grupos priva-dos, intermediada por bancos de investimento, não seespera receber à vista o valor acertado e estas opera-ções vão gerar receitas para os anos seguintes, cujaestimativa o governo ainda não tem.

Todas as contas em torno de juros e lucros, noentanto, não vão impedir a simples desativação deprojetos como algumas usinas nucleares, ferrovia doaço, ou a mineração da Caraíba Metais, entre outros.Porque nestes casos, o governo considera que melhor éperder de vez o investimento já feito, do que continuaralimentando sorvedouros de recursos irrecuperáveis.

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SOCIEDADE ANÔNIMA DE CAPITAL ABERTOGEMEC-RCA 200-75/173

C.G.C. n? 28.672.087/0001-62

AVISO AOS ACIONISTAS

Comunicamos aos senhores acionistas que a partir de 18 de novembro de 1985 inicia-remos a distribuição do direito abaixo, conforme deliberação tomada pela AssembléiaGeral Extraordinária realizada em 31 de outubro de 1985.

1. DESDOBRAMENTO

Emissão de 102.600.000.000 (cento e dois bilhões e seiscentos milhões) de ações or-dinárias e 102.600.000.000 {cento e dois bilhões e seiscentos milhões) de açõespreferenciais, sem valor nominal, a serem distribuídas a título gratuito, sem quehaja elevação do capital social de Cr$ 104.500.000.000 (cento e quatro bilhões equinhentos milhões de cruzeiros), de modo que cada acionista receba 19 (deze-nove) ações novas para cada uma das atualmente possuídas, da mesma natureza eforma das que lhe deram origem.

2. INSTRUÇÕES GERAIS2.1. Para o exercício do direito e substituição dos certificados, os acionistas deve-

rão apresentar os documentos:

2.1.1. Cartão C.I.C. (Pessoa Física) e Documento de identidade,2.1.2. Cartão C.G.C. (Pessoa Jurídica).

2.2. Dos eventuais procuradores, solicitamos a apresentação do documento legal dehabilitação segundo modelo padronizado fornecido pelo Banco Itaú S.A.

02.3. Preencher formulário próprio, fornecido nos locais de atendimento (item 3.1).2.4. Os novos certificados conterão os seguintes "Estados dos Direitos": DIV 011

BON 008 SUB 001.

2.5. Os acionistas nominativos receberão pelo correio o documento "Aviso aosAcionistas" contendo a posição atualizada, incluída com a presente boni-ficação.

2.6. Ficam suspensas as transferências, conversões, desdobramentos, agrupamentose atualização de direitos atrasados, no período de 8/11/85 a 18/11/85.

3. LOCAIS DE ATENDIMENTO

3.1. Nas agências do Banco Itaú S.A. autorizadas a prestarem serviços a acionistas,de segunda a sexta-feira no horário das 10 às 16:30 horas.

COMPANHIA METALÚRGICA BARBARÁA Diretoria

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32 ? 1° caderno ? domingo, 10/11/85 Negócios & Finanças

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Mercado editorial

avança 12% em 85

e anima editores

Ronaldo Lapa

Depois de resistir razoavelmente aos duros anos de--recessão econômica, o mercado editorial brasileiro'prerpara-se para o melhor: está em franco crescimento e,

_' segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Editoresde Livros, Sérgio Lacerda, repetirá certamente este anoboom experimentado ao final da década de 70. As

íi est'mat'vas mais pessimistas indicam que a partir de 1982houve um crescimento sustentado de 10% ao ano,projetando para 1985 um índice de 12%, o que elevará,expressivamente, a atual produção, estimada em 250milhões de livros.

A euforia dos editores não fica aí. O novo presiden-te da Câmara Brasileira do livro, Alfredo Weiszflog,pretende detonar uma grande campanha institucional a

ri ^.partir do Natal, envolvendo ao longo do próximo ano em^ torno de Cr$ 3,5 bilhões com o objetivo de ampliar em'^l20% a procura de livro no país e elevar a produção anual^ para 300 milhões de exemplares. Os recursos sairão de

n,.,um fundo especial, para o qual contribuirão não só aseditoras como também as empresas ligadas à fabricação

,r-. ...de papel.As projeções de crescimento e os números de

^ produção, no entanto, nao são aceitos com tranqüilidadepor alguns dos principais autores brasileiros. Argumen-tam que o grosso da produção ainda se refere ao livrodidático, e que uma outra parcela muito expressivapertence aos fascículos que, apesar da inexistência deestatísticas precisas, a cada dia aumentam sua participa-Ção neste segmento do mercado. Os editores contra-atacam. Citam como irrefutável exemplo de ampliaçãodo mercado a Feira de Livros de Porto Alegre, que seráencerrada hoje e que deve alcançar a comercialização de260 mil exemplares, num volume de negócios equivalen-te a Cr$ 3 bilhões. O crescimento do mercado, segundo•afirmam,

pode ser observado através da simples compa-ração do que ocorreu no ano passado nesta mesma Feira,

Iuando as vendas não conseguiram ultrapassar a marcae Cr$ 1 bilhão.

O próprio Sérgio Lacerda, que além de presidentedo Sindicato dos Editores é proprietário da Nova Fron-teira — a sexta maior editora do país — oferece algunsnúmeros para demonstrar que o segmento editorialbrasileiro atravessa sua melnor fase. "Não há comonegar que as tiragens da chamada literatura para adultosvêm experimentando progressiva ampliação nos últimostrês anos", explica Alfredo Machado, da editora Record,tirou 100 mil exemplares de Tocaia Grande, de JorgeAmado, e quase toda a produção foi comercializada emmenos de um mês; a Nova Fronteira vendeu 150 milexemplares da Insustentável Leveza do Ser, de MilanKundera, e já está preparando 50 mil exemplares deRisíveis Amores, do mesmo autor.

.— Além disso — continua — estamos operando emníveis nunca experimentados anteriormente pára algunsautores. Vamos rodar uma tiragem inicial de 10 milexemplares de Agreste, de João Cabral de Melo Neto, eoutros 10 mil de uma edição bilíngüe (francês-português)de As Flores do Mal, de Charles Baudelaire, dom 672páginas. Estamos certos de que vamos vender essas duasedições em prazos razoavelmente curtos.

Ainda segundo os números do Sindicato Nacionaldos Editores de Livros, a literatura para o público adultovendeu 25 milhões 220 mil exemplares em 1983, pulando

JORNAL DO BRASIL

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3 .para 32 milhões no ano passado, o que correspondeu aolançamento de 8 mil 065 títulos no período. Desse total,a maior parte dos lançamentos ficou com os autoresnacionais (60%), enquanto os estrangeiros estacionaramcm 40%.

O fenômeno do livro didáticoPrimo rico da indústria editorial — apesar de

constantemente hostilizado por todos os segmentos que¦J^tpensam a cultura nacional — a produção de livro>íS didático é realmente bilionária. Anualmente, chegam ao

mercado em torno de 120 milhões de exemplares dessejffiHipo de literatura, sendo que 50% desse volume é^A^endido no mesmo período. O faturamento ultrapassa os

bilhões/ario e, na maioria das vezes, seus autoresSHlfajão totalmente desconhecidos do público adultotfgjg r&ST UrP exemP'o curioso é o desempenho de Hermínioaw*» Sargentim, autor de livros de Comunicação e Expressão,SSrflue Já conseguiu vender 3,8 milhões de exemplares de!«í«suas obras. O autor de livros de matemática, Oswaldol^-Sangiorgi — outro bilionário do livro didático — conse-Sw§£-^U'U comercializar 30 milhões de exemplares, enquanto^-Benedito Castrucci — outro campeão de vendas — jáyjfrcolocou no mercado 6 milhões de exemplares.

De qualquer forma, é através da produção de livrosdidáticos que muitas editoras — Atica, Braziliense,Francisco Alves, Melhoramentos, FDT, Saraiva, Com-panhia Editora Nacional-lbep, Ao Livro Técnico eHerbra, as principajs — conseguem bons lucros no

__ nercado editorial. E também através desse segmentoS&ue. muitos autores vivem e se mantêm apenas com a^i^atividade de escritor.

S5§; As projeções do presidente do Sindicato dos Escri-•^«itores do Rio de Janeiro, José Louzeiro, confirmam,^«inclusive, esta afirmação. Para ele o boom que a indústria5%-editorial brasileira observa nos últimos anos se concen-^^"tra, especialmente,, na seguinte divisão do mercado: os^"didáticos são seguramente os mais vendidos; em segundo;S2£'lugar se posicionam os chamados livros esotéricos; osfrffSIPoliciais vêm a seguir; logo depois, os romances e,'j^finalmente, livros técnicos e outros.

Razões do "boom"

SS? Entre as principais razões para o crescimento da^-produção e venda de livros no Brasil, quase todos osjgjpsegmentos envolvidos concordam num ponto: a crise-.^•econômica reorientou os hábitos das camadas médias da^população. Muitos que costumavam jantar forapopulação. iviuuus que costumavam jantar tora ou

. freqüentar assiduamente teatros ou shows, preferem,í »i.~agora, ficar em casa "curtindo" um bom livro. Outrosíffc como o presidente do Sindicato dos Editores, apostam-l*r <1ue 0 filé mignon desse mercado está concentrado noscentros urbanos e que a classe média estaria revalorizan-Ç :> do o livro como instrumeno de lazer.

Apesar disso, as cerca de 200 editoras privadasuase igual número de estatais — Universidades incluí-Ias —, que existem no Brasil, segundo o editor Sérgio

Lacerda, lutam contra a redução de seus espaços devenda, mesmo com elevação expressiva de leitores nosúltimos anos. A especulação imobiliária reduziu o núme-ro de livrarias que hoje não ultrapassa 1 mil 200 unidadeshá três anos chegavam a 3 mil —, obrigando aseditoras a buscarem caminhos alternativos para colocarseu produto no mercado.

A solução, segundo o presidente do Sindicato dosEditores, será ocupar os 26 mil pontos de venda existen-tes — lojas, papelarias etc.,' as 24 mil bancas de jornaisque há no País e. também, os esquemas de reembolsopostal.

"Mesmo que isso não ocorra em sua totalidade"conclui — "não estaremos mal. Afinal, o Brasil jáultrapassa com sobras a produção editorial da Argentina,

que foi liquidada com a crise política e econômica queaquele País atravessou nos últimos anos".

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Distribuição geográficadas vendas de livros

(percentagem sobre exemplares)35,2 das vendas de livros Jfgl

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111Fonte: Sindicato dot Editoret U

Os editores pretendem detonar umagrande campanha em 86 para elevar

vendas em 20%

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Nocauteada apenas nacapa de um exemplar(A), a mandona Mônicaimpôs-se no mercado dequadrinhos e com seus190 mil exemplaresmensais desbancou opão-duro Tio Patinhas.Fantasma e Tarzan sãoreempregados.

Heróis dos quadrinhos retornam

Isabel Christina Pacheco

Super-homem, Fantasma, Tito Pati-nlias, Recnita Zero, Hulk e Homem Ara-ilha, além de Mônica e toda a sua turma,estão com seus empregos garantidos para1986. É até provável que muitos dos heróisinfanto-juvenis que ficaram desempregadoscom a crise econômica sejam readmitidos,ao longo do próximo ano, pelas editoras doramo.

A euforia que vem ocorrendo no merca-do editorial de livros, nos últimos meses, é amesma da área das histórias em quadri-nhos. A Editora Abril — a maior do paisnesse segmento — já prepara diversos lan-çamentos para 1986, assim como a RioGráfica. A Ebal (Editora Brasil América),que praticamente abandonou, com a criseeconômica, a publicação de revistas emquadrinhos, cedendo terreno para a Abril(o único ttulo que mantém é o Tarzan), estácom as vendas em crescimento.

Situação de cada umaA recessão afetou de forma cruel o

mundo dos quadrinhos. A Ebal, responsá-vel pelo ingresso deSsas histórias no Brasilna década de 30, acabou por se dedicarquase que com exclusividade aos livrosinfantis e à coleção Nostalgia (edições maissofisticadas de quadrinhos antigos, tendoos colecionadores como públiço-alvo).Na década de 50 e até os anos 60, aEbal lançava mensalmente cerca de 60revistas, entre elas Superman, Batman,Homem Aranha, Zorro, Tarzan e Perna-longa. Pouco a pouco e, de forma maisacentuada, de cinco anos para cá, os títulosforam sumindo do mercado. O diretorgeral da Editora, Adolfo Aizen, lembrouque principalmente nos últimos três anosos prejuízos com os quadrinhos começarama ficar enormes.

Foi quando ele decidiu não renovar ocontrato para editar dois títulos poderosos— Batman e Superman. Os heróis em

3uestão não chegaram a ficar desemprega-

os por muito tempo, pois a Abril, queestava em expansão, comprou os direitos.Adolfo Aizen lembra que não conseguia,na ocasião, vender nem o suficiente para

pagar os direitos autorais e preferiu ajudara Abril a editar as publicações antigas.Foram cedidas, então, mais de 100 histó-rias e outros originais foram colocados àdisposição.

O diretor geral da Ebal acreditava — eacredita até hoje — que o tempo dashistórias em quadrinhos passou. Para ele, atelevisão e o poder aquisitivo menor rouba-ram do mercado o espaço dos quadrinhos.No entanto, o diretor editorial do grupo depublicações infanto-juvenis da EditoraAbril, Waldyr Igayara, apostou no extre-mo oposto — ou seja, na expansão dasvendas dos gibis -r- e se deu bem.

Atualmente, a Editora Abril tem 95%do mercado de histórias em quadrinhos,com uma venda anual de mais de 30milhões de exemplares. No total, são 58títulos (sendo 23 de super-heróis) e 430edições. A recordista de vendas é Mônica,que vende de 180 mil a 190 mil revistasmensais para o público infantil. A jovemMônica conseguiu a façanha de ultrapassarem vendas o antes imbatível Tio Patinhas,hoje com 160 mil exemplares.

Igayara não esconde seu contentamen-to com os resultados e revela que, emreunião na semana passada, foi precisoconter a euforia do grupo responsávelpelos super-heróis, pois a previsão de lan-çamentos para 1986 estava "começando acair no exagero". Ele revelou o carro-chefedos lançamentos para o próximo ano: umarevista nacional de humor em quadrinhos,feita por todos os artistas e humoristas queestejam "na crista da onda", tendo comomotivos as sátiras sobre política e os even-tos da vida cotidiana.

A única razão de preocupação para odiretor da Abril está no herói Batman. Aoanalisar as vendas fracas, que podem atélevar o herói ao desemprego temporário,ele antes brinca: "Vai ver qúe o que estáprejudicando é o afastamento do Robin".Depois, Igayara ensaia uma explicaçãopara o fato: "Batman tem uma área deatuação muito terrena. Atualmente, ospoderes supra-normais estão com mais for-ça junto ao público".

Defensor dos quadrinhos, que "esti-mulam a leitura das crianças e dos jovens",ele tem uma postura crítica em relação à

televisão, "que está emburrecendo nossascrianças pelo excesso de massificação". Elenão nega, no entanto, que "sendo muitomais charmosa, com cor e movimento", aTV ocupou uma faixa expressiva do merca-do que ainda poderia ser dos gibis. Masgarante que, nem assim, as revistas emquadrinhos irão acabar — pelo contrário,seus prognósticos são muito favoráveis pa-ra o próximo ano.

Também a Rio Gráfica começa a sentira recuperação do mercado das historinhasinfanto-juvenis. Segunda editora no ramo(já foi a primeira), a Rio Gráfica já tevemais de 20 títulos, entre eles Riquinho,Mortadela e Salaminho, Hulk, HomemAranha e Zé Colméia. Atualmente, estáreduzida a cinco: Fantasma, Recruta Zero,Tex (vendida no interior), Zagor e D'Ar-tagnan (estas, mais recentes).

Mas os planos são promissores. Oeditor da divisão infanto-juvenil da RioGráfica, Felipe Ferreira, revela que, alémdos títulos recém-lançados, já estão em viasde fechamento de acordo diversas novasrevistas em quadrinhos, que ampliarão aatual equipe de heróis. Todas as atuaispublicações da editora estão com vendasem face de crescimento, sendo que oFantasma lidera o time, com 120 mil exem-plares mensais.

Problema sério para esse mercado é oalto custo do papel, que obriga as editorasa reajuste dos preços das revistas a cadadois ou três meses. O preço médio de umarevista em quadrinhos, hoje, está entre Cr$3 mil e Cr$ 4 mil.

Os saudosistas recordam que, quandoa inflação no Brasil não era tão elevada, ospreços dos gibis chegavam a ser mantidospor diversos anos. Por exemplo, o Gibitrissemanal (um dos de maior tiragem nadécada de 40) custou de abril de 1939 adezembro de 1940, 300 réis; daí até junhode 1944, 400 réis; depois, foi até fevereirode 1947 custando 50 centavos e, até termi-nar, em maio de 1950, custou 80 centavos.O Gibi mensal foi vendido a 1 mil 500 réisdurante muitos anos e, para o preço nãoaumentar, a revista chegou a encolher onúmero de páginas.

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTESEMPRESA DE PORTOS DO BRASIL S.A.

9?PORTOBRÁS

ATO CONVOCATÓRIO

CONVOCAÇÃO GERAL N° 002/85

A EMPRESA DE PORTOS DO BRA-SIL S.A. — PORTOBRÁS empresa pú-blica de direito privado, vinculada aoMinistério dos Transportes, sediada noSetor de Autarquias Sul, quadra 1, blo-co "D", Brasília, DF, comunica aosinteressados que procederá a Convoca-ção Geral n° 002/85, a realizar-se no dia28 de novembro de 1985, às 09:00horas, visando a contratação de servi-ços de consultoria para a elaboração deum plano de desenvolvimento para osportos do Estado do Paraná (PR).

As instruções e demais documen-tos relativos a esta licitação encontram-se à disposição dos interessados naSeção de Compras, localizada no 1oandar, mediante pagamento de Cr$100.000 (cem mil cruzeiros), sendo ad-mitida a participação somente de fir-mas nacionais, individualmente, não seadmitindo a participação de consórcios.As firmas interessadas deverão estardevidamente inscritas no cadastro deempresas de consultoria da Financiado-ra de Estudos e Projetos — FINEP.

Capital social mínimo exigido — Cr$1.000.000.000 (hum bilhão de cru-zeiros).

Brasília-DF, 7 de novembro de 1985SEBASTIÃO MOURÃO DA ROCHA

Chefe do Departamento de Administra-ção Geral

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTESEMPRESA DE PORTOS DO BRASIL S.A.

sr?PORTOBRÁS

ATO CONVOCATÓRIO

CONVOCAÇÃO GERAL N° 003/85A Empresa de Portos do Brasil

S.A. — PORTOBRÁS, Empresa Públi-ca de Direito Privado, vinculada aoMinistério dos Transportes, sediadano Setor de Autarquias Sul, Quadra 1,Bloco "D", Brasília, DF comunica aosinteressados que procederá a Convo-cação Geral n° 003/85, a realizar-se nodia 28 de novembro de 1985, às15:00 horas, visando a contratação deserviços de consultoria para a elabora-ção de um plano de desenvolvimentopara os portos do Estado do EspíritoSanto (ES).

As instruções e demais documen-tos relativos a esta Licitação encontra-se à disposição dos interessados naseção de compras, localizada no 1oandar, mediante pagamento de Cr$100.000 (cem mil cruzeiros), sendoadmitida a participação somente defirmas nacionais, individualmente, nãose admitindo a participação de consór-cios. As firmas interessadas -deverãoestar devidamente inscritas no cadas-tro de empresas de consultoria daFinanciadora de Estudos e Projetos —FINEP.

Capital Social mínimo exigido —Cr$ 1.000.000.000 (hum bilhão decruzeiros).Brasília-DF, 7 de novembro de 1985SEBASTIÃO MOURÃO DA ROCHA

CHEFE DO DEPARTAMENTODE ADMINISTRAÇÃO GERAL

BC cria grupo paraanalisar efeitos da :

concentração bancária j®*"asflia — A diretoria da área bancária do BancdCentral (Diban) criou, por determinação do presidenteda instituição, Fernão Bracher, um grupo de trabalho

para examinar e propor soluções para a questão dáconcentração bancária. O grupo somente iniciará seustrabalhos na próxima semana, após a apresentação deum estudo especial sobre o assunto, encomendado peloBanco Central junto ao Instituto Brasileiro de Mercadode Capitais (IBMEC).O chefe de gabinete da Diban, Maurício dotspinto Santo, funcionará como uma espécie de coor-denador do grupo de trabalho, que será ainda integra-do por funcionários lotados nos Departamentos deOperações Bancárias (Deban) e de Organização eAutorizações Bancárias, inclusive seus chefes, JoséCosta e Martin Wimmer.Segundo um assessor da presidência do BancoCentral, a decisão de Bracher — que até assumir oBanco Central era vice-presidente do Bradesco omaior conglomerado do país —, decorreu de sua

preocupação diante da formação dos conglomeradosfinanceiros no Brasil. Nos últimos 20 anos, o paíspassou de 336 para 111 instituições bancárias. Eramtrês bancos federais, 21 estaduais, 304 nacionais priva-dos e oito estrangeiros. Hoje, de acordo com osregistros do BC, são quatro federais, 24 estaduais, 64nacionais e 19 estrangeiros.

Uma fonte do Banco Central revelou que, em1965, os quatro maiores bancos detinham 15% dosdepósitos, 14% dos empréstimos e 11% do patrimônioliqmdo. Atualmente, essas proporções são de 24%15% e 40%. Considerando os sete maiores bancos, há20 anos eles tinham 22% dos depósitos, 22% dosempréstimos e 17% do patrimônio líquido. Hoieparticipam com 35%, 21% e 52%. '

J. Walter Thompson vai

comprar agências de

publicidade no BrasilNem bem começou a recuperação do mercado e a

J. Walter Thompson — a mais antiga agência depropaganda do mundo, criada há 122 anos — jáprepara seus planos de expansão no Brasil, ondechegou em 1929. O sigilo é grande e tudo que seu vice-presidente, Roberto Leal, revela, é a decisão de secomprar agências em outros Estados, extrapolando oslimites do eixo Rio—São Paulo.

O ano que vem será de expansão notória, cominvestimentos de alguns milhões de dólares, afirmaLeal, que se nega a contar em quantos mercados aThompson pretende entrar. A empresa também estáanalisando a aquisição de um prédio, mas ainda nãodecidiu se vai construí-lo ou comprá-lo. A holding já éproprietária da agência PPR — Profissionais de Propa-ganda Reunidos, em São Paulo.

A decisão de adauirir novas agências decorre dopróprio crescimento da empresa que, ao operar emtodos os setores, esbarra no conflito de produtosconcorrentes, deixando de ganhar novos clientes. A

Juestão é complexa e envolve até a área internacional.

Lssim, a Thompson não tem cliente de fast food noBrasil, mas não poderia atender a conta do Bob's, porexemplo, porque já trabalha para o Burger Kine nosEstados Unidos.

Depois do saldo negativo de 6,1% no ano passa-do, quando a receita bruta ficou em Cr$ 22 bilhões 804milhões, revela Leal, verificou-se uma expansão dasoperações devido não apenas ao reaquecimento daeconomia como também à oportunidade de negócios.Foi a Thompson a responsável pelo lançamento daPepsi, no Rock in Rio, e do Salem, os cigarrosmentolados da Reynolds, e pela campanha do City-bank. A empresa também investiu mais em clientes quenão eram tão ativos.

A Thompson tem clientes fiéis, como a Royal,desde 1932, a Gessy Lever (1957), Alpargatas (1943),Ford (1943) e Burroughs (1950). Detém ainda as contasdas Kodak, KelIog's, Nestlé, Philips, Rolex, Bacardi,Rio Gráfica e S.C. Johnson, entre outras. Um dossetores de sustentação da agência é o forte centro deinformações, que inclui não apenas pesquisas de merca-do mas também informações dos setores de seusclientes, o que se realiza em termos internacionais.

O reflexo do reaquecimento da economia nomercado publicitário é lento. No ano passado, asempresas registraram uma queda real de 25,29% emrelação a 1983. A Thompson espera obter um cresci-mento real este ano, acreditando em resultados maispositivos ainda em 1986. O eixo Rio—São Paulo detémmais de 80% dos negócios mas já se configura umarecuperação do mercado carioca, já que no Rio locali-zam-se as indústrias de cigarros, refrigerantes, óleoslubrificantes e farmacêutica. Sétimo mercado no mun-do, o setor de propaganda no Brasil responde por 1%do PNB.

Cueca "samba

canção"

está na moda e aumenta

vendas de confecções

São Paulo — Com aumentos constantes nas vendas, ascuecas "samba canção" — um hábito que renasceu e a cadadia recebe mais adeptos — estão atraindo novos fabricantes,como a Jet Têxtil e a antiga Tecelagem Torre, ambas deRecife, que encontraram nesse mercado um novo meio deaumentar o seu faturamento.

Considerada por muitos como absolutamente fora demoda, o uso das cuecas "samba canção" — inclusive porjovens — está sendo adotado, segundo os próprios fabrican-tes, pela comodidade, recomendações médicas ou pela própriainfluência da moda, já que as calças masculinas agora são bemmais largas, ao contrário da tendência que predominava anosatrás.

Maior fabricante da "samba canção" e um dos maioresdo segmento de cuecas, a A Ferro S/A, que produz desde 1978as cuecas Slep, começou a confeccionar 5 mil "samba canção"por mês no final de 1981. segundo seu diretor, Wilthon Ferro.Hoje, a produção atinge 90 mil unidades por mês (crescimentode 1 mil 700%) e ele acredita que existe uma tendência geralde volta ao natural, daí os homens estarem preferindo roupasíntimas mais confortáveis. Outro fator citado por ele é que osmédicos estão recomendando mais esse tipo de cuecas, porquepaira sobre as Sleps a suspeita de provocarem infertilidade etambém alergias na virilha.

A moda, na opinião de Wilthon Ferro, também influen-cia o uso das cuecas tipo "samba canção". Além das calçasmasculinas estarem mais largas, as indústrias fabricantescriaram diversas opções. Atualmente, segundo ele, as cuecas"samba canção" não são tão largas: parecem mais com umshort, com cintura de lycra ou elástico e não mais ostradicionais botões da pressão.

A A Ferro, uma fiação de tecelacem criada em 1918produz mensalmente 310 mil cuecas Sleps e 90 mil do tipo"samba canção". O diretor da empresa acredita que atendência de uso das cuecas "samba canção" não é passageirae aponta a entrada de novas empresas no mercado, como asduas de Recife.

JORNAL DO BRASIL Negócios & Finanças domingo, 10/11/85 a Io caderno ? 33

As previsdes de safra Manfwdo

- ¦ (Centro-Sul) f . \

Producjao (mil t) Area (mil ha)

Produtos 1986 1985 1986 1985^B^Soja 16.265 18.278 9.739 10.145© Algodao 1 874 2.761 1.812 2.338 I

g^^^Milho 20.522 22.110 12.490 11.896«^£^Feijao 1.362 1.454 2.868 2.867-40^ Arroz 8.439 9.003 5.133 4.753

Fonte: IBGE

Especulação pune consumidor

com alta recorde da comida

Yolanda Stein

A seca que durou até seis meses em algumasregiões de São Paulo e Paraná estimulou aespeculação e os preços de vários produtosagropecuários dispararam nos mercados internoe externo, rendendo elevados lucros aos produ-tores e intermediários e punindo o consumidor.A carne bateu recorde com alta de 55% emoutubro (295% em 10 meses) e o café subiu 61%em 15 dias. Também os alimentos popularescomo feijão e milho, aumentaram muito pressio-nados pela expectativa de quebra da safra,devido ao atraso do plantio.

As culturas permanentes (café e laranja)assim como as de ciclo longo (cana-de-açúcar)foram atingidas pela estiagem e dificilmente aprodução chegará aos volumes previstos. Nocaso das lavouras temporárias (feijão, algodão,milho e soja), o plantio da safra de verãocomeçou tarde, mas a situação — segundoeconomistas do Centro de Estudos Agrícolas daFundação Getúlio Vargas — não é tão gravepara justificar o alarde dos produtores. Como achuva, iniciada na semana passada, continua acair, muitas culturas poderão ser compensadas.

Feijão pode faltarDa safra de verão, o feijão foi o produto queteve maiores perdas e já está sendo substituído

pelo milho no Norte do Paraná, principal regiãoprodutora do Estado. De acordo com FernandoAlmeida, do Centro de Estudos Agrícolas, queesteve recentemente na área, a expectativa erade um plantio de 280 mil ha com feijão de coresaté setembro. Mas só foram plantados 70%. Os30% restantes estão sendo preenchidos commilho. No resto do Estado, essa relação é de80% (feijão) para 20% (milho).Em São Paulo, a perda pode chegar a maisde 20% da produção em conseqüência da seca ede pragas. Como os grãos serão de pior qualida-de, a produtividade deve cair. Fernando Almei-da prevê problemas no abastecimento no anoque vem, mas admite a possibilidade de que oplantio da seca (em Minas Gerais e no Nordeste)•compense a quebra de São Paulo.

Há pouca oferta de feijão e o tipo cariocapassou de Cr$ 310 mil para Cr$ 330 mil a saca no' atacado, entre 28 de outubro e Io de novembro,em relação a Cr$ 250 mil no dia 18 de outubro.Com a notícia de que o governo vai colocar novarejo seus estoques, o preço baixou um pouco,voltando no final da semana aos Cr$ 310 mil a

.sàcírna Bolsa de Cereais de São Paulo. Épossível que os preços altos estimulem a tendên-

.cia do consumidor, que este ano já optou porcomer mais macarrão do que feijão.O atraso do plantio gerou uma grandeespeculação com o milho e o governo decidiu

importar. Irene Troccoli, da FGV, atribui a altaa dois fatores: consumo maior do que o previstoe manipulação por parte das indústrias e coope-rativas. Com a notícia da estiagem, pequenoscriadores (avicultores e suinocultores), sem es-

. toque, correram para participar dos leilões daCFP. Os preços ultrapassaram os CrJ 70/75 milpor saca em São Paulo.

A Comissão de Financiamento da Produção(CFP) admite que a onda de especulação foicriada pelo próprio mercado, pois há disponibili-dade do produto. Para evitar maior pressãosobre a inflação, o governo autorizou a importa-' ção de 400 mil toneladas que podem chegar a 1milhão e fixou preços até março de 1986.

Segundo Irene Troccoli, o atraso no plantioreduz o rendimento, mas a situação não écaótica. "Como o milho é uma planta maisrústica e resistente, não haverá problemas se

. plantada até o final de novembro". Supondoque a produtividade da próxima safra não serátão boa quanto a deste ano, o IBGE estimou umaumento de 4% a 6% na área plantada e umaredução de 7% na produção, que ficaria emtorno de 20 milhões 500 mil toneladas.

No caso do algodão, a seca pode trazerbenefícios. A área plantada, numa avaliação doIBGE antes da estiagem, será reduzida entre18% e 20% no Centro-Suí e a produção deverácair mais do que os previstos 32%. SegundoIracema Pessoa, do Centro de Estudos Agríco-Ias, os Estados mais atingidos (São Paulo eParaná) respondem por 85% da produção nacio-nal. Em São Paulo, o plantio está acabando e noParaná vai até o dia 20. "Mesmo que continue achover, o rendimento da safra deve ser menor,com destaque para São Paulo, que enfrenta oproblema do bicudo, uma praga que come aflor", afirma ela. O plantio de algodão fora daépoca traz sérios riscos para o rendimento e aqualidade do produto.

Mesmo com o início da chuva na semanapassada, a área cultivada deve cair mais do que o

previsto e a cultura já começa a ser substituídapor milho. Iracema Pessoa destaca que a situa-ção não é grave porque há estoques muitoelevados em poder do governo (360 a 400 miltoneladas) e a safra nordestina (180 mil tonela-das) está sendo colhida. Esses dois fatorescontrabalançam uma possível escassez.

Como a safra deste ano foi recorde e ospreços estão muito baixos, a Comissão de Finan-ciamento da Produção (CFP) teve que compraralgodão, grande parte do tipo inferior, que aindústria não quer. Dos estoques, 150 mil tone-ladas seriam destinadas à exportação, mas nãohouve interesse de compra: do leilão de 8 miltoneladas, foram vendidas apenas 730. No casodo algodão há ainda o desestímulo do preçomínimo, cuja correção não foi estendida de abrilpara junho, ao contrário do milho, arroz efeijão.

De todas as lavouras de verão, a soja foi amenos atingida pela seca. Leila Almeida, tam-bém do Centro de Estudos Agrícolas, diz que ogrosso do plantio normalmente começa em 15 deoutubro e vai até o fim de novembro. Portanto,se as chuvas continuarem não haverá maioresproblemas. Ao contrário, a redução de 5% naárea poderá ser menor, com a soja ocupandoespaços que antes da estiagem estavam destina-dos ao algodão e feijão.

Quem ganhaComo diz o dito popular, há males que vêm

para bem. Talvez seja este o caso da cana-de-açúcar. Em algumas regiões do Norte e Nordes-te de São Paulo, que vão de Ribeirão Preto atéCatanduva, a estiagem pegou a cana em períodode corte: Guariba estava sem chuva desde abril,portanto há seis meses. Mesmo que o climacontinue propício à lavoura a partir de agora, aprodução já foi prejudicada.

O economista Francisco Menezes, da FGV,acredita que as perdas inicialmente estimadasentre 15% e 20% (de 125 milhões para 100 a 113milhões de toneladas) devem ser significativas.O Estado de São Paulo responde por quasemetade da produção nacional, prevista em 240milhões de toneladas, e dá emprego a cerca de300 mil bóias-frias durante o período de corte decana.

Produtores e trabalhadores saíram perden-do, mas a estiagem pode render benefício àindústria devido ao aumento do teor de sacarosena cana, e contribuir para reduzir os excedentesde açúcar e álcool em 1986/87, diminuindo ocontrovertido estoque de passagem de álcool,avaliado entre 1,5 e 3 bilhões de litros. "O maisimportante no ano que vem são as diretrizespolíticas para o setor em vista dos excedentes ebaixos preços do açúcar no mercado internacio-nal", alerta Francisco Menezes. No Paraná,onde a cana é toda voltada para o álcool, a perdaestá avaliada em 10%.

A quebra da cana no Brasil não se refletiuno mercado internacional do açúcar e os preçoscontinuam muito baixos. O café, ao contrário,propiciou elevados lucros aos investidores, tantoem Nova Iorque como em São Paulo, onde osganhos ultrapassaram 100% em uma semana. Láfora, foi totalmente corrigida a queda verificadaem meados de junho/julho, mas as cotaçõescomeçaram a cair com a notícia do início dachuva no Brasil.

Em Nova Iorque, o café chegou ao máximode 169 centavos de dólar por libra-peso na sexta-feira da semana passada para os contratos dedezembro e na última sexta fechou em 154centavos de dólar. Na Bolsa paulista, o produtopara entrega em março de 1986 baixou nomesmo período de Cr$ 2 milhões para Cr$ 1milhão 850 mil por saca.

O Instituto Brasileiro do Café (IBC) estáfazendo uma avaliação das perdas com a estia-gem. Segundo a Secretaria de Agricultura deSão Paulo, a quebra chega a 60% da produçãono Estado, estimada em 8 milhões 400 mil sacas.Exportadores, alarmados, pedem ao IBC umareavaliação das políticas de produção e comer-cialização do café, alertando que o Brasil podeperder a liderança das exportações para a Co-lômbia. As previsões de produção variam de 15a 23 milhões de sacas este ano.

Com a disparada dos preços no mercadointerno — a saca dobrou de Cr$ 480 mil para 1,2milhão — os torrefadores pressionaram e ogoverno acabou concedendo aumento do preçodo café ao consumidor: o quilo passou a custarCr$ 35 mil, podendo baixar para Cr$ 31 mil 500conforme promessa do Secretário da SEAP,João Luiz da Silva Dias.

Também os produtores de laranja sofreramcom a seca. O fruto da safra que está sendocolhida perde peso e para encher uma caixa sãonecessários mais de 240 laranjas. A florada dasafra 1985/86, iniciada em outubro, secou, o queresultará em queda da produtividade.

Agricultores paulistas estão

otimistas com volta da chuvaSão Paulo — A produção brasileira de

grãos, na safra 1985/86, poderá não repetir orecorde de 57 milhões de toneladas registradono período 84/85, em função da estiagem queassolou os Estados de São Paulo, Mato Grossodo Sul e Paraná. Porém, com a volta das chuvas,há cerca de 10 dias, técnicos e agricultorescomeçam a respirar aliviados, prevendo inclusi-ve o aumento da colheita de alguns produtos,como soja e milho.

No Norte do Paraná, a Cooperativa dosCafeicultores e Agropecuaristas de Maringáconfirmou um aumento da área plantada dessesdois produtos, mas com uma redução de até28% do cultivo do algodão. Os produtores dealgodão, segundo Edilberto José Alves, diretorda cooperativa, estão dcsestimulados com abaixa remuneração do Valor Básico dc Custeio(VBC) e o preço mínimo fixados pelo Governo.

A Secretaria de Agricultura e Abastccimen-to de São Paulo deverá cm breve reavaliar asafra, que em grande parte foi prejudicada pelaseca. Há otimismo também com relação à soja,

que é plantada em particular nas regiões deMarília e Ourinhos.

Para o Secretário de Agricultura e Abasteci-mento de São Paulo, Nelson Nicolau, ainda écedo para previsões sem margens grandes deerros, devido ao atraso de quase dois meses noplantio de alguns dos principais produtos. Porenquanto, ele mantém a previsão inicial daSecretaria de uma safra de 5 milhões de tonela-das de grãos.

Mas também em São Paulo haverá umaredução da área plantada de algodão, que cairádos 382 mil hectares de 84/85, para 296 milhectares em 85/86. A diferença será ocupadaprincipalmente pelo milho, cuja área deveráaumentar cerca de 8,1% segundo previsão doInstituto de Economia Agrícola da Secretaria.

Nelson Nicolau considera que o abasteci-mento de arroz não será tão prejudicado, umavez que, como o milho, o plantio do produto emnovembro não afeta muito o rendimento dacolheita.

Governo muda sistemas

de comercialização e

de exportação do caféSão Paulo — "Vamos acabar com o cartório dos torrefado-

res", afirmou ontem o ministro Roberto Gusmão, da Indústria edo Comércio, ao final de uma reunião de 50 minutos com oministro da Fazenda, Dilson Funaro, e o presidente do IBC,Carlos Alberto Leite Barbosa. O governo colocará em práticaduas medidas importantes, a partir de amanhã, para tentardiminuir o preço do café no mercado interno: vai liberar acomercialização do produto e mudar o sistema de contingênciamento de sacas para o consumo interno e a exportação.

O ministro Dilson Funaro informou que manterá reunião,amanhã cedo, em Brasília, com representantes das indústrias detorrefação, para definir os preços do produto. Segundo ele, ospreços de mercado interno estão entre 15% e 20% acima dospreços internacionais. Com a primeira medida, os comerciantes(e mesmo as donas-de-casa que quiserem ter uma economiamaior) poderão adquirir o café em grão, para torrefação emoagem, sem necessidade de obter registro no IBC. A outramedida, de acordo com Gusmão, permitirá a entrada de mais 1milhão de sacas de café no mercado interno. Até agora, ocontingenciamento determinava que, para cada saca enviada aoexterior, o exportador precisava deixar duas em estoque, paramanter a proporção entre o volume de sacas para as exportaçõese o consumo interno.

ImpactoFunaro explicou que essas medidas tomadas na reuniãoontem, no escritório paulista do IBC, funcionarão com "muito

impacto junto aos industriais da torrefação, para que o setor eo Governo se entendam quanto à definição de novos preçospara o produto. "E melhor tomàr medidas desse tipo do quevender os estoques do IBC", analisou Funaro.Gusmão acrescentou que os estoques governamentais (2milhões 750 mil sacas) significam "uma reserva-ouro", já que ocafé é um dos principais produtos na pauta de exportações doBrasil.Gusmão explicou que, na reunião, foram discutidos aspec-

tos da política do café a partir do acordo internacional, acertadoem Londres, pelo qual o Brasil ficou tom uma participação de30% na comercialização mundial do café, de um volume globalde 58 milhões de sacas, o que representa cerca de 16 milhões desacas. Gusmão explicou que o país tem um compromissoacertado com os parceiros da Organização Internacional doCafé, afirmando que as medidas, tomadas ontem, buscamestabelecer uma política de preços adaptada a essa realidade domercado, "não representando nenhuma intervenção brusca eviolenta do governo no setor".

Líder do PCB quer abrir

para bancos estrangeiros

Duncflln T Tm /Jnv mní/»in<i t.L...Brasília — Um dos maiores tabus existentesno sistema bancário brasileiro é a abertura demais espaços para atuação dos bancos comer-ciais estrangeiros. O mais recente apoio a essatese veio do deputado federal Alberto Gold-man, líder da minúscula bancada do PartidoComunista Brasileiro. Ele entende que é neces-sário oferecer "certas compensações" aos ban-cos credores, entre as quais a concessão paraabrir mais agências no Brasil, em troca defacilidades no processo de renegociação doscompromissos externos.

O projeto de lei elaborado por Goldman foiapresentado na Câmara dos Deputados na últi-ma quinta-feira e, no artigo 14, autoriza aemissão de novas cartas patentes, nas regiõesNorte-Nordeste e Centro-Oeste, a favor dasinstituições credoras do Brasil "que se compro-metam a renovar todas as parcelas vencidas doprincipal e juros nos cinco anos seguintes".

Americanos lideramO mercado bancário no Brasil é liderado porinstituições nacionais, responsáveis pela maior

parte dos empréstimos e captação de depósitos.Existe, porém, um inegável temor quanto aoaumento da presença dos bancos internacionaisno país.

O próprio presidente do Banco do Brasil,Camilo Calazans, fez dois alertas aos parlamen-tares — numa reunião no edifício-sede do BB edurante uma sessão da comissão parlamentar deinquérito que investiga as atividades do sistemabancário — para a atuação do Citibank.

Afinal, com apenas 15 agências no Brasil, oCitibank, de acordo com estatísticas apresenta-das por Calazans, em outubro passado, ocupava

o 3o lugar no país entre todas as instituiçõesbancárias, segundo o critério de depósitos aprazo e aplicações.

O projeto de lei apresentado pelo deputadopaulista, sem dúvida, fez a alegria dos 190representantes de bancos estrangeiros no país.Desses, os maiores contingentes são de institui-ções norte-americanas (47), inglesas (21), japo-nesas (17), francesas, alemãs (15 cada), suíças eespanholas (nove cada).

Funcionando efetivamente, como agências,estão autorizados somente 19 bancos, que detêmcartas-patentes para 62 dependências. As maio-res redes pertencem ao Citibank, dos EUA, e aoLloyds Bank, da Inglaterra, que têm 14 agênciasbrasileiras.

Segundo o projeto do líder do PCB, asnovas cartas-patentes a serem concedidas aosbancos estrangeiros custariam 1 milhão 500 milORTNs (para a primeira) e 500 mil ORTNs paraas subseqüentes, ou seja, Cr$ 96 bilhões e Cr$ 32bilhões, respectivamente, em valores de hoje.

Os bancos estrangeiros também não pode-rão instalar — se aprovado o projeto — mais doque 10% do número total de agências bancáriasexistentes em cada município. Também nãopoderão ser donos ou sócios de corretoras devalores, corretoras de mercadorias ou distribui-doras de valores.

Na opinião de Alberto Goldman, "a dívida,tal como está formulada, não será paga". Co-mentando seu projeto, explicou: "Salvo engano,é a primeira vez que, no Congresso Nacional, seapresenta uma proposta de renegociação, ultra-passando a disputa retórica e abstrata entre o"pago, não pago" e indicando concretamentecomo e quando pagar".

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Banco do Estado de Sào Paulo SASETOR BANCÁRIO SULVendem-se duas projeções ao lado do Banco do Brasil para edificação derespectivamente 1.627,75 m2 e 10.935,30 m2.Sâ^Pauío KHlf 34*'^g1^226"1460

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34 ? Io caderno o domingo, 10/11/85 Negócios & Finanças JORNAL DO BRASIL

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Plano Austral fascina economistas

Rosental Calmon AlvesCorrespondente

Buenos Aires — Primeiro vieram eco-nomistas e empresários do Brasil e deoutros países vizinhos, interessados emacompanhar os primeiros passos do ousa-do Plano Austral. Agora, que a inflação jámantém há mais de quatro meses suatendência declinante, a Argentina atrai asatenções — e visitas — de economistas deoutras partes do mundo e, em especial, defuncionários dos Estados Unidos, que pre-tendem transformar este país em modelo ena plataforma de lançamento de uma novaexperiência: o Plano Baker.

Nos últimos dias, o subsecretário doTesouro para Assuntos Internacionais,David Mulford, interrompeu sua viagemde lua-de-mel para se reunir com o presi-

,'dente Raul Alfonsín e com os ministros* argentinos da área econômica, em BuenosAires. Dentro de alguns dias, o presidentede Reserva Federál (o Banco Central dos

^Estados Unidos), Paul Volcker, virá de?;férias, para pescar, na Argentina, mas[ ;t'ambém interromperá o descanso para^obter informações de primeira mão sobrepo sucesso do Plano Austral.

Nos últimos dias, estiveram no país oPrêmio Nobel de Economia 1985, Franco

1 Modigliani, e o professor Stanley Fischer,•urdo Instituto de Tecnologia de Massachus-sets, um especialista em políticas antiinfla-cionárias. Dentro de uma semana, chegaráJohn Kenneth Galbraith, seguindo a mes-|ha trilha para observar o chamado "mila-gre argentino".

Para os condutores da economia ar-gentina, essas visitas repletas de elogios,sobretudo à coragem do governo em ado-

tar tanta austeridade para frear a inflação,são um bom estímulo. Mas eles esperamestímulos mais concretos do exterior, que,em última análise, serão vitais para aprópria sobrevivência do Plano Austral.Por isso mesmo, o governo argentino con-firmou esta semana, ao subsecretário Da-vid Mulford, que aceita provar esse novoPlano Baker, pois precisa dos dólares em-butidos nesse programa.

Mulford explicou aos argentinos maio-res detalhes desse plano lançado pelo seuchefe, o secretário James Baker, na últimaassembléia anual do FMI, no mês passado,em Seul. Embora não tenha tirado todasas dúvidas, ele sintetizou o Plano Bakercomo uma intervenção dos Estados Uni-dos que se limita a juntar as partes envolvi-das na atual crise da dívida externa: osbancos credores, as instituições internado-nais (BID e o BIRD) e os países devedo-res. A idéia é fazer com que os bancosdespejem mais 20 bilhões de dólares nospróximos três anos nos 15 maiores paísesdevedores, que receberão também 9 bi-lhões do BIRD e do BID."

Em contrapartida, esses, países terãode adotar uma política interna de ajustesemelhante a que vem sendo exigida peloFMI. A diferença é que desta vez a receitaserá mais flexível, permitindo o que Múl-ford chama de "desenvolvimento sustenta-do e não inflacionário". Uma das novida-des que o subsecretário explicou aos ar-gentinos é que os juros cobrados pelosbancos nesses novos empréstimos serão osdo mercado, mas ele não especificou deta-lhes do ajuste que os países devedoresterão de adotar para se beneficiarem como Plano Baker.

Até agora, o Plano austral está dando

certo no que se refere exclusivamente aocontrole da inflação. Em quatro meses, ataxa de inflação anual caiu à metade, de1.100% a 534%, e a mensal, que chegara a30,5% em junho, ficou em 1,9% emoutubro, e poderá ser ainda menor emnovembro. Tudo isso está sendo consegui-do em meio a uma prolongada recessão egraças a um rigoroso congelamento depreços e salários, que não pode durareternamente.

O governo esperou as eleições parla-mentares de domingo passado para iniciarnos próximos dias os contatos com patrõese empregados sobre reajustes de preços esalários. Experientes em matéria de infla-ção, os argentinos temem que mexer nocongelamento — ainda que seja para con-gelar de novo depois — poderá despertar omonstro inflacionário adormecido peloAustral. Os próprios economistas que ela-boraram o plano antiinflacionário reco-nhecem que a situação ainda é perigosa,pois a economia não foi estruturalmentemudada.

Se a política antiinflacionária conti-nuar bem-sucedida, o dinheiro novo repre-sentado pelo Plano Baker será a mão naroda que os argentinos precisam paramelhorar o perfil de sua dívida externa,dar alguns sinais de reativação econômicae continuar no papel de mocinho para osEstados Unidos e o FMI. Vale lembrarque o México recentemente teve de trocaresse mesmo papel pelo de viláo, que aArgentina desempenhava antes do PlanoAustral. Os mexicanos enfrentaram, entreoutros problemas, a queda nos preços dopetróleo, enquanto os argentinos sentemagora as primeiras dores de cabeça com atendência declinante dos preços do trigono mercado internacional.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

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PRESTAÇAO DE CONTAS

Programa Verde Teto ¦ Campanha "Nordeste

Já"

Em maio deste ano, a Caixa Econômica Federal criou o Programa Verde Teto, com granderepercussão. Prova disso, foi o recebimento de inúmeros pedidos para sua implantação na maio-ria dos Estados Brasileiros.

O Programa Verde Teto foi concebido com o intuito de oferecer às pessoas de menor ren-da, e suas famílias, a oportunidade de, juntas, construírem suas casas, cultivarem verduras, fru-tas e criarem animais domésticos em áreas rurbanas, possibilitando melhor alimentação para afamília e aumento de ganhos, com a vendados excedentes da produção. Financiando o total domaterial de construção para as moradias, que serão construídas através de mutirão, o programa"é mais que um simples projeto de habitação popular. Ele oferece, ao brasileiro de baixa renda, aoportunidade de desenvolvimento social, onde o beneficiário sai, na maioria das vezes, do esta-do de completa marginalização, alcançando a auto-suficiência mínima e integrando-se através daparticipação efetiva na comunidade. Porisso, por essas peculiaridades, o processo de implan-tação do programa tem um ritmo diferente, mais gradual, do que o de um simples financiamentohabitacional, uma vez que resulta do envolvimento direto da comunidade, que terá a maior res-ponsabilidade de sua execução.

Hoje, o Programa está implantado em quatro Estados,nas cidades de Rio Formoso,Caten-de e Igarassu, em Pernambuco; Campina Grande, na Paraíba; São Francisco do Sul, em Santa Ca-tarina; e Rondonópolis, no Mato Grosso, já existindo a organização comunitária nesses locais, parainício da construção dos primeiros conjuntos habitacionais.

Aliados à iniciativa da Caixa, em junho, o Sindicato dos Músicos do Rio de Janeiro propôsa gravação de um disco que, distribuído através das agências da CEF, terá a sua renda revertidaàs populações carentes nordestinas, através do Verde Teto. Desse empreendimento participaramos maiores compositores e músicos da Música Popular Brasileira, gerando o disco "Nordeste Já".A renda obtida será aplicada como subsídio às áreas comunitárias dos conjuntos residenciais,destinadas a lazer, desportos, creches, instrução, artesanato, cultura ou outras de cunho coletivo,que serão desenvolvidas de acordo com decisão da própria comunidade.

As comunidades, mobilizadas e organizadas, encontram-se em fase de preparação para oinicio da construção - inscrevendo e selecionando beneficiários, estudando os projetos dasconstruções, pesquisando material local - ainda não existindo despesas de obras que utiliza-rão o valor arrecadado com a venda do disco. Diante disso, o dinheiro vem sendo mantido na con-ta 900.000, remunerada com correção monetária e juros, na Agência Planalto, daCEF/Filial Brasília

Foram prensados 500.000 discos, dos quais foram vendidos cerca de 480.000 unidades, atéo final de outubro passado. Excluídos os custos industriais, os de produção e divulgação — natabela consignados ao Sindicato dos Músicos - a renda líquida destinada ao Programa VerdeTeto é de Cr$ 3.599.343.373 (três bilhões, quinhentos e noventa e nove milhões, trezentos e qua-renta e três mil, trezentos e setenta e três cruzeiros), que aguarda o momento de sua aplicaçãç,a ter inicio nos próximos meses.

ARRECADAÇÃO DA CAMPANHA DE JUNHO A OUTUBRO E SUA DISTRIBUIÇÃO

"íSS

Junho Julho Agosto Setembro Outubro TOTAL

Sindicato 908.930.000 211.827.500 49.752.500 14.837.500 4.152.500 1.189.500.000

Verde Teto 2.754.294.867 636.113.509 151.070.700 45.550.700 12.313.585 3.599.343.373*

* Valor, corrigido a 19/11/85, com juros e correções: Cr$ 4.354.912.636

SINDICATO DOS MÚSICOS DO RIO DE JANEIRO CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

O FORTE DA CAIXA É VOCÊ

Argentina revisitada

Antonio Dias LeitePassados quatro meses do lançamento do Plano

Austral, persiste o sucesso quanto ao comportamentodos índices inflacionários. Na campanha para as eleiçõesparlamentares que se realizaram no dia 3 de novembro,intensificou-se o debate sobre o plano e o própriopresidente Alfonsín lançou mão dos resultados até agoraalcançados para solicitar renovado apoio popular. Avitória, para quem já está há dois anos no governo,autoriza o prosseguimento da reformulação política eeconômica do país.

A impressão colhida junto às pessoas que, naArgentina, acompanham de perto a evolução é de que,ao se completarem cinco meses de nova política econô-mica, em 15 de novembro, chega ao seu fim a fase decombate frontal e prioritário à inflação, nos termosanunciados em junho. Uma nova etapa será lançada.

A etapa do combate à inflaçãoNo primeiro semestre de 1985, em função do

ritmo da inflação, a maioria dos preços estava sendoatualizada a intervalos semanais ou, no máximo,mensais. Os salários eram corrigidos mensalmente.Havia, no entanto, preços defasados. Entre eles,tarifas de serviços públicos e preços políticos, como oda carne, que é elemento fundamental da alimentaçãonaquele país. A moeda argentina estava sobrevalori-zada em relação às moedas fortes. Durante os mesesanteriores a junho de 1985, foram aliviados os contro-les sobre preços administrados e promovido fortereajuste de tarifas de serviços públicos. Os saláriosforam aumentados, em junho, levados em conta osefeitos diretos dos preços nominais reajustados. Aoperação argentina de reequilíbrio parcial de preçosrelativos teve orientação oposta à política de conten-ção praticada no Brasil a partir de 15 de março. Esta,infelizmente, agravou a disparidade de preços. NaArgentina a operação deixou vários setores comalguma folga, estimada entre 15% e 20%, já que ospreços efetivos eram inferiores aos autorizados emvirtude de vários descontos.

Logo após o 15 de junho, ocorreu pelo menosum mês de perplexidade, durante o qual empresáriose pessoas em geral tinham pouca idéia do que poderiaocorrer. Houve paralisação de decisões. A seguir,com a drástica redução da inflação e como as taxas dejuros se mantinham elevadas, tornou-se claro, para osempresários, que não seria possível, nessas condições,utilizar créditos para a manutenção de estoques. Emconseqüência, muitos preços continuaram inferioresaos autorizados.

Na medida em que se renovavam encomendasaos produtores, a partir de agosto, ajustaram-sepreços que passaram a se aproximar dos tetos autori-zados e a diferença tendeu a desaparecer. Nesseintervalo, a inflação evoluiu da seguinte forma:

Mai Jul Ago Set OutQuadrimestreVariagao (%)

dos pre^os poratacado 31,2 -0,9 1,5 0,6 0,9 2,1

dos pre^os aoconsumidor 25,1 6,2 3,1 2,0 1,9 13,6

Estima-se, assim, que o poder aquisitivo dos salá-rios tenha caído, em quatro meses, de menos de 15%.Esse valor deve ser confrontado com a perda mensalanterior:

Jan Fev Mar Abr Mai Jun

20,8 14,0 25,7 23,8 26,6 28,6Aumento dossalários(%)Preços aoconsumidor(%) 25,1 20,7 26,5 29,5 25,1 30,5

Os trabalhadores deverão perder, em cinco meses,até 15 de novembro, menos do que perdiam mensalmen-te entre duas atualizações sucessivas. Há, todavia, algu-ma inquietação quanto áo futuro.

v O reequilíbrio dos preços relativosO processo adotado para alcançar o reequilíbrio de

preços relativos difere do que eu havia proposto emoutubro de 1984, quando se discutiam programas alter-nativos para a Nova República.

Na velocidade em que se processavam os reajustesna Argentina, quase tudo se atualizava a intervalosmenores de trinta dias. No nosso caso, em fins de 1984,ainda nem se falava em reajustes de salários a intervalostrimestrais. A maioria dos preços industriais se modifica-va com intervalos não inferiores a 45 ou 60 dias, e astarifas com 90 dias. Mesmo com a aceleração dosreajustes, a operação de reequilíbrio de preços relativosera e continua a ser, no nosso caso, mais complicada do

3ue a da Argentina. Daí a proposição, que continuo a

efender, de corrigir em um so dia os atrasos e, alémdisso, fazer razoável provisão para cobertura dos efeitosindiretos dos preços uns sobre os outros e, em particular,sobre os salários, cujo índice de aumento conteria osefeitos acumulados das alterações introduzidas.

Tanto no programa argentino como em um possívelprograma brasileiro, a solução é e será sempre imperfei-ta. Os desajustes remanescentes acarretarão, a seguir,novas alterações e, portanto, efeitos inflacionários resi-duais. Em nossos países da América Latina, não há de seesperar rigorosa estabilidade monetária. Temos convivi-do equilibradamente com inflações da ordem de 25% aoano, enquanto os países industrializados não admiteminflação superior a 5%. Resta a ver qual será a inflaçãoresidual na Argentina.

A reversão das expectativasO desespero em que se encontrava a população

diante do processo inflacionário explosivo e a confiançaque o plano gerou, pelo seu conteúdo técnico e pelahabilidade de sua apresentação política, resultaram emuma reversão de expectativas. Alterou-se, em conse-qüência, o comportamento das pessoas e dos empresá-rios, favorecendo ao próprio sucesso das medidas queiam sendo adotadas. Estas faziam parte de um planoglobal coerente, com o objetivo prioritário de combate àinflação. Na impossibilidade de um exame completo doprograma argentino, cabe fazer menção a algumas desuas medidas-chave.Tabela de conversão x Peso Austral

A proposição mais original do Plano Austral — eque não me ocorreu quando, em 1984, sugeri para onosso país programa de combate à inflação em cemdias — foi a fixação antecipada da paridade entre asmoedas antiga (peso) e nova (austral), para regular aliquidação dos compromissos financeiros e contra-tuais. A solução foi facilitada pelo reduzido númerode contratos a longo prazo, já que não havia financia-mento de casa própria ou de bens duráveis. Anun-ciou-se, a 15 de junho, uma tabela com vigência nosprimeiros 45 dias, na qual se indicava a conversão, diaa dia, entre o peso e o austral. Essa primeira tabelabaseou-se em uma desvalorização da moeda, de 29%ao mês, valor esse equivalente à taxa de juros maisfreqüente no mercado, no pressuposto de que essa

taxa estava embutida no valor das prestações contra-tuais. Adotaram-se, a seguir, deságios de 27% emagosto e 25% em setembro. Os pagamentos a fazer,em virtude de contratos comerciais ou financeirosfirmados antes de 15 de junho, passavam a ser assimliquidados em "australes", calculando-se o respectivovalor em função dos compromissos em "pesos" e dataxa diária de conversão. Como ilustração, são indica-dos os valores de australes por 1000 pesos, para o dia15 de cada mês:

Jun1,00

Jul0,78

Ago0,60

Set0,48

Out0,38

É óbvio que a razão de decréscimo adotadarepresentava uma média e que havia contratos maisou menos onerosos, ocorrendo inevitáveis benefíciose prejuízos, mas as reclamações formais foram espar-sas. A tabela de conversão possibilitou transiçãorelativamente tranqüila. O processo tende a extin-guir-se, dado o pequeno número de operações contra-tadas antes de 15 de junho com pagamentos a realizardepois de 15 de novembro.

O orçamentoNa busca do equilíbrio orçamentário do setor

público, incluindo o Banco Central e as empresaspúblicas, providências foram adotadas, como já se disse,nos dois meses anteriores ao lançamento do plano.Assim é que, além do aumento das tarifas dos serviçospúblicos (20%), foram postos em dia os pagamentosmais atrasados aos fornecedores do Estado, feita desva-lorização cambial de 15% compensada com aumento detributo sobre exportação, e pagos juros vencidos dadívida externa até fevereiro de 1985. A medida subse-qüente, que só veio a ser aprovada pelo Congresso emsetembro, instituiu a poupança compulsória, com vigên-cia em dois exercícios e incidente sobre a renda e opatrimônio das pessoas físicas e jurídicas.

No memorando enviado ao FMI, em julho, oGoverno se propunha a reduzir o déficit de 12% para2,5% do PIB, do primeiro para o segundo semestre, em1985. As informações sobre o déficit de caixa já disponí-veis indicam, para junho, valor altíssimo, acima de 650milhões de australes, equivalentes a mais do dobro damédia mensal anterior. Em julho, reduziu-se para menosde 100 milhões e, em agosto, foi nulo. O compromissoassumido pelo governo de não emitir papel-moeda paracobrir despesas públicas foi, portanto, cumprido, e asemissões se restringiram às necessidades do Balanço dePagamentos.

A forma de redução do déficit do setor público,através do aumento das receitas, vem sendo fortementecriticada pela incidência de encargos sobre o setorprivado. Mas é preciso lembrar que a redução dedespesas, através da reforma de serviços públicos, de-manda anos para ser realizada e não é instrumentoutilizável no curtíssimo prazo de uma política de choque.Sabemos, aliás, por experiência própria que, mesmo noregime de austeridade que vigorou no Brasil de 1964 a1966, muito pouco se conseguiu realizar na reduçãopermanente de gastos correntes da administração públi-ca. E o esforço exemplar, de racionalização e equilíbrioeconômico e financeiro do setor de energia elétrica noBrasil, demandou 10 anos para ser completado, desde1965 até 1974, data em que se reiniciou a sua desorgani-zação.

Deixando de lado o discurso político, é pois precisoreconhecer que não é fácil obter resultados imediatos naredução de despesas públicas, afora os cortes deí» vesti-mentos e dos desperdícios e luxos óbvios. Mas tambémque é imperioso dar partida, realizar investimentos esustentar intransigentemente a reorganização adminis-trativa, única solução real para a redução de despesastanto na Argentina como no Brasil.

Dívida internaHá uma diferença fundamental entre os encargos

financeiros do governo dos nossos dois países. Antes daeleição do presidente Alfonsín, quando era ministro osenhor Dagnino Pastore, em 1982, a dívida públicainterna foi integralmente resgatada com recursos daemissão de papel moeda. Essa operação contribuiu parauma aceleração da inflação, que passou de 131% em1981, para 210% em 1982, mas resolveu, de uma só vez,o problema da rolagem da dívida. Na Argentina, os queanalisam as medidas iniciais do Plano Austral são deopinião que este teria incluído uma forma de resgate dadívida interna se esta não tivesse sido anteriormenteeliminada. E com satisfação que vejo nisso confirmaçãoda tese que tenho defendido, de se eliminar ou, pelomenos, reduzir drasticamente a dívida interna brasileiraatravés de um conjunto de medidas radicais para cujaexplanação tenho até abusado da paciência dos leitores.

Recessão e retomadado crescimento

Questões que vêm ganhando importância nos co-mentários de Buenos Aires são a retomada do cresci-mento e o aumento da capacidade de exportar.

Nesse contexto, têm sido também publicados co-mentários desfavoráveis quanto aos sacrifícios impostose à responsabilidade do plano pela recessão. Na verdade,esta vinha de trás, conforme se vê na seqüência davariação mensal da produção e das vendas industriais:

Jan Fev MarProdução (%)-6,2 -20,7 +28,1Vendas (%)-11,7 -6,6 +40,4

Àbr Mai Jun-0,8 -2,5 -10,10,0 -9,4 -28,6

As informações recentes, embora ainda de caráterpreliminar, indicam que os primeiros 45 dias do plano,compreendendo parte de junho e o mês de julho,corresponderam a uma deflação clássica. A seguir,ampliaram-se as vendas e iniciaram-se encomendas àsindústrias.

Espera-se agora que, em decorrência da própriaestabilidade monetária relativa recém-adquirida, o cálcu-lo econômico seja novamente possível, as taxas de jurosbaixem, a poupança se deslogque das aplicações finan-ceiras para a produção, e os curtíssimos prazos deaplicação se ampliem, tornando exeqüíveis investimen-tos produtivos e a expansão das exportações. O desafioestá na conciliação entre esses objetivos e a preservaçãodo equilíbrio orçamentário do governo que, no curtoprazo, depende de tributação sobre as empresas e asexportações. A dificuldade imediata está na escolha docaminho do descongelamento de preços, tarifas e salá-rios.

O presidente Alfonsín e a equipe profissionalchefiada pelo ministro Sourrouille tiveram, até aqui, semdúvida, uma vitória contra a inflação. A populaçãorenovou a sua confiança pelo voto de 3 de novembro. Apartir daí, seja através de um novo conjunto de medidassimultâneas ou de uma seqüência de passos que sigamtrilha preestabelecida, inicia-se uma segunda fase comvistas à retomada do desenvolvimento e à "moderniza-ção do país" — na expressão do próprio presidente.O economista Antonio Dias Leite, ex-MInlstro das Minas e Energia,esteve na Argentina logo após o lançamento do Plano Austral ovoltou àquele país em outubro

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JORNAL DO BRASIL Esportes domingo, 10/11/85 ? Io caderno ? 35

De Lucélia à caipirinha, a sexta-feira de Morales e Duboy

0 dia em que

os cubanos saborearam o Rio

Paulo César Vasconcellos

FOI

um encontro rápido, marcante e inesquecível. Anoite de sexta-feira não sairá mais da memória doscubanos Félix Morales e Raul Duboy. No pequenocamarim do Teatro Villa-Lobos, eles conheceram econversaram com um dos maiores ídolos de Cuba: a atriz LucéliaSantos. Desde a exibição, em 83, da novela Escrava Isaura, o

povo cubano passou a admirá-la, colecionando suas fotos' eentrevistas.O encontro da noite de sexta-feira representou, tanto paraMorales como para Duboy, a concretização de um sonho iniciado

desde o dia Io de novembro, quando chegaram ao Rio de Janeiropara disputar o segundo turno do Campeonato Estadual debasquete pelo Botafogo. Enquanto Lucélia, gestos largos esorriso expressivo, falava, eles a observavam atentos, comoverdadeiros admiradores diante do ídolo.

Mas quando foi que vocês chegaram? — perguntouentusiasmada Lucélia — Não sabia que dois jogadores cubanosestavam no Rio, Isto é ótimo para o Brasil e mostra que oreatamento (há 20 anos, os dois países não mantém relaçõesdiplomáticas) só falta ser oficializado.

Emocionados e nervosos, Morales e Duboy concordavamcom Lucélia. Quando ela começou a explicar o seu papel nanovela, "uma personagem muito difícil", os dois ficaram anima-dos. Duboy confessou-se um telespectador assíduo da novela e fezperguntas típicas de um fã.

Observei que você chorava muito na novela — afirmouele —. Aquele choro era verdadeiro? Como é que você se sentiadepois de cada capítulo?

Lucélia, sempre bem disposta, não se recusou a responder anenhuma das perguntas. Mostrou as fotos de Fidel Castro,presidente de Cuba, que decoram o seu camarim, e aindaconvidou o ator Rubens de Falco, outra personagem de EscravaIsaura, para conhecer os cubanos. Mais emocionados ainda,Morales e Duboy o cumprimentaram e imediatamente voltaram àatenção para Lucélia Santos. Receberam então da atriz o convitepara assistirem à peça Tupá, a Vingança, de Mauro Rasi, "quepoderá ser encenada em Cuba". Na despedida, Morales, o maisfalante e entusiasmado dos dois, não resistiu e pediu para tiraruma foto ao lado de Lucélia.

Vai ficar engraçado — disse Lucélia —, porque eu tenhol,55m e você 2,1 lm.

Mas não foi apenas o encontro com Lucélia que marcou odia de Félix Morales e Raul Duboy. Após a musculação, quefazem diariamente na Academia de remo do Botafogo, na LagoaRodrigo de Freitas, eles decidiram conhecer o bucólico bairro deSanta Teresa.

Seguiram para a estação do bondinho, no Largo da Carioca,e consideraram a viagem uma das mais agradáveis que já fizeramaté hoje.

É divertido andar neste bondinho — comentou Duboy,tênis 46, enquanto procurava ajeitar o pé no estribo do bonde. —Lá em Cuba, este tipo de transporte não é muito utilizado.

O contatos com os costumes e hábitos do Rio de Janeiro nãoficaram restritos ao passeio de bonde. No Largo dos Guimarães,um dos lugares mais badalados de Santa Teresa, Morales deDuboy, junto com o diretor de basquete do Botafogo, Aurélio

Visitar o Cristoera um velhosonho deMorales (E) eDuboy, queestiveram noRio antes.Eles oconcretizaram,e com muitoestilo.

- JHI t,.'fe Tip

VHb. com ojl!k .!»¦ Br ^ll!!Mll§ bondinho do

iMBfe JflHHHHHI Corcovado

ii—

Tomassini, decidiram parar no Bar do Arnaudo, especializado emcomidas típicas do Nordeste.

Distribuindo autógrafos e abservando atentamente a facha-da das casas, Morales e Duboy ficaram entusiasmados com otorresmo, servido como tira-gosto; fizeram restrições à carne desol, "que tem um tempero muito acentuado", e ficaram maravi-lhados com o lombinho, aipim, feijão-de-corda e arroz.A cerveja brasileira não é muito boa — observouMorales, que preferiu um refrigerante, enquanto Duboy bebeuuma capirinha, "que tem um sabor diferente e gostoso".O passeio por lugares pitorescos e conhecidos do Rio nãoterminou com o almoço no Bar do Amaudo. Morales e Duboyainda encontraram fôlego para conhecer o Cristo Redentor, "umsonho que nos acompanha todas às vezes que viemos à cidadecom a Seleção Cubana". No Cristo, os dois se comportaram comoverdadeiros turistás. Posaram para fotos, compraram souvenirs eficaram durante algum tempo observando a cidade.E linda. Tem um povo muito parecido com o cubano.

ConhecerLucéliaSantos,gucesso emCuba com anovelaEscravaIsaura, eraexigência deMorales eDuboy. Eleiforam vê-la, -após um diade turismoque os deixou ,,encantados <..

Foto de Almir Veiga

Marcos, Mauro, Raimundo e Ângelo tentaram, mas Buck mudará o quatro-com

Argentina, o desafio do 4 comOs argentinos estão dispostos a recuperar a hegemonia do

remo sul-americano. Tanto que iniciaram um trabalho de renova-ção, e já no próximo mês estarão na Lagoa Rodrigo de Freitas,representados por um forte quatro-com do clube Teotônia,localizado no Tigre, medindo forças com uma guarnição brasi-leira.

Sabendo disso, o técnico Buck busca a formação de umaequipe suficientemente forte para derrotar os argentinos. Oprimeiro teste aconteceu ontem, com om conjunto formado porMarcos Arantes, Mauro Weber, José Raimundo, Ângelo RosoNeto e Gauchinho (patrão), todos do Flamengo e patrocinadospelo Banerj. O barco andou bem, marcou 6min33s para os doismil metros, mas não sensibilizou o treinador.

A partir desta semana, uma outra guarnição de quatro-comserá colocada na raia. Da que vinha treinando, permanecemapenas José Raimundo, Mauro Weber e Gauchinho. SaemMarcos Arantes e Ângelo Roso, dando lugar a Flavinho eCláudio. Buck. no entanto, deixa claro que mudará novamente seachar necessário.

Liberto desafia

argentino pelo

título dos levesSão Paulo — O título sul-americano dos pesos leves estará

em jogo hoje. quando os pugilistas Edson Liberto, do Brasil, e oargentino Jesus Romero, atual campeão, subirem ao ringue doCMTC Clube. Liberto, campeão brasileiro promovido peloGrupo Pão de Açúcar, leva a vantagem da idade (21 anos, contra31 anos), mas encontrará pela frente um adversário experiente.

Romero confirmou que seu estilo é mais técnico e que nãobusca decidir lutas rapidamente:

— Das minhas 52 vitórias, apenas 12 foram nocaute. Prefirolevar a decisão para os pontos dos juizes.

Já o brasileiro, com apenas oito lutas profissionais (cincovitórias por nocaute e três por pontos) é um pegador, mas disseque sua tática de luta não está totalmente definida: "Vaidepender dos primeiros assaltos, quando vou estudar o adver-sário".

Liberto não sabe ainda até que ponto os 10 anos de diferençade idade a seu favor poderão ser uma vantagem, e por issopretende forçar um pouco no começo do combate, para sentircomo está o preparo físico do argentino. Ele sabe. também, queno caso de vitória terá que encarar um novo combate em BuenosAires, iá que Romero disse que pedirá nova chance.

A guarnição de Marcos, Mauro, José Raimundo e Ângeloera das mais fortes. Porém, nos primeiros treinamentos, o técnicoBuck sentiu que havia diferença no estilo da remada dosremadores, fazendo com que o barco não rendesse tanto.

O treinador chegou a inverter a ordem dos remadores parasentir melhor o conjunto. Colocou José Raimundo na voga(dando o ritmo) e passou Marcos para a sota proa-(centro dobarco). Porém, a performance da equipe não foi satisfatória. Daí,a entrada de Flavinho e Cláudio.

As mudanças, segundo Buck, não significaram que a primei-ra formação fosse perder para os argentinos. Os próprios remado-res acharam válida a modificação:— Se com quatro treinos fizemos 6min33s, com um tempo

maior de treinamento, iríamos melhorar. Mas Buck sabe o quefaz — disse Marcos, que só lamenta perder esta oportunidade dedisputar uma prova internacional, já que o calendário é muitopobre de competições.

Grande Prêmio de

ciclismo do Rio

reúne mais de 120Mais de 120 ciclistas, de vários clubes, inclusive de outros

Estados, largam às 8h de hoje. em frente ao Monumento dosPracinhas, no Aterro do Flamengo, para o Grande PrêmioCiclístico do Rio de Janeiro, que tem percurso de ida e volta atéPedra de Guaratiba, num total de 154 quilômetros. Promovidopela Federação estadual, o GP distribuirá CrS 4,5 milhões emprêmios.

Na Cidade do México, o colombiano Efrain Dominguezcontinua batendo recordes mundiais. Ontem foi a vez do quilôme-tro parado, categoria profissional, que fez em Imin05s200, novelódromo do Centro Esportivo Olímpico da Capital. A marcaanterior pertencia ao suíço Urs Feullèr, desde 9 de agosto de1983, com um tempo de lmin06sQl0.

Dominguez, 32 anos, na véspera, já havia superado emquase em segundo o recorde mundial dos 500 metros lançados,cronometrando a distância em 27s897. O recorde anterior era dosuíço Robert Belmundi. com 28s705. Ele também já tinhasuperado o recorde dos 2(X)m. mesma modalidade, que era doitaliano Antonio Maspes. Mas só parará com as tentativas quandoconseguir também a marca dos mil metros lançados, que é dosuíço Robert Dill, com Imin00s329.

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36 ? Io caderno ? domingo, 10/11/85 Turfe JORNAL DO BRASIL

Prova de velocidade é atração do programa

Glad Girl retorna bem

preparada e domina com

firmeza as adversáriasGlad Girl (Felicio em Reselá), de criação e propriedade dos

Haras São José e Expedictus, voltou às pistas depois de umaausência de vários meses bem preparada pelo treinador FranciscoSaraiva e ganhou com autoridade o quinto páreo do programa deontem à tarde na Gávea. A ganhadora recebeu uma direçãotranqüila do freio Edson Ferreira. Delightful, a favorita, formou adupla.

Eis o resultado das 10 provas disputadas ontem à tarde naGávea:1" Páreo—I4(K)m—grama — 1" Goren C. Bittencurt 2" HeliportoC.A. Maia vencedor (fi) 2.50 dupla (13) 2,30 placês (6) 1,60 (1)1,50 exata (13,60) tempo: lmin25s2° Páreo—1400m—grama — 1" Bela Irene J.Ricardo 2" QuaeSupra C. Lavor vencedor (1) 1,10 dupla (12) 1,20 placcs (1) 1,00(2) 1,00 tempo: lmin25s3" Páreo—1400m—grama — 1" Jono J.F.Reis 2" Sacripanta C.Lavor vencedor (1) 1,00 dupla (13) 2,20 placês (1) 1,00 (4) 1,30tempo: Imin23s34" Páreo—lOOOm—grama — 1" Heada J. Ricardo 2" Baby HeavenJuarez Garcia vencedor (3) 2,90 dupla (12) 2,20 placês (3) 1,40 (1)1,20 exata (6.50) tempo: 58s35" Páreo—1400m—grama — 1" Glad Girl E. Ferreira 2" Delight-fui J.F.Reis vencedor (2) 2,20 dupla (23) 2,10 placês (2) 1,20 (4)1.20 tempo: Imin24s36° Páreo—ISOOm—grama — 1" Gay Kid J.Ricardo 2" OrangeCake J.Aurélio vencedor (1) 2,40 dupla (13) 6,()0 placês (1) 1,50(5) 2,30 tempo: Imin30s37" Páreo—1400nt—grama — Io Prietto Juarez Garcia 2" HotDancer E.Ferreira vencedor (4) 5,60 dupla (23) 8,00 placês (4)3,50 (7) 5,40 exata (35,30) tempo: lmin25s8" Páreo—llOOm—areia — Io Negro Muxoxo J.Aurélio 2o GranNilo A.L.Sampaio vencedor (3) 4,40 dupla (12) 3,10 placês (3)1,8(1 (1) 1,30 tempo: Imin08s49o Páreo—llOOm—areia — 1" Analítica F.Pereira 2° AvaininhaJ.Ricardo vencedor (6) 1,80 dupla (13) 3,70 placês (6) 1,60 (2)3.50 tempo: 1 min lis10" Páreo—1300—areia — Io Dityatin R,Costa 2o Visível J.Aurélio vencedor (3) 10,40 dupla (14) 2,20 placês (3) 4,70 (10)2,70 exata (82,40) tempo: Imin23s4

A atração da programação desta tarde naGávea é a disputa do Clássico Jóquei Clube doParaná (Listed Race). que é uma carreiraacima do nível comum porém não está incluídana relação das provas de grupo. O clássico serádisputado cm I mil metros, na grama, parapotrancas nacionais de três anos com dotaçãode Cr$ 9 milhões para o proprietário daganhadora.

Amaranda (St Ives em Abrise), de criaçãodo Haras Verde e Preto c propriedade do studIzabelle e aos cuidados de Gilson Pereira daCosta, é a força do clássico. Já tem quatrovitórias em sua curta campanha, sendo três nagrama, e sua possibilidade de vitória é ele-vada.

Suas maiores adversárias são Burnside(Jasmim e Resolução) e Banana Bowl (Wald-meister cm Abaíba), ambas de criação epropriedade do Haras Santa Ana do RioGrande. As pensionistas de Alcides Moralesestão bem preparadas para o tiro curto de 1mil metros e, aparentemente, são as únicas emcondições de ameaçar a filha de St lves.

Gilson: "Quero pista leve"Gilson Pereira da Costa, treinador de

Amaranda, tem profunda afeição por suapotranca a quem considera uma futura craquena distância de 1 mil metros e na grama. Elemesmo explica:

— Todo treinador tem que conhecer bemo animal que cuida. E a verdade é que estoume acertando com Amaranda agora. Na próxi-ma temporada, estarei ainda mais conhecedordela e espero grandes atuações suas nas esferaclássica.

Na prova de hoje, Gilson torce por uma

pista leve para que possa desferrar sua pensio-nista, pois acredita que ela renda muito semferraduras. Embora respeite a parelha doSanta Ana do Rio Grande, confia na vitória dafilha de St lves.

Eu tenho uma filosofia. Não consideronenhum animal, sob meus cuidados, barbadaantes do páreo. E evidente que Amarandapossui as melhores credenciais da competição.No entanto, respeito a competência de AlcidesMorales como treinador e suas potrancas —não me engano — são sérias rivais na prova,principalmente Burnside, que já trayou umduelo em toda a reta com minha égua, perden-do por pequena diferença.

Alcides: "Amaranda é força"Alcides Morales, competente na arte de

treinar cavalos de corrida, apresenta umaparelha forte no clássico de hoje: BananaBowl e Burnside. E leva fé que uma das duaspossa derrotar Amaranda:

Amaranda é a força da prova, até comcerto destaque, pois já provou que é muitocorredora na grama. Porém, com o jogo defutebol se ganha no campo, também as corri-das de cavalo se vencem na pista. E, assim,creio que tanto Banana Bowl quanto Burnsidetêm chance de surpreender a favorita.

Levado a apontar qual delas considerava amelhor, Alcides comentou que ambas estãoótimas e que, tecnicamente, regulam entre si:

Burnside correu menos do que eraesperado em sua última apresentação devendoproduzir mais no regime de.bridão e BananaBowl, muito veloz, me parece melhor coloca-da nos 1 mil metros. O certo é que ambas vãocorrer muito e Amaranda terá que se cuidar.

Foto de José Camilo da Silva

No Cristal, mais um

GP Bento Gonçalves

Será disputado esta tarde no Hipódromo do Cristalem Porto Alegre mais um Grande Prêmio Bento Gonçal-ves (Grupo 1), principal prova do turfe gaúcho, em 2 mil400 metros, em pista de areia e com uma dotação de Cr$ 70milhões para o proprietário do ganhador. O favorito dacompetição é o paulista Manaus que, recentemente, ven-ceu o Grande Prêmio Paraná (Grupo 1) e que traz, esteano, em seu retrospecto na pista de areia uma série invictade sete vitórias. Eis o campo completo, com as montariasoficiais, da importante prova:1-l-Manaus J.Dacosta

2-Fast Good J. Amaral2-3-Interstar P • Brasil4-Todium E. Amorim

3-5-GrandTou C.M. Costa6-Viável A. Oliveira

4-7-Hiper-Gêni J.C.Dutra8-Kinghood R. Penachio

5-9-Nantw O. Batista"-Kalium S. Conceição6-10-Fol Ámour L.C. Silva"-Fratelli Cily L- Rpsa7-11-Edicio H. Freitas

"-Ace King N. Pinto8-12-EI Gaúcho W. Gonçalves"-Ocelot L.C. Rodrigues

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- r*®*» -» ' »^- •Mto»**'.. ' '-'MS <•: -vjáteúi' - •••Amaranda, com José Ferreira Reis, é a favorita do clássico

J. Ricardo espera vitória

de Bufão e Dustin Hoffman

Cânter

Bom potro — Bowling (Cryington Run em Tangência),criação e propriedade do Haras Santa Ana do Rio Grande, vemdemonstrando em trabalhos e partidas, tratar-se de um potroque vai dar outras alegrias aos seus responsáveis brevemente. Ofilho de Cring to Run é ganhador de uma corrida na Gávea eesteve pronto para correr o Grande Criterium, vencido pelapotranca Deep Blue. No entanto, os titulares do stud optarampela inscrição de Breitner na importante prova. Ontem, maisuma vez, Bowling mostrou suas qualidades ao passar os 600metros em 39s, cravados, em raia muito ruim com inteirafacilidade, na direção de Jorge Ricardo.Foujita — Foujita (Felicio em Ipojuca), criação e proprieda-de do Haras São José e Expedictus, vem intensificando seupreparo sob os cuidados de Francisco Saraiva, para intervir naTaça York, uma milha extraordinária marcada para o próximosábado. O filho de Felicio fez uma partida suave nos 800 metrosem 56s, cravados, na condução do redeador Faria, mostrandoperfeito estado atlético.

Jorge Ricardo, o líder da estatística dejóqueis no turfe carioca, tem excelentes mon-tanas para a corrida desta tarde na Gávea.Muito otimista, destaca três animais como suasmelhores oportunidades: Bufão, no primeiropáreo; Dustin Hoffman, no terceiro; e Anchi-ses. no quarto:— Bufão foi prejudicado em sua últimacorrida quando ficou sem passagem na reta.Continua em bom estado, aprontou bem, eacredito que normalmente não será derrotado,apesar da presença de Dix-Huit, um potro emevolução. Dustin Hoffman reaparece bemexercitado e a turma está fraca. E outraexcelente chance de vencer. Finalmente, des-taco Anchises que, apesar de atuar contra oscavalos, pode derrotá-los pois estava atuandona esfera clássica.

Muito ligeiraNo Clássico Jóquei Clube do Paraná. Jor-

ge Ricardo vai montar Banana Bowl, do HarasSanta Ana do Rio Grande, e apesar da presen-

ça de éguas muito velozes, o jóquei acreditanuma boa exibição da pensionista de AlcidesMorales:

Banana Bowl é muito ligeira e. nos Imil metros, tenho certeza que vai cumprirexcelente atuação. Amaranda é a força daprova mas com um pouco de sorte podemossurpreendê-la.

Hessite, inscrita na sexta prova, é outrapromissora montaria, segundo o líder, que nãosabe a que atribuir o fracasso na corridaanterior:

A filha de Heathen vinha de ótimaapresentação na grama e decepcionou comple-tamente na corrida. É verdade que não largoubem mas mesmo assim correu pouco. Normal-mente é uma forte candidata à vitória.

Nos três últimos páreos, Ricardo montaJuízo Final, Bordarela e Solferino. O jóqueiconsidera os três animais inscritos em provasdifíceis mas tem esperanças de surpreender osfavoritos.

JOGUE COM 0 PRIMEIRO TIME DO FEADIO.

Waldir Amaral

Edson Mauro

João Saldanha

Loureiro Neto

Sidnei Amaral

HOJE • Taça Rio de Janeiro «14 horas

VASCO DA GAMA X BOTAFOGO (Maracanã)AMÉRICA X BONSUCESSO (Andara!)

A partir das 10 horas

FLUMINENSE X VOLTA REDONDA (Niterói)

RÁDIO JB 940

JBFUTEBOLSHOW

msBrinco EletronicoHaiser VilejacKC P§lI E3

¦BES553B -'tans Cjtxux? ,"KIOLYMPICA LUBRAX |<0flireeway

Io PÁREO

Esta tarde, na Gávea

Às 14h30min — 1 400 metros - GRAMA Recorde: 8ls2 (ARABAT) — Dotaçào: Cr$ 5 600 000 Potros nacionais de 3 anos. sem mais de uma vitonano Rio e em São Paulo — Pesos da tabela (I). com descarga

T PARE0 — As 15h00mtn - 1 300 metros — AREIA — Recorde: 78s (BARTER e VEIADO) Dotação: Cri 3.500 000 — Éguas nacionais de 4 anos. sem mais deuma vitoria no Rio e em São Paulo — Pesos da tabela (I). com descarga

1—1 Atiana2 Keni Brown

2—3 Plena3—4 So Moon4—5 0"*a

6 Balça

Ji GarciaJ. AurélioC. lavorG.F , AlmeidaJ.M. AndradeE.R. Ferreira

420 R. Carrapito450 P. Salas430 L. Previatti414 A. Araújo418 G.L. Ferreira390 A P. Silva

4-1-3u-u-01-2-73-8-22-1-21-6-7

17/1003'1119/1019/1019/1029/09

Io-13 Aréia9o-13 Out Distance*2o- Alpine Star5°- Alpine Star7o- Alpine Star6o- 8 Polygonia

1.3 NM 82s41.4 AU 87s21.3 AL 81s31.3 AL 81s31.3 AL 81s31.2 AP 77$

2.70 Ji. Garcia10.30 J. Aurélio10.40 C. Lavor2.70 G.F. Almeida4,30 J.M Andrade

20.90 E.R. Ferreira

3o PÁREO — Às 15h30min — 1 300 metros — AREIA — Recorde: 78s (BARTER e VELADO) — Dotaçào: Cri 3.500.000 Cavalos nacionais de 4 anos. com uma e duasvitórias no Rio e em Sio Paulo _ Pesos da tabela (II. com descarga Io PÁREO DA DUPIA EXATA E INÍCIO 00 CONCURSO DE 7 PONTOS — ENCERRAMENTO DAS

APOSTAS ÀS 15h

40 PÁREO — Às 16h00min — 2.000 metros — GRAMA — Recorde: 119s2 (NEVER BE BAD) — Dotação: Crt 4.200.000 — Animais nacionais de 4 anos. sem mais deduas vitórias no Rio e São Paulo — Pesos da tabela (I). com descarga

5° PÁREO — As I6h30min — 1.000 metros — GRAMA — Recorde: 5Ss4 IHATll) — Dotação- Cri 9.000.000 — CLÁSSICO J0CKEY CLUB 00 PARANÁ Potrancasnacionais de 3 anos — Pesos da tabela (I)

-1 Amaranda" Hajyang-2 Banana Bowl"Burnside-3 Barika

4 Distraída-5 Cara Sun

6 Big Apple

J. F. ReisJ. Pedro PJ RicardoJ. C. CastilloG. GuimarãesG. F. AlmeidaJ. AurélioC. Lavor

427 G. P. Costa392 G. P. Costa400 A. Morales398 A. Morales435 J. T. Ferrão418 P. Morgado442 J. Santos F®381 G. F. Santos

2-1-17-u-52-1-43-1-2*-4-10-7-1x-4-1u-3-1

19/1012/1029/0920/1003/1023/0920/1019/10

Io- 5 Recount + -3o- 9 Amaranda +2o- 6 Questa totte4o- 7 Cara SunIo- 5 Hermosura5o- 7 AdjuntaIo- 7 Hamaca3o- 5 Amaranda

d- 1.3 GL 77sl-d-1.0 GL 57s2

1.3 AP 8ls21.0 GL 57s

. 1.1 NP 69sl1.1 NM 68s41.0 GL 57s1.3 GL 77$ 1

1.60 J. Pinto2.50 J. Pedro F®1,70 A. Oliveira1,60 A Oliveira2.00 J. Pinto2,60 J. Queiroz

22.00 R. Vieira3.60 J. C. Castillo

60 pÁREO — Às 17h00min — 1.000 metros — GRAMA — Recorde: 55s4 (HATU) — Dotação: Cr$ 5.600.000 Potrancas nacionais de 3 anos. sem vitóna no Rio e emSão Paulo — Pesos da tabela III 2o PÁREO DA DUPLA EXATA — ENCERRAMENTO DAS APOSTAS ÁS 16h30min

8" PARE0 —Ás 18h00min — 1400 metros — GRAMA— Recorde: 81s2 (ARABAT1 ¦Cri 6 000 000 em Io lugat no Pais

1—1 Gussy 58 G F Almeida 470 G F.Santos 4-1-8 28/10 5°- 9 Aba Tudor 1.6 NL 101$3 2.00 GFAImeidaOverloquisla 58 C Lavor 450 J.CMarchant 8-3-1 04/11 3°- 7 ftapissuma-df- 1.3 NP 82s 6.90 C.Lavor

2—3 Boas Vindas 58 G F.Silva Ap2 404 C.HCoutinho 3-U-5 04/11 7°- 7 ttapissuma 1.3 NP 82s 4.00 J.RicardoFreycinet 56 AMAndrade Ap.3 367 F.Abreu 3-3-4 20/10 5°- 6 Hac 1.1 NL 68s3 10.00 W.GuimarSes

3—5 Adotiva 56 A.Machado 413 G UIloa 7-1-6 27/10 3°-10 FimSna -d- 1.3 GM 79s2 6.00 JFReisDonzela Gaucha 56 2 JFReis 412 G P Costa 3-3-4 21/10. 1°-10 Batinga 1.3 NU 83s4 2.80 J Pedro P

4—7 Vocal 53 3 A Chattin Ap 416 A Morales 3-6-7 27/10 2°-10 Finbna 1.3 GM 79s2 3,30 JRicardo8 Bordarela 58 8 JRicardo 405 JGVieira 6-7-1 28/10 7°- 9 Helfy 1.1 NL 68s2 32.80 CAMartins

1—1 Queri 58 8 A Ramos 444 J G Vieira 3-6-2 07/03 l°-7 Demck 1.1 NP 71$2 1.10 I Brasiliense2 Gunu 58 1 AMachado 400 ORibeiro u-3-u 31/10 4°-9 Marron Glarf 1.1 NL 69s3 36,40 AL.Sampaio

2—3 Fragole 57 7 CAMaia Ap3 470 AASilva 8-u-l 15/01 9°-9 Concret (GP) 1.2 NP 80s 2,40 JFretreSolfenno 58 2 JRicardo 439 PMnrgado 4-3-3 24/10 5°-9 Rico Ricardo 11 NM 70s4 5.10 GFAImeidaPergamon 57 6 G GuimarSes 466 AOnuoli 4-3-7 24/10 9°-9 Rico Ricardo 1.1 NM 70s4 50.60 E.S Gomes

3—6 Sotalinsk 58 3 L Esteves 400 J Coutinho F0 2-2-2 31/10 x°-9 Howard (cam) 1.1 NL 68s3 3.00 RMiranda7 Forcis 58 1 JAurelio 436 JLPedrosa u-4-3 31/10 8°-9 Marron Glace 1.1 NL 69s3 6.10 J.Pinto

4—8 Hanger Liark 58 9 APSou/a 486 FR Cro; u-3-8 20/08 6°-8 Bolgam (CP) 10 NL 65$3 2.90 R MarquesGaleon Du Roi 58 5 A Ferreira Est L Paiva 1-6-4 26/09 6°-8 E Horse (SP) 1 GL 91s3 19.00 F.Cooolino

10 Impecavel 57 10 I Lanes 469 JDMoreira 6-2-6 21/09 4°-10 Gran Nilo I NM 70s 84.40 I Lanes

Indicações

Io Páreo: Bufão • Dix Huit • Botelho— Bufão não teve bom percurso naúltima quando contou com direção pou-co inspirada do líder Jorge Ricardo, queprocurou passagem onde não havia. DixHuit perdeu para boa marca e está emprogressos. Botelho é ligeiro e gostou dagrama.

2" Páreo: Atiana • Plena • So Moon —Atiana ganhou disparado e a turmacontinua fraca para o seu padrão decorrida. Plena e So Moon. duas éguastão modestas quanto o páreo, lutam pelaformação da dupla.

3" Páreo: Dustin Hoffman • DealerLambu — Durtin Hoffman reaparece

muito bem preparado. Vai enfrentarturma fraca Dealer aprontou bem e seráo principal obstáculo. Lambu tambémvolta melhorando.

4" Páreo. Anchises • Great HorseCopenor — Anchines caiu muito de

turma, pois estava atuando na esferaclássica. Normalmente deve desacatar osmachos. Great Horse já derrotou Cope-nor e pode fazê-lo novamente, pois temum trabalho espetacular na volta fe-chada.

5" Páreo: Amaranda• Haiyang

t j/\/ióiiO,orK

:v.~_1—1 Du-Huit 56 1 GFAImeida 474 GF.Santos 3-5-1 19/10 2°-5 Income 14 GL 83s3 4.10 GFAImeida

2 Marillon 56 3 J: Garcia 415 H.Tobias 5-1-5 27/10 5°-5 Solicitor 1.6 GM 97s2 7.30 J/.Garcia2-3 Bufao 56 6 JRicardo 442 A Morales 2-2-2 27/10 3°-5 Solicitor 16 GM 97s2 1.60 JRicardo3—4 Ofuscante 56 4 F Pereira F® 441 J DMoreira 5-5-2 02/11 7°-9 Bntany 1.3 AL 81s4 11.20 FPereira4- 5 Battiston 56 5 J Aurelio 443 P.Salas 6-2-4 02/11 4°-9 Brrtany 1.3 AL 81s4 3.50 J Aurelio

6 Botelho 56 2 JFReis 450 H.Vasconcelos 2-3-1 20/10 2°-8 G.Peter 1.4 GL 84s 9.90 E.B.Queiro* Ull|

•i fn

l—l Dustin Hoffman 57 9 JRicardo 450 RNahid 3-1-5 24/02 2°-6 Crypton 1.3 AP 80s 2.50 JRicardo2 Abelardo 57 URMacedo 434 S.M Almeida 6-1-u 26/10 9°-9 Pram poll ni 16 GM 96s 65.50 CAMartins

3 Ache 57 4 J.F.Reis 444 APSilva 1-2-2 26/10 4°-6 D.Pigano 1.1 NM 68s 1.60 JF Reis" Ardoroso 57 1 M.A.Nunes 487 A P.Silva 2-2-8 24/10 7°-7 Kimar 1.3 NM 82sl 2.60 J.F.Reis4 Lord Macaco 57 3 R.Antonio Ap 470 P.Salas 1-1-3 04/11 6°-7 Chico Flavio 1.1 NP 68s3 3.00 RAntfinio

3—5 Dealer 57 5 G.F. Almeida 405 AAraujo 4-42 19/10 6°-8 Vic Day 1.5 GL 90s3 8.00 G.FAImeida" Le Petit Geant 57 7 FPereira F® 455 AAraujo 2-1-u 12/10 5°-5 ancouver 1.6 AM 102$2 5.40 MANunes6 Herel 57 8 R.Costa Ap.3 4f!l JB.Silva 2-8-5 20/10 7°-8 Gianpietro 1.5 GL 89s 30.00 J.LManns

4_7 Acunhado 57 2 E.R.Ferreira 404 D.Guignoni 2-u-8 20/10 2°-8 Gianpietro 1.5 GL 89s 39.20 J.MaftaLambu 57 10 AMAndrade Ap.3 470 MNiclevisk u-4-4 20/10 8°-8 Gianpietro 1.5 GL 89s 9.80 AOIiveirs

Great Hurricane 57 6 C.Lavor 418 J.J.Tavares 7-7-1 17/10 1°-11 Swat 1.3 NM 89s 126.10 E.S.Gomes

1—1 Anchises 55 JRicardo 448 A.Morales 6-6-2 13/10 3° -4 Paris Queen 2.4 GL 147sl 2.10 JAurelio r" Armador 57 C.Lavor 422 A.Morales 1-2-2 19/10 2° -8 Vic Day 1.5 GL 90s3 2.60 J Ricardo2—2 Great Horse 57 A.Machado F® 438 J.G.Vieira 3-2-4 29/09 1° -6 Copenor 1.5 AP 95s3 2.10 J Ricardo . ,,3—3 Copenor 57 G.F Almeida 431 G.F.Santos 5-2-1 26/10 2° -9 Prampolini 1.6 GM 96s 7.00 C.Lavor

4 Far East 57 J.F.Reis 432 R Nahid 3-u-l 19/10 5° -8 Vic Day 1.5 GL 90s3 12.80 P.Cardoso4—5 Asdrubal 57 F Pereira F® 436 AAraujo 4-5-u 20/10 3° -8 Gianpietro 1.5 GL 89s 6.70 F Pereira F® " ^6 Xara's Conde 57 JAurelio 425 P.Morgado 1-9-4 20/10 4° -8 Gianpietro 1.5 GL 89s 9.30 J.Aurelio

M *

irrtPihitiu

»Fn•HlLJii

1—1 Hessite 56 9 JRicardo 382 W.Penelas 2-4-2 27/10 7°-10 Grumser Vale 1.0 GM 58s 2.80 JRicardo2 Tuyutela 56 6 M NascimentoAp.3 428 R.Tnpodi *-*-* 12/10 9°- 9 Duilia 1.0 GL 58s2 19,70 W.Gorx^fves f,n'^

2—3 Racha 56 10 R Costa Ap.3 400 J L Pedrosa x-k-*- 24/10 5°- 7 Danfleet 1.1 NM 70$4 4,70 R.Costa ^ ^ .4 Parlen 56 4 I Lanes 400 J D Moreira 4-5-6 21/09 6"- 7 Bombolrche 1.4 AM 90s 21.80 I.Uob "" '

3—5 Best Bet 56 7 I.F.Rers 426 A P.Silva >¦>•< 20/4 7°- 9 Tigara 1.1 *P 71s2 9,2 R.MarquesHex« 56 2 E.Ferreira 397 F.Saraiva x-x-x 13/10 4B- 9 Heabelle 1.0 GL 58sl 5,80 AChaffinEspirea 56 5 C Valgas 474 P.Duranti x-x-u 31/10 9°- 9 Nogat 1.1 NL 69s2 27,30 C.Valgas , mt^

4—8 Dinner 56 1 GP.Silva Ap2 434 C.HCoutinho 6-2-1 13/10 6°- 9 Heabelle 1.0 GL S8sl 16.40 P.CardosoDorset 56 3 G.F.Almeida 384 G.F.Santos 8-6-3 29/09 5°- 7 Hardela 1.2 NP 76s2 3,20 G.FAJnwda

10 Dallas Miss 56 8 C.Pensabem 426 S Franga x-x-x 26/10 11-11 Taxo-Reino-af- 1.0 GM 59s 246,60 C.Pensabem*/T

"—— -'o PARE0 — As 17h30mtn — 1.500 metros — GRAMA — Recorder 88sl (ALPINE STAR) — Dotagio: Crt 3.500.000 Cavalos nacionais de 4 anos, sem mais de um>vit6ria no Rio e em Sao Paulo — Pesos da tabela (I), com descarga

1—1 Girardon 07 5 E. Ferreira 496 F. Saraiva x-x-2 26/10 1° - 8 Acirrado 1.3 GM 78s4 1,0 E. Ferreira jsuy*I Play Chance 57 4 A. Ramos 417 J. Bononi 4-4-1 26/10 6° -10 Shew Onix 1.0 GM 5$3 36.00 R. Miranda

2—3 As dos Pampas 57 7 J. Aurelio 450 H. Vasconcellos 4-1-3 21/10 1° -11 Girardon 1.3 NU 82s4 5,00 E. B. Queiroz4 Arpoador 57 8 A. M. Andradep. 3 408 J. Coutinho 0-u-u 26/10 8° -10 Show Onix 1.0 GM 58s3 17.60 R. Costa

3—5 Pirarucu 57 3 G. F. Silva Ap 2 450 C. H. Coutinho 4-4-5 27/10 1° - 6 Polaquinho 1.3 GM 79sl 2.10 G. F. Silva6 Primordial 57 2 A. Machado F® 450 C. Rosa 6-3-3 24/10 9° -13 Swat 1.3 NM 61s4 5.80 A Souza hlh</

4—7 Corydon 57 1 C. Lavor 480 S. Morales 5-1-3 24/10 12° -13 Swat 1.3NM 81s4 15,30 C. LavorJuijo final 57 6 J. Ricardo 479 A. Paim Filho 1-4-3 19/10 4° - 4 Fotoqueiro (MG) 1.4 AL 91$2 2,70 M. G. Santos ,

Dotação: Cr) 3.000 000 — Éguas nacionais de 5 anos e mais, ganhadoras atéPeso: 58 quilos, com descarga

90 PAREÔ — Às 18h30min — 1 100 metros — AREIA — Recorde 65s4 (BARTER) — Dotaçào Cr) 3.000 000 Cavalos nacionais de 5 anos e mais, ganhadores ateCrJ 1.500.000 em Io lugar no País — Peso 58 quilos, com descarga 3° PAREÔ DA DUPLA EXATA — ENCERRAMENTO DAS APOSTAS ÀS I8h00min

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Jri\ f\

Paulo Gama

• Banana Bowl

6" Páreo: Here • Hessite • DorsetHexe melhorou muito depois da cor-

rida de estréia e dificilmente será derro-tada agora. Hessite e Dorset são asmaiores rivais.

7" Páreo: Girardon • Ás dos Pampas• Corydon — Da maneira como venceue pelos ótimos exercícios e que temproduzido nos matinais. Girardon temamplas possibilidades de vencer nova-mente. As dos Pampas, que já derrotouo pensionista de Francisco Saraiva, con-tinua sendo o maior rival. Corydon gostade grama.

8" Páreo: Gussy • Vocal • BordarelaGussy é força destacada e não podeser derrotada em corrida normal. Vocal

e Bordarela apreciam a grama e devemdisputar a segunda colocação.

9" Páreo: Solferino • Queri • SotalinskMuito ligicro e na direção do líder da

estatística. Jorge Ricardo. Solferino po-de apagar a má impressão deixada naúltima atuação. Queri reaparece bempreparado e Sotalinsk vem de corridaque não valeu, pois derrubou o jóquei.

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êxito sair da banca e não

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0 mundo tem um novo campeão: Garry KasparovMoscou — O empate era JL Iempate era o

bastante, mas o genial GarryKasparov, 22 anos, parecia dis-posto a não deixar escapar aoportunidade de fechar comchave de ouro a decisão dotitulo mundial de xadrez. E oconseguiu: saiu de uma desvan-tagem no 25° movimento, sa-crificou dois peões nos lances28 e 30 e lançou-se ao ataquecom todas as suas peças. Dezminutos antes de Anatoli Kar-pov aceitar a derrota, que põefim ao seu reinado de cam-peão, o público já aplaudiaKasparov, o mais jovem cam-peão da história do xadrez."Garri, Garri, Garri", grita-va a entusiasmada platéia queacompanhava, tensa, o desen-rolar da 24' e última partida domatch, quando Karpov esten-deu a mão para o seu desafian-te, cumprimentando-o comonovo campeão. Na opinião dosanalistas, Kasparov surpreen-deu Karpov com o ataque apartir do 30° movimento damais disputada partida, recor-rendo a todo o seu poder decriatividade a audácia. Foi, pa-ra muitos, um ataque temerá-rio, que causou surpresa aosgrandes mestres presentes aoSalão Tchaikowski. Mais umasurpresa do gênio do novocampeão, que, conforme o de-terminado pelo regulamento,poderá dar uma revanche aKarpov, 34 anos, nos próximosmeses, se o ex-campeão exigir.

O título valeu a Kasparov430 mil dólares — cerca de Cr$4,3 bilhões. Karpov recebeu305 mil dólares — Cr$ 3 bi-Ihões.

Goes fica

melhor no

ranking"Curitiba — Júlio Goes é o

campeão de simples da etapaparanaense do Circuito Fordde Tênis, encerrada ontem noGraciosa Country Club. Na fí-nal, Goes — cabeça-de-chavenúmero um e 78° no rankingmundial — conseguiu conter ojogo de saque e rede do tchecoMilan Srejber — 208° no ran-king — e venceu por 2 a 0, comparciais de 6/4 e 6/4. Com otítulo, Goes garantiu mais 30pontos no ranking mundial eum prêmio de Cr$ 40 milhões.Srejber levou Cr$ 20 milhões e23 pontos.'

Num jogo em que o equilí-brio só foi quebrado no últimogame de cada set — em ambosSrejber se descontrolou e Goesquebrou seu serviço — o brasi-leiro teve dificuldades para se-gurar o tcheco, que aproveita-va seus 2,02 metros de alturapara forçar o saque e tentarmatar o ponto na rede. Paraconseguir superar Srejber, Ju-lio Goes contou com a falta deconsistência do adversário queoscilou boas jogadas com al-guns erros primários.

Na decisão de duplas, Nel-son Aerts e Alexandre Hoce-var venceram Vekemans / Nijs-sen, por 7/6 e 6/4.

Squash — As finais da IICopa Baush Lomb de Squach,VII Campeonato Brasileiro,serão disputadas a partir domeio-dia de hoje, na KS Aca-demy, na Barra da Tijuca.

Hipismo — Nas cinco pro-vas disputadas ontem, em Juizde Fora, pela Copa Sul Améri-ca, os vencedores foram: pro-prietários, Guilherme Sarmen-to/Escoteiro-Coca-Cola, MG,0-55.24; preliminar, MarinaAzevedo/Grand Abadan, MG,28-72.904; intermediária, VítorAlves Teixeira/Waldmeister,MG, 0-0-40.66; classe SulAmérica (cavalos), Carlos Pa-lhares/Mike Polwax e Sul Amé-rica (cavaleiros), MarcosAlves.

Iatismo — Duas equipesbrasileiras irão ao CampeonatoMundial de J-24, em AtsumiBay, Japão, de 17 a 24 destemês. Paulo Pirani e GeraldoLow Berr decidiram viajarmesmo sem qualquer patrocí-nio, mas não levarão seus bar-cos, usando embarcações alu-gadas no Japão.

Trabalhador — Três jo-gos dão prosseguimento ama-nhã, no campo da Light, noGrajaú, ao campeonato de fu-tebol do Programa Esporte pa-ra o Trabalhador: 8hl5min, Fê-nix x Grêmio Recreativo Sa-wcr; 9hl5min, Forno Capital xBeira Alta; e 10hl5min, SantaClara Embalagens x Transpor-tcs Atlas.

Alpinismo — Hoje, às 12horas, os alpinistas AlexandreMazzacaro e Ronaldo Paes al-cançarão a façanha inédita deescalar o Pão de Açúcar pelaface nordeste, à esquerda darota do bondinho, em um graude dificuldade de 7 pontos, nu-ma escala que vai de I a 8. Opercurso c de 295 metros.

Kasparov (L),22 anos,o mais jovem campeão, pôs fim ao reinado de 10 anos de Karpov

Os campeões em 1 século de decisões1886-1894 — Wilhelm Steinitz (EUA)1894-1921 — Emmanuel Larker (Alemanha)1921-1927 — Jose Raul Capablanca (Cuba)1927-1935 — Alexander Alenkine (URSS)1935-1937 — Max Euwe (Holanda)1937-1946 — Alexander Alenkine (URSS)1946-1948 — título vago com a morte de Alenkine1948-1957 — Mikhayl Botwinnik (URSS)

1957-1958 — Vladimir Smyslov (URSS)1958-1960 — Mikhayl Botwinnik (URSS)1960-1961 — Mikhayl Tal (URSS)1961-1963 — Mikhayl Botwinnik (URSS)1963-1969 — Tigram Petrossian (URSS)1969-1972 — Boris Spassky (URSS)1972-1975 — Bobby Fischer (EUA)1975-1985 — Anatoly Karpov (URSS)1985-.... — Garry Kasparov (URSS)

Foto de Aguinakto Ramos

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Seikel e Matheis são

pole" em JacarepaguáA dupla Elio Seikel e Andreas Matheis, com um Gol 1.300

da Petrópolis Veículos, larga hoje na pole position para os 500Km do Rio de Janeiro, às 10 horas, no autódromo de Jacarepa-guá, e pode dar à Volkswagen o bicampeonato brasileiro demarcas, com uma prova de antecedência.

Para a Volkswagen conquistar o bicampeonato basta colocarseus carros na quarta, quinta e sexta posições na prova de hoje,que nenhuma outra fábrica terá condições de alcançá-la, mesmoque vença os 500 Km do Rio de Janeiro e também os 1.000 Km deInterlagos, dia 1 de dezembro, em São Paulo.

Seikel e Matheis asseguraram a pole position com o tempode 2min20sl5, melhor que o estabelecido por Otávio Paternostroe Atila Sipos, também com Gol, na prova anterior realizada noRio: 2min20s58. Foi nessa primeira prova, realizada em julho,aliás, que a dupla de Petrópolis surgiu no cenário do CampeonatoBrasileiro de Marcas. Surpreendendo os favoritos, Seikel eMatheis venceram a corrida, marcando seus primeiros 20 pontos.Agora, estão em sexto lugar, com 56 pontos. A seu lado, naprimeira fila, largarão Murilo Piloto e João Carlos Palhares, comUno, que marcaram 2min20s22.

Lee aproveita vento e

passa a líder no golfeMais uma vez os ventos fortes interferiram no destino do 40°

Campeonato Bradesco Aberto de Golfe do Brasil, e desta feitaquem mais se beneficiou deles foi o inglês Robert Lee, quecompletou a terceira e penúltima volta da competição com 64tacadas e assumiu a liderança, com 201 golpes (71-66-64).A força do vento era tanta ontem à tarde no campo doGávea Golfe Clube, que a bola chegava a mudar de trajetória atémesmo no green. Robert Lee, acostumado aos ventos nos camposingleses, o que já havia provado ao vencer o Pro-Am, na últimaquarta-feira, soube aproveitar as condições para marcar umcartão de 64 strokes, quatro abaixo do par. A segunda colocaçãono campeonato é dividida pelos argentinos Eduardo Romero eEduardo Caballero, com 203 golpes.

As esperanças brasileiras se resumem a Jaime Gonzalez,filho do legendário Mario Gonzalez, que está na quinta coloca-ção, com 207 tacadas (72-67-68). Pela disputa da Taça das NaçõesCopacabana Palace, o domínio é da Argentina, que ocupa as duasprimeiras posições, através das duplas Adan Sowa/ HoracioCarbonetti, com 410 golpes, e Eduardo Romero/Vicente Fernan-dez, com 412.

| Todos os Gols daTaqa Rio

Os melhores momentos da principalpartida da rodaaa. Reportagens de

vestiários. A classificação e as possibi-lidades de cada equipe. Loteria Esportiva.

Um gênio rebelde, desde que

iniciou a carreira aos anosDesde que Bobby Fischer, o brilhante e

controvertido americano, optou pelo anônima-to, em 1975, entregando o título, sem jogar, aAnatoly Karpov, não aparecia no xadrez umapersonalidade tão fulgurante. Aos 22 anos, omais jovem campeão mundial da história doxadrez, Garry Kasparov é também controverti-do e dono de uma história muitas vezes nebu-losa.

Nascido em Baku, capital do Azerbaijão,Garry não nasceu Kasparov. Filho de judeu, oseu primeiro sobrenome foi Weinstein, quetrocou, quando os pais se separaram, paraKasparian, o da mãe armênia. Ninguém sabemuito bem por que passou a assinar Kasparov,um nome de sufixo russo.

Aos seis anos aprendeu a regra do jogo deque se tornaria estrela. Começou a disputartorneios em sua cidade e logo foi consideradoum gênio. Tanto que foi levado a estudar com ogrande mestre Mikhayl Botwinnik, campeãomundial por 13 anos e que é responsável pelaorientação dos enxadristas soviéticos mais pro-missores. Aos 13 anos, Kasparov já era campeãosoviético juvenil e em 79 disputou o seu primeirocampeonato soviético adulto e ficou em terceirolugar.

O campeonato principal de seu país, Garryconquistaria em 81, um ano depois de sercampeão mundial juvenil e receber o título deGrande Mestre Internacional, com apenas 16anos — foi o mais jovem jogador a se tornarGMI.

Dono de uma prodigiosa memória, a pontode decorar cada lance das principais partidas deAlexander Alehkine, campeão mundial de 1927

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O primeiro match entre Kasparov e Karpovfoi um dos mais longos e controvertidos dahistória. Durou mais de cinco meses, consumiumais de 100 horas, teve 48 jogos e 1 mil 652 • 'lances. Foi interrompida por decisão do presi-

'dente da Federação Internacional de Xadrez, ofilipino Florencio Campomanes, que alegou can-saço do público e dos jogadores.

A decisão motivou protestos de Kasparov,que chegou a estar perdendo por 5 a 0 e venceuas três últimas partidas, parecendo caminharpara o empate e para obter o ponto decisivo. Osseus assessores e o próprio jogador acusaram o

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JORNAL DO BRASIL Esportes 2° Clichê ? domingo, 10/11/85 ? Io caderno ? 37

0 mundo tem um novo campeão: Garry KasparovMoscou — O empate era Ibastante, mas o eenial Garrv Foto da Novosti

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Moscou — O empate era obastante, mas o genial GarryKasparov, 22 anos, parecia dis-posto a não deixar escapar aoportunidade de fechar comchave de ouro a decisão dotítulo mundial de xadrez. E oconseguiu: saiu de uma desvan-tagem no 25° movimento, sa-crificou dois peões nos lances28 e 30 e lançou-se ao ataquecom todas as suas peças. Dezminutos antes de Anatoli Kar-pov aceitar a derrota, que põefim ao seu reinado de cam-peão, o público já aplaudiaKasparov, o mais jovem cam-peão da história do xadrez."Garri, Garri, Garri", grita-va a entusiasmada platéia queacompanhava, tensa, o desen-rolar da 24a e última partida domatch, quando Karpov esten-deu a mão para o seu desafian-te, cumprimentando-o comonovo campeão. Na opinião dosanalistas, Kasparov surpreen-deu Karpov com o ataque apartir do 30° movimento damais disputada partida, recor-rendo a todo o seu poder decriatividade a audácia. Foi, pa-ra muitos, um ataque temerá-rio, que causou surpresa aosgrandes mestres presentes aoSalão Tchaikowski. Mais umasurpresa do gênio do novocampeão, que, conforme o de-terminado pelo regulamento,poderá dar uma revanche aKarpov, 34 anos, nos próximosmeses, se o ex-campeáo exigir.

O título valeu a Kasparov430 mil-dólares — cerca de Cr$4,3 bilhões. Karpov recebeu305 mil dólares — Cr$ 3 bi-lhões.

Kasparov (E),22 anos,o mais jovem campeão, pôs fim ao reinado de 10 anos de Karpov

Os campeões em 1 século de decisões1886-1894 — Wilhelm Steinitz (EUA)1894-1921 — Emmanuel Larker (Alemanha)1921-1927 — Jose Raul Capablanca (Cuba)1927-1935 — Alexander Alenkine (URSS)1935-1937 — Max Euwe (Holanda)1937-1946 — Alexander Alenkine (URSS)1946-1948 — título vago com a morte de Alenkine1948-1957 — Mikhayl Botwinnik (URSS)

1957-1958 — Vladimir Smyslov (URSS)1958-1960 — Mikhayl Botwinnik (URSS)1960-1961 — Mikhayl Tal (URSS)1961-1963 — Mikhayl Botwinnik (URSS)1963-1969 — Tigram Petrossian (URSS)1969-1972 — Boris Spassky (URSS)1972-1975 — Bobby Fischer (EUA)1975-1985 — Anatoly Karpov (URSS)1985- — Garry Kasparov (URSS)

Um gênio rebelde, desde que

aos 6 anosiniciou aDesde que Bobby Fischer, o brilhante e

controvertido americano, optou pelo anônima-to, em 1975, entregando o título, sem jogar, aAnatoly Karpov, não aparecia no xadrez umapersonalidade tão fulgurante. Aos 22 anos, omais jovem campeão mundial da história doxadrez, Garry Kasparov é também controverti-do e dono de uma história muitas vezes nebu-losa.

Nascido em Baku, capital do Azerbaijão,Garry não nasceu Kasparov. Filho de judeu, oseu primeiro sobrenome foi Weinstein, quetrocou, quando os pais se separaram, paraKasparian, o da mãe armênia. Ninguém sabemuito bem por que passou a assinar Kasparov,um nome de sufixo russo.

Aos seis anos aprendeu a regra do jogo deque se tornaria estrela. Começou a disputartorneios em sua cidade e logo foi consideradoum gênio. Tanto que foi levado a estudar com ogrande mestre Mikhayl Botwinnik, campeãomundial por 13 anos e que é responsável pelaorientação dos enxadristas soviéticos mais pro-missores. Aos 13 anos, Kasparov já era campeãosoviético juvenil e em 79 disputou o seu primeirocampeonato soviético adulto e ficou era terceirolugar.

O campeonato principal de seu país, Garryconquistaria em 81, um ano depois de sercampeão mundial juvenil e receber o título deGrande Mestre Internacional, com apenas 16anos — foi o mais jovem jogador a se tornarGMI.

Dono de uma prodigiosa memória, a pontode decorar cada lance das principais partidas deAlexander Alehkine, campeão mundial de 1927

carreiraa 1935 e de 1937 a 1946, Kasparov começou acaminhada para o título que obteve ontem aoconquistar o Interzonal de Moscou. Na semifinaldo Torneio de Candidatos venceu por 7 a 4Victor Korchnoy, um soviético naturalizado suí-

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ço e que perdera duas finais para Karpov. Nadecisão ganhou de Vassily Smislov por 8,5 a 4,5, mmnadquirindo o direito de disputar o título.

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Num jogo em que o equilí-brio só foi quebrado no últimogame de cada set — em ambosSrejber se descontrolou e Goesquebrou seu serviço — o brasi-leiro teve dificuldades para se-gurar o tcheco, que aproveita-va seus 2,02 metros de alturapara forçar o saque e tentarmatar o ponto na rede. Paraconseguir superar Srejber, Ju-lio Goes contou com a falta deconsistência do adversário queoscilou boas jogadas com al-guns erros primários.

Na decisão de duplas, Nel-son Aerts e Alexandre Hoce-var venceram Vekemans / Nijs-sen, por 7/6 e 6/4.

Squash — As finais da IICopa Baush Lomb de Squach,VII Campeonato Brasileiro,serão disputadas a partir domeio-dia de hoje, na KS Aca-demy, na Barra da Tijuca.

Hipismo — Nas cinco pro-vas disputadas ontem, em Juizde Fora, pela Copa Sul Améri-ca, os vencedores foram: pro-prietários, Guilherme Sarmen-to/Escoteiro-Coca-Cola, MG,0-55.24; preliminar, MarinaAzevedo/Grand Abadan, MG,28-72.904; intermediária, VítorAlves TeixeiraAValdmeister,MG, 0-0-40.66; classe SulAmérica (cavalos), Carlos Pa-lhares/Mike Polwax e Sul Amé-rica (cavaleiros), MarcosAlves.

O americano McCalíister tentou sem muito êxito sair da banca e não foi bem

Seikel e Matheis são Lee aproveita vento e

pole" em Jacarepaguá passa a líder no golfeA dupla Elio Seikel e Andreas Matheis, com um Gol 1.300da Petrópolis Veículos, larga hoje na pole position para os 500Km do Rio de Janeiro, às 10 horas, no autódromo de Jacarepa-guá, e pode dar à Volkswagen o bicampeonato brasileiro demarcas, com uma prova de antecedência.

Para a Volkswagen conquistar o bicampeonato basta colocarseus carros na quarta, quinta e sexta posições na prova de hoje,que nenhuma outra fábrica terá condições de alcançá-la, mesmoque vença os 500 Km do Rio de Janeiro e também os 1.000 Km deInterlagos, dia 1 de dezembro, em São Paulo.

Seikel e Matheis asseguraram a pole position com o tempode 2min20sl5, melhor que o estabelecido por Otávio Paternostroe Atila Sipos, também com Gol, na prova anterior realizada noRio: 2min20s58. Foi nessa primeira prova, realizada em julho,aliás, que a dupla de Petrópolis surgiu no cenário do CampeonatoBrasileiro de Marcas. Surpreendendo os favoritos, Seikel eMatheis venceram a corrida, marcando seus primeiros 20 pontos.Agora, estão em sexto lugar, com 56 pontos. A seu lado, naprimeira fila, largarão Murilo Piloto e João Carlos Palhares, com¦Uno, que marcaram 2min20s22.

Mais uma vez os ventos fortes interferiram no destino do 40°Campeonato Bradesco Aberto de Golfe do Brasil, e desta feitaquem mais se beneficiou deles foi o inglês Robert Lee, quecompletou a terceira e penúltima volta da competição com 64tacadas e assumiu a liderança, com 201 golpes (71-66-64).A força do vento era tanta ontem à tarde no campo doGávea Golfe Clube, que a bola chegava a mudar de trajetória atémesmo no green. Robert Lee, acostumado aos ventos nos camposingleses, o que já havia provado ao vencer o Pro-Am, na últimaquarta-feira, soube aproveitar as condições para marcar umcartão de 64 strokes, quatro abaixo do par. A segunda colocaçãono campeonato é dividida pelos argentinos Eduardo Romero eEduardo Caballero, com 203 golpes.

As esperanças brasileiras se resumem a Jaime Gonzalez,filho do legendário Mario Gonzalez, que está na quinta coloca-çáo, com 207 tacadas (72-67-68). Pela disputa da Taça das NaçõesCopacabana Palace, o domínio é da Argentina, que ocupa as duasprimeiras posições, através das duplas Adan SowaI HoracioCarbonetti, com 410 golpes, e Eduardo Romero/Vicente Fernan-dez, com 412.

melhor no

Iatismo — O Carro Chefefoi o fita-azul e vencedor dasegunda triangular do CircuitoRio-Copa Mar, isolando-se naprimeira colocação da competi-ção, com 240,5 pontos contra225 do segundo colocado, oSaga. Na classe RHC, o Nicacontinua liderando, após ven-cer ontem, com 135 pontos se-guido por Austral Wind, com99. Hoje, às 11 horas será dadaa largada para a última triangu-lar, que definirá o CircuitoRio.

Trabalhador — Três jo-gos dão prosseguimento ama-nhã, no campo da Light, noGrajaú, ao campeonato de fu-tebol do Programa Esporte pa-ra o Trabalhador: 8hl5min, Fê-nix x Grêmio Recreativo Sa-wer; 9hl5min. Forno Capital xBeira Alta; e 10hl5min, SantaClara Embalagens x Transpor-tes Atlas.

Alpinismo — Hoje, às 12horas, os alpinistas AlexandreMazzacaro e Ronaldo Paes al-cançarão a façanha inédita deescalar o Pão de Açúcar pelaface nordeste, à esquerda darota do bondinho, em um graude dificuldade de 7 pontos, nu-ma escala que vai de 1 a 8. Opercurso é de 295 metros.

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VAMOS VESTIR

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Santana, Mário JorgeLobo Zagalo, Carlos AlbertoParreira. Embora a bolsa deapostas para técnico da Sele-

ção Brasileira à próxima Copa do Mun-do aponte esses três como os maiscotados ao cargo ainda vago, existe um

Eaulista de Campinas, 46 anos, 22 de

oca de túnel, que corre por fora comalgumas chances de surpreender os fa-voritos. É ele Octacílio Oliveira Piresde Camargo, o Cilinho do São Paulo.

Pode-se dizer que até bem poucoesse controvertido nomem de cara lar-ga, raros sorrisos e muitas palavras eraum dos incontáveis técnicos que milita-vam quase anonimamente no futebolbrasileiro. Hoje, é conhecido muitoalém de nossas fronteiras. Assumiu noano passado a direção de uma desacre-ditada equipe do São Paulo. "Arrumoua casa", como ele mesmo gosta dedizer, e hoje essa equipe é líder doCampeonato Paulista, jogando um fute-boi moderno, solto, solidário e competi-tivo.

O último número da revista Placarpublica uma pesquisa entre 69 jornalis-tas especializados de todo o Brasil sobre

Suem deveria ser o técnico da Seleção

Irasileira no ano que vem. E emboranela Cilinho não tenha obtido mais doque três votos (Telê, o primeiro lugar,teve 25 indicações), esses números nãochegam a ser significativos. Afinal, SãoPaulo luta há muitos anos para recon-quistar o comando da Seleção. E setiver força política o bastante para con-segui-lo, não tenham dúvidas: Cilinhoacabará desbancando Telê, Zagalo,Parreira, todos os outros. Ele é o favori-to da alta cartolagem paulista.

E sabe disso. Em recente entrevistaa uma emissora de televisão de lá, comseu jeito franco, desmedido, de falar,sentenciou:

— O futebol brasileiro está nasmãos de amadores e políticos que nãogostam de São Paulo. Eles se sentamnos bares de Copacabana, selecionamseus jogadores preferidos e depois per-dem a Copa.

Embora a afirmativa revele o ladomeio interiorano do campineiro Cilinho

(ele ainda parece acreditar que o baresde Copacabana abrigam todos os peca-dos), deixa claro também que ele estádisposto a entrar na luta para devolver aSeleção Brasileira a São Paulo.

Uma luta não menos provinciana.Desde a melancólica passagem de Os-valdo Brandão pelo cargo — queculminou com seu afastamento em pia-no curso das eliminatórias para a Copada Argentina — ele não é ocupado porum técnico vinculado ao futebol paulis-ta. Quer dizer, há oito anos. Cilinhoseria assim uma espécie de reencontrode um dos principais centros do futebolbrasileiro com o direito de "escalar otime". Mas serão realmente boas assuas chances? Conseguirá ele chegar lá?

Política à parte (ainda é impossívelprever que força São Paulo terá na novaCBF a ser reformulada a partir de 15 dejaneiro), Cilinho conta com alguns pon-tos a favor. E muitos contra.

A favor ele tem o seu atual trabalhono São Paulo, cuja equipe ajudou arecuperar. De desacreditada, transfor-mou-a na grande sensação do Campeo-nato Paulista, 49 pontos ganhos, 60 golsmarcados, líder também nas arrecada-ções (média de Cr$ 100 milhões porjogo). A favor, também, o seu gostopela renovação. É técnico de lançarjogadores novos, de fazer de Muller eSilas, juniores recém-promovidos, trun-fos valiosos. Na mesma entrevista àtelevisão, não escondeu sua indiferençapara com os medalhões. Sem citar no-mes, disse:

— No meu time só joga auem estáem plena forma. Esses jogadores queandam citando por aí não levaram oBrasil a nenhum lugar e não ganhamostítulos há 15 anos porque o nosso fute-boi é de má qualidade.

Um futebol, acrescentou ele, depasses laterais ou para trás, de jogado-res que só correm 40, 45 minutos. Umclaro recado aos craques de Seleção quenão andam bem, como Zico, Sócrates,Cerezo, Falcão.

Falcão, como todos sabem, foi man-dado para o banco de reservas do São

Paulo numa corajosa decisão de Cili-nho. Corajosa ou absurda? As opiniõesse dividem. Como o São Paulo estáganhando sem Falcão, até aqui ess$ousadia também pode ser computada aseu favor.

Dos muitos pontos que se somamcontra ele, talvez o mais forte seja o seutemperamento extrovertido, falastrão,algo folclórico. Se história conta, valelembrar que jamais, nos 71 anos deexistência da Seleção Brasileira, umtécnico de seu estilo gozou das simpâ;tias dos dirigentes. Os mais bem-sucedidos e respeitados homens que jáocuparam o cargo — Flávio Costa, ZezéMoreira, Feola, Zagalo, Telê, para cirtarmos apenas os que atuaram em Co-pas — têm sido homens geralmentépouco falantes, de palavras medidas, déidéias e gestos nunca bombásticos. Mes-mo João Saldanha, de temperamentomais comunicativo, exteriorizado, foium técnico inteligente comedido emsuas entrevistas. Cilinho, não. É umamistura de Gentil Cardoso e Duque;Yustrich e Tim, que nunca emplacaramem termos de Seleção, embora cada

3uai tivesse seu valor. Uma mistura

esses quatro e, no entanto, pouco da§qualidades deles.

De Gentil, Cilinho herdou o gostopelas frases de efeito ("Clübe do inte*:rior é vaca leiteira: quando chega a 1QPlitros, alguém chuta o balde..."), masnenhuma como as geniais do famospMoço Preto, o criador do termo "zebra"como sinônimo de surpresa no futebol.De Yustrich, a firmeza na defesa desuas posições, embora no seu caso "afirmeza esteja quase sempre associadaao mau humor. De Duque, o palavró-rio, as frases volta e meia sem sentido,conquanto não tão engraçadas quantoas daquele. E de Tim, a mama dastáticas, dos botões sobre a mesa, dascomplicadas teorizações transformadasem gráficos, ainda que o velho El Peçjjtivesse muito mais charme.

De qualquer forma, nenhum dessesquatro loquazes técnicos de futebol con-seguiu realizar seu sonho de chegar,àSeleção Brasileira. Terá Cilinho maissorte? Bí>

Dirigentes

fazem conta

em MinasBelo Horizonte — Lápis e

tabela à mão, os dirigentes dofutebol mineiro vivem hoje umdia de imensa angústia, poisserá realizada a última rodadada fase de classificação do re-turno do Campeonato. Quatrotimes disputam as duas vagasrestantes para o quadrangulardecisivo do turno (Atlético eCruzeiro já estão garantidos),enquanto outros quatro lutamdesesperadamente para nãocair. O principal jogo será noMineirão, às 18h, entre Cruzei-ro e o ameaçado Vila Nova.

Praticamente todos os jogosda rodada decidem alguma coi-sa. No Mineirão, na prelimi-nar, o América (13 pontos)precisa vencer o Uberlândia(14) e torcer por uma derrotado Uberaba (14) para o Demo-crata, em Sete Lagoas. Os doistimes do Triângulo levam van-tagem sobre o América na lutapor uma das vagas.

' Em Itabira, o Valério (15)pode se classificar com um sim-pies empate diante do Tupi.Em Governador Valadares, oDemocrata recebe o Guarani,que precisa desesperadamenteda vitória, para escapar do re-baixamento. Dois outros amea-çados se enfrentam em Uber-lândia: o XV de Novembroúltimo da classificação geral, eo Nacional de Uberaba. Ape-nas em Lavras o jogo não é tãodecisivo: Atlético e Fabril pra-ticamente cumprem tabela. Sevencer e o Cruzeiro perder, oAtlético tem chances de ser oprimeiro lugar da fase classifi-catória.

CEREZO E JÚNIOR"O Júnior está jogando uma

barbaridade. Aliás, sempreachei que ele seria melhor nomeio-campo. O time do Torinojoga todo em função dele". Oselogios são do apoiador do Ro-ma Toninho Cerezo, que voltaamanhã à noite para a Itália,depois de alguns dias em BeloHorizonte, sem a família, pararesolver problemas particu-lares.

Cerezo disse que está nova-mente à vontade no Roma,onde é adorado pela torcida, eque o presidente do clube, oSenador Dino Viola, já avisouque quer renovar o seu contra-to, vencível em abril, por maisduas temporadas. Confessouque sente muitas saudades deFalcão, de quem é muito ami-go, mas que se entende bemtambém com o outro estrangei-ro do time, o polonês Boniek.

R. G. DO SUL

Porto Alegre — Os jogado-res Osvaldo e Caio Júnior, doGrêmio, apelaram à direção doclube para que ela dê prêmiosextras aos adversários do Inter-nacional, líder do returno doCampeonato Gaúcho, trêspontos à frente do Grêmio, quejoga hoje, no Olímpico, contrao Caxias, enquanto o lnter en-frenta o Internacional, de San-ta Maria, no interior.

XIIICopa do Mundo,;

Oldemário Touguinhó

Copi?a entusiasma

jornal mexicanoOs jornais mexicanos continuam entusiasmados com a Copa

do Mundo, apesar do desastre ocorrido recentemente. A Seleçãoestá realizando uma série de amistosos no exterior e constante-mente a imprensa exalta o Campeonato Espanhol, porque HugoSanches, o grande ídolo mexicano, é a estrela do Real Madri eseumaior goleador.

Zagalo, a prática e

a teoria da Seleção ii tiZagalo pode até não ser o técnico da Seleção Brasileira.na

Copa de 86, mas o que se observa em suas declarações é que ele^jáestá-se preparando para o México.

Em princípio não gosta de confirmar seu interesse pelocargo, mas logo que começa a falar sobre a equipe se entusiasma ediz até que já tem um time escalado na cabeça. - '

Tenho o meu time assim como cada brasileiro tem o seU.Só que tudo agora ainda é na base da teoria. Pela experiência,posso garantir que nem sempre a teoria dá certo na prática! Sómesmo com muitos treinos e amistosos é que se pode chegar auma conclusão. Será que Sócrates, Falcão, Zico e Cerezo estáraoem forma ano que vem? Acho que sim, mas eles é que vão provarisso dentro do campo. E os novos? Será que numa Seleção paraCopa, Muller, Silas e outros jovens jogarão o que sabem?Também acho que sim, mas tudo isso é apenas um sonho. Elesmesmos é que vão mostrar se merecem ou não a posição.

Zagalo lamenta que o fim do ano esteja chegando sem quetenhamos uma base.

Todos os jovens já deveriam estar sendo aproveitadosnuma Seleção com jogos seguidos para sentirmos o potencial decada um. Não temos um ponto de partida para organizar, aequipe. Em 70, o João Saldanha montou um time e eu aproveiteia base para organizar a Seleção que em minha cabeça era amelhor. Só que o trabalho era apenas mudar uma peça ou outradentro do meu esquema. Agora é bem diferente. Não temosnada, vamos começar do zero. Pode ser que a equipe que a gentepensa ser a ideal, com o passar dos treinos, não aprove nada eteremos que fazer modificações em tempo curto. Mesmo assimacho que quando o time viajar para o México, para a fase'deadaptação à altitude (no início de maio), já precisará ter os 11titulares definidos. "„7,

Zagalo diz que nem sempre os 11 melhores jogadoresformam o melhor conjunto.

Às vezes há jogadores de muita importância para umesquema, que não podem ficar de fora devido a sua característicade jogo. Por exemplo, quando temos um homem como Romeritó,não se pode trocá-lo por um extrema especialista, a não ser queele seja um novo Garrincha. Também, se vier outro Garrincha,ele vai ser titular e depois vamos escolher os outros 10. Só mesmogente de nível de Garrincha e Pelé é que dispensa a força de* umconjunto. Com gênios não se discute. Os outros terão mesmo quese integrar ao esquema, pois só assim se pode pensar novamentenuma conquista de Copa do Mundo — concluiu Zagalo, que'játem no seu arquivo todos os teipes das Seleções que se apresen-tam na tevê.

Paraguai e Chile

começam a decisão

Assunção — Paraguai e Chile encerraram ontem os prepara-;tivos para a partida de hoje pela fase final da repescagem queapontará mais um representante sul-americano no Mundiafdtf'México. Os paraguaios, que contarão com a arte em luta deRomerito, estão dispostos a repetir o esquema adotado na faseanterior, contra a Colômbia: vencer em Assunção por um placarque dê tranqüilidade à equipe na segunda partida. Os chilenosnão esconderam sua disposição: o empate, para eles, será um bomresultado. : í*

CLASSIFICAÇÃO

hoje:

dia 13:

dia 15:dia 16:

EliminatóriasIsrael

ParaguaiInglaterra

SuíçaIrlanda

TurquiaSiria

FrançaAlemanha Oriental

Nova ZelândiaChileIrlanda do NorteNoruegaDinamarcaRomênia ».¦ - í;IraqueIugoslávia •:Bulgária

Cilinho,

sisudo e

falante. Há

lugar para

ele na

eleção?

Cilinho, ou "seu" Octacíliocomo o chamam alguns, está

fazendo um belo trabalho noSão Paulo. E verdade quebarrou Falcão. E que isso lhetem valido muitas críticas. Mas,entre seus pontos a favor, estáo prazer em investir em

jogadores jovens como Mueller.

Dois dos times que mais entendem de futebol se uni-ram e formaram uma Seleção onde só tem craque.As equipes do SBT e da Record estarão trabalhandojuntas na Copa do México fazendo você vibrar, torcer,se emocionar como se você estivesse lá, ao vivo.Preste atenção na escalação do nosso time para aCopa.Locutores: Silvio Luiz, Dr. Osmar de-Oliveira, Fer-nando Solera e Carlos Valadares. Comentaristas:Ciro José, Juca Kfouri, J. Hawilla e Rui Viotti.Repórteres: Jorge Kajuru, Eli Coimbra, Fábio Sor-mani, Flávio Prado.

Vai ser a transmissão mais quente e mais alegreOs comentários de quem mais conhece e as reporta-gens de quem vive o dia-a-dia dos jogadores.Chegou a hora de todo mundo vestir a mesma camisa.Não vire casaca. Fique ligado naSeleção SBT/RECORDque essa a gentevai ganhar.

H

Polos de Evandro Tei*ei'a

MBST** L~T^~~1r~"—*"""" "JS -*—"5".'—:'- - ""HBSS

Favorectdo fLlo vento no a tentaiTogol ^m'cwlros a/l<w vetelSedwlrt^ Letts Roberto> Gaucho. Qilvam e U6dson (Freitas)

sem imaginaqao, pouco

i A(h «^, P^ BotafogoT fjSBfr 8a"aShopping

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Preco

Arquivo

iinnela, benemerito e torcedor, exige (jiti' //('/^^^^^o^w^o do Flamengo

Potos de Evandro Teixeira

Mi

'avorecido pelo vento no primeiro tempo, o Olaria chegou a tentar o gol em centros altos

Arquivo

Fluminense, com Leomir Bola Dividida

no lugar de Komerito,

está animado outra vezLeomir acabou sendo o escolhido pelo técnico Nelsinho paraocupar a vaga de Romento no meio-campo do Fluminense no

jogo desta manhã, contra o Bonsucesso. Mas foi o inesperadoempate do Bangu, ontem, que voltou a motivar jogadores ecomissão técnica, antes descrentes da possibilidade de o timeentrar na luta, também, pelo título da Taça Rio (segundo turnodo Campeonato Estadual).

Até o treino de ontem, na Escola de Educação Física doExército, Nelsinho restringia ao maior número de pontos aolongo do Campeonato a única forma de entrar na decisão finalcom vantagem em relação ao adversário. A partir do empate doBangu com o Olaria, ele passou a achar que o Fluminense ficoumais perto do tncampeonato.

A nota triste do descontraído treino do Fluminense foi anotícia dada pelo médico Arnaldo Santiago: Assis vai ser submeti-do a uma artroscopia no joelho atingido pelo zagueiro Jair, doBangu, há uma semana. A cirurgia será feita quarta-feira, na Casade Saúde Santa Lúcia, e a previsão da volta de Assis aos treinos éde 60 dias.

FLUMINENSE X VOLTA REDONDALocal- Caio MartinsHorário 10h30min.Juiz Pedro Carlos BregaldaAuxiliam Edilson Falcão e Reinaldo FariasFluminense Paulo Vítor. Aldo, Vica, Ricardo e Branco; Jandir,Delei e René; Leomir, Washington e TatoTécnico NelsinhoVolta Redonda — Leite, Roberto Silva. Magal, Moita e Léo;Gaúcho. Qilvam e Uédson (Freitas), Mané e MirandinhaTécnico Gaúcho

América lança irmãos

gêmeos para confundir

defesa do BonsucessoA grande semelhança dos gêmeos baianos Zó e Kel é um dos

trunfos do técnico Antônio Leone. para levar o América à vitóriasobre o Bonsucesso, hoje à tarde, e se manter em boa posição natabela da Taça Rio Além de confundir a marcação adversária, Zóe Kel, que atuam juntos pela primeira vez no Campeonato, seentendem perfeitamente em campo.

Para ajustá-los ao time e encontrar um esquema de jogoeficiente para obter a vitória, Leone onentou um treino ontem àtarde. Insistiu muito na velocidade, troca de passes e na ligaçãodas jogadas entre defesa e ataque, além de aumentar a coordena-ção de todo o time.

O treinador contou que desenvolveu este exercício táticocom o falecido técnico Cláudio Coutinho File consiste em utilizaroito jogadores (dois laterais, trés amadores e três atacantes)contra oito reservas (nestes, se incluem os dois zagueiros titula-res). Leone só lamentou não poder contar com Gaúcho, aindasentindo o músculo adutor da coxa "Ele nàn se recuperou dacontusão porque tem medo de tomar injeção", explicou o médicoAdemir Alonso.

AMÉRICA X BONSUCESSOLocal- Andara!Horário 16 horasJuiz Roberto CostaAuxlliares. Wilson Dias Durão e Djalma de CarvalhoAmérica: Paulo Sérgio. Polaco, Zedílson, Denllson e PauloCésar; Muller, César e Zò, Maurício, Luisinho e KelTécnico: Antônio LeoneBonsucesso Júnior, Zé Paulo, Serjão, Carlos Alberto e Lima;Nazinho, Felipe e Wecsley; Paulinho Carioca, Galocha e Clau-dinhoTécnico Denllson

CBF garante vagas e

campos para a Seleção

treinar no MéxicoO diretor de futebol da CBF, Dílson Guedes, chegou ontem

pela manhá do México, onde esteve acertando detalhes daacomodação e treinamento da Seleção Brasileira em Guàdalaja-ra. Ele e o administrador Ferreira Duro concluíram que aUniversidade de Guadalajara é de fato o melhor local para aconcentração da equtpe O dirigente elogiou também a qualidadedos campos de treinamento do Atlas (a grama foi importada doCanadá).

Dílson esteve com o presidente do Comitê Organizador daCopa, Guilhermo Canedo, e teve a garantia de que as necessida-des da Seleção Brasileira serão atendidas integralmente Ele ficousatisfeito ao verificar que os estádios destinados ao Mundial nãoforam atingidos pelos terremotos que destruíram a capital do país.

E possível que, animada pela vitóna sobre aPortuguesa, a torcida do Botafogo resolva

aparecer Togo mais no Maracanã. Não embloco, naturalmente, que aqueles 3 a 0 deoutro dia não bastaram ainda para motivarmuita gente, mas sempre em número maior doque aquele grupinho abnegado que assistiu aojogo com o Flamengo.

Não há dúvida de que mais uma vez oclássico tem no Vasco o favorito. Seu time estáempenhado na conquista do retorno, é oadversário que mais de perto ameaça o Bangue conta ainda com uma velha escrita que,nessas horas, queiram ou não, funciona.

O Vasco, entretanto, não está livre déencontrar um Botafogo de moral nova, cheiode gás e pronto para uma surpresa. Reanimadopela vitória de quarta-feira, contra a Portugue-sa, que afastou temporariamente o perigo dasegunda divisão, e contando agora com Carbo-ne, um técnico de experiência e com um bomrelacionamento com a equipe, o Botafogopode muito bem alegrar seus torcedores, tãonecessitados. Ganhando o clássico desta tarde,o Botafogo terá afugentado de vez o fantasmada segunda divisão e poderá, com calma,pensar em arrumar sua casa para o ano quevem, que este foi de amargar.

Acontece que, nesta altura, o Vasco nãotem mais pontos a perder. Na reta final, sequiser se candidatar a uma decisão com oFluminense, precisa vencer hoje para tentar seigualar ao Bangu na rodada do próximo do-mingo, quando os dois estarão se enfrentando.Aliás, uma rodada decisiva, já que jogamtambém Flamengo e Fluminense, os outrosdois candidatos.

O clássico desta tarde, portanto, é deimensa importância para os vascaínos. E dedupla repercussão, influenciando tanto nocampo esportivo como na vida política doclube. Uma vitória, alargando as esperanças daconquista do título, pode ter poderosa influên-cia nas eleições de terça-feira, quando os sóciosestarão escolhendo o novo presidente. A maisbeneficiada, neste caso, será a situação, ouseja, o candidato Calçada. Com o Vasco vito-rioso, caminhando para um possível título,muito vascaíno na hora de votar há de selembrar do velho ditado: — Em time que estáganhando não se mexe. Uma derrota já favore-ce Eurico Miranda.

O clássico, como se vê, é importantíssimopara os dois clubes. Um busca a glória de umtítulo O outro foge da ameaça de uma segundadivisão. Vamos ver quem ganha. Ou quemcorre mais, para ficar de acordo com as novasteorias.

Além do clássico, hoje, quando você acor-dar, o Fluminense estará jogando na sua televi-são contra o Volta Redonda Para um time quetem dado sinais de cansaço, jogar ao sol das 10da manhã não t mole. No meio da semana,apesar do esforço elogiável de Romerito, oFluminense não saiu de um 0 a 0 com oGoitacás. Hoje deye ganhar, já que o VoltaRedonda anda fazendo uma campanha fraquís-sima. Depois o time precisa se resguardar,porque a maratona é dura. Pega seguidamenteFlamengo, Botafogo e América, embora o Fia-Flu possa decidir tudo. Quanto ao returno,bem entendido.

¦Histórias: Numa homenagem a Ari Barro-so, a bem falante senhora de um políticomineiro reclamava do compositor que ele em-bora nascido em Minas, só fizesse músicasexaltando a Bahia. Ari negava, afirmando àsenhora que tinha várias canções dedicadas aMinas, inclusive à sua cidade, Ubá.

— Pois eu reclamo justamente porquesou de Ubá, e nunca ouvi nada do senhor sobrea nossa cidade — disse a senhora.

E Ari, cantarolando: — Então ouça:"Mais se algum dia talvez a saudadeapertar,

Não se perturbe, afogue a saudade noscopos de Ubá..."

Sandro Moreyra

JORNAL DO BRASIL - pOI*t»€S domingo, 10/11/85 n Io caderno ? 39

HaneUi, benemérita e torcedor, exige que Helal peça demissão do Flamengo ffãMMpsi& tttcuú jzcuvx doa, vida, na Sattsfac ão garantidaou seu dinheiro de volta

Careca volta e Falcão

continua no banco de

reservas do São PauloSão Paulo — O jogo São Paulo e Palmeiras promete ser hoje

.a grande atração, de mais uma rodada decisiva do CampeonatoPaulista. O técnico Cilinho já decidiu que Falcão, o ex-rei deRoma, ficará mesmo no banco de reservas, mas poderá contar,em compensação, com a volta do artilheiro Careca, que estava'•machucado.

No Pacaembu, a principal novidade — além do jogo entre.odesesperado Coríntians, que não pode perder ponto contra oJüventus — será a inauguração das catracas eletrônicas. Seme-lbantes às existentes no metrô, as 42 catracas instaladas no velhoestádio permitem uma operação simples, segura e rápida (10segundos).

. Santos e Ferroviária também decidem, em Araraquara, a.sorte de ambos no Campeonato. Com 38 pontos ganhos, o Santos

: só. tem um problema: o zagueiro Márcio está contundido e poderáset,substituído pelo jovem Pedro Paulo. O técnico Castilho culpao azar para justificar os últimos resultados negativos da equipe,mas o jogador Humberto tem outra definição: "Falta tranquili-dade".

Kanela acusa: no Fia,

o esporte amador é

que sustenta o futebolPela primeira vez na história do Flamengo, o futebol está

sendo financiado com recursos provenientes das verbas doesporte amador, sejam dos patrocínios ou das arrecadações dasescolinhas. Quem afirma é o benemérito Togo Renan Soares, oKanela, ex-técnico de basquete do clube, e da Seleção Brasileira, eum dos maiores opositores do presidente Geoige Helal.

No manifesto, Kanela deixa claro que sua luta não é contra apessoa física do presidente. Revela que o objetivo é "salvar oFlamengo, lutar pela volta das vitórias esportivas notadamente ofutebol, que eram uma constante, e hoje pela incapacidade dosseus dirigentes, estão cada vez mais ausentes".

O alertaKanela, que nos seus 79 anos ainda se diz muito forte paralutar, teme pelo futuro do Flamengo, sobretudo pelo esporte

olímpico. Tanto que lidera uma grande campanha, colhendoassinaturas de beneméritos, pessoas ilustres ligadas ao clube esimples torcedores, cuja finalidade principal é fazer com queHelal renuncie. Um trecho do manifesto diz:

"As baixas rendas do futebol acarretarão um déficit aproxi-mado de Cr$ 10 bilhões este ano, o que prejudicará outros setoresdo clube, principalmente o esporte amador. É inconcebível que,com tudo o que vem ocorrendo em sua vida privada, o atualpresidente do Flamengo não perceba que já não tem condiçõesmínimas para exercer o cargo. Se o estatuto do Flamengo exigeque, para ser sócio, o candidato tem que possuir idoneidade, éevidente que, para ser presidente, a idoneidade é tambémindispensável. E quem tem processos por cheques sem provisio-namento de fundos e quem é depositário infiel por sentençajudicial não é idôneo."

O benemérito cobra também o balanço referente ao exerci-cio de 1984, pois o "estatuto obriga a realização de uma sessãoordinária dos membros do Conselho Deliberativo, anualmente,no mês de abril, com o objetivo de examinar as contas "

Kanela garante ainda que o atual Conselho Deliberativo jánão existe uma maioria tão acentuada em favor de George Helal,uma vez que "por mais amigo que qualquer conselheiro seja deHelal, os interesses do clube estão acima de tudo e os que agora seomitem serão sempre lembrados pela históna"

Para finalizar, Kanela faz um apelo ao presidente: "Demita-se George Helal, evitando ser deposto, que todos nós o esquece-remos. Eu, em particular, como católico fervoroso que sou,pedirei a Deus que o ajude a resolver todos os seus gravesproblemas pessoais".

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O Olaria, por sua vez, apenas se defendia, mas comeficiência. Com o meio-campo marcando em cima e a defesa bemcolocada, conseguia neutralizar os poucos ataques perigosos do

..Çs»ngu.'"V No segundo tempo, a desculpa do primeiro já não valia. O

Bangu passou a jogar a favor do vento e a torcida renovou as"Sè^jeranças de um bom resultado. Pura ilusão. Logo nos primeiros•'minutos, ficou claro que o dia não era mesmo do Bangu. O timecontinuou confuso, Arturzinho, que já jogara mal no primeirotempo, não subiu de produção, aumentando ainda mais a apatiado meio-campo. A rigor, a única oportunidade real de gol a favordo Bangu ocorreu aos 37 minutos: uma boa cabeçada de CláudioAdão raspou na trave. Já nos descontos, Orlando chutou forte, defora da área, e quase surpreende Gilmar, que fez excelente

.defesa. Os torcedores do Vasco, Flamengo e Fluminense chega-'ram a gritar gol. Seria demais.

nTEBANGU 0x0 OLARIA

Local: Moça BonitaRenda: Cr$ 32 milhões 130 milPúblico: 2 mil 202 pagantesJuiz: José Roberto WrightAuxlliares: José Inácio Teixeira e Alulsio ViugÇgrtôes amarelos. Fernando Macaé e AdoCartão vermelho: FlávioBangu: Gilmar; Márcio, Jair, Oliveira e Baby; Israel, Mário e

,$fiiurzinho; Marinho, Fernando Macaé (Cláudio Adão) e AdoTécnico: Moisés'Òlàrla: Paulo Goulart; Zé Antônio, Dílson, Mauro e Edivaldo;Flávio, Atalde e Orlando; Nunes (Hitler), Luisão e Popéia."Técnico: Alcir Portela.

; Bangu culpa o vento e

: só empata com Olaria

I mesmo em Moça BonitaI I, ,,, Tentar, bem que o Bangu tentou Mas não era o dia. Assim,: perdeu um importante ponto ontem à tarde, em seu próprioI çjtádio, em Moça Bonita: 0 a 0 contra um Olaria que lutou o• tempo todo e jogou num forte esquema defensivo. O Bangu; continua na liderança, com 12 pontos ganhos, mas agora está mais' perto do Vasco, que joga com o Botafogo e pode, se vencer, ficar¦ a apenas um ponto do líder.| *J>. Os torcedores do Bangu ficaram frsutrados com a má

atuação da equipe, que sábado venceu o Fluminense por 2 a 1, com um futebol convincente. Desorganizado no ataque e confuso; no meio-campo, o Bangu não soube furar a retranca do Olaria ei quase perde o jogo, já nos descontos, quando o goleiro Gilmar1 evitou o gol em um chute forte e bem colocado de Orlando.

A desculpa do ventoNo primeiro tempo, o Bangu ainda encontrou uma justifica-tiva para a má produção de toda a equipe: o forte vento quesoprava a favor do Olaria, e que estaria dificultando as ações do

time. Apenas uma desculpa, já que a equipe não conseguia seencontrar em campo, jogando mal, sem acertar a saída da defesapara o ataque. Além disso, ficou evidente, em toda a partida, omau condicionamento físico do Bangu.

O Bangu, sem imaginação, pouco ameaçou

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'avorecido pelo vento no primeiro tempo, o Olaria chegou a tentar o gol em centros altos

Bangu culpa o vento e

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mesmo em Moça BonitaTentar, bem que o Bangu tentou. Mas não era o dia. Assim,

perdeu um importante ponto ontem à tarde, em seu próprioestádio, em Moça Bonita: 0 a 0 contra um Olaria que lutou otempo todo e jogou num forte esquema defensivo. O Banguicqntinua na liderança, com 12 pontos ganhos, mas agora está maisperto do Vasco, que joga com o Botafogo e pode, se vencer, ficara apenas um ponto do líder.

Os torcedores do Bangu ficaram frsutrados com a máatuação da equipe, que sábado venceu o Fluminense por 2 a 1ctfm um futebol convincente. Desorganizado no ataque e confusono' meio-campo, o Bangu não soube furar a retranca do Olaria e'quase

perde o jogo, já nos descontos, quando o goleiro Gilmarevitou o gol em um chute forte e bem colocado de Orlando.

A desculpa do ventoNo primeiro tempo, o Bangu ainda encontrou uma justifica-tiva para a má produção de toda a equipe: o forte vento quesoprava a favor do Olaria, e que estaria dificultando as ações do

time. Apenas uma desculpa, já que a equipe não conseguia seencontrar em campo, jogando mal, sem acertar a saída da defesapara o ataque. Além disso, ficou evidente, em toda a partida, omau condicionamento físico do Bangu.

O Olaria, por sua vez, apenas se defendia, mas comeficiência. Com o meio-campo marcando em cima e a defesa bemcolocada, conseguia neutralizar os poucos ataques perigosos doBangu.

No segundo tempo, a desculpa do primeiro já não valia. OBangu passou a jogar a favor do vento e a torcida renovou aséSperanças de um bom resultado. Pura ilusão. Logo nos primeirosminutos, ficou claro que o dia não era mesmo do Bangu. O timecontinuou confuso, Arturzinho, que já jogara mal no primeirotempo, não subiu de produção, aumentando ainda mais a apatiado meio-campo. A rigor, a única oportunidade real de gol a favordo Bangu ocorreu aos 37 minutos: uma boa cabeçada de CláudioAdão raspou na trave. Já nos descontos, Orlando chutou forte, defora da área, e quase surpreende Gilmar, que fez excelentedefesa. Os torcedores do Vasco, Flamengo e Fluminense chega-rám a gritar gol. Seria demais.

BANGU 0x0 OLARIALocal: Moça BonitaRenda: Cr$ 32 milhões 130 milPúblico: 2 mil 202 pagantesJuiz: José Roberto WrightAuxlliares: José Inácio Teixeira e Alulsio ViugCartões amarelos: Fernando Macaé e AdoCartão vermelho: FlávioBangu: Gilmar; Márcio, Jair, Oliveira e Baby; Israel, Mário eArturzinho; Marinho, Fernando Macaé (Cláudio Adão) e AdoTécnico: MoisésOlaria: Paulo Goulart; Zé Antônio, Dllson, Mauro e Edivaldo;Flávio, Atalde e Orlando; Nunes (Hitler), Luisão e Popéia.•Técnico: Alcir Portela.

Careca volta e Falcão

continua no banco de

reservas do São PaulolJK São Paulo — O jogo São Paulo e Palmeiras promete ser hoje

3, grande atração, de mais uma rodada decisiva do CampeonatoPaulista. O técnico Cilinho já decidiu que Falcão, o ex-rei deRoma, ficará mesmo no banco de reservas, mas poderá contar,em compensação, com a volta do artilheiro Careca, que estavamachucado.

No Pacaembu, a principal novidade — além do jogo entre o,'Hçsesperado Coríntians, que não pode perder ponto contra oJuventus — será a inauguração das catracas eletrônicas. Seme-

..Jljántes às existentes no metrô, as 42 catracas instaladas no velhoestádio permitem uma operação simples, segura e rápida (10

. segundos).Santos e Ferroviária também decidem, em Araraquara, a

sorte de ambos no Campeonato. Com 38 pontos ganhos, o Santossõ tem um problema: o zagueiro Márcio está contundido e poderá

jjer substituído pelo jovem Pedro Paulo. O técnico Castilho culpao azar para justificar os últimos resultados negativos da equipe,mas o jogador Humberto tem outra definição: "Falta tranquili-dade"

Flamengo joga mal, é

vaiado, mas derrota a

Portuguesa por 1 a 0As vaias dos torcedores foram justas. A vitória do Flamengo

sobre a Portuguesa por 1 a 0 não merecia outra manifestação doreduzido público que, impaciente e revoltado, viu um timeafobado, errando passes a todo instante e sem nenhum imagina-ção. De qualquer maneira, o Flamengo está ao lado do Bangu, naliderança, pela contagem de pontos perdidos (tem um jogo amenos).

O inexplicável no Flamengo é que sua equipe começa muitobem as partidas, faz um gol de início e, quando a torcida pensanuma goleada, o time se apaga por completo, permitindoinclusive que o adversário crie, através de contra-ataques, pelomenos uma excelente chance para marcar.

Isto tem sido uma constante nas apresentações do Flamen-go. Se Gilmar marcou logo aos nove minutos, escorando umcentro de Jorginho, antes mesmo do gol havia criado duas boaschances. Porém, ficou nisso e só voltou a ameaçar nos minutosfinais, quando a torcida vaiava sem parar. A partida foi técnica-mente muito fraca e a Portuguesa por pouco chega ao empate,ainda no primeiro tempo, quando Adalberto se atrapalhou comCantarele, que colocou a mão na bola fora da área e na rápidacobrança, Soelyr Brown (ex-vascaíno) quase marca, obrigando aGuto defender também com as mãos na altura da meia-lua. Estejogador, por sinal, foi uma atração à parte, só que levou umatrombada de Valtinho é saiu contundido. O resultado de 1 a 0 foio mesmo do primeiro turno só que em favor da Portuguesa. Pelomenos, o Flamengo se vingou.

FLAMENGO 1 X 0 PORTUGUESALocal: MaracanãRenda: Cr$ 47 milhões 190 milPúblico: 4 mil 216 pagantesJuiz: Carlos Elias PimentelCartões amarelos: Élder e JorginhoFlamengo: Cantarele, Jorginho, Guto, Mozer (Valtinho) e Adal-berto; Elder, Adílio e Gilmar; Bebeto, Vinícius (Chiquinho) ePaulo HenriqueTécnico: LazaroniPortuguesa: Jorge Lourenço, Armando, Sérgio Roberto e MarcoAurélio; Da Costa, Toninho e Niltinho; Soelyr Brown (Tadeu),Jorge Luís e Ernani.Técnico: Sérgio CosmeGol: no primeiro tempo, Gilmar (9 min)

Kanela volta à cena

para denunciar HelalPela primeira vez na história do Flamengo, o futebol está

sendo financiado com recursos provenientes das verbas doesporte amador, sejam dos patrocínios ou das arrecadações dasescolinhas. Quem afirma é o benemérito Togo Renan Soares, oKanela, ex-técnico de basquete do clube e da Seleção Brasileira, eum dos maiores opositores do presidente George Helal.

No manifesto, Kanela deixa claro que sua luta não é contra apessoa física do presidente. Revela que o objetivo é "salvar oFlamengo, lutar pela volta das vitórias esportivas, notadamente ofutebol, que eram uma constante, e hoje, pela incapacidade dosseus dirigentes, estão cada vez mais ausentes"."As baixas rendas do futebol acarretarão um déficit aproxi-mado de Cr$ 10 bilhões este ano, o que prejudicará outros setoresdo clube, principalmente o esporte amador. E inconcebível que,com tudo o que vem ocorrendo em sua vida privada, o atualpresidente do Flamengo não perceba que já. não tem condiçõesmínimas para exercer o cargo. Se o estatuto do Flamengo exigeque, para ser sócio, o candidato tem que possuir idoneidade, éevidente que, para ser presidente, a idoneidade é tambémindispensável. E quem tem processos por cheques sem provisio-namento de fundos e quem é depositário infiel por sentençajudicial não é idôneo."

O benemérito cobra também o balanço referente ao exerci-cio de 1984, pois o "estatuto obriga a realização de uma sessãoordinária dos membros do Conselho Deliberativo, anualmente,no mês de abril, com o objetivo de examinar as contas."

Kanela garante ainda que o atual Conselho Deliberativo jánão existe uma maioria tão acentuada em favor de George Helal,uma vez que "por mais amigo que qualquer conselheiro seja deHelal, os interesses do clube estão acima de tudo e os que agora seomitem serão sempre lembrados pela história".

Para finalizar, Kanela faz um apelo ao presidente: "Demita-se George Helal, evitando ser deposto, que todos nós o esquece-remos. Eu, em particular, como católico fervoroso que sou,pedirei a Deus que o ajude a resolver todos os seus gravesproblemas pessoais".

Foto de André Durão

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G*ii'

Leomir acabou sendo o escolhido pelo técnico Nelsinho paraocupar a vaga de Romerito no meio-campo do Fluminense nojogo desta manhã, contra o Bonsucesso. Mas foi o inesperadoempate do Bangu, ontem, que voltou a motivar jogadores ecomissão técnica, antes descrentes da possibilidade de o timeentrar na luta, também, pelo título da Taça Rio (segundo turnodo Campeonato Estadual).

Até o treino de ontem, na Escola de Educação Física doExército, Nelsinho restringia ao maior número de pontos aolongo do Campeonato a única forma de entrar na decisão finalcom vantagem em relação ao adversário. A partir do empate doBangu com o Olaria, ele passou a achar que o Fluminense ficoumais perto do tricampeonato.

A nota triste do descontraído treino do Fluminense foi anotícia dada pelo médico Arnaldo Santiago: Assis vai ser submeti-do a uma artroscopia no joelho atingido pelo zagueiro Jair, doBangu, há uma semana. A cirurgia será feita quarta-feira, na Casade Saúde Santa Lúcia, e a previsão da volta de Assis aos treinos éde 60 dias.

FLUMINENSE X VOLTA REDONDALocal: Caio MartinsHorário: 10h30min.Juiz: Pedro Carlos BregaldaAuxlliares: Edilson Falcão e Reinaldo FariasFluminense: Paulo Vítor, Aldo, Vica, Ricardo e Branco; Jandir,Delei e Renê; Leomir, Washington e TatoTécnico: NelsinhoVolta Redonda — Leite, Roberto Silva, Magal, Moita e Léo;Gaúcho, Gilvam e Uédson (Freitas), Mané e MirandinhaTécnico: Gaúcho

América lança irmãos

gêmeos para confundir

defesa do BonsucessoA grande semelhança dos gêmeos baianos Zó e Kel é um dos

trunfos do técnico Antônio Leone para levar o América à vitóriasobre o Bonsucesso, hoje à tarde, e se manter em boa posição natabela da Taça Rio. Além de confundir a marcação adversária, Zóe Kel, que atuam juntos pela primeira vez no Campeonato, seentendem perfeitamente em campo.

Para ajustá-los ao time e encontrar um esquema de jogoeficiente para obter a vitória, Leone orientou um treino ontem àtarde. Insistiu muito na velocidade, troca de passes e na ligaçãodas jogadas entre defesa e ataque, além de aumentar a coordena-ção de todo o time.

O treinador contou que desenvolveu este exercício táticocom o falecido técnico Cláudio Coutinho. Ele consiste em utilizaroito jogadores (dois laterais, três amadores e três atacantes)contra oito reservas (nestes, se incluem os dois zagueiros titula-res). Leone só lamentou não poder contar com Gaúcho, aindasentindo o músculo adutor da coxa. "Ele não se recuperou dacontusão porque tem medo de tomar injeção", explicou o médicoAdemir Alonso.

AMÉRICA X BONSUCESSOLocal: AndaralHorário: 16 horasJuiz: Roberto CostaAuxiliares: Wilson Dias Durão e Djalma de CarvalhoAmérica: Paulo Sérgio, Polaco, Zedllson, Denllson e PauloCésar; Muller, César e Zó; Maurício, Luisinho e KelTécnico: Antônio LeoneBonsucesso: Júnior, Zé Paulo, Serjão, Carlos Alberto e Lima;Nazinho, Felipe e Wecsley; Paulinho Carioca, Galocha e Clau-dinhoTécnico: Denllson

CBF garante vagas e

campos para a Seleção

treinar no MéxicoO diretor de futebol da CBF, Dílson Guedes, chegou ontem

pela manhã do México, onde esteve acertando detalhes daacomodação e treinamento da Seleção Brasileira em Guadalaja-ra. Ele e o administrador Ferreira Duro concluíram que aUniversidade de Guadalajara é de fato o melhor local para aconcentração da equipe. O dirigente elogiou também a qualidadedos campos de treinamento do Atlas (a grama foi importada doCanadá).

Díison esteve com o presidente do Comitê Organizador daCopa, Guilhermo Caiiedo, e teve a garantia de que as necessida-des da Seleção Brasileira serão atendidas integralmente. Ele ficousatisfeito ao verificar que os estádios destinados ao Mundial nãoforam atingidos pelos terremotos que destruíram a capital do país.

E possível que, animada pela vitória sobre aPortuguesa, a torcida do Botafogo resolva

aparecer logo mais no Maracanã. Não embloco, naturalmente, que aqueles 3 a 0 deoutro dia não bastaram ainda para motivarmuita gente, mas sempre em número maior doque aquele grupinho abnegado que assistiu aojogo com o Flamengo.

Não há dúvida de que mais uma vez oclássico tem no Vasco o favorito. Seu time estáempenhado na conquista do retorno, é oadversário que mais de perto ameaça o Bangue conta ainda com uma velha escrita que,nessas horas, queiram ou não, funciona.

O Vasco, entretanto, não está livre deencontrar um Botafogo de moral nova, cheiode gás e pronto para uma surpresa. Reanimadopela vitória de quarta-feira, contra a Portugue-sa, que afastou temporariamente o perigo dasegunda divisão, e contando agora com Carbo-ne, um técnico de experiência e com um bomrelacionamento com a equipe, o Botafogopode muito bem alegrar seus torcedores, tãonecessitados. Ganhando o clássico desta tarde,o Botafogo terá afugentado de vez o fantasmada segunda divisão e poderá, com calma,pensar em arrumar sua casa para o ano quevem, que este foi de amargar.

Acontece que, nesta altura, o Vasco nãotem mais pontos a perder. Na reta final, sequiser se candidatar a uma decisão com oFluminense, precisa vencer hoje para tentar seigualar ao Bangu na rodada do próximo do-mingo, quando os dois estarão se enfrentando.Aliás, uma rodada decisiva, já que jogamtambém Flamengo e Fluminense, os outrosdois candidatos.

O clássico desta tarde, portanto, é deimensa importância para os vascaínos. E dedupla repercussão, influenciando tanto nocampo esportivo como na vida política doclube. Uma vitória, alargando as esperanças daconquista do título, pode ter poderosa influên-cia nas eleições de terça-feira, quando os sóciosestarão escolhendo o novo presidente. A maisbeneficiada, neste caso, será a situação, ouseja, o candidato Calçada. Com o Vasco vito-rioso, caminhando para um possível título,muito vascaíno na hora de votar há de selembrar do velho ditado: — Em time que estáganhando não se mexe. Uma derrota já favore-ce Eurico Miranda.

O clássico, como se vê, é importantíssimopara os dois clubes. Um busca a glória de umtítulo. O outro foge da ameaça de uma segundadivisão. Vamos ver quem ganha. Ou quemcorre mais, para ficar de acordo com as novasteorias.

Além do clássico, hoje, quando você acor-dar, o Fluminense estará jogando na sua televi-são contra o Volta Redonda. Para um time quetem dado sinais de cansaço, jogar ao sol das 10da manhã não é mole. No meio da semana,apesar do esforço elogiável de Romerito, oFluminense não saiu de um 0 a 0 com oGoitacás. Hoje deve ganhar, já que o VoltaRedonda anda fazendo uma campanha fraquís-sima. Depois o time precisa se resguardar,porque a maratona é dura. Pega seguidamenteFlamengo, Botafogo e América, embora o Fia-Flu possa decidir tudo. Quanto ao returno,bem entendido.

¦Historias: Numa homenagem a Ari Barro-so, a bem falante senhora de um políticomineiro reclamava do compositor que ele em-bora nascido em Minas, só fizesse músicasexaltando a Bahia. Ari negava, afirmando àsenhora que tinha várias canções dedicadas aMinas, inclusive à sua cidade, Ubá.

— Pois eu reclamo justamente porquesou de Ubá, e nunca ouvi nada do senhor sobrea nossa cidade — disse a senhora.

E Ari, cantarolando: — Então ouça:"Mais se algum dia talvez a saudadeapertar,

Não se perturbe, afogue a saudade noscopos de Ubá..."

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Santos entrou na drea, como se fosse um centroavante, e fez mais um gol no treino. Uma rotina para o ponta-direita reserva de Mauricinho, acostumado a artilharia

Yasco busca o titulo. Botafogo quer

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** ^•• ^. «vi Ém 'V''"' / $ ílíS v -y'^*ieximais um gol no treino. Uma rotina para o ponta-direita reserva de Mauricinho, acostumado à artilhariaSantos entrou na área, como se fosse um centroavante, e

Vasco busca o título. Botafogo quer

a paz

0 treino de ontem deu ao Vasco atranqüilidade de contar com todos os titu-lares hoje à tarde (17 horas) no Maracanã,quando vai enfrentar o Botafogo. Maurici-nho, refeito das pancadas de partidas pas-sadas, retoma a pontadireita, remetendo oartilheiro Santos ao banco de reservas.Motivado por duas goleadas, uma boavitória, pela ascensão de Roberto e peloempate do Bangu, o Vasco promete buscaro gol o tempo todo.

O Botafogo, se depender apenas davontade que seus jogadores mostraramdurante a semana, tem tudo para dificultaros projetos do Vasco. A vitória sobre aPortuguesa (3 a 0) no meio da semana e afirmeza de seu novo técnico, Carbone,deram novo estímulo à equipe, que buscanão o título, mas a paz de um bom final decampanha. A lamentar, apenas o desfalquedo zagueiro Marinho.

Romário, artilheiro do Campeonato(11 gols) passou 20 minutos treinandofinalizações. O técnico Antônio Lopes,

como se fosse Roberto, passava a bola emdiversas posições e obrigava Romário arepetir os lances até acertar, principalmen-te os dribles no goleiro, dentro da área."Não se dá drible curto em goleiro",sentenciava Lopes.

No Botafogo, a preocupação dominouo treinamento. Carbone idealizou um blo-co no meio-de-campo, com quatro jogado-res, mas não esqueceu de deixar espaçospara os contra-ataques, em especial. Heli-nho que volta a começar uma partida,depois de longo afastamento, foi in-cumbido de abrir os caminhos, sempre emvelocidade.

O Vasco vai jogar com Acácio, Heitor,Newmar, Fernando e Paulo César; Vítor,Gersinho e Luís Carlos; Mauricinho, Ro-berto e Romário. O Botafogo terá LuísCarlos, Josimar, Brasília, Ademir e Vag-ner; Alemão, Berg e Renato; Luisinho,Petróleo e Helinho. O juiz será WilsonCarlos dos Santos, auxiliado por Rubensde Souza Carvalho e Teodoro de CastroLino.

João Saldanha

A muralha da China

ESSA não! Que negócio é este

de um viaduto de 23 anos, quenecessita de manutenção ou cai.Pera aí, meu camaradinha. Háalgum tempo, em 1949 precisa-mente, eu passei por debaixo deum que foi construído, segundodizem, mil e caquerada de anosantes de Cristo.

Foi em Tien-Tsin. O tal viadutoé uma passagem do trem que vaipara Pequim, por debaixo aa mu-ralha da China. Ficamos tão con-tentes de estar ali que pedimos aoscaras, eles pararam o trem, nósdescemos e fomos lá em cima.Pulamos, dançamos, corremos esabem de uma coisa? O viaduto,feito de pedra e adubo, não caiu!Juro que não caiu. Acho que foipor isso que não vim trabalharontem. Lá de casa no Leblon atéaqui é um tal de viaduto semmanutenção. E eu gostaria de sa-ber como se faz isto. Raspando emudando os ferros ou mudando ocimento?

Eu chamaria isto de fazer outroviaduto. Mas, neste momento, es-tou bolando uma logística para virao jornal ou chegar ao Maracanãsem passar por cima nem por baixodos viadutos cariocas. E não vaininguém em cana.

O dinheiro que o Vasco, querdizer os candidatos à Presidênciado Vasco, anunciam ter gasto para

a eleição até agora, daria parapagar esta dividazinha do PauloCésar, comprar definitivamente oLuís Carlos e ainda sobraria umasubstancial importância para ou-tras coisas.

Os dois candidatos do Vascogastaram mais do que o JorgeLeite e o Medina juntos. Me des-sem este dinheiro e eu e o Marcelofaríamos um forró. O Botafogopagaria o Vantuil, pagaria umapassagem para o Elói para Piong-Yiang, sem volta, e seria aindacandidato ao título deste ano.

O Vasco está jogando dinheiropela janela. Mas, agora, a pergun-ta que me invoca desde ontem ànoite: onde foi gasto este dinhei-ro? Em que tipo de propaganda?Não vi nenhum anúncio igual aodos candidatos a prefeito. Nem norádio, nem na TV e nem nosjornais. Nem posso pensar que setrata de gastar dinheiro com ohonrado eleitorado vascaíno. Serájabá?

Deu no rádio que o Moisésquer o Bangu mais veloz ainda.Calma, Moisés. Do jeito que vai,já está bom. Mais veloz e eles vãopassar das balizas, sair pela linhade fundo e se o jogo não for noMaracanã, podem ir parar na linhado trem. Até a velocidade temlimites.

Carbone sabe o

que quer: um time

como o do Flu

Carbone busca um timecompetitivo, veloz e moderno

ipara o futuro. Hoje o Botafogoserá cauteloso e fará da luta a

sua maior armaLogo que desembarcou no Botafogo, em mais

um capítulo de sua dura vida de técnico, Carboneapresentou ao supervisor Cleber Cameíino o perfildo jogador que se adaptaria com perfeição aoescjuema de jogo que queria implantar no clube. Éesse o método de trabalho que, em um processolento, o treinador pretende adotar; estabelecer umsistema de jogo de lançar mão do atleta que puderse adaptar a ele.

E claro que todos terão oportunidade demostrar do que são capazes. Mas já tenho, teórica-mente, o estilo de jogo que quero: velocidade,muita marcação e muito espírito de luta. Quero umfutebol compacto e o exemplo maior disso nofutebol brasileiro é o Fluminense. — observa otécnico.

As lições do FluminenseCampeão nas Laranjeiras, Carbone vê no

Fluminense o modelo a seguir. Acha que o Botafo-go tem jogadores capazes de jogar como quer:O grupo é muito bom — sentencia.

E o Fluminense é também o exemplo que citaaos jogadores do Botafogo quando quer se referirao adversário de hoje:

Quantas chances de gol o Vasco perdeuquando enfrentou o Fluminense? Pressionou todo otempo e, em duas jogadas, perdeu o jogo.

Carbone ainda não viu o Vasco jogar noCampeonato Carioca deste ano, mas não consideraisso um problema, pois conhece bem a característicade cada jogador, o que lhe dá uma visão doconjunto. Assim, o técnico sabe, por exemplo, queo Vasco joga com dois centroavantes artilheiros: oexperiente Roberto e o rápido Romário:

Os dois serão marcados em cima. Oszagueiros de área não poderão sair da defesa. Alémdisso, terei o Alemão ou o Luisinho por perto, noprimeiro combate.

Cautela será a principal arma de Carbone.Novamente a lição do Fluminense:

No jogo contra o Fluminense, o Vasco fezexatamente o que o adversário queria: atacou semparar e perdeu no contra-ataque.

Contra-ataque, arma fundamental de Car-bone:

Tenho um bom meio-campo, o que éfundamental para isso.

Outra virtude do adversário é o futebol rápi-do. Para superar essa virtude, a marcação:

Marcando bem, o Botafogo poderá não sóneutralizar a velocidade do Vasco, como tambémtomar a bola e sair em contra-ataque. Nesse caso, avelocidade será fundamental.

Fator importante no esquema é a recuperaçãode Helinho, que cairá tanto pela direita quanto pelaesquerda, aproveitando sua rapidez:

Na verdade, o Helinho cairá mais pelaesquerda.

Carbone evita explicar o motivo. Não quer dararmas ao técnico Antônio Lopes. Mas acaba confes-sando:

O Josimar é um lateral que sabe avançar. Éum grande jogador. Quando puder, entrará peladireita do ataque, de surpresa.

Carbone está convencido de que a defesa doVasco é sempre surpreendida porque o meio-campoavança muito. É outra arma que pretende usar,sem, contudo, esquecer a cautela:

Por exemplo, o Vagner não vai atacar. Suafunção será a de ficar atento ao ponta-direita doVasco. Tanto Mauricinho quanto Santos são joga-dores rápidos e excelentes dribladores. Não podemficar livres em momento algum. E por isso queHelinho terá mais espaço pela esquerda.

Tudo é muito teórico, e Carbone reconhece.Admite que, com 15 minutos de jogo, o panoramapode ser completamente diferente.

Com poucos dias de trabalho, Carbone reco-nhece também que ainda não controla o time ou areação dos jogadores. É um trabalho que requerpaciência:A mesma paciência que peço aos dirigentese aos torcedores. O programa agora é vencer osjogos restantes e iniciar a base do ano que vem.

Agora o exemplo não é mais o tricolor carioca,mas o paulista.Veja o caso do São Paulo. Cilinho come-çou a trabalhar em maio do ano passado, com apoioda diretoria e da torcida. Os resultados só começa-ram a aparecer agora, um ano e meio depois. Otécnico só seria culpado de um eventual fracasso sedirigisse máquinas, e não homens que enfrentamproblemas.

Como ainda não tem o controle total daequipe, Carbone confessa que não sabe quem podeexercer um papel que considera muito importanteem uma equipe de futebol: o de líder do grupo —aquele jogador que orienta o time em campo, que écapaz de mudar uma partida sem precisar sequerconsultar o técnico. O exemplo, desta vez, é a PontePreta, da qual foi treinador:

Quando o Osmar Guarnelli, que jogoucomigo aqui no Botafogo, atuava, o time era outro.Ele orientava toda a equipe, gritava em campo,indicava caminhos a seguir. Bastou Osmar se con-tundir, ser substituído pelo Júnior, um novato, quealiás é um craque, para o time cair de produção.

Senta, levanta. Santos

está cansado do banco.Até recentemente, Santos não se importava em

voltar para a reserva, mesmo atuando bem e marcandogols quando entrava no lugar de Mauricinho. Agora, eledeixa claro que ainda reconhece a "condição de titular" doamigo, que "respeita dentro e fora do campo", mas jáamadurece soluções para atingir a meta que traçou quandodeixou Brasília, contratado pelo Vasco: jogar na ponta-esquerda, ou sair para outro clube no fim do contrato.

Aos 20 anos, praticamente desconhecido até datorcida, Santos garante que não há sequer uma "ponta deressentimento" em suas declarações. Os elogios a Maurici-nho e ao trabalho do técnico Antônio Lopes são fartos ejustificáveis. Afinal, credita à exigência do treinador e aoestímulo do companheiro sua ascensão na artilharia doCampeonato (seis gols marcados em seis jogos).

Ponta artilheiroNada tem sido fácil para ele. Quando deixou a

família, em Brasília, para vir por empréstimo ao Vasco,ano passado, ajudou o time júnior a levantar o título dacategoria e foi o segundo artilheiro da equipe, com seisgols — o primeiro foi Romário. Mas o Vasco nãoconcordou em pagar Cr$ 110 milhões por seu passe,mesmo entrando no time principal na decisão da TaçaGuanabara, contra o América, e saindo de campo vito-rioso.

Ainda com Edu dirigindo o Vasco, Santos acabousendo chamado de novo. Desta vez, seu preço dobrara,pois quando voltou para o Brasília, além de colaborar parao time conquistar o bicampeonato do Distrito Federal,ainda foi o artilheiro, com 22 gols. Edu, porém, saiu doVasco uma semana depois e, mesmo com a segurança deter sido contratado em definitivo, restava conquistar aconfiança do novo técnico.

Eu nunca tive dúvidas sobre o valor do Santos —afirma categórico Antônio Lopes. —Sei, que posso contarcom ele em quaisquer circunstâncias. É aplicado tatica-mente e sabe fazer gols. «

Santos define seu estilo de jogo como o "antiponta"'.Mauricinho concorda plenamente: "Ele não força o driblenem para chegar à linha de fundo, embora tenha velocida-de e seja ágil. Sua grande qualidade é a perfeita colocaçãona área".

Essa presença na área Santos atribui ao fato de tercomeçado a jogar futebol como centroavante. Depois, foiponta-esquerda. A reserva provoca um desabafo inevi-tável:

Não gosto de ser reserva. Até agora não meimportei porque considero o Mauricinho um dos melhoresjogadores da minha posição. Costumo almoçar na casadele, saímos para jantar em churrascaria. Quando ele nãovem de carro, dou carona. Se ele fica impossibilitado dedirigir, não me incomodo de levá-lo onde quiser. Mas nãoposso me acomodar. Vim para tentar conquistar a posiçãoe me sair bem no time. Como julgo o Mauricinho dono davaga, vou cumprir o contrato até 21 de julho. Mas seaparecer outro clube interessado, vou imediatamente.Quero jogar, nem que seja de ponta-esquerda aqui noVasco — afirma com a certeza de que sua consciência deatleta — não fuma, não bebe e prefere ficar vendo TV emcasa a sair pela noite — ainda vai ajudá-lo a alcançar seuobjetivo.

Ao Vasco, que persegue o título do segundo

turno, só interessa a vitória. O Botafogo, saindo

do caos, luta por um lugar honroso

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Rio de Janeiro — Domingo, 10 de novembro de 1985

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Novo, novidade e

nova modernidade

¦ Sabemos o que não é novo,

mas não o que seja moderno

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Eduardo Escorei

AVERÁ um predomínio do efei-KaA to fácil marcando a produção

_H_ cultural no Brasil? Uma peque-na seleta de tolices, colhidas aoacaso nas páginas do BEspecial do últimodomingo, parece indicar que sim: a inteli-gente voz do "bestèirol" declara acharBrecht um chato; outra voz, a propósito dèParis, Texas diz também que achou o filmechato, nâo existindo, segundo ela, um cres-cendo dramático para chegar à cena final.

O espontanefsmo inibe o poder de re-flexão; os ciclos, cada vez mais breves, dasmodas nos lançam na busca firenética daúltima novidade; as regras do mercadoconsumidor são transformadas em manda-mentos divinos que devem reger a elabora-çáo das obras; a meta suprema do criadorpassa a ser a correta aplicação das fórmu-Ias consagradas de envolvimento emotivo;o público deixa de ser um receptor a quempropomos um diálogo, ou seja, uma troca,para ser um consumidor passivo, mudo edesmemoriado a quem violentamos.

A cultura oriental parece ter sabidoconciliar a modernidade com a tradição.Tanto na China quanto no Japão, revolu-ção socialista e modernização capitalistapreservam o culto às suas respectivas tra-diçóes culturais. No caso do Brasil, perver-so capitalismo dependente promove mo-demlzação com exclusão social em que,ainda mais grave que a já célebre perda da

memória nacional, há verdadeira idolatriado esquecimento. Nesse contexto, comopensar em constituir uma nação soberanasem integrar sua história cultural ao proje-to de construção do futuro?

No plano da cultura política, por exem-pio, costuma-se confundir anistia com es-quecimento, como se fosse admissível, pa-ra assegurar a sobrevivência da aliançapolítica detentora do poder, esquecer oscrimes cometidos pelos agentes da repres-são. A história nos ensina, porém, queestas tentativas de apagar o passado ser-vem apenas para perpetuar relações dedominação. Ao celebrar o dia do holocaus-to, o povo judeu nos demonstra como nemmesmo uma tragédia daquela dimensãodeve ser esquecida. Nos dias de hoje, nos-sos produtores culturais dominantes rejei-tam a lembrança de que a morte chegoumuitas vezes, para os brasileiros, pela tor-tura e chega ainda pela fome; fascinadospela modernidade da era eletrônica, emque reina o computador cuja memória po-de ser facilmente apagada, recusam a idéiade que vivemos no reino da impunidade,da ilegalidade e da corrupção. Um beloexemplo disso pode ser atestado pelatranscrição da gravação feita na reunião deprefeitos com o governador do Rio Grandedo Norte, José Agripino Mala. Para vir aser realmente nova, a República precisabem mais do que transferir o poder políticodos militares para os civis. Mudanças maisradicais são necessárias para instauraruma nova era.

Essa perda de memória coletiva, carac-terística de nossa civilização em que aeletrônica convive com a miséria, faz comque cada leva de recém-chegados à cenacultural julgue-se dotada de grande origi-nalidade, portadora de novidades extraor-dinárlas. Na verdade, sabemos que, nagrande maioria dos casos, elas têm muitopouco a dizer.

Vejam, no extremo oposto, um casocomo o do filme Cabra Marcado para Mor-rer de Eduardo Coutinho. Ai foram resga-tadas a experiência trágica de homens emulheres do povo, assim como a evoluçãoda própria linguagem do cinema brasileiro.Da filmagem canhestra de 1962 e 1964, aoágil registro documental dos anos oitenta,há a consolidação de um projeto coletivode construção de uma cinematografia noBrasil. Ao mesmo tempo, o drama humanoé salvo de seu mais provável destino, ocompleto esquecimento. Independente dogrande mérito pessoal de Eduardo Couti-nho, o cinema brasileiro como um todo nãoé mais o mesmo depois de Cabra Marcadopara Morrer, da mesma forma que o espec-tador do filme não poderá esquecer jamais,assumindo mesmo como sua, a tragédia deDona Elisabeth.

Outro caso, nesta mesma linha quequeremos valorizar, é o do filme A Hora daEstrela — um dos últimos romances deClarice Lispector adaptado com maestriapor Suzana Amaral. Pouco conhecida noRio, tem causado espanto a informação de

que a diretora não ê uma jovem emboraesta seja sua estréia em filmes de ficção delonga-metragem. Que árduos caminhos te-rào percorrido Clarice e Suzana até pode-rem nos oferecer A Hora da Estrela? Sóelas poderiam nos responder, mas é certoque a sofrida fatura do texto de uma, e adelicadeza da mise-en-scène da outra, difi-cilmente seriam possíveis sem uma largaexperiência acumulada.

Não se trata, é claro, de simples ques-tão cronológica ou de anos de vida acumu-lados; muito menos de recusar o avançocientifico e a inovação tecnológica. Trata-se, isto sim, de saber distinguir a meranovidade daquilo que é realmente novo. Anovidade, a moda, a própria vanguarda,efêmeras por sua própria natureza, sãorapidamente consumidas, digeridas e es-quecidas. Os movimentos de vanguarda, jácom mais de sessenta anos, não podem serconsiderados como expressões do novo. Ainsistente tentativa de revivê-los não passade uma melancólica paródia. Hoje, quasesempre, aquilo que pretende passar pororiginal não expressa senão ignorância doque jã vem sendo feito hã muitos anos pelomundo afora.

Havendo condições dignas de sobrevl-vência material, estando assegurado oacesso de todos à educação e garantida aliberdade de expressão, produção e recep-ção cultural passarão a ser atividades so-cialmente integradas e necessárias.

No caso do cinema, seu custo indus-trial implica em investimentos de porte,

sendo também pré-requisito Indispensávelpara a viabilização de qualquer cinemato-grafia, o livre acesso, em igualdade decondições, aos diversos meios de exibição.

Houve um tempo em que a cada movi-mento artístico correspondia um manlfes-to; verdadeiros programas que definiam apriori as obras a serem criadas. A moderni-dade era precondição, definida teórica-mente, que as criações futuras iriam mate-rializar. Nos anos sessenta, no cinema bra-sileiro e latino-americano, há vários exem-pios neste sentido.

Hojç não se pensa mais em manifestose programas. Talvez, saturados de experl-mentalismo, estejamos numa época emque o moderno está por ser inventado.Sabemos muito bem o que nâo é novo, ma*não sabemos o que seja moderno; Talvez,recuperando certos valores permanentescomo o respeito à dignidade humana, aresponsabilidade social, a experiência ar-tesanal acumulada, a competência, a ho-nestidade, a obediência e a igualdade'-pe-rante a lei, o conhecimento amadurecido,possamos um dia, ao completar nosso per-curso, descobrir que instauramos a novamodernidade.Eduardo Escorei, 40 anos, é conhecido pelorigor de suas observações. Como cineasta,fez a montagem, entre outros, de Terra emTranse, de Gláuber Rocha, Guerra Con]u-gal, de Joaquim Pedro de Andrade, e Ca-bra Marcado para morrer, de EduardoCoutinho; e dirigiu Lição de Amor, Ato, deViolência e O Cavalinho Azul.

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Pele de VerãoJá que é verão, acabou-se o limite entre o corpo

e o mundo, quebraram-se as barreiras entre mim eti, entre o não e o sim. No verão tudo é permeável,pervagante, permitido e amorável. O sol descobriuuma maneira de entrar em nossa casa de outro jeito.Entra espalhafatoso, não mais pelas frestas, vem defrente, de trás, despudorado, em festa, depondo aresistência das cortinas e incendiando os objetos dasala.

Nosso paladar quer águas frias, cachoeiras derefrescar copos e corpos, numa espuma que salta apraia e invade o bar. A boca, porque é verão,redescobre modos de morder e amar. Há uma gulade peixes, vontade aquática de abocanhar o própriodorso do mar. Abraçamos o mundo como polvos elulas. Comemos, comemos, comemos e depois fica-mos modorrentos e contemplar a sabedoria doscoqueiros abanando suas pupilas enquanto namo-ram o mar.

Um corpo no verão rompeu de vez suas vitrinas.Saiu das caixas, quer se expor a todo arrebatamen-to. E se ele pousa um Instante num motel deespelhos, ai se multiplica em multlvisão: não é um,são múltiplos os corpos dos amantes em jubilosaexplosão. Duchas e emoções escorrem. O desejo éimperioso e imperial. O corpo reina. Saiu do terra-a-terra e flutua em altos castelos acima do chão.Desvelou-se o que havia de marinho em nossamente. As pessoas vão se despindo de si mesmas,como se tirassem esc amas e pêlos, como se fossempássaros que desvestissem suas penas e buscassemnum pele-a-pele com o sol, nova plumagem.

Sabemos que a pele de verão talvez tenha curtaduração. Como a vida, está sujeita a equinócios eestações. Quando findar o verão, não mais passare-mos óleo em nossas peles, nem seremos tão frugais ehumanos em nossa humana vadiação. Mas umalição ficará: as peles, como as roupas e as flores serefazem a cada dia, a cada amor, cada estação.Deixarem-nos nas praias, bares e camas a pele nametamorfose do coração. Outro verão nos dará pelenova. saber vivê-la, é certamente morrer um pouco,que sempré se vive e morre quando irrompe apaixão.

Mas trocar de pele faz parte da solar transfor-mação.

a culpa é do verão, que já começou sedespindo ou despedindo da primaveraque ainda não terminou. Uma sensação

luminosa no ar, uma vontade de sairexpondo a pele, o corpo, a alma, colhen-

do com a boca o beijo ou sorvete a derreter-se nogosto do instante.

A culpa é do verão, que nos desdobra emesquinas e faz aflorar no imprevisto o sorriso, osolhos esgarçados de luz florentina, uma promessade gesto e um possível roçar de almas sobre asareias da tarde.

É do verão, a culpa. Há uma profusão de coresna nudez do dia, que eu diria, os corpos são bandei-.ras. Adejam, desfraldadas num mastro de desejos.As roupas sãò pequenas, diminutas insígnias que aomesmo tempo vestem-e-despem, mostram-e-escondem num jogo poético, onde, por exemplo, obiquíni é um haf-kai sintético de cores em relação àavalancha épica dos panos do inverno.

Sim, que o corpo não suportava mais os seusInvernos, o guardar-se em timidez atrás dos pêlos,atrás da pele, atrás do apelo macio das horas naneblina. Mas não sejamos assim cruéis e ingratoscom o inverno. Ele também nos ensinou a amardentro da concha, da casca, do estojo, da casa namontanha e fez o paladar sorver o tépido vinho, ofnnViin» o queijo, ouvindo música de cámera entrepinheiros e azaléias vistos atrás dos vidros dajanela.

Mas no verão há a revolução da pele, a epidér-mlca revelação da alma, a estrepitosa ação, a anti-calma. No verão, de repente, tudo é cio. Os própriosobjetos se procuram e se anunciam. Os automóveisquerem copular nas praias, as motos zumbem comoabelhas e as buzinas e cigarras alardeiam a festaque trescala em nossos poros.

A pele no verão é õutra. É luminosa e louca.Intui fuscas, fagulha mensagens, rebrilha em anéis,pulseiras e colares. No verão, a pele não nos protege,nos denuncia. A pela quer contato, quer sorriso etto, quer se expor na areia ou mato. Verão é alarde.

I o incendiar do corpo de manhã ã tarde. E quandoa noite vem, jasmins e orquídeas em nós latejam ebuganvllias e rosas nos lençóis nos matam.

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2 ? caderno B/Especial o domingo, 10/11/85 jornal do brasil

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JORNAL DO BRASIL

Vindo à tona Poder subjetivo

Mais dois escândalos da chamadaVelha República começam a ser de-vassados pela Comissão Parlamentarde Inquérito instalada segunda-feirana Câmara Federal — as atividadesda Sunamam e do IAA.¦ A CPI, presidida pelo deputadoJoão Cunha, do PMDB de São Paulo,terá como relator o deputado GustavoFaria, do PMDB do Rio. Este, aliás, jáconvocou o primeiro depoente, o Mi-nistro Roberto Gusmão.

É dè interesse da comissão conhecerem detalhes os resultados da audito-ria que convenceu o Ministro da In-diistria e do Comércio a pedir a extin-ção do IAA e do IBC.

Um "must"

Foi retumbante o sucesso da estréiaem Brasília, quinta-feira, da tournéebrasileira do mais importante conjun-to de câmara italiano, I Solisti Veneti.

Com um repertório dedicado a Vi-valdi e Tartini, o conjunto faz hojeuma apresentação no Teatro Munici-pai do Rio.

É, para os apreciadores da boa músl-ca, um must.

Boa herança

O Ministro Delfim Neto esqueceu-se, ao organizar sua mudança de Br»-silia, de uma pequena placa de acríli-eo que repousava sobre sua mesa detrabalbo pedindo aos que com elefossem despachar em seu gabineteque se abstivessem de fumar.

A plaqueta náo chegou a perder seulugar: o Ministro Joio Sayad mante-ve-a intocada.

Foi, como confidenciou a um asses-sor, "a melhor coisa que herdei domeu antecessor no Ministério".

Na próxima reforma do regimentointerno do Congresso será criado umdispositivo conferindo poder às Co-missões de Constituição e Justiça doSenado para avaliar projetos de leitambém sob os Ângulos da conveniên-cia e da oportunidade.

O objetivo é um só: melhorar atriagem dos projetos legislativos enão sobrecarregar com projetos de-magógicos e estapafúrdios os traba-lhos do Congresso.

Não vem

As vésperas do evento, o Festriofoiabalado ontem com a primeira desis-téncia no front dos convidados espe-ciais.

O presidente do júri do festival, Ro-bert Wise, avisou dos Estados Unidosque não poderá vir, uma vez que, comopresidente da Academia de Artes eCiências Cinematográficas de Holly-wood, está superatarefado com a or-ganização dos festejos dos 40 anos daentidade, e que como produtor estámergulhado na produção de Star-Trek IV. ? * *

Em seu lugar deverá vir a veteranaJoan Fontaine.

Presentão

O Governo de BrasQia vai oferecer àcidade de Roma — que aniversaria nomesmo dia 21 de abril — um presenteda maior categoria.

Assinado por Bruno Giorgi e atual-mente em fase de fundição no Rio,Roma vai ganhar uma cópia dos Can-dangos, em escala menor, com l,50mde altura.

Vai ser peça única e foi doada peloautor.

frustração Coma agudo

A direção do Planetário da Cidadepreferia que se fizesse menos propa-ganda da passagem ano que vem peloscéus do Brasil do Cometa Halley.

Afinal, há multa gente pensandoque o cometa vai cruzar os ares ofere-cendo um espetáculo pirotécnico semprecedentes.

Na verdade, em seus dias de maioresplendor o cometa, y compris a cau-da, não ultrapassará o tamanho dalua.

• Do ex-Ministro Mário Henrique Si-monsen, explicando por que o FMI étão impopular na América Latina:

— Os países só costumam recorrer aele nas vizinhanças do estado de co-ma. A essa altura, não há remédiossuaves ou simpáticos. A aura de anti-patia expande-se num círculo vicioso:como o Fundo é temido pelas suasprescrições recessivas, os países só oconsultam em estado de coma agudo.E, nesse ponto, os remédios se tornamcada vez mais amargos.

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domingo, 10/11/85 ? CADERNO B/ESPECIAL ? 3

OZIMO

Ribas

0

Maria Alice e José Hugo Celidônioem recente e elegante acontecimento

social

-Roda-viva

Pulo

A Sra Celina Moreira Franco foi eleita presidenteda Associação La tino-Americana de Arquivos comum mandato de trés anos.

O sucesso da Multimoda 85 foi tanto que osorganizadores da festa, Carlos Leonam e HaroldoCosta, já estáo mergulhados na versão do ano quevem da promoção, que terá como tema Os QuatroElementos da Moda — Terra, Água, Ar e Fogo.

Lygia Durand, Eliane Monteiro e Alfredo Grossoinauguram uma exposição de jóias dia 12 no restau-rante Botanic.

Jò Soares é quem vai apresentar o desfile da novacoleção Bausch & Lomb que será mostrada dia 12no Sheraton.

O professor Donato D'Ângelo de volta de Tubin-gen, Alemanha, onde representou o Brasil na reu-nião da Sociedade Internacional de Ortopedia.

No Rio, para uma entrevista para a TV Manchete,o Dr Carlos Silveira, chefe do serviço de cirurgiaplástica da Unidade de Tratamento de Queimadosda Santa Casa de Campos.

Alan Mihai Fauru é quem está organizando o IITomeio Master de Gamão, que vai ao ar dias 22,23 e24 próximos no Hotel Charles, em Itacurussâ.

Vai até o dia 17 o Crépe-à-Porter, festival decrêpes que o Sheraton montou com grande sucessode público.

Os clrurgióes Ivo Pitanguy e Ronaldo Pontesparticipam como conferencistas do Rio do CursoInternacional de Rinoplastia, hoje e amanhã, emPorto Alegre.

AH Stern homenageia com um chá dia 18 a SraMiriam Cardim Magalhães, que aniversaria.

Os dados ainda são ofi-ciosos, mas nem por issoimpediram o presidentedo Banerj, Carlos AugustoRodrigues, de comemoraro fato em seu gabinete nasexta-feira.

O banco, que em meadosde 84 ocupava uma modes-ta 17a posição no rankingdos maiores do pais, pulouesta semana para a sextaposição.

O Banerj está, realmen-te, indo para a cabeça.

¦ ¦ ¦

EconomêsOs adeptos brasileiros da

linguagem do economês ain-da não incorporaram a seudia-a-dia dois termos que es-tão em grande voga na Eu-ropa e nos Estados Unidos —a euroesclerose e o europes-simismo.

Em bom português, eu-roesclerose vem a ser o diag-nóstico que alguns econo-mistas contaminados pelopessimismo estáo fazendoda situação européia noconfronto com o Japão e osEstados Unidos.

Europessimismo vem a serprecisamente a constataçãode que é irreversível a voltaà liderança mundial da Eu-ropa nos setores da econo-mia e da tecnologia.

Tranqüilidade

• Do Senador Nelson Car-neiro, reafirmando que nãopretende disputar eleiçõespara reeleição ou para Go-vernador como temem al-guns ou pretendem outros:

— Vou concorrer a umacadeira na Câmara dosDeputados. Vou ser eleitosem sair de casa e semgastar dinheiro.

Fim dos cofres

Os bancos comerciais estão estudando a possibilidadede virem a suspender num futuro próximo o serviço dealuguel de cofres particulares para pessoas físicas.

Não tèm vantagens, só contabilizando aborreci-mentos.

Já há casos no Rio de bancos que náo estão renovandocontratos de aluguel de cofres com seus clientes de anose anos.

Passo atrás

Não será surpresa se oCongresso decidir, aindaantes do recesso, desati-var definitivamente seupainel eletrônico de vota-ção, que nos 13 anos deexistência permaneceumais tempo enguiçado doque em funcionamento.

Além do mais, durante

todo esse tempo, sempreque funcionou lutou sem-pre com o problema dacredibilidade — agravado,sem dúvida, com o affairdos pianistas. tirt• Estuda-se a volta da vo-taçáo nominal, mais lentamas infinitamente mais se-gura.

Encontro mineiroPara os não iniciados na política mineira toda a

atenção é pouca para a reunião do próximo dia 19,num campo neutro de Brasilia, do Governador HélioGarcia e o Ministro Aureliano Chaves.

Vão mostrar publicamente que não houve rompi-mento algum entre as partes e aproveitar para lançarum movimento de apoio integral ao Presidente JoséSarney.

Bom programaO ano de 1986 está pro-

metendo ser de excelentesafra para a dança noBrasil.

Além das presenças jáconfirmadas do RoyalBallet, Bolschoi, AntonioGades, Colón de BuenosAires e o Pilobolus pro-gramados para o Munici-pai, prepara-se o Festivalde Dança Moderna que, aoque tudo indica, deveráter como ponta-de-lançanada mais nada menos

que a papisa MarthaGraham.• Para o festival deverãoainda dependendo de con-Armação, vir nomes ex-pressivos da Inglaterra,Frnaça e Alemanha, sem^falar num punhado dècompanhias brasileiras.

• Vai ser um programa'Sara

baletómano nenhum'**otar defeito.

Boas perspectivasNáo é à toa que o presidente do Loide Brasileiro,**

Eduardo Portela Neto, está rindo á toa.A empresa está acenando com a perspectiva de um"lucro operacional este ano de 100 milhões de dólares,.

três vezes maior do que a cifra registrada em 84. ~Esse resultado será o primeiro passo para o principal;.-

objetivo do Loide, no próximo ano, de abrir seu capital.,^,Zózimo Barrozo do Amaral*1

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4 ? caderno B/Especial ? domingo, 10/11/85 JORNAL DO BRASIL

EM QUESTÃO/ O "show"

da Bethânia

Ela é maravilhosa; o

"show",

nem tanto

¦ Pelo menos em dois pontos os participantes do debate

sobre o show 20 anos — Maria Bethânia estiveram de

acordo- a cantora, "maravilhosa", nunca cantou tão bem;

é a iluminação de Bibi Ferreira é impecável. Mas a maioria

fez restrições ao repertório, que apresenta um excesso de

pot-pourris. No mais, elogios em abundância. Ficou, po-rém, no ar a esperança de que, chegando aos 40 anos, ela

dê uma virada na sua carreira. Participaram do debate pscantores e compositores Ângela Rô-Rô e Cazuza (ex-BarãoVermelho); o ator-diretor Erico de Freitas; e os jornalistasDiana Aragão, Artur Xexéo, Tárik de Souza e Zuenir

Ventura, como coordenador.

Fotos de Dilmar Cavalher

JB — Este show está à altura dos 20 anos decarreira de Maria Bethânia?Cazuza — A Bethânia é como o João Gilberto:há 20 anos faz o mesmo show e dá certo. A BibiFerreira botou uma iluminação geniaí, nunca viuma luz tão bonita, estã perfeita. A Bethânianão tem que inovar nada. Ela é feito JoãoGilberto, Rolling Stones, ela é aquilo. Eu achogenial ela arrasar com uma superprodução erecitar sempre Fernando Pessoa, Clarice Lis-pêctor e todo mundo adorar. Ela não querinovar nem quer renovar, ela é Maria Bethânia.É lindo isso, chega no palco, dá os pulinhosiguais, faz tudo igual, mexe com os cabelos. ARôJtô e eu ficamos emocionados, a gente seabraçava e tudo.RifrRÔ — Pára de exagerar. Mas eu realmenteamo a Maria Bethânia como artista. Apesar deestarmos separadas por quatro anos — eu estouc5m35 e ela com 39 — eu a amo desde que elacomeçou no Opinião. Aliás, logo depois doÒpínião; no Opinião eu ainda estava sob aquelelrgpacto assim da primeira coisa: aquele jeitoestranho, e era estranho mesmo.Cazuza—Era uma Tetê Spíndola da época comvoB^rave.Rô-Rô — Não quero de forma alguma menos-prézàr o carisma da Tetê, que é também umapessoa maravilhosa, mas a Bethânia é umaffíiãa que eu curto há quase 20 anos. Curtia ãsraias da loucura; dormia e acordava com ela nacabeça, era a minha eterna namorada platôni-cí£lcho até que, se houvesse chance de estarnàr intimidade com ela, nem teria coragem.Pacâ não desmanchar o fascínio de Piaf, deGariand que essa mulher tem. Tenho que botarisâe para fora porque é superautêntico. Quantoao show, gostei. Achei bem feito. A luz de Bibiestá fantástica, os cenários de bom gosto, elaeátá cantando bem. Mas tem uma coisa que euqueria a mais: se eu fosse ela, escolheria umpoluco melhor o repertório.Diana — Em que peca o repertório?RA-RA — Não peca em nada. Eu é que queriaouvir outras coisas. Queria ter ouvido Foguei-rk, que é minha, e outras coisas.Tárik — Assisto e gosto da Bethânia há muitotiempo, mas acho que esse show tem um exces-so de pot-pourris. Há uma quebra dos climas:ela começa a cantar uma música e imediata-mente já passa para outra.Cazuza — Você não acha que ela faz isso há 20anos?Tárik — Nem sempre fez isso. Os últimos showsê que têm sido condensados em termos de pot-pourris. Quando ela canta Podres Poderes —lendo a letra — tem muito mais impacto do queguando ela canta 10 músicas nordestinas. Elatira toda a potencialidade das músicas.Érico — Eu acho que os 20 anos dela estãonesse show, como também estão os nossos. Nodia da estréia, eu vi pessoas como Maria LúciaDahl, Cacá Diegues, Nara Leáo — que encontreiem Paris, em 70, semi-exiladas — e que estavamnaquela platéia vivas, bonitas, mais maduras.E Bethânia estava lá com aquela gente toda;nós estávamos todos vivos, junto com ela. Issome emocionou muito. Fiquei muito comovidocom aqueles cenários do Flávio Império, opoema dela no programa. Na platéia, a minhageração inteira, o Chico, a Marieta. De repente,esse Brasil Novo estava ali presente, essa espe-rança, essa fé. Para mim, foi um negócio muitoforte. Quanto ao show, eu discordo um pouco,acho que a carreira dela está ali. Tem umaestrutura teatral, da Bibi, tem o desenvolvi-mento dramático. Não chega a ser nem umtrabalho como cantora, mas um trabalho comoatriz. Maria Bethânia está ali interpretando elevando a sua carreira.Xexéo — Concordo que o show não está àaltura dos 20 anos dela. Como balanço decarreira, o show que ela fez há pouco tempo,Nossos Momentos, dava mais. Eu até achei quejá era o show para comemorar os 20 anos. Agoraé que descobri que não era, porque ela fez esse.Aquele outro como roteiro de espetáculo eramais característico de alguém que estava co-memorando uma carreira. Todos nós sabemosque a Bethânia é uma grande atriz também,mas os shows do Teatro da Praia demonstra-ram mais sua capacidade de atriz do que esseúltimo. Acho o show lindo, acho a luz da Bibilirida, acho que a Bethânia está cantando bemà beça, como há algum tempo não a vejocantar, mas também acho que é um show quenão comemora os 20 anos da carreira de MariaBethânia. O show não celebra o que pretendiacelebrar. Mas é lindo.Cazuza — Eu acho que a Bethânia faz questãode não ser moderna. Ela faz um show emhomenagem ao Opinião, faz questão de cantaraquelas músicas do Nordeste, enfim ela comprauma barra contra uma coisa nova que estáhavendo. Ela quer ser aquela outra parte queestá resistindo; ela quer resistir, ela é umaguerrilheira. Na platéia, o Índice de idade é 50anos, mas tudo bem. Ela está ali resistindo; elase nega a comprar a barra da coisa nova queestá acontecendo. Bethânia não canta ninguémnovo. Ela canta os amigos dela de 20 anos atrás.A Bethânia tem uma empáfia! No momentocultural do rock, ela continua igual. Ela falapara o Caetano que Roberto Carlos é bom, masela não canta Roberto Carlos. Ela canta o quegosta. É a única cantora que faz isso.jB — Você acha que é por fidelidade a elamesma ou por falta de ousadia?Cazuza — Acho que é totalmente por fidelidadea ela mesma. Ela chegou, cantou Carcará etodo mundo achou que ela iria virar cantora deprotesto; aí. ela começou a cantar Lupiscínio.Ela sempre subverte a coisa.

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RA-R6 — Quanto à questão de ousadia, MariaBethânia já ousou o que tinha que ousar naque-la década de 60. Ave Maria! E de uma forma tãodigna que confesso ter uma certa inveja —inveja de uma pessoa que conseguiu ser capade fofocas, de todas as formas, e se mantevenuma dignidade! Fez todo mundo dobrar opepino e respeitá-la. Coisa que ainda estoucortando um dobrado para conseguir.Cazuza — Nesse show ela se mantém coerente.Ela faz o cangaço, ela faz o 53, Glauber, faz tudoe não abre um brecha. Acho isso genial. Elacanta aquelas coisas que cantou a vida inteira. -Tárik — E você não acha que por causa dissoela fica muito naquela situação de ou vocêgosta ou odeia a Bethânia?Cazuza — Eu acho. Bethânia, você gosta ouodeia.Xexéo — Eu acho que a Bethânia é ousada atéhoje, mesmo sendo fiel a si mesma. Todo donode gravadora sabe que existe uma fórmula dedisco dela que venda; nem por isso, ultimamen-te, ela está respeitando essa fórmula. Os doisúltimos discos com músicas novas da Bethânianão venderam tanto quanto Romance, umacoletânea de sucessos antigos que a Som Livrelançou há pouco. Como qualquer dono de gra-vadora, ela sabe qual é o disco que é capaz devender; no entanto, vai lá, grava o que ela quer,como o disco sem bateria, como o disco supera-cústico. Falta de ousadia é que não é.Diana — Ela continua ousada a maneira dela.Ela tem uma maneira muito especial de respon-der a esse negócio de ser ousado, de ser novo. Oúltimo disco é inteiramente acústico, uma coisaque ninguém estava fazendo. Ela não serve aospadrões das FMs.Xexéo — Nem aos padrões que o mercadoimpôs para ela. Mesmo que não vendesse maisum milhão de discos, pelo menos uns 500 milela venderia com o disco naquela fórmula.RA-RA — A maior ousadia dela é se manter fiel asi mesmo, íntegra. A integridade é de umaousadia ímpar. Tem que ter culhóes interioresmuito firmes para continuar a trilha, seja noque for.Cazuza — E a Bethânia é uma artista que nãofaz excursão nacional. Faz um show no Rio,outro em São Paulo e lá estão as pessoas queforam há 20 anos.Érico — E vai gente do Brasil inteiro vê-la.RA-RA — Outra coisa: não acho que a média dopúblico dela seja de 50 anos.JB — Como é que vocês a analisam comocantora, como intérprete?Cazuza — A Bethânia como intérprete — semquerer puxar a brasa para a minha sardinha —é uma escola que eu sigo. Ela recita as letras.Ela pode até desafinar, semitonar, mas ela pegauma boa letra, chega e fala, pouco ligando se nofim da música dá um agudo ou um grave.JB — Rô-Rô, você como cantora, o que achadela como voz?RA-RA — Acho que ela tem uma voz muito boa.JB — E aquela história que ela desafina?RA-RA — Bethânia jã desafinou, eu já desafinei.Mas nesse show ela prima por afinação, primapor cantar bem. Eu acho que esse tipo de semi-tom...JB — O que é semi tom?RA-RA — Semi tom é quando tu não vai na nota;a gente joga pra ir numa nota, mas vem numníeio tom — ou para cima ou para baixo — e aífica uma prima da nota. Às vezes, Nana Caym-mi e Bethânia conseguem notas maravilhosasprovenientes de uma prima da nota, de umafalha técnica. É uma coisa normal a gargantafalhar. Aqueles trinados da Edith Piaf eramsemitom. O Cazuza, você diz que eu não enten-do disso. Mas eu entendo porque é o meuganha-pão.Tárik — A Bethânia semi tona mesmo, sabe quesemitona e usa isso a seu favor. Explora isso doponto-de-vista emocional. A Bethânia é princi-palmente uma atriz; deixa em segundo plano aafinação. Não é como Elis Regina, em quem aafinação estava sempre em primeiro plano.Depois é que ela pensava em representar o queestava dizendo na letra. Elis era mais técnica.Bethânia é mais emocional.Érico — Eu concordo com o que o Tárik e oCazuza disseram, mas digo mais. Ela é umaatriz que interpreta realmente as letras, masacho a voz dela lindíssima, deslumbrante.Tárik — Você como ator e diretor podia falarum pouco mais do lance dela de palco.Érico — Ela é uma grande atriz, inclusive járecebeu convites para fazer peças, mas nâoaceitou. Lembro-me que Martinho Gonçalvesqueria que ela fizesse a Salomé, e ela ficouassustada. Ela representa inteiro, o braço, amão, o cabelo.JB — Como ela sempre interpretou ela mesma,será que realmente ela será boa atriz, interpre-tando outra pessoa?Cazuza — Por isso é que ela nunca foi atriz,porque interpreta ela mesma o tempo todo.Érico — Acho que ela seria sim. A sua carga deemoçáo é muito grande e tem a capacidade deabsorver e expressar pessoas. Ela poderia com-por um personagem e fazê-lo muito bem, mas éevidente que esse nâo foi o seu caminho.rò-RA — Mas ela ainda pode seguir esse ca-minho.Xexéo — Eu só queria lembrar que ela foi atrizdo filme Quando o Carnaval Chegar, do CacáDiegues, ao lado do Chico Buarque e de NaraLeão.

Ângela Rô-Rô¦ A Bethânia dáum soco na dor.A Nana leva umsoco da dor

SÍ,0i." \Mil®!*»

Artur Xexéo¦ O show nãoestá à altura deseus 20 anos decarreira

Cazuza¦ Bethânia éhiper-rock:canta alto,canta com tudo

Érico de Freitas¦ Não só os 20anos dela estãono show. Os?iossos também

Diana — Eram três canastrões. O páreo ali eradifícil.JB — Mas então isso destrói o mito de que ela éuma grande atriz.Érico — Não é verdade.Xexéo — Mas eu acho que é; é como Piaf eracantora. É uma grande atriz cantando. Como aElis Regina não era.Xexéo — Eu me pergunto se, passados 20 anos,a Bethânia não é a Dalva de Oliveira de 20 anosatrás. Na época, havia dois programas de televi-são: o Fino da Bossa, onde estava Elis Regina, eo Bossaudade, onde estava Elizeth Cardoso. Euacho que se fizessem isso hoje, a Maria Bethà-nia estaria no Bossaudade.Érico — E quem estaria no Fino da Bossa?Tárik — A Bethânia não cantou no Fino daBossa.Cazuza — Mas ela não cantou em nada.Érico — Mas ela cantou Lupiscínio Rodrigues eNoel Rosa...Xexéo — Mas você acha que ela ocupou o lugarda Dalva de Oliveira?Diana — Acho que ela, de certa maneira, resga-tou estes cantores e compositores.Cazuza—A Bethânia pintou na Bossa Nova, daNara Leão. E ela pintou com aquele vozeirão. ADalva era uma pessoa mais inocente. A Bethâ-nia, não. Ela foi revolucionária desde o começo;abriu um rombo e foi em frente. Dalva, ÂngelaMaria, o pessoal antigo não tinha uma coisaideológica. Eles cantavam o que lhe davam. ABethânia, não; ela escolhia repertório — aliás,como Nara também — mas na onda política elacantava Lupiscínio; na era Tropicália, cantavaChico Buarque. A posição dela sempre foi úni-ca. Atualmente, não se pode compará-la comninguém. Com quem? Quem está na praia dela,na piscina dela, enfim no riacho dela? Ninguém.Tárik—Voce fez um perfil da Bethânia como seela estivesse morta...Cazuza — Não.Tárik — Você não acha que ela é uma artistaque ficou meio estratificada?Cazuza — Todo mundo tem problema de re-pertório, porque virou moda qualquer porcaria,como eu, fazer música e ir lá e cantar. Antiga-mente não. As pessoas ficavam em casa, escre-viam as músicas e os cantores cantavam. Elanão pode ficar esperando que a Blitz dê umamúsica para ela.Tárik — Vocês dois, da geração rock, são osmais afins com Bethânia.Cazuza — Matéria paga total. Eu e Angela.Xexéo — Na verdade, Bethânia já teve umapraia, pois ela sempre gravou multo Gil eCaetano. Mas nesse show, quando ela canta amúsica nova do Gil, eu acho estranho.JB — Será que a Bethânia não corre o risco deficar meio no ostracismo, como aconteceu coma Dalva de Oliveira, por exemplo?Érico — Acho que não, porque ela é muitointeligente. Dalva era ingênua. A Bethânia, aGal já são outro tipo de cabeça; elas não vãoficar no ostracismo nem vão ficar pobres.JB — Hoje em dia só se fala em novo, emjuventude. Será que Bethânia não corre o riscode quebrar a cara, se não der a volta por cima?Cazuza — Acredito que não, apesar de outrodia estar num estúdio com um bando de músi-cos loucos e, quando disse que ia ver o show daBethânia, o pessoal falou: o quê? Todo mundocom ódio.Cazuza— O show dela não tem muitos jovens,mas já teve demais. Ao show Rosa dos Ventos,no Teatro da Praia, já ia família, mas ia jovemtambém. Eu lembro que tinha um amigo meuque odiava Roberto Carlos e me chamava parair ao show para vê-la cantando Como vai Você.RA-RA — Mas essa música é do AntônioMarcos.Cazuza — Mas o Roberto também canta. Be-thânia é muito poderosa, fora de modismos. Oque é pós-punk? O que é new-wave? Ela nãosabe isso.Rô-Rô — E por acaso eu e você sabemos? Pós-punk parece coisa de hematoma.Xexéo — A Bethânia é sempre a mesma coisacom muita qualidade, como Cazuza fala. Agoraessa mesma coisa há 20 anos atrás era ousada.Era uma rebeldia ela estar em cena; era umarebeldia você assistir ao show da Bethânia.Hoje náo é.rô-rô — Ela nunca vai correr risco do ostracis-mo ou de ficar pobre, mas a gente sabe que nãoé bem arte, infelizmente, que faz esse modismoe sim a indústria de consumo. É uma máquinamuito forte. Todos nós sabemos a indústriabélica e a fonográfica sâo quase a mesma coisa.O lance fica assim direcionado. O símbolo se-xual de hoje em dia, por exemplo, já passou deninfeta. Brevemente, na era de 90, será um feto.Cazuza — Ou uma mulher grisalha. Uma LígiaFagundes Teles.Érico — Aliás, a Bethânia está uma gatinhaRô-Rô — A juventude de hoje é direcionadapara ter vergonha de sentimentos básicos.Aquele menino do Ultraje a Rigor fala dascoisas óbvias com muita esperteza: por exem-pio, quando canta"mas eu me mordo de ciú-me". Porque isso não está na moda já há algumtempo. "É ridículo você tomar um porre e dizereu te amo. É engraçado você tomar um porre eaprontar, mas só se houver um non sense. Sehouver um senso, ele é criticado. Agora tudotem que ser non senseÉrico — Eu acho deslumbrante Bethânia can-tando Baila Comigo, da Rita Lee. Ela dá umaforça à letra, uma importância!Rô-Rô — Mas não estão dizendo por aí que aRita Lee está ultrapassada?Cazuza — Bethânia pega qualquer música,mastiga a letra e você ouve a letra. Qualquerporcaria na voz da Bethânia fica importante.Ela valoriza a música.Diana — Qual a parte do show que vocêsgostaram mais?Cazuza — A parte da Nova República e ocangaço eu achei uma droga. Me emocioneimais quando ela canta Dolores Duran, ChicoBuarque.Érico — Quando ela canta Sonho Impossível édeslumbrante também.Cazuza — Eu senti falta dela recriar coisasnovas. De cantar uma música do Legião Urba-

na, uma da Rô-Rô, uma minha, porque Bethà-nia recria e a músiça vira dela. Qualquer músi-ca que ela cantar do Renato Russo vira dela.Xexéo — Tem mais gente na praia dela do queela pensa.Rô Rô — Renato Russo tem um quê de Be-thânia.Cazuza — Gostaria de vê-la cantando Ainda éCedo, gostaria de vê-la cantando Garotos, doKid Abelha, gostaria de vê-la cantando umamúsica minha.Diana — Mas você já chegou a oferecer músicasua para ela?Cazuza — Não porque a gente morre de medoda Bethânia...RA-RA — A gente é o caramba.Cazuza — O cantor tem que comprar discos dosoutros para ficar ouvindo. Tem milhões dediscos novos que ficariam lindos na voz dela.Podia fazer uma vinheta no show cantando oscompositores novos.Tárik— Você estã em contradição com o quefalou no começo. Você não achava legal orepertório fechádo?Cazuza — Mas podia ter pelo menos umazinhanova. Bethânia é muito forte; tudo o que elaquiser, ela pode, porque o bom ator mente nopalco e vira verdade. Talvez ela seja fechadanão por comodismo, mas por compromisso. Étipo Alcione.JB — Vocês acreditam que Bethânia, chegandoaos 40 anos, pode dar uma virada?RA-RA — Eu senti isso no camarim. Eu senti elairriquieta; ela estava mais preocupada do queestava rainha. Achei isso bom. Ela estava maisaberta a questionamento; os seus olhos esta-vam mais atentos no que as pessoas diziam, noque as pessoas achavam. Ela queria saber mais.JB — Qual a diferença entre Bethânia e outrascantoras da nova geração, como Gal Costa, porexemplo?Cazuza — A Gal canta a melodia, Bethâniacanta a letra. Elis era músico; que nem umguitarrista. Vejo um trio com elas: Bethâniarecitando, a Gal cantando a melodia e Elis demúsico atrás.JB — E Simone, não entraria?RA-RA — Acho que não entrava, não. Ela já éoutro trabalho, já é outra intenção.JB — Quem mais?Cazuza — Ela, Gal, Elis, Nara... A Nana Caym-ml já é outra praia.Tárik — Mas a Nana também diz a letra.RA-RA — A Bethânia dá um soco na dor. ANana leva um soco da dor.Cazuza — A Nana é uma coisa mais para ficarsentado, curtindo, adorando ela. Nâo vejo aNana no Maracanãzinho, no Canecáo. Eu vejo aNana como Billie Holiday; comparo multo asduas.Tárik — A Bethânia seria quem?Cazuza — A Bethânia seria uma Elvira Rios,uma Maria Felix, uma Juliette Greco. Acho aBethânia hiperrock: ela canta alto, canta comtudo. Se ela der um tom acima, ela pira. O rocké isso: tocar alto. E ela toca alto.JB — Do repertório, o que vocês tirariam oubotariam? Esse é o melhor show dela?Cazuza — Eu senti falta de Preconceito, daNora Ney, que ela canta lindo. Faltou Maysatambém. Faltou Rô-Rô.Rô-RA — Além de Fogueira, que eu realmentequeria ouvir, não sei. Eu ficaria com menossertão, menos pontos, e botaria algo mais ro-mântico. Menos pout-pourris também.Érico — Esse show está muito bem estruturadoe acho que Carcará não faz falta. Até compreen-do que ela deve estar cansada de cantar isso, detodo mundo pedir sempre. O show está muitobonito, mas não é o melhor que já vi. Rosa dosVentos é muito mais bonito. Não vi o último daBili, o Nossos Momentos, mas gosto imensa-mente do disco.Xexéo — Esse também não foi o melhor que jãvi da Bethânia. Gosto mais do Rosa dos Ventos,do Comigo no Desavim, do Nossos Momentos.Diana — Eu gosto muito do Rosa dos Ventos edo Nossos Momentos. Nesse, não acho que falteCarcará, mas tem um momento que ela entroupara fazer o Carcará e não fez, e deixa o públicofrustrado. Ninguém é obrigado a ter visto elacantando Carcará no Nossos Momentos. Aspessoas saem frustradas.RA-RA — Eu adorei o Hora da Estrela e osanteriores Rosa dos Ventos, Comigo me Desa-vim, Drama. Fiquei esperando alguma outracoisa de repertório. Por isso é que esse não é omeu preferido.Cazuza — Eu também gosto de Drama e Rosados Ventos. O Comigo me Desavim, eu aindaera menor de idade. No de agora está tudomuito bom, mas faltam algumas musiquinhasnovas. Bethânia ousa dentro da coisa teatral;no repertório, podia ousar também mais. Masquem sou eu para dizer alguma coisa? Mesmoassim, senti falta de uma coisa nova.Tárik — Esse show é muito bom, mas náo é omelhor dela. Ela já fez shows muito melhorescomo Comigo me Desavim, Rosa dos Ventos,bem mais afirmativos. Quando a Bethânia pegauma música e explora essa música inteira, oshow ganha muito.Xexéo — Rosa dos Ventos refletia muito aépoca, o momento levado para o palco. Era odesbunde na platéia e o desbunde no show. Opúblico era cúmplice da artista. De uns tempospara cá, os shows dela não refletem mais isso,são apenas shows de uma grande artista. Vocêsai do teatro e percebe que a Bethânia não teveum saque.Tárik — Você acha então que ela estaria sedistanciando um pouco do público? Quer dizer:atualmente ela vai e faz o show para o público,e antes, ela fazia um show mais ou menos juntocom o público?Xexéo — Acho que pode ser isso.JB — Se Bethânia continuar se repetindo assimparece que haverá um desgaste. Será que nãoestá na hora de dar uma virada?Rô Rô — Ela me deu a impressão de que estáquerendo um novo estouro, um novo brilho.Náo sei o que é. Comigo, por exemplo, foisimplesmente parar de beber — estou comemo-rando um ano agora. Eu sinto que Bethâniapode dar mais para ela mesmo e para o públicoskais exigente.

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JORNAL DO BRASIL

Carlos Eduardo Novaes

A impotência

dos potentesOI num vernissage. Júlio bateu os olhos

¦ nela e uma onda (havaiana) de inconfessá-¦1 veis desejos cobriu-lhe da cabeça aos pés.A Era a mulher dos seus conhos! Cabeloslouros, lisos e longos, um corpo delgado feito comdiscretas aberturas de compasso, um bum-bum hgei-ramente empinado (teria covinhas?). Tinha um olharde gazela assustada que parecia sempre dizer: "ahn?alguém me chamou?" Júlio sabia quando uma mu-lher o atraia de verdade: sentia uma pequena comi-fhfin a um ponto abaixo do umbigo.

Júlio só não arremeteu contra ela com a disposi-çào de um touro miúra em respeito ao seu acompa-nhante: um cidadão espadaúdo, dois metros de altu-ra. Mas flcou marcando-a de longe, como os astrôno-mos vém fazendo com o Halley. Em meio ãquelaconstelação de pessoas, sua luneta só apontava parao cometinha de cauda dourada. Dia seguinte Júlio foià luta. Uma semana de manobras para descolar otelefone da mulher. Ela relutou um pouco — hoje nãodá, liga amanhã — mas acabou aceitando o convitepara jantar. Júlio me telefonou para contar a boanova. Falava como se tivesse feito a quina da Loto.

Ao longo dos anos, alguns companheiros compro-meteram a boa imagem dos homens diante dasmulheres: na primeira salda já queriam terminar a

noite na cama. Júlio sabia disso e tratou de incluirentre seus charmes uma atitude de lorde inglês noprimeiro encontro. Revelou seu encantamento; falouda presença perturbadora dela, nas suas lembranças,mas limitou-se a tocar-lhe carinhosamente as mãos.Júlio deixou-a em casa, com a compostura de umescoteiro. Ela por sua vez flcou agradavelmente sur-presa com aquele homem "que não era igual aosoutros". Mal sabia do esforço que custou a Júlioaquela indiferença de obstetra.

Ligou-me para reportar o encontro. Não tinhadúvidas de que ela era a mulher de sua vida. Pelasminhas contas era a 25a mulher da sua vida. MasJúlio falava com a convicção de um candidato aPrefeito. Que pele! Que voz! Que sorriso! E que cucaincrível! Ela tem tudo que sempre procurei numamulher. Acostumado às suas paixões arrebatadoras,escutava-o com a resignação de um franciscano. Temas mão tão suaves! Gestos tão delicados! E tambémadora Monet! Júlio falava sem parar mas não chega-va ao ponto. Perdi a paciência e cortei seu relato comuma pergunta bem cafajeste: "Comeu?" Júlio disse-me que estava louco para isso, mas não queriaassustá-la. Talvez lá pelo quarto ou quinto encontro.

No segundo encontro, Júlio levou-a para umafesta na Barra. Um festão na casa de uma amiga, maisde 200 pessoas. Dançando, rosto colado, as músicasromânticas dos anos 50 e 60, Júlio teve que recorrerao mind control para não agir como um papagaio nocio. As pessoas têm um tempo interior, pensava ele,ela não me parece pronta para o Jogo sexual. Foi alque ocorreu o inesperado. Ela, sem mais nem menos,cochichou-lhe no ouvido: "Vamos sair daqui?" Foi avez de Júlio fazer uma expressão de gazela assustada.

A proposta pegou-o de surpresa. Até onde sabia, noteatro da vida, aquela frase pertencia aos homens.Era ele quem deveria dizer para ela!

Júlio nunca sabia muito bem o que fazer, numprimeiro encontro, depois de trancar a porta doquarto do motel. Quando bêbado avançava para a •mulher como uma divisão panzer. C are tão, tinhauma tendência para experimentar o molejo do col-chão ou comentar a decoração do quarto. Abraça-ram-se. Júlio sentiu uma carga de brigada ligeirasubindo-lhe pela espinha. Trocaram beijos e cari-nhos. Júlio relaxou ao perceber que reagia com apotência de 60 cavalos. Ela tirou a roupa e sugeriuque ele também o fizesse. Júlio já não gostou de terperdido a iniciativa. Deitados, Júlio cobriu-a de cari-cias. Os cavalos, porém, desapareceram como quepor encanto. Mais caricias. Novas caricias. E tomecariclas. Mas afinal onde estarão aqueles cavalos quese mostraram tão folgosos por baixo do pano?

Júlio multiplicou-se em caricias. A parte inferiordo seu corpo porém não acompanhava a parte supe-rior. Instalou-se o "grilo". Júlio passou a trabalharsuas caricias com um olho na missa e outro no padre.Ai não tem Jeito. Ai é melhor fazer como no vôlei epedir tempo. Mas Júlio insistia, forçava a barra.Continuava com as caricias, fingindo estar no melhordos mundos. Mas que diabo! A cuca já tinha ido parao brejo. Com o rosto enfiado entre o travesseiro e opescocinho dela — mas a atenção voltada para osubsolo — Júlio pensava como aquilo podia aconte-cer Justo com a mulher de sua vida?

Os pensamentos rodavam na cabeça de Júliocomo uma metralhadora giratória. E tome caricias.Lembrou-se de um amigo de juventude que lhe dizia:

"isso é pior do que ter a mãe na zona". Imaginou-a-*1contando tudo para as amigas. Pensou em suicídio. Oque estará acontecendo? Repassou seu dia no escri-tório: não fez nada que lhe consumisse energia.Tentou avançar com a potência de dois pangarés:não deu certo. Júlio suava. Por que, meu Deus? Etome caricias. Por um momento contrariou Freud einvejou a genitália feminina. O mundo parecia cair-lhe sobre a cabeça. Nunca mais seria o mesmohomem. De repente deu um salto e sentou-se, teatral, ¦na beira da cama:

Não estou me sentindo bem—disfarçou—tive'uma reunião dura no escritório.

A mulher acariciou-lhe as costas:Relaxe, amor...T6 relaxado — Júlio não tinha coragem de

olhá-la de frente. — Não sei o que aconteceu...Ora, amor, não esquenta. Está tão bom aqui -

com você...Júlio olhou-a meio de banda, sem dar muito

crédito às suas palavras. Ela confirmou:Juro, amor. T6 adorando. Isso não tem a

menor importância... acontece...Como, não tinha a menor importância? Para ele

isso era tudo. Ela quer me consolar. Ele teve vontadede chorar. Ainda ensaiou uma segunda investida,mas desistiu no meio do caminho. Passaram o restoda noite conversando sobre aplicações de capital.Júlio saiu do quarto como um boxeur vencido deixa oringue.

Até o momento em que encerro esse texto, Júlio., tjá tinha estado com ela outras quatro vezes. Emtodas, falhou lamentavelmente. Ela no entanto gosta .cada vez mais de Júlio. Tem mulheres assim: quanto .mais você brocha, mais ela se apaixona.

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6 ? caderno B/Especial ? domingo, 10/11/85 JORNAL DO BRASIL

A grande

confusão ideológica

André Ervilha

UDO bem. O país¦ ¦ 1 parece ter caído

¦ definitivamenteem confusãoideológica. Mas

isto era esperado. As in-formações reais não sur-giram por um períodosuperior a duas déca-das. Depois veio o entu-siasmo. Tomou o corpode cento e vinte milhõesde personagens. As pes-soas mal cabiam no pai-co. A peça não tinha si-do ensaiada. Ninguém

conhecia o texto. Todomundo tinha que chutar.Abster-se do compromis-so era antipolítico. Derepente era lindo. XJmbando de loucos apaixo-nados caçando as pra-ças com uma bandeirana mão e um livro porler na outra. Eram mi-Ihões de livros por ler. Oque tinha mesmo era oresultado daquela cris-talina pregação de direi-ta que colocava como fa-tor preponderante adesmobilização da so-

ciedade como agente demudanças. E a gente iapra praça como se istotudo tivesse mudado.Agora fica esta sensa-ção Jô Soariana de "Eu

me odeio". Este outdoorna testa, com um, bruta"Sinto-me traído".

Mas dá-lhe eterno re-tomo. Não é a primeiravez. Tem uma coisa im-portantíssima que esca-pou aos responsáveispor esta semanal ressur-reição sartriana. Em1960, quando esteve

aqui, ele mandou umacarta irônica a um ami-go, onde dizia — "Uma

coisa que me impressio-nou mal no Brasil é quetodo mundo que eu en-contrei era de esquer-da". E aí a gente conver-sa com o Leandro Kon-der e ele diz que "parece

que isto está se repetin-do. Essa coisa de umaposição que se esgotanos discursos; que nãotem uma tradução numaatividade duradoura ecoerente".

É simples. Já é hora deter vergonha nesta carade pau-brasil e começara estudar, conhecer,aprofundar no caminho.Chega de querer adivi-nhar o lugar. Chega des-ta filosofia de horós-copo.

O que acabou aconte-cendo foi que as posi-ções se indefiniram. Ascontradições são umaconstante. O lado de lá eo lado de cá ou são mui-to difíceis de definir, ounão são lugar algum. O

por onde pegar escapu-liu. A ironia sentou-sebem à nossa frente e sol-ta gargalhadas espalha-fatosas enquanto o má-ximo que a gente podefazer é prestar atenção ever por onde seguir. Praque toda esta confusãofosse agarrada ainda a,tempo. A tempo de cadaum sentir onde erra; on-de ignora ou em quemvota, uma dezena depessoas foram entrevis-tadas. Deste tufo de de-clarações, saíram coisasfantásticas.

Esquerda,direita

Millôr Fernandes: Ser de esquer-da, politicamente, seria, no quecorresponde ao cristianismo, sa-criflcar-se pela comunidade (sen-do que religiosamente a compen-¦ação é espiritual), ao passo que,na politica, você é compensadopelo seu bem-estar moral.Gabeira: Ser de esquerda é estarvoltado para a correção das in)us-tlças; o que a distingue, mas náobasta; apesar de só por isto já sermelhor que a outra.~Gilberto Gil: Eu não sei o que éser de esquerda, o que é ser dedireita. Acho que à direita estariao sentimento de impertinència; oreceio fascista. À esquerda estariaa posição mais libertária. A poesiaestaria à esquerda e o racionalis-mo estaria à direita. Acho que serde esquerda é ser solto, não esque-mático. Ser de direita é ser carte-siàno, metódico, trabalhar para osucesso.Hélio Pellegrino: Ser de esquerdaê fundamentalmente lutar poruma sociedade onde haja menosexploração. Não é adotar umaroupagem.Newton Cruz: Quando eu me inte-ressei por politica, é que eu fuibuscar estas definições. Até entãoeú.era um soldado. Ai eu füi aolocal mais apropriado para meposicionar: fui ao dicionário. E láestava escrito que ser de direita

. era concordar com um sistemacapitalista autoritário. Eu era afavor do capitalismo, mas não eraa fávor do autoritarismo. Entãoeu não era de direita. Ai eu füi veresquerda. Lá dizia que era umregime que, basicamente, se preo-cupava em fazer as mudanças dosregimes de propriedade. Isto eutambém não era.Leandro Konder: Hoje, as forçaspolíticas que estão lutando pormudanças profundas e rápidassáo de extrema-esquerda. Os maismediadores, os que querem mu-danças mais lentas, sáo de centro-esquerda. Os que lutam pela pre-servação da ordem sáo de direita.Roberto Campos: Falar em es-querda e direita é uma espécie dehemiplegia mental. Prefiro falarem liberais e intervencionistas.Raimundo Faoro: Não tenho mui-ta simpatia pela definição. À es-querda, é quem está à esquerdade quem fala. À direita, é quemestá ã direita de quem fala. Histo-ricamente esta classificação nãotem muito sentido.Antônio Houaiss: Continuo aachar que ser de esquerda, semuma definição programátlca, é re-conhecer que no mundo a riquezaestá mal dividida. Já a direita, é

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Millôr: "No

Brasil ninguémé dedireita;até o NewtonCruz é deesquerda".

uma forma de direitos adquiridosIlicitamente.Silvio Frota: Eu não quero falarsobre este assunto não.Christiane Torloni: Eu ando que-rendo é saber. Era muito fácilquando eu era mocinha. Quemestava no poder era de direita,quem estava de fora, lutando paratomá-lo, era de esquerda. Hoje, euacho que as pessoas, aos poucos,foram se desapegando desta de-nominação para se apegar ao real.Fernanda Montenegro: Eu sou pe-la simplificação destas definições.É de esquerda quem é contra Del-fim, Newton Cruz e Maluf. É dedireita quem está.do lado deles.

O queestá errado

Gabeira: Até os partidos de es-querda, os ligados ao socialismoreal, sáo a favor do crescimento.São insensíveis às questões domeio-ambiente, da autonomia daluta racial, da questão religiosa. Aesquerda tem uma posição muitomecânica quanto à religião; aque-la coisa de "o ópio do povo" ainda.Desta forma eles estão subesti-mando a religião e principalmen-te o ópio.Hélio Pellegrino: Os militaresperderam o governo, mas manti-veram o poder.Newton Cruz: É que agora passoua ser bonito ser de esquerda. Mashá muito choque estratégico naesquerda, hoje. E há muita coisafavorável, dando maior consistén-cia à posição esquerdista. Agora,uma coisa engraçada é que a preo-cupação com a democracia socialé a essência do capitalismo, en-

í ,1 7 Aàfk¦ Newton Cruz:"Não

sounem deesquerda, nemde direita;sou decentro-direita".

quanto que quem faz bandeiradesta proposta é a esquerda.Leandro Konder: Parece que oesquerdismo está se repetindo(como em 60, quando o Sartreesteve aqui). Essa coisa de umaposição que se esgota nos discur-sos; que não tem tradução numaatividade duradoura e coerente.Christiane Torloni: Nunca a gen-te viu uma mudança tão rápidacomo esta que aconteceu do anopassado pra cá. É muito loucoisto.Fernanda Montenegro: Os politi-cos estão titubeando. Talvez, pornão terem sido satisfeitos, ainda,no seu jogo de poder. As pontasestão definidas, mas o centro estámuito elástico. Há diversas grada-ções de cinza. Os mais Jovens, queestariam hoje na esquerda, é pos-sivel que tendam, ao fim de anos,a caminhar para a direita. O queeu sinto é que tem muita genteque ainda não representa seu pa-pel. Tem muita gente que aindaestá blefando.

O que cada um

julga ser

MillAr: Eu sou Integro. Isto eusou. E não vejo isto em 99% daspessoas filiadas a qualquer espé-cie de grupos.Gabeira: Não adianta eu me con-siderar ou não de esquerda. Nahora do exilio, eles me conside-ram. O que eu não posso é ficarpreso a um conjunto de Idéias.Gilberto Gil: Eu sou de centro. Eume vejo muito assim, posicionadoentre o caos e a ordem.Hélio Pellegrino: É claro que eusou de esquerda.

¦ GilbertoGil:"Eu sou decentro.Bethâniaé de direita,Caetano deesquerda".

Newton Cruz: Eu não sou nem deesquerda, nem de direita. Eu soude centro-direita.Roberto Campos: Sou partidáriodo estado minimalista. Sou da alaliberal, antiintervencionista.Raimundo Faoro: Sou tido pelaspessoas como sendo de esquerda.Mas não me tenho nela.Christiane Torloni: Não estoumais preocupada com ser de es-querda ou ser de direita. Estoupreocupada é com o meu Ideal eele tem que ser conciliado com oreal. Eu tenho que virar gentegrande. Ter sonhos que possamser realizados. Chega desta coisade ser criança e sonhar com oimpossível.Fernanda Montenegro: Eu mesinto assim: no processo de viverdialeticamente, o que é muito do-loroso. Não sou muito vivandeira.Não sou de ir até o último culto,até o último mito. O estado emque estou é um estado de emguarda. Nem de vanguarda, nemde retaguarda.

O queé preciso

MillAr: Veja a França. A Françavale pelo rodízio. São forças con-trapostas. Uma esquerda forte lu-tando contra uma direita forte.Aqui não há contraponto. O queexiste são dois partidos de inte-resse.Gabeira: Não dá pra ficar preso ateorias marxistas. Aqui você é ór-fão de pais teóricos (a defasagemda realidade deles para a nossaatual realidade é muito grande).Aqui a gente tem que criar saldasnossas a toda hora.

RaimundoFaoro: "Sou tidopelas pessoascomo sendo deesquerda. Masnão me tenhonela".

Gilberto Gil: É preciso entenderdireita e esquerda de uma formamais dinâmica. Não o negativoversus o positivo. Mas o sentidode polaridades que se transpor-tam para outras, que trans-formam.Hélio Pellegrino: É preciso que aesquerda não seja vanguardeira.Tem que se ouvir a sabedoria dasmassas.Newton Cruz: O Estado não podeser um estado fraco. Tem que de-fender a sociedade.Leandro Konder: Sei que o movi-mento não é favorável à ostenta-ção da posição de direita.Roberto Campos: O Estado deveser um provedor social. Quantomais estatizante, mais ele decuraa sua função primeira que é asocial.Raimundo Faoro: É preciso queas pessoas assumam o socialismo,ou a democracia, ou o sistemacapitalista. Estas posições têmmuito mais consistência.Christiane Torloni: Tem que ha-ver uma maneira de compor oespirito revolucionário e apaixo-nado com o politico-real. Náoadianta a gente querer resolver opais no Casa Grande. Tudo vaiacabar sendo resolvido no Con-gresso Nacional. Isto de ficar ima-ginando que lindas canções farãoa revolução, não cabe mais. Asmudanças foram muito velozes.Eu não sei mais se a gente está dolado em que a gente estava. Aesquerda se encheu de vagabun-dos. Eu náo sei mais onde euestou.Fernanda Montenegro: Eu só te-nho uma coisa comigo. Tenho ní-tido o que eu náo quero. Eu nãoquero esta carga Delfiniana, New-ton Crucifixa, Maluflnlana. Comocaminho, tenho certeza que náoquero.

Quem sãoos outros

MillAr: É engraçado. No Brasil,não tem ninguém de direita. Atéo Newton Cruz é de esquerda.As pessoas dizem que são deesquerda e pronto, todo mundoacredita.Gabeira: Para ele, são de es-querda: Hélio Pellegrino, Vladi-mir Palmeira e Fernando Henri-que Cardoso. De direita: Maluf,Golbery, Jânio Quadros.Gil: O Roberto Carlos e a MariaBethânia são de direita. O Cae-tano é de esquerda. Ele é o mais.Outros: o João Gilberto, os ir-mãos Campos. A Rita Lee e oChico Buarque são de centro.Hélio Pellegrino: São de es-querda, segundo o psicanalista:Apolônio de Carvalho, Lula, DPaulo Evaristo Arns, Frei Beto.O Frei Beto é multo de esquer-da. De direita: Golbery, JânioQuadros e Roberto Campos.Newton Cruz: Olha, de esquer-da tem muita gente. Tem o Se-púlveda Pertence, o Arraes, né?E o Fernando Henrique Cardo-so. De direita eu não conheçoninguém.Leandro Konder: De esquerda,eu colocaria o Prestes, o Fer-nando Henrique Cardoso, o Gio-condo Dias, o Lula, o João Ama-zonas... De direita, o Maluf, oJânio Quadros, o Roberto Cam-pos, o Newton Cruz.Roberto Campos: Eu vejo deuma forma diferente. Os maxi-malistas seriam o FernandoHenrique Cardoso, o Brizola, oPrestes e o Saturnino Braga. Osminimalistas seriam algunspensadores novos da FGV, oBulhões, o Paulo Guedes.Raimundo Faoro: O Maluf estãâ extrema direita de todo o paise o Giocondo Dias está â direitade muitos de nós. Jã o Francis-co Weffort estaria à minha es-querda.Antônio Houaiss: Esquerda: DHelder Câmara, Frei Beto e Mi-guel Arraes. De direita: RobertoCampos, Delfim e Jânio Qua-dros.Christiane Torloni: Hoje em diaeu só falo das pessoas que mor-reram ou das pessoas que euquero que nasçam. Não dá maispra saber se eu vou estar insul-tando alguns amigos se eu dis-ser que eles são de esquerda.Fernanda Montenegro: Prestesé um homem de absoluta es-querda. É a pessoa de mais coe-rência, inteireza e auto-sacrifício ainda viva nesta na-ção. Além do que, é importanteressaltar, que ele nem mesmo éresultado do triunvirato Delfim,Maluf, Newton Cruz.

André Ervilha, como todo mundo, é dtesquerda

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USICAPOPULAR

Velha guardaGauchão de poucas falas e muitos instrumentos, omaestro Radamés Gnattalli terá seus 80 anos comemo-rados numa Grande Gala a partir de terça-feira próxi-ma, na sala Funarte. A comemoração antecipa seupróximo aniversário de 27 de janeiro com um show, umdisco, um caderno de partituras e uma biografia — OEterno Experimentador — assinada por Valdinha Bar-bosa e Anne Marie Devos. É um livro que bem define seugenial e sisudo focalizado: em 366 páginas pouco mais de70 falam dele, as demais relacionam sua vastíssima obra.

Com Velhos Sambas... Velhos Bambas, álbum triploproduzido por José Silas Xavier, Jairo Severiano e PauloRoberto de Carvalho, a Federação Nacional das Asso-ciaçòes Atléticas Banco do Brasil distribui a seus asso-ciados mais um refinado brinde de flm de ano compossibilidades de se transformar em edição de mercado.Na antologia, desde o primeiro "rei do Samba", o Sinhóde Confessa Meu Bem e um raro Paulo da Portela (QuemEspera Sempre Alcança), na voz de Mario Reis, até umGeraldo Pereira recém-gravado (Resignação) pela esti-lista Zezé Gonzaga.

Tárik de Souza Vozes não

alinhadas

Finalmente a voz fininha deKate Bush (a Tetè Espíndo-la da Inglaterra) emplaca nomercado americano: seuHounds of Love subiu deuma tacada 24 pontos natabela dos Top 100, conver-tendo a cantora de Wuthe-ring Heights (sucesso naépoca no Brasil) na maisnova candidata à celebrida-de no reino de Madonna.

Agora que impôs seu esti-lo, a paraibana Elba Rama-lho troca de microfone. Ou

melhor, volta a dar ênfaseao lado atriz de sua carreira:convidou Marilia Pêra paradirigir seu próximo show. epretende gravar um discoao vivo capaz de captar nossulcos seu histrionismo depalco. Na trilha do filmeÓpera do Malandro seu pa-pel cresceu e ela canta qua-tro músicas. As da monta-gem teatral, Pedaço de Mim(agora em par com EdsonCelulari) e O Meu Amor (emnovo dueto, com ClaudiaOhana), mais as inéditas,Palavra de Mulher e Mu-chachas de Copacabana,ambas da lavra recente deChico Buarque.

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Zeze Gonzaga

Radamés Gnattalli

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Kate Bush

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Na boca do forno

Pares e trios Impares na trilha sonora deCorsário do Rei já em fase de remlxagemEm Verdadeira Embolada embolam-se Fag-ner, Chico Buarque e Edu Lobo; Chico e GalCosta duetam em A Mulher de Cada Porto.Em Choro Bandido encontram-se os maes-tros Tom Jobim e Edu Lobo. Mas há tam-bém solos notáveis como os de Nara Caym-mi (Bancarrota Alves), MPB-4 (Opereta doMoribundo) Djavan (Meia Noite) e os atoresda peça, Marco Nanini (Corsário do Rei) eLucinha Lins (Tango de Nancy).

Um dos ícones da discotheque, a radical-chic mutante Grace Jones reaparece (apósLiving My Life ln 1982), com um petardotridimensional, Slave to The Rhythm (Es-crava do Ritmo). A grandiloqüência do lan-çamento inclui a abertura de um selo (Ma-nhattan) na Island Records especialmentepara o evento. E a contundência rítmica dacantora-cadete é anunciada por uma locu-ção soturna tipo Paulo César Pereio. Umépico urbano apocalíptico.

Enquanto isso, nas margens plácidas donovo Lp de James Taylor, Only a Dream InRio. homenagem do cantor ã sua ressurrei-ção no Rock in Rio, com um coro de brasilei-ros cantando uma estrofe em português. James Taylor

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domingo, 1U/11/85 ? CADERNO

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Convite de amorVeja, veja queridaquanta estrela fulgurante no céu...e conta, cada qual, história belade um amor como o meu.O mundo é apenas istoimensa esfera de harmonia e luze a vida é sempre eterna primaveraque encanta e seduzque o sol,olhe o sol beijando a terracomo a beija o luaré o amoré o amor que a tudo encerrano desejo de amarVenha, venha querida.A natureza convidou-nos a nóspois o amor que nos une, com certeza,esse amor é a sua voz.

TransbordamentoMulher mortabranca mulher triste...Ai que eu sou poeta de tempos agonizantesAi que ninguém me pode compreender as mensagenssão brumas hibernaisflutuando em corações geladose mesmo assimeu sinto a grandezade cantar as gerações esmagadasentre ambições e angústias.Bandeiras esvoaçantesde ideais caducosbalouçam nas inteligências moçasjâ cansadas, esgotadas,pobres inteligências vás.Quasi já não há poesiamulher mortabranca mulher tristee há quem teime em ser poeta...Me fecho no quartorevólver no ouvidomorro sem um gritoolho para o chão:ainda tenho sombra

A bandeira de Fernão DiasBandeira de audácia que avança e esvoaçaperdida na mata, varando o sertáo...... descendo a monção...sáo homens hirsutos, barbudos e fortescortando de corteso dorso da serra;riscando de riscos a face daterra, na santa cobiça das pedras que a sorteconverte a sua mortena pátria maior.

Murmúrios estranhos na selva sombria...são índios e feras da terra gentia...e o medo glorioso do forte que temeno peito que tremesinistra tocaia...Machado que desce, madeira que estala na mata quefala...e segue a bandeira na trilha temível,zombando da mortequal força que avançana rota risonha da grande esperança...

A longa jornada...Imensa nação que nos foi reveladade sonho sublime do grande Pemáo,a marcha na mata da grande ilusão...miragem que insufla nos peitos robustos,em dores e sustos,a fé no amanhã...A nova esperança que teima em ser vã...e a noite que descena mata parece,ao homem atento,trazer ameaças no sopro do vento.A mão do caboclo que busca a espingardacontrai-se e treme no cano gelado,sentindo o perigo soturno e velado.Bandeira que passacingindo com louros a fronte da raça...marcando nas trilhas a estrada de glóriade gente da história,

do nosso Brasil...Buscando na fraldada serra a esmeraldada "santa-ambição..."criando a passagem,gigante selvagem,a pátria nascida do imenso sertáo.

Poema do fimAlgas? não. Algas não há.Nem hipocampos no deserto de água.Amada? Não. Amada não hásobre a terra. E nem a pedraporque já não há caminhos.E não a ausência e nem presença,apenas — a sombra — não minha —do sol em fúria,e o aluvião das unhascavando a terra adustacada vez mais para o fundocada vez mais...

Ai os agudos acordes do violinosoando nos meus ouvidos.E eu que perdi o ritmo da vidana luta com os demônios.Criança sem vidaamiga perdida.Olhares vagosde ânsias humanas sufocadas.Apagadas imagens de gentesvalentes de marionetesinútil vida, fútil ideal.

Meus negros cabelos de espanadortrazem bolas de neve nas pontase brincam com o vento sulde fugir pro norteo ângulo duro do mundotangenciou com a reta gregatoda feita de harmoniafazendo um estrago geral.Só o violino continuou puronas mãos alvas do amor.

JORNAL DO BRASIL

As respostasOPBIÍO Çf OJAfl

ou 'soipenÇ) otuçf tareqoBq op 'ennapBDv V sosmaE íOfrôl uia 'saBJBUimo sass^m jod Bpeziueãjo "stsp-Bajy sb qos cisaoj Bauç^ajoo Bp a^red 'SBja OBiuajap Baiapireq v — Z í.,0961 ap oç5Bi3A3j-joítsoduioo„ouioo 'BJiai Bp ao^nB 'sojpen£> bajis ojUBf nainoosa'E^aitp oçópia uia 'anb 'ojrçauBf ap oja op soosja sp sbq-sjiBíuauioo sop aqnio oiad opEimajd '0961 uia crçuiajujssoh jod opBABJâ BpBpsq-ipoj um 'joare ap ajiAuoax :so.rçno so obs 'OWC tua sopBonqnd 'oiubp aa•tny op Bmaod a ojuaurep.ioqstre.ix :sBuiaod sajurnâasso '£*>61 uia soppznpojd 'anbptuan opirema^ ap obs ¦

B/Especial ? T k

São Paulo

não se livra

de um

mau poeta

Paulo Markun

Versos à AcademiaEu te penetro como em santuárioentra o crente cristão.levando ao peito aceso um lampadário..em pleno coração.É em silêncio., é em silêncio que eu te vejotemplo amado da luz.sempre em busca das sombras que desejo.dos vultos de capuz.Sempre em busca das glórias que adivinhoserem parte de ti.Dos teus gênios que indiquem o caminhoque tão cedo perdi.Eu procuro a justiça e a liberdade;procuro o próprio bem.Esses sonhos da minha mocidade.hoje escrava também.

Quero os versos que ouviste no passadoentre a luta e o saber,quero a ti. Para assim retemperadosentir-me reviver.Eis por que te procuro como o crenteanda à casa de Deus.Pois escola, és a igreja de úma gente..És a igreja dos meus.

¦ São Paulo está dividida hoje entredois poetas — dois maus poetas,

diga-se. Os dez milhões de paulista-nos só falam nesses dois nomes. Ne-nhum dos dois nasceu na cidade: umé de Mato Grosso, outro do Rio. Am-bos foram processados e absolvidospelo regime militar. No campo dapoesia, têm estilos e preferências dis-tintas. Em termos de literatura, ocarioca começou lendo Balzac e pas-sou por Victor Hugo, Gide para de-sembocar nos brasileiros GracilianoRamos, Jorge Amado e José Lins doRego. O mato-grossense prefere Eu-clides da Cunha, Ruy Barbosa e Gil-berto Freire, mas lê muito JorgeAmado. Entre os internacionais, gos-ta de Joyce, Hemingway, Sommer-seth Maughan e Conan Doyle comseu Sherlock Holmes.

A seguir, reproduzimos algumaspoesias desses dois autores, sem iden-tificá-los. Veja se acerta.

Agora, que você já viu de quem são as poesias, enfrente esse outro desafio: de quem são as declarações abaixo? Você vai se surpreender com as respostas.— "Já disse e repito: não sou candidato a

cargo eletivo nenhum. Nem a inspetor dequarteirão."

Jorge Amado, Fernando Henrique, Jânio Quadros ouD. Paulo Evaristo Arns?

— "Sempre fui de centro-esquerda, umdemocrata de idéias socialistas."

Leonel Brizola, Lula, Fernando Henrique, RobertoSaturnino ou Jânio Quadros.

— "Quem pensar que tudo remediará como remédio que se oculta sob o rótulo de"privatização", muito se engana. O proble-ma maior não está em mudar o dono dasações dessas empresas. O problema real

está em submetê-las ao domínio da socieda-de civil e do próprio poder público."• Fernando Henrique, Roberto Saturnino, Leonel Brizo-Ia ou Jânio Quadros.4 — "Eu disse e repito: mantidas as eleiçõesindiretas, o vice-presidente Aureliano Cha-ves terá todo o meu apoio." 1

"Tancredo Neves é o candidato ideal. Eleé hoje a voz mais poderosa da nação.""Tancredear ou Tancredar ... Malufar ...não. Nem um, nem outro. Ambos, silentesou partícipes da ditadura, escapes incólu-mes do seu garro te.""Não tancredeio, não malufo."

Fernando Henrique, Roberto Marinho, Marco Macielou Jânio Quadros.

— "Jânio Quadros é um dos principaislíderes brasileiros. Do meu ponto de vista,gostaria que ele entrasse no meu partido. Ébesteira se pensar que se constrói um parti-do sem líderes. O PT não seria louco dedemitir o Lula. Nem o PDT demitiria oBrizola. O PC colocou para fora o Prestes enão elegeu ninguém no Rio."

Gasthone Righi, Paulo Maluf, Olavo Setúbal ou DarcyRibeiro.

— "Já escolhi o meu candidato: é Fernan-do Henrique. E um homem de profunda

cultura e grandes conhecimentos do povobrasileiro."

Viúva Porcina, Sinhozinho Malta, Roberto Saturninoou Jânio Quadros.7 — "Considero muita pretensão do candi-dato Montoro dizer que se elege com cincomilhões de votos. Ele também foi desrespei-toso comigo, que durante a campanha nun-ca fiz qualquer reparo a ele."

Jânio Quadros, Lula, Reynaldo de Barros ou FernandoHenrique.RESPOSTAS "•enbuuaH opueuiej -(2861 epojqujazsp uua ejjp osejj) ojjaqjy âojbq :g sojpeno oiuep: (anbuueH opueuiaj wa nojOA a|a '0861. wa) g a t? '£ 'z 'l

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Antonio Meneses

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Cristina Ortiz

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los Martins. Os LPs incluem as seisPartitas do Clavierubung, além doLivro de Anna Magdalena Bach edas Invenções a Duas e Três Vozes.Devem aparecer brevemente nasnossas lojas de "importados".¦ O InstitutoNacional deMúsica da Fu- *é*: ¦narte acaba «de lançar o III « #Concurso Na-cional Jovensintérpretes daMúsica Brasi-leira, a reali-zar-se em ou-tubro de 1986e que terá co-mo patrono Carlos GomesCarlos Gomes— no ano do sesquicentenário de seunascimento. O regulamento do con-curso foi aprovado pela Comissão dePlanejamento das Comemoraçõesdo Sesquicentenário de Carlos Go-mes, nomeada pelo Ministro daCultura Aluísio Pimenta. O concursoestá destinado a duas categorias deintérpretes: cantores até 35 anos epianistas até 30 anos. O repertório,só de autores brasileiros, inclui obri-gatoriamente obras de Carlos Go-mes. O regulamento pode ser obtidono INM-Funarte (rua Araújo PortoAlegre 80).

USICAl Luiz Paulo Horta

CLÁSSICA

O Beethoven

da "Heróica"

O melhor Beethoven, na me-lhor interpretação: isto é o queoferece o LP da Philips em que Al-

fred Brendel (pianista) toca Für Eli-se, seis Bagatelas do op. 126, seisEscocesas e as Variações sobre oTema da Heróica. Für Elise é a peci-nha que todos tocam ou conhecemde ouvido. (Beethoven ficaria espan-tadíssimo se conhecesse este sucessopóstumo). As Escocesas tambémsão, num certo sentido, "pecinhas".As Bagatelas do op. 126 só são pe-quenas no nome. Basta ver o opus:este é o "último Beethoven, de péfincado na transcendência musical.Mas a "pièce de résistance", aqui,são as Variações da Heróica — varia-ções sobre o tema do último movi-mento desta sinfonia que aparecera,antes, no balé As Criaturas de Pro-

meteu (e que deveriam se chamar,portanto, Variações Prometeu). Al-fred Brendel é um artista em contí-nua evolução — a caminho de ser oque foram, em sua época, um Fischerou um Kempff. A partitura (de 1802)abre a porta para os segredos deBeethoven. Sente-se, aqui, o que éuma grande cabeça musical: poucasnotas sáo necessárias como "germe"de algo muito grande. É música"substantiva", ligeiramente cerebralno sentido de que ela puxa pelacabeça. Ou pelo menos, exige ummínimo' de discernimento musicalpara que se perceba a perfeição des-sa arquitetura. Bach poderia ter es-cri to assim se entrasse pela época deBeethoven. É música com um "cará-ter" todo especial; uma certa serie-dade alemã; e um sublime esqueci-mento da preocupação de "agradar":Beethoven "conversa" com a arte. deum modo que só é acessível aosmaiores criadores.

Programas

e SucessosO video-bar-club Telimagem, na

rua Teresa Guimarães (Botafogo),está exibindo às segundas-feirasuma programação de música clássi-ca que tem comentários de YveliseVarella. Esta segunda-feira, uma"sé-rie Beethoven" com a Sinfônica deViena apresenta a Sinfonia n° 6 (Pas-toral) sob a regência de LeonardBernstein.

O violoncelista Antonio Menesesacaba de fechar um contrato de dezconcertos com a Filarmônica de Is-rael para a temporada de 1987. Emmaio próximo, toca em Salzburgcom a Filarmônica de Viena (regên-cia de Karajan), e logo a seguir emViena com a Filarmônica de Berlim(regência de Ricardo Muti). No Bra-sil, em agosto, tocará com CristinaOrtiz, com a qual tem vários concer-tos na temporada européia de 85/87.

selo Eldorado acaba de lançar umexcelente LP em que Menezes con-tracena com o pianista Gilberto Ti-netti. É seu primeiro disco totalmen-te "nacional".

Estão chegando às lojas de discosnorte-americanas os dois primeirosdiscos laser (compact disc) com oinício da "integral pianística" deBach na interpretação de João Car-

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8 ? caderno B/Especial ? domingo, 10/11/85 JORNAL DO BRASIL

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V^A rwvo A estética

® "Mad Max" e

"Areias Escaldantes", dois filmes que se ^^1 TI

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projetam num amanhã sombrio, sem horário de verão V._^ J. U %_y|_ JL V 3

Wilson Cunha

©horizonte

nào pode sermais negro, se tudo aconte-cer como prevê o cinema.Já em 1902, embora comgrande dose de ingenuida-

de, George Meliés realizava o quepoderá ter sido um dos primeiros

, grandes traumas no equilíbrio ecoló-gico espacial quando, em Voyagedans La Lune, arremessava um pe-tardo contra o olho da lua. E, aindano satélite, no que é considerado umdos primeiros exemplares da ficçãocientífica, Fritz Lang, em 1929, colo-cava a sua Die Frau im Mond — AMulher Na Lua.

Caberia, de certa forma, a FritzLang dar o tom desta cinestética dofuturo. Em 1926, realizava o clássicosilencioso Metrópolis — uma visãofuturista de uma cidade e seu mundomecanizado. Retrabalhado recente-mente, com extraordinário brilho,por Giorgio Moroder (que lhe deuexcelente trilha sonora), Metrópolisé uma espécie de súmula do queestaria por vir. Aqui não há espaço

; para a alegria, os grandes prédiossão. cortados por imensos viadutos, oambiente é sempre sombrio, com apredominância dos tons cinzas. Dasroupas do proletariado à visão dosprédios e ruas.

Quase 60 anos depois, o brasileiroAreias Escaldantes — ainda inédito

:i nos cinemas cariocas — abre comuma maquete que tem muito a vercom o plano geral de Metrópolis. Daestrutura da cidade de Fritz Lang aodesenho do filme estrelado por Regi-na Casé, vem a mesma tessitura. E opreto domina o figurino da força darepressão.

Era um universo de trevas o queLang projetava à sua cidade do futu-ro — com pequeno espaço para umaespécie de paraíso onde o verde, pás-saros exóticos e jardins conviviamharmonicamente no mundo das cias-ses superiores — e exatamente emum mundo de trevas vive Mad Max.Em sua terceira aventura, Sob aCúpula do Trovão, um dos maioresproblemas enfrentados pela tiranaTina Turner está em produzir luz. Esob a enorme e lúgubre cúpula dotrovão, Mad Max enfrentará um deseus mais temíveis duelos — um due-lo de vida e morte. A luz será encon-trada junto à sociedade das crianças,onde há esperança.

A inocência perdida, o verde es-magado, a estética do sombrio: exis-te uma perfeita consonância entre apsicologia social que norteia os rotei-ros de filmes voltados para o futuro— de Blade Runner/O Caçador de

Andróides a O Abismo Negro de umAlien, o 8° Passageiro a O Extermi-nador do Futuro ou Fuga de NovaIorque — e o envoltório com que osrealizadores cercam tais visões. Umaconsonância que, mais de 20 anosdepois, reafirma o conceito de ElieFaure sobre La Cineplastique emseu Fonction du Cinéma — de lacinésplastique à son destin social:"(...) O cinema, por princípio, é plásti-co. De certa forma, ele representauma arquitetura em movimento quedeve estar em constante acordo, emum equilíbrio buscado dinamica-mente com o meio e as paisagensonde se ergue e por onde decorre. Ossentimentos e as paixões se tornam,então, apenas um pretexto destina-do a dar uma suite, alguma credibili-dade à ação."

Nesta arquitetural estética dosombrio — e não se esqueça queFritz Lang era um homem das artesplásticas — Metrópolis volta a serainda importante referencial. De seujardim das delícias sai, por exemplo,a estufa de onde Maximilian Schelltira os ingredientes para, no futuro,

¦ Num mundo detrevas, vive MadMax. A tirana TinaTurner temdificuldade de

produzir luz

oferecer um jantar em sua nave per-dida (e reencontrada por Gary Nel-son «Se tripulação) em O abismo Ne-gro; a mesma visão paradisíaca doverde está em 1984 — a magníficavisão de Michael Radford para asterríveis previsões de George Orwell.

Aqui, em 1984, temos, ainda, apredominância do sombrio, a opres-são tão (ou mais?) profunda quantoem Metrópolis. Um filme em cores,1984 é todo ele, na realidade, empreto e branco — onde, ainda umavez, dominam os tons cinzas. Comoem Lang, temos apenas um pequenocontraponto — o contraponto da lu-minosidade, o contraponto do verdein natura. Aqui, também, este con-traponto está nas mãos das classesdominantes. E através da porta quese abre para o verde, algumas vezescomandada pelo terrível 0'Brien in-terpretado por Richard Burton, odestruído Winston Smith de JohnHurt reencontra um pouco de equilí-brio.

Pois nas ruas, para o homem co-mum, qualquer tipo de tranqüilida-

de será possível. Bombas eclodem,explode a violência, o horizonte sem-pre negro, o céu eternamente carre-gado, as ruas congestionadas porpessoas que fogem sem ter para on-de. E é numa Manhattan exatamen-te assim, em Soylent Green/ No Mun-do de 2020, superpovoada, que umpolicial (Charlton Heston), investi-gando um assassinato, esbarra emum segredo de estado — o verde comque, em memorável e sua derradeiraatuação, Edward G. Robinson morresonhando.

Também no século XXI, um ex-policial, Marrison Ford, enfrenta asruas superpovoadas de Los Angeles,debaixo de uma ininterrupta chuvae, agora, em uma missão muito espe-ciai. O filme, Blade Runner/ O Caça-dor de Andróides (1981), é tão impor-tante na consolidação de uma certaestética do futuro quanto, por exem-pio, Metrópolis. Dois anos antes deBlade Runner o diretor Ridley Scotte o produtor associado Ivor Powell jáhaviam oferecido uma antevisão doque seria possível esperar com Alien

o 8o Passageiro. Neste, mergulhan-do na atmosfera terrivelmente som-bria do artista plástico suíço H. R.Giger, Scott realizava um science-fiction com estrutura de thriller e ossinais eram facilmente perceptíveis:do negror retorcido de que se reves-tem as entranhas da nave "Nostro-mo" ao corpo do estranho animal,tudo está para as tonalidades escu-ras que marcam os destinos dos se-res lançados no futuro.

Pegando alumas destas caracte-rísticas de Alien, Ridley Scott auxi-liado pelo visual de Lawrence G.Paul, leva tais possibilidades maislonge. Aqui se exerce com maiorliberdade a estética da sucata, osescombros do futuro aparecem comoelementos cênicos. E é exatamenteesta estética da sucata, que surge nocaminho de Harrison Ford, objetosde cena que emperram sua missão eo impelem a ir em frente. Não porcoincidência, naturalmente, ao reali-zar seu O Exterminador do Futuro,James Cameron faz inúmeras cita-ções destas situações de Blade Run-ner. Afinal, o filme de Ridley Scott jáé um cult-movie para ninguém botardefeito.

Partindo de uma idéia diabólicavoltar do futuro ao passado (pre-

sente) para evitar tragédias no porvirO Exterminador rende suas home-nagens a Blade Runner. Como emseu protótipo, a ação se passa emLos Angeles, nove anos depois (em2029), e a atmosfera, além de irrespi-rável, é de impossível convivência: aguerra come solta em meio a gigan-

tescas estruturas metálicas. Conti-nua chovendo muito, os tons cinzas/negros predominam. E, quando seabre a luz, é para dar lugar ao presen-te. Que, apesar de tudo, ainda érisonho, franco e banhado pela lumi-nosidade.

Ainda no campo da luz, BladeRunner é exemplar. Utilizando comoninguém o neon e o acrílico, RidleyScott incorpora estes elementos àsua narrativa, assim como, em Alien,tratava as imagens computadoriza-das, a imagem do vídeo de uma for-ma absolutamente pessoal. Compu-tador e vídeo, na realidade, têm umafunção muito particular em todo esteuniverso.

Em Fuga no Século 25/Logan'sRun, de Michael Anderson, logo naabertura volta-se a uma maquete emvisão geral, que guarda longínquostraços com a Metrópolis, de Lang,enquanto a utilização da imagemcomputadorizada torna-se, também,desde logo, impossível de recusar.Uma estética, naturalmente, que fezas delícias de Guerra nas Estrelas e,além de marcar de forma indelével a

¦ O figurino daforça repressiva édominado pelopreto em

"Areias

Escaldantes", breveem cartaz

composição de Contatos Imediatosdo Terceiro Grau, gerou o mais mag-nífico concerto para disco voador ecomputador que os ouvidos huma-nos já possam ter ouvido: quem es-quecerá a mão de François Truffaut,o diretor francês aparecendo de atorem Contatos, modulando aqueleemocionante dueto? Era, então, co-mo tem sido hábito, também, o en-contro entre a mais avançada tecno-logia e a mais absoluta sensibilidadehumanística — aquele humanismoque parece, cada vez mais, uma coisatão jogada no passado. Da sonorida-de da máquina ao toque harmoniza-dor que apenas o homem parece (ain-da) capaz de ofertar, Contatos Ime-diatos encontra seu mais belo mo-mento. O presente, entre o passado eo futuro.

Um futuro preso ao passado. Issotanto pode acontecer ao nível ideoló-gico — como na transposição deFrançois Truffaut, o diretor, para olivro de Ray Bradbury em Fahre-nheit 451 —, quando uma sociedadeopressiva transforma a cultura anti-

ga em mera tradição oral, quando -pode ser encontrado no plano da'mais avançada estética. 1'

E, no caso, Mad Max/ Sob 'A"'Cúpula do Trovão serve, ainda, deexemplo a ambas as vertentes. Comoem Farenheit 451 a tradição, nomundo fora do universo das trevas,na sociedade infanto-juvenil, sobre-vive na base do relato e imagensrupestres. O futuro de homens reen- .contra-se, então, com o seu maisprofundo passado histórico — e ascrianças vivem literalmente no tem-po das cavernas. Embora no horizon-te exista algo assim como a carcaçade um enorme Boeing (ou seria umDC 10?). Curiosamente, neste univer-so, apenas a tirânica Tina Turnerainda está nas roupas laminadas ti-po Paco Rabanne.

Demonstrando um certo cansaço,talvez, de tanta invenção futurística i <>desde o robô de Lang à Barbarellade Jane Fonda7Roger Vadim, os esti-listas do futuro, volta e meia, dão um .retrô. E se em Mad Max retorna-se àidade da pedra, o pretensioso Dunatem um sombrio (e reconheça-se ex-tremamente belo e eficiente) desfile .de modelos ligados à estética medie-vai; já um Os Gladiadores do Futu-ro/ Rollerball, como o título em por- ,,tuguês dá uma dica, busca sua inspi- ,ração na endumentária dos lutado-res romanos. Onde o punho negro, abola de aço e uma incrível violênciaentram como comportamento total-mente moderno.

A violência da competição tem seprojetado na cinestética de formairresistível. Em seus tons sombrios,sufocantes, é uma determinante deBlade Runner ou Exterminador doFuturo, mas em um filme como Tronela vem mergulhada em intensa lu-minosidade. A luz dos atari, dos vi-deo-game. Em Tron, na realidade, aficção ultrapassa todas as barreiras ea câmara se vê nas entranhas de umadestas máquinas. É a meta-competição que surge — o choqueque não se vê na tela pequena dovídeo sendo aberta para a tela maiordas salas de cinema. Ali, o rosto daspersonagens é inevitalmente cinzen-to, embora seu corpo esteja envoltopela luz de acrílico e neon. Esta luztão presente no dia-a-dia moderno —como Wim Wenders flagra em seuParis, Texas. Era, então, 1983.

2001, 2020, 2029... A cada filme —vale dizer, a cada semana, cada mês,cada ano — vamos aproximando das-datas que o cinema voltado para orfuturo insiste em apontar como ex-tremamente obscuro, cinza e negro.Um futuro onde não haverá lugar 'para horário de verão. Porque, sim-plesmente, não fará a menor diferen-ça. Estaremos vivendo, então, sob oeterno manto da noite, sob uma chu-va sempre intensa.

Congestionando: na ponte

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INEMA Wilson Cunha

LINHA GERALm Aguardem: música de Mário Gomes emparceria com Chacrinha... O resultadoserá ouvido nas telas.

Sem explicação: assim o Varicty "ex-plica" a queda de 507c na bilheteria de OsDeuses Devem Estar Loucos, em NovaIorque. Ainda assim rendeu 29 mil dó-lares...

Depois de imenso sucesso na Europa,Los Santos Inocentes — libelo políticoespanhol de Mario Camus — chega aWashington. E nós. quando?

Os distribuidores americanos estàoacordando para os bons filmes de baixoorçamento, informa o Variety. E nós,quando?

Depois de Londres, em Nova Iorque,outra cadeia de cinemas em recuperação.Enós, quando?

Diana Ross, em Milão, confirmando:será mesmo Josephine Baker. Já temgente fazendo fila para a estréia do filme.

E tome continuação: semana passada.EUA, estrearam Desejo de Matar (3) eElmo Street (2). O Elmo (1) está chegandoaqui.

Aguardem: Clint Eastwood em Cava-leiro Solitário. Mr Eastwood cada vezmais Henry Fonda, o homem dos olhosfrios.

Terminado Antonio Maria, a novela,Renato Borghi, tào ligado ao teatro, vaicontinuar no mundo da imagem.Aguardem.

Congestionando: na ponte aérea LosAngeles—No-va Iorque—LosAngeles, voan-do, Cab Callo-way, JamesStewart, TomTryon, Stepha-nie Powers,Hope Lange..Na fila de espe-ra, Burt Ba-charach. DarylHannah e Va-lerie Harper.Mas pelo me-

nos foramDiana Hoss vistos.

Julie: greve em Hollywood

Em CriseÉ uma reunião de velhos

conhecidos. O diretor Bla-ke Edwards já deu ao atorJack Lemmon oportunida-de de brilhar em VícioMaldito — titulo abominá-vel para o belo Days ofWine and Roses, original— e A Corrida do Século.A atriz Julie Andrews (fo-to), aliás Mrs. Edwards,sob a inspiração do maridofoi indicada ao Oscar porseu desempenho em Vic-tor/Victoria. O trio estáreunido em Los Angeles fil-mando Crisis. Com umacrise imprevista no roteiro:problemas com o sindicatode técnicos suspenderamas filmagens, na semanapassada. Julie foi vistacantando pelos corredoresMy Favorite Things.

1111111^ - -, ' ¦<''*• ' • ' • ' .Jahor: inaugurando

Projeto Sexo

Uma das mais fortes personalida-des modernas do eixo cinema/te-levisão, Maria Zilda (foto), de ex-celente participação no recenteEspelho de Carne, será a estrelade Projeto Sexo. Este projetomarca, ainda, a estréia do rotei-rista Euclydes Marinho na dire-ção e é também o primeiro longado Grupo de Artistas Ligados.

Um grupo formado por EuclidesMarinho, Liege Monteiro, NelsonMotta, Patrícia Travassos, Antô-nio Calmon, Christine Nazareth eTânia Lamarca. Pela composiçãodo time, pode-se esperar de tudo.Uma agitação, na realidade, maisdo que necessária. Marasmoperde.

E com verbaCom o apoio do Banco

Nacional, o ex-cineclubeCoper Botafogo reabrenesta terça-feira. Reforma-do, tendo direito a verbade manutenção, agora cha-.mado de Cineclube Esta-çáo Botafogo, a inaugura-çào vem de Eu Sei que Voute Amar, de Arnaldo Ja-bor, além de um curta deMeliés, Barba Azul. De-pois de voltar a abrir suacarteira à produção, o Na-cional, que teve grande im-portància na implementa-çáo do Cinema Novo, sevolta para as salas de exi-biçáo. Uma ótima. E quemsabe o Ricamar tambémnão pode entrar nessa?Bem que precisava...

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CADERNO

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domingo, 10/11/85 ?JORNAL DO BRASIL

O pós-boom

da

psicanálise no

¦ É espantosa a freqüência com que

no Rio as pessoas interpretam os

outros e se auto-interpretam e

confessam sèus segredos mais

íntimos

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Sérvulo Augusto Figueira

que houve com o "boom" daM psicanálise no Brasil? No meio

da década passada, alguns ob-Bv H sérvadores mais atentos de

nossa vida cultural começa-ram a falar, inspirados no

boom da bolsa de valores e do mercadoimobiliário, de um fenômeno semelhantena área da psicanálise. Tinha-se, na épo-ca, a impressão de que de uma hora paraoutra todo mundo estava em análise, deque esta era uma experiência que estavaem vias de se tornar compulsória para umcerto tipo de pessoa, e de que "a psicaná-lise" havia se tornado sorrateiramenteum assunto quase que inevitável em cer-tas situações sociais.

Deixando de lado o exagero, o fato éque um processo de difusáo da psicanáli-se, que se intensificou a partir do proble-mático final da década de 60, atingiuniveis inusitados no inicio da década se-guinte, e acabou sendo notado por mui-tos. Infelizmente, porém, muito notadomas pouço pensado, este processo dedifusão atinge agora a maioridade semque se saiba muito como começou, comose desenvolveu nesses vinte anos, e, mui-to menos ainda, porque fomos brindadoscom esta maciça popularização de psica-nálise que agora já nos passa desperce-bida.

A psicanálise difundida parece terrealmente se rotinizado, e só de vez emquando somos levados a lembrar nostal-gicamente os primeiros estágios da estre-pitosa penetração de sua novidade navida cultural das grandes cidades brasi-leiras, como ocorreu recentemente porcausa do grande espaço que dois congres-sos de psicanálise ocuparam nos meios decomunicação. Estamos, portanto, numaoutra fase e é preciso atualizar as metáfo-ras: "boom" tomou-se inadequado, deve-mos trocá-lo por outra metáfora, tambémcolorida por um exagero de certo modoinevitável, a "cultura da psicanálise".

Se este termo tem a desvantagem deser sociologicamente impreciso (quandonão mesmo impossível), tem a vantagemde chamar atenção para o fato de que apsicanálise difundida está maciçamentepresente nos valores, crenças e perspecti-vas ideológicas dos setores médios brasi-leiros, ai desempenhando um papel orgâ-nico e fundamental.

O alto consumo e demanda de terapiaestão na raiz do fato de que a palavra"psicanálise" e o rótulo "psicanalista"são cercados no Brasil, assim como nosEstados Unidos, na França e na Argenti-na, de uma aura de prestígio, sendo, por-tanto, citados e manipulados nas maisdiversas circunstâncias. Em contrastecom paises como a Inglaterra (onde "es-tar em análise" é estigmatizante porqueprova que você é louco ou quase, e onde aimagem do psicanalista é a de uma figurana melhor das hipóteses não muito con-fiável porque visto como tendo o lamen-tável dever profissional de invadir a pri-vacidade alheia), no Brasil, estar em aná-lise é com freqüência "símbolo de status",e o analista é com freqüência percebido,quando ele próprio não se apresenta, co-mo um modelo ético, e às vezes estético,de identificação. É assim que a própriafunção interpretativa se tornou corriquei-ra entre nós, tendo o analista perdidoparte do poder oracular com que outrorajá foi investido. Este é um dos pontos quemais perturba quem pesquisa difusão psi-canalítica pela primeira vez: pode-se aca-bar multo surpreso com a espantosa fre-qüência com que, no Rio de Janeiro, as

O uso de noções, ter-mos e esquemas depensamento derivadosda psicanálise como"mapas" para orientaras pessoas na sua vidacotidiana está profundamente associadoao alto consumo de terapêuticas psicana-liticas. A experiência terapêutica é, emúltima instância, o ponto de origem deum verdadeiro dialeto psicologizante quejá foi chamado de "psicotagarelice". Ter-mos psicanaliticos, como "complexo deÉdipo" e "inconsciente", e fórmulas comforte colorido psicanalítico, como "assu-mir o desejo", são freqüentemente utiliza-dos na compreensão, enfrentamento eeventual solução de situações ambíguasou difíceis da vida do sujeito. Há aindaoutros usos lingüísticos que mostram cia-ramente o papel da psicanálise difundidacomo "mapa", mas cuja derivação daprópria psicanálise não é tão clara assim.Um bom exemplo é a sutil e flexívelcombinação de inflnitivo com gerúndioda locução "estar podendo", muito utili-zada por terapeutas, e que aparece àsvezes em torno de nós na rebarbativacombinação "De repente estou até po-dendo... (fazer isso ou aquilo)". Esta fór-mula expressa mudança pessoal e chamaatenção para a imprevisibilidade subjeti-va ("de repente","até"), ao mesmo tempoque a domestica por referência ao sujeito(oculto: "eu") e pela ligaçáo com seupoder , (suas capacidades que existem eestão sempre se desenvolvendo: "estarpodendo").

Mas esses termos e noções não circu-Iam apenas entre os privilegiados de nos-sa sociedade. Atravessam as barreiras declasse e vão parar, por exemplo, no dis-curso de um homem perseguido por vá-rios crimes num morro de subúrbio doRio de Janeiro, que acaba explicando quèdeve ter entrado "nessa vida" por causade "uns trauma de infância". E algunsdesses termos têm um trajeto culturalmais acidentado pois acabam sofrendoalterações às vezes de prosódia, comolibido que vira "líbido", ou de desinência,como repressão que vira "reprimição".

É no plano da linguagem — mas nãoapenas nele — que é possível então perce-ber como as categorias de pensamentoderivadas da psicanálise permeiam a or-ganização de nossa experiência de vida,sendo usadas como um mapa. Entre o'boom' da década passada e a instalaçãoda 'cultura da psicanálise' na qual vive-mos, este 'mapa' se sofisticou, aumentousua influência e se tornou mais difícil deperceber, dando origem a uma flexível'visão de mundo psicanalítica' que nosacompanha em todos os quadrantes denossa existência. Esta metamorfose écuriosa: de prática da subversão das ilu-sões e certezas da consciência, a psicaná-lise, ao se difundir no Brasil, acabou setornando o centro de gravidade da pró-pria consciência, reforçando e estenden-do seu domínio, prometendo sempre umainterpretação verossímil para qualquerrealidade perturbadora.

Sérvulo Augusto Figueira é psicanalista da SociedadeBrasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro, professordo Departamento de Psicologia da PUC-RJ, e coorde-nador da coletânea Cultura da psicanálise, publicadarecentemente pela Editora Brasiliense.

pesssoas interpretamos outros e se auto-interpretam, confessamseus segredos mais inti-mos em situações às ve-zes as menos intimas,esperando que seu in-terlocutor faça o mes-mo para que possamentáo se sentir à vonta-de e fruir as delíciasdesta "outra cena" psi-cológica socialmenteproduzida.

Um homem

perseguido porvários crimes

acabaexplicando quefez isso por um

"trauma deinfância".

analista, seu saber e suas instituiçõesnuma determinada sociedade. Além dis-so, a difusão é fundamental para a pró-pria psicanálise porque sua sobrevivên-cia depende, em última instância, do fatode atrair analisandos e recrutar analistas.E, no entanto, a psicanálise não estáconceitualmente aparelhada para pensarsua própria difusáo, os analistas freqüen-

temente ignorando este fenômeno que,em países como o Brasil, tanto afeta suaprática e sua existência.

É assim que, entre nós, muita coisamudou no campo analítico, às vezes sob oimpacto da ação dos próprios analistas.Houve um crescimento enorme do núme-ro de terapeutas de todo tipo e umapluralização das técnicas 'psi' disponl-veis; as instituições que se apresentamcomo 'formando psicanalistas' prolifera-ram, ao mesmo tempo em que a disputaem torno do rótulo 'psicanalista' se acir-rou e se complexificou; entramos numafase de competição livre a nível de merca-do, com a diminuição do poder pessoal decertos analistas, mas com a revalorizaçãodas grandes sociedades e seu poder sim-bólico de legitimação profissional; íinal-mente, a própria relação dos 'profissio-nais' com o 'público' mudou, e o analistanão é mais o defensor incondicional deuma neutralidade que o levava a se tor-nar raro no convívio social mais amplo, ehá mesmo vários deles discutindo psica-nálise e outros assuntos na mídia.

Não é fácil entender por que, afinal decontas, temos uma cultura da psicanáli-se. Sabe-se que essa visão de mundo, quecom freqüência dificulta a percepção deconflitos sociais e políticos, não pode serentendida fora do processo político brasi-leiro, principalmente a partir de 1968. E,no entanto, não parece ainda ter surgidoum modo convincente de articular a difu-são da psicanálise ao fechamento políti-co, um modo que escape de acusaçõessimplistas e da sedução do maniqueísmo.

Um outro fator importante na com-preensão do sucesso da difusão psicanalí-

itos*

tica é a modernização da sociedade brasi-leira — a mudança intensa, extensa eacelerada pela qual passamos nos últi-mos 40 anos. Se é possível mudar de carroa cada ano, livrando-se do modelo antigosem sentir saudade e adaptando-se aonovo sem ter conflitos, o mesmo nâo épossível quando são os modelos e ideaisde família e de identidade que se suce-dem rapidamente. Entre nós, os modelose ideais mais recentemente adotados emais visivelmente presentes convivem, •coexistem, com aqueles que aparente-mente foram abandonados, mas que con-tinuam ativos, atraentes e poderosos ,num plano mais inconsciente ao qualtemos pouco acesso. A demanda de tera-pêutica e o boom da psicanálise certa-mente resultaram em parte desses con-Oitos.

Há muito mais perguntas do que res- ,postas. Se os analistas olharem o que está racontecendo ao seu redor, no mundo e emoutros campos do conhecimento, semperder a idéia do que são, teremos possi-velmente mais respostas. Mas para isso épreciso que aqueles que entre nós conde-nam esta curiosidade como vedetismo ebusca de brilho pessoal compreendamque, de lágrimas nos olhos a cacos devidro, muita coisa brilha, e que portanto ,a questão não é o brilho, mas as diferen-ças naquilo que o produz.

Na cultura psicanalítica, a psicanálisetorna-se objeto de crença. Mas onde esta-vam os analistas enquanto tudo issoacontecia? Numa posição que está longede ser fácil compreender. Freud e quasetodos os analistas depois dele são focosde difusão da psicanalise, o que não é omesmo que dizer que todos divulguem apsicanálise. A difusão ocorre independen-temente da intenção de divulgar, comoum subproduto da própria existência do

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¦ Ao que parece, finalmente, estão

marcados local e data para aestréia de um dos espetáculos maiscomentados e esperados da próximatemporada, o Fedra, de Racine, comdireção de Augusto Boal (tentandoreabilitar-se do fracasso de OCorsário do Rei) e tendo, sobretudo,Fernanda Montenegro, nopapel-título, exatamente em suavolta aos palcos depois do notávelsucesso de sua antológica einesquecível Petra Von Kant, deFassbinder. Com cenários a seremassinados por Hélio Eichbauer,Fernanda viverá um dos grandespapéis trágicos do teatro clássicofrancês a partir de fevereiro, maisespecificamente, após o carnaval, noTeatro de Arena. Ao lado de nossagrande atriz, alguns nomes parecemjá estar acertados, entre os quais,Fernando Torres e Cássia Kiss, que

trabalhou durante algumas semanasem A Fonte da Eterna Juventude,de Thiago Santiago e, na televisão, éa Lulu, em Roque Santeiro. Asexpectativas são enormes de verFernanda em um Racine e, desde já,todos discutem se será ou não maisuma de suas históricasinterpretações, como o foram em AMoratória, Vestir Os Nus, Pedreiradas Almas (sua Mariana era umhiato de qualidade em umespetáculo, infelizmente, pelo belotexto, frustrado), O Mambembe, Coma Pulga Atrás da Orelha, Festivalde Comédias, O Homem, A Besta, AVirtude, O Homem do Princípio aoFim, A Mulher de Todos Nós, OMarido Vai A Caça, PlayStrindberg, Mary, Mary e A MaisSólida Mansão, apenas paraficarmos com algumas (e somente noâmbito do teatro). Fernanda Montenegro

Em um ato

m É possível que PauloReis venha a ser o diretorde A Honra Perdida deKatarina Blum, de Marga-ret Von Trotta, um dos es-petáculos do produtorJoão Batista Pinheiro(Emily, Miguel Falabellaversus Guilherme Karam,Classificados Desclassifi-cados, Bel Prazer e Tupá,A Vingança), para a tem-porada de 1986.

A Biblioteca EdmundoMuniz, do Inacen, na Av.Rio Branco, 179, 5° andar,recebeu uma série de novi-dades bibliográficas trazi-das da Espanha por Fer-nando Peixoto, diretor do'Serviço Brasileiro de Tea-tro, ao participar da Con-ferência ibero-Americanade Teatro. O valioso mate-rialjá está á disposição dopúblico no horário das lOhàs I7h.De amanhã até o dia 18,o Colégio Salesiano deSanta Rosa, em Nilerói,realiza sua semana do tea-tro. Três peças serão mos-tradas por três elencos dis-tintos: Intermezzo daImortal Esperança, de Ma-ria Jacinta. Fuenteoveju-

na, de Iope de Vega, e Hojeé Dia de Rock, de José Vi-cente.

Os 38 anos dofundamen-tal Piccolo Teatro di Mila-no estão sendo comemora-dos no Brasil com uma ex-posição organizada peloInstituto Italiano deCultura, no foyer do Tea-tro Villa-Lobos. A exposi-ção vai até o dia 17.

Desde anteontem, naCasa Paschoal CarlosMagno, o conselho da Con-federação Nacional doTeatro Amador está reuni-do para discutir o plano de

Dina Sfat

trabalho para 1986 e for-mulando proposta orça-mentária a ser levada aoConselho Deliberativo doInacen.

Depois do Corsário doRei, no inicio de 1986, o ¦Teatro João Caetano deve-rá ser ocupado têmpora-riamente por A Fonte daEterna Juventude, deThiago Santiago.m Está chegando por estesdias ao Brasil uma comis-são para selecionar os es-petáculos brasileiros queparticiparão do Festivaldo Teatro Latino-Americano, em julho de1986, em Nova Iorque, or-ganizado por Joseph Papp.

Dina Sfat já marcou suavolta da Europa paramarço de 1986, depois deuma permanência de oitomeses. A inesquecível He-loisa de Lesbos de O Rei daVela, de Osivaldo de An-drade, na célebre versãode José Celso MartinezCorreia, acaba de ser jura-da do Festival Internado-nal de Cinema de Valladchlid. Dina já vem com umasérie de projetos de monta-gem na cabeça, desde umaalta comédia até um textolatino-americano ou espa-nhol.

"Fedra", de Racine, por Fernanda

10 ? caderno B/Especial ? domingo, 10/11/85 LIVRO JORNAL DO BRASIL

Sobre o

simbolismo

Wilson Martins

O

livro de Anna Balakian The symbolistmovement: a criticai appraisal é exce-lente, tanto em suas perspectivas histó-ricas quanto na avaliação de obras e

autores, inclusive no estabelecimento de novashierarquias intelectuais e literárias que, nem porcontrariarem os juízos convencionais, e até porisso mesmo, se faziam menos necessárias; publica-do, embora, em 1967, nada perdeu das qualidadesque o tornaram desde logo um pequeno clássico desua espécie, com larga penetração, é evidente, nosestudos universitários. Outra história, completa-mente diversa, é saber se convinha traduzi-lo,cerca de 20 anos depois (O simbolismo. Trad. JoséBonifácio A. Caldas. São Paulo: Perspectiva,1985), numa literatura que possui o incomparávelPanorama do Movimento Simbolista brasileiro(1952/1973), de Andrade Muricy, a valiosa sintesehistoriográfica e critica de Massaud Moisés (Osimbolismo, 1966), e a indispensável coletânea detextos críticos Decadismo e simbolismo no Brasil(1980/81), organizada por Cassiana Lacerda Ca-rollo.

A traduzir o livro de Anna Balakian, teria sidopreferível utilizar o texto da segunda edição (NewYork University Press, 1977), com novo prefácioatualizador e, claro está, dez anos mais recente,ou, melhor ainda, a obra coletiva por ela editada,The symbolist movement in the Itterature ofEuropean languages (Budapest: Akadémiai Kia-dó, 1982), vol. n da ambiciosa História comparadadas literaturas de línguas européias, lançada em1967 pela Associação Internacional de LiteraturaComparada e dirigida por uma comissão de 16especialistas — entre os quais, diga-se de passa-gem, não se inclui nenhum brasileiro, assim comonenhum capítulo ou parte de capítulo foi reserva-do para a nossa literatura (escrita, entretanto,numa "língua européia"!). Há capítulos sobre asletras hispano-americanas — o de Ricardo Gullón,o de Roland Grass, o de Rodríguez Monegal — e,bem entendido, o de Jacinto Prado Coelho sobre oSimbolismo na literatura portuguesa.

Projetado nas perspectivas das "línguas euro-péias", é natural que os organizadores e a editorado volume encarassem Portugal e Brasil comouma unidade gnosiológica e que o autor do respec-tivo capítulo, fosse brasileiro ou português, estu-dasse o tema nos dois países em questão; não émenos natural que, pensando em termos de litera-tura nacional, Jacinto Prado Coelho se. limitasseao estudo da sua própria, na pressuposição, igual-mente natural, de que algum brasileiro se encarre-gasse da, parte que normalmente lhe caberia. Tan-tos pressupostos "naturais" acabaram pelo que seesperaria ser menos "natural", isto é, a exclusãodo Brasil no contexto simbolista no âmbito daslínguas européias — mas não completamente,porque, fiel à sua concepção, é comum a Portugale Brasil a respectiva bibliografia, nela se incluin-do, no que se refere ao nosso país, alguns dos livrosacima referidos, mais a admirável antologia dePéricles Eugênio da Silva Ramos (1965). O deAnna Balakian registrava, desde 1967, A poesiaafro-brasileira (1943), de Roger Bastide, o Panora-ma, de Andrade Muricy, e o conhecido volume deSamuel Putnam, Marvelous journey (1948).

Tanto Jacinto Prado Coelho quanto AnnaBalakian não distinguem com a ênfase que meparece necessária, entre, por um lado, o simbolis-mo enquanto estado de espírito e forma de sensibi-lidade, e, por outro lado, a escola literária quecristalizou essas tendências num determinado có-digo estético e num período limitado de tempo.Por isso, o "simbolismo" de Jacinto Prado Coelhovai de Antero de Quental a Fernando Pessoa, ouaté 1925, segundo outra data que também indica.Contudo, o prefácio de Eugênio de Castro à pri-meira edição de Oaristos teria sido "o único mani-festo simbolista jamais escrito em português, em-bora consistisse apenas em simples declaraçãodos problemas da linguagem poética e versifica-ção". A verdade, como ele próprio reconhecia, éque, restrita à poesia e por curto período, nãohouve em Portugal nenhuma escola simbolista.

Nas proporções, nas ambições e no espírito, acoleção editorial Stylus, em que aparece o livro deAnna Balakian, é o oposto da grande empresa aque se entregou a Associação Internacional deLiteratura Comparada, esta última desejando es-tabelecer perspectivas criticas e historiográficas, ea primeira se contentando com a tarefa mais fácilda divulgação. A tradução de José Bonifácio A.Caldas é geralmente boa e escapou às armadilhasmais comuns. Entre as passagens que exigemregistro, está, por exemplo, ignorar o plural daexpressão: "To the French", traduzido por: "Parao francês (...)". Contra-senso real ocorreu com afrase: "Without Les Illuminations, it is doubtfulthat Rimbaud would have the major stature hehas today", assim traduzida: "Sem Les Illumina-tions é duvidoso se Rimbaud teria a estruturamaior que a que tem hoje", frase em que a sintaxeclaudicante rivaliza com a compreensão deficientedo original. Claro, "from our vantage point" não é"vantajoso ponto de vista" (pena que AgenorSoares dos Santos haja esquecido esse traiçoeirocognato), assim como o fool acrescentado porYeats à lista dos perceivers não é o tolo, mas,segundo a memória ancestral da espécie, o boboou o louco acrescentado à lista dos videntes. Será,contudo, mero descuido de revisão a melosidadeatribuída aos simbolistas, para traduzir a melo-diousness que neles encontrou Anna Balakian.

Na coluna dos créditos, cabe mencionar assugestivas ilustrações da edição brasileira, que,por inesperado, não existem na original.

* • X

Metrópolis (1926), de Fritz Lang, ummarco do cinema alemão, e O AnjoAzul (1930), obra inesquecível de VonSternberg, em pleno declínio domovimento expressionista

i-fhtd - •

Cartilha expressionista

A tela demoníaca, Ite H. Eisner. Tradução daLúcia Nagib. Editora Paz e Terra, 283 páginas,Cr$ 57 mil 700.

Luciana Villas-Bôas

VL V OS cursos de Comunica-I Ção Social, há anos os

I ml alunos das cadeiras de ci-IV nema batalham ardua-¦¦ ™ mente fotocópias da edi-ção portuguesa de A Tela Demo-nlaca — As Influências de MaxReinhardt e do Expressionismo, dajornalista alemã Lotte H. Eisner. Jáera tempo de uma editora brasileiraresolver o problema. Trata-se detexto imprescindível para a com-preensão do controvertido cinemaalemão, de O Estudante de Praga,realizado por Paul Wegener, em1913, e já prenunciando os clássicosexpressionistas da década seguin-te, até os filmes dos festejados dire-

Poeta

de

poetas

Poemas/1910-1930, T. S. Eliot. Tradução deIdelma Ribeiro de Faria. Edição bilingüe. Mas-sao Ohno Editor, 108 páginas, Cr$ 35 mil.

Ivan Junqueira

E

sempre bem-vinda mais uma tra-duçáo de um poeta da envergadu-ra e importância de Eliot. Princi-palmente porque não há no Brasil

nenhuma outra edição bilingüe queabranja tão amplo segmento da obra doautor. A presente coletânea, traduzidapor Idelma Ribeiro de Faria, já haviasido lançada em 1981, pela Hucítec.Mas, por exigência da detentora dosoriginais, a Faber, foi colocada fora domercado e em tiragem reduzida — cercade 500 exemplares — que comprometianão só o esforço da tradutora, mas tam-bém seu zelo e competência.

Abrangendo a produção eliotianacompreendida entre 1910 e 1930, elainclui peças de Prufrock e outras obser-vações (1917) e dos Poemas (1919), alémdas versões integrais de A terra gasta(1922), Os homens ocos (1925), Quarta-feira de cinzas (1930) e Poemas de Ariel

tores que surgiram em meados dosanos 60, como Wim Wenders, Rai-ner.Fassbinder e Werner Herzog.

Movimento de vanguarda da vi-rada do século, o expressionismofloresceu primeiro entre as artesplásticas e o teatro para só em 1919,com o lançamento de O Gabinetede Doutor Caligari, de Robert Wie-ne, impor-se como principal verten-te cinematográfica alemã. Logo fi-cou claro que o cinema era seuveículo ideal, quer como zona deexperiências formais (as linhas dia-gonais, o uso e abuso do claro-escuro, o pendor para contrastesviolentos e sombras), quer comovisão de mundo (o homem comouma presa do destino).

Mais que uma crítica de cinema,Lotte Eisner, que morreu em 1983aos 87 anos, era um elemento ativoda turma de revolucionários/direto-res — Paul Leni, Robert Wiene,

(1927-1930). A mostra é expressiva egenerosa, dando bem medida do pensa-mento poético do autor, muito emboranão lhe recolha as cruciais experiênciascom o verso dramático de Sweeney ago-nistes, 1932 e Choruses from-the rock,1934. Ao final, poderá o leitor consultaruma criteriosa seção de notas de leiturada própria tradutora.

Não chega a ser novidade para nin-guém a decisiva contribuição de Eliot —esse tríplice talento de poeta, ensaísta edramaturgo, esse "devoto da tradiçãoque quebrou os moldes tradicionais pa-ra dar novas formas à poesia inglesa",como dele disse Brand Blanshard —para a formação da mentalidade poéti-ca contemporânea. Sua poesia, a umtempo clássica e moderna, revolucioná-ria e reacionária, realista e metafísica,está nas próprias origens do processopoético de nossos dias, tendo exercidofecunda e duradoura influência sobretodas as gerações que se formaram apartir de 1930. Poeta de poetas e percu-ciente crítico de poetas, Eliot resume eabsorve, nos complexos e heterodoxosestratos do mosaico intertextual de suaatividade criadora, toda a herança poé-tica legada por aqueles que o precede-ram desde o remoto passado orientalsànscrito e as difusas inervações greco-latinas ou mesmo hebraicas da antigui-dade até a multiforme floração da poe-sia ocidental.

Possuidor de uma assombrosacultura humanística e literária, exímiousuário da polimetria e da sintaxe mo-dernistas, criador de uma desconcertan-te "música de idéias", Eliot é, na verda-de, o último dos metaphysical poetsque ele mesmo exumou e, talvez o maisambíguo poeta de uma época em tudo epor tudo ambígua, a de "1'entre deux

Fritz Lang e F.W. Murnau — que,na desoladora paisagem do pós-guerra alemão, criou a mais impor-tante cinematografia da época, es-palhando influências por gente tãodistante como Orson Welles, JohnFord e Humberto Mauro. Lotte nãosó acompanhou de perto as filma-gens da maior parte das obras deque trata em A Tela Demoníaca,como chegou a ser assistente dedireção em diversas delas (o segun-do O Golem, de Wegener, porexemplo).

Ninguém melhor do que ela, por-tanto, para, do alto dessa experiên-cia, desfazer alguns equívocos cor-rentes acerca do expressionismoalemão. Em A Tela Demoníaca,Lotte mostra como Lang e Murnause utilizaram de técnicas expressio-nistas para obter determinadosefeitos visuais, sem que a totalida-de das obras, porém, se enquadras-se no estilo. E o caso de filmes como

T. S. Eliot

guerres", como ele a situa numa passa-gem de Four quartets, essa longa edolorosa elegia sobre a caótica condiçãohumana e o significado do tempo.

Talvez por isso, sua primeira visãodo mundo seja essencialmente pessi-mista e apocalíptica, evocando-nos uma"terra desolada" onde se arrastam "ho-mens ocos". É este o cenário purgatorialque nos descortina o mais terrível poe-ma de toda a literatura ocidental con-temporânea, The waste land, insólitacomunhão de sátira e desespero, depensamento e emoção, de caducidade etranscendência, de liturgia e perversão,

O Último Homem, de Murnau, e Dr.Mabuse, de Lang. Além disso, apon-ta o que sobrou do expressionismo-no realismo e nos Kammerspiel-film (filmes intimistas como Des-,troços, de Lupu Pick) seus sucesso-,res como tendências estéticas. Fi-,nalmente, ela destaca a influência-das pesquisas em cenografia e ilu-minação do mais célebre diretorteatral alemão, Max Reinhardt,sem tomá-lo pelo seu contrário —isto é, sem defini-lo como expressio-nista, estilo que ele claramente re-pudiava.

Os interessados devem ter umaúnica cautela ao partir para a leitu-ra de A Tela Demoníaca: apesardas análises exaustivas de cadaobra, é um livro para iniciados. Ob- vviamente, é preciso assistir antesaos filmes para depois analisá-los'em detalhes. Se isso não for possí-vel, uma leitura preciosa podètransformar-se em sacrifício estériL'

de náusea profana e êxtase religioso, dediscurso oratório e balada metafísica;Embora convertido depois ao angliça\~nismo, a impressão que se tem é a dô^que Eliot jamais se desvencilhou desses",estigmas espirituais, pois, se era inaba-*-lável a sua fé no pecado original, o'mesmo já não se pode dizer de sua *esperança na redenção humana. Sua 'obra é assim não apenas o pungentereflexo de um conflito ontológico desdesempre dilemático, mas também umaespécie de suma na qual se condensa eatualiza toda a poesia que antes dele seescreveu. Dela e contra ela quase tudose poderá dizer, menos que seja gratui-ta, pois o que aí se encena é o dramadaquele homem arcaico, antigo, medie-vai, renascentista e moderno — destehomem do qual todos descendemos.

Não há que fazer restrições ao traba-lho de Idelma Ribeiro de Faria e diria-mos mesmo, como disse certa vez OttoMaria Carpeaux, que preferimos a tra-duçào ao original justamente por tratar-se de uma tradução, justamente por sera poesia alheia que nos serve o homoludens (tradutor) a partir das matrizesimpostas pelos originais do homo faber(autor). Cabe também deixar bem claroque se Eliot fosse traduzido para portu-guês por cem tradutores, haveria cemdiferentes Eliots em português. Trata-seé obvio, de um truismo que não ignora-mos, sobretudo quanto mais traductó-logos desejamos compenetrar-nos deque somos. A presente tradução não éapenas o testemunho de uma práticaacima de tudo amorosa; é também umtrabalho da maior dignidade literária e,em muitas passagens, indiscutivelmen-te venturoso.

Ivan Junqueira é tradutor ds T. S. Eliot

Eugene Ionesco

Escolha

difícilH O Prêmio Internado-— nal de LiteraturaNeustadt, concedido pelaUniversidade de Oklaho-ma, nos EUA, vem sendoapelidado de "o Nobelamericano", e há boas ra-zões para isso. Não tanto apremiação, em si, de 25 mildólares <aproximadamen-te Cr$ 250 milhões), irrisó-ria se comparada às cifrasque circulam no mercadoesportivo, por exemplo.Mas pelo valor dos candi-datos à doação. Só para seter uma idéia, os 11 jura-dos que decidirão o ganha-dor da contenda, entre 27de fevereiro e março doano que vem, terão que sedecidir entre Jorge LuisBorges, o espanhol Fran-cisco Ayala, o francês YvesBonnefoy, o suíço MaxFrisch, a canadense MavisGallant, o alemão GuntherGrass, Eugène Ionesco, oitaliano Primo Levi. o ja-ponés Kenzaburo Oe e onigeriano Wole Soyinka. Eo que se chama de escolhadifícil.

Infância e morte

E

ST ANTE Iyivian Wyler

Pacote poéticoEm agosto, a Nova Fronteira lançou a

coleção Poesia Brasileira, em formato debolso, primeiro sinal de que as coisasestavam mudando para o lado desse gê-nero, até recentemente marginal. Agora,no final de novembro, a editora volta ainsistir na mesma vertente. Publica oprimeiro volume da coleção Poesia deTodos os Tempos: uma seleção (bilíngüe)de poemas de Jacques Prévert, traduzi-dos por Silviano Santiago. A trilha é largae os responsáveis por ela a conhecem bem(Jiro Takahashi, o diretor editorial, foidono de uma pequena firma paulista es-pecializada em edições de poesia, a RosaBlindada). A prova disso é que em dezem-bro, o pacote de Natal é declaradamentepoético. Saem nada menos que as Floresdo mal (bilíngüe), Baudelaire em tradu-çào de Ivan Junqueira e uma reedição deRomanceiro Gitano. de Garcia Lorca, natradução de Oscar Mendes. E ainda uma

Dois prêmios, cujos prazosde inscrição terminam em 30 denovembro. O primeiro, AlfredoMachado Quintella, dedicado ajovens universitários até 25anos, que queiram escrever so-bre autores, livros e estudos deliteratura infanto-juvenil brasi-leira. Informações no prédio doMEC, na Fundação Na-cional do Livro Infantile Juvenil (tel. 220-0790).O outro prêmio pagaCr$ 10 milhões paraquem conseguir escre-ver uma bela poesia so-bre tema natalino —inédita — e tendo, nomáximo, 60 versos. In-formações pelo telefone262-8755. É patrocinadopela Assessor.

Quarta-feira, dia 13,o Circo Voador acolheum happening em quea morte é o leitmotiv.Para comemorar seusdois anos de vida e olançamento de Muam-ba, de Júlio César M.Martins, a Anima reúneHerbert Daniel, Cora

Rónai, Clóvis Brigagão, os Ca-malões e Juliana Carneiro daCunha, entre outros, numa ma-ratona artística que se inicia às20h, prometendo de tudo — derock a encenação teatral, pas-sando por recitais de poesia edebates.

Baudelaire (autocaricatura)

seleção de poemas de Fernando Pessoa euma antologia de José Régio. Um doslançamentos mais esperados da coleção,os Cantos, de Ezra Pound, no entanto,acabou ficando para o ano que vem.

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JORNAL DO BRASIL LIVRO domingo, 10/11/85 ? CADERNO B/ESPECIAL a 11

A arte pela*»«¦*

arte

Bufo & Spallanzani. Rubem Fonseca, 322páginas, Cr$ 62 mil.

Jorge de Sá

A

grande arte da palavra. Jáno seu romance anterior,Rubem Fonseca, mineiro,60 anos, confirmava suacondição de exímio cons-

trator de realidades, ainda que es-sas realidades só existissem mesmonas mãos de um Dr. Mandrake esuas diabólicas assistentes. Diantedoi£ sofisticados truques, a platéiadeljbrava e chegava ao prazer. Ter-minada o espetáculo, tudo se esfü-maya; terminada a leitura, tudo seresumia no prazer de ter convividocom uma estória bem tramada.Agora, com Bufo & Spallanzani, amesma paixão é retomada.

..fim tom memorialistacom tem-pero de romance policial, um escri-tor de muitos nomes mas conheci-do literariamente como GustavoFlávio conta o seu envolvimentocom a morte da socialite DelfinaDelamare, de quem fora amante. Ahipótese de suicídio é logo afasta-da, pois no rastro dos acontecimen-tos surge o Guedes, espécie de cãofarejador, com sua roupa sebosa esua cara de bobo. Os destinos seentrelaçam, Gustavo e Guedes serevelam investigadores esmagadospela investigação, pois ambos vi-vem num pais de muitos escânda-los. Os homens de colarinho brancodevem permanecer impunes. Aquem descobre a verdade, nemmesmo as machadianas batatas:resta-lhes o consolo de terem sidofiéis ao seu oficio.

Nessa fidelidade ao oficio de es-

crever, Rubem Fonseca reduz a li-teratura a um simples jogo verbal.Ou, como afirma o protagonista,"lascívia verbal": "Nós escritorestrabalhamos com estereótipos ver-bais, a realidade só existe se houveruma palavra que a defina." O que édiscutível, pois não podemos igno-rar a linguagem do silêncio, nempodemos acreditar que o que não édito (ou confessado) deixa de exis-tir. Seria simplório demais. Só nãoé inverossímil, porque o GustavoFlávio defende seu criador: "Muitasvezes o autor pensa exatamente ooposto do seu personagem." Naprática, porém, a contradição per-manece. Tanto o policial quanto oescritor se debatem entre o dito e onão dito, valendo-se de todos osrecursos possíveis: o policial apren-de a fazer interrogatórios "no ma-nual americano A Inquirição —Sondagem e Avaliação", enquantoFlávio, ou Ivan Canabrava, recons-trói seu "passado negro" aproprian-do-se de frases e conceitos de váriasobras, que ele mesmo confessa emnotas de rodapé. Ambos buscamuma realidade que existe apesardas palavras e principalmente naausência delas.

No fim, é inevitável que o leitorsimpatize com o seboso Guedes,cuja vulgaridade é muito mais ins-tigante que a vida dos grandes he-róis. Mas isso também não é novi-dade. Quanto ao escritor — acabacom os testículos arrancados pelorico viúvo ciumento, incapaz dedescobrir que o crime fora cometi-do em nome da eutanásia. Estéril,ele náo consegue escrever o preten-dido romance Bufo & Spallanzani,que seria a história de sapos e ho-

Rubem Fonseca

mens. Desiste até mesmo do seugrande auxiliar, que é um modernocomputador, possível substituto damáquina de escrever. Sem vlrüida-de para a ação e sem o mais dignodo macho, Gustavo Flávio se reduze silencia. E o novo livro de RubemFonseca cai no vazio da arte pela

arte, espécie de pós-parnasianismo,muna volta a um tipo de ficçãoescrita para distrair, mas que nun-ca conduz os olhos do leitor a olha-res mais críticos e nem alcança abeleza de seu romance anterior(1983), significativamente intitula-do A Grande Arte.

As mulheres da Távola RedondaAst brumas de Avalon, Marion ZimmerBradley. Tradução de Waltensir Dutra. Livroum — A senhora da magia, 280 páginas.Livro dois — A grande rainha, 268 páginas.Livro três — O gamo rei, 246 páginas. TodosCr$ 55 mil.

Jorge Luiz Calife

A

lenda romântica do Rei Ar-thur e seus cavaleiros da távo-la redonda tem fascinado ge-rações e parece nunca sair de

moda. Nos anos sessenta ela foicontada em forma de musical naBroadway, Camelot, que gerou umpéssimo filme. De lá para cá a Távo-la Redonda invadiu os anos setenta

ao som do rock sinfônico do RickWakeman, virou história em qua-drinhos, desenho animado de WaltDisney, e desembarcou nos oitentarevestida de uma linda embalagempictórica no Excalibur de JohnBorman.

Apesar das diferenças de meio,todas estas adaptações buscavamsuas raízes literárias na Morte deArthur de Sir Thomas Mallory, oque nunca permitiu muitas varia-ções na história a ser contada. Nofinal, a queda de Arthur era inevita-velmente associada ao amor impôs-sivel da rainha Guinevere por SirLancelot do Lago e à traição dabruxa Morgana.

Agora tudo isso mudou: fazendoo mago Merlin rolar na sepultura esacudindo a poeira de Camelot,uma talentosa escritora de ficçãocientífica, Marion Zimmer Bradley,resolve recontar a lenda da TávolaRedonda sob o ponto de vista dasmulheres que dela participaram:Igraine, a mãe de Arthur, Guineve-re, sua infiel esposa, e acima detudo a "injustiçada" Morgana. Oresultado fascinante nos chega di-vidido numa série de quatro livros,As Brumas de Avalon, da qual ostrês primeiros volumes, A senhorada Magia, A Grande Rainha e oGamo Rei já se encontram nas li-vrarias. Bradley é autora de Umalonga série de romances de ficçãocientífica — Darkover, sobre umplaneta de telepatas que renuncia atecnologia. Muito da atmosfera má-gica desenvolvida para aquele épi-co futurista permeia sua visão daInglaterra nos primeiros tempos dacolonização cristã.

A chegada do cristianismo é oponto central da trama nesta visãofeminina de Camelot. Como muitosoutros autores de fantasia contem-porâneos, Bradley vê a Idade Médiacomo o palco de um drama centra-do na destruição dos velhos cultospagãos, de louvor à natureza e àfertilidade, pelo avanço irresistívelde uma nova fé baseada no concei-to do pecado e da culpa. De vilã,Morgana — "do povo das fadas",vira heroína, sacerdotisa de umareligião agonizante, guardiã dos an-tigos cultos da terra celebrados pe-los draidas de Stonenhage, a quemArthur jura proteger. Com a lendaclássica virada do avesso, Guineve-re posa de vilã; afinal é a rainhacristã que leva Arthur a trair ojuramento.

Tudo isso, é claro, vai ser conta-do nos quatro livros da série. Oprimeiro começa com a história deIgraine, seu casamento infeliz como Duque da Bretanha e a missãoque recebe de trair o marido para

gerar o futuro Grande Rei com oSenhor da Guerra Uther Pendra-gon. Depois A Senhora da Magia sevolta para o aprendizado mágico deMorgana, futura sucessora de Vi-viane como "Dama do Lago", guar-diã da antiga fé pagã. O célebreincesto acontece por acaso, semconhecimento dos participantes,quando Arthur e Morgana são ar-rastados a uma orgia de sagraçãoda primavera. Por trás de tudo,estão as maquinações da Senhorado Lago e de "Merlin" (Para os que'não sabem, "Merlin" é um título e,ao longo da história, dois magos,Taliesin e Kevin, se sucedem como"Merlins da Bretanha").

Em A Grande Rainha assisti-mos à ascensão de Guinevere aotrono e às primeiras intrigas dacorte em Camelot. O Gamo Reidedica-se ao apogeu do remado deArthur, o romance de Guineverecom Lancelot e a paixão de Morga-na pelo cavaleiro invencível. Paraos que estão acostumados à versãoclássica da história de Arthur, olivro pode decepcionar pela ausèn-cia de relatos de batalhas. Aquitemos uma visão feminina da histó-ria e num mundo medieval as mu-lheres só ouvem falar das batalhasatravés de relatos sempre impreci-sos. Bradley é admirável na manei-ra como transmite a frustração, osofrimento e a rotina de vida destametade da humanidade, a quem onovo mundo cristão reserva apenaso papel de esposa, criada e gerado-ra de filhos. O tratamento crueldestinado às mulheres está por trásda revolta de personagens centraiscomo Igraine e Morgana, paraquem os antigos cultos, onde asmulheres eram ouvidas e respeita-das pelos homens, se tornam o úni-co refúgio possível ante uma novaordem que as associa ao pecado elhes nega todo o direito de ex-pressão.

Depois deste mergulho feminis-ta, a Távola Redonda nunca maisserá a mesma.

Eclipse do

indivíduoA época das incertezas e as transformações do Estadocontemporâneo. Riccardo Campa. Tradução-de AuroraFornoni Bernardini. Editora Difel, 292 páginas, Cr$ 60 mil.

Angela Maria Dias

BESDE

que Nietszche, solenemente, ofi-cializou a morte de Deus vem se consta-tando o progressivo desencanto do ho-mem diante das justificações globais e

dos projetos unitários. A possibilidade de uto-pias e redenção, sucessivamente deslocada domístico para o racional encontra-se, hoje,quem diria, em franco conluio com a indiferen-ça e seus parceiros: o conformismo e a gratui-dade.

Nas pós-modernas sociedades industriaiso dualismo entre um estado tecnocrático —sempre carente de legitimação política — euma sociedade anômica e indiferenciada con-flui, quase sempre, na figura artificial e atro-fiada do "homem sem qualidades". Este per-sonagem indeterminado, ao perder a autono-mia do indivíduo e o vínculo sócio-econômicoda classe, constitui uma espécie de réplicaabstrata da nebulosa que é a massa. Mascomo relacionar o intenso avanço técnico-cientifico-cultural de nossa época com o para-doxo vivido por seus homens sempre maisprodutivos, sempre menos críticos e responsá-veis?

Riccardo Campa, professor da Universlda-de de Nápoles, em seu A época das incertezase as transformações do Estado contemporft-neo, atribui, sobretudo, à crise dos fundamen-tos do conhecimento, a vivência contemporá-nea deste impasse entre um Estado — cadavez mais limitado em sua representação — eum indivíduo, progressivamente, destituídode prerrogativas históricas. Justamente a ra-zão instrumental—ao constituir-se no critériode racionalidade prevalente em nosso tempo— aprisiona as relações sócio-políticas dentrode esquemas relacionais que esterilizam suaspossibilidades e transformam sua natureza.As conseqüências deste fenômeno de desfigu-ração da esfera pública numa rede de "rela-ções horizontais de caráter funcional" (em

detrimento das relaçõesverticais de supremaciaou subordinação) desá-guam na crise da repre-sentatividade inerenteao Estado moderno emsua contracena com a so-ciedade.

Segundo RiccardoCampa, este universo so-ciai pluralista e policên-tricô, pela própria com-plexidade relacionai desuas subestraturas, setorna incapaz de auto-gestão. Na medida emque o aparelho estatal

renuncia a seu papel de fonte de normasgerais passa a fiador de ações concretas susci-tadas por interesses concretos. Aqui, depara-mo-nos com a chamada hegemonia da práxis,quando, segundo o ensaísta, "qualquer idéiaconserva sua validade até que encontre naprática sua refutação concreta". Esta operati-vidade contestatória consagradora da expe-riência — em si e por si mesma — termina porengendrar, em termos sócio-políticos, "um en-feudamento do Estado por parte de partidos eorganizações". Ou seja, "de fiador que era dadialética e da confrontação entre as partes", opoder estatal "tende a se transformar emencarnação, frágil e precária, de uma delas".Mas neste mais recente surto de neocorporati-vismo não se pense que o indivíduo aindarecupera a voz. Eclipsado pelo funcionalismode um lado e pela simulação ideológica dooutro, ele apenas sufoca em sua clausura deapatia e irresponsabilidade.

Riccardo Campa, pela densidade analíti-ca com que promove a revisão crítica desteestado de coisas náo poupa recursos, nem sefurta aos caprichos de uma reflexão sofistica-da. Nos demais ensaios do volume, munido deextensa bagagem erudita, se propõe a configu-rar um amplo painel das implicações e proble-mas envolvidos na crise dos fundamentos denossa cultura. Debruça-se, assim, sobre o dua-lismo metafísico em Platão e Aristóteles, pas-sando pelo Cristianismo, Galileu, Descartes,Rousseau e Nietszche, na tentativa de sugeriro intrincado nexo de vias e desvios que infor-ma o pensamento ocidental e contraditória-mente, demite o homem, seu criador.

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NIVERSIDADE

? IntervençãoDificilmente a Faculda-

de de Direito de Guarulhosescapará da intervenção. Éque o resultado do inquéri-to administrativo instau-rado pelo Ministério daEducação constatou diver-sjas irregularidades, quevão desde transferência dealunos até o próprio vesti-bular realizado. O inquéri-to já está com o ConselhoFederal de Educação, queinformará o Ministro Mar-co Maciel sobre a atitude aser tomada.

A Faculdade de Direitoda Mackenzie tambémtem irregularidades, masnão são tão graves. Deve-râo ser punidos alguns di-retores com admoestaçãooficial.

? Râ dá lucroO primeiro curso de ranicultura da PUC-MG,que possui um ranitário em franca produçãoem seti campus de Belo Horizonte, abriuinscrições para 30 vagas.A criação de rãs deixou de ser hobby. paratornar-se atividade econômica lucrativa.

? VagasA Universidade Federal

de Minas Gerais congelou,há mais de 10 anos, em 3mil 286 o número de vagasno seu concurso vestibu-lar, disputadas, cada uma,por 10 candidatos emmédia.

Isso nào garante, porém,o seu preenchimento.Agora mesmo, a UFMG

está fazendo a quarta cha-mada, para preencher 134vagas, das que tinham sidodisputadas pelos cerca de30 mil candidatos, em ja-neiro.

Do total de vagas aindaexistentes, 53 foram aber-tas pela desistência decandidatos classificados, 5pelo cancelamento de ma-trícula e 80 pela reopção decurso. A reopção é feita nocomeço deste semestre.Todos os que passaram novestibular para o curso deBiblioteconomia reopta-ram, a maioria pelo cursode Direito.

Os que fizerem suas ma-triculas agora só começama freqüentar a Universida-de em março do ano quevem. juntamente com os 3mil 286 candidatos que fo-rem aprovados no proximovestibular.

? Menos burocraciaO primeiro reflexo concreto da aragem que

sopra na área da educação na Nova Repúblicaapareceu, esta semana, na Bahia: voltou acrescer, pela primeira vez nos últimos trêsanos, a procura pelo vestibular da UFBa. Maisde 27 mil candidatos habilitaram-se paradisputar vagas nas Faculdades, Escolas e Ins-titutos das diversas áreas, contra 18 mil novestibular passado.

O fenômeno excedeu as previsões do pró-prio Serviço de Seleção e Orientação e osformulários esgotaram-se, obrigando a reitoriaa prorrogar o prazo de inscrição até depois deamanhã, dia 12. Este ano o que diminui foi aburocracia, pois, para se inscrever e disputaruma vaga na Universidade, o vestibulandoprecisou apresentar, apenas, copia da carteirade identidade.

A questão da represen-tatividade e o debate pelaConstituinte é o painel queo Museu Histórico Nacio-nal realiza no dia 13, das 9às 12h. Serão expositoresAurélio Bastos, João LuísDuboc Pinout, ManoelPinto de Aguiar e AspasiaCamargo. As inscrições,gratuitas, estão abertas noMuseu, na Praça MarechalÂncora, s/n. Mais informa-ções pelo telefone 220-2628(Rio).

Encontram-se abertasas inscrições para os gru-pos operativos de forma-çáo psicanalitica, que co-meçam no dia 19, com acoordenação da psicana-lista Ivanise Fontes. Maisinformações pelo telefone266-1890 (Rio).

Estudantes dos cursosde Direito, Serviço Social eEconomia, de qualquerUniversidade, através du-ma prova de seleção, pode-râo obter transferência pa-ra a Universidade FederalFluminense. As inscriçõesestão abertas até o dia 30próximo, das 10 às 17h, noCentro de Estudos SociaisAplicados da UFF na RuaSão Pedro, 24, Centro. Ni-terói.

Estão abertas as inseri-ções para o concurso vesti-bular janeiro/86 das Facul-dades Integradas de Ube-raba. São oferecidas 1195vagas em 13 cursos, e asprovas serão realizadasentre os dias 24 e 26 dejaneiro próximo. As inseri-çôes podem ser feitas até opróximo dia 22. Mais infor-mações pelo telefone 332-3322 (Uberaba).

O Clube de Engenharia ea Univerta promovem o se-minário Economia e o mo-mento político brasileiro,de amanhã ao dia 14, das19 às 22h, no auditório doClube de Engenharia. Par-ticiparão dos debates:Paulo Singer, Joào Paulode Almeida Magalhães,Marcos Sá Corrêa e Ma-theus Schnaider.

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ENTREVISTA/Tim Rescala

Recado de um jovem:

desconfiem

Lúcia Rito

PsicanáliseQuase 100% dospsicanalistas queconheço são unsbobocas e chatos

SarneyDesconfio de umsujeito que votoucontra as diretas epresidiu o PDS

RockSeria bom quealguns cantorescantassem mais

afinados

JB — Por que você, um músico de 23anos, foi convidado para dirigir umespetáculo em homenagem ao Koell-reuter e não o Tom Jobim ou o MarlosNobre, também ex-alunos? Não é umaresponsabilidade muito grande?Tim — Certamente que é, mas eles meconvidaram porque, além de ex-aluno,eu sou amigo e vizinho dele aqui naUrca. Embora não estude mais com eleestamos sempre juntos. O curioso éque ele sempre consegue juntar em suavolta as pessoas mais jovens. O ladopositivo do Koellreuter é esse: ser pro-fessor de muita gente, sem determinaro estilo de ninguém.JB — E por que voc£ diz que ele égenial?Tim — Ele pergunta o que cada umquer aprender. E ensina se adaptandoao aluno. Como didática é muito inte-ressante. E o principio básico do ensi-no dele é: que você deve sempre per-guntar o porquê das coisas e nuncaacreditar no que ele diz. Por mais quevocê fique fascinado pelo que ele fale,ele mesmo sempre duvidda do que diz.JB — O que ele te ensinou?Tim — Koellreuter me ensinou, querdizer, passou para mim — porque eleacha que ninguém ensina nada a nin-guém — a dúvida em relação ao ladoobscuro e não óbvio das coisas.JB — Quando você começou a comporcom 13 anos o pais entrava na ditadu-ra militar. Em que isso influenciousua música?Tim — Com 13 anos eu estudava naEscola de Música e começava a acharum saco o ensino. Já tinha umas certasidéias políticas, era representante deturma. Depois fui para o André Mau-róis e tinha uma paixão festiva poressas coisas. Eu já compunha fugas,bachianas, prelúdios, tudo imitação.Não tinha muito estilo. Ai sai paratocar rock pesadão mesmo, tipo pau-leira, heavy metal. Desse rock pesadopassei para o rock progressivo e comisso voltei para a escola de música e meinteressei de novo pela música clássi-ca. Isso com 14, 15 anos. E aí a coisapolítica ficou mais acentuada. A opçãopela esquerda foi sem muito critério,tanto que aos 16 anos eu já tinhadesbundado e achava que a esquerdanão tinha mais nada a ver.JB — Mas de qualquer forma vocêcresceu e começou a se profissionali-zar durante a ditadura. Como foi isso?Você em algum momento ficou comvontade de se alienar pelas drogas,pegar em armas?Tim — Eu sempre fui muito crítico edificilmente entraria nessa.JB — O seu pai barítono e sua mãesoprano influenciaram sua decisão deescolher a música? Não houve con-flito?Tim — Se existiu o conflito, foi quandoeu era muito criança, porque com 15anos eu já dava aulas e ganhava o meudinheiro com música.JB — Você se considera um meninoprodígio? Uma exceção numa geraçãoque ainda procura uma saída?Tim — Talvez eu me considerasse atéuns dois anos atrás, porque todo mim-do falava isso, que eu era inteligente,essas coisas. Mas agora não. Tem mui-ta gente da minha idade despontando.Tiago Santiago, Felipe Pinheiro, PedroCardoso, o pessoal que faz rock. Aspessoas estão conseguindo mostrar otrabalho muito cedo, o que é bom porum lado e perigoso de outro.JB — E as drogas? O que você dizdesse pessoal que cheira pó o dia intei-ro e não consegue produzir nada maisconsistente?Tim — Cheirar pó o dia inteiro deve sermuito chato. Agora, cada um faz o quequer, não faço restrições nem tenhonenhuma mensagem moralista paradar.JB — Quem é a sua tchurma?Tim — Eu gosto muito de cinema, deassistir Orson Welles. Adoro, morri depena dele ter morrido, achei que iafazer um grande filme no final da vida.Parece que ia filmar o Rei Lear. Gostotambém do Wim Wenders, Fellini, Ma-rio Peixoto, Glauber Rocha. De músi-ca, dos que me influenciaram de algu-ma forma, admiro Kurt Weill, Eric Sa-tie. Do lado da música contemporânea,Luigi Nono, Luchiano Bhering, JohnCage. Na música popular, do Macalé,Luís Melodia, Paulinho da Viola, Vi-cente Celestino.JB — E do rock?Tim — Gostava dos Miquinhos Ames-trados, que agora estão um pouco su-midos, mas foram um grande grupo derock. Eu sempre gostei muito de rock,mas acho a maioria dos grupos muitoruim. Fazem um rock meio blasé,açucarado demais para o meu gosto.JB — Quais seriam as exceções?Tim — Um pouquinho o Ultraje a Ri-gor e alguns grupos de heavy metal.Eles são mais interessantes do que osde rockabilly, na minha opinião muitochatinho.JB — E Rita Lee, Chico Buarque, Mil-ton Nascimento?Tim — Chico Buarque é um grandecompositor, gbsto muito, mas acho queele atualmente está passando por umareformulação. O Milton eu não tenhoacompanhado muito, mas acho que ,iátez coisas bem melhores. Quanto àRita Lee, também passa por uma refor-mutação interessante. Eu gosto daRita

m Tim Rescala tem 23 anos e nunca esteve tão ocupado.m Ele está nos comerciais da TV, no teatro — lotando oCândido Mendes diariamente com Bel Prazer —, nadireção musical de Pai, de Strinberg, em cartaz no TeatroNelson Rodrigues; e, sexta-feira passada, assinou o espe-táculo Koell-Rock, em homenagem aos 70 anos do mes-tre, na sala Cecília Meireles. Depois de amanhã, Tim vaiapresentar sua Clichê Music na Bienal de Música Con-temporânea, mostrando seis receitas de como fazer músi-ca de vanguarda. Suas opiniões sobre a música, a culturae a política brasileira são tão desconcertantes como suamúsica e tão certeiras como suas piadas. E seu recadofinal revela seu irônico ceticismo: "Duvidem sempre detudo — até do que eu faço."

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JB — Você viu o John Cage, tocoujunto com ele. Ele te decepcionou emalguma coisa?Tim — Eu conheço a obra dele e ele meinfluenciou muito. Cage é um filósofoque utiliza a música como um códigopara passar as idéias dele. Dentro dahistória da música do século XX, é umdos compositores mais importantes.Ele trouxe um corte radical em termosde pensamento musical, tanto comoWeber, Strawinski, Schoemberg. Parti-cipar do concerto dele tocando e co-nhecê-lo pessoalmente foi muito inte-ressante porque pude comprovar tudoo que tinha lido sobre ele. John Cagenão me decepcionou, pelo contrário, foialém das expectativas.JB — E a música do Arrigo Barnabé?Também tem pontos de contato com atua música?Tim — Nós nos interessamos por músi-ca contemporânea, mas a diferença éque o Arrigo conseguiu sintetizar umestilo aproveitando recursos e procedi-mentos da música erudita, passandopara a popular. Prefiro não misturar ascoisas. Gosto de fazer música popularbem popular e erudita bem erudita.JB — Mas não é complicado ser popu-lar e erudito? Como acontece essadivisão na tua cabeça?Tim — É tão importante fazer umaobra que tenha uma razão imediata daplatéia, seja para fazer rir ou chorar,como incentivar o raciocínio de umapessoa musicalmente, levantar um la-do mais racional, mais profundo. Ago-ra, vivendo num país subdesenvolvido,cuja população é desinformada musi-calmente, o melhor no momento é de-senvolver a cultura popular. Isso nãoquer dizer que a gente vai se limitar auma banalidade qualquer e esquecer olado do desenvolvimento da língua-gem musical.JB — Mas você se sente mais confortá-vel em que posição?Tim — Nas duas. Só me sinto confortá-vel quando sinto que estou fazendovárias coisas ao mesmo tempo.JB — E o Festival dos Festivais? Vocêachou importante ou uma bobagem?Tim — Não vi nenhuma eliminatóriaporque estava no teatro. Mas inscreviuma música que fiz como GeraldinhoCarneiro, e ela não foi classificada.Pela não classificação da música quenós mandamos e a classificação dealgumas, o festival me pareceu maispreocupado cm mostrar um lado co-merciável da música. Um lado fácil. Nocaso de nossa, era uma coisa bu«tar.te

louca e acho que não entrou porque eraboa. A tônica do festival foi essa: acoisa bem arranjada, bem produzida,mas o conteúdo em si não me emo-cionou.JB — Para um músico acostumado aorigor e à disciplina da música clássica,como foi subir num palco e des-bunâar?Tim — Foi sem querer. Comecei com oBar Doce Bar. Eu tinha umas músicase me pediram para colocar. Fui indo, eperdi o medo, achando que era brinca-deira. Até hoje é um pouco assim.Como ator não tenho a mesma cons-ciência crítica que tenho como músico.As pessoas que me conheciam da áreade música erudita levavam o maiorsusto, quando me viam travestido deMaria Alice Dodoi. E depois as pessoasque passaram a me conhecer no teatro,perguntavam o que eu fazia na Bienalde Música. É esse conflito que me inte-ressa.JB — Você se identifica com o teatrobesteirol? Acha que é um bom nome?Tim — Eu me identifico não só comesse teatro, mas com o outro tipo.Comecei a trabalhar com as pessoasque fonnularam esse tipo de teatro deesquetes. Minha relação com o teatro ésempre pelo lado musical. Agora, otermo é pejorativo porque revela, emprimeira instância, um preconceito emrelação ao teatro popular. Para mimesse teatro de esquetes é popular, por-que recupera uma certa essência quetinha no teatro de revista. Isso nãoquer dizer que ele elimine o teatro depesquisa, o teatro experimental, demaneira alguma. É um teatro sem in-tençâo de ser vanguarda, e que se voltapara o trabalho do ator, que tava umpouco esquecido.JB — Qual o seu candidato para aprefeitura do Rio?Tim — Vou votar no Marcelo Cerqueirae no João Saldanha. Primeiro porqueeles são os melhores candidatos e de-pois porque não acedito nessa onda dovoto útil. O Saturnino vai ganhar mes-mo. Voto útil é paranóia que o regimemilitarista deixou na gente.JB — Por que Marcelo Cerqueira é omelhor candidato?Tim — Porque ele tem idéias interes-santes e me parece pertencer a umpartido mais autêntico que os outros.O PDT para mim não existe.JB — O Brizola te decepcionou?Tim — Ele exatamente náo, porquecontinua sendo o que sempre foi. Na

verdade o que ele quer mesmo é chegarã Presidência. Ele tem um projeto pes-soai de vida e reuniu várias pessoas,mas o partido em si é uma abstraçãopara mim.JB — Mas você votaria no Brizolapara presidente?Tim — Não, porque tenho medo delelevar o Darcy para o Ministério daCultura. E o Darcy foi o grande caospara a cultura carioca. O que ele fez atéagora, fora os CIEPs, em termos decultura? Não fez nada. Foi uma bagun-ça. Ele atua como um caudilho, igualao Brizola. Não deixa ninguém fazernada. Não adianta chamar pessoas in-teressantes, porque elas não são ou-vidas.JB — Mas o que o Darcy poderia terfeito e náo fez?Tim — Deixar as pessoas fazerem. Jáseria uma grande coisa.JB — A Nova República mudou muitacoisa? Ou a ansiedade das pessoas étão grande que acham tudo ótimo?Tim — Mudou mais na ânsia do povodo que no próprio governo. Desconfiomuito, da Nova República. Pode serque depois das eleições, da Constituin-te, ela se materialize. Mas as pessoasestão mais otimistas e isso é bom. Euera muito novo na época mais brava eisso não interferiu na minha carreira.Não sofri o lado ruim, negativo, masteve gente que sofreu, que foi exilado epara elas é bom estar acontecendoisso.JB — O que você acha do Sarney?Tim — Nada. Desconfio de um sujeitoque votou contra as diretas que foipresidente do PDS. Acho que ele náotem muita personalidade, mas em todocaso espero que passe logo essa faseSarney e se tenha um presidente eleito.JB — Você também é contra o Ministé-rio da Cultura?Tim — Sou. Acho que não precisavaexistir um Ministério para a Cultura,mas já que ele existe, como já disse aMarilena Chauí, vivamos com ele. Táfaltando gente séria nos lugares certos.JB — Quem está no lugar errado equem está faltando?Tim — Me parece que poderia ter umMinistro da Cultura mais interessante.JB — Quais seriam os nomes certos?Tim — Não cabe a mim dizer.JB — Então a cultura da broa de milhoé uma bobagem?Tim — É uma broa de milho. E nadamais.JB — Tem muita gente da tua idadeprocurando caminhos, através da psi-canálise, do Santo Daime e de n tera-pias com nomes insólitos. Sua músicaDesculpe Mamãe critica a psicanálise,ao falar da fuga de um paciente comseu analista gay. E uma provocação?Você não tem um guru?Tim — Foi uma brincadeira. Quanto àpsicanálise em particular, eu acho umsaco. Nunca fiz, concordo ser uma des-coberta incrível para a vida moderna,mas desconfio muito. Acho que 99%dos analistas são uns bobocas, unschatos. Já conheci vários, não comocliente. A psicanálise só deve ser pro-curada se a pessoa realmente tem ne-cessidade, porque senão vira oba-oba.Eu não tenho nenhum guru.JB — Suas músicas políticas são sem-pre impiedosas. Para você, essa deveser a postura do artista jovem?Tim — Não necessariamente. Mas apolítica no Brasil é uma coisa muitorica, uma zona, um caos, uma coisamuito engraçada. Me divirto na tv como noticiário, porque é um absurdo ver oCid Moreira falando de catástrofes elogo depois sorrindo. O TRE é maisabsurdo ainda, porque é um desfile deatrocidades. Então a política brasileiraé um prato feito.JB — Qual é a sensação de, aos 23 anos,ser um músico respeitado, um ator eum garoto propaganda requisitado?Tim — É bom por um lado, porque oponto de vista financeiro é mais com-pensador fazer várias coisas. Se eúcontinuasse a fazer só música contem-porânea, não viveria disso nunca.Quando comecei a fazer teatro tinha adoce ilusão que ganharia dinheiro como teatro, mas só agora, com Bel Prazer,estou ganhando dinheiro, porque tevepeças que eu paguei para fazer. Façocomerciais porque pagam bem. Ganhonum lado e gasto do outro, comprandoequipamentos para meu estúdio.JB — A competência então é essen-ciai?Tim — Seria muito bom se algunscantores de rock cantassem afinados,se os guitarristas tocassem certo. Norock, o porém que eu coloco não é orock, mas a falta de competência. Oproblema é que as pessoas fazem tudomuito cedo: gravam discos sem saberafinar guitarras, aparecem bandas quesó existem em shows, porque quemgrava o disco para elas são outrosmúsicos, etc.JB — Algum recado para a moçada?Tim — Desconfiem de tudo, principal-mente do que ê apresentado como van-guarda. É preciso aprender a discernir.As pessoas precisam se liberar dospreconceitos. Como diria Cage: "novamúsica, nova escuta". Não adiantaquerer escutar uma coisa nova com osmesmos ouvidos de antes, ou assistir auma peça pensando noutra. A van-guarda original, e não a imposta pelamoda, sempre surpreende e agrada opublico.

DarcyFoi o grande caos

para a culturacarioca. Ele atua

como um caudilho

O novoNão adianta querer

ouvir uma coisanova com os

ouvidos de antes

A broaA cultura da broa

de milho é umabroa de milho. E

nada mais.

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Ano 10, N° 497, 10 de novembro de 1985. Nâo pode ser vendida separadamente

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ENDMoral da estória: Se você anda caidaço, apareça na loja Toulon - Copacabana, Ipanema, Rio Sul,

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sumário

PACABAN^^ '''''^r"

Capa: Vilma Gomez

DiretoraMaria Regina BritoEditorArtur XexéoSubeditorAlfredo RibeiroEditora de arteVilma GomezEditora de modalesa RodriguesProdutora de modaArliete RochaFotografiaAgência F4RepórteresAntonio José MendesHelena CaroneHelena TavaresLúcia RitoMaria Silvia CamargoRose EsquenaziDiagramadoresDavid LacerdaEliana KrajcsiJoão Carlos GuedesColaboradoresDulce CaldeiraLiliane SchwobRegina MartelliGerente comercialFábio MatosRedaçãoAv. Brasil, 500/6° andarTel.: 264-4422/Ram.: 410 e 497PublicidadeAv. Brasil, 500/5° andarTel.: 264-4422/Ram.: 322Composição e fotolitoJORNAL DO BRASILImpressãoJB Indústrias Gráficas S/AAv. Suburbana, 301Domingo é uma publicaçãoda Editora JB. Não podeser vendida separadamente

O amigo do teatroJoão Madeira é o homem que garante osfinanciamentos que a Shell dá para oteatro. Seu perfil está na pág.10

A história da pimentinhaA trajetória da maior cantora do país acabade ser traçada em livro. Leia um pouco doFuracão Elis na pág.14

O pensador da arteCarlos Zílio expõe suas pinturas a partirdesta semana no Rio. Leia uma análise deseu trabalho na pág.12

A outra campanhaOs estudantes de Propaganda da PUCbolaram uma campanha para vender aConstituinte. Conheça-a na pág.29

nomes §

musica ?1

capa 22

moda 32usos e costumes 36

horoscopo —

palanque 38as cobras 38

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DOMINGOI... JOUNAl. IX) HHASIt.

12 VISÕESBEM HUMORADAS

DA CAMPANHAELEITORAL

N° 497, 10 de novembro de 1985

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ADOÇANDO OS PALADARES MAIS SOFISTICADOSCOM POUCO AÇÚCAR E MUITA ÁGUA NA BOCA

Os apurados paladares da So-ciedade têm de uns tempospara cá um novo hit: chocola-tes e bombons assinados porMarli Sampaio, o Água na Bo-ca. De produção artesanal, re-sultado de receitas copiadasde um livro da avó, da habilida-de da mãe e da mão-de-obrade uma eficiente auxiliar mi-neira, os bombons já são umsucesso. "O chocolate vem daBahia, mandado por uma irmã

que é fazendeira lá", explica,"e as castanhas vêm do Pará,fresquinhas, todas as sema-nas". De olho na abertura deuma pequena loja, a ex-donade boutique e proprietária deum dos melhores restauran-tes do Rio — o falecido Park's— estuda no momento umafórmula que lhe permita au-mentar sua produção sem in-dustrializá-la. "Antes do lucro,a qualidade", sentencia Marli.

LUCIANA LOUREIRO

A NOVA GERAÇÃO DOVÔLEI TEM SUA ESTRELA

Aos 15 anos, a mais jovemjogadora do time de vôlei ama-dor juvenil do Bradesco dividea quadra com craques quetêm em média dois anos maisque ela. Essa diferença, entre-tanto, não altera em nada suaperformance; pelo contrário,estimula Luciana Loureiro ajogar sempre mais e melhor."Na verdade, deveria estarainda no infantil", conta a jo-vem atleta, "mas meus técni-cos autorizaram esse pulo."Luciana joga há três anos,tempo suficiente para ajudarseus times a conquistaremseis campeonatos e um ter-ceiro lugar no Brasileiro Infan-to-Juvenil deste ano. Não é àtoa que Espiga, como Lucianaé chamada pelas colegas dotime, é hoje uma das maioresrevelações da novíssima gera-ção do vôlei brasileiro.

KslíSSíSse WlxSinger: duplamente este mês nas telas

LORI SINGER

NUMA GUINADA SÚBITA, A TROCA DA MUSICAPELO CINEMA — COM LUCROS PARA TODOS

Há seis anos, a músicaperdeu uma promissoraviolinista e o cinemaganhou, em contrapartida,uma atriz. Assim pode serresumida a guinadaprofissional que aconteceuna vida de Lori Singer,uma texana que estudoucello e violino na infânciae que, mudando-se paraNova Iorque no final dosanos 70, descobriu suaatração pelo cinema. Fezcursos de arte dramática,ganhou o papel-título emFame, estrelou Footloosee rodou recentemente A

Traição do Falcão, deJohn Schlesinger, ao ladode Timothy Hutton, e OHomem de SapatoVermelho, com TomHanks (os dois filmesestréiam no Brasil estemês). Sobre sua troca decarreira, Singer édefinitiva: "São

doisuniversos diferentes eambos merecem muitadedicação. Mas como mesinto sempre vulnerável,isso é emocionante. Nãoquero desempenharsempre o mesmo papel."

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Luciana: craque aos 15Luciana: craque aos 15

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Fred Suter

TERESA CRISTINA RODRIGUES

UM CALEIDOSCÓPIO DE EMOÇÕES MOSTRADOEM PERFIS CRIATIVOS E ORIGINAIS

naldo Cohen, Lucélia Santos eEgberto Gismonti, entre ou-tros. Teresa Cristina conseguecaptar nessa mostra o ladohumano de cada um deles:"Gosto demais de transmitir arealidade das pessoas atravésda imagem, luz e som", conta."E acho que meus entrevista-dos também gostam do resul-tado."

Guerra é guerra: o grupo bra-sileiro Dominó entra em estú-dio nas próximas semanas pa-ra gravar seu primeiro álbumem espanhol, contra-atacandoos Menudos em seu próprioterritório. O disco, insistente-mente solicitado pelas subsi-diárias da CBS de diversospaíses, será lançado no próxi-mo ano em toda a AméricaLatina, Europa e Estados Uni-dos. Essa vingança brasileira

em cima da menudomaniaque tomou o Brasil em 84 eque este ano não vingou co-mo era esperado, começa ga-nha: o Dominó é, surpreen-dentemente, recordista no gê-nero, batendo com 300 milcópias vendidas em apenascinco meses todas as marcasanteriores dos Menudos.Além do mais, criancinhas de-safinadas por criancinhas de-safinadas, viva as nossas!

Para quem mora nos esgotos dacidade, cospe nas pessoas, tem aaparência de um punk imundo e fazquestão de ser agressivo edesagradável, Bob Cuspe até que nãovai mal de vida. Pelo contrário: é, dospersonagens brasileiros de história emquadrinhos, o primeiro em 10 anos aganhar uma revistaprópria. Filho dileto dohumorista Angeli, Bobdecidiu concorrer àPrefeitura, apoiado,segundo seucurriculum vitae, pelosrenegados,desempregados,mutilados e azarados davida em geral. Sob olema "Vote no alvo enão nos atiradores", ocandidato dossubterrâneos da cidade pretendechegar lá, com o apoio de seupartido, o PCB — Partido do Chicletescom Banana. Se você até hoje não sedecidiu em quem votar, vale asugestão: Bob Cuspe para Prefeito!

É uma idéia tão vanguardistacomo quem a concebeu: des-de o dia 5, na Galeria Sarame-nha. Rio, está sendo mostradaa primeira exposição televisa-da já apresentada em galeriade arte. Nas telas, os Perfisde Teresa Cristina Rodrigues,traçados com Fernando Bujo-nes, Ivo Pitanguy, Gal Costa,Florinda Bulcão, JoãozinhoTrinta, Nelson Rodrigues, Ar-

SAMUEL TAETS

Teresa Cristina: jornalismo como arte

A PROMESSA DE UMAESTRÉIA HISTÓRICA

Com 36 anos de carreira, pas-sagens pelo Scala de Milão,pelo Colón do Chile, pela tele-visão, teatro e rádio, o tenorheróico Samuel Taets faz ho-je, no palco do Municipal doRio, no papel título de O Tro-vador, de Verdi, seu débutcomo estrela de ópera. É oponto mais alto de uma vidadedicada à música desde ossete anos, quando começou aestudar com a mãe, cantoralírica, e o pai, professor deteoria e solfejo. Taets, cujavoz já foi comparada a umdiamante e que tem em suaagenda convites para abrircom O Guarani a temporadacarioca do ano que vem, sobeao palco hoje seguro mas ine- §gavelmente muito nervoso: ^"Se minha estréia não for his-tórica, certamente será histé-rica." Taets: diamante em cena

DOMINÓ

GUERRA AOS MENUDOS EM TERRENO INIMIGO JÁCOMEÇA COM VANTAGENS PARA OS BRASILEIROS

Dominó: agora, também em espanhol

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10 entre 10 astros

do teatro elegeram

João Madeira como

padrinho das artes

0 preferido

das estrelas

O

teatro não imagina o que será doteatro em 1986. Nenhum crítico,ator, diretor, produtor ou dono

de casa de espetáculos saberia traçaragora um perfil da próxima temporadateatral. Nem mesmo as antenas oficiais doInacen — Instituto Nacional de Artes Cêni-cas — têm força suficiente para captar os

primeiros sinais dos projetos arquitetadosnos guetos mambembes, alternativos edo chamado teatrão. Quem domina essasinformações é um professor de Letras eComunicação que passa boa parte de seutempo peneirando mais de 50 idéias deespetáculos programados para o ano quevem. João Madeira, 40 anos, é gerente deComunicação Social da Shell. Foi ele quemabriu os olhos da empresa para um bomnegócio institucional: o investimento emteatro. Uma fórmula que deu à Shell o

prestígio de uma empresa bem intencio-nada com a cultura brasileira e, a Madeira,o status do homem mais assediado ebajulado pela gente que faz teatro. Umaespécie de mecenas ou Robin Hood dasartes, alcunhas que rejeita e desaprova.

Alfredo Ribeiro

João Madeira é avesso a badalações,arredio às entrevistas e foge dos fotógra-fos como o diabo da cruz. Um tímido porexcelência.

É claro que João Madeira é apenas a

primeira instância para a concessão doapoio cultural Shell. "Quem decide é adiretoria", faz questão de frisar. Mas nossete anos em que trabalha na multinacio-nal, conseguiu ampliar o interesse artísticoda empresa — tradicionalmente voltado

para o cinema educacional e as artes

plásticas — gradativamente para o teatro,o balé e a música. Acabou com o verdadei-ro pânico que dominava o setor privadosempre que surgia uma proposta de asso-ciação de imagem com o teatro, uma artecujo produto final pode divergir por com-pleto do projeto inicial. Em 1985, a Shellliberou Cr$ 3 bilhões para o bolo cultural ea maior fatia — Cr$ 950 milhões — foidisputada e devorada pelo teatro (12 pe-ças). Em troca, a empresa quer

"o reco-nhecimento da responsabilidade social as-sumida com a aplicação de parte de seuslucros em cultura, divulgação e o retorno

10

n

perfil

da boa imagem da Shell associada a even-tos importantes", diz Madeira."E todas as

pesquisas de opinião, cartas, comentáriose artigos da imprensa nos dão a certeza de

que o teatro é o caminho certo", deduz.Outubro ainda não tinha acabado e

Madeira já se via às voltas com cerca de50 textos e projetos de montagens para oano que vem. Tem na cabeça a determina-ção de patrocinar prioritariamente o autorbrasileiro, distribuindo 60% do investi-mento para o teatro profissional (teatrão) e40% para os núcleos infantis e alternati-vos ("na falta de um nome melhor")."Basta ter bom senso e bom gosto parainvestir na coisa certa", tranqüiliza-se Ma-deira. Ele dribla a timidez e comenta quenão se deixa levar por qualquer tipo desedução que influencie o destino do patro-cínio Shell. "A

gente já está acostumadacom isso", fica reticente.

"O contato com o teatro acabou um

pouco com a timidez do Madeira", revelao ator, diretor e empresário Sérgio Brito, o

primeiro a descobrir o caminho das pedras(leia-se Shell) e amigo pessoal de Madeira."Ele é muito discreto e jamais contaria,nem mesmo para os amigos, as situaçõesem que se envolve nos contatos com osartistas interessados em patrocínio. Mascertamente fica abafado com a sedução,

pois é um homem jovem, e do jeito quetem atriz por aí querendo cruzar as pernaspor qualquer trocadinho...", imagina Sér-

gio Brito que, para o ano, já tem assegura-do o patrocínio Shell para a temporada doTeatro dos 4: Sábado, Domingo e Se-

gunda, de Eduardo Filipo; O Quarteto, deHeiner Muller; e "ainda sonhamos comum autor brasileiro".

Mas não é só a amizade, em algunscasos, e a sedução, em outros, o que se

pode perceber nas entrelinhas da relaçãode João Madeira com o meio teatral.Recentemente, ele se flagrou numa situa-

ção absolutamente hilária durante um jan-tar com Os Sete Gatinhos (os atores LuizFernando Guimarães, Cláudio Gaya, Felipe

Pinheiro, Tim Rescala, Miguel Magno, Pe-dro Cardoso e Ricardo de Almeida, quepretendem montar um espetáculo com omesmo nome). Os Gatinhos se desdobra-ram para bem recepcionar o convidado.Conseguiram um uísque escocês e desço-briram que Madeira não bebia. Tentaramreforçar as qualidades visuais do espetá-culo e foi então que o cenógafo e figurinis-ta Vagner Ribeiro (ex-Dzi Croquetes) deta-lhou minuciosamente sua concepção detapa-sexo e o posicionamento ideal paraaquilo que o paninho se destina a escon-der nos Gatinhos. "Eu via o dinheirosaindo pela janela", confessa Pedro Car-doso. "Que nada, ele se divertiu demais eficou curioso", emenda Cláudio Gaya."Ter um cara desses do nosso lado é uma

grande vantagem", acredita.Os encontros com João Madeira são

geralmente inusitados para os artistas,desacostumados a contracenar com esse

"Quem precisa de

luz é o artista.

Eu só trabalho

nos bastidores."

tipo de personagem. "Nunca tinha sido

bem tratado nas ante-salas de uma insti-tuição oficial. Me senti importante", revelao ator e diretor Amir Haddad, que conse-guiu um patrocínio de Cr$ 30 milhões parao seu Masculino/Feminino, em cartaz noTeatro Cacilda Becker. "É

pouco, mas elefoi sincero quando me disse que era ofundo do saco", lembra Amir, sem os

grilos ideológicos do passado, que não odeixariam aceitar o apoio de uma multina-cional. "A situação do encontro com oMadeira é sempre embaraçosa", comentao autor Geraldinho Carneiro, que entregouà Shell o projeto de seu próximo trabalho,A Bandeira dos Cinco Mil Réis, com a

consorte Maria Padilha e Marco Nanini."Não dá para ser amigo de mecenas", dizGeraldinho.

"Nosso relacionamento émais ou menos como o que Michelangelomantinha com Giulio De Mediei (não con-fundir com o Garrastazu, que foi o mece-nas das artes marciais)", diverte-se.

"O João Madeira é tão discreto que a

gente fica cheio de dedos quando o en-contra", diz a atriz Maria Padilha, queconheceu Madeira em Uma Peça ComoVocê Gosta, e agora o apresentou a Ivã deAlbuquerque e Rubens Correia, do TeatroIpanema, que tentam obter recursos paraa montagem de Merlin ou A Terra Deser-ta, de Trankred Dorst.

"Não tenho a me-nor noção se ele vai ou não nos dardinheiro", comenta Maria Padilha, atriz deMerlin. "Ele é absolutamente honesto enão se deixa influenciar por nada". "Ele é

gentilérrimo", adianta a atriz DéboraBloch, que esta semana esteve na Shellcom Fernanda Torres entregando o proje-to que as duas desenvolvem com o autorNaum Alves de Souza."O supreendente",completa Geraldinho Carneiro, é que oMadeira é um cara sofisticado, um leitorfiníssimo".

"A vantagem do João Madeiraser o João Madeira é que ele foi professorde Literatura, leitor de Becket e Pirandel-Io," reforça Sérgio Brito.

Enfim uma unanimidade no sempredividido panorama teatral carioca. MasJoão Madeira não se deixa tomar pelobrilho das estrelas.

"Quem precisa de luz

é o artista", costuma dizer. Prefere, dis-cretamente, produzir o marketing culturalda Shell em seu escritório na Praia deBotafogo. Tarefa que deve ser das maisagradáveis para quem já foi assessor deimprensa do ex-presidente Ernesto Geisel.Hoje, ele reivindica a aprovação da LeiSarney, que permitiria às empresas des-contar do imposto de renda devido osinvestimentos em cultura. Ao incentivofinanceiro, o teatro responderia com bonsespetáculos:

"A temporada 86 será insti-

gante", garante quem conhece. ®

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Dois dos novos quadros que o artista plásti-co Carlos Zílio estará expondo na GaleriaPaulo Klabin: acima, Chiquita, e abaixo, ODetalhe do Jardim

Pensando a arteri D/M-klr» IrReynaldo Roels Jr.

Em Carlos Zílio,

a pintura de uma

geração sofrida

C

arlos Zílio, que inaugura uma exposi-ção no próximo dia 12, na galeriaPaulo Klabin, cresceu artisticamente

_ em uma geração para a qual o exerci-cio da pintura não se colocou sem dificuldades.Aluno de Iberê Camargo no Instituto de BelasArtes no início dos anos 60, Zílio logo se viudiante de um dilema: pintar para quê? Ascoletivas de que participou no princípio de suacarreira artística estavam destinadas a imprimiruma nova orientação às artes plásticas no país:Opiniào 66, Nova Objetividade (1967) e aBienal de São Paulo de 1967. Nesta última, otrabalho que apresentou era mais um panfleto:uma marmita que tinha, ao fundo, um rostocom o olhar fixado no espectador e, comocobertura, um plástico transparente onde se lia"LUTE". A política misturava-se à arte.

— Era a herança deixada pelo neo-concretismo, a integração da arte na vida. Fazerpolítica era um desdobramento natural da arte,uma experiência de criação, diz ele.

A militância não era estranha a Zílio, quefreqüentou o ISEB ao mesmo tempo em queassistia às aulas de Iberê. Entrou para a univer-sidade como forma de tornar a convivência

familiar mais amena, e fez psicologia porquenão entrava Matemática no vestibular. Organi-zado, caiu e, por vias tortuosas, acabou emParis. Ali, a partir de 1976, conheceu outrosproblemas ligados a sua atividade como artista.

Na Europa, é muito mais fácil perceberos mecanismos sociais e entender melhor aconstituição do Brasil. Defrontei-me com o fimda utopia e com a desilusão com os esquemasinstitucionais das esquerdas. Em Paris, voltei alidar com as formas e descobri uma outrahistória da arte.

Foi desse encontro de Zílio com a históriada arte que surgiu a pintura que ele agoraapresenta. A lição principal, a de Cézanne,aprendida através de Matisse; a cor comoelemento que constrói e institui o pensamentoplástico; a vertical e a horizontal de Mondrian,

que enfatizam ao máximo a pintura como idéia;Rousseau, que surge sob um primitivismo so-fisticado e que nos devolve, nesses últimostrabalhos, à brasilidade de uma Tarsila; e, portrás de tudo, o "caminho das pedras noentender de Zílio, Barnett Newmann.

A arte, diz Zílio, é o terreno do erro, dorisco, onde você excede e ousa as grandessoluções. Todo grande artista é grande apesardele mesmo. É o que sinto quando me reencon-tro com a pintura desses artistas.

A pintura de Zílio é a absorção de todosesses ensinamentos, acrescida da tentativa dedar a volta por cima, um passo adiante que sejaresultado de seu aqui e agora. A brasilidade quedesponta por trás de algumas de suas telas não

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12

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está ali por acaso ou por simbolismo. Trata-sede vivenciar a própria experiência do olhar.

— Antigamente, eu tinha medo de colocaruma palmeira em meus quadros. Mas elaaparecia em muitos trabalhos, especialmentenos do período em que recomecei a pintar. Elanão era evidente, mas surgia como o contrasteentre uma reta vertical e uma horizontal sinuosa(a linha das montanhas).

Não se tratava de figurativismo, mas dotratamento da superfície do suporte e quecomeçava com a divisão da tela em quadrados.Por fim, surgiu como a palmeira que tantotemia, mas que resolveu enfrentar. Ainda como

^ tentativa, junto aos jardins e às máscaras (essas^ também novidade), às laranjas (mais uma vezi Cézanne) e às faixas com que ele manipula a

| cor. Esta, sempre tratada como elemento retíni-

§ co, raramente tátil (é raro a pincelada estruturarc a superfície).

| Pintor, Zílio ainda é coordenador acadêmicocio do Curso de Especialização em História da Arte

O Mágico das Florestas e dos Jardins

e da Arquitetura no Brasil, na PUC. Para ele, areflexão sobre a arte é tão vital quanto a própriaarte, e ele lamenta a falta de um pensamentoconsistente no Brasil. Já tendo participado,durante os anos 70, da revista Malasartes, eleedita agora, através do curso, uma outra publi-cação, Gávea, através da qual ele pretendeinstitucionalizar uma reflexão mais permanentesobre a arte e a cultura brasileiras.

Artista e pensador, a posição de Zílio ésingular naquilo que ela reúne de tradicional-mente antitético para uma única pessoa: a artese localiza no sensível e não se confunde com odiscurso que fala sobre ela. Raros foram os quese arriscaram a exercer as duas atividades emais raros os que o fizeram com sucesso. Apintura de Zílio e a sua produção intelectual (háum livro seu publicado pela FUNARTE, A Que-rela do Brasil, que se tornou leitura obrigatóriapara quem queira conhecer o modernismobrasileiro) indicam que ele está entre aquelespoucos que não sucumbiram sob o peso. doesforço empreendido nas duas direções. (D

"Será

que dá

pra quintuplicar

minha filhinha?"¦

leitura

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Dois furacõesArtur Xexéo

Elis Regina ganha um livro

feito com a mais pura emoção

esde 19 de janeiro de1982, a jornalista ReginaEcheverria vive uma ob-

sessão. Naquele dia, morreu amaior cantora do país e Reginapassou a não tirar da cabeça aidéia de escrever um livro sobresua vida, a vida de um furacãochamado Elis Regina. Lançadono Rio na última sexta-feira, Fu-ração Elis (Nordica Editora) sos-segou a obsessão de Regina emata a curiosidade dos admira-dores da cantora. "Eu

precisavamatar a Elis", declarou a repór-ter num programa de televisãorecente. O resultado é um bemacabado perfil da cantora depersonalidade mais contradito-ria que já passou pelo showbizbrasileiro.

Regina era amiga e fã dacantora. Quase beirava a tieta-gem. Por isso era natural espe-rar um livro que se limitasse alouvar as qualidades de Elis.Mas nada disso. Neste Fura-cão... é desvendado, justamen-te, aquele lado da cantora quetodos os seus fãs gostavam deignorar: a artista temperamen-tal, a ativista política contradito-ria, a colega de trabalho que nãomerecia confiança. Quem nãoquiser conhecer a verdadeira fa-ce da biografada, deve passarlonge das 363 páginas destelivro.

Se havia alguma dúvida deque Regina pretendesse apenaslouvar a personalidade de Elis,ela termina logo na primeira pá-gina, quando a mãe da cantorasurpreende os leitores afirman-do: "Eu não perdoo". Mais tar-de, Dona Ercy volta à carga:"Não é porque ela morreu queeu vou dizer que ela era umdoce." A apuração da repórter éimpiedosa com o mito. O quetorna o livro leitura fundamentalpara quem gostava de Elis oupretende conhecer um poucodos bastidores da MPB.

Não falta nada. Da infânciapobre em Porto Alegre ao su-cesso no Beco das Garrafas.Dos vitoriosos festivais ao pe-ríodo do Fino da Bossa. Dasexcursões internacionais ao tu-multuado casamento com Ro-naldo Bôscoli. De seu sucesso

em espetáculos teatrais às pri-meiras experiências com cocai-na, a droga que a levou à morte.Todo calcado em depoimentosde gente que conviveu com ela(leia trechos na página ao lado),o livro descreve o espanto deRoberto de Carvalho, o maridode Rita Lee, ao encontrar Elis nocamarim durante a temporadade Trem Azul, o último showda artista. "Elis estava passan-do mal. Os olhos meio reviran-do, o corpo balançando", contaRoberto. "Quando despertou,Elis disse que isso era algumacoisa ruim que estavam fazendocontra ela."

A atuação da cantora nesteespetáculo já mostrava sua ade-são à cocaína. "Quando vi Elisem Trem Azul, fiquei pensandoque o contato dela com a cocai-na foi, artisticamente, muito po-sitivo", depõe Caetano Veloso.O show acabou sendo conside-rado o melhor do ano pela críti-ca paulista. Elis reagiu ao prê-mio como uma iniciante: "Con-

segui, consegui ganhar da Gal eda Bethânia."

Todas as contradições deElis Regina são mostradas porRegina Echeverria com a mes-ma fúria com que Elis levou avida. Regina, enfim, matou seuídolo e escreveu um livro. Comoum furacão...

Em Transversal do Tempo

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Gil, Henfil, Nelson Motta...

Você pensa que eu vou usarvestido emprestado? (Elis, re-jeitando a primeira propostade merchandising de suavida).

Eu ficava com tesão. Euficava louco por ela. Ela nuncasoube disso, pode ter suspei-tado, porque eu era muito ter-no com ela (Gilberto Gil).

Aquela coisa que ela botouna cabeça no casamento, meuDeus, aquela guirlanda ridícu-Ia, parecia uma índia comaquela trança (Ronaldo Bôsco-li, descrevendo Elis no dia docasamento).

Comigo é simples: eu divi-do tudo, minhas roupas, meusamigos, mas o meu palco,esse eu não divido (Elis)

Eu era o namorado clandes-tino...Era um paraíso absoluto,escondido. Durou quase umano, sempre viajávamos jun-

% ¦

l\v!lí "k- y.Bôscoli: "aquela

guirlanda ridícula..."

tos com o Som Livre Expor-tação... Até que um dia, derepente, Elis me ligou acaban-do tudo e descombinandonossa viagem a Londres...Fi-quei catatônico. Em estado dechoque. Tentei falar com ela

de todos os jeitos...Fui praLondres sozinho (NelsonMotta).• O Tom é um babaca, umchato, reage contra os apare-lhos eletrônicos, diz que vãodesafinando e afinando, não

sei o quê, fazendo tipo... (Elis,em conversa com RobertoMenescal, descrevendo asgravações do Lp Elis e Tom).

Certa vez, apaixonou-se pe-Io disco Milagre dos Peixes,do Milton, e depois ficou loucapelo livro que conta a vida deIsadora Duncan. Cismou queera uma reencarnação da Isa-dora Duncan (Mônica Figuei-redo).

Será que é vantagem umamulher se casar com um ho-mem bonitinho e charmoso?Será que isso é tudo? (Elispara César Camargo Mariano).

Pô, bicho, você me enterrou(Elis para Henfil, que a haviacriticado por ter cantado naOlimpíadas do Exército).

Eu só me arrependo de terenterrado duas pessoas, Clari-ce Lispector e Elis Regina(Henfil). ®

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Aí então, chegaram os sucos prontos para beber, emcaixmha: que tranqüilidade para as donas-de-casa! Hoje,para preparar um suco, basta abrir a caixinha e servir.Naturais e mais práticos, os sucos em caixinha Longa Vidatornaram-se a opção nutritiva para acompanhar as refeiçõesem casa e nos passeios.

Os derivados de tomate vieram em seguida: polpas, purêse extratos em caixinha acabaram com aquela velha história deescolhe tomate, ferve tomate, peneira tomate. É só abrir acaixinha, temperar a gosto e o molho está pronto. Além de

Tudo começou com o leite. Aos poucos os consumidores

perceberam que era muito melhor comprar o leite emcaixinha. Muito mais higiênico, seguro e bem mais prático.

Foi tomando Leite Longa Vida todo dia, que asdonas-de-casa foram ganhando confiança e passaramtambém a comprar, em caixinha, o leite com sabor para seusfilhos. E só a criança pegar o canudinho, furar a caixinha etomar.

Depois vieram os cremes de leite em caixinha, prafacilitar ainda mais a vida das donas-de-casa.

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lhor em caixinha.

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serem mais baratos, os tomates em caixinha são mais naturais

que os mesmos produtos em latas ou em vidros, pois nacaixinha o envase se dá a frio.

Se você pensar bem, todos aqueles produtos que vocêconheceu em vidros, latas e potinhos estão passando para acaixinha. Até o iogurte, o leite condensado e o vinho.

Enfim, o fenômeno das caixinhas está aí. Porque acaixinha só traz vantagens pra todo mundo. E maiseconômica, mais natural e muito mais prática. A caixinhaTetra Brik é uma segurança para quem produz e para quem

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lovembro de 1985

PROGRAMA

Maria

A ETERNA ESTR

televisão show

o barato do domingobolsa de consumo culturalMÊm o dia da criançacinema

o melhor da semanateatro

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Tony viv6 o jagunço Riobaldo 6 Bruna é Diadorim

//

Mil minutos de um

"Grande Sertão

Bruna Lombardi eTony Ramos

levam ao vídeo da Globo uma

obra-prima de Guimarães Rosa

Foram 365 dias quase ininterruptos decriação na vida de Guimarães Rosa. Noites emadrugadas entre as quatro paredes de umapartamento em Copacabana derramandosua mineirice interiorana em Grande Ser-tão: Veredas. E o que aconteceria se, num

passe de mágica, naquele mesmo 1945. oautor ligasse uma televisão e se deparassecom Bruna Lombardi vivendo o seu Diadorime o jagunço Riobaldo na pele de Tony Ra-mos? Não vale entrar no mérito desta ques-tão. Em termos de números, a Globo tam-bém não economizou esforços: foram ne-cessários 90 dias de criação pelo interior doBrasil, 137 atores, 2 mil figurantes, 50 litrosde sangue artificial etc. O que nada garanteem termos de resultados ou de semelhançaà obra. Neste caso, Walter Avancini, o diretorda série Grande Sertão: Veredas (estréiadia 18), é modesto: "Se

puder traduzir 5%do universo de Guimarães Rosa já estareisatisfeito. Acho que esta criação é muitoimportante porque tem muita gente que tãocedo não se aproximará da leitura e douniverso de Guimarães. Mesmo assim, acho

que consegui traduzir, de alguma forma,15% do clima do autor."

O exercício foi trabalhoso. Convidado

pela Rede Globo em 1982 para dirigir o

episodio, Avancini desistiu meses depois:"Achei que o projeto precisava de mais

tempo". Em abril deste ano — visando às

comemorações dos 20 anos da Globo

Avancini começou as pesquisas enquanto

Walter George Dust fazia o primeiro trata-mento de roteiro. Oito adaptações (comdiálogos de José Antonio de Souza e supervi-são do próprio Avancini) e três viagens aointerior de Minas depois, o diretor já escolhiaos figurinos, o bigode, o cabelo de cada

personagem. Os atores — além do casalcentral, Tarcísio Meira representa Hermóge-nes e José Dumont vive o político de provín-cia Zé Bebelo, mais as participações de YonáMagalhães, Dina Sfat e Sabastião Vasconce-los — faziam um mês seguido de trabalho decorpo e voz. O ponto central do elenco, aatriz Bruna Lombardi, foi exaustivamentepreparado pelo mestre Klauss Vianna emseus gestos e andar. Aprendeu a montar,manejar armas brancas e um rifle. Cortou oscabelos e teve sua linda pele

"estragada"

por uma maquiagem que lhe acrescentouespinhas e cicatrizes. Na época (em abril),declarou: "Não

puxo pelo meu lado homemporque senão farei um Diadorim caricato. Nocomeço, meu braço não dava nem paraapertar o gatilho de um rifle, sou muitomignon. Mas agora já estou conseguindo."

Tudo isto para viver Diadorim, o quemuitos acharão um pecado supremo, já queo personagem insinuado por Guimarães, fru-to de uma dúvida e tormentos infernaisvividos por Riobaldo, já será, de cara, umamulher. Truques da televisão. Avancini acha

que a fórmula funcionará bem junto ao

público: "Isto dará uma carga emocional

mais forte ao espectador, que torcerá porRiobaldo, cúmplice de Diadorim. Acho quenão tinha outro caminho, senão optar poruma mulher. Não podemos avaliar tudo rea-listicamente. Temos que apostar na magia.Além disto, Diadorim é escrito por Rosacomo Bruna é: traços finos, nariz afilado,olhos verdes."

Veremos que outras semelhanças a tele-visão foi encontrar na obra do autor. Milhistórias na famosa telinha. Histórias como ada saga de Riobaldo (Tony Ramos), antigo

jagunço que, criado e afeito aos centrosrurais, segue para vingar o assassinato deseu chefe Joca Ramiro, fazendo um pactocom o diabo. Dividido entre o bem e o mal, orural e a realidade sertaneja, e pela própriadualidade da figura amiga de Diadorim (Bru-na Lombardi), Riobaldo narra Grande Sertãoexaminando a vida e as coisas ao sabor desua própria constituição psíquica. Isto, alémda forte distribuição dos temas centrais co-muns ao autor ao longo da estrutura de suashistórias como os rios, os bois, os bichos, ovento. Coisas que o livro de 600 páginastransmite em profundidade, falando do serta-nejo, mas sendo muito universal. Quanto àtelevisão, esperemos. No mais, a música deMilton Nascimento e o capricho do seriadonas locações. O próprio Avancini percorreu ointerior de Minas três vezes e, mesmo nãotendo encontrado de imediato os recantosdescritos pelo autor mineiro, acabou encon-trando — assim como diz Riobaldo em umade suas falas — "o sertão que viu". Aslocações, escolhidas a dedo pelo cenógrafoIrênio Maia, foram Paredão, São Domingos,Corvello, Várzea da Palma, Pirapora, Porteiri-nha, Rio Pardo e arredores em 65 dias de

gravações. O seriado ficou pronto em setem-

bro, mas esperou pelo término de Tendados Milagres e, depois, pelo fim do horárioeleitoral para ir ao ar mais cedo, às

22h15min. Um resultado de 1 mil minutos deespetáculo, que o espectador poderá confe-rir no ar a partir do dia 18.

Maria Silvia Camargo

2

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TELEVISÃO

críticaMarília Martins

A mesma

receita

Jiló vai-se casar com.. Dondinha

Já há algum tempo, na TV Record, a culi-nária ganhou autonomia, fora dos programasfemininos, e se tomou tema exclusivo dasedições diárias (de segunda a sexta) de ComerBem, com Sílvio Lancellotti, e A Moda daCasa, com Etty Frazer. Só que de formasopostas. Em comum, apenas o peso dos apre-sentadores, gordos, como é de praxe. No resto,a distância é enorme.

No horário de Sílvio, às 10h15min, escolhe-se, a cada semana, um bom restaurante paulis-tano e ali mesmo se prepara um menu sofistica-do, com maitres e garçons uniformizados. Aênfase fica em torno dos cremes, das cobertu-ras, dos molhos, dos pratos flambados, deefeito. Uma cozinha de ordem visual, quevaloriza a combinação de cores, as superfícieslisas, sem arestas, onde quente e frio convivemsuavizados. Visual clean, a decoração, o efeito,a contenção como pontos chaves. O que se

pretende é exibir uma certa exigência de distin-

ção, que pode repercutir mais, compensatória-mente, quanto menor o acesso do espectador aesta cozinha. Sílvio é o único a provar os pratosque faz: o caráter excepcional do que é servidoprecisa ser valorizado e encenado.

Muito diferente é o pacto que Etty Frazerestabelece com suas "amigas", mais próximoao que se faz nas seções de programas femini-nos. Etty é como Ofélia, que faz parte domatinal Ela, da TV Bandeirantes. O cenário podeser a cozinha ou a sala de jantar de umapartamento de classe média. Cozinha caseira,tom de aconselhamento. A ênfase se desloca

para as guarnições, de legumes picados emolho de tomate misturados sem ordem preci-sa. São grandes travessas, pratos familiares.Valoriza-se o excesso, a quantidade. A estéticaé realista, nada compensatória. Aproxima-se aomáximo apresentadora e um certo público alvo,o cenário de uma à casa do outro. Nenhum jogode câmeras (que se limita a acompanhar emclose a mistura de ingredientes), nenhum hu-mor. Incentivar o consumo imediato é tudo.

Pena que, tanto num caso como no outro omesmo molde é repetido à exaustão. Andafaltando um correlato do Apicius na TV. Alguémque, num tom de crônica, lançasse um olharmais irônico e crítico sobre os pequenos hábi-tos alimentares da pequena burguesia, a grandeprotagonista, dentro e fora do vídeo, destesprogramas culinários.Comer Bem, com Sílvio Lancellotti, de segundaa sexta, às 10:15, na TV Record, canal 9.À Moda da Casa, com Etty Frazer, de segundaa sexta, ás 13:30, na TV Record, canal 9.A Maravilhosa Cozinha de Ofélia, com Ofélia,seção do programa Ela, de segunda a sexta, às11:20, TV Bandeirantes.

Estúdio

NOVIDADES EM ASA BRANCA

Fãs de Roque Santeiro, preparem o coração

para as viradas finais da novela. Já dá para perce-ber que o romance entre Mocinha (Lucinha Lins) eRoque (José Wilker) está prestes a acabar. Depoisdo rompimento, Mocinha dá uma segunda virada,dessa vez partindo para arquitetar a completadestruição de seu ex-amor. E ela que irá buscar obandido Navalhada no Rio e ele a "reconhecerá

de imediato porque, dias antes, sonha com umanjo louro que lhe dá o sinal da volta à Asa Branca.Ao lado de Mocinha, outro personagem querarrasar com Roque: Ronaldo (Othon Bastos). E osdois se unem nessa batalha. Ficam tão juntos queos autores da história estão imaginando que adupla pode virar um casal. Mas esse romanceainda não está decidido. Outra dupla que se formadepois da morte de João Ligeiro (Maurício Mattar)é Jiló (Luís Carlos Barroso) e Dondinha (CristinaGalvão). Jiló reconhece que errou em relação aoex-amigo e acaba herdando "sua família . Casacom Dondinha e torna-se o pai dos gêmeos.

ROBERTO CARLOSMUITO ESPECIAL

A pleno vapor os arranjos para a gravação deRoberto Carlos Especial que será exibido pelaGlobo no final do ano. O diretor Augusto CésarVannucci já acertou o encontro de Roberto Carlos eMilton Nascimento. Outro convidado passou afazer parte da lista: Chico Buarque. Mas já estácerta a presença de Regina Duarte, Chico Anysio,Lima Duarte e Jô Soares. Com os intérpretes dePorcina e Sinhozinho Malta, Roberto Carlos conver-sará sobre Roque Santeiro. Ao lado dos humoris-tas da casa ele vai participar de esquetes: JôSoares vai lhe apresentar o exportador de corrup-tos e Bozó, personagem de Chico Anysio, vaiajudá-lo a lançar seu disco. Roberto Carlos Espe-ciai repetirá esse ano o mesmo esquema milioná-rio de superprodução que faz deste especial umdos carros-chefe da Globo no mês de dezembro.

DE OLHO NO SEGUNDO

LUGAR

Recuperar o segundo lugar de audiência o maisrápido possível. Essa é a meta da Manchete queestréia nova programação dia 18, assim que forencerrado o trabalho das eleições municipais. Nalista de novidades o programa musical com ArthurMoreira Lima, no ar dia 20 de novembro, ohumorístico com Mieli, estreando no final do mês,e o show game Alô Pepa! Alô Dola!. comandadopela dupla Pepita Rodrigues e Carlos Eduardo

Miriam Lage

Dolabela. Para dezembro, Rubens Furtado, supe-rintendente da rede, já programou uma lista deatrações especiais: no dia 3, Os Músicos, produzi-do pela Metavídeo, reunindo os melhores nomesda música popular brasileira. Outro musical éPrisma, com César Camargo Mariano, no ar dia 17de dezembro. A Manchete exibe, no dia 27 dedezembro, o filme Ensaio de Orquestra, de Felini."É uma programação para sacudir o público. Que-remos o segundo lugar, já", arremata Furtado.

SCARLET MOON:COM MUITO FOGO

Scarlet Moon está ampliando seus espaçosna TV Manchete. Além de apresentar De Mu-lher Para Mulher ela será a convidada especialde um episódio de Tamanho Família que irá aoar no final do mês. A história, escrita por MiguelFalabella, introduz em cena Jane Pereira (Scar-let Moon), uma incendiária perigosíssima, que,disfarçada de vendedora-Avon, quase transfor-ma Zuzu (Suely Franco) e toda a família emchurrasco. Quem descobre a verdadeira face deJane Pereira é a esperta Irinéia (Stella Freitas). Enesse clima, misturando humor e nonsense, aestréia de Scarlet Moon na linha de dramaturgiada emissora. "Curti muito o personagem". Embreve, a participação de Scarlet Moon na pro-gramáção da tarde da Manchete vai mudar. Das14h às 15h, ela apresentará um programa-solode entrevistas.

Scarlet Moon

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FILME DE HOJE

0 bom

negócio

da guerra

Se a Segunda Guerra Mundial foi uma tragé-dia para os povos e países onde se desenrolou,não se pode dizer que tenha sido de todonegativa para o cinema. Já durante o próprioconflito, a indústria cinematográfica acompa-nhou a reciclagem da economia ocidental, e seinseriu de corpo e alma no esforço de guerra.Foram centenas de filmes heróicos, glamuri-zando a participação aliada no conflito. É famo-sa a história dos pracinhas brasileiros que, nacaserna, eram bombardeados por filmes onde aguerra parecia quase um passeio. Aconteceque, um dia antes do embarque, nossos solda-dos assistiram a Bataan, de Tay Garnett, comRobert Taylor, no qual os americanos eramtrucidados por japoneses, numa ilha do Pacífi-co. Não sobrava ninguém para contar a história.Muitos pracinhas pensaram seriamente emabandonar o barco, mas já era tarde.

O próprio Exército americano produziu sé-ries memoráveis, como Por Que Lutamos,documentários dirigidos entre outros por FrankCapra. Mas foi com o fim da Guerra que estefilé-mignon da dramaturgia pôde ser exploradosem traumas pelo cinema. Praticamente todosos grandes diretores e atores já participaram dealgum filme de guerra. O assunto reúne compo-nentes ideais para a grande tela de cinema:muita ação, suspense, emoções exacerbadas,violência, romance.

Todos estes componentes estão em Fugapara Athena (TV Globo, 00h45min), dirigidopelo grego George Pan Cosmatos. Um bomelenco, liderado por Roger Moore e DavidNiven, num filme com ritmo e muita tensão.Não chega a ser um dos melhores trabalhos nogênero, mas é uma boa opção para o fim denoite.

Paulo A. Fortes

FUGA PARA ATHENATv Globo — 00h45min(Escape to Athena) produção inglesa de 1979,dirigida por George Pan Cosmatos. Elenco:Roger Moore, David Niven, Telly Savallas, Clau-dia Cardinale, William Holden, Elliot Gould.Colorido (117 min).

Guerra. Grécia, 2a Guerra Mundial. Grupode agentes aliados e de prisioneiros de guerraplanejam fuga e preparam o terreno para inva-são das forças inglesas e americanas.

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Roger Moore 6 o astro de Fuga para Athena (TV Globo)Roger Moore é o astro de Fuga para Athena (TV Globo)

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10:4510:5011:00

11:50

( 4) SANTA MISSA EM SEU LAR — Precedida deuma mensagem com D. Eugênio Salles

(11) ESPORTE AMADOR — Programa educativo(ll)O VIRA LATA — Desenho( 2) PALAVRAS DE VIDA — Mensagem religiosa

com D. Eugênio Salles( 4) GLOBO RURAL—Informativo rural. Hoje: expe-

riências desenvolvidas com o sêmem do bodecongelado com água de coco; o plantio que utilizaas hastes das plantas como mudas.

( 7) A CONQUISTA DA TERRA — Informativo rural(11) SUPER MOUSE — Desenho( 2) TELECURSO 2o GRAU — Aula de química e

recapitulação semanal(11) POPEYE — Desenho( 7) EMPÓRIO BRASILEIRO — Programa de música

sertaneja apresentado por Rolando Boldrin( 4) SOM BRASIL — Programa de música sertaneja

apresentado por Lima Duarte. Hoje: o programa édedicado ao humor caipira e tem participações deInezita Barroso, Bentinho, a dupla Barreto eBarroso.

( 9) POSSO CRER NO AMANHÃ — Programa reli-gioso com o Pastor Miguel Ângelo

(11) AQU AM AN — Desenho( 9) BIKE SHOW — Informativo sobre veículos de

duas rodas. Apresentação de João Mendes.(11) SUPERMAN — Desenho( 7) SHOW DE TURISMO — Atrações turísticas do

Brasil e do mundo. Apresentação de Paulo Monte( 4) CAMPEONATO ESTADUAL( 2) FUTEBOL AO VIVO Jogo. Fluminense X Volta

Redonda( 9) AVENTURA AOS QUATRO VENTOS — Do-

cumentário(11) TARZAN — Desenho(11) PROGRAMAÇÃO EDUCATIVA(11) SHOW WALT DISNEY — Desenho(11) CULTURA JOVEM — Entrevistas(11) FUTEBOL—logo pelo Campeonato Paulista(11) SESSÃO ANIMADA — Seleção de desenhos

animados( 7) FUTEBOL AO VIVO — Jogo: Ferroviária X

Santos. Direto de Araraquara com narração deLuciano do Valle e comentários de Rivelino

( 9) FUTEBOL AO VIVO — Jogo: Ferroviária XSantos

( 6) DISNEYLÂNDIA — Programa infantil produzidopelos estúdios de Walt Disney. Episódio de hoje:O Dia de Pluto

tarde

trial. Na parte musical Joel Lamounier, ViníciusCantuária e Léo Jaime

15:00 ( 2) VIAGEM AO REINO ANIMAL — Documentário( 4) VÍDEO-SHOW— Programa apresentado por Ma-

lu Mader e Kadu Moliterno. Hoje: o quintoepisódio da História do Rock com cenas de BillHalley, Chubby Checker e The Beatles; asúltimasnovidades da indústria eletrônica japonesa; osconvidados especiais que participam das novelase o papel dos gêmeos nas tramas de váriasnovelas. Para o público infantil um número musi-cal com Erasmo Carlos.

15:30 ( 6) CLIPSHOW — Vídeos musicais. Hoje: RogerDaltrey, Tears For Fears e King

( 7) AUTOMOBILISMO — Final da Fórmula Indydireto de Miami com narração de Edgard MelloFilho

16:00 ( 2) VAI PASSAR — Especial musical com participa-ção de Tom Jobim

( 4) DURO NA QUEDA — Seriado com Lee Majors.Episódio de hoje: A Ilha do Prazer

16:30 ( 6) SOM MAIOR — Programa musical com apresen-tação de Mylena Ciribeli. Hoje: Lulu Santos, JoãoBosco e Espirito da Coisa. Entrevista com váriospoetas entre eles Chacal e Jorge Salomão

17:00 ( 2) ANTÁRTICA — Documentário( 4) MOTO LASER — Seriado. Episódio de hoje:

Cavalos de Raça( 7) BASQUETE FEMININO AO VIVO —Finalíssima

- da Taça Brasil direto de Piracicaba

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S''^W. Jf *r*%X ' V" - Vm,*

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uma roleta de jogo em Brasília. No Perfil, umaentrevista com Calvin Klein, o papa da modaamericana. Os gols da rodada e os comentáriosde Alexandre Garcia sobre a semana em Brasília

( 7) COPA DO MUNDO — Jogo: Paraguai X Chile.Válido pelas eliminatórias e direto de Assunção

( 9) PROGRAMA SlLVIO SANTOS — Continuação(11) PROGRAMA SlLVIO SANTOS — Continuação

22:00 ( 6) ESPORTE OLÍMPICO — Os preparativos doBTasil para as Olimpíadas de Seul( 7)APITO FINAL — Os gols da rodada doCampeonato Carioca e os melhores momentosdos jogos Vasco X Botafogo e Bangu X Olaria( 9)CAMISA 9 — Programa de debates espor-tivos

22:05 ( 6) PERSONA — Programa de entrevistas apresen-tado por Roberto D'Ávila. Entrevistado de hoje: oMinistro da Cultura Alolsio Pimenta. Depoi-mentos: Henfil e Beth Mendes

22:30 ( 7) SETE MINUTOS — Indicadores econômicos.Apresentação de Lilian Wite Fibe

(11) SESSÃO DAS DEZ — Filme: a programar22:37 ( 7) CRÍTICA E AUTOCRÍTICA—Programa de entre-

vistas e debates. Apresentação de Lilian WiteFibe

22:45 ( 4) OS GOLS DO FANTÁSTICO — Os gols darodada dos campeonatos estaduais. Apresenta-ção de Fernando Vanucci

23:00 ( 4) ELEIÇÕES 85 — Programa apresentado por Joel-mir Betting. Hoje: Debate com os candidatos àPrefeitura do Rio de Janeiro

23:05 ( 6) DEBATE EM MANCHETE — Programa de entre-vistas coordenado por Arnaldo Niskier. Entrevista-do de hoje: o Ministro da Reforma Agrária,Nelson Ribeiro. Debatedores: Octávio MelloAlvarenga, Modesto da Silveira e Murillo MeloFilho

00:00 ( 2) BOA NOITE DE JONAS RESENDE — Tema dehoje: A Promoção do Homem

( 9) NOVOS TEMPOS — Programa sobre informáti-ca. Apresentação de Arcádio Vieira e Vera Gissoni

00:30 ( 4) MELHORES MOMENTOS — Compacto dos jo-gos do Campeonato Carioca( 7IDOMINGO NO CINEMA — Filme: Bonecasda Morte(11 )TV INFORMÁTICA — Noticias, comentários,serviços e entrevistas sobre o mundo da informá-tica

00:45 ( 4) DOMINGO MAIOR —Filme: Fuga Para Athena

Fórmula Indy na Bandeirantes rádio JB

noite AM 940 KHz

12:00 ( 2) ESPORTE AMADOR — Revistas do esporte comcompetições nacionais e internacionais. Apresen-tação de José Regai

13:00 ( ) TRE13:30 ( 2) SHOW DE FUTEBOL — Jogos: América x

Flamengo e Fluminense x Goitacaz( 4) BENJI — Seriado. Episódio de hoje: O Sósia( 6) BBC SUPER — Minissérie produzida pela BBC de

Londres. Hoje: Orgulho e Preconceito (4a parte)( 7) CONVOCAÇÃO GERAL — Programa apresenta-

do por Elys Marina com sorteio Fiat, pára-quedis-mo e concurso Vá à Copa com a Bandeirantes

( 9) PROGRAMA SÍLVIO SANTOS — Programa deauditório com musicais, variedades, competiçõese prêmios

(11) PROGRAMA SÍLVIO SANTOS — Programa deauditório com musicais, variedades, competiçõese prêmios

14:00 ( 4) CARGA PESADA — Minissérie com AntônioFagundes e Stênio Garcia. Episódio de hoje: AAposta

( 7) CAMPEONATO PAULISTA DE RODEIO — Fina-llssima direto do Parque da Água Funda

14:30 ( 6) VÍDEO EM MANCHETE — Programa apresenta-do por Jacyra Lucas. As reportagens tratam darelação entre a Igreja e a História, as cidadeshistóricas do Brasil e o inicio da produção indus-

18:00 ( 2) EU SOU O SHOW ESPECIAL — Compacto doprograma que mostra a trajetória de um artista.Apresentação de Marllia Barbosa. Hoje: ElizethCardoso

( 4) ÁGUIA DE FOGO — Seriado com Emest Borgni-ne. Episódio de hoje: O Piloto

( 6) OPERAÇÃO RESGATE — Seriado com AndyGriffith. Episódio de hoje: Os Caçadores deResgate

18:45 ( 7) BOXE INTERNACIONAL—Disputa do titulo sul-americano de pesos leves. Lutadores: EdsonLiberti (Brasil) X Jesus Romero (Argentina)

19:00 ( 2) SETE DIAS — Programa de variedades, músicase reportagens. Apresentação de Lúcia Abreu,Marco Nanini, Vera Barreto e Mário Lúcio

( 4) OS TRAPALHÕES—Programa humorístico comos quatro trapalhões

19:30 ( 7) BOXE INTERNACIONAL — Luta transmitida di-reto do Luna Park em Buenos Aires. Lutadores:Daniel Falconi (Argentina) X Rocky Sekorski (Esta-dos Unidos)

19:45 ( 7) LOTERIA E SORTEIO FINAL20:00 ( ) TRE20:30 ( 2) STADIUM — Show de gols pelo mundo. Com-

pacto dos jogos Fluminense X Volta Redonda,Flamengo X Portuguesa e São Paulo X Palmei-ra*. VT completo do jogo Vasco X Botafogo

( 4) FANTÁSTICO, O SHOW DA VIDA — Programade variedades apresentado por Sérgio Chapelin

( 6) PROGRAMA DE DOMINGO — Programa devariedades que está comemorando o 1°aniversá-rio. Apresentação de Lúcia Veríssimo e ReineldoGonzaga. Hoje: a segunda parte da reportagem AMagia do Rock; a verdade sobre a indústriabélica brasileira; uma reportagem sobre a dívidaexterna brasileira e o funcionamento oficial de

JBI — JORNAL DO BRASIL Informa: 7h30min. 12h30min e20h30minProgramação esportiva:10h05min — REVISTA ESPORTIVA JB11h05min —TORCIDA JB12h05min - CONCENTRAÇÃO12h45min — DOMINGO BOM DE BOLA14h00min — JB FUTEBOL SHOW20h00min — GRANDE PLACAR ESPORTIVO JB20h45min — DOMINGO ESPORTIVO JBProgramação musical:22h00min — ARTE FINAL: JAZZ — Produção de Celio Alzer,Jota Carlos, José Domingos Rafaelli. Apresentação de MauricioFigueiredo. Destaques de hoje: Phil Woods. Michel Legrand,Martial Solai, Eric Kloss. John Coltrane e Art Blakey

FM Estéreo - 99,7 MHz

10h — Reproduções a raio laser: Sinfonia n° 6, em si menorPatética, op. 74,'de Tchaikowsky (Giulini — 46:40); CenasInfantis, op. 15, de Schumann (Marta Argerich — 18:51);D.Juan, de Richard Strauss (Maazel — 16:26). Reproduçõesconvencionais: Te Deum, de Lalande (Hopkins — 33:40);Sinfonia n° 5, em Ré maior — Reforma, op. 107, deMendelssohn (Karajan — 32:55); Trio n° 13, em dó menor,para piano, violino e violoncelo, de Haydn (Beaux Arts —18:04).20h — Reproduções a raio laser: Sinfonia Espanhola, paraviolino e orquestra, de Lalo (Perlman, Orquestra de Paris eBarenboim — 33:08); 12 Estudos, op. 10, de Chopin (duchable26:32); A Morte e a Donzela — de Schubert (QuartetoAmadeus — 38:30). Reproduções convencionais: Concerton° 2, para piano e orquestra, de Bartok (Anda — 27:57);Sinfonia em Sol maior, Wq 183/4, de Carl Philipp EmanuelBach (Leppard — 9:53).

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A SEMANA NA TVr*"— l 'H ¦ illBBIII III llll11!! II

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Em ritmo

de eleições

As eleições municipais do próximo dia 15 denovembro ocupam maiores espaços nasprogramações das emissoras esta semana. AGlobo colocará no ar hoje à noite, às 23h, aetapa final do projeto Eleições 85, com umdebate regional reunindo os prefeitáveis. AManchete continua a apresentar o VotaBrasil, programete de 10 minutos exibido às21h40min na segunda e terça-feira. Empequenas reportagens, mostra amovimentação pré-eleitoral em diversospontos do país, traçando perfis resumidosde alguns municípios, dos eleitores ecandidatos. O clima das eleições esquentana quinta-feira com as emissoras iniciando oesquema de flashes durante a programação,retratando os últimos momentos dessa caçaao voto. A TVE adiçu de quarta para quintao quadro Hoje Já É Amanhã, do programa1985, para que Milton Temmer possadiscutir com outros jornalistas as últimasnotícias das eleições. O debate começa às23h e invade a madrugada do dia 15.Participam Milton Coelho, diretor da revistaIsto É, Marcelo Pontes, editor de política doJORNAL DO BRASIL; Hélio Teixeira, chefeda sucursal Rio da revista Veja; e MervalPereira Filho, subeditor de O Globo. Nasexta-feira, todas as redes colocam suasequipes na rua, disputando eficiência nacobertura do que dirão as urnas.

Míriam Lage

segunda, TT

20h30min — Educativa — Eu sou o Show —Apresenta de hoje a sexta-feira a trajetória doMPB-4, que comemora seus 20 anos. O progra-ma sublinha cada etapa do grupo, desde ostempos dos Centros Populares de Cultura daUNE até os shows recentes.

ORATORIADICÇÃO — IMPOSTAÇÃO

3 K-7 1a e 2a série valor 300.000 cada série.Prof. Simon Wajntraub

PROBLEMAS DA FALA E INIBIÇÃO, CONSULTASMATRIZ: RJ 236-5223 e 256-1644

FILIAIS: DF. BH. SP. BA, GO.

21 h05min — Record — Encontro Marcado —

Danuza Leão entrevista Daniel Azulay e a atrizLúcia Abreu (que está na peça Bailei na Curva).21h50min — Educativa — Advogado do Dia-bo — Criticado pela montagem de O Corsáriodo Rei, Augusto Boal responde às perguntas deFernando Henrique Cardoso, João Saldanha,Yan Michalski, Maria Bethânia e Fernanda Mon-tenegro, transmitidas pela voz de Sargentelli.22h — Record — Gente do Rio — Apresentaos atores Antonio Pompeo e Paulão (que estãona peça Dois Perdidos Numa Noite Suja), ojogador Paulo Eduardo (da Seleção Brasileira defutebol de salão), a atriz Eva Tudor, o jornalistapolítico Pery Cotta e o cantor Tunai.

terça, 12

21 h05min — Record — Encontro Marcado —Nesta terça Danuza Leão entrevista a atriz BetyFaria e Danny Jõ.21h50min — Manchete — Manchete Do-cumento — O programa aproveita os quarentaanos de existência da ONU para mostrar umaretrospectiva dos momentos mais marcantesda organização.21 h50min — Educativa — Os Repórteres —Hoje Fernando Pamplona é o entrevistado deSandra Regina. Além disso, Tetê Muniz conver-sa com dona Elza Ribeiro da Veiga, a maisantiga eleitora do Rio. Eduardo Pinto mostra otrabalho do recém-criado Centro Policial deAtendimento à Mulher.22h50min — Manchete — Documentário Es-pecial — A série Terra Mágica, da Intervídeo,apresenta hoje um documentário sobre a cida-de de São Paulo.23h — Bandeirantes — Madonna Especial —Especial musical internacional, gravado nos Es-tados Unidos com a roqueira Madonna.OOh — Bandeirantes — Brasil Exportação —Aluisio Pimenta (Ministro da Cultura) é entrevis-tado por Tarcísio Hollanda, Hermano Alves,Tuca de Castro e Haroldo Hollanda.

quarta, 13

quinta, 14

Madonna: terça-feira na Bandeirantes

acontecerá se Jânio ganhar as eleições em SãoPaulo? Quem está por trás da sua campanha?Analistas políticos de jornais, rádio e TV anali-sam o fenômeno do perigo da direita. Temainda os seguintes assuntos: Guatemala —eleições diretas para presidente depois de 31anos de regime militar; o povo fala nas ruas; amulher liberada deixa os homens impotentes?21h25min — Educativa — Tribunal do Povo— O programa desta quinta debate a impotên-cia sexual. É um problema físico ou psíquico?Em cena os médicos Cezar Nahoum e EduardoMascarenhas.23h15min — Record — Encontro Marcado —Danuza Leão recebe a atriz Jacqueline Lauren-ce, que está na peça Tupã.

sexta, 15

21 h20min — Manchete — Especial Musical —Alceu Valença — Documentário sobre a vida earte do cantor e compositor Alceu Valença.21h25min — Educativa — Contraluz — Mos-tra hoje Moreira da Silva. Criador do Samba-de-breque, o cantor continua em plena atividadeaos 83 anos. Ele canta músicas de Cartola eLupiscínio Rodrigues.22h — Bandeirantes — Marília, Gabi, Gabrie-Ia — Nesta quarta estão com Marília Gabriela:Sérgio Reis, João Nogueira, Jane Duboc, Sivu-ca, Luizinho Eça e o presidente da Funai,Apoema Meirelles.23h15min — Record — Encontro Marcado —Danuza Leão entrevista Ronaldo Boscoli, quefala do livro sobre a vida de Elis Regina, sua ex-mulher, e também sobre o especial de final deano de Roberto Carlos. O programa apresenta,também, a manequim Fátima Muniz Freire.

21 h25min — Educativa — Sexta Independen-te — Hoje Noite de Jazz, exibindo momentosde arte refinada, com apresentações do saxofo-nista Victor Assis Brasil, Betty Carter e DukeElligton.22h — Bandeirantes — Hebe — Hebe Camar-go recebe nesta sexta-feira Olívia Hime, Arman-do Manzanero, Renata Sorah, Laura Cardoso,Ediney Giovenazzi, Sandra Cavalcanti e ViníciusCantuária.OOh — Bandeirantes — Sexta-Feira — Gabeirafaz uma análise das eleições municipais nosprincipais centros do país; Marcos Sá Corrêaentrevista Homero Icaza Sanches, "o bruxo"que antecipa em primeira mão o resultado daseleições, e Tão Gomes Pinto vai à Rua doTriunfo, em São Paulo, para ver de perto como"anda" o cinema pornô.02h30min — Globo — Eleições 85 — BoletimNacional — Já fornece alguns dados sobre asapurações das eleições no Rio de Janeiro e nasoutras capitais.

sábado, 16

21h15min — Record — Olho Mágico — Oprograma de hoje apresenta uma reportagemespecial sobre as eleições municipais: O que

7h — Globo — Bom Dia Brasil Especial —Você já acorda acompanhando a apuração daseleições nas capitais.14h05min — Globo — Futebol — Direto deParis o jogo França x Iugoslávia, classificatóriopara a Copa do Mundo.18h — Bandeirantes — Eleições — Análisedos primeiros resultados oficiais e dos candida-tos com vitória garantida.0h30min — Globo — Boletim Nacional —Apresentação dos primeiros candidatos eleitosdas principais capitais do país.0h50min — Globo — Eleições — Entrevistacom o prefeito eleito do Rio de Janeiro.

6

FILMES DA SEMANA NA TV

dia hora filme sinopse

seg 11 Canal OS TURBANTES VERMELHOS (The Long Duel) ingl. 1966. cor, 115 min, dir. Aventuras. Poltcia inglesa quer acabar com bandidos na India de14h50min Ken Annakin- ^ Yul Brinner- Trevor Howard. 1920. Oficial ingISs fica amigo do Ifder nativo.

Canal OURO DEMAIS PARA GRINGO (Lo Credevano Uno Stinco di Santo) ital. Western Italiano. Velho bandido sai da cadeia e 6 sequestrado por22h 1971. 90 min, cor. dir. Juan Bosch. Com Anthony Steffen. homem que quer fruto do roubo cometido h3 20 anos.

Canal POSUIVAMENTE MILLIE (Throughly Modem Millie) amer, 1967, cor, 139 Comfcfia. Moga casadoira chega ft Nova torque de 1922 e tenta00h30min min- dir- !Geo,Be Hi,L Com Juli® Andrews- M"* Tyler Moore. fisgar opatrto, queestt apaixonado por outra mulher.

ter 12 Canal OS GUARDAS FLORESTAIS (The Rangers) amer, cor, 1974, 73 min, dir. Aventura ecol6gica. Narra as atividades dos guardas florestais do14h50min Chris Nybv Com James G- Richardson. Colby Chester. Parque Nacional de Yosemite, Califbmia. Feito para a TV.

Canal BRUCE LEE, 0 PUNHO DEMOLIDOR (Fist of Unicorn) Hong Kong, cor, dir. Kung Fu. Crianga assiste ao assassinate de seus pais e, depois de22h Bruce Lee. Com Tsant T. B. Jau, Jin Fei, Schcau C. Lin. adutto, parte em busca dos assassinos.

Canal A MALVADA (All About Eve) amer, 1950, p. b. 139 min, dir. Joseph Drama. Atriz novata tornfrse secretiria de estrela do teatro. mas,00h30min Mankiewicz. Com Bette Davis, Anne Baxter, George Sanders. ambicioaa. acaba tomando o papel e o amante da patroa.

qua 13 Canal O MANTO SAGRADO (The Robe) amer. 1953, cor. 134 min, dir. Henry £pico. Tribuno romano, executor de Cristo, fica enfeitigado pelo14h30min Coster. Com Richard Burton, Jean Simmons, Victor Mature. Manto Sagrado e toma-se cristflo, opondo-se a Roma.

Canal URSUS. O GLADIADOR REBELDE (Ursus, the Rebel Gladiator) ital, cor, dir. £pico. Gladiador torna-se Imperador em Roma, onde a vida vira umDomenico Paoleila. Com Dan Vadis e Alan Steel. inferno, at6 a chegada do justiceiro: Ursus.

Canal TORRENTES DE PA1XAO(Niagara) amer, 1953, cor, 89 min, dir. Henry Drama. Marido ciumento descobre que sua sensual esposa tem um22h20min Hathaway. Com Marilyn Monroe, Joseph Cotten. Jean Peters. amante. Ele se transforms num assassino perigoso.

Canal ADORAVEL PECADORA (Let's Make Love) amer, 1960, cor, 118 min, (fir. ComWia. Mfflonlrio europeu se apaixona por estrela da Broadway,00h05min George Cukor. Com Marilyn Monroe, Ives Montand, Tony RandaH. mas « ridiculariiado no show em que ela aparece.

qui 14 Canal UMA EXPERlENCIA EXTRAORDINARIA (Hawmpsl) amer, 1976, cor, 113 Com6dia. Narra a hist6ria real das experiSncias feitas pelo Ex6rcito14h30min - min- dir- Joe Co™ James Hampton. Christopher Connelly. americano. que usou camelos no deserto texano.

Canal A FORCA DO MAL (Something Evil) amer. 1972, cor, 73 min, dir. Steven Terror. Mulher que vive no campo percebe que forgas do mal estto22h Spielberg. Com Sandy Dennis, Darren Mc Gavin. Ralph Bellamy. agindo e. por fim, ela mesma 6 possuida.

Canal UMA RAJADA DE BALAS (Bonnie and Clyde) amer, 1967, cor, 110min. dir. Gangsterismo. Bonnie e Clyde fazem carreira no mundo do crime e,00h05min Arthur Penn. Com Warren Beaty e Faye Dunnaway. oom o tempo. sfc> ferozmeme cagados pela police.

cpy 15 Canal A FAMlLIA QUE NINGU^M QUERIA (The Family Nobody Wanted) amer, cor, Dramalhfio. Pastor e sua esposa lutam para criar 12 criangas. de

14h30min 73 min' dir- Ra'Ph Senesky. Com Shiriey Jones e James Olson. ragas diferentes. Feito para a TV.

Canal FABRICANTES DE ILUSOES (The Fiction Makers) ingl, 1967, cor, 104 min, Aventura. Detetive Santo entrants quadrilha que se inspire em

21 h20min dir- Rov Baker- C°m Roger Moore, Sylvia Sims. escritora de romances, para tenter o cnme perfeito.

Canal GL6RIA (Gloria) amer, 1980, cor, 123 min, dir. John Cassavetes. Com Gena ThriHer. Ex-emante de cheWo de Nova torque faz tudo para defender

00h40min Rowlands. Joan Adames. Buck Henry, Julie Carmen. garoto porto-riquenho, marcado para morrar.

Canal BARCO SEM RUMO (Abandon Shipl) amer. 1957, p.b., 110 min, dir. Richard Transatjintieo exptode, e niufragos se apegarT^a bote salva-vidas.

01h15min °°m Tyrone P0***. Mai Zetteriing. Uoyd Nolan. Legendado. onde nfc> cabem todos: algun8 terio que morrer.

Canal OS COVARDES VIVEM BEM (Slither) amer, 1973, cor, 96 min, dir. Howard Policial. Ex-tedr8o vai comemorar sua salda da cadeia^na casa de

02h40min Zieff. Com James Caan, Peter Boyle, Sally Kelerman. amigo que 6 metralhado, pois roubou 300 mil d6lares.

s£b 16 Canal IRMAO CONTRA IRMAO (Saddle the Wind) amer, 1958, cor, 84 min. dir. Western. Pistoleiro chega a um vale com cantora de saloon e logo21 h20min Robert Parish. Com Robert Taylor, Julie London, John Cassavetes. se mete em confus6es e duelos com outros valentes.

Canal A ROSA (The Rose) amer, 197a cor. dir. Mark RydeH,Com Bette Midler, Drama. Ontora de Rock, no auge da carreira. wtt esgotada por ¦.

22h Alan Bates, Frederic Forrest Barry Primus. Harry Dean Stanton e»oesso de sexo e drogas, que a levam a um trfigco fim.

Canal CYRANO DE BERGERAC (Cyrano de Bergerac) amer, 1950, p.b. 112 min, Biografia de Cyrano de Bergerac, poeta, fikisofo e bufSo que, devido22h10min dir. Michael Gordon. Com Jose Ferrer, Mala Powers. Legendado. a seu enorme nanz, nSo consegue o coragSo de sua amada.

Canal O PIRATA (The Pirate) amer, 1948,^^cor, 102 min. dir. Vmoente MinneMi. Com Musical; Numa aha das Caralbas. moga sonha com o amor de um23h20min Judy Garland, Gene ICaBy, Walter Steak. phata, mas 4 prometida ao Govemador, gordo e mal encarado.

Canal O TERCEIRO TIRO (Games) amer, 1967, cor, 100 min, dir. Curtis Harrington. Drama. Vendedora fica amiga de milionSria e a ajutto em.jogos comQ0h Com Simorte Signoret, James Caan, Katharine Ross. o marido desta, at« que um cnme ocorre na mansSo.

Canal FIST (FIS T) amer, 1978, cor, 145 min, dir. Norman Jewison. Com Melodrama. Lfder do Sindicato de Motoristas de Caminhfio sobe noQ2h Sylvester

-Stallone. Rod Steiger. Peter Boyie, Melinda Dillon. meio sindical, mas seu idealismo acaba em corrupgao.

Canal OPERACAO DETROIT (The Detroit Connection) amer, 1973, cor, 74 min, dir. Policial. Morte de velho trabalhador — aparentemente um acidente

02h Nicholas Colasanto. Com Richard Boone, Kim Hunter. — foi um crime, que tem a ver com a Mdfia de Detroit.

dom 17 Canal ESPETACULO DE SANGUE (Berserkl) ingl, 1967, cor, 96 min, dir. Jim Drama. Acrobata de circo morre, e a estrela resoK/e explorer isto00h30min O'Connolly. Com Joan Crawford. Ty Hardin. Diana Dors, Judy Geeson. corno publicidade. Outros crimes e ocorrem. Ela 6 suspeita.

Canal TERROR NA TORRE (Terror on the 40th Floor) amer. 1974, cor. 100 min dir. Catfistrofe. Pr6dk> pega fogo e sete pessoas que estavam no 40°00h45min JenY Jameson. Com John Forsythe. Joseph Campanella. andar tentam escapar das chamas. Feito para a TV.

A programagao acima estA sujeita a alterag6es de ultima hora. I Recomer>daC6es

7

A reviravolta dos

novos sucessos

Surpresas na Bolsa: Mad Maxchegou ao circuito de cinemas compoderes de super-herói e, logo na

primeira semana, alcançou a categoriade campeão de bilheteria; no teatro,Um Bonde Chamado Desejo, apesardas críticas negativas e da mápublicidade provocada pela briga queenvolveu sua atriz principal (TerezaRachel) e o diretor do espetáculo(Maurice Vaneau) estreou já em

primeiro lugar. A agora popularíssimaTetê Espíndola tornou Escrito nasEstrelas a melodia mais tocada naRádio Cidade. O roqueiro Léo Jaimeestréia na parada de sucessos com seuLp Sessão da Tarde. Por isso, o grupoDominó, o Menudo brasileiro, saiu dalista da Nopen. Entre os best sellers,Milan Kundera comprova seu sucessono Brasil colocando Risíveis Amores,lançado há 15 dias, como o segundolivro mais vendido de ficção. Só perdepara A Insustentável Leveza do Ser.De Mila Kundera. Acompanhe asmudanças da BCC, a Bolsa deConsumo Cultural.

filmes

campeões de bilheteria1. Um Homem, Uma Mulher, Uma Noite(Jóia, Tijuca-Palace-1), público: 269 mil 501espectadores, renda: Cr$ 3 bilhões 211 milhõesna 47a semana.2. A Testemunha (Largo do Machado-2), públi-co: 147 mil 680 espectadores, renda: Cr$ 1bilhão 705 milhões 200 mil na 9a semana.3. Mad Max, Além da Cúpula do Trovão (SâoLuiz, Ópera-1, Odeon e grande circuito), públi-co: 100 mil espectadores, renda: Cr$ 1 bilhão120 milhões 845 mil na 1a semana.4. Porky's Contra-Ataca (fora de circuito), pú-blico: 89 mil 588 espectadores, renda: Cr$ 841milhões na 3a semana.5. A Rosa Púrpura do Cairo (Veneza), público:72 mil 711 espectadores, renda: Cr$ 884 mi-Ihões 865 mil na 6a semana.Fontes: Fox, Columbia-Warner, Condor, UIPe Franco-Brasileira.

teatro

campeões de bilheteria

1. Um Bonde Chamado Desejo (Teatro TerezaRachel), público: 2 mil 371 espectadores emcinco apresentações.2. Oitavo na Peneira (Teatro Casa Grande),público: 1 mil 870 espectadores em quatroapresentações.3. Assim É, Se Lhe Parece (Teatro dos Quatro),

H

BOLSA DE CONSUMO CULTURAL

,Mad Max já é um campeão de bilheteria

público: 2 mil 941 espectadores em sete apre-sentações.4. Viva a Nova República (Teatro Copacabana),público: 1 mil 888 espectadores em seis apre-sentações.5. Gatão de Estimação (Teatro da Praia), públi-co: 1 904 espectadores em seis apresentações.Fonte: SBAT. referente à semana de 23 a 27 de outubro.

musica

ESTRANGEIRAS

as mais tocadas

1. Jump com Aztec Camera2. Your Latest Trick com Dire Straits3. Power of Love com Huew Lewis & TheNews4. Things Can Get Better com Howard Jones5. More Than I Can Bear

4 Se Houver Amanhã, de Sidney Sheldon(Record, 404 p, Cr$ 77 mil 900) (4/30).5. A Polaquinha, de Dalton Trevisan (Record,160 p. Cr$ 34 mil 900) (5/6).

NÃO FICÇÃO1. Olga, de Fernando Morais (Alfa-Omega, 314p. Cr$ 88 mil) (1/3).2. Brasil: Nunca Mais, Anônimo (Vozes, 312 p,Cr$ 45 mil) (3/14).3. Assim Morreu Tancredo, de Antônio Britto(L&PM, 202, p, Cr$ 42 mil) (2/8)4. Fidel e a Religião, de Frei Betto (Brasiliense,379 p, Cr$ 48 mil 600) (5/2).5. Cem Dias entre Céu e Mar, de Amyr Kink(José Olímpio, 190 p, Cr$ 49 mil) (0/2).Fontes: Livrarias Argumento, Tempos Modernos, Dazibao, Eu eVocê, Siciliano, Francisco Alves. Riomarket, Xanam, Timbre,Paisagem Eldorado, Tijuca. Pasárgada (Niterói), e Ponto deEncontro I e II (Teresópolis). O primeiro número entre parènte-ses indica a posição na semana anterior; o segundo, a quantida-de de semanas em que aparece na lista, mesmo não seguida-mente.

NACIONAIS

1. Escrito nas Estrelas com Tetê Espíndola2. Rádio Pirata com R.P.M.3. Nos Barracos da Cidade com Gilberto Gil4. Estação da Luz com Alceu Valença5. Zoraide com Ultraje a Rigor

Fonte: Rádio Cidade

livros

best sellers

FICÇÃO1. A Insustentável Leveza do Ser, de MilanKundera (Nova Fronteira, 316 p, Cr$ 62 mil 900)(1/40).2. Risíveis Amores, de Milan Kundera (NovaFronteira, 238 p, Cr$ 38 mil 800) (0/0).3. O Amante, de Marguerite Duras (NovaFronteira, 129 p, Cr$ 23 mil 900) (2/26).

discos

parada de sucessosdiscos1. Roque Santeiro (trilha sonora) — Vários (2)2. Vulgar e Comum É Não Morrer de Amor —Wando (4)3. Barato Bom É da Barata — Turma do BalãoMágico (1)4. A Gata Comeu (Internacional) — Vários (3)5. Sorriso Novo (Jibóia) — Almir Guineto (7)6. Fábio Júnior — Fábio Júnior (9)7. Nós Vamos Invadir Sua Praia— Ultraje aRigor (5)8. Sessão da Tarde — Leo Jaime9. Cassino do Chacrinha Especial — Vários(10)10. Libra — Júlio Iglesias (6)Fonte:() O número entre parênteses indica a posição na semanapassada.O LP Dominó foi o único a sair da lista.

8

CINEMA

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O pornô

venceu

outra vez

Com Tubarão 3, naufragou atentativa de arrancar do

Cine Vitória o rótulo pornô

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Tubarão 3, em três dimensões, esvaziou o Vitória. Mas.

O cinema Vitória, um dos mais antigose tradicionais cinemas do Centro do Rio,perdeu há pouco tempo uma tambémtradicional freqüência: o público de filmespornográficos que lotava há anos a amplasala de projeção (1.267 lugares) da RuaSenador Dantas em todas as sessões. Sóque a experiência de "moralização" tenta-da pelos arrendatários do Vitória, o GrupoSeveriano Ribeiro, durou apenas duas se-manas com a exibição de Tubarão 3 efracassou. 0 erotismo venceu o entreteni-mento assexuado e os pornôs vão voltarcom força total.

Para atrair um novo público, a Severia-no Ribeiro investiu em equipamento paracinema em três dimensões: uma lenteobjetiva especial (a projeção em 3-D é feitaa partir de dois fotogramas), tela metaliza-da e grosas de óculos polaróides foramimportadas. Para estrear o novo estilo doVitória, foi escolhido o filme Tubarão 3,uma continuação em 3-D da série que ésucesso fácil de bilheteria em todo omundo. A mudança deixou muita gentefeliz: "Meu

pai assistiu 0 Vento Levouneste cinema. Não sou contra filmes por-nográficos, mas o Vitória tem que zelar porsua tradição" — dizia esta semana PauloRogério Siqueira, 30 anos, na platéia doVitória. O sargento da Marinha OlegarioGuerra, 27 anos, que deixou o submarinode que é tripulante para ver como umtubarão em 3-D se projeta para fora da

tela, também festejava o novo estilo: "O

Vitória tinha decaído muito, e esta casatem um nome a zelar". O público femininovoltou ao cinema (a platéia de filmes pornôé 90% masculina), e Sônia Maria Aran, 21anos, que considera as pornochanchadas"sem

pé nem cabeça", ficou maravilhadacom a projeção em 3-D.

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...devolveu ao cinema o público feminino.

Mas o sucesso do novo Vitória durouapenas uma semana. Já na segunda se-mana de exibição de Tubarão 3 a freqüên-cia caiu bem abaixo da marca de 13 milespectadores por semana que curtiam alinha erótica anterior. Esta queda foi osuficiente para que os arrendatários to-massem uma decisão: Tubarão 3 serásubstituído por Sexta-Feira 13, um filmede terror em três dimensões (com estréiaprevista para essa semana). Mas logo emseguida será tentada uma solução concilia-tória, com a exibição de O Tesouro dasQuatro Coroas, um filme pornográfico,em 3 D. "O Vitória é um cinema do Centroda cidade que conquistou um públicoespecífico", justifica Luís Severiano Ribei-ro Neto, referindo-se à massa de office-boys, despachantes e bancários acostu-mados a fazer do cinema um templo decatarses eróticas. Como o auxiliar de escri-tório Carlos Roberto Peixoto, 24 anos, queestá contente com a volta à antiga ordem:"se continuasse careta assim, o cinema iafechar. Está muito devagar. A tradição doVitória é ser um ponto de encontro, umlugar para se conhecer pessoas novas,paquerar. E estes filmes em 3-D — quetem uma projeção que o abriga a usaróculos horríveis, estavam espantando o

público gay", opina ele.

Antônio José Mendes

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lançamentos

PARIS, TEXAS (Paris, Texas), de Wim Wenders. Com HenriDean Stanton, Sam Berry. Nastassja Kinski. Dean Stockwell.Aurore Clement e Hunter Carson. Gaumont Copacabana (RuaRaul Pompéia. 102 — 247-8900): 15h30min, 18h30min,21h30min. Gaumont Catete (Rua dò Catete, 228—205-7194):15h, 18h, 21 h (14 anos).Um homem solitário caminha até desfalecer através da imensi-dão desabitada do Texas. É socorrido mas se recusa a falar comqualquer pessoa, até mesmo com o irmão de quem não temnotícias há quatro anos. Lentamente ele volta a se adaptar àsociedade mas tem uma idéia fixa: reunir a mulher e o filhoseparados há muitos anos. O filme é baseado em roteiro deSam Shepard, autor de Louco para Amar, seu último livrolançado no Brasil. Produção alemã. Vencedor da Palma de Ouroem Cannes, ano passado.JOHNNY, O GANGSTER (Johnny Dangerously). de AmyHeckerling. Com Michael Keaton. Joe Piscopo; Marilu Henner.Maureen Stapleton e Peter Boyle. Palácio-2 (Rua do Passeio,40 — 240-6541): 14h, 15h40min. 17h20min, 19h, 20h40min.Art-Casashopping 3 (Av. Alvorada, Via 11, 2.150 — 325-0746):16h. 17h40min. 19h20min, 21h. Bruni-Copacabana (Rua Bara-ta Ribeiro, 502 — 25&4588): 15h, 16h40min, 18h20min, 20h,21h40min. Coper-Tijuca (Rua Conde de Bonfim. 615): ¦14h20min, 16h. 17h40min. 19h20min. 21 h. (16 anos).Em 1930, a Depressão Americana e a Lei Seca fazem aumentarassustadoramente a corrupção e o suborno. Apenas o crimeorganizado prospera e a cada dia surge uma nova gang egangsters cada vez mais ousados. O filme é uma comédia quemostra todos os clichês dos filmes de gangster nessa décadade 30. Produção americana.QUINTETO IRREVERENTE (Amiri Miei — Atto II). de MarioMonicelli. Com Ugo Tognazzi. Adolfo Celli. Philippe Noiret.Gastone Moschin, Renzo Montagnani e Paola Stoppa. Bruni-Ipanema (Rua Visconde de Pirajá, 371 —521-4690): 14h30min,16h50min, 19h10min, 21h30min. Bruni-Tijuca (Rua Conde deBonfim. 370 — 254-8975): 14h. 16h20min. 18h40min. 21 h. Rio-Sul (Rua Marquês de São Vicente. 52 — 274-4532): 14h,16h30min, 19h. 21h30min (18 anos).Cinco amigos, superirreverentes. fazem de Florença o cenáriopara suas aventuras, pilhérias e adultérios. Um deles morre e osquatro restantes, entre brincadeiras e lembranças, recordamsuas histórias. Continuação do filme Meus Caros Amigos.Produção italiana.MAD MAX — ALÉM DA CÚPULA DO TROVÃO (Mad MaxBeyond Thunderdome), de George Miller e George Ogilvie.Com Mel Gibson, Tina Turner. Frank Thring, Ângelo Rossitto ePaul Larsson. São Luiz 2 (Rua do Catete, 307 — 285-2296),Roxi (Av. Copacabana. 945 — 236-6245). Barra-3 (Av. dasAméricas, 4.666 — 325-6487), Ópera-1 (Praia de Botafogo. 340— 266-2545): 14h, 16h. 18h, 20h. 22h. Odeon (Praça MahatmaGandhi, 2 — 220-3835). Tijuca (Rua Conde de Bonfim. 422 —264-5246): 13h30min. 15h30min, 17h30min. 19h30min.21h30min. Madureira-2 (Rua Dagmar da Fonseca. 54 — 390-2338): de 2a a 4a. às 13h30min, 15h30min, 17h30min,19h30min, 21h30min. De 5a a domingo, às 15h, 17h. 19h. 21h.Olaria (Rua Uranos. 1.474 — 230-2666): 15h. 17h. 19h. 21h.Com som dolby-stereo (14) anos.A civilização foi destruída e uma nova sociedade, muito violenta,surge no deserto. Um dos rituais dessa nova sociedadeconsiste num duelo de vida ou morte disputado numa arena emforma de cúpula. No meio desse povo surge Mad Max que umatribo de crianças aguarda como salvador. Terceiro filme da série.Produção americana.GOTCHAI — UMA ARMA DO BARULHO (Gotchal), de JeffKanew. Com Anthony Edwards, Linda Fiorentino, Nick Com,Alex Rocco, Maria Adams e Klaus Loewitsch. Metro Boavista(Rua do Passeio. 62 — 240-1341). Condor Copacabana (RuaFigueiredo Magalhães, 286 — 255-2610), Largo do Machado 1(Largo do Machado, 29 — 205-6845): 14h. 16h. 18h, 20h. 22h.Comodoro (Rua Haddock Lobo. 145 — 264-2025): 16h,17h50min. 19h40min. 21h30min (14 anos).Um universitário americano vai passar as férias na Europa econhece uma linda garota tcheca por quem se apaixona. Ela oconvida para uma viagem à Alemanha e depois ele descobreque está sendo perseguido por agentes do KGB. Ao voltar aosEstados Unidos passa a ser perseguido também pela CIAProdução americana.A ROSA PÚRPURA DO CAIRO (The Purpto Rose of Cairo), deWoody Allen. Com Mia Farrow. Jeff Daniels e Danny Aiello.Veneza (Av. Pasteur. 184 — 295-8349): 14h30min. 16h.17h30min. 19h. 20h30min. 22h. (10 anos).A ação se passa numa cidadezinha de Nova Jersey. durante agrande depressão americana e mostra, como num conto defadas, a história de uma garçonete sonhadora e infeliz nocasamento que, para fugir à realidade, passa horas no cinema.Um dia, o galã da fita pára a cena. sai da tela e convida-a parajantar e dançar. Produção americana.

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Os fãs de Nastassia Kinsky que correrem para as filas de Paris, Texas só pensando emmatar as saudades da atriz devem ter um pouco de paciência. A primeira aparição deNastassia na tela acontece para lá da metade do filme. Mas vale a pena esperar por este olharsedutor (foto) documentado pela câmera de Wim Wenders. Mas nem só de Nastassia Kinskyvive o sucesso de Paris, Texas. A história de Sam Shepard narra com rara beleza a solidão e aincapacidade de relacionamento entre as pessoas. Imperdível (Gaumont Copacabana eCatete)

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A FLORESTA DE ESMERALDAS (Th* Emarald Horaat), deJohn Boorman. com Powers Boothe, Meg Foster, CharteyBoorman, Dira Paes e Eduardo Conde. Pathé (Praça Floriano, 45— 220-3135): de 2a a 6a. às 12h. 14h. 16h, 18h, 20h. 22h.Sábado e domingo, a partir das 14h. Art-São Conrado 2(Estrada da Gávea. 899 — 322-1258), Art-Copacabana (Av.Copacabana, 759 — 235-4895): 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. Art-Tijuca (Rua Conde de Bonfim, 406 — 254-9578), Art-Madureira (Shopping Center de Madureira—390-1827), Para-todos (Rua Arquias Cordeiro, 350 — 281-3628). Art-Casashopping 2 (Av. Alvorada, Via 11, 2.150 — 3250746):15h, 17h, 19h, 21 h. (14 anos).O filho de um engenheiro americano, que foi trabalhar naAmazônia na construção de uma represa, é raptado por umatribo de Índios conhecida como povo invisível. Dez anos maistarde ele encontra o filho vivendo como indio e bem adaptadoao seu novo modo de vida. Produção inglesa baseada num fatoverídico.UMA QUESTÃO DE CIASSE (Clasa). de Lewis John Cariino.Com Jacqueline Bisset, Rob Lowe. Andrew McCarthy. CliffRobertson, Stuart Margolin e John Cusack. Palâcio-1 (Rua doPasseio, 40 — 240-6541): 13h40min, 15h30min. 17h20min,19h10min, 21h. São Luiz 1 (Rua do Catete, 307 — 285-2296),Leblon-1 (Av. Ataulfo de Paiva, 391 — 239-5048). América(Rua Conde de Bonfim, 334 — 264-4246): 14h10min, 16h,17h50min, 19h40min, 21h30min. Barra-2 (Av. das Américas,4.666 — 325-6487): de 2a a 6a, às 14h10min, 16h, 17h50min.19h40min, 21h30min. Sábado e domingo, a partir das 16h. (14anos).Um jovem estudante de dezoito anos é obrigado a passar porvários trotes, inclusive arrumar garotas na cidade, mas eleacaba conhecendo uma mulher bem mais velha e se apaixonapor ela. Mais tarde, ele descobre que ela é mãe de seu melhoramigo. Produção americana.TEMPORADA SANGRENTA (Th* Mnd Saason). de PhillipBorsos. Com Kurt Russell, Mariel Hemingway. Richard Jordan.Richard Masur, Joe Pantoliano e Richard Bradford. Udo-2 (Praiado Flamengo. 72): 15h. 17h. 19h. 21h. (14 anos).Cansado de trabalhar oito anos fazendo reportagens sobrecrimes, um repórter decide abandonar tudo para viver numacidade pequena. Mas um simples telefonema muda o rumo desua vida quando um assassino frio e meticuloso convida-o paiaseguir suas pistas, revelando detalhes de seus crimes eenvolvendo-o em sua ambição de fazer uma reportagem genial.Produção americana.TUBARÃO 3 (Jaws 3), de Joe Alves em 3a dimensão. ComDennis Quaid. Bess Armstrong, Simon MacCorkindale. LouisGossett Jr. e John Putch. Vitória (Rua Senador Dantas. 45 —220-1783): 14h, 15h40min, 17h20min, 19h, 20h40min. Madu-reira-1 (Rua Dagmar da Fonseca, 54 — 390-2338), Copacaba-na (Av. Copacabana. 801 — 255-0953). Carioca (Rua Conde deBonfim, 338 — 228-8178): 14h50min, 16h30min. 18h10min,19h50min, 21h30min (14 anos). No Carioca e Copacabanacom som dolby-stereo. O ingresso dá direito aos óculos.Mais uma refilmagem do Tubarão, agora em terceira dimen-são. Um parque aquático está para ser inaugurado na Flórida,com grandes festas e exibições de acrobacias em esqui. Mas opânico se instala no local, quando se descobre que ummonstruoso tubarão está encurralado dentro do lago do parque.Produção americana.A TESTEMUNHA (Wrtnass), de Peter Weir. Com HarrisonFord. Kelly McGillis. Josef Sommer. Lukas Haas, Jan Rubes eAlexander Godunov. Largo do Machado 2 (Largo do Machado.29 — 205-6845): 14h, 16h. 18h, 20h, 22h. Até quarta. (Manos).Em visita à cidade de Baltimore, EUA em companhia da mãe.Samuel. 8 anos. é testemunha do assassinato de um policial.Com a ajuda do capitão de Polícia. John Bock, o garoto partepara o reconhecimento dos envolvidos. Mas, para surpresa dopolicial o menino vê no chefe da divisão do Departamento deNarcóticos um dos assassinos. Produção americana. .UM HOMEM, UMA MULHER, UMA NOITE (Clair dm Fèro-ma), de Costa-Gavras. Com Yves Montand, Romy Schneider.Romolo Valli. Lila Kedrova e Heinz Bennent. Jóia (Av. Copaca-bana, 680): 14h, 16h, 18h, 20h. 22h. Tijuca-Palace-1 (RuaConde de Bonfim, 214 — 228-4610). 15h, 17h, 19h. 21h. (14anos).Um homem encontra por acaso uma mulher e o encontromostra-se revelador para os dois. Ambos estão passando porum momento difícil, defrontando-se com a morte de pessoasqueridas. Ele, com o suicídio da mulher e ela, com a morteacidental da filha. Produção francesa.PROTOCOLO (Protocol). de Herbert Ross. Com Goldie Hawn,Chris Sarandon, Richard Romanus. André Gregory, Gall Stric-kland e Cliff de Young. Palácio (Campo Grande): 15h,16h50min, 18h40min, 20h30min. Leblon-2 (Av. Ataulfo dePaiva, 391 —239-5048): 14h10min. 16h. 17h50min, 19h40min,21h30min; Barra-1 (Av. das Américas, 4.666 — 325-6487): de2a a 6a. às 14h10min. 16h, 17h50min, 19h40min. 21h30min.Sábado e domingo, a partir das 16h. Ópera-2 (Praia deBotafogo. 340 — 266-2545): 14h, 16h. 18h, 20h, 22h. (Manos).Uma garçonete de um bar de quinta categoria evita, por acaso,um assassinato político e fica famosa de um dia para o outro. ODepartamento de Estado leva-a para trabalhar no Protocolo esuas intervenções na área diplomática e política causam enor-mes e engraçadas confusões. Produção americana.AS AVENTURAS DE GWENDOÜNE NA CIDADE PERDIDA(Gwandolina). de Just Jaeckin. Com Tawny Kitaen, Brent Huff,Bemadette Lafont. Jean Rougerie e Zabou. Imperator (RuaDias da Cruz. 170 — 249-7982): 15h30min, 17h20min,19h10min, 21h. (14 anos).Uma jovem bonita foge de um convento em Paris e vai parar naÁsia viajando em um cargueiro. Lá, ela conhece um rapaz,aventureiro e caçador de diamantes, que está atrás de umexemplar raro de borboleta, que vale um bom prêmio emdólares. Os dois juntos e mais uma amiga da moça passam portodo tipo de aventura tendo como cenário as inóspitas florestasasiáticas. Produção francesa.

Gwendoline, cartaz do Imperator

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SOB FOGO CERRADO (Und«r Fira), deRoger Sponiswood. Com Nick Noite. GeneHackman. Jearvlouis Tnntignam. Ed Harris.Joana Cassidy. Alma Martinez e Holly Labo-nel Art-Méier (Rua Silva Rabelo. 20 — 249-4544) 14h. 16h20min. 18h40mm. 21 h (14anos)Um fotógrafo, um mercenário amencano. umcorrespondente estrangeiro e uma radialistaencontram-se. por motivos profissionais, naNicarágua de Somoza e assistem à queda doditador e ascesáo dos sandinistas Os fatos,cercados de bastante violência, vão determi-nar profundas mudanças em suas vidas.Produção americana

UM HOMEM DESTEMIDO (Stick). de BurtReynolds Com Burt Reynolds. Candice Ber-gen. George Segai. Charles Durning. JosePerez. Richard Lawson e Castullo Guerra.Baronesa (Rua Cândido Benicio. 1 747 —390-5745): 15h. 17h. 19h. 21h. (14 anos).Um ex-condenado. que acaba de sair dacadeia depois de cumpnr pena. vai até Miamie procura por um ex-companheiro de cela.Embora ele não deseje voltar ao mundo docrime, o amigo pede-lhe um favor que acabaenvolvendo-o com uma quadnlha de traficarvtes e sendo novamente perseguido pelapolícia Produção amencana.

STARMAN — O HOMEM DAS ESTRELAS(Starman). de John Carpenter. Com JeHBridges. Karen AJIen, Charles Martin Smith.Richard Jaeckel. Tony Edwards e John WalterDavis. Lido-1 (Praia do Flamengo. 72): 15h,17h10min, 19h20min, 21h30min. (10 anos).Um extraterrestre se vè perdido na Terra, nacasa da viúva Jenny Hayden. Seus compa-nheiros informam-lhe de que a astronave orecolherá dentro de três dias na CrateraMeteoro, no Arizona, a mais de 3 mil 500 km.

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A Mulher do Lado, de Truffaut

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OS SETE S AM URAIS (Sichinin no Samu-rai). de Akira Kurosawa. Com Toshiro Mifune,Takashi Shimura e Ko Kimura. Art-São Con-rado 1 (Estrada da Gávea. 899 — 322-1258):14h. 16h, 18h. 20h. 22h. (14 anos).Uma pobre comunidade de lavradores japo-neses é freqüentemente saqueada por bandi-dos. 0 líder da comunidade consegue reunirsete valentes samurais para lutarem em suadefesa e eles preparam barricadas na aldeia.NUNCA AOS DOMINGOS (Nevar on Sun-days). de Jules Dassin. Com Melina Mercou-

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ri. Jules Dassin, Georges Foundas. TitosVandis. Mitsos Linguisas e Despo Diamanti-dou Cinema 1 (Av. Prado Júnior. 281):15h30min, 17h30min. 19h30min. 21h30min(18 anos).Illia é uma jovem prostituta do cais dosPirineus. Grécia. Vive cantarolando pelo cais àespera dos clientes. Um dia, chega ao localum turista americano, professor de geologia,chamado Homer. Ele foi a Grécia em buscade aprimoramento cultural e científico e aca-ba envolvendo-se entusiasticamente com II-lia. As duas culturas entram em choque poisHomer exige dela rnais conhecimentos doque propriamente amor. Produção grega. Os-car de melhor canção (Never on Sundays) eprêmio de melhor atriz do Festival de Cannes(Melina Mercouri).

DOCES MOMENTOS DO PASSADO (Dul-cm Horas), de Carlos Saura. Com AssumptaSema. Inaki Aierra. Álvaro de luna. JacquesLalande e Alicia Hermida. Coral (Praia deBotafogo. 316): de 2a a 6a. às 14h. 16h. 18h.20h. 22h. Sábado e domingo, a partir das 18h.(16 anos).Um jovem dramaturgo, marcado por suaslembranças, quer reconstruir seu passadoatravés de uma peça onde os atores vivem ospersonagens que mais lhe marcaram, entreeles sua mãe interpretada por uma atriz porquem ele acaba se apaixonando. Produçãoespanhola.OS GRITOS DO SILÊNCIO (The KillingFMds). de Roland Joffé. Com Sam Waters-ton, Haing S. Ngor. John Malkovich. JulianSands e Gragig T. Nelson. Ricamar (Av.Copacabana. 360 — 237-9932): 14h,16h30m. 19h. 21h30m. (16 anos).A guerra do Camboja, em 1972. na visão deum correspondente do The New York Timese da amizade que ele adquire pelo seuintérprete cambojano. Com a cobertura datomada de Phnom Pehn ele ganha o prêmioPulitzer de jornalismo e inicia uma buscaobsessiva para reencontrar o amigo que per-dera durante a guerra. Baseado na reporta-gem The Oeath and Life of Dith Pran, deStanley Schanberg, publicada no New YorkTimes Magazine. Produção americana. Ven-cedor de três Oscar: melhor ator coadjuvan-te. melhor fotografia e melhor montagem.

FESTIVAL GAUMONT — Hoje: A Mulherdo Lado (La Femme D'a Cotê). de FrançoisTruffaut. Com Gérard Depardieu. Fanny Ar-dant. Henri Garcin, Michele Baugartner eVeronique Sitver. Art-Casashopping-1 (Av.Alvorada. Via 11, 2.150 — 325-0746): 15h.17h. 19h. 21 h. (16 anos).Depois de sete anos um casal de amantesreencontra-se e revive a antiga paixão. Am-bos estão casados e. casualmente, passam amorar em casas vizinhas. Tentando manter asaparências, o amor reprimido explode tragica-mente. Produção francesa.

ESPOSAMANTE (Mogliamante). de MarcoViccario. Com Marcello Mastroianni. LauraAntonelli e Leonard Mann. Bristol (Av. Minis-tro Edgar Romero, 460 — 391-4822): 15h.17h, 19h, 21 h. (18 anos).Um casal vive numa província italiana e omarido tem que se ausentar durante algumtempo por sofrer perseguições políticas. Du-rante esse período, a mulher assume seuscompromissos profissionais como negocian-te de vinhos e passa a viver as mesmasaventuras e a conviver com as mesmasamizades do marido. Produção italiana.

MR ARKAD4N (Confidantial Raport), deOrson Welles. Com Orson Welles. MichaelRedgrave. Patrícia Medinaa, Akim Tamiroff eMischa Auer. Paissandu (Rua Senador Ver-gueiro, 35 — 265-4653): 15h30min,17h30min, 19h30min, 21h30min. (14 anos).Um milionário encomenda um relatório confi-dencial sobre seu passado para saber até queponto seus crimes poderiam ser descober-tos. Produção francesa em preto e branco.

CINCO DIAS DE UM VERÃO (Frve DaysOne Summtf). de Fred Zinneman. ComSean Connery. Betsy Brantley, Lambert Wil-son, Jennifer Hilary e Isabel Dean. CândidoMendes (Rua Joana Angélica. 63 — 227-9882): 14h. 16h. 18h. 20h. 22h. (14 anos).Um médico já maduro leva uma jovem parafazer alpinismo em uma pequena aldeia sui-ça. Para escalar as montanhas contratam umjovem guia mas a escalada é marcada porincidentes e avalanches. Produção ameri-cana.

CRISE DE CONSCIÊNCIA (Mass Appeal).de Glenn Jordan. Com Jack Lemmon. ZeljkoIvanek e Charles Durning. Lagoa Drive-ln(Av. Borges de Medeiros. 1.426 — 274-7999): 20h, 22h30min. Até quarta. (14 anos).Drama. Um velho padre vive confortavelmen-te em São Francisco: gosta dos fiéis de suaparóquia e eles o adoram. Quando um jovemseminarista é deslocado para assistir a umadas missas, começam os problemas. Produ-ção americana.

extras

PERNAMBUCO FALANDO PARA O MUN-DO (Brasileiro), documentário de MichelineBondi. Com Gregório Bezerra. Francisco Ju-lião. Miguel Arraes e outros. Hoje. às 17h. noCineclube Jean Renoir da Aliança France-sa do Méier. Rua Jacinto. 7. Após a sessãohaverá debates com a diretora.

FILMES DE TEMÁTICA INFANTIL — Éxibi-ção de Artesanato do Centro Oeste, de JoséTavares de Barros e Meow, de Marcos Maga-Ihães. Hoje. às 16h, no Museu do FolcloreEdison Carneiro, Rua do Catete. 181. Entra-da franca.

pomo

SEXO TOTAL (Brasileiro), de Antonio Melian-de. Com Andrev Soler. Mara Carmen, JaimeCardoso, Rosely Bennetty, Andréa Pucci eIvete Bonfa. Rex (Rua Álvaro Alvim. 33 —240-8285): de 2a a 6a. às 12h30min,14h55min, 17h20min, 19h45min. Sábado edomingo, às 13h30min, 15h55min.18h20min, 19h35min. Botafogo (Rua Volun-tários da Pátria, 35 — 266-4491): 14h,16h25min, 18h50min. 20h05min. (18 anos).Filme pornô.P... GRANDES PARA B... QUENTES (PantyRaid), de David Frazer e Svetlana. Com JerryButler. Jay Serling, Ginger Lynn e Raven.Orly (Rua Alcindo Guanabara. 21): de 2a a 6a.às 10h. 11 h30min. 13h. 14h30min. 16h,17h30min, 19h. 20h30min. Sábado e domin-go. a partir das 14h30min. Scala (Praia deBotafogo, 320 — 266-2545), Tijuca-Palace 2(Rua Conde de Bonfim, 214 — 228-4610):14h, 15h30min. 17h. 18h30min, 20h,21 h30min. Astor (Rua Ministro Edgar Rome-ro, 236 — 390-2036): 15h, 16h30min, 18h,19h30min, 21 h. (18 anos).Filme pornô.MISS CLOSE — Bnini-Méier (Av. AmaroCavalcanti. 105 — 591-2746): 14h.15h30min. 17h, 18h30min. 20h. 21h30min.(18 anos).Filme pornô.

Niterói

ART-UFF—Koyaanisqatsi. de Godfrey Reg-gio. Às 16h. 17h50m. 19h40m, 21h30m.(Livre).

CENTRAL (717-0367) — Uma Questão deClasse, com Jacqueline Bisset. As14h10min, 16h, 17h50min. 19h40min,21h30min. (14 anos).

CINEMA-1 (711-9330) — A Floresta de Es-meraldas, com Powers Boothe. As 14h. 16h,18h, 20h, 22h. (14 anos).

CENTER (711-6909) — A Rosa Púrpura doCairo, com Mia Farrow. As 15h30min. 17h,18h30min. 20h, 21h30min. (10 anos).

ICARAi (717-0120) — Mad Max — Além daCúpula do Trovão, com Tina Tumer. As 14h.16h. 18h, 20h. 22h. (14 anos). Com somdolby stereo.

NITERÓI (719-9322) — Mad Max — Alémda Cúpula do Trovão, com Tina Tumer. Às13h30min. 15h30min, 17h30min. 19h30min.21h30min. Com som solby-stereo. (14anos).WINDSOR (717-6289) — Quinteto Irreve-rente, com Ugo Tognazzi. Às 14h, 16h20min,18h40min, 21h. (18 anos).

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"MAD MAX BEYOND THUNDERDOME"Direção de Fotografia DEAN SEMLER A.C.S

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Argumento TERRY HAYES & GE()RGE MILLERCo-ProducSo DOUG MITCHELL e TERRY HAYES

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— Você é de esquerda?R — Sou.

— Vai se candidatar à Constituinte peloPartido Verde?R — Não vou. 0 Partido Verde ainda nãoexiste, é um trabalho em articulação. Não devehaver precipitação. Estamos esperando gruposde ecologistas de outros Estados para umdebate mais completo antes da criação doPartido. Não existe Partido de um Estado só.

— 0 que acha do teatro besteirol?R — Para quem não conhece, esta palavra —besteirol — soa pejorativa. Mas quando se vê adefinição de besteirol dada pelos próprios mili-tantes deste teatro, como Mauro Rasi e Guilher-me Karam — eles são tão criativos e inteligen-tes — ela não tem o sentido que é dado pelaimprensa. Aí, besteirol passa a ser um bomteatro. Eles dirigem bem, representam bem,escrevem bem — um teatro ótimo que opúblico acolheu E isso é que importa.

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Lucélia, a estrela de Tupã

Três perguntas

para Lucélia

TEATRO

O discreto

"charme"

do besteirol

Não tem muito tempo, o teatro bestei-rol era quase que uma exclusividade domidnight Ipanema. Socado na arena doTeatro Cândido Mendes, um público jo-vern, modelito relaxado, enturmado com avanguarda, delirava com o humor ferinoque desnudava o cotidiano ridículo da vidaterrena. O esquete encontrava seu espaçoe revelava ídolos do micromundo ipane-mense como Felipe Pinheiro, Pedro Car-doso, Tim Rescala, Miguel Falabella, Gui-lherme Karam, Vicente Pereira e MauroRasi."Besteirol é a mãe", reagia a maioriados autores/atores do gênero, interpretan-do o rótulo como pejorativo à obra. Mas ostempos mudaram. A peça besteirol Bata-lha Para Dois Num Ringue de Arroz, deMauro Rasi, tomou de assalto a curiosida-de da classe média carioca, que invade ebriga por um lugar nas sessões do Teatrode Arena, em Copacabana. O discretocharme do besteirol está em alta e já nãohá nada de pejorativo neste rótulo. "Minha

mãe é besteirol", assume Mauro Rasi.Semana passada, logo depois da es-

tréia, Batalha Para Dois... estourou nomercado. No sábado, com o Teatro deArena abarrotado para a matinê, o públicojá disputava os ingressos da segundasessão. "Se vender entrada para outro eu

chamo a polícia", uma senhora cheirosís-sima ameaçava a bilheteira que afixou aplaca lotado 20 minutos antes do horárioprogramado para o espetáculo. No domin-go, foi pior ainda. A polícia chegou masnão impediu a invasão do teatro. Cerca de420 pessoas dividiram os 360 lugares doArena. Um público absolutamente diversodaquele que descobriu o besteirol emIpanema. Senhores e senhoras distintíssi-mos perdem a compostura e caem nagargalhada com os desencontros de umcerto casal (Miguel Falabella e Bia Nunes),"com

quem o público se identifica muito",acredita Mauro Rasi. Tanto assim que, aotérmino das sessões, os personagens-noivos se perfilam, como acontece nasigrejas, e durante os cumprimentos sãoincentivados pelo público:

"Muito bom, ocasamento é assim mesmo".

É claro que o tema casamento ajudou atirar o teatro besteirol dos guetos ipane-menses, assim como os cenários e figuri-nos sempre chiques de Pedro Sayad e adireção de Paulo Reis, que montou umespetáculo limpo e bem marcado emcena. Resta aguardar os próximos espetá-culos do gênero, que não tardarão a searriscar. Ninguém mais tem problemascom o rótulo besteirol. (AR)

Bia Nunes e Miguel Falabella fazem a classe média morrer de rir

último dia

UM BEIJO, UM ABRAÇO, UM APERTO DE MÃO — Texto,direção e cenografia de Naum Alves de Souza. Com MarietaSevero, Pedro Paulo Rangel. Analu Prestes. Mário Borges, AnaLúcia Torre, Cidinha Milan e outros. Teatro da UFF, Rua Miguelde Frias. 9. Niterói. De 5a a sáb. às 21h; dom. às 18h30min e21 h30min. Ingressos 5a. 6a e dom a CiS 30 mil e sáb a CiS 40mil.

continuações

AMIZADE COLORIDA N° 2—Texto e direção de Hilton Have.Com Marlene Silva, Jorge Laffortd, Hilton Have, Paulo David eoutros. Teatro Serrador, Rua Senador Dantas. 13 (220-5033).De 4a a dom, às 21h15min; vesp. 5a, às 16h30min. Ingressos aCr$ 20 mil (de 4a a 6a) e CrS 25 mil (sáb e dom) e CrS 15 mil(vesp. 5a) Duração: 1h30min. (18 anos).

ASSIM É, SE LHE PARECE—Texto de Pirandello. Tradução deMillôr Fernandes. Direção de Paulo Betti. Com Nathália Tim-berg, José Wilker, Sérgio Britto, Yara Amaral. Ary Fontoura eoutros. Teatro dos Quatro. Rua Marquês de S. Vicente. 52/2°.(274-9895) De 4a a 6a. às 21h30min; sáb.. às 20h e 22h30min;dom. às 18h e 21 h. Ingressos 4a, 5a e dom., a CrS 35 mil e CrS30 mil, estudantes; 6a, a CrS 35 mil e sáb., a CrS 40 mil. Oespetáculo começa rigorosamente no horário. Duração: 2h(livre).BAILEI NA CURVA — Roteiro e direção de Júlio Conte. ComLúcia Abreu, Carmem Molinari, Claudia Maoli, Ludoval Campos.Loly Nunes e outros. Teatro Glauce Rocha. Av. Rio Branco.179 (2200259). De 4a a dom. às 21 h. Vesp. 5a. às 18h30min edom. às 18h. Ingressos CrS 25 mil e CrS 15 mil. estudantes; (14anos).

BATALHA DE ARROZ NUM RINGUE PARA DOIS—Comédiade Mauro Rasi. Direção de Pauto Reis. Com Bia Nunes e MiguelFalabella. Teatro de Arena. Rua Siqueira Campos. 143 (235-5348). 5a e 6a. às 21h30m; sáb. às 20h e 22h e dom, às 18h e20h. Ingressos. 5a a CrS 25 mil; 6a a CrS 30 mil; sáb. a C(S40 mile dom. a CrS 30 mil.

BEL PRAZER — Espetáculo de teatro e música com direção einterpretação de Tim Rescala e Stella Miranda. Músicas de TimRescala, Dusek. Satie e Nino Rota. Teatro Cândido Mendes.Rua Joana Angélica. 63. De 4a a (?, às 21h30min; sáb, às21 h30min e 24h dom. às 18h30min e 21 h. Ingressos 4a a CrS 20mil; 5a, 6a e dom CrS 30 mil e CrS 25 mil. estudantes; sáb (1asessão) a CrS 35 mil e 2a sessão a CrS 20 mil. Duração 1 h20min,(14 anos).UM BONDE CHAMADO DESEJO — Texto de TennesseWilliams. Direção de Maurice Vaneau. Cenário de MarcosFlaksman. Com Tereza Rachel. Luís Guilherme, Louise Cardo-so. Osmar Prado, André Felipe, Dalva Ribeiro. Beatriz Veiga.Irma Alvarez e outros. Teatro Tereza Rachel. Rua SiqueiraCampos. 143 (235-1113). De 4a a dom às 21h30min e vesp de5a, às 17h e dom, às 18h. Ingressos 4a a CrS 25 mil; 5a e dom aCrS 30 mil; 6a a CrS 40 mil e sáb. a CrS 45 mil.

CECILY ACREDITAVA QUE EU SERIA GRANDE — Texto edireção e interpretação de Roberto Muniá baseado na obra evida de Fernando Pessoa. Teatro da Aliança Francesa deBotafogo. Rua Muniz Barreto. 730 (2864248). De 6a a dom. às21 h. Ingressos a CrS 30 mil.COM O SUOR DO NOSSO ROSTO—Texto de Maria HelenaKuhner. Direção de Luís Mendonça. Com Maria Cristina Nunes.Luiz Carlos Nino. Lucy Montebello. Thadeu França. DaúdeTereza Briggs e Regina Gutman Teatro Dulcina. Rua AlcindoGuanabara. 17 (2206997). De 4a a 6a. às 21 h; sáb, às 21 h30mine dom. às 19h. Ingressos 4a e 5a a CrS 10 mil; 6a a dom a CrS 20mil. Duração: 1h50min. (16 anos).

O CORSÁRIO DO REI — Texto de Augusto Boal. Música deEdu Lobo e letra de Chico Buarque. Com Marco Nanini, LucinhaLins, Nelson Xavier, Denise Bandeira. Roberto Azevedo eoutros. Cenários e figurinos de Hélio Eichbauer. Teatro JoãoCaetano. Pça. Tiradentes (221-0305). De 4a a 6a. às 21h. sáb..às 20h e 22h30min. e dom., às 19h. Vesp de 5a. às 17h30min.Ingressos a CrS 40 mil e CrS 30 mil, balcão superior, e vesp. de5a a CrS 30 mil e CrS 25 mil. balcão superior. 4a e 5a. incluindo avesperal, 20% de desconto para estudantes. Duração: 2h (14anos).DO AMOR — Texto, direção e trilha sonora de Domingos deOliveira. Com Pedro Carodoso. Clarisse Derziê. Bernardo Ja-btonski. Clemente Vizcaíno e Priscila Rozenbaum. Teatro doPlanetário. Rua Pe. Leonel Franca. 240 (274-0096). 5a às21h30min; 6a e sáb. às 22h; e dom, às 20h. Hoje, após asessão, debate com Affonso Romano de Sanfanna e outros.Ingressos 5a a Cr$ 15 mil; 6a a dom a CrS 30 mil e CrS 20 mil.estudantes. Duração: 2h (16 anos).ENSAIO N° 2 — O PINTOR — De Lygia Bojunga Nunes.Direção de Bia Lessa. Com Ana Gabriela. Canolina Virgues,Fernanda Tomassini. João Salles, Joaquim de Paula e outros.Teatro Sesc da Tijuca. Rua Barão de Mesquita, 539 (208-

5332). 6a às 21 h; sáb. às 17h e 22h; dom. às 17h e 18h30m.Ingressos a CrS 15 mil, CrS 12 mil. estudantes e CrS 8 mil.crianças até 10 anos. Sáb. às 22h. a CrS 20 mil. Duração:1h15min. (livre)

ESTOU AMANDO LOUCAMENTE..—Texto de Kevin Wade.Direção de Cláudio Cavalcanti. Com Cláudio Cavalcanti. Gracirvdo Jr. e Maria Lúcia Frota. Teatro Senac. Rua Pompeu Loureiro.45 (256-2641). 5a, às 21h30min; 6a. às 22h; sáb. ás 20h30min e22h30min; e dom., às 18h e 20h. Ingressos 5a e dom., a CrS 30mil e 6a e sáb., a CrS 35 mil. Duração: 1h30min. (18 anos).

FLAVIA, CABEÇA. TRONCO E MEMBROS — Texto de MillôrFernandes. Direção de Luís Carlos Maciel. Com Paulo Goulart,Nicete Bruno. Angela Leal. Dirce Migliaccio. Emiliano Queiroz,Alexandre Frota e outros. Teatro Ginástico. Av. Graça Aranha.187 (220-8394). De 4a a 6a. às 21 h; sáb, às 20h e 22h15m edom, às 18h e 21 h. Ingressos 4a. 5a e dom a CrS 25 mil e 6a esáb a CrS 40 mil. Duração: 2h20min (18 anos).

A FONTE DA ETERNA JUVENTUDE — Texto de ThiagoSantiago. Direção de Domingos de Oliveira. Cenários e figurinosde Carlos Wilson. Com Paulo José. Cláudio Marzo. DeniseMillont. Yvan Mesquita. Thiago Santiago. José Leonardo éoutros. Teatro Glaucio Gill, Pça Cardeal Arcoverde. s/n° (237-7003). 4a a sáb.. às 21h30m; e dom. às 18h e 21h. Ingressos 4a.5a e dom a CrS 30 mil e CrS 20 mil. estudantes; 6a a CrS 35 mil esáb a CrS 40 mil. Duração: 1h40min (14 anos). Até dia 29 dedezembro.GATÃO DE ESTIMAÇÃO — Comédia de Gérard Lauzier.Direção de Cecil Thiré. Tradução de Marisa Murray. Adaptaçãode Luiz Fernando Veríssimo. Com Claudia Raia. José de Abreu.Carina Cooper e Paulo Celestino Filho. Teatro da Praia. RuaFrancisco Sá. 88 (287-7794). De 4a a 6a. às 21h30min; sáb às20h e 22h30min e dom. às 18h e 20h30min. Ingressos de 4a e5a a CrS 35 mil e CiS 25 mil; 6a e dom a CrS 40 mil e CrS 30 mil;sab a CrS 50 mil e CrS 40 mil. (16 anos).JACQUES BREL — MSTÓRIA DE UMA CANÇÃO — Texto edireção de Pierre Astrié. Com Sylvia Heller. Denise Barreiros,Pierre Astrié. Leonard Heller e Ivana Barreto. Teatro da AliançaFrancesa da Tijuca, Rua Andrade Neves. 315 (268-5798). 6a esáb, às 20h e dom. às 18h. Ingressos a CrS 20 mil e CrS 15 mil.estudantes.AS MÃOS DE EURÍDICE — Texto de Pedro Bkxh. Direção einterpretação de Oswaldo Loureiro. Teatro do América, RuaCampos Salles, 118 (234-2068). 5a a sáb. às 21 h; e dom. às 20h.Ingressos 5a e dom a CrS 25 mil e 6a e sáb a CrS 30 mil.Estacionamento no local. Duração: 1h20min (16 anos).MASCULINO FEMININO — Direção de Amir Haddad. Com ogrupo Tá Na Rua: Arthur Farias. Ricardo Pavão. Lucy Mafra. AnaMaria Carneiro e outros. Teatro Cacilda Becker. Rua do Catete.338. De 4a a sáb., às 21 h; dom., às 20h. Ingressos a CrS 15 mil eCfS 10 mil. estudantes.

MORRO DOS PRAZERES — Texto e direção de Pauto Fausti-no. Com Neuza Nanes. Hela Dicastro Loura Rolto, CadinhosSilva e outros. Anfiteatro do Planetário. Rua Pe. LeonelFranca. 240, De 5a a sáb. às 21 h30min e dom, às 21 h. Ingressosa CrS 15 mil. Até dia 29 de dezembro.

NEGÓCIOS DE ESTADO — Comédia de Louis Vemeuil.Direção de Flávio Rangel. Com Vera Fisher e Perry Salles, MariaHelena Dias e outros. Teatro Clara Nunes. Rua Marquês de S.Vicente. 52 (274-9696). 5a, 6a e dom. às 21 h; sáb. às 20h e22h30min; vesp. 5a e dom. às 18h. Ingressos 5a e dom a CrS 35mil e CrS 30 mil. estudantes; 6a e sáb a CrS 40 mil; vesp. 5a CrS30 mil. Duração: 2h10min. (Livre)

Por Um Triz Não Sou Feliz no Teatro Mesbla

PAI — Texto de August Strindberg. Direção de Celina Sodré.Tradução de Celina Sodré e Fátima Saadi. Com Camilo Bevila-qua. Flor Duarte. Marco Miranda. Miriam Ficher e outros.Teatro Nelson Rodrigues. Av. Chile, 230 (212-5695). De 4a asáb, às21h30min; dom, às 19h. Ingressos a CrS 40 mil e CrS 20mil, estudantes. Estacionamento próprio. (16 anos). Duração:1h30min.POR UM TRIZ NÃO SOU FEUZ — Texto de Maria CarmemBarbosa vom a colaboração de Graça Motta e Maria Lúcia Dahl.Direção de Cláudio Gaya. Com Lúcia Veríssimo, Claudia Jime-nez, Cissa Guimarães. Melise Maia e David Pinheiro. TeatroMesbla. Rua do Passeio. 42 (240-6141). 4a. a 6a e dom às 21 h;sáb, às 20h e 22h30min; vesp de 5a. às 17h e dom. às 18h.Ingressos 4a a CrS 25 mil; vesp. 5a a CrS 30 mil; 5a e dom. a CrS35 mil e 6a e sáb. a CrS 40 mil. Duração 1h30min (16 anos).

ROMEU E ROMEU — Comédia de Ronaldo Ciambroni. Direçãode Sérgio Dionísio. Com Silvio Fróes e Marco Razek. TeatroLeopoldo Fróes. Rua Manoel de Abreu. 16. Niterói (717-1600).De 6a a dom, às 21 h. Ingressos a CrS 15 mil. (18 anos).

SUA EXCELÊNCIA O CANDIDATO—Texto de Marcos Caruso' e Jandira Martini. Direção de Attílio Riccó. Com Pauto Figueire-do. Felipe Carone, Tony Ferreira. Mareia Corban e outros.Teatro Vanucci, Rua Marquês de S. Vicente. 52 — 3° andar(274-7246). De 4a a 6a. às 21h30min; sáb.. às 20h30min e22h30min; dom., às 19h e 21 h30min. Ingressos 4a. 5a e dom., aCrS 35 mil; .6a, e sáb. e véspera de feriado a CrS 40 mil.Duração: 2h (16 anos).TÃ RUÇO NO AÇOUGUE — UM BAIXO BRECHT — Textooriginal ae Bertold Brecht. Tradução e direção de Antônio Pedro.Música de Francis Hime. Com Camilla Amado, Anselmo Vas-conceitos, Rosita Tomás Lopes. Nelson Dantas, Andréa Dantas,Eduardo Lago. Clarice Niskier, Alice Borges, Cândido Pamm eWanderley Gomes. Figurinos de Silvia Sangirardi Teatro daCidade. Av. Epitácio Pessoa, 1664 (247-3292). 4a e sáb., às22h; dom., às 19h21h30min. Ingressos 4a e 5a a CrS 30 mil; 6ae dom a CrS 35 mil e sáb a CrS 40 mil. Duração: 2h20min. (14anos). Até dia 24.

TODO MUNDO NU —Texto de Ricardo Bandeira. Direção deRicardo Bandeira e Paulo Nazar. Com Pauto Nazar, Sérgio Villela,Marilza Tavares, Glória Cris, Neide Macedo e outros. TeatroCawell. Rua Desembargador Isidro, 10 (268-9176) 5a e 6a, às21 h; sáb, às 20h e 23h e dom, às 20h30min. Ingressos a CrS 20mil e sáb a CrS 25 mil.

TUPÂ, A VINGANÇA — Texto de Mauro Rasi. Direção deMiguel Falabella. Com Lucélia Santos, Rubens de Falco, Jac-queline Laurence, Clea Simões e Fábio Vila Verde. Teatro Villa-Lobos, Av. Princesa Isabel, 440 (275-6695). 4a a 6a. às21 h30min; sáb, às 22h e dom, às 18h15min e 21 h. Ingressos 4ae 5a a CrS 30 mil; 6a a CrS 40 mil e sáb a CrS 45 mil e dom a CrS30 mil e CrS 25 mil. estudantes.

TUTl — Texto de Ubirajara Fidalgo. Direção de ProcópioMariano. Com o grupo Teatro Negro: Valquíria de Souza, ThiagoJustino e Denise Izecksohn Teatro Calouste Gulbenkian. RuaBenedito Hipólito. 125 (542-4943). 6a e sáb., às 20h. e dom., às18h30min. Ingressos a CrS 15 mil e CrS 10 mil. Duração:1h45min (16 anos).

VIVA A NOVA REPÚBLICA — Texto de Jésus Rocha. Direçãode Carlos Imperial. Com Milton Moraes. Isa Rodrigues. IrisBruzzi e Nina de Pádua. Teatro do Copacabana Av. Copa caba-na. 313 (257-0881). 5a e dom., às 18h e 21h30min; 6a. às21h30min; sáb., às 20h e 22h30min. Ingressos, vesp. 5a a CrS15 mil e 2a sessão de 5a a CrS 20 mil; 6a e dom. a CrS 25 mil;sáb a CrS 30 mil. Duração: 2h. (16 anos)

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MARIA BETHÂNIA VINTE ANOS — Show da cantora MariaBethânia acompanhada de José Maria Rocha (piano). TúlioMourão (teclados), Moacir Albuquerque (baixo), Jayme Além(guitarra). Marcelo Be mandes (sopros), Djalma Corrêa (percus-sâo) e Tuti Moreno (bateria), vocalistas e ritmistas. Direção eiluminação de Bibi Ferreira. Canecáo. Av. Venceslau Braz, 315(295-3044). Às 20h. Ingressos a Cr$ 70 mil. mesa central; a Cr$60 mil. mesa lateral, e Cr$ 50 mil. arquibancada.

VULGAR E COMUM É NÃO MORRER DE AMOR — Com ocantor Wando acompanhado de conjunto. Direção de EduardoLages. Gafieira Asa Branca. Av. MemdeSá, 17 (252-4428). As23h. Ingressos a Cr$ 50 mil.

SINTONIA — O violonista e compositorTunai acompanhado debanda. Teatro Ipanema, Rua Prudente de Morais. 824 (247-9794). Às 21 h. Ingressos a Cr$ 25 mil. Último dia

SÁ E GUARABIRA — Lançamento do Lp Harmonia da duplade cantores e compositores. Às 18h30min, no Circo Voador.Lapa. Ingressos: a Cr$ 20 mil. Antes do show apresentação deRoque Santeiro em telão.

TEM QUE BALANÇAR — Com o cantor Wilson Simonalacompanhado de conjunto. Un, Deux, Trois, Av. BartolomeuMitre. 123 (239-0198). Às 23h30min. Ingressos a Cr$ 50 mil.

DOMINGUE1RA VOADORA — Baile show com Raul deBarros. Às 21h30rnin. no Circo Voador, Lapa. Ingressos a Cr$15 mil.

GAFIEIRA NO PARQUE — Baile-show com Paulo Moura. Às21h30min. no Parque Lage. Rua Jardim Botânico, 414. Ingres-sos a Cr$ 20 mil.

VOU QUERER TAMBÉM SENÀO EU CONTO PRA TODOMUNDO — Texto de Gugu Olimecha, Agildo Ribeiro. MaxNunes, Jésus Rocha e Ziraldo. Com o humorista Agildo Ribeiro.Teatro Princesa Isabel. Av. Princesa Isabel, 186 (275-3346). As19h e 21 h. Ingressos a Cr$ 30 mil e Cr$ 20 mil, estudantes; 6a aCr$ 35 mil e Cr$ 20 mil, estudantes.

CONRDÊNCIAS DE UM ESPERMATOZÍHDE CARECA —Show com Carlos Eduardo Novaes. Texto de Carlos EduardoNovaes e Caulos. Direção de Benjamin Santos. Teatro Delfim.Rua Humaitá. 275 (2664396). Às 19h e 21 h. Ingressos a Cr$ 30mil e Cr$ 25 mil. estudantes. (14 anos).

OITAVO NA PENEIRA — Com o humorista Chico Anísio.Roteiro de Arnaud Rodrigues. Giuseppe Guiarone. Benil Santos,Marcos César e Chico Anísio. Direção de Fernando Pinto.Teatro Casa Grande, Av. Afrânio de Melo Franco. 290 (259-6948). Às 20h. Ingressos, a Cr$ 40 mil.

SÉRGIO RABELLO — O NOVO HUMOR — Espetáculo dohumorista. Teatro da Lagoa. Av. Borges de Medeiros. 1426(274-7999). Às 20h. Ingressos a Cr$ 30 mil. (16 anos).

Maria Bethânia no Canecáo

OLÉ OLÁ — Iracema. Gloria Cristal com a orquestra do maestroíndio e Às Mulatas Que Não Estão no Mapa. Música ao vivopara dançar a partir das 20h30min. Show. às 23h15min. ObaOba. Rua Humaitá, 110 (286-9848). Couvert a Cr$ 70 mil.

GOLDEN RIO — Show musical com a cantora Watusi e o atorFernando Multedo à frente de um elenco de bailarinos. Direçãode Maurício Sherman. Coreografia Juan Cario Berardi. Orques-tra do maestro Guio de Moraes. Scaia-Rio. Av. Afrânio de MeloFranco. 296 (239-4448). De 2a a dom. às 23h. Couvert a Cr$ 100mil.

SONHO SONHADO DE UM BRASIL DOURADO — Showdiariamente, às 23h, com os cantores Sapoti da Mangueira eSilvio Aleixo. com participação de 125 artistas, mulatas eritmistas e orquestra sob a regência do Maestro Silvio Barbosa.Direção de J. Martins e Sônia Martins. Consumação a Cr$ 130mil. com direito a bebida nacional à vontade e salgadinho.Plataforma. Rua Adalberto Ferreira. 32 (274-4022).

revista

TEM PIMENTA NA ABERTURA — Texto de Carlos Nobre.Gugu Olimecha, Elizeu Miranda, Aldo Calvet e Jorge Campana.Direção de Carlos Nobre. Com Margot Morei, Jussara Calmin.Cristina Amaral e Ankito, Chocolate e Manula. Teatro Rival,Rua Álvaro Alvim, 33. Às 18h e 20h. Ingressos de a Cr$ 20 mil eCr$ 10 mil, estudantes.

SEXO PARA NÓS É PINTO—Texto e direção de Brigitte Blair.Com Alex Mattos. Watter Costa. Mila Schneider. Teatro Serra-dor. Rua Senador Dantas. 13 (220-5033). Às 18h30min. Ingres-sos a Cr$ 20 mil.O LEITE NOSSO DE CADA DIA — Com o humorista CarlosLeite e os travestis Marlene Casanova, Munique Lamarque ePerla. Teatro Alasca. Av. Copacabana, 1241 (247-9842). Ás 19he 21 h. Ingressos de a Cr$ 20 mil.

HALLEY — O COMETA DAS BONECAS — Show dostravestis Alex Mattos, Rita Moreno, Milla Shineider e outros.Texto e direção de Brigitte Blair. Teatro Brigitte Blair, RuaMiguel Lemos, 51 (521-2955). Às 21 h30min. Ingressos a Cr$ 25mil.

casas noturnas

ANTÔNIO ADOLFO — Apresentação do pianista e compositore grupo. Às 22h30min, no Buffalo Grill, Rua Rita Ludolf. 47.(274-4848). Couvert a Cr$ 45 mil.O VIRO DO IPIRANGA — Aberto a partir das 18h. com músicamecânica. Às 19h, jam session com Mauro Senise (sax).Couvert Cr$ 13 mil (dom.). Rua Ipiranga, 54 (225-4762).

ÇHIKO'S BAR — Piano-bar com música ao vivo a partir das 21 h.Às 21h30min Wilson Nunes (piano). Tibério (contrabaixo) eFátima Regina (vocal); Às 22h30min com Edson Frederico(piano) e conjunto e a cantora Celeste. Aberto a partir das 18h,

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CALÍGOLA — Edson Frederico (piano) e Luiz Alves (contrabai-xo). As cantoras Lygia Drummond e Gioconda. Couvert a CrS20 mil. Em outro ambiente, música para dançar com o discote-cário Bemard de Castejá. Rua Prudente de Morais. 129.

NOBIU — Às 20h, música ao vivo com Noberto dos Santos.Sem couvert. Av. Ataulfo de Paiva, 270 (274-57%). Estaciona-mento grátis.

CLUBE 1 — Às 22h e 24h Ma risa Gata Mansa (cantora).Consumação a CrS 25 mil. Couvert a CrS 20 mil. Consumação aCrS 25 mil. Couvert. Rua Paul Redfem. 40 (259-3148).

JMAU — Abre às 18h com pianobar apresentando JohnnyCario (cantor) e trio. Pista de dança discoteca e show às 22hcom o cantor Watter Montezuma. Couvert a CrS 20 mil. RuaSiqueira Campos. 12 (255-5864).

CANTO DA BOCA — Às 13h. recreação infantil durante oalmoço e às 22h, Barrozinho e Quinteto de Jazz. Couvert a CrS15 mil. Rua Aarâo Reis. 20 (232-1999).

AMGOHVTZ—Às 21 h, poesia com os grupos Elas Por Elas eTeatrote. Couvert a CrS 10 mil. Rua Barão da Torre. 472 (267-4347).

O CORAÇÃO DE CANTA—Show do cantor Marcelo Becker eo conjunto Palma de Ouro. Às 14h, no Riviera Country. Av.Sernambetiba. 3700. Sem couvert

PETHOMUS — Pianobar com o pianista Aócio Flávio. Diana-mente das 18h às 3h da manhã. Caesar Parfc Hotel. Av. VieiraSouto. 460/2*. (287-3122). Sem consumação e sem couvert.ANA MAZZOTT1 — Apresentação da cantora e pianista acom-panhada de Romildo (bateria) e Enio Santos (baixo). Diariamentea partir das 22h. Couvert a CrS 50 mil. AIA Alô. Rua Barão daTorre. 368 (247-7178).

LETIT BE — Show com o Bola de Cristal. Às 22h. Ingressos aCrS 12 mil. Rua Siqueira Campos. 206.JOSÉ MARINHO — Apresentação do pianista diariamente, às21 h. no Harr/s Bar. Rua Bartolomeu Mitre. 450. (259-4043).

SAN SEVERINO — Diariamente, a partir das 22h o pianistaacompanhado do cantor Jarbas. Sem couvert. Baco. Av.Ataulfo de Paiva. 1235 (294-0047).CHAMPAGNE — Noite de Romantismo, e o grupo Vozes. RuaSiqueira Campos. 255 (255-7341). Música para dançar.

BARBAS — O cantor Elias Silva. Rua Álvaro Ramos. 408 (541-8396). Couvert a CrS 15 mil.FORRÓ FORRADO — Dr. Sitvana. As 22h. Ingressos a CrS 10mil, homem e CrS 3 mil, mulher. Rua do Catete, 235 1o (245-0524).

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RÁDIO PRATA KARAOKÊ — Pocket-show com sorteie»,brincadeiras e vinhetas musicais. Apresentação de Luiz SérgioLima e Silva e Zaira Zambelli. Às 22h. Couvert a CrS 20 mil. NoManga Rosa, Rua 19 de Fevereiro, 94 (2664996).

CANJA — A partir das 20h, karaokê, onde o cliente cantaacompanhado de play-backs ou dos músicos Arnaldo Martinez(piano) e Alcir (violão). Apresentação do cantor Mario Jorge.Consumação a CrS 30 mil. Av. Ataulfo de Paiva, 375 (511-0484).

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CMCUS DISCO—Diariamente, a partir das 22h e vesp às 16h.Ingressos a CrS 15 mil. homem e CrS 8 mil, mulher. Vesperal aCrS 5 mil, menino e CrS 4 mil, menina. O ingresso dá direito aum drink ou refrigerante. Rua Gal. Urquiza. 102 (227-7895).

HELP — Música de discoteca a partir das 21 h30min. Ingressosa CrS 25 mil. homem e CrS 20 mil, mulher; vesperal às 16h aCrS 15 mil. Av. Atlântica, 3432 (521-1296).

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MUUM CITY — Às 18h. Som e vídeos. Av. Sernambetiba. 646(399-4007). Barra.

MUSICA

A presença da

voz na Bienal

A VI Bienal de Música Brasileira Contempo-rânea, que se realiza na Sala Cecília Meireles,tem hoje uma sessão onde se destaca a vozhumana: ao lado de um Concerto para Flautim eOrquestra de Oswaldo Lacerda, estão apoiadosna voz o Canto Multiplicado, de Marlos Nobre,a Balada do Amor de Ernâni Aguiar e a Missade Requiem de H.D. Korenchendler.

Essa presença da voz não é apenas sensí-vel nesta Bienal: vai-se tornando uma caracte-rística marcante da música contemporânea. Avoz humana pode ajudar a temperar eventuaisasperezas da música mais nova. Tem recursosdramáticos superiores aos de qualquer instru-mento. E acabou sendo reconhecida, novamen-te, como o mais flexível e expressivo de todosos instrumentos. Na Inglaterra, músicos comoBritten e Tippett deram início a uma nova"idade de ouro" da ópera. Tivemos, recente-mente, no Rio as Oito Canções para um ReiLouco, do inglês Maxwell Davies, onde a voztambém é empregada de todas as maneirasimagináveis.

O concerto de hoje mistura estréias comuma obra já consagrada: o Canto Multiplicadode Marlos Nobre. Esta é uma peça para voz eorquestra de cordas (solista: Maria Lúcia Go-doy) escrita em 1974 para uma tournée daorquestra Pró-Música de Colônia. Usa um textode Carlos Drummond de Andrade: A FredericoGarcia Lorca; e é uma obra altamente dramáti-ca, quase um Requiem, terminando numaatmosfera bem hispânica de canto guerreiro.Também de Drummond é o texto da Balada doAmor, de Ernani Aguiar, que terá como solistaEladio Perez Gonzalez. Nascido em 1950, Erna-ni aperfeiçoou-se em Florença e dirige atual-mente a capela da Catedral de Petrópolis.Korenchendler é outro representante da gera-ção mais nova (nascido em 1948). Sua Missade Requiem tem a valorizá-la a presença dosCanarinhos de Petrópolis. um de nossos maisfamosos coros infantis. Oswaldo Lacerda é umveterano da "escola

paulista". Fala-se muitobem do seu Concerto para Flautim e Orquestra.

Luiz Paulo Horta

O TROVADOR — Ópera de Verdi com libreto de SalvatoreCammarano sobre a peça de Antônio Garcia Gutierrez. Com aOrquestra do Teatro Municipal, sob a regência dos maestrosEugene Kohn e Roberto Ricardo Duarte e o Coro do TeatroMunicipal, sob a regência de Manuel Cellario. Direção de Hugode Ana. Solistas: Mabel Veleris. Watter Donati. Maria LuisaNave, Mauro Augustini. Kolos Kovats, Lúcia Dittert, WaldirRibeiro. Newton Ferrugini e At ha Ide Bech Teatro Municipal,Cinelãndia (262-6322). Hoje. às 17h. Ingressos a CrS 100 mil,platéia e balcão nobre; a CrS 60 mil. balcão simples; a CrS 30mil, balcão simples lateral egaleria; a CrS 15 mil, galeria lateral eestudantes; e a CrS 600 mil. frisa e camarote.VI BIENAL DE MÚSICA CONTEMPORÂNEA — As 21h: AOrquestra de Câmara da Rádio MEC. sob a regência do maestroRoberto Ricardo Duarte, interpreta Concerto Para Flautim eOrquestra de Cordas, de O. Lacerda; O Canto Multiplicado.de Marlos Nobre; Balada do Amor. de Emani Aguiar, e Missade Râquiem, de Henrique Korenchendler. Solistas: CarlosRatto, Maria Lúcia Godoy. Eladio Perez Gonzalez e Canarinhosde Petrópolis. Na Sala Cecília Meireles. Lgo da Lapa. 47.Entrada franca.

ORQUESTRA DE MÚSICA BRASILEIRA — Apresentação derepertório de Pixinguinha a Radamés Gnatalli. Às 17h. na UNI-Rio, Av. Pasteur. Entrada franca.

Marlos Nobre mostra seu Canto

FEIRAIIIIHIII IIIIIIUlillWWMrWBBlIWawnMMBMMBBMMBMaaMMM

Providência

de última hora

Se você ainda não foi à Feira da Providência,aproveite, pois hoje é o último dia. O Riocentroestará funcionando das 12h às 24h e o ingressocusta apenas Cr$ 1 mil (criança náo paga). Oestacionamento no pátio do Riocentro, Autódromoe ao redor do Rock in Rio, custa Cr$ 5 mil.Circulam, também, 18 linhas especiais de ônibus,saindo das zonas Norte e Sul.

A grande pedida para o almoço é a barraca doMaranhão, com comida típica, que oferece umprato completo por Cr$ 60 mil. Não deixe tambémde provar nesta barraca a disputadíssima cervejaCerminha, por Cr$ 5 mil a garrafa pequena. Comonovidade, os organizadores oferecem, no Mezani-no n° 4, gma feijoada completa, incluindo bebida, a'Cr$ 100 mil, por pessoa.

Durante a semana, os objetos mais procuradosforam os importados, as bebidas e as bonecas,além dos chocolates. Hoje, apesar da procura,ainda dá para fazer boas compras. Na barraca daAlemanha, por exemplo, há roupa usada que vale apena dar uma olhada. Tem suéter por Cr$ 15 mil ecalças a partir de Cr$ 50 mil; na da Polônia temvodka Wyborowa por Cr$ 80 mil a garrafa; na daFrança tem bonecas que variam de Cr$ 100 mil aCr$ 120 mil e perfumes (Jourdan por 170 mil eAzzaro por Cr$ 395 mil); na da Itália encontra-segravatas de seda a Cr$ 50 mil e na de Portugal temlata de sardinha por Cr$ 8 mil. Não se pode deixarde comprar os chocolates, na Ordem de Malta, quecustam Cr$ 10 mil a unidade.

Como atração, a barraca do Rio de Janeiro estáempolgando com o Karaokê, onde estão presen-tes vários atores da novela Roque Santeiro. Sinho-zinho Malta (Lima Duarte) promete aparecer. Já às18h será apresentada a escola de samba ImpérioSerrano, juntamente com a escola mirim Impériodo Futuro. Para as crianças, os brinquedos eletrôni-cos são a atração. Tem ainda um parque dediversão e a apresentação de aqualoucos.

Os objetos que não forem vendidos hoje, serãoexpostos em uma minifeira, no Banco da Providên-cia (na Catedral Metropolitana — Rua dos Arcos n°54, Lapa), nos dias 19, 20, 21 e 22 deste mês.Ainda não foi definido o horário. (HMT)

A Feira movimenta o Riocentro

EXPOSICAQ

70 ANOS DE GRANDE OTELO — Fotografias registrando osmais representativos trabalhos do ator Grande Otelo. Paralela-mente será exibido o vídeo Os Astros, da TVE. Sala MemóriaAlofsio Magalhães. Av. Rio Branco, 179 —térreo. Das 15h às21 h. Até dia 21 de novembro.

MARIA MOORACH, MARILU, ZULMA E VADKA— Pinturas.Galeria de Arte do Hotel Nacional. Av. Niemeyer, 769. Das 8hàs 22h. Até dia 15.

PICCOLO TEATRO Dl Ml LANO — Propagandas, cartazes,volantes e programas contando a história do Piccolo Teatro,desde a sua origem, em 1947. até hoje. Teatro Villa-Lobos. Av.Princesa Isabel, 440 saguão. A partir das 19h30min. Até dia 17.MÁRIO ANDRADE — Xilogravuras. Museu das Artes e Tradi-ções Populares. Rua Presidente Pedreira. 78 — Ingá. Das 14hàs 18h. Até dia 17.

CLÁUDIO GARCIA — Pinturas. Galera do Circo Voador, Largoda Lapa. Das 20h às 22h. Último dia.

PAOLO RICCI — Pinturas. Sala Bernardelli do Museu Nacio-nal de Belas Artes, Av. Rio Branco, 199. Das 15h às 18h. Atédia 24 de novembro.

ELETROPOESIA — Apresentação em display do poema deTite de Lemos. Galeria do Centro Cultural Cândido Mendes,Rua Joana Angélica. 63. Das 9h à meia-noite. Até dia 28.

POR LA UBERACION — Pinturas de vários artistas nacionais einternacionais entre eles Volpi. Maria Bonomi, Anna Letycia e ocubano Portocarrero. Museu do Ingá, Rua Presidente Pedreira.78. Das 14h às 18h. Até dia 27.PINTANDO NO PEDAÇO — Pinturas de Gilson do Giz, CésarSiry e Benê. Flor da Noite, Rua 19 de Fevereiro. 157. A partirdas 17h. Até dia 20.TAY BUNHE1RÀO — Gravuras. Centro de Artes do SESC daTijuca. Rua Barão de Mesquita. 539. Das 13h às 21 h. Até dia

VÍDEOmmemsmamamEmamammBasmsmsmmm

VfDEO-BAR — Exibição de vídeos musicais, a partir das 19h eintercalando as sessões. Às 20h: Mostra de Cinema Alemão— Muenchausen (O Barão de Mentiras), de Josef Von Baky.com Hans Albers, Hans Brausewetter e Kaethe Haack. As 23h:As Irmãs Kessler. No TV Bar Club. Rua Teresa Guimarães. 92(542-4045). Ingressos a Cr$ 12 mil.YESSONGS — Concerto de 1973, com Rick Wakeman, JonAnderson, Chris Squire. Steve Howe e Alan White. Comple-mento: Yes nos melhores momentos do Rock in Rio. As 18h e20h, no Espaço Pró-Video, Estrada dos Três Rios, 90 — sala336.

JUDAS PRIEST UVE — Show ao vivo com a banda inglesa deheavy metal. Complemento: vídeos com músicas do IronMaiden. Às 14h, 16h, 18h. 20h, 22h na Sala de Vídeo CândidoMendes. Rua Joana Angélica. 63.VÍDEOS NO MSTURA FINA — Os vídeos podem ser selecio-nados entre várias sugestões como Style Council. Tina Tumer.Led Zeppelin, Police e outros. A partir das 20h, no Mistura Fina!Rua Garcia D'Ávila. 15.

VÍDEOS NO GIG — A partir das 22h: Crosby. Still and Nash eSimon and Garfunkel no Central Park. No GIG Saladas. RuaGeneral San Martin. 629.VÍDEOS NO CAVERNA — Vídeos do AC-OC. Ozzy Osboume.Whitesnake e Scorpions (os quatro no Rock in Rio), Exodus.Slayer e Venon (Live in Studio 54). Às 16h, no Caverna II. RuaLauro Muller, 1 (ao lado do Canecão).

DANÇA

PROGRAMA DUPLO — O Centro de Dança Rio apresentaPuxada da Rede do Xaréu e o grupo afro Danç'Arte apresentaBrasil Ano 1999. Teatro do Liceu. Rua Frederico Silva, 86 (221-5679). Às 20h. Ingressos a CrS 10 mil. Até dia 17.NAVEGANDO — Espetáculo de com o bailarino Breno Masca-renhas. As 18h e 20h, no Paço Imperial. Pça 15.

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A

DE GRAÇA

Vá ao museu

O mundo do "faz de conta"está logo ali, em frente à estaçãodo metrô, no Catete, na exposiçãoO Berrô que o Gato Deu: TemBrinquedo no Museu, organiza-da na Galeria Mestre Vitalino, umanexo do Museu de Folclore Ed-son Carneiro, que funciona noparque do antigo Palácio do Cate-te. Hoje, entre 15h e 18h, a crian-çada pode conhecer brinquedosartesanais, de diversas regiões doBrasil. Tudo elaborado segundo acriatividade do artista, bem dife-rente da plasticidade celulóidedos brinquedos industriais. Sãomangas verdes, chuchus, maxi-xes e sabugos de milho que ad-quirem vida animal: bois, vacas,porcos etc. Penas de aves e pa-lhas de inhame, milho e bananeiratransformam-se em chapéus,sombrinhas e petecas. Dos talosde mamona são feitos os cami-nhos. A criatividade aproveita oalumínio de latas vazias e confec-ciona caminhões e até um parquede diversão em miniatura, dando aperfeita noção de que tudo funcio-na de verdade.

A frustração de não poder tocarnos brinquedos tem lá suas com-pensações. Existem murais ondeos visitantes mirins desenham edeixam sua impressão sobre amostra. Durante a semana, — deterça a sexta, das 11 h às 18h —os artesãos vão ao local para ensi-nar sua arte. Um deles é AdaltonFernandes Lopes, de Niterói. quefaz trabalhos de barro. Suas peçassão bonecos, personagens da vi-da cotidiana, com muitas lembrar»-ças de sua adolescência. Empol-gadas, as crianças tentam copiaros trabalhos e prometem voltarpara aprender mais.

Outro programa "imperdível",

já que você está no Museu, é aexposição permanente do folclorepopular brasileiro. São objetos decerâmica, quadros, trabalhos emmadeira e peças que traduzemtodo o misticismo de nosso povo.A exposição funciona no prédio daRua do Catete 181, ao lado doPalácio.

Helena Tavares

Os brinquedos artesanais, atração do Museu do Folclore

Um Domingo

com Juliana

Atriz, bailarina e coreógrafa dasmais disputadas no mercado. JulianaCarneiro da Cunha anima hoje, às15h30min, o Domingo do Corpo doCirco Voador (Arcos da Lapa), umprograma dos mais baratos (Cr$ 1 mil500) e saudáveis. Num intervalo en-tre a coreografia do infantil O Pati-nho Feio, que estreou ontem noTeatro Tablado, e os ensaios de Nin-guém Se Lembra Mais de Chopin.Juliana preparou um Domingo doCorpo em três fases: esquenta me n-to, relaxamento e expressão. Ela pré-tende mexer com as articulações daturma que aparecer no Cjrco. De-

Ka % ?

1—lJmIpois, a expressão com o auxílio demáscaras. "Parece complicado, mas,mesmo quem estiver fazendo pelaprimeira vez, pode ter sua curiosida-de despertada para outros trabalhosdo gênero", acredita Juliana.

o barato do domingo

manhã almoço tarde noite

9h

x10h

12h

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XL

• Lazer a valer para a crian-çada que aparecer na Praçado Aviador (Vila Aliança —Bangu). Tem atividades comnarração de histórias, sonori-zação, colagem, desenho epinturas, além de oficina debarro.

• Para alegria das crianças edesespero dos pais, quemvisita a 3a Feira de Cães eCompanhia (S. Conrado Fa-shion Mall) ganha um peixi-nho ou um pintinho. Hoje é oúltimo dia. Entrada a Cr$ 14mil e Cr$ 7 mil crianças.

• Esta é uma festa famosa,a Festa da Penha (Lgo. daPenha). Tem dezenas de bar-raquinhas com comidas típi-cas e artesanato; apresenta-ção de grupos folclóricos eshow de música popular. Échegar e se divertir.

• Já que não tem como es-capar, o jeito é relaxar e en-grassar a fileira de pessoasque vão à Feira da Provi-dência (Riocentro). Hoje é oúltimo dia e ela fica abertaaté às 24h. Ingressos a Cr$ 1mil. Criança não paga.

• Ele ficou badaladoporque seus proprie-tários são os compo-nentes do MPB4. E acomida manteve afreguesia no RazãoSocial (R. Conde deIrajá, 288 - Botafogo),o cozido, para dois.sai por Cr$ 28 mil.

• Apicius já esteveno Bar Haus Alfred(R. da Passagem.171 Botafogo) e fezos maiores elogios.Ali, pode-se dividirum fleischkãse (bolode carne defumadacom salada de bata-ta) por Cr$ 28 mil esair satisfeito.

• Pelo mesmo preçodos pratos acima, oBambino D'Oro (R.Real Grandeza, 238-A - Botafogo) serveum Tagliatele à modada casa (talharim gra-tinado com frangodesfiado, creme deleite e presunto).Também dá paradois.

14h

15h

16h

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• Tarde animada em climaameno: recreação: um papocom a autora do livro infantilDoce de Casa, Suzana Var-gas; e um show musicalcom Sidney Mattos. De gra-ça. no Centro Cultural deSanta Teresa (R. Monte Ale-gre, 306).

18h

5

• Os amantes da velocidadevão adorar: é a final do cam-peonato norte-americano deFórmula Indy. Os brasileirostêm três motivos para torcer— Emerson Fitipaldi, Rober-to Moreno e Raul Boesel. NaBandeirantes.

20h

• No Festival Nacional daCriança (Pavilhão de SãoCristóvão), uma atração. Es-tá exposto o cenário do filmeÓpera do Malandro. 0 in-gresso de Cr$ 10 mil dá direi-to a um lanche. Criança até1 m20 não paga.

21 h

J9

• Isto interessa a adultos ecrianças. O Museu do Índio(R. das Palmeiras, 55 — Bo-tafogo) exibe o documentárioDa Seringueira ao Boi, so-bre a nova ocupação da Ama-zônia. A entrada é grátis epode-se visitar o museu.

• Enquanto o cometa nãochega mais perto é bom ir seinformando sobre ele. O Pia-netário da Gávea (Pe. Leo-nel Franca, 240) montou umaexposição contando a histó-ria e trajetória do Halley. En-trada franca.

• Hoje tem samba de graçaao som de uma das melho-res baterias cariocas, a daUnião da Ilha do Governa-dor. Na quadra da escola(Estrada do Galeão, 322 —Cacuia) se canta o sambaenredo deste ano, Assom-brações.

• Curtidores de outro gêne-ro musical vão à 6a Bienal deMúsica Brasileira Contem-porânea, na Sala CecíliaMeireles (Lgo da Lapa, 47).Hoje, Concerto da Orquestrade Câmera da Rádio MEC,com entrada franca.

• Os poetas se fazem ouvirna Zona Sul do Rio. CincoDamas e um Valete é umjogo de poemas dos gruposElas por Elas e Teatrote emapresentação no AmigoFritz (R. Barão da Torre, 472— Ipanema). Couvert a Cr$10 mil.

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O DIA DA CRIANÇA

show

O PÃO OE AÇÚCAR DAS CRIANÇAS — Show de variedadescom o palhaço Melancia, Mimo Tropical, grupo Quebra-Cabeça.Mamãe Eu Quero e banda de Bichos e discoteca. Às 16h, noMorro da Urca, Av. Pasteur. 520. Ingressos a Cr$ 9 mil eCr$4mil 500, crianças.O QUE É QUE TEM DENTRO? — Músicas de Norma Nogueirae Sheila Quintaneiro. Direção de João Gomes do Rego. Direçãomusical de Rique Pantoja. Parque Lage, Rua Jardim Botânico.414. Às 17h. Ingressos a CrS 15 mil e Cr$ 12 mil, crianças.

karaokê

RÁDIO OGANINHA — Karaokê infantil com apresentação deAdelaide Martins. Às 17h. no Manga Rosa. Rua 19 deFevereiro. 94.

planetário

PLANETÁRIO — Carrinho Feliz (infantil), às 17h e. às18h30min.. De AKM 2 a Galaxia DX (juvenil). Rua Pe. LeonelFranca, 240 (274-0096). Ingressos a CrS 2 mil 200, adultos e Cr$1 mil 100. crianças até 12 anos.

parque

TIVOU PARK — Parque com 14 brinquedos para adultos e oitopara crianças. Av. Borges de Medeiros, Lagoa. 5a e 6a, das 14liàs 21 h; sáb. das 15h às 23h. e dom, das 10h às 22h. Ingressos aCr$ 30 mil e CrS 28 mil (crianças até 10 anos).

teatro

AO PÉ DO OUVIDO—Texto de Alice Reis. Direção de ShimonNahmias. Teatro Glauca Rocha, Av. Rio Branco. 179 (224-2356). Às 16h. Ingressos a CrS 8 mil.APRENDIZ DE FEmCERO — Texto e direção de Maria ClaraMachado. Teatro Ponte da Saudade, Av. Epitácio Pessoa, 4866 (286-0644). Às 16h e 17h30min. Ingressos a Ct$ 15 mil.AS AVENTURAS TOM SAWYER — Texto de Mark Twain.Tradução de Monteiro Lobato. Adaptação de Roberto Bomtem-po. Direção de Roberto Bomtempo e Roney Villela. TeatroVanucci. Rua Marquês de S. Vicente, 52/3° (274-7246). Às 17h.Ingressos a Cr$ 15 mil.A BELA E A FERA — Musical de Vicentina Novelli. Direção deCláudio Gaya Teatro Benjamin Constam. Av. Pasteur. 350(295-2282): às 16h30min. Ingressos a CrS 15 mil.BETO E TECA — Texto de Volker Ludwig. Direção de RenatoIcarahy. Com o grupo TAPA. Teatro Ipanema, Rua Prudente deMorais. 824 (247-9794). às 16h. Ingressos a CrS 15 mil.

O BICHINHO DA MAÇÀ — Texto de Ziraldo. Adaptação edireção de Carlos Arruda. Com o grupo Cante Conte. TeatroDelfin. Rua Humaitá, 275 (2664396). Às 17h30min. Ingressos aCr$ 15 mil.A BRUXINHA E O PRÍNCIPE VALENTE — Texto e direção deLimachen Cherem. Teatro Imperial. Praia de Botafogo, 524.(295-0896). às 16h30min. Ingressos a CrS 10 mil. Acompanhar»-te não paga.A BRUXINHA QUE ERA BOA — Teatro de Maria ClaraMachado. Direção de Toninho Lopes. Com o grupo Ponto dePartida. Teatro do Planetário. Av. Pe. Leonel Franca. 240 (274-0046). Às 16h. Ingressos a Cr$ 15 mil. Estacionamento próprio.A CASA DE CHOCOLATE—Texto de Nazareth Rocha. Direçãode Wagner Lima. Teatro de Bolso, Av. Ataulfo de Paiva. 269(239-1498), às 17h30min. Ingressos a CrS 15 mil.

CHAPEUZ1NHO VERMELHO CONTRA A BOMBA ATÔMICA— Texto e direção de Walter Costa. Teatro Brigitte Blair. RuaMiguel de Lemos. 51 (521-2955). Às 16h. Ingressos a CrS 10mil

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CHAPEU2NHO VERMELHO E O LOBO MAU NA CASA DAV0V023NHA—Com o grupo Carrossel. Teatro da Cidade. Av.Epitácio Pessoa. 1 664 (247-3292). Às 16h. Ingressos a Cr$ 10mil.O CIRCO ALEGRIA — Texto e direção de Walter Costa. TeatroBrigitte Blair. Rua Miguel Lemos, 51 (521-2955). Às 17h.Ingressos a CrS 10 mil.O DIA EM QUE O PAPAGAIO FALOU SÉRIO — Musical deMaria Regina Moura. Direção de Antônio Britto. Com o grupoClareou. Teatro Leopoldo Fróes, Rua Manoel de Abreu. 16(717-1600). Niterói. As 16h. Ingressos a CrS 10 mil.OS DOZE TRABALHOS DE HÉRCULES — Espetáculo infanto-juvenil com texto de Monteiro Lobato. Direção e adaptação deCarlos Wilson. Teatro da Praia. Rua Francisco Sá, 88 (287-7794). Às 15h30min. Ingressos a CrS 20 mil.ENSAIO N° 2—O PINTOR—Texto de Lygia Bojunga Nunes.Direção de Bia Lessa. Teatro do Sesc da Tijuca, Rua Barão deMesquita. 539 (208-5332). Às 17h. Ingressos a CrS 15 mil e CrS8 mil, crianças.O GATO PARDO DE PATRÍCIA E LEONARDO — Texto deJoão das Neves. Direção de Lúcia Coelho. Teatro CândidoMendes. Rua Joana Angélica, 63. Às 16h. Ingressos a CrS 15mil.A IDADE DO SONHO — Texto de Tonio Carvalho. Direção deVicente Maiolino. Com Teatro Feliz Meu bem. Teatro GlaucioGill. Pça Cardeal Arcoverde, s/n°. Às 16h. Ingressos a CrS 15

-mil.O JARDIM ENCANTADO—Texto e direção de Artette Ribeiro.Teatro de Lona, Av. Ah/orada. 1791 (32&-9731). Às 16h e17h30min. Ingressos a CrS 10 mil.

JOÃOZ1NHO E MARIA NA CASA DA BRUXA — Texto edireção de Jair Pinheiro. Teatro Brigitte Blair, Rua MiguelLemos, 51. Às 18h. Ingressos a CrS 10 mil.

O MENINO MALUQUINHO — Musical de Ziraldo. Adaptação edireção de Demetrio Nicolau. Teatro Casa Grande, Av. Afrãniode Melo Franco. 290 (23&4046). Às 17h. Ingressos a CrS 15 mil.Até dia 24.

MICKEY E PATETA EM APUROS — Apresentação do grupoCarrossel. Às 16h. no Teatro D. Camilo. Rua Toneleros, 76(255-9225). Ingressos a CrS 10 mil.

MONSTRINHOS DA RUA DAS ESMERALDAS — Texto deJoão Carlos Rodrigues. Direção de Luna Brum. Teatro doTijuca Tênis Clube. Rua Cde de Bonfim, 451. Às 17h30min.Ingressos a CrS 6 mil.A MULHER MARAVILHA CONTRA O LOBO MAU — Apre-sentação do grupo Carrossel. Às 17h, no Teatro D. Camilo, RuaToneleros, 76 (255-9225). Ingressos a CrS 10 mil.

OLHO DE GATO — Texto de Cora Ronai. Direção de MoacyrGoes. Teatro Cacilda Becker, Rua do Catete, 338 (265-9933).Às 17h30min. Ingressos a CrS 8 mil.

PAPAI NOEL EM FAMÍLIA — Texto de Regina Darze. Direçãode Ressy Penafort. Teatro Nelson Rodrigues. Av. Chile, 230.Às 16h. Ingressos a CrS 14 mil.

PELE DE AS NO — Texto de Liliana Neves, baseado em contode Charles Perrault. Direção de Toninho Lopes. Com o grupoPonto de Partida. Teatro Villa-Lobos, Av. Princesa Isabel. 440.(275-6695). Às 16h. Ingressos a CrS 15 mil.

PENÉLOPE NA CASA DOS BONECOS — Texto e direção deLimachem Cherem. Teatro Imperial, Praia de Botafogo, 524.Às 17h30min. Ingressos a CrS 10 mil. Acompanhante não paga.PINÓQUIO — Texto de Carlos Collodi. Direção de EduardoTolentino de Araújo. Com o grupo TAPA. Teatro do Sesc de S.João de Meriti. Rua Tenente Manoel Alvarenga Ribeiro, 66(756-4615). Às 16h. Ingressos a CrS 8 mil.

PLUFT, O FANTASMiNHA — Texto e direção de Maria ClaraMachado. Teatro Tablado, Rua Lineu de Paula Machado, 795(294-7847). Às 16h30min e 18h. Ingressos a CrS 15 mil.

A REVOLTA DOS BICHOS — Musical com texto de Manassésde Oliveira. Direção de Manassés Sessannam. Tijuca TênisClube. Rua Cde de Bonfim. 451. Às 10h. Ingressos a CrS 10 mil.Último dia.OS SALTIMBANCOS — Musical de Chico Buarque e SérgioBardotti. Direção de Jorge Corrêa. Com o grupo Salamê-Minguê. Teatro Rival. Rua Álvaro Alvim, 33 (240-1135). Às 16h.Ingressos a CrS 15 mil.

SE ESSE ANEL FOSSE MÁGICO — Texto de Maria LuizaMacedo. Direção de Augusto Pereira da Rocha. Teatro da UFF,Rua Miguel de Frias, 9, Niterói. Às 16h. Ingressos a CrS 10 mil.Até dia 15 de dezembro.O SOLDADINHO E A BONECA — Texto de WashingtonGuilherme. Direção de Conrado de Frei tas. Retiro dos Artistas,Rua Retiro dos Artistas, 571. Às 10h. Ingressos a CrS 5 mil. Atédomingo.SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO — Texto de WilliamShakespeare. Adaptação de Lenita Plocynsky. Direção de

Moacir Goes. Teatro Cacilda Becker. Rua do Catete, 338 (265-9933). Às 16h. Ingressos a CrS 8 mil.SPAGUETT1 — Texto e direção de Fernando Berditchevslw.Teatro do Planetário. Rua Pe. Leonel Franca. 240. Ás17h30min. Ingressos a CrS 15 mil.TÁ NA HORA. TÁ NA HORA — Criação coletiva do grupoNavegando. Direção de Fernanda Coelho e Fábio Pilar. Direçãomusical de Charles Kahn. Sala Monteiro Lobato anexo aoTextro Villa-Lobos. Av. Princesa Isabel. 440. Às 17h30min.Ingressos a CrS 8 mil.OS TRÊS P0RQUINH06 E O LOBO MAU — Direção de JairPinheiro. Teatro Serrador. Rua Senador Dantas, 13 (220-5033).Às 16h. Ingressos a CrS 10 mil:ULISSES — Adaptação da Odisséia, de Homero, por Maria deLourdes Martini. Direção de Maysa Braga e Ana Luísa Cardoso.Teatro Dulcina, Rua Alcindo Guanabara. 17 (22045997). As 17h.Ingressos a CrS 8 mil.O UNICÓRNK) — Texto de Paulo César Coutinho. DireçãoJorginho Ayer. Teatro Delfin. Rua Humaitá. 275 (2664396).16h. Ingressos a CrS 15 mil.ZABADAN — Musical infanto-juvenil com texto e direção deSérgio Carvalhal baseado em poema de Lúcia TV Ramos.Teatro do América. Rua Campos Salles, 118.234-2060. As 16he 17h30m. Ingressos a CrS 12 mil e CrS 10 mil. crianças.

matinês

O PEQUENO PRÍNCIPE — Coral (Praia de Botafogo. 316):14h30min, 16h. (Livre).A DAMA E O VAGABUNDO — Barra-1 (Av. das Américas.4666 — 325-6487): 14h30min. (Livre).SESSÃO COCA-COLA — Alô Amigos — Lagoa Drive-ln (Av.Borges de Medeiros. 1426 — 274-7999): 18h30min. (Livre).* Outros filmes com censura livre ver na seção Cl-NEMA

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Os 12 Trabalhos de Hércules /Teatro da Praia

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O DIA DA

Clara como

as luzes da ribalta

Cinco peças em cartaz renovam o brilhoda autora número 1 do teatro infantil

Desde ontem, a autora e direto-ra teatral Maria Clara Machadoreina absoluta nesta temporadade teatro infantil. Acabam deestrear novas montagens dePluft, O Fantasminha, no Tea-tro Tablado, e O Patinho Feio,no Teatro de Arena. As duaspeças vêm se juntar a outrastrês também de sua autoria, jáem cartaz: Aprendiz de Feiti-ceiro, no Fonte da Saudade; ABruxinha que era boa, no Pia-netário; e O Rapto das Ceboli-nhas, no Cawell.

Escrito há 30 anos e dirigidopor Maria Clara pela quinta vezno Tablado, Pluft vem com umanovidade que quebra a rotina desuas recriações: é interpretadopela primeira vez por um ator,Luis Carlos Tourinho. "Eu nuncatinha encontrado um Pluft tãobom quanto esse de agora.Sempre que um homem tenta-va fazer o personagem, pareciaefeminado. O Tourinho é umPluft perfeito", explica sua cria-dora. Mas as mulheres tambémfizeram bonito. Louise Cardoso,Lúcia Marina Acioly, CarmemSilva Murgel e Cacá Mourthéestiveram brilhantemente napele do fantasminha que háquatro gerações cria uma perfei-ta empatia com o público.

"É uma história de medo:medo de crescer, de encontraro mundo, as pessoas — coisasque toda criança sente", fala aautora sobre o permanente su-cesso de sua obra. Pluft nãosentiu as três décadas passa-rem; continua jovem, não acusanenhuma ruga ("nunca mudeiuma linha"). É o texto prediletode Maria Clara ("é minha peçamais bem feita; embora tam-bém goste muito do CavalinhoAzul) e já foi montado na Ale-manha, Holanda, Rússia, Fran-ça, países latino-americanos epelo Brasil afora. "Recebo car-tas de tudo quanto é canto, de

tudo quanto é coleginho dopaís", conta ela.

O Patinho Feio — uma ver-são de Maria Clara do conto deAndersen, levada ao palco em76 — entra agora em cena sob adireção geral de Fernando Ber-ditchevsky, uma cria do Tabla-do, assim como o grupo quedirige. Ele mesmo já esteve napele do Patinho Feio. Com estaremontagem em cartaz no Tea-tro de Arena, os produtores pre-tendem transportar a criança ur-bana para o campo e, nestecenário, tratar de um tema uni- 2versai: a rejeição. A coreografia |é assinada pela bailarina e atriz <Juliana Carneiro da Cunha.

Maria Clara Machado só la-menta não ter tempo para assis-tir a essas e outras peças emcartaz, já que se dedica integral-mente ao Teatro Tablado. Poresse motivo também se dizpouco à vontade para avaliar opanorama do teatro infantil bra-sileiro. Observa o crescimentodo setor, mas não sabe "se é sóquantidade ou se tem qualida-de" na mesma proporção.

necessária uma orientação dosjornais. O papel do crítico deteatro infantil é fundamental",analisa.

Esse ano, Maria Clara dirigiutrês peças — Aprendiz de Fei-ticeiro, O Dragão Verde ePluft, O Fantasminha — e aca-bou não escrevendo nada. Masplaneja transformar o Dragão,premiado em 84 com quatrotroféus Mambembe, em unconto. Fora isso, prefere nãofazer planos de trabalho. Lem-bra, no entanto, que no próximoano o Tablado faz 35 anos e"quem sabe" ela resolve come-morar montando uma peça comantigos alunos. Maria Clara con-tinua brilhando. Resta um poucode luz no teatro infantil.

Helena Carone

A alegria de Maria Clara com mais duas estréias de suas peças

Crianças no CantoAlmoçar num restaurante e

administrar a algazarra da filharadaé como aquele ditado de chuparcana e assobiar ao mesmo tempo.Ou bem se transa a criançada oubem se curte o paladar. Tentandoconciliar o prazer e a tarefa, orestaurante Canto da Boca (RuaAarão Reis, 20 — Santa Teresa)inicia hoje uma programação volta-da a entreter as crianças antes,durante e após o almoço: o Cantose Contos no Canto da Boca. As

atrizes Martha Loureiro e LilianGomes entram em atividade às13h, dando assistência ao serviçoespecial de almoço para crianças(bife com batata frita, macarrãozi-nho etc). A seguir, os pais relaxamde vez com o início das atividadesde pintura, colagem, artesanato,oficina de bonecos e. a partir das16h, uma peça de teatro infantil.Tudo isso num quintal com vistapara o centro da cidade. Bom ape-tite.

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O MELHOR DA SEMANA^mgggga^BmÊmmB^mKÊtmKmaBmmtmmÊmmBBmÊmmamamBmaBÊtBataaamammaammM

artes plásticas

Seis décadas de arte no Paço

Na segunda-feira, a GB inaugura às 21 huma exposição de óleos de John Nicholson. Oartista americano radicado no Brasil está pas-sando por uma transformação que pode sur-preender os que já conhecem seus trabalhosanteriores. O acrílico diluído, aquarelado e qua-se imaterial foi substituído por um impastodenso e dramático. Às 21 h, na galeria do CentroEmpresarial Rio, inauguração de Arquitetura1950: Projetos não Construídos. São 15 proje-tos de arquitetura que, por um motivo ou outro,não chegaram a sair da prancheta de desenho.A exposição reúne os arquitetos Lúcio Costa,Oscar Niemeyer, Afonso Eduardo Reidy, SérgioBernardes, Rino Levi, os irmãos Roberto, Mar-cos Konder Neto e Souza Reis. No Paço Impe-rial, Praça XV, ainda na segunda-feira, às 19h,inauguração da exposição Seis Décadas deArte Moderna na Coleção Roberto Marinho,onde estarão em exibição obras de Pancetti, DiCavalcanti, Guignard, Portinari e outros artistas.Às 18h30min, no Salão de Recepção das Em-presas Ipiranga, inauguração de mostra de An-tônio Maia, em benefício da Ação Comunitáriado Brasil.

Na terça-feira, a Aktuel abre individual deBenevento, artista de cuja trajetória passou portransformações radicais, da temática popular aum abstracionismo construído, em que a cor éo elemento mais importante. A apresentação éde Flávio de Aquino e a inauguração é às 18h.Às 21 h, a A M Niemeyer inaugura individual deMasanori Uragami, pintora havaiana nascida em1918 com trabalhos bastante curiosos. Tam-bém às 21 h, esculturas de Rubens Saboya na

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Na quarta, Luís Raphael apresenta suaspinturas na Biblioteca Regional de Copacabana,às 20h, e a galeria do IBEU inaugura, às 21 h, acoletiva Três Caminhos.

Reynaldo Roels Jr.

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Guignard no Paço

musica

I Solisti Veneti no Municipal

Esta é a semana da Bienal de MúsicaContemporânea — concertos todos os dias naSala Cecília Meireles, com uma programaçãocuidadosa e variada. Mas a música mais con-vencional também está muito bem representa-da. Amanhã, por exemplo, toca no Teatro Muni-cipal uma das melhores orquestras de câmarada Europa: I Solisti Veneti, num programaCorelli-Tartini-Tossini-Vivaldi. Fundada em 1959,e dirigida pelo maestro Cláudio Scimone, essaorquestra vem colecionando prêmios — como o

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Cláudio Scimone, regente da I Solisti Veneti

da Academia Charles Cross, o prêmio do Mun-dial do Disco de Montreux etc. Tem um impor-tante catálogo de gravações, vídeos para TV, ecompositores como Bussotti e Dalla Vecchiaescreveram especialmente para ela.

Terça-feira, na Casa de Ruy Barbosa, apre-senta-se a Academia Antiqua Pró-Arte, únicaorquestra brasileira a fazer música antiga cominstrumentos "de época". Dirigida por MymaHerzog, a orquestra foi fundada em 1983, e tocacom violinos barrocos, teorba, flautas barrocase violas idem. No programa, entre outras peças,o Concerto de Brandenburgo n° 5, de Bach(no cravo, Rosana Lanzelotte).

Hoje à tarde, no Municipal, última récita doTrovador. A curiosidade é a estréia do tenorbrasileiro Samuel Taets, que vem de sucessosno Colón de Buenos Aires. Terça-feira, noIBAM, Clara Sverner e João Carlos Assis Brasiltocam as magníficas versões para piano aquatro mãos feitas por Max Reger dos Concer-tos de Brandenburgo. No mesmo dia, às 20h,começa na Funarte um show de RadamésGnattali que irá até sábado. Antecipando-se àcomemoração dos 80 anos desse nosso ilustrecompositor, a festa de terça-feira tem lança-mento de disco, de um livro dedicado a Rada-més (alguns ensaios e mais um completocatálogo de obras) e de um caderno de partitu-ras. O livro, de Valdinha Barbosa e Anne MarieDevos, chama-se Radamés Gnattali — o eter-no experimentador, e inclui uma interessantepesquisa sobre o que os críticos disseram deRadamés ao longo de sua vida.

Dia 12, no Municipal (às 18h30min), últimaoportunidade de ouvir o Requiem de Verdi —encerramento da temporada lírica —, com ocoro do Teatro Municipal, regência de AntonioTauriello e, como solistas, Kreusa Kost, GlóriaQueiroz, Raimundo Mettre e Kolos Kováts.

Luiz Paulo Horta

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rádio FM

0 Halley mais perto da CidadeComeça amanhã a contagem regressiva,

pela Rádio Cidade, da chegada do Cometa deHalley, que deverá estar mais visível no crepús-cqlo do dia 23. A Cidade, em convênio com oPlanetário da Gávea, vai dar todas as explica-ções aos ouvintes interessados por intermédiode um telefone especial. Enquanto isso, emterra firme, o programa Sucesso da Cidadecontinua obtendo excelentes índices de audiên-cia pelo volume de lançamentos nacionais eestrangeiros. Foi o primeiro programa a tocarTetê Espíndola, na música Escrito nas Estre-Ias. O programa vai ao ar de segunda a sexta, às18h. Amanhã, na Rádio Imprensa, uma saudo-sista homenagem ao meteórico cantor Adamo,dentro do programa O Melhor da MúsicaFrancesa, que vai ao ar às 8h.

Enquanto isso, no outro extremo musical, aEstácio FM anuncia uma bomba para esta terça-feira. Dentro do programa Vídeo Som vai

apresentar um concerto novíssimo do grupoalemão Opus. Já a Nacional FM, quinta-feira, às10h, leva o programa Instrumental e Tal, umasalada com músicas de Hermeto Paschoal,Airto Moreira, Sivuca e muitos outros. Na Melo-dia FM, dentro dos horários do TRE (ela nãotransmite porque está situada em Petrópolis),serão apresentados, até quarta-feira, pequenosespeciais com bandas de rock da atualidadecomo o U2, The Cure e outros nomes.

Rita Lee teve que interromper seu projetopor causa do lançamento do novo LP, masbrevemente retoma a idéia de ter dois progra-mas em FMs, um em São Paulo e outro no Rio.Basicamente, os programas (título provisório:Lixo Industrial) vão lançar novas bandas de rockno mercado com entrevistas e apresentação acargo da própria Rita Lee. Em São Paulo, oprograma deverá ir ao ar pela 97 FM. No Rio,ainda não se sabe.

Luiz Antonio MelloHermeto, quinta-feira, na Nacional FM

teatro

Duas estréias e uma atração inglesa

Um dos maiores sucessos de crítica epúblico da história do Tablado, O Tempo e osConways, de Priestley, que já teve no elenconomes como Isabel Teresa, Napoleão MonizFreire, Kalma Murtinho, Carmen Sílvia Murgel,Maria Clara Machado, Rubens Correia, SôniaCavalcanti, Ivã de Albuquerque, Germano Filhoe, como Mamãe Conway, em admirável inter-pretação, Maria Sampaio (a direção era deGeraldo Queiroz, os cenários de Carlos Perry eos figurinos de Kalma Murtinho), ganha novaversão, a partir do dia 14, quarta-feira, peloGrupo TAPA, no Teatro Ipanema, sendo, delonge, a principal estréia da semana.

O belo e tocante texto de Priestley ganhounova tradução de Renato Icarahy (também noelenco) e terá direção de Eduardo Tolentino deAraújo. Aracy Balabanian está no lugar de Maria

Sampaio como a Mamãe Conway, um lindopapel como vários desse texto que se baseiamuito na emoção, no tom de sua mise-en-scène e numa exatíssima interpretação dosatores. O resto do elenco é formado por DeniseWeimberg, Vera Barroso, Pedro Veras e outros.

Sexta-feira, algumas horas depois que oscariocas forem às urnas para eleger seu prefeitopela primeira vez, o Teatro da Galeria promove aprimeira apresentação de Triângulo dasÁguas, de Marco Antônio Palmeira, baseado noexcelente conto Dodecaedro, que faz parte dolivro que dá nome ao espetáculo, escrito por umdos mais instigantes autores brasileiros dosúltimos anos, Caio Fernando de Abreu. MarcoAntônio Palmeira, além de adaptador, é tam-bém o diretor, o cenógrafo e o figurinista, ematividade bastante diversificada.

Amanhã e depois, para quem entende oidioma inglês, no Teatro Villa-Lobos, às 21 h,haverá a apresentação do grupo teatral LondonActors Partnership, com três atores que eramdo National Theatre. Timothy Davies, RogerGartland e Derek Hollis. Amanhã, eles apresen-tarão The Caretaker, belo texto do grandeHarold Pinter, um dos mais instigantes e impor-tantes autores ingleses deste século. No diaseguinte, o espetáculo será formado por duaspeças, The Dumb Waiter, também de Pinter, eThe Dock Brief, de John Mortimer e que, aocontrário de Pinter, apesar de estimado naInglaterra e nos Estados Unidos (The Wrong ofSide of The Park, Two Stars For Comfortetc...), é praticamente desconhecido entre nós.

Marcos Ribas de FariaInterino

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O MELHOR DA SEMANASS2BS mernsmam

cinema

show

A bossa do Zimbo no People

A programação instrumental é o forte da sema-na, a começar pela única apresentação da compo-sitora e ótima violonista Rosinha de Valença, exi-bindo-se amanhã no People. A mesma casa traz devolta ao Rio de Janeiro, de quarta a sábado, otalento do Zimbo Trio, radicado em São Paulo,permitindo-se rápidas temporadas em outras cida-des. Na Sala Funarte, uma homenagem: a festaem comemoração aos 80 anos do maestro Rada-més Gnattalli. com direito a lançamento de livro,disco e show. O espetáculo estréia terça-feira,21 h, ficando em cartaz até o dia 23 e conta com asparticipações — além do maestro ao piano — deRafael Rabello (violão de sete cordas), LucianoPerrone (bateria), Zeca Assumpção (contrabaixo),Zé Menezes (violão e guitarra) e Chiquinho doAcordeom. Todos dirigidos por Túlio Feliciano, umexpert em efemérides.

Na mesma sala e dia, só que às 18h30min, oProjeto Pixingão estréia mais um show. reunindoJoyce, madrinha do Grupo Acaba, de CampoGrande, Carlinhos Cor das Águas e Andréa Daltro,de Salvador. Ainda no instrumental, vale destacarapresença do flautista italiano Nicola Stilo (aqueleque se exibia loucamente no conjunto de ChetBaker no Free Jazz Festival) tocando de quarta asábado no Jazzmania. Como gostou da terra, jáformou sua banda composta por Bob Wyatt (bate-ria), Sizão Machado (baixo), Guilherme Vergueiro(teclados) e Teco (saxofone). E no Le Rond Point,investindo na música popular, os shows de sexta esábado (em pleno clima de eleição) são do cantogostoso de Marisa Gata Mansa.

Diana Aragão

Nada de muito

importante

Os bem-sucedidos lançamentos da penúltimasemana continuam a exercer seus reflexos sobre opanorama cinematográfico e apenas dois novostítulos se apresentam à corrida de o melhor dasemana: o francês Trapaceiros, drama com es-tréia prevista para amanhã, e a comédia americanaFletch/Assassinato por Encomenda.

Com Trapaceiros (Tricheurs) — não confundircom o velho filme de Mareei Carné, Les Tricheur-s/Os Trapaceiros, interpretado por Jacques Char-rier e Pascale Petit, de 58 — o cineasta BarbetSchroeder retorna ao convívio do público brasileiro.Para quem não esteja ligando o nome à pessoa,esta cineasta, nascido no Teerã em 1941, ficoumais conhecido entre nós por seu extraordinárioIdi Amin Dada, de 74, quando deixava o entãoditador de Uganda de tanga. Sobre Trapaceiros,interpretado por Jacques Dutronc e Bulle Ogier, ase acreditar no Le Matin, este ex-assistente deJean-Luc Godard (em Tempo de Guerra/Les Ca-rabiniers, 63) realiza um de seus melhores traba-lhos: "(...) De Barbet Schoroeder já tivemos muitosfilmes, uns bons, outros simplesmente desinteres-santes; acreditamos que, com Tricheurs/Trapa-ceiros, ele se faz presente como um estreantecheio de criatividade e bom gosto, tratando comrara habilidade o tema dos viciados em jogos deazar. Marcou um belíssimo tento".

Já em Assassinato por Encomenda — umdos sucessos do último verão americano —, asatenções se centralizam em Chevy Chase. Nocaso, ainda para quem não esteja ligando (...) ele éo parceiro de Goldie Hawn em Jogo Sujo e,segundo a maioria dos críticos de Nova Iorque,demonstra aqui todas suas excelsas virtudes, tam-bém, de comediante. A ver.

Mas se você está indócil neste domingo por umcinema, o melhor é curtir o que há para ver — emuito há. O denso Paris, Texas, de Wim Wenders,a joinha de Woody Allen A Rosa Púrpura doCairo, a atmosfera de Mad Max/Além da Cúpulado Trovão...Façam seu jogo que, afinal, está namoda...

Wilson Cunha

GáiSSSl&aBESBHQ

classe & mídia Marco

De passagem pelo Rio, o Zimbo TrioDe passagem pelo Rio, o Zimbo Trio

PESTAURANTEZIN H-OEL fMA

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SEM ELA, NARA E.MAIS O MESMO...

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24

disco

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O novo é o mix

A pureza do som

chega ao mercado

Ele

tem o tamanho de um LP, característi-cas de um compacto, mas uma qualida-de muito superior aos dois. O disco-mix

é um novo produto lançado a princípio parafazer divulgação com um som de melhor quali-dade nas rádios. Este ano, ele chega aosescaninhos das lojas de discos e estoura com olançamento de Escrito nas Estrelas, vencedorado Festival dos Festivais, na voz de TetêEspíndola. Apesar de ter apenas uma faixa decada lado, o mix oferece mais brilho e menoschiado porque tem sulcos mais espassadospermitindo que a agulha vá mais fundo.

"Em apenas 10 dias" — diz Mazola, produ-tor da Barclay — "Tetê vendeu 90 mil discos" eacabou competindo com o LP do Festival queinclui também o seu Escrito nas Estrelas. Issolhe deu possibilidades de elaborar maiscuidadosamente o seu LP que sai em março aomesmo tempo em que saboreia o sucesso,depois de oito anos de muita batalha. Antes

dela, as gravadoras só experimentaram o mixcom alguns conjuntos de rock brasileiros, masjá comercializavam os hits estrangeiros, comoDire Straits e Teàrs For Fears.

Nos Estados Unidos e Europa, o mix surgiuhá mais ou menos cinco anos e é tão popularque ganhou uma parada especial, a Single.Nesses lugares, os conjuntos de maior sucessochegam a gravar dois ou três mix de ummesmo LP. Aqui, eles evoluíram. Foram criadosos remix, uma reutilização dos recursos grava-dos no LP normal, só que não incluídos nele.Essas modificações no ritmo, arranjos e tem-pos, provocam um verdadeiro delírio nos afie-cionados de um músico ou de uma determinadafaixa, estourada nas rádios.

"O mix" — explica Léo Monteiro de Bar-ros, coordenador de imprensa da PolyGram —"serve

para direcionar o trabalho de divulgaçãoe antecipar o lançamento de um disco." ParaSérgio Fernandes, gerente de promoção daEmi-Odeon, "o

público está mais exigente",mas para o independente Antônio Adolfo,"duas faixas é pouco para que se conheça otrabalho de um músico. O ideal seria um miniLP com três músicas de cada lado." ® Mazola teve fé em Tete e no disco-mix

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LIPOASPIRAÇÃO

0

A campanha

vista com humor

VERÍSSIMO

SAO PAULO

a/

As

capitais semovimentam para aseleições da próxima

sexta-feira. A campanhaeleitoral que a sucede nemsempre tem sidobem-humorada. Por isso,Domingo convidou uma dúziade especialistas em humor

para mostrarem sua visãodesta campanha. Houve

quem, como o gaúcho LuísFernando Veríssimo, quisesseapontar para o perigo querodeia as urnas paulistas.Millôr Fernandes, o ácidocrítico da página 11 doJORNAL DO BRASIL, preferiucomentar o ti ti ti provocadopelas pesquisas pré-eleitorais.Mauro Rasi, o mais recentesucesso da dramaturgiabrasileira, revela numa crônicacomo pode sofrer o filho deum candidato. Claudiusreproduz um pensamento quejá passou por todos ostelespectadores do país emostra como era mofado odiscurso dos candidatos queapareciam, diariamente, natelevisão. O caricaturista Lanbrinca com o apoio que vemrecebendo o candidato JânioQuadros, em São Paulo.Carlos Eduardo Novaes, quepor mais de uma vez utilizousua crônica do JB parabrincar com as eleições,relaciona uma série dedeliciosos apotegmaseleitorais (apotegmas? Estáno Aurélio:

"dito curto e

sentencioso, aforismo,máxima"). Com o aval de

criadores do teatro besteirol,Pedro Cardoso e FelipePinheiro fizeramespecialmente para Domingoum esquete no qualimaginam o que aconteceriase um destes partidos jovens(eles criaram o PartidoJobilíssimo) chegasse ao

poder. O autor de HappyDays, Miguel Paiva, é

pessimista e desenhou omonstro que imagina sair dasurnas no encalço do eleitor.Renato Aragão, num curtodepoimento-piada, desconfia

que os candidatos de agora

podem ser Os Trapalhões deamanhã e o refinado Caulosfotografa a tristeza que estáse abatendo sobre o eleitor.Angeli, o criador de RêBordosa e Bob Cuspe (esteúltimo, aliás, é o mais novocandidato à prefeitura de

qualquer capital), inventou omonumento ao eleitordesconhecido. Finalmente,Ique aproveita a passagem docometa de Halley parainsinuar que Leonel Brizola

participa das eleições desteano com o olho no futuro.Como se vê, Domingo reuniuum time de craques. Ohumor, às vezes, é amargo.Como, muitas vezes, umresultado eleitoral. A gentesabe que no dia 15 devevotar a sério. Mas podeaproveitar este domingo pararir com estas 12bem-humoradas descriçõesdos tempos atuais. Divirta-se:

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MAURO RASI

Eleições-NostalgiaMãe, dizendo: "Vai distribuir as cédulas do

seu pai, menino." "Nem morto" — eu pensava— "Imagine se alguém me vir na esquinadistribuindo cédulas. Irão pensar que eu sou umdescamisado de Victor Hugo, um petit-Cartouche, antepassado dos atuais pivetes..."

Nessa época — e às vezes tenho a impres-são de que não mudei — eu tinha um metro devaga, porém fortíssima, sensação de realeza.Era a miniatura do Rei-Sol. Desprezava a demo-cracia, já que prescindia do sufrágio popularpara eleger-me o que já era por mandato divino.

No entanto — Oh! roda terrível das reencar-nações —, lá ia eu pra esquina, feito infelizvioleteira, tentando imaginar como seria vir aser filho de prefeito. Achava tão pouco...

Lá chegando, evidente que não distribuíanada: disfarçava, portando-me como se estives-se ali en passant. As pessoas tinham quepraticamente implorar uma cédula. Como issonão acontecia, eu as rasgava e as enterrava noquintal. À noite, delirava, imaginando o quintaltodo semeado com aquelas sementes da des-truição, aqueles papeluchos dando os frutosque se veriam no futuro em Moscou, Pequim,Cuba... Acordava gritando.

Um dia fui surpreendido "semeando". "Seo seu pai não ganhar, a culpa será sua!."

A ameaça comprimiu-me o cérebro qual umgarrote-vil. Era véspera da eleição. Passei anoite me corroendo com as palavras de minhamãe: "A culpa será sua! Será sua! Serásuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuaaaaaü!" Minha an-gústia naquela véspera superava a dos próprioscandidatos. Ajeitei o manto de arminho e ador-meei.

Na manhã seguinte, bem cedo, fui praesquina, embuído do mais pesado sentimentode culpa: sentia-me com seis toneladas, ascédulas queimando-me as mãos provavelmentetanto quanto os panfletos de Trotsky chamusca-ram as do meu parente Romanov.

Faltava pouco mais de quinze minutos parao encerramento da votação. Eu teria, portanto,somente quinze preciosos e derradeiros minuti-nhos para expiar toda a minha monstruosaculpa.

Pus-me a gritar, feito louco: "Votem nele!Votem nele!" —"Mas, porque eu deveria votarnele?" — alguém pergunta. —"Porque é meupai!" — e repeti, incorporando Albertinho Li-monta, o coração saltando pela boca — "Meu

pai!"Acompanhei a apuração pelo rádio, nosso

velho rádio "Farnsworth", onde se lia, atrás:"The components used in the construction ofthis receiver have been designed to withstandTropical Conditions...", e onde ouvíamos a"PR.K.30", a "Alma do Sertão", a orquestraTabajara, "Um milhão de melodias", o "Balançamas não cai" ou "O Incrível, Fantástico eExtraordinário", as lágrimas rolando e cada votoque ele não obtinha eu imaginava rasgado eenterrado no quintal.

¦MS.

CAULOS

Rio de Janeiro, 15 de novembro de 1985

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CARLOS EDUARDO NOVAES

Apotegmas eleitoraisEm terra de cego, quem tem um olho é indecisoMais vale um voto na mão do que dois na intençãoDevagar se vai ao longe da PrefeituraApressado vota nuQuem ama o Jorge, Medina lhe parece

A voz do povo está na boca da urnaDiga-me com quem votas e te direi quanto ganhasDeus ajuda a quem cedo sai para o corpo-a-corpoEm briga de marido e mulher, tente ficar com o voto dos doisNão me dêem panfletos, sei errar sozinhoCrer ou não crer, eis a pesquisaMais Valle um Álvaro do que dois RubensPara um bom eleitor, o silêncio bastaOnde tem fumaça, tem candidatoO preço da campanha é a eterna militância

Todo homem é igual na cabine eleitoralVota tatu, cotia nãoQuem não chora não mama e quem não mama não secandidataO voto útil é inútil para quem votaDo alto deste teleférico, 40 crioulos nos contemplam (Saturni-no Braga)O Sol brilha para todos (os candidatos), mas apenas um

poderá ir à praiaLeite na Prefeitura dos outros é refrescoO candidato é o último a abandonar o palanqueDe voto em voto, o candidato fica com 1,2% do eleitoradoA propaganda nem sempre é a alma do negócio eleitoralDos males, o menor não tem chance de vitóriaVoto mole em eleição dura, tanto faz, nunca se apura

LAN

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FELIPE PINHEIRO E PEDRO CARDOSO

Partido Jobilíssimo

1* parte: O futuro somos nós

(Horário político de propaganda grátis — TV)cenário: praia, seis da tarde, pôr-do-sol, horáriode verão.personagens: Patrícia Lemos (candidata a pre-feita) e Eduardo André Ramos (candidato avice).figurantes: garotos e garotas seminus.adereços: violão, sandálias de couro, flores,garrafão de vinho Sangue de Boi e uma me-lancia.obs: informação visual importante: os figuran-tes caíram no mar e rolaram na areia — tipo àmilanesa.Patrícia — Eu não vou prometer nada! Vouapenas apontar um fato: nossa cidade é com-posta na maioria de jovens. Eu acho um absur-do ela ser dirigida por um... "coroa". E mais: sóporque eu tenho 19 anos não posso administraressa cidade? Por quê? Puro preconceito!(cantam Honey Baby. Para quem não se lem-bra é assim: Oh minha honey baby. Baby,baby...)

2* parte: Bomba-Bum (noticiário)

voz off — Foi eleita para prefeita do Rio deJaneiro, Patrícia Lemos. Seu vice será EduardoRamos. Os populares Paty e Kadu.

3* parte: Começou(primeiro pronunciamento da prefeita)

Paty — Vamos acabar com a fome! O rangohoje é: broto de bambu, com feijão azuky,gergelim, pasta de tofu com queijo de soja. Arapeize vai distribuir nas favelas em troca dealgum artesanato para exportação.(trilha sonora: Aquarius daquela peça Hair(cabelo)cenário: Prefeitura, gabinete da prefeita: umarede estende-se de parede a parede; no chão,tapetes de palha, moringas, incenso e um boide argila imenso, nordestino. Decoração deparede: um arco e flecha, três samambaiaschoronas e um pôster do John Lennon nu coma Yoko Ono também nua.figurante: um rapaz com a cabeça raspada,personagens: A secretária, cidadão e a mãe.cidadão: Eu queria falar com a prefeita,secretária — Ih, chuchu, ela tá presa na escola.Ela ficou de recuperação. Aliás, bicho, a mãedela está uma fera. Quer falar com ela?mãe — Comigo não! Chega de problemas. Eufalei pra ela não se meter em política. Agora opai não vai dar a prancha que ele prometeu nofinal do ano por causa das notas, e eu vou ficarna berlinda, eu sei...cidadão — E a minha rua? Eu trouxe um abaixo-assinado...mãe — Vou ver o que posso fazer pelo senhor.Abre a sala de reunião pra mim, minha filha,secretária — Eu não sou sua filha!mãe — "Tá chuchu, escancara essa praia praeu levar um lero com sr. bicho aqui, só, "porfavor.secretária — Falô, bicho mãe.(a mãe e o cidadão entram em reunião. Pouco

depois chega a prefeita acompanhada de seussecretários: Keka, Kako, Kiki, Koka e o Meleca.)Paty — (gritando) Professor tá me perseguindo,saco.secretária — oi bicho prefeita. A velha tá aí, e táuma arara.(todos entram na sala de reunião caminhando ecantando a mesma canção: "Vai ser, vai ser, vaiter que ser faca amolada..." — Milton)mãe — Vamos embora pra casa. Seu pai tá teesperando.Paty — Mas mãe, tem reunião do secretariado!(Meleca põe um disco na vitrola)Mãe — Chega Patrícia!(a mãe arrasta a prefeita para fora da sala,puxando-a pela orelha sob vaias do secreta-riado.)Meleca — (gritando) Careta!Epílogo: Pata, Peta, Pita, Pota e a filha da D.Madalena.cenário: Paty na TV.Paty — Galera, tá brabo pro meu lado. Sebobear, levo bomba. Renuncio em favor doKadu. E o vice será o Meleca.

RENATO ARAGAO

Candidatos trapalhões"Acompanhei toda essa campanha gratuita

pela televisão e cheguei à conclusão que estespolíticos são iguais aos Trapalhões. São tãopalhaços quanto nós e nem pintam as caras.Vou ter que me cuidar em 86. Só entre Rio eSão Paulo tem uns 200 candidatos a prefeito.No ano que vem, vão estar todos desemprega-dos e eles já mostraram que têm competênciapara competir com Os Trapalhões."

MIGUEL PAIVA

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AV. FERNANDO MATOS 162

(Barra)

INTERNAÇÃO CT1

ATENDIMENTO A DOMICÍLIOC/AMBULÂNCIA EQUIPADA

399-5522

EQUIPE MÉDICA ESPECIALIZADA

(PERMANENTE)

LABORATÓRIOE RAIO X

(DIA E NOITE)

PRONTO SOCORRO

CLÍNICO E CARDIOLÓGICODIA E NOITE

Tudo em nome da lei

O

som que sai do rádio é o do rockEgotrip, da Blitz, mas a letra é estra-nha. Lá pela metade da música se

ouve: "... E na porta do eleitor alguém bateu:Quem é?Sou eu, o Newton.Cruzes!!!! Você? Que baixo astral...Mentirinhal Sou eu: Constituinte!Constituinte? Mas só agora?

É, sabe como é, demorei uns 20 anos masvim..."

Isto é parte de uma das diversas campa-nhas para a Constituinte, criadas por um grupode 40 alunos da sétima série da área dePublicidade, da PUC. A movimentação come-çou com um trabalho proposto no início do anopelos professores Líber Matteucci e NádiaRebouças de Carvalho e o resultado ultrapassoua fronteira acadêmica. O vice-presidente daAssociação Brasileira de Propaganda, contagia-do pelo clima das campanhas, se comprometeua patrocinar o lançamento de uma delas — a serescolhida pela própria turma. Os estudantesacreditam que através dessa e de outras iniciati-vas semelhantes aconteça com o povo o queaconteceu com eles: de ignorantes no assuntopassaram a esclarecidos e militantes da causa."De início, achei o tema um saco. Fui tomandotanto gosto que em alguns dias estava comple-tamente envolvida e já botei até um plástico nomeu carro", conta Yedda Raja Gabaglia Lins.

Depois de quatro meses de pesquisas eentrevistas, esses jovens com idade média de21 anos, criaram peças com intenção de lançar

1° e único na Barra

Cardio

Barra

Estudantes da PUC

fazem propaganda

da Constituinte

um pouco de luz sobre a confusão que políticose juristas estão formando aos olhos dos leigos.Abordaram a complicada matéria com lingua-gem simples. "Antes de lutarem as pessoastêm que saber do que se trata", observa NyanaParaíso. "A

gente viu que o jovem, por exem-pio, só se mobiliza se estiver informado, comofoi com as Diretas", lembra Márcia Cavalcanti,"o

povo precisa acreditar nele mesmo comoagente histórico". Fazendo um paralelo com aCopa do Mundo, um grupo lança: "Vista acamisa da Constituinte e vamos lá. Brasil","Agora não podemos pisar na bola". Pensandona mulher classe B/C, acima de 25 anos, outrodispara: "Além de bolos, tricô e economiadoméstica, por que não fazer também justiçacom as próprias mãos?", "Que desta vez a leinão seja só do mais forte". E ainda sloganscomo "Tá na hora do peão dar xeque-mate","Vamos

jogar limpo", "Chega de dados vicia-dos", "Cuidado, tem carta por baixo da mesa" e"Pare em nome da Lei".

A urgência de os trabalhos chegarem àsruas é comentada por todos eles, porque aConstituinte — o acontecimento mais importan-te para o país nos últimos 40 anos — perigaficar em segundo plano na cena nacional, até asvésperas de sua votação, em novembro do anoque vem. Depois da posse dos novos prefeitos,o foco será centrado nas evoluções da Copa. Aesta altura, o tempo será curto para atrairinteresse e mobilizar a população.

"A coisa temque ser muito bem-feita, com apoio dos veícu-los facilitando a divulgação — principalmente aTV", alerta Cássio Faraco. ®

CONSTITUINTE

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fazem propaganda

da Constituinte

Tudo em nome da lei

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ouve: "... E na porta do eleitor alguém bateu:Quem é?Sou eu, o Newton.Cruzes!!!! Você? Que baixo astral...Mentirinha! Sou eu: Constituinte!Constituinte? Mas só agora?

É, sabe como é, demorei uns 20 anos masvim..."

Isto é parte de uma das diversas campa-nhas para a Constituinte, criadas por um grupode 40 alunos da sétima série da área dePublicidade, da PUC. A movimentação come-çou com um trabalho proposto no início do anopelos professores Líber Matteucci e NádiaRebouças de Carvalho e o resultado ultrapassoua fronteira acadêmica. O vice-presidente daAssociação Brasileira de Propaganda, contagia-do pelo clima das campanhas, se comprometeua patrocinar o lançamento de uma delas — a serescolhida pela própria turma. Os estudantesacreditam que através dessa e de outras iniciati-vas semelhantes aconteça com o povo o queaconteceu com eles: de ignorantes no assuntopassaram a esclarecidos e militantes da causa."De início, achei o tema um saco. Fui tomandotanto gosto que em alguns dias estava comple-tamente envolvida e já botei até um plástico nomeu carro", conta Yedda Raja Gabaglia Lins.

Depois de quatro meses de pesquisas eentrevistas, esses jovens com idade média de21 anos, criaram peças com intenção de lançar

um pouco de luz sobre a confusão que políticose juristas estão formando aos olhos dos leigos.Abordaram a complicada matéria com lingua-gem simples. "Antes de lutarem as pessoastêm que saber do que se trata", observa NyanaParaíso. "A

gente viu que o jovem, por exem-pio, só se mobiliza se estiver informado, comofoi com as Diretas", lembra Márcia Cavalcanti,"o

povo precisa acreditar nele mesmo comoagente histórico". Fazendo um paralelo com aCopa do Mundo, um grupo lança: "Vista acamisa da Constituinte e vamos lá, Brasil","Agora não podemos pisar na bola". Pensandona mulher classe B/C, acima de 25 anos, outrodispara: "Além de bolos, tricô e economiadoméstica, por que não fazer também justiçacom as próprias mãos?", "Que desta vez a leinão seja só do mais forte". E ainda sloganscomo "Tá na hora do peão dar xeque-mate","Vamos

jogar limpo", "Chega de dados vicia-dos", "Cuidado, tem carta por baixo da mesa" e"Pare em nome da Lei".

A urgência de os trabalhos chegarem àsruas é comentada por todos eles, porque aConstituinte — o acontecimento mais importan-te para o país nos últimos 40 anos — perigaficar em segundo plano na cena nacional, até asvésperas de sua votação, em novembro do anoque vem. Depois da posse dos novos prefeitos,o foco será centrado nas evoluções da Copa. Aesta altura, o tempo será curto para atrairinteresse e mobilizar a população.

"A coisa temque ser muito bem-feita, com apoio dos veícu-los facilitando a divulgação — principalmente aTV", alerta Cássio Faraco. ®

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LABORATÓRIOE RAIO X

(DIA E NOITE)

INTERNAÇAO CTI

ATENDIMENTO A DOMICILIOC/AMBULÂNCIA EQUIPADA

399-5522

AV. FERNANDO MATOS 162

(Barra)

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¦ vestido reto/alga fina/malha canelada - 139.000

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o tuboSem a camisa,

dia inteiro,a este truque da moda?

199.000

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Paris desfila o verãolesa Rodrigues

Fotos de Marina Sprogis

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Como

dizem os profissionais do métier, moda não passa de um pano para a frente,outro para as costas, gola e manga. 0 resto é estilo. Uma definição perfeita para osdesfiles do prêt-à-porter de Paris, para o verão-86: a maior preocupação dosestilistas foi criar roupas usáveis, aparentemente sem maiores novidades. Depois do

primeiro impacto, nota-se a cintura marcada, as cores entre exóticas e africanas, ou pastéisaciduladas; uma encurtada discreta nas saias (surpresa: não são as coleções jovens quebancam os joelhos à mostra; é mais o pessoal da alta costura). E uma nostalgia dos bonsmaus tempos, revividos por Jean-Paul Galtier com seu desfile no gênero viagem para oNepal, misturando fru-frus e jaquetinhas, saias longas e tamancos de verniz. Na foto maior,um trio de paletós longos e calças corsárias, amostra do estilo que deu o Oscar da moda aClaude Montana; no alto, a assimetria das saias e camisetas listradas (Koshino); à direita, aexplosão da roupa inspirada nos jogadores de baseball, a superposição de pois e listras emmarinho e branco (Marithé e Girbaud)

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A linha jovem admiteo estilo indiano (Ken-zo), os tubos de cou-ro sintético, pastéis(Elisabeth de Senne-ville) e adota os lon-gos de seda sobre ca-misetas, tudo irregu-lar, salmão na cor(Comme des Garçons)

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MÁSCARAS DE DORMIR

Para quem tem muita clarida-de no quarto esta pode seruma boa solução. Acompa-nhando a tendência atual dereviver os anos 50, voltam asmáscaras para dormir tão di-vulgadas nos filmes de Holly-wood. Para quem gosta deescuridão total, é uma boacompra. Podem ser, também,um bom presente para se darno Natal. As máscaras são emtecido estampado de um ladoe liso de outro, com um elásti-co para prende-las na cabeça.O preço é bem simpático. Cr$19 mil, na loja Lamberto (RioSul).

RELÓGIO COM "GRIFFE"

Acompanhando a forte ten-dência do preto e branco, oestilista Mário Paiga lança umnovo modelo de relógio digi-tal. Grande, com pulseira larga

como a moda exige, tem, em

compensação, os números

bem pequenos e um irreve-

rente ponteiro. Cr$ 280 mil.

ARGOLAS ABSORVENTES

Por mais cuidado que o copei-ro ou a dona-de-casa tenhamcom o vinho ao ser servido,

quase sempre algumas gotasinconvenientes escapam paraa toalha. Este desastre quenormalmente deixa uma man-cha difícil de ser tirada já podeser evitado. Foi lançada umaargola em metal revestida in-ternamente com tecido absor-vente que evita que o vinhoescorra. Tem o diâmetro adap-tável ao tamanho das garrafasclássicas e também é boaidéia para o Natal. Cr$ 40 mil.Vivará (Prudente de Morais,1102)

CHOPE MAIS GELADO

Quem for prevenido, já podecomprar. Neste princípio deverão estão sendo lançadascanecas térmicas que deixamo chope gelado por mais tem-po. Em alumínio, têm um tra-tamento que não deixa o calorpenetrar no seu interior. Tam-bém são candidatas a presen-te de Natal. Cr$ 35 mil, Design(Rio Sul)

UM BULE DIFERENTE

Uma nova alternativa para selevar café, leite, sucos ouágua para a mesa está nas

garrafas térmicas em formade bule. Além de bonitas, odesenho evita que o líquidoescorra e suje a toalha. Emmaterial plástico, tem estam-

paria delicada e cores neutras.Em dois tamanhos que aten-dem a todas as necessidades,custam Cr$ 42.800 a menor eCr$ 48.800 a maior, CarolinaPlásticos. (Vise. de Pirajá, 550/sobreloja).

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aries(21/3 a 20/4)

Max Klim

libra(23/9 a 22/10)

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Av. Visconde de Pirajá, 86 - Loja ABarraShopping - Loja 218 E

Rua Dias da Cruz, 215 • Loja 101Rua da Conceição, 188 - Loja 139 - Miterói

Influência benéfica em relação a empre-go e trabalho, em semana não muitopositiva nas finanças. Quadro positivoafetivamente até quinta-feira, quando sealtera negativamente.

touro(21/4 a 20/5)

Disposição astral que marca, a seu favor,um quadro de lucros nos negócios etransações com bancos. Irritabilidadeque poderá alterar seu comportamento.Saúde em boa fase.

gêmeos(21/5 a 20/6)

Dias de consolidação de ganhos e posi-ções para o canceriano, que verá realiza-dos projetos mais imediatos. Possibilida-de de mudanças em sua vivência afetiva.Saúde regular.

leão(22/7 a 22/8)

Período de favorecimento nas suas atitu-des no trato material. Afetividade extre-mada e carência muito forte. Vivênciadoméstica bem equilibrada. A saúde estámelhorando.

virgem(23/8 a 22/9)

Você terá, nesta semana, momentos decerta inquietação financeira que, no en-tanto, serão compensados por influênciana sua vida íntima, amizades e trato como sexo oposto. Saúde boa.

A semana do geminiano será marcada,até quinta-feira, por forte disposição emrelação ao trabalho e vivência no lar.Amor e amizades em quadro instável eirregular.

Positividade que lhe dará vantagens ma-teriais em semana de favorecimentocrescente. Lucros novos. Amor posicio-nado de forma excelente em todos osdias do período. Saúde muito boa.

escorpião(23/10 a 21/11)

Quadro de boa regência financeira emsua semana. No trabalho as indicaçõesmostram cooperação e ajuda. Reaçõesde ciúme e intranqüilidade no relaciona-mento amoroso. Saúde instável.

Sagitário(22/11 a 21/12)

Tranqüilidade material e forte influênciapositiva em relação a sua rotina. Amorem fase que tende a agravar problemase trazer-lhe insegurança e tristeza. Saúdeboa.

capricórnio(22/12 a 20/1)

Quadro que mostra, para o capricórnia-no, aspectos benéficos em relação àrotina, tanto material quanto afetiva.Mostre-se mais aberto e faça confidên-cias. Saúde ainda muito boa.

aquário(21/1 a 19/2)

A semana, para o aquariano, mostraaspectos contraditórios, com dias -positi-vos e outros de negativa influência.Amor em fase instável. Cuidado. Saúdeem excelente fase.

peixes(20/2 a 20/3)

Você terá, nos próximos dias, forte in-fluência de Netuno a gerar um quadro depositividade mística e religiosa e de des-taque para aspectos de sua rotina. Saúdecarente de cuidados.

câncer(21/6 a 21,7)

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A paixão pelo

canto

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palco, a visão cênica docanto. Sem qualqueracompanhamento instru-

mental (o piano é apenas umelemento da mise en scène), ocantor monologa uma crônica deCarlos Drummond, valendo-se deseus recursos de ator. Essa é aminha contribuição para o painelde composição da atual Bienal deMúsica Contemporânea. Mas aintimidade com a palavra e o textodo século XX não é uma posiçãominha, isolada. Ao contrário. Sedermos uma rápida olhada no pro-grama da Bienal, que começou nasexta-feira, na Sala Cecília Meire-les, perceberemos a larga utiliza-ção do canto e de textos nasobras dos nossos tão despresti-giados compositores brasileirosatuais.

Todo esse fascínio pelo canto— de resto, uma tendência uni-versai — aponta, logicamente, pa-ra a ópera, expressão máxima davoz. Por que, então, não surgemóperas brasileiras que reflitam es-se interesse? Um esboço de res-posta pode surgir da apreciaçãoda política cultural do Teatro Mu-nicipal do Rio de Janeiro, um dosprincipais centros artísticos dopaís. Reaberto em 1978 e tendotido uma média de quatro a cincomontagens por ano, o que somahoje, aproximadamente, 30 ópe-ras, apenas uma — O Sargentode Milícias, de Francisco Migno-ne, sobre texto de Manoel Anto-nio de Almeida — é criação nacio-nal inédita, de compositor vivo.

Nada surpreendente numa fi-losofia de programação, onde

além do Sargento só foram incluídas, durante esse período, outrasduas óperas brasileiras — Yerma,de Villa-Lobos, e O Guarani, deCarlos Gomes. E apenas umamostra da produção contemporâ-nea — Peter Grimes, do inglêsBenjamin Britten — uma das rarasvezes em que se viu em cenauma nova postura em relação aoespetáculo operístico. Ou seja, aópera encarada como propostarealmente teatral e não como mo-vimentação cênica a serviço daexibição do bel canto.

Há algum tempo, em Lon-dres, os freqüentadores do famo-so Covent Garden questionaram aprogramação do teatro, que nãohavia incluído, naquele ano, mon-tagens fora da linha tradicional. —É uma casa de cultura ou meracasa de espetáculos? — eles seperguntavam, indignados. A mes-ma dúvida aqui não caberia, poisnão se nota nenhum intuito eminvestir numa produção operísticaprópria, que pudesse revelar auto-res, elencos e diretores nacionais.Sim, porque a ópera, embora pos-sa não parecer à primeira vista,pode refletir, também, uma linhaestética brasileira, que precisa tero seu espaço. Quantos de nossosromances e textos teatrais nãodariam excelentes temas a seremexplorados operisticamente? Epor outro lado, por que não setentar equilibrar a proposta dosucesso imediato, de fórmuladesgastadamente vitoriosa — re-vezamento de primas-donas im-portadas e cenários apelativos —com soluções cênicas criativas e

um mínimo de compromisso coma cultura do país?

O círculo é vicioso. Se o com-positor não tem a menor possibili-dade de ver seu trabalho monta-do, mesmo em esquemas alterna-tivos, em outros palcos que nãoos do Teatro Municipal, ele sesente desestimulado a enfrentarum projeto de tão grande enver-gadura como a feitura de umaópera. E pensar que isso acontecenuma época em que a estruturadramática desse espetáculo con-quista outros meios de comunica-ção e apaixona diretores do gaba-rito de Bergman. No Brasil, amaioria dos órgãos de cultura es-noba o gênero e o criador nacio-nal, em particular. Eles nem per-cebem que há, muito mais do quese pensa, jovens diretores tea-trais, cantores, maestros e cenó-grafos interessados em trabalhara ópera dentro de uma nova pers-pectiva. Uma perspectiva em que,ao contrário da atual, há lugar paraa composição contemporânea,para uma estética original dentrode um espetáculo que pode, inclu-sive, conquistar outro público,normalmente acostumado a nãoidentificar ópera como fórmula deexpressão de seu tempo. E simcomo legado anacrônico.

Os compositores que trazempara uma Bienal trabalhos com avoz mostram em miniatura o quepoderiam fazer se o quadro quetraçamos fosse revertido. E horados que produzem cultura enten-derem que a paixão pelo cantofloresce. Se recusar a ver isso, ése recusar a acompanhar a His-tória. ©

Cirlei de

Hollanda

A autora, 37 anos, é compositora etem uma peça. Projeto de Carta, na VIBienal de Música Popular Contempo-rânea

as cobrasLuís Fernando Veríssimo

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AÍ,VElO ESSA "V/7 PRIMEIRO, GENGHIS ^GENTE TODA ' I E AQUELA SUA 'I \ POLÍTICA DE TERRA

/.\ ^^ CONDENADA!¦< °°

QUERIDOS LEITORES... ASIRMÃS BAVER FARÃO ASO-RA O SEU NÚMERO DE

. DESPEDIDA...-< j, ¦>

ANTES DE INICIAREM SUATRIUNFAL TURNÉ DE VOLTA

AO MUNDO...

f DEPOIS, ME TIRARAMUM BOCADO DE SUBS-TÂNOA NO PANAMÁ.1

r AGORA, ESSA POLUI-Ç.AO DANADA QUE ME

DE\XA LOUCA!

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/ PROMETEMOS TRAZER, ^I PARA O NOSSO REENCONTRO,)\NOVOS E EXUBERANTES 7

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E NAO ESQUEÇAM TAMBÉM >DE TRAZER UM MOVO

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CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL Página 3

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Página 4 CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL

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CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL

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COMO ESTÁQUENTE.'

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POR FAVOR, SEUMAGO/ FA£AUMA MAGlGA .

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DE EXTRAIR UMAMOEDINHA DETRÁS

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Página 6 CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL

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