ESTADO DE SANTA CATARINA

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14ª Legislatura ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão Legislativa PALÁCIO BARRIGA-VERDE ANO L FLORIANÓPOLIS, 16 DE MAIO DE 2001 NÚMERO 4.855 14ª Legislatura 3ª Sessão Legislativa COMISSÕES TÉCNICAS PERMANENTES E DE MÉRITO MESA Onofre Santo Agostini PRESIDENTE GILMAR KNAESEL 1º VICE-PRESIDENTE Sandro Tarzan 2º VICE-PRESIDENTE Manoel Mota 1º SECRETÁRIO Odete de Jesus 2º SECRETÁRIO Francisco de Assis 3º SECRETÁRIO Ivo Konell 4º SECRETÁRIO LIDERANÇA DO GOVERNO Joares Ponticelli PARTIDOS POLÍTICOS (Lideranças) PARTIDO PROGRESSISTA BRASILEIRO Líder: Milton Sander PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO Líder: João Henrique Blasi PARTIDO DA FRENTE LIBERAL Líder: Julío Garcia PARTIDO DOS TRABALHADORES Líder: Ideli Salvatti PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA Líder: Jorginho Mello PARTIDO DEMOCRÁTICO TRABALHISTA Líder: Jaime Mantelli PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO Líder: João Rosa PARTIDO POPULAR SOCIALISTA Líder: Jaime Duarte PartidoLiberal Líder: Odete de Jesus COMISSÃO TÉCNICA DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA Reno Caramori - Presidente Herneus de Nadal – Vice Presidente Jaime Duarte Antônio Aguiar Joares Ponticelli Paulo Bonhausen Ideli Salvatti Ivan Ranzolin João Henrique Blasi Reuniões Ordinárias: Terças-feiras, às 9:00 horas COMISSÃO TÉCNICA DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO Afrânio Boppré – Presidente Jaime Mantelli – Vice Presidente Heitor Sché Júlio Garcia Ronaldo Benedet Rogério Mendonça Gilmar Knaesel Gelson Sorgato Milton Sander Reuniões Ordinárias Quartas-feiras, às 8:00 horas COMISSÃO DE MÉRITO DE AGRICULTURA, COOPERATIVISMO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA Clésio Salvaro – Presidente Gelson Sorgato – Vice Presidente Valmir Comin Milton Sander Moacir Sopelsa José Paulo Serafim Sandro Tarzan Reuniões Ordinárias Terças-feiras, às 8:30 horas COMISSÃO DE MÉRITO DE DIREITOS HUMANOS E DEFESA DO CONSUMIDOR Jaime Duarte – Presidente Antônio Aguiar – Vice Presidente Afonso Spaniol Herneus de Nadal Narcizo Parisotto José Paulo Serafim Nelson Goetten Reuniões Ordinárias Quintas-feiras às 11:00 horas COMISSÃO DE MÉRITO DE TURISMO E ECONIOMIA Joares Ponticelli – Presidente Cesar Souza Adelor Vieira Narciso Parisotto Nilson Gonçalves Afonso Spaniol João Rosa Reuniões Ordinárias Terças-feiras ás 11:00 horas COMISSÃO DE MÉRITO DE TRANSPORTES E DESENVOLVIMENTO URBANO Moacir Solpesa – Presidente Valmir Comin – Vice Presidente Clésio Salvaro Afrânio Boppré Jaime Mantelli Reno Caramori Romildo Titon Reuniões Ordinárias Terças-feiras às 18:00 horas COMISSÃO DE MÉRITO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO Nelson Goetten – Presidente Ideli Salvatti – Vice Presidente Paulo Bornhausen Lício Mauro da Silveira Ivo Konell Rogério Mendonça Odete de Jesus Reuniões Ordinárias Terças-feiras às 9:30 horas COMISSÃO DE MÉRITO DE SAÚDE E MEIO AMBIENTE Ronaldo Benedet – Presidente Volnei Morastoni – Vice-Presidente Antônio Aguiar Romildo Titon Jaime Mantelli Nelson Goetten de Lima Altair Guidi Reuniões Ordinárias Quartas-feiras, às 9;30 horas COMISSÃO DE MÉRITO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E DE SERVIÇO PÚBLICO Paulo Bornhausen – Presidente Volnei Morastoni Adelor Vieira Gelson Sorgato Gilmar Knaesel Altair Guidi João Rosa Reuniões Ordinárias Quartas-feiras, às 11:00 horas COMISSÃO TÉCNICA DE FISCALIZAÇÃO, CONTROLE, EFICÁCIA LEGISLATIVA E REDAÇÃO DE LEIS Jaime Mantelli – Presidente Manoel Mota João Henrique Blasi Francisco de Assis Júlio Garcia Lício Mauro da Silveira Ivan Ranzolin Reuniões Ordinárias Quintas-feiras às 11:00 COMISSÃO ESPECIAL DO MERCOSUL Ivan Ranzolin – Presidente Moacir Sopelsa – Vice Presidente

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14ªLegislatura ESTADO DE SANTA CATARINA 3ª Sessão

Legislativa

PALÁCIO BARRIGA-VERDE

ANO L FLORIANÓPOLIS, 16 DE MAIO DE 2001 NÚMERO 4.855

14ª Legislatura3ª Sessão Legislativa

COMISSÕES TÉCNICAS PERMANENTES E DE MÉRITO

MESA

Onofre Santo AgostiniPRESIDENTE

GILMAR KNAESEL1º VICE-PRESIDENTE

Sandro Tarzan2º VICE-PRESIDENTE

Manoel Mota1º SECRETÁRIO

Odete de Jesus2º SECRETÁRIO

Francisco de Assis3º SECRETÁRIO

Ivo Konell4º SECRETÁRIO

LIDERANÇA DO GOVERNOJoares Ponticelli

PARTIDOS POLÍTICOS(Lideranças)

PARTIDO PROGRESSISTA

BRASILEIROLíder: Milton Sander

PARTIDO DO MOVIMENTODEMOCRÁTICO BRASILEIRO

Líder: João Henrique Blasi

PARTIDO DA FRENTE LIBERALLíder: Julío Garcia

PARTIDO DOS TRABALHADORESLíder: Ideli Salvatti

PARTIDO DA SOCIALDEMOCRACIA BRASILEIRA

Líder: Jorginho MelloPARTIDO DEMOCRÁTICO

TRABALHISTALíder: Jaime Mantelli

PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIROLíder: João Rosa

PARTIDO POPULAR SOCIALISTALíder: Jaime Duarte

PartidoLiberalLíder: Odete de Jesus

COMISSÃO TÉCNICA DE CONSTITUIÇÃO EJUSTIÇAReno Caramori - PresidenteHerneus de Nadal – Vice PresidenteJaime DuarteAntônio AguiarJoares PonticelliPaulo BonhausenIdeli SalvattiIvan RanzolinJoão Henrique BlasiReuniões Ordinárias:Terças-feiras, às 9:00 horasCOMISSÃO TÉCNICA DE FINANÇAS ETRIBUTAÇÃOAfrânio Boppré – PresidenteJaime Mantelli – Vice PresidenteHeitor SchéJúlio GarciaRonaldo BenedetRogério MendonçaGilmar KnaeselGelson SorgatoMilton SanderReuniões OrdináriasQuartas-feiras, às 8:00 horasCOMISSÃO DE MÉRITO DE AGRICULTURA,COOPERATIVISMO, CIÊNCIA, TECNOLOGIAClésio Salvaro – PresidenteGelson Sorgato – Vice PresidenteValmir CominMilton SanderMoacir SopelsaJosé Paulo SerafimSandro TarzanReuniões OrdináriasTerças-feiras, às 8:30 horasCOMISSÃO DE MÉRITO DE DIREITOSHUMANOS E DEFESA DO CONSUMIDORJaime Duarte – PresidenteAntônio Aguiar – Vice PresidenteAfonso SpaniolHerneus de NadalNarcizo ParisottoJosé Paulo SerafimNelson GoettenReuniões OrdináriasQuintas-feiras às 11:00 horasCOMISSÃO DE MÉRITO DE TURISMO EECONIOMIAJoares Ponticelli – PresidenteCesar SouzaAdelor VieiraNarciso ParisottoNilson GonçalvesAfonso SpaniolJoão RosaReuniões OrdináriasTerças-feiras ás 11:00 horas

COMISSÃO DE MÉRITO DE TRANSPORTES EDESENVOLVIMENTO URBANO

Moacir Solpesa – PresidenteValmir Comin – Vice Presidente

Clésio SalvaroAfrânio BoppréJaime MantelliReno CaramoriRomildo Titon

Reuniões OrdináriasTerças-feiras às 18:00 horas

COMISSÃO DE MÉRITO DE EDUCAÇÃO,CULTURA E DESPORTO

Nelson Goetten – PresidenteIdeli Salvatti – Vice Presidente

Paulo BornhausenLício Mauro da Silveira

Ivo KonellRogério Mendonça

Odete de JesusReuniões Ordinárias

Terças-feiras às 9:30 horasCOMISSÃO DE MÉRITO DE SAÚDE E MEIO

AMBIENTERonaldo Benedet – Presidente

Volnei Morastoni – Vice-PresidenteAntônio AguiarRomildo Titon

Jaime MantelliNelson Goetten de Lima

Altair GuidiReuniões Ordinárias

Quartas-feiras, às 9;30 horasCOMISSÃO DE MÉRITO DE TRABALHO, DEADMINISTRAÇÃO E DE SERVIÇO PÚBLICO

Paulo Bornhausen – PresidenteVolnei Morastoni

Adelor VieiraGelson SorgatoGilmar Knaesel

Altair GuidiJoão Rosa

Reuniões OrdináriasQuartas-feiras, às 11:00 horas

COMISSÃO TÉCNICA DE FISCALIZAÇÃO,CONTROLE, EFICÁCIA LEGISLATIVA E

REDAÇÃO DE LEISJaime Mantelli – Presidente

Manoel MotaJoão Henrique BlasiFrancisco de Assis

Júlio GarciaLício Mauro da Silveira

Ivan RanzolinReuniões Ordinárias

Quintas-feiras às 11:00COMISSÃO ESPECIAL DO MERCOSUL

Ivan Ranzolin – PresidenteMoacir Sopelsa – Vice Presidente

2 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.855 16/05/2001

DEPARTAMENTOPARLAMENTAR

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Assembléia Legislativa do Estado de Santa CatarinaPalácio Barriga-Verde - Centro Cívico Tancredo NevesRua Jorge Luiz Fontes, nº 310 - Florianópolis - SCCEP 88020-900 - Telefone (PABX) (048) 221-2500

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IMPRESSÃO PRÓPRIAANO IX - NÚMERO 1249

1ª EDIÇÃO - 110 EXEMPLARESEDIÇÃO DE HOJE: 28 PÁGINAS

ÍNDICE

PlenárioAta da 003ªsessão Especialrealizada em 14/05/2001 ...........2Ata da 009ª Sessão Solenerealizada em 14/05/2001 ...........9Ata da 033ª Sessão Ordináriarealizada em 15/05/2001 .........12

Publicações DiversasExtrato.....................................27Ofício.......................................27Portarias ..................................27Requerimentos ........................28

P L E N Á R I O

ATA DA 003ªSESSÃO ESPECIAL3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 14ª LEGISLATURA

EM 14 DE MAIO DE 2001PRESIDÊNCIA DO SENHOR DEPUTADO ONOFRE SANTO AGOSTINI

Às quinze horas, achavam-se presentesos seguintes Srs. Deputados: Adelor Vieira - AltairGuidi - Clésio Salvaro - Gelson Sorgato - JoãoHenrique Blasi - Manoel Mota - Onofre SantoAgostini - Rogério Mendonça - Romildo Titon .

Neste momento passo a presidênciados trabalhos para o ilustre Deputado AdelorVieira, pois este Deputado precisará ausentar-se.O Deputado Manoel Mota será o Secretário.

Esta Presidência registra ainda asseguintes presenças:

Excelentíssimo Sr. Sílvio de SouzaGomes, digníssimo Presidente da Associaçãode Aposentados da Grande Florianópolis eDiretor de Jornalismo da FEAPESC.

Todavia, deixo registrado aos nossosirmãos catarinenses, aposentados e pensionis-tas, que têm deste Presidente a solidariedadeneste justo pleito que estão tentando fazerpara que o Governo Federal e o GovernoEstadual se sensibilizem.

O SR. PRESIDENTE (Deputado OnofreSanto Agostini) - Havendo quorum regimental einvocando a proteção de Deus, declaro abertaa presente sessão especial.

Solicito também às autoridades que,porventura, não fizeram seus registros de pre-sença, para que providenciem a fim de quepossamos nominá-los na seqüência.Convido os excelentíssimos Srs.

Deputados Manoel Mota e Adelor Vieira paraconduzirem as autoridades que comporão amesa.

Como será esta sessão gravada etaquigrafada, haveremos de tomar conhecimentoda matéria para ajudar a resolver este problematão premente trazido pelos prezados amigos.

Registramos ainda a presença doilustríssimo Sr. Luiz Carlos de Freitas,Presidente da Associação dos Aposentados ePensionistas de Joinville, grande entusiasta dacausa dos aposentados.

Excelentíssimo Sr. Deputado FederalEdison Andrino de Oliveira; O SR. PRESIDENTE EM EXERCÍCIO

(Deputado Adelor Vieira) - Obrigado Presidente,Deputado Onofre Santo Agostini. Boa tarde aossenhores e as senhoras. Nosso agradecimentopela presença a esta sessão especial. Nossosagradecimentos também aos Deputados pre-sentes e autoridades. Aguardamos a presençade outras autoridades que ainda chegarão paraesta sessão.

Excelentíssimo Sr. Deputado FederalCarlito Merss;

Também do ilustríssimo Sr.Francisco de Assis Figueiredo, Presidenteda Associação dos Aposentados ePensionistas de Imbituba;

Excelentíssimo Sr. Paulo Albino deOliveira, Presidente da Federação dasAssociações de Aposentados e Pensionistasdo Estado de Santa Catarina;

Ilustríssimo Sr. Celso Fernandes deBarros, Vice-Presidente da Associação dosAposentados de Correia Pinto;Excelentíssimo Srs. Deputados

Manoel Mota, Primeiro Secretário e AdelorVieira, propositores desta sessão.

Aristides Felisbino, Presidente daAssociação de Aposentados e Pensionistas deIçara.

Como vamos coordenar os trabalhosgostaríamos de permitir a palavra aos Srs.membros do Fórum Catarinense, Srs.Deputados Federais Carlito Merss e EdisonAndrino. Os Deputados Estaduais ManoelMota, João Henrique Blasi, Rogério Mendonça,Antônio Aguiar terão a sua inscrição devida-mente registrada.

Srs. Deputados e autoridadespresentes, esta sessão foi convocada paradiscutirmos, juntamente com a ComissãoEspecial para Assuntos da Previdência, sobre oachatamento dos valores e benefícios pagosaos aposentados e pensionistas do Estado deSanta Catarina.

Registramos também a presença deoutras autoridades e gostaríamos queaqueles que não forem nominadosprovidenciassem seu registro junto àassessoria para que divulguemos suaspresenças.

DIVISÃO DE ANAIS - Processo Informatizado de Editoração

16/05/2001 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.855 3

Gostaríamos de combinar com ossenhores porque temos horário a cumprir eprecisamos usar prudentemente do espaçoque nos é concedido.

aposentados brasileiros. Primeiro o Governocolocou no Orçamento da União uma previsãode receita, Deputado Adelor Vieira, deR$2.000.000,00, que vai ser oriunda dodesconto da Previdência dos aposentados.Tentaram passar três vezes no Congresso enão conseguiram. Estão tentando pela quartavez passar esse desconto dos aposentadosque já contribuíram para a sua aposentadoria.

Vamos conceder a palavra aoDeputado Manoel Mota, um dos propositoresdesta sessão.

O Sr. Presidente da FEAPESC e odiretor de jornal, o Sr. Sílvio de Souza Gomes eo Sr. Paulo Albino, vão me permitir que leiaagora o expediente que foi dirigido à minhapessoa.

O Deputado Edison Andrino temoutro compromisso e precisa cumpri-lo.Portanto, vamos permitir que faça uso dapalavra em primeiro plano e depoisconcederemos a palavra ao Srs. DeputadosEstaduais. O Presidente do Fórum falará emseguida e depois ouviremos as representaçõesdos aposentados quando, ao final, vamos tirarum produto desta reunião.

(Passa a ler)Como se isso não bastasse, os rea-

justes que o Governo dá ao pessoal da ativanão é o mesmo que dá aos aposentados epensionistas o que, cada vez mais, diferencia osalário da ativa e do aposentado, como se oaposentado não precisasse de dinheiro comoquem está na ativa, pois é quando ficam maisvelhas que as pessoas precisam de dinheiropara remédios e para médicos.

“Esta Federação das Associações deAposentados e Pensionistas de Santa Catarina- FEAPESC, vem por intermédio deste convidá-loa unir-se às necessidade de justiça social dosaposentados e pensionistas do Brasil queganham acima de um salário-benefício e queestão sendo injustiçados quanto ao reajustesalarial, pois o Governo dá 19.2% ao salário-mínimo, passando de R$151,00 paraR$180,00, e os aposentados e pensionistasque ganhavam menos de um salário mínimo eos demais estão sendo discriminados com oreajuste de apenas 5.7%, o que os prejudicaem 14.8%.

Portanto, se alguém deseja seinscrever para usar a palavra, poderá fazerchegar a nossa assessoria o seu nome, acidade e a instituição que representa e dentroda disponibilidade de tempo vamos franquear apalavra a todos os senhores. Então, em Brasília, eu e o Deputado

Carlito Merss temos esse compromisso defazer com que o Congresso Nacional, damesma maneira que trata o servidor ativo,trate também o inativo, o aposentado e opensionista de Santa Catarina e do Brasil.

Gostaríamos que todos os que seinscrevessem pudessem fazer uso da palavra.

Concedo, então, a palavra aoeminente Deputado Edison Andrino, para queuse do tempo que julgar necessário para seupronunciamento sobre o assunto em questão.

Por tudo o que foi citado, V.Exa. estáconvidado a participar do ato político que serealizará na sessão especial convocada porsua solicitação e do Deputado Manoel Mota,para discutirmos com a Comissão Especialsobre Assuntos da Previdência Social naAssembléia Legislativa de Santa Catarina.

Para encerrar quero, DeputadoAdelor Vieira, dizer que em Santa Catarinatambém esta Casa, provavelmente, vai ter queenfrentar num breve espaço de tempo oproblema da nossa Previdência Estadual,porque foi federalizada a dívida do IPESC e, emtroca dessa federalização, o Governo doEstado recebeu em torno deR$600.000.000,00. Até agora não se criou aPrevidência Estadual de Santa Catarina e omais grave é que, se o Governo do Estadoimitar o Governo Federal, vai querer tambémdescontar do aposentado do IPESC. E achoque a Assembléia não vai permitir isso.

O SR. DEPUTADO EDISON ANDRINO -Cumprimento o Deputado Estadual AdelorVieira por dirigir esta sessão em homenagemaos pensionistas e aposentados e, também,pela idéia de fazer esta sessão especial.

Cumprimento o Deputado ManoelMota, também um batalhador pelosaposentados e pensionistas de SantaCatarina.

Contamos com a sua solidariedadecomo político comprometido com a sociedadee respeitador dos seus eleitores, que faz doseu mandato uma fonte de sabedoria, respeitoao cargo que exerce como homem público.”Cumprimento o Deputado Carlito

Merss, Coordenador do Fórum Parlamentar deSanta Catarina; o Sr. Paulo Albino de Oliveira,o nosso amigo Paulinho, Presidente daFederação das Associações dos Aposentadose Pensionistas de Santa Catarina.

Quero dizer ao Sr. Paulo Albino e aoSílvio que estamos aqui, este Deputado, osDeputados Manoel Mota, Clésio Salvaro, JoãoHenrique Blasi, Rogério Mendonça, RomildoTiton e Antônio Aguiar representando os 40Deputados desta Casa. Os que aqui não seencontram estão em outras missões e os esta-mos representando.

Então, trago-lhes minhasolidariedade e apoio. Conheço muitos dosrepresentantes de entidades de aposentadosque têm ido constantemente a Brasília - oPaulinho, o Luiz, enfim, tantos companheirosque têm ido lá -, e me coloco ao lado dessesque deram uma grande contribuição paraSanta Catarina e para o Brasil e precisam demais respeito, pelo menos por parte doGoverno Federal.

Cumprimentando o Paulinho querocumprimentar as entidades aqui presentes detodas as regiões do Estado de Santa Catarina.Quero cumprimentar os nossos DeputadosEstaduais, Reno Caramori, João Henrique Blasie Rogério Mendonça e todos que aqui seencontram.

Esta Casa é cheia de atividades, porisso justificamos. O próprio Presidente daCasa, Deputado Onofre Santo Agostini, aquiesteve e em função dos inúmeros outroscompromissos precisou ausentar-se. Mas, aquiestamos neste apelo que fazem os senhores,e vamos buscar, se Deus quiser, a solução.

Quero dizer que esta é a segundasessão deste ano realizada por estaAssembléia para homenagear os aposentadose pensionistas.

Muito obrigado e contem conoscoem Brasília.

(Palmas) Esta Presidência registra com satis-fação, a presença do ilustríssimo Sr. Luiz Carlosde Oliveira, Presidente da Associação deAposentados e Pensionistas de Cocal do Sul; doSr. Antônio Manoel Borges, Presidente daAssociação de Aposentados e Pensionistas de RioMaina; do Sr. Manoel Antônio Vieira, Presidenteda Associação de Aposentados e Pensionistas deCriciúma e do Sr. Vereador José Délcio Rosso. Semais alguma autoridade estiver presente, porgentileza anuncie-se na recepção.

Que bom seria se os aposentados aesta hora pudessem estar em casa cuidandodos seus netos, do seu jardim, da sua hortajunto com seus familiares. Infelizmente estanão é a realidade dos aposentados e dos pen-sionistas brasileiros, pois têm que sair às ruasem busca de parcerias com os segmentos polí-ticos representativos para defender suas min-guadas aposentadorias e pensões. Este é oquadro que vivemos no Brasil de hoje, ondeeste Governo, atrelado à política econômicaditada pelo sistema financeiro internacional,não valoriza aqueles que prestaram grandesserviços à Santa Catarina e ao Brasil.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE EM EXERCÍCIO

(Deputado Adelor Vieira) - Agradecemos a pre-sença e a participação do eminente DeputadoEdison Andrino, do PMDB, que, embora tendocompromissos agendados, reservou essemomento para estar conosco. É um Deputadocombativo que, além dessas questões daPrevidência, está envolvido na questão das terrasde marinha, outro problema muito sério que estásendo discutido em Brasília, sobre o qual osDeputados Edison Andrino e Carlito Merss, comooutros, estão trabalhando no sentido de encontraruma solução favorável, diferente da propostaapresentada pelo Governo Federal.

Concedemos a palavra ao eminenteDeputado Manoel Mota, que é um Deputado ba-talhador do PMDB e está batalhando em váriasfrentes de trabalho, desde a duplicação da BR-101, no trecho Sul, e agora, como sempre esteveengajado, na questão dos aposentados.

Estou chegando agora, DeputadoRomildo Titon, de uma reunião representativada qual faziam parte a CNBB - ConfederaçãoNacional dos Bispos do Brasil - a Ordem dosAdvogados do Brasil, a CUT, uma série desindicatos, entidades estudantis, entidadesligadas à Igreja Evangélica. Haviam mais de300 entidades representadas pedindo quefosse estabelecido um calendário de eventospara que o Governo apure a corrupção queimpera em Brasília, dentro das CasasLegislativas e dentro do Executivo Federal.

Em nome do Poder Legislativo deSanta Catarina, agradeço ao Deputado EdisonAndrino e afirmo que, certamente, vamosdepender do seu apoio em Brasília, porquetemos algumas sugestões a apresentar.Vamos deliberar aqui e gostaríamos de podercontar, já que V.Exa. se colocou à disposição,com os seus préstimos para que possamoslevar avante aquilo que for hoje deliberado.

O SR. DEPUTADO MANOEL MOTA -Quero cumprimentar o Deputado Adelor Vieira quepreside esta sessão especial de importânciafundamental para o movimento dos aposentadose pensionistas de Santa Catarina.

Saúdo os Deputados Antônio Aguiar,Clésio Salvaro, Romildo Titon, João HenriqueBlasi e Rogério Mendonça, o Vereador que vemacompanhando a caravana, o DeputadoFederal Carlito Merss, representando o FórumCatarinense, meu amigo particular Paulinho,Presidente da Federação dos Aposentados ePensionistas de Santa Catarina e o DeputadoEdison Andrino, que nos deu sua mensagem esabemos da sua caminhada no CongressoNacional.

Muito obrigado! V.Exa. temliberdade, entendemos o seu compromisso.

Esse é o dinheiro que falta parapagar melhores pensões e melhoresaposentadorias para os nossos aposentados.

(Palmas)Conosco também os Srs. Deputados

Clésio Salvaro, Romildo Titon e o Sr. Sílvio deSouza Gomes, Presidente da ASAPREV deFlorianópolis. Se mais alguma autoridade estápresente, por bondade, manifeste-se.

Então, na realidade, hoje, tramitamno Congresso Nacional medidas provisóriasque prejudicam substancialmente os

Processo Informatizado de Editoração - DIVISÃO DE ANAIS

4 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.855 16/05/2001

Cumprimento todos os Presidentesde Associações presentes, meus amigosVieirinha e Freitas. Com isso saúdo asAssociações de Criciúma, de Joinville, deImbituba, de Içara, de Rio Maina, de Cocal doSul, de Urussanga, de Lages e outras que nosdão a honra de suas presenças, além desaudar os aposentados e pensionistas,dizendo que, para o Parlamento de SantaCatarina é uma tarde memorável einesquecível.

acordemos o Congresso Nacional, osDeputados, os Senadores. Aqueles que estãodormindo e não ouvem a voz daquele quetrabalha ou que trabalhou e sofre para quepossamos sensibilizar o Governo Federal nabusca de medidas justas que venham contem-plar os que trabalharam a vida toda paraganhar um pouquinho mais que o salário eque, ao longo destes anos foram engolidos eestão ganhando o salário-mínimo. Acho issoinjusto!

Disse eu: um País se faz com osexemplos e as experiências do passado objeti-vando as perspectivas de futuro. É preciso,pois, sempre olharmos para frente mas com osolhos postos no passado! Verificando as adver-tências e os erros do passado para que nãovoltemos a incidir nesses erros dos quais aatenção nos deve ser chamada.

É preciso reconhecer que aquele quetem uma vida inteira de trabalho junto à suafamília, à sua comunidade, ao seu segmentoprofissional e à sua cidade, precisa ter o reco-nhecimento do Poder Público.

Queremos lembrar de um episódioque ainda traz marcas em muitas pessoas,que feriu e não cicatriza nas pessoas queparticiparam daquele movimento de 91/92 emFlorianópolis, ocorrido na Ponte Pedro IvoCampos.

Então, é preciso que outrasfederações comecem a fazer uma grandemobilização. Estiveram em Brasília, é bemverdade, mas, me parece, ainda não ouvem,pois estão dormindo.

O que nós temos, lamentavelmente,é um Governo Federal que é velhaco emrelação aos aposentados e pensionistas.

Santa Catarina se sentiu discrimi-nada. Saímos daqui com 80 pessoas do Sul;Vereadores, Prefeitos, Deputados, a imprensa,amigos e fomos à Brasília fazer uma pressão,como disseram no DNER, IBAMA e FUNAI:“nunca vimos disso em Brasília!” Era pressão,pressão e pressão, a ponto de não saberem oque responder.

(Palmas)Não tem como curar as cicatrizes da-

quilo que aconteceu e, evidentemente, quandose fala na polícia imagina-se que ela foiresponsável por aquilo? Não! A polícia só faz oque é determinado, quando o Governo manda.Têm de cumprir ordem e quando não ascumprem, são punidos. É normal no trabalhoda polícia!

Isso me fez lembrar quando certafeita um Presidente da República, que foideposto pelo clamor popular, reclamou dovelho e bom Ulysses Guimarães. Ele imaginouestar ofendendo Ulysses Guimarães ao sereferir a ele como um velho. E Ulyssesrespondeu: velho sim, velhaco não!

Pediram um dia para dar resposta. Apressão era tão grande que disseram: “nos dê-em quatro dias. Depois de quatro dia úteis ire-mos dar a licença ambiental.”

(Palmas)O Governo queria dar, naquela

época, somente 54%, quando o aposentadotinha o direito de 147%.

É, pois, uma indignidade, é quaseum genocídio o tratamento que o GovernoFederal tem dispensado aos pensionistas eaos aposentados deste País.Foi necessário o Brasil inteiro ir às

ruas, se mobilizar e - em Santa Catarina, ondehouve até derramamento de sangue dovelhinho Cechinel, que teve o queixo quebrado -, para que o Governo Fernando Collor nãotivesse outra saída, pois o Congresso Nacionalencarou e foi aprovado. Disseram que nãotinha dinheiro, mas foram aprovados os 147%.Não quebrou a previdência e tinham o dinheiroem caixa para pagar. Tanto é que pagam atéhoje.

Temos que conquistar na pressãoaquilo que é um direito legítimo dosaposentados e pensionistas. Mas, se tiver queser na pressão, Deputado Adelor Vieira,Presidente em exercício, faremos pressão,sim! Deputado Carlito Merss, sabemos queV.Exa., está sempre pronto; que o EdisonAndrino também está sempre pronto paraencamparmos uma luta permanente, Vieirinha,em busca de uma solução.

Se nós pararmos para olhar, aquiestá a Constituição Federal. Aqui está a Leidas leis que deve ser cumpridaobrigatoriamente por todos aqueles queexercem um cargo público. E está escrito noart. 7º, inciso IV o que deveria ser o saláriomínimo:

(Passa a ler)“IV - salário-mínimo, fixado em lei,

nacionalmente unificado, capaz de atender asuas necessidades vitais básicas e às de suafamília com moradia, alimentação, educação,saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte eprevidência social, com reajustes periódicosque lhe preservem o poder aquisitivo, sendovedada sua vinculação para qualquer fim”.

Queremos uma diferenciação e quenão fique apenas nesta situação de quemganha até um salário- mínimo. Todo mundoluta para aumentar um pouquinho. O restodesapareceu! Precisamos ter um limite para aspessoas sobreviverem! Até três salários-mínimos tem que ser o mesmo valor do salário-mínimo. Vamos discutir essa questão daquipara frente, porque é o direito desobrevivência. É por isso que precisamos lutar.Por uma causa justa e legítima.

Já mentiam naquela época e engana-vam os aposentados e pensionistas. Temosaqui uma pessoa com 90 anos, um símboloque tem um passado histórico nessemovimento. É da época de um Presidentetrabalhador que implantou o salário mínimo eque está aqui para marcar a história. Algum estrangeiro que venha a este

País, que leia o que está escrito naConstituição e que verifique que nós temoshoje um salário-mínimo praticado emR$180,00, vai certamente concordar comquem antigamente já disse que este não é umPaís sério.

Então, o Governo voltou atrás, oCongresso aprovou e foram conquistados147%. Só que depois desta vitória, tivemos umbocado de história. E aqui diz o seguinte: Quero dizer que quando este

Deputado e o Deputado Adelor Vieirapropuseram esta sessão era para que viessemos aposentados, as pensionistas, osPresidentes das Associações, a diretoria, paradiscutirmos e encamparmos uma luta. Estoujunto para o que der e vier!

(Passa a ler)“Agora a Previdência Social quer

repetir o mesmo golpe dos l47%. Não temdinheiro, não pode pagar e não quer pagar.”Parece-me que é o que está acontecendo e osnossos aposentados, pensionistas etrabalhadores ficam se arrastando. Lutam paraque poucos não fiquem com muito e muitosnão fiquem sem nada.

Não há como se admitir que naConstituição, que é a Lei das leis, está timbra-do, com todas as letras, o que deve ser o salá-rio-mínimo, esse vergonhoso salário-mínimopraticado no País. E o que é pior: ele épraticado através de medida provisória. Emedida provisória é aquela que vai semdiscussão! É aquela que o Poder Executivobaixa, edita e ela tem 30 dias para serdiscutida. Se não for discutida, se não formodificada, é baixada na forma como vem doPoder Executivo, usurpando uma prerrogativaque deve ser do Parlamento.

Se tiver que marcar mais uma vezpor sangue, vamos marcar! Mas vamos fazercom que respeitem os aposentados epensionistas de Santa Catarina e do Brasil.Em l994, no Plano Real, o reajuste

do benefício da previdência vem sendodiferenciado do salário mínimo e o prejuízo éde 39%!

Muito obrigado!(Palmas)(SEM REVISÃO DO ORADOR)

Em 2000 o salário mínimo foi reajus-tado em 11% mas o nosso aposentado ganhouum pouquinho mais que o salário mínimo. Só5.8%.

O SR. PRESIDENTE EM EXERCÍCIO(Deputado Adelor Vieira) - Com a palavra o pró-ximo orador inscrito, Deputado João HenriqueBlasi.

Então, o que se verifica, e o dissemuito bem o Deputado Manoel Mota há pouco,na tribuna, é um processo histórico de achata-mento dos valores dos benefícios, que teve iní-cio em 1991. Esse documento coloca muitobem, historia muito bem, e nós temos, agora,mais do que nunca, que mostrar a voz danossa indignação.

O que está acontecendo Paulinho? Osalário- mínimo de hoje, que era de R$151,00,foi reajustado em 19.2%, mas quem ganha umpouquinho mais que o salário-mínimo, vamossupor, quem ganha R$170,00, esse não che-gou ao salário-mínimo. Ficou em R$179,00 ealguma coisinha.

O SR. DEPUTADO JOÃO HENRIQUEBLASI - Excelentíssimo Deputado Adelor Vieira,Presidente em exercício desta sessãoespecial; Deputado Manoel Mota, também umdos proponentes desse evento; DeputadoCarlito Merss, coordenador do Fórum dosParlamentares Federais de Santa Catarina; Sr.Presidente da Federação das Associações deAposentados e Pensionistas de SantaCatarina; Sr. Deputados, Sras e Srs.aposentados de Santa Catarina que aquicomparecem, certamente provindos dos maislongínquos rincões do Estado para trazer a vozde sua indignação com referência aotratamento desumano e discriminatório que oGoverno Federal lhes têm emprestado.

É preciso que as associações dospensionistas e aposentados, é preciso que afederação faça valer a sua autoridade, faça buscartodos aqueles que possam e devam influir nesteprocesso, a fim de que nós possamos sensibilizarquem de direito e dar um pouco, um mínimo queseja, de dignidade àqueles que depois de umavida inteira de serviços prestados à suacomunidade não têm os mínimos direitos que sedeve assegurar ao ser humano.

Então, significa que não dá maispara enganar o nosso aposentado, o nossopensionista, o nosso trabalhador, enfim, ohomem que luta e que precisa ser respeitado.É preciso que não só em Santa Catarina, masno Brasil e em cada Estado, comece a haveruma mobilização como está acontecendo hojeneste Parlamento com a presença deDeputados Estaduais e Federais para que

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Eu concluo lendo para vocês umamensagem, uma lição de um dos maisfamosos juristas que este País já teve que sechama ou se chamou Vicente Rao, que disse oseguinte:

E nós, toda vez que ocorrem mobili-zações iguais a esta, ficamos sempre a nosperguntar o motivo pelo qual as pessoas parti-ciparam tanto com a sociedade, contribuíramde uma forma tão grande, pois terem que, nummomento das suas vidas, mendigar em buscadaquilo que lhes deve ser dado por direito éum absurdo!

Temos também que fazer a nossaparte, não esperar para amanhã, quando esti-vermos sentados no lugar de vocês pedindo,muitas vezes implorando, o que nos é dedireito, com toda a certeza.

(Passa a ler) Meus parabéns pela mobilização!“A inviolabilidade do passado é prin-

cípio que encontra fundamento na própria natu-reza do ser humano, pois o homem, que nãoocupa senão um ponto no tempo e no espaço,seria o mais infeliz dos seres se não se pudes-se julgar seguro sequer quanto à sua vida pas-sada. Por essa parte da sua existência já nãocarregou consigo todo o peso do seu destino?

Parabéns, Deputado Adelor Vieira, ea todos que, com dignidade e com indignação,também nos representam, principalmente naCâmara Federal.

Este fim de semana eu estive em Riodo Sul visitando um aposentado - o DeputadoIvo Wanderlinde provavelmente até o conheça,pois foi ex-Vereador daquela cidade -, e ele,que já foi um Vereador, que já tinha assumidoos cargos públicos mais importantes do AltoVale do Itajaí na cooperativa, no sindicato,pediu-me que eu fosse conversar com eleurgentemente. Achei que fosse algo muitoimportante e de repente ele me apresentouuma receita e me disse que se eu não lheajudasse a comprar aqueles remédios, nãosaberia como iria sobreviver e como ficaria emtermos de saúde.

Nós sabemos que muitos da nossaBancada têm esta capacidade de se indignar. ODeputado Carlito Merss, com certeza, é umdesses que realmente fica indignado, tendo, porisso, dado a sua contribuição e a sua parte.O passado pode deixar dissabores,

mas põe termo a todas as incertezas. Naordem do universo e da natureza só o futuro éincerto. E essa própria incerteza é suavizadapela esperança, fiel companheira de nossafraqueza. Seria, portanto, agravar a tristecondição da humanidade, querer mudaratravés do sistema da legislação o sistema danatureza, procurando para o tempo que já sefoi, fazer reviver as nossas dores sem nosrestituir das nossas esperanças”.

Parabéns pela mobilização! Quecada um de nós faça a sua parte, porquesenão amanhã estaremos sentados,arrependidos e lamentando de que quandotivemos a oportunidade nada fizemos!

Muito obrigado!(Palmas)

Talvez não seja muito importantepara nós uma pessoa chamar um Deputado elhe pedir que o ajude numa determinadareceita. Não é esta a função de um político, éverdade. E nós, que somos homens públicos,que temos ainda condição de ficar indignados,porque esta é uma virtude do ser humano, dohomem público, de todos nós, nos indignarmosquando encontramos situações iguais a essa.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE EM EXERCÍCIO

(Deputado Adelor Vieira) - Muito obrigado,Deputado Rogério Mendonça.Muito obrigado!

(Palmas) A Presidência comunica que osDeputados Gelson Sorgato, Herneus de Nadale Romildo Titon, do PMDB, abrem mão dosseus espaços em função do adiantado dahora, para que os integrantes da mesa possamfazer uso da palavra, pois o tempo correceleremente.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE EM EXERCÍCIO

(Deputado Adelor Vieira) - Muito obrigado,Deputado João Henrique Blasi, do PMDB.

Enquanto ele estava fazendo aleitura sobre o salário-mínimo, veio-me à mãoum release da Frente Parlamentar deEntidades Civis e Militares em Defesa daPrevidência Social Pública.

No momento em que a sociedadedevia lhe dar uma grande recompensa por tudoque fez, pois foi um homem de importânciamuito grande, ele ter que vir pedir esmola, terque vir ao encontro de toda e qualquer pessoaque encontre para pedir uma ajuda pelo amorde Deus, porque senão não terá condições desobreviver, é uma coisa inaceitável!

Mas chegou às minhas mãos umacópia da Lei nº 8.213, que dispõe sobre osplanos de benefícios da Previdência Social edá outras providências.Eu achei interessante que consta

aqui a medida provisória do salário-mínimo etem um comentário que diz que o salário-míni-mo dá para pagar ônibus de ida e volta, deslo-car um PF, um prato feito de R$1,00, deixarem casa um litro de leite, 10 pãezinhos e umadúzia de banana. E acabou o dinheiro.

O art. 2º diz o seguinte: “aPrevidência Social rege-se pelos seguintes prin-cípios e objetivos:E por que sempre tem que ser dife-

rente para o aposentado, para o pensionista?Por que o reajuste de quem está na ativa édiferente do aposentado? Por que o vale-alimentação, por exemplo, que foi dado, agora,recentemente, para o servidor público estadualvale para quem trabalha e não vale para oaposentado? Será que o aposentado, opensionista não se alimenta, não come? Seráque ele é diferente? Em que condições ele édiferente?

I - universalidade da participação dosplanos, uniformidade;

II - seletividade;Morar? Só se for na ponte. Roupa?

Quando alguém jogar fora. Remédio? Só se oposto der. Lazer? Ah, esse dá. É sair acompa-nhando todas as passeatas que encontrar pelocaminho, além de exercer cidadania ajudandoa reivindicar, sempre pode sobrar umlanchinho.

III - (...)IV - cálculo dos benefícios, conside-

rando-se os salários de contribuição corrigidosmonetariamente;”

Mas prestem atenção no inciso V:“V - irredutibilidade do valor dos

benefícios de forma a preservar-lhe o poderaquisitivo.”É triste essa situação, não é? Nós ficamos indignados com tudo

isso!(Palmas) (Palmas)É lamentável o que nós estamos

vendo aqui.(Palmas) Isto aí é fundamental! Não podemos

abrir mão, eis que está aqui na lei, DeputadoCarlito Merss!

E, sem dúvida alguma, a indignaçãoé maior quando muitas vezes vemos homenspúblicos, Lideranças políticas, em véspera deeleição, se lembrarem dessas pessoas, dosaposentados! Correm aos clubes de idosos, atodo momento, oferecendo passagens, remé-dios, comida, cesta de alimentação, como sesomente naquele momento ele fosse importan-te, porque precisa de seu voto!

O tempo vai correndo celerementee eu até vou me permitir, depois, a nãofazer uso do meu espaço de tempo, porqueeu sei que ele está correndo, e se sobrartempo eu tenho muita coisa aqui para falar.Mas se não sobrar tempo, eu quero ouvir,também.

Está aqui na lei, Srs. Deputados esenhores aposentados, e não podemos abrirmão disto que é a base que nos sustenta, am-parado ainda pela Constituição que foi lidapelo eminente Deputado João Henrique Blasi,que é jurista renomado aqui no nosso Estado.

Eu pediria aos Deputados que aten-tassem para o tempo, cada um dentro da suadisponibilidade.

Então, vamos defender este direitoconstitucional e legal.Mas esquece de que a ajuda de

quem precisa é durante toda a sua vida,porque ele precisa da indignação dessehomem público, precisa da sua mobilização nomomento em que tem força, tem poder e tema caneta na mão! Então, que ele faça tambéma sua parte!

Eu quero conceder a palavra ao emi-nente Deputado Carlito Merss, que é o coorde-nador do Fórum Catarinense em Brasília e quetem sido também um grande lutador da causacatarinense.

Com a palavra o Sr. DeputadoRogério Mendonça, do PMDB, tambémbatalhador desta causa, na AssembléiaLegislativa.

O SR. DEPUTADO ROGÉRIOMENDONÇA - Gostaria de, em primeiro lugar,fazer uma saudação ao Deputado AdelorVieira, que foi o Autor do requerimento queensejou a presente sessão, juntamente com oDeputado Manoel Mota.

O SR. DEPUTADO CARLITO MERSS -Deputado Adelor Vieira, que neste momentoestá presidindo esta sessão, DeputadosManoel Mota, Gelson Sorgato, Romildo Titon,João Henrique Blasi, Rogério Mendonça, lide-ranças do movimento em luta pela dignidadedos aposentados e pensionistas do Brasil,desculpem-me as outras regiões, mas gostariade uma saudação especial a Joinville. Sãomuitas caras conhecidas, muitos bingos emuitas festas que já participamos, que é umadas formas que os aposentados epensionistas procuram para ter o seumomento de lazer nessa boa idade que agoraestão.

É por isso que os cumprimento pelagrande mobilização que estão fazendo, e nãodeve ser somente nessa ocasião, mas a todomomento.

Quero dizer, a todo instante: vocêstêm que cobrar daqueles que já fizeram, que jádeveriam ter feito a sua parte.

A minha saudação ao DeputadoFederal Carlito Merss, ao Presidente daAssociação dos Sindicatos da Associaçãodos Aposentados e Pensionistas do Estadode Santa Catarina, aos demais DeputadosEstaduais, aos senhores aposentados e aospensionistas que estão aqui em mais umagrande mobilização em favor doaposentado.

E, com certeza, hoje são vocês queestão nesta mobilização, mas amanhãseremos nós, Deputado Gelson Sorgato!Porque amanhã também seremos nós, osaposentados, que estaremos sofrendo nacarne o mesmo problema de vocês, para quepossamos agora ter memória.

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Eu falaria muitas coisas que aqui jáforam ditas como que a lei tem que ser cumpri-da, quem trabalhou a vida toda merece umavida digna. Às vezes, até em termos salariais,mais do que teria quando na ativa, porque ge-ralmente com a idade, além da alimentação,do vestuário, tem os remédios, tem outrasdespesas que não tinham enquanto estavamna ativa.

aconteceu na semana passada? Foram trêsmeses de luta para termos 29 assinaturas deSenadores e 183 assinaturas de Deputadospara começarmos a arrumar dinheiro, porque oGoverno diz que não tem dinheiro paramelhorar a vida dos aposentados. Nósestamos dizendo que tem, é só parar de tantaroubalheira, tanta corrupção, como oescândalo da SUDAM, da SUDENE e de tantasoutras coisas.

Queremos registrar, ainda, apresença do Sr. Luiz Carlos de Oliveira,Presidente da Associação dos Aposentados deCocal do Sul; do Sr. Manoel Antônio Vieira,Presidente da Associação dos Aposentados deCriciúma, e de dizer que o Deputado ManoelMota acabou esquecendo de fazer o registroda presença, dentre tantos registros esaudações que fez, pedindo escusas, doPresidente da Associação dos Aposentados deFlorianópolis e de todos os florianopolitanosque muito nos honram com a sua presença.

Escutei algumas coisas como: quetem lei, que está aposentado. Infelizmente, amaioria desta legislação, que estáprejudicando os aposentados e pensionistas,vem de medidas provisórias. E o DeputadoJoão Henrique Blasi explicou direitinho o que éisso. A medida provisória não é aquilo que umDeputado faz, porque Deputado faz lei. UmGoverno democrático respeita os Poderes. Eleé chefe do Poder Executivo, mas respeita oPoder Legislativo e o Poder Judiciário. Então,ele envia leis que são discutidas, emendadas eobedece a lei através do Judiciário.

Num piscar de olhos 20 Deputadosque tinham assinado a CPI retiram seusnomes. Quer dizer, este Governo sabe equando quer aprova o que bem entende.

Gostaríamos agora de conceder apalavra ao penúltimo orador, representando asassociações de aposentados, Sr. Luiz Carlosde Freitas.

Por último, só quero colocar umdado. Sou economista e trabalho comnúmeros. Fui Deputado Estadual, fiquei aquiquatro anos brigando no sentido de que oOrçamento de Santa Catarina fossetransparente. Aprovamos o OrçamentoRegionalizado. Infelizmente, não só o Governoanterior como o atual não querem cumprir umalei que existe em Santa Catarina. Os númerossão assustadores.

Foi na Associação dos Aposentadosde Joinville, numa reunião com a Federaçãodos Aposentados, a convite da Federação e daAssociação, que nós estivemos presentesnuma tarde memorável, com mais de 12regiões ali representadas, que surgiu essaproposta. Nós nos colocamos à disposiçãopara realizar essa sessão especial aqui etrazer os nossos Deputados Federais, osnossos aposentados e os nossos DeputadosEstaduais para refletirmos sobre essa situaçãoe tomarmos uma posição.

Governos não democráticos se utili-zam de outras formas. Na época da ditaduramilitar era o famoso decreto lei, que só mudoude nome, por que o que nós fazemos láenquanto Deputados Federais? A medidaprovisória vem, começa a valer, temos 30 diaspara discutir, o Governo tem maioria, nãodiscute, e nós temos, senhores aposentados epensionistas, em alguns casos, medidasprovisórias sendo reeditadas mais de 70vezes.

No ano de 2000 todo o gasto doGoverno Federal com benefício previdenciário(aposentadorias, pensões, INSS, tudo o que segastou, desde curativo na área social até aspensões) foi de 64 bilhões. Isso é oficial. Então, eu quero agradecer o honroso

convite que recebi naquela oportunidade donosso ex-Vereador e Presidente da Associaçãodos Aposentados de Joinville, o Sr. Luiz Carlosde Freitas.

Todo o investimento do GovernoFederal em estradas, em hospitais, emcreches, no ano passado, foi em torno de 10,1bilhões. Podemos dizer também que oinvestimento da Previdência foi de 64,10bilhões.

Então, ela fica valendo, osDeputados e Senadores fazem papel de bobo,porque não conseguem regulamentar aquilo ea medida provisória não é provisória, virapermanente. Agora, é importante nóssabermos por que isso acontece. Por quemedidas provisórias iguais a essas, que têmprejudicado os aposentados e pensionistas,que regulamentam algo tão óbvio, que está nalei, estão valendo? Por que não se conseguefazer uma lei para resolver e regulamentarisso?

Com a palavra o Sr. Luiz Carlos deFreitas.

Por isso, Deputado Manoel Mota, édifícil terminarmos a BR-101 e tantas obrasque precisamos no Estado. Só que esteGoverno gastou em 2000 com a amortizaçãoda dívida interna e externa 43,9 bilhões e comjuros e encargos da dívida interna e externa38,8 bilhões. Então, só com a amortização ejuros o Governo Fernando Henrique gastou, noano passado, 82,7 bilhões para encher asburras dos bancos e do sistema financeirointernacional.

O SR. LUIZ CARLOS DE FREITAS -Realmente, o Deputado Adelor Vieira está con-firmando que foi através de um pequeno traba-lho que realizamos na cidade de Joinville, coma presença praticamente de 12 associações,que nós demos início a esse trabalho, hoje, naAssembléia Legislativa.

Eu quero saudar o Presidente emexercício no momento, Deputado Adelor Vieira;o Deputado Manoel Mota e também oDeputado Federal Carlito Merss pela nossaregião de Joinville, que está tão bemdignificando o seu posto e os votos querecebeu dos joinvilenses.

Eu escutei aqui e anotei: Governovelhaco, que não cumpre a lei. Outras pessoasdizendo que se for para correr sanguenovamente nós vamos lutar pela Justiça. Sóque a situação, hoje, do Brasil está destaforma porque existe um Governo Federal eleitoe uma maioria de Deputados Federais eSenadores eleitos pelo povo que apoiam estapolítica.

Então, ele investe 10 e gasta 80 emjuros. Aí não tem dinheiro para recuperar apo-sentado, para melhorar o salário-mínimo para apobreza, para o SUS e para tantas coisas quenecessitamos.

Também gostaria de saudar os com-panheiros aqui presentes, o companheiroPaulo e os demais membros das diretorias.Eu gostaria de fazer esta reflexão.

Só que é fundamental, em primeiro lugar, quecada um de V.Exas. verifique se está havendouma concordância do discurso aqui com osvotos lá. Tendo essa concordância, não vai terproblema. Agora, se houver essa concordância,a situação não poderia estar como está,porque se tivesse uma maioria que efetiva-mente não concordasse com essa política,essa medida provisória seria derrubada e nósteríamos uma lei hoje que no mínimo cumpririaa lei, como disse o Deputado João HenriqueBlasi: não queremos muita coisa, só que secumpra a lei! Infelizmente, não se cumpre.

Na verdade, minha gente, nós sabe-mos perfeitamente a importância daAssembléia e também dos Deputados Federaisque representam legitimamente todos os cida-dãos brasileiros.

Então, é muito fácil fazer discurso epedir aplausos, mas a verdade é que existemDeputados Federais e Senadores eleitos pelopovo que falam em nome do povo, que votam afavor desta política. É aí que está acontradição! Não é justo pessoas de cabelosbrancos que estão a vida toda sofrendo, quelutaram tanto na vida, serem enroladas!

Sem dúvida, a AssembléiaLegislativa é o Poder mais importante doEstado. E nós ficamos felizes por esta Casa terassumido esse trabalho de ouvir osaposentados, associações, as pensionistas eos pensionistas, neste instante em que aquinos encontramos representando cerca de800.000 aposentados de Santa Catarina,embora, na maioria das vezes, somosobrigados a dizer que os políticosdesconhecem os problemas dos aposentados.

A maioria dos Deputados Federais eSenadores que estão lá concorda com essapolítica. É óbvio que eles não dizem isso naépoca da eleição, quando ficam concedendoviagem de ônibus, jantares e dando brindes.Os aposentados de Joinville não ficaramsabendo se alguma vez eu dei uma passagemde ônibus ou dei brinde. Não dou, porque nãotenho como dar! Agora, muitos dessesDeputados que dão viagens, brindes e pagamfestas são os mesmos Deputados e Senadoresque em Brasília votam contra os aposentados!

Então, eu queria colocar o nossomandato em Brasília - eu sou coordenador,nesse período, do fórum - à disposição detodas as lutas, mas mais do que isso, mostrartransparência, explicar pelo menos o que osnossos 16 Deputados Federais e trêsSenadores fazem em Brasília, porque senãovamos ver no ano que vem mais pessoasandando de ônibus, recebendo festinhas,brindes, elegendo e as pessoas em Brasíliavotando contra os aposentados. Acho que istonão é justo.

Também há uma coisa muito impor-tante: vocês observaram se alguma vez umPresidente da República designou um instantesequer, um minuto sequer para ouvir os apo-sentados? Alguém lembra de ter acontecidoesse fato? Eu acho que não! Nunca fiqueisabendo e talvez seja uma coisa importante,porque embora nós tenhamos ouvido algunsMinistros, o Presidente da República nuncadesignou um instante para refletir e discutir asituação dos aposentados.

(Palmas)Não é possível continuarmos a

brincar de enganar as pessoas mais idosas!Saída tem: que se exija que uma dessasmedidas provisórias... E o Deputado EdisonAndrino disse bem, pela quarta vez, agora, oGoverno quer cobrar um percentual do saláriodos aposentados e vai conseguir. Este Governoconsegue tudo. Vocês não viram o que

Muito obrigado!(Palmas)(SEM REVISÃO DO ORADOR) Então, essa colocação nos leva a

acreditar que todos os aposentados estão res-sentidos com a classe política. Na verdade,sentimo-nos indefesos, sentimo-nos órfãos por-

O SR. PRESIDENTE EM EXERCÍCIO(Deputado Adelor Vieira) - Obrigado, DeputadoCarlito Merss.

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que, a exemplo da situação do salário-mínimo,hoje, muitos dos nossos representantes nosabandonaram. Por exemplo, estávamos presen-tes em uma ocasião no Congresso Nacionalquando ouvimos um Deputado Federal dizerque não tinha tempo naquele dia para ouviraposentados, virando as costas a todos nós.

Em 89, com a promulgação daConstituição atual vimos um pequenopagamento dessa dívida social, porque oGoverno mandou reajustar os nossosproventos de 89, mas já em 91 novamentefomos desvinculados do salário-mínimo, e,hoje, a cada momento que ele é elevado, éreajustado, somos achatados cada vez mais.

aos dois Deputados Estaduais, porqueestiveram lá conosco e assumiram estetrabalho de podermos fazer este movimento naAssembléia Legislativa. Este momento tãoprecioso, no qual podemos fazer ouvir a nossavoz, fazer as nossas reclamações, e fazersentir que, caso contrário, hoje somos nós,mas amanhã serão os nosso filhos e nossosnetos que terão que implorar para ter umsalário digno, embora tenham contribuído paraa previdência social.

Por isso, minha gente, cabe indagar avocês se os aposentados e pensionistas teriamlegitimidade e motivo suficiente para reclamar umtratamento maior? Eu creio que sim!

Já se falou sobre os 147%. Não adi-anta continuarmos a falar, porque todo mundosabe e os nossos Legisladores tambémsabem. Estamos para relembrar tudo isso equeremos fazer uma releitura de tudo isso.

Nós somamos 19 milhões deaposentados em todo o Brasil. É um númeromuito grande. Somos a faixa da população quemais cresce proporcionalmente. Por sermosmais velhos, somos os líderes de cada clãfamiliar. Só não contamos com a força políticanecessária para exigir um tratamento maisjusto em decorrência das ações e omissões dopróprio Governo.

Vamos abrir os olhos, minha gente,porque, caso contrário, vamos ficar na misériamesmo, e amanhã todo mundo vai estar nosalário-mínimo!

Todos os Srs. Deputados falaramque o salário- mínimo de 2001 foi aumentadoem 19,2%. No entanto, o Governo Federal quernos reajustar em 5.57%. Isso é umaindignidade! Isso é uma aberração! É um rouboque se está cometendo contra o aposentado eo pensionista. Por quê? Porque todo mundoque está aqui, que é aposentado, quetrabalhou 20, 30 ou 35 anos, contribuindomensalmente e obrigatoriamente para aPrevidência Social, tem todo o direito dereceber um reajuste condigno conforme constana Constituição.

Por isso, meu amigo, DeputadoManoel Mota e Adelor Vieira, gostaríamos queV.Exas. encaminhassem desta Casa a todas asAssembléias Legislativas este desejo de queesta lei fosse alterada para corrigirintegralmente, e jamais termos que reclamardesta anomalia que está acontecendo hoje.

Falaram muito bem o DeputadoFederal e o Deputado Estadual a respeito decomo ocorrem as medidas provisórias e de quemaneira são votadas.

Obrigado a vocês. Que isso aconteçapara todos nós, para a nossa satisfação!

Então, é justa essa postura doGoverno no sentido de solapar os nossos direi-tos? Será que é justo fazer com que o aposen-tado e a pensionista se tornem mendigos?Será justo vermos o aposentado ter que pedirpara sobreviver, para comprar medicamentos eassim por diante?

Muito obrigado!(Palmas)

O Deputado Adelor Vieira leu o art.7º, mas temos ainda o art. 201, § 2º, daConstituição Federal, que diz: “É assegurado oreajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, con-forme critérios definidos em lei.”

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE EM EXERCÍCIO

(Deputado Adelor Vieira) - Muito obrigado aoPresidente da Associação dos Aposentados deJoinville, Luís Carlos Freitas.

É uma indignação justa que nasceem nosso meio. E nós temos, com toda razão,que discutir esse problema amiúde, e estaCasa, com certeza, é o local mais apropriado!

Agora, gostaríamos de conceder apalavra ao último orador, para depoisdeliberarmos.

Logicamente que uma verdade estábem clara, aquela que o Deputado CarlitoMerss falou, muita gente nas nossas cidadesfalam uma coisa, mas no Congresso Nacionalvotam contra nós. Temos que acabar com isso,temos que liquidar com essa situação, nãopodemos continuar sendo injustiçados destaforma, sendo lesados, enganados, porqueagora, através do nosso movimento, vamosverificar todas as votações e o Deputado quevotar contra nós terá o seu nome anunciadopor todos os cantos.

Concedemos a palavra ao Sr. PauloAlbino de Oliveira, que é o Presidente daFederação dos Aposentados e Pensionistas doEstado de Santa Catarina.

Temos também que reclamar, nós,aposentados, porque milhões de aposentadosque recorreram à Justiça entre a década de 80a 90, só têm se decepcionado. O Governo utili-za todos os vícios para não pagar as nossasações judiciais e prolonga uma pendengajudicial de forma que 30 a 40% dosaposentados morrem antes de receber a suaação judicial. Isso é justo, minha gente? Achoque não.

O SR. PAULO ALBINO DE OLIVEIRA -Quero agradecer a Deus por estarmos aqui,porque sem ele não estaríamos.

Quero agradecer e cumprimentar oPresidente em exercício, Deputado AdelorVieira, o Deputado Manoel Mota, grande guer-reiro; o Deputado Federal Carlito Merss; e osdemais Deputados que estão presentes.

(Palmas)Lembram do malfadado Governo Collor

de Mello, que inventou o precatório para pagar asdívidas judiciais? Na verdade, como diria oLegislador, é um purgatório forense, único domundo, porque faz o processo demorar mais doisou três anos para ser resolvido.

Precisamos justamente nesteinstante que a Assembléia Legislativa, sob aPresidência do nosso amigo Deputado AdelorVieira, que propague através de todas asAssembléias Legislativas do Brasil, da neces-sidade de que a lei seja alterada, que sejamelhorada, e que seja corrigida! Não podecontinuar como está!

Gostaria, Deputado, que estivessemtodos os Deputados, mas sabemos que elestêm outros compromissos -; todos osPresidentes de associação, de todo Estado;todos aposentados e pensionistas que estãorepresentando aqueles que estão em casa.Também nos socorre a legitimidade

o fato de nós, aposentados de hoje, havermos,na condição de classe trabalhadora de ontem,construído a estrutura material e contribuídopara a cultura, para as artes, para a ciência,para a política e, principalmente, havermosconstruído toda a estrutura legal e material daPrevidência Social, que é um patrimônio dasociedade, com recursos e esforços dosaposentados e parcela dos empregadores. E oGoverno, hoje, nos nega um tratamento maisjusto! Pelo contrário, ele tira tudo aquilo,principalmente a nossa respeitabilidade edignidade!

(Palmas das galerias)E queremos pedir ao Deputado

Carlito Merss, que está conosco, que nos dêconhecimento da forma como poderemosalterar esta lei, pois não podemos compactuarcom isso e ficar cada vez, em cada aumentodo salário mínimo, vindo a Florianópolis ou aBrasília ou, onde quer que seja, fazendopasseata, movimento ou pressão para sercorrigido os nossos proventos. Isso não podecontinuar assim!

Deputado, é um momento de refle-xão! Nós, aposentados, não somos objetosdescartáveis como pensam muitosParlamentares Estaduais e Federais.

Minha indignação é grande,Deputado Carlito Merss, quando vemos umBrasil belo, bonito, cheio de verde, amarelo eazul! Mas os homens não pensam, porque nãosabem administrar o País! Eles não têmvergonha na cara! Não posso colocar todos,porque temos ainda homens que têmvergonha, mas são poucos, Deputado CarlitoMerss, Deputado Adelor Vieira e DeputadoManoel Mota, que erguem a bandeira do povobrasileiro. São poucos os que olham aquelehomem, aquela mulher que já fez a sua parteincansavelmente de manhã a noite no seutrabalho e no seu lar!

Nós todos, já com idade avançada,com direito assegurado, com aposentadoriaque deveria nos ser dada, estamos, nestemomento, novamente nesta Casa, tentandoassegurar nossos direitos! É uma pena quetenhamos que fazer isso, ao invés depodermos estar em nossas residências tendoalgum lazer, alguma coisa mais gostosa,estamos brigando, discutindo para ganharmosum reajuste, que é justo e é de direito, porquea Constituição assim manda e o Governo,infelizmente, não quer obedecer.

E para onde foi esse dinheiro daPrevidência Social? É bom que se saiba quedesde a época de Vargas, quando se criou aSiderúrgica Nacional, nenhum tostão retornouà Previdência Social, como também outrasobras faraônicas que temos no Brasil e queestão com confissão escrita de débito nas LeisOrgânicas da Previdência Social de 1960, Leinº 7.817 de 90 e a de 76. Onde estãoconsignados esses débitos da União e aintenção de resgate? E até hoje não aconteceunada!

A nossa indignação é grande!Estamos levando ao extremo da radicalizaçãose não mudarmos a cabeça dos Deputadosque estão contra o povo. A ConfederaçãoBrasileira já está preparando, Deputado,painéis para colocarmos os nomes nas praçaspúblicas do Deputado Federal, do DeputadoEstadual e dos Senadores que lá dizem... Ébom mesmo, Deputado, se for para vir aquifazer, como diz o Deputado Carlito Merss,discurso demagogo, enganoso, que nãovenham! Este povo é digno! São homens e

Por isso, minha gente, em nome daAssociação dos Aposentados e Pensionistasde Joinville, logicamente o Paulo, que é onosso presidente, irá agradecer. Mas queroagradecer ao Deputado Adelor Vieira e aoDeputado Manoel Mota, como também aoDeputado que esteve conosco em Joinville, EniVoltolini, por esta oportunidade. Principalmente

Na Constituição de 88 os nossos be-nefícios já eram achatados na concessão.Você tinha, por exemplo, um cálculo 36meses, mas apenas 24 meses eramcorrigidos, aí aconteceu que os nossosproventos foram achatados.

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mulheres de cabelo grisalho que já fizeram suaparte e votam neles! Os Deputados ganham!Somos nós que pagamos eles! Somos nós quevotamos neles! E não pensam que atrás denós estão os nossos filhos e nossas mulheres!Não é somente o aposentado, não, meuscompanheiros!

mento. Nós voltaríamos pagar a previdência. Otrabalhador não iria receber mais 13º salário,nem férias, nem fundo de garantia. Mais nada!Foi todo um trabalho dos cabelos grisalhos!

Vamos repudiar os Deputados queestão contra nós, porque vai existir um painel.A COBAP está preparando. Eles não vão maisnos enganar não! Podem ter certeza que nósvamos fazer a justiça valer neste País, atravésdesses homens e mulheres de cabelosgrisalhos.

Por isso, meus companheiros, é ummomento de guerra, agora! Eu declaro guerradaqui para a frente, Santa Catarina, se vocêsassim me acompanharem, meus companheiros!A nossa indignação é grande! Falo

do fundo de meu coração, com dignidade,porque sou filho de pai pobre e humilde! Nãotenho grande leitura, mas tenho dignidade evergonha no meu rosto e nos olhos!

Muito obrigado!(Palmas das galerias) (Palmas)Vamos dizer um “não” aos

Deputados Federais, Estaduais e Senadores apartir de hoje, e vamos mostrar em praçapública quem são os Deputados que realmenterepresentam o povo. Sinto na minha pelequantos coitadinhos não têm dinheiro paracomprar remédio, Sr. Deputado. V.Exa. mesmodisse que ajudou pessoas. Eu sei que osDeputados tem ajudado muitas pessoas quenecessitam.

O SR. PRESIDENTE EM EXERCÍCIO(Deputado Adelor Vieira) - Muito obrigado, Sr.Paulo Albino. Suas palavras realmente comovem acada um de nós. Nós estamos realmente diantede uma cena comovente, emocionante, e atédramática, mas esta é a nossa realidade. Não dápara fugir dela. Não dá para se acovardar.

(Palmas)Vejam bem! Quanta discriminação,

meus companheiros! Quem ganhava R$150,00, que era o salário-mínimo no mês ante-rior, e quem ganhava R$ 170,00, estavaganhando 12.88 acima do salário, agora eleirá perder 12.5, vai para R$ 179,86! Não dáum salário-mínimo, mas é obrigado ficar! Vaiperder 12.5 de seu poder aquisitivo. É justo? Oque a Constituição diz... Se não for paracumprir a Constituição tem que rasgá-la, poisnão tem validade!

O Sr. Paulo traduziu, hoje, nesse seudiscurso inflamado, lá do fundo da alma, dosentimento de um cidadão que faz com proprie-dade aquilo que sente. Aí, Deputados JoãoHenrique Blasi, Rogério Mendonça, Romildo Titon,Manoel Mota, Carlito Merss, a nós, homenspúblicos, resta-nos dar ouvidos a este clamor. Nassuas palavras, Paulinho, eu pude ver, além dessasparedes que cercam o nosso ambiente tãosolene, no seu pronunciamento, no seu clamor,Deputado Romildo Titon, de mais de 19 milhõesde brasileiros, como se estivessem a dizer como oPaulinho: ajuda-nos, porque não dá mais!

Os Deputados não têm obrigação dedar dinheiro, mas sim fazer cumprir a lei paraque nós tivéssemos salários dignos eempregos no nosso País!

(Palmas das galerias)(Palmas) O Sr. Deputado, em nome de todo o

aposentado catarinense, em nome de todo oaposentado do Brasil, quero que saia daqui,um documento repudiando os Deputados queestão contra nós e a favor do Governo. EsteGoverno está chegando longe demais! Não temdinheiro para nós, mas tem dinheiro para aSUDAM, para a SUDENE, para outros órgãos,para banqueiros, para o FMI - Fundo MonetárioInternacional - desvalorizando o povo brasileiroque trabalha de manhã à noite!

E quero dizer mais, Srs. Deputados,estamos preparados para a guerra, sim! Se osDeputados lá em cima não ouvirem as bases,podem ter certeza que vamos fechar estradassim. Aconteça o que acontecer, seja o queDeus quiser, companheiros!

Há um clamor, há uma indignaçãomuito grande! E que bom terem vindo aquihoje, que bom que esta Casa, que é do Povode Santa Catarina, que é a caixa deressonância de tudo aquilo que acontece nonosso seio e no seio da nossa gente!

(Palmas das galerias)Vamos fechar estradas! Se a polícia

vier bater, que bata em mim primeiro, porqueeu estou pronto para bater. E quero mostrarpara a ONU direitos humanos, que nós nãotemos mais dignidade no nosso País. É porisso que hoje nós estamos aqui a pedido dosilustres Deputados Manoel Mota e AdelorVieira, e também de mais dois DeputadosFederais. São a linha de corrente, porque abase dos Deputados Federais são osDeputados Estaduais. E a base dos DeputadosFederais e Estaduais, Senadores e GovernosFederal e Estadual são os Vereadores, quepoderiam estar também nesta luta.

Meus companheiros, é lamentávelque nós estejamos num País bonito, mas maladministrado e com políticos que não têm ver-gonha na cara.

Oxalá, a nossa grande imprensa pre-sente possa traduzir, conseguir palavras paraexpressar o que vai na nossa alma, especial-mente na alma daqueles que estão procurandoexpressar o seu sentimento, a sua dor, a suatristeza e a sua indignação. Uma indignaçãotão grande, uma indignação incomensurável,uma indignação que gera, como aquipresenciamos e ouvimos... Um brado de guerrade alguém de cabelos brancos!

Eu digo e assino em baixo o que eudigo. Por isso que muitas vezes, Deputado AdelorVieira, tem político que não gosta de mim, porqueeu gosto da coisa certa. Eu quero o que é meu! AConstituinte diz que dá, é lei, tem que dar o que énosso, porque nós não estamos brigando pornada que não seja nosso. Mas o que é nosso, nósqueremos! É o que a Constituição do nosso Paísdiz, que respeitem!

Isso até nos envergonha! Mas se porum lado nos envergonha, por outro nosencoraja e nos estimula a continuar lutando.

Quero perguntar também mais umacoisa: onde estão os sindicalistas que tambémnão defenderam os direitos dos trabalhadores,porque nós não poderíamos estar nestasituação? O meu repúdio, também aossindicalistas! Só dá de ver no CongressoNacional quando nós estávamos lá! Quandoestávamos nos gabinetes dos Deputados, umdeles disse: “Se tem algum sindicalista aílevante o dedo”. Ninguém ergueu sequer umdedinho.

Veja bem o salário-mínimo! Lá fora,nos Estados Unidos, é de US$700, e oaposentado ainda tem remédio, tem estudogratuito para seus filhos. Será que o Governotraz esse salário-mínimo para cá? Não traz. Etraz imagens pobres, ruins, radicais, essehomem demagogo, traz autoritarismo, e onosso País está indo pior que na ditadura queaí estava! Nós não aceitamos isso!

Por isso, meus caros Luiz Freitas ePaulinho Albino, cujos nomes cito todos os pre-sentes, vocês conseguiram a primeira vitória. Ejuntos, hoje, estamos dando, podem escrever eter certeza, o primeiro passo em direção a umobjetivo e um alvo de que não devemos e nãopodemos jamais abrir mão, porque o exemplo dabravura de vocês nos contagiou nesta tarde.

Quero empenhar de público o meucompromisso de estar ao lado de vocês...Está aí agora... O salário cada vez

minguando e o trabalhador está com essa livrenegociação que está aí! O empresário dá sequiser! E é o que o Governo Federal quer fazerconosco, companheiros, quer nos fazer pagar aprevidência. Em 1996 a Medida Provisória nº1.526 determinava... Quando nós estávamosdentro da sala da comissão, quandodeterminava a nossa exclusão. Nós tínhamosque pagar a Previdência Social; a exclusão do13º salário do trabalhador e do aposentado; osnossos dias de pagamento; as férias dotrabalhador; o fundo de garantia dotrabalhador. E não tinha sindicalista conoscolá! Nós conseguimos na porta um aposentado,outro e outro. Ficamos das 9h da manhã às 3hda tarde com fome, esperando os nossosParlamentares, que votamos, para quedissessem não ao Governo.

(Palmas)Por isso, meus companheiros, se

depender desse homem que está aqui, e vocêsquiserem enfrentar e fechar a BR de imediato,eu estarei à disposição e serei o primeiro aapanhar da polícia.

(Palmas)...compromisso de, se necessário for

também, ir lá para que batam, e se bater nadireita vamos dar a esquerda, mas não vamosrecuar um passo sequer.

(Palmas) Tenho certeza que os Deputados quepermaneceram até este momento, se pudes-sem também fazer uso da palavra, mais umavez reafirmariam aquilo que estou dizendo: diri-am, estamos juntos nesta batalha!

Se eu morrer, eu morro pelos meuscompanheiros que estão aqui e que lutaram avida inteira. Não tem problema! A minha vida édigna. Justiça é o que nós queremos no nossoPaís. Queremos que seja feita justiça naquiloque nós temos direito, Srs. Deputados.Gostaria que Senadores estivessem aqui, queouvissem não só eu, mas também os demaiscompanheiros que já me antecederam.

E com Deus seremos mais do quevencedores, porque maior é o que estáconosco do que está com esta gente que nãotem sentimento, que não tem amor, que nãotem nada de sensibilidade para com aquelesque tudo já deram, tudo já fizeram e hojeesperam apenas que lhes seja dado aquilo quelhes é de direito.

Mais uma vez eu agradeço aoDeputado Adelor Vieira, ao Deputado Mota, estegrande guerreiro que apanhou na ponte. Creio queV.Exa., Deputado Adelor, vestirá essa nossacamisa! Deputado Carlito Merss, vista essacamisa do aposentado, porque todos têm pai emãe que estão nesta injustiça, que estão nonosso País, nesta vergonhosa injustiça do nossoPaís. Dói-me muito o coração por isso! E vistaessa camisa, Deputado!

Conseguimos derrubar esta medidaprovisória para não pagarmos mais aPrevidência Social, para que tivéssemos o diade pagamento, porque seria excluído tambémo dia de pagamento. Não tinha mais dia!Conseguimos garantir o 13º que nós não iría-mos mais receber e garantimos o dia de paga-

Portanto, ao encerrar esta sessão, eantes de assim o fazer, quero colherpropostas. Já foi feita uma proposição que eutinha anotado. Eu tinha três propostas aapresentar: uma seria de nós tirarmos umacomissão - e alguém diz que quando se tirauma comissão a coisa não acontece, eu não

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acredito nisso, depende de quem faz partedessa comissão. Se escolhermos as pessoascertas, não precisa um número muito grande,podemos fazer uma comissão pequena, masde pessoas que realmente possam representarpara irmos a Brasília. E antes de irmos aBrasília, disponho-me a ir - e o DeputadoCarlito Merss já se dispôs a nos receber -, econvido o Deputado Manoel Mota e outrosDeputados, alguém da associação, se assimquiserem, mas, neste primeiro momento nãohá a necessidade de ir muita gente, porquequeremos agendar com a Presidente daComissão de Seguridade Social e do Trabalho,que é a comissão que analisa o mérito destanefasta, injusta medida provisória...

Eu tenho certeza que os 40Deputados irão assinar essa moção e aprovar.

objetivo.Apoio e participação de todas as

Associações da região Sul, ou seja Urussanga,Lauro Müller, Cocal do Sul, Rio Mana,Siderópolis, Içara, Araranguá, Sombrio,Tubarão, Laguna, Morro da Fumaça, Imbituba,Jaguaruna e a nossa entidade maior, que é aFederação dos Aposentados de SantaCatarina.

Está aprovado por aclamação.A terceira proposição seria como

uma conseqüência da audiência em Brasília,do resultado da agregação dos demaisEstados, fazermos uma grande comissão parauma audiência com o Ministro da PrevidênciaSocial e com o Presidente Fernando Henrique.

Vejo que a manifestação é unânimee consideraria aprovada.

Observação: Nós vamos começaresta assembléia às 14h30min falando mais oumenos uma hora, e depois seguiremos numapasseata fazendo um ato público na PraçaNereu Ramos.

Colho mais alguma sugestão se oPlenário tiver para deliberarmos e encerrarmosa nossa sessão.

O Presidente da Associação deCriciúma quer fazer uma observação.

Portanto, queria convidar a todos oscompanheiros aposentados e pensionistas pre-sentes, a todos os Presidentes de Associação,a todos os Deputados Estaduais, ao DeputadoCarlito Merss, que representa o nosso fórum.

... a fim de que nós possamos ir lá e dizeraquilo que o senhor disse, ir lá ecaracterizarmos o nosso repúdio para comesta medida provisória, e colher deles o apoio,porque senão passar na Comissão de Mérito,teremos grandes aliados porque é uma grandeComissão em número e expressão, e nósteremos então ganho mais uma batalha.

Eu pediria que fosse breve porquetemos mais duas sessões.

O SR. MANOEL ANTÔNIO VIEIRA - Boatarde a todos. Eu vou me propor a só ler umaconvocação de uma assembléia unificada daregião Sul, porque os demais já falaram commuita clareza a respeito do nosso problema.

E também queria avisar os compa-nheiros que o Presidente da União doEstudante de Criciúma, que é da UNESC fezum convite aos estudantes para participaremconosco e, talvez, vamos pintar a cara comopintamos na época do Collor.

(Passa a ler)Para esta primeira proposta quantos

estão de acordo que se marque esta audiência?A ASAPREV de Criciúma e região Sul

convida V.Sª a participar da assembléia geralextraordinária a realizar-se no dia 25/05/2001, às14h30min, nas dependência do auditório SãoJosé, localizado na Praça Nereu Ramos.

Também vai participar a Igreja,muitos sindicalistas, enfim, toda a sociedadecivil organizada.

(Os aposentados e pensionistas con-cordam.)

Aprovado. Muito obrigado!A segunda seria elaborar um docu-

mento, uma moção, uma mensagem (isto foi umasugestão feita pelo Presidente da Associação dosAposentados de Joinville, Sr. Luiz Freitas) àsdemais Assembléias Legislativas. São 26Assembléia, mais o Distrito Federal. São 27unidades da Federação. Para fazer o que nós hojeestamos fazendo, para que se mobilizem e juntospossamos avançar e irmos, em outra etapa, aoPresidente da República.

Serão debatidos os seguintes temas: (Palmas)1 - Achatamento dos valores dos be-

nefícios e aplicação dos mesmos índices a todosos demais benefícios acima do salário mínimo.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE EM EXERCÍCIO

(Deputado Adelor Vieira) - Agradeço apresenças de todos os Deputados, doDeputado Carlito Merss, Coordenador doFórum Catarinense, a todos os que aquiestiveram, as autoridades, os aposentadosque compareceram a esta sessão especial.

2 - Retorno da data base para 1º demaio.

3 - Ações judiciais, precatórios e mu-dança nas regras das aposentadorias.

4 - Assuntos Gerais.Estarão presentes o representante do

INSS do nosso Município, o Assessor Jurídico dasAssociações sindicalistas e outras autoridades.

Esta Presidência encerra a presentesessão e convoca outra, solene, para hoje às20h, em homenagem a Editora Vozes pelo lan-çamento do Selo Uma Vida pelo Bom Livro.

Esta moção poderia sair daqui aman-hã assinada por todos os Deputadospresentes, partindo da Assembléia Legislativado Estado de Santa Catarina.

Compareçam, pois sua presença éindispensável para conquistarmos o nosso Está encerrada a presente sessão.

ATA DA 009ª SESSÃO SOLENE3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 14ª LEGISLATURA

EM 14 DE MAIO DE 2001PRESIDÊNCIA DO SENHOR DEPUTADO ONOFRE SANTO AGOSTINI

Às vinte horas, achavam-sepresentes os seguintes Srs. Deputados:Antônio Aguiar - Jaime Duarte - Jaime Mantelli -Júlio Garcia - Nelson Goetten - Onofre SantoAgostini - Reno Caramori - Volnei Morastoni.

Sras. autoridades, a presentesessão foi convocada por solicitação do ilustreSr. Deputado Antônio Aguiar em homenagem àEditora Vozes pelo lançamento do selo UmaVida pelo Bom Livro.

Excelentíssimo Sr. Márcio ProvereSandoval, colecionador.

Neste momento, por compromisso,sou obrigado a me ausentar desta sessão. Porisso convido o Deputado Antônio Aguiar, Autordo requerimento, para presidir a sessão e darcontinuidade aos trabalhos.

O SR. PRESIDENTE (Deputado OnofreSanto Agostini) - Invocando a proteção deDeus, declaro aberta a presente sessãosolene.

Neste momento, convido a todospara, de pé, em respeito e em homenagem aoPaís, ouvirmos a execução do Hino Nacional,interpretado pelo coral da nossa queridaCatedral de Florianópolis.

Para que os prezados amigos e asrespeitosas senhoras tenham conhecimento,temos outra solenidade ao lado e outro com-promisso no Santinho, onde será lançada a TVSul.

Convido o Sr. Deputado AntônioAguiar para que conduza à mesa asautoridades que serão nominadas para compô-la.

(Procede-se à execução do HinoNacional.)

Registramos ainda, com muitoprazer, a presença do Sr. Francisco Feliciano,assessor de Comunicação Social dos Correios;meu prezado e querido amigo Frei Junípero,que foi membro do Conselho Estadual deEducação por 18 anos, nosso velho amigo,vigário da minha paróquia de Curitibanos;

O Sr. Deputado Antônio Aguiar, Autordo requerimento que gerou esta sessão, darácontinuidade e, portanto, transmito-lhe aPresidência.

Convido o excelentíssimo Sr. Dr.Valter Zigelli, Procurador-Geral do Estado etambém representando neste ato o excelentís-simo Sr. Governador Esperidião Amin; O SR. PRESIDENTE EM EXERCÍCIO

(Deputado Antônio Aguiar) - Senhoras e senho-res, boa noite.

Convido o excelentíssimo Sr. AlbertoDias, Diretor Regional dos Correios de SantaCatarina; Excelentíssimo. Sr. Vilson Mendes,

presidente da Editora Papa Livro;Saúdo o excelentíssimo Sr. Walter

Zigelli, neste ato representando o Governadordo Estado.

Convido o reverendíssimo Sr. FreiMoser, Presidente da Editora Vozes; Excelentíssimo Sr. Rosembergue

Lucas da Silva, Gerente de Vendas dosCorreios;

Convido o excelentíssimo Sr. NelsonRolim, Presidente da Câmara Catarinense deLivros;

Excelentíssimo Sr. Alberto Dias,Diretor Regional dos Correios de SantaCatarina;Excelentíssimo Sr. Ademar

Geoeldener, representante da AssociaçãoFilatélica de Santa Catarina;

Convido o Deputado Antônio Aguiar,que vai secretariar os trabalhos.

Reverendíssimo Frei Moser,Presidente da Editora Vozes;

Processo Informatizado de Editoração - DIVISÃO DE ANAIS

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Excelentíssimo. Sr. Nelson Rolim,Presidente da Câmara Catarinense do Livro;

Brasil’, conforme testemunhou Conde deAfonso Celso, então membro do InstitutoHistórico e Geográfico e da AcademiaBrasileira de Letras.

Academia Brasileira de Letras. A Editora estáem funcionamento até hoje e continua manten-do o mesmo cuidado na escolha do material eser publicado.

Excelentíssimas autoridades civis,militares, convidados, imprensa, senhoras esenhores. Desde estes primórdios, são incontá-

veis as publicações da Editora Vozes que seespalham pelo País afora, municiando estudio-sos, pesquisadores, escritores, poetas e cida-dãos ávidos de cultura, trazendo-lhes a lumi-nescência do saber, do conhecer, do viajaratravés das letras e da disseminação dainformação.

Numa homenagem aos franciscanosouviremos agora o Oração de São Francisco,cantada pelo Coral Santa Cecília da CatedralMetropolitana de Florianópolis.

(Passa a ler)“Propugnei pela realização desta

sessão solene em que a Empresa Brasileira deCorreios e Telégrafos prestará homenagem àEditora Vozes, pelo implícito conteúdo encer-rado neste ato, consubstanciado que está emelevados valores educacionais e culturais, em-bora poucos brasileiros, em virtude doinacesso à educação formal, possamcompreendê-lo como tal.

(Procede-se à execução da Oraçãode São Francisco.)

Sr. Presidente e Srs. Deputados,Sras. e Srs.

Ao prestigiar de forma singela esteato, a Assembléia Legislativa dos catarinensesquer não apenas participar dele, mas, acimade tudo, mostrar aos valorosos habitantesdeste Estado que a sua representaçãoParlamentar preocupa-se, também, em servirde exemplo cultuando as iniciativas quereconheçam os que militam pela cultura e pelaeducação neste País.

(Passa a ler)“A Empresa Brasileira de Correios e

Telégrafos emites selos e carimbos comemora-tivos com o objetivo de homenagear e divulgaros vultos históricos, as instituições, as datascomemorativas e ações que contribuem paraedificar a história do nosso País.

Mas, ainda assim, creio que éfunção dos Parlamentos o estímulo eprestigiamento de tais atos, porquanto osestaremos difundindo - ainda mais agora quedispomos de ampla divulgação através da TVALe dos demais meios de comunicação própriosque dispomos - a necessidade de que secompreenda o lançamento de um selocomemorativo como o registro histórico daimportância de um ato ou fato que contribui,sobremaneira, para o engrandecimento daNação ou de qualquer de suas parcelasfederadas.

Com a emissão dos selos ecarimbos comemorativos, os correios tornampossível que essa história seja contada demaneira honrosa e detalhada, por meio dafilatelia, que é a arte de colecionar e pesquisaros selos e peças filatélicas emitidas peloscorreios.

Muito obrigado e, mais uma vez,parabéns!”

(Palmas)Gostaria de anunciar a presença

nesta Casa, do magnífico Reitor daUniversidade Federal de Santa Catarina, Sr.Rodolfo Pinto da Luz.

Com esses objetivos os correios têma honra de lançar em circulação em SantaCatarina nesse momento o selo “Uma Vidapelo Bom Livro” alusivo aos 100 anos daEditora Vozes.

Parabenizo, portanto, a EmpresaBrasileira de Correios e Telégrafos por estajusta homenagem, que serve para consolidá-la,ainda mais, como baluarte no reconhecimentodas instituições públicas e privadas queconcorrem para o aprimoramento da literaturanacional, consolidando, concomitantemente,nossa gloriosa historiografia.

Concedo a palavra ao Sr. FranciscoFeliciano, Assessor de Comunicação Social dosCorreios para conduzir o cerimonial de lança-mento do selo: Uma Vida pelo Bom Livro. O selo desenvolvido pela artista

Valéria Faria contém a imagem da máquinaalauzet, primeira impressora da tipografia, hojeEditora Vozes, e a capa da Vozes dePetrópolis, a mais antiga revista cultural doPaís. Contém, ainda, um livro antigo de cunhoeducativo e religioso e a frase “Um Bom Livro éum Mestre Excelente”, de Frei Inácio Hinte,fundador da Revista Vozes de Petrópolis. Ecompondo um conjunto, um modelo deimpressora de última geração, simbolizando oconstante desenvolvimento e modernizaçãodas editoras.

O SR. ASSESSOR DE COMUNICAÇÃOSOCIAL DOS CORREIAOS (Francisco Feliciano) -

(Passa a ler)“Senhoras e senhores, boa noite!

O selo agora lançado apresenta ele-mentos de grande significado no contextohistórico da preservação do livro como meiofundamental na cultura brasileira.

Em nome da Empresa Brasileira deCorreios e Telégrafos e da Editora Vozes, agra-decemos o acolhimento da AssembléiaLegislativa para o lançamento do selo ‘UmaVida pelo Bom Livro’, nesta Casa.Traz a imagem da primeira impres-

sora da Editora Vozes e da capa da maisantiga revista cultural do País, a ‘Vozes dePetrópolis’, além da imagem de um livroantigo, de cunho educativo e religioso e umafrase basilar de Frei Inácio Hinte, fundadordaquela revista que diz: ‘Um livro é um mestreexcelente’.

Agradecemos de maneira especial apresença das excelentíssimas autoridades edemais convidados neste evento que marca os100 anos da Editora Vozes. O selo ‘Uma Vida pelo Bom Livro’ alu-

sivo aos 100 anos da Editora Vozes está dispo-nível em todas as agências de correios de SantaCatarina, sendo o seu valor facial de R$0,27.

Senhoras e senhores, a preocupaçãocom a qualidade do livro sempre estevepresente no trabalho diário dos franciscanosde Petrópolis, no Rio de Janeiro. Cem anosdedicados à cultura, à educação e à promoçãodo Bom Livro - lema adotado pelosfranciscanos - é o que os correios estãoressaltando com a emissão do selo Uma Vidapelo Bom Livro.

Compondo este conjunto, temos tam-bém a imagem de uma impressora de últimageração, simbolizando o constante desenvol-vimento e modernização das editoras.

Nós convidamos neste momento oDiretor Regional da Empresa Brasileira deCorreios e Telégrafos em Santa Catarina, Sr.Alberto Dias, para que se dirija até a mesa delançamento a fim de presidir o lançamento doselo ‘Uma Vida pelo Bom Livro’.

Merece ainda destaque, evidente-mente, a homenageada Editora Vozes, pelapassagem dos 100 anos de seu funciona-mento.

‘Uma carroça parou à porta do con-vento trazendo objetos enferrujados, a cargatoda não ocupou grande espaço e cabia muitobem em um cantinho debaixo da escada’. Foiessa a descrição de Frei Schaette para o quehavia sobrado de uma tipografia falida. E foilimpando cuidadosamente a enferrujada má-quina Alauzet que, em março de 1901, foiinaugurada a Typographia da Escola gratuitaSão José.

(O Sr. Alberto dias dirije-se à mesade lançamento.)

Seu surgimento deu-se no final doséculo XIX, quando frades franciscanosalemães que trabalhavam no Rio de Janeiroadquiriram os restos de uma tipografia falida.

E para obliterar a primeira peçafilatélica, lançando oficialmente o selo ‘UmaVida pelo Bom Livro’ em Santa Catarina,convidamos o Diretor Presidente da EditoraVozes, Frei Antônio Moser.Com a ajuda de estudantes da

escola gratuita São José, fundada pelos fradespoucos anos antes, Frei Inácio Hinte, ofundador, examinou e limpou peça por peça davelha e enferrujada máquina Alauzet, já queconhecia do ofício, pois trabalhara em umatipografia na Alemanha durante três anos.

(Palmas)O Frei Antônio Moser oblitera, assim, a

primeira peça filatélica e vai receber das mãos doDiretor Regional um álbum de lançamento.Os estudantes carentes da escola

envolveram-se em sua montagem e Frei Inácioaproveitou os conhecimentos tipográficos ad-quiridos na Alemanha para publicar livros didá-ticos de aritmética, leitura, alfabetização,moral, romance, poesia, teatro e música.Estava criado assim, no porão de um convento,um novo estilo de impressão que ficouconhecido como ‘Vida pelo Bom Livro’.

(É feita a entrega do álbum de lança-mento)

Quando em 05 de março de 1901 ossuperiores concederam licença para o funcio-namento de uma oficina no porão do convento,a Typographia da Escola Gratuita São José pas-sou a imprimir e publicar bons livros escolarese religiosos, desde didática, aritmética, leitura,alfabetização, moral, romance, poesia, teatro,até música.

Para obliterar a segunda peça filaté-lica, nós convidamos o Deputado AntônioAguiar, representando neste ato o Presidenteda Assembléia Legislativa.

(O Deputado Antônio Aguiar obliteraa segunda peça filatélica.)

O conteúdo, a qualidade do material,a abundância do noticiário, os enfoques artísti-cos e progresso sempre foram característicasdo trabalho diário dos franciscanos dePetrópolis e seus colaboradores. Além disso,um interesse especial era dedicado às coisasnacionais, com evidente intenção de contribuirpara o aperfeiçoamento e glória do Brasil,segundo relato do Conde de Afonso Celso,membro do instituto histórico e geográfico e da

(Palmas)O Diretor Regional entrega, também,

o álbum de lançamento ao Deputado AntônioAguiar.

A preocupação com o bom livro refle-tiu-se não apenas no conteúdo, mas também‘no primoroso do feitio material, na preocu-pação artística, na abundância do noticiário,no amor a todo legítimo processo, (...) pelocarinhoso interesse dedicado as causasnacionaes, pela nobre e ardente ambição decontribuir para o aperfeiçoamento e glória do

(É feita a entrega do álbum de lança-mento.)

Convidamos agora para obliterar aterceira peça filatélica, o Procurador Geral doEstado, Sr. Walter Ziguelli, representando nesteato o Governador do Estado de Santa Catarina.

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(O Procurador Geral do Estado oblite-ra a terceira peça filatélica.)

São 100 anos e pode-se dizer queesse trabalho mal começou, porque nós aindatemos uma necessidade muito grande. O povobrasileiro é um povo que ainda lê muito pouco,compra muito pouco livro.

parado um escrito mais caprichado, mas quan-do olhei para o meu irmão de hábito (e nãoestou usando o hábito), Frei Junípero, na suasimplicidade franciscana, coloquei o papel delado e deixei o coração falar.

(Palmas)O Procurador Geraldo Estado recebe,

também, das mãos do Diretor Regional, um ál-bum de lançamento. Então, nós, nesse momento, relem-

brando esses 100 anos da Editora Vozes per-cebemos um longo caminho ainda a trilhar,uma longa vida para essa instituição.

Gostaria de falar, em primeiro lugar, dagratidão a esta Casa e aos que tomaram ainiciativa de comemorar os 100 Anos da EditoraVozes no Brasil e, mais particularmente, da suapresença na Capital de Santa Catarina.

(É feita a entrega do álbum de lança-mento.)

Convidamos agora para obliterar apróxima peça filatélica, o Magnífico ReitorUniversidade Federal de Santa Catarina,Professor Rodolfo Pinto da Luz.

Além do registro institucional, que éa presença dos correios neste momento, osCorreios, que têm uma participação muito gran-de na cultura e na educação do Brasil, hajavista que os Correios, hoje, por exemplo, entreoutras tantas e tantas iniciativas e atividades,faz o transporte de todo o livro didáticoproduzido no Brasil e distribuído para asescolas. São milhões e milhões de livros quesão recebidos das editoras pelos Correios esão distribuídos a todas as escolas doterritório brasileiro. Onde quer que haja umaescola, lá chega o livro didático gratuitamente.E essa atividade de distribuição que osCorreios fazem, na verdade até há bem poucotempo, quando não era feito pelos Correios, oslivros chegavam muitas vezes, já, ao final dosemestre letivo.

Quero também agradecer aos correiose aos telégrafos que realmente tiveram umainspiração fora do comum ao comporem esse selo- se tiver um pequeno momento, depois, irei dizerumas palavras a este respeito.

(O Professor Rodolfo Pinto da Luzoblitera a quarta peça filatélica.)

(Palmas)O Reitor recebe das mãos do Diretor

Geral dos Correios também o seu álbum delançamento.

Gostaria de dividir a minhacolocação, breve, em duas partes: a primeira,para falar um pouco dos franciscanos noCentro Sul do Brasil, e a segunda, para falarda própria Editora Vozes.

(É feita a entrega do álbum de lança-mento.)

Para carimbar a quinta e última peçafilatélica, numa homenagem a todos os francis-canos, pelo seu exemplo de dedicação e incen-tivo à cultura, convidamos o Frei JuníperoBeier, que foi membro do Conselho Estadualde Educação por 18 anos.

Como é do conhecimento de todos,no final do século XX, as ordens religiosas noBrasil praticamente estavam extintas, até aOrdem Franciscana.

Nós, franciscanos do Centro Sul doBrasil, que estivemos aqui desde 1500 comPedro Álvares Cabral, através de Frei Henriquede Coimbra, praticamente desaparecemos.Tínhamos apenas um frade no Convento deSanto Antônio do Rio, que se chamava FreiJoão do Amor Divino. E quem restaurou a vidafranciscana no Centro Sul do Brasil foram osalemães, alemães como o Frei Junípero, sóque a 110 anos atrás. E a começar dessaregião aqui, mais precisamente da nossapequenina Teresópolis, do outro lado, foramsubindo e construindo igrejas e colégios -Blumenau; Curitibanos - Curitiba, hoje, é umauniversidade; em seguida Petrópolis, que é onosso grande Centro Teológico Franciscano.

(Palmas)O Frei Junípero oblitera a quinta peça

filatélica e recebe das mãos do DiretorRegional, também, um álbum de lançamentodo selo.

E, agora, num trabalho muito grandedos Correios com o Ministério da Educação,juntamente com as editoras, nós conseguimosfazer os livros chegar antes do semestre letivo,muito antes, que é onde eles poderão serúteis, não depois.

(É feita a entrega do álbum de lança-mento.)

Convidamos as autoridades pararetornarem à mesa, e teremos agora mais umaapresentação do Coral Santa Cecília daCatedral Metropolitana de Florianópolis que vaiinterpretar a música “Rancho de Amor a Ilha”.

Então, esse é um exemplo dosmuitos em que os Correios estão ligados àcultura e a educação. Tanto que esse lança-mento, hoje, desse selo, faz com que osCorreios estejam se sentindo muito à vontadenesse homenagem, porque estão conscientesdo seu papel e da sua importância nestaquestão cultural no Brasil, ajudando-o B,também, a vencer a ignorância, a vencer asdificuldades de um País tão grande e comtantas carências.

(Procede-se à interpretação musical)(Palmas)Anunciamos neste momento as pala-

vras do Diretor Regional dos Correios em SantaCatarina, Sr. Alberto Dias”.

Só para resumir a história, nós, doCentro Sul do Brasil, somos hoje a maior pro-víncia franciscana do mundo. Temos 20.000franciscanos da Ordem dos Frades Menores nomundo e nessa província temos, aproximada-mente, 500 franciscanos.

O SR. ALBERTO DIAS (DiretorRegional dos Correios em Santa Catarina) -Excelentíssimo Sr. Deputado Estadual AntônioAguiar, autor do requerimento que ensejou apresente sessão, neste ato presidindo a ses-são;

Gostaria, também, de fazer, além doregistro institucional, dois registros pessoaisem relação à Editora Vozes. Um deles lembran-do que há quarenta anos eu fui estudar noseminário franciscano e a maior parte doslivros da biblioteca e os livros que a genteutilizava no Seminário eram editados pelaVozes. Foi quando, então, tomei conhecimentoda existência da Vozes e a importância daEditora Vozes para o Brasil e para a educação.

Então, num período de 110 anos,houve um revigoramento e grandes empreendi-mentos. Um deles é exatamente este daEditora Vozes.Excelentíssimo Sr. Walter Zigelli,

Procurador Geral do Estado, neste ato repre-sentando o Governo de Santa Catarina;

Para relembrar alguns números, aEditora Vozes, que começou fornecendo materialescolar e catequético para uma escola primária,chegou a editar 5.500 títulos diferentes ao longodos 100 anos, evidentemente.

Excelentíssimo Sr. Frei Moser,Presidente da Editora Vozes;

Excelentíssimo Sr. Nelson Rolim,Presidente da Câmara Catarinense do Livro;

E o segundo registro pessoal que eugostaria de fazer, mas não tão pessoal assim,é que durante os períodos que tivemoscensura neste País muitos livros um tantoquanto arrojados foram lançados pela EditoraVozes, quer dizer, livros que naquele momentooutras editoras não tiveram a coragem detrazer a público e a Editora Vozes o fez.

Hoje, editamos apenas 12 títulos pormês, mas recebemos a oferta de 150 títulospor mês, ou seja, que nos são oferecidos parapublicar, e selecionamos apenas 12 - seis daárea cultural e seis da área da religião,teológica. Além disso, reeditamos cerca de 50títulos por mês! E eu diria que grande partedesses títulos está no mundo universitário. Asciências humanas são o forte da EditoraVozes.

Excelentíssimas autoridades civis,militares, convidados, imprensa, senhoras esenhores.

É uma honra, uma satisfação muitogrande estar nesta noite representando oscorreios nesta solenidade de lançamentodeste selo tão importante no Estado de SantaCatarina, que vai ter circulação em todoterritório nacional e no território de todo omundo, porque a correspondência que forselada com essa estampa terá circulação emtodo o País, em todo o mundo.

Lembro-me disso muito bem e creioque esse momento histórico da Editora Vozestalvez ainda esteja para ser resgatado.

Encerro as minhas palavras desejan-do à Editora Vozes, a todos os que impunhamessa bandeira da cultura e da educação umlongo caminho, muito sucesso, porque estePaís, de fato, precisa, e precisa muito, do livro,da educação e da cultura.

E, com certeza, os senhores e assenhoras irão se perguntar: mas por que osfranciscanos sendo frades, uma boa partesacerdotes e pregadores do Evangelho, nãoficam exclusivamente no campo religioso?

Então, é muito importante registraresse momento da Editora Vozes. São cemanos. Eu creio estar falando com o Frei Moser,que talvez seja a editora mais antiga do Brasil.

Como o Dr. Dias aludiu há pouco, aEditora Vozes lançou livros polêmicos. TorturaNunca Mais, foi um livro que marcou a históriarecente do Brasil e muitos outros livros dessanatureza.

Parabéns à Editora Vozes!É nessa associação de Correios com

Editora Vozes e nessa iniciativa muito oportunada Assembléia Legislativa de Santa Catarina,na pessoa do Deputado Antônio Aguiar, estastrês instituições, Assembléia, Correios eEditora Vozes, irmanadas neste momento paracomemorar esses 100 anos, que na verdade éum momento de reflexão, para que a gentepossa avaliar o quanto que esse Brasil aindaprecisa de livro, o quanto ainda precisa decultura, o quanto ainda precisa de educação.

Muito obrigado à AssembléiaLegislativa de Santa Catarina!

(Palmas)(SEM REVISÃO DO ORADOR) Uma pergunta: por que os franciscanos

não ficam apenas com o livro estritamentereligioso se a metade da sua produção é cultural?

O SR. ASSESSOR DE COMUNICAÇÃOSOCIAL DOS CORREIOS (Francisco Feliciano) -Com a palavra o Diretor-Presidente da EditoraVozes, Frei Antônio Moser.

Eu diria porque o Frei Inácio há 100anos teve essa intuição profunda. Tudo aquilo queé verdadeiramente humano é divino. Quando nósconstruímos um ser humano, nós estamosconstruindo um filho, uma filha de Deus.

O SR. FREI ANTÔNIO MOSER (Diretor-Presidente da Editora Vozes) - Autoridades aquipresentes, amigos da Editora Vozes, havia pre-

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12 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.855 16/05/2001

É por isso que na fidelidade ao fun-dador nós prosseguimos e prosseguiremosnessa trilha ajudando a criar um Brasil ondetodos possam com orgulho dizer: eu sou filho efilha de Deus. Não apenas íntimo do coração,mas também pelo cultivo do seu corpo, pelocultivo da sua inteligência.

Finalmente, para encerrar, vendo asduas frases que estão estampadas no selo -Uma Vida pelo Bom Livro, e um bom livro é ummestre excelente, eu ousaria dizer: nós temosque construir uma nova Jerusalém, essa foiuma das leituras da missa de ontem, isto é,uma cidade terrestre diferente de homens emulheres que se orgulhem de ser filhos efilhas de Deus e, por isso, irmãos e irmãs.

Senhoras e senhores, em nome daEmpresa Brasileira de Correios e Telégrafos eda Editora Vozes, agradecemos a participaçãode todos neste ato de lançamento do seloUma Vida pelo Bom Livro.

Convidamos a todos para que, apóso encerramento, assinem o livro de presençaque se encontra sobre a mesa de lançamento.E a Assembléia Legislativa, tão ilustre,

certamente tem presente o que estou sugerindo:um País de milhões de seres humanos que nãopodem gozar dessa dignidade humana. Em grandeparte porque vive à margem da cultura e dequalquer conhecimento.

Retornamos agora a palavra ao Sr.Presidente da Mesa, Deputado Antônio Aguiar,que neste momento representa o Presidenteda Assembléia Legislativa, Deputado OnofreSanto Agostini.

E os Correios e Telégrafos do Brasil,com essa mensagem, estão expandindo portoda parte dois milhões e meio de exemplaresde selos com essa mesma mensagem. É preci-so reconstruir uma nova humanidade ondereine a paz que São Francisco tanto prezou.Paz e bem a todos.

Prezados senhoras e senhores, querodizer, com todo o coração, que me sinto pro-fundamente honrado de ser o Diretor-Presidentehá apenas três anos da Editora Vozes. A minhavocação originária é professor de Teologia, depois,na hora da morte, a minha mãe me conduziu paraa pastoral. Passei a construir comunidades de fésem deixar de lecionar. Finalmente, agora, nosúltimos anos, em frente de uma empresa.

Muito obrigado!O SR. PRESIDENTE EM EXERCÍCIO

(Deputado Antônio Aguiar) - Nósgostaríamos de saudar ainda AdemarGoeldener, representando a AssociaçãoFilatélica de Santa Catarina; o Sr. VilsonMendes, Presidente da Editora Papa Livro; oSr. Rosembergue Lucas da Silva, Gerente deVendas dos Correios; e o Sr. MárcioSandoval, colecionador.

Muito obrigado!(Palmas)(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO

SOCIAL DOS CORREIOS (Francisco Feliciano) -Senhoras e senhores, o Coral Santa Cecília, daCatedral Metropolitana, fundado em 1950, jágravou várias fitas cassetes e dois CDs.

Digo, de todo o coração, que vale apena, porque sinto que os meus irmãosfranciscanos, como Frei Junípero e os outrosque comigo trabalham, que o Brasil ainda temsolução. Este é um País que tem um potencialsimplesmente incomparável. Eu sei do queestou fazendo porque conheço praticamente omundo inteiro. Um potencial incomparável.Basta ver o nosso rico Estado de SantaCatarina. Rico culturalmente, rico sob todos osaspectos e, claro, a região do Vale do Itajaí,Gaspar, onde eu nasci também.

Gostaríamos também de agradecer apresença do Deputado Reno Caramori noPlenário, da minha família e de parabenizar onosso coral, que tão bem abrilhantou a nossafesta, por assim dizer.

Desde 1973 o Coral é regido pelomaestro Padre Nei Brasil Pereira. O coral temcomo objetivo solenizar celebrações litúrgicase, anualmente, promove o concerto da Páscoa,que proporciona a participação de outroscorais da Grande Florianópolis.

Convidamos a todos para, após asessão, um coquetel no nosso hall.

Neste momento, o Coral SantaCecília vai apresentar o Hino Bela SantaCatarina, composto pelo próprio regente, PadreNei Brasil Pereira.

Encerramos a presente sessão con-vocando outra, ordinária, para amanhã, à horaregimental, com a seguinte Ordem do Dia: ma-térias em condições regimentais de seremapreciadas pelo Plenário.Então, tudo isso, eu diria, nos dá

esperança de um Brasil novo.(Procede-se à execução do Hino Bela

Santa Catarina.) Está encerrada a presente sessão.

ATA DA 033ª SESSÃO ORDINÁRIA3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 14ª LEGISLATURA

EM 15 DE MAIO DE 2001PRESIDÊNCIA DO SENHOR DEPUTADO ONOFRE SANTO AGOSTINI

Às quatorze horas, achavam-se pre-sentes os seguintes Srs. Deputados: AdelorVieira - Afonso Spaniol - Afrânio Boppré -Antônio Aguiar - Francisco de Assis - GelsonSorgato - Gilmar Knaesel - Heitor Sché -Herneus de Nadal - Ideli Salvatti - Ivan Ranzolin- Ivo Konell - Jaime Duarte - Jaime Mantelli -João Henrique Blasi - Joares Ponticelli -Jorginho Mello - Júlio Garcia - Manoel Mota -Milton Sander - Narcizo Parisotto - NelsonGoetten - Onofre Santo Agostini - PauloBornhausen - Reno Caramori - RogérioMendonça - Romildo Titon - Ronaldo Benedet -Sandro Tarzan - Valmir Comin - VolneiMorastoni.

dezembro de 2000, que dispõe sobre aconcessão de auxílio alimentação aosservidores públicos”.

- 1003, encaminhando projeto de lei que“autoriza a permuta de imóvel no Município deBalneário Camboriú”.

- 996, encaminhando projeto de lei que“autoriza a abertura de crédito especial emfavor do Fundo para Melhoria da SegurançaPública”.

PROJETO DE LEI:de autoria do Sr. Deputado Heitor

Sché, que "declara de utilidade pública aOrganização Mulher em Movimento, noMunicípio de Rio do Sul.- 997, encaminhando projeto de lei que

“autoriza a doação de imóvel no Município deIbirama”.

INDICAÇÕES:- de autoria do Sr. Ronaldo Benedet, sugerindoestudos de viabilidade de recapeamentoasfático da rodovia Antônio Valmor Canela (SC-448), Meleiro à Forquilhinha.

- 998, comunicando veto total ao projeto de leique “dispõe sobre o licenciamento ambientalde atividades minerárias e adota outrasprovidências”. - de autoria do Sr. Ronaldo Benedet, sugerindo

a criação de mais uma Vara Cívil na Comarcade Urussanga.

- 999, comunicando haver vetado totalmente oprojeto de lei que “estabelece linha decorrelação no âmbito da extinta Secretaria deEstado dos Negócios do Oeste, para efeitos daaplicação da Lei Complementar nº 83, de 18de março de 1993”.

O SR. PRESIDENTE (Deputado OnofreSanto Agostini) - Havendo quorum regimental einvocando a proteção de Deus, declaro abertaa presente sessão.

- de autoria do Sr. Rogério Mendonça, solici-tando medidas urgentes no sentido de serviabilizada a disposição de veículo ao Municípiode Chapadão do Lageado, para servir aquelacomunidade no setor agrícola.

Solicito ao Sr. Terceiro Secretário,Deputado Francisco de Assis, que proceda àleitura da ata da sessão anterior.

- 1000, comunicando haver sancionado oprojeto de lei que “anexa ao Município deJoinville os loteamentos de Itaipu, Ana Júlio,Gabriela, Jardim Edilene, Maria Francisca eparte do Estevão de Mattos, desmembradosdo Município de Araquari e desmembra área doMunicípio de Joinville anexando-a ao Municípiode Araquari”.

- de autoria do Sr. Adelor Vieira, que “sugereprovidências à Secretaria de Estado daEducação e do Desporto, quanto a construçãode um Ginásio de Esportes, no Município deBrunópolis”.

(É lida e aprovada a ata.)Solicito ao Sr. Terceiro Secretário,

Deputado Francisco de Assis, que proceda àleitura do expediente.

O SR. TERCEIRO SECRETÁRIO(Deputado Francisco de Assis) - O expedienteconsta do seguinte, Sr. Presidente:

- de autoria do Sr. Adelor Vieira, que “sugereprovidências à Secretaria de Estado dosTransportes e Obras, quanto a pavimentaçãoasfáltica dos acessos a Brunópolis.

- 1001, encaminhando projeto de lei que“autoriza a aquisição de imóveis no Municípiode Xaxim”.

MENSAGENS DO SENHORGOVERNADOR DO ESTADO Nº S - de autoria do Sr. Adelor Vieira, que “sugere

providências à Secretaria de Estado da Saúde,solicitando uma ambulância para o Municípiode Brunópolis.

- 995, encaminhando medida provisória que“estabelece nova redação para a alínea “e” do§ 8º do art. 1º, da Lei nº 11.647, de 28 de

- 1002, encaminhando projeto de lei que“autoriza a concessão de uso de imóvel noMunicípio de Florianópolis”

DIVISÃO DE ANAIS - Processo Informatizado de Editoração

16/05/2001 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.855 13

- de autoria do Sr. Adelor Vieira, que “sugereprovidências à Secretaria de Estado da Educaçãoe do Desporto, quanto a reforma da escola,juntamente com a construção de uma cozinha eduas salas de aula, no Município de Brunópolis.

FAX: E quando fala o que não sabe, querofalar sobre os investimentos que estão sendofeitos naquele hospital, além de serem mantidosos convênios assinados e pagos - esta é práticado Governo Esperidião Amin que só assina aquiloque pode pagar - está também aquele hospitalrecebendo US$2,5 milhões de vencimento para noprograma de restruturação da saúde de SantaCatarina, do programa da implantação dasmacrorregiões, para que o povo possa seratendido, principalmente com relação ao câncer ecirurgia cardíaca.

- da Secretaria Nacional de Defesa Civil,Ministério da Integração Nacional, referente areconstrução de Municípios.- do Sr. Presidente da Comissão Parlamentarde Inquérito da Câmara Federal, solicitandoinformações de registros, ações, denúncias,inerentes as Organizações Não-Governamentais - ONGS, que essa casa tenhaconhecimento.

- de autoria do Sr. Rogério Mendonça, que“solicita ao Secretário de Estado da Saúde ainclusão do Hospital Regional do Alto Vale doItajaí no Programa Integrasus”.OFICIOS Nº s:- 240/01, do Sr. Presidente da CâmaraMunicipal de Vereadores de Concórdia, solici-tando que seja retomada a discussão doprojeto de lei que trata do valor das passagensintermunicipais.

- do Sr. Chefe de Gabinete Pessoal doPresidente da República, informando que osenhor Presidente apoia publicamente otrabalho da Dra. Zilda Arns, Coordenadorada Pastoral da Criança ao Prêmio Nobel daPaz.

É um trabalho que aos poucos aSecretaria de Saúde vem desenvolvendo e estáimplantando com todas as dificuldades que oEstado de Santa Catarina assumiu, mas só na-quele hospital em menos de dois anos já inves-timos 16.276.000.

- 409/01, do Sr. Assessor Especial do Ministroda Justiça, acusando o recebimento de corres-pondência solicitando a inclusão do municípiode Araranguá, como sede de uma das Varas daJustiça Federal.

Era o que constava do expediente Sr.Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado OnofreSanto Agostini) - Terminada a leitura do expedi-ente, hoje não teremos as BrevesComunicações diante dos fatos que ocorreramnesta Casa.

Mas este mesmo hospital vemsofrendo por uma série de conseqüências.Todos nós sabemos, e quem não sabe temque saber, que nós temos vinte Municípios emSanta Catarina que aderiram a Plena.

- 374/01, do Sr. Gerente Regional doPatrimônio da União/SC, acusando o recebi-mento de pedido dos mapas (cartas cartográfi-cas), compreendendo a demarcação da linhado preamar médio de 1831.

A Sra. Deputada Ideli Salvatti - Peçoa palavra, pela ordem, Sr. Presidente.

A Plena quer dizer que eles são ges-tores da questão de saúde no seu Município e,assim sendo, assumiram compromisso de receberum teto e com ele fazer a saúde na região.

- 597 e 603/01, do Sr. Secretário de Estadoda Fazenda, em atenção aos Ofícios nºs: 163 e244/01, respectivamente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado OnofreSanto Agostini) - Com a palavra, pela ordem, aSra. Deputada Ideli Salvatti. E lá no Município de Chapecó, que

também é um dos gestores da Plena, serve-se,ocupa o serviço de saúde do Hospital Regional deSanta Catarina e não repassa o recurso devido,porque ele detém a Plena. É o Município que tema Plena e, além de se apropriar indebitamente dosrecursos que ficam para o Município de Chapecó enão para a região, ainda, não repassa para oHospital Regional o serviço prestado pelo hospital,porque o Município de Chapecó, tanto quanto jáestá confirmado em Blumenau, procura seesquivar de prestar os seus serviços no atendi-mento básico e passa então ao Estado que temum teto comprometido.

- 002/01, do Sr. Prefeito em exercício deCampo Belo do Sul, encaminhando pedido paraaumentar a quantidade de calcário doprograma troca-troca destinado ao Município.

A SRA. DEPUTADA IDELI SALVATTI -Sr. Presidente, sei que é regimental fazer a lei-tura da ata, mas talvez pudéssemos caminharno sentido de que, pelo menos, o expedientefosse dado ciência por escrito aosParlamentares, para que não tivéssemos essaleitura exaustiva, que a grande maioria nãopresta atenção, que ocupa o horário dasBreves Comunicações, e os Parlamentares nãopodem usar a tribuna.

- 0574/01, do Sr. Assessor Especial doGabinete do Senador Jorge Bornhausen, acu-sando o recebimento do seu expediente, ondesolicita empenho junto aos órgãos federais,em face aos prejuízos que se abateram sobreo Estado por decorrência das excessivaschuvas. Então, gostaria de apresentar isso

como proposta. Não sei se vai ser necessáriofazer alteração no Regimento, mas entendoque agilizaria muito mais a sessão e nãoficaria constrangendo um Parlamentar fazendouma leitura a qual, praticamente, ninguémpresta atenção, porque já sabemos, pois tudochega nos gabinetes.

- 202/01, do Sr. Deputado Federal RenatoVianna, acusando recebimento do Ofício nºGP/DP/50/2001. Para que se tenha idéia, esses 20

Municípios, Deputado Volnei Morastoni,receberam, então, os recursos da Plena, apro-vado no final do último Governo, que prejudicoumuito Santa Catarina, mas estava sob a suaalçada, sob sua gestão, o atendimento a1.800.000 pessoas e eles ficaram com 48%do recurso dos 29 milhões que o Estado deSanta Catarina recebe em saúde do teto, queé único, é de Santa Catarina. Os 29 milhõesque nós recebemos vai para esses 20Municípios que têm a Plena.

- 808/01, do Sr. Diretor Geral da FundaçãoCatarinense de Desportos - FESPORTE, comuni-cando a implantação do Sistema de Controlede Dopagem para os Jogos e JoguinhosAbertos de Santa Catarina. O SR.PRESIDENTE (Deputado Onofre

Santo Agostini) - Passaremos ao horário reser-vado aos Partidos Políticos. Hoje, terça-feira,os primeiros minutos são destinados ao PPB.

- 030/01, do Sr. Secretário Legislativo daAssembléia Legislativa do Estado da Paraíba,encaminha o projeto de lei que estabelece asdiretrizes orçamentárias para o exercício finan-ceiro de 2002, em tramitação nesta Casa.

Com a palavra o Sr. DeputadoNelson Goetten.

- 097/01, do Sr. Presidente da FederaçãoCatarinense de Futebol, encaminhando cópiados documentos que a Federação Catarinensede Futebol remeteu à CPI - CBF/NIKE, daCâmara dos Deputados.

O SR. DEPUTADO NELSON GOETTEN- Sr. Presidente e Srs. Deputados, ocupo atribuna no horário do meu Partido para daralgumas explicações, porque conforme citavano meu último pronunciamento com relação aogrupo de agricultores, que pensávamos queestavam para defender a questão da pequenapropriedade familiar, na verdade, foiconfirmado - estavam fazendo parte de umgrande movimento em relação ao episódio doplebiscito do BESC.

Portanto esses Municípios ficam com48% do recurso para atender 1.800 cidadãos efica só 52% para o Estado para atender os outros3.300. É difícil para o Estado quando esta Casaaprovou no último Governo uma Plena paraprejudicar o Estado de Santa Catarina.

MEMORANDO:do Sr. Chefe de Gabinete desta Casa, encami-nhando cópia do Ofício 007/01, do Sr. Realinode Oliveira enviado ao Presidente da República.

Mas o pior disto não foi oferecer aPlena e eles terem a sua própria gestão. O piorfoi que os Municípios, então, se esquivam, seapropriam dos recursos que era para a regiãoe passam os serviços ao Estado ocupando oteto nosso que já é um teto comprometido. Elá em Blumenau nós temos a mesma prática.O Município de Blumenau, além de responderpor uma imensa e uma série deirregularidades, ainda repassa, usa o dinheiroque era da região para ele.

CORRESPONDÊNCIA:- do Sr. Presidente do Conselho deAdministração do Banco Bradesco S.A, encami-nhando relatório anual daquele Banco.

Mas naquele momento ocupou a tri-buna o Deputado Herneus de Nadal, que, alémde outros comentários, dizia que aqueles queaqui estavam eram parte daqueles que nãoeram atendidos pela saúde no Município deChapecó, e vinham à Florianópolis em buscade solução para os problemas de saúde,porque em Chapecó sequer tinham o funciona-mento do hospital.

- do Sr. Deputado Joares Ponticelli, encami-nhando ofício do Sr. Diretor Presidente daCASAN, referente às negociações relativas aoAcordo Coletivo de Trabalho, período 2001 a2002.TELEGRAMAS: Tanto Chapecó, Blumenau, como

Joinville e a maioria dos Municípios desperdi-çam a oportunidade de receber recursos, abdi-cam de receber recursos importantes dosprogramas do Governo Federal, a exemplo doPrograma do Médico da Família.

- do Sr. Senador Hugo Napoleão, Líder do PFLno Senado, em atenção ao Ofício nºGP/DP/254/01.

Cabe, então, a este Deputado dizeralguma coisa, desta tribuna, em resposta, por-que talvez o Parlamentar, que foi Líder doGoverno que passou - que muitas vezeslágrimas derramou nesta Casa defendendo oGoverno -, não saiba, mas vou lembrá-lo que oHospital Regional de Chapecó, a exemplo deoutros hospitais regionais, ficaram a receberos seus convênios por muito tempo na épocaque ele era Líder do Governo, tanto que só láficou R$6.711,00 sem ser pago.

- da Liderança do PPB no Senado Federal, acu-sando o recebimento do Ofício nºGP/DP/253/02. Poderia Blumenau ter 102 equipes

recebendo então R$6.000.000,00/ano e fariam otrabalho de medicina básica. Blumenau não quisimplantar, deixando de investir nisto, que é básico,que é fundamental, e que vem trazendo muitoproblema ao gerenciamento da saúde do Estadode Santa Catarina.

- Do Sr. Senador Jorge Bornhausen, acusandoo recebimento do Ofício nº 184/01.- do Sr. Senador Casildo Maldaner, acusando orecebimento do Telegrama que diz respeito aoprojeto estendendo ao Trabalhador Rural oRegime Geral.

Processo Informatizado de Editoração - DIVISÃO DE ANAIS

14 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.855 16/05/2001

Das irregularidades que citava oDeputado Herneus de Nadal, eu quero dizerque o Governo do Estado de Santa Catarinatem feito um trabalho que nós precisamosregistrar nesta Casa. Lá na região do Alto Valedo Itajaí, na busca também de implementaresta, que é a mais inteligente açãoadministrativa do Governo em relação à saúdecomandada pela Secretária da Saúde comresponsabilidade, com seriedade, por umcompetente médico, Dr. João Cândido da Silvae sua equipe, que desenvolvem um sériotrabalho no naquela região, comemoramos aUTI Neonatal que foi implantada. É um serviçoa mais que estamos oferecendo àquelacomunidade.

Não vencemos todos os desafios,temos muito ainda a fazer, mas é certo que jáfizemos muito mais e muito melhor do que jáfoi feito em Santa Catarina na área da saúde.Este Governo aprendeu a respeitar o cidadão!Este Governo respeita o cidadão, e trata asaúde com responsabilidade, e isto está sendoconfirmado.

“Homem foi morto com tiro em postode combustível.”

“Tiroteio quase acaba em morte.”“Sul sofre o quarto roubo em dois

dias.”“Estudante é morto com tiro na

cabeça.”“Polícia registra assaltos em meia

hora.”Temos uma série de denúncias quevamos posteriormente apresentar sobre aque-les que se dizem respeitadores do povo, aque-les que se dizem paladinos da seriedade e damoralidade, que nas suas altas gestões e nassuas administrações, à exemplo de Chapecó eBlumenau, em saúde, estão promovendo umabarbaridade que nos estarrece! E que...

“Assaltantes voltam a agir naregião.”

“Roubo é semelhante ao daCarbonífera Beluno.”

“Tentativa de assalto em posto degasolina, em Içara.”

“Empresário baleado por ladrões noSul.”O segundo Município do Alto Vale,

Rio do Sul, vai poder contar com o credencia-mento da cirurgia cardíaca. Imaginem que Riodo Sul já atende 500 mil famílias na cirurgiacardíaca. É uma ação importante do Governodo Estado na busca da estruturação dasmacrorregiões para evitar que estas pessoasvenham a Florianópolis e aumente a filadaqueles que esperam longamente por umatendimento à saúde.

(Discurso interrompido por términodo horário regimental.) “Operação da PM não evita assalto.”

(SEM REVISÃO DO ORADOR) “Roubo a mão armada ocorreu porvolta de 11h no posto de lavação, ao lado daUNESC. O ladrão levou o carro.”

O SR. PRESIDENTE (DeputadoSandro Tarzan) - Ainda dentro do horárioreservado aos Partidos Políticos, os próximosminutos são destinados ao PL.

“Esquema de segurança não evitaarrombamento.”

O Sr. Deputado Volnei Morastoni(Intervindo) - É lamentável que seja apenas ummonólogo e que recuse um aparte para quepossamos...

“Comerciante é baleado duranteassalto no mercado.”

“Assaltantes voltam agir na região.”Estamos procurando estruturar as

regionais de saúde para que lá, na própriaregião, possamos fazer este trabalho. Tambémmantemos um convênio de R$110.000,00/mês com aquele importanteHospital Regional, que só foi reconhecidonesta gestão pelo Governador Esperidião Amin,pois até agora não tinha sido reconhecido emnenhuma oportunidade como HospitalRegional.

“Modo de agir confirma ação de qua-drilha.”O SR. PRESIDENT (Deputado Sandro

Tarzan) - Deputado, V.Exa. está falando pelaordem?

“Violência exige reação da polícia.Em menos de três dias oito assaltos foramregistrados pela polícia, que pretende reagirtreinando os policiais.”

O Sr. Deputado Volnei Morastoni -Não é a prática do Parlamento....

O SR. PRESIDENTE (DeputadoSandro Tarzan) - Não havendo Deputados doPL que queiram fazer uso da palavra, ospróximos minutos são destinados ao PFL, poraté nove minutos.

“Crimes violentos e assaltos deixama polícia surpresa.”

Um crime que chocou toda a região,há dias, foi o da morte de uma professora apo-sentada, cujo corpo foi encontrado em estadode decomposição num rio, em Treviso.

O Governador Esperidião Amin teveque assumir o Governo para mantê-lo como umHospital Regional, valorizando e respeitandotambém aquela importante população do AltoVale do Itajaí, evitando que venham buscaratendimentos de alta complexidade aqui naGrande Florianópolis, que é o vício da maioriados Prefeitos de Santa Catarina. Parece que jáestão viciados em buscar o trabalho na GrandeFlorianópolis, trazendo uma dificuldade muitogrande para o exercício da função daquelesque têm a missão de administrar osimportantes hospitais da Grande Florianópolis.

Com a palavra o Sr. Deputado JúlioGarcia. Evidentemente, Deputados Adelor

Vieira e Heitor Sché, não podemos dizer queeste é um clima de normalidade. Criciúma pre-cisa de uma atenção especial, posto que é amaior cidade fronteiriça com o Rio Grande doSul.

O SR. DEPUTADO JÚLIO GARCIA - Sr.Presidente e nobres Srs. Deputados, assomo àtribuna, na tarde de hoje, para mais uma vezfalar da nossa segurança pública.

Sr. Presidente, o meu tempo constaseis minutos e gostaria de... Temos oportunidade de ver, sem

sermos especialistas na matéria, que os crimi-nosos, quase que invariavelmente, não são deSanta Catarina. Eles vêm de outros Estados.Na nossa região, de modo especial, eles vêmdo Rio Grande do Sul. E, infelizmente, a nossasociedade está indefesa.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoSandro Tarzan) - Mas aqui consta oito minutos,Deputado. V.Exa. fique tranqüilo que terá osnove minutos, e se precisar de mais umminuto no final, concederemos.O Sr. Deputado Volnei Morastoni -

V.Exa me concede um aparte? O SR. DEPUTADO JÚLIO GARCIA - Sr.Presidente e Srs. Deputados, no dia 06 dejulho de 2000 tive a oportunidade de nestamesma tribuna falar sobre segurança. E járelatava, naquela oportunidade, a situação deverdadeira calamidade que enfrentávamos naárea da segurança.

O SR. DEPUTADO NELSON GOETTEN- Só um momento, Deputado.

É necessário tomar alguma medidadrástica, alguma medida forte, alguma medidacorretiva e que, realmente, atinja no cerne aquestão da segurança.

Já está se trabalhando com apoiopolítico da Região Sul do Estado, onde tambémdeveremos contar com a cirurgia cardíaca embreve. E assim vai se trabalhando. Em poucotempo deveremos estar fazendo tratamentode...

É verdade que a violência aumentaem todos os centros? É verdade! Mas nósainda estamos em situação de frear essa ondade violência. Por isso é que precisamos teruma polícia mais bem aparelhada, mais bemadministrada, com diretriz. E para que issoaconteça é preciso que pelo menos,internamente, haja organização! Eu trago umconjunto de documentos, cuja história contorapidamente, para se ter uma idéia do climaque se vive, nesse caso, na Polícia Civil.

Falava, fazendo referência a uma ma-téria de um jornal de circulação estadual, roda-do a época, que o Secretário de Segurançadizia: “apesar do recrudescimento da violênciaa Secretaria da Segurança Pública nãoreconhece o aumento das ocorrências policiaisem Santa Catarina e diz que está tudo sobcontrole.”

O SR. PRESIDENTE (DeputadoSandro Tarzan)(Faz soar a campainha) - Sr.Deputado, V.Exa. dispõe de mais 30 segundospara concluir seu pronunciamento.

O SR. DEPUTADO NELSON GOETTEN- Sr. Presidente fica ruim não termos oacompanhamento do tempo. Decorridos, Deputado Heitor Sché,

alguns meses, lamentavelmente, constatamosque a realidade para qual alertávamos oGoverno daquela época é a mesma ou pior.Precisamos tomar providências!

O SR. PRESIDENTE (DeputadoSandro Tarzan) - Já está sendo providenciando,Deputado.

O Secretário de Turismo doMunicípio de Balneário Gaivota pede ajuda dapolícia para a realização de um evento. Odelegado responde que não pode darcobertura, porque a viatura se encontra empéssimo estado de conservação e houve umdano mecânico impossibilitando a ida dapolícia ao evento.

O SR. DEPUTADO NELSON GOETTEN- Eu queria conceder um aparte ao Deputado,mas pensei que estivesse falando cinco minu-tos e já falei dez.

Não poderia deixar de falar sobreesse assunto, quando o Município de Criciúma,a nossa cidade, Deputado Ronaldo Benedet,vive sobressaltada e assaltada. Vive sob inten-sa onda de violência a exemplo do que já acon-tecia no mês de julho do ano 2000. Tenho emmãos matérias, da imprensa local e regionalque, para não me tornar enfadonho deixo deler na íntegra. Mas, apenas para chamaratenção dos Srs. Deputados e, de modoespecial, das autoridades do GovernoEstadual, leio as manchetes.

Então, portanto, em Rio do Sul tam-bém estamos tratando de estruturar o HospitalRegional para fazer o tratamento de câncer na-quele hospital. Isso é tratar saúde com respon-sabilidade! Isso é seriedade e respeito ao cida-dão! É isso que estamos fazendo e é isso queo Secretário João Cândido, comandado pelonosso Governador, tem feito muito bem emSanta Catarina: melhorando a saúde e respei-tando o povo.

O Prefeito - os expedientes são nes-ses termos -, faz um expediente a esteDeputado pedindo ajuda. Este Deputado cum-pre o seu papel e faz a solicitação aoSecretário de Segurança de uma viatura novapara Balneário Gaivota. Aí o Secretárioresponde, em três linhas, e acho que, pordescuido, anexa um despacho que vaiassinado pelo Sr. João Manoel Lipinski. Até(Passa a ler)

DIVISÃO DE ANAIS - Processo Informatizado de Editoração

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aqui se tratou com seriedade da segurança. Aviatura estava ruim, quebrou, não pode atendero evento e fez-se a solicitação do Prefeito aoDeputado, do Deputado ao Secretário.

(Discurso interrompido por términodo horário regimental.)

E o cidadão que está lá, que tem umcomércio. Eu disse, na semana passada, que,também, a empresa do tio do Deputado ClésioSalvaro foi assaltada. E nós não podemos vivera mercê desses facínoras, desses bandidos,que parece que nos últimos meses resolveramse instalar, imigrar para Criciúma. Não sei sesão dali ou se vem do Rio Grande do Sul,Paraná, de onde que vem. Nada contra os gaú-chos, porque minha esposa é gaúcha, agora,infelizmente, são do Rio Grande do Sul amaioria dos grandes assaltantes.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado Sandro

Tarzan) - A Presidência registra a honrosa pre-sença da Universidade Regional de Blumenau, aFURB, aqui presente, com a turma do 2º semestrede Administração de Empresas.

E aí o Secretário responde, em trêslinhas, dizendo que: “cumpre-nos informar queo assunto foi devidamente analisado pela áreatécnica competente”. E aí, Deputados AdelorVieira e Volnei Morastoni, vejam o que diz aárea técnica competente: “nos casos em tela,Balneário Gaivota e Praia Grande, é bom quese diga que nesta data a alegação é de quemesmo estando em perfeitas condições, a via-tura foi fornecida pelo Governo anterior”. Ora,de recordar-se que boa parte das viaturas ad-quiridas foram pagas nesse Governo. A áreatécnica competente que deveria tratar de segu-rança de forma técnica, responde se a viaturafoi paga pelo Governo passado, pelo atualGoverno, se está boa ou não está boa.

Também do Professor Fábio deMatos, que leciona a disciplina de macroeco-nomia. Sejam todos bem-vindos a AssembléiaLegislativa.

Ainda dentro do horário reservadoaos Partidos Políticos, os próximos minutossão destinados ao PMDB.

E queria dizer que para proteger orebanho de gado se fechou as fronteiras paranão entrar gado com contaminação da FebreAftosa. É claro que nós não vamos fechar asfronteiras para impedir que as pessoasdecentes e honestas do Rio Grande do Sulvenham para Santa Catarina, que serãosempre bem- vindas aqui. Mas é preciso quese coloque a polícia de Santa Catarina nafronteira para revistar, avaliar quem são aspessoas que estão entrando, quem são osbandidos, fugitivos de penitenciárias, do RioGrande do Sul, que vêem em Santa Catarinaum lugar sem proteção, sem segurança,porque bandido procura onde não temproteção ao cidadão. E ele vai no lugar onde ocidadão é mais desprotegido.

Com a palavra o Sr. DeputadoRonaldo Benedet, por até 12 minutos.

O SR. DEPUTADO RONALDO BENEDET -Sr. Presidente e Srs. Deputados, o Deputado JúlioGarcia veio fazer um pronunciamento sobre umtema que aflige a nossa região, a nossa cidade deCriciúma, e que eu já venho me manifestando pelaterceira semana consecutiva. E o Deputado JúlioGarcia leu uma série de manchetes e eu trago osjornais.

Então, a verdade é que na polícia elesnão se entendem. Mas tem um caso mais grave eque é um pouco mais acima. Vejam, senhoras esenhores: nós temos duas polícias. Eu tenho, emmãos, uma resposta que o Sr. Antenor ChinatoRibeiro, nosso Secretário de Segurança fez ao Sr.Henrique Vargas, Presidente do CDL, que oficiou oSecretário sobre a segurança na região. E aresposta dele....

Hoje, pela manhã, acordei para virpara Florianópolis, eram 5h30min, e às 6hrecebi o jornal da manhã, onde já apresentaaqui na capa o seguinte: assalto a empresa depré-moldados Brandão mobilizou todo o efetivoda PM, inclusive o comandante Sérgio NiloCampos, que participou das buscas, cercofechado. Prenderam um, mas outros doisfacínoras fugiram.

(Discurso interrompido por términodo horário regimental.)

E a nossa região de gente decente,honesta, está recebendo esta leva debandidos, que vêm de outros lugares parafazerem assaltos, estupros e outros males ànossa sociedade praticando crimes.

O SR. PRESIDENTE (Deputado SandroTarzan) - V.Exa. dispõe de mais 30 segundos paraconcluir seu pronunciamento, Deputado.

O SR. DEPUTADO JULIO GARCIA - Sr.Presidente, gostaria de saber de quem é o pró-ximo horário.

Polícia registra cinco assaltos. Issono jornal de segunda-feira, de ontem, Tribunado Dia.

Por isso, estamos pedindo ainstalação da Secretaria de Segurança Públicaem Criciúma, no mínimo por sete dias. Umaoutra questão é que estamos pedindo acriação de um Comissão Parlamentar Externa,composta por três membros, para que seapure esta questão, para que se acompanhe,averiguando os dados e os motivos doaumento da criminalidade em Criciúma eregião, para que se possa, então, apresentarsoluções concretas ao Governo. Nós nãoagüentamos mais!

O SR. PRESIDENTE (DeputadoSandro Tarzan) - O próximo horário é do PMDB.

Jornal da Manhã: empresário levadois tiros durante assalto em Criciúma. Dia 12e 13 de maio, sábado e domingo.(O Sr. Deputado Ronaldo Benedet

cede dois minutos do seu tempo ao DeputadoJúlio Garcia.)

No jornal de sexta-feira: vítimas sãotrancadas em câmara fria por bandidos. Tudoisso, Srs. Deputados, na cidade de Criciúma.O SR. DEPUTADO JÚLIO GARCIA - Os

dois minutos do Deputado Ronaldo Benedetserão utilizados por mim. Muito obrigado,Deputado Ronaldo Benedet.

Eu vejo, com tristeza, a imobilidade,a nossa incapacidade e a do Estado de darsegurança aos cidadãos de Criciúma.

Olhem, Srs. Deputados, a respostado Secretário de Segurança: “em resposta aoseu ofício remetemos documento anexo queconsubstancia a manifestação do ComandanteGeral da PM”. E anexa uma carta doComandante da Polícia Militar explicando aoSecretário da Polícia Civil o que está sefazendo em termos de segurança. Essa cartalevou 15 dias para andar entre uma Secretariae a polícia. Como é que nós podemos querersegurança na rua se essas pessoas não secomunicam? Se não trabalham juntas?

Ontem, estava numa reunião às 19h,no meu Partido, onde chegou um companheiro,o Luiz Mário Pereira, que teria sido assaltadonaquela tarde, sendo roubado em mais de seismil reais em utensílios da Casa, enfim, dandoum grande prejuízo, um grande susto a si e asua família.

Tenho encontrado cidadãos,Deputado Adelor Vieira, de Criciúma pedindopara que tomemos uma providência urgente,porque as pessoas não têm mais segurançade sair, de ver seus filhos irem às escolas,abrir seus negócios, poder fazer o seucomércio e as suas indústrias funcionarem,porque estão sempre em sobressalto, semprepensando que a pessoa que vai entrar em suaempresa pode ser um cliente ou umassaltante.

Não poderia deixar de, nestacondição, pedir providência, agora de formaainda mais oficial, como a gente já vemfazendo.

O Vereador de Criciúma, Líder daBancada do PMDB, pediu na Câmara deVereadores, que a Secretaria de Segurança seinstalasse por sete dias. O Sr. Secretário deSegurança se instalasse, como fez emJoinville, e parece que lá pararam aquelesestupros que estavam acontecendo.

Nós precisamos de segurança! Maisuma vez venho dizer desta tribuna, SrGovernador, Sr. Secretário de Segurança, nósprecisamos em Criciúma e na região segurançapara o nosso povo, para a nossa gente, que égente honesta, é gente trabalhadora!

Ora, eu acho que, embora o temposeja muito curto, não quero terminar o meupronunciamento sem deixar duas sugestões: aprimeira é que se crie as Guardas Municipais.Li no jornal um dia desses e fique estarrecido:as autoridades não querem a criação dasGuardas Municipais porque perdemexcepcional fonte de receita.

O Sr. Deputado Adelor Vieira - V.Exa.me concede um aparte?E, nós estamos pedindo, através de

uma indicação, ao Sr. Secretário de SegurançaPública, ao Sr. Governador, para que remeta atoda Secretaria, através do Sr. Secretário deSegurança Pública, Sr. Antenor Chinato Ribeiro,para que se instale durante sete dias, imedia-tamente, a Secretaria de Segurança Pública doEstado de Santa Catarina, com todo o seu apa-rato policial, toda a sua polícia técnica, toda aestrutura a mais que puder levar de PMs paradar segurança ao povo de Criciúma, porque,nós, Deputados de Criciúma como oDeputados José Paulo Serafim, Altair Guidi,este Deputado que vos fala, e Deputados quemoram na região, também precisam segurançapara o povo de lá. Nós não podemos deixar asnossas famílias com a insegurança de virmostrabalhar em Florianópolis, todas as semanas,ficando as nossas famílias à mercê.

O SR. DEPUTADO RONALDOBENEDET - Vou conceder um aparte aoDeputado Adelor Vieira, para que brevementepossa tecer o seu comentário nos ajudandonessa solicitação, nesse pedido, que estamosfazendo, em nome do povo de Criciúma e daregião.

Ora, isso não é tratar a segurançacom seriedade, minha gente! Ninguémdesmentiu isso. Aplicar multa, qualquerestagiário de 1º grau aplica. Cuidar deestacionamento, qualquer boy, qualquerdesses moços que estão na rua podem serlevados a um emprego através desse tipo detrabalho.

O Sr. Deputado Adelor Vieira - Querocumprimentá-lo por trazer este assunto, que étão angustiante, que é a questão da segurançapública. Mas fico um pouco admirado, porquepensava, Deputado Ronaldo Benedet, que issosó estava ali pelas bandas de Joinville, danossa região Norte e Nordeste.

E, a outra, é a unificação das polí-cias. Não tem sentido, na situação em que nósvivemos, um Comandante da Polícia, que é deformação excepcional, figura das mais ilibadasda Polícia Militar de Santa Catarina, e não vainenhuma crítica, também, aos policiais... Mas vejo, pelo relato que faz V.Exa.,

pelo relato que fez também o Deputado JúlioGarcia, de que a questão está proliferada portodo o Estado de Santa Catarina. E por que

Nós temos bons policiais, tanto naCivil quanto na Militar, o que falta é diretriz.Nós temos Policial Militar que leva...

Processo Informatizado de Editoração - DIVISÃO DE ANAIS

16 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.855 16/05/2001

vem estes bandidos para o nosso Estado?Exatamente, porque nós não temos a segu-rança condizente. O nosso maior patrimônio,que é o soldado, que é a Polícia Civil, a PolíciaMilitar, está se esvaindo. Nós temos em váriasunidades uma falta tão grande, e a insensibi-lidade desse Governo que aí está não faz comque haja novos concursos, ou que se contratemais policiais para atender essa demanda.

dar uma afrouxada... Não que se vá estimular asinfrações de trânsito, mas que se cuide mais dasegurança do cidadão, tratando, aquele que dirigecom respeito e o bandido com as ações que apolícia quer, respeitando os direitos humanos,com ação severa, punindo e coibindo as açõesdesses facínoras, que acham que a polícia ou oEstado estão dando moleza para eles na cidadede Criciúma e região.

Então, o Deputado Joares Ponticellitem que acertar um pouquinho mais asbombas que ele vive anunciando por aí.

Toda essa sangria, essa ansiedadedo Deputado Joares Ponticelli de tentar jogarlama no PT. É uma pessoa de pouca idade,jovem, por isso temos que respeitar a afoitesade querer colocar o PT neste mar de lama queestá no Brasil. Mas nós do PT já somosvacinados.Recentemente, eles instalaram em

Joinville mini câmeras. Bom, excelente, já cum-primentei o Governador. De repente eles vãoquerer também instalar em Criciúma, e é bom,Deputado. Mas só que não podemos prescindirdo policial na rua, de mais equipestrabalhando nesse sentido. V.Exa. está deparabéns, e quero crer que essa comissão vaiter muito trabalho, eu só duvido é que esseGoverno dê ouvidos ao clamor da sociedadecatarinense, por insegurança, como estamosvendo a cada dia que passa.

O Sr. Deputado Herneus de Nadal -V.Exa. me concede um aparte? Nós sabemos que quando começam

a chegar os embates eleitorais vêm asdenúncias, vêm as barbaridades. Nós noslembramos da questão dos assassinatos que oPT foi responsabilizado, do seqüestro do AbílioDiniz, da Prefeitura da Luiza Erundina, daligação do Lula com o Teixeira. Tudo issodepois desmentido, mas serve para o embateeleitoral e para tentar jogar o PT na valacomum daqueles que estão até o pescoçoenvolvido na barbaridade que assola o nossoPaís.

O SR. DEPUTADO RONALDOBENEDET - Pois não!

O Sr. Deputado Herneus de Nadal -Gostaria de registrar, Deputado, a presençanesta Casa do Prefeito de Bandeirante, JoséCarlos Berti; Presidente da AMEOSC; e junta-mente com ele o Prefeito de Descando, ItacirBarbieri; assim como dos Vereadores, CarlosTessaro, do Município de Descando, e LucasTheisen, do Município de Princesa, e tambémde outros Prefeitos que deverão chegar natarde de hoje, a fim de manter a audiência econtato com o Governo do Estado, para tratarde um grave problema que afeta a nossaregião, e não é de hoje.

Parabéns pelo seu pronunciamento!O Sr. Deputado Volnei Morastoni -

V.Exa. me concede um aparte?É claro que toda esta ansiedade do

Deputado Joares Ponticelli, do DeputadoNelson Goetten, que perde a voz no microfone,é porque está ficando cada vez mais difíciljustificar as coisas. Não está fácil justificar.

O SR. DEPUTADO RONALDOBENEDET - Obrigado, Deputado Adelor Vieira.

Concedo um aparte ao DeputadoVolnei Morastoni.

Por isso faço este aparte a V.Exa.,que é Presidente da Comissão de Saúde destaCasa, porque eles vêm em busca de atendi-mento na área da saúde para aquela nossaregião.

Afinal de contas o PPB continuatendo como Presidente o Maluf. Aquele quetem o epíteto de rouba, mas faz. Olha, ter umPresidente do Partido com o título consagrado,reconhecido na opinião pública, de que rouba,mas faz. Não é fácil justificar!

O Sr. Deputado Volnei Morastoni -Este tema sobre a segurança pública é muitobom para mostrar, exatamente, a absolutafalta de segurança pública no nosso Estado.Um Estado que não tem segurança pública,porque não tem um Governo que priorize estaquestão, que é essencial para a nossapopulação.

Vou me pronunciar oportunamentesobre isso.

O SR. DEPUTADO RONALDOBENEDET - Obrigado, Deputado!

Estão nos jornais de hoje. O Aminapoia o aborto da CPI nacional. Está difíciljustificar. Toda a operação que houve lá. Ovexame de um Ministro do PPB, o Dornelles, selicenciar do cargo para ir anular a assinaturada sua suplente.

Nós, na condição de Presidente daComissão de Saúde, já recebemos este pedidode V.Exa. O Deputado Volnei Morastonitambém tem se manifestado nesta sentido, ea Comissão estará dando apoio aos Prefeitos,porque a questão da saúde no Estado é umaquestão de descuido e precisamos estar aten-tos, assim como para com a questão da segu-rança pública, que pedimos e que passaremos,em seguida, juntos com a sociedade, a exigirrespeito e defesa do direito do cidadão, que éo direito à segurança pública.

Com relação à minha cidade, Itajaí,também são alarmantes os índices de crimina-lidade que estão aumentando cada dia mais.

Digo que precisamos de mais efeti-vos, de mais equipamentos, mas nada dissovai melhorar a segurança pública do nossoEstado se não houver, da parte do Sr.Governador, o mínimo de compromisso aocumprimento da sua palavra, que assumiu comos praças, com os Policiais Militares, emdezembro do ano passado, quando deu um“tapa boca” somente para os oficiais, e deixouos nossos praças à mingua, com saláriosaviltantes, e tendo que nas ruas correr atrásde bandidos, sofrendo essas necessidades,tendo a sua família passando privações emcasa, e também sem nenhuma condiçãomínima de segurança.

O próprio Ricardo Barros, que é oDeputado Federal do Paraná, do PPB, foi quemencaminhou os ofícios para a retirada das assi-naturas, Deputado Gilmar Knaesel.

Um Deputado do seu Partido seprestou a esse serviço. Foi quem entregou eprotocolou o documento para retirar asassinaturas para inviabilizar a CPI.

Muito obrigado! Então, está difícil. As justificativasvão ficando cada vez mais difíceis. Como é difí-cil justificar toda essa parceria com o JorgeBornhausen, porque nós sabemos do papel im-portantíssimo que ele desempenhou em todoesse processo de aborto da CPI.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Sandro Tarzan) - Ainda dentro do horárioreservado aos Partidos Políticos, os próximosminutos são destinados ao PT.

Com a palavra a Deputada IdeliSalvatti, a quem concedemos a palavra poroito minutos.

Talvez isso tudo justifique porqueSanta Catarina, que não teve Deputado queretirou a assinatura, é o terceiro Estado naliberação das verbas.

Então, o Sr. Governador tem quecumprir a palavra e dar dignidade, salário - oque consideramos uma questão de justiça paraos praças -, além de outras questões queestamos estudando com relação a este tema -de rever o papel da Polícia Militar, que hojeestá muito envolvida na indústria da multanesses convênios com os Municípios.

A SRA. DEPUTADA IDELI SALVATTI -Sr. Presidente e Srs. Deputados, hoje, naAssembléia Legislativa, eu estava ausente pelamanhã, mas fui informada de duas bombas.Uma, realmente, houve de uma ameaça debomba, que evacuaram o prédio, e uma outraanunciada pelo Deputado Joares Ponticelli, emalta pompa, interrompendo a reunião daComissão de Justiça para anunciar que tinhasido aprovado o impeachment do Governadordo Rio Grande do Sul, nosso CompanheiroOlívio Dutra.

O primeiro foi a Bahia. Obviamente.Ninguém precisa dizer porque, e em terceirolugar foi Santa Catarina. Mas Santa Catarinanão teve ninguém que retirou por que ganhou?Ganhou porque teve todo um trabalho, umaprestação de serviço antes do JorgeBornhausen, da Bancada que não quis assinar,da atuação.

O trânsito é desvio de função daPolícia Militar. E até estou preparando umaemenda constitucional para rediscutirmos opapel da Polícia Militar no Estado de SantaCatarina. A função precípua da Polícia Militar éa segurança pública, é a ordem! Não é caçarníquel nas ruas na indústria das multas! Esseé um dos graves desvios que temos, além detantos outros como a falta de apoio, a falta depolítica do Governo do Estado...

Então, continua difícil justificar. Porisso que dá-lhe lama! Tem que atacar o RioGrande do Sul, porque está difícil justificar umacoisa óbvia.Duas bombas falsas. Caso o

Deputado Joares Ponticelli não tenha conheci-mento, a única CPI que tem na AssembléiaLegislativa do Rio Grande do Sul é uma CPISobre a Segurança. O assunto que estavasendo tratado aqui.

O BESC foi federalizado. Está aí umadívida de mais de 2,5 bilhões para os catari-nenses pagar, e vamos perder o Banco se forprivatizado, vamos ter mais de 3.000demitidos.

O SR. DEPUTADO RONALDOBENEDET - Esta é uma questão que oscidadãos de Criciúma estão reclamando, deque a Polícia Militar tem cuidado muito dotrânsito, multando os cidadãos, exatamenteem cima desta questão da partilha das multas,enfim, Polícia Civil, Prefeitura e Polícia Militar.

É uma CPI Sobre a Segurança, peloprograma de demissão incentivada que o Britofez, que desmontou com ela naquele Estado.

O Olívio Dutra bancou. O BANRISULcontinua do Estado do Estado do Rio Grandedo Sul. Há dois anos o BANRISUL dá lucro. OBESC nem federalizado está dando lucro. Nãoteve demissão no BANRISUL. O Governo do RioGrande do Sul está bancando isso.

O equivalente ao nosso Paulo Alceu,que é o comentarista da RBS, o JoséBarrionuevo, no dia 9 de maio, colocou deforma muita clara. O desarranjo, o desacertoda Oposição, torna o PT favorito no Rio Grandedo Sul para a próxima sucessão.

É preciso, sim, pelo menos emCriciúma, que a Polícia Militar, neste momento,cuide mais da segurança do que da questão dotrânsito, que pode ser um passo seguinte ou

Está difícil explicar, porque SantaCatarina e Mato Grosso do Sul pegaram osEstados com quatro folhas de salário

DIVISÃO DE ANAIS - Processo Informatizado de Editoração

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atrasadas. O Zeca do PT pagou no primeiroano. Em 1999, liquidou as quatro folhas, maso Esperidião Amin ainda tem folha atrasadapara pagar.

sou o arquivamento da ação movida porprevaricação e improbidade administrativacontra o Prefeito Osni Souza, de Imbituba, doPFL.”

A CPI, que, infelizmente, nós nãoconseguimos ver instalada no CongressoNacional deveria significar uma iniciativa até doGoverno Federal, se é que transparente fossee se tivesse algum compromisso com a licitudenas práticas administrativas.

É necessário melar o PT, colocar oPT na mesma vala, sujar o PT para que apopulação fique imaginando que é tudo igual,quando sabemos que não é tudo igual; quandotodos aqueles que têm um pouco de memóriasabem que não é tudo igual.

Então, vamos fazer concurso de irre-gularidades nas Prefeituras. Em dois diaslevantei quatro. Por isso, senhores, eu quero enalte-

cer o movimento nacional que o nosso Partidofaz parte, juntamente com outros Partidos quese colocam no campo democrático popular...E, ontem, em Florianópolis, nós tivemos umamanifestação desse tipo, não só dos Partidos,mas das entidades como a CNBB, a OAB, a BIe tantas outras entidades que lutam pelamoralização no serviço público brasileiro.

Então, vamos parar de tentar justifi-car o injustificável. Quem criou um mar delama, que o limpe, porque senão a populaçãovai fazer a limpeza deste País, como ficoudemonstrado ontem no lançamento domovimento contra a corrupção, em SantaCatarina.

Uma outra coisa que estácomeçando a ficar difícil de justificar é oavanço das investigações da CPI daSonegação. A pessoa que foi acusada de fazerdepósito na conta individual e do PartidoPolítico que era tesoureiro não veio depor nasemana passada. Está fugindo porque estádifícil justificar.

Muito obrigada!(SEM REVISÃO DA ORADORA) Sem dúvida nós temos que reconhe-

cer que não compete só aos Partidos Políticosa responsabilidade de fazer uma verdadeiralimpeza no poder público nacional. Acreditotambém que de nada adianta nós nosmobilizarmos em cima de coisas pontuais.Nós, as forças progressistas, temos que ter acapacidade de nos unirmos num projeto demudança, de ruptura com essas práticas, deconstruir um outro tipo de poder no Brasil,porque senão, eternamente, vamos ficarlevantando suspeitas, trabalhando por CPIs,quando nós deveríamos ter a responsabilidade- refiro-me às forças democráticas e popularesdeste País -, a capacidade de construir umoutro projeto de poder permanente, decompromisso com as maiorias, porque assimnós conseguiremos evitar essas coisaspontuais que prejudicam seriamente a imagemdo nosso País.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoSandro Tarzan) - Sr. Deputado VolneiMorastoni, a Presidência pediria que quandoV.Exa. se dirigir ao microfone de apartes, quepeça ao Deputado que está na tribuna.

Irei entregar para a CPI váriasescutas telefônicas, realizada em 1997, sobreuma denúncia gravíssima de formação dequadrilha e o gerente regional, afastado hádias, ficou dois anos e meio na gerênciaregional de Florianópolis. O cara acusado decoordenar quadrilha. Está documentado. Háescuta telefônica desde 1997, e nenhumaprovidência foi tomada. Se não há CPI, a coisanão vai para frente.

Ainda dentro do horário reservadoaos Partidos Políticos, os próximos minutossão destinados ao PDT.

(Pausa)Na ausência do Deputado do PDT, os

próximos cinco minutos são destinados aoPPS.

Está difícil justificar, Deputado VolneiMorastoni, que Vereadores do PPB tenham a ir-responsabilidade, em Blumenau, de enviar do-cumentos de uma CPI que sequer foi votado,cuja investigação não foi concluída, ainda estásob investigação a questão das obras daSecretaria de Obras, em Blumenau. OsVereadores do PPB mandaram os documentospara o BNDES para que Blumenau pare dereceber os recursos do século XXI. Quando háquestão de recurso federal fazemos aliançasuprapartidária para garantir os recursos paranossos Municípios ou para o Estado. Estácada vez mais difícil de justificar.

Com a palavra o Deputado JaimeDuarte, por cinco minutos.

O SR. DEPUTADO JAIME DUARTE - Sr.Presidente e Srs. Deputados, com certeza, atépela característica própria, o meu discurso nãoserá tão acalorado quanto o dos Deputadosque me antecederam. Mas, com certeza, nóstentaremos, neste espaço destinado ao meuPartido, o PPS, fazer algumas reflexões.

Por isso, Srs. Deputados, fica umalerta, em nome do meu Partido, para a ques-tão da responsabilidade na construção deoutros projetos de maioria, democráticos,populares, para que não fiquemos,pontualmente, a cada período, discutindo CPIse outras questões que não aquelas deinteresse maior da população.

O Brasil atravessa uma fase extre-mamente difícil no que se refere aos desafiosem relação ao sistema energético nacional, àquestão da segurança pública, à questãoeconômica, o problema do desemprego, enfim,creio que nunca o Brasil atravessou uma fasetão complicada como essa deste momento,agravada ainda com as críticas, com as consta-tações de corrupção no poder e de gestõesquestionadas.

Então, tem que lamear, que virencher a boca, como fez o Deputado JoaresPonticelli, porque existe uma suspeita desuperfaturamento sobre a espessura doasfalto, em Blumenau. Parece que são 300mil. Ele enche a boca e diz 300 mil! Esse valoré a suspeita.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Sandro Tarzan) - Passaremos à Ordem doDia.Sem dúvida alguma deveria se gastar

energias para encontrar soluções para os pro-blemas nacionais. Infelizmente, não é isso queocorre. E o fato mais grave é que apesar doprocesso democrático, que a duras penas nósconstruímos neste País, as gestões públicastencionam, esforçam-se, para ser menos trans-parente possíveis.

O Sr. Deputado Herneus de Nadal -Pela ordem, Sr. Presidente.As corrupções são de bilhões e nem

precisamos ir muito longe. O SR. PRESIDENTE (DeputadoSandro Tarzan) - Com a palavra, pela ordem, oSr. Deputado Herneus de Nadal.

O Sr. Deputado Volnei Morastoni -V.Exa. me concede um aparte?

A SRA. DEPUTADA IDELI SALVATTI -Pois não!

O SR. DEPUTADO HERNEUS DENADAL - Ainda temos algum tempo destinadosao horário reservado aos Partidos Políticos!O Sr. Deputado Volnei Morastoni -

Deputada, além disto os Deputados do PPBque ocupam a tribuna, defensores do GovernoAmin, não dão aparte. Caluniam o PT, não têmprovas, inventam, e não dão aparte porquequerem fazer um monólogo, quando poderiamconceder aparte para que o orador pudesseargumentar, contra-argumentar.

Não vejo como o Governo Federal,através do Presidente Fernando HenriqueCardoso, tomou a medida de envidar todos osesforços para evitar a CPI da Corrupção.

Gostaria de consultar V.Exa. se vaifazer rateio do tempo, até porque o PMDB gos-taria de utilizar esse tempo.

Creio, sinceramente, que as práticasdo Governo Federal, passando especialmentepelo Executivo e também por grandes figurasdo Legislativo Nacional, como os SenadoresArruda e Antônio Carlos Magalhães, significamuma ruptura com os comportamentos destePaís. Com certeza absoluta as velhas práticasestão morrendo, e junto com elas morremtambém essas lideranças que, de concreto, depositivo, de construtivo, fizeram muito poucopara a população brasileira.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoSandro Tarzan) - A assessoria nos comunicaque não existe mais rateio do tempo restante,Sr. Deputado, pelo novo Regimento Interno.

A SRA. DEPUTADA IDELI SALVATTI -Está tudo difícil de justificar. Não precisei per-der muito tempo.

O SR. DEPUTADO HERNEUS DENADAL - Temos ainda mais cinco minutos egostaríamos de utilizá-lo!

No dia 9 e 10 de maio há denúncias:“Leopoldo João Francisco Filho, PPB deBombinhas, em auditoria só no último ano deGoverno 4 milhões”. “Prefeitura Jandir Belini,de Itajaí, determinação do Ministério Públicodo Trabalho, porque não realiza concursopúblico e portanto não regulariza a situação devários funcionários contratados irregularmente.

A Sra. Deputada Ideli Salvatti - Pelaordem, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoSandro Tarzan) - Com a palavra, pela ordem, aSra. Deputada Ideli Salvatti.Tenho certeza, Srs. Deputados, que

esse processo que estamos enfrentando noBrasil vai significar - porque isso é até dialético- uma evolução no sentido de melhores diaspara o Brasil.

A SRA. DEPUTADA IDELI SALVATTI -Sr. Presidente, desculpe-me, mas sempre fize-mos rateio! Que novidade agora é essa?Mudou? Teve mudança de Regimento?O Sr. Deputado Volnei Morastoni

(Interferindo) - Isso aí ainda é fichinha do quevamos trazer aqui sobre o Governo do PPB, doSr. Jandir Belini, em Itajaí.

Não é possível que nós continuemoscom tantas exclusões, com tantasdesigualdades, com tanta miséria absolutapara setores enormes da população. Enquantoisso o Parlamento brasileiro ou o próprioGoverno faz um esforço enorme no sentido defazer a autocrítica, se tornar transparente e serinvestigada.

Vamos acabar, inclusive, perdendoos cinco minutos discutindo se é ou não maiscorreto dar os cinco minutos para os Partidos!

A SRA. DEPUTADA IDELI SALVATTI -Há outra: de “São Carlos: o Vereador estáapresentando denúncia de superfaturamentoem ginásio de esportes do Prefeito ClaudioCampos do PPB.” “O Tribunal de Justiça recu-

O SR. PRESIDENTE (DeputadoSandro Tarzan) - Do grande expediente. Estáaqui Sra. Deputada, no art. 88 parágrafo único,alínea “b”. “Não haverá divisão dos temposnão utilizados pelos Partidos.”

Processo Informatizado de Editoração - DIVISÃO DE ANAIS

18 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.855 16/05/2001

Está no Regimento novo daAssembléia.

A segunda é que ontem debatemosacerca da matéria na TVCOM, juntamente comos Deputados Gilmar Knaesel, Jaime Mantelli ecom o Deputado Heitor Sché, que é o Autor daproposição. E este se comprometeu, paraevitar qualquer discussão em torno docasuísmo da medida, que encaminharia umrequerimento à Presidência da Casa,considerando que há uma pendência judicial arespeito da eleição do Parlamento.

Em discussão.Sr. Deputado Nelson Goetten - Peço

a palavra, Sr. Presidente.A SRA. DEPUTADA IDELI SALVATTI - Édivisão!? SR. PRESIDENTE (Deputado Onofre

Santo Agostini) - Com a palavra o Sr. DeputadoNelson Goetten, por 10 minutos.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoSandro Tarzan) - É rateio! Divisão dos tempos erateio, para mim é a mesma coisa. SR. DEPUTADO NELSON GOETTEN -

Eu escutava atentamente a manifestação doDeputado João Henrique Blasi, Deputado queentendo que tem uma postura muitoequilibrada nesta Casa. Mas quando ele veioao microfone de aparte dizer que estávamospedindo para que fosse prorrogada estamatéria, senão significaria um casuísmo a suavotação agora, pois estamos questionando naJustiça a questão da Presidência da Casa, issome surpreendeu.

De maneira alguma, por causa decinco minutos, esta Presidência não daria otempo a V.Exa., Não é isso que...

O Sr. Deputado Herneus de Nadal -Pela ordem, Sr. Presidente.

Portanto, a matéria está sub judice.E se houver o provimento à concessão domandado de segurança, se for determinada arealização de um segundo turno e se houver aaprovação da emenda constitucional, vai sersob a égide de um novo sistema, qual seja,através de votação aberta e não de votaçãosecreta.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoSandro Tarzan) - Com a palavra, pela ordem, oSr. Deputado Herneus de Nadal.

O SR. DEPUTADO HERNEUS DE NADAL- Perfeito! Esse é o apelo que faço a V.Exa.

A Sra. Deputada Ideli Salvatti - Pelaordem, Sr. Presidente.

Eu penso que já teríamos evitadomuitos dos contratempos e muitasbarbaridades que aconteceram nesta Casa seo voto fosse aberto.

Por isso o Deputado Heitor Schéassumiu o compromisso público, via televisão,de requerer que esta matéria fique sobrestadaaté que o Tribunal de Justiça sobre eladelibere, ou melhor, sobre o mandado desegurança delibere algo que, segundoinformações, temos conhecimento, deveráocorrer ainda no decorrente mês de maio.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoSandro Tarzan) - Com a palavra, pela ordem, aSra. Deputada Ideli Salvatti. Parlamentar não tem que ter medo

do voto aberto. O voto aberto é moralizador, ovoto é necessário neste País. Temos que pararde nos escondermos ou escondermos o nossovoto, nós temos que ter a coragem de mostraro voto! E casuísmo é nós não querermosenfrentar uma votação aberta.

A SRA. DEPUTADA IDELI SALVATTI -Até porque hoje está tudo diferente depois dabomba! Hoje, estamos numa situação de ex-cepcionalidade.

O SR. PRESIDENTE (Deputado SandroTarzan) - Não foi só esta bomba anunciada.

O Sr. Deputado Heitor Sché -Pedimos a palavra, pela ordem, Sr. Presidente.

O SRA. DEPUTADA IDELI SALVATTI -Aliás, as duas bombas, a do Deputado JoaresPonticelli e a outra, que não sei de quem é.

O SR. PRESIDENTE (Deputado OnofreSanto Agostini) - Com a palavra, pela ordem, oSr. Deputado Heitor Sché.

Quem está temendo o voto aberto? Aquem interessa o voto aberto?

Com relação à questão da discussãoda Presidência da Casa, eu não tenho dúvidade que temos 40 Parlamentares e alguém temque ser responsabilizado pela sua posição.Será que alguém aqui vai ter medo de mostrara sua posição, porque o voto é aberto, ou vaiquerer acobertar de novo nas negociatas paravotar fechado para o balcão de negócios que jáfoi muitas vezes estabelecido dentro destaCasa, acobertado pelo voto secreto?

O SR. PRESIDENTE (DeputadoSandro Tarzan) - Sr. Deputado, fico devendoessa por estar no Regimento e não vou fugir doque me foi passado.

O SR. DEPUTADO HEITOR SCHÉ - Sr.Presidente, realmente ontem, num programade televisão, manifestei-me com referência aum projeto, quando foi alegado de que a minhaproposta seria um casuísmo.A Sra. Deputada Ideli Salvatti - Pela

ordem, Sr. Presidente. Na oportunidade, disse que não teriaproblemas de solicitar a esta Casa que avotação fosse posterior ao julgamento da açãopendente no Tribunal de Justiça com referênciaà Presidência da Assembléia. Embora nãotenha sido um compromisso formal e sim apossibilidade de um compromisso, entendoque o Tribunal de Justiça não tem prazo parajulgar esta ação com referência ao PoderLegislativo.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoSandro Tarzan) - Com a palavra, pela ordem, aSra. Deputada Ideli Salvatti.

A SRA. DEPUTADA IDELI SALVATTI -Apresentamos um requerimento relativo àgreve dos funcionários da CASAN, tendo emvista a dificuldade de negociação. Gostaria deter a confirmação se está na pauta para avotação, porque é muito importante que orequerimento seja votado no dia de hoje, paraque possamos sensibilizar o Governo doEstado com relação à abertura efetiva dasnegociações. Há um prazo muito extenso parater resposta às reivindicações da categoria.

O voto aberto é moralizador e énecessário. Portanto, eu sou a favor do votoaberto e que ele seja praticado o quanto antesnesta Casa. Precisamos dar esta demons-tração ao cidadão catarinense de que aqui nãotemos medo de tomar uma posição. Isso énecessário. Esta é a minha posição.Entendo, ainda, que a demora provo-

cada no Tribunal de Justiça vem prejudicandograndemente os serviços do Poder Legislativo,porque no início houve um julgamentoprecipitado, o qual levou a criar este problemada interferência de um Poder em um outro, queagora deixa esse clima de intranqüilidadenesta Casa.

Sr. Deputado João Henrique Blasi -V.Exa. me concede um aparte?

O SR. DEPUTADO NELSON GOETTEN- Pois não!

O SR. PRESIDENTE (DeputadoSandro Tarzan) - Sim, o requerimento está napauta, é o de nº 353/2001.

O Sr. Deputado João Henrique Blasi -Deputado, apenas gostaria de dizer que eu nãovim requerer o sobrestamento da matéria.

A SRA. DEPUTADA IDELI SALVATTI -Agradeço, Sr. Presidente.

Por não saber quando é que oTribunal de Justiça vai se manifestar e pelofato da matéria do voto secreto ser urgente,mas que nada tem a ver com o processo daescolha da Presidência da Assembléia, voupedir a V.Exa. que mantenha na pauta esteprojeto, sabendo de antemão que todos osrecursos vão ser usados para que a matériaseja protelada e não seja votada.

Eu dei conhecimento à Casa e a todoo Estado de Santa Catarina ontem, que o pro-positor da emenda comprometeu-se de queenquanto a matéria do mandado de segurançanão fosse julgada pelo Tribunal de Justiça, eleiria requerer que ela ficasse sobrestada paraque não se argumentasse um casuísmo. Eunão sei o que é que modificou no pensamentodo Deputado Heitor Sché de ontem à noitepara hoje à tarde, mas que ontem,espontaneamente, voluntariamente, eleassumiu esse compromisso, não há a menordúvida.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoSandro Tarzan) - Recebemos justificativas dosDeputados Clésio Salvaro, Moacir Sopelsa,Lício Silveira e José Paulo Serafim.

O SR. PRESIDENTE (Deputado OnofreSanto Agostini) - Discussão e votação em pri-meiro turno do Projeto de EmendaConstitucional nº 0001/2001, de autoria doDeputado Heitor Sché, que altera dispositivosda Constituição do Estado (voto secreto).

Mesmo assim, tenho certeza de quea Liderança do meu Partido e o DeputadoPaulinho Bornhausen, que foi Relator damatéria na Comissão de Constituição eJustiça, estarão acompanhando o projeto paraque, com todos os óbices que foremapresentados, possamos trazê-lo com a maiorurgência a este Plenário.

Ao presente projeto foi apresentadauma subemenda aditiva. O SR. DEPUTADO NELSON GOETTEN

- Deputado, mais do que nunca, nós temos quedefender se houver uma nova votação nestaCasa, nós temos que defender que ela seja ex-plícita, que ela seja clara, para que asociedade saiba quem é quem nesta Casa,quem tomou a posição.

Conta com parecer favorável daComissão de Constituição e Justiça.

Em discussão.O Sr. Deputado João Henrique Blasi -

Pela ordem, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Deputado Onofre

Santo Agostini) - Srs. Deputados, vou apenascolocar em discussão, porque será votado emdois turnos, e haverá prazo suficiente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado OnofreSanto Agostini) - Com a palavra, pela ordem, oSr. Deputado João Henrique Blasi.

Nós não podemos admitir balcão denegócios nesta Casa! Temos que acabar comessa farra! O projeto do Deputado Heitor Schéveio em bom momento.

Posteriormente votado,provavelmente não terá voto suficiente paraser votado hoje, Deputado João Henrique Blasi.

O SR. DEPUTADO JOÃO HENRIQUEBLASI - Sr. Presidente, há duas questões a seremsuscitadas neste momento. A primeira delas éque é visível a inexistência de quorum, portanto,não há condições de deliberarmos a respeito damatéria e entendo que nem tampouco de discutir,haja vista a relevância do tema.

Concordo com V.Exa. e emboratenha quorum regimental, estão presentes 21Srs. Deputados, não tem quorum para votar, jáque a matéria tem que ser votada com quorumqualificado.

O Brasil, em outras Câmaras, emoutras Assembléias, já tomou essa posição.Nós não podemos ficar à margem esquerda dasolução deste País, pois a solução émoralizadora, é voto aberto!

DIVISÃO DE ANAIS - Processo Informatizado de Editoração

16/05/2001 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.855 19

O Sr. Deputado Sandro Tarzan -V.Exa. me concede um aparte?

A iniciativa do Deputado Heitor Schéveio na hora certa, antecipando aquilo que iaacontecer no futuro; ele não previu, mas setivesse previsto não poderia ter acertado tantocomo com a entrada deste projeto.

Subscrevi a emenda de V.Exa. e lheconfesso, Deputado, que fiquei triste quando vioutras Assembléias do País que entraram com amatéria depois de V.Exa. terem tido êxito, como éo caso da Assembléia Legislativa do Estado deSão Paulo, onde, por unanimidade, o projeto foiaprovado, tanto na Câmara de Vereadores de SãoPaulo como em outras Assembléias e na maioriadas Câmaras do País.

O SR. DEPUTADO NELSON GOETTEN- Pois não!

O Sr. Deputado Sandro Tarzan -Deputado Nelson Goetten, nós queremos quefique registrada nesta Casa a nossa posição, aposição do Deputado Sandro Tarzan, pois saiu noDiário Catarinense - a jornalista Lúcia Helena ligoupara o meu gabinete, mas não conseguiu meencontrar -, que eu não teria me pronunciado.

O Sr. Deputado Milton Sander -V.Exa. me concede um aparte?

O SR. DEPUTADO NELSON GOETTEN- Pois não!

O Sr. Deputado Milton Sander -Nobre Deputado, quero cumprimentar oDeputado Heitor Sché, mais uma vez, porqueesta proposta está incomodando alguns deforma até surpreendente.

Estou muito satisfeito porque, naminha região, a maioria das Câmaras deVereadores já deliberou também. Inclusive, naCâmara de Vereadores do Município deTubarão, meu Município, teve uma proposta deautoria de um Vereador do PMDB, que deveráser votada já na próxima sessão, por unanimi-dade, porque o nosso Partido, em Tubarão,também recomendou aos quatro repre-sentantes na Câmara de Vereadores queoptem pelo fim do voto secreto, para que sepossa mostrar a face, para que o eleitor, quenos concedeu uma procuração através daurna, possa saber definitivamente comoestamos votando!

Na verdade, eu não fui encontrado.Inclusive, Deputado Heitor Sché, que é opropositor da matéria, eu tinha um projetonesse sentido em relação ao voto aberto, masV.Exa. já tinha entrado com o projeto. E anossa posição é bem clara ao que venha aacontecer nesta Assembléia Legislativa, comotambém no País, com respeito ao voto aberto.

Mas para não tomar seu tempo, que-ro dizer e lembrar, nobre Presidente OnofreSanto Agostini, que o PPB, em nível estadual,além de recomendar à sua Bancada que vote afavor do projeto do Deputado Heitor Sché, estárecomendando a todos os seus Vereadores doEstado de Santa Catarina que também, nasCâmaras de Vereadores, aprovem a extinçãodo voto secreto nessas matérias normais.

Por isso a minha posição fica bemclara perante a Assembléia Legislativa e àcomunidade catarinense que eu sou a favor dovoto aberto.

O SR. DEPUTADO NELSON GOETTEN- Muito obrigado pelas colocações de V.Exa.

E estamos aqui assinando embaixoeste projeto que veio, como disse V.Exa.,Deputado Nelson Goetten, em oportuna horapara a discussão deste Parlamento.

Precisamos, Presidente Onofre SantoAgostini, que o instituto da secretude do votoseja mantido para a escolha dos representan-tes! Mas esse, quando exerce a representativi-dade, quando se utiliza da procuração que lhesfoi conferida pelas urnas, precisa fazer comque os seus eleitores saibam, efetivamente,como estão votando.

Quero dizer também que casuísmo,Deputado Heitor Sché, seria se protelássemosesta votação para depois da decisão do votoque poderá eleger o futuro Presidente destaCasa. Isto, sim, é casuísmo! Acho uma barbari-dade se houver Partidos nesta Casa que pos-sam influenciar na sua opinião, fazendo comque deixe para tomar a decisão depois de umafutura eleição que poderá haver nesta Casa.

Por isso acho que o nobre Deputadoestá enfocando com correção a posição donosso Partido. Fiz apenas esta intervenção por-que o PPB, em nível estadual, já recomendou atodas as Câmaras do Estado que tambémfaçam o mesmo que iremos fazer na hora devotar pela extinção do voto secreto naAssembléia Legislativa.

O eleitor que nos deu essaprocuração precisa nos avaliar! Ele terá quenos julgar quatro anos depois! Precisam sabercomo estamos votando! E por que temer? Porque se esconder atrás da secretude do voto?

Acredito que temos que tomar umaposição clara. E a minha e da nossa Bancadaé a de votar pelo voto aberto.

O SR. DEPUTADO NELSON GOETEN -Penso, Deputado Milton Sander, que o votosecreto vai dar oportunidade para que a comuni-dade e a sociedade possam avaliar melhor aposição do Parlamentar. Há muitos Deputadosque são prejudicados e jogados na vala comumpor suas posições! O cidadão, muitas vezes, nãosabendo a posição do Parlamentar, acabaachando que todos têm a mesma posição.

O Sr. Deputado Heitor Sché - V.Exa.me concede um aparte?

Deputado Paulinho Bornhausen, seique a questão do impeachment não é matériaconstitucional, mas é necessário que tramitenesta Casa, imediatamente, uma matéria paramudar também a lei complementar, para que ovoto do impeachment também seja aberto! Não épossível manter esse instituto do voto secreto, dasecretude, que permite ao Parlamentar esconder,desta forma, o seu voto!

O SR. DEPUTADO NELSON GOETTEN- Pois não!

O Sr. Deputado Heitor Sché - Sr.Deputado, quero, mais uma vez, reafirmar queaventei a hipótese de analisar a possibilidadede pedir a transferência ou o adiamento da ma-téria caso houvesse uma correlação maiorentre a eleição da Assembléia com o votoaberto.

Então, penso que o Parlamentar iráganhar muito quando tiver a oportunidade de,através da posição democrática, vir ao microfonee declarar o seu voto. Que bom seria se fossebanido neste País esse instrumento que tantoprejudicou e que tanta margem de negociação deuao Parlamentar de poder fazer os seus negócios eseus acertos. Voto aberto é acabar com o balcãode negócio! Voto aberto é moralização! Votoaberto é bom para quem é sério!

A Sra. Deputada Ideli Salvatti - V.Exa.me concede um aparte?

Quando entramos com o pedido deemenda constitucional, já assinado por 14 Srs.Deputados, sabíamos da polêmica que iria cau-sar. Entramos com esta matéria antes deocorrerem os fatos no Senado da República.

O SR. DEPUTADO JOARES PONTICELLI -Deputada Ideli Salvatti, V.Exa. está ficandoimpaciente! Eu já vou lhe conceder um aparte,para dar seqüência em seguida.

A Sra. Deputada Ideli Salvatti - Aliás,eu estou profundamente impaciente, DeputadoJoares Ponticelli, pena que V.Exa. não estavaaqui no horário dos Partidos Políticos quandofiz um longo discurso em homenagem à notíciaque V.Exa. deu no início da manhã.

É, realmente, uma matéria polêmica,mas de grande importância para esta Casa.Não vou fazer painel colocando o nome dosDeputados que votarão contra o voto secreto.Mas tenho certeza absoluta de que estamatéria é de tanta relevância que se fosse emoutras circunstâncias outros Partidos estariamcobrando o voto dos Srs. Deputados. Eaqueles que tivessem a vontade e votassemcontra a extinção do voto secreto, tenhocerteza de que o nome deles iria para o painelnas ruas da cidade.

Portanto, não temo nenhumaposição que tomei ou haverei de tomar nestaCasa. Quero fazer às claras, à luz do dia!Quero tomar esta decisão e quero que todossaibam! Responsabilizo-me por cada um dosmeus atos!

Mas, Deputado Joares Ponticelli,quando V.Exa. cita onde foram aprovadas asiniciativas, é importante citar de quem foramas iniciativas. A emenda que tramita noCongresso Nacional para a abolição do votosecreto é de autoria do PT. A da CâmaraMunicipal de São Paulo é do PT, como são doPT inúmeras emendas! Aliás, eu estouaguardando, o Deputado Afrânio Boppré estáinscrito e vai poder falar sobre isso. Não éinédito! A Assembléia Legislativa já teveemenda constitucional para a abolição do votosecreto, de autoria do nosso ex-DeputadoNeodi Saretta. E na época, não prosperou! Naépoca, não era conveniente! Na época, não eraassim, não tinha abertura do voto secreto.

(Discurso interrompido por términodo horário regimental.)

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado Onofre

Santo Agostini) - Com a palavra o próximo ora-dor inscrito, Deputado Joares Ponticelli, poraté 10 minutos.

O SR. DEPUTADO NELSON GOETTEN -Deputado Heitor Sché, não tenho dúvida disso.

Mas quero agora ter a oportunidadede ver a posição do PT na hora de votar estamatéria e qual a sua posição de ética, se temcoragem de não votar pelo voto aberto. É muitobom que tenhamos esta oportunidade!

O SR. DEPUTADO JOARESPONTICELLI - Sr. Presidente e Srs. Deputados,fui um dos primeiros Deputados a subscrever aproposta de emenda constitucional doeminente Deputado Heitor Sché, que foi lida noexpediente do dia 23 de março deste ano.Por isso faço votos que este projeto

venha o quanto antes para esta Casa, paraque o PT possa ter a oportunidade de mostrarà sociedade qual a sua ética, se querrealmente a transparência. Porque quem quertransparência vai, sim, optar pelo voto aberto.

No dia 23 de março, DeputadoHeitor Sché, penso que não havia ainda, emnenhuma das Assembléias Legislativas destePaís, a discussão sobre essa matéria. Por issoquero cumprimentá-lo pelo pioneirismo nainiciativa e lamentar, ao mesmo tempo, quenós não tenhamos deliberado sobre essamatéria para que a nossa Casa Legislativafosse a primeira no Brasil a banir definitiva-mente o voto secreto.

O SR. DEPUTADO JOARESPONTICELLI - Sra. Deputada, até porque onosso tempo é limitado, eu gostaria de saberse V.Exa. é contra ou a favor?

Então, é isso que quero veracontecer nesta Casa. Precisamos que esteprojeto seja votado o quanto antes, porque éum projeto moralizador, necessário e o Brasilprecisa dele.

A Sra. Deputada Ideli Salvatti - Eu jádeclarei em alto e bom som que a Bancada doPT, por unanimidade, por um compromisso na-cional, é a favor. Agora, não vamos embarcarem oportunismos!

Processo Informatizado de Editoração - DIVISÃO DE ANAIS

20 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.855 16/05/2001

O SR. DEPUTADO JOARESPONTICELLI - Ah, então, tem uma vírgula?

O fim do voto secreto nos tira dessacondição de muro, de biruta em aeroporto, demudar o voto numa hora ou outra. Isso emqualquer Casa Legislativa do País.

escritos no nosso Regimento Interno, é naessência dos Parlamentos dos países maisavançados do mundo, do Congresso Nacional,do Senado Federal. E, agora, se pegar essemodismo é, na verdade, pelo fato do quehouve nesta Casa e o que houve no CongressoNacional em relação à violação do painel.

A Sra. Deputada Ideli Salvatti - Tem!Tem uma vírgula do tamanho da conveniênciade V.Exas. de mudar o jogo no meio do jogo! Ésó isso!

Acho que este é o momento da ver-dade! É hora de mostrarmos a verdadeira face!Quem é a favor? Mas se é a favor não tem queter vírgula! É acabar com o voto secreto emtodas as instâncias. Não tem que ter mais!Tem que alcançar o instituto do impeachment,para que se possa ver efetivamente a face dovoto. Como é que se posiciona esse meurepresentante? O eleitor vai ter que me julgar!O eleitor vai ter que saber como é que euestou votando!

O SR. DEPUTADO JOARESPONTICELLI - Deputada, no Senado daRepública o seu Partido defende a abertura dovoto na Comissão de Ética. Aí não é casuísmo?

Mas vamos esclarecer para a socie-dade e para aqueles que não puderam aindaler o Regimento Interno: só o que se estáquerendo mudar é o que está no RegimentoInterno. A votação será por escrutínio secretonos seguintes casos. São só nesses casos emque se está querendo acabar com o votosecreto, e nesses que nós queremos que sejamantido o voto secreto: eleição dos membrosda Mesa da Assembléia Legislativa.Exatamente porque se discute a situação entreos Pares, pois os Deputados, na verdade,acabam convivendo na Assembléia uns com osoutros, e se está discutindo uma questãointerna corporis. Não se está discutindo odestino do povo lá de fora. E há influência deamizade entre os Deputados, por isso se querexigir o voto secreto na questão da eleição daMesa.

A Sra. Deputada Ideli Salvatti -Defendemos em todos os lugares, temos coe-rência para defender.

O SR. DEPUTADO JOARESPONTICELLI - Deputada Ideli Salvatti, se o PTtem uma posição pela abertura do voto naComissão de Ética do Senado da República, nomeio do caminho o PT tem outra posição?

Por isso é preciso banir esseinstituto da secretude do voto, definitivamente.

Então, quero cumprimentar, maisuma vez, o Deputado Heitor Sché pelabrilhante iniciativa.

A Sra. Deputada Ideli Salvatti - Quemeio do caminho?

O SR. DEPUTADO JOARESPONTICELLI - Eu quero lhe dizer que não estáclara a posição de V.Exa.

Parabéns a V.Exa. que iniciou estadiscussão no Brasil. Se outros já haviam apre-sentado, Deputado, há muito não se falavasobre isso. V.Exa. foi o primeiro. Queremosdizer que o apoiamos desde já.

(Falas paralelas)Eu não estou convencido, Deputada.

Não estou convencido! E estou muito satisfeito de poder,neste momento nacional, deliberar, de poderparticipar deste momento histórico nestaCasa, onde vai ser banido esse instituto dasecretude, e o livro do Dr. Nelson Pedrini, queserá lançado aqui, parece-me, no próximo dia30, vai falar sobre as mazelas do voto secretoocorridas nesta Casa há muitos anos. Daquipara frente isso vai acabar.

O SR. PRESIDENTE (Deputado OnofreSanto Agostini) (Faz soar a campainha) - Srs.Deputados, há discussão paralela.

- Julgamento das contas doGovernador: exatamente tem que ser secreto,para que não haja a influência ou para que umDeputado, às vezes, mesmo da base doGoverno, que queira votar de acordo com a suaconsciência, vote contra o Governador, mesmoque seja do seu Partido. Do contrário, votoaberto, os Deputados terão medo, vão perderessa ou aquela benesse do Governador, então,vão ter de votar a favor das contas, mesmoque o Tribunal de Contas as reprove, porque osDeputados vão ter medo das represálias doGovernador.

A palavra está assegurada aoDeputado Joares Ponticelli.

O SR. DEPUTADO JOARESPONTICELLI - Não estou convencido, DeputadaIdeli Salvatti! A posição, com essa vírgula aí,não me é muito clara. Que bom poder participar do Poder

Legislativo, poder representar a comunidadecatarinense neste momento da ruptura, nestemomento do fim da secretude do voto secreto.Eu tenho plena convicção de que os 40Deputados vão refletir e essa votação,Deputado Heitor Sché, haverá de ser unânime,como unânime estão sendo as votações emtodas as Câmaras, em todas as Assembléiasdo Brasil.

A Sra. Deputada Ideli Salvatti - Masquem colocou a vírgula foram V.Exas.!

O SR. DEPUTADO JOARESPONTICELLI - Por que no Senado o PT quer ofim da secretude? Aqui quer, mas não queragora. Eu não sei por quê! Se houve uma novaeleição, que nós não sabemos... E se a Justiçanão se manifestar até o final do mandato doDeputado Onofre Santo Agostini, como é quevai ficar? Aí nós não vamos mudar? Aí o bondevai passar e nós não vamos votar, porquevamos ter que aguardar o julgamento? Eu nãosei! Eu não sei, Deputada!

- Deliberação sobre licença para pro-cessar Deputado criminalmente: é claro queseria um constrangimento um Deputado votarcontra o outro de forma aberta. Então, no votosecreto, ele vota de acordo com a suaconsciência e não de acordo com a pressão doque o outro Deputado possa pensar de si.

Parabéns! V.Exa., com este projeto,está ajudando a resgatar a credibilidade doParlamento catarinense, como tem ocorridonos demais Parlamentos deste País.

- Aprovação da escolha de nomespara provimento de cargos nos casos previstosna Constituição do Estado, ou determinadosem lei, que é o caso dos membros do Tribunalde Contas, para que não haja uma exposiçãodo Deputado em quem ele deve votar ou não.

(Falas paralelas) Eu espero que brevemente oCongresso Nacional também possa semanifestar e banir definitivamente o votosecreto.

Eu não estou acompanhando o pro-cesso. Agora, V.Exa. sabe que a Casa está teo-ricamente dividida em 20 Deputados de cadalado. Por que V.Exa. quer manter a secretudedo voto, na eventualidade de haver uma novavotação?

Muito obrigado! Então, não há nenhum interesse con-trário ao interesse do povo. Quando asvotações são para discutir os interesses dopovo, votos de projetos de lei, esses votosserão sempre abertos, e aí todos nósdemonstramos a nossa vontade ao cidadão ouao eleitor que pode ver o nosso voto. Etambém no caso de veto do Governador.Quando o Governador veta, a votação é secretaexatamente como princípio, pela essência deaté Deputados do Governo puderem votarcontra os interesses do Governo sem seremidentificados.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado Onofre

Santo Agostini) - Com a palavra o próximo ora-dor inscrito, Deputado Ronaldo Benedet.

(A Sra. Deputada Ideli Salvatti e oDeputado Nelson Goetten falam simultanea-mente no microfone de apartes.) O SR. DEPUTADO RONALDO

BENEDET - Sr. Presidente e Srs. Deputados,estamos diante de uma situação que reputo,inclusive, doutrinária, com relação à questãoda essência da democracia. E aqueles que têminteresse, talvez, num regime mais totalitário,de um controle do Executivo sobre o Legislativoe sobre determinadas votações, queremdefender que o voto secreto deva se acabar.

O SR. PRESIDENTE (Deputado OnofreSanto Agostini) - Srs. Deputados, peço a V.Exas.que requeiram um aparte. Se o orador não lhesconceder um aparte, por gentileza, vamosrespeitá-lo, pois está na tribuna, senão sereiobrigado a cortar o som dos microfones de aparte.

O SR. DEPUTADO JOARESPONTICELLI - Sr. Presidente, eu quero concluiro meu raciocínio.

O voto secreto, na verdade, é paraproteger o Parlamentar da influência dos maio-res, dos grandes e dos grupos econômicos,porque entre a consciência do Parlamentar euma pressão, se ele puder ter ainda a saída dovoto secreto, ele pode ficar com a sua consci-ência, que normalmente o cidadão tem a suadecência, a sua ética interior. Quando ele forpressionado para o voto ser exposto, não éporque a sociedade vai ver, é porque os pode-rosos estão pressionando, o Presidente daRepública, o Governador ou o Prefeito, seja láquem for; e você, como Parlamentar, em nívelnacional, estadual ou municipal, vai votar eestará excluído dessa pressão que o PoderExecutivo exerce sobre cada cidadão. Porque,na essência do presidencialismo, como é ocaso em Santa Catarina, que obedece à sime-

Mas nós precisamos esclarecer àsociedade, para que não fique dúvidas dequem defende o voto secreto, como eu, quedefendo, de forma doutrinária, a essência dademocracia, no Parlamento não estou defen-dendo, que todas as nossas votações sãosecretas.

Mas eu acho estranha essa atitudeda Bancada do PT, aqui apresentada pelaDeputada Ideli Salvatti. É a favor, mas ficaessa vírgula, fica essa interrogação. Para mim,ela não está clara.

Nós, da Bancada do PPB, e o nossoLíder já anunciou, tomamos uma posição. Os10 votos serão favoráveis pelo fim dasecretude do voto. A população brasileiraclama pelo fim do voto secreto. Nestemomento em que se discute tanto essamatéria, isso é o mínimo que se espera dasCasas Legislativas deste País, a fim de que sepossa efetivamente, mostrar a face do voto. Épreciso que o homem público tenha posiçõesclaras, definidas, contundentes.

É preciso esclarecer à sociedade quemais de 90% das nossas votações são abertase não secretas. O que se quer acabar nestaCasa - e é preciso que o cidadão saiba - é coma votação secreta que já existe, porque amaioria dos casos é feita através do votoaberto! Aliás, as posições dos Deputados sãoclaras. Eu sempre procuro colocar a minhaposição. Agora, a defesa do voto secreto é sóem alguns casos. Nos casos em que estão

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tria nacional do presidencialismo, o Presidenteou o Governador, durante quatro anos, são umdéspota, pois eles têm o poder, a máquina, aestrutura do poder, para poder obrigar, coagire intimidar um Deputado.

para proteger o Parlamentar das influênciasdos poderosos e dos déspotas que aindagovernam o nosso País e o nosso mundo.

Constituição Federal. Mas se nós nos detiver-mos para a emenda constitucional doDeputado Heitor Sché, nós vamos ver que elanão abrange todas essas hipóteses que estãocontempladas na Constituição do Estado.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)

Por isso a nossa defesa, deixandobem esclarecida esta questão do voto secreto.A grande maioria dos projetos nesta Casa,90%, vamos dizer assim, são sempre abertos,em que o cidadão pode saber. Apenas nessescasos em que não se vota e não se decidesobre o destino do povo de Santa Catarina,mas sim sobre o destino do Governador, deDeputados, sobre a escolha de determinadoscidadãos para determinadas funções, paraque, então, o Deputado não seja coagido nemmoral, física e nem emocionalmente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado OnofreSanto Agostini) - Com a palavra o próximo ora-dor inscrito, Deputado João Henrique Blasi, poraté 10 minutos.

Então, há uma advertência que deveser feita: aqueles que imaginam queaprovando a emenda constitucional estarãoeliminando, proscrevendo, expurgindo a figurado voto secreto, enganam-se redondamente,porque a eliminação vai se dar apenas em doiscasos: o caso do art. 40, inciso XXII, que é dosTribunais de Contas, e no caso do art. 44, §2º, que é a questão da votação do Deputadopor falta de decoro.

O SR. DEPUTADO JOÃO HENRIQUEBLASI - Sr. Presidente e Srs. Deputados, aquestão do voto secreto, a sua manutenção ouabolição, é uma discussão que ciclicamentereaparece em nosso País, basta que haja umepisódio de maior monta, como este daviolação do painel eletrônico do Senado, paraque a questão seja reacendida e volte àdeliberação, aí sim, sob a emoção e não sob oenfoque racional.

Permanecerão sob o voto secreto,em se votando o que está aqui, a destituiçãodo Procurador-Geral da Justiça, a autorizaçãode licença para processar Deputado e avotação dos vetos apostos pelos Governadordo Estado.

Para isso existe o voto secreto, é daessência da democracia, em todos osParlamentos democráticos do mundo. Esomente nos Parlamentos de países, como erano passado aqui no Brasil, no pseudoParlamento, em que o cidadão era controladona ditadura militar, havia um controle sobre oseu voto. E nós, votando este projeto, querodeclarar aqui, acabaremos com o voto secreto,passaremos a ser um pseudo Parlamento.Porque os cidadãos que foram escolhidos pelopovo, representantes do povo, os 40Deputados, estarão com a sua imagem, com asua condição de Parlamentar de poder decidirde acordo com a sua consciência ferida eimaculada. Porque ele vai ter que olhar eenfrentar o Governador ou aquela autoridadeque ele vai ter que votar para escolher o nome;vai ter que fazer uma opção e não vaiprejudicar em nada o cidadão, mas vaiprejudicar a sua consciência, aquilo que eletem de melhor dentro de si.

É preciso, antes de mais nada, quese deixe claro que o clamor público que existehoje no País não é contra o voto secreto, écontra a violação de um painel, de um crimepraticado por dois Senadores inescrupulosos epor uma servidora acovardada da Câmara Alta,que resolveram, criminosamente, repito, teracesso, para obter vantagens pessoais adeterminada votação feita pelos 81 Senadorescom assento naquela Casa.

Portanto, isso tem que ser refletido,porque há uma atecnia do projeto e precisa sercorrigida e não será se for votada deafogadilho como está acontecendo.

Por outro lado, nós, como disse hápouco no microfone de aparte, debatemos,ontem, em televisão, com os Deputados HeitorSché, Gilmar Knaesel, Jaime Mantelli, HeitorSché e por mim, respondendo uma indagaçãodo repórter Renato Igor se era ou nãocasuística a medida, ele deu uma declaraçãoque vem ao encontro da convicção que eutenho a respeito da personalidade doDeputado Heitor Sché. Disse ele que para quenão houvesse a menor dúvida acerca docaráter casuístico do projeto, iria postular,requerer que a matéria ficasse sobrestada atéque o Tribunal de Justiça deliberasse, julgasseo mandado de segurança que está sub judiceversando sobre a eleição do Presidente daAssembléia.

Por conta disso, pululam inúmerasemendas constitucionais ou leis quepretendem modificar as leis orgânicasmunicipais, com o objetivo de proscrever, emdefinitivo, o instituto do voto secreto dosParlamentos do nosso País.

Antes de mais nada, antes que estaCasa venha agir mais uma vez açodadamentepara querer ser vanguarda, é preciso deixar cla-ro que do ponto de vista constitucional não háa menor possibilidade de se modificar asdisposições da Constituição do Estado, queobriga o voto secreto, sem que antes se façaidêntica modificação no âmbito da ConstituiçãoFederal.

Acredito que nesta Casa tenha cida-dãos, pelo menos a maioria (acho que todos),com essência, com uma formação ética emoral, e na hora do constrangimento ele ficacom a sua consciência e não com a pressãose puder fazer a sua opção de voto pelo votosecreto, ficando ele e a sua consciência nahora do voto.

Qual não foi a minha surpresa e quepassada apenas uma noite o Deputado HeitorSché vem ao microfone de aparte para dizerque era apenas uma intenção, mas que comoele imagina a possibilidade que o Tribunal serátardinheiro no julgamento, então ele desconsi-dera o que falou ontem, não vale e quer o jul-gamento, a deliberação imediata pelaAssembléia desta emenda constitucional.

Isso constitui decisão interativa dosnossos Tribunais. Se o modelo federal prescre-ve determinada regra, ela há que ser seguidacompulsoriamente pelo modelo estadual. Nãoé o que está acontecendo.

Perdoe-me, Deputado Heitor Sché,até acredito que V.Exa. não tenha feito com oobjetivo de implantar neste Parlamentoprincípios do regime autoritário, mas é issoque vai acontecer se entrarmos nessa onda,nesse modismo que se está querendoimplantar em virtude dessa vergonha, dessafraude que aconteceu no Congresso Nacional,mais precisamente no Senado Federal, ondese expôs, se fraudou a secretude do voto daAlta Casa de votação, de um Parlamento destePaís, que é o Senado Federal, queenvergonhou a imagem do Parlamento.

Recentemente, a AssembléiaLegislativa de São Paulo, no embalo, resolveuaprovar emenda constitucional em sentidosemelhante à nossa. E eu tive oportunidade deouvir a declaração do Presidente daquela CasaLegislativa, quando disse o seguinte: nós fize-mos a nossa parte, agora, eu temo que oPoder Judiciário venha desfazer o que nósfizemos.

O que é casuísmo, Srs. Deputados?Casuísmo é mudar a regra do jogo enquanto ojogo está sendo realizado.

Nós temos no Tribunal de Justiça ummandado de segurança na iminência de ser jul-gado e que poderá determinar a realização deum segundo turno para o Presidente daAssembléia. Eu pergunto, na eventualaprovação desta emenda constitucional nesseínterim, como se daria a votação do segundoturno do Presidente da Assembléia? Seria elapela nova regra estabelecida do voto aberto,tendo em vista a vigência imediata de umaemenda constitucional ou privar-se-ia aquelaeleição, porque foi anulada uma eleiçãoacontecida em 15 de fevereiro sob aquelaregra, com aqueles candidatos e, portanto,tendo que prevalecer a eleição secreta?

Lamentavelmente, os veículos decomunicação estão aí para estampar que maisde 25 leis ou proposições aprovadas por estaCasa foram desconstituídas pelo PoderJudiciário em sede de ações de incons-titucionalidade, porque, flagrantemente, sãocontrárias à Lei Maior.

Por isso o que aconteceu emBrasília, a violação daquele painel deveria, sim,merecer a cassação daqueles que o fizeram,porque violaram os princípios essenciais dademocracia e a nossa Constituição Federal,que prevê, em inúmeros artigos, a proteção dovoto secreto, porque neste mundo que vivemosmuitos cidadãos deram suas vidas paradefender a democracia e a essência dademocracia é o voto secreto, é o votouniversal, que tem como princípio fundamentalo voto secreto.

Nós estamos na iminência de, umavez mais, praticarmos o rematado atentadocontra a Constituição Federal. Aliás, aConstituição Federal prescreve a secretude ousigilo de voto em cinco hipóteses: No mínimo, uma grande discussão,

um grande empate haverá de novamente insta-lar-se no seio da Assembléia para a discussãodo critério que deverá ser adotado para essaeventual nova eleição do Presidente da Mesa.

1 - eleição dos membros do Tribunalde Contas da União;

Está aqui na Constituição Federal! Éproibido, ninguém pode, nenhum Deputado ouSenador, fazer qualquer emenda à Constituiçãoque venha banir o voto secreto no nosso País.

2 - destituição do Procurador-Geralda República;

3 - licença para processamento deDeputado;

A prudência, a lógica, o razoável nosindica que no mínimo devêssemos aguardar odesenlace desse processo judicial, mas muitomais do que a Assembléia tivesse aresponsabilidade de deliberar sobre essamatéria à luz da razão e não à luz da emoção.

Por isso a essência da democraciano Brasil, que ainda engatinha, que vem lá dospaíses que há mais de 300 anos tem na suaessência a democracia calcada nas suasConstituições e no seu direito consuetudinário,o princípio exatamente de que os Parlamentostêm que ter determinadas votações secretas

4 - processo de cassação deDeputado;

5 - votação de vetos opostos peloChefe do Poder Executivo.

Na mesma linha, a Constituição doEstado prescreve essas cinco possibilidadesde voto secreto em absoluta sintonia com a

Não sou infenso a nenhumamodificação, desde que venha para oaprimoramento. Eu, por exemplo, concordo

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plenamente de que nas hipóteses em que nãosão reguladas pela Constituição Federal, até porquestão de coerência, também nós venhamos aabolir o voto secreto. Mas naquelas hipóteses quesão reguladas pela Constituição Federal, e são ascinco que aqui mencionei, como disse o DeputadoRonaldo Benedet, são apenas circunstanciais nocotidiano desta Casa. Para essas, se nósquisermos agir com rigor, com constitucionali-dade, com juridicidade e, sobretudo, com res-ponsabilidade, não apenas preocupados com osholofotes que aí estão, deveremos pensar em nãoexpor esta Casa, uma vez mais, em deliberar-seaqui, irresponsavelmente, e ter-se no dia seguintecomo resposta que a Assembléia agiu de maneirainconstitucional e que aquela matéria que elaaprovou não vale e não vai produzir nenhum dosefeitos pretendidos.

Muito bem! No Senado da República,como a situação era outra, os Srs. Senadoresdo mesmo Partido que está aqui hojeclamando pela nulidade da votação naAssembléia, foram protagonistas do mesmovoto aberto, do voto escancarado. A SenadoraLuiza Helena, que tem problemas de votaçãode vez em quando, abriu o seu voto e mostrouàs câmeras de televisão, abriu o seu voto emostrou para os jornalistas e nada aconteceu,por lá vale ter transparência, poder votar semser traidor, sem ser acusado de traição! Aquinão, aqui tem que pairar a desconfiança paraque os algozes, para que as hienas de plantãopossam vir fazer os seus discursos.

do povo é a voz de Deus, e não vamos negaressa condição nesse momento porque isso éestrutural, não é conjuntural. Conjuntural é adiscussão de fatos, como a CPI, sim, para láou para cá. Agora, essa estrutural é parasempre, é para que seja adotada atransparência como norma desta Casa.

O Sr. Deputado Nelson Goetten -V.Exa. me concede um aparte?

O SR. DEPUTADO PAULINHOBORNHAUSEN - Pois não!

O Sr. Deputado Nelson Goetten -Ouvi atentamente o seu pronunciamento epenso que V.Exa. colocou, com muita razão, arealidade que vivemos e a importância desseprojeto.E eu tenho certeza absoluta de que

essa questão, como Relator da emenda cons-titucional, é muito importante. O meu relatóriofoi muito claro: vamos abolir o voto secreto,vamos abrir para a sociedade o nosso voto. Eeu pergunto: fala-se aqui nas leis que precisamser vistas, nas leis federais, estaduais, então,o que é constitucional, o que não é, qual é acoisa mais importante de um País nas suasleis? Não é a Constituição? Como é a votaçãode emenda constitucional? É por voto secretoou voto aberto? É por voto aberto, esse votoque nós vamos colher de cada Deputado afavor ou contra essa emenda e que asociedade vai saber.

Questiono o posicionamento de al-guns aqui, e, se entendi bem as suascolocações, fica bem claro que o Parlamentartomar uma posição em relação a não aceitar ovoto secreto, penso que é tolerável, dá paraentender muito bem. Agora, dizer que nessemomento não é a favor, mas lá na frentepoderá ser a favor! Hoje, não sou porque écasuísmo. Essa é uma barbaridade que nãopodemos aceitar! Isso, realmente, denigreaquele que faz esse tipo de discurso. Mas seele tem uma posição baseada em princípios,de que, por uma razão ou outra, é contra ovoto, tudo muito bem! Mas querer protelarporque está sub judice uma questão destaCasa, é uma barbaridade!

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado Onofre

Santo Agostini) - Com a palavra o DeputadoPaulinho Bornhausen, por até 10 minutos.

O SR. DEPUTADO PAULINHOBORNHAUSEN - Sr. Presidente e Srs.Deputados, a democracia talvez tenha sido,nesse último século, nesse último milênio, omaior instrumento para que o povo brasileiro,para que os povos pudessem encontrar osseus caminhos na direção da justiça social, nadireção de uma sociedade operosa, nemmenos conflitiva, e para que, com oinstrumento da democracia, os seus conflitosnaturais pudessem ser dirimidos na voz dopovo, que é a voz de Deus.

Portanto, protelar não é a melhorsolução. É melhor abrir o voto. Aqueles quenão querem que se vote agora, não é pelocasuísmo da eleição, é porque querem fugir daresponsabilidade, aí, sim, casuística, de quererdefender um assunto que a Justiça écompetente para definir, que poderá penderpara um lado ou para outro. Mas daí trazercasuísmo nessa questão, desculpem-me, nãoé bem assim.

Quem tem medo de tomar posição?Ninguém pode ter medo de tomar uma posiçãoaqui! Ou será que vamos estabelecer umbalcão de negócios novamente? Não vamos!Temos que acabar com isso! E essas pessoassabem muito bem do que estamos falando.

A democracia não é no sentido maiorum projeto, é um ideal. Ela não é pronta e aca-bada. Democracia é um processo de aprimora-mento das suas instituições. Então, gostaria de cumprimentá-lo

pelo discurso.Não existe aquela ou essademocracia melhor. O que existe são povos,suas culturas a serviço do seu povo, da suagente, com instrumento democrático sendo opilar dessa grande caminhada a favor de ummundo mais justo.

Mais do que isso: o Tribunal deContas, a Presidência da Assembléia, veto, oque é mais importante? Emenda constitucionalou isso? Com certeza é a emenda cons-titucional. Vamos nos guiar pelo que oLegislador teve a consciência de fazer comcerteza, e fez muito bem feito. E não sabendofazer, talvez até por pressões, as outrasvotações, transformando-as em secretas.

O SR. DEPUTADO PAULINHOBORNHAUSEN - Vou encerrar, aproveitando ojornal de hoje, na coluna do Cláudio PriscoParaíso, Informação Geral, que acho que nor-teia, com certeza absoluta, aquilo queestamos discutindo aqui, de certa forma sendorelegado a uma questão menor.

Pois bem, a democracia está sentadanum pilar principal que é o voto secreto. Mas elapressupõe, com muita inteligência, a trans-parência como a arma do dia-a-dia para combatera corruptela, as corrupções, a traição e todos ostipos de desvios humanos menores que acabam,quando não existe a democracia, transformando-se no instrumento daqueles que não têm o bem enão querem fazer o bem entre os seus, apenas selocupletar.

Nessa coluna o referido jornalista dizo seguinte: “isto é importante a sociedadesaber. Se efetivamente o voto secreto forfulminado de morte, com base num projeto deautoria do Deputado Heitor Sché, a traiçãodeixaria de ser a principal vedeta das eleiçõesna Assembléia Legislativa.”.

O Deputado Ronaldo Benedet veio àtribuna dizer que o que é aberto é o que o povopode saber. Portanto, o que é fechado o povonão pode saber.

Eu acho que não é bem assim. Opovo deve saber tudo o que se passa nestaCasa com o voto aberto! Mais do que isso,acho que quem não deve não teme. E não émodismo, é uma questão de transparência,porque se for o modismo uma transparência,que seja para sempre, que seja moda eterna,porque a transparência é o pressuposto,também, de uma democracia forte.

Eu quero dizer que não fui eleitopara estar ao lado desta prática. E acho quetodos têm que votar em aberto, e não temproblema de ser ou não ser antes ou depois.Se a regra for votar aberto, que é a maiscorreta, no meu ponto de vista, vamos votar.

Portanto, Srs. Deputados, o votosecreto é um direito do cidadão. Esse ninguémpode mexer. Mas, atenção, o voto secreto não éum direito do eleito. O dever do eleito é usar dasua representatividade a partir das Assembléias,principalmente da Câmara Federal, do Senado,das Câmaras Municipais, para fazer com que osseus ideais, para fazer com que o seu ideal desociedade justa possa ser aplicado.

Eu não tenho medo de abrir o meuvoto, e espero que nenhum Parlamentartenha medo de abrir o seu também, porque,definitivamente, não fui eleito para estar naAssembléia, para estar aqui ao lado dasvelhas práticas. Estou a favor e quero votara favor dessa emenda constitucional, eespero que os Companheiros votemtambém.

O Deputado João Henrique Blasi jácoloca que a nossa Assembléia pode agiraçodadamente aprovando o projeto, pois vai,na minha opinião, agir de forma errada se nãovotar esse projeto no momento em que o Brasilinteiro discute, graças a Deus, num surto sejalá provocado por quêm! Mas é um surto a favorda população brasileira. Aliás, várias leis nestaCasa são votadas casuisticamente. Uma delasfoi votada aqui para fazer com que o FundoEstadual da Justiça pagasse a OAB dosProcuradores de Estado! A Justiça já derrubou!

O que se está discutindo aqui é essaquestão do voto secreto, vamos assim dizer,interna corporis, um voto secreto que dizrespeito aos senhores e às senhoras quesentam neste Parlamento e àqueles quesentam no Parlamento nacional e nosParlamentos municipais. E aí a coisa começa aficar um pouco engraçada. Primeiro, tivemosum processo de voto secreto, depois eu vouentrar na questão conceitual, na eleição para aPresidência da Assembléia, que tem sidolevantada aqui como um casuísmo, pois algunsDeputados acharam por bem abrir o seu voto,o voto próprio, mostrar o seu voto. Os Srs.Deputados que sentam deste lado assinaram,junto com as Bancadas do PMDB, do PT e osoutros Partidos, um requerimento à Justiça,uma petição pedindo a anulação dessaeleição.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado Gilmar

Knaesel) - Inscrito para falar o Sr. DeputadoIvan Ranzolin, a quem concedo a palavra poraté dez minutos.Então, tem que se ter coerência nes-

sa questão. Precisamos fazer com que issoseja colocado com tranqüilidade à sociedadecatarinense. Mais do que isso, a posição danossa Bancada, Deputado, é muito clara.Vamos acompanhar o Deputado Heitor Sché,com seis votos, somados os 10 da Bancada deV.Exa. Tenho certeza absoluta de que o povobrasileiro está exigindo essa medida já, e a voz

O SR. DEPUTADO IVAN RANZOLIN -Sr. Presidente e Srs. Deputados, felizmente aAssembléia Legislativa não tem decidido semuma ampla discussão. Esta proposta dealteração constitucional de autoria do Sr.Deputado Heitor Sché tramitou na Comissãode Constituição e Justiça, recebeu a admissibi-lidade teve discutido seu mérito.

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Na discussão de mérito muito sedebateu, hoje ainda, mesmo após a votação,abrindo-se a possibilidade de discutir essa pro-posta, no sentido de fazer com que aAssembléia Legislativa torne o voto totalmentetransparente.

festa vontade do governo, numa determinadaépoca, o Deputado Epitácio Bittencourt.Ganhou por um voto quando nas contas queantecederam o pleito não tinha a possibilidadedesse voto. Até hoje ninguém sabe quem foi,ninguém sabe de onde veio.

A atual Legislatura tem se esforçadomuito para atingir este objetivo. Foi alterado,através de mudança do Regimento Interno, ocronograma de atividades do Plenário para for-talecermos o trabalho das comissões técnicasque, ao longo destes últimos anos, principal-mente da atual Legislatura, procurou interagircom a sociedade através de audiências públi-cas, buscando discutir melhor os projetos queaqui tramitam.

Esta tem sido, nos últimos tempos,uma exigência da sociedade e até mesmo doParlamento. Uma das coisas mais tristes équando se busca a deliberação através do votosecreto e se formam dois grupos. E no final,na abertura dos votos, constata-se que onúmero não foi aquele acordado dentro dogrupo. Então se estabelece uma desconfiançade impossível reparação.

Na realidade se estabeleceu umagrande polêmica em função do voto secreto. Eassim, aconteceram outras e outras votações.

A eleição do ex-Deputado StélioBoabaid. Quando houve uma divergênciadentro do PMDB ele acabou sendo conduzido aPresidência desta Casa. Dois votos que nin-guém sabe até hoje de onde vieram. Na reali-dade, isto é muito ruim para o Parlamento. E asociedade fica questionando: porque será quenão podemos saber o voto daqueles queconduzimos para o Parlamento?

Foram colocados mecanismos à dis-posição dos Deputados do Poder Legislativopara que a sociedade possa melhor acompa-nhar as nossas atividades. Investimentos naárea de comunicação, através de jornalinformativo, de rádio digital, a TV Assembléia,para que juntos com os veículos decomunicação social possam difundir melhor asnossas atividades, procurando assim resgatarnossa credibilidade e nossa imagem perante asociedade.

Eu, que estou na Casa há 23 anos,sempre me utilizei do voto secreto, mas nuncadeixei de anunciar para meu grupo qual era aminha posição e não levei nunca para minhacasa a consciência intranqüila de não ter deli-berado com o grupo.

Por isso, Srs. Deputados, com todorespeito àqueles que tem um pensamento con-trario, com todo respeito a ConstituiçãoFederal, que não será quebrada, hoje é aoportunidade de, definitivamente,estabelecermos através de uma emenda cons-titucional o voto aberto. E aqueles quedesejarem requerer o voto secreto que o façame assumam a postura de requerê-lo.

Acho que tenho autoridade para falarporque fui vítima do voto secreto. Na votaçãopara Conselheiro do Tribunal de Contas, - umacoisa que não era da minha vontade, pois fuicandidato por circunstâncias políticas - numdeterminado momento tínhamos 22 votosnuma reunião prévia e quando chegou na horada deliberação apareceram 19 votos. Trêsvotos não chegaram e até hoje ninguém sabe.

E temos todos nos esforçado, mu-dando de comportamento para que o cidadãosinta que aqui se trabalha, se procura repre-sentar o eleitor e se busca, acima de tudo, amelhoria da qualidade de vida em nossoEstado para todos os cidadãos.

Por isto, Srs. Deputados, acho que aoportunidade está colocada. É uma questãopolítica muito forte, mas também é uma questãoque vem de uma exigência da manifesta vontadepopular. E a lei tem que nascer da exigência damanifesta vontade popular e não de uma minoria,porque, somente então, será uma lei inteiramenteacatada pelo povo.

Muitas vezes fatos internos nos dei-xam muito mal. Se voltarmos um pouco notempo poderemos observar que os momentosde descrédito, em que fomos mais criticados,foram internos. Ao utilizar subterfúgios, aoassumir compromissos e não os honrar, aodeliberar e modificar a deliberação seesquivando de uma posição.

Aliás, um Deputado depois declinouque não teria tomado a decisão, o que é abso-lutamente democrático e não merece minhareparação. Contudo na hora da abertura dovoto, quando se tem essa oportunidade, nãose pode deixar de fazê-lo. No Senado aconteceu o episódio da

violação do painel eletrônico. Mas não é porisso, não é por essas atitudes que vamos bus-car a transparência. A busca da transparênciatem sido, repito, uma exigência da sociedadee, mais do que uma exigência, serve parasabermos nesta Casa a posição que cadaDeputado toma. Especialmente, vou repetirporque a repetição faz com que entendamosmelhor as coisas: quando se trata de gruposque se separam na Casa para umadeliberação, quer de escolha de nome para oTribunal, quer da escolha para a eleição daMesa e para Presidente, fica muito melhor,com a cabeça erguida tomarmos uma decisãode votar naquele que entendemos ser omelhor. Ter a transparência do que ficarmos nadesconfiança da traição do voto e de, no votosecreto, levar um voto de uma pessoa quetinha um entendimento diferente antes davotação.

Entendo que o Parlamentar representao eleitor que acredita, quando vota, estar sendorepresentado nos seus pensamentos ideológicos,partidários, pessoais. Então, tem aquele repre-sentante a obrigação de procurar, da melhorforma possível, da forma mais honrada edemocrática, fazer seu trabalho.

Vejam que estamos tendo hoje aoportunidade de fazer esta abertura para asociedade catarinense e para nós mesmos, os40 Deputados, para que, quando se decida,como aconteceu na eleição para a Presidênciada Casa que, em grupos, não se estabeleça adesconfiança quando um voto não sair como ogrupo pensava.

Por isto acredito que o voto secretodeva ser extinto em todos os níveis. O DeputadoJoão Henrique Blasi levanta que a matéria ora emdiscussão poderia não abranger todos os casos.Fiz uma consulta à assessoria do DepartamentoParlamentar e o Deputado Heitor Sché deuentrada em projeto para alteração do RegimentoInterno para cobrir os casos que a emenda cons-titucional não abrange.

Por isso a questão regimental não étão importante quanto a questão da moral dovoto. Quanto a questão de olhar cada um nosolhos do outro e ter certeza da sua posição.Ouvi várias manifestações de Srs. Deputados eouvi também as manifestações do DeputadoJoão Henrique Blasi, que faz advertência sobrea questão constitucional da Carta Maior.Contudo a proposta nos leva a uma posição detranqüilidade porque, de acordo com o art. 36da Constituição Estadual, a presente aemenda começa afirmando que: se não houverdisposição constitucional contrária o voto seráaberto. Quando a posição for contrária e istofor requerido o voto será secreto.

Haverá de ser, pela informação querecebi, em todos os níveis. Por isto vamosfazer, Deputado João Henrique Blasi, umaconsulta, uma verificação mais profunda eacredito que o desejo do Deputado Heitor Schétambém seja este, ou seja, que o sigilo sejaextinto de todas as votações desta Casa.

Por isso, Sr. Presidente, acontribuição que trago a este Parlamento e,agora, dando a minha posição que é a mesmada minha Bancada. Discutimos muito isso e onosso Líder, o Deputado Milton Sander, quetem conduzido muito bem a nossa Bancada, deuma maneira democrática e os nossos 10Deputados decidiram votar a favor desta emen-da, que não é da nossa Bancada, mas é da au-toria do Deputado Heitor Sché, a bem da trans-parência da Casa e por ser uma exigência damanifesta vontade popular.

O Sr. Deputado João Henrique Blasi -V.Exa. me concede um aparte?Então, temos a oportunidade de

mostrar, Deputado Ronaldo Benedet, a todasociedade, a transparência do voto. E isso,não significa, necessariamente, que o votoserá absolutamente aberto em todas asposições. Se houver uma determinação, comodiz a emenda constitucional, ela deverá seracatada.

O SR. DEPUTADO GILMAR KNAESEL -Pois não!

O Sr. Deputado João Henrique Blasi -Em sendo aprovado como está o projeto, e nãoé mais permitida aprovação de emenda porqueo prazo esgotou-se, seria eliminado o votosecreto na licença da Assembléia paraprocessar Deputados por processos criminaise abolido na questão do julgamento doDeputado por falta de decoro Parlamentar.

Por isso, temos hoje a oportunidade,de decidir sem ferir nenhum dispositivo,porque isto está ressalvado na emenda doDeputado Heitor Sché com uma alteraçãoproposta pelo Deputado Paulinho Bornhausen.

O SR. PRESIDENTE (Deputado GilmarKnaesel) - Convido o Deputado Ivo Konell paraassumir a Presidência para que este Deputadopossa fazer uso da palavra já que é o próximoorador inscrito.

As outras três hipóteses reguladaspela Constituição do Estado que são: a eleiçãodos membros do Tribunal de Contas, ademissão do Procurador-Geral de Justiça e avotação dos vetos, continuariam sendo porvoto secreto, porque não estão afetadas pelaemenda constitucional.

Acho que vale é a questão da iniciati-va. O Deputado Heitor Sché, quando buscouessa iniciativa, o fez porque, como umParlamentar experiente sabe que nesta Casa,cada vez que se coloca uma votação secreta,os grupos tem que se reunir ou fiscalizar oufazer marcação de votos, o que não deixa deser um verdadeiro absurdo. Já aconteceumuitas e muitas vezes.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Concedo a palavra ao Sr. DeputadoGilmar Knaesel.

O SR. DEPUTADO GILMAR KNAESEL -Sr. Presidente e Srs. Deputados, catarinensesque participam desta sessão, nosso objetivo, eacredito que seja de todos os 40 Deputadosestaduais, é tentar mudar a imagem que o ci-dadão e a sociedade tem da classe política,principalmente da atividade Parlamentar.

O SR. DEPUTADO GILMAR KNAESEL -Deputado João Henrique Blasi, realmente vouprocurar me inteirar um pouco melhor, mas,salvo melhor juízo, o art. 3º da proposta doDeputado Heitor Sché altera a redação do art.54, § IV, que diz respeito a veto.

Essa Casa teve decisões históricas euma delas cito, quando foi eleito contra mani-

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24 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.855 16/05/2001

(Passa a ler) Isso discutimos ontem. O Deputado HeitorSché deixou bem claro o seu posicionamento eacredito que esse seja o grande fundo daquestão porque, senão, com certeza haveriauma decisão da maioria absoluta ou, talvez,até, de determinados Srs. Deputados emrelação a essa matéria.

Portanto, respeito a opiniãodaqueles que têm idéia contrária. Por exemplo,o Deputado João Henrique Blasi, queconsidero, além de Deputado, um dos maioresjuristas do Estado de Santa Catarina, temdúvida quanto a constitucionalidade.

“§ 4º - O veto será apreciado pelaAssembléia Legislativa dentro de 30 dias, acontar da data de seu recebimento, sópodendo ser rejeitado pelo voto da maioriaabsoluta dos Deputados.”

Portanto, altera redação atual daConstituição eliminando o sigilo do voto nocaso de veto.

Outros entendem que o Deputadoficará vulnerável junto ao Governo do Estadoporque o Sr. Governador vai ter conhecimentodo voto dos Srs. Deputados.

Queremos a fidelidade do eleitor.Muitas vezes reclamamos do eleitor quandoimaginamos conquistado seu voto e, como ésecreto, acaba não saindo e ficamosrevoltados, chateados. Imagine como vamoscobrar fidelidade, Deputado Milton Sander, senos momentos críticos não mostramosfidelidade. Fugimos da responsabilidade eprocuramos nos esconder através do votosecreto.

O SR. Deputado João Henrique Blasi- Quais sãos as outras hipóteses? Esse argumento não pode ser levado

em conta pelos 40 Deputados desta Casa, por-que não conheci nenhum deles, até omomento, que fosse pedir licença para o Sr.Governador do Estado para votar nesta Casa.

O SR. DEPUTADO GILMAR KNAESEL -A outra hipótese é com referência ao art. 40,que também altera a redação do inciso XXIII:

(Passa a ler)“Art.40.........................................

....................................................Portanto, respeito determinadas

posições, como é o caso da dúvida quanto aconstitucionalidade, hoje sanada por umparecer unânime da Comissão de Justiça. Nosresta, pois, Srs. Deputados, votar nestePlenário, a favor ou contra o voto secreto.

XXIII - Aprovar previamente, apósargüição pública, a escolha dos Conselheirosde Tribunal de Contas.”

Falo isso de consciência tranqüilaporque em todos os momentos em que assumicompromisso, mesmo através do voto secreto,tornei público e os cumpri, criando embaraçospartidários e até pessoais. Mas mantive minhapalavra e acho que é isso que temos que fazerpara recuperar a imagem perante a sociedade.

Portanto, elimina também o sigilo dovoto, como está hoje na redação. Comprometo-me, Deputada Ideli

Salvatti, a não publicar em painel o nome dosDeputados que votarão contra. Esteja certaque isso não farei, pois os Deputados serãoacompanhados pela TVAL.

E a Constituição está aqui parapodermos confrontar, e no inciso XXIV, diz oseguinte: O SR. PRESIDENTE (Deputado Ivo

Konell) - O próximo orador inscrito para a dis-cussão do projeto é o Deputado Heitor Sché aquem concedo a palavra por até 10 minutos.

(Passa a ler)“XXIV - Destituir, por deliberação de

maioria absoluta, na forma da LeiComplementar, o Procurador-Geral da Justiça.”

A Sra. Deputada Ideli Salvatti - V.Exa.me concede um aparte?

O SR. DEPUTADO HEITOR SCHÉ - Sr.Presidente e Srs. Deputados, após a eleiçãoda Mesa da Assembléia Legislativa, a primeiratransmitida publicamente pela televisão, - semdúvida, uma mancha no Parlamentocatarinense - relembro que recebíamostelefonemas de muitas pessoas reclamando dacondução da eleição. Na hora da votaçãosecreta, quando me encaminhava da cabinepara a urna, naturalmente exibindo o meu voto,colocando-o na cédula, fui fotografado. Minhafoto foi para o jornal como se estivessecometendo qualquer ato que viessecomprometer o meu trabalho neste plenário.

O SR. DEPUTADO HEITOR SCHÉ -Com muito prazer concedo o aparte a V.Exa.Tenho certeza de que V.Exa. vem enriquecermeu pronunciamento.

Portanto altera a redação atual, eli-minando o sigilo do voto.

Mas o que quero embasar no meupronunciamento é que queremos alterar e mu-dar este comportamento, esta visão que o elei-tor tem. E nada melhor, Deputado RenoCaramori, do que demonstrar o nosso posicio-namento.

A Sra. Deputada Ideli Salvatti - O PTnão tem problema com painel. Quem tem pro-blema com painel, atualmente, é o PFL e oPSDB. Estes é que estão enrolados, noSenado, por causa da questão do painel.

Tivemos momentos difíceis como oepisódio do impeachment, quando alteramos oRegimento Interno da Assembléia Legislativa e,portanto, no nosso caso específico, não houveo sigilo do voto. No caso impeachment foi alte-rado e não mudou o resultado final! OsDeputados que entendiam, naquele momento,que deveria iniciar o processo de impeachmentdo Governador votaram de uma forma e outrosde outra forma!

O SR. DEPUTADO HEITOR SCHÉ -V.Exa. está distorcendo o meu pronuncia-mento. Falo daquele painel público, nos out-doors que V.Exa. costuma a promover na rua.Aquele do Congresso é um fato consumado! Seeu lá estivesse teria votado pela cassação doSr. Antônio Carlos Magalhães.

Ora, Srs. Deputados, posteriormentecompareci à esta tribuna e li uma decisão doSupremo Tribunal Federal dizendo que o voto ésecreto apenas para o eleitor. Portanto, se euentender de divulgar o meu voto não cometoqualquer ilegalidade. Face a todos esses acon-tecimentos divulgados pela TVAL e outros nodecorrer dos muitos mandatos que exercinesta Casa, que sempre deixaram dúvidaquanto ao voto secreto, entendi ingressar comemenda constitucional e projeto de resolução,acabando terminantemente com o voto secretonesta Casa.

A Sra. Deputada Ideli Salvatti -Deputado Heitor Sché, no painel é bom colocarassim: como é que votaram os parlamentaresquando foi apresentada a emenda doDeputado Neodi Saretta para eliminar umasdas modalidades de voto secreto na Casa etambém fora. Faz as duas, faz as duas.

Mesmo Deputados que tiveram posi-cionamentos difíceis naquele momento, seuseleitores entenderam seu voto porque omostraram e foram reconduzidos à Casa.

Portanto, a melhor coisa que temosde fazer, Deputado é, realmente, mostrarmosnosso voto e defender nossas posições. E issosó será possível através do voto secreto.

O SR. DEPUTADO HEITOR SHÉ -V.Exa. é muito saudosista! V.Exa. vem com umprojeto que já foi superado há quase dez anos.

O Sr. Deputado Joares Ponticelli -V.Exa. me concede um aparte?O caso dos vetos, por exemplo, é o

maior absurdo! Votamos uma matéria deorigem Parlamentar, muitas vezes, aprovadapela maioria e, às vezes, pela unanimidadedos Srs. Deputados; o Poder Executivo exerceo seu direito de veto; a matéria volta àAssembléia e ao apreciarmos o veto ele seráatravés de voto secreto. Por quê? Por que votosecreto? E há, muitas vezes, mudança de voto,e ninguém sabe porque o Deputado muda devoto quando, primeiro vota abertamente a favorde uma matéria e depois, no veto, modifica oseu voto.

Naquela oportunidade mais 13 Srs.Deputados assinaram comigo a emenda e,senão mais, porque não procurei, pois oRegimento previa a necessidade de apenas 14assinaturas.

O SR. DEPUTADO HEITOR SCHÉ -Pois não!

O Sr. Deputado Joares Ponticelli - Maisuma vez, Deputado, é bom que seja transmitidoao vivo para o povo ver como é a reação quandovocê usa as armas do PT para feri-los. Eles nãogostam, só gostam daquele painelzinho, daquelescartazinhos que fazem por aí, a escolinha e ocenário que montam. Só pode ser usado contra oPFL, o PPB, o PMDB o PSDB, mais não pode serusado contra eles. Reagem assim.

Fiz isso com convicção. Não foi porvaidade, porque como já disse e repito nestatribuna, meu currículo e minha idade não medão mais o privilégio de ser vaidoso. Fiz issopor convicção.

Posteriormente, surgiu no CongressoNacional o problema da violação do painel.Noutras Assembléias, noutras CâmarasMunicipais e até no Congresso se ventila a ex-tinção do voto secreto.

Na semana passada, já vimos comoeles reagem, hoje estamos vendo novamente...No restante do País pode. A Deputada disse que oPT é que está apresentando nas Assembléias enas Câmaras... Aqui na nossa não pode! Então, éaquilo que eu disse na semana passada: umacoisa é o discurso, outra coisa é a prática, estáconfirmado mais uma vez!

Então, é necessário, Srs. Deputados,que isso seja alterado. Claro que ocomponente político está presente - nãopodemos desconhece-lo -, quando aindavivemos a expectativa ou alguns vivem aexpectativa de uma decisão judicial sobre oprocesso da eleição da Presidência, mas omeu modesto parecer sobre essa matéria éque, se houver uma decisão em contrário dotribunal de Justiça sobre a eleição daPresidência, ela se reporta a 15 de fevereiro.

Segundo me consta, quase namaioria dos Parlamentos o voto secreto estásendo objeto de solicitação de extinção peloPartido dos Trabalhadores. É autor de quasetodas as emendas no País, com exceção naAssembléia de Santa Catarina, onde eu haviadado a entrada à emenda constitucional.

Parabéns pelo seu pronunciamento!O SR. DEPUTADO HEITOR SCHÉ - A

minha querida Deputada Ideli Salvatti perdeu aoportunidade e agora se refere e se reporta aoDeputado Neodi Saretta. V.Exa. deveria ter, umdia após a eleição da Mesa ou antes, ter entra-do com a emenda. Eu estaria pronto para assi-ná-la.

Por esse motivo estou convicto deque o PT, liderado pela Deputada IdeliSalvatti, votará a favor do voto secreto. Élógico, evidente, se defende a extinção emtodo o País não poderia mantê-lo nestaAssembléia Legislativa.

Portanto, as regras do jogo estabele-cidas no dia 15 de fevereiro terão que ser obe-decidas. Uma lei não pode retroagir para preju-dicar ou modificar as regras em andamento.

DIVISÃO DE ANAIS - Processo Informatizado de Editoração

16/05/2001 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.855 25

A Sra. Deputada Ideli Salvatti - V.Exa.me concede um aparte?

O SR. DEPUTADO HEITOR SCHÉ -Perfeito. E querem discutir o projeto. Pediriaque o projeto fosse discutido hoje e votadoamanhã ou que continuasse a discussão por-que hoje é visível a falta de quorum. Então,como Autor do projeto, faço esse apelo. Masque continue a ser discutido.

O SR. DEPUTADO JAIME MANTELLI -Mantida esta ordem de inscrição, evidentemente?!

O SR. DEPUTADO HEITOR SCHÉ -Pois não!

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Pois não! A ordem está mantida, porémconsulto se ainda ouviríamos ainda hoje mais umdos inscritos? Até poderíamos ouvir dois.

A Sra. Deputada Ideli Salvatti - Nãoteríamos nenhum problema de entrar. Por quênão entramos? (Falas paralelas fora do microfone.)

O SR. DEPUTADO HEITOR SCHÉ - Porquê?

A Sra. Deputada Ideli Salvatti -Deputado Ivo Konell, então gostaria de proporfazer o seguinte encaminhamento: nãoimaginávamos que iríamos ter o debate destamatéria tão controversa e temos umdepoimento importantíssimo da CPI que estavamarcado para às 4h30min. Isto estáaguardando o encerramento dos trabalhos.

O próximo inscrito é o DeputadoMilton Sander.

A Sra. Deputada Ideli Salvatti - Porquê não entramos?

O Sr. Deputado Jaime Duarte(Interrompendo) - Que nem sequer está noPlenário!O SR. DEPUTADO HEITOR SCHÉ - Os

Deputados, em todos os lugares, tem que darentrada nas Assembléias.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Que não está no Plenário.

A Sra. Deputada Ideli Salvatti - Porquetemos uma eleição interrompida, uma eleição queestá sub-júdice, que começou com uma regra etem que terminar com a mesma regra. Umaeleição que só tem como objetivo esta emendaque altera a regra do jogo durante o jogo, porquequando vocês tiveram a oportunidade...

Em seguida o Deputado Herneus deNadal.V.Exa. mesmo já confirmou que

temos quatro Deputados inscritos... (Falas paralelas fora do microfone.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Ivo

Konell) - Deputado Ideli Salvatti, são seisDeputados ainda inscritos.

Então fica acordado desta forma, que adiscussão prossegue na sessão de amanhã namesma ordem de inscrição que temos aqui.

A SRA. DEPUTADA IDELI SALVATTI -Seis?!

(Falas paralelas fora do microfone.)O SR. DEPUTADO HEITOR SCHÉ -

Temos é que lavar a alma. Temos é que mudaraquela impressão daquela eleição interrompidaperante o povo de Santa Catarina, Deputada.Temos que mudar aquela imagem e paramudar faço um apelo: vamos extinguir o votosecreto. Por que nos escondermos atrás dovoto?

Deputado Milton Sander, DeputadoHerneus, Deputado Afrânio Boppré, DeputadoJaime Duarte, Deputado Jaime Mantelli eDeputado Romildo Titon.

Então, V.Exa pode verificar que,sendo 10 minutos para cada um, não teremostempo para que todos se manifestem.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - As 18h teremos que encerrar a sessão.

O Sr. Deputado Afonso Spaniol -Posso me inscrever ainda, Sr. Presidente?

A SRA. DEPUTADA IDELI SALVATTI -Teremos que encerrar. Então, gostaria depedir, já que está havendo proposta paradeixar a votação para amanhã, queinterrompêssemos a discussão, ficando tudogarantido para a próxima sessão com relaçãoas inscrições e que pudéssemos dar início dostrabalhos da CPI, aproveitando até..., porquehá uma situação de impasse na greve daCASAN - os funcionários estão aqui, jáconversaram com alguns Parlamentares e aproposta foi no sentido de não apenas aprovaro requerimento que apresentamos paragestionar negociações entre o Executivo e aempresa -, e o Deputado Júlio Garcia foi umpouco mais além e propôs: como em outrasocasiões a Casa atuou como intermediária,que pudéssemos adotar esta medida e que aPresidência da Casa se comprometesse achamá-los para podemos ter este processo denegociação.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - O Deputado Afonso Spaniol está seinscrevendo.Queria fazer um apelo a V.Exa., Sr.

Presidente: que após o encerramento da dis-cussão da matéria, como Autor do projeto, fos-se adiada a votação para os próximos dias.

O Sr. Deputado Joares Ponticelli -Pela ordem, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Com a palavra, pela ordem, oDeputado Joares Ponticelli.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)A Sra. Deputada Ideli Salvatti - Peço

a palavra, pela ordem, Sr. Presidente.O SR. DEPUTADO JOARES

PONTICELLI - Outros poderão se inscrever.V.Exa. não vai encerrar a inscrição?O SR. PRESIDENTE (Deputado Ivo

Konell) - Com a palavra, pela ordem, a Sra.Deputada Ideli Salvatti.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Sem dúvida, menos os que já usaramhoje da palavra!A SRA. DEPUTADA IDELI SALVATTI -

Deputado Ivo Konell, só me deixa entender. ODeputado Heitor Sché está propondo que nãoseja votado hoje?

A Sra. Deputada Ideli Salvatti - Pelaordem, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Com a palavra, pela ordem, aDeputada Ideli Salvatti.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Está propondo que seja votado.

A SRA. DEPUTADA IDELI SALVATTI -Não, ele terminou de dizer que está propondoque não vote hoje, é isso?

A SRA. DEPUTADA IDELI SALVATTI -Sr. Presidente, só a questão então do encami-nhamento para a greve da CASAN, se épossível haver aquele encaminhamento jáoutras vezes tomado, no sentido daPresidência gestionar junto a direção daempresa por uma reunião em caráter deemergência para o dia de amanhã, tentandofazer o encaminhamento das negociações.

Em outras greves isso já foi feito.Então, gostaríamos de aproveitar, aindadurante a sessão, para poder estabelecer estecanal de negociação que entendemos muitoimportante para uma greve que já se arrastahá uma semana.

O Sr. Deputado Heitor Sché - Peço apalavra, pela ordem, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Com a palavra, pela ordem, o Sr.Deputado Heitor Sché.

O SR. DEPUTADO HEITOR SCHÉ -Estou pedindo que não seja votado hojeporque não tem quorum. Por isso estoupedindo que não seja votado hoje. Mas estásendo discutido o projeto e peço que continuea discussão mas que não seja votado hojeporque é visível a falta de quorum.

O Sr. Deputado Heitor Sché - Pelaordem, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Ivo

Konell) - Vamos encaminhar, Deputada IdeliSalvatti, a sua proposta para o Presidente daCasa, para que V.Exa., pessoalmente, façaeste encaminhamento.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Com a palavra, pela ordem, oDeputado Heitor Sché.

O SR. DEPUTADO HEITOR SCHÉ - Deminha parte, como Autor da matéria, concordoplenamente. Basta V.Exa. consultar as pessoasque estão inscritas para saber se concordam emdeixar para amanhã a continuação da discussão.

De nossa parte não há nenhum pro-blema. Se houver acordo a Presidência vai serinformada sobre o seu pedido para que possaproceder esta convocação.

A Sra. Deputada Ideli Salvatti(Intervindo) - Deputado Ivo Konell, fica avotação para outro dia e encerramos adiscussão hoje ou o Deputado Heitor Schétambém está pedindo para dar continuidade adiscussão num outro dia?

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - É o que fazemos agora, consultandoos Deputados Milton Sander, Herneus deNadal, Afrânio Boppré, Jaime Duarte, JaimeMantelli e Romildo Titon.

O Sr. Deputado Jaime Duarte - Pelaordem, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Com a palavra, pela ordem, oDeputado Jaime Duarte.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Pelo que entendi a proposta é no sen-tido de que fosse feita hoje a discussão doprojeto e a votação em outra oportunidade.Essa foi a proposta inicial do Presidente.

Com a concordância dos Deputados,podemos...

O SR. DEPUTADO JAIME DUARTE -Levantei uma questão pela ordem!

O Sr. Deputado Nelson Goetten - Nanossa Bancada não temos problemas, Sr.Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Pois não!O Sr. Deputado Heitor Sché - Peço a

palavra, pela ordem, Sr. Presidente. O SR. DEPUTADO JAIME DUARTE -Esta questão, sobre a emenda constitucionalparece-me que está decidida, mas quero apro-veitar a oportunidade para convocar, e já fizpor escrito mas apenas para relembrar, osmembros da Comissão de Direitos Humanos eDefesa do Consumidor para uma reunião aotérmino desta sessão, porque temos matériaspara deliberar que deverão vir a Plenário paraserem votadas.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Com a palavra, pela ordem, o Sr.Deputado Heitor Sché.

Acho que temos a CPI que também éimportante e em nada, penso, prejudica oprojeto, deixando-o para ser discutido amanhã.

O SR. DEPUTADO HEITOR SCHÉ - Fizeste apelo justamente porque tem diversosDeputados inscritos, e...

O Sr. Deputado Jaime Mantelli - Pelaordem, para uma questão de ordem, Sr.Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Temos mais quatro Deputados inscri-tos.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Com a palavra, pela ordem, para umaquestão de ordem, o Deputado Jaime Mantelli.

Processo Informatizado de Editoração - DIVISÃO DE ANAIS

26 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.855 16/05/2001

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Fazemos esta convocação a todos osmembros da Comissão para que se façam pre-sentes.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Terminada a Ordem do Dia, passare-mos à Explicação Pessoal. Inscrito o Sr.Deputado Volnei Morastoni, a quem concede-mos a palavra.

Infelizmente, o próprio Tribunal deJustiça, numa decisão que contraria todassuas decisões históricas, mais de 30 em nomedos direitos da criança, num conluio com oGoverno do Estado, impede o cumprimento dosdireitos da criança - no caso o direito à saúde,o direito à vida.

O Sr. Deputado Nelson Goetten -Pela ordem, Sr. Presidente. O SR. DEPUTADO VOLNEI

MORASTONI - Sr. Presidente e Srs. Deputados,O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Com a palavra, pela ordem, o Sr.Deputado Nelson Goetten.

“Muitas coisas que precisamospodem esperar.

Amanhã estaremos numa sessãoespecial da Comissão de Saúde desta Casaouvindo, inclusive, o Tribunal de Justiça e aSecretaria Estadual de Saúde sobre essasituação.

O SR. DEPUTADO NELSON GOETTEN- Sr. Presidente para que continuemos avotação de projetos ou requerimento peço aconferência de quorum.

A criança não pode.É exatamente agora que seus ossos

estão se formando, seu sangue é produzido eseus sentidos estão se desenvolvendo. Mas, esta mesma Secretaria Estadual

de Saúde está agora dizendo que vai fazer umadevassa nos 293 Municípios de Santa Catarinaem relação à assistência básica em saúde etambém nos 228 hospitais do Estado. Tem quefazer as auditorias que são rotineiras. É um dever,é um compromisso, é uma obrigação daSecretaria. Mas não com o nome de devassa. Dedevassa política porque é dessa forma: doispesos e duas medidas em relação à determinadasadministrações. Principalmente em relação asadministrações populares do Partido dosTrabalhadores em Blumenau e em Chapecó.

O Sr. Deputado Jorginho Mello - Pelaordem, Sr. Presidente.

Para ela não podemos responderAmanhã.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Com a palavra, pela ordem, o Sr.Deputado Jorginho Mello.

Seu nome éHoje.”Gabriela Mistral. Poetisa Chilena”

O SR. DEPUTADO JORGINHO MELLO -Sr. Presidente, faço um registro antes queencerre a sessão, da presença dos Vereadoresde Imbituba, o Beto e o Jaison que estão naCapital visitando a Assembléia.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, oGoverno do Estado de Santa Catarina e suaSecretaria Estadual de Saúde, com certeza, aoouvirem este poema não terão nenhum sonotranqüilo, terão muitos pesadelos, porque oGoverno do Estado de Santa Catarina não respeitaos direitos da criança, principalmente o direito àsaúde, o direito à vida das nossas crianças.

Quero que fique consignados nosAnais da Casa a presença deles.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Os nossos cumprimentos e que sejambem-vindos à Assembléia Legislativa.

A forma abusiva, inquisitorial, prepo-tente e também caluniosa, como a Secretariatem procedido nesse trabalho, levando a umconfronto hostil, vergonhoso, deplorável, quenão é o comportamento que cabe à Secretariade Estado da Saúde, pois deveria buscar entreos Municípios a harmonia do Sistema Único deSaúde, a parceria. No entanto, vai para o con-fronto político-eleitoral antecipadamente.

E diz um outro autor: “o maiorpatrimônio de uma Nação, de um Estado, de umacidade é o seu povo. E o maior patrimônio de umpovo são as suas crianças e os seus jovens.”

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Temos na pauta da Ordem do Dia dehoje o seguinte projeto: O Governo do Estado de Santa Catarina, a

Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina, ecom certeza os seus integrantes - o Sr. Governador eo Sr. Secretário Estadual da Saúde -, não dormirãotranqüilos ao ouvirem esta máxima porque nãorespeitam os direitos da criança, especialmente odireito à saúde, o direito à vida.

Discussão e votação em turno único doProjeto de Lei 117/2001, que revoga dispositivoda Lei 7.541 de 98 alterada pela Lei nº 10.298de 96, que dispõe sobre as taxas estaduais. Este é um Governo que ainda não

desceu do palanque e quer continuar no palan-que ao invés de descer e abrir as portas doshospitais! Ao invés de colocar a funcionar cincosalas de cirurgias. Das oito, cinco salas de ci-rurgia do Hospital Joana de Gusmão estãofechadas e esse Hospital não cumpre comessa responsabilidade.

O Sr. Deputado Ronaldo Benedet -Pela ordem, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Com a palavra, pela ordem, o Sr.Deputado Ronaldo Benedet.

E digo isso, por quê? Porque hoje, pelamanhã, estivemos, como membros integrantes daComissão de Saúde desta Casa, acompanhados peloMinistério Público Estadual, pela Promotoria daInfância e da Juventude da Capital catarinense, pelaComissão de Direitos Humanos da OAB e outrasimportantes entidades da sociedade, visitando oHospital Infantil Joana de Gusmão, um hospital deresponsabilidade do Governo do Estado e daSecretaria Estadual da Saúde que, no entanto, nãocumprem com as suas responsabilidades.

O SR. DEPUTADO RONALDOBENEDET - Gostaria de pedir verificação dequorum porque acho que não tem quorum paravotar esse projeto, Sr. Presidente.

Onde está o Líder do Governo,Deputado Joares Ponticelli? Onde está o Líderdo Governo nesta sessão? Quero dar umaparte ao Líder do Governo! Quero que o Líderdo Governo, Deputado Joares Ponticelliresponda-me agora onde está o Governo doEstado que foge às suas responsabilidades.Quero dar um aparte ao Líder do Governo masele não está na sessão!! No entanto emsessões anteriores, como num monólogo, vemtecer uma série de considerações caluniosascontra administrações Municipais. A Secretariade Estado sabe das dificuldades que osMunicípios estão passando! A Secretaria deEstado sabe que cada vez mais os Municípios,e entre eles os Municípios que assumiramgestão plena como Blumenau e Chapecó, têmadministrações exemplares, transparentes!

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - A falta de quorum é visível. Portanto,retiramos de pauta esta matéria e passaremosao encerramento da sessão do dia de hoje.

O horário de Explicação Pessoal ficaprejudicado pelo acordo que fizemos...

Há milhares de crianças catarinensesdoentes nas filas de espera de consultas espe-cializadas e há milhares de crianças catarinensesnas filas de espera por cirurgias! Possivelmentemuitas dessas crianças se perderam noscaminhos e eventualmente muitas delasmorreram por falta de responsabilidade política,de compromisso deste Governo do Estado paracom a saúde, para com a vida das nossascrianças.

O Sr. Deputado Herneus de Nadal -Pela ordem, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Com a palavra, pela ordem, o Sr.Deputado Herneus de Nadal.

O SR. DEPUTADO HERNEUS DENADAL - Sr. Presidente gostaria de um esclare-cimento. Não teremos Explicação Pessoal?

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Acho que com a falta de quorum verifi-cada e estamos praticamente com o horáriovencido teríamos, no máximo um ou doisoradores.

Além de não cumprir suasresponsabilidades políticas, administrativaspara garantir o funcionamento deste que é oúnico hospital infantil de referência no Estadode Santa Catarina, o Governo do Estado aindaatravanca, impede, na Justiça, que o MinistérioPúblico exerça o seu papel.

Em Chapecó, por exemplo, houve umaredução de 10% das internações hospitalares.Dados comprovados pela própria SecretariaEstadual de Saúde e que mostram que isso repre-senta uma otimização da assistência básica dosambulatórios. O Sistema Básico de SaúdeAmbulatorial melhorou consideravelmente o seuatendimento, a qualidade de atendimento, tantoque resulta na diminuição de internações hospi-talares. No entanto, esse Governo vem fazerameaças semeando um verdadeiro terrorismoentre os Municípios, quando não é esse o papelque cabe à Secretaria Estadual de Saúde.

O SR. DEPUTADO HERNEUS DENADAL - Teríamos 20 minutos?

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Acho que não há problemas. Asinscrições são inúmeras, são 12 ou 13 inscritos eo primeiro orador é o Deputado Manoel Motaseguido da Deputada Ideli Salvatti.

Quando o Ministério Público, após umlevantamento realizado no ano passado, no ano2000, no qual se constatou que mais de cinco milcrianças estavam nessas filas de espera,procurou realizar um ajuste de conduta chamandoa Secretaria Estadual da Saúde, esta, ir-responsavelmente, de forma relapsa, negou-se ouencontrou evasivas para não realizar esse ajustede conduta em nome da saúde e da vida dascrianças de Santa Catarina.

O Sr. Deputado Volnei Morastoni(Intervindo) - Falarei no lugar da Deputada IdeliSalvatti.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - Houve uma incorreção. A inscrição foifeita fora do espaço e o primeiro orador pelalistagem oficial é a Deputada Ideli Salvatti.

Tenho em mãos documento onde aSecretaria Estadual de Saúde, que é responsávelpelo Hospital Regional de Chapecó, ameaçasuspender os exames de Raios X dos pacientesencaminhados pela Secretaria Municipal de Saúdede Chapecó. Não é este o papel que cabe a umaSecretaria Estadual. Tenho em mãos outro documentoque prova, mostra que pacientes do Sistema Único deSaúde- SUS - que estão em tratamento dequimioterapia devido ao diagnóstico de neoplasia...

E mais do que isso: o Governo doEstado também impediu, junto ao Tribunal deJustiça, que uma ação civil pública impetrada peloMinistério Público Estadual pudesse garantir osdireitos da criança catarinense, fazendo com queo Governo do Estado apresentasse prazos parapoder atender condignamente essas milhares decrianças em lista de espera.

O Sr. Deputado Volnei Morastoni(Intervindo) - No lugar de Ideli Salvatti éDeputado Volnei Morastoni.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - O senhor usaria o horário dela?

O Sr. Deputado Volnei Morastoni - Sim.

DIVISÃO DE ANAIS - Processo Informatizado de Editoração

16/05/2001 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.855 27

(Discurso interrompido por término dohorário regimental.)

O SR. DEPUTADO MANOEL MOTA - Sr.Presidente e Srs. Deputados, uso esta tribunapara deixar registrado que viemos de Brasília,daquele movimento feito dias atrás comVereadores, Prefeitos, Deputados, quando con-quistamos a licença ambiental para início dalicitação para duplicação da BR-101.

corredor do MERCOSUL para a economiacatarinense e brasileira.

O SR. PRESIDENTE (Deputado IvoKonell) - V.Exa. dispõe de mais 30 segundos paraconcluir seu pronunciamento, Deputado.

Por isso, quero pedir aos meus nobresPares desta Casa para que ajudem nesse mutirãoque, com certeza, vai salvar muitas e muitasvidas. Quanto mais rápido for o início, quanto maisrápido sair a duplicação, mais mortes vamos evitarna BR-101.

O SR. DEPUTADO VOLNEI MORASTONI - ...oEstado não está garantindo o tratamento dequimioterapia, provocando risco de vida. Aquele foi um instante de euforia, de

alegria. Mas o passo não foi é só este! Agoraprecisamos dar passo por passo, porque até agoranão vieram os bancos internacionais: o bancojaponês, o BID. Ocorre que cada semana que atrasaaumenta ainda mais a espera, porque precisam de 60dias para colocar na Internet objetivando que nenhumprocesso impeça que o banco libere o dinheiro dalicitação.

Portanto, quero dizer que estas questõestêm que ser respondidas pelos representantes doGoverno Esperidião Amin e da Secretaria Estadual deSaúde nesta Casa. E tem que dar estas respostas aopovo de Santa Catarina.

Então, quero marcar neste Parlamento,fórum importante de decisão que esteve em todosos momentos em Brasília para transformar nossosonho em realidade, que é a realização daduplicação da BR-101, no trecho Sul.

Também queremos saber porque mu-tirões, como o de cirurgia de catarata, tem sidoutilizados no Hospital Regional São José, na GrandeFlorianópolis, administrado diretamente pelo Governodo Estado, com objetivo político e eleitoral, que estãosendo investigados pela Polícia Federal como,possivelmente, crime eleitoral.

Quero, Sr. Presidente, deixar registradoque continuamos trabalhando e precisamos deapoio de todos os Parlamentares.

Estivemos pela manhã no DNER comrepresentantes do Ministério dos Transportes,com o Diretor do DNER para assuntos doMERCOSUL e da BR-101 para saber o dia em queos bancos internacionais chegarão no Brasil, paraque possamos acompanhar como Relator daComissão Parlamentar Externa senão, daqui apouco vamos fazer a licitação e vai entravar na leieleitoral, na Lei de Responsabilidade Fiscal equem ficará responsável por todas as mortes queacontecem a cada final de semana? Então,gostaria de deixar registrada essa minha preocu-pação.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado Ivo

Konell) - Não havendo mais quem queira fazer usoda palavra, comunicamos a pauta do dia 16 demaio de 2001:

Enquanto centenas de pessoas estãoanos nas filas esperando por uma cirurgia decatarata. Do interior do Estado próceres de líderesde representantes deste Governo trazem deônibus pessoas que passam na frente dessesoutros pobres coitados, pacientes que estão hámuito tempo esperando...

Discussão e votação em primeiro turnodo Projeto de Emenda Constitucional nº0001/2001; discussão e votação em turno únicodos Projetos de Lei nºs 375 0117 e 059/2001;discussão e votação em turno único do Projeto deResolução nº 003/2001; discussão e votação emprimeiro turno do Projeto de Lei nº 111/2000.

(Discurso interrompido por término dohorário regimental.)

(SEM REVISÃO DO ORADOR) Vencemos apenas uma etapa e muitasvirão para conquistar de fato e de direito toda anegociação que garanta até o final do ano o inícioda duplicação da BR-101, obra fundamental do

Esta Presidência, antes de encerrar apresente sessão, convoca outra, ordinária, paraamanhã, à hora regimental.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Ivo Konell) -Com a palavra o próximo orador inscrito, DeputadoManoel Mota, por até dez minutos. Está encerrada a sessão.

P U B L I C A Ç Õ E S D I V E R S A S

EXTRATO PORTARIAS

EXTRATO Nº 029/01 PORTARIA Nº 207/2001REFERENTE: 7º Termo Aditivo ao Contrato PF nº 005/97, celebrado em 30 dedezembro de 1997.

O DIRETOR DO DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO, no uso desuas atribuições,

CONTRATANTE: Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina. RESOLVE:CONTRATADA: Ondrepsb Limpeza e Serviços Especiais Ltda. LOTAR BEATRIZ CAMPOS ELIAS ACORSI, matrícula nº

1842, na Escola do Legislativo.OBJETO: O presente termo aditivo tem por finalidade:1. incluir 07 (sete) digitadores ao quantitativo global ajustado para a prestação dosserviços relativos ao objeto do Contrato.

Palácio Barriga Verde, em 16/05/2001CESAR LUIZ BELLONI FARIA

2. acrescer ao valor contratado a importância de R$ 7.891,24 (sete mil, oitocentose noventa e um reais, vinte e quatro centavos), mensais, fixos e irreajustáveis.

Diretor*** X X X ***

FUNDAMENTO LEGAL: Art. 65, § 1º, da Lei nº 8.666/93, Cláusula Sexta doContrato e autorização do Departamento Administrativo.

PORTARIA Nº 208/2001O DIRETOR DO DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO, no uso de

suas atribuições,Florianópolis, 02 de maio de 2001.Signatários: RESOLVE:Deputado Onofre Santo Agostini - Presidente LOTAR ELIANA DE FREITAS RIBEIRO, matrícula nº 1491, na

Escola do Legislativo.Senhor Paulo Helder Bordin - Diretor.Senhor Luiz Hermes Bordin - Diretor. Palácio Barriga Verde, em 16/05/2001

*** X X X *** CESAR LUIZ BELLONI FARIADiretor

OFÍCIO *** X X X ***PORTARIA Nº 209/2001

O DIRETOR DO DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO, no uso desuas atribuições,OFÍCIO Nº 049/01

TRIBUNAL DE JUSTIÇA RESOLVE:GABINETE DA PRESIDÊNCIA LOTAR LIGIA DE OLIVEIRA STOETERAU, matrícula nº 1098,

na Escola do Legislativo.Ofício nº 482/2001-GP-FRJ Florianópolis, 4 de maio de 2001Exmo.Sr. Palácio Barriga Verde, em 16/05/2001Deputado ONOFRE SANTO AGOSTINI CESAR LUIZ BELLONI FARIADD Presidente da Assembléia Legislativa do Estado DiretorNESTA *** X X X ***

Senhor Presidente, PORTARIA Nº 210/2001Cumprimentando-o cordialmente, apresento a Vossa Excelência o

relatório das atividades do Fundo de Reaparelhamento da Justiça-FRJ,referente ao segundo semestre do exercício de 2000, bem como as metas aserem atingidas no primeiro semestre de 2001, em atendimento ao dispostono artigo 11, da Lei Complementar nº 188, de 30 de dezembro de 1999.

O DIRETOR DO DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO, no uso desuas atribuições,

RESOLVE:LOTAR IRANI FELICIANO, matrícula nº 1513, no Gabinete

do Deputado Julio Garcia.Outrossim, coloco-me à disposição de Vossa Excelência para

quaisquer esclarecimentos que porventura se fizerem necessários.Palácio Barriga Verde, em 16/05/2001CESAR LUIZ BELLONI FARIA

Na oportunidade, renovo a Vossa Excelência protestos de elevadoapreço e de subida consideração.

Diretor*** X X X ***

XAVIER VIEIRA PORTARIA Nº 211/2001Presidente O DIRETOR DO DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO, no uso de

suas atribuições,Lido no ExpedienteSessão de 16/05/01 RESOLVE:

*** X X X ***

Processo Informatizado de Editoração - DIVISÃO DE ANAIS

28 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 4.855 16/05/2001

LOTAR ANTÔNIO CARLOS MORRO, matrícula nº 1359, naDSG - Seção de Fiscalização e Controle de Contratos.

Senhor Presidente,O Deputado que a este subscreve, com amparo nos artigos 28, 29, 30, e artigo123, Inciso XIV, do Regimento Interno, requer, que após ouvido o Plenário, sejaconstituída uma Comissão Temporária Especial Externa, composta de 5 (cinco)parlamentares para, no prazo de 90 (noventa) dias, conjuntamente com diversasinstituições, entidades e organizações da sociedade, fazer o levantamento dedados, identificar os motivos, e propor políticas públicas para diminuirdesigualdades econômicas e sociais entre as regiões do Estado de SantaCatarina.

Palácio Barriga Verde, em 16/05/2001CESAR LUIZ BELLONI FARIADiretor

*** X X X ***PORTARIA Nº 212/2001

O DIRETOR DO DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO, no uso desuas atribuições,

Sala das Sessões, em 08 de maio de 2001.RESOLVE:Jaime DuarteLOTAR MIGUEL A. ATHERINO APOSTOLO, matrícula nº

1474, na Comissão de Finanças e Tributação. Deputado EspecialAprovado em Sessão de 16/05/01Palácio Barriga Verde, em 16/05/2001

*** X X X ***CESAR LUIZ BELLONI FARIAREQUERIMENTO Nº 010/01Diretor

*** X X X *** REQUERIMENTO Nº 354-01Requer a criação de Comissão Especial, com afinalidade de ACOMPANHAR AS AÇÕESCONCERNENTES À AMPLIAÇÃO DO AEROPORTODIOMÍCIO FREITAS, EM FORQUILHINHA E AIMPLANTAÇÃO DE NOVO AEROPORTO NO SUL DOESTADO.

O DIRETOR DO DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO, no uso desuas atribuições, e tendo em vista os termos do Art. 1º da Resolução nº588/94, RESOLVE:PORTARIA Nº 213/2001 - CONCEDER LICENÇA, nos termos dos artigos 62, item Ie 63, parágrafo único, da Lei nº 6.745, de 28/12/85 (Prorrogação-Tratamento deSaúde) a MARILÚ LIMA DE OLIVEIRA, matrícula nº 1531, ocupante do cargo deAssistente Legislativo, código PL/ATM-8-G, do Quadro do Pessoal da AssembléiaLegislativa, por 15 (quinze) dias, a partir de 18/04/2001.

Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de SantaCatarina,

O subscritor, à luz do fixado nos arts. 28, 29 e 30 do PergaminhoRegimental, REQUER a constituição de COMISSÃO ESPECIAL EXTERNA, compostade 3 (três) membros para, no prazo de 90 (noventa) dias, ACOMPANHAR AS AÇÕESCONCERNENTES À AMPLIAÇÃO DO AEROPORTO DIOMÍCIO FREITAS, EMFORQUILHINHA E A IMPLANTAÇÃO DE NOVO AEROPORTO NO SUL DO ESTADO.

PORTARIA Nº 214/2001 - CONCEDER LICENÇA, nos termos do artigo 62,item I da Lei nº 6.745, de 28/12/85 (Tratamento de Saúde) a LAURA ELITAVIEIRA AMORIM, matrícula nº 2148, ocupante do cargo de Assistente deSaúde, código PL/ATM-8-G, do Quadro do Pessoal da Assembléia Legislativa,por 15 (quinze) dias, a partir de 18/04/2001.

Os veículos da mídia tem sistematicamente enfocado desencontradasmanifestações acerca da implantação do novo aeroporto no Sul do Estado, bemcomo a ampliação do aeroporto Diomício Freitas em Forquilhinha, ondesistematicamente temos recebido manifestações explícitas acerca do assunto,através de lideranças políticas e empresariais e dos mais diversos segmentos dasociedade sul catarinense.

PORTARIA Nº 215/2001 - CONCEDER LICENÇA, nos termos do artigo 62,item I, da Lei nº 6.745, de 28/12/85 (Tratamento de Saúde) a FERNANDOSOUZA, matrícula nº 1236, ocupante do cargo de Assistente Legislativo,código PL/ATM-8-H, do Quadro do Pessoal da Assembléia Legislativa, por 10(dez) dias, a partir de 19/04/2001.Palácio Barriga Verde, em 16/05/2001

Por isso, apresentamos o presente requerimento, com a finalidade deacompannhar o desenvolvimento das ações concernentes a ampliação doaeroporto Diomício Freitas em Forquilhinha e a implantação de novo aeroporto noSul do Estado.

CESAR LUIZ BELLONI FARIADiretor

*** X X X ***O DIRETOR DO DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO, no

uso de suas atribuições, e tendo em vista os termos do Art. 1º daResolução nº 588/94, RESOLVE:

Sala das Sessões, em 14 de maio de 2001.Deputado Clésio Salvaro

Aprovado em Sessão de 16/05/01PORTARIA Nº 216/2001 - CONCEDER LICENÇA, nos termos do artigo62, item I, da Lei nº 6.745, de 28/12/85 (Tratamento de Saúde) aMARCELO AUGUSTO COSTA RICHARD, matrícula nº 1527, ocupantedo cargo de Advogado, código PL/ATS-12-G, do Quadro do Pessoal daAssembléia Legislativa, por 30 (trinta) dias, a partir de 26/04/2001.

*** X X X ***REQUERIMENTO Nº 011/2001

REQUERIMENTO Nº 366-01Requer que seja formada Comissão TemporáriaEspecial Externa para averiguar a situação dasegurança em Criciúma e Região.PORTARIA Nº 217/2001 - CONCEDER LICENÇA, nos termos dos artigos

62, item I e 63, parágrafo único da Lei nº 6.745, de 28/12/85(Prorrogação-Tratamento de Saúde) a JOÃO JOAQUIM OLIVEIRA,matrícula nº 1642, ocupante do cargo de Assistente Legislativo, códigoPL/ATM-8-G, do Quadro do Pessoal da Assembléia Legislativa, por 19(dias) dias, a partir de 30/04/2001.

Excelentíssimo Senhor Deputado Onofre Santo AgostiniPresidente da Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina,O Deputado que este subscreve, de acordo com o Pergaminho Regimental, nosartigos 28, 29, 30, considerando:- O Crescimento geométrico da criminalidade em Criciúma e Região:- A angústia da população com relação aos assaltos, furtos, roubos, assassinatosocorridos nos últimos meses;

PORTARIA Nº 218/2001 - CONCEDER LICENÇA, nos termos do artigo62, item I, da Lei nº 6.745, de 28/12/85 (Tratamento de Saúde) aCLARICE G. DE FARIA KRIEGER, matrícula nº 2050, ocupante do cargode Assistente Legislativo, código PL/ATM-9-G, do Quadro do Pessoal daAssembléia Legislativa, por 08 (oito) dias, a partir de 04/05/2001.

- O Sentimento de impotência do ostensivo Policial frente a demanda dacriminalidade por falta de policiais ou fato similar;- A Situação geográfica de Criciúma e região e as constantes migrações doscriminosos dos estados vizinhos do Rio Grande do Sul e Paraná,Palácio Barriga Verde, em 16/05/2001REQUER, após ouvido o Plenário, seja constituída Comissão Especial Externacomposta por 3 (três) membros para, no prazo de 90 (noventa) dias, prorrogáveispor mais 60 (sessenta), se necessário, para fazer levantamento de dados eaveriguações do motivo do aumento da criminalidade em Criciúma e região eposterior encaminhamento de solução.

CESAR LUIZ BELLONI FARIADiretor

*** X X X ***

REQUERIMENTOS Sala das Sessões, em 15 de maio de 2001.Deputado Ronaldo Benedet

Presidente da Comissão de Saúde e Meio AmbienteAprovado em Sessão de 16/05/01REQUERIMENTO Nº 008/01

*** X X X ***REQUERIMENTO Nº 339-01 REQUERIMENTO Nº 0120/2001Senhor Presidente, REQUERIMENTO Nº 37154-01

O Deputado que este subscreve, com amparo nos dispositivoregimentais, requer, após ouvido o Plenário, seja constituída uma ComissãoParlamentar Externa, composta por cinco (5) membros, para, no prazo denoventa (90) dias, acompanhar a situação dos Presídios e das Casas deDetenção de Menores Infratores no Estado de Santa Catarina.

Requer a criação de Comissão Especial, com afinalidade de ACOMPANHAR A EXECUÇÃO DOSTRABALHOS DA BARRAGEM SÃO BENTO.

Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de SantaCatarina,

Sala das Sessões, 08 de Maio de 2001. Os subscritores, à luz do fixado nos arts. 28, 29 e 30 do PergaminhoRegimental, REQUEREM a constituição de COMISSÃO ESPECIAL EXTERNA,composta de 3 (três) membros para, no prazo de 90 (noventa) dias, ACOMPANHARA EXECUÇÃO DOS TRABALHOS DA BARRAGEM SÃO BENTO.

Deputado MANOEL MOTA1º Secretário

Aprovado em Sessão de 16/05/01O objetivo da Comissão é acompanhar a execução dos

trabalhos concernente a barragem São Bento.*** X X X ***

REQUERIMENTO Nº 009/2001Sala das Sessões, em 14 de maio de 2001.REQUERIMENTO Nº 340-01

Deputado Clésio SalvaroRequer que seja formada Comissão TemporáriaEspecial Externa para apresentar propostas depolíticas públicas com o objetivo diminuir asdesigualdades regionais em nosso Estado.

Deputado Valmir CominAprovado em Sessão de 16/05/01

*** X X X ***

DIVISÃO DE ANAIS - Processo Informatizado de Editoração